FAQ Overview

Arteterapia

PSICOTERAPIA HOLÍSTICA PARA GRUPOS EM CONJUNTO COM A FILOSOFIA E ARTETERAPIA

PSICOTERAPIA HOLÍSTICA PARA GRUPOS EM CONJUNTO COM A FILOSOFIA E ARTETERAPIA

Muriaé(MG)

Abril de 2008

NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA

TERAPEUTA HOLÍSTICA CRT 30758

SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2008

Dedico a todos que, querendo mudar sua vida, mudam seu modo de pensar, reagindo a não pensar de acordo com seu modo de viver.

AGRADECIMENTOS

A Deus que me segura a mão e me impulsiona para a frente.

Ao SINTE que, democraticamente, deixa que todos se manifestem oportunamente.

A maior descoberta de minha geração é que os seres humanos podem alterar sua vida alterando suas atitudes”.

(WILLIAM JAMES)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................

7

1 MATERIAL E METODOLOGIA..........................................................................

1.1 Material empregado.............................................................................................

1.2 Métodos................................................................................................................

2 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E FILOSOFIA....................................................

2.1 Crenças sobre Crenças..........................................................................................

2.2 O que nos faz pensar?...........................................................................................

2.3 Pensa que algo não está funcionando bem?.........................................................

2.4 Quando o passar pela vida é um passo na vida.....................................................

3 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E ARTETERAPIA.........................

4 INTERAÇÃO ENTRE PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, FILOSOFIA E ARTETERAPIA..........................................................................................................

5 RESULTADOS.........................................................................................................

6 DISCUSSÃO.............................................................................................................

CONCLUSÃO.............................................................................................................

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................

9

9

9

7

13

14

1517

18

19

20

20

21

22

RESUMO

A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA tem como objetivo uma maximização da qualidade de vida do cliente, através do autoconhecimento e, para isso, utiliza-se de técnicas, sendo a mais básica o aconselhamento. Aconselhamento que, antes de ser “dar conselhos”, é saber ouvir, é convite à reflexão, é conversa terapêutica que ouve sem julgar, pontua tópicos relevantes conduzindo a uma empatia entre terapeuta holístico e cliente a fim de conseguir resultados satisfatórios que irão influenciar beneficamente a vida do cliente. Aqui neste estudo incluímos a FILOSOFIA, com sua análise das palavras e textos, com a ARTETERAPIA que, de maneira lúdica, complementa o trabalho para o fim proposto com muito sucesso.

INTRODUÇÃO

A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA visa o AUTOCONHECIMENTO para uma melhor adequação da pessoa no momento em que está vivendo, no seu meio, com seus semelhantes, mudando para melhor suas atitudes para alcançar a HARMONIZAÇÃO TOTAL, ou seja, visa a harmonização de seus cinco corpos: físico, emocional, mental, energético e espiritual.

Para que este AUTOCONHECIMENTO seja mais explícito, é necessária alguma forma de expressão que pode ser corporal, como gestos, mudanças faciais, ou palavras. As palavras são a maneira mais corriqueira da pessoa se expressar, sendo que, em todas as situações da vida, busca-se questionar o porquê, desenvolvendo-se assim uma completa resposta. O questionamento é infindo.

Há também outra forma de expressar-se que é através da ARTE e no trabalho realizado há o enfoque da ARTETERAPIA sob a forma de PINTURAS COM TÉCNICAS CRIATIVAS, sem compromisso com Escolas de Arte, apenas como um meio de deixar o inconsciente se manifestar e agir.

Neste “Conhecer-te a ti mesmo”, do mestre Sócrates, a Filosofia aplicada a todos os mortais pode muito ajudar. A Filosofia aqui entendida é como um bom senso em grau mais adiantado.

Nós, os terapeutas, pretendemos que nossos clientes mudem suas atitudes perante os fatos passados ou presentes para que os mesmos não se transformem em desequilíbrios permanentes, mas sim em simples “mal-estares” que podem ser sanados e, portanto, deixem de fazer sofrer.

Todas as pessoas passam por experiências na vida que causam profunda impressão. Se são más experiências como, assalto, estupro, surra, acidente de carro, ataque de um animal raivoso, participação em combates, ou outra situação ameaçadora, e isso lhe deixou lembranças amargas que teimam em permanecer atuando no seu presente, o fato torna-se muito incômodo e precisa ser sanado.

As lembranças do passado e os sentimentos a respeito dessas lembranças, as perguntas sobre ele e o desejo de entendê-lo são trabalhados nessa experiência para uma preservação de uma vida melhor.

O passado de cada indivíduo é constituído de inúmeros acontecimentos e muitos se lamentam por terem, ou não, feito determinadas coisas, mas todos conseguem recordar coisas agradáveis e desagradáveis que aconteceram. Quem se sente incomodado com o passado possui algum mal-estar, mas não necessariamente um desequilíbrio. Tratar o desequilíbrio como se fosse um mal-estar é um tipo de erro, tratar o mal-estar como se fosse desequilíbrio é outro. Onde está a diferença? Nem sempre é fácil detectá-la. Em primeiro lugar, há de se equilibrar o físico com as técnicas disponíveis. E, enquanto não lhe provém o contrário, a pessoa está bem, estável, funcional e saudável.

Nos últimos anos, a suposição de inocência e sanidade foram desgastados por forças políticas, sociais e comerciais que têm trabalhado arduamente para diminuir as liberdades fundamentais da pessoa. Por exemplo: há algum tipo de coisa acontecendo em sua vida? Tem que se levantar cedo para ir trabalhar toda manhã? Tem reuniões marcadas, agendas lotadas, prazos a cumprir? Está cursando algo? Passando por um período difícil, como separação ou mudança de emprego? Tem filhos adolescentes? Ainda tenta entender a violência? Se algum desses tópicos traz à pessoa alguma preocupação, então é provável que esta pense que é um desequilibrado, precise de tratamentos para melhorar.

Nós, os PSICOTERAPEUTAS HOLÍSTICOS dizemos que ocupar-se com os acontecimentos importantes da vida é perfeitamente natural. Preparar os caminhos a serem trilhados para a solução de cada tópico em cada situação e momento da vida, é envolver-se no processo e fazer o melhor. Quando essas ocupações começam a ficar demasiadas, ou seja, começam a causar angústias, então, é hora de agir com A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA EM GRUPO, usando a FILOSOFIA e a ARTETERAPIA para sanar o mal-estar específico.

Todos os acontecimentos da vida não são desequilíbrios, são oportunidades para melhorar os tratamentos dos desafios normais da vida, são talvez algum mal-estar que pode ser sanado com inteligência e reflexão.

Examinar o modo de pensar e de viver. Entender a situação e aplicar os princípios que melhor guiarão cada um em sua vida. Isso tudo feito em grupo gera um bem-estar nas pessoas que irá irradiar para sua família e, conseqüentemente, para a comunidade.

1 MATERIAL E METODOLOGIA

1.1 Material empregado:

  • Apostila;

  • Tinta guache (caixa com seis cores);

  • Tinta relevo preta e dourada;

  • Pincéis variados pequenos;

  • Cartolinas cortadas em forma de retângulo;

  • Ficha de cliente;

  • Caderno de capa dura para anotar presença;

  • Lápis, borracha

1.2 Métodos:

1.2.1 Estudo da apostila;

1.2.2 Estudo das palavras selecionadas;

1.2.3 Confecção do quadro com pinturas criativas

1.2.1 Estudo da apostila

As apostilas usadas para estudo dos nossos “ENCONTROS PSICOTERÁPICOS”, ou “ENCONTROS ALTO-ASTRAIS”, possuem mensagens positivas, que visam ao exame minucioso, a atenção focalizada, a consideração que cada pessoa direciona para um aspecto de sua vida para apreciar, avaliar, decidir e, por fim, agir.

São vários “Encontros”, um a cada 15 dias. Em cada um deles a pessoa recebe duas folhas da Apostila para ser estudada naquele dia. Se a pessoa não faltar a nenhum encontro, terá a apostila completa. Se faltar, ficam faltando aquelas páginas que só serão conseguidas se ela mesma pedir a algum colega para copiar, ou seja, não há o fornecimento a quem falta.

PRIMEIRA APOSTILA: ASPECTOS GERAIS DA BUSCA DO AUTOCONHECIMENTO

  1. Vontade;

  2. Busca da felicidade;

  3. Caminhos a seguir: Auto-estima; O relaxamento, A visualização, Ver o outro lado do acontecido; Sorriso curador; Participação e doação; Seu meio ambiente; Ressaltar as qualidades; Importância da linguagem;

  4. Fases da vida;

  5. Vencendo o medo;

  6. Crenças;

  7. Perdão e bênção;

  8. Estresse;

  9. Alimentação saudável;

  10. Jogar fora;

  11. Repousar;

  12. Respirar;

  13. Relaxamento mental

1.2.2 Estudo das palavras selecionadas

Cada participante do grupo recebe um papel azul (meia folha A4) para que ele escreva: – no primeiro encontro, a letra A mais bonita que ele puder fazer. Separando a metade do papel com um traço, coloca-se numa parte o sinal + (positivo) e na outra parte o sinal – (negativo), e escreve-se algumas palavras começadas com A no lado positivo, palavras que cada parcicipante quer acrescentar e cultivar em sua vida.

Geralmente, aparecem: AMOR, AMIZADE, ATENÇÃO, AFETO, ALIMENTOS, ALTRUÍSMO, AJUDAR, ATIVAR, ANIMAR, etc. Deve-se sublinhar a palavra para ele (participante) mais importante. Na segunda coluna deve-se escrever as palavras negativas começadas com A que a pessoa quer tirar de sua vida. Costumam aparecer: ANSIEDADE; ANIQUILAR, ANGÚSTIA, AZIA, etc. Cada encontro ocorre o mesmo procedimento com as letras posteriores, seguindo o alfabeto.

Depois de escritas as palavras e reservada a mais importante, passa-se para outro momento da reunião, onde há a elaboração do quadro individual, realizado com o emprego prático de pinturas criativas.

1.2.3 Confecção do quadro com pinturas criativas

Cada pessoa recebe uma cartolina retangular branca de 15 x 20 cm. São várias técnicas criativas de decoração. Como nosso idioma é proveniente do latim e grego, nossas técnicas de pintura são denominadas em “latim” para homenagear nossa língua mãe e também reavivar nossa cultura. São palavras simples e fáceis de entender.

As instruções sobre as pinturas, se seguidas passo a passo têm um excelente resultado e confirmam o poeta popular que diz existir um artista em cada um de nós. O importante é a conscientização do valor individual, da capacidade de produzir coisas lindas que encantam, e descobrir coisas novas que contribuem para a construção de um mundo melhor.

Técnicas realizadas na confecção dos quadros:

  1. LAUTUS LIGNUM – Pátina lixada;

  2. ROTAE RURSUS – Rodar outra vez;

  3. SPUMARE – Esponjado;

  4. SPARGERE – Espalhar – escorrer;

  5. IMMERGE LIQUOR – Imersão em água;

  6. CIRCUNDARE – Semicírculos;

  7. IMMISCERE PRIUS – Misturar antes, granitado;

  8. LONGUS PINUS – Xadrez;

  9. PELLIS APPLICARE – Papel amassado;

  10. VASIS DECORIS – Tipo vaso de cimento;

  11. TINGERE SUTOR – Com tinta de sapateiro;

  12. AURUM – Dourado;

  13. ELEVARE EFECTUS – Estuque levantado;

  14. FORMAE VASTA – Com stencil;

  15. SACCUS RUPTUS – Plástico;

  16. FUNDERE COLORIS – Furta-cor;

  17. CORIUM VETUS – Cobre velho;

  18. REGIONIS AUREUS ET PULLUM – Relevo dourado e preto;

  19. MARMOREUM – Marmorização;

  20. PICTUM VETERIS – Pintura envelhecida;

  21. SPLENDIDUS PURPUREUM – Metalização;

  22. MOLES FIDELIS – Massa firma decapê;

  23. SAPIS RENOVARE – Saber renovar satinê;

  24. CINGERE – Cercar – rolo papel H;

  25. BASIS FLORIS – Flor como base;

  26. EXPINGERE LAMINAE Nº 01 – Estamparia em lata;

Em cada encontro é aplicada uma técnica diferente conforme acima. Em seguida, escreve-se a palavra considerada mais importante pela pessoa e reservada anteriormente com letra dourada ou preta, como por exemplo, AMOR (no primeiro encontro) e, a partir daí, cada pessoa mostra seu quadro para os demais, fala as palavras que escreveu e o porquê de tê-las escrito. Essa demonstração funciona terapeuticamente porque a pessoa só fala e reflete sobre o que é importante em sua vida, ali na hora, todos gostam muito, prestam atenção e sentem-se participantes da história do outro.

2 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E FILOSOFIA

Cada pessoa precisa de ajuda em muitas situações da vida. Se apresenta algum determinado desequilíbrio sério no corpo, procura um profissional competente naquela área e este a ajuda, mas se apresenta um mal-estar, é necessário um aconselhamento correto e eficaz, tarefa essa do PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO.

O Psicoterapeuta Holístico não é, necessariamente, um filósofo, mas a Filosofia pode ajudar muito alguém se tornar um excelente Psicoterapeuta Holístico. Aprimorar o ponto de vista para transformar o mal-estar em bem-estar, entender, de modo filosófico as circunstâncias da vida, é como encontrar o olho do furacão: fica-se num estado calmo e tranqüilo, ainda que muita coisa possa rodopiar à sua volta.

Um mal-estar, quando não transformado em bem-estar, pode acabar originando um desequilíbrio em fase avançada. É muito mais fácil tratar um mal-estar com boas idéias antes que ele cresça. Um estado persistente de mal-estar pode influenciar ou estragar os pensamentos, as palavras e atos, mas pode afetar também, negativamente, o bem-estar emocional e físico. Um dilema moral não resolvido, uma injustiça não sanada ou um objetivo não atingido são fontes de mal-estar, se não forem examinados filosoficamente.

Ao se lidar com todos os desafios normais do cotidiano, precisa-se de uma filosofia de vida. A vida com todas as dificuldades e tribulações, pode provocar um mal-estar, que é um desconforto na consciência, e não uma disfunção do corpo. O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO, com ajuda da FILOSOFIA, é o profissional adequado para ajudar a pessoa que apresenta mal-estar . Examinar o medo de pensar e de viver. Entender a situação e aplicar os princípios que o guiarão nessa fase. É o que se chama “FILOSOFIA APLICADA”. O nome que Aristóteles atribuía a esta análise era PHRONESIS, ou sabedoria prática.

Nem sempre é possível mudar as circunstâncias da vida, mas sempre se pode mudar a maneira como são interpretadas. O modo como cada pessoa encara essas circunstâncias é a filosofia de vida individual. Realiza-se, portanto, as seguintes questões aos participantes dos grupos de ENCONTROS PSICOTERÁPICOS: sua filosofia de vida funciona a seu favor, contra você ou não funciona? Se já funciona, ótimo, mas pode-se melhorar. Se funciona contra você, é hora de revê-la e fazer algo para que ela funcione a seu favor. Se não funciona, é perda de tempo e urge consertá-la e colocá-la em funcionamento.

Em alguma situação da vida, a pessoa precisa de vários profissionais. Por exemplo, se ela estiver passando por uma partilha de herança, são vários os profissionais envolvidos: advogados, contadores, psicólogos, mediadores e um o PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO, que seja também orientador filosófico para que a pessoa siga bem a vida e não perca tempo e dinheiro.

O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO, com base na filosofia, tem uma grande facilidade de dialogar eficazmente com seus clientes sobre questões de significado, propósito e valor na experiência de vida.

2.1 CRENÇAS SOBRE CRENÇAS:

O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO FILOSÓFICO interessa-se profundamente pelos sistemas de crenças. Muitos filósofos, de Platão a William James, notaram o papel fundamental de nossas crenças para o bem ou para o mal em nosso dia-a-dia. Hobbes observou que o mundo humano é governado pela opinião. As opiniões são apenas crenças prematuras sobre questões que atraem nossa atenção imediata. O exame filosófico de um sistema de crenças envolve tentar compreender não só em que as pessoas acreditam, mas também como passaram a acreditar naquilo, que razões têm para acreditar no que acreditam, como suas crenças afetam seu modo de viver e até que ponto suas crenças são fontes de bem-estar, de mal-estar ou de desequilíbrio.

É sempre espantoso nas crenças humanas ver que se alguém acredita em alguma coisa, outra pessoa acredita em algo diametralmente oposto. Isso leva a ações humanas contraditórias e incompatíveis. Por exemplo: homens-bomba que se explodem, explodindo várias pessoas juntas, causando grande estrago. Para muitos são terroristas violentos que afrontam a humanidade e a civilização. Para outras são pessoas mártires, heróis e guerreiros.

O nosso objetivo da PSICOTERAPIA HOLÍSTICA FILOSÓFICA é ajudar a pessoa a efetuar pacificamente uma mudança pessoal, mudando a filosofia pessoal, sem guerra nem violência. Outro exemplo: um governo invade um país, supostamente para combater um terrorismo, causando mais terrorismo ainda. Com estes exemplos extremos ou violentos, vemos não só o papel fundamental das crenças que governam a conduta na vida, mas também como as crenças sobre as crenças dos outros governam de forma fundamental a conduta na vida. Compreender tudo isso é uma tarefa filosófica.

Compreender como as crenças e as crenças sobre crenças que podem tornar melhor ou pior a vida humana também é uma tarefa filosófica. Aquele que defende o relativismo moral acredita que tanto o terrorista suicida está certo em se matar, como também está correto tal governo invadir um país para combater o terrorismo causando mais terrorismo, pois o relativismo moral defende a tese de que tudo está certo sob tal ponto de vista, sob tal ótica. Isso proporciona grandes discussões e desentendimentos mundiais. O que falta é uma bússola moral, entre outras ferramentas filosóficas necessárias para examinar e compreender os sistemas de crenças. Toda crença é válida desde que não prejudique de forma nenhuma a outrem.

Se uma pessoa tem liberdade para ter suas crenças, não pode tolher a liberdade de outros terem suas próprias crenças, nem matá-los por isso. Nossas crenças não podem trazer sofrimento. Todo sofrimento sai fora da sincronia universal. Antigamente os chamados “sofistas” eram defensores de todo e qualquer ponto de vista, não importando se eram bons ou causadores de sofrimento. Hoje, os “advogados” são treinados para serem defensores e muitas vezes o que defendem é causador de sofrimento.

O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO FILOSÓFICO deve estar interessado no que os seus clientes acreditam. Se suas crenças fazem com que sintam mal-estar e se estão carentes de orientação filosófica para lidar positivamente com isto, estão fadados a sofrer sem necessidade e, talvez, espalhar seu mal-estar destrutivamente entre outras pessoas, como algum contágio virulento da mente.

Algumas crenças provocam mais mal-estar do que outras e algumas são mais prejudiciais do que outras. Isso não é relativismo moral. Há muitas maneiras de causar danos a si e aos outros, e causar dano é mau. Isso é absoluto. Há também muitos modos de ajudar a si e aos outros, e ajudar é bom. Isso também é absoluto. Se vai preferir ajudar a si mesmo e aos outros, cabe à própria pessoa decidir. Isso é relativo.

2.2 O QUE NOS FAZ PENSAR?

Para os neurocientistas o que nos faz pensar é o cérebro e ponto final. Será que se entendermos o cérebro, entenderemos o pensamento?

Se pararmos para pensar sobre o pensamento veremos que nada sabemos sobre ele: tem cor? É grande? Tem forma? Massa? E os pensamentos que chamamos de lembranças, como se mantêm? Como conseguimos acessá-los?

Como não se tem resposta para essas e outras perguntas, conclui-se daí que o cérebro não é o pensamento. Cada pensamento ativa alguns circuitos cerebrais. Uma fotografia do cérebro não é uma fotografia da mente porque a mente não é algo físico. Não há como tirar fotografia de volições, intenções, atitudes, crenças, alegrias ou tristezas, possivelmente, porque estas se originam na mente e só se espelham no cérebro. Mesmo que a mente nasça do cérebro, as mentes têm propriedades que independem dos cérebros. É a vontade de cada pessoa, ou seja, a focalização de sua consciência, que determina, em parte, o seu estado cerebral.

O que faz pensar não é o cérebro, mais do que isso, é a consciência. As mentes são fontes locais de consciência. O pensamento é a irradiação da mente.

A consciência é a fonte que permite pensar e também consome muito alimento mental. Ingere todo tipo de ração, algumas mais tóxicas que as outras: intenções, volições, revelações, preconceitos, razões, paixões. O alimento melhor para a mente é a filosofia, pensamento de primeira ao contrário do pensamento estragado.

A vida é um veículo. O cérebro é o motor do veículo. Se o motor funciona direito (e os outros sistemas estão bem), o veículo pode se mover. Depois vêm outras questões: para onde irá? Depressa ou devagar? Quem vai com você? Para que essas questões tenham significado, é necessário um motorista. Esse motorista é a mente. Sem mente, o veículo, sem motorista, de sua vida, não vai a lugar nenhum. Mas, com a mente ao volante, o veículo pode levar cada um a lugares lindos. É a viagem de uma vida.

2.3 PENSA QUE ALGO NÃO ESTÁ FUNCIONANDO BEM?

São somente duas coisas que podem fazer uma pessoa pensar que algo não está bem: desequilíbrio em fase avançada e mal-estar. Se fisicamente, algum desequilíbrio em fase avançada o ataca, como a dengue, por exemplo, pode-se ter sintomas desconfortáveis, como febre ou dor no corpo, então, os sintomas estão avisando que há algo errado, e procurando ajuda adequada, há o restabelecimento do equilíbrio. O aviso do desconforto é, portanto, benéfico pois alerta que algo não está indo bem.

A moral filosófica desse estudo é que a dor e o desconforto não são sempre, necessariamente, ruins. E o prazer não é sempre, necessariamente, uma coisa boa. As dores são boas quando são sintomas a avisar que algo não vai bem. Do mesmo modo os prazeres são ruins quando deixam de avisar que há algo errado que exige atenção, como, por exemplo, o vício da bebida. Bebe-se e sente-se bem, solto, alegre. Mas, é provável que sempre se vai beber mais e quando notar já está com um problema grave, sem solução.

O desequilíbrio em fase avançada traz consigo um conjunto de sintomas que faz uma pessoa se sentir diferente do normal, é uma situação interna. O mal-estar é diferente. Tem sempre uma origem externa. Os cinco sentidos que geralmente todos têm, podem cada um fazer com que nossa atenção se fixe em um estímulo que seja perturbador. Por exemplo, se um indivíduo caminhando por seu bairro, vê um catador de papel recolhendo o material no lixo, uma moça de cabelo vermelho cheia de piercing no corpo, um senhor idoso de mãos dadas com uma mulher muito enfeitada, percebe que estas pessoas não representam perigo, nem ameaça pessoal, mas, ao avistá-las, o indivíduo apresenta um mal-estar. Por quê? Porque as imagens vistas nesse momento se chocam com alguma noção preconcebida; sobre reciclagem (pode-se não estar fazendo sua parte, separando o lixo), jovens na moda pós-moderna e preconceito sobre o idoso (muitos acham que idoso não pode namorar, acha que o outro quer é aproveitar a parte financeira daquele).

Há três maneiras de lidar com esse problema: em primeiro lugar, pode-se tentar tirar essas pessoas do bairro, da linha de visão, o que vai causar inúmeros problemas. Em segundo lugar, pode-se tentar convencê-los a ser como antigamente: confuso ao jogar as coisas no lixo sem separar, com idéias antiquadas quanto à moda e intransigente quanto à terceira idade. Isso, sem dúvida, é um grande desperdício de tempo. Em terceiro lugar, pode-se perguntar exatamente quais as crenças que fazem estes estímulos visuais gerarem mal-estar. Já que essas pessoas referidas não são prejudiciais, seria mais fácil e melhor modificar os preconceitos, para aceitar as diferenças individuais e seguir em frente. Esse procedimento se aplica aos outros sentidos: audição, olfato, paladar e tato. Se não causa danos o estímulo, o mal-estar, resulta de conceitos anteriores sobre ele. Se quer tirar o mal-estar e sentir conforto, deve tirar os preconceitos.

Há milhares de prazeres e dores na nossa caminhada: bem-estar, mal-estar e desequilíbrios. A norma da vida é o bem-estar, embora haja disfunções que precisam ser sanadas e quando o são, volta novamente a sensação do bem-estar.

As duas únicas razões para supor que há algo errado são os desequilíbrios e o mal-estar, que podem dar origem a dois tipos de avisos: dor e sofrimento. Muitos desequilíbrios não causam dor imediata, por isso, ficam incubadas, daí a melhor solução é a prevenção. Se seu corpo sente uma dor incomum, isso deve ser pesquisado, mas se está sentindo sofrimento, é preciso pesquisar o que está desencadeando o desequilíbrio energético individual. Pode-se culpar os outros por seu mal-estar, mas seu sofrimento é só seu. E se é só seu, pode-se deixar de tê-lo.

Se uma pessoa sofre de tristeza profunda, esta pode ser causada por um problema químico no cérebro, este não transmite sinais de dor e pode haver sofrimento da mente. Há muitas dores que são criações da mente. Exemplo disso são os amputados que, mesmo faltando alguma parte do corpo, sentem dor e coceira nesses membros perdidos.

Nossa principal tarefa é entender os tipos de sofrimentos criados pelas crenças, pelos preconceitos e hábitos da própria pessoa e que, portanto, podem ser aliviados pela modificação das crenças, pelo enfrentar dos preconceitos e pela alteração dos hábitos. A isso chamamos de prática filosófica.

Não se deve buscar o sofrimento para, depois de cessá-lo, ficar tudo melhor. Mas, se já está sofrendo e busca compreender as verdadeiras causas de seu sofrimento, talvez descubra ser, a própria pessoa, a verdadeira causa. Se esse for o caso, e para muita gente é, então a pessoa escolhe sofrer, e assim tem o poder de reduzir ou eliminar o sofrimento escolhendo não sofrer.

Nós, os PSICOTERAPEUTAS HOLÍSTICOS FILOSÓFICOS temos que analisar se a pessoa estiver escolhendo sofrer, usar os métodos para ele parar de fazer essa escolha, parar de agir errado consigo mesmo. Sempre é possível mudar algo na vida.

2.4 QUANDO O PASSAR PELA VIDA É UM PASSO NA VIDA

Para muitos, pensar na vida é algo simples. Pensar sobre os acontecimentos passados, presentes e futuros. Imaginar outros passos a dar em outra direção, em outros passos, que poderiam ter sido dados. Julga-se que isto seja pensar na vida. Mas, pensar na vida não é algo assim tão simples.

Segundo Platão, o homem vive preso a uma falsa imagem do real. Para ele, não se contempla em geral à própria realidade, mas apenas às imagens, que estão para o real como a sombra de um objeto para o próprio objeto. Caracterizando este fato, ele criou a alegoria da caverna: os homens vivem acorrentados, numa caverna, votados para o seu interior; a luz que nela chega projeta sobre as suas paredes e interiores, sombra dos objetos reais, assim, vê-se as sombras projetadas e julga-se que estas sombras são a realidade; de fato, estas sombras têm alguma coisa de forma real, mas são uma imagem pálida e imprecisa da realidade, e não a sua visão efetiva e direta.

Para Platão, o conhecimento sensível está para o conhecimento intelectual, assim como a sombra está para o objeto de que ela é uma imprecisa projeção. Para ele, a missão do filósofo é libertar dessa visão subalterna, para que eles pudessem contemplar a verdadeira realidade. Esta análise de Platão continua válida na sua essência.

A missão fundamental do filósofo é aqui junto com o PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO que juntos formam um só, no agir e no modo de pensar, consiste em libertar o homem de um tipo de visão espontânea e superficial para conduzi-lo a um outro tipo de visão do mundo. Não se pode refletir convenientemente sobre os problemas que afligem a existência humana se não pudermos ultrapassar uma visão imaginativa da vida por uma visão conceitual.

Esta distinção entre imagem e conceito é fundamental. Sair do plano confuso em que se desenrola espontaneamente o conhecimento humano é, antes de tudo, ter consciência da distinção que existe entre o conhecimento – imagem e o conhecimento – conceito. Após haver o domínio sobre um conhecimento restrito ao processo imaginativo, e sobre o conhecimento que se processa no plano conceitual.

Bérgson fala do “eu de superfície” e “eu profundo”. “Eu de superfície” é a reação automática diante de estímulos de acordo com interesses práticos e “eu profundo” é a participação nos acontecimentos com o agir da personalidade individual e escolhas realizada.

O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO FILOSÓFICO busca com a escolha de palavras pelo próprio cliente, sua classificação e opção por melhores diretrizes para a vida, saindo do plano automático para o verdadeiro conceito.

3 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E ARTETERAPIA

Nesse mundo pós-moderno, as pessoas usam, geralmente, critérios para realizar os juízos de valor, de acordo com a produtividade e a utilidade.

A noção do útil, como um valor por excelência, passou a fazer parte de uma consciência coletiva por duas razões: uma, de ordem prática e outra, de ordem teórica. Na ordem prática, o advento levou a primeiro plano o problema da produção e com isso difundiu uma mentalidade utilitarista que levou a que se julgasse o homem pelo que ele é capaz de produzir e não pelo que ele é. Na ordem teórica, o pragmatismo doutrinário firmou-se na concepção de que seria válido apenas o que favorecesse o progresso da vida humana. Tais fatores, de natureza prática e teórica, fundiram-se numa concepção que marcou a mentalidade humana, voltada para o culto do útil.

Mas, o produzir simplesmente por produzir sem saber qual fim atingir, não satisfaz a pessoa que, por isso, se angustia. É preciso levar em conta o plano do útil que é a produção, mas também o plano do inútil que se localiza na esfera do não-prático da vida humana.

Vamos encarar o mundo das crianças. Na infância tudo é lúdico, tudo é um jogo para exercitar o desenvolvimento do seu ser. A criança não é pragmática, ela pergunta “porque” e não “para que”. Os adultos, querendo saber para que tal comportamento vão conduzindo-as aos interesses práticos.

O mundo da criança se prolonga na existência dos artistas. O mundo da arte não tem “para que”. O mundo da arte exprime um anseio de expressão, uma comunicação de sensibilidade, um traço de simpatia, pelo desejo de exprimir uma visão original, que nada tem a ver com o rotineiro ou o prático da vida comum. O artista vê na sua obra, o que ninguém antes vira. O artista revela uma visão nova, desperta os homens automatizados da visão rotineira de tudo, promove a liberdade de expressão, mantendo a consciência do homem sempre ativa e atuante.

As categorias da vida artística não são do domínio do útil: a graça, o belo, o grandioso, o sublime, e outras, são a contribuição do não prático, no mundo das artes para uma vida humana mais humana.

Nesse nosso trabalho, enquanto as pessoas pintam, elas vão deixando fluir o artista que está em cada uma delas e, através das técnicas aprendidas, são produzidos lindos quadros pequenos, é verdade, mas que conseguem expressar seu ponto de vista e quiçá modificá-los. Desse modo, a ARTETERAPIA funciona como coadjuvante nesse processo de equilíbrio.

4 INTERAÇÃO ENTRE PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, FILOSOFIA E ARTETERAPIA

Há uma interação muito proveitosa entre essas maneiras de equilibrar a pessoa, elas se completam. A filosofia continua a experiência artística. A filosofia procura alcançar um tipo de saber desinteressado, o que significa um tipo de saber que não está comprometido com nenhuma aplicação prática imediata.

É verdade que o homem tem o direito de conhecer para atender à solução das dificuldades de ordem prática que surgem em sua vida; mas, não é só isso, pois ele se engrandece na medida em que se dispõe à investigação das explicações mais profundas, movidas pelo desejo de encontrar uma resposta que satisfaça a sua disposição inata de perguntar. Através dessa satisfação de compreender ele já demonstra alegria interior, a conciliação dele com ele mesmo, a harmonia brota no interior de seu próprio ser.

Através das pinturas, das palavras escolhidas, da reflexão sobre elas, o destaque da palavra mais importante, do que aquela palavra significa para ele, as cores, tudo, fazem com que ele se sinta não apenas um instrumento ou uma engrenagem da máquina da natureza, mas sim um ser ciente e consciente, um ser no mundo, um ser diante do mundo, um ser capaz de testemunhar e contemplar a existência do mundo.

Em grupo ele se expressa melhor, aproveita da experiência do outro e soma coisas boas à sua vida.

5 RESULTADOS

Nesse nosso trabalho de unir a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA COM FILOSOFIA e ARTETERAPIA para fins de harmonização da pessoa humana como um todo, em grupo, nos utilizamos da especulação intelectual como forma de desenvolver a inteligência na perfeição de si mesmo.

Há três anos que realizo o “ENCONTRO ALTO ASTRAL” aqui no meu atendimento, na FUNDARTE – Fundação de Cultura e Arte de Muriaé - que é um Órgão da Prefeitura que já me emprestou uma sala completa várias vezes e também em uma Casa de Cursos anexa da Paróquia que sempre me concede o espaço físico para a realização dos ENCONTROS com os participantes convidados, preferencialmente meus clientes mais desequilibrados . Uns aceitam e ficam fãs ardorosos. Outros vêm uma, duas, ou até quatro vezes ou cinco, outros não aparecem e nem falam do convite. Eis a estatística do resultado:

Em 100 convidados a participar:

  • 10 continuam desde o primeiro encontro até hoje, gostam muito, já melhoraram muito sua vida de um modo geral e, mais especificamente, no emocional e profissional, pois já se descobriram capazes. Cinco mudaram de emprego e estão se saindo bem na vida;

  • 15 vieram cinco vezes e melhoraram bastante com maior conscientização de suas capacidades e descobertas de novas potencialidades;

  • 30 participaram quatro vezes, melhoraram alguma coisa, acharam que estava bom e só;

  • 25 compareceram duas vezes, se encantaram momentaneamente, voltaram, começaram a melhorar e sumiram;

  • 20 vieram só uma vez, assustaram tanto com a solicitação para que pusessem a cabeça a funcionar e refletir sobre as palavras em suas vidas, não quiseram melhorar e desapareceram.

6 DISCUSSÃO

Nesse nosso trabalho de desenvolvimento da PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para grupos em conjunto com a FILOSOFIA E ARTETERAPIA destacamos o estudo do significado das palavras para os componentes do grupo e este significado quando discutido torna-se muito mais atuante e possível de assimilação e, muitas vezes, de mudanças benéficas que trarão maior bem-estar.

As pessoas vivem muito apressadas e orientadas sempre para a satisfação das necessidades da vida humana. Só querem fazer o que é útil. O útil está dirigido a atender a uma necessidade e, por isso, de um modo geral, representa um condicionamento à sobrevivência. Mas o homem e a mulher não precisam só sobreviver, porque assim seriam como os vegetais. É preciso conceber a vida humana em termos de liberdade, que é a emancipação do útil. Não desprezar o útil, mas dar lugar também ao não-útil, portanto, inútil: a vida lúdica, a vida estética, a vida especulativa, a vida moral, a vida religiosa são expressões dessa experiência não prática, dessa existência não-útil e, portanto, inútil.

“Útil” significa tudo aquilo que tem um fim noutro, e não em si mesmo. Exemplo: uma caneta é útil porque o seu fim é escrever. O “útil” não tem valor em si mesmo, mas só tem valor por aquilo a que serve. O “Inútil” sempre é usado de modo pejorativo, o que não serve, não tem finalidade. No entanto, usado no sentido certo, o INÚTIL significa aquilo que “tem um fim em si mesmo”, define a vida humana na ordem da perfeição e da liberdade.

A atividade lúdica é uma manifestação da infância, mas da infância de todas as idades. A pessoa humana necessita para o seu equilíbrio total de momentos de desligamento da perspectiva prática da vida. Por isso, em grupos e pintando quadros com técnicas de pintura criativa, as pessoas se desligando da vida útil por duas horas consecutivas e refletindo sobre o significado para elas das palavras usadas no encontro, vão se soltando, se deixando conhecer e participando do grupo. Isso gera um bem-estar incrível nelas que, sentindo-se bem, se dominam mais e ficam mais harmonizadas e felizes.

CONCLUSÃO

Participar do ENCONTRO PSICOTERÁPICO ou ENCONTRO ALTO ASTRAL é recuperar a própria vitalidade energética, se estiver aberto para receber as boas energias. Todos emitem conceitos e opiniões sobre as palavras em suas próprias vidas, vão fazer interação uns com os outros e assimilar força, encorajamento, compaixão, esperança e amor, através do contato real.

Desejamos um desenvolvimento da vida humana marcada pelo progresso, sem dúvida alguma, porém, não concordamos com a redução do conceito de progresso ao puro desenvolvimento técnico e ao aperfeiçoamento dos instrumentos de proteção.

O que se procura é um maior bem-estar da pessoa humana, externamente pelo conforto e internamente a possibilidade de um desenvolvimento mais completo voltado para o “útil”, mas também para o “inútil” significando aqui um caminho de maior aperfeiçoamento pessoal. Só o útil não soluciona o problema do homem em toda a sua complexidade, nem atende suas aspirações mais profundas. Urge que se recupere a noção de outros valores que, ao lado do útil, contribuirá para uma melhor qualidade de vida.

Viver se exprime como consciência pelo fato de ligar o passado e o futuro na permanente renovação dos atos de escolha.

O grupo exprimindo seus conceitos, suas idéias, seus motivos pelas escolhas feitas, vão se desenvolvendo amizades, interações, convivências que geram melhorias pessoais e, conseqüentemente, no seu lar, no seu ambiente de trabalho e na sociedade.

Pensar a vida não é pensá-la em termos de caminho que percorremos, porque viver não é passar, mas é ser. O que importa é saber como participamos da vida, como sentimos a vida, o que construímos de nosso próprio ser no nosso próprio modo de ser.

A vida, em cada encontro do grupo, é repensada, analisada e melhorada para o equilíbrio do hoje, tendo em vista o bem-estar do amanhã.

É muito gratificante trabalhar com cada um e com o grupo em geral porque fica claro que, juntos, somos mais fortes, mais audazes, mais eficazes.

Caminhar na vida é construir paulatinamente o seu próprio ser.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

FILHO, H.V. Auto-Regulamentação da Terapia Holística. São Paulo: Sinte Books, 2001

FILHO, H.V. Marketing para consultórios. 2.ed. São Paulo: Sinte, 2004

FILHO, H.V. Tutorial da Terapia Holística. 3.ed. São Paulo: Sinte, 2004

HOR, A. Universo, como tudo começou. São Paulo: Produção Editorial, 2002

MARINOFF, L. Pergunte a Platão. 3.ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 2005

MENDONÇA, E.P. O mundo precisa de Filosofia. 3.ed. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1973

Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA CRT 30758
Última atualização: 16/06/2008 19:17


A Dança-Terapia em Cinco Movimentos

A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística

Propositura de Palestra: 

Palestrante:

José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43 913

Arte-Terapia EMANUEL 

Rua 15 de Novembro, 910, Sala "A" 

Palotina, PR 

CEP: 85950 000 

Autor: José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913

Titulo: "A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística"

Local: Sala de Arte-Terapia Emanuel, Rua 15 de Novembro, 910, Sala: A  -Centro-

Palotina, Paraná, CEP: 85950-000 

É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

"Temos que nos unir na dança, para aprender a cantar a musica da VIDA"

Augusto Cury. 

"A Dança-Terapia, é a arte para o movimento, criatividade para a mente. Tudo isso se mistura e entrelaça. Criando uma tensão similar ao beijo entre a beleza e a feiúra. Barrando os preconceitos da sociedade" (Tomado do pensamento da mestra em Dança-Terapia a espanhola, Maité León) 

"O ser Humano é um nu de relações"

Leonardo Boff 

Dedicatória: "Minha modesta homenagem a todas as pessoas que acreditaram na minha proposta e até hoje embarcam neste navegar pelas águas transparentes da nossa lagoa imaginaria"

José. 

SUMÁRIO: 

  1. Introdução ao método.
  2. Breve resenha histórica da Dança-Terapia.
  3. Breve resenha histórica da Dança-Terapia na minha vida profissional no Brasil e sua relação com a Psicoterapia Holística.
  4. Os cinco movimentos chineses e sua relação com a Dança-Terapia.
  5. O texto das músicas e sua relação com o histórico emocional do cliente.
  6. A Psicoterapia Holística fonte de diagnóstico e prognostico do emocional do cliente segundo o paradigma Vigostkyano.
  7. Os ritmos latinos: samba, salsa, tango, bolero e sua relação com os nossos arquétipos. Nossos ancestrais africanos.
  8. O Método, alguns exemplos.
  9. Conclusões.
  10. Bibliografia.

TERMOS:

  1. TH, Terapeuta Holístico.

  1. DTH, Dança Terapia Holística.

  1. SH, Psicoterapia Holística


RESUMO: A DTH em cinco movimentos é uma terapia complementar que auxilia o TH que desenvolve as técnicas da SH (Aconselhamento) a resolver e canalizar conflitos emocionais de seus clientes que não foram tirados para fora na catarse, por diferentes tipos de bloqueios que o cliente enfrenta no momento da SH e que tem muito a ver com seu estado emocional no momento em que foi a plicada a técnica como exemplo: "A Vivência", fatores ambientais, de saúde, barreiras etc. A DTH se enriquecem com a pantomima, o balé clássico, as danças modernas e contemporâneas, assim como as do folclore das diferentes culturas com seus movimentos: condensados, leves e quebrados como catalisadores de emoções reprimidas. Nossa cultura ocidental não pode perder de vista os arquétipos trazidos pelos africanos que fazem parte dos campos energéticos do continente junto aos da Antiga Grécia e toda a mistura cultural e a miscigenação que nossos países latino-americanos sofrem, assim como nossas culturas aborígenes que tem uma riqueza enorme de imagens arquetípicas, por esses fatos históricos a DTH trabalha os ritmos latinos e caribenhos assim como os nordestinos e os movimentos de nossos orixás que na rumba, conga, guaguancó, salsa e etc. estão muito presentes.

Não podemos perder a perspectiva que os orixás têm a mesma condição arquetípica que os deuses politeístas gregos eles se debatem entre o HERÓI E A VÍTIMA da mesma maneira, só mudando a embalagem e estes orixás estão cheios de erotismo e sensualidade. Por isso o DTH associa o rimo a cor dos meridianos em dependência da sua intensidade. A salsa com o movimento fogo e cor vermelha que o TH já trabalha com o cliente na sessão de cromoterapia. Outro fator importante é o envolvimento com o texto já que cada movimento terá uma justificativa em relação com a mensagem que o conteúdo poético da música nos passa como, por exemplo, a música: Vitoriosa, de Ivan Lins, muito apropriada para resolver conflitos relacionados com a sexualidade. A DTH é uma terapia de grupo que permite a  

abordagem indireta do conflito que muitas vezes o cliente na sala não que falar ou simplesmente não faz o INSIGHT pela própria resistência. É de fácil aceitação pelos clientes e traz muito bem estar psicofísico para eles, por isso sua condição holística. 

ESCLARECIMENTO: Sempre vou falar de clientes no termo feminino já que até hoje só e tido esta experiência em mulheres, meu sonho e formar uma turma de homens, mas eu estou no Sul onde o machismo é muito forte e só consegui reunir turmas de DTH de casais que seria outro trabalho a abordar no futuro. Meus clientes homens só fazem TH ou recebem a técnica da psicanálise. 

1 - INTRODUÇÂO: 

"A DTH em Cinco Movimentos" é uma terapia alternativa que auxilia o trabalho do TH, como outro canal para complementar e comprometer aqueles aspectos emocionais do cliente que no consultório não ficaram resolvidos. Comprometendo o corpo em conjunção com a alma, assumindo a emoção como um todo indivisível o cliente por meio dos movimentos condensados, quebrados e leves, assim como pela mímica em sintonia com a música e seguindo o texto do compositor, sua compreensão e expressão do conteúdo mediante o corpo tiram para fora emoções reprimidas e passa por estados catárticos sem sofrer, além de que compartilha com o grupo assumindo-se como ele é na totalidade em outra dimensão cósmica. A DTH em Cinco Movimentos é além de preventiva para doenças da terceira idade como o Mal do Alzheimer.

 

2 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA: 

Após da caída do franquismo na Espanha, o terapeutas e pedagogos assim como todas as pessoas de boa vontade, saíram na rua com os síndromes de down e todo tipo de deficientes físicos e mentais como uma forma de dizer ao mundo que todos tem o direito a expressão na diversidade. As teorias de Vigostky e seus postulados cognitivos (entre eles o mais significativo o referente a ZDP Zona de Desenvolvimento Proximal) trouxeram uma forma nova de intervenção terapêutica, novos paradigmas desafiarem os profissionais da saúde entre eles, os terapeutas, que tiverem que ser mais criativos e abrir-se as novas formas que os novos tempos exigiam. E foram os terapeutas que tiverem um destaque no campo da dança-terapia e a sua relação entre: "Texto - compreensão - movimento - expressão" O nome da técnica na Europa e em Cuba países que destacam  até hoje na sua aplicação é: PSICOBALLET. Podem ser encontrado nos livros ou na internet. Sua pioneira e promotora até hoje a Sra. Maité León. 

3 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA NA MINHA VIDA PROFISSIONAL NO BRASIL E A SUA RELAÇÃO COM A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA.    

O Psicobalé entrou na minha vida profissional depois da queda dos muros de Berlin, no princípio dos anos 90 que comecei trabalhar como terapeuta na ONG Cáritas Internacional trabalhando a técnica com crianças portadoras da Síndrome de Down e, logo depois, já com deficientes cognitivos e físicos assim como pessoas da terceira idade que na época pelas limitações econômicas que enfrentava o governo de Cuba, não conseguia oferecer mais de graça a população este serviço e uma grande quantidade de profissionais capacitados para esses fins terapêuticos tinham escolhido o exílio (o pais enfrentou o maior déficit de profissionais da sua historia naquela época). Isso me permitiu até capacitar-me e sair fora do pais para me profissionalizar e trabalhar para a ONG.

No ano 2004 quando cheguei ao Brasil com quarenta e seis anos e, quase trinta de experiência profissional tive que buscar uma maneira de sobreviver e ajudar a minha Sra. na construção do novo projeto de vida (O casamento). E, encontrei no PSICOBALÈ uma forma de trabalhar honradamente e tornar-me conhecido como profissional sem agredir aos outros terapeutas que não conheciam esta técnica.

Tive como primeiro desafio, que mudar o nome por PSICODANÇA, que após de entrar nos terapeutas holísticos no ano 2008, definitivamente leva o nome de (DTH) DANÇA-TERAPIA HOLÌSTICA. Como uma forma de cumprir com as NTSV, já que alguns psicólogos mal intencionados se sentiam invadidos pelo prefixo (psico-). Foi então, que decidi montar minha própria sala seguindo as regras de marketing aprendidas no curso de Psicoterapia Holística da Turma de 2008, a qual pertencia, de como montar um consultório seguindo a NTSV. Foi no ano 2008 em que comecei a relacionar o corpo com a mente já que por vir de uma ditadura onde trabalhei quase trinta anos eu mesmo, como terapeuta tinha meus próprios preconceitos.

Ter o Consultório junto com a sala de Psicoterapia Holística me proporcionou uma melhor pratica e interação com as técnicas numa retroalimentação dialética e uma dinâmica de trabalho que até hoje no ano 2011 continuo com resultados, muito mais obtive a perseverança das clientes. E, até não fiquei tão preso na psicanálise como  

uma técnica a aplicar. Comprovei na pratica que muitos clientes aplicando a técnica: Aconselhamentos caminhavam mais de presa na sua evolução emocional e pessoal já que a DTH complementava a parte do toque que não tinham no consultório, toque em coletivo que me deixava mais leve e confiado que aquele que poderia ter sozinho no consultório com o cliente. Já que na DTH o toque e direcionado pelo terapeuta entre eles e faz parte da coreografia, entrando na vida daquelas, mais fechadas de uma maneira natural. 

4 - OS CINCO MOVIMENTOS CHINESES E SUA RELAÇÃO COM A DTH. 

O cliente durante as sessões de PH através da técnica de Aconselhamento vai conhecendo e se familiarizando com as cores dos CINCO MOVIMENTOS CHINESES. Além de que minha abordagem é de ordem integrativa, não descarto nada sempre que me seja útil, e não transgrida as NTSV. Meus clientes na sua maioria tiveram algumas vezes sessões de cromoterapia e o bastão cromático, que os ajudou a encontrar a nível consciente as cores na sua imaginação. Por isso na hora da DTH os ajudou a encontrar as cores pelo conteúdo da musica, ou seja, a mensagem do texto assim como pela sua estrutura melódica.

1- A musica: Camarada água do grupo Teatro Mágico, é bem explícita no meridiano que aborda e a cor azul já que o cliente e que sempre todos nós associamos o azul-água, embora que no momento coreográfico e a mímica dos movimentos tenha alguns bem condensados.

2- A música: Pássaro de Fogo da Paula Fernandez, pelo conteúdo da música já a palavra FOGO explicitamente leva ao cliente a cor vermelha e durante toda a dança se imaginam vestidas de vermelho.

3A música: VITORIOSA de Ivan Lins, é mais branco, mais para dentro, centrípeta, por isso se associa ao metal, muito apropriada para trabalhar frigidez e anorgasmia. O MOVIMENTO metal leva a se relacionar a cliente com a introdução do falo como fonte de prazer, é um ato de VITÓRIA é a heroína que consegue satisfazer ao macho. 

Estes três exemplos ilustram um pouco, como abordo os movimentos chineses e as cores além de que após das vivencias para tirar as clientes do sofrimento já tenho trabalhado com todas elas uma Lagoa de águas transparentes imaginária, que todas têm, e uma ave que representam como gaivotas, cisnes, beija flor. Então essa lagoa contém as cinco cores dos movimentos e seus significados e no momento de voltar a realidade ou de sair do momento catártico o TH coloca a música e faz lembrar a lagoa imaginaria e coloca o elemento que a cliente precisa mais, por exemplo si a cliente esta precisando de equilibro o TH enfatiza em que ela observe os girassóis pela cor amarela (nossa terra que foi feita em prefeito equilibro) A música da LAGOA e trabalhada na DTH com movimentos muito leves e condensados, como não tem texto o TH direciona este exercício corporal a relaxar o corpo. A música: Ar de João Sebastião Bach numa versão que inclui sons das aves e da natureza, numa versão do grupo Café Do Mar (grupo de musica contemporâneo eletroacústica que revive a música erudita dos grandes clássicos da humanidade)  

 

5 - O TEXTO DAS MÚSICAS E SUA RELAÇÃO COM O HISTÓRICO-EMOCIONAL DAS CLIENTES.

Já tenho abordado que minhas clientes me oferecem muito material emocional para trabalhar na DTH no momento da VIVÊNCIA, assim como nas sessões da psicanálise, nos momentos de resistência. Esse material é guardado e na hora de montar o roteiro das músicas para trabalhar na DTH, eu tenho em cada sessão a oportunidade de trabalhar de oito a nove músicas e algumas vão direcionadas a uma cliente em específico numa abordagem indireta de seu conflito. O exemplo da música Sonho impossível de Maria Betânia pode ilustrar já que o conteúdo do texto vai direcionado a resgatar a possibilidade de voltar a sonhar até com o impossível e uma delas pode ter me falado na TH que queria já se entregar e renunciar a seus objetivos ou pelo contrário em sua linguagem não estava explícito e sim na sua fase o simplesmente se fecha a progredir. 

6 - A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA FONTE DE ANAMNESE E PROGNÓSTICOS DO EMOCIONAL DO CLIENTE SEGUINDO O PARADIGAMA VIGOSTKYANO. 

O paradigma vigostkyano: de diagnóstico - intervenção - prognóstico, oferece ao TH uma dinâmica de trabalho muito rica. Seu descobrimento da Zona de Desenvolvimento Próximo na área da pedagogia deixou aos terapeutas muito mais otimistas e hoje além de que o Império Socialista Russo não existe mai, não podemos esquecer e deixar de valorizar as descobertas deles na sua urgência de construir um mundo melhor e mais participativo. Todos nossos clientes têm essa zona já que é uma descoberta reconhecida pela OMS. Ter conhecimento dela e de suas infinitas possibilidades permitem ao terapeuta enriquecer sua intervenção com o cliente e muito mais, reduzir o tempo de intervenção, obtendo resultados mais imediatos que sei bem, o cliente se recupera mais rápido e, é um cliente que perdemos e nos indicará outros já que pela minha experiência pessoal nossos melhores marqueteiros são nossos próprios clientes. Eu tenho o costume de chamar: Marketing de boca a boca. Para a DTH a descoberta da ZDP de Vigostky é muito importante no sentido de que as pessoas que chegam a nossos consultórios são muito carentes e bem muito contaminadas cheias de limitações que elas mesmas colocaram em sua cabeça é uma barreira contra a qual temos que lutar no dia a dia já que DTH pela complexidade que vão alcançando os movimentos e por ser uma terapia de grupo onde a cliente pode se frustrar pelos progressos das outras e não compreender suas limitações e se desenvolver no grupo com elas, sofrem o perigo de desistir. 

7 - OS RITMOS LATINOS E CARIBENHOS: SALSA, SAMBA, BOLERO, RUMBA, GUAGUANCÓ E SUA RELAÇÃO COM OS NOSSOS ARQUÉTIPOS. NOSSOS ANCESTRAIS AFRICANOS. 

Quando eu falo do Brasil estou me referindo ao marco estreito da cidade de Palotina onde moro faz oito anos, aqui desempenhei minhas experiências profissionais. Por "isso sempre nas palestras e no meu livro em português uso o termo "Impressão" O seja, "Impressão diagnóstica, cultural, social etc."

Na cidade onde moro nos seus ancestrais culturais predominam as culturas: alemã e italiana, falar de arquétipo no sentido clássico junguiano não é tão compreensível  e  

de fácil aceitação. Mas, quando a gente fala dos ancestrais do povo de Bahia o nordestino, é outro o assunto (Os ancestrais africanos). Um empobrecimento da visão cósmica de Deus e sua presença, essa "Energia de fundo" (Que muito bem aborda Boff na sua literatura teológica e latino-americana) Que nos capacita para acolher a Deus em todas as coisas, é muito limitada e empobrecida pela falta de cultura e o fanatismo religioso de alguns que querem cosificar a DEUS. Além de que no ano 2004 alguns pseudo-terapeutas holísticos tinham deixado a cidade no espanto (todo ao contrário que logo após conheci no SINTE)

Nessa realidade tive que colocar os ritmos latinos que eram aqueles que conheciam para começar meus projetos e tornar conhecido meu trabalho, era minhas ferramentas terapêuticas de como me projetar profissionalmente nessa área. Tudo começou com a músicaSimbalaiê da cantora Maria Gadú e os movimentos de braços semelhante Yemaya (o uso do port de bras e suas ondulações) Uma coincidência significativa já que Filipo Taiglione o mestre do balé quando desenvolveu este movimento nas suas bailarinas não tinha conhecimento das danças africanas (ele era Frances e não viajou a África). Todo muito bem explicado pelo Jung nos seus estudos da sincronicidade.

Então tive que explicar para elas conceitos como politeísmo e revelar que as danças caribenhas dançadas durante quase três anos vinham dessa cultura que elas rejeitavam por se sentir traindo sua religião: conga, rumba, guaguancó não são outra coisa que a imitação dos movimentos do Deus Xangó. Estes bailes nascidos em Cuba se espalharam muito rápido pelos países do Caribe e deram origem ao "Ritmo Salsa" hoje dançado no mundo e que até um Congresso Internacional anualmente se celebra em São Paulo.

Explicar a elas a história da musica Simbalaiê foi muito significativo já que a maioria após da experiência tiveram muitos insight e após de voltar das vivências conseguiam ver o mar, os barquinhos, os pescadores,... E saíram da técnica muito, mas relaxadas e tirando um maior proveito depois na DTH no momento de dançar a música.

Ao respeito de Simbalaiê:  

"Shimbalaiê é uma canção da cantora Maria Gadú do seu álbum homônimo. Lançada como primeiro single, em agosto, a canção foi incluída na trilha sonora da novela Viver a Vida e, a partir daí, se tornou um sucesso pelo Brasil inteiro.

A canção foi sua primeira composição, composta aos 10 anos de idade, que segundo a cantora, foi feita no momento do pôr do sol em uma praia quando ela estava sozinha olhando o feito e sem o violão. Afirmando que "Shimbalaiê" foi uma espécie de susto e que não gostava tanto de escrever (em forma de composição), assim Maria Gadú só voltou a compor 9 anos depois.

-"Eu só  estava descrevendo uma paisagem."

A cantora afirma que a palavra não tem nenhum significado, mas na verdade a expressão deriva de um dialeto africano.

Existem várias formas de se escrever, no entanto, a forma correta é Ximbhalaijè, que poderia ser traduzida assim: Ximbha (natureza, meio ambiente) - Laijè (alma, deus, espírito)".

Nossa condição de Holísticos tem também que priorizar a parte CULTURAL l do cliente algo a sugerir nas NTSV porque o brasileiro não tem hábitos de leitura e o país tem o lugar 53 em desenvolvimineto educacional mundial, então a ignorância pode conspirar contra as interpretações de nosssas técnicas. Nesse sentido temos que ficar bem de plantão para ter sempre uma resposta convincente na ponta da língua. 

8 - O MÉTODO E, ALGUNS EXEMPLOS: 

No meu canal: Z1957A, em Youtube se podem encontrar alguns exemplos das DTH (com músicas com texto e sem texto compreensível ou não). Quando trabalho música em espanhol antes dou uma folha com a tradução do texto ao português para que elas tenham idéia da mímica a imitar como neste primeiro exemplo de uma das músicas que além de ser interpretada em espanhol me tem acompanhado sempre e com muita aceitação: 

  1. O despertar música da cantora e compositora Liuba Maria Hevia (cubana)

http://www.youtube.com/watch?v=L1BwHBRE2X4 

Muito importante esclarecer que o uso da bola de pilates só esta em função da dança, não como meio de treinamento físico e assim respeitar as NTSV. 

  1. Uma salsa: A do biquíni vermelho, a compreensão do texto não é o que importa, é o movimento fogo (cor vermelho) e o trabalho da lateralidade direita e esquerda com a bolinha que tem na mão em função do equilibro. Estes exercícios vão direcionados a prevenir o MAL do Alsaimer.

http://www.youtube.com/watch?v=xfpd12XCzGs 

  1. Felicidade musica que seus movimentos e compreensão do texto viraram uma coreografia para torcer pela Copa do Mundo com o predomino da cor verde (o movimento madeira) mostra como elas se expandem fazendo uso do espaço e dos movimentos circulares.

http://www.youtube.com/watch?v=JD3JfqiNW6Q 

  1. Música: Quero-te, um texto poético do Mario Benedetti, um dos poetas uruguaios mais conhecidos na contemporaneidade o texto foi musicado por Alberto Fávero e o interprete é o cantor Jairo (ambos argentinos). Os movimentos direcionados ao movimento metal (cor branca). Condensados, leves, em movimentos circulares mais avançados enfrentando o desafio de dos círculos já que o texto expressa a unidade e a solidariedade em grupo, cotovelo com cotovelo para ser, muito mais que dois!

http://www.youtube.com/watch?v=PbXxIFe84Us 

 

9 - CONCLUSÕES: 

A DTH em Cinco Movimentos é uma terapia alternativa de grupo que auxilia o trabalho do TH como complemento de seu trabalho no consultório. Insere ao cliente num grupo e trabalha a socialização e os laços interpessoais. A diferença de outras técnicas corporais aplicadas no Brasil a DTH em Cinco Movimentos compromete a área cognitiva da personalidade além da afetiva porque se trabalha a compreensão dos textos músicas desenvolvendo e ativando os processos do pensamento: análise, síntese, comparação, generalização e abstração. Por isso é preventiva na ordem de doenças mentais futuras a da própria terceira idade dependendo da faixa etária do cliente, doenças como o Mal do Alzheimer, isquemias, paralises cerebrais e faciais etc. Dos grupos de DTH se formou um subgrupo de Dança Contemporânea da Terceira Idade: EMANUEL. Temos participado de quatro festivais nacionais e três internacionais e durante meu intercâmbio com outros terapeutas que aplicam a técnica não descobri nenhum que na sua abordagem trabalhe as áreas cognitivas da personalidade. Nosso grupo já tem dez prêmios (seis primeiros lugares, três internacionais e três no Brasil, e quatro segundos lugares três no Brasil e um internacional). 

10 - BIBLIOGRAFIA: 

* Boff, Leonardo. - O terapeuta do deserto.

-O tempo da transcendência. Editoras Vozes

* Vieira Filho, Henrique. O corpo como portal do conhecimento. Conferências tomadas do curso de Holística Turma 2008: Terapia Holística, Marketing assim como as NTSV. CONAN, Conselho Nacional de Auto-Regulamento e Normalização Voluntaria, São Paulo - SP - Brasil

* L.S. Vigostky. Pensamento e Linguagem. Editorial Povo e Educação, Cuba.

* Reich fala de Freud, Editora Moraes.

* Guerra Ramiro. Eros baila: Dança e sexualidade. A Havana, Editorial Letras Cubanas

Autor: : José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913
Última atualização: 03/06/2011 07:49


Aula - Comunidade de Estudos Avançados

Aula de Psicoterapia - Comunidade de Estudos Avnçados em Terapia Holística PSICOTERAPIA NA ABORDAGEM HOLÍSTICA - Associando técnicas milenares à psicanálise moderna

PSICOTERAPIA NA ABORDAGEM HOLÍSTICA

Associando técnicas milenares à psicanálise moderna

Henrique Vieira Filho

Terapeuta Holístico – CRT 21001

SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

Resumo:

A Psicoterapia é parte integrante do atendimento na Terapia Holística e um de seus maiores diferenciais em relação a outras profissões correlatas. Em publicação recente, já destacamos que uma das formas mais práticas e eficientes de introduzir a proposta em consultórios é a implementação de técnicas básicas de Aconselhamento. Outrossim, para este momento, a proposta é a de incrementar a idéia inicial, somando a esta outras formas de abordagens psicoterápicas, em especial, algumas correntes básicas da psicanálise.

Na transcrição, incluiremos paralelismos entre as idéias de Freud, Reich e Jung e as tradições terapêuticas milenares, mostrando que existe compatibilidade entre todos, passíveis de serem sintetizadas em procedimentos de consultório dos Terapeutas Holísticos.

Introdução:

A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras. Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem “científica-reducionista-elitista” cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem “empírica-holística-acessível” de nossos ancestrais xamãnicos. A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do “cientificismo”, mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes. Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a “alma”, desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se “dissolvem espontaneamente” no decorrer destes procedimentos (método catártico).

A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte “inacessível” de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( “eu”) e Censor (“juiz” do Ego, o Ego “Idealizado”).

Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Psicoterapia no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, nome moderno que se dá àquilo que tão bem já praticavam nossos antecessores sacerdotes-xamãs.

Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.

Material e Metodologia:

1. Definições

ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao “molde-informação” de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um “Ancião Sábio”, que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

"INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

2. Procedimentos

ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

Na sequência, abordaremos algumas opções complementares:

Análise de Sonhos:

Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ...”o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro”... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as “chaves” transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado “o sono sagrado”, onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de “sonho acordado”, muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão “científico”. Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, “a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma”. Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma “auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material “espontâneo” que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a “dramatização”, onde a pessoa “encarna”, um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura “incorporada”. Outra ferramenta de interpretação é a “ampliação” do sonho, onde se é estimulado para “prolongar” o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de “ampliação” é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que “ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico”. O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.

Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

Do mesmo modo como “evocamos” os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma “lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais “pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram “especializações” funcionais, “desenhando-se” no holograma certos “caminhos” bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa “tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. “Mapeando” esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos “meridianos” de Acupuntura, na China milenar, e os “chacras” na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a “circulação” energética, induzimos à “circulação” das informações psíquicas, ocorrendo os chamados “insights” (“flashs”, lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que “digerir”, compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro “equilíbrio energético”. O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

Regressão:

Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

Progressão:

Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

Resultados:

Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade.

Discussão:

O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a “imitar” o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE – Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.

Conclusões:

A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

O Aconselhamento, cujo aprendizado é relativamente simples e intuitivo, em especial para quem exerce outras formas de Terapia, é de fácil integração às demais técnicas já adotadas em consultório. Tamanhos são os ganhos tanto para a Clientela, quanto ao Terapeuta Holístico, ampliando exponencialmente o leque de atuação, que este é um caminho obrigatório a qualquer profissional que deseje maximizar seus potenciais e sua realização na carreira.

Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Reichiana e Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui regressão, progressão, vivências, etc...). A própra tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.

Referências bibliográficas:

O Corpo Fala” - Pierre Weil e Roland Tompakow – Editora Vozes;

"Counseling, Santé et Développement” em www.counselingvih.org;

Florais de Bach – Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica” - Henrique Vieira Filho – Editora Pensamento;

Jung e Reich – O Corpo Como Sombra” - Jonh P. Conger – Summus Editorial;

O Microcosmo Sagrado” - 2a Edição - Henrique Vieira Filho – SinteBooks;

Orgônio, Reich e Eros” - W. Edward Mann – Summus Editorial;

O Processo de Aconselhamento” – Paterson / Einsenberg – Martins Fontes 1988;

Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung” - Reis, Magalhães e Gonçalves – EPU – Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks.

Anexos e Apêndices:

1)

Terapia Holística: Ciência ou Arte ?

Yin, Yang... Ciência, Arte...

Aparentes opostos, com certeza, complementares,

ambas somam as faces da moeda do Conhecimento.

...

O conhecimento humano poderia ser dividido entre o conhecimento organizado e o conhecimento ingênuo. O conhecimento ingênuo nada mais seria do que um conhecer intuitivo que pode ter algum grau de reflexão, mas de que certo modo só pertence àquele ser que o percebeu e que sobre ele refletiu. É uma forma de conhecimento muito pessoal. Já o conhecimento organizado nos propicia o surgimento da própria civilização. Esse é o conhecimento registrado, que pode ser transmitido para outras pessoas sem a presença daquele que o desenvolveu, e que se despessoaliza no sentido de criar uma cultura, que pode se realimentar para criar conhecimentos novos, e mais sofisticados.

Dentro do conhecimento organizado podemos encontrar uma nova subdivisão: ciência e arte.

...

Textos extraídos de www.ricardohage.com/artigos/estetica.pdf

A Ciência aplica a lógica formal e metodologia, resulta de uma atitude consciente em direção ao entendimento e um esforço fundamental de comprovação, objetivando a intervenção no que se conveniou chamar de realidade. Já a Arte, atua sobre uma lógica subjetiva, isenta de compromissos com a verificação e nasce de uma atitude inconsciente do ser humano, que no geral quer deixar sua marca nessa mesma realidade.

Com o advento da Modernidade, a sociedade ocidental pautou-se por uma crescente racionalização, assumindo a Ciência como o fundamento geral de nossa orientação no mundo. Nossa civilização passou por uma ditadura religiosa, onde os dogmas da Igreja constituiam a verdade inquestionável, para um atual estado de ditadura científica, na qual confundem aquilo que a Ciência não consegue explicar, como sendo algo impossível de existir.

A Terapia Holística, que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, possui sua própria lógica singular, muito mais para a subjetividade da Arte, do que para a objetividade da Ciência. Os resultados obtidos pelos Terapeutas Holísticos não cabem nos moldes da pesquisa científica tida como “oficial”, resultando daí, ter sua validade e eficácia injustamente questionadas. Na Idade Média, milhares de nossos antecessores tiveram que negar suas práticas, ocultar seus conhecimentos, esconder suas poções, enfim, renunciar às suas essências (em vários sentidos...) para escapar das fogueiras da Inquisição. Ainda traumatizados com a perseguição histórica, nos tempos modernos, novamente renegam suas origens, tentando sobreviver à inquisição do que se convencionou chamar Ciência. Submetendo-se ao julgo de seus atuais algozes, a Terapia Holística perdeu parte de sua identidade, abrindo mão de seu linguajar, de seus fundamentos, gerando um sincretismo que não surtiu o efeito desejado. Incabíveis em tubos de ensaio, ao tentar “discursar em língua estrangeira” (“cientificês”...), a maior parte das técnicas terapêuticas milenares soaram ainda mais estranhas aos donos da verdade oficial e aí sim foram condenadas, de vez, às fogueiras purificadoras dos dogmas de laboratório. Algumas técnicas tiveram destino ainda mais cruel: tanto abriram mão de suas origens, tanto se adaptaram, que correm o risco de se transformar em “monstros transgênicos”, produtos artificiais adequados aos padrões de consumo “oficial”. A Terapia Tradicional Chinesa, por exemplo, se perder sua alma, transformará seus praticantes em meros espetadores de agulhas, máquinas automáticas de aplicações de tabelas... Já a Fitoterapia, se perder suas “raízes”, será mais um serviçal da indústria de patentes, do que ao bem-estar de seus adeptos.

Yin e Yang... noite e dia... ciência e arte... faces alternantes de um mesmo fenômeno. Em algum momento no tempo, a Terapia Holística será Ciência, também. No presente, há que ser percebida, compreendida e aceita como ARTE, pois esta é a faceta que agora se mostra. E se valoriza ! Afinal, enquanto a Ciência é inconstante e temporal (o que é fato científico hoje, pode ser a falácia teórica, amanhã...), a Arte é eterna... Resgatemos a auto-estima de nossa profissão, nossa herança milenar e assumamos que

A Terapia Holística é a ARTE da Qualidade de Vida !

2)

A História da Terapia Holística

Em todo lugar e em todas as épocas,

sempre existiram Terapeutas Holísticos”

(paráfrase sobre texto de 1986,

do historiador alemão Werner Jaeger,

uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico – de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico – de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

...

O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

...

O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

...

Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por “sincronicidades”, por “sinais”, cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este “status”, o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os “iniciados” compreendiam as “instruções” incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História “ocidentalizada” registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem “científica”, ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro “médico”, já que estabeleceu “doenças” como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo “desmembramento de seus componentes”. Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de “doenças” que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

Referindo-se a Galeno e suas consequências:

...

Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

...

Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,

de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente

do Departamento de Clínica Médica

Universidade Federal de Uberlândia

Paralelamente a este “movimento separatista elitizado”, continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem “científica” e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o “consolo espiritual” da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

...

Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

...

Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência “exata”...

...

De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a “desumanização” do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte –-importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva – da questão.

A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas – a história, a filosofia, a literatura e a psicologia – não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

...

Texto extraído de “A (re)humanização da medicina”,

de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada “Revolução Aquariana”. Movimentos “hippies”, de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura “científica”, onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais “científico”. Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas “traduzidas” para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.

Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
Última atualização: 06/05/2008 14:13


Aula de Terapia Floral de Bach - Comunidade de Estudos Avançados

Aula de Terapia Floral de Bach - Comunidade de Estudos Avançados
Henrique Vieira Filho
CRT 21001
Terapeuta Holístico

Resumo

De modo prático e objetivo, abordaremos a Terapia das Essências Florais de Bach sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade.

As incríveis "coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como Floral torna o aprendizado lúdico e prático.

 

Introdução

Esta abordagem da Terapia Floral propõe-se a preencher uma lacuna deixada perante a dificuldade de explicar "cientificamente" a atuação das essências florais, aplicando a Teoria Junguiana da Sincronicidade para teorizar sobre o porque cada determinada flor atua para determinada emoção especificamente.

Por exemplo: por que a essência floral Mimulus atua nas fobias e não em outro tipo de emoção? Por que o Holly intervém em casos de raiva, em vez de tristeza? Munidos basicamente de explicações generalizadas, e não relativas a cada floral em particular, o público tinha que se contentar com uma resposta do tipo: "porque foi assim que Bach intuiu", quase um "porque sim!".

Sabendo de antemão que os métodos de pesquisa científica ortodoxos em pouco elucidariam essas questões, procurei e encontrei as respostas na Sincronicidade (teoria junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos). Fazendo um levantamento sobre os deuses e lendas ligados a cada uma das plantas de o­nde se extraem as essências florais de Bach, descobri as "grandes coincidências" entre essas histórias e o momento emocional no qual o floral está apto a atuar. Fora isso, as características de comportamento de cada planta (o modo como cresce, seus terrenos preferidos, suas cores, etc.) correspondem exatamente ao tipo de pessoa à qual a sua essência floral poderá ajudar. E, por mais estranho que pareça a quem não está familiarizado com a idéia da sincronicidade, até mesmo a etimologia dos nomes das plantas já nos esclarecem para que elas servem. Somando-se a isso, pesquisei o uso fitoterápico tradicional desses vegetais, em especial sob o enfoque milenar chinês dos Cinco Movimentos e constatei que, além de seu uso para o equilíbrio de determinados sintomas físicos, tais plantas já eram usadas, sob a forma de chás, para as mesmas emoções para as quais Bach intuiu suas essências. Tais informações tornam esta obra útil tanto àqueles que estão se iniciando no estudo da terapêutica floral como, também, aos mais experientes, inclusive aos pesquisadores de novas essências florais, os quais têm agora mais um fio de meada a ser pesquisado, ou seja, a teoria da sincronicidade de C. G. Jung.

Material e Metodologia

As essências florais não são nem alopatia, nem homeopatia, nem fitoterapia. São compostos energéticos cujos princípios ativos não são químicos, mas eletromagnéticos. Sua proposta é predominantemente preventiva e atuam através das questões emocionais. Criado pelo inglês Edward Bach no início deste século, o novo sistema tinha por princípio "... tratar a personalidade e não a enfermidade..." Devido a traumas e repressões, conscientes ou inconscientes, passamos a negar certos desejos, emoções e acontecimentos, tentando mantê-los longe da lembrança, criando máscaras ou véus que encobrem o verdadeiro "eu". Tais atitudes, a princípio, são uma boa defesa, pois diminuem momentaneamente o sofrimento emocional.

Entretanto, se tentarmos manter indefinidamente bloqueado o acesso a determinados fatores psíquicos que nos são dolorosos, arcaremos com um alto preço: a somatização, ou seja, passaremos para o corpo tudo aquilo que tentamos esconder do nosso consciente.

Desse modo, as chamadas "enfermidades" não são vistas como um mal em si, nem como meros acasos, mas sim como verdadeiros avisos que inconscientemente passamos para nós mesmos de que algo falta ser compreendido.

Enquanto não resolvermos este algo, não será possível reverter verdadeiramente o desequilíbrio. Sem que haja a ampliação da consciência, todo e qualquer tratamento, por melhor que pareça, será um mero paliativo, mascarando e retardando os sintomas ou, ainda, simplesmente desviando a manifestação da desarmonia para outra parte do corpo. A Terapia Floral é totalmente centrada no indivíduo, sendo a sua atuação voltada para as emoções conscientes ou que estejam muito à superfície, ou seja, bastante evidentes. Trata, assim, a terapia floral, de nossos véus, de nossas máscaras, nossas Personas.

Para a ciência convencional, um remédio só é eficaz se tiver sua ação terapêutica explicada pelas substâncias nele contidas. Ao fazer-se uma análise química de uma essência floral, lá só encontraremos água e conhaque, o que não poderia explicar a sua ação terapêutica. A partir daí, acusa-se a técnica floral de ser apenas um placebo, ou seja, funciona apenas se quem a usa sente-se sugestionado pelo seu suposto efeito benéfico.

Segundo estatísticas da própria ciência, o chamado efeito placebo (auto-sugestão) só funciona em 30% das pessoas. Na prática, as essências florais têm efeito nítido em quase todos os casos, ultrapassando em muito a estatística esperada caso fosse apenas auto-sugestão. Essa hipótese dilui-se cada vez mais ao observamos os ótimos resultados em indivíduos com deficiências mentais, inconscientes e, até mesmo, em animais e plantas. A verdade é que a Química não é a ciência adequada para analisar o floral. Melhor seria se fosse a Física, pois o poder de atuação das essências não é químico, mas talvez, eletromagnético.

Edward Bach abandonou os métodos científicos e descobriu para que servia cada flor graças à paranormalidade. Tomando contato com as plantas e intuindo em quais emoções elas atuariam, elegeu as suas 38 essências florais. Elas são extraídas por métodos simples e naturais. As plantas devem nascer espontaneamente, ou seja, não são cultivadas. No auge de sua vitalidade, a flor é colhida e mergulhada em recipiente com água da própria região. A seguir, fica exposta por algumas horas ao sol ou, em alguns casos, passa por uma leve fervura. Todas as flores assim colhidas são, então, engarrafadas e conservadas em conhaque. Cada uma delas adequa-se a uma situação emocional arquetípica, como o medo, a raiva, a tristeza, etc. Em alguns casos, há diferenças mais ou menos sutis de indicação entre uma essência e outra. É o caso, por exemplo, entre o Mimulus, essência para medos concretos, bem definidos, fobias, timidez, e o Aspen, também para medos, só que vagos, desconhecidos, pressagiosos. Sabendo-se para o que cada um dos florais é indicado, faz-se uma avaliação do quadro emocional consciente e escolhem-se de uma a no máximo seis essências colocadas, geralmente, num vidro âmbar de 30 ml com um terço de conservante, preferencialmente conhaque. Na falta deste, podese empregar vinagre. Completa-se o volume do frasco com água mineral. O conservante pode estar ausente, desde que não se permita a estagnação da água. De cada floral escolhido são utilizadas apenas 2 gotas, exceção feita ao Rescue Remedy, do qual se usam 4 gotas, pois, na verdade, não é bem uma essência, mas uma mistura de flores. Tomam-se 4 gotas da fórmula diretamente na língua, no mínimo de 4 ou 6 vezes ao dia, podendo-se reforçar o efeito tomando-se 1 gota por minuto em momentos agudos até que ocorra a melhora. Podese usar externamente misturando-se 4 gotas à água de banho e compressas, ou, ainda, em óleos de massagem e cremes. O chamado Creme de Bach, que já vem com as essências Rescue Remedy e Crab Apple, é vendido pronto para uso.

O uso contínuo dos florais levará a pessoa a uma melhor compreensão de suas emoções, e permitirá o aflorar de um material psíquico mais profundo. Amplia-se, assim, o autoconhecimento, numa espécie de "psicoterapia líquida" que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações. Ao ocorrer uma alteração no quadro emocional, muda-se também uma ou mais das essências escolhidas para que haja uma adequação para o novo momento. Geralmente, isso ocorre num intervalo de uma a quatro semanas, o que exige uma constante auto-avaliação.

No caso de se estar sob orientação profissional, deve-se retornar ao menos uma vez por semana para novas consultas.

 

Sabendo de antemão que os métodos de pesquisa ortodoxos em pouco elucidariam essas questões, encontrei as respostas na Sincronicidade (teoria junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos).

Fazendo um levantamento sobre os deuses e lendas ligados a cada uma das plantas de o­nde se extraem as essências florais de Bach, descobri as "grandes coincidências" entre essas histórias e o momento emocional no qual o floral está apto a atuar. Fora isso, as características de comportamento de cada planta (o modo como cresce, seus terrenos preferidos, suas cores, etc.) correspondem exatamente ao tipo de pessoa à qual a sua essência floral poderá ajudar. E, por mais estranho que pareça a quem não está familiarizado com a idéia da sincronicidade, até mesmo a etimologia dos nomes das plantas já nos esclarecem para que elas servem.

Somando-se a isso, pesquisei o uso fitoterápico tradicional desses vegetais, em especial sob o enfoque milenar chinês dos Cinco Movimentos e constatei que, além de seu uso ara o equilíbrio de determinados sintomas físicos, tais plantas já eram usadas, sob a forma de chás, para as mesmas emoções para as quais Bach intuiu suas essências. Tais informações tornam esta obra útil tanto àqueles que estão se iniciando no estudo da terapêutica floral como, também, aos mais experientes, inclusive aos pesquisadores de novas essências florais, os quais têm agora mais um fio de meada a ser pesquisado, ou seja, a teoria da sincronicidade de C. G. Jung.

Um Pouco de Jung

Precisaremos, neste ponto, elucidar alguns termos básicos utilizados na terapêutica junguiana.

Arquétipos, por exemplo, representam um conceito tão difícil de explicar como o Tao, ou Deus, pois são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva). Tais motivos foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, constatamos seus efeitos quando se manifestam na consciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, como Símbolos, melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido. Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contatada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifesta na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ou molde-informação de um cristal. Ao formar-se, o cristal obedece a um padrão de forma predeterminado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma.

Mesmo assim, ele predetermina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém, que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas. É muito mais um desejo, que, como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez existiu um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse. O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias e moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

Símbolo é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Vários significados são atribuídos a cada flor individualmente, mas, no geral, as flores simbolizam o princípio passivo, o feminino por excelência. Corresponde ao yin chinês. O cálice da flor é o receptáculo da atividade celeste (yang), que como uma taça, é capaz de receber a chuva e o orvalho, símbolos de tudo o que vem dos céus e nos influencia. Para o Taoísmo, em especial noTratado da Flor de Ouro, a flor é o símbolo da conquista de um estado espiritual elevado. A floração é o resultado da alquimia interior, é o retorno ao Centro Espiritual (alma), também conhecido por estado primordial. Para os antigos celtas, a flor é o símbolo da instabilidade essencial de toda a criatura, voltada a uma perpétua evolução e, em especial, simboliza o caráter fugitivo da beleza. Este sentido se reforça pela figura lendária chinesa de Lan Tsai Ho, que carregava uma cesta de flores para melhor estabelecer o contraste entre sua própria imortalidade e a efêmera duração da beleza e dos prazeres. Ainda entre os antigos chineses, a flor é um dos símbolos do chamado Movimento Madeira, vinculado à primavera e à expansão. Assim sendo, é de se supor que a Flor, como representação do Yin, seja capaz de nos levar, por similaridade, a travar contato com outros símbolos femininos, além de nos tornar receptivos à ação de seu complemento, o Yang. A profundeza de nosso ser, nosso inconsciente e todo o material psíquico reprimido e por conseqüência corporificado, são classificados numa visão milenar como Yin. Na terapia junguiana, essa porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra (Yin). Seu par complementar é a Persona, classificada como Yang. É a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. O uso das essências florais yin atuará diretamente em seu oposto, yang, assim como o negativo atrai o positivo. Sua atuação será, portanto, em nossas Personas, nossos aspectos conscientes, e nos véus com que nos apresentamos perante o mundo. Esse contato com a Sombra trará à luz a consciência, ou seja, o material psíquico reprimido que a constitui. A Flor, como símbolo do receptáculo do que vem dos céus, explica por que as essências florais nos levam a receber as intuições e insights provenientes de nosso Céu Interior que é nossa essência divina. Torna-se também mais nítida a lembrança dos Sonhos, verdadeiro manancial de informações sobre nossa essência e elo de ligação entre o inconsciente e o consciente. As flores, representação de tudo o que é transitório e efêmero, levam-nos rapidamente a uma mudança de um quadro emocional para outro. Por também simbolizar o Movimento Madeira chinês, cuja orientação é a de expansão e de aflorar de nosso ser, de nossos sentimentos, as essências florais nos levam a tomar contato com as informações sobre nosso eu, juntamente com a sua carga emocional correspondente. A informação fria e simples, a compreensão puramente racional de alguma realidade psíquica dificilmente terá força suficiente para mudar nossas vidas. Entretanto, se a informação vier acrescida de emoção (do latim e-xmovere = mover para fora), aí sim haverá potência para movernos, mobilizarnos para uma expansão pessoal.

Instâncias Psíquicas e Constelação Arquetípica

Instâncias Psíquicas são como "indivíduos dentro do indivíduo". São Complexos, isto é, grupos emocionalmente carregados de imagens ou idéias comandados por uma imagem arquetípica aos quais Jung atribuiu a formação de parte da estrutura psíquica funcional. Exemplos de instâncias psíquicas: Sombra, aquilo que somos, mas ignoramos ser; Persona, aquilo que somos em função dos outros; Anima, nossa porção feminina; Animus, nosso lado masculino; Plenitude, o que somos, porém, ainda não realizado; Self, o que somos como aspiração da totalidade.

Eis alguns exemplos de arquétipos: Deus representa o imutável, o imortal, o poderoso, a fonte de toda a energia de realização; o Mal, força que se opõe à realização, o adversário; a Grande Mãe, a geradora, o mutável, o móvel, a permanência na transformação; o Ancião Sábio, o saber ancestral que não foi alcançado pela aprendizagem, mas pela revelação; Incesto, tendência a voltar às origens, às aspirações regressivas; Mercúrio, a sabedoria que está por aflorar; Morte e Ressurreição, transformação; Ciclos, tudo se repete e está governado por ritmos; Paraíso Perdido, estado de plenitude e felicidade absolutas perdido devido ao pecado; Criação do Mundo, o mundo foi criado no passado por obra divina; Criança, permanência do indivíduo em estados infantis; Salvador, anseio da humanidade por uma redenção através de um ser superior que nos restaure o paraíso perdido; Unidade, complexo psíquico inconsciente de retornar à unidade perdida; Hermafrodita, união dos contrários num novo nível de consciência; Dualidade, representa o que está em movimento, capaz de gerar vida nova; Pedra Filosofal, a transformação alquímica do sujeito, sua aspiração à imortalidade e sabedoria; Batismo, uma nova oportunidade de realizar-se; purificação; Fim-do-Mundo, a transformação por meio de um holocausto; Afrodite, esquema do amor sensual e da inconstância; Herói, o indivíduo escolhido para uma missão transcendente.

Florais de Bach e suas Imagens Arquetípicas Associadas: serão abordadas cada uma das essências florais de Bach, em ordem alfabética, sendo sempre destacados os aspectos históricos, as lendas, tradições culturais e até mesmo os nomes científicos e populares, cores e formatos das plantas, comprovando o quanto estes aspectos são significativos por estarem em Sincronicidade com as funções terapêuticas de cada floral, constituindo-se em uma considerável fonte de informações. Na verdade, este mesmo método descritivo foi a solução encontrada pelas culturas milenares de preservarem e difundirem seus conhecimentos sobre as plantas, transmitindo sua sabedoria, geração após geração, da forma mais lúdica possível e que neste livro nos auxiliam a gravar a aplicação prática de cada essência, pela associação imediata que fazemos, já que as imagens arquetípicas são parte de nosso inconsciente coletivo.

Incluiu-se, também, ao final de cada explanação, o uso fitoterápico tradicional correspondente às plantas utilizadas por Bach para suas essências florais. Interessante destacar que sob a forma de chás, compressas e similares, essas plantas já eram utilizadas para inúmeros fins terapêuticos, inclusive, pela Terapia Tradicional Chinesa, cujo raciocínio através de cores, sabores e aromas determinam a utilidade de cada planta. Como poderão constatar, já era de conhecimento universal a utilidade das plantas selecionadas por Bach, cabendo a este o grande mérito de codificar um método prático e natural de extrair e utilizar suas propriedades terapêuticas, aliás de modo semelhante ao aplicado por algumas tribos indígenas brasileiras, que utilizam folhas e flores mergulhadas em cumbucas com água, expostas sob o sol, para preparar suas poções.

 

Agrimony

Agrimônia, Agrimonia eupatoria

Seu nome vem do latim acre ou agri que significa ácido, azedo, camponês, rude, violento. Possui a mesma raiz de agredir, agressão. Eupatoria, do grego eupatórion e do latim eupatorium, tem a ver com eupatia (resignação, paciência). Esta nominação se deve ao rei Mitridates Eupátor, que introduziu oficialmente o uso terapêutico dessa planta. Seu sobrenome significa "de bom nascimento, de pai ilustre". Isto traz uma situação de convivência de opostos no nome dessa planta que encontra sincronicidade com a utilização de seu floral, útil para aqueles que disfarçam seus tormentos sob a forma de bom humor, dissimulação, muitas vezes necessitando de estímulos excitantes variados, tais como festas, bebidas, tóxicos, etc., para que consigam dissimular seu verdadeiro estado. Sua cor verde, representativa da bílis, da raiva e do Movimento chinês Madeira (associado à extroversão), é tão forte que, na antiguidade, seu pigmento era usado para tingir lãs e peles, disfarçando a verdadeira natureza da roupa. O tipo Agrimony de Bach atua de forma semelhante, uma vez que dissimula aquilo que realmente sente, ao manter na superfície uma aparência de que está tudo bem. Costuma nascer à beira de estradas e possui frutos que, tal qual a Bardana, com a qual é comumente confundida, tem muitos ganchos que aderem às roupas dos transeuntes. Isso reflete, mais uma vez, as características de personalidade às quais o seu floral se adequa. Trata-se da pessoa muito sociável e que evita ficar só, para que não tenha chance de pensar profundamente em si mesmo e assim contatar seus tormentos interiores. Citada nos escritos de Plinio e Dioscórides ("EupatoriadosGregos"), essa planta era dedicada a Atenas (Minerva), deusa da vitória pela sabedoria e pela verdade. Nascida de uma machadada na fronte de Zeus (Júpiter), essa deusa simboliza o resultado da intervenção social na consciência individual, "...a síntese pela reflexão... a inteligência socializada...". Em seu escudo está a cabeça da Medusa, espelho da verdade, que mostra aos seus adversários as suas verdadeiras imagens. Mais uma sincronicidade com o tipo Agrimony de Bach, que tem que enxergar a sua verdadeira face, tomar contato com a sua realidade interior, digeri-la, assimilá-la e aprender a usar seu potencial não só em superficialidades, mas também nas profundidades de si mesmo para a expansão do verdadeiro eu. O sabor ácidofrio da Agrimônia faz com que atue nos distúrbios Terrayang, ou seja, problemas com o peso, dificuldades de digestão dos alimentos e das idéias, pensamentos superficiais e levianos, especialmente se estimulados com sabor docequente, tais como álcool e guloseimas; Metal-yang, distúrbios intestinais comuns em quem prende as suas raivas e tormentos e prende igualmente a evacuação, tornando-se enfezado, que literalmente significa "cheio de fezes"; e Madeira-yang, distúrbios de fígado e vesícula; exteriorização de superficialidades, problemas de visão, comuns em quem não quer "enxergar a realidade", além de afecções da garganta (somatização daqueles que têm muitas questões "entaladas na garganta").

Aspen

Choupo, Álamo, Faia preta,

Populus tremula, Populus nigra

Originário da Europa e Ásia, no Brasil é cultivado na região Sul o choupobranco, Populus alba, da mesma família e de propriedades terapêuticas semelhantes. As folhas dessa árvore tremem à menor brisa, assim como as da Bétula, Betula alba, como se um temor secreto as ameaçasse. Dai sua essência floral ser indicada para os que padecem de medos inexplicáveis e vagos, paranormais, pressagiosos.

Uma antiga tradição diz que não se deve revelar um segredo perto do choupo ou da bétula, pois com o sussurrar de suas folhas eles contarão para o vento, que rapidamente espalhará a notícia. Tais plantas são, por isso, dedicadas a Hermes (Mercúrio), mensageiro dos deuses, em especial os do inferno.

Como mediador entre as divindades e os homens, esse personagem mitológico simboliza a capacidade de acesso aos nossos infernos e céus interiores para que obtenhamos respostas àquilo que desconhecemos. Hermes é, portanto, o deus do hermetismo, do mistério e da arte de decifrá-lo.

Com suas sandálias aladas que lhe concediam grande mobilidade, era o deus das viagens, sendo que suas imagens eram comuns nas encruzilhadas dos caminhos para afastar os fantasmas e os perigos. Temos aqui imensas sincronicidades com o floral Aspen, capaz de levar quem o toma a afastar seus fantasmas e medos desconhecidos, trazendo mensagens do "eu superior" para que decifre a origem de seus temores, compreendao-s, aprenda a transcendêlos e a transformálos em ensinamentos e força. Isso é ratificado pelas lendas que dizem ter a cruz de Cristo sido feita da madeira do choupo plantado no paraíso por Seth sobre o túmulo de Adão. Dizse que, após a crucificação, "episódio de fé, coragem e ressurreição", espalharam-se fragmentos da cruz por todo o universo, multiplicando os milagres a ponto de ressuscitarem os mortos. Na Alemanha, a árvore da cruz tem suas raízes no inferno e a rama no trono de

Deus. Nas lendas orientais, as árvores das quais são feitas as cruzes servem como escada para os homens chegarem até Deus.

A cruz é "... o cordão umbilical jamais cortado com o cosmo, o intermediário, o mediador, reunião permanente do universo e comunicação terra-céu, de cima para baixo e de baixo para cima... é a grande via de comunicação...". Tudo isso força ainda mais o aspecto mercuriano do choupo e de seu floral como via de acesso sadio ao inconsciente para despertar a força interior. Entre os antigos chineses, medo e força são como dois lados da mesma moeda, aspectos yin e yang do Movimento Água, de caráter descendente, ligado ao aprofundamento, à sobrevivência, à direção Norte e ao frio. Essa árvore, além de ter folhas sensíveis à menor brisa, possui uma madeira que se toma oca com o tempo. Esse "vazio interior" é indispensável para se ouvir o próprio Eu de o­nde surge a verdadeira força. Pode-se ver isso por suas raízes, que penetram profundamente nos rochedos, e em sua adaptabilidade ao clima frio e à região Norte. Outra conexão com a dualidade medo/força do Álamo é o fato de ser essa planta dedicada a Hércules. Quando Hércules desceu aos Infernos, fez para si uma coroa com seus ramos. O lado das folhas voltado para si permaneceu claro, enquanto que o outro tomou a cor sombria da fumaça, simbolizando a dualidade de todo ser. Curiosamente, essa árvore vive nos lugares úmidos, mas com ela se fazem fósforos (água/fogo). Vários personagens míticos foram transformados em Álamos: as Helíades, por confiarem ao irmão Faetonte a condução da carruagem solar; uma Hespéride, por ter perdido os pomos do Jardim Sagrado; Leuce, transformado por Hades, colocandoo à porta dos infernos para ter perto de si o mortal que amava. Simbolizando os Infernos, a dor, as lágrimas, essa árvore funerária representa as forças regressivas da natureza. A pessoa Aspen precisa aprender a descer aos seus Infernos para descobrir os seus medos e transmutá-los em força hercúlea. Os sabores predominantemente amargo-frio (cascas e folhas) e picante-frio (seiva) dessa planta que contém tanino e salicina, equilibram os problemas Fogoyang (febre, excitação insensata); Terra-yang (excitação psíquica, insensatez); Água-yang (problemas ósseos, delírios) e Águayin (desmineralização, delírio melancólico, medos insensatos).

Beech

Faia, Fagus sylvatica

Árvore européia da família das Fagáceas, a mesma do carvalho e do castanheiro. Pode viver até três séculos formando bosquetes violentamente agitados pelos ventos. O poeta Virgílio, no primeiro verso das Bucólicas, descreve Títiro compondo árias sob a sombra de uma grande Faia. Na verdade, sua sombra é fatal para toda a vegetação herbácea, em especial para a Anemona pulsatilla, que corresponde às pessoas chorosas, dóceis e frágeis. Tais características fazem do seu floral ideal para pessoas arrogantes e excessivamente críticas, que aniquilam os mais frágeis com suas reações intolerantes, assim como a faia que se agita violentamente acaba com a vegetação que lhe está à volta, como se só fossem dignos de

existir aqueles que lhe sejam semelhantes. Suas flores lembram uma coroa, enfatizando o seu ego e seu nome, cuja raiz phagus (latim) ou phagein (grego), significa comer. É a mesma raiz de fagócitos, célula orgânica capaz de envolver e aniquilar micróbios e partículas, e de fagedênico, aquele que corrói as carnes.

Isso salienta a predisposição desse tipo de pessoa para julgar e condenar aos que a cercam, assim como fazem os fagócitos.

Os sabores amargofrio e ácidofrio dessa planta que contém tanino fazemna atuar nos distúrbios Fogoyang (febre, mania, agressividade); Terra-yang (tensão, perda do apetite, pensamentos exaltados, espírito crítico); Madeira-yang (reações alérgicas, agressividade), daí suas propriedades adstringentes, anti-sépticas, aperientes e febrífugas. O uso de seu floral leva a pessoa a atuar como a Faia dos versos do poeta, a qual, em vez de criticar os que estão sob si, inspira-os e os protege com a sua força.

 

Centaury

Centáurea Menor, Fel-da-Terra,

Centaurium umbeliatum, Erytroea centaurium

Também conhecida como ErvadeQuíron, pois era essa planta que o mais sábio dos centauros utilizava para cuidar das feridas de Hércules. Além de cicatrizante, é febrífuga, aperiente e estimulante hepático. Sua flor rosapálido (Erytroea vem do grego erythrós = rubor, vermelho, vinho, sangue) possui cinco pétalas, cujo simbolismo é o da força de vontade superior, o que se realça pelo fato de ser tal planta a que recuperava o poder do herói Hércules. Seu sabor amargo-quente regulariza os distúrbios Madeira-yin (deficiência imunitária, falta de de sejo sexual, inibição); Terrayin (fadiga, obnubilação intelectual) e Metal-yin (febre, dificuldade de movimentar os membros, prostração, tristeza), despertando as defesas, a força de vontade e o poder de raciocínio. Com a flor dessa planta se faz a essência floral Centaury, que serve para aqueles que têm pouca vontade própria e se deixam explorar pelos outros.

Cerato

Cerato, Ceratostigma willmottianna

Planta de origem tibetana, foi levada para a Inglaterra, tendo sido encontrada por Bach em seu próprio jardim. Suas flores azuladas e lilases formam pequenos cones voltados para todas as direções, como querendo "dar ouvidos" a todos. Proveniente do Tibete, terra dona de uma tradicional sabedoria posta à prova pela dominação estrangeira da China, o Cerato torna-se ainda mais alienígena na Europa, o­nde parece duvidar de sua própria capacidade, daí a postura de suas flores, como a querer "ouvir conselhos". Seu floral está em sincronicidade com todos os que têm falta de confiança na própria opinião e se apegam a doutrinas populares, a conselhos e opiniões alheias. A palavra Ceratostigma significa cera ou ungüento feito de cera e outros ingredientes; e estigma, parte da planta adaptada para receber o pólen fecundante. O nome certamente se deve à sua capacidade de fornecer às abelhas os ingredientes para a fabricação do mel e da cera, os quais têm o simbolismo de alimento da imortalidade, da doçura e, em especial, do conhecimento e da sabedoria, tendo dado o dom da poesia a Píndaro e o da ciência a Pitágoras. A Igreja primitiva usava cera para simbolizar a carne de Cristo e com ela modelava pequenos cordeiros que eram distribuídos aos comungantes. A Eucaristia é um rito ligado à operação alquímica da coagulatio, que é a incorporação, por parte do ego, de uma relação com o Self arquétipo do que somos como aspiração da totalidade. A conexão com a coagulatio, processo de transformação das coisas em terra, ou seja, coagulação, concretização de um conteúdo psíquico numa forma localizada particular, se reforça pela doçura do mel e da cera, que incitam o desejo, outro agente desta mesma operação alquímica do elemento Terra ocidental. Pelo sabor doce é feita a inclusão da cera também no Movimento Terra chinês, que significa o centro, o equilíbrio, a sabedoria. Tais simbolismos tornam claro que o floral Cerato leva quem o toma a entrar em contato com o seu "eu superior", despertando a sabedoria interior. Outro significado do vocábulo cerato é córnea, daí as palavras ceratite: inflamação da córnea e ceratocone: deformidade da córnea em forma de cone, cujo significado é ligado ao do olho, símbolo universal da sabedoria e percepção intelectual, ratificando ainda mais a vocação da essência da flor do Cerato. Não há registro nos tratados tibetanos do uso terapêutico do Cerato, mas, devido às suas características específicas de sabor doce-quente, opõe-se aos distúrbios Terra-yin (problemas intestinais, obnubilação intelectual); Fogo-yin (abatimento, timidez, confusão mental, estado estuporoso) e Madeira-yin (inibição da acuidade visual e das decisões, queda da autoconfiança). Possui ainda efeitos tônico-cardíacos, regularizadores, laxativos e estimulantes imunitários.

 

Cherry plum

Cerejeira, Prunus cerasifera

A floração da Cerejeira é um dos espetáculos naturais mais apreciados no Japão. A flor de sakura é o símbolo do ideal cavalheiresco. Efêmera e frágil, que o vento não tarda a levar, é também o emblema adotado pelos samurais para exemplificar a devoção de suas vidas. A cereja em si simboliza o ideal guerreiro e a sua busca da transcendência, pois é preciso romper a polpa vermelha para se alcançar a semente, ou seja, sacrificar o sangue e a carne, a fim de alcançar a pedra angular da pessoa humana. Seus sabores que variam do ácido-frio (adstringente) ao doce-frio (laxativo) cuidam do excesso de ácido

úrico, problemas do fígado e vias urinárias, além de atuar nas questões Madeira-yang (exteriorização das emoções, fúria, etc.); Terra-yang (muitos pensamentos) e Água-yang (tendências passionais). Com a flor da cerejeira se faz a essência floral Chery plum, a qual, por manter o guerreiro voltado para a busca espiritual, é ideal para aqueles que têm medo de soltar-se, de perder a cabeça e tomar atitudes das quais possam se arrepender.

Chestnut bud

Botão do Castanheirodaíndia, Aesculus hippocastanum

Na China antiga, o Castanheiro correspondia ao outono e ao Oeste, sendo plantado sempre voltado para essa direção. Simbolizava a própria Previdência, pois seu fruto serve de alimentos durante o inverno. Aliás, Aesculus pode significar "bom para sustento", ou ainda, carvalho, ou, indo mais além, Esculápio (do latim Aesculopiu e do grego Asklepiôs, que recebeu a terapêutica do centauro Quíron). Hippocastanum seria castanha de cavalo, pois acreditavase que esta planta tratasse qualquer distúrbio dos cavalos. Símbolo inseparável do de cavaleiro com o qual muitas vezes se alterna ou se funde, como nos centauros, o cavalo representa o psiquismo inconsciente, das sombras e da luz, transportando o homem aos mistérios inacessíveis à razão. Os sabores amargo-fresco e picante-fresco das castanhas e ácido-fresco e amargo-fresco das cascas possuem um tropismo para os distúrbios Terra-yang (distúrbios de aprendizado, problemas com circulação) e Madeira-yang (problemas com circulação e de próstata, ansiedade). Do botão da flor do castanheiro se extrai a essência floral Chestnut bud; originas e de um broto "inexperiente", que ainda não desabrochou, um Asclépio ainda aluno que irá aprender a ser previdente como o castanheiro maduro. Esse floral é indicado para quem não aprende com as experiências da vida e repete sempre os mesmos erros.

 

Chicory

Chicória, Chicorium intyhus

Esta hortaliça envolve com suas folhas os pequenos ramos e brotos, sufocando-os e atrapalhando o seu desenvolvimento. Age igualmente com as suas flores azuis, abraçando-as como que querendo-as só para si. Se o seu eixo central fordobrado, os brotos e as flores desabrocham e mostram o seu verdadeiro potencial. Seus sabores amargo-quente com tropismo Terra e amargo-frio com tropismo Água são normalmente utilizados como aperientes, tônicos, diuréticos, remineralizantes, antifebris, harmonizadores do fígado. As flores são utilizadas em casos de irritação dos olhos. Suas propriedades amargo-quente aumentam a excitação e trazem mais vida. Combatem problemas Fogo-yin, como a melancolia e diminuem os distúrbios Terra-yin, como a obsessão e as preocupações excessivas. Suas substâncias amargo-frio com tropismo Água, diminuem os distúrbios Águayang, como o abuso da autoridade. De sua flor extrai-se a essência floral Chicory ideal para os chantagistas emocionais.

 

Clematis

Clematite, Vinha branca, Barbadevelho

Obs.: existem outras plantas conhecidas por esse mesmo nome, como a Tillandsia recurvata, Clematis vitalba (classificação de Lineo) ou ainda, Coco do levante/Coca do levante, Anamirta cocolus (classificação de Martius)

Trepadeira da família das Ranunculáceas e do gênero Clematis, equivale aos nossos Cipó Una (Clematis dioica variação brasiliana), Cipó do Reino (Clematis campestris) e BarbaBranca (Clematis hilani), pouco citados na literatura fitoterápica por serem narcóticos, venenosos e alucinógenos. Seus frutos não devem ser comidos e suas partes não servem para se fazer chás. A não ser para um cuidadoso uso externo eu não a recomendo, a não ser sob a forma de florais. Talvez por seus efeitos alucinógenos é que, na Europa, a Clematis também é conhecida como Traveller's joy (alegria do viajante). Por tais características, não é de se admirar que sua essência floral sirva, justamente, para aqueles que estão distraídos, desinteressados do presente, fugindo dele por meio de devaneios e "sonhando" acordados. Seu formato de cipó (trepadeira) evoca o simbolismo da ligação primitiva entre o Céu e a Terra, além do amor, pela dualidade com a árvore à qual se enrosca e se atrela. Isso faz com que "aterrisse" o tipo Clematis, fazendo-o descer dos céus "por o­nde está divagando e atrelandoo ao chão", à realidade, dando-lhe ground. Aliás, clematite vem do latim clematite e do grego klematitis, que significa madeira de sarmento, ou seja, rastejante, trepadeira, seca, que serve para o fogo (rastejante: perto do chão, da realidade; fogo: que sobe). A ambivalência se reforça pelos seus frutos que são como vinhas silvestres e

evocam a porção selvagem do simbolismo do vinho, capaz de promover a iniciação e o conhecimento, mas que, como todo ritual Dionisíaco (Baco), por causa da embriaguez, pode dificultar o posterior recontato com a realidade num ego frágil. Devido aos seus sabores picante e azedo-quente, atua nos distúrbios Fogo-yin (desmotivação, confusão mental); Água-yin (problemas ósseos e de urina, sonolência, falta de "pés-no-chão"); Metal-yin (dificuldade de movimento, distração, introspecção); Terra-yin (tédio, distração, dificuldade de concentração) e Madeira-yin (problemas de vesícula, fraqueza, diminuição da acuidade visual e auditiva, inibição da musculatura e das decisões). Observação: as mesmas propriedades terapêuticas são encontradas no Alecrim (Rosmarinus officinalis) sem a inconveniência da toxidade. De sua flor se extrai a essência Rosmarinus do sistema dos Florais de Minas e que equivale ao Clematis de Bach.

 

Crab apple

Macieira, Malus pumila

Na cultura cristã, por sua forma esférica, a Maçã representa os desejos terrestres e a complacência em relação a eles. A proibição imposta por Jeová alertava o homem contra a predominância desses impulsos, devendo escolher entre os desejos terrestres e a espiritualidade. Ao comer do fruto, o casal primordial sentiu vergonha do próprio corpo. A idéia da maçã como "fruto proibido", coloca a essência floral da macieira em sincronicidade com os que se sentem sujos e impuros, despertando assim o sentido mais elevado da fruta, que é o símbolo do conhecimento representado pelo pentagrama forma do pelo desenho de suas sementes ao ser partida ao meio. O sabor doce-frio dessa fruta a torna apta a tratar das questões Terra-yang (problemas de peso e de digestão, manias e melancolia); Metal-yang (problemas respiratórios e de pele, tristeza e conduta anti-social). Há ainda o seu lado ácido-quente que atua no Fogoyin (debilidade cerebral, autoculpabilidade e melancolia) e Metal-yin (manchas na pele, estado melancólico). A maçã é tradicionalmente usada como um poderoso depurativo, além de digestivo, daí a essência floral de suas flores (Crab apple) ser considerada o "depurador" do sistema Bach, ou seja, um depurativo para o físico e o psíquico que ajuda a "digerir" as próprias impurezas.

 

Elm

Olmo, Ulmeiro,

Ulmus procera, Ulmus campestris

O nome desta planta, Ulmus, contém raiz semelhante a úlmico e ulmina, que fazem referência a certos tipos de ácidos extraídos de vegetais. Procera significa alto, importante. As essências florais extraídas dessa bela árvore, largamente utiliza da na antiguidade por suas propriedades terapêuticas e por sua boa madeira, são ideais para aqueles que, como essa árvore, são normalmente fortes e úteis, bastante responsáveis, até mesmo desempenhando papéis de interesse coletivo, mas que estão passando por uma fase de desânimo e crêem ter assumido uma tarefa além de suas forças. O floral Elm auxilia a quem o toma a lidar melhor com as responsabilidades excessivas. Podemos evocar, ainda, a semelhança da palavra olmo e elm com helm (do inglês) e elmo, símbolo da invulnerabilidade, da potência e da invisibilidade, o que está em sincronicidade com a personalidade Elm, altamente altruísta (o que projeta em sua sombra a contrapartida de que se acha invulnerável, poderoso, podendo dar, mas não necessitando receber). Sente-se como que realmente possuidor do elmo presenteado pelos deuses, que o torna apto a vencer todas as tarefas, protegendo-o, mas que, em seu outro sentido, também recobre sua cabeça, como que escondendo algo, impedindo-o de contatar os desejos profundos de seu eu que lhe pede moderação. Tal a própria árvore Olmo, cujas flores desabrocham antes das folhas, invertendo o processo natural que lhe traria mais energia (respiração e fotossíntese), a pessoa Elm também exagera na sua obra, ignorando a natural necessidade de repor suas energias, ficando sem fôlego em situações inconvenientes. Seus sabores ácido-quente e amargo-quente fazem com que combata as perturbações Metal-yin (problemas de pele, estados melancólicos); Água-yin (problemas ósseos, falta de desejo sexual, sensação de fraqueza) e Fogo-yin (atonia, inibição, tristeza). É adstringente, diurética e tônica. Outra curiosidade do Olmo é que seu fruto substitui o lúpulo na fabricação da cerveja; o mesmo se dá com uma planta comum em território brasileiro de nome assemelhado, a Olmeira, ou Ulmárea (Spirae ulmaria), uma rosácea conhecida também como rainha-dos-prados. Essa bebida era destinada à classe guerreira e simbolizava a soberania. Seu uso se dava nos ritos de passagem, da fermentação, que leva o iniciado à incursão interior para a autodescoberta e o despertar de suas forças. Isso reforça a sincronicidade com o caráter realizador do tipo Elm.

Gentian

Genciana amarela,

Gentianeila amareila, Gentiana lútea

Esta planta deve seu nome a Genzio, rei da Ilíria (180 a.C.), que ressaltou suas propriedades terapêuticas. Destaca-se pela sua cor intensamente amarela, luz de ouro, do sol e dos deuses, símbolo da eternidade e da vitalidade. Para os antigos chineses, do negro é que nasce o amarelo, que representa o equilíbrio, a terra fértil, o imperador e o centro, tal como o Sol é o centro de nosso sistema. A Genciana seca no inverno e renasce na primavera, ressuscitando de sua morte aparente graças ao contato com o seu sol interior, expresso em sua cor amarela e em seu sabor tônico amargo-quente (Fogo-yang), tornando-a ideal no combate às perturbações Metalyin (problemas ósseos e respiratórios, melancolia, tristeza), Terra-yin (falta de apetite e de forças, manias e melancolia), Água-yin (problemas ósseos e tristeza). Por analogia da cor sabe-se de seus efeitos no corpo amarelo (estrutura formada no ovário o­nde se desprende o óvulo; gera vários hormônios que preparam o útero para a gravidez), daí seu uso contra esterilidade (distúrbio Terra-yin). Por todas essas características, o floral Gentian é indicado para quem está sofrendo uma tristeza por causa conhecida, levando a pessoa a um renascimento de sua situação invernal, contatando a primavera interior, reavivando-se sob o sol amarelo.

 

Gorse

Tojo, Ulex europaeus

Planta espinhosa da família das Leguminosas, sub-família das Papilionáceas. Cresce em terreno seco e pedregoso e, mesmo no inverno, quando a escuridão é mais longa e o clima mais frio, o Tojo ostenta suas flores que se assemelham a uma chuva dourada de vida e esperança em meio a um quadro desanimador. Seu floral Gorse, portanto, é indicado para os queestão sem esperança, despertando-lhes ânimo e força. As Papilionáceas têm na corola de suas flores um aspecto que lembra uma borboleta (do latim papilio), cuja simbologia, entre outras, é ligada à idéia de ressurreição devido à metamorfose da crisálida. Outra característica do Tojo são os espinhos, lembrando o despertar das defesas, o reagir. A coroa de espinhos de Cristo significa, ao mesmo tempo, as dificuldades e a irradiação de seu potencial, sendo muitas vezes esses espinhos representados envoltos por luminosidade. O Tojo é aparentado do nosso feijão (Phaseolus vulgaris, mesma família e subfamília), o qual é dotado de grande valor nutritivo. Seu sabor doce-frio atua nas questões Terra-yang (problemas digestivos e do pâncreas, manias e melancolia); Fogo-yang (angústia, mania de perseguição) e Água-yang (dores ósseas e musculares, insônia).

Heather

Urze, Caliuna vulgaris

Urze é um nome comum a várias plantas da família das Ericácias, da qual a mais conhecida é a azálea (Rododendron indicum). Do inglês Heath, urzal, charneca, dá-nos a entender que seu terreno preferido é o charco rústico, já seco e ácido. Em francês, Bruyêre, lembra bruyant barulhento. O floral Heather auxilia àqueles que não são de escolher muito bem suas companhias e os locais que freqüentam, pois são

como crianças carentes. Para elas, qualquer um é bem-vindo. Também não são discretos, já que buscam as atenções só para si. São muito faladores e ("barulhentos"). Egocêntricos, não conseguem suportar a solidão. A planta possui flores cor-de-rosa ou brancas, sendo cada ramo uma verdadeira comunidade de incontáveis flores em forma de pequenos sinos. As pessoas Heather, assim como as flores da Urze, são muito sociáveis, mas querem monopolizar a atenção: "Só faltam colocar um sino no pescoço". Quando equilibradas, passam a ser uma companhia agradável, aprendem a conviver em harmonia com os outros. Em vez de falarem apenas de si, tornam-se bons ouvintes, o que, aliás, tem a ver com o simbolismo do sino, que é o mesmo do ouvido, aquele que percebe o som primordial. Seu badalo evoca a posição de tudo o que está suspenso entre o céu e a terra, por isso estabelece uma comunicação entre os dois trazendo a harmonia. Análoga à Urze, existe a flor de Galanto (Campânula branca), símbolo do consolo e da esperança, já que floresce no fim do inverno anunciando com seus sinetes a primavera. Seus sabores são ácido-frio (ácido cítrico e fumárico), adstringente e doce-quente (amido), o que lhe dá um caráter energético ambíguo. Atua em distúrbio Água-yin (problemas ósseos, dores lombares, melancolia) e Água-yang (problemas urinários, excitação sexual permanente).

 

Holly

Azevinho,

Mirto espinhoso, Ilex aquifólium

São chamados de azevinho tanto a Ilex quanto o visco ou agárico (Viscum album), uma parasita chamada de aquilo que trata-tudo, planta sagrada, em especial para os gauleses, não só pelas propriedades análogas, como pelo seu uso nas festas natalinas européias, o­nde ambas, entrelaçadas, ornamentam as comemorações.

O nome do azevinho em inglês lembra holy, sagrado, ratificando a sua conexão com o Natal. É pois símbolo do amor universal, o que torna a sua essência floral Holly ideal para lidar com as emoções violentas, tais como ódio, inveja, ciúme, etc. O azevinho parece sempre verde, cor da bílis, da vesícula e do fígado no simbolismo chinês, o­nde pertence ao Movimento Madeira, associado à expansão, à extroversão, à raiva. O verde é, entretanto, o mediador entre o calor e o frio, tranqüilizador, refrescante e humano, primaveril, o despertar da vida. Seus frutos fortemente vermelhos, por um lado, reforçam a impressão de excitabilidade, de perigo (Movimento Fogo chinês). Por outro lado, lembram a cor do sangue, da vida. As características agressivas se reforçam por serem suas folhas fortemente denteado-espinhentas, terrívelmente agressivas e cortantes. Entretanto, com a idade elas se tornam macias e ovais, "perdendo os seus dentes". Aliás, seu crescimento é muito lento, paciente, chegando até aos 10 metros de altura e 300 anos de idade. Já suas flores são brancas, cor da morte e renascimento, de passagem, ora ausência de cores, ora a sua somatória. Para os chineses e para os astecas, o branco é a cor do Oeste, do outono, o­nde desaparece o sol, do início da morte e da introspecção. Há o simbolismo positivo também: para os chineses, o branco, relacionado ao Movimento Metal, pode também representar a alegria serena, a paz, a previdência e para outros povos, há conexão com a pureza. O seu sabor é amargo-frio, contém tanino e ilicina, o que lhe dá o poder de atuar nas questões Fogo-yang (tensão, febre, problemas intestinais).

Vale lembrar que um dos sinônimos de raivoso é enfezado, ou seja, literalmente "cheio de fezes". Assim sendo, a "soltar os intestinos" pode ser entre outras coisas, uma explosão de raiva.

Há ainda as questões Madeira-yang (tremores, irritabilidade) e Terra-yang (problemas estomacais, super-excitação psíquica, perda do senso moral). Para vários autores, não há nada melhor que o azevinho para tratar as dores do estômago e dos intestinos, por mais fortes que sejam.

 

Honeysuckle

Madressilva, Lonicera caprifohum, Lonicera periclymenum

Seus nomes, tanto em inglês, honey (= doçura) / suckle (=amamentar), quanto nas línguas latinas (madressilva no português; madreselva no espanhol; madreselva no italiano, significa "mãe selva"; e no francês, chêvre-feuille, "mãe cabra") enfatizam a idéia do doce amamentar, evocando uma regressão infantil a um passado gostoso e seguro no colo materno da "mãe positiva". O maternal é reforçado pelo caprifolium (cabra/folha). Na Índia, a cabra é Prakriti, a mãe do mundo. Foi com leite da cabra Amaltéia (ama de deus) que Zeus, quando criança, se alimentou. Em todas as tradições, é símbolo da ama-de-leite e da iniciadora (associada à manifestação divina). Por outro lado, há uma conotação de impulsos imprevisíveis (os pulos da cabra) e caprichosos (a palavra capricho vem de capri, cabra).

A madressilva exala um aroma agradável que durante o dia atrai os beija-flores, símbolo das relações entre o céu e a terra e da alma que se liberta. À noite, atrai as mariposas, símbolo da inconstância, "... como as mariposas se precipitam para a sua morte na chama brilhante, assim os homens correm para a sua perdição..." (BhagavadGita). Já periclymenum vem do grego perikleio e significa agarro-me, pois a madressilva é uma trepadeira que se agarra muito fortemente à sua árvore.

Assim sendo, a essência floral Honeysukle se destina aos que se mantêm ausentes do presente e se apegam nostalgicamente ao passado. A madressilva ajuda a pessoa a ter um relacionamento maior com o presente, ao mesmo tempo que preserva a beleza e o aprendizado do passado. Seus sabores salgado, doce e ácido, todos quentes, como ácido salicílico e mucilagem, tornam possível trabalhar distúrbios Água-yin (problemas articulares e das vias urinárias, falta de desejo sexual, tristeza, saudosismo); Fogo-yin (opressão do coração, friagem, melancolia) e Terra-yin (febre intermitente, insociabilidade, idéias fixas). É ainda um bom anti-séptico, adstringente,diurético e sudorífero.

 

 

Hornbeam

Carpa, Carpinus betulus

Em inglês, horn significa chifre e beam, irradiar, sorrir, direcionar. Em francês, charme quer dizer encanto, carisma. O simbolismo dos chifres e dos raios tem muita similaridade e são utilizados indistintamente nas obras de arte da antiguidade como indicadores de força e de poder irradiante. Para Jung, é ao mesmo tempo masculino, pelo seu poder de penetração, e feminino, porque possui uma abertura. E preciso reunir esses dois princípios para se atingir a harmonia. Os chifres da planta Carpa estão voltados para baixo, meio desanimados, de cabeça baixa. O seu floral, Hornbeam é ideal para o cansaço com a rotina, recuperando a força e a motivação. Já o nome Carpa é o mesmo do peixe que é tido como o único que, ao contrário dos outros, quando vai ser retalhado, fica imóvel "... assim deve agir o homem ideal perante o inevitável...". Na França, a carpa representa a discrição, a mudez. Por outro lado, na China e, em particular, no Japão, esse peixe é símbolo da perseverança e da coragem, pois, em época de procriação, sobe os rios nadando contra a correnteza, vencendo até as cachoeiras. Portudo isso esse floral reaviva as energias de quem o toma, pois não estavam ausentes como se nota pela simbologia do poder dos chifres e a coragem das carpas. Havia, isto sim, uma desmotivação (chifres voltados para baixo, carpas fora do período de acasalar) e precisavam apenas de unia quebra da rotina (época de procriar para as carpas) para despertar a vivacidade (os raios/chifres irradiando horn + beam). Seu sabor picante-quente atua nas questões Metal-yin (problemas respiratórios, melancolia, desmotivação, prostração); Terra-yin (corrimento nasal, obnubilação intelectual) e Água-yin (problemas respiratórios,

distúrbio nos meridianos do pulmão e do rim, cansaço, inapetência sexual).

 

Impatiens

Impaciência, Impatiens glandulifera

Planta similar ao BeijodeFrade (Impatiens balsamina).

Seu floral, conforme o seu próprio nome, é indicado para aquele que é impaciente, irritável, perfeccionista, muito rápido e que, por isso mesmo, tem dificuldades em lidar com os outros, não suportando a sua lentidão. A Impatiens tem suas sementes armazenadas em cápsulas que, quando maduras, permanecem em constante tensão prestes a se romper ao menor toque, lançando longe as sementes. Além do mais, mal brota da terra e já está florindo prematuramente. Nem por isso essa planta deixou de participar da harmonia da Natureza.

Por meio de seu floral, podemos, literalmente, beber da sabedoria desse vegetal. Seu sabor doce-frio, mucilaginoso, permite-lhe enfrentar os problemas Madeira-yang (insônia, irritação, agressividade); Fogo-yang (palpitações, angústia) e Metal-yang (tosse, garganta dolorida, insônia, agitação).

 

Larch

Lariça,

Pinheiro lariço, Larix decídua

Árvore européia da família das Coníferas que chega a atingir 30 metros. Decídua é o revestimento do útero que é desprendido após um período menstrual ou depois do parto. É também tudo aquilo que cai, caidiço, caduco. O Lariço ganhou esse sobrenome por suas pinhas que caem. Começam aí as sincronicidades do floral Larch com aqueles que se sentem "descartáveis", "caídos". É ideal para quem nutre sentimentos de inferioridade e se acha incapaz. Na verdade, o tipo Larch, em seu íntimo, é até mais capaz do que a maioria, mas não consegue se perceber assim. Do mesmo modo, o Lariço, externamente, apresenta uma casca cinzenta, sem vida, mas, por dentro, é de coloração vermelha, símbolo de força e vida.

Inclusive, é de seu interior que advém suas maiores propriedades terapêuticas. Trata-se da substância resinosa conhecida como terebentina-de-veneza que entra na composição de vários remédios. Como toda conífera, o Lariço é símbolo da imortalidade. Na Sibéria, é considerada a Árvore do Mundo, da qual descendem o Sol e a Lua, figurados por pássaros de ouro e de prata. Possui folhas em forma de agulhas, dispostas como uma "cabeleira despenteada" de o­nde brotam as pinhas. Se, por um lado, o "despenteado" traz um ar de quem está se desprezando, por outro, as agulhas e as pinhas também são símbolos de força, de poder e de renascimento. Seus sabores amargo e picante-quente atuam nos estados desequilibrados de Metal-yin (problemas respiratórios e de garganta, prostração, melancolia, baixa-estima) e Água-yin (problemas nas vias urinárias, inapetência sexual, tristeza, desânimo).

 

Mimulus

Mímulo, Mimosa, Mimulus guttatus

Plantada família das Escrofulariáceas, a mesma do Berro ou Escrofulária ou Erva-das-Escaldadelas (Scrophularia nodosa e aquática) e da Boca-de-Leão (Antirrhinum majus). Há, ainda, um paralelismo com certas plantas de nome assemelhado: Mimosops (Gutapercha), da família das Sapotáceas, espécie das gutiferáceas, que, assim como o Mímulo, fornece um tipo de goma-guta (guttatus). Há também a Acácia, da família das Leguminosas mimosídeas. Na maçonaria, o­nde às vezes os estudiosos também a confundem com a acácia, a Mimosa é o emblema da segurança e da certeza, no sentido de que a morte não é uma destruição total, mas sim uma metamorfose do ser. Em certas cerimônias, o Iniciado ao sair de sua tumba ou retiro é como a larva que se arrasta na obscuridade e se transforma na borboleta multicor que se lança à luz e ao sol, representados pela Mimosa de flores amarelas cor de ouro, símbolo de magnificência e potência com as quais o Iniciado é recebido. O Mimulus é uma planta delicada que, apesar de sua aparente fragilidade, cresce à margem dos rios, fincando firmemente suas raízes no cascalho e enfrentando as correntezas. Por isso, o "símbolo", a energia de sua essência "impressa" na água desperta em quem a usa a capacidade de lidar melhor com suas fobias, trazendo coragem para enfrentar os medos concretos. O tipo Mimulus é frágil, delicado, sendo por vezes tímido. Os nomes das plantas aparentadas à mimosa fornecem mais subsídios: berro, escaldadela e escrofulária. O primeiro, expressa medo; o segundo, lembra "gato escaldado tem medo de água fria" e o último, designa um tumor, uma ferida, reforçando a idéia de medo ante alguma ameaça de ser ferido. Os sabores doce-quente e ácido-frio das escrofulariáceas equilibram os distúrbios Água-yin (problemas ósseos e dos rins, fobias), Madeira-yin (problemas celulares, insegurança, timidez) e Madeira-yang (problemas circulatórios, manias).

Mustard

Mostardeirabranca, Sinapsis arvensis, Brassica Alba

Planta herbácea de até 60 cm de altura, possui flores branco-amareladas e sementes brancas ou amareladas com sabor agradável semelhante a nozes, mas inodoras, usadas para conservar carnes e pescados. A mostarda em pó é feita da misturadas sementes moídas da espécie branca e da negra (Brassica nigra, de sabor mais picante), às quais se acrescenta curcuma ou açafrão para que adquira a cor amarelo-brilhante característica. Os antigos gregos faziam a mostarda misturando as sementes com suco de uva. No Novo Testamento está escrito "o reino do Céu é como o grão de mostarda com que se semeia os campos. É a menor das sementes, mas se transforma na maior hortaliça e em seus ramos se aninham as aves do céu...". A semente da mostardeira destaca o simbolismo do grão que morre e se multiplica, representando as vicissitudes da vegetação, sendo comumente citada nos Hinos Homéricos. Destaca-se dos ritos da vegetação para significar a alternância da vida e da morte, pois com a morte da semente é que nasce a planta; da vida no mundo subterrâneo (semente sob a terra) e da vida à luz do dia (planta); do não-manifesto à manifestação. Toda vegetação está submetida à lei das mortes e renascimentos: "...se o grão não morre...", ciclo associado a Deméter (Cibele). Essa alternância entre o não-manifesto, subterrâneo, escuro, morte (grão semeado), e o manifesto, aéreo, claro, vida (o vegetal que nasce da morte da semente, mas que gerará novos grãos, reiniciando o ciclo), está em sincronicidade com o floral Mustard, que atua naqueles que sofrem tristezas cíclicas, sem causa aparente. O floral leva até eles o reino dos céus e traz para a superfície o conhecimento do real motivo da depressão, conectando-o consciente com o inconsciente. Isso se reforça pelo nome Sinapsis, que se deve pela maneira como suas flores estão "soldadas", ou conectadas entre si que é semelhante a sinapse, junção entre as células nervosas que formam uma cadeia de comunicação. Genericamente, significa conectar, reunir, soldar. Seu sabor picante-quente é estimulante de todas as funções do corpo, trazendo um bem-estar geral. Equilibra Metal-yin e Água-yin (intestinos soltos, prostração, melancolia).

 

Oak

Carvalho, Quercus robus

Com tamanho de até 40 metros, esse tipo de árvore chega até os 2.000 anos de idade. Carvalho é nome genérico de mais de 200 espécies de Fagáceas. Na antiguidade, os homens valorosos eram coroados com ramos de carvalho. Sob suas sombras, fazia-se justiça. Árvore sagrada em numerosas tradições, atrai os raios e simboliza a majestade. Havia o carvalho de Zeus, na Grécia, de Júpiter, em Roma, de Ramowe, na Prússia, de Perun, entre os eslavos. É sinônimo de força tanto moral, quanto física, daí seu sobrenome robus (robusto, forte). De sua madeira era feita a clava de Hércules (Heracles). É o eixo do mundo entre os celtas, os gregos e os iacutos siberianos, o que o torna instrumento de comunicação entre o Céu e a Terra. Sob seus pés, Abraão recebeu as revelações de Jeová. Ulisses, na Odisséia, consulta duas vezes a "... folhagem divina do grande carvalho de Zeus...". O Velocino de Ouro estava suspenso em um carvalho, daí outro de seus simbolismos, o de templo. Plínio, "o Velho", etimologicamente errado, mas sincronisticamente correto, traduzia druidas como homens de carvalho, devido à analogia com o grego drus (carvalho). Os druidas, em sua função sacerdotal, têm direito à sabedoria e à força. Por tudo isso, a essência floral Oak é ideal para aquele lutador que não se dá conta de estar indo além do limite saudável para as suas forças, assim como o carvalho, que pela sua robustez, acaba atraindo os raios. Seus sabores ácido e picante-quentes o habilitam a tratar das questões Terra-yin (intestinos soltos e com sangramento, problemas digestivos e de pele, obnubilação intelectual) e Metal-yin (problemas respiratórios crônicos, corrimentos, incontinência; uso externo, nas quedas de cabelo; prostração, melancolia).

Olive

Oliveira, Olea europoea

Apesar de seu sobrenome, a origem dessa árvore, que mede entre 2 e 10 metros e atinge até 100 anos, é asiática.

Sua simbologia refere-se à paz, vitória, recompensa, purificação e força. A mitologia conta que a primeira Oliveira nasceu de uma briga entre Poseidon, deus das terras e águas agitadas, dos abalos e tempestades, e Atena, deusa à qual é consagrada. No Hino Homérico a Deméter (Cibele), deusa dos ciclos, morte e ressurreição, ela é divinizada. Em Roma, além de Minerva (Atena), as Oliveiras eram ligadas a Júpiter (Zeus). Na China, acreditava-se que sua madeira poderia neutralizar venenos de cobra. No Japão, é a árvore da vitória, símbolo da amabilidade e do sucesso. Nas tradições judias e cristãs, representa a paz após um grande tormento. Foi um ramo de Oliveira que a pomba trouxe a Noé depois do dilúvio e foi no

morro das Oliveiras que Cristo ascendeu aos céus, após os três dias de sepulcro/inferno e de sua estada na terra. Por isso, a essência floral Olive é adequada àqueles que sofrem esgotamento extremo, físico e mental, especialmente depois de um longo período de tensão. No Islã, a Oliveira é a árvore central, o eixo do mundo. Diz-se que, por ser sagrada, um dos nomes de Deus está debaixo de cada uma de suas folhas. Por fornecer o óleo que queima nas lâmpadas, há a analogia com a luz, como expressa este versículo do Alcorão "...a luz de Deus é como um nicho o­nde se encontra uma lâmpada, que está dentro de um vidro; este contém um astro de grande brilho; ela mantém sua luz com a ajuda de uma árvore abençoada, a oliveira, cujo óleo ilumina, ou pouco falta para isso, sem que o fogo o alcance...". Da mesma forma, a pessoa tipo Olive deve aprender a ser como o azeite da oliveira e não se deixar consumir totalmente para que possa encontrar e espalhar a sua luz. Tem sabores amargo-fresco (folhas) com tropismo Terra-yang (problemas de pâncreas e de sangue, insônia) e picante-quente (azeite) com atuação Água-yin (problemas ósseos e de garganta, inapetência sexual e melancolia) e Terra-yin (fadiga, melancolia).

 

Pine

Pinheiro, Pinus sylvestris

No Oriente, o Pinheiro é símbolo da imortalidade devido à resistência de sua folhagem e incorruptibilidade de sua resina. Os imortais taoístas comiam seus grãos, agulhas e resina, alimentação que dispensava qualquer outra, tornando o corpo ligeiro e capaz de voar. Segundo o pesquisador de religiões chinesas, Henry Macero,"... as flores de pinheiro, do Céu da Pureza de Jade, dão o brilho de ouro a quem as come...". Céu, ouro, jade, são símbolos máximos do Yang, ou seja, força. Esses símbolos as seguravam ao defunto um novo nascimento, daí terem ornadas as suas vestes, corpos e túmulos com ouro e jade. No Japão, os Pinheiros são usados para a construção dos templos xintoístas, sendo, ainda, símbolos de uma força inquebrantável, forjada no decorrer de difíceis combates cotidianos. Representam os homens que souberam conservar intactos seus pensamentos, apesar das críticas que os cercavam, assim como o pinheiro sai vencedor dos ataques dos ventos e tempestades. O floral Pine serve para os que têm sentimentos de culpa, para que estes, assim como o Pinheiro, que não se curva aos ventos, também não se curvem facilmente às críticas e autocríticas, trazendo-lhes força e permitindo que renasçam. O renascimento/ressurreição é reservado aos puros, os sem culpa, os perdoados. Tal fenômeno é simbolizado pela pinha, a qual aparece nas mãos de Dioniso (Baco), que morria devorado pelos Titãs e ressuscitava. O Pinheiro também é dedicado a Deméter (Cibele), sendo que o abatiam e o enrolavam como a um cadáver, representando Átis (esposo da deusa) morto. O dia seguinte era de tristeza e de jejum por sua morte. Depois disso, passavam dos gritos de desespero para um júbilo delirante com banquetes fartos e alegria pelo retorno à vida do deus. Mais modernamente, essa árvore simboliza o período natalino, sendo usada nas comemorações do aniversário de Cristo, aquele que assumiu todas as culpas, perdoou e ressuscitou. Quanto à palavra pinheiro, que vem do latim pinu, e daí seu sinônimo, pino, teve seu sentido popularizado a partir do significado que lhe atribuíram astrólogos e astrônomos, por conta de sua verticalidade e aprumo, espiga com notável rapidez, levando nossos olhos ao céu, chegou a designar o ponto mais alto a que o sol pode chegar em sua marcha: o auge, o zênite, o cume...". Dai surgiram expressões como "pôr a pino", "empinar-se", sendo usado o termo pino na literatura como"... o perfeito equilíbrio moral, o aprumo do homem altivo de antes quebrar que torcer...". Seus sabores amargo e picante quentes são eficazes nas questões Metal-yin (problemas das vias respiratórias, tristeza, baixa-estima, culpa); Água-yin (problemas urinários, inapetência sexual, melancolia, tristeza, timidez) e Fogo-yin (tontura, sentimentos de culpa), graças às suas essências terebintina, pinina e cânfora, de características anti-sépticas e balsâmicas.

 

Red Chestnut

Castanheiro vermelho, Aesculus carnea

Na China antiga, o Castanheiro correspondia ao outono e ao Oeste, sendo plantado sempre voltado para essa direção.

Simboliza a própria Previdência, pois seu fruto serve de alimento durante o inverno. Aliás, Aesculus pode significar "bom para sustento", ou ainda, "carvalho", ou, indo mais além, Esculápio (do latim Aesculapiu e do grego Asklepiôs, que recebeu a terapia do centauro Quíron). Carnea é relativo à carne, polpa dos frutos, em "oposição ao espírito". Seu sobrenome atribui-lhe características diferentes dos outros castanheiros, graças à cor que se situa entre o ruivo e o negro (castanho-escuro), que é a mesma da gleba, da argila e do solo terrestre. Suas flores são avermelhadas e sua casca puxando para o castanho/carne. Essa coloração, na Roma antiga e na Igreja Católica, é símbolo de humildade (húmus, terra) e pobreza. Na Irlanda, é substituto do negro, com simbolismo infernal e militar. Relaciona-se com os excrementos, com o complexo anal e o sadismo. Essas observações freudianas são reforçadas pelas camisas pardas dos nazistas. O Asclépio (Esculápio, AEsculapiu) não é mais o aprendiz de Quíron, como no Chestnut bud, pois a carnea, cor da vida e do sangue, mostra que ele já faz uso do sangue corrido das

veias da Górgona. O sangue do lado esquerdo era venenoso, o do lado direito, benéfico, e sua tarefa era saber fazer uma correta dosagem. As Górgonas eram três, Medusa, Euríale e Esteno. Simbolizavam as forças pervertidas de três impulsos: sociabilidade, sexualidade e espiritualidade. Essa perversão ocorre no tipo Red chestnut, que na ânsia de querer proteger os entes queridos, tais como filhos, cônjuges e amigos, acaba se desgastando pela preocupação com eles, chegando, ainda, a sufocá-los com tantos cuidados. Essa situação, bem como a carnea, lembra cuidados maternais, sendo a mãe a responsável

pela encarnação de seus filhos, assim como a Virgem gerou a Encarnação do Verbo. Além disso, a cor carnea (castanho-escuro) é a cor da terra, que em si é Mãe. Nenhuma religião exaltou tanto a carne quanto a Católica, quer no sentido negativo (adversário do espírito, mortificação, virgindade, etc.), quer no positivo (fiel companheira do espírito, Verbo encarnado, ressurreição da carne, dentre outros exemplos). A carne assume também o valor de intimidade, não apenas corporal, mas, também, espiritual: "Carne da minha carne, sangue do meu sangue". Devido à superioridade relativa da mãe como fonte, ela pode voltar-se contra o consciente nascido dela e destruílo, assumindo o papel de devoradora absorvida pelo ciclo cego da criação. Do mesmo modo, o tipo Red chestnut é poderoso e cheio de energia, atributos usados nos cuidados maternais dos que lhe são próximos, carne de sua carne, sobre os quais imagina e projeta sempre o pior (características da sombria cor castanho-escuro). Podemos exemplificar com aquela mãe descontente com a gravidez ou com o resultado desta e que, inconscientemente, deseja a morte do filho, mas que é incapaz de aceitar a existência desse tipo de impulso. Passa então a compensar o filho com super-proteção, a qual, por um lado, afasta as "suspeitas de seu desejo secreto" e, por outro lado, o concretiza, castrando e sufocando a cria. Tal pessoa, típica Red chestnut, precisa olhar a Górgona Medusa que lhe mostrará a própria culpa, dando-lhe chance de reverter a perversão de seus impulsos, fazendo de si uma previdente como o castanheiro maduro, que alimenta e conforta no inverno/inferno, em vez de sufocar a carne de sua carne. Os sabores amargo-fresco e picante-fresco das castanhas e ácido-fresco e amargo-morno das cascas possuem um tropismo para os distúrbios Terra-yin (problemas circulatórios, obsessão) e Madeira-yang (problemas circulatórios e da próstata, insônia, ansiedade).

 

Rock rose

Rosa rupestre, Helianthemum nummularium

Arbusto que cresce em terrenos rochosos (rupestres), cujo nome científico vem de sol (do grego hélio, sol e anthemon, flor, aquilo que cresce) e sobrenome relativo a medalhas, moedas, cambista, banqueiro (do latim nummularium). Possui flores cor amarelo-brilhante como moedas de ouro. A característica mais chamativa dessa planta é a sua predileção pelas rochas, cujo simbolismo mais evidente é o da imobilidade, no seu aspecto yin. Na sua fase yang, são móveis como as Cianéias (Rochas Azuis) ou Simplégadas, que se entrechocavam formando uma passagem intransponível entre o Mediterrâneo e o mar Negro, esmagando os navios que ousassem navegar entre sua massa ameaçadora. Os Argonautas enviaram uma pomba, que, ao passar, fazendo o rochedo fechar, perdeu penas de sua cauda.

Ao abrirem-se as rochas, a embarcação passou rapidamente, danificando apenas a traseira, assim vencendo as Cianéias que ficaram para sempre imóveis. Rochas e recifes móveis entram na simbologia do aterrorizante, e assim como as Simplégadas, representam o medo do fracasso e da agressão, que, assim como na lenda, podem ser superados pela coragem e aceitação antecipada do risco de ali "deixar penas", tal como dizem os franceses, "laisser dês plumes", ao término de operações perigosas. Dos simbolismos yin e yang da rocha é que vem a sincronicidade com a utilização do floral Rock rose: para a "paralisia" devido a medos extremos e ao pânico. O medo faz parte do aspecto yin do movimento chinês Água, que tem a força e a coragem como sua contrapartida yang. Do mesmo modo, no Antigo Testamento, a rocha também é símbolo da força de Jeová e da solidez da sua Aliança. Há, ainda, um caso interessante dos dois célebres rochedos ligados por uma corda na baía de Ise, que são como um casal de o­nde surge a vida, pois é do meio das duas rochas que surge o sol nascente. Isso corresponde à cor da flor da Rosa rupestre, flor de ouro, que para os chineses representa o resultado de uma alquimia interior, o elixir da vida. Seus sabores doce e picante quentes possuem atuação nos distúrbios Águayin (tontura, imobilidade, inconsciência, medo); Metal-yin (febre, imobilidade dos membros superiores, prostração) e Fogo-yin (tontura, imobilidade, tristeza).

 

Rock water

Água da fonte, Água do riacho de Mount Vernon

Na visão cosmo-psicossomática dos Cinco Movimentos Chineses, tudo é interrelacionado. Do movimento Metal/Rocha, cuja característica é de introspecção, de rigidez, é que nasce o Movimento Água, de maleabilidade penetrante, aprofundamento, sobrevivência, mergulho no inconsciente: do metal derretido vem o líquido, ou, numa visão mais natural, da rocha nasce a fonte de água, a qual, usufruindo de sua adaptabilidade e fluidez, segue seu curso moldando-se flexivelmente ao terreno. A água da fonte que nasce da rocha/monte primaveril (Mount Vernon) é ideal aos que são rígidos consigo mesmos e fazem uma auto-exigência excessiva, querendo ser exemplos. O tipo Rock water tem que ser menos rígido (rocha) consigo mesmo, mergulhar dentro de seu inconsciente e descobrir o que realmente gostaria de fazer e, como a água, maleavelmente, com suas próprias características, lidar com qualquer terreno (água mole em pedra dura, tanto bate até que fura). O simbolismo básico da fonte é o da longevidade, pois, assim como as suas águas, sempre cambiantes, sempre frescas, representa não a imortalidade, mas a juventude sempre renovada, ensinando a quem dela bebe a sempre renovar-se e a não se ater a nenhum padrão rígido e imutável. Nas lendas, é nas fontes que nascem as ervas terapêuticas ou nelas são mergulhadas. A água de fonte tem sabor neutro, sendo denominada doce-frio, atuando nas questões Terra-yang (problemas de peso, tensão, rigidez) e Metal-yang (intestinos "presos", rigidez).

 

Scleranthus

Escleranto, Craveiro, Scleranthus annuus

Do grego sklerás (duro, seco, rígido) e ánthos (flor) e do latim annuu (anual, que dura um ano). Planta que atinge no máximo 70 cm, com caules emaranhados e preferência por solos arenosos e cascalhentos.

Todas as flores se originam de folhas profundamente modificadas. No caso da Escleranto, parecem ter ficado indecisas entre continuarem sendo folhas ou se transformarem em flores, pois são verdes e duras. Aí começa a sincronicidade com o floral Scleranthus que atua em quem está indeciso entre duas coisas, em ambivalências. O verde, cor pouco comum para uma flor, situado entre o amarelo e o azul, é o resultado de interferências cromáticas. Simbolicamente, entra com o vermelho num jogo de alternâncias. E a cor do valor médio, mediadora do calor e do frio, alto e baixo, eqüidistante entre o azul celeste e o vermelho infernal. O verde dos brotos primaveris se opõe ao verde dos mofos e da putrefação. Cor da vegetação e, por conseqüência, dos cultos a Deméter (Cibele), símbolo das alternâncias e dos ciclos. Como mediadora, a flor verde do Escleranto, cor do equilíbrio, ajudará a quem tomar de seu floral a se acalmar e a tomar decisões equilibradas. Não há informações sobre as propriedades terapêuticas dessa planta.

 

Star-of-Bethlehem

Leitedegalinha,

Ornithogalum umbeliatum

Planta que atinge até 30 cm, possui folhas delgadas e flores brancas com listras verdes. É da família das Liliáceas, a mesma do alho, da cebola e do lírio. Seu nome científico relaciona-se com "galo", "do grego árnis ave e do latim gallu" e "pára-sol", "do latim umbelia", provavelmente pelo fato dessa flor só desabrochar em épocas de sol brilhante (assim como o galo canta para o sol nascente) e pelo seu formato de guarda-sol. Quanto ao nome popular em línguas latinas, o "leite" se deve à sua seiva leitosa. Já em inglês, "Estrela-de-Belém", é devido às suas flores de seis pontas, tal como a "estrela" que precedeu o nascimento do Cristo. Aliás, este foi um fenômeno simbólico e não físico, concessão da Igreja nascente ao pensamento astrológico da época e se inclui entre os fenômenos cósmicos extraordinários que precedem ao nascimento de todos os chamados Filhos de Deus, inclusive Buda. Por exemplo, os nascimentos de Agni, filho de Maya, a mãe-virgem, e de Twâstri, o carpinteiro, depositado entre a Vaca mística e o jumento, era anunciado pela estrela SaVaNaORaHa. As seis pontas atribuídas à Estrela-de-Belém têm um paralelo no Selo de Salomão (Estrela de Davi ou Escudo de Davi, na forma de um hexágono estrelado) formado por dois triângulos sobrepostos representando os quatro elementos e suas combinações. Simbolizam a síntese dos opostos e a expressão da unidade cósmica, assim como a sua complexidade. A estrela, intimamente ligada ao céu, evoca os mistérios do sono e da noite. Para resplandecer com seu brilho pessoal, o homem deve situar-se nos grandes ritmos cósmicos e harmonizar-se com eles. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, as estrelas obedecem e anunciam as vontades de Deus. De um modo geral, estrelas cadentes são prenúncios de grandes catástrofes. O floral Star-of-Bethlehem atua naqueles que passaram por grandes choques, auxiliando-os a superar o acontecido, bem como suas seqüelas, anunciando o nascer da esperança, assim como a Estrela-de-Belém sinaliza o nascimento do Cristo e o galo anuncia o nascimento do Sol após o período de trevas.

De modo geral, o galo é um símbolo solar que afasta as influências maléficas, à exceção do Tibete, o­nde é totalmente nefasto e representa o apego e o desejo. Eram sacrificados em muitos ritos, inclusive em homenagem a Asclépio (Esculápio), um herói terapeuta; analogamente, atribuía-se essa mesma característica ao galo. Também é atributo de Apolo, o herói do dia que nasce. É um animal psicopompo (condutor de almas), em especial a fêmea, a galinha, morta para facilitar o contato com os espíritos. Contrapondo-se à simbologia solar do galo, está o leite da seiva dessa planta, que é lunar e feminino por

excelência, representante da abundância, da imortalidade, do conhecimento, da pureza e das palavras inteligíveis de Deus, trazendo um amparo maternal ao sofredor tipo Star-of-Bethlehem.

As flores da Leite-de-galinha, muito assemelhadas às do Lírio, também emprestam deste a simbologia de entrega à vontade de Deus, que cuida das necessidades dos eleitos. Completamente nas mãos da natureza, estão melhor vestidos do que Salomão em toda a sua glória. Seus sabores amargo e picante quentes com tropismo Metal-yin (constipação, tosse com catarro, tristeza, prostração) e Água-yin (dores de cabeça, inapetência sexual, urinas raras, desânimo) parecem reunir qualidades tanto do alho quanto da cebola.

 

Sweet chestnut

Castanheiro doce, Castanea sativa

Na China antiga, o Castanheiro correspondia ao outono e ao Oeste, sendo plantado sempre voltado para essa direção.

Simboliza a própria Previdência, pois seu fruto serve de alimento durante o inverno. Aliás, Aesculus pode significar "bom para sustento", ou ainda, "carvalho", ou, indo mais além, Esculápio (do latim AEsculapiu e do grego Asklepiôs, que recebeu a terapêutica do centauro Quíron). Sativa significa semeado, cultivado (do latim cativo). Originária da Ásia, essa árvore que cresce até 20 metros sempre foi muito utilizada na agricultura devido às suas castanhas que, na Idade Média, eram base da alimentação de vários povos europeus, em especial no inverno, que é quando seus frutos amadurecem, justamente na época do ano mais difícil de se sobreviver. Um dos símbolos da agricultura é a cornucópia, que representa a abundância, chifre da cabra Amaltéia ou de Aquelôo, repleto de frutos deliciosos. As flores do Castanheiro formam espigas branco-amareladas em formato de chifres voltados para cima. Os chifres são indicadores de força, de poder irradiante. Para Jung, é ao mesmo tempo masculino pelo seu poder de penetração, e feminino por possuir uma abertura, sendo preciso reunir esses dois princípios para se atingir a harmonia. A designação de Castanheiro doce evoca o simbolismo do mel, alimento da imortalidade, sendo incluído no Movimento Terra chinês, que significa o centro, o equilíbrio. O Castanheiro só floresce muito depois das outras árvores, como que esperando a situação atingir o seu limite máximo para só então desabrochar. Dá o seu fruto no auge dos momentos invernais, servindo de conforto e alimento nos momentos mais difíceis. Assim sendo, seu floral Sweet chestnut é indicado aos que estão sob angústia extrema, passando por situações limítrofes, estando no limite de suas resistências. Seu sabor doce-morno faz com que atue nos distúrbios Terra-yin (dificuldades digestivas, falta de energia, obnubilação intelectual); Metal-yin (problemas respiratórios, desencorajamento, tristeza) e Água-yin (problemas ósseos, inapetência sexual, prostração).

 

Vervain

Verbena, verbena officinalis

Da família das Verbenáceas, é uma planta silvestre que atinge até 80 cm. Possui folhas denteadas e pequeninas flores cor de malva. Seu sobrenome, officinalis (latim), refere-se ao seu caráter utilitário. Seu primeiro nome vem do latim verbena, que significa ramos de loureiro, de mirto, de oliveira e de outros usados para a confecção de coroas para sacrifício, tanto para os sacerdotes, quanto para as vítimas. Ramo sagrado dos feciais, sacerdotes romanos encarregados de examinar as causas bélicas e tratados. Também é o nome dado às festividades que duravam até o amanhecer, hora ideal para a colheita da planta, de o­nde vem a frase castelhana coger aí verbena, que significa madrugar muito. Ai já se iniciam as sincronicidades com a pessoa tipo Vervain. São fanáticos, capazes dos maiores sacrifícios e esforços em prol de seus ideais. Ainda sobre a palavra Verbena, há similitudes com verbo (palavra), verberar (do

latim verberare, que significa maltratar com palavras, censurar, de o­nde vem o verbo castelhano verbenear, de mesmo sentido) e verve (energia, força). Os indivíduos que se encaixam nesse floral são dotados de muita energia e força, fazendo uso insistente da palavra para expressar e defender suas idéias. São, geralmente, pessoas engajadas em causas públicas. Força é o que não falta a essa planta, sendo que um de seus nomes populares é ErvadeFerro, devido à incrível resistência de suas hastes. O seu caráter "insistente" aparece nas flores, que não se contentam em desabrochar em determinada época, sendo que a floração persiste por meses. O aspecto "político" da Verbena se deve não só ao fato de que era usada

nas coroas pelos sacerdotes que avaliavam a guerra e a paz, como, também, porque seus ramos eram usados até a Idade Média para assinarem-se os tratados, sendo considerada uma planta sagrada. Desse modo, o floral Vervain é adequado aos fanáticos e entusiastas que se desgastam defendendo seus ideais. Os significados dos vários nomes populares, em diversas línguas, bem como as analogias sonoras com outras palavras, embora nem sempre etimologicamente corretas, estão sincronisticamente bastante associadas às utilizações terapêuticas dessa planta. No Brasil, diversas plantas Verbenáceas são chamadas de Camaradinhas, lembrando certos estereótipos de simpatizantes esquerdistas, sempre engajados em alguma causa e tentando conquistar novos adeptos. Na verdade, esse nome deriva de Camará ou Cambará, do tupi caá (folha) + mbará (de várias cores). O fanatismo do Vervain se deve ao fato de ser

um tipo de pessoa dotada de muita energia, mas apegada rigidamente às doutrinas que segue, precisando aprender a não se apegar tanto à forma, mas sim à essência de seus ideais. Daqui pode-se fazer nova analogia com mais um dos nomes da planta: Jurujuba, do tupi juru + juba (macaco amarelo). Isto nos remete ao simbolismo do macaco, ágil, imitativo, que é a consciência do mundo terreno. Há a lenda do macaco taoísta, companheiro de Hiuantsang na busca dos livros sagrados do Budismo. Ao receber papéis em branco, reclama: "... depois de todo o trabalho que tivemos para vir da China até aqui, deram-nos cópias em branco das Escrituras. Em que isto poderá ser bom? Não precisa gritar disse o Buda sorrindo. Para dizer a verdade, os pergaminhos em branco é que são as verdadeiras Escrituras. Mas, como são demasiado tolos, nada há a fazer além de dar-lhes cópias com alguma coisa escrita...". Na França, a Verbena possui vários nomes: Erva-das-Feiticeiras, Ervas-dos-Encantamentos, Erva-de-Venus. Isto se deve às suas propriedades terapêuticas contra convulsões e favoráveis à mulher, aumentando a secreção de leite, mantenedora do tônus uterino nas parturientes e afrodisíaco, de Afrodite/Venus, deusa cujo reino é da ternura e da carícia, do prazer e da felicidade, com a qual muito tem a aprender as pessoas Vervain. Os sabores amargo-quente e ácido-frio da Verbena fazem com que atue tanto em questões Terra-yin (problemas de peso, dores lombares, de cabeça, inquietação, idéias fixas, obsessões), quanto Terra-yang (problemas digestivos, dor facial, dores de cabeça, contusões, problemas de pele, febres intermitentes, dor ciática _ tão comum em quem se nega prazeres, excitação psíquica, nervosismo).

 

Vine

Videira, vitis vinifera

Trepadeira de até 15 m com flores pequenas e verdes que nos dá a uva e o vinho, daí o vinifera (que produz vinho). Seu nome é ligado à idéia de vida (Vitis vinifera), sendo que o signo sumeriano para vida era uma folha de parreira. Nas regiões da antiga Israel, a Videira era árvore sagrada e o vinho, a bebida dos deuses. Isso se estendeu ao Antigo Testamento, o­nde aparece positivamente: "...um dos bens mais preciosos do homem... uma boa esposa é para o marido como uma videira fecunda... a sabedoria é como uma videira de belas parras...". Posteriormente, o Messias é comparado à Videira. Jesus afirmava que para os homens serem a Videira de Deus, teriam que permanecer nele, caso contrário seriam como galhos secos para o fogo. Em muitas culturas, a mesma palavra que significava Videira designava o enviado celeste e os seres dos mundos superiores. O Cristo é a Videira e o seu sangue, o vinho, bebida símbolo da juventude e do conhecimento, que devido à sua cor "...feita de vermelho e branco, é o casamento da terra com o ar da sabedoria e da paixão...". Os ensinamentos divinos são como o vinho, devido à sua aptidão de restituir o vigor. Noé, após o dilúvio, foi o primeiro a plantar a Videira. Aliás, dilúvio e embriaguez, conseqüência da ingestão demasiada do vinho, são símbolos da solutio (transformação do sólido em água, da matéria diferenciada para o seu estado original, dissolução dos aspectos fixos e estáticos da personalidade em uma nova forma regenerada), um dos principais procedimentos da alquimia. O mito de Dioniso (Baco) é um forte indicador de solutio, deus dos mistérios da vida e da morte, do renascimento. Seu sangue era o vinho, ora das alegrias profanas, ora da embriaguez mística, "... que transforma o que é terrestre e vegetativo em espírito livre de todos os laços...". Filho de Sêmele (Terra-Mãe) e de Zeus (deus do céu), Dioniso foi retirado do ventre de sua mãe fulminada e terminou a gestação na coxa de seu pai, vindo daí a sua força excepcional. Senhor da libertação, da supressão das proibições e das catarses, representa uma submersão do consciente no magma do inconsciente, levando ao paroxismo (maior intensidade de uma atividade) aquilo de que se quer livrar a alma, revelando a pessoa a si mesma. Numa das histórias ligadas ao seu mito, disfarçou-se de sacerdote de seu próprio culto e foi levado à presença de Penteu, o soberano ditador de Tebas, que tentava acabar com as bacanais das mulheres. Colocando uma máscara sobre a razão de Penteu, fez-lhe revelar o seu desejo de assistir às cerimônias. Dioniso disfarçou o rei como mulher, conduziu-o e, fazendo dobrar um pinheiro, fez com que subisse e voltou a levantar a árvore, quando só então Penteu percebeu estar diante do próprio deus. Tomado de pavor, viu a aproximação das mulheres, as quais derrubaram o pinheiro e fizeram o rei em pedaços. Sua cabeça foi arrancada por Agave, sua mãe, líder das demais mulheres. Após um silêncio total, os membros foram recompostos por Dioniso e o rei de Tebas teve, assim, a sua iniciação, sendo revelado a si mesmo. A partir desse episódio, Penteu tornou-se um soberano digno e um verdadeiro líder. Por essa típica operação de solutio é que deveriam passar as pessoas tipo Vine, que são dominadoras, ditadoras, inflexíveis e ambiciosas. O floral Vine funciona como o vinho da embriaguez divina ou o sangue de Cristo, que possibilita a transmutação do outrora ditador num líder sábio e compreensivo, capaz de direcionar a sua autoridade nata em beneficio dos demais.

Tais pessoas passam a exercitar as características harmoniza das da Videira, que é sinônimo de vida, de enviado celeste. Os sabores ácido e amargo frescos de seus taninos têm tropismo Madeira-yang (problemas ginecológicos e de circulação, irritação nos olhos, insônia, irritabilidade) e Fogo-yang (sangramentos, hipertensão, problemas circulatórios na face, agressividade, extravagância, altivez).

 

Walnut

Nogueira, Juglans regia

Árvore da família das Juglandáceas, atinge até 25 m e vive por até 900 anos. Possui flores esverdeadas. Seu nome latino "Juglans" significa noz e provém de jovis glans (jovis, joviale, relativo a Júpiter; glans, glande, fruto do carvalho e outras árvores, cabeça). Ou seja, cabeça de Júpiter, devido à semelhança da noz com o cérebro. Seu sobrenome, regia, reforça ainda mais seu aspecto jupiteriano, pois seu significado latino é realeza. Correspondente ao Zeus grego, Júpiter é o presidente do conselho dos deuses, de quem emana toda a autoridade. "Seguro de seu direito e de seu poder de decisão, não busca nem diálogo, nem persuasão: troveja..." Do mesmo modo, o floral Walnut estimula a quem o toma a não se deixar levar pelos outros, protegendo da influência alheia, auxiliando e estimulando em fases de mudança ou de decisão. O formato da noz lembra o córtex, o­nde, segundo autores não holísticos, é nesta porção anterior do cérebro que se processam as decisões. Devido a essa semelhança, de acordo com a Doutrina das Assinaturas de Paracelso, a noz deveria atuar nos distúrbios cerebrais. Tal afirmação é repetidamente desmentida pelos autores atuais de livros fitoterápicos, pretensiosamente científicos. A verdade é que eles estão desatualizados. Já se verificou ser a noz rica em 5 hidroxitriptamina (5HT), ou seja, serotonina, presente essencialmente no cérebro e que transmite impulsos entre células nervosas. A

Nogueira, nas tradições gregas, está associada ao dom da profecia, sendo ela a transformação de Ártemis (Diana), que possui a clarividência e que, apesar de essencialmente protetora dos partos e da vida feminina em geral, sabe ser terrível. De fato, as folhas da Nogueira aplicadas externamente são úteis às inflamações genitais femininas. Aliás, uma das versões da expulsão de Adão e Eva diz que eles usaram tais folhas "... para esconder suas vergonhas...". Eva teria carregado do Paraíso uma grande provisão delas, pois pressentia que lhes seriam úteis. Essa versão do mito, o­nde as folhas da Nogueira aparecem como auxiliares na ocasião da expulsão, confirma o caráter do floral Walnut como protetor e auxiliar nas fases de grandes mudanças. Há, ainda, uma lenda o­nde o famoso rei grego Mitridates imunizou-se contra venenos protegendo-se mediante o uso de nozes. A própria casca da noz é uma proteção, já que lembra um escudo ou um elmo e a carapaça das tartarugas. Animal de simbolismo bastante complexo, é lembrado aqui como um contraveneno, sendo citado por Plínio como "... um remédio salutar contra os envenenamentos, com poderes para afastar as manobras mágicas...". O floral Walnut, por proteger contra as influências externas, também é útil nos casos de paranormalidade, o­nde o individuo se sente sugestionado por energias que não sejam as suas. Os sabores ácido e amargo-quentes da Nogueira são eficientes nos distúrbios Terra-yin (falta de energia, insônia, obnubilação intelectual, indecisão); Metal-yin (problemas de pele e de respiração, intestinos "soltos" e com sangramento, tristeza, prostração) e Água-yin (dores de cabeça, diurese excessiva, problemas ósseos, deficiência imunitária, inibição, fraqueza de vontade, medo).

 

Water violet

Violeta D'Água, Hottonia palustris

Planta da família das Primuláceas (Primaveras) que se desenvolve em águas estagnadas, charcos e fossos, daí o seu sobrenome latino, que significa "que vive em pântanos". Quanto ao primeiro nome, de origem não identificada, é provavelmente uma homenagem ao seu descobridor. Suas flores de cor violeta e com centros amarelos crescem num talo sem folhas, pois estas permanecem sob a água. A cor violeta é símbolo da temperança, feita de uma proporção eqüitativa de azul e vermelho, "... da ação refletida e da lucidez, do equilíbrio entre o céu e a terra, os sentidos e o espírito, a paixão e a inteligência, o amor e a

sabedoria...". A cor violeta está oculta no arcano XIV do Tarô, A Temperança, o­nde um anjo segura dois vasos, um azul, outro vermelho, promovendo a troca de seus fluídos numa transfusão espiritual, quer seja a influenciação de homem para homem pela persuasão, quer seja a transmigração das almas no

mistério da reencarnação, ou no mínimo, do segredo e da transformação. Cristo é normalmente representado com uma túnica violeta durante a Paixão, quando ele assume plenamente a encarnação, ao esposar em si mesmo o Homem, filho da terra, o qual irá redimir, pelo sacrifício, o imperecível Espírito celeste. Pela mesma razão, os corais das igrejas vestem violeta às Sextas Feiras Santas. Antes do Renascimento, este era também o motivo pelo qual se escreviam livros, salmos, evangeliários e breviários em pergaminhos violetas com letras douradas: ".. a revelação, representada pelo ouro, e a Paixão de Nosso Senhor representada pela cor violeta...". E, pois, uma cor do luto e do semi-luto, da morte não como estado, mas como passagem. Assim como Cristo, Apolo,jovem, sábio e belo, símbolo da espiritualização progressiva pelo desenvolvimento da consciência, tem o seu manto violeta. Mas esta também é a cor da obediência e da submissão, representado pelo costume de se prender ao pescoço das crianças uma pedra violeta"... não só para protegêlas das enfermidades, como para torná-las dóceis e obedientes...". Daí ser essa a cor das roupas dos bispos, que têm que temperar o ardor de suas paixões. Já no Oriente, o violeta é a passagem do ativo para o passivo, uma sutilização do vermelho. Os coitos rituais tântricos eram realizados sob luz violácea, pois "...a luz violeta ativa as glândulas sexuais da mulher e a vermelha, as dos homens...". As características da Violeta D Água, que se desenvolve sobre as águas pantanosas, lembra muito a da flor de Lótus: "... como um lótus puro não é maculado pelas águas, eu não sou maculada pelo mundo...". Essa característica é típica da pessoa Water violet, que não muito raro pode se deixar levar pelo sentimento de superioridade, pelo orgulho, colocando-se num pedestal e se distanciando dos demais. Seu floral predispõe a quem com ele sintoniza a ser como a Lótus da literatura japonesa: "...tão pura no meio de águas sujas, uma imagem da moralidade, que pode permanecer pura e intacta no meio da sociedade e de suas vilanias, sem que seja preciso que se retire para o deserto...". Assim como o Cristo, o individuo Water Violet deve vestir a túnica violeta, assumir a sua condição de encarnado e participar das coisas do mundo, da Paixão, e partilhar suas qualidades com os outros. O sabor amargo-frio da Violeta D Água e de outras plantas da família das Primuláceas (Prímula, Pão-e-Queijo) possui tropismo Fogo-yang (coração acelerado, angústia, insônia, dores de cabeça, febres, vertigens, exaltação moral, orgulho).

 

White chestnut

Castanheirodaíndia branco, Aesculus hyppocastanum

Na China antiga, o Castanheiro correspondia ao outono e ao Oeste, sendo plantado sempre voltado para essa direção. Simboliza a Previdência, pois seu fruto serve de alimento durante o inverno. Aliás, Aesculus pode significar "bom para sustento", ou ainda, "carvalho", ou, indo mais além, Esculápio (do latim AEsculapiu e do grego Asklepiós, que recebeu a terapêutica do centauro Quíron). Hippocastanum seria castanha de cavalo. Acreditavase que essa planta tratasse qualquer distúrbio dos cavalos, símbolo inseparável do de cavaleiro, com o qual muitas vezes se alterna ou se funde, como nos centauros. O cavalo representa o psiquismo inconsciente, das sombras e da luz, transportando o homem aos mistérios inacessíveis à razão. Diferentemente do floral Chestnut bud, agora não é utilizado um botão a desabrochar. O White chestnut é extraído das maduras flores brancas e cremosas, salpicadas de pontos amarelos. Agora o Esculápio já e um deus e o cavalo deve ser entendido no seu lado luminoso, branco. Esta cor, ora a ausência das cores, ora a somatória delas, quando associada ao cavalo pode significar às vezes a brancura lunar, pálida, fria, fantasmagórica, anunciadora das catástrofes, como a do cavalo do Apocalipse. Outras vezes, o branco pode ser solar, ofuscante, representando aí a beleza vencedora, o domínio do espírito sobre os sentidos, montaria dos deuses, dos heróis, dos santos e dos avatares, tal como Pégaso. A princípio, a identificação com o cavalo faz do homem um monstro centauro, apegado aos instintos animais. Entretanto, se isto se dá com um cavalo branco e alado, representa a imaginação criadora e sua elevação real. Belerofonte, herói-relâmpago, guiado por Pégaso, triunfa sobre a Quimera, símbolo dos desejos que a frustração exaspera e transforma em fonte de padecimento. Segundo Paul Diel, a Quimera é uma deformação psíquica, caracterizada por uma imaginação fértil e pensamentos incontroláveis; "... exprime o perigo da exaltação imaginativa". Do mesmo modo, o tipo White chestnut está sempre atormentado por um diálogo interno torturante, o qual não consegue controlar e que atrapalha seus afazeres, seu descanso, e que leva a uma grande tensão mental. Na definição de Mechthild Scheffer, ele "...quer compreender tudo o que aparece, e, então, vêse incapaz de integrar coisa alguma...,'. Isso poderia ser chamado de complexo de Prometeu, cujo nome significa "o pensamento que prevê". Sua saga só se completa com a morte de Quíron, o centauro, ligado à simbologia do castanheiro não só pelo aspecto cavalo, como por ser o mentor de Esculápio. Ele abre mão da sua imortalidade em favor de Prometeu, para que possa morrer e fazer cessar os seus tormentos, o que corresponde à sublimação do desejo. Os pensamentos que ocupam insistentemente o individuo White chestnut o impedem de tomar contato com a orientação do Self, o seu "Eu Superior". Mais sincronicidades temos nos chamados cavalos dos cultos afros, que se vestem de branco, e, temporariamente, inibem os pensamentos do ego, permitindo a manifestação direta do inconsciente. O zazen é uma técnica de medi

tação que consiste num treino de desapego. Devese permitir que os pensamentos passem livremente sem que se prenda a atenção a nenhum deles. Essa "limpeza" possibilita o acesso a informações do inconsciente. Na China, essa técnica foi propagada por Matso, que significa "cavalo novo, potro". Os sa

bores amargofresco e picantefresco das castanhas e ácido-fresco e amargo-fresco das cascas possuem um tropismo para os distúrbios Terrayang (distúrbios de aprendizado, problemas com circulação nas pernas) e Madeira-yang (problemas de circulação e da próstata, ansiedade, dores de cabeça havia a

"simpatia" de carregar três castanhas por três dias para este fim).

 

Wild oat

Aveia silvestre, Bromus ramosus

Gramínea com semelhanças com a Avena, do latim, aveia ou flauta; sativa, do latim, cultivado; de nome Bromus do grego brámos, ou do latim bromos, aveia, flauta dos poetas; ou dos gregos, broma, o que se come e brómios, vinho, barulhento, sobrenome de Baco/Dioniso que se deve ou a sua ama Bromé, que significa "alimento", ou por causa do barulho dos bêbados ou dos raios durante seu nascimento; ramosus, do latim, "ramoso" e que, pelo inglês, Wild oat, significa "aveia brava".

Na verdade, tudo indica que se trata da Aveia do Mato (Avena quadridentadela; seu sobrenome se deve ao fato de que suas flores, dispostas em pequenas espigas, são envolvidas por quatro folhas que dão um aspecto cônico à inflorescência). Alcança até 1 m de altura com colmos retos que são os caules das gramíneas, geralmente não ramificados, sendo que esta Aveia é exceção, daí o seu "sobrenome". Os ramos sempre foram usados para homenagear o vencedor, sendo que essa vitória é interior. Na arte medieval, às vezes o ramo era atributo da lógica, às vezes da castidade, outras, do renascimento primaveril. Já o ramo de ouro, especificamente, é o símbolo da "...luz que permite que as sombrias cavernas dos infernos sejam exploradas sem perigo e sem que se perca nelas a alma, significando força, sabedoria e conhecimento...". Outra característica morfológica da Aveia é o ser cheia de nós, cujas significações variam bastante de uma cultura para outra. Por um lado, é constrangimento, complicação, enroscamento, por outro representa a ligação, a união com o Princípio, assim como os nós dos bambus chineses, que marcam uma hierarquia vertical de estados no eixo Céu-Terra, tais como os chacras tântricos. Em psicoterapia, o nó designa tudo o que possui as características de limitação e bloqueio. O indivíduo Wild oat tem dificuldade para decidir quais são suas metas, inclusive por ter muitas vocações e opções, sendo que esse estado de indefinição do rumo a tomar, do que fazer, leva a um estado de insatisfação. Ele precisa desfazer os nós que bloqueiam o acesso ao inconsciente, e, protegido pelos ramos, penetrar em seus infernos e descobrir o que o está impedindo de perceber a sua verdadeira vocação há muito já definida pelo seu próprio Eu Superior, o Self. Um outro significado para Avena e Bromus é flauta, instrumento da música celeste como qual se afina aquele que é conduzido por Deus. Também é com ela que o flautista de Hamelin conduz as crianças à caverna da montanha, que representa a volta ao estado edênico, o retorno ao útero para um novo nascimento. De certa forma, o tipo Wild oat, por suas características de indefinição, de dificuldade de ajuste e insatisfação, está passando por uma "...puberdade mental atrasada...". O floral, tal como já sugeria o ramo, e agora, a flauta de Hamelin, permite a entrada segura e conduz à caverna, símbolo de máxima complexidade, mas que poderia ser definida como "... lugar do processo de interiorização psicológica, segundo o qual o indivíduo se torna ele mesmo e consegue chegar à maturidade... assimilar todo o mundo coletivo que nele se imprime, com risco de perturbálo e integrar essas contribuições às suas próprias forças, de modo a formar sua própria personalidade, adaptada ao mundo ambiente...". Na caverna também eram iniciados os seguidores de Baco/Dioniso, cujo nome de sua ama Bromé também é o da Aveia. Foi através de uma caverna que Ceres/Deméter desceu aos infernos em busca de sua filha. Graças a Ceres é que a humanidade recebeu e aprendeu a cultivar os cereais, dentre os quais a Aveia. As espigas dos grãos de todos os cereais representam a chegada da maturidade. É o desabrochar de todas as potencialidades do ser. Muito usada como forragens para animais, mais modernamente a Aveia é considerada um alimento ("Bromus") básico na infância/ puberdade, para que a criança se desenvolva para a vida adulta. Seus sabores amargo e doce quentes a tornam ativa nos distúrbios Metal-yin (insônia por tristeza, fraqueza mental, perda de peso); Água-yin (desmineralização, inapetência sexual e esterilidade, inibição, confusão mental) e Terra-yin (falta de apetite, problemas de pâncreas, obnubilação intelectual).

 

Wild rose

Roseira silvestre ou Rosadecão, Rosa canina

Ancestral das roseiras cultivadas, esta planta cuja espécie tem mais de 35 milhões de anos, é um arbusto que atinge até 3m de altura com ramos fortes e espinhos bastante robustos, daí o seu nome, devido à semelhança destes com os dentes do cão. Possui flores brancas ou rosáceas, com cinco pétalas e formato de coração. A Rosa simboliza um renascimento místico por sua relação com o sangue derramado. Para o cristianismo, ora ela é a taça com que se recolhe o sangue do Messias, ora é a transfiguração desse sangue, podendo ser ainda o signo de suas chagas, ou até o seu Sagrado Coração. Nos campos de batalha em que caíram numerosos heróis, dentre eles Adonis, seu sangue fez brotar roseiras. Este último

era protegido de Afrodite que, ao socorrê-lo, picou-se num espinho tingindo de vermelho as rosas que antes eram brancas.

Assim sendo, sempre que uma vida não esgotou todas as suas possibilidades, sendo interrompida bruscamente, tenta prolongar-se sob uma outra forma, em geral, a Rosa. Normalmente colocada sobre as tumbas, é símbolo da regeneração, de vida nova, inclusive pelo seu parentesco semântico com o latim ros, que significa "chuva, orvalho", imagens da redenção. O individuo tipo Wild rose, muitas vezes em tenra idade, viu-se ferido e impossibilitado de reagir Foi levado a conformar-se com as situações, tornando-se fatalista, resignado e apático. Seu floral evoca a sincronicidade com a simbologia de renascimento da Rosa, da continuidade de vida do herói morto, do amor crístico, de redenção. Não

podemos nos esquecer das características selvagens da Rosa-de-cão, que possui frutos avermelhados, cor de sangue, de vida, e, em especial, de seus espinhos, símbolos de defesa, de ataque, de reação, que são como dentes caninos que representam não só a agressividade, como também força, resistência e perseverança. É símbolo da assimilação, da tomada de posse, já que é o moinho que esmaga para fornecer alimento ao desejo, que pode ser tanto a satisfação das ambições terrenas, quanto a obtenção dos alimentos celestes. Em ambos os casos, conduz à vida, que é o que parece faltar ao tipo apático Wild rose. Não é à toa que a Rosa é uma das flores preferidas dos alquimistas, cujos trabalhos comumente se intitulam Roseiras dos Filósofos. A rosa branca, por exemplo, é o objetivo da pequena obra (a obra em branco, em busca do luminoso) e, quando vermelha, é referente à grande obra (fusão das obras em branco e em negro, do metal em brasa, cor de sangue, de carne, encarnado, vivo). Seus sabores, de relativa toxidade, doce-quente das folhas e flores, e ácido-quente dos frutos, faz com que atue nas questões Água-yin (urinas raras, constipação, falta de energia, problemas ósseis, vertigens, prostração, apatia), Fogo-yin (inflamações, corrimentos, tristeza, desânimo) e Madeira-yin (problemas imunitários e de respiração, resignação).

 

Willow

Salgueiro amarelo, tipo de Chorão,Salix vitelina

Seu nome latino Salix significa "salgueiro", deriva de "sal" e vitelina quer dizer "da cor da gema do ovo", em referência à tonalidade amarelada dessa árvore. É aparentada do Chorão (Salix babylonica), cujos ramos muito compridos e pêndulos quase chegando ao chão, comumente à beira de lagos, passam a imagem de alguém triste, caído, chorando, daí a maior sincronicidade com o floral WilIow, indicado para as tristezas e amarguras, para aqueles ressentidos, que culpam a tudo e a todos, menos a si próprios. Muitas vezes relacionado com a morte, por outro lado, o Salgueiro é símbolo da Lei Divina: os galhos cortados e plantados sobrevivem, permanecendo a árvore indivisa. Essa planta mesmo que quase totalmente podada, faz brotar de suas feridas novos e vivazes ramos. Quando há cicatrizes em seus troncos, estas se aprofundam cada vez mais, e de suas aberturas brotam outras plantas e nelas pássaros fazem seus ninhos. Por ser eternamente verde, São Bernardo a relacionava com a Virgem Maria. No Oriente, a Cidade dos Salgueiros é a morada da imortalidade. A sepultura dos personagens míticos costumava ser sob a sombra de Salgueiros, sob os quais também meditavam os sábios. Essa árvore, então, era símbolo de passagem para a imortalidade. Na Rússia, entretanto, diz-se que"... aquele que planta um salgueiro prepara a enxada para o seu túmulo...", não ficando claro se isto era num sentido positivo. Há um Salmo o­nde, às margens do rio da Babilônia, as personagens sentaram e choraram sob um Salgueiro, pendurando nele suas citaras, para não terem como alegrar àqueles que os mantinham cativos: "... como poderíamos nós cantar as canções do Eterno em terra estranha?..." Desse modo, somente o Salgueiro é que foi digno de conservar a música, o símbolo da alegria humana. De suas madeiras são comumente feitos instrumentos musicais em certas regiões. E é justamente essa alegria de viver, de regenerar-se por mais podado e ferido que se esteja que o floral WilIow pretende resgatar em quem o toma. De sabores amargo-fresco e salgad-omomo (tanino e salicina), seu tropismo é de ação Madeira-yang (dores musculares, problemas digestivos, angústia, excitação); Água-yin (dor de dentes, problemas ósseos, prostração); Fogo-yang (febres, choques emocionais); Metal-yin (intestinos "soltos", tristeza).

 

Rescue Remedy

Fórmula já pronta, criada pelo próprio Bach, usada em situações emergenciais para uma melhora no quadro geral. É muito utilizada quando não se sabe o que recomendar, ou, ainda, na impossibilidade de fazerse uma avaliação do estado emocional da pessoa, quer seja pela urgência da situação, quer seja pela falta de dados. É composta por Cherry plum, para os que temem perder o autocontrole; Clematis, para os que estão ausentes do presente; Impatiens, para a ansiedade, agitação, impaciência; Rock rose, ideal para estados de pânico e Star-of-Bethlehem, para choques e suas seqüelas. Edward Bach julgou tão bem combinadas essas essências entre si, que passou a considerá-las quase que como um 39º floral. Tanto é que no kit de florais de Bach, além dos 38 florais individuais, há 2 vidros de Rescue Remedy preparados na forma de essências que podem ser diluídas em água e ser consideradas uma fórmula, ou, ainda, contadas como se fossem uma única essência e serem mistura das com até cinco outras mais.

A idéia de um remédio de espectro de atuação tão amplo que servisse para todas as situações faznos lembrar da panacéia universal, do grego panákeia, "remédio para todos os males"; ou o elixir da imortalidade, símbolo de um estado de consciência transformado, ligado ao conhecimento da perenidade. Em seu aspecto negativo, há o elixir do esquecimento, usado em muitas lendas para levar os heróis a não mais se lembrarem de suas amadas e lhes aplacar a emoção. Do mesmo modo, vejo o Rescue Remedy como um grande auxiliar doméstico para abranger o sofrimento, mas não tão eficaz para um uso profissional, uma vez que, apesar do bem-estar que essa fórmula pronta proporciona, o ideal é avaliar caso a caso e elaborar uma fórmula específica para cada momento e para cada indivíduo, além do acompanhamento terapêutico em si.

 

Creme de Bach

Fórmula pronta para uso, contendo Rescue Remedy e Crab apple (depurativo psicofísico) diluídos em creme de composição a mais natural e neutra possível. Mais uma "panacéia", ou seja, possui um amplo espectro de atuação. É aplicada externamente nos locais afetados, tanto em situações agudas, picadas, contusões, queimaduras, dores, etc.), quanto crônicas (problemas de pele e de circulação, etc.). À semelhança do Rescue Remedy, o Creme de Bach é muito eficaz, mas não deixa de ser uma fórmula preconcebida e generalizada. Sob o aspecto terapêutico profundo, o ideal é uma composição totalmente individualizada, adaptada a cada caso, da qual se usam duas gotas de suas essências, ou, se estiver preparada para uso oral, ou seja, adicionada à água e conhaque, tomam-se quatro de suas gotas que são misturadas ao creme ou óleo, além de um uso eficiente diretamente na água para banho ou em compressas. Tudo isso como um complemento à ingestão da fórmula via oral, a qual não é substituída pelo simples uso externo do floral.

Depois de muitos testes e experiências bem-sucedidas, fiquei plenamente convencido da eficácia da terapêutica floral e, na década de 80, introduzia na minha prática de consultório. Naquela época, não havia no Brasil muita literatura específica disponível e a maioria das pessoas nem sequer ouvira falar sobre florais. Assim como eu, outros profissionais, isoladamente, foram direta ou indiretamente divulgando o assunto, não só pelos bons resultados obtidos junto aos clientes, como pelos cursos ministrados. Isso não passou despercebido dos meios de comunicação que, graças às suas reportagens, popularizaram de tal maneira o assunto que hoje em dia podese dizer que a terapia floral é a técnica holística mais adotada no nosso país. Para suprir o anseio de conhecimento que se criou, muitos trabalhos foram traduzidos e publicados, e vários autores nacionais contribuíram significativamente com suas obras.

A abordagem aqui apresentada propõe-se a preencher uma lacuna deixada pelas outras publicações, as quais, perante a dificuldade de explicar "cientificamente" a atuação das essências florais, optaram por se abster de teorizar sobre o porque determinada flor atua para determinada emoção especificamente. Por exemplo: por que a essência floral Mimulus atua nas fobias e não em outro tipo de emoção? Por que o Holly intervém em casos de raiva, em vez de tristeza? Munidos basicamente de explicações generalizadas, e não relativas a cada floral em particular, o público leitor tinha que se contentar com uma resposta do tipo: "porque foi assim que Bach intuiu", quase um "porque sim!". Sabendo de antemão que os métodos de pesquisa científica ortodoxos em pouco elucidariam essas questões, procurei e encontrei as respostas na Sincronicidade (teoria junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos). Fazendo um levantamento sobre os deuses e lendas ligados a cada uma das plantas de o­nde se extraem as essências florais de Bach, descobri as "grandes coincidências" entre essas histórias e o momento emocional no qual o floral está apto a atuar. Fora isso, as características de comportamento de cada planta (o modo como cresce, seus terrenos preferidos, suas cores, etc.) correspondem exatamente ao tipo de pessoa à qual a sua essência floral poderá ajudar. E, por mais estranho que pareça a quem não está familiarizado com a idéia da sincronicidade, até mesmo a etimologia dos nomes das plantas já nos esclarecem para que elas servem. Somando-se a isso, pesquisei o uso fitoterápico tradicional desses vegetais, em especial sob o enfoque milenar chinês dos Cinco Movimentos e constatei que, além de seu uso para o equilíbrio de determinados sintomas físicos, tais plantas já eram usadas, sob a forma de chás, para as mesmas emoções para as quais Bach intuiu suas essências. Tais informações tornam esta obra útil tanto àqueles que estão se iniciando no estudo da terapêutica floral como, também, aos mais experientes, inclusive aos pesquisadores de novas essências florais, os quais têm agora mais um fio de meada a ser pesquisado, ou seja, a teoria da sincronicidade de C. G. Jung.

Os antigos Terapeutas Holísticos, assim como Bach, não cultivavam suas plantas terapêuticas, pois sabiam que se o vegetal escolhia espontaneamente seu local de nascimento é porque aquele solo era o ideal para proporcionarlhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeitos. As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério.

As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda do que suas análises químicas atuais, e têm muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de personalidade de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa ela auxiliaria por ressonância, independentemente de seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais na Terapia Floral. Já os antigos chineses, além dessas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificandoa dentro dos Cinco Movimentos (importante: para compreender a seqüência a seguir, ler apêndice no final do livro) e, por conseqüência, sabiam de antemão para que serviriam. Comparados entre si, os cinco sabores são: amargo evacuante, purgativo e endurecedor; doce ou insípido diurético, sudorífero, dissipante, relaxante; picante,sudorífero, dissipante, dispersante; salgado evacuante, purgativo, suavizante e ácido-azedo evacuante, purgativo e retrátil. A essas propriedades iniciais, podemos acrescentar quatro tipos de energia: fria, quente, fresca e morna. Além disso, há quatro densidades diferentes de energia que darão o sentido da ação terapêutica: ascendentes (yang-alto), expansivas (yang-exterior), obtidas pelas ervas yang, descendentes (yin-baixo) e introspectivas (yin -interior), obtidas pelas ervas yin.

Em cada meridiano existe uma raiz yin e outra yang. A função yang da Madeira caracteriza-se pelo movimento, o que é estimulado pelo sabor ácido. Entretanto, a absorção excessiva do ácido, que por vocação é yin e retrátil, levaria ao efeito contrário, de paralisia, estimulando a raiz yin da Madeira. A função yang do Metal é retrair, secar, condensar; já sua função yin é dissipar e umedecer. O picante, por sua vocação yin, se absorvido em excesso, estimulará a função yin do Metal. A função yang do Fogo caracterizase pela ascensão e crescimento, enquanto que seu lado yin é endurecedor. O amargo, por sua tendência yang, favorecerá a função de ascensão. A função yin da Terra é estruturar, modelar, controlar instintos e emoções, umedecer, enquanto a yang pode levar à rigidez.

Por sua tendência yin, o doce favorecerá a raiz yin da Terra (observação: o doce industrializado é quente, portanto, yang, com efeito contrário ao doce natural). A função yin da Água é amolecer, abrandar, enquanto que seu lado yang é o de endurecer. A tendência do salgado é favorecer a raiz yin da Água. Simplificando, as plantas seriam classificadas pelo sabor + energia quente ou fria (yang ou yin), o que possibilita incontáveis combinações de efeitos terapêuticos, graças, ainda, às leis de Geração e de Dominância.

Conclusões

A partir do momento em que se aceitar abertamente que existem outras formas de abordagem lógica, além das experiências convencionais de laboratório, muitos preconceitos irão por terra e diversas práticas ditas "alternativas" passarão a ser "oficiais". A teoria da Sincronicidade de C.G. Jung vem se mostrando um excelente instrumento em relação às pesquisas das essências florais, fornecendo uma linha de raciocínio que serve não só para as já consagradas essências florais de Bach, como para todas as outras e, até mesmo, para a fitoterapia. Desse modo, não precisaremos contar apenas com pessoas raras como Edward Bach, pois essa forma de abordagem não requer dotes paranormais. Basta, é claro, estudo e dedicação.

 

 

Referências bibliográficas

BACH, Edward - Os Remédios Florais do Dr. Bach. S. Paulo, Pensamento, 1990.

CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

ESPECHE, Bárbara e Eduardo Grecco - Jung y Flores de Bach -Arquetipos e Flores. Ediciones Continente.

FAUBERT, Gabriel - La Chronobiologie chinoise. Paris, Éditions Albin Michel S.A., 1987.

GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

HALL, James A. -A Experiência Junguiana. 5. Paulo, Cultrix, 1989.

HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

HIRSCH, SONIA – Manual do Herói – Gráfica e Editora Prensa, 1990.

HUSSON, A. - Versão e comentários - Huang Di Nei Jing Su Wen. Paris, Ed. A.S.M.A.E

JACOBI, Jolande - Complexo -Arquétipo - Símbolo. 5. Paulo, Cultrix, 1986.

JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. 5. Paulo, Vozes, 1991.

LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. 5. Paulo, Cultrix, 1992.

MACHADO, José Pedro Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa, Editorial Confluência Ltda., 1967.

MARQUES, Breno e Ednamara B. V Os Remédios Florais de Minas. Luz Azul Cultural, 1992.

MARKEY; Christopher- Yin-Yang. 5. Paulo, Cultrix, 1987.

MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

MIYUKI, Mokusen - Versão e comentários - A Doutrina da Flor de Ouro. 5. Paulo, Pensamento, 1990.

REQUENA, Yves - Acupuncture et Psychologie: pour une approche nouvelle dela Psycho-somatique. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

REQUENA, Yves - Acupuncture et Phytothérapie. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

SCHEFFER, Mechthild - Terapia Floral do Dr. Bach. São Paulo, Pensamento, 1991.

TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado. São Paulo, Lumina Editorial, 1998.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Florais de Bach – Uma Visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica – Incluindo NTSV – TF 001 – Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Floral – 4a Edição - Editora Pensamento, 1994.

WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. 5. Paulo, Cultrix, 1990

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 06/05/2008 13:58


Aula de Holopuntura - Comunidade de Estudos Avançados

Aula de Holopuntura - Comunidade de Estudos Avançados

Henrique Vieira Filho
CRT 21001
Terapeuta Holístico

Resumo:

Holopuntura é uma nova (re)visão sobre as milenares técnicas da Acupuntura, Auriculoterapia e Reflexoterapia.

A premissa central é que podemos aplicar estímulos em micro-regiões (pontos) e com isso obter reações globais, despertando os próprios recursos naturais de auto-harmonização.

Introdução:

Holopuntura: A Quintessência da União de Técnicas

Com a Pulsologia de Nogier (muito prática e de rápido aprendizado) ou analisando a reação do cliente ao toque em pontos-chaves, de pronto obtém-se a avaliação de quais seriam os desequilíbrios e quais as micro-regiões a serem estimuladas para despertar em nossos Clientes todos os seus recursos de Auto-Harmonização.

À disposição, uma vasta gama de opções de estímulos distintos, tais como o toque, imãs, cores, sons e até as famosas agulhas, dentre outras. O trabalho pode ser realizado tomando-se regiões corpóreas (orelhas, pés, pontos de acupuntura) que atuam como um microcosmo da pessoa atendida, um "espelho" de mão-dupla, que tanto reflete o estado global de harmonia, quanto intervém terapeuticamente, mediante estimulação. O mapeamento das zonas reflexológicas foi quintessenciado ao máximo, devido ao resgate da milenar abordagem dos Cinco Movimentos Chineses, que traduz o trabalho em uma síntese quase que poética e de fácil compreensão.

Material e Metodologia

PULSOLOGIA DE NOGIER e REFLEXOTERAPIAS

Resumidamente, a Pulsologia de Nogier começou com o próprio, que é conhecido como o Pai da Auriculoterapia, que é a opção de Reflexoterapia mais estudada..

Por ter o hábito de tomar o pulso de seus clientes, Nogier, durante seus trabalhos de auriculoterapia, percebeu certos "sinais", como se fossem "trancos" ou súbitas "sumidas" da pulsação.

E que isso ocorria justamente quando estava com algum estímulo (por exemplo, uma ponta metálica...), passando por sobre uma região reflexa desequilibrada.

É como se uma "onda" passasse por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso.

É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida, como puderam constatar em nossa aula presencial, durante o Holística 2004.

Atentem que não altera a QUANTIDADE de batidas cardíacas, mas sim, a INTENSIDADE com que a percebemos, como se uma "onda" passando por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso. É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida.

É importante que TREINEM BASTANTE, de preferência, com várias pessoas diferentes, pois "localizar" o pulso varia bastante em cada caso. Para os casos difíceis, apliquem a tática de fazer toques circulares na região entre as sobrancelhas, que de pronto, a percepção do pulso se torna muito mais nítido. Um detalhe que pode fazer a diferença: TIREM OS METAIS DOS DEDOS E PULSOS: relógios, anéis, pulseiras, etc, em algumas pessoas simplesmente some com o Sinal de Nogier. Em muitos casos, pode-se até sentir a pulsação, mas nada de perceber o Sinal de Nogier... Se for esse o caso, experimente tirar os metais próximos, tanto do cliente, quanto os seus.

A Pulsologia de Nogier, todos teremos a oportunidade de constatar, é MUITO útil para a prática das reflexoterapias.

REFLEXOTERAPIAS

Diferentemente da visão da acupuntura pelo corpo, cujos pontos existem o tempo todo, quer estejam "abertos" para tratamento, ou não... nas zonas reflexológicas só surgem pontos SE e SOMENTE SE, estiverem refletindo um desequilíbrio energético.

Notem bem o diferencial: se localizamos pontos pelo corpo (acupuntura sistêmica...), isso em nada define o nosso trabalho.

Contudo, se localizamos pontos nas zonas reflexas, automaticamente temos e AO MESMO TEMPO, tanto a noção de qual é esse desequilíbrio (devido à sua correspondência nos mapas reflexológicos), como, também, detectamos o local exato que está aberto a ser estimulado terapeuticamente.

E COMO localizar estes pontos ? Bom, temos duas opções: 1) aparelhagem eletrônica de boa qualidade e bem regulada; 2) PULSOLOGIA DE NOGIER.

Muitas pessoas até gostam de aparelhinhos fazendo "bip", mas, com toda sinceridade, a pulsologia de Nogier é muito mais precisa... Além de mais precisa, é bem mais simples: basta tomar o pulso e uma ponta metálica para servir de "antena" a ser passada sobre as regiões reflexas.

Inclusive, para quem gosta de agulhas, esta ponta metálica pode ser justamente a ponta de uma micro-agulha auricular, a ser aproximada por uma pinça...

Com um pouco de prática, a detecção do ponto e a aplicação da micro-agulha se torna um procedimento rápido e preciso.

Não gosta de agulhas ? Ótimo: temos muitos outros estímulos eficientes.

Imãs (lado norte e lado sul), esferas "ouro" e "prata", cromopuntura (aplicação de cores nos pontos...), softlaser, toque terapêutico nos pontos (ou com dedo, ou com pontas, tipo "apalpador de pressão" com mola...), etc, etc...

A Pulsologia de Nogier também nos socorre quando for o caso de escolher qual é o estímulo adequado. Por exemplos:

Lado norte ou lado sul, do imã ? Esfera ouro, ou esfera prata ? Polo positivo ou negativo ? Qual das cores aplico no ponto ? Qual das regulagens em hertz eu aplico ?

Basta testar cada opção que deseja aplicar, por sobre cada ponto localizado e verificar qual faz com que o pulso reaja nitidamente...

Por esse mesmo método, pode-se testar inclusive, fitoterápicos.

Paul Nogier, por ser médico e absolutamente contrário a que não-médicos utilizem auriculoterapia, passou a testar medicamentos através da pulsologia e da aproximação destes dos pontos auriculares.

Como somos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, o que NÓS testamos são os fitoterápicos.

Digamos que já detectamos na orelha, os pontos/ desequilíbrios (via de regra, de uns 3 a no máximo, 5...).

E que estamos em dúvida entre algumas opções de fitoterápicos que podemos recomendar...

Se estiverem em forma "picada", podemos pinçar um pouco e aproximar desses pontos identificados, para perceber a reação do pulso.

Notarão que alguns em nada alteram; outros, até somem com o pulso e, de repente, um deles torna a pulsação "limpa", nítida, forte, reagindo com "tranco" à aproximação.

Pronto: terá detectado qual(is) é (são) o(s) fitoterápico(s) adequado(s) ao momento do cliente.

Muitas vezes, a combinação de uma ou mais amostras juntas pode melhorar a reação ao pulso, muitas vezes, não, até se anulam, indicando que é melhor optar por chás separados...

CLARO: se forem ter amostras de fitoterápicos em seus consultórios, OBRIGATORIAMENTE tem que ser de origem definida, ou seja, com NOTA FISCAL DE COMPRA, e rotulagem contendo laboratório e farmacêutico responsável. E, NUNCA, JAMAIS, NEM EM SONHO, vendam estes produtos. E, obviamente, só podem ser recomendados produtos de VENDA LIVRE, ou seja, sem necessidade de receita MÉDICA.

AURICULOTERAPIA

Chamamos de Auriculoterapia à técnica de análise e tratamento reflexológico por meio de estímulos no pavilhão auricular.

Sua origem data de milênios, tendo sido encontradas pinturas egípcias descrevendo o seu uso; Hipócrates, considerado o pai da medicina ocidental, detalhou seu uso para dores de dente, faciais e ciáticas. analgesia para nevralgias odontológicas, faciais e ciáticas.

Caído em esquecimento até os meados de 1951, quando o francês Paul F. M. Nogier iniciou suas pesquisas, dando tamanho grau de desenvolvimento à técnica, que passou a ser considerado o "pai da Auriculoterapia".

Acupunturista e quiropraxista, ele notou que diversas pessoas que sofriam de dor ciática tiveram seus sofrimentos cessados com cauterizações na orelha feitas pela "leiga" madame Barrin. Esses resultados empolgaram Nogier, passando ele a observar que na orelha há regiões doloridas espontaneamente ou ao toque, sempre que no corpo também houver dor. Verificando a ocorrência dessas regiões, culminou por observar que elas pareciam desenhar uma forma fetal invertida no pavilhão auricular. Com o correr das pesquisas, foi-se mapeando a que zona corporal correspondia cada porção da orelha, tendo sido publicadas na década de 50, as suas conclusões iniciais e seus tratamentos por estímulos de agulhas na aurícula, com grande repercussão entre os acupunturistas, pois estes já estavam acustumados a esse tipo de instrumento. Tal sucesso chegou até a China, que rapidamente levantou um mapeamento auricular, inundando a Europa com suas orelhas de plástico e "posters" de "auriculo-acupuntura". Tudo isso contribuiu para que se confundisse a Acupuntura* com essa "nova" técnica, mas as diferenças são gritantes: enquanto para primeira, os pontos existem o tempo todo, quer sirvam para tratamento ou não, na orelha eles não existem, a princípio, só vindo a surgir em correspondência a um desequilíbrio no corpo, facilitando ao máximo o diagnóstico, tornando praticamente impossível de se errar. Outro fator de distinção e, provavelmente, a maior descoberta de Paul Nogier, foi a técnica de diagnóstico pelo pulso, específica para a Auriculoterapia. Enquanto na pulsologia chinesa tomam-se ambos os pulsos simultaneamente e por meio de extrema sensibilidade, distinguem-se informações sobre a condição energética de cada órgão-meridiano, na técnica de Nogier, basta tomar-se um dos pulsos e com uma ponta de metal ou de aparelhagem eletrônica, "passeia-se" por todas as regiões reflexas auriculares e, o­nde houver desequilíbrio, haverá uma alteração no pulso, que inicialmente chamou-se R.A.C. (reflexo aurículo cardíaco) e hoje em dia se conhece como R.A.N. (reflexo arterial de Nogier) ou V.A.S. (sinal autônomo vascular).

No Brasil, a esmagadora maioria dos que trabalham com a Terapia auricular desconhece quase que totalmente o trabalho francês; quando muito, estão a par do primeiro livro publicado de Nogier, o qual já há muito está desatualizado, com suas "receitinhas" de pontos específicos para cada tipo de tratamento. Em compensação, os brasileiros desenbvolveram uma abordagem somatopsíquica do tratamento auricular, a que denomino Calatonia Auricular, bem como o teste de fitoterápicos pela orelha e, ainda, o uso das freqüências de ressonância para a estética, além de desenvolver a Ressonância Biofotônica ou Biorressonância o­nde os estímulos são dados por meio de luzes comuns (não laser) e ritmos, trabalhos estes, nacionais e pioneiros...

PONTOS DE ALARME SISTÊMICOS

As tradições milenares chinesas trouxeram aos nossos dias a teoria dos, assim traduzidos, "meridianos", que são caminhos de energia que circulam junto ao corpo e que refletem nosso estado holístico (físico, emocional, social, etc, etc...). Em tese, são infinitos... Contudo, como nosso objetivo é ser pratico, trabalharemos com 12 principais.

Em termos de 5 Movimentos Chineses, temos os meridianos FOGO: coração, intestino delgado, circulação e sexo, triplo aquecedor...

Eles são responsáveis pela "temperatura" de nossas emoções, entre outras coisas.

Como meridianos TERRA, temos o do baço-pâncreas e do estômago.

Respondem pela nossa reflexão, pelos pensamentos...

Já os meridianos MADEIRA são os do Fígado e da Vesícula Biliar.

Atuam na exterização das emoções, especialmente, a raiva...

Temos os meridianos METAL: Pulmão e Intestino Grosso.

Agem na interiorização de nossas emoções, tanto na serenidade, quanto na tristeza, baixa-estima...

E Rim e Bexiga, como meridianos do movimento ÁGUA.

Assim como as águas se adaptam ao meio e buscam aprofundar, assim estes meridianos lidam com aquilo que nos é de importância vital, tal como medo, sobrevivência, sexo...

Atentem que os nomes dos meridianos, em sua versão ocidental, correspondem aos nomes de certos órgãos e vísceras. Mas, a verdade é que não correspondem APENAS a estes órgãos, mas sim, a inúmeras funções que a ciência jamais atribuiria a estas "partes".

Por exemplo: a raiva, na visão dos 5 movimentos, tem relação com o meridiano de fígado... Mas, certamente que a ciência jamais vai associar raiva com o órgão fígado...

Felizmente, não temos que dar satisfações aos cientistas e podemos nos valer de mais de 5 mil anos de tradições...

Mas, em termos PRÁTICOS, como saber quais meridianos estão carentes de equilíbrio ?

Bom, como somos Terapeutas Holísticos, JAMAIS nos valeremos de "tabelinhas doenças-pontos-de-acupuntura"...

Isso é coisa de médico... Os médicos é que precisam fazer exames de laboratórios, descobrir qual a doença e seguir uma tabelinha de pontos, da mesma forma que seguem tabelas de correlação medicamento-doença...

Aliás, sempre é bom frizar: pela LEI, doença é monopólio médico...

Por isso que nós, TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, tratamos das PESSOAS (jamais de "doenças"...) e de seus desequilíbrios "energéticos"...

COMO saber qual(is) meridiano(s) precisa(m) de tratamento ?

Muito simples: basta "perguntar" aos próprios meridianos !

E para fazer isto, basta tocar em determinados pontos, os chamos PONTOS DE ALARME, e saber do cliente se os mesmos estão (ou não...) doloridos ao toque...

Claro, todo ponto de alarme é relativamente dolorido... Mas, na prática, notarão 1 ou 2 que estarão MUITO sensíveis...

Ou seja, como trabalharemos com 12 meridianos, teremos 12 pontos de alarme a tocar, durante a avaliação...

Acreditem, quando tiverem prática, esse é um procedimento de 1 a 2 minutos...

Uma vez detectado QUAL o ponto de alarme mais sensível, trabalharemos em seu meridiano correspondente...

Para tanto, temos que localizar em seu trajeto, qual o ponto que está aberto a receber estímulos...

E, para sabermos isso, bastará tocarmos por seu trajeto, até detectarmos com o ponto que estiver mais sensível ao toque...

Ou seja, de novo, "perguntamos" ao meridiano...

Uma vez localizado (são bi-laterais, um de cada lado do corpo, simetricamente...), basta estimular por cerca de 1 minuto...

Para estimular, pode-se fazer uso do toque (apertar com os polegares e circular sobre o ponto...), pode-se aplicar agulhas, imãs, cores, enfim, uma infinidade de estímulos possíveis, todos igualmente eficientes.

Uma vez feito o estímulo, basta voltar a tocar no ponto de alarme correspondente e terão uma "surpresa": ele não está mais sensível ao toque !!

Ou, se ainda estiver, é muito pouco...

Pode-se "reforçar" a aplicação, atuando agora no meridianos que estava em "2o lugar" em sensibilidade ao toque em seu ponto de alarme...

Ou seja, da mesma forma: toque pelo trajeto do meridiano, até localizar um ponto sensível, que será justamente o que necessita de estimulação.

E pode voltar a conferir nos pontos de alarme que estarão todos "normais", sem a sensibilidade de antes em relação ao toque !

Ou seja, esse método substitui tanto a pulsologia chinesa (que só seria necessária se você fosse tratar o imperador, pois este não pode ser tocado...) e também elimina a necessidade de "tabelinhas de pontos"...

E nem terão que trabalhar em muitas regiões: os pontos de alarme, ficam todos na parte frontal do corpo... E os pontos dos 5 movimentos, estão localizados entre os dedos das mãos até o cotovelo, e dos dedos dos pés, até o joelhos...

Como puderam observar, os pontos de alarme tendem a ser sobre os órgãos dos quais recebem o nome ocidental...

É o caso do estômago, baço-pâncreas, fígado, rim, intestinos grosso e delgado...

O QUANTO de pressão aplicar para testar seu grau de sensibilidade, aí é questão de prática...

Há clientes que um toque muito leve já basta para conseguir testar os pontos... Outros, necessitam de maior pressão, pois tem menor sensibilidade...

Na verdade, os colegas terão que praticar bastante... Essa é a única forma de aprenderem de verdade...

Recapitulando: iremos tocar os pontos de alarme e perguntar ao cliente qual(is) está(ão) mais sensível(is).

Sugiro, por uma questão de praticidade, que testem "de cima para baixo"...

Ou seja: pontos de alarme dos meridianos do Pulmão, Vesícula Biliar, Coração, Fígado, Baço-Pâncreas, Rins, Estômago, Intestino Grosso, Triplo Aquecedor, Intestino Delgado, Bexiga e Circulação e Sexo..

Uma vez detectado QUAL o ponto de alarme mais sensível, irão (bilateralmente...) pesquisar pelo toque, o caminho do meridiano correspondente.

Basta seguir pelos trajetos dos 5 movimentos chineses, ou seja, será dos dedos em direção ao cotovelo (se for meridianos que passam pelos braços...), ou até os joelhos (se forem meridianos que passam pelas pernas...).

Uma vez detectado, pelo toque, qual o ponto mais sensível no trajeto do meridiano, bastará estimulá-lo, por exemplo, tocando com a ponta do polegar (simultaneamente, pois são 2 pontos simétricos, bi-laterais...). Estimulem os pontos, quer seja com os dedos, ou com agulhas, ou com imãs, ou com cores, ou com diapasões, ou com cristais, etc, etc,... durante cerca de 1 minuto e voltem a testar o mesmo ponto de alarme correspondente.

Via de regra, 1 minuto basta para equilibrar, o que pode ser constatado voltando a tocar no ponto de alarme correspondente, que estará agora, sem a mesma sensibilidade (dor...) quando tocado.

Caso ainda persista a sensação dolorosa no ponto de alarme, repita a operação também no trajeto do meridiano "2o colocado", quanto à dor no ponto de alarme...

Caso ele não esteja mais dolorido, a aplicação já pode considerar-se encerrada. Caso ainda esteja, repita a mesma operação, ou, passe para o "2o colocado" dentre os meridianos cujos pontos de alarme correspondente estavam mais sensíveis ao toque.

Comparativamente às correntes teóricas que baseiam-se em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a pontos específicos para estimular, a Holopuntura mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da auto-consciência. Do ponto de vista legal, a Holopuntura igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com Acupuntura e Reflexoterapias em formato absolutamente diferente da aobordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

Discussão

A Holopuntura beneficia o Cliente com perceptíveis resultados. E igualmente privilegia o Terapeuta Holístico que a ela se dedica, graças à eliminação da artificial e desnecessária complexidade que vem sendo impingida atualmente às técnicas, resgatando a simplicidade e naturalidade de suas essências fundamentais.

Como podem notar, com a Holopuntura, caso estivéssemos trabalhando com agulhas, bastaria 2 agulhas (1 ponto de cada lado do corpo...), ou, quanto muito, 4 agulhas ( 2 pontos, que como são bilaterais, traduzem-se em 2 pontos de cada lado, totalizando, 4...)

Esse festival moderno atual de transformar os clientes em "alfineteiros", enfiando um monte de agulhas, com toda a sinceridade, é absolutamente desnecessário...

Usam muitas agulhas, pois não tem a técnica de "perguntar" aos pontos de alarme... Como não fazem isso, acabam "somando" um monte de "tabelinhas de pontos", resultando em um MONTÃO de agulhadas...

Se bem feito, até dá resultado... Só que podemos trabalhar de forma MUITO mais sutil, como esta que estamos propondo aqui, na Holopuntura.

Eu trabalho faz mais de 20 anos assim e garanto que funciona bem.

Contudo, jamais acreditem em mim, pois o certo é que VOCÊS MESMOS TESTEM e tirem suas próprias conclusões...

Recordando: a técnica que acabaram de ver, simplesmente elimina aquela história de "tabelinha de sintomas X pontos pré-definidos".

Ao invez de ficarmos "adivinhando" o­nde estão os desequlíbrios simplesmente nos baseando em tabelas de sintomas, nós vamos, LITERALMENTE, colocar a mão na massa.

Com a ponta dos dedos, tocaremos cada um dos pontos de alarme demonstrados.

À semelhança do que observamos via reflexoterapia auricular, notaremos poucos desequilíbrios.

Comumente, nosso cliente relatará cerca de 2 ou 3 pontos de alarme sensíveis ao toque.

Nos ocuparemos, primeiramente, daquele meridiano cujo ponto de alarme tenha sido o de maior sensibilidade (dolorido).

Seguiremos seu trajeto, também com os dedos, mas somente no trecho relativo aos 5 Movimentos Chineses.

E, novamente, perguntaremos ao cliente para que nos avise qual é o "ponto" mais sensível ao toque.

Obs: estes pontos são BILATERAIS, ou seja, são em pares, estando um de cada lado do corpo, simetricamente...

Justamente nestes é que nos ateremos, estimulando-os, bilateralmente, por cerca de um minuto.

Isso pode ser feito com o próprio toque/pressão da ponta dos dedos, ou, aplicando-se outras formas de estímulos, desde agulhas (acupuntura), até cores (cromopuntura), imãs (magnetoterapia), etc, etc.

Uma vez terminado o estímulo, volte a testar o ponto de alarme respectivo e notará que a sensibilidade ao toque sumiu... Ou diminuiu muito !

Caso ainda persista, parta para o "2o colocado" de sua lista de pontos de alarme sensíveis, pesquisando em seu meridiano respectivo e estimulando o ponto que detectar mais sensível.

Volte a testar os pontos de alarme e notará que a sensibilidade exarcebada de antes, não mais existe.

Pronto ! Uma bem sucedida estimulação terapêutica.

Nas reflexoterapias, não há pontos pré-existentes... Os mapas apontam para zonas, regiões, que estatisticamente, são associadas a centros de energia e/ou caminhos de energia (meridianos).

Os pontos só surgem SE e somente se, estiverem espelhando um desequilíbrio.

Desta forma, a escolha dos pontos a serem estimulados, jamais se dá simplesmente pelos sintomas descritos pelo cliente, mas sim, pela reação dos pontos à pulsologia de Nogier e/ou sensibilidade (dolorida...) ao toque do TH...

Tudo bem que a Holopuntura também dedica parte de suas variantes aos pontos "fixos" e pré-existentes espalhados pelo corpo,seguindo as tradições milenares chinesas quanto aos meridianos.

Ainda assim, atentem que a técnica foi revisitada e ganhou muito mais dinamismo e, ao mesmo tempo, simplicidade.

Afinal, ao invés de nos prendermos a "tabelinhas", literalmente o Cliente é quem nos dirá quais pontos denotam desequilíbrio, de acordo com a sensibilidade destes ao toque, nos chamados pontos de alarme.

Isto feito, novamente o Cliente é quem nos dirá quais pontos estimular, de acordo com a sensibilidade ao toque do TH, que tateia o caminho dos 5 Movimentos, sobre o meridiano que corresponde ao ponto de alarme que refletiu desequilíbrio.

Conclusões

A Holopuntura possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares da Terapia Tradicional Chinesa (Acupuntura) e das Reflexoterapias (Auriculoterapia inclusa). O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a detecção dos desequilíbrios e respectivas micro-regiões a serem estimuladas, graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento. A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

Referências bibliográficas:

CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

FAUBERT, Gabriel - La Chronobiologie chinoise. Paris, Éditions Albin Michel S.A., 1987.

GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

HALL, James A. - A Experiência Junguiana. São Paulo, Cultrix, 1989.

HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

HIRSCH, SONIA – Manual do Herói – Gráfica e Editora Prensa, 1990.

HUSSON, A. - Versão e comentários - Huang Di Nei Jing Su Wen. Paris, Ed. A.S.M.A.E

JACOBI, Jolande - Complexo -Arquétipo - Símbolo. São Paulo, Cultrix, 1986.

JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. São Paulo, Vozes, 1991.

LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. São Paulo, Cultrix, 1992.

MARKEY; Christopher- Yin-Yang. S. Paulo, Cultrix, 1987.

MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

MIYUKI, Mokusen - Versão e comentários - A Doutrina da Flor de Ouro. 5. Paulo, Pensamento, 1990.

REQUENA, Yves - Acupuncture et Psychologie: pour une approche nouvelle dela Psycho-somatique. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

REQUENA, Yves - Acupuncture et Phytothérapie. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

SANTOS, José Francisco dos – Auriculoterapia e Cinco Elementos. São Paulo, Ícone, 2003.

TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado. São Paulo, Lumina Editorial, 1998.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. São Paulo, Cultrix, 1990.

OS CINCO MOVIMENTOS CHINESES

Toda a terapêutica chinesa baseia-se nos mesmos princípios do Taoísmo e do I Ching, cujo conhecimento toma-se indispensável para que se compreendam as regras da acupuntura, da fitoterapia e de outras tantas técnicas, orientais ou não.

O Tao não pode ser definido, só podendo ser compreendido através de percepção direta, pois está além do alcance do racional. Tudo o que for escrito sobre ele não é o Tao verdadeiro, mas, mesmo assim, torna-se necessária a tentativa frustrada de explicá-lo. O termo apareceu primeiramente no Tao Te King (O Livro do Tao e Sua Virtude), de Lao Tsé:"... o Tao é Todo em tudo. Princípio e fim de toda a -existência, está em nós, assim como estamos nele... olhando, não é visto: é nomeado o Invisível; escutando, não é ouvido: é nomeado o Inaudível; tocando, não é sentido: é nomeado o Impalpável... pode-se dizer que é Forma sem forma; Figura sem figura. É o Indeterminado. Indo ao seu encontro, não se vê sua face; seguindo-o, não se vêem suas costas. O Tao é eterno, não tem nome...

Por ser "Todo em tudo", o Tao é indivisível e seu movimento é que nos ilude de que existem objetos separados e distintos uns dos outros. Compreendendo o movimento do Tao, os sábios distinguiram duas categorias básicas a que nomearam Yin e Yang, movimentos opostos, mas que não existem um sem o outro e mais ainda: um nasce do outro e vice-versa, em eterna mutação. Originariamente, o termo Yin designava o lado escuro da montanha e Yang, o lado iluminado pelo sol. Conforme este se desloca, gradativamente, o lado escuro se ilumina, e o claro enegrece, ou seja, Yang se transforma em Yin e Yin em Yang, mostrando a relatividade dessas palavras. Desse modo, nada é só Yin ou só Yang, a não ser quando comparados entre si. Por exemplo: o positivo é Yin e Yang. O negativo também é Yin e Yang; entretanto, quando comparados entre si, podemos dizer que o positivo é Yang, e o negativo é Yin, relativamente. Observem o símbolo do Tao: cada lado vai crescendo e quando atinge o seu auge, dá nascimento ao seu oposto, o qual igualmente cresce e ao atingir o seu auge, também dá nascimento ao seu contrário. Na Natureza, tudo obedece a esse ciclo. Isso fica muito claro se observarmos o dia e a noite. A zero hora, inicia-se o clarear, com o sol atingindo o pico às 12 horas, quando começa a anoitecer, com a escuridão máxima às 24 horas, quando, então, recomeça a clarear, e assim infinitamente. Ou seja, dia e noite, que na visão ocidental são opostos, para o Taoísmo, além de não poderem existir um sem o outro, ainda um se transforma no outro. Masculino não existe sem o feminino e um se transforma no outro e vice-versa, o bem não existe sem o mal, um se transforma no outro e vice-versa. A Física chegou à mesma conclusão. Energia e matéria, antes opostos irreconciliáveis e distintos entre si, hoje são vistos como não existentes isoladamente e em constante transformação uma na outra. O mesmo se deu com a teoria que levou Niels Borh a ganhar o prêmio Nobel da Física. Seu conceito de complementaridade considera a representação tanto como partícula quanto como o­nda (dois "opostos"), duas descrições complementares da mesma realidade, sendo cada uma delas parcialmente correta e ambas necessárias para se obter uma descrição integral da realidade atômica. Tanto ele sabia da verdadeira origem de sua teoria que, ao escolher um brasão de armas para a sua família, adotou o símbolo do Yin-Yang, com a inscrição: "Os Opostos São Complementares."

Em suma, tudo pode ser resumido aos movimentos do Tao: Yin e Yang. Entretanto, essa simplificação quase que absoluta da realidade precisou ser mais elaborada para facilitar o trato com a multiplicidade aparente das coisas, surgindo, assim, variados "tipos" de Yin-Yang. Um, cujo movimento é ascendente, ganhou o nome de Fogo (as chamas sempre sobem); outro, descendente, ao qual chamou-se Água (os líquidos dirigem-se normalmente para baixo); ainda outro, centrífugo (de expansão, do centro para a periferia), denominou-se Madeira (as plantas crescem e se expandem). Já um movimento centrípeto (de contração, da periferia para o centro), é Metal ou Rocha (ambos são densos, contraídos). Por último, um equilíbrio de direções, a Terra (sólida, estável, equilibrada). São os chamados Cinco Movimentos, em geral traduzidos erroneamente como "cinco elementos". Se conhecessem o Tao, saberiam que ele é indivisível, não podendo, pois, ter "elementos" (partes isoladas). Classificando-se todas as coisas nesses cinco símbolos, podemos inter-relacioná-las de um modo bastante dinâmico e preciso. Por exemplo, tudo o que é ascendente ou lembre fogo, classifica-se como tal: meridianos do Coração, Intestino Delgado, Circulação e Sexo, Triplo Aquecedor (com seus respectivos horários de pico energético), excitação (muito fogo), apatia (pouco fogo), o vermelho (cor de fogo), o sabor amargo, o cheiro de queimado, calor, verão, a direção Sul, a nota musical Lá, o tato, etc. A mesma coisa se dá com os outros Movimentos. Várias conexões ligam-nos entre si, das quais se destacam a Lei da Geração, ou Mãe e Filho: da Água nasce a Madeira, ou seja, a primeira é mãe da segunda; a Madeira alimenta o Fogo, que gera a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, da qual se extrai a Água (o metal pode se liquefazer ou da rocha brotar uma fonte de água) e a Lei da Dominância ou Dominante e Dominado: a Água domina o Fogo, pois o apaga, este derrete o Metal, que corta a Madeira (ou, ainda: na Rocha não nascem as plantas), esta consome a Terra, a qual, por sua vez, absorve a Água.

Graças a essas relações, muitas hipóteses terapêuticas podem ser traçadas. Exemplos: conforme a hora em que os sintomas se manifestam com mais intensidade, já se sabe qual Movimento pode estar desequilibrado. Se o mal-estar se der entre 5 e 7 horas, horário do meridiano do Pulmão, deve haver um desequilíbrio energético Metal. A atração ou repulsão demasiada por um sabor, cor, nota musical, estação do ano, etc., já designa uma desarmonia no respectivo Movimento. A recusa ou, ao contrário, o desejo de doce, pode significar problema de Terra. Adorar o azul, ou o preto, distúrbio Água, e assim por diante. Como no Taoísmo, o físico, o psíquico e o Cosmos formam uma unidade, isto nos leva à suposição de quais seriam as emoções por trás de cada sintoma. Se alguém tem desequilíbrios Água, tais como queda de cabelo, dor ciática, ossatura, etc., é porque suas questões íntimas relacionadas com o medo, ou com a força, ou com a libido, não estão totalmente resolvidas. Aliás, quanto mais inconscientes tentamos manter uma emoção, mais ela somatiza. A Lei da Geração, por sua vez, nos mostra como a Mãe pode passar um desequilíbrio para o Filho, ou vice-versa. Um problema de Pulmão pode prejudicar o seu Filho, o Rim. Pela Lei da Dominância, o Dominante pode agredir o Dominado. O Pulmão pode agredir o Fígado: o Metal domina a Madeira. Quanto às emoções: do medo ou da força (Água), nasce a raiva ou a extroversão (Madeira), que dão origem à excitação ou apatia (Fogo), que levam à reflexão, ou às dúvidas, ou à insatisfação (Terra), gerando tristeza, introversão ou alegria serena (Metal), as quais fecham o circuito da Lei da Geração, sendo mães das emoções Água. Pela Lei da Dominância, o medo ou a força (Água) podem apagar a excitação e a apatia (Fogo), as quais derretem a tristeza e a alegria serena (Metal) que cortam a extroversão e a raiva (Madeira), que consomem as dúvidas, a insatisfação e a reflexão (Terra), que absorvem as emoções Água, fechando, assim, o pentagrama.

A observação do sentido e da direção dos Movimentos nos conduz à terapêutica. Exemplos: alguém com tensões musculares (insuficiência de movimento de expansão, Madeira) pode ser tratado por estímulos Terra, cuja estabilidade e neutralidade acalmariam o seu Dominante (Madeira). Assim sendo, usaríamos ou o sabor doce (ervas ou alimentos), ou a cor amarela (cromoterapia), ou o perfume adocicado (aromaterapia), ou a nota Mi (musicoterapia), ou os pontos de acupuntura Terra, etc. Não usaríamos, porém, estímulos Metal, pois o seu sentido é de contração, o que pioraria os sintomas. Para casos de raiva (Madeira, movimento expansivo), ou outro, de tristeza (Metal, movimento de interiorização), poderiam ser trabalhados alguns tipos de estímulos Fogo (ele consumiria a sua Mãe, a Madeira, e derreteria o seu Dominado, o Metal, equilibrando a situação, levando-os para cima).

Obviamente, a prática é muito mais complexa do que o pouco que foi passado neste texto, mas a observação atenta do mapa dos Cinco Movimentos poderá fornecer ao leitor explicações para várias situações físicas e psíquicas, comprovando a eficácia e a beleza desta que foi a primeira abordagem psicossomática de que se tem notícia.

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 06/05/2008 14:02


Aula de Fitoterapia - Comunidade de Estudos Avançados

Aula de Fitoterapia - Comunidade de Estudos Avançados

Henrique Vieira Filho
CRT 21001
Terapeuta Holístico

Resumo

De modo prático e objetivo, abordaremos a Fitoterapia sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade. As incríveis "coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como fitoterápico torna o aprendizado lúdico e prático.

Focando em uma pequena variedade de plantas, todas de venda livre e facilmente encontradas na natureza e nas casas do ramo, esta abordagem utiliza da teoria do Cinco Movimentos Chineses, bem como da Pulsologia de Nogier a dos Pontos de Alarme dos Meridinos para a correta seleção de fitoterápicos para cada momento de nossos clientes.

Introdução

As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos Chineses, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam.

Ao invés de nos atermos a tabelas de correlação entre sintomas e plantas, esta abordagem propõe quitessenciar a adequação a cada caso, passando as plantas a serem selecionadas com o auxílio da Pulsologia de Nogier e/ou a reação ao toque nos Pontos de Alarme, mediante aproximação de amostras dos fitoterápicos.

Sabendo de antemão que os métodos de pesquisa ortodoxos em pouco elucidariam as milenares aplicações terapêuticas dos vegetais, encontrei as respostas na Sincronicidade (teoria junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos) e na teoria dos Cinco Movimentos Chineses. Quintessenciado a adequação da escolha de fitoterápicos para cada caso, aplicamos testes pela Pulsologia de Nogier e pela reação dos Pontos de Alarme dos Meridianos.

Fazendo um levantamento sobre os deuses e lendas ligados a cada uma das plantas, descobri as "grandes coincidências" entre essas histórias e o momento do Cliente no qual o fitoterápico apto a atuar. Fora isso, as características de comportamento de cada planta (o modo como cresce, seus terrenos preferidos, suas cores, etc.) correspondem exatamente ao tipo de pessoa à qual a sua composição poderá ajudar. E, por mais estranho que pareça a quem não está familiarizado com a idéia da sincronicidade, até mesmo a etimologia dos nomes das plantas já nos esclarecem para que elas servem.

Somando-se a isso, pesquisei o uso fitoterápico tradicional, em especial sob o enfoque milenar chinês dos Cinco Movimentos e constatei que, além de seu uso para o equilíbrio de determinados sintomas físicos e para as emoções.

Um Pouco de Jung

Precisaremos, neste ponto, elucidar alguns termos básicos utilizados na terapêutica junguiana.

Arquétipos, por exemplo, representam um conceito tão difícil de explicar como o Tao, ou Deus, pois são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva). Tais motivos foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, constatamos seus efeitos quando se manifestam na consciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, como Símbolos, melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido. Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contatada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifesta na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ou molde-informação de um cristal. Ao formar-se, o cristal obedece a um padrão de forma predeterminado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma.

Mesmo assim, ele predetermina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém, que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas. É muito mais um desejo, que, como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez existiu um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse. O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias e moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

Símbolo é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Vários significados são atribuídos a cada flor individualmente, mas, no geral, as flores simbolizam o princípio passivo, o feminino por excelência. Corresponde ao yin chinês. O cálice da flor é o receptáculo da atividade celeste (yang), que como uma taça, é capaz de receber a chuva e o orvalho, símbolos de tudo o que vem dos céus e nos influencia. Para o Taoísmo, em especial noTratado da Flor de Ouro, a flor é o símbolo da conquista de um estado espiritual elevado. A floração é o resultado da alquimia interior, é o retorno ao Centro Espiritual (alma), também conhecido por estado primordial. Para os antigos celtas, a flor é o símbolo da instabilidade essencial de toda a criatura, voltada a uma perpétua evolução e, em especial, simboliza o caráter fugitivo da beleza. Este sentido se reforça pela figura lendária chinesa de Lan Tsai Ho, que carregava uma cesta de flores para melhor estabelecer o contraste entre sua própria imortalidade e a efêmera duração da beleza e dos prazeres. Ainda entre os antigos chineses, a flor é um dos símbolos do chamado Movimento Madeira, vinculado à primavera e à expansão. Assim sendo, é de se supor que a Flor, como representação do Yin, seja capaz de nos levar, por similaridade, a travar contato com outros símbolos femininos, além de nos tornar receptivos à ação de seu complemento, o Yang. A profundeza de nosso ser, nosso inconsciente e todo o material psíquico reprimido e por conseqüência corporificado, são classificados numa visão milenar como Yin. Na terapia junguiana, essa porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra (Yin). Seu par complementar é a Persona, classificada como Yang. É a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. O uso das essências florais yin atuará diretamente em seu oposto, yang, assim como o negativo atrai o positivo. Sua atuação será, portanto, em nossas Personas, nossos aspectos conscientes, e nos véus com que nos apresentamos perante o mundo. Esse contato com a Sombra trará à luz a consciência, ou seja, o material psíquico reprimido que a constitui. A Flor, como símbolo do receptáculo do que vem dos céus, explica por que as essências florais nos levam a receber as intuições e insights provenientes de nosso Céu Interior que é nossa essência divina. Torna-se também mais nítida a lembrança dos Sonhos, verdadeiro manancial de informações sobre nossa essência e elo de ligação entre o inconsciente e o consciente. As flores, representação de tudo o que é transitório e efêmero, levam-nos rapidamente a uma mudança de um quadro emocional para outro. Por também simbolizar o Movimento Madeira chinês, cuja orientação é a de expansão e de aflorar de nosso ser, de nossos sentimentos, as essências florais nos levam a tomar contato com as informações sobre nosso eu, juntamente com a sua carga emocional correspondente. A informação fria e simples, a compreensão puramente racional de alguma realidade psíquica dificilmente terá força suficiente para mudar nossas vidas. Entretanto, se a informação vier acrescida de emoção (do latim e-xmovere = mover para fora), aí sim haverá potência para movernos, mobilizarnos para uma expansão pessoal.

Instâncias Psíquicas e Constelação Arquetípica

Instâncias Psíquicas são como "indivíduos dentro do indivíduo". São Complexos, isto é, grupos emocionalmente carregados de imagens ou idéias comandados por uma imagem arquetípica aos quais Jung atribuiu a formação de parte da estrutura psíquica funcional. Exemplos de instâncias psíquicas: Sombra, aquilo que somos, mas ignoramos ser; Persona, aquilo que somos em função dos outros; Anima, nossa porção feminina; Animus, nosso lado masculino; Plenitude, o que somos, porém, ainda não realizado; Self, o que somos como aspiração da totalidade.

Eis alguns exemplos de arquétipos: Deus representa o imutável, o imortal, o poderoso, a fonte de toda a energia de realização; o Mal, força que se opõe à realização, o adversário; a Grande Mãe, a geradora, o mutável, o móvel, a permanência na transformação; o Ancião Sábio, o saber ancestral que não foi alcançado pela aprendizagem, mas pela revelação; Incesto, tendência a voltar às origens, às aspirações regressivas; Mercúrio, a sabedoria que está por aflorar; Morte e Ressurreição, transformação; Ciclos, tudo se repete e está governado por ritmos; Paraíso Perdido, estado de plenitude e felicidade absolutas perdido devido ao pecado; Criação do Mundo, o mundo foi criado no passado por obra divina; Criança, permanência do indivíduo em estados infantis; Salvador, anseio da humanidade por uma redenção através de um ser superior que nos restaure o paraíso perdido; Unidade, complexo psíquico inconsciente de retornar à unidade perdida; Hermafrodita, união dos contrários num novo nível de consciência; Dualidade, representa o que está em movimento, capaz de gerar vida nova; Pedra Filosofal, a transformação alquímica do sujeito, sua aspiração à imortalidade e sabedoria; Batismo, uma nova oportunidade de realizar-se; purificação; Fim-do-Mundo, a transformação por meio de um holocausto; Afrodite, esquema do amor sensual e da inconstância; Herói, o indivíduo escolhido para uma missão transcendente.

PULSOLOGIA DE NOGIER

Resumidamente, a Pulsologia de Nogier começou com o próprio, que é conhecido como o Pai da Auriculoterapia, que é a opção de Reflexoterapia mais estudada..

Por ter o hábito de tomar o pulso de seus clientes, Nogier, durante seus trabalhos de auriculoterapia, percebeu certos "sinais", como se fossem "trancos" ou súbitas "sumidas" da pulsação.

E que isso ocorria justamente quando estava com algum estímulo (por exemplo, uma ponta metálica...), passando por sobre uma região reflexa desequilibrada.

É como se uma "onda" passasse por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso.

É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida, como puderam constatar em nossa aula presencial, durante o Holística 2004.

Atentem que não altera a QUANTIDADE de batidas cardíacas, mas sim, a INTENSIDADE com que a percebemos, como se uma "onda" passando por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso. É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida.

É importante que TREINEM BASTANTE, de preferência, com várias pessoas diferentes, pois "localizar" o pulso varia bastante em cada caso. Para os casos difíceis, apliquem a tática de fazer toques circulares na região entre as sobrancelhas, que de pronto, a percepção do pulso se torna muito mais nítido. Um detalhe que pode fazer a diferença: TIREM OS METAIS DOS DEDOS E PULSOS: relógios, anéis, pulseiras, etc, em algumas pessoas simplesmente some com o Sinal de Nogier. Em muitos casos, pode-se até sentir a pulsação, mas nada de perceber o Sinal de Nogier... Se for esse o caso, experimente tirar os metais próximos, tanto do cliente, quanto os seus.

A Pulsologia de Nogier, todos teremos a oportunidade de constatar, é MUITO útil para a seleção de fitoterápicos. Basta testar cada opção de plantas que pré-selecionou ao caso, por sobre cada ponto localizado e verificar qual faz com que o pulso reaja nitidamente...

Paul Nogier, por ser médico e absolutamente contrário a que não-médicos utilizem auriculoterapia, passou a testar medicamentos através da pulsologia e da aproximação destes dos pontos auriculares.

Como somos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, o que NÓS testamos são os fitoterápicos.

Digamos que já detectamos na orelha, os pontos/ desequilíbrios (via de regra, de uns 3 a no máximo, 5...). E que estamos em dúvida entre algumas opções de fitoterápicos que podemos recomendar...

Se estiverem em forma "picada", podemos pinçar um pouco e aproximar desses pontos identificados, para perceber a reação do pulso.

Notarão que alguns em nada alteram; outros, até somem com o pulso e, de repente, um deles torna a pulsação "limpa", nítida, forte, reagindo com "tranco" à aproximação.

Pronto: terá detectado qual(is) é (são) o(s) fitoterápico(s) adequado(s) ao momento do cliente.

Muitas vezes, a combinação de uma ou mais amostras juntas pode melhorar a reação ao pulso, muitas vezes, não, até se anulam, indicando que é melhor optar por chás separados...

CLARO: se forem ter amostras de fitoterápicos em seus consultórios, OBRIGATORIAMENTE tem que ser de origem definida, ou seja, com NOTA FISCAL DE COMPRA, e rotulagem contendo laboratório e farmacêutico responsável. E, NUNCA, JAMAIS, NEM EM SONHO, vendam estes produtos. E, obviamente, só podem ser recomendados produtos de VENDA LIVRE, ou seja, sem necessidade de receita MÉDICA.

PONTOS DE ALARME SISTÊMICOS

As tradições milenares chinesas trouxeram aos nossos dias a teoria dos, assim traduzidos, "meridianos", que são caminhos de energia que circulam junto ao corpo e que refletem nosso estado holístico (físico, emocional, social, etc, etc...). Em tese, são infinitos... Contudo, como nosso objetivo é ser pratico, trabalharemos com 12 principais.

Em termos de 5 Movimentos Chineses, temos os meridianos FOGO: coração, intestino delgado, circulação e sexo, triplo aquecedor...

Eles são responsáveis pela "temperatura" de nossas emoções, entre outras coisas.

Como meridianos TERRA, temos o do baço-pâncreas e do estômago.

Respondem pela nossa reflexão, pelos pensamentos...

Já os meridianos MADEIRA são os do Fígado e da Vesícula Biliar.

Atuam na exterização das emoções, especialmente, a raiva...

Temos os meridianos METAL: Pulmão e Intestino Grosso.

Agem na interiorização de nossas emoções, tanto na serenidade, quanto na tristeza, baixa-estima...

E Rim e Bexiga, como meridianos do movimento ÁGUA.

Assim como as águas se adaptam ao meio e buscam aprofundar, assim estes meridianos lidam com aquilo que nos é de importância vital, tal como medo, sobrevivência, sexo...

Atentem que os nomes dos meridianos, em sua versão ocidental, correspondem aos nomes de certos órgãos e vísceras. Mas, a verdade é que não correspondem APENAS a estes órgãos, mas sim, a inúmeras funções que a ciência jamais atribuiria a estas "partes".

Por exemplo: a raiva, na visão dos 5 movimentos, tem relação com o meridiano de fígado... Mas, certamente que a ciência jamais vai associar raiva com o órgão fígado...

Felizmente, não temos que dar satisfações aos cientistas e podemos nos valer de mais de 5 mil anos de tradições...

Mas, em termos PRÁTICOS, como saber quais meridianos estão carentes de equilíbrio ?

Bom, como somos Terapeutas Holísticos, JAMAIS nos valeremos de "tabelinhas doenças-pontos-de-acupuntura"...

Isso é coisa de médico... Os médicos é que precisam fazer exames de laboratórios, descobrir qual a doença e seguir uma tabelinha de pontos, da mesma forma que seguem tabelas de correlação medicamento-doença...

Aliás, sempre é bom frizar: pela LEI, doença é monopólio médico...

Por isso que nós, TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, tratamos das PESSOAS (jamais de "doenças"...) e de seus desequilíbrios "energéticos"...

COMO saber qual(is) meridiano(s) precisa(m) de tratamento ?

Muito simples: basta "perguntar" aos próprios meridianos !

E para fazer isto, basta tocar em determinados pontos, os chamos PONTOS DE ALARME, e saber do cliente se os mesmos estão (ou não...) doloridos ao toque...

Claro, todo ponto de alarme é relativamente dolorido... Mas, na prática, notarão 1 ou 2 que estarão MUITO sensíveis...

Ou seja, como trabalharemos com 12 meridianos, teremos 12 pontos de alarme a tocar, durante a avaliação...

Acreditem, quando tiverem prática, esse é um procedimento de 1 a 2 minutos...

Uma vez detectado QUAL o ponto de alarme mais sensível, teremos condições de realizar testes para a escolha de fitoterápicos. Coloque em contato com a pele do Cliente (pode ser na mão, por exemplo...), cada opção de plantas que pré-selecionou ao caso e verifique novamente o ponto de alarme, tocando-o.

Notarão que alguns fitoterápicos em nada alteram a sensibilidade do ponto de alarme; outros, até somem com a dor ao toque. Pronto: terá detectado qual(is) é (são) o(s) fitoterápico(s) adequado(s) ao momento do cliente. Muitas vezes, a combinação de uma ou mais amostras juntas pode melhorar a reação ao pulso, muitas vezes, não, até se anulam, indicando que é melhor optar por chás separados...

Observarão que, enquanto o cliente estiver em contato com o fitoterápico mais adequado ao seu momento, o ponto de alarme não está mais sensível ao toque !! Ou, se ainda estiver, é muito pouco...

Pode-se "reforçar" a conclusão, testando a sensibilidade ao toque no ponto de alarme que estava em "2o lugar"...

Fitoterapia em Cinco Movimentos Chineses

As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos e, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam.

Comparados entre si, os "cinco sabores" são: amargo - evacuante e purgativo - "endurecedor"; doce ou insípido - diurético, sudorífico, dissipante, relaxante; picante - sudorífico, dissipante, dispersante; salgado - ecacuante, purgativo, "suavisante" e ácido - evacuante, purgativo e retrátil. A estas propriedades iniciais, podemos acrescentar quatro tipos de "energia": fria, quente, fresca e morna. Além disto, há quatro "densidades" diferentes de "energia" que darão o "sentido" da ação terapêutica: ascendente (yang - alto), expansivas (yang - exteriot) - obtidas pelas ervas yang e descendentes (yin - baixo) e introspectivas (yin - interior) - obtidos pelas ervas yin.

Em cada meridiano existe uma raíz yin e outra yang. A função yang da Madeira mobiliza e põe em movimento, o que é estimulado pelo sabor ácido; entretanto, a absorção excessiva do ácido, que, por vocação é yin e retrátil, levaria ao efeito contrário, uma "paralisia", estimulando a raiz yin da Madeira. A função yang do Metal é retrair, secar, condensar, secar; já sua função yin é dissipar e humidecer; o picante, por sua vocação yin, se absorvido em excesso estimulará a função yin do Metal. A função yang do Fogo é ascensão e crescimento, enquanto que seu lado yin é endurecer; o amargo, por sua tendência yang, favorecerá a função de ascensão. A função yin da Terra é estruturar, modelar, controlar instintos e emoções, humidecer, enquanto a yang pode levar a idéias fixas, rigidez; por sua tendência yin, o doce favorecerá a raíz yin da Terra (observação: o doce industrializado é "quente", portanto, yang, com efeito contrário ao doce natural). A função yin da Água é amolecer, abrandar, enquanto que seu lado yang é o de endurecer; a tendência do salgado é favorecer a raiz yin da Água.

Simplificando, as plantas seriam classificadas pelo sabor + energia quente ou fria (yang ou yin), o que possibilita incontáveis combinações de efeitos terapêuticos, graças, ainda, às leis de Geração e de Dominância.

Discussão

Este método tem se mostrado imbatível na prática de consultório. Como ninguém é exatamente igual a outro, não é adeqüado a escolha das ervas baseando-se apenas nas estatíticas sobre a utilidade de cada uma delas.

Usando-se a pulsologia, resgatamos a capacidade inconsciente que há em cada um de saber exatamente aquilo de que necessita, tal qual faz o animal quando está na selva. Se, infelizmente, o humano moderno não percebe conscientemente quando está diante do que lhe é remédio ou veneno, o pulso, entretanto, ainda reage perante esta escolha e nós podemos nos valer deste recurso para ter a convicção de estarmos escolhendo as melhores ervas para aquele indivíduo, naquele momento...

Segundo diversas culturas milenares, as ervas são símbolos de tudo o que é harmonizante e vivificante, restauram a saúde, a virilidade, a fecundidade, o parto e a riqueza. Foram os deuses quem descobriram suas propriedades terapêuticas, o que ilustra a crença universal que o equilíbrio só pode vir de uma dádiva divina, como tudo o que é ligado à vida. Para os cristãos, as ervas deviam a sua eficácia por terem sido encontradas pela primeira vez no monte do Calvário.

A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam, também, as forças ígneas da terra. Enquanto manifestação de vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadoras de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica. Por acumularem estas forças, os antigos sempre viram nos vegetais propriedades saudáveis ou venenosas, daí o seu emprego também na magia. Quase todas as divindades femininas grego-romanas protegem a vegetação: Deméter (deusa das alternâncias entre a vida e a morte, bem como das terras cultivadas), Afrodite (Vênus, deusa da fecundidade), Artemis (Diana, selvagem deusa da natureza), além de algumas entidades masculinas como Ares (Marte, que simboliza a força bruta, é, também, protetor das colheitas, um dos deveres do guerreiro) e Dioniso (Baco, símbolo das forças de dissolução da pesonalidade, deus da fecundidade, da vegetação, das vinhas). No sincretismo afro-brasileiro, Ossâim é o responsável pelas ervas terapêuticas e sagradas, sendo seus iniciados conhecedores de suas serventias, bem como das palavras ritualísticas necessárias para libertar o axé (poder potencial) de cada planta. Aqueles que trabalhavam com as ervas em quase todas as culturas viam as plantas como símbolos vivos de entidades invisíveis, tais como deuses, elementais e espíritos, os quais deveriam ser evocados ou aplacados com o uso de palavras mágicas ou sacrifícios. O respeito à natureza os levava a não cultivar suas ervas, mas sim ir ao encontro das que nasceram espontaneamente na mata. Ainda hoje, os adeptos de Ossâim (orixá do sincretismo afrobrasileiro) costumam deixar uma vela verde em troca das plantas que colhem, ou uma das folhas colhidas, para manter inalterado o equilíbrio do local.

É anterior à humanidade o uso terapêutico das plantas, pois os animais, instintivamente, sabem quais e quanto das ervas devem comer para melhorarem de seus distúrbios. O ser humano, cada vez mais se isolando da Natureza, foi perdendo esta capacidade de percepção. Mas, em algumas culturas, como as orientais e a indígena, mantiveram-se as tradições da utilidade atribuída a cada planta, muitas vezes transmitidas oralmente por milênios, havendo, ainda, tratados escritos em civilizações mais sofisticadas, como era o caso da chinesa e da egípcia.

Os antigos Terapeutas Holísticos não cultivavam suas plantas medicinais, pois sabiam que se o vegetal espontaneamente escolhesse seu local de nascimento é porque aquele solo é o ideal, capaz de proporcionar-lhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeito terapêutico. Na China Milenar, um dos critérios de avaliação da serventia de uma planta era a observação de seus sabores, cores, formatos, época de floração e de suas características de "personalidade". Analisemos uma planta por critérios subjetivos: o Dente-de-Leão vem conseguindo se desenvolver espontaneamente nas grandes cidades como São Paulo, apesar da poluição e das condições nada naturais deste ambiente. Nem por isso a planta deixou de participar da harmonia da Natureza, sendo, pois, indicada para toda pessoa que esteja "estressada", com dificuldades de sobrevivência, esgotada e intoxicada, a qual poderá, literalmente, "beber" da sabedoria deste vegetal e sobreviver nesta "selva de pedra".

As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos e, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam.

A ciência dita oficial sempre trabalhou contra a credibilidade da Fitoterapia. Até mesmo quando aprova os efeitos terapêuticos de uma planta, acaba por prejudicar a técnica. Um bom exemplo disso é que, até alguns anos, praticamente todos os fitoterápicos eram OFICIALMENTE classificados como sendo de VENDA LIVRE, em nosso país. Ou seja, enquanto os mandatários das leis e normas brasileiras consideravam as plantas como sendo apenas "placebos", ou, quando muito, chás a serem consumidos por seus sabores, qualquer profissional poderia indicar os benefícios terapêuticos dos fitoterápicos. Por esta mesma classificação (venda livre), as empresas que industrializavam as ervas mantinham preços bastante acessíveis, diferentemente do que praticavam com produtos cuja rotulagem indicavam a necessidade de "receita médica", status este que possibilitava a comercialização por valores bem mais elevados... Muitos colegas, com certeza já tiveram a oportunidade de comparar produtos compostos pela mesmíssima planta, serem vendidos por preços díspares, ou MUITO mais baratos, ou MUITO mais caros, conforme estejam classificados como "chá", ou rotulados com "tarja vermelha"...

O fator econômico certamente foi um dos estímulos a que as plantas passassem a ser objetos de "estudos científicos" e que, grandes indústrias, repentinamente, considerassem "provados laboratorialmente" os efeitos terapêuticos de certas ervas sobre determinadas "doenças"... Ora, como no Brasil, a legislação e a jurisprudência são claras quanto ao fato de que, tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de DOENÇAS é um MONOPÓLIO da classe MÉDICA, consequentemente, a cada fitoterápico que mudava sua classificação para "medicamento", automaticamente significaria que sua venda deixou de ser livre, passando a necessitar de RECEITA MÉDICA...

Restringindo ainda mais o quadro, em comum acordo entre o Conselho de Medicina e o de Farmácia (firmado em 1999), os farmacêuticos passaram a recusar e a denunciar como "exercício ilegal de medicina", qualquer fórmulação a ser manipulada e que origine de profissional NÃO-médico. Exceção feita à Terapia Floral, a qual, FELIZMENTE, é tida como NÃO-científica e enquanto assim permanecer classificada, MUITO MELHOR, pois continuará de uso LIVRE.

A injusta tendência a tornar produtos e serviços em "monopólios médicos" conta com a própria ingenuidade dos Fitoterapeutas. Uma simples visita às livrarias nos leva a constatar que a esmagadora maioria dos livros sobre fitoterápicos associa as plantas a "doenças de A a Z" !!! Ora, além disso ter levado seus autores a serem processados por "exercício ilegal de medicina", tais obras são fartamente usadas nos tribunais como "provas" para acusar os fitoterapeutas, além de terem sido fonte de consulta justamente para que, cada vez mais e mais plantas venham a ser classificadas como sendo de uso exclusivo para a classe médica... Disso tudo, resulta a listagem anexa, de fitoterápicos "PROIBIDOS a não-médicos", que certamente tomará de surpresa muitos de nossos colegas.

A única maneira de revertermos esta situação é a RE-educação de nós mesmos, passando o Terapeuta Holístico a valorizar a NOSSA própria profissão e parar definitivamente de "emprestar" de outras áreas, suas formas de pensar e de se expressar.

Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

Cabe a nós, defensores e praticantes da TERAPIA HOLÍSTICA resgatar a ARTE da fitoterapia e com isso, garantir que JAMAIS venha a tornar-se monopólio de profissão alguma. O que sempre foi de uso LIVRE assim merece continuar...

E, paralelamente, estarmos sempre atentos ao cumprimento das leis e resoluções do governo, pois, por mais que restrinjam os meios, todo bom Terapeuta Holístico sempre encontrará um novo instrumento de atuação, capaz de ampliar a QUALIDADE DE VIDA de nossos Clientes.

Comparativamente às correntes teóricas que baseiam-se em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a fitoterápicos, a escolha pela Pulsologia e Pontos de Alarme mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da auto-consciência. Do ponto de vista legal, esta abordagem da Fitoterapia igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com as plantas em formato absolutamente diferente da abordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

Conclusões

A Fitoterapia em Cinco Movimentos possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares. O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a seleção das plantas graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento. A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

Referências bibliográficas

BROSSE, JACQUES – As Plantas e Sua Magia – S. Paulo, Roccko, 1984

CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

ESPECHE, Bárbara e Eduardo Grecco - Jung y Flores de Bach -Arquetipos e Flores. Ediciones Continente.

FAUBERT, Gabriel - La Chronobiologie chinoise. Paris, Éditions Albin Michel S.A., 1987.

GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

HALL, James A. - A Experiência Junguiana. S. Paulo, Cultrix, 1989.

HIRSCH, SONIA – Manual do Herói – Gráfica e Editora Prensa, 1990.

HUSSON, A. - Versão e comentários - Huang Di Nei Jing Su Wen. Paris, Ed. A.S.M.A.E

HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

JACOBI, Jolande - Complexo -Arquétipo - Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1986.

JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. 5. Paulo, Vozes, 1991.

LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. 5. Paulo, Cultrix, 1992.

MACHADO, José Pedro Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa, Editorial Confluência Ltda., 1967.

MARKEY; Christopher- Yin-Yang. 5. Paulo, Cultrix, 1987.

MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

MELLIE UYLDERT – A Magia das Plantas - S. Paulo, Pensamento, 1994.

MIYUKI, Mokusen - Versão e comentários - A Doutrina da Flor de Ouro. S. Paulo, Pensamento, 1990.

REQUENA, Yves - Acupuncture et Psychologie: pour une approche nouvelle dela Psycho-somatique. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

REQUENA, Yves - Acupuncture et Phytothérapie. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

TOMPKINS, PETER e BIRD, CHRISTOPHER - A Vida Secreta das Plantas. Editora Exped, 2004.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado. São Paulo, Lumina Editorial, 1998.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Florais de Bach – Uma Visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica – Incluindo NTSV – TF 001 – Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Floral – 4a Edição - Editora Pensamento, 1994.

WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1990.

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 28/01/2009 12:24


Psicoterapia » Psicanálise

Aula de Psicoterapia - Comunidade de Estudos Avnçados em Terapia Holística PSICOTERAPIA NA ABORDAGEM HOLÍSTICA - Associando técnicas milenares à psicanálise moderna

PSICOTERAPIA NA ABORDAGEM HOLÍSTICA

Associando técnicas milenares à psicanálise moderna

Henrique Vieira Filho

Terapeuta Holístico – CRT 21001

SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

Resumo:

A Psicoterapia é parte integrante do atendimento na Terapia Holística e um de seus maiores diferenciais em relação a outras profissões correlatas. Em publicação recente, já destacamos que uma das formas mais práticas e eficientes de introduzir a proposta em consultórios é a implementação de técnicas básicas de Aconselhamento. Outrossim, para este momento, a proposta é a de incrementar a idéia inicial, somando a esta outras formas de abordagens psicoterápicas, em especial, algumas correntes básicas da psicanálise.

Na transcrição, incluiremos paralelismos entre as idéias de Freud, Reich e Jung e as tradições terapêuticas milenares, mostrando que existe compatibilidade entre todos, passíveis de serem sintetizadas em procedimentos de consultório dos Terapeutas Holísticos.

Introdução:

A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras. Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem “científica-reducionista-elitista” cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem “empírica-holística-acessível” de nossos ancestrais xamãnicos. A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do “cientificismo”, mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes. Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a “alma”, desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se “dissolvem espontaneamente” no decorrer destes procedimentos (método catártico).

A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte “inacessível” de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( “eu”) e Censor (“juiz” do Ego, o Ego “Idealizado”).

Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Psicoterapia no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, nome moderno que se dá àquilo que tão bem já praticavam nossos antecessores sacerdotes-xamãs.

Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.

Material e Metodologia:

1. Definições

ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao “molde-informação” de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um “Ancião Sábio”, que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

"INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

2. Procedimentos

ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

Na sequência, abordaremos algumas opções complementares:

Análise de Sonhos:

Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ...”o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro”... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as “chaves” transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado “o sono sagrado”, onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de “sonho acordado”, muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão “científico”. Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, “a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma”. Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma “auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material “espontâneo” que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a “dramatização”, onde a pessoa “encarna”, um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura “incorporada”. Outra ferramenta de interpretação é a “ampliação” do sonho, onde se é estimulado para “prolongar” o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de “ampliação” é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que “ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico”. O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.

Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

Do mesmo modo como “evocamos” os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma “lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais “pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram “especializações” funcionais, “desenhando-se” no holograma certos “caminhos” bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa “tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. “Mapeando” esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos “meridianos” de Acupuntura, na China milenar, e os “chacras” na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a “circulação” energética, induzimos à “circulação” das informações psíquicas, ocorrendo os chamados “insights” (“flashs”, lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que “digerir”, compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro “equilíbrio energético”. O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

Regressão:

Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

Progressão:

Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

Resultados:

Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade.

Discussão:

O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a “imitar” o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE – Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.

Conclusões:

A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

O Aconselhamento, cujo aprendizado é relativamente simples e intuitivo, em especial para quem exerce outras formas de Terapia, é de fácil integração às demais técnicas já adotadas em consultório. Tamanhos são os ganhos tanto para a Clientela, quanto ao Terapeuta Holístico, ampliando exponencialmente o leque de atuação, que este é um caminho obrigatório a qualquer profissional que deseje maximizar seus potenciais e sua realização na carreira.

Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Reichiana e Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui regressão, progressão, vivências, etc...). A própra tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.

Referências bibliográficas:

O Corpo Fala” - Pierre Weil e Roland Tompakow – Editora Vozes;

"Counseling, Santé et Développement” em www.counselingvih.org;

Florais de Bach – Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica” - Henrique Vieira Filho – Editora Pensamento;

Jung e Reich – O Corpo Como Sombra” - Jonh P. Conger – Summus Editorial;

O Microcosmo Sagrado” - 2a Edição - Henrique Vieira Filho – SinteBooks;

Orgônio, Reich e Eros” - W. Edward Mann – Summus Editorial;

O Processo de Aconselhamento” – Paterson / Einsenberg – Martins Fontes 1988;

Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung” - Reis, Magalhães e Gonçalves – EPU – Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks.

Anexos e Apêndices:

1)

Terapia Holística: Ciência ou Arte ?

Yin, Yang... Ciência, Arte...

Aparentes opostos, com certeza, complementares,

ambas somam as faces da moeda do Conhecimento.

...

O conhecimento humano poderia ser dividido entre o conhecimento organizado e o conhecimento ingênuo. O conhecimento ingênuo nada mais seria do que um conhecer intuitivo que pode ter algum grau de reflexão, mas de que certo modo só pertence àquele ser que o percebeu e que sobre ele refletiu. É uma forma de conhecimento muito pessoal. Já o conhecimento organizado nos propicia o surgimento da própria civilização. Esse é o conhecimento registrado, que pode ser transmitido para outras pessoas sem a presença daquele que o desenvolveu, e que se despessoaliza no sentido de criar uma cultura, que pode se realimentar para criar conhecimentos novos, e mais sofisticados.

Dentro do conhecimento organizado podemos encontrar uma nova subdivisão: ciência e arte.

...

Textos extraídos de www.ricardohage.com/artigos/estetica.pdf

A Ciência aplica a lógica formal e metodologia, resulta de uma atitude consciente em direção ao entendimento e um esforço fundamental de comprovação, objetivando a intervenção no que se conveniou chamar de realidade. Já a Arte, atua sobre uma lógica subjetiva, isenta de compromissos com a verificação e nasce de uma atitude inconsciente do ser humano, que no geral quer deixar sua marca nessa mesma realidade.

Com o advento da Modernidade, a sociedade ocidental pautou-se por uma crescente racionalização, assumindo a Ciência como o fundamento geral de nossa orientação no mundo. Nossa civilização passou por uma ditadura religiosa, onde os dogmas da Igreja constituiam a verdade inquestionável, para um atual estado de ditadura científica, na qual confundem aquilo que a Ciência não consegue explicar, como sendo algo impossível de existir.

A Terapia Holística, que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, possui sua própria lógica singular, muito mais para a subjetividade da Arte, do que para a objetividade da Ciência. Os resultados obtidos pelos Terapeutas Holísticos não cabem nos moldes da pesquisa científica tida como “oficial”, resultando daí, ter sua validade e eficácia injustamente questionadas. Na Idade Média, milhares de nossos antecessores tiveram que negar suas práticas, ocultar seus conhecimentos, esconder suas poções, enfim, renunciar às suas essências (em vários sentidos...) para escapar das fogueiras da Inquisição. Ainda traumatizados com a perseguição histórica, nos tempos modernos, novamente renegam suas origens, tentando sobreviver à inquisição do que se convencionou chamar Ciência. Submetendo-se ao julgo de seus atuais algozes, a Terapia Holística perdeu parte de sua identidade, abrindo mão de seu linguajar, de seus fundamentos, gerando um sincretismo que não surtiu o efeito desejado. Incabíveis em tubos de ensaio, ao tentar “discursar em língua estrangeira” (“cientificês”...), a maior parte das técnicas terapêuticas milenares soaram ainda mais estranhas aos donos da verdade oficial e aí sim foram condenadas, de vez, às fogueiras purificadoras dos dogmas de laboratório. Algumas técnicas tiveram destino ainda mais cruel: tanto abriram mão de suas origens, tanto se adaptaram, que correm o risco de se transformar em “monstros transgênicos”, produtos artificiais adequados aos padrões de consumo “oficial”. A Terapia Tradicional Chinesa, por exemplo, se perder sua alma, transformará seus praticantes em meros espetadores de agulhas, máquinas automáticas de aplicações de tabelas... Já a Fitoterapia, se perder suas “raízes”, será mais um serviçal da indústria de patentes, do que ao bem-estar de seus adeptos.

Yin e Yang... noite e dia... ciência e arte... faces alternantes de um mesmo fenômeno. Em algum momento no tempo, a Terapia Holística será Ciência, também. No presente, há que ser percebida, compreendida e aceita como ARTE, pois esta é a faceta que agora se mostra. E se valoriza ! Afinal, enquanto a Ciência é inconstante e temporal (o que é fato científico hoje, pode ser a falácia teórica, amanhã...), a Arte é eterna... Resgatemos a auto-estima de nossa profissão, nossa herança milenar e assumamos que

A Terapia Holística é a ARTE da Qualidade de Vida !

2)

A História da Terapia Holística

Em todo lugar e em todas as épocas,

sempre existiram Terapeutas Holísticos”

(paráfrase sobre texto de 1986,

do historiador alemão Werner Jaeger,

uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico – de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico – de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

...

O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

...

O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

...

Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por “sincronicidades”, por “sinais”, cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este “status”, o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os “iniciados” compreendiam as “instruções” incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História “ocidentalizada” registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem “científica”, ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro “médico”, já que estabeleceu “doenças” como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo “desmembramento de seus componentes”. Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de “doenças” que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

Referindo-se a Galeno e suas consequências:

...

Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

...

Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,

de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente

do Departamento de Clínica Médica

Universidade Federal de Uberlândia

Paralelamente a este “movimento separatista elitizado”, continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem “científica” e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o “consolo espiritual” da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

...

Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

...

Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência “exata”...

...

De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a “desumanização” do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte –-importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva – da questão.

A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas – a história, a filosofia, a literatura e a psicologia – não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

...

Texto extraído de “A (re)humanização da medicina”,

de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada “Revolução Aquariana”. Movimentos “hippies”, de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura “científica”, onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais “científico”. Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas “traduzidas” para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.

Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
Última atualização: 06/05/2008 14:13


Regressão e Progressão: Espelhando o Presente, Desvendando o Inconsciente Holística 2005

Regressão e Progressão: Espelhando o Presente, Desvendando o Inconsciente
Holística 2005

Henrique Vieira Filho
CRT 21001
Terapeuta Holístico

Resumo

Por meio de relaxamento associado a induções verbais, conduz-se o Cliente a exercícios de imaginação no qual projete-se em diferentes contextos no tempo e espaço, proporcionando catarses emocionais que resultam em alívios, simultaneamente ao contato com novos insights, que traduzem-se em maior compreensão do presente.

Introdução

TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

Material e Metodologia

Definições:

TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

"INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

Procedimento em primeira consulta:

Avaliar pré-requisitos e inadequações:

Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.

Inadequações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

Explicar o processo em detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial: quanto à duração e continuidade do trabalho; que é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

Procedimento para as demais sessões:

Após a 2a consulta já pode ser praticadas as técnicas específicas da Terapia de Regressão e Progressão.

Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao Terapeuta Holístico avaliar exceções.

Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o Cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo, conduzindo este ao autoconhecimento.

O estado de relaxamento é fator determinante a facilitar os demais procedimentos e pode ser induzido por diversos meios, tais como a música, sugestões verbais, terapia corporal, etc, ou mesmo a somatória destes recursos. Fisica e mentalmente relaxado, o Cliente está mais propício ao livro fluxo de associação de idéias, pensamentos e imaginação.

Regressão:

Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

Progressão:

Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.


Resultados

Superando-se os preconceitos, curiosidades e até temores, propagados popularmente sobre tais técnicas, a Regressão induzida mostrou-se mais rápida em trazer à consciência as possíveis origens dos traumas, quando comparada à associação livre freudiana, além de produzir catarses muito mais intensas.

A Progressão mostrou-se ferramenta eficaz em maximizar a capacidade dos Clientes em tomar decisões, possibilitanto viagens imaginativas sobre variadas "linhas do tempo" alternativas, geradas a partir das diversas opções de ação cogitadas. Em muitos casos, as "previsões" projetadas no futuro imaginário produziram insights que geraram soluções não cogitadas a princípio pelos Clientes.

Discussão

Experiências de Freud são utilizadas como argumentos contra e também a favor das técnicas regressivas. Nos primórdios da Psicanálise, aplicou-se a hipnose para induzir os clientes a revivenciar momentos traumáticos, sob o pressuposto de que tal catarse produziria a superação dos efeitos do trauma. De fato, bons resultados foram obtidos; contudo, Freud optou por abrir mão dos métodos hipnóticos, substituindo-os pelo divã, para que o Cliente, em uma posição confortável, fizesse um esforço para lembrar os traumas que estariam na origem de seus problemas. Com o Cliente relaxado, Freud conduzia uma livre associação de idéias, através da qual terminava por encontrar lembranças "recalcadas" e que eram, em tese, a causa de seus distúrbios.

Assim sendo, de acordo com a conveniência de quem historeia, utilizam o Pai da Psicanálise tanto para argumentar que as técnicas regressivas por indução verbal "direta" estariam ultrapassadas, quanto para alegar que ele era adepto e que teria continuado, caso conhecesse outras formas diferentes da hipnose para atingir o objetivo.

De fato, a "aura mística" associada ao hipnotismo pode ter sido um dos fatores que mais contribuiram a que Freud o abandonasse, já que anseiava a que a Psicanálise fosse aceita nos meios "científicos"...

A partir dos anos 70, com o movimento de contra-cultura, a revalorização das filosofias orientais, o crescente interesse pelo esoterismo, gerou-se tamanho movimento (a chamada "revolução aquariana"...) que igualmente repercutiu na Terapia Holística, com a integração de "novas" técnicas nascidas da adaptação miscigenada de rituais religiosos de rememorização de "vidas passadas", com as pesquisas investigativas de casos sugestivos de reencarnações e a retomada das primeiras linhas da psicanálise, o que incluia até a hipnose regressiva.

Alvos de grande curiosidade por parte do público e veículos de comunicação, a popularização da proposta gerou várias correntes divergentes, muitas das quais "pecaram" ao permitir que a crença religiosa/filosófica de seus defensores influenciasse diretamente na interpretação dos conteúdos vivenciados.

Uma das linhas mais conhecidas, é a chamada TVP – Terapia de Vidas Passadas, a qual, já a partir do nome, demonstra que o profissional assume equivocadamente para si próprio, o papel que só compete à religião/filosofia particular de cada Cliente, ou seja, definir que existe reencarnação... Na prática, tal posicionamento em nada beneficiou aos resultados terapêuticos, além de ferir, desnecessariamente, a crença de muitas pessoas, que de pronto se afastam desta forma de terapia. Outro fator que diminui a eficácia da proposta foi a tendência de muitos dos praticante da técnica em contentar-se apenas com a catarse, pressupondo que o alívio decorrente do "descarrego" das emoções reprimidas era o fim em si da terapia, quando na verdade, está mais para o primeiro passo, visto que sobre o material aflorado, muito há o que se compreender e utilizar como fonte para autoconhecimento e, especialmente, em como transmutar a vivência em conteúdo útil ao PRESENTE.

Em muitas vertentes dessa linha terapêutica, os resultados pareciem afastar ainda mais os Clientes de confrontar com seus reais traumas, servindo equivocadamente para justificá-los e até reforçá-los, passando a ser interpretados como inevitáveis e consequências de "lei da causa e efeito".

Um exemplo baseado em caso real: " _ Meu relacionamento com meu marido é muito ruím, mas tenho que me conformar, pois em outra vida, eu o prejudiquei terrivelmente e agora, é minha vez de sofrer as consequências"... Tal dedução seria bastante razoável se originada na religião; contudo, ela foi gerida em consultório terapêutico, por meio de técnicas regressivas... Por meio desta "racionalização", a pessoa em questão procurou tornar "o inaceitável mais aceitável". Enquanto obstáculo ao crescimento, a Racionalização dificulta à pessoa aceitar a realidade e de trabalhar com as forças motivadoras genuínas, o que poderia reverter o sofrimento em que vive.

"Racionalização é o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que causa angústia. Usa-se a Racionalização para justificar comportamentos quando, na realidade, as razões para esses atos não são recomendáveis".

Nada justifica, no contexto terapêutico, de buscar-se especificamente em "vidas passadas" as respostas aos problemas do presente; pode sim, ser uma alternativa, mas jamais a opção única... Se a vivência, espontaneamente, traduzir-se em "insights" transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), tais como experienciar personagens e até épocas distintas da que se tem consciência, é natural e certamente trará ricos materiais a serem trabalhados em terapia. Porém, induzir especificamente a "viagens" antes do período da concepção (claro, salvo honradas exceções...), pode ser fruto de entusiamo exarcebado pela própria filosofia/religião, ou, até mesmo, simples concessões à curiosidade, nem sempre sadia...

Muito mais ético e adequado é que o Terapeuta Holístico trabalhe o conteúdo aflorado, da mesma forma que trabalharia ossonhos (a psicanálise Junguiana, os pós-junguianos e a Psicoterapia Transpessoal fornecem excelentes subsídios para esta finalidade) e essa premissa é aplicável tanto para conteúdo transpessoal, quanto para visualizações de momentos traumáticos situados na vida "atual". Esta postura permite ao profissional trabalhar, independentemente de ser o material aflorado, um FATO em si, ou uma visão simbólica projetada, o nírica. Compete EXCLUSIVAMENTE ao Cliente ter para si, se o que vivenciou realmente ocorreu, ou não; se é "vida passada", ou não; e até mesmo manter-se "neutro" quanto a quaisquer destas hipóteses. O que realmente importa é obter-se um aprendizado APLICÁVEL em seu presente, que amplie seu autoconhecimento e, consequentemente, sua Qualidade de Vida.

A análise trabalha com a realidade que o Cliente "sente" e traz nas sessões. Se ele experiencia uma dor referente a um "fato" da infância, porém essa história nunca ocorreu explicitamente, para a terapia de regressão é pouco relevante, pois, o que conta é que existe um "registro" disso e que gera sequelas ainda atuantes no presente do Cliente. Esse "fato" assume importância real e precisa ser trabalhado nas sessões, independente de sua veracidade ou não. O mesmo raciocínio se aplica ao conteúdo transpessoal: se o Cliente vivenciar a si mesmo como "outra pessoa", quem sabe até em "outras épocas", independentemente de crenças pessoais, a terapia sempre trabalhará o conteúdo como sendo uma projeção.

"Projeção: O ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio, é denominado projeção. É um mecanismo de defesa através do qual os aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo. A pessoa com Projeção pode, então, lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou estar consciente do fato de que a idéia ou comportamento temido é dela mesma".

Um exemplo, baseado em caso divulgado em um programa televisivo de grande popularidade: a pessoa sofria de fortes dores de cabeça; participou de uma terapia regressiva e viu-se na Idade Média, em uma masmorra, sendo torturada com uma morsa que gradativamente lhe apertava o crânio. Após a cartarse, com a explosão de emoções que a vivência ocasionou, as dores cessaram. Cliente e profissional satisfeitos, deram por encerrada a terapia... Uma crítica construtiva cabe a este procedimento, pois ao invés de contentar-se com a simples remissão do sintoma da dor, poderiam ter sido mais ambiciosos na proposta terapêutica e investigar mais profundamente a questão. Independente de ser ou não "vida passada", a dor está no presente... e isto significa que ela AINDA está em uma "câmara de tortura"... seria sua vida familiar ? seu trabalho ? tudo isso junto ? outra hipótese não tão previsível ? Toda a história aflorada por meio da vivência poderia (deveria...) ser aprofundada, o que pode ser trabalhado com técnicas de associação de idéias, que pode ser realizada na versão "clássica" e/ou sob relaxamento, retomar a vivência e aprofundar-se gradativamente, em sessões seguintes.

"Associações de Idéias: são um Processo intelectivo segundo o qual a mente humana, a partir de uma idéia inicial (indutora), é imediatamente levada a suscitar uma outra, isto em razão de alguma "conexão natural" existente entre ambas. A idéia indutora pode ser representada no caso, tanto por uma palavra, como por um objeto, uma imagem, ou mesmo uma emoção (da qual o sujeito toma consciência) cujo simples aparecimento na mente é suficiente para despertar uma segunda idéia, e esta uma terceira, e assim por diante, num processo praticamente sem limite e no qual, conforme a expressão popular, uma coisa puxa a outra."

Toda a discussão aqui exposta sobre a Regressão é igualmente aplicável para a Progressão. Da mesma forma que espelhamos nosso presente imaginativamente em tempo passado, igualmente podemos projetar para o futuro. Este procedimento é particularmente útil a auxiliar o Cliente na tomada de decisões presentes, já que possibilita ao mesmo, criar mentalmente as possíveis consequências de suas atitudes atuais.

Temática amplamente explorada na ficção científica, é como se existisse incontáveis futuros alternativos, "linhas do tempo", nas quais o indivíduo transitaria consequentemente às escolhas e atitudes do presente.

Em minha prática de consultório, o exercício imaginativo em direção a um futuro hipotético inicia-se sobre uma premissa, comumente, as possíveis consequências geradas a partir de uma escolha presente. Por exemplos: mudar ou não de emprego, casar ou não, separar ou manter o casamento, opções de carreira, dentre as mais comuns ansiedades trazidas em consultório... A proposta é possibilitar ao Cliente, "vivenciar" o que seu inconsciente projeta para o futuro, de acordo com cada escolha possível. Continuando os exemplos: uma projeção de como será o seu dia-a-dia daqui a 1, 2, 3, 4, 5 anos, continuando no emprego atual... Depois, o mesmo exercício imaginativo futuro, perante a opção de demitir-se no presente... O mesmo procedimento nas progressões: casado... ou descasado... E assim, caso a caso.

Algumas idiossincrasias observados nos procedimentos que envolvem a Progressão:

Ao contrário do que ocorre em exercício imaginativos em direção ao passado, o nde espontaneamente surgem vivências passíveis de interpretação (critério exclusivo do Cliente...) como "vidas passadas", nunca encontrei um caso em que alguém experienciasse uma situação de "vidas futuras"...

Clientes praticantes de técnicas de mentalização consciente para "programar seu futuro", comumente se surpreendem com grandes discrepâncias entre o ideal que conscientemente planejam e aqueles traduzidos pelo inconsciente, nas vivências progressivas; por sinal, via de regra, estes é que se "concretizam" na prática...

Conclusões

A vinculação desnecessária ao misticismo e religiosidade é um obstáculo ao desenvolvimento das técnicas vivenciais. O Terapeuta Holístico, ao abster-se de posicionamento pessoal, mantendo a neutralidade necessária e respeitando o direito do Cliente em considerar o material aflorado como fato, ou como exercício de imaginação, tem na Regressão e Progressão uma excelente ferramenta terapêutica, capaz de acelerar o processo de autoconhecimento e em transmutar os desconfortos em mais Qualidade de Vida para os Clientes.

Referências bibliográficas

CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

HALL, James A. - A Experiência Junguiana. S. Paulo, Cultrix, 1989.

HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

JACOBI, Jolande - Complexo - Arquétipo - Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1986.

JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. 5. Paulo, Vozes, 1991.

LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. 5. Paulo, Cultrix, 1992.

MACHADO, José Pedro Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa, Editorial Confluência Ltda., 1967.

MARKEY, Christopher - Yin-Yang. 5. Paulo, Cultrix, 1987.

MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

NETHERTON, Morris e SHIFFRIN Nancy – Vidas Passadas em Terapia. São Paulo, ARAI-JU, 1984.

PINCHERLE, Lívio Túlio; LIRA, Alberto e outros – Psicoterapias e Estados de Transe. São Paulo, Summus Editorial, 1985.

TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Florais de Bach – Uma Visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica – Incluindo NTSV – TF 001 – Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Floral – 4a Edição - Editora Pensamento, 1994.

WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1990.

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 26/01/2009 15:31


A ANÁLISE DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA

TCC- TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

A ANÁLISE DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA. 
 
 

SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS-.

COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM TERAPIA HOLÍSTICA.

SÃO PAULO - SP.                      

DISCIPLINA: PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

AUTOR:  

RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD

             Terapeuta Holístico

                  

ORIENTADOR:        HENRIQUE VIEIRA FILHO

                                        Terapeuta Holístico - CRT 21001 
 

BELO HORIZONTE – MG, 29 DE  MAIO 2008. 
 
 
 

                                                                      Dedicatória: 
 

                                                                     “Para a minha Mãe

                                                                      Therezinha Lima Haddad

                                                                      e para o meu Pai Omar Haddad,

                                                                      que me acompanham lá do céu ”. 
 
 
 
                                    

                                       Agradecimento: 

                 Ao SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS-

                                      COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM TERAPIA HOLÍSTICA, pelo incentivo vibrante e pela oportunidade,         para apresentar a presente MONOGRAFIA na disciplina                  PSICOTERAPIA HOLÍSTICA. 
 
 
  

    SUMÁRIOPáginas
    RESUMO.           6
    CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.           6
    CAPÍTULO 2. MATERIAL.           7
    CAPÍTULO 3. METODOLOGIA.           8
    3.1 O Corpo Físico           8
    3.2 O Que Ensina Anaxágoras           8
    3.3 O Que Ensina Demócrito           8
    3.4 A Organização de Direção de Sentido e Funções do Corpo Físico           8
    3.5 Revelação da Imagem Holística do Corpo Físico           9
    3.6 Imagem do Corpo Físico de Frente           9
    3.7 Imagem do Corpo Físico de Perfil          10
    3.8 Imagem do Corpo Físico de Costas         10
    3.9 As Proporções do Corpo Físico          11
    3.10 A Psicognomia          12
    3.11 A Fisiognomonia          12
    3.12 Segmentos Básicos dos Membros Superiores          14
    3.13 Principais Funções das Áreas dos Segmentos Superiores          14
    3.14 Segmentos Básicos dos Membros Inferiores          14
    3.15 Principais Funções das Áreas dos Segmentos Inferiores          14
    3.16 Interpretação das Imagens dos Membros Superior e Inferior          15
    3.17 Critérios para Interpretação das Imagens          15
    3.18 Distribuição das Imagens na folha          16
    3.19 Interpretação da Posição das Imagens na folha16
    3.20 Interpretação dos Tipos de Traços das Imagens23
    3.21 As formas da Imagem Holística32
    CAPÍTULO 4. RESULTADOS.36
    CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.37
    CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.37
    CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.39
    ANEXOS E APÊNDICE.39
 
 

                                                 RESUMO.                                                                    .

Apresento para a psicoterapia holística as vantagens da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente. A Análise da Imagem Holística de um Cliente, ou de vários Clientes, pode dar, na verdade; informações, sugestões e pistas, e representa para o psicoterapeuta holístico uma ferramenta similar à das imagens computadorizadas com o grande diferencial que a imagem é feita pelo próprio Cliente, ou seja, seu próprio negativo! A base para a aplicação da técnica reside na interpretação da imagem do corpo físico do cliente de frente, de perfil e de costas, na distribuição das imagens, nos tipos de traços e nas formas das imagens. Para permitir a pesquisa e a prática de outros psicoterapeutas holísticos, apresento também, em síntese, uma Análise Holística.

CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.

1.1 O presente trabalho não tem propriamente a pretensão de ser uma tese que esgote o tema num sentido acadêmico, mas aponta uma direção de pesquisa, que séria e sistematicamente aprofundada, atrairia uma maior atenção do psicoterapeuta holístico para o estudo da técnica da Análise da Imagem feita pelo próprio Cliente. É de curial sabença que corpo físico é marcado pela experiência da vida através de registros que tanto são de origem genética quanto cultural, resultando numa gama de detalhes que nele estão armazenados e que podem ser revelados através da Análise da sua Imagem Holística.

1.2 A Imagem Holística do Cliente é a revelação da disposição da mente através do contorno do corpo físico interpretada sempre numa ótica terapêutica.

1.3 A Imagem Holística do Cliente surge pela representação do contorno do corpo físico através do modo de tracejar essencialmente psicomotor, orientando a revelação de uma realidade visual, imediatamente legível pelo psicoterapeuta holístico.

1.4 A Análise preliminar nasce da percepção, do tempo de observação e da maneira de como o psicoterapeuta holístico consegue sair do movimento de julgamento, para simplesmente enxergar o que, naquele momento, o conjunto de Imagem Holística está mostrando.

1.5 A técnica se desdobra na Interpretação da Distribuição das Imagens, Interpretação dos Traços e Interpretação das Formas das Imagens, o que pode ser aplicado em separado, ou no conjunto do seu desdobramento. Conduz para a identificação rápida e segura dos desequilíbrios que o Cliente poderá estar vivendo no momento, fornecendo ainda subsídios importantes para a solução do problema, quando não a própria solução.

1.6 Por outro lado, as técnicas aplicáveis à análise específica de aproximadamente 205 formas de imagens de segmentos corporais não fazem parte integrante da presente Monografia.

1.7 A técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente, fornece um material riquíssimo sendo também um poderosíssimo instrumento para a identificação do desequilíbrio energético apresentado pelo Cliente. Colhe informações que abrangem várias técnicas, suplementando as dificuldades da observação em entender as muitas facetas do Cliente. A técnica de Análise da Imagem Holística do Cliente possibilita maior entendimento do que aprendemos sobre pessoas - dentre elas, nós mesmos-, possibilita identificar comportamentos que de outro modo talvez não fossem observados, revelando com objetividade, segurança e realismo, o que talvez só fôssemos perceber após vários atendimentos, reduz e controla os erros de observação. E o melhor! Está ao alcance de quantos a queiram utilizar.

1.8 A psicoterapia holística através da técnica da Análise da Imagem do Cliente, não é, em nenhum momento, a de enfatizar o que está ruim, e sim a de revelar aquilo que está bom.

CAPÍTULO 2. MATERIAL.

2.1 A presente Monografia tem como referência os resultados dos atendimentos realizados e o Curso de Leitura Corporal concluído pelo autor e ministrado no período de fevereiro de 2001 a dezembro de 2007 no Núcleo de Terapia Corporal Ltda, com sede na rua Assunção 40, bairro Sion - Belo Horizonte-MG, site www.leituracorporal.com.br. Fundamenta-se em uma sistematizada apertada síntese do conteúdo programático da disciplina Interpretação do Desenho. O curso de Leitura Corporal descreve e detalha a função emocional de cada segmento e estrutura corporal e revela as associações entre o que manifesta o corpo físico e os processos psíquicos e sensoriais do Ser Humano. Afirma que o corpo vive, registra, reage e revela a história pessoal. Relaciona as formas, as funcionalidades do corpo, os traços fisignomônicos, as posturas, as sensações e sintomas, os conteúdos mentais, emocionais, sensoriais e às particularidades comportamentais, estabelecendo uma conexão entre a linguagem do corpo, as disfunções orgânicas, os desequilíbrios e o autoconhecimento.

2.2 O Núcleo de Terapia Corporal Ltda, fundado em 1988, tem como alicerce a relação Corpo Físico / Corpo Emocional. É constituído por profissionais de saúde- terapeutas, fisioterapeutas, massoterapeutas, médicos e psicólogos-. 
 

CAPÍTULO 3. METODOLOGIA. 

3.1 O CORPO FÍSICO. 

A primeira coisa que podemos distinguir nitidamente no “Corpo Físico” é que tudo  se encontra encerrado em órgãos, sistemas e estruturas oferecendo  a este a maior proteção possível contra o mundo exterior, porém se reconhecendo que é efêmero e destrutível.

É composto das mesmas forças e da mesma matéria do mundo aparentemente inerte ao nosso redor. Jamais poderia existir se não fosse continuadamente compenetrado e reconstituído pela matéria e pela força do mundo físico.

O QUE ENSINA ANAXÁGORAS.    500 – 418 a. C 
 

Uma infinidade de qualidades se encontra em todo o corpo, em toda extensão finita dada, tão grande ou pequena que se queira, e assim não se pode conceber nenhuma separação, tudo está sempre misturado a tudo”.

3.3 O QUE ENSINA DEMÓCRITO.   460 – 370 a. C 
 

“A alma está intimamente ligada ao cérebro. Não podemos possuir qualquer forma de consciência quando o cérebro degenera e morre”. 

                      3.4 A ORGANIZAÇÃO DE DIREÇÃO DE SENTIDO E FUNÇÕES DO CORPO FÍSICO. 

1. SUPERIOR.     Expressão.

2. INFERIOR.            Equilíbrio.

3. ANTERIOR.           Comportamentos externos.

4. POSTERIOR.          Comportamentais internos.

5. CEFÁLICA.          Controle e coordenação.

6. MEDIAL.                  Movimento para a exposição e fechamento.

7. LATERAL.               Competência.

8. PROXIMAL.             Impulso.

9. DISTAL.                  Realização. 
 
 

                   3.5 REVELAÇÃO DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CORPO FÍSICO.

 

                   

. As imagens podem ser reveladas em três folhas de papel tamanho A 4 (210 x 297 mm) 75 g / m2, branca, sendo o contorno da Imagem do corpo físico executado com um lápis de cor preto número 2. As três folhas e o lápis são entregues pelo psicoterapeuta ao Cliente.

. Seis minutos são o tempo aproximado para a execução do contorno da Imagem do corpo físico de frente, de perfil e de costas.

.O Cliente entrega suas imagens ao psicoterapeuta holístico que procederá a interpretação das especificações, da distribuição das Imagens, dos traços e das formas. 

                            3.6 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE FRENTE.  

EMENTA: A imagem do corpo físico de frente expressa como o Cliente se mostra. 

                             ESPECIFICAÇÃO GERAL DA IMAGEM.

1. Contorno completo do corpo físico.

2. Formatação do pé com o dorso, artelhos e arcos medial e lateral.

3. Pernas, coxas e joelhos.

4. Distinção entre a pelve, a coxa e o abdome.

5. Tronco, mamas, mamilo, umbigo e genitália.

6. Membro superior constituído por dedos, corpo da mão, punho, antebraço, cotovelo, braço e axila.

7. Pescoço com identificação dos limites da fossa supraclavicular e formatação dos ombros.

8.Cabeça e cabelos. Face com dois olhos, duas sobrancelhas, nariz, boca e orelha (s).

NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

        b) A imagem é entregue ao psicoterapeuta holístico. 

                     3.7 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE PERFIL.  

EMENTA: A imagem do corpo físico de perfil revela como o Cliente exerce o estado entre o que está e o que é. 

                               ESPECIFICAÇÃO DA IMAGEM. 

1. Corpo do pé evidenciando os artelhos distais, calcanhar e tornozelo.

2. Face lateral da perna, do joelho,  da coxa e do quadril.

3. Face lateral do tronco, com pelos menos uma mama e mamilo.

4. Marcação de pelo menos um membro inferior.

5. Face lateral do pescoço e perfil da cabeça. No perfil da cabeça deverá ter a definição do nariz, da boca, de pelo menos um olho, uma sobrancelha, uma orelha, e marcação dos cabelos.

6. Contorno da face lateral do tronco.

7. Encaixe no ombro de pelo menos um membro inferior constituído de dedos, corpo da mão, punho, antebraço, cotovelo e braço.

8. Face lateral do pescoço com marcação da “saboneteira”.

NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

               b) A imagem permanece com o psicoterapeuta holístico.

                             3.8 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE COSTAS.  

EMENTA: A imagem do corpo físico de costas é a revelação daquilo que naquele momento, é o tema predominante na vida do Cliente.   

                                     ESPECIFICAÇÃO DA IMAGEM.

1. Marcação e definição do corpo do pé para frente com diferenciação dos artelhos das extremidades e calcanhar.

2. Definição da face posterior do tornozelo e da perna.

3. Definição da  face posterior do joelho e da passagem da coxa para a nádega.

4. Dorso evidenciando existência da coluna.

5. Definição do pescoço e segmento cefálico com contorno completo.

6. Marcação de cabelos e orelha (s).

7. Dedos, corpo da mão, punhos, antebraços, cotovelos  braços, preferencialmente ligados no ombro.

NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

              b) A imagem permanece com o psicoterapeuta holístico.

              c)A coluna espinal pode está evidenciada por uma linha ou pelo adentramento da face da lateral do tronco. 

3.9 AS PROPORÇÕES DO CORPO FÍSICO.

De início, foi no próprio corpo que os seres humanos colheram suas unidades de medida. Buscando em si mesmos referências para descrever as grandezas, utilizaram a distância do cotovelo à ponta do dedo médio, a largura do próprio palmo e a extensão do seu pé. Os dedos, logo tomados como unidades de contagem iriam até dar base a todo um sistema, o decimal. Alguns destes antigos padrões continuam em uso, como o pé e a polegada; ainda se ouve falar em rede de pesca com malha de três dedos, covas de sete palmos de altura ou mãos de milho e de feijão.

Essa observação das dimensões parece ter surgido na idade da Pedra, há 40 mil anos, quando o homem riscou na rocha o contorno da sua mão, o seu ”negativo” criando a primeira Imagem!

O mesmo respeito às medidas anatômicas iria transparecer em inúmeros povos da antiguidade, notadamente na escultura-arte que os egípcios ainda submeteriam a mais uma disciplina, a da simetria.

Marcus Vitruvius Pollo, comumente conhecido como Vitruvius [Vitrúviu], arquiteto e engenheiro romano que trabalhou no primeiro século antes da nossa era, afirma que a simetria é a concordância justa entre as partes da própria obra e a relação entre os diferentes elementos e todo o esquema geral de acordo com uma determinada parte escolhida como padrão.

Assim, no corpo humano, Vitrúviu demonstra a harmonia simétrica que existe entre o antebraço, o pé, a palma da mão, o dedo e outras partes menores. Compara essas partes as partes de um edifício, continuando a antiga tradição do edifício sagrado visto em termos do corpo humano e, assim, em termos do microcosmo. 
 
 
 

 

                                             3.10 A PSICOGNOMIA.

1. A Psicognomia é a ciência que trata dos sinais reveladores crânio faciais e gráficos.

2. Os cientistas que mais se distinguiram em Psicognomia nos séculos XVIII e XIX e mais contribuíram para desenvolver e encaminhar essa ciência, tornando-a menos arbitrária e mais compreensiva, foram Lavater e Gall.

3. Instintivamente se procura sondar e penetrar os segredos alheios e saber o que está no invólucro do Ser Humano. O importante é saber se essa intuição tem base ou não na realidade dos fatos, o que é admissível e provável, e o que não é.

4. Quais os dados certos, científicos, que sobre isso a Psicognomia fornece? Já chegou ela a estabelecer normas e leis suficientes para orientar nesse terreno escuro e tão heterogêneo, e resolver os problemas corriqueiros? Paulo Bouts e Camilo Bouts  a afirmam no livro A PSICOGNOMIA,  Editora Vera Cruz Ltda, quinta edição, ano 1943.

 

                                          3.11 A FISIOGNOMONIA.

1. A Fisiognomonia não se refere apenas a certas partes, formas e traços da fisionomia humana, mas ao corpo físico inteiro, à sua estrutura, porte etc. Nesta Monografia, para os efeitos de pesquisa de outros psicoterapeutas holísticos, apresentamos uma apertada síntese do tracejo de fisiognomonia de segmentos específicos do corpo físico.

2. Hipócrates foi fisionomista, assim como os sacerdotes do odismo.

3. Na escola de Pitágoras não era admitido aluno que não fosse primeiro examinado na cabeça sobre as suas aptidões para os estudos.

4. Porta, da escola de Aristóteles, fixou em particular, com curiosos desenhos, os caracteres físicos que tornam os homens semelhantes a animais. 
 
 
 
 
 

 
 

      

    FORMAS DA CABEÇAPREDOMÍNIO
    1.CABEÇA ANTERIORIZADAPENSAMENTO LÓGICO
    2.CABEÇA POSTERIORIZADASENTE DEPOIS PENSA
    3.CABEÇA PARA DIREITAFORMAL E RIGOROSO
    4.CABEÇA PARA A ESQUERDAVISÃO LÚDICA DA VIDA
    5.CABEÇA PEQUENA/TRONCO AGIGANTADOVIVE MOMENTO FÓBICO
    6.CABEÇA GIGANTE/TRONCO PEQUENONÃO TEM OPINIÃO PRÓPRIA
    7.CABEÇA SEXTAVADAPRECISA ACHAR UM CAMINHO
    8.CABEÇA OVÓIDEPENSA NO MÍNIMO E NO MÁXIMO
    9.CABEÇA QUADRANGULARVIVE DENTRO DAS REGRAS
    10.CABEÇA TRIANGULADASENTIMENTO DE SER A REFERÊNCIA
    11.CABEÇA AMORFADIFICULDADE DE SE RECONHECER
    12.CABEÇA DE BOLANÃO SE ARRISCA
    13.CABEÇA SOLTAVIVENDO A VIDA DE OUTRA PESSOA
    14.CABEÇA RETANGULARDESFOCADO DO COMPROMISSO
 

1. A cabeça pode ter uma ou outra conformação geral, ser alta ou baixa, comprida ou curta. Além disso, cada cabeça traz altos e baixos, relevos, concavidades e certas protuberâncias significativas.

2. Muito mais prático e igualmente científico é a avaliação das conformações mais visíveis da cabeça, ou das grandes linhas do perfil. Para isso, só é preciso ter o senso das proporções normais.

3. O desiderato aqui, foi apenas oferecer base suplementar para a arte prática de conhecer o Ser Humano.

 
 
 

FORMAS DO TRONCOPREDOMÍNIO
1-TRONCO QUADRADOMANTÉM SEGREDO ATÉ A CONCLUSÃO
2-TRONCO RETANGULAROBSERVADOR DE CONVENIÊNCIAS
3-TRONCO BARRILMANTÉM SEGREDO POR CONVENIÊNCIA
4-TRONCO REDONDOMUITA ANSIEDADE E EUFORIA
5-TRONCO TRIANGULARCENTRADO EM SI
6-TRONCO VIOLÃOSUPERFICIAL
7-TRONCO EM AMPULHETARESOLUÇÃO DOS MEDOS
8-TRONCO TIPO SUPER HOMEMDIFICULDADE DOMÉSTICA
 

1. A interpretação da Imagem do tronco é possível quando revelada sem roupa.

2. O tronco é constituído do tórax, do abdome e da pelve. O abdome é dividido em duas partes: o próprio abdome e o “baixo ventre”.

3. O desiderato aqui, foi apenas oferecer base suplementar para a arte prática de conhecer o Ser Humano.

3.12 SEGMENTOS BÁSICOS DOS MEMBROS SUPERIORES. 

Os membros superiores são constituídos pela articulação gleno-umeral, braço, cotovelo, antebraço, punho, mão e dedos, e estão ligados ao tronco pela cintura escapular. A cintura escapular é constituída pela articulação gleno-umeral, escápula e clavícula. 

    3.13 PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS AÇÕES DOS SEGMENTOS SUPERIORES. 
 
 

Articulação gleno-umeral.                                        Criação.

Braço.                                                                         Organização.

Cotovelo.                                          Questionamento.

Antebraço.                               Planejamento.

Punho.                                     Impulso.

Mão e dedos.                          Realização. 
 
 

           3.14 SEGMENTOS BÁSICOS DOS MEMBROS INFERIORES. 
 

Os membros inferiores são constituídos pela articulação coxofemoral, pela coxa, pelo joelho, pela patela, pela perna, pelo tornozelo, pelo pé e artelho. São ligados ao tronco pelos ossos do quadril. 

   3.15 PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS AÇÕES DOS SEGMENTOS INFERIORES. 
 
 

Articulação coxofemoral.      Criação.

Coxa.                                       Organização.

Joelho.                                   Valorização pessoal.

Patela.          Velocidade de flexão da perna.

Perna.                                      Planejamento.

Tornozelo.                               Coordenação.

Pé e artelho.                            Sustentação.  
 

 

I1 BRAÇO MAIOR QUE O ANTEBRAÇO.

Organiza aceleradamente com a ansiedade de ver pronto e não se satisfaz com o que realizou.

I2 ANTEBRAÇO MAIOR QUE O BRAÇO.

Planeja lentamente e é movido pelo instinto, fica satisfeito independentemente de concluir.

I3.  SOMENTE BRAÇO.

Organiza com cautela com o compromisso de concluir.

I1 COXA MENOR QUE A PERNA.

Organiza aceleradamente com a ansiedade de ver pronto e não se satisfaz com o que realizou.

I2 COXA MAIOR QUE A PERNA.

Planeja lentamente e é movido pelo instinto, fica satisfeito independentemente de concluir.

I3 SOMENTE A COXA.

Organiza com cautela com o compromisso de concluir. 

                    3.17 CRITÉRIOS PARA INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS. 

A interpretação básica das Imagens deve ser feita inicialmente através da percepção e observação no tempo aproximado de seis minutos.

O psicoterapeuta holístico deve colocar as três Imagens à sua frente e observá-las.

Após interpretação básica, o psicoterapeuta holístico deve seguir os seguintes procedimentos:

1. Entender que as Imagens são reveladas na folha de forma similar a uma fotografia, ou seja, a Imagem no lado esquerdo da folha revela o lado direito do Cliente e vice-versa.

2.Procurar entender como o Cliente poderá estar naquele momento.

3.Não perder de vista os detalhes.

4.Não julgar.

5.Lembrar ao Cliente as funções dos segmentos corporais que não foram revelados nas Imagens e ajudá-lo a  compreender  por que as funções daqueles segmentos podem não estar sendo utilizadas por ele.

5.O psicoterapeuta holístico poderá solicitar novas Imagens do Cliente no intervalo de aproximadamente dois meses.

                3.18 DISTRIBUIÇÃO DA POSIÇÃO DAS IMAGENS NA FOLHA.

 
 

Na observação da distribuição da posição das Imagens, o psicoterapeuta holístico poderá perceber como o Cliente exerce sua expressão. A expectativa é de uma Imagem em cada folha. Ao dobrar uma folha nos sentidos horizontal e vertical serão evidenciados:

1. Parte superior e Parte inferior.

3. Parte Esquerda (que revela a Imagem do lado direito do Cliente).       “D

4. Parte Direita      (que revela a Imagem do lado esquerdo do Cliente).  “E

5. Centro.

            3.19  INTERPRETAÇÃO DA POSIÇÃO DAS IMAGENS NA FOLHA.

O psicoterapeuta holístico deve verificar o predomínio da posição da distribuição das Imagens, a característica principal, refletir sobre a ementa e pontuação da análise holística. Exemplos mais significativos da distribuição e da posição das Imagens:

         POSIÇÃO DAS IMAGENS EM UMA MESMA FOLHA    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL
1. UMA IMAGEM NA PARTE SUPERIOR LIRISMO
2. UMA IMAGEM NA PARTE INFERIOR LÓGICO   
3. UMA IMAGEM QUE REVELA A ESQUERDA REFERÊNCIA DE MÃE
4. UMA IMAGEM QUE REVELA A DIREITA REFERENCIA DE  PAI
5. UMA IMAGEM CENTRADA INDEPENDÊNCIA
6. UMA IMAGEM COM TAMANHO MAIOR QUE 2/3 DA FOLHA COMPETÊNCIA
7. UMA IMAGEM COM TAMANHO MENOR QUE 2/3 DA FOLHA MENOS VALIA
8. DUAS IMAGENS EM UM LADO  ATENTO
9. DUAS IMAGENS EM DOIS LADOS  FALA , MAS NÃO AGE
10. TRÊS IMAGENS NA PARTE SUPERIOR OU INFERIORINDEFINIDO 
11. TRÊS IMAGENS NA VERTICALDISCIPLINADO E ÉTICO
12. TRÊS IMAGENS NA HORIZONTAL INSEGURO
13. TRÊS IMAGENS DE TAMANHOS DIFERENTES NA VERTICALJUSTIFICAÇÃO
14. TRÊS IMAGENS DIFERENTES EM APROXIMADAMENTE 1/3 DA FOLHA RECEIO À MUDANÇAS
15. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA VERTICAL LIBERDADE CONDICIONAL
16. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA HORIZONTAL DERROTADO
17. QUATRO IMAGENS NA HORIZONTAL FLEXIBILIDADE
18. QUATRO IMAGENS NA VERTICAL AUTOPERCEPÇÃO 
 

                                1. UMA IMAGEM NA PARTE SUPERIOR.

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:       LIRISMO.

EMENTA: Cliente estruturado em cima de valores filosóficos e religiosos, com significativa capacidade perceptiva.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Cliente com facilidade para lidar com linguagem filosófica, emocional e do próprio comportamento.

2. Cliente que se constrói e se localiza com entusiasmo.

3. Cliente que se estrutura basicamente a partir dos sonhos.

4. Cliente com valores éticos muito fortes.

                                 2. UMA IMAGEM NA PARTE INFERIOR.

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:        LÓGICO.

EMENTA: Cliente que precisa de comprovações, que cria seus princípios, suas verdades e seus próprios conceitos.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Quanto mais baixa estiver à imagem na folha mais indicada é a conversa em cima de conceitos, de valores, de pensamentos e de conclusões.

2. Cliente com dificuldade para aceitar a linguagem da religiosidade.

3. Cliente que quer saber quanto tempo vai durar seu tratamento e exige resposta.

4. Cliente que se constrói em cima de fatos reais e de experiências comprovadas.

5. Cliente com dificuldades de acreditar em projeções.

3. UMA IMAGEM QUE REVELA A ESQUERDA. 

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                REFERÊNCIA DE MÃE.

EMENTA: Cliente com predomínio da história evolutiva e da autopriorização, com prevalência da afetividade.

ANÁLISE HOLÍSTICA

1. Cliente que não gosta de ter nada no seu entorno. O Cliente somente encontra solução se tirar tudo da sua volta e se concentrar em si.

2. No caso de trabalho em grupo, o trabalho desse Cliente não será produtivo.

4. Cliente que faz tudo em nome do amor ou tudo em nome da raiva, porém tudo é justificado no sentimento vivido em relação à situação.

4. UMA IMAGEM QUE REVELA A DIREITA. 

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:              REFERÊNCIA DE PAI.

EMENTA: Cliente com dificuldade de encontrar seu caminho se não tiver a referência do outro.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. O jeito do Cliente em lidar com a vida é semelhante ao jeito do seu pai.

2. Cliente com a preocupação de está adequado e ajustado ao social.

3. A imagem à esquerda da folha revela o lado direito do corpo físico.

5. UMA IMAGEM CENTRADA. 

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                    INDEPENDÊNCIA.

EMENTA: Cliente com o conceito de que a expressão é uma liberdade, é uma autoria, e um direito somente seus.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Cliente independente dos problemas e das dificuldades que possa ter.

2. Cliente que tem ou experimenta um conceito.

3. Cliente que pode ter o conceito de que a expressão, a mostra, e a representação é um direito somente seu.

4. Cliente que reconhece o seu direito a espaço e manifestação dos seus conteúdos.

6. UMA IMAGEM COM TAMANHO MAIOR QUE 2/3 DA FOLHA.

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            COMPETÊNCIA.

EMENTA: Cliente com tendência a ser capaz de tudo, muito exigente consigo e que vive dentro da regra da obrigatoriedade de alcançar o máximo. Sua palavra de ordem é, competência!

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. A energia de competência que circula pelo corpo físico é ordenada e distribuída a partir da sua face lateral, de uma forma especial a face lateral do tronco. 

7. UMA IMAGEM COM TAMANHO MENOR QUE 2/3 DA FOLHA. 

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                                MENOS VALIA.

EMENTA: Cliente que sub-estima o valor próprio. Não se permite ocupar com intensidade todo o lugar que lhe é devido.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. A menos valia é o espelho da timidez.

2. Áreas nobres para a terapia corporal:

2.1Tornozelos, joelhos, posterior do corpo, polegares, queixo, orelhas, sobrancelhas, planta do pé, calcâneo, e 3º quadrante do couro cabeludo. 

8. DUAS IMAGENS EM UM MESMO LADO. 

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                  ATENTO.

EMENTA: Cliente que tem necessidade de aguardar que alguém lhe dê a palavra para se manifestar e que necessita de muito tempo para poder falar e se realizar. Cliente que observa o tempo todo.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. A expressão do cliente  é determinada e medida pelo externo.

2. A maneira de interpretar suas experiências  deixa o Cliente na crença de que ele precisa aguardar autorização para poder dizer, para se manifestar, para se revelar.

3. Cliente que quando consegue dizer, sua ânsia de falar é  grande e  não dá espaço para perguntas porque  acredita que não vai ser autorizado a falar de novo.

4. Cliente que revela ser atento, quieto e silencioso.

5. Cliente que se for chefe vai mandar e desmandar e tomar conta de tudo o que estiver acontecendo.

6. Cliente que se tiver pouco tempo para falar não conseguirá mostrar o seu resumo em menos de uma hora.

7. Cliente com tendência ao medo da reação de quem o ouve.

8. Cliente muito atento. Armar-se muito facilmente de defesas frente ao que observa e no ambiente  nada lhe passa desapercebido.

9. Cliente que tem dificuldades de escutar.

9. DUAS IMAGENS EM DOIS LADOS. 

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                  FALA, MAS NÃO AGE.

EMENTA: Cliente que explica, sugere, indica, promove e dirige, mas não age. Realiza-se imaginando, porém com ótima organização mental.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Cliente que desenvolveu mais a expressão  de explicar, sugerir, indicar,  promover,  e dirigir do que a manifestação da ação organizada.

2. O Cliente fala mais do que age e se projeta imaginando o fazer, ou seja, se realiza com a projeção do imaginário.

3. No comportamento social do Cliente também poderá existir dificuldade para o processo de integração e sua atuação é extraordinariamente desorganizada.

10. TRÊS IMAGENS NA PARTE SUPERIOR OU INFERIOR.

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL :                        INDEFINIDO.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. O Cliente não está conseguindo aproveitar livremente a ocupação dos espaços que lhe são de direito.

2. O Cliente não consegue definir ou a redefinir os papeis e as funções de permissão ou reformular o seu estar nas situações que  enfrenta.

11. TRÊS IMAGENS NA VERTICAL.

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:       DISCIPLINADO E ÉTICO.

EMENTA: Cliente com o compromisso de manter-se dentro e segundo o meio em que vive, organizando-se através de ensaios, demonstrando disciplina e ética naquilo que lhe foi determinado.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Cliente que vive a necessidade de uma pessoa que aprendeu e que assumiu como comportamento a postura que lhe foi autorizada.

2. Cliente com dificuldade para se mover ou aceitar mudança.

3. Cliente que vive  aprisionamento ao que foi previamente determinado.

4. Cliente com tendência a ser obediente e eficiente.

5. Cliente que é competente  sob comando.

6. Pensando ou ensaiando formato o Cliente  dá vazão à energia.

7. O movimento da troca com esse Cliente pode ser pequeno.

8. Cliente que só de dizer para o psicoterapeuta holístico que está vivendo algo, sai do consultório e sente que está tudo solucionado.

9. Cliente com tendência a possibilidade de programar tempo.

12. TRÊS IMAGENS NA HORIZONTAL.

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                                INSEGURO.

EMENTA: Cliente com dificuldade para experimentar seu direito a manifestação à expressão, ao seu querer, e aos seus movimentos.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Cliente que não faz diferenciação muita definida entre o que é dele e o que é do outro.

2. Cliente com a mesma característica encontrada no o traço fraco, ou seja, a insegurança.

3. Cliente que tem o maior respeito pelo externo e a virtude da obediência.

4. Cliente que vive uma certa dificuldade que pode variar até ao estado de fobia frente à possibilidade de mudança.

5. O nível de igualdade que o Cliente coloca nas coisas é grande.

6. Cliente que não é apegado, que não é pegajoso, mas é misturado.

14. TRÊS IMAGENS DE TAMANHOS DIFERENTES, NA VERTICAL.

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            JUSTIFICAÇÃO.

EMENTA: Cliente com a crença de que uma vez assumido um perfil ou um papel, não terá condições nem será apto a nenhuma outra atividade.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Cliente com comportamento autolimitante.

2. Cliente que determina a sua impossibilidade de variar e justifica tudo a ferro e fogo.

15. TRÊS IMANGENS DIFERENTES EM APROXIMADAMENTE 1/3 DA FOLHA.

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                              RECEIO A MUDANÇAS.

EMENTA: Cliente que se mantém no lugar em que foi colocado e que receia o retorno a quaisquer movimentos de mudança.  

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Cliente que tem medo de mudar pela insegurança em relação aos resultados.

2. Cliente que tem medo de ser rejeitado.

3. Cliente que vive grande dificuldade e grande limitação para exercer a segurança em relação ao seu lugar, ao seu papel, à sua importância.

4. É o Cliente que pode provocar confusão se mudar de atividade e de hábitos.

16. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA VERTICAL.

 

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:           LIBERDADE CONDICIONAL.

EMENTA: Cliente que está se mantendo aprisionado, sem condições de projetar, ou está se sentindo chantageado ou ameaçado.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Cliente  com tendência  à queixas sobre fibromialgia, artrite e  artrose.

2. A situação do Cliente poderá estar se deteriorando mas não sabe como, nem procura os recursos para se livrar.

3. Cliente sabe o que não pode fazer.

4. Cliente que poderá ter na face lateral da perna um  fluxo em turbulência.

17. TRÊS IMAGENS ”JOGO DE VELHAS” NA HORIZONTAL.

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                 DERROTADO.

EMENTA: Cliente que está alimentando um sentimento de derrota ou com o “tapete puxado”.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Cliente com a grande virtude da paciência.

2. Cliente dominado pelo sentimento de derrota, sente que perdeu o seu chão ou que foi enganado.

3. O sentimento de derrota também pode ser manifestado pelas  sobrancelhas caídas, ou seja, baixas.

18. QUATRO IMAGENS NA HORIZONTAL.

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            FLEXIBILIDADE.

EMENTA: Cliente com a expressão que o faz acreditar que precisa se ajustar a cada ambiente. Cliente “camaleão”.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Cliente com o compromisso de manter-se com mil faces.

2. Cliente que segue o lema “em Roma como os romanos”.

19. QUATRO IMAGENS NA VERTICAL.

 

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                        AUTOPERCEPÇÃO.

EMENTA: Cliente com dificuldade de reconhecimento das suas experiências.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Cliente com uma capacidade invejável de autopercepção e de nomeação dos seus sentimentos.

2. Cliente que estabelece as nuances do seu sentimento mas não sabe descrevê-los.

                 3.20 INTERPRETAÇÃO DOS TIPOS DE TRAÇOS DAS IMAGENS.

O tracejar é que revela as imagens; seu caráter sério tem como contrapartida o acesso ao universo do Cliente e, através da sua interpretação, o psicoterapeuta holístico consegue também “pistas” das principais tendências do predomínio comportamental do Cliente nos quais limitar-nos-emos a indicar os mais significativos:

                         TIPOS DE TRAÇOS DAS IMAGENS                     PREDOMÍNIO
1. TRAÇO GROSSOSABER O QUE QUER
2. TRAÇO FORTERIGORISMO
3. TRAÇO FINOVACILANTE
4. TRAÇO FRACOINSEGURANÇA
5. TRAÇO COM ENCAPSULAMENTOCAUTELOSO
6. TRAÇO DESCONTÍNUONÃO ÉTICO
7. TRAÇO CONTÍNUODEPENDE DO OUTRO
8. TRAÇO UNIFORMEINFLEXIBILIDADE
9.TRAÇO EM GOMOSPERSISTÊNCIA
10.TRAÇO PONTILHADO NÃO EXPERIMENTAR
11.TRAÇO EM ONDASAUTO-EXIGÊNCIA PENOSA
12.TRAÇO COM CONVEXIDADESUPERFICIALIDADE
13.TRAÇO COM CONCAVIDADEEXPERIMENTO LIVRE
14.TRAÇO COM PRESENÇA DE UM  XCÉLULA MÃE
15.TRAÇO EM FÍSTULADESEQUILÍBRIO DE ENERGIA
16.TRAÇO SOBREPOSTOLIBERDADE E VALORIZAÇÃO DO SOCIAL
17.TRAÇO EM “PALITINHO”RECONSTRUÇÃO

1. TRAÇO GROSSO.

PREDOMÍNIO:                                                                          SABER O QUE QUER.

EMENTA: Cliente que está seguindo o que já conhece e que não se prende a estatuto, seita ou pensamento filosófico.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Cliente que acredita que já chegou ao máximo e que não pode mais passar disso.

2. O Cliente está vindo no cumprimento de uma metodologia que deu certo.

3. Quem no corpo físico trabalha a liberdade para o desdobramento das possibilidades é o terço central de todas as estruturas longas ou sejam:

3.1 O terço central da coxa, das pernas, dos braços, dos antebraços e da lateral de tronco.  

2. TRAÇO FORTE.

PREDOMÍNIO:                                                                            RIGORISMO.

EMENTA: O traço é vincado e bem evidenciado. O Cliente é auto-exigente no compromisso de cumprir o estabelecido e rigoroso com os princípios éticos.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Na interpretação do traço forte o psicoterapeuta holístico observa  que o Cliente se exige muito e que tem o compromisso muito severo consigo.

2. A autocrítica, a auto-exigência e o compromisso de realizar, são funções do couro cabeludo, que mostra o potencial. Também é uma função do pé que mostra a firmeza, a segurança e capacidade de se sustentação.

3. O psicoterapeuta holístico tem a definição do traço forte quando todo o traço da imagem é vincado e bem evidenciado.

4. O Cliente de traço todo forte faz revisão tendo em vista que cada um dos seus movimentos precisa estar de acordo com o programa por ele próprio estabelecido com uma quantidade grande de quesitos, de exigências, e de detalhes.

5. As estruturas mais sensíveis no Cliente que  faz o traço todo forte são as falanges distais dos dedos e dos artelhos. As falanges distais dos dedos e dos artelhos estabelecem e lançam na ação os impulsos da confiança na qualidade do que se faz e na possibilidade de retornos com o que se fez.

6. De uma forma especial, as unhas vibram o sentimento de confiança do que se é capaz de realizar e, se aquilo que será feito, trará retornos. 
 

3. TRAÇO FINO.

PREDOMÍNIO:                                                                                          VACILANTE.

EMENTA: Cliente que está no desuso da habilidade de criar para si formatos modelos e caminhos e precisa ser elogiado.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. O  propósito do psicoterapeuta holístico deverá se voltar para motivar no Cliente o sentimento de autovalor e do direcionamento. É o traço do Cliente sem presença.

2. O Cliente do traço fino diz que sente conforto na condição de ser conduzido.

3. O Cliente está aprisionado à forma do outro ou não existe confiança no poder de autodireção.

5. O Cliente pode fazer abdome protuso.

6. O Cliente está alimentado pela crença de que a direção externa é melhor.

7. A terapêutica está no foco da habilidade da autoconfiança, que é uma função  representada no corpo físico pela face medial das pernas, principalmente esquerda,  pelos punhos que ativa a coragem, somados à última falange de dedos e artelhos, que dão confiabilidade no poder de realização.

8. Alguns Clientes sentem dor na área subdiafragmática.

4. TRAÇO FRACO.

PREDOMÍNIO:                                                                                   INSEGURANÇA.

EMENTA: Cliente com a insegurança para conquistar para si o direito de ser parte, de estar presente, de conquistar o direito de poder e de ocupar um lugar conscientemente.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. No atendimento do Cliente de traço fraco o psicoterapeuta holístico  deve procurar  somente evidenciar as qualidades.

2. Quando há predomínio do traço fraco o sentimento vivido pelo Cliente é de que ele sempre tem que pedir “licença” para tudo.

3. Na terapêutica corporal para o traço fraco são importantes os seguintes segmentos: os joelhos, o queixo, a face posterior de todo o corpo, os mamilos, as sobrancelhas e as extremidades distais. 
 

5. TRAÇO COM ENCAPSULAMENTO.

PREDOMÍNIO:                                                                                        CAUTELOSO.

EMENTA: O encapsulamento é evidenciado pela duplicidade do traço no contorno do corpo físico e o espaço entre os dois traços. 

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Sempre que o encapsulamento é revelado a terapêutica deve ser dirigida para a conquista da naturalidade e da espontaneidade.

2. O segmento nobre de desenvolvimento da espontaneidade e da naturalidade é a face posterior da coxa, associado à face anterior e face posterior dos ombros.

3. O Cliente tem a necessidade de se manter com muita cautela e o tempo todo com muita defesa.

4. O segmento que processa o mecanismo básico de defesa é a nádega. Na mesma proporção que existe o encapsulamento, existem camadas de tensão nas nádegas. 

6. TRAÇO DESCONTÍNUO.

PREDOMÍNIO:                                                                                          NÃO ÉTICO.

EMENTA:O traço descontínuo é identificado por ser feito com espaços intermitentes.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. O traço descontínuo evidencia que não é mais necessário estar fazendo no esforço do cumprimento.

2. O traço descontínuo revela que existe o sentimento de não direito e de não cumprimento da ética.

3. No corpo físico dois segmentos são extremamente importantes: os joelhos em todas as suas faces, principalmente a face lateral que processa os fluxos que alimentam o sentido da exclusividade e o mamilo, que é o segmento ativador da personificação.

4. O Cliente pode ter o sentimento de  não saber ao certo como se manifesta e de não conseguir ficar liberto para se distanciar daquilo que está estabelecido. Faz pose para ficar seguro e fala que está tudo bem para não denunciar o desconforto que tem. 
 

7. TRAÇO CONTÍNUO.

PREDOMÍNIO:                                                                        DEPENDE DO OUTRO.

EMENTA: Traço contínuo é aquele onde não existe espaço entre o traço. Cliente educado e treinado, mas que está pedindo ajuda para ser liberado do seu compromisso de sempre fazer segundo o que ele projeta que o outro espera.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. É o Cliente que tem o compromisso de fazer o que ele acha que o outro quer que ele faça.

2. O Cliente que tem dentro de si o compromisso e a fidelidade àquilo que imaginou ser expectativa do outro.

3. Cliente prestador de serviços somente para o outro.

4. O traço contínuo orienta ao psicoterapeuta holístico de que o Cliente precisa de  estímulo para conseguir exercer com  tranqüilidade a ação de autofavorecimento.

5. O cliente está pedindo liberdade para fazer segundo a sua maneira em benefício de si mesmo ou a partir das próprias convicções para favorecer-se também.

8. TRAÇO UNIFORME.

PREDOMÍNIO:                                                                               INFLEXIBILIDADE.

EMENTA: No traço uniforme o Cliente não tira o lápis do papel, a imagem tem o tipo da figura do desenho infantil denominado “biscoito”.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. A terapêutica do traço uniforme exige concentração para a liberação das áreas da pelve, notadamente a coxofemoral, a região axilar, a “saboneteira” e a face lateral do pescoço.

2. O Cliente deve ser esclarecido que não há mais a necessidade de se fixar na crença de se manter segundo o habitual.

3. A terapêutica é de exercitar a criatividade, o questionamento, e ajudar o Cliente a ganhar movimento de pelve e de coxofemoral para se libertar da rigidez dos jeitos e maneiras pré-estabelecidas. 
 
 
 

9. TRAÇO EM GOMOS.

PREDOMÍNIO:                                                                                    PERSISTÊNCIA.

EMENTA: O tracejo em gomos é feito na forma da figura do desenho conhecido como “Popaye”. Em geral a cabeça é mais ovóide, ou o quadril está para um lado e a cabeça para o outro. O Cliente que “malha” apresenta essa formatação.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. O Cliente tem um intenso alcance de valores, de regras, de princípios, de conceitos que o fazem cumpridor fiel daquilo que é estabelecido como convenção, moda, religião, política, etc.

2. O tracejo em de gomos, fecha nas articulações. O Cliente não questiona e por isso não é uma referência.

3. O Cliente tende a querer ficar atrás de alguma coisa e somente mostrar a cara.

4. O Cliente experimenta o compromisso de se manter fixado nos comportamentos vividos.

5. O Cliente é um protótipo da virtude da determinação e da capacidade de ser persistente. Quanto mais obstáculo mais tesão para fazer.

6. O Cliente tem dificuldade em variar a forma de agir e de se apresentar.

10. TRAÇO PONTILHADO.

PREDOMÍNIO:                                                                         NÃO EXPERIMENTAR.

EMENTA: O traço é definido por pontos ou pequenos traços de contorno. A característica básica desse Cliente é de passar por cima, abandonar e não experimentar.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Cliente com tendência de não ir até o estágio de satisfação.

2. Cliente com dificuldade de continuar. As coisas são passadas, sobrepostas, abandonadas, largadas, dadas como prontas antes que ele experimente o sentimento de realização.

3. Existe uma manifestação que fala e trata da mesma coisa do traço pontilhado, são as desordens venosas como as varizes, as telangiectasias e as flebites.

4. O Cliente tem a sensação de ter os seus ombros quadrados e grandes, mesmo que sejam caídos.

5. A terapêutica é descobrir o jeito próprio de fazer e o  estilo pessoal. 
 

11. TRAÇO EM ONDAS.

PREDOMÍNIO:                                                               AUTO-EXIGÊNCIA PENOSA.

EMENTA: Tracejo revelado nos segmentos corporais em ondas.  Cliente que está exigindo-se além das suas possibilidades e faz avaliação severa de si mesmo. A Imagem também poderá revelar ombro elevado.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Cliente que está pedindo para sair do processo de autocrítica e de avaliação severa de si mesmo.

2. O Cliente está num momento de auto-exigência penosa. Está se cobrando como um comandante severo.

3. A terapêutica é trabalhar a vibração da amorosidade consigo e a liberdade de fazer pelo prazer de fazer ou simplesmente para experimentar.

4. No corpo físico quem vibra a intensidade da obrigatoriedade, são as fibras superiores do músculo trapézio.  

12. TRAÇO COM CONVEXIDADE.

PREDOMÍNIO:                                                                           SUPERFICIALIDADE.

EMENTA: Tracejo onde anatomicamente não existe o abaulamento. Cliente com muita análise e pouca ação, muito conceito e pouco saber. 

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. A convexidade define com clareza que o Cliente não exerce a liberdade de fluência.

2. Na região da convexidade existe fluidez profunda, mas falta fluidez na superfície. Isso significa que existe o exercício do pensar, do ponderar, do avaliar, do levantar hipóteses. 
 
 
 
 
 
 
 

13. TRAÇO COM CONCAVIDADE.

PREDOMÍNIO:                                                                        EXPERIMENTO LIVRE.

EMENTA: Tracejo adentrado num lugar onde anatomicamente o adentramento não existe.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

  1. O Cliente necessita de ativar a espontaneidade que é processada na face posterior da coxa e no terço central da anterior do ombro.
 

14. TRAÇO COM PRESENÇA DE UM X.

PREDOMÍNIO:                                                                                      CÉLULA MÃE.

EMENTA: Cliente com predomínio do desequilíbrio na área marcada pelo X.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. O X na Imagem é  sinônimo de célula mãe do momento.

2. O psicoterapeuta holístico percebe a marcação do X quando é revelada a sobreposição de traço. É muito fácil de ver, mas aparece X em qualquer tipo de tracejado.

3. Toda vez que for revelado o X, está localizada a célula mãe do problema.

4. O X  é revelado em aproximadamente 90% das Imagens e é possível ter mais de um X na mesma Imagem. Aproximadamente 60% das vezes se identifica mais de um X.

5. A célula mãe revela porque o Cliente está vivendo o conflito, agora.

5.1 Exemplos: revelou um X no segundo dedo. O segundo dedo é sinônimo de assertividade e fígado.

5.2 A célula mãe está revelada no nariz. Então o desequilíbrio pode ser conseqüência das dificuldades de envolvimento que nesse momento o cliente está vivendo. 
 
 
 
 
 

15. TRAÇO EM FÍSTULA.

PREDOMÍNIO:                                                          DESEQUILÍBRIO DE ENERGIA.

EMENTA: É parte de um traço descontínuo com aberturas. Para ser definido como fístula, o traço tem que ser bem caracterizado com uma abertura para dentro e uma abertura para fora.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. A fístula revela que não está havendo renovação adequada na energia naquele órgão.

2. Nenhuma área fistulada  faz desequilíbrios imediatos não ser que na mesma área estiver revelada a presença de vários X sobrepostos.

3. Ao identificar a fístula, o psicoterapeuta holístico poderá localizar o(s) órgão(s) que correspondem àquele segmento.

3.1 Por exemplo: fístula na articulação coxofemoral. Os órgãos diretamente relacionados são: os da reprodução e a tireóide.

16. TRAÇO SOBREPOSTO.

PREDOMÍNIO:                                     LIBERDADE E VALORIZAÇÃO DO SOCIAL.

EMENTA: São vários traços fazendo o mesmo contorno sem fechamento. Cliente que experimenta uma grande preocupação em relação à observação do externo, às maneiras habituais e àquilo que socialmente é aceito.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. A terapêutica é  trabalhar o mamilo. A existência da sobreposição informa que o Cliente deve reconhecer e praticar as próprias características.

2. O objetivo da terapêutica é ajudar o Cliente a permitir e equilibrar os seus esforços para a autoqualificação.

2. O Cliente é muito criativo mas precisa ganhar autorização para se autoqualificar, tanto no sentido de capacitação e de habilidade quanto de objetivos.

3. O Cliente com  múltiplos traços memoriza qualificações, nomes , adjetivos e vive segundo aquilo que marcou como sendo a opinião externa em relação si.

4. Quando é revelada a multiplicidade de traço na lateral do quadril esquerdo pode-se dizer que o Cliente é egoísta, mas se inclui pouco nas coisas.

5. O Cliente pode também ser rotulado pelo psicoterapeuta holístico como  “entrão” e  muito atrevido,  desse modo, o Cliente poderá iniciar sua autoqualificação.

6. O Cliente com o tracejo em duplicidade é cheio de pré-conceitos em relação a si mesmo porque ouviu, porque assimilou, etc. 
 

17. TRAÇO EM “PALITINHO”. 

PREDOMÍNIO:                                                                            RECONSTRUÇÃO.

EMENTA: Cliente que busca a validação de seus potenciais. As áreas principais para a terapêutica são a do couro cabeludo. 
 

 
 
 

A simples observação de um grupamento de Imagens do corpo físico, evidencia  imediatas variações entre os componentes do grupo. Denominamos estas variações, que se apresentam externamente, de “as formas das Imagens Holísticas”. Daí dizer-se que a forma, na interpretação das Imagens Holísticas, é uma constante.

Quando da interpretação das Imagens isoladas, ou em conjunto, o psicoterapeuta holístico não deve esperar encontrar sempre a mesma forma.

Às formas, deve-se acrescentar aquelas decorrentes da idade, do sexo, da raça, do tipo constitucional e da evolução. Estes são, em conjunto, o que denominamos de fatores das formas gerais. A forma poderá ser revelada na Imagem completa do corpo físico de frente, de perfil, de costas ou somente em segmento específico. 

                         

                    AS FORMAS DAS IMAGENS HOLÍSTICA                   PREDOMÍNIO
    1. FORMA QUADRADAINFLEXIBILIDADE
    2. FORMA TRIANGULADASABE O QUE SENTE E O QUE QUER
    3. FORMA RETANGULARREVISÃO
    4. FORMA REDONDAPOLARIDADE DO EXCESSO
    5. FORMA COMPARTIMENTADACAUTELA
    6. FORMAÇÃO DE BOLSAPERSISTÊNCIA
    7. FORMA DE SEGMENTO COBERTOJEITO PRÓPRIO 
    8. FORMA COM MARCAÇÃO DAS ARTICULAÇÕESMUITA PONDERAÇÃO E POUCA AÇÃO
 
 
 
 
 

1. FORMA QUADRADA.

PREDOMÍNIO:                                                                               INFLEXIBILIDADE.

EMENTA: Cliente que está pedindo pela conquista da flexibilidade. A imagem é quadrada do pescoço até o pé, somente a cabeça é redonda.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Algumas possibilidades da forma quadrada:

I.Tronco quadrado e os membros não quadrados;

II.Tronco não quadrado com o membro quadrado;

III.Um único membro quadrado.

2. É bastante possível que o psicoterapeuta holístico encontre os desequilíbrios que são habituais ao uso excessivo da intelectualidade e da razão.

3. Os principais desequilíbrios residem nas articulações e nos músculos.

4. Outras queixas bastante possíveis:

4.1 Disfunções renais;

4.2 Desequilíbrios funcionais dos intestinos;

4.3 Dor de cabeça.

5. Essas manifestações contam do processo de utilização preponderantemente da ação que pensa, arquiteta, organiza e age segundo as atitudes organizadas.

2. FORMA TRIANGULADA.

PREDOMÍNIO:                                              SABE O QUE SENTE E O QUE QUER.

EMENTA: Cliente com imensa capacidade de saber o que sente e o que quer.  

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. O psicoterapeuta holístico deve o mais rapidamente possível  observar a articulação coxofemoral.

2. Qualquer trabalho em direção à articulação coxofemoral é um grande auxílio  para a forma triangulada.

3. O psicoterapeuta holístico deve recomendar ao Cliente a dançar, fazer exercícios de alongamento e de práticas de criatividade. 
 
 
 
 
 

3. FORMA RETANGULAR.

PREDOMÍNIO:                                                                                              REVISÃO.

EMENTA: Cliente com o comportamento de fazer movimentos de ir, de voltar, de conferir, de fazer muitas vezes.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Quando predomina a forma retangular o corpo físico está pedindo duas coisas:

1.1 Primeira: para que se desenvolva mais a ação que complementa;

1.2 Segunda: ajuda para manter o propósito de realização até o final.

2. O movimento de fazer e refazer predispõe o abandono de idéias. O Cliente faz e refaz e sempre deixa coisas para acontecer.

3. A complementação é o pensamento a ser adquirido e a habilidade para permanecer até o final, que pode até ser um  grande desafio. O Cliente nem sempre termina, mas começa e retoma do início de novo para conferência.

4. A força de objetivação das mamas também estabelece a vontade de completar.

5. Não muito raramente, na forma retangular, em mulheres, existe sofrimento mamário.

6. Nos homens essa manifestação se faz mais ao nível prostático.

 

4. FORMA REDONDA.      

PREDOMÍNIO:                                                              POLARIDADE DO EXCESSO.

 
 
 

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Se o Cliente está no nível da polaridade do excesso, pode projetar a forma redonda, mas o seu comportamento é o da forma quadrada.

2. Quando a imagem revela a forma redonda significa que existe a possibilidade de presença marcante da atitude boazinha, compreensiva, servil, disponível.

3. É importante pesquisar o nível de frustração, de decepção e de carência que esse Cliente armazena.

4. Quando se cede mais do que se deve, acontecem no corpo físico as disfunções intestinais, principalmente aquelas que fazem as fezes mais líquidas.

5. Quase todas as Imagens redondas revelam o experimento do estado de carência. Há uma lista de carência de retornos, mas o Cliente não as reconhece.

6. A terapêutica corporal a ser trabalhada é a região zigomática que é a área nobre do estado de carência, em conjunto com a face medial dos joelhos.

7. No corpo físico, os músculos adutores e abdutores dos artelhos e dos dedos, a patela, a articulação gleno-umeral e a face anterior dos joelhos, são os segmentos nobres da terapêutica para a forma redonda.

5. FORMA COMPARTIMENTADA.

PREDOMÍNIO:                                                                                             CAUTELA.

EMENTA: Tracejo onde os segmentos corporais estão separados uns dos outros.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. A Imagem revela o pedido do Cliente: sair do movimento de fazer uma parte, analisar tudo, verificar as possibilidades, fazer mais uma parte, parar e verifica novamente.

2. Cliente com atitude muito cautelosa onde tudo é avaliado, ponderado, observado detalhe por detalhe, pensadas todas as possibilidades e soluções, antes da execução.

6. FORMAÇÃO DE BOLSAS EM SEGMENTOS.

PREDOMÍNIO:                                                                                   PERSISTÊNCIA.

EMENTA: O tracejo da formação da bolsa em segmentos é contínuo, com um espaço, ou seja, um traço é acompanhado por outro traço, no início, no meio e no fim.   

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. A imagem da formação de bolsas em segmentos está revelando que é necessário para o Cliente, organizar, planejar e finalizar o projeto. A presença da bolsa também informa que o Cliente está vivendo sentimento de certeza.

2. O psicoterapeuta holístico observa se o Cliente quer ou não quer continuar com uma determinada atividade, verificando se na imagem das costas existe a presença de bolsa. Revelou a bolsa na referida Imagem o psicoterapeuta pode assumir que o jeito que o Cliente está fazendo é o certo então, que persista. 

7. FORMA DE SEGMENTO COBERTO.

PREDOMÍNIO:                                                                                  JEITO PRÓPRIO.

EMENTA: Segmento coberto é o tracejado semelhante a cobertura com uma capa. Também é considerado segmento coberto quando um segmento está sobrepondo o outro.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. Quando a Imagem revela segmento coberto o pedido é para executar do jeito próprio, pois será mais satisfatório, mais produtivo e mais realizador.

2. O corpo físico está sinalizando que função do segmento coberto está sendo exercida segundo o manual, ou a prescrição externa, e que aquela forma de execução não é satisfatória para o Cliente.

8. FORMA COM MARCAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES.

PREDOMÍNIO:                                           MUITA PONDERAÇÃO E POUCA AÇÃO.

EMENTA: O tracejo é evidenciado pela marcação nas articulações.

ANÁLISE HOLÍSTICA.

1. A imagem revela que o Cliente pondera muito e executa pouco.

2. A imagem revelada mesmo que com roupa com as articulações marcadas, evidencia que o psicoterapeuta holístico está diante de um Cliente absolutamente sensível, mas com a postura de racional e lógico. 

CAPÍTULO 4. RESULTADOS. 

4.1 A utilização prática da interpretação da Imagem Holística do Cliente como técnica suplementar da psicoterapia holística revela rapidamente a forma em que os desequilíbrios se manifestam.

4.2 Os sinais e os sintomas percebidos e verbalizados pelo psicoterapeuta holístico, progressivamente, levam o Cliente, a desenvolver o autoconhecimento e a rápida aceitação das demais técnicas psicoterapeuticas, validando e aceitando os processos de transformação  que são orientados por suas principais queixas. 
 
 
 
 

CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.

5.1 Vimos neste trabalho a técnica para a Análise de dezoito exemplos de Distribuição das Imagens na Folha, dezessete Tipos de Traços, oito Formas geométricas de Imagens, dezoito formas da cabeça, oito formas do tronco e dos segmentos básicos dos membros superiores e inferiores, todos referentes ao corpo físico e de usos possíveis como técnica suplementar na psicoterapia holística.

5.2 Vimos também através da análise holística, que são muitas as informações úteis e vitais que podem ser extraídas da Análise da Imagem do próprio Cliente.

5.3 Está evidenciado na ampla bibliografia existente que trata entre outros, de sistemas de tipologia, representações simbólicas, filosóficas e até religiosas, o desiderato em classificar as pessoas por seus comportamentos e atitudes.

5.4 A comparação da linha seguida por esta Monografia com a bibliografia existente poderia ser fundamentada no princípio orientador da técnica ora apresentada que leva também em considerações os aspectos sócio-somato-psíquicos, em que as interações das estruturas física, dinâmico funcional e psíquicas correspondentes, podem ser reveladas.

5.5 Por outro lado, a bibliografia especializada não apresenta nenhuma técnica suplementar a ser aplicada na psicoterapia holística, e, desse modo, não há razões para discordar dos diversos autores que já publicaram seus livros com objetivos específicos, merecem aplausos! Deixamos para os psicoterapeutas holísticos e para a Comunidade de Estudos Avançados em Psicoterapia Holpistica, se for o caso, a ampla discussão sobre a presente Monografia.

CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.

6.1 Considerem este trabalho como resultados da intervenção de vários atendimentos, de estudos e pesquisas realizados pelo autor. É uma opção que abrange a complexidade dos contornos e dos estados humanos em conjugação com o somático, dos pontos de vista objetivo, subjetivo e psíquico, através da composição de um modelo lógico, ou seja, a estrutura que viabiliza a Análise da Imagem Holística do Cliente. Esse modelo em progressão, sendo aperfeiçoado com observações constantes, trará cada vez mais nitidez e exatidão, eliminando omissões e equívocos grosseiros, expondo, ao final, através da observação, os meandros corretos das relações mente-corpo físico. 
 

6.2 O desiderato do autor em apresentar especificidades da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente é para que a mesma seja amplamente discutida, testada, validada e, finalmente, que os terapeutas holísticos, a utilizem como um equipamento suplementar do seu atendimento. Neste modelo não há irracionalismos. A Análise da Imagem Holística do Cliente acontece à luz do que todos nos sabemos, e sabemos mais do que se pode imaginar superficialmente, ou já detemos informações em um nível para justificar a aplicação da técnica ora apresentada.

6.3 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A psicoterapia holística impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno e que o cultivo de comportamentos que satisfazem mais aos outros do que a si mesmo exige a inibição de vontades e necessidades, limita a expressão, a criatividade, e estimula o predomínio da racionalidade.

6.4 Através da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente, o psicoterapeuta holístico poderá determinar outros procedimentos para sua estratégia, bem como as diretrizes eficazes para a terapêutica holística aplicável, pois em se tratando de uma queixa qualquer, o pensamento abstrato do psicoterapeuta holístico nunca deixa de inquirir repetidamente sobre a causa.

6.5 Aquele que desejar firmar os pés nas técnicas básicas de Aconselhamento, deve ter bem claro, mediante profunda reflexão, que a inquirição sobre a origem da causa da queixa do Cliente deve cessar em algum ponto, pois ao ultrapassá-lo, estará praticando um mero jogo de pensamento.

6.5.1 Ao observarmos os “sulcos” em uma pista de pouso, poderíamos inquirir a origem desses sulcos e como resposta teríamos que provêm das rodas de aeronave. Podemos continuar a perguntar: por que foram os sulcos traçados pela aeronave? Sendo respondido: porque a aeronave passou pela pista de pouso. Podemos continuar a perguntar: por que passou pela pista de pouso? Recebendo a resposta: porque transportava pessoas e cargas. Com estas perguntas chega-se finalmente, a saber, quais motivos dos sulcos na pista de pouso. E se não pararmos no fato, perderemos o verdadeiro fio do assunto e permaneceremos num mero jogo de perguntas. A técnica da Análise da Imagem Holística de Cliente fornece condições para uma avaliação rápida e segura de desequilíbrios energéticos e às vezes revela simples indicações para serem ser verificadas ou pesquisadas em detalhes, mas que nem por isso são menos valiosas. 

CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESTRITAS. 

AMORIM ANTONIO. “Noções de Anatomia e Bioquímica”, 2a edição Belo Horizonte – MG, Editora da SPOB- Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil, 2002;

AUBENQUE PIERRE, BERNHARDT JENA, CHÂTELET FRANÇOIS. “História da Filosofia, Idéias e Doutrinas”, 1a edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora Zahar Editores, 1973;

BOUTS PAULO & BOUTS CAMILO “Psicognomia”, 5a edição Rio de Janeiro-RJ e São Paulo-SP , Editora Vera Cruz Ltda 1943;

MEDEIROS BAUZER ETEL. “Medidas Psico e Lógicas: Introdução a Psicometria”. 1a edição Rio de Janeiro -RJ, Editora Ediouro, 1999;

PENNICK NIGEK. “Geometria Sagrada”, 15a edição, São Paulo-SP, Editora Pensamento -Cultrix Ltda, 1980;

VIEIRA FILHO HENRIQUE. “O Microcosmo Sagrado, 2a edição , SinteBooks, 2006;

VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Psicoterapia Holística, 1a edição, SinteBooks, 2007. 

REFERÊNCIA DE FORMAÇÃO ACADÊMICA PARA A MONOGRAFIA.

Curso de Leitura Corporal, Núcleo de Terapia Corporal Ltda,sito à rua Assunção, 40 Sion Belo Horizonte-MG, site www.leituracorporal.com.br .

                                  DISCIPLINASCARGA HORÁRIA PERÍODO
Curso Básico120 h/aFev/01 a Jun/02
Anatomia Humana Básica36  h/aMar/02 a Jun/02
Chakras120 h/aAgo/02 a Dez/03
Fisiologia40  h/aAgo/03 a Dez/03
Fisiognomonia120 h/aFev/04 a Jun/05
Estudo da Pele  40 h/aAgo/05 a Fev/06
Interpretação do Desenho152 h/aMar/06 a Dez/07
        628 h/a 
 

ANEXOS E APÊNDICES. Não apresentamos.

                   CRT 38326 

Autor: : RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD - Terapeuta Holístico - CRT 38326
Última atualização: 03/06/2008 15:02


BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS

COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS


BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA


Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099

Orientador: Henrique Vieira Filho




Trabalho apresentado ao SINTE pela aluna Débora Monteiro Morales como requisito para conclusão do curso de Estudos Avançados Psicoterapia Holística, sob a orientação de Henrique Vieira Filho.







Canoas, setembro de 2008.



AGRADECIMENTOS

Ao universo, que me proporcionou esta viajem que é viver e experimentar seus sabores e dissabores, mas experimentar, sentir, respirar,estar, enfim viver.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................3

RESUMO......................................................................................................................3

MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................4

DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.......................................4

PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA...........................................................6

Bioenergética e Terapia Vibracional............................................................10

Alexander Lowen e Bioenergética................................................................11


RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE.....................................13


DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO................................................16


DISCUSSÃO E CONCLUSÃO...................................................................................18


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................19

















RESUMO

Através deste trabalho discorro sobre psicoterapia holística e a sua inter-relação com a bioenergética. Pois a observação das características físicas de um cliente pode demonstrar informações de grande valia para o psicoterapeuta holístico. Para tanto foi feita uma correlação das características filosóficas da Terapia Tradicional Chinesa e a Bioenergética, terapia ocidental de Alexander Lowen.

Com o objetivo de relacionar seus pontos em comum e desenvolver uma visão interativa entre as duas filosofias.

INTRODUÇÃO

O ato de buscar algo é a base para a experiência de prazer e representa uma expansão de todo o organismo, como um fluxo de sentimentos e energia que vai até a periferia do corpo.Na psicoterapia holística são tratadas as couraças desenvolvidas pelo fechamento, retraimento e retenção que são experiências de desprazer, podendo provocar dor ou ansiedade, que seriam o resultado de uma pressão criada pela energia de um impulso bloqueado. Se a musculatura contém o impulso, ocorre contração e dor; se a musculatura não dá conta de conter a excitação do impulso, ocorre ansiedade (LOWEN, 1982).

Em similaridade ao enfoque bioenergético, os fundamentos da Terapia Oriental Chinesa se voltam para a manutenção ou a reintegração do fluxo natural de energia do indivíduo, tentando ingressar a pessoa em sua força interior e na convicção de suas atitudes. Resgatando ao corpo o equilíbrio que conduz a beleza natural de cada pessoa.

Dentre as técnicas utilizadas nas terapias orientais destacam-se o recondicionamento físico para melhorar o fluir de energia do corpo energético e suprir o corpo físico, melhorando sua integridade e defesa natural; e o toque, que pode ser feito através de reflexologia, shiatsu, acupuntura entre outros.

Diante de um processo de desequilíbrio, momentâneo ou prolongado, o fluxo vital é reduzido e a rede meridiana transmite as informações disponíveis para todo o sistema (CHUNCAI, 1999).

Como já se pode observar o princípio de livre fluir energético e a inter-relação corpo-mente, são à base de ambas as abordagens.


MATERIAL E MÉTODOS

A presente monografia tem como referência revisões bibliográficas de livros relacionados à Psicoterapia Holística, Terapia Milenar Chinesa, Bioenergética, e Terapia Vibracional. Dessa maneira foi traçado um comparativo entre as Filosofias Milenares Chinesas e a Psicoterapia Bioenergética Ocidental, o que revela uma grande similaridade entre ambas, tornando o trabalho do Psicoterapeuta Holístico mais abrangente tanto na linguagem oriental como ocidental. Pois em ambas o fluxo livre de energia é o sinônimo de qualidade de vida.


Capitulo 1

DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.

“Formou o senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se uma alma vivente.” (Gênesis 2:7).


Segundo Lowen (1977), a bioenergética procura entender o caráter do indivíduo pelo corpo e seus processos energéticos, sendo estes, a produção de energia pela respiração e pelo metabolismo, e a descarga de energia no movimento. Na terapia bioenergética, combinam-se os trabalhos corporais e mentais, com o objetivo de equilibrar as funções energéticas do indivíduo. Os trabalhos corporais utilizados pela bioenergética podem ser manipulatórios (massagens, toques) ou exercícios específicos, para diminuir tensões musculares e facilitar a respiração.

A bioenergética é o estudo da personalidade humana em termos de processos energéticos do corpo. Pois a energia está envolvida em todas as coisas, tanto vivas quanto inertes (BRENNAN, 2006).

Sentimentos armazenados, conflitos vivenciados e as perdas sofridas juntamente com a qualidade das relações afetivas, determinam a constituição de um indivíduo. Dessa forma a história de vida está gravada em cada corpo o qual necessita liberar medos e tensões para tomar consciência de emoções contidas, construindo um sentir e agir livre e verdadeiro (MONARI, 2002).

As diversas culturas e religiões sempre desenvolveram técnicas com energia e suas relações com o corpo humano, animais, plantas e fenômenos naturais. Muito comum encontrar a figura dos xamãs que manipulavam as forças invisíveis com seus rituais, bem como os sacerdotes que eram mestres da ciência oculta, profundos conhecedores e manipuladores da energia sutil. Além disso, em diversos países do mundo antigo, os magos e feiticeiros sempre estiveram presentes, trabalhando com essas técnicas (HARTMAN, 2006).

Por volta de 320 a.C, o povo chinês desenvolveu as bases da sua medicina tradicional, onde o ser é tratado com a visão energética (KIDSON, 2006).

Na tradição hindu, a energia sutil é amplamente conhecida pelos yogues e seus discípulos com o nome de prana. Através de exercícios respiratórios, meditação, exercícios de concentração, posturas psicofísicas (asãnas), os yogues alcançam um profundo estado de paz e equilíbrio (JOHARI, 2007). Convém salientar os fenômenos e curas promovidas por Jesus e seus apóstolos, com a imposição das mãos e o emprego das palavras, são manifestações das energias sutis, potencializadas por esses grandes seres em favor dos necessitados. Isto mostra que Jesus possuía um potencial energético bastante equilibrado, a ponto de contagiar a todos apenas com sua presença.

Mais adiante, na Europa do século XVIII, a ciência moderna começava a se destacar, surgindo uma distinção entre razão e misticismo. Neste periodo, Franz Anton Mesmer, postulou a existência de um magnetismo animal. Através da manipulação deste magnetismo promoveu diversas recuperações do equilíbrio energético. Na ciência do século XIX, surgem duas teorias que contribuíram para o entendimento da bioenergia: a teoria da libido de Freud, e a teoria do orgônio de Wihelm Reich. A psicanálise mostrou que as energias emocionais quando reprimidas (em desarmonia) causam doenças. Reich por sua vez, tinha plena convicção da existência de uma energia primordial responsável pela matéria viva (LOWEN, 1982). Desta forma começou a trabalhar diretamente com o corpo, utilizando uma técnica que visava especificamente aprofundar e liberar a respiração, a fim de melhorar e intensificar a experiência emocional (LOWEN,1982).

Mais tarde, Alexander Lowen e John Pierrakos, alunos de Reich, ampliaram esse método transformando-o no que se conhece atualmente como Bioenergética. Juntos começaram a explorar possibilidades diferentes de trabalhos envolvendo o corpo no processo terapêutico. Buscando liberar as tensões, criaram as posturas em pé para promover vibrações, e desta descoberta nasceu o conceito de grounding (LOWEN, 1982).

Após algumas experiências, utilizadas entre eles e com clientes, perceberam que era possível utilizar em conjunto o grounding, a respiração e as vibrações involuntárias, associadas ao som e aos toques sobre a musculatura tensa, para promover a ligação energética e emocional entre sentimentos do coração, sentimentos sexuais e a consciência (LOWEN, 1977). Eles partiram dos movimentos voluntários para despertar os involuntários e assim desencadear os sentimentos inconscientes enraizados na memória corporal. Embasando esta técnica na compreensão da profundidade de conflitos interiores perceberam a importância das vivências afetivas, onde estão às bases do aprendizado, quando são estabelecidos em primeira mão sentimentos, expressões e relações com o outro (LOWEN, 1982).


Capitulo 2

PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

“É essencial compreender que o homem tem dois aspectos: um espiritual e um físico... Sob a orientação do nosso Eu espiritual, nossa vida Imortal, o homem veio ao mundo para adquirir conhecimento e experiência e para se aperfeiçoar como ser físico. O corpo físico sozinho, sem comunhão com o espiritual, é uma concha vazia, uma rolha sobre as ondas, mas quando há união à vida é uma alegria, uma aventura de interesse absorvente, uma jornada cheia de felicidade, saúde e conhecimento”. (BACH, 1930)

Segundo Edward Bach (1930) a desarmonia do Eu Espiritual pode produzir uma série de problemas no corpo, pois ele é uma simples reprodução da condição mental de um indivíduo. Assim sendo, a pessoa é vista como uma unidade psicossomática, onde defesas psicológicas usadas para lidar com a dor e o estresse, tais como racionalizações, negação e supressões também estão ancoradas no corpo. Estes aparecem como padrões musculares que inibem a expressão. Tais padrões tornam-se inconscientes e passam a fazer parte da própria identidade da pessoa, impedindo que ela consiga se modificar, mesmo que entenda a natureza do problema.

Os processos energéticos do corpo estão relacionados ao estado de vitalidade do organismo. Isto ocorre por falta de pressão interna ou de circulação da energia que fica estagnada (LOWEN, 1982). O decréscimo de energia restringe a mobilidade e a capacidade para ação espontânea e natural, com graça e emoção. A compensação do organismo encouraçado é o movimento mecânico, programado, sem sentimento. É um padrão de comportamento limitador, geralmente criado na infância para garantir a sobrevivência (LOWEN, 1982). Segundo as terapias orientais existe uma energia vital que passa a existir no momento em que a vida humana é gerada, no instante onde um óvulo se une a um espermatozóide e só nessa situação o homem é único. A partir daí, pelas sucessivas divisões celulares leva a formação do complexo humano, e a energia vital está com o seu fluxo contínuo. Apesar disto, tudo que o envolve é energia. O ponto inicial desse fluxo de energia no ser humano é o ponto umbilical, meio por onde o feto respira e se alimenta (BRENNAN, 2006).

Assim, os seres humanos são microcosmos dentro do macrocosmo universal, os princípios do fluxo de energia do Universo são os mesmos que dos seres humanos, onde se mantêm em um estado de equilíbrio dinâmico entre pólos de natureza oposta, complementar, cuja essência é chamada de Yin e Yang (MACIOCIA, 2007).

Dessa forma se enfatiza o retorno ao fluxo de energia que se iniciou no útero, é um método pelo qual o adulto recobre o equilíbrio original, onde as duas energias, Yin e Yang, são reequilibradas constantemente (PENNA, 2004).

O Yin, elemento feminino, a terra, a mãe, a lua e o yang, elemento masculino, o pai, o sol, o céu. Mesclados, proporcionam um fluxo morno na circulação micro cósmica, desde quando feto (PENNA,2004).

À medida que o bebê cresce, a sua energia vai se estabelecendo em partes quentes e frias. Quando chega a idade adulta, o Yang sobe para a parte superior do corpo e o Yin desce para a inferior, porém as tensões físicas e mentais da vida acabam bloqueando progressivamente as rotas de energia, bem como congestionando os centros energéticos, deixando de nutrir os órgãos internos de energia vital, provocando desequilíbrios emocionais, doenças, velhice e morte prematuras (PENNA, 2004).

Conforme Zhou Chuncai (1999), o corpo somente estará saudável se funcionar segundo as interações correspondentes aos cinco elementos, Qualquer ruptura nestas interações resulta em desequilíbrio. Dessa maneira, “a primavera é cálida: o Qi do fígado começa a crescer. O verão é quente: o Qi do coração começa a crescer, O outono é seco: o Qi dos pulmões declina. O inverno é frio o Qi dos rins se oculta.”

Em um corpo saudável, a energia circula constantemente em si onde todo o processo se auto-regula. Contudo, em um corpo com bloqueios energéticos, ocorrem desequilíbrios neste fluxo, gerando áreas ou órgãos com carência de Qi, ou "vazio”, e áreas ou órgãos com acúmulo ou bloqueio de Qi, ou plenitude.

Portanto é possível pensar no corpo humano como um campo de contínua movimentação de energia, que circula entre as células, os tecidos, os músculos e os órgãos internos, mantendo a homeostase energética entre:

  • Wei Qi: energia de defesa, proveniente da união da energia celeste com a terrestre e responsável por toda defesa e resistência contra as energias perversas (fatores de adoecimento); Circula fora e dentro dos Canais de Energia Principais dependendo do horário.

  • Rong Qi (Yong Qi): energia nutritiva, proveniente da essência dos alimentos e responsável por toda a nutrição energética das estruturas do corpo; circula nos Canais de Energia.

  • Zhong Qi: formação semelhante ao Wei Qi, é responsável pela dinâmica cardiorespiratória e pela respiração celular.


"O Qi gera o corpo humano assim como a água se transforma em gelo. Conforme a água se congela gerando o gelo, assim o Qi se condensa para formar o corpo humano. Quando o gelo derrete, ele se transforma em água. Quando uma pessoa morre, se transforma em espírito (Shen) novamente. Chama-se espírito, assim como o gelo derretido passa a ser chamado de água" (CHONG).


A Qi circula e nutre todo o corpo através dos meridianos os quais formam uma rede entrelaçada de trilhas interconectadas que ligam os órgãos, a pele, os tecidos, os músculos e os ossos, unificando o corpo. O Qi que circula entre os canais tem natureza mais Yang na defesa externa do corpo, ou mais Yin, na nutrição interna do corpo (MANN, 1994).

Estes canais estão ligados mais profundamente aos órgãos (Zang) e vísceras (Fu) e se externam em ramificações mais superficiais na pele, voltando a se aprofundar em seguida, da mesma forma que outras estruturas do corpo humano, como o sistema nervoso e o sistema circulatório. Esta rede é formada por meridianos principais (12), extras (8), distintos (12) e outras ramificações e canais secundários (MACIÓCIA, 2007).

Cada um dos doze órgãos e vísceras que compõem a visão chinesa do corpo humano é ligado a um meridiano ou canal de energia principal, cujo nome corresponde ao órgão ou víscera ao qual afeta. A cada órgão (Zang) se corresponde uma víscera (Fu) e a energia de um afeta diretamente a energia do outro (MACIOCIA, 2007).

Conforme o conceito bioenergético de instinto, Lowen (1982) salienta que o impulso é um movimento energético do centro para a periferia do organismo, onde afeta a relação deste com o mundo exterior. Desta maneira surgem dois propósitos, a função de carga, relacionada com a ingestão de alimentos, respiração e excitação sexual; e a função de descarga energética tais como a descarga sexual e a reprodução.

Assim como na terapia oriental o corpo humano se divide em yin e yang, para Lowen (1982), a diferenciação da estrutura corporal em termos de carga e descarga é estendida aos membros. No entanto, a metade superior do corpo volta-se a função de carga energética, e a descarga energética se relaciona com a porção inferior do corpo, assumindo a responsabilidade de locomover o organismo no espaço.

Aplicando isto a bioenergética observa-se que pensamentos e sentimentos são condicionados por fatores energéticos carga, descarga, pulsação, intensidade, grounding, centramento. Se a energia é retida, ela se transforma e gera pensamentos, sentimentos e atos literalmente distorcidos, onde esta distorção fica também visível no corpo (LOWEN, 1982).

Portanto, estar plenamente vivo fundamenta-se no estado vibratório do sistema, sendo percebido na expansão/contração pulsátil do organismo, inclusive no sistema vegetativo, respiratório, circulatório e digestivo. A atitude vibratória é responsável por ações espontâneas, liberação emocional e funcionamento interno harmônico.



Bioenergética e Terapia Vibracional


A vibração é uma reação à liberação da sobrecarga de energia retida em determinadas partes do corpo, através dos exercícios. Na bioenergética considera-se um corpo sadio, quando está em constante estado de vibração, sentindo-se ligada ao contexto do todo (BRENNAN, 2006).

Terapia Vibracional é um termo genérico que designa todas as terapias que visam atuar no campo de energia de um outro ser com o objetivo de recompor seu equilíbrio (HARTMEN, 2006).

A Terapia Vibracional, através da bioenergética, ajuda a pessoa a reconhecer e tomar consciência das emoções e pensamentos indesejáveis que possam estar prejudicando seu desenvolvimento pessoal, sua saúde e sua vida, ajudando o indivíduo a perceber o sentido de seu sofrimento, a causa de seus sintomas e os caminhos que deve escolher ou evitar, para reconquistar o equilíbrio energético e bem-estar (MONARI, 2002).

Sendo assim é possível perceber que alterações energéticas físicas ou psíquicas não ocorrem por acaso, mas surgem de conflitos internos, falhas e dificuldades de vencer o orgulho, a crueldade, o egoísmo, o ódio, a ignorância, a cobiça, traumas, medos, mágoas e a instabilidade entre outros fatores.


“A inadequação do indivíduo perante Si Mesmo (a recusa em ouvir sua voz interior e a falta de auto conhecimento) e, por conseqüência perante o Universo, resulta em desarmonia psíquica, física e social, pois estas três não existem isoladamente. Um é conseqüência do outro, formando um continuum. Do mesmo modo, mas percebido no sentido inverso, uma desarmonia sociofisicopsíquica afastaria o ser de si mesmo.” (VIEIRA, 1994).


Com esta proposta terapêutica profunda, é possível ajudar o indivíduo a erradicar o estado mental negativo causador do sofrimento, desabrochando nele sua virtude oposta privilegiando a dimensão extra-corpórea do ser humano. Essa dimensão, aliada ao instinto e ao intelecto faz parte da mente humana, capaz de perceber e comandar o próprio corpo, já que está ligada a ele por um complexo circuito de emoções (BRENNAN, 2006).

Devido a repressões e traumas, inconscientes ou conscientes o indivíduo passa a negar alguns desejos, acontecimentos e emoções, a fim de mantê-los longe das lembranças, criando couraças para esconder seu verdadeiro ‘eu’. Inicialmente estas atitudes atuam como mecanismo de defesa, contudo, ao manter bloqueado o acesso a determinados fatores psíquicos que sejam dolorosos, é refletido no corpo tudo aquilo que foi escondido. Um verdadeiro alerta de que algo precisa ser compreendido (LOWEN, 1982).

Na terapêutica vibracional as pessoas começam a obter um novo enfoque sobre as circunstâncias do sofrimento em que se encontram, dando a elas a possibilidade de reverterem o processo, com muito mais clareza, compreensão e tranqüilidade. Tratando as máscaras abre-se a mente para um novo horizonte (BACH, 1910).

Alexander Lowen e Bioenergética


A partir de Reich as abordagens corporais ocupam um espaço significativo no campo psicoterápico, passando inclusive a serem consideradas cientificamente. A terapia Bioenergética configura-se como uma das primeiras abordagens deste movimento, iniciando-se em 1953, por Alexander Lowen, discípulo de Reich.

A base teórica da bioenergética é a, consideração da história analítica, o processo de desenvolvimento psicossexual e a dinâmica familiar como fatores fundamentais na formação da personalidade. Além disso, Lowen (1982) considera que o contexto social exerce influência na personalidade do indivíduo. O método terapêutico utiliza também da análise, dos conceitos de resistência, transferência e contratransferência, bem como a associação livre,e a interpretação dos sonhos.

Através da sua própria experiência como cliente de Reich e, posteriormente, do seu colega John Pierrakos, e do seu trabalho com os seus clientes, Lowen pode perceber que analisar o modo habitual de uma pessoa ser e comportar-se merece tanta atenção quanto à importância dada ao trabalho com tensões musculares. Daí iniciou um estudo sobre os tipos de caráter, relacionando as dinâmicas físicas e psicológicas dos padrões do comportamento. Concluiu que ‘a vida de um indivíduo é a vida de seu corpo’(LOWEN, 1982).

Durante o desenvolvimento da estrutura egóica, a criança está vulnerável a três tipos fortes de distúrbios, cada um deles deixará uma marca peculiar em sua personalidade:


a)A privação resulta na oralidade;

b)A repressão leva ao masoquismo;

c)A frustração à rigidez.

Lowen aperfeiçoou a teoria da análise do caráter e classificou os tipos de caráter em: esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido (fálico-narcisista para os homens e histérico para as mulheres).

Não existe um caráter puro, a maioria das pessoas revela uma combinação razoável de traços de caráter. Não raro, elas exibem uma mistura caracterológica que dificulta o diagnóstico.

A realidade adulta exige que o indivíduo funcione adequadamente em seu trabalho, em suas relações afetivas e com a sexualidade. Essa exigência, entretanto, nem sempre é atendida. A existência do caráter dificulta a plenitude do funcionamento das potencialidades humanas. Dependendo da severidade do trauma infantil, a experiência fica limitada e empobrecida (LOWEN, 1984).

Lowen postula a busca de um caráter genital, que em oposição aos caracteres neuróticos, viabilizaram essa plenitude.


Caráter neurótico

*Há uma congestão da libido com inadequada satisfação;

*Repressão libidinal / formação de sintomas – fobias;

*Transferência adulta;

*Fixação sexual infantil;

*Conflito ID x superego;

*Ilusões;

* Energia represada;

*Ódio, mágoa;

*Trabalho compulsivo;

*Insatisfação orgástica.


Caráter genital


*Alternância entre tensão e satisfação libidinal;

*Potência orgástica, capacidade de entrega e prazer;

*Sublimação do desejo edípico;

*Vida sexual saudável;

*Satisfação adequada dos impulsos;

*Ego real próximo do ego ideal;

*Fluidez energética - Amor, ternura;

*Adequação entre carga e descarga;

*Satisfação orgástica, prazer.

Atingir o caráter genital é a meta de todo ser humano. Ser feliz, amar e se sentir adequado.


Capítulo 3


RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE


RESPIRAÇÃO


A respiração é uma das funções mais enfatizadas pela Bioenergética.


“A respiração correta envolve todos os músculos da cabeça, pescoço, tórax e do abdômen, além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da capacidade de realizar bem esses movimentos de sucção com o corpo inteiro... A respiração fornece o oxigênio para o processo metabólico, mantém literalmente a chama da vida... Através da respiração harmonizamos-nos com a atmosfera. Em todas as filosofias orientais e místicas, a respiração guarda o segredo da bênção maior” (LOWEN, 1984).


A saúde vibrante está diretamente relacionada à boa respiração, visto que é o oxigênio que produz a energia, pois a respiração completa possibilita maior contato com os sentimentos, aprisionados no corpo, é importante que, no processo terapêutico, a atenção esteja voltada à respiração espontânea do cliente, o que pode facilitar uma leitura mais eficaz dos seus conteúdos internos.

Os exercícios respiratórios têm a função de fazer o indivíduo perceber como é o seu padrão respiratório.


Couraças


Couraça é uma espécie de armadura de tensão que impede o fluxo energético e biológico. Ela se forma como uma defesa contra os perigos do mundo externo e interno. A criança chega ao mundo livre e solta, mas é totalmente dependente de outros que não a compreendem, assim começam os primeiros traumas, as primeiras impressões se formam, e vão definindo o caráter. Há um grande medo do desconhecido e já não é possível sentir-se uno, integrado a tudo e a todos. O ponto crucial a ser retido, aprisionado, parece ser o terror de se render à convulsão orgástica, na qual o homem se funde por completo com a natureza.

A couraça muscular do caráter é a soma das não liberdades da pessoa, resumo de tudo que pretendeu fazer e lhe foi proibido, de tudo que ela não pretendia e lhe foi imposto.

A couraça impede a pulsação e a vibração do corpo. A energia não flui facilmente e posteriormente todo o corpo fica tenso, envelhece e adoece. O indivíduo fica impossibilitado de sentir e de se expressar livremente. O homem torna-se semelhante a uma pedra fria e imóvel.

O homem orgástico é totalmente livre de couraças, é um canal aberto para a energia é um ser pleno e vibrante é pura potência. O Poder é fruto do ego do sentir-se diferenciado; a potência é a capacidade total do homem, e a capacidade de um não limita a de outro, é possível a todos manifestar essa potência total.


Grounding

Na bioenergética, grounding significa, fazer a pessoa entrar em contato com o chão...Estabelecer um contato adequado com o chão, local onde se pisa.” (LOWEN, 1982)


Apesar de estar com os pés no chão, a pessoa com desequilíbrio energético não possui um contato sensitivo com o mesmo. O grounding possibilita a liberação do acúmulo de energia, da pessoa para o chão.

      1. É uma postura corporal básica da abordagem bioenergética e deve estar presente em todos os exercícios. O grounding deve ser construído com a pessoa em pé, com uma distância de aproximadamente 30 cm entre os pés, os artelhos virados ligeiramente para dentro, joelhos flexionados, coluna ereta, e respiração profunda.

Estresse


Uma das causas mais comuns dos distúrbios energéticos é o estresse – o efeito das pressões cotidianas sobre o corpo, ao lado de outras influências negativas, como a poluição, os aditivos e agrotóxicos nos alimentos e a vida urbana. Todas as pessoas são afetadas pelo estresse em diferentes níveis e, como conseqüência, muitas desenvolvem diversos problemas físicos, entre os quais dor de cabeça e enxaqueca, tensão na nuca, dor nas costas, distúrbios digestivos, debilidades do sistema nervoso, pressão alta, doenças na pele e constantes gripes e resfriados.

O estresse é o resultado de uma reação do organismo quando estimulado por fatores externos desfavoráveis. Neste momento ocorre uma descarga de adrenalina no organismo, onde os órgãos que mais sentem são os aparelhos, circulatório e respiratório.

No aparelho circulatório a adrenalina promove a aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia) e uma diminuição do tamanho dos vasos sangüíneos periféricos. Dessa maneira, o sangue circula mais rapidamente para uma melhor oxigenação, principalmente, dos músculos e do cérebro já que ficou pouco sangue na periferia, o que também diminui sangramentos em caso de ferimentos superficiais.

No aparelho respiratório, a adrenalina promove a dilatação dos brônquios (bronco dilatação) e induz o aumento dos movimentos respiratórios (taquipnéia) para que haja maior capitação de oxigênio, que vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulatório, também devidamente preparado pela adrenalina.

Quando o perigo passa, o organismo pára com a grande produção de adrenalina e tudo volta ao normal. Atualmente as situações de estresse estão sempre ao redor o que desencadeia na constituição orgânica, níveis de estresse muito acima do tolerável.

Embora as terapias complementares não possam prevenir o estresse que ocorre na vida cotidiana, elas podem ajudar a lidar melhor com ele. Um dos importantes benefícios é o relaxamento. O tratamento aborda o corpo como um todo, não um grupo de sintomas, e pode ajudar tanto físico quanto mentalmente. Dessa forma ajuda-se o corpo a desenvolver maior resistência física para sustentar sensações.




Capítulo 4


DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLISTICO


PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquico. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.”


As terapias complementares partem da observação, de uma experimentação extraordinária e de milênios de prática, elaborando um sistema que tem o mérito de ser aplicável e de funcionar na prática. Essa cuidadosa observação levou à elaboração de um sistema sociossomatopsíquico (VIEIRA, 2006).

Na visão holística adotada pela terapia tradicional chinesa, por exemplo, os pensamentos e as emoções influenciam diretamente a força vital, aumentando, ou estagnando o fluxo de energia pelo corpo, onde o psiquismo não pode ser separado dos órgãos e vice-versa, pois as perturbações psíquicas, relativas às emoções, podem perturbar diretamente os órgãos e as alterações orgânicas podem agir sobre o psiquismo (PENNA, 2004).

A psicoterapia holistica trabalha com as cinco emoções (alegria, tristeza, reflexão, cólera e medo), sendo o estado de equilíbrio energético dependente da harmonia entre elas, dessa forma alterações emocionais levam aos quadros de excesso ou deficiência (MACIOCIA, 2007).

Dentro deste contexto, tanto a Bioenergética de Lowen, quanto as Terapias Milenares partem do conceito da existência de uma energia única que une o corpo e o espírito constituindo um dos fundamentos de terapias orientais como a Yoga, o Tai-chi-chuan e a Acupuntura.

A Bioenergética dá muita importância ao crescimento pessoal aprofundando o auto conhecimento, desenvolvendo uma atitude positiva em relação ao próprio corpo, assim como os exercícios orientais, com uma característica profilática tanto para a mente como para o corpo.

A maior similaridade entre as técnicas utilizadas em Psicoterapia Holística e Bioenergética de Lowen está na respiração, onde reter ar nos pulmões causa tensões, diminuindo o livre fluxo de energia, convém salientar que bioenergética é uma das técnicas empregada em psicoterapia holística.

Em técnicas de exercícios corporais como o Tai Chi Chuan, não interromper o fluxo é um ato de coragem, sentir plenamente e agüentar firme, onde o gesto deve fluir, bem como a respiração, pois um interage com o outro (WONG, 2001).

Ao aconselhar para que o indivíduo sinta sua respiração surge a descoberta para si mesmo sentimentos escondidos pela racionalidade. Dessa maneira restauram o equilíbrio psicossomático; relativo simultaneamente aos domínios psíquico e orgânico, pela liberação, ativação, sedação ou desbloqueios dos fluxos energéticos (LOWEM, 1982).


TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.”


Na Terapia Holística, o trabalho terapêutico da respiração é uma maneira de ligar a pessoa com seus sentimentos trazendo consciência sobre a escolha de caminhos na vida; Pois, ajudam o praticante a dar fluxo as suas forças internas, a saber, a imaginação, o sentimento, o pensamento e ação (SEVERINO, 1988).

Segundo as terapias orientais, existe um elo com o conceito da existência de uma energia única que une corpo, mente e espírito. Neste entendimento podem-se citar as seguintes terapias: Ayurvédica (yoga, meditação e massagens), Acupuntura (Tschen Tschiu), Tai Chi Chuan , Tui Na, Chi Nei Tsang , Shiatsu, Do in, Jin Shin Jyutsu, Cromoterapia, Reiki. Todas estas terapias orientais tratam desequilíbrios energéticos, relacionando o espírito individual, consciência individual e cósmica, energia e matéria (LANDMAN, 2005).


DISCUSSÃO E CONCLUSÃO


Após verificar quais emoções estão reprimidas ou excessivas, o Psicoterapeuta Holístico volta sua atenção para os fundamentos dos Cinco Movimentos da Terapia Chinesa, representados pelos elementos Água, Terra, Fogo, Madeira e Metal. Dessa maneira pode interpretar dentre outras coisas, as disfunções do funcionamento orgânico e o psiquismo.

Cada um dos elementos supracitados possui um órgão e uma víscera correspondentes denominados Zangfu, os quais podem estar em equilíbrio, excesso ou deficiência energética, servindo de informação para o tratamento mais adequado no momento.

Dessa maneira podemos destacar as seguintes características, conforme a tipologia de cada um:

Água: em equilíbrio tem vontade firme, auto-respeito, persistência diante de dificuldades sem correr riscos desnecessários.

Em excesso o indivíduo se torna muito ativo, ambicioso, imprudente, com medo de perder o controle procurando segurança através do domínio e poder sobre tudo e todos.

Na deficiência, apresenta pouca energia, medo, desiste facilmente e sem perseverança.

Terra: em equilíbrio apresenta calma e ordem, pensamento lógico, personalidade estável com capacidade de apoiar ou cuidar sem interferir na vida de outrem.

Em excesso torna-se dominador da vida alheia, com personalidade possessiva, intrometido.

Na deficiência demonstra muita preocupação, excesso de pensamentos, sem ação, sem importar-se consigo nem com os outros.

Fogo: em equilíbrio, irradia o sentimento de amor, calmo, tranqüilo, alegre, comunicativo, sóbrio.

Em excesso fica excitado, inquieto, maníaco, irresponsável e verborrágico.

Na deficiência, apresenta tristeza, melancolia, solidão, sente-se indigno de ser amado, falta de interesse pala vida, pessoas ou atividades sociais.

Madeira: em equilíbrio apresenta uma visão clara de seu caminho, confiante, intuitivo, independente e forte.

No excesso torna-se impaciente, intolerante irritável, frustrado e agressivo.

Na deficiência, é uma pessoa insegura, tímida, sempre atormentada por dúvidas, com personalidade fraca.

Metal: equilibrado participa ativamente da vida com sabedoria, sem medo de se envolver.

Em excesso egocêntrico, negativo, carrega suas mágoas para outros relacionamentos.

Em deficiência, não cria laços duradouros, tão pouco novos relacionamentos, vive do passado e não participa da vida.

Na Bioenergética a avaliação do indivíduo é feita através de seu caráter que pode ser esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido tal quais as características psicológicas dos cinco elementos, a saber: esquizóide–metal, oral-fogo, psicopata-terra, masoquista-madeira e rígido-água.

Segundo Mann, (1994) o fluxo de prazer parte do coração em direção aos pontos de contato com o mundo: olhos, boca, pele, mãos, pés e genitália. O sentimento de alegria, que brota de dentro, só é experimentado quando há energia e vida na barriga, ou seja, na pelve. A terapia vai ajudar a integrar a compreensão da cabeça, o afeto do coração e a sexualidade do corpo.

Como podemos ver os desequilíbrios energéticos levam as disfunções emocionais, que por sua vez desencadeiam desarmonia anatômica, gerados por restrições comportamentais sejam bloqueios, atitudes repetitivas, limitantes ou padrões afetivos insalubres.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANN, Brennan B. Mãos de Luz. São Paulo: Pensamento, 2006.

CHUNCAI, Zhou. Clássico de Medicina do Imperador Amarelo. São Paulo: Roca, 1999.

CONEZA, Elizabeth. Florais de Bach: Os remédios da alma. São Paulo: ALFABETO. 2006.

DAHLKE, R. A Doença Como Símbolo. São Paulo: Cultrix, 2006.

DETHLEFSEN, T. e Dahlke R. A Doença Como Caminho. São Paulo: Pensamento,

2007.

FELICIANO, Alberto; CAMPADELLO, Píer. Reflexologia Energética: Massagem para os pés. Madras.

HUNG, Dr. Cho Ta. - Exercícios chineses para a saúde – a antiga arte do Tsa Fu Pei, Pensamento, São Paulo, 1985.


LANDMAN L. Exercícios Chineses de Saúde para Pessoas Idosas. Andrei, 2005.

LOWEN, A. O Corpo em terapia: a abordagem bioenergética. São Paulo: Summus, 1977.

LOWEN, Alexander. Bioenergética. São Paulo: Summus, 1982.

LOWEN, A. Prazer: uma abordagem criativa da vida. São Paulo: Sumus, 1984.


MONARI, Carmem. Participando da Vida com os Florais de Bach. São Paulo: Roca, 2002.

NISHI, Katsuzo.A Medicina Nishi.São Paulo:IBRASA,1988.

POIAN, Carmen da. Formas do vazio: desafios ao sujeito contemporâneo. São Paulo: Via Lettera, 2001.

REQUENA, Y. Acupuntura e Psicologia. São Paulo: Andrei, 1990.

SEVERINO, Roque Enrique. Tai-Chi Chuan:Por uma vida longa e saudável.São Paulo: Ícone,1988.

VACCHIANO, A. Shiatsu Facial: A arte do rejuvenescimento. São Paulo: Ground, 2000.

VIEIRA, H. Florais de Bach: Uma visão Mitológiaca, Etimológica e Arquetípica.São Paulo: Pensamento,2006.

KIDSON. R. Acupuntura para todos.Rio de Janeiro:Nova Era 2006.

WONG K. Kit. O Livro Completo do Tai Chi Chuan. 1 º Ed. Pensamento- Cultrix – 2001.


Autor: : Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099
Última atualização: 29/12/2008 12:58


PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

CURSO DE PSICOTERAPIA


ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO

PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

Dourados, MS 04.05.2008


TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

CURSO DE PSICOTERAPIA




ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO - TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 42753



PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

DOCENTE: HENRIQUE VIEIRA FILHO - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 21001




SINDICATO DOS TERAPEUTAS (SINTE)

COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS (CEA)





Dourados, MS 04.05.2008

EPÍGRAFE



































“O principal objetivo da terapia não é transportar o cliente para um impossível estado de felicidade, mas sim de ajudá-lo adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento. A vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor.”

Carl Jung






























































Dedico este meu trabalho a todos os meus clientes, que depositaram em mim sua confiança para ajudá-los, o que me possibilitou evoluir como profissional.

AGRADECIMENTO
































Agradeço a Jeová meu Deus por me ter dado a vida cheia de encantos e a capacidade de aprendizado me fazendo cada vez mais valorizar a vida e por colocar pessoas no meu caminho que de uma forma ou de outra me ajudam a crescer.

A minha família linda e essencial, sempre presente na minha vida, me fazendo sentir o que é o verdadeiro amor, meu esposo João Paulo que me encoraja me apóia a cada palavra, me ajuda a rir das situações difíceis, me ajuda a ver que a vida é para aqueles que têm coragem, pelo seu amor incondicional e por seus esforços imensos em me ajudar pra que conquiste meus sonhos.

Aos meus filhos Natasha e Kevin, os quais amo de todo o meu coração que me apóiam e me incentivaram dando-me combustível para seguir em frente.

A minha irmã Juliana que foi o motivo que me inspirou na escolha e no interesse por psicoterapia.

Ao meu orientador docente Henrique Vieira Filho, por me ensinar como o conhecimento sobre o ser humano é complexo, assim como as estratégias para ajudá-lo em sua existência, me ensinando a dar os primeiros passos e as diversas teorias e técnicas psicológicas que buscam dar conta desse desafio e tarefa que é ajudar outros a lidar com sua vida. Obrigada pela destreza com que ministrou esse conhecimento.

Ao SINTE através da CEA- Comunidade de Estudos Avançados que me proporcionou ter acesso a esse conhecimento, e aos autores citados na bibliografia que me ajudaram a enriquecer meu conhecimento.

SUMÁRIO


Epígrafe 02

Dedicatória 03

Agradecimento 04

Sumario 05

Resumo 06

Introdução 07

    1. Definição de Psicoterapia 07

    2. Objetivo e aplicação da terapia holística 07

    3. Os florais de Bach e seu uso terapêutico 07

    4. Uma compreensão dos florais de Bach a luz da física moderna 08

    5. Classificação das essências dos florais de Bach 08

  1. Material 09

  2. Metodologia 10

3.1 Atendimentos de casos 11

  1. Resultados 26

  2. Discussão 29

  3. Conclusão 30

  4. Referências Bibliográficas 32

  5. Anexos 33

  6. Apêndice 33















RESUMO


Este trabalho se propõe a aplicação das teorias aprendidas no curso de psicoterapia ministrado pelo docente Henrique Vieira Filho através da Comunidade de Estudos Avançados (CEA), com descrição e analise de atendimento em psicoterapia a meus clientes sob enfoque holístico de restaurar e preservar a saúde e a qualidade de vida como necessidade primordial de não apenas acrescentar mais anos à vida, mas de acrescentar mais vida aos anos associando o uso dos Florais de Bach ao aconselhamento terapêutico, procedemos o acompanhamento do cliente em seu processo de vida, onde foram trabalhadas transformações profundas da personalidade, reconhecimento de padrões de comportamento, de como age, de como se relaciona, como pensa, como se sente, e descobrir caminhos para mudança desses padrões.
























INTRODUÇÃO


    1. DEFINIÇÃO DE PSICOTERAPIA

Psicoterapia é parte integrante do atendimento na terapia holística, pois se propõe a implementar técnicas básicas de aconselhamento, somando a estas outras formas de abordagens psicoterapicas em especial algumas correntes básicas da Psicanálise Freud, Reich, Jung associadas as tradições terapêuticas milenares.


    1. OBJETIVO E APLICAÇÃO DA PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

O objetivo é permitir transformações profundas na personalidade, sendo que hoje não é possível falar de equilíbrio e saúde sem uma consideração pela dimensão psicológica e emocional.

Diante da evidência psicossomática da natureza humana, a psicoterapia holística ocupa um lugar fundamental na área de saúde por trazer uma visão integrada do homem, pois leva em conta as dimensões orgânicas, psíquicas e sociais como conjuntamente participantes da existência humana e seus problemas e educando para a vida quando as pessoas se vêem inaptas para lidar com suas dificuldades e ajudando-as a encontrar caminhos internos para solucioná-los.

Diversos estudos têm demonstrado que desequilíbrios existenciais não tratados adequadamente, somatizados produzirão desordens orgânicas e psíquicas.

A aplicação da psicoterapia holística tem reduzido tanto o uso de medicamentos quanto de internações. Mostrando-se vantajosa economicamente tanto para as pessoas quanto para o país.


1.3 OS FLORAIS DE BACH E SEU USO TERAPÊUTICO

Problemas de saúde freqüentemente têm sua origem na mente, sentimentos que foram persistentemente reprimidos irão emergir primeiro como conflitos mentais e depois somatizados como problemas orgânicos.

Dr. Eduard Bach, médico inglês, depois de obter êxito como médico bacteriologista, resolve morar no campo e lá descobriu que tinha sensibilidade para sentir as energias transmitidas pelas plantas através do toque ou por colocar na boca as gotas de orvalho que repousava sobre elas.

Constatou que algumas plantas tinham a capacidade de provocar sentimentos negativos ou de anulá-los.

Entre 1930 e 1934 o Dr. Bach identificou 38 flores silvestres que compõem o sistema floral de Bach. O Dr. Bach dizia “o medicamento tem que atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, corrigindo o desequilibro emocional no campo energético”.

Agindo no campo mais sutil da pessoa a terapia floral tem seu efeito reconhecido em 1976 pela Organização Mundial da Saúde, constituindo-se em grande ajuda para a humanidade nestes momentos de transição, auxiliando a harmonização dos corpos (elétricos, mental e emocional) e facilitando o livre fluxo das energias superiores da personalidade. Lembrando ainda a vocação preventiva, podemos afirmar que se os usássemos constantemente, mantendo sempre ativa a nossa busca de autoconhecimento e travando contato cada vez maior com nosso material psíquico reprimido, não precisaríamos somatizar, ou seja, adoecer.


    1. UMA COMPREENSÃO DOS FLORAIS DE BACH À LUZ DA FÍSICA MODERNA.

Todo ser vivo tende a vibrar, a pulsar em determinadas freqüências preferenciais (numero de vezes por segundo).

Se fornecermos freqüência num ritmo semelhante a esse que pulsamos seu aproveitamento será maximizado. Esse perfeito entrosamento entre a emissão e a capacidade do receptor é o fenômeno da ressonância.

Analogicamente, a situação emocional consciente faz com que nossas energias vibrem em determinadas freqüências especiais.

Cada floral tem seu padrão vibracional, quando corretamente escolhida, a formula floral ira sintonizar a capacidade de recepção de quem a usa, ocorrendo a ressonância, fato capaz de despertar intensas reações. Caso a formula não esteja adequada às emoções consciente do usuário não ocorrerá a sintonia, nem reações.


    1. CLASSIFICAÇÃO DAS ESSÊNCIAS FLORAIS DE BACH

As 38 essências agrupadas em 07 categorias definidas por Eduard Bach da seguinte forma:


EMOÇÕES PRESENTES

PALAVRAS-CHAVES

ESSÊNCIAS


MEDO

Pânico

ROCK ROSE

De coisas, de situações concretas

MIMULUS

De perder o controle

CHERRY PLUM

Inexplicável

ASPEN

Temem pelos outros

RED CHESNUT

INCERTEZA

Falta de autoconfiança

CERATO

Indecisão entre duas coisas

SCHLERANTUS

Desanimo tristeza por fato acontecido

GENTIAN

Sem esperança, desistência

GORSE

Cansaço com a rotina

HORNBEAN

Indecisão geral

WILD OAT

DESCONEXÃO AO PRESENTE

Distração

CLEMATIS

Nostalgia

HONEYSUCKLE

Apatia

WILD ROSE

Esgotamento físico e mental

OLIVE

Pensamentos obsessivos

WHITE CHESTNUT

Tristeza cíclica de origem incerta

MUSTARD

Dificuldade de aprendizado

CHESTNUT BUD

SOLIDÃO

Reservados, isolados

WATER VIOLET

Ansiedade, impaciência

IMPATIENS

Não suportam a solidão, carentes

HEATHER

INFLUÊNCIAS EXTERNAS

Fuga dos problemas

AGRINONY

Submissão

CENTAURY

Protege das influências

WALNUT

Inveja, ciúme, suspeita, raiva

HOLLY

ABATIMENTO

Baixa-estima

LARCH

Culpa

PINE

Excesso de responsabilidade

ELM

Angústia extrema

SWEET CHESTNUT

Traumas, choques

STAR OF BETHLEHEM

Ressentimento, mágoa

WILLOW

Excedem os limites da resistência

OAK

Sensação de impureza

CRAB APLLE

(PRE) OCUPAÇÃO COM OS OUTROS

Possessividade, chantagem emocional

CHICORY

Fanatismo, idealismo excessivo

VERVAIN

Autoritarismo

VINE

Intolerância, crítica excessiva

BEECH

Auto-repressão

ROCK WATER


Deve-se selecionar no máximo 06 essências que melhor descrevam o exato momento emocional do cliente. Tomar 04 gotas, direto na língua, 04 vezes ao dia.


MATERIAL:

A abordagem de atendimento aos clientes foi feita sobre o paradigma holístico dentro das correntes básicas da psicanálise – aconselhamento, vivências, relaxamento, terapia floral, terapia reichiana, com o uso de aparelhos para trabalhar “couraças musculares do caráter” para restabelecer o fluxo energético do organismo, sempre avaliando os clientes do ponto de vista de desequilíbrios energéticos, respeitando tanto a legislação brasileira quanto as Normas Técnicas Setoriais Voluntárias do SINTE.


METODOLOGIA


Técnicas Terapêuticas - fez-se uso de técnicas terapêuticas diversificadas no atendimento individual procedendo à escolha das mais adequadas, todas com o objetivo final de ajudar o cliente a equilibrar-se.

Aconselhamento - processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holística e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em varias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida.

Vivências – realizadas em sessões individuais, ou em grupo, utiliza-se tanto da terapia corporal, quanto do relaxamento como introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem tratados na terapia holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo na solução de questões de saúde. Realizamos sessões individuais.

Relaxamento – vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles as manobras corporais, a musicoterapia, a cromoterapia, cristaloterapia, a acupuntura e a sugestão verbal, exercícios respiratórios e aparelhos vibracionais. Utilizamos à sugestão verbal, exercícios respiratórios e aparelhos vibracionais.

Terapia Reichiana – Welhelm Reich – dissidente de Freud – “corporificou” o inconsciente identificando-o como uma bioenergia circulante por ele denominada “orgone”, onde a negação de emoções, impulsos, desejos, bloqueia o livre fluxo da bioenergia pela musculatura corporal quer pela tensão excessiva, quer pela ausência de tônus em ambas as situações prejudicando o livre fluxo energético.

Através de terapias de toque nas zonas musculares especificas “couraças” provocando a circulação bioenergia é um dos principais fatores catalisadores de aflorar ao natural do psíquico inconsciente o qual será trabalhado verbalmente pelo Terapeuta Holístico. Utilizamos aparelhos vibracionais.

Terapia Floral – Faz uso de compostos energéticos denominados “essências florais”, totalmente centrada no individuo, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção especifica, trazendo uma maior compreensão das emoções, permitindo aflorar material psíquico profundo, ampliando o autoconhecimento podendo resultar em reversão das somatizações.

Aparelhagem Eletrônica – esse tipo de terapia permite identificar pontos de desequilíbrios energéticos e de estimulá-los das mais diferentes maneiras, sendo o uso desses aparelhos, restritos para a avaliação e tratamento de desequilíbrios energéticos, devendo-se ter o cuidado de usar aparelhos devidos e certificado pelo Ministério da Saúde, ou com certificado de isenção do mesmo, dispensado de registro.

Durante todo curso de psicoterapia nós terapeutas fomos preparados para uma profunda compreensão das técnicas e fomos introduzidos no trabalho prático através do orientador/supervisor/docente/TH Henrique Vieira Filho - CRT nº 21001, com atendimento supervisionado com objetivo de nos dar segurança, autoconfiança no exercício profissional. A partir do momento que passei a aplicar as técnicas terapêuticas aprendidas, uma riqueza de material aflorou do inconsciente, possibilitando-me exercitar o conhecimento aprendido.

Cada cliente que atendi, trouxe sua carga de conflito, com seus desafios e estados emocionais diferentes, onde ganhei confiança aplicando o conteúdo aprendido em beneficio dos clientes quando se busca melhorar a qualidade de vida, tendo como meta harmonizar corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma, como terapeuta holística estando atenta a qualquer material psíquico ou linguagem corporal como “linguagem a ser decifrada e compreendida”.


ATENDIMENTO DE CASOS


Cliente n°1 – A.R.M. – 48 anos, sexo masculino, cético, pessimista, apático, individuo com muitas duvidas, apresenta esgotamento físico e mental, não se ajusta aos relacionamentos amorosos, queixa-se de diversos problemas físicos, trazendo diagnóstico médico de problemas alérgicos respiratórios e persistentes problemas renais, fazendo uso de medicamento de uso continuo.


Cliente n° 2 – I.F.C.L. – 42 anos, sexo feminino, dona de casa, esta cliente traz história de vida marcada por violência, criada por pai alcoólatra, com primeiro casamento fracassado também por alcoolismo e violência do ex-marido.

A cliente apresenta pesada carga de mágoa, rancor, crítica, intolerância, autoritária, extremamente possessiva com os filhos, muito ciumenta com o marido, chantageando emocionalmente os familiares com reações exageradas e quadro de doenças (dor de cabeça, depressão) trazendo diagnóstico de seu médico de hipertensão e problemas cardíacos, fazendo uso de medicação de uso continuo.


Cliente n°3 – E.S.R.C. – 39 anos, sexo feminino, traz um histórico de infância pobre com vida muito difícil, casamento fracassado, preocupação excessiva com a aparência fazendo dietas mirabolantes para manter a forma, descreve diversos problemas de saúde diagnosticados por médicos de ordem física, queixando de não estar obtendo resultados esperados; ansiosa, amarga, depressiva, achando que a vida esta sendo injusta com ela, faz uso de medicação de uso continuo para coluna e insônia.

Nos três casos citados notam-se aspectos emocionais muito fortes na causa dos desequilíbrios, onde procedi esclarecimentos sobre as possibilidades oferecidas pela Terapia Holística e os benefícios que poderiam obter, esclarecendo-os de acordo com as NTSVs – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias e de acordo com legislação vigente em nossos país, que o campo de atuação seria a nível de desequilíbrios energéticos, microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma, onde toda qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser e usaríamos recursos facilitadores associado ao aconselhamento, terapia floral e aparelho de biorressonância como técnicas de auxilio não só para fazer aflorar com maior fluidez e rapidez processos psicossomáticos, como possibilitar o auto-equilibrio no menor tempo possível.

Todos foram orientados a não alterarem seus tratamentos, sem a orientação e parecer dos profissionais da área médica que os acompanham. Os atendimentos se deram com agendamentos antecipados de forma semanal com dia e hora marcados com duração de 01 hora de cada sessão.

De acordo com os NTSVs TH 003 na ficha de cada cliente foram feitas anotações com descrição do atendimento e técnicas aplicadas e indicações terapêuticas para a semana; e no Bloco de Recomendação Terapêutica (BRT) de acordo com as NTSVs TH 002 eram feitas anotações como: data da próxima sessão; indicação dos florais de Bach pertinentes aos desequilíbrios emocionais compreendidos e devidamente avaliados que o cliente trouxe a superfície durante a sessão para serem melhorados e frase para meditar, que representam bem o momento que estão vivenciando para servir de ponto de partida para o aconselhamento da próxima semana bem como a que estivessem atentos a sonhos para pontuarmos posteriormente.

No caso do cliente nº1 o relato será descrito passo a passo da forma como o atendimento terapêutico se procedeu.


No caso do cliente nº 1 A.R. M de 48 anos sexo masculino esse cliente traz como característica acentuada o ceticismo duvidando de toda a informação. Apresenta diversas somatizações, focado em descrever os sintomas físicos que sente. A esse cliente se fez necessário esclarecer por mais de uma vez, devido à insistente descrição de sintomas físicos que terapeuta trabalha desequilíbrios e que tratamento de doença é prerrogativa médica, informei-lhe o que a terapia holística poderia fazer por ele.

Iniciamos os trabalhos via aconselhamento atenta a qualquer sinal que pudéssemos pontuar, encontrei muita resistência à medida que tentava aprofundar no emocional, tendo o cliente dificuldade em falar da infância, afirmando não ter boas lembranças, tendo passado por várias internações com crises respiratórias, sua mãe não lhe permitia brincar e viu toda a sua infância passando da janela, olhando os primos e irmãos brincar no quintal. Percebo que as lembranças da infância evocam no cliente um misto de sentimentos de raiva, rancor e mágoa pela mãe, que ainda hoje afirma ele não deixou de ser exagerada.

Depois da devidas anotações na Ficha do Cliente de acordo com as NTSVs, passei para o BRT – Bloco de Recomendação Terapêutica onde anotei os seguintes dados: data da próxima sessão com a seguinte frase para meditar: ”A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional” e os seguintes florais para ajudá-lo no momento:

- Agrimony: para seus pensamentos dolorosos e amainar sua inquietação interior;

- Heather: para mudar o foco totalmente voltado para si, do tipo criança carente,

- Gentian: para ajudá-lo com seu ceticismo, pessimismo e duvidas;

- Gorse: para trabalhar sua resignação seu sentimento do tipo: ”será que adianta mesmo alguma mudança a essa altura”

- Walnut: para propiciar ao cliente se deixar influenciar considerado o “floral da ruptura” para torná-lo aberto a novos começos na vida;

- Will Rose: para melhorar sua apatia, indiferença e capitulação interior;

Bem como a que estivesse atento a possíveis sonhos para pontuarmos posteriormente.

No atendimento posterior alem da costumeira postura resistente, o cliente apresenta-se “fechado” com braços e pernas cruzados, e ainda muito focado nos sintomas físicos. No aconselhamento aprofundando no emocional o cliente traz o relato de um sonho persistente que ele descreve como pesadelo e com um elemento de repetição, pois sempre acorda muito assustado de tão real que lhe parecem às cenas. Sempre se encontra preso em um lugar onde não consegue fugir (carro, casa, buraco, jaula etc..) aparece muito fogo, grita buscando ajuda e ninguém escuta, e quando tudo vai ser tomado pelo fogo e ele vai morrer queimado, acorda sufocado com medo, diz que houve época que esse sonho se repetia com muita freqüência e variações e que hoje de vez em quando ainda sonha; e que me relatou em virtude da anotação no BRT a que prestasse atenção aos sonhos, indagando curioso seu significado?

Expliquei-lhe que o sonho é parte natural do psiquismo, e a partir de FREUD a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão científico, para ele o sonho é a expressão ou a realização de um desejo reprimido. Já para JUNG dissidente de FREUD trata-se de uma compensação da visão limitada do ego, assim o sonho seria um processo psíquico regulador, semelhante a fenômenos compensatórios do funcionamento corporal

A interpretação dos sonhos, bem como decifrar seus símbolos, cabe ao sonhador e quando tratados com a devida atenção ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor, levando a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações, leva a constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego).

Uma condição básica para nós Terapeutas trabalharmos sonhos é não avaliá-los isoladamente, se faz necessário conhecer vários sonhos da pessoa ocorridos tanto em datas próximas como em outras épocas, a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e da situação e como reage ao sonho. Fazendo uso de técnicas como de livre associação ou de ampliação o terapeuta usará esses recursos para tentar ajudar o cliente a esclarecer seu sonho.

Após esclarecimentos via aconselhamento foi sugerido ao cliente vivência em psicoterapia de Regressão onde obtive relaxamento via aparelhos e exercícios respiratórios como facilitador para fazer fluir material reprimido e por indução verbal conduzi a vivência como descrita abaixo:

Maneira como foi feita a indução verbal.

O cliente foi levado ao estado de relaxamento por indução verbal dentro de um padrão de neutralidade em conformidade com as NTSVs: Feche os olhos e ao comando da minha voz procure relaxar seu corpo. Com um tom suave de voz disse: Respire profundamente, encha os pulmões de ar o máximo que conseguir e agora vai soltando lentamente bem devagar. Repita o exercício, respire profundamente e solte bem devagar, respirando e relaxando, respirando e relaxando profundamente, procure não pensar em nada enquanto respira; respire profundamente e solte o ar lentamente botando para fora tudo que o incomoda, tudo que o preocupa, relaxando, relaxando, você se sente profundamente relaxado, livre, relaxado. Busque este estado de espírito relaxado. Você se sente leve, não tem preocupações, não tem compromisso, não tem nada para fazer apenas relaxar, sem nenhuma responsabilidade você se sente livre para fazer o que quiser. A única coisa que você quer fazer é relaxar. Você relaxa os pés, as pernas, relaxa o quadril, o tórax, os ombros os braços e continua relaxando, relaxando, respirando profundamente soltando o ar e à medida que o ar sai; sai também todo o peso que sente nos ombros, tudo que a sobrecarrega você está leve, flutuando como uma pluma, para lá e para cá leve, relaxe as mãos o pescoço e a cabeça, todo o seu corpo flutua no ar. Gostaria que libertasse sua imaginação e sem apego a nenhum pensamento, sem deixar que nada o incomode, deixasse sua imaginação fluir livre, você se sente leve, solto, sua mente não pensa em nada, sem nenhuma preocupação se é verdade ou não sem nenhum apego se é real ou não, sua imaginação é livre para pensar no que quiser e você se sente leve, livre, solto; e agora nesse estado tranqüilo gostaria que me respondesse a primeira coisa que lhe vem a mente......

A partir daí iniciamos a vivência em psicoterapia de Regressão com perguntas num ritmo acelerado para não permitir racionalização, desprezando aquelas onde não se obtêm a reposta de imediato.

. . .Agora neste estado tranqüilo, vamos voltar ao sonho que você teve: você toma contato com o seu sonho, você sempre se encontra aprisionado em algum ambiente, você grita pede ajuda tudo esta sendo tomado pelo fogo você quer sair, mas não consegue. Agora me responda a 1ª. Coisa que lhe vir à mente. Na sua vida o que representa esse ambiente fechado onde você é prisioneiro?Uma situação onde quero fugir. Respire bem fundo e solte o ar bem devagar. Agora me diga Fugir de que?___ de quem você foge? Não sei. No seu sonho você grita e pede ajuda, a quem você pede ajuda? _____ Na sua vida quem poderia te ajudar? Ninguém. No sonho você diz que grita muito, Porque você grita? Tenho medo. Do que tem medo?______Respire bem fundo bem devagar, respire e expire solte lentamente o ar; continue respirando profundamente e expire, a medida que o ar sai você coloca para fora todo esse medo que está sentido, você não sente mais esse medo. Diga-me medo de que? De morrer. E porque você tem medo de morrer? Não sei o que vem depois. Respire e expire bote para fora esse medo, quando o ar sai esse medo vai embora. Respirando e expirando profundamente você vai tomando contato com seu sonho. No seu sonho sempre aparece o elemento fogo, O que é esse fogo que aparece no seu sonho? _____No seu dia a dia o que representa esse fogo? Punição. O que você fez que merece ser punido? Maldade. Porque você se acha mal? Prejudiquei alguém. Tomando contato novamente com você mesmo com sua respiração, quando o ar sai tira toda essa sensação de peso, tudo que te incomoda, põe para fora, quando o ar entra você se restabelece se enche de energia boa positiva, agora Por que você prejudicou essa pessoa? Me ameaçava. Que tipo de ameaça fazia?____. Se essa ameaça assumisse forma que forma teria? Vingança. Vingança do que, de quem? De mim. Continue respirando e expirando profundamente, repita, respirando e expirando, agora por que queria vingar de você? Tive um caso com a mulher dele. E como resolveu essa situação? Me vinguei primeiro. Como? Quê forma assumiu sua vingança? Alguém fez por mim. Não tive outra saída. Estava me chantageando, me dizia que ia matar meu filho. A partir daí aflorou uma explosão de emoções não conseguindo mais manter-se relaxado. Ao mesmo tempo em que racionalizava fazia transferência e mostrava-se apavorado não acreditando ter deixado aflorar essa informação. Confortando-o, acolhi seus sentimentos prestando-lhe amparo tranqüilizando-o encerramos a vivência onde passamos a explorar o material que aflorou via aconselhamento onde ele só queria saber como eu tinha conseguido fazê-lo confessar algo que guardava consigo há anos. Ninguém, e frisava mais ninguém mesmo sabe disso e frisava; Eu era a única pessoa que sabia de tal coisa, já havia passado por diversos tratamentos de depressão e feito tratamento com psicólogos com psiquiatras e repetia ninguém conseguiu arrancar isso dele, mostrava-se muito preocupado, dizendo não acreditar que havia me dito aquilo. Tranqüilizei-o da proteção e sigilo de tudo, conseguí mostra-lhe que tal cartase seria positiva terapeuticamente falando; só o fato de ter conseguido expor isso iria fazê-lo experimentar uma sensação de alívio e bem estar, além de que carregar aquele peso sozinho estava muito difícil comprometendo a sua qualidade de vida e via aconselhamento traduzimos o conteúdo vivenciado para o presente ampliando seu autoconhecimento para proporcionar-lhe mais qualidade de vida.

NO seu BRT escrevi data da próxima sessão e frase para meditar: ”Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala o corpo fala” –(Jung) e para esse momento do cliente indiquei os seguintes florais:

- White Chestnud: para pensamentos girando na cabeça, para poder se livrar deles

- Sweet Chestnut: para amenizar seu desespero interior, para superar seu limite;

- Agrimony: amenizar pensamentos dolorosos, para a inquietação interior por traz de uma fachada de alegria e despreocupação

- Beech: para melhorar sua capacidade de compreensão

- Mimulus: para vencer seus medos concretos e amenizar seus temores;

-Star Of Bethlehem: para traumas emocionais e físicos ainda não trabalhados, “o confortador da alma”.

Na continuação do atendimento esse cliente admite ter obtido certo alívio, diz sentir-se mais leve, sem aquele peso nos ombros, mas apresenta-se apreensivo, reservado ansioso, com medo, mostra um espírito resignado pela apatia e por sua falta de decisão diante da vida se sentido travado ou paralisado pelo sentimento de culpa que carrega. Achei oportuno na vivência usar a Progressão “avançá-lo no tempo” para ajudá-lo com as repercussões que sua falta de decisão pode gerar como ferramenta para maximizar a capacidade de tomada de decisão através de viagem imaginativa possibilitar gerar opções de ação não cogitadas, com o intuito de produzir insights que possam gerar solução por ele ainda não imaginadas.

O cliente foi colocado em estado de relaxamento com a ajuda de aparelhos, exercícios respiratórios e quando se encontrava devidamente relaxado iniciamos a vivência por indução verbal, dentro de um padrão de neutralidade em conformidade com as NTSVs e com tom de voz bem suave iniciamos a retomada do mesmo sonho: Gostaria que fechasse os olhos e tomasse contato com o seu sonho, você preso num ambiente fechado, do qual não consegue sair, você grita pede ajuda, você quer sair, tudo esta sendo tomado pelo fogo. Agora me diga a 1ª. Coisa que lhe vier à mente. Porque você está preso nesse ambiente?___ Quem te colocou lá?___ Sem se preocupar com a lógica, se é real ou não. Na sua vida você é prisioneiro de que? De mim mesmo. Que sentimento lhe vem quando está preso no ambiente? Medo, muito medo. Medo de que? De morrer queimado vivo. O que na sua vida te causa medo?____ Se esse medo tivesse forma qual seria? Ser punido, descoberto, humilhado. Tomando contato com sua respiração, quando o ar entra você se renova quando o ar sai você se sente leve, tranqüilo, você desfruta de uma sensação gostosa de segurança de alívio, quando o ar sai você bota para fora todo esse medo esse peso que tem carregado nas costas, você se sente leve, sua vida esta mais leve você não carrega mais peso algum, experimente essa nova sensação, desfrute essa tranqüilidade, nada mais te perturba, nem seus pensamentos, nem suas lembranças, nada mais te incomoda, experimente isso, você está livre, livre, sinta essa tranqüilidade e desfrutando dessa leveza e dessa tranqüilidade, deixe sua mente viajar nesse mundo maravilhoso, onde nada pode te abalar e me diga a 1ª. Coisa que lhe vier à mente. O que é preciso para você usufruir desse futuro gostoso? ____ Responda o que lhe vier à mente? Esforço. Hoje o que lhe incomoda, ou melhor, que lhe impede de usufruir esse futuro gostoso? Remorso. Se esse remorso assumisse uma forma que forma teria? Culpa, sinto muita culpa. O que é preciso para você deixar de sentir tanta culpa, tanto remorso?___ O que fazer para resolver isso? Buscar ajuda. Onde acha que pode encontrar essa ajuda? Não sei, acho, aqui. O que você espera encontrar aqui?___ O que você precisa? Não sei; sentir menos culpa. Tomando contato com sua respiração quando o ar entra você sente revigorado, forte, quando o ar sai, sai junto esse sentimento de culpa, mande para longe essa culpa, agora você não se sente mais culpado, pois você estava apenas se defendendo, quando o ar sai carrega para fora para bem longe de você essa culpa, sai também essa sensação de angustia e você se sente leve, desfrute dessa sensação de leveza, diga: Ah! Que alivio! Continue buscando dentro de você esta sensação gostosa de alivio, de tranqüilidade, como exercício de imaginação crie essa imagem dentro de você. Você se sente forte, sem culpa, sem angústia, se veja nessa situação, crie o estado de espírito que você deseja ter, mande seus problemas para bem longe de você, agora você não tem mais problemas, resolveu tudo e nesse estado mental gostoso me diga O que é preciso para você conquistar tudo isso?___ Que atitude você pode tomar pra conquistar isso?___ Busque dentro de você; O que você pode fazer? Esforço. Para atingir isso o que falta? Controlar o que sinto. Como você pode controlar a situação?___ Diga o que lhe vier à mente, diga: Quais as vantagens de controlar as emoções? Segurança. E a desvantagem de não controlar as emoções? Depressão. Como você pode conciliar o lado bom e o lado ruim das emoções? Ter autocontrole. O que está faltando para atingir esse autocontrole? Trabalhar minhas emoções. Agora que você buscou dentro de você o que fazer, em alguns instantes você estará totalmente refeito, procure atuar no seu dia a dia, para alcançar esta paz interior, deseje no fundo do seu coração, pense nisso; seus pensamentos tem ondas e sinais magnéticos poderosos concentre-se nesse futuro maravilhoso que você quer conquistar emita para o universo essas ondas positivas, crie na sua mente sinta a sensação de estar nesse lugar que você quer, esteja lá mentalmente várias vezes, seus pensamentos tem a capacidade de materializar aquilo que você sente, para mudar a sua realidade comece a mudar o seu pensamento, e a partir de agora irá monitorar seus pensamentos, só terá pensamentos bons, positivos e neste estado de consciência você vai abrir os olhos lentamente, espreguiçar, solte o ar Ah... Que alívio, diga isso: Ah! Que alívio! fique a vontade. Pontuaremos algumas considerações no aconselhamento:

No aconselhamento fizemos algumas pontuações dessa vivência: Você está na busca de harmonia para a sua vida, todo o material psíquico que mantemos bloqueados do nosso consciente somatiza, quanto maior esforço para reprimir certas lembranças, maior será o grau de somatizações, lembra da sua grande lista de sintomas físicos, isso se reverte em doenças, quanto mais liberação desse material psíquico reprimido maior será o seu equilíbrio energético. Quando se bloqueia quer de maneira consciente quer inconscientes as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio e à medida que você começa a digerir compreender e assimilar esse material que aflorou você conquistará seu equilíbrio energético e mais qualidade de vida.

NO BRT escrevi: próxima sessão, frase “O que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino” Carl G. Jung e florais para a semana;

- Pine: para continuarmos a trabalhar seu sentimento de culpa;

- Scleranthus: para sua instabilidade emocional, melhorar sua indecisão;

- Larch: para melhorar sua expectativa de fracasso por falta de confiança em si mesmo;

- Star of Bethlehem: para continuar trabalhando seu trauma emocional e confortá-lo.

- Rock Water: para torná-lo mais flexível em sua opinião menos rígido e intransigente ao ponto de reprimir necessidades vitais

- Wild Oat: para dar mais clareza aos seus objetivos, amenizar sua insatisfação interior, e encontrar sua missão na vida

Dando continuidade ao tratamento psicoterápico como Terapeuta havia necessidade de verificar através de processo interativo o que o cliente havia conseguido atingir a nível de autoconhecimento com relação a comportamento, elaboração de realidade, incremento na capacidade de maximizar oportunidades e minimizar condições adversas além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões.

Descrição do atendimento: Começamos o aconselhamento com o cliente admitindo ter experimentado melhora, diz ter passado bem a semana se expressa mais confiante, mais sorridente, dormindo melhor, sente-se menos ansioso e expressando a necessidade de continuar a fazer mudança e gostaria de continuar com a psicoterapia, por isso acordamos mais sessões semanais com dia e horas marcados antecipadamente e devidamente agendados.

Iniciamos a conversação nos atendo ainda ao material que aflorou. Hoje ainda iremos nos ater aquele seu sonho: sobre os elementos persistentes como o fato de sempre estar aprisionado num local e existir muito fogo a sua volta. Baseado em tudo que já conversamos poderia dizer que mensagem seu inconsciente tenta transmitir para você?_____ Na sua vida o que existe que te soa como prisão? Fica em silencio, pensando. De que se sente prisioneiro? Reflete. Você pensa em que? Prisioneiro de que? Do meu sofrimento, porque não posso dividir isso com ninguém. Não pode ou não quer? Sorriu é acho que não quero. E o elemento fogo a que pode ser relacionado? Alguns dizem que o inferno é aqui mesmo, eu tenho vivido um verdadeiro inferno tenho me torturado durante esses últimos anos. Quanto tempo? Mais ou menos 14 anos. Você é religioso? De freqüentar a igreja não, mas acredito em Deus. E no simbolismo religioso do inferno de fogo, literal como lugar de tormento acredita nisso? Acho que sim pelo menos é o que todos dizem. Todos quem? O padre na igreja, minha mãe, cresci ouvindo isso e as pessoas. Padre sua mãe e pessoas são apenas alguns não todos e você? Esse fogo do seu sonho, esse medo de morrer queimado no sonho pode estar relacionado com o medo de uma punição depois da morte? Sorriu sem graça e embaraçado confessou que isso o atormentava, concluindo que ninguém sabe ao certo o que acontece depois da morte. E esse seu tormento durante 14 anos, isso já não é uma punição? Você mesmo vem se punindo? Acho que sim. Na sua maneira de ver; Deus só pune ele não perdoa?___ O que é o perdão para você? Não sei explicar bem em palavras, perdão é quando a gente esquece se alguém fez mal pra gente. Como você vê esse assunto Deus não te perdoou? Sorriu e disse não ter certeza do que Deus leva em conta para perdoar, mas tem certeza que ele perdoa, mas ele também pune, a gente tem que pagar o que fez não é assim que funciona? Não sei, Preciso saber como isso funciona na sua cabeça. Só saberia se estivesse no mesmo tipo de situação que você se encontra, estou apenas tentando andar do seu lado para te ajudar a encontrar o caminho. A solução esta dentro de você estou tentando te ajudar a encontrá-la. E arrependimento? O que é pra você? É acordar todo o dia e desejar que nada daquilo tivesse acontecido. Existe possibilidade de mudar o que está feito? Não. Então esse tipo de pensamento é improdutivo. Como poderia resolver isso? Não sei. Sua formação religiosa poderia estar te influenciando em todo o seu sofrimento e em como tem se sentido? Acho que sim. Como pode resolver isso? Não sei. Já cogitou se aprofundar nessa questão para encontrar resposta? Já sei tudo o que vai ser dito. Por exemplo, acreditaria nessas mesmas coisas se tivesse nascido em outra parte do mundo? Não entendi muito bem. Quero dizer que seu sofrimento não existiria se você acreditasse em outros símbolos religiosos, por exemplo, se tivesse nascido num país mulçumano e não cristão? Apenas sorriu e acrescentou acho que sim. Notou como uma mesma situação pode constituir problema para uma pessoa e para outra não, muito depende de seus símbolos culturais, das suas crenças, da visão e do enfoque que se dá a vida. Existem outras possibilidades, a busca do conhecimento pode clarear pontos antes obscuros e levar a conexões não pensadas. Acredita na lei da gravidade? Sim. Esta não é a única lei que rege o universo. Existe uma lei chamada de Lei da Atração, nesta lei você atrai o que você pensa como se fosse um imã. Atraímos o que pensamos e nos tornamos o que pensamos. Isso nos leva a necessidade de monitorarmos o que pensamos e o que sentimos. Depressão, raiva, culpa, são sentimentos ruins te colocam numa freqüência ruim, geram más vibrações. Alegria, gratidão amor são sentimentos bons, geram freqüência boa celebram bons sentimentos, atrai bons fluidos. Nossos sentimentos produzem mecanismos de retorno, bons ou ruins depende de nós. De maneira que para sermos saudáveis no pleno sentido hoje temos não só de cuidar o que comemos, mas também o que pensamos.

Se quiser mudar sua realidade tem de começar pelos seus pensamentos e “se fizer as coisas sempre do mesmo jeito, obterá sempre os mesmos resultados”.

NO BRT escrevi: Data do retorno;

Frase para meditar: “Na vida somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos”. Eduardo Galeno

No caso do cliente nº1 a descrição do relato se deu quase passo a passo para dar a noção de como foi conduzido o procedimento terapêutico, agora a descrição dos clientes nº2 e 3 procederei de uma forma mais concisa, mas que se leve em conta que o procedimento terapêutico ocorreu da mesma forma que o descrito do cliente nº 1.

No caso da Cliente n° 02 – 42 anos, dona de casa, com história de vida marcada por violência do pai alcoólatra, com frustração amorosa no primeiro casamento com crises depressivas de isolamento no quarto, preocupação excessiva com limpeza, querendo no momento controlar a vida do filho mais velho que saiu de casa buscando mais liberdade, iniciei o trabalho associando ao aconselhamento terapia corporal de relaxamento com o uso de aparelho eletrônico de massagem dando ao usuário os efeitos de vibração, compreensão, punção e rolos promovendo relaxamento de nervos e músculos regenerando musculatura cansada e aliviando tensão de uma vida estressante e por aparelho sincronizador e transferidor de ondas magnéticas (bioconversor de energia). Operação também denominada completar o ciclo do KI com a aplicação de ondas por ressonância propiciando o despertar dos recursos internos disponíveis para auto-harmonia. Para esse momento da cliente foram sugeridos os seguintes florais em seu BRT:

- Beech: para a sua atitude excessivamente critica e intolerante, e para a sua pouca capacidade de compreensão.

- Chicory: para personalidade possessiva que interfere demais na vida dos outros e pensa que pode manipular os outros;

- Crab Apple: para pessoa que tem desejo exagerado de ordem, para a sua mania de limpeza;

- Holly: pessoa emocionalmente irritada. Ciúme e suspeita, temperamento violento, sentimento de ódio, inveja.

- Impatiens: pessoa impaciente, facilmente irritável, tem reações exageradas;

- Vine: quer impor a sua vontade, pessoa ambiciosa e dominadora, “pequeno tirano”.

Alem dos florais, sugeri que a cliente levasse pra meditar a seguinte frase: “Os problemas que criamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento que estávamos quando os criamos” (Albert Einstein).

Nos atendimentos subseqüentes desta cliente o aconselhamento como forma de interação cliente/terapeuta, propiciou autoconhecimento e mudanças de comportamento, incrementando sua capacidade de tomada de decisões e realinhamento de comportamento e postura, alem de dar a ela possibilidade de “extrapolar emoções” – com momentos emocionantes e enriquecedores para seu processo terapêutico, com emoções e sentimentos reprimidos não compreendidos por décadas aflorando e vindo à tona de forma a serem trabalhados.

Durante todo o processo terapêutico, afloraram várias situações que foram trabalhadas, mas relatarei apenas aquelas que achei ser o ponto onde a cliente teria que tomar consciência do que lhe ocorria, visto que se mostrava determinada e irredutível em agredir a avó do filho mais velho, fruto do seu primeiro casamento, acreditando ela que se a avó não o tivesse acolhido, sem alternativa, o filho teria voltado pra casa e também por considerar uma afronta o apoio da avó ao relacionamento amoroso que foi o verdadeiro motivo que levou o filho a sair de casa, devido à cliente não aceitar a futura nora.

Com essas emoções conturbadas vinda a tona via aconselhamento, como profissional teria que propiciar a essa cliente durante a vivência o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva capaz de orientá-la para uma percepção maior desses sentimentos negativos que foram aflorados, que essas emoções conturbadas fossem compreendidas dando-lhe a oportunidade de fazer uma leitura correta do que estava acontecendo à sua volta naquele momento.

Usando de “reflexo”, pude transmitir-lhe o que percebia em seus sentimentos mais profundos, funcionando como um espelho, a confrontei com o que esses sentimentos de raiva e medo estavam lhe indicando. Não houve reconhecimento do sentimento de medo, a cliente reconheceu apenas o de raiva.

Questionei seu medo:

- Poderia estar relacionado como sentimento de “ninho vazio”? Aceitava o fato que filhos crescem e casam? Sentia-se preparada para o papel de sogra? E para o papel de avó? Que tipo de sogra queria ser? Poderia estes sentimentos negativos estar relacionados com o fato de não se sentir preparada para essa nova fase da vida?

Sua expressão facial diante de tais questionamentos deu-me a compreensão de ter despertado na cliente, a consciência de que não estava fazendo a leitura correta dos seus sentimentos e a partir desse momento ela passou a ter elementos para reformular novas possibilidades, de acolher com maior compreensão esses sentimentos e a aprender a lidar melhor com eles.

Como terapeuta queria me assegurar de produzir nessa cliente a compreensão necessária da repercussão futura que suas ações poderiam produzir (como sua determinação de agredir), ou seja, as possíveis conseqüências geradas a partir de uma escolha presente. Dentro de um padrão de neutralidade de acordo com as NTSVs a cliente foi induzida a projetar-se no futuro através da técnica de Progressão com a finalidade de maximizar sua capacidade para a tomada de decisões através de viagem imaginativa produzir insights que a possibilitasse gerar opções de ações ainda não cogitadas e produzir soluções ainda não imaginadas.

É com a intenção de obter esses resultados que o terapeuta se utiliza desse recurso, esperando através de previsões projetadas, fazer aflorar material que possa ser trabalhado em vivências futuras ou produzir lampejos de uma consciência maior do que a cliente possua para o momento.

Na sua ficha de cliente foram anotados os procedimentos adotados e no BRT anotei próxima sessão, frase para meditar: ”Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantamos” (provérbio chinês) e os seguintes florais de Bach para este momento específico:

- Walnut: para que a cliente se deixasse influenciar e se tornasse mais suscetível às mudanças e por ser o “floral da ruptura” propiciar melhoras para essa fase decisiva e propiciar novos começos na vida;

- Willow: para liberá-la do sentimento vitima;

- Beech: para facilitar a cliente se livrar de atitude excessivamente crítica e intolerante, e de melhorar sua capacidade de compreensão;

- Cherry Plum: para evitar explosão temperamental descontrolada;

- Chicory: para a personalidade possessiva que interfere demais na vida dos outros;

- Holly: para amenizar a irritabilidade.

E que estivesse atenta a possíveis sonhos para pontuações posteriores.



No caso da cliente n°3 - E.R.S.V. 39 anos, com histórico de infância pobre, casamento falido, preocupação excessiva com a aparência.

Esta cliente busca ajuda num momento muito difícil, sente-se mal casada, mas não tem coragem para tomar nenhuma atitude, traz várias somatizações traduzidas na descrição de diversos sintomas e problemas de saúde, trazendo um perfil sofredor, achando que a vida tem sido injusta com ela, medo de passar fome, preocupação excessiva em ser produtiva, cobrando o mesmo comportamento do marido, não relaxa nunca.

Durante o aconselhamento que propicia uma interação na relação terapeuta/cliente, alem das inúmeras somatizações que a cliente apresenta, aparece forte bloqueio da infância e parte da puberdade, não se lembrando de nada, tendo apenas alguns flashes desse período.

O material psíquico que tentamos manter longe da nossa consciência corporifica somatiza, quanto maior o esforço desprendido para negar lembranças ou desejos, maior será o grau de somatizações, sendo esta a profunda e verdadeira causa de enfermidades.

A única maneira de alguns se harmonizarem é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações.

Portanto para este caso iniciei o aconselhamento e sugeri vivência que proporcionasse “ex movere”, ou seja, mover para fora esse material reprimido da cliente, fazendo-a digerir, compreender e assimilar o material aflorado como um caminho onde a qualidade de vida pode ser ampliada e melhorada.

Tendo o estado de relaxamento como fator determinante e facilitador em deixar física e mentalmente relaxada a cliente a fim de propiciar um fluxo mais livre para a associação de idéias, pensamentos e imaginação, usamos aparelhos de massagem e de biorressonância para melhorar o fluxo do KI, exercícios respiratórios e indução verbal.

O terapeuta ao usar o recurso técnico da Regressão espera conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e fazer aflorar emoções reprimidas, lembranças traumáticas, ou sonhos para serem trabalhados na terapia holística. Na vivência dentro de um padrão de neutralidade de acordo com as NTSVs, e com tom de voz suave a cliente foi projetada no tempo e no espaço, retrocedendo-a a esse período que não se lembrava no intuito de produzir cartases emocionais que resultassem em alívio e simultaneamente ao contato com novos insights que se traduzissem numa maior compreensão do presente.

Esse procedimento produziu uma cartase, expurgou sentimentos reprimidos que foram exteriorizados pela cliente através de uma “explosão de emoções” com sentimentos de tristeza e pesar, trazendo a consciência um estupro e muito choro, sendo essa explosão de sentimentos devidamente acolhidos por mim terapeuta.

Via aconselhamento este estupro foi racionalizado com a cliente relatando que em tratamento numa sessão de massagem para a coluna, terminou numa relação sexual de maneira forçada com o profissional, dizendo-se jovem imatura e pressionada a não relatar a ninguém, descobriu uma gestação já por volta do terceiro mês, que levando ao conhecimento dele foi convencida a fazer o aborto para se livrar do problema, tratando-se de um menino que ela enterrou sozinha no meio da noite no jardim, causando-lhe essa lembrança uma dor imensurável e arrependimento ao ponto de se achar punida por Deus por não poder ter mais filhos. Esse fato segundo ela destruiu-lhe a vida e num processo claro de transferência deslocou fortes sentimentos de revolta para esta terapeuta responsabilizando-me por ter trazido à tona lembranças com as quais não conseguiria conviver.

Racionalização é o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude ou ação, idéia ou sentimento que causa angustia. Usa-se a racionalização para justificar comportamento quando, na realidade, as razões para este ato não são recomendáveis.

Transferência ocorre quando o cliente na vivência transfere fortes sentimentos deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico são elementos reprimidos que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro profissional/cliente sem que este tenha consciência do fenômeno em questão.

Todo o material aflorado foi trabalhado na continuidade do processo terapêutico via aconselhamento, traduzindo o conteúdo vivenciado para o presente da cliente, ampliando seu autoconhecimento, sua capacidade de ser bem sucedida em elaborar novas possibilidades para sua vida dando-lhe subsídios para maximizar capacidades e minimizar adversidades. No BRT anotei data da próxima sessão e frase para meditar: ”O pessimista queixa-se do vento. O otimista espera que ele mude. O realista ajusta as velas e segue em frente”. Willian Georg Ward. Para este momento específico da cliente usei os seguintes Florais para trabalhar seus sentimentos e emoções:

- Agrimony: para seus pensamentos dolorosos e inquietação interior;

- Pine: para possibilitar lidar melhor com seu sentimento de culpa;

- Star of Bethlehem: “o confortador da alma” para traumas emocionais ainda não trabalhados;

- Walnut; “floral da ruptura” para propiciar a essa cliente um novo começo rompendo com o padrão passado e estabelecendo um novo começo;

- White Chestnud: depois da cartase onde a cliente trouxe à tona a causa do seu sofrimento dizia: “como vou lidar com isso agora” esse floral ajudaria para esses pensamentos não ficarem girando em circulo na cabeça, para poder livrar-se deles;

- Wilow: para trabalhar sentimento de vítima.


RESULTADOS

Todos os clientes trazem fortes aspectos emocionais como pano de fundo na causa dos desequilíbrios, os trabalhos realizados com Psicoterapia permitiram a todos os clientes entrarem em contato com seu lado obscuro, com material inconsciente e reprimido, seus traumas, seus medos, desejos; e os Florais de Bach permitiram que prestassem mais atenção a suas emoções funcionando como catalisador-facilitador propiciando ao atendimento Psicoterápico uma resposta mais dinâmica para chegarem ao autoconhecimento.

Em todos os casos avaliados me surpreendi com algumas respostas obtidas com os Florais acerca de emoções específicas que precisávamos trabalhar.

Avaliando sob enfoque quantitativo os resultados obtidos cheguei à seguinte conclusão sobre cada cliente:

Cliente nº 1 – Esse cliente trouxe como característica acentuado ceticismo e apatia agravados por introspecção e timidez parecendo ter desistido de dar qualquer sentido mais significativo à vida, do tipo que “vivo por viver” sendo necessário transpor essas barreiras para colocá-lo em contato consigo mesmo, com seus sentimentos e emoções. Os florais deram a esse cliente condições propícias a uma melhor compreensão lhe ampliando a consciência, trabalhando suas características acentuadas de personalidade atuando num nível que só o aconselhamento não me permitiria chegar.

Com o Wild Rose- sua desmotivação, sua resignação e desinteresse pela vida foram trabalhados, motivando-o para encontrar novos interesses pela vida apesar dê; o Willow - ajudou-o a deixar de ser ressentido a não fazer tanto o papel de vítima tornando-o menos negativo frente às circunstâncias da vida a se aceitar melhor, desenvolver responsabilidade pessoal e pensamento construtivo, Hearth – ajudou com a sua introspecção ao não dirigir o assunto apenas para si, direcionou-lhe a aprender a ouvir, escutar o que os outros falam aprendendo dessa forma a comunicar-se melhor, Gorse – liberou-o do sentimento “será que adianta mesmo” e ajudou-o com sua desesperança maximizando sua capacidade de se aceitar. Outros sentimentos e emoções aflorados e compreendidos foram trabalhados com os florais de modo que lhe permitiram ganhar uma compreensão melhor da forma como se sentia. Suas somatizações praticamente desapareceram bem como seu perfil de só falar de doença se tornando uma pessoa mais suave e leve recentemente passou quando saiu de férias e alegre me comunicou sua primeira viagem ao exterior, dizendo achar que merecia se dar esse presente.

Cliente nº2 – Essa cliente chegou carregada de mágoa, ódio, intolerância, extremamente crítica, autoritária, ciumenta e a aplicação dos Florais funcionou como facilitador para a cliente entender suas emoções.

Quando a cliente se mostrou determinada em agredir a ex-sogra e na vivência aplicamos técnica de Progressão onde projetamos possível conseqüência gerada a partir da presente atitude aliada aos Florais de Bach proporcionou a essa cliente uma visão ampliada da que possuía para o momento, podendo ela através do Chicory amenizar sua personalidade possessiva que interfere na vida dos outros, Beech melhorou sua intolerância com a maneira de ser dos outros, Walnut a tornou mais maleável, suscetível á mudança, e romper com o padrão de comportamento anterior, o Holly a tornou mais serena e o Cherry Plum trouxe-lhe coragem, força, espontaneidade, e devolveu-lhe serenidade paz, apesar das adversidades internas e externas dando-lhe grande capacidade de desenvolvimento, produzindo grandes avanços de comportamento propiciando a ela a oportunidade de fazer uma leitura correta do que estava acontecendo ao seu redor ao ponto de retornar para sessões posteriores com uma tomada de consciência adquirida ampliada, com mudanças no padrão de comportamento tendo o autoconhecimento lhe proporcionado sintonizar suas emoções e sentimentos com o seu momento de vida presente.

A cliente apresentou evolução nos seus relacionamentos familiares, sua expressão facial se tornar mais amena à medida que trabalhava seus sentimentos profundos, mostrou o desejo de continuar em terapia pelo menos uma vez por mês, segundo ela para uma revisão para verificar se continuaria no rumo certo, admitindo dificuldade em mudar algumas características de sua formação que estavam profundamente arraigadas na sua personalidade, e que não acha fácil mudar de uma hora para outra; em sessões posteriores quando solicitei que fizesse algo capaz de surpreender quem a conhecia e até ela mesma confessou-me um dialogo interessante que teve com a futura nora quando a convidou para um final de semana julgando ter sido um bom começo e que havia conseguido surpreender o filho e o marido que não esperavam tal atitude dela, e que não foi tão difícil quanto havia imaginado, que ela própria também havia se surpreendido. Nota-se um esforço consciente da cliente para compreender seus sentimentos e emoções, o autoconhecimento adquirido a tornou menos ebulitiva, amenizou sua personalidade violenta e irracional, mas não ao ponto de levá-la ao equilíbrio

Cliente nº3 - Esta cliente se apresentou ansiosa, auto-estima baixa, amarga, exigente, depressiva achando que a vida é injusta, fazendo inúmeras somatizações, trabalhamos bloqueios apresentados proporcionando a ela mover para fora esse material reprimido, quando conseguimos essa cliente passou a apresentar processos de transferência e racionalização muito fortes, que funcionaram como obstáculo ao crescimento, pois dificultaram aceitar a realidade, requerendo esforço e habilidade para conseguir levar essa cliente a mudar o padrão e estabelecer forças motivadoras reais e genuínas, onde ela pudesse reverter o sofrimento em algo mais suave e ameno, aceitar suas ações passadas e obter um aprendizado aplicável ao seu presente, que ampliasse seu autoconhecimento e sua qualidade de vida. A aplicação do floral Agrimony ajudou-na a aplacar seus sentimentos dolorosos e sua inquietação interior, o Pine proporcionou que lidasse melhor com sua culpa, o Willow: liberou-a do sentimento de vitima do destino, amenizou sua amargura e ressentimento, o Star of Bethlehem: produziu conforto a sua alma trabalhou seu trauma emocional dando-lhe uma compreensão e aceitação melhor de suas atitudes anteriores, agora quando acrescentado White Chestnud para aqueles que sofrem de pensamentos indesejáveis e persistentes, este floral devolveu-lhe a calma e um espírito mais equilibrado por trazer-lhe clareza ao pensamento e silêncio interior calando a voz interna que a acusava aplacando em muito a sua dor. À medida que houve uma compreensão melhor de suas ações passadas, esta cliente experimentou mudanças no enfoque que dava a vida, melhorou sua auto-estima a medida que aplacou seu sentimento de culpa, passou a sentir-se mais digna como ser humana, no decorrer do processo terapêutico o autoconhecimento proporcionou uma diminuição das suas somatizações e mudou o padrão de comportamento de vitima, passando adquirir mais firmeza e equilíbrio, reconhecendo melhor suas limitações e suas potencialidades, passou por uma cirurgia de vesícula, mas seu estado geral de saúde melhorou, por problemas financeiros mudou-se para outra cidade, por isso descontinuou a terapia, mas mostrava-se satisfeita com os resultados obtidos segundo ela “viver ficou mais leve”. Embora não se consiga resolver todos os problemas existenciais de um cliente num curto espaço de tempo, pode se considerar positivo o resultado alcançado no sentido que ajudamos a cliente a achar o começo do fio da meada, a continuidade do processo e a dinâmica foram colocados a disposição dela de maneira clara que a partir de agora sabe qual o caminho aonde buscar ajuda quando necessitar.


DISCUSSÃO

Os trabalhos realizados com Psicoterapia, associados aos Florais de Bach permitiram aos meus clientes se enxergarem de uma forma diferente a que estavam habituados.

Percebi que a Psicoterapia permite resultados positivos nas patologias que tem componente emocional envolvido.

Todo o indivíduo tem um valor em si, independente do que realiza ou visualiza o que acontece é que na maioria das vezes a pessoa não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. E grande parte dos conflitos que carregamos são criados e produzidos na infância; no nosso trajeto de aprendizado geramos insatisfações amarguras, cultivamos descrenças, medos, reprimimos emoções, como conseqüência dum processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de expressão e manifestação foi podada por adultos que nos orientavam e por padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por cobranças, pelo constante apontar de defeitos e falhas, todas essas limitações impostas a nós nesse estágio inicial de aprendizado e pelo fato de ainda estarmos em formação com o passar do tempo esses sentimentos vão se solidificando gerando bloqueios que se tornam como adubo deixando o solo fértil para as somatizações

Nosso corpo/mente e energia se mantêm em constante interação com a mente/energia do universo. Em nosso corpo físico cada célula dá algo apóia as outras e é apoiada. Esse fluxo dinâmico de “dar e receber” é a essência de toda célula; o mesmo processo se faz necessário entre as pessoas, é essencial para que a vida continue e as sociedades cresçam e se aperfeiçoem e perdurem . Quando há uma distorção nas relações, nesse padrão de troca de “dar e receber” o ser humano gera conflitos que complicarão seus relacionamentos. O que se recebe em maior ou menos medida costuma ser diretamente proporcional ao que se dá. O aconselhamento me propiciou como terapeuta trabalhar as causas do sofrimento, dar aos clientes a oportunidade de enxergar os valores que estão atribuindo as suas vidas, de ajudá-los a desenvolver sua singularidade e acentuar sua individualidade, a assumir sua responsabilidade diante de si mesmos, dos outros e do mundo em torno de si e também me deu a oportunidade de colocar à disposição do cliente vários dispositivos de apoio para seus conflitos.

Em todos os casos houve benefício da ação sutil e transformadora dos florais pertinentes aos desequilíbrios emocionais compreendidos e devidamente avaliados que os clientes trouxeram a superfície para serem trabalhados durante a terapia permitiram maior rapidez e fluidez aos processos psicossomáticos e a liberação desse material reprimido empreendendo ao processo psicoterápico um dinamismo que não seria obtido se aplicasse apenas aconselhamento.

Quando consciente ou inconscientemente tentamos manter longe da lembrança fatores psíquicos que nos são dolorosos criamos bloqueios que serão revertidos em somatizações, tal atitude, embora a principio pareça um bom mecanismo de defesa em diminuir momentaneamente o sofrimento emocional, entretanto manter esse material reprimido infinitamente bloqueado gera desequilíbrios que não serão resolvidos sem que haja uma ampliação da consciência; todo e qualquer tratamento será paliativo desviando a manifestação da desarmonia para outra parte do corpo, e a terapia floral dá conta do desafio de atuar nos véus que criamos, nas nossas máscaras, nossa persona, existindo florais específicos para cada característica de personalidade consciente, no caso as preocupações e a mágoa, que formam como que um véu que encobre ainda emoções menos aceitas, à medida que aplicamos o floral adequado, aquele véu se desfaz gradativamente aceitando esta emoção, resgatando sua energia para ser transmutada em alguma ação produtiva.

Assim sucessivamente a cada novo véu que aflora uma nova formula sempre se adaptando a nova emoção trazendo consigo sempre novo material psíquico reprimido tudo isso acontecendo num ritmo que varia de um individuo para o outro, mas sempre num processo mais rápido que a terapia puramente verbal.


CONCLUSÃO

O ser humano em sua incessante busca por entendimento dos fenômenos da vida física tem procurado entender e explicar o sofrimento e a dor como regra geral percebendo as doenças como algo a ser eliminado a qualquer custo.

No entanto ao eliminarmos pura e simplesmente o sofrimento físico, sem levarmos em conta o significado simbólico e existencial dos sintomas é como se não recebêssemos uma importante mensagem enviada pelo nosso inconsciente, como algo positivo para o desenvolvimento emocional e espiritual do indivíduo. Jung nos revela que durante o desenvolvimento do indivíduo tudo aquilo a respeito de nós mesmos que preferimos não manter na consciência torna-se aspectos “sombrios” de nossa personalidade.

Embora “ocultos na sombra” esses aspectos renegados de nossa consciência procurarão todas as formas possíveis de se expressarem e serem aceitos e integrados na personalidade.

O surgimento da física quântica abriu as portas para um entendimento diferente da realidade em que vivemos, demonstrando ao nível das partículas que tudo o que nos rodeia, tudo aquilo que temos como real “concreto” é na verdade energia. De acordo com o entendimento que mesmo matéria densa é energia, aquilo que nos define como seres humanos passam a ser entendido não só através de padrões genético-constitucionais e padrões incorporados através das experiências adquiridas, mas também por uma série multidimensional de sistema de energia sutil que se influenciam mutuamente, e que se convencionou chamar de campos energéticos ou campos áuricos.

Os limites da Medicina e da Psicologia têm sido desafiados ao longo das ultimas décadas, pelo surgimento de novos modelos explicativos da realidade que nos rodeia e que faz parte do objeto de estudos das Terapias chamadas Alternativas e Holísticas servindo esse modelo explicativo como base para práticas energéticas milenares realizadas no mundo oriental e que começaram a ser mais difundidas nas sociedades ocidentais ao longo das ultimas décadas. Estamos diante de um novo modelo explicativo onde o ser humano não é somente percebido como uma “sofisticada máquina biológica”, um conjunto de células, tecidos e órgãos, mas um ser constituído por múltiplos sistemas energéticos que se influenciam reciprocamente. O ser humano das Terapias Holísticas é um ser humano composto de realidades multidimensionais e energéticas que nossos olhos não podem ver, mas que nem por isso deixam de existir. O estado de saúde e o surgimento dos sintomas de doenças passam a ser entendidos através de uma compreensão mais profunda do quanto nosso corpo físico, nossos pensamentos e emoções afetam esses padrões energéticos e vice-versa, e os desequilíbrios nesse delicado sistema vibratório ou energético é que levam ao surgimento dos mais diversos sintomas físicos, emocionais e mentais e para que a saúde possa ser restaurada, é necessário levar em conta que não somos feitos só de corpo físico, mas de corpos energéticos sobrepostos à estes.

Portanto conclui que a aplicação das técnicas terapêuticas aprendidas no curso de Psicoterapia aliadas a estímulos dos campos energéticos quer seja através da Terapia Floral ou Terapia corporal deram conta do desafio de causar transformações profundas tanto da personalidade como do padrão de comportamento propiciando aos meus clientes alcançar melhoras na qualidade de vida, a cada atendimento se tornava perceptível transmutações no comportamento através da ampliação da consciência tornando a reversão dos desequilíbrios possível e diminuindo as somatizações.

Pude perceber como Terapeuta que a aplicação dos Florais de Bach junto com estímulos no campo energético através de aparelhos vibracionais acelera o aflorar de material psíquico reprimido num ritmo bem mais rápido do que a psicoterapia puramente verbal, isso ficou claro no cliente nº1, quando afirmou que havia feito diversos tratamentos terapêuticos, mas nenhum havia conseguido fazer aflorar seu material reprimido, e na cliente nº3 onde o relaxamente desarmou o mecanismo de defesa que mantinha, permitindo o “ex movere” do material reprimido que fluísse livremente, em ambos os casos possibilitou uma dinâmica que até então eu como terapeuta não havia conseguido, resultando em grandes benefícios de alívio para os clientes.

Esses métodos dão ao Terapeuta Holístico a possibilidade de trabalhar resgatando técnicas milenares de outrora e ao mesmo tempo dá conta do desafio de possibilitar um exercício profissional que atenda as exigências do Código de Ética, das NTSVs, da Legislação Brasileira, trabalhando “desequilíbrio”.


REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


  1. BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


  1. FILHO. H.V. Psicoterapia Holística. 1ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2007.

  2. FILHO. H.V. Tutorial Terapia Holística. 3ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2004.

  3. FILHO. H.V. Florais de Bach: uma visão mitológica, etimológica e arquetípica. 4ª edição. São Paulo. Editora Pensamento. 2004.

  4. FILHO. H.V. O Microcosmo Sagrado O Segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento. 2ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2006.

  5. JUNG. C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.

  6. JUNG. C.G. O homem e seus símbolos. 22ª edição. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964.

  7. JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

  8. JUNG. C.G. A pratica da psicoterapia. 9ª edição.

  9. WEIL. PIERRE. Holística: uma nova visão e abordagem do real. São Paulo. Palas Athenas. 1999.








ANEXOS E APÊNDICE


1 CODIGO DE ÉTICA – TH 001

2 NTSV - PH 001 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA


1 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL – TH 001


1. SUMÁRIO

Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TH 001.

Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.


2. PREFÁCIO  

Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
   A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
  Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
   As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado”.
   A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
   Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.


3. INTRODUÇÃO

 É essencial para toda profissão estabelecida à existência de um Código de Ética a apresentar os princípios fundamentais que norteiam as boas práticas. Esta Norma ratifica o Código de Ética já em vigor na Terapia Holística, tão somente adequando-o à formatação normativa, tornando ainda mais transparente sua essência de adesão espontânea e voluntária.


4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

4.1 Título código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos

4.2 Objetivo definir os princípios fundamentais quanta à ética de atendimento ao cliente, relacionamento com as demais profissões e publicidade.

4.3 Referências Normativas

NTSV — TH 002;

BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica;

NTSV — TH 003;

FC — Ficha de Cliente.


5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

5.1 Definições

5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilibrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
5.1.2 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a proposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.


5.2 Símbolos e Abreviaturas

TH — Terapeuta Holístico;
NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.


5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato de o Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.


5.3.3 Produtos e equipamentos

Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos reconhecidos pelo SINTE — Sindicato dos Terapeutas, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto e/ou equipamento. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta, pois os produtos jamais serão cobrados à parte (um só preço quer o cliente vá consumir produtos ou não).
Opção 2: produtos preparados nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruir o cliente, que irá adquiri-los diretamente.

5.3.4 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos


5.3.4.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS.

O Terapeuta Holístico

I — Trabalhará para a promoção do bem-estar do indivíduo, da coletividade e do meio ambiente, segundo o paradigma holístico; II — Manterá constante desenvolvimento pessoal, científico, técnico, ético e filosófico, através de supervisão, terapia e/ou psicoterapia, cursos e similares, estando a par dos estudos e pesquisas mais atuais na área, bem como dos trabalhos milenares e tradicionais, além de ser estudioso das ciências afins; III — Usará em seus trabalhos, métodos os mais naturais e brandos possíveis, buscando catalizar o auto-equilíbrio da pessoa atendida, despertando-lhe os seus próprios recursos harmonizantes; IV — Orientar-se-á, no exercício de sua profissão, pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 10/12/1948 pela Assembléia Geral Das Nações Unidas.
5.3.4.2 DIREITOS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO

5.3.4.2.1 — Exercer a profissão de Terapeuta Holístico sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo, nacionalidade, cor, opção sexual, idade, condição social, opinião política ou situações afins;
5.3.4.2.2 — Utilizar-se de técnicas que não se lhe sejam vedadas ou proibidas por lei federal, podendo, inclusive, fazer uso de instrumentos e equipamentos não agressivos, bem como produtos cuja comercialização seja livre, além de orientar a pessoa atendida através de aconselhamento profissional;
5.3.4.2.3 — Recusar a realização de trabalhos terapêuticos que, embora sejam permitidos por lei, seja contrário aos ditames de sua consciência;
5.3.4.2.4 — Suspender e/ou recusar atendimentos, individual ou coletivamente, se o local não oferecer condições adequadas, ou se não houver remuneração condigna, ou, ainda, se ocorrerem fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com a pessoa a ser atendida, impedindo o pleno exercício profissional;


5.3.4.3 RESPONSABILIDADES GERAIS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO

5.3.4.3.1 São deveres do Terapeuta Holístico:

§1 — Assumir apenas trabalhos para os quais esteja apto, pessoal, técnica e legalmente; §2 — Prestar serviços terapêuticos somente se: em condições de trabalho adequadas, de acordo com os princípios e técnicas reconhecidos ou pelas Tradições Milenares, ou pela prática, ou pela ciência e, sobretudo, pela ética; §3 — Zelar pela dignidade da categoria, recusando e denunciando situações onde a pessoa atendida esteja sendo prejudicada; §4 — Participar de movimentos que visem promover a categoria e o paradigma holístico em geral; §5 — Estar devidamente registrado para o exercício de sua atividade profissional quer seja como autônomo ou como pessoa jurídica; §6 — Manter-se em dia com as obrigações definidas pelo SINTE;


5.3.4.3.2 — Ao Terapeuta Holístico é vedado:

§1 — Usar títulos e especialidades profissionais que não possua; §2 — Efetuar procedimentos terapêuticos sem o esclarecimento e conhecimento prévio da pessoa atendida ou de seu responsável legal; §3 — Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais; §4 — Aproveitar-se de situações decorrentes do atendimento terapêutico para obter vantagens física, emocional, financeira, política ou religiosa; §5 — Exercer técnicas de aconselhamento profissional, caso ele próprio há mais de 03 meses não esteja se submetendo a tratamento terapêutico e/ou psicoterápico de manutenção; §6 — Reduzir o tempo de cada sessão a fim de aumentar o número de atendimentos; §7 — Permitir que a pessoa atendida, durante a sessão, fique sem o acompanhamento de corpo presente de um profissional qualificado, em especial se estiver recebendo aplicação ou sob efeito de quaisquer técnicas terapêuticas;


5.3.4.4 DAS RELAÇÕES COM OUTROS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS E OUTRAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS

O Terapeuta Holístico:

5.3.4.4.1 — Não será conivente com erros, faltas éticas, crimes ou contravenções penais praticadas por outros na prestação de serviços profissionais;

5.3.4.4.2 — Não intervirá na prestação de serviços de outro Terapeuta Holístico, salvo se: a pedido do próprio profissional; quando comunicado por qualquer uma das partes da interrupção voluntária do atendimento; quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada; em situações emergenciais, devendo comunicar o fato imediatamente ao outro Terapeuta Holístico; e, em situações descritas no §3, dando ciência do ocorrido;
5.3.4.4.3 — No relacionamento com profissionais de outra áreas, trabalhará dentro dos limites das atividades que lhe são reservadas pela legislação e reconhecerá os casos que necessitem também dos demais campos de especialização profissional, encaminhando-os às pessoas habilitadas para a tais funções;


5.3.4.5 DO SIGILO PROFISSIONAL

5.3.4.5.1 — O sigilo protegerá a pessoa atendida em tudo àquilo que o Terapeuta Holístico venha a tomar conhecimento como decorrência do exercício de sua atividade profissional;
5.3.4.5.2 — O menor impúbere ou interdito estará igualmente protegido, devendo ser comunicado aos responsáveis apenas o estritamente necessário para promover medidas em seu benefício;
5.3.4.5.3 — Com autorização da pessoa atendida, o Terapeuta Holístico poderá repassar dados a outro profissional, desde que o recebedor esteja igualmente obrigado a preservar o sigilo por Código de Ética e que, sob nenhuma forma, permita a estranhos o acesso às informações;
5.3.4.5.4 — O Terapeuta Holístico tem o dever de garantir, em seus atendimentos, condições adequadas à segurança da pessoa atendida, bem como à privacidade que garanta o sigilo profissional;
5.3.4.5.5 — Em caso de falecimento do Terapeuta Holístico, este órgão, ao tomar conhecimento do fato, providenciará a incineração de seu arquivo confidencial;
5.3.4.5.6 — A quebra do sigilo só será admissível se tratar-se de fato delituoso e a gravidade de suas conseqüências para o próprio atendido ou para terceiros justificar a denúncia do fato; ainda assim, o acontecido será julgado por Comissão de Ética a ser designada.


5.3.4.6 DA COMUNICAÇÃO AO PÚBLICO, DA DIVULGAÇÃO DE PESQUISAS E ESTUDOS E DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL
5.3.4.6.1 - Ao Terapeuta Holístico, na realização de seus estudos e pesquisas, bem como no ensino e treinamento, é vedado:
§1 — Interferir na vida dos sujeitos, sem o consentimento dos mesmos, além de informá-los sobre as possíveis conseqüências de tais atividades; §2 — Promover experiências que envolvam qualquer espécie de risco ou prejuízo a seres humanos, animais ou meio ambiente; §3 — Negar o livre acesso das pessoas envolvidas aos resultados das pesquisas ou estudos, se estas assim o desejarem; §4 — Deixar de citar as fontes consultadas ou de mencionar as contribuições prestadas por assistentes, colaboradores ou outros autores, bem como utilizar-se de informações particulares ainda não publicadas, sem autorização expressa do autor.
5.3.4.6.2 — Em todas as comunicações e/ou divulgações públicas, o Terapeuta Holístico omitirá ou alterará dados que possam conduzir à identificação da pessoa ou instituição envolvida, exceto se houver interesse manifesto das mesmas e autorização expressa.
5.3.4.6.3 — O Terapeuta Holístico ao promover publicamente seus serviços:
§1 — Informará com exatidão o número de registro; §2 — Não poderá utilizar o preço de serviço como forma de propaganda; §3 — Não proporá atividades que impliquem invasão ou desrespeito a outras áreas profissionais; §4 — Em hipótese alguma fará previsão taxativa de resultados ou se utilizará de conteúdos falsos ou sensacionalistas; §5 — Não fará uso de expressões, palavreado técnico, roupagens ou quaisquer artifícios que possam induzir o público a acreditar que pertence a outra categoria profissional que não seja a de Terapeuta Holístico


5.3.4.7 DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS

5.3.4.7.1 — Os honorários serão fixados com dignidade e com o devido cuidado, para que corresponda a uma justa retribuição aos serviços prestados, lembrando que o Terapeuta Holístico para manter a qualidade de seu trabalho precisa de recursos financeiros para investir em supervisão, cursos, estudos, terapia e/ou psicoterapia o que, indiretamente, implica em benefício da pessoa atendida;
§ Único — Se o Terapeuta Holístico reduzindo o valor de seus honorários, deixar de cumprir qualquer recomendação do Código de Ética, em especial o item II dos Princípios Fundamentais e os §6 e§7 do 5.3.4.3.2, diminuindo, assim, o padrão de qualidade exigido, estará exercendo concorrência desleal;
5.3.4.7.2 — A fim de tornar a profissão de Terapeuta Holístico reconhecida pela confiança e aprovação da sociedade, os honorários poderão ser adaptados às condições financeiras do atendido, tomando este ciência da excessão feita e comunicando-se o fato a este órgão, para que não se caracterize como concorrência desleal;


5.3.4.8 DA OBSERVÂNCIA, APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA.

5.3.4.8.1 — Esta entidade assessorará os Terapeutas Holísticos na aplicação deste Código e sua observância, além de acatar denúncias de quaisquer procedências, instaurando investigação sigilosa (só terão amplo acesso aos dados as partes diretamente interessadas, ou seja, denunciante e denunciado, ou seus representantes);
5.3.4.8.2 — As infrações ao Código de Ética acarretarão penalidades várias obedecendo critérios estabelecidos pelo SINTE, além da suspensão e até mesmo da perda de seu registro;
5.3.4.8.3 — Competirá a esta entidade firmar jurisprudência quanto aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código o qual poderá ser alterado mediante proposta da Diretoria e desde que aprovada em reunião oficial;


5.3.5 Constatação de Conformidade:

O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

6.1 Anexos Informativos

Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

Vide Capítulo Anexos Informativos.



2 NTSV - PH 001 PSICOTERAPIA


NTSV — PH 001 Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão

NTSV — PH 001.Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão.
Boas Práticas Para Preparação e Utilização


1. SUMÁRIO
Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
NTSV — PH 001
Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão
Boas Práticas Para Preparação e Utilização


2. PREFÁCIO  

Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
 A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
   Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
   As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém que passa a ser favorecido pela "lei de mercado”.
   A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
   Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.


3. INTRODUÇÃO  

A Terapia de Regressão conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia de Regressão.

4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

4.1 Título Terapia de Regressão — Boas Práticas Para Utilização

4.2 Objetivo
Definir a adequação padrão de utilização.


4.3 Referências Normativas

NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

5.1 Definições

5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato- psíquico. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avaliam os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.


5.1.2 PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato- psíquico. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.


5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a posposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.


5.1.4 TERAPIA DE REGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de Regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.


5.1.5 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.


5.1.6 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.


5.1.7 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.


5.1.8 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.


5.1.9 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

5.1.10 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.


5.2 Símbolos e Abreviaturas
TH — Terapeuta Holístico;
THP — Psicoterapeuta Holístico;
NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;
TR — Terapia de Regressão


5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.


5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou

5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Psicoterapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

5.3.3 Procedimento em primeira consulta

5.3.3.1 — Avaliar pré-requisitos e contra-indicações:

5.3.3.1.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permanecer guardada junto à ficha do cliente.

5.3.3.1.2 — Contra-indicações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

5.3.3.2 — Explicar o processo de Regressão com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial:

5.3.3.2.1 Quanto à duração e continuidade do trabalho;

5.3.3.2.2 Que a TR é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

5.3.4 Procedimento para as demais sessões:

5.3.4.1 Após a 2a consulta já pode ser praticada a TR.
5.3.4.2 Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao TH avaliar exceções.

5.3.4.3 Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de Regressão, conduzindo este ao autoconhecimento.

5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

6.1 Anexos Informativos Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.


Autor: : ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO - TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 42753
Última atualização: 29/12/2008 13:12


Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



Sumário

Resumo

I - Introdução

II- Material e Metodologia

II.I - Definições

II.II - Boas práticas em Terapia Corporal

III - Resultados

IV - Discussão

V - Conclusões

VI - Referências Bibliográficas

VII - Anexos Informativos

VII.I - Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

VII.II - Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística
VII.III -
Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

Resumo

Esta propositura disserta sobra a integração das técnicas corporais orientais seculares com as modernas e ocidentais abordagens psicanalísticas reichianas e derivadas, resultando em uma Terapia Corporal de abordagem holística. Resgata a importância do tocar e ser tocado como instrumento de catarse terapêutica e de harmonização psicofísica, resultando em ampliação da qualidade de vida e autoconhecimento, tanto para o Cliente, quanto para o profissional.

Introdução

Muito se aborda a globalização e o acesso universal a informações em todos os campos de conhecimento, incluindo a Terapia Holística. Porém, mesmo no Brasil, de ampla tradição de sincretismo e fusão das mais variadas vertentes de pensamento, ainda deparamos com um separatismo entre as técnicas corporais orientais e ocidentais, bem como uma distância entre o discurso de paradigma holístico e uma real aplicação deste conceito, a tal ponto de ainda encontrarmos profissionais que iludem-se de atuar em questões físicas e outros, em aspectos psíquicos, como se tais existissem de forma isolada...

São inegáveis as qualidades técnicas das manobras corporais tradicionais, tais como o shiatsu, tuina, anma, sparsha, dentre outras, assim como é fundamental a contribuição da psicanálise quanto aos aspectos inconscientes de nossa personalidade serem corporificados. Contudo, ambas as vertentes ainda não convergiram, resultando em "massagistas" (termo totalmente inadequado à legislação brasileira...) que desconhecem o fato de seu trabalho pode resultar em catarses, como também em profissionais da vegetoterapia e bioenergética propondo técnicas de toque, respiratórias e posturais que já estariam eficientemente supridas nas já seculares técnicas corporais, como as já citadas, bem como as oriundas do yôga e tai-chi-chuan.

Cabe ao Brasil eliminar a iniciativa em superar desinformações, preconceitos e vaidades, promovendo a integração entre todas estas linhas complementares de tratamento, formando Terapeutas Corporais que honrem a sabedoria milenar, da mesma forma que abraçam a modernidade psicanalítica, fazendo justiça a que mais esta modalidade terapêutica seja integrante da Terapia Holística, atendendo a Clientela ciente de que físico-psíquico-social-transcendente é uma só unidade indissociável.

II - Material e Metodologia -

II.I - Definições

ACONSELHAMENTO — processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.

BIOENERGÉTICA —Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.
CALATONIA —técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.

CATARSE extravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

ID é a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego.

INSIGHT "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

LEITURA CORPORAL — método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

PERSONA — é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

RELAXAMENTO — vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
TERAPIA CORPORAL — uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

TERAPIA REICHIANA — desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

VIVÊNCIAS — realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

II.II - Boas práticas em Terapia Corporal:

Idade mínima do cliente para Terapia Corporal: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
Explicar o processo de Terapia Corporal com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
O Terapeuta Holístico deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico;

O Cliente deve ser inquerido pelo Terapeuta Holístico quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

A Terapia Corporal aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

III - Resultados

Constatou-se ganhos significativos oriundos do sincretismo entre as abordagens ocidentais modernas e orientais milenares da Terapia Corporal. As manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, mostraram-se mais adaptáveis a cada Cliente, em comparação às mais recentes, oriundas das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética. Em contraponto, a proposta analítica destas últimas são indispensáveis à interpretação emocional refletida via corpo, já que essa capacidade fora perdida no decorrer do tempo, no que se refere ao ensino e prática das técnicas orientais, na forma como nos chegam atualmente.

Clientes originados de queixas físicas apresentam resultados mais rápidos e eficazes quando a Terapia Corporal aflora as emoções reprimidas simultaneamente ao trabalho de toque. É perceptível ao tato do profissional, o relaxamento nas áreas antes tensas, imediatamente à manifestação da emoção e/ou lembrança que emerge sincronisticanente ao contato físico com a zona reflexa e/ou diretamente sobre a região corpórea. Da mesma forma, regiões sem tônus de pronto manifestam retorno da tonicidade, assim que afloram os sentimentos e lembranças induzidos pelo toque de volta à consciência. Quadros de dores e de dificuldade de movimentos apresentam reversão drástica, ainda que temporária, imediatamente à catarse emocional desencadeada pelo toque e indução verbal.

Ratificando o acima descrito, quadro similar ocorre com a Clientela de queixas emocionais, onde o trabalho de toque serve tanto para detectar quais regiões corpóreas estão refletindo o quadro psíquico, quanto para aflorar à consciência as emoções reprimidas, bem como lembranças de situações traumáticas.

Em ambas as situações, a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, incluindo o ACONSELHAMENTO, desempenha papel fundamental em facilitar ao Cliente a compreender o conteúdo aflorado, o que se mostra fundamental para que o quadro queixoso anterior não reincida. A catarse emocional por si só, apresenta resultado temporário, com imediata melhoria do quadro geral, porém, com retorno do estado original poucos dias após. A durabilidade do resultado é mantida quando o Cliente é simultaneamente amparado com técnicas de foco psicoterápico.

A inclusão do contato físico na relação CLIENTE e TERAPEUTA HOLÍSTICO acelera o ritmo e intensifica a terapia, traduzindo-se em resultados de espectro mais amplo e, uma aumento da frequência e intensidade nas transferências e contra-transferências, exigindo grande preparo do profissional.

IV - Discussão

Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos.

Modernas ideologias, governos ditatoriais e o cientificismo mecanicista influenciaram uma ruptura no paradigma holístico terapêutico. Seja por necessidade de sobrevivência às perseguições, seja em concessões e adaptações para tentar enquadrar nos limites do "científico", fato é que ao século 20, terapias como shiatsu, tuiná, anma, seitai e similares, chegaram até nós amputadas de sua original tradição sistêmica, passando a tratar o "corpo" como se fosse uma "máquina", composta de "partes" a serem manipuladas pelo toque para que "funcionem" melhor... A excelência técnica das manobras corporais se manteve, porém, perdeu-se a "alma" em algum momento de sua história.

A partir da década de 70, com o movimento da contracultura, "revolução aquariana", ecologia e retomada do paradigma holístico, as abordagens corporais se permitiram a reintegração com os conceitos de "energia", reassumindo a interação com meridianos (canais de circulação energética da acupuntura - terapia tradicional chinesa), chacras (ou chakras, vórtices de energia estudados na ayurvédica - terapia tradicional indiana) e "corpos sutis" (matrizes energéticas paralelas ao corpo material, conceito este comum a todas as culturas milenares). Ao mesmo tempo, readmitiu-se que a terapia pelo toque igualmente atua nas emoções, porém, sem aprofundar na questão, deixando de integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

Desenvolvendo-se de forma complementar, contamos com a Psicánalise, pela qual Freud demonstra a grande atuação das questões psíquicas nas somatizações, sendo até possível a reversão destas, como decorrência da análise, ao resgatar do inconsciente, os traumas, lembranças, emoções reprimidas e integrá-las ao consciente.

Quer seja por preocupar-se em manter-se dentro de uma certo paralelo com a metodologia científica (isolar-se do "objeto" estudado...), quer seja para evitar maiores controvérsias e envolvimentos, TOCAR o Cliente era algo fora de discussão, até a dissidência de Wilhelm Reich, que “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”).

A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante).

Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento, também conhecido como Couraças Musculares do Caráter, aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bioenergia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas.

A linha reichiana "clássica", a Vegetoterapia, segue um padrão relativamente rígido e pré-fixado para a sequência de desbloqueio das couraças, enquanto que as chamadas correntes neoreichianas, como a Bioenergética (que tem Alexander Lowen como seu expoente...) são mais flexíveis quanto à ordem e formas de trabalhar os bloqueios, utilizando-se, além do toque, técnicas respiratórias e posturais, que contém muitos paralelos ao Yôga e Tai-Chi-Chuan...

Estas últimas vertentes, de origens ocidentais e modernas, em contraponto com as demais linhas aqui inicialmentes descritas, milenares e orientais, permaneceram distanciadas, uma corrente desconhecendo totalmente a outra. Não raro deparamos com reichianos que desconhecem chacras e shiatsuterapeutas que nem sequer imaginam que desbloqueiam "couraças do caráter"...

Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar. Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge. É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor. Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

" ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA. É consenso que a maioria dos Terapeutas possui profundas feridas narcisísticas em aberto, as quais tentamos cicatrizar ao dar atenção aos Clientes, da forma que jamais tivemos... Não raro, tivemos que amadurecer cedo, quando deveríamos ter tido a permissão de ser crianças e nossos cuidados com os outros é a sublimação do ressentimento de que nosso amor não bastava para sermos correspondidos pelos pais, pois só sendo "produtivos" e "perfeitos" para sermos amados. Por isso, oculta-se no TOCAR em nossos Clientes, o desejo de acolhimento e amor.

Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente. Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em contínua terapia e supervisão, inclusive, em grupos de discussão, pois o que se constata na prática é que, independente do quão experiente seja um analista, quando está em momento de contratransferência, sua visão do caso fica prejudicada, enquanto que para os demais colegas, que não estão emocionalmente envolvidos na situação, muito mais facilmente detectam o que está ocorrendo.

V - Conclusões

O contato físico intensifica o ritmo da terapia e igualmente aumenta o grau de responsabilidade e exigência técnica, o que é plenamente compensado pela excelência de resultados e gratificação profissional.

Não há mais justificativa, em nosso atual tempo de acesso globalizado às mais variadas correntes terapêuticas, à ilusão de abordar o psicofísico como se fosse "partes separadas".

A fusão entre as manobras orientais já tradicionais e a conscientização do efeito psíquico do toque reavivada pelas correntes psicoterápicas reichianas e neo-reichianas, resulta em uma terapia mais profunda e abrangente do que a simples soma das partes.

Tanto as reclamações de origem física, quanto as de foco emocionais são atendidas na mesma proposta de trabalho, em conformidade com o paradigma holístico, ampliando o leque de oportunidades em atender quantitativa e qualitativamente à Clientela potencial.

A ampliação da transferência e contratransferência pelo fator do tocar e ser tocado, obriga o Terapeuta Holístico a manter-se em contínua terapia e supervisão, resultando num indivíduo mais equilibrado e autoconsciente e, como tal, um profissional mais eficiente e um ser humano mais feliz.

VI - Referências bibliográficas

CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

VII - Anexos e Apêndices

VII.I

Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

 

Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

 

Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

 

De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

 

Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

 

Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

 

Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

 

Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

 

Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

 

1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

 

2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

 

3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

 

4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça"

5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

 

6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

 

7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

 

8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

 

Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

 

Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contratransferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

 

Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Imaginem uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Se não estiver atenta à possibilidade de contra-transferência, é capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

 

Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

 

Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

 

VII.II -


Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística

Se o profissional faz uso de técnicas corporais, jamais deverá chamar este trabalho de "massagem", não só pelo sentido pejorativo que a confusão com prostituição trouxe à palavra, como, também , pelo fato de que estaria sendo enquadrado dentro de alguns requisitos impossíveis de serem cumpridos, pois estaria sujeito às seguintes diretrizes, dentre outras:

DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942
Regula a Propaganda de Médico, Cirurgiões Dentistas, Parteiras, Massagistas, Enfermeiros, de Casas de Saúde e de Estabelecimentos Congêneres, e a de Preparados Farmacêuticos
Das Parteiras, dos Massagistas e Enfermeiros (artigos 2 e 3)
ART.2 - é proibido às parteiras, aos massagistas e aos enfermeiros fazer referências a tratamentos de doenças ou de estado mórbido de qualquer espécie.
ART.3 - As parteiras, os massagistas e os enfermeiros estão obrigados a mencionar em seus anúncios o nome, título profissional e local o nde são encontrados.


LEI 3.968 DE 05/10/1961
Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Massagista, e dá outras Providências.
ART.1 - O exercício da profissão de Massagista só é permitido a quem possua certificado de habilitação expedido e registrado pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina após aprovação, em exame, perante o mesmo órgão.
ART.2 - O massagista devidamente habilitado, poderá manter gabinete em seu próprio nome, obedecidas as seguintes normas:
1 - a aplicação da massagem dependerá de prescrição médica, registrada a receita em livro competente e arquivada no gabinete;
2 - somente em casos de urgência, em que não seja encontrado o médico para a prescrição de que trata o item anterior, poderá ser esta dispensada;
3 - será, somente, permitida a aplicação de massagem manual sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou fisioterápica;
4 - a propaganda dependerá de prévia aprovação da autoridade sanitária fiscalizadora.

Como podem perceber, será muito melhor nominar seus trabalhos como "Terapia Corporal", evitando, assim, se enquadrarem nas leis acima citadas, as quais só podem ter sido criadas para coibir a prática da Massagem.

Já há anos o SINTE recomenda abolir o termo "massagem" (tanto por ser associada popularmente à prostituição, como por enquadrar-se em legislação impossível de ser cumprida) , que deve ser substituída por "Massoterapia", ou, melhor ainda "Terapia Corporal".

Ultimamente, a expressão "massoterapia" igualmente passou a ser sinônimo de prostituição, além de que, no Paraná, os órgãos públicos identificam como sinônimo de "massagem" e passaram a exigir daqueles que alegam trabalhar com esta técnica, o cumprimento das legislações impraticáveis (DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942 e LEI 3.968 DE 05/10/1961).

Portanto, a melhor solução é o termo "Terapia Corporal" e aproveitar a oportunidade para que os cursos se aperfeiçõem para fazer justiça a este nome e acrescentem ensinamentos de Reich e Lowen (psicanálise/vegetoterapia e bioenergética) às já consagradas manobras corporais orientais e ocidentais.

VII.III -

Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:

Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho

Estruturas da Psique:

De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.


Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.


Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.


Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;
PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;
INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.


Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.


Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.


Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 20/07/2009 16:24


I Ching - O Software Do EU

 I Ching - O Software Do EU

Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001

SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

 

 

Sumário


Resumo

Introdução

Material e Metodologia

Resultados

Discussão

Conclusões

Referências Bibliográficas

Anexos e Apêndices

 

 

Resumo

Este trabalho aborda a utilização do I Ching como instrumento auxiliar à Psicoterapia Holística, análogo às técnicas de associação "livre" e de interpretação de sonhos. 

Igualmente discursa sobre sobre a sincronicidade (coincidências emocionalmente significativas) entre os símbolos gerados aleatoriamente (hexagramas) e o inconsciente do Cliente, como forma de propiciar "insights" e catarses durante a interpretação conjunta dos textos e imagens milenares.

E, a título lúdico, apresenta o I Ching como o antecessor do código binário utilizado na moderna computação, tendo as linhas, ora Yin, ora Yang, o mesmo papel dos numerais zero e um, a compor todo o Universo de possibilidades, sintetizadas em 64 situações arquetípicas com as quais todo indivíduo inconscientemente se percebe refletido.

 
 Introdução

Milenarmenteutilizado como forma de meditação pelos estudiosos e como oráculo pelosleigos, o I Ching foi apresentando ao século 20 como viável instrumentoterapêutico, graças à pública simpatia de Carl Gustav Jung,um dos maiores nomes da Psicanálise, por este instrumento, demonstradaem seu prefácio à obra "I Ching - O Livro Das Mutações", de RichardWilhelm, principal responsável em introduzir o sistema ao Ocidente.

Também na lista de célebres admiradores do I Ching, contamos com Gottfried Wilheim Leibniz,que assumiu a grande similaridade com o sistema binário (a basematemática da linguagem de computação...) por ele desenvolvido, assimcomo Niels Bohr, umdos pais da física quântica, que reconheceu as semelhanças entre suaciência das partículas e as mutações descritas neste que é consideradoo livro mais antigo do mundo (cerca de 5 mil anos), além do polêmicocientista biomolecular Johnson F. Yan, que demonstrou a curiosasemelhança entre a matemática do DNA e a do I Ching, popularizado emsua obra "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" e, claro, o mais reverenciadofilósofo chinês, cujo nome latinizado é Confúcio, a quem se atribuivários textos interpretativos aos hexagramas.

OI Ching atua como "espelho" onde refletimos nosso próprio inconscientee sua eficácia neste sentindo é tamanha, a tal ponto de renomadosmatemáticos, físicos, biólogos, filósofos e, mais diretamenterelacionado à nossa proposta, psicanalistas, enxergarem a si e a seustrabalhos espelhados nos símbolos antigos. 

Da mesma forma, o Terapeuta Holístico podefazer uso deste instrumento, tanto para acessar seu próprioinconsciente e maximizar-se como pessoa e profissional, quanto comométodo lúdico de contornar a resistência racional dos Clientes emaflorar materiais psíquicos não conscientes, bem como clarificar oentendimento do momento. 

 

Material e Metodologia

Aidade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmentepoderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houverautorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e oprofissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional docandidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha doCliente.

O profissional que atua com o I Ching é um TERAPEUTA HOLÍSTICO, Modalidade: Terapia Em Sincronicidade,que distingue-se dos demais por atuar junto ao seu cliente sem aobrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumassituações nem sequer é necessária a presença do mesmo. 

Esteprofissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidadejunguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, taiscomo radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, IChing, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliaçãodo quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição eo pensamento não-linear. 

Deposse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas comoreiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além dadiscussão interativa com o cliente de aspectos levantados ouastrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodostradicionais de "previsão", acrescidos de aconselhamento, levando aoautoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns:comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma,incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida(aumento máximo das oportunidades e minimização das condiçõesadversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões,inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além departiculares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada dedecisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promovera harmonização energética de ambientes.

OTerapeuta Holístico deve explicar o processo de Terapia emSincronicidade com detalhes e certificar-se de que seu clientecompreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexistevinculação religiosa ou de credo ao trabalho. Deve esclarecer que ossímbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.)jamais determinam as características e acontecimentossócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regeremsincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos dereferência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos. 

Necessitatornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsõestaxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposiçõescom maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um períodoou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões. 

Pertinentefazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, queao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração deletras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso depedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-secom as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim,considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativosenvolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

Oconsultório deve estar aparelhado para proporcionar temperaturaambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena,minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente paracom o profissional.

OTerapeuta Holístico, por meio de variadas técnicas (relaxamento viatoque ou induzido verbalmente, musicoterapia, aromaterapia,cromoterapia e similares), deve propiciar ao Cliente um estado deserenidade, condição ideal para melhor aproveitamento da sessão em queincluir o I Ching. Opensamento deve focar em uma pergunta objetiva sobre a situação quedesejam aprofundar em terapia. Isto feito, opta por um método de geraraleatoriamente o hexagrama que servirá de "espelho" arquetípico onde oconsulente refletirá a si mesmo. 

Ohexagrama, como o nome sugere, é composto por seis linhas, cada qualpodendo ser classificada como yin (representada graficamente por umalinha interrompida: _ _ ), ou yang (representada por uma linha contínua: ___ ),sendo unidas umas sobre as outras, de baixo para cima. Originalmenterealizado por varetas de milefólio, o "sorteio" popularizou-se via usode três moedas de duas faces distintas, arbitrando-se o valor numérico2 (dois) para o lado par e 3 (três) para o ímpar. A soma das trêsmoedas sendo par, está pré-definida como sendo uma linha yin ( _ _ ) e,caso ímpar, resulta em linha yang ( __ ), sendo repetido o procedimento até obter as 6 linhas que comporão o hexagrama. 

Com o auxílio da literatura sobre o I Ching (recomendamos o excelente "I Ching: o Livro das Mutações",de Richard Wilhelm, impresso pela Editora Pensamento-Cultrix), queincluem uma tabela como a seguinte, identifica-se o númerocorrespondente ao hexagrama obtido e consulta-se os textos relacionados.

 

Trigrama
superior
 
----------------
Trigrama inferior 
Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
Céu
Trigramme zhèn du Yi Jing 
Chên, o Incitar

Trovão
Trigramme kǎn du Yi Jing 
K´an, o Abismal

Água
Trigramme gèn du Yi Jing 
Kên, a Quietude
Montanha
Trigramme kūn du Yi Jing 
K´un, o Receptivo

Terra
Trigramme xùn du Yi Jing 
Sun, a Suavidade

Vento
Trigramme lí du Yi Jing 
Li, o Aderir

Fogo
Trigramme duì du Yi Jing 
Tui, a Alegria

Lago
Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
Céu
Hexagramme 1 du Yi Jing
1
Hexagramme 34 du Yi Jing
34
Hexagramme 5 du Yi Jing
5
Hexagramme 26 du Yi Jing
26
Hexagramme 11 du Yi Jing
11
Hexagramme 9 du Yi Jing
09
Hexagramme 14 du Yi Jing
14
Hexagramme 43 du Yi Jing
43
Trigramme zhèn du Yi Jing Chên, o Incitar
Trovão
Hexagramme 25 du Yi Jing
25
Hexagramme 51 du Yi Jing
51
Hexagramme 3 du Yi Jing
3
Hexagramme 27 du Yi Jing
27
Hexagramme 24 du Yi Jing
24
Hexagramme 42 du Yi Jing
42
Hexagramme 21 du Yi Jing
21
Hexagramme 17 du Yi Jing
17
Trigramme kǎn du Yi Jing K´an, o Abisma
Água
Hexagramme 6 du Yi Jing
6
Hexagramme 40 du Yi Jing
40
Hexagramme 29 du Yi Jing
29
Hexagramme 4 du Yi Jing
4
Hexagramme 7 du Yi Jing
7
Hexagramme 59 du Yi Jing
59
Hexagramme 64 du Yi Jing
64
Hexagramme 47 du Yi Jing
47
Trigramme gèn du Yi Jing Kên, a Quietude
Montanha
Hexagramme 33 du Yi Jing
33
Hexagramme 62 du Yi Jing
62
Hexagramme 39 du Yi Jing
39
Hexagramme 52 du Yi Jing
52
Hexagramme 15 du Yi Jing
15
Hexagramme 53 du Yi Jing
53
Hexagramme 56 du Yi Jing
56
Hexagramme 31 du Yi Jing
31
Trigramme kūn du Yi Jing K´un, o Receptivo
Terra
Hexagramme 12 du Yi Jing
12
Hexagramme 16 du Yi Jing
16
Hexagramme 8 du Yi Jing
8
Hexagramme 23 du Yi Jing
23
Hexagramme 2 du Yi Jing
2
Hexagramme 20 du Yi Jing
20
Hexagramme 35 du Yi Jing
35
Hexagramme 45 du Yi Jing
45
Trigramme xùn du Yi Jing Sun, a Suavidade
Vento
Hexagramme 44 du Yi Jing
44
Hexagramme 32 du Yi Jing
32
Hexagramme 48 du Yi Jing
48
Hexagramme 18 du Yi Jing
18
Hexagramme 46 du Yi Jing
46
Hexagramme 57 du Yi Jing
57
Hexagramme 50 du Yi Jing
50
Hexagramme 28 du Yi Jing
28
Trigramme lí du Yi Jing Li, o Aderir
Fogo
Hexagramme 13 du Yi Jing
13
Hexagramme 55 du Yi Jing
55
Hexagramme 63 du Yi Jing
63
Hexagramme 22 du Yi Jing
22
Hexagramme 36 du Yi Jing
36
Hexagramme 37 du Yi Jing
37
Hexagramme 30 du Yi Jing
30
Hexagramme 49 du Yi Jing
49
Trigramme duì du Yi Jing Tui, a Alegria
Lago
Hexagramme 10 du Yi Jing
10
Hexagramme 54 du Yi Jing
54
Hexagramme 60 du Yi Jing
60
Hexagramme 41 du Yi Jing
41
Hexagramme 19 du Yi Jing
19
Hexagramme 61 du Yi Jing
61
Hexagramme 38 du Yi Jing
38
Hexagramme 58 du Yi Jing
58


Comumente,o nome dos trigramas (hexagramas são compostos por dois trigramas), bemcomo do hexagrama em si, por si só, induzem a imagens mentais desituações análogas na natureza, provocando respostas emocionais. Nolivro recomendado existe também descrições e comentários, quanto àslinhas, aos trigramas e ao hexagrama em si, tanto de origem milenar,quanto do próprio autor e a e leitura dos mesmos frequentemente causa"insights", onde o consulente percebe coincidências significativasentre o descrito e a resposta que procura.

Portradição, as linhas que resultem das três moedas com a mesma face (3"caras", ou 3 "coroas"), ou, no caso de outro sistema de sorteio, omaior número par possível (seis), ou maior número ímpar possível(nove), por si só seriam objeto de atenção especial, existendo textosespecíficos a serem lidos e interpretados, para cada linha nestasituação, que são chamadas de "linhas móveis". 

A"mobilidade" sugerida implica que, estando na soma numérica máxima dacondição par (yin) ou ímpar (yang), as linhas nestas condições estãoprestes a se transformar em seu oposto ( de _ _ passaria para __ evice-versa...), obtendo-se assim, um novo hexagrama, desta vezrelacionado a uma situação futura, que seria decorrência natural datransmutação no tempo, do quadro apresentado inicialmente, que é focadono momento presente. Novamente, a consulta à tabela acima, levaria aostextos correspondentes, que acrescentariam mais subsídios para oconsulente espelhar-se e obter conclusões.

Atualmente,existe muitos softwares capazes de realizar o sorteio do hexagrama, bemcomo já localizar os textos correspondentes ao mesmo. O próprio SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS vem desenvolvendo uma versão online, para uso de seus associados.

OTerapeuta Holístico traz à pauta terapêutica as sincronicidadespercebidas pelo Cliente em relação à sessão com o I Ching, tal comofaria nas técnicas de interpretação de sonhos e de associações"livres", realizando uma discussão interativa sobre os aspectoslevantados, auxiliando o consulente a reconhecer conteúdos psíquicosseus que projetou durante o exercício lúdico de interpretação dohexagrama. 

 

Resultados

Ométodo mostrou-se eficaz como forma de acesso ao inconsciente,contornando as defesas racionais que comumente bloqueiam o aflorar dematerial psíquico, bem como foi particularmente útil com Clientes quetenham resistência maior perante as alternativas mais usuais deampliação da consciência, tais como análise de sonhos e associaçõeslivres. A interpretação e discussão de hexagramas obtidos possibilitauma sequência de pautas a serem trabalhadas em sessões continuadas,funcionando como fio de meada eficiente para a evolução dos processosde autoconhecimento almejados na terapia.


Discussão 

Boaparte do esforço terapêutico se dá no sentido de acessar o conteúdopsíquico inconsciente do Cliente, trazendo-o à consciência e auxiliar àmaior compreensão e assimilação, resultando em autoconhecimento e, porconsequência, uma melhoria na Qualidade de Vida

Quantomais objetivo e racional for o método adotado para este fim, tanto maisfácil será para que as defesas e a resistência à terapia criemobstáculos ao aflorar de material reprimido. É válido, pois, que seutilize igualmente técnicas de cunho subjetivo, capazes de contornar aresistência do racional e possibilitar que, de forma indireta, semanifestem aspectos psíquicos, projetados em algo externo ao que sejacomumente associado com o "eu". O analista atento será capaz deidentificar as projeções e colher subsídios para a evolução da terapia.A Psicanálise clássica tira bom proveito da técnica de associaçãolivre, na qual o Cliente, ao entregar-se ao "jogo" de expressar tudoque lhe vier à mente, sem censura e da forma mais espontânea eimpensada, frequentemente traz à tona informações reprimidas sobre simesmo, sem se dar conta de imediato, contornando desta forma, aresistência natural que impede o aflorar destes conteúdos. Ainterpretação de sonhos segue este mesmo caminho, pois, nosso racionalnão se dá conta, a princípio, de que ao falar do que aconteceu nouniverso onírico, estamos, na verdade, contando sobre nós mesmos. OPsicodrama, a Arteterapia, igualmente possibilitam "palco" e "tela"onde o Cliente interpreta e pinta a si mesmo, sem se dar conta imediatado processo, evitando dessa forma que as defesas racionais bloqueiem oeclodir do material psíquico.

Dentro desta mesma linha, os métodos que utilizam o conceito junguiano de SINCRONICIDADE, tais como Astrologia, Numerologia, Tarô e, mais particularmente ao caso, o I Ching,funcionam perfeitamente como formas de acessar o inconsciente e detrazer à tona material antes reprimido, no decorrer do exercício deinterpretação.

Aindaque de origem milenar e oriental, o I Ching, quanto à forma, está emparalelo com as mais modernas e ocidentais concepções. O conceito de umuniverso em contínua mutação possui evidentes analogias com a visão domicroscosmo das partículas, antes tida como imutáveis, e que agora sãoconcebidas como transmutáveis umas nas outras, na visão da físicaquântica. 

Jáa incrível coincidência entre a matemática do DNA e as suas 64possíveis combinações e igual número e forma de hexagramas do I Ching,novamente colocam o secular sistema em sintonia com os nossos tempos.

Maispróxima ao cotidiano de todos, a computação, onipresente na vidamoderna, simplesmente se baseia na mesma matemática que o I Ching: TUDOé sintetizável e expresso sob  combinações de tão somente duasvariáveis opostas e complementares: "0" (desligado, negativo) e "1"(ligado, positivo), ou seja, yin ( _ _ ) e yang ( __ ) !

Veja a palavra ALEGRIA, escrita em linguagem de computação: 

 

01000001011011000110010101100111011100100110100101100001

 

E a mesma expressão, sintetizada em um hexagrama:

 

_  _  0
___  1
___  1
_  _  0
___  1
___  1

Damesma forma como a linguagem "pura" do computador nos é incompreensívele precisamos de sistemas operacionais (DOS, Windows, Linux...) quefaçam a tradução, bem como de "softwares" (aplicativos) para tarefasespecíficas, igualmente o entendimento direto de um hexagrama nosescapa e necessitamos de "traduções" desta linguagem primordial,servindo para tal, os textos de autores seculares e modernos, que nostrazem suas interpretações quanto às linhas, trigramas e hexagramas.

Assimcomo o computador, tão somente variando entre zero e um, nos dá acessoa textos, imagens, sons, vídeos, cores, igualmente o I Ching,alternando entre yin e yang, resulta em combinações que evocam em cadaum de nós, situações típicas pelas quais todos passamos em algummomento, mais precisamente, 64 circunstâncias "universais", ARQUETÍPICAS, tão antigas e primordiais que fazem parte do INCONSCIENTE COLETIVO e, como tal, automaticamente evocam nossa empatia. 

Cadahexagrama é um espelho no qual refletimos uma faceta de nós mesmos.Neste quesito, até o mais cético e racional dos indivíduos éperfeitamente capaz de compreender e aceitar. O que realmente causaadmiração a quem pratica e suspeição em quem nunca experienciou ofenômeno, é que o signo gerado ao "acaso" pelas variáveis do yin eyang, resulta em algo mais do que uma "tela" em que projetamos aspectosinconsciente de nosso psiquismo... Até mesmo um "observador externo" aoevento percebe evidentes coincidências entre a pergunta original e osímbolo resultante pelo método do I Ching. Não existe uma relaçãocausal, mas, subjetivamente, emocionalmente, é sentido que é ocorrecontinuadamente coincidências significativas, ou seja, SINCRONICIDADES entre o momento vivenciado pelo consulente e a interpretação clássica do hexagrama resultante.

 

Nestetrabalho aqui apresentado, teceu-se várias metáforas relacionando osistema com "telas" onde o Cliente pinta a si mesmo; neste ponto datese, convém ampliarmos a analogia, considerando cada hexagrama comouma obra-prima retratada há milhares de anos, cuja interpretação já foiobjeto de dedicação de inúmeros especialistas no decorrer dos tempos. AMona Lisa, de Da Vinci, é coletivamente conhecida por seu sorrisoenigmático. Individualmente, pode ocorrer de alguém olhar ao quadro econsiderar a mulher retratada como estando, por exemplo, triste. Nestasituação hipotética, há grandes chances da pessoa estar PROJETANDO suatristeza como se fosse algo externo a si, defensivamente atribuindo suaemoção não compreendida para a tela. Claro que, em terapia, a situaçãodescrita, por si só, teria proporcionado um bom subsídio... 

Já no contexto terapêutico em que se emprega o I Ching, o procedimento terá que ser complementado. Quando um profissional, um Terapeuta Holístico,se propõe a incluir esta técnica a disposição de seus Clientes, há deestudar as interpretações clássicas de cada hexagrama, pois,partindo-se do pressuposto da SINCRONICIDADE, ainda que sejafundamental tudo o que o consulente projetar de si sobre os símbolos,também será importante o arquétipo, quanto ao seu consensointerpretativo clássico, cabendo levantar a hipótese de o indivíduoenquadrar-se no contexto e estar resistindo inconscientemente emconstatar. 

Aindano campo metafórico, algo como um espelho refletindo uma pessoa magra(dentro de parâmetros de interpretação padronizados pela sociedade..),que vê a si como estando acima do peso, pois, devido a educaçãorecebida, traumas, etc..., desenvolveu uma auto-imagem de inadequação.Caberia ao Terapeuta Holístico constatar a provável disparidade eincluir na pauta das sessões uma forma de auxiliar o Cliente em rever aimagem que fixou sobre si mesmo. Também no espelhamento frente a umhexagrama, o profissional deve observar se há discrepânciasignificativa entre a interpretação pessoal do consulente e a versãoclássica e se é caso de propor e proporcionar oportunidade dereavaliação de sua percepção do momento.

O I Ching, quanto empregado no âmbito terapêutico, tem claro enfoque de que está sendo acessado o INCONSCIENTE,não apenas o coletivo, mas essencialmente o INDIVIDUAL, cabendo aoTerapeuta Holístico catalizar a interpretação do Cliente quanto aoshexagramas, inclusive, suprindo-o de informações quanto à visãoclássica de seus significados, mantendo-se atento a identificar oconteúdo psíquico que se apresentar refletido, para que possa, nomomento oportuno, reapresentar à pauta das sessões.


Conclusões

Boaparte da Clientela da Terapia Holística possui curiosidade e aceitaçãoquanto a técnicas que envolvam a Sincronicidade, como é o caso do I Ching, especialmentedestacado graças à simpatia pública de grandes pensadores, e, ainda quemilenar, mantendo-se em surpreendente atualidade quanto ao linguajarmatemático em que se estrutura, similar ao dos computadores, que estãocada vez mais inseridos no dia-a-dia de nossa vida moderna.

Aampliação do autoconhecimento é premissa para toda Terapia, o que exigedos profissionais o conhecimento e aplicação de técnicas que propiciemacesso ao inconsciente de cada Cliente, trazendo à consciênciaconteúdos psíquicos para serem compreendidos e integrados. Os sistemas("mecanismos"...) de defesa criam a natural e esperada resistência aeste processo de aflorar do psiquismo, cabendo ao analista encontrarformas de contornar e abrandar esta reação contrária, elegendo qual atécnica adotar, para cada indivíduo e a cada momento. 

Somando-seà milenar análise dos sonhos, às técnicas vivenciais de catarse, àserena e freudiana associação livre de idéias, dentre inúmeros outrosinstrumentos, este trabalho apresenta o uso do I Ching como mais umeficaz e lúdico sistema a ser aplicado nos consultórios.

OPsicanalista Carl G. Jung o considerou um guia para o inconsciente. Jáesta dissertação, de forma bem-humorada quanto à sua analogia com osmodernos sistemas de informática, acrescenta que o I Ching é umverdadeiro "software" do Eu.

 

Referências Bibliográficas

"I Ching: o Livro das Mutações" - Richard Wilhelm - Editora Pensamento-Cultrix

“Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

"DNA e o I Ching: o Tao da Vida" - Johnson F. Yan - Madras

"I Ching - O Livro Do Yin E Do Yang" - Cyrille Javary -Editora Pensamento-Cultrix

"O Tao Da Física: Um Paralelo Entre A Física Moderna E O Misticismo Oriental" - Fritjof Capra - Editora Pensamento-Cultrix

 

Anexos e Apêndices

 

Coincidência entre os estudos do DNA e do I Ching

Quadro-resumo das semelhanças

DNA I Ching
O DNA encerra todos os processos vitais de todos os seres vivos, determinados por uma estrutura com formação precisa. O I Ching engloba todos os processos existenciais dos seres vivos, através de uma estrutura com formação precisa.
A base do DNA é constituída pela polaridade da dupla hélice, sendo a manifestação fundamental da vida. A base do I Ching é constituída pela polaridade Yin-Yang, manifestação fundamental do princípio universal.
Quatro moléculas compõem a hélice dupla do DNA: adenina, timina, citosina e guanina; elas se interligam aos pares. Quatro símbolos são utilizados para compor uma codificação: yang-repouso, yang-móvel, yin-repouso e yin-móvel; eles se interligam aos pares.
Três destas moléculas formam uma palavra-código para a síntese da proteína. Três destes símbolos formam um trigrama, que é a imagem fundamental a formar os hexagramas.
Cada palavra é constituída de três letras dentre quatro possíveis. Cada trigrama é constituída de três símbolos dentre quatro possíveis.
A direção de leitura das palavras-código é estritamente determinada. A direção de leitura dos trigramas é estritamente determinada.
Duas das tríades denominam-se "início" e "fim". Marcam o começo e o término de uma frase-código. Dois dos hexagramas denominam-se "Antes do Fim" e "Após o Fim". Marcam fim e início de uma situação vivencial.
A programação da identidade genética é determinada por um código de 64 palavras. Os hexagramas são as identidades de interpretação e formam um conjunto de 64 condições.
Uma ou diversas tríades programam a construção de cada um dos vinte aminoácidos; seqüências bem determinadas dessas tríades elaboram a forma e construção de todos os seres vivos, dento de um contexto evolutivo. Uma ou diversas tríades formam hexagramas que fornecem imagens vívidas e precisas de estados dinâmicos da vivência; seqüências bem determinadas dessas tríades determinam uma programação de destino, dentro de um contexto evolutivo.

Fonte: http://www.mlopes.eng.br/iching/dna2.htm


 

NTSV — TS 001-Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

1. SUMÁRIO


Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TS 001 - Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

 

2. PREFÁCIO


  Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas= regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais;setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias= sem obrigação por Lei Federal).
   A Auto-Regulamentação pressupõeuma atitude voluntária dos profissionais a partir de umaconscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerápontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, taiscomo Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética,Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força deLei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião dafiliação espontânea de cada membro junto à entidadeauto-regulamentadora.
   Ao contrário do que ocorre nas profissõesregulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido atémesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, asentidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sançõesestatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quandomuito, excluir um membro do quadro social.
   As entidadesAuto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos àsociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aosserviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internasda organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado públicoatravés de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicase Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo semobrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencialmuito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei demercado".
   A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada veztem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostracrescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total oudo total controle do governo.
   Ao final, foram acrescidos AnexosInformativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídiospara melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV,além de facilitar a co


3. INTRODUÇÃO 

 

ATerapia em Sincronicidade conta com uma vasta bibliografia e grandeaceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentesquanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípiosbásicos para as boas práticas profissionais que nortearão aauto-regulamentação da Terapia Holística.

 

4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

 

4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE — Boas Práticas

4.2 Objetivo
Definir a adequação padrão de utilização.

4.3 Referências Normativas
NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

 

5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

 

5.1 Definições

5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
5.1.2 
TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear. De posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.
5.1.3 
CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
5.1.4 
PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
5.1.5 
VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
5.1.6 
RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
5.1.7 
"INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
5.1.8 
TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
5.1.9 
ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro TH, independentemente de quais outros métodos adote.
5.1.10 
SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
5.1.11 
JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
5.1.12 
TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
5.1.13 
ARQUÉTIPO: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.
5.1.14 
SÍMBOLO: é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Muitas vezes representado na forma de imagens ou sons, funciona como uma forma de linguagem do inconsciente, expressa nos sonhos, nas artes, nos exercícios de imaginação ativa, dentre outras situações. Pode ter um significado individual ou coletivo.
5.1.15 
TERAPIA EM SINCRONICIDADE: sistema que utiliza métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo ou organização, catalisando o cliente ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas) e na habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais, além de promover a harmonização de ambientes.
Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

5.2 Símbolos e Abreviaturas


TH — Terapeuta Holístico;
TS — Terapia em Sincronicidade;
THS — Terapeuta em Sincronicidade;
NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.

 

5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

5.3.3 Boas práticas em TS

5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
5.3.3.2 — Explicar o processo de TS com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vinculação religiosa ou de credo ao trabalho.

5.3.3.2.1 — Esclarecer que os símbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.) jamais determinam as características e acontecimentos sócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regerem sincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos de referência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos.
5.3.3.2.2 — Tornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsões taxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposições com maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um período ou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões.
5.3.3.2.3 — Fazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, que ao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração de letras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso de pedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-se com as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim, considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativos envolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

5.3.3.3 — O THS tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver sua intuição e pensamento não-linear, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de interferências estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.

5.3.3.3.4 — O THS avalia o cliente e/ou do ambiente, interpretando os símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo, identificando quais as potencialidades e predisposições a serem adequadamente trabalhadas por aconselhamento e demais técnicas pertinentes.
5.3.3.3.5 — O THS ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:

5.3.3.3.5.1 — Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE — Sindicato dos Terapeutas.
5.3.3.3.5.2 — Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
.

5.3.3.3.6 — Cabe ao THS a avaliação racional da análise sincronística obtida para detectar o efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.

5.3.4 Produtos para TS — aquisição e indicação

5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio THS em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
Última atualização: 29/09/2009 11:45


O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

Ana Luiza Iughetti Feres

Terapeuta Holística

CRT 42969

Propositura de Palestra para

Holística 2011

Ribeirão Preto

2011

RESUMO

A análise dos mitos é fundamental na Psicoterapia proposta por Jung. Os símbolos do inconsciente coletivo que os mitos trazem nos permitem perceber outras dimensões do nosso próprio inconsciente e caminhar no processo terapêutico. O mito de sísifo nos ajuda a refletir sobre vários aspectos específicos da sociedade contemporânea e sofrimentos humanos atemporais como a dicotomia vida e morte, o trabalho interior e a religiosidade; trazendo vários "insights" para o processo terapêutico.

 

 

SUMÁRIO

  1. Introdução
  1. O Mito de Sísifo
  1. Conceitos de Psicologia Analítica
  1. Imagem Mitológica de Sísifo e o Homem Contemporâneo
  1. Considerações Finais
  1. Referências Bibliográficas

 

  1. INTRODUÇÃO

De que nos fala o Mito de Sísifo? Da morte? Do trabalho? Da disputa entre humanos e deuses? Do castigo dos deuses? Que relação podemos fazer entre o que nos fala esse mito e os processos psíquicos do homem contemporâneo?

A Psicologia profunda de C.G.Jung descobriu que há uma relação muito próxima entre os processos psicológicos do homem moderno e a imensa gama de conhecimento que nos foi deixado como herança pelos povos antigos e que podemos conhecer através da mitologia.

Para Jung, o mito é um estágio intermediário entre a cognição inconsciente e consciente, como uma ponte necessária e facilitadora. É como um "tradutor" dos Arquétipos - que formam o psiquismo humano - decodificando-os a partir das mais diversas mitologias do mundo. Podem-se estabelecer muitos paralelos entre os mitos e o que está acontecendo na psique e na vida de uma pessoa ou sociedade.

Esse é o objetivo dessa palestra: entender o Mito de Sísifo à luz da Psicologia Junguiana, para que possamos ampliar e aprofundar a compreensão desse mito, analisando suas possíveis implicações na psique do homem contemporâneo.

 

  1. O MITO DE SÍSIFO

Segundo Brandão (1996), Sísifo era originário da cidade grega de Corinto, um rei que desafiou os deuses e até mesmo a morte. Diz que Zeus observou a filha Egina do deus do rio, Asopo e a raptou. Quando seu pai quis saber sobre o ocorrido, ninguém queria falar com medo da reação de Zeus.

Mas Sísifo percebeu ali uma grande oportunidade e não pensou em deixá-la passar. A cidade de Corinto tinha na época um problema bem sério, não havia em seu perímetro uma fonte de água doce. O povo precisava ir buscar água em lugares distantes para satisfazer suas necessidades. Sísifo conversou com o deus do rio e fez um acordo, dava informações em troca de água. O deus concordou e uma fonte nasceu dentro da cidade de Corinto.

Asopo foi atrás de Zeus e este teve de devolver-lhe a filha que havia roubado. Zeus sabia quem ousou dar as informações e chamou seu irmão, Hades, o senhor do inferno e este mandou a morte, Tânatos, para buscar Sísifo.

A morte com missão precisa apareceu no mundo dos vivos. Geralmente recebida com grande espanto e terror pelas pessoas, ficou surpresa quando o esperto Sísifo a convidou para sentar-se em sua mesa para comer e beber. Foi uma boa conversa com piadas e descontração. Então, Sísifo ofereceu a ela um par de algemas que havia feito. Como já havia confiança e boa vontade entre eles, a morte colocou as algemas no pulso. Só depois de certo tempo é que ficou claro que ela, a morte havia ficado prisioneira de Sísifo.  

Um fato desses abala o Universo todo. Nada e nem ninguém morria, pessoas, plantas ou animais. Com a morte no cativeiro haveria muitos efeitos colaterais: como superpopulação e aqueles que estavam doentes permaneceriam assim sem esperança de alivio. A vida sem a presença da morte faz pouco ou nenhum sentido. Até o tempo e a evolução param. Nem a guerra faz sentido, pois os soldados mortos em luta se levantam para agir de novo. Isto também enfureceu o deus da guerra Ares. A morte é um dos poucos controles que os deuses têm sobre os humanos.

Zeus, que é o senhor do Olimpo, percebeu a confusão que Sísifo havia arrumado e mandou o próprio Ares para buscá-lo e levá-lo para o inferno. Desta vez a missão foi cumprida com sucesso.  Ares libertou a morte e levou a alma de Sísifo. Mas as coisas não acabaram nisso. Sísifo ainda tinha outros truques para executar.

Ele havia instruído sua esposa para não enterrar seu corpo e nem fazer os rituais fúnebres exigidos pelos deuses. Chegando na terra dos mortos, Sísifo foi reclamar que seu cadáver não havia sido devidamente enterrado. Pediu permissão para voltar para a Terra e castigar sua esposa por causa do desrespeito aos deuses. Hades concedeu a ele três dias para ir e retornar aos infernos. Mas quando chegou na superfície ficou evidente que não tinha nenhuma intenção de retornar novamente. Mais uma vez ele se saiu bem no confronto com os deuses.

Para resolver o problema de modo definitivo, Zeus mandou Hermes, o mensageiro dos deuses e aquele que acompanha as almas dos mortos até o outro mundo. Hermes capturou a alma de Sísifo e a levou para Hades, depois enterrou seu cadáver com os rituais necessários, exigidos pelos deuses e encerrou o assunto. No inferno o astuto Sísifo recebeu o seu castigo: devia rolar por toda a eternidade uma pedra montanha acima para ver em seguida a mesma voltar ao ponto de origem e ele ter que repetir todo o ciclo novamente.

  1. CONCEITOS DE PSICOTERAPIA ANALITICA

O Ego: O centro da consciência. 

Para Jung o ego é um complexo - o principal -, formado a partir dos registros da memória e das sensações corporais, tendo base somática. O ego não é equivalente à totalidade da consciência, é apenas o seu centro, sendo que todos os acontecimentos da vida precisam entrar em contato com ele para se tornar conscientes - pensamento, emoções, idéias, experiências, etc.  

O ego tem diversas funções, como promover a adaptação da pessoa às exigências da vida, fazer diferenciação de conteúdos conscientes e inconscientes e mediar prazer e realidade. Ele organiza os conteúdos da vida psíquica, avalia, critica e raciocina em busca de soluções para os problemas que a pessoa enfrenta.

Uma consideração importante sobre a consciência é que não pode haver elemento consciente que não tenha o ego como ponto de referência. Assim, o que não se relacionar com o ego não atingirá a consciência. A partir desse dado, podemos definir a consciência com a relação dos fatos psíquicos com o ego. (JUNG, 2001, p. 7)

A consciência do ego tem uma importante característica de seletividade, o que equivale a dizer que certos conteúdos tornam-se conscientes e outros não. Esses conteúdos eliminados vão aos poucos formando o que conhecemos como inconsciente pessoal ou a sombra do próprio ego, onde mesmo potenciais criativos podem ficar reprimidos.

O ego, em seu processo adaptativo, vai precisar formar algumas defesas, sendo algumas úteis e necessárias, outras neuróticas, e outras ainda, psicóticas e psicopatológicas. O ego é um complexo funcional no campo da consciência que é variável de indivíduo para indivíduo, variando em extensão e profundidade.

A consciência, na opinião de Jung, não é algo fixo e imutável. Ela sofre modificações constantes e evolui ao longo do tempo. Após a estruturação do ego, este precisa se defrontar com o inconsciente para continuar evoluindo. É preciso que o ego consiga estabelecer contato com o inconsciente e consiga também assimilar seus conteúdos para não sofrer a estagnação.

Complexos

Todas as experiências modificam a bioquímica celular. A cada nova vivência, ficam marcas na memória celular. É nossa capacidade de ser afetado (afetividade) de modo variado e diferenciado pelas coisas que nos cercam que faz com que não sejamos robôs.

Quando entramos em contato com algo que nos afeta é que esse algo passa a ter significado. E a repetição de experiências que têm valor fundamental e vão se associando por semelhança e analogia em torno de uma experiência centralizadora, é que dá origem aos complexos.

Complexo é então um conjunto de experiências capazes de nos afetar em torno de uma experiência centralizadora. É a unidade funcional básica da psique. Ou seja, conteúdos com forte carga emocional e energética porque estão associados, por semelhança e analogia, às experiências centralizadoras. É o que mobiliza a nossa energia psíquica.

Os complexos contaminam todas as nossas percepções das coisas e por isso as experiências da infância são tão importantes, porque formam as primeiras memórias celulares ou os primeiros complexos. Em função dos complexos, só ouvimos o que queremos e sentimos o que podemos. Somos uma rede de complexos que são acionados por vários mecanismos possíveis

Inconsciente Coletivo e Arquétipos

Diferente de Freud que considerava que o inconsciente era formado a partir de conteúdos reprimidos somente, portanto individuais, Jung descobriu que há camadas na psique que nunca foram conscientes e nem se formaram de conteúdos das experiências pessoais reprimidas.

Essa dimensão do inconsciente, que Jung chamou de Inconsciente Coletivo, não diria respeito aos conteúdos individuais reprimidos do sujeito em questão, mas sim a símbolos comuns a toda a humanidade, disponíveis para todos. Esse inconsciente forma a base do nosso psiquismo e é formado pelos Arquétipos.

Arquétipos são imagens primordiais carregadas de energia que advém das experiências coletivas que reforçam, a todo o momento, essa carga energética, que fica à disposição da humanidade, para ser acessada, na forma de imagens primordiais, a cada necessidade adaptativa. É a nossa matriz, fonte geradora de material para a consciência. Esta matriz produz um conjunto enorme de fenômenos, como sonhos, visões, os chamados acontecimentos espíritas e afins. As imagens arquetípicas são o suporte energético para o funcionamento adequado da consciência. Para que o ego seja revigorado sempre, precisa do contato constante com sua usina de força.

Dei o nome de arquétipos a esses padrões, valendo-me de uma expressão de Santo Agostinho: Arquétipo significa um "Typos" (impressão, merca-impressão), um agrupamento definido de caracteres arcaicos, que, em forma e significado, encerra motivos mitológicos, os quais surgem em forma pura nos contos de fadas, nos mitos, nas lendas e no folclore. (JUNG, 2001, p.34, grifos do autor)

Jung, ao longo de sua vida, deixou muitos estudos a respeito dessa camada mais profunda do psiquismo humano, como a alquimia, os contos de fada, a gnose, as religiões comparadas e a mitologia.

Através do conceito de arquétipo e do inconsciente coletivo foi possível para a psicologia abrir caminho para a compreensão de rico material pertencente aos mitos e ajudar o homem moderno na compreensão de todas as dimensões de si.

A função transcendente e a dinâmica psíquica

Esta é a função que, segundo Jung, no processo de desenvolvimento do ego vai ligar a vida consciente ao inconsciente de modo construtivo e cooperador. O Ego e o Self - centro da psique - de modo geral não estão em harmonia, podendo até mesmo estar em oposição.

Como o inconsciente se comporta de modo compensatório ou complementar em relação à consciência, e vice-versa, para a Psicologia Analítica a transcendência de uma atitude a outra ocorre a partir da busca de significado e finalidade dos conteúdos que o inconsciente está trazendo.

Jung entendia a dinâmica da psique, dentro do conceito da complementariedade - não há opostos com começo e fim e sim um continuum de experiências entre os opostos que vão se modificando e afetando todo o tempo.

É esse jogo de forças que vai produzir os símbolos. Símbolo = aquilo que une. Nossos símbolos individuais - nossos sonhos, nossas marcas, emoções e sentimentos, nossa forma de funcionar no mundo - é o que une a nossa expressão consciente ao nosso inconsciente mais profundo, tendo no processo de individuação seu ponto máximo.

Energia Psíquica para Jung, diferente de Freud, não se limita à energia sexual, mas diz respeito à energia vital. Energia não é algo que se define, apenas sabemos a sua manifestação. Energia que vem de ergos = que produz trabalho, modificação.

Nas palavras de Grinberg (1997, p.9) "Assim como calor, luz e eletricidade são manifestações diferentes da energia física, fome, sexo e agressividade seriam expressões variadas da energia psíquica."

A dinâmica psíquica se estabelece num jogo de forças entre o consciente e o inconsciente. Quando uma imagem surge na consciência tem uma força, resultado energético que tem a capacidade de nos afetar. E a consciência vai lidar com essa imagem de diferentes maneiras: projeção, repressão, assimilação ou integração.

Sacrifício

No processo de evolução psicológico chega um momento que o sacrifício se impõe de modo natural, sendo que o ego deve abrir mão do que está sendo solicitado, pois do contrário vem a estagnação.

Para a Psicologia, este termo descreve o sacrifício da energia psíquica que está organizada numa dada direção. O modelo na civilização cristã ocidental é o sacrifício de Cristo na Cruz, para transcender o mundo e alcançar a ressurreição, cumprindo, assim a vontade de Deus. Este pode ser vivido como um momento de grande tensão e pavor, como ficou gravado na história cristã.

Na relação Ego-Self, chega-se a um desses momentos em que ao ego é solicitado algo muito parecido. O ego pode não estar preparado para essa situação e entrar em conflito e sofrimento. Esses são os momentos de transição de uma situação ou estado a outro.

O próprio Jung é exemplo disso, quando, para continuar avançando no que acreditava, precisou sacrificar sua amizade com Freud, carreira universitária e de médico no hospital psiquiátrico. Vem disso a perda do rumo da vida, a desorientação, a falta de solo firme que o ego está acostumado. O ego precisa renunciar livremente sem ter garantias do que vai receber e quais os novos rumos a vida terá.

O sacrifício equivale a uma morte simbólica e, portanto, a um renascimento.

Sombra

Para Magaldi, "a sombra representa na psicologia junguiana os aspectos inconsciente de si mesmo, bons e maus, que por algum motivo e ego não consegue integrar." (2009)

Podemos dizer que a sombra é a parte do Self que foi rejeitada pelo ego consciente. A sombra compõe-se de vários aspectos, indo desde a sombra pessoal, familiar, social em suas muitas facetas, até o arquétipo da sombra. Este último apresenta dificuldades bem maiores de conscientização, devido estar muito longe da experiência comum. Sua vivência pode levar ao estado de possessão, como na história de Fausto ou no confronto entre Cristo e o diabo, como nos conta o novo testamento.

A sombra também funciona como o elemento provocador, irritante, perturbador. Aquele que desaloja a pessoa de seu estado de inércia psíquica para movimentá-la em outra direção, mesmo que seja contra a sua vontade. Às vezes ameaça a consciência de regressão e desintegração.

Em geral, como há pouca consciência de sua constante presença, ela é encontrada em projeção. Este mecanismo parece ser o mais eficaz para localizá-la. Nos sonhos aparece como pessoas do mesmo sexo e nos mitos, ela é o vilão que combate o herói. A sombra possui enorme quantidade de energia que quando aceita, passa a ser útil ao ego, tirando o mesmo de suas limitações e bloqueios.

Individuação

Processo de desenvolvimento psicológico através do qual o indivíduo vai se aproximando cada vez mais de sua singularidade e totalidade. Para Jung, há no ser humano uma tendência, um impulso ou instinto, de tornar- se um ser cada vez mais completo do que se é no momento.

O ego não é a totalidade da psique. Há um centro maior que abarca o ego e está muito além dele. O ego é o representante do Self (Ser Total), mas este é sempre percebido por cada um de nós como maior do que aquele. Porque temos uma disposição inata para a transcendência. Transcender nossa condição humana de existir. Existir = ex-estar = "condenados ao futuro" na expressão de Heiddeger. Estamos sempre diferentes a cada momento, sendo projetados, ou seja, somos sempre um projeto de ser, uma promessa de ser e essa é a angústia vital do ser humano. Tudo com uma única certeza, a da morte.

É o ego que faz o processo de individuação. Precisa desapegar do corpo e se entregar à Alma. Desde que nascemos buscamos nos adaptar ao ambiente, às regras, à família e à sociedade, como forma de sobreviver e ser amado, mas essa adaptação pode nos afastar de nosso verdadeiro eu, nossa Alma inata que viemos realizar.

Se não houver o confronto entre o Self e o ego, não há oportunidade para nascer o novo ego, mais integrado ao Self. O analista vai ajudar a integrar as partes, sair do conflito, na sua função de cura vai ajudar a encontrar o caminho para integrar as partes dissociadas. Esse é o início do processo de individuação.

A individuação é um processo que permeia toda a vida humana. É o potencial latente a ser trabalhado, vivido. Segundo Jung "Só aquilo que somos tem o poder de curar-nos" (JUNG, 2007, §258)

O processo de individuação, portanto, consiste em integrar nossas partes dissociadas, inconscientes, ao ego, consciência, para realizar o nosso Self, Si-Mesmo. Individuar é realizar o ser único que somos, nos diferenciando cada vez mais do comportamento em massa.

Assim, individuação não é um ego bem adaptado, que vive profundamente o mundo racional e que contribui para que o indivíduo leve vantagens materiais sobre os demais. A individuação vai desnudar o self dos vários invólucros da persona e das imagens primordiais que tanto interferem em nossa vida. Então, individuar-se não nos exclui do mundo, mas aproxima o mundo de nós. (MAGALDI, 2009)

Para Jung, nesse processo, a religiosidade é uma dimensão do homem que não pode ser negada. Jung coloca a religiosidade como uma função natural, inerente à psique, encontrada em todos os povos conhecidos.

A psicologia junguiana põe em relevo a presença, no âmago da psique, do arquétipo de Deus ("indistinguível do arquétipo do Self"), sem pretender jamais afirmar nem negar a existência de Deus como ser em si mesmo. (SILVEIRA, 1997, p.133)

Jung usa a palavra religião no sentido do religio = re e ligare. Ou seja, religar os aspectos conscientes (ego) às profundezas do inconsciente (Self), individuar-se.

Entre todos os meus doentes na segunda metade da vida, isto é, tendo mais de 35 anos, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse constituído pela questão de sua atitude religiosa. Todos, em última instância, estavam doentes por ter perdido aquilo que uma religião viva sempre deu em todos os tempos a seus adeptos, e nenhum curou-se realmente sem recobrar a atitude religiosa que lhe fosse própria. Isto está claro, não depende absolutamente de adesão a um credo particular ou de tornar-se membro de uma igreja. (JUNG apud SILVEIRA, 1997, p.125-126)

  1. IMAGEM MITOLÓGICA DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

Se tentarmos ver em Sísifo um modelo de homem, ele então será alguém tão convencido de sua força, de sua inteligência e de suas capacidades criativas que se considerará imortal. Morte, mudança, renúncia, reveses, nada disso existe para ele. (KAST, 1997)

A morte é um controle poderoso que os deuses têm sobre os seres humanos. Seus mistérios nunca foram revelados a nenhum mortal que se tenha noticia. E Sísifo ousou desafiar a morte e o poder dos deuses.

O castigo que Sísifo recebeu - ficar rolando a pedra cume acima da montanha infinitamente, apenas para vê-la rolar montanha abaixo justo antes de alcançar o cume - foi em decorrência de ter trapaceados os deuses, fugindo da morte. Os truques de Sísifo estavam alterando a ordem estabelecida das coisas, da vida e da morte.

Vida e Morte. A dicotomia da existência que impulsiona, dá esperança, força para a realização. Vida e Morte, dois lados da mesma moeda; continuidade sem fim? Quando Sísifo desafia Zeus conseguindo a fonte de água para Corinto, está presente essa dicotomia também. Poder do Homem x Poder de Deus. Esse mundo e o outro mundo.  

Não podemos ver o mesmo comportamento no homem contemporâneo que desafia a morte com seus avanços tecnológicos, a medicina e suas técnicas de rejuvenescimento? Escravos da juventude e da saúde, com pânico da morte. Não querem morrer, querem vencer os deuses. Mas quando não há a perspectiva da morte, será a vida uma eterna repetição infinita?

Por outro lado, é a repetição de experiências, padrões de comportamento e situações, que permite a tomada de consciência e por conseqüência, mudança e evolução. Mas a repetição, paralisia no mesmo lugar, é uma forma de morte, pois sem possibilidade de mudança, conclusão de ciclos, não há vida.

Portanto, se vida é transformação, Sísifo está morto no seu esforço repetitivo? Mas ele pode ter se vingado mais uma vez porque a cada vez que Sísifo levanta a pedra montanha acima, uma nova esperança renasce de que novo fim aconteça.

Aqui aparece uma nova dicotomia que o mito traz - como saber até quando lutar, persistir, roubar um pouco mais de vida da morte e quando reconhecer que é sensato entregar-se, admitir a derrota, largar a pedra e seguir adiante.

Quantos na nossa sociedade sentem-se sobrecarregados com a quantidade ou qualidade do trabalho; trabalho não prazeroso na maioria das vezes e não tem coragem de largar a pedra e começar uma nova história? Ficar preso numa mesma luta constante, num mesmo objetivo, com a energia focada em uma única direção - seja o trabalho, ou qualquer outro pilar da vida - leva a uma morte em vida.

Talvez o modo como a maioria das pessoas vivencia a si mesmo atualmente, sem refletir e questionar a possibilidade de mudar, seja de fato um trabalho de Sísifo. Quando o homem contemporâneo foca no trabalho sua energia total, acreditando que do dinheiro daí advindo, virá a realização, a felicidade, ignorando outras necessidades de realização individual, coletiva e espiritual, pode ficar reduzido ao vazio da repetição infinita.

Assim o homem da sociedade capitalista é visto como alguém que se coisifica pela moral utilitarista, tendo como meta a redução da capacidade do homem produtor, suprimindo as alegrias e a paixão, condenando-o ao papel de máquina entregue ao trabalho contínuo sem trégua nem piedade. (MAGALDI, 2009).

Mas devemos olhar para o trabalho de Sísifo não apenas como o trabalho externo, mas como o trabalho interno, necessário ao homem para evoluir, integrar-se, individuar-se. No processo terapêutico, por exemplo, há uma repetição criativa de situações, pois a evolução é uma espiral que parece sempre voltar ao mesmo ponto. Mas a cada nova experiência, fica diferente a manifestação, o sentimento, a neurose.

Se Sísifo simboliza o ego e seu trabalho de criar mais e mais consciência, os deuses simbolizam o inconsciente coletivo e neste caso uma reação compensatória destrutiva, o que indica que a atitude da consciência é inadequada, para lidar com a situação.

Sísifo tinha uma relação conturbada com os deuses, de disputa constante, não dimensionando adequadamente as forças que estavam em jogo. Em terapia, ao longo do processo de individuação, quando o ego está isolado ou com uma relação destrutiva com o inconsciente, ele não consegue perceber que está em desvantagem frente à psique objetiva.

Com suas atitudes e comportamentos não adaptados, Sísifo se expôs à ira e vingança dos deuses - ou a uma reação destrutiva do inconsciente. O que fez teve conseqüências não só pessoais, mas também para todos. Sísifo não foi capaz de aceitar os desígnios dos deuses, seu destino. Tentou mudar a ordem da criação e a realidade humana.

Jung ressalta quando de seu confronto com o inconsciente o quanto é importante para o ego aceitar seu destino. No processo de individuação chega-se a um momento crucial, que é o momento do sacrifício. Ao ego é solicitado algo do qual não quer abrir mão. É uma situação angustiante. Há uma luta interna muito grande para abrir mão de coisas consideradas preciosas. Mas se isso não for feito, a evolução não avança.

O objetivo do confronto com o inconsciente é criar a função transcendente que vai unir os dois lados em conflito, procurando chegar a uma cooperação construtiva.

No mito de Sísifo parece-nos que isso não foi possível. A relação entre ele e os deuses era de disputa, de tentar vencer o inconsciente através de truques e artimanhas bem simplistas.

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O homem contemporâneo carece de lentes para auxiliá-lo a enxergar os deuses que o rodeiam, e aqui deuses são manifestações arquetípicas com conteúdos energéticos de pólos opostos, que podem ativar a sombra ou trazer a luz para mostrar o caminho da individuação.

A função transcendente nesse caso pode se manifestar como um obstáculo que paralisa o ego temporariamente de seguir o caminho, até então apresentado como único possível.

Sísifo recebeu esses "obstáculos" como desafios e seu ego obsessivo fez com que ele canalizasse a energia para superá-los ao invés de tentar entendê-los como possibilidade de integrar seus conteúdos inconscientes.

Os deuses contemporâneos se apresentam nos menores detalhes, nos processos de sedução que se desdobram em assedio moral, na carreira meteórica que pode trazer um câncer consigo, na desumanização das relações, eliminando todas as possibilidades de respeito. No mito de Sísifo, os deuses Tânatos, Ares, Hades e Hermes se apresentam aparentemente como os obstáculos a serem vencidos, porém na realidade eles representam a oportunidade de redenção se observados de forma intuitiva.

  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIERLEIN, J. F. Mitos Paralelos. Ed. Ediouro, 2003.

BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega, Ed. Vozes, 1996.

BRENNAN, Anne e BREWI, Janice. Arquétipos Junguianos, A espiritualidade na meia-idade. Ed. Madras, 2004.

GRINBERG, Luiz Paulo. Jung, o homem criativo. FTD, 1997

JUNG, Carl Gustav. O Eu e o Inconsciente in Obras Completas, Vol. VII/2. Ed. Vozes, 16ª Ed., 2002

JUNG, Carl Gustav. Fundamentos da Psicologia Analítica in Obras Completas, Vol. XVIII/1, Ed. Vozes. 10ª Ed. 2001

JUNG, Carl Gustav. (Org.) O Homem e seus Símbolos. Ed. Nova Fronteira, 1977.

JUNG, Carl Gustav. Memórias, Sonhos e Reflexões. Ed. Nova Fronteira, 1975.

JUNG, Carl Gustav. Símbolos da Transformação. Ed. Vozes, 1975.

KAST, Verena. Sísifo. A Mesma Pedra-Um Novo caminho. Ed. Cultrix, 10ª Ed., 1997

MAGALDI, Waldemar. Dinheiro, Saúde e Sagrado. Eleva Cultural, 2ª Ed., 2009

SILVEIRA, Nise da. Jung, vida & obra. Paz e Terra, 18ª Ed. 1997.

Autor: : Ana Luiza Iughetti Feres - Terapeuta Holística - CRT 42969
Última atualização: 02/06/2011 15:05


OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista

OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA

Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista


Henrique Vieira Filho

Terapeuta Holístico - CRT 21001

 


Resumo:

Milernarmente, os SONHOS são uma forma de contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso os indivíduos recorriam aos Xamãs, ao Sacerdotes, antecessores dos Terapeutas Holísticos, para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, inclusive, divinatórias, por meio de rituais sagrados.

No ocidente moderno, sua importância foi negligenciada, até o advento da PSICANÁLISE, reencontrando nas teorias de Freud e Jung a sua função de eficaz meio de acesso ao conteúdo inconsciente, aplicando-se a associação livre como um dos instrumentos a trabalhar o conteúdo onírico.

A TERAPIA HOLÍSTICA une o antigo e o novo em suas melhores qualidades, aproveitando tanto os sonhos espontaneamente recordados, quanto os induzidos via técnicas de relaxamento, toque e exercícios de imaginação ativa.

 

Introdução:

A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras.

Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem "científica-reducionista-elitista" cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem "empírica-holística-acessível" de nossos ancestrais xamãnicos.

A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do "cientificismo", mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes.

Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a "alma", desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se "dissolvem espontaneamente" no decorrer destes procedimentos (método catártico).

A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte "inacessível" de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( "eu") e Censor ("juiz" do Ego, o Ego "Idealizado").

Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO.

Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

Especificamente sobre os SONHOS, porém, a Terapia Reichiana pouco abordou, sendo enfatizada a observação do CORPO como o revelador dos aspectos visíveis do mundo inconsciente. Já Freud, autoproclama seu livro A Interpretação dos Sonhos como sua obra mais importante. Por sua vez, a Psicanálise Junguiana seria inimaginável sem a análise do universo onírico dos Clientes.

A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Interpretação dos Sonhos no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, bem como as técnicas de indução ao "sonho acordado" que já praticavam nossos antecessores, os sacerdotes-xamãs.

Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.


Material e Metodologia:

 

1. Definições

ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO - procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

CLIENTE - usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

"INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal - "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

SONHO: Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente. Para as culturas milenares, é o contato com o transcendente, de caráter orientativo e divinatório, com acesso ao divino e até ao mundo dos mortos.


2. Procedimentos


ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

 

Análise de Sonhos:

Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ..."o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro"... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as "chaves" transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado "o sono sagrado", onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de "sonho acordado", muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão "científico". Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, "a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma". Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma "auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material "espontâneo" que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a "dramatização", onde a pessoa "encarna", um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura "incorporada". Outra ferramenta de interpretação é a "ampliação" do sonho, onde se é estimulado para "prolongar" o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de "ampliação" é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que "ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico". O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.


Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

Do mesmo modo como "evocamos" os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma "lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais "pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram "especializações" funcionais, "desenhando-se" no holograma certos "caminhos" bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa "tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. "Mapeando" esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos "meridianos" de Acupuntura, na China milenar, e os "chacras" na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a "circulação" energética, induzimos à "circulação" das informações psíquicas, ocorrendo os chamados "insights" ("flashs", lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que "digerir", compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro "equilíbrio energético". O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

 

Regressão:

Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

 

Progressão:

Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

 

Resultados:

 

Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade. Especificamente quanto às vivências oníricas e análises dos SONHOS, foram objetos de grande atenção, ocupando boa parte dos atendimentos, tornando-se o fator mais significativo na produção de INSIGHTS percebidos como de grande importância emocional e motivacional na vida dos Clientes.


Discussão:

 

O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a "imitar" o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE - Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.


Conclusões:


A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

A análise dos SONHOS, sejam os espontaneamente lembrados, sejam os induzidos por técnicas vivenciais se traduziram nos momentos mais surpreendentes e reveladores destes meus quase 25 anos de Terapia.

Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui a interpretação dos sonhos, regressão, progressão, vivências, etc...). A própria tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.


Referências bibliográficas:


"O Corpo Fala" - Pierre Weil e Roland Tompakow - Editora Vozes;

"Counseling, Santé et Développement" em www.counselingvih.org;

"Florais de Bach - Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica" - Henrique Vieira Filho - Editora Pensamento;

"Jung e Reich - O Corpo Como Sombra" - Jonh P. Conger - Summus Editorial;

"O Microcosmo Sagrado" - 2a Edição - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

"Orgônio, Reich e Eros" - W. Edward Mann - Summus Editorial;

"O Processo de Aconselhamento" - Paterson / Einsenberg - Martins Fontes 1988;

"Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung" - Reis, Magalhães e Gonçalves - EPU - Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

"Tutorial Terapia Holística" - Henrique Vieira Filho - SinteBooks.

"Interpretação dos Sonhos: Ed. Comemorativa - 100 Anos" - Sigmudn Freud - Editora: Imago;

"Psicoterapia Holística" - - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

"Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


Anexos e Apêndices:

 

1) Textos selecionados da obra "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


O sonho só é estudado aqui como veí­culo e criador de símbolos. Manifesta tam­bém a natureza complexa, representativa, emotiva, vetorial do símbolo, assim como as dificuldades de uma interpretação justa. A maior parte dos elementos deste verbete são aplicáveis ao conjunto dos símbolos, e u cada um em particular, pois todo símbolo participa do sonho e vice-versa.

A parcela de sonho

Segundo as mais recentes pesquisas científicas, um homem de 60 anos teria sonha­do, dormindo, um mínimo de cinco anos. Se o sono ocupa um terço da vida, aproxi­madamente 25% do sono é atravessado por sonhos: o sonho noturno ocupa, portanto, um duodécimo da existência entre a maioria dos homens. Que dizer do sonho acordado e do devaneio diurno que se acrescentam a esta parcela já impressionante!

Sobre o sonho, Frédéric Gaussen disse muito bem: símbolo da aventura indivi­dual, tão profundamente alojado na intimi­dade da consciência que se subtrai a seu próprio criador, o sonho nos aparece como a expressão mais secreta e mais impudica de nós mesmos. Ao menos duas horas por noite vivemos neste mundo onírico dos símbolos. Que fonte de conhecimentos so­bre nós próprios e sobre a humanidade, se pudéssemos sempre recordá-los e interpre­tá-los! A interpretação dos sonhos, disse Freud, é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma. Também as chaves dos sonhos se multiplicaram desde a antiguidade. Hoje em dia, a psicanálise as substituiu.

O fenômeno do sonho

As idéias sobre o sonho, como sobre o símbolo, evoluíram muito e não temos por que fazer o histórico dessa evolução. Mas mesmo hoje em dia, os especialistas ainda estão divididos a respeito. Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente; para J. Sutter, esta é a menos interpretativa das defini­ções, o sonho é um fenômeno psicológico que se produz durante o sono, constituído por uma série de imagens cujo desenrolamento representa um drama mais ou meios concatenado.

O sonho se subtrai, portanto, à vontade e à responsabilidade do homem, em virtude de sua dramaturgia noturna ser espontânea e incontrolada. É por isso que o homem vive o drama sonhado, como se ele existisse realmente fora de sua imaginação. A consciência das realidades se obli­tera, o sentimento de identidade se aliena e se dissolve. Tchuang-tcheu não sabe mais se foi Tcheu que sonhou que era uma bor­boleta ou se foi a borboleta que sonhou que era Tcheu. Se um artesão, escreve Pas­cal, tivesse certeza de sonhar todas as noi­tes, durante doze horas que era o rei, creio que seria tão feliz quanto um rei que so­nhasse todas as noite, durante doze horas, que era um artesão. Sintetizando o pensa­mento de Jung, Roland Cahen escreve: O sonho é a expressão desta atividade men­tal que está viva em nós, que pensa, sente, experimenta, especula, à margem de nossa atividade diurna, e em todos os níveis, do plano mais biológico ao plano mais espi­ritual do ser, sem que o saibamos. Mani­festando uma corrente psíquica subjacente e as necessidades de um programa vital inscrito no mais profundo do ser, o sonho exprime as aspirações profundas do indi­víduo e, portanto, será para nós uma fonte infinitamente preciosa de informações de toda ordem.

Classificação dos sonhos

O Egito antigo atribuía aos sonhos um valor sobretudo premonitório: O deus criou os sonhos para indicar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o fututro, diz um livro de sabedoria. Sacerdotes-leitores, escribas sagrados ou onirólogos interpretavam nos templos os símbolos dos sonhos, segundo chaves transmitidas de era em era. A oniromancia, ou a divinação por meio dos sonhos, era prati­cada em todos os lugares.

Para os negritos das ilhas Andamã, os sonhos são produzidos pela alma, que é considerada como a parte maléfica do ser. Sai pelo nariz e realiza fora do corpo as proezas de que o homem toma consciência em sonho.

Para todos os índios da América do Nor­te, o sonho é o signo final e decisivo da experiência. Os sonhos estão na origem das liturgias; estabelecem a escolha dos sacer­dotes e conferem a qualidade de xamã; é deles que provêm a ciência médica, o nome que se dará às crianças, e os tabus; eles ordenam as guerras, as caçadas, as conde­nações à morte e a ajuda a ser ministrada; só eles compreendem a obscuridade escatológica. Enfim o sonho... confirma a tradição: é o selo da legalidade k da autori­dade.

Para os bantus do Kasai (bacia congolesa), certos sonhos são produzidos pelas almas que se separam do corpo durante o sono e vão conversar com as almas dos mortos. Esses sonhos têm um caráter premonitório referente à pessoa, ou então podem consistir em verdadeiras men­sagens dos mortos aos vivos, que interes­sam a toda a comunidade.

(Sobre o papel dos sonhos e sobre sua interpretação nas civilizações orientais, po­de-se consultar a erudita obra coletiva SOUS; e sobre exemplos de sonhos histó­ricos célebres, religiosos, políticos e cultu­rais).

Os exemplos de sonhos são inumeráveis; tentou-se diversas vezes classificá-los. As pesquisas analíticas, etnológicas e parapsicológicas dividiram os sonhos noturnos, para facilitar o estudo, em um certo núme­ro de categorias:

1.  o sonho profético ou didático, aviso mais ou menos disfarçado sobre um acon­tecimento crítico, passado, presente ou fu­turo; sua origem é freqüentemente atribuí­da a uma força celeste;

2.  o  sonho  iniciatório  do  xamã  ou do budista tibetano de Bardo-Todol, carregado de eficácia mágica e destinado a introduzir o homem num outro mundo por meio de um conhecimento e de uma viagem imagi­nários;

3.  o sonho telepático, que estabelece co­municação com o pensamento e os senti­mentos de pessoas ou de grupos distantes;

4.  o sonho visionário, que transporta ao que H.  Corbin chama  de  o  mundo  das imagens, e que pressupõe no ser humano, num  certo  nível  de  consciência,  poderes que nossa civilização ocidental talvez tenha atrofiado ou paralisado, poderes sobre os quais H. Corbin encontra testemunhos en­tre os místicos iranianos; trata-se aqui, não de presságio, nem de viagem, mas de visão;

5.  o sonho pressentimento, que pressente e privilegia uma possibilidade entre mil...

6.  o sonho mitológico, que reproduz al­gum grande arquétipo e reflete uma angús­tia fundamental e universal.

 

Guardadas todas as proporções, o sonho acordado pode ser comparado ao sonho no­turno, tanto pelos símbolos que coloca em ação, como pelas funções psíquicas que é capaz de cumprir. Maria Zambrano mostra, ao mesmo tempo, seu risco e suas vanta­gens: Na vigília, o sonho apodera-se imperceptivelmente da pessoa e engendra um certo esquecimento, ou antes Uma lembran­ça cujo contorno se transfere a um plano da consciência que não pode acolhê-lo. O sonho torna-se então germe de obsessão, de mudança da realidade. Ao contrário, se é transferido a um plano adequado da consciência, ao lugar onde a consciência e a alma entram em simbiose, torna-se forma de criação, tanto no processo da vida pes­soal, como na realização de uma obra.

A prática psicoterápica do sonho acor­dado engendrou a onirotécnica. Derivada dos trabalhos de Galton e Binet, das expe­riências de Desoille, de Guillerez e de Caslant, desenvolvida e aperfeiçoada por Frétigny e Virei até o onirodrama, esta técnica consiste num devaneio dirigido, a partir de uma imagem ou de um tema sugerido pelo intérprete e geralmente tirados dos símbo­los de ascensão e queda. Ela utiliza a fa­culdade que o homem possui, quando co­locado em estado de hipovigília de viver um universo arcaico de cuja existência nem suspeita quando acordado e do qual o so­nho noturno dá apenas uma ideia muito infiel e desalinhavada.

A técnica comporta um primeiro tempo de relaxamento cientificamente conduzido, devendo chegar à aparição de ondas eletroencefalográficas alfa. O sujeito recebe a instrução de verbalizar simultaneamente as imagens que lhe aparecerem e os estados que experimenta. A experiência mostra que estes estados são vividos, isto ê, que o su­jeito tem um Eu Corpóreo Imaginário e que age num mundo visionário sobre o qual projeta as estruturas de seu Eu arcaico. Se, neste ponto da experiência, o ope­rador propõe uma imagem indutora ou su­gere uma ação imaginária, o sujeito vai integrar a sugestão no universo em que vive e desenvolver as suas conseqüências, segundo o modo simbólico próprio a este universo. Por este meio e alguns outros, vê-se surgir, no sujeito menos predisposto à fantasia ou à compreensão poética, seqüências de imagens e situações que po­dem ser, em todos os pontos, sobrepostas aos dados da mitologia ou da psicossociologia dos estados mais primitivos da huma­nidade.

Funções do sonho

O sonho é tão necessário ao equilíbrio biológico e mental como o sono, o oxigênio e uma alimentação sadia. Alternativamen­te relaxamento e tensão do psiquismo, ele cumpre uma função vital; a morte ou a demência podem ser o resultado de uma falta total de sonhos. Serve de exutório a impulsos reprimidos durante o dia, faz emergir problemas a serem resolvidos, e, ao representá-los, sugere soluções. Sua fun­ção seletiva, como a da memória, alivia a vida consciente. Mas desempenha ainda um papel de uma profundidade bem diferente.

O sonho é um dos melhores agentes de informação sobre o estado psíquico de quem sonha. Fornece-lhe, num símbolo vivo, um quadro de sua situação existen­cial presente: ele é para quem sonha uma imagem freqüentemente insuspeitada de si mesmo; é um revelador do ego e do self. Mas ao mesmo tempo os dissimula, exata-mente como um símbolo, sob imagens de seres distintos do sujeito. Os processos de identificação não são controláveis no so­nho. O sujeito se projeta na imagem de um outro ser: aliena-se, identificando-se com o outro. Pode ser representado com traços que não têm aparentemente nada em co­mum com ele, homem ou mulher, animal ou planta, veículo ou planeta etc. Um dos papéis da análise onírica ou simbólica é desvendar essas identificações e descobrir suas causas e fins; tem como finalidade res­tituir a pessoa à sua identidade própria, descobrindo o sentido de suas alienações.

O papel do sonho, talvez o mais funda­mental, é estabelecer no psiquismo de uma pessoa uma espécie de equilíbrio compen­sador. Ele assegura uma auto-regulação psicobiológica. A carência de sonhos cria de­sequilíbrios mentais, assim como a carência de proteínas animais provoca perturbações fisiológicas. Esta função biológica do so­nho, confirmada pelas mais recentes expe­riências científicas, não deixa de ter conseqüências sobre a própria interpretação, que pode então evocar a lei das relações complementares. O intérprete procurará com efeito a relação de complementação entre a situação consciente vivida, objetiva, do sonhador e as imagens de seu sonho. Porque existe, escreve Roland Cahen, uma relação de contrapeso (de balança) real­mente dinâmica, entre o consciente e o in­consciente, manifestada na atualidade de sua movimentação pelo sonho. . . Os de­sejos, as angústias, as defesas, as aspirações (e as frustrações) do consciente encontra­rão nas imagens oníricas bem compreendi­das uma compensação salutar e, conseqüentemente, correções essenciais. O drama onírico pode conceder o que a vida exterior recusa e revelar o es­tado de satisfação ou insatisfação em que se encontra a capacidade energética (libi­do) do sujeito. Mas, às vezes, a distância entre o sonho e a realidade é tal que adqui­re um caráter patológico e deixa transpa­recer na própria libido um descomedimen­to que nada consegue compensar. Deve-se observar que nos casos normais a compen­sação se produzia, nas perspectivas de Freud, segundo uma linha horizontal, isto é, no mesmo nível da sexualidade, en­quanto, segundo Jung, todo equilíbrio psi­cológico do ser se faz, entre seus planos conscientes e seus planos inconscientes, na dimensão da verticalidade, tal como, num veleiro, o equilíbrio entre a vela e a quilha. No mesmo sentido, para o Dr. Guillerey, toda perturbação psíquica cor­respondia a uma atividade superior entra­vada, e o apelo do herói, no sentido bergsoniano do termo, cumpriria uma função não apenas moral, mas terapêutica, de sal­vamento.

O sonho, enfim, acelera os processos de individualização que regem a evolução de ascensão e integração do homem. Em seu nível, já tem uma função totalizadora. A análise, como veremos, permitirá que entre em comunicação quase regular com a cons­ciência e desempenhe então um papel de criador de integração em todos os níveis. Não apenas exprimirá a totalidade do ser, mas contribuirá para formá-la.

Análise do sonho

A análise dos símbolos oníricos baseia-se em triplo exame: o do conteúdo do sonho (as imagens e sua dramaturgia); o da es­trutura do sonho (em diversas imagens, um conjunto formal de relações de um certo tipo); o do sentido do sonho (sua orienta­ção, sua finalidade, sua intenção). Os prin­cípios de interpretação da análise se apli­cariam aliás a todos os símbolos e não só aos dos sonhos, e, em especial, aos que se exprimem nas mitologias. O sonho pode ser concebido como uma mitologia perso­nalizada.

O conteúdo do sonho, isto é, a fantas­magoria puramente descritiva, procede do cinco tipos de operações espontâneas: uma elaboração dos dados do inconsciente para transformá-lo cm imagens efetivas; uma condensação de múltiplos elementos numa imagem ou numa seqüência de imagens; um deslocamento ou uma transferência da afetividade para estas imagens de substituição, por meio de identificação, repressão ou sublimação; uma dramatização des­te conjunto de imagens e cargas afetivas numa fatia de vida mais ou menos intensa; enfim, uma simbolização que oculta sob as imagens do sonho realidades diferentes das que são diretamente representadas. No meio dessas formas disfarçadas por tantas operações inconscientes, a análise onírica deverá pesquisar o conteúdo latente dessas expressões psíquicas, que encobrem opres­sões, necessidades e pulsões, ambivalências, conflitos ou aspirações que se escondem nas profundezas da alma. O conteúdo do sonho compreende não apenas as representações e sua dinâmica, mas também sua totalidade, isto é, a carga emotiva e ansiosa que as afeta.

Fantasmagorias diversas podem encobrir estruturas idênticas, isto é, conjuntos ar­ranjados e articulados segundo o mesmo esquema profundo; inversamente, imagens semelhantes podem aparecer em estruturas diferentes. Numerosos confrontos de ima­gens e de situações sonhadas testemunha­ram uma espécie de temática constante, isto é, um conjunto de esquemas eidolomotores, onde séries de imagens diferentes revelam uma mesma orientação, mesmos sentimentos, mesmas preocupações, bem tomo a existência de uma rede de comuni­cação interna de uma mesma estrutura en­tre os diversos níveis e as diversas pulsões do psiquismo. É possível assim julgar-se o conteúdo latente do sonho. Roger Bastide anota no seu diário: Começo a me tornar africano. Esta noite sonhei com Ogum (deus ioruba do ferro e dos ferreiros). . . um psicanalista teria todas as condições de me mostrar que não fiz mais que trocar de símbolo, que Ogum desempenha exata-mente o mesmo papel nas minhas noites africanas que aquele outro personagem de meus sonhos da Europa. Sob a diversidade dos conteúdos, seria exatamente a mesma estrutura fundamental que apareceria a um analista. Deixaremos pois de lado a materialidade das imagens dos sonhos para ir buscar us estruturas que as enformam. Freud pensava que todos os sonhos de uma mesma noite pertencem a  um mesmo conjunto.

Esta estrutura do sonho é concebida ge­ralmente como um drama em quatro atos, no qual atua um aparato imaginário que pode variar consideravelmente, embora y quadro subjacente permaneça o menino Roland Cahen resume assim esses quatro atos:

1.  sua exposição e suas personagens, seu lugar geográfico, sua época, seus cenários;

2.  a ação que aí se anuncia e se desen­volve;

3.  a peripécia do drama;

4.  este drama evolui para seu término, sua solução, sua lyse, repouso, indicação ou conclusão.

O que complica ainda essa estrutura é que ela deve ser explorada em diferentes níveis, que não deixam de ter interferên­cias entre si. A nível profundo, serão en­contrados problemas metafísicos, que sim­bolizam mais ou menos diretamente us angustiantes questões da ontogênese ou do vida depois da morte. No plano médio, as preocupações sexuais exprimem-se no meio dos símbolos que, de um modo geral, a individualização da adolescência gera. A nível superficial, aparecerão sob uma for­ma simbólica, mais ou menos inacabada, aliás, as preocupações do indivíduo isolado pela complexidade da civilização e equivocando-se sobre as causas de suas dificul­dades de adaptação.

No meio de todos esses mundos de sím­bolos que, assim classificados, se articulam segundo uma analogia bastante límpida, alguns eixos privilegiados se desenham, por outro lado, com bastante clareza, tais co­mo: a relação quase constante entre a ascensão e a luz (Caslant-Desoille); entre a integração e o calor (Frétigny-Virel). Deve-se notar também as grandes direções analógicas da centralização (Godel), da direita e da esquerda. Essas redes de coordenadas e outras que têm um valor puramente ex­perimental formariam um código de esquemas eidolomotores, graças ao qual se poderia explorar o simbolismo onírico de um modo relativamente científico.

Enfim, todo sonho possui um sentido. Esse sentido pode ser buscado lá atrás, na causa do sonho: é o método freudiano, etiológico e retrospectivo. Ou adiante: é o método junguiano, Ideológico ou prospec­tivo. Os sonhos, diz Jung, são amiúde an­tecipações que perdem todo o seu sentido se examinadas de um ponto de vista pura­mente causal.

O sonho, como todo processo vivo, é não somente uma seqüência causal mas também um processo orientado para um fim. ... pode-se pois exigir do sonho - que é uma autodescrição do processo da vida psíquica - indicações sobre as causas objetivas da vida psíquica e sobre as ten­dências objetivas desta. Em lugar de se situar sob a dependência de um consciente que a precede, como acon­tece com a função compensadora, a função prospectiva do sonho se apresenta, ao contrário, sob a forma de uma antecipação, nascida no inconsciente, da atividade cons­ciente futura; ela evoca um esboço prepa­ratório, um bosquejo de grandes linhas, um projeto de plano executivo. Mas essa orientação para um fim é expressa sob a forma de símbolos, e não com a clareza descritiva de um filme de aventuras ou de um encadeamento conceitual.

Comparando o sonho às construções ima­ginárias feitas em estado de vigília, Edgar Morin estima que: todo sonho é uma rea­lização irreal, mas aspira à realização prá­tica. É por isso que as utopias sociais pre­figuram as sociedades futuras, as alquimias prefiguram as químicas, as asas de Ícaro prefiguram as asas do avião. Cada sonho, dirá Adler, tende a criar o ambiente mais favorável a um objetivo dis­tante. Esta finalidade do sonho é distinta do sonho premonitório dos Antigos: ela não anuncia um acontecimento futuro, re­vela e libera uma energia que tende a criar o acontecimento. É a grande diferença entre o profético e o que se pode prever, entre o divinatório e o operacional. O sonho é uma preparação para a vida (Moeder); o futuro é conquistado em sonhos, antes de ser conquistado nas experiências (de Becker, a propósito de Gaston Bachelard). O sonho é o prelúdio da vida ativa.

Interpretação

- O sonhador está no âmago de seu so­nho. Não se deve esperar deste verbete uma chave dos sonhos. Toda esta reunião de símbolos, sejam eles astecas, bantos ou chineses, pôde servir à interpretação dos sonhos. Mas por mais útil que seja, não seria suficiente. O sonho anima e combina imagens carregadas de afetividade: sua lin­guagem é exatamente a dos símbolos. Mas a arte de interpretá-los não depende apenas de regras, procedimentos ou significações codificados e aplicados mecanicamente. É necessária uma compreensão ao mesmo tempo íntima e ampla. O sonhador que possuir este livro poderá ler, nos verbetes que correspondem às imagens de seus so­nhos, os valores simbólicos que são ligados a essas imagens. Nos sonhos, esses valores são fundamentalmente os mesmos que apa­recem nas artes plásticas, na literatura ou nos mitos; como em toda parte, porém, estão em simbiose com outros e especial­mente com um meio psíquico, pessoal e social, portador também de símbolos. É a síntese de todos esses elementos que, a par­tir das luzes dispersadas aqui e ali neste livro, conduzirá o leitor a uma justa in­terpretação de sua experiência e, em geral, de sua vida a nível do imaginário ou da construção de imagens. A verdadeira cha­ve dos sonhos está no molde dos símbolos, percebidos ou despercebidos, mas sempre vivazes no inconsciente. É através de si mesmo que o leitor compreenderá o senti­do dos símbolos evocados neste livro, assim como também o sentido dos sonhos. Ê preciso não esquecer, escreve C. G. Jung, que se sonha em primeiro lugar, e quase exclusivamente, consigo mesmo e através de si mesmo. O célebre analista opõe jus­tamente à interpretação dos sonhos no pla­no do objeto, que seria causal e mecânica, a interpretação no plano do sujeito. Esta estabelece uma relação entre a psicologia do próprio sonhador e cada elemento do sonho, como por exemplo cada uma das pessoas atuantes que nele figuram. Cada uma é como que um símbolo do sujeito. O primeiro tipo de interpretação é analí­tico: decompõe o conteúdo do sonho em sua trama complexa de reminiscências, de lembranças que são o eco de condições ex­teriores. A interpretação do segundo tipo é, ao contrário, sintética: na medida em que separa das causas contingentes os complexos de reminiscências e os apresenta co­mo tendências ou componentes do sujeito, ao qual, por proceder desse modo, os in­tegra de novo. Nesse caso, todos os conteúdos do sonho são considerados como símbolos de conteúdos subjetivos. Poder-se-ia dizer de toda percepção aprofundada e vivida de um valor simbó­lico - que só se realiza evidentemente no plano do sujeito - o que Jung diz do sonhou se acaso nosso sonho reproduz algumas representações, essas são antes de tudo nossas representações, para cuja ela­boração a totalidade de nosso ser contri­buiu; são fatores subjetivos que no sonho (como na percepção do símbolo) se agru­pam de tal ou tal modo, exprimindo tal ou tal sentido, não por motivos exteriores (apenas), mas pelos movimentos mais sutis de nossa alma. Toda esta gênese é essen­cialmente subjetiva, e o sonho é o teatro onde o sonhador é ao mesmo tempo o ator, a cena, o ponto, o diretor, o autor, o pú­blico e o crítico. O sonho do homem é uma manifestação -cósmica e às vezes uma teofania, como um sonho da natureza no homem e um sonho dele so­bre a natureza (Raymond de Becker), ou, segundo os Antigos, um signo de Deus nele e um sinal dele a Deus. As pulsações vin­das dos três níveis do universo e do Ser se conjugam no sonho.

- O sonhador está no âmago da histó­ria. A interpretação dos símbolos oníricos exige que cada um dos três elementos da análise seja remetido a um contexto, escla­recido por associações espontâneas e, se possível, ampliado, como se fosse uma am­pliação fotográfica.

A primeira regra, a do contexto, coloca-nos de sobreaviso contra a interpretação de um sonho isolado. Se convém escutar o relato de um sonho, feito com toda a precisão desejável, não é menos necessário conhecer vários sonhos do mesmo sujeito, sonhos ocorridos numa data próxima, de­pois em datas diversas e em lugares di­versos; um sonho faz parte de todo um conjunto imaginativo, é apenas uma cena num grande drama de cem atos diversos. Não se trata de confundir ou sobrepor essas cenas, mas de julgar suas articula­ções. Este contexto implica igualmente o conhecimento do próprio sonhador, de sua própria história, de sua consciência, da idéia que tem de si mesmo e de sua situa­ção. Porque sua vida imaginária é, ...ela própria, parte de um conjunto, que é a vida total da pessoa em sociedade. Esta exigência leva igualmente a se pesquisar os í m b lentes em que o sujeito age c que rea­gem sobre ele. Apesar de sua aparência desalinhavada, o sonho inscreve-se numa continuidade. A interpretação dos símbo­los, noturnos ou diurnos, é uma cadeia sem fim de relações. A inteligência do imaginário não é um simples caso de imagi­nação.

-  O recurso às associações. A associação acrescenta ao estudo do contexto, de certo modo objetivo, o do contexto subjetivo. O sonhador é convidado a exprimir espontaneamente tudo o que as imagens, u» cores, os gestos, as palavras de seu sonho, tomadas isoladamente ou em grupo, evo­cam nele. É uma ocasião em que ele pode manifestar laços que estavam apenas laten­tes, laços emotivos ou imaginativos insuspeitados.   Essas   associações   são   capitais para   a  interpretação   dos   símbolos,   mas são freqüentemente frágeis, artificiais, mais ou menos desejadas, deformantes e aberrantes, em suma, necessitam de muita cau­tela.

-  Os bastidores do sonho. A ampliação consiste em  dar  ao  sonho  analisado  seu máximo de ressonância. Chega-se a isso por associações espontâneas do sujeito, ou ins­tando-se para que ele prolongue, continue a cena do sonho, como faria a partir de um dado  vivido no estado de  vigília. A ampliação voluntária pode ser do tipo acor­dado, com um mínimo de controle, ou do tipo do sonho conscientemente dirigido. P, possível, certamente, que ela provoque uma ruptura   de   sentido;   mas   freqüentemente também esclarecerá o sentido do sonho e suas ambigüidades, assim como  as linhas prolongadas   de   um   triângulo   miniatura mostram melhor  o  seu  desenho e como uma projeção ampliada revela melhor um cristal de neve ou os veios de um mármo­re. Se essa ampliação da linha do sonho, feita pelo sujeito, ainda não é o suficiente para decifrar os símbolos, existe uma outra ampliação na qual o intérprete toma a ini­ciativa, recorrendo com uma prudente cir­cunspecção ao imenso tesouro das diversas ciências humanas. Estes paralelos históricos, sociológicos, mitológicos, etnológicos, tirados tanto do folclore como da história das religiões, permitem relacionar o conteúdo do sonho, privado de associações, ao patrimônio psíquico e humano geral. Este tipo de  ampliação é característico da escola de Jung e, manipulado com uma sábia reserva, decifrou mais de um enigma. Num ensaio de socio­logia do sonho, Roger Bastide mostra bem este arraigamento social do imaginário: Etnólogos mostraram claramente o que se poderia chamar de os bastidores dos so­nhos: o sonhador vai procurar todos os aparatos de seus sonhos na vasta panóplia de representações coletivas que sua civili­zação lhe fornece, o que faz com que a porta esteja sempre aberta entre as duas metades da vida do homem, que mudan­ças incessantes se efetuem entre o sonho c o mito, entre as ficções individuais e as restrições sociais, que o cultural penetre no psíquico e que o psíquico se inscreva no cultural.

Sonho e símbolo, princípios de integração

A interpretação do sonho, como a decriptação do símbolo, não são apenas res­postas a uma curiosidade do espírito. Ele­vam a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Só por esta qualificação, e no plano do psiquismo mais normal, a análise onírica ou simbólica é uma das vias de integração da personali­dade. O homem mais bem esclarecido e equilibrado tende a substituir o homem despedaçado entre seus desejos, suas aspi­rações e suas dúvidas, e que não se com­preende a si próprio. O professor C. A. Meier, que Roland Cahen cita, diz com razão: a síntese da atividade psíquica cons­ciente e da atividade psíquica inconsciente constitui a própria essência do trabalho mental criador.


2)A História da Terapia Holística

"Em todo lugar e em todas as épocas,

sempre existiram Terapeutas Holísticos"

(paráfrase sobre texto de 1986,

do historiador alemão Werner Jaeger,

uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico - de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico - de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

...

O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

...

O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

...

Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por "sincronicidades", por "sinais", cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este "status", o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os "iniciados" compreendiam as "instruções" incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História "ocidentalizada" registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem "científica", ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro "médico", já que estabeleceu "doenças" como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo "desmembramento de seus componentes". Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de "doenças" que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

Referindo-se a Galeno e suas consequências:

...

Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

...

Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica Universidade Federal de Uberlândia

Paralelamente a este "movimento separatista elitizado", continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem "científica" e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o "consolo espiritual" da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

...

Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

...

Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência "exata"...

...

De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a "desumanização" do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte --importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva - da questão.

A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas - a história, a filosofia, a literatura e a psicologia - não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

...

Texto extraído de "A (re)humanização da medicina",

de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada "Revolução Aquariana". Movimentos "hippies", de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura "científica", onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais "científico". Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas "traduzidas" para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.


3) Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

Jung, Freud e o Cálice Terapêutico - Ilustração de Henrique Vieira Filho

Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje... A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:
*
Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho



Estruturas da Psique:
De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente: CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento; PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência; INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo. As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada. Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia. A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos. M

uitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras. Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo. A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições.

Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística. Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas. Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas". De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente. Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.
Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva.

Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação (assista a vídeo-aula sobre Psicoterapia Junguiana em Vídeo Aula - Introdução à Psicoterapia ).

Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta...

Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves. Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos. A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos... A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora "explicações", "boas razões", para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa. A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava. A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça". 5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes. A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...". 6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema. A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...". 7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico... A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...". 8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida... A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão. Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento. Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

contato@sinte.com.br (11) 3171-1193

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 07/06/2011 10:44


OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS

OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS  


  Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989 

EPÍGRAFE  

"Navegar é preciso, viver não é preciso"

                               Fernando Pessoa. 

"Viajar é preciso, viver não é preciso" 

                    DEDICATÓRIA 

          Dedico este trabalho a minha filha Giulia Beatriz Torres Marquezini, principal personagem de minha Lenda Pessoal. 

AGRADECIMENTOS 

Agradeço a Deus, aos meus mentores espirituais, aos ciganos: Rosa e Simão, a todos de minha família cármica e aos clientes e amigos que fazem parte da Teia de Minha Vida.  

Agradeço a amigos Mestres de meu caminho como Facelucia Barros Côrtes de Souza sempre disposta a me ajudar nas bifurcações e nas certezas da minha Trilha da Vida. 

SUMÁRIO                                                                      

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. pg.8 

1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia.....................................................pg.9 

1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e

Intervenção Sincronística..............................................................................................pg.12 

1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de

Autoconhecimento..........................................................................................................pg.13 

2. METODOLOGIA...............................................................................................pg.14 

3. DISCUSSÕES ...........................................................................................................pg.15 

4. RESULTADOS .................................................................................................pg.16 

5. CONCLUSÃO..................................................................................................pg.17 

6. REFERÊNCIAS ...............................................................................................pg.18 

RESUMO 

Novo método de mudanças pessoais e empresariais é proposto utilizando práticas terapêutica sincronistas. O método está fundamentado, neste trabalho, através das teorias de Carl Gustav Jung, da Física Quântica da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia, nas discussões de Fritjof Capra, mas está baseado, também, no empirismo e na instrumentação do Tarô como oráculo. A metodologia consiste em utilizar consultas, cursos, visitações e viagens dos arquétipos, de forma integrada e natural que facilitem o autoconhecimento. Espera-se como resultado um processo de aprendizagem e autoconhecimento com interesses objetivando aprender a aprender e no aprender a ensinar através de momentos lúdicos, elevando a consciência de grupo e disseminar o respeito para com o objeto de visitação.  


PALAVRAS CHAVE 

Sincronicidade. Inconsciente Coletivo. Arquétipos. Insights. Física Quântica. Teoria dos Sistemas. Holismo. Ecologia. Tarô. Viagens. 

                                                                                                                                      8

1. INTRODUÇÃO 

Este trabalho visa apresentar uma nova metodologia baseada em conhecimento prático em Tarô Mitológico, roteiros turísticos e culturais com fundamentação teórica em Filosofia, Psicologia e Física, Holismo e Ecologia, para o autoconhecimento pessoal e empresarial, conforme descrito a seguir.

Ele se baseia, sobretudo, nas práticas aleatórias ou induzidas realizadas, ao longo de 17 anos, utilizando como instrumentos de autoconhecimento, o Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua e os roteiros turísticos e culturais: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru - Formação da Cidade do Salvador.

No primeiro item serão apresentadas as práticas fundamentadas em conceitos da Teoria da Sincronicidade e também dos conceitos de Inconsciente Coletivo, Arquétipos e Insights de Carl Gustav Jung, da Física Quântica, da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia na visão de Fritjof Capra, que serão discutidas, traçando um estudo cronológico de tendências dos pensamentos filosóficos e científicos.

Em segundo item será avaliado o Tarô, seus arquétipos, a simbologia e a os fenômenos sincronísticos, aliados a uma breve avaliação de marcos históricos e religiosos que validam a importância dos deslocamentos (passeios e viagem), como componentes de autoconhecimento.

A metodologia é a práxis do autoconhecimento e desenvolvimento de pessoas e empresas, onde serão associados os conceitos do primeiro capítulo e "arquetipizados" os atores, conteúdos, integrados aos lugares visitados. Os resultados são baseados nesta prática dos conceitos discutidos.

A idéia é contribuir para visão holística do mundo contemporâneo e tornar esta prática reconhecida no sistema das terapias da sincronicidade. 

1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria Dos Sistemas, Holismo e Ecologia. 

Após o mundo mágico dos tempos antigos, a filosofia aristotélica e teologia cristã que marcaram o período medieval, as teorias cartesianas e mecanicistas, trouxeram, sob a ótica das ciências, a individualização, a separatividade e a redução do sujeito, como sintetizado abaixo:

              "Nos séculos XVI e XVII a visão de mundo medieval, baseada na filosofia aristotélica e na teologia cristâ, mudou radicalmente. A noção de um universo orgânico, vivo e espiritual foi substituída pela noção do mundo como uma máquina, e a máquina do mundo tornou-se a metáfora dominante da era moderna. Essa mudança radical foi realizada pelas novas descobertas em física, astronomia e matemática, conhecidas como Revolução Científica e associadas aos nomes de Copérnico, Galileu, Descartes, Bacon e Newton. Galileu Galilei expulsou a qualidade da ciência, restringindo esta última ao estudo dos fenômenos que podiam ser medidos e quantificados." (CAPRA, Teia da Vida, 1996). 

Com a Revolução Científica a qualidade desaparece da análise, os fenômenos passam a ser medidos e quantificados. Os cincos sentidos, a estética, a ética, a alma, a consciência e o espírito são extintos (LAING apud CAPRA, 1996). O pensamento analítico de Descartés, com os fenômenos sendo analisados em partes para se chegar ao todo, impera.

Com a chegada do século XVIII e os diversos fracassos científicos, a busca é pela sobrevivência do cartesianismo, porém ao final daquele século e inicio do século XIX a arte, literatura e filosofia se contrapõem as ciências e retornam a idéia da terra como um ser vivo e provocam mudanças significativas, através de poetas, como o inglês romântico William Blake que, entre seus pensamentos, está a da falência do mecanicismo e reducionismo científicos, como se pode ver no verso: "Possa Deus nos proteger da visão unilateral e do sono de Newton". (BLAKE apud de Capra, 1996)

Goethe, poeta romântico alemão, analisa uma "ordem móvel" da natureza e da forma das relações do todo, que segundo Capra (1996) vai ser a linha de frente da concepção sistêmica.

Porém em meados do século XIX há um retrocesso e as explicações físicas, biológicas e químicas da vida passam a ser o centro das discussões. Algumas descobertas e teorias propiciam isto, como por exemplo, a descoberta das células.

Nessa "gangorra" de conceitos científicos, no inicio do Século XX os biólogos e bioquímicos organicistas voltam a se opor aos mecanicistas, retornam a idéia dos românticos e de Aristóteles e ao conceito de sistemas. As células combinadas levam aos tecidos, órgãos e organismos, que atestam a soma das partes formando o todo.

A Física apresenta mudanças substanciais, a exemplo de Werner Heisenberg, um dos percussores da Teoria Quântica:

10

    "O mundo aparece assim, como um complicado tecido de eventos, no qual conexões de diferentes tipos se alternam, se sobrepõem ou se combinam e, por meio disso, determinam a textura do todo." (HEISENBERG, apud CAPRA, 1996).  

Na Psicologia, os alemães com a Teoria da Gestalt, Max Wertheimer e Wolfgang Kõhler, criam uma terceira forma de pensamento, que nem era o mecanicismo da Revolução Científica e tão pouco o vitalismo dos organicistas com a Teoria das Células, onde a idéia central era de que o todo era mais que a soma das partes.

Porém, anterior as teorias "gestaltianas", Carl Gustav Jung, médico e psiquiatra, em suas experiências a partir da teoria da Livre Associação de Freud, pai da Psicanálise e de quem foi discípulo, contribuiu com conceitos que mostraram que as coisas tendiam acontecer e serem representadas por símbolos e que havia uma memória mental, além do individuo e que esses optam por acessá-la ou não, como produto do livre arbítrio e de suas intelectualidades.

Estava criada a Teoria da Sincronicidade "coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos" (JUNG, 2000), observada em acontecimentos sem relação de causa e efeito, um interior e outro exterior ao individuo, que podem se materializar em forma de símbolos e eventos que costumamos chamar de "acaso" ou "coincidências", como por exemplo: desejar algo e recebê-lo de presente.

A partir do conceito de sincronicidade se pode perceber que para que ocorressem fenômenos sincronísticos era preciso mais do que o desejo individual e assim nascia a Teoria do Inconsciente Coletivo, que pode ser explicado como uma fonte de todo conhecimento que se situa fora da alma humana, um conhecimento absoluto.

Esse "local coletivo" é como uma memória de "computador", onde estão "salvos" aprendizados, energias e tendências que podem ser acessados através de Arquétipos em situações espontâneas como em crises, sonhos, febres, perturbações, fenômenos de sincronicidade ou situações de indução. Nas formas indutivas, podemos classificar as terapias que utilizam oráculos.

Esses "acessos" a consciência maior na teoria junguiana, são os "Insights": lembrança simbólica repentinas de uma consciência maior, que podem ser decifradas através da tomada de consciência, quer espontânea ou induzida por técnicas terapêuticas.

O uso da mitologia nas ciências é baseado nas histórias e nos arquétipos e revelam verdades profundas que muitas vezes não estão evidentes para a consciência, existe independente do mundo e são instrumentos de acesso ao que Freud chamou de Inconsciente e que Jung classificou como interno e externo, recebendo este último o nome de Inconsciente Coletivo.

As teorias de Jung foram baseadas em várias teorias cientificas como as de Hipócrates: "simpatia de todas as coisas", a "união por um vínculo entre o que chamou de sensível e supra-sensível" de Teofastro, em Zózimo e suas alquimias, entre outros. Porém, serão nas teorias de Schopenhauer e Gottfried Wilhelm Leibniz as mais consideradas por Jung. Com o primeiro dialogou com o que chamou de "simultaneidade significativa" batizando o termo "sincronicidade", já de Leibniz utilizou os conceitos da "realidade através de quatro princípios: espaço, tempo, causalidade e correspondência", só discordando sobre a constância destes fatores, pois para Jung os "eventos sincronísticos" ocorrem irregularmente, de forma esporádica (CAPRIOTTI, 2007).

A partir do século XX proliferam as teorias chamadas "holísticas" e "sistêmicas" e a ecologia, para dar conta de um mundo repleto de tecnologias e um exemplo do pensamento sistêmico se pode observar no trecho abaixo:

    "Uma visão holística, digamos, de uma bicicleta significa ver a bicicleta como um todo funcional e compreender, em conformidade com isso, as interdependências das  suas partes. Uma visão ecológica da bicicleta inclui isso, mas acrescenta-lhe a percepção de como a bicicleta está encaixada no seu ambiente natural e social - de onde vêm as matérias-primas que entram nela, como foi fabricada, como seu uso afeta o meio ambiente natural e a comunidade pela qual ela é usada, e assim por diante. Essa distinção entre "holístico" e "ecológico" é ainda mais importante quando falamos sobre sistemas vivos, para os quais as conexões com o meio ambiente são muito mais vitais.O sentido em que eu uso o termo "ecológico" está associado com uma escola filosófica específica e, além disso, com um movimento popular global conhecido como "ecologia profunda"

    (CAPRA, A Teia da Vida, 1996). 

Todos estes conceitos, ciências, terapias têm como objetivo descobrir o objetivo e as melhores formas de relação do homem com a vida e, em resumo, descobrir a felicidade. As técnicas na contemporaneidade são inúmeras. O filósofo brasileiro descendente de libaneses, empresário e faixa preta em artes marciais, Talal Husseini, ao ser entrevistado pelo Jornal a Tarde em Salvador, onde fora lançar seu livro Paz Guerreira - O Caminho das 16 Pétalas, afirma: "Nós perdemos muito tempo porque não desenvolvemos certas faculdades mentais, como concentração, imaginação, memória, discernimento, consciência e atenção." (HUSSEINI, 2011).

Diante desta análise cronológica, a questão é: no século XXI as ciências e os ideais ecológicos e de sustentabilidade darão conta das almas e dos homens? 

1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e Intervenção Sincronística. 

A origem das cartas de Tarô ainda é muito obscura, fazem parte da bibliografia do ocultismo e exercem fascínio nas pessoas há pelo menos 600 anos, visto que alguns pesquisadores dão conta de sua presença na Europa do século XVI.

Alguns acreditam que tenha surgido no antigo Egito, nas crenças célticas pagãs ou nos ciclos da poesia romântica do Santo Graal na Idade Média da Europa.

Percussor de nossas atuais cartas de jogar, divididas em naipes: paus, ouros, copas e espadas trazendo ilustrações de figuras e situações que, como no exemplo dos sonhos, representam insights, conteúdos da psique humana, trazem o consciente e inconsciente do sujeito e dá acesso ao que Jung chamou "Inconsciente Coletivo".

Funciona como um caminho de observação para que venham à tona os aspectos negligenciados do sujeito de análise, utilizando figuras arquetípicas.

Uma das formas de utilizar as cartas de Tarô como instrumento de autoconhecimento é observar o que Nichols (1980), chamou de Mapa da Jornada dos Arcanos, conjunto de 22 cartas repletas de símbolos, conhecidas como Arcanos Maiores.

O Louco é um personagem para alguns baralhos sem número, para outros recebe o número 22.  O fato é que funciona como um coringa, representando a força que impulsiona a jornada. A curiosidade é a mola que impulsiona a seguir, um viajante que se lança na estrada, sempre buscando, se aventurando e caminhando. Ele transita entre todos os símbolos das cartas, da primeira carta que recebe o nome de O Mago à vigésima primeira, o Julgamento, no Mapa da Jornada. São representadas estações de amadurecimento do herói, o Louco, e podem ser associadas aos estágios inconscientes aplicados a processos terapêuticos holísticos.

São 22 estações de aprendizados, chamados de Arcanos maiores, 56 cartas chamadas de Arcanos Menores, explicações, detalhamentos das estações de aprendizado subdivididas em 4 naipes de 14 cartas, agrupadas por área de significação. Paus que representa o aspecto espiritual, Ouros o físico, Copas o emocional e Espadas o mental. Somadas são 78 arcanos.

Seja no Mapa da Jornada de Sallie Nichols, seja em diversas obras e terapias e vivências de Tarô que sugerem caminhos, viagens e movimento, os arquétipos do Tarô são fortes instrumentos de movimentação interna e se associados a fluxos externos, como deslocamentos, caminhadas, trilhas, peregrinações ou viagens de lazer ou negócios, desde que objetivando os "insights e sincronicidades", podem ser potencializados. 

13

1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de Autoconhecimento. 

Os motivos religiosos figuram como umas das primeiras motivações de deslocamentos dos povos.

Vários foram os momentos culturais de vulto onde a viagem, o deslocamento é o instrumento de mudança, seja na fuga guiada por Moisés pelo Mar Vermelho ou na saída de Maomé e seu povo de Meca ou nas viagens a Terra Santa e a Roma pelos cristãos ou na contemporaneidade as viagens a Santiago de Compostela pelos místicos e católicos ou a ida a Israel pelas mais diversas religiões cristãs..

As Cruzadas, as Grandes Navegações, as dominações, as colonizações, a Primeira e Segunda Guerra, mudaram a face da humanidade, as fronteiras e a alma humana.

Hoje nas práticas turísticas se observa um numero grande de ações religiosas, culturais e místicas como ingrediente, onde se busca o conhecimento do externo tendo como instrumento as viagens, o deslocar-se para retornar a si. Muitos são as trilhas e caminhadas com intenções religiosas ou místicas criadas pelo mundo.

Paulo Coelho em suas obras trata sempre desta instrumentação para alquimia pessoal e a utiliza para criar seus enredos. Para escrever o Alquimista foi as Pirâmides do Egito e ao Deserto de Saara, o que significa que em nossas trilhas pessoais podemos achar caminhos, criar atalhos, virar esquinas, buscar saídas, encontrar e ser encontrado, escutar o vento, perceber os sinais, acessar as memórias das árvores ou das pedras e viajar em busca do que está dentro de cada um. Enredando a magia dos "insights", dos sinais, das sincronicidades: "- Esta é a magia dos sinais - continuou o rapaz. - Tenho visto como os guias lêem os sinais do deserto, e como a alma da caravana conversa com a alma do deserto." (COELHO., O Alquimista, 1988). 

2. METODOLOGIA 

A metodologia utilizada por ser exemplificada com uma visita o Centro Histórico de Salvador, onde ficando-se atentos aos aspectos culturais materializados na arquitetura, no modo de vida dos habitantes locais e ancorados nos personagens da literatura de Jorge Amado, se pode correlacionar tanto o arquétipo do Quincas Berro D' água ou de Tereza Batista, quanto às cartas do Diabo ou da Força no Tarô. O simbolismo do que se deixa levar pelos vícios ou pela luxúria podem desencadear fenômenos sincronísticos que podem levar a compreensão individual e coletiva do visitante.

Ao se deparar com o passado nas visitas aos engenhos do Recôncavo Baiano é possível ter insghts sobre o dia a dia de e os planejamentos empresariais, bem como sobre formato das relações profissionais.

Ou então, simplesmente caminhar a beira da praia saudando a "avó Lua", simultaneamente observando como caminhamos em nossa vida, tendo lampejos da forma, as distrações e as inflexibilidades.

A metodologia utilizada e associar à técnica de jogos e tiragem de cartas dos Arcanos Maiores do Tarô Mitológico as realizações de trilhas urbanas ou não, viagens e caminhadas. Ou simplesmente usar as viagens e visitas como autoconhecimento.  


3. DISCUSSÕES 

Ninguém volta de uma viagem igual, seja de férias, a trabalho ou direcionada ao autoconhecimento.

Há  quem acredite que as viagens, os aeroportos, as rodoviárias e as estradas são palcos onde o fenômeno da sincronicidade, o acesso ao inconsciente coletivo e a ancoração dos arquétipos, encontram terreno fértil. O fato é que quando estamos mais relaxados e em estados de crise ou felicidade estes aprendizados são mais eficazes.

É evidente que se estivermos mais atentos aos aprendizados que as viagens podem nos proporcionar, ao contrário de quem viaja para fugir da realidade ou em turismo de massa, os aprendizados acontecerão.

                "Eu acabara de escrever "As Valkirias", e estava no aeroporto de Brasília, esperando a hora de embarcar; para distrair-me, comecei a imaginar que capa deveria colocar neste novo trabalho. O avião atrasou, comecei a passear pelo saguão, e  descobri uma pequena galeria de arte no segundo andar, onde vi um quadro do Arcanjo Miguel, tema central do livro. Bastou ler a assinatura da pintora - Valkiria - para decidir que aquele quadro seria a capa. As coincidências não param ai.  "As Valkirias" foi publicado no dia 3 de agosto de 1992. Na semana seguinte, meu editor recebeu uma carta da pintora: "Faz exatamente um ano - 3 de agosto de 1991 - que terminei uma restauração numa igreja de Goiás.  Fiz sem cobrar nada, apenas por amor.  Neste dia, o padre me chamou e disse: "Deus encontrará uma maneira de lhe pagar.  Em um ano, um trabalho seu será muito conhecido".)COELHO, http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/ - postado em 18/01/10).

Paulo Coelho e a pintora estavam atentos aos aprendizados e esta experiência nos faz afirmar que podemos usar desses expedientes para o autoconhecimento.

Os locais e experiências culturais podem desenvolver pessoas e empreendimentos; há sempre um aprendizado ao virar uma esquina e isto não é produto de "acaso" ou mérito do marketing de destinos. Em um universo de tantas ofertas, mesmo que sem se dar conta, qual o aprendizado de ter escolhido Miami ao invés de Machu Picchu. E se ao início, durante e ao término se fizer uma associação às cartas do Tarô, isto se potenciará. 


4. RESULTADOS  

Espera-se conduzir o viajante ou visitante a aprender mais ou tanto em uma viagem de trabalho em um centro cosmopolita., quanto ao peregrinar no Caminho de Santiago de Compostela, por um mês, a pé para acessar o autoconhecimento.

Assim como agendamos um jogo com uma taróloga ou marcamos uma consulta em um psicanalista, após lhes conhecer o oráculo e o método, espera-se poder agendar, propositalmente, uma forma e um destino para nosso aprendizado ou apenas observar viagens necessárias ou escolhidas.

Assim, viajar pode ser uma experiência muito mais rica, aliando arquétipos do Tarô, as técnicas de terapias da sincronicidade como instrumento de busca de respostas que povoam o mais profundo do viajante, o inconsciente.

E diante de um mundo contemporâneo onde os bens selecionados pela sociedade, chamada de Sociedade do Espetáculo, segundo Debord (1997), produzem isolamento, as viagens em grupo ou individual por seu componente sistêmico e de inter relações, podem ser profundamente integradoras, conduzindo mais facilmente ao inconsciente coletivo e as sincronicidades.

Os resultados destas práticas têm sido atestados por clientes que optam pelo Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua, Roteiros: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru e Formação da Cidade do Salvador, que aliam o aprendizado sócio cultural a busca interior induzida ou que relatam suas descobertas aleatórias em viagens de trabalho e lazer, parte de suas agendas. 

5. CONCLUSÃO 

Os 17 anos de prática com Tarô Mitológico, fundamentado pelos conceitos e teorias de Jung, aliado ao desenvolvimento de roteiros turísticos históricos sociais e culturais e aos valores tem atingido um objetivo maior que é o desenvolvimento de pessoas e empresas dentro de padrões de qualidade humana, sustentabilidade e ecologia profunda discutidas neste texto com as pesquisas de Capra.

A missão do programa de consultas, cursos, visitações e viagens é contribuir com a vida no planeta com roteiros e visitas que facilitem os processos de aprendizagens e autoconhecimento, com interesses objetivados no aprender a aprender e no aprender a ensinar, através de momentos lúdicos, eleva a consciência de grupo, dissemina o respeito para com o objeto de visitação, cultura local, meio ambiente e parceiros contidos no programa.

Esta Prática Terapêutica Holística de Sincronicidade é uma Lenda Pessoal parte do Inconsciente Coletivo, descoberta através de Insights em sincronicidade com crescente sistema de outras Lendas Pessoais e diversas Teias.  

6. REFERÊNCIAS 

CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida.S.Paulo: Cutrix, 1996.

COELHO, Paulo. O Alquimista. S. Paulo: Editora Rocco, 1988.

_____________. As Valkirias. S. Paulo: Editora Rocco, 1982.

DEIKE, Begg. Sincronicidade. S. Paulo: Cultrix, 2004.

DEBORD , Guy. A Sociedade do Espetáculo. S. Paulo: Contraponto Editores, 1997.

GREENE, Liz e SHARMAN - BURKE, Juliet. O Tarô Mitológico. Uma Abordagem para a Leitura do Tarô. S.Paulo: Siciliano, 1988.

JUNG, Carl Gustav. Sincronicidade - Um princípio de Conexões. S>Paulo:Vozes,2000.

JAWORSKI, Joseph. Sincronicidade - O Caminho Interior da Liderança. S.Paulo, Best Seller, 2005.

MACGREGOR, ROB e Trish. Os 7 Segredos da Sincronicidade. Estrela Polar, 2011.

NICHOLS, Sallie. Jung e o Tarô - Uma Jornada Arquetípica. S.Paulo: Cutrix, 1980.   

Entrevista publicada na Revista Muito numero 168 de 19 de junho de 2011 em Salvador/BA de Talal Husseini autor de Paz Guerreira o Caminho das 16 Pétalas. S. Paulo: Edições Nova Acrópole, 2011. 

http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/. Acesso 20 de junho, 2011.

Autor: : Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989
Última atualização: 04/07/2011 14:18


TERAPIA HOLÍSTICA COM “LIFE COACHING”

TERAPIA HOLÍSTICA COM “LIFE COACHING

Escola Humanista

SIDNEY ROSA NASCIMENTO JUNIOR - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 44269

 Trabalho apresentado ao SINTE  Sindicato dos Terapeutas - Holística 2012

 

 BRASÍLIA – DF

 

2012

  O ser humano traz no coração a certeza de que todas as pessoas são semelhantes... Tudo está aí neste subsolo da Humanidade, neste subsolo de homens e de mulheres deste planeta; tudo está aí para forjar um mundo mais humano (ANDRÉ ROCHAIS, 1980).

 

 

2012

SUMÁRIO

                       Pag.

RESUMO...................................................................................................          2

INTRODUÇÃO ..........................................................................................           3

Objetivo Geral ....................................................................................          4

CAPÍTULO I – METODOLOGIA ...............................................................          5

1 - Por que Terapia Holística. ...........................................................          5

2 - Por que Life Coaching..................................................................          6

3 – Por que Humanista ......................................................................          7

CAPÍTULO II – A PESQUISA HUMANISTA..............................................        11

1 – Contribuição de Carl Rogers.......................................................        11

2 - Contribuição de André Rochais ..................................................        11

4 – As Oficinas de Crescimento e Vida.............................................        14

CAPÍTULO III – RESULTADOS .................................................................        16

CAPÍTULO IV – DISCUSSÃO ....................................................................        17

CAPÍTULO V – CONCLUSÕES  ................................................................        19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................        20

 

 

 

 

 

 

 

 

RESUMO

Neste trabalho será apresentada uma síntese das descobertas dos mestres humanistas Carl Rogers (1961) e André Rochais (1985). O Capítulo I é dedicado à conceituação dos termos e processos utilizados. No capítulo II é abordada a narrativa teórica das principais linhas humanistas e da adaptação dessa escola para a realidade brasileira, levando-se em conta os aspectos culturais, econômicos e sociais. No capítulo III são relatados dois casos de sucesso. Num segundo momento será abordada a discussão dessas práticas e a conclusão final.

 

 

INTRODUÇÃO

NASCIMENTO JUNIOR Sidney R. A Terapia Holística com “Life Coaching” – Escola Humanista. Brasília, Distrito Federal, 2012. Propositura de palestra para a Holística 2012. SINTE – Sindicato dos Terapeutas.

O primeiro contato do autor com a linha humanista se deu no início da década de setenta, quando se encantou pelas descobertas de Rogers no livro “Tornar-se Pessoa” (ROGERS, Carl R. – On Beioming a Person, 1961).

Outros pesquisadores e pedagogos abarcaram essas descobertas. No Brasil, o pedagogo e filósofo Paulo Freire foi um dos principais seguidores.

Posteriormente, o autor conheceu o fabuloso método denominado Personalidade e Relações Humanas – PRH, fruto das pesquisas do psicopedagogo francês “André Rochais”.

Sua participação em diversos cursos com esse método produziu resultados surpreendentes. Houve excelente ganho de qualidade de vida e a melhoria das suas relações em todos os setores: casal, família, trabalho, grupos variados e outros.

Ao sentir em si mesmo esses excelentes resultados, o autor ingressou na Formação Pessoal Metódica – FPM e na Formação para a Relação de Ajuda – FRA. Cursos formativos oferecidos por PRH.

Por se tratar de formação continuada, prosseguiu e ainda segue se atualizando naquela fonte. Com a formação e a prática como profissional independente na relação de ajuda, criou as Oficinas de Crescimento e Vida – OCV.

 Possuidor da formação em coaching, o autor juntou as novidades e eficácia deste processo com os fundamentos humanistas. As Oficinas de Crescimento e Vida possuem metodologia própria, segundo este embasamento.

Nestas, além dos cursos oferecidos, há o regular acompanhamento individual ou em grupo específico (casal, família ou trabalho).

São utilizados os princípios da Psicoterapia Holística, com base nas propostas rogerianas.

Esse experimento pessoal e profissional dão a segurança e a motivação para a apresentação deste trabalho para a comunidade terapeuta.

 

OBJETIVO GERAL

O objetivo deste trabalho é demonstrar para a comunidade terapêutica a eficácia da Terapia Holística com Life Coaching e fundamentos da psicopedagogia humanista.

 

Palavra-chave: Psicopedagogia Humanista. Atividade centrada na Pessoa. Vida em Plenitude. Life Coaching. Terapia Holística.

 

 

 

CAPÍTULO I - METODOLOGIA

Conceituação Metodológica

  1. Por que Terapia Holística?

As línguas vivas, e o português é uma delas, são evolutivas. Com o passar do tempo, surgem novos vocábulos. Outros vão ampliando seu significado. Um caso típico desta ampliação se deu com a palavra “Terapia”. Segundo o dicionário Houaiss (2009) a palavra “Terapia” significaria: tratamento de doentes[1].

Entretanto, a evolução das práticas terapêuticas mudou essa definição. Hoje há um consenso definindo “Terapia” como:

“Toda intervenção que visa tratar problemas somáticos, psíquicos ou psicossomáticos, suas causas e seus sintomas, com o fim de obter um restabelecimento da saúde ou do bem-estar.

Intervenção, restabelecimento e bem-estar são palavras chaves. Terapia, portanto, já não é de uso exclusivo da área da medicina ou da psicologia. O termo intervenção lhe dá um sentido amplo. Vai além do tratamento de doentes.

Por exemplo: hidroterapia significa exercício na água orientado por um profissional não médico ou psicólogo. Há outras tantas especialidades semelhantes.

A expressão “Terapia Holística” refere-se à compreensão da realidade como um todo integrado (Terapia = harmonizar, equilibrar; Holística = do grego holus: totalidade).

Esta modalidade utiliza uma somatória de técnicas milenares e modernas, sempre suaves e naturais. Proporciona harmonia, autoconhecimento e incrementa a capacidade de a pessoa ser bem-sucedida. Gera mais Qualidade e Bem-Estar na vida[2].

 

Em síntese, a Terapia Holística utiliza-se de técnicas alternativas, não invasivas. Busca alinhar as energias da pessoa, esta considerada única e, ao mesmo tempo, integrada ao Universo Cósmico. Ela não trata de doenças ou de cura e sim de realinhamento de energias ou aprendizado.

Obviamente, uma pessoa equilibrada e com bem-estar estará menos sujeita às doenças. Sua energia interior poderá produzir cura natural, como consequência e não como objeto do tratamento da Terapia Holística.

  1. Por que Life Coaching?

A tradução literal minimiza a abrangência da técnica: Life: vida; Coaching: treinamento (Treinamento para a vida). Trata-se de um processo com o fim específico: alavancar a pessoa para encontrar o máximo de si.

Por isso, não é fácil definir tal processo. A definição mais aceita para coaching é:

 “Processo de estímulo para que a pessoa se desenvolva e se torne mais efetiva (metodologia personalizada) com foco em ações praticadas para a realização de suas metas e desejos, com base no refinamento e desenvolvimento de suas próprias competências”.

A palavra “coaching” tem origem na Europa. O Espanhol designa veículos como “coche”. Vem das antigas carruagens.

A carruagem servia para conduzir a pessoa com rapidez, segurança e com um mínimo gasto de energias. O destino é determinado pelo passageiro e não pelo condutor. Por analogia, o processo é o mesmo oferecido pelos taxis de hoje.

 

Essa imagem representa razoavelmente o processo de coaching. De modo semelhante, coaching é um processo cujo objetivo é o de conduzir a pessoa até um determinado ponto por ela (pessoa) escolhido.

No lugar do condutor (cocheiro ou motorista) está o “coach”. Seu papel é o de ajudar, orientar, aconselhar, facilitar, questionar o “coachee”  (pessoa orientada) a chegar eficazmente ao seu destino de crescimento.

Para isso, o coach e coachee negociam um plano de ação. É comum elaborar também um plano alternativo (plano B). Contudo, caberá sempre ao coachee a escolha e a decisão sobre todo o projeto.

Durante a elaboração dos planos e do processo de execução, o coach utiliza as chamadas “perguntas poderosas” para ajudar o coachee prosseguir no seu itinerário.

O projeto deve ter o ponto inicial, a meta a alcançar, os pontos de avaliação e o tempo necessário em cada etapa. Sempre haverá uma avaliação em todos os sentidos (360º) para produzir feedbacks (retorno) ao coachee.

Existem várias modalidades de coaching. A maioria voltada para atividades empresariais. Recentemente, foi criada a versão para a pessoa e suas relações próximas. Isto é, fora do ambiente de trabalho, sem, contudo, excluí-lo.

Ou seja, se o processo é eficaz no desenvolvimento da pessoa dentro da empresa, por que não ampliá-lo para a vida cotidiana do indivíduo? O life coaching veio responder este questionamento.

Assim como nos Coaching tradicional, existem muitass escolas de life coaching. Aqui será abordada a metodologia humanista. A versatilidade da psicopedagogia humanista com a também versatilidade do processo criou uma associação perfeita.

  1. Por que Humanista?

A respeito da psicopedagogia humanista, a professora Tereza Cristina B. Siqueira assim se expressa:

“A Psicologia Humanista fundamenta-se nos pressupostos da Fenomenologia e Filosofia Existencial; é centrada na pessoa e não no comportamento, enfatiza a condição de liberdade contra a pretensão determinista. Visa à compreensão e o bem-estar da pessoa não o controle. Segundo esta concepção, a psicologia não seria a ciência do comportamento, seria a ciência da pessoa.

Caracteriza-se também, por uma contínua crença nas responsabilidades do indivíduo e na sua capacidade de prever que passos o levarão a um confronto mais decisivo com sua realidade[3]”.

Os principais constituintes deste movimento são: Carl Rogers (1985), Abraham Maslow (1908) e André Rouchais (1990).

Na prática humanista há um redirecionamento da terapia convencional (diretiva) e focada no trauma, para uma postura de confiança na pessoa e na sua capacidade de crescimento e de autogestão da própria vida. Baseia-se na escuta ativa, sem grades de leitura ou preocupação com diagnósticos.

                Sem querer fazer qualquer vínculo religioso, é interessante lembrar que Tereza d’Ávila, considerada doutora da Igreja Católica, já dizia no início do século XVI:

quando algo em nós está funcionando mal é porque alguma virtude está precisando crescer”.

Uma das principais descobertas de Rogers é a de que toda pessoa tem um núcleo essencialmente positivo ao qual chamou de “Self”. Dessa premissa partiram todas as suas teses, tendo como objetivo final levar a pessoa “ser aquilo que realmente é[4].

O Self de Rogers

Núcleo

Essencialmente

Positivo

 

                      

 

        

Tal como na terapia holística, a pessoa é vista como um todo.

Caberá à própria pessoa encontrar dentro de si as respostas para suas dificuldades. Descobrir as causas (ou holisticamente, canalizar energias). Ganhar estatura emocional.

Assim, ancorada em um porto seguro em si mesma, livrar-se dos funcionamentos indesejáveis.

Isso significa primeiramente que ela deve crescer em suas capacidades de gerir a própria vida. Tomar posse de sua real identidade interior, formada por potencialidades, habilidades e capacidade de discernimento, livre e inteligente de si mesma.

A segunda fase se inicia de modo natural. Decorre do crescimento interior. Nela há uma reordenação da própria vida. Uma reeducação compatível com a nova estatura adquirida.

É preciso haver uma quebra de muitos paradigmas, dogmas e princípios. Talvez, fundamentais para sobrevivência no passado. Porem, hoje, desnecessários.

Dificilmente haverá crescimento enquanto a pessoa permanecer presa a essas referências. Foram adquirida e não pertencem à essência da sua natureza. Por isso impedem a pessoa de ser sim mesma. Ela vive uma verdadeira escravidão inconsciente aprisionada por essas regras ou dogmas.

A pessoa assim possuída fica incapacitada de tomar boas decisões. Escuta o que não é seu (o que foi adquirido). Vive insegura e à mercê da imagem que constrói para “parecer” segundo a exigência do entorno. Ou seja: daquilo que os outros “acham”.

Diante dessa insegurança de atender os desejos alheios, vive a procura explicações ou justificativas para se defender de eventuais faltas.

Enfim, para não entrar numa exaustiva explanação teórica, é possível extrair para este trabalho alguns conceitos básicos da psicopedagogia humanista, assim resumidos:

  1. Todo ser humano é capaz de decidir por si mesmo como conduzir adequadamente a sua própria vida, sem necessidade de paradigmas, rótulos ou intervenções externas;
  2. Quando isso não acontece, é porque o poder e a capacidade interior de ser si mesmo estão adormecidos ou inibidos. Maslow afirmava que:

“O homem seria um ser com poderes e capacidades amortecidos, inibidos. Adoecemos, não só por termos aspectos patológicos, mas muitas vezes, por bloquearmos elementos saudáveis.

A impossibilidade de manifestarmos nossa criatividade e de atualizarmos nosso potencial como seres humanos realizados traria como consequência a neurose”;

Pouco tempo depois, André Rochais também afirmaria algo semelhante, confirmando essa linha de descobertas:

“Dormimos sobre tesouros, sobre poços de energia, sobre um vulcão de criatividade, sobre reservas incríveis de amor verdadeiro”.

  1. Cada pessoa é única e possui identidade própria. Entretanto há características universais comuns ao ser humano. O olhar humanista é respeitoso ao direito de cada um ser diferente. Dentro de uma unidade humana há uma diversidade de características individuais.

Em resumo, a visão humanista não segue a linha do pensamento dedutivo, com base em paradigmas, conceitos e princípios. Ela é indutiva a partir das realidades interiores da própria pessoa. Direciona a ela todo foco de atenção para ajudá-la, por si mesma, canalizar suas próprias energias para o escopo da sua razão de viver.    

 

 

 

CAPÍTULO II - A PESQUISA HUMANISTA[5]

        Carl Ransom Rogers

(1902 a 1987)

 

1 – Contribuição de Carl Rogers:Rogers é considerado um dos principais expoentes da terapia ou da pedagogia humanista, por duas razões básicas:

  1. Foi o primeiro a romper com a psicologia tradicional;
  2.  Demonstrou cientificamente a descoberta inata na capacidade da pessoa gerir sua da própria vida, sem necessidade de qualquer ação diretiva externa;
  3. Criou a técnica da Abordagem Centrada na Pessoa, hoje seguida por diversos pedagogos e terapeutas.

A pesquisa de Rogers sobreveio a um processo meticuloso de investigação científica. Concluiu que toda pessoa humana tem uma natureza essencialmente positiva. A ideia dominante era que todo ser humano possuía uma neurose básica. Rogers defende que o núcleo básico da personalidade humana é tendente à saúde, ao bem-estar.

Definiu esse núcleo de energias e potencialidades como Self. Substantivo que pode ser traduzido para o Português como: “si mesmo”; ”natureza”; “personalidade”; “caráter”...

        André Rochais

(1921 a 1990)

 

2 – A Contribuição de André Rochais:Muito embora, seu nome e seu meticuloso trabalho, especialmente no Brasil, sejam pouco conhecidos, André Rochais foi, sem a menor dúvida, o maior patrono da escola humanista.

Influenciado e encantado pelas descobertas de Rogers, prosseguiu com as pesquisas na mesma linha. Criou o método denominado “PRH – Personalidade e Relações Humanas”. Hoje divulgado por PRH Internacional.

Rochais percebeu que a integralização da personalidade passava pela autodescoberta da identidade interior (o Self de Rogers).

Para tanto, deveria haver um aprendizado sobre si mesmo. Caberá à pessoa desvendar os obstáculos que a impedem de ser ela mesma.

Seu propósito ia mais além. Haveria um método, de tal modo simples, que fosse acessível a qualquer pessoa, independente das condições sociais ou intelectuais. Algo que fosse universalmente capaz de ajudar qualquer indivíduo. De fácil aplicação e aceitação.

Com essa visão ele traçou um gráfico das engrenagens da personalidade ao qual denominou “Esquema da Pessoa”. Inicialmente, com três instâncias. Depois de simplificado e depurado, em 1985 assim definiu: o Ser, a Sensibilidade e o Eu-cerebral.  

 

 

 

Os outros                         Entorno                                  Mate        Material                

A Pessoa e o seu corpo

Eu Cerebral

 

 

Sensibilidade

 

Ser

Além do Ser

 

 

 

“Fundaments Antropologiques de Formation PRH” – Publicado por PRH Internacional, 1997, pag. 55)

O Ser: Para Rochais o Ser, à semelhança de Rogers, é essencialmente positivo e é o local da identidade profunda da pessoa, onde estão todas suas potencialidades, já despertadas ou não.

O Eu-cerebral: lugar onde funcionam a inteligência, a vontade e a liberdade.

A Sensibilidade: região que faz a interface entre todas as instâncias. É uma espécie de gravador das emoções vividas. Através do corpo se comunica com o mundo exterior: ambiente humano e ambiente material.

O corpo, no seu modo de ver, tem uma dimensão especial. O próprio esquema da pessoa foi desenhado tendo por base as hipotéticas regiões nas quais a pessoa parece viver esses funcionamentos.

Com essa descoberta, Rochais pode elaborar um método bem eficaz para ajudar a pessoa identificar essas instâncias. A finalidade última é fazer cada um chegar até o seu ser (Self de Rogers). Só assim, desvendando seu potencial interior, a pessoa encontrará sua real identidade. Esse lugar fantástico possui todas ferramentas e as condições para progredir.

O maior segredo do sucesso do método é permitir que a pessoa saia do tradicional funcionamento intelectual,  onde imperam a lógica, o saber, a imaginação e o fundamentalismo, para então, adquirir a capacidade de se escutar em profundidade.

Assim, a pessoa guiada pelo melhor de si passa a viver com liberdade, segurança e autenticidade.

Por outro lado, ao experimentar o crescimento, terá maior domínio sobre suas emoções.

Rochais em sua pesquisa observou que há três núcleos de consciências que regem a tomada de decisões:  

  1. Consciência-socializada: é adquirida através da influência dos ambientes vividos (costumes familiares, religiosidade, hábitos, regras e outros.). É uma forma da pessoa se adequar as exigências dos diversos grupos para ser aceita e reconhecida por eles. É considerada como a consciência infantil, porque é formada desde a infância, quando se exige que a pessoa viva presa aos outros e às regras impostas de fora para dentro;
  2. Consciência-cerebral: é a formada por princípios interiores e crenças pessoais. Ela surge na adolescência, quando a pessoa inicia um processo de contradependência familiar.

É considerada a consciência do adolescente. Aprisiona a pessoa aos seus próprios conceitos, tais como: “eu sou assim mesmo e não mudo”, “não levo desaforo para casa” e outros;

  1. Consciência-profunda: é construída pela autonomia, leva a um constante discernimento entre o que bom ou ao que bom para o momento. É chamada a consciência da maturidade. As decisões baseadas neste nível de consciência produzem segurança e paz.

Essa visão é a base do sistema explicativo criado por Rochais: “PRH – Personalidade e Relações Humanas”. São oferecidos cursos, acompanhamento pessoal e grupos de aprofundamento.

No pensamento de Rochais, tanto as instâncias da pessoa como os diversos tipos de consciências, funcionam em conjunto, ora predominando um, ora outro. Dependem da cultura, das circunstâncias e do vivido de cada um.

Para Rochais, a pessoa só encontrará a plenitude quando passar viver de acordo com o seu Ser e guiado pela sua Consciência profunda.

  1. - Oficinas de Crescimento e Vida

As Oficinas de Crescimento e Vida são módulos interativos elaborados numa sequência didaticamente distribuída. Têm por objetivo promover a autodescoberta de cada instância da personalidade, segundo a pesquisa de Rochais. Cada módulo é baseado num tema específico para o crescimento interior.

Por se tratar de um método de autodescoberta, torna-se praticamente impossível apresentar teoricamente seu conteúdo. São baseados na “Abordagem Centrada na Pessoa” e na “Escuta Ativa”. O aprendizado se baseia no sentir em lugar do saber ou conhecer.

Sentir não é tão simples. Será preciso mudar do pensamento dedutivo, daquilo que se conhece para o novo, para a construção indutiva – do novo para o aprendizado.

Uma boa comparação didática dessa mudança é a perícia criminal. O raciocínio dedutivo levaria iniciar os trabalhos arrolando-se os criminosos conhecidos. Uma vez eleito o provável criminoso, se tentará de todas as formas provar sua culpa. Obviamente, o resultado poderá ser desastroso.

Do outro lado, com o raciocínio indutivo, a pesquisa parte do crime para, através das pistas deixadas, chegar ao verdadeiro autor. Paradoxalmente, nossa cultura utiliza mais o raciocínio dedutivo. Talvez, devido o segundo (indutivo) ser mais exigente.

A mudança do tipo de raciocínio é o primeiro objetivo dos cursos oferecidos pelas Oficinas de Crescimento e Vida – OCV.

Além dos módulos já citados, são oferecidas sessões de counseling, com base na psicoterapia holística e no processo de life coaching. 

A finalidade de todo o processo é proporcionar ao acompanhado (coachee) o acesso e a ordenação das suas instâncias interiores.

Diferentemente de Rochais, nas Oficinas de Crescimento e Vida, essas instâncias são denominadas: área racional, área emocional e ser ou identidade profunda.

Sem uma ordenação interior dessas instâncias, há perda desnecessária de energias. Caso fossem comparadas - apenas para efeito didático - com uma bicicleta. Dificilmente o condutor  chegará a algum lugar, se cada roda apontar para direções diferentes.

 

 

 

 

 

CAPÍTULO III - RESULTADOS

Os resultados obtidos são surpreendentes. Como forma coletados dois “cases” observados na pesquisa da terapia holística com life coaching:

  1. Maria[6], meia idade, casada, dois filhos, escolaridade superior, condição socioeconômica média: A queixa inicial era o relacionamento com o marido. Reclamava do alcoolismo. Mesmo sóbrio, o marido era mandão, dono da verdade e opressor. Quando bebia, ficava violento. Nas sessões iniciais, falava repetidamente da história de sua infância sofrida com a opressão dos pais. Mediante a pergunta: quando você vai parar de falar dessa menina sofrida do passado e passar para a mulher do presente? Tocada por isso, iniciou o processo de falar de si e da realidade do tempo presente. Foi a porta de entrada para um trabalho promissor. Após encontrar solidez dentro de si e ousar existir, pode mudar o comportamento diante do marido. Depois de uma breve separação, o mesmo procurou ajuda especializada. Hoje vivem razoavelmente em paz.
  2. Silvio: casado, meia idade, cinco filhos, executivo, boa condição social. Queixava do recente estado depressivo em que se encontrava. A anamnese revelou uma pessoa cheia de atividades. Vivia um ativismo crônico. Parecia ter uma imagem supervalorizada de si. Dizia ser só ele capaz de atender todas as demandas. Nada delegava a outros. Durante os acompanhamentos, foi questionado a respeito da dificuldade de delegar e do desperdício de energia verificado. Aprofundando mais, revelou o sentimento de nunca ter sido valorizado pelo pai. Este dava toda atenção ao irmão menor. A linha adotada foi questionar sobre até quando iria mostrar suas inúmeras capacidades para os outros, praticamente mendigando reconhecimento. Auxiliado com o acompanhamento e cursos formativos, identificou esse comportamento desajustado. Pode concluir que vivia uma transferência do pai histórico para outras pessoas importantes da atualidade. A partir desta constatação foi paulatinamente mudando seu comportamento.

Há muitos outros casos semelhantes, contudo suas descrições se tornariam exaustivas.

 

CAPÍTULO IV - DISCUSSÃO

Segundo o que foi apresentado nos capítulos anteriores, para o pensamento humanista, tornar-se pessoa significa, em suma, viver à luz da sua identidade interior (self ou ser).

Só desse modo, será possível se ordenar interiormente. Uma vez assim ordenado se adquire qualidade de vida e felicidade. A pessoa ajustada passará a:

  1. Viver bem suas relações:
  2. Encontrar e ocupar seu lugar na sociedade;
  3. Agir segundo aquilo que lhe dê satisfação;
  4. Organizar sua vida financeira;
  5. Encontrar alegria, prosperidade e qualidade de vida.

O maior desafio é o de a pessoa conseguir se libertar do domínio racional e aprender sentir sinais interiores de sua verdadeira identidade. É nela que estão todos os ingredientes, sempre positivos, formando o seu caráter.

Para alguns poderá parecer utopia. Porém, os expoentes da psicopedagogia humanista encontraram em si mesmo esse lugar. Se assim não o fosse, não poderiam descrevê-lo com tanta precisão e segurança.

O que mais dificulta o encontro da pessoa com suas riquezas interiores é a resistência produzida pelo medo.  Medo de sofrer, de encontrar coisas ruins, de se desinstalar, do novo...

Isso ocorre possivelmente porque a pessoa, para sobreviver psicologicamente, teve que se adequar às exigências do meio (família, escola, amigos, trabalho, religião, política, ideologias etc.).

Assim vivendo aprendeu parecer em vez de ser. A necessidade de ser aceita pelo meio a fez ocultar o melhor de si.

Rochais fala do efeito cebola. São várias camadas de proteção a serem removidas, até se chegar ao cerne.

Na pessoa essas camadas seriam as linhas de defesas interiores criadas para agradar ou se defender dos outros.

 

O objetivo da Terapia Holística com Life Coaching, com base na Psicopedagogia Humanista, é ajudar a pessoa transpor essas linhas de defesa, para então desvendar suas riquezas interiores – sua verdadeira identidade.

 

CAPÍTULO IV - CONCLUSÕES

 

Somos seres em construção. Não nascemos prontos. Vimos ao mundo com total dependência dos outros. Para se libertar desta dependência, não basta apenas crescer fisicamente. Precisamos crescer psicologicamente. Tornar-se pessoa autônoma, inteligente de si e feliz. Pelo menos assim deveria ser.

Entretanto, muitos permanecem emocionalmente infantis. Outros se tornam escravos de paradigmas e de princípios. Revoltam-se com a frustração ou decepção diante dos fracassos.

A família, a escola e a sociedade estão mais preocupadas com o aprendizado intelectual e o sucesso profissional, do que com a formação do caráter da pessoa. Infelizmente a formação da personalidade tem ficado em segundo plano.

Como foi demonstrado, a escola humanista veio suprir essa lacuna. Por focar na pessoa e não nos efeitos dos desajustes, têm como finalidade o desvendamento da real identidade e a formação da personalidade.

Este trabalho não esgotou a riqueza dessa escola e nem era seu objetivo. Contudo, foi lançada uma luz para essas novas descobertas tão pouco conhecidas, entretanto eficazes.

O caminho está aberto. É lento, exigente e desafiante, mas vale a pena experimentá-lo.

A Terapia Holística associada ao processo de Life Coaching, com base na escola humanista vem oferecer, ao lado do já consagrado PRH – Personalidade e Relações Humanas – cada um com sua própria metodologia – uma excelente oportunidade para se iniciar nessa caminhada.

 

 

BIBLIOGRAFIA:

ROGERS, Carl R. – On Becoming a Person, 1961 – pag. 37 e 146;

ROCHAIS, Andre – La Personne et sa Croissance – Fundaments Antropologiques de Formation PRH – Publicado por PRH Internacional, 1997;

Diversos Autores – Pour que la Vie Reprenne ses Droits – Analyse de Cheminements de Croissance, 1ª Edição, 2003;

MEDNICOFF, Elizabeth - www.novoequilibrio.com.br – 2009;

WIKIPÉDIA - pt.wikipedia.org – Carl Rogers – Maslow – 2009.

                        


[1] HOUAISS, Antônio. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro – RJ,– Editora Objetiva, 2009.

[2] SINTE, Sindicato dos Terapeutas. Holopédia. Glossário, São Paulo – SP – Portal SINTE – 2007.

[3] SIQUEIRA, Teresa Cristina. Apontamentos sobre Psicologia Humanista. PUC Goiás.

[4] ROGERS, Carl R. On Beioming a Person, 1961, pag. 37 e 146

[5] Capítulo atualizado com nova versão dada à apresentação do autor na Holística de 2009.

[6] Nomes fictícios para preservar as identidades.

Autor: : SIDNEY ROSA NASCIMENTO JUNIOR - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 44269
Última atualização: 31/07/2012 11:21


Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2012

 

Sumário

 

Resumo

I - Introdução

II - Material e Metodologia

II.I - Definições

III - Resultados

IV - Discussão

V - Conclusões

VI - Referências Bibliográficas

VII - Anexos Informativos

 

Resumo

 

Esta propositura disserta sobra a importância para o Terapeuta Holístico em compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, bem como ressalta que, conforme as técnicas adotadas pelo profissional (especialmente, a terapia corporal, a terapia tântrica e o trabalho com dependentes químicos), as consequências podem ser ainda mais complexas.

 

Introdução

 

Ainda que ocorra em inúmeros relacionamentos (professores & alunos, médicos & pacientes, líderes & colaboradores, sacerdotes & devotos, mestres & discípulos, etc, etc...), devemos à Psicanálise a teorização desse fenômeno, que a detectou na dinâmica entre Terapeuta & Cliente.

 

Sua conceituação passou por várias revisões e complementações através dos anos.

 

Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão.

 

Assim sendo, sobre o Terapeuta, o Cliente “projeta” muitas figuras de seu mundo interno (reprimido e inconsciente) e cada vez que se refere a pessoas de seu passado ou do seu presente, pode estar também falando também do Terapeuta, que nesse momento, por diversos motivos, aparentemente se transforma nessa pessoa: ora, aparenta ser ameaçador, ora objeto de amor, tais como pai ou mãe, ou qualquer outro ser significativo da sua vida com as características do que dela foi registrado no inconsciente.

 

Conjuntamente ou após superadas as resistências iniciais do Cliente (exemplos: será que isto vai me ajudar?; é só falando que vou conseguir resolver meus problemas?; não será que ele ou ela é muito jovem (ou muito velho) para me entender?) aí, sim, começa o processo transferencial e, geralmente, o analisando vê seu analista já como um pai (ora severo, ora indulgente, ora omisso), ou como uma mãe com suas (ora protetora, ora severa , ora negligente...).

 

O Cliente, ao projetar no Terapeuta tais personagens de sua história, vive esses momentos com intensa realidade, se irrita ou busca mais carinho e proteção.

 

Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

 

O Terapeuta é um ser humano, com seus próprios problemas, conflitos e caraterísticas de personalidade.

 

Cada um de nós tem sua própria história, seus conflitos infantis, e sua conduta (mais ou menos também conflitiva ) e sua forma particular de interpretação, ou seja, como todo ser humano, igualmente vulnerável, sensível, vaidoso, ambicioso, invejoso, que ama e odeia, que ainda que capacitado para sua prática terapêutica, também sente, segundo as circunstâncias, carinho, afeto, rejeição, tédio, frente ao que seu Cliente fala, relata, apresenta, projeta nele/nela (transferência), e se irrita, fica entediado, sente empatia e segundo o material da temática tratada, se angustia e sofre.

 

O Profissional, é claro, tem obrigação técnica e ética de estar treinado para tudo isso, porém não poucas vezes tem que pensar e repensar numa interpretação, talvez produto de seus próprios conflitos e personalidade, ou procurar supervisar esse caso ou situação.

 

Isto é a Contratransferência, importante elemento do tratamento, que quando não bem conhecido ou ignorado, pode levar a graves erros terapêuticos. Também quando bem interpretado, pode se tornar um valioso instrumento para compreender melhor o que está acontecendo numa situação ou em um tratamento.

 

Devemos lembrar que assim como existem transferências resistenciais, amor de transferência, idealização do profissional e outras nuances, estas são próprias deste tipo de tratamento, e também existem nos Terapeutas, que tem o recurso de se corrigir procurando ajuda de seus colegas, supervisão e até uma outra análise a mais.

 

Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao Profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

 

É fundamental para o Terapeuta Holístico compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, pois ocorrerão independente de quais técnicas sejam adotadas nos atendimentos.

 

Outrossim, em algumas vertentes terapêuticas, as consequências podem ser ainda mais complexas, como é o caso da terapia corporal, da terapia tântrica e do trabalho com dependentes químicos.

 

 

 

II - Material e Metodologia -

II.I - Definições

        

        ACONSELHAMENTO processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.         

         BIOENERGÉTICA — Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.        

CALATONIA — técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.       

        CATARSEextravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

         CLIENTEusuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.         

 

        DEPENDÊNCIA QUÍMICA (Síndrome da Dependência Química, Drogadição)considerada uma DOENÇA e, como tal, somente pode ser diagnostica e tratada por médicos, em especial, os psiquiatras. Caracteriza-se pelo consumo freqüente, compulsivo e descontrolado de substâncias, visando aliviar sintomas de mal estar e desconforto físico e mental, reconhecidamente acompanhados por síndrome de abstinência, problemas psíquicos e sociais. Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)... Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

   NARCÓTICOS ANÔNIMOS (N.A.)grupos de ajuda para drogaditos, onde não se objetiva, em si, uma proposta de terapia; outrossim, oferecem um plano eficiente para a recuperação diária, por meio de uma série de atividades pessoais conhecidas como Doze Passos (adaptados dos Alcoólicos Anônimos). Algo enfático no programa é o chamado despertar espiritual, ressaltado como valor prático e não sua importância filosófica ou metafísica. Encoraja cada membro a cultivar um entendimento pessoal, religioso ou não, de um despertar espiritual. Nas reuniões, cada membro partilha experiências pessoais com os outros participantes buscando ajuda, simplesmente como pessoas que tiveram problemas similares e encontraram uma solução. Narcóticos Anônimos não têm terapeutas, não oferece moradia, não encaminha o dependente para clínicas ou para serviços médicos. A coisa mais próxima do que eles chamam de conselheiro do programa de NA é o padrinho ou madrinha, um membro experiente que oferece ajuda informal aos membros mais recentes. No grupo, a recaída é vista como uma parte necessária no processo de adicção/recuperação para muitos indivíduos.

         PSICANÁLISE — método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

 

        PSICOTERAPIA HOLÍSTICA — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

 

        PSICOTERAPIA PSICODINÂMICA — com embasamento teórico similar ao da Psicanálise, uma das diferenciações é que o terapeuta participa mais ativamente, valendo-se de um amplo repertório de intervenções para promover conversações que conduzam a novos insights e catalizar mudanças, tais como:

Questionar o Cliente, pedir-lhe dados precisos, ampliações e aclarações do relato; explorar em detalhe suas respostas;

Proporcionar informações, em especial, sobre os procedimentos que constituem a psicoterapia;

Confirmar ou retificar os conceitos do Cliente sobre sua situação ou sobre a realidade externa;

Clarificar, reformular o relato do cliente, de modo a que certos conteúdos e relações do mesmo adquiram maior relevo;

Recapitular, resumir pontos essenciais surgidos no processo exploratório de cada sessão e do conjunto do tratamento;

Assinalar relações entre dados, os temas, as suas seqüências, e capacidades manifestas e latentes do Cliente (ou seja, conscientes e inconscientes);

Interpretar o significado dos comportamentos, motivações e finalidades latentes, em particular os conflituosos;

Sugerir atitudes determinadas, mudanças a título de experiência, ou novas medidas terapêuticas, quando se mostrar necessário.

 

         RELAXAMENTO vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

 

        RESISTÊNCIA atitudes e verbalizações do Cliente, as quais, fazem oposição ao acesso de seu inconsciente, ou impede o retorno do material reprimido. Por extensão, Freud falou de resistência à psicanálise, para designar uma atitude de oposição às suas descobertas, na medida em que elas revelam os desejos inconscientes e infligem ao homem um "vexame psicológico" ao contrariar os seus valores (ideal de ego). Os conceitos de defesa e resistência se confundem e se sobrepõem às vezes, pois uma grande parte da resistência é derivada da defesa (recalques, sintomas derivados da deformação e ganhos primários e secundários de manter o estado atual - gerando a resistência contra à mudança).

 

Uma das classificações mais adotadas quanto às Resistências:

 

De 1o. nível: tentam impedir qualquer acesso ao inconsciente:

 

         Acting Out - Agressividade ao receber uma pergunta do terapeuta, negando-se a responder de forma incisiva.

         Fugir do consultório - sair mais cedo, faltas às consultas, ao perceber que terá que falar de algo que não deseja enfrentar.

         Benefícios diretos e indireto sem manter o quadro atual.       Exemplo: receber carinho e atenção.

       “Amnésia” - esquecimento do tema que foi levantado pelo terapeuta.

  Reação Terapêutica Negativa - piora ao invés de melhora no quadro, uma vez que o Cliente não se permite abandonar a culpa.

 

De 2o. nível: após a quebra (acesso ao conteúdo do inconsciente), elas surgem por contra-investimento do Cliente, impedindo o retorno do conteúdo reprimido:

         Formação Reativa - atos extremados de contra-investimento: puritanismo, pudor exagerado, “condenando” o conteúdo antes aflorado.

 

         Idealização - exaltação de pessoas, engrandecendo suas virtudes, para proteger o material reprimido que encobre as deficiências que todos notam, menos aquele que idealiza, como a mãe que protege o filho desajustado.
        Atuação - representação auto-ilusória, negando suas emoções, desejos e lembranças. Exemplos: _ Nunca sentiria raiva, sou uma pessoa evoluída !

 

         Intelectualização - justificativas racionalizadas que encobrem o desejo reprimido, para explicar por que tomou ou deixou de tomar, esta ou aquela atitude.

 

        TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)resulta da combinação  de um conjunto de técnicas objetivando a modificação de aspectos do pensamento (cognição) e do comportamento do indivíduo e, conseqüentemente, também dos sentimentos em relação aos outros e a si próprio. Trata-se de um modelo de interação psicoeducativa, no qual o terapeuta ocupa uma função muito mais diretiva e educacional que nas terapias baseadas no conhecimento psicanalítico.

 

Principais procedimentos na TCC:

 

Análise comportamental: registro dos pensamentos e comportamentos em associação com eventos desencadeantes;

Aproximação gradual: organização de tarefas na forma de etapas a serem cumpridas;

Formato experimental: o incentivo a experimentar mudanças.

O pensamento mal-adaptativo é identificado;

O pensamento é contestado;

Formas alternativas de pensar são trabalhadas;

São experimentadas novas formas de enfrentar situações.

Treinamento de relaxamento, para evitar a reação ansiosa;

Exposição, principalmente nos transtornos fóbicos, com o que se busca a dessensibilização;

Prevenção de resposta, principalmente nos rituais obsessivos, busca a supressão do ritual através do enfrentamento;

Parada do pensamento, que a utilização de um estímulo que ajude a interromper o pensamento obsessivo;

Treinamento de assertividade, utilizado especialmente para superar fobias sociais, com o objetivo de aumentar a confiança do cliente;

Autocontrole, que inclui o uso de automonitorização e o auto-reforço;

Manejo de contingências, ou seja, identificar e controlar comportamentos indesejáveis (por exemplo, explosões de raiva) e recompensar mudanças positivas;

Terapia de aversão, que é baseada no reforço negativo.

TERAPIA CORPORAL uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

 

TERAPIA EM GRUPOas psicoterapias de grupo podem ser realizadas segundo uma orientação psicanalítica (psicoterapia analítica de grupo), segundo as técnicas psicodramática, transpessoal, gestáltica, TCC, ou outras. Estes grupos terapêuticos são geralmente heterogêneos, ou seja, formados por pessoas de diferentes origens e com diversos problemas. Há grupos que são homogêneos, formados por pessoas com problemas semelhantes, como os dependentes químicos; neste caso, a TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) é a mais comumente utilizada.

Por fim, existem as terapias que atendem a pessoas do mesmo grupo familiar, e que podem ser conjugais ou familiares. Estas também podem ser realizadas segundo várias orientações, inclusive a psicodinâmica. Entretanto, o modelo que foi desenvolvido especificamente para o atendimento de casais e famílias é o da terapia sistêmica.

 

        TERAPIA SISTÊMICA  — mais uma vertente de Terapia Em Grupo, focada mais para família e casais, indicada numa gama de situações em que os problemas são mais “relacionais” do que propriamente “psíquicos”, especialmente em situações de conflitos conjugais, geracionais, e resultantes de mudanças no ciclo de vida da família (nascimento, adolescência, separação, morte, doença grave, etc.).

        TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.         

 

         TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.         

 

         TERAPIA REICHIANA desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

 

TERAPIA TÂNTRICAA Terapia Tântrica tem sua origem no conceito filosófico do Tantra. Diferenciando-se das técnicas tradicionais de terapias corporais. A técnica é direcionada a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido.

Tem por objetivo:

· Trazer consciência corporal.

· Despertar regiões sensoriais adormecidas.

· Conectar a respiração e a voz às sensações.

· Mudar os padrões energéticos, aumentando a quantidade de fluxo de energia.

· Liberar traumas e paradigmas.

· Mudar conceitos e idéias pré-estabelecidos que não permitam ampliar as possibilidades de prazer e êxtase.

· Desenvolver novas ferramentas de comunicação e expressão do afeto.

· Devolver a auto-estima e o amor por si mesmo.

 

        

         TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

          

III - Resultados

 

Constatou-se um risco maior de complicações decorrentes do fenômeno transferência/contratransferência quando se trabalha com técnicas que envolvem o contato físico direto, bem como aquelas linhas terapêuticas focadas no problema com drogas, em especial, quanto o profissional passou pela mesma situação de vida.

 

Por sua forte corrente teórica psicanalítica, as técnicas corporais das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética, estudam a transferência / contratransferência, e, ainda que mais suscetíveis a este fenômeno (em comparaçao à Psicanálise “clássica”...), tradicionalmente saem-se bem nesse processo.

 

O mesmo não ocorre com os Terapeutas que atuam com manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, lamentavelmente, não costumam ter em sua pauta de estudos, sequer conhecimentos rudimentares de Psicoterapia, ficando sujeitos aos “apaixonamentos” e “ódios” transferencias, já que desconhecem a teoria e, consequentemente, não os identificam, nem desenvolvem defesas, e, menos ainda, conseguem extrair um uso terapêutico destas ocorrências.

 

O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras e igualmente deixam de incluir o estudo do Aconselhamento e Psicoterapia. Comumente, estes profissionais tem sua origem justamente na superação pessoal de terem enfrentado a dependência química e, ao focarem seu público alvo justamente nos drogaditos, estão perante seus “fantasmas” interiores em tempo integral. Em tese, estão mais aptos do que qualquer outro profissional a compreender e vincular-se com o Cliente drogadito; por outro lado, vivenciam grande sofrimento ao contratransferir, por exemplo, perante cada “recaída” da pessoa atendida, além de tender a “nublar” a percepção da história de vida do Cliente, projetando a sua própria. Ainda assim, apesar de todos os inconvenientes acima descritos, grupos como o N.A. Narcóticos Anônimos são os que obtém melhores resultados terapêuticos (do ponto de vista da sociedade...) nesta pauta.

 

Outro fenômeno recente é o aumento de profissionais que se auto-identificam como Terapeutas Tântricos. Tradicionalmente, o ensino e a prática tântrica era destinada a casais e, ainda que terapêutica, não era considerada uma terapia em si. Atualmente, existir um casal deixou de ser pré-requisito, passando um ou mais profissionais a somar os papéis de orientador e de parceiro no contato físico, em graus menores e maiores de intimidade, via de regra, sem incluir o coito em si.

 

Ainda que sem fundamento teórico psicanalítico, os que realmente estudaram os fundamentos da Terapia Tradicional Indiana (Ayuervedica) possuem uma versão “energética” da teoria da transferência/contratransferência, estando cientes da inevitável troca que ocorre entre Cliente e Terapeuta, especialmente ao mobilizarem a libido (energia kundalini) e, tanto desenvolvem “defesas” dessa influenciação, como igualmente possuem técnicas capazes de aplicar terapeuticamente a energia, em prol do equilíbrio e autoconhecimento.

 

Lamentavelmente, a nova geração de profissionais desta linha não foi preparada com tais conhecimentos milenares e, menos ainda, tiveram um embasamento em Psicoterapia. Perante este perfil, constata-se uma Clientela extremamente “flutuante”, que não parece criar um vínculo terapêutico duradouro, ao mesmo tempo em que profissionais abruptamente abandonam esta linha de atendimento, por não ter condições emocionais / energéticas de lidar com as inevitáveis (e, para a maioria, sequer estudadas...) transferências / contratransferências.

 

 

IV - Discussão

 

Grandes gênios da humanidade, como Freud, Jung e Ferenczi, que tanto contribuíram para o entendimento da psique, em seus atendimentos terapêuticos iniciais, sucumbiram aos ódios e amores, envolveram-se passionalmente com seus Clientes, sofreram com isso e causaram sérios prejuízos emocionais a estas pessoas e às de seus círculos. Pioneiros, desconheciam o fenômeno da transferência / contratransferência e só se deram conta ao sentirem em si e em sua Cllientela, as consequências de ignorar.

 

Se intelectos privilegiados como os acima citados foram surpreendidos, imagine indivíduos comuns, como o somos nós, a grande maioria dos Terapeutas...

 

A diferença é que, aqueles, por serem pioneiros, atuavam em território desconhecido, enquanto que nós, em pleno século 21, temos total acesso aos ensinamentos oriundos daqueles e de outros mestres, cabendo-nos a obrigação de conhecer, estudar e compreender as bases da Psicoterapia.

 

Situações transferênciais ocorrem em todas as terapias, inclusive, as  que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade.

 

O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

 

Trabalhar a resistência à terapia e estar aberto a espelhar os papéis transferenciais (tais como pai, mãe, cônjuge, etc...), aparentemente, são mais facilmente aceitos pelo Terapeuta.

 

Já o caminho oposto, a contratransferência, é mais “temida”, visto que não raro, escapa à percepção consciente do profissional, durante o atendimento, sendo melhor compreendida, sob supervisão de terceiros.

 

Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

 

Nem a clássica e esteriotipada postura do analista “distante”, protegido pelo distanciamento do divã foi capaz de impedir sua ocorrência. Hoje em dia, sabemos que a contratranferência é inevitável e, portanto, deve ser aceita, estudada, compreendida e utilizada como instrumento de autoconhecimento e de aperfeiçoamento, inclusive, de nossos atendimentos.

 

Assim sendo, ainda que envolva (em tese...), riscos de intensificar a TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, não há sentido para a Terapia Holística abrir mão dos recursos das técnicas em que ocorram contato direto com o Cliente.

 

Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos, cabendo integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

 

Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

 

A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

 

Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar.

 

Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge.

 

É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor.

 

Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

 

" ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

 

Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

 

O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente.

 

Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

 

Outrossim, este limite torna-se extremamente tênue quando de trata da Terapia Tântrica. O toque, ao buscar o livre fluxo energético, ao atenuar as couraças, ao mobilizar a libido, comumente conduz a sensações de prazer orgásticas (às vezes, literalmente...). Em tese, na hipótese de estar ocorrendo a transferência da figura paterna ou materna, pode equivaler a concretizar o complexo de Édipo / Electra e gerar as mesmas consequências emocionais de um “incesto”. O alto risco desta estratégia poderia resultar em grandes ganhos terapêuticos em alguns raros casos de exceção, mas, via de regra, o mais provável é uma grande desestabilização emocional tanto do Cliente, quanto do Terapeuta.

 

Felizmente, não tenho ciência de muitos casos onde o Cliente tenha experienciado a hipótese acima. Por ser uma proposta muito recente (ao menos, no atual formato de atendimento...), boa parte dos que procuram esta linha terapêutica, o fazem por curiosidade temporária, sequer chegando a criar um vínculo analítico com o profissional, resultando em poucas oportunidades de continuidade da proposta terapêutica.

 

Por outro lado, a fartura de reportagens sobre o tema, a oportunidade (consciente ou não...) de rendimentos maiores, resultou no aumento da procura por formação em Terapia Tântrica, e na diminuição do número de horas/aulas necessárias, antes de iniciar-se atendimentos profissionais. Paralelamente, da mesma forma que ocorreu com a “massagem”, houve e continua havendo uma grande migração de profissionais do sexo, quer por realmente desejarem mudar de ramo de atuação, quer por buscarem adaptar as técnicas à profissão que já exercem.

 

O alto custo dos cursos e atividades complementares propostos por inúmeros dos atuais mestres da Terapia Tântrica, favorece a precipitação de novos profissionais no mercado, atendendo prematuramente, para conseguir custear os aperfeiçoamentos, supervisões e locações das salas de atendimento, submetendo-se a uma Clientela movida em sua maioria pela curiosidade, ao invés de um real anseio por terapia. Boa parte dos colegas que conheci, atuantes de coração aberto e lotadas das melhores intenções, abruptamente abandonaram a proposta, tamanha foi a exigência emocional e energética de atuar nesta linha. A tese que levanto é que foram vítimas de sonegação de conhecimento; lhes foram negadas as informações e práticas de equilíbrio energético e ficaram totalmente de fora de suas formações, nem mesmo os mais rudimentares embasamentos da Psicoterapia, quanto mais, os fenômenos transferenciais.

 

Outro grupo profundamente bem intencionado, mas extremanente órfão de embasamento psicanalítico é o dos autodenominados Terapeutas Em Dependência Química.

Pertinente observar que, a drogadição é considerada uma DOENÇA e, como tal, do ponto de vista extritamente legal, só pode ser diagnosticada e tratada por médicos. Na prática, o tratamento oficialmente adotado é o de um trabalho multidisciplinar (médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais...), em estabelecimentos especializados, nos quais médicos psiquiatras diagnosticam e avaliam a necessidade ou não de internação (se voluntária, basta o aval do laudo psiquiátrico; se involuntária, além deste, igualmente é necessária uma ordem judicial).

 

Outrossim, os organismos que melhores resultados obtém, não funcionam no formato acima descrito, mas sim, atuam como organizações não-governamentais, onde não se assume papéis de médicos, nem psicólgos, nem de terapeutas, mas sim, de iguais, todos unidos pelo anonimato e por terem passado por experiências semelhantes. Este é o caso do N.A. - Narcóticos Anônimos, os quais, sem pretensões terapêuticas e de forma gratuita, cada membro apoia ao outro, e estabelecem metas a serem cumpridas, os assim chamados Doze Passos. Justamente o passo final é o de ajudar a todos quanto possíveis, a igualmente conseguir contornar o problema da dependência química.

 

Um formato “híbrido” dos dois acima, vem se proliferando na sociedade. Grupos bem intencionados, mas, comumente, ignorantes quanto à legislação que rege o tema, montam comunidades terapêuticas que se propõem a acolher e tratar, de forma remunerada, indivíduos com problemas relacionados ao abuso de drogas. Praticam uma somatória de técnicas comportamentais, mescladas com os ensinamentos dos Doze Passos. Boa parte das próprias pessoas tratadas, ao atingir o passo final, encontram-se na obrigação moral de ajudar aos demais e, ao mesmo tempo, necessitam de um papel produtivo e remunerado na sociedade, resultando numa demanda (rapidamente atendida...) por cursos de formação de “terapeutas em dependência química” (comumente ministrados em entidades religiosas e/ou nas próprias comunidades em que antes se trataram). Assim sendo, não raro por necessidades econômicas, passam a atender, de forma remunerada, aos colegas que estão passando pelos mesmos problemas que vivenciaram. Ou seja, dia após dia, Cliente após Cliente, todos são “espelhos” a recordar, o tempo todo, os traumas pelos quais o novo Terapeuta tão recentemente passou.

 

Por um lado, é reconhecido pela imensa maioria dos grandes nomes da Psicoterapia, a grande dificuldade do drogadito em transferir, fenômeno essencial para a evolução da terapia. A interpretação psicanalítica tradicional mais aceita é a de não ter conseguido introjetar uma figura materna, a qual substituiu pelo prazer das drogas. Ora, não havendo uma imagem maternal a projetar no analista, não raro igualmente transferem para estes a relação com as drogas, não estabelecendo vínculo afetivo, mas podendo criar uma “dependência”, muitas vezes extrapolando limites, procurando o terapeuta de forma desordenada, sempre que sentir necessidade, tal qual o faria, com as drogas.

 

O distanciamento profissional da postura psicanalítica clássica mostra-se pouco efeciente no trato com o drogadito. Por outro lado, alguém que passou exatamente pelos mesmos problemas consegue estabelecer um vínculo mais eficiente. Por este ângulo, a figura de um “Terapeuta Em Dependência Química” parece muito bem vinda a somar. Outrossim, ainda que bem intencionados, os cursos pouco somam de conhecimentos complementares, além dos Doze Passos, resultando em um profissional pouco mais preparado do que os gratuitos “padrinhos” no Narcóticos Anônimos.

 

Sem embasamento sobre TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, este profissional sofre intensamente a cada recaída de seus Clientes, pois reverbera em suas próprias histórias de recaídas, sentirá compaixão além da terapia, capaz de amparar em sua casa, tal qual gostaria que tivesse acontecido, quanto aconteceu consigo; odiará o mal que o Cliente faz para si mesmo e para os outros, tanto quanto odeia o que ele próprio fez em igual situação...

 

Em um limbo intermediário, não é mais o gratuito e voluntário padrinho do N.A., nem igualmente atingiu o estágio de um Terapeuta profissional, visto que lhe foi sonegado o ensino das técnicas e a necessária supervisão.

 

Urge uma formação mais ampla para estes profissionais, em especial, as Terapias Cognitivas Comportamentais, muito úteis para cuidar dos momentos iniciais e de crise, que bem poderiam ser estendidas para Terapias Psicodinâmicas. Até mesmo a própria limitação de percepção tem que ser ampliada; uma vez superada a urgência e necessidade de retirar o Cliente de seu risco de morte, uma vez obtido o equilíbrio inicial, poderá exercer a TERAPIA HOLÍSTICA, em sim, na qual, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

 

 

V - Conclusões

 

É essencial o estudo e a compreensão da transferência e contratransferência, independente de quais técnicas serão exercidas.

 

Outrossim, tanto o contato físico (técnicas corporais e tântricas), quanto a identificação quase que absoluta do histórico de vida do Terapeuta e do Cliente (dependente recuperado tratando de drogadito), intensificam a relação transferencial.

 

A amplificação do inevitável fenômeno da transferência e contratransferência, se bem trabalhada, acelera o ritmo da terapia, mas igualmente aumentam o grau de responsabilidade e exigência técnica.

 

O que se constata na sociedade é um crescente número de indivíduos muito bem intencionados, ansiosos em atender terapeuticamente, mas que são lançados prematuramente no mercado de trabalho, privados de conhecimentos essenciais.

 

Os cursos tem a obrigação de incluir em suas grades curriculares os embasamentos da Psicoterapia, visto que o Aconselhamento é parte integrante da Terapia Holística e conhecer os fundamentos da Psicanálise, tais como a resistência e os fenômenos transferenciais, mais do que enriquecer a Terapia Holística, é essencial para o bem estar tanto dos Clientes, quanto dos Profissionais.

 

A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em constante reciclagem de aprendizado e em contínua terapia e supervisão.

 

O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS deve exercer seu papel de gerenciador do conhecimento coletivo e disponibilizar a todos os colegas a oportunidade de aperfeiçoamento profissional, para o bem tanto dos Terapeutas Holísticos, quanto de seus Clientes.

 

VI - Referências bibliográficas

 

CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul - vol.25  suppl.1 Porto Alegre Apr. 2003 - Psicodinâmica do adolescente envolvido com drogas

CORDIOLLI A.V. Como atuam as psicoterapias. In: Psicoterapias: abordagens atuais, Porto Alegre, Artmed, 1998(pág. 34-45).

FREUD, Sigmund (1905). Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

FREUD, Sigmund (1930). Mal-estar na cultura. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

FREUD, Sigmund (1915). “Observações sobre o amor transferencial”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XII, p. 175-190.

FREUD, Sigmund (1921).“Psicanálise e telepatia”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XVIII, p. 187-204.

FREUD, Sigmund (1937).“Análise terminável e interminável”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XXIII, p. 225-270.

FREUD, S.& FERENCZI, S. (1908-1911) Correspondência. Rio de Janeiro: Imago, 1994.

JONES, E. (1979) Vida e Obra de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Zahar Editores S.A.

LA PLANCHE, Jean e PONTALIS, J.B..Vocabulário de Psicanálise. 3ª edição, São Paulo, Ed. Martins Fontes, 1998.

SILVA, Cláudio Jerônimo da. SERRA, Ana Maria. Terapias Cognitiva e Cognitivo-Comportamental em dependência química. In: Rer. Bras. Psiquiatr. 2004, nº 26 (Supl-I), p. 33-39.

MARTINS, Ana Carolina Borges Leão - Contratransferência e desejo do analista: a transmissão de um sintoma analítico

SAFOUAN, M. (1985) Jacques Lacan e a questão da formação dos analistas. Porto Alegre: Artes Médicas.

SOFOUAN, M. (1991) A Transferência e o Desejo do Analista. Campinas: Papirus.

 

SANTOS, Marinalva Batista Dos - A transferência e a contratransferência no espaço terapêutico

 

 

 

VII - Anexos e Apêndices

 

VII.I

Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

 

Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

 

Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

 

A seguir, um gráfico didático ilustrativo de algumas premissas da Psicanálise:

                         

Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho                         

 

Estruturas da Psique:

 

De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

 

Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

 

Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

 

Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;

PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;

INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

 

De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

 

Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

 

Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

 

Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

 

Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

 

Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

 

 

VII.II

Freud, Nossas Bisavós E Os Vibradores

Orgasmo - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

As milenares Técnicas Tântricas aliam-se ao centenário Orgasmo eletromecânico e a curiosa origem dos vibradores no Século 19 como tratamento para todos os males da mulher, atualmente resgatado como instrumento terapêutico nas versões modernas da milenar arte tântrica.

Quando iniciei-me no universo "alternativo", há algumas décadas, o Tantra era quase exclusivo aos pares formados entre os próprios terapeutas, como meio para equilibrar os centros energéticos e atingir a transcendência, tendo a sexualidade e amor como instrumentos. Eventualmente, era ofertada como terapia para casais, com estes participando de cursos onde aprendiam a teoria e prática tântricas.

Já nos últimos cinco anos, surgiu uma nova turma de "gurus do sexo", propondo outras formas de dispor do tantrismo como terapia. Polêmicas à parte, no formato adotado por estes grupos neo-tântricos, já não é mais pré-requisito o casal, sendo que, no caso do Cliente procurar a terapia individual, caberá aos profissionais fazerem o papel complementar, seja o masculino, ou o feminino. Por meio do toque, respiração e movimentos, propõe-se a ativação da energia da líbido, harmonizando e redistribuindo por todo o ser. O orgasmo, ainda que não seja a finalidade, é comum ocorrer neste processo. Neste contexto tão diferente do que era há algumas décadas, deparamos também com o uso de luvas de borracha (assepsia e tentativa de minimizar a erotização do toque por parte dos profissionais) e, no caso da clientela feminina, o acréscimo de um recurso eletromecânico: os vibradores...

 

Por sinal, esta metodologia vem obtendo grande atenção da imprensa, como as recentes matérias nas revistas Nova e Trip. Em primeira impressão, parece uma "modernização" da técnica, porém, a verdade é que nada mais é do que a volta a uma prática muito comum no final do Século 19 e primeiras décadas do 20, justificada por milenares interpretações machistas atribuídas a Hipócrates. Este chamava de histeria, aos sintomas físicos sem causa aparente, condição que considerava tipicamente feminina, razão pela qual, pressupunha que a origem do problema deveria estar no útero, ao qual atribuiam o estado de "ardente"...

Eis que no puritano universo ocidental nos idos de 1850, uma "epidemia" do gênero tomou conta das recatadas damas da sociedade e, o único tratamento conhecido para a "histeria" era o toque clitoriano, que era realizado pelos médicos, em seus consultórios. A manipulação era continuada até que a Cliente atingisse o "paroxismo histérico", que era considerado um espécie de "ataque de histeria" obtido em ambiente controlado. Em decorrência disto, os sintomas físicos desapareciam e os maridos ficavam satisfeitos em constatar esposas mais calmas e felizes. Ou seja, pareciam desconhecer o que era um ORGASMO feminino, mas, pelo menos, já usufruiam de seus benefícios para o equilíbrio somatopsíquico...

 

Eis que aqui, já podemos justificar a presença de Freud no título deste artigo, pois, foi justamente trocando informações com seus colegas que trabalhavam nesta linha de terapia, que firmou sua convicção de que problemas ligados à sexualidade eram a origem e a chave para solucionar inúmeros distúrbios. A Psicanálise trabalhou esta hipótese e, nesta linha, ninguém ousou mais que seu discípulo dissidente, Wilhelm Reich, que publicou os inúmeros benefícios do "clímax" sexual, em sua obra: "A Função Do Orgasmo".

 

A procura por esta terapia "miraculosa" era tamanha que os consultórios não davam conta de atender, já que dependiam da destreza manual dos profissionais, que começavam a sofrer danos por esforços repetitivos.

 

Como alternativa, experimentava-se os jatos de água, mas, como podemos constatar pela figura ao lado, no formato que adotaram, não era prático, nem eficiente.

 

 

Eis que em 1880, o doutor Joseph Mortimer Granville, patenteia o primeiro vibrador eletromecânico, de fabricação encomendada com seu relojoeiro.Rapidamente, a idéia foi aperfeiçoada por várias empresas, até conseguirem tamanhos portáteis e baixo custo, o que possibilitou que todo lar pudesse ter ao menos um equipamento para o tratamento da "histeria" sem mais depender de ir a consultórios médicos.

 

A popularidade era grande e com as bençãos da sociedade machista, que bem ignorava as demais potencialidades deste instrumento terapêutico.

Propaganda de época

 

Propagandas em revistas, jornais e cartazes, não raro, anunciavam os equipamentos como "a maior descoberta médica de todos os tempos", capazes de proporcionar "paroxismos histéricos" de alta intensidade, eficentes para tratar de todas as mazelas femininas.

 

Seja a bateria, ou a manivela e até por ar comprimido, há grandes chances de nossas bisavós (isso se o leitor for da mesma faixa etária que eu, claro...) terem usufruído das maravilhosas invenções terapêuticas, porém, é bem provável que nossas avós e mães não tenham tido a mesma oportunidade, pois, a partir de 1920, com o advento dos filmes pornográficos, finalmente a sociedade machista e puritana tomou conhecimento dos potenciais usos destes equipamentos. Assim sendo, de terapia doméstica indispensável em qualquer lar que se preze, os vibradores passaram a ser enquadrados como inadequados às "mulheres de bem".

 

Os fabricantes não se deram por vencidos, e buscaram outras formas de divulgar de forma mais discreta, a disponibilidade para compra. Desde anúncios em que as figuras estavam aplicando os vibradores na... têmpora (!), até literalmente vendidos disfarçados em caixas que anunciavam aspiradores de pó, e outros ofertados como aparelhos de "múltiplas utilidades", onde os motores serviam, em primeira análise, como batedeiras de bolo, mas, que possuiam acessórios que, uma vez conectados, possibilitavam utilidades bem diferentes. Apesar desta estratégia, é fato que entre as décadas posteriores a 1940, a popularidade dos vibradores desapareceu, vindo a ressurgir, nos anos 70 em diante, assumindo seu caráter de instrumento voltado ao prazer feminino.

 

Assim sendo, como a Terapia Holística tem por tradição resgatar terapêuticas milenares ou, ao menos, seculares, até que não é de estranharmos que a linha tântrica traga de volta, mais uma antiga prática do tempo de nossas bisavós, ou seja, o vibrador, como uma panacéia universal...

 

Na certeza de que o tema é muito polêmico e que ainda carece de normas técnicas específicas, que só poderão ser criadas após amplo debate entre os profissionais, aliados à análise jurídica da questão, que fique este artigo, como uma forma bem-humorada e curiosa de trazer o assunto para discussão.

 

Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

contato@sinte.com.br

 

Texto extraído de:

http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/tradicionais/69-sexualidade-tantrico/197-vibrador-tantrico#ixzz23jhKUtNR 

Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

 

VII.III

 

Os Doze Passos de Narcóticos Anônimos

   

Os Doze Passos de NA tem como objetivo convidar os nossos membros a empenharem-se numa viagem de recuperação, e servir como meio para se alcançar uma compreensão pessoal dos príncipios espirituais de cada passo e a forma como os experimentos nas nossas vidas acreditamos que os passos estão apresentados de uma forma que abrange a diversidade da nossa irmandade e reflecte o despertar espiritual descrito no nosso 12º passo..

 

OS DOZE PASSOS

 

PRIMEIRO PASSO:

Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.

 

SEGUNDO PASSO:

Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.

 

TERCEIRO PASSO:

Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós o compreendíamos.

 

QUARTO PASSO:

Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.

 

QUINTO PASSO:

Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.

 

SEXTO PASSO:

Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

 

SÉTIMO PASSO:

Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.

 

OITAVO PASSO:

Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.

 

NONO PASSO:

Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse prejudicá-las ou a outras.

 

DÉCIMO PASSO:

Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

 

DÉCIMO PRIMEIRO PASSO:

Procuramos, através de prece e meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.

 

DÉCIMO SEGUNDO PASSO:

Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.

 

Fonte: http://www.na.org.br/

 

 

VII.IV

 

Drogas: Êxtase e Dependência

Êxtase e Dependência - Modelo: Pollyana - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

Antes de aprofundar a questão, apresento meu posicionamento neste tema tão polêmico: creio que tudo o que se busca por meio das drogas, pode ser obtido por alternativas menos drásticas, tais como técnicas especiais de respiração, posturais, corporais e de induções vivenciais, que igualmente produzem estados alterados de consciência, sem os riscos inerentes de exposição a produtos cujos efeitos a curto e longo prazo ainda não são bem conhecidos.

Milenarmente, todas as culturas praticaram rituais religiosos que se propunham a alterar as percepções da realidade, comumente associando ritmos musicais repetitivos, em alto som, regado a bebidas de teor alcoólico (vinhos, aguardentes, fermentados...) e danças, com a variante de ingestão de vegetais com poderes alucinógenos, muitas vezes restritas aos sacerdotes, em outras, compartilhado com toda a tribo. Tal somatória resulta na dissolução dos padrões rígidos da personalidade, permitindo contato direto ao conteúdo inconsciente. Os objetivos eram transcendentes, uma jornada "espiritual", "sagrada".

 

Modernamente, a tradição ressurgiu nos festivais "hippies", inclusive, mantendo-se a busca pela transcendência. Nos dias de hoje, temos as festas denominadas "raves", outrossim, sem um objetivo "espiritual" no contexto. Seja como for, o que se constata é um "padrão" que faz parte da história da humanidade e, certamente, merece ser analisado mais profundamente.

 

Em nossos consultórios, ainda que parte integrante do contexto coletivo/social, o mais comum é que a questão das drogas chegue até nós, de forma individualizada, ou seja trazida pelo Cliente. A ausência de julgamento, seja positivo, ou negativo, é exigência fundamental em nosso trabalho e o foco é a PESSOA, em seu TODO. Ou seja, o uso das drogas seria mais um dos tópicos a serem trabalhados, visto que é inseparável dos demais. Devemos, em conjunto com o Cliente, descobrir as motivações, conscientes e inconscientes, que levaram a este padrão de comportamento. Seria uma busca religiosa ? Estaria abafando pensamentos, sentimentos, desejos, lembranças ? Auto-estima em baixa sendo compensada via comportamentos tidos como moda ? Enfim, infindáveis hipóteses e cada caso é um caso, cada momento é único. Só o transcorrer da terapia pode trazer mais clareza sobre o que ocorre. E, paralelamente à análise, a inclusão de técnicas vivenciais, alternando relaxamento, hipnose, técnicas corporais de toque, respiratórias, renascimento, em suma, uma vasta gama de opções terapêuticas capazes de produzir estados alterados de consciência, sem uso de "aditivos".

 

Os produtos consumidos nos dias de hoje, "refinados" quimicamente em laboratórios, certamente são muito mais danosos do que as poções milenares, que eram praticamente em estado natural. Daí que na sociedade moderna surge a alcunha de "dependente químico", aquele indivíduo que perde o controle sobre o uso da substância, associado com sintomas de abstinência e tolerância, evitadas com o uso constante e cada vez maior, privilegiando o consumo a outras coisas que antes valorizava. Dentre os colegas de profissão, existe um grupo crescente que foca seu atendimento a este tipo de situação, quase como uma "especialidade", correndo o risco de perder o enfoque holístico e, o que é ainda mais grave, inadvertidamente ferindo a legislação, com o risco de prisão, sendo irrelevante à justiça humana se suas intenções eram nobres ou não.

 

O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras.

 

Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)...

 

Ou seja, ainda que não trabalhe com internações, quem definir seu trabalho desta forma, corre o sério risco de enquadrar-se em exercício ilegal de medicina...

 

Extremamente preocupante é o fator "internação", muitas vezes propagandeada com mais um serviço prestado por estes colegas... Isto se deve porque, em várias escolas, fazem interpretações distorcidas, tentando justificar este procedimento, citando legislação que nem sequer mais existe (como é o caso da Lei nº 6.368, que foi REVOGADA pela Lei nº 11.343, de 23/09/2006) ou da Lei nº 10.216, cujo objetivo (dentro outros...) é justamente PROTEGER o cidadão para IMPEDIR que ele seja internado involuntariamente !!! Ou seja, é exatamente o OPOSTO da interpretação que os cursos vem divulgando !!!

 

Nós sabemos que erram na boa fé, porém, nenhuma autoridade policial e/ou judicial aceitaria tal alegação... Conforme claramente expressa a lei, toda internação, até mesmo as voluntárias, dependem de um laudo MÉDICO PSIQUIÁTRICO; sem isso, estarão ferindo os direitos da pessoa em questão, além de cometer crimes de sequestro e cárcere privado, dentre outros possíveis enquadramentos...  

 

Mesmo de posse do laudo médico, ainda assim, o estabelecimento precisará prestar "serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros"; sem tais requisitos, jamais a instituição poderá sequer candidatar-se a esse papel.

 

Sabemos que muitos colegas trabalham como aprenderam nestas escolas, contudo, verdade seja dita, infelizmente tais cursos, ainda que talvez bem intencionados, ensinam de forma totalmente equivocada no que diz respeito a adequar-se às leis em vigor.... Urge uma adequação radical na forma de se expressar e modo de trabalhar, pois, a continuar no formato atual, é questão de tempo para muitos colegas serem presos e processados.

 

Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

contato@sinte.com.br

(11) 3171-1913

 

 

Texto extraído de: http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/psicoterapia/aconselhamento/232-drogas-dependencia-quimica#ixzz23olhqDgL 

Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

Autor: : Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico
Última atualização: 17/08/2012 17:42


A MORTE DA COADJUVANTE E O NASCER DA PROTAGONISTA: O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO UMA PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO ATRAVÉS DA DIALÉTICA ENTRE A TEORIA SISTÊMICA E A LEITURA JUNGUIANA SOBRE OS MITOS

A MORTE DA COADJUVANTE E O NASCER DA PROTAGONISTA: O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO

UMA PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO ATRAVÉS DA DIALÉTICA ENTRE A TEORIA SISTÊMICA E A LEITURA JUNGUIANA SOBRE OS MITOS

 

Ligia Alvares Mata Virgem - Terapeuta Holística - CRT 47968


Salvador

2013


 

 

Trabalho apresentado ao Sindicato dos Terapeutas – SINTE, como resultado para a obtenção da habilitação definitiva de terapeuta holística nas abordagens sistêmica e reiki.

Salvador

2013


 


RESUMO


Este trabalho apresenta um estudo de caso de aconselhamento terapêutico realizado em um Instituto de Estudos e Intervenções em Psicologia de Salvador e tem como objetivo demonstrar as possibilidades de entrelaçamentos da teoria junguiana e a teoria sistêmica familiar como recursos para o processo de individuação do sujeito. O embasamento teórico abordou os conceitos sobre a teoria geral dos sistemas, elucidando a importância dos processos iniciais de vinculação afetiva constantes na teoria do apego e as configurações dos sistemas parentais na contribuição dos padrões relacionais constituídos, de acordo com o entendimento sobre subsistemas e fronteiras. Além disto, trouxe os recursos lúdicos da prática narrativa sistêmica, pelo manejo clínico da externalização do problema e das interpretações dos mitos pela leitura Junguiana como possibilidades para a amplitude da consciência da cliente. Participou deste trabalho apenas um indivíduo, tendo sido uma pesquisa qualitativa baseada num estudo de caso. Os resultados parciais já alcançados demonstram: a) identificação do estilo de apego na infância; b) reparação do vínculo afetivo com a família de origem; b) nomeação do sentimento responsável pelo sofrimento; c) reconhecimento do comportamento de desejabilidade social como garantidor do sentimento de pertença; d) ampliação de consciência quanto ao papel que exerce na família e estabelecimento das fronteiras relacionais; e) deflagração do sentimento de abandono como sabotador da sua autonomia; f) O contato e escuta da própria intuição como base segura emocional.

Palavras-chaves: Aconselhamento terapêutico, apego, subsistemas e fronteiras, externalização do problema, mitos.


 


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................3

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................4-10

3. MÉTODO..................................................................................................11-17

3.1 Participante...........................................................................................11

3.2 Instrumento...........................................................................................11

3.3 Procedimento de Coleta e Análise de Dados...................................12

3.4 Considerações Éticas..........................................................................12

3.5 Resultados e Discussões...............................................................12-17

4. Considerações finais...................................................................................18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................19-20


 


3

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta um estudo de caso de atendimentos terapêuticos que aconteceram em um Instituto de Estudos e Intervenções Psicológicas de Salvador, cujo propósito foi demonstrar a convergência das teorias sistêmica e junguiana na prática clínica para o suporte ao cliente no seu processo de individuação.

A principal motivação foi ampliar as possibilidades de oferta de recursos indiretos que estimulassem o consulente a iniciar a viagem interna, com menos resistência e abrisse a porta do inconsciente com maior leveza. A utilização de recursos lúdicos permitem acessar a fantasia e o imaginário e desativar os mecanismos de defesas, dando a permissão para a o contato com os conteúdos intrapsíquicos.

A apresentação deste trabalho está estruturada em:

1. Introdução – breve apresentação do trabalho, com o objetivo, motivo e

estrutura. 2. Fundamentação Teórica – demonstrando quais teorias e pensadores

influenciaram e embasaram o estudo aqui apresentado. 3. Método – relato da pesquisa, instrumento, procedimento de coleta e análise

de dados, bem como discussões e resultados alcançados. 4. Considerações Finais – conclusão do autor sobre os estudos, análise e

resultados obtidos.


 


4

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Quando ouvimos as histórias sobre as civilizações - mesmo na época da formação de bandos, quando os grupos humanos se organizaram para viver em comunidade - o papel de escuta sempre era exercido por algum membro. Este conselheiro contribuía para o direcionamento das atitudes do grupo, orientando e ajudando aqueles que o consultavam em como lidarem com as relações interpessoais e o mundo em que interagiam, adequando-se ao meio em que conviviam. Eram representados por sábios, profetas, pajés, sacerdotes, gurus, filósofos, entre outros, o que denota que o aconselhamento está presente na vida do homem desde tempos muito remotos (PIÑERO & MESEGUER; 1970 apud FORGHIERI; 2007).

Segundo Piñero & Meseguer (1970) apud Forghieri (2007), 450 anos A.C. já existia o processo denominado de “cura pela palavra” feita pelo filósofo, Empédocles. Tal filósofo fazia tratamento de doentes através da conversa buscando descobrir quais eram as queixas, se de ordem física ou psicológica. Outros filósofos após Empédocles, como Platão e Aristóteles, além de Hipócrates que era médico, se utilizavam da escuta e da conversa para iniciar tratamentos. Todos estes pensadores contribuíram para a evolução do processo de aconselhamento terapêutico e do estudo sobre as dores da alma.

Desde então, muitas teorias e pensamentos foram desenvolvidos e o ser humano passou a ser entendido não mais como corpo e alma desconectados, mas como um todo. Este todo é a interação do dualismo – alma e corpo – e é resultado da relação com o contexto em que vive, sendo afetado por ele e também agindo sobre ele (VASCONCELOS, 2002).

Nesta cronologia do estudo sobre a alma, Carl Jung por volta de 1900 trouxe grandes contribuições para o processo de autoconhecimento do sujeito, a individuação. A prática terapêutica pela teoria Junguiana, pode acontecer com a ajuda de vários recursos associativos e imagéticos, entre eles, as leituras e interpretações dos mitos, uma das ferramentas foco deste trabalho.

Serbena (2010) explica que a visão de inconsciente para Jung amplia a Freudiana pois:

“...a visão da psique e do inconsciente modifica, pois ela passa a não ser “uma página em branco” no nascimento e o inconsciente amplia-se incluindo uma camada constituída de estruturas e imagens comuns a toda a humanidade (os arquétipos) que se manifestam nos sonhos, mitos, religiões e contos de fadas”.

Para Jung (1951; 2000) apud Serbena (2010) a psique é formada por concepções individuais e coletivas, as quais são trazidas dos elementos da família, cultura, etnia e da espécie humana. Estas imagens e símbolos arquetípicos são considerados instintivos e automáticos.


 


5

Os símbolos são mediadores dos paradoxos entre os conteúdos da consciência e o inconsciente, manifestados de forma simbólica, a fim de compensar o não trazer de forma explicita e direta tais conflitos. (SERBENA; 2010)

Tais recursos ajudam ao consulente entrar em contato com os elementos inconscientes, como poderemos ver mais adiante no manejo clínico do caso aqui apresentado através das interpretações sobre os mitos do Barba-Azul e Vasalisa

Conforme relata Grandesso (2000) apud Vogel (2011), dando prosseguimento ao estudo da alma, na época de 1950 os holofotes da terapia passam a ser direcionados às relações, indo para além do indivíduo. O foco passa a ser o modo relacional que ele estabelece e os vínculos que dele derivavam onde o sintoma passa a ser visto não coo algo do sujeito, mas uma forma disfuncional de comunicação da estrutura familiar (RELVAS, 1999 apud CARVALHAL & SILVA).

Este passa a ser o fator mais importante para a constituição do sujeito e seu estar no mundo, influenciado, sobretudo, pelo pensamento da teoria geral dos sistemas, criada pelo biólogo Ludwing Bertalanffy por volta de 1930. Vogel (2011) esclarece que esta teoria foi aplicada aos estudos psicológicos com a contribuição de Gregory Betason (antropólogo e biólogo), por volta de 1950, com o surgimento da terapia familiar no período pós-guerra nos Estados Unidos (RELVAS, 1999 apud CARVALHAL & SILVA, 2011).

Segundo Relvas (2003) apud Carvalhal & Silva (2011), sistema é a relação de pelo menos dois elementos que interagem entre si e entre outros subsistemas. Por exemplo, uma pessoa que se casa está em interação com o companheiro e ao mesmo tempo está em relação com o subsistema da sua família de origem, da família de origem do companheiro, do trabalho, etc., influenciando-os e sendo influenciado por eles.

Este conceito surge em contraposição à ideia mecanicista de Descartes que defendia a concepção do todo como a soma das partes. Para o pensamento Cartesiano, o sujeito anteriormente exemplificado, seria a soma da pessoa que ela é para a família, com a que ele é para a família do companheiro, no trabalho e assim sucessivamente. Negava-se aí a possibilidade de que parte do que ela é num subsistema também estivesse presente no outro e gerasse um produto destes entrelaçamentos (VASCONCELOS, 2002).

A partir da teoria geral dos sistemas os estudos sobre a psique e doenças mentais ganharam força para o foco nas relações familiares. Os estudos liderados por John Bowlby, após a Segunda Guerra Mundial - evento que provocou muitas separações de crianças e pais - foi um marco importante para o entendimento acerca das repercussões que a separação ou rejeição da figura materna na primeira infância pode causar ao sujeito, desde danos psíquicos até problemas de ordem psiquiátrica, podendo gerar efeitos até a fase adulta (BOWLBY, 1997; PARKERS, 2009).


 


6

Bowlby (1977) apud Parkers (2009) criou a Teoria do Apego, a qual se debruça sobre os aspectos psicológicos que as formações e rompimentos dos vínculos afetivos trazem à vida do indivíduo e as estratégias comportamentais utilizadas no enfrentamento de situações novas ou estressoras.

Como cita Bowlby (1997) apud PARKERS (2009), tais estratégias estão ligadas aos modelos internos mentais desenvolvidos na infância a partir da resposta do cuidador às necessidades emocionais da criança, denominadas de comportamentos de apego. Com os avanços dos estudos de Bowlby, outros pesquisadores, como Mary Ainsworth e Mary Main, ampliaram a pesquisa contribuindo significativamente para a categorização destes comportamentos a partir da relação entre a díade figura materna e criança. Foram estabelecidos dois estilos comportamentais: Apego Seguro e Apego Inseguro, sendo este subdividido em Ansioso ou Ambivalente; Evitador ou Esquivo e Desorganizado ou Desorientado.

No Apego Seguro as crianças tem um nível de tolerância aceitável quando em situações de separação do cuidador, demonstrando sentirem falta ao primeiro momento, mas adequando-se à ausência dele após alguns instantes. Costumam explorar o ambiente em que se encontram, até mesmo interagindo com estranhos e ao retorno da figura materna, há boa receptividade e comportamento de busca pelo reencontro (BOWLBY, 1997; PARKERS, 2009).

A criança com Apego Inseguro pode responder à separação de três formas:

Ansioso ou ambivalente - Caso a figura de apego seja muito ansiosa e por isto tende a não perceber a real demanda do filho e até mesmo não o estimulando às novas experiências. Isto provoca um comportamento na criança de agarrar-se a ela, resistindo à sua saída e tendo um tempo de sofrimento mais prolongado em comparação às seguras, provocando muita raiva no momento do reencontro (PARKERS, 2009).

Evitador ou esquivo - as crianças comportam-se ignorando a separação e o retorno da mãe, pois aprenderam com o modelo parental, sua figura de apego, a conter as expressões de afeto e de desejo pela aproximação. Entretanto nos estudos de Ainsworth, foi constatado que estas crianças apresentaram alto nível de estress, com batimentos cardíacos alterados, tanto quando as mães as deixavam até momentos após a sua volta. Tal comportamento confirma que estas crianças são afetadas pela falta de cuidados responsivos da figura materna, mas aprendem a tolhê-los como forma de adequarem-se (PARKERS, 2009).

Desorganizado ou desorientado - apresenta comportamentos polarizados, estereotipados, podendo chorar desesperadamente, atirar-se no chão, até mesmo se machucando compulsivamente ou fazendo movimentos pendulares e repetitivos. Comporta-se de forma extrema para obter alguma resposta da figura materna, devido a esta não apresentar respostas às demandas da criança. Nas pesquisas de Main e Hesse foram verificadas que a maioria destas mães sofreu de depressão pós-parto por terem vivido situações traumáticas na gravidez ou logo após o


 


7

nascimento do filho, tornando-as voltadas para as suas questões internas e “alheias” à criança, portanto, com muito pouco investimento parental afetivo (PARKERS, 2009).

O estilo de Apego Ansioso ou Ambivalente, sobretudo, pode gerar uma forma relacional paradoxal, onde mais do que o conteúdo da comunicação entre os sujeitos em relação, ou seja, forma como eles estabelecem esta comunicação influencia o seu comportamento. Neste estilo, a demonstração do afeto passa a ser entendida como a antítese dela. Numa situação onde o cuidador ressalta constantemente à criança o quanto ela não é capaz de fazer conquistas independentes, autônomas, sendo sempre necessária a ajuda do adulto; ao mesmo tempo em que parece ser uma forma de proteger o infante, implicitamente pode estar sendo dito “não acredito no desenvolvimento desta capacidade”. Este tipo de atitude remete ao questionamento sobre o porquê o cuidador não vê ou aceita este avanço da criança, ou ainda, o quanto a manutenção da criança-sujeito no lugar de incapaz traz uma funcionalidade ou poder para a figura de apego.

Por estes questionamentos, Beaston desenvolveu a teoria do duplo vínculo quando estudava em Palo Alto o processo comunicacional e relacional das famílias de veteranos de guerra com esquizofrenia. Ele notou que os feedbacks emitidos pelos cuidadores geravam conflitos internos nos sujeitos com sintomas esquizofrênicos, mas que o foco não estava no portador do sintoma, mas na forma de comunicação padrão da família (VOGEL, 2011).

Nestes sistemas familiares o terapeuta pode entrar como um elemento morfogenético, isto é, promovendo mudanças significativas no modelo relacional aprendido e estereotipado, uma vez que coloca o sujeito portador do sintoma não mais como o centro das atenções, mas também, implica os demais membros a constante relação terapêutica (PAIXÃO, 1995 apud CARVALHAL & SILVA, 2011). Além disto, permite trazer novas perspectivas; um novo olhar sobre a estrutura e a forma de se comunicarem e se decodificarem, promovendo uma nova dinâmica no sistema familiar, mais adaptativa ao meio (MARUYAMA, 1968 apud VOGEL, 2011).

O sistema deixa de se retroalimentar com os padrões homeostáticos, ou seja, com as mesmas formas de se comportarem e de se autoregularem que são mantenedores do sintoma. O Terapeuta estimula novas formas de estarem em relação, promovendo novas estratégias de comunicação e, portanto, descobertas de recursos internos até então adormecidos, iniciando o processo de despatologização e de auto-organização funcional (MARVIN & STWART, 2006).

Para Bloch (1999) apud Carvalhal & Silva (2011), mesmo em atendimentos de terapia individual, os avanços conquistados são ampliados e reverberados no sistema familiar quando o terapeuta propõe tarefas que busquem a interação do sujeito com os familiares. Uma das práticas importantes para isto é o manejo clínico estimulando o indivíduo para o seu processo de diferenciação de self, a busca pela individuação.


 


8

A construção da identidade estimula o sujeito a manifestar-se integralmente, com o lado muitas vezes não acolhido pelo sistema familiar por não corresponder às expectativas deste. A segurança e autonomia para defender as suas próprias ideias e manter-se neste lugar, independente de não seguir o fluxo esperado pela família, é uma das principais metas terapêuticas do caso trazido neste trabalho (ANDOLFI, 2002).

A utilização do mito Barba Azul, pela leitura junguiana, como instrumento auxiliar na prática terapêutica, permite ao cliente fazer conexões com a sua própria estória. Isto facilita o contato do sujeito com a sua realidade, entretanto não tão diretamente, por não estar pronto, às vezes, para encará-lo de forma objetiva.

Para Estes (1994), tal mito traz a representação arquetípica da jovem ingênua que desconhece os seus conteúdos internos e se expõe ao predador, em prol de apenas se deleitar dos prazeres, negligenciando as profundezas da sua alma. O encontro com Ele é o conflito vivido pelo feminino a caminho da sua libertação, é entrar em contato com a sua agressividade mais crua, porém criativa e fazer dela a sua força impulsionadora para a busca de si mesmo. Sem dúvida deparar-se com Ele é olhar suas questões mais difíceis, sua intransigência, de apenas querer ver o mundo ao seu modo e fazer com que os outros também o façam. Na passagem desta estória, no momento em que a menina começa a enxergar o Barba Azul com barba menos azul, e alguém dócil e sensível pode-se notar o conflito mencionado.

No decorrer da estória, esta “cegueira” vai ficando insuportável de sustentar, pois a convivência e as circunstâncias da vida vão exigindo da menina novas posturas e novas visões do mundo. Isto fica claro, na parte em que a menina se vê como a responsável pela casa, quando o marido viaja e a deixa como “cuidadora das chaves”. Mesmo com a ressalva feita pelo Barba Azul para que ela não abrisse o aposento da chavinha, a intuição e curiosidade feminina a faz motivar-se junto com as irmãs a testarem todas as chaves até descobrirem a qual quarto ela pertence (ESTES, 1994).

Estes (1994) ainda comenta que o comportamento de buscar a verdade para si mesma demonstra o seu dom farejador e a necessidade de descobrir-se e fazer por si mesma as suas escolhas. Ao achar a porta que a chavinha encaixava e abri-la, percebe-se nesta metáfora que, uma vez aberta a porta do inconsciente, uma vez tendo entrado em contato com as dores e a angústia da psique, não há mais como sair sem “sequelas”. Ao abrir a porta do quartinho proibido pelo Barba Azul, a menina não consegue mais esconder e esquecer o conteúdo nele existente, pois a chave continuará sangrando até que ela enfrente o seu predador, o seu lado mais sombrio, aquele sabotador e vampiro da sua energia vital.

O Aconselhamento Terapêutico contribui neste processo de abertura, de contato com o inconsciente, ajudando ao cliente a sustentar este contato e encarar o seu predador. Ao conhecer o “inimigo” é possível desenvolver estratégias de lidar com ele e neutralizar suas forças quando tenta sabotar a busca pela individuação.

Autor: : Ligia Alvares Mata Virgem - Terapeuta Holística - CRT 47968
Última atualização: 12/06/2013 22:22


Consciência da filosofia e metafísica da saúde

 

Filosofia em Ação


Quem sou eu? “Segredo?”


Consciência da filosofia e metafísica da saúde


São Paulo, 31 de Maio de 2013


Mitiyo Oshiro Takemoto

Terapeuta Holística

CRT 38660

 

Sinte – Sindicato dos Terapeutas – Holístico 2013


 


Sumário

Introdução...................................................................................................................................I

Prefácio.......................................................................................................................................II

Filosofia......................................................................................................................................III

Alquimia.....................................................................................................................................III

Tao.............................................................................................................................................IV

Holoyoga – reflexologia.............................................................................................................V

Reflexão.....................................................................................................................................VI

Evolução....................................................................................................................................VI

Despertar...................................................................................................................................VII

O estudo da Kundalini...............................................................................................................VII

Energia sexual Kundalini............................................................................................................VII

Evolução humana......................................................................................................................VIII

O que são 7 chacras?.................................................................................................................VIII

O que é Corpo Etérico?...............................................................................................................X

O que é Corpo Espiritual?...........................................................................................................XI

Material e Metodologia..............................................................................................................XII

Discussão....................................................................................................................................XII

Conclusão...................................................................................................................................XII

Bibliografia.................................................................................................................................XIII


 


Introdução

Pensamos ser inadiável o desenvolvimento do Ser consciente. Os seres humanos, diferentemente dos seres animais, possuem um potencial criativo. Adaptamos- nos às modificações impostas pelo tempo, pela tecnologia, pelos novos modelos sociais. Mas existem características espirituais básicas que nunca sofreram modificações, assim como as forças que movimentam o Ser humano, continuam sendo as mesmas, impulsos emocionais básicos e intensos e a busca pelo conforto e segurança. Há ainda outros objetivos comuns a todo ser humano, que muitas vezes assolam a humanidade com guerras e desordens psico-sociais que também parecem não sofrer alterações, como a busca pelo poder, a exaltação do status social, o poder monetário entre outros... Todo esse desequilíbrio evolutivo vem se retratando na mente humana ao longo de muitas décadas, e porque não falar séculos, criando uma humanidade egoísta e violenta às defesas de suas aquisições. O ser humano não evolui internamente, não é capaz de controlar suas emoções, de corrigir pequenas falhas de conduta, de se auto-domar em certos aspectos, mas isso por pura falta de consciência. Consciência que não é pensamento, mas percepção. Transmitimos aos nossos filhos, e recebemos também de nossos antepassados essa cultura equivocada que faz com que as pessoas fiquem alienadas em relação às suas possibilidades. Se emanamos amor, recebemos amor. Se emanamos respeito e aceitação, é isso que receberemos, respeito e aceitação. Se emanamos ódio, geramos a condição de receber ódio. Como temos a tendência a ser impulsivos, ansiosos e até descontrolados, costumamos reagir ao ódio com mais ódio, criando um ambiente tomado pelo ódio num ciclo difícil de ser quebrado, mas sempre reagimos ao amor com mais amor. O mesmo acontece com a energia. O campo energético pessoal reflete nossos padrões mentais, o que somos por dentro costumamos demonstrar por fora. Em forma de ação ou pensamento. A nossa energia é capaz de influenciar todos os que estão a nossa volta. Ao tomarmos conhecimento da capacidade que temos de controlar esta energia, ganhamos controle sobre inúmeras capacidades. Aquele que se guia pelo amor e pela índole sempre dinamiza o que aprende, transformando em experiência evolutiva toda e qualquer situação.

I


 


Prefácio

Bem vindos ao Mundo mágico. O meu intuito é apresentar aos interessados no conhecimento do oculto que se refere a fenômenos conexos, transmitindo à humanidade o poder sutil e sublime da Kundalini. Esse conhecimento está disperso e fragmentado em grande número de livros e artigos de vários autores. O universo místico que existe na consciência do homem, mas que está adormecido no inconsciente, desde os tempos imemoráveis. Sendo que, no meu caso, o despertar aconteceu quando iniciei a investigação da energia sexual. Posso afirmar com certeza, que é realmente fantástico, que significa evolução espiritual e humana dentro da pessoa. A Kundalini sobe da base da coluna vertebral dentro da medula até chegar no crânio, o centro de energia espiritual Shen – o Bindu-Brahma. Atualmente, muitos místicos, eruditos, médiuns e cientistas que se dedicam no estudo, têm os impulsos mais evidentes que é o próprio impulso da Kundalini – a indomável. Eles persistem em investigar, muitas vezes mesmo contra os deboches incrédulos e contra o sarcasmo de incorrigíveis céticos, nos quais o impulso por várias causas que serão discutidas em detalhes mais esclarecedores, em outra ocasião. Uma mulher frígida olha com desdém para a natureza apaixonada de uma amiga e muitas vezes se considera superior a ela, esquecendo sua própria carência. Portanto, os que, como a mulher frígida, se orgulham de sua inflexível atitude “resistente”, a despeito de convincente testemunho em contrário, revelam um desinteresse muito grande pelo tema, que é tão fundamental para despertar o que está no inconsciente: trazer o inconsciente ao consciente e ampliar a visão mental. Essas pessoas são incapazes de perceber a própria deficiência, como Bernard Russel, que ao ser posto diante da ponderável evidência oferecida pela pesquisa, para algum tipo de sobrevivência, observou que, embora a evidência psíquica fosse bastante forte, a evidência biológica contra a sobrevivência ainda era mais forte. Sendo que, o tema em questão é essencial e fundamental para explorar a dimensão do corpo, da alma e do espírito, pois a nossa inteligência não tem limite, não tem fronteira, e tem a capacidade de transcender o eu, o outro, a parede, o horizonte e expandir para o universo e chegar mais próximo de Deus. “Fazer do raso o profundo, do incompreensível o compreensível, do incogniscível o congniscível.” – I CHING. Palavras de advertência: com certeza, não se deve evocar a Kundalini propositadamente, inadvertidamente, sem o aprimoramento espiritual, em hipótese alguma, no entanto, em algumas pessoas, ela desperta espontaneamente. O aluno deverá ser orientado com o Dharma do Coração. Dharma quer dizer “Ensino Correto”, dentro do ensinamento apropriado.

II


 


Filosofia

Afinal, o que é filosofia? Em nosso contexto diário e para muitas pessoas, a Filosofia acabou se tornando sinônimo de algo distante e sem muita utilidade. No entanto, foi por intermédio dela em que as grandes mentes chegaram a um passo significativo na história humana. Ela é uma ferramenta única e capaz de nos conduzir as respostas para tudo aquilo que buscamos. A etimologia da palavra “Filos” indica buscador, ao passo que “Sophia” representa a sabedoria. Assim, o filósofo – isto é, o buscador da sabedoria – é um indivíduo que procura se contextuar no Universo e perante suas Leis, visando resgatar o conhecimento sobre quem de fato somos, de onde viemos, para onde vamos e para que serve a vida e todas as coisas que nos cercam. É através da Filosofia que podemos sair da imensa crise social e moral em que estamos inseridos: os preceitos filosóficos possibilitam ao homem deixar de agir sobre os efeitos e passar a agir sobre as causas das questões que tem levado a sociedade ao sofrimento a ao desespero. A violência, a corrupção, a depressão, a solidão, a dor da perda de uma forma geral como diversos outros malefícios não são as causas, mas sim efeitos de nossa incapacidade de amar e agir de maneira moralmente correta. Por isso, afirmamos que Filosofia tem a função de nos conduzir, sobretudo ao resgate de nossa autoestima, além de nos recolocar socialmente como homens livres e independentes. *Texto extraído do Jornal Filosófico

Alquimia

A Alquimia busca entender a natureza em todas as suas formas, de maneira holística, amparada na sabedoria dos grandes conhecimentos antigos. É muito importante esclarecer e desmitificar o conceito de Alquimia. A palavra alquimia (AL KHEMY), de origem árabe significa “a química”. É a mais antiga das ciências e influenciou todas as demais pois pertence a raiz de todas. Combina elementos da química, antropologia, astrologia, magia, filosofia, metalurgia, matemática, misticismo e religião, mas sob uma ótica própria. Na antiguidade se tem registro de sua existência entre os babilônios, egípcios, chineses e os indianos, assim como na idade média, onde sua prática era realizada sob o mais absoluto dos segredos, pois era considerada como uma ciência oculta, sendo perseguidos pela Santa Inquisição da Igreja Católica. Com isso, os grandes personagens do pensamento hermético anotavam suas investigações em códigos e as chaves decifradoras só eram conhecidas pelos iniciados. Em seus laboratórios os alquimistas atribuíam propriedades que transcendiam ao comum, relativas às plantas, letras, pedras, figuras geométricas e números, para satisfazer o seu principal objetivo que é compreender a natureza e reproduzir seus fenômenos para conseguir uma ascensão a um estado superior de consciência de si próprio e de quem o procura. Para eles, transformar metal em ouro ou criar o elixir da longa vida eram coisas pequenas diante da compreensão do que somos, pois essa arte hermética era a busca maior do entendimento da natureza plena e holística onde o ser humano está inserido. O estudante de alquimia é um buscador que corre atrás de se conhecer. Hoje, assim como

antigamente, na realização dos experimentos e por meio de constantes leituras e releituras, o Alquimista nas várias etapas da transformação no seu laboratório ou consultório vai gradativamente

III


 


transformando a própria consciência que é o ouro espiritual, a perfeição dentro de si mesmo. Porém é importante trazer esses conceitos filosóficos para o lado prático da vida, estamos encarnados em um corpo, no planeta terra, tridimensional, sofrendo influência do meio e do inconsciente coletivo da nossa época. Desta forma, o alquimista que hoje está representado muitas vezes pelo médico, ou terapeuta holístico, deve observar no dia a dia, de forma mais aprimorada, a natureza e suas manifestações, ficando atento as transformações e aos ciclos astrológicos – sol, lua e planeta – e terrestres – semear ou colher. Sabendo interpretá-las, ele poderá ajudar melhor a quem o procura, maximizando seus efeitos para saúde e bem estar.

(autor desconhecido)

Tao

O Tao como base das doutrinas filosóficas mentais e também ocidentais é palavra chinesa que significa caminho, via, isto é a sobreposição do feminino e do masculino chamado Yin e Yang. O Tao não significa a soma de um e outro, mas tais forças existem concomitantemente e sincronicamente. O Tao como caminho e como fusão de tais elementos é o sentido de ordem, é um princípio organizador. É a reunião do caos e das polaridades. É gás dispersivo, consequente aos movimentos de fricção, se transforma em gás de combustão do próprio movimento deixando um rastro. Ao seguir o Tao vocês seguem este rastro, os movimentos, o fluxo da vida e do caminho até que, perdendo a polaridade, vocês se transformam no próprio caminho, no Tao. O Tao condena a idolatria e diz: “O mestre Tao não tem nome, ele é oculto, vive no anonimato meditando (filosofando), praticando, aprendendo, orientando e semeando o bem, o cultivo, a serenidade, meditando entre o céu e a terra.” O homem recebeu do céu uma natureza essencialmente boa para guiá-lo em todos os seus movimentos. Entregando-se a esse princípio divino dentro de si, o homem alcança uma inocência incontaminada. Ela o conduz ao bem com certeza instintiva e livre de intenções ulteriores de recompensa ou vantagem, essa certeza instintiva trás supremo sucesso e favorece através da perseverança. Nem tudo que é instintivo é também natural, nesse sentido mais elevado da palavra, mas somente o que é correto, aquilo que corresponde à vontade dos céus. Uma forma de agir instintiva e irrefletida, que não possua retidão, só poderia causar infortúnio. Confúcio comentava a respeito: “Aonde irá aquele que se afasta da inocência? A vontade e as bênçãos dos céus, não acompanham seus ato.” I Ching O céu é puro, e a terra é impura, o homem está entre o céu e a terra, entre o puro e o impuro. Certo ditado antigo diz o seguinte: “O Tao não possui qualquer forma; no entanto confere vida ao céu e a terra. O Tao é destituído de emoções; no entanto, move o sol e a lua. O Tao é destituído de nome; no entanto nutre todas as coisas da natureza.” O Tao possui tanto aspectos puros como impuros. Às vezes permanece imóvel, às vezes move-se. O céu é puro e a terra impura, todas as coisas percorrendo seu respectivo curso. A origem da pureza reside na impureza. Por esse motivo nos remetemos à meditação, reflexão. O movimento é a fundação da quietude. Se as pessoas puderem constantemente permanecer puras e imóveis, então ficaremos no estado de serenidade.

IV


 


O espírito tende para a pureza, a mente para a quietude, mas é contrariado pelo desejo de equilibrar- se. Se fores capaz de controlar, então a mente permanecerá imperturbável e pura. Aqueles que estão impossibilitados de atingir o Tao são destituídos de clareza mental e que ainda se acham escravos das emoções. Suportar a quietude gradualmente entrará no verdadeiro caminho denominado Tao, não existe nada para ser atingido, mas sim para sentir. Lao Tsé dizia: “Aqueles que são honrados não tem porque discutir. Os que não são preferem se entregar as discussões.” Aqueles que possuem elevadas virtudes não necessitam de virtude. Quando a mente permanece selvagem o espírito torna-se distraído devido à existência da ansiedade e do estresse, o corpo e a mente são afligidos por tensões. Se viveres na decepção e na ansiedade afundará no oceano do sofrimento e sempre vaguearás para fora do verdadeiro caminho. Se fores capaz de perceber intuitivamente viverás o caminho natural, se intuitivamente entenderes o Tao, sempre será puro e imóvel. Todas as meditações que fazemos são essencialmente internas, você fecha os olhos e imagina todas essas coisas (tais como sofrimento dos seres e o desejo de que sejam felizes). Mas não pense que isto vai simplesmente perder-se no espaço e não vai produzir nada. Ao imaginar certas coisas você faz com que elas se tornem realidade, se você todos os dias fica irritado, não se surpreenda se continuar ficando irritado se você mantém pensamento de irritação em sua mente. “Eu detesto ele, eu detesto ele”, não se surpreenda se você der um soco na cara dele, porque o que corpo e a fala fazem é simplesmente seguir aquilo que a mente está fazendo porque eles se iniciam na sua mente. Refletir, pensar, oração mental, examinar atentamente, ponderar, considerar, reconsiderar, isso é meditar. Como qualquer coisa, você tem que treinar antes de agir, não é possível simplesmente entrar em um carro e sair dirigindo, é necessário treinar primeiro. Antes de tocar piano você tem que treinar e treinar. Você tem que treinar-se no desenvolvimento do amor e da compaixão e tudo isso, por fim, o tornará apto a espontaneamente expressá-los em corpo e fala. Isto é algo razoável. Mencius comentava a respeito: Para verificar se alguém é um homem superior ou inferior, só precisamos observar a que parte de si ele atribui uma especial importância. O corpo tem partes superiores e inferiores; importantes e secundárias. “Não devemos sacrificar o superior em favor do inferior e nem devemos sacrificar o inferior em favor do superior, devemos sim, manter o equilíbrio.”

Holoyoga – Reflexologia – Autocura Fundamento: Tantrayana, o Veículo de Diamante

Tantrayana: 2 cérebros, o equilíbrio dinâmico do Yin e Yang. Holoyogaterapia é uma prática simultânea do Tantra, Yoga e Budh: os 3 Tan Tiens, a consciência da filosofia e metafísica do Tao-Yin; conscientização do corpo, da mente e do espírito, pois dentro de cada um de nós existe: um ser animal (corpo), um ser humano (mente) e um ser divino (espírito). Essas são as 3 dimensões da nossa existência. Daí a explicação sobre os 3 Tan Tiens, 3 mentes ou 3 veículos (Bioeletromagnética): a força vital.

V


 


Reflexão

Para refletir, filosofar: “Aprender sem pensar é inútil. Pensar sem aprender é perigoso.” (Kung Fu Tsé (Confúcio). Filosofia e metafísica: ciência geral dos primeiros princípios e das primeiras causas, conhecimento, sabedoria, força moral, (elevação espiritual) que leva ao Deus: conhecimento de verdades morais, conhecimento absoluto que procura a intuição direta das coisas; conhecimento racional único possível de alcançar a essência das coisas, modo de pensamento intermediário entre teológico e positivo; método de abordar os fenômenos da natureza, aprofundar, refletir, raciocinar, pensar e discernir, é a adequação entre o ser e a inteligência, ou seja, espírito de crítica e de superação. Nas palavras e atos do passado jaz oculto um tesouro que o homem pode utilizar para fortalecer e elevar seu próprio caráter. O estudo do passado não deve se limitar a um mero conhecimento da história, mas deve, através da aplicação desse conhecimento, procurar dar atualidade ao passado. Desembaraçando os fios de seda emaranhados, juntando-os em meadas, assim se desvenda os mistérios e segredos orientais da antiguidade. “O antigo será de novo útil.” I Ching – Lao Tsé

Evolução

A evolução da Kundalini: a fonte da força, fonte do gênio a partir do seu repositório nos órgãos reprodutores, uma fina corrente de energia vivente filtra-se para dentro do cérebro, como lubrificante para o processo evolutivo. A medida que a energia se move para cima, vai passando pelos vários chacras ao longo da medula espinhal até chegar ao chacra capital localizado no cérebro, a pessoa sente uma luz entre branca e dourada no interior do cérebro. Dizem que o fenômeno desperta requintadas sensações que se assemelham ao orgasmo, mas ultrapassam em muitas ordens de magnitude. Tais sensações são mais intensamente percebidas logo acima do palato no cérebro médio no arco descendente paralelo à curva palatal, o canal encurvado através do qual o bioplasma passa para dentro do cérebro. A Kundalini está em ação o tempo todo e em forma de energia “torrente”. Essa torrente ascensional que é uma reconceituação do que FREUD aparentemente quis dizer com a expressão “sublimação da libido” – explica a fonte da criatividade do artista ou do intelectual. Para muito além destes há aqueles raros a quem Gopi Krishna chama “espécimes acabados do homem perfeito do futuro” tais como BUDA, CRISTO e VYASA, a consciência dos seres evoluídos . Drogas como cigarros, álcool, entorpecentes, paixão, emoção, pela comida, pelo ambiente, pelo modo de vida, ambição, pela conduta e pelo comportamento e; de fato por todos os milhares de tipos de influência, desde o mais forte ao mais leve, que dão forma à vida desde o nascimento até a morte. Assim a necessidade de uma vida moral equilibrada é baseada no imperativo biológico. O desvio da Kundalini é a causa do surgimento dos gênios maus da história, como HITLER. Neste caso a Kundalini esteve em ação desde o nascimento, tal como nos gênios. A vida destas pessoas superdotadas é geralmente tão cheia de dificuldades que a energia Kundalini pode tornar-se maligna se as qualidades mais sutis necessárias a estabilidades psíquicas não se tornarem parte integrante da sua formação: a falta desses traços mais sutis constitui uma barreira interna que impede o acesso aos níveis mais elevados da consciência.

VI


 


Despertar

O meu objetivo maior é trabalhar sobre o legado que se deteriorou, pois o I CHING sempre me orientou nesse sentido. O intuito aqui é ajudar os seres humanos em sua evolução pessoal e espiritual na simplicidade do TAO (natureza). O Tao ensina tudo sabiamente através do Yin e Yang. Yi e Yang é a base da filosofia e metafísica chinesa. Tudo se aprende intuitivamente. O que será levado em consideração é o autoconhecimento elevando a auto-estima, afeto e compreensão, eliminando os conceitos que anuviam a mente que cria a prisão mental da qual sua essência fica engaiolada. Com a eliminação dos conceitos, crenças e paradigmas que não funcionam, o Ser liberta a sua essência adquirindo a vida. A vida é construir situações que desejam vivência e não viver as situações desagradáveis que são atraídas inconscientemente. O que será ensinado serão os caminhos necessários para a evolução pessoal respeitando a capacidade de cada Ser que será despertada de forma necessária, suave, média ou intensa, de acordo com a necessidade de cada um, naturalmente, desde que esteja aberto e disposto para a transformação e a libertação do Ser.

O estudo da Kundalini

Todos são livres para participar de forma que sejam espontâneos. O trabalho será organizado de maneira que todos participem formando uma equipe de boa vontade. Uma equipe é mais que um grupo de pessoas, é a soma de “energia-pensamento”, uma união de todos em torno de um objetivo, é o sincronismo de todos que leva a resultados notáveis. Todas as pessoas tem algum tipo de conhecimento para ensinar, vamos ensinar, vamos aprender, transformar, evoluir e vamos compartilhar a alegria de viver na jornada da evolução humana. Compartilhar a felicidade é felicidade em dobro, compartilhar a dor é dor pela metade, compartilhar o conhecimento é conhecimento redobrado. O mundo é reflexo de nossas ações. Os anos haverão de passar, mas a arte de compartilhar nunca será em vão. Essa é a beleza de uma ação que sempre gera uma reação e conquista um mundo melhor. Missão: por uma causa nobre, trabalho sobre o legado que se deteriorou. Nobreza: ser nobre não é ser melhor do que um milhão de pessoas, a verdadeira nobreza é ser melhor do que foi no passado. – Provérbio Hindu Objetivo: resgatar o elo perdido: esta sublime ciência (essência) que ficou no esquecimento, no decorrer de milênios, sem que e humanidade a percebesse.

Energia sexual - Kundalini

A energia sexual é a união primordial das forças yin e yang que impulsiona o universo. Sem essa energia, nenhum de nós estaria aqui, ou simplesmente não existiríamos. Kundalini – a Fonte da Juventude – fonte da energia vital. Gopi Krishna, conhecedor da filosofia clássica iogue, acredita na existência de uma poderosa ligação biológica entre o sexo e a consciência superior, ligação que é a força motivadora subjacente a todos os fenômenos espirituais e

VII


 


paranormais já testemunhadas na história. O sistema reprodutivo é o mecanismo pelo qual se processa a evolução. Esse conceito, entretanto, não está limitado à literatura indiana. Foi descrito nos antigos registros do Tibet, do Egito, da Suméria, da China, da Grécia e outras culturas e tradições, incluindo o cristianismo primitivo. A serpente: símbolo da energia vital. A fonte do “poder da serpente” é o prana-chi – yin e yang, a energia cósmica primal que está fora do espectro eletromagnético e das outras formas de energia conhecida na ciência oficial do Ocidente.

Evolução humana

Quase todos se ocupam, num determinado momento da vida com as perguntas: “quem sou eu:”, “que forças agem dentro de mim:”, “que faculdades ainda se escondem no meu interior:” e “como posso usufruir todo o meu potencial de sorte e criatividade:”. Acreditamos que nenhum outro campo científico pode responder a essa pergunta tão amplamente como a ciência dos centros energéticos do homem. Ao compreender as tarefas e as funções dos chacras em toda a sua extensão, forma-se uma imagem do ser humano que, na sua possível perfeição é tão fascinante e sublime a ponto de mais uma vez determos para admirar a maravilha da criação. Para trabalhar eficientemente com os chacras, não é necessário que você seja clarividente, intuitivo ou sensitivo. Todavia, notará que, com essa ação, sua sensibilidade com relação aos planos etéricos aumentará substancialmente. Desenvolvendo-se também a compreensão dos relacionamentos, que unem muitos fragmentos do conhecimento e da experiência num todo harmônico, de modo inteligível.

O que são os 7 Chacras

Chacras: são o prisma sob influxo do Sol que se divide em raios coloridos. O prisma do corpo-mente- espírito humano. São o arco-íris. Um arco. A ponte entre o Céu e a Terra. São a expressão da força mental em saída e todas as possibilidades de poder mental manifestado! São canais que se alimentam por ambos os pólos: pelo polo sul ou pelo chakra base com o alimento feminino da Terra, da Mãe Divina: pelo polo norte ou chacra coronário, com o alimento masculino do Céu, da mente do Pai ou do Um, e pelos lados com todas as forças possíveis e existentes. Através do chacra do plexo solar, o corpo absorve energias vitais do SOL e, através do chacra básico, energias vitais da terra. Ele armazena essas energias e as leva, através dos chacras e nádis em fluxos vitais ininterruptos, ao corpo físico. Essas duas formas de energia cuidam do espírito vital nas células corporais. Quando a “FOME DE ENERGIA” do organismo é saciada, a energia excessiva é irradiada para fora, pelo corpo etérico através dos chacras e dos poros. Ela sai dos poros em forma de fios retos, com cerca de 5 cm, formando a aura etérica, que em regra é percebida pelos clarividentes como a primeira parte setorial da aura total. Esses raios cobrem o corpo físico como um manto de proteção, impedindo que micróbios patogênicos e corpos estranhos se infiltrem no corpo, e irradiam, simultaneamente, um fluxo constante de energia vital no meio ambiente.

VIII

É um sistema pelo qual o ser humano se relaciona com os seres vivos que habitam o meio ambiente.  

São os centros de energia psicofísica (energia pensante) que se localizam ao longo da coluna

vertebral e se relacionam com os órgãos e endócrinos, através do sistema nervoso, que possibilita a

transformação da energia psicofísica em energia espiritual.

Conhecer e assimilar os chacras é constatar o sistema humano de integração global, a integração de

diversos planos e vibrações dentro do corpo. Os chacras tem a forma de disco circular, símbolo da

perfeição e do sol (LUZ DE DEUS) que hospedam a espiritualidade, a qual tem valor ascensional,

também indica proteção a cerca espiritual que envolve a alma humana, e que na essência exprima a

totalidade de um círculo solar e ainda a luz do sol que cerca a vida e circula por ela em várias esferas

que também são rodeadas.

Observa-se que a nossa galáxia é espiralar, o nosso corpo também é em espiral, o planeta também, é

só observar o movimento da natureza, no pensamento e no movimento em que a pessoa entra em

sintonia e se envolve com seus chacras, a energia prana-pensante psicofísica, já entra em ação a

favor. Isso quer dizer que Kundalini já entrou em ação a favor dos chacras impulsionando-os para

cima revitalizando-os.

A Kundalini é feita de vontade-ação, confiança que hospeda o pensamento de Deus e tem o valor

ascensional e se sobrepõem ao processo de conquista progressiva no sentido de transformação e

evolução espiritual. Kundalini é a alegria serena que governa o nosso interior através dos chacras e é

a lei mística maravilhosa que eleva ao estado de graça, inteligência emocional, consciência sutil que

ensina o homem a compreender o conhecimento e a viver com sabedoria em harmonia com a

natureza, equilibrando o corpo, a mente e o espírito feito de confiança. Prana-yin yang, a fina

essência biológica, inteligência, consciência, o meio de nutrir equipamento receptivo da nossa

consciência, que é o sistema nervoso, o nosso contato com a consciência universal. Durante o

processo de ascensão da Kundalini, o sistema nervoso inteiro atravessa uma transformação

microbiológica que atinge especial         

 

esgotado em seus recursos.  

Os escritos de GOPI visam uma nova estrutura da sociedade humana a uma nova ordem política e

social que habilite a totalidade da raça humana a devotar-se ao desenvolvimento de seus poderes e

possibilidades latentes. O antigo conceito IOGUE vem sendo pesquisado cientificamente com base

nas ciências fisiológicas da medicina que teve inicio na INDIA sob o apoio do governo. Hoje acontece

em vários países do mundo, envolvendo religião, psicologia, psicanálise, teologia e outros.  

Teoricamente a Kundalini tem o mesmo conteúdo do DNA, e pode nos revelar muitos segredos

ocultos desde a antiguidade, que remonta os 25 mil anos.

 

 

O que é corpo etérico?

 

Corpo Etérico: é o que abriga o EU verdadeiro, o SER (Kundalini)

A maioria das pessoas considera o mundo material, e com isso também o corpo físico e

compreendidos pelo intelecto racional. Os clarividentes como Tao e Budh; todavia, veem uma grande

variedade de estruturas de energia, de movimentos energéticos, de formas e cores, que são

perceptíveis dentro e em volta do corpo físico do homem.

Caso você também seja um desses que só podem aceitar como realidade o corpo material, pense

uma vez o que acontece, porventura, com a energia, com a força vital, que anima um corpo físico e

lhe confere sensibilidade e capacidade de expressão depois da morte desse corpo. Segundo uma lei

da Física, a energia nunca se perde, mas se transforma. A força que está em ação por trás dos

aspectos materiais do corpo, com suas funções e habilidades, é constituída de um complexo sistema

de energia, sem o qual o corpo físico não poderia existir.

Esse sistema compõe-se de três elementos básicos:

1)  Os corpos etéricos ou energéticos: o que constitui a aura humana

2)  Os chacras, ou centros de energia: guiados por Kundalini e Bindu  

3)  Os nádis, ou canais de energia: transmite energia psíquico-físico dentro e fora do corpo

através dos chacras via sistema nervoso.

O corpo etérico tem aproximadamente a mesma dimensão e configuração que o corpo físico. Daí a

denominação “duplo etérico” ou “corpo físico interior”. Ele é o portador das forças

do corpo físico, bem como da força vital e criadora, e de todas as sensações físicas.

O corpo etérico é formado de novo a cada reencarnação do ser humano e se dissolve três a cinco dias

depois da morte.

O corpo físico pode pesar muitos e muitos quilos, mas o duplo etérico pesa em geral 21 gramas –

todas as pessoas “perdem” 21 gramas imedia e após o decesso.

A Kundalini carrega os corpos astral, mental e causal que continuam existindo depois da morte e se

 

         

 

matéria física dos tecidos do corpo, que

 

         

 

Discussão

 

Kundalini adormecida – uma nova orientação é necessária à ciência.

O despertar acontece muito naturalmente, quando o aluno faz contato com os seus próprios chacras,

naturalmente devendo ser bem orientado e  assimilado com muita seriedade, sob a orientação prévia

de um mestre.

Quando o aluno assimila e assume os seus próprios chacras sob orientação do Yin e do Yang dentro

dos chacras, a Kundalini é acionada para dinamizar os chacras assim ligando o Yin e Yang, ou seja, o

crânio e o sacro dinamizando o corpo, a mente e o espírito. Isso se aprende com as práticas do Tao-

Yin. O aluno adquire uma consciência integral, antes nunca vivenciando.

Percebe-se  que o tema em questão são os fragmentos dos 3 corpos. Juntar esses fragmentos

(“quebra-cabeça”) significa assimilar o eu integralmente. Dessa maneira, se fortalece

das práticas meditativas: a filosofia e metafísica em questão. Não existe maneira de aprender

didaticamente. Esse ensinamento se assimila no sistema param param, como já foi dito

anteriormente. Se aprende e assimila entre diálogos, repetidas vezes entre o mestre e o discípulo,

passo a passo intuitivamente, analogicamente e teologicamente, pois envolve alguns segredos. O

aluno vai perceber quando assimila o Tao. Leva algum tempo mas se tiver paciência, muita paciência,

vale muito a pena, certeza.

 

 

Conclusão

 

Chegar no estágio de desenvolvimento pessoal em que me encontro foi graças à compreensão e

apoio constante do Sr. Henrique Vieira Filho, que é uma pessoa de visão mais ampla e é isso que me

dá coragem, pois preciso de muita coragem, a Kundalini é uma verdadeira prova de fogo. Ela recebeu

vários nomes

 

         

 

Bibliografia    

 

Chakras que Falam! 
Sonia Szeligowsk Ramos - Ed. Arcobaleno
Chakras – Mandalas de Vitalidade e Poder
Shalila Sharamon. Bodo J. Bainski - Ed. Pensamento
Teoria dos Chacras – Ponte para a Consciência Superior
Hiroshi Motoyama - Ed. Pensamentos


O Duplo Etérico
Major Arthur E. Powell - Ed. Pensamento


Tao Yin
Mantak Chia - Ed. Cultrix


Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico
Mantak Chia - Ed. Cultrix


Reflexologia Sexual
Mantakchia - Ed. Cultrix


Chakras – Centros de Energia de Transformação
Harish Johari - Ed. Pensamentos
Dicionário ilustrado da Língua Portuguesa
Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas
Planeta Extra – Hathayoga
Eduardo araia - 1ª edição: Dezembro/83; 2ª edição: Outubro/87
Internet
XIII

Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT. 38660
Última atualização: 13/06/2013 13:11


Eventos » Proposituras de Palestras » Holística 2004

Gendai Reiki-Ho Reiki Tradicional Japonês

Gendai Reiki-Ho
Reiki Tradicional Japonês


Neste ano de 2004, setenta e seis anos nos separam da morte de Mikao Usui, criador do Reiki.

Criatura envolta sob uma névoa mística, Mestre Mikao Usui ou simplesmente Usui Sensei (professor), como era conhecido, foi um homem igual a todos nós. Contudo, através de uma experiência mística, no templo do Monte Kurama, em Kyoto (Japão), sistematizou e legou ao mundo uma técnica terapêutica, que pode ser aprendida por qualquer pessoa independente de cultura, crença, religião ou raça. Em apenas quatro anos conseguiu divulgar o Reiki, formando inclusive 21 novos professores, no nível mais alto (Shimpiden), além de diversos outros alunos, aproximadamente 2 mil, nos níveis inferiores (Okuden e Shoden). Destes 21 mestres destacaram-se quatro, Ushida, Taketomi, Watanabe e Chujiro Hayashi. Os três primeiros foram respectivamente os primeiro,segundo e terceiro presidentes da Usui Reiki Ryoho Gakkai, sociedade fundada por Sensei Usui.


O Dr. Chujiro Hayashi médico da Marinha Imperial Japonesa e discípulo estimado de Sensei Usui foi um dos poucos que obteve sua autorização para ter seus próprios alunos. Após a morte de seu mestre, em 9 de março de 1926, o Dr. Hayashi, segundo sensei Hiroshi Doi, deixou a Gakkai e estabeleceu a Hayashi Reiki Kenkyu-kai, dando o grau de Shimpiden a 13 alunos, entre eles a Sra. Takata.

O Reiki propagou-se, rompendo fronteiras, vindo a ocidentalizar-se através da Sra. Hawaio Takata, no Hawai, formando 22 Reiki masters, entre eles Phillis Furumoto, sua neta, e a Dra. Bárbara Ray, que mais tarde veio a desenvolver a Radiance Technique.

Embora não se conteste a qualidade da técnica do Reiki introduzido no ocidente bem como o mérito de sua introdutora, Sra. Takata, permanece no meio da comunidade reikiana uma dúvida quanto à originalidade do Reiki. Quais são finalmente as técnicas originais e porque a mudança no método?

Talvez possamos entender a mudança devido a algumas diferenças culturais. Sabe-se que os orientais usam mais o hemisfério cerebral direito, que é intuitivo, ao contrário dos ocidentais, onde predomina a lógica e o racional. Além disto, os caracteres japoneses, chamados kanji, não correspondem sonoramente às letras, como nos alfabetos ocidentais, mas a figuras, o que identifica uma forma de pensar abstrata, diferente da nossa. Talvez ainda, que para o Dr. Hayashi e a Sra. Takata, devido a formação budista de Sensei Usui, os métodos tradicionais pudessem se tornar incompatíveis à inclinação cristã ocidental. Talvez considerassem, ainda, difícil sua aceitação no continente americano, devido ao sentimento de revolta de seu povo contra os japoneses, por terem atacado as bases americanas de Pearl Harbor, durante a 2ª. Guerra Mundial.

Sensei Hiroshi Doi, presidente da Gendai Reiki Healing Association e membro da Gakkai, sociedade criada por Mikao Usui, afirma que quando o Reiki foi liberado para os Estados Unidos e desenvolveu-se, espalhando-se pelo mundo, uma quantidade de falsas histórias surgiram, como a de Mikao Usui ter sido um padre do Cristianismo ou a de que com a morte de Mikao Usui o Dr. Hayashi o sucedeu no Reiki Ryoho, sendo mais tarde sucedido pela mestra Takata. Considera ser importante que correções devam ser feitas através da verdade, embora tais histórias tenham tido como objetivo a difusão do Reiki em paises do Ocidente. Alias, este mestre de Reiki Tradicional Japonês (estilo Gendai), participou do International Reiki Healing Conference (Silkeborg – Dinamarca), em setembro de 2003, juntamente com outro mestre japonês Hyakuten Inamoto e Dave King, do Canadá, como conferencistas, abordando o tema referente às técnicas originais de Mikao Usui.

Numa pesquisa realizada pelo mestre William Lee Hand (The International Center for Reiki Training – Michigan – USA), através de uma carta endereçada a Universidade de Doshisha (Kyoto – Japão), ele obteve a informação, da referida universidade, de que não constava nos registros universitários o nome Mikao Usui, nem como aluno nem tampouco como membro, como também de que não foi presidente da Doshisha. Também não foram encontrados registros da passagem de Mikao Usui pela Universidade de Chicago. Isto tudo põe em dúvida as informações relativas às histórias relativas à origem do Reiki, conforme tem sido divulgado.

Alguns consideram que o Dr. Hayashi, talvez por ser médico, tenha modi-ficado o sistema original (Usui Reiki Ryoho) ao introduzir as diferentes posições para as mãos e o tempo de permanência em cada uma delas, o que não acontece com o Reiki Tradicional. Mikao Usui utilizava uma técnica, que falaremos adiante, chamada Byosen, para detectar áreas de estagnações energéticas.

O Sr. Chyoko Yamagushi, que aprendeu Reiki com o Dr. Chujiro Hayashi em 1938, contou ao Sensei Hiroshi Doi que o Dr. Hayashi não ensinava as posições formais das mãos. Isto poderia ser também confirmado por um Reiki Master, discípulo de Sensei Tatsumi, que afirmava que as posições formais das mãos não eram ensinadas na escola do Dr. Hayashi. Contudo pode ser que o treinamento de Sensei Usui incorporasse algumas posições de mãos, não mencionadas no Usui Reiki Hikkei (manual), e que segundo Sensei Tatsumi poderiam ter sido aprendidas durante sua passagem pela China.

Segundo William Lee Hand o método desenvolvido pelo Dr. Hayashi e introduzido no ocidente pela Sra. Takata consistia em memorizar regras e trabalhar com procedimentos iguais para cada cliente. Em muitos casos, afirma, este método corresponde ao oposto do praticado por Usui, muito embora, apesar das limitações do sistema, ele possua grande valor.

Outro aspecto bastante controverso e gerador de polêmicas na prática do Reiki refere-se ao segredo dos símbolos que são utilizados. Mikao Usui, segundo os membros da Gakkai, sempre foi contrário a se manter sua técnica em sigilo. Ele costumava afirmar a seus alunos, quando se referia aos símbolos, "Usem-nos mais e mais e descobrir-se-ão num estágio onde já não precisarão deles. A mente humana consegue alcançar qualquer ponto do Universo imediatamente. Precisam crescer, de forma a não mais precisar dos símbolos."

Contrariamente, mestra Takata ensinava a seus alunos que os símbolos eram secretos e não deveriam ser revelados originando um verdadeiro mito a respeito. Conquanto alguns afirmem ser necessário que se respeite o segredo dos símbolos do Reiki, a fim de que se mantenha sua sacralidade, pode-se observar que isto não corresponde à preocupação básica de muitos mestres e estudantes japoneses.



É comum se perceber as diferentes maneiras como os símbolos são desenhados, existindo várias razões para tais diferenças.

Sabe-se hoje que a Sra. Takata nem sempre desenhava os símbolos exatamente do mesmo modo para cada aluno seu. Após seu falecimento, houve uma reunião dos Mestres Reiki com o propósito de que eles comparassem os seus símbolos, ocasião em que puderam verificar que possuíam símbolos diferentes, ainda que fornecidos por um mesmo mestre. Os símbolos de Poder dos mestres presentes eram basicamente os mesmos, enquanto que os símbolos do Mental/Emocional apresentavam pequenas diferenças e os símbolos da Distância eram bem diferentes, especialmente no que se referia aos traços na parte inferior. As diferenças oriundas da Sra. Takata se deve ao fato de que ela os tenha desenhado de forma diferenciada para cada aluno, talvez devido a idade ou ainda por não ter percebido, durante os mais de 30 anos de ensino, as pequenas diferenças. Suposições à parte, existem maneiras diferentes de se desenhar as figuras kanji japonesas e, de fato, a Sra Takata tinha duas maneiras de desenhar os símbolos.

Como se pode perceber, desde o começo já havia alterações no traçado dos símbolos de um aluno para outro. Junte-se ainda o fato de que os alunos não tinham permissão para fazer cópias dos símbolos tendo que memorizá-los e quando chegava a hora de passá-los adiante, como professores, eles tinham que recorrer à memória, que muitas vezes falhava, o que gerava algumas modificações involuntárias. Desta forma pode-se perceber que mesmo aqueles que aprenderam com a Sra. Takata não desenhavam os símbolos exatamente do mesmo modo, não existindo portanto uma maneira correta de desenhá-los. Esse processo foi se repetindo, desse modo permitindo que ocorressem mais mudanças.

Conseqüentemente surgiu uma verdadeira concorrência entre diversas escolas de Reiki que se diziam detentoras da "correta versão" dos símbolos. Contudo, todos que receberam a sintonização possuem símbolos que funcionam e, conseqüentemente, o poder dos símbolos não vem do fato de desenhá-los perfei-tamente e sim da ligação que é estabelecida entre o símbolo que o aluno aprende na aula e as energias da sintonização que o aluno recebe durante a sintonização Reiki. A maneira correta de se desenhar os símbolos corresponde ao modo pelo qual o Mestre Reiki os desenhou para o aluno e os utilizou durante sua sintonização. O poder dos símbolos reside na ligação entre eles e a energia Reiki que ocorre durante a sinto-nização.

Embora pequenas mudanças em algumas das linhas dos símbolos possam criar diferenças entre as diversas escolas de Reiki, os símbolos que os alunos receberam do seu Mestre são, para eles, os símbolos certos, mesmo que eles sejam diferentes dos que outros estejam usando. É possível, ainda, receber versões adicionais dos símbolos de mestres diferentes e, contanto que a sintonização seja dada, ser capaz de usar os diversos modos ensinados ao desenhá-los, obtendo os efeitos desejados.

Surgiram também especulações relativas a origem dos símbolos, como também quanto ao seu número. Segundo a mestra Diane Stein havia, em épocas passadas, cerca de 300 símbolos de Reiki, dos quais 22 eram comumente utilizados. Hoje, são utilizados apenas 4 num sistema unificado que compõem os níveis II e III do Reiki, reconhecidos pelos mestres da escola tradicional. Segundo a versão tibetana, são reconhecidos e ensinados 6 símbolos.

Os símbolos foram, na verdade, criados a partir do kanji japonês o que significa que eles são simplesmente palavras da língua japonesa cujos nomes podem ser encontrados em um dicionário japonês/inglês. Podem, ainda, ser formados por uma combinação de sânscrito e kanji japonês, prática comum dos budistas japoneses, o que às vezes é utilizada nas suas escrituras e símbolos sagrados.

Os símbolos da distância e do Mestre do Reiki Usui derivam do kanji japonês, tanto no nome quanto no modo como eles são desenhados e seus caracteres podem ser encontrados, também, no dicionário japonês/inglês. Além disto todos os símbolos tradicionais derivam de outras formas da cultura japonesa e podem ser encontrados tanto em seus livros espirituais como em seus templos, sem possuir contudo, a capacidade de conexão com as energias individuais que adquirem quando evocados. É interessante observar que o nome do símbolo Mestre de Usui, que nos coloca em contato direto com a verdadeira fonte do Reiki, pode ser encontrado na "Enciclopédia da Filosofia e Religião Oriental", sendo traduzido como "casa do tesouro da intensa luz resplandecente", constituindo também um símbolo poderoso do zen budismo.

Podemos perceber que os símbolos Reiki de Usui não são exclusivos para o Reiki de Usui. Eles já existiam antes do Dr. Usui os utilizar. Além disso, devido ao fato deles serem japoneses, não é provável que ele os tenha descoberto em um sutra sânscrito como alguns afirmavam e outros continuam afirmando. É muito mais provável que o Dr. Usui tenha recebido os símbolos durante a sua experiência mística no Monte Kurama ou que ele tivesse um conhecimento prévio sobre eles a partir dos zen budistas ou de outros grupos religiosos com os quais ele estudou. Uma vez que os símbolos são japoneses e que o símbolo Mestre é oriundo do zen budismo, talvez que a origem dos símbolos tenha sido um sutra zen budista, em vez de um sutra sânscrito.

Diante de tantas controvérsias, como podemos chegar às verdadeiras origens do Reiki e saber como ele era realmente praticado por seu criador e ministrado à seus alunos? Como se poderão relatar tantas informações acerca de Mikao Usui, como tem sido publicado na literatura ocidental, se ele, inclusive, era desconhecido pela sociedade japonesa até descobrir e revelar sua técnica, dispondo apenas de quatro anos, para tanto?

Procurando responder estas dúvidas, mestres como Frank Arjava Petter, residente no Japão, William Lee Hand, de Michigan (USA) e Johnny De’ Carli, no Brasil, foram atrás de respostas, algumas que já puderam ser respondidas através do Manual de Reiki de Mikao Usui (Usui Reiki Ryoho Hikkei), do Memorial ao Sensei Usui erigido, pelos membros da Gakkai em homenagem ao mestre, após seu falecimento e das informações de mestres da Gakkai.

Os restos mortais de Sensei Usui repousam num cemitério público, junto ao Templo Saihoji, no distrito de Sujinami, em Tóquio. Lá, em 1927, logo após seu falecimento em 1926, foi erigido um memorial em homenagem ao mestre. O memorial nada mais é, do que um grande bloco de pedra com 2,5 metros de altura, onde se encontra escrito em kanji antigo um texto relatando sobre sua vida. O memorial foi construído pela Usui Shiki Reiki Ryoho Gakkai, sociedade criada por Mikao Usui, e que o mantém até hoje . O texto nele contido foi escrito por Juzaburo Ushida, primeiro presidente da instituição, após a morte de Usui, e editado por Masayuki Okada, membro da Gakkai e Doutor em Literatura. Sensei Hiroshi Doi, membro ativo da Gakkai, traduziu o texto para o japonês moderno. Em 1998 o texto foi traduzido para o inglês, por Tetsuyuki, em Takarazuka – Japão, sendo entregue à Johnny De’ Carli por Sensei Fuminori Aoki, durante sua estadia no Japão. Finalmente, aqui no Brasil, o texto foi traduzido pela mestra de Reiki Elizabeth Barros de Sá, professora de inglês, hoje já falecida, por solicitação de Sensei Johnny De’Carli.

Mikao Usui, cujo nome popular é Mikao e o nome de batismo é Gyohan nasceu em 15 de agosto de 1865. Conforme é relatado no memorial, veio de Taniai-Village distrito de Yamagata, prefeitura de Gifu, educando-se em meio às dificuldades de sua infância, tendo estudando com afinco e bastante esforço.

Depois de crescido, foi para Europa e América (USA) e também estudou na China. Apesar de seu real talento, nem sempre era bem sucedido na vida. Embora compelido a levar uma vida infeliz e pobre, amiúde tinha de redobrar esforços para fortalecer corpo e mente sem esmorecer ante as dificuldades. O Sensei Usui era de natureza gentil e prudente e não dava importância às aparências. Tinha o corpo grande e vigoroso e sua face estava sempre iluminada com um sorriso. Era um homem de talentos variados e um amante dos livros. Detinha uma vasta gama de conhecimentos, desde história, ciência médica, Cristianismo e Budismo, psicologia, até o mágico reino das fadas, ciências divinatórias e fisiognomonia.

Um dia Mikao Usui subiu o Monte Kurama, onde iniciou penitência e, enquanto jejuava, subitamente, no vigésimo segundo dia, sentiu sobre a cabeça grande energia Reiki, obtendo resultados imediatos através dele em si mesmo e, posteriormente, em seus familiares.

Contrariamente ao que muitos mestres de Reiki afirmam, Mikao Usui sempre manifestou ser contrário ao segredo de sua técnica. Conforme é relatado no memorial, ele costumava afirmar: É muito melhor dar esse poder largamente para um número grande de pessoas no mundo e desfrutá-lo entre eles, do que mantê-lo exclusivamente entre os membros da própria família. Isto demonstra a grandiosidade de seu espírito: ter generosamente dado às pessoas o que sentiu e realizou por si mesmo.

Ele também costumava afirmar que ao ensinar as pessoas, devemos primeiro fazer com que percebam as últimas instruções do Imperador Meiji e celebrem os Cinco Conselhos, pela manhã e à tarde para mantê-los em mente.

Os Cinco Conselhos são:

Não se zangue por hoje.

Não se preocupe.

Expresse sua gratidão.

Seja aplicado e honesto em seu trabalho.

Seja gentil com os outros.

Esses são realmente os importantes preceitos para o desenvolvimento, exatamente os mesmos que os antigos sábios aconselhavam-se mutuamente. Sempre que você se sentar calmamente e unir suas mãos para rezar e cantar, pela manhã e à noite, vai desenvolver um som mental puro, que é a essência de fazer do seu dia a dia o melhor que ele pode ser.

O número de alunos que aprenderam como o Sensei Usui chegou a mais de 2000. Dentre eles, alguns alunos que se destacaram e viviam em Tóquio juntaram-se no centro de treinamento, levando adiante seu trabalho, enquanto outros alunos, no país, também tudo fizeram para popularizar o Reiki.

As orientações que eram transmitidas aos seus alunos estão contidas num manual intitulado Reiki Ryoho Hikkei (Ryoho significa Técnica Terapêutica e Hikkei, manual), o que comprova não ser o Reiki um método de tradição estritamente oral, conforme divulgado no ocidente. Ele foi encontrado por Frank Arjava Petter, que é casado com Chetna, uma japonesa. Ambos são Reiki Masters e residem no Japão.

O manual era dividido em três partes. A primeira contem uma explicação dirigida ao público em geral, onde enfatiza que o Reiki jamais poderá pertencer a uma só pessoa ou organização. Segue-se, na segunda parte, uma entrevista de Mikao Usui, em perguntas e respostas e, sua última parte possui os 5 Princípios (Gokai) e 125 poemas (Gyosei), no estilo japonês waka.

O Reiki Ryoho é um sistema formado por um conjunto de técnicas sistematizadas e utilizado por Sensei Usui, a partir de 1922, e um dos métodos ainda utilizados no Japão por diversos mestres, ficando inicialmente restrito apenas a alunos japoneses residentes no Japão.

Sensei Hiroshi Doi descreve o Reiki-ho como uma técnica que se utiliza da energia Reiki para purificar, harmonizar e promover crescimento espiritual como o meio de recobrar nossa condição perfeita e natural pelo balanceamento de nossas condições desarmônicas através do Reiki.

Enquanto muitos sistemas de Reiki utilizados no Ocidente possuem 4, por vezes 5 ou mais níveis, o Reiki Ryoho possui uma estrutura composta de apenas 3 níveis: Shoden, Okuden e Shinpiden.

Atualmente, Sensei Hiroshi Doi aborda as mesmas técnicas utilizadas na Usui Reiki Ryoho Gakkai, na versão Gendai Reiki, na Gendai Reiki Healing Association, escola que preside, de uma forma bastante diferenciada do que é ensinado e praticada no ocidente, inclusive o Brasil.

Hiroshi Doi, supervisor de Gendai Reiki-ho, recebeu sua sintonização de Sensei Koyama Kimiko que foi a 6ª. Presidente da Usui Reiki Ryoho Gakkai e discípula de Kan’ichi Taketomi, 30 Presidente.

Ele ressalta a seus alunos que o Reiki não pode substituir a moderna medicina, porem, que deve ser usado junto a ela como forma de tratamento complementar. Afirma também que a medicina se ocupa das condições físicas enquanto que o Reiki ativa a energia vital, que é o verdadeiro poder natural através do qual ocorre a homeostase. Ele ainda recomenda a seus alunos, que caso não sejam médicos considerem-se impedidos de dar tratamentos, fazer diagnósticos, falar o nome de doenças e receitar medicamentos.

O Gendai Reiki Ho (Gendai = moderno e Ho = técnica) objetiva reinvestigar o Reiki Tradicional e o Ocidental, afastando-se mistério e dogmatismo, aplicando técnicas cujos efeitos são comumente verificados ou realizados, respeitando os conceitos do Reiki e aplicando técnicas efetivas que permitam acompanhar conceitos e propostas. Suas técnicas são simplificadas, estandartizadas e estruturadas para serem facilmente usadas na vida diária. Seus seminários têm como ponto mais importante a busca da correta e pura energia Reiki e a básica essência do Reiki-ho, estimulando seus participantes a praticar suas técnicas diariamente e repetitivamente.

Sensei Hiroshi Doi adota em sua metodologia o Reiki praticado na Usui Reiki Gakkai (Usui Reiki Ryoho), adaptando-o ao momento atual da sociedade japonesa, embora retenha a verdadeira essência e sentimentos dos ensinamentos de Sensei Usui, conforme aprendeu. Ele considera que hoje em dia as pessoas não se sentiriam confortáveis se tivessem que cantar diariamente "Gyosey" como parte do "Hatsurei-Ho" e, por isto retirou esta prática do treinamento.

O Gendai Reiki é ensinado através de 4 níveis, Shoden, Okuden, Shinpiden e Gokukaiden,sendo que este último nível corresponde ao estágio de mestre ou professor (Shihan).

As sintonizações dos diferentes níveis de Reiki são bastante diferentes das cerimônias praticadas no Reiki ocidental. Segundo Sensei Hiroshi Doi, Mikao Usui utilizava um processo denominado "Reiju". O Reiju pode ser oferecido pelo mestre ao aluno enquanto este medita e pode ser aplicado diversas e repetidas vezes durante os encontros de Reiki.


Assim como no Reiki original, o atendimento, através do Gendai Reiki Ho, baseia-se no que é chamado de os Três Pilares do Reiki e que consiste nas técnicas abaixo:

"Os 3 Pilares do Reiki"

Gassho
Reiji Ho
Chiryo

A técnica Gassho que significa "duas mãos postas" consiste numa prática meditativa com as duas mãos unidas na altura do chacra cardíaco, praticada, por 20 a 30 minutos, antes de levantar e deitar, antes dos cursos, encontros e tratamentos.

Reiji-Ho é uma outra técnica formada pelas palavras Reiji ou "indicação da energia Reiki" e Ho que significa "método". Consta que este método e a técnica da respiração (Joshin Kokyuu-Ho) estavam mencionados no diário da mestra Takata, num registro do mês de maio de 1936. Reiji-Ho é formado por três breves rituais que começa com as mãos na posição Gassho, seguindo-se por uma oração silenciosa pela recuperação ou saúde do cliente e finalizando ao elevar-se as mãos na altura do sexto chacra solicitando que o poder do Reiki guie as mãos para os pontos onde a energia é necessária.

Por fim Chiryo, que significa "tratamento", e que segundo as orientações de Sensei Usui devia ser praticado após meditar (Gassho) e orar (Reiji-Ho)

Mikao Usui aplicava a energia Reiki através de um conjunto de procedi-mentos de autopurificação energética (Kenyoku), escaneamento energético (Byosen-Reikan-Ho), massageamentos (Bushu-Chiryo-Ho), percussão (Ushide-Chiryo-Ho), sopro (Koki-Ho), olhar (Gyoshi-Ho), etc.

Sensei Usui também ensinava a seus alunos a técnica "Nentatsu",onde Nen significa pensamento e Tatsu significa atingir. Hiroshi Doi denomina esta técnica, ensinada por Sensei Usui no segundo nível (Okuden), de "Seiheki-Chiryo-Ho". Ela visa eliminar os pensamentos negativos, uma vez que ele considerava que nossos males não vêm de fora e sim se originam na mente.

No Gendai Reiki Ho, além destas, também são ensinadas outras técnicas utilizadas por Sensei Usui, como a de aplicação de Reiki em grupo, chamada "Reiki-Mawashi", a da maratona, "Renzoku-Reiki-Ho", onde cada reikiano ou grupo de reikianos fica responsável pelo cliente em períodos prolongados de tratamento. No segundo nível (Okuden) são ensinadas técnicas como a "Enkaku-Chiryo", que significa tratamento à distância, Oshite-Chiryo-Ho que consiste em empurrar a energia com a ponta dos dedos indicador, médio e anular na área afetada, onde houver estagnação de energia.

É necessário que se observe ainda uma diferenciação quanto ao título conferido àqueles que atingem o grau máximo do aprendizado de Reiki. Quando o Reiki migrou do Japão passou-se a conferir o título de "Reiki Master" a todo praticante de Reiki que tivesse concluído o nível 3 B (Mestrado), conforme a linhagem da mestra Takata, praticada no ocidente e particularmente aqui no Brasil. Contudo, esta palavra "Master" corresponde à tradução para o inglês da palavra "Shihan" que significa professor ou seja, todo reikiano habilitado a dar aulas e formar novos reikianos. Porém, é habito, no Japão, os alunos se dirigirem a seu professor pelo título "Sensei" que também significa professor.

Normalmente, antes de um atendimento, existe uma preparação do terapeuta que utiliza Hatsurei-Ho, que é um conjunto das técnicas de limpeza energética (Kenyoku), respiração (Joshin-Kokiuu-Ho), meditação (Gassho) e oração (Reiji-Ho).

Antes dos tratamentos o terapeuta deve se valer de técnicas como a de desin-toxicação através do Tanden, chamada "Tanden-Chiryo-Ho", por um período de 10 a 30 minutos, seguindo-se de "Ketsueki-Kokan-Ho", visando a purificação do sangue a nível energético. É um conjunto de duas técnicas que se inicia com "Hanshin-Kokan-Ho" e que se completa com "Zenshin-Ketsueki-Kokan-Ho".

Como podemos ver o Gendai Reiki-ho é formado por um conjunto bastante diversificado de técnicas1, possibilitando ao terapeuta uma abordagem mais personalizada para cada cliente seu, o que o torna bastante diferenciado e rico em oportunidades do que o Reiki praticado no ocidente, embora não o inviabilize.

Devido às diferenças culturais entre ocidente e oriente, considero importante que os que se iniciam na prática do Reiki, comecem pelo Reiki ocidental até que se sintam confortáveis e confiantes na sua prática. Eu, pessoalmente, ofereço o Gendai Reiki-ho, nos níveis Shoden e Okuden a meus alunos e outros reikianos de Nível 2, o Shinpiden aos que concluíram o Nível 3A e o Gokukaiden a Reiki Masters.

Não podemos encerrar sem contudo prestar nossa gratidão à Mestra Takata, por seu esforço e dedicação que culminaram com a introdução desta técnica fabulosa aqui no ocidente, lembrando-nos sempre da importância das palavras de Cristo que afirmou "A verdade vos libertará" ou ainda as de Sócrates, "A vida sem exame não vale a pena ser vivida".

Quadro Comparativo

Reiki Ocidental

Nível 1
História do Reiki
14 posições das mãos:
? cabeça
? tronco (frente)
? costas e pés
Auto aplicação
Aplicação em pessoas, animais e plantas.









Nível 2
Estudo dos Símbolos (1º, 2º e 3º)
Técnicas:
? Joelho
? Redução
? Foto
? Substituto
? Programação
? Reiki à distância



Nível 3A
40 símbolo
Reiki para multidões


Nível 3B
Sintonizações

Gendai Reiki Ho

Shoden
Kenyoku
Joshin Kokyuu Ho (Técnica de Respiração)
Hesso Chiryo Ho (Tratamento pelo umbigo)
Tanden Chiryo Ho (Técnica Tratamento pelo
Tanden)
Ketsueki Kokan Ho (Técnica de renovação ener-gética do sangue)
? Hanshin Kokan Ho (Parcial)
? Zenshin Kokan Ho (Total)
Byosen Reikan Ho (Percepção de bloqueios energéticos)
Koki Ho (Técnica do sopro)
Gyoshi Ho (Técnica de Reiki pelos olhos)
Shuchu Reiki Ho (Técnica de Reiki em grupo)
Reiki Mawashi (Reiki em círculo)
Renzoku Reiki Ho (Reiki em maratona)
Jaki Kiri Joka Ho (Técnica de cortar energia negativa)

Okuden
Estudo dos Símbolos (1º, 2º e 3º)
Hatsurei Ho (conjunto de 4 técnicas)
? Kenyoku (banho seco)
? Joshin Kokyuu Ho (Respiração)
? Gassho (Meditação)
? Reiji Ho (Oração)
Busho Chiryo Ho (Técnica de massagem)
Ushide Chiryo Ho (Técnica de empurrar com o dedo)
Enkaku Chiryo Ho (Reiki à distância)
Seikaku Kaizen Ho (Programação à distância)

Shinpiden
40 símbolo
Objetiva o desenvolvimento da consciência num nível mais elevado alem de tornar-se UM com o universo.

Gokuikaiden
Sintonizações





Paulo Cezar Carrazedo de Almeida
Terapeuta Holístico
CRT 28757

Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.


Reiki Master, Gendai Reiki Master, Karuna Reiki Master (BRM-02-151)

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 30/05/2007 13:36


CONSTELAÇÃO FAMILIAR O RESGATE DE SI MESMO

CONSTELAÇÃO FAMILIAR
O RESGATE DE SI MESMO



Constelação Familiar é um método eficaz e poderoso, para reconhecer emaranhamentos na vida familiar do ser humano, trazendo relaxamento e compreensão nas situações problemáticas vivenciadas na família. Isso permite que o amor flua novamente entre os membros do Sistema Familiar.


A Terapia Sistêmica Fenomenológica foi criada pelo Terapeuta alemão Bert Hellinger. Seu tra-balho mostra como forças entranhadas profundamente no Sistema Familiar podem ser redirecionadas para o equilíbrio, quando membros desse sistema sao reconhecidos, respeitados e colocados no seu devido lugar. Bert Hellinger desenvolveu uma série de novos procedimentos psicoterapêuticos. Enfocando dinâmicas que envolvem várias gerações trouxe a compreensão das implicações fatídicas e frequentemente inconscientes dentro das famílias, implicações essas que ele reuniu sob o conceito “ Ordens do Amor”. No caminho do conhecimento fenomenológico, é necessário expor-se, dentro de um determinado horizonte, à diversidade dos fenômenos, onde não se escolhe entre eles e nem os avalia. Apenas, esse procedimento exige um esvaziar-se em relação às idéias preexistentes quanto aos movimentos internos, sendo eles do campo do sentimento, da vontade ou do julgamento. Em suma, nesse processo a atenção é dirigida e não dirigida, centrada e vazia, acarretando a postura fenomenológica que requer um estado de prontidão tensionada para a ação , sem executá-la. Devido a esta tensão, torna-se a pessoa extremamente capaz e pronta para perceber. E, após um tempo, ela vê como a diversidade presente no horizonte se dispõe ao redor de um centro e, de repente, reconhece uma conexão, uma ordem, uma verdade ou o passo que permite continuar adiante. Esse procedimento é externo, experienciado como uma dádiva e, via de regra, limitado. O procedimento fenomenológico possibilita e requer a experiência do que foi descrito acima. Através da colocação da Constelação Familiar experiencia-se o resultado de um caminho do conhecimento fenomenológico e ao mesmo tempo, obtém-se o procedimento fenomenológico como resultado. O trabalho é realizado dentro de um contexto onde o cliente escolhe entre as pessoas de um grupo, representantes para os membros de sua família. Seu pai, sua mãe, seus irmãos e para si mesmo, não importando quem ele escolha para representar os vários membros de sua família. É considerado melhor se ele escolher os representantes independentemente de aparências externas e sem uma determinada intenção. Este é o primeiro passo para uma contenção e renúncia a intenções ou antigas imagens. Quem busca semelhancas físicas nos representantes, por ex, não se encontra numa postura aberta para o essencial e invisível. Limita, assim, a força expressiva da colocação através de considerações externas. Assim sendo, a colocação de sua Constelação Familiar já pode estar, para ele, fadada ao fracasso. Algumas vezes é melhor que o Terapeuta escolha os representantes e deixe o cliente configurar sua família. Deve ser considerado o sexo das pessoas escolhidas, isto é, que homens sejam escolhidos para representar os homens e mulheres para as mulheres. O cliente coloca os representantes no espaço um em relação ao outro. Neste momento é importante que ele os segure com ambas as mãos pelos ombros, e, assim, em contato com eles os posicione em seu lugar. É imprescindível que durante a montagem o cliente esteja centrado, observando seu movimento interior, seguindo-o ate sentir que o lugar para onde conduziu o representante seja o correto. Assim ele prossegue até que todos os representantes se encontrem em seus lugares. Durante esse processo o cliente encontra-se esquecido de si mesmo. À medida que todos estejam posicionados ele desperta deste esquecimento e é de grande ajuda, quando ele dá uma volta e corrige algo que não esteja totalmente correto. Aí ele se senta . Pode-se perceber quando o cliente não está esquecido de si mesmo. Por ex., quando coloca um dos representantes tal e qual uma escultura, ou quando monta a Constelação Familiar muito rapidamente, como se seguisse uma imagem pré-concebida ou quando se esquece de colocar uma pessoa, ou quando declara que uma pessoa já esta em seu lugar certo sem tê-la posicionado de modo concentrado. Esta Constelação Familiar tende a terminar num beco sem saída ou de forma confusa. É necessário que o Terapeuta também se liberte de suas intenções e imagens para que a colocação de uma Constelação Familiar tenha êxito. À medida que se contém e se centra na Constelação, reconhece imediatamente se o cliente quer influenciá-lo com imagens pré-concebidas ou esquivar-se daquilo que começa a se mostrar. Então, ele leva o cliente a se centrar e o conduz ao estado de disposição para que se exponha ao que está acontecendo. Quando isso não é possivel, interrompe-se a Constelação. Cabe também aos representantes uma contenção interna de suas intenções, idéias e medo. Isso possibilita a observação das mudancas que se manifestam em seu estado corporal e seus sentimentos enquanto são colocados. Por ex., que querem olhar para o chão, para o alto, que se sentem pesados ou leves, que o coração bate mais depressa, se estão com raiva ou tristes, ou com medo. Ajuda bastante quando prestam atenção às imagens que emergem e que ouçam os sons e palavras que afloram. É necessária uma grande sensibilidade e uma enorme prontidão para se distanciar de suas próprias idéias. É necessário que o Terapeuta seja muito cauteloso para que as fantasias dos representantes não sejam captadas como percepções. Tanto o Terapeuta como os representantes podem escapar mais facilmente desta situação quanto menos informações tiverem sobre a família. A percepção fenomenológica acarreta melhores resultados quando se questiona só o essencial, diretamente antes da Constelação Familiar. As perguntas necessárias são: 1-Quem pertence a família? 2-Houve na família destinos especiais, por ex., deficientes? Há natimortos? Ou membros da família morreram precocemente? 3-Um dos pais ou avós teve anteriormente um relacionamento firme? A percepção fenomenológica do Terapeuta e representantes será dificultada se a anamnese for muito longa. Cabe ao Terapeuta recusar conversas prévias ou questionários que vão além das perguntas citadas anteriormente. Pela mesma razão o cliente deve calar-se durante a colocação e nem os participantes devem fazer perguntas de qualquer natureza para o cliente. Faz-se necessário que os representantes comuniquem ao Terapeuta o que sentem ao invés de prestarem atenção à imagem externa da Constelação ou que tentem “ajudar” o cliente com afirmações amáveis. Nestes casos, o Terapeuta deve substituí-los por outros imediatamente. É importante que o representante fale ao Terapeuta o que realmente experiencia interiormente. Por ex., um pai que sente uma atração erótica pela filha, ou uma mãe que se sente melhor quando um de seus filhos quer seguir um membro da família na morte. A atenção do Terapeuta é direcionada para os mais leves sinais corporais, por ex, um retesamento, uma aproximação ou afastamento involuntário das pessoas, um sorriso. Estando ele centrado perceptivamente, isto é, livre de intenções e medos a colocação da Constelação Familiar terá sempre êxito. Um sinal infalível de que algo está errado, é quando se percebe que no grupo observador há inquietação e a atenção diminui. Neste caso, quanto mais rápido o Terapeuta interromper o trabalho será melhor. A interrupção permite a todos os participantes concentrar-se novamente e, depois de algum tempo, recomeçar o trabalho. Pode acontecer que o grupo observador apresente sugestões. Porém isto deve ser apenas uma observação. Nada de interpretações. Ou de colocações feitas levianamente, ou em busca de adquirir prestígio, ou por curiosidade. Perde-se a sua seriedade e forma. Cabe ao terapeuta, decidir com qual família ele iniciará seu trabalho. Família atual ou a de origem? Colocando-se a família atual pode-se colocar mais tarde aquelas pessoas da família de origem que ainda atuam fortemente na família atual. Desta forma, tem-se uma imagem onde as influências que sobrecarregam e trazem o equilíbrio através de várias gerações tornam-se visíveis e podem ser sentidas. Onde existem trágicos destinos na família de origem é necessário iniciar-se o trabalho com ela. É importante comecar a colocação com o núcleo familiar, isto é, pai, mãe e filhos. Quando existe um natimorto ou uma crianca que morreu precocemente, coloca-se esta crianca posteriormente para se observar qual o efeito que tem sobre a família. É mais proveitoso iniciar a colocação com poucas pessoas, deixar-se conduzir por elas e desenvolver a Constelação. Quando se configura a primeira imagem, permite-se ao cliente e representantes um tempo para que se exponham a ela, deixando-a atuar. Há ocasiões em que os representantes começam a agir, por ex., tremendo, chorando ou abaixando a cabeça, respirando dificilmente ou olhando com interesse ou apaixonadamente para alguém. É importante o Terapeuta dar tempo e observar suas reações, permitindo a verdadeira situação se concretizar. O Terapeuta em sua postura perceptiva, vai primeiramente até à pessoa que sente estar mais necessitada. Se, por ex., ela foi colocada de costas ou de lado, o Terapeuta vê que ela quer partir ou morrer. Apenas conduzí-la uns passos para a frente na direção em que ela está olhando e prestar atenção ao efeito provocado nela e nos outros. Caso todos os representantes olhem para uma só direção, o Terapeuta sabe que alguém deve estar na frente deles: uma pessoa esquecida ou excluída. O Terapeuta pergunta quem será esta pessoa e a coloca na Constelação dando continuidade ao trabalho. Outro exemplo é quando a mãe está cercada pelos filhos, onde se tem a impressão que eles a impedem de partir. O Terapeuta pergunta o que aconteceu na família de origem dela e, procura uma solução para a mãe antes de continuar com os demais representantes. O Terapeuta irá desenvolver os passos seguintes sempre respeitando a colocação inicial e mantendo a concentração no essencial, na densidade e na tensão próprias ao trabalho. Passos desnecessários acarretarão a diminuição da tensão e desviará a atenção das pessoas e acontecimentos importantes. Há casos mais densos onde coloca-se somente dois representantes. Por ex., mãe e filho com uma doença incurável. O Terapeuta nada diz. Só observa o que se passa entre eles dentro deste campo de forças. Desta forma, vem à luz não somente os sentimentos das pessoas mas também emerge um movimento onde surgem os passos possíveis ou adequados a ambos. Os representantes comportam-se e se sentem como as pessoas que representam, embora não possuam informações prévias dos acontecimentos externos mencionados anteriormente. O campo de forças não pode ser esclarecido: permanece um mistério. Evidencia-se também, através do comportamento dos representantes e, com isso, através do comportamento e dos destinos dos membros reais da família, que eles estão ligados às pessoas que já faleceram há muito tempo. Há uma alma que atua mais que um campo de forças. Atua uma alma comum que liga não somente os vivos mas também os membros falecidos de uma familia. Através da Constelação Familiar o Terapeuta vai do próximo ao distante e do estreito ao amplo. Ele olha para o cliente e sua família, para a alma deles, para um campo de forças e para a alma que os abarca. Pois eles estão integrados em um campo de forças maior e em uma grande alma e são usados e tomados a seu servico. No centro das atenções está a percepção de forças atuantes ( por ex.: O “amor vinculador”, a “consciência”, a “alma grande”) que se devotam ao bem-estar e ao direito de todos, inclusive de familiares falecidos há muito tempo,e que mantém coesos a família e o clã. Partindo da montagem da sua Constelação o cliente visualiza as implicações, os bloqueios, os vínculos secretos, transformando-se em ponto de partida de um processo de solução. Transformar o amor primário da crianca em amor sensato e cônscio; libertar o indivíduo da identificação com familiares excluídos, inserindo-o no Sistema Familiar pela valorização; transformar a culpa reconhecida em força para o bem; experimentar a benevolência e a força que emanam dos falecidos quando estes são devidamente reconhecidos; consentir com a Existência para que seja possível a reconciliação e a aceitação de um destino difícil, de enfermidades e da morte. Representantes, cliente e Terapeuta experienciam as soluções em consonância com o todo. Seu procedimento é fenomenológico. Através da Constelação Familiar pode-se trazer à luz a dinâmica escondida no Sistema Familiar e desenvolver a força interior nesta família. A capacidade de entender seu próprio comportamento fica ampliada, sendo possível, a reconciliação consigo mesmo e com os outros membros do Sistema. É uma forma eficaz de resolver emaranhamentos antigos e liberar toda a energia para se viver uma vida mais saudável, natural e espontânea- redirecionando a energia para o equilíbrio. Dissolvendo os “nós” familiares antigos, o cliente libertar-se-á bem como a gerações passadas e futuras de sua família. Normalmente este trabalho é realizado em grupos ou individualmente. Sessões individuais também funcionam num nível bem profundo, onde diferentes símbolos são usados para representar as posições dos membros da família. A abrangência deste trabalho atinge profissionais de todas as áreas, pessoas que queiram trabalhar suas relações familiares e amorosas, perdas e/ou lutos, comportamentos destrutivos, dificuldades profissionais, bloqueios afetivos etc. Através das Constelações Familiares o ser humano se dispõe a ir bem mais profundamente dentro de si mesmo, aprofundando e ampliando seu auto-conhecimento – resgatando-se e sentindo-se mais autêntico em sua vida.


Eloyana Silveira é Terapeuta Holística, CRT 21105, modalidade Psicanalista e é tambem Pedagoga. Desde 1995 viaja à Índia, dividindo seu tempo entre Brasil e este país e dedicando-se a uma intensa jornada interior. Participou de diferentes cursos, grupos, treinamentos e meditações na Osho Multiversity, em Pune, Índia.
Em sua caminhada está sempre em busca de algo novo que traga mais expansão para a sua consciência, maior paz para si mesma e para se dedicar à sua vocacao: ser facilitadora da busca/encontro de seus semelhantes.
Está sempre atualizando-se através de estudos constantes no Brasil e nos trabalhos da Osho Multiversity.
Em 1998, em Pune, experienciou o trabalho de Bert Hellinger com as Constelações Familiares. Desde então, tem se aprofundado nesta terapia, experienciando em si mesma a profundidade, o equilíbrio e a paz decorrentes dos resgates que tem feito em sua vida.
Faz da Meditação o caminho para se conectar com a Perfeita Essência da VIDA.
Ela desenvolve seu trabalho no Brasil e em Pune atendendo pessoas de diferentes partes do mundo que vão ate à Índia em busca de um crescimento interior.








Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 30/05/2007 13:38


JINJU - quiropraxia Terapia Corporal

JINJU - quiropraxiaTerapia Corporal



  1. COLUNA

  2.  

    Coluna vertebral: as vértebras.A coluna vertebral divide-se em quatro partes, que são, de cima para baixo, a região cervical, a região lombar e a região pélvica ou sacro-coccígea. É constituída fundamentalmente por estruturas ósseas sobrepostas de maneira regular, as vértebras, em número de 33 ou 34. A sua distribuição é a seguinte: 7 cervicais, 12 dorsais, 5 lombares e 9 ou 10 pélvicas. Estas últimas estão soldadas entre si, formando duas peças, o sacro e o cóccix.

    A coluna deve conciliar exigências mecânicas contraditórias: a ESTABILIDADE

    A coluna deve cumprir as três funções ;

    - Estática

    Função Estática.

    Os corpos vertebrais aumentam progressivamente de volume de C3 a L5. Possuem forma de cunha, assim como os discos, o que determinam as curvaturas da coluna.

    Os discos têm o papel de amortecedores de choque e de pressão.

    Os discos, devido à sua elasticidade, são suficientes para endireitar as curvas da coluna nas mudanças de posição.

    O disco suporta mais a compressão do que a tração.

    T12

    É a vértebra dobradiça dorsolombar.

    A sua metade superior é anatômicamente e fisiologicamente torácica.

    A sua metade inferior é anatômicamente e fisiologicamente lombar.

    L3

    Tem o papel de ponto de ligação muscular entre o ilíaco e a coluna torácica.

    É a primeira vértebra verdadeiramente móvel da coluna lombar. Isto explica a freqüência de lesões em L3.

    Função Cinética da Coluna.

    Nos movimentos de lateroflexão e rotação, os processos articulares posteriores da concavidade tem um papel de eixo, asseguram a amplitude do movimento. L4-L5-S1 são níveis mais móveis em flexãoextensão. O espaço menos móvel em lateroflexão é L5-S1, mas é o mais móvel em rotação.

     

    Função de Proteção.

    O conjunto da coluna, graças ao canal vertebral, tem um papel fundamental de proteção da medula espinhal e de suas raízes raquídeas , que saem pelos forames intervertebrais.

    CONTRA INDICAÇÕES.

    - Fraturas e os Entorses.

    - Transtornos Degenerativos.

    - Lesões Infecciosas e Inflamatórias.

    - Transtornos Metabólicos.

    A coluna é composta de 33 ou 34 vértebras, a qual se subdivide da seguinte maneira ;

    - 7 Cervicais ( C1,C2,C3,C4,C5,C6,C7 ).

    - 12 Torácica ( T1,T2,T3,T4,T5,T6,T7,T8,T9,T10,T11,T12 ).

    - 5 Lombar ( L1,L2,L3,L4 ).

    - 9 ou 10 Pélvicas ( soldadas entre si ) região Sacro e o Cóccix.

      1. MANOBRAS

      2. - Antes de qualquer manobra, massagear levemente para soltar a musculatura.

        - Perguntar se tem algum problema de osseosporose ou de artrose etc.

        - Não realizar manobras em gestantes.

        - Verificar a postura do cliente.

        - Medir.

        - Verificar o nível do ombro.

        1. VERIFICAÇÃO

        2. - Colocar a pessoa em pé , e verificar o nível do ombro.

          - Colocar a pessoa sentado, e puxar pelos dedões da mão. E verificar a diferença de nível.





    - Cinética

    - Proteção

    e a FLEXIBILIDADE.

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 30/05/2007 13:39


O ALÍVIO RÁPIDO DE TRAUMAS O DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO A Traumatologia Emocional

O ALÍVIO RÁPIDO DE TRAUMAS O DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO
A Traumatologia Emocional

Um dos desafios do mundo atual é conviver com a violência e com os acidentes nas cidades, cada vez mais de causas não naturais. Até há poucas décadas, violência urbana era tema de poucos filmes que mostravam histórias ocorrendo em algumas poucas cidades do planeta. Hoje basta você estar numa cidade brasileira, e não precisa ser das maiores. Morria-se mais de problemas do coração – hoje os acidentes automobilísticos são a principal causa mortis no Brasil. Em 10 anos dobrou o número de mortes com arma de fogo atingindo, na sua maior parte, jovens até 26 anos. Nos hospitais dos grandes centros do Brasil, 4 entre 5 atendimentos de urgência, na faixa etária de 15 a 24 anos, é por ferimento de arma de fogo. Seqüestros, seqüestros relâmpagos, violência sexual, desastres, perdas de pessoas por causas não naturais, assaltos, o testemunho de violências, cenas de horror, além de perdas e calamidades causadas por enchentes e vendavais, hoje freqüentes em certas cidades – talvez o ser humano nunca tenha estado exposto a tantas situações de ameaça e estresse quanto atualmente. E, para muitas e muitas pessoas, passar ou testemunhar esses incidentes tem deixado seqüelas profundas. Elas têm alterado sua estabilidade emocional e harmonia física e, conseqüentemente, todo seu funcionamento pessoal, profissional e social . Por muito tempo algumas dessas vítimas não conseguem retornar à vida normal, carregando consigo lembranças e sensações que gostariam de ver muito longe de si. Passam a ser vítimas do chamado Transtorno de Estresse Pós-Traumático.

As abordagens convencionais para lidar com o estresse pós-traumático, ainda as mais utilizadas, envolvem o uso de drogas e psicoterapias. As drogas aliviam os sintomas, muitas vezes às custas de efeitos colaterais, mas não aliviam as lembranças e os freqüentes conflitos emocionais que mantém a experiência viva no íntimo de cada um. As psicoterapias, com maior freqüência longas, costumam deixar a pessoa dependente de ajuda e ainda com sofrimentos às vezes por meses a fio.

Desde a década de 70 várias novas técnicas e abordagens ao tratamento do estresse pós-traumático vêm sendo desenvolvidas e aplicadas com enorme índice de sucesso. Partindo de princípios e conhecimentos novos e utilizando de novas formas conhecimentos milenares, estas novas abordagens têm oferecido às vítimas de experiências traumáticas a possibilidade de retorno à vida normal em tempo tão curto quanto de alguns minutos a três sessões.

Nesta palestra irei falar destas novas abordagens, incluindo exemplos de casos que tive a oportunidade de atender. Abordarei também um conjunto de informações úteis para os ouvintes disporem de alguns cuidados para ajudar a si ou a um traumatizado a superarem mais rapidamente um incidente crítico em suas vidas.

O primeiro aspecto que vou abordar é acerca do tipo de ajuda que pode ser oferecida a uma vítima num incidente crítico. Existem dois tipos de práticas que podem ser úteis às pessoas vítimas de experiências traumáticas.
Traumatologia de Campo – Trata da atuação em desastres, no campo onde o incidente ocorreu. É a modalidade de ajuda mais antiga, praticada desde os primórdios do homem, quando pessoas ajudavam outras que passaram por momentos dolorosos. Desde os tempos mais antigos estes incidentes são derivados basicamente de duas causas: as naturais, como enchentes, incêndios e vendavais, e as causas humanas, como guerras, acidentes e assaltos. Por exemplo, a Bíblia relata momentos em que vizinhos, amigos e familiares ofereciam seu apoio e conforto a pessoas que passavam por tais experiências. Nos últimos 50 anos, a evolução das práticas de tratamento e as descobertas sobre formas especiais de comunicação e seus efeitos sobre o estado mental das pessoas permitiu a caracterização clara da Traumatologia de Campo. Trata-se de práticas de primeiro-socorro emocional, focadas na prevenção e minimização dos Transtornos de Estresse Agudo e Transtornos de Estresse Pós-Traumático, desenvolvendo suas ações no local e ambiente onde o incidente crítico ocorreu.

Traumatologia Clínica

Aspectos Históricos: (Serão comentados rapidamente os seguintes:)
Bíblia, Talmud, textos chineses antigos
Shakespeare
Jean-Martin Charcot
Pierre Janet e Sigmund Freud
Guerras mundiais
Vietnam
Reconhecimento do TEPT no DSM-III em 1980
Atentado ao prédio do FBI em 1995
Comissão Gore recomenda serviços de crise para companhias aéreas em 1997

Alguns tópicos chaves de saúde mental em desastres

1.Ninguém que veja um desastre fica indiferente a isso.
2.A maioria das pessoas se controla e funciona durante e depois de um desastre, mas sua efetividade diminui.
3.Estresse e reações de tristeza após um desastre são reações normais a uma situação anormal.
4.Muitas das reações emocionais de sobreviventes advém de problemas cotidianos que surgem a partir do desastre.
5.Os procedimentos de alívio do desastre têm sido chamados de "O segundo desastre".
6.A maioria das pessoas não acreditam que elas mesmas precisem de serviços de saúde mental e não irão procurar ajuda.
7.Os sobreviventes poderão rejeitar assistência de qualquer tipo.
8.Sobreviventes respondem a interesse e preocupação ativos.
9.Sistemas de suporte são cruciais para a recuperação.
Prevalência de TETP após desastres

Reações a Incidentes Críticos


a.Os sintomas típicos do estresse agudo – sintomas físicos, comportamentais, interpessoais, cognitivos, emocionais e espirituais.
b.Orientações para ajudar traumatizados em sua recuperação
c.Orientações para familiares e amigos.)


O alívio das lembranças e do Transtorno de Estresse Pós-Traumático

(Esta parte vai se iniciar com um vídeo de uma matéria veiculada num canal de TV sobre o tratamento de traumas e onde os casos mostrados serão mais comentados na exposição que se seguirá).

Nos últimos 30 anos foram desenvolvidas novas variedades de abordagens e técnicas para o atendimento clínico de vítimas de traumas e desastres. Estas técnicas eram pouco conhecidas, foram desconsideradas e até mesmo ironizadas ou ridicularizadas em alguns círculos de profissionais e pesquisadores. Em 1994, um estudo realizado pelos professores Charles Figley, PhD e Joyce L. Carbonell, PhD, da Florida State University, sobre as relativamente novas abordagens breves para o tratamento de traumas e fobias, foi objeto de um artigo na revista The Family Therapy Networker. O estudo comparou a eficácia de 4 terapias não pertencentes ao acervo de técnicas convencionais em 156 clientes. Todas elas eram de eficácia reconhecida e tidas como técnicas de resultados rápidos – Dissociação Visual-Cinestésica, TFT (Thought Field Therapy, EMDR (Eye Moviment Desensitization and Reprocessing) e TIR (Traumatic Incident Reduction). O artigo teve grande repercussão e o olhar dos profissionais começou a se abrir para o que estava sendo desenvolvido em consultórios e em pesquisas não acadêmicas. A partir desse artigo as técnicas ficaram mais conhecidas, mas mesmo assim algumas delas ainda despertam muita resistência nos meios acadêmicos. São metodologias singulares que fogem ao paradigma da formação médica e psicológica convencional, mas que se ajustam aos paradigmas e visão dos mecanismos de cura e regeneração do universo das terapias holísticas.
Vou falar sobre três técnicas para alívio de traumas emocionais, duas das quais integraram a pesquisa da Florida State University.

Dissociação Visual-Cinestésica (DVC)

Técnica desenvolvida por Richard Bandler, um dos criadores da Programação Neurolingüística – PNL. É uma das mais conhecidas, pois faz parte do currículo do treinamento em PNL, hoje largamente difundida nas Américas, Europa e Oceania.
Para neutralizar a memória de um evento traumático, a DVC vale-se da mudança na forma com que uma pessoa representa mentalmente um evento. O cliente é colocado inicialmente num estado mental de dissociação da memória do evento traumático, de maneira que seja possível a ele lembrar-se do incidente sem entrar num estado emocional alterado. Para tal, o cliente imagina que vê o evento como se fosse um observador assistindo à cena do ocorrido numa pequena tela de cinema ou televisão, colocada a grande distância de si. Diversas outras pequenas manobras e operações mentais ajudam a manter este estado de dissociação junto com a visão da cena. O propósito neste momento é acionar a memória do acontecido, porém de tal maneira que as emoções e o desconforto não apareçam. Após a revisão completa do ocorrido, o cliente é convidado a imaginariamente entrar em si mesmo (associar-se) na cena após o incidente crítico ter acontecido. A seguir o cliente tem a experiência de voltar no tempo rapidamente, revivendo o evento ao contrário, do fim para o seu princípio. Esta vivência rápida e no sentido temporal oposto aos eventos reais altera a estrutura da memória, permitindo a lembrança do incidente sem as reações emocionais intensas anteriores.
O efeito da técnica pode ser metaforicamente descrito como sendo o de "desorganizar" a seqüência histórica da memória, separando o registro visual do evento de seu registro emocional, eliminando a ligação entre o fato e os estados emocionais que ocorreram na ocasião.
Muito usada também para cura de fobias, é uma técnica muito útil em lembranças com uma ou poucas cenas marcantes.
(O palestrante relatará aqui alguns exemplos em que ela foi utilizada, como o caso de um trauma de guerra, a visão de um suicida e o testemunho de um assassinato).

Integração de Movimentos Oculares

Steve Andreas e Connirae Andreas são dois dos mais respeitados pesquisadores, divulgadores e autores da PNL. Uma de suas grandes contribuições foi a divulgação de como o movimento dos olhos podem ser utilizados para reprocessar experiências marcantes, permitindo processos inconscientes de integração e compreensão (fechamento) de experiências.
Uma das descobertas da PNL, pesquisada e comprovada por Robert Dilts, foi a ligação entre posições dos olhos e ativação de processos sensoriais internos. Simplificadamente, quando os olhos estão voltados para cima há o ativamento do pensamento visual; olhos voltados para os lados ativam o pensamento auditivo; e olhos voltados para baixo ativam mais intensamente a capacidade de sentir sensações. Seguindo as instruções do terapeuta (ou socorrista), o cliente movimenta seus olhos em várias direções enquanto mantém o pensamento no incidente vivido. Esta movimentação parece permitir que áreas do cérebro, antes não ativadas durante a experiência crítica em si e nas lembranças subseqüentes, possam agora ser incluídas no processamento do incidente. O resultado final é o alcance de um estado de compreensão e freqüentemente de serenidade diante das lembranças.
Técnica simples de ser explicada aos clientes, é eficaz em incidentes com episódios de menor duração, mesmo em casos em que haja uma série maior deles.
(O palestrante fará aqui o relato de histórias de clientes que tiveram seus traumas resolvidos com esta técnica, como por exemplo um acidente de aviação, assaltos, estupro e traumas de guerra).

Terapia do Campo do Pensamento – TFT (Thought Field Therapy)

Das terapias de resultados rápidos, talvez esta seja a mais inusitada e surpreendente. Dentre as quatro técnicas do estudo de Figley e Carbonell, da FSU, a Terapia do Campo do Pensamento – TFT foi aquela que obteve os melhores resultados, incluindo o maior índice de sucesso e maior rapidez de resultados. Em estatísticas de demonstrações públicas do TFT, a
técnica foi aplicada pelo seu autor (em 1985-1986) e um aluno seu (1995-1996) a 66 clientes cada um em 59 programas de radio, ambos com 97% de sucesso e tempo médio de aplicação de 4,34 e 6,04 minutos por cliente, respectivamente.
O TFT foi o precursor e iniciador da série de terapias e técnicas hoje estudadas dentro da nova abordagem das Terapias de Energia. Baseando-se no modelo chinês dos meridianos de energia, Roger Callahan, PhD, seu criador, diz que também as emoções são o resultado de bloqueios na circulação de energia através dos meridianos do corpo – os mesmos meridianos utilizados, por exemplo, na acupuntura. O desbloqueio desta energia se dá pela percussão em certos pontos de determinados meridianos, realizada pelo próprio cliente com seus próprios dedos. O TFT utiliza uma seqüência específica desses pontos para cada emoção ou condição emocional a ser trabalhada, incluindo aí uma seqüência específica para traumas e fobias. Esta seqüência é reciclada algumas vezes com a ocasional inclusão de alguns procedimentos de percussão em pontos de outros meridianos, de acordo com as reações que o cliente vai demonstrando na evolução do tratamento. Geralmente estas reações têm relação com perturbações energéticas que tendem a bloquear o processo de recuperação da circulação da energia. Com freqüência, certos estados emocionais são dissipados em poucos minutos, incluindo estados resultantes de inúmeras exposições a experiências traumatizantes.
(Aqui o palestrante vai comentar alguns casos tratados com TFT, como por exemplo dois seqüestros relâmpagos, a perda repentina do pai de uma cliente e um acidente automobilístico).

Conclusão

Estas e outras técnicas terapêuticas como o TIR – Traumatic Incident Reduction (Redução de incidente Traumático), EMDR – Eye Moviment Desensitization and Reprocessing (Reprocessamento e Dessensibilização pelo Movimento Ocular), EFT – Emotional Freedom Technique (Técnica da Liberdade Emocional) e BSFF – BeSetFreeFast (sem tradução), entre outras, têm permitido o alívio rápido do sofrimento de pessoas que não necessitam mais carregar dentro de si aquela frase inúmeras vezes repetida nos meios de comunicação: "Isto ele vai carregar pelo resto da vida". Realmente não é mais assim.


George Vittorio Szenészi


Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

. - Terapeuta Holístico - CRT 21675, Mestre em Psicologia, atua com técnicas aceleradas para mudança humana desde 1987. Tem formação avançada nesta área, incluindo Programação Neurolingüística, Hipnose, Terapia da Linha do Tempo - TLT e Thought Field Therapy – TFT, realizadas nos Estados Unidos e Inglaterra. Formado em Traumatologia de Campo e nas Psicoterapias de Energia: EFT - Emotional Freedom Technique, BSFF - BeSetFreeFast, TAT - Tapas Acupressure Technique. Certified Trainer reconhecido pelo American Board of Neuro-Linguistic Programming e pelo American Board of Hypnotherapy. Formado Trainer de Terapia da Linha do Tempo pela Time Line Therapy Association, foi o primeiro professor desta terapia na América Latina. Diretor da Metaprocessos Avançados e Diretor Presidente do Instituto Superior de Artes da Transformação Humana. Reside em Florianópolis, SC.
– Oferecida por profissionais da saúde física e mental, para-profissionais e terapeutas num contexto de atendimento terapêutico, a Traumatologia Clínica trabalha com indivíduos e eventualmente suas famílias nos casos em que o incidente crítico trouxe efeitos dramáticos, desorganizadores e até patológicos para aquelas pessoas. O traumatologista clínico ajuda as pessoas envolvidas direta ou indiretamente com um evento traumático, focalizando o alívio dos sintomas do estresse pós-traumático e o retorno à normalidade da vida.

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 30/05/2007 13:41


A IMPORTÂNCIA DA VISÃO HOLÍSTICA NA PRÁTICA DA TERAPIA FLORAL DE BACH

A IMPORTÂNCIA DA VISÃO HOLÍSTICA NA PRÁTICA DA TERAPIA FLORAL DE BACH


Trabalho apresentado ao SINTE – Sindicato dos Terapeutas como requisito para a obtenção do certificado de terapeuta floral de Bach, no curso livre da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística. Orientado por Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico – CRT 21001.

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo refletir sobre a importância da visão holística na prática da Terapia Floral de Bach, por meio de um levantamento bibliográfico. Pode-se concluir que é imprescindível ao terapeuta floral de Bach considerar o seu cliente como um indivíduo com todas as suas facetas em seu meio de relação.


1 INTRODUÇÃO


É com o coração que se vê corretamente, o essencial é invisível aos olhos.
Antonie de Saint Exupéry


Durante o curso de Terapia Floral de Bach estuda-se a visão holística, de forma direta por meio de leitura de textos, e de forma indireta na maior parte das discussões onde se pressupõe o uso dos Florais de Bach como recurso terapêutico.

Cabe ao estudante integrar todo esse conhecimento e aplica-lo no momento de exercer sua profissão, descobrindo, de forma crítica, o real sentido de suas ações, adotando uma postura reflexiva e, ao mesmo tempo participante ampliando as possibilidades como agentes de renovação e transformação do meio e desenvolvendo uma visão clara de sua contribuição na totalidade do fenômeno humano.

Portanto, o presente trabalho é uma proposta de realizar uma reflexão que favoreça essa articulação. Abordando sinteticamente a história do início das práticas de saúde, a visão biomédica e o corpo como objeto de estudo, na tentativa de compreender o perigo de tal dicotomia, e procura enfocar a visão holística e refletir sobre a importância da aplicabilidade dos conceitos de saúde integral na Terapia Holística e na Terapia Floral de Bach.


2 METODOLOGIA

A metodologia aplicada foi o levantamento bibliográfico, relativo ao assunto, embasado nos pressupostos de diversas áreas de conhecimento, coletando de cada área materiais imprescindíveis para uma reflexão mais ampla, este trabalho buscou atingir uma maior compreensão, que sirva de apoio e orientação para a práxis cotidiana de terapeutas florais de Bach. Assim, o método, nesse trabalho de reflexão, deixa de ser instrumento e se identifica com o movimento da própria consciência.


3 O INÍCIO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE

Para iniciar a presente reflexão é importante refletir sobre a evolução histórica das práticas de saúde.
Desde os primórdios, a idéia de saúde e doença no Oriente, conforme Leite (1996, p. 19) ''insere-se no princípio da harmonia do homem (microcosmo) consigo mesmo e com a natureza (macrocosmo). A saúde deriva desse equilíbrio, cuja ausência causa a doença e pode resultar a morte.'' A terapêutica chinesa, por exemplo, surgiu há pelo menos cinco mil anos e ainda hoje se mantém inalterada, como no caso da Acupuntura, mesmo convivendo com a medicina ocidental.
As práticas de saúde medieval de acordo com Sant'Anna (1996, p. 244) privilegiavam a saúde do corpo em equilíbrio com o universo e desconfiavam dos cirurgiões por infringirem esse equilíbrio, tanto que a palavra cirurgia veio do grego cheirourgia onde o prefixo cheir significa mão, ou seja, uma intervenção feita com as próprias mãos.
Com o Renascimento a racionalidade tomou por paradigma o universo matemático e mecânico. A partir do século XVII, o homem começou, como explica Gonçalves (1997, p.20), ''a considerar a razão como único instrumento válido de conhecimento, distanciando-se de seu corpo (...) Fragmentado em inúmeras ciências, o corpo passou a ser um objeto submetido ao controle e à manipulação científica.''
Segundo Silva e Marques (1992, p. 11) "Na década de trinta, no país de Gales, o médico Dr. Edward Bach constituiu as bases de uma medicina1 maravilhosa, baseada na cura2 através de essências de flores."

 

4 VISÃO BIOMÉDICA

Embora seja a mente que busca, com muita freqüência é a mão que encontra.
Jung

A visão biomédica está fundamentada em princípios filosóficos que negam a possibilidade de um conhecimento metafísico, implantando o realismo científico. Como exemplo Germain (1992, p.157) afirma que ‘‘a mão é uma ‘ferramenta’ muito aperfeiçoada.’’ O termo ferramenta reflete uma visão mecanicista, onde o corpo é analisado como uma máquina. Almeida (1999) observa que ''... ao estudar o corpo do homem, o cartesianismo produz um mecanismo de esquecimento que nos impede de nos misturarmos e nos confundirmos com o corpo, cria a imagem de que o corpo é uma máquina.''
Os profissionais educados conforme o paradigma cartesiano-newtoniano tendem a analisar as doenças sob uma óptica essencialmente mecanicista e geralmente não consideram aspectos ambientais, emocionais e energéticos, os conflitos e as dificuldades existenciais e de adequação social do indivíduo, em seus diagnósticos, ''preconizando conseqüentemente uma terapêutica voltada apenas para aspectos parciais da patologia em questão.'' Di Biasi (1995, p. 67).
Corroborando com esse pensamento Medina (1991, p. 23) ressalta que o ''mau funcionamento é visto exclusivamente como uma avaria em um mecanismo específico que tem que ser reparado por meios físicos ou químicos.''
Conforme argumenta Gonçalves (1997, pp. 137-138) o conceito behaviorista causa uma cisão entre o sentimento e a razão e ressalta que ''Anulando-se o sentimento, anula-se o corpo, que se torna (...) um objeto mecânico que pode ser manipulado.'' Esse conceito influencia tanto a educação quanto à medicina.
Winnicott (1999, p.21) refere que ''Através do estudo da doença chega-se ao conhecimento de muitas coisas importantes a respeito da saúde. Mas a noção médica de que a saúde é relativa ausência de doenças não é suficientemente boa.'' O que remete a Porto (2000, p. 54) quando afirma que '' Estar vivo é para mim muito mais que ser uma 'máquina' que funciona em 'perfeito' estado.'' E a Rezende (1996, p. 86) quando postula que:
O estado de sanidade se dá na medida em que interagem satisfatoriamente o homem e o meio. Esse intercâmbio, na maioria das vezes, é conflituoso, e é no enfrentamento da adversidade e na resolução dos conflitos que se estrutura o ser humano ativo e a idéia dinâmica de saúde.
A especialização, que advém da visão biomédica no mundo moderno, com a expansão do conhecimento trouxe sua contribuição, porém, conforme enfatiza Medina (1991, p. 17) ''sabe-se mais sobre o particular sem, contudo, avançar no sentido de um melhor entendimento de totalidade dos fenômenos humanos e universais.'' Em outras palavras, sabe-se cada vez mais de cada vez menos. Deste modo a especialização ao mesmo tempo em que é esclarecedora de certas particularidades, torna-se perigosa, na medida em que pode levar à perda da visão do todo, reduzindo o corpo a objeto de inúmeras ciências, pois toda especialização distante de uma visão ampla do ser humano em seu mundo leva à fragmentação, que constitui aos olhos de Medina (1996, p. 41) ''desrespeito à totalidade e à dignidade do ser humano.'' E acrescenta que é preciso desenvolver uma 'cosmo visão que divida menos e una mais.'' O que remete a Vieira Filho (1994, p. 19) quando afirma que "A excessiva especialização divide o cliente em ‘peças’ isoladas umas das outras. Ignorando que toda pessoa é um indivíduo, ou seja, um Não-Divisível (in = não; divíduo = divisível)..."

5 O CORPO COMO OBJETO DE ESTUDO

Na vida diária, a nossa mão que vive não é a mão de ossos, músculos, nervos, e ligamentos. É um outro tipo de mão que participa do mundo, se comunica, trabalha, reza e ama.
Kielhofner (1987)

A visão reducionista reduz o ser humano a objeto. O fenômeno de tornar sujeito em objeto de estudo advém do raciocínio lógico, formal e particularizado que conforme postula Medina (1991, p. 17) parece ''mais bloquear do que abrir perspectivas para a compreensão do universo e da existência humana.''
Além disso, o corpo é fragmentado em partes. Isso fica claro, por exemplo, quando autores conceituam a mão como instrumento, como no caso de Aristóteles que se referia à mão como ''o instrumento dos instrumentos'' é possível notar que a mão é colocada no lugar de objeto. Contrariando esta visão Merleau-Ponty (1994, p. 137) faz a seguinte reflexão ''quando toco minha mão direita com a mão esquerda, o objeto mão direita tem esta singular propriedade de sentir, ele também.'' Em seguida nos dá outro exemplo procurando esclarecer a impossibilidade de se ver as mãos como objetos:
Quando pressiono minhas mãos uma contra a outra, não se trata então de duas sensações que eu sentiria em conjunto, como se percebem dois objetos justapostos, mas de uma organização ambígua em que as duas mãos podem alterar-se na função de 'tocante' e de 'tocada'.(...) O corpo surpreende-se a si mesmo (...), ele tenta tocar-se tocando, ele esboça 'um tipo de reflexão', e bastaria isso para distingui-lo dos objetos...
E mais adiante diz ''... o sujeito posto diante de sua tesoura, sua agulha e suas tarefas familiares não precisa procurar por suas mãos ou seus dedos porque eles não são objetos (...), mas potências já mobilizadas pela percepção da tesoura ou da agulha...''
Napier (1983, p. 26) ao descrever a mão esclarece que '' o conceito de posição anatômica deriva da postura em que os cadáveres humanos eram suspensos (...) para dissecação.'' O que remete a Kielhofner (1987) quando diz que ''...aprendemos a respeito do corpo morto, e não do corpo vivo. O corpo dissecado revela os tecidos e órgãos dos quais ele é composto, mas ao mesmo tempo esconde aquilo que, enquanto corpo vivo sabia fazer.'' Backhouse & Hutchings (1989, p. 8) referem que ‘‘o aprendizado da estrutura anatômica pouco vale sem a visão essencial do que ela é e de como funciona no indivíduo vivo normal.’’ Kielhofner (1987) complementa dizendo que os estudos são importantes "Entretanto, todo o conhecimento que nós ganhamos sobre o corpo como um objeto tem nos distraído de compreender o corpo como um sujeito."
Conforme esclarece Gonçalves (1997, pp. 91-92) existem dois tipos básicos de atitudes perante o outro e que cada uma dá origem a um tipo de relação conforme se segue:
A relação Eu-Objeto reflete a atitude do homem diante do outro, em que este é visto não como uma realidade independente do Eu, mas como objeto, mercê do próprio Eu, de suas fantasias e de seus sentimentos e objetivos particulares. Na relação Eu-Tu, há um verdadeiro encontro, em que o Outro é visto em sua identidade própria, como também um Eu que possui suas próprias aspirações, seus próprios objetivos, sentimentos e uma história pessoal que constitui sua maneira peculiar de ser-no-mundo. A relação Eu-Objeto empobrece o homem enquanto a relação Eu-Tu, em que se dá o encontro de duas identidades diferentes, abre o homem para a compreensão do Outro como uma entidade que existe por si mesma...
Boff (1999, p. 95) faz uma reflexão interessante a quem se dispõe a cuidar, como é o caso do terapeuta holístico, postulando que ''A relação não é sujeito-objeto, mas sujeito-sujeito. (...) A relação não é de domínio sobre, mas de con-vivência. Não é pura intervenção, mas inter-relação (...) Cuidar é entrar em sintonia com...'' De fato cuidar é entrar em sintonia com o cliente, é superar a cisão sujeito e objeto, em outras palavras, para uma relação terapêutica é preciso empatia.

6 VISÃO HOLÍSTICA

A natureza é o corpo inorgânico do homem
Marx

A visão holística enfoca sempre o homem do ponto de vista do microcosmo e do macrocosmo, isto é, vislumbra desde a menor partícula que forma o homem até esse homem inserido em seu meio. Para Capra (1982, p. 328) '' O primeiro e mais importante passo em direção a uma abordagem holística da terapia será considerar o paciente3, o mais complemente possível, da extensão de seu desequilíbrio.'' Capra esclarece que ''isso significa que seus problemas terão de ser situados no amplo contexto de onde promanam, o que envolverá um cuidadoso exame dos múltiplos aspectos da enfermidade pelo terapeuta e paciente.'' E conclui que ''só o reconhecimento desse contexto - da teia de padrões inter-relacionados que levam ao distúrbio - já é altamente terapêutico, porquanto diminui a ansiedade e proporciona esperança e autoconfiança...’’
Do ponto de vista do microcosmo cada parte representa o todo, como postula Di Biase (1995, p. 45) ''Cada célula de nosso corpo possui em seu núcleo toda a informação genética sobre todo o corpo.'' E Brikman (1989, p. 13) reforça dizendo que '' Cada partícula do corpo, cada célula repete a função criadora total do ser humano.''
Do ponto de vista do macrocosmo o todo interage com as partes, assim Bruno (1993, p. 12) postula que ''o desenvolvimento humano, é um processo sistêmico complexo, que não apenas passa pela dimensão biofisiológica e cognitiva, mas, depende também da relação social e afetiva.'' E conclui que ''o homem se constrói de uma maneira holística, buscando desenvolver suas possibilidades através de todas as experiências significativas - sociais, afetivas ou cognitivas - como um todo indivisível.''
E conforme argumenta Capra (1982, p. 325) ''a assistência à saúde constituirá em restaurar e manter o equilíbrio dinâmico de indivíduos, famílias e outros grupos sociais. Significará pessoas cuidando da própria saúde (...) com a ajuda de terapeutas.'' E explica que '' essa espécie de assistência à saúde não pode ser simplesmente 'fornecida', ela tem que ser praticada.’’

7 TERAPIA HOLÍSTICA

O homem concretamente considerado não é um psiquismo unido a um organismo, mas este vaivém da existência. . .
Merleau-Ponty (1994, p. 130)

Dentro da perspectiva da Terapia Holística a vida dos clientes tem um sentido subjetivo enraizado na história individual de cada um, ao mesmo tempo em que possui um sentido intersubjetivo, que se configurou ao longo do processo histórico-social. O trabalho do terapeuta holístico está voltado para o homem tanto em sua dimensão pessoal como social.
A Terapia Holística, partindo de sua premissa básica, numa efetiva interação terapeuta-cliente, envolve o indivíduo como um todo, não podendo dessa forma, ignorar a questão da liberdade. A sua prática terapêutica pode ser meio de levar o cliente a conquistar a liberdade, facilitando a ele ampliar seu campo de experiências, pois novas experiências levam a novas significações, e integrar suas condutas a um nível de maior integração.
Desta forma as particularidades corporais irreversíveis, como, por exemplo, as deficiências, podem ser integradas a sua maneira de ser, e, em vez de se constituir em causa de escravidão, pode ser ocasião de uma maior liberdade. Gonçalves (1997, p. 88) lembra que '' Liberdade significa a possibilidade de integrar os limites de ordem física e os limites de ordem vital à totalidade dialética consciência-corpo, transformando esses limites (...) num projeto existencial que vincula o homem a seu mundo.''
Portanto o terapeuta holístico se encontra engajado numa práxis que visa a construção histórica de um mundo mais humano, identifica-se com um projeto mais amplo de transformação da sociedade, por intermédio de sua prática, empenhando-se em favorecer aos clientes de Terapia Holística maior autonomia e independência para auto-realização e para ser sujeito de sua história.

8 EDWARD BACH E A LEITURA CORPORAL

O terapeuta floral de Bach é, a priori, um terapeuta holístico, esse fato por si só já demonstra que é indispensável ao terapeuta floral de Bach desenvolver uma visão holística. Portanto não basta conhecer cada essência floral e sua aplicabilidade. Para exercer seu papel é preciso ter a visão do todo. Além disso, é preciso segundo Escardó in Pastorino (1992)...uma mente aberta e um espírito não menos aberto e, sobretudo, dotado de coragem para enfrentar a cultura dominante, aquela urdida pelas escolas e academias que ignoram ou fingem ignorar que estão a serviço da poderosa indústria farmacêutica...
Assim, o terapeuta floral de Bach, além de recomendar essências florais, pode lançar mão de outras técnicas sinérgicas. Por exemplo, numa abordagem de conscientização corporal, procura levar o cliente a vivenciar autênticas experiências corporais, em que o sujeito envolva seus movimentos com sua subjetividade, para que eles se tornem seus e brotem de sua interioridade contribuindo para a desalienação.
O terapeuta floral de Bach lida com o ser total, realidade que ele não pode ignorar. Portanto além de estudar os sobre os florais é preciso compreender que a atividade humana não é nunca uma atividade mecanizada, estabelecida por um corpo que percorre um espaço fixo, objetivo, mas relações dialéticas que brotam de dentro, da união com a subjetividade que a anima.
Portanto, a sessão de Terapia Floral de Bach realizada concomitantemente com diferentes técnicas e quando aplicada em grupo, em interação com outros clientes, considerando que o homem é um ser de relação por excelência, é uma oportunidade de realização de atividades expressivas, repletas de sentido, associadas ao afeto, lembranças e perspectivas. Para isso é importante que o terapeuta floral de Bach desmistifique para os clientes as relações de dominação entre terapeuta e cliente. Permitindo deste modo propiciar vivências em que o cliente participe como unidade existencial numa interação consigo e com o mundo e que forme seus próprios significados de movimentos exprimindo no exterior sua atividade interna, encorajando a criatividade, recuperando a sua dignidade por meio de atividades terapêuticas verdadeiramente humanizadoras.
10 CONCLUSÃO


Tendo o intuito de refletir sobre a importância da visão holística na prática da Terapia Floral de Bach, diante dos pontos abordados, percebe-se que os conhecimentos advindos da visão holística são extremamente importantes para a atuação do terapeuta floral de Bach, ou seja, é imprescindível considerar o ser humano com todas as suas facetas em seu meio de relação. Assim qualquer inclinação para um lado ou outro, do que se considera um todo, incorre no risco de um tratamento fragmentado e, portanto alienado e alienante.
Observando a interação do homem consigo e com o mundo, pode-se concluir que esse tema nunca estará complemente esgotado, já que os elementos dessa interação estão em constante transformação e essa reflexão está, portanto, em constante processo de evolução. A título de concluir o presente trabalho será considerado um último aspecto da interação do homem consigo e com o mundo:
Como visto no decorrer do presente estudo, o corpo nunca é puramente físico, mas, uma constante dialética com a mente e com o espírito, que não atua sobre esse em uma simples relação de causa e efeito, mas o envolve como uma presença, que faz do corpo um corpo humano. Portanto, conclui-se que, corpo, mente e alma se energizam mutuamente por meio da vontade e possibilidade biopsicossocial de interagir consigo e com o mundo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ALMEIDA, Marcus Vinícius M. A arquitetura do movimento: Da reabilitação ao devir pelo corpo na Terapia Ocupacional. in. VI Congresso brasileiro de Terapia Ocupacional: Trajetórias e perspectivas da Terapia Ocupacional. Águas de Lindóia: 28 de setembro a 01 de outubro de 1999.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Referências bibliográficas. Rio de Janeiro: ABNT, 2000.
___. NBR 6024: Numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.
___. NBR 6027: Sumário. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.
___. NBR 6028: Resumos. Rio de Janeiro: ABNT, 1990.
___. NBR 10520: Apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro: ABNT, 1992.
___. NBR 10522: Abreviação na descrição bibliográfica. Rio de Janeiro: ABNT, 1988.
BACKHOUSE, Kenneth M., HUTCHINGS, Ralph T. Atlas colorido de anatomia de superfície: Clínica e aplicada. São Paulo: Manole, 1989. 310 p.
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: Ética do humano - compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes, 1999. 199 p.
BRIKMAN, Lola. A linguagem do movimento corporal. São Paulo: Summus, 1989. 111 p.
BRUNO, Marilda M. G. O desenvolvimento integral do portador de deficiência visual: Da intervenção precoce a integração escolar. São Paulo: Newswork, 1993. 144 p.
CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação: A ciência, a sociedade e a cultura emergente. São Paulo: Cultrix, 1982. 411 p.
DI BIASI, Francisco. O homem holístico: A unidade mente-natureza. Petrópolis: Vozes, 1995. 204 p.
GERMAIN, Blandine C. Anatomia para o movimento: Introdução à análise das técnicas corporais. São Paulo: Manole, 1992. 1-2 v. 301 p.
GONÇALVES, Maria A. S. Sentir, pensar, agir: Corporeidade e educação. 2.ed. Campinas: Papirus, 1997.195 p.
KAPANDJI, I. A. Fisiologia articular: Esquemas comentados da mecânica Humana. São Paulo: Manole, 1990. 1-3 v. 296 p.
KIELHOFNER, G.W. Uma meditação sobre o uso das mãos: O corpo vivo e suas implicações para a Terapia Ocupacional. in: V Congresso brasileiro e IV Simpósio latino americano de Terapia Ocupacional, tradução de MANCINI, M. C., BARBOSA, V.M., Belo Horizonte: 28 a 31 de outubro de 1997.
LEITE, Evaldo M. Evolução histórica dos conceitos e das práticas de saúde e de cura no Oriente. in. Simpósio ''saúde integral no limiar da era da alta tecnologia''. São Paulo: 10 a 12 de maio de 1996. p. 19.
MEDINA, J.P.S. A educação física cuida do corpo... e ''mente''. 14. ed. Campinas: Papirus, 1996. 96 p.
______. O brasileiro e seu corpo. 3. ed. Campinas: Papirus, 1991. 135 p.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1994. 662 p.
NAPIER, John R. A mão do homem: Anatomia, função, evolução. Rio de janeiro: Zahar, 1983. 182 p.
PASTORINO, Maria L. Medicina Floral de Eduard Bach. São Paulo: Clube de estúdio, 1992. 156 p.
PORTO, Eliane T. R. Corpo-Movimento-Vida: Ser 'diferente-deficiente'. Corpoconsciência. Santo André: Faculdade de Educação Física de Santo André, n. 6, p. 53-68, jul./dez. de 2000.
REZENDE, A. L. M. Processo Saúde-doença, in: REZENDE, A. L. M. Saúde-dialética do pensar e fazer, capítulo V, São Paulo: Cortez, 1996. p. 86.
SANT'ANNA, Denise B. Corpo e história. Cadernos de subjetividade. São Paulo: Núcleo de estudos pós-graduação em psicologia clínica da PUC-SP, v. 1, n. 1, p. 243-266, 1993.
SILVA, Breno M. e MARQUES, Ednamara B. V. Os remédios florais de minas: Apontamentos para uma medicina de almas. Belo Horizonte: Luzazul, 1992. 103 p.
VÁZQUEZ, Adolfo S. Filosofia da práxis. 4. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1990. 455 p.
VIEIRA FLILHO, Henrique. Auto-regulamentação da Terapia Holística: Normas técnicas setoriais voluntárias da Terapia Holística. Apresenta informações sobre Terapia Holística. Disponível em: http://sinte.com.br/modules.php?name=SINTEntsv. Acesso em 25 mai. 2004.
___. Florais de Bach: Uma visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica. São Paulo: Pensamento, 1994. 155p.
WINNICOTT, D. W. A natureza humana. Rio de Janeiro: Imago, 1999. 221 p.




 

TELMA ALVES DE ALMEIDA FERNANDES LEITE
Terapeuta Holística - CRT 24406

Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados


... e de repente, naquele simples aperto de mão, na troca recíproca de uma espécie de energia que fluía naturalmente entre dois corpos humanos, percebi enfim o que significava o SER...
Medina
Durante o curso foi estudada a expressão corporal que exige dos terapeutas holísticos uma reflexão mais aprofundada por portar além do movimento em si uma natureza subjetiva. Tal compreensão auxilia a leitura de mensagens não verbais, que são imprescindíveis ao processo terapêutico.
E foi a partir dessa compreensão que Edward Bach passou a procurar uma terapêutica natural. Conforme Pastorino (1992, p. 7) ao referir que uma noite encontrava-se Bach entediado em um jantar formal quando passou a observar as pessoas e chegou a conclusão de que todos os seres humanos podem ser classificados em grupos conforme seus gestos, sua forma de comer, de sorrir, suas atitudes corporais, suas expressões faciais, etc. Concluiu também que indivíduos de cada um desses grupos não sofriam das mesmas doenças mas, que reagiam da mesma maneira a ela e passou a tratar seus clientes de acordo com o grupo ao qual pertencia desenvolvendo assim a terapia floral, buscando flores com vibrações que harmonizasse cada um desses grupos.
O tema expressão corporal é vasto e fascinante, mas não cabe aqui, por se tratar de um trabalho monográfico, entrar em todas suas nuances. Porém para exemplificar sua importância propõe-se uma meditação sobre o gesto humano com o objetivo de compreender a importância da visão holística.
Estudando o gesto de uma forma reducionista usando, por exemplo, a Cinesiologia dificilmente poder-se-ia compreender seu significado. A Cinesiologia é definida como estudo do movimento humano, porém, discordando desta definição Almeida (1999) afirma que a Cinesiologia visualiza o movimento ''como um conjunto de alavancas, dobradiças e vetores de forças representados por músculos, articulações e seus possíveis arcos. (...) a Cinesiologia está próxima à Mecânica e à Engenharia...'', em seguida ressalta que '' as ações humanas são muito mais que arcos cinesiológicos (...) a cada qualidade de movimento há sempre uma combinação muscular inédita, fato que a visão reducionista praticada pela Cinesiologia não consegue dar conta...'' e conclui que o movimento na Cinesiologia '' é abstrato, (...) sem vinculação com o fazer (...) propostas terapêuticas que se baseiam exclusivamente na Cinesiologia não reabilitam o movimento humano (...) mas sim, voltam-se (...) para a reconquista de um arco de movimento.''
Observando o gesto humano fica fácil perceber a necessidade de uma visão que vá além da Cinesiologia. Cada movimento humano é diferente, se comparado com o de uma pessoa de faixa etária diferente, de diferente gênero, cultura, classe social e no mesmo indivíduo a cada momento.
Se o terapeuta considerasse um gesto apenas com o enfoque cinesiológico, sem uma reflexão sobre o seu significado estaria a empobrecê-lo substancialmente. O aperto de mão carregado de emoção, como no exemplo acima, é um movimento repleto de significado que transcende o ato. Napier (1983, p. 37) lembra que o aperto de mão pode ser realizado de diversas formas, pode ser ''...flácido, frio, cordial, vigoroso e sensual'' Boff (1999 p. 99) diz que '' Há algo nos seres humanos que não se encontra nas máquinas (...) o sentimento, a capacidade de emocionar-se, de envolver-se, de afetar e de sentir-se afetado (...) a dinâmica básica do ser humano é o pathos, é o sentimento...''
Merleau-Ponty (1994, p. 160) exemplifica a diferença entre um gesto e uma ação desprovido de intenção da seguinte forma:
Quando faço um sinal para um amigo se aproximar, minha intenção não é um pensamento que eu prepararia em mim mesmo, e não percebo o sinal em meu corpo. Faço sinal através do mundo (...) seu consentimento ou sua recusa se lêem imediatamente em meu gesto (...) a percepção e o movimento formam um sistema que se modifica como um todo. Se (...) percebo que não querem obedecer-me (...) modifico meu gesto (...) meu gesto de impaciência nasce dessa situação. (...) Se agora executo 'o mesmo' movimento, sem visar nenhum parceiro (...) quer dizer, se executo uma 'flexão' do antebraço sobre o braço e 'flexão' dos dedos, meu corpo, que havia pouco era o veículo do movimento, torna-se sua meta; seu projeto motor não visa mais alguém no mundo, visa meu antebraço, meu braço e meus dedos, e os visa enquanto eles são capazes de romper sua inserção no mundo...
Como ressalta Napier (1983, p. 53) ''o gesto constitui parte notável de nossa vida cotidiana.'' Para dar uma idéia da importância do gesto cita Paget (1869-1955) quando afirma que ''o homem pode fazer 700 mil gestos diferentes''. Napier (1983, p. 170) diz que '' a dança indiana compreende, pelo menos, quatro mil posições das mãos e dedos, as quais, quando coreografadas, contam uma história ou ilustram um mito.'' E acrescenta que ''em Samoa e muitas outras ilhas da Polinésia, são características as danças que consistem quase puramente em gestos das mãos.''Ao falar de expressão gestual Kapandji (1990, p. 282) ressalta que a mão ‘‘desempenha um papel primordial no contato social e, sobretudo afetivo (...) o gesto mais banal da vida cotidiana do homem ocidental, o aperto de mão, representa um contato carregado de significado simbólico.’’ E divide a expressão gestual em codificada como no caso da comunicação entre surdos-mudos e instintiva que segundo ele ‘‘constitui uma segunda linguagem; diferentemente do sistema de comunicação falada, seu significado é universal.’’ Como exemplo cita o aplauso em sinal de aprovação, o indicador apontado em sinal de acusação, etc. E continua dizendo que, ‘‘freqüentemente o gesto substitui a palavra e é suficiente por si só para exprimir os sentimentos e as situações.’’
Vázquez (1990, pp. 271-272) afirma que ''As mãos exprimem de modo sensível e concreto relações humanas, quer entre indivíduos, quer entre grupos sociais. E essa capacidade da mão de demonstrar os sentimentos (...) tem por base sua estreita vinculação com a consciência.''
Conforme expressa Gonçalves (1997, p. 103) ''A linguagem corporal, que se expressa (...) nas mãos (...) em toda a presença do corpo, permite uma compreensão do Outro de forma direta (...) uma apreensão do sentido de seu gesto (...) de sua emoção de seus sentimentos...’’
Napier (1983, p, 176) diz que ''seja como for, o gesto constitui um enriquecimento da comunicação e um aperfeiçoamento da compreensão entre indivíduos. É a linguagem oculta que não tem vocabulário nem gramática. Permite que se expressem coisas que nunca poderão ser faladas.'' E conclui que ''se a linguagem foi concedida aos homens para esconderem seus pensamentos, então a finalidade dos gestos foi revelá-los.’’
Segundo Merleau-Ponty (1994, p. 130) '' não há um só movimento em um corpo vivo que seja um acaso absoluto em relação às intenções psíquicas, nem um só ato psíquico que não tenha encontrado em seu germe ou seu esboço geral nas disposições fisiológicas.’’
Medina (1996, p. 49) enfatiza que ''O ser humano se movimenta sempre de uma forma simbólica e expressiva. Aquele que não procura interpretar estas significações não pode estar sabendo exatamente o que está fazendo.'' E acrescenta que:
As sinergias musculares que caracterizam fisiologicamente o movimento humano serão tanto mais ricas quanto mais trouxerem em seu bojo uma expressão significativa da própria vida. Caso contrário, tornam-se gestos mecânicos em nada diferentes daqueles de que é capaz um robô ou uma máquina qualquer. Ampliar esta significação é papel de uma Educação Física [e também de uma Terapia Ocupacional] plenamente consciente de seu valor humano. Medina (1996, p. 48)
No passado o homem possuía maior integração com seu corpo, por viver da caça, por precisar se defender, etc. Com a civilização os gestos foram se tornando formalizados ''bons modos'', os impulsos naturais tanto de raiva quanto de afeto foram sendo podados. Rompendo assim com a natureza, reprimindo a espontaneidade e conseqüentemente criando uma constante tensão interna, gerando estresse e um sentimento de inadequação. Gonçalves (1997, p. 17) designa este fenômeno de descorporalização. Napier (1983, p. 169) oferece um exemplo marcante do controle proposital sobre os gestos quando cita que ''o político (...) dos tempos modernos é colocado numa mesa ou poltrona, dependendo do grau de formalidade requerida, com os movimentos de braços e mãos restringidos e, na maioria das vezes, fora do enquadramento.’’
Para a Terapia Holística, é de fundamental importância a compressão da expressão corporal e do problema da descorporalização, para que um dos seus objetivos possa ser o resgate da articulação do gesto espontâneo, buscando a harmonia do ser humano.

9 O PAPEL DO TERAPEUTA FLORAL DE BACHAssim como é sentido, é realizado.
Provérbio hindu

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 30/05/2007 14:16


FLORAIS DE BACH: Um ensaio de atendimento terapêutico

FLORAIS DE BACH: Um ensaio de atendimento terapêutico


Enquanto nossas Almas estiverem em harmonia com nossas personalidades,
tudo será alegria e paz, felicidade e saúde.

O conflito surge quando nossas personalidades são desviadas do caminho estabelecido por nossas almas,
seja por causa dos nossos desejos terrenos, seja pela persuasão de outras pessoas.

(Edward Bach, 1991, 64)

AGRADECIMENTOS

Ao SINTE, que me proporcionou o acesso a esse conhecimento;

Ao docente Henrique Vieira Filho, por sua dedicação e seriedade;

A todos autores e autoras citados na bibliografia, que enriqueceram meu aprendizado em aula;

Aos meus clientes, que confiam em minha capacidade de trabalho e incluíram a terapia floral em seus atendimentos, dando-me constantemente retorno sobre os resultados em curso;

Especialmente a Maria e a Joana, clientes, que cederam os dados para os estudos de caso.

SUMÁRIO

FLORAIS DE BACH: UM ENSAIO DE ATENDIMENTO TERAPÊUTICO

Eulalia Fernandes

Resumo:

O trabalho apresenta um breve estudo sobre a terapia com Florais de Bach, complementado pela abordagem dos cinco movimentos chineses. Os estudos foram desenvolvidos tomando como base aulas do curso e pesquisa bibliográfica, cuja visão geral é apresentada na fundamentação teórica. São apresentados dois estudos de caso de clientes que estão sendo acompanhados semanalmente e são feitas as descrições e análise do acompanhamento terapêutico, bem como indicadas as recomendações complementares. As conclusões mais significativas indicam que a terapia feita através das recomendações dos florais exige uma atenção continuada e permanente por parte do terapeuta, pois as alterações de estados emocionais se fazem, muitas vezes, semanalmente, exigindo mudanças constantes para a eficácia dos atendimentos. Isto posto, entendemos a terapia floral como uma dos principais suportes de atendimentos da terapia holística.

1. INTRODUÇÃO

O pensamento ocidental de interpretação do ser humano contemplou, nos seus mais diversos enfoques, uma visão voltada para o racionalismo, segundo a qual tratar da saúde e da qualidade de vida, por exemplo, representava saber "decodificar a máquina humana" em seus mais variados aspectos. Em outros termos, significava restringir-se a tratar do corpo humano, dos sistemas que compõem a matéria física em suas particularidades e especialidades.

Nos últimos anos, no entanto, particularmente na última década, estudos e pesquisas têm-se voltado para outros saberes e a própria ciência, no ocidente, passou a buscar entender o homem sob vários outros aspectos. Esta nova lógica de interpretação está, finalmente, em desenvolvimento, sob a responsabilidade de todos os estudiosos que, nos diversos campos do saber, buscam referir-se às questões que envolvem o desenvolvimento humano em suas diversas facetas, sejam elas da área científica, tecnológica ou das ciências humanas. A terapia holística, campo em que se inserem as investigações deste trabalho, inclui-se entre estas novas formas de interpretação do universo humano. Particularmente, visa buscar a saúde e a qualidade de vida contemplando o ser humano como um todo, que é o que representa o termo holístico, do grego oloV (holos). Assim, "uma visão holística do homem é uma visão que se refere ao conjunto, ao todo, em suas relações com as partes, à inteireza de todos os seres" (WEIL, 1991).

Pautando-se nestes princípios e sem a intenção de substituir os métodos tradicionais, este trabalho propõe apresentar possibilidades de descrever, analisar e cuidar de desequilíbrios energéticos, que é a forma pela qual a terapia holística busca entender, restaurar ou preservar a saúde e a qualidade de vida dos seres humanos, animais e plantas. Para alcançar este objetivo, pretendemos apresentar um estudo sobre a terapia com Florais de Bach, através de uma breve apresentação teórica e a descrição de dois estudos de caso.

O trabalho apresenta, como estudo complementar, uma pesquisa sobre os movimentos chineses e temos como finalidade ilustrar como esse conhecimento pode tornar-se um significativo instrumento auxiliar para o terapeuta em seus atendimentos.

Diante dos estudos realizados, em termos de nossa atuação profissional, entendemos que a Terapia Floral pode tornar-se terapia básica ou complementar a qualquer terapeuta holístico e passou a tornar-se cotidiana em nossa atuação profissional. Temos observado o quanto a inclusão deste procedimento tem sido bem aceita pelos clientes e os resultados dessa comunhão terapêutica se faz sentir de modo bastante eficaz.

Para apresentarmos nosso estudo, dividimos a dissertação em itens que obedecem aos pressupostos ditados pelas diretrizes do curso, subdividindo, quando necessário, em subitens que componham melhor a distribuição de seu conteúdo. Assim, o primeiro capítulo é composto por esta introdução; o segundo capítulo versa sobre o material e a metodologia adotados para o desenvolvimento do trabalho, apresentando 3 subdivisões: instrumental teórico e dados, fundamentação teórica, estudos de caso. O terceiro capítulo apresenta os resultados dos estudos de caso, identificando as questões mais significativas que abordam a tereapia com os clientes analisados; o quarto discute os resultados; o quinto apresenta as conclusões e, finalmente, no sexto, são feitas as referências bibliográficas. Não há apêndices e anexos, pois consideramos mais adequado apresentar a descrição dos casos e os atendimentos no próprio corpo do trabalho, sob o subtítulo "Estudos de caso".

2. MATERIAL E METODOLOGIA

A metodologia que sustenta nossos estudos e pesquisas apresenta-se sob a forma de estudos teóricos e levantamento de dados em dois clientes que serviram como informantes dos estudos de caso.

2.1. Instrumental teórico e dados

As fontes consultadas foram eminentemente as aulas dadas no curso, o livro texto do docente (Vieira Filho, 1994) e pesquisas nos livros por ele indicados, especificamente Bach (1991), Weil (1991), Jung (2001) e Hirsch (2003). Pesquisas na internet também foram efetuadas. Estas fontes são indicadas na bibliografia e atuaram diretamente na constituição do corpus teórico e da análise dos dados.

Os estudos de caso foram realizados pela observação direta em dois clientes que cederam os direitos de descrição, levantamento de dados e análise dos resultados. O levantamento de dados foi realizado através de um relato sobre o perfil dos clientes, inicialmente sob sua própria perspectiva e, em seguida, sob a nossa visão terapêutica. Em seguida, são apresentadas as sessões terapêuticas e relatados os atendimentos com as recomendações de florais, passo a passo. Finalmente, há uma abordagem do estudo complementar sobre os cinco movimentos chineses, aplicados às observações sobre estes clientes.

2.2. Fundamentação teórica

2.2.1. Aspectos gerais

Segundo Jung (2001,24),

A ciência não é um instrumento perfeito, mas nem por isso deixa de ser um utensílio excelente e inestimável, que só causa dano quando é tomado como um fim em si mesmo. A ciência deve servir e erra somente quando pretende usurpar o trono. Deve, inclusive servir às ciências adjuntas, pois devido a sua insuficiência, e por isso mesmo, necessita de apoio das demais. A ciência é um instrumento do espírito ocidental e com ela se abrem mais portas do que com as mãos vazias. É a modalidade da nossa compreensão e só obscurece a vista quando reivindica para si o privilégio de constituir a única maneira adequada de apreender as coisas.

Este enfoque sobre a visão do científico e do homem impulsiona os aspectos teóricos fundamentais deste trabalho. Colocarmos a ciência ao lado e não adiante nem atrás na análise do conhecimento do homem é, a nosso ver, cumprir adequadamente a função de prestigiar o enfoque holístico sobre as questões universais. É, assim, agrupar, nas palavras de Weil (1990, 27), os quatro campos do conhecimento moderno (arte, religião, ciência e filosofia), através da transdisciplinaridade.

Sob estas bases, ainda contemplando a visão de Weil (id.ib., 27 e 36), é possível reunir as funções psicológicas no plano individual, através de terapias ocidentais e orientais e admitir uma abordagem holística do real através:

a) da transformação individual graças à identificação e à dissolução dos obstáculos do plano humano;

b) do fornecimento de um apoio para a transformação cultural no plano da sociedade a partir de uma harmonia entre o homem e todos os outros seres;

c) do retorno a uma relação harmoniosa com a natureza e o universo em geral.

É sob esta visão que vemos enquadrar-se o terapeuta holístico. Sua formação deve estar fundamentada na busca por um profundo estudo sobre a natureza humana e, segundo Bach (2001, 52), deve estar voltado para uma grande percepção do puro e do perfeito, buscando uma compreensão do estado divino do homem e o conhecimento de como assistir àqueles que sofrem, de modo que possam harmonizar a personalidade com a alma. Para alcançar este objetivo, o trabalho do terapeuta junto a seu cliente é o de perceber continuamente o conflito mental mais evidente e buscar os recursos que possam ajudá-lo a superar este estado e, ao mesmo tempo que estimula a sua coragem de recuperar-se, deixar que a força interior do próprio cliente atue sobre ele mesmo pois "todo verdadeiro conhecimento vem apenas de dentro de nós mesmos, através da comunicação silenciosa com a alma" (id. ib., 115 e 197).

Todas essas questões que tratam direta ou indiretamente da busca pelo conhecimento de si mesmo encontram, na terapia holística, uma força complementar para a transmutação de estados energéticos que são a sede do equilíbrio interior. O ser humano, como tudo na natureza é composto de energia e, por isso, está em constante troca com o ambiente que o cerca. Os padrões energéticos tanto do indivíduo quanto do ambiente que o cerca influenciam-se mutuamente podendo provocar tanto desarmonia e conflito quanto harmonia e desenvolvimento interior. Os corpos mais sutis, responsáveis pelos padrões dos níveis mental e emocional funcionam em constante mutação, o que provoca uma constante transformação da energia. O que determina a qualidade dessa transformação é a qualidade dos pensamentos e das emoções geradas pela pessoa. Assim, a terapia holística procura recursos que ajudem os indivíduos no resgate ou na manutenção de padrões energéticos mais harmônicos que possam beneficiar e facilitar a recuperação ou manutenção do equilíbrio interior.

É neste sentido que se destaca, entre outras, a Terapia Floral, objeto de nosso estudo.

2.2.2. A Terapia Floral

As essências florais possuem características energéticas específicas que podem influenciar os padrões energéticos das pessoas que as utilizam. Por serem energeticamente muito sutis, ajudam o ser humano a sintonizar-se ou harmonizar-se com as características que as compõem. Segundo Bach (2001, 110),

Cada flor corresponde a uma qualidade e seu propósito é fortalecer essa qualidade, de modo que a personalidade possa eliminar a falha que é a causa particular do bloqueio.

Segundo Bach, tudo o que o terapeuta tem a fazer, portanto, é observar o que está errado na natureza do cliente e recomendar a essência correspondente a este desequilíbrio (id.ib., 126). Outro aspecto fundamental a ser observado é o de que o desequilíbrio de antes não deve ser levado em conta em relação ao desequilíbrio de hoje. Em outros termos, o que interessa investigar é o estado atual do cliente, exatamente como se apresenta a cada sessão terapêutica. Nestes termos, "quando o vemos e mesmo que o vejamos novamente numa semana vindoura, ele será outra vez um novo cliente" (id.ib., 190), pois os estados emocionais mudam constantemente e cabe ao terapeuta atuar sobre os estados atuais, sempre novos e não sobre etapas passadas, muitas vezes, já vencidas. Assim, o terapeuta acompanha a busca do conhecimento interior do seu cliente e ajuda-o a harmonizar-se, renovando-se dia-a-dia.

De acordo com o estado particular em que se encontra o cliente no decorrer dos atendimentos, desenvolve-se uma postura emocional e mental definida que, conseqüentemente, provoca resultados sobre ele mesmo e tudo que o cerca. Este estado mental e emocional é que aponta ao terapeuta a causa real do problema que provoca o desequilíbrio energético e é a chave para a atuação terapêutica bem sucedida.

Um outro lado da questão a ser abordado refere-se aos problemas físicos. Tomando como base que o corpo físico apenas reflete o estado dos centros energéticos, ele materializa desequilíbrios através de problemas físicos. Por isso, segundo Bach (1191, 61),

...mesmo que o tratamento material seja aparentemente bem sucedido, isso não é nada mais do que um alívio temporário, a menos que a verdadeira causa seja eliminada. Em muitos casos, a recuperação aparente é prejudicial, uma vez que oculta a verdadeira causa do problema e, na satisfação da saúde aparentemente renovada, o fator real, ao passar despercebido, pode ganhar força.

A terapia com florais não só atua no sentido da recuperação e resgate de um desequilíbrio energético que causa um mal físico como previne a materialização no corpo físico de desequilíbrios energéticos em formação. Deste modo, não só orienta o terapeuta no tratamento a ser dado a um problema físico que se já apresenta, como também avisa com antecedência da possibilidade de um desequilíbrio em formação, permitindo impedir que venha a se manifestar (id.ib., 175)

A Terapia Floral é, portanto, um importante instrumento terapêutico em si mesmo, mas é também um recurso que se presta como complemento a qualquer terapia holística ou mesmo a métodos terapêuticos da medicina tradicional.

Assim como a Terapia Floral, outros recursos visando a uma visão holística do homem podem ser enumerados neste trabalho e escolhemos, como complementação, um estudo de base oriental, para exemplificarmos a concretização dos dizeres de Weil (cf. item 2.2, p. 9), que afirma ser possível reunir as funções psicológicas do plano individual, através de terapias ocidentais e orientais para admitir uma abordagem holística do real. Escolhemos para este fim, um breve estudo sobre os cinco movimentos chineses.

2.2.3. Os cinco movimentos chineses

O estudo dos cinco movimentos chineses iniciou-se há cerca de três mil anos. Segundo Hirsch (2003, 13),

Essa arrumação do mundo em cinco partes é representada por uma estrela de cinco pontas, cada uma das quais recebe o nome do elemento natural que mais se identifica com aquela maneira de ser. Água para a energia que é fria, fluida, pesada, escura, yin. Madeira para energia morna que brota, sobe, ocupa e determina espaços – o começo do movimento yang. Fogo, para a energia quente, leve, luminosa e exuberante que se espalha com facilidade: yang. Terra para a energia neutra sobre a qual tudo repousa, estabilizadora, receptiva. Metal para a energia fresca e seca que desce, concentra, contrai – o começo do yin.

Estes elementos podem representar o funcionamento do corpo humano tomando, como base, cinco órgãos fundamentais: fígado, baço, coração, pulmões e rins, ligando-os a cinco outros com quem estabelecem uma atuação em parceria: vesícula biliar, estômago, intestino delgado, intestino grosso e bexiga.

Hirsch (id.ib, 14 sgs.) e Vieira Filho (2004) observam que estes movimentos conferem um círculo, estabelecendo ciclos e mudanças que se interdependem. Assim, a água (rins, bexiga) se transforma em madeira (fígado, vesícula), que se transforma em fogo (coração, intestino delgado), que se transforma em terra (baço, estômago), que se transforma em metal (pulmão, intestino grosso), que se transforma em água (rins, bexiga), estabelecendo um movimento que nasce, cresce, atinge o alto, desce, morre e renasce. Do mesmo modo, cada elemento nutre e fortalece o outro, bem como pode dominar ou ser dominado por outro, estabelecendo duas leis: a lei da geração e a lei da dominação. A lei da geração (mãe e filho) apresenta uma relação de benefício entre os órgãos e elementos que se inter-relacionam e a lei da dominação (dominante e dominado) mostra as possibilidades de atuação direta de um desequilíbrio do dominante em relação ao dominado. Assim, em termos de benefício, podemos dizer que a madeira (fígado, vesícula biliar) queima (nutre) o fogo (coração, intestino delgado), de cujas cinzas se forma (nutre) a terra (baço, pâncreas, estômago), em cujo ventre se condensa o metal (pulmões, intestino grosso) que expulsa a água (rins, bexiga) da qual brota a madeira (fígado, vesícula). Em termos de dominação, podemos observar que a água (rins, bexiga) apaga o fogo (coração, intestino delgado), que funde o metal (pulmão e intestino grosso), que corta a madeira (fígado, vesícula biliar), que esgota a terra (baço, pâncreas, estômago), que absorve a água (rins, bexiga).

O estudo dinâmico dessas combinações pode dar ao terapeuta uma visão do comportamento dos meridianos, ajudando-o a perceber melhor os desequilíbrios e suas correlações.

Estes órgãos e seus meridianos estão, também, sintonicamente ligados a estados atmosféricos, períodos do dia ou do ano, atitudes interiores, sabores, direções cardeais, qualidades sutis e emoções negativas, cores, enfim, várias características dentre as que podem ser observadas nos quadros, a seguir (Vieira Filho, 2004):

Órg. Fund.

Elemento da natureza

Estação

Clima

Horário

Direção

Cor

Fígado

Madeira

Primavera

Vento

23 às 3

Leste

Verde

Coração

Fogo

Verão

Calor

11 às 15

Sul

Vermelho

Baço

Terra

Final do verão

Umidade

7 às 11

Centro

Amarelo

Pulmões

Metal

Outono

Secura

3 às 7

Oeste

Branco

Rins

Água

Inverno

Frio

15 às 19

Norte

Preto, azul

Quadro 1 – Características ligadas à natureza

Órg. Fund.

Parceiro

Partes governadas

Sentido

Emoção

Sabor

Odor suspeito

Fígado

Vesícula

Músculos, defesas genitais

Visão

Raiva, extroversão

Ácido, azedo

Rançoso

Coração

Intestino delgado

Circulação,

temperatura

Tato

Excitação, apatia

Amargo

Queimado

Baço

Estômago

Peso, veias, artérias, digestão, memória, pensamentos

Paladar

Reflexão, dúvida, insatisfação

Doce

Perfumado

Pulmões

Int. grosso

Pele, respiração

Olfato

Tristeza, alegria serena, introversão

Picante

Acre

Rins

Bexiga

Ossos, ciático

Audição

Medo,

força

Salgado

Pútrido

Quadro 2 – Características ligadas ao indivíduo

É possível, através do estudo dos cinco movimentos chineses, obter um importante apoio à atuação terapêutica, tanto no que se refere à interpretação dos desequilíbrios, quanto nas recomendações terapêuticas propriamente ditas. Além disso, pautando-nos em Hirsch (2003), é possível, também, ter um apoio complementar na recomendação dos tipos de alimentos que podem ajudar a constituir o equilíbrio energético, uma vez que os alimentos, mais especificamente os sabores, "guardam um movimento dentro de uma forma" (id.ib., 62). Vale ressaltar, no entanto, que não cabe ao terapeuta holístico determinar dietas alimentares a seu cliente, pois isto é uma atividade da clínica médica. O que podemos sugerir é a escolha de alimentos que possam fazer parte de sua alimentação cotidiana, sem que se constituam uma indicação, mas apenas uma sugestão, tendo em vista a qualidade de certos alimentos que possam favorecer a atuação energética dos meridianos. Evidentemente, devemos alertar nossos clientes sobre a necessidade de, em primeiro lugar, atenderem às recomendações de seu clínico particular e, só, então, dentro das determinações propostas por ele, escolher, se assim acharem conveniente, entre os sabores que possam, complementarmente, facilitar o equilíbrio energético dos meridianos sobre os quais o terapeuta holístico detém sua atenção, naquele momento.

Isto posto, numa visão geral, podemos dividir os sabores em picantes, que ativam a circulação de energia e fazem suar; doces, que acalmam sensações agudas de desconforto e neutralizam os efeitos tóxicos de carnes e peixes; ácidos (e adstringentes), que podem obstruir os movimentos e conter diarréias e suores excessivos; salgados, que amaciam a rigidez de músculos e glândulas e os amargos que reduzem o calor do corpo, drenam fluidos corporais e provocam eliminações intestinais (id.ib., 63).

Os alimentos também apresentam movimentos e esta característica também pode auxiliar o movimento da energia em determinadas direções dentro do corpo (Hirsch, 2003, 65 sgs). Assim, os alimentos que agem para cima e para fora fazem transpirar, eliminar, vomitar, abrir os orifícios, dispersar o frio e o vento. Geralmente, são os alimentos picantes e doces, de natureza morna ou quente (Hirsch apresenta uma tabela com os alimentos, citando todas essas características); os alimentos que agem para baixo e para dentro favorecem a purgação, eliminam o calor, ajudam a urinar, eliminam acúmulos, revertem as contracorrentes de energia, tranqüilizam o espírito, acalmam o vento. Aparecem sob a forma de alguns dos alimentos ácidos, amargos, salgados ou doces, desde que apresentem natureza fresca ou fria; os alimentos que agem só para fora fazem suar e reduzem a febre. Hirsch não apresenta mais especificações a respeito; os alimentos que agem só para dentro facilitam os movimentos intestinais e reduzem o inchaço abdominal. Do mesmo modo, Hirsch não tece comentários mais específicos, mas, como no caso anterior, a consulta à tabela dos alimentos pode elucidar e indicar os alimentos mais convenientes para estes objetivos; os alimentos que agem só para cima aliviam a diarréia, problemas do reto e do útero, bem como do estômago; os alimentos que agem só para baixo aliviam sensações de vômito, soluços e problemas pulmonares, bem como podem aliviar a tosse.

Tomando como base as características dos cinco movimentos, é possível ao terapeuta servir-se desse conhecimento milenar como importante instrumento complementar de atuação terapêutica, estudando as leis de geração e dominação determinadas em cada estudo de caso. Do mesmo modo, se assim o desejar, pode sugerir ao cliente, obedecidas as recomendações médicas e tomando o cuidado de não se dar o direito de determinar dietas alimentares, sugerir sabores que possam ajudar o movimento dos meridianos em suas inter-relações.

Assim, terminamos nossa exposição teórica e passamos a descrever os estudos de caso que compõem a parte prática de nosso trabalho.

2.3. Estudos de caso

2.3.1. O caso de Maria

Este primeiro estudo caracteriza-se por apresentar uma cliente, doravante sob o pseudônimo de Maria, com desequilíbrio acentuado no chacra cardíaco, meridiano do pulmão. Segundo suas palavras, apresenta este problema desde a infância e chegou a um estado insuportável, com medicamentos tradicionais fortíssimos que não fazem mais efeito. Assim, a partir de março de 2004, resolveu trocar de médico (pela quinta vez, em dois anos), desta vez para um especialista em medicina japonesa, Dr. Maurício, Protologista, Cirurgião Geral, Acupunturista e Homeopata, também especialista em Videolaparoscopia.

Este novo médico suspendeu toda a medicação da medicina tradicional ocidental e passou a tratá-la exclusivamente através da acupuntura e da homeopatia.

A cliente procurou-me para terapia através do Reiki e a Terapia Floral foi incorporada ao atendimento. Acedeu, gentilmente, ser relatada como um de meus estudos de caso, desde que preservado seu anonimato.

O presente estudo dá especial atenção ao atendimento através dos florais e aborda, também, um trabalho complementar baseado nos cinco movimentos, fundamentado, principalmente em Hirsch (2003), de acordo com os pressupostos apresentados na fundamentação teórica.

Quem é

Maria, segundo suas próprias palavras

Maria é casada, sem filhos, aposentada e nasceu no dia 03 de maio de 1935. Em nosso primeiro contato, Maria disse estar "chumbada por este problema do pulmão" que a persegue desde a infância, mas que "agora decidiu se instalar pra valer". Muito extrovertida em suas colocações, relatou que teve uma infância feliz até os oito anos de idade, quando perdeu sua mãe. Desde então, sua vida parece que perdeu um pouco a cor, pois sente saudade dela até hoje, aos 69 anos. Segundo recorda, "este meu problema" começou pouco depois disso e passou a ser mais um caso em uma família que apresenta problemas semelhantes. Em termos de saúde, de resto, diz que sua vida foi relativamente normal. Maria diz ter problemas de coração. O que a preocupa, no entanto, é "esse problema de pulmão que não me larga e que está acabando comigo. Fico cansada, há dias que penso que não terei forças nem para respirar. Assim, decidi procurar, mais uma vez, outro médico, pois os quatro que já tive só me encheram de corticóides e não me curaram de jeito nenhum. Não sei se vou acabar morrendo por tanto tomar corticóides ou se por que não consigo mais respirar". Por essa razão, Maria tomou a decisão radical de procurar um médico "diferente, que enfrente o touro à unha e me ponha boa". Conta, também, com o auxílio do Reiki e por isso me procurou. Diante da possibilidade de ser atendida com acompanhamento de florais, acedeu imediatamente, dizendo que "assim, estará cercada dos cuidados necessários por todos os lados... agora ou vai ou racha". Aproveitei a oportunidade e ofereci os conhecimentos baseados nos cinco movimentos chineses e ela, igualmente, disse estar disposta a seguir "todas as orientações que puder ajudá-la a se curar".

Todo o resto da entrevista girou em torno de sua vida cotidiana, seus hábitos e suas atividades. Mostrou-se falante e solidária, embora parecesse apresentar, como pano de fundo, uma facilidade muito grande a indignar-se diante do comportamento das pessoas que a cercam. Chamou-me a atenção o fato de manter uma postura de tristeza diante da falta da mãe e parece compensar isso ajudando continuamente as pessoas, mesmo em sacrifício de si mesma.

Maria respondendo a algumas questões iniciais

Ainda nesta sessão de apresentação, aproveitei para saber mais um pouco dessa minha nova cliente.

Perguntei-lhe, inicialmente, se o funcionamento intestinal era normal. Ela disse que sim, e também o urinário. Bebia bastante água e urinava bastante também. Indaguei se sentia alguma dor e ela disse que não... ou... raramente, dor de cabeça. O problema que tinha era mesmo do pulmão.

Perguntei-lhe, então, sobre a alimentação sólida e líquida. Disse-me que comia de tudo mas que preferia mais os doces a os salgados. De líquidos, bebia mais água e chá.

Sobre vícios, disse-me que nunca fumou e não gosta de beber.

Perguntei-lhe como sentia a tensão no corpo e me respondeu que através de uma imediata rouquidão.

Maria, enfim, sob o olhar terapêutico inicial

Maria apresenta desequilíbrio nos meridianos do pulmão (tristeza) e do fígado (indignação). O chacra laríngeo também apresenta bloqueios (fica rouca com facilidade, fala muito alto e sem parar). Tem temperamento muito agitado.

Apresenta-se muito cansada e parece triste, magoada. Tem a tendência de ajudar a todo mundo, como se fosse uma "empresa de prestação de serviços gratuitos" , mas olha pouco para si mesma. Parece direcionar suas atenções para fora, fugindo de suas próprias questões interiores.

Para fins da descrição deste estudo de caso, as sessões terapêuticas descritas a seguir, cobrem o período de 16 de março a 03 de maio de 2004.

Sessões terapêuticas

Maria procurou-me em meados de março de 2004, imediatamente após a última mudança de médico, tendo suspendido, sob sua orientação, toda a medicação que vinha tomando durante os dois últimos anos. Segundo Dr. Maurício, Maria "apresenta bloqueios consistentes nos meridianos do pulmão e do fígado (yang do fígado)". O médico também suspeita de "problemas na vesícula", mas não está preocupado com investigar isso no momento.

Na primeira fase (março), o atendimento passou a ser realizado três vezes por semana, em sua casa, pois estava completamente incapacitada para sair ou esforçar-se. Apresentava-se constantemente trêmula, arfante e tensa e ficava em pé com dificuldade, saindo apenas para as sessões de acupuntura, duas vezes por semana.

A partir de abril, no entanto, Maria já apresentou alguma melhora. Conseguia respirar melhor e, embora continue sendo atendida por mim em sua casa, as sessões passaram a ser semanais, com algumas exceções, em casos de crises fortes.

Terapia Floral - Relato dos atendimentos:

Quadro inicial:

16 de

março

Conversamos muito sobre as questões que envolvem sua tristeza (perda da mãe aos 8 anos de idade) e sua pouca atenção a si mesma.

Sentia-se sem forças, desanimada, triste. Sente-se só.

Teve uma crise muito forte, quase desmaiou e teve de ser atendida no Prontocor, de madrugada. Achou que iria morrer e isso foi uma sensação muito forte para ela.

O marido está habituado a ser cuidado e não a cuidar e isso está interferindo muito no processo terapêutico. Ele também está sendo atendido e recebe Reiki e florais. Aceitou o atendimento e percebo que parece receptivo a mudanças, embora com muito esforço.

Ambos têm mais de 60 anos (ele 63 e ela 69). Parecem se gostar muito, mas estão sofrendo muito com essa mudança total de hábitos (troca de papéis de quem cuida e quem precisa ser cuidado).

Maria parece sentir-se um pouco chocada, principalmente depois de ter sido levada com urgência para o Prontocor. "Parece que aconteceu uma tempestade e eu não vejo a luz do sol, pois as nuvens não vão embora, essas crises não passam".

Florais indicados inicialmente:

Star-of-Bethlehem (choque forte com tudo que aconteceu, principalmente seu atendimento de emergência, no Prontocor – atuar na esperança), Olive (força, atuar na paz após a crise), Gorse (falta de esperança de se curar, não vê saída, a vida não sai disso), Gentian (tristeza por causa conhecida – morte da mãe, falta de saúde)

23 de março

Maria está muito desanimada. Sente falta do vigor de antes, quando tomava a medicação tradicional. Agora, segundo ela "está imprestável, continua não conseguindo respirar, tem crises, fica trêmula, pensa que vai morrer. Sabe que seu organismo estava viciado na medicação anterior e que as doses estavam cada vez mais fortes, mas, mesmo assim, não sabe se o que está fazendo vai resolver o seu problema, pois não agüenta se ver assim, prostrada, dependente".

Busco saber como se sente depois que sai da acupuntura e ela me diz que sai bem, mas o bem-estar dura apenas um dia ou dois.

Mantenho os mesmos florais e pergunto se ela está seguindo alguma dieta alimentar receitada pelo médico e ela diz que não. Pergunto se ela gostaria de acrescentar um cuidado na alimentação, com alguns alimentos específicos que poderiam ajudar o seu desequilíbrio, deixando bem claro que não é uma dieta, mas apenas sugestões de alimentos que poderiam ser incorporados ao seu cotidiano. Ela me responde que come de tudo e que não haveria problema sugerir alternativas. Baseando-me no estudo sobre os cinco movimentos, fiz algumas sugestões complementares que serão descritas em outro item, mais adiante.

29 de março

Maria sente-se mal. Diz que não pode mais atender a suas amigas que dependem dela para tomar providências. Telefonam e se aborrecem, pois ela não consegue mais "ser útil" como antes.

Para chamar sua atenção sobre as necessidades de atender primeiro a si mesma, digo a Maria que a "empresa de prestação de serviços gratuitos" também precisa olhar-se no espelho e que não há nada demais ser ajudada também. Está na hora de cuidar-se e não de cuidar dos outros. Maria diz que não consegue ser diferente, não consegue mostrar às amigas que não está com "má vontade" e, sim, que "ela não está mesmo em condições de ajudar". Maria dá a impressão de que se sente obrigada a prestar esses serviços e não sabe ser diferente, pois sempre foi assim. Ao mesmo tempo, sinto que parece estar magoada com a incompreensão das amigas e não quer confessar a falta de solidariedade que está sentindo. Coloco a questão em pauta e ela acaba concordando e diz que gostaria que elas percebessem realmente seu estado e a deixassem um pouco em paz... nesse momento, pela primeira vez, sinto Maria com lágrimas nos olhos.

Aproveito a oportunidade e toco na questão da mãe. Pergunto-lhe se ela quer ser para os outros a mãe que nunca teve... e... também... cuidar dos "filhos" que nunca teve. Maria realmente se emociona, chora um pouco e eu procuro dizer que, primeiro, é necessário ser mãe e filha de si mesma. Pela primeira vez, a Maria falante silencia e, enquanto, aplico Reiki, ela parece pensar consigo mesma.

Ao final da sessão, diz que precisa mudar radicalmente de hábitos, mas não tem forças para isso. Digo-lhe que não precisa mudar radicalmente de hábitos. Na verdade, ela precisa mudar apenas o que a está fazendo infeliz... quem sabe... o caminho do meio. Digo-lhe que o tratamento médico, o Reiki, uso de florais, uma boa atitude consigo mesma pode ser um bom começo. Talvez trocar filas intermináveis de banco para as amigas por uma boa hidroginástica não fariam nada mal, de vez em quando. Maria sorri, também pela primeira vez, desde o início do tratamento terapêutico.

Tudo me fez crer que este dia foi um dos marcos de mudança de atitude de Maria consigo mesma. Não que tenha forças para começar a realizar algo diferente, mas parece que ficou mais consciente de seu estado e comportamento.

Terapia floral indicada:

Tirei o Star-of-Bethlehem.

Mantive Olive (força, atuar na paz após a crise), Gorse (embora tenha modificado um pouco a visão da falta de esperança de se curar, não vê saída, a vida não sai disso), Gentia (tristeza por causa conhecida – morte da mãe, falta de saúde – acrescido o sentimento de tristeza por causa do distanciamento das amigas). Acrescentei: Willow (tristeza por causa das amigas), Centaury (aprender a dizer não para as amigas, modo de gerenciar melhor a "empresa de prestação de serviços gratuitos")

Dias 5, 12 e 19 de abril

Mantiveram-se os mesmos temas, as mesmas emoções, embora parecessem mais amadurecidas. Maria começou a dizer às amigas que precisava de tempo para se cuidar. Nenhuma delas a visita e isso a deixa triste, embora não queira confessar.

Maria sente-se reconfortada com o atendimento, não apenas pela terapia em si, mas por sentir-se cuidada. Continua com crises de respiração, mas procuro inspirar-lhe confiança no tratamento médico e complementar. Sente-se impaciente, pois pensava que iria ficar boa em um mês e só agora percebe que o tratamento é de longa duração.

Mantive a mesma composição floral, acrescentando Impatiens.

26 de abril

Tive de viajar a trabalho. Em São Paulo, recebi um telefonema do marido de Maria, dizendo que ela estava muito ansiosa, havia passado muito mal e queria saber o que eu poderia fazer à distância. Disse-lhe que enviaria Reiki e que a visitaria tão logo chegasse. Maria veio ao telefone. Parecia realmente muito mal. Conversamos um pouco e não consegui acalmá-la.

Suspendi a recomendação floral anterior e indiquei apenas Rescue e disse-lhe que tivesse confiança, pois se sentiria melhor. Passei a ligar diariamente e senti que Maria parecia mais calma.

3 de maio

Maria continua muito tensa, desanimada. A mudança brusca de tempo parece estar influenciando muito seu estado e tem tido crises de respiração pelo menos uma vez por dia.

Terapia Floral:

Suspendi Rescue, mantive Gentian, Gorse, Willow, Impatiens e retirei os demais (Olive e Centaury).

No dia 6 de maio o marido me procurou dizendo que Maria não consegue dormir, fica ansiosa e angustiada durante toda a noite.

Realizei um atendimento de emergência, mantive a composição floral e sugeri que tomasse 4 gotas de Rescue duas horas antes de dormir, mais uma gotinha na hora de dormir e uma gotinha, a cada vez que acordasse.

Estudo sobre os cinco movimentos chineses e análise de Maria

Levando em conta a descrição do quadro de Maria e tomando como centro o meridiano do pulmão, me baseio na conjugação do elemento Terra atuando como elemento vitalizador do Metal (relação mãe / filho), enquanto que o Metal exerce dominação sobre a Madeira.

Assim, partindo do pressuposto de que a vitalização do baço-pâncreas pode fortalecer o pulmão e o cuidado com o fígado e vesícula biliar pode amortecer a dominação do metal sobre a madeira, busquei recursos em Hirsch (2003) que pudessem ajudar o quadro alimentar de Maria.

Além disso, busquei outros conhecimentos como os horários privilegiados e as qualidades dos sabores (picantes, doces, ácidos, salgados, amargos, sutis, moderados, fortes, tóxicos), seu movimento (para cima e para fora, para baixo e para dentro, só para fora, só para dentro, só para cima, só para baixo) e sua natureza (fresca, morna, quente, fria, neutra).

Neste estudo, foram apontados os seguintes aspectos:

O horário privilegiado do pulmão é das 3 ás 5 da manhã.

Os alimentos doces acalmam sensações agudas de desconforto (para as crises de Maria), os amargos drenam fluidos corporais (a secreção que Maria sente nos brônquios e a faz tossir compulsivamente)

Os alimentos que aliviam a ansiedade de respirar e que aliviam e a tosse (p.66) agem só para baixo.

Por estarmos no outono, quase no inverno, sugeri os alimentos de natureza fresca e fria, além dos neutros.

Seguindo esta composição, foram feitas as seguintes observações:

1) Maria realmente acordava e, às vezes, continua acordando, quase pontualmente às 3 horas da manhã e passa esta parte da noite especialmente angustiada. Expliquei-lhe a questão do horário, bem como o fato de o pulmão estar na mesma combinação do intestino grosso. Sugeri, então, que, quando acordasse à noite passando mal, buscasse colocar o intestino grosso em funcionamento, pois este poderia aliviar o pulmão. Desde então, Maria tenta evacuar neste horário e, realmente, diz que ajuda a sentir-se mais aliviada para respirar.

2) Expliquei a Maria a importância de cuidar melhor do baço, pâncreas e estômago e sugeri que conversasse com seu médico a respeito de sua alimentação. O retorno foi o de que toda a alimentação estava liberada. Sugeri, então que, sem deixar de alimentar-se normalmente, poderia, se quisesse, buscar, também, alimentos que não sobrecarregassem o baço, principalmente após as 18 horas, para que ele pudesse usufruir do cuidado que deveria tomar com o metabolismo, durante a noite. Assim, sugeri raízes brancas, alimentos sem gorduras e que evitasse a ingestão de leite, no período da noturno.

3) Para cuidar da alimentação, em geral, sugeri alimentos que fossem predominantemente amargos e doces e que agissem para baixo e buscamos alimentos de natureza fresca, fria e neutra.

Deixei bem claro que não era uma indicação terapêutica a ser cumprida, mas apenas uma sugestão para a composição alimentar, se ela achasse que pudesse ser interessante para ela. Deixei, também, claro, que a sugestão se referia ao que poderia complementar sua alimentação e nunca indicações do que deveria deixar de comer.

Com este quadro, no que se refere à alimentação, ajudei Maria e escolher os alimentos de sua preferência, entre os indicados nesta composição: natureza fresca, fria ou neutra (outono, inverno), que se movimentam para baixo (asma e tosse) e de sabores doce e amargo (para acalmar as sensações agudas de desconforto e ajudar a eliminação de secreções). De acordo com o quadro de Hirsch (2003, 77 e sgs) e levando em consideração também os meridianos indicados e o elemento terra (lei da geração), foram escolhidos os seguintes alimentos:

Abóbora redonda, aipo, alface, ameixa, amora, aspargo, banana, berinjela, broto de bambu, fígado de carneiro, cevada, chá verde, chicória, chuchu, cogumelo comum, couve-flor, espinafre, feijão branco, feijão de corda, feijãozinho verde, framboesa, óleo de gergelim, glúten, leite humano (de manhã), raiz de lótus, lúpulo, maçã, melancia, melão, milho, clara de ovo, pepino, pêra, soja amarela, tartaruga, tofu, farelo de trigo, trigo sarraceno, trigo.

Com esta descrição, encerramos o estudo de caso de Maria.

2.3.1. O caso de Joana

Este segundo estudo apresenta Joana, pseudônimo de uma cliente com acentuado desequilíbrio nos chacras laríngeo, pulmonar e plexo solar. Tem recebido atendimento através da Terapia Reiki há um ano e, a partir de fevereiro, aceitou a incorporação da Terapia Floral aos atendimentos. Joana tem formação psicanalítica e uma aguçada intuição que, na verdade, nega sentir. Sabe, no entanto, exatamente em que pontos energéticos estão minhas mãos, enquanto aplico Reiki, em algumas situações em que não a estou tocando, embora conserve os olhos sempre fechados. Vê cores correspondentes aos chacras que estão sendo estimulados através da imposição das mãos, embora não conheça nada sobre o assunto. Tem sensações de expansão de aura, durante as sessões, também sem saber do que se trata e não está muito interessada em saber por que tem essas percepções, pelo menos no que se refere a sua postura em nível consciente. Relata todas as suas sensações, buscando encaixá-las em seus conhecimentos científicos e, não encontrando respostas, busca apenas dizer que "mal não está fazendo e parece que está me deixando mais relaxada e aliviada das tensões". A verdade, no entanto, é que Joana parece estar bastante interessada em seu tratamento, nunca falta às sessões, lamenta quando tenho de viajar e não posso atendê-la em outro horário. Toma os florais indicados com cuidado e preocupa-se em perguntar se vamos continuar com os mesmos a cada sessão. Mostra-se bastante aberta ao tratamento e prefere conversar durante todo o tempo de aplicação de Reiki, sempre falando das sensações e do que elas trazem à tona (muitas vezes, lembranças de sentimentos e emoções passadas, o que ajuda muito na aplicação do Reiki e na indicação dos florais, pois fala abertamente, em estado de relaxamento).

Como no primeiro estudo de caso, este dá especial atenção ao atendimento através dos florais e faz referência estudo complementar baseado nos cinco movimentos, fundamentado, principalmente em Hirsch (2003), de acordo com os pressupostos teóricos apresentados neste trabalho. Joana não aceitou um aconselhamento de base alimentar, pois se diz "suficientemente frustrada em vários tipos de emoções e se dá o direito, pelo menos, de ter o prazer de comer". Mostrou-se aberta a ceder estes dados para o estudo de caso, desde que conservada em anonimato.

Quem é

Joana, segundo suas próprias palavras

Joana já foi casada e está sozinha há mais de 15 anos. Não tem filhos. É professora universitária e nasceu no dia 03 de maio de 1935.

Joana descreve problemas com articulações com técnica e precisão: teve vários entorces em um dos joelhos, no qual tem problem, embora não sério. Esta foi, no entanto, a queixa mais incisiva que apresentou no início dos atendimentos, há meses atrás. Embora tivesse freqüentado fisioterapia durante meses seguidos, nada resolvia e esta foi a principal razão de ter tentado Reiki. Atualmente, Joana não se queixa mais do joelho, passou a perceber que estava dormindo melhor e tendo creditado isto também às aplicações de Reiki, mais confiante, estendeu sua terapia a outros enfoques de desequilíbrios: está com muito peso (mais de cem quilos), não consegue conter sua vontade de comer ("meu único e real prazer, no momento, além de gostar de dar aulas"), sente uma câimbra insuportável no diafragma que a ataca inadvertidamente. Além disso, sente-se inchada. Está experimentando médicos diferentes para escolher um que realmente tenha confiança e busca, através do Reiki e da Terapia Floral condições de complementar seu tratamento. Tem consciência de questões emocionais a resolver, mesmo depois de 20 anos de psicoterapia e crê que os florais podem ajudar a trabalhar suas emoções, já que gosta de tratamentos naturais. Joana busca ser muito precisa em suas colocações e escolhe termos técnicos para descrever seus desequilíbrios. Sua tendência ao espírito científico impulsiona suas descrições. Parece esconder, no entanto, uma sensibilidade para os aspectos intuitivos subjetivos acurada, que passou a se mostrar no decorrer dos atendimentos.

Profissionalmente, não tem muita paciência com os alunos que, segundo ela "nunca são suficientemente dedicados. Chegam atrasados, não levam as coisas a sério e ela não permite deslizes". Reconhece que é bastante inflexível em muitas de suas colocações, mas sempre tem um bom motivo para isso. "Ah, reconheço que, muitas vezes, sou bastante autoritária nas minhas colocações, mas tenho boas razões para isso". Não conseguiu publicar, ainda, seu livro, pois está mexendo nele há dois anos e nunca fica bom... sempre acha imperfeições e não consegue dar por terminada a tarefa.

Joana respondendo a algumas questões iniciais

No início dos atendimentos, algumas questões tinham sido colocadas a Joana e obtiveram as respostas a seguir:

Perguntei-lhe como manifesta a tensão no corpo e ela respondeu que através de dores musculares (sensação da tensão) localizadas no pescoço, ombros e costas, em geral. A dor no diafragma se manifesta nas horas que menos espera, pegando-a de surpresa. Não sabe se é emocional ou não.

Perguntei-lhe como se sentia, de modo geral, e ela me respondeu que ultimamente sente um desânimo profundo diante do estado do mundo e de si mesma. Tem a sensação de que nada que faz, vai fazer alguma diferença. Acha que seu relacionamento com o mundo tem de ser através do prazer pelo trabalho, pois desistiu de encontrar um companheiro, agora muito menos que está gorda e feia. Aliás, ela mesma declarou que acha até que isto pode ser uma defesa, da qual não sabe se quer se desfazer.

Ao perguntar como ela acha que as pessoas a estão vendo, respondeu que, no trabalho, acha que não a levam muito a sério. Sente-se desajustada no sentido de não corresponder às exigências de hoje. Escreve para os alunos, mas não escreve para publicar, como exige a academia. Faz isso por obrigação. Gosta de dar aula, gosta de escrever para os alunos e "é isso que a segura". Hoje em dia, acha que a universidade não dá valor justamente a isso. Sob o ponto de vista pessoal, não sabe como é vista. Acha que é uma pessoa meio esquisita, sempre foi... mas... não sabe.

Perguntei-lhe, então, como ela vê as pessoas. Respondeu que "depende muito de quem é... cada um é cada qual... não generalizo".

Fiz algumas perguntas sobre o estado físico, que ainda não tinham sido espontaneamente comentadas por ela: como é o funcionamento intestinal? Irregular... não tem prisão de ventre sistemática, mas acontece... e... quando solta, pode vir sob a forma de diarréia. A tendência, no entanto, é de prisão de ventre. Não evacua todos os dias, mas não chega a ficar presa muitos dias, a não ser que esqueça de comer fibras. Segundo ela, "a psicanálise diz que o intestino tem relação como o dinheiro o que, no seu caso, também é irregular: ou gasta muito ou gasta pouco... não tem meia medida"

Quanto a urinar, acha que o faz com freqüência normal. Tem tentado beber mais água, mas, espontaneamente não se liga muito nisso.

Sobre alimentação sólida: Arroz, pão, macarrão (precisa de hidrato de carbono). Alimenta-se na rua ou com congelados. Come todos os tipos de carne. Gosta de frango. Come peixe raramente. Verduras não. Legumes: cenoura, tomate, brócolis, couve-flor, às vezes, vagem. Frutas: o que tem na época. Maçã, pêra, caqui, pêssego, depende da estação.

Não escolhe entre salgado ou doce. Adora os dois. Gosta muito de comer.

Alimentação líquida: Água e sucos de frutas. Refrigerantes diet (coca – adora). Raramente, bebida alcoólica (chopp e vinho com os amigos)

Não fuma, nunca fumou a não ser maconha, mas quando era jovem e sempre com amigos.

Tem um vício: "comida. Adora comer".

Joana, enfim, sob o olhar terapêutico inicial

Joana apresenta desequilíbrio nos meridianos do pulmão (tristeza profunda e contínua), do fígado (indignação). O chacra laríngeo também apresenta bloqueios (sua voz é apertada, estridente, chegando a ser metálica. Fala alto e muito).

Joana é uma pessoa muito inflexível, rígida e perfeccionista. Sua aulas precisam ser meticulosamente preparadas, senão entra em estado de grande ansiedade. Exige que os alunos sejam extremamente pontuais, não permitindo deslizes, durante as aulas, segundo ela mesma diz. Quer silêncio, atenção, trabalhos apresentados rigorosamente em dia.

O que mais chama a atenção ao observar Joana é sua sensibilidade escondida, seu sorriso preso, a forma de fazer piada sobre o que pensa serem suas limitações, mas escondendo, sempre, uma profunda amargura diante de si mesma e da vida. Parece ter sido uma moça muito bonita, tem consciência disso, mas parece esconder seu corpo, sob a forma de gordura, como uma defesa principalmente diante do sexo oposto, com quem, declaradamente, tem medo de relacionar-se. Aliás, chegou a referir-se a isso, ao descrever-se. Joana é aguda e perspicaz. Sabe exatamente onde quero chegar com as perguntas e antecede as respostas, assumindo o papel de cliente e mostrando-se a mim, como sua terapeuta, sem receios. Isso ajuda muito aos atendimentos, pois colabora comigo e consigo mesma o tempo todo.

Para fins deste estudo de caso, as sessões terapêuticas descritas, a seguir, cobrem o período de 06 de março a 13 de maio.

Sessões terapêuticas

Joana foi atendida apenas através da terapia Reiki desde início de 2003. A partir da 6 de março de 2004, foi incorporada a terapia floral.

Terapia Floral – Relato dos atendimentos

Observações gerais:

Joana parece ser uma pessoa bastante perfeccionista, metódica e rígida em suas colocações e maneira de viver (Rock Water).

O pano de fundo de suas emoções poderia ser identificado por uma profunda mágoa do mundo e familiar, o que reconhece e comenta durante as sessões de Reiki, ao recordar suas situações de vida (Willow).

Outra característica é a baixa-estima, pois acha sempre que, embora se reconheça inteligente, não é suficientemente capaz para ser reconhecida como tal no meio acadêmico, em geral (Larch)

Mostra-se autoritária, muitas vezes, até diante de suas colocações (Vine)

Atendimento com florais:

6 de março

Rock Water (rig., infl. perf.), Wilow (mag. mdo e fam.), Larch (b.est.) e Vine (aut.).

12 de março

Relato: Sente-se fragilizada. Fez mapa astral e ficou impressionada com o fato de "precisar se abrir como feminino, deixar acontecer, sair da ‘prisão’". Está em férias letivas, mas mostra-se presa a esquemas (rotina de férias: tem de ver tantos filmes, ir à praia tais dias, etc).

Terapia floral:

Mantive os florais recomendados inicialmente.

17 de março

Relato: Continua em férias, mas chegou à conclusão que não precisa manter uma rotina de férias como é a do período de trabalho. Não "precisa" ir ao cinema, cumprir a agenda da praia, etc. Precisa tirar férias, também, de sua "agenda rigorosa de atividades a cumprir".

Sabe que tem de colocar os seus artigos acadêmicos em dia, mas está com preguiça de escreve-los, pois afinal, está de férias. Também colocou em pauta sua capacidade de recuperar depois o tempo que considera "perdido" nas férias.

Terapia floral:

Mantive. Mostra-se um pouco magoada (Willow). Falou sobre valorização pessoal (Larch). Permitiu-se não ser tão rigorosa com a rotina nas férias (Rock Water). Mantive o Vine, embora esta característica não esteja se manifestando no momento.

26 de março

Relato: Não sente as coisa renderem nas férias. Sente-se muito cansada só de pensar na Universidade. Parece demonstrar cansaço com a rotina, mesmo estando em férias (Hornebeam)

Terapia floral:

Mantive. Acrescentei Hornbeam (para o desânimo com rotina)

02 de abril

Relato: falta só uma semana para as aulas e não fez nada do que queria e não está preparada para voltar.

Muito desânimo, em geral. Melancolia, mostra-se passiva diante da situação, falta-lhe esperança, parece não ver saída para sua vida (Gorse – dores musculares), traços de tristeza contínua (Gentian). Parece continuar demonstrando baixa estima (Larch). Mantém a mágoa diante da vida, dos fatos, do passado perdido (Willow), mas começa a perceber que tem responsabilidade sobre isso – "se eu também tivesse agido de outro modo..."

Apresenta característica de ficar remoendo situações do passado (White Chestnut)

Está desanimada. Dor no corpo em geral. Segundo ela, é como se estivesse para ficar gripada.

TERAPIA FLORAL

Gorse, Gentian, Larch, Willow, White Chestnut

7 de abril

Relato: Volta às aulas. Está muito zangada no ambiente de trabalho. Muita tensão em seu depto, muitos problemas a resolver e ambiente muito hostil.

Apresenta desequilíbrio mais acentuado no meridiano do pulmão, está febril. Ela mesma acha que "sua criança interior" não quer voltar a trabalhar.

Fala sobre sua vontade de aposentar-se: "se tiver de esperar até 68 anos acho que não vou agüentar".

Apresenta uma agitação incomum, ainda não vista em sessões anteriores. Fala muito, mexe as pernas, está angustiada, ansiosa, irrequieta. Chorou por duas vezes.

Terapia floral:

Suspendi todos os anteriores e recomendei apenas Rescue.

19 de abril

Relato: Continua com a garganta meio esquisita e sente no peito uma sensação de que não está bom, mas não sabe exprimir.Segundo ela, parece meio esquisito, meio dolorido, como se estivesse preso. Tem bebido muita água e chá de Lótus, mas não adianta.

Ainda se sente preguiçosa.

Começa a se adaptar à volta às aulas, pois "não tem outro jeito". Gostaria de reaver a alegria que sente ao dar aulas. Sente total impaciência e intolerância diante dos alunos (Impatiens). Segundo suas palavras, sente-se melancólica, mostra-se passiva diante da situação de ter de voltar a trabalhar. Falta-lhe esperança, parece não ver saída para o seu caso, já que não pode se aposentar e, mesmo que pudesse, "o que iria fazer da vida?" (Gorse – apresenta, também dores musculares). Continua apresentando traços de tristeza contínua (Gentian) e baixa estima (Larch). Mantém a mágoa diante da vida, dos fatos, do passado perdido (Willow), mas começa a perceber que tem responsabilidade sobre isso ("se eu também tivesse agido de outro modo..."). Irrita-se profundamente, pois não consegue parar de pensar nas mesmas coisas. Nem consegue se concentrar direito por causa disso e se atrapalha até para preparar suas aulas ou escrever os artigos que tem de entregar no próximo mês (White Chestnut).

Terapia floral:

A própria cliente quis suspender o Rescue. Quer voltar aos "antigos". Acha que já agüenta "sair do Rescue", segundo ela mesma diz.

Recomendação: Impatiens, Gorse, Gentian, Larch, Willow, White Chestnut

03 de maio

Relato: Iniciou a sessão afirmando que "no meio dessa bagunça da Universidade, acho ate que não estou tão ruim".

Tem tido sonhos: num deles, conheceu umas pessoas, não muito definidas, com quem teve simpatia e que disseram que as coisas só vêm quando está na hora. Acordou um pouco pensando que está carente e não sabe como resolver. Os sonhos a estão tocando muito. Fica um pouco impactada. Acha que algum movimento está acontecendo, mas não sabe muito o que é.

Sente dificuldade respiratória. A garganta incomoda um pouco, por causa do reinício da aulas.

Acha que está com um pouquinho mais de energia do que estava.

Segundo suas palavras, "deu trava" à irritabilidade, sobretudo com os alunos.

Atitude um pouco perplexa diante da vida... mas não vê saída, não quer pagar os preços "dos caminhos conhecidos" (relacionamentos). Segundo ela, "não adianta chorar sobre o leite derramado"

Falamos sobre ela ser romancista. Sorriu muito pois tem esse desejo.

Terapia floral:

Impatiens, Gorse, Gentian, Willow, Larch, White Chestnut.

Acha que está um pouquinho mais tolerante com os alunos, mas mantive o Impatiens

Melancolia continua, atitude um pouco perplexa diante da vida, falta-lhe esperança, não vê saída (Gorse), tristeza lá no fundo contínua (Gentian).

Baixa estima: acha que é muito inteligente, mas acha que não consegue fazer-se valorizar (melhorou o ponto de vista, mas mantive o Larch)

Mágoa diante da vida, dos fatos do passado perdido continua: "não adianta chorar sobre o leite derramado" (Willow)

Remoendo idéias, menos desta vez, mas continua (White Chestnut)

07 de maio

Relato: "Está-se dando boas notas". O trabalho rendeu mais, está gerenciando mais suas emoções no ambiente de trabalho. Conseguiu escrever um artigo, acha que está remoendo menos as situações, embora ainda não totalmente (White Chestnut). Acha que precisa confiar mais no que faz, nas aulas que dá (Larch). Está menos irritada com os alunos (Impatiens). O resto acha que continua na mesma.

Terapia floral:

Mantive os mesmos florais.

Tem sonhado, sabe que fica impactada, mas não se lembra de como foram.

13 de maio

Relato: Tensa, mas mais leve, apesar de tudo. Embora com os mesmos problemas no trabalho, conseguiu preparar aula até 3 horas da manhã. Apesar dos grandes problemas no depto, confusões internas e discussões fortes, não ficou remoendo tanto, quando chegou em casa, pois conseguiu concentrar-se e preparar suas aulas o que não faria em outras circunstâncias, no passado. As aulas estão mais organizadas. Enfim, apesar dos problemas intensos, conseguiu concentrar-se em seu trabalho (White Chestnut).

Está na posição de sub-chefe de depto, a sua revelia. Diante de situações da semana, acha que soube lidar melhor com sua impaciência e intolerância (Impatiens). Soube, também, se colocar melhor, diante dos outros, mostrando sua liderança (Larch).

Continua desanimada diante da rotina, a tristeza continua e a mágoa parece a mesma.

Joana mostra-se inquieta (batendo muito o pé, as mãos na mesa), mas, ao mesmo tempo, não parece tão angustiada ou ansiosa, mas, sim, agitada.

Terapia floral:

Impatiens, Gorse, Gentian, Willow, Larch, White Chestnut.

Impatiens (para a intolerância com os alunos, embora tenha melhorado)

White Chestnut (apesar da confusão, conseguiu concentrar-se na preparação da aula – não remoeu sem parar, como fazia antes)

Willow, Gentian e Gorse (para a mágoa, tristeza e desânimo, que continuam)

Mantive, também, o Larch, embora pareça estar reagindo melhor em relação à baixa-estima.

Estudo sobre os cinco movimentos chineses e análise de Joana

Levando em conta a descrição do quadro de Joana, o movimento que se destaca é o do metal, pois o pano de fundo das emoções de Joana giram em torno da melancolia, do desânimo e da tristeza. Joana não é uma pessoa deprimida, pois luta contra isso. Mas a tristeza é sua maior companheira e busca compensar esse sentimento com a comida.

Joana irrita-se com facilidade, chegando a mudar significativamente a expressão de seu rosto ao relatar situações de sua indignação. Pelos cinco movimentos, o desequilíbrio do metal, poderia estar dominando a madeira (fígado) e provocando aí, seus desequilíbrios também.

A terra beneficia o metal e priorizar os prazeres com a comida talvez seja a forma de Joana buscar proteger o metal.

Joana não aceita sugestões sobre uma alimentação que possam favorecer o metal e a madeira (pulmão – tristeza profunda, mágoa, dominando a madeira – irritação, indignação) e a terra (lei da geração – mãe-filho – terra sobre o metal). Estas características, aliás, sob certos aspectos coincidem com as características apresentadas pelas emoções de Maria, estudo de caso anterior, embora apresente características peculiares a Joana.

Assim, do mesmo modo que o estudo anterior, partindo do pressuposto de que a vitalização do baço-pâncreas pode fortalecer o pulmão e o cuidado com o fígado e vesícula biliar pode amortecer a dominação do metal sobre a madeira, busquei recursos em Hirsch (2003) que pudessem ajudar Joana.

Cabe ressaltar que estas recomendações não foram feitas a Joana, já que ela não se dispõe a seguir recomendações alimentares com o médico, nem levar a ele quaisquer possibilidades neste sentido. Desta forma, as suposições a seguir são realizadas apenas como um exercício do estudo do caso.

Neste estudo, foram apontados os seguintes aspectos:

1) para proteger o fígado e a árvore biliar através da alimentação é preciso comer alimentos de natureza morna e movimento ascendente, como os brotos e as folhas verdes miúdas de salsa, coentro, cebolinha,manjericão, orégano, alho-poró e alcachofra, algas marinhas, beterraba crua, maxixe, legumes cozidos no vapor, mingau de aveia, sopa de cevadinha com cebola e aipo, pão ou biscoitos de trigo integral, chá de dente de leão, chá de boldo, chá de picão. Temperar saladas com limão, tomar caldo de algas com missô, usar molho de soja em vez de sal, iogurte ou coalhada caseiros. Evitar as gorduras e comidas fritas ou preparadas com muito óleo. Evitar, também, excesso de proteínas (carne no almoço e ovos no jantar, por exemplo), fazendo com que as proteínas animais não excedam dez a vinte por cento dos alimentos de uma refeição (in Hirsch, 2003, 20). Deste modo, Joana estaria contornando a dominação do metal sobre a madeira.

2) Para ajudar a harmonização do movimento do metal (pulmão – tristeza, desânimo, melancolia) Joana deveria buscar alimentos como raízes que são representadas pela cenoura, nabo comprido, bardana, lótus, batata-baroa. Seria interessante contemplar os sabores picantes do alho, da cebola, do gengibre, do aipo, os caldos temperados com missô (limpa os pulmões e beneficia a flora intestinal). Os chás, preferencialmente o verde, o de lótus e o banchá, trabalhariam a harmonia do intestino. O cereal escolhido, seria preferencialmente o arroz integral, por causa das fibras, também para beneficiar os intestinos e contornar a tendência à prisão de ventre apresentada por Joana. O melhor adoçante seria o mel de abelhas, evitando o açúcar e pode ser adicionado o iogurte que beneficiaria não só o metal, mas a terra e a madeira, essenciais para a descrição do caso de Joana. Em todos os casos, recomendaria muita água, já que o metal é seco (in Hirsch, 2003, 36)

3) Para fortalecer mais a terra, que funciona como a mãe do metal, seria aconselhável comer alimentos ricos em zinco como ostras, fígado, carne (não em excesso, por causa das exigências do item 1 – madeira), frango, peixe, tofu, sementes, nozes, lentilhas, feijões, pão e cereais integrais, ovos. Outro mineral da terra, o manganês, aparece nos cereais integrais (especialmente o arroz, também já indicado no item 2, ligado ao metal), gema de ovo, nozes, sementes, vegetais verdes e temperos de cozinha (louro, coentro, açafrão, hortelã, cominho, alecrim, tomilho, sálvia, manjericão, orégano, alfavaca, cravo, canela, cardamono. A terra também precisa de carboidratos, que podem ser encontrados nos cereais, feijões, tubérculos, raízes, bulbos, frutas. Além disso, cebola, abóbora, nabo, beterraba, maxixe, inhame e outros vegetais redondos, seriam essências para favorecer o movimento terra. Queijos frescos ou amarelos, desde que usados com moderação, para não ser conflitante com o item 1 (evitar excesso de proteínas, desfavorecendo o elemento madeira). Entre as frutas, destacam-se a maçã, o mamão, a laranja lima e outras frutas amarelas, bem chupadas e mastigadas, nunca em sucos. Os chás de camomila, erva-doce, Artemísia, erva-cidreira, capim limão, grãos de cevada torrada e moída também são aconselhados (in Hirsch, 2003, 32)

4) Por estarmos no outono, quase inverno, sugeriria escolher, entre esses alimentos, os que apresentassem natureza fresca e fria, além dos neutros.

Estas seriam, de modo geral, as recomendações em relação aos cuidados alimentares ligados ao estudo dos cinco movimentos. E encerramos, deste modo, o estudo de caso de Joana.

3. RESULTADOS

Os estudos de caso, aqui apresentados, baseiam-se fundamentalmente em desequilíbrios dos meridianos do pulmão e do fígado, principalmente. Estas características, no entanto, não torna homogênea a descrição dos casos, provando que, na prática, cabe ao terapeuta saber ter uma visão holística levando em consideração a individualidade de cada cliente em suas manifestações. Cada ser humano, de acordo com a busca pelo autoconhecimento, tem características muito peculiares, demonstrando que, mesmo que os desequilíbrios possam estar localizados nos mesmos pontos, o que importa ao terapeuta é a forma com que cada um se coloca diante do mundo e de suas próprias dificuldades.

Neste trabalho particular, observamos que nossas potencialidades para interpretação foram mais agudas e evidentes no que se referia a Joana, tanto por sua abertura ao tratamento, seu esforço por mostrar-se ao terapeuta, quanto por sua aguda sensibilidade no que se refere ao próprio conhecimento, como podemos observar na apresentação dos subitens a seguir. Assim, cabe ressaltar que o sucesso da terapia está muito intimamente ligado à predisposição do cliente na busca de sua recuperação ou manutenção do equilíbrio energético

3.1. Maria

Segundo nossas reflexões, Maria encontra-se, ainda, em fase muito inicial de atendimento, pouco favorecendo, ainda, uma discussão consistente sobre o seu caso.

A cliente não tem muita consciência sobre as próprias limitações. Joga a responsabilidade de sua recuperação aos médicos e terapeuta holístico, como se lhe coubesse esperar que eles resolvam seu problema e a ela caber, somente, esperar que isso aconteça. Com raras exceções,em alguns momentos de atendimento, apesar das persistentes tentativas e conversas no decorrer das sessões terapêuticas, Maria parece não estar preparada para ouvir que o equilíbrio depende dela e não de fora, depende de um trabalho sobre si mesma de autoconhecimento. Fecha-se, retrai-se e, em conseqüência, o tratamento não atua de modo tão benéfico quanto tem sido com Joana.

Mesmo levando estas questões em consideração, é possível observar que Maria responde à terapia floral, embora ainda de forma muito sutil, com poucas respostas consistentes, poucas modificações em seu comportamento. Uma ou outra questão como a sua irritabilidade e a forma com que lida com as pessoas a sua volta, às vezes se faz sentir, mas, se modo geral, diz que passou a vida toda sendo uma pessoa e não pode mudar de uma hora para outra, como se isso estivesse sendo solicitado, o que não é verdadeiro. Esconde-se, portanto, muitas vezes, em sua idade para desculpar-se diante das próprias limitações em vez de olhar-se tal como é, diante do espelho de si mesma e buscar as razões que a levem a seu autoconhecimento.

É difícil, portanto, determinar objetivamente alguns resultados muito consistentes da análise de Maria. Seguem, no entanto, algumas anotações.

O desequilíbrio do metal atua consistentemente em seu sono. Dorme e quase sempre acorda às 3 horas da manhã, principalmente nas mudanças de tempo e, particularmente, nesta mudança de estação. O outono interfere diretamente no metal e Maria reflete isto em seu ritmo energético. Ao acordar, sente-se mal e quando sugerimos que procurasse evacuar para desobstruir o intestino grosso, neste horário da madrugada, realmente passou a dizer que sente algum alívio, o que confirma a atuação em parceria do pulmão com o intestino grosso. Mesmo assim, Maria sofre de insônia, invariavelmente neste período e só volta a dormir em torno das 5 da manhã, período em que termina a sensibilidade do pulmão.

Sob o ponto de vista emocional, vemos alguma modificação muito tênue, ainda, no que se refere à forma de observar as pessoas que a cercam e a si mesma, mas não há consistência na descrição de mudanças em seu tipo de comportamento, de modo geral.

Estes foram os resultados mais evidentes do estudo de caso de Maria.

No que diz respeito a outras características, como já afirmamos, discutir sobre as questões de Maria não é tão frutuoso nesta parte do trabalho, quanto discutir sobre as questões que envolvem os desequilíbrios energéticos apresentados por Joana, como poderemos observar no subitem, a seguir.

3.2. Joana

Parece-nos possível comprovar a hipótese de que Joana busca os elementos da terra (comer é seu maior prazer) para alimentar os dissabores do metal. Por outro lado, Joana irrita-se com facilidade, chegando a mudar significativamente a expressão de seu rosto ao relatar situações de sua indignação. Pelos cinco movimentos, o desequilíbrio do metal, pode estar dominando a madeira e provocando aí, seus desequilíbrios também. Uma outra observação fez-se sentir de modo bastante peculiar: quando Joana está muito irritada, não consegue dormir antes das 3 horas da manhã e, se insiste em deitar-se, irrita-se, tem de levantar-se novamente e buscar coisas para fazer, geralmente ver televisão, pois não consegue concentrar-se. O horário da vesícula é das 23 horas a 1 hora da manhã e o do fígado, de 1hora às 3horas. Seria apenas coincidência? Quando a tristeza ou a mágoa deixam o pano de fundo e aparecem com mais clareza, a insônia mostra-se de outra forma. Deita-se, dorme um pouco e acorda de madrugada. Aí, não consegue dormir quase até a manhã, quando deve levantar-se e, então, sente sono, outra vez. Seria coincidência ligar estas manifestações com o horário do pulmão e do intestino grosso (3 às 5 horas)? Outro fato que chama a atenção: se pudesse, Joana estaria sempre dormindo nas primeiras horas da manhã. Levanta-se a contragosto, quando é indispensável, por causa do trabalho. De modo geral, prefere dormir tarde e ficar na cama até o final da manhã. Seria absurda a ligação desses fatos com a preferência por contemplar o elemento terra em seu cotidiano? (comer é o prazer buscado por Joana).

Outro fato evidente é que Joana está sempre a postos com a terapia floral. Pergunta sobre a função de cada essência, busca conhecer as recomendações, mostrando que sente prazer em acompanhar sua própria evolução. Não esquece de tomar os florais, discute suas emoções, mostra-se feliz quando a mudança da essência reflete uma mudança em suas emoções, mesmo quando são fortes e provocam estados emocionais delicados. Atende ao que chama de "recreios do Rescue", em semanas que apresenta uma angústia que não consegue "dar conta" , como ela mesma diz, mas apressa-se a querer voltar aos florais "que mexem comigo", revelando sua inteira participação em seu processo de autoconhecimento.

Numa visão geral do quadro de Joana ressalta-se o principal aspecto de si mesma: Joana entrega-se à reflexão sobre si mesma e esta é a principal chave do sucesso de seu tratamento.

Sem dúvida, Joana é um excelente exemplo de estudo para demonstrar o sucesso da terapia floral.

4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os resultados da pesquisa apontaram para o sucesso de uma terapia pautada nos Florais de Bach.

O estudo complementar dos cinco movimentos chineses mostrou como terapias ocidentais e orientais podem caminhar juntas como apoio à análise do terapeuta, tornando-se indispensáveis, passo a passo, na construção do quadro terapêutico e dando ao terapeuta o suporte necessário para a segurança em suas recomendações.

Em relação à descrição dos casos das clientes, no que se refere aos resultados, discussões específicas mostram que se enquadram na literatura, reagindo ao procedimento terapêutico de acordo com as descrições indicadas em cada essência, guardadas as devidas proporções no que se refere à postura de cada cliente diante de sua disposição em relação ao caminho do autoconhecimento.

Os autores pesquisados deram fundamentação bastante consistente ao estudo realizado, bem como suporte aos estudos de caso, não havendo fatores de discordância que pudessem opor procedimentos terapêuticos diversos. Pelo contrário, as terapias escolhidas como primária (terapia com florais) e secundária (estudo dos cinco movimentos chineses) justapuseram-se sem restrições e mostraram como ocidente e oriente podem inter-relacionar-se e se complementarem de modo harmônico e complementar, retratando a filosofia da terapia holística.

5. CONCLUSÕES

Este trabalho teve como finalidade apresentar possibilidades de descrever, analisar e cuidar de desequilíbrios energéticos, que é a forma pela qual a terapia holística busca entender, restaurar ou preservar a saúde e a qualidade de vida dos seres humanos, animais e plantas. Para alcançar este objetivo, buscou recursos de interpretação dessa visão de mundo e apresentou um estudo sobre a terapia com Florais de Bach e os cinco movimentos chineses, através de uma breve apresentação teórica e a descrição de dois estudos de caso.

Após a realização deste estudo teórico e prático, por um lado, reafirmamos a convicção de que a terapia holística apresenta-se como um dos principais caminhos para o autoconhecimento não só em termos de recuperação mas manutenção do equilíbrio interior. Por outro lado, estamos cientes de que apenas estamos no início do caminho de investigações e pesquisas e que há muito o que estudar para descrever este microcosmos maravilhoso que compõe cada ser humano, particular em si mesmo, com as mais diversas manifestações, mesmo que os desequilíbrios se localizem nos mesmos centros energéticos ou meridianos de dois ou mais clientes. Cada um, a sua maneira muito peculiar, caminha para o encontro consigo mesmo e cabe ao terapeuta holístico, atento a todas essas especificidades, estar pronto para ser um pesquisador em constante evolução e aperfeiçoamento, ciente de suas próprias limitações e aberto a novas conquistas e caminhos que possam ajudar primeiro a seu constante autoconhecimento e, em conseqüência, à conquista de poder exercer, cada vez melhor, a sua atuação como terapeuta.

Assim, este trabalho apenas aponta um caminho, na constante busca pela perfeição, repetindo as palavras já citadas de Bach (2201, 52), no decorrer deste trabalho (cf. cap. 1, p.9), que apresenta o terapeuta como aquele que deve estar motivado pela constante busca por um profundo estudo sobre a natureza humana, para uma grande percepção do puro e do perfeito, objetivando uma compreensão do estado divino do homem e o conhecimento de como assistir àqueles que sofrem, de modo que possam harmonizar a personalidade com a alma.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


1.JUNG, C. et WILHELM, R. O segredo da flor de ouro.Petrópolis, Vozes, 11 ed., 2001.

1.VIEIRA FILHO, H. Curso de Terapia Floral de Bach, São Paulo, SINTE, 2004.
2.VIEIRA FILHO, H. Florais de Bach: uma visão mitológica, etimológica e arquetípica. São Paulo, Pensamento, 1994

1.HIRSCH, S. Manual do herói ou a filosofia chinesa na cozinha, Rio de Janeiro, Correcotia, 2003

1.WEIL, Pierre. Holística: uma nova visão e abordagem do real. São Paulo, Palas Athenas, 1990.


Pesquisa de textos na internet:
A filosofia e o pensamento de Edward Bach. Trechos extraídos do livro "A Terapia Floral - escritos selecionados de Edward Bach" , editora Ground, 1991.
http://www.geocities.com/regismesquita/ideias.html

Os Florais, a energia e a matéria:
http://www.geocities.com/regismesquita/energia.html




Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

1. INTRODUÇÃO

2. MATERIAL E METODOLOGIA

2.1. Instrumental teórico e dados

2.2. Fundamentação teórica

2.2.1. Aspectos gerais

2.2.2. Terapia floral

2.2.3. Os cinco movimentos chineses

2.3. Estudos de caso

3. RESULTADOS

3.1. Maria

3.2. Joana

4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

5. CONCLUSÕES

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 30/05/2007 14:23


Ortomolecular Para Terapeutas Holísticos

Ortomolecular
Para Terapeutas Holísticos




Sabemos que atualmente nossa alimentação está muito distante da ideal.
Mesmo que cada pessoa se alimente adequadamente, através de alimentos compatíveis com seu tipo sanguíneo, balanceados e equilibrados  por um  nutricionista, estes alimentos não estão completos. Faltam-lhes minerais, vitaminas, etc, se comparados aos alimentos de tempos remotos.
Isto se dá pela corrosão natural do solo.
Por milhares de anos, as águas de chuvas, enxurradas e rios, foram  carregando para o mar, os componentes da crosta terrestre, deixando-a empobrecida. Um dos exemplos deste fato é o que se fez, na Holanda, com o Mar do Norte. Os holandeses cercaram parte do leito deste mar com diques, secaram esta área, eliminaram o cloreto de sódio, por ser prejudicial à saúde ,e lá plantaram. Com o resultado desta plantação, conseguiram levar para a flora e fauna do lugar, os minerais roubados anteriormente. Este é o sucesso das vacas Holandesas.
Como nosso sustento vem, em sua grande maioria da terra, ou dos que se alimentam dela, nosso organismo também se encontra pobre em minerais, vitaminas, etc.
Estudos em fósseis (animal ou vegetal) encontrados  da época de 2.000 anos atrás, revelam que antigamente existiam mais de 40 elementos químicos da tabela periódica, elementos estes, não encontrados atualmente pela tecnologia moderna em nossa alimentação e conseqüentemente, nos seres vivos.
Atualmente, só se tem conhecimento de 20 elementos químicos para a sustentação da espécie  e a tecnologia não caracteriza vários minerais, entre eles o Vanádio, o Boro, o Lítio, o Zinco, etc..
A idéia de não encontrarmos vários minerais atualmente, nos faz pensar sobre a hipótese do papel que estes poderiam apresentar no organismo.
Hoje sabemos que o Potássio, por exemplo, faz parte dos tecidos de determinados órgãos, dando vantagens em termos funcionais, fazendo com que as glândulas internas tenham funções catalíticas mais adequadas. Um outro exemplo seria sobre o flúor. Em cidades o­nde a fluoretação é obrigatória, o número de cáries dentárias infantis caiu, com relação ao período o­nde a obrigatoriedade não existia.
Estes exemplos demonstram uma grande redução de oferta alimentar e, conseqüentemente, uma grande carência física mineralógica nos organismos atuais.
Hoje, tendo conhecimento sobre esta carência, já se pode fazer uma reposição mineral aos organismos.
É a ortomolecular que está trabalhando neste sentido. Ainda hoje, esta técnica é pouco conhecida e aqueles que se utilizam dela (leigos), conhecem seu resultado, mas não entendem o seu funcionamento. Eis aqui o motivo para esta breve explanação. Levar o conhecimento básico sobre o que ela faz.
A ortomolecular, ou oligoterapia, equilibra o organismo em suas deficiências minerais, vitamínicas, enzimáticas, etc.
Como a oligoterapia é feita por terapeutas, não podemos deixar de levar em conta o indivíduo como um todo. Somos holísticos. Assim sendo, sabemos que o ambiente, o modo de vida, a alimentação, o meio ecológico, o nível sócio econômico e os fatores culturais, causam influências sobre o equilíbrio orgânico do indivíduo, assim como sua hereditariedade.
É através do processo de adaptação que o meio ambiente, com suas pressões, podem modificar o comportamento fisiológico.
A menor falha no movimento normal dos mecanismos de autodefesa e de equilíbrio, provoca uma reação e uma disfunção que pode, por ressonância ou traumatismo, lesar todo o organismo, ou parte dele.
Por necessidade de termos técnicos, para melhor podermos entender, chamamos de terreno (ou receptividade), a forma como o organismo está disposto ou não, a ser sensível a certas agressões ou distúrbios de agentes exteriores a este organismo
O terreno também pode ser transmitido geneticamente, o que explica as predisposições constitucionais.
Assim através de uma pesquisa do organismo atual do indivíduo e da sua propensão hereditária  (pesquisa genealógica), podemos, numa certa medida, avaliar as possibilidades mórbidas deste indivíduo.
Com relação aos agentes externos, o terapeuta tem conhecimento, estudo e experiência para considera-los e, cada um atua em sua área.
A ortomolecular vem inovando, no campo terapêutico, por atuar  também, nas ações fisiológicas orgânicas.
Para isto, devemos levar em conta os sistemas: neurológico, pois todas as funções vitais dependem dele (todo estado vegetativo); o sistema endócrino, pois este está relacionado e integrado nas síndromes clínicas complexas e além disto, este sistema, tendo distúrbios, pode levar a distúrbios psíquicos também.
Estes dois sistemas (neurológico e endocrinológico) estão estritamente ligados entre si, pois as funções hormonais estão intimamente associadas às funções neurovegetativas e são exercidos em sinergia e antagonismo.
Devido a isto, agrupamos os estados de disfunções orgânicas, psicossomáticas que implicam, antes de qualquer coisa, na regulação e que constituem um estado intermediário entre o equilíbrio e o desequilíbrio e demos a este agrupamento o nome de Diátese. Neste estudo, excluímos “à priori”, o acidental.
A Diátese traduz um estado de desequilíbrio que sucede ao equilíbrio natural e precede a lesão. É uma disfunção que perturba o funcionamento orgânico e conduz, progressivamente, à desordem e à degeneração.
Os estados diatésicos e sobretudo suas evoluções (modificações), se caracterizam por tendências progressivas ou regressivas.
Estes estados são 5, denominados como: Alérgico, Hipostênico, Distônico, Anérgico e Síndrome de Desadaptação.
As Diáteses Alérgica e Distônica são consideradas jovens, por isso mesmo, hereditárias. As Hipostênica e Anérgica, são classificadas como diáteses velhas, quase sempre decorrentes da Alérgica e Distônica. A quinta diátese foi denominada Síndrome de Desadaptação ou Síndrome do Stress.
Cada uma delas demonstra um agrupamento físico, emocional e hereditário distintos, medidos através de mapas próprios, usados pelo terapeuta ortomolecular.
Um organismo pode passar de um estado para o outro na diátese, cumprido um ciclo natural de envelhecimento, cuja expressão clínica é a passagem das diáteses Alérgica ou Hipostênica para a distonia ou anergia, mas também pode se polarizar artificialmente (perda de um ente querido, trauma, cirurgia, etc.) e passar bruscamente da alergia para a anergia.
 
A oligoterapia é diferenciada da medicina.
Na oligoterapia estuda-se primeiro o terreno desequilibrado ou  com tendência a determinados desequilíbrios e por acréscimo, os sintomas que o cliente descreve são tratados também. Na medicina tradicional, se os sintomas são evidentes, é por ele que o  cliente é tratado.
O tratamento oligoterápico consiste em suprir as deficiências minerais que cada diátese representa de um modo geral, além de logicamente, o que cada indivíduo necessita particularmente.
Esta reposição é feita através de oligoelementos catalisadores que reativam o metabolismo de defesa do organismo, levando o próprio organismo a repor em ação seus mecanismos naturais de resistência às mais variadas formas de agressões fisiológicas.
É de grande importância saber que os oligoelementos são as menores substâncias, mais puras e simples  e que não podem se decompor em outras. Seus íons são iguais aos normalmente existentes no organismo.
Os elementos são oferecidos ao organismo naturalmente, através da alimentação.
Na oligoterapia, fazemos esta reposição, de forma natural, porém não somente através da alimentação.
Para que se tenha um bom entendimento sobre a forma que estes elementos são repostos  no organismo, deve-se conhecer a história de como se chegou ao oligoelemento.
Samuel Hahnemann (descobridor da homeopatia prática), apresentou ao mundo, em seus primeiros trabalhos, a importância de tratar a pessoa e seus sintomas individuais de uma maneira bem natural, utilizando remédios em altas diluições que atuavam na energia vital da pessoa.”Quanto mais dinamizada, a substância diluída, a atividade biológica do produto original dinamizado persiste, mesmo quando a substância desaparece”. Este é o fundamento da homeopatia prática, que lida com a energia da substância.
Da mesma forma que a homeopatia prática, a oligoterapia lida com a menor parte do elemento, ou seja, a energia do elemento, o que garante que estamos lidando com íons iguais ao normalmente existentes no organismo, em pequenas doses, fazendo com que o organismo utilize somente o que for necessário ao seu bom funcionamento.
Não existem contra indicações, pois são atóxicos e essencialmente reguladores.
Assim como Hahnemann, Paracelso também acreditava na lei da similitude, que “as mesmas substâncias tóxicas causadoras de desequilíbrios poderiam também equilibrar, se administradas em doses mínimas”. 
A água tem um papel muito importante, pois ela tem capacidade de estocar de modo estável, uma mensagem molecular e também de restituir a atividade das moléculas de origem. Por este motivo, a água capta mais facilmente, por sua eletronegatividade, os oligoelementos (menor parte do elemento) ionizados.
A ortomolecular  repõe os minerais necessários ao indivíduo através dos oligoelementos correspondentes às diáteses.
Ex: Alérgica- Silício e Enxofre (metal), Iodo e Enxofre (complemento)
       Hipostênica- Neocedine (metal)
       Distônica- Selênio e Lítio (metal), Iodo e Enxofre (complemento)         
       Anérgica- Renovitase (metal), Magnésio e Lítio (complemento)
       Síndrome de Desadaptação- Zinco-cobre (metal), Magnésio e Lítio (complemento)
Ao administrarmos oligoelementos devemos seguir algumas regras:
Não administrar Manganês ou Manganês cobalto em indivíduos em evolução ou estabilizado recentemente, pois ele pode remover sua defesa “artrítica” necessária ao equilíbrio
Não utilizar Zinco ou Zinco cobre em indivíduos portadores de células defeituosas que crescem desordenadamente.
 
Esta forma de terapia (oligoterapia), vem revolucionando os conceitos de tratamento, pois ela é capaz de equilibrar o físico, energético e emocional, dado à sinergia e antagonismo dos sistemas endocrinológico e neurológico, capacidade de desenvolver uma qualidade estável e saudável.
      Este tratamento pode ser feito de várias formas, sem alterar o seu resultado.
Uma das formas que se é feito é através da pele.
Os oligoelementos são administrados  através de um gel apropriado para a penetração de seus componentes na pele.
Este gel é composto pelo oligoelemento correspondente ao terreno do indivíduo e suas carências minerais individuais.
Sua utilização é diária e é feita em casa.
Outra forma de administração é feita em consultório, através da ionização dos oligoelementos  na pele.
Para que se possa ser feito de forma satisfatória, é necessário que a pele seja  preparada  antes da ionização. Fazemos isto através de uma quelação na pele.
A quelação é  um método de varredura, o­nde são  retirados  os metais pesados e           reduzidos  os depósitos de Cálcio no organismo.
Para se fazer a quelação, devemos cumprir algumas etapas que consistem em primeiro lugar  limpar a pele com peeling quelante sem remove-lo (só passar uma toalha seca), em seguida devemos passar uma loção quelante com algodão até que sejam removidos totalmente os minerais em excesso (o algodão tem que sair bem limpo) e só após estes procedimentos é que iremos ionizar o mineral na pele, através da corrente elétrica do mineral a ser usado (positiva ou negativa).
Após a ionização, devemos  aplicar gotas de Vitamina C, com batidinhas na pele.
Também podemos fazer a aplicação dos oligoelementos  através de uma caneta apropriada, ligada a uma corrente elétrica, que faz a penetração destes oligoelementos em pontos de acupuntura . Para este procedimento também é necessário que se faça a quelação em cada ponto. É um procedimento também feito em consultório.
O tratamento também pode ser feito em casa, através da adição dos oligoelementos correspondentes  ao tratamento em um pote com mel. Uma vez ao dia , deve-se misturar uma colher deste preparado no mel em chá quente (o chá deve ter o elemento equivalente ao oligoelemento do terreno do indivíduo) e ingerido.
Qualquer uma destas formas de tratamento é eficiente.
A diferença que existe em cada forma de tratamento é o tempo que se leva para obter o resultado e, o valor do tratamento.
Os resultados obtidos em consultório são percebidos mais rapidamente, pois através dos procedimentos descritos, a penetração do tratamento é facilitada. No entanto, esta é uma forma de tratamento que é mais custosa ao cliente, pois exige um  maior trabalho do terapeuta (o custo, muitas vezes dificulta a sua utilização).
Na maioria dos casos, os tratamentos feitos em casa são bem recomendados, salvo casos de emergência ou quando o cliente deseja uma rapidez maior.
O tempo de equilíbrio do cliente pode variar de 2 a 6 meses, dependendo do diagnóstico de seu terreno.
Para casos o­nde o desequilíbrio está em  terreno  Alérgico, o período de tratamento varia de 1a 2 meses. Já, se o desequilíbrio estiver em terreno Anérgico, levará de 4 a 6 meses.
 
Todo este tratamento tem a  alimentação como base e é ela, a grande responsável pela melhora orgânica.
Para que o tratamento seja eficiente, é necessário que o terapeuta tenha a cooperação do cliente, pois o sucesso do tratamento também  está relacionado a uma  boa alimentação.
O terapeuta deverá fornecer ao seu cliente  uma dieta alimentar relacionada ao seu  tipo sanguíneo e esta  deverá ser seguida pelo cliente, principalmente durante o tratamento, para que se possa ter o resultado desejado.
Após o equilíbrio dos minerais no organismo, o terapeuta deve estar indicando ao cliente as vitaminas necessárias para a supressão de suas necessidades orgânicas.
Resumindo, é de grande valia este trabalho terapêutico, pois ele consegue tornar o organismo do indivíduo  forte e capaz de reagir contra as adversidades físicas e ambientais.
Um  indivíduo saudável , estável.e equilibrado, tanto organicamente como emocionalmente, é o que podemos constatar ao final do tratamento.
O controle deverá ser feito a cada 6 meses ou um ano.
 
A ortomolecular também vem inovando seu tratamento na estética.
Atualmente, o que existe de mais moderno em termos de estética, é a beleza adquirida por meios naturais, o­nde se consegue além da beleza externa, uma perfeita harmonia física.
A base da estética ortomolecular é um tratamento feito com vinhos, oligoelementos, chocolate, pimenta, iogurte, etc.que, utilizados a favor da beleza, promovem o bem estar físico e mental, além de aumentar em muito a auto- estima.
É a beleza de dentro para fora e a de fora para dentro. As duas ao mesmo tempo.


Este trabalho que faço com a ortomolecular, tem me trazido  muita satisfação quanto aos resultados dos tratamentos .
Não apenas quando as pessoas estão em desequilíbrio e me procuram, mas é muito gratificante, quando ao  retorno periódico desta pessoa, percebo que  apesar do tempo, conseguiu manter-se no equilíbrio.
 No caso daquelas pessoas que retornam após alguns meses e  apresentam algum desequilíbrio, o seu tratamento é muito mais rápido do que a primeira vez que me procurou.
 








Maria Helena Malengo D’Auria
Terapeuta Holística
CRT 33510

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 30/05/2007 14:31


Desvendando a Alma Feminina Uma aula de Anatomia da Mulher para Terapeutas Holísticos

Desvendando a Alma Feminina
Uma aula de Anatomia da Mulher para Terapeutas Holísticos



As 3 faces da Mulher


Apresentação

São as mulheres que, com maior freqüência, procuram ajuda terapêutica hoje, em todas as modalidades. Esta demanda maior torna fundamental que o terapeuta conheça a Alma Feminina e suas características com profundidade para poder entender não apenas o que está acontecendo em sua vida e o porquê, mas também para saber como ajudar as suas pacientes a encontrar saídas para suas dificuldades.

Isto significa que um verdadeiro terapeuta não pode mais se dar ao luxo de dizer, como as pessoas comuns, que é "impossível entender as mulheres".

Objetivo

Esta Palestra tem o objetivo de tornar mais fácil entender a mulher através do entendimento de suas 3 partes: instintiva, racional e intuitiva que, para facilitar, chamaremos de Bela, Gente e Fera.

Tópicos que serão abordados:

      • Uma Definição de Mulher para ajudar na prática terapêutica:

Ser humano (animal, racional e filho de Deus) do sexo Feminino

    • Definindo o Feminino como uma das 2 faces da Polaridade do Universo: ♀ x ♂

  • Entendendo a Polaridade: da diversidade ao crescimento

  • Entendendo Polaridades: oposição x complementaridade

energia x matéria / leve x pesado / progressão x tranqüilidade

rápido x parado / busca x encontro / (di)reto x circular

ser conduzida x dar a direção / dividir x unir (acolher) / competir x cooperar

    • Dividindo em 3 para entender melhor:

da Polaridade ao Ternário: ganhando estabilidade e estrutura na perspectiva

  • As 3 partes da Mulher: corpo, mente e espírito

Instinto, Razão, Intuição

sensações, pensamentos, realizar / realização

      • O Ser Mulher: a Bela, a Gente e a Fera

    • A Fera

  • Eu, corpo, ventre, prazer, ter, direitos, negativo, motor, astúcia, "faro"

    • A Gente

  • Outro, alma, cabeça, alegria, dar, deveres, positivo, câmbio, raciocínio, cultura

    • A Bela

  • Nós, espírito, peito, bem-estar, compartilhar, a coisa certa, luz, direção, intuição, LEI

    • O Equilíbrio das 3 faces

  • Egoísmo, Altruísmo, Holismo

O que é bom para mim x O que é bom para o outro x O que é bom para nós

  • Falta x excesso

o que eu acredito x do meu jeito / pânico x agressividade / timidez x me impor

  • As 3 marchas: 1a, 3a e 5a

      • O Papel da mulher no mundo

    • O Caminho Feminino

  • As 3 direções do caminho da Mulher

Vida Pessoal, Vida Profissional, Vida Amorosa

    • O papel da mulher na evolução da Humanidade

Saber: Conhecimento / Ciência / Pesquisa

Fazer: Riqueza / Tecnologia / Construir

Amar: Relações Sociais / Sociedade / Viver

    • Perspectivas: Entendendo a mulher de o­ntem, de hoje e do futuro

  • Ontem: Subordinada ao parceiro

Fazia tudo o que ele queria, para atingir seus interesses.

  • Hoje: Revoltada com a dominação masculina

Quer tudo do seu jeito, em nome da igualdade.

  • Amanhã: Estabelecendo a parceria

Respeito à diferença, sem perder de vista a igualdade.

Bela

Nós

espírito

peito

bem-estar

compartilhar

coisa.certa

luz

direção

intuição

LEI

Gente

Outro

alma

cabeça

alegria

dar

deveres

positivo

câmbio

raciocínio

cultura

Fera

Eu

corpo

ventre

prazer

ter

direitos

negativo

motor

astúcia

faro









Hebe de Moura
Terapeuta Holística
CRT 21262

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 30/05/2007 14:33


A VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL DO CROMOTERAPEUTA

A VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL DO CROMOTERAPEUTA


Cada vez mais os terapeutas holísticos, principalmente os cromoterapeutas, não estão percebendo a sua importância no contexto social e por isso estão deixando de participar do mercado de trabalho, partindo muitas vezes para outras atividades alternativas.

Esquecem que cabe ao profissional de saúde diagnosticar e tratar o cliente e que cabe a todos contribuir para a prevenção da doença e para o bem estar da saúde.

Felizmente alguns cromoterapeutas vem contribuindo de modo correto para a melhoria das condições de vida e entendem que realizamos um trabalho multidisciplinar para um bem maior que é " prevenir antes de remediar ".


Nosso trabalho deve ser a complementação de outros profissionais, pois devemos pensar sempre que nosso cliente é um TODO -- corpo / mente / espirito, e nossa principal ferramenta é a energia luminosa e devemos saber utilizá-la conscientemente.


Lembrando a história notamos que no ano 380 AC, já Platão afirmava que o tratamento do corpo humano não devería separar a alma do corpo. Em 480 AC, Hipócrates ensinava que para manter a saúde era preciso manter o equilíbrio químico do corpo.


Na Suiça, Paracelso, em 1493 afirmava que " o que faz o homem doente, também pode curá-lo ". Citava a presença de dois corpos, o animal - portador de instintos e outro astral - portador da capacidade de criação e de arte ".


Estudiosos da antigüidade reconheciam um tipo de energia que atuava no processo natural de cura e já falavam em "equilíbrio ", " desbloqueio de canais de energia " e " correta nutrição ". Talvez sem saber andavam do Sistema Imune ao Sistema de reposição celular, o que acarretava a volta da integridade estrutural e funcional do organismo.


Nossa participação é a complementação dos recursos disponíveis , e através de métodos e procedimentos não convencionais, porém de eficácia comprovada, embora ainda não reconhecidas, colocando sempre as necessidades individuais do cliente em primeiro lugar e empregando técnicas e procedimentos com responsabilidade e pleno conhecimento .

Visível é a procura pela sociedade de um leque de possibilidades terapêuticas, porque sabem que as abordagens holísticas / complementares desempenham papel importante para a melhora da qualidade de vida. Somos peça fundamental no processo de recuperação e quando a participação do cliente for ativa, a expectativa interfere de modo benéfico no processo de recuperação.


A saúde e o bem estar ( melhor qualidade de vida ) são talvez os fatores mais importantes da vida e todos devemos ter a oportunidade de acesso à moderna tecnologia. O cliente procura determinados tratamentos " baseados em indicações de amigos com o mesmo problema e que melhoraram, após tentativas e erros, numa dispendiosa busca de sua saúde perdida ".


Para atendermos a demanda devemos estar preparados profissionalmente e transmitir a cada pessoa/cliente que ele pode cuidar de seu problema principal e fazê-lo entender que serão tratados como um TODO, sobretudo a se preocuparem com a prevenção. Cremos que um dia a Terapia Holística - Cromoterapia, será uma técnica preventiva, bastando nossa participação na conscientização da comunidade.

Para isso há uma necessidade de conseguirmos a confiabilidade da comunidade e isso não se impõe, adquire-se ao longo dos anos de trabalho, muito estudo e pesquisa de cada caso que nos são apresentados, e colaboração de outros profissionais, numa perfeita integração profissional.


A utilização de tecnologia moderna é importante e imaginemos como seria a Cromoterapia , se fosse a mesma utilizada na Índia, conforme textos antigos, antes da existência da luz elétrica, quando eram usadas caixas com panos coloridos e iluminadas por velas.


Não muito distante usávamos lanternas adaptadas, caixas retangulares de acrílico com lâminas coloridas, lanternas, bastões de diversos tipos muitas vezes interessantes para quem fabrica do que pela eficiciência do trabalho. Muito estudo e pesquisa deve ser nossa meta para conseguir a credibilidade de nosso trabalho. Atualmente estamos testando um novo instrumento de trabalho, um microprocessador com as cores básicas, básicas, incluindo alterações de freqüência da luz : continua , teta e alfa, além de timer de 1 segundo à 10 minutos , e já estamos obtendo surpreendentes resultados .

Verificamos que a grande maioria dos que se intitulam Cromoterapeutas ignoram aquilo que seria o básico: a opção de cumprimento de normas padrões aceitas na Certificação de Conformidade Técnica em Terapia Holística e Cromoterapia - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias - NTSV , deixando de lado seus diversos itens, principalmente utilizando cores a seu bel prazer, sem nenhuma explicação cientifica. E esquecendo, ou não sabem que trabalhamos com energia luminosa que varia a sua função de acordo com as diversas áreas de vibração o corpo, sem falar na aplicação localizada, desconhecida por outros, e deixando de ter rápidos resultados.


Não podemos esquecer que a Cromoterapia recebe Diversas denominações, tais como : Biofotônica, Fototerapia, Luminoterapia, PIEL- Polarização Induzida por Estímulos luminosos e Cromatorerapia, baseadas principalmente no mecanismo da luz aplicada sobre a pele e suas rea

ções químicas.


As reações provocadas são explicadas por estudiosos que nos informam que a formação a membrana das células, é constituida constituidas de Glicoproteinas ( GP), que ao receberem o estímulo luminoso em uma aplicação localizada, desencadeiam uma reação química ( orgânica ), fazendo com que essas células tornem-se percebidas pelo Sistema Imune. Os corpos estranhos ou células comprometidas que não tinham sido detectadas pelo Sistema Imune, se tornam visíveis , como corpos estranhos e são ata cadas por uma resposta imune primária. A partir da primeira aplicação inicia-se o processo curativo, permitindo o trabalho do sistema imunológico contra as células e corpos estranhos, que até então passavam despercebidas, isso explica-nos os resultados satisfatórios que obtemos após o primeiro atendimento, não esquecendo que a recuperação pode ser obtida somente quando houver uma vontade por parte do cliente, uma diminuição de parte

das causas emocionais que provocaram a somatização da doença e o equilíbrio energético através das cores.

Portanto, só conseguiremos nossa valorização com muita dedicação, estudo e pesquisa.

 

FICHA DE CLIENTE

Folha No._______/ 2004___
De acordo com a NTSV TH003

Nome__________________________________________________________________________

Endereço_______________________________________________________________________

Bairro____________________Município_____________________________________UF_______

Fone_____________________E-mail_________________________________________________

Data de Nascimento_______________________Estado civil_______________________________

Atividade profissional______________________Opção religiosa___________________________

Cliente desde___________

Data do atendimento_______________Terapeuta________________________Reg. No.________

Análise energética

Centros de força:

Laríngeo_____Frontal_________Coronário_______Umeral_____________

Áreas de vibraçao:

" M "________ " F " ___________" L "___________ " A " ______________

" V " ________" C ‘ ___________ ___________ ______________

Informações prestadas pelo cliente:

TERAPIA INDICADA:

Básica Aura I ____________Chacras II________SNC III ____________________

Localizada: Área vibratória "D"_____________________________________________

Pontos incidência______________________________________________

Área vibratória "R"_____________________________________________

Pontos incidência______________________________________________

Área vibratória " E"_____________________________________________

Pontos de incidência___________________________________________

Área vibratória " U "____________________________________________

Pontos incidência______________________________________________

Área vibratória " M " ___________________________________________

Pontos incidência______________________________________________

Área vibratória " F " ____________________________________________

Pontos incidência______________________________________________

Área vibratória " A " ____________________________________________

Pontos incidência______________________________________________

Área vibratória "V"_____________________________________________

Pontos de incidência___________________________________________

Área vibratória "L"_____________________________________________

Pontos de incidência___________________________________________

Área vibratória "C"_____________________________________________

CSF__________CSS__________CSI__________CSG________________

CSC__________CSH__________CSE_________CSR________________

Finalização Amarelo Geral_______Verde Geral___________Azul Geral____________



____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

Acompanhamento médico Dr._______________________________________CRM__________

" D " ________" R " ___________" E "___________" U"_______________
:
Básico_______Umbilical_______Esplênico_______Cardíaco___________


D

Trajetos:

Trajeto:


M

Trajeto:


L

Trajeto:


V

Trajeto:


A

Trajeto:

A 1 > A 2 > A 3 > A 3 4 > A 5 > A 6 > A 7
A 1 Pavilhão ( orelha )
A 2 Tímpano
A 3 Ouvido Médio
A 4 Ouvido Interno
A 5 Nervo Vestíbulo-coclear
A 6 Canal Auditivo
A-7 Cérebro ( Occipital )

V 1 >V 2 >V 3 >V 4 >V 5 >V 6 >V 7>A 7..
V 1 Córnea
V 2 Iris
V 3 Pupila
V 4 Cristalino
V 5 Corpo vitreo
V 6 Retina
V 7 Nervo Óptico
A 7 Cérebro ( Occipital )
L 1 > L 2 > L 3 > L 4 > L 5 > L 6 > L 7 >
L 1 Gânglios Inguinais
L 2 Supra Renais
L 3 Gânglios do Mediastino
L 4 Timo
L 5 Gânglios Axilares
L 6 Tireóide
L 7 Para tiróide
M 1 > M 3 > M 5 > M 7 > M 8 ##
M 2> M 4 > M 6 > M 7 > M 8 .
M 1 Testículo ( E )
M 2 Testículo ( D )
M 3 Canal Deferente ( E )
M 4 Canal Deferente ( D )
M 5 Vesícula Seminal ( E )
M 6 Vesícula Seminal ( D )
M 7 Próstata
M 8 Canal Ejaculador
R 1 > R 2 ## R 3> R 4## R 3> R 5##
R 3> R 6> R 7> R 8## R 9##
R 10> R11> R 7> R 6> R 3## R 5> R 3##
R 4> R 3## R 2> R 1.
A
= D 1> D 2> D 3> D 4> D 5>
D 6> D 7> D 8> D 9> D 10>
D 11> D 12> D 13> D 14.
B= D 7> D 6> D 5> D 4> D 3> D 2> D 1.
C= D 14> D 13> D 12> D 11>
D 10> D 9> D 8> D 7> D 6>
D 5> D 4> D 3> D 2> D 1.


R
R 1 Testa ( D )
R 2 Testa ( E )
R 3 Testa ( entre sobrancelhas )
R 4 Fossa Nasal ( D )
R 5 Fossa Nasal ( E )
R 6 Laringe
R 7 Traquéia
R 8 Brônquios ( D )
R 9 Brônquios ( E )
R 10 Pulmão ( E )
R 11 Pulmão ( D )
D 1 - Boca
D 2 Faringe
D 3 Esôfago
D 4 Estômago
D 5 Fígado
D 6 Vesícula Biliar
D 7 Pâncreas
D 8 Intestino Delgado
D 9 Cólon Ascendente
D 10 Cólon Transvero
D 11 Cólon Descendente
D 12 Sigmóide
D 13 Reto
D 14 Anus

E

Trajeto:


U

Trajeto:


F

Trajeto:


C

C 1 Coração
C 2 Artéria Carótida ( E )
.. C 3 Veia Jugular ( E )_________C 4 Artéria Carótida ( D )
.............C 5 Veia Jugular ( D )_________C 6 Arco da Aorta
C 7 Artéria Subclávia ( E )
C 8 Artéria Umeral ( E )
C 9 Artéria Radial ( E )
C 10 Artérias da mão( E )
C 11 Veias da mão ( E )
C 12 Veia Radial ( E )
C 13 Veia Basílica ( E )
.............C 14 Veia Cava Superior( E )____C 15 Artéria Subclávia ( D )
C 16 Artéria Umeral ( D )
C 17 Artéria Radial ( D )
C 18 Artérias da mão ( D )
C 19 Veias da mão ( D )
C 20 Veia Radial ( D )
C 21 Veia Basílica ( D )
.............C 22 Veia Cava Superior ( D )___C 23 Artéria Aorta Torácica
C 24 Artéria Aorta Abdominal
C 25 Artéria Hepática
C 26 Veia Hepática
C 27 Artéria Esplênica
C 28 Baço
C 29 Veia Esplênica
C 30 Artéria Umbilical
C 31 Artéria Renal
C 32 Veia Renal
C 33 Veia Umbilical
C 34 Artéria Ilíaca
C 35 Artéria Femural ( E )
C 36 Artérias Tibial/Perônica ( E )
C 37 Artérias Digitais/Dorsais ( E )
C 38 Veias Digitais/Dorsais ( E )
C 39 Veias Tibial/Perônica ( E )
C 40 Veia Safena ( E )
C 41 Artéria Femural ( D )
C 42 Artéria Tibial/Perônica ( D )
C 43 Artérias Digitais/Dorsais (D)
C 44 Veias Digitais/Dorsais ( D )
C 45 Veias Tibial/Perônica ( D )
C 46 Veia Safena ( D )
C 47 Veia Cava Inferior
C 48 Artéria Pulmonar__________C 49 Veia Pulmonar
F 1 > F 2 ( 2 x ) ##
F 3 > F 4 ( 2 x )##
F 5 > F 6 > F 7 .
F 1 Trompa ( D )
F 2 Trompa ( E )
F 3 Ovário ( D )
F 4 Ovário ( E )
F 5 Útero
F 6 Vagina
F 7 Vulva
U 1 > U 3 > U 5 > U 6 ##
U 2 > U 4 > U 5 > U 6 .
U 1 Rim ( E )
U 2 Rim ( D )
U 3 Ureter ( E )
U 4 Ureter ( D )
U 5 Bexiga
U 6 Uretra
E 1 > E 2 ## E 3 > E 4 ## E 3 > E 5 ##
E 4 > E 6 ## E 7 > E 8 ## E 7 > E 9 ##
E 8 > E 10..
E 1 Coluna ( nuca )
E 2 Coluna ( cóccix )
E 3 Cintura Escapular ( E )
E 4 Cintura Escapular ( D )
E 5 Membro Superior ( E )
E 6 Membro Superior ( D )
E 7 Cintura Pélvica ( E )
E 8 Cintura Pélvica ( D )
E 9 Membro Inferior ( E )
E 10 Membro Inferior ( D )

Oswaldo Antonio Rentes
Terapeuta Holístico – CRT 21400
Cromoterapeuta

No.---------------------------------

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 30/05/2007 14:37


REGRESSÃO ALFA – EQUILÍBRIO DE VIDAS PASSADAS

REGRESSÃO ALFA – EQUILÍBRIO DE VIDAS PASSADAS




Apresentação
 
Destaco nesta palestra a “Regressão em estado Alfa” com o intuito de dar um testemunho do sucesso alcançado junto a clientes os quais agradeço o depósito de confiança, traduzindo a relação, cliente/terapeuta num elo de crescimento mútuo.
 
Esta apresentação, é, produto de cursos, palestras, consultoria e orientação em consultório, tendo como finalidade, aumentar o conhecimento do terapeuta e do leigo, ajudando-o a encontrar solução para o equilíbrio energético em determinadas questões: Relacionamento, vida e Trabalho.


As técnicas utilizadas para induzir a regressão são variadas e surgiram em tempos imemoriais e foram se adaptando às épocas e assim deram um impulso para novas descobertas. Os xamãs são uns dos exemplos de transe ao utilizar ervas, danças, cantos repetitivos, mantras, terço, algumas terapias corporais. Os sons, o cheiro, o toque, as imagens, os símbolos, um instrumento de percussão, a hipnose, a alfa-terapia, podem estimular a memória e criam um estado alterado de consciência que nós permite ir até o inacessível conscientemente. Em transe, o tempo e o espaço não existem, então, às lembranças podem ser recuperadas, o conhecimento aproveitado e os bloqueios removidos.

Neste caso eu começo pelo momento atual regressando em períodos de sete em sete anos devido a que a maior porcentagem de problemas estão na vida atual e principalmente entre os zero e vinte e um anos. Quando necessário uso a Alfa-terapia, induzindo a um relaxamento profundo em que as ondas cerebrais vibram entre sono e vigília, permitindo ao cliente, conscientemente alcançar o subconsciente.

E bom lembrar que devemos fazer uma divisão entre o hipnotizador que geralmente vemos na TV e o Terapeuta que utiliza estas técnicas para provocar mudanças baseado nas lembranças acessadas.

A alfa-terapia é vívida experimentando-se todos os sentimento e emoções. O terapeuta deve ter uma facilidade para interpretar símbolos e situações e interpretar o que o cliente relata de forma verbal, corporal, emocional, devemos lembrar que o cliente nesse estado, utiliza todos seus sentidos e também sua alma e espírito, se envolvidos.

Técnicas de Regressão

Existem muitas técnicas de regressão, e em todas deve-se ter muito cuidado no retorno ao momento atual. Imaginação Simbólica, Técnica Christos em que o relaxamento profundo e alcanzado esfregando-se os pés e a testa. Viagens Xamânica ou Restauração da Alma, esse pedaço de alma pode estar na vida atual ou anterior e deve ser libertado. Na Memória Distante cliente e terapeuta desenvolvem o tema a partir de um insight .


Na primeira sessão, deve se obter informações sobre seu passado e sua formação além dos motivos que o levaram a procurar a terapia.

Dependendo da tendência podemos estar frente a uma fobia ou bloqueio emocionai, distúrbio alimentar, vícios, sexualidade, saúde, dinheiro e amor. A regressão vai depender do cliente: alguns revivem com muita nitidez, como um filme, outros com lampejos. Algumas pessoas são participantes da sua própria vida e outras assistem.

É normal a pergunta “isso é real?” “eu vivi isso?” “será que estou inventando?” “é realidade ou fantasia?”

Estas perguntas nos ajudam a perceber o nível alcançado na regressão: 1o nível é como ligar uma tv e ela estiver fora de foco com cenas inconstantes. 2o o cliente e simplesmente um observador . 3o o cliente ouve sons e aparecem alguns sentimentos e emoções esporadicamente. 4o o cliente revive envolve-se consciente de sua vida atual e em contato com o terapeuta. 5o o cliente se envolve totalmente com sua vida anterior desconectando-se do terapeuta e do momento atual.

Alfa-terapia

Nossa mente é como um para-queda: Só funciona quando aberto.


À mente consciente é a que raciocina, pensa, planeja, cria, analisa, ordena, e tem objetivos definidos, conclui através dos sentidos, estando sempre alerta quando acordados. O que nos lembra: que somos o resultado do que pensamos a respeito de nós mesmos.


O subconsciente é impalpável, ele atua de acordo com as ordens recebidas do consciente; é um subalterno, com muito conhecimento que não contesta, não seleciona e sendo impessoal se torna o que o consciente quer. Aqui reside o grande perigo! Atuaremos na vida de acordo a nossas crenças e idéias e isto nos coloca no limiar do mal e do bem. O subconsciente é o lar da sabedoria, da força infinita que equilibra, todos os nossos corpos.


Galileo Galilei falou, "com uma alavanca posso mover o mundo" e recentemente William James renomado psicólogo americano disse: "O poder de mover o mundo está no subconsciente" - podemos concluir destas frases que há um vasto mundo de aprendizado a ser feito e que podemos melhorar a nós mesmos e nosso redor, simplesmente desenvolvendo o subconsciente, e um dos tantos caminhos é a alfa-terapia dentro da terapia holística.


Níveis de onda cerebral


Instrumento desenvolvido pelo Dr. Hans Berger em 1929, obteve ótimos resultados mapeando os fluxos de estado de vigília até o sono. A partir destes estudos, hoje temos modernos aparelhos que determinam toda a atividade cerebral e que para nossas pesquisas vão estar nomeadas da seguinte forma: Nível Beta, Alfa, Teta e Delta.


Nível Beta


Tem uma freqüência de 14 a 30 impulsos por segundo.


É o estado consciente, atento, vigilante de seus afazeres, é o dia a dia comum. Esta atenção está ligada às raízes do desenvolvimento humano, instintivo e racional. Vale a pena lembrar que: a média de 21 impulsos por segundo e em caso de ansiedade, medo, tensão, a freqüência pode se elevar até três vezes ou mais, trazendo o desconforto do esquecimento.


Nível Alfa


Tem uma freqüência de 08 a 13 impulsos por segundo.


Aqui a vigília cede espaço, à passividade e sonolência. Continua consciente mas em paz, este momento de meditação ou que precede ao sono tem a virtude de acalmar o corpo, e as emoções. É um momento muito agradável que também pode ser induzido para trazer inicialmente à tona inicialmente, a criatividade e a intuição. Na medida que desenvolvemos podemos partir para a percepção extrasensorial.


Outro passo muito importante neste nível é que muitos profissionais, inventores, escritores, músicos encontram neste nível as suas inspirações, através da clarividência e da paranormalidade desenvolvendo a comunicação telepática, normalmente os mais prósperos desenvolvem a premonição ajudando no planejamento e na tomada de decisões.


O subconsciente no estado Alfa fica sensível a encontrar equilíbrio no corpo mental/emocional e físico. Este momento oportuno para descartar comportamentos que não agregam valor e aquilatar as virtudes que programou na sua lista.


O aprendizado de si mesmo começa neste nível; com incrível clareza começamos a desenvolver o aprendizado e a memória e alinhar os desequilíbrios energéticos.


A fantasia, imaginação, inventiva, inspiração, ilusão, quimera, o irreal, utópico, sonho neste sagrado momento, pode ser transformado em realidade. Basta colocar: planejamento e ação, é, o subconsciente aceitará as palavras descritas como ordens indiscutíveis a serem providenciadas. É lógico que, guardando as proporções, uma pessoa com um metro e cinqüenta não pode querer ser jogador da seleção de vôlei, mas pode ser um grande comunicador. O segredo é descobrir suas virtudes, lapidadas e coloca-lhas no mercado.



Nível Teta


Tem uma freqüência de 4 a 7 impulsos por segundo.


Neste nível ainda estamos conscientes, bem mais próximo do sono, fazendo um pequeno esforço, constatamos que ainda percebemos o ambiente.


Pense naquilo que deseja solucionar, faça seu pedido claro objetivo, se deixando levar nessa viagem interdimensional para trazer respostas do seu universo subconsciente.



Nível Delta


Tem uma freqüência de 0,05 a 3,05 impulsos por segundo.


Neste momento estamos em sono profundo, estamos desligado de tudo e todo ao nosso redor, apenas, nosso veiculo físico permanece, a mente consciente descansa.


A programação para o nível delta, a fazemos no nível consciente: desejando encontrar, as respostas necessárias para determinado questionamento, mas principalmente, lembrar da viagem e também entender a resposta.

Reações depois da regressão:


Muito cuidado porque podem provocar, de uma depressão profunda a um intenso entusiasmo. Também mudanças de temperatura no corpo, se sentir cansado ou energizado. Aqui o conhecimento de outras técnicas é de muita importância dependendo do caso usa-se florais, cristais, equilíbrio dos centros de energia, limpeza áurica, radiestesia ou radiônica.


Níveis de regressão:


1o Imagens ocasionais e pouco claras - 2o Observar sem participar – 3o Atua no palco aparecem emoções, ouve sons – 4o Assume um papel e revive momentos, mas consciente de sua vida atual – 5 Assume um papel inconsciente de sua vida atual.


Ceticismo


Os céticos afirmam: que podem ser: distúrbios cerebrais, memória familiar ou racial, memória paralela, memória oculta de livros, filmes, etc. inconsciente coletivo, sintonia com o que aconteceu no passado, possessão de espíritos desencarnados, sugestão, desequilíbrios do cérebro, leitura mediúnica.


Alfa-terapia é ciência, técnica e arte


Alfa-terapia-ciência

Porque tem princípios, metodologia, ética e aplicabilidade.

Alfa-terapia-técnica

Habilidade de induzir uma pessoa ao estado alterado de consciência.

Alfa-terapia-arte

Porque terapeuta e cliente elaboram em conjunto um quadro com o que está contido na mente, na alma e no espírito




Hipnose e Regressão


E bom lembrar que a pessoa que se submete a hipnose não entra necessariamente em regressão. E uma regressão pode ocorrer como relata Brian L. Weis em seu livro “Muitas vidas muitos Mestres” encontrou Catherine que não respondia ao alinhamento convencional; utilizou-se da hipnose para faze-la superar seus desequilíbrios, onde ela recordou fatos ligados a vidas passadas que revelaram a causa do que estava sentindo, pouco tempo depois o desequilíbrio desaparecia.


Benefícios da Alfa-terapia


A Alfa-terapia contribui para : O equilíbrio da razão, emoção ação. Passa-se a dormir melhor, reduzir tensão e ansiedade, eliminar os medos, economizar energias gastas com preocupações exageradas e viver com alegria e satisfação, resolve problemas adquiridos na infância, gestação ou vidas passadas. Principalmente melhora a inteligência racional, emocional e espiritual porque quando se começa entender estas três inteligências a pessoa está caminho da mestria e da serenidade.


Mitos na alfa-terapia


Alfa-terapia ocorre em estado de sono? Não porque a alfa-terapia se desenvolve no estado intermediário entre sono e a vigília.


Inteligência ou personalidade ajuda na Alfa-terapia? Não, porque cada pessoa tem um grau de sensibilidade às sugestões.


O Terapeuta que utiliza esta técnica pode obrigar o cliente agir contra seus princípios? Falso, a mente só aceita ordens que não interfiram na sua moralidade.


Ao voltar da Alfa-terapia o cliente não se lembra do que ocorreu durante a sessão? Em estado alfa não há perda de consciência, o cliente lembra de tudo.









Nelson Nibaldo Flores Zuniga
CRT 34429
Terapeuta Holístico
Zuniga@terapiaholistica.net

Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 30/05/2007 14:38


REGRESSÃO ALFA – EQUILÍBRIO DE VIDAS PASSADAS

REGRESSÃO ALFA – EQUILÍBRIO DE VIDAS PASSADAS




Apresentação
 
Destaco nesta palestra a “Regressão em estado Alfa” com o intuito de dar um testemunho do sucesso alcançado junto a clientes os quais agradeço o depósito de confiança, traduzindo a relação, cliente/terapeuta num elo de crescimento mútuo.
 
Esta apresentação, é, produto de cursos, palestras, consultoria e orientação em consultório, tendo como finalidade, aumentar o conhecimento do terapeuta e do leigo, ajudando-o a encontrar solução para o equilíbrio energético em determinadas questões: Relacionamento, vida e Trabalho.


As técnicas utilizadas para induzir a regressão são variadas e surgiram em tempos imemoriais e foram se adaptando às épocas e assim deram um impulso para novas descobertas. Os xamãs são uns dos exemplos de transe ao utilizar ervas, danças, cantos repetitivos, mantras, terço, algumas terapias corporais. Os sons, o cheiro, o toque, as imagens, os símbolos, um instrumento de percussão, a hipnose, a alfa-terapia, podem estimular a memória e criam um estado alterado de consciência que nós permite ir até o inacessível conscientemente. Em transe, o tempo e o espaço não existem, então, às lembranças podem ser recuperadas, o conhecimento aproveitado e os bloqueios removidos.

Neste caso eu começo pelo momento atual regressando em períodos de sete em sete anos devido a que a maior porcentagem de problemas estão na vida atual e principalmente entre os zero e vinte e um anos. Quando necessário uso a Alfa-terapia, induzindo a um relaxamento profundo em que as ondas cerebrais vibram entre sono e vigília, permitindo ao cliente, conscientemente alcançar o subconsciente.

E bom lembrar que devemos fazer uma divisão entre o hipnotizador que geralmente vemos na TV e o Terapeuta que utiliza estas técnicas para provocar mudanças baseado nas lembranças acessadas.

A alfa-terapia é vívida experimentando-se todos os sentimento e emoções. O terapeuta deve ter uma facilidade para interpretar símbolos e situações e interpretar o que o cliente relata de forma verbal, corporal, emocional, devemos lembrar que o cliente nesse estado, utiliza todos seus sentidos e também sua alma e espírito, se envolvidos.

Técnicas de Regressão

Existem muitas técnicas de regressão, e em todas deve-se ter muito cuidado no retorno ao momento atual. Imaginação Simbólica, Técnica Christos em que o relaxamento profundo e alcanzado esfregando-se os pés e a testa. Viagens Xamânica ou Restauração da Alma, esse pedaço de alma pode estar na vida atual ou anterior e deve ser libertado. Na Memória Distante cliente e terapeuta desenvolvem o tema a partir de um insight .


Na primeira sessão, deve se obter informações sobre seu passado e sua formação além dos motivos que o levaram a procurar a terapia.

Dependendo da tendência podemos estar frente a uma fobia ou bloqueio emocionai, distúrbio alimentar, vícios, sexualidade, saúde, dinheiro e amor. A regressão vai depender do cliente: alguns revivem com muita nitidez, como um filme, outros com lampejos. Algumas pessoas são participantes da sua própria vida e outras assistem.

É normal a pergunta “isso é real?” “eu vivi isso?” “será que estou inventando?” “é realidade ou fantasia?”

Estas perguntas nos ajudam a perceber o nível alcançado na regressão: 1o nível é como ligar uma tv e ela estiver fora de foco com cenas inconstantes. 2o o cliente e simplesmente um observador . 3o o cliente ouve sons e aparecem alguns sentimentos e emoções esporadicamente. 4o o cliente revive envolve-se consciente de sua vida atual e em contato com o terapeuta. 5o o cliente se envolve totalmente com sua vida anterior desconectando-se do terapeuta e do momento atual.

Alfa-terapia

Nossa mente é como um para-queda: Só funciona quando aberto.


À mente consciente é a que raciocina, pensa, planeja, cria, analisa, ordena, e tem objetivos definidos, conclui através dos sentidos, estando sempre alerta quando acordados. O que nos lembra: que somos o resultado do que pensamos a respeito de nós mesmos.


O subconsciente é impalpável, ele atua de acordo com as ordens recebidas do consciente; é um subalterno, com muito conhecimento que não contesta, não seleciona e sendo impessoal se torna o que o consciente quer. Aqui reside o grande perigo! Atuaremos na vida de acordo a nossas crenças e idéias e isto nos coloca no limiar do mal e do bem. O subconsciente é o lar da sabedoria, da força infinita que equilibra, todos os nossos corpos.


Galileo Galilei falou, "com uma alavanca posso mover o mundo" e recentemente William James renomado psicólogo americano disse: "O poder de mover o mundo está no subconsciente" - podemos concluir destas frases que há um vasto mundo de aprendizado a ser feito e que podemos melhorar a nós mesmos e nosso redor, simplesmente desenvolvendo o subconsciente, e um dos tantos caminhos é a alfa-terapia dentro da terapia holística.


Níveis de onda cerebral


Instrumento desenvolvido pelo Dr. Hans Berger em 1929, obteve ótimos resultados mapeando os fluxos de estado de vigília até o sono. A partir destes estudos, hoje temos modernos aparelhos que determinam toda a atividade cerebral e que para nossas pesquisas vão estar nomeadas da seguinte forma: Nível Beta, Alfa, Teta e Delta.


Nível Beta


Tem uma freqüência de 14 a 30 impulsos por segundo.


É o estado consciente, atento, vigilante de seus afazeres, é o dia a dia comum. Esta atenção está ligada às raízes do desenvolvimento humano, instintivo e racional. Vale a pena lembrar que: a média de 21 impulsos por segundo e em caso de ansiedade, medo, tensão, a freqüência pode se elevar até três vezes ou mais, trazendo o desconforto do esquecimento.


Nível Alfa


Tem uma freqüência de 08 a 13 impulsos por segundo.


Aqui a vigília cede espaço, à passividade e sonolência. Continua consciente mas em paz, este momento de meditação ou que precede ao sono tem a virtude de acalmar o corpo, e as emoções. É um momento muito agradável que também pode ser induzido para trazer inicialmente à tona inicialmente, a criatividade e a intuição. Na medida que desenvolvemos podemos partir para a percepção extrasensorial.


Outro passo muito importante neste nível é que muitos profissionais, inventores, escritores, músicos encontram neste nível as suas inspirações, através da clarividência e da paranormalidade desenvolvendo a comunicação telepática, normalmente os mais prósperos desenvolvem a premonição ajudando no planejamento e na tomada de decisões.


O subconsciente no estado Alfa fica sensível a encontrar equilíbrio no corpo mental/emocional e físico. Este momento oportuno para descartar comportamentos que não agregam valor e aquilatar as virtudes que programou na sua lista.


O aprendizado de si mesmo começa neste nível; com incrível clareza começamos a desenvolver o aprendizado e a memória e alinhar os desequilíbrios energéticos.


A fantasia, imaginação, inventiva, inspiração, ilusão, quimera, o irreal, utópico, sonho neste sagrado momento, pode ser transformado em realidade. Basta colocar: planejamento e ação, é, o subconsciente aceitará as palavras descritas como ordens indiscutíveis a serem providenciadas. É lógico que, guardando as proporções, uma pessoa com um metro e cinqüenta não pode querer ser jogador da seleção de vôlei, mas pode ser um grande comunicador. O segredo é descobrir suas virtudes, lapidadas e coloca-lhas no mercado.



Nível Teta


Tem uma freqüência de 4 a 7 impulsos por segundo.


Neste nível ainda estamos conscientes, bem mais próximo do sono, fazendo um pequeno esforço, constatamos que ainda percebemos o ambiente.


Pense naquilo que deseja solucionar, faça seu pedido claro objetivo, se deixando levar nessa viagem interdimensional para trazer respostas do seu universo subconsciente.



Nível Delta


Tem uma freqüência de 0,05 a 3,05 impulsos por segundo.


Neste momento estamos em sono profundo, estamos desligado de tudo e todo ao nosso redor, apenas, nosso veiculo físico permanece, a mente consciente descansa.


A programação para o nível delta, a fazemos no nível consciente: desejando encontrar, as respostas necessárias para determinado questionamento, mas principalmente, lembrar da viagem e também entender a resposta.

Reações depois da regressão:


Muito cuidado porque podem provocar, de uma depressão profunda a um intenso entusiasmo. Também mudanças de temperatura no corpo, se sentir cansado ou energizado. Aqui o conhecimento de outras técnicas é de muita importância dependendo do caso usa-se florais, cristais, equilíbrio dos centros de energia, limpeza áurica, radiestesia ou radiônica.


Níveis de regressão:


1o Imagens ocasionais e pouco claras - 2o Observar sem participar – 3o Atua no palco aparecem emoções, ouve sons – 4o Assume um papel e revive momentos, mas consciente de sua vida atual – 5 Assume um papel inconsciente de sua vida atual.


Ceticismo


Os céticos afirmam: que podem ser: distúrbios cerebrais, memória familiar ou racial, memória paralela, memória oculta de livros, filmes, etc. inconsciente coletivo, sintonia com o que aconteceu no passado, possessão de espíritos desencarnados, sugestão, desequilíbrios do cérebro, leitura mediúnica.


Alfa-terapia é ciência, técnica e arte


Alfa-terapia-ciência

Porque tem princípios, metodologia, ética e aplicabilidade.

Alfa-terapia-técnica

Habilidade de induzir uma pessoa ao estado alterado de consciência.

Alfa-terapia-arte

Porque terapeuta e cliente elaboram em conjunto um quadro com o que está contido na mente, na alma e no espírito




Hipnose e Regressão


E bom lembrar que a pessoa que se submete a hipnose não entra necessariamente em regressão. E uma regressão pode ocorrer como relata Brian L. Weis em seu livro “Muitas vidas muitos Mestres” encontrou Catherine que não respondia ao alinhamento convencional; utilizou-se da hipnose para faze-la superar seus desequilíbrios, onde ela recordou fatos ligados a vidas passadas que revelaram a causa do que estava sentindo, pouco tempo depois o desequilíbrio desaparecia.


Benefícios da Alfa-terapia


A Alfa-terapia contribui para : O equilíbrio da razão, emoção ação. Passa-se a dormir melhor, reduzir tensão e ansiedade, eliminar os medos, economizar energias gastas com preocupações exageradas e viver com alegria e satisfação, resolve problemas adquiridos na infância, gestação ou vidas passadas. Principalmente melhora a inteligência racional, emocional e espiritual porque quando se começa entender estas três inteligências a pessoa está caminho da mestria e da serenidade.


Mitos na alfa-terapia


Alfa-terapia ocorre em estado de sono? Não porque a alfa-terapia se desenvolve no estado intermediário entre sono e a vigília.


Inteligência ou personalidade ajuda na Alfa-terapia? Não, porque cada pessoa tem um grau de sensibilidade às sugestões.


O Terapeuta que utiliza esta técnica pode obrigar o cliente agir contra seus princípios? Falso, a mente só aceita ordens que não interfiram na sua moralidade.


Ao voltar da Alfa-terapia o cliente não se lembra do que ocorreu durante a sessão? Em estado alfa não há perda de consciência, o cliente lembra de tudo.









Nelson Nibaldo Flores Zuniga
CRT 34429
Terapeuta Holístico
Zuniga@terapiaholistica.net

Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 30/05/2007 14:44


RADIESTESIA E RADIÔNICA

RADIESTESIA E RADIÔNICA





Comecei a entender melhor o poema da vida no meu sétimo aniversário, quando um dos presentes que recebi embrulhado em papel celofane amarelo com laço multicolorido contendo uma caixa de veludo azul profundo e dentro dessa caixa dois pêndulos, um de madeira e um de aço que eu vi sendo torneado pelo meu avô.


Como toda criança, agradeci e comecei a brincar. No dia seguinte, me foi ensinado que o motivo do papel amarelo, que representava o sol, o criador porque ele podia estar tão perto e tão longe ao mesmo tempo, depois descobri, que é apenas uma questão de escolha.


Perguntei... e o azul? ; o azul representa o planeta, terra, água, ar e fogo e as fitas coloridas representam o ser humano, neste caso você, as tuas sete portas, chamadas de chacras, pelas quais nos conectamos com o equilíbrio e com o divino, pés na terra espírito no criador.


A última pergunta foi para saber, o que fazer com os pêndulos exatamente? A resposta se estendeu por muitos anos, e ainda continuo essa busca.


Pêndulos, um simples fio e um contrapeso, poderosos receptores e irradiadores de energia sutil, que conectam o radiestesista com todas as coisas em todas as dimensões sem as barreiras do espaço e do tempo.


A prática radiestésica me levou a pesquisar e encontrar que historicamente 4.000ªC. os sacerdotes egípcios e caldeus, já praticavam a sensibilidade radiestésica através de varinhas para descobrir, águas, minérios e respostas oraculares.


Na China 2000ªC. o imperador Yu trabalhava com uma varinha na pesquisa para encontrar fontes de águas subterrâneas. Paracelso alquimista e médico suíço utilizou-se da radiestesia em seus trabalhos. No século XVII a condessa Martine de Berthereu aponta com extraordinária exatidão as fontes de Chateau-Thieny e posteriormente as minas de Pontgibard.


Já nessa época o abade Vallemont publica suas pesquisas, nos séculos XVIII e XIX dentre os muitos radiestesistas, destaca-se, Mermet desenvolvendo a teoria das séries numéricas atribuídas aos órgãos humanos, hoje nas minhas pesquisas percebo que ele conseguiu identificar os pontos do Do In e da Acupuntura através da radiestesia.


Luis Zuniga, da apoio radiestêsico in loco e nas plantas geodésicas, a uma equipe de engenheiros na prospecção de petróleo, na cidade de Punta Arenas, extremo sul do Chile.


No século XX mas exatamente em 1932 se realiza o primeiro congresso de radiestesistas em Liege, com resultados importantíssimos para as diferentes áreas do conhecimento.


No Brasil, em meados do ano de 1941 o radiestesista Virgílio Goulart publica a radiestesia em seis lições, à partir desta data,a lista é extensa dos inúmeros profissionais que tem contribuído para esta ciência.


À medida que foram passando os anos, desenvolvi a minha própria técnica, utilizando a radiestesia como base para ver, as disfunções da aura e conseqüentemente a sua harmonização.


Foram estes os impulsores, que deram o alicerce para a terapia holística que desenvolvo, procurando a causa da disfunção no corpo mais distante e deixando a harmonização do efeito como conseqüência.


Esta ciência tem esta virtude, ver, a unidade e o todo ao mesmo tempo, trabalhando num único universo, como se fosse um belo mosaico.


Se a Radiestesia nos permite fazer uma medição exata das energias que afetam pessoas, animais, plantas, objetos e ambientes, tem que existir alguma técnica que faça correções nesses desequilíbrios, é essa técnica se chama Radiônica.


A Radiônica permite trazer de volta o equilíbrio ou ainda melhora-lo através da junção Radiestesia - Radiônica, cromoterapia, cristais, florais, elementos da natureza, com a utilização da energia do pensamento.


Existem algumas correntes de pensamento em radiônica que utilizam a irradiação de ondas eletromagnéticas o hertzianas, com o objetivo de produzir um equilíbrio através de um mecanismo de ressonância de freqüência. Sabe-se que os egípcios colocavam metais sobre o corpo humano com fines terapêuticos. Talvez esse seja a explicação de que alguns pesquisadores tentem dar um ar hermético a esta técnica sem necessidade. Eu penso que tudo o que a natureza nós ensina, deve ser de conhecimento individual e coletivo, porque na medida que melhoramos o indivíduo, classe e sociedade, melhora a energia vibratória do planeta.


  1. Toda matéria emite radiações, o que significa que cada elemento inerte ou vivo, é único.

  2. As radiações emitidas por um corpo vivo ou objeto, permitem analisar as energias do todo e das partes.

  3. O terapeuta que utiliza estas técnicas, desenvolve dentro de si um ser radiônico, capaz de trazer equilíbrio só com sua presencia.

  4. Esta técnica de pesquisa e alinhamento das perturbações vibracionais utiliza também as energias das formas, inclusive às formas pensamentos. Por isso desenvolve a percepção extra-sensorial.

  5. É a técnica do futuro, hoje vista como ficção.


Exemplo:


A Radiônica utiliza-se também das cores, que tem sua própria vibração:


    • Vermelho 436,7 Trilhões de vibrações por segundo.

    • Laranja 473,6 Trilhões de vibrações por segundo.

    • Amarelo 510,5 Trilhões de vibrações por segundo.

    • Verde 584,3 Trilhões de vibrações por segundo.

    • Azul 658,0 Trilhões de vibrações por segundo.

    • Índigo 694,9 Trilhões de vibrações por segundo.

    • Violeta 731,8 Trilhões de vibrações por segundo.


Fonte: Jones , Alex. Seven Mansions of Color, De Vorss, Marina del Rey, 1977.


Cor


A Radiônica pode utilizar a cor terapeuticamente dos seguintes modos:


Visualização: a cor necessária é visualizada como se estivesse sendo inalada e banhando cada ponto em desequilíbrio.


Luz solarizada: é a aplicação da cor filtrada da luz do sol através de filtros ou gel coloridos, sobre a área afetada.


Água solarizada: a água pura é exposta ao sol num recipiente apropriado de vidro colorido por meia hora e depois ingerido como fonte de equilíbrio vibratório.

A cor que preciso: Assim como as pedras, filtros, nós somos parte dessa luz e podemos aplica-la. A influência das cores é primordial para o desenvolvimento do Ser Humano e o meio em que vive e trabalha, temos cores fixas e transitórias que atuam diretamente nos centros de energia das pessoas ou objetos. A comida é uma alternativa para absorver cor.


Florais de Bach

A Radiônica pode potencializar ou incorporar os efeitos benéficos dos Florais de Bach que desenvolvem uma profunda harmonia restaurando o equilíbrio dos corpos, associados ao pensamento, alma, identidade ou espiritualidade.


Limpeza áurica

A Radiônica nós permite entre outras coisas fazer a limpeza e restauração áurica sem necessidade alegorias. Isto em pessoas, animais, plantas, objetos, residências, partindo da base que toda energia física ou espiritual tem uma determinada ação vibracional.


Relacionamento

A Radiônica analisa um relacionamento a partir da harmonia dos centros de energia, restaurando-os se necessário. Essa restauração pode ser nesta vida ou em vidas passadas.


Vida e Trabalho

A Radiônica, atua em todos os segmentos da vida, trazendo paz, paz harmonia, equilíbrio, cabe apenas ao cliente a partir do aconselhamento aceitar umas diretrizes de vida, lembrando que o ser humano está aqui para se tornar sábio, lembrar que a vida se desenvolve em quatro etapas, aprendizado, luta, sabedoria e treinamento das futuras gerações. Para isso precisa de equilíbrio da auto-estima, flexibilidade, de se permitir transmutar, vivenciar todos os símbolos para poder entender a si mesmo e aos outros, etc.









Nelson Nibaldo Flores Zuniga
CRT 34429
Terapeuta Holístico
Zuniga@terapiaholistica.net

Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 30/05/2007 14:46


ARTETERAPIA

ARTETERAPIA





Na arteterapia , tomo como
parâmetro que nossos corpos se desenvolvem ritmicamente,
descobrimos que somos seres de ritmo para nascer, respirar,
batimentos, circulação, digestão, pulsações,
alimentação, sono, etc. ou seja, todos os nossos
sentidos trabalham compassadamente.


Os ritmos se movimentam nos mundos
da audição, da visão e das mãos


As esculturas e a modelação
trabalham nosso universo básico, pensamento, direita,
esquerda, formas, espaço, trabalhando e desenvolvendo o
sentido sinestésico e rítmico do corpo.


As pinturas em geral denotam,
desenvolvem e equilibram o universo rítmico dos sentimentos e
emoções, ir em frente ou retroceder, falar na
superfície através das cores.


A poesia e o canto trazem o ritmo
matemático, ascendentes e descendentes de forma linear, à
partir do chacra da garganta, se tornando menos engessado a partir do
chacra do terceiro olho o­nde os ritmos são mais sutis.


Então dependendo da pessoa,
aplico um tipo de arte diferente havendo casos específicos, em
que a harmonia é desenvolvida com escultura, pintura, poesia e
canto, em sessões diferentes e sucessivas.


Atividades
artísticas na terapia


Toda pessoa que experimentou uma
atividade artística, sentiu vivencialmente o bem que isso faz,
e de como renova e estimula, especialmente quando um ser extremamente
racional decide dar este passo.


Não se trata
de criar uma obra de arte, mas sim vivenciar essa força que
leva as pessoas a encontrar o equilíbrio.


A arte atua de
maneira diferente em cada ser humano, porém não são
só as obras terminadas que interessam na terapia, nem a sua
qualidade estética, é na atividade criadora, nas cores,
sons, formas que traz a superfície o que passa e acontece no
universo interior.


Inicialmente, existe
um impulso ou encontro com determinado material, a escolha já
fala de seu crescimento, às cores, sons e formas denotam:
emoções, frustrações, alegrias, durante a
criação o cliente se entrega totalmente a suas
vivências. Quando consegue realizar a obra despreocupadamente o
resultado da terapia será um êxito.


Emprego
de meios artísticos


Arte, percepção,
criatividade, neutralizaram os medos e permite-se ligar profundamente
a sua formação. Cria-se então uma relação
intensa entre cliente e sua obra, palco de seu aprendizado infantil e
adolescente, o­nde a seqüência de aprendizado no primeiro
setênio de vida mostra que o mundo é bom, porque na o
atinge. No segundo setênio principalmente o mundo é
belo, sendo que em algumas oportunidades ele se torna feio.
Posteriormente o mundo se tornará verdadeiro camuflando as
emoções.


A Arteterapia
trabalha com: lápis de cera, tinta guache, argila, papel
canção, telas virgens, tinta acrílica, tinta
óleo, mosaico, etc. E bom lembrar que a comunicação
verbal e menor que a gestual, por isso que torna-se necessário
conhecer o significado das cores e das formas e em alguns casos dos
sons.


Todo ser humano tem
um quadro vivo e simbólico dentro de si, que é composto
de todas as suas experiências de vida, então se ele
pinta uma paisagem: mostrará cores, clima, luz, sombra, rios
vales e montanhas, etc. sendo um todo de sentimentos e atitudes. Cabe
ao terapeuta interpretar com o cliente a sua obra, se for necessário
usar outras técnicas para mudança de atitudes,
*“conscientizar e desbloquear conteúdos psíquicos
traumáticos, elaborar uma nova realidade ou preocupar-se com a
mesma, minimizando as condições adversas é
maximizando a capacidade de ser bem sucedido, texto do Tutorial de
Terapia Holística”


Cuidados sobre o julgamento estético


Aqui a arte deve ser
vista como terapia, como comunicação, como estímulos
ao processo de aprendizado, como uma higiene cultural e porque não
o despertar de um profissional.


Em trabalho de
grupos, família, equipes, a pintura de um quadro em conjunto;
cria uma terapia de grupo que permite trocar, o Eu pelo Nós,
com excelentes resultados se bem conduzidos.


A Arte-terapia
trabalha muito ligada a biografia do indivíduo, uma doença,
um divórcio, uma demissão, um acidente, uma crise
econômica, uma guerra e esses acontecimentos serão
relatados por meio de cores, formas, sons, ritmos, poemas, etc.


O
Processo da Arteterapia


Precisamos distinguir
onde emoções se ancoraram, como foi apercebida a vida,
como foi a metamorfose assimilada de fora e como foi interiorizada.


Desbloquear essas
âncoras é minha tarefa, então mergulho no
universo do Tato, sentido da vida, ritmo, equilíbrio, olfato,
paladar, visão, temperatura, audição, sentido
das palavras, pensamento e finalmente o Ser.


Após o resgate, percebemos
que o cliente tinha perdido a relação com o mundo
espiritual, até com seu próprio anjo da guarda ou seu
próprio eu e até com as forças criadoras do
universo.


Da para perceber que
mesmo falando que tem uma crença considera às
instituições religiosas vazias ou comercializadas, após
a terapia descobre que cada qual temde encontra-la em si mesmo.


É lenta a
recuperação quando se perdeu a relação
íntima com as outras pessoas tanto no aspecto de trabalho
quanto no afetivo e pessoal. Isso porque as relações se
tornaram superficiais e formais de mais o que trás a tornar
nosso cliente incompreendido e solitário.


Tem dificuldade de se ligar ao
mundo espiritual, a natureza e seus seres, aos amigos,
inevitavelmente tem dificuldades de lidar com a família e o
povo. Tudo isso leva a uma solidão cada vez maior, a uma
incompreensão em relação ao próximo e ao
próprio ser. Estas pessoas muitas vezes tentam sair dessa
situação por meio do alcoolismo, drogas, tv, internet o
que se transforma numa relação fictícia, que
amedronta numa situação real.


Arteterapia e restauração


A Arte-terapia vai
atuar na inter-relação do espírito, alma e
corpo, primeiramente, é necessário entender que o corpo
atua em quatro grandes atos: 1o 21 anos para aprender. 2o
21 anos para lutar. 3o 21 anos para se tornar sábio.
4o 21 anos para ser sábio, o seja devolver ao mundo
aquela sabedoria que o mundo lê deu.


A individualidade ou
espiritualidade está ligada diretamente a parte somática,
e aqui o­nde podemos trabalhar preventivamente. Esta individualidade
acompanha o desenvolvimento físico porque este é seu
veículo de aprendizado.


A alma ou aprendizado
vivencial, amadurece melhorando as qualidades do pensar, sentir e
querer(ou agir).


A Arte-terapia
permite restabelecer as forças vitais necessárias para
sustentar as mudanças de vida que o cliente tenha que
realizar. Sae-se revigorado, cheio de otimismo e com uma nova
motivação para a vida enriquecendo as relações
afetivas e profissionais.


É necessário ser artista


Não
necessariamente, já somos artífices do universo,
lembrando que a palavra arte vem de arqueos que significa: arcos,
colunas ou fios que sustentam o universo. Viver desde o aparecimento
do se humano na terra foi uma atuação no palco
grandioso do universo.


A Arteterapia
precisa de terapeutas que conseguem interpretar as metáforas
os símbolos contidos em cada expressão conhecer que
cada momento da vida de uma pessoa, é uma obra em vários
atos que começam com o mundo comum ou consciência
limitada, passando a recusar à mudança, encontrando um
mentor, assumir um compromisso, aceitar testes e provas, ver as
conseqüências e recompensas, lutar com o re-aparecimento
do problema e finalmente ter o resultado final. Este roteiro é
o roteiro dos problemas do dia a dia e cabe a cada um elaborar
durante a jornada o final.










Nelson Nibaldo Flores Zuniga
CRT 34429
Terapeuta Holístico
Zuniga@terapiaholistica.net

Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados

Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
Última atualização: 30/05/2007 14:49


Soltando as Amarras: Peso Ideal e Mudança Comportamental

Soltando as Amarras: Peso Ideal e Mudança Comportamental





      1. O caminho da mudança
      2. predisposição genética para a obesidade, ela não seria justificativa para a acomodação. Ao contrário, todos devem assumir comportamentos que possam melhorar a qualidade de vida. Nesse caso, seria muito mais salutar e eficiente encarar o excesso de peso como um estado passageiro, momentâneo: "Estou gordo(a)", o que torna a busca possível.não deve ser vista como solução de problemas. Se ela proporciona algum alívio, é apenas provisório. Passado o prazer momentâneo, o que resta são alguns quilos a mais, baixa na auto-estima e a desmotivação, somados aos problemas já existentes.geralmente a mesma: "Adoro comer e como de tudo, se pudesse comeria em todas as situações, com exceção dos alimentos x e y". Uma análise minuciosa do histórico pessoal nos mostrou que, mesmo aqueles que acreditavam "gostar de tudo", tinham preferências alimentares, e determinadas situações e alimentos os faziam perder o controle sobre o que comiam.

        (Extraído do Livro "Soltando as Amarras: Emagrecimento e Mudança Comportamental de Karim Khoury Editora Senac)

         

         









        KARIM ALBERT EL KHOURY
        Terapeuta Holístico - CRT 25579

        Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

        Até que estejamos realmente engajados, existirá sempre hesitação e riscos de recuar sempre inúteis. Em todos os atos de iniciativa e criação existe uma verdade elementar, cuja ignorância acaba com inúmeras idéias e planos esplêndidos: no momento em que nos comprometemos, a providência também se põe em movimento. Todo um fluir de acontecimentos atua a nosso favor, o que, de outro modo, nunca ocorreria. Como resultado da decisão, surgem todas as forças imprevistas de coincidência, encontros e ajuda, que nenhum homem jamais

        poderia ter sonhado encontrar.

        W. H. Murray

        Qualquer coisa que você possa fazer ou sonhar, você pode começar. A coragem contém, em si mesma, o poder, o gênio e a magia.

        1. Goethe

        2. O desejo de mudar exige muito mais do que um preparo do espírito: ele envolve pensamento positivo, movimento, a expressão de uma vontade. O velejador brasileiro Amir Klink, ao afirmar que o mais terrível naufrágio é não partir, de certa forma estava ciente de que a vontade de mudar constitui um ponto de partida; todavia, ela não é suficiente para encontrarmos o caminho certo.

          Precisamos determinar os nossos objetivos. Não adianta partir se não sabemos para o­nde vamos. Segundo o filósofo Sêneca: "Nenhum vento é favorável para um navio que não sabe para o­nde vai". Para nós vale o mesmo: precisamos definir um objetivo claro, para que não fiquemos "navegando em círculos", sem avançar.

          Tomemos por exemplo o desejo de emagrecer. Uma pessoa não deve assumir nenhum tipo de identidade se deseja mudar. Quando alguém diz: "Sou gordo(a)", instantaneamente dificulta o processo de transformação, pois está programado(a) para aceitar a condição da obesidade. Pode, inclusive, acreditar que a mudança é impossível e atribuir o excesso de peso à sua constituição física. Mesmo que houvesse uma

          Quanto aos objetivos, é necessário que carreguem em si a continuidade, o querer mais, a busca do melhor. Não adianta pensar unicamente em quantos quilos iremos perder. Seria um equívoco: ao atingirmos esse objetivo, ficaríamos vazios, sem rumo, e, pior ainda, correríamos o risco de recuperar os quilos eliminados. Novamente nos deparamos com a questão da programação: nenhum ser humano gosta da idéia de perder algo. No caso do emagrecimento, isso pode desencadear (mesmo que de maneira inconsciente) a idéia de recuperar o peso. Devemos então substituir a palavra perder por emagrecer.

          Ao formular um objetivo, é preciso dar uma direção específica para a mente, senão ela ficará perdida. A fim de bem formulá-lo, é necessário enunciá-lo sempre na forma afirmativa, porque o nosso cérebro não processa o negativo. Por exemplo, se você adora pizza e for desaconselhado a comê-la temporariamente, não estabeleça como objetivo: "Não posso comer pizza". Essa frase obriga-o automaticamente a pensar em pizza, pois, para entendê-la, você fará inicialmente uma representação mental desse alimento, acessando tudo o que estiver relacionado com ele: situações em que você o degusta, imagens, sons, sensações. Além disso, não menospreze a sua memória olfativa, gustativa, visual, auditiva e tátil. No caso dos alimentos, muitas vezes apenas o cheiro é capaz de desencadear a vontade de prová-los.

          Aqui cabe o questionamento: se você deseja não comer pizza, por que orientar a sua mente para o contrário? Todavia, não basta apenas orientar a mente para atingir o objetivo, é preciso criar, na prática, condições que possam ajudá-lo a descondicionar determinados hábitos e padrões. Se você acredita que, ao passar diante de uma pizzaria, somente o aroma do alimento o fará parar e comer um pedaço, e se você optou por não comer pizza temporariamente, escolha, por exemplo, um caminho que não o faça passar diante de uma pizzaria. Não se trata de adotar tal comportamento por tempo indefinido, apenas até que possa descondicionar esse hábito. E se você decidir provar um prato temporariamente desaconselhado, assuma a responsabilidade integralmente. Ao interpretar que você comeu determinado alimento porque não pôde resistir, você está transferindo aos alimentos um poder que eles não têm. Eles não podem obrigá-lo a comê-los. Você deve escolher o que irá ou não comer, sem rodeios e sem culpa. Aliás, um dos pressupostos básicos da PNL é que, em cada situação, o indivíduo age sempre da melhor forma possível, com os recursos de que dispõe no momento.

          Quando se trata de emagrecimento, é mais eficiente, por exemplo, definir como objetivo: "Eu quero emagrecer e assumir o controle sobre o meu peso". Tal objetivo me parece eficiente por dois motivos: primeiro, porque está formulado na forma afirmativa e é específico; segundo, porque não tem restrições, ou seja, não está limitado a um número determinado de quilos, de medidas ou de tempo. O objetivo não é emagrecer tantos quilos em tantos meses, e sim, aprender a assumir o controle do próprio peso.

          Traçado o objetivo, vejamos como alcançá-lo. Antes de qualquer coisa, é necessário acreditar em nossa capacidade de transformação. Do contrário, podemos nos abalar diante do primeiro obstáculo e desistir da jornada. Uma vez que desejamos mudar, não basta estabelecer um objetivo específico, formulado na forma afirmativa, e acreditar em nossa competência, é preciso ainda planejar cuidadosamente como chegaremos a nosso destino. Para tanto, é preciso ter know-how, isto é, saber como fazê-lo. Entenda-se por know-how todas as informações disponíveis para que possamos evitar algumas surpresas ao longo da viagem.

          Em se tratando de redução de peso, uma simples reeducação alimentar seria suficiente para a grande maioria dos casos. Resta somente buscar as informações sobre o método mais adequado para você. Fique atento para modismos: em função de preferências alimentares e históricos de vida diferentes, não existe uma técnica ideal para todos — o que pode ser bom para uma pessoa muitas vezes não funciona para a outra. A melhor escolha é aquela que mais se adapta a você. No entanto, como regra geral, desconfie de métodos de emagrecimento que não encorajam uma mudança de comportamento. Tenha em mente que a dieta escolhida deve satisfazer as necessidades do corpo e não os desejos impulsivos. Em outras palavras, deve saciar a fome e não a gula. A comida

          Finalmente, é necessário coragem para não desistirmos diante do primeiro obstáculo, para aceitarmos a nossa escolha, para distinguirmos a diferença entre a necessidade e o desejo, e, sobretudo, para seguir viagem.

          Se você deseja emagrecer, é preciso descobrir o que o impede de alcançar tal objetivo e buscar alternativas diante dessas limitações. Em nosso entender, isso só é possível através de uma análise detalhada do seu histórico. O seu peso é resultado da combinação de fatores biológicos, psicológicos, comportamentais e emocionais, que determinam os seus hábitos e preferências alimentares. Portanto, se você deseja emagrecer, é preciso reprogramar alguns padrões de comportamento.

          É importante que você tenha consciência de que, mesmo que você goste e coma de tudo, é pouco provável que goste de todos os alimentos da mesma forma. Todos nós temos preferências alimentares. Em geral, quando engordamos, consumimos os mesmos tipos de alimento (os preferidos) em situações específicas. Exemplificando, se você adora doces, ao entrar numa confeitaria, é provável que escolha um doce e não um salgadinho.

          Se você come de modo aleatório, sem escolher os alimentos previamente, e come até o que não gosta, esse comportamento também está associado a uma situação específica. Vamos supor que o trânsito seja muito estressante para você. Num determinado dia, você se encontra preso num congestionamento. Se está habituado a usar a comida como válvula de escape para as tensões e se tiver um saco de salgadinhos de bacon à mão, mesmo que você não goste de bacon, não fique surpreso se comer todos os salgadinhos.

          É fundamental entender que o seu peso não pode ser encarado isoladamente do seu histórico. Você não engorda, nem perde o controle com todos os alimentos em todas as situações. Enquanto você não for capaz de identificar claramente quais são os alimentos e as situações que desencadeiam a perda de controle sobre a sua alimentação, e mudar o seu comportamento em relação a eles, você terá a impressão de "atirar para todos os lados sem acertar o alvo". Entender essa dinâmica é muito animador: você atingirá o controle alimentar com "alguns tiros certeiros", descondicionando determinados padrões.

          Um programa de emagrecimento cria condições para você se conhecer e identificar os fatores que o fazem perder o controle sobre o seu peso. Vivenciar esse processo parece simples, mas, muitas vezes, tais fatores não estão conscientes. É o que demonstra a dificuldade que quase todos os que passam por um programa de emagrecimento têm, de responder as seguintes perguntas: Quais são as suas preferências alimentares? O que basicamente o faz engordar? Em que situações você costuma perder o controle sobre os alimentos? A primeira resposta é

          Queremos mudar, desejamos embarcar num navio. Sabemos para o­nde vamos, conhecemos o destino de nossa viagem. Acreditamos que somos capazes de chegar a esse destino, temos o know-how, escolhemos o navio no qual vamos embarcar. E, sobretudo, temos a coragem para não desistir facilmente. Falta saber o que estamos esperando para embarcar nessa viagem.

          Falta o momento certo. Um programa de emagrecimento só deve ter início quando o indivíduo que vai segui-lo estiver disposto a assumir mudanças comportamentais. Só assim controlará o seu peso após o tratamento. Preocupe-se em estar aberto para uma nova fase e não em desenvolver uma postura obsessiva do tipo "eu tenho de emagrecer tantos quilos até tal dia". Passar por uma dieta do tipo "ioiô" (engorda-emagrece-engorda) não é saudável, é muito estressante e pode levar à frustração.

          Façamos um paralelo entre submeter-se a um programa de condicionamento físico e a um programa de emagrecimento. Por um lado, preocupar-se em ter uma atividade física regular e fazer os exercícios corretamente (ainda que não todos os propostos) permitirão um aumento gradativo de tempo e de dificuldade, de acordo com o seu próprio ritmo. Por outro lado, vocês conhecem bem a história da aluna superaplicada que, num repente de motivação, decidiu inscrever-se numa academia de ginástica. Mesmo não estando preparada e não respeitando os limites de seu corpo, conseguiu fazer toda a série proposta na primeira aula. Resultado: no dia seguinte estava exausta, com dores musculares intensas e, no final de uma semana, desistiu da academia. É comum ficarmos ansiosos quando decidimos mudar algo que julgamos que nos trará benefícios. O mesmo acontece com o emagrecimento: o processo de mudança física costuma ser muito mais rápido que o de comportamento; portanto, não vá com muita sede ao pote. Sabemos que a ansiedade para mudar o corpo é grande, mas nunca assuma a postura freqüente da greve de fome: "A partir de hoje não vou comer mais nada para poder emagrecer tantos quilos até tal dia". Definitivamente, isso não funciona.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 14:55


    Fitoterapia Em Cinco Movimentos

    Fitoterapia Em Cinco Movimentos





    FITOTERAPIA EM CINCO MOVIMENTOS

    Segundo diversas culturas milenares, as ervas são símbolos de tudo o que é harmonizante e vivificante, restauram a saúde, a virilidade, a fecundidade, o parto e a riqueza. Foram os deuses quem descobriram suas propriedades terapêuticas, o que ilustra a crença universal que o equilíbrio só pode vir de uma dádiva divina, como tudo o que é ligado à vida. Para os cristãos, as ervas deviam a sua eficácia por terem sido encontradas pela primeira vez no monte do Calvário.

    É anterior à humanidade o uso terapêutico das plantas, pois os animais, instintivamente, sabem quais e quanto das ervas devem comer para melhorarem de seus distúrbios. O ser humano, cada vez mais se isolando da Natureza, foi perdendo esta capacidade de percepção. Mas, em algumas culturas, como as orientais e a indígena, mantiveram-se as tradições da utilidade atribuída a cada planta, muitas vezes transmitidas oralmente por milênios, havendo, ainda, tratados escritos em civilizações mais sofisticadas, como era o caso da chinesa e da egípcia.

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos e, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam. Comparados entre si, os "cinco sabores" são: amargo - evacuante e purgativo - "endurecedor"; doce ou insípido - diurético, sudorífico, dissipante, relaxante; picante - sudorífico, dissipante, dispersante; salgado - ecacuante, purgativo, "suavisante" e ácido - evacuante, purgativo e retrátil. A estas propriedades iniciais, podemos acrescentar quatro tipos de "energia": fria, quente, fresca e morna. Além disto, há quatro "densidades" diferentes de "energia" que darão o "sentido" da ação terapêutica: ascendente (yang - alto), expansivas (yang - exteriot) - obtidas pelas ervas yang e descendentes (yin - baixo) e introspectivas (yin - interior) - obtidos pelas ervas yin.

    Em cada meridiano existe uma raíz yin e outra yang. A função yang da Madeira mobiliza e põe em movimento, o que é estimulado pelo sabor ácido; entretanto, a absorção excessiva do ácido, que, por vocação é yin e retrátil, levaria ao efeito contrário, uma "paralisia", estimulando a raiz yin da Madeira. A função yang do Metal é retrair, secar, condensar, secar; já sua função yin é dissipar e humidecer; o picante, por sua vocação yin, se absorvido em excesso estimulará a função yin do Metal. A função yang do Fogo é ascensão e crescimento, enquanto que seu lado yin é endurecer; o amargo, por sua tendência yang, favorecerá a função de ascensão. A função yin da Terra é estruturar, modelar, controlar instintos e emoções, humidecer, enquanto a yang pode levar a idéias fixas, rigidez; por sua tendência yin, o doce favorecerá a raíz yin da Terra (observação: o doce industrializado é "quente", portanto, yang, com efeito contrário ao doce natural). A função yin da Água é amolecer, abrandar, enquanto que seu lado yang é o de endurecer; a tendência do salgado é favorecer a raiz yin da Água.

    Simplificando, as plantas seriam classificadas pelo sabor + energia quente ou fria (yang ou yin), o que possibilita incontáveis combinações de efeitos terapêuticos, graças, ainda, às leis de Geração e de Dominância.

    Os antigos Terapeutas Holísticos não cultivavam suas plantas medicinais, pois sabiam que se o vegetal espontaneamente escolhesse seu local de nascimento é porque aquele solo é o ideal, capaz de proporcionar-lhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeito terapêutico. Na China Milenar, um dos critérios de avaliação da serventia de uma planta era a observação de seus sabores, cores, formatos, época de floração e de suas características de "personalidade". Analisemos uma planta por critérios subjetivos: o Dente-de-Leão vem conseguindo se desenvolver espontaneamente nas grandes cidades como São Paulo, apesar da poluição e das condições nada naturais deste ambiente. Nem por isso a planta deixou de participar da harmonia da Natureza, sendo, pois, indicada para toda pessoa que esteja "estressada", com dificuldades de sobrevivência, esgotada e intoxicada, a qual poderá, literalmente, "beber" da sabedoria deste vegetal e sobreviver nesta "selva de pedra".

    A escolha das ervas pode ser feita de acordo com os desequilíbrios descobertos pelo exame auricular. Baseando-se nos Cinco Movimentos, saberemos quais sabores serão terapêuticos. Entretanto, o método mais eficiente de seleção das ervas é pelo V.A.S. (Sinal Autônomo Vascular, percebido na pulsação...). De posse de várias amostras de ervas, aproxime de cada ponto auricular detectado, pequenos pedaços de cada uma delas com uma pinça (se a planta estiver sob a forma de extrato líquido, use um conta-gotas). Aquelas que provocarem reações de V.A.S. mais evidentes são as que melhor atuarão sobre o desequilíbrio correspondente a cada ponto. Este método tem se mostrado imbatível na prática de consultório. Como ninguém é exatamente igual a outro, não é adeqüado a escolha das ervas baseando-se apenas nas estatíticas sobre a utilidade de cada uma delas. Usando-se a pulsologia, resgatamos a capacidade inconsciente que há em cada um de saber exatamente aquilo de que necessita, tal qual faz o animal quando está na selva. Se, infelizmente, o humano moderno não percebe conscientemente quando está diante do que lhe é remédio ou veneno, o pulso, entretanto, ainda reage perante esta escolha e nós podemos nos valer deste recurso para ter a certeza de estarmos escolhendo as melhores ervas para aquele indivíduo, naquele momento...

    OS CINCO MOVIMENTOS CHINESES

    Toda a terapêutica chinesa baseia-se nos mesmos princípios do Taoísmo e do I Ching, cujo conhecimento toma-se indispensável para que se compreendam as regras da acupuntura, da fitoterapia e de outras tantas técnicas, orientais ou não.

    O Tao não pode ser definido, só podendo ser compreendido através de percepção direta, pois está além do alcance do racional. Tudo o que for escrito sobre ele não é o Tao verdadeiro, mas, mesmo assim, torna-se necessária a tentativa frustrada de explicá-lo. O termo apareceu primeiramente no Tao Te King (O Livro do Tao e Sua Virtude), de Lao Tsé:"... o Tao é Todo em tudo. Princípio e fim de toda a -existência, está em nós, assim como estamos nele... olhando, não é visto: é nomeado o Invisível; escutando, não é ouvido: é nomeado o Inaudível; tocando, não é sentido: é nomeado o Impalpável... pode-se dizer que é Forma sem forma; Figura sem figura. É o Indeterminado. Indo ao seu encontro, não se vê sua face; seguindo-o, não se vêem suas costas. O Tao é eterno, não tem nome...

    Por ser "Todo em tudo", o Tao é indivisível e seu movimento é que nos ilude de que existem objetos separados e distintos uns dos outros. Compreendendo o movimento do Tao, os sábios distinguiram duas categorias básicas a que nomearam Yin e Yang, movimentos opostos, mas que não existem um sem o outro e mais ainda: um nasce do outro e vice-versa, em eterna mutação. Originariamente, o termo Yin designava o lado escuro da montanha e Yang, o lado iluminado pelo sol. Conforme este se desloca, gradativamente, o lado escuro se ilumina, e o claro enegrece, ou seja, Yang se transforma em Yin e Yin em Yang, mostrando a relatividade dessas palavras. Desse modo, nada é só Yin ou só Yang, a não ser quando comparados entre si. Por exemplo: o positivo é Yin e Yang. O negativo também é Yin e Yang; entretanto, quando comparados entre si, podemos dizer que o positivo é Yang, e o negativo é Yin, relativamente. Observem o símbolo do Tao: cada lado vai crescendo e quando atinge o seu auge, dá nascimento ao seu oposto, o qual igualmente cresce e ao atingir o seu auge, também dá nascimento ao seu contrário. Na Natureza, tudo obedece a esse ciclo. Isso fica muito claro se observarmos o dia e a noite. A zero hora, inicia-se o clarear, com o sol atingindo o pico às 12 horas, quando começa a anoitecer, com a escuridão máxima às 24 horas, quando, então, recomeça a clarear, e assim infinitamente. Ou seja, dia e noite, que na visão ocidental são opostos, para o Taoísmo, além de não poderem existir um sem o outro, ainda um se transforma no outro. Masculino não existe sem o feminino e um se transforma no outro e vice-versa, o bem não existe sem o mal, um se transforma no outro e vice-versa. A Física chegou à mesma conclusão. Energia e matéria, antes opostos irreconciliáveis e distintos entre si, hoje são vistos como não existentes isoladamente e em constante transformação uma na outra. O mesmo se deu com a teoria que levou Niels Borh a ganhar o prêmio Nobel da Física. Seu conceito de complementaridade considera a representação tanto como partícula quanto como o­nda (dois "opostos"), duas descrições complementares da mesma realidade, sendo cada uma delas parcialmente correta e ambas necessárias para se obter uma descrição integral da realidade atômica. Tanto ele sabia da verdadeira origem de sua teoria que, ao escolher um brasão de armas para a sua família, adotou o símbolo do Yin-Yang, com a inscrição: "Os Opostos São Complementares."

    Em suma, tudo pode ser resumido aos movimentos do Tao: Yin e Yang. Entretanto, essa simplificação quase que absoluta da realidade precisou ser mais elaborada para facilitar o trato com a multiplicidade aparente das coisas, surgindo, assim, variados "tipos" de Yin-Yang. Um, cujo movimento é ascendente, ganhou o nome de Fogo (as chamas sempre sobem); outro, descendente, ao qual chamou-se Água (os líquidos dirigem-se normalmente para baixo); ainda outro, centrífugo (de expansão, do centro para a periferia), denominou-se Madeira (as plantas crescem e se expandem). Já um movimento centrípeto (de contração, da periferia para o centro), é Metal ou Rocha (ambos são densos, contraídos). Por último, um equilíbrio de direções, a Terra (sólida, estável, equilibrada). São os chamados Cinco Movimentos, em geral traduzidos erroneamente como "cinco elementos". Se conhecessem o Tao, saberiam que ele é indivisível, não podendo, pois, ter "elementos" (partes isoladas). Classificando-se todas as coisas nesses cinco símbolos, podemos inter-relacioná-las de um modo bastante dinâmico e preciso. Por exemplo, tudo o que é ascendente ou lembre fogo, classifica-se como tal: meridianos do Coração, Intestino Delgado, Circulação e Sexo, Triplo Aquecedor (com seus respectivos horários de pico energético), excitação (muito fogo), apatia (pouco fogo), o vermelho (cor de fogo), o sabor amargo, o cheiro de queimado, calor, verão, a direção Sul, a nota musical Lá, o tato, etc. A mesma coisa se dá com os outros Movimentos. Várias conexões ligam-nos entre si, das quais se destacam a Lei da Geração, ou Mãe e Filho: da Água nasce a Madeira, ou seja, a primeira é mãe da segunda; a Madeira alimenta o Fogo, que gera a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, da qual se extrai a Água (o metal pode se liquefazer ou da rocha brotar uma fonte de água) e a Lei da Dominância ou Dominante e Dominado: a Água domina o Fogo, pois o apaga, este derrete o Metal, que corta a Madeira (ou, ainda: na Rocha não nascem as plantas), esta consome a Terra, a qual, por sua vez, absorve a Água.

    Graças a essas relações, muitas hipóteses terapêuticas podem ser traçadas. Exemplos: conforme a hora em que os sintomas se manifestam com mais intensidade, já se sabe qual Movimento pode estar desequilibrado. Se o mal-estar se der entre 5 e 7 horas, horário do meridiano do Pulmão, deve haver um desequilíbrio energético Metal. A atração ou repulsão demasiada por um sabor, cor, nota musical, estação do ano, etc., já designa uma desarmonia no respectivo Movimento. A recusa ou, ao contrário, o desejo de doce, pode significar problema de Terra. Adorar o azul, ou o preto, distúrbio Água, e assim por diante. Como no Taoísmo, o físico, o psíquico e o Cosmos formam uma unidade, isto nos leva à suposição de quais seriam as emoções por trás de cada sintoma. Se alguém tem desequilíbrios Água, tais como queda de cabelo, dor ciática, ossatura, etc., é porque suas questões íntimas relacionadas com o medo, ou com a força, ou com a libido, não estão totalmente resolvidas. Aliás, quanto mais inconscientes tentamos manter uma emoção, mais ela somatiza. A Lei da Geração, por sua vez, nos mostra como a Mãe pode passar um desequilíbrio para o Filho, ou vice-versa. Um problema de Pulmão pode prejudicar o seu Filho, o Rim. Pela Lei da Dominância, o Dominante pode agredir o Dominado. O Pulmão pode agredir o Fígado: o Metal domina a Madeira. Quanto às emoções: do medo ou da força (Água), nasce a raiva ou a extroversão (Madeira), que dão origem à excitação ou apatia (Fogo), que levam à reflexão, ou às dúvidas, ou à insatisfação (Terra), gerando tristeza, introversão ou alegria serena (Metal), as quais fecham o circuito da Lei da Geração, sendo mães das emoções Água. Pela Lei da Dominância, o medo ou a força (Água) podem apagar a excitação e a apatia (Fogo), as quais derretem a tristeza e a alegria serena (Metal) que cortam a extroversão e a raiva (Madeira), que consomem as dúvidas, a insatisfação e a reflexão (Terra), que absorvem as emoções Água, fechando, assim, o pentagrama.

    A observação do sentido e da direção dos Movimentos nos conduz à terapêutica. Exemplos: alguém com tensões musculares (insuficiência de movimento de expansão, Madeira) pode ser tratado por estímulos Terra, cuja estabilidade e neutralidade acalmariam o seu Dominante (Madeira). Assim sendo, usaríamos ou o sabor doce (ervas ou alimentos), ou a cor amarela (cromoterapia), ou o perfume adocicado (aromaterapia), ou a nota Mi (musicoterapia), ou os pontos de acupuntura Terra, etc. Não usaríamos, porém, estímulos Metal, pois o seu sentido é de contração, o que pioraria os sintomas. Para casos de raiva (Madeira, movimento expansivo), ou outro, de tristeza (Metal, movimento de interiorização), poderiam ser trabalhados alguns tipos de estímulos Fogo (ele consumiria a sua Mãe, a Madeira, e derreteria o seu Dominado, o Metal, equilibrando a situação, levando-os para cima).

    Obviamente, a prática é muito mais complexa do que o pouco que foi passado neste texto, mas a observação atenta do mapa dos Cinco Movimentos poderá fornecer ao leitor explicações para várias situações físicas e psíquicas, comprovando a eficácia e a beleza desta que foi a primeira abordagem psicossomática de que se tem notícia.

    A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam, também, as forças ígneas da terra. Enquanto manifestação de vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadoras de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica. Por acumularem estas forças, os antigos sempre viram nos vegetais propriedades saudáveis ou venenosas, daí o seu emprego também na magia. Quase todas as divindades femininas grego-romanas protegem a vegetação: Deméter (deusa das alternâncias entre a vida e a morte, bem como das terras cultivadas), Afrodite (Vênus, deusa da fecundidade), Artemis (Diana, selvagem deusa da natureza), além de algumas entidades masculinas como Ares (Marte, que simboliza a força bruta, é, também, protetor das colheitas, um dos deveres do guerreiro) e Dioniso (Baco, símbolo das forças de dissolução da pesonalidade, deus da fecundidade, da vegetação, das vinhas). No sincretismo afro-brasileiro, Ossâim é o responsável pelas ervas terapêuticas e sagradas, sendo seus iniciados conhecedores de suas serventias, bem como das palavras ritualísticas necessárias para libertar o axé (poder potencial) de cada planta. Aqueles que trabalhavam com as ervas em quase todas as culturas viam as plantas como símbolos vivos de entidades invisíveis, tais como deuses, elementais e espíritos, os quais deveriam ser evocados ou aplacados com o uso de palavras mágicas ou sacrifícios. O respeito à natureza os levava a não cultivar suas ervas, mas sim ir ao encontro das que nasceram espontaneamente na mata. Ainda hoje, os adeptos de Ossâim (orixá do sincretismo afrobrasileiro) costumam deixar uma vela verde em troca das plantas que colhem, para manter inalterado o equilíbrio do local.









    Henrique Vieira Filho
    CRT 21001
    Terapeuta Holístico

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 14:56


    Holopuntura: A Quintessência da União de Técnicas

    Holopuntura: A Quintessência da União de Técnicas




    Holopuntura é uma nova (re)visão sobre as  milenares técnicas da Acupuntura, Auriculoterapia e Reflexoterapia.


    A premissa central é que podemos aplicar estímulos em micro-regiões (pontos) e com isso obter reações globais, despertando os próprios recursos naturais de auto-harmonização. Com a Pulsologia de Nogier (muito prática e de rápido aprendizado) ou analisando a reação do cliente ao toque em pontos-chaves, de pronto obtém-se a avaliação de quais seriam os desequilíbrios e quais as micro-regiões a serem estimuladas. À disposição, uma vasta gama de opções de estímulos distintos, tais como o toque, imãs, cores, sons e até as famosas agulhas, dentre outras. O trabalho pode ser realizado tomando-se regiões corpóreas (orelhas, pés, pontos de acupuntura) que atuam como um microcosmo da pessoa atendida, um "espelho" de mão-dupla, que tanto reflete o estado global de harmonia, quanto intervém terapeuticamente, mediante estimulação. O mapeamento das zonas reflexológicas foi quintessenciado ao máximo, devido ao resgate da milenar abordagem dos Cinco Movimentos Chineses, que traduz o trabalho em uma síntese quase que poética e de fácil compreensão.

    Holopuntura beneficia o Cliente com perceptíveis resultados. E igualmente privilegia o Terapeuta Holístico que a ela se dedica, graças à eliminação da artificial e desnecessária complexidade que vem sendo impingida atualmente às técnicas, resgatando a simplicidade e naturalidade de suas essências fundamentais.

    DA AURICULOTERAPIA À CALATONIA AURICULAR


    Chamamos de Auriculoterapia à técnica de análise e tratamento reflexológico por meio de estímulos no pavilhão auricular.

     

    OS CINCO MOVIMENTOS CHINESES

    Toda a terapêutica chinesa baseia-se nos mesmos princípios do Taoísmo e do I Ching, cujo conhecimento toma-se indispensável para que se compreendam as regras da acupuntura, da fitoterapia e de outras tantas técnicas, orientais ou não.

    O Tao não pode ser definido, só podendo ser compreendido através de percepção direta, pois está além do alcance do racional. Tudo o que for escrito sobre ele não é o Tao verdadeiro, mas, mesmo assim, torna-se necessária a tentativa frustrada de explicá-lo. O termo apareceu primeiramente no Tao Te King (O Livro do Tao e Sua Virtude), de Lao Tsé:"... o Tao é Todo em tudo. Princípio e fim de toda a -existência, está em nós, assim como estamos nele... olhando, não é visto: é nomeado o Invisível; escutando, não é ouvido: é nomeado o Inaudível; tocando, não é sentido: é nomeado o Impalpável... pode-se dizer que é Forma sem forma; Figura sem figura. É o Indeterminado. Indo ao seu encontro, não se vê sua face; seguindo-o, não se vêem suas costas. O Tao é eterno, não tem nome...

    Por ser "Todo em tudo", o Tao é indivisível e seu movimento é que nos ilude de que existem objetos separados e distintos uns dos outros. Compreendendo o movimento do Tao, os sábios distinguiram duas categorias básicas a que nomearam Yin e Yang, movimentos opostos, mas que não existem um sem o outro e mais ainda: um nasce do outro e vice-versa, em eterna mutação. Originariamente, o termo Yin designava o lado escuro da montanha e Yang, o lado iluminado pelo sol. Conforme este se desloca, gradativamente, o lado escuro se ilumina, e o claro enegrece, ou seja, Yang se transforma em Yin e Yin em Yang, mostrando a relatividade dessas palavras. Desse modo, nada é só Yin ou só Yang, a não ser quando comparados entre si. Por exemplo: o positivo é Yin e Yang. O negativo também é Yin e Yang; entretanto, quando comparados entre si, podemos dizer que o positivo é Yang, e o negativo é Yin, relativamente. Observem o símbolo do Tao: cada lado vai crescendo e quando atinge o seu auge, dá nascimento ao seu oposto, o qual igualmente cresce e ao atingir o seu auge, também dá nascimento ao seu contrário. Na Natureza, tudo obedece a esse ciclo. Isso fica muito claro se observarmos o dia e a noite. A zero hora, inicia-se o clarear, com o sol atingindo o pico às 12 horas, quando começa a anoitecer, com a escuridão máxima às 24 horas, quando, então, recomeça a clarear, e assim infinitamente. Ou seja, dia e noite, que na visão ocidental são opostos, para o Taoísmo, além de não poderem existir um sem o outro, ainda um se transforma no outro. Masculino não existe sem o feminino e um se transforma no outro e vice-versa, o bem não existe sem o mal, um se transforma no outro e vice-versa. A Física chegou à mesma conclusão. Energia e matéria, antes opostos irreconciliáveis e distintos entre si, hoje são vistos como não existentes isoladamente e em constante transformação uma na outra. O mesmo se deu com a teoria que levou Niels Borh a ganhar o prêmio Nobel da Física. Seu conceito de complementaridade considera a representação tanto como partícula quanto como o­nda (dois "opostos"), duas descrições complementares da mesma realidade, sendo cada uma delas parcialmente correta e ambas necessárias para se obter uma descrição integral da realidade atômica. Tanto ele sabia da verdadeira origem de sua teoria que, ao escolher um brasão de armas para a sua família, adotou o símbolo do Yin-Yang, com a inscrição: "Os Opostos São Complementares."

    Em suma, tudo pode ser resumido aos movimentos do Tao: Yin e Yang. Entretanto, essa simplificação quase que absoluta da realidade precisou ser mais elaborada para facilitar o trato com a multiplicidade aparente das coisas, surgindo, assim, variados "tipos" de Yin-Yang. Um, cujo movimento é ascendente, ganhou o nome de Fogo (as chamas sempre sobem); outro, descendente, ao qual chamou-se Água (os líquidos dirigem-se normalmente para baixo); ainda outro, centrífugo (de expansão, do centro para a periferia), denominou-se Madeira (as plantas crescem e se expandem). Já um movimento centrípeto (de contração, da periferia para o centro), é Metal ou Rocha (ambos são densos, contraídos). Por último, um equilíbrio de direções, a Terra (sólida, estável, equilibrada). São os chamados Cinco Movimentos, em geral traduzidos erroneamente como "cinco elementos". Se conhecessem o Tao, saberiam que ele é indivisível, não podendo, pois, ter "elementos" (partes isoladas). Classificando-se todas as coisas nesses cinco símbolos, podemos inter-relacioná-las de um modo bastante dinâmico e preciso. Por exemplo, tudo o que é ascendente ou lembre fogo, classifica-se como tal: meridianos do Coração, Intestino Delgado, Circulação e Sexo, Triplo Aquecedor (com seus respectivos horários de pico energético), excitação (muito fogo), apatia (pouco fogo), o vermelho (cor de fogo), o sabor amargo, o cheiro de queimado, calor, verão, a direção Sul, a nota musical Lá, o tato, etc. A mesma coisa se dá com os outros Movimentos. Várias conexões ligam-nos entre si, das quais se destacam a Lei da Geração, ou Mãe e Filho: da Água nasce a Madeira, ou seja, a primeira é mãe da segunda; a Madeira alimenta o Fogo, que gera a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, da qual se extrai a Água (o metal pode se liquefazer ou da rocha brotar uma fonte de água) e a Lei da Dominância ou Dominante e Dominado: a Água domina o Fogo, pois o apaga, este derrete o Metal, que corta a Madeira (ou, ainda: na Rocha não nascem as plantas), esta consome a Terra, a qual, por sua vez, absorve a Água.

    Graças a essas relações, muitas hipóteses terapêuticas podem ser traçadas. Exemplos: conforme a hora em que os sintomas se manifestam com mais intensidade, já se sabe qual Movimento pode estar desequilibrado. Se o mal-estar se der entre 5 e 7 horas, horário do meridiano do Pulmão, deve haver um desequilíbrio energético Metal. A atração ou repulsão demasiada por um sabor, cor, nota musical, estação do ano, etc., já designa uma desarmonia no respectivo Movimento. A recusa ou, ao contrário, o desejo de doce, pode significar problema de Terra. Adorar o azul, ou o preto, distúrbio Água, e assim por diante. Como no Taoísmo, o físico, o psíquico e o Cosmos formam uma unidade, isto nos leva à suposição de quais seriam as emoções por trás de cada sintoma. Se alguém tem desequilíbrios Água, tais como queda de cabelo, dor ciática, ossatura, etc., é porque suas questões íntimas relacionadas com o medo, ou com a força, ou com a libido, não estão totalmente resolvidas. Aliás, quanto mais inconscientes tentamos manter uma emoção, mais ela somatiza. A Lei da Geração, por sua vez, nos mostra como a Mãe pode passar um desequilíbrio para o Filho, ou vice-versa. Um problema de Pulmão pode prejudicar o seu Filho, o Rim. Pela Lei da Dominância, o Dominante pode agredir o Dominado. O Pulmão pode agredir o Fígado: o Metal domina a Madeira. Quanto às emoções: do medo ou da força (Água), nasce a raiva ou a extroversão (Madeira), que dão origem à excitação ou apatia (Fogo), que levam à reflexão, ou às dúvidas, ou à insatisfação (Terra), gerando tristeza, introversão ou alegria serena (Metal), as quais fecham o circuito da Lei da Geração, sendo mães das emoções Água. Pela Lei da Dominância, o medo ou a força (Água) podem apagar a excitação e a apatia (Fogo), as quais derretem a tristeza e a alegria serena (Metal) que cortam a extroversão e a raiva (Madeira), que consomem as dúvidas, a insatisfação e a reflexão (Terra), que absorvem as emoções Água, fechando, assim, o pentagrama.

    A observação do sentido e da direção dos Movimentos nos conduz à terapêutica. Exemplos: alguém com tensões musculares (insuficiência de movimento de expansão, Madeira) pode ser tratado por estímulos Terra, cuja estabilidade e neutralidade acalmariam o seu Dominante (Madeira). Assim sendo, usaríamos ou o sabor doce (ervas ou alimentos), ou a cor amarela (cromoterapia), ou o perfume adocicado (aromaterapia), ou a nota Mi (musicoterapia), ou os pontos de acupuntura Terra, etc. Não usaríamos, porém, estímulos Metal, pois o seu sentido é de contração, o que pioraria os sintomas. Para casos de raiva (Madeira, movimento expansivo), ou outro, de tristeza (Metal, movimento de interiorização), poderiam ser trabalhados alguns tipos de estímulos Fogo (ele consumiria a sua Mãe, a Madeira, e derreteria o seu Dominado, o Metal, equilibrando a situação, levando-os para cima).

    Obviamente, a prática é muito mais complexa do que o pouco que foi passado neste texto, mas a observação atenta do mapa dos Cinco Movimentos poderá fornecer ao leitor explicações para várias situações físicas e psíquicas, comprovando a eficácia e a beleza desta que foi a primeira abordagem psicossomática de que se tem notícia.









    Henrique Vieira Filho
    CRT 21001
    Terapeuta Holístico

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

        Sua origem data de milênios, tendo sido encontradas pinturas egípcias descrevendo o seu uso; Hipócrates, considerado o pai da medicina ocidental, detalhou seu uso para dores de dente, faciais e ciáticas. analgesia para nevralgias odontológicas, faciais e ciáticas. 

        Caído em esquecimento até os meados de 1951, quando o francês Paul F. M. Nogier iniciou suas pesquisas, dando tamanho grau de desenvolvimento à técnica, que passou a ser considerado o "pai da Auriculoterapia*".

        Acupunturista e quiropata, ele notou que diversas pessoas que sofriam de dor ciática tiveram seus sofrimentos cessados com cauterizações na orelha feitas pela "leiga" madame Barrin. Esses resultados empolgaram Nogier, passando ele a observar que na orelha há regiões doloridas espontaneamente ou ao toque, sempre que no corpo também houver dor. Verificando a ocorrência dessas regiões, culminou por observar que elas pareciam desenhar uma forma fetal invertida no pavilhão auricular. Com o correr das pesquisas, foi-se mapeando a que zona corporal correspondia cada porção da orelha, tendo sido publicadas na década de 50, as suas conclusões iniciais e seus tratamentos por estímulos de agulhas na aurícula, com grande repercussão entre os acupunturistas, pois estes já estavam acustumados a esse tipo de instrumento. Tal sucesso chegou até a China, que rapidamente levantou um mapeamento auricular, inundando a Europa com suas orelhas de plástico e "posters" de "auriculo-acupuntura". Tudo isso contribuiu para que se confundisse a Acupuntura* com essa "nova" técnica, mas as diferenças são gritantes: enquanto para primeira, os pontos existem o tempo todo, quer sirvam para tratamento ou não, na orelha eles não existem, a princípio, só vindo a surgir em correspondência a um desequilíbrio no corpo, facilitando ao máximo o diagnóstico, tornando praticamente impossível de se errar. Outro fator de distinção e, provavelmente, a maior descoberta de Paul Nogier, foi a técnica de diagnóstico pelo pulso, específica para a Auriculoterapia. Enquanto na pulsologia chinesa tomam-se ambos os pulsos simultaneamente e por meio de extrema sensibilidade, distinguem-se informações sobre a condição energética de cada órgão-meridiano, na técnica de Nogier, basta tomar-se um dos pulsos e com uma ponta de metal ou de aparelhagem eletrônica, "passeia-se" por todas as regiões reflexas auriculares e, o­nde houver desequilíbrio, haverá uma alteração no pulso, que inicialmente chamou-se R.A.C. (reflexo aurículo cardíaco) e hoje em dia se conhece como R.A.N. (reflexo arterial de Nogier) ou V.A.S. (sinal autônomo vascular).

      No Brasil, a esmagadora maioria dos que trabalham com a Terapia auricular desconhece quase que totalmente o trabalho francês; quando muito, estão a par do primeiro livro publicado de Nogier, o qual já há muito está desatualizado, com suas "receitinhas" de pontos específicos para cada tipo de tratamento. Em compensação, os brasileiros desenbvolveram uma abordagem somatopsíquica do tratamento auricular, a que denomino Calatonia Auricular, bem como o teste de fitoterápicos pela orelha e, ainda, o uso das freqüências de ressonância para a estética, além de desenvolver a Ressonância Biofotônica ou Biorressonância onde os estímulos são dados por meio de luzes comuns (não laser) e ritmos, trabalhos estes, nacionais e pioneiros...

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 14:57


    Resultados Parciais da Votação

    Resultados Parciais da Votação



    Atualizações Semanais

    Atualizado em 31/08/2004

    Gendai Reiki-Ho  34.4%(606)
    CONSTELAÇÃO FAMILIAR  35.0%(617)
    JINJU - quiropraxia   36.0%(635)
    O ALÍVIO RÁPIDO DE TRAUMAS E DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO  37.3%(657)
    A IMPORTÂNCIA DA VISÃO HOLÍSTICA NA PRÁTICA DA TERAPIA FLORAL DE BACH  40.3%(711)
    FLORAIS DE BACH: Um ensaio de atendimento terapêutico   40.9%(721)
    Ortomolecular  49.3%(870)
    Desvendando a Alma Feminina  36.4%(642)
    A VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL DO CROMOTERAPEUTA  39.6%(698)
    REGRESSÃO ALFA – EQUILÍBRIO DE VIDAS PASSADAS  38.6%(681)
    RADIESTESIA E RADIÔNICA  39.5%(696)
    ARTETERAPIA  36.9%(651)
    Soltando as Amarras: Peso Ideal e Mudança Comportamental  9.0%(159)
    Holopuntura  37.4%(660)
    Fitoterapia em Cinco Movimentos  41.5%(731)
    Aromaterapia  41.9%(739)






    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 14:59


    Aromaterapia

    Aromaterapia





    A magia dos perfumes vem sendo utilizada há milhares de anos dentro das escolas iniciáticas na forma de poções mágica, incensos e emplastros.

    Mesmo em hieroglífos consta que os egipicíos usavam plantas com fins terapêuticos e religiosos.

    Cleópatra, uma das mulheres mais desejavéis da história, entendia muito bem o poder do perfume. Navegava pelo Rio Nilo nos braços de Marco Antonio, envolta em fragância. Não só fazia friccionar seu corpo com óleos essenciais irresistíveis, como também as velas de seu barco estavam encharcadas neles.

    Com o passar dos anos, essa arte/ciência se ramificou em dezenas de especialidades. Mas, basicamente, centrou seu desenvolvimento nos grandes laboratórios de cosméticos.

    É óbvio que um perfume comprado num Shopping, jamais corresponderá à necessidade individual astrológica de cada um. Apesar disso reconhece-se a habilidade dos mestres-perfumistas em suas incrivéis criações, verdadeiras obras de arte são desenvolvidas. Da França, Oriente, em especial da India, exportam-se verdadeiros buquês engarrafados, que arrancam suspiros que vão do prazer olfativo à mais perfeita antevisão do bem estar espiritual.

    Atualmente a Aromaterapia é uma versão contemporânea da antiga arte de tratamento. Baseia-se na premissa de que o melhor modo de previnir a enfermidade é fortalecer os mecanismos de autodefesa do corpo. A aromaterapia ajuda a restabelecer a harmonia entre o corpo e a mente , harmonia essa constantemente sabotada pelas tensões da vida moderna e pela contaminação de nosso aspecto, nosso modo de sentir e de pensar.

    A Aromaterapia baseia-se na utilização de um aroma (puro ou composto) das seguintes formas:

    — Incenso.

    — Banhos aromáticos.

    — Terapia Corporal com óleos aromáticos.

    — Inalações.

    Com o perfume pessoal é possível obter-se o equilíbrio, o que nos leva a acreditar que a partir de tal equilíbrio a pessoa melhora fisicamente, profissionalmente, afetivamente, socialmente, enfim, em todos os aspectos da existência.

    Resta dizer que a perfumaria se utiliza dos elementais das flores, os mais efluvios, sútis e espirituais de toda linhagem vegetal e quiçá, da cosmogonia planetária.

     

    "Plante um jardim em sua aura, ela é sua casa e seu quintal."

     

    AROMATERAPIA ANTIGA

    Por meios de trabalhos corporais, banhos, infusões e outras terapias, a Aromaterapia aplica óleos essenciais para reviver, reconstituir e cuidar o corpo. A Aromaterapia é parte de uma tradição terapêutica natural que tem mais de 8.000 anos. Até meados do século passado, todos os remédios para problemas crônicos, dores e enfermidades infecciosas derivavam de plantas, as quais atribuíam poderes espirituais e harmonizantes.

    Ao longo de todos esses anos, a arte de tratar naturalmente tem sido uma ciência séria. Sacerdotes,  e curandeiros, desde da China até as Américas, prepararam poções aromáticas de folhas, flores e ervas, e as usavam em combinação com técnicas terapêuticas que incluiam trabalhos corporais ou a "imposição de mãos". Óleos e incensos preparados de plantas e sedutoramente perfumados, aliviando a dor e as vezes proporcionavam banhos estimulantes, e eram brindados aos deuses como oferenda religiosa. Se bem que agora tendemos a considerar com cepticismo o poder das plantas preferindo em seu lugar receitas de farmácias menos sutis e de efeitos mais rápidos, as análises científica tem mostrado que a terapia natural a base de ervas e avaliadas pelo tempo podem ser extraordinariamente eficazes.

    A história da Aromaterapia começa com o homem de Neanderthal, o qual segundo crê os arqueólogos, foi um dos primeiros a usar poções à base de plantas.

    Em 1975 descobriu-se um esqueleto da idade de 70.000 anos no Iraque; ao lado deste homem, chamado Shanidar IV encontrava-se depósitos concentrados de pólen de flores. Os cientistas pensam que Shanidar IV era um líder religioso e versado em botânica. Em escavações na América Central e do Norte encontraram também sementes de ervas medicinais e pedras para moer. (a antiga ferramenta farmacológica), que se data do ano 3.000 A.C.

    A história registrada pelos antigos deixa constante o uso terapêutico das plantas e óleos aromáticos muito antes do nascimento de Cristo.

    Em um dos mais antigos manuais de terapia, escrito no ano 2.000 A.C., o Imperador Chinês Kiwang-Ti descrevia as propriedades do ópio. E ainda antes, segundo nos diz os hieróglifos, os egipícios usavam plantas aromáticas com fins terapêuticos e religiosos. As resinas e óleos perfumados derivados de plantas desempenhavam um importante papel nas práticas funerais egipícias.

    Os primeiros embalsamadores mumificavam os mortos cubrindo seus corpos com uma resina importada de coníferas derretidas. Esta resina suprimia a atividade bacteriana per-mitindo assim que os membros da família real chegasssem ao outro mundo intactos. Os lenços com os quais envolviam as múmias eram embebidos com incenso e mirra, trazidos da África pela expedições da 18ª dinastia do Reino Hostshept. Os sarcedotes egipícios, que eram os curadores da sociedade, prescreviam a mirra, que era tida como consagrada pelos os Deuses da Lua, como agente anti-inflamatório. Também se usava a mirra para deliciar o olfato e assegurar a boa vontade das divindades. Em efeito disso, os egipícios acreditavam que a terapia era eficaz precisamente porque haviam sido prescritos por alguns Deuses. Pois os perfumes também eram essenciais para os prazeres da vida egípicia.

    A mirra e o incenso combinados com alecrim e tomilho, serviam para fazer uma pasta perfumada que os homens usavam debaixo de suas elaboradas perucas. O calor do Nilo ia derretendo pouco a pouco, cobrindo o rosto e o corpo com esta forma orgânica de desodorante, se bem que viscosa.

    Foram os egípicios que iniciaram a arte de extrair as essências das plantas aquecendo-as em recipientes de argila, foram os alquimistas gregos que inventaram a destilação (destililar as essências das plantas e fervendo-as ou cozinhando-as em vapor preserva por sua vez a fragância e suas propriedades terapêuticas). Também os terapeutas gregos desenvolveram a ciência aromática.

    Galeno, o Célebre terapeuta grego, foi um dos primeiros erbanários do mundo. Seu famoso manual sobre o uso das plantas foi a Bíblia terapêutica do mundo ocidental durante quinze séculos, e se encontrava nas livrarias dos monastérios europeus.

    Outro grego, Teofrasto, foi o primeiro verdadeiro Aromaterapeuta; escreveu um tratado guia sobre os aromas, relativo aos odores, no qual analisava os efeitos de diversos aromas, no pensamento, no sentimento e na saúde. Também investigou o processo pelo qual percebemos os odores e a sutíl relação entre sabor e odor.

    Os romanos idealizaram grande parte do conhecimento médico e dos gregos, pois foram os próprios romanos hedonistas quem aperfeiçou a capacidade de se deliciar da ciência aromática. No palácio de Nero haviam tubulações especiais de prata que espalhavam perfumes sobre os convidados amantes dos prazeres. No ano três da Era Cristã, Roma havia se transformado na capital mundial do banho, com os milhares de balneários perfumados espalhados por toda a cidade.

    As conquistas, as cruzadas e o crescimento das redes comerciais ampliaram e combinaram os conhecimentos e as técnicas de herbários e perfumistas. A conquista do afeganistão por Alexandre teve como consequência uma união casual das tradições medicinais gregas e indianas. Suas extensas rotas comerciais permitiram aos romanos importar espécies da India e goma-resinas da Arábia, país este o­nde estavam desenvolvendo novos e importantes produtos e processos aromáticos. Foram os árabes que finalmente aperfeiçoaram a destilação, criando as mais potentes das essências.

    Durante a idade obscura européia, o mundo árabe, afamado por seus exóticos perfumes, continuou aperfeiçoando seus sedutores aromas e suas mágicas poções.

    O incenso, a mirra e outras espécies eram importadas de Meca para os químicos árabes. Certo Yakub al-Kindi de Bagdad, que viveu até o ano 850, descreveu a destilação de almiscar e bálsamo em seu livro de perfumes e destilação. Avicena, o princípe dos farmacêuticos, foi o primeiro a des-tilar a essência de rosas, um processo caro, e que necessita-va mil quilos de pétalas de rosa pura para preparar meio quilo de essência, portanto tornando-se um produto caríssimo. Avicena era convicto que esta essência curaria seguramente os problemas digestivos, portanto valia seu custo.

    As rotas comerciais árabes fizeram dos oléos essenciais um ingrediente chave para o comércio internacional. Im-portava-se o Bálsamo do Egito, o Açafrão e o Sândalo da India, e o Cânfora da China. Traziam o almiscar para o Himalaya desde do Tibet. Os árabes empregavam as novas fragâncias de um modo único.

    Na Idade Média as confrarias de boticários haviam se estabelecido no norte da Europa e os especiais óleos essenciais importados do Oriente melhoravam a qualidade de vida, ao mesmo tempo que elevava a taxa de sobrevivência. Durante a peste negra queimava-se incenso resinoso de pinho, cipreste e cedro nas ruas, em moradias de enfermos e nos hospitais. Os perfumistas que preparavam os incensos aparentemente foram imunes a virulenta enfermidade que aniquilou a grande porcentagem da população. Hoje temos provas científicas da ação antibacteriana destes oléos essenciais antissépticos e naturais.

    Durante o século XV, os óleos essenciais continuaram influenciando a saúde e a felicidade da Europa. Alguns perfumistas não só criaram aromas sedutores, senão também mortíferos venenos. Catarina de Medicis, ao casar-se com o rei da França, levou com ela seu perfumista para em caso de necessidade, enviar algumas luvas envenenadas aos seus inimigos. É parte de um ou de outro complô maquiavélico, as essências serviram a boa causa de lutar contra infecções. Um medicamento favorito, "o vinagre quatro ladrões" uma união de absinto, alecrim, sálvia, hortelã-pimenta, lavanda, canela, cravo, nós-moscada, alho e cânfora, macerava-se em vinagre de vinho, friccionava-se o corpo todo para manter distante as enfremidades.

    Em meados do século XIX começaram investigações científicas na Europa e Grã-Bretanha para determinar o efeito dos óleos essenciais sobre as bactérias e os seres humanos.

    Durante muitos e muitos séculos as plantas, em forma de óleos essenciais, unguentos, incensos e infusões, serviram não somente para proporcionar prazer e bem estar como também para combater os desequilíbrios.

    Ainda embora as "drogas milagrosas" modernas tenham trazido enormes benefícios, seu uso conduz o alienamento do mundo das plantas e a perda do benéfico contato com a terapia, sem mencionar o prazer de tocar-se e tratar-se mútuamente. As substâncias que aos poucos trazem efeitos secundários e alérgicos — substítuiram o dado natural, não somente os medicamentos como também os perfumes. Afortunadamente alguns astutos investigadores franceses impediram que a antiga tradição da terapia aromática desvanecesse no esquecimento.

     

     

    AROMATERAPIA MODERNA

     

    Ao começo deste século, um quimíco francês, Renê Maurice Gatte fosse, fundou uma casa que produzia óleos essenciais para seu uso em cosméticos e perfumaria. Um dia queimou a mão em seu laboratório; recordando que se dizia que a lavanda tratava queimaduras e que aliviava dores, colocou-a imediatamente em sua mão, rapidamente a queimadura perdeu o vermelhidão e começou a sarar. Impressionado pela capacidade reconstituinte dos óleos, Gattefosse deu iníciou às suas investigações acerca dos poderes terapêuticos dos óleos essenciais.

    Sua teoria consistia que, os óleos essenciais ao serem aplicados externamente, poderiam penetrar em orgãos adjacentes, porque a pele está interrelacionada com o cérebro e o sistema nervoso. O nariz, e a pele, dizia, podem levar efeitos rejuvenecedores à outras partes do corpo. Então classificou as diversas formas que as essências afetam o metabolismo, os nervos, os orgãos de digestão e as glândulas endócrinas. Devido o resultado, Gatefosse então resolveu cunhar a palavra AROMATERAPIA em 1928.

    Em Paris, no berço da moderna aromaterapia, o médico Jean Valnet descobriu os estudos de Gattefosse; intrigado com seu método de tratamento natural, começou a dedicar a maior parte de seu tempo à experimentar os óleos essenciais e anotar os resultados. Mas ao mesmo tempo, uma notável bioquímica, Marguerita Moury desenvolvia um método único de aplicar os penetrantes oléos por meio do toque. Ao lhe outorgarem o Prêmio internacional pelo seu trabalho ao cuidado natural da pele, Madame Moury teve importante revelações acerca do modo em que os óleos essenciais podiam aliviar tensão e melhorar a pele.

    Micheline Arcier estudou e trabalhou com Moury e Valnet; logo extenderam o enfoque da Aromaterapia e Terapia Corporal e os desenvolveu como um sistema de saúde total. Madame Micheline Arcier, que trabalhava muito com a comunidade médica, crê que a Medicina moderna e as antiquíssimas técnicas terapêuticas poderiam unir suas forças para fazerem a todos felizes, sãos e equilibrados.

    Atualmente a aromaterapia nos proporciona uma versão contemporânea da antiga arte de tratar, se baseia na premissa de que melhor nada mais é do que para previnir a enfermidade é fortalecendo os mecanismos de autodefesa do corpo. A Aromaterapia ajuda a restabelecer a harmonia entre o corpo e a mente, harmonia essa constantemente sabotada pelas tensões da vida moderna e por contaminação do nosso meio ambiente. Desta forma a aromaterapia pode afetar positivamente nosso aspecto, nosso modo de sentir e pensar. Todos podemos melhorar nossa saúde e comunicação afetiva por meio do toque ou outra prática aromática acreditada pelos séculos.

     

     

    A MAGIA DAS ESSÊNCIAS

    O ingrediente mais importante em terapia corporal com aromaterapia é o óleo essencial. Esta substância viva, pura e natural, a essência da planta e da flor é quem contém o poder concentrado de sua força vital.

    Óleo é em realidade, um termo enganoso para denominar a estes elixires promotores da vida. Os aromas não são de modo algum oleosos, são essências voláteis que se evaporam facilmente se ficarem expostos ao ar. (por isso é que se pode usar tanto em vapores, como aplicados sobre a pele). Estas substâncias químicas-orgânicas e naturais são soluvéis em óleo, álcool ou em água. Todas as essências são diferentes devido aos produtos químicos das plantas e das flores das quais estão sendo feitas.

    Cada essência tem diferente função, fragância e inclusive cores. As investigações científicas vem demonstrando a eficácia antisséptica dos óleos essenciais. Vem sendo tem comprovado que eles decompõem e neutralizam as bactérias e vírus. Sua fragância não esconde simplesmente o odor corporal; mas também através de sua ação química, suprimem os organismo que causam o odor corporal. Como já mencionado os óleos essenciais tem odores voláteis, ou seja, evaporam-se em contato com o ar. Isto já o difere dos óleos comuns, além do mais a sua consistência é mais líquida tendo uma absorção na pele mais intensa e não permanecendo portanto oleosa a pele na qual foi colocada.

    Muitas essências são claras, sendo poucas coloridas;o benjoin évermelho, a bergamota éverde, o limão é amarelo, a camomila é azul. Eles são solúveis em álcool, ether, além disso tem propriedades fixadoras tais como: o benjoin, o almiscar, o patchouly, que não são solúveis em água. Os efeitos como o calor, a luz, o ar e misturas tendem geralmente a deteriorá-las. Eles devem portanto serem mantidos em locais escuros e frios.

    OS CHAKRAS

    Segundo a tradição hindú, existe sete chakras principais que se relacionam com seis plexos.

    Os chakras são centros de força vital a diferentes níveis de experiência ou consciência no sistema humano.

    A palavra chakra significa roda, em sânscrito, e estes centros de energia são como rodas ou vértices de força. As energias sediadas nesses níveis se manifestam através desses centros.

    Os chakras no entanto parecem para quem estáolhando uma pessoa que há um globo de luz em sua volta denominado aura, as vezes muito forte, ou as vezes muito fraca, depende da sua evolução e sua vitalidade.

    Não se engane com "evolução": as vezes a pessoa está muito "evoluída" mas está sem vitalidade, então se verá muito brilhante na parte da cabeça e muito pastel na parte sexual. Uma pessoa medianamente brilhante terá um ovóide, que subdividirá em 27 outros ovóides que sairão num espaço infinito, sairão num planeta e estará ligado a uma outra entidade maior. Portanto esse ser, esse globo de luz tem alguns nós físicos, a aura portanto também é física e é a partir do chakra sexual que ela transcende, ela vem do espaço supra-terrestre (sendo matéria não dominável pelo homem), a partir do momento que ela é inserida em seu corpo ela é sua, sendo o momento quando ela começa a se tornar energia física.

    Quem somos nós? Somos seres desse globo de luz o vigésimo oitavo globo que penetra e continua a fazer mais 28 quebra de luzes, ou pontos, ou vórtices, ou turbilhões de energia a frente do corpo, nos braços, nas mãos e esses 28 pontos se subdividem em 72 mil pequenos chakras.

    Em cada uma das mãos se tem 36 pequenos chakras, sendo uma mão receptiva e a outra doadora. Estes chakras são turbilhões de energia que giram no sentido horário e anti-horário em nosso corpo. É importante que os chakras estejam girando harmonicamente nos dois sentidos.

     

    EXEMPLOS DE AROMAS PARA ALINHAMENTO DOS CHAKRAS

     

    CHAKRA 1 PARA O BÁSICO E ENERGÉTICO

    - Acácia, hortelã, madressilva, almiscar.

     

    CHAKRA 2 PARA O PLEXO SOLAR E CARDÍACO

    - Vétiver, sândalo, orquídea, heliotrópio.

     

    CHAKRA 3 PARA O LARÍNGEO E VISÃO

    - Narciso, bergamota, jacinto, opium.

     









    Celi Coutinho
    CRT 21270
    Terapeuta Holística

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 15:00


    Expositores

    Expositores





    Lista de Expositores no Holística 2004

    LautzEstande 21 e 22
    http://www.lautz.com.br

    CasuloterapiaEstande 6
    http://www.casuloterapia.com.br

    Editora Alfabeto
    Estandes 23, 24 e 25
    http://www.editoraalfabeto.com.br

    Mattron EquipamentosEstande 16
    http://www.mattron.com.br

    Mundo VerdeEstande 17
    http://www.mundoverde.com.brIntuição Produtos Aromáticos
    Estandes 1 e 2
    http://www.anaade.terapiaholistica.net

    Azul Music
    Estande 7 e 8
    http://www.azulmusic.com.br

    MasterView
    Estande 5
    http://www.masterview.com.br

    Apoiowww.bancodobrasil.com.br
    www.alternativasdeaaz.com.br









    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 15:00


    Observações

    Observações




    Observações gerais Holística´2004

    1. Os crachás são individuais, cabendo a cada Congressista retirar o seu junto aos receptivos. São de uso visível obrigatório dentro das dependências do evento, permitindo só ao seu portador o acesso ao Congresso; a ausência do mesmo implica em não mais poder freqüentar os auditórios. Os crachás são de propriedade da organização do evento, podendo ser retidos em caso de uso indevido,a critério dos organizadores.
    2. Lembre-se de portar seu crachá TODOS OS DIAS do evento, pois ele é sua única garantia de ingresso.
    3. Cada crachá será entregue em mãos diretamente ao PARTICIPANTE, mediante apresentação de documento de identificação, que deverá também ser mostrado sempre que solicitado, não sendo aceito que terceiros retirem em nome dos inscritos.
    4. É vedada a presença nos auditórios de acompanhantes (cônjuges, crianças, namorados, colegas, intérpretes, etc), ouvintes e similares, mesmo na hipótese de existir lugares vagos. Em respeito aos colegas, mantenha celulares, pagers e similares desligados.
    5. Os Certificados de Participação serão entregues em mãos no ato da retirada do crachá, diretamente ao congressista, não sendo aceito que terceiros o retirem em nome do inscrito.
    6. Em hipótese alguma serão aceitas inscrições durante o evento.
    7. Em caso de falta imprevista do palestrante, o mesmo será substituído por outro apto a dissertar sobre o mesmo tema ou similar. A sequência da grade de palestras também está sujeita a alterações por motivos de força maior.
    8. No local existe estacionamento pago e a região é servida de hotéis, restaurantes e condução. Não nos responsabilizamos por indicações.
    9. Pedimos atenção especial aos seus pertences de mão, observando que não há local em nossos receptivos para guarda dos mesmos.
    10. Para participar das Vivências, recomendamos o uso de roupas leves e confortáveis que permitam flexibilidade de movimentos.
    11. Em caso de não comparecimento o PARTICIPANTE perde o direito aos materiais entregues no CONGRESSO, inclusive o Certificado de Participação.
    12. As perguntas aos palestrantes somente serão aceitas se forem pertinentes ao tema e por escrito, em papéis apropriados a serem fornecidos pela organização do evento. Devem conter a identificação de quem pergunta, incluindo número de CRT, bem como e-mail e telefone para retorno. Devido à racionalização do tempo, não há garantia que serão respondidas durante o evento, podendo ser feitas posteriormente.










    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 15:01


    Grade de Palestras

    Grade de Palestras




    9 DE SETEMBRO - 5ª feira

    9h00 - 9h40

    FITOTERAPIA EM CINCO MOVIMENTOS

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001

    9h40 - 10h20

    O ALÍVIO RÁPIDO DE TRAUMAS E
    DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO

    George Vittorio Szeneszi - CRT 21675

    10h20 - 11h00

    GENDAI REIKI-HO

    Paulo Cezar Carrazedo de Almeida - CRT 28757

    11h00 - 12h00

    MESA REDONDA

    12h00 - 14h00

    ALMOÇO

    14h00 - 14h40

    A VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL DO CROMOTERAPEUTA

    Oswaldo Antonio Rentes - CRT 21400

    14h40 - 15h20

    SOLTANDO AS AMARRAS:
    PESO IDEAL E MUDANÇA COMPORTAMENTAL

    Karim Albert El Khoury - CRT 25579

    15h20 - 16h00

    RADIESTESIA E RADIÕNICA

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga - CRT 34429

    16h00 - 16h40

    FLORAIS DE BACH:
    UM ENSAIO DE ATENDIMENTO TERAPÊUTICO

    Eulália Fernandes - CRT 32899

    16h40 - 17h00

    MESA REDONDA

    17h00 - 18h00

    VIVÊNCIAS E PRÁTICAS

    10 DE SETEMBRO - 6ª feira

    9h00 - 9h40

    REGRESSÃO ALFA
    EQUILÍBRIO DE VIDAS PASSADAS

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga - CRT 34429

    9h40 - 10h20

    CONSTELAÇÃO FAMILIAR

    Eloyana Maria Silveira - CRT 21105

    10h20 - 11h00

    JINJU - QUIROPRAXIA

    Song Un Kim - CRT 23108

    11h00 - 12h00

    MESA REDONDA

    12h00 - 14h00

    ALMOÇO

    14h00 - 14h40

    AROMATERAPIA

    Celi Aparecida Coutinho - CRT 21270

    14h40 - 15h20

    ORTOMOLECULAR

    Maria Helena Malengo D Auria - CRT 33510

    15h20 - 16h00

    DESVENDANDO A ALMA FEMININA

    Hebe de Moura - CRT 21262

    1600 - 16h40

    A IMPORTÂNCIA DA VISÃO HOLÍSTICA NA
    PRÁTICA DA TERAPIA FLORAL DE BACH

    Telma Alves de Almeida Fernandes Leite - CRT 24406

    16h40 - 17h00

    MESA REDONDA

    17h00 - 17h40

    HOLOPUNTURA

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001

    17h40 - 18h30

    VIVENCIAS E PRÁTICAS

    11 DE SETEMBRO - Sábado

    9h00 - 12h00

    WORKSHOP 1

    12h00 - 13h00

    ALMOÇO

    13h00 - 16h00

    WORKSHOP 2

    16h00 - 19h00

    WORKSHOP 3










    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 15:02


    Eventos » Proposituras de Palestras » Holística 2005

    A BUSCA DA TRANSFORMAÇÃO ATRAVÉS DA TERAPIA HOLÍSTICA Holística 2005

    A BUSCA DA TRANSFORMAÇÃO ATRAVÉS DA TERAPIA HOLÍSTICA
    Holística 2005

    Jerônimo Moreira de Oliveira

    Terapeuta Holístico - CRT 37494

    1.0. Sumário




    2.0. Resumo


    Os questionamentos são freqüentes e difusos. Na realidade queremos provar que nossos paradigmas estão certos, que nossas verdades são absolutas. É muito difícil mudar, principalmente quando chegamos a uma certa idade, porque neste caso a exigência de qualidade e a eficiência tornam-se níveis altos. Assim o melhor é respeitar o tempo do nosso semelhante.

    Na busca da transformação através da terapia holística chegamos ao PED: Ponto de Equilíbrio Dinâmico entre as pessoas, tecnologia e os processos, tornando-se estável na certeza de alcançar o nível da sabedoria, que dentro desta TERAPIA TRANSPESSOAL enxerga-se uma decisão, tendo como ferramenta terapêutica a PLN-Programa em Linguagem Natural e dinâmicas psicoterapêuticas.




    3.0. Introdução

    A terapia holística tem uma visão do fenômeno privado estendido ao fenômeno coletivo. Não vamos tentar reinventar o fenômeno coletivo e, sim, partir do pressuposto de que estas confrontações tiveram seus momentos de seriedade, pesquisas e respeito para com os indivíduos envolvidos no processo da descoberta, o respeitar a freqüência de entendimento do outro, a empatia: colocar-se no lugar de..., faz a diferença para si e para a coletividade.

    Caminhos para o êxito na terapia holística:


    4.0.Material e Metodologia do trabalho


    Com a vaidade de ser um terapeuta, quis investir no mundo terapêutico na tentativa de minimizar o sofrimento do ser humano.
    O ser humano é muito criativo, porque pensa! Em minhas reflexões, com um grande privilégio, porque com a velocidade eletrônica deste nosso século, consigo, deixar algumas horas para refletir, trabalhar, sonhar, ser feliz, amar e principalmente escrever, método que encontrei para registrar a minha existência.
    Embora tenho uma frustração de não inventar nada e sim copiar tudo, mas este copiar, é mais gratificante, pois não sofremos tanto quanto aqueles que sofreram para deixar provado que suas verdades tiveram resultados.

    A Ciência que estuda os fenômenos naturais é a Física.
    Pela terapia quântica, a nossa própria existência com suas peculiaridades, probabilidades, e interrogações são variáveis determinadas).Sei que é necessário encontrar e determinar as variáveis, para termos o total controle, característica inerente do ser humano-controlador’.

    A terapia holística surgiu deste mundo de questionamentos e do empirismo da Física.

    A Busca da Transformação com a Terapia Holística é toda experimentada pelo CDTV: Ciclo da Dinâmica Terapêutica Vivencial. São várias dinâmicas: individual e em grupo, com um enfoque totalmente holístico dentro da ontologia do Ser: ‘faz parte de’ ou ‘é’. A gestão do conhecimento está fundamentada dentro da Terapia Transpessoal e Cognitiva, Física Quântica e a Engenharia do Comportamento. O único material que se necessita nesta terapia é a gestão do conhecimento e o Ciclo Vivencial de cada ser humano, expressado na concepção descrita abaixo:

    Utilizamos o Programa de Linguagem Natural para a terapia cognitiva holística, porque o ser humano é o elemento que compõe o Modelo PED: Ponto de Equilíbrio Dinâmico entre as Pessoas, Tecnologia e Processos, buscando a excelência na qualidade de vida emocional e física.


    As Dinâmicas quânticas estão orientadas segundo o seguinte simbolismo:


    O espelho neste momento pode-se identificar, é o reflexo do ‘seu eu’ que produz uma imagem chamada na terapia oriental de ‘imagem refletida’. É a saúde através do equilíbrio corpo-mente. O esquema da reflexão é descrito através da seguinte metodologia:

    Histórico: Na Terapia Transpessoal trabalha fazendo analogia com a natureza, coloca a árvore como uma orientação do sistema terapêutico oriental, eles crêem que existe a dualidade equilíbrio desequilíbrio, quando um está ativo o outro está inativo e vice-versa. No sistema terapêutico acredita que mesmo estando fisicamente equilibrados ou não basicamente todos nós podemos ser considerados em constante desequilíbrio. O desequilíbrio pode não estar se manifestando, mas está presente em contra partida com o equilíbrio, mas inativo, está na homeostase.

    Neste sistema há dois fatores que são refletidos, o agente que buscamos solucionar:- corpo desequilibrado ou em desarmonia. Em primeiro plano, podemos distinguir as causas que refletem através do espelho, e condições que podem ser gerais ou específicas.

    No sistema ocidental ataca-se o reflexo (as terapias são realizadas, os métodos são desenvolvidos e praticados sem a preocupação de em quais e/ou qual condição surgiu aquele reflexo no espelho que é a causa). O sistema terapêutico trabalha com o objeto-corpo e com a imagem que é a alma (mente). Faz-se um paralelo entre o sistema ocidental e o sistema oriental.

    Terapia do Equilíbrio: É como se aplicasse terapia da subida em uma montanha – um rapel diário.

    Início:
    Nesta terapia podemos trabalhar com as quatro características mobilizadoras de ser humano que busca o seu centro de equilíbrio dinâmico, como Metas; Persistência, Planejamento e Compromisso:
    Em METAS é o querer, elas necessitam ser SMARTS (Especificidade/Mensurado/Alcançável/Realizável/Temporal/Satisfação Pessoal) para subir a montanha com os objetivos desafiantes e específicos; conseguindo mensurar os objetivos (medir com valores financeiro ou pessoal) para alcançar e realizar o que foi planejado; após definir um período de curto, médio e longo prazo, para que as metas sejam cumpridas; as metas e objetivos têm significado pessoal.
    No segundo momento da escalada tem-se a PERSISTÊNCIA para obter a agudeza mental para agir diante de um obstáculo para realizar as tarefas rotineiras rápidas e corretamente.

    Quando não der certo por uma direção então, mude de estratégia, principalmente quando perceber que está agindo repetidamente sem resultados positivos. Com a capacidade de análise, assumir a responsabilidade pessoal enquanto analisa o problema, estabelecendo relações lógicas e objetivas, assim como estrutura a informação que às vezes resulta ser caótica (confusa)
    No terceiro momento, utiliza-se da ferramenta o PLANEJAMENTO, dividindo as tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos.
    Monitora a agenda constantemente para revisar os planos, levando em conta os resultados obtidos, para conseguir se necessário as mudanças circunstanciais. Estes registros mantêm sempre o equilíbrio pessoal (agenda) e profissional em dia e utiliza-os para tomar decisões assertivas.
    No quarto processo é o momento do COMPROMETIMENTO, através da percepção pode fazer um sacrifício pessoal, ou despender de um esforço além das suas capacidades para completar alguma tarefa e/ou promessa que tenha feito. Pois assim estará em colaboração/integração com os colegas até mesmo oferecendo para substituí-lo quando necessário. Estará participando com uma exigência na qualidade e eficiência, assim sendo desenvolve ou utiliza-se de procedimentos que asseguram a você de que o trabalho/compromisso seja terminado a tempo e/ou que o trabalho/compromisso atenda as exigências da qualidade e eficácia previamente combinadas no termo de compromisso moral e/ou verbal e/ou por escrito.

    Fim:
    Dado que a mente, o espírito e o corpo é uma unidade, vejo no espelho da consciência, como os orientais vêem, que todas as características humanas, sejam emocionais, intelectuais ou espirituais, têm seu órgão físico correspondente.


    5.0. Discussão e Conclusão:
    A discussão apresentada nas referências está sendo instigante no âmbito nacional e internacional através das conferências e seminários desenvolvidos na Europa, América Latina e em Goiânia: principalmente na comunidade ucegeana respeitando a DINÂMICA DA VIDA: BIORRITMOS.

    Existem pessoas que gostam de falar de fenômenos naturais e extra-sensoriais, sem uma informação mesmo que superficial sobre fenômenos extra-sensoriais, daí a diversidade de idéias e pensamentos entre os homens. Assim para uma compreensão mais ampla do homem, os ensinamentos devem ser modelados. Talvez possamos ficar em sintonia com outros pesquisadores e com a vida, porque ela é um fenômeno natural. O que é desconhecido dos homens, das leis, do mecanicismo, do quântico, dos processos, é que os catalogam como tais sem perceberem os usuários desses termos que estes registros são os rótulos que pregam nos fenômenos, quando deveriam pregar em si mesmos. A ciência evolui quando o cientista evolui em paralelo. Há muita coisa tida como sobrenatural, mas com certeza não o é, ela (a coisa) é natural, quando ela é levada para o campo do conhecimento do acadêmico. A origem está na própria pessoa através de sua filosofia; como o ser humano vive tão desconhecido de si mesmo, que é de se admirar como consegue viver lastimando, como se o que passou juntamente com as lástimas resolvesse o problema modelado em seu mapa mental.

    "A felicidade do ser humano está em poder de sua própria escolha, ou seja, praticar o livre arbítrio".
    Com o seguinte sistema simbólico conclui-se que:


    No caso do sistema simbólico não se deve estar preso ao certo/errado, principalmente quanto ao símbolo. Se o símbolo é totalmente real; daqui pode-se tirar o censo comum ou não. Neste caso não se aplica o certo ou errado.
    Para justificar o exposto, passa-se para a ‘Cosmovisão Quântica"


    6.0.Referencias Bibliográficas:

    Oliveira, J. M. (2002). Gestión del Conocimiento, Información y Aprendizagen formando los Recursos Humanos en las Organizaciones. Tesis Doctoral. Universidad de Murcia, España.
    Adrian, E.D. (1946). The physiological background of perception, Clarendon Press, Oxford.
    Oliveira,J.Moreira.(2000).Engenharia do Comportamento Empreendedor, Revista Melhor (2001). Vida & Trabalho, São Paulo, mar., pp.53 –63, ISSN 1518-2150.
    Oliveira,J.Moreira. (2004).Páginas Soltas!Vida de Projeto ou Projeto de Vida, Ed. UCG, Goiânia, Brasil. ISSN 85-7103-197.
    Oliveira, J.M. (2005). O que vejo no espelho: uma visão pragmática de psicologia transpessoal, Ed. UCG, 2005, Goiânia, 1ª. Edição.

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados



    1.0.Sumário: Conteúdo da palestra

    2.0.Resumo: Visão holística do trabalho

    3.0.Introdução: O caminho/processos que conduzem ao êxito

    4.0.Material e Desenvolvimento do trabalho: Gestão do conhecimento/Pessoas e Metodologia aplicada

    5.0.Discussão e Conclusão: Linhas futuras e aplicação da metodologia PED e resultados obtidos, não no cunho racional mas no emocional (quântico)

    6.0.Referências bibliográficas

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 10:50


    Cristalterapia - Uma Mina de Pedras Preciosas Ao Bem-Estar Holística 2005

    Cristalterapia - Uma Mina de Pedras Preciosas Ao Bem-Estar
    Holística 2005


    Simone Kobayashi de Noronha
    Terapeuta Holística – CRT 37166

    Sumário

     

    Introdução



    Todos os antigos povos do oriente e do ocidente usavam a Geoterapia, e em especial as pedras e cristais, para amenizar e cuidar de desequilíbrios físicos e emocionais. Atualmente os países como Alemanha, França, Suíça, Escandinávia, Austrália, usam e aplicam as técnicas geoterapicas na terapia holística. As propriedades terapêuticas da Geoterapia fundamentam-se no poder regenerador que tem a Terra.
    Há milênios a humanidade é atraída pelos cristais e pedras preciosas e semipreciosas. Isso porque elas já carregam seus símbolos, suas histórias e emanam características próprias. Até hoje, teoriza-se sobre a Hiperbórea, Lemúria e Atlântida, e como o conhecimento das pedras e dos cristais era a essência do poder dessas civilizações. Mais comprovadamente temos a civilização Hindu, que segundo a tradição dos chakras, o Ritual de Harmonização consiste em se colocar em cada um dos sete principais centros de energia do corpo a sua pedra ou cristal correspondente e fazer uma série de mentalizações. Ainda podemos citar a importância de pedras e cristais na civilização Egípcia, e muitas outras. Desde tempos imemoráveis e em várias civilizações, as pedras e cristais foram, e são, usadas em coroas, anéis, pingentes e todas as formas de jóias para simbolizar poder, união, valor, beleza, perfeição, amor, etc. Atualmente, no movimento da Nova Era, os cristais e pedras tornaram-se ferramentas muito importantes para a busca de autoconhecimento, equilíbrio, harmonização e limpeza energética.

    Cristalterapia

     


    (Outras e Diversas) Aplicações Terapêuticas

     

    Cristais: Pedaços de Luz




    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados

     



    Referencias Bibliográficas:

    Boström, F. - A sabedoria das pedras – Ed. Best Seller, 1994.
    Boström, F. - O Mago dos Cristais – Círculo do Livro, 1994.
    CavalcantE, V. - O equilíbrio da energia está no salto do tigre – Ed. Objetiva, 1998.
    DUNCAN, A. - ABC dos Cristais – Ed. Nórdica.
    DUNCAN, A. - Caminho das Pedras – Ed. Nórdica, 1998.
    NORONHA, S.K. – Florais de Bach e a Infância, Monografia, Sinte, 2004.
    Raphael, K. - Transmissões Cristalinas: Uma Síntese de Luz – Ed. Pensamento, 1997.
    Raphael, K. - A Cura pelos Cristais – Ed. Pensamento, 1995.
    Raphael, K. - As Propriedades Curativas dos Cristais e das Pedras Preciosas - Ed. Pensamento, 1996.
    SINTE – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias – www.sinte.com.br
    Schumann, W. – Gemstones of the World – Sterling Publishing, 1997.
    VIEIRA FILHO, H. – Tutorial Terapia Holistica, Sinte, 2004.


    A maioria dos cristais possui uma base achatada que foi sua raiz na Terra. Muitas vezes, ele se apresenta nebuloso ou leitoso na base e ganha maior claridade ao alcançar o ápice, simbolizando um padrão similar de desenvolvimento em que a nebulosidade e embaçamento da consciência aclaram-se quanto mais nos aproximamos com o nosso Eu Infinito, nossa essência. Em geral, dentro dos cristais encontram-se áreas nebulosas ou inclusões. Às vezes, essas nebulosas ou inclusões assemelham-se a galáxias. Tais cristais, em uma linguagem simbólica, nos mostram que existem mundos dentro de mundos e que a criação é ilimitada e incomensurável.
    Muitos cristais já atingiram a plenitude da evolução e não mudarão muito uma vez trazidos à superfície do planeta. Eles carregam dentro de si marcas próprias e singulares que relatam sua identidade, histórias, registros e informações. Outros cristais contêm manchas que podem clarear a medida que o cristal evolui e transcende suas limitações. Eles podem, depois de aplicados em sessões de energização, harmonização e meditação ou usados continuamente, tornarem-se límpidos e às vezes eles modificam-se de forma irreconhecível. Esses cristais apresentam lições paralelas e refletirão as alterações ocorridas dentro deles e do indivíduo que trabalha com eles. Há muitas maneiras diferentes em que os cristais e pedras manifestam-se e através das quais se pode utilizá-los.

    Quartzo Branco ou Transparente
    Esse tipo de cristal é o mais comum e conhecido. De modo geral, é possível utilizá-lo para todos os fins, uma vez que vibra a pura luz branca que contém todas as outras cores. Ele representa a soma total da evolução no plano material. Suas seis faces simbolizam os seis chakras, com a terminação sendo a coroa; que liga o indivíduo ao infinito. O cristal hexagonal comunica-se pela harmonia. Os cristais de quartzo vibram a aura a uma freqüência tão alta que possibilita a dissolução e liberação energias mais densas. Então, devolvem essa energia à sua fonte para gerar maiores vibrações e cores mais cintilantes a serem re-circuladas na aura. Esse tipo de equilíbrio da alma fortalece a profundidade interior de um ser e constrói uma base sólida sobre a qual ele se assenta e vive. O quartzo branco opaco ensina a enxergar a luz dentro da nebulosidade, principalmente a emocional ou em um mental confuso. Dá a possibilidade de se sentir "em casa" mesmo quando está em meio à neblina.

    Limpeza e Energização das Pedras e Cristais
    Assim como qualquer "ferramenta de trabalho", as pedras e cristais precisam ser limpos após sua utilização.
    Há a limpeza energética e a física. Algumas das formas de limpeza energética já faz as duas limpezas juntas. A energética pode ser feita de várias maneiras. Colocando as pedras encima de uma drusa, deixando-as na chuva, lavando-as em água corrente, com água com sal grosso, ou mesmo, com gotas de amônia/água sanitária. Enquanto a limpeza física pressupõe uma lavagem com água e algum produto para assepsia.
    A energização das pedras e cristais podem ser feitas pela luz do sol, da lua, pelo fogo, pela terra, deixa-las na tempestade, na chuva, lavá-las na cachoeira ou mar, etc. A melhor forma de energização das pedras e cristais vai depender de que tipo de energia é a mais propícia a pedra ou ao trabalho que irá ser desenvolvido com ela.
    Por associação de idéias, para lidar com a apatia, por exemplo, seria adequado colocar a pedra a ser utilizada próximo ao fogo ou até mesmo, dependendo da pedra, queimá-la por alguns segundos. Se isso não for possível ou não tão necessário, deixar a pedra absorvendo a luz do sol por algumas horas já bastaria. Se a busca é de uma maior receptividade, o adequado é utilizar a luz da lua, um símbolo do feminino/receptivo. Agora se a procura é de ancoramento, nada melhor do que a terra. Usando dessas associações juntamente com o conhecimento das pedras, o trabalho terapêutico torna-se mais eficiente e adequado às necessidades do momento do Cliente.

    Conclusão

    Sendo a Terapia Holística, que usa uma somatória de técnicas milenares e modernas, a utilização das pedras e cristais como estímulos nessas técnicas torna-as, ainda mais, eficientes, suaves e naturais, para a busca de autoconhecimento e equilíbrio, e no aumento da capacidade de superar obstáculos, alcançando a harmonia e realização interior.
    A Terapia Holística não faz mágica, não muda situações da vida, mas ajuda a mudar a percepção dessas situações, trazendo-as a luz da Verdade Interior.

    REIKI
    No Reiki não se faz necessária uma avaliação de desequilíbrios, mas com a ajuda das pedras e cristais colocados nas mesmas posições que será aplicado o Reiki, a "união" dessas duas energias, a do Reiki e a das pedras, traz uma maior e mais rápida resposta terapêutica ao cliente.
    A escolha das pedras se faz pelas características das mesmas e relacionando-as com as posições estudadas no Reiki.

    AURICULOTERAPIA
    Com a pulsologia de Nogier localiza-se na zona reflexológica auricular os pontos a serem estimulados. Lembrando sempre que os pontos na auriculoterapia, não estão sempre abertos, mas só quando estão em desequilíbrio. São esses pontos que receberão o estímulo das pedras e cristais, que, através da pulsologia de Nogier, pode-se escolher que pedra ou cristal será o mais apropriado ao momento do cliente, aproximando-se a pedra ou cristal do ponto do reflexológico auricular que está em desequilíbrio e sentindo como o cliente responde ao estímulo, escolhendo-se, então, o mais adequado ao momento do cliente e aplicá-lo, seja estimulando com a ponta da pedra escolhida por um período de mais ou menos um minuto ou o fragmento da mesma afixada no ponto por adesivo microporo.

    CHAKRAS
    Talvez a forma mais antiga de utilização das pedras e cristais. Ainda hoje vemos resquícios dessa técnica em forma de ornamentos como: coroas, tiaras, diademas, gargantilhas, colares, e ainda os modernos "piercings".
    Consiste em colocar as pedras e cristais correspondentes aos chakras em cima dos mesmos, para energizá-los e equilibrá-los. A escolha do tipo de pedra ou cristal se faz relacionando sua "natureza" com as características dos chakras ou com o que o cliente está buscando/trabalhando no momento.

    MANDALAS
    Da mesma forma que nos chakras, a colocação de pedras ou cristais no corpo e ao seu redor se faz nas formas harmoniosas de mandalas, de acordo com as características das pedras e de suas cores. Muito utilizada atualmente pelos adeptos da Nova Era, equivale aos buquês florais, onde o conjunto de energias diferentes, mas mesmo assim em sintonia, juntam-se para um mesmo propósito.

    VISUALIZAÇÕES CRIATIVAS
    Utiliza-se as pedras e cristais como ferramentas do subconsciente para visualizações dirigidas a um propósito, geralmente um desbloqueio conhecido ou busca interior. Escolhendo-as de acordo com esses mesmos parâmetros, ou seja, a pedra ou cristal que tenha afinidade com esse propósito ou busca interior.


    Os cristais funcionam como amplificadores de energia nos processos de equilíbrio e autoconhecimento. A sua força consiste na capacidade de ampliar e direcionar nossos próprios poderes e, por isso, o mais importante ao se lidar com os cristais é que conseguimos sintonizar nossas vibrações com as vibrações dessas pedras. Trazendo para nosso benefício e de nossos clientes, a capacidade de interiorização das características vibracionais delas. Pode-se usar as pedras e os cristais como ferramentas para entrar em contato com o Eu interior, equilibrar nossos centros de energia e meridianos, e ainda, nas zonas reflexológicas como, pés e mãos, para trabalha-las terapeuticamente.
    Esses são os objetivos da utilização da Cristalterapia, ajudar como estímulos na Terapia Holística, iniciar uma busca através de autoconhecimento, nos capacitar (e aos nossos clientes) a nos equilibrar e a superar obstáculos, alcançando a harmonia e a realização interior.

    Aplicações Terapêuticas na Holopuntura

    Localizando os desequilíbrios: Podemos usar os "pontos de alarme" dos meridianos para descobrir onde está o desequilíbrio, e também a reflexologia (auricular, podal ou nas mãos) em conjunto com a pulsologia de Nogier para localiza-los.

    Pontos a serem estimulados: Descobrindo-se pelos pontos de alarme os meridianos em desequilíbrio, pelo toque no caminho do meridiano equivalente, os pontos que estiverem mais doloridos, serão os que necessitam ser estimulados. Já os pontos descobertos pela reflexologia, podal, das mãos ou auricular, já são os próprios pontos a serem estimulados.

    Escolhendo: Para escolher qual pedra ou cristal vamos usar como estimulo, precisamos conhecer as características que as pedras e cristais nos trazem, para relaciona-las com a visão holística do cliente, como: os meridianos e o movimento equivalente em desequilíbrio apresentados pelo cliente, os questionamentos e oralizações no momento do atendimento, etc. Quando há duvida entre as opções de pedras e/ou cristais, a escolha entre essa grande variedade pode ser aprimorada usando a pulsologia de Nogier, aproximando-se as pedras e/ou cristais, um a um, do ponto reflexológico (auricular, podal) que está em desequilíbrio e sentindo-se como o cliente responde ao estímulo, escolhendo-se, então, o mais adequado ao momento de cliente e aplicá-lo.

    Estimulando: Seguindo o raciocínio da Holopuntura, uma vez detectados quais meridianos estão desequilibrados, e selecionado quais pontos dos meridianos precisam ser trabalhados, geralmente um minuto já é suficiente para equilibrar o ponto específico, mas checar novamente o ponto de alarme e perguntar ao cliente se a sensação de dor está ou não melhor, é uma forma simples e prática de saber se o estímulo foi ou não suficiente. E, se necessário, iniciar o processo de estimulação com o 2o. ponto localizado mais dolorido.

    Resumo
    Introdução
    Cristalterapia
    Aplicação Terapêutica na Holopuntura
    (Outras e Diversas) Aplicações Terapêuticas
    Reiki
    Auriculoterapia
    Chakras
    Mandalas
    Visualizações Criativas
    Cristais: Pedaços de Luz
    Quartzo Branco ou Transparente
    Limpeza e Energização das Pedras e Cristais
    Conclusão
    Referencias Bibliográficas

    Resumo
    Conhecendo o que as pedras e os cristais trazem como características, seus elementos e a energia que emanam, poderemos utiliza-las em conjunto com varias técnicas de Terapia Holística para ampliar e aprofundar a capacidade de auto equilíbrio de nossos clientes. Seja usando uma abordagem causal, das análises temporais e significativas dos meridianos em desequilíbrio e suas correlações com os cinco movimentos chineses, ou uma analise energética dos chakras, e ainda com visualizações com o intuito de desbloqueios; trabalhar com as pedras e cristais como ferramentas em busca do equilíbrio e autoconhecimento, re-equilibrando o corpo emocional, mental e físico é acrescentar mais um diferencial as nossas técnicas, cada vez mais holísticas.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 10:53


    A Vontade de Mudança e o Medo da Queda Holística 2005

    A Vontade de Mudança e o Medo da Queda
    Holística 2005


    A linha mestra da filosofia patriarcal é caracterizada pela tendência a conceber um mundo hierarquizado, que submete o corpo aos ideais transcendentais. Por exemplo, Aristóteles, "como um homem do seu tempo, teimará em provar que ‘a mulher não engendra por si mesma (...) a fêmea não possui a mesma alma que o macho. A alma cognitiva só se transmite através do macho" (BADINTER. 1986, pg.110). No entanto, uma outra tradição de pensamento vem conquistando espaço significativo desde o século XX. Manteve-se viva e minoritária ao longo dos séculos, resistindo à hegemonia do patriarcado, chegando agora a um momento de grande expressão, o que sugere uma mudança no eixo oficial da filosofia. Esta tradição atribui valor ao transitório, à perspectiva enraizada no corpo, ao poder vital da mulher.
    No final do século XIX, Nietzsche desenvolveu uma potente crítica à tradição filosófica oficial da cultura ocidental, responsável pela operação perversa que permitiu afirmar que o principal valor da vida é a superação da vida: o transcendente, o paraíso, o imutável. Oswald de Andrade nos lembra que "Friedrich Nietzsche afirmou que o habitat dos grandes problemas é a rua" (ANDRADE. 1995, pg.102).
    São muitas as palavras que correspondem ao mesmo tempo ao corpo em movimento e às operações ‘mais elevadas’ do espírito: posição e força da posição, postura e impostura, atitudes e atitude existencial, o caminho e do reto caminho, perder o rumo e achar o rumo, inventar caminhos, entre tantas outras similares. O estudo do cérebro deve ser acompanhado pelo estudo dos movimentos dos músculos, com ao quais nos organizamos e nos relacionamos no mundo. Nietszche chama a atenção para a perspectiva, colocando-a no lugar da verdade universal e incorpórea, a qual acabaria sempre por legitimar a negação da vida. O sistema sensório motor, antes de tudo, elabora e forma perspectivas.
    O sistema muscular não responde a uma forma perfeita e definitiva, está mais para um sistema aberto a se formar nas relações. O sistema sensório motor permite falar em contradição, em composição da contradição, em síntese, sem supor uma totalidade unificadora destas contradições. No entanto, a pouca margem de flexibilidade de um padrão de movimento dificulta a percepção das novidades emergentes, como se o sujeito, neste caso, impusesse seu mundo ao momento, colocando-se como referência totalizadora. O movimento ou a sustentação do corpo só é possível através da síntese de forças contrárias. Estas oposições não são fixas e nem sempre são as mesmas, mas múltiplas e dependentes das relações nas quais estão vinculadas, não têm uma essência oculta que as fundamente "em si", independente do contato. O centro de gravidade, que harmoniza estas partes com relação à gravidade e possibilita o equilíbrio, também não corresponde a uma coisa que está no homem e "se coloca para fora", o equilíbrio biomecânico não acontece "dentro" para, depois, ser "manifestado". Não pensamos antes de agir. O equilíbrio é automático, singular e uma resultante contínua de compensação e integração das forças do conjunto. Então, o comum não é o semelhante, a média, mas o composto, o que está em relação, sem o que nada "em si" faz sentido. Seria o mesmo dizer: na diferença somos o mesmo.
    As forças musculares que organizam nossa sustentação e movimento podem ser entendidas como vetores. Pode-se imaginar uma teia tecida por estes vetores de força, uma teia móvel, onde o sentido é continuamente mantido e transformado, e cada um de nós sintetiza de algum modo estas forças, mobilizando-as. Esta compreensão do sentido envolvido nos vetores não diz respeito a uma subjetividade isolada do contato, não diz respeito apenas ao sujeito. Tampouco diz respeito a uma origem transcendental e exterior que justifica os acontecimentos do mundo. Aparece aqui uma relação intrínseca entre a consciência e a comunicação, porque as forças envolvidas nestes vetores podem ser compreendidos também como informação. Esta informação é a forma do corpo, e o movimento que sugere: a atitude.
    As atitudes estão envolvidas com fluxos de força que só se definem com clareza na ação. Estes fluxos de força correspondem aos processos de pensamento, de ponderação, se processa com uma certa autonomia, independente de um querer autônomo. Trata-se de um pensamento envolvido com a oscilação contínua do corpo, oscilação que aumenta quando uma situação nova nos surpreende. Os afetos que abalam o corpo provocam sensações e imagens que serão espontaneamente transformadas em uma composição vetorial, a partir da qual as coisas adquirem este ou aquele sentido, direção, significado. A composição vetorial não é idêntica ao desenho anatômico dos componentes do corpo, está mais próxima dos processos comumente chamados de racionais, mas trata-se de uma razão corpórea, e não transcendental.

     



    Não existe uma subjetividade preservada do corpo na rua, autônoma e auto suficiente da experiência e do contato. Nossa biomecânica não é como uma máquina sem desejos, emprestada aos desejos de um fantasma que a dirige. Precisamos levar em consideração nossa biomecânica se quisermos compreender o que, quem ou, principalmente, como somos. Este enraizamento da subjetividade na biomecânica é importante porque foi por causa do comprometimento da mecânica do corpo com as leis naturais, em detrimento da liberdade da subjetividade humana, que fez Descartes identificar o homem com a razão não corpórea, como um Fantasma dirigindo Máquina1, e implica em uma determinada relação de poder: a humanidade incorpórea do homem move a mecânica do corpo. Que é o mesmo que: o pensamento domina o corpo, o espírito domina a natureza – e tais pares desembocam em outros, tais como o adulto domina a criança, o homem domina a mulher.
    O biomecânico também tem poder sobre a "humanidade", é mesmo condição dela. O jeito se acha fazendo, e não através de uma instância não corpórea que dirige a ação. Pensar antes de agir não é como deliberar antes de executar, mas imaginar movimentos. E explicar, etimologicamente, quer dizer: desfazer pregas. Em outras palavras, para que o corpo não fique dobrado e preso numa dobra. Explicar é desprender – ou seja, um movimento que leva a perceber como transita a força de um objeto para outro, fazendo os objetos mudarem de posição, distância e forma. Os movimentos do corpo estão envolvidos em, pelo menos, dois terços do cérebro, o que permite supor que a variabilidade dos movimentos do corpo é a mesma ou análoga aos possíveis estados cerebrais: beirando a noção de infinito. Não precisamos negar o corpo para alcançar o infinito, pois o infinito também está nas dobras das nossas articulações. Estamos falando de um processo de abstração que é, ao mesmo tempo, objetivo e subjetivo. Nenhuma ação pode ser atribuída a uma subjetividade absoluta, pois tudo o que fazemos está sujeito "ao mundo próprio da ortostática, dentro do qual o homem permanece de pé e fora do qual, cai" (GAIARSA. 1988, pg.155).
    Esta ligação da razão com processos inconscientes remete ao conceito de vontade. Descartes a compreendeu como uma alavanca que provoca a ação, a mando da razão, depois que a razão conclui a respeito do que fazer, ou seja, o conhecimento racional deve anteceder ao movimento do corpo. Ou seja, é preciso conhecer antes de fazer. Hoje é possível dizer que o conhecimento prévio está comprometido com a memória e com o passado. O que está definido corresponde ao passado, ao que já foi organizado, sistematizado, resolvido: corresponde à memória. Quando se trabalha com a emergência da novidade, a vontade não pode ser entendida como uma alavanca do conhecimento prévio, pois o passado não pode resolver uma situação nova. A vontade está mais próxima das pulsões do corpo, como uma força auto organizadora que tem uma certa independência da memória, movida pelo futuro. A memória funciona mais como parâmetros que serão transformados. Os parâmetros da memória estão envolvidos com o sistema muscular, quer dizer, com a organização das posições e das atitudes do corpo, o que permite concluir que o passo seguinte sempre depende do passo anterior, mas não é, necessariamente, consequência dele. Mesmo Freud percebeu a vontade como um impulso motor: "desejos são acompanhados de um impulso motor, a vontade, que está destinada, mais tarde, a alterar toda a face da terra para satisfazer seus desejos. Esse impulso motor é a princípio empregado para dar uma representação da situação satisfatória, de maneira tal que se torna possível experimentar a satisfação por meio do que poderia ser descrito como alucinações motoras" (FREUD. 1969, pg.106).
    Novamente, então, a perspectiva como questão fundamental. A questão da perspectiva é uma questão de posição, com tudo que esta palavra tem de conotação social, psicológica e existencial. Os centros de gravidade do corpo estão relacionados com o self, enquanto princípio organizador da consciência. Uma estrutura corporal tão instável e articulada exige uma elaboração contínua e sofisticada dos movimentos através dos centros de gravidade do corpo. Isso acontece espontaneamente e no ‘invísível’, pois os centros de gravidade não serão achados em nenhuma parte do corpo, nem no cérebro. Estão no espaço, organizando nosso corpo e a relação deste corpo com os outros corpos. Nossa existência poderia ser assim expressada: nosso sistema sensório motor move... nossa humanidade! Corresponde a uma filosofia que entende que as concepções humanas têm relação com a composição de forças, tendências de movimento, inclinações, envolvidas nos posicionamentos e nas atitudes dos corpos nas situações.
    Reich, discípulo de Freud, separou-se do mestre, pelo qual tinha um profundo respeito, porque não concordava com algumas das hipóteses de Freud, como o instinto de morte, Tanatos. Para Reich, Tanatos não era um instinto, mas uma energia de decadência: "hoje sei que ele pressentia algo no organismo humano que era mortal. Mas ele pensava em termos de instinto. Assim, chegou ao termo instinto de morte. Isso estava errado. ‘Morte’ estava certo, ‘instinto’ estava errado. Porque não se trata de nada que o organismo deseje. É algo que acontece no organismo. Logo, não é um ‘instinto’(...). Ele era teoricamente muito bom. Devem permitir-se erros a um homem que tem que lidar com uma área tão vasta como a do inconsciente" (REICH. 1977, pg.90). Reich estava preocupado com o NÃO à vida, cujo bom exemplo é o nascimento de uma criança: a gestação num útero ‘a-aorgonótico’ (com pouca vitalidade), num parto onde as crianças eram separadas das mães logo no momento do nascimento, característica das maternidade européia do seu tempo, ficavam horas sem comer e depois encontravam mães que sem leite e nem condições de receber bem, biológica e afetivamente, seus bebês, bebê cujo afeto será sistematicamente reprimido ao longo da vida. Ele diz que esta situação desenvolve "o NÃO, o despeito, a recusa, a ausência de opinião, a incapacidade para resolver o que quer que seja. As pessoas são insípidas, inertes, indiferentes. E assim, desenvolvem os seus pseudo contratos, falsos prazeres, falsa inteligência, as coisas superficiais, as guerras, etc. As implicações são profundas (...) Enquanto isso continuar, nada acontecerá na direção correta. Nada! Nem constituições, nem parlamentos, nada ajudará" (REICH. 1877, pg.42).

    ¹ Expressão tornada conhecida pelo filósofo Gilbert Ryle , em O Conceito de Espírito, 1970.



    Gaiarsa também não concorda com o instinto de morte proposto por Freud, mas desenvolve sobre Tanatos uma idéia diferente da desenvolvida por Reich, que o entendia como uma qualidade de morte, como uma energia de "qualidade pantanosa. Sabe o que são pântanos? Água estagnada, morta, que não corre, que não metaboliza" (REICH. 1977, pg.90). Embora não se coloque contra a hipótese de Reich, não a reforça. E propõe a hipótese de que Tanatos corresponde às forças não vivas que agem no corpo, mas que no entanto são fundamentais para o desenvolvimento de alguns seres vivos: "tensão mecanicamente necessária (por vezes digo apenas mecânica), é aquela que decorre de nosso peso, inércia e exigências de equilíbrio; além do mais, é aquela determinada pelo objeto que manipulamos, e que se solidariza mecanicamente conosco" (GAIARSA. 1988 pg.67). Mas estas tensões participam das relações humanas e dos processos da consciência. Não estão isoladas nem separadas das forças vivas. Estas são o que ele chama de tensões não mecânicas: "tensões não mecânicas são as tensões afetivas, que armam e moldam o corpo em função de um desejo, um temor ou um instinto" (GAIARSA. 1988, pg.67), estas correspondem a Eros.
    Na postura acontece a ligação entre a morte de Tanatos e a vida de Eros, porque a "postura de um ser é sua forma dinâmica ou tensional, aquela forma de estar que ele mantém à custa de esforço ativo e contínuo. Essa forma tensional não se confunde com sua estrutura. Esta é a soma de suas partes rígidas, ossos, carapaças, dentes, unhas" (GAIARSA. 1988, pg.190). A postura depende da relação, embora esteja sempre comprometida com as estruturas com as quais conta. A estrutura do corpo humano é bastante instável e móvel, o esqueleto tem inúmeras articulações e o fato de sermos eretos aumenta muito as possibilidades articulares. Então, "o corpo humano pode assumir um número ilimitado de formas – posições – nenhuma delas podendo ser chamada de "natural" em prejuízo das demais" (GAIARSA. 1988, pg.169). E por isso experimentamos aquilo que chamamos liberdade: não temos forma determinada. A instabilidade e versatilidade estrutural e dinâmica da postura humana corresponde a dois eixos fundamentais da questões existenciais: atitude e posição.
    Tanatos, então, não corresponde ao desejo de morte, como disse Freud, mas ao não vivo no homem. No entanto, como Freud, corresponde à resistência à mudança. Qualquer mudança eqüivale a uma mudança no padrão da ação. E essa mudança compromete a postura e o equilíbrio do corpo, então a resistência à mudança é uma resistência ao tombo, e resistimos ao tombo porque arriscar-se a cair é como ficar vulnerável ao ataque do predador. Mas Gaiarsa observa que não é somente assim que estamos relacionados com Tanatos: um movimento inibido faz aumentar a sensação de peso e massa. E aqui pode ser relacionado como NÃO à vida, do qual Reich fala. Esta identificação do corpo com coisa permite um desenvolvimento intelectual cujo caminho pode se dirigir contra a vida. Reich percebeu que "a função intelectual é ela própria uma atividade vegetativa, e segundo, a função intelectual pode ter uma carga afetiva não menos intensiva que a de qualquer reação meramente afetiva. O trabalho caráter-analítico, além disso, revela uma função defensiva específica do intelecto. A atividade intelectual tem muitas vezes uma estrutura e uma orientação tais que transmite a impressão de ser um aparelho extremamente inteligente, precisamente pela evitação dos fatos, de ser uma atividade que realmente deprecia a realidade" (REICH. 1977, pg.70). Portanto, em Gaiarsa, Tanatos corresponde a algo que faz parte da vida humana, como em Freud, assim como de algo que ‘acontece’ na vida humana, mas poderia ser evitado, como em Reich. Tanatos trabalha em parceria com Eros. Eros supera a passividade de Tanatos e encontra nele uma força cooperativa.
    Toda ação reprimida se faz posição e atitude, quer dizer, em pré-disposição para aquela ação: para segurar um soco as pessoas apertam as mãos. Portanto, a repressão impede a ação mas não impede a formação de atitudes, que serão sempre ambíguas. Esta preparação é o inconsciente: o corpo visível e sensível, que na maior parte das vezes está fora do foco da atenção. Neste processo está envolvido um sentimento de divisão: uma força do bem, que segura, e uma força do mal, que está pronta para agir. Uma divisão que não elabora a contradição, porque a força inibida é entendida como o ímpio, não pode ser integrada. Os processos biomecânicos estão comprometido com uma inibição inevitável e indispensável para a manutenção contínua do equilíbrio. Tanto uma inibição inerente do sistema biomecânico quanto das forças do ambiente. Devemos entender que muitos conflitos e temores que vivemos são coletivos. Sofremos muito quando atribuímos a uma deliberação auto suficiente do sujeito a responsabilidade por questões de equilíbrio, que estão fora de um controle deliberativo, como o medo da queda e os reflexos posturais. Assim, "uma atitude inconsciente – má preparação – nos põe deslocados na situação; daí em diante os erros se somam e, se não houver um bom humor salvador, poderá haver tragédia" (GAIARSA. 1988, pg.98). Tão imperativo quanto o temor da morte é o temor do próximo passo, o temor da queda.
    Do ponto de vista da motricidade humana, as coordenadas fundamentais: posição, orientação, localização e conformação, são parâmetros não fixos, momento estável de uma simples organização do movimento, estão comprometidas com a necessidade de manter o equilíbrio nas relações em curso. E toda força exercida sobre o corpo provoca um movimento que a absorve, devolvendo-a, de um certo modo, ao mundo. No entanto, pode-se resistir àquilo que afeta o corpo, e entender essa força como uma força do mal que impede a perpetuação do mesmo, do esquema idealizado perpetuado na fixação dos parâmetros envolvidos na forma do corpo. Esta resistência é contra a percepção, aceitação, afirmação e assimilação do diferente. São forças que podem chegar à expressão conservadora, colocar-se-ão então contra o contato, contra o afeto, apegadas a um mesmo padrão de movimento, de ação, serão forças reativas, agindo repetidamente. Este movimento é característico de todas as religiões apoiadas na luta do bem contra o mal, num mal objetivado, exterior, com relação ao qual deve-se manter puro, e para tanto deve-se reproduzir um modelo de comportamento universalmente válido.
    A dificuldade em alterar os padrões de equilíbrio eqüivalem a impor determinado mundo ao momento. Epistemologicamente, corresponderá à sensação subjetiva de dominar a verdade e, eticamente, à necessidade de defendê-la, impondo-a através da dominação. Com relação à comunicação, corresponderá a um modelo de comunicação apoiado na persuasão. No extremo, chega ao rompimento e à desagregação. Um outro movimento pode desenvolver implica o valor da compreensão, que é a ênfase que Morin dá à consciência da culpa: "e regresso ao lugar da minha fé: a possibilidade de arrependimento e de redenção, a virtude do perdão. Contra os ‘castigai’, ‘castigai’, ‘castigai!’, há as palavras sublimes: ‘Perdoai-lhes porque não sabem o que fazem’. ‘Eles não sabem o que fazem’ não é somente uma verificação de antropossociólogo para quem, como mais ou menos Marx dizia no princípio da Ideologia Alemã, os homens não sabem nem quem são nem o que fazem. É a expressão do verdadeiro conhecimento (das engrenagens, das possessões, do paradoxo do ser humano) que subjaz a mensagem, superior à injustiça e à justiça, do perdão sobre a cruz" (MORIN. 1995, pg.85). Isso lembra Reich, que acredita ter sido o erro de Jesus aceitar ser o salvador: armadilha que o impediu de defender-se.




    FERNANDA CARLOS BORGES
    Terapeuta Holística - CRT 21058

    Filósofa e doutora em comunicação e semiótica, estudiosa de Ciências Cognitivas, Reich e abordagens neo-reichianas.

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 10:54


    Terapêutica Samkhya, Samkhya Sparsha e Samkhya Sádhana: terapia corporal e vivência terapêutica na linha indiana Holística 2005

    Terapêutica Samkhya, Samkhya Sparsha e Samkhya Sádhana: terapia corporal e vivência terapêutica na linha indiana
    Holística 2005

    Eliana Aparecida Lopes Ventura
    Terapeuta Holística - CRT 39955

    Colaborada à época da fundação do SINTE - Sindicato dos Terapeutas, ministrou palestras sobre ética, legislação e contabilidade para Terapeutas Holísticos.
    Durante anos, atuou como Gerente do Ashram - Centro de Estudos da Arte e Filosofia da Índia Antiga (SP), e como Assistente no Curso para Formação de Terapeuta Samkhya e Preletora nas Técnicas de Samkhya Sparsha e Samkhya Sádhana.
    Atualmente, exerce e ensina a Terapêutica Samkhya, predominantemente em SC, Balneário Camboriú, onde estabeleceu-se já há 8 anos.

    Resumo

     


    Material e Metodologia
    Todo o material e metodologia da Terapêutica Samkhya foi desenvolvido pelo estudioso das culturas orientais, Levi Leonel e divulgado através de cursos e palestras ministrados por ele ou pelos seus preletores em diversas cidades.

    O Samkhya é uma filosofia vinda da Índia Antiga, do mesmo berço do Tantra e do Yôga, traduzida para os nossos tempos como técnicas terapêuticas pelo filósofo, as técnicas da Terapêutica Samkhya tem por objetivo a redistribuição da energia kundalínica, através de exercícios físicos, respiração, mantram, relaxamento, toques corporais, aromaterapia, cromoterapia, orientação filosófico existencial, entre outras.



    Samkhya significa inventariado, Sparsha significa toque, através do toque é possível fazer uma leitura, ou seja, um inventário, localizando a energia congestionada, que além de causar desconforto corporal e existencial, cria um ambiente propício para adoecimentos.



    Através das técnicas da Terapêutica Samkhya é possível em termos energéticos fazer o caminho inverso do desequilíbrio, justamente com a redistribuição da energia e alinhamento dos chakras, obtendo-se resultados visíveis e quase imediatos.



    Para entender melhor a Terapêutica Samkhya, é necessário ter um conhecimento básico sobre chakras e energia kundalínica, que será apresentado a seguir numa linguagem de fácil entendimento, mesmo para quem nunca teve contato com a linha indiana.



    Energia kundalínica


    É a energia vital que num corpo saudável está fluindo normalmente, como uma água corrente num rio, assim como a água corrente é saudável, a energia congestionada torna-se adoecedora, da mesma forma que a água "parada" pode ser causadora de diversos males.



    É importante salientar que a energia kundalínica é a própria energia sexual, de libido, ou seja, energia de vida, sem o "fogo" sexual não há vida, quando a pessoa morre o corpo literalmente "esfria".





    Chakras



    Os chakras são centros de energia do corpo, vórtices de energia, girando no sentido horário ou anti-horário, dependendo de sua localização no homem ou na mulher. São eles:



    Muladhara Chakra – é o chakra básico sexual, localizado na região sexual, gira no sentido horário no homem e anti-horário na mulher.



    Svaddhisthana Chakra – é o chakra energético, localizado na região do abdômen, mais precisamente 4 dedos abaixo do umbigo, gira no sentido anti-horário no homem e horário na mulher.



    Manipura Chakra – também chamado de plexo solar, localizado na região do estômago, gira no sentido horário no homem e anti-horário na mulher.



    Anáhata Chakra – chakra cardíaco ou afetivo, localizado no centro do peito, gira no sentido anti-horário no homem e horário na mulher.



    Vishsuddha Chakra – chakra cognitivo, localizado na região da garganta, gira no sentido horário no homem e anti-horário na mulher.



    Ájña Chakra – chakra filosofal, localizado no centro da testa, gira no sentido anti-horário no homem e horário na mulher.



    A energia dos chakras deve estar em equilíbrio, o excesso ou a falta de energia significa que aquele chakra não está alinhado e conseqüentemente causando distúrbios naquela localização e muitas vezes afetando outros chakras. A Terapêutica Samkhya utiliza diversas técnicas para estimular e descongestionar a energia, são elas:



    Samkhya Gandha – aromaterapia, através de incensos, óleo para terapia corporal, óleo para banho áurico e perfume para os sete chakras (saptachakra).



    Os aromas utilizados são: violeta para o Manipura Chakra , rosas ou jasmim para o Svaddhisthana Chakra, alfazema ou mirra para o Anáhata Chakra, arpeje ou musk para o Muladhara Chakra, verbena para o Vishsuddha Chakra, e flor de acácia para o Ájña Chakra.



    Samkhya Surya – cromoestimulação, são utilizadas as cores específicas de cada chakra:



    Muladhara Chakra – cor vermelha



    Svaddhisthana Chakra – cor laranja



    Manipura Chakra – cor amarela



    Anáhata Chakra – cor verde.



    Vishsuddha Chakra – cor azul



    Ájña Chakra – índigo



    Pujá – reverência feita com toque de sinos, objetivando o contato com a egrégora do Samkhya, realizado no início e no fim de cada sessão de Sparsha ou vivência de Sádhana.



    Pranayamas – exercícios de respiração, utilizados antes e durante as sessões de Sparsha e durante a realização dos mudrás nas vivências de Sádhana.



    Mudrás – exercícios corporais parecidos com os movimentos do Yôga, realizados especificamente para cada chakra com objetivos terapêuticos.



    Leelas – jogos sensoriais para ressensibilização energética



    Nidrá – sono induzido, proporcionando relaxamento ao final das vivências



    Hamsa Hasta – dança ritualística com movimentos de arte marcial e com resultados terapêuticos. Quando realizado bem devagar trabalha todo o sistema nervoso, se realizado bem rapidamente trabalha todo o sistema endócrino, realizado com força, trabalha todo o sistema muscular.



    O Hamsa Hasta é parte integrante do Sádhana e acaba sendo um exercício completo com resultados benéficos para o corpo todo.



    Rakta Mudrá – é a seqüência de toques do Sparsha, a energia é conduzida por um caminho específico através dos chakras, começando pelo chakra básico e finalizando no chakra filosofal. No rakta mudrá realiza-se o giro dos chakras, desbloqueio e estimulação da energia congestionada através da digitopuntura, tamborilamento, deslizamento com toque suave porém firme, sempre em direção às extremidades.



    Mantram – têm o poder de "libertar" a mente através do som, existem mantram específicos cuja vibração sonora atua diretamente nos chakras, são utilizados durante o Sádhana ou ao final do Sparsha.



    Muladhara Chakra – OM LAM



    Svaddhisthana Chakra – OM VAM



    Manipura Chakra – OM RAM



    Anáhata Chakra – OM YAM



    Vishsuddha Chakra – OM HAM



    Ájña Chakra – OM HAM OM KSHAM



    Seguindo a egrégora da Terapêutica Samkhya, tanto o Sparsha como o Sádhana é realizado no chão, com o uso apenas de colchonetes, lençol limpo e de preferência claro, podendo ser utilizado um lençol ou uma manta para cobrir o cliente nos dias mais frios.

    O local deve ser calmo e tranqüilo, num ambiente aconchegante, com uma música relaxante num tom baixo e agradável, são utilizados velas, incensos e óleos seguindo os princípios da aromaterapia (Gandha) e luzes coloridas de acordo com o Surya Samkhya.

    É recomendado a presença de elementos que lembram a linha indiana, como quadros e estatuetas de Shiva ou Ganesha, japamala e um sino tibetano para a realização dos pujas.







    Resultados

    Ao se aplicar a Terapêutica Samkhya, trabalha-se com a energia do cliente, levando-o a um maior conhecimento de si mesmo, possibilitando uma orientação filosófica existencial a partir das informações obtidas no próprio trabalho.

    Discussão
    Algumas pessoas não estão preparadas ou simplesmente não querem ser "tocadas", de modo que quando suas dores são "descobertas" elas literalmente fogem do tratamento, neste caso devemos respeitar a vontade do cliente, deixando-o totalmente livre, afinal como diz numa música "a dor é sua e de mais ninguém (...)".

    Conclusão

    O ser humano é uno com o universo, a Terapêutica Samkhya proporciona o contato com esta energia primeira, tal como filho da própria mãe natureza, uma vez sentindo o fluir da própria energia e esta onitude com o universo, a pessoa se torna muito mais capaz de fazer valer a sua vontade de viver, melhora a sua força e coragem, melhora o seu contato com o mundo, deixa fluir suas emoções sendo capaz de expressá-las e principalmente toma consciência de si mesmo. Este é o gráfico de alinhamento dos chakras, conseqüentemente o caminho para uma vida saudável, feliz e de realização pessoal.

    Referências bibliográficas
    LEONEL, LEVI. Energia Vital, Editora Roca

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.



    Neste trabalho a Terapêutica Samkhya é apresentada de forma simples e objetiva, com explicação das técnicas e dos termos indianos utilizados, de modo a facilitar o entendimento e conseqüente resgate desta sabedoria milenar.

    Introdução

    Na visão da Terapêutica Samkhya, o corpo é o inconsciente, sabe tudo sobre o indivíduo, pois ali mesmo ele passou e "sentiu" todos os momentos de sua vida. Através das técnicas da Terapêutica Samkhya é possível entrar em contato com toda essa informação e utilizá-la de modo a proporcionar um comportamento mais saudável em relação a si mesmo e o mundo à sua volta.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 10:56


    HOLOPUNTURA e as EMOÇÕES Holística 2005

    HOLOPUNTURA e as EMOÇÕES
    Holística 2005

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga
    CRT 34429
    Terapeuta Holístico

    RESUMO

     



    INTRODUÇÃO
    A Holopuntura como técnica de "Localização e Estimulação" dos Pontos de Alarme dos Meridianos, seria apenas mais uma técnica isolada se não se conectasse com todas as técnicas da Terapia Holística. Por isso aqui veremos só algumas que fazem parte da minha experiência pessoal e profissional.

    A vida é um processo que tem início, meio e fim, a Holopuntura atua em todo o processo, mas na minha experiência as faixas etárias médias de 21 a 42 anos e de 42 a 63 são as que mais se destacam sendo a primeira voltada para os pontos que se referem a conquistas e luta, a segunda faixa etária preocupada mais com a consolidação do já conquistado e a preservação do equilíbrio mental físico e espiritual.

    A Holopuntura vê o ser humano como uma réplica do universo, organismos com vida própria, mais dependentes entre si com a mesma natureza primordial, onde a energia deve estar em equilíbrio.

    Os "Pontos de Alarme" estão ligados aos doze Meridianos e mencionaremos mais dois que são considerados como reservatórios de energia. (Vaso Concepção, frente do ser humano, que inicia no púbis, entre os pontos de alarme do Meridiano da Circulação e Sexo, terminando no queixo. O Meridiano do Vaso Governador que percorre a parte posterior do ser humano iniciando no cóccix até o topo da cabeça)

    A Holopuntura é um método de terapia que permite trazer alívio aos desequilíbrios apresentados por nossos clientes. Não é recomendado para mulheres grávidas e para menores de 12 anos. No Manual Oficial do Terapeuta Holístico, pág 188 modelo de autorização de atendimento com Terapia Holística a cliente menor de 18 anos .

    "Drenagem Linfática" - Nas minhas pesquisas encontrei forte ligação entre Pontos de Alarme e Drenagem Linfática o que torna importante aos profissionais desta área conhecer estes pontos e suas ligações com os Meridianos.

    A Drenagem Linfática trás uma resposta energética muito poderosa porque reconstrói o sistema em desequilíbrio e o fortalece contra a perda de energia gerada por emoções internas ou externas. Este conhecimento aliado as informações geradas pelos Meridianos são uma fonte rica em informação não verbal do Cliente.

    A matéria procura entender a essência, e a essência, procura entender a matéria, nesse instante os "Pontos de Alarme" nos revelam o sagrado mapa da árvore que se conecta com o universo.

    Se você observar com criatividade verá que os meridianos formam uma árvore que se projeta ao universo:

    O meridiano da Circulação e Sexo representando as raízes.

    Os meridianos da Bexiga, Intestino Delgado e Triplo Aquecedor, representando o tronco da árvore.

    Os meridianos do Intestino Grosso, Rins, Baço-Pâncreas, Estômago e Fígado formam as ramas ou copa da árvore, apontando para cima.

    Finalmente os meridianos da Vesícula Biliar e do Pulmão representando o universo.

    Como podemos interpretar transformar em prática simples tudo isto?

    Já sabemos segundo a teoria milenar, que o Universo é um organismo vivo e que nós somos micro-universos constituídos de energia binária (positiva/negativa, é, destas duas, nasce o equilíbrio), então como réplicas do universo estamos sujeitos as leis que regem a natureza, e a primeira leis da natureza e o equilíbrio. Então na medida que nos afastamos da natureza primordial encontramos os desequilíbrios.

    O corpo humano para se manter equilibrado necessita primeiramente de 61,65% de Oxigênio + 5,01% de Nitrogênio + 9,1% de Hidrogênio + 19,05% de Carbono.

    Disto se deduz que 60% do corpo, é oxigênio e se adicionamos carbono e hidrogênio, temos 95% da massa total do ser humano que inclui uma média de 42 litros de água que circulam em um organismo adulto. São os átomos desses quatro elementos que combinados formam as moléculas da proteína gordura e carboidrato que são os tijolos que constroem todos os tecidos, por isso são chamados de elementos de constituição. Mas tudo isso não passaria de um amontoado de moléculas sem os outros 5% dos 92 elementos químicos que existem na natureza e dos quais apenar 17, são responsáveis por todas as reações que acontecem dentro de nós. (Fonte revista Super Interessante Abril 1995 e instituto de Bioquímica de São Paulo).

    Deduzo que como micro-universos constituídos por reações químicas de 21 elementos que produzem impulsos energéticos harmoniosos com o macro-universo, podem se desestabilizar por energias internas e externas, tanto de índole dos elementos e movimentos da natureza, como de índole de energia racional consciente, inconsciente, emocional ou espiritual.

    O objetivo da minha proposta é transformar meus pensamentos e práticas terapêuticas em algo simples sem tabus nem hermetismo, porque considero que o hermético não deixou desenvolver mais rapidamente a humanidade.

    Voltando a que nos somos copia do universo, encontramos que alguns ambiente nos fazem bem, e isso não e nada mais que equilíbrio da nossa energia, existem muitas correntes milenares: Egito, China especialmente, nos ensinando a captar energia vital para entrar em sintonia com o universo, captando as energias por ele geradas, dali nasce a mentalização do sol captadas pelas mãos.

    Já quando nos aproximamos de plantas e árvores, percebemos os poderes desses micro-universos receptores e doadores. Quem nunca experimentou apoiar as costas da base da coluna até a cabeça numa árvore e sentiu o alívio, paz, tranquilidade.

    Quem já abraçou uma árvore colocando em contato os sete Centros de Energia com o tronco da árvore, percebeu que primeiramente os meridianos que correm na linha mediana do corpo humano se equilibram.

    Assim como nós podemos equilibrar pessoas podemos encontrar esse equilíbrio no universo desbloqueando tensões ou adquirindo energia. Isso nos trás luz interior identificando nossas fraquezas e virtudes, reconhecendo a bagagem que transportamos na nossa mochila emocional, tornando-nos mais leves para evitar as barreiras e desvios que atrasam nosso aprendizado e principalmente ao adquirir luz interior superamos nossos medos e só quando superamos os próprios medos e que nos tornamos verdadeiramente terapeutas. Lembrando uma milenar frase "Só se pode dar o que se tem".


     


    MATERIAL E METODOLOGIA

    Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000
    Curso de Holopuntura 2004
    Ver Bibliografia

    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias NTSV – TC 001
    TERAPIA CORPORAL – Boas práticas para utilização

    Terapeuta Corporal.- promove a avaliação sócio-somático-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre de outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (taichi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiroterapia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquico traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o auto-conhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais, e profissionais. Promove também, grupos de movimento para harmonização e auto-conhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

    5.1.2 TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE – distingui-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tart, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrecidos de aconselhamento,levando ao auto-conhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incrementando a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.

    Ver: Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000 e
    Referências normativas NTSV TH 001 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.

    Hoje, acredito que estamos no limiar da história tendo a oportunidade de aprender e de usar a sabedoria em nossas vidas. O que antes eram disciplinas ocultas agora torna-se disponível através dos veículos de comunicação. Esta é uma grande responsabilidade porque nos abre as portas para tornar-nos consciências elevadas sem esquecer que quando mais elevação encontramos, criamos mais profundezas a serem desvendadas.

    A Holopuntura como terapia holística,vê o corpo como um todo único sem focalizar um elemento determinado e sim uma disfunção.

    Como Terapeutas em Holopuntura, técnica não invasiva é uma técnica absolutamente segura, sendo o objetivo terapêutico: trazer equilíbrio aos meridianos. Isso nos permite ir além do detectado conseguindo chegar a causa de determinado desequilíbrio e nesse momento que conseguimos estabilizar o processo com resultados positivos e duradouros.

    O desequilíbrio do estresse e a perda da qualidade de vida trouxeram efeitos nocivos ao nosso ser. Mas, como viver nesse mundo moderno e voltado para o desenvolvimento do futuro? Meu pensamento e que não devemos esquecer nossa natureza cósmica que foi criada a partir de luz, energia e os quatro elementos ou cinco movimentos devidamente harmonizados. Tomando as quatro estações temos o exemplo do inverno, em que a semente fica no envólucro guardando energia para a chegada da primavera, com seu solo fértil.

    Meditando no meio do estresse: isso mesmo, essa é minha proposta para viver neste mundo atual temos que aprender a meditar no meio da pressão, da correria, das contas a pagar, das greves, da ausência do silêncio. Como fazer isso? Indo em busca da nossa natureza interior, cinco minutos de contato verdadeiro com nosso eu interior nós trás o equilíbrio necessário para cada período do dia.
    Holopuntura e Terapia Holística

    No capítulo anterior fiz referência a alguns itens do "Manual Oficial do Terapeuta Holístico" para fundamentar a importância "física" da HOLOPUNTURA Terapia Corporal e seus "Pontos de Alarme" junto ao desenvolvimento de outra técnicas inclusive a "paranormalidade"

    Como estas se conectam? Para interligar estes elementos é necessário formar o mapa energético do Ser Humano onde iremos introduzindo o resultado das minhas pesquisas relacionando-a com os estudos realizados por diversos autores recentemente.

    Seria pretensão minha, achar que estou descobrindo algo novo nesta ciência de mais 5000 anos. O valor que estou agregando a Holopuntura é que posso combinar estes conhecimentos à partir do aconselhamento das atitudes e das emoções, com os "Florais de Bach" "Memória Corporal" "Centros de Energia" "Cinco Movimentos". Tudo isto detectado na comunicação verbal, postural, energética, que se manifesta de diferentes formas em consultório, é, importante também acrescentar que estes elementos ajudam a formar o mapa energético e poderemos corrigir quando necessário o desequilíbrio encontrado.

    PONTOS DE ALARME E CENTROS DE ENERGIA

    Os Centros de Energia relatam o que acontece no corpo, na mente e na alma antes de se manifestarem nos Pontos de Alarme dos Meridianos e se ramificam por toda a árvore meridiana, por isso a importância de desenvolver diferentes técnicas terapêuticas para detectar os níveis de equilíbrio do cliente.

    Vou pular o básico dos Centros de Energia, porque é algo elementar que todo terapeuta deveria manipular, além de ser altamente divulgado em todos os canais de comunicação. Como todos sabemos, eles são como portas que se abrem e fecham de acordo com o mecanismo físico, emocional, espiritual no aprendizado da personalidade, trabalhando em base ao paradigma da polaridade ( negativo – equilibrado – positivo) é um sistema de armazenamento único de informações de cada indivíduo, onde a realidade, experiências, sonhos deixam gravada a biografia.

    Os Centros de Energia e os Doze Meridianos formam uma rede de comunicação energética, que necessita de constante manutenção. Por isso que uma única técnica não corrige o problema, só o ameniza. Para que circuito seja completo através da Holopuntura devemos atuar em algumas questões básicas:

    1o Leitura Corporal.

    2o Detecção dos Pontos de Alarme.

    3o Equilíbrio dos Centros de Energia

    4o Terapia Corporal dos Meridianos

    5o Terapia em Sincronicidade

    6o Aconselhamento


    Assim lembramos que os Centros de Energia da Base, Umbigo e Plexo Solar são os detentores básicos da vida que alimentam a vontade do indivíduo.

    O Centro de Energia do Coração é um desbravador, transforma energias pessoais em sonhos, e a vontade de amar e ser amado até os limites do universo. Ele representa o equilíbrio entre os três Centros de Energia básicos e três Centros de Energia superiores.

    Os três Centros de Energia superiores Garganta, Fronte e Coroa, são a copa dessa grande árvore vibracional unindo as raízes e o tronco dos Centros de Energia Básicos aos corpos sutis ou trans-pessoais. Se os básicos se resumem a ação, o coração ao sentimento, os superiores, tem a função do pensamento racional e a ligação com o Divino.

    Na Holopuntura a sincronia das energias nós ensinam com estas estão agindo e circulando ao longo do ser humano, o enrijecimento muscular reflete excesso de energia meridiana, da mesma forma a flacidez ou fraqueza, significa a perda de energia e normalmente esta começa a ser exaurida pelos chacras.

    Observe sempre o equilíbrio do corpo, alinhamento dos ombros, dos pés, mediana do corpo conservando o eixo central, curvatura da coluna e cabeça, a influência meridiana e dos centros de energia estão ligados diretamente a postura.

    A Holopuntura ao ser interligada com os padrões emocionais do cliente, dão a leitura de qual e o desequilíbrio meridiano, apenas confirmaremos depois com os pontos de alarme. Identificar também o padrão emocional predominante perante a vida nós da uma leitura rica de informações, nesse padrão emocional temos cinco posturas básicas:

    1.Age errado em primeiro lugar e depois age certo.
    2.Age errado e não quer mudar.

    1.Age com equilíbrio e está disposto a mudar se for necessário.

    1.Age certo em primeiro lugar e depois age errado.
    2.Age certo em primeiro lugar, continua agindo certo. Mas, se elitiza.

    Os cinco itens anteriores, mostram perfis emocionais que trarão distúrbios posturais e conseqüentemente nos meridianos.


    CINCO MOVIMENTOS

    Os Cinco Movimentos podem ser analisados pela conversa direta com o Cliente ou através da Radiestesia ligando estes elementos aos Pontos de Alarme dos Meridianos:

    MOVIMENTOS: MERIDIANOS

    FOGO Coração
    Intestino Delgado
    Circulação e Sexo
    Triplo Aquecedor

    TERRA Baço-Pancreas
    Vesícula Viliar
    Estômago

    METAL Pulmão
    Intestino Grosso

    ÁGUA Rim
    Bexiga

    MADEIRA Fígado
    Vesícula Biliar



    Durante o desenvolvimento do TCC vêm a minha memôria outras modalidades terapeuticas que também podem ser utilidadas uma vêz detectado algum ponto de alarme: a acupuntura tradicional com aplicação de agulhas, de estímulos elétricos, de laser, do moxabustão, shiatsu e do-in. Esta aplicação também é feita em pontos de corresponência: pés, mãos e orelhas,sendo que em qualquer uma delas possibilita um resultado eficiente.

    Quando um elemento orgânico se desarmoniza, aparecem espontaneamente pontos doloridos ou que apresentam dor ao serem pressionados. Esta observação é preferencialmente aconselhada de fazer com o estômago vazio e num estado de relaxamento.

    Quando um dos pontos apresentar desconforto sendo levemente pressionado, é sinal de que alguma correspondência encontra-se com exesso de energia. A experiência nos mostra que quando não incomoda o ponto de referência e ao ser presionado um pouco mais forte que o normal, se nesse momento apresenta desconforto, significa que este ponto está com carência energêtica. Muita bibliografia existe para determinar e tratar estes pontos. Já na prática, a simples terapia corporal deslizando o polegar no ponto problemático corrige as desordens energéticas, independente se existe excesso ou carência de energias.

    Foi visto em aula e depois em treinamento vivencial que o máximo de cinco pontos são necessários para um bom re-equilíbrio. Depois esses pontos começam a se repetir.

    Como Terapeuta Hoilístico tenho a obrigação de pesquisar quais são os conflitos emocionais que incidem nos meridianos assim coloco algúns exemplos:

    CONFLITOS EMOCIONAIS QUE AFETAM OS MERIDIANOS (exemplo)

    Meridiano da Circulação e Sexo

    O meridiano da Circulação e Sexo é afetado pelos seguintes conflitos emocionais: Medo de fracasso, crise de identidade, inferioridade, egoísmo, moralismo.


    Vesícula Viliar:

    O meridiano da Vesícula Biliar é afetado pelos seguintes conflitos emocionais: Ansiedade, medo de abandono, medo de estar sozinho, medo de pobreza, tristeza, mágoa, perda da fé, autopiedade, choque, trauma.

    O conflito emocional que causa o desequlíbrio do meridiano deve ser apoiado pelo aconselhamento adequado a cada caso, e acompanhado de terapia vibratória com Florais de Bach com o intúito de: restabelecer e manter em equilíbrio o fluxo meridional.



    MEMÓRIA CORPORAL E PONTOS DE ALARME
    Segundo Roger Woolger. Other Lives (Outra forma de viver), Other Selves (Outra maneira de ser seguro de si). Bantam, NY, 1988, todo ser vivo tem memória corporal. Incorporada às células do corpo.

    Meridiano do Pulmão: Região do peito:
    Tristeza, sufocamento, perda, medo, culpa, abafamento.

    Meridiano do coração: Região do coração:
    : Frieza do coração, bloqueio emocional, ferimentos antigos.

    Meridiano da Vesícula Biliar: Lateral das costelas:
    Raiva, impotência. Afeta também o Meridiano do Fígado

    Meridiano do Fígado: A vida não é agradável o bastante, amargor, não é justo. Afeta também o meridiano do Baço Pâncreas.

    Meridiano do Estômago: Região do Estômago:
    Medo, amargor, terror. O que vai acontecer? "Não consigo digerir isso"

    Meridiano do Baço-Pâncreas: Região da cintura:
    Insegurança, falta de apóio, medo, vergonha, inflexibilidade.

    Meridiano dos Rins: Região dos Rins:
    Medo, vão me pegar, terrível ansiedade.

    Meridiano do Intestino Grosso: Região umbilical:
    Nunca será o bastante, não desista, não demonstre medo, seja forte.

    Meridiano do Triplo Aquecedor: Região abaixo do umbigo:
    Não quero fazer isso, sinto-me preso.

    Meridiano do Intestino Delgado:
    Meridiano da Bexiga:
    Meridiano da Circulação e sexo: Região da pélvis:
    Medo, rigidez, confusão, vergonha, pudor excessivo. "Não devo sentir isso" Não devo fazer isso" "Sexo é ruim" "Isso vai me matar" "Preciso fugir" "Corre-corre" "falta de conteúdo espiritual" -



    Podemos encontrar mais informação na "TERAPIA REICHIANA: desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalizadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilhelm: psiquiatra, discípulo dissidente Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que a cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças" musculares de caráter, causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone". Manual Oficial do Terapeuta Holístico – pág 91 - 5.1.14.




    CENTROS DE ENERGIA



    Chakras Positivo Negativo
    Aura = Servir Obsessão, fobia, histeria, irracionalidade, possessão

    Fronte = Liderar Arrogância, ganância, vícios, alienação, introspecção, manipulação

    Garganta = Criar Apatia, desespero, fracasso, submissão, auto-reprovação, limitações


    Coração = Amar Desilusão, falta de fé, o desconhecido, sensibilidade, pânico


    Plexo = Saber Ansiedade, mentiras, indecisão, preconceito, desconfiança, negligência


    Umbigo = Ter Ciúme, inveja, solidão, vingança, Rejeição, fome pobreza, ressentimento

    Base = Ser Raiva, dor, violência, culpa, vergonha, impaciência

    O estudo das influências negativas foram extraídas do livro "A Busca do Equilíbrio" de Rita J. McMamara Ed. Ground SP 1989


    Os Centros de Energia (Chakras) são energias sutís do animal instintivo que existe no âmago do ser humano, mais, as impurezas energéticas da terra, às intenções primárias: como medo, raiva, tristeza, culpa, afeto, alegria. Tudo isto enraizado em perfeita harmonia, como uma árvore que cresce em busca das energias sutis do Universo, fazendo um contato Divino, para manter o equilíbrio.

    Esta energia que flui no ser humano tem recebido diferentes nomes de acordo aos seus pesquisadores, nós estaremos focalizando do ponto de vista de "Terapias Energéticas" onde nos deparamos com "Energias" ainda ausentes dos aparelhos científicos de medição. Mas muito presente nos resultados de consultórios de centenas de "Terapeutas Holísticos"

    Os Centros de Energia irradiam seu equilíbrio em duas dimensões: Física e Espiritual, e esta energia quando desequilibrada afeta os pontos de Acupuntura os quais aparecem como "alertas" com o início de uma somatização.

    Por isso eu penso que antes de realizar uma Holopuntura em Cliente, os Centros de Energia deste, devem ser "Energizados, Equilibrados e Fechados".

    (ENERGIZAR, é literalmente, transferir energia universal para o cliente.

    EQUILIBRAR é garantir que os opostos não lutem entre si e mantenham as oxcilações de acordo com as necessidades do cliente.

    FECHAR, é bom lembrar que os Centros de Energia são abertos do Básico para o Coronário, e devem ser fechados do Coronário para o Básico, não deixando assim portas abertas.


    Na "Árvore dos Pontos de Alarme a procura do Divino", dê a você mesmo o simples toque, o carinho, na região dos Pontos de Alarme para trazer equilíbrio constante junto do alívio e bem-estar dos canais meridionais e estar em harmonia com o universo para cuidar dos seus clientes.

    Rever estes conceitos me coloca frente aos meus próprios conflitos, identificar meus padrões e sempre me surpreendo de não me conhecer totalmente, todo o aprendizado desde a minha gestação até este momento tem deixado registrado cada segundo em meu reservatório físico, emocional e espiritual. É um grande desafio se defrontar a si mesmo e transmutar os medos, crescer, olhar que nesta caminhada não estamos só e que fomos criados para cumprir a missão individual escolhida por cada um. Agradecer porque a natureza sempre foi generosa conosco, mossa parte racional dize "a natureza nos fornece alimento" sim, alimento para sustentar nosso corpo físico.

    Descobrimos que ela, a natureza nós fornece elementos para restabelecer desequilíbrios físicos e psicológicos.

    Mais a descoberta que fecha o circulo dos elementos da natureza, é, que ela nós dá elementos para corrigir e alimentar nossas emoções e ali estão os Florais de Bach.


    RESULTADO 1
    Diversas experiências encontrei na Holopuntura em termos de memória corporal: "A dona de um cachorro se queixava que não conseguia colocar a coleira no mascote, quando ela tentava tornava-se agressivo: ela com a bolsa nas mãos, os ombros para frente formando uma pequena corcunda, sinais claro de pessoa medrosa e desconfiada, ela ainda se queixava de desconforto no quadris e desconforto na perna. O ponto de alarme detectado nela foi o do Meridiano do Estômago: Ao ser estimulado este meridiano veio a harmonização dos processos psíquicos e emocionais, fazendo-a se sentir mais segura, sendo recomendado a continuidade com Florais de Bach: Rescue Remedy dose única e para medos conhecidos o Mimulus, preocupação excessiva com os outros Red Chestnut mais o medo de perder o controle do animal o Cherry Plum. Já para o mascote não tentei ver os "Pontos de Alarme", o alarme era o rosnar e os finos e ameaçadores dentes caninos, após uma dose de Florais de Bach, Rescue Remedy dose única e Florais para os medos conhecidos Mimulus, Pânico Rock Rose e para acalmar o instinto do medo inexplicável o Aspem. A terapia começou com restrições para recuperar a vontade do cão de por a coleira para sair.

    É interessante ressaltar que na memória corporal do mascote teve duas graves incidências: a primeira com dois meses de idade tentou tirar a roupa enredando a pata no pescoço caindo do sofá e quebrando a pata, a segunda perturbação ocorreu no passeio na rua ao ser atacado por um grande cão vira-lata, a dona o levantou pela coleira sentindo-se sufocado, com medo e com muita dor. Também interferiu a transferência do medo da dona.

    Tornou-se perceptível que o problema não estava no cachorro e sim na dona do simpático animalzinho. O incômodo desconforto no quadris e na perna desta senhora, era resultado mais emocional do que físico, solucionando o problema através da Terapia Corporal, Aconselhamento, e Florais de Bach hoje eles vivem em perfeita harmonia.


    RESULTADO 2

    Histórico: (Cliente com orientação Médica para cirugia de cisto aparente no pulso e com muita preocupação) Pessoa de 30 anos com auto-estima alta, bem resolvida profissionalmente, com casamento estável de amor recíproco e com equilíbrio no pensamento, sentimento e atitudes. Pela HOLOPUNTURA o Meridiano do Rim se manifestou como Ponto de Alarme. Pelos Cinco Movimentos foi detectado o movimento Água. Pelos Centros de Energia, Chacra do Coração. Pela Cromoterapia a cor Verde e Rosa.

    Durante a consulta deu para perceber que não acreditava no próprio desenvolvimento e crescimento ao verse tão distante da irmã com quem não se comunicava há muito tempo por velhos conflitos emocionais.

    Terapia realizada: Holopuntura direta no pulso com Laser e no Ponto de Alarme do Meridiano do Rim, mais a aplicação de pedra ágata verde e orientação para fazer as pazes com a irmã.

    Após á primeira semana a protuberância parou de incomodar e começou a desaparecer levemente.

    Na segunda semana, o processo voltou a incomodar trazendo um retrocesso no processo devido a fortes mudanças no ambiente profissional do cliente.

    Terceira semana há um pequeno, mais imperceptível avanço.

    Quarta semana dá a impressão de estabilidade.

    Quinta semana a protuberância começou a desaparecer levemente, em sete semanas de terapia o problema foi resolvido pela Holopuntura, com Terapia Corporal e a dissolução de velhas raivas e pelo re-equilíbrio energético do Meridiano do Rim.


    DISCUSSÃO

    Como terapeuta é necessário estar em constante equilíbrio tendo o caminho das percepções abertas, especialmente os canais de comunicação: auditivo, visual e do tato. A forma de falar, a entoação da voz o rítmo da fala, a maneira de olhar, a postura do corpo, dos ombros, das mãos, dos pés. Só um aperto de mão já fala muito do nosso cliente.

    Com os Pontos de Alarme dos doze Meridianos temos uma técnica altamente assertiva podendo adequar na terapia a Acupressura, Shiatsu, Reflexoterapia Auricular, pés ou mãos nas regiões reflexas dos 5 Movimentos.

    Encontrado algum Ponto de Alarme em desequilíbrio temos que reajustar as energias do meridiano afetado, verificando a qual Centro de Energia está ligado, fazendo necessariamente os Meridianos adjacentes. Temos assim, diferentes técnicas usadas de acordo com as necessidades e pudores do Cliente e Terapeuta: Terapia Corporal, Terapias Vibratórias como Cor, Cristais, Reiki, Radiônica. Sem esquecer ó análise do conflito emocional que deu origem ao desequilíbrio do meridiano, trabalhando em conjunto um Floral de acordo com os sentimentos manifestados.

    O aconselhamento e a permissão de desabafar ajudaram muito na resolução do conflito manifestado pelo cliente.

    Já falamos que somos cópia do universo, Cliente e Terapeuta são dois universos onde alguns rítmos devem estar sincronizados: respiração, postura, atitude mental entre outras, trazendo o Cliente para a descoberta da paz do Terapeuta, para isso pode ser utilizado até um simples exercício de respiração ou mentalização positiva.

    Deu para perceber que não adianta, nós orgulharmos de ser um excelente Terapeuta em uma única técnica. Para cumprir nossa missão terapêutica temos que ser excelente em uma técnica e ótimo em varias outras, por isso que nosso aprendizado é contínuo, porque na medida que ampliamos nosso conhecimento e luz, proporcionalmente ampliamos as dimensões do desconhecido.



    CONCLUSÕES
    A Holopuntura como Técnica que trabalha os 12 meridianos (caminhos de energia) pode ter um ponto de alarme quando está no eixo do corpo ou bilateral em pontos eqüidistantes e simétricos e ajudam no reconhecimento das disfunções apresentadas pelo cliente.

    A Holopuntura determina que os Pontos de Alarme detectados ao toque são percebidos como pequenas cavidades ou leves protuberâncias que com a prática e experiência são perceptíveis pela análise auditiva da comunicação e o visual do corpo do cliente.

    Este trabalho pode ser feito graças a existência de seres humanos que acreditam num futuro melhor para o aperfeiçoamento do ser humano, centenas de terapeutas que dão o melhor de si para cumprir seus sonhos, várias entidades tentando abrir o caminho de acordo com suas ideologias, mais um só SINTE Sindicato dos Terapeutas do Brasil, uma NTSV Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, é muito importante além da filiação, estar sempre atualizado no CEA Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística e a AED ensino a Distância via internet, que o SINTE tem a disposição dos associados.

    Este TCC Trabalho de Conclusão de Curso não poderia ser realizado sem o incentivo natural para todos os associado, do seu Presidente e Equipe

     

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.


    Os desequilíbrios energéticos começam atingir os corpos sutis, identidade e/ou espiritualidade, emoção para depois, chegar afetar fisicamente. Reverter este quadro em qualquer uma das suas etapas é realmente um milagre, que todos os seres humanos temos capacidade de realizar.

    O corpo como órgão universal recebe e emite vibrações a cada instante se comunicando com o eu, que muitas vezes não entende a linguagem sutil pelo excesso de manifestação racional. Todo ser humano deve aprender a utilizar o pensamento, sentimento e atitude, e ter flexibilidade para saber utilizá-los de forma correta no momento certo: se uma pessoa está fazendo amor com a pessoa certa, e lógico que o sentimento e atitude, estão acima do raciocínio. Assim como na profissão estará o pensamento e atitude em primeiro lugar sem esquecer o sentimento. Por ultimo se o local onde se encontra pega fogo, a atitude de fugir estará acompanhada do raciocínio para não se machucar e dentro do possível o sentimento de solidariedade para ajudar os outros afetados.

    O Ser Humano é um micro-universo que emite vibrações do seu equilíbrio e quando este é alterado, podemos e devemos saber interpretar estes sinais. Quando começamos a nos afastar da natureza para criar centros urbanos nossa percepção foi se limitando aos ruídos da cidade, ao excesso de raciocínio que separou a Arte e a Filosofia da Ciência.

    Hoje, torna-se necessário, saber ouvir, ver, apalpar, perceber e interpretar como faziam nossos ancestrais xamã, do Brasil, da Europa, Norte América, América do Sul, África, China, Japão, Coréia. Em cada vila do planeta sempre existiu um "Terapeuta Holístico" com diferentes nomes, mas, excelentes observadores do próprio universo, perceberam que um animal carnívoro às vezes comia ervas, que lambia seus machucados, que se lambuzava de lama, que lavava suas feridas, etc. assim foi associando estas atitudes através da imitação e acompanhando seus resultados. O resgate da observação e a manutenção ativa dos cinco sentidos, trazendo ao momento atual a prática e a experimentação daqueles sábios, alguns versados e muitos autodidatas, desta maneira o resgate da milenar Acupuntura e suas variáveis com todo seu potencial, mostrando que pode ser milenar e atual ao mesmo tempo.

    O primeiro resgate que faremos é a observação da Pulsologia de Nogier: "Pulsologia de Nogier que considera o pulso como um todo, podendo ser sentida através do toque com dois ou três dedos ou, ainda com o polegar até encontrar alterações QUANTITATIVAS aumento ou diminuição do NÚMERO de batimentos. O que de fato buscamos e detectar alterações qualitativas, ou seja, a intensidade maior ou menor da percepção da pulsação, percebendo-se imediatamente um sinal no pulso como se fosse uma "onda" que pode ser percebida no seu ápice (como um "tranco" na pulsação, ou em seu declínio, como uma súbita "sumida" do pulso) essa sensação dura cerca de um segundo"(Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística) que serve para localizar pontos de alarme na acupuntura ou desequilíbrios pontuais em zonas reflexológicas, assim como na orelha, pé e mãos.

    Como seres rítmicos, cópia do universo temos a pulsação em determinados pontos: pés, pulso do lado do polegar, pescoço na jugular, sendo estes os principais para nossa arte.

    Estaremos analisando o universo energético dos doze meridianos ou condutores de energia que possuem locais fixos para avisar seu desequilíbrio e que nos permite pelo toque e a sensibilidade detectar esse ponto de alarme em conjunto com vibração energética do cliente. Encontraremos linha meridiana e bilateral, esses pontos os percebemos como pequenas cavidades, ou como mini-elevações.

    Segundo o israelense Moshe Feldenkrais "Os movimentos aperfeiçoam simultaneamente os planos das sensações e das emoções, a correção do movimento é, segundo ele a melhor via, porque o movimento está na base da tomada de consciência"

    DANÇA DO UNIVERSO: Os movimentos de inspiração e expiração somados aos ritmos dos "Cinco Movimentos Chineses" desenvolvem a harmonia de todos os corpos (físico, mental, emocional, espiritual) o que trás a nossa consciência, de que somos cópia do universo físico e espiritual, tornando-nos assim... eternos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 10:58


    CONCORDÂNCIA ENTRE FLORAIS DE BACH E MERIDIANOS Holística 2005

    CONCORDÂNCIA ENTRE FLORAIS DE BACH E MERIDIANOS
    Holística 2005

    Nelson Nibaldo flores Zuniga
    CRT 34429
    Terapeuta Holístico

    RESUMO


    OS CUIDADOS DO TERAPEUTA FLORAL

    Os sete estados emocionais acima descritos, quando trabalhados, interagem nos processos sutis do terapeuta, que negligencia em algumas oportunidades as poderosas energias reprimidas pelo cliente e que são absorvidas pelo inconsciente do terapeuta.

    Nós trabalhamos com bloqueios de terceiros e como seres humanos, estamos sujeito a absorção de desequilíbrios e acúmulo de energia deles.

    O descanso e a recuperação física e extremamente importante, mais uma limpeza áurica ou dos centros de energia, antes de cada cliente e antes de ir para casa, torna-se muito necessário. Se tiver dificuldades para se auto-equilibrar, fazer uma parceria com outro terapeuta é a melhor solução.

    Terapeuta, prepare seu próprio floral para proteção e recuperação de energia.

    Exemplo:

    CERATO: Confiança e diálogo com o mestre interior
    CHERRY PLUM: Medo de perder o controle
    CRAB APPLE: Sensação de impureza
    WATER WIOLET: Reservados, isolados


    Agrimony
    Tortura mental interior. Fuga dos probemas


    Aspen
    Medos desconhecidos


    Beech
    Intolerância, critica excessiva

    Centaury
    Vontade fraca, submissão


    Cerato
    Desconnexão com a sabedoria interior e a confiança


    Cherry Plum
    Medo de Perda do controle

    Chestnut Bud
    Repetição de erros, dificuldade de aprendizado


    Chicory
    Egoismo, possesividade, chantagem emocional



    Clematis
    Desatenção, dispersão


    Crab Apple
    Aversão a si mesmo, sensação de impureza


    Elm
    Sobrecarga de responsabilidades

    Gentian
    Deânimo, tristeza por fato acontecido



    Gorse
    Desesperança, desistência


    Heather
    Egocentrismo, carente, não suporta a solidão


    Holly
    Odio, inveja, ciume, suspeita, raiva

    Honeysuckle
    Apego ao passado, nostalgia

    Hornbeam
    Esgotamento, cansaço com a rotina

    Impatiens
    Impaiência, ansiedade

    Larch
    Falta de confiança, baixa estima


    Mimulus
    Medos conhecidos


    Mustard
    Tristeza profunda


    Oak
    Excedem os limites da resistência, perceverantes


    Olive
    Esgotamento fisico e mental

    Pine
    Sentimento de culpa

    Red Chestnut
    Temem pelos outros



    Rock Rose
    Pânico, pavoe, terror paralizante



    Rock Water
    Auto-repressão, autocritica


    Sclerantus
    Incerteza, indecisão

    Star of Bethlenhem
    Traumas, choques


    Sweet Chestnut
    Angustia desesperadora


    Vervain
    Hiperansiedade, fanatismo, idealismo excessivo

    Vine
    Autoritarismo, dominador, manipulador, egoista



    Walnut
    Desejo de libertação, sugestionabilidade



    Water Violet
    Orgulho, reservados, isolados

    White Chestnut
    Pensamentos obsessivos


    Wild Oat
    Indecisão geral, indefinição profissional



    Wild Rose
    Resignação, apatia


    Willow
    Ressentimento, magoa


    Rescue Remedy



    Circulação, sexo
    Int. Delgado
    Trip. Aquecedor
    Ves. Biliar
    Figado
    Pulmao
    Int. Grosso
    Baço
    Estômago
    Rim
    Bexiga
    Coração



    Este quadro é um embrião ao qual poderá ser agregado muito valor em futuros cursos, congressos e seminários de aprendizado, somando-as, as experiências terapêuticas de cada um. Sinto-me privilegiado de ter tomado a decisão e ousadia de me inscrever em dois cursos longos e que exigiram muita pesquisa e leitura e o Trabalho de Conclusão de Curso. Ao estar elaborando O TCC sinto uma grande alegria de dever cumprido, primeiro por sentir-me atuante e cumprindo minha missão terapêutica herdada dos meus antepassados, segundo porque o novo aprendizado me permite ser melhor profissional junto aos meus clientes e terceiro por ter certeza que fiz a escolha certa ao afiliar-me ao SINTE e seguir fielmente as NTSV.

    O corpo humano é influenciado por vias energéticas que disparam pontos de alarme, os quais se evidenciam nos momentos de desequilíbrios energéticos. Nestas vias o Meridianos estão ligados a todo um grupo de órgãos que interagem energeticamente. Segundo a terapia oriental (China, Japão, Coréia), os seres vivos em geral possuem uma energia vital paralela e complementar ao mesmo tempo (Yin e Yang) já a teoria ocidental racional fala de comandos paralelos físicos, por exemplo: o lado esquerdo do cérebro comanda o lado direito do corpo e vice versa. Ao falar de equilíbrio, podemos dizer atividade e passividade, dalí nasce à árvore dos Pontos de Alarme dos Meridianos.


    Os desequilíbrios energéticos começam atingir os corpos sutis, identidade e/ou espiritualidade, emoção, para depois, chegar afetar fisicamente. Reverter este quadro em qualquer uma das suas etapas é realmente um milagre, que todos os seres humanos temos capacidade de realizar.

    O corpo como órgão universal recebe e emite vibrações a cada instante se comunicando com o eu que muitas vezes não entende a linguagem sutil pelo excesso de manifestação racional.

    Todo ser humano deve aprender a utilizar o pensamento, sentimento, atitude, e ter flexibilidade para saber utilizá-los de forma correta no momento certo, exemplo: Se em um momento estou decidindo a compra de um Localizador/Estimulador Laser é óbvio que use o pensamento em primeiro lugar. Já se estou brincando com minha esposa e filho, o pensamento, sentimento, e atitudes tem que andar em paralelo. E se por algum motivo a tranqüilidade é afetada, a atitude e pensamento prevalecem.



    Nesta idade da razão fomos obrigados a esconder os sentimentos, segundo os racionalistas os sentimentos enfraquecem o ser humano. Segundo nós terapeutas os sentimentos evidenciam o real ser que está atrás do racionalismo.


    O Ser Humano como um micro-universo ligado ao macro-universo que emite vibrações do seu equilíbrio, deve aprender a interpretar estes sinais.

    O racionalismo puro, mais crescimento desorganizado, nos afastou da natureza primordial, interferindo na nossa percepção, atrofiando-a e substituindo-a pelos ruídos urbanos; o excesso de raciocínio também separou a Arte e a Filosofia da Ciência.

    Escrevi minha adolescência no sítio dos meus avós maternos, que produziam flores e frutas para o Ceasa de Santiago os seguintes versos, que hoje fazem muito sentido com os Florais de Bach e os problemas emocionais que evidencio em clientes, tanto da área urbana, interior ou litorânea. Esses problemas não escapam a índole emocional do ser humano:

    "Quero descer ao vale do silêncio,
    para escutá-lo;
    Buscar nas profundezas da alma,
    meu grito afogado;
    E o que encontro são o perfume das flores,
    e um campo iluminado.

    "Descer ao vale do silêncio" era sentimento de solidão próprio da adolescência, que desejava escutar com palavras aquilo que não entendia. "Buscar nas profundezas da alma, meu grito afogado" Eram os dogmas puritanos e racionais da época que reprimiam o crescimento físico e emocional. "E o que encontro são o perfume das flores, e um campo iluminado" Sem ter o conhecimento dos "Florais de Bach" cuidar da plantação de roseiras onde predominavam as rosas amarelas, douradas, rosadas e vermelhas, traziam a meu inconsciente a coragem de enfrentar o crescimento e a sensibilidade emocional que atormentava minha aura, trazendo-me a iluminação.

    Trouxe este texto baseado na minha experiência pessoal, para mostrar uma das diferentes formas de fazer aflorar e interpretar o conteúdo psíquico-simbólico do cliente, pode ser através das palavras escritas.

    Agora veremos como os Florais de Bach, a Holopuntura com a técnica da pulsologia pode ajudar a desvendar os desequilíbrios encontrados, uma técnica que todo terapeuta floral deveria ter na sua bagagem.

    Os florais e a Pulsologia de Nogier: "A Pulsologia de Nogier, considera o pulso como um todo, podendo ser sentida através do toque com dois ou três dedos ou, ainda com o polegar ate encontrar alterações QUANTITATIVAS, aumento ou diminuição do NÚMERO de batimentos. O que de fato buscamos é detectar alterações qualitativas, ou seja, a intensidade maior ou menor da percepção da pulsação, percebendo-se imediatamente um sinal no pulso como se fosse uma "onda" que pode ser percebida no seu ápice (como um "tranco" na pulsação, ou em seu declínio, como uma súbita "sumida" do pulso) essa sensação dura cerca de um segundo" (Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística) que serve para localizar pontos de alarme na acupuntura ou desequilíbrios pontuais em zonas reflexológicas, assim como na orelha, pé e mãos.

    Estaremos analisando o universo energético dos doze meridianos ou condutores de energia que possuem locais fixos para avisar seu desequilíbrio e que nos permite pelo toque e a sensibilidade detectar esse ponto de alarme em conjunto com vibração energética do cliente. Encontraremos linha meridiana e bilateral, esses pontos os percebemos como pequenas cavidades, ou como mini-elevações. TCC Trabalho de Conclusão de Curso de Holopuntura do mesmo autor.

    A Holopuntura precisa da técnica de "Localização e Estimulação" dos Pontos de Alarme é dos Meridianos para se conectar com maior facilidade ao universo interior do cliente, estimulando estes pontos para melhorá-los e conservá-los em equilíbrio paralelamente com os Florais de Bach.

    Os Florais atuam nesta árvore que conecta da Terra e o Divino
    Esta árvore representa os Pontos de Alarme que podem ser estimulados e como se conectam com os Florais de Bach. (ver quadro Florais de Bach e Meridianos)


    Meridiano do Pulmão (P)



    Meridiano Vesícula Biliar (VB)


    Meridiano do Coração ( C)

    Meridiano do Fígado (F)
    Meridiano do estômago (E)
    Meridiano do Baço Pâncreas (BC)
    Meridiano do Rins ®
    Meridiano do Intestino Grosso (IG)

    Meridiano do Triplo Aquecedor (TA)
    Meridiano do Intestino delgado (ID)
    Meridiano da Bexiga (B)

    Meridiano da circulação e sexo (CS)

    Mapa desenvolvido pelo terapeuta Nelson Zuniga – Terapeuta Holístico CRT 34429

    Os Florais de Bach atuam nestes meridianos que formam uma árvore que se projeta ao universo:

    1.Os meridianos da Circulação e Sexo representando as raízes.

    2.Os meridianos da Bexiga, Intestino Delgado e Triplo Aquecedor, representando o tronco da árvore.

    3.Os meridianos do Intestino Grosso, Rins, Baço-Pâncreas, Estômago e Fígado formam as ramas ou copa da árvore, apontando para cima.

    4.Finalmente os meridianos da Vesícula Biliar e do Pulmão representando o universo.

    Exemplo 1

    Cliente paranaense em seu crescimento e desenvolvimento foi muito mimada, dependente e hipersensível, com tendência a criar medos extremos. Após muitos anos com a perda do marido super-protetor, sentindo-se culpada por não ter feito mais por ele em vida; afloraram as emoções adquiridas na infância e adolescência, ao ponto de não conseguir preencher um cheque sosinha.

    No início da terapia com Florais de Bach foi necessário: Rescue Remedy dose única, Rock Rose para cuidar do medo paralizante e Larch para a dependência, falta de confiança em si mesma e auto-estima baixa, e Pine para o sentimento de culpa. Numa segunda oportunidade foi necessário recomendar Sweet Chestnut devido a uma grande angústia que tomou conta dela. Paralelamente relatou que foi consultar o médico por problemas respiratórios e digestivos, esse relato me levou a identificar um vínculo com o Meridiano do Triplo Aquecedor que ao ser estimulado trouxe de volta a normalidade.
    Exemplo: O Meridiano do Triplo Aquecedor se conecta com 16 florais que precisam ser analisados de acordo com cada caso:

    TA x Agrimoni = Fuga dos problemas

    TA x Aspen = Medos desconhecidos

    TA x Cherry Plum = Medo de perda do controle

    TA x Honeysucle = Apego ao passado, nostalgia

    TA x Mustard = Tristeza profunda

    TA x Olive = Esgotamento físico e mental

    TA x Pine = Sentimento de culpa

    TA x Red Chestnut = Temem pelos outros

    TA x Rock Water = Auto-repressão, auto-crítica

    TA x Star of Bethlenhem = Traumas, choques

    TA x Sweet Chestnut = Angústia desesperadora

    TA x Valnut = Desejo de libertação, sugestionabilidade

    TA x White Chestnut = Pensamentos obsessivos

    TA x Wild Rose = Resignação, apatia

    TA x Wilow = Ressentimento, mágoa

    TA x Rescue Remedy = Emergências

    No quadro a seguir veremos onde se localizam no corpo humano: No relato anterior ficou evidenciado a forte influência emocional dirigida para o Meridiano do Triplo Aquecedor. Sentimento de Culpa, Angústia desesperadora. O trauma da perda, Apego natural ao passado.

    O Rescue Remedy dose única foi de fundamental importância para a recuperação da cliente paranaense. Com a ajuda da Terapia Corporal realizada por reflexologia no ponto reflexo da linha mediana com a dobra da mão.

    Este análise demonstra que em qualquer processo podemos agregar qualidade aos nossos serviços. Agregar valor significa: colocar algo a mais do que esperado pelo cliente em termos de resultados específicos, racionais e emocionais.

    Exemplo 2

    Após um Holística realizado pelo SINTE, fui procurado por colega de profissão que segundo o análise do próprio problema: estaria sendo afetado por desequilíbrios de origens desconhecidos (alterações de humor, pessadelos, insônia, câimbras, ansiedade e disfunção do Meridiano do Pulmão) isto estava afetando a vida pessoal e profissional.

    O primeiro análise foi descobrir o que tinha acontecido entre os zero e sete anos. Sete e Quatorze anos. Quatorze e vinte um ano. Estes três períodos estavam influenciando a grande mudança no momento de fazer 42 anos.
    RESCUE REMEDY dose única.

    Aos sete anos a "sensação de abandono" tomou conta da sua infância e esta sensação estava se repetindo ao passar por problemas de desgaste de relacionamento conjugal e independência dos filhos.
    MIMULUS medo de coisas concretas. ASPEN medos inexplicáveis.

    Dos sete ao quatorze anos teve uma puberdade complicada que interferiu nos relacionamentos é na idade atual interferiam na comunicação de seus anseios mais íntimos. Sentindo grandes alterações de humor ao não ser compreendido.
    CERATO recupera a confiança e o afeto, fica menos carente.

    Dos quatorze aos vinte e um anos;o falecimento de pai e avô, a perda da estabilidade financeira, ter que deixar a escola para trabalhar em penosa função o transformou numa pessoa ansiosa, com a respiração presa, e fortes tensões musculares.
    STAR OF BETHLEHEM traumas na adolescência.

    Após os 21 anos até os 42 anos a luta natural para conquistar seu lugar abafou a pressão emocional dos primeiros vinte e um anos que começaram a aflorar com a re-avaliação da vida.
    WALNUT protege das influências externas. ELM excesso de responsabilidade.

    O análise dos Pontos de Alarme: Meridiano do Intestino Delgado. M. da Vesícula Biliar. M. do Pulmão, Triplo Aquecedor e Meridiano do Intestino Grosso.

    O SER HUMANO E A ÁRVORE DOS MERIDIANOS

    Meridiano do Pulmão (P)



    Meridiano Vesícula Biliar (VB)


    Meridiano do Coração ( C)

    Meridiano do Fígado (F)
    Meridiano do Estômago (E)
    Meridiano do Baço Pâncreas (BC)
    Meridiano dos Rins ®
    Meridiano do Intestino Grosso (IG)

    Meridiano do Triplo Aquecedor (TA)
    Meridiano do Intestino delgado (ID)
    Meridiano da Bexiga (B)
    Meridiano da circulação e sexo (CS)


    MATERIAL E METODOLOGIA

    Para trabalhar com Florais de Bach e Holopuntura é necessário conhecer muito bem as NTSV - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para melhor compreensão do amplo universo que começamos a abordar. Estaremos relembrando a filosofia da Terapia Corporal.

    Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000

    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias NTSV – TC 001

    TERAPIA CORPORAL – Boas práticas para utilização

    Terapeuta Corporal.- promove a avaliação sócio-somático-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre de outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (taichi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiroterapia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquico traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o auto-conhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais, e profissionais. Promove também, grupos de movimento para harmonização e auto-conhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

    Ver: Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000 e Referências normativas NTSV TH 001 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.

    Como podemos constatar Florais de Bach e Holopuntura (Terapia Corporal) podem andar juntos fazendo uma ótima parceria que agrega valor as duas técnicas sendo beneficiados o terapeuta pelo aumento do conhecimento e por conseqüência a pessoa mais importante, sem ele não existiríamos: O Cliente.

    Ao se falar de Terapia Corporal é necessário ter em mente a NTSV Normas Técnicas Setoriais Voluntárias TH 001 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.

    Informação colida através da "Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística" curso de Holopuntura e o evento nacional Holística 2004. Site: www.sinte.com.br

    O MERIDIANO DO PULMÃO (P)
    Ele percorre do ângulo da unha do polegar , descendo rente à lateral, pelo lado interno do braço.

    O MERIDIANO DA VESÍCULA BILIAR (VB)
    Ele percorre o lado externo da perna, do ângulo da unha do 2o dedo do pé, continuando até a região do tornozelo deste, subindo pela perna, até um oco na altura do joelho.

    O MERIDIANO DO CORAÇÃO (C)
    Ele percorre do ângulo interno da unha do dedo mínimo, descendo pela palma da mãoe seguindo rente à lateral, pelo lado de dentro do braço.

    O MERIDIANO DO FÍGADO (F)
    Ele percorre o lado interno da perna, do ângulo de fora da unha do dedo maior do pé, passando pelo dorso, subindo pelo lado de dentro da perna, paralelo à linha mediana, até a altura da panturrilha, onde inicia uma curvatura acompanhando a linha mediana, e segue lateralmente ao joelho.

    O MERIDIANO DO ESTÔMAGO (E)
    Ele percorre ao meio da perna, tendendo ao lado de fora, do ângulo de dentro da uunha do dedo ao lado do maior, passando pelo meio do dorso do pé, subindo pela perna, quase ao meio, até um oco junto ao joelho (lado externo).

    O MERIDIANO DO BAÇO-PÂNCREAS (BP)
    Ele percorre o lado interno da perna, do ângulo de dentro da unha do dedo maior do pé, passando pela lateral do pé, acima do tornozelo, subindo rente ao joelho.

    O MERIDIANO DOS RINS (R)
    Ele percorre o lado interno da perna, saindo da planta do pé, passando por trás do tornozelo, subindo pela perna, bordeando a panturrilha (lado interno), passando por um oco na dobra do joelho.

    O MERIDIANO DO INTESTINO GROSSO (IG)
    Ele percorre do ângulo interno da unha do indicador, passando pelas costas da mão, seguindo rente à lateral, pelo lado externo do braço.

    O MERIDIANO DO TRIPLO AQUECEDOR (TA)
    Ele percorre do ângulo externo da unha do dedo anelar, passando pelas costas da mão, seguindo pela linha mediana do braço e meio do cotovelo.

    O MERIDIANO DO INTESTINO DELGADO (ID)
    Ele percorre do ângulo externo da unha do dedo mínimo, passando pela lateral da mão, seguindo à parte de trás do braço, bordeando a lateral, passando ao lado do cotovelo.

    O MERIDIANO DA BEXIGA (B)
    Ele percorre externo da perna, do ângulo da unha do dedo mínimo do pé, passando abaixo do tornozelo e por trás deste, subindo reto pela perna, até a altura da panturrilha, por onde segue na linha mediana, por trás, passando pelo meio da dobra do joelho.

    O MERIDIANO DA CIRCULAÇÃO E SEXO (CS)
    Ele percorre no dedo do meio, em seu ângulo da unha (lado do indicador), descendo ao centro da palma da mão e seguindo pela linha mediana da região interna do braço.



    Florais de Bach e Aura
    No capítulo anterior fiz referência a alguns ítens do "Manual Oficial do Terapeuta Holístico" para fundamentar a importância "física" da HOLOPUNTURA Terapia Corporal e seus "Pontos de Alarme" junto ao desenvolvimento de outra técnicas inclusive a "para-normalidade" e Florais de Bach

    Os Florais de Bach, atuam no "Campo Magnético" dos minerais que cada célula, o campo magnético, é influenciado pela qualidade de vida, pensamentos e emoções; a aura encolhe com emoções negativas como raiva, ciúme, tristeza, medo gerando uma baixa vibração, inversamente atuam na aura os sentimento elevados como auto-estima alta, amor, perdão, desapego, alegria, descontração. A influência dos Florais de Bach na aura estão ligados diretamente aos pensamentos e sentimentos, e a limpeza que cada floral irá realizando. O aflorar de sentimentos pode acontecer da seguinte maneira: ao retirar um medo pode aparecer angústia e assim por diante como seres rítmicos e em constante evolução. Esta aura pode ser visualizada pela fotografia Kirlian, pela Radiestesia entre outras ou por pessoas que desenvolveram essa qualidade.

    Seria pretensão minha, achar que estou descobrindo algo novo nesta ciência de mais 5000 anos. O valor que estou agregando aos Florais de Bach e que posso combinar estes conhecimentos à partir do aconselhamento das atitudes e das emoções, com os "Florais de Bach" "Memória Corporal" "Centros de Energia" "Cinco Movimentos". Tudo isto detectado na comunicação verbal, postural, energética, que se manifesta de diferentes formas em consultório, é, importante também acrescentar que estes elementos ajudam a formar o mapa energético e poderemos corrigir quando necessário o desequilíbrio encontrado. (Texto do autor do TCC Holopuntura Nelson Zuniga)

     


    FLORAIS DE BACH, PONTOS DE ALARME E CENTROS DE ENERGIA

    Os Centros de Energia relatam o que acontece no corpo, na mente e na alma antes de se manifestarem nos Pontos de Alarme dos Meridianos e se ramificam por toda a árvore meridiana, por isso a importância de desenvolver diferentes técnicas terapêuticas para detectar os níveis de equilíbrio do cliente.

    Uma das minhas experiências após o diálogo inicial para entender o porque da visita do cliente ao meu espaço tem sido verificar o estado geral dos Centros de Energia, que em 90% dos casos precisam ser re-alinhados. Após o realinhamento a consulta se torna agradável para o cliente pela sensação inicial de bem-estar e a leveza que trás o re-equilíbrio energético.




    CENTROS DE ENERGIA - INFLUÊNCIAS POSITIVAS E NEGATIVAS





    Chakras Positivo Negativo

    Aura = Servir Obsessão, fobia, histeria, irracionalidade, possessão

    Fronte = Liderar Arrogância, ganância, vícios, alienação, introspecção, manipulação

    Garganta = Criar Apatia, desespero, fracasso, submissão, auto-reprovação, limitações


    Coração = Amar Desilusão, falta de fé, o desconhecido, sensibilidade, pânico


    Plexo = Saber Ansiedade, mentiras, indecisão, preconceito, desconfiança, negligência


    Umbigo = Ter Ciúme, inveja, solidão, vingança, Rejeição, fome pobreza, ressentimento

    Base = Ser Raiva, dor, violência, culpa, vergonha, impaciência




    Vou pular o básico dos Centros de Energia, porque e algo elementar que todo terapeuta deveria manipular, além de ser altamente divulgado em todos os canais de comunicação. Como todos sabemos, eles são como portas que se abrem e fecham de acordo com o mecanismo físico, emocional, espiritual no aprendizado da personalidade, trabalhando em base ao paradigma da polaridade ( negativo – equilibrado – positivo) é um sistema de armazenamento de único informações de cada indivíduo, onde a realidade, experiências, sonhos deixam gravada a biografia.

    Os Centros de Energia e os Doze Meridianos formam uma rede de comunicação energética, que necessita de constante manutenção. Por isso que uma única técnica não corrige o problema, só o ameniza. Para que circuito seja completo o ideal e atuar em algumas questões técnicas básicas:

    1.Leitura Corporal
    2.Detecção dos Pontos de Alarme
    3.Florais de Bach
    4.Equilíbrio dos Centros de Energia
    5.Terapia Corporal dos Meridianos
    6.Terapia em Sincronicidade
    7.Aconselhamento

    Assim lembramos que os Centros de Energia da Base, Umbigo e Plexo Solar são os detentores básicos da vida que alimentam a vontade do indivíduo.

    O Centro de Energia do Coração é um desbravador, transforma energias pessoais em sonhos, e a vontade de amar e ser amado até os limites do universo. Ele representa o equilíbrio entre os três Centros de Energia básicos e três Centros de Energia superiores.

    Os três Centros de Energia superiores Garganta, Fronte e Coroa, são a copa dessa grande árvore vibracional unindo as raízes e o tronco dos Centros de Energia Básicos aos corpos sutis ou trans-pessoais. Se os básicos se resumem a ação, o coração ao sentimento, os superiores, tem a função do pensamento racional e a ligação com o Divino. (Texto do autor do TCC Holopuntura)



    Os Florais de Bach, trazem equilíbrio para a árvore da vida


    CINCO MOVIMENTOS

    Os Cinco Movimentos podem ajudar a tarefas recomendadas para o cliente para desenvolver atividades ligadas aos cinco movimentos,

    MOVIMENTOS: MERIDIANOS

    FOGO Coração
    Banho de Sol Intestino Delgado
    Circulação e Sexo
    Triplo Aquecedor

    TERRA Baço-Pancreas
    Lidar com plantas Vesícula Biliar
    Estômago

    METAL Pulmão
    Anel de ouro/prata Intestino Grosso

    ÁGUA Rim
    Beber e banho Bexiga

    MADEIRA Fígado
    Abraçar árvores Vesícula Biliar


    MEMÓRIA CORPORAL e FLORAIS DE BACH

    Segundo Roger Woolger. Other Lives (Outra forma de viver), Other Selves (Outra maneira de ser seguro de si). Bantam, NY, 1988, todo ser vivo tem memória corporal. Incorporada às células do corpo.

    Meridiano do Pulmão: Região do peito:
    Tristeza, sufocamento, perda, medo, culpa, abafamento.

    Meridiano do coração: Região do coração:
    : Frieza do coração, bloqueio emocional, ferimentos antigos.

    Meridiano da Vesícula Biliar: Lateral das costelas:
    Raiva, impotência. Afeta também o Meridiano do Fígado

    Meridiano do Fígado: A vida não é agradável o bastante, amargor, não é justo. Afeta também o meridiano do Baço Pâncreas.

    Meridiano do Estômago: Região do Estômago:
    Medo, amargor, terror. O que vai acontecer? "Não consigo digerir isso"

    Meridiano do Baço-Pâncreas: Região da cintura:
    Insegurança, falta de apóio, medo, vergonha, inflexibilidade.

    Meridiano dos Rins: Região dos Rins:
    Medo, vão me pegar, terrível ansiedade.

    Meridiano do Intestino Grosso: Região umbilical:
    Nunca será o bastante, não desista, não demonstre medo, seja forte.

    Meridiano do Triplo Aquecedor: Região abaixo do umbigo:
    Não quero fazer isso, sinto-me preso.

    Meridiano do Intestino Delgado:
    Meridiano da Bexiga:
    Meridiano da Circulação e sexo: Região da pélvis:
    Medo, rigidez, confusão, vergonha, pudor excessivo. "Não devo sentir isso" Não devo fazer isso" "Sexo é ruim" "Isso vai me matar" "Preciso fugir" "Corre-corre" "falta de conteúdo espiritual"



    Podemos encontrar mais informação na "TERAPIA REICHIANA: desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalizadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilhelm: psiquiatra, discípulo dissidente Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que a cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças" musculares de caráter, causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone". Manual Oficial do Terapeuta Holístico – pág 91 - 5.1.14.


    Os Centros de Energia (Chakras) São energias sutis do animal instintivo que existe no âmago do ser humano, mais, as impurezas energéticas da terra, às intenções primárias: como medo, raiva, tristeza, culpa, afeto, alegria. Tudo isto enraizado em perfeita harmonia, como uma árvore que cresce em busca das energias sutis do Universo, fazendo um contato Divino, para manter o equilíbrio.

    Esta energia que flui no ser humano tem recebido diferentes nomes de acordo aos seus pesquisadores, nós estaremos focalizando do ponto de vista de "Terapias Energéticas" onde nos deparamos com "Energias" ainda ausentes dos aparelhos científicos de medição. Mas muito presente nos resultados de consultórios de centenas de "Terapeutas Holísticos"

    Os Centros de Energia irradiam seu equilíbrio em duas dimensões: Física e Espiritual, e esta energia quando desequilibrada afeta os pontos de Acupuntura os quais aparecem como "alertas" com o início de uma somatização.

    Por isso eu penso que antes de realizar uma Holopuntura em Cliente, os Centros de Energia deste, devem ser "Energizados, Equilibrados e Fechados".

    (ENERGIZAR, e literalmente, transferir energia universal para o cliente.

    EQUILIBRAR é garantir que os opostos não lutem entre si e mantenham as oxcilações de acordo com as necessidades do cliente.

    FECHAR, e bom lembrar que os Centros de Energia são abertos do Básico para o Coronário, e devem ser fechados do Coronário para o Básico, não deixando assim portas abertas.


    Na "Árvore dos Pontos de Alarme a procura do Divino", de a você mesmo o simples toque, o carinho, na região dos Pontos de Alarme para trazer equilíbrio constante junto do alívio e bem-estar dos canais meridionais e estar em harmonia com o universo para cuidar dos seus clientes.


    RESULTADOS

    A análise realizado neste TCC, leva a concluir o que essência somos "TERAPEUTAS HOLÍSTICOS" podemos ter diferentes vertentes e beber em diferentes fontes de conhecimento e prática voltados para uma única finalidade: trazer conforto as pessoas que nós procuram. Neste caso os "FLORAIS DE BACH" tem; um destaque muito importante porque atua nos diferentes corpos do ser humano independente da filosofia a ser seguida e do conhecimento do cliente.

    Os Florais de Bach, realmente promovem a qualidade de vida do cliente, limpando como vimos nos casos relatados poluição emocional retida no sub-consciente. Esta limpeza promove uma nova visão da vida, melhorando a auto estima, mudando comportamentos e percebendo que muitos pensamentos, sentimentos e atitudes, eram produtos externos ao seu projeto de vida.

    "Tomar as rédeas da própria vida" é uma decisão individual onde certamente os Florais de Bach, tem muita participação. Como está escrito na pág. 112 do livro "Manual Oficial do Terapeuta Holístico" temos condições de: "Melhorar o comportamento, ajudar a elaborar decidir por si mesmo a elaboração da realidade e a preocupação com a mesma, incrementando a capacidade de ser bem sucedido nas múltiplas situações da vida, minimizando assim as condições adversas e aumentando ao máximo as oportunidades".


    DISCUSSÃO

    Este TCC nos conduze pelo caminho do constante aprendizado, não podemos parar no tempo: a combinação destes 38 florais e infinita, decorar as emoções que cada uma alcança, e tão importante como compreender e interpretar o nascimento da junção de duas essências florais.


    CONCLUSÕES


    Este TCC - Trabalho de Conclusão de Curso de Florais de Bach, foi realizado graças ao incentivo do Docente e Presidente do SINTE Sindicato dos Terapeutas do Brasil.


    REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


    Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística – Curso de Florais de Bach 2004 BR

    Florais de Bach, uma visão mitológica, etimológica e arquetípica – Ed. Pensamento – Autor Henrique Vieira Filho – 2003 SP. BR.

    O melhor da Terapia Holística – Aut. SINTE Edição colecionador Ciência ou Arte: 2004 BR

    Os Cinco Movimentos – Pôster - Autor Henrique Vieira Filho – 2004 BR

    Auriculoterapia – Pôster - Autor Henrique Vieira Filho – 2004 BR

    Podalterapia – Pôster - Autor Henrique Vieira Filho – 2004 BR

    Reflexologia – Aut. Ann Gillanders Ed. Manole Ltda.Tradução de Marcos Malvessi 1999 BR

    DO-IN 1 Volume – Juracy cançado Ed. Groud 1976 BR

    DO-IN 2 Volume – Juracy cançado Ed. Groud 1980 BR

    Acupuntura e Acupressura – Aut. Wolf Ulrich – 1980 BR

    Shiatsu Facial – Aridinea Vacchiano – Ed. Ground – 2000 BR

    O Corpo Fala – Editora Vozes – Aut. Pierre Weil e Rland Tompakow – 1986-2002 BR

    Akupuntur - Laser- Akupunkturgerat – Heinz Jenckel – Ed. Petra – 2004 Alemanha

    Terapia de vidas Passadas – Judy Hall – Ed. Avatar Tradução Henrique Rego M.1996 BR

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.


    As emoções são controladas por atitudes voluntárias e involuntárias; perceptíveis e imperceptíveis. Com as quais nem sempre temos o comando, o conhecimento e vivência de como trabalhar essas energias opostas mais necessárias, para o equilíbrio dos Meridianos que administram um ser vivo. É aqui que os Florais de Bach entram em cena, unindo uma técnica milenar com uma moderna.

    INTRODUÇÃO
    Os primeiros gregos se tornaram filósofos ao tentarem explicar o mundo cientificamente, já que antes deles, tudo era atribuído: a vontade dos deuses, supertições, mitos e lendas.

    Depois do filósofo Tales de Mileto que tentava explicar que tudo no universo muda como a água, se destacou Pitágoras que afirmava que o mundo real podia ser explicado pela matemática, elaborando assim a teoria da harmonia do universo.

    Quando temos um cliente na nossa frente temos uma realidade que muda e precisa de harmonia.

    Heráclito observando as mudanças percebeu que tudo muda e que nada é permanente criando a célebre frase "Ninguém pode entrar no mesmo rio duas vezes".

    Os Florais de Bach mudam no rio das emoções do cliente. Esta frase sintetiza que nunca trataremos a mesma pessoa com a mesma bateria de florais.

    Sócrates na cidade do conhecimento, Atenas, era conhecido como o homem mais sábio da cidade e mesmo assim na sua humildade ele dizia "Tudo o que sei é que nada sei" e "A ignorância é o único mal"

    Os Florais de Bach tem um início mais seu estudo não tem fim.

    Platão, filosofava a questão "Existirá um mundo perfeito"

    Para existir um mundo perfeito devo começar a perfeição comigo.

    Já Aristóteles o melhor aluno de Platão viu na natureza as formas perfeitas e filosofou "Há algo maravilhoso em todas as coisas naturais"

    O Pai da Terapia Floral Edward Bach, descobriu esse algo maravilhoso nos Florais.

    Entre o filósofos se destacou uma mulher, Hipácia viveu na terceira maior cidade de Alexandria, ela acreditava em um ser divino que denominava como "O Uno" que dera origem a toda a realidade, e o objetivo filosófico dela, era encontrá-lo dentro de si mesmo.

    O Terapeuta Floral sintoniza o deus interior dele, com o deus interior do cliente.

    Mil anos depois no século treze Tomás de Aquino filosofou "Todos os seres vivos têm alma"

    Segundo os filósofos Theodore Adorno autor junto a Max Horkeimer em 1924 membros da escola de Frankfurt no livro "A dialética do Iluminismo" deixa transparecer que estamos na "idade da razão" e mesmo assim não estamos perto da verdade.

    As plantas vibram trazendo sintonia a outros seres vivos e os Florais entram na rede meridiana trazendo conforto e equilíbrio para o ser.

    Filosofia e Razão me levaram a ligar Florais e Meridianos, desse estudo nasceu o quadro que deu origem a este TCC Trabalho de Conclusão de Curso, incentivado como terapeuta, na constante busca do equilíbrio de unir a "idade da razão" com a idade da emoção e com a idade do espírito.


    MATERIAL E METODOLOGIA
    O material analisado nasceu das aulas, os livros orientados pelo docente mais a curiosidade de ir além das fronteiras do conhecimento (ver bibliografia).

    ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS Pág. 137 – 5.1 – 5.1.2 do Manual Oficial do Terapeuta Holístico – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho - 2000.

    TERAPEUTA FLORAL - NTSV – TF 002 – 5.1.2

    procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos do seu "eu"mais profundo, integrando-o, ainda com seu próprio corpo, sociedade e universo; faz uso de compostos energéticos denominados "essências florais".

    TERAPIA FLORAL - NTSV – TF 002 – 5.1.3

    cuja proposta é predominantemente preventiva e que atuam através das questões psíquicas, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção específica. O uso contínuo da terapia floral leva a uma maior compreensão das emoções, permitindo o aflorar de um material psíquico mais profundo, ampliando, assim, o auto-conhecimento, o que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações. É normalmente associada a outras técnicas terapêuticas, em especial, o aconselhamento, possibilitando mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou a preocupação com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais.


    FLORAIS, PONTOS DE ALARME E OS DOZE MERIDIANOS

    Os 38 ( trinta e oito ) Florais de Bach, mais o Rescue remedy (floral para todas as situações), formam 39 estados emocionais em desequilíbrio identificados pelo dr. Edward Bach. O conhecimento destes estados emocionais lhe permitiram criar uma essência floral, de planta, arbusto ou árvore para cada um. Daqui nasce a importância do conhecimento emocional, esta sabedoria mais a interação cliente/terapeuta em reconhecerem exatamente o que o cliente está sentindo e o terapeuta interpretando, é o começo para determinar os Florais de Bach mais apropriados.

    Alguns clientes demoram mais de uma sessão para compartilhar o que está no âmago de sua alma, por questões de ensinamentos, religião, escaldo, desconfiança do processo ético, etc. O importante é restabelecer o equilíbrio e melhorá-lo.


    OS FLORAIS DE BACH ESTÃO DIVIDIDOS EM SETE GRUPOS:
    "Curso de Florais de Bach realizado em 2004 docente Henrique Vieira Filho"


    MEDO: Rock Rose, Mimulus, Cherry Plum, Aspem, Red Chestnut.

    INCERTEZA: Cerato, Sclerantus, Gentian, Gorse, Hornbeam, Wild Oat.

    DESCONEXÃO AO PRESENTE: Clematis, Honeysuckle, Wild Rose, Olive, White Chestnut, Mustard, Chestnut Bud.

    SOLIDÃO: Water Violet, Impatiens, Heater.

    INFLUÊNCIAS EXTERNAS: Agrimony, Centaury, Valnut, Holly.

    ABATIMENTO: Larch, Pine, Elm, Sweet Chestnut, Star of Bethlehem, Willow, Oak, Crab Apple.

    (PRÉ) OCUPAÇÃO COM OS OUTROS: Chicory, Vervain, Vine, Beech, Rock Water.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 11:03


    REIKI, KARUNA REIKI® E GENDAI REIKI: CARACTERÍSTICAS E PRÁTICA TERAPÊUTICA Holística 2005

    REIKI, KARUNA REIKI® E GENDAI REIKI: CARACTERÍSTICAS E PRÁTICA TERAPÊUTICA
    Holística 2005

    EULALIA FERNANDES
    Terapeuta Holística
    CRT 32899

    RESUMO:

     



    2.MATERIAL E METODOLOGIA

     


    3.RESULTADOS
    Após seis anos de aplicação de Reiki em receptores, os resultados observados são surpreendentes. Destacamos alguns:
    a)Aplicação de Reiki e de Karuna Reiki® em acompanhamento a aplicações de radioterapia. Após 25 aplicações de radioterapia, o cliente, de pele bem clara, não apresentava a mancha enegrecida, no local, como é natural nestes tratamentos. A pele ficou apenas rosada;
    b)aplicação de Reiki e Karuna Reiki® no acompanhamento do tratamento clínico para perda do hábito de fumar: nos dois casos acompanhados, as aplicações contribuíram significativamente para a manutenção de estados de relaxamento e alívio da tensão, característicos do primeiro mês da luta contra o hábito;
    c)acompanhamento de problemas no meridiano do pulmão através das três técnicas: nos dois casos acompanhados (ambos graves), os clientes passaram a dormir sem as crises de tosse e falta de ar;
    d)um caso de problema grave nas articulações, com dores fortíssimas que impediam o cliente de sequer conseguir deitar-se sozinho na maca para a aplicação. Após cinco anos de tratamento pela medicina tradicional, o cliente passou a complementar o tratamento com aplicações de Reiki e Karuna Reiki®. Seis meses depois, subia escadas sem ajuda;
    e)casos de aplicação de Gendai Reiki: acusaram, nos casos acompanhados, melhora nos meridianos do coração, da circulação sangüínea, meridianos do pulmão e fígado, alívio de estados de tensão, propiciados pela utilização dos símbolos com terapia corporal.


    4.DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

    Todos os casos citados no item anterior e muitos outros estão cadastrados através de fichas de acompanhamento e os clientes permitem o exame dos procedimentos, desde que conservado o anonimato. Podem ser relatados com minúcias, caso seja do interesse do leitor.
    É interessante constatar como as três práticas usadas em separado ou concomitantemente, atuam diretamente no cliente desde as primeiras sessões.
    Em todos os casos em que os clientes procuraram a terapia Reiki como um suporte para o equilíbrio e busca de qualidade de vida, foram constatadas melhoras evidentes. Dois casos de vida terminal encontraram, no Reiki, um alívio para o acompanhamento de seus últimos dias de vida, através de relaxamento de tensões ou mesmo significativa melhora em suas dores e mal estar.
    Há casos, embora raros, sem grandes resultados, a não ser o relaxamento provocado pela sessão, sem melhora significativa. Coincidem, todos eles, com uma postura específica de clientes que são levados à terapia por familiares e não por moto próprio e não se mostram verdadeiramente receptivos à aplicação. Muitos deles, após as primeiras sessões passam a se mostrar mais accessíveis e os resultados começam a surgir de modo mais consistentes. Houve dois clientes, no entanto, que abandonaram o tratamento, porque parecem, na verdade, "desejar" permanecer como estão. Nos dois casos assinalados, os clientes "usam" seus desequilíbrios como forma de manter seus familiares em torno de suas reivindicações e utilizam-se de seu estado para manter a atenção sobre si mesmos.


    5.CONCLUSÕES
    A visão holística da busca da saúde, da qualidade de vida e sua manutenção marcam um ponto de destaque na evolução da forma de o ser humano encarar a si mesmo e o mundo que o cerca. Nestes termos, a terapia holística encontra lugar de destaque como ponto de referência que começa a se inserir na prática cotidiana do homem atual.
    O Reiki e seus desdobramentos através das técnicas apresentadas neste trabalho ocupam um lugar especial dentre a terapia holística, tendo em vista que busca cuidar diretamente de desequilíbrios ou manutenção da harmonia de centros energéticos, base e fundamento da saúde e da qualidade de vida, sob o ponto de vista do pensar holístico.
    Este trabalho buscou descrever as características e recursos terapêuticos apresentados por três técnicas baseadas no Reiki, mostrando a amplitude de sua abrangência e possibilidades complementares.
    Apenas a continuidade das pesquisas poderá apontar novos e importantes sucessos desta terapia, em pesquisas sempre motivadas pela constante busca pelo estudo sobre a natureza humana, de modo a contemplar a verdadeira atuação do reikiano como terapeuta holístico.


    6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
    DE’ CARLI, J. Reiki: sistema tradicional japonês. São Paulo, Madras, 2003.
    DOI, H. Método moderno de Reiki para la curación. Buenos Aires, Uriel, 2001.
    JUNG, C. et WILHELM, R. O segredo da flor de ouro. Petrópolis, Vozes, 2001.
    LÜBECK, W. Rainbow Reiki. São Paulo, Ground, 2001.
    LÜBECK,W, PETTER,F. A. et RAND, W. L. El espiritu de Reiki. Buenos Aires, Uriel, 2003.
    LÜBECK, W. et PETTER, F. A. Reiki: las técnicas más hermosas. Buenos Aires, Uriel, 2004.
    PETTER, F. A. Fuego Reiki. Buenos Aires, Uriel, 1998.
    PETTER, F. A. Reiki: o legado do Dr. Mikao Usui. São Paulo, Ground, 2002.
    PETTER, F.A., YAMAGUCHI, T. et HAYASHI, C. The Hayashi Reiki Manual. Twin Lakes, Lotus Press, 2003.


    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

     

    A metodologia da apresentação se subdivide em instrumental teórico e dados, fundamentação teórica e fundamentos da prática terapêutica para o exercício do Reiki.

    2.1. Instrumental teórico e dados

    As fontes consultadas foram eminentemente provenientes dos cursos de mestrado realizados, em apostilas ad hoc preparadas por meus mestres de Reiki, Karuna Reiki® e Gendai Reiki. Livros textos se fundamentaram essencialmente nos autores Frank Petter (1998, 2002), Frank Petter et alii (2003), Walter Lübeck (2001), Walter Lübeck et alii (2003 e 2004), Hiroshi Doi (1998), Johnny De’ Carli (2003) e Jung et Wilhelm (2001), cujas referências encontram-se na bibliografia.
    Os estudos que exemplificam a prática terapêutica foram realizados pela observação direta em clientes que cederam os direitos de descrição, levantamento de dados e análise dos resultados. O levantamento de dados que propiciam a exemplificação foi realizado através de um relato sobre o perfil dos clientes, inicialmente sob sua própria perspectiva e, em seguida, sob nossa visão terapêutica.

    2.2. Fundamentação teórica

    2.2.1.Aspectos sobre a terapia holística, em geral, e os sistemas que envolvem o Reiki

    Ao iniciar os estudos sobre a terapia holística e buscando entendê-la no rol do conhecimento humano, nos deparamos com o livro "O segredo da Flor de Ouro", escrito por Wilhelm e Jung (2001) e destacamos a seguinte citação a respeito da visão científica ao lado das questões gerais do universo humano:

    A ciência não é um instrumento perfeito, mas nem por isso deixa de ser um utensílio excelente e inestimável, que só causa dano quando é tomado como um fim em si mesmo. A ciência deve servir e erra somente quando pretende usurpar o trono. Deve, inclusive servir às ciências adjuntas, pois devido a sua insuficiência, e por isso mesmo, necessita de apoio das demais. A ciência é um instrumento do espírito ocidental e com ela se abrem mais portas do que com as mãos vazias. É a modalidade da nossa compreensão e só obscurece a vista quando reivindica para si o privilégio de constituir a única maneira adequada de apreender as coisas. (op.cit. p.24)

    Este enfoque sobre a visão do científico e do homem impulsiona os aspectos teóricos deste trabalho. Colocarmos a ciência ao lado e não adiante nem atrás na análise do conhecimento do homem é, a nosso ver, cumprir adequadamente a função de prestigiar o enfoque holístico das questões universais.

    O ser humano, como tudo na natureza, é composto de energia e, por isso, está em constante troca com o ambiente que o cerca. Os padrões energéticos tanto do indivíduo quanto do meio influenciam-se mutuamente podendo provocar tanto desarmonia e conflito quanto harmonia e desenvolvimento interior. O principal objetivo da terapia holística é procurar recursos que ajudem os indivíduos no resgate ou na manutenção de padrões energéticos mais harmônicos que possam beneficiar e facilitar a recuperação ou manutenção do equilíbrio interior e, conseqüentemente, ajudar a restaurar ou preservar a saúde e uma melhor qualidade de vida.

    O Reiki apresenta-se como uma terapia que age diretamente nesse campo de atuação. A seguir, apresentamos as características de cada um desses sistemas, ressaltando que todos são provenientes de uma mesma metodologia que os fundamenta.

    2.2.2.Reiki

    Reiki é um sistema natural de harmonização energética sistematizado por Mikao Usui, monge budista japonês, na década de 1920. Caracteriza-se pela transmissão de energia principalmente através das mãos, utilizando símbolos e mantras. É uma técnica que favorece a manutenção ou restauração da saúde, a reposição energética e a harmonização interior. O Reiki foi difundido em muitos países orientais e ocidentais, como prática de terapia complementar.
    A técnica é muito fácil e acessível de ser aprendida. Nenhum equipamento é exigido para sua aplicação e o praticante pode fazer auto-aplicação, além de aplicar em pessoas, animais, plantas, ambientes, objetos e situações. O contato físico com o receptor é opcional e pode ser aplicado diretamente no mesmo ou à distância, através de técnicas energéticas especiais.

    A energia propiciada através da técnica é obtida através da utilização de quatro símbolos e respectivos mantras que atingem diferentes campos energéticos (físico, emocional, mental, metafísico). Através desses símbolos e mantras, a energia é absorvida pelo reikiano que serve de canal e utiliza as mãos para repassá-la ao receptor. É importante ressaltar esta característica: ao contrário de algumas outras terapias, não há desgaste energético do terapeuta, uma vez que, se souber aplicar a técnica adequadamente, servirá como canal, não perdendo sua própria energia. Para poder utilizar a técnica adequadamente, é necessário que o candidato a atuar como reikiano passe por um processo de iniciação energética propiciado por um profissional habilitado (mestre de Reiki), também preparado para este fim.

    Há três níveis de instrução para a atuação do profissional de Reiki. O nível I, também conhecido como o nível do "despertar", habilita o reikiano a atuar mais especificamente no nível físico. Este nível capacita o praticante a atuar sobre si mesmo, em outras pessoas, animais, plantas, ambientes, objetos e situações, desde que estejam em sua presença. A energia flui naturalmente, bastando que o praticante, instruído na técnica, utilize o símbolo e mantra respectivo e saiba colocar as mãos sobre o que deve ser energizado. O nível II caracteriza-se, principalmente por proporcionar a capacidade de romper as barreiras do tempo e do espaço. O reikiano pode enviar energia à distância a pessoas, animais, plantas e situações específicas, bem como ao passado (para atuar sobre a energia de traumas, por exemplo) e futuro (para programar harmonização em situações, por exemplo). Neste nível, o terapeuta atua, também, em mais dois níveis de harmonização: corpos mental e emocional. Este nível também é conhecido como o nível da "transformação", já que atua consistentemente na transformação do eu-interior. O nível três é conhecido como o nível da "realização" já que o reikiano busca, então, uma maior expansão da consciência e a iniciação a este nível o torna habilitado a trabalhar com maior quantidade de energia. É capaz de transformar-se em canal energético para transmitir energia não apenas a receptores individualizados, mas a maior número de pessoas, animais, plantas ou várias situações ao mesmo tempo. Este nível pode propiciar um grau de consciência mais elevado. O nível III subdivide-se em dois níveis: os que desejam apenas atuar neste nível e os que desejam transformar-se em mestres de Reiki, habilitados a ensinar a técnica Reiki e iniciar outras pessoas. São denominados níveis III A e III B, respectivamente.

    2.2.3.Karuna Reiki®

    Karuna Reiki® é um sistema desenvolvido por um grupo de estudiosos coordenados pelo Mestre William Le Rand (EUA).

    A energia do Karuna Reiki® atua de forma mais específica do que a do Reiki. Relatos de experiências parecem demonstrar que essa energia envolve totalmente o receptor ao invés de apenas fluir através dele como ocorre com o Reiki, sendo, portanto, mais específica sob alguns aspectos.
    Os profissionais que atuam com Karuna Reiki® passam por uma instrução em dois níveis, nos quais aprendem mais oito símbolos e mantras respectivos (quatro em cada nível), cada um reportando-se a objetivos mais específicos, como a atuação como "raio laser" em casos de alguns problemas especificamente físicos, por exemplo. O domínio da técnica, portanto, é determinado pelo conhecimento das potencialidades de cada símbolo (acompanhado de seu mantra). No mais, a aplicação é semelhante às aplicações do Reiki, conservando alguma diferenciação no traçado dos símbolos e entoação dos mantras.
    Como no Reiki, há o terceiro nível, que habilita o mestre.

    2.2.4.Gendai Reiki

    Gendai Reiki é um sistema desenvolvido por mestres japoneses de Reiki, tendo em vista o ensino de Reiki a ocidentais.
    São vinte e uma técnicas que apresentam novos conhecimentos sobre Reiki, desde formas de concentração interior a diversos tipos de terapia, envolvendo limpeza energética, harmonização e energização.
    Além de aplicação com as mãos, o sistema ensina a prática de Reiki através do sopro e do olhar. Gendai Reiki busca sistematizar uma forma de resgatar aspectos originais do Reiki Tradicional Japonês.
    Algumas de suas técnicas envolvem a terapia corporal, especificamente.
    Como no Reiki, apresenta-se em três níveis de aprendizado.

    Ditadas as características dos três sistemas apresentados, passamos a tratar da prática terapêutica.

    2.3. Fundamentos da prática terapêutica

    Reiki, Karuna Reiki® e Gendai Reiki são três modalidades terapêuticas que têm, em comum, princípios e diretrizes de aplicação. Assemelham-se pelo fato de a aplicação no receptor utilizar símbolos e mantras de energização. Há, também, em todas elas, a exigência de o terapeuta passar por iniciações energéticas a cada nível (que são três, nos três sistemas), através de um profissional (mestre) habilitado, para recepção da energia dos símbolos. Além disso, todos esses três sistemas estão baseados na filosofia dos cinco princípios do Reiki que regem uma postura de interiorização e equilíbrio.
    As técnicas diferenciam-se pelas seguintes características:
    a)O Reiki atua nos campos físico, emocional, mental e metafísico, de acordo com a utilização de símbolos em cada um desses níveis. A aplicação é feita através da imposição das mãos, podendo tocar ou não o receptor. Cabe ao reikiano perceber que níveis e que lugares energéticos necessitam de aplicação;
    b)O Karuna Reiki® baseia-se na técnica do Reiki, mas difere um pouco no procedimento do traçado dos símbolos, bem como em sua entoação. Além disso, cada símbolo tem características de atuação específica, não determinadas pelos níveis, como no Reiki (físico, emocional, mental, metafísico), mas por características que lhe são próprias (corte de energias negativas, harmonização de relacionamentos pessoais e de situações, harmonização de padrões do inconsciente e assim por diante). São nove símbolos ao todo, incluindo o símbolo do mestre (terceiro nível), cada um com características próprias;
    c)O Gendai Reiki também se baseia na técnica do Reiki, mas atua mais próximo às características da terapia corporal. O Reiki é aplicado através do toque das mãos, do sopro e do olhar e inclui atuação direta no corpo físico, como no caso do shiatsu, por exemplo. A utilização de símbolos e mantras é acompanhada de técnicas como o banho seco, limpeza energética, energização da circulação do sangue, purificação do corpo e da aura, pressão digital e outras.



    A apresentação enfoca sistemas terapêuticos que envolvem o método de harmonização energética através do Reiki.
    Os estudos foram desenvolvidos tomando como base a formação da palestrante que se apresenta como mestre em Reiki, Karuna Reiki® e Gendai Reiki.
    A metodologia de apresentação enfoca cada um dos sistemas em pauta e as práticas terapêuticas que os caracterizam, mostrando as semelhanças, diferenças e objetivos de cada procedimento, através de exposição com auxílio de data show e simulação de atendimento com auxílio de maca, durante a palestra.
    As conclusões apontam que o Reiki teve desdobramentos importantes no decorrer das últimas décadas e ressaltam sua contribuição no rol da terapia holística.





    1.INTRODUÇÃO

    Nestas últimas décadas, uma nova lógica de interpretação do ser humano e do mundo que o cerca está em desenvolvimento em diversas áreas do saber, seja sob o ponto de vista científico, tecnológico ou das ciências humanas, em geral. A terapia holística, campo em que se insere esta apresentação, inclui-se entre estas novas formas de interpretação do universo humano. Particularmente, visa buscar a saúde e a qualidade de vida contemplando o ser humano como um todo, que é o que representa o termo holístico, do grego ???? (holos). Pautando-se nestas diretrizes e sem a intenção de substituir métodos tradicionais, esta palestra propõe apresentar procedimentos que buscam o equilíbrio energético que é a forma pela qual a terapia holística busca entender, restaurar ou preserva a saúde e a qualidade de vida dos seres humanos, animais e plantas. Para alcançar este objetivo, pretendemos apresentar as características de sistemas de Reiki através de sua descrição teórica e prática.
    Diante de nossos estudos e pesquisas, entendemos que o sistema de harmonização apresentado pela técnica Reiki, uma vez complementado pelos sistemas Karuna Reiki® e Gendai Reiki oferece ao reikiano, condições mais adequadas de atuação, bem como um significativo enriquecimento a sua prática terapêutica. Os três sistemas, longe de se repetirem ou apresentarem variações sobre um mesmo tema, na verdade se integram e se complementam, oferecendo possibilidades variadas nos procedimentos terapêuticos.
    Esta tríplice abordagem oferece a possibilidade de o terapeuta investir mais especificamente em centros energéticos por meio do Reiki e/ou envolver totalmente o receptor atuando de modo mais específico sobre manifestações de desequilíbrios bem pontuais (Karuna Reiki®) ou, ainda, atuar nos desequilíbrios dos corpos energéticos através de práticas mais atuantes concretamente no corpo físico, utilizando terapia corporal (Gendai Reiki). Uma técnica não exclui a outra e é possível ao reikiano utilizar uma, duas ou as três técnicas em uma mesma sessão terapêutica.
    Para descrevermos estas técnicas, dividimos a palestra em itens que obedecem aos pressupostos ditados pelas diretrizes das normas técnicas de apresentação, subdividindo, quando necessário, em subitens que componham melhor a distribuição de seu conteúdo. Assim, o primeiro capítulo é composto por esta introdução; o segundo capítulo versa sobre o material e a metodologia adotada para o desenvolvimento do tema, apresentando 3 subdivisões: instrumental teórico e dados, fundamentação teórica e fundamentos da prática terapêutica; o terceiro capítulo apresenta resultados de estudos já realizados na prática terapêutica; o quarto capítulo discute resultados; o quinto apresenta as conclusões e, finalmente, no sexto, são feitas as referências bibliográficas. Não há apêndice ou anexos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 11:07


    MERIDIANOS & EMOÇÕES Holística 2005

    MERIDIANOS & EMOÇÕES
    Holística 2005

    Nelson Nibaldo flores Zuniga
    CRT 34429
    Terapeuta Holístico

    RESUMO

     



    INTRODUÇÃO

    A técnica de "Localização e Estimulação" dos Pontos de Alarme dos Meridianos, seria apenas mais uma técnica isolada se não se conectasse com todas as técnicas da Terapia Holística. Por isso aqui veremos só algumas que fazem parte da minha experiência pessoal e profissional.

    "A Vida é um processo que tem início, meio e fim", a Acupuntura atua em todo o processo, mas na minha experiência as faixas etárias médias de 21 a 42 anos e de 42 a 63 são as que mais se destacam sendo a primeira voltada para os pontos que se referem a conquistas e luta, a segunda faixa etária preocupada mais com a consolidação do já conquistado e a preservação do equilíbrio mental físico e espiritual.

    A Acupuntura vê o ser humano como uma réplica do universo, organismos com vida própria, mais dependentes entre si com a mesma natureza primordial, onde a energia deve estar em equilíbrio.

    Os "Pontos de Alarme" estão ligados aos doze Meridianos e mencionaremos mais dois que são considerados como reservatórios de energia. (Vaso Concepção, frente do ser humano, que inicia no púbis, entre os pontos de alarme do Meridiano da Circulação e Sexo, terminando no queixo. O Meridiano do Vaso Governador que percorre a parte posterior do ser humano iniciando no cóccix até o topo da cabeça)

    A Acupuntura é um método de terapia que permite trazer alívio aos desequilíbrios apresentados por nossos clientes. Não é recomendado para mulheres grávidas e para menores de 12 anos. No Manual Oficial do Terapeuta Holístico, pág 188 modelo de autorização de atendimento com Terapia Holística a cliente menor de 18 anos .

    "Drenagem Linfática" Nas minhas pesquisas encontrei forte ligação entre Pontos de Alarme e Drenagem Linfática o que torna importante aos profissionais desta área conhecer estes pontos e suas ligações com os Meridianos.

    A Drenagem Linfática trás uma resposta energética muito poderosa porque reconstrói o sistema em desequilíbrio e o fortalece contra a perda de energia gerada por emoções internas ou externas. Este conhecimento aliado as informações geradas pelos Meridianos são uma fonte rica em informação não verbal do Cliente.

    A matéria procura entender a essência, e a essência, procura entender a matéria, nesse instante os "Pontos de Alarme" nos revelam o sagrado mapa da árvore que se conecta com o universo.
    Se você observar com criatividade verá que os meridianos formam uma árvore que se projeta ao universo:

    O meridiano da Circulação e Sexo representando as raízes.

    Os meridianos da Bexiga, Intestino Delgado e Triplo Aquecedor, representando o tronco da árvore.

    Os meridianos do Intestino Grosso, Rins, Baço-Pâncreas, Estômago e Fígado formam as ramas ou copa da árvore, apontando para cima.

    Finalmente os meridianos da Vesícula Biliar e do Pulmão representando o universo.

    Como podemos interpretar transformar em prática simples tudo isto?

    Já sabemos segundo a teoria milenar, que o Universo é um organismo vivo e que nós somos micro-universos constituídos de energia binária (positiva/negativa, é, destas duas, nasce o equilíbrio), então como réplicas do universo estamos sujeitos as leis que regem a natureza, e a primeira leis da natureza e o equilíbrio. Então na medida que nos afastamos da natureza primordial encontramos os desequilíbrios.

    Segundo os cientistas, "o corpo humano para se manter equilibrado necessita primeiramente de 61,65% de Oxigênio + 5,01% de Nitrogênio + 9,1% de Hidrogênio + 19,05% de Carbono. Disto se deduz que 60% do corpo, é oxigênio e se adicionamos carbono e hidrogênio, temos 95% da massa total do ser humano que inclui uma média de 42 litros de água que circulam em um organismo adulto. São os átomos desses quatro elementos que combinados formam as moléculas da proteína gordura e carboidrato que são os tijolos que constroem todos os tecidos, por isso são chamados de elementos de constituição. Mas tudo isso não passaria de um amontoado de moléculas sem os outros 5%, dos 92 elementos químicos que existem na natureza e dos quais apenar 17, são responsáveis por todas as funções químicas do corpo humano e curiosamente todos eles tem polaridade. Nos Terapeutas Holísticos somos alquimistas dessa polaridade ao equilibrar o todo ou as partes do nosso cliente.

    Transformar meus pensamentos e práticas terapêuticas em algo simples sem tabus nem hermetismo, porque considero que o hermético não deixou desenvolver mais rapidamente a humanidade.

    Voltando a que nos somos copia do universo, encontramos que alguns ambiente nos fazem bem, e isso não e nada mais que equilíbrio da nossa energia, existem muitas correntes milenares: Egito, China especialmente, nos ensinando a captar energia vital para entrar em sintonia com o universo, captando as energias por ele geradas, dali nasce a mentalização do sol captadas pelas mãos.

    Já quando nos aproximamos de plantas e árvores, percebemos os poderes desses micro-universos receptores e doadores. Quem nunca experimentou apoiar as costas da base da coluna até a cabeça numa árvore e sentiu o alívio, paz, tranquilidade.

    Quem já abrasou uma árvore colocando em contato os sete Centros de Energia com o tronco da árvore, percebeu que primeiramente os meridianos que correm na linha mediana do corpo humano se equilibram.

    Assim como nós podemos equilibrar pessoas podemos encontrar esse equilíbrio no universo desbloqueando tensões ou adquirindo energia. Isso nos trás luz interior identificando nossas fraquezas e virtudes, reconhecendo a bagagem que transportamos na nossa mochila emocional, tornando-nos mais leves para evitar as barreiras e desvios que atrasam nosso aprendizado e principalmente ao adquirir luz interior superamos nossos medos e só quando superamos os próprios medos e que nos tornamos verdadeiramente terapeutas. Lembrando uma milenar frase "Só se pode dar o que se tem".


    MATERIAL E METODOLOGIA

    Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000
    Curso de Holopuntura 2004
    Ver Bibliografia

    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias NTSV – TC 001
    TERAPIA CORPORAL – Boas práticas para utilização

    Terapeuta Corporal.- promove a avaliação sócio-somático-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre de outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (taichi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiroterapia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquico traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o auto-conhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais, e profissionais. Promove também, grupos de movimento para harmonização e auto-conhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

    5.1.2 TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE – distingui-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tart, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrecidos de aconselhamento,levando ao auto-conhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incrementando a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.

    Ver: Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000 e
    Referências normativas NTSV TH 001 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.

    Hoje, acredito que estamos no limiar da história tendo a oportunidade de aprender e de usar a sabedoria em nossas vidas. O que antes eram disciplinas ocultas agora torna-se disponível através dos veículos de comunicação. Esta é uma grande responsabilidade porque nos abre as portas para tornar-nos consciências elevadas sem esquecer que quando mais elevação encontramos, criamos mais profundezas a serem desvendadas.

    A Holopuntura como terapia holística,vê o corpo como um todo único sem focalizar um elemento determinado e sim uma disfunção.

    Como Terapeutas em Holopuntura, técnica não invasiva é uma técnica absolutamente segura, sendo o objetivo terapêutico: trazer equilíbrio aos meridianos. Isso nos permite ir além do detectado conseguindo chegar a causa de determinado desequilíbrio e nesse momento que conseguimos estabilizar o processo com resultados positivos e duradouros.

    O desequilíbrio cotidiano, o estresse e a perda da qualidade de vida trouxeram efeitos nocivos ao nosso ser. Mas, como viver nesse mundo moderno e voltado para o desenvolvimento do futuro? Meu pensamento e que não devemos esquecer nossa natureza cósmica que foi criada a partir de luz, energia e os quatro elementos ou cinco movimentos devidamente harmonizados. Tomando as quatro estações temos o exemplo do inverno, em que a semente fica no envólucro, guardando energia para a chegada da primavera, com seu solo fértil.


    Meditando no meio do estresse: isso mesmo, essa é minha proposta para viver neste mundo atual temos que aprender a meditar no meio da pressão, da correria, das contas a pagar, das greves, da ausência do silêncio. Como fazer isso? Indo em busca da nossa natureza interior, cinco minutos de contato verdadeiro com nosso eu interior nós trás o equilíbrio necessário para cada período do dia. Quando vá para dentro do ser equilibra os meridianos.

    Holopuntura e Terapia Holística

    No capítulo anterior fiz referência a alguns itens do "Manual Oficial do Terapeuta Holístico" para fundamentar a importância "física" da Acupuntura, Terapia Corporal e seus "Pontos de Alarme" junto ao desenvolvimento de outra técnicas inclusive a "para-normalidade"

    Como estas se conectam? Para interligar estes elementos é necessário formar o mapa energético do Ser Humano onde iremos introduzindo o resultado das minhas pesquisas relacionando-a com os estudos realizados por diversos autores recentemente.

    Seria pretensão minha, achar que estou descobrindo algo novo nesta ciência de mais 5000 anos. O valor que estou agregando a Acupuntura é que posso combinar estes conhecimentos à partir do aconselhamento das atitudes e das emoções, com os "Florais de Bach" "Memória Corporal" "Centros de Energia" "Cinco Movimentos". Tudo isto detectado na comunicação verbal, postural, energética, que se manifesta de diferentes formas em consultório, é, importante também acrescentar que estes elementos ajudam a formar o mapa energético e poderemos corrigir quando necessário o desequilíbrio encontrado.

    PONTOS DE ALARME E CENTROS DE ENERGIA
    Os Centros de Energia relatam o que acontece no corpo, na mente e na alma antes de se manifestarem nos Pontos de Alarme dos Meridianos e se ramificam por toda a árvore meridiana, por isso a importância de desenvolver diferentes técnicas terapêuticas para detectar os níveis de equilíbrio do cliente.

    Vou pular o básico dos Centros de Energia, porque é algo elementar, que todo terapeuta deveria manipular, além de ser altamente divulgado em todos os canais de comunicação. Como todos sabemos, eles são como portas que se abrem e fecham de acordo com o mecanismo físico, emocional, espiritual no aprendizado da personalidade, trabalhando em base ao paradigma da polaridade ( negativo – equilibrado – positivo) é um sistema de armazenamento único de informações de cada indivíduo, onde a realidade, experiências, sonhos deixam gravada a biografia.

    Os Centros de Energia e os Doze Meridianos formam uma rede de comunicação energética, que necessita de constante manutenção. Por isso que uma única técnica não corrige o problema, só o ameniza. Para que circuito seja completo através da Acupuntura devemos atuar em algumas questões básicas:

    1o Leitura Corporal.

    2o Detecção dos Pontos de Alarme.

    3o Equilíbrio dos Centros de Energia

    4o Terapia Corporal dos Meridianos

    5o Terapia em Sincronicidade

    6o Aconselhamento

    Assim lembramos que os Centros de Energia da Base, Umbigo e Plexo Solar são os detentores básicos da vida que alimentam a vontade do indivíduo.

    O Centro de Energia do Coração é um desbravador, transforma energias pessoais em sonhos, e a vontade de amar e ser amado até os limites do universo. Ele representa o equilíbrio entre os três Centros de Energia básicos e três Centros de Energia superiores.

    Os três Centros de Energia superiores Garganta, Fronte e Coroa, são a copa dessa grande árvore vibracional unindo as raízes e o tronco dos Centros de Energia Básicos aos corpos sutis ou trans-pessoais. Se os básicos se resumem a ação, o coração ao sentimento, os superiores, tem a função do pensamento racional e a ligação com o Divino.

    Na Acupuntura a sincronia das energias nós ensinam como estas estão agindo e circulando ao longo do ser humano, o enrijecimento muscular reflete excesso de energia meridiana, da mesma forma a flacidez ou fraqueza, significa a perda de energia e normalmente esta começa a ser exaurida pelos chakras.

    Observe sempre o equilíbrio do corpo, alinhamento dos ombros, dos pés, mediana do corpo conservando o eixo central, curvatura da coluna e cabeça, a influência meridiana e dos centros de energia estão ligados diretamente à postura.

    A Acupuntura ao ser interligada com os padrões emocionais do cliente, dão a leitura de qual e o desequilíbrio meridiano, apenas confirmaremos depois com os pontos de alarme. Identificar também o padrão emocional predominante perante a vida nós da uma leitura rica de informações, nesse padrão emocional temos cinco posturas básicas:

    Age errado em primeiro lugar e depois age certo. (- +)

    Age errado e não quer mudar. (- -)

    Age certo em primeiro lugar e depois age errado. (+-)

    Age certo em primeiro lugar, continua agindo certo. Mas, se elitiza. (++)

    Age com equilíbrio e está disposto a mudar se for necessário.(+)

    Os cinco itens anteriores, mostram perfis emocionais que trarão distúrbios posturais e conseqüentemente nos meridianos.

    Outras alternativas terapeuticas podem ser utilidadas uma vêz detectado algum ponto de alarme: a acupuntura tradicional com aplicação de agulhas, aparelho de estímulos elétricos, Laser de acupuntura, moxabustão, shiatsu e do-in. Esta aplicação também é feita em pontos de corresponência: pés, mãos e orelhas,sendo que em qualquer uma delas possibilita um resultado eficiente.

    Quando um elemento orgânico se desarmoniza, aparecem espontaneamente pontos doloridos ou que apresentam dor ao serem pressionados. Esta observação é preferencialmente aconselhada de fazer com o estômago vazio e num estado de relaxamento.

    Quando um dos pontos apresentar desconforto sendo levemente pressionado, é sinal de que alguma correspondência encontra-se com exesso de energia. A experiência nos mostra que quando não incomoda o ponto de referência e ao ser presionado um pouco mais forte que o normal, se nesse momento apresenta desconforto, significa que este ponto está com carência energêtica. Muita bibliografia existe para determinar e tratar estes pontos. Já na prática, a simples terapia corporal deslizando o polegar no ponto problemático corrige as desordens energéticas, independente se existe excesso ou carência de energias.

    Foi visto em aula e depois em treinamento vivencial que o máximo de cinco pontos são necessários para um bom re-equilíbrio. Depois esses pontos começam a se repetir.

    Como Terapeuta Hoilístico tenho a obrigação de pesquisar quais são os conflitos emocionais que incidem nos meridianos assim coloco algúns exemplos:


    CONFLITOS EMOCIONAIS QUE AFETAM OS MERIDIANOS (exemplo)

    Meridiano da Circulação e Sexo

    O meridiano da Circulação e Sexo é afetado pelos seguintes conflitos emocionais: Medo de fracasso, crise de identidade, inferioridade, egoísmo, moralismo.

    Vesícula Viliar:

    O meridiano da Vesícula Biliar é afetado pelos seguintes conflitos emocionais: Ansiedade, medo de abandono, medo de estar sozinho, medo de pobreza, tristeza, mágoa, perda da fé, autopiedade, choque, trauma.

    O conflito emocional que causa o desequlíbrio do meridiano deve ser apoiado pelo aconselhamento adequado a cada caso, e acompanhado de terapia vibratória com Florais de Bach com o intúito de: restabelecer e manter em equilíbrio o fluxo meridional.

    MEMÓRIA CORPORAL E PONTOS DE ALARME
    Segundo Roger Woolger. Other Lives (Outra forma de viver), Other Selves (Outra maneira de ser seguro de si). Bantam, NY, 1988, todo ser vivo tem memória corporal. Incorporada às células do corpo.

    Meridiano do Pulmão: Região do peito: Tristeza, sufocamento, perda, medo, culpa, abafamento.

    Meridiano do coração: Região do coração: Frieza do coração, bloqueio emocional, ferimentos antigos.

    Meridiano da Vesícula Biliar: Lateral das costelas: Raiva, impotência. Afeta também o Meridiano do Fígado

    Meridiano do Fígado: A vida não é agradável o bastante, amargor, não é justo. Afeta também o meridiano do Baço Pâncreas.

    Meridiano do Estômago: Região do Estômago: Medo, amargor, terror. O que vai acontecer? "Não consigo digerir isso"

    Meridiano do Baço-Pâncreas: Região da cintura: Insegurança, falta de apóio, medo, vergonha, inflexibilidade.

    Meridiano dos Rins: Região dos Rins: Medo, vão me pegar, terrível ansiedade.

    Meridiano do Intestino Grosso: Região umbilical: Nunca será o bastante, não desista, não demonstre medo, seja forte.

    Meridiano do Triplo Aquecedor: Região abaixo do umbigo: Não quero fazer isso, sinto-me preso.

    Meridiano do Intestino Delgado:
    Meridiano da Bexiga:
    Meridiano da Circulação e sexo: Região da pélvis: Medo, rigidez, confusão, vergonha, pudor excessivo. "Não devo sentir isso" Não devo fazer isso" "Sexo é ruim" "Isso vai me matar" "Preciso fugir" "Corre-corre" "falta de conteúdo espiritual"

    Podemos encontrar mais informação na "TERAPIA REICHIANA: desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalizadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilhelm: psiquiatra, discípulo dissidente Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que a cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças" musculares de caráter, causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone". Manual Oficial do Terapeuta Holístico – pág 91 - 5.1.14.

    Na "Árvore dos Pontos de Alarme a procura do Divino", dê a você mesmo o simples toque, o carinho, na região dos Pontos de Alarme para trazer equilíbrio constante junto do alívio e bem-estar dos canais meridionais e estar em harmonia com o universo para cuidar dos seus clientes.

    Rever estes conceitos me coloca frente aos meus próprios conflitos, identificar meus padrões e sempre me surpreendo de não me conhecer totalmente, todo o aprendizado desde a minha gestação até este momento tem deixado registrado cada segundo em meu reservatório físico, emocional e espiritual. É um grande desafio se defrontar a si mesmo e transmutar os medos, crescer, olhar que nesta caminhada não estamos só e que fomos criados para cumprir a missão individual escolhida por cada um. Agradecer porque a natureza sempre foi generosa conosco, mossa parte racional dize "a natureza nos fornece alimento" sim, alimento para sustentar nosso corpo físico.

    Descobrimos que ela, a natureza nós fornece elementos para restabelecer desequilíbrios físicos e psicológicos.

    Mais, a descoberta que fecha o circulo dos elementos da natureza, é, que ela nós dá elementos para corrigir e alimentar nossas emoções e ali estão os Florais de Bach.

    RESULTADO

    Histórico: (Cliente com orientação Médica para cirugia de cisto aparente no pulso e com muita preocupação) Pessoa de 30 anos com auto-estima alta, bem resolvida profissionalmente, com casamento estável de amor recíproco e com equilíbrio no pensamento, sentimento e atitudes. Pela ACUPUNTURA o Meridiano do Rim se manifestou como Ponto de Alarme. Pelos Cinco Movimentos foi detectado o movimento Água. Pelos Centros de Energia, Chacra do Coração. Pela Cromoterapia a cor Verde e Rosa.

    Durante a consulta deu para perceber que não acreditava no próprio desenvolvimento e crescimento ao verse tão distante da irmã com quem não se comunicava há muito tempo por velhos conflitos emocionais.

    Terapia realizada: Laserpuntura direta no pulso e no Ponto de Alarme do Meridiano do Rim, mais a aplicação de pedra ágata verde e orientação para fazer as pazes com a irmã.

    Após á primeira semana a protuberância parou de incomodar e começou a desaparecer levemente.

    Na segunda semana, o processo voltou a incomodar trazendo um retrocesso no processo devido a fortes mudanças no ambiente profissional do cliente.

    Terceira semana há um pequeno, mais imperceptível avanço.

    Quarta semana dá a impressão de estabilidade.

    Quinta semana a protuberância começou a desaparecer levemente, em sete semanas de terapia o problema foi resolvido pela Acupuntura, com Terapia Corporal e a dissolução de velhas raivas e pelo re-equilíbrio energético do Meridiano do Rim.

    DISCUSSÃO

    Como terapeuta é necessário estar em constante equilíbrio tendo o caminho das percepções abertas, especialmente os canais de comunicação: auditivo, visual e do tato. A forma de falar, a entoação da voz o rítmo da fala, a maneira de olhar, a postura do corpo, dos ombros, das mãos, dos pés. Só um aperto de mão já fala muito do nosso cliente.

    Com os Pontos de Alarme dos doze Meridianos temos uma técnica altamente assertiva podendo adequar na terapia a outras técnicas.

    Encontrado algum Ponto de Alarme em desequilíbrio temos que reajustar as energias do meridiano afetado, verificando a qual Centro de Energia está ligado, fazendo necessariamente os Meridianos adjacentes. Temos assim, diferentes técnicas usadas de acordo com as necessidades e pudores do Cliente e Terapeuta: Terapia Corporal, Terapias Vibratórias como Cor, Cristais, Reiki, Radiônica. Sem esquecer ó análise do conflito emocional que deu origem ao desequilíbrio do meridiano, trabalhando em conjunto um Floral de acordo com os sentimentos manifestados.

    O aconselhamento e a permissão de desabafar ajudaram muito na resolução do conflito manifestado pelo cliente.

    Já falamos que somos cópia do universo, Cliente e Terapeuta são dois universos onde alguns rítmos devem estar sincronizados: respiração, postura, atitude mental entre outras, trazendo o Cliente para a descoberta da paz do Terapeuta, para isso pode ser utilizado até um simples exercício de respiração ou mentalização positiva.

    Deu para perceber que não adianta, nós orgulharmos de ser um excelente Terapeuta em uma única técnica. Para cumprir nossa missão terapêutica temos que ser excelente em uma técnica e ótimo em varias outras, por isso que nosso aprendizado é contínuo, porque na medida que ampliamos nosso conhecimento e luz, proporcionalmente ampliamos as dimensões do desconhecido.

    CONCLUSÕES

    A Acupuntura como técnica da terapia holística que trabalha os 12 meridianos (caminhos de energia) manifesta os pontos de alarme quando está no eixo do corpo ou bilateral em pontos eqüidistantes e simétricos que ajudam no reconhecimento das disfunções apresentadas pelo cliente.

    A Acupuntura determina que os Pontos de Alarme detectados ao toque são percebidos como pequenas cavidades ou leves protuberâncias que com a prática e experiência são perceptíveis pela análise auditiva da comunicação e o visual do corpo do cliente.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
    Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística – Curso de Holopuntura 2004 BR

    O melhor da Terapia Holística – Aut. SINTE Edição colecionador Ciência ou Arte: 2004 BR

    Os Cinco Movimentos – Pôster - Autor Henrique Vieira Filho – 2004 BR

    Auriculoterapia – Pôster - Autor Henrique Vieira Filho – 2004 BR

    Podalterapia – Pôster - Autor Henrique Vieira Filho – 2004 BR

    Reflexologia – Aut. Ann Gillanders Ed. Manole Ltda.Tradução de Marcos Malvessi 1999 BR

    DO-IN 1 Volume – Juracy cançado Ed. Groud 1976 BR

    DO-IN 2 Volume – Juracy cançado Ed. Groud 1980 BR

    Acupuntura e Acupressura – Aut. Wolf Ulrich – 1980 BR

    Shiatsu Facial – Aridinea Vacchiano – Ed. Ground – 2000 BR

    O Corpo Fala – Editora Vozes – Aut. Pierre Weil e Rland Tompakow – 1986-2002 BR

    Akupuntur - Laser- Akupunkturgerat – Heinz Jenckel – Ed. Petra – 2004 Alemanha

    Terapia de vidas Passadas – Judy Hall – Ed. Avatar Tradução Henrique Rego M.1996 BR


    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.



    Os desequilíbrios energéticos atingem os corpos sutis principalmente a identidade e/ou espiritualidade e a emoção, para depois afetar fisicamente. Reverter este quadro em qualquer uma das suas etapas é realmente um milagre, que todos os seres humanos temos capacidade de realizar especialmente se formos Terapeutas Holísticos.

    O corpo como órgão universal recebe e emite vibrações a cada instante se comunicando com o eu, que muitas vezes não entende a linguagem sutil pelo excesso de manifestação racional. Todo ser humano deve aprender a utilizar o pensamento, sentimento e atitude, e ter flexibilidade para saber utilizá-los de forma correta no momento certo: se uma pessoa está fazendo amor com a pessoa certa, e lógico que o sentimento e atitude, estão acima do raciocínio. Assim como na profissão estará o pensamento e atitude em primeiro lugar sem esquecer o sentimento. Por ultimo se o local onde se encontra pega fogo, a atitude de fugir estará acompanhada do raciocínio para não se machucar e dentro do possível o sentimento de solidariedade para ajudar os outros afetados.

    O Ser Humano é um micro-universo que emite vibrações do seu equilíbrio e quando este é alterado, podemos e devemos saber interpretar estes sinais. Quando começamos a nos afastar da natureza para criar centros urbanos, nossa percepção foi se limitando aos ruídos da cidade, ao excesso de raciocínio que separou a Arte e a Filosofia da Ciência. Valorizou-se as cores neutras esquecendo o que falou Rudolf Steiner na sua terceira conferência sobre "A essência das cores" "O próprio Eu está dentro da cor. O Eu e o corpo astral não podem ser diferenciados do colorido, pois vivem no interior das cores"

    Hoje, torna-se necessário, saber ouvir, ver, apalpar, perceber e interpretar como faziam nossos ancestrais xamã, do Brasil, da Europa, Norte América, América do Sul, África, China, Japão, Coréia. Em cada vila do planeta sempre existiu um "Terapeuta Holístico" com diferentes nomes, mas, excelentes observadores do próprio universo, perceberam que um animal carnívoro às vezes comia ervas, que lambia seus machucados, que se lambuzava de lama, que lavava suas feridas, etc. assim foi associando estas atitudes através da imitação e acompanhando seus resultados. O resgate da observação e a manutenção ativa dos cinco sentidos, trazendo ao momento atual a prática e a experimentação daqueles sábios, alguns versados e muitos autodidatas, desta maneira o resgate da milenar Acupuntura e suas variáveis com todo seu potencial, mostrando que pode ser milenar e atual ao mesmo tempo.

    O primeiro resgate que faremos é a observação da Pulsologia de Nogier: "Pulsologia de Nogier que considera o pulso como um todo, podendo ser sentida através do toque com dois ou três dedos ou, ainda com o polegar até encontrar alterações QUANTITATIVAS aumento ou diminuição do NÚMERO de batimentos. O que de fato buscamos e detectar alterações qualitativas, ou seja, a intensidade maior ou menor da percepção da pulsação, percebendo-se imediatamente um sinal no pulso como se fosse uma "onda" que pode ser percebida no seu ápice (como um "tranco" na pulsação, ou em seu declínio, como uma súbita "sumida" do pulso) essa sensação dura cerca de um segundo"(Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística) que serve para localizar pontos de alarme na acupuntura ou desequilíbrios pontuais em zonas reflexológicas, assim como na orelha, pé e mãos.

    Como seres rítmicos, cópia do universo temos a pulsação em determinados pontos: pés, pulso do lado do polegar, pescoço na jugular, sendo estes os principais para nossa arte.

    Estaremos analisando o universo energético dos doze meridianos ou condutores de energia que possuem locais fixos para avisar seu desequilíbrio e que nos permite pelo toque e a sensibilidade detectar esse ponto de alarme em conjunto com vibração energética do cliente. Encontraremos linha meridiana e bilateral, esses pontos os percebemos como pequenas cavidades, ou como mini-elevações.

    Segundo o israelense Moshe Feldenkrais "Os movimentos aperfeiçoam simultaneamente os planos das sensações e das emoções, a correção do movimento é, segundo ele a melhor via, porque o movimento está na base da tomada de consciência"

    DANÇA DO UNIVERSO: Os movimentos de inspiração e expiração somados aos ritmos dos "Cinco Movimentos Chineses" desenvolvem a harmonia de todos os corpos (físico, mental, emocional, espiritual) o que trás a nossa consciência, de que somos cópia do universo físico e espiritual, tornando-nos assim... eternos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 11:08


    ARTETERAPIA Holística 2005

    ARTETERAPIA
    Holística 2005

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga
    CRT 34429
    Terapeuta Holístico

    RESUMO


    DISCUSSÃO
    Como terapeutas sabemos que: o desequilíbrio tem nascença nas emoções, ou no espiritual, e que para re-harmonizar, físico, emoção e espiritualidade, temos que transmutar o código percebido pelas percepções é aplica-lo as atitudes.


    PERCEPÇÕES
    Cada percepção esta ligada a cor, sons e textura

    SER HUMANO
    Está ligado a todo o universo

    ATOS
    Estão ligados a transmutação harmônica.


    CONCLUSÕES

    Atividades artísticas na terapia

    Toda pessoa que experimentou uma atividade artística, sentiu vivencialmente o bem que isso faz, e de como renova e estimula, especialmente quando um ser extremamente racional decide dar este passo.

    Não se trata de criar uma obra de arte, mas sim vivenciar essa força, que leva as pessoas a encontrar o equilíbrio.

    A arte atua de maneira diferente em cada ser humano, porém não são só as obras terminadas que interessam na terapia, nem a sua qualidade estética, é sim, na atividade criadora, nas cores, sons, formas que traz a superfície o que se passa e acontece no universo interior.

    Inicialmente, existe um impulso ou encontro com determinado material, a escolha já fala de seu crescimento, às cores, sons e formas denotam: emoções, frustrações, alegrias, durante a criação o cliente se entrega totalmente a suas vivências. Quando consegue realizar a obra despreocupadamente o resultado da terapia será um êxito.

    Pensamento Azul Mais livre
    Inspiração/expiração Luz oscilante
    Movimento Vermelho Conectado

    EMPREGO DE MEIOS ARTÍSTICOS
    Arte, percepção, criatividade, neutralizaram os medos e permite-se ligar profundamente a sua formação. Cria-se então uma relação intensa entre cliente e sua obra, palco de seu aprendizado infantil e adolescente, onde a seqüência de aprendizado no primeiro setênio de vida mostra que o mundo é bom, porque na o atinge. No segundo setênio principalmente o mundo é belo, sendo que em algumas oportunidades ele se torna feio. Posteriormente o mundo se tornará verdadeiro ao chegar aos vinte e um anos, camuflando as emoções.

    A Arte-terapia trabalha com: lápis de cera, tinta guache, argila, papel canção, telas virgens, tinta acrílica, tinta óleo, mosaico, etc. E bom lembrar que a comunicação verbal e menor que a gestual, por isso que torna-se necessário conhecer o significado das cores e das formas e em alguns casos dos sons.

    Todo ser humano tem um quadro vivo e simbólico dentro de si, que é composto de todas as suas experiências de vida, então se ele pinta uma paisagem: mostrará cores, clima, luz, sombra, rios vales e montanhas, etc. sendo um todo de sentimentos e atitudes. Cabe ao terapeuta interpretar com o cliente a sua obra, se for necessário usar outras técnicas para mudança de atitudes, "conscientizar e desbloquear conteúdos psíquicos traumáticos, elaborar uma nova realidade ou preocupar-se com a mesma, minimizando as condições adversas é maximizando a capacidade de ser bem sucedido, texto do Tutorial de Terapia Holística"

     



    CUIDADOS SOBRE O JULGAMENTO ESTÉTICO
    Aqui a arte deve ser vista como terapia, como comunicação, como estímulos ao processo de aprendizado, como uma higiene cultural e porque não o despertar de um profissional.

    Em trabalho de grupos, família, equipes, a pintura de um quadro em conjunto; cria uma terapia de grupo que permite trocar, o Eu pelo Nós, com excelentes resultados se bem conduzidos.

    A Arte-terapia trabalha muito ligada a biografia do indivíduo, uma doença, um divórcio, uma demissão, um acidente, uma crise econômica, uma guerra, uma mudança, um nascimento, uma formatura um casamento, esses acontecimentos serão relatados por meio de cores, formas, sons, ritmos, poemas, etc.

    O PROCESSO DA ARTE-TERAPIA
    Precisamos distinguir onde emoções se ancoraram, como foi apercebida a vida, como foi a metamorfose assimilada de fora e como foi interiorizada.

    Desbloquear essas âncoras é minha tarefa, então mergulho no universo do Tato, sentido da vida, ritmo, equilíbrio, olfato, paladar, visão, temperatura, audição, sentido das palavras, pensamento e finalmente o Ser.

    Após o resgate, percebemos que o cliente tinha perdido a relação com o mundo espiritual, até com seu próprio anjo da guarda ou seu próprio eu e até com as forças criadoras do universo.

    Da para perceber que mesmo falando que tem uma crença considera às instituições religiosas vazias ou comercializadas, após a terapia descobre que cada qual tem de encontra-la em si mesmo.

    É lenta a recuperação quando se perdeu a relação íntima com as outras pessoas tanto no aspecto de trabalho quanto no afetivo e pessoal. Isso porque as relações se tornaram superficiais e formais de mais o que trás a tornar nosso cliente incompreendido e solitário.

    Tem dificuldade de se ligar ao mundo espiritual, a natureza e seus seres, aos amigos, inevitavelmente tem dificuldades de lidar com a família e o povo. Tudo isso leva a uma solidão cada vez maior, a uma incompreensão em relação ao próximo e ao próprio ser. Estas pessoas muitas vezes tentam sair dessa situação por meio do alcoolismo, drogas, tv, internet o que se transforma numa relação fictícia, que amedronta numa situação real.

    ARTE-TERAPIA E RESTAURAÇÃO
    A Arte-terapia vai atuar na inter-relação do espírito, alma e corpo, primeiramente, é necessário entender que o corpo atua em quatro grandes atos: (1o ) 21 anos para aprender. (2o ) 21 anos para lutar. (3o ) 21 anos para se tornar sábio. (4o ) 21 anos para ser sábio, o seja devolver ao mundo aquela sabedoria que o mundo lê deu.

    São poucas às pessoas que entendem o processo da vida, que a partir dos sessenta e três anos é um período para se doar e não de receber e um período de ajudar com sabedoria aqueles que estão aprendendo, lutando e tornando-se sábios.

    A individualidade ou espiritualidade está ligada diretamente a parte somática, e aqui onde podemos trabalhar preventivamente. Esta individualidade acompanha o desenvolvimento físico porque este é seu veículo de aprendizado.

    A alma ou aprendizado vivencial, amadurece melhorando as qualidades do pensar, sentir e querer (ou agir).

    Todo terapeuta tem que dominar no mínimo duas linguagens: português e linguagem postural. A postura do corpo e uma linguagem silenciosa que ajuda a interpretar a manifestação da alma.

    A Arte-terapia permite restabelecer as forças vitais necessárias para sustentar as mudanças de vida que o cliente tenha que realizar. Sae-se revigorado, cheio de otimismo e com uma nova motivação para a vida enriquecendo as relações afetivas e profissionais.

    É NECESSÁRIO SER ARTISTA ?
    Não necessariamente, já somos artífices do universo, lembrando que a palavra arte vem de arqueos que significa: arcos, colunas ou fios que sustentam o universo. Desde o aparecimento do se humano na terra foi uma atuação no palco grandioso do universo.

    A Arte-terapia precisa de terapeutas que conseguem interpretar as metáforas os símbolos contidos em cada expressão conhecer que cada momento da vida de uma pessoa, é uma obra em vários atos que começam com o mundo comum ou consciência limitada, passando a recusar à mudança, encontrando um mentor, assumir um compromisso, aceitar testes e provas, ver as conseqüências e recompensas, lutar com o re-aparecimento do problema e finalmente ter o resultado final. Este roteiro é o roteiro dos problemas do dia a dia e cabe a cada um elaborar durante a jornada o final.


    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.



    A Arte-Terapia se diferencia da terapia ocupacional ou artística porque ela está direcionada para acordar fatos ocorridos nas diferentes fases da vida. Neste processo evolutivo: As forças da razão, emoção, identidade ou espiritualidade afloram criativamente gerando um maravilhoso mapa energético.

    INTRODUÇÃO

    Na arte-terapia , tomo como parâmetro que nossos corpos se desenvolvem ritmicamente, descobrimos que somos seres de ritmo para nascer, respirar, batimentos, circulação, digestão, pulsações, alimentação, sono, etc. ou seja, todos os nossos sentidos trabalham compassadamente.

    Os ritmos se movimentam nos mundos da audição, da visão, dos corpos e das sensações.

    As esculturas e a modelação trabalham nosso universo básico, pensamento, direita, esquerda, formas, espaço, trabalhando e desenvolvendo o sentido sinestésico e rítmico do corpo.

    As pinturas em geral denotam, desenvolvem e equilibram o universo rítmico dos sentimentos e emoções, ir em frente ou retroceder, falar na superfície através das cores.

    A poesia e o canto trazem o ritmo matemático, ascendentes e descendentes de forma linear, à partir do chakra da garganta, se tornando menos rígido para chegar ao chakra do terceiro olho onde os ritmos são mais sutis.


    MATERIAL METODOLOGIA

    Dependendo da pessoa, aplica-se uma seqüência ou um tipo de arte diferente havendo casos específicos, em que a harmonia é desenvolvida com escultura, pintura, poesia e canto, quebra-cabeça, mosaicos em sessões diferentes e sucessivas.

    Todas as técnicas permeiam todos os corpos em diferentes porcentagens, cabe ao terapeuta identificar o conteúdo aflorado, baseando-se no estudo das emoções, atitudes, padrões, postura, meridianos e os centros de energia, exemplo:

    Música: Corpo astral – Eu - chakras da garganta, 3o olho, coronário.

    Pintura: Corpo etérico – chakra do coração.

    Plástica: Corpo físico – chakras do plexo, umbigo, básico.

    Sons: Trabalha forças verticais do homo erectus.

    Visão: Trabalha forças do futuro e passado, para frente e para trás

    Tato: Trabalha forças da vivência e lateralidade, direita/esquerda.

    Só seres humanos que tem o privilégio de perceber às três dimensões e trabalhá-las de maneira de reaproxima-las 4a dimensão do espírito. Assim temos reflexos das atitudes da alma, de como elabora as percepções para transformá-la em atos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 11:20


    WATSU - JAHARA - INTEGRAÇÃO CORPORAL TERMO-AQUÁTICA Holística 2005

    WATSU - JAHARA - INTEGRAÇÃO CORPORAL TERMO-AQUÁTICA
    Holística 2005


    DENISE BUFARAH CARONI
    Terapeuta Holística
    CRT 23445

    Introdução

     


    Material e Metodologia

    O atendimento é individual, realizado em piscina construída especialmente para a prática dessas terapias, em sala fechada e condições ideais de temperatura . O tempo aproximado de cada sessão é de 50 minutos, sendo aconselhada a prática semanal, para a obtenção de melhores resultados.

    Sendo a água aquecida à temperatura próxima a do corpo, recria-se um ambiente semelhante ao útero materno, fazendo com que a pessoa sinta-se acolhida, protegida e em paz consigo mesmo.

    Resultados

    JAHARA TECNIQUE e WATSU tem como objetivo proporcionar uma liberdade corporal permitida somente no meio aquático,é um trabalho suave de efeito surpreendentemente profundo e de grande potencial terapêutico, que alivia tensões e rigidez musculares.

    Melhora consideravelmente o sistema motor (coordenação motora), pelo fato de movimentar o corpo inteiro à medida que se alonga uma perna ou um braço, reduzindo a resistência encontrada quando se trabalha um membro isoladamente, onde cada movimento flui naturalmente para o seguinte e não há como prever o que virá depois e formar resistências, permanecendo o corpo em contínuo movimento, como uma dança.

    Sendo praticada semanalmente fortalece a musculatura, melhora a flexibilidade, mobilidade e sistema circulatório.

    É indicada para crianças hiperativas, com sono agitado, dificuldades de aprendizagem, comportamento agressivo, ou mesmo medo exagerado de água, já que não é necessário saber nadar . Tem-se obtido bons resultados em relação a esses casos, acalmando a criança e favorecendo a interação social.

    Para pessoas da terceira idade, que nunca deixaram de ser crianças, esta terapia é excelente, porque propicia um maior número de movimentos e alongamentos, melhora a flexibilidade, circulação, fortalece a musculatura, e relaxação, promovendo um bem-estar físico, mental e emocional.

    Para as gestantes é de importante auxilio na preparação para o parto, promove um alívio das dores, principalmente nas costas, reduz o patamar de cansaço, relaxando a mãe, o bebê se acalma,melhorando a sua oxigenação.

    Muitas gestantes após passarem por esta experiência, afirmam sentirem-se um bebê carregando outro bebê.

     


    Discussão

    Esta técnica é facilitadora para que as pessoas em contato com a água, descubrem leveza nos movimentos, ampliação de seu espaço corporal e também de seu espaço interno, a nível de emoções e sentimentos de maior confiança, com reflexos na interação social.

    A água, meio líquido, quente e calmo, já tem seus benefícios por si só, apenas entrando em contato com ela, associada a essas técnicas, é de grande ajuda no alívio de dores em geral e recomendada para pessoas com estresse, tristeza, ansiedade, medo e insônia.


    Conclusões

    Este trabalho destina-se a pessoas que buscam auto-conhecimento, crescimento pessoal , harmonia corpo-mente, permite um contato profundo consigo mesmo. A água se torna extensão do nosso corpo, fazendo-nos sentir um só com o todo, com o Universo.





    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

     


    O nome WATSU é a fusão das palavras Water (água) e Shiatsu (pressão com os dedos). Foi desenvolvida a partir do Zen Shiatsu por Harold Dull no início dos anos 80, na Califórnia.

    O WATSU, assim como o JAHARA, são técnicas de terapia corporal praticadas em água morna (piscina aquecida a 35o C ) , onde o praticante, não precisa saber nadar pois flutuando com o rosto fora d’água , deixa-se conduzir pelo seu terapeuta através de movimentos suaves e alongamentos, levando-o a um relaxamento profundo.

    JAHARA TECNIQUE se diferencia do WATSU pelos movimentos e pelo uso do flutuador, enfatizando mais a região lombar da coluna vertebral. Tem como fundamento o alinhamento da estrutura músculo-esqueletal, combinada com movimentos específicos, atua nas articulações descomprimindo o sistema nervoso, provocando uma sensação de relaxamento e bem-estar.

    As duas técnicas são usadas simultaneamente nas sessões.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 11:23


    TERAPIA CORPORAL INDIANA Holística 2005

    TERAPIA CORPORAL INDIANA
    Holística 2005


    Celi Aparecida Coutinho
    Terapeuta Holistica
    CRT 21270

    TERAPIA CORPORAL INDIANA
    KARANYASABHUTASUDDHIKOSHAPRANAPRATISTHA
    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque.

     


    4. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE OS CHAKRAS

    Chakras são centros energéticos que trabalham em sintonia entre si e com todo nosso corpo físico e psíquico, estando inter-relacionados com os sistemas parassimpático, simpático e sistema nervoso autônomo. Sua função é vitalizar, equilibrar e interagir com o corpo físico e o corpo psíquico, trazendo o desenvolvimento para a consciência.
    Chakra é a denominação sânscrita dada aos centros de força existentes nos corpos energéticos do homem; também são chamados de lótus ou rodas. O seu fluxo de movimento caminha por canais sutis denominados de nadis e seus canais principais são Sushumna, Ida, Pingala,
    O chakra básico - Muladhara – assenta o mundo dos instintos - consciente.
    O chakra energético - Svaddhisthana – é a entrada no inconsciente - novo nascimento se assim podemos dizer.
    O chakra plexo solar - Manipura – assenta as emoções – paixões e o inferno produzido por si próprio.
    O chakra cardíaco - Anahata - começo do self – sentimento - pensamento e valores.
    O chakra laríngeo - Vishuddha - reconhecimento da independência da psique - pensamento abstrato – conceitos - produtos da imaginação.
    O chakra frontal - Ajña - união do self no todo, não no ego.
    O chakra coronário – Sahasrara – É o suporte do próprio SER.

    Veja abaixo os setes chakras principais, suas funções, cores e localização.
    1o. Muladhara Chakra – (Básico)

    Este é o chakra que nos conecta às energias de terra, que nos enraíza. É a sede da Kundalini.
    Localização: Entre o ânus e os genitais, base da coluna vertebral.
    Propósitos: Sentimentos sinestésicos, movimento.
    Lição espiritual: Interagir com o mundo material.
    Em desequilíbrio: Irritação, raiva, medo de viver, apego excessivo e pouca auto-estima.
    Em equilíbrio: Confiança na vida, segurança pessoal, satisfação, estabilidade, força e coragem interior e bastante auto-estima.
    Informações armazenadas no chakra: Convicções familiares, superstições, lealdade, instintos, prazer físico, dor, toque.

    2o. Svaddhisthana Chakra – (Energético)

    Localização: Quatro dedos abaixo do umbigo.
    Lição espiritual: manifestação, aprender a "deixar fluir".
    Em desequilíbrio: - Ciúme, possessividade, instintos reprimidos, tensão, tristeza.
    Em equilíbrio: Fluidez natural da vida em todos os sentidos: corpo e mente, entusiasmo, ações produtivas, franqueza, naturalidade.
    Informações armazenadas no chakra: Dualidade, magnetismo, controlando padrões, sentimentos emocionais (alegria, raiva, medo).

    3o. Manipura Chakra - (Plexo solar)

    Este é o chakra do centro do poder pessoal.
    Localização: Em média cinco dedos acima do umbigo (mas precisamente no centro do estômago).
    Propósitos: Entendimento emocional
    Lição espiritual: Aceitação de seu lugar no fluxo de vida (amor-próprio).
    Em desequilíbrio: Tendência a moldar tudo sob seu próprio ponto de vista, egoísmo, inquietação, insatisfação, descontrole, nervosismo, ansiedade, falta de concentração, medo de novas experiências e medo de rejeição.
    Em equilíbrio: auto-estima, sensação de paz e harmonia, aceitação da vida e do próprio crescimento, autoconfiança, valorização das riquezas interiores e exteriores.
    Informações armazenadas no chakra do plexo solar: Poder pessoal, personalidade, consciência do próprio ser dentro do universo (senso de pertencer).

    4o. Anahata Chakra – (Chakra cardíaco).

    Este chakra é o centro da essência divina, do amor universal, inclusive é o que equilibra ou desequilibra os três primeiros com os três últimos chakras.
    Localização: No centro do peito.
    Propósitos: Abnegação, amor universal, perdão e paz.
    Lição espiritual: Perdão, amor incondicional, deixar fluir, confiança, compaixão.
    Em desequilíbrio: doação excessiva de si, desespero, ódio, inveja, medo, ciúme, raiva, depressão, angústia, indiferença, brutalidade e frieza.
    Em equilíbrio: Amor, compaixão, confiança, inspiração, esperança, generosidade, solicitude, calma, alegria, equilíbrio.
    Informações armazenadas no chakra do coração - conexões com aqueles que amamos, amor incondicional.

    5o. Vishuddha Chakra – (Chakra laríngeo)

    Este chakra é a fonte da expressão e comunicação criativa.
    Localização: na garganta aproximadamente um dedo abaixo do pomo de Adão.
    Propósitos: Aprender a assumir responsabilidade pelas suas próprias necessidades, ressonância do ser, comunicação e expressão.
    Lição espiritual: aprender a render-se à vontade divina, fé, verdade sobre a decepção.
    Em desequilíbrio: Dificuldade de se mostrar e expressar-se, tomar decisões. Insegurança, crítica, timidez, medo da opinião alheia e falta de autoridade.
    Em equilíbrio: Livre expressão de pensamentos, conhecimentos e sentimentos; criatividade na comunicação, voz potente e clara, eloqüência, capacidade de ouvir com atenção e com o coração honestidade interior, fé, vontade, sensação de total integridade.
    Informações armazenadas no chakra da garganta: Autoconhecimento, verdade, atitudes, audição, gosto, cheiro.

    6o. Ajna Chakra – (Terceiro olho)

    Este chakra é o centro dos poderes psíquicos.
    Localização: No meio da testa, entre as sobrancelhas.
    Propósito: Intuição e autoconhecimento.
    Lição espiritual: Entendimento, não identificação, mente aberta.
    Em desequilíbrio: Rigidez mental, racionalidade excessiva, vaidade em relação a própria inteligência, medo da verdade, confusão, fixação em determinadas idéias.
    Em equilíbrio: Agilidade mental, visualização desenvolvida, transcendência, abertura da intuição e visão interior, discernimento, inteligência emocional, conceito de realidade, capacidade de ver além das formas físicas.
    Informações armazenadas no chakra do terceiro olho: Ver com clareza e sabedoria, sabedoria, intuição, intelecto.

    7o. Sahasrara Chakra – (Chakra da coroa)

    Este é o chakra que nos conecta com a energia divina.
    Localização: No topo da cabeça
    Propósitos: Sabedoria intuitiva, conexão para a espiritualidade, integração com o todo.
    Lição espiritual: Espiritualidade, viver o momento.
    Em desequilíbrio: Falta de propósito, perda da identidade, medo de estar só, sentimento de separação do próprio "eu" transmitindo bloqueio aos demais chakras.
    Em equilíbrio: Descoberta do divino, facilidade para acessar diretamente o conhecimento superior a partir da conexão com o "eu universal", confiança, abnegação, humanitarismo, habilidade para ver o todo no fluxo de vida, devoção, inspiração, valores, éticas. Irradiação da vida com total plenitude e pureza.
    Informações armazenadas no chakra da coroa: Integração e conceito do todo.


    KUNDALINI - A energia vital básica reside no centro básico (muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida manifesta-se pelos Chakras produzindo poderes:

    1. ANIMA (exigüidade). Esta é a faculdade que permite identificar-se com a essência da menor parte do universo e do que ele mesmo é constituído. Permite ver o infinitamente grande (Mahima) ou, ao contrário, o infinitamente pequeno (Anima).

    2. MAHIMA (magnitude). Este é o poder de aumentar de volume, quer dizer, de alargar o círculo de sua consciência e de alcançar a plenitude do conhecimento do infinitamente grande.

    3. GARIMA (gravitação). Isto é relativo ao peso e à massa, e se aplica à lei de gravitação que é um dos aspectos da lei de atração. Este fenômeno é à busca dos yogues, ou seja, o estado de Samadhi.

    4. LAGHIMA (levitação). Esta é a possibilidade que tem o adepto de tornar-se mais leve que o ar, afastando a força de atração da Terra, e de desligar-se dele.

    5. PRAPTI (realizar o objetivo). Aquele que possui este poder tem a capacidade de atingir seus fins projetando sua consciência em todos os lugares que ele julga necessários, quer estejam sobre o plano físico ou sobre o plano cósmico. Este poder foi sempre muito utilizado pelos místicos do mundo inteiro. Prapti desenvolve também a clarividência, clariaudiência e telepatia.

    6. PRAKAMYA (a vontade irresistível). Este poder confere ao adepto a possibilidade de ver realizarem-se todos os seus desejos pela força da vontade divina, quando esta vontade substitui, em parte, a vontade pessoal e seus desejos estão em perfeita harmonia com o plano divino.

    7. VASITVA (o poder de comandar). É o poder de tornar-se mestre das forças elementares da natureza, utilizando o poder do som criador ou mantra. Pela palavra sagrada, as vibrações são produzidas no éter e as diversas formas podem ser produzidas. Ato utilizado em grande feitos de magia.

    8. ISATVA (o poder criador). Isatva se refere ao poder que tem o adepto de dispor dos elementos em suas cinco formas e de ressuscitar a vida no plano físico.

    Estes elementos mencionados no item acima são de caráter de curiosidade e conhecimento. Estes aspectos devem se desenvolver através de prática específica para o desenvolvimento das energias de cada chakra.
    A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

     


    5. MÉTODO

    A terapia corporal Indiana é aplicada da seguinte forma:
    É necessário preparar o cliente como em qualquer outra técnica de terapia corporal, como quiropraxia no intuito de realinhamento vertebral para que se possa aplicar este método. É de suma importância que as vértebras estejam realinhadas, pois ela será o canal de passagem energético do trabalho sutil e de insuflação de energia.
    A técnica da Terapia Corporal Indiana consiste em colocar o cliente confortavelmente na posição de decúbito frontal, com música suave, incenso e aroma no ambiente, luzes de tons azul ou violáceo, para permitir a conexão de relaxamento. O terapeuta se colocará numa posição centrada de respiração rítmica procurando ao toque identificar a respiração do cliente, induzindo-o a um estado de respiração lenta e continuada até que a sintonia do cliente e do terapeuta esteja fluente. Depois deste momento as manobras são aplicadas em movimentos circulares dos pés em direção ao topo da cabeça e no momento em que for mudar a mão na posição do corpo, manter sempre a mão esquerda posicionada ao corpo do cliente para que ele não se sinta abandonado. Os movimentos são estritamente leves, apenas para que a energia possa fluir livremente pelos canais sutis denominados de nadis. Feito isso, sem perder o contato com o cliente, virá-lo para a posição em decúbito dorsal, trazendo a energia da mesma forma circulante em direção aos pés. As manobras poderão ser servidas de um óleo aromático constituído de rosa, sândalo e jasmim com o intuito de proporcionar a sutilização energética, preparando a pessoa para a recepção do mantra que será entoado a seguir.
    Terminando as manobras, o terapeuta se sentará ao lado do corpo do cliente sem perder o contato e com toques com as pontas dos dedos indicador e médio unidos um ao outro sempre tocando o centro de cada chakra, insuflando os bijas mantras (semente dos chakra) até que venha se posicionar sentada em frente ao topo da cabeça do recebendo. onde serão inflados mantras dos elementos com a função de consagração ou seja o cliente estará recebendo um diksha (um fluxo energético divino de iniciação), findando esta etapa deverá induzir o cliente em relaxamento falado com música de fundo sempre levando a se reconhecer como ser perfeito.

    CONCLUSÃO

    Esta terapia corporal não tem intenção de debelar desequilíbrios físicos e sim desequilíbrios energéticos que na verdade onde se concentra a verdadeira dificuldade do ser humano. Apos receber o diksha da maneira corrente o cliente terá sido codificado no seu corpo espiritual e sempre será levado a ponto do seu equilíbrio, mesmo que nunca mais receba esta técnica. Mas para que isto ocorra, é necessária a aplicação de pelo menos 10 sessões para o realinhamento dos chakras. Estamos acostumados com vicissitudes da vida. Portanto, enquanto não absorvido a energia, o chakra não se equilibra. Por isso, há necessidade de repetições.
    Peço a gentileza de acessar o site www.racth.com.br. Para que possa se conhecer com mais detalhes esta técnica (a partir do mês de junho).



    BIBLIOGRAFIA

    El poder serpentino
    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)
    Editora Kier
    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.
    Harishi Johari
    Editora Bertrand do Brasil.
    Em relação a Terapia Corporal Indiana – trabalho idealizado após curso com o Prof. Levi Leonel em 1983 – Rio de Janeiro.



    1. INTRODUÇÃO
    A Terapia Corporal Indiana é uma técnica codificada através de preâmbulos advindo do livro denominado de Tantra, ensinando princípio comportamental de vida, onde o objetivo principal é um processo de higienização da mente, do corpo físico e do corpo emocional através de forma ritualística; incluindo o comportamento sexual ritualístico e metafísico. O toque é a parte principal do ritual maithuna (ato sexual metafísico), sendo que os contextos deste toque (dikshas) foram transformados em uma técnica de Terapia Corporal sensibilizatória com o intuito de promover equilíbrio energético através do mantra, aroma, pranáyáma e manobras sutis corporais de forma circular para reconectar e polarizar a energia da pessoa que está para receber o diksha (toque) levando a mesma ao conhecimento do seu EU INTERIOR.


    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

    TERAPIA CORPORAL INDIANA TÂNTRICA
    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha:

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque.

    Insuflar energia no corpo, limpando os elementos astrais com a identificação do toque.
    Foi desenvolvida com a finalidade de integrar os nossos sete corpos básicos, alinhando-os e purificando-os para que exerçam sua função da autoliberação da consciência. Em outras palavras, a Terapia Corporal Indiana Tântrica proporciona um encontro entre os elementos constitutivos do homem e os elementos essenciais do Ser.
    O homem é terrestre, telúrico, corporal, o qual se expressa através de uma personalidade social, e sétuplo, testemunho incognicível do Cosmos e do Ser-persona, onde está o Purusha.
    O Purusha é o verdadeiro ser interior. Aquele que está acima e dentro do corpo, do etérico, do emocional, do mental, do intuitivo e dentro do espiritual. Domina todo ele, passivamente, aglutinando-os, mas não interferindo; organizando-os de modo não-perceptível.
    Ao conjunto dos corpos sutis, tais como: emocional, telúrico, mental, intuicional e espiritual, dá-se o nome de psico-corpo. De modo geral, podemos chamá-lo de corpo psíquico, embora o termo não condiz com a totalidade do significado.
    Esse corpo pode sofrer mudanças tanto benéficas quanto maléficas, dependendo de como nos comunicamos com ele. Ele sente os reveses do meio ambiente na forma de stress emocional, mental e sexual, influindo diretamente no corpo físico a nível neuro-muscular, cristalizando-se numa gama imensa de reflexos.
    Num esquema simples, poderíamos dizer que ao aplicarmos as manobras da terapia corporal no corpo físico, atuaremos também no psíquico. Esse procedimento se movimenta em ondas, do físico para o energético e para o emocional, do emocional para o mental, do mental para o intuitivo. Daí em diante então poderá se manifestar o Purusha. O ponto principal de atuação nesse corpo psíquico. É através da respiração e dos mantras que será insuflado durante o toque físico, usando como ponto principal os chakras para aportar o fluxo de energia emanada durante o procedimento de aplicação.
    A Terapia Corporal Indiana surgiu do principio filosófico tântrico derivado da técnica do maithuna (ato sexual metafísico) que em sua primeira importância é adquirir sabedoria deixando de ser um ato sexual carnal para algo absolutamente transcendental.
    A técnica desta terapia corporal consiste em deixar o ser humano mais sensibilizado e com a sua libido mais ordenada, podendo transmutar esta energia no dia-a-dia em forma de pensamento, em forma de trabalho ou em forma de expressão harmoniosa.

    3. PRINCÍPIO FILOSÓFICO DE ORIGEM
    Tantra é um termo masculino, como em geral acontece nas palavras terminadas em "a" no idioma sânscrito. Tantra origina-se das palavras TANOTI (expansão) e TRAYATI (consciência), evocando a possibilidade de crescimento da consciência através do Sadhana (prática). A palavra também pode significar "livros". Livros onde são ensinados exercícios, história, ciência, filosofia, atitudes de higiene física e mental, bem como, modo de vida, sexualidade e atuação social. Todo tratado sistemático concernente à prática que leva à "expansão do ser" está representado pela raiz TAN (de estirar ou estender) e o sufixo TRA (instrumentalidade), obtêm então a palavra TAN-TRA, ou seja, literalmente, "instrumento de expansão" do campo de consciência comum, para alcançar a supraconsciência, raiz do Ser e receptáculo dos poderes desconhecidos que o tantra pode despertar e utilizar.
    No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas. Já conheciam a atração interplanetária, a luz e sua velocidade, extensa teoria a respeito do calor, da gravitação, dos Nakshastras (casas lunares), bem como o ano lunar e solar. Enquanto as outras culturas do mundo ainda engatinhavam, na Índia se desenvolvia a ciência do som (sphotavada).
    Toda a sistemática do Tantra se desenvolve principalmente através dos Tatwas (elementos: terra, fogo, água, ar e éter) que derivam a força de consciência macrocósmica. A Terapia Corporal Indiana Tântrica se desenvolve através de elementos físicos para dar ordem a elementos mais sutis. O resultado será de uma consciência pura, da energia de ação, energia de conhecimento. Traduzindo; É a recepção do ato de consagração, absorvido pelo fluxo de energia desprendido da entoação dos mantras e, portanto serem o verdadeiro diksha (toque divino).
    O Nyasa (identificação): neste caso tem uma série de características especiais. Entre elas:

    a) identificação com várias partes do corpo físico.
    b) identificação com várias partes dos corpos sutis.
    c) identificação visual (auditiva externa ou interna) dos vários sons primordiais (bija-mantras ou mantra semente).
    d) identificação interior com as deidades envocadas.
    Por isso a Terapia Corporal Indiana é muito sutil e transcendental, a importância dela jamais será no corpo físico e sim no corpo espiritual. Depois de algumas sessões a pessoa que estará recebendo a energia passa ser um verdadeiro iniciado, mudando completamente seu padrão vibratório energético.
    Num período muito curto ele perceberá que suas ações já não serão mais a mesma, ou seja, o ponto foco de clareza de um objeto emocional ou racional à sua frente passa ser enfrentável. Não sendo mais um grande obstáculo de 10 metros de altura, simplesmente é um obstáculo, mas, com 2 metros, ou seja, é possível pensar como transpô-lo.
    Vamos relembrar ou conhecer os chakras que é a ponte principal para a passagem de energia aplicada nesta técnica.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 11:25


    NUMEROTERAPIA: O reequilíbrio energético através da codificação numerológica pessoal Holística 2005

    NUMEROTERAPIA: O reequilíbrio energético através da codificação numerológica pessoal
    Holística 2005


    Celi Aparecida Coutinho
    Terapeuta Holística
    CRT 21270

    1 . INTRODUÇÃO

     


    4 – GRADE

    A análise do mapa numerológico, além de revelar vários aspectos da sua personalidade, vai mostrar também a relação com as cores e como você pode utilizar para a sua saúde.
    Como eu já expliquei, os números que se repetem no seu nome podem trazer um desequilíbrio na energia que ele representa.

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    a

    b

    c

    d

    e

    f

    g

    h

    i

    j

    k

    l

    m

    n

    o

    p

    q

    r

    s

    t

    u

    v

    w

    x

    y

    z

     


    Números 1 2 3 4 5 6 7 8 9
    Excesso se for acima: 3 2 3 2 3 2 1 1 3
    Se você tiver excesso da energia do nº 1 representado pelas letras AJS e que equivalem à cor VERMELHA ou das letras GPY, que equivalem à cor VIOLETA.
    Você vai utilizar a cor, o aroma e o floral para equilibrarem a energia que você não tem e evitar quando essa energia é dominante... Você só vai usar quando precisar dela.
    A cor ausente deve ser utilizada sempre que vamos iniciar um projeto novo (de acordo com a característica do número, um encontro ou até quando precisamos de uma energia adicional para superar tristezas, depressão, dar impulso às ações que forem executadas).


    5. MÉTODO

    É uma técnica desenvolvida por mim depois de muito tempo de consultório observando nesses 15 anos as reações dos clientes, quando utilizada alguma técnica de cartazes que normalmente poderá ser provocada até mesmo pelo floral, ou seja, um certo bloqueio que dificulta o desenvolvimento do trabalho, portanto, já há mais de 10 anos que utilizo ferramentas como a Quirologia e a Numerologia para sair em busca de caminhos para induzir melhor o processo terapêutico. Se o cliente tivesse a noção exata do que ocorre consigo, talvez não viesse procurar pela Terapia Holistica. Normalmente ele procuraria por situações já somatizadas e mal ocorre um resultado a tendência dele e para porque já se sente melhor "fuga" daquilo que seu inconsciente indica como forma de transpor obstáculos, mas geralmente o medo impede (aparente) vindo os sintomas ocorrerem mais no futuro. Sendo que se tivermos ferramenta que falem de sua essência, o resultado será mais intenso e completo, e dificilmente teremos alguém dizendo assim: - Fiz terapia holistica por um tempo, mas, depois voltaram os mesmos problemas, porque na verdade se eliminou o aparente e não a essência do problema. Foi daí que resolvi denominar este trabalho de Numeroterapia. É através deste método, como já mencionei, que avalio os meus clientes e delineio o seu atendimento. Com resultado muito rápido, encurtando o período de atendimento; às vezes em até 6 meses. Depois de adotar esta forma de trabalho, nunca perdurou um cliente por mais de 10 meses, ficando na opção, o que com freqüência ocorre, o retorno do cliente somente para um processo de terapia corporal, que na maioria das vezes as pessoas necessitam simplesmente do aspecto relaxar.
    A numeroterapia consiste em observar no mapa os aspectos que se encontram em desequilíbrio, analisando quando ocorrem números karmáticos na expressão, na imagem, na essência, no número poderoso, na estrada da vida, na grade numerológica quando há números ausentes (A grade representa a missão de vida que a pessoa herdou através do seu nome), e, principalmente, na pirâmide.
    Ao olharmos um mapa em seu resultado final, não é suficiente para tirarmos a conclusão de desequilíbrio. São esses pontos que irão concluir realmente o que ocorre. O resultado de qualquer parte do mapa poderá ser excelente, mas quando derivado de um número kármico, ele automaticamente representa obstáculo que a pessoa terá que tomar consciência e trabalhá-lo. É nesse caso que encaixa a numeroterapia, ou seja, cada número tem sua própria cor regente, sua pedra, seu aroma, os florais (somente quando se observa que o consulente apresenta dados emocionais negativos da característica numerológica de forma acentuada).

    7. Como deverá ser procedido com o consulente?
    No momento da anamnese, prepara-se o cálculo básico do consulente em busca de números que estejam em desequilíbrio. Calculando a pirâmide, ela trará aspectos que somente concerne ao modo do consulente encarar a si próprio. Ou seja, a pirâmide não traz características do caráter, personalidade, missão e estrada a ser seguida. Ela indica os caminhos naturais positivos que a pessoa terá que seguir, e quais são os obstáculos gerados durante períodos de nove anos (não tem nada a ver com os ciclos) que se inicia no momento do nascimento até aproximadamente 81 anos de idade. Esta idade é fixa, mas os números flutuantes em períodos entre as idades é que irão traçar, na verdade, a forma como o consulente poderá caminhar. Terapeuticamente é neste ponto que vamos encontrar a forma de trabalhar com o consulente. A pirâmide facilita para sabermos se é karmático ou se simplesmente emocional, facilitando assim as técnicas coadjuvantes.
    Por que este trabalho está sendo denominado de numeroterapia, já que serão utilizados de caminhos como os fitoterápicos, alimentar e aromático para auxiliá-lo? Porque, na verdade, o processo terapêutico é trabalhar a vibração que temporariamente se encontra negativada. Todo número deverá ser vivenciado pelos aspectos positivos e sua influência é tão forte que há casos que pequenas mudanças no nome farão com que a pessoa mude completamente e de forma aparentemente positiva, apesar de que a minha opinião é que o nome não deve ser mudado, e sim aproveitado do seu próprio aspecto vibratório de nascimento. Ex. Utilizar somente o primeiro e o segundo nome; nem sempre é aconselhável usar o sobrenome a não ser que o seu conjunto seja positivo, principalmente no âmbito profissional. A mudança de nome de forma radical ou troca de letras fará com que viva apenas outra vibração e, portanto, não deixará de estar inserido o lado negativo, portanto, profissionalmente, o consulente poderá se destacar, mas no âmbito pessoal, amor, por exemplo, poderá se desequilibrar totalmente e é simplesmente pelo fato de estar vivendo uma nova vibração.
    Eu, particularmente, gosto de acreditar na simples estória de que em algum lugar do registro akashico(cosmos) no dia em que você recebeu seu quinhão de missão para nascer, você escolheu a cidade, o país e principalmente a raiz familiar. Não é simplesmente um ato de "fazer amor" dos pais que concebe uma criança e sim a sincronia da criança com aquela família para que ela possa galgar seu caminho.


    6. INTERPRETAÇÃO

    Para concluir e entendermos como funciona a numeroterapia escolhi um nome para usá-lo como exemplo.
    Cálculo Básico como complementação de anamnese:
    Expressão - Personalidade
    F L Á V I O L E O N E L D E S O U Z A
    6 3 1 4 9 6 3 5 6 5 5 3 4 5 1 6 3 8 1
    29 27 9 19
    11 9 9 1 = 30 = 3

    Imagem
    Derivado das consoantes
    6 3 4 3 5 3 4 1 8
    13 11 4 9
    4 11 4 9 = 28 = 10=1

    Essência
    Derivado das vogais
    1 9 6 5 6 5 5 6 3 1
    16 16 5 1
    7 7 5 1 = 20 = 2

    Estrada da vida = data completa de nascimento 21/05/1980
    2+1+5+1+9+8+0 =26 = 8

    Número do destino
    3 + 8= 11 É um número mestre terá como destino o princípio da intuição aflorada e terá que ensinar para as pessoas.

    Grade
    1 2 3 4 5 6 7 8 9
    3 0 4 2 4 4 0 1 1

    Neste caso temos ausência do "2" que produz dificuldade familiar, desequilíbrio emocional a ponto de se sentir como se fosse perseguido o tempo todo, tendência à baixa estima.
    Ausência do número "7" que indica a falta de fé, é o tipo São Tomé, só acredita quando prova. Dificuldade para administrar a paranormalidade que acontecerá espontaneamente. Como não acredita em nada que é de ordem energética terá muita dificuldade para administrar se tornando triste.
    Pouco número "8" dificuldade com o materializar os objetivos.
    Pouca vibração do número "9" terá dificuldade em abrir o coração, terá medo de se envolver com qualquer projeto.
    Não há excessos exatamente nesta grade os números "3, 5 e o 6" passaram um pouco mas neste caso é até interessante para que se possa fluir com objetivo de vida.
    O número "1" está equilibrado em termos de grade isso é quase uma raridade, portanto, o Flávio terá os impulsos de forma comedida e administrada. Isso facilita para absorver um processo terapêutico.

    PIRÂMIDE


    * Ocorrência de número mestre pertencente ao corpo da pirâmide.
    **Ocorrência de número karmático no corpo da pirâmide.
    *** Ocorrência de resultados com números mestres.
    **** Ocorrência de resultados com números karmáticos.


    Resultado do fundo da pirâmide:
    1. Individualidade e iniciativa. Pessoa solitária e independente reconhecida pelo seu jeito único.
    Resultado no corpo central do topo da pirâmide
    11. São vários período em que a vibração estará para o reconhecimento público, a inspiração e a cooperação estarão eminentes para esta pessoa, mas serão períodos que ocorrerão de forma complicada porque aparecem no topo da pirâmide e os números correspondentes ao topo são obstáculos por isso necessitará de apoio terapêutico porque é provável que se não tiver este tipo de estímulo poderá passar desapercebido pela vida.

    Dezena tanto no topo como na parte inferior da pirâmide.
    14. A energia da libido ativa traz competições e compromissos sociais, podendo, conforme a idade, ter um processo de sexualidade completamente aflorado.
    Na parte inferior ele entra como positivo as competições e os compromissos sociais.
    Na parte superior ele entra como obstáculo, devido a idade que estará ocorrendo será atingida na sexualidade, o número "5" que é o resultado do "14" é pura sexualidade. Isto poderá causar compulsão sexual, devido a ansiedade que será gerada pelas oportunidades que aparecerão.

    16. É uma vibração que produz mudanças radicais e dolorosas, reflexão interior, fatalidades.
    Esta dezena aparece na parte inferior. Apesar de aparecer de forma positiva, o "16" é um número karmático e por si só complicado de vivenciá-lo. No caso do nosso exemplo, aparece na faixa entre 43 e 45 anos, que normalmente se tem para a concretização do planejado e uma vibração de como esta fará com que tudo fique muito lento e cheio de obstáculos e, conseqüentemente, atingirá o mental e o emocional de forma negativa, trazendo característica de falta de estímulo, ansiedade para ver resultado monetário na vida, podendo agir de forma inescrupulosa e inconseqüente.
    O numero "13" aparece nos resultados que se forma "4" = trabalho, realização, mas advindo do "13" significa grandes obstáculos de realização.
    Então para concluirmos a anamnese do Flávio Leonel de Souza.
    Aqueles que entendem de numerologia percebem que o resultado da base numerológica do Flávio - Expressão 3 – indica expressividade, criatividade, domínio da fala, capacidade até mesmo de ser reconhecido em literatura.
    A Imagem =1 – Indicando equilíbrio de ação em sua aparência, até porque a sua grade contém o "1" em absoluto equilíbrio. As pessoas terão uma imagem do Flávio de alguém altamente equilibrado.
    A sua Essência (desejo interior está negativa devido à ausência do dois na grade trazendo dificuldade familiar) demonstra que ele deseja ter família, viver em harmonia sem muitas mudanças.
    A Estrada da Vida diz que o Flávio é bastante materialista, precisa estar sempre à frente de grandes negócios, não gosta de administrar coisas pequenas, tudo para ter sucesso na vida, mas o fundo da pirâmide indica dificuldades para realizar isto devido a presença do "16 = 7" e em sua grade ele está ausente tornando-o mais negativo ainda.
    O Destino do Flávio é necessariamente ser uma pessoa mística e religiosa. Terá que aprender a equilibrar o seu lado intuitivo, deverá se envolver no mundo esotérico para conseguir concluir muito bem na vida, até porque o "11" aparece na parte inferior da pirâmide confirmando que seu destino realmente é este, mas também aparece na parte superior indicando que é o seu principal obstáculo. Sabe o ditado "se correr o bicho pega e se ficar o bicho come" ? É simplesmente a situação do nosso amigo Flávio. Terapeuticamente falando, dá um bom período de tratamento, porque são aspectos nada simples de se resolver. É o caso clássico do cliente que chega num ponto e o desenvolvimento terapêutico para. Aqui tudo facilita porque como terapeuta podemos ir ao fundo da questão.

    8. Indicação de tratamento
    Em termos de floral ele necessitará tomar Aspen (para fazer a transformação do negativo surreal e trabalhar o seu lado místico), Mustard (para transpor o efeito do "16" de nuvens negras repentinas). Clematis (para assentar as energias e obter concentração). Honeysuckle (para trabalhar o efeito do quatro derivado do "13" o ato de ficar preso ao passado).

    Em termos de cromoterapia poderá usar de cores amarelo para sobressair à criatividade e a expressão, e o rosa para acalmar e dar concentração. O laranja sempre que perceber o efeito do número "2" mesmo o que vem derivado do "11", para absorver energia. O verde para trabalhar a freqüência do "4", derivado do "13" ou seja, equilibrar e renovar as energias.
    Em termos de aromaterapia de preferência utilizá-lo em forma de perfume contendo as essências de sustentação (aspecto positivo do mapa) e essência de transformação (regente dos aspectos negativos). Porque em perfume, par facilitar o uso que deverá ser usado por um período relativamente longo ou até que sinta que os aspectos negativos se dissiparem. Normalmente recomendamos o uso por quatro meses, parar por um mês e observar o que se dissipou.
    2 - Jasmim.
    11 – Âmbar.
    13 - 4 - Couro da Rússia, vetiver.
    14 – Jacinto.
    16 - Violeta, patchouli.

    9. CONCLUSÃO

    Como podemos observar, a numeroterapia é uma técnica complementar a qualquer outro processo terapêutico, no intuito de conquistar uma maior absorção do trabalho que está sendo feito com o Cliente.




    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.


    A numerologia é uma técnica de sincronicidade que já existe há pouco mais de 11.000 anos, sendo modernizada através dos séculos e sua influência principal é de característica grega. Pitágoras foi o Pai da matemática e da Numerologia que hoje conhecemos, nascido no ano 580 a.C.
    Pitágoras traduziu a importância do ciclo que vai do número "1" para o número "9", chegando à perfeição com o Número 10.
    Como exemplo e terminar esta introdução, sabemos que a vida começa com a gravidez, que é um ciclo de 9 meses e a vida (perfeição) é manifestado no 10º mês.

    2 . SIGNIFICADO GERAL DE CADA NÚMERO

    1. - É individualista. Um líder. Deseja ser independente.
    2. -Serve como equilíbrio, em face de forças contrárias. É pacificador, tímido, sensível e diplomático nunca gosta de ser o líder.
    3. - Expressões orais, escritas ou faladas é o seu lema e sempre unindo ao prazer. Focaliza a solução, não o problema.
    4. - Sempre com os pés na terra. Gosta da disciplina e da ordem. É sistemático.
    5. - A liberdade. A mudança lhe é constante e necessária, sempre sedento de curiosidade. Quer tentar pelo menos uma vez tudo. É aventureiro.
    6. - Representa a família.
    7. - É um intelectual, um pensador. Quando precisa saber algo se torna um especialista.
    8. - Sempre trabalha arduamente; está interessado mais no dinheiro do que na parte espiritual.
    9. - É o amor universal e o amor ao próximo. O Humanitário.

    Os números MESTRES são especiais porque indicam um grau de espiritualidade mais avançado.
    11. – É muito intuitivo e deverá escutar a sua voz interior para superar as dificuldades.
    22. – Nasceram para construir coisas grandes tanto materiais como espirituais; serem líderes e se tornarem importantes.
    33. - É um número muito potente. Poucas pessoas podem viver à altura deste número. Se viverem positivamente serão grandes líderes espirituais.


    3. NÚMEROS KARMÁTICOS

    De acordo com a teoria Pitagoreana e da Transmutação do Karma, uma pessoa leva um período inteiro da vida em influência vibratória do que ela viveu além desta encarnação. E sua vida, no momento, é feita dessas conseqüências. A análise dos números kármicos em um nome trará noção em que inclinações esse processo karmático está sendo guiado.
    Daremos mais ênfase ao número karmático quando eles aparecerem em posição do mapa mais importante: Na Expressão, Imagem, Essência, Dia de Nascimento ou na Estrada da Vida, lembrando que apesar de sua força karmática está enquanto não deduzido, ou seja, em seu dígito dobrado, mas a interpretação do mapa permanecerá depois de reduzido para saber a característica inerente naquele ponto. Lembrem-se: somente números mestres que não reduzimos, os números karmático são apenas indicações de como se guiar principalmente no campo energético.
    13 = 1 + 3 = 4 -O número 13 pode trazer, desde a infância, dificuldades financeiras ou a necessidade de trabalhar muito cedo para que alguma distorção de valores trazidos pelo espírito seja corrigida.

    14 = 1 + 4 = 5 - Caso a pessoa tenha este número no seu mapa e tiver uma educação rígida e conseguir ter disciplina e valores morais sólidos, a vida transcorrerá com normalidade, caso contrário poderá haver muitas perdas e desapontamentos até que a lição seja aprendida.
    As lições e testes referentes a tudo relacionado à sensualidade previne contra a luxúria e os excessos.

    16 = 1 + 6 = 7 - Este número está relacionado com o excesso de orgulho, a posição e ou a possível perda de posição que o force a lutar e recuperar novamente.
    Poderá ter vários começos até que seja possível adquirir um equilíbrio que o faça memorizar a lição que será durável.
    Indicações de que houve abuso de poder em vidas anteriores.

    19 = 1 + 9 = 1 -Este número revela um passado de poder e tirania, que foi exercido com crueldade e prepotência. O verdadeiro líder é aquela pessoa que vai à frente iluminando o caminho dos seguidores, e, a partir do instante que a pessoa aprende esta lição, ela se sentirá livre e a vida transcorrerá com normalidade de forma mais tranqüila e positiva.
    Há perigo de perda de bens para aquelas pessoas que não se preocupam em conservar o que têm.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 11:27


    TARÔ DE LENORMAND - Trabalho, Relacionamento, Saúde Holística 2005

    TARÔ DE LENORMAND - Trabalho, Relacionamento, Saúde
    Holística 2005

    Nelson Zuniga
    CRT 34429
    Terapeuta Holístico

    RESUMO


     



    MATERIAL E METODOLOGIA

    O Tarô de Lenormand que conta com trinta e seis símbolos, foi à conseqüência de vários estudos e pesquisas pessoais, mas também, interação com clientes. Após ter lido o Tarô de Marsella e o Egipcio descobri que a simbologia em alguns casos produz medo ou constrangimento. É que o cliente realmente deseja entender, é, o conteúdo simbólico, para que faça sentido para a vida dele.

    O Terapeuta Holístico sabe que quando se trabalha com energias, tem que ter uma limpeza, neutralização e organização do tarô para cada cliente, assim como para si mesmo, contando com alguns elementos básicos de proteção, ametista, pêndulo.

    Como todo aprendizado, quando mais se estuda, mais dúvidas aparecem a vida e assim, "Quanto maior é a intensidade da Luz, maior é a intensidade da sombra" O estudo do tarô o levará a estudar radiestesia para desvendar dúvidas sutis que atiçarão sua curiosidade.

    O tarô de Lenormand foi criado por uma mulher francesa e difundido por um povo nômade, o Baralho Cigano tem uma história cheia de mistérios, que contrasta com a simplicidade de suas cartas.

    ANNE MARRIE ADELAIDE LENORMAND, viveu no final do século passado XVlll, na França durante o governo de Robespierre, uma mulher muito atraente, que se diferenciou do arquétipo das mulheres tradicionais da época onde muitas lendas se tecem a sua volta.

    Anne Marrie, francesa nascida na cidade de Alençon, em 27 de Maio 1772, e que em seus 71 anos de vida ficou famosa pelas previsões feitas com o baralho criado por ela e que até hoje leva seu nome.

    Nas 36 cartas do Tarô, mademoiselle Lenormand, como era chamada na época, leu o destino não apenas do temível Robespierre, mas também de outras grandes figuras da sociedade francesa, assim como de políticos e grandes líderes, entre eles o imperador Napoleão Bonaparte e sua esposa Josefina.

    Para criar estas cartas, Anne Marie recorreu aos conhecimentos de cartomante, astrologia, numerologia e quirologia e aos profundos conhecimentos sobre cristais e plantas, para criar esse oráculo tão simples e ao mesmo tempo tão eficiente.

    A simbologia destas catas fazem eclodir os segredos do conteúdo anímico, emocional do consulente além de mostrar as pessoas que interferem sua vida, trazendo para pára a consciência uma série de fatores até então não compreendidos, disponibilizando-os para o análise e tomada de decisões.

    Tudo isto contribuiu para que Anne Marrie criasse este baralho, revolucionando a prática da cartomancia.

    O tarô, tem uma forte ligação com a "TERAPIA EM SINCRONICIDADE" "Manual Oficial do Terapeuta Holístico"pág. 125 NTSV- TS 001, 2 e 3,

    "TERAPIA TRANSPESSOAL" Pag 139 - 5.1.8 do "Manual Oficial do Terapeuta Holístico" que descreve o seguinte: "A resposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo a consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo".

    5.1.5 VIVÊNCIAS: Permite o contato com estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permite o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto ao despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões qualidade de vida e saúde.

    5.1.10 SINCRONICIDADE: Teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não casual, entre eventos; termo criado por C.G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito"

    A facilidade de interpretação do Tarô de Lenormand, ajuda também a compreensão do cliente, pois as mensagens contidas em suas cartas é clara e simbólica. Ex. a carta "As nuvens" simboliza exatamente uma face nebulosa, um período de instabilidade emocional de confusão de sentimentos.

    A arte de ler as cartas é um verdadeiro ritual. Não entanto, para fazer uma boa leitura basta tomar algumas providências simples, que ajudam a criar um clima favorável. São elas:

    Quando comprar o baralho, ou recebe-lo num curso, antes de usá-lo, faça uma limpeza com incenso, e o incenso previamente limpo com uma ametista que deverá ser lavada na água corrente. Para isso, pegue as cartas uma por uma, passe-as na fumaça e mentalize que cada uma irá servir como instrumento de sabedoria.

    Para jogar, escolha um lugar tranqüilo em uma mesa, e uma mandála, toalha de mesa ou lenço que, de preferência, deve ser usada exclusivamente para a leitura de cartas.
    Antes do jogo, faça uma oração ou meditação silenciosa, a fim de abrir seu espírito para a percepção do conteúdo simbólico das cartas. Conectando-se diretamente ao seu Anjo da Guarda.

    Depois de jogar, passe a ametista, lave-a e guarde o baralho organizado da carta 01 a 36 num tecido de origem natural.

     



    RESULTADOS

    Na atual mudança institucional que o país atravessa com a compactação de salários, terceirização, privatização, em fim, a globalização. Tem trazido como conseqüência o desemprego o a readaptação a mesma função com menores salários, gerando desespero em quem não entendeu que isto ia acontecer. Isto, deflagrou a desestabilização dos três pilares principais do ser humano, trabalho, relacionamento e saúde. Estas três vertentes não são isoladas, uma depende da outra, e levam a mesma conseqüência.

    A magia do desconhecido leva o consulente a entender este tripé, é a iniciar uma cruzada para reorganizar o próprio projeto de vida.

    HISTÓRICO DE UM CASO:

    Cássio havia participado de meus cursos e palestras e realizado só uma consulta de Radiestesia e Radiônica para equilíbrio da aura. Profissional universitário e Terapeuta Holístico, com estas duas atividades na vida, ele vivia muito bem, empregado numa grande empresa há muito tempo e realizando seu laser de terapeuta nas horas vaga, essa grande empresa o demitiu, e lá se foi um salário de três mil e quinhentos reais, resultado obvio: desespero, busca, idade acima do padrão atual, baixa estima, conflito familiar, saúde abalada.

    Aqui a procura do terapeuta aconteceu novamente, e é onde as laminas do Tarô de Lenormand entraram em ação, às cartas confirmavam o término de um período, más também, mostravam a abertura de caminhos do lado espiritual e avaliação do próprio jardim, a carta do sucesso estava no fim, um pouco distante, mas, após alguns sacrifícios como o perdão, reorganizar os gastos, mudar de residência, melhorar o diálogo com a família e principalmente acreditar em si mesmo, viria a estabilidade da montanha e a iluminação do sol.

    É bom lembrar que nessa transição ele passou a ter uma série de sintomas, que os médicos encaminharam para uma série de exames que sempre deram negativo, o emocional estava muito abalado, neste momento contei com o apóio dos Florais de Bach e o equilíbrio dos Meridianos.

    A transformação e mudança da consciência, aconteceram com a compreensão de que fazer o que gosta, e o maior incentivo, e que a atividade autônoma é um constante e prazeroso desafio, trazendo a mudança de valores o que o transformou num ser bem sucedido neste palco da vida.

    DISCUSSÃO

    O cliente cético prefere que você coloque as cartas sem fazer perguntas, e na medida que a leitura vai se desenrolando ele começa a interagir com o conteúdo simbólico das cartas e fazer associações com a própria vida trazendo a tona o conteúdo reprimido dentro de si e até entendendo o motivo do próprio ceticismo.

    Para o cliente que acredita no Tarô, a interação torna-se muito agradável, jogar conhecendo o assunto que está preocupando, facilita a compreensão de qual é o verdadeiro papel que o cliente desempenha na vida.

    Na nossa vida damos muito valor as "INFLUÊNCIAS EXTERNAS" devido a nossa natureza social, mas essas interações não dependem só de nós, uma é porque os outros as vezes não querem, e outra, porque, não queremos assumir nossa responsabilidade.

    O ser humano comum faz o "TEMA" da própria história de vida, e tem dificuldade de alterar roteiros assimilados durante o seu crescimento. As cartas relacionadas ao papel na vida, provocam uma profunda reflexão, que encaminha este ser para uma mudança, para não ficar protelando um problema metade da existência e se arrependendo na outra metade. Estamos todos num grande palco, e depende cada um de nós ser aquele que queremos ser, seja qualquer a atividade façamo-la bem feita, com dedicação, amor e alegria.

    A "SÍNTESE" do consulente nos mostra como ele é, atrás das mascaras naturais que usa neste palco da vida e sempre me surpreendo ao ver a diferencia entre rosto e coração, mas com uma certeza: que posso ajudar e cumprir minha missão como terapeuta.

    Como seres humanos de origem instintiva e que gostamos de delimitar áreas sempre no processo interativo encontraremos a "OPOSIÇÃO", hoje sei que é um arte, lidar com estes conflitos naturais do relacionamento.

    Também encontramos "FAVORECIMENTOS" no palco da vida e este vem como oportunidades que nem sempre as aproveitamos. Segundo a mitologia grega a oportunidade é representada por uma mulher em que seu cabelo está voltado pra frente, porque se não pega a oportunidade no momento certo por trás não conseguirá.

    Todos nós, sem exceção buscamos um "RESULTADO" positivo na nossa vida, e o resultado da vida e tão simples como a soma matemática: um mais um, igual dois, se eu venho plantando flores e frutos no passado, estou plantando flores e frutos no presente. Qual vai ser o resultado do futuro? Flores e frutos!!!

    CONCLUSÕES

    "Acredite no Tarô de Lenorman! elas são mágicas, mas, também utilizam a verdade, a realidade e o porque da sua vida"

    Nelson Zuniga

    BIBLIOGRAFIA
    Ø Sincronicidade - C.G. Jung - 11a edição - Ed. Vozes - Petrópolis 2002

    Ø Baralho Petit Lenormand - Geraldo Spacassassi - Ed. Mandala - SP 1995

    Ø Manual Oficial do Terapeuta Holístico - Henrique Vieira Filho - Ed. Madras SP 2000





    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.



    Como Interpretar As Mensagens Sutis Que As Cartas Do Tarô De Lenormand Nos Enviam Quando Entramos Em Sintonia Com Sua Força Mágica ?

    Esta resposta a encontramos no "Manual Oficial do Terapeuta Holístico" nas NTSV Normas técnicas Setoriais Voluntárias, na definição de Terapeuta Holístico e Aconselhamento:

    "Desenvolver o potencial Intuitivo e interpretativo do consulente trazendo a superfície a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o auto-conhecimento e a mudança em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (minimização das condições adversas e aumento máximo das oportunidades) Além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais"

    A prática do Tarô de Lenormand, além do aprendizado racional, leitura, memorização da simbologia de cada carta é necessário o desenvolvimento intuitivo, para posteriormente chegar ao desenvolvimento da percepção espiritual. O seja, Aprender fazendo o caminho da descoberta individual para depois aplicá-la ao cliente.

    INTRODUÇÃO

    Todo aprendizado tem um processo e programa a ser desenvolvido e para criar as condições, em primeiro lugar temos que nos fazer às seguintes perguntas:

    Ø Esta técnica vai me ajudar no meu processo de desenvolvimento pessoal?
    Ø Vou poder contribuir para o crescimento das outras pessoas com esta técnica?
    Ø Existe preconceito de alguns clientes com respeito a esta técnica?
    Ø Ela facilita o à interação cliente terapeuta através da simbologia?


    Todos os processos desenvolvidos através de vivência prática, estudo, leitura e meditação, alcançam seu objetivo. Após adquirido os conhecimentos com a prática de algumas semanas terá integrado raciocínio, emoção e espiritualidade, tornando-lo um cartomante integral.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 11:29


    Constelações Familiares: Despertando o Amor Consciente Holística 2005

    Constelações Familiares: Despertando o Amor Consciente
    Holística 2005


    Eloyana Silveira
    CRT 21105
    Terapeuta Holística

    RESUMO


     



    CAPÍTULO 1


    O Trabalho com as Constelações Familiares

    "Renovar-se acarreta uma dimensão acasaladora de Paz, Harmonia e Amor por si mesmo".

    Eloyana Silveira


    Na vida diária o ser humano depara-se com inúmeras situações que o convidam a expandir-se.
    Viver o "novo" ou continuar atado ao "velho"? Aceitar a sua dor ou transformá-la em paz?
    Existem várias formas de experienciar a alquimia em nossas vidas. Porém, a base de tudo concentra-se na rendição ao Agora, na aceitação do que pode ser mudado e no abraçar aquilo que não pode ser desfeito. É dizer sim à vida. É aceitar o que está ao redor e dentro de si mesmo numa dimensão acasaladora que traz o sentido de viver. É a abertura para a não resistência, para a positividade, para desfrutar a vida numa perspectiva plena de alegria, paz e felicidade.
    O trabalho com as Constelações Familiares oferece um desenho vivo, energético e sensorial ao cliente mostrando-lhe que podem ser dissolvidos, passo a passo, os emaranhamentos inconscientes de sua família. Partindo-se desta realidade pode-se chegar a uma solução nova e plena de liberdade. Permeando tudo o que acontece nas famílias está o amor. Todavia quando este amor é cego, pode gerar vínculos e repetições que levam ao sofrimento e não nos permite a realização plena de nossas vidas.
    Em nossos relacionamentos, na família, no trabalho ou em qualquer outra parte de nossas vidas, experienciamos a negação de nós mesmos, da nossa verdade mesmo quando buscamos o equilíbrio. Agimos inconscientemente, repetindo destinos de nossos antepassados.
    Bert Hellinger observou que estes problemas estão enraizados em situações mal resolvidas entre nossos pais, avós ou outros ancestrais e que acabamos trazendo conosco, através de identificações inconscientes, um enorme emaranhado dentro do Sistema Familiar.


    CAPÍTULO 2

    A Dinâmica Libertadora

    "Criando, você se transforma".

    Eloyana Silveira


    Experienciamos vários tipos de situações que nos levam a diferentes formas de reações. Podemos reagir positiva ou negativamente, tudo dependendo de como tenham sido nossas experiências anteriores. Temos conhecimento que as reações registradas em nossos corpos são emoções resultantes do que a nossa mente ditou. É o ego ditando nossos comportamentos numa dimensão de vulnerabilidade e insegurança, apesar da falsa aparência de uma natureza forte e da criação de seus mecanismos de defesa. A mensagem continuamente enviada por ele traduz um quadro da falsa identificação com o equilíbrio, gerando assim o medo. Nesse contexto de total identificação com a mente, o ego mostra-se realmente frágil e acredita que o perigo é iminente e pode levá-lo à sua total aniquilação. É quando observamos pessoas radicalizarem em seus posicionamentos, necessitando profundamente afirmarem-se através da compulsão de estarem "certos" e mostrarem ao outro que estão errados. Quando conseguimos estar no aqui e agora, não importa se estamos certos ou errados, apenas conectamos nosso espaço interior que nos acolhe com muita paz e serenidade, trazendo-nos a clareza do pensar e do sentir equilibradamente. Este é o nosso presente. Ele é tudo o que possuímos.
    Trabalhando com as Constelações Familiares o Terapeuta vai do próximo ao distante e do estreito ao amplo. Ele olha para o cliente e sua família, para a alma deles, para um campo de forças e para alma que os abarca. Desta maneira, ele os vê integrados em um campo de forças maior e em uma grande alma onde são usados e tomados a seu serviço. No centro das atenções está a percepção de forças atuantes (por exemplo: o "amor vinculador" a "consciência", a "alma grande") que se devotam ao bem-estar e ao direito de todos, inclusive de familiares falecidos há muito tempo, e que mantém coesos a família e o clã.
    O trabalho é realizado dentro de um contexto onde o cliente escolhe entre as pessoas de um grupo, representantes para os membros de sua família. Seu pai, sua mãe, seus irmãos e para si mesmo, não importando quem ele escolha para representar os vários membros de sua família.
    O Terapeuta irá desenvolver os passos seguintes sempre respeitando a colocação inicial e mantendo a concentração no essencial, na densidade e na tensão próprias ao trabalho. Passos desnecessários acarretarão a diminuição da tensão e desviará a atenção das pessoas e acontecimentos importantes. Há casos mais densos onde coloca-se somente dois representantes. Por ex., mãe e filho com uma doença incurável. O Terapeuta nada diz. Só observa o que se passa entre eles dentro deste campo de forças. Desta forma, vem à luz não somente os sentimentos das pessoas mas também emerge um movimento onde surgem os passos possíveis ou adequados a ambos. Os representantes comportam-se e se sentem como as pessoas que representam, embora não possuam informações prévias dos acontecimentos externos mencionados anteriormente. O campo de forças não pode ser esclarecido: permanece o mistério. Evidencia-se também, através do comportamento dos representantes e, com isso, através do comportamento e dos destinos dos membros reais da família, que eles estão ligados às pessoas que já faleceram há muito tempo. Há uma alma que atua mais que um campo de forças. Atua uma alma comum que liga não somente os vivos mas também os membros falecidos de uma família.





    CONCLUSÃO
    "Viva em Plenitude".

    Eloyana Silveira



    A vida se movimenta e nos traz tudo o que necessitamos para crescer: chances e oportunidades únicas que são plenas de ensinamentos. São os encontros que nos preenchem. São as partidas que acontecem. O "adeus" que tanto frutifica em nós a Força para seguirmos adiante. Permitir-se crescer através das amizades, amar as pessoas que cruzam nossos caminhos, abrir-se para relacionamentos amorosos e experienciar sempre o encontro com o outro, trazem consigo a profundidade do amor. A Força Interna, algo que nunca se perde, que nunca lhe deixará desamparado pois é parte sua, pertence a você.
    E numa dimensão libertadora, o trabalho com as Constelações Familiares possibilita ao cliente a visualização das implicações, dos bloqueios, dos vínculos secretos, transformando-se em ponto de partida de um processo de solução.
    Transformar o amor primário da criança em amor sensato e cônscio; libertar o indivíduo da identificação com familiares excluídos, inserindo-o no Sistema Familiar pela valorização; transformar a culpa reconhecida em força para o bem; experimentar a benevolência e a força que emanam dos falecidos quando estes são devidamente reconhecidos; consentir com a Existência para que seja possível a reconciliação e a aceitação de um destino difícil, de enfermidades e da morte. Representantes, cliente e Terapeuta experienciam as soluções em consonância com o todo. Seu procedimento é fenomenológico. Através da Constelação Familiar pode-se trazer à luz a dinâmica escondida no Sistema Familiar e desenvolver a força interior nessa família. A capacidade de entender seu próprio comportamento fica ampliada, sendo possível, a reconciliação consigo mesmo e com os outros membros do Sistema. É uma forma eficaz de resolver emaranhamentos antigos e liberar toda a energia para se viver uma vida mais saudável, natural e espontânea – redirecionando a energia para o equilíbrio. Dissolvendo os "nós" familiares antigos, o cliente libertar-se-á bem como as gerações passadas e futuras de sua família. Normalmente este trabalho é realizado em grupos ou individualmente. Sessões individuais também funcionam num nível bem profundo, onde diferentes símbolos são usados para representar as posições dos membros da família. A abrangência deste trabalho atinge profissionais de todas as áreas, pessoas que queiram trabalhar suas relações familiares e amorosas, perdas e/ou lutos, comportamentos destrutivos, dificuldades profissionais, bloqueios afetivos, etc. Através das Constelações Familiares o ser humano se dispõe a ir bem mais profundamente dentro de si mesmo, aprofundando e ampliando seu auto-conhecimento – resgatando-se e sentindo-se mais autêntico em sua vida.
    E é neste espaço de profundo despertar que o homem sente a riqueza da aceitação do que lhe traz a Vida. É quando ele é capaz de ir além do pensamento de "ater-se ao outro para ter-se a si mesmo". E é nessa dimensão única que ele consegue conectar dentro de si mesmo o Poder Emanante que jorra ininterruptamente sua Força.



    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



    HELLINGER, Bert. Weber, Gunthard – Beaumont Hunter. A Simetria Oculta do Amor – Porque o Amor faz os Relacionamentos darem certo. São Paulo, Cultrix, 1999.

    HELLINGER, Bert. Hövel ten Gabriele. Constelações Familiares- O Reconhecimento das Ordens do Amor – Conversas sobre emaranhamentos e soluções. São Paulo, Cultrix, 2004.

    LIEBERMEISTER, Svagito. Family Constellation Basic Training, OSHO Multiversity, Pune, Índia, 2004.

    O Livro de Ouro de Saint Germain. Porto Alegre, Ed. Ponte para a Liberdade, 2004.

    OSHO. Pepitas de Ouro. Trad. Ma. Jivan Maneesha, São Paulo, Ed. Gente, 2004.

    SILVEIRA, Eloyana. Família – O Resgate de Si Mesmo. Livro a ser editado.

    TOLLE, Eckhart. O Poder do Agora: um Guia para a Iluminação Espiritual. Trad. Ivã Sofia Gonçalves Lima. Rio de Janeiro, Sextante, 2002.

    TOLLE, Eckhart. O Silêncio fala. Trad. Ceres E.F. Rosas, Alto Paraíso, 2004.

    Sites – www.hellinger.com
    www.family-constellation.net
    www.eloyanasilveira.terapiaholistica.net



    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados


    CONSTELAÇÃO FAMILIAR

    Constelação Familiar é um método eficaz e poderoso, para reconhecer emaranhamentos na vida familiar do ser humano, trazendo relaxamento e compreensão nas situações problemáticas vivenciadas na família. Isso permite que o amor flua novamente entre os membros do Sistema Familiar.
    Bert Hellinger, Psicoterapeuta alemão, criador desta terapia, vem alcançando enorme expansão em todo o mundo terapêutico.
    Através deste trabalho é possível corrigir algo que esteja fora da ordem, permitindo aos participantes a compreensão de que todos os membros de uma família, vivos ou mortos, estão energeticamente presentes na estrutura familiar, exercendo influências profundas no sentimentos, na saúde, na produtividade, no trabalho e conseqüentemente na qualidade de vida de cada um.



    INTRODUÇÃO

    "A cada um é legada a chance de evoluir".

    Eloyana Silveira


    O homem busca algo maior para si mesmo.
    Procura sentir a sua grandeza no seu viver simples e natural, experienciando a aceitação de si mesmo numa dimensão espiritualizadora que o possibilita atingir o seu âmago, a sua Essência.
    É nesta profunda aceitação de seu ser natural que reside a chama de sua transformação. É nesta caminhada que ele realmente se dignifica.
    No trabalho com as Constelações Familiares, Bert Hellinger, criador da Terapia Sistêmica Fenomenológica, desenvolveu uma série de novos procedimentos psicoterapêuticos. Enfocando dinâmicas que envolvem várias gerações, trouxe a compreensão das implicações fatídicas e freqüentemente inconscientes dentro das famílias, implicações essas, que ele reuniu sob o conceito "Ordens do Amor".
    Seu trabalho mostra como forças entranhadas profundamente no Sistema Familiar podem ser redirecionadas para o equilíbrio, quando membros deste sistema são reconhecidos, respeitados e colocados no seu devido lugar.
    Dificuldades e problemas de relacionamento ou pessoais são decorrentes de situações confusas nos Sistemas Familiares. Isso se dá quando incorporamos em nossa vida o destino de outra pessoa, viva ou que já viveu no passado, de nossa própria família, sem estarmos conscientes disto e sem o querermos. Desta forma repetimos o destino dos membros familiares que foram excluídos, esquecidos ou não reconhecidos nos lugares que pertenceram a eles.
    Tenta-se viver aquele destino por eles, muitas vezes, por amor, ou criamos desarmonias para amainar nossas culpas. Este é um processo natural de regulação e acontece involuntariamente.
    A partir do esclarecimento destas confusões a solução real pode acontecer e serem resolvidas através da colocação das "Constelações Familiares". Esta é a base da metodologia de Hellinger.
    Durante as colocações das Constelações Familiares surgem processos que podem trazer uma nova direção de forte e profundo efeito harmonizador em que a força da expressão é reintegrada num contexto Sistêmico Familiar.
    É uma experiência viva e sensorial, com uma enorme potência para dissolver enredos e emaranhamentos do sistema energético – familiar, permitindo a libertação de papéis aprisionantes assumidos inconscientemente.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 11:31


    Bioeletrografia e o processo psicobiodinâmico Holística 2005

    Bioeletrografia e o processo psicobiodinâmico
    Holística 2005

    MARTA DE ABREU LIMA MOREIRA MENDES
    Terapeuta Holística - CRT 23750

    Introdução

     

    2
    Material e Metodologia
    A bioeletrografia foi realizada antes, durante e ao final do tratamento do cliente.
    Equipamento utilizado: máquina kirlian mod 7M padrão Newton Milhomens
    Filme Fuji Asa 100 -
    Fotografado: dedo indicador da mão direita – existe correlação do dedo com os órgãos. Casuística de acompanhamento bioeletrografico de casos que ilustram a ação efetiva de identificação de padrões que bloqueiam o fluxo de energia vital.
    Todos os clientes foram fotografados, pela 1ª vez, antes de apresentar seu caso ao terapeuta.
    A técnica utilizada foi a estabilização energética (terapêutica que restabelece a circulação do fluído bloqueado nos canais de energia do corpo causando desequilíbrio) utilizamos florais de Bach , simbologia do Reiki e psicoterapia).
    Terapeuta: Marta de Abreu Lima Moreira Mendes
    Local : Harmonia Cursos e Terapias Complementares
    Sá Tomas Morus, 180(E) – Água Branca – São Paulo - SP
    3
    Casuística

    CASO 1 – Queixa principal: desânimo – total esgotamento.
    Cliente A - sexo F - idade - 42 anos
    Profissão – professora - início do tratamento: abril/2002
    Técnica utilizada: estabilização energética (desbloqueio da energia nervosa com banho de ofurô (3 banhos durante o tratamento) ,florais de Bach , simbologia do Reiki e psicoterapia com conteúdo de sonhos) .
    Atendimento semanal - duração : 4 meses.

    6

    "Conhece-te a ti mesmo".
    Sócrates

    Identificação do padrão como causa provável de seu desequilíbrio: anexo 1

    CASO 2– Queixa principal: ansiedade e transpiração excessiva
    Cliente B - sexo M - idade - 58 anos
    Profissão-magistrado início do tratamento: julho/2002
    Técnica utilizada: estabilização energética (desbloqueio da energia nervosa com banho de ofurô (3 banhos durante o tratamento) ,florais de Bach , simbologia do Reiki e psicoterapia) .
    Atendimento semanal - duração : 4 meses.
    Identificação do padrão como causa provável de seu desequilíbrio: anexo 2

    CASO 3– Queixa principal: agressividade – esgotamento físico-emocional
    Cliente C - sexo M - idade - 45 anos
    Profissão-executivo início do tratamento: Maio /2003
    Técnica utilizada: estabilização energética (desbloqueio da energia nervosa com banho de ofurô (3 banhos durante o tratamento) ,florais de Bach , simbologia do Reiki e psicoterapia) .
    Atendimento semanal - duração : 4 meses.
    Identificação do padrão como causa provável de seu desequilíbrio : anexo 3

    CASO 4– Queixa principal: agressividade – ansiedade e dores generalizadas
    Cliente D - sexo M - idade - 43 anos
    Profissão-religioso início do tratamento: Agosto/2003
    Técnica utilizada: estabilização energética (desbloqueio da energia nervosa com banho de ofurô (3 banhos durante o tratamento) ,florais de Bach , simbologia do Reiki e psicoterapia) .
    Atendimento semanal - duração : 4 meses.
    Identificação do padrão como causa provável de seu desequilíbrio : anexo 4

    CASO 5– Queixa principal : transpiração excessiva – medos indefinidos e dores coluna
    Cliente E - sexo F - idade - 20 anos
    Profissão-estudante -início do tratamento: Setembro/2004
    Técnica utilizada: estabilização energética (desbloqueio da energia nervosa com banho de ofurô (3 banhos durante o tratamento) ,florais de Bach , simbologia do Reiki e psicoterapia) .
    Atendimento semanal - duração : 4 meses.
    Identificação do padrão como causa provável de seu desequilíbrio : anexo 5

    Os casos acima são ilustrativos, mantivemos sob sigilo a identidade do cliente.

    5
    Responsabilidade do terapeuta na leitura da bioeletrografia

    É sabido que a química gerada pelos pensamentos e emoções impregnam as células.O cliente, muita vezes, tem dificuldade e resistência em fazer mudanças. Como conscientizar o cliente sobre o perdão sem os adereços da religião, misticismo, imaginação? A bioeletrografia há muito viveu sobre a margem do misticismo como foto de aura. . Já vi muitos leitores de foto kirlian analisarem as fotos com presenças de anjos, mentores e demônios e na verdade o cliente precisava de orientação médica. A primeira bioeletrografia que fiz foi em 1994, na época foto da aura, a análise deixou-me frustrada, pois o laudo era: paranormalidade e as


    7
    "Conhece-te a ti mesmo".
    Sócrates
    energias yin e yang em desequilíbrio. Pensei que faço com isso agora? O que causa o desequilíbrio das energias yin e yang? Que faço com essa paranormalidade? Que contribuição tem a foto para minha vida? A busca do conhecimento fez-me concluir o quão valioso instrumento é a bioeletrografia para o processo terapêutico e a responsabilidade do profissional em fazer a análise, dar subsídios ao cliente para se curar do desequilíbrio e orientá-lo na busca do profissional adequado à sua dificuldade.
    Em experiência terapêutica, com a bioeletrografia, constatei dados sobre ter acesso ao inconsciente pessoal do cliente e assim, poder orientá-lo sobre as condições registradas em sua foto que são de sua responsabilidade e ele, tão somente ele, tem o poder de se harmonizar.O terapeuta é um recurso para auxiliá-lo no processo de auto conhecimento. O médico tem exames e remédios adequados ao seu caso. Como podemos observar nos casos citados o "Conhece-te a ti mesmo" é uma inexorável verdade.

    6
    Conclusão
    Constatamos que durante o tratamento o cliente apresentava conteúdos de sonhos muito significativos sobre suas dificuldades. O desbloqueio da energia mal qualificada alojada no corpo trazia-lhe lembranças da infância e vários outros períodos de sua vida proporcionando à ele ferramentas para a compreensão e re-significação dos eventos. A bioeletrografia trouxe-nos indícios significativos da causa provável do desequilíbrio (afluxo) e "paranormalidade"é igual a sensopercepção, o que facilitou o direcionamento do trabalho.Entretanto, a conclusão sobre esta dificuldade é realizada em parceria com o cliente. O uso da bioletrografia trouxe motivação ao cliente , suas ferramentas internas lhe permitiram o amadurecimento emocional e a mudança de padrão vibratório.
    Segundo Piaget, "os fenômenos humanos são biológicos em suas raízes, sociais em seus fins e mentais em seus meios".As percepções geram pensamentos que, geram sentimentos que por
    sua vez, geram emoções. Emoções estas quando mal compreendidas geram comportamentos incertos: medo, angústia, insegurança,depressão, ciúme, inveja e tantos outros culminando na construção de distúrbios psicossomáticos que é a desorganização energética produzida pelo padrão de pensamentos e sentimentos desarmônicos.
    O terapeuta e suas técnicas agem como catalisadores para que o cliente resgate sua própria capacidade em harmonizar-se. Harmonia esta que acontece com a busca da identidade, fator primordial para a auto-realização e a re-conexão sutil entre os mundos mental, emocional espiritual. Ele, o cliente, descobre dentro de si sua Centelha Divina, seu curador interno.
    Então, o verdadeiro papel da bioeletrografia é trazer subsídios, dentro dos processos médicos e terapêuticos para que se processo e integração corpo-mente-espírito.
    A bioeletrografia dá subsídios necessários para auxiliar o cliente na compreensão de si mesmo. Partimos do pressuposto de que todos nós buscamos a sabedoria, a arte do bem viver. Cada um de nós, sem exceção, tem uma maneira particular em participar da vida. Na maioria das vezes ignoramos a importância do bem pensar, para bem viver. Nossos aspectos
    negativos impregnam nossas células de fluídos pesados que nós mesmos geramos por meio do pensamento e do sentimento mal compreendidos. A modificação destes padrões permite contatar a sombra, aquilo que desconhecemos em nós, mas que vibra em nós.
    A bioeletrografia , fato científico, pesquisada em âmbito mundial, traz ao cliente a origem d causa provável de seus desequilíbrios .

    Bioeletrografia e o processo psicobiodinâmico
    Holística 2005


    7 - ANEXOS


    8 - BibliografiaMENDES., Marta A L Moreira – Reiki uma experiência de autolibertação –ed DPL
    ano -2000
    MENDES., Marta A L Moreira – Reiki um processo alquímico – ed DPL –ano 2002
    MILHOMENS., Newton - IUMAB - International Union of Medical and Applied Bioeletrography – Site Kirlian (www.kirlian.com.br).




     

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.



    Reconhecida na Rússia em 2000 como fato científico, a bioeletrografia é um instrumento valiosíssimo para os profissionais da saúde.
    Bioeletrografia, processo terapêutico através de um sistema fotográfico especial que permite ao terapeuta avaliar o processo psicobiodinâmico (energia vital e fluxo de energia) de seu cliente, uma vez que a foto registra a ionização de gases, vapores e outros fluídos específicos resultantes do metabolismo celular emanados das células através da pele na ponta dos dedos. Os dedos possuem correlação com os órgãos , meridianos da terapia tradicional chinesa.
    Através da bioeletrografia o terapeuta tem como avaliar a energia vital e o afluxo energético de seu cliente, possibilita o reconhecimento de padrões e através da psicoterapia e outras técnicas que permitam o desbloqueio da energia nervosa, restabelecer o equilíbrio dinâmico de forças conflitantes.
    Antes Kirlinagrafia, a bioeletrografia faz a "leitura" do cliente e a interpretação das fotos é feita por terapeuta treinado e especializado nesse tipo de interpretação, proporcionando ao cliente um processo de autoconhecimento.
    Longe de ser uma técnica especulativa e modernista, a bioeletrografia é pesquisada por vários cientistas conceituados o que permite, terapeutas especializados na técnica, ter uma visão científica e filosófica do funcionamento do ser humano como um todo.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 11:34


    Quiropraxia - Manobras Jinju Holística 2005

    Quiropraxia - Manobras Jinju
    Holística 2005

    Song Un Kim
    Terapeuta Holístico
    CRT 23108

    Resumo


    Material e Metodologia

    COLUNA:

    Coluna vertebral: as vértebras.

    A coluna vertebral divide-se em quatro partes, que são, de cima para baixo, a região cervical, dorsal, lombar e a região pélvica ou sacro-coccígea. É constituída fundamentalmente por estruturas ósseas sobrepostas de maneira regular, as vértebras, em número de 33 ou 34. A sua distribuição é a seguinte: 7 cervicais, 12 dorsais, 5 lombares e 9 ou 10 pélvicas. Estas últimas estão soldadas entre si, formando duas peças, o sacro e o cóccix.

    As vértebras

    São ossos curtos, com tecidos esponjoso no seu interior.

    A sua forma varia segundo a parte da coluna à qual pertencem, mas apresentam uma série de características comuns :

    Corpo . Ocupa a parte anterior e tem a forma cilíndrica. Apresenta duas faces, uma superior e outra inferior.

    Processo Espinhoso. Porção impar e mediana, dirigida para trás, em forma de espinha, de onde vem o seu nome.

    Processo Transversos. Em numero de duas, direita e esquerda. Dirigem-se transversalmente para fora.

    Processos Articulares. São duas eminências destinadas a articulação das vértebras entre si. São quatro no total : duas superiores e duas inferiores.

    Forame Vertebral . O forame vertebral fica situado entre a face posterior do corpo vertebral e o processo espinhoso.

    Vértebras Cervicais

    Correspondem à zona do pescoço e são sete. São as mais finas e as dotadas de maior mobilidade. A primeira vértebra cervical ou atlas é uma vértebra incompleta, pois não possui verdadeiro corpo vertebral. Os outros elementos, principalmente os processos encontram-se reduzidos. Articula-se com a Segunda vértebra cervical ou áxis. O áxis apresenta na parte superior do seu corpo uma eminência vertical, o dente, destinada a articular-se com o atlas, permitindo a rotação lateral do pescoço.

    Vértebras Torácicas ou Dorsal.

    São doze e estão colocadas depois das cervicais, em sentido descendente. Corresponde à zona do ombro e apresentam maior espessura e menor mobilidade que as vértebras cervicais.

    As dez primeiras vértebras dorsais articulam-se com as costelas nas facetas articulares que as distinguem das outras vértebras.

    Vértebras Lombares.

    São cinco, situadas entre a região dorsal e o sacro. São as mais grossas e são dotadas de grande mobilidade.

    Correspondem à zona da cintura e apresentam processos espinhosos muito desenvolvidos e horizontais.

    Sacro.

    É formado pelas cinco primeiras vértebras sacrais, soldadas entre si. Aplanado de frente para trás e muito mais volumoso por cima que por baixo, o sacro é consideravelmente mais largo na mulher do que no homem, com o fim de facilitar o parto. O canal sacral atravessa o sacro em todo seu comprimento. É a continuação do canal vertebral. De cada lado partem quatro forames transversais pelos quais saem os nervos sacrais.

    Cóccix.

    Exatamente como o anterior, é um osso ímpar que ocupa a linha mediana, formado pela união de quatro ou cinco vértebras rudimentares. Apresenta uma forma triangular, aplanada de frente para trás. Situado na continuação do sacro, e com ele articulado, constitui a extremidade inferior do eixo vertebral e corresponde a um rudimento a cauda dos animais.

    A coluna deve conciliar exigências mecânicas : a ESTABILIDADE e a FLEXIBILIDADE.

    A coluna deve cumprir as três funções ;

    - Estática

    - Cinética

    - Proteção

    Função Estática.

    Os corpos vertebrais aumentam progressivamente de volume de C3 a L5. Possuem forma de cunha, assim como os discos, o que determinam as curvaturas da coluna.

    Os discos têm o papel de amortecedores de choque e de pressão.

    Os discos, devido à sua elasticidade, são suficientes para endireitar as curvas da coluna nas mudanças de posição.

    O disco suporta mais a compressão do que a tração.

    T12

    É a vértebra dobradiça dorsolombar.

    A sua metade superior é anatômicamente e torácica.

    A sua metade inferior é anatômicamente e lombar.

    L3

    É a primeira vértebra verdadeiramente móvel da coluna lombar. Isto explica a freqüência de lesões em L3.

    Função Cinética da Coluna.

    Nos movimentos de lateroflexão e rotação, os processos articulares posteriores da concavidade tem um papel de eixo, asseguram a amplitude do movimento. L4-L5-S1 são níveis mais móveis em flexãoextensão. O espaço menos móvel em lateroflexão é L5-S1, mas é o mais móvel em rotação.

    Função de Proteção.

    O conjunto da coluna, graças ao canal vertebral, tem um papel fundamental de proteção da medula espinhal e de suas raízes raquídeas , que saem pelos forames intervertebrais.

    O Canal Vertebral é um túnel osteofibroso que se abre no alto pelo forame magno do occipital e tem continuidade embaixo pelo canal sacro.

    O forame Intervertebral permite a comunicação entre o canal vertebral e o corpo.

    Uma Irritação no nível do forame Intervertebral pode perturbar a excitabilidade e a condutibilidade dos neurônios. Esta irritação pode ser causada por:

    - Uma deformação mecânica.

    - Uma ligeira pressão provocada por inflamação.

    A coluna é composta de 33 ou 34 vértebras, a qual se subdivide da seguinte maneira ;

    - 7 Cervicais ( C1,C2,C3,C4,C5,C6,C7 ).

    - 12 Torácica ( T1,T2,T3,T4,T5,T6,T7,T8,T9,T10,T11,T12 ).

    - 5 Lombar ( L1,L2,L3,L4, L5 ).

    - 9 ou 10 Pélvicas ( soldadas entre si ) região Sacro e o Cóccix.

    Divisão por grupo e seus transtornos .

    I - Grupo C1-C2-C3.

    Provoca os desequilíbrio nas seguintes partes :

    - Cabeça.

    - Olhos.

    - Boca.

    - Pescoço.

    - Ouvido.

    II- Grupo C4-C5-C6.

    Provoca os desequilíbrio nas seguintes partes :

    - Braços.

    - Pulmão.

    - Estomago.

    III- Grupo C7-T1-T2.

    Provoca os desequilíbrio nas seguintes partes :

    - Pulmão

    - Coração.

    IV- Grupo T3-T4-T5.

    Provoca os desequilíbrio nas seguintes partes :

    Coração.

    Pulmão.

    Estomago.

    V- Grupo T6-T7-T8-T9.

    Provoca os desequilíbrio nas seguintes partes :

    - Estômago.

    - Duodeno.

    - Fígado.

    - Vesícula Biliar.

    VI- Grupo T10-T11-T12-L1.

    Provoca os desequilíbrio nas seguintes partes :

    - Intestino Grosso.

    - Rins.

    - Bexiga

    - Útero.

    VII- Grupo L2-L3-L4-L5.

    Provoca os desequilíbrio nas seguintes partes :

    Pernas.

    Ovário.

    Útero

    DORES

    I- A DOR ÓSSEA

    A dor óssea é precisa, centrada sobre a vértebra danificada.

    A dor é surda, contínua, aumenta com todos os movimentos.

    II- A DOR DISCAL

    A dor é aguda, se manifesta quando o peso do corpo se coloca sobre o disco intervertebral danificado ( posição sentado ou de pé ).

    A dor aparece imediatamente, sem tempo de latência. Na região lombar, esta dor é aumentada pela tosse ou pelos esforços de defecação que elevam a pressão intrabdominal e intradiscal.

    III- A DOR LIGAMENTAR

    Aparece quando se mantém uma postura durante muito tempo. Não é imediata, e quase sempre como uma sensação de queimação.

    IV- A DOR MUSCULAR

    Manifesta-se com os movimentos e está relacionada à contração muscular. O movimento doloroso indica o músculo lesado. O movimento oposto, que coloca em tensão o músculo, é responsável por um rebote causado por um espasmo muscular.

    A dor é do tipo surda, difusa e aumenta ou se reproduz pela contração isométrica.

    MANOBRAS

    - Antes de qualquer manobra, mexer levemente para soltar a musculatura.

    - Perguntar se tem algum problema óssea ou de articulação etc.

    - Não realizar manobras em gestantes.

    - Verificar a postura do cliente.

    - Medir.

    - Verificar o nível do ombro.

    VERIFICAÇÃO

    - Colocar a pessoa em pé, e verificar o nível do ombro.

    - Colocar a pessoa sentado, e puxar pelos dedões da mão. E verificar a diferença de nível.

    TIPOS DE MANOBRAS

    CERVICAL

    Relaxar toda a cervical antes de qualquer manobra.

    SENTADO

    - Colocar o queixo ligeiramente para baixo.

    - Colocar o queixo normal.

    - Colocar o queixo ligeiramente para cima.

    - Colocar a forquilha.

    - Colocar ante braço ao lado do rosto e puxar para cima.

    - Colocar a forquilha levantando braço oposto do cliente.

    - Colocar cervical apoiada na perna.

    DEITADO

    - Colocar o queixo ligeiramente para baixo.

    - Colocar o queixo normal.

    - Colocar o queixo ligeiramente para cima.

    - Colocar a forquilha.

    TORÁCICA

    Relaxar toda a torácica antes de qualquer manobra.

    SENTADO NO CHÃO

    - Colocar o cliente sentado com os braços abraçados, e forçar para frente e depois levantar e soltar.

    - Colocar as mãos para trás e abraçar por trás , por baixo do braço.

    - Colocar as mãos na nuca .

    - Colocar o cliente sentado com os braços para cima e puxar pelos dedos.

    SENTADO NA CADEIRA

    - Sentar na cadeira e apoiar a vértebra no encosto da cadeira e jogar os braços para trás.

    DEITADO

    - Colocar o cliente deitado de bruços, e pressionar ao lado das vértebras com a palma da mão.

    - Colocar o cliente deitado de bruços, e pressionar levemente para cima com os dedões ao lado das vértebras.

    - Colocar o cliente deitado de bruços, e pressionar levemente em movimento circular com os dedões ao lado da das vértebras.

    - Colocar o cliente deitado de bruços, e pressionar com as mãos cruzadas.

    - Colocar o cliente deitado de bruços, e pressionar com as mãos um sobre a outra em cima das vértebras.

    - Pressionar ao lado da coluna com indicador e dedo médio.

    - Pressionar ao lado da coluna com indicador e dedo médio das duas mãos.

    - Pressionar glúteo e a escápula.

    - Colocar o cliente deitado de bruços, e pisar com o centro da sola do pé levemente, fazendo com que o cliente respire fundo e solta o ar pela boca.

    EM PÉ

    - Colocar o cliente em pé com os braços abraçando o corpo.

    - Colocar o cliente em pé com as mãos na nuca e os dedos cruzados.

    - Colocar o cliente em pé com as mãos no queixo.

    - Colocar o cliente em pé e abraçar de frente com as mãos nas vértebras.

    - Colocar o cliente em pé e esticar os braços para cima e puxar com uma pequena inclinação.

    LOMBAR

    Relaxar toda a lombar antes de qualquer manobra.

    SENTADO

    - Colocar o cliente sentado com uma perna esticada e outra dobrada e girar o ombro do lado oposto.

    DEITADO

    - Colocar o cliente deitado de lado e dobrar somente a perna de cima e colocar o seu braço debaixo do braço do cliente e torcer o tronco.

    - Colocar o cliente deitado de lado e dobrar somente a perna de cima e colocar o braço do cliente ao lado do corpo e manobrar apoiando na costela.

    - Refazer os dois itens anteriores com as pernas dobradas em ângulos diferentes.

    - Deitar o cliente de bruço levantar uma das pernas apoiando com a mão, joelho ou com o pé.

    - Deitar o cliente de barriga para cima e puxar uma perna de cada vez.

    - Colocar o cliente deitado de barriga para cima e com as pernas abertas colocar a perna no sentido da mão.

    - Colocar o cliente deitado de bruços e alongar a lombar em relação a bacia.

    - Colocar o cliente deitado de bruços e relizar toques circulares na covinha da bacia com o cotovelo.

    EM PÉ

    - Colocar o cliente em pé e fazer com que chute de lado com as pernas dobradas.

    - Colocar o cliente em pé e colocar a perna entre as suas pernas e realizar a manobra.

    - Colocar o cliente em pé de costas e colocar seus braços baixo do braço do cliente e levantar.

     

    Resultados

    O que se nota junto aos Clientes é uma sensível melhora na Qualidade de Vida dos mesmos, conforme os atendimentos continuados com as manobras Jinju vão sendo aplicados. Os resultados obtidos vão além das queixas iniciais, muitas vezes focadas na coluna em si, pois obtem-se resultados sistêmicos, atingindo um estado geral de melhora global.

    Discussão

    O corpo é um organismo vital no qual a estrutura e a função devem estar coordenados e a coluna desempenha um importante papel neste equilíbrio. As manobras Jinju, atuando no alinhamento das vértebras, maximizam o desempenho dos centros energéticos e nervosos e, consequentemente, dos recursos de auto-equilíbrio de cada Cliente, obtendo-se ganhos significativos na Qualidade de Vida.

    Conclusões

    As manobras Jinju – Quiropráticas atuam como facilitadoras no processo de auto-equilíbrio, obtendo-se melhoria do padrão de Qualidade de Vida, independente das queixas iniciais dos Clientes e da localização corpórea das mesmas. Rearmonizando ritmos e leis naturais, desencadeiam reflexos à distância para que o corpo inteiro reaja a todos os estímulos.

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados

    As manobras Quiropráticas nos servirão para alinhar a coluna e desobstruir os focos energéticos que bloqueiam a estrutura óssea da coluna.

    Objetivo principal é a integridade da estrutura do corpo, que rege a boa saúde do organismo e evita o desequilíbrio energético.

    Introdução

    O corpo é um organismo vital no qual a estrutura e a função devem estar coordenados.

    Se houver alguma alteração na coluna, a estrutura não deve estar em harmonia, portanto o distúrbio da estrutura origina os problemas de fluxo energético.

    O Cliente tem em si mesmo todos os meios necessários para eliminar ou evitar os desequilíbrios energéticos, contanto que os meios estejam livres para funcionar corretamente. Como por exemplo, se não houver obstáculos nos condutos nervosos, linfáticos, vasculares, e que a nutrição celular e a eliminação dos dejetos se cumpram corretamente.

    As manobras Jenju (quiropraxia) têm por meta rearmonizar ritmos e leis naturais e desencadear reflexos à distância para que o corpo inteiro reaja a todos os estímulos.

    Objetivo principal é a integridade da estrutura do corpo, que rege a boa saúde do organismo e evita o desequilíbrio energético.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 11:36


    Regressão e Progressão: Espelhando o Presente, Desvendando o Inconsciente Holística 2005

    Regressão e Progressão: Espelhando o Presente, Desvendando o Inconsciente
    Holística 2005

    Henrique Vieira Filho
    CRT 21001
    Terapeuta Holístico

    Resumo

    Por meio de relaxamento associado a induções verbais, conduz-se o Cliente a exercícios de imaginação no qual projete-se em diferentes contextos no tempo e espaço, proporcionando catarses emocionais que resultam em alívios, simultaneamente ao contato com novos insights, que traduzem-se em maior compreensão do presente.

    Introdução

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    Material e Metodologia

    Definições:

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

    Procedimento em primeira consulta:

    Avaliar pré-requisitos e inadequações:

    Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.

    Inadequações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

    Explicar o processo em detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial: quanto à duração e continuidade do trabalho; que é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

    Procedimento para as demais sessões:

    Após a 2a consulta já pode ser praticadas as técnicas específicas da Terapia de Regressão e Progressão.

    Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao Terapeuta Holístico avaliar exceções.

    Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o Cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo, conduzindo este ao autoconhecimento.

    O estado de relaxamento é fator determinante a facilitar os demais procedimentos e pode ser induzido por diversos meios, tais como a música, sugestões verbais, terapia corporal, etc, ou mesmo a somatória destes recursos. Fisica e mentalmente relaxado, o Cliente está mais propício ao livro fluxo de associação de idéias, pensamentos e imaginação.

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.


    Resultados

    Superando-se os preconceitos, curiosidades e até temores, propagados popularmente sobre tais técnicas, a Regressão induzida mostrou-se mais rápida em trazer à consciência as possíveis origens dos traumas, quando comparada à associação livre freudiana, além de produzir catarses muito mais intensas.

    A Progressão mostrou-se ferramenta eficaz em maximizar a capacidade dos Clientes em tomar decisões, possibilitanto viagens imaginativas sobre variadas "linhas do tempo" alternativas, geradas a partir das diversas opções de ação cogitadas. Em muitos casos, as "previsões" projetadas no futuro imaginário produziram insights que geraram soluções não cogitadas a princípio pelos Clientes.

    Discussão

    Experiências de Freud são utilizadas como argumentos contra e também a favor das técnicas regressivas. Nos primórdios da Psicanálise, aplicou-se a hipnose para induzir os clientes a revivenciar momentos traumáticos, sob o pressuposto de que tal catarse produziria a superação dos efeitos do trauma. De fato, bons resultados foram obtidos; contudo, Freud optou por abrir mão dos métodos hipnóticos, substituindo-os pelo divã, para que o Cliente, em uma posição confortável, fizesse um esforço para lembrar os traumas que estariam na origem de seus problemas. Com o Cliente relaxado, Freud conduzia uma livre associação de idéias, através da qual terminava por encontrar lembranças "recalcadas" e que eram, em tese, a causa de seus distúrbios.

    Assim sendo, de acordo com a conveniência de quem historeia, utilizam o Pai da Psicanálise tanto para argumentar que as técnicas regressivas por indução verbal "direta" estariam ultrapassadas, quanto para alegar que ele era adepto e que teria continuado, caso conhecesse outras formas diferentes da hipnose para atingir o objetivo.

    De fato, a "aura mística" associada ao hipnotismo pode ter sido um dos fatores que mais contribuiram a que Freud o abandonasse, já que anseiava a que a Psicanálise fosse aceita nos meios "científicos"...

    A partir dos anos 70, com o movimento de contra-cultura, a revalorização das filosofias orientais, o crescente interesse pelo esoterismo, gerou-se tamanho movimento (a chamada "revolução aquariana"...) que igualmente repercutiu na Terapia Holística, com a integração de "novas" técnicas nascidas da adaptação miscigenada de rituais religiosos de rememorização de "vidas passadas", com as pesquisas investigativas de casos sugestivos de reencarnações e a retomada das primeiras linhas da psicanálise, o que incluia até a hipnose regressiva.

    Alvos de grande curiosidade por parte do público e veículos de comunicação, a popularização da proposta gerou várias correntes divergentes, muitas das quais "pecaram" ao permitir que a crença religiosa/filosófica de seus defensores influenciasse diretamente na interpretação dos conteúdos vivenciados.

    Uma das linhas mais conhecidas, é a chamada TVP – Terapia de Vidas Passadas, a qual, já a partir do nome, demonstra que o profissional assume equivocadamente para si próprio, o papel que só compete à religião/filosofia particular de cada Cliente, ou seja, definir que existe reencarnação... Na prática, tal posicionamento em nada beneficiou aos resultados terapêuticos, além de ferir, desnecessariamente, a crença de muitas pessoas, que de pronto se afastam desta forma de terapia. Outro fator que diminui a eficácia da proposta foi a tendência de muitos dos praticante da técnica em contentar-se apenas com a catarse, pressupondo que o alívio decorrente do "descarrego" das emoções reprimidas era o fim em si da terapia, quando na verdade, está mais para o primeiro passo, visto que sobre o material aflorado, muito há o que se compreender e utilizar como fonte para autoconhecimento e, especialmente, em como transmutar a vivência em conteúdo útil ao PRESENTE.

    Em muitas vertentes dessa linha terapêutica, os resultados pareciem afastar ainda mais os Clientes de confrontar com seus reais traumas, servindo equivocadamente para justificá-los e até reforçá-los, passando a ser interpretados como inevitáveis e consequências de "lei da causa e efeito".

    Um exemplo baseado em caso real: " _ Meu relacionamento com meu marido é muito ruím, mas tenho que me conformar, pois em outra vida, eu o prejudiquei terrivelmente e agora, é minha vez de sofrer as consequências"... Tal dedução seria bastante razoável se originada na religião; contudo, ela foi gerida em consultório terapêutico, por meio de técnicas regressivas... Por meio desta "racionalização", a pessoa em questão procurou tornar "o inaceitável mais aceitável". Enquanto obstáculo ao crescimento, a Racionalização dificulta à pessoa aceitar a realidade e de trabalhar com as forças motivadoras genuínas, o que poderia reverter o sofrimento em que vive.

    "Racionalização é o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que causa angústia. Usa-se a Racionalização para justificar comportamentos quando, na realidade, as razões para esses atos não são recomendáveis".

    Nada justifica, no contexto terapêutico, de buscar-se especificamente em "vidas passadas" as respostas aos problemas do presente; pode sim, ser uma alternativa, mas jamais a opção única... Se a vivência, espontaneamente, traduzir-se em "insights" transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), tais como experienciar personagens e até épocas distintas da que se tem consciência, é natural e certamente trará ricos materiais a serem trabalhados em terapia. Porém, induzir especificamente a "viagens" antes do período da concepção (claro, salvo honradas exceções...), pode ser fruto de entusiamo exarcebado pela própria filosofia/religião, ou, até mesmo, simples concessões à curiosidade, nem sempre sadia...

    Muito mais ético e adequado é que o Terapeuta Holístico trabalhe o conteúdo aflorado, da mesma forma que trabalharia ossonhos (a psicanálise Junguiana, os pós-junguianos e a Psicoterapia Transpessoal fornecem excelentes subsídios para esta finalidade) e essa premissa é aplicável tanto para conteúdo transpessoal, quanto para visualizações de momentos traumáticos situados na vida "atual". Esta postura permite ao profissional trabalhar, independentemente de ser o material aflorado, um FATO em si, ou uma visão simbólica projetada, o nírica. Compete EXCLUSIVAMENTE ao Cliente ter para si, se o que vivenciou realmente ocorreu, ou não; se é "vida passada", ou não; e até mesmo manter-se "neutro" quanto a quaisquer destas hipóteses. O que realmente importa é obter-se um aprendizado APLICÁVEL em seu presente, que amplie seu autoconhecimento e, consequentemente, sua Qualidade de Vida.

    A análise trabalha com a realidade que o Cliente "sente" e traz nas sessões. Se ele experiencia uma dor referente a um "fato" da infância, porém essa história nunca ocorreu explicitamente, para a terapia de regressão é pouco relevante, pois, o que conta é que existe um "registro" disso e que gera sequelas ainda atuantes no presente do Cliente. Esse "fato" assume importância real e precisa ser trabalhado nas sessões, independente de sua veracidade ou não. O mesmo raciocínio se aplica ao conteúdo transpessoal: se o Cliente vivenciar a si mesmo como "outra pessoa", quem sabe até em "outras épocas", independentemente de crenças pessoais, a terapia sempre trabalhará o conteúdo como sendo uma projeção.

    "Projeção: O ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio, é denominado projeção. É um mecanismo de defesa através do qual os aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo. A pessoa com Projeção pode, então, lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou estar consciente do fato de que a idéia ou comportamento temido é dela mesma".

    Um exemplo, baseado em caso divulgado em um programa televisivo de grande popularidade: a pessoa sofria de fortes dores de cabeça; participou de uma terapia regressiva e viu-se na Idade Média, em uma masmorra, sendo torturada com uma morsa que gradativamente lhe apertava o crânio. Após a cartarse, com a explosão de emoções que a vivência ocasionou, as dores cessaram. Cliente e profissional satisfeitos, deram por encerrada a terapia... Uma crítica construtiva cabe a este procedimento, pois ao invés de contentar-se com a simples remissão do sintoma da dor, poderiam ter sido mais ambiciosos na proposta terapêutica e investigar mais profundamente a questão. Independente de ser ou não "vida passada", a dor está no presente... e isto significa que ela AINDA está em uma "câmara de tortura"... seria sua vida familiar ? seu trabalho ? tudo isso junto ? outra hipótese não tão previsível ? Toda a história aflorada por meio da vivência poderia (deveria...) ser aprofundada, o que pode ser trabalhado com técnicas de associação de idéias, que pode ser realizada na versão "clássica" e/ou sob relaxamento, retomar a vivência e aprofundar-se gradativamente, em sessões seguintes.

    "Associações de Idéias: são um Processo intelectivo segundo o qual a mente humana, a partir de uma idéia inicial (indutora), é imediatamente levada a suscitar uma outra, isto em razão de alguma "conexão natural" existente entre ambas. A idéia indutora pode ser representada no caso, tanto por uma palavra, como por um objeto, uma imagem, ou mesmo uma emoção (da qual o sujeito toma consciência) cujo simples aparecimento na mente é suficiente para despertar uma segunda idéia, e esta uma terceira, e assim por diante, num processo praticamente sem limite e no qual, conforme a expressão popular, uma coisa puxa a outra."

    Toda a discussão aqui exposta sobre a Regressão é igualmente aplicável para a Progressão. Da mesma forma que espelhamos nosso presente imaginativamente em tempo passado, igualmente podemos projetar para o futuro. Este procedimento é particularmente útil a auxiliar o Cliente na tomada de decisões presentes, já que possibilita ao mesmo, criar mentalmente as possíveis consequências de suas atitudes atuais.

    Temática amplamente explorada na ficção científica, é como se existisse incontáveis futuros alternativos, "linhas do tempo", nas quais o indivíduo transitaria consequentemente às escolhas e atitudes do presente.

    Em minha prática de consultório, o exercício imaginativo em direção a um futuro hipotético inicia-se sobre uma premissa, comumente, as possíveis consequências geradas a partir de uma escolha presente. Por exemplos: mudar ou não de emprego, casar ou não, separar ou manter o casamento, opções de carreira, dentre as mais comuns ansiedades trazidas em consultório... A proposta é possibilitar ao Cliente, "vivenciar" o que seu inconsciente projeta para o futuro, de acordo com cada escolha possível. Continuando os exemplos: uma projeção de como será o seu dia-a-dia daqui a 1, 2, 3, 4, 5 anos, continuando no emprego atual... Depois, o mesmo exercício imaginativo futuro, perante a opção de demitir-se no presente... O mesmo procedimento nas progressões: casado... ou descasado... E assim, caso a caso.

    Algumas idiossincrasias observados nos procedimentos que envolvem a Progressão:

    Ao contrário do que ocorre em exercício imaginativos em direção ao passado, o nde espontaneamente surgem vivências passíveis de interpretação (critério exclusivo do Cliente...) como "vidas passadas", nunca encontrei um caso em que alguém experienciasse uma situação de "vidas futuras"...

    Clientes praticantes de técnicas de mentalização consciente para "programar seu futuro", comumente se surpreendem com grandes discrepâncias entre o ideal que conscientemente planejam e aqueles traduzidos pelo inconsciente, nas vivências progressivas; por sinal, via de regra, estes é que se "concretizam" na prática...

    Conclusões

    A vinculação desnecessária ao misticismo e religiosidade é um obstáculo ao desenvolvimento das técnicas vivenciais. O Terapeuta Holístico, ao abster-se de posicionamento pessoal, mantendo a neutralidade necessária e respeitando o direito do Cliente em considerar o material aflorado como fato, ou como exercício de imaginação, tem na Regressão e Progressão uma excelente ferramenta terapêutica, capaz de acelerar o processo de autoconhecimento e em transmutar os desconfortos em mais Qualidade de Vida para os Clientes.

    Referências bibliográficas

    CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

    GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

    HALL, James A. - A Experiência Junguiana. S. Paulo, Cultrix, 1989.

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    JACOBI, Jolande - Complexo - Arquétipo - Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1986.

    JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. 5. Paulo, Vozes, 1991.

    LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. 5. Paulo, Cultrix, 1992.

    MACHADO, José Pedro Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa, Editorial Confluência Ltda., 1967.

    MARKEY, Christopher - Yin-Yang. 5. Paulo, Cultrix, 1987.

    MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

    NETHERTON, Morris e SHIFFRIN Nancy – Vidas Passadas em Terapia. São Paulo, ARAI-JU, 1984.

    PINCHERLE, Lívio Túlio; LIRA, Alberto e outros – Psicoterapias e Estados de Transe. São Paulo, Summus Editorial, 1985.

    TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Florais de Bach – Uma Visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica – Incluindo NTSV – TF 001 – Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Floral – 4a Edição - Editora Pensamento, 1994.

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1990.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 26/01/2009 15:31


    Cromoterapia

    NTSV — CT 001 Cromoterapia — Boas Práticas e Adequação de Equipamentos

    NTSV — CT 001
    Cromoterapia — Boas Práticas e Adequação de Equipamentos

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — CT 001
    Cromoterapia — Boas Práticas e Adequação de Equipamentos

    2. PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Cromoterapia conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística, bem como a adequação de equipamentos.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Cromoterapia — Boas Práticas e Adequação de Equipamentos

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação de materiais e equipamentos, forma padrão de aplicação.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 CROMOTERAPEUTA — realiza testes para avaliar a carência das propriedades terapêuticas de determinadas cores, fazendo uso da paranormalidade com aparelhos radiestésicos, de tabelas de tradição milenar de correlação das cores com os distúrbios, da pulsologia e de testes musculares e promove a aplicação das cores corretas para cada caso. Realiza consultoria junto a empresas para o correto uso das cores ambientes, maximizando os resultados pretendidos em cada setor; faz uso de cores adeqüadas como estímulos para a harmonização, sob as mais diversas formas, dentre elas, mentalização, pintura ambiente, roupas, alimentos, cristais e pedras coloridas, águas sobre a influência da cor dos vasilhames, além das tradicionais lâmpadas coloridas, hoje em dia, substituídas por fibras óticas especiais, para "banhar" com cores o corpo todo ou a região problemática, havendo uma tendência atual a aplicar-se em regiões energéticas chaves chamadas de "chacras" ou em pontos de acupuntura (cromopuntura);
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THC — Cromoterapeuta;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Cromoterapia aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 BASTÕES CROMÁTICOS — acompanham as características e forma do Bastão de Atlante, sendo apresentados com opções de voltagem e intensidade de luz (watts), com adaptação de ponta de cristal de quartzo, a fim de potencializar o resultado, tornando os tempos de aplicação mais rápidos; as cores são inseridas em local apropriado, e devem ser preferencialmente de material gelatinoso, para não distorcer a tonalidade da cor a ser aplicada.
    5.3.4 LANTERNAS CROMOTERÁPICAS — sem ponta de cristal, podendo se apresentarem com lâminas coloridas simples ou múltiplas ( filtros dinamizados ). As cores são adaptadas uma a uma na frente da laterna.
    5.3.5 APARELHO CROMÁTICO COM FIBRA ÓTICA — baseado no Bastão Cromático, com lâmpada alógena, proporcionando pureza de cor, nos diversos tons desejados através de botões que alteram os filtros coloridos, com timer, proporcionando maior rapidez e precisão nos tempos de projeção da luz, utilizando cabo de fibra ótica.
    5.3.6 POTÊNCIA — para o trabalho de projeção das cores no corpo físico e campo eletromagnético o importante é a frequência e comprimento de onda, por isso é inadequada a alta intensidade luminosa, que é tão somente um artifício cosmético questionável; uma lâmpada de 2,8 watts (20 miliamperes) é o suficiente para obter-se os resultados esperados numa aplicação localizada; considerando-se o resultado que desejado e as condições do local de atendimento, notamos que quanto maior a intensidade luminosa (aumento de watts), maior será o aumento de temperatura local, o que ou auxiliará ou prejudicará o resultado final, justamente pelo desconforto calórico.
    5.3.7 ADEQUAÇÃO DAS CORES — as cores utilizadas são as do espectro solar: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta, que atuam através dos campos energéticos, os quais transmutam em comandos que catalizam a tendência natural ao auto-equilíbrio.
    5.3.8 TEMPO DE PROJEÇÃO DA LUZ — sobre o corpo físico em tratamentos localizados:

    5.3.8.1 — Bastões e aparelhos com foco: até 6 meses de idade — 5 segundos; 6 meses a 1 e 1/2 anos — 10 segundos; 1 e 1/2 anos até 7 anos -15 segundos; 7 até 10 anos: 20 segundos; acima de10 anos: 30 segundos;
    5.3.8.2 — Aparelhos com ponta de cristal de quartzo: reduzí-los pela metade o tempo da tabela anterior.

    5.3.9 INTERVALOS ENTRE CADA SESSÃO (APLICAÇÃO)

    5.3.9.1 — Tratamento intensivo-emergencial: até de 3 em 3 horas; Tratamento normal: até de 10 em 10 dias; Tratamento de manutenção: de 30/30 dias, 60/60 dias, 90/90 dias, podendo até de 120/120 dias;
    5.3.9.2 — Excepcionalmente, há casos de aplicações diárias para resultados mais rápidos que deverão ser estudados criteriosamente pelo terapeuta.

    5.3.10 DISTÂNCIA ENTRE APARELHO E O CLIENTE: Regra geral de 15 a 20 centímetros, tanto na aplicação básica como na localizada.
    5.3.11 TRAJETOS DE APLICAÇÃO DA LUZ

    5.3.11.1 BÁSICA — Atuando no campo eletromagnético e servirá para equilíbrio energético/emocional;
    5.3.11.2 LOCALIZADA -Atuando diretamente nas áreas defasadas e que somatizaram distúrbios orgânicos/emocionais/psíquicos.

    5.3.12 Idade mínima do cliente — 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.13 Constatação de Conformidade — O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 17:38


    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Simone Kobayashi de NoronhaTerapeuta Holística – CRT 37166

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2008

    Agradeço aos meus colegas, que a cada Congresso que nos encontramos, trocamos experiências e energia, acrescentando apoio e conhecimento na minha trajetória.

    Agradeço ao Sinte, pela dedicação a nós todos, pelo suporte à Terapia Holística, aos Terapeutas Holísticos e a mim; e às pessoas do Sinte, pelo carinho, atenção e cuidado com que nos tratam e atendem.

    Sumário:

    I Resumo

    II Introdução

    III Metodologia

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    V Cristalopuntura

    VI Aplicação Terapêutica

    VII Bibliografia

    I Resumo

    A acupuntura faz parte da terapia tradicional chinesa, uma prática com cerca de cinco mil anos, e consiste na inserção de agulhas metálicas na pele para reequilíbrar a pessoa como um todo - o físico, o mental, o emocional e o energético.

    Mas, nem sempre as pessoas sentem-se confortáveis para fazer acupuntura. Temos outros estímulos (sem ser as agulhas) que podem ajudar nas dificuldades e desequilíbrio encontrados. Dentre esses estímulos podemos utilizar as pedras e cristais, que de uma forma menos física, mas mesmo assim eficiente e rápida ajuda a estabelecer o equilíbrio e o bem-estar.

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    II Introdução

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    III Metodologia

    Descobrindo-se pelos Pontos de Alarme os movimentos em desequilíbrio e os meridianos relacionados, pelo toque no caminho do meridiano, os pontos que estiverem mais doloridos serão os que necessitam ser estimulados. Cabe ao Terapeuta Holístico capacitado, a melhor escolha (entre as pedras e cristais) mais adequadas ao momento do cliente e relacionadas aos 5 Movimentos Chineses ,para ajudar a harmonizar o cliente e equilibrar o seu momento.

    Da mesma forma que a acupuntura tradicional, a Cristalopuntura baseia-se nos 5 Movimentos Chineses e o equilíbrio do corpo físico, mental, emocional e energético através da estimulação de pontos nos meridianos.


    Trabalhar esses processos terapêuticamente é acrescentar a habilidade de lidar com os sentimentos e os desequilíbrios de uma forma mais consciente, leve e saudável.

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    Pedras: popularmente pedra é o nome coletivo para todos os constituintes sólidos da crosta terrestre; agregados naturais de minerais, e ainda podem ser separadas por preciosas e semi-preciosas, ou seja, podem ser caras ou baratas. Mas o valor comercial não é motivo para que sejam divididas assim, já que é uma distinção arbitrária, confusa e desnecessária.

    Cristais: é um corpo uniforme com um retículo geométrico, normalmente apresenta forma limitada externamente por superfícies planas e lisas, e em um arranjo ordenado dos átomos da estrutura de um composto.

    Gemas: designação coletiva para todas as pedras ornamentais. Não há, na verdade, uma linha divisória definida entre pedras mais ou menos valiosas, preciosas ou semi-preciosas. Todas elas são minerais, materiais inorgânicos naturais com uma composição química fixa e estrutura interna regular (com exceção das pérolas, do âmbar e do coral).

    Assim definido, fica mais fácil de explicar a razão de utilizarmos os termos Pedras e Cristais e não o termo gema, pois nós não utilizamos somente as ornamentais e sim toda e qualquer pedra que traga benefícios terapêuticos.

    V Cristalopuntura

    Já sabemos que os cristais funcionam como amplificadores de energia nos processos de equilíbrio e autoconhecimento e a sua força consiste na capacidade de ampliar e direcionar nossos próprios poderes e, por isso, o mais importante ao se lidar com os cristais é que conseguimos sintonizar nossas vibrações com as vibrações dessas pedras.

    Nosso objetivo nesse curso é capacitar as pessoas que Já conhecem a técnica de puntura com a junção de mais uma ferramenta de estímulo, a Cristalopuntura.

    Diferente das agulhas, as pedras e cristais dispõem de uma maior diversidade de sintonia que pode ajudar mais eficazmente na puntura para equilíbrio do cliente.

    Esses são os objetivos da utilização de pedras e cristais como estímulos na Cristalopuntura, iniciar uma busca através de autoconhecimento e nos capacitar, e aos nossos clientes, ao equilíbrio e a superação de obstáculos, alcançando a harmonia e realização interior.

    VI Aplicação Terapêutica

    Precisamos lembrar o que cada uma das pedras e cristais trazem suas características próprias para o trabalho terapêutico. Tendo, então essas características, elas também têm suas relações com os 5 Movimentos Chineses.

    Quero acrescentar que não somente a resposta às pedras e cristais dos Pontos de Alarme ou pontos doloridos nos meridianos são eficazes para a melhor escolha do estímulo, mas um conhecimento das pedras e cristais disponíveis e também um bom “ouvido” do terapeuta e ajudam a pré-selecionar alguns estímulos de referência. Com a prática, o “ouvido” guiará melhor e a resposta dos pontos confirmará ou não às escolhas.

    Pontos de Alarme: Tradição Milenar Chinesa

    A Tradição Milenar Chinesa trouxe até a atualidade como parte de sua sabedoria, a teoria dos meridianos que são caminhos de energia que circulam no nosso corpo e refletem o nosso estado energético nos corpos físico, emocional, mental, etc.

    Aqui, trabalharemos com 12 meridianos considerados principais e seus Pontos de Alarme correspondentes (o material para localização dos pontos de alarme foi disponibilizado em vídeo pelo Sinte – Sindicato dos Terapeutas)

    Para saber quais os meridianos que estão em desequilíbrio energético, vamos tocar os pontos de alarme de cada um desses 12 meridianos principais e perguntar ao próprio cliente quais (por comparação) estão mais doloridos ao toque.

    Para algumas pessoas, todo ponto de alarme é sensível, por isso, sugiro fazer por comparação entre eles e saberemos quais deverão ser trabalhados. Um bom objetivo é achar os que estariam em primeiro e em segundo lugar entre os mais doloridos. Como trabalharemos com os 12 meridianos principais, teremos 12 sequências de toque para avaliar comparativamente.

    Sabendo então, quais os pontos de alarme mais sensíveis (primeiro e segundo lugar), iremos buscar os pontos doloridos nos caminhos dos meridianos correspondentes. Por exemplo, se os Pontos de Alarme mais doloridos foram (1o. Lugar) o do meridiano do Estômago e o (2o. Lugar) o meridiano do Triplo Aquecedor, vamos buscar primeiro os pontos doloridos no caminho do meridiano do estômago e depois os pontos doloridos no caminho do meridiano do triplo aquecedor.

    Agora, como saberemos quais entre tantas pedras e cristais será a mais adequada ao estímulo nos pontos do meridiano do cliente?

    Teremos que pré-selecionar algumas pedras e cristais que tenham afinidade com o MOVIMENTO ao qual o meridiano em desequilíbrio corresponde. Somente a partir daí teremos condições de realizar testes para a escolha do melhor estímulo.

    Coloca-se em contato com a pele do Cliente (no ponto de alarme ou mesmo no próprio ponto dolorido do meridiano) cada opção pré-selecionada e verifica-se qual entre essas pedras a que diminui a a sensação dolorida.

    Pronto! Já temos o ponto a ser estimulado e o estímulo mais adequado ao momento do cliente. Agora basta deixar o estímulo (pode-se fixar pedrinhas ou cristais pequenos com “micropore”) por alguns minutos e começar novamente o processo com o 2o. Meridiano mais dolorido.

    cristalopuntura.gif


    Os Cinco Movimentos Chineses

    A base da filosofia chinesa é o Tao, que é o principio de toda a matéria, sejam as estrelas e os minerais, passando por todos os seres vivos. O Tao não se explica, ele simplesmente É.

    Dentro do conceito do Tao, entende-se que existam duas forcas opostas e complementares, em movimento constante, o yin e o yang. O yin é visto como passivo, feminino, escuro e todos os simbolismos relacionados como: a noite, a lua, a emoção, etc; e o yang como ativo, masculino, claro e também suas outras relações como: o dia, o sol, a razão, etc.

    Essas forcas estão em constante e harmoniosa oposição, mudando, movimentando e se fundindo, sempre buscando o equilíbrio. Desse movimento cria-se energia, que os chineses chamam de “chi”, ou forca vital. O “chi” flui através dos seres e dos ambientes.

    Determinando-se que se o chi está ou não fluindo naturalmente, a pessoa, o ser ou ambiente está ou não equilibrado. Se houver um desequilíbrio entre o yin e o yang o fluxo de energia vital está desarmônico.

    Nada é absolutamente yin ou yang. Um não existe sem o outro e não existe separação. Um contém em si a semente do outro, atraem-se mutualmente e se repelem ao mesmo tempo, em um movimento constante.

    Surge com esse movimento constante outra manifestação do Tao: os Cinco Movimentos. O ascendente, descendente, centrípeto, centrifugo e equilibrante; que chamamos de fogo, água, metal, madeira e terra, respectivamente. Na tradição chinesa tudo que lembre e represente um dos movimentos relaciona-se a ele. Cada um desses movimentos tem suas características próprias que podem ser relacionadas com tudo o que existe, sejam seres vivos, incluindo animais, humanos e plantas, sejam inanimados como as pedras, cristais e ambientes, e ainda, as emoções, sabores, cores, etc.

    Por exemplo, ao movimento centrífugo, como o Movimento Madeira, relaciona-se a expansão e o crescimento, aos meridianos do Fígado e da Vesícula Biliar, sentimento de raiva e extroversão, a cor verde; ao Movimento Fogo, relaciona-se com ascendente, que lembra a excitação (excesso de fogo) e a apatia (falta de fogo), o verão, o calor, os meridianos do coração, intestino delgado, circulação e sexo e triplo aquecedor, a cor vermelha; ao Movimento equilibrante chamado Terra, oque centraliza, controla, equilibra, a cor amarela, os meridianos do estômago e baço-pâncreas; ao movimento centrípeto que relaciona-se com o Metal, lembra o agregar, condensar, o contrair; e assim acontece com todos os movimentos.

    Como fazem parte de um movimento constante, o excesso ou falta de um deles, ou seja, qualquer desequilíbrio acaba afetando o Todo, por meio de suas relações.

    Em suas interações temos a Lei da Geração ou Mãe-Filho: Madeira nutre o Fogo, que forma a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, de onde nasce a Água que nutre a Madeira, que volta ao início do ciclo fechando-o. E a Lei da Dominância ou Dominante-Dominado: a Madeira consome a Terra, que absorve a Água que domina o Fogo, este derrete o Metal ou Rocha, que corta a Madeira.

    Pensando assim, as pedras e cristais por formarem-se na Terra, relacionam-se ao Movimento Metal e tendem para a interiorização, introspecção, mas um olhar mais atento nos faz observar as interações de outros movimentos.

    Assim como cada um dos movimentos contêm dentro de si os outros, os detalhes de cada pedra ou cristal nos guiaria para a relação mais focada com os 5 movimentos, como: a água-marinha, e sua óbvia relação com o movimento ?gua, o quartzo fumê, que tornou-se “fumê” pela exposição prolongada ao calor (Fogo), a ágata com suas camadas concêntricas de expansão (Madeira), e assim com todas as outras pedras, não só observando as características físicas, mas também os simbolismos e associações com os nomes, histórias, usos e costumes relacionados a elas.

    VII Conclusões

    Em todo trabalho de Terapia Holística desenvolvido com aprofundamento, vemos que não existem tabelas a serem seguidas. O melhor meio para se aproveitar de todas as características e possibilidades que as diferentes técnicas nos trazem é o aprofundamento do conhecimento, seja para aprimorar nossa própria busca de equilíbrio e harmonia, e/ou pela melhor relação entre o momento do cliente e a escolha da técnica ou estímulo.

    VII Bibliografia

    Boström, F. - A sabedoria das pedras - Ed. Best Seller, 1994.
    Boström, F. - O Mago dos Cristais - Círculo do Livro, 1994.
    CavalcantE, V. - O equilíbrio da energia está no salto do tigre - Ed. Objetiva, 1998.
    Duncan, A. - ABC dos Cristais - Ed. Nórdica.
    Duncan, A. - Caminho das Pedras - Ed. Nórdica, 1998.
    Noronha, S. - Pedras e Cristais: Em Busca do Equilíbrio - Ed. Sinte, 2006
    Raphael, K. - Transmissões Cristalinas: Uma Síntese de Luz - Ed. Pensamento, 1997.
    Raphael, K. - A Cura pelos Cristais - Ed. Pensamento, 1995.
    Raphael, K. - As Propriedades Curativas dos Cristais e das Pedras Preciosas - Ed. Pensamento, 1996.
    SINTE - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias - www.sinte.com.br
    Schumann, W. - Gemstones of the World - Sterling Publishing, 1997.
    Vieira Filho, H. - Tutorial Terapia Holistica, Sinte, 2004.
    Weil, P. - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real, Ed. Palas Athenas, 1990.

    Autor: : Simone Kobayashi de Noronha - Terapeuta Holística – CRT 37166
    Última atualização: 13/05/2008 14:44


    Vivência Tântrica

    Vivência Tântrica

    Ao encontro do coração e da prosperidade, assim como o equilíbrio da sexualidade e o fluxo da sensibilidade

     

     Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Libido?

    3.  Conhecimento sobre os elementos que se atinge no desenvolvimento do vivenciar.

    4. O que é Vivência tântrica.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

      

    I- INTRODUÇÃO

                 

                  A insatisfação por não produzir. O vazio por não saber amar ou não ser amado. O desejo que algo externo resolva a vida. Tudo se transforma em couraças. Onde o EU se esconde em manifestações de medo, timidez, agressividade, hipersensibilidade, improdutividade, egocentrismo. Ou ainda – “Eu sou o único” – “Sou o melhor” – “Sou eu que resolvo as coisas, ninguém faz melhor que eu” – “Eu sou festeiro e popular”. Esta última manifestação certamente é a pior forma de manifestar as couraças. Porque em algum momento do seu dia, vai se sentir exausto triste e solitário. “Não aceito falar de mim”, “Não vou transparecer o que sinto nunca, imagine!”

                  “Nunca deixo saber o que sinto e penso, não quero que invada a minha individualidade!”

                  Na verdade todas essas manifestações ou “qualidades” são fugas de si ou do mundo. É a dificuldade de apalpar a si mesmo, de si amar. Se você não se ama, não pode saber amar.

                  Se você não se equilibrar não pode perceber rapidamente e sensivelmente a forma de ensinar a se equilibrar.

                  Para o principio tântrico o equilíbrio e o desequilíbrio é um leela (jogo) uma dança no fluxo cósmico.

                  Se você simplesmente dançar o leela acontece. Você vira a água nas tempestades. O vento no vendaval. A chama na fogueira.

    De forma lúdica e sincrônica vivencia tudo aquilo que é natural em si. Você não pensa mais. Apenas sente ou simplesmente é.

                  O EU SOU ou SO HAM passa a fazer parte em cada inspiração e expiração. Inspirar e expirar constantemente em sincronia com o que deseja fará com que se conclua. Basta ensinar a mente a simplesmente ser e não mais comandar.

                  Descodificar a mente para que ela entre no leela cósmico é simples. É necessário dar à ela aquilo que não é metódico.

                  Há de convir que desde 3 ou 4 anos da idade cronológica que sua mente aprende apenas a se defender de que:

    “ “Isso não pode” - “Isso não deve” - “Seja homem” - “Seja educado no sentido formal” -”Seja rico para ser homem de bem” - Ou, pior ainda: “Quem ficou rico é inescrupuloso” ”.

                  Para as mulheres: “Olha todos os homens são iguais” - “Homens não prestam”

                  Para os homens: “Cuidado mulher é um bicho” – “Mulher é interesseira”

    Em relação ao sexo então:

    Mulheres: ”Sexo é proibido” – “Não seja sensual é feio” –

    Homens: “Para ser homem precisa ser garanhão, se não deixará de ser homem”. Para as pessoas que estão na faixa entre 40 a 60 anos cronológicos é o sentimento que impera e comanda o mental, agindo de forma inconsciente e produzindo resultados negativos. E ai o insucesso é fatal em quase todos os planos da vida.

    Enfim, infindáveis fórmulas chavões para o insucesso, o desamor, a timidez e a má relação consigo próprio. A mente codifica e lidera a frente da real sensação, desviando do verdadeiro caminho individual de simplesmente ser Natural – Integro e amável e feliz.

                  Vivenciar as emoções aparentes e sentir o coração é um caminho lúdico e sensorial, produzindo a capacidade de aumentar o fluxo da intuição, aumentar o fluxo do sentir.

                  Para isso basta utilizar-se das técnicas que o tantra propicia. Que álias, no ocidente muito bem elaborado através do contato popular com o OSHO.

                  Eu me permeio através do Tantra matriarcal e antigo onde o fluxo feminino (Shakti) que é responsável pelo o espírito das realizações natural. Simplesmente SER e Vivenciar pelo o fluxo da libido.

     

    2  - O QUE É LIBIDO?

                  Vamos conhecer a real conotação da libido em relação à parafernália tântrica, tão confundida e mal interpretada pelo o ser ocidental e os ditos “tântricos”

                  Fala-se em libido, entende-se sexo. Sexo é o significado principal e final apenas para aqueles que ainda não a entendeu ou para aquele que não sabe direcioná-lo e assim utilizar-se desta força encantadora e mágica.

                  Libido é a mola propulsora para tudo que se pensa em sentir e fazer.

                  A libido é uma energia pura incandescente no ser humano manifestada através do ato de sentir prazer.

                  O prazer de comer em equilibro = saborear.

    Mas em desequilíbrio entra em compulsão do comer porque essa forma de sentir é fálica.

                  Libido organizada faz fluir o trabalho = Prazer - produz êxtase.

                  Libido desorganizada = O trabalho não flui - não há energia propulsora.

                  O prazer de amar ao tocar o filho, o coração treme. Porque o amor é puro e transcendente. A libido ai está presente no sentir, pois provoca êxtase, felicidade.

                  O prazer de amar o sexo oposto, todos que se apaixonaram conhecem a libido se manifestando e é a forma que todos a identificamos.

                  Mas libido é o calor na pele, sem está calor. É o arrepio de uma caricia. É o ouriçar dos pelos quando se emociona. É a alegria nos olhos. É ainda a lágrima nos olhos quando se ri gostoso. É ouvir uma música e se arrepiar. É perceber o nascer de uma flor e se sentir emocionado. É ver uma criança nascer e se emocionar.

                  Quantos já desconhecem estas sensações? Se não sentem e não percebem isso, não pode mesmo perceber que a libido está além do tesão pelo o sexo oposto.

                  Alias se não sentem isso, já não consegue mais sentir Excitação pelo o sexo oposto. Acabou a excitação por si.

                  Vivenciar significa buscar isso dentro de si e por si mesmo.

                  Perceber que ao respirar, a pele se manifesta, Ao dançar o corpo arrepia, apenas no sentir da música e bailar suas emoções numa dança de sensações, sem pensar. Somente sentir e reaprender a amar-se.

                  A Libido movimenta a vida, a alegria, rejuvenesce e vitaliza.

                  Onde está a libido?

                  O tempo inteiro em você mesmo, basta um respirar profundo e ela se manifesta.

                  Basta um carinho do sexo oposto e ela se manifesta – Conhecido por todos, não é mesmo?!

                  Mas, se a música certa tocar também se manifestará. Quem aprende a conectar a libido, não ficará mais triste além do necessário. Porque saberá a medida exata do sentir.

                  Aprendemos que as pessoas importantes na vida são nossas: meus filhos, meu homem ou minha mulher, minha amiga (o), etc. Puro exercício de ego.

                  A libido direcionada de forma harmoniosa você saberá que deve apenas sentir e vivenciar. E que o conjunto de relações pessoais e interpessoais são feitas para interagir e não para possuir.

                  Porque a única posse que de verdade temos é o “EU” esse sim possuirá os efeitos de tudo que permeia a vida. E a forma de manifestação no físico do EU é através do permear da libido que é energia pura e criadora.

                  Criadora da prosperidade na forma plena da palavra.

                  Esse é o verdadeiro passo para a abundância. E o verdadeiro “Tesão” pela a vida. Sem medo, sem pré-conceito, sem negações. Simplesmente viver poeticamente a vida.

    Eu acredito piamente que o Ser passa pela a terra com a única função de vivenciar e sentir a abundância no leela (jogo ou dança) cósmico e na terra. Aprender lidar significa adquirir o nirvana. Ou seja, transcender a consciência através do coração.

                  Abundância está em todos sem distinção de raça ou credo. É para todos aqueles que se permite.

                 

    3- Conhecimento sobre os elementos que se desenvolve na prática vivencial.

     

    ANÁLISE SINTETIZADA DOS CORPOS HUMANOS.

                                                           

    1- CORPO - Anna Kosha (corpo ilusório de alimento).

                  É o nosso corpo físico grosseiro, constituído dos cinco órgãos dos sentidos: ouvido (som), pele (tato), olhos (visão), língua (paladar), nariz (olfato) e dos cinco agentes da ação: boca, genitais, mãos, pés e orelhas. Sua capa muscular, os nervos e ligamentos, bem como a sua estrutura óssea armazenam as tensões vindas dos corpos superiores, sobrecarregando alguns órgãos que sobrecarregam outros, numa cadeia de sintomas às vezes complexos. O corpo físico reage aos claramente através de movimentos, exercícios, danças e toques. Seu centro-realimentação está nas gônadas, portanto na área sexual, e seu estágio é o do mineral, dentro da natureza, como um todo, e seu oposto complementar é o olfato (narinas). Seu elemento é a Terra (ossos, dentes e unhas).                                                                                                                                                                                         

    2 - CORPO - Prana Maya Kosha (energético etérico)

                  É um corpo constituído de prana etérico, comanda os órgãos dos sentidos e contém os cinco sentidos sutis: éter, ar, fogo, água, terra aspecto prânico, energético. Alguns autores dizem que existem 300.000 canais que transportam prana, outros 72.000 que formaria o corpo etérico visível facilmente. Sua emanação energética vem das supra-renais próximos ao umbigo, e seu aspecto sutil, invisível, se relaciona também com os minerais. O corpo energético reage ao respiratório em geral, aumentando consideravelmente seu brilho externo ao corpo, com um pequeno número de exercícios de respiração. Esse corpo transmite as sensações dos corpos sutis para o físico, formando uma ponte de ligação entre as emoções e os músculos e nervos. Seu oposto complementar é a língua e o paladar. Seu elemento é a água.

     

    3 - CORPO - Kama Maya Kosha (desejo)

                  É o nosso corpo das emoções telúricas. O ponto central do corpo astral está no estômago (plexo solar) e sua irradiação sutil está relacionada com a vontade (volição) e com o desejo. Sua manifestação mais clara é o instinto, a reação reflexa, ou seja, é o órgão que se manifesta com um emocional expansivo e forte. “Ele irradia “nosso estado de espírito e é afetado pelo que vemos” o que os olhos não veem, o estômago não sente”. Está intimamente ligado com o pâncreas diretamente o sentido da visão. Seu elemento é o fogo e atua na combustão dos alimentos e reage ao desejo e à vontade.

     

    4 - CORPO - Ananda Maya Kosha (felicidade)

                  É localizado no centro cardíaco e é o nosso corpo das emoções afetivas e amorosas. É grandemente estimulado pelos vegetais superiores como legumes, verduras e frutas. O sentido do tato está intrinsecamente relacionado com o coração e se expressa de modo claro nas relações de empatia com outro. Seu elemento é o ar reage aos sentimentos em geral.

     

    5 - CORPO - Manas Maya Kosha (conhecimento)

                  O Manas (mente) se manifesta como intelecção e memória sendo essa a função desse corpo. Seu elemento é o éter que está relacionado com os ouvidos.

    É um corpo que se manifesta no nível da garganta em seu aspecto mais sensorial a reage aos Mantras de “H” aspirados, como no Inglês de horse. Seu corpo é de manifestação sonora e, portanto, o som faz vibrar em ondas que vão do mental ao intuicional.

     

    6 - CORPO - Jñana Maya Kosha (sabedoria)

                  Este corpo se manifesta como sabedoria pura, percepção clarividente. Ele reage à ação contemplativa, após as vibrações da mente cessar. Reage ainda aos Bija-Mantra, e especificamente, aos sons nasalizados. É a sabedoria após o conhecimento.

     

    7- CORPO - Buddhi Maya Kosha (corpo ilusório feito de intuição)

                  É o mais próximo da mônada espiritual humana. Não tem som específico, nem reage ao toque, mas como é um arquétipo humano reage aos símbolos inconscientes tais como, os Mandalas ou Yantras e os Mula-Mantra, tais como o “OM”.

     

                                              OS SETE PLANOS e as suas cores

    Podemos entrar em contato com cada plano vibrando na sua cor correspondente.

    FÍSICO

    1- PLANO - FILOSÓFICO - LIGADO AO CORPO FÍSICO - (MINERAL)

                  É o plano mais denso que trata do material, do físico, é onde o indivíduo se relaciona com o outro através de atitude e postura física. Através desse plano, aprendemos a constituição do homem centenário, do macrocosmo e do microcosmo sempre por meios dos estudos ou da filosofia esotérica começando a compreender a história da evolução do homem.

    COR AZUL - Representa a espiritualidade, a energia cósmica, dependendo da intensidade do azul ele sugere crescimento e evolução espiritual - mais intenso = a necessidade de contemplação serena, menos intenso = verificar os sentimentos descontrolados.

      

    2  - PLANO - ARTÍSTICO - LIGADO AO CORPO ENERGÉTICO - VEGETAL

                  É o plano onde começamos a perceber a energia vital, através de meditação das nossas próprias atitudes e organização dando-nos conta do mundo que nos rodeia. Por esse plano começamos a trabalhar o mundo das cores do som, da harmonia, do ritmo, e como eles afetam nosso corpo energético.

    COR AMARELA - Muito positivo, significa sabedoria, representa um guia interior ou o nosso lado superior (eu) concretizando os nossos ideais, indica clareza e luz.

    COR LARANJA - Maior energia, entusiasmo, juventude, alegria, favorece empreendimentos.

     

    3 - PLANO - POLÍTICO - LIGADO AO CORPO EMOCIONAL - ANIMAL

                  É neste plano que começa a evolução do homem, é através da razão que controlamos as nossas emoções, quanto menos oscilarmos o nosso corpo emocional, mais nos tornou estáticos. Não ser instável é ser um verdadeiro político e manipulador da energia da vontade. É através de leis e regras interiores que o mental controla o emocional e podemos através desse plano criar novas atitudes, nova cultura, nova civilização.

    COR ROSA - Simboliza o amor, a afeição sem paixão (amor universal) significa proteção, traz insegurança, suavidade das emoções.

     

    4 - PLANO - EDUCACIONAL - LIGADO AO MENTAL CONCRETO (HOMINAL)

                  É o plano da meditação, e onde também atua a evolução do homem, este plano está muito ligado ao plano político. É onde educamos nossas energias através da meditação das próprias atitudes e organizações. Através desse plano estamos ligados a ciência da iniciação.

                  O resultado do estudo e prática dessa ciência produz o verdadeiro homem consciente.

    COR BRANCA - Simboliza a pureza da inocência e ingenuidade, é a cor da juventude, a pureza do coração e a simplicidade, traz a facilidade da transmutação de energia, equilibra as energias negativas. 

    MENTAL

    5 - PLANO - CIENTÍFICO - LIGADO AO MENTAL ABSTRATO.

                  Este plano faz parte do plano mental que é ligado ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados a seres superiores que nos enviam através de canais, todas as técnicas da ciência para que possamos atuar com mais perfeição em nossas vidas.

                  Conseguimos compreender a ciência de vida e espaço (onde o outro começa e você termina), ou seja, mais sensibilidade, termos condição de entender as leis ocultas do cosmos, a lei da evolução e do Karma. É nesses planos que poderemos ajudar o outro com a ciência da sabedoria.

    COR VERDE - Simboliza vida, fertilidade e criatividade, afinidade, diplomacia e adaptabilidade, regeneração.

      

    6 - PLANO - INTUITIVO - LIGADO AO CORPO DA INTUIÇÃO

                  Neste plano nós seremos mestres de nós mesmo, será o fim dos falsos mestres e profetas.

                  Dentro deste plano teremos o contato com a hierarquia oculta, e a cooperação desses seres dentro do nosso trabalho de evolução pessoal. Teremos também total controle de nosso ego.              É neste plano que teremos o conhecimento da Nova Era.

    COR VERMELHA - Simboliza a energia ativa em grande quantidade, fluxo da vida, vitalidade, traz o impulso da vida, a vontade de vencer, o poder.

      

    7 - PLANO - INTEGRAÇÃO - LIGADO A CENTELHA DIVINA

                  Neste plano teremos total controle das leis do físico. Sendo assim poderemos ter maior domínio sobre nós mesmos em relação ao relacionamento entre matéria e espírito, alma e personalidade. Seremos mais honestos com nós mesmos e assim estaremos mais harmonizados com o universo. A nossa canalização estará aberta com total integração com o cosmos.

    COR VIOLETA - E a cor ligada a espiritualidade, traz o conhecimento e a magia, representa a consciência cósmica, representa a evolução interior com pleno conhecimento da realidade traz a sensibilidade e individualidade

     

    KARMA

    Karma é a lei de causa e efeito. Qualquer atitude tomada ou pensada cria uma reação na vida física ou na vida astral.

     

    TIPOS DE KARMA

    1 - Karma Individual - É quando você é totalmente responsável pelos seus próprios atos.

     

    2 - Karma Familiar - quando os atos interferem nas atitudes das pessoas da sua família negativamente ou positivamente.

     

    3 - Karma Coletivo - quando seus atos estão ligados a comunidade que você se relaciona.

     

    4 - Karma Racial - parte da sua opção, que você teve antes de nascer, em ser branco, negro, vermelho, ou amarelo.

     

    5 - Karma Nacional - Você nasce no país que melhor se adapta a sua missão, para que sua vida possa fluir melhor.

     

    6 - Karma Mundial - Nós optamos nascer nesse planeta porque nosso padrão de consciência é o mesmo dentro da evolução desse sistema, e nossas atitudes particulares pode modificar uma atitude um planeta inteiro.

     

    7 - Karma Universal - É quando nós já conseguimos obter uma consciência cósmica e nossas atitudes são todas voltadas pela Paz Universal.

     

    SENSO DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada ação temos um grau de responsabilidade a cumprir.

                  Responsabilidade - É a habilidade de dar uma resposta a si mesmo. A partir de agora seja responsável por si só. Voltando-se para dentro e repensando os seus atos.

                  Para cada ação existe uma reação e você é o centro de sua vida. Tomar consciência do seu poder e criar as situações que vivem, é ser 100% responsável por si mesmo.

     

    TIPOS DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada plano temos um tipo de responsabilidade a cumprir.

    1 - Paciência: É a habilidade de suportar as primeiras mudanças do ego que causam ilusoriamente dor e sofrimento.

     

    2 - PERSEVERANÇA - É a habilidade de se conservar firme e constante, permanecer sem mudar ou sem variar em cada atitude tomada mediante a um objetivo.

     

    3 - SEGURANÇA - É a habilidade de estar confiante em si mesmo e na vida.

                 

    4 - GENEROSIDADE - É a habilidade de ir ao encontro das necessidades dos outros sem desperdício de tempo e matéria, é a disposição para compartilhar.

     

    5 - TOLERÂNCIA - É a habilidade de compreender os motivos e pontos de vistas dos outros tão precisamente quanto possível, é o poder da supervisão.

     

    6 - SENSIBILIDADE - É a habilidade de sentir as próprias necessidades e a dos outros, é uma grande virtude e desenvolve independência e desperta confiança em si mesmo.

     

    7 - HUMILDADE - É a habilidade de se contrapor ao seu ego e vaidade e aparentar o que você é na realidade.

      

    DHARMA - O CAMINHO PESSOAL

                  Alguma de nossas emoções advém de registros/código, que chamamos cósmicos, e têm um princípio básico de inconsciência, e podemos colocar nessa lista as pulsões sexuais como uma necessidade imanente nos seres vivos de proliferação da espécie. O desejo sexual então, é o impulso genésico do ser vivo e é esse mesmo impulso que leva o homem e mulheres a se unirem na intenção inconsciente de procriarem, e estes impulsos acrescidos das intenções emocionais, também delineiam o caminho de uma pessoa (Dharma).

                  Dizemos então, que todos estão onde devemos estar, onde precisamos estar, onde merecemos estar, pois nossa intencionalidade e nosso adhikara (índole, temperamento, caráter, dom inato) nos colocaram ali; havendo consciência do modo pelo qual trabalhamos nossas intenções, nos iluminamos e podemos traçar, então, qualquer caminho.

                  O Dharma é o caminho, é o destino e é também o caminhante. O Dharma será concebido por aquele que se concentra no agora, aqui, usufruindo do ato de caminhar como a única meta, conquistando serenidade. Este caminhante saberá que não há nada a ser feito no futuro, um destino pré-existente a ele que deverá ser cumprido. Há sim, uma fatalidade das emoções, aquelas mesmas emoções que atraem certas desgraças pessoais, inexoravelmente; essas emoções que é traduzida como intencionalidade.

                  Intencionalidade do ser humano depende de um fator muito importante, melhor dizendo, imprescindível, que é a relação com o outro indivíduo, outra sensação, outro desejo. Sem a reciprocidade de intenções inexistiram as relações interpessoais e, portanto, não haveria a possibilidade de crescimento pessoal e muito menos de estudo das próprias emoções e sensações. Seria impossível a percepção sequer da existência da intencionalidade.

     

    O CORPO É O INCONSCIENTE HUMANO

                  Todo ser humano é uma soma de adhikara mais comportamento personalizado. O Adhikara e a personalidade “marcam” o corpo de acordo com suas características, somando a esta herança genética, que engendra o corpo junto com aquelas emoções e impulso do caráter. Dessa interação nascem corpos saudáveis ou não.

                  A saúde ou doença são balizamentos que o corpo cria para regrar a senda de seu habitante. Ele tem o código do adhikara de uma pessoa e sempre que essa pessoa mente para si mesma ou trai suas emoções profundas ou frusta-se consigo mesma, sem estarem conscientes desse fato, males físicos sobrevêm e tensões energéticas, nervosas e glandulares avassalam suas estruturas. Neste sentido dizemos que a doença é um bem maior, na medida em que ela tem a função de avisar, através do corpo, sobre a condição da emoção.

                  O ser humano é dotado de seis diferentes consciências para se manifestar no seu ambiente vital, no seu eco sistema.

                  Infraconsciência - é a consciência genésica, sexual, procriadora, mantenedora da espécie humana. Trata-se da atração magnética onipresente na vida das pessoas, traduzidas simplesmente em atração sexual entre os seres. Os principais pontos de tensão da infraconsciência são:

    a) Impulsos genésicos, geradores, procriadores;

    b) Rege todos os órgãos do sentido.

    c) A expressão mais sutil em termos de fluidos corporais tais como sangue, linfa, hormônios, líquidos sinuviais, liquor espinhal.

    d) A infraconsciência está ligada ao reino mineral e vegetal.

                  A natureza por si só é regida pela a força que se traduz na fórmula vive melhor quem melhor pode viver e no estigma da força e esperteza. Por isso os homens competem em seu dia-a-dia chegando as raias da morte, porque ainda contém o código de defesa da vida contra o agressor. As pessoas ainda se sentem mortalmente feridas ao perder um lugar na fila, ou o troco a menos na padaria, etc. Essa agressividade ainda pode ser canalizada pelo processo civilizatório por simples falta de tempo. Algo nas pessoas as faz defender o que é delas às tapas, mesmo que seja apenas algumas moedas, transformando isso tudo em neuroses.

     

    Subconsciência é responsável pela nossa contínua experimentação das nuanças do corpo energético que tem sua base no Chakra energético (Svaddhisthana). Veja as várias partes do indivíduo que são regidas por esta mente.

    a) - Motricidade corporal: função motriz dos nervos e órgãos.

    b) - Aprendizado reflexo de atividades automatizava;

    c) - Está também ligado ao mundo mineral e vegetal;

    d) - Seu centro físico são as supra-renais.

    h) - Os órgãos dos sentidos.

                  A subconsciência está ligada ao movimento corporal em si mesmo. Podemos exemplificar dizendo que uma criança aprenderá a andar sem ter uma imagem para se basear. Mas não falará uma língua a não ser que possa ouvi-la. São funções de diferentes consciências. A motricidade faz parte do código da subconsciência; o impulso de andar é infraconsciencial, mas a energia para criar o movimento e do subconsciente.

                  O subconsciente está para a sensibilidade vegetal, ou seja, não permanece “estático” como o reino mineral, sob os influxos de tempos muito mais longos que as medidas de tempo do reino vegetal. Além disso, podemos dizer que o vegetal contém e organiza o mineral em seqüências sensíveis que contém os sentidos do tato, algo praticamente inexistente no reino mineral bruto. Portanto a sensibilidade táctil é uma capacidade muito afeita ao chakra energético, que seria a sede do subconsciente.

                  A subconsciência é energia prânica, que em termos gerais pode ser manipulada e automatizada, em última análise, a força do “campo de energia” Esse deposito de energia (prana, Ki, Chi, orgônio), é uma inesgotável fonte de poder que é usada também para proceder as transformações, magnética através das mãos. Esse “órgão” energético está para o tato nos vegetais e tanto na visão como audição nos seres humanos, embora sua maior regência seja a sensibilidade tátil.

                  Os desequilíbrios psíquicos do subconsciente - Todas as perdas de motricidade por traumas emocionais, medo, sustos, são relacionadas com essa mente. Os delírios generalizantes estão relacionados com perda mineral (coloca os pés no chão) e hipersensibilidade nervosa. Convém dizer então que toda a rede nervosa, que vai do cérebro à superfície da pele é a manifestação física da rede Pranica (ou nadis), os condutos do Vayu pelo o corpo. Isso equivale a dizer que as repetições de gestos do modo distorcidos e até esquizofrênico em vários graus e perda de consciência espacial por envelhecimento.

     

    O INCONSCIENTE

                  No inconsciente fica a sede das emoções e intenções do indivíduo. Provavelmente neste ponto, na altura do estômago, diafragma e tórax, fica os códigos do Adhikara aquele elemento sutil de discernimento do temperamento e da alma de uma pessoa. Além disso, podemos alinhar as seguintes organizações psíquicas que o inconsciente promove:

    a) Todo o processo onírico (sonhos), vigília;

    b) Emoções impulsivas raivas e pânicos;

    c) Emoções de vontade, desejos;

    d) O condicionamento social;

    e) Psicose em geral;

    f) Chakra solar e cardíaco;

    g) Reações vegeto /animais.

    h) Os órgãos em que atuam as energias inconscientes: fígado, baço, vesícula, pâncreas, estômago, duodeno, coração, pulmões, timo.

                  O inconsciente está relacionado ao que chamamos corpo astral, portanto, invertendo, podemos dizer que o corpo astral é o corpo inconsciêncial. Nesta mente ocorrem os sonhos e os transportes para fora do corpo, tanto inconscientes como conscientes; as várias mensagens através dos sonhos são regidas por essa região corporal.

                  As preferências, os medos, as raivas, prepotências, orgulhos, inseguranças, estão para esses chakras; o chakra cardíaco e os órgãos pulmões e coração viabilizam na emoção os impulsos e desejos, e no organismo prânico as energias dos cinco pranas que ficam então, vinculados ao inconsciente e de certo modo direcionados pelas emoções.

                  As emoções são as impulsionadoras dos Vayu pela corrente nervosa eletro-magnético, corrente essa ligada aos rins e supra-renais. A hipertensão arterial é uma dessas confluências de tensão emocional inconsciente e bloqueio energético (prânico) subconsciente não raramente com a infraconsciência.

                  O inconsciente é responsável pela automatização das sensações, ou seja, essa mente cuida para que o indivíduo tenha uma espécie de condicionamento, para dar a resposta emocional esperada de um indivíduo social.

                  Por isso dizemos que são chakras dos reflexos condicionado social, onde as pessoas agem sentindo certas emoções reais.

                  Nossas mentes podem assinalar o reflexo condicionado do amor “que tem de ser de tal modo”, para corresponder as necessidades do processo civilizatório.

                  Grande parte do amor que o indivíduo sente, na verdade está relacionado apenas com as condições necessárias para sobrevivência, seja moral (religião, justiça social), ou afetiva (matrimônio, filiação, economia). O amor verdadeiro não viria, então, mesclado de nenhuma necessidade ou receio, por isso não se condiciona a nenhum modelo político, cultural ou econômico. Esse amor é quase impossível, porque é absolutamente revolucionário e incompreensível para as forças do ego inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Neuroses e psicoses do inconsciente - relacionados entre homens e mulheres, afetivo/sexuais, são extremamente bem assentadas no plano inconsciente. É nessa mente que a pessoa, por condicionamento sócio-econômico-cultural, força a si mesma a fazer certas ligações afetivas, amorosas, filiais, paternais, maternais, fraternais, sem estarem sendo honestas consigo mesmas e com o outro. São as relações constituídas de fachadas tão bem arquitetadas, que a mãe e o pai, se sentem responsáveis até a própria morte, por passarem essas “verdades” aos filhos.

    - Neurose de eficiência num trabalho, escolhido por modelos financeiros e não emocionais.

    - Conflitos entre os objetivos da pessoa e os objetivos das organizações/ emprego, nação, etc.

    - Excesso de objetivos, objetivos inalcançáveis, objetivos imprecisos, competição. Atingir certos objetivos e ficar na incerteza de que fez o melhor possível.

    - Casamentos que não satisfazem necessidades inconscientes, mas permanecem sendo mantidos por condicionamento amorosos sociais.

    - Angustia de ter uma família ideal, sonho do paraíso social.

     

    CONSCIÊNCIA

                  É uma parte que responde e processa o resultado das aquisições das outras mentes ou consciências e das 10 percepções humanas. Percebe-se então que os sentidos dão informações que a consciência usa para sua própria ampliação e percepção; a consciência não está em nenhum momento separado das 3 primeiras emissões mentais.

                  A consciência está para a intelectualidade e a razão; vamos ver como se desenvolvem suas várias atuações:

    a) A mente consciente atém-se aos resultados das outras 5 mentes racionalizando-os e arquivando-os para uso em momento oportuno.

    b) - Está dirigido para a intelecção, o entendimento;

    c) - É analítica, faz aferição.

    d) - Situa-se no chakra laringe.

    e) - Os órgãos regidos pelo chakra laríngeo (cognição) são: tireóide, cordas vocais, cérebro, laringe, úvula, dentes.

                  Através da mente consciente analisamos e entendemos certas ações que podemos automatizar com o sub e o inconsciente desde que a emoção se satisfaça plenamente com a mudança. A emoção aqui lembrada se refere às sensações do adhikara, que jamais se acalmam se não foram satisfeitas. A partir de então passam a ser subconscientes e inconscientes.

                  A consciência trabalha com duas memórias simultâneas. A primeira é ativa, portanto útil e fluida, pronta para uso imediato e faz parte daquele conjunto de lembranças que uma pessoa tem e que foi tocada pela emoção profunda, despertando interesse em guardá-la como algo prazeroso ou o mínimo necessário para o seu processo de vida.

                  A segunda memória é passiva, contendo dados inúteis para o indivíduo, na medida em que dificilmente serão evocadas por não terem tocado com profundidade a emoção.

                  Sendo assim, quase nunca vêm à tona do consciente porque nem sequer foram adquiridas e armazenadas sob a influência e a força do interesse emocional genuíno, íntimo, agradável.

                  Esta última só passará a ser uma memória atualizável se o indivíduo, por uma situação qualquer, tiver na emoção essa necessidade, e somente depois de uma seqüência de lembranças muito bem relacionadas entre si que leve a pessoa a emocionar-se com aquele dado quase morto.

                  Por isso dizemos que a memória é emocional, a emoção é que se lembra e não o cérebro. O cérebro é frio, é cálculo puro. O coração sente através das emoções que “viu” no banco de recordações.

                  A memória depende do que o indivíduo gosta, pretende, intencional, anseia, necessita, portanto, depende das emoções.

                  Uma pessoa perde a memória e às vezes fica tentando recuperar lembranças que nunca foram verdadeiramente importantes, e há casos onde seria interessante não relembrar. O terapeuta deverá conduzir tais clientes a entender a verdade da emoção a respeito do que tenta recuperar na memória.

                  A memória é emocional e só se manifesta plenamente na medida em que o indivíduo tenha se emocionado com os fatos a serem gravados nela, a ponto de impressionarem o inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Mudando radicalmente de enfoque, podemos afirmar que um ato executado com real prazer desmorona toda a inverdade das emoções e, por conseguinte, ativa a memória, excepcionalmente. Memória é consciência; é resultado de verdadeira emoção de prazer no momento de captar a informação a ser arquivada.

     

    SUPRACONSCIÊNCIA

                  A supra-consciência está relacionada com a Buddhi, que é o Juiz Interno uma espécie  de juiz de todas as ações internas (intenções) corroborando tudo que “ouve” ou “sente” com o verdadeiro caráter (adhikara) do indivíduo (Jiva). Não se trata “superego” social de acordo com o modelo freudiano, e sim, de um superego muito sutil, que conhece todas as necessidades do caráter daquele ser. Como é uma parte da pessoa, ele cria os conflitos pela simples presença da emoção, do dia-a-dia, que não corresponde de verdade aos legítimos e íntimos anseios daquele ser. Vejamos em itens qual é seu alcance.

    a) A supra-consciência é a Buddhi (vide em filosofia mais detalhes sobre sua atuação);

    b) Trata-se da qualidade de compreensão (entendimento foi estudado em consciente);

    c) Testemunho absolutamente imparcial consigo próprio;

    d) Intuição pura, sutil, espiritual; juízo do ego.

    e) localiza-se no chakra ajña; hipofísico, hipofisiário, 3- olho;

    g) Seu guna é sattva - padma, de cor amarela, dourada ou rosa;

    h) compadecimento e percepções espirituais.

                  As percepções da supra-consciência assemelham-se a um “advogado do diabo”, porque ao fazer o julgamento das emoções, e do quanto elas são honestas com o adhikara, o resultado sempre será ananda (felicidade), se coincidirem exatamente. No entanto o que se observa comumente é o acontecimento do klesha (dores); um estado de desequilíbrio que sobrevém às pessoas por estar realizando seu adhikara.

                  A supra-consciência é camada de mestre interno por algumas seitas e grupos filosófico. Por motivos que se perdem no tempo, é chamada de anjo-da-guarda, um “ser” interno, protetor e evanescente, invisível e perceptível ao mesmo tempo; às nomenclaturas adotadas para explicá-la, a supra consciência é divina, deificada; está acima da mente consciente e é imparcial.

                 

    MAHACONSCIÊNCIA

                                A mahaconsciência é a consciência de unidade com o todo e tudo, e tem nomes diferentes em culturas diferentes; é a Consciência Crística entre os cristãos, a consciência búdica entre os budistas, Purusha no Samkhya.

                  Essa consciência Shiváica, ao ser percebido, dá a sabedoria total. Quando ela se manifesta o Dharma e o karma é absolutamente resolvido, tornam-se um só. Vejamos os itens a seguir:

    a) - O Mahaconsciência é Shiva/Purusha;

    b) - Com sua manifestação ocorre a plenitude do adhikara;

    c) - Dharma e karma tornam-se um só;

    d) - Quietude existencial;

    f) - Ação pura, sem rajas;

    g) - Rajas e tamas ficam iluminadas;

    h) - Há predominância do sattva shukla, branco.

                  No mahaconsciência há a predominância do guna sattva de cor branca, relacionada com a imparcialidade, desapaixonamento e desinteresse pelos movimentos da matéria; é pura seidade, pureza, quietude, plenitude e consciência.

     

    O que é vivência tântrica?

     

    Vivência tântrica é uma forma lúdica de sentir e perceber as emoções e, portanto, é uma técnica de terapia corporal feita através da indução em movimento com a intenção de que ocorram desbloqueios em nossas couraças que são causadas por desequilíbrios emocionais advindas do campo da sexualidade, ou seja. Quando você pensa em sexo o que ele representa para você? Apenas uma satisfação biológica indispensável. Apenas feito por amor. Apenas feito para procriação. Apenas feito por fazer. Ou ele nem se quer existe em sua vida, ou está existindo somente em suas fantasias.

    Você já percebeu até aqui que uma vez que a Libido organizada – a sua vida poderá ficar equilibrada. Como?

    Tomando consciência de que você em primeiro lugar não é feito somente de carne e osso, e sim de um corpo espiritual, um corpo mental, um corpo emocional e que todos residem num espaço físico denominado de corpo humano. E que este corpo físico é a resposta de tudo que você sente, pensa e vê ao seu redor. Já percebeu também até aqui que não provemos a nossa vida em todos os sentidos, porque não provemos uma boa sexualidade.

    Aqueles que não estão provendo a vida transportam para a sexualidade a impotência do prover, como impotência sexual. E as mulheres resultam na frigidez. E ou o oposto.

    Este fluxo nos diz como devemos delegar a nossa libido, mas os conceitos sociais, profissionais, nos fazem interpretar de forma enganosa, deixando assim de perceber a essência da vida que deriva de uma sexualidade plena e saudável. Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira tranqüila. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significa estarmos sensual e sensorial. Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

    MÉTODO

     

    O Vivenciar não há como explicar tecnicamente, mas se desenvolve através do fluxo de um grupo ou de um momento individual.

    Cada grupo vivencial é uma energia única.

    I – passo: O trabalho normalmente se inicia com uma meditação dinâmica que flui através de respirações alteradas e acopladas ao movimento proporcionado pelo o som de uma musica dinâmica, que produzirá limpezas das emoções contidas no emocional.

    II – passo: Indução de uma técnica que proporcione novas emoções promovendo um renascimento.

    III – técnica indutiva para reconhecimento do Eu, e as mais comuns são Ekagrata - visualizações, através de um espelho, visualizar Mandala, ou simplesmente no olho do outro. Permitindo identificar as emoções que estão inseridas no contexto do EU e do outro. Formando um reconhecimento, identificação e sintonia com o próprio Ego.

    IV – passo. É induzido a um tipo de técnica que envolva toques no contexto de técnicas corporais. Para que desperte o fluxo original da libido.

    V – Finalização do sistema vivencial em grupo.

     

    Conclusões

                  Se utilizar de método vivencial como foi possível perceber até então é uma forma de brincar com a mente fazendo-a a ficar em segundo plano. E simplesmente sentir e permear a vida através do leela cósmico.

                  Se permitir ser feliz. Aprender a usar as ferramentas corpóreas e que divinamente nos foi concedido. Tomar conscienciência de que somos além de ossos, veias, sangue, músculos, órgãos, etc. Que as sensações e intuições são as ferramentas reais e mais importantes que induzem ao coração e expande a consciência para Ser e está Feliz.

     

    Bibliografia.

    Eu até então desconheço bibliografia sobre sistema vivencial tântrico.

    Aqui está um trabalho desenvolvido através da minha experiência em vivenciar e transmitir vivências.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 22/07/2009 13:53


    Terapia em Sincronicidade » Radiestesia e Radiônica

    RADIESTESIA - O poder vibratório de todo o que existe

    RADIESTESIA

    O poder vibratório de todo o que existe

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    EPÍGRAFE

    A radiestesia é a energia vibratória a disposição de Ser Humano”

    Nelson Zuniga

    DEDICATÓRIA

    A minha Família

    AGRADECIMENTOS

    Ao SINTE – Sindicato dos Terapeutas, Presidente e Equipe, Clientes e Amigos.

    SUMÁRIO

    1 Resumo 2

    2 Introdução 2

    3 Material e Metodologia 3

    4 Resultados 8

    5 Discussão 9

    6 Conclusões 10

    7 Bibliografias 11

    RESUMO

    Radiestesia

    Ser Terapeuta Holístico Radiestesista: E um ser que lida com o universo energético utilizando a Radiestesia e Radiônica. Pode transformar energias vibratórias, espiritualidade, emoções, pensamentos, e através do livre arbítrio do cliente, equilibrar os Cinco Corpos e os sete Centros de Energia, ambientes, tudo o que se consiga imaginar.

    Podemos ajudar alguém, mas sempre com a autorização energética do necessitado, se este estiver à distância.

    Na Radiestesia não há limites de tempo nem de espaço, as energias são detectadas instantaneamente independente de distâncias e dimensões.

    O verdadeiro Terapeuta Holístico conhece todas as energias, normalmente conheceu muitas linhas de pensamento e em todas elas encontrou diferentes pontos de vista. Trabalhar as energias elimina e quando necessário, neutralizar as vibrações desnecessárias e crescer para cumprir a missão de vida, no universo holístico do ser humano.

    Introdução

    De alguns profissionais que conheci tenho excelentes lembranças, devido no só, ao alto grau de cultura e competência, mas sim por eles serem flexíveis no entendimento de que os seres humanos têm cinco corpos (físico, mental, emocional, espiritual e energético). Também concordamos com o paradigma holístico que quando estes cinco corpos estão em equilíbrio a qualidade de vida e melhor.

    A Radiestesia pode ter um papel fundamental para a prevenção antes mesmo que os problemas se manifestem, esta técnica de reconhecimento vibratório se complementa com a de indução energética chamada de Radiônica. O radiestesista experiente se transforma com o tempo em um “Pendulo Radiônico” sem a necessidade de instrumentos.

    As NTSV Terapia em Sincronicidade – Radiestesia e radiônica. TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE – distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares. Faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares além da discussão interativa com o cliente, acrescido de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração de realidade e/ou preocupação com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.

    RADIESTESIA: Técnica de anamnese paranormal, onde se utiliza de instrumentos tais como um pêndulo e suas variantes para amplificar os movimentos inconscientes perante perguntas, meridianos ou ambientes, até mesmo a distância, por fotos, objetos ou mapas. Pela interpretação do movimento do instrumento, avalia-se os desequilíbrios energéticos do cliente ou do local, os quais serão harmonizados pelas mais variadas técnicas pertinentes à Terapia Holística, especialmente a Radiônica.

    Material e metodologia

    A Importância da radiestesia na Terapia Holística conclui que: a vibração para encontrar o equilíbrio perfeito, tanto para um ser ou um ambiente, está no corpo energético.

    Esta energia começa a ser trabalhada pelo ser humano desde os primórdios dos tempos, com a finalidade de encontrar água no subsolo, utilizando-se de uma forquilha (graveto em forma de Y) que passou de geração em geração agregando múltiplas variantes até o dia de hoje.

    Uma grande maioria de seres humanos cria defesas psíquicas contra os medos, sonhos que assolam o desenvolvimento, alguns levamos tão a serio que terminamos usando essas técnicas para ajudar os outros, nesse momento desenvolvemos a paranormalidade.

    Aprendizado

    Cada terapeuta, trilha seu próprio Sendero. Mas mesmo assim precisamos dos ensinamentos de outros que aprenderam, vivenciaram, estudaram ou nasceram com esses dons.

    A compreensão da necessidade de estudar, praticar e aprender nós leva a reconhecer nossas próprias limitações, é neste momento, que iniciamos o caminho dos mestres. Assim reconhecemos os símbolos e as cores da consciência muitas vezes representada por animais, flores, frutos, paisagens, elementos da natureza, as características e a densidade ou a leveza desses elementos sinalizarão o crescimento.

    O Terapeuta Holístico Radiestesista, vê e enxerga onde não há nada para enxergar, escuta o silêncio dos seres e das coisas, apalpa as energias, quando dorme viaja para outra dimensão e não tem medo da morte física porque já descobriu que é um ser eterno. Com esta descoberta consegue passar sabedoria e serenidade aos seus clientes.

    O caminho do Terapeuta Holístico não separa o Pensamento da Emoção, ao contrário as une com Atitude e Ação.

    Em Radiestesia, podemos adquirir a essência da lição em seu primeiro dia e desenvolver um processo de aprendizado onde cada dia deverá agregar valor ao anterior além de ativar a percepção e a criatividade, mantendo o interesse e a descoberta em cada conhecimento adquirido.

    Consultando os Gráficos

    Assuma uma posição de serenidade e neutralidade para não interferir nós resultados.

    Acalme suas emoções.

    Crie uma aura de proteção para você.

    Peça autorização as energias do ser humano consultado.

    Coloque o testemunho, nome, foto, objeto ou pensamento que represente o motivo da consulta.

    Deixe o Pêndulo reconhecer a missão que lhe foi encomendada e aguarde a comunicação.

    Analise o resultado, sinta-o, aconselhe ou coloque-o em prática.

    Tenha paz, persistência, perseverança e paciência.

    Sucesso nestas descobertas...

    Antes de começar na quietude da sua preparação profissional, equilibre seus Centros de Energia e seus Cinco Corpos. Após os atendimentos e importante que você terapeuta se harmonize novamente.

    Pêndulo

    As oscilações radiestésicas podem ser falseadas pela absorção de energias ou pela auto-sugestão do radiestesista.

    Oscilações unindo dois pontos denotam sintonia, comunhão, harmonia vibratória entre seres vivos ou objetos.

    Rotações horárias revelam afirmação, sintonia.

    Rotações anti-horárias indicam negação.

    Oscilações separando denotam desarmonia.

    Oscilações unindo denotam harmonia, sintonia, comunicação.

    Nunca pergunte quando fulano vai morrer. Jamais! Mesmo que lê seja solicitado, ou pago generosamente.

    Use sempre a energia de uma pedra na mesa e lave-a ao terminar cada sessão.

    Preste atenção na inversão de polaridade dos ciclos da vida.

    Quando consultar alguém sem o seu conhecimento, peça a autorização com o pêndulo à energia vibratória do consultado. O pendulo dirá com oscilações negativas ou positivas se pode interagir nesse momento. Esta situação e comum no espaço holístico devido a que muitas pessoas solicitam ajuda para seus entes queridos, que se encontram longe e precisando de harmonização na profissão, vida ou relacionamento.

    Orientação geográfica tem uma relativa importância facilitando o diálogo entre cliente e terapeuta: Cliente de frente para o Sul. Terapeuta de Frente para o norte.

    A cor necessária pela Radiestesia

    A influência das cores é primordial para o desenvolvimento do ser humano e o meio em que vive e trabalha.

    Numa rosa cromática, encontre com o pêndulo às três cores essenciais, use-as e adquira equilíbrio na sua vida.

    As cores que precisamos, costumam ser transitórias de acordo com as emoções do momento, atuando diretamente nos centros de energias das pessoas ou objetos.

    Comida, roupa, mentalização, são alternativas para absorver cor.

    Centros de Energia

    Os sete centros de energia determinam o estado geral do ser humano, bicho ou planta de estimação e ambientes, assim temos:

    • Básico: localizado no púbis e rege a produtividade, remove obstáculos, busca alimento para o corpo, para a mente e o coração. É o Centro de Energia da sobrevivência. Absorve mal e bons fluídos, desenvolve a conexão com a terra.

    • Umbilical: Ligado à procriação, a desejos e fantasias, criatividade e perpetuação, desenvolve a flexibilidade da água.

    • Plexo Solar: Sede das emoções, ligado as atividades intelectuais, desenvolve o elemento fogo.

    • Coração: Ligado ao auto-conhecimento, afeto, auto-estima, amor, equipe, arte, família, beleza, leveza e desenvolve o elemento do pensamento: o Ar.

    • Garganta: Ligado a contato profundo consigo mesmo, assim como a comunicação com os outros seres, intenções e metas aqui são alcançadas. Desenvolve o som.

    • Frontal: Ligado à intuição, clarividência, telepatia, visualiza estratégias, desenvolve o Ser Holístico.

    • Aura: Ligado a iluminação, ao espiritual, ao equilíbrio, mestria, serenidade, identidade e missão. Desenvolve o Eu Interior.

    • Cinco Corpos

    • Físico, vibrações do corpo.

    • Mental, pensamentos, comunicação, conceitos, idéias.

    • Emocional, gostos, valores, crenças, biografia, experiências.

    • Espiritual, aura, dimensões.

    • Energético, Ligação com a espiritualidade.

    Mantra pessoal pelas notas musicais usando o Pêndulo

    Com o Pêndulo conheça os três sons básicos que formam a essência do ser humano ou de ambiente. É de vital importância porque como seres rítmicos, temos que estar sintonizados com a vibração do todo. O universo nos mostra que foi criado à partir de uma grande explosão que gerou ondas rítmicas que influenciam todo o que existe visível e invisível. A galáxia tem o sol e a própria freqüência, os planetas, a lua, as mares, até chegar a nós mesmos: rítmo para respirar, para o coração pulsar, para comer, para dormir...

    O mantra pessoal nos dá a oportunidade para ajustar nosso micro-universo com o macro-universo.

    A vibração energética da terra equivale ao estado de freqüência alfa do ser humano entre 08 e 13 impulsos por segundo, medição feita pelo cientista Hans Berger em 1929.

    O mantra pessoal é uma chave única que abre e fecha as portas energéticas da sua casa (corpo), por isso permita-se cantar, assobiar ou simplesmente escutar ou dançar. Use e abuse de sua melodia, energia única do universo. Ao exemplo das cores, dos florais, os sons mudam quando equilibrado o corpo vibratório.

    As forças energéticas geradas pelas notas musicais, trarão equilíbrio aos centros de energia restaurando-os, posteriormente, com o pêndulo, verifique se o objetivo foi alcançado, harmonizando a aura da qualidade de vida, profissão e relacionamentos. Desta maneira seu código musical restabelecerá seu equilíbrio.

    Os Cinco Movimentos usando o Pêndulo

    No pôster “Os Cinco Movimentos”, com os dedos do cliente encostado na borda do desenho, fotografia ou nome, verifique com o Pêndulo, qual movimento está desequilibrado. Na própria ficha do cliente faça um gráfico (positivo __1 à 10 ______ Ideal ______ 1 à 10 Negativo). Tanto o excesso como a falta de energia, trazem desequilíbrios aos Cinco Movimentos que estão ligados ao Doze Meridianos e aos Sete Centros de Energia.

    Assim podemos criar várias pesquisas e as recomendações: Número próprio, Meridianos, Chás, Florais, Fitoterápicos.

    O passo seguinte é aprimorar a energia da Radiestesia e da Radiônica, e interferir diretamente nesse universo Energético.

    Auto-equilíbrio, Equilíbrio à distância, Relacionamentos, Profissão, Bens, Qualidade de vida, Prevenção, são algumas das tantas virtudes da Radiestesia.

    Resultados

    A Radiestesia vê além das aparências, a gaveta do criado mudo, o abrigo da pia, a bolsa, o porta-malas do carro, o guarda-roupas, a fachada, o telhado, o teto, o piso, a despensa, o porta-ferramenta, o jardim, eles são a extensão de seu corpo, eles falam de você. Assim como a profissão fala de virtudes e valores escolhidos por você.

    O verdadeiro terapeuta enxerga o cliente através da postura do corpo, da vestimenta, da caneta, do celular, do carro, do trabalho, da casa, da família, enfim, todo o universo desse ser humano, e somente conhecendo esse todo, é que trará verdadeiros resultados.

    Por isso, para a Radiestesia, os cinco corpos e os sete centros de energia (chakras) são de extrema importância. Como falar do ar se nunca prendeu a respiração? Como falar de amor, quem nunca amou? Como falar da água quem não conhece seus estados, a falta ou a abundância?

    Ser Radiestesista e Terapeuta Holístico é testar, vivenciar e aprovar toda técnica, com respeito ao livre arbítrio dos outros.

    Caso da cliente Holly (nome fictício)

    Acompanho o crescimento de uma cliente há mais de dez anos, muito bem equilibrada e resolvida. Vi seu desenvolvimento e maturidade, desde a adolescência, faculdade, casamento, filhos, mudança de estado.

    O relacionamento cliente-terapeuta, se sucedeu mais como uma manutenção, em esporádicas viagens ao meu espaço, ou atendimento via telefone, em datas como aniversários dela, do marido, do casamento, véspera de carnaval, semana santa, Natal e finados e quando faz investimentos importantes.

    Tudo corria muito bem no casamento, saúde da família, desenvolvimento profissional, felizes pela compra da sonhada casa própria com varanda colorida de flores, cachorro e gansos...

    Até que algumas semanas, curtindo esse crescimento e aproveitando o aniversário de casamento, comemoram com alguns amigos em bonita e agradável festa.

    Após alguns dias, começaram a ter calafrios, mau humor, ansiedade, impaciência, sonhos terríveis ao ponto de se agredirem, verbal e fisicamente, sendo que isso nunca antes tinha acontecido. Eu que pessoalmente faço a harmonização do casal e tinha aprovado a planta da residência como energeticamente limpa em seus sete pontos de energia, e em cada m2 e em todo seu perímetro.

    O que poderia ter acontecido? Com o Pêndulo descobri energia desarmônica emanada por algum objeto na sala. Foi fácil chegar a um cálice de prata presenteado com carinho e sem segundas intenções por um casal de amigos.

    Após limpar o cálice à distância, pedi que o embrulhasse em um saco preto de plástico e o colocasse fora da casa por alguns dias. Pedi também que agradecesse o presente e averiguasse a procedência (ele tinha sido comprado num antiquário da cidade), peça maravilhosa, mas seus donos, espiritualmente continuavam apegados a ele.

    Após encaminhamento para o Portal da Luz dessas energias, o casal decidiu revender ao antiquário. Tudo voltou ao normal, e uma coisa é certa, eles não gostam mais de antiguidades...

    Discussão

    Profissão, Relacionamentos, Qualidade de Vida.

    Profissão, Relacionamento e Qualidade de Vida, são os temas mais preocupantes desde o início da humanidade.

    A Profissão está ligada ao “ter”, as posses que sustentam a si mesmo e as que podem ser oferecidas à uma pessoa amada.

    O Relacionamento está ligado ao “ser”, a índole espiritual hereditária dos pais e criadores, do meio ambiente onde se desenvolveram os próprios valores e virtudes, e, que mesmo enraizados no mais profundo da alma, podem ser modificados.

    A Qualidade de Vida, “estar” esta ligada ao medo de perdê-la, portanto para não perdê-la ou para restaurá-la, deve ser entregue aos profissionais competentes dessa área.

    Cabe ao Terapeuta Holístico e ao Radiestesia, analisar o efeito vibratório da Qualidade de Vida e verificar quais são os padrões de pensamento que criaram um determinado efeito físico e, uma vez descoberto, sintonizar um pensamento padrão positivo e repetitivo que aliviará o sofrimento dos corpos emocional, espiritual e energético primeiramente.

    Estes três verbos “Ter” “Ser” “Estar” estarão relacionadas a todos os consulentes, que buscam solucionar os desequilíbrios em qualquer Centro de Energia ou nos Cinco Corpos.

    Para distinguir a força energética predominante na situação consultada torna-se necessário o uso do Pêndulo Radiestésico, que com a experiência passa a ser um excelente instrumento, até o terapeuta se transformar num Pêndulo Humano, capaz de ver, sentir, ouvir a comunicação implícita não verbal do consulente. De posse desta condição poderá alterar ondas vibratórias de restauração equilíbrio energético.

    Conclusões

    Não há um pêndulo que se adapte a qualquer radiestesista. É como os cristais, cada um encontra sintonia com um próprio. Seja artesanal, de fabricantes excelsos, uma simples gargantilha, um feito por você mesmo. O principal é que você seja o pêndulo, lembrando que o instrumento é uma ferramenta importante, mas que sua consciência está por trás dele.

    O Pêndulo e uma antena intuitiva, e você é o receptor e o emissor, evite usar esta virtude como muleta.

    Alguns clientes consultam para decidir a escolha de seus colaboradores, mesmo eles tendo decidido a níveis acadêmicos muito eficientes. O valor agregado a esta decisão são as energias vibratórias das inteligências espirituais e energéticas, que vão interagir com a energia do ambiente de trabalho, empreendedores e colaboradores, lembrando que uma pessoa, família ou uma empresa podem ser eficientes ou excelentes. A eficiente usa apenas a inteligência racional e a Excelentes todas as inteligências em suas devidas porcentagens para não esquecer os resultados.

    Referência bibliográfica

    • Experiência auto-didata à partir do sete anos.

    • O poder dos Pêndulos Ed. Book Plus – J. Polansky 1980 Nevada EEUU

    • Além do Poder dos Pêndulos – Greg Nielsen Ed. Record 1988 RJ

    • O Tao da Física Ed. Fritjof Capra EEUU

    • O Caminho do Mago Ed. Rocco Deepak Chopra 1997 RJ

    • Dinâmica da Cromoterapia Ed.Linha Gráfica – René Nunes 1993 Brasília

    • A Paz Começa com Você – Ed. Gente – Ken O´Donnell 1991 SP

    • Quem tem medo da Obsessão? - Ed. São João - Richard Simonetti – 1993 SP

    • Cure Seu Corpo Ed. Best Seller - Louise L. Hay 2005 RJ

    Autor: : Nelson Nibaldo Flores Zuniga -Terapeuta Holístico- CRT 34429
    Última atualização: 20/05/2008 13:35


    HARMONIZAÇÃO TOTAL ATRAVÉS DA RADIESTESIA E RADIÔNICA TENDO EM VISTA O PERFIL INDIVIDUAL DO CLIENTE DETERMINADO PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES

    HARMONIZAÇÃO TOTAL ATRAVÉS DA RADIESTESIA E RADIÔNICA TENDO EM VISTA O PERFIL INDIVIDUAL DO CLIENTE DETERMINADO PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES


    NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA
    TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758

    “A vibração de todos os corpos físicos da Terra e de todas as outras manifestações da Energia, considerada a partir do plano terrestre é, em termos magnéticos, essencialmente a mesma, porém, a FORÇA VITAL, ou VIDA INDIVIDUAL, ou Energia Irradiante, considerada a partir do plano do éter, é completamente diferente”.

    (Drª Ruth Drown, D. C.)


    A todos que gostam de pesquisar, experimentar, e experienciar coisas novas e que ajudam a construir um mundo melhor.


    AGRADECIMENTOS

    A Deus e às minhas filhas, Janira e Niara; à minha mãe, Ruth e meus clientes que, de um jeito ou outro, sempre me desafiam para crescer.

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO.............................................................................................................7

    1 MATERIAL E METODOLOGIA...........................................................................8

    1.1 Material empregado...............................................................................................8

    1.2 Métodos.................................................................................................................8

    1.3 Descobrindo seu perfil e de seu cliente...............................................................10

    1.4 Como os Cinco Movimentos influenciam a personalidade.................................11

    2 VALORIZAÇÃO DA CAPACIDADE RADIESTÉSICA NO MUNDO MODERNO.................................................................................................................13

    3 COMPATIBILIDADE ENTRE OS PERFIS INDIVIDUAIS ESTABELECIDOS PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES..................................................................................................................16

    4 RESULTADOS........................................................................................................19

    5 DISCUSSÃO............................................................................................................20

    CONCLUSÃO.............................................................................................................22

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................23


    RESUMO

    A TERAPIA HOLÍSTICA visa a harmonização do cliente em seus vários “corpos”: físico, mental, emocional, energético e espiritual e para se chegar a isto, é necessário que se tenha uma visão individualizada do ser como criatura única, porém, inserida na totalidade dos seres viventes e neste estudo unimos os conhecimentos da Radiestesia e Radiônica com a individualidade detectada pelas irradiações emanadas da classificação quanto aos Cinco Movimentos Chineses e com este conjunto o equilíbrio almejado fica menos difícil de ser alcançado.


    INTRODUÇÃO

    HARMONIZAÇÃO TOTAL é o fim primeiro e último de nosso trabalho, nosso objetivo a ser incansavelmente procurado, mesmo sabendo que a totalidade é utópica, não podemos nos cansar nem mesmo desistir, por isso, neste estudo usamos dos métodos da Radiestesia e Radiônica para, de acordo com as radiações da pessoa, quer seja ele mesmo, o terapeuta, quer seja o cliente, traçar o perfil individual e em conseqüência uma melhor direção para o objetivo proposto.

    A física (atômica – molecular – nuclear) nos prova que de cada corpo emanam radiações, cujas ondas são tanto mais curtas, quanto maior for a sua temperatura.

    Como a radiestesia se ocupa essencialmente da captação das emanações dos corpos, aqui neste estudo nós nos ocuparemos das radiações físicas, do órgão ou dos órgãos predominantes de cada corpo a fim de se determinar a qual movimento pertence e como fazer para harmonizá-lo.

    Toda atividade mental emite irradiações com as mais variadas ondas, já comprovadas pela medicina através do eletroencefalograma. Tanto é verdade que a morte clínica só é aceita quando for comprovada a ausência de qualquer radiação mental.

    Outra comprovação das ondas mentais são as emanações neuroenergéticas da nossa mente, que provocam a variada fenomenologia psicocinética já largamente comprovada pela Parapsicologia. O nosso sistema nervoso é continuamente estimulado pela mais variada gama de radiações que nos rodeiam e que, pelos nervos aferentes são imperceptivelmente conduzidas ao cérebro. Essas ondas comumente passam despercebidas, mas, no momento em que nossa mente se coloca em sintonia com elas, o nosso cérebro, através dos nervos eferentes, pode transferir essas captações ao pêndulo ou varinha imprimindo-lhes variados movimentos que transistorizam as mensagens do inconsciente para o nível consciente.

    Desse modo, podemos conhecer realidades que, de outro modo, seriam difíceis ou até impossíveis de ser conhecidas como sejam a predominância de um tipo de perfil ou compatibilidade energética de um casal, como estudaremos aqui.

    1 - MATERIAL E METODOLOGIA

    1.1 Material empregado

    • MAPA DOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES como o fornecido pelo SINTE;

    • Pêndulo neutro;

    • Ficha de cliente;

    • Gráficos de radiônica (ANEXOS): DIAFRAGMA II, PANTÁCULO, ESCUDO PROTETOR; ESTRELA (PENTAGRAMA), TURBILHÂO C/ SOL.

    1.2 Métodos

    1.2.1 Estudo da pessoa presente.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente.

    1.2.1 Estudo da pessoa presente

    • Pede-se que a pessoa coloque longe de si os metais usados, como pulseiras, celular e outros;

    • Escuta-se por cerca de 20 minutos o que o cliente tem a dizer, quais suas reclamações específicas e gerais, o que mais o incomoda e o modo como os demais ou o incomoda ou o agrada;

    • Pega-se o pêndulo já regulado na cor da aura da personalidade do cliente e começa-se a passá-lo a uma distância de mais ou menos quinze centímetros do corpo na altura do coração, pulmões, baço e pâncreas, rins e fígado. No local onde houver predominância da energia individualizada, o pêndulo oscilará em rotações afirmativas seguindo sentido horário;

    • Obtida a resposta afirmativa, anota-se na ficha do cliente o nome do Movimento ao qual o cliente pertence;

    • Segue-se o atendimento perguntando ao cliente as questões relativas ao seu perfil individual-movimento;

    • Pergunta-se ao pêndulo quantas voltas ou quantos minutos são necessários para se restabelecer a harmonia naquele Movimento;

    • Coloca-se um gráfico da Rodiônica sobre o local do perfil individual-movimento e roda-se sobre ele o pêndulo tantas vezes ou tantos minutos necessários;

    • Em 100% dos casos estudados, o que foi estabelecido pelo pêndulo é o seguinte:

    - Perfil individual-movimento Fogo = Gráfico DIAFRAGMA II;

    - Perfil individual–movimento Terra = Gráfico PANTÁCULO;

    - Perfil individual-movimento Metal = Gráfico ESCUDO PROTETOR;

    - Perfil individual-movimento Água = Gráfico ESTRELA (PENTAGRAMA);

    - Perfil individual-movimento Madeira = Gráfico TURBILHÃO C/ SOL.

    • Pergunta-se ao pêndulo se são necessárias outras sessões, caso positivo, informa-se ao cliente;

    • Cuidar da parte emocional com rotações do pêndulo na cabeça e ACONSELHAMENTO adequado.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente

    A radioatividade, nascida do estudo do (elemento químico) radium, autoriza a hipótese de que todos os corpos emitem radiações.

    Muitos estudiosos como o Abade Bouly e outros radiestesistas em suas experiências captaram as radiações de seres infinitamente pequenos como os microrganismos dentro de um organismo. Estas radiações são de uma sutileza grande.

    Ninguém conseguiu até hoje um aparelho que fosse capaz de barrar a penetração das ondas radiestésicas. Graças a Deus não somos capazes de captar conscientemente essas ondas, senão ficaríamos insanos.

    A maioria das ondas passa despercebidas, a menos que tenhamos um aparelho para captá-las como rádio, celular, televisão e aqui no nosso estudo, um pêndulo.

    Chamamos de TELERRADIESTESIA a arte que nos permite, aplicando a ciência, perceber e captar as radiações dos corpos e das matérias a distâncias pequenas ou grandes, utilizando mapas, croquis, fotos, etc.

    Mesmo dentro da Radiestesia, há os céticos que duvidam desta captação.

    O retrato ou foto é uma transmissão vibratória da luz, vinda do corpo fotografado diretamente no filme que captou, condensou e transmitiu as vibrações emitidas pelo corpo.

    Para as vibrações ou radiações que expelem os corpos, não há obstáculos nem distâncias. O tempo e o espaço não existem e como a força de penetração é muito grande, abre passagens e segue adiante.

    Estas radiações são perfeitamente percebidas quando o radiestesista regula e acorda o seu sistema receptor (sistema nervoso) com o comprimento das ondas que a foto ou mapa emite.

    Não há uma explicação formal e científica que possa satisfazer, mas sua exatidão é certa.

    Essas emissões de radiações embora já existissem desde a origem do mundo, somente no século XX, foi possível organizar uma disciplina para estudá-las cientificamente.

    Os animais, sendo animais, não precisaram esperar até o século passado para detectá-las e tirar proveito delas para a sua vida. O sistema nervoso da abelha, organizado para vibrar a uma freqüência determinada, desde sempre soube sentir as flores melíferas a uma grande distância, e captar radiações características da colméia materna.

    Foi demonstrado que as flores melíferas têm exatamente a mesma freqüência vibratória da abelha. Maravilhas do instinto e, sobretudo, maravilhas do Criador.

    Não há dúvida nenhuma que o instinto guia os animais com mais segurança que a inteligência humana, mas é certo também que o cérebro humano tem mais capacidade do que qualquer animal.

    Os animais só detectam as ondas que lhes são essenciais para a vida e para preservar a espécie, e nosso cérebro é como um receptor que detecta e amplia qualquer tipo de onda.

    Detectar uma radiação é por o cérebro em ressonância com um comprimento de onda, escolhido propositalmente, em vista de algum interesse.

    É necessário encontrar um meio de sintonizar somente as ondas do objeto que nos interessa e deixar de lado todas as outras radiações, estabelecendo assim a seleção.

    Cuida-se da pessoa ausente como se cuida da presente, só diferenciando ser a foto ou figura e não o corpo material.

    1.3 Descobrindo seu perfil e de seu cliente

    Para que possamos descobrir nosso perfil quanto aos Cinco Movimentos Chineses, é necessário o seguinte procedimento: esfrega-se as mãos para estabelecer um curto circuito, capaz de nos desimpregnar das radiações estranhas.

    Coloca-se o pêndulo em contato com a terra para haver uma limpeza, em seguida, com a mão direita segurando o fio sintonizado em sua cor da aura da personalidade, passa-se o pêndulo a uns 10 ou 15 cm distante do próprio corpo no local dos órgãos dos cinco movimentos, ou seja: 1) coração; 2) baço/pâncreas; 3) pulmão; 4) fígado; 5) rins. Onde o pêndulo girar em sentido horário é ali seu movimento predominante. Em resumo: o pêndulo gira no sentido horário, quando o nosso cérebro, por efeito da ressonância, sintoniza com as emissões radiestésicas do órgão pesquisado.

    Quanto a seu cliente, o procedimento é o mesmo, isto é, pesquisando com o pêndulo sobre o corpo do cliente em pé (se puder) a uns 10 ou 15 cm de distância do corpo e sobre qual órgão dos Cinco Movimentos o pêndulo girar em sentido horário, é ali o órgão predominante, isto é, o perfil do cliente estabelecido por um dos Cinco Movimentos Chineses.

    Pode-se também fazer uma análise do cliente ausente com algum testemunho do mesmo. Exemplo: um retrato, pedaço de unha, de cabelo ou saliva. Quando não se tem um testemunho concreto, pode-se criar um testemunho, colocando o nome, e se possível a data de nascimento na ficha e esta ficaria caracterizada como sendo a representação do cliente, ou pode-se desenhar um boneco na ficha e ir passando o lápis nos pontos dos órgãos dos Cinco Movimentos com a mão esquerda e com a direita segurando firmemente o pêndulo, sobre qual parte do corpo o pêndulo girar é ali o órgão predominante e em conseqüência seu perfil quanto aos Cinco Movimentos Chineses.

    1.3.1 Alimentação adequada

    Cada perfil de cliente frente a um dos Cinco Movimentos Chineses tem uma relação de alimentos que lhes são adequados tomando-se como base a alimentação mais natural possível, sendo os mais aconselhados:

    Perfil individual-movimento FOGO: alimentação verde e branca, como verduras e frutas para aquietar o fogo, favorecendo maior equilíbrio.

    Perfil individual-movimento TERRA: alimentação de legumes e frutas azul e violeta para favorecer a integração com outros movimentos.

    Perfil individual-movimento METAL: alimentação mais forte com a cor vermelha e alaranjada podendo até ser carne magra e frutas alaranjadas.

    Perfil individual-movimento ÁGUA: alimentação amarela e alaranjada como frutas e legumes destas cores.

    Perfil individual-movimento MADEIRA: alimentação branca como peixe, frutas de polpa branca e o verde.

    O verde é adequado a todos os perfis porque promove por si só o equilíbrio no organismo. Estas sugestões são só dos mais sintonizados alimentos, sabendo que a alimentação desordenada leva ao caos.

    1.4 Como os Cinco Movimentos influenciam a personalidade

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO FOGO

    Pessoas nascidas sob a influência deste movimento são líderes naturais, carismáticas e dinâmicas no falar e no agir. Aventureiros, ambiciosos, impulsivos e sem medo dos riscos, eles possuem enorme capacidade para inspirar os outros a atingir seus objetivos. Sua grande energia e ambição, entretanto, podem também trabalhar contra eles, que correm o risco de se tornar egoístas, desconsiderados e inquietos quando não são capazes de obter o que desejam.

    O calor e o brilho do movimento FOGO atraem naturalmente as pessoas até eles, mas isso também pode ser destrutivo quando não mantido sob controle.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO TERRA

    Os que se enquadram neste movimento são conhecidos por sua natureza pragmática e conservadora. São prudentes com suas finanças, planejadores e administradores eficientes. Confiáveis e metódicos, não são dados a exageros e embelezamentos e podem apresentar as coisas da forma simples como elas são, ou pelo menos como eles as vêem. No lado negativo, podem sofrer de uma certa falta de imaginação e espírito de aventura e podem se tornar muito críticos e excessivamente preocupados em proteger seus próprios interesses.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO METAL

    Os que são controlados pelo Metal são ambiciosos, orientados para o sucesso, determinados e perseverantes. Resolutos e sem hesitação na conduta e na expressão, eles são guiados por sentimentos poderosos e podem, às vezes, ser irracionalmente teimosos e inflexíveis. Têm forte perspicácia financeira (Metal é o elemento associado ao dinheiro) e irão usá-la para aumentar seu apetite por luxo e poder. Voluntariosos e dogmáticos, eles precisam aprender o valor da conciliação e deixar de insistir rigidamente em sempre ter as coisas feitas a sua maneira.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO ÁGUA

    Os regidos pela Água são fluidos como ela. Elas (as águas) mais penetram do que dominam, e, como um rio ou regato, são capazes de se desviar de quaisquer obstáculos em seu caminho através de sua calma e indomável perseverança. São habilidosos, comunicadores, capazes de transmitir idéias e influenciar os outros. Em seu estado negativo, podem ser muito conciliadores e passivos, e se apoiar demais no apoio dos outros. Para obter sucesso, eles devem aprender a ser mais afirmativos e usar ativamente seus poderes de persuasão para transformar seus sonhos e visões em realidade.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO MADEIRA

    Daqueles nascidos sob a influência do movimento Madeira diz-se que possuem elevados padrões morais e defendem o crescimento consistente e a renovação. São extremamente autoconfiantes e progressistas, com habilidades executivas que os capacitam a assumir empreitadas cooperativas de grande porte. Por causa de sua generosidade e de sua capacidade inata e solidária de compreensão dos outros, são capazes de produzir apoio moral e financeiro para todos os empreendimentos com que se comprometam. Sua maior desvantagem é uma tendência entusiástica e excessivamente confiante para assumir mais do que o recomendável e, portanto, correr o risco de nada conquistar.

    2 - VALORIZAÇÃO DA CAPACIDADE RADIESTÉSICA NO MUNDO MODERNO

    A princípio, quando começamos a praticar a Radiestesia, muitas vezes, nos sentimos temerosos face a algumas incompreensões encontradas em certas pessoas, mas todos os dias precisamos refletir sobre a importância de que nós nos coliguemos principalmente no SINTE para praticar e promover a Radiestesia e Radiônica nestes tempos pós-modernos.

    Estou convicta de que temos uma grande contribuição a fazer, uma contribuição muito mais formidável do que supomos ou imaginamos, na medida em que nos achamos de posse de uma chave fundamental que poderia descerrar muitas das portas dos problemas aparentemente insolúveis colocados pelos tempos atuais, principalmente o da poluição em escala mundial sob suas diversas formas.

    Esta chave é a Faculdade Radiestésica, o desenvolvimento de suas plenas potencialidades e a sua utilização e aplicação à prática, que ultrapassam de muito a tradicional prospecção de água, minérios e petróleo.

    O fenômeno da rabdomancia é bastante antigo, os homens já dominavam estes conhecimentos como os antigos egípcios para as fundações de suas construções e templos, mas só em 1240 surgiu a primeira referência ao fenômeno em documentos europeus, sendo que a primeira referência na Inglaterra data de 1638, num livro escrito em latim, por Robert Feudd, intitulado Philosophic Moysaiko, seguido no ano seguinte por um certo Gabriel Platts que escreveu acerca do “Descobrimento de um Tesouro Subterrâneo”. Escreve ele que amarrou uma vírgula DIVINA numa varinha e foi descendo o morro até a planície e esta o guiou a um filão de minério de chumbo. Alguns atribuíram esta faculdade não explicada racionalmente a Deus, outras pessoas ao Demônio, ou espíritos.

    A partir daí, foi-se desenvolvendo os estudos e, em 1897, o Prof. William Barret publicou um documento acerca das ATAS DA SOCIEDADE DE INVESTIGAÇÕES PSÍQUICAS sobre uma pesquisa feita com várias pessoas com a Varinha Mágica ou Vírgula Divina e mostras estatísticas de descobertas de águas e minérios. Esta pesquisa e outras mais tarde foram juntadas sob a forma de livro, publicado em 1926 com o título de THE DIVINING ROD.

    EM 1933 organizou-se uma sociedade na Inglaterra, a BRITISH SOCIETY OF DOWSERS, com o objetivo de “incentivar o estudo de todos os aspectos relacionados à percepção da radiação pelo organismo humano com ou sem o concurso de instrumentos”.

    Esta sociedade não se limitou a descobertas de água e minérios, sendo muito mais abrangentes seus objetivos: “radiações”.

    Na sociedade, alguns defendiam ser as radiações aspectos físicos, outros psíquicos.

    Mr. Maby, defensor dos aspectos físicos, publicou em 1949 um livro THE PHYSICS OF THE DIVINING ROD. O lado supra-sensível ainda não era compreendido, nem usado, muito embora eles já se encontrassem acessíveis.

    Estes aspectos se fossem só físicos, seriam fatalmente superados pelos modernos aparelhos. Mas até 1953 não houve muito progresso.

    Nesta época, Rudolf Steiner diz ser a rabdomancia uma “ciência espiritual” e em uma conferência, exortou os rabdomancistas a deixarem de lado a inércia e a preguiça e partirem para a ajuda na resolução dos problemas cruciais da humanidade.

    Na França, a radiestesia já vinha sendo praticada com êxito por muitos sacerdotes como os abades BOULEY e MERMET e técnicos renomados como TURRENE, LESOURD, BOVIS e muitos outros.

    Nos anos 50 e 60, os estudos foram muito desenvolvidos e Dr. George Laurence reuniu as pesquisas da Medicina Psiônica (pesquisa científica e taxonomia), pesquisas de MacDONAGH, Teoria de Doença Crônica de Hahnemann, pesquisas de DNA e RNA e alguns aspectos de ciência espiritual de Steiner, tudo subordinado ao funcionamento da faculdade radiestésica. Em 1969, a PSIONIC MEDICAL SOCIETY, formada tanto por médicos quanto por leigos, estudava não só os sintomas, mas procurava descobrir as causas das doenças e tratá-las com remédios homeopáticos determinados pela radiestesia e, utilizando o pêndulo, gráfico de diagnóstico e mostras efetivas promovia precisão e, portanto, sucesso no tratamento.

    Dr. Albert Abrams, da América, impulsionou também os estudos com a criação da “CAIXA” depois desenvolvido por Drown e De La Warr, os quais deram origem à Radiônica e à Radiestesia instrumental. A Associação Radiônica fundada em 1943 com o objetivo de “incentivar a pesquisa científica e difundir os seus resultados” não foi compreendida por causa de alguns que queriam explicá-la com base na física convencional e como estavam envolvidos com um grande número de instrumentos, confundiram muita coisa e omitiram outras.

    Mas, gradualmente o papel da faculdade radiestésica foi sendo reconhecido e a rabdomancia foi se dividindo em duas formas: Radiestesia e Radiônica.

    A Radiestesia aumenta o nível da consciência, amplia os nossos conhecimentos e a nossa compreensão. Está situada no meio caminho entre os nossos sentidos físicos comuns destinados à apreensão do mundo material e os sentidos ocultos a serem futuramente desenvolvidos, e que um dia nos tornarão capazes de apreender diretamente o mundo supra-sensível. Esta faculdade opera a partir de vários níveis especialmente do subconsciente.

    Desde esta data, 1955 a 1972 e até hoje, estão sendo feitos muitos estudos para ajudar com a sensibilidade do operador a melhorar as soluções para problemas graves, como:

    1. Procura de água, petróleo e depósitos minerais;

    2. Exploração arqueológica – pesquisas históricas;

    3. Arquitetura e cuidar das radiações nocivas do subsolo;

    4. Infração da lei em casos criminais e civis;

    5. Na agricultura e horticultura;

    6. Testes de personalidade – aptidões, potencialidades, distúrbios;

    7. Medicina e veterinária – aumentar a vitalidade, força e resistência dos animais domésticos e de criação;

    8. Homeopatia – solução para indicação, seleção e preparação de potência dos remédios;

    9. Dilema moderno - problema da poluição e contaminação do meio ambiente, tão disseminados que podem até contaminar a estrutura helicoidal do DNA e RNA. É preciso usar de abordagens “transcientíficas” como já afirmou o Dr. Weinberg (EUA);

    10. Método de perguntas e respostas - o intelecto, para a formulação das questões e a avaliação das respostas e a intuição, através do uso da faculdade radiestésica, para se chegar à verdade. É a ponte entre dois mundos – o sensível e o supra-sensível. P & R.

    Cuidado com as perguntas e respostas, é preciso ser claro, objetivo e dar o melhor de si para ter as respostas certas e estabelecer esta ponte entre dois mundos – o sensível e o supra-sensível.

    O ideal é formular a pergunta num enunciado correto e preciso e, sem perder o fio da meada, fazê-la seguir por outras exatamente complementares. Há de se desenvolver um raciocínio rápido e ágil, porém, ao mesmo tempo equilibrado e sob o controle da razão altamente informada.

    3 - COMPATIBILIDADE ENTRE OS PERFIS INDIVIDUAIS ESTABELECIDOS PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES

    Muitas pessoas nos perguntam sobre seus relacionamentos amorosos. Se Fulana combina com Cicrano, a toda hora somos questionados. Não podemos responder evasiva nem superficialmente, haja vista que estamos lidando com pessoas, importantes na construção do mundo melhor sempre almejado.


    Quando alguém me pergunta sobre isso, faço o seguinte preenchimento da ficha:



    Vamos dar um exemplo de duas pessoas que querem ser analisadas: para se preencher esta ficha procede-se às seguintes perguntas:

    1. NOME DOS ANALISADOS. Ex: Maria e João;

    2. DATA DA ANÁLISE – é muito importante colocar a data, porque sendo a vida dinâmica e sempre em evolução, as idéias podem partir para outra direção, a vontade pode mudar e o que é hoje pode não ser, em um tempo próximo ou longo;

    3. O perfil individual quanto aos Cinco Movimentos Chineses também é importante classificar, porque a Lei de Geração “Mãe e Filho” e a Lei da Dominação “Dominante e Dominado” também influenciam o relacionamento;

    4. FÍSICO – neste momento Maria e João são “fisicamente” compatíveis? Explicando o que quer dizer fisicamente: as vibrações do corpo, caminham em determinado nível ou entram em conflito em determinado nível. Popularmente fala-se em “questão de pele” ou “química entre ambos”.

    Se a resposta for sim, pega-se um lápis e coloca-o sobre os números abaixo da ficha com a mão esquerda, e na direita o pêndulo e pergunta-se: O nível de compatibilidade física entre Maria e João hoje é de 5,6,7,8,9 ou 10? Começar com 5 quando souber que há algum tipo de harmonia física.

    Aqui foi recebida uma resposta afirmativa no 8. Anotar este número no traço depois do segundo físico.

    1. EMOCIONAL – neste momento Maria e João são emocionalmente compatíveis? Emocionalmente aqui quer dizer: gostos individuais, emoções, experiências, etc. Desta vez, o pêndulo não girou de imediato. Finalmente, depois de mais ou menos trinta segundos, o pêndulo começou a girar, quase de modo relutante, no sentido horário, uma resposta afirmativa.

    Continuar usando a escala 0-10 como antes. Desta vez, no entanto, começou com o número 4 e não foi preciso ir em frente. O pêndulo deu uma resposta afirmativa imediata. Anotar o nº 4 no traço depois do segundo emocional.

    1. ENERGÉTICO – Se quando os dois estão juntos, sentem-se alegres, felizes, risonhos ou tristes, exauridos, cansados e indiferentes.

    A resposta sobre a compatibilidade energética foi sim/8. Anotar no traço.

    1. MENTAL – a compatibilidade mental está relacionada com os pensamentos, a razão, a comunicação, os sistemas de mundo, conceitos e idéias.

    Um grande fazendeiro criador de gado, quase nunca tem compatibilidade mental com uma defensora de árvores, ativista da ecologia. Seus pontos de vista são opostos.

    A resposta para a compatibilidade mental aqui neste caso foi 7. Anotar no traço.

    1. ESPIRITUAL – o nível espiritual é uma faixa de alta freqüência da consciência. Não é um dogma religioso. É a vivência consciente de freqüências, forças e campos em muitas dimensões. Duas pessoas podem ter maneiras muito semelhantes ou diferentes de vivenciar as realidades espirituais. É o NÍVEL DE SER da pessoa. Neste caso, a resposta afirmativa se deu no nº 8.

    AVALIAÇÃO: olhando os resultados vemos que: físico – 8; emocional – 4; energético – 8; mental – 7; espiritual – 8.

    SUBTOTAL = 35

    Olhando este quadro preenchido, vemos que as respostas foram afirmativas e bem altas, exceto o EMOCIONAL, que precisa melhorar mais do que os outros, e a análise final é que, sendo o total 35 multiplica-se por 2 = 70. 70% é a compatibilidade entre ambos hoje, 100% é a compatibilidade total muito difícil de ser atingida.

    Avaliação dos relacionamentos:

    90% a 100% – superior

    75% a 89% – excelente

    50% a 74% – bom

    26% a 49% – regular

    Abaixo de 25% – ruim

    Este teste deve ser feito de vez em quando, durante o relacionamento, para avaliar o que se precisa melhorar, quais as falhas detectadas e sempre colocar a data. No entanto, o teste não é o relacionamento em si.

    “Todos os relacionamentos são dinâmicos, não estáticos. Vivemos num universo energético. Os relacionamentos liberam e geram energia”.

    Em um determinado momento, uma relação superior em todos os sentidos pode se tornar temporariamente ruim, se surgir um conflito espontâneo. Por outro lado, um relacionamento ruim pode, em determinados momentos, tornar-se excelente ou até mesmo superior.


    4 - RESULTADOS

    Para se trabalhar com o pêndulo, é necessário ter concentração mental não deixando nada externo provocar distração, sentar-se com os pés firmemente plantados sobre o piso, não devendo se tocarem as mãos, uma na outra, também as pernas não devem tocar-se uma na outra, o local deve ser sossegado, com o mínimo de equipamento elétrico na área. Então, pode-se ter bons resultados.

    Vejamos:

    Num universo de 100 clientes encontrei:

      • 40 pertencem ao Movimento Madeira;

      • 30 pertencem ao Movimento Água;

      • 15 pertencem ao Movimento Fogo;

      • 15 pertencem ao Movimento Terra;

      • 0 pertence ao Movimento Metal.

    Relacionamentos mais compatíveis encontrados na análise de 100 casais:

    MADEIRA X MADEIRA – 90%

    MADEIRA X ÁGUA – 60%

    MADEIRA X FOGO – 50%

    MADEIRA X TERRA – 40%

    MADEIRA X METAL – NÃO ENCONTREI

    FOGO X FOGO – 50%

    FOGO X ÁGUA – 20%

    FOGO X TERRA – 50%

    FOGO X MADEIRA – 50%

    FOGO X METAL – NÃO ENCONTREI

    TERRA X TERRA – 80%

    TERRA X FOGO – 50%

    TERRA X MADEIRA – 40%

    TERRA E ÁGUA – 60%

    TERRA X METAL – NÃO ENCONTREI

    ÁGUA X ÁGUA – 90%

    ÁGUA X MADEIRA – 60%

    ÁGUA X FOGO – 20%

    ÁGUA X TERRA – 60%

    ÁGUA X METAL – NÃO ENCONTREI

    Esta estatística foi determinada do seguinte modo:

    Total geral: 100 casais. Destes, encontrei 10 casais Madeira X Madeira; a compatibilidade média entre eles é 90%. Encontrei 8 casais Fogo X Terra; a compatibilidade média entre eles é 50% e assim por diante.

    Há também o que logicamente pertence a um determinado perfil-individual-movimento e não combina em nada (0% de compatibilidade) com outro de determinado movimento.

    5 - DISCUSSÃO

    À primeira vista, a ciência material e a ciência espiritual podem parecer estranhos parceiros, e, no entanto, os conhecimentos holísticos proporcionam um profundo entendimento de aspectos materiais.

    Neste nosso estudo, o que almejamos é a HARMONIA.

    HARMONIA INDIVIDUAL – determinando qual o perfil-individual-movimento e quais suas sensibilidades maiores e mais claramente detectáveis. O modo de cuidar destas, aqui nós propomos o rodar do pêndulo. Primeiro, roda-se em sentido anti-horário para tirar as energias estagnadas no local e a seguir roda-se o pêndulo no sentido horário, tendo colocado no local um gráfico da Radiônica (ANEXOS) – tantas voltas ou tantos minutos previamente determinado pelo pêndulo.

    Essas emissões radiônicas conseguem restaurar a harmonia do padrão vibratório dos tecidos dos diversos corpos, porque chegam ao local sensível com um padrão vibratório maior do que o encontrado ali, então, ocasiona assim a renovação e conseqüente expulsão das desarmonias existentes.

    HARMONIA DO CASAL – quando se vai testar duas pessoas, antes de preencher a ficha de compatibilidade, é necessário dispor a mente em um estado de neutralidade. Cancelar todas as opiniões prévias. Respirar de modo suave, lento e profundo algumas vezes, procurar sentir-se relaxado e tranqüilo. Segurar o pêndulo sobre os dois nomes do início da ficha e perguntar: “São estas duas pessoas compatíveis?”. Quando as duas pessoas são realmente compatíveis, você obtém voltas perfeitas do pêndulo no sentido positivo – horário. Se incompatíveis, o movimento será no sentido contrário. E você poderá medir o grau de compatibilidade preenchendo o restante da ficha.

    Algumas vezes, quando você testa duas pessoas, você não obtém um movimento circular. O movimento é irregular, saltitante, errático, espasmódico, dançante. Se você é realmente sensível você sente o braço até entorpecido, mas não há nada de errado com você. Você está em contato com dois campos de força incrivelmente desarmoniosos entre si. É desastroso até estas duas pessoas ficarem juntas numa sala, e um relacionamento romântico entre elas? Desastre total. É muito triste ver pessoas casadas, levando o relacionamento adiante só por razões práticas, legais, religiosas, financeiras e outras.

    Quando a atração é só física, o certo é se dar este momento de paixão que se esvai rápido e não fica nada.

    O relacionamento para ser duradouro precisa ser e estar em bons números dos vários níveis: físico, emocional, energético, mental e espiritual.

    A vontade, o escolher, é muito maior do que a energia vibracional, assim algumas pessoas escolhem ficar com o par errado por razões para elas relevantes e ficam infelizes espalhando más energias onde vão e estão.

    Para se viver de acordo com o Universo Energético e estar em sincronia com ele, é preciso coragem, determinação e ação, o que, muitas vezes, sendo difícil, muitos não o fazem.

    CONCLUSÃO

    Todo pensamento humano é passível de erro e inverdade, somente unidos ao Espírito da Verdade, podemos nos preservar, nestes tempos materialistas de falsidade e pensamento destrutivo.

    Aos olhos do mundo científico, a Radiestesia é algo sem a menor importância, se comparada às investigações nucleares, astrofísicas ou atômicas, mas quando corretamente entendida, ela nos ensina os mistérios tanto deste mundo quanto do mundo invisível. Ela pode nos revelar a verdade, na medida em que nossas mentes finitas sejam capazes de compreendê-la.

    Creio que cabe à Radiestesia e à Radiônica o privilégio de fazer uma contribuição bastante especial e, em certo sentido, única, para a integração da ciência material e espiritual e a busca de uma nova visão e boas perspectivas para a melhoria do mundo em nossa época.

    Gosto muito de estudar as pessoas que encaro cada uma como um universo dentro do grande Universo, neste pequeno universo tem todas as informações do grande Universo. É o micro dentro do macro, sendo que no micro consta tudo do macro, por isso considero desafiador o harmonizar, o sintonizar de ondas, o “estar bem” na linguagem simples.

    Sempre busco este ideal, talvez utópico, porém, quando recebo informações de melhorias desta ou daquela pessoa, de vida conjugal ativada e estimulada deste ou daquele casal, sinto-me recompensada por todo trabalho e dedicação aos estudos.

    Todo aquele que passa a se ocupar da Radiestesia e Radiônica, está se empenhando numa jornada que o conduzirá do mundo da forma física até as esferas transcendentes e, finalmente, à prática do verdadeiro equilíbrio espiritual. A prática da Radiestesia e da Radiônica apura, afia e prepara a mente de modo a torná-la um canal absolutamente livre para o trânsito das energias puras do universo e, sendo uma abordagem mental de harmonização, esta acontece tanto no sujeito que a pratica, quanto no praticando ou cliente, que pode estar presente ou ausente a alguns ou muitos quilômetros de distância.

    É muito bom participar da Terapia Holística que tem esta visão da pessoa como ser físico, emocional, energético, mental e espiritual, porque, assim, se restabelece o que Deus sempre quis: a união de um com o TODO nesta mesma abordagem pluralista do Universo, “que todos sejam um”.

    Agradeço a Deus por isso.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

    ARESI, Albino. Radiestesia Hidromineral e Medicinal. 1. ed. São Paulo: Editora Mens Sana,1982.

    ATTESHLIS, Dr. Stylianos. Os ensinamentos esotéricos – uma abordagem cristã da verdade. 1. ed. São Paulo: Editora Ground, 1994.

    JAGOT, Paul Clement. A influência à distância – curso prático de telepsiquia – 9. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1999.

    MENDONÇA, Sávio. A Arte de curar pela Radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 1980.

    NIELSEN, Greg. Além do poder dos pêndulos - O ingresso no mundo de energia – 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1998.

    NIELSEN, Greg ; POLANSKY, Joseph. O poder dos pêndulos.13. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1999.

    SAEVARIUS, Dr. E. Manual teórico e prático de Radiestesia. 14. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    SHARP, Damian. O que é Astrologia chinesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 2003.

    TANSLEY, David V. Dimensões da radiônica - Novas técnicas de cura - 10. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1995.

    VIEIRA, Henrique Filho. O Microcosmo Sagrado. 1. ed. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

    COMPATIBILIDADE DE RELACIONAMENTO

    Data: ____/____/____

    Mulher: ______________________________ Homem:____________________________

    Perfil individual quanto aos Cinco Movimentos Chineses

    _____________________________ __________________________________

    _______________

    _______________

    _______________

    _______________

    _______________

    SUBTOTAL X 2

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    TOTAL =

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 TOTAL =

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758
    Última atualização: 20/05/2008 13:33


    NTSV — TS 002 Terapia em Sincronicidade - Radiestesia e Radiônica Boas Práticas

    NTSV — TS 002
    Terapia em Sincronicidade - Radiestesia e Radiônica Boas Práticas

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV - TS 002 - Terapia em Sincronicidade - Radiestesia e Radiônica - Boas Práticas

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   A Radiestesia e a Radiônica contam com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia em Sincronicidade – modalidades Radiestesia e Radiônica.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE - Radiestesia e Radiônica - Boas Práticas

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TH 004 — STH - Símbolos da Terapia Holística
    NTSV — TS 001 — Terapia em Sincronicidade - Boas Práticas

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO,

    em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE - distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes;
    5.1.3 CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal - "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 JUNG - CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 RADIESTESIA: (Radium = radiação; Aesthesis = sensibilidade) - técnica de anamnese paranormal, onde se utiliza de instrumentos tais como um pêndulo e suas variantes para amplificar os movimentos inconscientes do THR perante perguntas, regiões do corpo examinado ou de ambientes, até mesmo, à distância, por fotos, objetos ou mapas. Pela interpretação do movimento do instrumento, avalia-se os desequilíbrios energéticos do cliente ou do local, os quais serão harmonizados pelas mais variadas técnicas pertinentes à Terapia Holística, especialmente, a Radiônica.
    5.1.14 RADIÔNICA: utiliza-se da energia das formas, tais como pirâmides, cristais, "pilhas" feitas pela sobreposição de diversos materiais (madeiras, metais, etc.), visando o equilíbrio energético do cliente ou local..
    5.1.15 RADIESTESISTA: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente utilizando da Radistesia, sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Pela interpretação do movimento do instrumento, avalia-se os desequilíbrios energéticos do cliente ou do local, os quais serão harmonizados fazendo-se uso das mais variadas técnicas pertinentes à Terapia Holística, especialmente, a Radiônica.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas

    TH - Terapeuta Holístico;
    TS – Terapia em Sincronicidade;
    TR – Terapia em Radiestesia
    THR – Terapeuta em Radiestesia ou Radiestesista
    RD – Radiestesia
    RDN - Radiônica
    NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária;

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado

    5.3.2 Qualificação Técnica

    5.3.2.1 -

    5.3.2.2

    5.3.2.3

    5.3.2.4

    - Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.
    - Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
    - Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou

    5.3.3 Boas práticas em TR:

    5.3.3.1 - Idade mínima do cliente:

    5.3.3.2

    5.3.3.3

    5.3.3.4

    5.3.3.5

    5.3.3.5.1

    5.3.3.5.2

    5.3.3.5.3

    – Cabe ao THR a avaliação racional da análise radiestésica obtida para detectar a ocorrência, ou não, do efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.
    – Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
    – Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE – Sindicato dos Terapeutas.
    – O THR ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:
    – O THR avalia os desequilíbrios energéticos do cliente ou do local, interpretando segundo sua convenção pré-definida, seus movimentos inconscientes que se manifestam perante a pesquisa, os quais são amplificados pelo uso de instrumentos.
    – O THR tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver seu sentido radiestésico, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de emissões estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.
    - Explicar o processo de TR com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vínculação religiosa ou de credo ao trabalho.

    Opção 1: aquisição pelo próprio THR em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).

    Opção 2

    5.3.4.2 -

    O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    : o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT - Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.5 Adequação de Intrumentos, gráficos e assemelhados para TR:

    5.3.5.1

    5.3.6 Constatação de Conformidade:

    O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE - Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.
    Serão objeto de NTSV específica.
    18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    - (neste ítem, preencher no mínimo um dos requisitos):
    - O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 12:52


    Geoterapia, Fitoterapia, Radiestesia, Radiônica E O Equilíbrio Energético À Distância

    Geoterapia, Fitoterapia, Radiestesia, Radiônica E O Equilíbrio Energético À Distância

     

    Nilma Glória Braga Siqueira - Terapeuta Holística - CRT 30758 

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    Dedico a todos que não se cansam de dedicarem-se energeticamente à procura de novos caminhos de harmonização integral.

     

    AGRADECIMENTOS

     

                   A Deus, pela vida. 

                  Ao SINTE, por dar oportunidades novas a novas manifestações de idéias aplicadas, e a todos que, com suas energias vibráteis comprovaram estas idéias aplicadas com simplicidade.

     

    “Deve-se ter sempre em mente que no universo manifesto tudo é energia em circulação, sendo que todo pensamento constitui a expressão de algum aspecto desta energia”.

                               (BAILEY)

                                

    SUMÁRIO

     

    1- Introdução                                                                                                                                                          

    2- Material e Metodologia                                                                                                                             

                  2.1- Material empregado                                                                                                                

                  2.2- Métodos realizados                                                                                                                

    3- Radiações                                                                                                                                                          

                  3.1- Radiações Físicas                                                                                                                

                  3.2- Radiações Mentais                                                                                                                

                  3.3- Ondas Radiestésicas                                                                                                               

                  3.4- Radiações Tele – Terapêuticas na atmosfera                                                        

                  3.5- Inconsciente                                                                                                                              

    4- Relação dos sete principais Chakras Espinais com a Geoterapia                            

    5- Valor da Geoterapia e suas aplicações                                                                                    

                  5.1- Algumas normas para o uso da argila como cataplasma                            

                  5.2- Efeitos obtidos com o uso da argila                                                                                    

    6- Casos exemplares                                                                                                                              

    7- Resultados                                                                                                                                            

    8- Discussão                                                                                                                                                          

    9- Conclusão                                                                                                                                                          

    10- Referências Bibliográficas                                                                                                               

     

     

    RESUMO

     

    A experiência aplicada por vários meses em atendimento a clientes à distância levou-me a escrever este trabalho que consiste em usar a Radiestesia (com o pêndulo, dual-rood, auramitter), a Radiônica com os gráficos, a Geoterapia com a argila pura e mais os chás, nos quais se dissolve a argila, pra com este conjunto se tentar a harmonização da pessoa como um todo, incluída no Universo, com êxito testado e aprovado pelos que passaram por ela.

     

    1- INTRODUÇÃO

     

                  Estamos todos envolvidos em um mar de idéias. Idéias claras e outras não tão claras. Idéias possíveis e outras menos possíveis. Há interpretações para quase tudo, mas agora é a hora de não só interpretar o mundo, mas transformá-lo, partir para a ação possível, a única eficaz porque aplicada na realidade. É como uma semente que, se plantada, cresce e dá frutos, e se não plantada, é só uma semente que não teve oportunidade de mostrar a vida que guarda. E neste estudo, as idéias são sementes plantadas que expandem a força vital, tornando-se mais vivas e mais vida.

                  Estamos todos nos beneficiando das experiências das gerações anteriores. O universo continua a se expandir em contínua vibração. A lei da atração fala que coisas e vibrações semelhantes se atraem, portanto, tudo o que existe na realidade física existe por causa de um pedido direcionado, a partir desta realidade. Daí a importância de todos aqueles que nos antecederam e que pediram. Pediram respostas para perguntas, soluções para problemas, melhorias para situações e a realização de desejos.

                  Viver a diversidade e os contrastes, definir a preferência e direcionar o desejo - é isso que produz a Energia Criativa do Universo e faz toda a vida evoluir.

                  Nesse trabalho é usada a Radiestesia que através do pêndulo contatando o inconsciente através das ondas eletromagnéticas e decodificando-as para saber das individualidades pessoais e desequilíbrios, mais o uso da Geoterapia que é um poderoso instrumento de harmonização, otimizada pela ação das energias dos princípios ativos existentes nas plantas direcionadas para os desbloqueios de meridianos, juntamente com a Radiônica, que expande em grande intensidade as energias vibratórias, há um excelente resultado na harmonização pessoal aqui, do cliente à distância.

                  Harmonização pessoal é alinhar-se com seu SER ESSENCIAL, que tem um poder de transmitir-lhe clareza, vitalidade, entusiasmo, bem-estar físico, abundancia em todas as coisas que considera boas e uma exuberante alegria. Este é o estado natural do ser que realmente é.

     

    2- MATERIAL E METODOLOGIA

     

    2.1- Material empregado:

    • Ficha do cliente, fornecida pelo SINTE com os pontos de alarme e meridianos desenhados;
    • Pêndulo neutro, dual-rood, auramiter;
    • Gráficos de Radiônica;
    • Argila;
    • Folhas desidratadas para chás fitoterápicos

     

    2.2- Métodos realizados:

                  Atendimento à distância usando as fichas dos clientes.

                  O procedimento adotado para o atendimento à distância é o seguinte: em primeiro lugar, há o contato do cliente conosco, via telefone ou e-mail solicitando ser atendido à distância, porque está impossibilitado de vir presencialmente por vários motivos: ou mora muito longe, em outra cidade, ou país, acamado, ou outros motivos. Fornece seu nome, data de nascimento e endereço, tudo isto passado para a Ficha do cliente com o desenho do corpo, os pontos de alarme e meridianos desenhados.

                  Passa-se ao estudo do cliente individualmente:

    • Qual a cor de viração da aura da personalidade?
    • A qual Movimento Chinês pertence?

    Anota-se estas informações. Continua-se a análise com o pêndulo. Quais os meridianos bloqueados?

    Providência: desbloqueio com o grafite.

    • Quais os chakras bloqueados e glândulas desequilibrada? Quais os estados emocionais mais tensos? Aqui é que entra a nossa tarefa para maximizar os resultados. Qual a planta que vai ajudar a otimizar esta maximização?

    Escolhida com o pêndulo esta planta. Faço um chá mínimo numa xícara com ela e depois de esfriado, coloca-se nele a terra pura, a argila e mistura-se com um palito novo (pau de picolé comprado na papelaria, que serve para trabalhos de criança de pré-escolar). Feito este barro, é colocado na ficha do cliente no local onde está mais bloqueado e deixado lá. Molha-se este barro durante aquele dia por três vezes e no outro dia o mesmo é jogado fora e substituído por outro novo e molhado mais três vezes. Assim, por, no mínimo, sete dias, podendo ser mais e quando se molha este barro, vai-se emitindo bons pensamentos de harmonização para aquele cliente que está sendo tratado. A energia atravessa todas as distâncias e faz efeito lá onde o cliente está e dentro de poucos dias ele terá melhorado tanto física como emocionalmente e estará equilibrado, sem nem saber como.

    É preciso que o cliente participe deste processo, colocando-se na posição de receptor que quer ser trabalhado e que acredita na emissão e recepção de boas vibrações e radiações para ele.

     

    3- RADIAÇÕES

     

                  A física atômica - molecular - nuclear nos prova que de cada corpo emana radiações, cujas ondas são tanto mais curtas, quanto maior for a sua temperatura.

                  A Radiestesia se ocupa essencialmente da captação das emanações dos corpos. Vejamos algumas espécies de radiações:

     

    3.1 - RADIAÇÕES FÍSICAS:

     

                  No mundo atômico foi descoberta uma variedade abundante de irradiações pelo fato de os átomos se comporem de elétrons, prótons, nêutrons e outras partículas que sofrem contínuos deslocamentos e combinações com elementos e partículas de outros átomos.             

                  Há uma contínua intercombinação química, todos esses fenômenos físico-químicos provocam radiações e vibrações que denominamos físicas ou eletromagnéticas.

     

    3.2 - RADIAÇÕES MENTAIS:

     

                  Toda atividade mental emite radiações com as mais variadas ondas, já comprovadas pela Medicina através do eletroencefalograma. Por isso, a morte clínica não é aceita quando for comprovada a ausência de qualquer radiação mental.

                  Outra comprovação das ondas mentais são as emanações neuroenergéticas da nossa mente que provocam a variada fenomenologia psicocinética, já largamente comprovada pela PARAPSICOLOGIA.

                  O nosso sistema nervoso é sempre estimulado pela mais variada gama de radiações que estão perto de nós e pelos nervos aferentes são conduzidas ao cérebro. Essas ondas geralmente passam despercebidas, mas no momento em que a nossa mente se coloca em sintonia com elas, o nosso cérebro, através dos nervos aferentes, pode transferir essas captações ao pêndulo ou à varinha, imprimindo-lhes variados movimentos que transistorizam as mensagens do inconsciente para o nível consciente.

                  Desta forma, podemos conhecer realidades que, de outro modo, seriam difíceis ou até impossíveis de serem conhecidas, como sejam a existência da água, minerais, tesouros escondidos no subsolo, objetos perdidos, desequilíbrios energéticos, etc.

                  O bom radiestesista nunca se cansa de estudar as radiações.

     

    3.3 - ONDAS RADIESTÉSICAS:

     

                  Se todos os corpos emitem radiações, existem inúmeras radiações que se interligam, mas só captamos as que nos interessam. Por isso, quando vamos estudar alguém, escrevemos o nome e a data de nascimento daquela pessoa para individualizar o tratamento e nosso inconsciente possa captar através das ondas, as radiações que aquela pessoa emite e assim decodificá-la. Chamo este estudo de DSN - “Decodificar Subconsciente Naturalmente”, cujo método está incluído no todo do nosso tratamento que é denominado TDNH - Terapia Despertar Notável Holístico, que é o descobrimento dentro de si mesmo de um novo modo de ver os acontecimentos para alcançar o plano harmonioso de bem-estar.

                  Os seres emitem radiações e os animais já sabiam e usavam isso desde sempre, por exemplo, a abelha tem um sistema nervoso organizado para vibrar a uma frequência determinada e sentir as flores melíferas a uma grande distância e captar as radiações características da colméia materna.

    Já foi demonstrado que as flores melíferas têm exatamente a mesma frequência vibratória da abelha. Os animais só sintonizam nas ondas que lhes são necessárias para conservar e propagar a sua espécie.

                  A pessoa humana sintoniza a onda que lhe aprouver; para isso, ela “fecha” seu cérebro outras ondas que não lhe interessam e capta as ondas que precisa no momento.

                  Um bom procedimento é esfregar as mãos estabelecendo um curto circuito desimpregnando-se das radiações estranhas e, em seguida, usando a Ficha de Cliente com as informações da pessoa, sintonizar com as radiações dela para o teste a ser estudado.

     

    3.4 - RADIAÇÕES TELE-TERAPÊUTICAS NA ATMOSFERA:

     

                  Disse Aristóteles que o mínimo movimento de um dado repercute até o fim do mundo. É sabido que todo corpo emite radiações que se espalham na atmosfera. Essas radiações, partindo de uma pessoa humana, podem ser portadoras de uma mensagem que se realiza em alguém, a que esteja afetivamente ligado, mesmo estando longe.

                  No livro Noções Práticas de Radiestesia, do Pe. Bordeaux (TASLEY, 2005), é narrado que Mme Barret equilibrava muitas pessoas só colocando a mão em direção delas. Também é relatado o fato de um terapeuta ter grande êxito de harmonizar pessoas passando a mão sobre a fotografia. Perguntavam-lhe se tinha sempre êxito, ele respondia que não e não sabia dizer porque, pensamos que era porque alguns estavam mais receptivos ou não.

                  É falado também que outro terapeuta recebeu uma carta com alguns cachos de cabelos de sua cliente, cuja febre não a largava e após colocar umas ervas sobre seus cabelos, a cliente lá longe se restabeleceu.

                  Estes fatos, em Radiestesia, são chamados de ONDAS EQUILIBRADORAS DA ENERGIA.             

                  Conclui-se daí que: a extensão das ondas existe a distâncias incomensuráveis; a possibilidade de dirigir livremente as próprias ondas e as ondas de uma planta para uma determinada meta, supondo sempre um ato de vontade.

     

    3.5 - INCONSCIENTE:

     

                  O inconsciente ocupa uma posição de primeiro plano na produção dos fenômenos radiestésicos. Quando o radiestesista opera, está em estado de vigília, e em plena posse de todas as suas faculdades conscientes. Ele se concentra voluntariamente sobre o objeto de sua pesquisa, esperando a resposta pelos movimentos do pêndulo.

                  O Radiestesista, ao iniciar sua pesquisa, precisa fixar sua atenção num objetivo bem definido. Isto estimula o inconsciente em suas faculdades perceptivas e seletivas. As interrogações claras e diretas vão determinar respostas certas.

                  Psicologicamente, é impossível compreender o inconsciente, pois ele contém, simplesmente, todos os caracteres da vida psíquica. Por isso, o seu papel é extremamente importante e condiciona uma grande parte de nossa atividade consciente, tanto mais que ele está sempre desperto, não conhecendo nem cansaço nem erro.

                  Nas pesquisas radiestésicas, as faculdades de percepção e de seleção permitem ao inconsciente perceber diretamente a resposta certa e externá-la com os movimentos do pêndulo.

                  O inconsciente efetua de uma maneira automática, em relação às coisas inacessíveis aos nossos sentidos, a operação de discernir, reconhecer e identificar as manifestações exteriores das coisas.

                  Fora dos estímulos físicos, sociais e vitais somos dirigidos por causas interiores, sejam fisiológicas, sejam psicológicas. Essas causas, ao aparecerem na consciência, prendem a atenção, mas na maioria das vezes, permanecem desconhecidas, agem do fundo do inconsciente e determinam atos independentes da inteligência.

                  A atividade do inconsciente não produz cansaço, pelo contrário, descansa, relaxa. O radiestesista deve exprimir o seu desejo com calma, serenidade e convicção, pensando somente no objeto da pesquisa. Cumpre proceder sem pressa, sem ardor e esperar o tempo necessário para a reação do inconsciente. Se essa reação não vier, deverá ser atribuído seja a uma expressão inadequada do desejo, seja a uma impossibilidade de uma resposta positiva.

                  As pesquisas radiestésicas são, em geral, simples. Quando a resposta não vem rapidamente é porque a questão é muito complexa e o inconsciente precisa de tempo para dar a solução.

                  O pesquisador, se abandonar a pesquisa por um tempo, pode ser surpreendido com a resposta em determinado momento sob a forma de um insight, um lampejo de solução favorável e completa.

                  O trabalho do inconsciente não resulta de um princípio misterioso, vindo das profundezas do infinito. É uma espécie de gestação lenta dos elementos introduzidos em nós pelo estudo, e um certo trabalho preparatório de reflexão consciente. O resultado dessa gestação não é sempre uma solução completa, toda acabada, mas inspirações, intuições, sugestões que facilitam um trabalho consciente complementar a essa solução. Um dos segredos básicos para obter uma resposta certa do inconsciente é saber formular as suas interrogações mentais.

                  O campo vital é o corpo sutil, corpo etérico, de energia, que envolve o corpo físico e é condutor das forças que, através dos chakras, estimulam o funcionamento da forma física.

                  Portanto, a função primordial do campo vital ou corpo sutil, é de conduzir a energia para o corpo físico e vitalizá-lo, integrando-o ao campo vital da terra e do sistema solar. No plano etérico, todas as distinções desaparecem, porém, a individualidade permanece. Bailey afirma: “O corpo etérico reage normalmente, como é de seu desígnio, a todos os estímulos oriundos dos veículos mais sutis. Ele é essencialmente um transmissor e não um gerador... o compensador de todas as forças que chegam ao corpo físico (denso).”

                  Eugene Cosgrove, em seu livro Letters to a Disciple fala sobre a questão da importância prática do corpo etérico.

                  O corpo etérico ou sutil tem uma influência muito grande sobre o corpo físico e esta influência é exercida através dos núcleos ou chackras que se localizam, os principais, ao longo do canal espiral etérico.

    • Cada núcleo ou vórtice de vitalidade ou chakra possui o seu correspondente no corpo físico denso.

    O importante é que os núcleos físicos ou órgãos localizados são efeitos da ação vibratória dos núcleos etéricos. Estes, por sua vez, são efeitos dos núcleos correspondentes nos níveis emocionais.

    • Em nossa fisiologia existem sete núcleos - três primários e quatro secundários. Eles não somente possuem as suas correspondências no organismo físico, como também no sistema planetário e nos organismos do sistema solar.
    • Os três principais núcleos são: a cabeça, a testa e o coração. Os quatro secundários são: o plexo solar, laríngeo, umbilical e a base da espinha.

    Cosgrove efetua esta divisão dos núcleos em primários e secundários, baseando-se nos três aspectos da energia encontrados na alma. Os núcleos da cabeça relacionados com o princípio da vontade, os da testa, com a Inteligência Ativa, e os do coração, com o Amor-Conhecimento. Os demais são um pouco menos importantes para a evolução.

    Existem além destes sete mais 21 chackras menores, distintos e inúmeros núcleos de energia menores no mecanismo humano. O núcleo umbilical, de categoria própria, recebe a energia fluida do sol e distribui aos outros núcleos e ao corpo etérico.

    Alice Bailey amplia a explanação de Cosgrove quanto à importância do corpo etérico, dizendo: “São os núcleos que mantêm o corpo coeso e fazem dele uma totalidade coerente, vitalizada e ativa... uma pessoa pode estar desarmonizada e indisposta, ou forte e saudável, de acordo com o estado dos núcleos e de seus precipitados, as glândulas”.

                  O tratamento radiônico é feito pela detecção de onde se encontra a energia estagnada para colocá-la em ação e assim revitalizar os núcleos, que são os chakras e, em consequência, harmonizar as glândulas para que a pessoa se sinta bem.

                  Este sentir-se bem só é duradouro, se a pessoa que recebe o tratamento amplia a sua consciência através da modificação do seu comportamento e de suas ações.

                  Tenho convicção de que, se prestarmos um pouco mais de atenção aos núcleos de força que geram e governam as glândulas, melhoraremos como praticantes de Radiônica, porque teremos melhores resultados.

                  Os aparelhos de Radiônica são emissores de certos tipos de ondas que permitem, por um fenômeno de harmonia vibratória próxima da Radiestesia, harmonizar as ondas pessoais do pesquisado com a desta ou daquela pessoa. Realizado esse acordo de simpatia, é então possível procurar quais são as freqüências que estão perturbadas no cliente. O Dr. Abrams, no início do século XX, constatou que se um órgão estava com problemas emitia um som diferente, uma vibração diferente. Usava o método de consulta à distância, colocando uma gota de sangue do cliente num mata-borrão (papel especial, tipo absorvente) para estudá-lo através das radiações pessoais daquele.

     

    4- RELAÇÃO DOS SETE PRINCIPAIS CHAKRAS ESPINAIS COM A GEOTERAPIA:

     

    1 - CORONÁRIO:   Cor: Violeta.

    Glândula relacionada: Pineal.

                                   Área de influência: Parte superior do cérebro; olho direito.

                                                 Atributos: Equilíbrio espiritual.

                                              Positivo: Iluminação.

                                                 Negativo: Arrogância, orgulho, fanatismo, fuga para a fantasia.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme do estômago.

     

    2- FRONTAL:              Cor: Anil.

    Glândula relacionada: Pituitária.

    Área de influência: Parte inferior do cérebro; nariz; seios; sistema nervoso.

                                                 Atributos: Intuição.

                                              Positivo: Tolerância, forte intuição, união familiar, justiça.

                                                 Negativo: Paralisia mental, cinismo, austeridade, inconveniência.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    da vesícula biliar.

     

    3- LARÍNGEO:              Cor: Azul.

    Glândula relacionada: Tireóide.

                                              Área de influência: Olho esquerdo; ouvidos.

                                                 Atributos: Essência espiritual do cosmo.

                                              Positivo: Alegria, versatilidade, espiritualidade, paranormalidade.

    Negativo: Preguiça, inércia, Fraqueza, Auto-indulgência.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do pulmão.

     

    4- CARDÍACO:       Cor: Verde ou rosa.

    Glândula relacionada: Timo.

                                              Área de influência: Coração, sangue, sistema circulatório.

                                                 Atributos: Força vital da terra.

                                              Positivo: Determinação, paciência, equilíbrio, confiança.

                                                 Negativo: Visão estreita, desejo de segurança, ciúme, inveja.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do coração.

     

    5-PLEXO-SOLAR: Cor: Amarelo.

    Glândulas relacionadas: Baço, pâncreas.

    Área de influência: Estômago , fígado, vesícula biliar.

                                                 Atributos: Intelecto.

                                              Positivo: Mente sutil, sensibilidade, comunicação, criatividade.

                                                 Negativo: Inconstância, compulsão, superficialidade, egoísmo.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do baço, pâncreas.

     

    6- ESPLÊNICO:      Cor: Alaranjado.

    Glândula relacionada: Gônadas.

                                              Área de influência: Aparelho reprodutivo.

                                                 Atributos: Equilíbrio físico, mental.

                                              Positivo: Tolerância, compreensão, organização, liderança.

                                                 Negativo: Pressa, teimosia, crítica, indecisão

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    da bexiga.

     

    7- BÁSICO:                            Cor: Vermelho.

    Glândula relacionada: Supra-renal.

    Área de influência: Coluna espinal, rins.

    Atributos: Energia física, vida

                                              Positivo: Alegria, extroversão, paixão, coragem

                                                 Negativo: Cólera, tensão nervosa, agressividade,

    possessividade.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    dos rins.

     

    5- VALOR DA GEOTERAPIA E SUAS APLICAÇÕES

     

                  Geo = origem, terra. A terra tem um poder de restauração muito grande. Nós a herdamos de graça e, muitas vezes, quase não a utilizamos. Dela vêm nossos alimentos.

                  O homem moderno não usa a terra, perdeu o contato físico com ela. Só usa calçado de borracha e outros que o isolam da mãe-terra, deixando de usufruir os benefícios advindos da proximidade com ela, como descarregar energias negativas e puxar energias positivas só com o caminhar descalço sobre a terra. Vive-se poluindo a terra por toda parte e não se usa-a para a harmonia pessoal.

                  Os índios utilizam muito a terra como processo harmonizador. Quando são picados por uma cobra venenosa ou ferroados por uma abelha ou vespa, põem terra úmida ou barro sobre o ferimento e o que acontece: sai o veneno, não incha e a dor é eliminada em poucos instantes. Para acabar com a febre, o índio também costuma enterrar-se por algum tempo e depois tomar um banho frio. Basta isso para que a febre desapareça.

                  A terra, como diz M. Lezaeta Acharan, “refresca, desinflama, descongestiona, purifica, cicatriza, absorve e acalma, é um laboratório de vida e jamais nos prejudicará a terra pura”.

                  São inúmeros os desequilíbrios energéticos capazes de se harmonizarem com o uso da argila, barro, em aplicações exteriores e no corpo, e de acordo com as radiações detectadas pelo pêndulo com a análise do cliente à distância usando a Ficha do Cliente os pontos de alarme, os chakras, vamos usando com persistência as aplicações do barro que fazem verdadeiros “milagres”.

     

    5.1- Algumas normas para o uso da argila como cataplasma:

     

    • Colher terra virgem, pura, não importa a cor, em profundidade (meio metro), de preferência no meio do mato ou cavar bastante buraco no barranco e tirar a terra do fundo;
    • Peneirar e desmanchar os torrões maiores; em seguida, secar esta terra ao sol e guardar em vasilha que não enferruje ou oxide, como é o caso do ferro, cobre e alumínio que não devem ser usados para guardar o produto. Pode-se usar a terra fresca colhida na hora sem secar, evidentemente;
    • Ao usar, misturar água limpa e deixar repousar um tempo até que a argila se desmanche por si;
    • Misturar bem até formar barro liguento; não usar metal para isso;
    • Usar a argila só uma vez e depois joga-se fora;
    • Perseverar, isto é, quando se começa a aplicação de argila, não se deve interromper durante, pelo menos, 10 dias;
    • Pode provocar dor; neste caso, usa-se por menos tempo - uma hora por dia;
    • A água em que se mistura a argila deve ser pura, natural e pode ser substituída em certos casos por chás de plantas, como alecrim, cavalinha e outras.

     

     

    5.2- Efeitos obtidos com o uso da argila:

     

    • A terra é bactericida, isto é, mata bactérias, elimina células estragadas e forma outras novas;
    • Cicatriza inflamações internas;
    • Purifica e enriquece o sangue;
    • Fortifica os órgãos internos, desperta forças vitais, sem ser um excitante;
    • Acaba com parasitas e vermes;
    • Harmoniza a pessoa como um todo.

    A argila tem poderes ainda não completamente desvendados. O notável é que ela age positivamente, mesmo sendo colocada à distância, no testemunho do cliente, como é o caso deste nosso estudo e pesquisa, aqui, na Ficha do Cliente.

     

    6- CASOS EXEMPLARES

                 

    Nomes fictícios de clientes:

     

    1º caso: M. C. feminino, 33 anos, cabeleireira. Trabalha na pastelaria, de segunda a sexta-feira, das 6 h às 16 h; de 17 h às 20 h e no sábado é cabeleireira. Há dois meses a quando estava fritando pastéis, a gordura respingou em sua mão direita, queimando-a. Iniciou-se o tratamento com argila com folha de babosa, na mão do desenho da ficha de cliente. A cliente nem precisou ir ao Pronto Socorro, porque não sentia dor e rapidamente no outro dia já não realçava nada.

     

    2º caso: N. B., feminino, 42 anos, dona de casa. Vai passar o café com muita pressa e tudo vira em cima dela, queimando-lhe a perna. Iniciou-se o tratamento com aplicação da argila com babosa, no ponto de alarme do estômago. Houve melhorias imediatas e visivelmente significativas.

     

    3º caso: J. F, feminino, 55 anos, aposentada. Muito angustiada e nervosa, não melhorava com nada; pensei: é bloqueio do meridiano do coração; apliquei barro na altura do chakra cardíaco e dentro de 2 dias, ela resolveu voltar a cantar no coral.

     

    4º caso: M, S, masculino, 35 anos, pedreiro. Agitadíssimo, e com nariz entupido, falando sem parar. Barro na barriga, no desenho, acalmou-o e desentupiu o nariz em 2 dias.

     

    5º caso: C, F, feminino, 29 anos, professora de 1º grau. Não conseguia engravidar, apesar de tratamentos com os melhores médicos da região. Coloquei barro no baixo ventre dela por 20 dias com chá de tiririca e já têm hoje 6 meses as gêmeas.

     

    6º caso: P. M, feminino, 83 anos, aposenta. Caiu da escada e foi parar no Pronto Socorro; ficou toda roxa e apresentava dores por todo o corpo. Coloquei barro na ficha dela nos braços e abdômen, até os médicos ficaram admirados como ela melhorou rápido com os remédios deles, ficou até sem olheira.

     

    7º caso: S, R, feminino, 14 anos, estudante. Brigou com outra adolescente rebelde e se feriu com estilete no rosto. Polícia e vários pontos. Coloquei barro à distância, nos ferimentos do rosto dela, e nem cicatriz ficou, mas mudou de cidade.

     

    8º caso: L.. A, masculino, 45 anos, aposentado. Trêmulo e andar vacilante. Tratamento com os melhores médicos da região devido ao fato de possuir um excelente plano de saúde, mas sem grandes resultados, nem mais conseguia levar os alimentos à boca, sua esposa já desesperada veio até mim com um retrato dele. Eu anotei seus dados na ficha de Cliente e comecei a colocar o barro (argila com chá cipó mil homens) na altura do ponto de alarme do baço-pâncreas. No final de 30 dias, ele começou a levar os alimentos à boca, hoje com 90 dias de tratamento já apareceu na minha presença, mas o pescoço continua um pouco caído, está continuando o tratamento.

     

    9° caso: M. H, feminino, 19 anos, estudante. Não queria mais estudar de maneira nenhuma, tinha parado na metade do 3° ano do Ensino Médio. Muitas sessões de Psicoterapia Holística e aplicação de argila com chá de cinco folhas, na altura do coração, já resolveu o caso com o ex-namorado, esqueceu-o, voltou a estudar e prepara-se alegre para o vestibular.

       

    7- RESULTADOS

     

                  Nós, Terapeutas Holísticos, em busca da harmonização total, passamos por várias fases em que dedicamos atenção especial a uma determinada técnica e eu nos últimos meses tenho tido bons resultados com a Geoterapia à distância, o que me tem levado a trabalhar neste sentido, quando necessário e ver como é bom não desanimar, porque, se a princípio nada muda, com o passar do tempo e as aplicações contínuas, muito se vai conseguindo, não somente no físico, mas também nos outros corpos sutis.

                  Em um grupo de 100 clientes estudados à distância em que foi feito este tratamento, o resultado é o seguinte:

    • 90% excelente resultado;
    • 5% bom resultado;
    • 4% regular resultado;
    • 1% não quis opinar

    Por esta razão, eu sinto-me matematicamente confortada para recomendar estes procedimentos, principalmente quando for bem longe na Geografia e não tiver como fazer outro procedimento presencial.

     

    8- DISCUSSÃO

     

                  A vida aqui no nosso planeta Terra está no auge e melhorando a cada dia. Isto porque, segundo as Leis do Universo, todas as coisas estão em eterna expansão e aperfeiçoamento.

                  Esta expansão é alcançada todos os dias quando um de nós se propõe a trabalhar para oferecer amor, boa vontade, carinho e paz para o outro. Assim, dá-se a expansão. Cada um de nós é agente de expansão da alegria, do bem-estar geral.

                  Neste nosso estudo sobre a Radiestesia e Geoterapia vamos como são importantíssimas as ondas vibracionais de expansão para levarem energias positivas para as pessoas equilibrando-as à distância também com a ajuda dos gráficos da Radiônica e chás de Fitoterapia.

                  Talvez ainda não tenhamos consciência que nossa natureza é vibrátil, cada um de nós é um ser vibrátil vivendo um universo vibrátil. Na verdade, tudo é vibrátil. Na hora que você concentra sua atenção em alguma coisa, como uma ideia, uma recordação, uma situação que esteja observando, um sonho ou algo que esteja visualizando, você está ativando a vibração.

    No momento em que o objeto de sua concentração provoca essa ativação, esse conteúdo vibrátil se torna seu ponto de atração. Sempre que você pensa de forma concentrada em alguma coisa, o conteúdo vibrátil dessa coisa se torna uma parte ativa de sua essência vibrátil - e o objeto da sua atenção começa a se aproximar de você.

                  A maioria das pessoas não percebe que pensar sobre alguma coisa equivale a chamar a essência dessa “alguma coisa” para a vida delas.

                  A Radiestesia usada para detectar os desequilíbrios, com o pêndulo, nos meridianos, nos faz mais objetivos quanto ao tratamento. A Radiônica com seus gráficos nos aproxima da melhor harmonização completada pela Geoterapia com chás fitoterápicos individualizados e assim desperta na pessoa em questão uma vida nova, uma melhor aspiração para desejar novas metas, trabalhar em si uma visão mais ampla de uma vida que se renova a cada dia, se expande e se fortalece.

    Esse procedimento de aplicação da Geoterapia faz parte do todo da Terapia por nós trabalhada que visa a harmonização total e o nome é “Terapia Despertar Notável Holístico” – TDNH, como já foi citado neste estudo. Através de várias técnicas como Relaxamento com Cromoterapia, Sintonizar das ondas individuais, conscientização do passado, perdão, bênção e libertação das tristezas, a pessoa vai caminhando no aperfeiçoar de si mesma e em conseqüência deixa de sentir inúmeros sintomas físicos e sem estes, ela se torna mais sensível a querer trabalhar em si mesma os sintomas energéticos e tentar eliminar as tristezas e as marcas mais profundas que lhe foram impingidas pela vida e que a fazem ser como é.

    È preciso mudanças. Mudanças positivas para se levar a vida com mais alegria e emitir radiações benéficas que irão beneficiar a todos que se aproximarem, contribuindo assim para o equilíbrio também do universo.

                  Estudo a pessoa com o pêndulo, chego a conclusões, coloco o barro feito com o chá na Ficha de Cliente com o nome, embaixo está um gráfico de Radiônica e ainda rodo o pêndulo emitindo e mandando boas vibrações, através de boas palavras que vão ajudar a pessoa a querer melhorar. 

     

    9- CONCLUSÃO

     

                  Neste mundo moderno de constante correria somos levados a vibrar, muitas vezes, ao ritmo do medo. Nós não só tememos coisas e situações que são realmente perigosas, mas mesmo nos momentos de lazer, inventamos deliberadamente coisas com que nos assustarmos. Muitos dos nossos temores nada têm a ver com o perigo físico. Eles envolvem situações que afetam o nosso ajustamento a um mundo confuso ou a pessoas igualmente confusas.

                  Passamos grande parte de nossa vida correndo em círculo como se estivéssemos em um teatro em chamas. Criamos e vivemos sob tensão nervosa. Somos intensamente emocionais, mesmo bem ajustados ao nosso ambiente. Nossa energia está sempre em tumulto. Por isso, precisamos sempre equilibrá-la.

                  O Terapeuta Holístico usa de várias técnicas e se especializa sempre, visando este harmonizar tanto dele mesmo quanto do cliente, e, neste estudo, usamos a ARGILA na Ficha do Cliente e notamos que as radiações emanadas daí vão atuar diretamente à distância nos cinco corpos do cliente, proporcionando-lhe um maior bem-estar.

                  Esta vibração da radiação conecta o cliente ao ser que realmente é, trazendo-lhe maior alegria, amor, liberdade e progresso.

                  Esta conexão da pessoa com sua essência é o equilíbrio, é a manifestação de vida perfeita, é o estado de ser mais natural.

                  Esse equilíbrio também é mantido por pensamentos, de vitalidade, entusiasmo, bem-estar físico, abundancia, exuberante alegria.

    Pensar sobre alguma coisa equivale a chamar a essência dessa “alguma coisa” para a vida, como já dissemos anteriormente. Quando se coloca a argila sobre a Ficha de Cliente individual você está atraindo energias harmonizadoras para aquele cliente, proporcionando-lhe um equilíbrio maior e duradouro. 

     

    10- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

    ARESI, A. Radiestesia hidromineral e medicinal. 1.ed. São Paulo: Ed Mens Sana, 1982.

    BRUNING, J. A saúde brota da Natureza. 16.ed. Curitiba: Editora Universitária Champagnat, 1996.

    CARDILLO, E. A energia da forma – a grande pirâmide e a antipirâmide. São Paulo: Ed Aquarius, 1982.

    EDDE, G. Cores para a sua saúde – Método prático de Cromoterapia. São Paulo: Ed Pensamento, 1997.

    HICKS, E.; HICKS, J. O extraordinário poder da intenção. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

    HOPCKE, R. H. Sincronicidade – ou por que nada é por acaso. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2001.

    KLOTSCHE, C. A medicina da cor – O uso prático das cores na cura vibracional. 9.ed. São Paulo: Ed Pensamento, 2000.

    MENDONÇA, E. P. O mundo precisa de Filosofia. 3.ed. Rio de Janeiro: Ed Agir, 1973.

    SING, C. Cura com Yoga e Plantas Medicinais. Rio de Janeiro: Ed Freitas Bastos, 1979.

    TANSLEY, D. V. Dimensões da Radiônica – Novas técnicas de cura. São Paulo: Ed Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

     

    Autor: : Nilma Glória Braga Siqueira - Terapeuta Holística - CRT 30758
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    A Radiestesia Em Terapia Holística

    A Radiestesia Em Terapia Holística

    Maurício Marcial de Araújo

    Terapeuta Holístico – CRT 43301

    mauriciomarcial@radiestesia.Com.br

    SINTE-Sindicato dos Terapeutas Holísticos.

     
     

    Um passo a mais

     

          Há momentos onde parece difícil prosseguir... 
    Algo como se não mais houvesse chão para caminhar,  
    nem palavras para falar,  
    nem risos para compartilhar, nem amor para dar... 
    Estes momentos,  
    onde perdemos o contato com nós mesmos,  
    com a fina centelha que nos banha com sua eterna amorosidade,  
    são suficientes para que o referencial seja esquecido,  
    colocando-nos numa redoma 
    onde a luz parece não estar presente,  
    pois nossos olhos estão cerrados pelos 
    lenços úmidos da ilusão. 
    Observando, aprendemos que  
    um passo a mais em nossa própria direção  
    é suficiente para recobrarmos a memória  
    daquilo que somos daquilo que representamos.

    Um passo a mais e tudo 
    a nossa volta se transforma. 
    A coragem é a bênção daqueles que  
    são determinados em crescer. 
    E quando o desejo é evoluir no amor,  
    na criação, a oportunidade é dada,  
    e a nós cabe usufruí-la ao máximo. 
    Dê mais um passo, apenas um,  
    antes de pensar em desistir.”

      

                                                                                                              (autor desconhecido)

       
     

    “A Arte e a ética associadas a Radiestesia são fundamentais para o sucesso!”

     
       

    Sumário

       

            INTRODUÇÃO:

     
      • Capítulo 1 – O que é Radiestesia?

     

               MATERIAL E METODOLOGIA:

     
      • Capítulo 2- O que você pode fazer com a Radiestesia.
     
      • Capítulo 3- Minha abordagem em Radiestesia Holística.
     
      • Capítulo 4- Técnicas para o uso do gráfico geral.
     
      • Capítulo 5- Formas de utilização da Radiônica.
     

           RESULTADOS

     
      • Capítulo 6- Evolução de casos reais.
     

           DISCUSSÃO

     
      • Capítulo 7- A Radiestesia na busca da saúde holística.
     

              CONCLUSÃO

     

              REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     
     
     
    Introdução
      

    Esta Palestra apresenta em seu contexto dois objetivos distintos: elucidar ao público sobre a Radiestesia em sua história e trajetória até os dias de hoje e suscitar o desejo por uma qualidade de vida, onde cada um, em sua totalidade, se reconheça capaz de estar em expansão através de mais esse conhecimento.

      

    A Radiestesia é uma ciência milenar que através de profundos estudos e pesquisas pode vir a ser utilizado em todos os segmentos que envolvem a saúde e o bem estar social. Cientificando a qualificação da Radiestesia e de outras técnicas holísticas já contamos com leis criadas pelo Conselho Federal de Terapia Holística, bem como leis estaduais que garantem seu reconhecimento. A criação de reguladores reconhecidos como o SINTE - Sindicato dos Terapeutas  e de outras associações e conselhos de classes, também garantem o seu compromisso, mostrando que a profissão de Radiestesista Holística está cada vez mais forte e em crescimento no Brasil, e que o brasileiro começa gradativamente a compreender que o autoconhecimento e o equilíbrio seu e do meio em que vive, é sem dúvida nenhuma a maneira mais lógica e completa para se ter uma vida longa e saudável.

     

    Hoje temos um código de ética consolidado, acrescentando através do SINTE a criação do Tutorial Terapia Holística, que é o livro da Auto-Regulamentação da Terapia Holística, as NTSVS _ Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística. É o amadurecimento da profissão no Brasil, fruto de muito trabalho da valorização dos Terapeutas Holísticos compromissados com a ética e a excelência técnica.

     

    Com muito prazer e satisfação, eu fico motivado a apresentar meus estudos e minhas técnicas de trabalho com terapia em sincronicidade (Radiestesia, psicoterapia, Odomertia, Cromoterapia, Fitoterapia, Florais de Bach entre outras) e que venho obtendo resultados extraordinários e proveitosos para o meu desenvolvimento e também dos meus clientes.

     
     Desta forma, convido você a já ir expandindo seus estudos e interpretações.
     
      

    . Capítulo 1:

     

    O que é Radiestesia?

     

    A palavra Radiestesia é a união de dois termos, Radius, que vem do latim e significa radiação e aisthesis, de origem grega e que significa sensibilidade, indicando assim a sensibilidade às radiações.

     

    Utilizando instrumentos específicos, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do nosso campo bioenergético que trabalha com as dimensões vibratórias mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando encontrar possibilidades para corrigir possíveis alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem estar da pessoa.

    Tudo no universo é uma fonte de energia que ressoa em certa freqüência ou, uma combinação de freqüências com outros elementos. Nosso corpo é feito de um número incontável de átomos e moléculas representando vários elementos. Cada molécula elementar ou átomo ressoa em harmonia com outra, quando estamos em perfeito equilíbrio. Acontece que em todo o momento estamos expostos a energias nocivas, como: ondas de rádios, TV, antenas, energias pessoais, etc... Podendo gerar uma serie de desequilíbrios. Elas passam sobre nossos corpos, da mesma forma que somos afetados pela radiação do sol, da lua, da Terra e como sabemos das outras pessoas, porque mesmo pensamentos criam energias que se irradiam através de nossos corpos.

     

    Freqüentemente durante o dia respondemos fisiologicamente, emocionalmente e intelectualmente de alguma forma às diferentes radiações que nos atingem, vindas de várias fontes.

     

    Radiestesia é uma excelente ferramenta para ampliar nossas reações sutis que experimentamos.  Se usada corretamente, a Radiestesia será uma ferramenta benéfica para a identificação e correção da fonte e transmissão das radiações nocivas existentes.

     

    Na realidade, a Radiestesia pode ser dividida em três aspectos:

     

    1- Reação física para freqüências e radiações universais de elementos ou combinações de elementos naturais ou artificiais que existem no nosso ambiente físico.

     

    2-Reação emocional dos pensamentos, condições e atitudes de outros, individualmente ou coletivamente e, de nós próprios.

     

    3- E freqüentemente intuitivamente a eventos que estão fora de nossa percepção linear do tempo, consciência física ou realidade.

     

    Com a nossa atitude e conhecimento do assunto que nos dirá definitivamente se seremos bem sucedidos no trabalho de Radiestesia ou não, e o quanto poderemos desenvolver este precioso presente. Devemos tornar-nos humildes e ter força de submetermos nossas percepções e atitudes para mudar, questionar mesmo nossas mais fortes crenças sobre um assunto específico e também ter vontade de corrigir nossas realidades.

     

    Para alguns isto será somente um meio de trabalhar com reações ou manifestações físicas, tais como procurar água, minerais e outros assuntos relativos às substâncias do universo. Outras pessoas, como eu, entretanto, podem se sentir confortável em trabalhar em áreas relativas à saúde, emoção e espiritualidade, ou seja, equilíbrio do Ser.

      
     

    Material e metodologia

      

    . Capítulo 2:

     

    O que você pode fazer com a Radiestesia.

      

    A Radiestesia pode ser usada em diversos domínios como, por exemplo: agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água, no nosso caso: pesquisa de florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas, use a sua intuição e muita pesquisa.

      
     

    . Capítulo 3:

     

    Minha abordagem em Radiestesia

      

    A recepção dos meus clientes é sempre feita com acolhimento e harmonia.

    Explico calmamente cada técnica, duração, possibilidades e dúvidas para a melhoria da qualidade de vida do futuro cliente através do equilíbrio, do aconselhamento e da busca do autoconhecimento.

      

    Logo após o nosso primeiro contato, com o cliente informado e seguro de todos os procedimentos, inicio os trabalhos utilizando músicas que confortam técnicas de respiração e relaxamento para a ambientação e tranqüilidade, com o intuito de uma boa construção da anamnese do cliente com a identificação, perfil, suas queixas principais e o histórico dos problemas e desequilíbrios relatados.

        

    Utilizando a Radiestesia inicio uma pesquisa utilizando um gráfico geral, que me orientará no tipo de técnicas a ser (em) utilizada(s) com cada cliente em especial:

     
        • Pesquisa de chakras.
        • Cinco Movimentos.
        • Pesquisa dos meridianos.
        • Moxabustão
        • Parasitas da energia vital.
        • Fitoterapia.
        • Floral de Bach.
        • Cromoterapia.
        • Psicoterapia.
        • Radiônica (Odomertia ou uso da máquina Radiônica).
     

    Pesquisa de chakras: Para a realização de um trabalho bem abrangente e com resultados positivos, pesquiso a existência de desequilíbrio nos 49 chakras do corpo humano (de entrada e saída).

    Cinco Movimentos: Após detectar e confirmar o movimento dominante individual do cliente (Terra, Água, Madeira, Metal, Fogo), começo o trabalho para a regularização de cada movimento desequilibrado.

    Meridianos: Os 12 meridianos (Pulmão, Fígado, Rins, intestino Delgado, V. Biliar, Estômago, Intestino Grosso, Bexiga, Coração, Baço-Pâncreas, Triplo Aquecedor, Circulação e Sexo) são testados e regularizados, caso haja algum em desarmonia.

    Moxabustão: É utilizada no corpo em meridianos que em caso de desequilíbrio de Yin Yang são detectados conforme a informação no gráfico dos meridianos.

    Parasita da energia vital: Pesquiso a possibilidade de encontrar parasita da energia vital que esteja impossibilitando o equilíbrio físico e energético do cliente.

    Fitoterapia: Utilizo Fitoterápicos diversos, conforme indicação encontrada através da Radiestesia e outras técnicas.

    Florais de Bach: Também são recomendados conforme as necessidades do cliente.

    Cromoterapia: Utilizando também técnica de pesquisa e tratamento que disponibilizaram melhor resposta ao desequilíbrio e problemas sentidos pelo meu cliente.

    Psicoterapia: É utilizado no decorrer de todo o processo de tratamento do meu cliente para a harmonização e equilíbrio em busca do autoconhecimento.

    Radiônica: Utilizo em casos especiais que impossibilitam a presença do cliente no decorrer do tratamento.

    Criando assim uma equação de serviços elaborados, para se chegar ao melhor condicionamento físico, mental e psicológico, com a compreensão de vida em que se resolva o problema existente, como um todo sem transferência de culpa ou novas somatizações físicas. Visando sempre que o mais importante é justamente que o terapeuta holístico seja um catalisador para a busca do conhecimento e crescimento individual de cada cliente e não um apaziguador de um problema direcionado, principalmente porque quando um cliente nos procura ele não quer ser curado de doenças, para isto ele procuraria um médico e não um terapeuta holístico, ele está atrás é sim de uma qualidade de vida dele e dos que os cercam e um equilíbrio onde possa se sentir bem com ele mesmo e com o ambiente onde vive. Sentindo- se assim feliz e produtivo sempre!

     
     

    . Capítulo 4:

     

    Técnicas para o uso do gráfico geral:

      

    Para se trabalhar com a Radiestesia em conjunto as terapias diversas, o terapeuta precisa escolher a melhor maneira de montar a sua pasta de pesquisas e análises para que de forma objetiva consiga chegar aos verdadeiros resultados encontrados e solucionados pelas técnicas utilizadas durante o processo de avaliação e restauração do equilíbrio do cliente.

     

    A minha sugestão é que em uma pasta catálogo, coloque todos os quadros ou gráficos pesquisados por você e utilize também em formato de meio círculo com subdivisões para as anotações dos temas estudados e utilizados em terapia holística, lembrando sempre que deve começar com o gráfico de orientação geral, pois o mesmo abrirá caminhos para uma investigação sólida e segura conforme proponho abaixo:

      

    GRÁFICO DE ORIENTAÇÂO GERAL: engloba todas as técnicas desenvolvidas pelo terapeuta, é o ponto de partida para as outras análises.

     

    De todas as maneiras e possibilidades de pesquisas e questionamentos para encontrar desequilíbrios e causas dos problemas de meus clientes, a Radiestesia sem dúvida nenhuma é a melhor e mais rápida forma de chegar às respostas com objetividade e satisfação do terapeuta e cliente.

     

    A primeira coisa a se fazer é acomodar-se em uma cadeira bem confortável, em frente a uma mesa vazia para não sofrer nenhuma interferência. Em seguida, procede-se a um relaxamento inicial com a respiração profunda e tranqüilizadora. Enquanto respira, comece a mentalizar o que segue: a partir deste momento, o pêndulo irá mediar à comunicação com a minha mente superior.

     

    Após estas condições e preparações, seguimos em diante com as rotinas a seguir:

     
        1. Com o pêndulo na mão, deixando uma distância de, aproximadamente, 10 a 20 cm entre os dedos e a ponta do pêndulo e o levamos ao centro inferior do gráfico de orientações geral. 
        1. Com o pêndulo na posição pedimos para girar no sentido horário (positivo) e no sentido anti-horário (negativo), logo após, ordenamos para o pêndulo parar no ponto zero e seguimos. 
        1. Fazemos então as perguntas desejadas e observamos a posição que o pêndulo vai apontar indicando as respostas, também podemos apontar com o dedo indicador da mão esquerda para as subdivisões indicadas no gráfico perguntando se o cliente que estará a sua frente necessita da técnica ou tratamento que estará indicado em cada subdivisão. A resposta será obtida, quando o Pêndulo parar de girar e balançar apenas na direção da subdivisão do gráfico ou então girar positivamente ou negativamente, no caso do uso do dedo indicador da mão esquerda. 
        1. Anotar as informações e prosseguir fazendo novas perguntas até esgotar totalmente as informações do gráfico geral. 
        1. Depois de completada todas as informações, partir para os gráficos seguintes utilizando o mesmo método para as futuras informações.
      

    . Capítulo 5:

     

    Utilização da Radiônica:

     

    Nem sempre que vamos trabalhar com a Radiestesia teremos ao nosso lado a pessoa que precisa ser tratada, ou ainda, nem sempre podemos estar no local que queremos fazer nossas averiguações.

    Como fazer quando não podemos ter a pessoa ou o objeto de nossos estudos junto de nós?

    Utilizamos a Radiônica que é a arte que pratica a emissão de energia a distância, energias com qualidades e intensidades específicas em função das formas de objetos e gráficos interagindo nos campos energéticos do macro e micro cosmo.

    É um sistema pelo qual modificamos um desequilíbrio real a distância, colocando-o de novo em equilíbrio completo.

    Os instrumentos que usamos em Radiônica são muito simples. Normalmente são gráficos com formas geométricas ou mesmo aparelhos eletrônicos chamados de Máquina Radiônica.

     

    Utilizando os gráficos podemos trabalhar com a energia de múltiplas formas: decágono, hexágono, losango, turbilhão, círculos, triângulos, pirâmides, semi-esferas, espiral, etc. Cada forma canaliza um tipo de energia; Já com a Máquina Radiônica, que é um aparelho como caixa com montagem eletro-eletrônico "Sintonizador Biológico" usamos registros de freqüência (como usado para sintonizar o rádio), o que faz a ligação com o testemunho, emitindo, amplificando ou direcionando a energia que serve para substituir a pessoa ou o objeto que precisamos pesquisar.

     

    Para o uso da Radiônica o testemunho ou testemunha é indispensável, ele pode ser confeccionado de várias formas: através de fotos, saliva, cabelo, unhas, amostra de sangue, documentos da pessoa ou do local a ser estudado; no caso de casas, o endereço completo da casa, não se esquecendo de colocar o nome da cidade e, se possível, até o CEP, pois podem existir várias ruas em uma cidade com o mesmo nome; uma planta de uma casa ou edifício também pode servir para esta finalidade, mas, se possível, a planta deve estar em escala, pois isto facilita os trabalhos.

     

    O testemunho pode ser ainda um mapa do local a ser pesquisado (ajuda muito no caso, por exemplo, de se procurar pessoas desaparecidas).

     

    Para não haver influência de outras energias, quando possível, solicitar ao cliente que coloque o testemunho dentro de um envelope para ser levado a você; pode-se ainda usar o nome completo da pessoa com a data de nascimento, para se evitar homônimos.

     

    Com animais, podemos utilizar os pelos e penas, unhas, amostras de sangue entre outros.

     

    Portanto experimente, use e abuse das técnicas da Radiestesia tanto presencial como a distância, em conjunto com a Terapia Holística; você vai se surpreender com os resultados. Pratique todos os dias. É como tocar um instrumento musical. Se seguir às instruções cuidadosamente e praticar um pouco todos os dias a sua habilidade e precisão se tornarão muito boas. E não fique desencorajado se não estiver certo o tempo todo. Até mesmo os melhores Radiestesistas às vezes têm interferências ou maus dias.

     
     

    Resultados:

    . Capítulo 6:

     

    Evolução de casos reais:

     

    Ficha de Cliente  
    De Acordo com a NTSV - TH 003 
    Maurício Marcial de Araújo - CRT 43301 - Terapeuta Holístico

    D.L., 54 anos, sexo Masculino.

    Agendamento: 
    03/11/2008 - inicial 
    10/11/2008 - 2a feira - 20hs 
    17/11/2008 - 2a feira - 20hs 
    24/11/2008 - 2a feira - 20hs 
    01/12/2008 - 2a feira - 20hs

     
    Queixas principais: problemas de pele urticárias gigantes

    Com pesquisa Radiestesica foi introduzido o uso da moxa para equilíbrio e fortalecimento do yang e equilíbrio dos chakras e 5 movimentos chineses.

    Descrição do atendimento

    Iniciou-se o atendimento com Terapia Holística. A reclamação inicial era relativa a problemas de pele (Urticárias gigantes). 
    Avaliação energética deu-se pela Radiestesia, surgindo o uso de moxa para equilibro de yang e o uso da Odomertia para equilíbrio dos cinco movimentos, chakras e uso da maquina Radionica, tudo em conjunto com a psicoterapia.

    O resultado foi ótimo, com duas semanas de aplicação das técnicas já era visível a melhora do cliente. Com quatro meses de atendimento o cliente alegou não sentir mais nada e foi liberado.

     
      

    Ficha de Cliente  
    De Acordo com a NTSV - TH 003 
    Maurício Marcial de Araújo - CRT 43301 - Terapeuta Holístico

    G.L., 49 anos, sexo feminino.

    Queixas principais: problemas emocionais por motivo de a filha ficar grávida, ansiedade, pressão alta, e tristeza por reprovação para renovação da carteira de motorista.

    Com pesquisa Radiestesica e confirmação com holopuntura, identifiquei os seguintes desequilíbrios: meridiano dos pulmões, fígado, vesícula, estomago, também os chakras: mamário, glandular (saída de energias exauridas) coronário, laríngeo, pulmonar, cardíaco e emocional (entrada de energias), trabalhados via Odomertia, Cromoterapia e fitoterápicos.

    Descrição do atendimento de 04/11/2008:

    Iniciou-se o atendimento com Terapia Holística. A reclamação inicial era relativa emocional e pressão alta. 
    Avaliação energética deu-se pela Radiestesia, surgindo desequilíbrios nos meridiano dos pulmões, fígado, vesícula, estomago, também os chakras: mamário, glandular (saída de energias exauridas) coronário, laríngeo, pulmonar, cardíaco e emocional (entrada de energias), sendo os pontos dos meridianos estimulados por massagens nas regiões indicadas pela holopuntura (pernas e braços) seguido de banho de luz e odomertia nos meridianos e chakras conforme acima cores utilizadas pela cromoterapia: Violeta, índigo, azul verde e amarela. Também foi feito odomertia de 3 minutos no coronário, 3 laríngeo, 3 pulmonar 3 cardíaco, 6 no emocional e 3 no imunológico.

    Foi indicado uso de alecrim (fitoterápicos) e psicoterapia.

    Ficha de Cliente  
    De Acordo com a NTSV - TH 003 
    Maurício Marcial de Araújo - CRT 43301 - Terapeuta Holístico

    E.G., 33 anos, sexo Masculino.

     
    Queixas principais: problemas de pele, intestino preso, irritabilidade, cansaço e ansiedade. Diz-se tranqüilo porem cansado e Alega que não tem como resolver o problema no serviço.

    Com pesquisa Radiestesica e confirmação com holopuntura, identifiquei os seguintes desequilíbrios: meridiano do coração, vesícula e do intestino grosso, pesquisa de chakras para o uso de odomertia, uso de fitoterápico e psicoterapia.

      

    Discussão:

    . Capítulo 7:
     

    A Radiestesia na busca da saúde holística:

     

    Alguns Autores restringe o uso da Radiestesia em agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água e outros.

    No meu caso a utilização da Radiestesia é uma ferramenta para o equilíbrio do Ser. Através do uso dela pesquiso: florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas e os resultados fascinantes.

     
     

    Conclusão:

     

    Criando assim uma equação de serviços elaborados, para se chegar ao melhor condicionamento físico, mental e psicológico, com a compreensão de vida em que se resolva o problema existente, como um todo sem transferência de culpa ou novas somatizações físicas. Visando sempre que o mais importante é justamente que o terapeuta holístico seja um catalisador para a busca do conhecimento e crescimento individual de cada cliente e não um apaziguador de um problema direcionado, principalmente porque quando um cliente nos procura ele não quer ser curado de doenças, para isto ele procuraria um médico e não um terapeuta holístico, ele está atrás é sim de uma qualidade de vida dele e dos que os cercam e um equilíbrio onde possa se sentir bem com ele mesmo e com o ambiente onde vive. Sentindo- se assim feliz e produtivo sempre!

      

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

     
    BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz - Um guia para a Cura através do Campo de Energia

    Humana. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    CANÇADO, Juracy Campos L.. Do-In: Livro dos primeiros socorros. 18 ed. São Paulo:

    Ed. Ground, 1994.

     

    EITEL, Ernest J. Feng-Shui - A ciência do Paisagismo Sagrado na China Antiga. Rio de

    Janeiro: Ed. Ground, 1985.

     

    GERBER, Richard. Medicina Vibracional - Uma Medicina para o Futuro. 12 ed. São Paulo:

    Cultrix, 1997.

     

    LAFFOREST, Roger de. A Magia das Energias. São Paulo: Ed. Siciliano, 1991.

     

    PENNICK, Nigel. Geometria Sagrada. Simbolismo e Intenção nas Estruturas Religiosas. São

    Paulo: Ed. Pensamento, 1980.

     

    RODRIGUES, António. Os Gráficos em Radiestesia. São Paulo: Fábrica das Letras, 2000.

     

    SIQUEIRA, Renato Guedes de. Cinestesia do Saber - Radiestesia e Radiônica, Expressão do

    Nosso Inconsciente. 2ª ed. São Paulo: Ed. Roka, 1998.

     

    TANSLEY, David V. Dimensões da Radiônica - Novas técnicas de cura. São Paulo: Ed.

    Pensamento, 1997.

     

    __________________. Chakras Raios e Radiônica. 9 ed. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    __________________. As Trajetórias dos Raios e os Portais dos Chakras. São Paulo: Ed.

    Pensamento, 1985.

     

    WATERS, Paul. A Huna Guide to the Pendulum. Princeville, Hi: Huna by Mail, 1996.

     

    WOODS, Walt. Letter to Robin - A mini-course in Pendulum Dowsing. 10th. The Print

    Shoppe,1996

    Autor: : Maurício Marcial de Araújo Terapeuta Holístico – CRT 43301
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    A RADIESTESIA, A RADIÔNICA, A GEOBIOLOGIA E A HARMONIZAÇÃO DOS AMBIENTES À DISTÂNCIA

    A RADIESTESIA, A RADIÔNICA, A GEOBIOLOGIA E A HARMONIZAÇÃO DOS AMBIENTES À DISTÂNCIA  

    Muriaé(MG)

    Maio/2011 

    NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA

    CRT 30758 TERAPEUTA HOLÍSTICA 

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2011 

                "Podemos aprender a sabedoria através de três métodos: primeiro, refletindo, o que é mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, pela experiência, que é o mais amargo".

    (CONFÚCIO) 

                Dedico este estudo aos incansáveis que na sua eterna pesquisa pensam que descobriram alguma coisa. Agradeço a Deus pela vida e pela consciência que tento centrar em mim. Ao SINTE pela oportunidade de externar minhas pesquisas e as minhas filhas pela paciência em tentarem me entender e me ajudarem. 

    SUMARIO 

    1- Introdução             07

    2- Material e metodologia                    08

    2.1- Material empregado          08

    2.2- Métodos realizados                                                                       08

    3- Vibrações energéticas do planeta terra                  09

    3.1- Esferas            10

    3.2- Micro e macrocosmos          10

    3.3- Luz            10

    3.4- Trevas                                                                                         11

    4- Linhas HARTMANN           12

    5- Linhas CURRY            13

    6- Polaridades            14

    6.1- Centros energéticos de ambientes        15

    6.2- Drenagem           15

    6.3- Capacidade vital - vibrações em ANGSTRONS                         15 

    7- Como proceder para harmonização                  15

    7.1- Impregnação            15

    7.2- Desimpregnação          16

    7.3- Remanência                                                                                  16

    8- Paralelo entre Geobiologia e Feng Shui                                                     17

    9- Exemplos de sucesso           18

    9.1- Procedimentos a observar                                                            19

    10- Resultados                                                                                                20

    11- Discussão                                                                                                  20

    12- Conclusão                                                                                                  21

    13- Referências bibliográficas                                                                      23 





    RESUMO 

    O importante desta vida é nunca se cansar de pesquisar, procurar descobrir caminhos novos, se não para os outros, pelos menos para aquele que procura e é por este caminho novo de HARMONIZAÇÃO DE AMBIENTES, aqui entendido como pequena área como a própria casa de morada, ou grandes áreas como um sítio ou fazenda, que resolvi me aventurar, visto que muitos clientes meus demoram mais a se harmonizar pelo simples fato de estarem em ambientes desarmonizados e isto pode e deve ser mudado, bastando boa vontade, estudo, ação e a ajuda da Radiestesia e Radiônica. Os gráficos da Radiônica e o rodar do pêndulo, seja no sentido anti-horário para tirar energias negativas, seja no sentido horário para colocar energias positivas, fazem acontecer resultados esplendorosos. 

    1. INTRODUÇÃO

    Geralmente, por volta dos sete anos de idade, diz-se que chegamos à "idade da razão", é quando começamos a perceber a realidade do mundo à nossa volta, e a medida que vamos vivendo e estudando, esta realidade vai se ampliando e nossa consciência sendo gradualmente alterada com a expansão, pressão energética e com as vibrações mais sutis. Além disso percebemos e assistimos muitas mudanças em nossos sistemas sociais, comerciais, industriais, religiosos e institucionais.

    Há  muito mais o que se descobrir no universo porque o que conseguimos ver e observar não passa de 3% e os 97% restantes permanecem ocultos para nós. Por isso, é importantíssimo o pesquisar, descobrir algo para melhorar o interior e o exterior. É necessário equilíbrio e harmonia para se ter uma vida plena de alegria e abundante de saúde. A nossa plenitude e força interior dependem das forças e energias da natureza, água, florestas, terra com todos os seres vivos visíveis e invisíveis.

    O ritmo de nossa vida espiritual, profissional e amorosa depende dos ritmos de nossa Mãe Natureza. Isto nos leva a estudar um pouco sobre ela. Nossa pele, ao contrário da maioria dos animais, ditos irracionais, não apresenta nada que a cubra como pelos espessos, couro, penas, nada. Por isso, a importância da proteção da "CASA". Nossa casa é nosso refúgio, nosso aconchego, nosso lar. Refletindo sobre este habitat chegamos à seguinte reflexão: o que torna uma casa doente, atraindo azar, brigas frequentes, traições, suicídios, maus negócios e acidentes? O que torna os lugares densos, os consultórios sem clientes, as lojas sem fregueses? O que causa a compulsão pelo uso de drogas e alcoolismo? E tal pedaço de estrada ser palco de frequentes acidentes com vítimas fatais?

    Há  estudos comprobatórios de que a maior parte das causas destes desconfortos todos são as energias negativas que fluem do subsolo, que entrelaçam no ar, que passam por nós, por nossas casas e terrenos, sítios, fazendas, deixam aquele desequilíbrio e nem percebemos. Neste estudo, vamos aprofundar um pouco sobre isto.

    Mas para que esta harmonização chegue é preciso que permitamos nossa conexão pessoal com o fluxo de bem-estar e com tudo que é absolutamente bom. A vida está sempre fluindo para você e através de você. O equilíbrio vibrátil consciente é nosso objetivo. 

    2- MATERIAL E METODOLOGIA  

    2.1- Material empregado

    • Plantas das casas;
    • Mapas dos terrenos;
    • Gráficos de Radiônica;
    • Pêndulos;
    • Cristais

    2.2- Métodos realizados

    Harmonização dos ambientes a distância usando os mapas e plantas baixas de casa.

    Quando um cliente está apresentando dificuldade de harmonização, mesmo nós terapeutas estando empenhados nisto, fazendo o melhor que podemos, notamos que o que está ocorrendo é uma desarmonia na casa deste cliente. Para termos sucesso neste processo, é necessário, portanto, partir para o estudo da casa dele. Para isto, é necessário trazer a planta baixa e nela vamos analisando junto com o cliente os pontos básicos:

    • Onde está sua cama?
    • Sabe onde passa a rede de esgoto?
    • E a parte hidráulica?

    Anota-se tudo na planta baixa e, a partir daí, vamos também pesquisando com o pêndulo:

    • Onde estão as linhas negativas?
    • Onde se cruzam?
    • Quais os pontos positivos e negativos?

    Depois de analisar tudo isto e marcar na planta, vai se proceder ao desbloqueio dos pontos negativos, com rotações do pêndulo primeiro no sentido anti-horário e depois no sentido horário, quantas vezes for necessário.

    Coloca-se a planta em cima de um gráfico da Radiônica que pode ser: Pantáculo, Escudo Protetor, Losango solar, Turbilhão com sol, Estrela (Pentagrama), ou outro que o pêndulo indicar.

    Nos pontos negativos coloca-se um cristal durante o tempo que o pêndulo determinar, geralmente um ou dois dias.

    Quanto à cama, coloca-se a cabeceira no sentido do Norte da Terra e se não for possível, coloca-se um gráfico voltado para o Norte debaixo da cama e energiza-se este gráfico com rotações do pêndulo pelo menos duas vezes por semana.

    Se for para estudar um terreno como lote urbano, ou sítio, ou fazenda, procede-se da mesma maneira:

    • Verificar onde estão as linhas de energia;
    • Onde estão os pontos positivos e negativos que é a polaridade;
    • Onde as linhas se cruzam?

    Feito este estudo, marcamos os pontos, vamos pendular em cima, primeiro no sentido anti-horário para retirar as energias negativas, depois no sentido horário para colocar energias positivas, tantas vezes ou tantos minutos indicados pelo pêndulo e colocar os cristais nos pontos negativos para maior êxito e inverter a polaridade.

    Pode-se também fazer o estudo da casa, ou terreno, "in loco" com o dual-rood para captar as radiações negativas, mas é muito difícil devido as grandes distâncias, por isso, prefiro fazer nos mapas e plantas porque as radiações não têm fronteiras. 

    3- VIBRAÇÕES ENERGÉTICAS DO PLANETA TERRA 

    A crosta planetária da terra é formada por partículas antes existentes na esteira horizontal solar, que se aglomeraram em uma de suas faixas magnéticas e se posicionaram na elíptica solar. As partículas se uniram de tal modo que geraram um grande atrito e se fundiram, tornando-se um núcleo com grande calor e uma pressão em direção à periferia e por estar em constante rotação, se resfria quando em oposição ao sol e se condensa, tornando-se a base da crosta em formação.

    Esta rotação faz receber a energia positiva do sol e a energia negativa do núcleo, obtendo como resultado, um ponto neutro que é a faixa que envolve o núcleo formando a crosta. A parte que é aquecida pelo sol libera grande quantidade de gases e a que não é aquecida libera os gases pelo calor do núcleo.

    A estabilidade da Terra girando se deve ao equilíbrio do peso de sua massa e a faixa magnética em que ela se encontra em torno do sol.

    A água é o elemento catalisador e homogeneizador dos elementos. A água é portadora e condutora do fluido vital, compatível ao sangue em um organismo humano. É vital tanto na superfície quanto nas entranhas da Terra. O planeta Terra é um organismo vivo, com todos os seus elementos e forças.

    3.1- Esferas

    Tudo o que existe no Cosmos tem como modelo matriz as esferas. Todas as energias são esferas que se movimentam, se interagem, se aglomeram formando planos dimensionais diversos que existem no infinito.

    Tudo se movimenta no sentido circular formando novas esferas que passam por transmutações e formam cadeias que se expandido e encontrando outras de polaridade oposta, se juntam, formando um sistema com forças equilibradas entre si, fechando em ciclo, que estará sujeito a outro ainda maior.

    As esferas são alimentadas por outras já formadas e possuem suas características próprias.

    Todos somos formados pelas esferas, somos únicos e alimentados pela mesma essência primordial em suas constantes mutações.  

    3.2- Micro e macrocosmos

    Há  uma correlação entre tudo no universo. O Microcosmos é igual ao Macrocosmos, aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo. Semelhança entre o superior e o inferior, porém em lados diferentes.

    O movimento da galáxia está correlacionado com o movimento do átomo.

    Os desequilíbrios estão correlacionados com os organismos desarmônicos.

    Os átomos dos corpos têm correlação na estruturação de suas matérias. Se não houvesse tal correlação, não haveria matéria. Vemos essa vibração pela movimentação das energias que comandam o espaço eletromagnético, propriedade etérico, invisível aos nossos olhos e aparelhos físicos.

    Os mundos etérico e eletromagnético são os responsáveis pelos comportamentos dos átomos dentro da matéria, proporcionando-lhes as devidas características.

    Observar a matéria sem considerar sua base etérica e eletromagnética é  não compreender seu fundamento e não saber o que ela é. 

    3.3- Luz

    A luz que é percebida pelos sentidos pertence aos corpos celestes de natureza polarizada e que é resultado de cruzamento de partículas energéticas que se cruzam em vórtices de velocidade crescente e promovendo dois movimentos distintos que são causados pela subdivisão das partículas em alta frequência microcósmica.

    É o que gera a luz, que se expande em movimentos opostos em todas as direções, gerando assim o movimento macrocósmico, por isso é que a luz está em toda parte. É uma energia de grande potencial eletrônico que faz vibrar qualquer substância que a reflita, passando de invisível a visível aos sentidos.

    O reflexo da luz nas partículas que formam outras substâncias causa o fenômeno conhecido como refração e tudo tem partículas, a luz é refletida em qualquer lugar, em qualquer direção, no universo todo. As Escrituras falam que Deus é luz e possui mil faces porque reflete nos dois sentidos, de fora para dentro e de dentro para fora, e é nos cruzamentos dos raios que derivam todos os corpos celestes no espaço infinito.

    Cada cruzamento entre os raios formará partículas diferenciadas que, por sua vez, preencherão todo o espaço que existe no quadrante em que se encontram, formando assim uma espécie de malha entre partículas menores, com partículas maiores, entre planetas e sóis e entre sistemas em escala infinita, até encontrarem finalmente consigo mesmas, portanto, despertando em si a consciência de que existe, por ser parte de um único sistema, e que existe porque é composto por alguma espécie de matéria e que esta matéria é composta de partículas de luz e energia. 

    3.4- Trevas

    Onde não há luz há treva. A luz cria os sistemas e as trevas dissolvem e renovam os sistemas obedecendo à lei dos ciclos: nascer, crescer, memorizar e transformar.

    A treva e a luz jamais se misturam porque se extinguem. A luz tem polaridade positiva e a treva, negativa. A luz é um ponto que se expande e se dobra procurando o outro lado negativo, formando, portanto, uma esfera que torna a se expandir e formar novas esferas e tudo que existe, acabando com as trevas e neste centro é gerado um sol que impulsiona o crescimento constante.  É o ser e o não ser.

    As trevas são um "nada" enquanto não polarizar com a luz, é uma energia em potencial. E o nada é o limite entre o que existe e o que está por existir. Muito há de se estudar para se obter maiores esclarecimento sobre as diversas frequências da luz, sobre como aproveitar a energia contida no próprio ar, ou no éter, promovendo a aceleração de elétrons sem o emprego de força motriz. As trevas darão lugar à luz com a evolução dos sentidos e da inteligência humana. 

    4- LINHAS HARTMANN 

    As Linhas HARTMANN são quadriculados telúricos, comprimidos em malhas que encontram-se por toda a superfície da Terra. Na década de 50, o Dr. Ernest Hartmann descobriu uma rede energética que é responsável por um fenômeno conhecido como "tensão geopática" que pode provocar, quando em desequilíbrio, vários outros desequilíbrios na pessoa deixando esta pessoa desequilibrada em diversos aspectos.

    As nocividades do magnetismo terrestre são carregadas por estas linhas conhecidas como "linhas Hartmann". As linhas Hartmann se cruzam, formando como uma rede, uma grade, em volta da terra e não são fixas, são flutuantes, sendo assim, de dimensões relativas. Há variações de um lugar para outro. Indo na direção do Equador, estas distâncias aumentam. Vejamos: 1,80 m a 2,30 no sentido NORTE/SUL; 2,50 m a 3,20 no sentido LESTE/OESTE.

    As linhas Hartmann se intensificam a cada 9 m. Também elas se cruzam e este ponto de cruzamento é chamado de Ponto Geopático. Ao todo, são conhecidos 4 cruzamentos por retângulo.

    Para se ampliar os conhecimentos destas linhas sobre o solo, foram necessários muitos estudos de cientistas de diversas áreas, como Geofísica, Hidrologia, Geobiologia, Microbiologia e Bioeletrônica. Esses geobiologistas estabeleceram relações estreitas entre a presença das ondas nocivas e seus efeitos sobre o ser vivo.

    "Se um bebê for colocado num berço sobre uma linha Hartmann, ele chorará feito louco! Quando você muda o berço de lugar, o bebê para de chorar" (Dr. HARTMANN).

    Certa vez, um cavalo foi colocado em cima de uma linha Hartmann, toda noite. Um ano depois, ele estava cego.

    Observação: falhas geológicas, veios d'água, redes de esgoto, podem intensificar o efeito nocivo de uma zona geopática.

    Ao aproximarmos a mão de uma linha Hartmann, podemos no campo, sentir cócegas ou quase uma câimbra que sobe pelo braço e vai incomodando.

    RESUMO DA REDE HARTMANN

    • Envolver a terra;
    • Padrão: rede de pescador;
    • Fluxo do Sul para o Norte e do Oeste para o Leste;
    • Medidas: têm em torno de 50 cm de largura, altura de 18 a 108 metros. Por penetrar tudo em seu caminho, até os moradores de um último andar de um prédio são afetados por ela. As linhas são mais intensas à noite, mas não se detectam em noites de lua cheia. Sua intensidade é maior no verão do que no inverno.

    Variações já estudadas na apresentação da Rede Hartmann:

      1. A meteorologia;
      2. A natureza do solo;
      3. O clima;
      4. A irradiação cósmica;
      5. As induções artificiais geradas pela indústria no ar e no solo.

    5- LINHAS CURRY 

    Dr. Curry, pesquisador, médico e investigador alemão, começou a estudar as Redes Hartmann e chegou à conclusão de que havia também as linhas diagonais entre as linhas paralelas estudadas por Hartmann. Chamou estas diagonais de Linhas CURRY e pelas pesquisas constatou que elas são mais nocivas que as outras. A parte mais forte são os pontos de cruzamento que possuem efeitos de carga ou descarga.

    A Rede Curry tem uma frequência vibratória mais baixa que a Rede Hartmann e age no psiquismo humano de uma forma ativa e determinante. A polaridade "positiva" nos traz a sensação de conforto, a polaridade "negativa" afeta o nosso estômago com frio e desconforto muito forte. Os raios telúricos que formam a rede Curry (0,50 m) são alternadamente positivos e negativos e seus pontos de cruzamento também o são.

    As casas podem matar?

    "Sua casa é cercada por múltiplos campos de energia; você é separado de sua casa, sua casa tem vida, tem consciência" (DENISE LINN).

    Existem muitas casas e apartamentos que prejudicam, e muito, quem reside nelas. Isto, por quê? Podem ser várias causas, como pedras, paredes, radiações telúricas, raios cósmicos e todo e qualquer tipo de influências específicas dos materiais agregados que podem gerar "ondas de formas", remanescências de antigas maldições registradas em suas paredes, ou terrenos. Estas e outras causas podem fazer de sua casa uma inconveniência para você.

    6- POLARIDADES 

    Em tudo o que existe há dois polos: o positivo e o negativo e isto é a Lei das Polaridades existentes dentro da energética. Um núcleo divide seu espaço esférico com a sua devida contraparte e isto gera as polaridades positivo-negativo (+ e -), sendo que isto gera uma linha alternada em um eixo horizontal que chamamos linha do Equador, esta linha é chamada de Zona Neutra.

    A Lei da Polaridade estabelece as ordens de comportamento dos átomos das substâncias que compõem a matéria. É a Lei de Sustentação da matéria, onde o Duplo Etérico interage nos campos eletromagnéticos. É a composição dos pólos em qualquer objeto criado, desde os homens, animais, plantas, etc. A dualidade é igual à polaridade, onde a criação sustenta as forças opostas fundamentadas na formatação das substâncias e circunstâncias da vida.

    Quanto às pessoas, elas não são igualmente polarizadas. Segundo Frei Benoit Padey, a polaridade humana depende menos de um estado nervoso que de um estado anatômico. Segundo este estudioso, se a espinha dorsal estivesse mais simétrica, ele perceberia mais as radiações e polaridades.

    Método de René Lacroix para saber as polaridades humanas valendo-se de um pêndulo neutro:

    Mulher - polaridade normal - girações no dorso da mão direita e palma da esquerda; oscilações no dorso da mão esquerda e palma da mão direita.

    Homem - polaridade normal; oscilações no dorso da mão direita e na palma da mão esquerda. Girações no dorso da mão esquerda e palma da mão direita.

    Como se vê, a polaridade feminina é o inverso da masculina.

    Existem também as polaridades invertidas. Se uma mulher tem polaridade invertida, ela não se dará bem com um homem normal, só com um de polaridade invertida. Assim: + x + = + ou - x -  = + e inversamente: - x + ou + x - = -

    Isto também existe nos terrenos e nas casas. É preciso saber os pontos de polaridades. Quais os pontos negativos quais os pontos positivos no solo e depois de determinar pelos mapas e plantas, vai se colocando energias com rotações do pêndulo. Se tem energia negativa, roda-se o pêndulo anti-horário e aí vai se tornar positiva. Se é um ponto positivo, roda-se o pêndulo no sentido horário, vai-se potencializar esta energia positiva. 

    6.1- Centros energéticos de ambientes

    Em todos os ambientes há os centros energéticos. São os chackras da terra, estes pontos, onde a energia é mais atuante. Por isso, através da polaridade, determinando os pontos negativos e positivos e equilibrando-os com as rotações do pêndulo e colocando estes mapas e plantas da casa em cima dos gráficos de Radiônica, vamos harmonizando os ambientes, tornando-os mais agradáveis, saudáveis para se viver e mais comerciais também.

    Se você estiver pensando em se mudar para uma casa ou apartamento novo, verifique com o pêndulo a polaridade: negativo-positivo do local e veja se é bom para você e sua família tal mudança. Pergunte ao pêndulo: Em uma escala de 0 a 10, devo morar no endereço X? Um 9 ou um 10 indica um lugar positivo para se viver. O campo energético das pessoas é diferente, das casas e apartamentos também. Se não há compatibilidade, você não mudando, poupa tempo, energia e dinheiro. 

    6.2- Drenagem

    É necessário determinar os pontos de drenagem que são pontos de coletar água de chuva, a boca aberta do universo, não mexer. 

    6.3- Capacidade vital - vibrações em ANGSTRONS

    Os pontos energéticos vibram positivamente depois de equilibrados. Então marca-se no mapa ou planta quais os pontos de maior vibração energética na escala de ANGSTRONS e se liga com o lápis os pontos mais energizados aos pontos menos energizados para um maior equilíbrio do ambiente. Esta vibração energética é um meio de prevenção de aparecimento de desequilíbrios aumentando a qualidade dos solos. 

    7- COMO PROCEDER PARA HARMONIZAÇÃO 

    Há  vários métodos para se harmonizar casas e terrenos. Eu uso o método das rotações do pêndulo, além dos gráficos e cristais. 

    7.1- Impregnação

    Impregnar é o conjunto de radiações de um corpo que pode se implantar em outro. Os corpos metálicos e os radioativos possuem o maior poder de penetração pelas suas radiações. Pode também este fenômeno não se realizar devido à neutralidade de um dos corpos em contato, sendo o suporte em particular.

    Quando se está trabalhando num mesmo ambiente, numa mesma mesa ou cadeira, mudando-se apenas os corpos pode acontecer a impregnação.  São muitas as circunstâncias que ocasionam a impregnação dos objetos nessas circunstâncias de manipulações, e isto pode levar o operador a erros. 

    7.2- Desimpregnação

    A fim de evitar os erros causados pela impregnação, é necessário que seja feita após cada operação ou experiência, e antes de iniciar outra, a desimpregnação dos objetos possivelmente impregnados. Para isto, empregam-se meios tirados do magnetismo: sacudir com energia as mãos, dirigindo os dedos para o chão, soprar neles, fazer fortes aspirações profundas, tocar o chão com a mão que sustenta o pêndulo e friccionar as mãos uma na outra; colocar durante alguns instantes o pêndulo em contato com o chão. Valer-se de um bastão de enxofre como corpo aspirador de ondas residuais.

    Para descarregar um lugar, uma mesa, uma sala, emprega-se com êxito o giro do pêndulo em sentido horário muitas vezes, onde o dual-rood assinalou que existem energias desarmônicas.

    Se você trabalha com mapas e planta baixa de residência, é  recomendável colocar três folhas de papel em branco entre elas para não haver impregnação de umas energias em outras. E quando for começar o estudo de cada uma delas, perguntar ao pêndulo se tem impregnações de outro ali. 

    7.3- Remanência

    As radiações dos corpos se dirigem de todos os lados e em todas as direções, sem, contudo, se misturarem porque se assim não fosse não teríamos a possibilidade de sua captação, mas estas radiações não deixam de impregnar os objetos ou outros corpos com que, mesmo por um certo espaço de tempo, se acham em contato. Essa impregnação conserva-se por algum tempo e em função da massa do corpo depositado e da duração do contato. Então, quando se retira o objeto ou o corpo, há a "remanência", devido à impregnação do suporte, remanência que permanece durante quanto tempo durar a impregnação, que pode ir de meia hora até algumas horas seguidas.

    Assim, durante este período, pode ocorrer captação do corpo que estivesse aí, e se colocado outro corpo, pode-se confundir umas com outras, as radiações. Para evitar confusões, há de se desimpregnar o lugar, o suporte e as mãos do operador, depois de um estudo e antes de outro. Para saber se existe a remanência, coloca-se o pêndulo acima do mapa e não precisa perguntar nada, o pêndulo para se há remanência e se não há, ele gira, então pode-se começar o estudo. 

    8- PARALELO ENTRE GEOBIOLOGIA E FENG SHUI 

    Muitas são as pessoas que podem achar que a Geobiologia e o Feng Shui são muito parecidos e até mesmo iguais. Porém com esse paralelo, podemos analisar que possuem suas peculiaridades, mesmo com alguns objetivos que possam ter semelhanças.

    A Geobiologia estuda as formas de contaminação do equilíbrio de vida humana, como radiações cósmicas e gases emanados do solo. Como não poderia deixar de ser, ela se preocupa com o efeito exercido pela explosão tecnológica que vivemos nos últimos anos e que hoje é seu maior campo de pesquisa. Um de seus principais objetivos é, portanto, investigar quais são os custos, além dos monetários, que estamos pagando pelo "conforto" advindo dos novos aparelhos e usos da eletricidade e das radiações de microondas, bem como dos materiais de construção modernos. O que se busca é a utilização saudável dessa tecnologia.

    Pode-se traduzir literalmente a expressão Feng-Shui como Vento e Água. Esses dois elementos representam a interação, o caminho e o movimento da energia vital nos ambientes a serem estudados. Sendo o que o vento transporta e a água armazena a energia vital.

    O Feng Shui estuda a distribuição dos objetos no ambiente, além da disposição, do arranjo, da estruturação, da cor e da forma das estruturas arquitetônicas. Ao indivíduo é permitido fazer arranjos ideais, no tempo e no lugar ideais, a partir da perspectiva do folclore, do talento artístico e da crença religiosa. Portanto, o principal objetivo do Feng Shui é expelir a negatividade e dar passagem ao que é favorável, ao mesmo tempo que alcança um estado de longevidade e prosperidade.

    Embora ambas as ciências busquem um objetivo em comum, que é tornar um ambiente harmonioso e saudável, sua meta é sempre equilibrar o Céu e a Terra, gerando, assim, um canal de manifestação da vida. No princípio ambas logravam com facilidade esta façanha, mas, a Geobiologia focou mais a Terra e o Feng Shui se sintonizou mais com o Céu, de modo que, hoje, podem ser consideradas ciências complementares.

    O trabalho da Geobiologia ganha mais movimento e suavidade quando acompanhado por uma boa consultoria de Feng Shui, ao passo que uma harmonização feita seguindo os parâmetros chineses se beneficia de solidez e ancoramento quando complementada por uma prospecção geobiológica. Fazendo uma comparação grosseira, é como se a Geobiologia estivesse para o Feng Shui assim como a Engenharia está para a Arquitetura.

    Através da Geobiologia, o fluxo do Chi é aumentado e dinamizado em um local e, logo depois pode ser otimizado e trabalhado pelo Feng Shui na forma dos Cinco Movimentos da Energia. Terra, Fogo, Metal, Água e Madeira são aspectos da energia Chi, composta pelo Yin e Yang que devem ser harmonizados e para isto são utilizadas as técnicas do Feng Shui. O ambiente estando assim harmonizado, pode acontecer de a pessoa que está ali, não sentir-se bem por causa do cruzamento específico de linhas e águas prejudiciais àquela saúde, portanto, é preciso buscar um ponto neutro dentro dessa área para a pessoa sentir-se em harmonia, tanto com o céu quanto com a Terra.

    Nossa pesquisa é harmonização de ambientes e pessoas neste ambiente, por isso tentamos nos empenhar em descobrir como a Geobiologia e o Feng Shui podem se completarem sem se prejudicarem. E que tenhamos humildade suficiente para entendermos que não sabemos quase nada, é preciso muito estudo, pois estamos tratando de energias da Terra, da Pessoa e do Céu. 

    9- EXEMPLOS DE SUCESSO 

    a) Começaram a construir um shopping, onde passava um córrego, cujas águas estavam poluídas por descargas de esgotos in natura provindas de três bairros, canalizaram o córrego, tiraram a água das terras em volta, fizeram um ótimo serviço de dragagem das águas, e do local, deu muito trabalho. Resultado: ficou linda a construção, mas não agradou a ninguém, todas as lojas vendidas perderam o preço, houve muito prejuízo e nada ali ia para a frente, até que consultaram um especialista de energia que mandou colocar gráficos diversos nas lojas em locais pouco visíveis como porta dos banheiros e copas-cozinhas, também mandou instalar uma pirâmide no sentido Norte Sul no terraço. Só assim começaram a alugar as lojas e melhoraram o movimento.

    b) Um terreno para ser vendido que não encontrava comprador, de jeito nenhum, apesar da boa localização e preço compatível com o mercado. Foi estudado e notou-se que logo no começo do terreno havia linhas negativas fortes o que não deixava ser vendido, loja nenhuma dava certo ali. Foi feita a harmonização com gráficos, pedras e rotações do pêndulo. Na outra semana já encontrou comprador, pelo preço certo.

    c) Um sítio onde se construiu uma casa haviam cupins atacando as portas e janelas de madeira, mesmo estas sendo novas, tinham sido trocadas. Após estudo, constatou-se que as energias negativas atravessavam a casa em vários lugares. Procedeu-se a harmonização através dos gráficos, cristais, rotações do pêndulo e os cupins sumiram, não precisando mais trocar as madeiras.

    d) Uma casa onde todos: pai, mãe e dois filhos viviam brigando sem motivo. Após estudo constatou-se que havia antes ali, onde agora é a cozinha, uma cisterna profunda e uma fossa, onde agora é o quarto. Muitos gráficos, cristais e rotações do pêndulo e a harmonia entre eles voltou a reinar. 

    9.1- Procedimentos a observar

    • Telhados com forma positiva são aqueles que apontam para o infinito como uma pirâmide;
    • Telhados com forma negativa são os retos e convexos para baixo como um U;

    Evite:

    • Fechar chaminés, nichos, orifícios de ventilações e todos os tipos de passagens feitas de alvenaria;
    • Construir um quarto ou uma sala em cima de locais que emitem ondas nocivas como cano de esgoto;
    • Muitos aparelhos no seu quarto, quanto menos, melhor;
    • Destruir a harmonia geométrica de seu telhado;
    • Morar em prédios antigos sem reformas;
    • Lugares onde o sol não penetre;
    • Evite áreas onde o nível de barulho ultrapasse os limites permitidos.


    10- RESULTADOS 

    Em todo estudo, é necessário, muitas vezes, a repetição das experiências para se proceder com exatidão a observação das radiações existentes em determinado lugar, portanto, um principiante pode enganar-se em uma primeira experiência, daí a importância da repetição. Observar bem para partir para a ação.

    Em dez casos estudados com bastante firmeza e determinação, notou-se o seguinte resultado em:

    • Duas casas, a harmonia entre os familiares foi restabelecida;
    • Dois terrenos foram vendidos pelo preço certo e em pouco tempo;
    • Dois sítios foram harmonizados voltando a produzir mais café e milho;
    • Duas hortas produziram melhor e mais verduras;
    • Os cupins de uma casa acabaram;
    • O telhado de uma casa foi modificado e a dona conseguiu ficar livre de um desequilíbrio sério.

    11- DISCUSSÃO 

    Hoje sabemos que o que conhecemos é muito pouco em relação às energias. Energias que fluem abaixo de nossas casas, ao redor delas e dentro delas. As ondas de energia são invisíveis e estão presentes em todos os lugares. Algumas são benéficas e nos desarmonizam, são as ondas nocivas. Ondas nocivas são anomalias do subsolo, de correntes telúricas, ou de causas diversas, transmitidas por ondas portadoras igualmente propagadas pelo subsolo. Produzem danos no físico, psíquico, vitalidade, comportamento, humor, a sorte e o destino dos homens e mulheres viventes.

    As emanações destas ondas nocivas podem ser de natureza elétrica, eletromagnética ou até radioativas. Os locais que sofrem a influência destas emanações conhecidos como "Zonas Geopáticas" devem ser evitados.

    O homem é constituído por vários corpos sutis imersos em planos vibratórios. O funcionamento deste computador humano é um milagre de equilíbrio instável. Esta máquina mágica é gigantesca, portanto, é propensa a sofrer incidentes que podem tanto ser exteriores como interiores.

    Nós não podemos frear o desenvolvimento tecnológico e achar que antes sem estas transformações é que era melhor de se viver. Vamos nos adaptar a este modo atual tomando algumas providências que nos protegem de extremas radiações dos aparelhos modernos:

    • A cama deve estar afastada dos aparelhos elétricos ou eletrônicos pelo menos 1,4 m, bem como não é aconselhável dormir com celular ou telefone sem fio sobre a cama;
    • Mudar constantemente de ouvido ao falar ao celular;
    • Sempre que possível, utilizar o celular, onde estiver correndo o ar;
    • Despluque os aparelhos da parede quando for dormir, se possível;
    • Dê intervalos quando no uso do computador;
    • Nos quartos, evite lâmpadas fluorescentes;
    • Se estiver a sua casa frente a um transformador de energia, na rua, não durma no quarto em frente para ele sem antes usar gráficos na janela ou cortiça nos vidros;
    • As plantas dentro e fora das casas atuam como ajudantes da harmonização;
    • As camas metálicas e colchões com molas favorecem a desarmonia e insônia.

    Muitos desequilíbrios nas pessoas são devido a exposições variadas a campos eletromagnéticos pouco estudados, o que impulsiona a nós terapeutas maiores pesquisas e dedicação. 

    12- CONCLUSÃO 

    Pessoas harmonizadas em ambientes igualmente harmonizados é o nosso objetivo último e primeiro. Neste estudo nos dedicamos aos ambientes tanto pequenos quanto grandes e para se determinar o que é possível fazer precisamos usar da Observação e Prospecção.

    A observação consiste em observar um terreno pelos indícios que a própria natureza oferece através dos vegetais e animais.

    Vegetais: posicionamento das árvores e plantas inclinadas para uma determinada direção indicam que elas tentam fugir de uma zona bastante alterada, principalmente por cursos d'água subterrânea. Neste local, não se pode construir quartos e escritórios, só corredor e área de pouco movimento; é área ideal para um poço artesiano.

    As hortaliças e as árvores que geram frutos delicados são muito sensíveis às radiações telúricas, deste modo quando existe uma concentração destes vegetais, aquela área tem grandes chances de estar relativamente equilibrada. 

    Se existem ervas daninhas em um local indica alterações de subsolo exatamente abaixo delas. Ao se plantar algo e não crescer pode indicar uma zona de alteração geobiológica. Falhas geológicas provocam más formações nas árvores e muitas pragas.

    Animais também nos indicam áreas específicas: os currais, no interior, são construídos onde o gado se reúne naturalmente para dormir e é  sabido que o cão busca lugares "bons" para dormir e o gato busca os "maus". Aqui, "bom" e "mau" é relativo. E para aproveitar-se estas linguagens, devemos utilizar o lugar do cachorro para dormir e do gato para cavar um poço, já que naturalmente se situa sobre um cruzamento de águas, podendo variar.

    Onde existem abelhas, formigas e cupins indicam zonas de falhas e águas subterrâneas com cruzamento de rede bastante ativos, e a vitalidade terrestre está bem falha. Os pássaros, geralmente quando livres, costumam fazer seus ninhos em locais considerados livres e bons. Além da observação, também é necessária a Prospecção que é o estudo das linhas Hartmann e Curry, bem como as águas subterrâneas e as falhas geológicas.

    É necessário estudar bastante os mapas, as plantas, selecionando os itens, um de cada vez, para assim que for determinado procurar através dos gráficos, das pedras e do girar do pêndulo, tentar harmonizar estes efeitos para se conseguir um equilíbrio razoável. Tudo isto sem preconceitos, porque se deixarmos os preconceitos agirem teremos a visão estreitada, as percepções diminuídas e as informações deformadas, ocasionando distúrbios.

    Todos e cada um de nós possuímos esta capacidade de sentir as energias, o que precisamos é confiar em nós mesmos, termos perseverança sempre para alcançar as metas a que nos propomos, e aí seremos como os druídas antigos que só tendo sua percepção corporal, utilizavam-na de tal maneira acertada que conseguiam fazer fluir a energia sobre a Terra, utilizando grandes pedras em vários pontos e dinamizando com formas específicas (acupuntura da terra).

    Urge que pesquisemos e trabalhemos para esta harmonização dos ambientes e da Terra porque o nosso tempo é hoje e agora! 

    13- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

    HICKS, E.; HICKS, J. O extraordinário poder da intenção. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

    HOR, A. Universo - Como tudo começou. São Paulo: Robe Editorial, 2002.

    NIELSEN, G. Além do poder dos pêndulos. 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 1988.

    PIETRO, N.S. Feng Shui - Harmonia dos espaços. 5.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2000.

    PIRES, A. L; SAEZ, J. Geobiologia - A arte do bem sentir. São Paulo: Triom, 2006.

    SAEVARIUS,E. Manual teórico e prático de radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998. 

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA CRT 30758 TERAPEUTA HOLÍSTICA
    Última atualização: 03/06/2011 10:01


    Tratamento Através da Radiestesia e Radiônica

    Tratamento Através da Radiestesia e Radiônica

    Tendo em vista o perfil individual do cliente determinado pelos cinco movimentos chineses e meridianos

     

    Maurício Marcial Araújo
    TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 43301

     

    Só aquele que governa a si próprio pode governar os outros. Só aquele que é livre pode libertar. O Homem é feito de luz e a Luz é do Homem. Será difícil a transmutação do indivíduo? É difícil ser bondoso, compassivo, amar, trabalhar, construir e criar um mundo cada vez melhor? A dificuldade é que temos uma natureza dualista. Deus e Lúcifer, ambos estão em cada um de nós. Este confronto entre glorificação amorosa e egocentrismo destrutivo é que nos obriga a usar o livre arbítrio. Se não tivéssemos que optar sempre entre o bem e o mal não haveria degraus a subir em nossa eterna viagem para o Criador. Em certos estágios, devemos dar um salto e transmutar nossa alma. Como? Amando sem restrições. A energia da vida, a energia cósmica, faz o resto.

    THOTH (50.000 a.C. d.C.)

     

     

    SUMÁRIO

     

    RESUMO.............................................................................................................2

    INTRODUÇÃO.............................................................................................................2

     

    1 MATERIAL E METODOLOGIA...........................................................................3

     

    1.1  Material empregado...............................................................................................3

     

    1.2  Métodos.................................................................................................................3

     

    1.2.1     Estudos de pessoa presente...............................................................3

     

    1.2.2     Estudos de pessoa Ausente......................... ................................................4

     

    1.3  Para apreciação e conhecimento.....................................................................................................5

     

    2      DISCUSSÃO............................................................................................................6

     

     

    CONCLUSÃO.............................................................................................................7

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................8

     

    RESUMO

    Depois de tanto tempo começamos enfim, a descobrir que somos seres Bioenergéticos, ou seja, Magnético elétrico e que todos os desequilíbrios, dores e forma pensamentos nada mais é que energia concentrada; e que existe varias maneiras e técnicas holísticas de retirar ou mesmo inverter estas energias estagnadas. Estou aqui para demonstrar através da radiestesia e Radiônica como  identificar, neutralizar e modificar estas energias estagnadas.

     

     

    INTRODUÇÃO

    Quando fui a São Paulo no congresso do SINTE pela primeira vez, Henrique, Presidente do SINDICATO, fez uma colocação sobre qual a função de nossos trabalhos. Elucidou-nos que para ser terapeuta holístico a pessoa tem que se gostar e gostar muito de ajudar a outras pessoas. Reforçou que se nós não tivermos a intenção pura e verdadeira de ajudar certamente não seremos bons Terapeutas Holísticos e estaria na profissão errada.

    Então, vejo no passar destes anos, Clientes desequilibrados, com parasitas da energia vital, meridianos e cinco movimentos Chineses precisando de energização e desbloqueios. Quero compartilhar com vocês essas Técnicas e propor uma nova visão e meios de equilíbrio através da Radiestesia. Que possamos repensar sobre essas questões: isto não estaria acontecendo justamente neste momento em especial para nós; profissional pensar em executar este trabalho PARA o próximo com a melhor das intenções, com mais uma ferramenta importante para equilibrada e trazer de volta a qualidade de vida desejada pelos nossos clientes.  E o mais importante com a CONSCIÊNCIA de que está trabalhando com o amor e intenção de melhorar a vida dele.

    Tudo no universo é energia e essa energia não morre ela é sim transformada e acredito que não existem benefícios e prosperidades sem troca desta energia, o grande PRESENTE para a nossa profissão é justamente procurar encontrar juntos com nossos clientes um  ambiente melhor para nós,  nossos clientes, crescimento e maturidade pessoal, adequação mais tranqüila na sociedade porque uma relação de riqueza não se baseia apenas no VALOR enquanto espécie monetária, cédulas, ele é muito maior, se conseguimos enxergá-lo.

    Com isso descobrimos uma melhora do Universo em que vivemos  com seres que entraram em contato com este NOVO SER equilibrado e cheio de propósitos novos.

    Para ajudar o próximo precisamos acima de tudo de amor, coragem e sensibilidade. As mudanças chegam de forma sutil, em pequenas doses... 

    Qual é o objetivo de um terapeuta Holístico? Qual é a sua proposta verdadeira?

    Pensem, quantos terapeutas holísticos morreram no passado ou foram presos, sozinhos sem ajuda e comprometimento do próximo apenas lutando por uma causa altruísta. Estamos no momento em que existe um sindicato forte e com pessoas querendo nos ajudar a erguer o nome de Terapeuta Holístico e colocá-lo no lugar que os do passado, presente e do futuro merece.. Por que então não nos unirmos com um só propósito que é de ajudar o outro, trocar idéias, experiências, informações e fundamentalmente lutar juntos por interesses que são coletivos, diria ainda que seja de todos.

    Pense sempre no próximo sem esperar recompensas, pois a recompensa verdadeira e concreta está intimamente entrelaçada com a nossa INTENÇÃO VERDADEIRA. E esta resposta, como o nosso tratamento, é sutil e fortificada, sendo apenas questão de tempo.

    Não se recebe energia tipo "A" emanando energia tipo "C", o aspecto energético depende da purificação e troca e isso só acontece com mudanças na ação e paciência. Não conseguiremos chegar a ser o que queremos sozinhos, dependemos da energia do outro e só receberemos a energia "A" se tratarmos com Amor ao próximo, isso é troca.

    1 - MATERIAL E METODOLOGIA

    1.1 Material empregado

    • Pêndulo;
    • Ficha de cliente;
    • Pasta com Gráficos de radiônica encontrados no livro A Radiestesia em Terapia Holística (informações no SINTE);
    • MAPA DOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES como o fornecido pelo SINTE;
    • Mapa de Holopuntura fornecido pelo SINTE;

     

    1.2 Métodos

    1.2.1 Estudo da pessoa presente.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente.

    1.2.1 Estudo da pessoa presente

    • Pede-se que o Cliente relaxe e deite na maca;
    • Preencha a ficha do cliente com as informações necessárias para a investigação com o uso do Pêndulo (Radiestesia);
    • Se pega o pêndulo e coloque-o no ponto zero e começa-se a passá-lo pelo corpo do cliente a uma distância de mais ou menos quinze centímetros do corpo na altura do coração, pulmões, baço e pâncreas, rins e fígado etc... No local onde houver predominância da energia estagnada, o pêndulo oscilará em rotações afirmativas seguindo sentido horário;
    • Obtida as respostas afirmativas, anotam-se na ficha do cliente os pontos de desequilíbrio e consulte ao cliente se sente dores ou incômodos no local;
    • Segue-se o atendimento com o uso da Odomertia equilibrando e desbloqueando os chakras de entrada e saída que estiverem desequilibrados;
    • Pergunta-se ao pêndulo quantas voltas ou quantos minutos são necessários para se restabelecer a harmoniae o equilíbrio dos chakras que necessitam da Odomertia;
    • Segue-se o atendimento com o uso do pêndulo para a identificação dos cinco movimentos chineses desequilibrados e o movimento individual do cliente sobre as seguintes partes do corpo: uns três dedosacima da mama esquerda (Coração) - movimentoFogo, no meio do peito- movimento Metal, baço e pâncreas - movimento Terra, rins- movimento Água e fígado- movimento Madeira;.
    • Pergunta-se ao pêndulo quantas voltas ou quantos minutos são necessários para se restabelecer a harmonianaquele Movimento e com o Pendulo girando no sentido horário faça a Odomertia para o equilíbrio do movimento.
    • Próxima etapa é verificar se o cliente encontra-se com Parasitas da energia vital, qual tipo de parasitas e recomendar a melhor forma para a eliminação dos mesmos.
    • Próxima etapa é verificar se algum meridiano se encontra bloqueado no momento e usar técnicas diversas como cromoputura, cromoterapia, Florais, Fitoterápicos etc..
    • Pergunta-se ao pêndulo se são necessárias outras sessões, caso positivo, informa-se ao cliente;
    • Verificar se o cliente necessita do uso da Psicoterapia Holística e ACONSELHAMENTO adequado.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente

    Sabendo-se que os corpos humanos por ser Bioenergético emitem radiações energéticas distintas e peculiar podemos através do uso de testemunhos captarem a freqüência energética de cada cliente como se fossem uma captação de rádio, ou seja, única.

    As células do corpo estão compostas por um núcleo atômico e elétrons e como se compusessem uma central elétrica comum com um sistema bioelétrico circular central que não depende do sistema nervoso central. Se este sistema se altera, chegam-se-se a mudanças morfológicas na célula e, por conseqüência, a desequilíbrio ou dano contínuo do órgão afetado ou os órgãos afetados.

    Quando se cria novamente o potencial enérgico da célula, a "central elétrica Homem" está em equilíbrio de novo. O desequilibrio e a dor desaparecem.

    Muitos estudiosos como o Abade Bouly e outros radiestesistas em suas experiências captaram as radiações de seres infinitamente pequenos como os microrganismos dentro de um organismo. Estas radiações são de uma sutileza grande.

    Chamamos de Radiônica a arte que nos permite  perceber e captar as radiações dos corpos e das matérias a distâncias pequenas ou grandes, utilizando mapas, croquis, fotos, etc.

    Mesmo dentro da Radiestesia, há os céticos que duvidam desta captação.

    O retrato ou foto é uma transmissão vibratória da luz, vinda do corpo fotografado diretamente no filme que captou, condensou e transmitiu as vibrações emitidas pelo corpo.

    Para as vibrações ou radiações que expelem os corpos, não há obstáculos nem distâncias. O tempo e o espaço não existem e como a força de penetração é muito grande, abre passagens e segue adiante.

    Estas radiações são perfeitamente percebidas quando o radiestesista regula e acorda o seu sistema receptor (sistema nervoso) com o comprimento das ondas que a foto ou mapa emite.

    Não há uma explicação formal e científica que possa satisfazer, mas sua exatidão é certa.

    Essas emissões de radiações embora já existissem desde a origem do mundo, somente no século XX, foi possível organizar uma disciplina para estudá-las cientificamente.

    Os animais, sendo animais, não precisaram esperar até o século passado para detectá-las e tirar proveito delas para a sua vida. O sistema nervoso da abelha, organizado para vibrar a uma freqüência determinada, desde sempre soube sentir as flores melíferas a uma grande distância, e captar radiações características da colméia materna.

    Foi demonstrado que as flores melíferas têm exatamente a mesma freqüência vibratória da abelha. Maravilhas do instinto e, sobretudo, maravilhas do Criador.

    Não há dúvida nenhuma que o instinto guia os animais com mais segurança que a inteligência humana, mas é certo também que o cérebro humano tem mais capacidade do que qualquer animal.

    Os animais só detectam as ondas que lhes são essenciais para a vida e para preservar a espécie, e nosso cérebro é como um receptor que detecta e amplia qualquer tipo de onda.

    Detectar uma radiação é por o cérebro em ressonância com um comprimento de onda, escolhido propositalmente, em vista de algum interesse.

    É necessário encontrar um meio de sintonizar somente as ondas do objeto que nos interessa e deixar de lado todas as outras radiações, estabelecendo assim a seleção.

    Cuida-se da pessoa ausente como se cuida da presente, só diferenciando ser a foto ou figura e não o corpo material. Interessante é que esse tipo de terapia pode ser utilizada desde o período intra-uterino até uma idade bastante avançada de cada pessoal.

    1.3  Para Apreciação e conhecimento

    - Como os Cinco Movimentos influenciam a personalidade

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO FOGO

    Pessoas nascidas sob a influência deste movimento são líderes naturais, carismáticas e dinâmicas no falar e no agir. Aventureiros, ambiciosos, impulsivos e sem medo dos riscos, eles possuem enorme capacidade para inspirar os outros a atingir seus objetivos. Sua grande energia e ambição, entretanto, podem também trabalhar contra eles, que correm o risco de se tornar egoístas, desconsiderados e inquietos quando não são capazes de obter o que desejam.

    O calor e o brilho do movimento FOGO atraem naturalmente as pessoas até eles, mas isso também pode ser destrutivo quando não mantido sob controle.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO TERRA

    Os que se enquadram neste movimento são conhecidos por sua natureza pragmática e conservadora. São prudentes com suas finanças, planejadores e administradores eficientes. Confiáveis e metódicos, não são dados a exageros e embelezamentos e podem apresentar as coisas da forma simples como elas são, ou pelo menos como eles as vêem. No lado negativo, podem sofrer de uma certa falta de imaginação e espírito de aventura e podem se tornar muito críticos e excessivamente preocupados em proteger seus próprios interesses.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO METAL

    Os que são controlados pelo Metal são ambiciosos, orientados para o sucesso, determinados e perseverantes. Resolutos e sem hesitação na conduta e na expressão, eles são guiados por sentimentos poderosos e podem, às vezes, ser irracionalmente teimosos e inflexíveis. Têm forte perspicácia financeira (Metal é o elemento associado ao dinheiro) e irão usá-la para aumentar seu apetite por luxo e poder. Voluntariosos e dogmáticos, eles precisam aprender o valor da conciliação e deixar de insistir rigidamente em sempre ter as coisas feitas a sua maneira.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO ÁGUA

    Os regidos pela Água são fluidos como ela. Elas (as águas) mais penetram do que dominam, e, como um rio ou regato, são capazes de se desviar de quaisquer obstáculos em seu caminho através de sua calma e indomável perseverança. São habilidosos, comunicadores, capazes de transmitir idéias e influenciar os outros. Em seu estado negativo, podem ser muito conciliadores e passivos, e se apoiar demais no apoio dos outros. Para obter sucesso, eles devem aprender a ser mais afirmativos e usar ativamente seus poderes de persuasão para transformar seus sonhos e visões em realidade.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO MADEIRA

    Daqueles nascidos sob a influência do movimento Madeira diz-se que possuem elevados padrões morais e defendem o crescimento consistente e a renovação. São extremamente autoconfiantes e progressistas, com habilidades executivas que os capacitam a assumir empreitadas cooperativas de grande porte. Por causa de sua generosidade e de sua capacidade inata e solidária de compreensão dos outros, são capazes de produzir apoio moral e financeiro para todos os empreendimentos com que se comprometam. Sua maior desvantagem é uma tendência entusiástica e excessivamente confiante para assumir mais do que o recomendável e, portanto, correr o risco de nada conquistar.

     

    Sobre o Pêndulo:

    Se você já consegue fazer com que o seu pêndulo diga SIM e Não é hora de adquirir confiança nas suas respostas. Independente de ele estar respondendo a alguma coisa importante, já está a princípio treinado para responder o que você quer. SIM e NÃO são polaridades. Coisas opostas. Você pode portanto utilizar o pêndulo para escolher entre quaisquer pares opostos - sim ou não, positivo ou negativo, masculino ou feminino, ying ou yang, preto ou branco. Basta você indicar por substituição a SIM e NÃO, qual a resposta que se encaixa a cada movimento.

     

    Percepção:

    A percepção é a criação ativa que elaboramos com base no estímulo externo e no referencial interno. Aspas e reticências abrem e fecham o processo perceptivo de cada um. Parece confuso; então pense no seguinte: O que é uma floresta? Um agricultor diz que é uma porção de arvores; já para o caçador é uma reserva de caça; para um perseguido a floresta pode significar um refúgio; na cabeça de uma criança é um lugar desconhecido e misterioso... E todos vivem felizes, cada um com sua idéia fixa sobre a questão. Estão errados? Claro que não, afinal tudo depende da perspectiva do observador, cada um vê as coisas de acordo com seu próprio referencial. Nossa capacidade de perceber, de relembrar e de relatar algo de forma completa e objetiva é muito limitada.

     

    Viver é sentir, mas só saber disso não basta.

     

    Imagine essa situação: estão na esquina parados, um médico, um advogado, um espiritualista e um mecânico, então houve um acidente e os quatros presenciaram.

    Quando foram interrogados sobre o caso, cada um relatou o mesmo acidente de maneira diferente.

    O médico percebeu os ferimentos e a gravidade do acidente.

    O advogado percebeu a posição dos carros e atribuiu a responsabilidade do acidente ao motorista que tentou uma ultrapassagem perigosa.

    O espiritualista percebeu além dos ferimentos físicos das vítimas, os danos emocionais e traumáticos que poderia ter causado tal acidente.

    O mecânico observou a condição dos carros e calculou os custos dos reparos.

     

    Cada observador viu os fatos de acordo com seus interesses e experiências vividas.

     

    É preciso crer para ver. Não, você não entendeu errado, vemos aquilo em que acreditamos. Um exemplo comum que você vai encontrar no seu cotidiano é o chamado efeito Halo (é a possibilidade de que a avaliação de um item possa interferir no julgamento sobre outros fatores, contaminando o resultado geral). Quando temos uma impressão global positiva de alguém temos a tendência de super valorizar o lado positivo e desvalorizar o lado negativo da pessoa. Ao contrario, quando nossa impressão é completamente desfavorável, temos a tendência de supervalorizar os aspectos negativos dela.

     

    Por isso, mesmo que você pense que tem a mente aberta e sem preconceitos e que tem condições de ver todos os lados de uma questão, lembre-se que existe sempre a tendência para manter uma visão estreita da realidade e perder a verdade objetiva.

     

    Antes de tudo então, seja um observador de si mesmo, pois o que vemos é em parte o que existe, mas também é em parte o que somos.

     

    Portanto, pesquise e estude a Radiestesia como ciência e arte. Sua percepção sobre o conhecimento de tudo se expandirá trazendo a tona um ser humano equilibrado e mais justo.

     

     DISCUSSÃO

    O nosso corpo serve como uma antena que capta as vibrações à nossa volta (ou as que queremos ter contato) levando ao cérebro físico que as envia ao inconsciente que, por sua vez fará as pesquisas necessárias e retorná-las-á ao cérebro físico, que produzirá o movimento do pêndulo relativo à resposta de nossa pergunta. O pêndulo nada mais é que um amplificador tanto das energias que captamos através de nosso corpo físico, como das respostas obtidas durante as pesquisas; por tanto, o Trabalho de Terapia Holística com o uso da Radiestesia e Radiônica requer apenas estudos e treinamento para se chegar as respostas mais precisas e corretas.

    Com o uso da Radiestesia podemos equilibrar e melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas, animais, ambientes e outros. A Radiestesia é uma ferramenta importante no trabalho terapêutico e com tempo e dedicação e a percepção teremos avançado e muito na nossa área que é a saúde do individuo.

     

    CONCLUSÃO

     

    "A tendência moderna de separar o todo em partes para melhor análise, por um lado, proporcionou grandes avanços científicos, por outro, dificultou-nos o poder de síntese, a capacidade de entendimento integral.

    Soma-se a isto que várias correntes filosóficas e até religiosas desapercebidamente estimularam a que o CORPO deixasse de ser percebido como sendo EU, estando mais visto como uma "máquina", ou "roupa" que usamos!

    Na visão holística, inexiste separação de corpo, psique e coletivo, tudo é um só ente, o Universo que somos. Tal qual a água manifesta-se ora como sólido, ora como líquido e até mesmo gasoso, nosso EU apresenta-se sob diferentes graus de condensação, desde a mais densa matéria, até o mais sutil pensamento. Assim sendo, aqui não cabe a expressão "meu corpo", mas sim, "EU-Corpo", pois a matéria não é apenas algo que possuímos, mas sim, aquilo que TAMBÉM somos..."

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001.

    - Do que se predomina a Radiestesia e Radiônica.

     

    Utilizando instrumentos específicos, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do nosso campo bioenergético que trabalha com as dimensões vibratórias mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando encontrar possibilidades para corrigir possíveis alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem estar da pessoa.Tudo no universo é uma fonte de energia que ressoa em certa freqüência ou, uma combinação de freqüências com outros elementos. Nosso corpo é feito de um número incontável de átomos e moléculas representando vários elementos. Cada molécula elementar ou átomo ressoa em harmonia com outra, quando estamos em perfeito equilíbrio. Acontece que em todo o momento estamos expostos a energias nocivas, como: ondas de rádios, TV, antenas, energias pessoais, etc... Podem gerar uma serie de desequilíbrios. Elas passam sobre nossos corpos, da mesma forma que somos afetados pela radiação do sol, da lua, da Terra e como sabemos das outras pessoas, porque mesmo pensamentos criam energias que se irradiam através de nossos corpos.O humor e as atitudes de um grupo de pessoas podem afetar-nos se estivermos cientes deles e, formos suficientemente sensitivos.Freqüentemente durante o dia respondemos fisiologicamente, emocionalmente e intelectualmente de alguma forma às diferentes radiações que nos atingem, vindas de várias fontes.Radiestesia é uma excelente ferramenta para ampliar nossas reações sutis que experimentamos. Se usada corretamente, a Radiestesia será uma ferramenta benéfica para a identificação e correção da fonte e transmissão das radiações nocivas existentes.Na realidade, a Radiestesia pode ser dividida em três aspectos:1- Reação física para freqüências e radiações universais de elementos ou combinações de elementos naturais ou artificiais que existem no nosso ambiente físico.2-Reação emocional dos pensamentos, condições e atitudes de outros, individualmente ou coletivamente e, de nós próprios.3- E freqüentemente intuitivamente a eventos que estão fora de nossa percepção linear do tempo, consciência física ou realidade.Com a nossa atitude e conhecimento do assunto que nos dirá definitivamente se seremos bem sucedidos no trabalho de Radiestesia ou não, e o quanto poderemos desenvolver este precioso presente. Devemos tornar-nos humildes e ter força de submetermos nossas percepções e atitudes para mudar, questionar mesmo nossas mais fortes crenças sobre um assunto específico e também ter vontade de corrigir nossas realidades.Para alguns isto será somente um meio de trabalhar com reações ou manifestações físicas, tais como procurar água, minerais e outros assuntos relativos às substâncias do universo. Outras pessoas, como eu, entretanto, podem se sentir confortável em trabalhar em áreas relativas à saúde, emoção e espiritualidade, ou seja, equilíbrio do Ser. O principal instrumento utilizado na Radiestesia é o Pêndulo. Qualquer objeto simétrico suspenso por um fio ou corrente pode ser um pêndulo. Eles podem ter formas esféricas, cônicas, cilíndricas, etc. Os melhores para iniciantes são os pêndulos neutros, isto é, feitos de madeira, baquelita, vidro ou aço inox, pois, possuem polaridades que se anulam entre si. Escolha um pêndulo de preferência neutro que pode ser da cor verde, a cor preta ou a cor natural da madeira ou do material utilizado. Use a sua intuição e escolha um pêndulo que melhor se afine com você e suas propostas de trabalho.Eu pessoalmente gosto de trabalhar com o pêndulo feito com a pedra Olho de Tigre porque me sinto mais seguro e confiante ao utilizar esta pedra.O olho de tigre normalmente é utilizado para proteção em geral, afastar o sentimento da inveja e manter a clareza dos pensamentos. Ele pertence ao grupo do quartzo e sua coloração é amarela dourada até marrom dourado, marrom até marrom enegrecido, opaco.Os efeitos terapêuticos do olho de tigre são: propriedades para o equilíbrio da cabeça, fortalecimento do cérebro, melhora a coordenação dos movimentos do nosso corpo e é excelente coadjuvante para a meditação e relaxamento.Outros instrumentos úteis para os que futuramente se interessarem em aprofundar os seus conhecimentos em Radiestesia, é: o Dual Rod, Aurímetro, o bastão atlante, os cristais, as réguas radiestésicas, o pêndulo Egípcio, o pêndulo cromático, o pêndulo eletromagnético, o pêndulo universal, etc.Procure conhecer e estudar a forma de uso de todos os instrumentos, mas lembre-se o importante é trabalhar e desenvolver o seu processo terapêutico com o instrumento que mais te agrade e te faça se sentir seguro e confortável.  

    Maurício marcial Araújo -CRT 43301

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

    ARESI, Albino. Radiestesia Hidromineral e Medicinal. 1. ed. São Paulo: Editora Mens Sana,1982.

    ATTESHLIS, Dr. Stylianos. Os ensinamentos esotéricos - uma abordagem cristã da verdade. 1. ed. São Paulo: Editora Ground, 1994.

    JAGOT, Paul Clement. A influência à distância - curso prático de telepsiquia - 9. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1999.

    MENDONÇA, Sávio. A Arte de curar pela Radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 1980.

    NIELSEN, Greg. Além do poder dos pêndulos - O ingresso no mundo de energia - 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1998.

    NIELSEN, Greg ; POLANSKY, Joseph. O poder dos pêndulos.13. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1999.

    SAEVARIUS, Dr. E. Manual teórico e prático de Radiestesia. 14. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    SHARP, Damian. O que é Astrologia chinesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 2003.

    TANSLEY, David V. Dimensões da radiônica - Novas técnicas de cura - 10. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1995.

    VIEIRA, Henrique Filho. O Microcosmo Sagrado. 1. ed. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

     

     

     

    Autor: : Maurício Marcial Araújo - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 43301
    Última atualização: 05/06/2011 12:45


    GEOMETRIA, RUNAS, RADIESTESIA E A PESSOA COMO TAL

    GEOMETRIA, RUNAS, RADIESTESIA E A PESSOA COMO TAL

    MAIO/2012

     NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA

    TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758


    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    HOLÍSTICA / 2012

     

    “No mundo do conhecimento, a última  coisa a ser percebida, e com muita dificuldade, é a forma essencial do Bem (...). Sem ter uma visão desta forma ninguém pode agir com sabedoria, seja na própria vida, seja em questões de Estado.

                                                 (Platão)

     

    A todos que nunca desistem de procurar o conhecimento na certeza de que é através desta procura que se encontra a certeza do nunca desistir, mesmo que se saiba da utopia que é este objetivo.

     

     

     

    AGRADECIMENTOS

     

            A Deus , por minha vida.

     

            Às minhas filhas, Janira e Niara, pelo apoio.

     

            A todos que me acompanham na caminhada de pesquisa e procura do melhor para todos no dia-a-dia.

     

            Ao SINTE, por me deixar apresentar o resultado de minhas pesquisas e estudos.

     

    SUMARIO

     

    1. INTRODUÇÃO...........................................................................................7

    2. MATERIAL E METODOLOGIA..................................................................7

         2.1 Material empregado............................................................................7

         2.2 Métodos..............................................................................................8

         

    3. A GEOMETRIA E SUA RELAÇÃO COM O EQUILÍBRIO.........................9

        3.1 Yin e Yang.........................................................................................11

        3.2 Formas geométricas..........................................................................11

        3.3 Runas................................................................................................12

     

    4. A FORÇA MAGNÉTICA DAS PIRÂMIDES.............................................17

     

    5. RESULTADOS........................................................................................20

     

    6. DISCUSSÃO...........................................................................................20

     

    7. CONCLUSÃO..........................................................................................22

     

    8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................23

     

     


     

    RESUMO

     

    A Radiestesia já era utilizada pelos homens das civilizações antigas através de bastões, varinhas, forquilhas. Nas pinturas das cavernas, descobriu-se que o homem daquele tempo, segurava bastões de osso, utilizados para encontrar caças, que tinham, ao longo de sua extensão, desenhos de animais que eram tocados com as mãos que direcionavam o bastão. A Radiestesia foi testemunhada entre diversos povos, e em todos os estudos, vemos utilização de algum instrumento de forma. Aqui, estudamos as formas geométricas, as suas radiações diversas e, dentre estas formas, as Runas, que também emanam boas vibrações de origem desconhecida podendo ser até de povos lemurianos e atlantes. As formas geométricas transmitem energia. Pirâmide também. Energia positiva que deve ser utilizada para o equilíbrio.

     

     
    1. INTRODUÇÃO

            A Radiestesia, estudo das radiações emitidas pelos corpos já era de domínio dos povos antigos, como Indus, Persas, Etruscos, Citas, Hebreus, Romanos, Gauleses, Peruanos, Polinésios, etc., mas esta ciência nos foi deixada pelos Lemurianos e Atlantes, bem antes, afirmam estudiosos.

            A ciência da Radiestesia ficou esquecida por muitos e usada por poucos, que detinham os conhecimentos e os usavam como forma de poder. Se fosse só uma arte sem fundamento não conseguia passar pelos séculos e ressurgir fortalecida em 1688 na França e em toda a Europa.

            Nos mosteiros, o conhecimento era passado sem alarde e em 1892 os Abades Bouly e Bayarden criaram este termo RADIESTESIA. Outro Abade, o Alex Mermet instituiu regras sistematizando seu funcionamento.

            Quem trouxe a Radiestesia para o Brasil  foi Jean Louis Bordeaux que ficou de 1905 a 1921 em uma missão franciscana no Mato Grosso e com as escolhas feitas através  da Radiestesia se equilibrou de sérios problemas físicos com os produtos da FLORA local, e indicações indígenas.

            A partir daí, novos estudos e novos pesquisadores como Dr. Alfredo Becker, Virgilio Goulart, Maria Luiza Azevedo, José de Castelo Branco, FM Palhoto e outros até nossos dias.

            Neste estudo, pesquisamos as formas geométricas e suas radiações para equilíbrio do corpo como tal: suas funções físicas, energéticas, emocionais, mentais e espirituais.

            Incluem-se aqui o estudo das RUNAS que podem ser muito benéficas levando-as a sério e com estudo profundo e as pirâmides.

     

    2. MATERIAL E METODOLOGIA

            Todos os nossos esforços de pesquisa e experimentação são no sentido de despertar a consciência para se evitar o sofrimento desnecessário, a fim de guiar os seres humanos à realização pessoal e ao equilíbrio social.

    2.1 Material empregado

    1. Ficha do cliente;

            Utilizando um pêndulo neutro, vamos estudando a energia do cliente através  de suas radiações captadas pelo nome e data de nascimento e conforme as suas necessidades de harmonização de seus meridianos, utilizamos alguma forma  geométrica desenhada na ficha do cliente  e também uma Runa desenhada ou confeccionada em cobre, por tantos dias, conforme for solicitado pelo pêndulo e a forma de pirâmide, se for o caso.

            Se for estudo de mapa, terreno, casa também vamos estudando as energias e colocando o desenho de alguma forma geométrica, Runa, pirâmide aonde, quanto tempo, conforme for indicado pelo pêndulo.

    1. Pêndulo neutro;
    2. Peças de cobre para confecção de Runas;
    3. Mapas

    2.2 Métodos

    1. Alfagenia;
    2. Tábua de BOVIS;
    3. Harmonização dos centros energéticos

     Alfagenia

            Para se praticar bem a Radiestesia, é preciso aprender a entrar em ALFA, atingir os níveis do subconsciente. Existe a mente consciente e o inconsciente profundo, onde estão gravados todos os acontecimentos. Entre um (consciente) e outro (inconsciente), existe o subconsciente que é onde o radiestesista trabalha. É o Estado ALFA de tranquilidade, harmonia, equilíbrio, mente aberta e sem interferir nas informações recebidas. É um treinamento.

            Hans Berger, psiquiatra austríaco, em 1929, criou o eletroencefalograma porque descobriu através de muitas pesquisas que o cérebro emite radiações ou ondas elétricas, tendo impulsos eletromagnéticos.  

            São quatro as freqüências cerebrais: beta, alfa, teta e delta.

    1. Beta – sinal forte, consciência exterior, utilização dos cinco sentidos, participação no mundo – vibração de 14 a 28 ciclos por segundo.
    2. Alfa Relaxamento, frequência mais baixa – nível de tranquilidade, paz, criatividade e saúde – pode haver fenômenos parapsicológicos neste estado a frequência de 7 a 14 ciclos por segundo.
    3. Teta – meditação, levitação, regressão às lembranças passadas, tratamento para traumas – descobertas. O ritmo oscila em 4 a 7 ciclos por segundo.
    4. Delta – abaixo de 4 ciclos por segundo. Sono profundo, é incógnita, pode ser coma, catalepsia, inconsciência. É preciso treinamento para se chegar ao estado alfa e ali trabalhar, recebendo as radiações e vibrações do inconsciente, sem interferir nelas.

     

     Tábua de BOVIS

     Harmonização dos centros energéticos

            A pessoa humana possui 7 Centros Energéticos Principais. São localizados também no corpo dos animais e no solo.

    1.         Coronário (pituitária) – centro intelectual superior;
    2. Frontal (pineal) – centro intelectual inferior;
    3. Laríngeo (tireoide) – centro motor;
    4. Cardíaco (timo) – centro emocional inferior;
    5. Umbelical (plexo solar) – centro instintivo;
    6. Sacral (supra renal) – centro instintivo;
    7. Básico (glândula sexual) – centro sexual

    Os centros energéticos podem ser harmonizados com o uso de homeopatias, florais e elixir, com formas geométricas, runas e pirâmides. A ressonância com auxílio do pêndulo ajuda a desbloquear os Centros Energéticos Magnéticos, bem como contribui com a ampliação e expansão das informações veiculadas pelos produtos utilizados.

     

    3. A GEOMETRIA E SUA RELAÇÃO COM O EQUILÍBRIO

            Geometria é uma palavra grega que significa “medição de terra”. A importância da geometria é imensa. Em tudo que se constrói, é preciso proporcionalidade, portanto, geometria. Desde que o homem começou a construir tendas saindo da caverna precisou da proporção certa, da geometria. Os animais constroem, instintivamente e dá tudo certo. Os homens precisam aprender ou talvez como Platão acreditava, precisam é lembrar.

            Os humanos primitivos precisavam calcular quanto peso podiam carregar, como fazer para construir suas tendas, suas armas, suas vestes. Precisavam proteger a família, a propriedade, os acampamentos, em tudo precisavam da geometria. Foram se desenvolvendo e a arquitetura elaborada e a navegação confiável foram exigindo mais geometria euclidiana e seus descendentes diretos, como a trigonometria. Com o avanço da ciência, a geometria evoluiu para a medição cronográfica da latitude, a medição telescópica de nosso sistema solar da nossa galáxia, das outras galáxias e do próprio cosmo; e para medições microscópicas e microcósmicas de entidades celulares, atômicas e mesmo quânticas.

            Os seres humanos estão no meio do caminho da escala de medição. Assim, “uma ordem de grandeza” significa 10 vezes. Se for a ordem de grandeza maior é 10 vezes maior do que o ser humano, se for de ordem de grandeza menor é 10 vezes menor do que o ser humano.

            A geometria tem conexões com a filosofia e a música. Platão, célebre filósofo colocou acima da entrada de sua academia, modelo para as nossas próprias universidades. “Só quem sabe geometria pode entrar na academia”. Mas, durante os séculos, a geometria foi se distanciando e os cálculos matemáticos foram se escasseando e a mente passou a ficar muito bloqueada pela falta de cálculos, o que acontece nos dias de hoje. Falta esta visão de novos caminhos que só o raciocínio geométrico pode dar.

            Pitágoras era fascinado pelos números e até hoje seu teorema ajuda a resolver problemas matemáticos. Ele descobriu um problema geométrico na música que os 12 semitons que abrangem uma oitava completa e da qual todos os modos musicais ocidentais são retirados, não se relacionam um com o outro em proporções integrais. Isto significa que nenhum instrumento pode ser perfeitamente afinado. Se você afina o ciclo das quintas com exatidão, as oitavas soarão sustenidas. Se você bemoliza ligeiramente as quintas, as oitavas soarão afinadas. Isto nada tem a ver com a fabricação dos instrumentos, mas sim a propriedade da geometria dos próprios intervalos musicais. Mas um instrumento bem afinado dentro das proporções, dá o som harmonioso.

            Os gregos antigo                                                           s, assim como os chineses antigos, valorizavam o equilíbrio e a harmonia. A palavra latina “racional” reflete exatamente isto, pois embora tenha passado a razoável, ela deriva de um termo                               geometricamente mais preciso: “razão” ou equilíbrio integral entre duas (ou mais) partes de um todo. Os romanos usaram isto da geometria grega. Os gregos pregavam que o mundo era um lugar ordenado (COSMO) e não desordenado (CAOS), mas acreditaram incorretamente que a mesma ordem era refletida no equilíbrio proporcional de todos os números também. Os gregos entendiam que as quantidades geométricas podiam ser expressas como razões de números inteiros. Euclides com seus axiomas, definições e postulados deixou uma luz orientadora para a posteridade.

            Euclides apurou a arte da construção geométrica com o desenho de duas figuras bidimensionais em um plano daí a ajuda para construção de trabalhos arquitetônicos e artísticos, a geometria aplicada. Usava só a régua e o compasso.

            A conexão entre razões geométricas, indivíduos racionais e sociedades bem ordenadas está muito enraizada na mente helênica. A ordem cósmica seria estabelecida também na individualidade e na sociedade bem equilibradas.

    3.1 Yin e Yang

            São duas forças criativas que se completam para a criação. Yin é terra, força feminina e Yang é ar, força masculina. São duas forças ligadas, mas diferentes. Ligadas no que cada um contém do outro.

            Todo o universo é composto por figuras geométricas perfeitas. Vejamos o símbolo do Yin e Yang, usa-se só 5 círculos: 1 maior, 2 menores e 2 pequenos. Formam um equilíbrio estético perfeito por causa de proporção certa.

            Os estudiosos antigos sempre afirmaram que os seres humanos estão sujeitos às leis naturais e que todas as leis têm uma razão e proporção perfeita. Por isso, a geometria ser muito importante, porque ela é o equilíbrio, a proporcionalidade que deve ser buscada por todos.

    3.2 Formas geométricas

            Tudo o que existe é uma forma geométrica. Esta forma geométrica é a base da formação dos números e emanam energias que podem ser medidas. Vejamos:

    FIGURA

    NÚMERO

    BOYD

    HERTZ

    ANGSTRONS

    Círculo

    1

    1

    7,0 Hz

    9.000

     

    Par Dualidade

    2

    2

    8,0 Hz

    12.000

    Triângulo

    3

    3

    8,2 Hz

    13.000

    Quadrado

    4

    4

    8,8 Hz

    14.500

    Pentágono

    5

    5

    9,5 Hz

    17.500

    Hexágono

    6

    6

    10,0 Hz

    18.200

    Heptágono

    7

    7

    10,7 Hz

    19.000

    Octógono

    8

    8

    11,0 Hz

    19.600

    Eneágono

    9

    9

    11,6 Hz

    20.300

     

            As figuras geométricas são o protótipo das formas que podem ser programadas no plano terrestre.

            Pitágoras vê em toda estrutura, mesmo as biológicas, uma ordem numérica oculta, por onde se baseia a forma presencial daquele corpo. É como se fosse o esqueleto de toda criação. O número está intrínseco a todo e qualquer raciocínio nas formas materiais que definem esse planeta.

    3.3 Runas

            As RUNAS são símbolos usados desde imemoráveis tempos e que permaneceram por muito tempo esquecidas, e depois voltaram a ser estudados.

            O nome RUNA significa mistério, secreto. São símbolos mágicos e sua mais profunda significação só era conhecida por sacerdotes antigos e usados como oráculo. Surgiram estes símbolos em lugares mais improváveis da Iugoslávia a Orkney e da Groenlândia à Grécia.

    Um grande estudioso dos símbolos, Ralph W. V. Elliot, no seu livro “Runes: An Introduction” escreveu que foram observados estranhos símbolos desenhados em ferramentas e armas antigas, moedas de prata e cruzes de pedra. E que estes símbolos influenciavam a vida de quem os usava.

    As Runas tinham muitas interpretações e assim continua até hoje, pode-se interpretá-las com seu significado místico ou significado mundano como muito se vê por aí. Para nós, terapeutas holísticos, devemos usar as Runas como ferramentas de desenvolvimento pessoal, transformação e estudo interior profundo.

    Heródoto, provavelmente no século VIII viajou pelo Mar Negro, ali encontrou descendentes de tribos citas antigas que se enfiavam debaixo de mantas, fumavam até ficar em uma espécie de transe (até hoje existe este costume nas altas montanhas caucásicas) e então lançavam gravetos no ar, “lendo” seu significado quando caíram ao chão. Estes gravetos eram classificados como RUNAS.

    Para se confeccionar as RUNAS precisamos de canos de cobre: 3 canos de 30 cm; 4 canos de 15 cm; 1 cano de 7,5 cm.

    Desde o início do uso de RUNAS, elas sempre tiveram uma função ritual, servindo para serem lançados sorteios para a adivinhação e evocação de poderes superiores capazes de influenciar a vida e a sorte das pessoas. Usavam RUNAS e encantações para influenciar o tempo, as marés, plantações, amor e saúde. Os símbolos das Runas eram esculpidos em amuletos, copos, lanças de batalha, sobre o portal das casas e nas proas dos barcos vikings. Entre os teutões e vikings, os lançadores de RUNAS usavam roupas vistosas que os destacavam dos outros. Eram homenageados, bem acolhidos, temidos, esses xamãs eram famosos e tinham certos poderes. Há evidências que as mulheres também eram praticantes rúnicas.

    Na época de Tácito, o historiador romano, as Runas já estavam ficando conhecidas mais amplamente no continente. Eram transportadas de lugar para lugar pelos mercadores, aventureiros, guerreiros e, eventualmente por missionários anglo-saxões. Com este objetivo precisaram de um alfabeto, que ficou conhecido como FUTHARK, devido às suas primeiras seis letras ou glifos.

    O FUTHARK germânico tradicional abrangia 24 RUNAS. Foram divididas em três “famílias” de 8 RUNAS – o 3 e o 8 sendo número que se acreditava possuidores de potência especial. Conhecidos como aetter, os três grupos tinham os nomes dos deuses escandinavos FREYR, HAGAL e TYR. Posteriormente, acrescentou-se uma RUNA em branco.

    As Runas, mesmo sendo de difícil compreensão, com muito esforço consegue-se captar o que elas têm para dizer sobre a situação apresentada. Elas são uma dádiva de ODIN e, portanto, sagradas.

    ODIN é a divindade máxima no panteão dos deuses escandinavos. Seu nome é derivado do escandinavo antigo para “vento” e “espírito” e foi através de sua paixão, de seu sacrifício transformador do eu, que ODIN nos trouxe as RUNAS.

    De acordo com a lenda, ele ficou pendurado por 9 noites na IGGDRASIL, a Árvore do Mundo, ferido pela própria  lâmina, atormentado pela fome, pela sede e pela dor, sem auxílio e sozinho até que, antes de cair, avistou as RUNAS e conseguiu apanhá-las, em um último  e tremendo esforço. A partir daí, tudo começou a melhorar para ele e conseguiu ficar são e salvo. E assim começa a sagrada história das RUNAS. A mensagem que as Runas transmitem é a mesma de Sócrates: “Conhece a ti mesmo”, porém alguns não querem encarar este processo evolutivo, querem encarar como diversão, isto é um equívoco.

    As RUNAS são oráculos, jogos sagrados, instrumentos de utilização séria e elevada, o valor de sua utilização é que nos liberta do esforço de aprender, libera-nos para que aprendamos como aprendem as crianças.

    Utilizar as RUNAS é colocar-se na própria orientação interior, aquela parte nossa que sabe tudo quanto precisamos conhecer sobre nossa vida, agora.

    Sintonizar-se no momento presente, prestar atenção no que está acontecendo e como agir parar melhorar, são orientações que nos vêm das RUNAS, se consultada seriamente.

    A consulta às RUNAS permite que ultrapassemos as censuras da razão, as correntes do condicionamento e o repetir do hábito, porque tudo isso nos impede de ser livres, como também o julgamento, a comparação e a impulsividade de saber por que. O “porquê” se apresenta quando avançamos no conhecimento.

    Interagindo com as RUNAS, estabelece-se uma zona livre, onde a nossa vida se torna maleável, vulnerável e aberta à mudança.

    Atualmente, vivemos uma época de muita descontinuidade. As informações nos chegam muito rápido e o universo está nos impelindo para um novo crescimento. De repente, as águas que nos eram familiares parecem conter perigos, cheias de redemoinhos e areias movediças. Os mapas de outrora ficaram ultrapassados: precisamos de novas direções para navegar pela vida. E quem poderá nos ajudar do mesmo jeito que os vikings utilizaram a direção sugerida pelos mestres rúnicos para que seus barcos navegassem sob céus nublados, também você, agora poderá usar as RUNAS para dar uma boa direção ao curso de sua própria vida. Um diferencial de alguns graus no início de qualquer viagem significará uma posição largamente diferente quando chegar a alto mar.

    Refletindo no que são as RUNAS – uma ponte entre o eu e o EU, uma corrente entre o EU e o DIVINO, uma direção para a vida – a energia que as envolve é a nossa própria e, em consequência, a sabedoria. Deste modo, quando começamos a contactar nossas direções interiores e sábias mais íntimas passamos a ouvir mensagens de profunda beleza e real utilidade. Porque sendo cada um de nós um indivíduo único, sob a orientação das RUNAS, vislumbraremos horizontes que nos fazem muito bem.

     

     

       

    Ar

    A mudança, a regeneração – o advento do fogo, o despertar da kundaline – oportunidades – vitalidade e discernimento.

       

    Ur

    Aprender aos pés da divina mãe. Conecção e consciência com a mãe  natureza. Novo ciclo. Recomeço – correlação do passado com o novo.

     

    Torn

    A vontade consciente, diferente do desejo. Espera. Tempo de analisar o que passou avaliando com maior clareza. Interiorização.

     

    Fa

    Força para despertar a consciência, força do amor. Lucros, alimento. Preservação do que já foi conquistado.

       

    Rita

    O juízo interno. Despertar do juízo da consciência. Viagem, conhecimento, mudança. Mudar-se para melhorar os caminhos.

       

    Kaum

    Triunfo sobre as tentações mundanas. Vibrar no amor. Proteção, luz, fogo. Novo momento, aquele que souber ver as indicações do tempo, será iluminado pela luz divina.

     

    Gibur

    O mistério da vida, união, raciocínio equilibrado. Expansão da sensibilidade e a harmonia interna e externa.

       

    Wunjo

    Mudança radical, revolução dos atos e fatos, transformações, felicidade. Retorno de todos os esforços, uma recompensa.

       

    Hagal

    A conquista de poderes. Hora de quebrar os laços. O ponto crucial entre a iniciativa e a passividade está no grau de discernimento de cada um é preciso expandir a consciência.

       

    Not

    Pedido de misericórdia. Crescimento obstruído, aprendizagem. Reavaliar os planos devido às más influências. Espera.

         

    IS

    O real ser, a divina mãe. Canaliza o poder da mãe natureza. Esperar as forças extremas passar. Tempo de análise.

         

    Jera

    Fecundação, germinação. Ideias novas, projetos. Positividade. Confiar e esperar. Paciência. Plantar e colher no momento certo.

            

    Sig

    O poder que nos guia no secreto. A vitória pelo pacto cumprido. Concentração e meditação. Prudência. Aproveitar as mensagens da intuição.

       

    Perth

    Mudar prognósticos. Força das ações corretas. Novos caminhos, o inesperado. Novos conhecimento e início de algo novo.

    Man

    Os poderes ocultos. Proteção contra os males. Desafios, reunião, amparo. Saber lidar com o que se sente, encontrar a verdade interior.

         

    Esse

    Equilíbrio físico, emocional. Força solar, produzir, planejar. Seguir em frente para construir algo valorizando a todos e que todos colham frutos.

       

    Tyr

    Derivado do deus da guerra, por isso há batalhas, favorece o discernimento. Força de vontade e paciência, sacrifícios e despertar da consciência.

     

    Bar

    A transformação, o regresso ao divino, a origem, crescimento, metas definidas para o alcance dos objetivos reais.

       

    Eme

    A esperança, a redenção, não temer o novo, deixar as coisas do passado para trás. Ascensão, tempo de transição. Atenção aos fatos novos.

       

    Mannaz

    Humildade, memórias de sonhos revelados, autoconhecimento. Interiorização. Meditação profunda e maior conhecimento do EU superior.

       

    Laf

    A misericórdia divina age. A graça conseguida, fluência. O homem sábio sabe discernir entre imaginação e realidade.

       

    Inguz

    Perda do medo, coragem, bravura, memória racional, intuição. Novo tempo de esperança e realizações. Cuidado com desperdício de energias.

       

    Dorn

    Alteração das situações, resultados surpreendentes, milagres, fenômenos. A roda gira trazendo para você perspectivas sólidas.

            

    OS

    Conservação; neste momento nada de mudar, espere um pouco, adaptação ao que está aqui e agora, reavaliação de valores, equilíbrio familiar.

     

    4. A FORÇA MAGNÉTICA DAS PIRÂMIDES

    Ninguém até hoje conseguiu desvendar os mistérios das pirâmides. De acordo com estudiosos foram construídas as pirâmides, em, provavelmente, 2200 a. C. e como foram feitas, como transportaram aquelas pedras de um lugar tão longe, continua sendo uma indagação. Faraós, escravos, matemáticos, todos juntos por dezenas de anos construíram as pirâmides?

    Há uma versão constante no livre “Projeto Y – série jardineiros do universo”, autor ANANKEN – pode ser pseudônimo – página 77, sobre a construção da Pirâmide de Quéop e da Esfinge, atribuindo a seres planetármanente.eogride  Napole da sabedoria, e ao nr                     ope e da Esfinge, atribuindo a seres planetstruiramas de um lugar tao cance dos objetivos reais. . ssionarios s vikings  at    ários da décima terceira Galáxia Central da Constelação de Sirius, comandados pelo engenheiro espacial GINVIHZNA. Para este autor, a grande pirâmide e a esfinge são emissoras de radiações para guiarem naves espaciais. A estes seres também se atribuem a construção de outros grandes monumentos, como as pirâmides da América do Sul.

            Muitos estudiosos de pirâmides divergem em suas pesquisas: como foram feitas, para que, sua finalidade, funerária, ou não.

    Há os que afirmam que o sarcófago que existia na “Câmara do Rei” não era uma urna funerária e sim uma prova de resistência para o jovem que ia ser o novo faraó. Vamos estudar o que se diz sobre as pirâmides as “Sete chaves de Isis”, nome que se dá ao processo interpretativo, em homenagem a Isis, deusa da sabedoria, e ao número “Sete” que na cabala representa “o triunfo do espírito sobre a matéria”. São as chaves: Geográfica Astronômica, Geométrica, Hemerológica, Historiosófica, Alquímica e Metafísica.

     

    A chave geográfica

    A grande pirâmide está localizada num ponto de convergência dos raios de um leque constituído pelo baixo Egito sobre um arco de 90º, é colocada no centro físico do delta. Do relatório feito pelos sábios franceses do instituto do Egito, criado por Napoleão Bonaparte, foi o meridiano da grande pirâmide o eleito para o zero de longitude. Aqueles sábios afirmavam que para as coordenadas geográficas essa devia ser a norma permanente. A verdade telúrica foi desprezada e a posição geográfica da grande pirâmide não foi considerada.

    A chave astronômica

    Na época do reinado dos faraós de Tebas, os edifícios eram construídos sem levar em conta os ângulos em relação aos pontos cardeais da Terra. Na Babilônia e Assíria, as quinas dos monumentos eram em uma ou outra direção, mas na grande pirâmide os pontos cardeais, isto é, fazem face exatamente a Leste, a Oeste, ao Norte e ao Sul. A entrada da grande pirâmide fica voltada para o Norte.

    A chave geométrica

    São inúmeras as mensagens geométricas fornecidas pela grande pirâmide. Vamos destacar só “a razão Pi (3,1416) que se acha incorporada à estrutura, “a relação entre o diâmetro e a circunferência”.

    A chave hemerológica

    A hemerologia trata de estabelecer a concordância a respeito dos calendários, sendo uma arte o adaptar uma data do calendário juliano à sua equivalente do calendário gregoriano.

    Hoje, sabe-se que esta fração é 342/1000. Os sábios pré-faraônicos conheciam o tema, pois a grande pirâmide revela: o comprimento da ante câmara que precede a peça denominada câmara do rei, multiplicada pelo já dito e conhecido “PI (3,1416)” dá exatamente 365,342 polegadas sagradas: o número de dias que compõem um ano.

    A chave historiosófica

    Segundo esta visão, a humanidade está sempre em conflito entre trevas e luz, mas invariavelmente a luz prevalece porque é mais forte. Há pontos na grande pirâmide que seriam marcas de datas importantes da humanidade, mas que a paz vence sempre.

    A chave alquímica

    Alquimia sempre fascinou a humanidade, o aspecto da transformação do metal em ouro. Aqui a alquimia tem um tríplice aspecto: terrestre, humano e cósmico, aspecto aliás relacionado respectivamente à trilogia: matéria, alma e espírito.

    A alquimia da grande pirâmide abarca esses três mundos, quanto no físico sintoniza uma “força” que é detectada pela sua própria “forma geométrica”, quanto do psíquico aprimora a alma; e no espírito, porque fornece ao homem que a compreende, na sua arquitetura inspirada pelos “deuses” uma sintonia com a verdade cósmica.

    A chave metafísica

    Metafísica é o termo utilizado pela primeira vez por Andrônico de Rodes, referindo-se aos livros de Aristóteles que foram posteriores aos que tratam de física. A meta é a essência das coisas, mas o seu significado varia: ora diz respeito ao que está fora de nossos sentidos, como o conceito de Deus; ora indica o estudo das coisas em si mesmas. Metafísica é o conhecimento absoluto obtido pela intuição e não pela razão.

    Neste mundo de energia, estudamos as radiações das pirâmides como um “projetar-se além” do âmbito da ciência. Jacques Bergier, cientista respeitado afirma: “A forma piramidal modifica o espaço e concentra radiações”.

    Raymond Abello, cientista e escritor, publicou várias obras, entre elas “La Bible – Document Chiffré” editora Gallimard, 1950, Paris, onde metafisicamente restituiu as chaves da ciência numeral secreta. Fez experimentos e constatou que os campos eletromagnéticos, de fraca intensidade, delimitados num quadrado ou nas arestas de um cubo, aceleram todos os processos químicos e biológicos. E essas observações leva-nos a considerar a espantosa sêxtupla polarização da esfera.

    Conclui-se que as energias não se condicionam dentro das leis quantitativas da física clássica, e, se não se condicionam, mas operam, são apreciáveis nesta faixa de realidades pouco conhecidas, que são “a realização de possibilidade daquilo que parece impossível”. No dizer de Arthur Koestler, autor do livro “Do zero ao infinito” e outra obra “As razões de coincidência” (Editora Nova Fronteira, 1972, Rio de Janeiro), na folha 48 diz: “Uma vez chegado ao nível atômico, o mundo objetivo do espaço e do tempo deixa de existir, e os símbolos matemáticos da física teórica, referem-se meramente a possibilidades, não a fatos”.

    As energias das formas são comprovadas, importa em estudá-las e aproveitá-las.

     

     

    5. RESULTADOS

    É importante quando se trabalha com as formas, ter-se consciência que elas transmitem informações, recados, de nosso inconsciente para o consciente.

    Na busca pelo equilíbrio tanto pessoal como ambiental, vamos nos utilizando de técnicas visto que, tudo em todo tempo e lugar, aqui incluindo as pessoas, tende ao desequilíbrio.

    Neste estudo nosso, estamos nos utilizando das formas geométricas, das runas e das pirâmides. Para um conjunto de trinta pessoas dividias em três grupos de dez estudadas, o resultado foi o que se segue:

    1. Dez pessoas conseguiram eliminar o que lhes causava desconforto físico ao se colocar uma runa em seu local de repouso por vinte dias e na sua ficha de cliente;
    2. Dez pessoas se sentiram mais dispostas ao trabalho e atividades tendo seu nome inscrito dentro de uma figura geométrica;
    3. Dez pessoas conseguiram sentir-se mais ágeis e inspiradas ao se colocar uma pirâmide de fio de cobre em sua cabeça por uma hora;
    4. Nenhuma pessoa deixou de apresentar alguma reação positiva aos experimentos;
    5. Nos mapas houve equilíbrio geobiológico com as runas e formas geométricas. Vamos comprovando, assim, o valor das formas geométricas, das runas e das pirâmides.

    6. DISCUSSÃO

    No nosso dia-a-dia, trabalhando como Terapeutas Holísticos, vemos que o equilíbrio deve ser uma meta a ser alcançada, mas que a maior parte do povo acostumou-se a ser infeliz e o que é pior, a cultivar esta infelicidade porque não se dá conta que ele é o agente transformador de sua vida em ação.

    Cabe ao terapeuta, com suas técnicas despertar a vontade daquele ou daquela que está diante dele, de melhorar e ser feliz.

            Vejamos o pensamento de um grande filósofo e inteligência privilegiada, Aristóteles, que afirmava: “A felicidade é um fim em si, a única coisa que vale a pena ser atingida na vida humana. A felicidade é, então, a melhor, a mais nobre e a mais agradável coisa do mundo”, diz ele em sua Ética. Se você não está tão feliz como gostaria, então, talvez a sabedoria de Aristóteles possa ajudar. Aristóteles acreditava firmemente na noção de propósito: todos têm um propósito na vida, e a felicidade duradoura vem atrás de sua realização. Todos possuem capacidade e talento e, quando os cultivamos virtuosamente, ficamos realizados. É também o dever da família, e responsabilidade do governo, criar ambientes que conduzam ao cultivo da excelência e à prática da virtude

    a qual “precisa de bens externos, igualmente, porque é impossível, ou difícil, agir nobremente sem o equipamento adequado”.

            Famílias desajustadas, culturas disfuncionais e regimes despóticos são profundamente não-aristotélicos, assim como as crenças que sacrificam o potencial real desta vida para a recompensa incerta ou esquecimento da próxima.

            Aristóteles advoga o uso da razão para nos guiar até a felicidade, que é possível nesta vida. Sua ética nos ensina a reconhecer e a evitar os extremos, porque são os extremos ou nosso desejo por extremos, que sempre causam a infelicidade.

    Não comer suficientemente o tornará fraco, infeliz e prematuramente morto, ao passo que comer em demasia fará com que você fique acima do peso, infeliz e morra prematuramente. O que é verdadeiro para a comida também é verdadeiro para o trabalho, para o dinheiro, para o sexo e para quase todo o resto que as pessoas perseguem produzem ou consomem no curso normal de suas vidas. Os extremos também valem para dosar a temperança, a coragem e as outras virtudes. Aristóteles nos ensina a encontrar o equilíbrio entre a escassez e o excesso, um caminho do meio, entre o insuficiente e o excessivo. A felicidade duradoura surge da descoberta e da manutenção desse equilíbrio que é a “proporção de ouro”, ao passo que a infelicidade é um produto de aventurar-se muito longe em direção a qualquer dos extremos.

            No mundo há desigualdades sociais que levam ao sofrimento, mas e nos países desenvolvidos ou socialistas não há sofrimentos? Estamos fora da ordem global que leva à felicidade?

            Segundo Aristóteles, pela razão conseguiremos resolver nossos problemas humanos porque teremos seguido uma reta proporção.

            A pessoa humana é muito mais do que simples razão, é sentimento, emoção, alma, psiquê, energia, mas neste estudo nós nos utilizamos das formas geométricas para trazerem para a pessoa humana o que elas podem transmitir de bom, porque se utilizarmos estas energias positivas vamos aumentando as faces da felicidade em nós e nos outros e, consequentemente, por irradiação no mundo, antes proporcionalmente equilibrado e hoje confusamente desorganizado pela ação humana que, a cada dia, deve se conscientizar para a construção do melhor.

    7. CONCLUSÃO

            O mundo do conhecimento é vasto e impossível de ser alcançado, só temos uns vislumbres de alguma parte, porque nossa racionalidade é pequena e equivocada.

            No meio deste caminhar, deparei-me com as ENERGIAS DAS FORMAS que nos transmitem alguma coisa além das aparências. É um círculo que isola e protege, é um quadrado que afasta e imuniza.

            Pesquisando sobre RUNAS, formas usadas desde antigamente pelos povos anglo-saxões descobri que elas nos transmitem muitas mensagens que podem nos guiar naquele momento e também podem melhorar a energia daquele cliente que está por perto de nós.

            Há vários modos de se consultar as RUNAS:

    1. Pode ser colocando uma RUNA escolhida para a pessoa através  do pêndulo;
    2. Tirar uma ou três RUNAS em resposta a uma pergunta;
    3. Colocar uma RUNA no aposento por um determinado tempo citado pelo pêndulo;
    4. Usar uma RUNA no carro para proteção;
    5. Ou outro modo que você quiser, sempre para o bem.

    Quanto à PIRÂMIDE, esta é uma forma perfeita de geometria. Também nos transmite boas vibrações. É impressionante como faz a pessoa sentir-se bem colocando uma pirâmide de cobre – de proporções certas – na cabeça por um tempo. As formas geométricas, as RUNAS, as Pirâmides são auxiliadoras na nossa ARTE DE TERAPEUTAS incansáveis em busca do equilíbrio melhor de se viver.

    Para Aristóteles, tudo deve estar dentro da geometria da proporcionalidade, tudo está dentro de uma proporção geométrica, inclusive a beleza. Para ele, á uma questão de proporção. As pessoas que se submetem à cirurgia plástica para melhorar seu “visual” estão ajustando as proporções de algum traço para melhorar a proporção geral de seu rosto. Segundo Aristóteles, a fé e a razão, ajudando a pessoa na prática da virtude, proporcionam à pessoa um tipo de felicidade sustentável que não pode ser tirada e a pessoa se sente realizada. Realizada e feliz.

    É muito gratificante estudar as formas geométricas, as pirâmides e as Runas, pois vemos que sempre há algo a ser acrescentado na nossa busca pela melhoria progressiva da direção da vida em busca deste desejável equilíbrio.

    “A verdadeira viagem de descoberta consiste em não procurar novas paisagens, mas em ter novos olhos” (Marcel Proust).

    8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    BLUM, R. O Livro de Runas. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1994.

    CARDILLO, E. A Energia da Forma. São Paulo: Editora Aquarius, 1992.

    Disponível em < http://www.gnosisonline.org/magia-cosmica/runas-a-danca-cosmica-dos-deuses> Acesso em 18 mai 2012.

    GIMBEL, T. Forma, Som, Cor e Cura. São Paulo: Editora Pensamento, 1997.

    MARINOFF, L. O Caminho do meio. Rio de Janeiro: Editora Record, 2008.

    SAEVARIUS,E. Manual teórico e prático de radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758
    Última atualização: 31/07/2012 10:45


    Tratamento através de frequências energéticas com o uso da Radiestesia

    Tratamento através de frequências energéticas com o uso da Radiestesia.

     

     

    Maurício Marcial de Araújo

    Terapeuta Holístico – CRT 43301

    mauriciomarcial@radiestesia.com.br

    SINTE  Sindicato dos Terapeutas

     

     

    PENSAMENTO

     

     

     

            Não é possível sequer imaginar a imensa força do pensamento.

            É o poder maior e supera a todos os demais.

            Esse potencial está à disposição do ser humano e é capaz de abrir todas as portas, todavia são poucos os que sabem dirigir esse patrimônio de forma equilibrada.

            Grande parte das pessoas não consegue discipliná-los e eles nascem e se perdem em inconstância ímpar e flutuam na mente sem objetivos definidos.

            Como toda energia, ele deve ser bem dirigido. Não pode esgueirar-se pelos cantos do cérebro como inebriante faz-de-conta.

            É uma força incalculável e até perigosa quando largada a esmo.

            Eu já disse algures que o pensamento é a maior alavanca, maior até do que a energia atômica. Mas ninguém conhece o seu potencial e desperdiça os seus dons.

            No momento em que a força do pensamento for conhecida, será aplicada para reequilibrio físico e mental, para abrir caminhos e formular reformas íntimas.

            É claro que seria perigoso se o homem já soubesse manejar esse poder e não estivesse ainda aperfeiçoado espiritualmente. Seria como deixar a eletricidade nas mãos tenras e inocentes de uma criança.

            O pensamento é algo etéreo que deve ser usado com sabedoria e erudição.

            As religiões aí estão para disciplinar o interior de cada homem. Quando cada um souber nortear os seus passos com sabedoria, uma nova era se abrirá.

            Não mais teremos tristezas e improdutividade. O melhor material para construir destino estará às mãos, e com a perfeição adquirida surgirão grandes prenúncios de alegria e paz.

     

     

     

    “A Arte e a ética associadas à Radiestesia são fundamentais para o sucesso!”



     

    Sumário

     

     

          INTRODUÇÃO:

     

    1. Capítulo 1 – Porque existe certa relutância em aceitar um modo de vida conforme as leis Cósmicas?

     

               MATERIAL E METODOLOGIA:

     

    1. Capítulo 2- O que você pode fazer com a Radiestesia.

     

    1. Capítulo 3- Minha abordagem em Radiestesia Holística.

     

    1. Capítulo 4- Técnicas para o uso do gráfico geral.

     

    1. Capítulo 5- Formas de utilização da Radiônica.

     

         RESULTADOS

     

    1. Capítulo 6- Evolução de casos reais.

     

         DISCUSSÃO

     

    1. Capítulo 7- A Radiestesia na busca da saúde holística.

     

              CONCLUSÃO

     

              REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

     

     

    Introdução

     

     


         
    Esta nova Palestra apresenta em seu contexto dois objetivos distintos: esclarecer e pontuar a importância ao público sobre a Radiestesia em sua técnica e utilização, também, suscitar o desejo pela busca do conhecimento e comprometimento na qualidade de vida nossa e de nossos clientes, onde cada terapeuta, em sua totalidade, se reconheça capaz de entender, trabalhar e modificar as frequências relacionadas a estrutura física, emocional e áurico em expansão através de mais esse conhecimento.

     

     

            Reforçando o nosso entendimento; A Radiestesia é uma técnica milenar que através de profundos estudos e pesquisas pode vir a ser utilizado em todos os segmentos que envolvem a saúde e o bem estar social. Descrevendo a qualificação da Radiestesia e de outras técnicas holísticas já contamos com Normas Técnicas Setoriais Voluntárias criadas pelo SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS, bem como leis estaduais que garantem seu reconhecimento. A criação de reguladores reconhecidos como o SINTE (Sindicato dos Terapeutas) e de outras associações e conselhos de classes, também garantem o seu compromisso, mostrando que a profissão de Radiestesista Holística está cada vez mais forte e em crescimento no Brasil, e que o brasileiro começa gradativamente a compreender que o autoconhecimento e o equilíbrio seu e do meio em que vive, é sem dúvida nenhuma a maneira mais lógica e completa para se ter uma vida longa e saudável.

            Hoje temos um código de ética consolidado, acrescentando através do SINTE a criação do Tutorial Terapia Holística, que é o livro da Auto-Regulamentação da Terapia Holística, as NTSVS _ Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística. É o amadurecimento da profissão no Brasil, fruto de muito trabalho da valorização dos Terapeutas Holísticos compromissados com a ética e a excelência técnica.

            Com muito prazer e satisfação, eu fico motivado a apresentar meus estudos e minhas técnicas de trabalho com terapia em sincronicidade (Radiestesia, Psicoterapia, Odomertia, Cromoterapia, Fitoterapia, Florais de Bach entre outras) e que venho obtendo resultados extraordinários e proveitosos para o meu desenvolvimento e também dos meus clientes.

     

     

            Desta forma, convido você a já ir expandindo seus estudos e interpretações.

     

     

     

    Capítulo 1:

     

     

    Porque existe certa relutância em aceitar um modo de vida conforme as leis Cósmicas?

     

            É que estamos  ainda em evolução, eivados de tendências próprias da matéria.

            A própria questão de sobrevivência impõe certos limites.

            Os instintos naturais clamam mais alto.

            A busca de conforto é também imperioso motivo.

            Peça a uma criança faminta que dê a sua porção de alimento ao irmão e ela irá agarrar-se à fonte da vida.

            Peça que doe os seus brinquedos preferidos e ela os aconchegará ao peito.

            É quase uma dependência, e todos são assim.

            Não se trata propriamente de egoísmo.

            É uma questão de garantir o bem-estar.

            Na Terapia Holística também é assim, acreditamos que a nossa técnica é que vai salvar o mundo e as dos outros não; e ainda buscamos conforto e respaldo na Ciência, absurdo não é?

            O Terapeuta Holístico utiliza como ferramenta principal em seu trabalho o amor ao próximo, o desejo de ajudar na melhora da qualidade do outro, mas, esbarra no ego profissional.  

            O altruísmo é ainda moeda preciosa, em escassez no tesouro íntimo e o dever do terapeuta é justamente distribuir e ensinar ao cliente a fazer o mesmo.

            Em geral, oferta-se o que não faz falta imediata.

            As sociedades vicejam na base do lucro, então há especulação e até mesmo comércio ilícito.

            A avareza e o egoísmo ainda são as marcas características.

            As vantagens proclamadas são apenas chamarizes para vender mais.

            Olhando-se as páginas que narram à vida de Jesus e de outros grandes iluminados, vê-se que todos eles eram extremamente simples.

            Vieram de planos mais adiantados, onde a fraternidade é legítima.

            Somos profissionais e merecemos receber pelo nosso trabalho de forma correta e honesta.

            Os animais e os aborígenes primitivos têm a sabedoria instintiva para a sobrevivência, e isso não significa que obedeçam a certos princípios: até matam se for preciso. Mas o homem, alcandorado (colocado em lugar de elevada altura) a novas certezas, deve disciplinar-se e conduzir seus passos com altruísmo.

            Sem renúncia aos mais baixos instintos, será impossível vislumbrar melhores dias com profissionais.

            A utilização de técnica utilizando as mãos para transferência e renovação das energias estagnadas no corpo dos clientes exige certo grau de altruísmo, pois somente assim conseguiremos emitir uma energia limpa e reformadora.

            A utilização da Radiestesia neste processo nos possibilita visualizar e conferir com nitidez o tipo de frequências e a necessidade de transformação da mesma.

            Mas como funciona a Radiestesia?

           A palavra Radiestesia é a união de dois termos, Radius, que vem do latim e significa radiação e aisthesis, de origem grega e que significa sensibilidade, indicando assim a sensibilidade às radiações.

     

            Utilizando instrumentos específicos, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do nosso campo bioenergético que trabalha com as dimensões vibratórias mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando encontrar possibilidades para corrigir possíveis alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem estar da pessoa.        

     

            Tudo no universo é uma fonte de energia que ressoa em certa freqüência ou, uma combinação de freqüências com outros elementos. Nosso corpo é feito de um número incontável de átomos e moléculas representando vários elementos. Cada molécula elementar ou átomo ressoa em harmonia com outra, quando estamos em perfeito equilíbrio. Acontece que em todo o momento estamos expostos a energias nocivas, como: ondas de rádios, TV, antenas, energias pessoais, etc... Podendo gerar uma serie de desequilíbrios. Elas passam sobre nossos corpos, da mesma forma que somos afetados pela radiação do sol, da lua, da Terra e como sabemos das outras pessoas, porque mesmo pensamentos criam energias que se irradiam através de nossos corpos.

     

            Frequentemente durante o dia respondemos fisiologicamente, emocionalmente e intelectualmente de alguma forma às diferentes radiações que nos atingem, vindas de várias fontes.

     

            Radiestesia é uma excelente ferramenta para ampliar nossas reações sutis que experimentamos.  Se usada corretamente, a Radiestesia será uma ferramenta benéfica para a identificação e correção da fonte e transmissão das radiações nocivas existentes.

     

            Na realidade, a Radiestesia pode ser dividida em três aspectos:

     

    1- Reação física para frequências e radiações universais de elementos ou combinações de elementos naturais ou artificiais que existem no nosso ambiente físico.

     

    2 - Reação emocional dos pensamentos, condições e atitudes de outros, individualmente ou coletivamente e, de nós próprios.

     

    3 - E frequentemente intuitivamente a eventos que estão fora de nossa percepção linear do tempo, consciência física ou realidade.

     

             Com a nossa atitude e conhecimento do assunto que nos dirá definitivamente se seremos bem sucedidos no trabalho de Radiestesia ou não, e o quanto poderemos desenvolver este precioso presente. Devemos tornar-nos humildes e ter força de submetermos nossas percepções e atitudes para mudar, questionar mesmo nossas mais fortes crenças sobre um assunto específico e também ter vontade de corrigir nossas realidades.

     

           Para alguns isto será somente um meio de trabalhar com reações ou manifestações físicas, tais como procurar água, minerais e outros assuntos relativos às substâncias do universo. Outras pessoas, como eu, entretanto, podem se sentir confortável em trabalhar em áreas relativas à saúde, emoção e espiritualidade, ou seja, equilíbrio do Ser.

     

     

     

    Material e metodologia

     

     

    Capítulo 2:

     

    O que você pode fazer com a Radiestesia.

     

     

    A Radiestesia pode ser usada em diversos domínios como, por exemplo: agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água, no nosso caso: pesquisa de florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas, use a sua intuição e muita pesquisa.

     

     

     

     

    Capítulo 3:

     

    Tratamento com o uso das mãos e freqüências energéticas através de índices

     

     

            A troca de energia através das mãos tem sua eficácia divulgada em várias correntes filosóficas e, nos últimos 40 anos, a ciência traz pesquisas da aplicação e benefícios da mesma na área da saúde; é importante saber que a Terapia Holística faz parte deste processo de desenvolvimento e aprendizado universal desde os primórdios e saber como identificar através da Radiestesia as frequências saudáveis e também as desequilibradas é importante e revelador para todos.

     

            O Toque Terapêutico é uma técnica contemporânea de terapia complementar desenvolvida por Dolores Krieger e Dora Kunz, na década de 70.  A expressão “toque terapêutico” corresponde à conhecida técnica de “imposição de mãos”, amplamente estudada pela Doutrina Espírita como fator promotor de benefícios na área da saúde. Por ser um meio não invasivo, pode ser utilizado como complemento de várias terapias e também em clientes submetidos à medicina alopática.

            

            O toque terapêutico tem registros antigos: aparece no Papiro de Ebers, um dos tratados médicos mais antigos e importantes que é conhecido. Este tratado foi escrito no Antigo Egito e é datado de 1552 a.C. A confirmação deste achado aparece também no livro “O Espiritismo perante à Ciência”, de Gabriel Delanne no trecho “Os egípcios ... empregavam, no alívio dos sofrimentos, os passes e a aposição de mãos, como os executamos ainda em nossos dias”. Esta prática aparece por toda a história da humanidade, como na Bíblia, na época dos romanos, na ascensão da medicina árabe com Aviccena, em épocas medievais, etc.      

     

            Atualmente, utilizo às frequências necessárias para o restabelecimento do equilíbrio holístico através do uso de índices encontrados com o uso da Radiestesia:

     

    Exemplos:

    Artérias

    Adiposa - 4965

    Aorta, abdominal - 432

    Aorta, arco da - 6023

    Aorta, torácica - 978

    Artéria coronária – 492

    Artérias - 497

    Arteríolas - 495

    Auricular posterior - 847

    Axilar - 648

    Braquial - 491

    Carótida comum - 526

    Carótida externa - 516

    Carótida interna - 536

    Cerebral – 2947

     

            Estes índices grafados numericamente são o registro correspondente ao ponto exato do equilíbrio que cada parte ou substância que compõe a estrutura orgânica deveria alcançar para manter ou restabelecer qualidade de vida do indivíduo.

     

     

     

     

     

    Capítulo 4:

     

    Técnicas para a utilização das frequências:

     

     

            Para entender melhor o procedimento desta técnica, utilizarei o conceito da relatividade como exemplo.

            O tratamento com frequências e índices segue a estrutura da teoria da relatividade.

            O conceito da equivalência massa-energia une os conceitos de conservação da massa e conservação da energia. O inverso também é válido, energia pode ser convertida em partículas com massa de repouso. A quantidade total de massa e energia em um sistema fechado permanece constante. Energia não pode ser criada nem destruída, e em qualquer forma, energia acumulada exibe massa. Na Teoria da Relatividade, massa e energia são duas formas da mesma coisa, e uma não existe sem a outra.

            Por tanto, se podemos corrigir desequilíbrios no campo físico, podemos também através de frequências (radiações) corrigi-los no campo energético do ser.

            A principal forma de desenvolvimento para este tratamento é:

    1. Retirar o excesso de energia estagnada do corpo de nosso cliente através de um bastão, cristal ou mesmo uma pedra vulcânica. (para este procedimento é necessário a programação radiestesica conforme foi citada em palestras e cursos anteriores.)
    2. Em rastrear e encontrar com o uso do pendulo pontos, órgãos, meridianos e chakras  em desequilíbrio.
    3. Com o uso dos índices corretos e programados inserirem as frequências necessárias o tempo necessário até o restabelecimento daquele órgão etc...
    4. Necessitando de repetição do processo, marcar retorno e executar novamente até a melhora da qualidade de nosso cliente.

       

            Trabalhando com vários clientes e vários tipos de desequilíbrios cheguei a resultados extremamente positivos e acredito que esta será uma das  técnicas mais úteis no desenvolvimento e evolução de ser como um todo.

     

     

    Capítulo 5:

     

    Podemos trabalhar com esta técnica a distância?

     

     

            Utilizando frequências podemos também trabalhar com o cliente a distância já que dependendo do caso, por motivos diversos não teremos ao nosso lado o cliente que precisa ser tratada, ou ainda, nem sempre podemos estar no local que queremos fazer nossas averiguações e tratamentos.

            Como fazer quando não podemos ter o cliente junto de nós?

            Utilizamos a Radiônica que é a arte que pratica a emissão de energia a distância, energias com qualidades e intensidades específicas em função das formas de objetos e gráficos interagindo nos campos energéticos do macro e micro cosmo.

     

            É um sistema pelo qual modificamos um desequilíbrio real a distância, colocando-o de novo em equilíbrio completo com a utilização dos índices citados.

            Os instrumentos que usamos em Radiônica são muito simples. Normalmente são gráficos com formas geométricas ou mesmo aparelhos eletrônicos chamados de Máquina Radiônica.

     

            Utilizando os gráficos podemos trabalhar com a energia de múltiplas formas: decágono, hexágono, losango, turbilhão, círculos, triângulos, pirâmides, semi-esferas, espiral, etc. Cada forma canaliza um tipo de energia; Já com a Máquina Radiônica, que é um aparelho como caixa com montagem eletro-eletrônico "Sintonizador Biológico" usamos registros de frequência (como usado para sintonizar o rádio), o que faz a ligação com o testemunho, emitindo, amplificando ou direcionando a energia que serve para substituir a pessoa ou o objeto que precisamos pesquisar.

     

            Para o uso da Radiônica o testemunho ou testemunha é indispensável, ele pode ser confeccionado de várias formas: através de fotos, saliva, cabelo, unhas, amostra de sangue, documentos da pessoa e também com a localização a ser estudado; no caso de casas, o endereço completo da casa, não se esquecendo de colocar o nome da cidade e, se possível, até o CEP, pois podem existir várias ruas em uma cidade com o mesmo nome.

     

            O testemunho pode ser ainda um mapa com o registro da pessoa e do local a ser pesquisado.

     

            Para não haver influência de outras energias, quando possível, solicitar ao cliente que coloque o testemunho dentro de um envelope para ser levado a você; pode-se ainda usar o nome completo da pessoa com a data de nascimento, para se evitar homônimos.

     

            Portanto experimente, busque conhecer e utilizar das técnicas da Radiestesia tanto presencial como a distância, em conjunto com o uso dos índices e freqüências; você vai se surpreender com os resultados. Pratique todos os dias. É como tocar um instrumento musical. Se seguir às instruções cuidadosamente e praticar um pouco todos os dias a sua habilidade e precisão se tornarão muito boas, tornando-se assim um terapeuta melhor a cada dia.

     

     

     

     

    Resultados:

     

     

    Capítulo 6:

     

    Evolução de casos reais:

     

    C.A.V – chegou até a mim se queixando de distúrbios diversos como palpitações fortes, desmaios, angústia profunda e imenso desânimo alegando ter recebido diagnóstico médico de síndrome do pânico. Após 3 sessões utilizando os índices através da imposição de mãos já não sentia nenhum tipo de desequilíbrio físico, tornando assim o tratamento psicoterapêutico mais ativo e com respostas mais eficientes. Está em tratamento holístico há três meses e não teve mais nenhuma das sensações relatadas no início do acompanhamento.

     

    V.E.C – chegou até a mim por indicação  de outro cliente que obteve excelentes resultados em uma situação semelhante. Havia um prognostico médico reservado ou considerado irreversível, alegando ter enfermidades celulares disseminadas pelo corpo, incluindo intestino, pulmão e ossos.

    Mantém o tratamento alopático indicado para o caso e, de forma complementar, é acompanhada por mim . A sua melhora física e o fortalecimento de seus órgãos estão em um processo bem rápido e com muita qualidade, refletindo-se no ganho de peso,  aumento da força muscular e ânimo para, inclusive passear, redecorar seu quarto e realizar compras em Shopping Center. Antes, acamada, caquética e sem perspectivas de recuperação, se queixava de fraqueza extrema, desânimo, dores, vômitos e diarréia.

     

    A.L.S. – apresentou-se a mim queixando-se de dores no corpo, excesso de peso e desânimo. Utilizei frequências relativas à queima de gordura e aumento na velocidade de seu metabolismo, também equilibrando a estrutura hormonal e aplicando a frequência de alguns florais e fitoterápicos.  A dor desapareceu, a auto-estima melhorou e começou a perder peso (entre 300 gramas a 1 quilo e 100 gramas semanalmente) de forma saudável  e sem perda de líquidos e minerais importantes.

     

            Com este trabalho e pesquisas, o campo de energia individual é acessado e a troca de energia estagnada e desequilibrada por energia saudável e de qualidade faz-se real. Com o uso da Radiestesia e das mãos como ferramentas podem agir como um instrumento único onde a sensibilidade e a intuição ficam mais vulneráveis a sensações que indicam onde a energia do cliente possa apresentar algum bloqueio ou desequilíbrio e assim pontuar e tratar a causa diretamente no ponto aonde foi criado o desequilíbrio indicado. Após a determinação onde das áreas que possam estar em desequilíbrio, o Terapeuta começa a inverter a energia nociva e distribuir e corrigir a energia pelo corpo, aliviando partes doloridas ou congestionadas e melhorando aquelas que estão com as frequências desafinadas, ou seja, como se parte de seu corpo fosse uma estação de radio desalinhada com muita caieira e após tratamento ficasse na sintonia correta com nitidez e pureza.

            Esta terapia pode se comparar a um dial preciso que encontra a energia saudável.

     

     

     

    Discussão

     

     

     

    Capítulo 7:

     

    A Radiestesia na busca da saúde holística:

     

            Alguns autores restringe o uso da Radiestesia em agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água e outros.

     

             No meu caso a utilização da Radiestesia é uma ferramenta para a busca da melhor qualidade de vida e o equilíbrio do Ser. Através do uso dela venho pesquisando varias técnicas no decorrer dos anos: florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas e os resultados fascinantes.

            

            Aconselho a você conhecer esta técnica e utilizá-la.

     

    Conclusão:

     

            Criando assim uma equação de serviços elaborados, para se chegar ao melhor condicionamento físico e mental, com a compreensão de vida em que se resolva o problema existente, como um todo sem transferência de culpa ou novas somatizações físicas. Visando sempre que o mais importante é justamente que o terapeuta holístico seja um catalisador para a busca do conhecimento e crescimento individual de cada cliente e não um apaziguador de um problema direcionado, principalmente porque quando um cliente nos procura ele não quer ser “curado de doenças”, para isto ele procuraria um médico e não um terapeuta holístico, ele está atrás é sim de uma qualidade de vida dele e dos que os cercam e um equilíbrio onde possa se sentir bem com ele mesmo e com o ambiente onde vive. Sentindo- se assim feliz e produtivo sempre!

            Ninguém entrega um objeto precioso aos cuidados de outrem se não tiver absoluta certeza de que será bem cuidado. Qual mãe entregaria seu filho aos braços de um brutamonte?

            Assim é com a energia, o bem mais caro e essencial. Se ela for entregue aos cuidados de Deus é por confiança insofismável. O Terapeuta Holístico é um instrumento de restauração energética.

            A confiabilidade se constrói através do tempo. As provas vão chegando, umas após as outras para confirmar ou não se a força íntima e o caráter de alguém são impolutos.

            Da mesma forma, no reino dos valores mais pesados. Um indivíduo só arranja para comparsas quem vibra na mesma sintonia e seja capaz de cometer os mesmos crimes. A afinidade de propósitos é indispensável.

            A entrega total só existe entre seres absolutamente certos da igualdade de sentimentos. Se há falta de semelhanças não há confiança.

            É possível haver identidade independentemente da idade cronológica. Uma criança pode ficar serena ao entregar-se aos braços dos avós. Às vezes, a entrega se faz entre um acurado leitor e um livro, a bíblia, por exemplo, capaz de mudar a conduta e redimir.

            Nota-se que entre os animais e os humanos, as mães se entregam em abandono para doar o leite vital; é pura dádiva. Daí deveria vir o exemplo do desapego e altruísmo. Podes retrucar que é mero instinto. Mas, dentro dele pulsa algo mais etéreo e eterno. A criança não suga apenas o leite material, mas também a força de viver. Há sempre elos entre quem doa e quem recebe.

    É uma simbiose energética digna de apreço e imitação.

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

     

    ARAÚJO, Mauricio Marcial – Gráficos Radiestésicos e Radiônicos para o Uso em Terapia Holística.

     

    ARAÚJO, Maurício Marcial – Radiestesia na Terapia Holística – A Arte e a Ética Associadas a Radiestesia são:

     

    ARAÚJO, Maurício Marcial – Radiestesia e Poder das Mãos – Técnica de Tratamento com troca de energia através das mãos

     

    BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz - Um guia para a Cura através do Campo de Energia Humana. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    CANÇADO, Juracy Campos L.. Do-In: Livro dos primeiros socorros. 18 ed. São Paulo: Ed. Ground, 1994.

     

    EITEL, Ernest J. Feng-Shui - A ciência do Paisagismo Sagrado na China Antiga. Rio de Janeiro: Ed. Ground, 1985.

     

    GERBER, Richard. Medicina Vibracional - Uma Medicina para o Futuro. 12 ed. São Paulo: Cultrix, 1997.

     

    LAFFOREST, Roger de. A Magia das Energias. São Paulo: Ed. Siciliano, 1991.

     

    PENNICK, Nigel. Geometria Sagrada. Simbolismo e Intenção nas Estruturas Religiosas. São Paulo: Ed. Pensamento, 1980.

     

    RODRIGUES, António. Os Gráficos em Radiestesia. São Paulo: Fábrica das Letras, 2000.

     

    SIQUEIRA, Renato Guedes de. Cinestesia do Saber - Radiestesia e Radiônica, Expressão do Nosso Inconsciente. 2ª ed. São Paulo: Ed. Roka, 1998.

     

    TANSLEY, David V. Dimensões da Radiônica - Novas técnicas de cura. São Paulo: Ed. Pensamento, 1997.

     

    TANSLEY, David V. Chakras Raios e Radiônica. 9 ed. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    TANSLEY, David V. As Trajetórias dos Raios e os Portais dos Chakras. São Paulo: Ed. Pensamento, 1985.

     

    WATERS, Paul. A Huna Guide to the Pendulum. Princeville, Hi: Huna by Mail, 1996.

     

    WOODS, Walt. Letter to Robin - A mini-course in Pendulum Dowsing. 10th. The Print

    Shoppe,1996

    Autor: : Maurício Marcial de Araújo - Terapeuta Holístico - CRT 43301
    Última atualização: 12/06/2013 19:55


    Terapia em Sincronicidade » Reiki

    REIKI - A HORA E A VEZ DO TERAPEUTA

    REIKI

    A HORA E A VEZ DO TERAPEUTA

    EULALIA FERNANDES

    TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 32899

    Reiki e Terapia Floral

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    HOLÍSTICA 2007

    Nosso corpo é suficientemente fluido para espelhar qualquer evento mental. Nada se move sem movimentar o todo.” (Chopra, 2003,85)

    SUMÁRIO

    RESUMO 05

    1. INTRODUÇÃO 06

    2. MATERIAL E METODOLOGIA 07

      1. 2.1. Instrumental teórico e dados 07

      2. 2.2. Fundamentação teórica 07

      3. 2.3. Prática terapêutica 10

    2.3.1. Os princípios do Reiki 10

    2.3.2. Práticas terapêuticas para reikianos e não-reikianos 12

    2.3.2.1. A meditação 12

    2.3.2.2. Banho seco 13

    2.3.2.3. Energização grupal 13

    2.3.2.4. Cuidados com o ambiente terapêutico 14

    2.3.2.5. A busca de outras terapias alternativas 14

    1. RESULTADOS 15

    2. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 15

    3. CONCLUSÕES 15

    4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16

    RESUMO:

    A apresentação enfoca cuidados que o terapeuta deve tomar consigo mesmo, a fim de manter sua qualidade de vida e estar pronto para cuidar dos desequilíbrios e desarmonias de seus clientes.

    A metodologia de apresentação, após um breve percurso sobre a relação que o terapeuta deve ter com a sua atuação profissional, enfoca algumas práticas energéticas para manutenção do equilíbrio interior, da saúde e da qualidade de vida. Embora se destaquem as técnicas que envolvam o Reiki, a palestra propõe exercícios e atividades para os terapeutas holísticos, em geral.

    As conclusões apontam para quanto o conhecimento e a vivência com a meditação e técnicas de harmonização são importantes para que o terapeuta possa estar preparado para os cuidados consigo mesmo e com seus clientes.

    INTRODUÇÃO

    O trabalho apresentado pela terapia holística é o de focar o indivíduo como o grande responsável por sua saúde e por sua harmonia interior. O objetivo do terapeuta é, portanto, o de atuar como facilitador para que as pessoas que o buscam, como o responsável por atuar neste campo recebam dele os subsídios para os caminhos que levem a uma maior conscientização da busca do auto-conhecimento, da auto-estima e do trabalho no constante aperfeiçoamento de seu equilíbrio emocional, como a principal fonte de bem-estar do corpo e do espírito.

    Afirmamos, como terapeutas holísticos, que esta terapia busca restaurar ou preservar a saúde e a qualidade de vida, cabendo-nos contribuir para incentivar e facilitar a busca desse caminho pelos clientes. Insistimos que nos cabe propiciar, indicar ou facilitar o encontro do caminho ou dos caminhos que levem os clientes a esse auto-conhecimento. Encontramo-nos em congressos, buscamos leituras, realizamos grupos de discussão, empenhamo-nos em aprender técnicas que nos levem a propiciar a saúde, o bem-estar de nossos clientes, mas raramente nos encontramos para discutir sobre nós mesmos. Raramente nos encontramos para buscar em nós o que tanto buscamos facilitar para nossos clientes. Não vejo, com a mesma freqüência, workshops e palestras que se voltem aos cuidados que o terapeuta holístico deve tomar consigo mesmo, tanto estamos empenhados em buscar métodos e técnicas para usarmos em nossos consultórios, para atendermos àqueles que nos procuram como clientes.

    Esta palestra se volta para o caminho do próprio terapeuta como ser humano e como profissional, uma busca do diálogo com o interior de si mesmo. Uma pausa para a meditação. Intenciona ressaltar o auto-conhecimento não do outro, mas de si. Incita ao desafio de buscar a saúde dentro de si, antes de olhar para a saúde do outro. O que temos a dar depende do que temos a oferecer. E o que temos a oferecer depende do que temos dentro de nós. Somos facilitadores, somos canais, mas o canal não pode estar isento de cuidados próprios com a sua limpeza interior, com o auto-conhecimento próprio e não apenas refletido naqueles que se colocam sob os cuidados de nossa responsabilidade profissional. Esta palestra, portanto, pretende alcançar a introspecção, o colocar-se diante do espelho, o sorriso interior, a função de ser e estar no mundo para si mesmo, cuidando da tentação de apenas refletir-se sobre o outro.

    O que propomos é apresentar uma filosofia que não descuide do auto-conhecimento, além de apresentar técnicas terapêuticas de cuidados que podem ser utilizados cotidianamente, voltados para o centramento de si mesmo, para a limpeza de centros energéticos, para o auto-equilíbrio.

    Para alcançarmos este objetivo, dividimos a palestra em itens que obedecem aos pressupostos ditados pelas diretrizes das normas técnicas de apresentação, subdividindo, quando necessário, em subitens que componham melhor a distribuição de seu conteúdo. Assim, o primeiro capítulo é composto por esta introdução; o segundo capítulo versa sobre o material e a metodologia adotados para o desenvolvimento do tema, apresentando três subdivisões: instrumental teórico e dados, fundamentação teórica e fundamentos da prática terapêutica; o terceiro capítulo apresenta resultados de estudos já realizados na prática terapêutica; o quarto capítulo discute resultados; o quinto apresenta as conclusões e, finalmente, no sexto, são feitas as referências bibliográficas. Não há apêndice ou anexos.

    1. MATERIAL E METODOLOGIA

    A metodologia da apresentação se subdivide em instrumental teórico e dados, fundamentação teórica e fundamentos da prática terapêutica. É desenvolvida pela apresentação de suporte terapêutico e indicação de práticas de harmonização e equilíbrio do profissional terapeuta holístico.

    2.1. Instrumental teórico e dados

    As fontes consultadas foram eminentemente provenientes dos cursos realizados de mestrado em Reiki, principalmente, com o mestre Frank Petter e de livros que tratam de assuntos ligados à terapia holística, de modo geral. Os textos se fundamentaram essencialmente nos autores Othon (s/d), Chopra (2003), Lübeck et alii (2003), Petter (1998, 2002, 2004 e 2005), Petter et alii (2003), cujas referências se encontram na bibliografia.

    2.2. Fundamentação teórica

    Os cuidados com a saúde do corpo e do espírito podem apresentar-se como um dos fundamentos de uma filosofia de vida. Estar bem consigo mesmo é fundamental para poder propiciar isso ao nosso semelhante, ao nosso cliente.

    Como base para esta afirmação, não buscamos, neste artigo, uma base teórica propriamente, mas apresentamos dados concretos de que estar cuidando da própria saúde reflete-se em cuidar da saúde dos que estão sob nossos cuidados. Cito, para fundamentar estas colocações, a técnica do Ho Oponopono (Vitale, s/d), que descreve o trabalho de um psicólogo, terapeuta havaiano, Ihaleakala Hew Len. Eis os dados:

    Ho Oponopono (editado por Hector Othon)

    Há dois anos ouvi falar de um terapeuta, no Havaí, que equilibrou um pavilhão inteiro de internos criminais insanos, sem sequer ver nenhum deles. O psicólogo estudava a ficha do preso e, em seguida, olhava para dentro de si e se trabalhava para acolher no amor ao internado. À medida que ele identificava em si os sintomas e os harmonizava, o outro também melhorava. A primeira vez que ouvi essa história, pensei tratar-se de alguma lenda urbana. Como podia alguém equlibrar a outro, somente através de equlibrar-se a si mesmo? Como podia sanar a alguém criminalmente insano? Não tinha nenhum sentido, não era lógico, de modo que descartei essa história. Entretanto, escutei-a, novamente, um ano depois. Soube que o terapeuta havia usado um processo de harmonização havaiano chamado “oponopono”. Nunca ouvira falar dele, no entanto, não conseguia tirá-lo de minha mente. Se a história era realmente verdadeira, eu tinha de saber mais e fui à busca dele. Sempre soubera que sou responsável pelo que penso e faço. Mas, não posso me responsabilizar com o que pensa ou faz o outro. Acho que a maior parte das pessoas pensa o mesmo sobre a responsabilidade.

    O terapeuta havaiano que sanou essas pessoas mentalmente enfermas me ensinaria uma nova perspectiva sobre o que é a total responsabilidade. Seu nome é Dr. Ihaleakala Hew Len, ele tem, agora, 70 anos de idade, é considerado um “xamã avô” e é um pouco solitário. Ele explicou-me que havia trabalhado o Hospital Estatal do Havaí durante quatro anos. O pavilhão onde encerravam os loucos criminais era perigoso. Em regra geral, os psicólogos se demitiam após um mês de trabalho. A maior parte do pessoal do hospital ficava enfermo ou se demitia. As pessoas que passavam por aquele pavilhão simplesmente caminhavam com as costas coladas à parede, com medo de serem atacadas pelos internos. Não era um lugar bom para viver, trabalhar ou visitar. O Dr. Len disse que, quando chegou ao hospital, assinou um acordo para ter uma sala no hospital onde pudesse estar tranqüilo e revisar os prontuários médicos dos internos, mas que não os queria encontrar pessoalmente. Enquanto lia os prontuários médicos, ele trabalhava sobre si mesmo os sintomas do paciente. Enquanto trabalhava sobre si mesmo, os internos começaram a sanar-se. Ele me disse que, depois de poucos meses, os internos que estavam acorrentados receberam a permissão para caminharem livremente. Outros que tinham de ficar fortemente medicados, começaram a ter sua medicação reduzida. E aqueles que não tinham jamais qualquer possibilidade de serem liberados, receberam alta. Eu estava assombrado. Ele disse também que até o pessoal começou a gostar de ir trabalhar. O absenteísmo e as mudanças de pessoal desapareceram. Terminamos com mais pessoal do que necessitávamos porque os pacientes eram curados e liberados com mais rapidez do que o previsto.

    Perguntei o que foi que ele havia feito para ocasionar tal mudança nessas pessoas. Ele respondeu que, simplesmente, estava curando aquela parte nele mesmo que tinha a ver com o que deixou desequilibrado o interno. O Dr. Len explicou que entendia que a total responsabilidade é ser responsável por si e também por todos os relacionamentos, pelo simples fato de sermos UM. Assim, somos responsáveis por tudo o que acontece e existe. Se você assume completa responsabilidade por sua vida, então tudo o que você olha, escuta, saboreia, toca ou experimenta de qualquer forma é a sua responsabilidade porque é a sua vida. Isso significa que a atividade terrorista, o presidente, a economia ou qualquer coisa que você experimenta e não gosta está ali para que você a cure dentro de você. O desafio não está só neles, está em você e se você sente que algo deve mudar, mude em você o que corresponda a isso. Você tem de mudar para ajudar que mude o que está fora. Sei que é difícil de entender, muito menos de aceitar ou de realmente vivenciar. Colocar a culpa em outra pessoa é muito mais fácil que assumir a total responsabilidade, mas, enquanto conversava com o Dr. Len, comecei a compreender o método dele e que o “ho oponopono” significa: amar aos outros como se ama a si mesmo.

    Se você deseja melhorar sua vida, você deve harmonizar sua vida. Se você deseja equilibrar alguém, mesmo um criminoso mentalmente insano, você o faz haromizando a si mesmo.

    Perguntei ao Dr. Len como ele equilibrava a si mesmo. O que era exatamente que ele fazia, quando olhava os prontuários daqueles internos. Ele respondeu que simplesmente lia os prontuários, acolhia o interno em seu coração e permanecia dizendo e sentindo “Eu sinto muito” e “Eu te amo”, uma vez após outra.

    Perguntei-lhe se era só isso! Ele disse que sim. Acontece que amar ao outro como se ama a si mesmo é a melhor forma de melhorar a si mesmo e, à medida que você melhora a si mesmo, melhora o seu mundo. Basta apenas dizer que, quando você quer ou deseja melhorar qualquer coisa na sua vida, existe somente um lugar onde procurar: dentro de você mesmo. E, quando olhar, faça-o com amor.”

    Baseando-se nessa incrível forma de adequação à visão do mundo, partindo de si mesmo, a proposta de nossa apresentação visa à interiorização do terapeuta, do cuidado consigo mesmo para que se sinta pronto e mais preparado para o tratamento terapêutico. Entendamos tratamento terapêutico, neste artigo, como o tratamento de si mesmo, para que construa um mundo de harmonia que se estenda ao mundo que o cerca e, consequentemente, a seus clientes.

    2.3. Prática terapêutica

    É importante ressaltar que a postura do terapeuta, a energia que ele emana, sua paz interior e seu estado de equilíbrio refletem imediatamente no cliente, desde os primeiros momentos do atendimento.

    Assim, os cuidados consigo mesmo(a), além de serem indispensáveis ao próprio bem-estar pessoal do corpo, da mente e do espírito, são indispensáveis para um bom empenho do(a) terapeuta junto a seus clientes.

    Quantas vezes já ouvimos nossos clientes dizerem que, só de entrarem em nossos consultórios, já se sentem melhor? Uns falam do ambiente, outros do abraço que os espera, das palavras, do sorriso, do bem-estar em geral.

    Manter-se em forma energeticamente é, pois, um dos principais cuidados que devemos tomar, tanto para nosso próprio proveito, quanto para o melhor proveito de nossos clientes.

    Vários podem ser os caminhos tomados pelo terapeuta para os cuidados consigo mesmo. Apresentaremos algumas sugestões, a seguir. Para os reikianos, apresentamos técnicas de Reiki, de Karuna Reiki® e de Gendai Reiki, mas cuidamos por apontar caminhos para todos os que estão interessados nesta palestra, mesmo não-reikianos.

    2.3.1. Os princípios do Reiki

    Os princípios do Reiki apresentam-se como uma filosofia de vida. Embora sejam considerados princípios do Reiki, servem a todos que desejam participar de um exercício cotidiano de busca de harmonia e equilíbrio interiores. O objetivo é alcançar o bem-estar do corpo, da mente e do espírito através do exercício do pensamento sobre o estado de consciência. Sob este aspecto, o exercício voltado para a mentalização e atuação dos princípios do Reiki se enquadra perfeitamente nos princípios que regem a terapia holística: a busca de uma mente saudável para refletir-se na saúde do indivíduo, em geral.

    Em nossa palestra de 2006, apresentamos cada princípio e dissertamos sobre o tema, incentivando reikianos a trabalharem com eles em si mesmos e a estimularem a prática em seus clientes. Discorremos sobre a importância que devemos dar aos nossos pensamentos e como nossos pensamentos interferem em todo o nosso corpo, afetando nossa saúde. Citamos Chopra (2003, 101-2) que ressaltava experimentos realizados pela chamada ciência moderna ocidental. Nessa citação, Chopra aponta para a importância do pensamento na atuação da saúde, dando, como exemplo, casos de pessoas deprimidas:

    ...”pesquisadores descobriram recentemente que um neurotransmissor chamado imipramina é anormalmente produzido no cérebro de pessoas deprimidas. Enquanto localizavam a distribuição dos receptores de imipramina, eles se surpreenderam ao encontrá-los não apenas nas células cerebrais como nas da pele. Por que a pele criaria receptores para uma ‘molécula mental’? o que esses receptores da pele teriam a ver com a depressão? Uma resposta plausível é que a pessoa fica deprimida por inteiro – está com o cérebro triste, a pele triste, o fígado triste e assim por diante”.

    Assim, o pensamento é um dos focos de nossos cuidados terapêuticos, neste artigo. Como vimos na citação de “Ho oponopono”, pensar com “amor” em tudo o que fazemos pode ser uma das principais chaves da saúde e da qualidade de vida. E os princípios do Reiki, como filosofia de vida, pautam-se, principalmente, no amor a si mesmo, a todos e a tudo que nos cerca. Eles refletem a vida da harmonia interior. Não é preciso ser reikiano para exercitá-los cotidianamente e a sugestão é a de que este seja um dos métodos de que o terapeuta se sirva para cuidar da saúde do corpo, da mente e do espírito.

    Para detalhes sobre a prática dos princípios do Reiki, aconselhamos a leitura do artigo postado no site para a holística de 2006. Neste artigo, faremos apenas uma breve recapitulação.

    A prática dos princípios toca diretamente a mente e o espírito. É uma forma de harmonização pontual e familiar. Atua através da mentalização e atinge diretamente as emoções. Assim, mostra-se como um caminho de vida, de harmonização e equilíbrio. São princípios que podem reger uma orquestra de sintonia com o bem-estar interior. Se o terapeuta está bem, sua bem-aventurança mantém sua saúde, sua paz e sua qualidade terapêutica. Cuida-se, assim, para ele mesmo e para o próximo. É o princípio do amor.

    Observamos, em nossa prática terapêutica, que a apresentação de princípios que tocam diretamente a mente e o espírito de nossos clientes surte efeito pontual e familiar. Não apontamos falhas do sistema nervoso, do coração, do fígado, do pulmão, mas mostramos aos clientes como ele atua através de suas próprias emoções, prejudicando sua qualidade de vida. Ao mesmo tempo que lhes mostramos os princípios do Reiki, indicamos formas de trabalharem com eles, facilitando, através da sessão terapêutica, o desabrochar de seu desenvolvimento.

    O ideal é que o terapeuta que desejar adotar os princípios do Reiki como uma das formas de ajudar a manutenção de sua saúde se coloque numa postura de cotidiana persistência. Apenas a prática cotidiana pode garantir a eficácia da internalização dos princípios. A prática consiste no seguinte:

    Todos os dias, de manhã e à noite, procure uma posição confortável e diga para si mesmo, em voz audível, para você e para o seu coração:

    Só por hoje:

    Não se zangue

    Não se preocupe

    Seja grato

    Trabalhe com dedicação

    Seja gentil com os outros.

    A prática consiste em trabalhar isso no dia a dia, sem cobranças interiores, sem complexos de culpa a cada investida não bem sucedida. Isso porque é um trabalho interior constante e não um exame de consciência com cobranças de insucessos. Todos sabemos o quanto é difícil cuidarmos de nossas emoções. O objetivo é conseguir o aperfeiçoamento, através da prática. O caminho, aqui, é mais importante do que a meta. Exige disciplina e determinação, mas não cobranças e frustrações. Para entender melhor como essa prática funciona, aos terapeutas que não conhecem o texto do ano de 2006 aconselhamos uma leitura do artigo que está no site, pois explicita melhor como cada princípio pode ser trabalhado, bem como o que significa a introdução da frase inicial “só por hoje”.

    2.3.2. Práticas terapêuticas para reikianos e não-reikianos

    2.3.2.1. A meditação

    A meditação pode apresentar-se de variadas formas. É uma técnica de grande potencial energético. É comum pensar que a meditação se resume na concentração, no esvaziamento da mente e, por isso, muitas pessoas sentem dificuldade de executar este exercício. Existem, no entanto, várias formas de estado meditativo, não apenas pela busca do silêncio interior.

    Uma das formas de concentração meditativa é a técnica do Gendai Reiki, Joshin-Kokyuu-Ho (técnica da respiração). Os reikianos podem utilizá-la e, em seguida, praticarem Gassho (meditação propriamente dita), que inclui a citação dos princípios do Reiki. Se possível, pratiquem uma vez de manhã, logo ao acordar e, também, à noite. Se não for possível, podem praticá-la antes de iniciarem suas sessões de aplicação de Reiki e depois do atendimento do último cliente ou antes do início dos cursos de Reiki, chegando um pouco antes no consultório ou no espaço onde é dado o curso. Vinte minutos de relaxamento e meditação mostram-se como um tônico energético inestimável. Para os mestres de Reiki, a técnica é excelente como preparação ao ritual de iniciação. Neste caso, poderão praticá-la antes da chegada dos alunos, antes do início do curso.

    Para os que não têm formação em Gendai Reiki e não conhecem as técnicas citadas, a meditação pode ser feita através de exercícios de relaxamento. Há livros que podem orientar o terapeuta nesse sentido. Exercícios de respiração são excelentes, principalmente para os terapeutas que trabalham diretamente com aplicações energéticas. Mentalizações são bastante eficazes e podem usar os princípios do Reiki, se quiserem, como tema desse exercício.

    É importante observar que a meditação, respiração consciente e mentalizações têm, finalmente, ocupado um espaço importante nos tratamentos terapêuticos tanto holísticos, como da medicina tradicional.

    2.3.2.2. Banho seco

    Kenyoku é o nome empregado a esta técnica pelos conhecedores de Gendai Reiki. O banho seco, assim conhecido, é uma técnica de autopurificação e harmonização e pode ser aplicada pelo terapeuta, sempre que desejar. Sugerimos que o faça, principalmente, antes e, também, depois de uma sessão terapêutica ou sempre que desejar iniciar qualquer atividade que exija centramento. Para os mestres de Reiki, Kenyoku pode ser utilizado, também, no início da atividade de iniciação nos cursos de Reiki, antes, após ou em substituição à técnica de selamento. Durante a palestra será dada a demonstração de como efetuar o exercício.

    Muitos reikianos preferem praticar a técnica do selamento, que tem um efeito semelhante.

    2.3.2.3. Energização grupal

    Energização grupal, conhecida em Gendai Reiki como Reiki Mawashi é uma técnica milenar. Muitos povos antigos praticavam a energização grupal, colocando-se em um grupo na formação circular.

    Esta técnica é bastante eficaz em grupos terapêuticos cujos membros trabalham em harmonia e em conjunto, pois a prática viabiliza uma corrente energética bastante eficaz e está baseada na troca amorosa de energia de seus membros, atraindo energias cósmicas de grande vitalidade.

    Para este exercício, os participantes podem colocar-se em círculo, dando-se as mãos, ou segurando uns nos ombros dos outros (como na brincadeira de trenzinho) e andando em círculo (no sentido horário), externando alegria e descontração. Se estiverem em ambiente natural (jardim ou semelhante), há possibilidade de maior potencialização energética. É interessante que os participantes estejam descalços.

    2.3.2.4. Os cuidados com o ambiente terapêutico

    O espaço terapêutico deve ser especialmente cuidado pelo profissional holístico. A sala, o consultório, enfim, o espaço no qual faz seus atendimentos, exige uma atenção especial de limpeza energética constante.

    Este espaço recebe, cotidianamente, clientes que buscam o terapeuta com sintomas de desequilíbrios os mais diversificados e isso influencia o ambiente que os cerca, do mesmo modo que ocorre nos espaços freqüentados por energias de harmonia e equilíbrio.

    Diversos são os recursos que podem ser usados para tal fim. O importante é que o terapeuta jamais se descuide desse procedimento.

    Para os terapeutas reikianos, sugerimos a técnica do selamento do ambiente seguida de aplicação de Reiki no espaço, usando os símbolos e mantras conhecidos.

    Para os outros profissionais, muitas técnicas podem ser usadas como limpeza com ervas, incensos ou a presença de elementos da natureza (fogo, água, cristais...).

    Durante a palestra serão feitas indicações e apresentações de alternativas para esses procedimentos.

    2.3.2.5. A busca de outras terapias alternativas

    Cabe ao terapeuta buscar outras alternativas que o sensibilizem de modo especial. O importante é estar consciente da necessidade de cuidar-se, pois este é um dever e um direito de cada pessoa na busca de seu aperfeiçoamento.

    É importante, também, que saiba o quanto é vital para ele mesmo estar em condições de um bom atendimento a seu cliente. E isso só é inteiramente possível, se ele estiver, antes de tudo, bem consigo mesmo.

    Práticas como Yoga, Tai Chi Chuan, artes marciais, em geral, são alternativas eficazes para complementação dos cuidados do equilíbrio energético e do caminho da constante busca interior. Um terapeuta bem centrado tem tudo para ser um profissional bem sucedido em seus objetivos de cuidar dos que o cercam, não apenas como um cotidiano profissional, mas como objeto de sua realização pessoal. Apresenta-se, também, como um ponto importante de referência aos que o buscam, confiantes em seus cuidados e procedimentos profissionais.

    A busca de outras terapias alternativas também pode ajudá-lo, já que não faltam, felizmente, técnicas de suporte de recuperação e manutenção do equilíbrio. Cuidar de seus clientes e indicar técnicas alternativas devem ser posturas de quem, antes de tudo, cuida-se se mantém em dia com os cuidados com a saúde do próprio corpo, da mente e do espírito. Cada qual saberá buscar as técnicas que melhor se sintonizam com o seu bem-estar pessoal. O importante é não deixar de fazê-lo, com freqüência e constantemente.

    3. RESULTADOS

    Esta é uma palestra que não apresenta resultados concretos propriamente ditos. Cada terapeuta tem consciência, por suas próprias características, da importância que deve ter com os cuidados pessoais.

    1. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

    O que podemos apontar é a observação de que, em nosso convívio profissional, constatamos que os terapeutas que buscam “ser clientes” cotidianos de suas próprias práticas ou práticas de colegas e, também, os que cuidam disciplinadamente de sua energia, mostram-se como pessoas bem equilibradas e harmônicas, cientes de seu próprio potencial. Estes terapeutas não têm “medos” de contaminação energética de seus clientes ou do meio em que vivem, são profissionais seguros de suas técnicas e dificilmente ficam desenergizados ou apresentam desequilíbrios de saúde.

    1. CONCLUSÕES

    A busca do verdadeiro terapeuta holístico é de não atuar apenas como interventor de procedimentos, mas de tornar-se caminho e instrumento de auto-realização de seu cliente. No decorrer da prática cotidiana, o terapeuta será levado a perceber como a sua postura equilibrada e como a forma de dirigir suas atitudes e pensamentos pode interferir no seu cotidiano e, em conseqüência, no tratamento de seu cliente. Uma mente bem trabalhada e bem equilibrada reflete-se no ambiente que a cerca e, evidentemente, contribui significativamente para a segurança e bem-estar do cliente, que sente, em seu terapeuta, o reflexo daquilo que ele mesmo busca para si.

    Como dissemos na epígrafe de nosso trabalho, “nosso corpo é suficientemente fluído para espelhar qualquer evento mental. Nada se move sem movimentar o todo”.

    1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    CHOPRA, D. A cura quântica; o poder da mente e da consciência na busca da saúde integral. São Paulo, Best Seller, 2003.

    LÜBECK,W, PETTER,F. A. et RAND, W. L. El espiritu de Reiki. Buenos Aires, Uriel, 2003.

    PETTER, F. A. Fuego Reiki. Buenos Aires, Uriel, 1998.

    PETTER, F. A. Reiki: o legado do Dr. Mikao Usui. São Paulo, Ground, 2002.

    PETTER, F.A., YAMAGUCHI, T. et HAYASHI, C. The Hayashi Reiki Manual. Twin Lakes, Lotus Press, 2003.

    PETTER, F. A. Curso para mestres de Reiki. Anotações de aula. Buenos Aires, 2004

    VITALE, J. Ho Oponopono. Editado por Hector Othon. Documento divulgado pela internet, enviado por Gilda M. Tangtam. Original em inglês, traduzido para o espanhol por Cecília Sosa Peñalba e para o português por Juan, Caco, Naty e Lili. S/d.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 26/06/2007 13:32


    NTSV — TS 003 Terapia em Sincronicidade — REIKI — Boas Práticas

    NTSV — TS 003
    Terapia em Sincronicidade — REIKI — Boas Práticas

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TS 003
    Terapia em Sincronicidade — REIKI — Boas Práticas

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   O REIKI conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais e de ensino que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia em Sincronicidade — REIKI.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    REIKI — Boas Práticas Para Utilização e Ensino

    4.2 ObjetivoDefinir a adequação padrão de utilização e ensino

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TS 001 — Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE — distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes;
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 MIKAO USUI: redescobridor e organizador do REIKI, tornando-se o sensei (professor) nesta arte através de estudos e, em especial, por um evento transpessoal no qual obteve por insight o conhecimento necessário ao REIKI.
    5.1.14 REIKI: (jap REI = Universal; KI = Energia Vital) é a terapêutica da ativação, do direcionamento e da aplicação da Energia Vital Universal, para promover o equilíbrio energético, prevenção das disfunções e para proporcionar maior qualidade de vida. Termo de uso exclusivo aos que se iniciaram segundo os preceitos estabelecidos por Mikao Usui e seus discípulos.
    5.1.15 REIKIANO ou TERAPEUTA REIKI: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente utilizando o REIKI, sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Da mesma forma, para o REIKI é desnecessária qualquer anamnese prévia do quadro do cliente, pois sua forma de aplicação independe desta informação. Este profissional faz uso terapêutico da Energia Vital Universal com a proposta de harmonização e ampliação da qualidade de vida, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. De acordo com a qualificação técnica estabelecida em 5.3.2.1.
    5.1.16 MESTRE: (lat magistru) O mesmo que professor, instrutor; aquele que é versado e/ou ensina uma arte ou profissão. Na Terapia Holística, a expressão mestre tem o mesmo sentido técnico que a palavra recebe nas demais profissões, tais como "mestre-de-obras", "mestre-cuca" e similares.

    5.1.16.1 MESTRE REIKI: instrutor habilitado para ministrar cursos livres sobre Terapia REIKI e iniciar novos profissionais, de acordo com a qualificação técnica estabelecida em 5.3.2.2.
    5.1.16.2 MESTRE REIKI INDEPENDENTE:aquele que, estando igualmente de acordo com a qualificação técnica estabelecida em 5.3.2.2 optou por não manter-se filiado a nenhuma associação de REIKI.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TS — Terapia em Sincronicidade;
    TRK — Terapia REIKI
    THRK — Terapeuta Reikiano
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Para aplicação da TRK:

    5.3.2.1.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.1.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.1.3 — Notório Saber: monografia sobre REIKI aprovado pelo SINTE, acrescido de Certificados de Reiki Nível I e II, expedidos por mestres que comprovem documentalmente sua linhagem; e/ou
    5.3.2.1.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.2.2 — Para ministrar cursos livres sobre TRK e iniciar novos profissionais:

    5.3.2.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.2.3 — Notório Saber: monografia sobre REIKI aprovado pelo SINTE, acrescido de Certificados de Reiki Nível III, expedidos por mestres que comprovem documentalmente sua linhagem; e/ou
    5.3.2.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TRK

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TRK com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vínculação religiosa ou de credo ao trabalho; o cliente deve ser inquerido sobre sua preferência quanto ao tratamento ser com ou sem toque, música, aromas e similares, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso, devendo o TH adaptar-se aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    5.3.4 — Boas práticas em cursos livres de TRK

    5.3.4.1 — Idade mínima do aluno para cursos livres sobre TRK: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos alunos menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o Mestre avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do aluno.
    5.3.4.2 — A passagem pelos vários Níveis de REIKI aflora à consciência potencialidades e material psíquico reprimidos, bem como catalisa a manifestação das emoções e processos a serem trabalhados terapeuticamente, daí ser essencial ao Mestre aplicar ênfase ao Aconselhamento para que seus alunos elaborem o conteúdo vivenciado durante o processo de iniciação, conduzindo este ao autoconhecimento.
    5.3.4.3 — O curso livre deve fornecer material didático impresso individual, inclusive com os símbolos do REIKI e a identificação da(s) linhagem(s) das quais o aluno passa a fazer parte.
    5.3.4.4 — Intervalo mínimo de tempo entre o aprendizado de cada nível de REIKI: 3 meses;; excepcionalmente poderão ser aceitos alunos em intervalos menores, devendo o Mestre avaliar rigorosamente as condições do candidato, o qual deve assinar sua ciência do caráter de exceção a que está se submetendo.
    5.3.4.5 — O curso livre deve ter a relação aluno/mestre/estabelecimento de ensino regido por contrato que estabeleça os critérios de avaliação a aprovação do candidato, as condições e formas de pagamento, bem como sobre o Certificado ao qual o formando terá direito.

    5.3.5 — Honorários Profissionais

    5.3.5.1 — Os honorários serão fixados com dignidade e com o devido cuidado, para que correspondam a uma justa retribuição aos serviços prestados, lembrando que o Terapeuta Holístico para manter a qualidade de seu trabalho precisa de recursos financeiros para investir em supervisão, cursos, estudos, terapia e/ou psicoterapia.
    5.3.5.2 — A fim de tornar a TRK e seu ensino reconhecidos pela confiança e aprovação da sociedade, os honorários e valores de cursos livres poderão ser adaptados às condições financeiras dos interessados, a critério do Reikiano e/ou Mestre.
    5.3.5.3 — Se o TH reduzindo o valor de seus honorários, deixar de cumprir qualquer recomendação do Código de Ética, em especial o item II dos Princípios Fundamentais e os §6 e§7 do 5.3.4.3.2, diminuindo, assim, o padrão de qualidade exigido, estará exercendo concorrência desleal.

    5.3.6 — Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos
    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 12:52


    Terapia em Sincronicidade » Tarô

    O Tarô Terapêutico e sua relação com os Florais de St. Germain

    O Tarô Terapêutico e sua relação com os Florais de St. Germain


    Andrea Rodrigues Teixeira - Terapeuta Holística - CRT 41933



    A grande invocação
    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra


    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra


    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem.


    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal.


    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.


    Dedicatória
    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes, que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.

    Dedico também a Aparecida Dutra Azevedo, por ser minha terapeuta e mentora dos meus processos emocionais e espirituais.


    Agradecimentos
    Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem a oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

    Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

    Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

    Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.


    Sumário

    1. Introdução..............................................................................................................8

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo..............................................................................8

    1.2.O método freudiano da associação livre................................................................9

    1.3.. Tarô – história e apresentação...........................................................................10

    1.4. Os Florais de Saint. Germain..............................................................................11

    2. Material e metodologia................................................................................................12

    2.1. O método do tarô terapêutico............................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................13

    4. Discussão.....................................................................................................................25

    5. Conclusão....................................................................................................................27

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................28

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................29



    Resumo

    O presente trabalho visa demonstrar, de maneira teórica, a relação que existe entre a aplicação terapêutica dos Florais de Saint Germain, sintonizados por Neide Margonari no Brasil, e as cartas do tarô com uma abordagem junguiana, utilizadas dentro de seu fundamento terapêutico.

    Este importante meio de demonstração dos arquétipos mundiais, presentes em todas as culturas e religiões de diferentes maneiras, pode ser útil e ajudar a esclarecer processos inconscientes que, na sua maioria, não conseguem ser facilmente acessados pelos clientes em terapia. Da mesma maneira, os florais podem ajudar na cura dos diagnósticos proporcionados pelo tarô, num processo terapêutico complementar e que pode apresentar resultados mais eficazes e rápidos dentro da terapia.

    Assim, este trabalho faz esta relação direta entre os dois conhecimentos, demonstrando, no final, que os dois tem mais em comum do que se possa imaginar num primeiro momento.


    1. Introdução


    1.1. Jung e o inconsciente coletivo


    A psicologia analítica, desenvolvida por Carl Gustav Jung, é a que mais pode contribuir para a orientação teórica deste trabalho. Isso porque Jung estudou, inclusive, os arcanos do tarô e várias outras formas dos chamados eventos extrafísicos, ou seja, casos que não podem ser comprovados pela ciência tradicional e que não são aceitos pela mesma, sendo consideradas mitos ou inverdades. De fato, os eventos analisados por Jung, como o tarô, a sincronicidade e tantos outros, não poderiam ser comprovados pela ciência empírica, cega as manifestações energéticas do homem e que não o considera como um todo, ou seja, como um ser holístico.

    Isto posto, vamos analisar, primeiramente a noção básica da psicologia analítica, o conceito de personalidade total (Self). Segundo este conceito, a psicologia humana se desenvolve de duas maneiras concomitantes. Primeiramente uma psique extraconsciente cujos conteúdos são pessoais. E, paralelamente, uma psique cujos conteúdos são impessoais e coletivos, o chamado inconsciente coletivo. (Magalhães, 1984).

    Por inconsciente coletivo podemos compreender uma psique mais profunda, comum a todos os humanos e sem distinção de cultura, raça ou religião. Essa psique seria formada por padrões de estruturação da personalidade nas diferentes fases da vida (infância, adolescência, relação conjugal e profissional, velhice, preparação para morte) chamados de arquétipos. (Magalhães, 1984). A explicação dos arquétipos seria a do “modo como os pássaros fazem o ninho, por exemplo, é um código inato, assim como certos fenômenos simbióticos entre insetos e plantas. Da mesma maneira o homem nasce com certo funcionamento, certo padrão que a torna especificamente humano. Este padrão está expresso nas imagens arquetípicas, ou formas arquetípicas”.

    ( Evans apud Magalhães, 1984).


    A noção de arquétipo, postulando a existência de uma base psíquica comum a todos os humanos, permite compreender por que em lugares e épocas diferentes aparecem temas idênticos, nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de modo geral – seja nos sonhos das pessoas normais, seja no delírio dos loucos”. (Silveira apud Magalhães, 1984).

    Jung ainda coloca os arquétipos como imagens “primordiais” (Burckhardt apud Jung, 1987), ou seja, uma aptidão da mente humana de manter as imagens como elas eram nos primórdios da humanidade.

    Essa hereditariedade explica o fenômeno, no fundo surpreendente, de alguns temas e motivos de lendas se repetirem no mundo inteiro e em formas idênticas...” (Jung, 1987).


    Uma outra noção junguiana muito importante no presente trabalho é a teoria da sincronicidade, desenvolvida pelo autor. Segundo ele, a sincronicidade é a “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos” (Jung, 1971). Porém, estes fatos não são somente uma coincidência estatisticamente comprovada, mas uma manifestação do psiquismo da pessoa com a qual ocorre o fato, a sincronicidades. Jung começou a pensar nisso quando, ouvindo o sonho de uma paciente sobre um besouro, viu o mesmo besouro entrar pela janela de seu consultório. De fato, a possibilidade matemática disto acontecer com eles (médico e paciente) era remotíssima, apesar de possível, o que o fez acreditar que algo no inconsciente coletivo fazia com que os acontecimentos certos aparecessem para determinada pessoa, como um modo de mensagem que deveria ser decifrada como algo importante e que trouxesse desenvolvimento e evolução ao ser em questão. Assim “o fato psíquico modifica ou elimina os princípios da explicação física do mundo está ligado à afetividade do sujeito da experimentação” (Jung, 1971). Ou seja, os fatores da psique humana são capazes de modificar os conteúdos do mundo físico, fazendo com que ocorram as chamadas sincronicidades. A sincronicidade é, portanto, “uma percepção de uma simultaneidade de acontecimentos internos e externos, não necessariamente no mesmo momento – daí serem sincronísticos e não sincrônicos.” (Guimarães, 2004).


    1.2. O método freudiano da associação livre


    Freud, considerado o pai da psicanálise, cunhou o termo associação livre como método eficaz dentro do seu trabalho terapêutico. Por associação livre podemos entender:


    Método que consiste em exprimir indiscriminadamente todos os pensamentos que ocorrem ao espírito, quer a partir de um elemento dado (palavra, número, imagem de um sonho, qualquer representação), quer de forma espontânea.” (Laplanche e Pontalis, 2001).


    Assim, todos os pensamentos que ocorrem ao paciente no momento da sessão são importantes e interessantes no processo da terapia. É como uma porta que se abre no inconsciente e “escolhe” os assuntos ou associações que determinado indivíduo faz em alusão a alguma coisa. Podemos, com isso, pesquisar farto material sobre o assunto em questão e o que poderia parecer mero acaso de fala passa a se tonar material para o trabalho de conscientização.


    1.3. Tarô – história e apresentação


    Vejamos, primeiramente, o que Banzhaf nos diz sobre o tarô:


    “O tarô é um oráculo de cartas que, em sua estrutura atual, é conhecida desde o século XVI. Consiste em 78 cartas, divididas em dois grupos principais: as 22 cartas chamadas Arcanos Maiores (do latim arcanum, que significa “segredo”) e as 56 cartas chamadas Arcanos Menores. Os Arcanos Maiores apresentam figuras ou “personagens” individuais e inconfundíveis, numerados em seqüência clara. Já os Arcanos Menores são precursores do atual baralho de jogo, pois se dividem em quatro séries de naipes” (Banzhaf, 2001).


    Para o presente trabalho vamos considerar somente os Arcanos Maiores do tarô.

    “Erupções dramáticas deste gênero usualmente significam que aspectos negligenciados de nós mesmos buscam reconhecimento.” (Nichols, 1980). Assim, o tarô utiliza-se dos arquétipos do inconsciente coletivo para nos mostrar, por meio de importantes mensagens, aspectos nossos abandonados ou deixados de lado por alguma motivação consciente ou não. A sincronicidade entra na escolha de cada uma das cartas pelo consulente ou pelo tarôlogo. Assim, não é a toa que uma determinada carta é puxada quando o consulente concentra-se em um determinado aspecto de sua vida. O tarô responderá de acordo com a energia psíquica que aquela pessoa desprende no momento da jogada.

    Veja bem, não se trata de uma mágica barata. É toda uma teoria psicológica que respalda os indícios de que as figuras que aparecem no tarô representam de alguma maneira aspectos de nosso inconsciente coletivo. Assim, as cartas podem ser utilizadas por qualquer pessoa, a qualquer tempo. São atemporais como o é o próprio inconsciente, onde não se separa presente, passado ou futuro. Os eventos apresentados nas cartas do tarô podem tanto vir de eventos futuros (aparecendo como previsões) como de eventos passados ou presentes, exatamente pela atemporalidade do aspecto inconsciente. O importante é saber que esses aspectos, quando solicitados pelo consulente no momento da consulta de tarô, aparecerão de acordo com a sua importância na vida psíquica da pessoa, ou de aspectos escondidos que precisam vir à tona (ou seja, eventos inconscientes que precisam ser conscientizados) de coisas que já aconteceram, como de eventos que tem um potencial para acontecerem no futuro e que, de alguma maneira, ainda poderão ser modificados. Por isso que não podemos falar em destino como uma tabula rasa escrita por alguma outra força que não esteja em nós mesmos, mas sim como uma possibilidade dentro dos eventos da vida da pessoa que serão levados a cabo de acordo com cada uma de suas escolhas.

    Assim, os arquétipos representarão o encenar de uma peça que já acontece há muitos séculos, desde os primórdios da civilização, mesmo que mude seu cenário. Por isso a grande quantidade de diferentes modelos de tarô, de diferentes épocas, religiões e conceitos. O aspecto principal é que as figuras não mudam, os arquétipos são apresentados sob diferentes roupagens, mas sempre serão os mesmos.


    1.4. Os Florais de Saint Germain


    Os Florais de St. Germain foram sintonizados pela terapeuta Neide Margonari, a partir de seu chamamento pessoal em 1990. Eles abrangem 79 essências retiradas de flores presentes na Mata Atlântica, nativa da costa brasileira. Conta também com uma fórmula chamada de Fórmula Emergencial. Esta Fórmula Emergencial é usada na maioria dos casos para uma limpeza prévia da aura do paciente e, em alguns casos emergenciais como choques, perdas e o momento de uma notícia que abale a estrutura emocional e espiritual do paciente.

    Na sua maioria, dos Florais de St. Germain são utilizados para o tratamento de doenças nos campos físico, emocional e espiritual, como obsessores e vampirismo psíquico. Por esse motivo, estes foram os florais escolhidos para realizar o trabalho terapêutico dentro da clínica, pois trata o homem como um ser holístico, com todas as suas faces e necessidades específicas.

    A seguir, apresenta-se uma tabela de todas as essências florais de St.Germain e sua utilização clínica.






    2. Material e metodologia


    2.1. O método do tarô terapêutico


    O método do tarô terapêutico é de uso e aplicação simples, mas com grande poder de síntese do processo principal pelo qual a pessoa está passando. Separam-se os 22 arcanos maiores do tarô e é pedido que o consulente embaralhe as cartas concentrando-se, principalmente, no motivo real de seus problemas atuais. O consulente também pode se concentrar em um problema específico. Logo após, o terapeuta abre o baralho à sua frente, de maneira que todas as cartas fiquem viradas para baixo e seja possível puxar qualquer uma delas. Ainda concentrado, o consulente precisa puxar uma única carta, que será o motivo da meditação durante todo o restante da sessão. O terapeuta precisa explicar o máximo sobre a carta em questão e pedir que o consulente faça suas associações com os problemas pelos quais está passando ou conte uma história do que acha que está acontecendo na figura. Assim que terminar o processo, o terapeuta já saberá em quais aspectos da carta é preciso atuar e quais os florais que representam esses aspectos.

    Para cada uma das cartas do tarô, com cada uma de suas representações arquetípicas, é possível relacionar um ou mais florais. Cada floral vai trabalhar um aspecto diretivo da carta em questão, por isso que é necessário o tempo de associação livre entre o terapeuta e o cliente. Neste período, é necessário descobrir porque aquela carta especificamente está entrando na vida do cliente e como as mudanças desses aspectos poderão ser mudados. Os florais servirão como o remédio para a alma, mas o processo de cura vai começar já com o uso da associação livre.

    Assim, como cada arquétipo trabalha determinados aspectos da psique humana e os florais de St. Germain também, foi possível fazer a associação dos aspectos presentes nos arcanos do tarô (arquétipos) e as soluções apresentadas por cada um dos florais. Assim, dependendo de cada aspecto que seja encontrado na elaboração terapêutica do tarô é possível receitar determinado floral, respeitando a sua aplicação para aquele determinado caso. Nos resultados, apresentam-se as relações possíveis entre cada arcano arquetípico e o uso dos Florais de St. Germain.





    3. Resultados


    A seguir, apresentam-se as relações entre os florais, as cartas do tarô e as possíveis associações terapêuticas:


    O Louco“O louco é o andarilho, enérgico, ubíquo e imoral” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa a pessoa que precisa soltar-se mais, precisa esquecer o passado, as mágoas e impulsionar em direção à vida e ao futuro. Pode representar pessoas que tem um louco dentro de si, mas tornaram-se metódicas e enfadonhas, atingindo um alto grau de depressão ou desespero sem motivo. Pode evocar estados de síndrome do pânico, onde toda a energia represada precisa ser solta de alguma maneira. Também evoca a energia presa que gera estados de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na divindade), Algodão (desbloqueia a ligação com a intuição e com o instinto), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Gerânio (depressão, ansiedade e medos infundados), Bom dia (dificuldade de enfrentar a vida), Dulcis (estagnados na sua jornada), Embaúba (mágoa profundas), Ipê roxo (fortalecimento do Self), Panicum (Síndrome do pânico), Piper (se sentem travados, hábitos obsessivos), Saint Germain (insanidade, desligamento com o Eu interior), Verbena (rigidez mental), Anis (pessoas que não se entregam pra viver sua vida na plenitude), Coronarium (Trabalha os estados de mania, paranóia, insanidade, demência e loucura), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Lírio Real (ser livre em qualquer situação), Ameixa (perda do controle mental), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes inúteis), Madressilva (aprisionadas ao passado) e Pinheiro Libertação (Liberta aspectos aprisionados na alma).


    O Mago “O mago é capaz de realizar sua mágica diante de nós, bastando para isso que assistamos às suas representações.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa o adolescente, que acaba de começar a sua jornada ou alguém que acaba de começar uma coisa nova. Pessoas muito ligadas com o superficial, identificadas quase que totalmente com o ego, que precisam do outro para se sentir queridas, amadas ou reconhecidas. Falta de reconhecimento da realidade, pessoas muito iludidas ou presas a fantasias.

    Florais relacionados: Aloe (Independência e autoconfiança), Gerânio (desligado da realidade), Erianthum (egoísmo, autocentramento e superficialidade), Capim Seda (pessoas que se deixam levar pela energia dos outros), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Gloxínea (novos começos), Amygdalus (presa no mundo das ilusões), Grandflora (algozes e sádicas), Helicônia (Aprisionadas nas malhas da ilusão das glorias da ascensão social), Limão (de índole mentirosa), Purpureum (manipuladores), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Bambusa (desviaram-se do seu caminho por influência dos outros), Indica (revela o oculto, o que está por traz das aparências), Myrtus (para pessoas presas no mental do outro), Triunfo (só dar valor às aparências), Vitória (autenticidade), Pau Brasil (energia para despertar nossos talentos latentes, nossa real vocação) e Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real).



    A Sacerdotisa“Dela é o reino da profunda experiência interior; dela não é o mundo do conhecimento exterior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa a pessoa que não consegue se ligar à sua espiritualidade por não estar ligada ao seu lado feminino. São mulheres com dificuldades no feminino sagrado e homens que não conseguem acessar sua porção mulher, gerando machismo e falta de respeito pelo feminino. Mulheres que perderam a intuição por conta do mundo competitivo em que vivemos e do acúmulo de tarefas. Pessoas que, em geral, precisam refazer seu contato com o seu espírito. Mulheres com forte TPM por conta desse distanciamento.

    Florais relacionados: Abundância (amor incondicional), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Luz (emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Cidreira (pessoas sobrecarregadas), Gloxínea (baixa auto-estima e acumulo de afazeres), Patiens (desenvolvimento da paciência, flexibilidade e tolerância), Pectus (padrões de submissão), Purpureum (TPM e acúmulo de líquidos), Indica (desperta a intuição), Rosa Rosa (amor incondicional), Vitória (sentimento de inadequação), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Lótus do Egito (expansão da consciência e da espiritualidade) e Cocos (personalidade capacho).


    A Imperatriz “É, portanto, a Imperatriz quem faz às vezes de ponte entre o Mundo Mãe de inspiração e o Mundo Pai de lógica e laboratórios...” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa travada no seu processo criativo por afastamento do seu lado feminino. Falta de inspiração para mudar o que precisa ser mudado. Excesso de “amor”, relacionamentos destrutivos e sufocantes. Falta de fertilidade e de prosperidade. Excesso de dramaticidade do real. Pessoa ciumenta e invejosa.

    Florais relacionados: Abundância (amor incondicional), Algodão (bloqueio no ouvir e ver internos), Aloe (acessar a independência e a autoconfiança), Capim Seda (desbloqueio do fluxo natural), Erianthum (não se aprofundam na vida e nos relacionamentos), Leucantha (conexão com a grande Mãe interna), Limão (personalidade invejosa), Perpétua (perdas afetivas), Pepo (dificuldade de perceber e despertar para as situações da vida), Abricó (dificuldade de concretizar), Boa Sorte (remove os obstáculos para prosperar), Indica (intuição), Monterey (culpa consciente ou inconsciente), Rosa Rosa (amor incondicional), Fórmula Leucantha ( rejeição da gravidez) e Poaia Rosa (amor incondicional e espiritual).


    O Imperador – “Aqui começa o mundo patriarcal da palavra criativa, que inicia o domínio masculino do espírito sobre a natureza.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de senso prático. Excesso de ilusões e fantasias. Falta de concretude. Problemas com figuras de poder, como chefes. Racionalizar demais como mecanismo de defesa. Falta do princípio da ação, pessoa acomodada. Falta contato com a realidade, vive no mundo mental, das idéias sem concretizar nada. Problemas em se destacarem do todo e em encontrar soluções na vida profissional.

    Florais relacionados: Abundância (expansão da consciência), Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor, útil para governantes e políticos), Aloe (verdades que o inconsciente sabe mas a pessoa não quer enxergar), Amygdalus (pessoas presas no mundo da ilusão), Bom dia (depressão camuflada), Cidreira (ansiedade), Embaúba (vistos como preguiçosos e passivos por questões internas), Erianthum (mau humor, ira e teimosia), Gerânio (postura mental negativa, desligadas da realidade), Grandflora (pais que batem nos filhos), Pectus (energia para enfrentar), Pepo (dificuldade de perceber e despertar para as situações da vida), Sapientum (impotência sexual), Verbena (rigidez mental), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Chapéu de Sol (útil aos que começam a se destacar), Cocos (se sente fraco e sem fibra diante de certas situações), Mimozinha (dificuldade de se articular nas situações), Monterey (complexo de inferioridade), Vitória (trabalha a autenticidade), Aveia Selvagem (poder sobre suas próprias decisões), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Pau Brasil (nossa real vocação).


    O Sumo Sacerdote – “... a personificação exteriorizada da luta do homem pela conexão com a divindade – da sua dedicação à busca do significado, que coloca o homem acima dos animais” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Perda da ponte entre Deus e o homem. Crenças infundadas. Necessidade do outro para ver suas próprias questões. Projeção. Inveja. Falta de consciência do seu poder espiritual. Complexo de herói. Afastamento da parte sagrada do Self. Fanatismo religioso.

    Florais relacionados: Allium (Proteção espiritual), Capim Seda (se deixam influenciar pela energia dos outros), Erbum (sincronismo entre alma e corpo), Gloxínea (baixa auto-estima), Helicônia (padrões voltado ao externo), Limão (personalidade invejosa), Pepo (muito apegadas a bens materiais), Purpureum (manipuladores), Saint Germain (desligamento com o Eu Superior), Scorpius (pessoas críticas e provocadoras), Tuia (culpa inconsciente do “pecado”), Verbena (idéia fixa e falta de flexibilidade), Wedélia (desligamento do Eu Superior), Mangífera (perderam a fé), Cocos (personalidade capacho), Laurus Nobilis (romper ligações com crenças religiosas), Rosa Rosa (perda da fé), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Poaia Rosa (sincronicidade da nova ordem planetária).


    O Enamorado – “Podemos ver nesse moço a personificação do jovem e vigoroso ego, pronto para enfrentar a vida e seus problemas sem a ajuda de ninguém.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Fragilidade do ego. Fraqueza para tomar decisões. Excesso de indecisão. Processo de fuga dos conflitos. Excesso de fantasia como fuga da realidade. Não consegue se conectar com a mãe interna, não cortou o cordão umbilical da mãe real. Dependência emocional. Imaturidade.

    Florais relacionados: Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor), Aloe (inadequação e negação de si mesmo), Amygdalus (controle das emoções pela compreensão da mente), Bom dia (dificuldade para enfrentar a vida), Curculigum (dificuldades de impor limites), Leucantha (acessar a Mãe interna/ personalidades indecisas, confusas e dependentes), Pectus (energia para enfrentar), Perpétua (perdas efetivas), Sapientum (útil para pessoas imaturas), Thea (útil em situações de mudanças e conflitos), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Anis (não se soltam para viver a vida em plenitude), Carrapichão (combate o vampirismo), Grevílea (invadidos no seu espaço pelo outro), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Lírio da Paz (proteção dos envolvimentos que nos prejudicam), Lírio Real (ser livre), Aveia Selvagem (pessoas muito indecisas), Lótus/ Magnólia (perceber o que é nosso e o que é do outro) e Pau Brasil (útil para adolescentes que estão procurando os seus caminhos).


    O Carro – “ A jornada exterior não é apenas um símbolo da jornada interior, mas também o veículo para o nosso autodescobrimento” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Inflação do ego. Falta de equilíbrio e discernimento. Ter energia, mas não ter objetivos claros. Instabilidade emocional. Somatização de doenças por conta do emocional. Estados de mania e ansiedade. A pessoa que “coloca o carro na frente dos bois”. Medos infundados. Estagnação. Medo de tomar as rédeas e de dirigir.

    Florais relacionados: Algodão (remoção de energias negativas n corpo físico), Allium (devolve a calma e o discernimento), Amygdalus (controle dos desejos), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Cidreira (ansiedade), Dulcis (se sentem estagnados em sua jornada), Erbum (ritmo das pessoas rápidas demais), Erianthum (egoísmo), Focum (medo de dirigir), Gerânio (ansiedade e medos infundados), Helicônia (vaidade e exibicionismo), Pectus (energia para enfrentar), Perpétua (saudades de quem partiu por viagem), Piper (para quem se sente travado), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Boa Sorte (proteção), Cocos (estado de resignação), Coronarium (mania, agitação interna), Ameixa (perda do controle mental), Lótus do Egito (harmonia e enlevo da alma sem o envolvimento do Ego), Lótus/Magnólia (proteção) e Sergipe (abertura e amplitude da mente).


    A Justiça – “O equilíbrio é a base da Grande Obra” (Aforismo alquímico apud Nichols, 1980)

    No processo terapêutico: Estado de regressão infantil. Pessoa que usa a raiva contra os outros e comete crimes. Auto-culpa acentuada. Falta de equilíbrio mental. Mudanças repentinas de humor. Em casos mais graves Transtorno Bipolar (estados alternados de mania e depressão). Falta de responsabilidade. Sentimento de injustiça.

    Florais relacionados: Allium (discernimento), Curculigum (conflitos e culpas internas), Embaúba (sentimento de injustiça), Gloxínea (confusão de desordem interna), Grandflora (pessoas algozes e sádicas), Patiens (disciplina interna e organização mental), Purpureum (Limpeza dos corpos inferiores), Saint Germain (Estado de insanidade), Sapientum (energia da sabedoria), Unitatum (criança interior ferida), Varus (culpa), Coronarium (mania, paranóia), Indica (revela o que já sabíamos inconscientemente), Grevílea (transmutação dos sentimentos de raiva), Monterey (culpas conscientes ou inconscientes), Arnica Silvestre (pessoas injustiçadas), Myrtus (presas no mental do outro) e Ameixa (perda do controle mental).


    O Eremita – “... o frade aqui retratado personifica uma sabedoria que não se encontra em livros”. (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Sentir solidão por distância do si mesmo (vazio da alma). Fanatismo religioso. Depressão. Projeção em figuras místicas ou religiosas. Falta de sabedoria com as experiências. Retirar-se da vida por vontade própria. Falta de senso de observação e dificuldade de introspeção. Pessoa espiritualmente atacada. Superficialidade. Desligamento do Eu Superior.

    Florais relacionados: Algodão (bloqueio no ouvir e ver interno), Allium (proteção contra vampirismo astral), Begônia (acessar seu oráculo interno), Bom dia (dificuldade de enfrentar a vida), Capim Seda (pessoas que se deixam influenciar pela energia dos outros), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados), Erianthum (superficialidade), Gerânio (depressão), Helicônia (padrões voltados ao externo), Incensum (elevação do nível vibratório), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (liberta o corpo da vítima de trabalhos de magia), Sorgo (vazio da alma), Thea (útil na meditação), Wedélia (desligamento do Eu Superior), Abricó (sentimento de solidão), Bambusa (desviaram-se do seu caminho por influencia dos outros), Boa Sorte (proteção), Carrapichão (vampirismo por sondas astrais), Indica (revela o que está por traz das aparências), Lírio da Paz (proteção dos envolvimentos que nos prejudicam), Myrtus (presas no mental do outro, seitas), Rosa Rosa (perda da fé), Triunfo (só dão valor as aparências), Vitória (ilumina o lado obscuro da alma), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Lótus do Egito (harmonia e enlevo da alma sem o envolvimento do ego), Lótus/Magnólia (proteção, perceber o que nosso o que é do outro), Pinheiro Libertação (campos profundos da alma) e Poaia Rosa (alinhamento rítmico das nossas atividades no cotidiano com as energias mais aceleradas do plano espiritual).


    A Roda da Fortuna – “... estamos presos no intérmino girar predestinado da Roda da Fortuna? Ou essa carta nos oferece outras mensagens, mais cheias de esperança?” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Estagnação. Envolver-se demais com os problemas externos desconsiderando a sua essência. Não aceitação dos fatos da vida como naturais e excesso de sofrimento por isso. Pessoa dramática e vitimesca. Pessoa que não consegue acessar transformações e mudanças necessárias à evolução humana e espiritual. Pessoa presa ao passado, que espera que sempre as coisas se repitam. Não consegue mudar o comportamento e, consequentemente, não consegue mudar as coisas. Precisa entender a relação entre seu interno e seu externo.

    Florais relacionados: Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Seda (desfazer o bloqueio energético do fluxo natural), Dulcis (se sentem estagnados em sua jornada), Erbum (pessoas que sofreram os revezes da vida), Erianthum (não se aprofundam na vida e nos relacionamentos), Pectus (abandonar padrões repetitivos de submissão e resignação), Piper (para quem se sente travado), Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real), Anis (pessoas que não se soltam para viver a vida na sua plenitude), Boa Deusa (aos que levaram rasteira da vida), Lírio Real (ser livre), Alcachofra (traz abertura e receptividade), Canela (ampla visão das questões da vida), Flor branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada) e Populus Panicum (sentimento de insegurança com relação à própria vida e compreensão dos acontecimentos e o caminho certo a seguir).


    A Força – “As energias outrora empenhadas na adaptação exterior começarão agora a preocupar-se mais com o crescimento interior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Lado emocional exacerbado. Ser dominado pelas emoções. Falta de controle da raiva e do ódio. Violência. Doenças psicossomáticas. A pessoa não consegue aceitar as suas emoções e elas acabam o engolindo. Fraqueza física e emocional. Sexualidade desequilibrada. Indecisão quanto à própria identidade sexual.

    Florais relacionados: Aloe (pessoas fragilizadas e vulneráveis), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Capim Luz (remover emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Embaúba (vistos como preguiçosos e passivos – quando isso é gerado pela sensação de fraqueza), Erianthum (mau humor e ira), Focum (traumas violentos), Gloxínea (sentem-se inúteis e incapazes), Limão (pessoa de personalidade destrutiva), Melissa (distúrbios de ordem nervosa), Saint Germain (conflito com a identidade sexual), Sapientum (impotência sexual ou sexualidade exacerbada), Tuia (falta de controle dos impulsos sexuais) e Cocos (para quem se sente fraco, sem fibra).


    O Enforcado – “Com as mãos amarradas atrás das costas, o Enforcado se acha tão indefeso quanto um nabo. Está nas mãos do Destino” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de coragem para abandonar o velho e conquistar o novo. Acomodação extrema. Necessidade de se voltar para dentro para voltar como uma pessoa renascida. Deixar-se nas mãos do Destino.

    Florais relacionados: Aloe (sentem-se desprezados e traídos), Arnica Silvestre (ferimentos e traumas morais e físicos), Bom dia (dificuldade de levantar pela manhã), Embaúba (preguiça e passividade), Gloxínea (novos começos), Ipê Roxo (situação sem saída de grandes traumas e estresse), Pectus (energia para enfrentar), Piper (estagnação), Unitatum (carregam a sensação constante de traição), Boa Deusa (traições), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado/ posturas condicionadas e ultrapassadas), Lírio Real (liberta), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes e velhas cargas mentais e emocionais), Madressilva (aprisionados ao passado) e Pinheiro Libertação (liberta aspectos aprisionados na alma).


    A Morte – “Na natureza nada se perde. O rei está morto. Viva o rei” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Apego. Dificuldade de aceitar as mudanças. Pessoas arraigadas às velhas formas e velhas crenças. Apego a pessoas ou situações. Carregar um cadáver que não tem mais utilidade.

    Florais relacionados: Capim Luz (dissolver emoções difíceis do inconsciente), Focum (remove traumas violentos dessa vida e de vidas passadas), Gerânio (ancoragem no momento presente), Gloxínea (novos começos), Alcachofra (força para perceber as posturas arraigadas que nos prendem ao passado), Helicônia (medo de perder o que não tem), Perpétua (perdas afetivas e perdas de pessoas queridas irreparáveis), Verbena (rigidez mental), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes e velhas cargas mentais e emocionais) e Madressilva (para os que estão aprisionados ao passado).


    A Temperança – “O tema dessa carta associa a temperança à Aquário, o carregador da água, o décimo primeiro signo do zodíaco.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de equilíbrio das emoções. Pessoa muito fria ou muito calorosa. Problemas em deixar fluir a vida e resolver, de forma natural, os seus conflitos. Pessoa não consegue ver a saída porque não analisa todas as partes do problema. Problemas circulatórios. Falta de confiança no fluxo da vida. Impaciência.

    Florais relacionados: Abundância (confiar no Universo), Capim Seda (desfazer o bloqueio energético do fluxo natural), Amygdalus (controle das emoções pela compreensão da mente), Erbum (ritmo das pessoas rápidas ou lentas demais), Ipê Roxo (situações sem saída), Melissa (energia da alegria, felicidade e vontade de ser melhor), Patiens (desenvolvimento da paciência), Sapientum (energia de sabedoria), Sorgo (entrega e confiança), Anis (pessoas que não se entregam para viver a vida em plenitude), Mangífera (para os que perderam a fé), Mimozinha (dificuldade de se articular nas situações), Aveia Selvagem (falta de discernimento) e Canela (ampla visão das questões da vida).


    O Diabo – “Chegou o momento de enfrentar o Diabo” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A não aceitação dos aspectos negativos do Ego como a arrogância, a inveja, a ganância, faz com que acabemos escravos deles. Ser escravizado por sua própria sombra por medo de enfrentá-la. Pode tornar-se uma pessoa malévola para si mesmo, descuidando de si por sentir-se culpado e gerar doenças e tragédias. Abertura de mediunidade não trabalhada, que leva a problemas espirituais. Falta de proteção. Promiscuidade e mau uso da sexualidade.

    Florais relacionados: Algodão (remove energias negativas, dissolve rombos na aura), Allium (desobsessão, proteção e desafaz encantamentos), Aloe (verdades que o inconsciente sabe, mas que não quer enxergar), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Arnica Silvestre (costura rombos na aura), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados), Erianthum (egoísmo, autocentramento e superficialidade), Grandflora (pessoas algozes e sádicas), Helicônia (personalidades narcisistas, vaidade e exibicionismo), Incensum (elevação do nível vibratório), Limão (personalidade amarga, de índole mentirosa, destrutiva e invejosa), Pepo (pessoas muito apegadas aos bens materiais), Purpureum (limpeza dos corpos inferiores, ladrões, manipuladores), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (desmanchar trabalhos de magia negra), Scorpius (personalidade índole escorpião), Tuia (personalidade promíscua, sem pudor), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Carrapichão (vampirismo), Triunfo (pessoas que estão no negativo, só dão valor às aparências), Pinheiro Libertação (Liberta aspectos aprisionados da alma) e Poaia Rosa (amor incondicional).


    A Torre – “Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Preso a padrões mentais destrutivos e antigos. Não consegue se jogar de sua prisão inconsciente. Preso a crenças antigas ou a situações desagradáveis. Pode representar uma pessoa que passou por uma destruição (como tragédias e problemas de saúde) e não consegue se reestruturar do trauma. Falta de fé na intervenção divina e em si mesmo. Falta de autoconfiança.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na Divindade e no Universo), Aloe (acessar a independência e a autoconfiança), Arnica Silvestre (ferimentos e traumas morais e físicos), Curculigum (separação, rupturas amorosas ou grandes traumas por morte de pessoa próxima), Focum (remove traumas violentos), Ipê Roxo (situações sem saída de grandes traumas e estresse), Pectus (energia para enfrentar e interromper padrões repetitivos de submissão e resignação), Perpétua (perdas efetivas e perdas de pessoas queridas irreparáveis), Boa Deusa (aos que levaram rasteira da vida), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Mangífera (para os que perderam a fé e a esperança por situações de grande sofrimento), Rosa Rosa (perda da fé) e Flor Branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada).


    A Estrela – “Não usando nenhuma proteção ou máscara, releva a sua natureza básica” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Espiritualidade usada para ter poder. Egoísmo. Inflação do ego. Arrogância e falta de preocupação com o outro. Falha nos projetos. Estagnação dos projetos de vida. Confunde aquilo que se é na essência com a sua máscara. Falta de contato consigo mesmo.

    Florais relacionados: Algodão (remoção dos bloqueios causados por forças psíquicas astrais), Allium (anula mal olhado), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados, se sentem estagnados na sua jornada), Erianthum (longe do propósito da sua essência), Incensum (elevação do nível vibratório), Limão (carregam o sentimento de amargura por causa dos outros), Piper (para os que se sentem travados), São Miguel (desmanchar trabalhos de magia negra), Verbena (Presunçosos, idealistas, intolerantes, arrogantes), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Aveia Selvagem (contato interno com as energias superiores), Flor Branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Poaia Rosa (sincronicidade).


    A Lua – “... o próprio herói está ausente” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Loucura, depressão profunda. Não consegue enxergar as saídas para nenhum problema. Estado catatônico. Se perder o contato com a consciência, estados psicóticos. Mediunidade se confunde com problemas psiquiátricos. Perda do limite entre a razão e a loucura. Tendência a vícios. Baixa auto-estima. Síndrome do pânico.

    Florais relacionados: Algodão (remove energias negativas, limpeza de vícios ou abusos do corpo físico), Aloe (baixa auto-estima, angústia), Embaúba (feridas crônicas), Gerânio (depressão, ansiedade e medos infundados), Gloxínea (baixa auto-estima), Ipê Roxo (situações sem saída de grandes traumas e estresse), Panicum (síndrome do pânico), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (desmanchar trabalhos), Thea (combate a depressão), Abricó (sentimento de solidão), Carrapichão (vampirismo por sondas astrais), Coronarium (mania, paranóia, insanidade, demência e loucura), Triunfo (pessoas que estão no negativo), Lótus/Magnólia (floral de proteção) e Pinheiro Libertação (liberta os aspectos aprisionados da alma).


    O Sol – “... onde a vida não é mais um desafio a ser vencido, mas uma experiência a ser desfrutada.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Tristeza, aprisionamento do ego, falta de auto-estima e de autoconfiança. Pessoa não consegue ser feliz com o que tem, não consegue ver as pequenas alegrias da vida. Mau humor. Hipocrisia. Critica demasiada. Orgulho. Vaidade.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na Divindade), Aloe (sentimento de desvalorização, inadequação e negação de si mesmo), Capim Seda (desbloqueio do fluxo natural), Cidreira (preocupação, pensamentos obsessivos), Gloxínea (Sentem-se inúteis e incapazes), Helicônia (para personalidades narcisistas, vaidade, exibicionismo), Ipê Roxo (esperança dos sonhos realizados), Melissa (desesperança), Scorpius (pessoas críticas e provocadoras), Sorgo (entrega e confiança), Unitatum (criança interior ferida), Wedélia (ganância), Anis (pessoas que não se soltam), Boa Sorte (remove obstáculos para prosperar), Chapéu de Sol (pessoas invejadas), Lírio Real (ser livre), Mangífera (perderam a fé e a esperança) e Canela (ampla visão das questões da vida).


    O Julgamento – “O Julgamento dramatiza o momento da ressurreição espiritual de diversas maneiras.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Desequilíbrio. Ficar preso na experiência em si e não na sua análise. Resistência a mudanças. Depressão, tristeza e falta de discernimento e senso crítico. Racionalizar demais as emoções ou dramatizar demasiado. Dificuldade de impor limite e dizer não. Culpas.

    Florais relacionados: Amygdalus (pessoas presas no mundo da ilusão), Curculigum (dificuldade de impor limites e dizer não), Dulcis (estagnados na jornada), Embaúba (sentimento de injustiça), Gerânio (desligada da realidade, depressão), Patiens (suportar situações de grande pressão), Sorgo (perdão), Grevílea (transmutação dos sentimentos) e Monterey (culpa).


    O Mundo – “Chegamos à culminação da longa jornada” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de elementos no ego. Fracassos acumulados. Pessoa que não consegue concluir o que começou, pois sente que se perdeu. Sensação de estar perdido, de ter esquecido algo no meio do caminho. Problemas de memória. Falta de conscientização. Coloca a culpa de tudo nos outros e não assume a sua responsabilidade. Idealização demasiada das pessoas e das situações.

    Florais relacionados: Algodão (enxergar a realidade ao nosso redor), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Luz (remover emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Dulcis (tônico espiritual), Gerânio (ancoragem no momento presente), Gloxínea (medo de errar), Goiaba (medo da perda de controle), Melissa (desesperança, ansiedade e tristeza), Sapientum (acessar a sabedoria de vidas passadas), Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Boa Sorte (abre caminhos), Coronarium (dificuldade de aprendizado, ativa a memória), Alcachofra (transformações na consciência), Ameixa (perturbação interior), Lótus do Egito (expansão da consciência), Sergipe (abertura, amplitude da mente) e Poaia Rosa (sincronicidade com a nova ordem planetária).


    1. Discussão


    Podemos perceber que a descrição dos arquétipos apresentados por Nichols guarda sempre uma relação com os florais apresentados por Neide Margonari. Os arquétipos se repetem como disse Jung, em todas as manifestações culturais globais o que nos faz perceber que, do ponto de vista terapêutico, tanto o tarô quanto os florais possuem a mesma função, só que utilizam métodos diferenciados de execução. Ambos pretendem melhorar o estado global do ser humano, do ponto de vista “biopsicoespiritosocial”. Ambos empenham-se em descobrir e corrigir as facetas mais instintivas do homem, bem como suas manifestações psicológicas de maneira geral.

    Podemos perceber, também, que um mesmo floral pode ser usado em diferentes situações. A Fórmula Emergencial, por exemplo, serve para qualquer uma das situações, sendo usada conjuntamente com outras fórmulas, se esse for o caso. Cabe ao terapeuta entender quais os florais que mais se adequam a situação em que o cliente está exposto, mesmo que isso signifique uma fórmula com vários florais, já que os Florais de St. Germain não estabelecem um número limite de uso.

    A Fórmula Emergencial não foi mencionada especificamente por poder fazer parte de qualquer um dos diagnósticos fornecidos pelo tarô, como um floral de limpeza e fortificação de todos os corpos para receber o tratamento. Neide Margonari recomenda que ele seja usado durante uma ou duas semanas antes do início de um tratamento, seja ele qual for, ou concomitante à fórmula proposta. Assim, ele serve como um bálsamo até mesmo para esperar que o terapeuta tenha mais elementos para diagnosticar a situação.

    Os arquétipos universais do tarô trabalham de maneira a despertar no cliente elucubrações sobre o tema proposto. Abrem os caminhos da consciência para elucidação de seus mais íntimos e inacabados processos terapêuticos e nos fazem meditar à medida que aprendemos a usar todos os nossos potenciais.

    Por outro lado, os florais agem no nível inconsciente diretamente, num caminho que não nos parece oferecer placas de sinalização. De maneira geral, o cliente toma o floral sem nem mesmo saber as razões claras e conscientes para aquilo. Porém, ele age nos níveis mais profundos dos corpos sutis e da alma.

    Assim, enquanto o tarô trabalha de fora para dentro, através da conscientização, os florais trabalham de dentro para fora. É inevitável que se encontrem no meio do caminho da cura do paciente e potencialize um ao outro.

    Ainda é possível pensar num diagnóstico casado, com mais de uma carta do tarô, onde a possibilidade de interpretação e de precisão ficaria ainda maior. Assim, é possível utilizar duas ou três cartas, principalmente quando o diagnóstico parece difícil de ser acessado por uma limitação do cliente ou, por vezes, do próprio terapeuta. Seria interessante utilizar essa técnica e procurar os florais que se repetem no diagnóstico como os mais importantes para a elaboração da fórmula.

    Nota-se também que cada uma das cartas tem mais de uma possibilidade de interpretação. Esse aspecto deve ser levado em conta e procurar encontrar o exato ponto de confluência entre a carta e a história relatada pelo cliente. Assim, pode-se precisar o diagnóstico sem margens de erros. Por vezes, pode ser necessária mais de uma sessão para que o processo de associação livre fique claro e livre de interferências.



    1. Conclusão



    Fica esclarecido, assim, de que forma a união das duas técnicas terapêuticas, tarô e florais, e quando o tarô também se propõe a isso e não a mero objeto divinatório, potencializa a cura do paciente tornando-a mais eficaz e mais rápida. Os dois caminhos (interno para o externo, e externo para o interno) estão sendo trabalhados. Enquanto o cliente toma o seu floral, sabe os motivos e os processos que o estão levando a tomá-lo e cria a consciência necessária para que seus corpos sutis também possam aceitar as mudanças propostas.

    De fato, tanto as relações entre os florais e o tarô, quando as maneiras como essa relação pode ser usada na terapia ainda não estão finalizadas. Ainda podemos perceber que existe muito a estudar e pesquisar sobre o tema, inclusive com o relato direto de casos e comprovações. Este trabalho apenas se propôs a demonstrar as coincidências teóricas que podem ser levadas a cabo ao longo de um processo terapêutico. Este trabalho foi o início de uma jornada arquetípica para, uma vez mais, desenvolver técnicas que ajudem as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida e, em muitos casos, estabelecer a cura de suas feridas emocionais mais profundas. Tanto na evolução da humanidade, num contexto geral, como dos seres humanos, no contexto individual.

























    1. Referências bibliográficas




    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994.


    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo. Editora Madras.2004.


    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004.


    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964


    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999.


    JUNG.C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.


    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.


    MARGONARI.N. Florais de Saint Germain – os doze raios divinos. 2ª edição.São Paulo. Edições Florais de Saint Germain. 1999


    MARGONARI.N. Os florais de saint Germain – repertório- dicionário – atuação dos 12 raios divinos. 4ª edição. São Paulo. Edições Florais de Saint Germain.s/d.


    NICHOLS, S. Jung e o Tarô: Uma jornada arquetípica. Edição 9.São Paulo.Cultrix.2000


    PIERI.P.F. Dicionário Junguiano.. 1ª edição. São Paulo. Editora Vozes. Paulus Editora. 1998.


    RAPPAPORT, C.R. Teorias da personalidade em Freud, Reich e Jung. 1ª edição. São Paulo. EPU. 1984.










    1. Anexos e Apêndices


    Tabela 1 – Significado arquetípico das cartas do tarô


    Arcano

    Nomenclatura

    Significado

    0

    O Louco

    É a carta que não tem número. Liga o mundo real ao mundo espiritual .O inconsciente na sua forma mais pura, lado instintivo. Por saber usar esse lado instintivo, é ele que impulsiona nossas vidas para frente.

    1

    O Mago

    Inicio do processo de individuação proposto por Jung. Começo do pé na realidade da vida. Pode ser tanto mágico criador como embusteiro. Energias domesticadas, elementos para começar no caminho da vida. Porém, pode criar ainda as ilusões, aparência da realidade. Sugere ação.

    2

    A Sacerdotisa

    Representa o princípio feminino da divindade, o yin primário e as deusas femininas. Receptividade. Passividade. Contenção e tradição. Persistência, amor e paciência feminina. Experiência interior. Espiritualização.

    3

    A Imperatriz

    O princípio feminino no sentido Terra, Mãe, mundano. Capacidade criativa. Poder do amor. Sociabilidade e socialização. Ação e conclusão. Criação. Capacidade intuitiva. Inspiração.

    4

    O Imperador

    Princípio masculino yang. Racionalidade. Princípio da realidade. Ação. Consciência. Responsabilidade. Figuras masculinas de poder (pai, chefe). Mente.

    5

    O Sumo Sacerdote

    Liga o mundo interno e externo de maneira mais consciente. União do masculino e do feminino sagrado. Ponte entre o homem e Deus. Contato do homem com o seu espírito. Consciência do poder espiritual. Principio masculino e racional da espiritualidade.

    6

    O Enamorado

    Conflito. Princípio da realidade. Consciência. Desejos antagônicos. Romper o cordão umbilical. Encontrar a força dentro de si. Dúvidas. Ligar a vida espiritual e emocional. Conflito como fonte de crescimento e evolução.

    7

    O Carro

    A viagem pela vida. Autodescobrimento através das vivências e experiências. Ação. O próprio corpo do consulente. Estabilidade. Proteção.

    8

    A Justiça

    Dualidade humana. Inocência e culpa. Equilíbrio. Responsabilidade gerada pelo conhecimento. Fim das ilusões e da inconsciência. Poder de discriminação entre o certo e o errado. Necessidade de pesar as coisas. Opostos trabalhando juntos.

    9

    O Eremitha

    Necessidade de solidão e meditação. Encontrar os significados interiores. Espiritualização. Observação. Sabedoria. Aspectos ligados à mediunidade.

    10

    A Roda da Fortuna

    O dentro e o fora. O eterno girar da vida e dos acontecimentos. Dentro é a essência e fora o acontecer. Equilíbrio quando no meio da roda, olhando a situação de dentro e deixando com que as coisas aconteçam. Mudanças. Nascimento e morte. Uso do instinto e do mental como forma de equilíbrio.

    11

    A Força

    Força do instinto. Domínio das emoções através da anima (força feminina). Domínio do nosso lado animal. Sexualidade equilibrada. Emoções equilibradas. Força interior.

    12

    O Enforcado

    Período de transição. Abandono de velhas atitudes e se deparar com o novo. Necessidade de coragem e sacrifício. Acomodação. Traição das velhas tradições.

    13

    A Morte

    Transformações, mudanças repentinas. As grandes fases de mudanças. Morte do velho para renascer o novo. Período de desapego. Revitalização. Renovação.

    14

    A Temperança

    Temperar as emoções. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Emoções profundas e desafios da alma. Dissolução das velhas formas e o desatamento de nos rígidos. Situações de conflito em que se deve ser os dois lados da moeda.

    15

    O Diabo

    Estagnação. Energias negativas circundando a questão. Nossa sombra, nosso lado negro e cruel. Arrogância, orgulho, inveja, cobiça. Magia negra.

    16

    A Torre

    Destruição das velhas crenças e das velhas formas de viver. Quando não é mais possível, pela própria ordem natural das coisas e do Universo, manter uma situação que não está de acordo. Pode representar a ira e a intervenção divina.

    17

    A Estrela

    Auto-aceitação da sua natureza básica. Ligação com a alma e não somente com o Ego. Entendimento. Compreensão do todo. Intuição e luz. Espiritualidade. O pessoal e o transpessoal.

    18

    A Lua

    Aquilo que está escondido na noite do inconsciente. Depressão. Fuga da realidade para o mundo interior. Mediunidade. Desolamento. Infertilidade. Mergulho no deserto do inconsciente.

    19

    O Sol

    Alegria. Consciência. Auto-estima elevada. Sensação de liberdade. Inocência infantil. Prosperidade. Proximidade com a nossa natureza e aceitação desta.

    20

    O Julgamento

    Finalização de processo. Separar o joio do trigo para um novo recomeço futuro. Análise profunda das situações da vida. Equilíbrio entre a razão e a emoção, sensação e intuição. Aceitação das mudanças.

    21

    O Mundo

    Eu como centro do equilíbrio psíquico. Interação dos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água). Integração dos aspectos femininos e masculinos, negativos e positivos do ego. O ego está completo e se sentindo pleno de sentido. Vitória. Triunfo.

    Fonte: “Jung e o Tarô – uma jornada arquetípica” – Sallie Nichols – Ed.Cultrix

    Autor: : Andrea Rodrigues Teixeira - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 13/05/2007 20:24


    O Tarô Terapêutico e a Jornada Arquetípica

     O Tarô Terapêutico e a Jornada Arquetípica

    Andrea Pavlovitsch
    Terapeuta Holística - CRT 41933

     São Paulo

    2008

     

    Epígrafe

    A grande invocação

    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra

    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra

    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem.

    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal.

    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.

     

    Dedicatória

    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes, que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.

     

    Agradecimentos

    Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem a oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

    Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

    Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

    Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.

     

    Sumário

    1. Introdução..............................................................................................................8

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo..............................................................................8

    1.2.. Tarô – história e apresentação...........................................................................10

    2. Material e metodologia................................................................................................12

    2.1. O método do tarô terapêutico............................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................13

    4. Discussão.....................................................................................................................25

    5. Conclusão....................................................................................................................27

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................28

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................29

     

    Resumo

     

    O presente trabalho visa demonstrar, de maneira teórica, a orientação que o tarô, enquanto instrumento terapêutico de leitura do inconsciente, pode nos fornecer numa consulta de qualquer tipo.

    Todas as pessoas estão sempre passando por ciclos em suas vidas. Estes ciclos são parte da própria evolução humana. Jung chamou essa jornada de “Jornada Arquetípica”, ou seja, cada pessoa está passando, em determinado momento, por um dos arquétipos representados no tarô.

    Neste trabalho faremos uma breve análise de cada um dos arcanos maiores do tarô e como eles podem nos fornecer pistas importantes sobre o momento em que se encontrar, na senda da evolução, cada um dos nossos clientes, para que possamos fazer um trabalho mais específico com cada um, e conseguir melhores resultados ao final do tratamento, tratando o ser humano como um ser holístico, e biopsicosocial e espiritual.

    1. Introdução

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo

    A Psicoterapia analítica, desenvolvida por Carl Gustav Jung, é a que mais pode contribuir para a orientação teórica deste trabalho. Isso porque Jung estudou, inclusive, os arcanos do tarô e várias outras formas dos chamados eventos extrafísicos, ou seja, casos que não podem ser comprovados pela ciência tradicional e que não são aceitos pela mesma, sendo consideradas mitos ou inverdades. De fato, os eventos analisados por Jung, como o tarô, a sincronicidade e tantos outros, não poderiam ser comprovados pela ciência empírica, cega as manifestações energéticas do homem e que não o considera como um todo, ou seja, como um ser holístico.

    Isto posto, vamos analisar, primeiramente a noção básica da Psicoterapia analítica, o conceito de personalidade total (Self). Segundo este conceito, a Psicoterapia humana se desenvolve de duas maneiras concomitantes. Primeiramente uma psique extraconsciente cujos conteúdos são pessoais. E, paralelamente, uma psique cujos conteúdos são impessoais e coletivos, o chamado inconsciente coletivo. (Magalhães, 1984).

    Por inconsciente coletivo podemos compreender uma psique mais profunda, comum a todos os humanos e sem distinção de cultura, raça ou religião. Essa psique seria formada por padrões de estruturação da personalidade nas diferentes fases da vida (infância, adolescência, relação conjugal e profissional, velhice, preparação para morte) chamados de arquétipos. (Magalhães, 1984). A explicação dos arquétipos seria a do “modo como os pássaros fazem o ninho, por exemplo, é um código inato, assim como certos fenômenos simbióticos entre insetos e plantas. Da mesma maneira o homem nasce com certo funcionamento, certo padrão que a torna especificamente humano. Este padrão está expresso nas imagens arquetípicas, ou formas arquetípicas”.( Evans apud Magalhães, 1984).

    A noção de arquétipo, postulando a existência de uma base psíquica comum a todos os humanos, permite compreender por que em lugares e épocas diferentes aparecem temas idênticos, nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de modo geral – seja nos sonhos das pessoas normais, seja no delírio dos loucos”. (Silveira apud Magalhães, 1984).

    Jung ainda coloca os arquétipos como imagens “primordiais” (Burckhardt apud Jung, 1987), ou seja, uma aptidão da mente humana de manter as imagens como elas eram nos primórdios da humanidade.

    Essa hereditariedade explica o fenômeno, no fundo surpreendente, de alguns temas e motivos de lendas se repetirem no mundo inteiro e em formas idênticas...” (Jung, 1987).

    Uma outra noção junguiana muito importante no presente trabalho é a teoria da sincronicidade, desenvolvida pelo autor. Segundo ele, a sincronicidade é a “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos” (Jung, 1971). Porém, estes fatos não são somente uma coincidência estatisticamente comprovada, mas uma manifestação do psiquismo da pessoa com a qual ocorre o fato, a sincronicidade. Jung começou a pensar nisso quando, ouvindo o sonho de uma paciente sobre um besouro, viu o mesmo besouro entrar pela janela de seu consultório. De fato, a possibilidade matemática disto acontecer com eles (médico e paciente) era remotíssima, apesar de possível, o que o fez acreditar que algo no inconsciente coletivo fazia com que os acontecimentos certos aparecessem para determinada pessoa, como um modo de mensagem que deveria ser decifrada como algo importante e que trouxesse desenvolvimento e evolução ao ser em questão. Assim “o fato psíquico modifica ou elimina os princípios da explicação física do mundo está ligado à afetividade do sujeito da experimentação” (Jung, 1971). Ou seja, os fatores da psique humana são capazes de modificar os conteúdos do mundo físico, fazendo com que ocorram as chamadas sincronicidades. A sincronicidade é, portanto, “uma percepção de uma simultaneidade de acontecimentos internos e externos, não necessariamente no mesmo momento – daí serem sincronísticos e não sincrônicos.” (Guimarães, 2004).

    1.2. Tarô – história e apresentação

    Vejamos, primeiramente, o que Banzhaf nos diz sobre o tarô:

    “O tarô é um oráculo de cartas que, em sua estrutura atual, é conhecida desde o século XVI. Consiste em 78 cartas, divididas em dois grupos principais: as 22 cartas chamadas Arcanos Maiores (do latim arcanum, que significa “segredo”) e as 56 cartas chamadas Arcanos Menores. Os Arcanos Maiores apresentam figuras ou “personagens” individuais e inconfundíveis, numerados em seqüência clara. Já os Arcanos Menores são precursores do atual baralho de jogo, pois se dividem em quatro séries de naipes” (Banzhaf, 2001).

    Para o presente trabalho vamos considerar somente os Arcanos Maiores do tarô.

    “Erupções dramáticas deste gênero usualmente significam que aspectos negligenciados de nós mesmos buscam reconhecimento.” (Nichols, 1980). Assim, o tarô utiliza-se dos arquétipos do inconsciente coletivo para nos mostrar, por meio de importantes mensagens, aspectos nossos abandonados ou deixados de lado por alguma motivação consciente ou não. A sincronicidade entra na escolha de cada uma das cartas escolhidas pelo consulente ou pelo tarôlogo. Assim, não é a toa que uma determinada carta é puxada quando o consulente concentra-se em um determinado aspecto de sua vida. O tarô responderá de acordo com a energia psíquica que aquela pessoa desprende no momento da jogada.

    Veja bem, não se trata de uma mágica barata. É toda uma teoria psicológica que respalda os indícios de que as figuras que aparecem no tarô representam de alguma maneira aspectos de nosso inconsciente coletivo. Assim, as cartas podem ser utilizadas por qualquer pessoa, a qualquer tempo. São atemporais como o é o próprio inconsciente, onde não se separa presente, passado ou futuro. Os eventos apresentados nas cartas do tarô podem tanto vir de eventos futuros (aparecendo como previsões) como de eventos passados ou presentes, exatamente pela atemporalidade do aspecto inconsciente. O importante é saber que esses aspectos, quando solicitados pelo consulente no momento da consulta de tarô, aparecerão de acordo com a sua importância na vida psíquica da pessoa, ou de aspectos escondidos que precisam vir à tona (ou seja, eventos inconscientes que precisam ser conscientizados) de coisas que já aconteceram, como de eventos que tem um potencial para acontecerem no futuro e que, de alguma maneira, ainda poderão ser modificados. Por isso que não podemos falar em destino como uma tabula rasa escrita por alguma outra força que não esteja em nós mesmos, mas sim como uma possibilidade dentro dos eventos da vida da pessoa que serão levados a cabo de acordo com cada uma de suas escolhas.

    Assim, os arquétipos representarão o encenar de uma peça que já acontece há muitos séculos, desde os primórdios da civilização, mesmo que mude seu cenário. Por isso a grande quantidade de diferentes modelos de tarô, de diferentes épocas, religiões e conceitos. O aspecto principal é que as figuras não mudam, os arquétipos são apresentados sob diferentes roupagens, mas sempre serão os mesmos.

     

    2. Material e metodologia

    2.1. O método do tarô terapêutico

    O método do tarô terapêutico é de uso e aplicação simples, mas com grande poder de síntese do processo principal pelo qual a pessoa está passando. Separam-se os 22 arcanos maiores do tarô e é pedido que o consulente embaralhe as cartas concentrando-se, principalmente, no motivo real de seus problemas atuais. O consulente também pode se concentrar em um problema específico. Logo após, o terapeuta abre o baralho à sua frente, de maneira que todas as cartas fiquem viradas para baixo e seja possível puxar qualquer uma delas. Ainda concentrado, o consulente precisa puxar uma única carta, que será o motivo da meditação durante todo o restante da sessão. O terapeuta precisa explicar o máximo sobre a carta em questão e pedir que o consulente faça suas associações com os problemas pelos quais está passando ou conte uma história do que acha que está acontecendo na figura. Assim que terminar o processo, o terapeuta já saberá em quais aspectos da carta é preciso atuar .

     

    3. Resultados

    A seguir, apresentam-se as cartas do tarô e as possíveis associações terapêuticas:

    O Louco“O louco é o andarilho, enérgico, ubíquo e imoral” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa imatura, criança, dependente ou infantil. Não quer se responsabilizar pela sua própria vida ou precisa parar de procurar um “papai” que lhe resolva os problemas. Parar de culpar os outros pelas nossas responsabilidades.

    Representa a pessoa que precisa soltar-se mais, soltar a sua criança interior e impulsionar em direção à vida e ao futuro. Pode representar pessoas que tem um louco dentro de si, mas tornaram-se metódicas e enfadonhas, atingindo um alto grau de depressão ou desespero sem motivo. Pode evocar estados de síndrome do pânico, onde toda a energia represada precisa ser solta de alguma maneira. Também evoca a energia presa que gera estados de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

     

    O Mago “O mago é capaz de realizar sua mágica diante de nós, bastando para isso que assistamos às suas representações.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Aqui está uma pessoa que se esconde no seu lado ativo, masculino e faz, faz, faz para não parar e olhar para si. Não suporta o silencio e precisa sempre de estímulos ou tarefas.

    Pessoas muito ligadas com o superficial, identificadas quase que totalmente com o ego, que precisam do outro para se sentir queridas, amadas ou reconhecidas. Falta de reconhecimento da realidade, pessoas muito iludidas ou presas a fantasias. Precisa aprender a se conhecer, a olhar mais para si mesmo independente do que estão ou não fazendo.

     

    A Sacerdotisa“Dela é o reino da profunda experiência interior; dela não é o mundo do conhecimento exterior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A pessoa que precisa acalmar-se, olhar para si mesma e escutar a voz do coração. Tem dificuldades com a sua ternura, em demonstrar sentimentos, sendo introspectiva, tímida e desconfiada.

    Representa a pessoa que não consegue se ligar à sua espiritualidade por não estar ligada ao seu lado feminino ou tem uma máscara de espiritualidade para não mostrar seus verdadeiros sentimentos. São mulheres com dificuldades no feminino sagrado e homens que não conseguem acessar sua porção mulher, gerando machismo e falta de respeito pelo feminino. Mulheres que perderam a intuição por conta do mundo competitivo em que vivemos e do acúmulo de tarefas. Pessoas que, em geral, precisam refazer seu contato com o seu espírito. Mulheres com forte TPM por conta desse distanciamento.

     

    A Imperatriz “É, portanto, a Imperatriz quem faz às vezes de ponte entre o Mundo Mãe de inspiração e o Mundo Pai de lógica e laboratórios...” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: É aquela pessoa que cuida de todo mundo, menos dela. Uma pessoa que se trava em detrimentos do que os outros vão pensar ou sentir por ela. A mãe superprotetora ou a filha problemática e dependente entram neste arquétipo também.

    Pessoa travada no seu processo criativo por afastamento do seu lado feminino. Falta de inspiração para mudar o que precisa ser mudado. Excesso de “amor”, relacionamentos destrutivos e sufocantes. Falta de fertilidade e de prosperidade. Excesso de dramaticidade do real. Precisa se dar permissão para viver mais as coisas boas da vida e cuida de si como cuida dos outros.


     

    O Imperador – “Aqui começa o mundo patriarcal da palavra criativa, que inicia o domínio masculino do espírito sobre a natureza.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa que dedicada demais a tudo o que é prático e racional, justamente por saber que isso lhe falta de maneira natural. Pessoa controladora (de si e dos outros) ou, se for para o outro lado, revoltada com todas as figura de poder.

    Falta de senso prático. Excesso de ilusões e fantasias. Falta de concretude. Problemas com figuras de poder, como chefes. Racionalizar demais como mecanismo de defesa. Falta do princípio da ação, pessoa acomodada. Falta contato com a realidade, vive no mundo mental, das idéias sem concretizar nada. Problemas em se destacarem do todo e em encontrar soluções na vida profissional. Saber que é o senhor de si, seu próprio imperador, e necessita incorporar o arquétipo para ser mais si mesmo.

    O Sumo Sacerdote – “... a personificação exteriorizada da luta do homem pela conexão com a divindade – da sua dedicação à busca do significado, que coloca o homem acima dos animais” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa que está distante de si e sempre precisa do outro (que acredita ser mais inteligente) para resolver as suas questões internas. Pode identificar pessoas que precisam sempre de um mestre, um guru ou qualquer coisa assim para chegar a Deus.

    Perda da ponte entre Deus e o homem. Crenças infundadas. Necessidade do outro para ver suas próprias questões. Projeção. Inveja. Falta de consciência do seu poder espiritual. Complexo de herói. Afastamento da parte sagrada do Self. Fanatismo religioso. Precisa aprender a ser o seu próprio mestre interior e confiar nas coisas que faz e diz, sem deixar suas decisões nas mãos de outras pessoas. Sair do mental e entrar mais no sentir.


     

    O Enamorado – “Podemos ver nesse moço a personificação do jovem e vigoroso ego, pronto para enfrentar a vida e seus problemas sem a ajuda de ninguém.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Fragilidade do ego. Fraqueza para tomar decisões. Excesso de indecisão. Processo de fuga dos conflitos. Excesso de fantasia como fuga da realidade. Não consegue se conectar com a mãe interna, não cortou o cordão umbilical da mãe real. Dependência emocional. Imaturidade. Enfrenta uma dualidade, utilizando fatores internos para não assumir a responsabilidade por si. Deixar sua indecisão e escolher seguir a sua alma, escolhendo o que precisa para crescer.

    O Carro – “ A jornada exterior não é apenas um símbolo da jornada interior, mas também o veículo para o nosso autodescobrimento” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Inflação do ego. Falta de equilíbrio e discernimento. Ter energia, mas não ter objetivos claros. Instabilidade emocional. Somatização de doenças por conta do emocional. Estados de mania e ansiedade. A pessoa que “coloca o carro na frente dos bois”. Medos infundados. Estagnação. Medo de tomar as rédeas e de dirigir.

    A pessoa completou um ciclo de sua vida e está sentindo necessidade de mudanças, principalmente a procura da sua independência e autonomia. Pode se apresentar como excessivamente independente, auto-suficiente e desapegado, ou o contrário. Nos dois casos denota a sua fraqueza e carencia afetiva. Deve realizar essa mudança profunda, esquecer o passado e ouvir mais o coração.

     

    A Justiça – “O equilíbrio é a base da Grande Obra” (Aforismo alquímico apud Nichols, 1980)

    No processo terapêutico: Estado de regressão infantil, pois tenta passar o tempo todo uma idéia de pessoa perfeita, somente para agradar aos outros. Pessoa que usa a raiva contra os outros e comete crimes. Auto-culpa acentuada. Falta de equilíbrio mental. Mudanças repentinas de humor. Falta de responsabilidade no sentido de não entender que o Universo nos manda o que precisamos. Sentimento de injustiça ou de ser o seu próprio juiz, julgando a si e aos outros com destreza, denotando seu ego rígido. Pode significar o momento em que a pessoa percebe que não pode mais ficar nesta posição agradadora o tempo todo.

     

     

    O Eremita – “... o frade aqui retratado personifica uma sabedoria que não se encontra em livros”. (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Sentir solidão por distância do si mesmo (vazio da alma). Fanatismo religioso. Tristeza profunda. Falta de sabedoria com as experiências. Retirar-se da vida por vontade própria. Falta de senso de observação e dificuldade de introspeção. Pessoa espiritualmente atacada. Superficialidade. Desligamento do Eu Superior. Pessoa tímida e compulsivamente introvertida, sexualmente imaturo por negar sua natureza instintiva. Precisa voltar a si mesmo estando alerta pra seus impulsos internos. Perceber que as circunstancias não são o problema e encontrar sua alma.

     

    A Roda da Fortuna – “... estamos presos no intérmino girar predestinado da Roda da Fortuna? Ou essa carta nos oferece outras mensagens, mais cheias de esperança?” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Estagnação. Envolver-se demais com os problemas externos desconsiderando a sua essência. Não aceitação dos fatos da vida como naturais e excesso de sofrimento por isso. Pessoa dramática e vitimesca. Pessoa que não consegue acessar transformações e mudanças necessárias à evolução humana e espiritual. Pessoa presa ao passado, que espera que sempre as coisas se repitam. Não consegue mudar o comportamento e, consequentemente, não consegue mudar as coisas. Precisa entender a relação entre seu interno e seu externo.

     

    A Força – “As energias outrora empenhadas na adaptação exterior começarão agora a preocupar-se mais com o crescimento interior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Lado emocional exacerbado. Ser dominado pelas emoções. Falta de controle da raiva e do ódio. Violência. Doenças psicossomáticas. A pessoa não consegue aceitar as suas emoções e elas acabam o engolindo. Fraqueza física e emocional. Sexualidade desequilibrada. Indecisão quanto à própria identidade sexual.

     

    O Enforcado – “Com as mãos amarradas atrás das costas, o Enforcado se acha tão indefeso quanto um nabo. Está nas mãos do Destino” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de coragem para abandonar o velho e conquistar o novo. Acomodação extrema. Necessidade de se voltar para dentro para voltar como uma pessoa renascida. Deixar-se nas mãos do Destino.

     

    A Morte – “Na natureza nada se perde. O rei está morto. Viva o rei” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Apego. Dificuldade de aceitar as mudanças. Pessoas arraigadas às velhas formas e velhas crenças. Apego a pessoas ou situações. Carregar um cadáver que não tem mais utilidade.

     

    A Temperança – “O tema dessa carta associa a temperança à Aquário, o carregador da água, o décimo primeiro signo do zodíaco.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de equilíbrio das emoções. Pessoa muito fria ou muito calorosa. Problemas em deixar fluir a vida e resolver, de forma natural, os seus conflitos. Pessoa não consegue ver a saída porque não analisa todas as partes do problema. Problemas circulatórios. Falta de confiança no fluxo da vida. Impaciência.

     

    O Diabo – “Chegou o momento de enfrentar o Diabo” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A não aceitação dos aspectos negativos do Ego como a arrogância, a inveja, a ganância, faz com que acabemos escravos deles. Ser escravizado por sua própria sombra por medo de enfrentá-la. Pode tornar-se uma pessoa malévola para si mesmo, descuidando de si por sentir-se culpado e gerar doenças e tragédias. Abertura de mediunidade não trabalhada, que leva a problemas espirituais. Falta de proteção. Promiscuidade e mau uso da sexualidade.

     

    A Torre – “Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Preso a padrões mentais destrutivos e antigos. Não consegue se jogar de sua prisão inconsciente. Preso a crenças antigas ou a situações desagradáveis. Pode representar uma pessoa que passou por uma destruição (como tragédias e problemas de saúde) e não consegue se reestruturar do trauma. Falta de fé na intervenção divina e em si mesmo. Falta de autoconfiança.

     

    A Estrela – “Não usando nenhuma proteção ou máscara, releva a sua natureza básica” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Espiritualidade usada para ter poder. Egoísmo. Inflação do ego. Arrogância e falta de preocupação com o outro. Falha nos projetos. Estagnação dos projetos de vida. Confunde aquilo que se é na essência com a sua máscara. Falta de contato consigo mesmo.

     

    A Lua – “... o próprio herói está ausente” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Loucura, depressão profunda. Não consegue enxergar as saídas para nenhum problema. Estado catatônico. Se perder o contato com a consciência, estados psicóticos. Mediunidade se confunde com problemas psiquiátricos. Perda do limite entre a razão e a loucura. Tendência a vícios. Baixa auto-estima. Síndrome do pânico.

     

    O Sol – “... onde a vida não é mais um desafio a ser vencido, mas uma experiência a ser desfrutada.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Tristeza, aprisionamento do ego, falta de auto-estima e de autoconfiança. Pessoa não consegue ser feliz com o que tem, não consegue ver as pequenas alegrias da vida. Mau humor. Hipocrisia. Critica demasiada. Orgulho. Vaidade.

     

    O Julgamento – “O Julgamento dramatiza o momento da ressurreição espiritual de diversas maneiras.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Desequilíbrio. Ficar preso na experiência em si e não na sua análise. Resistência a mudanças. Depressão, tristeza e falta de discernimento e senso crítico. Racionalizar demais as emoções ou dramatizar demasiado. Dificuldade de impor limite e dizer não. Culpas.

    O Mundo – “Chegamos à culminação da longa jornada” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de elementos no ego. Fracassos acumulados. Pessoa que não consegue concluir o que começou, pois sente que se perdeu. Sensação de estar perdido, de ter esquecido algo no meio do caminho. Problemas de memória. Falta de conscientização. Coloca a culpa de tudo nos outros e não assume a sua responsabilidade. Idealização demasiada das pessoas e das situações.

     


     

    1. Discussão

    Notamos que o tarô há muito deixou de ser um instrumento apenas usado por “curandeiros” ou até mesmo charlatãs para tirar dinheiro das pessoas em praça pública. Não que isso, infelizmente, não exista, assim como existem as sombras de todas as profissões. O tarô é apresentado aqui como mais uma ferramenta de entendimento do ser humano, de análise profunda de sua psiquê de que como isso tudo poderá ajudar o cliente a encontra um ponto dentro de si mesmo que o ajude a encontrar seu equilíbrio.

    Hoje sabemos das relações entre o psíquico e o físico, por exemplo. Com certeza, um desequilíbrio psicológico ou energético, ou até mesmo uma maneira errônea de encarar determinadas fases naturais da vida, poderiam acarretar qualquer um destes problemas físicos. Assim, quando quer profissional terapeuta holístico identifica um desequilíbrio pode, ao mesmo tempo, identificar um padrão psicológico que precisa ser mexido e mudado pela pessoa, para que o completo restabelecimento do cliente aconteça. Aqui, o tarô poderia fornecer o momento arquetípico do cliente e auxiliar no uso de quaisquer outras técnicas, já que sua função é somente “retirar” da inconsciência aquilo que lhe é necessário saber.

    Nota-se também que cada uma das cartas tem mais de uma possibilidade de interpretação. Esse aspecto deve ser levado em conta e procurar encontrar o exato ponto de confluência entre a carta e a história relatada pelo cliente. Assim, pode-se precisar a avaliação sem margens de erros. Por vezes, pode ser necessária mais de uma sessão para que o processo de associação livre fique claro e livre de interferências.

     

     

    1. Conclusão

    Fica esclarecido neste trabalho como o tarô pode ajudar em qualquer processo de mudança e de melhora que o cliente esteja passando, tanto para orientação da técnica a ser utilizada a seguir, quando do tempo arquetípico em si.

    De fato estes estudos e a maneira como ele pode ser usado dentro da sessão terapeutica ainda não estão finalizadas. Ainda podemos perceber que existe muito a estudar e pesquisar sobre o tema, inclusive com o relato direto de casos e comprovações. Este trabalho apenas se propôs a demonstrar as coincidências teóricas que podem ser levadas a cabo ao longo de um processo terapêutico. Este trabalho foi o início de uma jornada arquetípica para, uma vez mais, desenvolver técnicas que ajudem as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida e, em muitos casos, estabelecer a harmonização de suas feridas emocionais mais profundas. Tanto na evolução da humanidade, num contexto geral, como dos seres humanos, no contexto individual.

     

    1. Referências bibliográficas

    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

     

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994.

    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo. Editora Madras.2004.

    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004.

    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964

    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999.

    JUNG.C.G. Psicoterapia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.

    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.

    NICHOLS, S. Jung e o Tarô: Uma jornada arquetípica. Edição 9.São Paulo.Cultrix.2000

    PIERI.P.F. Dicionário Junguiano.. 1ª edição. São Paulo. Editora Vozes. Paulus Editora. 1998.

    PRAMAD,V. Curso de tarô e seu uso terapêutico. 3º edição. São Paulo. Madras. 2008

    RAPPAPORT, C.R. Teorias da personalidade em Freud, Reich e Jung. 1ª edição. São Paulo. EPU. 1984.

     

     

    1. Anexos e Apêndices

    Tabela 1 – Significado arquetípico das cartas do tarô

    Arcano

    Nomenclatura

    Significado

    0

    O Louco

    É a carta que não tem número. Liga o mundo real ao mundo espiritual .O inconsciente na sua forma mais pura, lado instintivo. Por saber usar esse lado instintivo, é ele que impulsiona nossas vidas para frente.

    1

    O Mago

    Inicio do processo de individuação proposto por Jung. Começo do pé na realidade da vida. Pode ser tanto mágico criador como embusteiro. Energias domesticadas, elementos para começar no caminho da vida. Porém, pode criar ainda as ilusões, aparência da realidade. Sugere ação.

    2

    A Sacerdotisa

    Representa o princípio feminino da divindade, o yin primário e as deusas femininas. Receptividade. Passividade. Contenção e tradição. Persistência, amor e paciência feminina. Experiência interior. Espiritualização.

    3

    A Imperatriz

    O princípio feminino no sentido Terra, Mãe, mundano. Capacidade criativa. Poder do amor. Sociabilidade e socialização. Ação e conclusão. Criação. Capacidade intuitiva. Inspiração.

    4

    O Imperador

    Princípio masculino yang. Racionalidade. Princípio da realidade. Ação. Consciência. Responsabilidade. Figuras masculinas de poder (pai, chefe). Mente.

    5

    O Sumo Sacerdote

    Liga o mundo interno e externo de maneira mais consciente. União do masculino e do feminino sagrado. Ponte entre o homem e Deus. Contato do homem com o seu espírito. Consciência do poder espiritual. Principio masculino e racional da espiritualidade.

    6

    O Enamorado

    Conflito. Princípio da realidade. Consciência. Desejos antagônicos. Romper o cordão umbilical. Encontrar a força dentro de si. Dúvidas. Ligar a vida espiritual e emocional. Conflito como fonte de crescimento e evolução.

    7

    O Carro

    A viagem pela vida. Autodescobrimento através das vivências e experiências. Ação. O próprio corpo do consulente. Estabilidade. Proteção.

    8

    A Justiça

    Dualidade humana. Inocência e culpa. Equilíbrio. Responsabilidade gerada pelo conhecimento. Fim das ilusões e da inconsciência. Poder de discriminação entre o certo e o errado. Necessidade de pesar as coisas. Opostos trabalhando juntos.

    9

    O Eremitha

    Necessidade de solidão e meditação. Encontrar os significados interiores. Espiritualização. Observação. Sabedoria. Aspectos ligados à mediunidade.

    10

    A Roda da Fortuna

    O dentro e o fora. O eterno girar da vida e dos acontecimentos. Dentro é a essência e fora o acontecer. Equilíbrio quando no meio da roda, olhando a situação de dentro e deixando com que as coisas aconteçam. Mudanças. Nascimento e morte. Uso do instinto e do mental como forma de equilíbrio.

    11

    A Força

    Força do instinto. Domínio das emoções através da anima (força feminina). Domínio do nosso lado animal. Sexualidade equilibrada. Emoções equilibradas. Força interior.

    12

    O Enforcado

    Período de transição. Abandono de velhas atitudes e se deparar com o novo. Necessidade de coragem e sacrifício. Acomodação. Traição das velhas tradições.

    13

    A Morte

    Transformações, mudanças repentinas. As grandes fases de mudanças. Morte do velho para renascer o novo. Período de desapego. Revitalização. Renovação.

    14

    A Temperança

    Temperar as emoções. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Emoções profundas e desafios da alma. Dissolução das velhas formas e o desatamento de nos rígidos. Situações de conflito em que se deve ser os dois lados da moeda.

    15

    O Diabo

    Estagnação. Energias negativas circundando a questão. Nossa sombra, nosso lado negro e cruel. Arrogância, orgulho, inveja, cobiça. Magia negra.

    16

    A Torre

    Destruição das velhas crenças e das velhas formas de viver. Quando não é mais possível, pela própria ordem natural das coisas e do Universo, manter uma situação que não está de acordo. Pode representar a ira e a intervenção divina.

    17

    A Estrela

    Auto-aceitação da sua natureza básica. Ligação com a alma e não somente com o Ego. Entendimento. Compreensão do todo. Intuição e luz. Espiritualidade. O pessoal e o transpessoal.

    18

    A Lua

    Aquilo que está escondido na noite do inconsciente. Depressão. Fuga da realidade para o mundo interior. Mediunidade. Desolamento. Infertilidade. Mergulho no deserto do inconsciente.

    19

    O Sol

    Alegria. Consciência. Auto-estima elevada. Sensação de liberdade. Inocência infantil. Prosperidade. Proximidade com a nossa natureza e aceitação desta.

    20

    O Julgamento

    Finalização de processo. Separar o joio do trigo para um novo recomeço futuro. Análise profunda das situações da vida. Equilíbrio entre a razão e a emoção, sensação e intuição. Aceitação das mudanças.

    21

    O Mundo

    Eu como centro do equilíbrio psíquico. Interação dos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água). Integração dos aspectos femininos e masculinos, negativos e positivos do ego. O ego está completo e se sentindo pleno de sentido. Vitória. Triunfo.

    Fonte: “Jung e o Tarô – uma jornada arquetípica” – Sallie Nichols – Ed.Cultrix

    Autor: : Andrea Pavlovitsch - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 06/05/2008 13:38


    OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS

    OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS  


      Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989 

    EPÍGRAFE  

    "Navegar é preciso, viver não é preciso"

                                   Fernando Pessoa. 

    "Viajar é preciso, viver não é preciso" 

                      DEDICATÓRIA 

            Dedico este trabalho a minha filha Giulia Beatriz Torres Marquezini, principal personagem de minha Lenda Pessoal. 

    AGRADECIMENTOS 

    Agradeço a Deus, aos meus mentores espirituais, aos ciganos: Rosa e Simão, a todos de minha família cármica e aos clientes e amigos que fazem parte da Teia de Minha Vida.  

    Agradeço a amigos Mestres de meu caminho como Facelucia Barros Côrtes de Souza sempre disposta a me ajudar nas bifurcações e nas certezas da minha Trilha da Vida. 

    SUMÁRIO                                                                      

    1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. pg.8 

    1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia.....................................................pg.9 

    1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e

    Intervenção Sincronística..............................................................................................pg.12 

    1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de

    Autoconhecimento..........................................................................................................pg.13 

    2. METODOLOGIA...............................................................................................pg.14 

    3. DISCUSSÕES ...........................................................................................................pg.15 

    4. RESULTADOS .................................................................................................pg.16 

    5. CONCLUSÃO..................................................................................................pg.17 

    6. REFERÊNCIAS ...............................................................................................pg.18 

    RESUMO 

    Novo método de mudanças pessoais e empresariais é proposto utilizando práticas terapêutica sincronistas. O método está fundamentado, neste trabalho, através das teorias de Carl Gustav Jung, da Física Quântica da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia, nas discussões de Fritjof Capra, mas está baseado, também, no empirismo e na instrumentação do Tarô como oráculo. A metodologia consiste em utilizar consultas, cursos, visitações e viagens dos arquétipos, de forma integrada e natural que facilitem o autoconhecimento. Espera-se como resultado um processo de aprendizagem e autoconhecimento com interesses objetivando aprender a aprender e no aprender a ensinar através de momentos lúdicos, elevando a consciência de grupo e disseminar o respeito para com o objeto de visitação.  


    PALAVRAS CHAVE 

    Sincronicidade. Inconsciente Coletivo. Arquétipos. Insights. Física Quântica. Teoria dos Sistemas. Holismo. Ecologia. Tarô. Viagens. 

                                                                                                                                          8

    1. INTRODUÇÃO 

    Este trabalho visa apresentar uma nova metodologia baseada em conhecimento prático em Tarô Mitológico, roteiros turísticos e culturais com fundamentação teórica em Filosofia, Psicologia e Física, Holismo e Ecologia, para o autoconhecimento pessoal e empresarial, conforme descrito a seguir.

    Ele se baseia, sobretudo, nas práticas aleatórias ou induzidas realizadas, ao longo de 17 anos, utilizando como instrumentos de autoconhecimento, o Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua e os roteiros turísticos e culturais: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru - Formação da Cidade do Salvador.

    No primeiro item serão apresentadas as práticas fundamentadas em conceitos da Teoria da Sincronicidade e também dos conceitos de Inconsciente Coletivo, Arquétipos e Insights de Carl Gustav Jung, da Física Quântica, da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia na visão de Fritjof Capra, que serão discutidas, traçando um estudo cronológico de tendências dos pensamentos filosóficos e científicos.

    Em segundo item será avaliado o Tarô, seus arquétipos, a simbologia e a os fenômenos sincronísticos, aliados a uma breve avaliação de marcos históricos e religiosos que validam a importância dos deslocamentos (passeios e viagem), como componentes de autoconhecimento.

    A metodologia é a práxis do autoconhecimento e desenvolvimento de pessoas e empresas, onde serão associados os conceitos do primeiro capítulo e "arquetipizados" os atores, conteúdos, integrados aos lugares visitados. Os resultados são baseados nesta prática dos conceitos discutidos.

    A idéia é contribuir para visão holística do mundo contemporâneo e tornar esta prática reconhecida no sistema das terapias da sincronicidade. 

    1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria Dos Sistemas, Holismo e Ecologia. 

    Após o mundo mágico dos tempos antigos, a filosofia aristotélica e teologia cristã que marcaram o período medieval, as teorias cartesianas e mecanicistas, trouxeram, sob a ótica das ciências, a individualização, a separatividade e a redução do sujeito, como sintetizado abaixo:

                "Nos séculos XVI e XVII a visão de mundo medieval, baseada na filosofia aristotélica e na teologia cristâ, mudou radicalmente. A noção de um universo orgânico, vivo e espiritual foi substituída pela noção do mundo como uma máquina, e a máquina do mundo tornou-se a metáfora dominante da era moderna. Essa mudança radical foi realizada pelas novas descobertas em física, astronomia e matemática, conhecidas como Revolução Científica e associadas aos nomes de Copérnico, Galileu, Descartes, Bacon e Newton. Galileu Galilei expulsou a qualidade da ciência, restringindo esta última ao estudo dos fenômenos que podiam ser medidos e quantificados." (CAPRA, Teia da Vida, 1996). 

    Com a Revolução Científica a qualidade desaparece da análise, os fenômenos passam a ser medidos e quantificados. Os cincos sentidos, a estética, a ética, a alma, a consciência e o espírito são extintos (LAING apud CAPRA, 1996). O pensamento analítico de Descartés, com os fenômenos sendo analisados em partes para se chegar ao todo, impera.

    Com a chegada do século XVIII e os diversos fracassos científicos, a busca é pela sobrevivência do cartesianismo, porém ao final daquele século e inicio do século XIX a arte, literatura e filosofia se contrapõem as ciências e retornam a idéia da terra como um ser vivo e provocam mudanças significativas, através de poetas, como o inglês romântico William Blake que, entre seus pensamentos, está a da falência do mecanicismo e reducionismo científicos, como se pode ver no verso: "Possa Deus nos proteger da visão unilateral e do sono de Newton". (BLAKE apud de Capra, 1996)

    Goethe, poeta romântico alemão, analisa uma "ordem móvel" da natureza e da forma das relações do todo, que segundo Capra (1996) vai ser a linha de frente da concepção sistêmica.

    Porém em meados do século XIX há um retrocesso e as explicações físicas, biológicas e químicas da vida passam a ser o centro das discussões. Algumas descobertas e teorias propiciam isto, como por exemplo, a descoberta das células.

    Nessa "gangorra" de conceitos científicos, no inicio do Século XX os biólogos e bioquímicos organicistas voltam a se opor aos mecanicistas, retornam a idéia dos românticos e de Aristóteles e ao conceito de sistemas. As células combinadas levam aos tecidos, órgãos e organismos, que atestam a soma das partes formando o todo.

    A Física apresenta mudanças substanciais, a exemplo de Werner Heisenberg, um dos percussores da Teoria Quântica:

    10

      "O mundo aparece assim, como um complicado tecido de eventos, no qual conexões de diferentes tipos se alternam, se sobrepõem ou se combinam e, por meio disso, determinam a textura do todo." (HEISENBERG, apud CAPRA, 1996).  

    Na Psicologia, os alemães com a Teoria da Gestalt, Max Wertheimer e Wolfgang Kõhler, criam uma terceira forma de pensamento, que nem era o mecanicismo da Revolução Científica e tão pouco o vitalismo dos organicistas com a Teoria das Células, onde a idéia central era de que o todo era mais que a soma das partes.

    Porém, anterior as teorias "gestaltianas", Carl Gustav Jung, médico e psiquiatra, em suas experiências a partir da teoria da Livre Associação de Freud, pai da Psicanálise e de quem foi discípulo, contribuiu com conceitos que mostraram que as coisas tendiam acontecer e serem representadas por símbolos e que havia uma memória mental, além do individuo e que esses optam por acessá-la ou não, como produto do livre arbítrio e de suas intelectualidades.

    Estava criada a Teoria da Sincronicidade "coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos" (JUNG, 2000), observada em acontecimentos sem relação de causa e efeito, um interior e outro exterior ao individuo, que podem se materializar em forma de símbolos e eventos que costumamos chamar de "acaso" ou "coincidências", como por exemplo: desejar algo e recebê-lo de presente.

    A partir do conceito de sincronicidade se pode perceber que para que ocorressem fenômenos sincronísticos era preciso mais do que o desejo individual e assim nascia a Teoria do Inconsciente Coletivo, que pode ser explicado como uma fonte de todo conhecimento que se situa fora da alma humana, um conhecimento absoluto.

    Esse "local coletivo" é como uma memória de "computador", onde estão "salvos" aprendizados, energias e tendências que podem ser acessados através de Arquétipos em situações espontâneas como em crises, sonhos, febres, perturbações, fenômenos de sincronicidade ou situações de indução. Nas formas indutivas, podemos classificar as terapias que utilizam oráculos.

    Esses "acessos" a consciência maior na teoria junguiana, são os "Insights": lembrança simbólica repentinas de uma consciência maior, que podem ser decifradas através da tomada de consciência, quer espontânea ou induzida por técnicas terapêuticas.

    O uso da mitologia nas ciências é baseado nas histórias e nos arquétipos e revelam verdades profundas que muitas vezes não estão evidentes para a consciência, existe independente do mundo e são instrumentos de acesso ao que Freud chamou de Inconsciente e que Jung classificou como interno e externo, recebendo este último o nome de Inconsciente Coletivo.

    As teorias de Jung foram baseadas em várias teorias cientificas como as de Hipócrates: "simpatia de todas as coisas", a "união por um vínculo entre o que chamou de sensível e supra-sensível" de Teofastro, em Zózimo e suas alquimias, entre outros. Porém, serão nas teorias de Schopenhauer e Gottfried Wilhelm Leibniz as mais consideradas por Jung. Com o primeiro dialogou com o que chamou de "simultaneidade significativa" batizando o termo "sincronicidade", já de Leibniz utilizou os conceitos da "realidade através de quatro princípios: espaço, tempo, causalidade e correspondência", só discordando sobre a constância destes fatores, pois para Jung os "eventos sincronísticos" ocorrem irregularmente, de forma esporádica (CAPRIOTTI, 2007).

    A partir do século XX proliferam as teorias chamadas "holísticas" e "sistêmicas" e a ecologia, para dar conta de um mundo repleto de tecnologias e um exemplo do pensamento sistêmico se pode observar no trecho abaixo:

      "Uma visão holística, digamos, de uma bicicleta significa ver a bicicleta como um todo funcional e compreender, em conformidade com isso, as interdependências das  suas partes. Uma visão ecológica da bicicleta inclui isso, mas acrescenta-lhe a percepção de como a bicicleta está encaixada no seu ambiente natural e social - de onde vêm as matérias-primas que entram nela, como foi fabricada, como seu uso afeta o meio ambiente natural e a comunidade pela qual ela é usada, e assim por diante. Essa distinção entre "holístico" e "ecológico" é ainda mais importante quando falamos sobre sistemas vivos, para os quais as conexões com o meio ambiente são muito mais vitais.O sentido em que eu uso o termo "ecológico" está associado com uma escola filosófica específica e, além disso, com um movimento popular global conhecido como "ecologia profunda"

      (CAPRA, A Teia da Vida, 1996). 

    Todos estes conceitos, ciências, terapias têm como objetivo descobrir o objetivo e as melhores formas de relação do homem com a vida e, em resumo, descobrir a felicidade. As técnicas na contemporaneidade são inúmeras. O filósofo brasileiro descendente de libaneses, empresário e faixa preta em artes marciais, Talal Husseini, ao ser entrevistado pelo Jornal a Tarde em Salvador, onde fora lançar seu livro Paz Guerreira - O Caminho das 16 Pétalas, afirma: "Nós perdemos muito tempo porque não desenvolvemos certas faculdades mentais, como concentração, imaginação, memória, discernimento, consciência e atenção." (HUSSEINI, 2011).

    Diante desta análise cronológica, a questão é: no século XXI as ciências e os ideais ecológicos e de sustentabilidade darão conta das almas e dos homens? 

    1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e Intervenção Sincronística. 

    A origem das cartas de Tarô ainda é muito obscura, fazem parte da bibliografia do ocultismo e exercem fascínio nas pessoas há pelo menos 600 anos, visto que alguns pesquisadores dão conta de sua presença na Europa do século XVI.

    Alguns acreditam que tenha surgido no antigo Egito, nas crenças célticas pagãs ou nos ciclos da poesia romântica do Santo Graal na Idade Média da Europa.

    Percussor de nossas atuais cartas de jogar, divididas em naipes: paus, ouros, copas e espadas trazendo ilustrações de figuras e situações que, como no exemplo dos sonhos, representam insights, conteúdos da psique humana, trazem o consciente e inconsciente do sujeito e dá acesso ao que Jung chamou "Inconsciente Coletivo".

    Funciona como um caminho de observação para que venham à tona os aspectos negligenciados do sujeito de análise, utilizando figuras arquetípicas.

    Uma das formas de utilizar as cartas de Tarô como instrumento de autoconhecimento é observar o que Nichols (1980), chamou de Mapa da Jornada dos Arcanos, conjunto de 22 cartas repletas de símbolos, conhecidas como Arcanos Maiores.

    O Louco é um personagem para alguns baralhos sem número, para outros recebe o número 22.  O fato é que funciona como um coringa, representando a força que impulsiona a jornada. A curiosidade é a mola que impulsiona a seguir, um viajante que se lança na estrada, sempre buscando, se aventurando e caminhando. Ele transita entre todos os símbolos das cartas, da primeira carta que recebe o nome de O Mago à vigésima primeira, o Julgamento, no Mapa da Jornada. São representadas estações de amadurecimento do herói, o Louco, e podem ser associadas aos estágios inconscientes aplicados a processos terapêuticos holísticos.

    São 22 estações de aprendizados, chamados de Arcanos maiores, 56 cartas chamadas de Arcanos Menores, explicações, detalhamentos das estações de aprendizado subdivididas em 4 naipes de 14 cartas, agrupadas por área de significação. Paus que representa o aspecto espiritual, Ouros o físico, Copas o emocional e Espadas o mental. Somadas são 78 arcanos.

    Seja no Mapa da Jornada de Sallie Nichols, seja em diversas obras e terapias e vivências de Tarô que sugerem caminhos, viagens e movimento, os arquétipos do Tarô são fortes instrumentos de movimentação interna e se associados a fluxos externos, como deslocamentos, caminhadas, trilhas, peregrinações ou viagens de lazer ou negócios, desde que objetivando os "insights e sincronicidades", podem ser potencializados. 

    13

    1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de Autoconhecimento. 

    Os motivos religiosos figuram como umas das primeiras motivações de deslocamentos dos povos.

    Vários foram os momentos culturais de vulto onde a viagem, o deslocamento é o instrumento de mudança, seja na fuga guiada por Moisés pelo Mar Vermelho ou na saída de Maomé e seu povo de Meca ou nas viagens a Terra Santa e a Roma pelos cristãos ou na contemporaneidade as viagens a Santiago de Compostela pelos místicos e católicos ou a ida a Israel pelas mais diversas religiões cristãs..

    As Cruzadas, as Grandes Navegações, as dominações, as colonizações, a Primeira e Segunda Guerra, mudaram a face da humanidade, as fronteiras e a alma humana.

    Hoje nas práticas turísticas se observa um numero grande de ações religiosas, culturais e místicas como ingrediente, onde se busca o conhecimento do externo tendo como instrumento as viagens, o deslocar-se para retornar a si. Muitos são as trilhas e caminhadas com intenções religiosas ou místicas criadas pelo mundo.

    Paulo Coelho em suas obras trata sempre desta instrumentação para alquimia pessoal e a utiliza para criar seus enredos. Para escrever o Alquimista foi as Pirâmides do Egito e ao Deserto de Saara, o que significa que em nossas trilhas pessoais podemos achar caminhos, criar atalhos, virar esquinas, buscar saídas, encontrar e ser encontrado, escutar o vento, perceber os sinais, acessar as memórias das árvores ou das pedras e viajar em busca do que está dentro de cada um. Enredando a magia dos "insights", dos sinais, das sincronicidades: "- Esta é a magia dos sinais - continuou o rapaz. - Tenho visto como os guias lêem os sinais do deserto, e como a alma da caravana conversa com a alma do deserto." (COELHO., O Alquimista, 1988). 

    2. METODOLOGIA 

    A metodologia utilizada por ser exemplificada com uma visita o Centro Histórico de Salvador, onde ficando-se atentos aos aspectos culturais materializados na arquitetura, no modo de vida dos habitantes locais e ancorados nos personagens da literatura de Jorge Amado, se pode correlacionar tanto o arquétipo do Quincas Berro D' água ou de Tereza Batista, quanto às cartas do Diabo ou da Força no Tarô. O simbolismo do que se deixa levar pelos vícios ou pela luxúria podem desencadear fenômenos sincronísticos que podem levar a compreensão individual e coletiva do visitante.

    Ao se deparar com o passado nas visitas aos engenhos do Recôncavo Baiano é possível ter insghts sobre o dia a dia de e os planejamentos empresariais, bem como sobre formato das relações profissionais.

    Ou então, simplesmente caminhar a beira da praia saudando a "avó Lua", simultaneamente observando como caminhamos em nossa vida, tendo lampejos da forma, as distrações e as inflexibilidades.

    A metodologia utilizada e associar à técnica de jogos e tiragem de cartas dos Arcanos Maiores do Tarô Mitológico as realizações de trilhas urbanas ou não, viagens e caminhadas. Ou simplesmente usar as viagens e visitas como autoconhecimento.  


    3. DISCUSSÕES 

    Ninguém volta de uma viagem igual, seja de férias, a trabalho ou direcionada ao autoconhecimento.

    Há  quem acredite que as viagens, os aeroportos, as rodoviárias e as estradas são palcos onde o fenômeno da sincronicidade, o acesso ao inconsciente coletivo e a ancoração dos arquétipos, encontram terreno fértil. O fato é que quando estamos mais relaxados e em estados de crise ou felicidade estes aprendizados são mais eficazes.

    É evidente que se estivermos mais atentos aos aprendizados que as viagens podem nos proporcionar, ao contrário de quem viaja para fugir da realidade ou em turismo de massa, os aprendizados acontecerão.

                  "Eu acabara de escrever "As Valkirias", e estava no aeroporto de Brasília, esperando a hora de embarcar; para distrair-me, comecei a imaginar que capa deveria colocar neste novo trabalho. O avião atrasou, comecei a passear pelo saguão, e  descobri uma pequena galeria de arte no segundo andar, onde vi um quadro do Arcanjo Miguel, tema central do livro. Bastou ler a assinatura da pintora - Valkiria - para decidir que aquele quadro seria a capa. As coincidências não param ai.  "As Valkirias" foi publicado no dia 3 de agosto de 1992. Na semana seguinte, meu editor recebeu uma carta da pintora: "Faz exatamente um ano - 3 de agosto de 1991 - que terminei uma restauração numa igreja de Goiás.  Fiz sem cobrar nada, apenas por amor.  Neste dia, o padre me chamou e disse: "Deus encontrará uma maneira de lhe pagar.  Em um ano, um trabalho seu será muito conhecido".)COELHO, http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/ - postado em 18/01/10).

    Paulo Coelho e a pintora estavam atentos aos aprendizados e esta experiência nos faz afirmar que podemos usar desses expedientes para o autoconhecimento.

    Os locais e experiências culturais podem desenvolver pessoas e empreendimentos; há sempre um aprendizado ao virar uma esquina e isto não é produto de "acaso" ou mérito do marketing de destinos. Em um universo de tantas ofertas, mesmo que sem se dar conta, qual o aprendizado de ter escolhido Miami ao invés de Machu Picchu. E se ao início, durante e ao término se fizer uma associação às cartas do Tarô, isto se potenciará. 


    4. RESULTADOS  

    Espera-se conduzir o viajante ou visitante a aprender mais ou tanto em uma viagem de trabalho em um centro cosmopolita., quanto ao peregrinar no Caminho de Santiago de Compostela, por um mês, a pé para acessar o autoconhecimento.

    Assim como agendamos um jogo com uma taróloga ou marcamos uma consulta em um psicanalista, após lhes conhecer o oráculo e o método, espera-se poder agendar, propositalmente, uma forma e um destino para nosso aprendizado ou apenas observar viagens necessárias ou escolhidas.

    Assim, viajar pode ser uma experiência muito mais rica, aliando arquétipos do Tarô, as técnicas de terapias da sincronicidade como instrumento de busca de respostas que povoam o mais profundo do viajante, o inconsciente.

    E diante de um mundo contemporâneo onde os bens selecionados pela sociedade, chamada de Sociedade do Espetáculo, segundo Debord (1997), produzem isolamento, as viagens em grupo ou individual por seu componente sistêmico e de inter relações, podem ser profundamente integradoras, conduzindo mais facilmente ao inconsciente coletivo e as sincronicidades.

    Os resultados destas práticas têm sido atestados por clientes que optam pelo Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua, Roteiros: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru e Formação da Cidade do Salvador, que aliam o aprendizado sócio cultural a busca interior induzida ou que relatam suas descobertas aleatórias em viagens de trabalho e lazer, parte de suas agendas. 

    5. CONCLUSÃO 

    Os 17 anos de prática com Tarô Mitológico, fundamentado pelos conceitos e teorias de Jung, aliado ao desenvolvimento de roteiros turísticos históricos sociais e culturais e aos valores tem atingido um objetivo maior que é o desenvolvimento de pessoas e empresas dentro de padrões de qualidade humana, sustentabilidade e ecologia profunda discutidas neste texto com as pesquisas de Capra.

    A missão do programa de consultas, cursos, visitações e viagens é contribuir com a vida no planeta com roteiros e visitas que facilitem os processos de aprendizagens e autoconhecimento, com interesses objetivados no aprender a aprender e no aprender a ensinar, através de momentos lúdicos, eleva a consciência de grupo, dissemina o respeito para com o objeto de visitação, cultura local, meio ambiente e parceiros contidos no programa.

    Esta Prática Terapêutica Holística de Sincronicidade é uma Lenda Pessoal parte do Inconsciente Coletivo, descoberta através de Insights em sincronicidade com crescente sistema de outras Lendas Pessoais e diversas Teias.  

    6. REFERÊNCIAS 

    CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida.S.Paulo: Cutrix, 1996.

    COELHO, Paulo. O Alquimista. S. Paulo: Editora Rocco, 1988.

    _____________. As Valkirias. S. Paulo: Editora Rocco, 1982.

    DEIKE, Begg. Sincronicidade. S. Paulo: Cultrix, 2004.

    DEBORD , Guy. A Sociedade do Espetáculo. S. Paulo: Contraponto Editores, 1997.

    GREENE, Liz e SHARMAN - BURKE, Juliet. O Tarô Mitológico. Uma Abordagem para a Leitura do Tarô. S.Paulo: Siciliano, 1988.

    JUNG, Carl Gustav. Sincronicidade - Um princípio de Conexões. S>Paulo:Vozes,2000.

    JAWORSKI, Joseph. Sincronicidade - O Caminho Interior da Liderança. S.Paulo, Best Seller, 2005.

    MACGREGOR, ROB e Trish. Os 7 Segredos da Sincronicidade. Estrela Polar, 2011.

    NICHOLS, Sallie. Jung e o Tarô - Uma Jornada Arquetípica. S.Paulo: Cutrix, 1980.   

    Entrevista publicada na Revista Muito numero 168 de 19 de junho de 2011 em Salvador/BA de Talal Husseini autor de Paz Guerreira o Caminho das 16 Pétalas. S. Paulo: Edições Nova Acrópole, 2011. 

    http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/. Acesso 20 de junho, 2011.

    Autor: : Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989
    Última atualização: 04/07/2011 14:18


    Psicoterapia » Terapia Transpessoal

    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS - Terapia de Vidas passadas

    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS ”

    Terapia de Vidas passadas”

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    Santos, 30 de Abril de 2007

    EPÍGRAFE

    A Regressão de Memórias e Terapia de Vidas Passadas interagem sobre os cinco corpos”

    Nelson Zuniga

    DEDICATÓRIA

    A minha Família

    AGRADECIMENTOS

    Ao SINTE – Sindicato dos Terapeutas, Presidente e Equipe, Clientes e Amigos.

    SUMÁRIO

    1 Resumo 2

    2 Introdução 3

    3 Material e Metodologia 5

    4 Resultados 12

    5 Discussão 13

    6 Conclusões 14

    7 Bibliografias 15

    RESUMO

    Para fazer uma Regressão de Memórias com qualidade, segurança e benefícios reais, é importante cuidar primeiro do equilíbrio dos cinco corpos e dos sete Centros de Energia.

    Os desequilíbrios energéticos começam atingir os corpos, físico, mental, emocional, espiritual ou da identidade e vibratório. Atuar neste quadro em qualquer uma das suas etapas é realmente um milagre, que todos os seres humanos temos capacidade de realizar desde que seja com conhecimento e responsabilidade.

    O Ser Humano como órgão universal, recebe e emite vibrações a cada instante, se comunicando com o Eu superior e com universo que o criou. Muitas vezes não entende a linguagem sutil pelo excesso de racionalidade e pouco desenvolvimento emocional e espiritual, sem contar com as dificuldades que temos para administrar veículo físico e menos ainda o corpo vibratório. Para suprir estas dificuldades a Radiestesia e a Radiônica são técnicas muito efetivas.

    Todo ser humano deve aprender a utilizar o Pensamento, Sentimento e Ação, e ter flexibilidade para desenvolvê-los de forma correta, separadas e unidas ao mesmo tempo e no momento certo.

    O Ser Humano é um micro-universo que emite vibrações do seu equilíbrio e quando este é alterado, podemos e devemos saber interpretar estes sinais. Quando começamos a nos afastar da natureza para morar em centros urbanos, nossa percepção foi se limitando aos ruídos da cidade, ao excesso de raciocínio que separou a arte do pensamento e a Filosofia da Ciência.

    Hoje, torna-se necessário, saber ouvir, ver, apalpar, perceber e interpretar como faziam nossos ancestrais xamãs do Brasil, da Europa, Norte América, América do Sul, África, China, Japão, Coréia. Em cada vila do planeta sempre existiu um “Terapeuta Holístico” com diferentes nomes, mas, excelentes observadores do próprio universo.

    A observação dos cinco sentidos, dos cinco corpos, dos sete Centros de Energia traz ao momento atual a experiência daqueles sábios versados ou autodidatas, que faziam desde um simples chá, até uma viagem xamânica, psico-viajando pelo universo.

    O primeiro resgate que faremos é a observação do Manual do Terapeuta Holístico Pagina 66- 5.1.4 “TERAPIA DE REGRESSÃO”: “Técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência, desse modo, induzir “insight” sobre a infância, a vida intra-uterina e até mesmo transpessoais (informações além da personalidade) , com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados pela Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo esta parte, fundamental e integrante da terapia”.

    Para realizar a Regressão de Memórias e Terapias de Vidas Passadas devem-se ter algumas condições básicas importantes para um bom resultado, e não seja frustrante para o cliente e terapeuta:

    1. Terapeuta bem equilibrado com profundo conhecimento das emoções humanas.

    2. Estar preparado para manifestações mediúnicas e incorporação espiritual.

    3. Fazer o resgate biográfico do cliente e trabalhá-lo terapeuticamente.

    4. Dominar o equilíbrio dos sete Centros de Energia.

    5. Saber lidar com os Cinco Corpos.

    6. Conhecer as técnicas de indução, neste caso, Estado Alfa.

    7. Dominar a Radiestesia e a Radiônica.

    8. Dominar a Holopuntura e os Florais de Bach.

    9. Ser um bom interpretador de símbolos e um sábio conselheiro.

    DANÇA DO UNIVERSO: Os movimentos de inspiração e expiração somados aos rítmos dos “Cinco Movimentos Chineses” desenvolvem a harmonia de todos os corpos (físico, mental, emocional, espiritual) o que trás à nossa consciência, de que somos cópia do universo energético, tornando-nos assim... Eternos.

    INTRODUÇÃO

    A Regressão de Memórias como técnica se conecta com todas as técnicas da Terapia Holística por isso aqui veremos a importância que fazem parte da experiência pessoal e profissional para ajudar o Ser Humano que precisa desta terapia.

    A vida é um processo que tem início, meio e fim, já as experiências emocionais, espirituais e energéticas são eternas, apenas procurando um veículo físico para aprender. A Regressão de Memórias e Terapia de Vidas Passadas atua em todo o processo, mas na minha experiência as faixas etárias médias de 21 a 42 anos e de 42 a 63 são as que mais se destacam, sendo a primeira, voltada para os pontos que se referem as conquistas e luta; a segunda faixa etária preocupada mais com a consolidação do já conquistado e a preservação do equilíbrio mental, físico, emocional, espiritual e energético.

    A Regressão de Memórias vê o ser humano como uma réplica do universo, organismo com vida própria, dependentes entre si, que conservam a natureza primordial que o criou, onde a energia deve estar sempre em equilíbrio.

    Precauções ao usar a técnica

    A Regressão é um método de terapia que permite trazer alívio aos desequilíbrios apresentados por nossos clientes. Não é recomendado para mulheres grávidas, pessoas que por recomendação médica estejam sendo tratados por problemas cerebrais e para menores de 12 anos. Para menores de 18 anos veja: O Manual Oficial do Terapeuta Holístico, pág 188 modelo de autorização de atendimento com Terapia Holística a cliente menor de 18 anos .

    Para o cliente em estado alfa, em processo de regressão, jamais se deve dar ordens e nunca se deve insistir em sugestões que causem medo ou desespero.

    Evite pedir tomar atitudes que estão além da capacidade emocional e física.

    Nunca use frases negativas e evite falar a palavra não.

    Use a frase “você sabe” somente para coisas positivas.

    Níveis de regressão:

    1. Lampejos ocasionais.

    2. Observar sem participar.

    3. Ouvem-se sons, experimentam-se emoções de maneira desconexa.

    4. Envolve-se tendo consciência da vida atual.

    5. Envolve-se inconsciente de todo resto.

    Cuidados paralelos que podem influenciar:

    • Distúrbios cerebrais.

    • Memória familiar ou racial.

    • Memória oculta de livros, filmes, lendas etc.

    • Inconsciente coletivo.

    • Possessão de espíritos.

    • Sugestão.

    • Leitura mediúnica do local.

    Causas possíveis em vidas passadas:

    • Ansiedade, medo relativos a animais.

    • Prisão ou liberdade.

    • Fome ou fartura.

    • Sexualidade.

    • Emoção.

    • Vícios.

    • Qualidade de Vida

    Terapia Holística” Nas minhas pesquisas encontrei uma forte ligação com todas as técnicas existentes cadastradas no SINTE: As técnicas trazem uma resposta energética muito poderosa porque reconstroem o sistema em desequilíbrio e o fortalece contra a perda de energia gerada por energias internas ou externas. Este conhecimento aliado às informações geradas na sessão é uma fonte rica em informação verbal e não verbal do Cliente.

    O objetivo desta proposta é transformar meus pensamentos e práticas terapêuticas em algo simples sem tabus nem hermetismo, porque considero que o hermético não deixou desenvolver mais rapidamente a humanidade.

    Assim como nós podemos equilibrar pessoas, podemos encontrar esse equilíbrio no universo desbloqueando tensões ou adquirindo energia. Assim identificamos nossas fraquezas e virtudes, reconhecendo a bagagem que transportamos na nossa mochila, limpando e tornando mais leve o caminhar para ultrapassar barreiras e desvios que atrasam nosso aprendizado, principalmente ao adquirir luz interior, superar nossos medos e só quando superamos os próprios medos, é que nos tornamos verdadeiramente terapeutas. Lembrando uma milenar frase “Só se pode dar o que se tem”.

    • Sonhar faz parte de alguns seres vivos, segundo pesquisas do instituto do sonho, é uma atividade cerebral que se desenvolve no período da gestação aproximadamente à partir da vigésima oitava semana. Este treinamento involuntário, mais tarde desperta o interesse por interpretar os símbolos que apareceram nos sonhos e também a curiosidade de ver o futuro.

    • Sabemos que o futuro é o resultado matemático de ( pa + pr = f ) passado mais presente é igual ao futuro, então modificar o futuro alterando o presente, o que me leva a pensar que posso sonhar com várias possibilidades exemplo: “sonho minha empresa desenvolvendo a mesma atividade daqui a cinco anos” “Sonho ela fazendo parcerias com outras empresas” “Sonho sendo uni e polivalente, especializando-se em consultoria”.

    • Aqui que começa a Progressão de Memórias.

    MATERIAL E METODOLOGIA

    • Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000

    • Curso de Holopuntura 2004

    • Ver Bibliografia

    Anthropós, “homem” , sophia, “sabedoria”, significa, “ Sabedoria a respeito do homem ”

    Elaborada pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner (1861-1925), procura satisfazer a busca de conhecimento do homem moderno a respeito de si mesmo e de suas relações com todo o Universo, respondendo de forma adequada a seu nível de consciência, as antigas e recorrentes perguntas do ser humano : Quem sou? De onde venho? Aonde vou? Qual é o sentido de minha existência?

    5.1.2 TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE – distingui-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao auto-conhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incrementando a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.

    Ver: Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000 e

    Referências normativas NTSV TH 001 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.

    Hoje, acredito que estamos no limiar da história tendo a oportunidade de aprender e de usar a sabedoria em nossas vidas. O que antes eram disciplinas ocultas, agora torna-se disponível através dos veículos de comunicação. Esta é uma grande responsabilidade porque nos abre as portas para tornar-nos consciências elevadas sem esquecer que quanto mais elevação encontramos, criamos mais profundezas a serem desvendadas.

    A Regressão de Memórias como terapia holística, vê o ser como um todo único sem focalizar um elemento determinado e sim uma disfunção, enxerga o cerne sadio para restaurar-lo de possíveis disfunções.

    Como terapia em Regressão de Memórias, é uma técnica absolutamente segura, sendo o objetivo terapêutico: trazer equilíbrio. Isso nos permite ir além do problema detectado, que é chegar a causa de determinado desequilíbrio, e nesse momento é que conseguimos estabilizar o processo com resultados positivos e duradouros.

    O desequilíbrio do estresse e a perda da qualidade de vida trouxeram efeitos nocivos ao ser humano. Mas, como viver nesse mundo moderno e voltado para o desenvolvimento do futuro? Meu pensamento é que não devemos esquecer nossa natureza cósmica que foi criada a partir de luz, energia e os quatro elementos ou cinco movimentos devidamente harmonizados. Tomando exemplo das quatro estações temos o inverno, em que a semente fica no invólucro guardando energia para a chegada da primavera, pedindo para cair em um solo fértil, frutificando no verão e se preparando no outono para uma nova missão.

    Aprender a meditar no meio do estresse tornou-se obrigatório: isso mesmo, essa é minha proposta, que para viver neste mundo atual temos que aprender a meditar no meio da pressão, da correria, das contas a pagar, das greves, nas ruas, da ausência do silêncio. Como fazer isso? Indo em busca da nossa natureza interior, cinco minutos de contato verdadeiro com nosso eu interior nos trás o equilíbrio necessário para cada período do dia, a auto-regressão, projeção, viagem astral, nos permitem este milagre.

    Alfa-terapia

    Na Alfa-terapia O pensar, faz parte do método e do processo correto. O sentir busca encontrar a qualidade de vida e o agir consiste em aplicar a técnica correta de regressão.

    A alfa-terapia é um estado intermediário entre sono e vigília, portanto não é preciso dormir para entrar em alfa.

    A mente permanece consciente e em alerta, o cliente tem discernimento para analisar todas as ordens que recebe durante a regressão.

    Os valores e as virtudes do cliente são preservados porque a mente só aceita ordens que não interfiram em sua moral.

    O nível alfa vai de 08 a 13 ciclos por segundo, na pesquisa do Dr. Hans Berger em 1929. É um estágio de sonolência e consciência passiva, calma e de humor agradável onde é mais produtivo trabalhar por símbolos.

    Influências de Vidas Passadas

    Segundo o Cabalista Rav Philip S. Berg o mapa astral contém uma posição que revela os segredos de nossas vidas passadas: o Nodo Lunar, ou ponto de correção (pagamento) Essa possição engloba dois aspectos diametralmente opostos que a astrologia convencional chama de “Nodo Sul e Nodo Norte”. O ponto de correção traz a luz às barreiras que ficaram profundamente enterradas dentro de nós ao longo dos tempos. Assim nosso atual signo, tem um oposto e um ascendente anterior que se não ficaram bem resolvidos, interferem descaracterizando o atual.

    Eu acredito que o propósito do Ser Humano é o crescimento e como parâmetro podemos colocar que conseguimos avançar em busca do Divino na medida em que passamos por todos os Símbolos do Zodíaco onde devemos aprender os extremos e o meio. Com a Radiestesia e Radiônica tenho comprovado isso, sem haver uma ordem lógica e seqüencial, isso significa que temos doze macro-encarnações e entre elas, algumas sem relevância o que nos obriga a crescer em busca da luz.

    Técnicas de regressão

    As técnicas para induzir são variadas sendo as mais comuns:

    Imaginação ativa: O terapeuta baseado no estudo astrológico, na biografia, lesões, emocionais ou físicas, medos, erros ou acertos e sonhos do cliente, cria a cena até que se torne real e o vai conduzindo em diversas ações. Esta técnica é usada quando se torna difícil a primeira regressão porque atinge varias profundidades de regressão.

    Criação mental orientada: O cliente será conduzido a uma viagem que o levará a uma imagem de uma vida passada, perguntado “que tipo de roupa está usando?” “que emoções está sentindo?” o controle da visão permanece com o cliente orientado quando necessário pelo terapeuta. A reentrada na vida atual pode ser marcante ou simples e exige muito tato do terapeuta.

    Técnica Christos: O relaxamento profundo é induzido esfregando-se os pés e a testa. É uma técnica mais demorada onde a tela mental é criada pelo cliente que se apega a essa visão, tornando mais difícil o trabalho do terapeuta.

    Viagens Xamânica: O Xamã ou terapeuta treinado conduzirá o cliente sendo seu guia. Nas culturas nativas costuma-se usar ervas chás para facilitar a mudança de consciência, sons, tambores e cantos, bem como, movimentos ritmados também podem ser utilizados.

    Restauração da alma: Este é um processo semelhante ao da viagem xamânica ou da criação mental orientada “um pedaço da alma” é visto como se estivesse preso a outras vidas ou experiências da infância, cliente e terapeuta viajam até onde esse pedaço da alma está preso, para libertá-lo e reintegrá-lo a vida atual. O valor terapêutico é profundo e o resultado vai depender da capacidade de ambos (cliente e terapeuta).

    Memória distante: O profissional irá sintonizar vidas passadas importantes, passando ao cliente o insight captado. O terapeuta também pode utilizar energia para retirar obsessores que perturbaram a vida do cliente em memória distante e passaram para uma nova encarnação. Quando isto acontece os caminhos do cliente se abrem numa forma significativa, além de tirar uma mochila pesada de índole espiritual.

    Regressão de Memórias

    No capítulo anterior fiz referência a alguns ítens do “Manual Oficial do Terapeuta Holístico” para fundamentar a importância “física” Regressão de memórias e Terapia de Vidas Passadas junto ao desenvolvimento de outras técnicas inclusive a “para-normalidade” e a Sincronicidade.

    Como estas se conectam? Para interligar estes elementos é necessário formar o mapa energético do Ser Humano verbal e não verbal, introduzindo resultado das pesquisas relacionando-a com os estudos realizados, experiência, intuição, bom senso, etc.

    Seria pretensão minha, achar que estou descobrindo algo novo nestas ciências de mais de 5000 anos. O valor que estou agregando a regressão de memórias é que posso combinar estes conhecimentos à partir do aconselhamento das atitudes e das emoções, da sincronicidade, com os “Florais de Bach” “Memória Corporal” “Centros de Energia” “Cinco Movimentos”. Tudo isto detectado na comunicação verbal, postural, energética, que se manifesta de diferentes formas em consultório, é, importante também acrescentar que estes elementos ajudam a formar o mapa energético e poderemos corrigir quando necessário o desequilíbrio encontrado.

    REGRESSÃO PONTOS DE ALARME E CENTROS DE ENERGIA

    Muitas vezes o cliente chega manifestando que deseja fazer uma regressão, mas, que tem alguns desconfortos.

    Os Centros de Energia relatam o que acontece no corpo, na mente e na alma antes de se manifestarem nos Pontos de Alarme dos Meridianos e se ramificam por toda a árvore meridiana, por isso a importância de desenvolver diferentes técnicas terapêuticas para detectar os níveis de equilíbrio do cliente.

    Vou pular o básico dos Centros de Energia, porque é algo elementar que todo terapeuta deveria manipular, além de ser altamente divulgado em todos os canais de comunicação.

    Como todos sabem, eles são como portas que se abrem e fecham de acordo com o mecanismo físico, mental, emocional, espiritual e energético. No aprendizado de vida todo ser humano em base ao paradigma da polaridade ( negativo – equilibrado – positivo) desenvolve um sistema de armazenamento único de informações, onde a realidade, experiências e sonhos deixam gravada a biografia.

    Os Centros de Energia e os Doze Meridianos formam uma rede de comunicação energética permeando todos os corpos, e necessita de constante manutenção. Por isso que uma única técnica, não corrige o problema, só o ameniza.

    Assim lembramos que os Centros de Energia da Base, Umbigo e Plexo Solar são os detentores básicos da vida que alimentam a vontade do indivíduo.

    O Centro de Energia do Coração é um desbravador, transforma energias pessoais em sonhos, e a vontade de amar e ser amado até os limites do universo. Ele representa o equilíbrio entre os três Centros de Energia básicos e três Centros de Energia superiores.

    Os três Centros de Energia superiores Garganta, Fronte e Coroa, são o contato vibracional entre terra e universo. Se os básicos se resumem a ação, o coração ao sentimento, os superiores, tem a função do pensamento racional e a ligação com o Divino.

    Na regressão, a sincronia das energias nos ensinam com estas estão agindo e circulando ao longo do ser humano, o enrijecimento muscular reflete excesso de energia meridiana, da mesma forma a flacidez ou fraqueza, significa a perda de energia e normalmente esta começa a ser exaurida pelos chakras.

    Observe sempre o equilíbrio do corpo, alinhamento dos ombros, dos pés, mediana do corpo conservando o eixo central, curvatura da coluna e cabeça, a influência meridiana e dos centros de energia estão ligados diretamente a postura.

    Porque algumas pessoas têm dificuldade para atingir uma regressão? A resposta é simples, falta equilíbrio. Como fazemos a correção? Detectando a disfunção e posteriormente, harmonizamos e equilibramos com as técnicas necessárias.

    Como Terapeuta Hoilístico tenho a obrigação de pesquisar quais são os conflitos emocionais que incidem no cliente antes de fazer a rgressão.

    ANTES DA REGRESSÃO VER: MEMÓRIA CORPORAL E PONTOS DE ALARME

    Segundo Roger Woolger. Other Lives (Outra forma de viver), Other Selves (Outra maneira de ser seguro de si). Bantam, NY, 1988, todo ser vivo tem memória corporal. Incorporada às células do corpo.

    Meridiano do Pulmão: Região do peito:

    Tristeza, sufocamento, perda, medo, culpa, abafamento.

    Meridiano do coração: Região do coração:

    Frieza do coração, bloqueio emocional, ferimentos antigos.

    Meridiano da Vesícula Biliar: Lateral das costelas:

    Raiva, impotência. Afeta também o Meridiano do Fígado

    Meridiano do Fígado: A vida não é agradável o bastante, amargor, não é justo. Afeta também o meridiano do Baço Pâncreas.

    Meridiano do Estômago: Região do Estômago:

    Medo, amargor, terror. O que vai acontecer? “Não consigo digerir isso”

    Meridiano do Baço-Pâncreas: Região da cintura:

    Insegurança, falta de apoio, medo, vergonha, inflexibilidade.

    Meridiano dos Rins: Região dos Rins:

    Medo, vão me pegar, terrível ansiedade.

    Meridiano do Intestino Grosso: Região umbilical:

    Nunca será o bastante, não desista, não demonstre medo, seja forte.

    Meridiano do Triplo Aquecedor: Região abaixo do umbigo:

    Não quero fazer isso, sinto-me preso.

    Meridiano do Intestino Delgado:

    Meridiano da Bexiga:

    Meridiano da Circulação e sexo: Região da pélvis:

    Medo, rigidez, confusão, vergonha, pudor excessivo. “Não devo sentir isso” Não devo fazer isso” “Sexo é ruim” “Isso vai me matar” “Preciso fugir” “Corre-corre” “falta de conteúdo espiritual” -

    Podemos encontrar mais informação na “TERAPIA REICHIANA: desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalizadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilhelm: psiquiatra, discípulo dissidente Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que a cada tipo de trauma é “gravado” na musculatura de partes específicas do corpo, criando “couraças” musculares de caráter, causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de “orgone”. Manual Oficial do Terapeuta Holístico – pág 91 - 5.1.14.

    CENTROS DE ENERGIA

    Chakras Positivo Negativo

    Aura = Servir Obsessão, fobia, histeria, irracionalidade, possessão

    Fronte = Liderar Arrogância, ganância, vícios, alienação, introspecção, manipulação

    Garganta = Criar Apatia, desespero, fracasso, submissão, auto-reprovação, limitações

    Coração = Amar Desilusão, falta de fé, o desconhecido, sensibilidade, pânico

    Plexo = Saber Ansiedade, mentiras, indecisão, preconceito, desconfiança, negligência

    Umbigo = Ter Ciúme, inveja, solidão, vingança, Rejeição, fome, pobreza, ressentimento

    Base = Ser Raiva, dor, violência, culpa, vergonha, impaciência

    O estudo das influências negativas foram extraídas do livro “A Busca do Equilíbrio” de Rita J. McMamara Ed. Ground SP 1989

    Os Centros de Energia (Chakras) são energias sutís do animal instintivo que existe no âmago do ser humano, mais, as impurezas energéticas da terra, às intenções primárias: como medo, raiva, tristeza, culpa, afeto, alegria. Tudo isto enraizado em perfeita harmonia, como uma árvore que cresce em busca das energias sutis do Universo, fazendo um contato Divino, para manter o equilíbrio.

    Esta energia que flui no ser humano tem recebido diferentes nomes de acordo aos seus pesquisadores, nós estaremos focalizando do ponto de vista de “Terapias Energéticas” onde nos deparamos com “Energias” ainda ausentes dos aparelhos científicos de medição. Mas muito presente nos resultados de consultórios de centenas de “Terapeutas Holísticos”

    Os Centros de Energia irradiam seu equilíbrio em duas dimensões: Física e Espiritual, e esta energia quando desequilibrada afeta os pontos de Acupuntura os quais aparecem como “alertas” com o início de uma somatização.

    Por isso eu penso que antes de realizar uma Regressão em Cliente, os Centros de Energia deste, devem ser “Energizados, Equilibrados e Fechados”.

    (ENERGIZAR, é literalmente, transferir energia universal para o cliente.

    EQUILIBRAR é garantir que os opostos não lutem entre si e mantenham as oscilações de acordo com as necessidades do cliente.

    FECHAR, é bom lembrar que os Centros de Energia são abertos do Básico para o Coronário, e devem ser fechados do Coronário para o Básico, não deixando assim portas abertas.

    Rever estes conceitos me coloca frente aos meus próprios conflitos, identificar meus padrões e sempre me surpreendo de não me conhecer totalmente, todo o aprendizado desde a minha gestação até este momento tem deixado registrado cada segundo em meu reservatório físico, mental, emocional, espiritual e energético. É um grande desafio se defrontar a si mesmo e transmutar os medos, crescer, olhar que nesta caminhada não estamos só, e que fomos criados para cumprir a missão individual escolhida por cada um. Agradecer, a natureza sempre foi generosa conosco.

    RESULTADO 1

    REGRESSÃO E DINHEIRO: Não é a primeira vez que um caso de bens materiais e dinheiro se resolvem na Regressão de Memórias. O causo de hoje, começa com uma criança cujo pai viciado em jogo prega o que não faz e uma mãe que vê o dinheiro como algo sujo pelos muitos altos e baixos financeiros que afetam a família e por conseqüência o consulente.

    Posteriormente, esta criança é colocada num colégio religioso extremamente tradicional, onde lhe é ensinado numa forma preconceituosa, que um camelo pode passar pelo olho de uma agulha mais não um rico.

    Anos mais tarde esta criança vira adolescente, se forma, inicia sua vida adulta e com sacrifício, luta e perseverança constrói seu primeiro patrimônio material. Feliz pela sua conquista decide fazer uma festa e, entre seus amigos e colaboradores uma amiga fala o seguinte para ele “parabéns, agora você é um homem rico”. Alguns meses depois desse acontecimento, nosso cliente arranja um sócio que em pouco tempo rouba tudo dele...

    A pesar da perda, nosso novo pobre não se abalou, e com paciência, persistência e perseverança após alguns anos consegue colocar sua nova marca, entre as bem sucedidas empresas.

    Estava tudo tranqüilo, quando pelas necessidades naturais da vida, começa a sentir o vazio da sua casa e em seu coração. Então, se casa com uma mulher inteligente e bonita com quem forma um lar tranqüilo e sereno, com crianças alegrando a vida da família.

    Todo crescimento profissional e material exige uma rede de contatos e relacionamentos e aproveitando mais um ano de sucesso decide fazer um churrasco de confraternização... Um dos convidados que não pode comparecer manda a seguinte mensagem para ele “Obrigado pelo convite, parabéns pelo sucesso da sua empresa e a riqueza da família que você tem...”

    Seis meses depois, sem motivo aparente ele trai a esposa, e em um divórcio litigioso, ela; leva a riqueza da felicidade familiar e grande parte da riqueza material, restando para ele a falência da empresa.

    Foi na construção do terceiro empreendimento, que ele veio nos consultar para fazer uma Regressão de Memórias e Terapia de Vidas Passadas, pois, um amigo dele o convenceu que existia alguma coisa errada em encarnação anterior.

    Começamos a regressão, partindo do momento atual até o instante em que o cliente, em estado alfa, manifestou o alto grau de influência do pai que “ganhava mais sempre perdia” e da influência religiosa ancorada nas raízes da alma dele, trazendo uma relação dolorosa com a riqueza material e emocional.

    Estas ancoras de auto-sabotagens que eram levantadas quando se sentia rico. A força poderosa do inconsciente soprava na consciência “Você não é merecedor” “o dinheiro é sujo” “Você não vai para o céu” “Tudo o que se ganha, se perde” “Pode passar um camelo...”.

    Descoberta a causa veio à solução, que para nosso cliente foi um milagre terapêutico que o ajudou a construir seu terceiro patrimônio material, hoje com uma crescente empresa e um amoroso relacionamento que ele tem certeza que é o definitivo, porque fez as pazes com a riqueza material, emocional e espiritual.

    Segue...

    Este relato mostra que nem sempre os problemas estão em Vidas Passadas, e sim no aprendizado emocional adquirido.

    DISCUSSÃO

    Como terapeuta é necessário estar em constante equilíbrio tendo o caminho das percepções abertas, especialmente os canais de comunicação: auditivo, visual e do tato. A forma de falar, a entoação da voz o rítmo da fala, a maneira de olhar, a postura do corpo, dos ombros, das mãos, dos pés. Só um aperto de mão já fala muito do nosso cliente.

    Com a Regressão de Memórias temos uma técnica altamente assertiva combinada com a Terapia de Vidas Passadas, Neurolinguística e Aconselhamento, resolvendo muitos desequilíbrios no ato.

    Encontrado algum desconforto vivido temos que transmutar o impacto negativo em conforto, verificando essa mudança. Terapias Vibratórias como Cor, Cristais, Reiki, Radiônica. Sem esquecer a análise do conflito emocional que deu origem ao desequilíbrio, trabalhando em conjunto um Floral de Bach de acordo com os sentimentos manifestados.

    Já falamos que somos cópia do universo. Cliente e Terapeuta são dois universos onde alguns rítmos devem estar sincronizados: respiração, postura, atitude mental entre outras, trazendo o Cliente para a descoberta da paz do Terapeuta. Para isso, pode ser utilizado até um simples exercício de respiração ou mentalização positiva.

    Deu para perceber que não adianta, nos orgulharmos de ser um excelente Terapeuta em uma única técnica. Para cumprir nossa missão terapêutica temos que ser excelente em uma técnica e ótimo em várias outras, por isso que nosso aprendizado é contínuo, porque na medida em que ampliamos nosso conhecimento e luz, proporcionalmente ampliamos as dimensões do desconhecido.

    CONCLUSÕES

    A Regressão de Memórias, Viagens Astrais, Terapia de Vidas Passadas são técnicas eficientes confiáveis que nas mãos de um bom profissional operam milagres para seus clientes.

    Todos os dias quando acordamos, estamos por alguns segundos ou minutos em estado alfa e não aproveitamos essa virtude, assim como cada noite, pode escrever para conduzir os sonhos para trabalhá-los, durante o estado alfa ou em estado de vigília. Deixe sempre lápis e papel no criado mudo ou um pequeno gravador.

    Você pode lembrar da sua gestação? Do seu nascimento? Dos primeiros dentes? De quando parou de mamar? Dos seus primeiros passos? De quando tiraram sua chupeta? Você lembra quando falou pela primeira vez Eu quero? Como foi o primeiro dia na escola? Essa e outras centenas de perguntas precisam ser respondidas para aquietar a alma em cada setênio, porque você pode não lembrar, mas tenha certeza que elas estão escritas na história da alma e a Regressão de Memórias resgata os textos e os desenhos perdidos.

    Centenas de terapeutas dão o melhor de si para cumprir os sonhos profissionais, e os sonhos de seus clientes. Por isso a importância de ser sindicalizado no SINTE Sindicato dos Terapeutas do Brasil. Praticar as NTSV Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, é muito importante, estar sempre atualizado no CEA Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística ou AED ensino a Distância via internet, que o SINTE tem a disposição dos associados.

    Esta palestra não poderia ser realizada sem o incentivo natural do seu Presidente e Equipe.

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga

    Terapeuta Holístico

    CRT 34429

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    • Astrologia Cabalística – Rav. Philip S Berg edi. Imago – 2000 RJ

    • Terapia de vidas Passadas – Judy Hall – Ed. Avatar -1996 SP

    • Viagens Astrais – Dharma Latzang – Ed. Traço – 1993 SP

    • Psiconavegação – John Perkins – Ed. Gente – 1990 SP

    • Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística – Curso de Holopuntura 2004

    • O melhor da Terapia Holística – Aut. SINTE Edição colecionador Ciência ou Arte: 2004

    • Sincronicidade – C.G. Jung – Ed Vozes 11ª edição – 2002 RJ

    • Os Cinco Movimentos – Pôster - Autor Henrique Vieira Filho – 2004 SP

    • Holopuntura – TCC Nelson Zuniga SINTE – 2004 SP

    • Fitoterapia – TCC Nelson Zuniga SINTE – 2005 SP

    • O Corpo Fala – Editora Vozes – Aut. Pierre Weil e Rland Tompakow – 1986-2002 SP

    Autor: : Nelson Nibaldo Flores Zuniga - Terapeuta Holístico - CRT 34429
    Última atualização: 13/05/2007 19:43


    Regressão e Progressão: Espelhando o Presente, Desvendando o Inconsciente Holística 2005

    Regressão e Progressão: Espelhando o Presente, Desvendando o Inconsciente
    Holística 2005

    Henrique Vieira Filho
    CRT 21001
    Terapeuta Holístico

    Resumo

    Por meio de relaxamento associado a induções verbais, conduz-se o Cliente a exercícios de imaginação no qual projete-se em diferentes contextos no tempo e espaço, proporcionando catarses emocionais que resultam em alívios, simultaneamente ao contato com novos insights, que traduzem-se em maior compreensão do presente.

    Introdução

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    Material e Metodologia

    Definições:

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

    Procedimento em primeira consulta:

    Avaliar pré-requisitos e inadequações:

    Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.

    Inadequações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

    Explicar o processo em detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial: quanto à duração e continuidade do trabalho; que é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

    Procedimento para as demais sessões:

    Após a 2a consulta já pode ser praticadas as técnicas específicas da Terapia de Regressão e Progressão.

    Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao Terapeuta Holístico avaliar exceções.

    Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o Cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo, conduzindo este ao autoconhecimento.

    O estado de relaxamento é fator determinante a facilitar os demais procedimentos e pode ser induzido por diversos meios, tais como a música, sugestões verbais, terapia corporal, etc, ou mesmo a somatória destes recursos. Fisica e mentalmente relaxado, o Cliente está mais propício ao livro fluxo de associação de idéias, pensamentos e imaginação.

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.


    Resultados

    Superando-se os preconceitos, curiosidades e até temores, propagados popularmente sobre tais técnicas, a Regressão induzida mostrou-se mais rápida em trazer à consciência as possíveis origens dos traumas, quando comparada à associação livre freudiana, além de produzir catarses muito mais intensas.

    A Progressão mostrou-se ferramenta eficaz em maximizar a capacidade dos Clientes em tomar decisões, possibilitanto viagens imaginativas sobre variadas "linhas do tempo" alternativas, geradas a partir das diversas opções de ação cogitadas. Em muitos casos, as "previsões" projetadas no futuro imaginário produziram insights que geraram soluções não cogitadas a princípio pelos Clientes.

    Discussão

    Experiências de Freud são utilizadas como argumentos contra e também a favor das técnicas regressivas. Nos primórdios da Psicanálise, aplicou-se a hipnose para induzir os clientes a revivenciar momentos traumáticos, sob o pressuposto de que tal catarse produziria a superação dos efeitos do trauma. De fato, bons resultados foram obtidos; contudo, Freud optou por abrir mão dos métodos hipnóticos, substituindo-os pelo divã, para que o Cliente, em uma posição confortável, fizesse um esforço para lembrar os traumas que estariam na origem de seus problemas. Com o Cliente relaxado, Freud conduzia uma livre associação de idéias, através da qual terminava por encontrar lembranças "recalcadas" e que eram, em tese, a causa de seus distúrbios.

    Assim sendo, de acordo com a conveniência de quem historeia, utilizam o Pai da Psicanálise tanto para argumentar que as técnicas regressivas por indução verbal "direta" estariam ultrapassadas, quanto para alegar que ele era adepto e que teria continuado, caso conhecesse outras formas diferentes da hipnose para atingir o objetivo.

    De fato, a "aura mística" associada ao hipnotismo pode ter sido um dos fatores que mais contribuiram a que Freud o abandonasse, já que anseiava a que a Psicanálise fosse aceita nos meios "científicos"...

    A partir dos anos 70, com o movimento de contra-cultura, a revalorização das filosofias orientais, o crescente interesse pelo esoterismo, gerou-se tamanho movimento (a chamada "revolução aquariana"...) que igualmente repercutiu na Terapia Holística, com a integração de "novas" técnicas nascidas da adaptação miscigenada de rituais religiosos de rememorização de "vidas passadas", com as pesquisas investigativas de casos sugestivos de reencarnações e a retomada das primeiras linhas da psicanálise, o que incluia até a hipnose regressiva.

    Alvos de grande curiosidade por parte do público e veículos de comunicação, a popularização da proposta gerou várias correntes divergentes, muitas das quais "pecaram" ao permitir que a crença religiosa/filosófica de seus defensores influenciasse diretamente na interpretação dos conteúdos vivenciados.

    Uma das linhas mais conhecidas, é a chamada TVP – Terapia de Vidas Passadas, a qual, já a partir do nome, demonstra que o profissional assume equivocadamente para si próprio, o papel que só compete à religião/filosofia particular de cada Cliente, ou seja, definir que existe reencarnação... Na prática, tal posicionamento em nada beneficiou aos resultados terapêuticos, além de ferir, desnecessariamente, a crença de muitas pessoas, que de pronto se afastam desta forma de terapia. Outro fator que diminui a eficácia da proposta foi a tendência de muitos dos praticante da técnica em contentar-se apenas com a catarse, pressupondo que o alívio decorrente do "descarrego" das emoções reprimidas era o fim em si da terapia, quando na verdade, está mais para o primeiro passo, visto que sobre o material aflorado, muito há o que se compreender e utilizar como fonte para autoconhecimento e, especialmente, em como transmutar a vivência em conteúdo útil ao PRESENTE.

    Em muitas vertentes dessa linha terapêutica, os resultados pareciem afastar ainda mais os Clientes de confrontar com seus reais traumas, servindo equivocadamente para justificá-los e até reforçá-los, passando a ser interpretados como inevitáveis e consequências de "lei da causa e efeito".

    Um exemplo baseado em caso real: " _ Meu relacionamento com meu marido é muito ruím, mas tenho que me conformar, pois em outra vida, eu o prejudiquei terrivelmente e agora, é minha vez de sofrer as consequências"... Tal dedução seria bastante razoável se originada na religião; contudo, ela foi gerida em consultório terapêutico, por meio de técnicas regressivas... Por meio desta "racionalização", a pessoa em questão procurou tornar "o inaceitável mais aceitável". Enquanto obstáculo ao crescimento, a Racionalização dificulta à pessoa aceitar a realidade e de trabalhar com as forças motivadoras genuínas, o que poderia reverter o sofrimento em que vive.

    "Racionalização é o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que causa angústia. Usa-se a Racionalização para justificar comportamentos quando, na realidade, as razões para esses atos não são recomendáveis".

    Nada justifica, no contexto terapêutico, de buscar-se especificamente em "vidas passadas" as respostas aos problemas do presente; pode sim, ser uma alternativa, mas jamais a opção única... Se a vivência, espontaneamente, traduzir-se em "insights" transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), tais como experienciar personagens e até épocas distintas da que se tem consciência, é natural e certamente trará ricos materiais a serem trabalhados em terapia. Porém, induzir especificamente a "viagens" antes do período da concepção (claro, salvo honradas exceções...), pode ser fruto de entusiamo exarcebado pela própria filosofia/religião, ou, até mesmo, simples concessões à curiosidade, nem sempre sadia...

    Muito mais ético e adequado é que o Terapeuta Holístico trabalhe o conteúdo aflorado, da mesma forma que trabalharia ossonhos (a psicanálise Junguiana, os pós-junguianos e a Psicoterapia Transpessoal fornecem excelentes subsídios para esta finalidade) e essa premissa é aplicável tanto para conteúdo transpessoal, quanto para visualizações de momentos traumáticos situados na vida "atual". Esta postura permite ao profissional trabalhar, independentemente de ser o material aflorado, um FATO em si, ou uma visão simbólica projetada, o nírica. Compete EXCLUSIVAMENTE ao Cliente ter para si, se o que vivenciou realmente ocorreu, ou não; se é "vida passada", ou não; e até mesmo manter-se "neutro" quanto a quaisquer destas hipóteses. O que realmente importa é obter-se um aprendizado APLICÁVEL em seu presente, que amplie seu autoconhecimento e, consequentemente, sua Qualidade de Vida.

    A análise trabalha com a realidade que o Cliente "sente" e traz nas sessões. Se ele experiencia uma dor referente a um "fato" da infância, porém essa história nunca ocorreu explicitamente, para a terapia de regressão é pouco relevante, pois, o que conta é que existe um "registro" disso e que gera sequelas ainda atuantes no presente do Cliente. Esse "fato" assume importância real e precisa ser trabalhado nas sessões, independente de sua veracidade ou não. O mesmo raciocínio se aplica ao conteúdo transpessoal: se o Cliente vivenciar a si mesmo como "outra pessoa", quem sabe até em "outras épocas", independentemente de crenças pessoais, a terapia sempre trabalhará o conteúdo como sendo uma projeção.

    "Projeção: O ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio, é denominado projeção. É um mecanismo de defesa através do qual os aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo. A pessoa com Projeção pode, então, lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou estar consciente do fato de que a idéia ou comportamento temido é dela mesma".

    Um exemplo, baseado em caso divulgado em um programa televisivo de grande popularidade: a pessoa sofria de fortes dores de cabeça; participou de uma terapia regressiva e viu-se na Idade Média, em uma masmorra, sendo torturada com uma morsa que gradativamente lhe apertava o crânio. Após a cartarse, com a explosão de emoções que a vivência ocasionou, as dores cessaram. Cliente e profissional satisfeitos, deram por encerrada a terapia... Uma crítica construtiva cabe a este procedimento, pois ao invés de contentar-se com a simples remissão do sintoma da dor, poderiam ter sido mais ambiciosos na proposta terapêutica e investigar mais profundamente a questão. Independente de ser ou não "vida passada", a dor está no presente... e isto significa que ela AINDA está em uma "câmara de tortura"... seria sua vida familiar ? seu trabalho ? tudo isso junto ? outra hipótese não tão previsível ? Toda a história aflorada por meio da vivência poderia (deveria...) ser aprofundada, o que pode ser trabalhado com técnicas de associação de idéias, que pode ser realizada na versão "clássica" e/ou sob relaxamento, retomar a vivência e aprofundar-se gradativamente, em sessões seguintes.

    "Associações de Idéias: são um Processo intelectivo segundo o qual a mente humana, a partir de uma idéia inicial (indutora), é imediatamente levada a suscitar uma outra, isto em razão de alguma "conexão natural" existente entre ambas. A idéia indutora pode ser representada no caso, tanto por uma palavra, como por um objeto, uma imagem, ou mesmo uma emoção (da qual o sujeito toma consciência) cujo simples aparecimento na mente é suficiente para despertar uma segunda idéia, e esta uma terceira, e assim por diante, num processo praticamente sem limite e no qual, conforme a expressão popular, uma coisa puxa a outra."

    Toda a discussão aqui exposta sobre a Regressão é igualmente aplicável para a Progressão. Da mesma forma que espelhamos nosso presente imaginativamente em tempo passado, igualmente podemos projetar para o futuro. Este procedimento é particularmente útil a auxiliar o Cliente na tomada de decisões presentes, já que possibilita ao mesmo, criar mentalmente as possíveis consequências de suas atitudes atuais.

    Temática amplamente explorada na ficção científica, é como se existisse incontáveis futuros alternativos, "linhas do tempo", nas quais o indivíduo transitaria consequentemente às escolhas e atitudes do presente.

    Em minha prática de consultório, o exercício imaginativo em direção a um futuro hipotético inicia-se sobre uma premissa, comumente, as possíveis consequências geradas a partir de uma escolha presente. Por exemplos: mudar ou não de emprego, casar ou não, separar ou manter o casamento, opções de carreira, dentre as mais comuns ansiedades trazidas em consultório... A proposta é possibilitar ao Cliente, "vivenciar" o que seu inconsciente projeta para o futuro, de acordo com cada escolha possível. Continuando os exemplos: uma projeção de como será o seu dia-a-dia daqui a 1, 2, 3, 4, 5 anos, continuando no emprego atual... Depois, o mesmo exercício imaginativo futuro, perante a opção de demitir-se no presente... O mesmo procedimento nas progressões: casado... ou descasado... E assim, caso a caso.

    Algumas idiossincrasias observados nos procedimentos que envolvem a Progressão:

    Ao contrário do que ocorre em exercício imaginativos em direção ao passado, o nde espontaneamente surgem vivências passíveis de interpretação (critério exclusivo do Cliente...) como "vidas passadas", nunca encontrei um caso em que alguém experienciasse uma situação de "vidas futuras"...

    Clientes praticantes de técnicas de mentalização consciente para "programar seu futuro", comumente se surpreendem com grandes discrepâncias entre o ideal que conscientemente planejam e aqueles traduzidos pelo inconsciente, nas vivências progressivas; por sinal, via de regra, estes é que se "concretizam" na prática...

    Conclusões

    A vinculação desnecessária ao misticismo e religiosidade é um obstáculo ao desenvolvimento das técnicas vivenciais. O Terapeuta Holístico, ao abster-se de posicionamento pessoal, mantendo a neutralidade necessária e respeitando o direito do Cliente em considerar o material aflorado como fato, ou como exercício de imaginação, tem na Regressão e Progressão uma excelente ferramenta terapêutica, capaz de acelerar o processo de autoconhecimento e em transmutar os desconfortos em mais Qualidade de Vida para os Clientes.

    Referências bibliográficas

    CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

    GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

    HALL, James A. - A Experiência Junguiana. S. Paulo, Cultrix, 1989.

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    JACOBI, Jolande - Complexo - Arquétipo - Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1986.

    JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. 5. Paulo, Vozes, 1991.

    LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. 5. Paulo, Cultrix, 1992.

    MACHADO, José Pedro Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa, Editorial Confluência Ltda., 1967.

    MARKEY, Christopher - Yin-Yang. 5. Paulo, Cultrix, 1987.

    MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

    NETHERTON, Morris e SHIFFRIN Nancy – Vidas Passadas em Terapia. São Paulo, ARAI-JU, 1984.

    PINCHERLE, Lívio Túlio; LIRA, Alberto e outros – Psicoterapias e Estados de Transe. São Paulo, Summus Editorial, 1985.

    TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Florais de Bach – Uma Visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica – Incluindo NTSV – TF 001 – Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Floral – 4a Edição - Editora Pensamento, 1994.

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1990.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 26/01/2009 15:31


    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS E TERAPIA DE VIVÊNCIAS PASSADAS

    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS E TERAPIA DE VIVÊNCIAS PASSADAS

    VIDA – TRABALHO - RELACIONAMENTO

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    www.zuniga.terapiaholistica.net 

    Apresentação

    Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas são técnicas que em Terapia Holística contribuem para descobrir as origens vivenciadas dos problemas ou da felicidade.

    Descobrir as vivências passadas recentes, adolescência, enquanto criança ou na gestação é o que chamamos de Regressão de Memórias, e caberá ao cliente a interpretação segundo as próprias crenças e religiosidade. O Terapeuta Holístico assume a condição de moderador baseado na experiência, sabedoria e conhecimento permitindo assim fluir o livre arbítrio do cliente.

     

    Só que para fazer estas viagens é necessário encontrar a paz, diminuir o estresse, desenvolver harmonia. Fortalecer a auto-estima e o auto-respeito.

    A Terapia de Vivências Passadas tem início quando já foram superadas as etapas anteriores e é, neste momento, que esta técnica traz resultados para a melhoria da qualidade de vida, profissão ou relacionamento.

    A Hipnose e o estado Alfa são necessários para entrar num processo de sono e vigília, onde cliente e terapeuta interagem neste estado.

    Conta muito à experiência e o domínio absoluto de várias técnicas em terapia holística, para aconselhar as infinitas situações que aparecem.

    A Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Hipnose, Meditação e Viagens Astrais; estão envolvidas pelo medo, falta de informação correta e muitas vezes pela banalização destas excelentes ferramentas.

    A Radiestesia e Radiônica têm a função de detectar energias, amplificá-las, neutralizá-las ou corrigi-las, se necessário.

    O ser humano como um ser simbólico, utiliza muitas figuras, como linguagem universal para se comunicar. Estas aparecem no cotidiano através da sincronicidade, dos sonhos ou induzidos.

    Temos que cuidar com carinho do corpo físico, sem esquecer do corpo mental, emocional, identidade/espiritual e energético.

    O maior desafio dos seres humanos que confiam nesta arte, é harmonizar a própria vida, a profissão e seus relacionamentos.

    A união da Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Radiestesia e Radiônica e Análise Simbólica, resultaram numa terapia individual e única com excelentes resultados a curto prazo, ganhando a confiança e a fidelidade do cliente que retorna para lapidações, harmonização, energização de seus cinco corpos, profissão ou relacionamentos.

    É cada vez maior o número de pessoas que desejam conhecer suas próprias vivências, para entender de onde vem, onde está e qual e a razão da sua existência. 

    Todo ser humano se preocupa com o equilíbrio da sua vida física, que fica relegada ao temperamento hereditário, aprendizado, meio ambiente, relacionamento, religiosidade, identidade e a própria individualidade. 

    Este conjunto de energias e aprendizados influencia diretamente a profissão, determinantes de fracasso ou de sucesso. 

    Os relacionamentos não estão separados das energias anteriores e será resultado de apatia, tristeza ou de alegria. 

    Este desafio nos leva a refletir sobre o momento atual da humanidade e das nossas atitudes para com o indivíduo, comunidade e meio ambiente. Estes espelhos do universo refletem com intensidade o equivalente nas manifestações físicas e psíquicas do planeta, mas para consertar este, temos primeiro que consertar a nós mesmos. 

    Introdução 

    Memórias: (Faculdade de reter idéias, impressões e conhecimentos adquiridos, lembranças, recordações, reminiscência. Vivência: Existência, vida, modo hábitos de vida, sentir. Dicionário de Português – Edições poliglota). A retenção de impressões se processa em vários níveis que o Ser Humano costuma ver como um só e integral. Em termos holísticos separamos em Cinco Corpos, Cinco Movimentos, Quatro Elementos, Sete Chakras para depois uni-los. 

    A Regressão de Memórias vai interagir nessas experiências adquiridas conscientes ou não, com a finalidade se assim o cliente permitir, redirecionar a ação vibratória registrada em reminiscências ou vivências. 

    Estas vibrações determinarão influências marcantes no desempenho de vida, trabalho e principalmente no relacionamento. 

    Os Cinco Corpos, Dentro de todo ser humano existem um historiador e um poeta, (razão & emoção) que relatam sua vida com detalhes e acontecimentos que até então não faziam sentido encobrindo muitas vezes a possibilidade de abrir caminhos. Para explicar melhor esta proposta, falarei em termos de energia emanada, recebida e impregnada em cada corpo. 

    Corpo Físico, ele reflete o mapa atual e de vidas passadas, naturalmente tentaremos buscar uma definição racional para determinado problema com profissionais competentes, mas na impossibilidade de respostas, recorreremos a perguntas energéticas. 

    Perguntas energéticas são detectadas com alto índice de acertos, através da Radiestesia e Radiônica que desenvolverá gráficos especialmente criados para cada tipo de questionamento. Neste corpo com seus cinco sentidos, são vivenciadas todas as experiências de aprendizado. 

    Corpo Mental, a energia do pensamento uma fonte poderosa de radiação energética que destrói, neutraliza ou constrói. Algumas pessoas têm uma defesa natural e outras precisam desenvolver estes escudos invisíveis muito necessários para o crescimento e desenvolvimento do ser humano. 

    Corpo Emocional, ele é o centro de equilíbrio dos cinco corpos, nele atuam as energias herdadas de todos os ancestrais diretos, do meio ambiente, relacionamentos e as negociações com a vida. 

    Corpo da Identidade ou Espiritual, este corpo pode ser visto por várias facetas: como Corpo da Identidade fica issento de crença e religiosidade usando a capacidade e o livre arbítrio para direcionar sua vida. Já do ponto de vista espiritual são inúmeras as opções, uma delas são as energias de aprendizado astrológico, dando em cada um a oportunidade de interpretar se assim o desejar e fazer sentido para efetuar mudanças, desenvolvimento e crescimento. 

    Corpo Energético, este corpo intangível cresce e desenvolve com as energias de equilíbrio de todos os outros corpos de acordo a qualidade e quantidade de energia recebida. 

    Este corpo quando energizado corretamente tem um crescimento tal que pode se desdobrar dando vida a um novo corpo de energia. 

    Influências possíveis ancoradas nos cinco corpos 

    Memórias de medo: Alguns clientes consultam por causa dos medos de nadar, e tremem com água acima do joelho, isto é comum e primeiro devemos descobrir como foi a interação com o precioso líquido, também alguns adultos manipulam pelo temor as crianças para que não cheguem perto de  águas perigosas, ancorando na memória da vivência, ações que não fazem parte das próprias experiências, assim se desdobram inúmeras situações a serem vivenciadas e transformadas a partir do cliente.

    Memórias com animais peçonhentos: Hoje sabemos que qualquer inseto por simples que seja tem a capacidade de afetar-nos seriamente, então é natural a aversão a barata, pernilongo, mosca, escorpião, borboleta, etc. Em Terapia de Vivências Passadas, encontramos, pessoas que tiveram vivências dramáticas lutando pela vida, e quando isso acontece o cliente consegue discernir corretamente sobre o acontecido solucionando essa âncora energética.  

    Memórias de altura: Quem não se lembra de ver ou ser levado sentado de cavalinho nos ombros do pai ou da mãe, é uma sensação gostosa e agradável. O sentido de altura para outras pessoas está relacionado à insegurança, quedas reais já acontecidas e, que se encontram fixadas na memória de alguns dos cinco corpos. 

    Memória alimentar: Uma cliente sadia com apetite insaciável, numa vivência sente a dor da inanição, pedindo a vida, que nunca mais a deixe passar fome, o fato de ela conhecer essa parte traumática, a fez compreender que nesta vida, isso seria impossível de acontecer por ser atualmente dona de um bem sucedido mercado de alimentos. 

    Memória de vícios: Aqui se entrelaçam vários fatores, o que torna a mais difícil das terapias, envolvendo os Sete Chakras, Cinco Movimentos, Cinco Corpos e os Quatro elementos. Os desequilíbrios em cada uma destas técnicas promoverão sensação energética da enbriaguês ou do estado alterado de consciência de forma artificial induzindo a fuga. 

    Memória de vida: Experiências traumáticas e ferimentos em vidas passadas são a causa de inúmeras emoções não compreendidas na atualidade de muitas pessoas. Estas experiências ancoradas na emoção se manifestam na maioria dos casos indiretamente, exemplo: um cliente canhoto que foi obrigado pelos pais a fazer tudo como se fosse destro. Em Terapia de Vivência Passada, havia perdido a mão direita e, esta descoberta o libertou para ser ele mesmo nesta vida. 

    Memória profissional: As profissões e atividades exercidas pelo homem ou pela mulher no passado têm uma relação com pensamentos, sentimentos e atitudes de vivências passadas, conectando-se a vivência atual. Exemplo: numa Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas a pessoa vivenceu um padre que foi queimado numa fogueira junto a pessoas que ajudou e que foram julgadas como praticantes de bruxaria. Esta vivência desenvolveu outras atitudes de crescimento e desenvolvimento a este profissional que exerce a profissão de Terapeuta Holístico. 

    Memória de relacionamentos: Relacionamentos oh, os relacionamentos! Auto sentencias: Te amarei por toda uma eternidade. Nunca mais amarei ninguém. Homem presta. Nenhuma mulher merece meu amor. Você não presta (será que os outros prestam? Então vou buscar nos outros) Por isso, que quando se fala, vê, ouve e sente uma sentença, se deve ter muito cuidado em aceitá-la ou não, exemplo: se eu falo "vocês sabem? Estou feliz, em paz, e sentindo-me realizado ao preparar esta palestra" a frase "vocês sabem?" obriga ao interlocutor a puxar o arquivo saber a questão, neste caso o arquivo solicitado é de conteúdo positivo e você aceita. Caso contrário, numa mensagem negativa, fale "Eu não sei!". 

    Na memória dos relacionamentos, geralmente se culpa o outro e dificilmente se pega um espelho para se ver a si mesmo. Isto faz parte de uma das terapias que está baseada naquele conto oriental: (quando era jovem queria mudar os outros, quando fiquei adulto quis mudar as pessoas que me rodeavam, e agora que estou velho apenas desejo mudar a mim mesmo... É por onde deveria ter começado). 

    Material e Metodologia – Definições 

    Hipnose: Estado semelhante ao sono profundo e no qual  a pessoa age por sugestão (Dicionário de Português, Edições Poliglota – Melhoramento 2005). Como podemos perceber o livre arbítrio do cliente neste estado fica comprometido, isso não significa que não será utilizada esta técnica importante quando há reminiscências muito fortes, vai depender da flexibilidade do terapeuta. Assim direcionamos a pressão que essas lembranças exercem nas lembranças físicas e psíquicas.

    Diminuir o estresse com o alinhamento dos Chakras: Alinhar, equilibrar e proteger os Chakras traz o benefício da redução do estresse. Se mentalizar o campo energético de cada um, de maneira ascendente e depois descendente irradiando energia para todos os meridianos e cinco corpos, teremos alcançado o primeiro passo para entrar em estado Alfa ou de relaxamento.

    Vivemos num palco de muitos egos o que intoxica a clareza de pensamentos e o descanso, para fazer esta harmonização devemos pelo menos dormir bem, momento em que corpo mente e energias se expandem permitindo a limpeza e recuperação energética.

    Sono e vigília: Costumo chamá-la de Terapia Alfa, porque permite interagir num diálogo único com a vivência do cliente. Neste roteiro individual existem interações com o universo, pessoas e consigo mesmo, tudo registrado e emergindo, porque para os registros energéticos não existe tempo nem espaço. 

    Regressão de Memórias: Nas memórias da vida atual se acumulam inúmeras situações a partir da gestação, algumas serão recordadas outras não, sendo estas últimas as mais difíceis de descobrir até pelo mecanismo de defesa natural que temos. Assim o cliente descobrirá experiências vivenciadas na gestação, nascimento e desenvolvimento tendo uma nova compreensão da vida. 

    Terapia de Vivências Passadas: Como podemos perceber para se chegar com qualidade e excelência a uma Terapia de Vivências Passadas, existem uns passos preliminares que requerem responsabilidade, experiência, pesquisa e profissionalismo. Acessar vivências passadas é fazer contato com o campo energético palco de um conjunto de aprendizados. 

    Vivências com interferência astrológica: Perceberemos que a biografia energética é proporcional ao aprendizado.  Doze influências testarão as evoluções de cada ser humano ligadas às características negativas e positivas de cada símbolo astrológico. A virtude da astrologia e que nos mostra várias personalidades das quais podemos aprender.

     

    As vinte e quatro energias contidas nos doze signos zodiacais têm um significado de força, influência ou uma virtude para fazer opções.   

    Resultados 

    O primeiro resultado acontece na interação cliente terapeuta, o cliente desenvolve a capacidade de analisar seus problemas e resolver-los tomando rédeas ou o timão da própria vida. O terapeuta aprende com cada ser humano que passa por seu consultório podendo algumas vezes ser histórias parecidas, mas nunca iguais.

    Os resultados espontâneos e descritos por algúns clientes foram: aprendizado do relaxamento porque encontraram paz, diminuíram o estresse encontrando harmonia, neste estado veio à meditação que é a musculação dos sete chakras, dos cinco corpos aprendendo a se elevar e voltar fortalecidos dessa experiência. 

    A limpeza energética feita através da radiestesia e a radiônica foi sentida como "tirar um peço da mochila". A regressão de memórias colocou novamente frente a "situações mal resolvidas ou de vivências felizes" podendo alterá-las ou degustá-las. 

    Já a terapia de vivências passadas, permitiu a interação de vidas anteriores com o desenvolvimento atual, fazendo cair fichas decisivas para abertura de caminhos para a vida, profissão e relacionamento. 

    Maria  

    Trinta e quatro anos, bonita, inteligente, mestra e doutora, casa própria, carro do ano, feliz física e profissionalmente... Triste em relacionamentos. 

    Após o relaxamento, meditação e purificação aúrica, descobrimos a forte influência da mãe com quem morava e que exercia uma forte influência sobre sua vida, além de menosprezar os homens porque ela teve poucos momentos de felicidade. 

    Recomendei alguns Florais de Bach e na interação ela tomou a decisão de ter seu próprio apartamento e uma vida própria, coisa que aconteceu em poucas semanas, foi quando decidimos que era momento de uma Terapia de Vivências Passadas, Maria vivenciou no ano 500 dC maltrato por vários homens, posteriormente na Europa pós queda da bastilha, traída e abandonada "jurando que nunca mais amaria um homem na sua vida". Como estava sofrendo muito durante a regressão, lembrei a ela que isso é uma vivência, podendo agora apenas observar para tomar decisões. 

    A "magia" da Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas e que podemos rever cenas, neutralizá-las e modificá-las linguisticamente, assim como o juramento que Maria fizera nessa vivência. 

    Os dois eventos vivenciados e relatados por Maria tiveram uma forte influência energética que provocava o afastamento dos seus relacionamentos. 

    Após esta vivência, passaram três meses de ausência ao consultório. Até que uma quarta feira ela retornou sem marcar hora, fiquei feliz de ver que o visual circunspeto de doutora, tinha dado passo ao visual da moda e escutei algo que já esperava e disse textualmente: "Encontrei o lírio que o senhor falou" (o lírio é a carta 30 do tarô de Lenormand, carta que previa junto com outras, essa mudança e o encontro de uma pessoa transparente e de boas intenções, se ela mudasse o script da vida atual). Hoje Maria e seu lírio vêm regularmente para harmonização individual e do casal. Tenho certeza que a próxima vivência da vida de Maria será a maternidade de uma Menina...

    Discussão 

    A Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Hipnose, Meditação e Viagens Astrais; estão envolvidas pelo medo, falta de informação correta e muitas vezes pela banalização destas ferramentas. 

    Só vivenciando uma regressão de memórias e terapia de Vivências passadas, para poder dar uma definição correta dos estados de consciência descobertos e às conexões com as situações que nos interessam, trazendo soluções para os mais diversos problemas. 

    A Regressão de Memórias atua sobre o processo de gestação e o momento atual, focando principalmente o aprendizado corporal, mental, emocional, identidade/espiritual e energético. 

    A Terapia de Vivências Passadas é um complemento necessário quando os caminhos parecem que se fecharão na vida. Os insight e as vivências que aparecem fazem sentido para receber uma chave para fechar e abrir portas do livre arbítrio.

    A Hipnose adotada neste trabalho é uma técnica que permite baixar a freqüência energética do cliente que o leva a um estado de sono e vigília, conhecida também como estado alfa. O curioso é que alguns clientes fazem questão de serem hipnotizados passando pelo processo de hipnose total, preferindo posteriormente a alfa-terapia.

    A Meditação é uma parte importante deste trabalho que busca atingir não só o cliente, mas também o ser humano que está ávido de paz. Falar de meditação é falar de respiração, processo a ser reaprendido para equilibrar os cinco corpos.

    A boa respiração permite equilibrar cada meridiano, corpo, chakra, jogando fora ressentimento, sapos engolidos, etc. Incorpora equilíbrio no pensamento, sentimento e atitudes.

    As Viagens Astrais, esta ferramenta de planejamento só vai servir se soubermos aproveitar os ensinamentos do passado no presente, para projetá-los no futuro para não recriar os erros do passado e viajar até os níveis das conseqüências. 

    Este conjunto de técnicas que fazem parte da busca de conhecimento do ser humano atual, de si mesmo e sua íntima relação com o meio ambiente e as percepções a respeito de seu papel no universo e o sentido da própria existência. 

    Marcas físicas, intelectuais, morais, espirituais e energéticas. 

    Gestação e nascimento é um processo energético para o ser que está sendo concebido, porque implica diretamente rejeição ou amor, estas duas vivências podem marcantes para o ser em desenvolvimento, aparecendo mais tarde na vida adulta.

    Abandonar o estado de aconchego do útero vai ser um passo importante para as situações futuras, e de mudanças ao longo da vida.

    Aprender a andar e falar por volta de um ano, possivelmente terá uma conexão profunda com a comunicação, cair e se levantar na vida. 

    (Segundo Bernard Lievegoed em seu livro desvendando o crescimento editora Antroposófica. Refere-se a crises no encontro do eu, quando ao redor dos três anos e meio a criança deixa de falar o nenê não quer... fala até ríspido, Eu não quero). O entendimento e a compreensão deste momento são muito importantes, ela apenas está descobrindo que é, um ser único que precisa ser respeitado.  

    Mesmo que a modernidade inclua as crianças no aprendizado com uma tenra idade, existe uma crise aos sete anos, onde percebemos pela primeira vez, que o mundo belo, às vezes se transforma em feio.

    As imagens guardadas desta passagem aparecem com o peso de situações análogas no futuro, nem sempre compreendidas como remanescente de memórias ou de vivências. 

    Na medida em que as crianças crescem aparecem os medos próprios, e os condicionados pelos adultos, controlando mais pelo medo, que pelo amor, os limites e os desafios para a vida podem ser colocados a partir da amamentação, para não ter que fazer correções quando adulto.

    Nessa caminhada, nos defrontamos com a sexualidade, para algumas pessoas algo pecaminoso, para outras, parte integrante no desenvolvimento do ser humano, esta situação trará importantes informações para o cliente adulto em crise. 

    Como podemos ver nesta discussão, os cinco corpos atuam com catalisadores de memórias e de vivências que liberam informações sem serem solicitadas, assim teremos, marcas físicas, intelectuais, morais, espirituais e energéticas. 

    Conclusões 

    Os processos de aprendizado

    Efeito quebra-cabeça: os processos de aprendizado são reconhecidos apenas pelo caminho da instrução de maneira racional, com conceitos oferecidos e com aplicação prática valorizando o pensar, é um “quebra-cabeça” bem montado, só que quando falta uma peça esse ser humano entra em crise. 

    Efeito Mosaico: Já no processo de aprendizado misto Racional e Vivencial uma grande parte da humanidade vê, escuta e sente as virtudes dos conceitos extraídos tanto pela experimentação autodidata e o descobrimento de novos caminhos. Aqui já não se é mais um quebra cabeças, se é um mosaico onde mesmo faltando alguma peça se produz um a organização natural e criativa, como na natureza. 

    A instrução, experimentação e os estímulos recebidos pelos Sete Chakras, Cinco Corpos e Cinco Sentidos vão trazer um padrão de resposta, podendo ser um comportamento externo ou uma representação interna da vida, profissão ou relacionamento. 

    As vivências marcantes na vida dependerão da intensidade e do local atingido em uma das tantas memórias e o momento específico de uma forte emoção. 

    O procedimento para minimizar as condições adversas através da Terapia de Vivências Passadas, será encontrar as âncoras que seguram seu veículo físico ao navegar livremente pelo oceano da vida. 

    Sonhar? Pensar? Sentir? Agir? Fantasiar? Realidade? Este trabalho tenta desmistificar a Regressão de Memórias e a Terapia de Vivências Passadas, mostrando que o processo começa na boa respiração, passa pelo relaxamento evoluindo para a meditação, chega à auto-hipnose descobrindo o estado alfa para finalmente chegar a uma regressão de memórias e terapia de Vivências Passadas, sendo assim uma viagem com muitas escalas.

    Crises ao longo da vida, As primeiras situações de aprendizado vivencial começam em como fomos recebidos ao descobrir o estado de embaraço (espanhol) gravidez (português), notamos que as duas palavras denotam (momentos difíceis) dando início a uma série de crises que se manifestarão ao longo da vida, que nos obrigam sadiamente a crescer. 

    Crises de adotar um veículo físico, talvez sejam a primeira decisão do corpo energético ou da identidade para lapidar as pendências deixadas em vivências anteriores ou pela hierarquia ancestral (pai/mãe, avós, visavôs, tataravôs, tetravôs, etc.)

    Crise da gestação, como foi recebida? Qual foi à primeira emoção da mãe, pai, parentes, amigos. A memória energética guardou tudo isso e pode estar influenciando a vida de um ser agora.

    Crise do nascimento, do ponto de vista energético e holístico, deve-se procurar que o parto seja o mais normal possível. Na vida, o parto estará simbolizando os constantes processos de mudanças que vivenciamos e devemos fazê-los com segurança, flexibilidade e amor. 

    Crise do aleitamento, além da alimentação física e protetora que os médicos recomendam, está o sentido energético da troca de carinho importante para no futuro como auto-estima, confiança, busca e desafios. 

    Crises do andar, falar, pensar, este momento é tão importante devido a influência que terá ao longo da vida. (Bernard Lievegoed em seu livro desvendando o crescimento diz: Durante este aprendizado da posição ereta se desenvolve a capacidade exclusivamente humana "a fala") Em termo energético a criança começa abrir as janelas para o mundo físico e do pensamento com alguns toques de emoção, se ela aprender a respirar corretamente encontrará maior equilíbrio em pensamento, sentimento e ação. 

    Crise do "Eu", muito adulto não entende quando uma criança troca a fala, a nenê, o nenê e de repente fala "eu não quero" sendo muitas vezes repreendida como desafiadora ou mal criada. Esta atitude inibe o ser humano futuro que tem que se colocar todos os dias como um indivíduo com pensamentos, sentimentos e atitudes próprias.

    Crise do primeiro momento só, é um aprendizado único que deve ser compartilhado e bem direcionado para evitar os extremos. Este momento é o descobrimento do espaço próprio, auto-respeito e auto-aprendizado. Quando insinuo relembrar de um momento só, feliz e com tranqüilidade, algumas pessoas tem uma grande dificuldade de lembrar e é comum escutar que receberam muitas críticas por desejar se isolar. 

    Crise dos medos, estes aparecem colocados por adultos nas crianças no tempo que gostam de escutar contos e estórias. Outros medos são colocados para controlar, manipular, chantagear emocionalmente, ficando na memória energética e aparecendo como símbolos esmaecidos em momentos importantes na vida, profissão ou relacionamentos. 

    Crise da sexualidade, a puberdade é interferida pelo fator do equilíbrio emocional, dos pais, protetores ou educadores, espiritualidade, meio ambiente, cultura social. Ao aparecimento da puberdade as mensagens emitidas e recebidas farão parte dessa vida, as virtudes de uma terapia serão que essas vivências podem ser reescritas pela própria pessoa. 

    Crise da maioridade dos corpos, esta fase une os cinco corpos em um só querendo ser único, sair de casa, perder os medos e ser ele mesmo, questionar as pessoas e o mundo em que vive. As conseqüências disso incomodam as mentes já pré-estabelecidas e que querem sossego, esquecendo que já passaram por essa fase. 

    Crises da escolha, exatas ou humanas? Todas as crises anteriores afetarão neste momento, mesmo em famílias herdeiras de profissões, sem contar com a influência e direcionamento de vivências passadas. 

    Crise das forças, "o céu é o limite" nesta fase de vida, esportes radicais, baladas, velocidade, sons, experimentação do proibido, uma grande maioria adere a esta situação que não mede conseqüências que afetarão o futuro próximo. 

    Crises Crística, símbolo do sofrimento que leva muitas pessoas a um estado de tristeza profunda, que pode ser facilmente cuidado com Florais de Bach e aconselhamento.

    Crise de olhar para traz, chega um momento na vida de muitas pessoas quando olham para traz, sentem insatisfação, tristeza, desassossego. Outras pessoas relatam que se sentem como se estivessem num porão, num túnel ou numa noite sem fim, enquanto outras recebem este momento como mais um desafio. E o momento para algumas pessoas de entrar em contato com as vivências ancoradas.

    Crise da segunda oportunidade, Analisando o processo de vida do homem observamos que muitos símbolos que apareceram à partir do nascimento até o final da adolescência, se repetem até duas vezes no decorrer da vida adulta. Estes símbolos revestidos como perdas ou ganhos em qualidade de vida, aprendizado/profissão, relacionamentos afetivos. 

    Crise do corpo físico mental, nesta fase o medo de perder o equilíbrio físico, esquecer, ser esquecido ou ignorado, produz um estresse físico e mental que leva a uma longa peregrinação por consultórios de todo tipo. Em Regressão e aconselhamento a estas pessoas lhes é mostrado a progressão baseada num planejamento de vida racional/mental, certificando-se de unir o que já foi plantado, somado com as sementes atuais. Esta adição mostrará o que vai ser colhido no futuro. O livre arbítrio nunca teve tanta importância neste momento de vida, porque pode ter protelado a metade da vida seus sonhos e fantasias e passar o resto da vida se queixando e culpando os outros. 

    Crise da morte e das perdas, provavelmente esta é a ultima crise do ser humano na caminhada física que é inevitável. Atua próximo ou depois da aposentadoria e é como um livro que tem inicio meio e fim. Alguns ficam escrevendo sempre primeiros capítulos, outros se acomodam nas páginas intermediarias e uns poucos sabem ou aprendem a finalizar o livro da própria vida com sabedoria, serenidade e dignidade. (a sabedoria oriental se refere a quatro grandes momentos da vida. Dos 0 aos 21 anos é o momento de Aprender. Dos 21 anos aos 42 anos é o momento de Lutar. Dos 42 aos 63 é o momento de se tornar Sábio. Dos 63 em diante, é o momento de Ser Sábio). 

    Anexos 

    "TERAPIA DE REGRESSÃO”

    Técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência, desse modo, induzir "insight" sobre a infância, a vida intra-uterina e até mesmo transpessoais (informações alem da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados pela Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou. Até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo esta parte fundamental e integrante da terapia.  

    “TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE”

    Distingui-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tart, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrecidos de aconselhamento,levando ao auto-conhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incrementando a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes. 

    “TERAPEUTA FLORAL”

    Procede ao estudo e a análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja proposta é predominantemente preventiva e que atuam através das questões psíquicas, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção específica. O uso contínuo da terapia floral leva a uma maior compreensão das emoções, permitindo o aflorar de um material psíquico mais profundo, ampliando, assim, o auto-conhecimento, o que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações. É normalmente associada a outras técnicas terapêuticas, em especial, o aconselhamento, possibilitando mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou a preocupação com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. 

    “PARAPSICOLOGIA”

    Estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicados pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamado fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente, (viagem astral), regressão e vivências passadas, “poltergeist” possessão e similares.

    Referencias bibliográficas 

    Brian Weiss

    • Muitas Vidas Muitos Mestres
    • Meditando com Brian Weiss
    • A cura através da Terapia de Vidas Passadas
    • Editora Sextante - 2000

     

    Bernard Lievegoed

    • Desvendando o Crescimento – Fases evolutivas da infância e da adolescência
    • Editora Antroposófica - 2000

     

    Judy Hall

    • Terapia de Vidas Passadas
    • Editora Avatar - 1998

     

    James Van Praagh

    • Em Busca do Perdão
    • Editora Sextante - 2000

     

    Louise L. Hay

    • Cure seu Corpo
    • Editora Best Seller - 2005

     

    Ghanshyam Singh Bipla, Colkete Hemlin

    • Magnetoterapia
    • Editora Pensamento - 1999

     

    Clássicos de bolso.

    • Rei Édipo, Sófocles. Antígone
    • Ediouro, 1993

     

    Fátima Ferreira Duque

    • Florais de Bach na Astrologia
    • Editora Madras – 2004

     

    Joaquim Gervásio de Figueiredo

    • Dicionário de Maçonaria
    • Editora Pensamento
     

    NTSV Normas Técnicas Setoriais Voluntárias

    • Auto-Regulamento que pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da disciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras, éticas e técnicas de atuação

     

    Nelson Zuniga

    • Palestras proferidas e artigos publicados no SINTE, LEVEN entre outras.
     
     

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    13 de Março de 2008

    www.zuniga.terapiaholistica.net

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/05/2008 13:30


    A ANÁLISE DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA

    TCC- TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

    A ANÁLISE DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA. 
     
     

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS-.

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM TERAPIA HOLÍSTICA.

    SÃO PAULO - SP.                      

    DISCIPLINA: PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    AUTOR:  

    RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD

                 Terapeuta Holístico

                      

    ORIENTADOR:        HENRIQUE VIEIRA FILHO

                                            Terapeuta Holístico - CRT 21001 
     

    BELO HORIZONTE – MG, 29 DE  MAIO 2008. 
     
     
     

                                                                          Dedicatória: 
     

                                                                         “Para a minha Mãe

                                                                          Therezinha Lima Haddad

                                                                          e para o meu Pai Omar Haddad,

                                                                          que me acompanham lá do céu ”. 
     
     
     
                                        

                                           Agradecimento: 

                     Ao SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS-

                                          COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM TERAPIA HOLÍSTICA, pelo incentivo vibrante e pela oportunidade,         para apresentar a presente MONOGRAFIA na disciplina                  PSICOTERAPIA HOLÍSTICA. 
     
     
      

      SUMÁRIOPáginas
      RESUMO.           6
      CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.           6
      CAPÍTULO 2. MATERIAL.           7
      CAPÍTULO 3. METODOLOGIA.           8
      3.1 O Corpo Físico           8
      3.2 O Que Ensina Anaxágoras           8
      3.3 O Que Ensina Demócrito           8
      3.4 A Organização de Direção de Sentido e Funções do Corpo Físico           8
      3.5 Revelação da Imagem Holística do Corpo Físico           9
      3.6 Imagem do Corpo Físico de Frente           9
      3.7 Imagem do Corpo Físico de Perfil          10
      3.8 Imagem do Corpo Físico de Costas         10
      3.9 As Proporções do Corpo Físico          11
      3.10 A Psicognomia          12
      3.11 A Fisiognomonia          12
      3.12 Segmentos Básicos dos Membros Superiores          14
      3.13 Principais Funções das Áreas dos Segmentos Superiores          14
      3.14 Segmentos Básicos dos Membros Inferiores          14
      3.15 Principais Funções das Áreas dos Segmentos Inferiores          14
      3.16 Interpretação das Imagens dos Membros Superior e Inferior          15
      3.17 Critérios para Interpretação das Imagens          15
      3.18 Distribuição das Imagens na folha          16
      3.19 Interpretação da Posição das Imagens na folha16
      3.20 Interpretação dos Tipos de Traços das Imagens23
      3.21 As formas da Imagem Holística32
      CAPÍTULO 4. RESULTADOS.36
      CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.37
      CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.37
      CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.39
      ANEXOS E APÊNDICE.39
     
     

                                                     RESUMO.                                                                    .

    Apresento para a psicoterapia holística as vantagens da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente. A Análise da Imagem Holística de um Cliente, ou de vários Clientes, pode dar, na verdade; informações, sugestões e pistas, e representa para o psicoterapeuta holístico uma ferramenta similar à das imagens computadorizadas com o grande diferencial que a imagem é feita pelo próprio Cliente, ou seja, seu próprio negativo! A base para a aplicação da técnica reside na interpretação da imagem do corpo físico do cliente de frente, de perfil e de costas, na distribuição das imagens, nos tipos de traços e nas formas das imagens. Para permitir a pesquisa e a prática de outros psicoterapeutas holísticos, apresento também, em síntese, uma Análise Holística.

    CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.

    1.1 O presente trabalho não tem propriamente a pretensão de ser uma tese que esgote o tema num sentido acadêmico, mas aponta uma direção de pesquisa, que séria e sistematicamente aprofundada, atrairia uma maior atenção do psicoterapeuta holístico para o estudo da técnica da Análise da Imagem feita pelo próprio Cliente. É de curial sabença que corpo físico é marcado pela experiência da vida através de registros que tanto são de origem genética quanto cultural, resultando numa gama de detalhes que nele estão armazenados e que podem ser revelados através da Análise da sua Imagem Holística.

    1.2 A Imagem Holística do Cliente é a revelação da disposição da mente através do contorno do corpo físico interpretada sempre numa ótica terapêutica.

    1.3 A Imagem Holística do Cliente surge pela representação do contorno do corpo físico através do modo de tracejar essencialmente psicomotor, orientando a revelação de uma realidade visual, imediatamente legível pelo psicoterapeuta holístico.

    1.4 A Análise preliminar nasce da percepção, do tempo de observação e da maneira de como o psicoterapeuta holístico consegue sair do movimento de julgamento, para simplesmente enxergar o que, naquele momento, o conjunto de Imagem Holística está mostrando.

    1.5 A técnica se desdobra na Interpretação da Distribuição das Imagens, Interpretação dos Traços e Interpretação das Formas das Imagens, o que pode ser aplicado em separado, ou no conjunto do seu desdobramento. Conduz para a identificação rápida e segura dos desequilíbrios que o Cliente poderá estar vivendo no momento, fornecendo ainda subsídios importantes para a solução do problema, quando não a própria solução.

    1.6 Por outro lado, as técnicas aplicáveis à análise específica de aproximadamente 205 formas de imagens de segmentos corporais não fazem parte integrante da presente Monografia.

    1.7 A técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente, fornece um material riquíssimo sendo também um poderosíssimo instrumento para a identificação do desequilíbrio energético apresentado pelo Cliente. Colhe informações que abrangem várias técnicas, suplementando as dificuldades da observação em entender as muitas facetas do Cliente. A técnica de Análise da Imagem Holística do Cliente possibilita maior entendimento do que aprendemos sobre pessoas - dentre elas, nós mesmos-, possibilita identificar comportamentos que de outro modo talvez não fossem observados, revelando com objetividade, segurança e realismo, o que talvez só fôssemos perceber após vários atendimentos, reduz e controla os erros de observação. E o melhor! Está ao alcance de quantos a queiram utilizar.

    1.8 A psicoterapia holística através da técnica da Análise da Imagem do Cliente, não é, em nenhum momento, a de enfatizar o que está ruim, e sim a de revelar aquilo que está bom.

    CAPÍTULO 2. MATERIAL.

    2.1 A presente Monografia tem como referência os resultados dos atendimentos realizados e o Curso de Leitura Corporal concluído pelo autor e ministrado no período de fevereiro de 2001 a dezembro de 2007 no Núcleo de Terapia Corporal Ltda, com sede na rua Assunção 40, bairro Sion - Belo Horizonte-MG, site www.leituracorporal.com.br. Fundamenta-se em uma sistematizada apertada síntese do conteúdo programático da disciplina Interpretação do Desenho. O curso de Leitura Corporal descreve e detalha a função emocional de cada segmento e estrutura corporal e revela as associações entre o que manifesta o corpo físico e os processos psíquicos e sensoriais do Ser Humano. Afirma que o corpo vive, registra, reage e revela a história pessoal. Relaciona as formas, as funcionalidades do corpo, os traços fisignomônicos, as posturas, as sensações e sintomas, os conteúdos mentais, emocionais, sensoriais e às particularidades comportamentais, estabelecendo uma conexão entre a linguagem do corpo, as disfunções orgânicas, os desequilíbrios e o autoconhecimento.

    2.2 O Núcleo de Terapia Corporal Ltda, fundado em 1988, tem como alicerce a relação Corpo Físico / Corpo Emocional. É constituído por profissionais de saúde- terapeutas, fisioterapeutas, massoterapeutas, médicos e psicólogos-. 
     

    CAPÍTULO 3. METODOLOGIA. 

    3.1 O CORPO FÍSICO. 

    A primeira coisa que podemos distinguir nitidamente no “Corpo Físico” é que tudo  se encontra encerrado em órgãos, sistemas e estruturas oferecendo  a este a maior proteção possível contra o mundo exterior, porém se reconhecendo que é efêmero e destrutível.

    É composto das mesmas forças e da mesma matéria do mundo aparentemente inerte ao nosso redor. Jamais poderia existir se não fosse continuadamente compenetrado e reconstituído pela matéria e pela força do mundo físico.

    O QUE ENSINA ANAXÁGORAS.    500 – 418 a. C 
     

    Uma infinidade de qualidades se encontra em todo o corpo, em toda extensão finita dada, tão grande ou pequena que se queira, e assim não se pode conceber nenhuma separação, tudo está sempre misturado a tudo”.

    3.3 O QUE ENSINA DEMÓCRITO.   460 – 370 a. C 
     

    “A alma está intimamente ligada ao cérebro. Não podemos possuir qualquer forma de consciência quando o cérebro degenera e morre”. 

                          3.4 A ORGANIZAÇÃO DE DIREÇÃO DE SENTIDO E FUNÇÕES DO CORPO FÍSICO. 

    1. SUPERIOR.     Expressão.

    2. INFERIOR.            Equilíbrio.

    3. ANTERIOR.           Comportamentos externos.

    4. POSTERIOR.          Comportamentais internos.

    5. CEFÁLICA.          Controle e coordenação.

    6. MEDIAL.                  Movimento para a exposição e fechamento.

    7. LATERAL.               Competência.

    8. PROXIMAL.             Impulso.

    9. DISTAL.                  Realização. 
     
     

                       3.5 REVELAÇÃO DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CORPO FÍSICO.

     

                       

    . As imagens podem ser reveladas em três folhas de papel tamanho A 4 (210 x 297 mm) 75 g / m2, branca, sendo o contorno da Imagem do corpo físico executado com um lápis de cor preto número 2. As três folhas e o lápis são entregues pelo psicoterapeuta ao Cliente.

    . Seis minutos são o tempo aproximado para a execução do contorno da Imagem do corpo físico de frente, de perfil e de costas.

    .O Cliente entrega suas imagens ao psicoterapeuta holístico que procederá a interpretação das especificações, da distribuição das Imagens, dos traços e das formas. 

                                3.6 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE FRENTE.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de frente expressa como o Cliente se mostra. 

                                 ESPECIFICAÇÃO GERAL DA IMAGEM.

    1. Contorno completo do corpo físico.

    2. Formatação do pé com o dorso, artelhos e arcos medial e lateral.

    3. Pernas, coxas e joelhos.

    4. Distinção entre a pelve, a coxa e o abdome.

    5. Tronco, mamas, mamilo, umbigo e genitália.

    6. Membro superior constituído por dedos, corpo da mão, punho, antebraço, cotovelo, braço e axila.

    7. Pescoço com identificação dos limites da fossa supraclavicular e formatação dos ombros.

    8.Cabeça e cabelos. Face com dois olhos, duas sobrancelhas, nariz, boca e orelha (s).

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

          b) A imagem é entregue ao psicoterapeuta holístico. 

                         3.7 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE PERFIL.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de perfil revela como o Cliente exerce o estado entre o que está e o que é. 

                                   ESPECIFICAÇÃO DA IMAGEM. 

    1. Corpo do pé evidenciando os artelhos distais, calcanhar e tornozelo.

    2. Face lateral da perna, do joelho,  da coxa e do quadril.

    3. Face lateral do tronco, com pelos menos uma mama e mamilo.

    4. Marcação de pelo menos um membro inferior.

    5. Face lateral do pescoço e perfil da cabeça. No perfil da cabeça deverá ter a definição do nariz, da boca, de pelo menos um olho, uma sobrancelha, uma orelha, e marcação dos cabelos.

    6. Contorno da face lateral do tronco.

    7. Encaixe no ombro de pelo menos um membro inferior constituído de dedos, corpo da mão, punho, antebraço, cotovelo e braço.

    8. Face lateral do pescoço com marcação da “saboneteira”.

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

                   b) A imagem permanece com o psicoterapeuta holístico.

                                 3.8 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE COSTAS.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de costas é a revelação daquilo que naquele momento, é o tema predominante na vida do Cliente.   

                                         ESPECIFICAÇÃO DA IMAGEM.

    1. Marcação e definição do corpo do pé para frente com diferenciação dos artelhos das extremidades e calcanhar.

    2. Definição da face posterior do tornozelo e da perna.

    3. Definição da  face posterior do joelho e da passagem da coxa para a nádega.

    4. Dorso evidenciando existência da coluna.

    5. Definição do pescoço e segmento cefálico com contorno completo.

    6. Marcação de cabelos e orelha (s).

    7. Dedos, corpo da mão, punhos, antebraços, cotovelos  braços, preferencialmente ligados no ombro.

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

                  b) A imagem permanece com o psicoterapeuta holístico.

                  c)A coluna espinal pode está evidenciada por uma linha ou pelo adentramento da face da lateral do tronco. 

    3.9 AS PROPORÇÕES DO CORPO FÍSICO.

    De início, foi no próprio corpo que os seres humanos colheram suas unidades de medida. Buscando em si mesmos referências para descrever as grandezas, utilizaram a distância do cotovelo à ponta do dedo médio, a largura do próprio palmo e a extensão do seu pé. Os dedos, logo tomados como unidades de contagem iriam até dar base a todo um sistema, o decimal. Alguns destes antigos padrões continuam em uso, como o pé e a polegada; ainda se ouve falar em rede de pesca com malha de três dedos, covas de sete palmos de altura ou mãos de milho e de feijão.

    Essa observação das dimensões parece ter surgido na idade da Pedra, há 40 mil anos, quando o homem riscou na rocha o contorno da sua mão, o seu ”negativo” criando a primeira Imagem!

    O mesmo respeito às medidas anatômicas iria transparecer em inúmeros povos da antiguidade, notadamente na escultura-arte que os egípcios ainda submeteriam a mais uma disciplina, a da simetria.

    Marcus Vitruvius Pollo, comumente conhecido como Vitruvius [Vitrúviu], arquiteto e engenheiro romano que trabalhou no primeiro século antes da nossa era, afirma que a simetria é a concordância justa entre as partes da própria obra e a relação entre os diferentes elementos e todo o esquema geral de acordo com uma determinada parte escolhida como padrão.

    Assim, no corpo humano, Vitrúviu demonstra a harmonia simétrica que existe entre o antebraço, o pé, a palma da mão, o dedo e outras partes menores. Compara essas partes as partes de um edifício, continuando a antiga tradição do edifício sagrado visto em termos do corpo humano e, assim, em termos do microcosmo. 
     
     
     

     

                                                 3.10 A PSICOGNOMIA.

    1. A Psicognomia é a ciência que trata dos sinais reveladores crânio faciais e gráficos.

    2. Os cientistas que mais se distinguiram em Psicognomia nos séculos XVIII e XIX e mais contribuíram para desenvolver e encaminhar essa ciência, tornando-a menos arbitrária e mais compreensiva, foram Lavater e Gall.

    3. Instintivamente se procura sondar e penetrar os segredos alheios e saber o que está no invólucro do Ser Humano. O importante é saber se essa intuição tem base ou não na realidade dos fatos, o que é admissível e provável, e o que não é.

    4. Quais os dados certos, científicos, que sobre isso a Psicognomia fornece? Já chegou ela a estabelecer normas e leis suficientes para orientar nesse terreno escuro e tão heterogêneo, e resolver os problemas corriqueiros? Paulo Bouts e Camilo Bouts  a afirmam no livro A PSICOGNOMIA,  Editora Vera Cruz Ltda, quinta edição, ano 1943.

     

                                              3.11 A FISIOGNOMONIA.

    1. A Fisiognomonia não se refere apenas a certas partes, formas e traços da fisionomia humana, mas ao corpo físico inteiro, à sua estrutura, porte etc. Nesta Monografia, para os efeitos de pesquisa de outros psicoterapeutas holísticos, apresentamos uma apertada síntese do tracejo de fisiognomonia de segmentos específicos do corpo físico.

    2. Hipócrates foi fisionomista, assim como os sacerdotes do odismo.

    3. Na escola de Pitágoras não era admitido aluno que não fosse primeiro examinado na cabeça sobre as suas aptidões para os estudos.

    4. Porta, da escola de Aristóteles, fixou em particular, com curiosos desenhos, os caracteres físicos que tornam os homens semelhantes a animais. 
     
     
     
     
     

     
     

          

      FORMAS DA CABEÇAPREDOMÍNIO
      1.CABEÇA ANTERIORIZADAPENSAMENTO LÓGICO
      2.CABEÇA POSTERIORIZADASENTE DEPOIS PENSA
      3.CABEÇA PARA DIREITAFORMAL E RIGOROSO
      4.CABEÇA PARA A ESQUERDAVISÃO LÚDICA DA VIDA
      5.CABEÇA PEQUENA/TRONCO AGIGANTADOVIVE MOMENTO FÓBICO
      6.CABEÇA GIGANTE/TRONCO PEQUENONÃO TEM OPINIÃO PRÓPRIA
      7.CABEÇA SEXTAVADAPRECISA ACHAR UM CAMINHO
      8.CABEÇA OVÓIDEPENSA NO MÍNIMO E NO MÁXIMO
      9.CABEÇA QUADRANGULARVIVE DENTRO DAS REGRAS
      10.CABEÇA TRIANGULADASENTIMENTO DE SER A REFERÊNCIA
      11.CABEÇA AMORFADIFICULDADE DE SE RECONHECER
      12.CABEÇA DE BOLANÃO SE ARRISCA
      13.CABEÇA SOLTAVIVENDO A VIDA DE OUTRA PESSOA
      14.CABEÇA RETANGULARDESFOCADO DO COMPROMISSO
     

    1. A cabeça pode ter uma ou outra conformação geral, ser alta ou baixa, comprida ou curta. Além disso, cada cabeça traz altos e baixos, relevos, concavidades e certas protuberâncias significativas.

    2. Muito mais prático e igualmente científico é a avaliação das conformações mais visíveis da cabeça, ou das grandes linhas do perfil. Para isso, só é preciso ter o senso das proporções normais.

    3. O desiderato aqui, foi apenas oferecer base suplementar para a arte prática de conhecer o Ser Humano.

     
     
     

    FORMAS DO TRONCOPREDOMÍNIO
    1-TRONCO QUADRADOMANTÉM SEGREDO ATÉ A CONCLUSÃO
    2-TRONCO RETANGULAROBSERVADOR DE CONVENIÊNCIAS
    3-TRONCO BARRILMANTÉM SEGREDO POR CONVENIÊNCIA
    4-TRONCO REDONDOMUITA ANSIEDADE E EUFORIA
    5-TRONCO TRIANGULARCENTRADO EM SI
    6-TRONCO VIOLÃOSUPERFICIAL
    7-TRONCO EM AMPULHETARESOLUÇÃO DOS MEDOS
    8-TRONCO TIPO SUPER HOMEMDIFICULDADE DOMÉSTICA
     

    1. A interpretação da Imagem do tronco é possível quando revelada sem roupa.

    2. O tronco é constituído do tórax, do abdome e da pelve. O abdome é dividido em duas partes: o próprio abdome e o “baixo ventre”.

    3. O desiderato aqui, foi apenas oferecer base suplementar para a arte prática de conhecer o Ser Humano.

    3.12 SEGMENTOS BÁSICOS DOS MEMBROS SUPERIORES. 

    Os membros superiores são constituídos pela articulação gleno-umeral, braço, cotovelo, antebraço, punho, mão e dedos, e estão ligados ao tronco pela cintura escapular. A cintura escapular é constituída pela articulação gleno-umeral, escápula e clavícula. 

        3.13 PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS AÇÕES DOS SEGMENTOS SUPERIORES. 
     
     

    Articulação gleno-umeral.                                        Criação.

    Braço.                                                                         Organização.

    Cotovelo.                                          Questionamento.

    Antebraço.                               Planejamento.

    Punho.                                     Impulso.

    Mão e dedos.                          Realização. 
     
     

               3.14 SEGMENTOS BÁSICOS DOS MEMBROS INFERIORES. 
     

    Os membros inferiores são constituídos pela articulação coxofemoral, pela coxa, pelo joelho, pela patela, pela perna, pelo tornozelo, pelo pé e artelho. São ligados ao tronco pelos ossos do quadril. 

       3.15 PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS AÇÕES DOS SEGMENTOS INFERIORES. 
     
     

    Articulação coxofemoral.      Criação.

    Coxa.                                       Organização.

    Joelho.                                   Valorização pessoal.

    Patela.          Velocidade de flexão da perna.

    Perna.                                      Planejamento.

    Tornozelo.                               Coordenação.

    Pé e artelho.                            Sustentação.  
     

     

    I1 BRAÇO MAIOR QUE O ANTEBRAÇO.

    Organiza aceleradamente com a ansiedade de ver pronto e não se satisfaz com o que realizou.

    I2 ANTEBRAÇO MAIOR QUE O BRAÇO.

    Planeja lentamente e é movido pelo instinto, fica satisfeito independentemente de concluir.

    I3.  SOMENTE BRAÇO.

    Organiza com cautela com o compromisso de concluir.

    I1 COXA MENOR QUE A PERNA.

    Organiza aceleradamente com a ansiedade de ver pronto e não se satisfaz com o que realizou.

    I2 COXA MAIOR QUE A PERNA.

    Planeja lentamente e é movido pelo instinto, fica satisfeito independentemente de concluir.

    I3 SOMENTE A COXA.

    Organiza com cautela com o compromisso de concluir. 

                        3.17 CRITÉRIOS PARA INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS. 

    A interpretação básica das Imagens deve ser feita inicialmente através da percepção e observação no tempo aproximado de seis minutos.

    O psicoterapeuta holístico deve colocar as três Imagens à sua frente e observá-las.

    Após interpretação básica, o psicoterapeuta holístico deve seguir os seguintes procedimentos:

    1. Entender que as Imagens são reveladas na folha de forma similar a uma fotografia, ou seja, a Imagem no lado esquerdo da folha revela o lado direito do Cliente e vice-versa.

    2.Procurar entender como o Cliente poderá estar naquele momento.

    3.Não perder de vista os detalhes.

    4.Não julgar.

    5.Lembrar ao Cliente as funções dos segmentos corporais que não foram revelados nas Imagens e ajudá-lo a  compreender  por que as funções daqueles segmentos podem não estar sendo utilizadas por ele.

    5.O psicoterapeuta holístico poderá solicitar novas Imagens do Cliente no intervalo de aproximadamente dois meses.

                    3.18 DISTRIBUIÇÃO DA POSIÇÃO DAS IMAGENS NA FOLHA.

     
     

    Na observação da distribuição da posição das Imagens, o psicoterapeuta holístico poderá perceber como o Cliente exerce sua expressão. A expectativa é de uma Imagem em cada folha. Ao dobrar uma folha nos sentidos horizontal e vertical serão evidenciados:

    1. Parte superior e Parte inferior.

    3. Parte Esquerda (que revela a Imagem do lado direito do Cliente).       “D

    4. Parte Direita      (que revela a Imagem do lado esquerdo do Cliente).  “E

    5. Centro.

                3.19  INTERPRETAÇÃO DA POSIÇÃO DAS IMAGENS NA FOLHA.

    O psicoterapeuta holístico deve verificar o predomínio da posição da distribuição das Imagens, a característica principal, refletir sobre a ementa e pontuação da análise holística. Exemplos mais significativos da distribuição e da posição das Imagens:

             POSIÇÃO DAS IMAGENS EM UMA MESMA FOLHA    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL
    1. UMA IMAGEM NA PARTE SUPERIOR LIRISMO
    2. UMA IMAGEM NA PARTE INFERIOR LÓGICO   
    3. UMA IMAGEM QUE REVELA A ESQUERDA REFERÊNCIA DE MÃE
    4. UMA IMAGEM QUE REVELA A DIREITA REFERENCIA DE  PAI
    5. UMA IMAGEM CENTRADA INDEPENDÊNCIA
    6. UMA IMAGEM COM TAMANHO MAIOR QUE 2/3 DA FOLHA COMPETÊNCIA
    7. UMA IMAGEM COM TAMANHO MENOR QUE 2/3 DA FOLHA MENOS VALIA
    8. DUAS IMAGENS EM UM LADO  ATENTO
    9. DUAS IMAGENS EM DOIS LADOS  FALA , MAS NÃO AGE
    10. TRÊS IMAGENS NA PARTE SUPERIOR OU INFERIORINDEFINIDO 
    11. TRÊS IMAGENS NA VERTICALDISCIPLINADO E ÉTICO
    12. TRÊS IMAGENS NA HORIZONTAL INSEGURO
    13. TRÊS IMAGENS DE TAMANHOS DIFERENTES NA VERTICALJUSTIFICAÇÃO
    14. TRÊS IMAGENS DIFERENTES EM APROXIMADAMENTE 1/3 DA FOLHA RECEIO À MUDANÇAS
    15. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA VERTICAL LIBERDADE CONDICIONAL
    16. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA HORIZONTAL DERROTADO
    17. QUATRO IMAGENS NA HORIZONTAL FLEXIBILIDADE
    18. QUATRO IMAGENS NA VERTICAL AUTOPERCEPÇÃO 
     

                                    1. UMA IMAGEM NA PARTE SUPERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:       LIRISMO.

    EMENTA: Cliente estruturado em cima de valores filosóficos e religiosos, com significativa capacidade perceptiva.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com facilidade para lidar com linguagem filosófica, emocional e do próprio comportamento.

    2. Cliente que se constrói e se localiza com entusiasmo.

    3. Cliente que se estrutura basicamente a partir dos sonhos.

    4. Cliente com valores éticos muito fortes.

                                     2. UMA IMAGEM NA PARTE INFERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:        LÓGICO.

    EMENTA: Cliente que precisa de comprovações, que cria seus princípios, suas verdades e seus próprios conceitos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quanto mais baixa estiver à imagem na folha mais indicada é a conversa em cima de conceitos, de valores, de pensamentos e de conclusões.

    2. Cliente com dificuldade para aceitar a linguagem da religiosidade.

    3. Cliente que quer saber quanto tempo vai durar seu tratamento e exige resposta.

    4. Cliente que se constrói em cima de fatos reais e de experiências comprovadas.

    5. Cliente com dificuldades de acreditar em projeções.

    3. UMA IMAGEM QUE REVELA A ESQUERDA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                REFERÊNCIA DE MÃE.

    EMENTA: Cliente com predomínio da história evolutiva e da autopriorização, com prevalência da afetividade.

    ANÁLISE HOLÍSTICA

    1. Cliente que não gosta de ter nada no seu entorno. O Cliente somente encontra solução se tirar tudo da sua volta e se concentrar em si.

    2. No caso de trabalho em grupo, o trabalho desse Cliente não será produtivo.

    4. Cliente que faz tudo em nome do amor ou tudo em nome da raiva, porém tudo é justificado no sentimento vivido em relação à situação.

    4. UMA IMAGEM QUE REVELA A DIREITA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:              REFERÊNCIA DE PAI.

    EMENTA: Cliente com dificuldade de encontrar seu caminho se não tiver a referência do outro.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O jeito do Cliente em lidar com a vida é semelhante ao jeito do seu pai.

    2. Cliente com a preocupação de está adequado e ajustado ao social.

    3. A imagem à esquerda da folha revela o lado direito do corpo físico.

    5. UMA IMAGEM CENTRADA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                    INDEPENDÊNCIA.

    EMENTA: Cliente com o conceito de que a expressão é uma liberdade, é uma autoria, e um direito somente seus.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente independente dos problemas e das dificuldades que possa ter.

    2. Cliente que tem ou experimenta um conceito.

    3. Cliente que pode ter o conceito de que a expressão, a mostra, e a representação é um direito somente seu.

    4. Cliente que reconhece o seu direito a espaço e manifestação dos seus conteúdos.

    6. UMA IMAGEM COM TAMANHO MAIOR QUE 2/3 DA FOLHA.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            COMPETÊNCIA.

    EMENTA: Cliente com tendência a ser capaz de tudo, muito exigente consigo e que vive dentro da regra da obrigatoriedade de alcançar o máximo. Sua palavra de ordem é, competência!

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A energia de competência que circula pelo corpo físico é ordenada e distribuída a partir da sua face lateral, de uma forma especial a face lateral do tronco. 

    7. UMA IMAGEM COM TAMANHO MENOR QUE 2/3 DA FOLHA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                                MENOS VALIA.

    EMENTA: Cliente que sub-estima o valor próprio. Não se permite ocupar com intensidade todo o lugar que lhe é devido.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A menos valia é o espelho da timidez.

    2. Áreas nobres para a terapia corporal:

    2.1Tornozelos, joelhos, posterior do corpo, polegares, queixo, orelhas, sobrancelhas, planta do pé, calcâneo, e 3º quadrante do couro cabeludo. 

    8. DUAS IMAGENS EM UM MESMO LADO. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                  ATENTO.

    EMENTA: Cliente que tem necessidade de aguardar que alguém lhe dê a palavra para se manifestar e que necessita de muito tempo para poder falar e se realizar. Cliente que observa o tempo todo.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A expressão do cliente  é determinada e medida pelo externo.

    2. A maneira de interpretar suas experiências  deixa o Cliente na crença de que ele precisa aguardar autorização para poder dizer, para se manifestar, para se revelar.

    3. Cliente que quando consegue dizer, sua ânsia de falar é  grande e  não dá espaço para perguntas porque  acredita que não vai ser autorizado a falar de novo.

    4. Cliente que revela ser atento, quieto e silencioso.

    5. Cliente que se for chefe vai mandar e desmandar e tomar conta de tudo o que estiver acontecendo.

    6. Cliente que se tiver pouco tempo para falar não conseguirá mostrar o seu resumo em menos de uma hora.

    7. Cliente com tendência ao medo da reação de quem o ouve.

    8. Cliente muito atento. Armar-se muito facilmente de defesas frente ao que observa e no ambiente  nada lhe passa desapercebido.

    9. Cliente que tem dificuldades de escutar.

    9. DUAS IMAGENS EM DOIS LADOS. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                  FALA, MAS NÃO AGE.

    EMENTA: Cliente que explica, sugere, indica, promove e dirige, mas não age. Realiza-se imaginando, porém com ótima organização mental.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que desenvolveu mais a expressão  de explicar, sugerir, indicar,  promover,  e dirigir do que a manifestação da ação organizada.

    2. O Cliente fala mais do que age e se projeta imaginando o fazer, ou seja, se realiza com a projeção do imaginário.

    3. No comportamento social do Cliente também poderá existir dificuldade para o processo de integração e sua atuação é extraordinariamente desorganizada.

    10. TRÊS IMAGENS NA PARTE SUPERIOR OU INFERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL :                        INDEFINIDO.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente não está conseguindo aproveitar livremente a ocupação dos espaços que lhe são de direito.

    2. O Cliente não consegue definir ou a redefinir os papeis e as funções de permissão ou reformular o seu estar nas situações que  enfrenta.

    11. TRÊS IMAGENS NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:       DISCIPLINADO E ÉTICO.

    EMENTA: Cliente com o compromisso de manter-se dentro e segundo o meio em que vive, organizando-se através de ensaios, demonstrando disciplina e ética naquilo que lhe foi determinado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que vive a necessidade de uma pessoa que aprendeu e que assumiu como comportamento a postura que lhe foi autorizada.

    2. Cliente com dificuldade para se mover ou aceitar mudança.

    3. Cliente que vive  aprisionamento ao que foi previamente determinado.

    4. Cliente com tendência a ser obediente e eficiente.

    5. Cliente que é competente  sob comando.

    6. Pensando ou ensaiando formato o Cliente  dá vazão à energia.

    7. O movimento da troca com esse Cliente pode ser pequeno.

    8. Cliente que só de dizer para o psicoterapeuta holístico que está vivendo algo, sai do consultório e sente que está tudo solucionado.

    9. Cliente com tendência a possibilidade de programar tempo.

    12. TRÊS IMAGENS NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                                INSEGURO.

    EMENTA: Cliente com dificuldade para experimentar seu direito a manifestação à expressão, ao seu querer, e aos seus movimentos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que não faz diferenciação muita definida entre o que é dele e o que é do outro.

    2. Cliente com a mesma característica encontrada no o traço fraco, ou seja, a insegurança.

    3. Cliente que tem o maior respeito pelo externo e a virtude da obediência.

    4. Cliente que vive uma certa dificuldade que pode variar até ao estado de fobia frente à possibilidade de mudança.

    5. O nível de igualdade que o Cliente coloca nas coisas é grande.

    6. Cliente que não é apegado, que não é pegajoso, mas é misturado.

    14. TRÊS IMAGENS DE TAMANHOS DIFERENTES, NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            JUSTIFICAÇÃO.

    EMENTA: Cliente com a crença de que uma vez assumido um perfil ou um papel, não terá condições nem será apto a nenhuma outra atividade.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com comportamento autolimitante.

    2. Cliente que determina a sua impossibilidade de variar e justifica tudo a ferro e fogo.

    15. TRÊS IMANGENS DIFERENTES EM APROXIMADAMENTE 1/3 DA FOLHA.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                              RECEIO A MUDANÇAS.

    EMENTA: Cliente que se mantém no lugar em que foi colocado e que receia o retorno a quaisquer movimentos de mudança.  

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que tem medo de mudar pela insegurança em relação aos resultados.

    2. Cliente que tem medo de ser rejeitado.

    3. Cliente que vive grande dificuldade e grande limitação para exercer a segurança em relação ao seu lugar, ao seu papel, à sua importância.

    4. É o Cliente que pode provocar confusão se mudar de atividade e de hábitos.

    16. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA VERTICAL.

     

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:           LIBERDADE CONDICIONAL.

    EMENTA: Cliente que está se mantendo aprisionado, sem condições de projetar, ou está se sentindo chantageado ou ameaçado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente  com tendência  à queixas sobre fibromialgia, artrite e  artrose.

    2. A situação do Cliente poderá estar se deteriorando mas não sabe como, nem procura os recursos para se livrar.

    3. Cliente sabe o que não pode fazer.

    4. Cliente que poderá ter na face lateral da perna um  fluxo em turbulência.

    17. TRÊS IMAGENS ”JOGO DE VELHAS” NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                 DERROTADO.

    EMENTA: Cliente que está alimentando um sentimento de derrota ou com o “tapete puxado”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com a grande virtude da paciência.

    2. Cliente dominado pelo sentimento de derrota, sente que perdeu o seu chão ou que foi enganado.

    3. O sentimento de derrota também pode ser manifestado pelas  sobrancelhas caídas, ou seja, baixas.

    18. QUATRO IMAGENS NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            FLEXIBILIDADE.

    EMENTA: Cliente com a expressão que o faz acreditar que precisa se ajustar a cada ambiente. Cliente “camaleão”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com o compromisso de manter-se com mil faces.

    2. Cliente que segue o lema “em Roma como os romanos”.

    19. QUATRO IMAGENS NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                        AUTOPERCEPÇÃO.

    EMENTA: Cliente com dificuldade de reconhecimento das suas experiências.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com uma capacidade invejável de autopercepção e de nomeação dos seus sentimentos.

    2. Cliente que estabelece as nuances do seu sentimento mas não sabe descrevê-los.

                     3.20 INTERPRETAÇÃO DOS TIPOS DE TRAÇOS DAS IMAGENS.

    O tracejar é que revela as imagens; seu caráter sério tem como contrapartida o acesso ao universo do Cliente e, através da sua interpretação, o psicoterapeuta holístico consegue também “pistas” das principais tendências do predomínio comportamental do Cliente nos quais limitar-nos-emos a indicar os mais significativos:

                             TIPOS DE TRAÇOS DAS IMAGENS                     PREDOMÍNIO
    1. TRAÇO GROSSOSABER O QUE QUER
    2. TRAÇO FORTERIGORISMO
    3. TRAÇO FINOVACILANTE
    4. TRAÇO FRACOINSEGURANÇA
    5. TRAÇO COM ENCAPSULAMENTOCAUTELOSO
    6. TRAÇO DESCONTÍNUONÃO ÉTICO
    7. TRAÇO CONTÍNUODEPENDE DO OUTRO
    8. TRAÇO UNIFORMEINFLEXIBILIDADE
    9.TRAÇO EM GOMOSPERSISTÊNCIA
    10.TRAÇO PONTILHADO NÃO EXPERIMENTAR
    11.TRAÇO EM ONDASAUTO-EXIGÊNCIA PENOSA
    12.TRAÇO COM CONVEXIDADESUPERFICIALIDADE
    13.TRAÇO COM CONCAVIDADEEXPERIMENTO LIVRE
    14.TRAÇO COM PRESENÇA DE UM  XCÉLULA MÃE
    15.TRAÇO EM FÍSTULADESEQUILÍBRIO DE ENERGIA
    16.TRAÇO SOBREPOSTOLIBERDADE E VALORIZAÇÃO DO SOCIAL
    17.TRAÇO EM “PALITINHO”RECONSTRUÇÃO

    1. TRAÇO GROSSO.

    PREDOMÍNIO:                                                                          SABER O QUE QUER.

    EMENTA: Cliente que está seguindo o que já conhece e que não se prende a estatuto, seita ou pensamento filosófico.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que acredita que já chegou ao máximo e que não pode mais passar disso.

    2. O Cliente está vindo no cumprimento de uma metodologia que deu certo.

    3. Quem no corpo físico trabalha a liberdade para o desdobramento das possibilidades é o terço central de todas as estruturas longas ou sejam:

    3.1 O terço central da coxa, das pernas, dos braços, dos antebraços e da lateral de tronco.  

    2. TRAÇO FORTE.

    PREDOMÍNIO:                                                                            RIGORISMO.

    EMENTA: O traço é vincado e bem evidenciado. O Cliente é auto-exigente no compromisso de cumprir o estabelecido e rigoroso com os princípios éticos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Na interpretação do traço forte o psicoterapeuta holístico observa  que o Cliente se exige muito e que tem o compromisso muito severo consigo.

    2. A autocrítica, a auto-exigência e o compromisso de realizar, são funções do couro cabeludo, que mostra o potencial. Também é uma função do pé que mostra a firmeza, a segurança e capacidade de se sustentação.

    3. O psicoterapeuta holístico tem a definição do traço forte quando todo o traço da imagem é vincado e bem evidenciado.

    4. O Cliente de traço todo forte faz revisão tendo em vista que cada um dos seus movimentos precisa estar de acordo com o programa por ele próprio estabelecido com uma quantidade grande de quesitos, de exigências, e de detalhes.

    5. As estruturas mais sensíveis no Cliente que  faz o traço todo forte são as falanges distais dos dedos e dos artelhos. As falanges distais dos dedos e dos artelhos estabelecem e lançam na ação os impulsos da confiança na qualidade do que se faz e na possibilidade de retornos com o que se fez.

    6. De uma forma especial, as unhas vibram o sentimento de confiança do que se é capaz de realizar e, se aquilo que será feito, trará retornos. 
     

    3. TRAÇO FINO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                          VACILANTE.

    EMENTA: Cliente que está no desuso da habilidade de criar para si formatos modelos e caminhos e precisa ser elogiado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O  propósito do psicoterapeuta holístico deverá se voltar para motivar no Cliente o sentimento de autovalor e do direcionamento. É o traço do Cliente sem presença.

    2. O Cliente do traço fino diz que sente conforto na condição de ser conduzido.

    3. O Cliente está aprisionado à forma do outro ou não existe confiança no poder de autodireção.

    5. O Cliente pode fazer abdome protuso.

    6. O Cliente está alimentado pela crença de que a direção externa é melhor.

    7. A terapêutica está no foco da habilidade da autoconfiança, que é uma função  representada no corpo físico pela face medial das pernas, principalmente esquerda,  pelos punhos que ativa a coragem, somados à última falange de dedos e artelhos, que dão confiabilidade no poder de realização.

    8. Alguns Clientes sentem dor na área subdiafragmática.

    4. TRAÇO FRACO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                   INSEGURANÇA.

    EMENTA: Cliente com a insegurança para conquistar para si o direito de ser parte, de estar presente, de conquistar o direito de poder e de ocupar um lugar conscientemente.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. No atendimento do Cliente de traço fraco o psicoterapeuta holístico  deve procurar  somente evidenciar as qualidades.

    2. Quando há predomínio do traço fraco o sentimento vivido pelo Cliente é de que ele sempre tem que pedir “licença” para tudo.

    3. Na terapêutica corporal para o traço fraco são importantes os seguintes segmentos: os joelhos, o queixo, a face posterior de todo o corpo, os mamilos, as sobrancelhas e as extremidades distais. 
     

    5. TRAÇO COM ENCAPSULAMENTO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                        CAUTELOSO.

    EMENTA: O encapsulamento é evidenciado pela duplicidade do traço no contorno do corpo físico e o espaço entre os dois traços. 

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Sempre que o encapsulamento é revelado a terapêutica deve ser dirigida para a conquista da naturalidade e da espontaneidade.

    2. O segmento nobre de desenvolvimento da espontaneidade e da naturalidade é a face posterior da coxa, associado à face anterior e face posterior dos ombros.

    3. O Cliente tem a necessidade de se manter com muita cautela e o tempo todo com muita defesa.

    4. O segmento que processa o mecanismo básico de defesa é a nádega. Na mesma proporção que existe o encapsulamento, existem camadas de tensão nas nádegas. 

    6. TRAÇO DESCONTÍNUO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                          NÃO ÉTICO.

    EMENTA:O traço descontínuo é identificado por ser feito com espaços intermitentes.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O traço descontínuo evidencia que não é mais necessário estar fazendo no esforço do cumprimento.

    2. O traço descontínuo revela que existe o sentimento de não direito e de não cumprimento da ética.

    3. No corpo físico dois segmentos são extremamente importantes: os joelhos em todas as suas faces, principalmente a face lateral que processa os fluxos que alimentam o sentido da exclusividade e o mamilo, que é o segmento ativador da personificação.

    4. O Cliente pode ter o sentimento de  não saber ao certo como se manifesta e de não conseguir ficar liberto para se distanciar daquilo que está estabelecido. Faz pose para ficar seguro e fala que está tudo bem para não denunciar o desconforto que tem. 
     

    7. TRAÇO CONTÍNUO.

    PREDOMÍNIO:                                                                        DEPENDE DO OUTRO.

    EMENTA: Traço contínuo é aquele onde não existe espaço entre o traço. Cliente educado e treinado, mas que está pedindo ajuda para ser liberado do seu compromisso de sempre fazer segundo o que ele projeta que o outro espera.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. É o Cliente que tem o compromisso de fazer o que ele acha que o outro quer que ele faça.

    2. O Cliente que tem dentro de si o compromisso e a fidelidade àquilo que imaginou ser expectativa do outro.

    3. Cliente prestador de serviços somente para o outro.

    4. O traço contínuo orienta ao psicoterapeuta holístico de que o Cliente precisa de  estímulo para conseguir exercer com  tranqüilidade a ação de autofavorecimento.

    5. O cliente está pedindo liberdade para fazer segundo a sua maneira em benefício de si mesmo ou a partir das próprias convicções para favorecer-se também.

    8. TRAÇO UNIFORME.

    PREDOMÍNIO:                                                                               INFLEXIBILIDADE.

    EMENTA: No traço uniforme o Cliente não tira o lápis do papel, a imagem tem o tipo da figura do desenho infantil denominado “biscoito”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A terapêutica do traço uniforme exige concentração para a liberação das áreas da pelve, notadamente a coxofemoral, a região axilar, a “saboneteira” e a face lateral do pescoço.

    2. O Cliente deve ser esclarecido que não há mais a necessidade de se fixar na crença de se manter segundo o habitual.

    3. A terapêutica é de exercitar a criatividade, o questionamento, e ajudar o Cliente a ganhar movimento de pelve e de coxofemoral para se libertar da rigidez dos jeitos e maneiras pré-estabelecidas. 
     
     
     

    9. TRAÇO EM GOMOS.

    PREDOMÍNIO:                                                                                    PERSISTÊNCIA.

    EMENTA: O tracejo em gomos é feito na forma da figura do desenho conhecido como “Popaye”. Em geral a cabeça é mais ovóide, ou o quadril está para um lado e a cabeça para o outro. O Cliente que “malha” apresenta essa formatação.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente tem um intenso alcance de valores, de regras, de princípios, de conceitos que o fazem cumpridor fiel daquilo que é estabelecido como convenção, moda, religião, política, etc.

    2. O tracejo em de gomos, fecha nas articulações. O Cliente não questiona e por isso não é uma referência.

    3. O Cliente tende a querer ficar atrás de alguma coisa e somente mostrar a cara.

    4. O Cliente experimenta o compromisso de se manter fixado nos comportamentos vividos.

    5. O Cliente é um protótipo da virtude da determinação e da capacidade de ser persistente. Quanto mais obstáculo mais tesão para fazer.

    6. O Cliente tem dificuldade em variar a forma de agir e de se apresentar.

    10. TRAÇO PONTILHADO.

    PREDOMÍNIO:                                                                         NÃO EXPERIMENTAR.

    EMENTA: O traço é definido por pontos ou pequenos traços de contorno. A característica básica desse Cliente é de passar por cima, abandonar e não experimentar.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com tendência de não ir até o estágio de satisfação.

    2. Cliente com dificuldade de continuar. As coisas são passadas, sobrepostas, abandonadas, largadas, dadas como prontas antes que ele experimente o sentimento de realização.

    3. Existe uma manifestação que fala e trata da mesma coisa do traço pontilhado, são as desordens venosas como as varizes, as telangiectasias e as flebites.

    4. O Cliente tem a sensação de ter os seus ombros quadrados e grandes, mesmo que sejam caídos.

    5. A terapêutica é descobrir o jeito próprio de fazer e o  estilo pessoal. 
     

    11. TRAÇO EM ONDAS.

    PREDOMÍNIO:                                                               AUTO-EXIGÊNCIA PENOSA.

    EMENTA: Tracejo revelado nos segmentos corporais em ondas.  Cliente que está exigindo-se além das suas possibilidades e faz avaliação severa de si mesmo. A Imagem também poderá revelar ombro elevado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que está pedindo para sair do processo de autocrítica e de avaliação severa de si mesmo.

    2. O Cliente está num momento de auto-exigência penosa. Está se cobrando como um comandante severo.

    3. A terapêutica é trabalhar a vibração da amorosidade consigo e a liberdade de fazer pelo prazer de fazer ou simplesmente para experimentar.

    4. No corpo físico quem vibra a intensidade da obrigatoriedade, são as fibras superiores do músculo trapézio.  

    12. TRAÇO COM CONVEXIDADE.

    PREDOMÍNIO:                                                                           SUPERFICIALIDADE.

    EMENTA: Tracejo onde anatomicamente não existe o abaulamento. Cliente com muita análise e pouca ação, muito conceito e pouco saber. 

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A convexidade define com clareza que o Cliente não exerce a liberdade de fluência.

    2. Na região da convexidade existe fluidez profunda, mas falta fluidez na superfície. Isso significa que existe o exercício do pensar, do ponderar, do avaliar, do levantar hipóteses. 
     
     
     
     
     
     
     

    13. TRAÇO COM CONCAVIDADE.

    PREDOMÍNIO:                                                                        EXPERIMENTO LIVRE.

    EMENTA: Tracejo adentrado num lugar onde anatomicamente o adentramento não existe.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente necessita de ativar a espontaneidade que é processada na face posterior da coxa e no terço central da anterior do ombro.
     

    14. TRAÇO COM PRESENÇA DE UM X.

    PREDOMÍNIO:                                                                                      CÉLULA MÃE.

    EMENTA: Cliente com predomínio do desequilíbrio na área marcada pelo X.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O X na Imagem é  sinônimo de célula mãe do momento.

    2. O psicoterapeuta holístico percebe a marcação do X quando é revelada a sobreposição de traço. É muito fácil de ver, mas aparece X em qualquer tipo de tracejado.

    3. Toda vez que for revelado o X, está localizada a célula mãe do problema.

    4. O X  é revelado em aproximadamente 90% das Imagens e é possível ter mais de um X na mesma Imagem. Aproximadamente 60% das vezes se identifica mais de um X.

    5. A célula mãe revela porque o Cliente está vivendo o conflito, agora.

    5.1 Exemplos: revelou um X no segundo dedo. O segundo dedo é sinônimo de assertividade e fígado.

    5.2 A célula mãe está revelada no nariz. Então o desequilíbrio pode ser conseqüência das dificuldades de envolvimento que nesse momento o cliente está vivendo. 
     
     
     
     
     

    15. TRAÇO EM FÍSTULA.

    PREDOMÍNIO:                                                          DESEQUILÍBRIO DE ENERGIA.

    EMENTA: É parte de um traço descontínuo com aberturas. Para ser definido como fístula, o traço tem que ser bem caracterizado com uma abertura para dentro e uma abertura para fora.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A fístula revela que não está havendo renovação adequada na energia naquele órgão.

    2. Nenhuma área fistulada  faz desequilíbrios imediatos não ser que na mesma área estiver revelada a presença de vários X sobrepostos.

    3. Ao identificar a fístula, o psicoterapeuta holístico poderá localizar o(s) órgão(s) que correspondem àquele segmento.

    3.1 Por exemplo: fístula na articulação coxofemoral. Os órgãos diretamente relacionados são: os da reprodução e a tireóide.

    16. TRAÇO SOBREPOSTO.

    PREDOMÍNIO:                                     LIBERDADE E VALORIZAÇÃO DO SOCIAL.

    EMENTA: São vários traços fazendo o mesmo contorno sem fechamento. Cliente que experimenta uma grande preocupação em relação à observação do externo, às maneiras habituais e àquilo que socialmente é aceito.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A terapêutica é  trabalhar o mamilo. A existência da sobreposição informa que o Cliente deve reconhecer e praticar as próprias características.

    2. O objetivo da terapêutica é ajudar o Cliente a permitir e equilibrar os seus esforços para a autoqualificação.

    2. O Cliente é muito criativo mas precisa ganhar autorização para se autoqualificar, tanto no sentido de capacitação e de habilidade quanto de objetivos.

    3. O Cliente com  múltiplos traços memoriza qualificações, nomes , adjetivos e vive segundo aquilo que marcou como sendo a opinião externa em relação si.

    4. Quando é revelada a multiplicidade de traço na lateral do quadril esquerdo pode-se dizer que o Cliente é egoísta, mas se inclui pouco nas coisas.

    5. O Cliente pode também ser rotulado pelo psicoterapeuta holístico como  “entrão” e  muito atrevido,  desse modo, o Cliente poderá iniciar sua autoqualificação.

    6. O Cliente com o tracejo em duplicidade é cheio de pré-conceitos em relação a si mesmo porque ouviu, porque assimilou, etc. 
     

    17. TRAÇO EM “PALITINHO”. 

    PREDOMÍNIO:                                                                            RECONSTRUÇÃO.

    EMENTA: Cliente que busca a validação de seus potenciais. As áreas principais para a terapêutica são a do couro cabeludo. 
     

     
     
     

    A simples observação de um grupamento de Imagens do corpo físico, evidencia  imediatas variações entre os componentes do grupo. Denominamos estas variações, que se apresentam externamente, de “as formas das Imagens Holísticas”. Daí dizer-se que a forma, na interpretação das Imagens Holísticas, é uma constante.

    Quando da interpretação das Imagens isoladas, ou em conjunto, o psicoterapeuta holístico não deve esperar encontrar sempre a mesma forma.

    Às formas, deve-se acrescentar aquelas decorrentes da idade, do sexo, da raça, do tipo constitucional e da evolução. Estes são, em conjunto, o que denominamos de fatores das formas gerais. A forma poderá ser revelada na Imagem completa do corpo físico de frente, de perfil, de costas ou somente em segmento específico. 

                             

                      AS FORMAS DAS IMAGENS HOLÍSTICA                   PREDOMÍNIO
      1. FORMA QUADRADAINFLEXIBILIDADE
      2. FORMA TRIANGULADASABE O QUE SENTE E O QUE QUER
      3. FORMA RETANGULARREVISÃO
      4. FORMA REDONDAPOLARIDADE DO EXCESSO
      5. FORMA COMPARTIMENTADACAUTELA
      6. FORMAÇÃO DE BOLSAPERSISTÊNCIA
      7. FORMA DE SEGMENTO COBERTOJEITO PRÓPRIO 
      8. FORMA COM MARCAÇÃO DAS ARTICULAÇÕESMUITA PONDERAÇÃO E POUCA AÇÃO
     
     
     
     
     

    1. FORMA QUADRADA.

    PREDOMÍNIO:                                                                               INFLEXIBILIDADE.

    EMENTA: Cliente que está pedindo pela conquista da flexibilidade. A imagem é quadrada do pescoço até o pé, somente a cabeça é redonda.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Algumas possibilidades da forma quadrada:

    I.Tronco quadrado e os membros não quadrados;

    II.Tronco não quadrado com o membro quadrado;

    III.Um único membro quadrado.

    2. É bastante possível que o psicoterapeuta holístico encontre os desequilíbrios que são habituais ao uso excessivo da intelectualidade e da razão.

    3. Os principais desequilíbrios residem nas articulações e nos músculos.

    4. Outras queixas bastante possíveis:

    4.1 Disfunções renais;

    4.2 Desequilíbrios funcionais dos intestinos;

    4.3 Dor de cabeça.

    5. Essas manifestações contam do processo de utilização preponderantemente da ação que pensa, arquiteta, organiza e age segundo as atitudes organizadas.

    2. FORMA TRIANGULADA.

    PREDOMÍNIO:                                              SABE O QUE SENTE E O QUE QUER.

    EMENTA: Cliente com imensa capacidade de saber o que sente e o que quer.  

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O psicoterapeuta holístico deve o mais rapidamente possível  observar a articulação coxofemoral.

    2. Qualquer trabalho em direção à articulação coxofemoral é um grande auxílio  para a forma triangulada.

    3. O psicoterapeuta holístico deve recomendar ao Cliente a dançar, fazer exercícios de alongamento e de práticas de criatividade. 
     
     
     
     
     

    3. FORMA RETANGULAR.

    PREDOMÍNIO:                                                                                              REVISÃO.

    EMENTA: Cliente com o comportamento de fazer movimentos de ir, de voltar, de conferir, de fazer muitas vezes.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quando predomina a forma retangular o corpo físico está pedindo duas coisas:

    1.1 Primeira: para que se desenvolva mais a ação que complementa;

    1.2 Segunda: ajuda para manter o propósito de realização até o final.

    2. O movimento de fazer e refazer predispõe o abandono de idéias. O Cliente faz e refaz e sempre deixa coisas para acontecer.

    3. A complementação é o pensamento a ser adquirido e a habilidade para permanecer até o final, que pode até ser um  grande desafio. O Cliente nem sempre termina, mas começa e retoma do início de novo para conferência.

    4. A força de objetivação das mamas também estabelece a vontade de completar.

    5. Não muito raramente, na forma retangular, em mulheres, existe sofrimento mamário.

    6. Nos homens essa manifestação se faz mais ao nível prostático.

     

    4. FORMA REDONDA.      

    PREDOMÍNIO:                                                              POLARIDADE DO EXCESSO.

     
     
     

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Se o Cliente está no nível da polaridade do excesso, pode projetar a forma redonda, mas o seu comportamento é o da forma quadrada.

    2. Quando a imagem revela a forma redonda significa que existe a possibilidade de presença marcante da atitude boazinha, compreensiva, servil, disponível.

    3. É importante pesquisar o nível de frustração, de decepção e de carência que esse Cliente armazena.

    4. Quando se cede mais do que se deve, acontecem no corpo físico as disfunções intestinais, principalmente aquelas que fazem as fezes mais líquidas.

    5. Quase todas as Imagens redondas revelam o experimento do estado de carência. Há uma lista de carência de retornos, mas o Cliente não as reconhece.

    6. A terapêutica corporal a ser trabalhada é a região zigomática que é a área nobre do estado de carência, em conjunto com a face medial dos joelhos.

    7. No corpo físico, os músculos adutores e abdutores dos artelhos e dos dedos, a patela, a articulação gleno-umeral e a face anterior dos joelhos, são os segmentos nobres da terapêutica para a forma redonda.

    5. FORMA COMPARTIMENTADA.

    PREDOMÍNIO:                                                                                             CAUTELA.

    EMENTA: Tracejo onde os segmentos corporais estão separados uns dos outros.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A Imagem revela o pedido do Cliente: sair do movimento de fazer uma parte, analisar tudo, verificar as possibilidades, fazer mais uma parte, parar e verifica novamente.

    2. Cliente com atitude muito cautelosa onde tudo é avaliado, ponderado, observado detalhe por detalhe, pensadas todas as possibilidades e soluções, antes da execução.

    6. FORMAÇÃO DE BOLSAS EM SEGMENTOS.

    PREDOMÍNIO:                                                                                   PERSISTÊNCIA.

    EMENTA: O tracejo da formação da bolsa em segmentos é contínuo, com um espaço, ou seja, um traço é acompanhado por outro traço, no início, no meio e no fim.   

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A imagem da formação de bolsas em segmentos está revelando que é necessário para o Cliente, organizar, planejar e finalizar o projeto. A presença da bolsa também informa que o Cliente está vivendo sentimento de certeza.

    2. O psicoterapeuta holístico observa se o Cliente quer ou não quer continuar com uma determinada atividade, verificando se na imagem das costas existe a presença de bolsa. Revelou a bolsa na referida Imagem o psicoterapeuta pode assumir que o jeito que o Cliente está fazendo é o certo então, que persista. 

    7. FORMA DE SEGMENTO COBERTO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                  JEITO PRÓPRIO.

    EMENTA: Segmento coberto é o tracejado semelhante a cobertura com uma capa. Também é considerado segmento coberto quando um segmento está sobrepondo o outro.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quando a Imagem revela segmento coberto o pedido é para executar do jeito próprio, pois será mais satisfatório, mais produtivo e mais realizador.

    2. O corpo físico está sinalizando que função do segmento coberto está sendo exercida segundo o manual, ou a prescrição externa, e que aquela forma de execução não é satisfatória para o Cliente.

    8. FORMA COM MARCAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES.

    PREDOMÍNIO:                                           MUITA PONDERAÇÃO E POUCA AÇÃO.

    EMENTA: O tracejo é evidenciado pela marcação nas articulações.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A imagem revela que o Cliente pondera muito e executa pouco.

    2. A imagem revelada mesmo que com roupa com as articulações marcadas, evidencia que o psicoterapeuta holístico está diante de um Cliente absolutamente sensível, mas com a postura de racional e lógico. 

    CAPÍTULO 4. RESULTADOS. 

    4.1 A utilização prática da interpretação da Imagem Holística do Cliente como técnica suplementar da psicoterapia holística revela rapidamente a forma em que os desequilíbrios se manifestam.

    4.2 Os sinais e os sintomas percebidos e verbalizados pelo psicoterapeuta holístico, progressivamente, levam o Cliente, a desenvolver o autoconhecimento e a rápida aceitação das demais técnicas psicoterapeuticas, validando e aceitando os processos de transformação  que são orientados por suas principais queixas. 
     
     
     
     

    CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.

    5.1 Vimos neste trabalho a técnica para a Análise de dezoito exemplos de Distribuição das Imagens na Folha, dezessete Tipos de Traços, oito Formas geométricas de Imagens, dezoito formas da cabeça, oito formas do tronco e dos segmentos básicos dos membros superiores e inferiores, todos referentes ao corpo físico e de usos possíveis como técnica suplementar na psicoterapia holística.

    5.2 Vimos também através da análise holística, que são muitas as informações úteis e vitais que podem ser extraídas da Análise da Imagem do próprio Cliente.

    5.3 Está evidenciado na ampla bibliografia existente que trata entre outros, de sistemas de tipologia, representações simbólicas, filosóficas e até religiosas, o desiderato em classificar as pessoas por seus comportamentos e atitudes.

    5.4 A comparação da linha seguida por esta Monografia com a bibliografia existente poderia ser fundamentada no princípio orientador da técnica ora apresentada que leva também em considerações os aspectos sócio-somato-psíquicos, em que as interações das estruturas física, dinâmico funcional e psíquicas correspondentes, podem ser reveladas.

    5.5 Por outro lado, a bibliografia especializada não apresenta nenhuma técnica suplementar a ser aplicada na psicoterapia holística, e, desse modo, não há razões para discordar dos diversos autores que já publicaram seus livros com objetivos específicos, merecem aplausos! Deixamos para os psicoterapeutas holísticos e para a Comunidade de Estudos Avançados em Psicoterapia Holpistica, se for o caso, a ampla discussão sobre a presente Monografia.

    CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.

    6.1 Considerem este trabalho como resultados da intervenção de vários atendimentos, de estudos e pesquisas realizados pelo autor. É uma opção que abrange a complexidade dos contornos e dos estados humanos em conjugação com o somático, dos pontos de vista objetivo, subjetivo e psíquico, através da composição de um modelo lógico, ou seja, a estrutura que viabiliza a Análise da Imagem Holística do Cliente. Esse modelo em progressão, sendo aperfeiçoado com observações constantes, trará cada vez mais nitidez e exatidão, eliminando omissões e equívocos grosseiros, expondo, ao final, através da observação, os meandros corretos das relações mente-corpo físico. 
     

    6.2 O desiderato do autor em apresentar especificidades da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente é para que a mesma seja amplamente discutida, testada, validada e, finalmente, que os terapeutas holísticos, a utilizem como um equipamento suplementar do seu atendimento. Neste modelo não há irracionalismos. A Análise da Imagem Holística do Cliente acontece à luz do que todos nos sabemos, e sabemos mais do que se pode imaginar superficialmente, ou já detemos informações em um nível para justificar a aplicação da técnica ora apresentada.

    6.3 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A psicoterapia holística impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno e que o cultivo de comportamentos que satisfazem mais aos outros do que a si mesmo exige a inibição de vontades e necessidades, limita a expressão, a criatividade, e estimula o predomínio da racionalidade.

    6.4 Através da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente, o psicoterapeuta holístico poderá determinar outros procedimentos para sua estratégia, bem como as diretrizes eficazes para a terapêutica holística aplicável, pois em se tratando de uma queixa qualquer, o pensamento abstrato do psicoterapeuta holístico nunca deixa de inquirir repetidamente sobre a causa.

    6.5 Aquele que desejar firmar os pés nas técnicas básicas de Aconselhamento, deve ter bem claro, mediante profunda reflexão, que a inquirição sobre a origem da causa da queixa do Cliente deve cessar em algum ponto, pois ao ultrapassá-lo, estará praticando um mero jogo de pensamento.

    6.5.1 Ao observarmos os “sulcos” em uma pista de pouso, poderíamos inquirir a origem desses sulcos e como resposta teríamos que provêm das rodas de aeronave. Podemos continuar a perguntar: por que foram os sulcos traçados pela aeronave? Sendo respondido: porque a aeronave passou pela pista de pouso. Podemos continuar a perguntar: por que passou pela pista de pouso? Recebendo a resposta: porque transportava pessoas e cargas. Com estas perguntas chega-se finalmente, a saber, quais motivos dos sulcos na pista de pouso. E se não pararmos no fato, perderemos o verdadeiro fio do assunto e permaneceremos num mero jogo de perguntas. A técnica da Análise da Imagem Holística de Cliente fornece condições para uma avaliação rápida e segura de desequilíbrios energéticos e às vezes revela simples indicações para serem ser verificadas ou pesquisadas em detalhes, mas que nem por isso são menos valiosas. 

    CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESTRITAS. 

    AMORIM ANTONIO. “Noções de Anatomia e Bioquímica”, 2a edição Belo Horizonte – MG, Editora da SPOB- Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil, 2002;

    AUBENQUE PIERRE, BERNHARDT JENA, CHÂTELET FRANÇOIS. “História da Filosofia, Idéias e Doutrinas”, 1a edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora Zahar Editores, 1973;

    BOUTS PAULO & BOUTS CAMILO “Psicognomia”, 5a edição Rio de Janeiro-RJ e São Paulo-SP , Editora Vera Cruz Ltda 1943;

    MEDEIROS BAUZER ETEL. “Medidas Psico e Lógicas: Introdução a Psicometria”. 1a edição Rio de Janeiro -RJ, Editora Ediouro, 1999;

    PENNICK NIGEK. “Geometria Sagrada”, 15a edição, São Paulo-SP, Editora Pensamento -Cultrix Ltda, 1980;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “O Microcosmo Sagrado, 2a edição , SinteBooks, 2006;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Psicoterapia Holística, 1a edição, SinteBooks, 2007. 

    REFERÊNCIA DE FORMAÇÃO ACADÊMICA PARA A MONOGRAFIA.

    Curso de Leitura Corporal, Núcleo de Terapia Corporal Ltda,sito à rua Assunção, 40 Sion Belo Horizonte-MG, site www.leituracorporal.com.br .

                                      DISCIPLINASCARGA HORÁRIA PERÍODO
    Curso Básico120 h/aFev/01 a Jun/02
    Anatomia Humana Básica36  h/aMar/02 a Jun/02
    Chakras120 h/aAgo/02 a Dez/03
    Fisiologia40  h/aAgo/03 a Dez/03
    Fisiognomonia120 h/aFev/04 a Jun/05
    Estudo da Pele  40 h/aAgo/05 a Fev/06
    Interpretação do Desenho152 h/aMar/06 a Dez/07
            628 h/a 
     

    ANEXOS E APÊNDICES. Não apresentamos.

                       CRT 38326 

    Autor: : RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD - Terapeuta Holístico - CRT 38326
    Última atualização: 03/06/2008 15:02


    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

    CURSO DE PSICOTERAPIA


    ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO

    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    Dourados, MS 04.05.2008


    TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

    CURSO DE PSICOTERAPIA




    ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO - TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 42753



    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    DOCENTE: HENRIQUE VIEIRA FILHO - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 21001




    SINDICATO DOS TERAPEUTAS (SINTE)

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS (CEA)





    Dourados, MS 04.05.2008

    EPÍGRAFE



































    “O principal objetivo da terapia não é transportar o cliente para um impossível estado de felicidade, mas sim de ajudá-lo adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento. A vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor.”

    Carl Jung






























































    Dedico este meu trabalho a todos os meus clientes, que depositaram em mim sua confiança para ajudá-los, o que me possibilitou evoluir como profissional.

    AGRADECIMENTO
































    Agradeço a Jeová meu Deus por me ter dado a vida cheia de encantos e a capacidade de aprendizado me fazendo cada vez mais valorizar a vida e por colocar pessoas no meu caminho que de uma forma ou de outra me ajudam a crescer.

    A minha família linda e essencial, sempre presente na minha vida, me fazendo sentir o que é o verdadeiro amor, meu esposo João Paulo que me encoraja me apóia a cada palavra, me ajuda a rir das situações difíceis, me ajuda a ver que a vida é para aqueles que têm coragem, pelo seu amor incondicional e por seus esforços imensos em me ajudar pra que conquiste meus sonhos.

    Aos meus filhos Natasha e Kevin, os quais amo de todo o meu coração que me apóiam e me incentivaram dando-me combustível para seguir em frente.

    A minha irmã Juliana que foi o motivo que me inspirou na escolha e no interesse por psicoterapia.

    Ao meu orientador docente Henrique Vieira Filho, por me ensinar como o conhecimento sobre o ser humano é complexo, assim como as estratégias para ajudá-lo em sua existência, me ensinando a dar os primeiros passos e as diversas teorias e técnicas psicológicas que buscam dar conta desse desafio e tarefa que é ajudar outros a lidar com sua vida. Obrigada pela destreza com que ministrou esse conhecimento.

    Ao SINTE através da CEA- Comunidade de Estudos Avançados que me proporcionou ter acesso a esse conhecimento, e aos autores citados na bibliografia que me ajudaram a enriquecer meu conhecimento.

    SUMÁRIO


    Epígrafe 02

    Dedicatória 03

    Agradecimento 04

    Sumario 05

    Resumo 06

    Introdução 07

      1. Definição de Psicoterapia 07

      2. Objetivo e aplicação da terapia holística 07

      3. Os florais de Bach e seu uso terapêutico 07

      4. Uma compreensão dos florais de Bach a luz da física moderna 08

      5. Classificação das essências dos florais de Bach 08

    1. Material 09

    2. Metodologia 10

    3.1 Atendimentos de casos 11

    1. Resultados 26

    2. Discussão 29

    3. Conclusão 30

    4. Referências Bibliográficas 32

    5. Anexos 33

    6. Apêndice 33















    RESUMO


    Este trabalho se propõe a aplicação das teorias aprendidas no curso de psicoterapia ministrado pelo docente Henrique Vieira Filho através da Comunidade de Estudos Avançados (CEA), com descrição e analise de atendimento em psicoterapia a meus clientes sob enfoque holístico de restaurar e preservar a saúde e a qualidade de vida como necessidade primordial de não apenas acrescentar mais anos à vida, mas de acrescentar mais vida aos anos associando o uso dos Florais de Bach ao aconselhamento terapêutico, procedemos o acompanhamento do cliente em seu processo de vida, onde foram trabalhadas transformações profundas da personalidade, reconhecimento de padrões de comportamento, de como age, de como se relaciona, como pensa, como se sente, e descobrir caminhos para mudança desses padrões.
























    INTRODUÇÃO


      1. DEFINIÇÃO DE PSICOTERAPIA

    Psicoterapia é parte integrante do atendimento na terapia holística, pois se propõe a implementar técnicas básicas de aconselhamento, somando a estas outras formas de abordagens psicoterapicas em especial algumas correntes básicas da Psicanálise Freud, Reich, Jung associadas as tradições terapêuticas milenares.


      1. OBJETIVO E APLICAÇÃO DA PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    O objetivo é permitir transformações profundas na personalidade, sendo que hoje não é possível falar de equilíbrio e saúde sem uma consideração pela dimensão psicológica e emocional.

    Diante da evidência psicossomática da natureza humana, a psicoterapia holística ocupa um lugar fundamental na área de saúde por trazer uma visão integrada do homem, pois leva em conta as dimensões orgânicas, psíquicas e sociais como conjuntamente participantes da existência humana e seus problemas e educando para a vida quando as pessoas se vêem inaptas para lidar com suas dificuldades e ajudando-as a encontrar caminhos internos para solucioná-los.

    Diversos estudos têm demonstrado que desequilíbrios existenciais não tratados adequadamente, somatizados produzirão desordens orgânicas e psíquicas.

    A aplicação da psicoterapia holística tem reduzido tanto o uso de medicamentos quanto de internações. Mostrando-se vantajosa economicamente tanto para as pessoas quanto para o país.


    1.3 OS FLORAIS DE BACH E SEU USO TERAPÊUTICO

    Problemas de saúde freqüentemente têm sua origem na mente, sentimentos que foram persistentemente reprimidos irão emergir primeiro como conflitos mentais e depois somatizados como problemas orgânicos.

    Dr. Eduard Bach, médico inglês, depois de obter êxito como médico bacteriologista, resolve morar no campo e lá descobriu que tinha sensibilidade para sentir as energias transmitidas pelas plantas através do toque ou por colocar na boca as gotas de orvalho que repousava sobre elas.

    Constatou que algumas plantas tinham a capacidade de provocar sentimentos negativos ou de anulá-los.

    Entre 1930 e 1934 o Dr. Bach identificou 38 flores silvestres que compõem o sistema floral de Bach. O Dr. Bach dizia “o medicamento tem que atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, corrigindo o desequilibro emocional no campo energético”.

    Agindo no campo mais sutil da pessoa a terapia floral tem seu efeito reconhecido em 1976 pela Organização Mundial da Saúde, constituindo-se em grande ajuda para a humanidade nestes momentos de transição, auxiliando a harmonização dos corpos (elétricos, mental e emocional) e facilitando o livre fluxo das energias superiores da personalidade. Lembrando ainda a vocação preventiva, podemos afirmar que se os usássemos constantemente, mantendo sempre ativa a nossa busca de autoconhecimento e travando contato cada vez maior com nosso material psíquico reprimido, não precisaríamos somatizar, ou seja, adoecer.


      1. UMA COMPREENSÃO DOS FLORAIS DE BACH À LUZ DA FÍSICA MODERNA.

    Todo ser vivo tende a vibrar, a pulsar em determinadas freqüências preferenciais (numero de vezes por segundo).

    Se fornecermos freqüência num ritmo semelhante a esse que pulsamos seu aproveitamento será maximizado. Esse perfeito entrosamento entre a emissão e a capacidade do receptor é o fenômeno da ressonância.

    Analogicamente, a situação emocional consciente faz com que nossas energias vibrem em determinadas freqüências especiais.

    Cada floral tem seu padrão vibracional, quando corretamente escolhida, a formula floral ira sintonizar a capacidade de recepção de quem a usa, ocorrendo a ressonância, fato capaz de despertar intensas reações. Caso a formula não esteja adequada às emoções consciente do usuário não ocorrerá a sintonia, nem reações.


      1. CLASSIFICAÇÃO DAS ESSÊNCIAS FLORAIS DE BACH

    As 38 essências agrupadas em 07 categorias definidas por Eduard Bach da seguinte forma:


    EMOÇÕES PRESENTES

    PALAVRAS-CHAVES

    ESSÊNCIAS


    MEDO

    Pânico

    ROCK ROSE

    De coisas, de situações concretas

    MIMULUS

    De perder o controle

    CHERRY PLUM

    Inexplicável

    ASPEN

    Temem pelos outros

    RED CHESNUT

    INCERTEZA

    Falta de autoconfiança

    CERATO

    Indecisão entre duas coisas

    SCHLERANTUS

    Desanimo tristeza por fato acontecido

    GENTIAN

    Sem esperança, desistência

    GORSE

    Cansaço com a rotina

    HORNBEAN

    Indecisão geral

    WILD OAT

    DESCONEXÃO AO PRESENTE

    Distração

    CLEMATIS

    Nostalgia

    HONEYSUCKLE

    Apatia

    WILD ROSE

    Esgotamento físico e mental

    OLIVE

    Pensamentos obsessivos

    WHITE CHESTNUT

    Tristeza cíclica de origem incerta

    MUSTARD

    Dificuldade de aprendizado

    CHESTNUT BUD

    SOLIDÃO

    Reservados, isolados

    WATER VIOLET

    Ansiedade, impaciência

    IMPATIENS

    Não suportam a solidão, carentes

    HEATHER

    INFLUÊNCIAS EXTERNAS

    Fuga dos problemas

    AGRINONY

    Submissão

    CENTAURY

    Protege das influências

    WALNUT

    Inveja, ciúme, suspeita, raiva

    HOLLY

    ABATIMENTO

    Baixa-estima

    LARCH

    Culpa

    PINE

    Excesso de responsabilidade

    ELM

    Angústia extrema

    SWEET CHESTNUT

    Traumas, choques

    STAR OF BETHLEHEM

    Ressentimento, mágoa

    WILLOW

    Excedem os limites da resistência

    OAK

    Sensação de impureza

    CRAB APLLE

    (PRE) OCUPAÇÃO COM OS OUTROS

    Possessividade, chantagem emocional

    CHICORY

    Fanatismo, idealismo excessivo

    VERVAIN

    Autoritarismo

    VINE

    Intolerância, crítica excessiva

    BEECH

    Auto-repressão

    ROCK WATER


    Deve-se selecionar no máximo 06 essências que melhor descrevam o exato momento emocional do cliente. Tomar 04 gotas, direto na língua, 04 vezes ao dia.


    MATERIAL:

    A abordagem de atendimento aos clientes foi feita sobre o paradigma holístico dentro das correntes básicas da psicanálise – aconselhamento, vivências, relaxamento, terapia floral, terapia reichiana, com o uso de aparelhos para trabalhar “couraças musculares do caráter” para restabelecer o fluxo energético do organismo, sempre avaliando os clientes do ponto de vista de desequilíbrios energéticos, respeitando tanto a legislação brasileira quanto as Normas Técnicas Setoriais Voluntárias do SINTE.


    METODOLOGIA


    Técnicas Terapêuticas - fez-se uso de técnicas terapêuticas diversificadas no atendimento individual procedendo à escolha das mais adequadas, todas com o objetivo final de ajudar o cliente a equilibrar-se.

    Aconselhamento - processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holística e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em varias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida.

    Vivências – realizadas em sessões individuais, ou em grupo, utiliza-se tanto da terapia corporal, quanto do relaxamento como introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem tratados na terapia holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo na solução de questões de saúde. Realizamos sessões individuais.

    Relaxamento – vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles as manobras corporais, a musicoterapia, a cromoterapia, cristaloterapia, a acupuntura e a sugestão verbal, exercícios respiratórios e aparelhos vibracionais. Utilizamos à sugestão verbal, exercícios respiratórios e aparelhos vibracionais.

    Terapia Reichiana – Welhelm Reich – dissidente de Freud – “corporificou” o inconsciente identificando-o como uma bioenergia circulante por ele denominada “orgone”, onde a negação de emoções, impulsos, desejos, bloqueia o livre fluxo da bioenergia pela musculatura corporal quer pela tensão excessiva, quer pela ausência de tônus em ambas as situações prejudicando o livre fluxo energético.

    Através de terapias de toque nas zonas musculares especificas “couraças” provocando a circulação bioenergia é um dos principais fatores catalisadores de aflorar ao natural do psíquico inconsciente o qual será trabalhado verbalmente pelo Terapeuta Holístico. Utilizamos aparelhos vibracionais.

    Terapia Floral – Faz uso de compostos energéticos denominados “essências florais”, totalmente centrada no individuo, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção especifica, trazendo uma maior compreensão das emoções, permitindo aflorar material psíquico profundo, ampliando o autoconhecimento podendo resultar em reversão das somatizações.

    Aparelhagem Eletrônica – esse tipo de terapia permite identificar pontos de desequilíbrios energéticos e de estimulá-los das mais diferentes maneiras, sendo o uso desses aparelhos, restritos para a avaliação e tratamento de desequilíbrios energéticos, devendo-se ter o cuidado de usar aparelhos devidos e certificado pelo Ministério da Saúde, ou com certificado de isenção do mesmo, dispensado de registro.

    Durante todo curso de psicoterapia nós terapeutas fomos preparados para uma profunda compreensão das técnicas e fomos introduzidos no trabalho prático através do orientador/supervisor/docente/TH Henrique Vieira Filho - CRT nº 21001, com atendimento supervisionado com objetivo de nos dar segurança, autoconfiança no exercício profissional. A partir do momento que passei a aplicar as técnicas terapêuticas aprendidas, uma riqueza de material aflorou do inconsciente, possibilitando-me exercitar o conhecimento aprendido.

    Cada cliente que atendi, trouxe sua carga de conflito, com seus desafios e estados emocionais diferentes, onde ganhei confiança aplicando o conteúdo aprendido em beneficio dos clientes quando se busca melhorar a qualidade de vida, tendo como meta harmonizar corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma, como terapeuta holística estando atenta a qualquer material psíquico ou linguagem corporal como “linguagem a ser decifrada e compreendida”.


    ATENDIMENTO DE CASOS


    Cliente n°1 – A.R.M. – 48 anos, sexo masculino, cético, pessimista, apático, individuo com muitas duvidas, apresenta esgotamento físico e mental, não se ajusta aos relacionamentos amorosos, queixa-se de diversos problemas físicos, trazendo diagnóstico médico de problemas alérgicos respiratórios e persistentes problemas renais, fazendo uso de medicamento de uso continuo.


    Cliente n° 2 – I.F.C.L. – 42 anos, sexo feminino, dona de casa, esta cliente traz história de vida marcada por violência, criada por pai alcoólatra, com primeiro casamento fracassado também por alcoolismo e violência do ex-marido.

    A cliente apresenta pesada carga de mágoa, rancor, crítica, intolerância, autoritária, extremamente possessiva com os filhos, muito ciumenta com o marido, chantageando emocionalmente os familiares com reações exageradas e quadro de doenças (dor de cabeça, depressão) trazendo diagnóstico de seu médico de hipertensão e problemas cardíacos, fazendo uso de medicação de uso continuo.


    Cliente n°3 – E.S.R.C. – 39 anos, sexo feminino, traz um histórico de infância pobre com vida muito difícil, casamento fracassado, preocupação excessiva com a aparência fazendo dietas mirabolantes para manter a forma, descreve diversos problemas de saúde diagnosticados por médicos de ordem física, queixando de não estar obtendo resultados esperados; ansiosa, amarga, depressiva, achando que a vida esta sendo injusta com ela, faz uso de medicação de uso continuo para coluna e insônia.

    Nos três casos citados notam-se aspectos emocionais muito fortes na causa dos desequilíbrios, onde procedi esclarecimentos sobre as possibilidades oferecidas pela Terapia Holística e os benefícios que poderiam obter, esclarecendo-os de acordo com as NTSVs – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias e de acordo com legislação vigente em nossos país, que o campo de atuação seria a nível de desequilíbrios energéticos, microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma, onde toda qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser e usaríamos recursos facilitadores associado ao aconselhamento, terapia floral e aparelho de biorressonância como técnicas de auxilio não só para fazer aflorar com maior fluidez e rapidez processos psicossomáticos, como possibilitar o auto-equilibrio no menor tempo possível.

    Todos foram orientados a não alterarem seus tratamentos, sem a orientação e parecer dos profissionais da área médica que os acompanham. Os atendimentos se deram com agendamentos antecipados de forma semanal com dia e hora marcados com duração de 01 hora de cada sessão.

    De acordo com os NTSVs TH 003 na ficha de cada cliente foram feitas anotações com descrição do atendimento e técnicas aplicadas e indicações terapêuticas para a semana; e no Bloco de Recomendação Terapêutica (BRT) de acordo com as NTSVs TH 002 eram feitas anotações como: data da próxima sessão; indicação dos florais de Bach pertinentes aos desequilíbrios emocionais compreendidos e devidamente avaliados que o cliente trouxe a superfície durante a sessão para serem melhorados e frase para meditar, que representam bem o momento que estão vivenciando para servir de ponto de partida para o aconselhamento da próxima semana bem como a que estivessem atentos a sonhos para pontuarmos posteriormente.

    No caso do cliente nº1 o relato será descrito passo a passo da forma como o atendimento terapêutico se procedeu.


    No caso do cliente nº 1 A.R. M de 48 anos sexo masculino esse cliente traz como característica acentuada o ceticismo duvidando de toda a informação. Apresenta diversas somatizações, focado em descrever os sintomas físicos que sente. A esse cliente se fez necessário esclarecer por mais de uma vez, devido à insistente descrição de sintomas físicos que terapeuta trabalha desequilíbrios e que tratamento de doença é prerrogativa médica, informei-lhe o que a terapia holística poderia fazer por ele.

    Iniciamos os trabalhos via aconselhamento atenta a qualquer sinal que pudéssemos pontuar, encontrei muita resistência à medida que tentava aprofundar no emocional, tendo o cliente dificuldade em falar da infância, afirmando não ter boas lembranças, tendo passado por várias internações com crises respiratórias, sua mãe não lhe permitia brincar e viu toda a sua infância passando da janela, olhando os primos e irmãos brincar no quintal. Percebo que as lembranças da infância evocam no cliente um misto de sentimentos de raiva, rancor e mágoa pela mãe, que ainda hoje afirma ele não deixou de ser exagerada.

    Depois da devidas anotações na Ficha do Cliente de acordo com as NTSVs, passei para o BRT – Bloco de Recomendação Terapêutica onde anotei os seguintes dados: data da próxima sessão com a seguinte frase para meditar: ”A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional” e os seguintes florais para ajudá-lo no momento:

    - Agrimony: para seus pensamentos dolorosos e amainar sua inquietação interior;

    - Heather: para mudar o foco totalmente voltado para si, do tipo criança carente,

    - Gentian: para ajudá-lo com seu ceticismo, pessimismo e duvidas;

    - Gorse: para trabalhar sua resignação seu sentimento do tipo: ”será que adianta mesmo alguma mudança a essa altura”

    - Walnut: para propiciar ao cliente se deixar influenciar considerado o “floral da ruptura” para torná-lo aberto a novos começos na vida;

    - Will Rose: para melhorar sua apatia, indiferença e capitulação interior;

    Bem como a que estivesse atento a possíveis sonhos para pontuarmos posteriormente.

    No atendimento posterior alem da costumeira postura resistente, o cliente apresenta-se “fechado” com braços e pernas cruzados, e ainda muito focado nos sintomas físicos. No aconselhamento aprofundando no emocional o cliente traz o relato de um sonho persistente que ele descreve como pesadelo e com um elemento de repetição, pois sempre acorda muito assustado de tão real que lhe parecem às cenas. Sempre se encontra preso em um lugar onde não consegue fugir (carro, casa, buraco, jaula etc..) aparece muito fogo, grita buscando ajuda e ninguém escuta, e quando tudo vai ser tomado pelo fogo e ele vai morrer queimado, acorda sufocado com medo, diz que houve época que esse sonho se repetia com muita freqüência e variações e que hoje de vez em quando ainda sonha; e que me relatou em virtude da anotação no BRT a que prestasse atenção aos sonhos, indagando curioso seu significado?

    Expliquei-lhe que o sonho é parte natural do psiquismo, e a partir de FREUD a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão científico, para ele o sonho é a expressão ou a realização de um desejo reprimido. Já para JUNG dissidente de FREUD trata-se de uma compensação da visão limitada do ego, assim o sonho seria um processo psíquico regulador, semelhante a fenômenos compensatórios do funcionamento corporal

    A interpretação dos sonhos, bem como decifrar seus símbolos, cabe ao sonhador e quando tratados com a devida atenção ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor, levando a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações, leva a constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego).

    Uma condição básica para nós Terapeutas trabalharmos sonhos é não avaliá-los isoladamente, se faz necessário conhecer vários sonhos da pessoa ocorridos tanto em datas próximas como em outras épocas, a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e da situação e como reage ao sonho. Fazendo uso de técnicas como de livre associação ou de ampliação o terapeuta usará esses recursos para tentar ajudar o cliente a esclarecer seu sonho.

    Após esclarecimentos via aconselhamento foi sugerido ao cliente vivência em psicoterapia de Regressão onde obtive relaxamento via aparelhos e exercícios respiratórios como facilitador para fazer fluir material reprimido e por indução verbal conduzi a vivência como descrita abaixo:

    Maneira como foi feita a indução verbal.

    O cliente foi levado ao estado de relaxamento por indução verbal dentro de um padrão de neutralidade em conformidade com as NTSVs: Feche os olhos e ao comando da minha voz procure relaxar seu corpo. Com um tom suave de voz disse: Respire profundamente, encha os pulmões de ar o máximo que conseguir e agora vai soltando lentamente bem devagar. Repita o exercício, respire profundamente e solte bem devagar, respirando e relaxando, respirando e relaxando profundamente, procure não pensar em nada enquanto respira; respire profundamente e solte o ar lentamente botando para fora tudo que o incomoda, tudo que o preocupa, relaxando, relaxando, você se sente profundamente relaxado, livre, relaxado. Busque este estado de espírito relaxado. Você se sente leve, não tem preocupações, não tem compromisso, não tem nada para fazer apenas relaxar, sem nenhuma responsabilidade você se sente livre para fazer o que quiser. A única coisa que você quer fazer é relaxar. Você relaxa os pés, as pernas, relaxa o quadril, o tórax, os ombros os braços e continua relaxando, relaxando, respirando profundamente soltando o ar e à medida que o ar sai; sai também todo o peso que sente nos ombros, tudo que a sobrecarrega você está leve, flutuando como uma pluma, para lá e para cá leve, relaxe as mãos o pescoço e a cabeça, todo o seu corpo flutua no ar. Gostaria que libertasse sua imaginação e sem apego a nenhum pensamento, sem deixar que nada o incomode, deixasse sua imaginação fluir livre, você se sente leve, solto, sua mente não pensa em nada, sem nenhuma preocupação se é verdade ou não sem nenhum apego se é real ou não, sua imaginação é livre para pensar no que quiser e você se sente leve, livre, solto; e agora nesse estado tranqüilo gostaria que me respondesse a primeira coisa que lhe vem a mente......

    A partir daí iniciamos a vivência em psicoterapia de Regressão com perguntas num ritmo acelerado para não permitir racionalização, desprezando aquelas onde não se obtêm a reposta de imediato.

    . . .Agora neste estado tranqüilo, vamos voltar ao sonho que você teve: você toma contato com o seu sonho, você sempre se encontra aprisionado em algum ambiente, você grita pede ajuda tudo esta sendo tomado pelo fogo você quer sair, mas não consegue. Agora me responda a 1ª. Coisa que lhe vir à mente. Na sua vida o que representa esse ambiente fechado onde você é prisioneiro?Uma situação onde quero fugir. Respire bem fundo e solte o ar bem devagar. Agora me diga Fugir de que?___ de quem você foge? Não sei. No seu sonho você grita e pede ajuda, a quem você pede ajuda? _____ Na sua vida quem poderia te ajudar? Ninguém. No sonho você diz que grita muito, Porque você grita? Tenho medo. Do que tem medo?______Respire bem fundo bem devagar, respire e expire solte lentamente o ar; continue respirando profundamente e expire, a medida que o ar sai você coloca para fora todo esse medo que está sentido, você não sente mais esse medo. Diga-me medo de que? De morrer. E porque você tem medo de morrer? Não sei o que vem depois. Respire e expire bote para fora esse medo, quando o ar sai esse medo vai embora. Respirando e expirando profundamente você vai tomando contato com seu sonho. No seu sonho sempre aparece o elemento fogo, O que é esse fogo que aparece no seu sonho? _____No seu dia a dia o que representa esse fogo? Punição. O que você fez que merece ser punido? Maldade. Porque você se acha mal? Prejudiquei alguém. Tomando contato novamente com você mesmo com sua respiração, quando o ar sai tira toda essa sensação de peso, tudo que te incomoda, põe para fora, quando o ar entra você se restabelece se enche de energia boa positiva, agora Por que você prejudicou essa pessoa? Me ameaçava. Que tipo de ameaça fazia?____. Se essa ameaça assumisse forma que forma teria? Vingança. Vingança do que, de quem? De mim. Continue respirando e expirando profundamente, repita, respirando e expirando, agora por que queria vingar de você? Tive um caso com a mulher dele. E como resolveu essa situação? Me vinguei primeiro. Como? Quê forma assumiu sua vingança? Alguém fez por mim. Não tive outra saída. Estava me chantageando, me dizia que ia matar meu filho. A partir daí aflorou uma explosão de emoções não conseguindo mais manter-se relaxado. Ao mesmo tempo em que racionalizava fazia transferência e mostrava-se apavorado não acreditando ter deixado aflorar essa informação. Confortando-o, acolhi seus sentimentos prestando-lhe amparo tranqüilizando-o encerramos a vivência onde passamos a explorar o material que aflorou via aconselhamento onde ele só queria saber como eu tinha conseguido fazê-lo confessar algo que guardava consigo há anos. Ninguém, e frisava mais ninguém mesmo sabe disso e frisava; Eu era a única pessoa que sabia de tal coisa, já havia passado por diversos tratamentos de depressão e feito tratamento com psicólogos com psiquiatras e repetia ninguém conseguiu arrancar isso dele, mostrava-se muito preocupado, dizendo não acreditar que havia me dito aquilo. Tranqüilizei-o da proteção e sigilo de tudo, conseguí mostra-lhe que tal cartase seria positiva terapeuticamente falando; só o fato de ter conseguido expor isso iria fazê-lo experimentar uma sensação de alívio e bem estar, além de que carregar aquele peso sozinho estava muito difícil comprometendo a sua qualidade de vida e via aconselhamento traduzimos o conteúdo vivenciado para o presente ampliando seu autoconhecimento para proporcionar-lhe mais qualidade de vida.

    NO seu BRT escrevi data da próxima sessão e frase para meditar: ”Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala o corpo fala” –(Jung) e para esse momento do cliente indiquei os seguintes florais:

    - White Chestnud: para pensamentos girando na cabeça, para poder se livrar deles

    - Sweet Chestnut: para amenizar seu desespero interior, para superar seu limite;

    - Agrimony: amenizar pensamentos dolorosos, para a inquietação interior por traz de uma fachada de alegria e despreocupação

    - Beech: para melhorar sua capacidade de compreensão

    - Mimulus: para vencer seus medos concretos e amenizar seus temores;

    -Star Of Bethlehem: para traumas emocionais e físicos ainda não trabalhados, “o confortador da alma”.

    Na continuação do atendimento esse cliente admite ter obtido certo alívio, diz sentir-se mais leve, sem aquele peso nos ombros, mas apresenta-se apreensivo, reservado ansioso, com medo, mostra um espírito resignado pela apatia e por sua falta de decisão diante da vida se sentido travado ou paralisado pelo sentimento de culpa que carrega. Achei oportuno na vivência usar a Progressão “avançá-lo no tempo” para ajudá-lo com as repercussões que sua falta de decisão pode gerar como ferramenta para maximizar a capacidade de tomada de decisão através de viagem imaginativa possibilitar gerar opções de ação não cogitadas, com o intuito de produzir insights que possam gerar solução por ele ainda não imaginadas.

    O cliente foi colocado em estado de relaxamento com a ajuda de aparelhos, exercícios respiratórios e quando se encontrava devidamente relaxado iniciamos a vivência por indução verbal, dentro de um padrão de neutralidade em conformidade com as NTSVs e com tom de voz bem suave iniciamos a retomada do mesmo sonho: Gostaria que fechasse os olhos e tomasse contato com o seu sonho, você preso num ambiente fechado, do qual não consegue sair, você grita pede ajuda, você quer sair, tudo esta sendo tomado pelo fogo. Agora me diga a 1ª. Coisa que lhe vier à mente. Porque você está preso nesse ambiente?___ Quem te colocou lá?___ Sem se preocupar com a lógica, se é real ou não. Na sua vida você é prisioneiro de que? De mim mesmo. Que sentimento lhe vem quando está preso no ambiente? Medo, muito medo. Medo de que? De morrer queimado vivo. O que na sua vida te causa medo?____ Se esse medo tivesse forma qual seria? Ser punido, descoberto, humilhado. Tomando contato com sua respiração, quando o ar entra você se renova quando o ar sai você se sente leve, tranqüilo, você desfruta de uma sensação gostosa de segurança de alívio, quando o ar sai você bota para fora todo esse medo esse peso que tem carregado nas costas, você se sente leve, sua vida esta mais leve você não carrega mais peso algum, experimente essa nova sensação, desfrute essa tranqüilidade, nada mais te perturba, nem seus pensamentos, nem suas lembranças, nada mais te incomoda, experimente isso, você está livre, livre, sinta essa tranqüilidade e desfrutando dessa leveza e dessa tranqüilidade, deixe sua mente viajar nesse mundo maravilhoso, onde nada pode te abalar e me diga a 1ª. Coisa que lhe vier à mente. O que é preciso para você usufruir desse futuro gostoso? ____ Responda o que lhe vier à mente? Esforço. Hoje o que lhe incomoda, ou melhor, que lhe impede de usufruir esse futuro gostoso? Remorso. Se esse remorso assumisse uma forma que forma teria? Culpa, sinto muita culpa. O que é preciso para você deixar de sentir tanta culpa, tanto remorso?___ O que fazer para resolver isso? Buscar ajuda. Onde acha que pode encontrar essa ajuda? Não sei, acho, aqui. O que você espera encontrar aqui?___ O que você precisa? Não sei; sentir menos culpa. Tomando contato com sua respiração quando o ar entra você sente revigorado, forte, quando o ar sai, sai junto esse sentimento de culpa, mande para longe essa culpa, agora você não se sente mais culpado, pois você estava apenas se defendendo, quando o ar sai carrega para fora para bem longe de você essa culpa, sai também essa sensação de angustia e você se sente leve, desfrute dessa sensação de leveza, diga: Ah! Que alivio! Continue buscando dentro de você esta sensação gostosa de alivio, de tranqüilidade, como exercício de imaginação crie essa imagem dentro de você. Você se sente forte, sem culpa, sem angústia, se veja nessa situação, crie o estado de espírito que você deseja ter, mande seus problemas para bem longe de você, agora você não tem mais problemas, resolveu tudo e nesse estado mental gostoso me diga O que é preciso para você conquistar tudo isso?___ Que atitude você pode tomar pra conquistar isso?___ Busque dentro de você; O que você pode fazer? Esforço. Para atingir isso o que falta? Controlar o que sinto. Como você pode controlar a situação?___ Diga o que lhe vier à mente, diga: Quais as vantagens de controlar as emoções? Segurança. E a desvantagem de não controlar as emoções? Depressão. Como você pode conciliar o lado bom e o lado ruim das emoções? Ter autocontrole. O que está faltando para atingir esse autocontrole? Trabalhar minhas emoções. Agora que você buscou dentro de você o que fazer, em alguns instantes você estará totalmente refeito, procure atuar no seu dia a dia, para alcançar esta paz interior, deseje no fundo do seu coração, pense nisso; seus pensamentos tem ondas e sinais magnéticos poderosos concentre-se nesse futuro maravilhoso que você quer conquistar emita para o universo essas ondas positivas, crie na sua mente sinta a sensação de estar nesse lugar que você quer, esteja lá mentalmente várias vezes, seus pensamentos tem a capacidade de materializar aquilo que você sente, para mudar a sua realidade comece a mudar o seu pensamento, e a partir de agora irá monitorar seus pensamentos, só terá pensamentos bons, positivos e neste estado de consciência você vai abrir os olhos lentamente, espreguiçar, solte o ar Ah... Que alívio, diga isso: Ah! Que alívio! fique a vontade. Pontuaremos algumas considerações no aconselhamento:

    No aconselhamento fizemos algumas pontuações dessa vivência: Você está na busca de harmonia para a sua vida, todo o material psíquico que mantemos bloqueados do nosso consciente somatiza, quanto maior esforço para reprimir certas lembranças, maior será o grau de somatizações, lembra da sua grande lista de sintomas físicos, isso se reverte em doenças, quanto mais liberação desse material psíquico reprimido maior será o seu equilíbrio energético. Quando se bloqueia quer de maneira consciente quer inconscientes as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio e à medida que você começa a digerir compreender e assimilar esse material que aflorou você conquistará seu equilíbrio energético e mais qualidade de vida.

    NO BRT escrevi: próxima sessão, frase “O que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino” Carl G. Jung e florais para a semana;

    - Pine: para continuarmos a trabalhar seu sentimento de culpa;

    - Scleranthus: para sua instabilidade emocional, melhorar sua indecisão;

    - Larch: para melhorar sua expectativa de fracasso por falta de confiança em si mesmo;

    - Star of Bethlehem: para continuar trabalhando seu trauma emocional e confortá-lo.

    - Rock Water: para torná-lo mais flexível em sua opinião menos rígido e intransigente ao ponto de reprimir necessidades vitais

    - Wild Oat: para dar mais clareza aos seus objetivos, amenizar sua insatisfação interior, e encontrar sua missão na vida

    Dando continuidade ao tratamento psicoterápico como Terapeuta havia necessidade de verificar através de processo interativo o que o cliente havia conseguido atingir a nível de autoconhecimento com relação a comportamento, elaboração de realidade, incremento na capacidade de maximizar oportunidades e minimizar condições adversas além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões.

    Descrição do atendimento: Começamos o aconselhamento com o cliente admitindo ter experimentado melhora, diz ter passado bem a semana se expressa mais confiante, mais sorridente, dormindo melhor, sente-se menos ansioso e expressando a necessidade de continuar a fazer mudança e gostaria de continuar com a psicoterapia, por isso acordamos mais sessões semanais com dia e horas marcados antecipadamente e devidamente agendados.

    Iniciamos a conversação nos atendo ainda ao material que aflorou. Hoje ainda iremos nos ater aquele seu sonho: sobre os elementos persistentes como o fato de sempre estar aprisionado num local e existir muito fogo a sua volta. Baseado em tudo que já conversamos poderia dizer que mensagem seu inconsciente tenta transmitir para você?_____ Na sua vida o que existe que te soa como prisão? Fica em silencio, pensando. De que se sente prisioneiro? Reflete. Você pensa em que? Prisioneiro de que? Do meu sofrimento, porque não posso dividir isso com ninguém. Não pode ou não quer? Sorriu é acho que não quero. E o elemento fogo a que pode ser relacionado? Alguns dizem que o inferno é aqui mesmo, eu tenho vivido um verdadeiro inferno tenho me torturado durante esses últimos anos. Quanto tempo? Mais ou menos 14 anos. Você é religioso? De freqüentar a igreja não, mas acredito em Deus. E no simbolismo religioso do inferno de fogo, literal como lugar de tormento acredita nisso? Acho que sim pelo menos é o que todos dizem. Todos quem? O padre na igreja, minha mãe, cresci ouvindo isso e as pessoas. Padre sua mãe e pessoas são apenas alguns não todos e você? Esse fogo do seu sonho, esse medo de morrer queimado no sonho pode estar relacionado com o medo de uma punição depois da morte? Sorriu sem graça e embaraçado confessou que isso o atormentava, concluindo que ninguém sabe ao certo o que acontece depois da morte. E esse seu tormento durante 14 anos, isso já não é uma punição? Você mesmo vem se punindo? Acho que sim. Na sua maneira de ver; Deus só pune ele não perdoa?___ O que é o perdão para você? Não sei explicar bem em palavras, perdão é quando a gente esquece se alguém fez mal pra gente. Como você vê esse assunto Deus não te perdoou? Sorriu e disse não ter certeza do que Deus leva em conta para perdoar, mas tem certeza que ele perdoa, mas ele também pune, a gente tem que pagar o que fez não é assim que funciona? Não sei, Preciso saber como isso funciona na sua cabeça. Só saberia se estivesse no mesmo tipo de situação que você se encontra, estou apenas tentando andar do seu lado para te ajudar a encontrar o caminho. A solução esta dentro de você estou tentando te ajudar a encontrá-la. E arrependimento? O que é pra você? É acordar todo o dia e desejar que nada daquilo tivesse acontecido. Existe possibilidade de mudar o que está feito? Não. Então esse tipo de pensamento é improdutivo. Como poderia resolver isso? Não sei. Sua formação religiosa poderia estar te influenciando em todo o seu sofrimento e em como tem se sentido? Acho que sim. Como pode resolver isso? Não sei. Já cogitou se aprofundar nessa questão para encontrar resposta? Já sei tudo o que vai ser dito. Por exemplo, acreditaria nessas mesmas coisas se tivesse nascido em outra parte do mundo? Não entendi muito bem. Quero dizer que seu sofrimento não existiria se você acreditasse em outros símbolos religiosos, por exemplo, se tivesse nascido num país mulçumano e não cristão? Apenas sorriu e acrescentou acho que sim. Notou como uma mesma situação pode constituir problema para uma pessoa e para outra não, muito depende de seus símbolos culturais, das suas crenças, da visão e do enfoque que se dá a vida. Existem outras possibilidades, a busca do conhecimento pode clarear pontos antes obscuros e levar a conexões não pensadas. Acredita na lei da gravidade? Sim. Esta não é a única lei que rege o universo. Existe uma lei chamada de Lei da Atração, nesta lei você atrai o que você pensa como se fosse um imã. Atraímos o que pensamos e nos tornamos o que pensamos. Isso nos leva a necessidade de monitorarmos o que pensamos e o que sentimos. Depressão, raiva, culpa, são sentimentos ruins te colocam numa freqüência ruim, geram más vibrações. Alegria, gratidão amor são sentimentos bons, geram freqüência boa celebram bons sentimentos, atrai bons fluidos. Nossos sentimentos produzem mecanismos de retorno, bons ou ruins depende de nós. De maneira que para sermos saudáveis no pleno sentido hoje temos não só de cuidar o que comemos, mas também o que pensamos.

    Se quiser mudar sua realidade tem de começar pelos seus pensamentos e “se fizer as coisas sempre do mesmo jeito, obterá sempre os mesmos resultados”.

    NO BRT escrevi: Data do retorno;

    Frase para meditar: “Na vida somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos”. Eduardo Galeno

    No caso do cliente nº1 a descrição do relato se deu quase passo a passo para dar a noção de como foi conduzido o procedimento terapêutico, agora a descrição dos clientes nº2 e 3 procederei de uma forma mais concisa, mas que se leve em conta que o procedimento terapêutico ocorreu da mesma forma que o descrito do cliente nº 1.

    No caso da Cliente n° 02 – 42 anos, dona de casa, com história de vida marcada por violência do pai alcoólatra, com frustração amorosa no primeiro casamento com crises depressivas de isolamento no quarto, preocupação excessiva com limpeza, querendo no momento controlar a vida do filho mais velho que saiu de casa buscando mais liberdade, iniciei o trabalho associando ao aconselhamento terapia corporal de relaxamento com o uso de aparelho eletrônico de massagem dando ao usuário os efeitos de vibração, compreensão, punção e rolos promovendo relaxamento de nervos e músculos regenerando musculatura cansada e aliviando tensão de uma vida estressante e por aparelho sincronizador e transferidor de ondas magnéticas (bioconversor de energia). Operação também denominada completar o ciclo do KI com a aplicação de ondas por ressonância propiciando o despertar dos recursos internos disponíveis para auto-harmonia. Para esse momento da cliente foram sugeridos os seguintes florais em seu BRT:

    - Beech: para a sua atitude excessivamente critica e intolerante, e para a sua pouca capacidade de compreensão.

    - Chicory: para personalidade possessiva que interfere demais na vida dos outros e pensa que pode manipular os outros;

    - Crab Apple: para pessoa que tem desejo exagerado de ordem, para a sua mania de limpeza;

    - Holly: pessoa emocionalmente irritada. Ciúme e suspeita, temperamento violento, sentimento de ódio, inveja.

    - Impatiens: pessoa impaciente, facilmente irritável, tem reações exageradas;

    - Vine: quer impor a sua vontade, pessoa ambiciosa e dominadora, “pequeno tirano”.

    Alem dos florais, sugeri que a cliente levasse pra meditar a seguinte frase: “Os problemas que criamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento que estávamos quando os criamos” (Albert Einstein).

    Nos atendimentos subseqüentes desta cliente o aconselhamento como forma de interação cliente/terapeuta, propiciou autoconhecimento e mudanças de comportamento, incrementando sua capacidade de tomada de decisões e realinhamento de comportamento e postura, alem de dar a ela possibilidade de “extrapolar emoções” – com momentos emocionantes e enriquecedores para seu processo terapêutico, com emoções e sentimentos reprimidos não compreendidos por décadas aflorando e vindo à tona de forma a serem trabalhados.

    Durante todo o processo terapêutico, afloraram várias situações que foram trabalhadas, mas relatarei apenas aquelas que achei ser o ponto onde a cliente teria que tomar consciência do que lhe ocorria, visto que se mostrava determinada e irredutível em agredir a avó do filho mais velho, fruto do seu primeiro casamento, acreditando ela que se a avó não o tivesse acolhido, sem alternativa, o filho teria voltado pra casa e também por considerar uma afronta o apoio da avó ao relacionamento amoroso que foi o verdadeiro motivo que levou o filho a sair de casa, devido à cliente não aceitar a futura nora.

    Com essas emoções conturbadas vinda a tona via aconselhamento, como profissional teria que propiciar a essa cliente durante a vivência o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva capaz de orientá-la para uma percepção maior desses sentimentos negativos que foram aflorados, que essas emoções conturbadas fossem compreendidas dando-lhe a oportunidade de fazer uma leitura correta do que estava acontecendo à sua volta naquele momento.

    Usando de “reflexo”, pude transmitir-lhe o que percebia em seus sentimentos mais profundos, funcionando como um espelho, a confrontei com o que esses sentimentos de raiva e medo estavam lhe indicando. Não houve reconhecimento do sentimento de medo, a cliente reconheceu apenas o de raiva.

    Questionei seu medo:

    - Poderia estar relacionado como sentimento de “ninho vazio”? Aceitava o fato que filhos crescem e casam? Sentia-se preparada para o papel de sogra? E para o papel de avó? Que tipo de sogra queria ser? Poderia estes sentimentos negativos estar relacionados com o fato de não se sentir preparada para essa nova fase da vida?

    Sua expressão facial diante de tais questionamentos deu-me a compreensão de ter despertado na cliente, a consciência de que não estava fazendo a leitura correta dos seus sentimentos e a partir desse momento ela passou a ter elementos para reformular novas possibilidades, de acolher com maior compreensão esses sentimentos e a aprender a lidar melhor com eles.

    Como terapeuta queria me assegurar de produzir nessa cliente a compreensão necessária da repercussão futura que suas ações poderiam produzir (como sua determinação de agredir), ou seja, as possíveis conseqüências geradas a partir de uma escolha presente. Dentro de um padrão de neutralidade de acordo com as NTSVs a cliente foi induzida a projetar-se no futuro através da técnica de Progressão com a finalidade de maximizar sua capacidade para a tomada de decisões através de viagem imaginativa produzir insights que a possibilitasse gerar opções de ações ainda não cogitadas e produzir soluções ainda não imaginadas.

    É com a intenção de obter esses resultados que o terapeuta se utiliza desse recurso, esperando através de previsões projetadas, fazer aflorar material que possa ser trabalhado em vivências futuras ou produzir lampejos de uma consciência maior do que a cliente possua para o momento.

    Na sua ficha de cliente foram anotados os procedimentos adotados e no BRT anotei próxima sessão, frase para meditar: ”Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantamos” (provérbio chinês) e os seguintes florais de Bach para este momento específico:

    - Walnut: para que a cliente se deixasse influenciar e se tornasse mais suscetível às mudanças e por ser o “floral da ruptura” propiciar melhoras para essa fase decisiva e propiciar novos começos na vida;

    - Willow: para liberá-la do sentimento vitima;

    - Beech: para facilitar a cliente se livrar de atitude excessivamente crítica e intolerante, e de melhorar sua capacidade de compreensão;

    - Cherry Plum: para evitar explosão temperamental descontrolada;

    - Chicory: para a personalidade possessiva que interfere demais na vida dos outros;

    - Holly: para amenizar a irritabilidade.

    E que estivesse atenta a possíveis sonhos para pontuações posteriores.



    No caso da cliente n°3 - E.R.S.V. 39 anos, com histórico de infância pobre, casamento falido, preocupação excessiva com a aparência.

    Esta cliente busca ajuda num momento muito difícil, sente-se mal casada, mas não tem coragem para tomar nenhuma atitude, traz várias somatizações traduzidas na descrição de diversos sintomas e problemas de saúde, trazendo um perfil sofredor, achando que a vida tem sido injusta com ela, medo de passar fome, preocupação excessiva em ser produtiva, cobrando o mesmo comportamento do marido, não relaxa nunca.

    Durante o aconselhamento que propicia uma interação na relação terapeuta/cliente, alem das inúmeras somatizações que a cliente apresenta, aparece forte bloqueio da infância e parte da puberdade, não se lembrando de nada, tendo apenas alguns flashes desse período.

    O material psíquico que tentamos manter longe da nossa consciência corporifica somatiza, quanto maior o esforço desprendido para negar lembranças ou desejos, maior será o grau de somatizações, sendo esta a profunda e verdadeira causa de enfermidades.

    A única maneira de alguns se harmonizarem é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações.

    Portanto para este caso iniciei o aconselhamento e sugeri vivência que proporcionasse “ex movere”, ou seja, mover para fora esse material reprimido da cliente, fazendo-a digerir, compreender e assimilar o material aflorado como um caminho onde a qualidade de vida pode ser ampliada e melhorada.

    Tendo o estado de relaxamento como fator determinante e facilitador em deixar física e mentalmente relaxada a cliente a fim de propiciar um fluxo mais livre para a associação de idéias, pensamentos e imaginação, usamos aparelhos de massagem e de biorressonância para melhorar o fluxo do KI, exercícios respiratórios e indução verbal.

    O terapeuta ao usar o recurso técnico da Regressão espera conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e fazer aflorar emoções reprimidas, lembranças traumáticas, ou sonhos para serem trabalhados na terapia holística. Na vivência dentro de um padrão de neutralidade de acordo com as NTSVs, e com tom de voz suave a cliente foi projetada no tempo e no espaço, retrocedendo-a a esse período que não se lembrava no intuito de produzir cartases emocionais que resultassem em alívio e simultaneamente ao contato com novos insights que se traduzissem numa maior compreensão do presente.

    Esse procedimento produziu uma cartase, expurgou sentimentos reprimidos que foram exteriorizados pela cliente através de uma “explosão de emoções” com sentimentos de tristeza e pesar, trazendo a consciência um estupro e muito choro, sendo essa explosão de sentimentos devidamente acolhidos por mim terapeuta.

    Via aconselhamento este estupro foi racionalizado com a cliente relatando que em tratamento numa sessão de massagem para a coluna, terminou numa relação sexual de maneira forçada com o profissional, dizendo-se jovem imatura e pressionada a não relatar a ninguém, descobriu uma gestação já por volta do terceiro mês, que levando ao conhecimento dele foi convencida a fazer o aborto para se livrar do problema, tratando-se de um menino que ela enterrou sozinha no meio da noite no jardim, causando-lhe essa lembrança uma dor imensurável e arrependimento ao ponto de se achar punida por Deus por não poder ter mais filhos. Esse fato segundo ela destruiu-lhe a vida e num processo claro de transferência deslocou fortes sentimentos de revolta para esta terapeuta responsabilizando-me por ter trazido à tona lembranças com as quais não conseguiria conviver.

    Racionalização é o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude ou ação, idéia ou sentimento que causa angustia. Usa-se a racionalização para justificar comportamento quando, na realidade, as razões para este ato não são recomendáveis.

    Transferência ocorre quando o cliente na vivência transfere fortes sentimentos deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico são elementos reprimidos que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro profissional/cliente sem que este tenha consciência do fenômeno em questão.

    Todo o material aflorado foi trabalhado na continuidade do processo terapêutico via aconselhamento, traduzindo o conteúdo vivenciado para o presente da cliente, ampliando seu autoconhecimento, sua capacidade de ser bem sucedida em elaborar novas possibilidades para sua vida dando-lhe subsídios para maximizar capacidades e minimizar adversidades. No BRT anotei data da próxima sessão e frase para meditar: ”O pessimista queixa-se do vento. O otimista espera que ele mude. O realista ajusta as velas e segue em frente”. Willian Georg Ward. Para este momento específico da cliente usei os seguintes Florais para trabalhar seus sentimentos e emoções:

    - Agrimony: para seus pensamentos dolorosos e inquietação interior;

    - Pine: para possibilitar lidar melhor com seu sentimento de culpa;

    - Star of Bethlehem: “o confortador da alma” para traumas emocionais ainda não trabalhados;

    - Walnut; “floral da ruptura” para propiciar a essa cliente um novo começo rompendo com o padrão passado e estabelecendo um novo começo;

    - White Chestnud: depois da cartase onde a cliente trouxe à tona a causa do seu sofrimento dizia: “como vou lidar com isso agora” esse floral ajudaria para esses pensamentos não ficarem girando em circulo na cabeça, para poder livrar-se deles;

    - Wilow: para trabalhar sentimento de vítima.


    RESULTADOS

    Todos os clientes trazem fortes aspectos emocionais como pano de fundo na causa dos desequilíbrios, os trabalhos realizados com Psicoterapia permitiram a todos os clientes entrarem em contato com seu lado obscuro, com material inconsciente e reprimido, seus traumas, seus medos, desejos; e os Florais de Bach permitiram que prestassem mais atenção a suas emoções funcionando como catalisador-facilitador propiciando ao atendimento Psicoterápico uma resposta mais dinâmica para chegarem ao autoconhecimento.

    Em todos os casos avaliados me surpreendi com algumas respostas obtidas com os Florais acerca de emoções específicas que precisávamos trabalhar.

    Avaliando sob enfoque quantitativo os resultados obtidos cheguei à seguinte conclusão sobre cada cliente:

    Cliente nº 1 – Esse cliente trouxe como característica acentuado ceticismo e apatia agravados por introspecção e timidez parecendo ter desistido de dar qualquer sentido mais significativo à vida, do tipo que “vivo por viver” sendo necessário transpor essas barreiras para colocá-lo em contato consigo mesmo, com seus sentimentos e emoções. Os florais deram a esse cliente condições propícias a uma melhor compreensão lhe ampliando a consciência, trabalhando suas características acentuadas de personalidade atuando num nível que só o aconselhamento não me permitiria chegar.

    Com o Wild Rose- sua desmotivação, sua resignação e desinteresse pela vida foram trabalhados, motivando-o para encontrar novos interesses pela vida apesar dê; o Willow - ajudou-o a deixar de ser ressentido a não fazer tanto o papel de vítima tornando-o menos negativo frente às circunstâncias da vida a se aceitar melhor, desenvolver responsabilidade pessoal e pensamento construtivo, Hearth – ajudou com a sua introspecção ao não dirigir o assunto apenas para si, direcionou-lhe a aprender a ouvir, escutar o que os outros falam aprendendo dessa forma a comunicar-se melhor, Gorse – liberou-o do sentimento “será que adianta mesmo” e ajudou-o com sua desesperança maximizando sua capacidade de se aceitar. Outros sentimentos e emoções aflorados e compreendidos foram trabalhados com os florais de modo que lhe permitiram ganhar uma compreensão melhor da forma como se sentia. Suas somatizações praticamente desapareceram bem como seu perfil de só falar de doença se tornando uma pessoa mais suave e leve recentemente passou quando saiu de férias e alegre me comunicou sua primeira viagem ao exterior, dizendo achar que merecia se dar esse presente.

    Cliente nº2 – Essa cliente chegou carregada de mágoa, ódio, intolerância, extremamente crítica, autoritária, ciumenta e a aplicação dos Florais funcionou como facilitador para a cliente entender suas emoções.

    Quando a cliente se mostrou determinada em agredir a ex-sogra e na vivência aplicamos técnica de Progressão onde projetamos possível conseqüência gerada a partir da presente atitude aliada aos Florais de Bach proporcionou a essa cliente uma visão ampliada da que possuía para o momento, podendo ela através do Chicory amenizar sua personalidade possessiva que interfere na vida dos outros, Beech melhorou sua intolerância com a maneira de ser dos outros, Walnut a tornou mais maleável, suscetível á mudança, e romper com o padrão de comportamento anterior, o Holly a tornou mais serena e o Cherry Plum trouxe-lhe coragem, força, espontaneidade, e devolveu-lhe serenidade paz, apesar das adversidades internas e externas dando-lhe grande capacidade de desenvolvimento, produzindo grandes avanços de comportamento propiciando a ela a oportunidade de fazer uma leitura correta do que estava acontecendo ao seu redor ao ponto de retornar para sessões posteriores com uma tomada de consciência adquirida ampliada, com mudanças no padrão de comportamento tendo o autoconhecimento lhe proporcionado sintonizar suas emoções e sentimentos com o seu momento de vida presente.

    A cliente apresentou evolução nos seus relacionamentos familiares, sua expressão facial se tornar mais amena à medida que trabalhava seus sentimentos profundos, mostrou o desejo de continuar em terapia pelo menos uma vez por mês, segundo ela para uma revisão para verificar se continuaria no rumo certo, admitindo dificuldade em mudar algumas características de sua formação que estavam profundamente arraigadas na sua personalidade, e que não acha fácil mudar de uma hora para outra; em sessões posteriores quando solicitei que fizesse algo capaz de surpreender quem a conhecia e até ela mesma confessou-me um dialogo interessante que teve com a futura nora quando a convidou para um final de semana julgando ter sido um bom começo e que havia conseguido surpreender o filho e o marido que não esperavam tal atitude dela, e que não foi tão difícil quanto havia imaginado, que ela própria também havia se surpreendido. Nota-se um esforço consciente da cliente para compreender seus sentimentos e emoções, o autoconhecimento adquirido a tornou menos ebulitiva, amenizou sua personalidade violenta e irracional, mas não ao ponto de levá-la ao equilíbrio

    Cliente nº3 - Esta cliente se apresentou ansiosa, auto-estima baixa, amarga, exigente, depressiva achando que a vida é injusta, fazendo inúmeras somatizações, trabalhamos bloqueios apresentados proporcionando a ela mover para fora esse material reprimido, quando conseguimos essa cliente passou a apresentar processos de transferência e racionalização muito fortes, que funcionaram como obstáculo ao crescimento, pois dificultaram aceitar a realidade, requerendo esforço e habilidade para conseguir levar essa cliente a mudar o padrão e estabelecer forças motivadoras reais e genuínas, onde ela pudesse reverter o sofrimento em algo mais suave e ameno, aceitar suas ações passadas e obter um aprendizado aplicável ao seu presente, que ampliasse seu autoconhecimento e sua qualidade de vida. A aplicação do floral Agrimony ajudou-na a aplacar seus sentimentos dolorosos e sua inquietação interior, o Pine proporcionou que lidasse melhor com sua culpa, o Willow: liberou-a do sentimento de vitima do destino, amenizou sua amargura e ressentimento, o Star of Bethlehem: produziu conforto a sua alma trabalhou seu trauma emocional dando-lhe uma compreensão e aceitação melhor de suas atitudes anteriores, agora quando acrescentado White Chestnud para aqueles que sofrem de pensamentos indesejáveis e persistentes, este floral devolveu-lhe a calma e um espírito mais equilibrado por trazer-lhe clareza ao pensamento e silêncio interior calando a voz interna que a acusava aplacando em muito a sua dor. À medida que houve uma compreensão melhor de suas ações passadas, esta cliente experimentou mudanças no enfoque que dava a vida, melhorou sua auto-estima a medida que aplacou seu sentimento de culpa, passou a sentir-se mais digna como ser humana, no decorrer do processo terapêutico o autoconhecimento proporcionou uma diminuição das suas somatizações e mudou o padrão de comportamento de vitima, passando adquirir mais firmeza e equilíbrio, reconhecendo melhor suas limitações e suas potencialidades, passou por uma cirurgia de vesícula, mas seu estado geral de saúde melhorou, por problemas financeiros mudou-se para outra cidade, por isso descontinuou a terapia, mas mostrava-se satisfeita com os resultados obtidos segundo ela “viver ficou mais leve”. Embora não se consiga resolver todos os problemas existenciais de um cliente num curto espaço de tempo, pode se considerar positivo o resultado alcançado no sentido que ajudamos a cliente a achar o começo do fio da meada, a continuidade do processo e a dinâmica foram colocados a disposição dela de maneira clara que a partir de agora sabe qual o caminho aonde buscar ajuda quando necessitar.


    DISCUSSÃO

    Os trabalhos realizados com Psicoterapia, associados aos Florais de Bach permitiram aos meus clientes se enxergarem de uma forma diferente a que estavam habituados.

    Percebi que a Psicoterapia permite resultados positivos nas patologias que tem componente emocional envolvido.

    Todo o indivíduo tem um valor em si, independente do que realiza ou visualiza o que acontece é que na maioria das vezes a pessoa não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. E grande parte dos conflitos que carregamos são criados e produzidos na infância; no nosso trajeto de aprendizado geramos insatisfações amarguras, cultivamos descrenças, medos, reprimimos emoções, como conseqüência dum processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de expressão e manifestação foi podada por adultos que nos orientavam e por padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por cobranças, pelo constante apontar de defeitos e falhas, todas essas limitações impostas a nós nesse estágio inicial de aprendizado e pelo fato de ainda estarmos em formação com o passar do tempo esses sentimentos vão se solidificando gerando bloqueios que se tornam como adubo deixando o solo fértil para as somatizações

    Nosso corpo/mente e energia se mantêm em constante interação com a mente/energia do universo. Em nosso corpo físico cada célula dá algo apóia as outras e é apoiada. Esse fluxo dinâmico de “dar e receber” é a essência de toda célula; o mesmo processo se faz necessário entre as pessoas, é essencial para que a vida continue e as sociedades cresçam e se aperfeiçoem e perdurem . Quando há uma distorção nas relações, nesse padrão de troca de “dar e receber” o ser humano gera conflitos que complicarão seus relacionamentos. O que se recebe em maior ou menos medida costuma ser diretamente proporcional ao que se dá. O aconselhamento me propiciou como terapeuta trabalhar as causas do sofrimento, dar aos clientes a oportunidade de enxergar os valores que estão atribuindo as suas vidas, de ajudá-los a desenvolver sua singularidade e acentuar sua individualidade, a assumir sua responsabilidade diante de si mesmos, dos outros e do mundo em torno de si e também me deu a oportunidade de colocar à disposição do cliente vários dispositivos de apoio para seus conflitos.

    Em todos os casos houve benefício da ação sutil e transformadora dos florais pertinentes aos desequilíbrios emocionais compreendidos e devidamente avaliados que os clientes trouxeram a superfície para serem trabalhados durante a terapia permitiram maior rapidez e fluidez aos processos psicossomáticos e a liberação desse material reprimido empreendendo ao processo psicoterápico um dinamismo que não seria obtido se aplicasse apenas aconselhamento.

    Quando consciente ou inconscientemente tentamos manter longe da lembrança fatores psíquicos que nos são dolorosos criamos bloqueios que serão revertidos em somatizações, tal atitude, embora a principio pareça um bom mecanismo de defesa em diminuir momentaneamente o sofrimento emocional, entretanto manter esse material reprimido infinitamente bloqueado gera desequilíbrios que não serão resolvidos sem que haja uma ampliação da consciência; todo e qualquer tratamento será paliativo desviando a manifestação da desarmonia para outra parte do corpo, e a terapia floral dá conta do desafio de atuar nos véus que criamos, nas nossas máscaras, nossa persona, existindo florais específicos para cada característica de personalidade consciente, no caso as preocupações e a mágoa, que formam como que um véu que encobre ainda emoções menos aceitas, à medida que aplicamos o floral adequado, aquele véu se desfaz gradativamente aceitando esta emoção, resgatando sua energia para ser transmutada em alguma ação produtiva.

    Assim sucessivamente a cada novo véu que aflora uma nova formula sempre se adaptando a nova emoção trazendo consigo sempre novo material psíquico reprimido tudo isso acontecendo num ritmo que varia de um individuo para o outro, mas sempre num processo mais rápido que a terapia puramente verbal.


    CONCLUSÃO

    O ser humano em sua incessante busca por entendimento dos fenômenos da vida física tem procurado entender e explicar o sofrimento e a dor como regra geral percebendo as doenças como algo a ser eliminado a qualquer custo.

    No entanto ao eliminarmos pura e simplesmente o sofrimento físico, sem levarmos em conta o significado simbólico e existencial dos sintomas é como se não recebêssemos uma importante mensagem enviada pelo nosso inconsciente, como algo positivo para o desenvolvimento emocional e espiritual do indivíduo. Jung nos revela que durante o desenvolvimento do indivíduo tudo aquilo a respeito de nós mesmos que preferimos não manter na consciência torna-se aspectos “sombrios” de nossa personalidade.

    Embora “ocultos na sombra” esses aspectos renegados de nossa consciência procurarão todas as formas possíveis de se expressarem e serem aceitos e integrados na personalidade.

    O surgimento da física quântica abriu as portas para um entendimento diferente da realidade em que vivemos, demonstrando ao nível das partículas que tudo o que nos rodeia, tudo aquilo que temos como real “concreto” é na verdade energia. De acordo com o entendimento que mesmo matéria densa é energia, aquilo que nos define como seres humanos passam a ser entendido não só através de padrões genético-constitucionais e padrões incorporados através das experiências adquiridas, mas também por uma série multidimensional de sistema de energia sutil que se influenciam mutuamente, e que se convencionou chamar de campos energéticos ou campos áuricos.

    Os limites da Medicina e da Psicologia têm sido desafiados ao longo das ultimas décadas, pelo surgimento de novos modelos explicativos da realidade que nos rodeia e que faz parte do objeto de estudos das Terapias chamadas Alternativas e Holísticas servindo esse modelo explicativo como base para práticas energéticas milenares realizadas no mundo oriental e que começaram a ser mais difundidas nas sociedades ocidentais ao longo das ultimas décadas. Estamos diante de um novo modelo explicativo onde o ser humano não é somente percebido como uma “sofisticada máquina biológica”, um conjunto de células, tecidos e órgãos, mas um ser constituído por múltiplos sistemas energéticos que se influenciam reciprocamente. O ser humano das Terapias Holísticas é um ser humano composto de realidades multidimensionais e energéticas que nossos olhos não podem ver, mas que nem por isso deixam de existir. O estado de saúde e o surgimento dos sintomas de doenças passam a ser entendidos através de uma compreensão mais profunda do quanto nosso corpo físico, nossos pensamentos e emoções afetam esses padrões energéticos e vice-versa, e os desequilíbrios nesse delicado sistema vibratório ou energético é que levam ao surgimento dos mais diversos sintomas físicos, emocionais e mentais e para que a saúde possa ser restaurada, é necessário levar em conta que não somos feitos só de corpo físico, mas de corpos energéticos sobrepostos à estes.

    Portanto conclui que a aplicação das técnicas terapêuticas aprendidas no curso de Psicoterapia aliadas a estímulos dos campos energéticos quer seja através da Terapia Floral ou Terapia corporal deram conta do desafio de causar transformações profundas tanto da personalidade como do padrão de comportamento propiciando aos meus clientes alcançar melhoras na qualidade de vida, a cada atendimento se tornava perceptível transmutações no comportamento através da ampliação da consciência tornando a reversão dos desequilíbrios possível e diminuindo as somatizações.

    Pude perceber como Terapeuta que a aplicação dos Florais de Bach junto com estímulos no campo energético através de aparelhos vibracionais acelera o aflorar de material psíquico reprimido num ritmo bem mais rápido do que a psicoterapia puramente verbal, isso ficou claro no cliente nº1, quando afirmou que havia feito diversos tratamentos terapêuticos, mas nenhum havia conseguido fazer aflorar seu material reprimido, e na cliente nº3 onde o relaxamente desarmou o mecanismo de defesa que mantinha, permitindo o “ex movere” do material reprimido que fluísse livremente, em ambos os casos possibilitou uma dinâmica que até então eu como terapeuta não havia conseguido, resultando em grandes benefícios de alívio para os clientes.

    Esses métodos dão ao Terapeuta Holístico a possibilidade de trabalhar resgatando técnicas milenares de outrora e ao mesmo tempo dá conta do desafio de possibilitar um exercício profissional que atenda as exigências do Código de Ética, das NTSVs, da Legislação Brasileira, trabalhando “desequilíbrio”.


    REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


    1. BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    1. FILHO. H.V. Psicoterapia Holística. 1ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2007.

    2. FILHO. H.V. Tutorial Terapia Holística. 3ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2004.

    3. FILHO. H.V. Florais de Bach: uma visão mitológica, etimológica e arquetípica. 4ª edição. São Paulo. Editora Pensamento. 2004.

    4. FILHO. H.V. O Microcosmo Sagrado O Segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento. 2ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2006.

    5. JUNG. C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.

    6. JUNG. C.G. O homem e seus símbolos. 22ª edição. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964.

    7. JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    8. JUNG. C.G. A pratica da psicoterapia. 9ª edição.

    9. WEIL. PIERRE. Holística: uma nova visão e abordagem do real. São Paulo. Palas Athenas. 1999.








    ANEXOS E APÊNDICE


    1 CODIGO DE ÉTICA – TH 001

    2 NTSV - PH 001 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA


    1 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL – TH 001


    1. SUMÁRIO

    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TH 001.

    Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.


    2. PREFÁCIO  

    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
      Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado”.
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.


    3. INTRODUÇÃO

     É essencial para toda profissão estabelecida à existência de um Código de Ética a apresentar os princípios fundamentais que norteiam as boas práticas. Esta Norma ratifica o Código de Ética já em vigor na Terapia Holística, tão somente adequando-o à formatação normativa, tornando ainda mais transparente sua essência de adesão espontânea e voluntária.


    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos

    4.2 Objetivo definir os princípios fundamentais quanta à ética de atendimento ao cliente, relacionamento com as demais profissões e publicidade.

    4.3 Referências Normativas

    NTSV — TH 002;

    BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica;

    NTSV — TH 003;

    FC — Ficha de Cliente.


    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilibrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a proposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.


    5.2 Símbolos e Abreviaturas

    TH — Terapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.


    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato de o Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.


    5.3.3 Produtos e equipamentos

    Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos reconhecidos pelo SINTE — Sindicato dos Terapeutas, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto e/ou equipamento. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta, pois os produtos jamais serão cobrados à parte (um só preço quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: produtos preparados nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruir o cliente, que irá adquiri-los diretamente.

    5.3.4 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos


    5.3.4.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS.

    O Terapeuta Holístico

    I — Trabalhará para a promoção do bem-estar do indivíduo, da coletividade e do meio ambiente, segundo o paradigma holístico; II — Manterá constante desenvolvimento pessoal, científico, técnico, ético e filosófico, através de supervisão, terapia e/ou psicoterapia, cursos e similares, estando a par dos estudos e pesquisas mais atuais na área, bem como dos trabalhos milenares e tradicionais, além de ser estudioso das ciências afins; III — Usará em seus trabalhos, métodos os mais naturais e brandos possíveis, buscando catalizar o auto-equilíbrio da pessoa atendida, despertando-lhe os seus próprios recursos harmonizantes; IV — Orientar-se-á, no exercício de sua profissão, pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 10/12/1948 pela Assembléia Geral Das Nações Unidas.
    5.3.4.2 DIREITOS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO

    5.3.4.2.1 — Exercer a profissão de Terapeuta Holístico sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo, nacionalidade, cor, opção sexual, idade, condição social, opinião política ou situações afins;
    5.3.4.2.2 — Utilizar-se de técnicas que não se lhe sejam vedadas ou proibidas por lei federal, podendo, inclusive, fazer uso de instrumentos e equipamentos não agressivos, bem como produtos cuja comercialização seja livre, além de orientar a pessoa atendida através de aconselhamento profissional;
    5.3.4.2.3 — Recusar a realização de trabalhos terapêuticos que, embora sejam permitidos por lei, seja contrário aos ditames de sua consciência;
    5.3.4.2.4 — Suspender e/ou recusar atendimentos, individual ou coletivamente, se o local não oferecer condições adequadas, ou se não houver remuneração condigna, ou, ainda, se ocorrerem fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com a pessoa a ser atendida, impedindo o pleno exercício profissional;


    5.3.4.3 RESPONSABILIDADES GERAIS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO

    5.3.4.3.1 São deveres do Terapeuta Holístico:

    §1 — Assumir apenas trabalhos para os quais esteja apto, pessoal, técnica e legalmente; §2 — Prestar serviços terapêuticos somente se: em condições de trabalho adequadas, de acordo com os princípios e técnicas reconhecidos ou pelas Tradições Milenares, ou pela prática, ou pela ciência e, sobretudo, pela ética; §3 — Zelar pela dignidade da categoria, recusando e denunciando situações onde a pessoa atendida esteja sendo prejudicada; §4 — Participar de movimentos que visem promover a categoria e o paradigma holístico em geral; §5 — Estar devidamente registrado para o exercício de sua atividade profissional quer seja como autônomo ou como pessoa jurídica; §6 — Manter-se em dia com as obrigações definidas pelo SINTE;


    5.3.4.3.2 — Ao Terapeuta Holístico é vedado:

    §1 — Usar títulos e especialidades profissionais que não possua; §2 — Efetuar procedimentos terapêuticos sem o esclarecimento e conhecimento prévio da pessoa atendida ou de seu responsável legal; §3 — Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais; §4 — Aproveitar-se de situações decorrentes do atendimento terapêutico para obter vantagens física, emocional, financeira, política ou religiosa; §5 — Exercer técnicas de aconselhamento profissional, caso ele próprio há mais de 03 meses não esteja se submetendo a tratamento terapêutico e/ou psicoterápico de manutenção; §6 — Reduzir o tempo de cada sessão a fim de aumentar o número de atendimentos; §7 — Permitir que a pessoa atendida, durante a sessão, fique sem o acompanhamento de corpo presente de um profissional qualificado, em especial se estiver recebendo aplicação ou sob efeito de quaisquer técnicas terapêuticas;


    5.3.4.4 DAS RELAÇÕES COM OUTROS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS E OUTRAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS

    O Terapeuta Holístico:

    5.3.4.4.1 — Não será conivente com erros, faltas éticas, crimes ou contravenções penais praticadas por outros na prestação de serviços profissionais;

    5.3.4.4.2 — Não intervirá na prestação de serviços de outro Terapeuta Holístico, salvo se: a pedido do próprio profissional; quando comunicado por qualquer uma das partes da interrupção voluntária do atendimento; quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada; em situações emergenciais, devendo comunicar o fato imediatamente ao outro Terapeuta Holístico; e, em situações descritas no §3, dando ciência do ocorrido;
    5.3.4.4.3 — No relacionamento com profissionais de outra áreas, trabalhará dentro dos limites das atividades que lhe são reservadas pela legislação e reconhecerá os casos que necessitem também dos demais campos de especialização profissional, encaminhando-os às pessoas habilitadas para a tais funções;


    5.3.4.5 DO SIGILO PROFISSIONAL

    5.3.4.5.1 — O sigilo protegerá a pessoa atendida em tudo àquilo que o Terapeuta Holístico venha a tomar conhecimento como decorrência do exercício de sua atividade profissional;
    5.3.4.5.2 — O menor impúbere ou interdito estará igualmente protegido, devendo ser comunicado aos responsáveis apenas o estritamente necessário para promover medidas em seu benefício;
    5.3.4.5.3 — Com autorização da pessoa atendida, o Terapeuta Holístico poderá repassar dados a outro profissional, desde que o recebedor esteja igualmente obrigado a preservar o sigilo por Código de Ética e que, sob nenhuma forma, permita a estranhos o acesso às informações;
    5.3.4.5.4 — O Terapeuta Holístico tem o dever de garantir, em seus atendimentos, condições adequadas à segurança da pessoa atendida, bem como à privacidade que garanta o sigilo profissional;
    5.3.4.5.5 — Em caso de falecimento do Terapeuta Holístico, este órgão, ao tomar conhecimento do fato, providenciará a incineração de seu arquivo confidencial;
    5.3.4.5.6 — A quebra do sigilo só será admissível se tratar-se de fato delituoso e a gravidade de suas conseqüências para o próprio atendido ou para terceiros justificar a denúncia do fato; ainda assim, o acontecido será julgado por Comissão de Ética a ser designada.


    5.3.4.6 DA COMUNICAÇÃO AO PÚBLICO, DA DIVULGAÇÃO DE PESQUISAS E ESTUDOS E DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL
    5.3.4.6.1 - Ao Terapeuta Holístico, na realização de seus estudos e pesquisas, bem como no ensino e treinamento, é vedado:
    §1 — Interferir na vida dos sujeitos, sem o consentimento dos mesmos, além de informá-los sobre as possíveis conseqüências de tais atividades; §2 — Promover experiências que envolvam qualquer espécie de risco ou prejuízo a seres humanos, animais ou meio ambiente; §3 — Negar o livre acesso das pessoas envolvidas aos resultados das pesquisas ou estudos, se estas assim o desejarem; §4 — Deixar de citar as fontes consultadas ou de mencionar as contribuições prestadas por assistentes, colaboradores ou outros autores, bem como utilizar-se de informações particulares ainda não publicadas, sem autorização expressa do autor.
    5.3.4.6.2 — Em todas as comunicações e/ou divulgações públicas, o Terapeuta Holístico omitirá ou alterará dados que possam conduzir à identificação da pessoa ou instituição envolvida, exceto se houver interesse manifesto das mesmas e autorização expressa.
    5.3.4.6.3 — O Terapeuta Holístico ao promover publicamente seus serviços:
    §1 — Informará com exatidão o número de registro; §2 — Não poderá utilizar o preço de serviço como forma de propaganda; §3 — Não proporá atividades que impliquem invasão ou desrespeito a outras áreas profissionais; §4 — Em hipótese alguma fará previsão taxativa de resultados ou se utilizará de conteúdos falsos ou sensacionalistas; §5 — Não fará uso de expressões, palavreado técnico, roupagens ou quaisquer artifícios que possam induzir o público a acreditar que pertence a outra categoria profissional que não seja a de Terapeuta Holístico


    5.3.4.7 DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS

    5.3.4.7.1 — Os honorários serão fixados com dignidade e com o devido cuidado, para que corresponda a uma justa retribuição aos serviços prestados, lembrando que o Terapeuta Holístico para manter a qualidade de seu trabalho precisa de recursos financeiros para investir em supervisão, cursos, estudos, terapia e/ou psicoterapia o que, indiretamente, implica em benefício da pessoa atendida;
    § Único — Se o Terapeuta Holístico reduzindo o valor de seus honorários, deixar de cumprir qualquer recomendação do Código de Ética, em especial o item II dos Princípios Fundamentais e os §6 e§7 do 5.3.4.3.2, diminuindo, assim, o padrão de qualidade exigido, estará exercendo concorrência desleal;
    5.3.4.7.2 — A fim de tornar a profissão de Terapeuta Holístico reconhecida pela confiança e aprovação da sociedade, os honorários poderão ser adaptados às condições financeiras do atendido, tomando este ciência da excessão feita e comunicando-se o fato a este órgão, para que não se caracterize como concorrência desleal;


    5.3.4.8 DA OBSERVÂNCIA, APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA.

    5.3.4.8.1 — Esta entidade assessorará os Terapeutas Holísticos na aplicação deste Código e sua observância, além de acatar denúncias de quaisquer procedências, instaurando investigação sigilosa (só terão amplo acesso aos dados as partes diretamente interessadas, ou seja, denunciante e denunciado, ou seus representantes);
    5.3.4.8.2 — As infrações ao Código de Ética acarretarão penalidades várias obedecendo critérios estabelecidos pelo SINTE, além da suspensão e até mesmo da perda de seu registro;
    5.3.4.8.3 — Competirá a esta entidade firmar jurisprudência quanto aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código o qual poderá ser alterado mediante proposta da Diretoria e desde que aprovada em reunião oficial;


    5.3.5 Constatação de Conformidade:

    O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos

    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    Vide Capítulo Anexos Informativos.



    2 NTSV - PH 001 PSICOTERAPIA


    NTSV — PH 001 Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão

    NTSV — PH 001.Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão.
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização


    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — PH 001
    Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização


    2. PREFÁCIO  

    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
     A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém que passa a ser favorecido pela "lei de mercado”.
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.


    3. INTRODUÇÃO  

    A Terapia de Regressão conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia de Regressão.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título Terapia de Regressão — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.


    4.3 Referências Normativas

    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato- psíquico. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avaliam os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.


    5.1.2 PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato- psíquico. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.


    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a posposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.


    5.1.4 TERAPIA DE REGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de Regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.


    5.1.5 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.


    5.1.6 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.


    5.1.7 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.


    5.1.8 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.


    5.1.9 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    5.1.10 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.


    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THP — Psicoterapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;
    TR — Terapia de Regressão


    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.


    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou

    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Psicoterapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Procedimento em primeira consulta

    5.3.3.1 — Avaliar pré-requisitos e contra-indicações:

    5.3.3.1.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permanecer guardada junto à ficha do cliente.

    5.3.3.1.2 — Contra-indicações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

    5.3.3.2 — Explicar o processo de Regressão com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial:

    5.3.3.2.1 Quanto à duração e continuidade do trabalho;

    5.3.3.2.2 Que a TR é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

    5.3.4 Procedimento para as demais sessões:

    5.3.4.1 Após a 2a consulta já pode ser praticada a TR.
    5.3.4.2 Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao TH avaliar exceções.

    5.3.4.3 Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de Regressão, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.


    Autor: : ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO - TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 42753
    Última atualização: 29/12/2008 13:12


    I Ching - O Software Do EU

     I Ching - O Software Do EU

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

     

    Sumário


    Resumo

    Introdução

    Material e Metodologia

    Resultados

    Discussão

    Conclusões

    Referências Bibliográficas

    Anexos e Apêndices

     

     

    Resumo

    Este trabalho aborda a utilização do I Ching como instrumento auxiliar à Psicoterapia Holística, análogo às técnicas de associação "livre" e de interpretação de sonhos. 

    Igualmente discursa sobre sobre a sincronicidade (coincidências emocionalmente significativas) entre os símbolos gerados aleatoriamente (hexagramas) e o inconsciente do Cliente, como forma de propiciar "insights" e catarses durante a interpretação conjunta dos textos e imagens milenares.

    E, a título lúdico, apresenta o I Ching como o antecessor do código binário utilizado na moderna computação, tendo as linhas, ora Yin, ora Yang, o mesmo papel dos numerais zero e um, a compor todo o Universo de possibilidades, sintetizadas em 64 situações arquetípicas com as quais todo indivíduo inconscientemente se percebe refletido.

     
     Introdução

    Milenarmenteutilizado como forma de meditação pelos estudiosos e como oráculo pelosleigos, o I Ching foi apresentando ao século 20 como viável instrumentoterapêutico, graças à pública simpatia de Carl Gustav Jung,um dos maiores nomes da Psicanálise, por este instrumento, demonstradaem seu prefácio à obra "I Ching - O Livro Das Mutações", de RichardWilhelm, principal responsável em introduzir o sistema ao Ocidente.

    Também na lista de célebres admiradores do I Ching, contamos com Gottfried Wilheim Leibniz,que assumiu a grande similaridade com o sistema binário (a basematemática da linguagem de computação...) por ele desenvolvido, assimcomo Niels Bohr, umdos pais da física quântica, que reconheceu as semelhanças entre suaciência das partículas e as mutações descritas neste que é consideradoo livro mais antigo do mundo (cerca de 5 mil anos), além do polêmicocientista biomolecular Johnson F. Yan, que demonstrou a curiosasemelhança entre a matemática do DNA e a do I Ching, popularizado emsua obra "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" e, claro, o mais reverenciadofilósofo chinês, cujo nome latinizado é Confúcio, a quem se atribuivários textos interpretativos aos hexagramas.

    OI Ching atua como "espelho" onde refletimos nosso próprio inconscientee sua eficácia neste sentindo é tamanha, a tal ponto de renomadosmatemáticos, físicos, biólogos, filósofos e, mais diretamenterelacionado à nossa proposta, psicanalistas, enxergarem a si e a seustrabalhos espelhados nos símbolos antigos. 

    Da mesma forma, o Terapeuta Holístico podefazer uso deste instrumento, tanto para acessar seu próprioinconsciente e maximizar-se como pessoa e profissional, quanto comométodo lúdico de contornar a resistência racional dos Clientes emaflorar materiais psíquicos não conscientes, bem como clarificar oentendimento do momento. 

     

    Material e Metodologia

    Aidade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmentepoderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houverautorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e oprofissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional docandidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha doCliente.

    O profissional que atua com o I Ching é um TERAPEUTA HOLÍSTICO, Modalidade: Terapia Em Sincronicidade,que distingue-se dos demais por atuar junto ao seu cliente sem aobrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumassituações nem sequer é necessária a presença do mesmo. 

    Esteprofissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidadejunguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, taiscomo radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, IChing, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliaçãodo quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição eo pensamento não-linear. 

    Deposse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas comoreiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além dadiscussão interativa com o cliente de aspectos levantados ouastrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodostradicionais de "previsão", acrescidos de aconselhamento, levando aoautoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns:comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma,incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida(aumento máximo das oportunidades e minimização das condiçõesadversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões,inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além departiculares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada dedecisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promovera harmonização energética de ambientes.

    OTerapeuta Holístico deve explicar o processo de Terapia emSincronicidade com detalhes e certificar-se de que seu clientecompreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexistevinculação religiosa ou de credo ao trabalho. Deve esclarecer que ossímbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.)jamais determinam as características e acontecimentossócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regeremsincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos dereferência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos. 

    Necessitatornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsõestaxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposiçõescom maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um períodoou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões. 

    Pertinentefazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, queao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração deletras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso depedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-secom as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim,considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativosenvolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    Oconsultório deve estar aparelhado para proporcionar temperaturaambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena,minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente paracom o profissional.

    OTerapeuta Holístico, por meio de variadas técnicas (relaxamento viatoque ou induzido verbalmente, musicoterapia, aromaterapia,cromoterapia e similares), deve propiciar ao Cliente um estado deserenidade, condição ideal para melhor aproveitamento da sessão em queincluir o I Ching. Opensamento deve focar em uma pergunta objetiva sobre a situação quedesejam aprofundar em terapia. Isto feito, opta por um método de geraraleatoriamente o hexagrama que servirá de "espelho" arquetípico onde oconsulente refletirá a si mesmo. 

    Ohexagrama, como o nome sugere, é composto por seis linhas, cada qualpodendo ser classificada como yin (representada graficamente por umalinha interrompida: _ _ ), ou yang (representada por uma linha contínua: ___ ),sendo unidas umas sobre as outras, de baixo para cima. Originalmenterealizado por varetas de milefólio, o "sorteio" popularizou-se via usode três moedas de duas faces distintas, arbitrando-se o valor numérico2 (dois) para o lado par e 3 (três) para o ímpar. A soma das trêsmoedas sendo par, está pré-definida como sendo uma linha yin ( _ _ ) e,caso ímpar, resulta em linha yang ( __ ), sendo repetido o procedimento até obter as 6 linhas que comporão o hexagrama. 

    Com o auxílio da literatura sobre o I Ching (recomendamos o excelente "I Ching: o Livro das Mutações",de Richard Wilhelm, impresso pela Editora Pensamento-Cultrix), queincluem uma tabela como a seguinte, identifica-se o númerocorrespondente ao hexagrama obtido e consulta-se os textos relacionados.

     

    Trigrama
    superior
     
    ----------------
    Trigrama inferior 
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Trigramme zhèn du Yi Jing 
    Chên, o Incitar

    Trovão
    Trigramme kǎn du Yi Jing 
    K´an, o Abismal

    Água
    Trigramme gèn du Yi Jing 
    Kên, a Quietude
    Montanha
    Trigramme kūn du Yi Jing 
    K´un, o Receptivo

    Terra
    Trigramme xùn du Yi Jing 
    Sun, a Suavidade

    Vento
    Trigramme lí du Yi Jing 
    Li, o Aderir

    Fogo
    Trigramme duì du Yi Jing 
    Tui, a Alegria

    Lago
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Hexagramme 1 du Yi Jing
    1
    Hexagramme 34 du Yi Jing
    34
    Hexagramme 5 du Yi Jing
    5
    Hexagramme 26 du Yi Jing
    26
    Hexagramme 11 du Yi Jing
    11
    Hexagramme 9 du Yi Jing
    09
    Hexagramme 14 du Yi Jing
    14
    Hexagramme 43 du Yi Jing
    43
    Trigramme zhèn du Yi Jing Chên, o Incitar
    Trovão
    Hexagramme 25 du Yi Jing
    25
    Hexagramme 51 du Yi Jing
    51
    Hexagramme 3 du Yi Jing
    3
    Hexagramme 27 du Yi Jing
    27
    Hexagramme 24 du Yi Jing
    24
    Hexagramme 42 du Yi Jing
    42
    Hexagramme 21 du Yi Jing
    21
    Hexagramme 17 du Yi Jing
    17
    Trigramme kǎn du Yi Jing K´an, o Abisma
    Água
    Hexagramme 6 du Yi Jing
    6
    Hexagramme 40 du Yi Jing
    40
    Hexagramme 29 du Yi Jing
    29
    Hexagramme 4 du Yi Jing
    4
    Hexagramme 7 du Yi Jing
    7
    Hexagramme 59 du Yi Jing
    59
    Hexagramme 64 du Yi Jing
    64
    Hexagramme 47 du Yi Jing
    47
    Trigramme gèn du Yi Jing Kên, a Quietude
    Montanha
    Hexagramme 33 du Yi Jing
    33
    Hexagramme 62 du Yi Jing
    62
    Hexagramme 39 du Yi Jing
    39
    Hexagramme 52 du Yi Jing
    52
    Hexagramme 15 du Yi Jing
    15
    Hexagramme 53 du Yi Jing
    53
    Hexagramme 56 du Yi Jing
    56
    Hexagramme 31 du Yi Jing
    31
    Trigramme kūn du Yi Jing K´un, o Receptivo
    Terra
    Hexagramme 12 du Yi Jing
    12
    Hexagramme 16 du Yi Jing
    16
    Hexagramme 8 du Yi Jing
    8
    Hexagramme 23 du Yi Jing
    23
    Hexagramme 2 du Yi Jing
    2
    Hexagramme 20 du Yi Jing
    20
    Hexagramme 35 du Yi Jing
    35
    Hexagramme 45 du Yi Jing
    45
    Trigramme xùn du Yi Jing Sun, a Suavidade
    Vento
    Hexagramme 44 du Yi Jing
    44
    Hexagramme 32 du Yi Jing
    32
    Hexagramme 48 du Yi Jing
    48
    Hexagramme 18 du Yi Jing
    18
    Hexagramme 46 du Yi Jing
    46
    Hexagramme 57 du Yi Jing
    57
    Hexagramme 50 du Yi Jing
    50
    Hexagramme 28 du Yi Jing
    28
    Trigramme lí du Yi Jing Li, o Aderir
    Fogo
    Hexagramme 13 du Yi Jing
    13
    Hexagramme 55 du Yi Jing
    55
    Hexagramme 63 du Yi Jing
    63
    Hexagramme 22 du Yi Jing
    22
    Hexagramme 36 du Yi Jing
    36
    Hexagramme 37 du Yi Jing
    37
    Hexagramme 30 du Yi Jing
    30
    Hexagramme 49 du Yi Jing
    49
    Trigramme duì du Yi Jing Tui, a Alegria
    Lago
    Hexagramme 10 du Yi Jing
    10
    Hexagramme 54 du Yi Jing
    54
    Hexagramme 60 du Yi Jing
    60
    Hexagramme 41 du Yi Jing
    41
    Hexagramme 19 du Yi Jing
    19
    Hexagramme 61 du Yi Jing
    61
    Hexagramme 38 du Yi Jing
    38
    Hexagramme 58 du Yi Jing
    58


    Comumente,o nome dos trigramas (hexagramas são compostos por dois trigramas), bemcomo do hexagrama em si, por si só, induzem a imagens mentais desituações análogas na natureza, provocando respostas emocionais. Nolivro recomendado existe também descrições e comentários, quanto àslinhas, aos trigramas e ao hexagrama em si, tanto de origem milenar,quanto do próprio autor e a e leitura dos mesmos frequentemente causa"insights", onde o consulente percebe coincidências significativasentre o descrito e a resposta que procura.

    Portradição, as linhas que resultem das três moedas com a mesma face (3"caras", ou 3 "coroas"), ou, no caso de outro sistema de sorteio, omaior número par possível (seis), ou maior número ímpar possível(nove), por si só seriam objeto de atenção especial, existendo textosespecíficos a serem lidos e interpretados, para cada linha nestasituação, que são chamadas de "linhas móveis". 

    A"mobilidade" sugerida implica que, estando na soma numérica máxima dacondição par (yin) ou ímpar (yang), as linhas nestas condições estãoprestes a se transformar em seu oposto ( de _ _ passaria para __ evice-versa...), obtendo-se assim, um novo hexagrama, desta vezrelacionado a uma situação futura, que seria decorrência natural datransmutação no tempo, do quadro apresentado inicialmente, que é focadono momento presente. Novamente, a consulta à tabela acima, levaria aostextos correspondentes, que acrescentariam mais subsídios para oconsulente espelhar-se e obter conclusões.

    Atualmente,existe muitos softwares capazes de realizar o sorteio do hexagrama, bemcomo já localizar os textos correspondentes ao mesmo. O próprio SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS vem desenvolvendo uma versão online, para uso de seus associados.

    OTerapeuta Holístico traz à pauta terapêutica as sincronicidadespercebidas pelo Cliente em relação à sessão com o I Ching, tal comofaria nas técnicas de interpretação de sonhos e de associações"livres", realizando uma discussão interativa sobre os aspectoslevantados, auxiliando o consulente a reconhecer conteúdos psíquicosseus que projetou durante o exercício lúdico de interpretação dohexagrama. 

     

    Resultados

    Ométodo mostrou-se eficaz como forma de acesso ao inconsciente,contornando as defesas racionais que comumente bloqueiam o aflorar dematerial psíquico, bem como foi particularmente útil com Clientes quetenham resistência maior perante as alternativas mais usuais deampliação da consciência, tais como análise de sonhos e associaçõeslivres. A interpretação e discussão de hexagramas obtidos possibilitauma sequência de pautas a serem trabalhadas em sessões continuadas,funcionando como fio de meada eficiente para a evolução dos processosde autoconhecimento almejados na terapia.


    Discussão 

    Boaparte do esforço terapêutico se dá no sentido de acessar o conteúdopsíquico inconsciente do Cliente, trazendo-o à consciência e auxiliar àmaior compreensão e assimilação, resultando em autoconhecimento e, porconsequência, uma melhoria na Qualidade de Vida

    Quantomais objetivo e racional for o método adotado para este fim, tanto maisfácil será para que as defesas e a resistência à terapia criemobstáculos ao aflorar de material reprimido. É válido, pois, que seutilize igualmente técnicas de cunho subjetivo, capazes de contornar aresistência do racional e possibilitar que, de forma indireta, semanifestem aspectos psíquicos, projetados em algo externo ao que sejacomumente associado com o "eu". O analista atento será capaz deidentificar as projeções e colher subsídios para a evolução da terapia.A Psicanálise clássica tira bom proveito da técnica de associaçãolivre, na qual o Cliente, ao entregar-se ao "jogo" de expressar tudoque lhe vier à mente, sem censura e da forma mais espontânea eimpensada, frequentemente traz à tona informações reprimidas sobre simesmo, sem se dar conta de imediato, contornando desta forma, aresistência natural que impede o aflorar destes conteúdos. Ainterpretação de sonhos segue este mesmo caminho, pois, nosso racionalnão se dá conta, a princípio, de que ao falar do que aconteceu nouniverso onírico, estamos, na verdade, contando sobre nós mesmos. OPsicodrama, a Arteterapia, igualmente possibilitam "palco" e "tela"onde o Cliente interpreta e pinta a si mesmo, sem se dar conta imediatado processo, evitando dessa forma que as defesas racionais bloqueiem oeclodir do material psíquico.

    Dentro desta mesma linha, os métodos que utilizam o conceito junguiano de SINCRONICIDADE, tais como Astrologia, Numerologia, Tarô e, mais particularmente ao caso, o I Ching,funcionam perfeitamente como formas de acessar o inconsciente e detrazer à tona material antes reprimido, no decorrer do exercício deinterpretação.

    Aindaque de origem milenar e oriental, o I Ching, quanto à forma, está emparalelo com as mais modernas e ocidentais concepções. O conceito de umuniverso em contínua mutação possui evidentes analogias com a visão domicroscosmo das partículas, antes tida como imutáveis, e que agora sãoconcebidas como transmutáveis umas nas outras, na visão da físicaquântica. 

    Jáa incrível coincidência entre a matemática do DNA e as suas 64possíveis combinações e igual número e forma de hexagramas do I Ching,novamente colocam o secular sistema em sintonia com os nossos tempos.

    Maispróxima ao cotidiano de todos, a computação, onipresente na vidamoderna, simplesmente se baseia na mesma matemática que o I Ching: TUDOé sintetizável e expresso sob  combinações de tão somente duasvariáveis opostas e complementares: "0" (desligado, negativo) e "1"(ligado, positivo), ou seja, yin ( _ _ ) e yang ( __ ) !

    Veja a palavra ALEGRIA, escrita em linguagem de computação: 

     

    01000001011011000110010101100111011100100110100101100001

     

    E a mesma expressão, sintetizada em um hexagrama:

     

    _  _  0
    ___  1
    ___  1
    _  _  0
    ___  1
    ___  1

    Damesma forma como a linguagem "pura" do computador nos é incompreensívele precisamos de sistemas operacionais (DOS, Windows, Linux...) quefaçam a tradução, bem como de "softwares" (aplicativos) para tarefasespecíficas, igualmente o entendimento direto de um hexagrama nosescapa e necessitamos de "traduções" desta linguagem primordial,servindo para tal, os textos de autores seculares e modernos, que nostrazem suas interpretações quanto às linhas, trigramas e hexagramas.

    Assimcomo o computador, tão somente variando entre zero e um, nos dá acessoa textos, imagens, sons, vídeos, cores, igualmente o I Ching,alternando entre yin e yang, resulta em combinações que evocam em cadaum de nós, situações típicas pelas quais todos passamos em algummomento, mais precisamente, 64 circunstâncias "universais", ARQUETÍPICAS, tão antigas e primordiais que fazem parte do INCONSCIENTE COLETIVO e, como tal, automaticamente evocam nossa empatia. 

    Cadahexagrama é um espelho no qual refletimos uma faceta de nós mesmos.Neste quesito, até o mais cético e racional dos indivíduos éperfeitamente capaz de compreender e aceitar. O que realmente causaadmiração a quem pratica e suspeição em quem nunca experienciou ofenômeno, é que o signo gerado ao "acaso" pelas variáveis do yin eyang, resulta em algo mais do que uma "tela" em que projetamos aspectosinconsciente de nosso psiquismo... Até mesmo um "observador externo" aoevento percebe evidentes coincidências entre a pergunta original e osímbolo resultante pelo método do I Ching. Não existe uma relaçãocausal, mas, subjetivamente, emocionalmente, é sentido que é ocorrecontinuadamente coincidências significativas, ou seja, SINCRONICIDADES entre o momento vivenciado pelo consulente e a interpretação clássica do hexagrama resultante.

     

    Nestetrabalho aqui apresentado, teceu-se várias metáforas relacionando osistema com "telas" onde o Cliente pinta a si mesmo; neste ponto datese, convém ampliarmos a analogia, considerando cada hexagrama comouma obra-prima retratada há milhares de anos, cuja interpretação já foiobjeto de dedicação de inúmeros especialistas no decorrer dos tempos. AMona Lisa, de Da Vinci, é coletivamente conhecida por seu sorrisoenigmático. Individualmente, pode ocorrer de alguém olhar ao quadro econsiderar a mulher retratada como estando, por exemplo, triste. Nestasituação hipotética, há grandes chances da pessoa estar PROJETANDO suatristeza como se fosse algo externo a si, defensivamente atribuindo suaemoção não compreendida para a tela. Claro que, em terapia, a situaçãodescrita, por si só, teria proporcionado um bom subsídio... 

    Já no contexto terapêutico em que se emprega o I Ching, o procedimento terá que ser complementado. Quando um profissional, um Terapeuta Holístico,se propõe a incluir esta técnica a disposição de seus Clientes, há deestudar as interpretações clássicas de cada hexagrama, pois,partindo-se do pressuposto da SINCRONICIDADE, ainda que sejafundamental tudo o que o consulente projetar de si sobre os símbolos,também será importante o arquétipo, quanto ao seu consensointerpretativo clássico, cabendo levantar a hipótese de o indivíduoenquadrar-se no contexto e estar resistindo inconscientemente emconstatar. 

    Aindano campo metafórico, algo como um espelho refletindo uma pessoa magra(dentro de parâmetros de interpretação padronizados pela sociedade..),que vê a si como estando acima do peso, pois, devido a educaçãorecebida, traumas, etc..., desenvolveu uma auto-imagem de inadequação.Caberia ao Terapeuta Holístico constatar a provável disparidade eincluir na pauta das sessões uma forma de auxiliar o Cliente em rever aimagem que fixou sobre si mesmo. Também no espelhamento frente a umhexagrama, o profissional deve observar se há discrepânciasignificativa entre a interpretação pessoal do consulente e a versãoclássica e se é caso de propor e proporcionar oportunidade dereavaliação de sua percepção do momento.

    O I Ching, quanto empregado no âmbito terapêutico, tem claro enfoque de que está sendo acessado o INCONSCIENTE,não apenas o coletivo, mas essencialmente o INDIVIDUAL, cabendo aoTerapeuta Holístico catalizar a interpretação do Cliente quanto aoshexagramas, inclusive, suprindo-o de informações quanto à visãoclássica de seus significados, mantendo-se atento a identificar oconteúdo psíquico que se apresentar refletido, para que possa, nomomento oportuno, reapresentar à pauta das sessões.


    Conclusões

    Boaparte da Clientela da Terapia Holística possui curiosidade e aceitaçãoquanto a técnicas que envolvam a Sincronicidade, como é o caso do I Ching, especialmentedestacado graças à simpatia pública de grandes pensadores, e, ainda quemilenar, mantendo-se em surpreendente atualidade quanto ao linguajarmatemático em que se estrutura, similar ao dos computadores, que estãocada vez mais inseridos no dia-a-dia de nossa vida moderna.

    Aampliação do autoconhecimento é premissa para toda Terapia, o que exigedos profissionais o conhecimento e aplicação de técnicas que propiciemacesso ao inconsciente de cada Cliente, trazendo à consciênciaconteúdos psíquicos para serem compreendidos e integrados. Os sistemas("mecanismos"...) de defesa criam a natural e esperada resistência aeste processo de aflorar do psiquismo, cabendo ao analista encontrarformas de contornar e abrandar esta reação contrária, elegendo qual atécnica adotar, para cada indivíduo e a cada momento. 

    Somando-seà milenar análise dos sonhos, às técnicas vivenciais de catarse, àserena e freudiana associação livre de idéias, dentre inúmeros outrosinstrumentos, este trabalho apresenta o uso do I Ching como mais umeficaz e lúdico sistema a ser aplicado nos consultórios.

    OPsicanalista Carl G. Jung o considerou um guia para o inconsciente. Jáesta dissertação, de forma bem-humorada quanto à sua analogia com osmodernos sistemas de informática, acrescenta que o I Ching é umverdadeiro "software" do Eu.

     

    Referências Bibliográficas

    "I Ching: o Livro das Mutações" - Richard Wilhelm - Editora Pensamento-Cultrix

    “Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" - Johnson F. Yan - Madras

    "I Ching - O Livro Do Yin E Do Yang" - Cyrille Javary -Editora Pensamento-Cultrix

    "O Tao Da Física: Um Paralelo Entre A Física Moderna E O Misticismo Oriental" - Fritjof Capra - Editora Pensamento-Cultrix

     

    Anexos e Apêndices

     

    Coincidência entre os estudos do DNA e do I Ching

    Quadro-resumo das semelhanças

    DNA I Ching
    O DNA encerra todos os processos vitais de todos os seres vivos, determinados por uma estrutura com formação precisa. O I Ching engloba todos os processos existenciais dos seres vivos, através de uma estrutura com formação precisa.
    A base do DNA é constituída pela polaridade da dupla hélice, sendo a manifestação fundamental da vida. A base do I Ching é constituída pela polaridade Yin-Yang, manifestação fundamental do princípio universal.
    Quatro moléculas compõem a hélice dupla do DNA: adenina, timina, citosina e guanina; elas se interligam aos pares. Quatro símbolos são utilizados para compor uma codificação: yang-repouso, yang-móvel, yin-repouso e yin-móvel; eles se interligam aos pares.
    Três destas moléculas formam uma palavra-código para a síntese da proteína. Três destes símbolos formam um trigrama, que é a imagem fundamental a formar os hexagramas.
    Cada palavra é constituída de três letras dentre quatro possíveis. Cada trigrama é constituída de três símbolos dentre quatro possíveis.
    A direção de leitura das palavras-código é estritamente determinada. A direção de leitura dos trigramas é estritamente determinada.
    Duas das tríades denominam-se "início" e "fim". Marcam o começo e o término de uma frase-código. Dois dos hexagramas denominam-se "Antes do Fim" e "Após o Fim". Marcam fim e início de uma situação vivencial.
    A programação da identidade genética é determinada por um código de 64 palavras. Os hexagramas são as identidades de interpretação e formam um conjunto de 64 condições.
    Uma ou diversas tríades programam a construção de cada um dos vinte aminoácidos; seqüências bem determinadas dessas tríades elaboram a forma e construção de todos os seres vivos, dento de um contexto evolutivo. Uma ou diversas tríades formam hexagramas que fornecem imagens vívidas e precisas de estados dinâmicos da vivência; seqüências bem determinadas dessas tríades determinam uma programação de destino, dentro de um contexto evolutivo.

    Fonte: http://www.mlopes.eng.br/iching/dna2.htm


     

    NTSV — TS 001-Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    1. SUMÁRIO


    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TS 001 - Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

     

    2. PREFÁCIO


      Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas= regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais;setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias= sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõeuma atitude voluntária dos profissionais a partir de umaconscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerápontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, taiscomo Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética,Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força deLei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião dafiliação espontânea de cada membro junto à entidadeauto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissõesregulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido atémesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, asentidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sançõesestatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quandomuito, excluir um membro do quadro social.
       As entidadesAuto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos àsociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aosserviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internasda organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado públicoatravés de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicase Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo semobrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencialmuito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei demercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada veztem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostracrescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total oudo total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos AnexosInformativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídiospara melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV,além de facilitar a co


    3. INTRODUÇÃO 

     

    ATerapia em Sincronicidade conta com uma vasta bibliografia e grandeaceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentesquanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípiosbásicos para as boas práticas profissionais que nortearão aauto-regulamentação da Terapia Holística.

     

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

     

    4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE — Boas Práticas

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

     

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

     

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 
    TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear. De posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.
    5.1.3 
    CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 
    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 
    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 
    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 
    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 
    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 
    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro TH, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 
    SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 
    JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 
    TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 
    ARQUÉTIPO: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.
    5.1.14 
    SÍMBOLO: é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Muitas vezes representado na forma de imagens ou sons, funciona como uma forma de linguagem do inconsciente, expressa nos sonhos, nas artes, nos exercícios de imaginação ativa, dentre outras situações. Pode ter um significado individual ou coletivo.
    5.1.15 
    TERAPIA EM SINCRONICIDADE: sistema que utiliza métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo ou organização, catalisando o cliente ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas) e na habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais, além de promover a harmonização de ambientes.
    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas


    TH — Terapeuta Holístico;
    TS — Terapia em Sincronicidade;
    THS — Terapeuta em Sincronicidade;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TS

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TS com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vinculação religiosa ou de credo ao trabalho.

    5.3.3.2.1 — Esclarecer que os símbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.) jamais determinam as características e acontecimentos sócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regerem sincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos de referência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos.
    5.3.3.2.2 — Tornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsões taxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposições com maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um período ou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões.
    5.3.3.2.3 — Fazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, que ao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração de letras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso de pedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-se com as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim, considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativos envolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    5.3.3.3 — O THS tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver sua intuição e pensamento não-linear, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de interferências estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.

    5.3.3.3.4 — O THS avalia o cliente e/ou do ambiente, interpretando os símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo, identificando quais as potencialidades e predisposições a serem adequadamente trabalhadas por aconselhamento e demais técnicas pertinentes.
    5.3.3.3.5 — O THS ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:

    5.3.3.3.5.1 — Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE — Sindicato dos Terapeutas.
    5.3.3.3.5.2 — Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
    .

    5.3.3.3.6 — Cabe ao THS a avaliação racional da análise sincronística obtida para detectar o efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.

    5.3.4 Produtos para TS — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio THS em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 29/09/2009 11:45


    O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    Ana Luiza Iughetti Feres

    Terapeuta Holística

    CRT 42969

    Propositura de Palestra para

    Holística 2011

    Ribeirão Preto

    2011

    RESUMO

    A análise dos mitos é fundamental na Psicoterapia proposta por Jung. Os símbolos do inconsciente coletivo que os mitos trazem nos permitem perceber outras dimensões do nosso próprio inconsciente e caminhar no processo terapêutico. O mito de sísifo nos ajuda a refletir sobre vários aspectos específicos da sociedade contemporânea e sofrimentos humanos atemporais como a dicotomia vida e morte, o trabalho interior e a religiosidade; trazendo vários "insights" para o processo terapêutico.

     

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução
    1. O Mito de Sísifo
    1. Conceitos de Psicologia Analítica
    1. Imagem Mitológica de Sísifo e o Homem Contemporâneo
    1. Considerações Finais
    1. Referências Bibliográficas

     

    1. INTRODUÇÃO

    De que nos fala o Mito de Sísifo? Da morte? Do trabalho? Da disputa entre humanos e deuses? Do castigo dos deuses? Que relação podemos fazer entre o que nos fala esse mito e os processos psíquicos do homem contemporâneo?

    A Psicologia profunda de C.G.Jung descobriu que há uma relação muito próxima entre os processos psicológicos do homem moderno e a imensa gama de conhecimento que nos foi deixado como herança pelos povos antigos e que podemos conhecer através da mitologia.

    Para Jung, o mito é um estágio intermediário entre a cognição inconsciente e consciente, como uma ponte necessária e facilitadora. É como um "tradutor" dos Arquétipos - que formam o psiquismo humano - decodificando-os a partir das mais diversas mitologias do mundo. Podem-se estabelecer muitos paralelos entre os mitos e o que está acontecendo na psique e na vida de uma pessoa ou sociedade.

    Esse é o objetivo dessa palestra: entender o Mito de Sísifo à luz da Psicologia Junguiana, para que possamos ampliar e aprofundar a compreensão desse mito, analisando suas possíveis implicações na psique do homem contemporâneo.

     

    1. O MITO DE SÍSIFO

    Segundo Brandão (1996), Sísifo era originário da cidade grega de Corinto, um rei que desafiou os deuses e até mesmo a morte. Diz que Zeus observou a filha Egina do deus do rio, Asopo e a raptou. Quando seu pai quis saber sobre o ocorrido, ninguém queria falar com medo da reação de Zeus.

    Mas Sísifo percebeu ali uma grande oportunidade e não pensou em deixá-la passar. A cidade de Corinto tinha na época um problema bem sério, não havia em seu perímetro uma fonte de água doce. O povo precisava ir buscar água em lugares distantes para satisfazer suas necessidades. Sísifo conversou com o deus do rio e fez um acordo, dava informações em troca de água. O deus concordou e uma fonte nasceu dentro da cidade de Corinto.

    Asopo foi atrás de Zeus e este teve de devolver-lhe a filha que havia roubado. Zeus sabia quem ousou dar as informações e chamou seu irmão, Hades, o senhor do inferno e este mandou a morte, Tânatos, para buscar Sísifo.

    A morte com missão precisa apareceu no mundo dos vivos. Geralmente recebida com grande espanto e terror pelas pessoas, ficou surpresa quando o esperto Sísifo a convidou para sentar-se em sua mesa para comer e beber. Foi uma boa conversa com piadas e descontração. Então, Sísifo ofereceu a ela um par de algemas que havia feito. Como já havia confiança e boa vontade entre eles, a morte colocou as algemas no pulso. Só depois de certo tempo é que ficou claro que ela, a morte havia ficado prisioneira de Sísifo.  

    Um fato desses abala o Universo todo. Nada e nem ninguém morria, pessoas, plantas ou animais. Com a morte no cativeiro haveria muitos efeitos colaterais: como superpopulação e aqueles que estavam doentes permaneceriam assim sem esperança de alivio. A vida sem a presença da morte faz pouco ou nenhum sentido. Até o tempo e a evolução param. Nem a guerra faz sentido, pois os soldados mortos em luta se levantam para agir de novo. Isto também enfureceu o deus da guerra Ares. A morte é um dos poucos controles que os deuses têm sobre os humanos.

    Zeus, que é o senhor do Olimpo, percebeu a confusão que Sísifo havia arrumado e mandou o próprio Ares para buscá-lo e levá-lo para o inferno. Desta vez a missão foi cumprida com sucesso.  Ares libertou a morte e levou a alma de Sísifo. Mas as coisas não acabaram nisso. Sísifo ainda tinha outros truques para executar.

    Ele havia instruído sua esposa para não enterrar seu corpo e nem fazer os rituais fúnebres exigidos pelos deuses. Chegando na terra dos mortos, Sísifo foi reclamar que seu cadáver não havia sido devidamente enterrado. Pediu permissão para voltar para a Terra e castigar sua esposa por causa do desrespeito aos deuses. Hades concedeu a ele três dias para ir e retornar aos infernos. Mas quando chegou na superfície ficou evidente que não tinha nenhuma intenção de retornar novamente. Mais uma vez ele se saiu bem no confronto com os deuses.

    Para resolver o problema de modo definitivo, Zeus mandou Hermes, o mensageiro dos deuses e aquele que acompanha as almas dos mortos até o outro mundo. Hermes capturou a alma de Sísifo e a levou para Hades, depois enterrou seu cadáver com os rituais necessários, exigidos pelos deuses e encerrou o assunto. No inferno o astuto Sísifo recebeu o seu castigo: devia rolar por toda a eternidade uma pedra montanha acima para ver em seguida a mesma voltar ao ponto de origem e ele ter que repetir todo o ciclo novamente.

    1. CONCEITOS DE PSICOTERAPIA ANALITICA

    O Ego: O centro da consciência. 

    Para Jung o ego é um complexo - o principal -, formado a partir dos registros da memória e das sensações corporais, tendo base somática. O ego não é equivalente à totalidade da consciência, é apenas o seu centro, sendo que todos os acontecimentos da vida precisam entrar em contato com ele para se tornar conscientes - pensamento, emoções, idéias, experiências, etc.  

    O ego tem diversas funções, como promover a adaptação da pessoa às exigências da vida, fazer diferenciação de conteúdos conscientes e inconscientes e mediar prazer e realidade. Ele organiza os conteúdos da vida psíquica, avalia, critica e raciocina em busca de soluções para os problemas que a pessoa enfrenta.

    Uma consideração importante sobre a consciência é que não pode haver elemento consciente que não tenha o ego como ponto de referência. Assim, o que não se relacionar com o ego não atingirá a consciência. A partir desse dado, podemos definir a consciência com a relação dos fatos psíquicos com o ego. (JUNG, 2001, p. 7)

    A consciência do ego tem uma importante característica de seletividade, o que equivale a dizer que certos conteúdos tornam-se conscientes e outros não. Esses conteúdos eliminados vão aos poucos formando o que conhecemos como inconsciente pessoal ou a sombra do próprio ego, onde mesmo potenciais criativos podem ficar reprimidos.

    O ego, em seu processo adaptativo, vai precisar formar algumas defesas, sendo algumas úteis e necessárias, outras neuróticas, e outras ainda, psicóticas e psicopatológicas. O ego é um complexo funcional no campo da consciência que é variável de indivíduo para indivíduo, variando em extensão e profundidade.

    A consciência, na opinião de Jung, não é algo fixo e imutável. Ela sofre modificações constantes e evolui ao longo do tempo. Após a estruturação do ego, este precisa se defrontar com o inconsciente para continuar evoluindo. É preciso que o ego consiga estabelecer contato com o inconsciente e consiga também assimilar seus conteúdos para não sofrer a estagnação.

    Complexos

    Todas as experiências modificam a bioquímica celular. A cada nova vivência, ficam marcas na memória celular. É nossa capacidade de ser afetado (afetividade) de modo variado e diferenciado pelas coisas que nos cercam que faz com que não sejamos robôs.

    Quando entramos em contato com algo que nos afeta é que esse algo passa a ter significado. E a repetição de experiências que têm valor fundamental e vão se associando por semelhança e analogia em torno de uma experiência centralizadora, é que dá origem aos complexos.

    Complexo é então um conjunto de experiências capazes de nos afetar em torno de uma experiência centralizadora. É a unidade funcional básica da psique. Ou seja, conteúdos com forte carga emocional e energética porque estão associados, por semelhança e analogia, às experiências centralizadoras. É o que mobiliza a nossa energia psíquica.

    Os complexos contaminam todas as nossas percepções das coisas e por isso as experiências da infância são tão importantes, porque formam as primeiras memórias celulares ou os primeiros complexos. Em função dos complexos, só ouvimos o que queremos e sentimos o que podemos. Somos uma rede de complexos que são acionados por vários mecanismos possíveis

    Inconsciente Coletivo e Arquétipos

    Diferente de Freud que considerava que o inconsciente era formado a partir de conteúdos reprimidos somente, portanto individuais, Jung descobriu que há camadas na psique que nunca foram conscientes e nem se formaram de conteúdos das experiências pessoais reprimidas.

    Essa dimensão do inconsciente, que Jung chamou de Inconsciente Coletivo, não diria respeito aos conteúdos individuais reprimidos do sujeito em questão, mas sim a símbolos comuns a toda a humanidade, disponíveis para todos. Esse inconsciente forma a base do nosso psiquismo e é formado pelos Arquétipos.

    Arquétipos são imagens primordiais carregadas de energia que advém das experiências coletivas que reforçam, a todo o momento, essa carga energética, que fica à disposição da humanidade, para ser acessada, na forma de imagens primordiais, a cada necessidade adaptativa. É a nossa matriz, fonte geradora de material para a consciência. Esta matriz produz um conjunto enorme de fenômenos, como sonhos, visões, os chamados acontecimentos espíritas e afins. As imagens arquetípicas são o suporte energético para o funcionamento adequado da consciência. Para que o ego seja revigorado sempre, precisa do contato constante com sua usina de força.

    Dei o nome de arquétipos a esses padrões, valendo-me de uma expressão de Santo Agostinho: Arquétipo significa um "Typos" (impressão, merca-impressão), um agrupamento definido de caracteres arcaicos, que, em forma e significado, encerra motivos mitológicos, os quais surgem em forma pura nos contos de fadas, nos mitos, nas lendas e no folclore. (JUNG, 2001, p.34, grifos do autor)

    Jung, ao longo de sua vida, deixou muitos estudos a respeito dessa camada mais profunda do psiquismo humano, como a alquimia, os contos de fada, a gnose, as religiões comparadas e a mitologia.

    Através do conceito de arquétipo e do inconsciente coletivo foi possível para a psicologia abrir caminho para a compreensão de rico material pertencente aos mitos e ajudar o homem moderno na compreensão de todas as dimensões de si.

    A função transcendente e a dinâmica psíquica

    Esta é a função que, segundo Jung, no processo de desenvolvimento do ego vai ligar a vida consciente ao inconsciente de modo construtivo e cooperador. O Ego e o Self - centro da psique - de modo geral não estão em harmonia, podendo até mesmo estar em oposição.

    Como o inconsciente se comporta de modo compensatório ou complementar em relação à consciência, e vice-versa, para a Psicologia Analítica a transcendência de uma atitude a outra ocorre a partir da busca de significado e finalidade dos conteúdos que o inconsciente está trazendo.

    Jung entendia a dinâmica da psique, dentro do conceito da complementariedade - não há opostos com começo e fim e sim um continuum de experiências entre os opostos que vão se modificando e afetando todo o tempo.

    É esse jogo de forças que vai produzir os símbolos. Símbolo = aquilo que une. Nossos símbolos individuais - nossos sonhos, nossas marcas, emoções e sentimentos, nossa forma de funcionar no mundo - é o que une a nossa expressão consciente ao nosso inconsciente mais profundo, tendo no processo de individuação seu ponto máximo.

    Energia Psíquica para Jung, diferente de Freud, não se limita à energia sexual, mas diz respeito à energia vital. Energia não é algo que se define, apenas sabemos a sua manifestação. Energia que vem de ergos = que produz trabalho, modificação.

    Nas palavras de Grinberg (1997, p.9) "Assim como calor, luz e eletricidade são manifestações diferentes da energia física, fome, sexo e agressividade seriam expressões variadas da energia psíquica."

    A dinâmica psíquica se estabelece num jogo de forças entre o consciente e o inconsciente. Quando uma imagem surge na consciência tem uma força, resultado energético que tem a capacidade de nos afetar. E a consciência vai lidar com essa imagem de diferentes maneiras: projeção, repressão, assimilação ou integração.

    Sacrifício

    No processo de evolução psicológico chega um momento que o sacrifício se impõe de modo natural, sendo que o ego deve abrir mão do que está sendo solicitado, pois do contrário vem a estagnação.

    Para a Psicologia, este termo descreve o sacrifício da energia psíquica que está organizada numa dada direção. O modelo na civilização cristã ocidental é o sacrifício de Cristo na Cruz, para transcender o mundo e alcançar a ressurreição, cumprindo, assim a vontade de Deus. Este pode ser vivido como um momento de grande tensão e pavor, como ficou gravado na história cristã.

    Na relação Ego-Self, chega-se a um desses momentos em que ao ego é solicitado algo muito parecido. O ego pode não estar preparado para essa situação e entrar em conflito e sofrimento. Esses são os momentos de transição de uma situação ou estado a outro.

    O próprio Jung é exemplo disso, quando, para continuar avançando no que acreditava, precisou sacrificar sua amizade com Freud, carreira universitária e de médico no hospital psiquiátrico. Vem disso a perda do rumo da vida, a desorientação, a falta de solo firme que o ego está acostumado. O ego precisa renunciar livremente sem ter garantias do que vai receber e quais os novos rumos a vida terá.

    O sacrifício equivale a uma morte simbólica e, portanto, a um renascimento.

    Sombra

    Para Magaldi, "a sombra representa na psicologia junguiana os aspectos inconsciente de si mesmo, bons e maus, que por algum motivo e ego não consegue integrar." (2009)

    Podemos dizer que a sombra é a parte do Self que foi rejeitada pelo ego consciente. A sombra compõe-se de vários aspectos, indo desde a sombra pessoal, familiar, social em suas muitas facetas, até o arquétipo da sombra. Este último apresenta dificuldades bem maiores de conscientização, devido estar muito longe da experiência comum. Sua vivência pode levar ao estado de possessão, como na história de Fausto ou no confronto entre Cristo e o diabo, como nos conta o novo testamento.

    A sombra também funciona como o elemento provocador, irritante, perturbador. Aquele que desaloja a pessoa de seu estado de inércia psíquica para movimentá-la em outra direção, mesmo que seja contra a sua vontade. Às vezes ameaça a consciência de regressão e desintegração.

    Em geral, como há pouca consciência de sua constante presença, ela é encontrada em projeção. Este mecanismo parece ser o mais eficaz para localizá-la. Nos sonhos aparece como pessoas do mesmo sexo e nos mitos, ela é o vilão que combate o herói. A sombra possui enorme quantidade de energia que quando aceita, passa a ser útil ao ego, tirando o mesmo de suas limitações e bloqueios.

    Individuação

    Processo de desenvolvimento psicológico através do qual o indivíduo vai se aproximando cada vez mais de sua singularidade e totalidade. Para Jung, há no ser humano uma tendência, um impulso ou instinto, de tornar- se um ser cada vez mais completo do que se é no momento.

    O ego não é a totalidade da psique. Há um centro maior que abarca o ego e está muito além dele. O ego é o representante do Self (Ser Total), mas este é sempre percebido por cada um de nós como maior do que aquele. Porque temos uma disposição inata para a transcendência. Transcender nossa condição humana de existir. Existir = ex-estar = "condenados ao futuro" na expressão de Heiddeger. Estamos sempre diferentes a cada momento, sendo projetados, ou seja, somos sempre um projeto de ser, uma promessa de ser e essa é a angústia vital do ser humano. Tudo com uma única certeza, a da morte.

    É o ego que faz o processo de individuação. Precisa desapegar do corpo e se entregar à Alma. Desde que nascemos buscamos nos adaptar ao ambiente, às regras, à família e à sociedade, como forma de sobreviver e ser amado, mas essa adaptação pode nos afastar de nosso verdadeiro eu, nossa Alma inata que viemos realizar.

    Se não houver o confronto entre o Self e o ego, não há oportunidade para nascer o novo ego, mais integrado ao Self. O analista vai ajudar a integrar as partes, sair do conflito, na sua função de cura vai ajudar a encontrar o caminho para integrar as partes dissociadas. Esse é o início do processo de individuação.

    A individuação é um processo que permeia toda a vida humana. É o potencial latente a ser trabalhado, vivido. Segundo Jung "Só aquilo que somos tem o poder de curar-nos" (JUNG, 2007, §258)

    O processo de individuação, portanto, consiste em integrar nossas partes dissociadas, inconscientes, ao ego, consciência, para realizar o nosso Self, Si-Mesmo. Individuar é realizar o ser único que somos, nos diferenciando cada vez mais do comportamento em massa.

    Assim, individuação não é um ego bem adaptado, que vive profundamente o mundo racional e que contribui para que o indivíduo leve vantagens materiais sobre os demais. A individuação vai desnudar o self dos vários invólucros da persona e das imagens primordiais que tanto interferem em nossa vida. Então, individuar-se não nos exclui do mundo, mas aproxima o mundo de nós. (MAGALDI, 2009)

    Para Jung, nesse processo, a religiosidade é uma dimensão do homem que não pode ser negada. Jung coloca a religiosidade como uma função natural, inerente à psique, encontrada em todos os povos conhecidos.

    A psicologia junguiana põe em relevo a presença, no âmago da psique, do arquétipo de Deus ("indistinguível do arquétipo do Self"), sem pretender jamais afirmar nem negar a existência de Deus como ser em si mesmo. (SILVEIRA, 1997, p.133)

    Jung usa a palavra religião no sentido do religio = re e ligare. Ou seja, religar os aspectos conscientes (ego) às profundezas do inconsciente (Self), individuar-se.

    Entre todos os meus doentes na segunda metade da vida, isto é, tendo mais de 35 anos, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse constituído pela questão de sua atitude religiosa. Todos, em última instância, estavam doentes por ter perdido aquilo que uma religião viva sempre deu em todos os tempos a seus adeptos, e nenhum curou-se realmente sem recobrar a atitude religiosa que lhe fosse própria. Isto está claro, não depende absolutamente de adesão a um credo particular ou de tornar-se membro de uma igreja. (JUNG apud SILVEIRA, 1997, p.125-126)

    1. IMAGEM MITOLÓGICA DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    Se tentarmos ver em Sísifo um modelo de homem, ele então será alguém tão convencido de sua força, de sua inteligência e de suas capacidades criativas que se considerará imortal. Morte, mudança, renúncia, reveses, nada disso existe para ele. (KAST, 1997)

    A morte é um controle poderoso que os deuses têm sobre os seres humanos. Seus mistérios nunca foram revelados a nenhum mortal que se tenha noticia. E Sísifo ousou desafiar a morte e o poder dos deuses.

    O castigo que Sísifo recebeu - ficar rolando a pedra cume acima da montanha infinitamente, apenas para vê-la rolar montanha abaixo justo antes de alcançar o cume - foi em decorrência de ter trapaceados os deuses, fugindo da morte. Os truques de Sísifo estavam alterando a ordem estabelecida das coisas, da vida e da morte.

    Vida e Morte. A dicotomia da existência que impulsiona, dá esperança, força para a realização. Vida e Morte, dois lados da mesma moeda; continuidade sem fim? Quando Sísifo desafia Zeus conseguindo a fonte de água para Corinto, está presente essa dicotomia também. Poder do Homem x Poder de Deus. Esse mundo e o outro mundo.  

    Não podemos ver o mesmo comportamento no homem contemporâneo que desafia a morte com seus avanços tecnológicos, a medicina e suas técnicas de rejuvenescimento? Escravos da juventude e da saúde, com pânico da morte. Não querem morrer, querem vencer os deuses. Mas quando não há a perspectiva da morte, será a vida uma eterna repetição infinita?

    Por outro lado, é a repetição de experiências, padrões de comportamento e situações, que permite a tomada de consciência e por conseqüência, mudança e evolução. Mas a repetição, paralisia no mesmo lugar, é uma forma de morte, pois sem possibilidade de mudança, conclusão de ciclos, não há vida.

    Portanto, se vida é transformação, Sísifo está morto no seu esforço repetitivo? Mas ele pode ter se vingado mais uma vez porque a cada vez que Sísifo levanta a pedra montanha acima, uma nova esperança renasce de que novo fim aconteça.

    Aqui aparece uma nova dicotomia que o mito traz - como saber até quando lutar, persistir, roubar um pouco mais de vida da morte e quando reconhecer que é sensato entregar-se, admitir a derrota, largar a pedra e seguir adiante.

    Quantos na nossa sociedade sentem-se sobrecarregados com a quantidade ou qualidade do trabalho; trabalho não prazeroso na maioria das vezes e não tem coragem de largar a pedra e começar uma nova história? Ficar preso numa mesma luta constante, num mesmo objetivo, com a energia focada em uma única direção - seja o trabalho, ou qualquer outro pilar da vida - leva a uma morte em vida.

    Talvez o modo como a maioria das pessoas vivencia a si mesmo atualmente, sem refletir e questionar a possibilidade de mudar, seja de fato um trabalho de Sísifo. Quando o homem contemporâneo foca no trabalho sua energia total, acreditando que do dinheiro daí advindo, virá a realização, a felicidade, ignorando outras necessidades de realização individual, coletiva e espiritual, pode ficar reduzido ao vazio da repetição infinita.

    Assim o homem da sociedade capitalista é visto como alguém que se coisifica pela moral utilitarista, tendo como meta a redução da capacidade do homem produtor, suprimindo as alegrias e a paixão, condenando-o ao papel de máquina entregue ao trabalho contínuo sem trégua nem piedade. (MAGALDI, 2009).

    Mas devemos olhar para o trabalho de Sísifo não apenas como o trabalho externo, mas como o trabalho interno, necessário ao homem para evoluir, integrar-se, individuar-se. No processo terapêutico, por exemplo, há uma repetição criativa de situações, pois a evolução é uma espiral que parece sempre voltar ao mesmo ponto. Mas a cada nova experiência, fica diferente a manifestação, o sentimento, a neurose.

    Se Sísifo simboliza o ego e seu trabalho de criar mais e mais consciência, os deuses simbolizam o inconsciente coletivo e neste caso uma reação compensatória destrutiva, o que indica que a atitude da consciência é inadequada, para lidar com a situação.

    Sísifo tinha uma relação conturbada com os deuses, de disputa constante, não dimensionando adequadamente as forças que estavam em jogo. Em terapia, ao longo do processo de individuação, quando o ego está isolado ou com uma relação destrutiva com o inconsciente, ele não consegue perceber que está em desvantagem frente à psique objetiva.

    Com suas atitudes e comportamentos não adaptados, Sísifo se expôs à ira e vingança dos deuses - ou a uma reação destrutiva do inconsciente. O que fez teve conseqüências não só pessoais, mas também para todos. Sísifo não foi capaz de aceitar os desígnios dos deuses, seu destino. Tentou mudar a ordem da criação e a realidade humana.

    Jung ressalta quando de seu confronto com o inconsciente o quanto é importante para o ego aceitar seu destino. No processo de individuação chega-se a um momento crucial, que é o momento do sacrifício. Ao ego é solicitado algo do qual não quer abrir mão. É uma situação angustiante. Há uma luta interna muito grande para abrir mão de coisas consideradas preciosas. Mas se isso não for feito, a evolução não avança.

    O objetivo do confronto com o inconsciente é criar a função transcendente que vai unir os dois lados em conflito, procurando chegar a uma cooperação construtiva.

    No mito de Sísifo parece-nos que isso não foi possível. A relação entre ele e os deuses era de disputa, de tentar vencer o inconsciente através de truques e artimanhas bem simplistas.

    1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

    O homem contemporâneo carece de lentes para auxiliá-lo a enxergar os deuses que o rodeiam, e aqui deuses são manifestações arquetípicas com conteúdos energéticos de pólos opostos, que podem ativar a sombra ou trazer a luz para mostrar o caminho da individuação.

    A função transcendente nesse caso pode se manifestar como um obstáculo que paralisa o ego temporariamente de seguir o caminho, até então apresentado como único possível.

    Sísifo recebeu esses "obstáculos" como desafios e seu ego obsessivo fez com que ele canalizasse a energia para superá-los ao invés de tentar entendê-los como possibilidade de integrar seus conteúdos inconscientes.

    Os deuses contemporâneos se apresentam nos menores detalhes, nos processos de sedução que se desdobram em assedio moral, na carreira meteórica que pode trazer um câncer consigo, na desumanização das relações, eliminando todas as possibilidades de respeito. No mito de Sísifo, os deuses Tânatos, Ares, Hades e Hermes se apresentam aparentemente como os obstáculos a serem vencidos, porém na realidade eles representam a oportunidade de redenção se observados de forma intuitiva.

    1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    BIERLEIN, J. F. Mitos Paralelos. Ed. Ediouro, 2003.

    BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega, Ed. Vozes, 1996.

    BRENNAN, Anne e BREWI, Janice. Arquétipos Junguianos, A espiritualidade na meia-idade. Ed. Madras, 2004.

    GRINBERG, Luiz Paulo. Jung, o homem criativo. FTD, 1997

    JUNG, Carl Gustav. O Eu e o Inconsciente in Obras Completas, Vol. VII/2. Ed. Vozes, 16ª Ed., 2002

    JUNG, Carl Gustav. Fundamentos da Psicologia Analítica in Obras Completas, Vol. XVIII/1, Ed. Vozes. 10ª Ed. 2001

    JUNG, Carl Gustav. (Org.) O Homem e seus Símbolos. Ed. Nova Fronteira, 1977.

    JUNG, Carl Gustav. Memórias, Sonhos e Reflexões. Ed. Nova Fronteira, 1975.

    JUNG, Carl Gustav. Símbolos da Transformação. Ed. Vozes, 1975.

    KAST, Verena. Sísifo. A Mesma Pedra-Um Novo caminho. Ed. Cultrix, 10ª Ed., 1997

    MAGALDI, Waldemar. Dinheiro, Saúde e Sagrado. Eleva Cultural, 2ª Ed., 2009

    SILVEIRA, Nise da. Jung, vida & obra. Paz e Terra, 18ª Ed. 1997.

    Autor: : Ana Luiza Iughetti Feres - Terapeuta Holística - CRT 42969
    Última atualização: 02/06/2011 15:05


    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista

    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA

    Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista


    Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico - CRT 21001

     


    Resumo:

    Milernarmente, os SONHOS são uma forma de contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso os indivíduos recorriam aos Xamãs, ao Sacerdotes, antecessores dos Terapeutas Holísticos, para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, inclusive, divinatórias, por meio de rituais sagrados.

    No ocidente moderno, sua importância foi negligenciada, até o advento da PSICANÁLISE, reencontrando nas teorias de Freud e Jung a sua função de eficaz meio de acesso ao conteúdo inconsciente, aplicando-se a associação livre como um dos instrumentos a trabalhar o conteúdo onírico.

    A TERAPIA HOLÍSTICA une o antigo e o novo em suas melhores qualidades, aproveitando tanto os sonhos espontaneamente recordados, quanto os induzidos via técnicas de relaxamento, toque e exercícios de imaginação ativa.

     

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras.

    Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem "científica-reducionista-elitista" cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem "empírica-holística-acessível" de nossos ancestrais xamãnicos.

    A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do "cientificismo", mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes.

    Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a "alma", desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

    No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se "dissolvem espontaneamente" no decorrer destes procedimentos (método catártico).

    A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

    Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte "inacessível" de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( "eu") e Censor ("juiz" do Ego, o Ego "Idealizado").

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO.

    Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

    Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Especificamente sobre os SONHOS, porém, a Terapia Reichiana pouco abordou, sendo enfatizada a observação do CORPO como o revelador dos aspectos visíveis do mundo inconsciente. Já Freud, autoproclama seu livro A Interpretação dos Sonhos como sua obra mais importante. Por sua vez, a Psicanálise Junguiana seria inimaginável sem a análise do universo onírico dos Clientes.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Interpretação dos Sonhos no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, bem como as técnicas de indução ao "sonho acordado" que já praticavam nossos antecessores, os sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.


    Material e Metodologia:

     

    1. Definições

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

    ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO - procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE - usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal - "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

    LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

    TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    SONHO: Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente. Para as culturas milenares, é o contato com o transcendente, de caráter orientativo e divinatório, com acesso ao divino e até ao mundo dos mortos.


    2. Procedimentos


    ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

     

    Análise de Sonhos:

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ..."o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro"... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as "chaves" transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado "o sono sagrado", onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de "sonho acordado", muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão "científico". Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, "a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma". Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma "auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material "espontâneo" que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a "dramatização", onde a pessoa "encarna", um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura "incorporada". Outra ferramenta de interpretação é a "ampliação" do sonho, onde se é estimulado para "prolongar" o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de "ampliação" é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que "ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico". O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.


    Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

    Do mesmo modo como "evocamos" os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma "lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais "pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram "especializações" funcionais, "desenhando-se" no holograma certos "caminhos" bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa "tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. "Mapeando" esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos "meridianos" de Acupuntura, na China milenar, e os "chacras" na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a "circulação" energética, induzimos à "circulação" das informações psíquicas, ocorrendo os chamados "insights" ("flashs", lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que "digerir", compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro "equilíbrio energético". O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

     

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

     

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

     

    Resultados:

     

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade. Especificamente quanto às vivências oníricas e análises dos SONHOS, foram objetos de grande atenção, ocupando boa parte dos atendimentos, tornando-se o fator mais significativo na produção de INSIGHTS percebidos como de grande importância emocional e motivacional na vida dos Clientes.


    Discussão:

     

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a "imitar" o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE - Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.


    Conclusões:


    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    A análise dos SONHOS, sejam os espontaneamente lembrados, sejam os induzidos por técnicas vivenciais se traduziram nos momentos mais surpreendentes e reveladores destes meus quase 25 anos de Terapia.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui a interpretação dos sonhos, regressão, progressão, vivências, etc...). A própria tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.


    Referências bibliográficas:


    "O Corpo Fala" - Pierre Weil e Roland Tompakow - Editora Vozes;

    "Counseling, Santé et Développement" em www.counselingvih.org;

    "Florais de Bach - Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica" - Henrique Vieira Filho - Editora Pensamento;

    "Jung e Reich - O Corpo Como Sombra" - Jonh P. Conger - Summus Editorial;

    "O Microcosmo Sagrado" - 2a Edição - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Orgônio, Reich e Eros" - W. Edward Mann - Summus Editorial;

    "O Processo de Aconselhamento" - Paterson / Einsenberg - Martins Fontes 1988;

    "Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung" - Reis, Magalhães e Gonçalves - EPU - Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

    "Tutorial Terapia Holística" - Henrique Vieira Filho - SinteBooks.

    "Interpretação dos Sonhos: Ed. Comemorativa - 100 Anos" - Sigmudn Freud - Editora: Imago;

    "Psicoterapia Holística" - - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    Anexos e Apêndices:

     

    1) Textos selecionados da obra "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    O sonho só é estudado aqui como veí­culo e criador de símbolos. Manifesta tam­bém a natureza complexa, representativa, emotiva, vetorial do símbolo, assim como as dificuldades de uma interpretação justa. A maior parte dos elementos deste verbete são aplicáveis ao conjunto dos símbolos, e u cada um em particular, pois todo símbolo participa do sonho e vice-versa.

    A parcela de sonho

    Segundo as mais recentes pesquisas científicas, um homem de 60 anos teria sonha­do, dormindo, um mínimo de cinco anos. Se o sono ocupa um terço da vida, aproxi­madamente 25% do sono é atravessado por sonhos: o sonho noturno ocupa, portanto, um duodécimo da existência entre a maioria dos homens. Que dizer do sonho acordado e do devaneio diurno que se acrescentam a esta parcela já impressionante!

    Sobre o sonho, Frédéric Gaussen disse muito bem: símbolo da aventura indivi­dual, tão profundamente alojado na intimi­dade da consciência que se subtrai a seu próprio criador, o sonho nos aparece como a expressão mais secreta e mais impudica de nós mesmos. Ao menos duas horas por noite vivemos neste mundo onírico dos símbolos. Que fonte de conhecimentos so­bre nós próprios e sobre a humanidade, se pudéssemos sempre recordá-los e interpre­tá-los! A interpretação dos sonhos, disse Freud, é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma. Também as chaves dos sonhos se multiplicaram desde a antiguidade. Hoje em dia, a psicanálise as substituiu.

    O fenômeno do sonho

    As idéias sobre o sonho, como sobre o símbolo, evoluíram muito e não temos por que fazer o histórico dessa evolução. Mas mesmo hoje em dia, os especialistas ainda estão divididos a respeito. Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente; para J. Sutter, esta é a menos interpretativa das defini­ções, o sonho é um fenômeno psicológico que se produz durante o sono, constituído por uma série de imagens cujo desenrolamento representa um drama mais ou meios concatenado.

    O sonho se subtrai, portanto, à vontade e à responsabilidade do homem, em virtude de sua dramaturgia noturna ser espontânea e incontrolada. É por isso que o homem vive o drama sonhado, como se ele existisse realmente fora de sua imaginação. A consciência das realidades se obli­tera, o sentimento de identidade se aliena e se dissolve. Tchuang-tcheu não sabe mais se foi Tcheu que sonhou que era uma bor­boleta ou se foi a borboleta que sonhou que era Tcheu. Se um artesão, escreve Pas­cal, tivesse certeza de sonhar todas as noi­tes, durante doze horas que era o rei, creio que seria tão feliz quanto um rei que so­nhasse todas as noite, durante doze horas, que era um artesão. Sintetizando o pensa­mento de Jung, Roland Cahen escreve: O sonho é a expressão desta atividade men­tal que está viva em nós, que pensa, sente, experimenta, especula, à margem de nossa atividade diurna, e em todos os níveis, do plano mais biológico ao plano mais espi­ritual do ser, sem que o saibamos. Mani­festando uma corrente psíquica subjacente e as necessidades de um programa vital inscrito no mais profundo do ser, o sonho exprime as aspirações profundas do indi­víduo e, portanto, será para nós uma fonte infinitamente preciosa de informações de toda ordem.

    Classificação dos sonhos

    O Egito antigo atribuía aos sonhos um valor sobretudo premonitório: O deus criou os sonhos para indicar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o fututro, diz um livro de sabedoria. Sacerdotes-leitores, escribas sagrados ou onirólogos interpretavam nos templos os símbolos dos sonhos, segundo chaves transmitidas de era em era. A oniromancia, ou a divinação por meio dos sonhos, era prati­cada em todos os lugares.

    Para os negritos das ilhas Andamã, os sonhos são produzidos pela alma, que é considerada como a parte maléfica do ser. Sai pelo nariz e realiza fora do corpo as proezas de que o homem toma consciência em sonho.

    Para todos os índios da América do Nor­te, o sonho é o signo final e decisivo da experiência. Os sonhos estão na origem das liturgias; estabelecem a escolha dos sacer­dotes e conferem a qualidade de xamã; é deles que provêm a ciência médica, o nome que se dará às crianças, e os tabus; eles ordenam as guerras, as caçadas, as conde­nações à morte e a ajuda a ser ministrada; só eles compreendem a obscuridade escatológica. Enfim o sonho... confirma a tradição: é o selo da legalidade k da autori­dade.

    Para os bantus do Kasai (bacia congolesa), certos sonhos são produzidos pelas almas que se separam do corpo durante o sono e vão conversar com as almas dos mortos. Esses sonhos têm um caráter premonitório referente à pessoa, ou então podem consistir em verdadeiras men­sagens dos mortos aos vivos, que interes­sam a toda a comunidade.

    (Sobre o papel dos sonhos e sobre sua interpretação nas civilizações orientais, po­de-se consultar a erudita obra coletiva SOUS; e sobre exemplos de sonhos histó­ricos célebres, religiosos, políticos e cultu­rais).

    Os exemplos de sonhos são inumeráveis; tentou-se diversas vezes classificá-los. As pesquisas analíticas, etnológicas e parapsicológicas dividiram os sonhos noturnos, para facilitar o estudo, em um certo núme­ro de categorias:

    1.  o sonho profético ou didático, aviso mais ou menos disfarçado sobre um acon­tecimento crítico, passado, presente ou fu­turo; sua origem é freqüentemente atribuí­da a uma força celeste;

    2.  o  sonho  iniciatório  do  xamã  ou do budista tibetano de Bardo-Todol, carregado de eficácia mágica e destinado a introduzir o homem num outro mundo por meio de um conhecimento e de uma viagem imagi­nários;

    3.  o sonho telepático, que estabelece co­municação com o pensamento e os senti­mentos de pessoas ou de grupos distantes;

    4.  o sonho visionário, que transporta ao que H.  Corbin chama  de  o  mundo  das imagens, e que pressupõe no ser humano, num  certo  nível  de  consciência,  poderes que nossa civilização ocidental talvez tenha atrofiado ou paralisado, poderes sobre os quais H. Corbin encontra testemunhos en­tre os místicos iranianos; trata-se aqui, não de presságio, nem de viagem, mas de visão;

    5.  o sonho pressentimento, que pressente e privilegia uma possibilidade entre mil...

    6.  o sonho mitológico, que reproduz al­gum grande arquétipo e reflete uma angús­tia fundamental e universal.

     

    Guardadas todas as proporções, o sonho acordado pode ser comparado ao sonho no­turno, tanto pelos símbolos que coloca em ação, como pelas funções psíquicas que é capaz de cumprir. Maria Zambrano mostra, ao mesmo tempo, seu risco e suas vanta­gens: Na vigília, o sonho apodera-se imperceptivelmente da pessoa e engendra um certo esquecimento, ou antes Uma lembran­ça cujo contorno se transfere a um plano da consciência que não pode acolhê-lo. O sonho torna-se então germe de obsessão, de mudança da realidade. Ao contrário, se é transferido a um plano adequado da consciência, ao lugar onde a consciência e a alma entram em simbiose, torna-se forma de criação, tanto no processo da vida pes­soal, como na realização de uma obra.

    A prática psicoterápica do sonho acor­dado engendrou a onirotécnica. Derivada dos trabalhos de Galton e Binet, das expe­riências de Desoille, de Guillerez e de Caslant, desenvolvida e aperfeiçoada por Frétigny e Virei até o onirodrama, esta técnica consiste num devaneio dirigido, a partir de uma imagem ou de um tema sugerido pelo intérprete e geralmente tirados dos símbo­los de ascensão e queda. Ela utiliza a fa­culdade que o homem possui, quando co­locado em estado de hipovigília de viver um universo arcaico de cuja existência nem suspeita quando acordado e do qual o so­nho noturno dá apenas uma ideia muito infiel e desalinhavada.

    A técnica comporta um primeiro tempo de relaxamento cientificamente conduzido, devendo chegar à aparição de ondas eletroencefalográficas alfa. O sujeito recebe a instrução de verbalizar simultaneamente as imagens que lhe aparecerem e os estados que experimenta. A experiência mostra que estes estados são vividos, isto ê, que o su­jeito tem um Eu Corpóreo Imaginário e que age num mundo visionário sobre o qual projeta as estruturas de seu Eu arcaico. Se, neste ponto da experiência, o ope­rador propõe uma imagem indutora ou su­gere uma ação imaginária, o sujeito vai integrar a sugestão no universo em que vive e desenvolver as suas conseqüências, segundo o modo simbólico próprio a este universo. Por este meio e alguns outros, vê-se surgir, no sujeito menos predisposto à fantasia ou à compreensão poética, seqüências de imagens e situações que po­dem ser, em todos os pontos, sobrepostas aos dados da mitologia ou da psicossociologia dos estados mais primitivos da huma­nidade.

    Funções do sonho

    O sonho é tão necessário ao equilíbrio biológico e mental como o sono, o oxigênio e uma alimentação sadia. Alternativamen­te relaxamento e tensão do psiquismo, ele cumpre uma função vital; a morte ou a demência podem ser o resultado de uma falta total de sonhos. Serve de exutório a impulsos reprimidos durante o dia, faz emergir problemas a serem resolvidos, e, ao representá-los, sugere soluções. Sua fun­ção seletiva, como a da memória, alivia a vida consciente. Mas desempenha ainda um papel de uma profundidade bem diferente.

    O sonho é um dos melhores agentes de informação sobre o estado psíquico de quem sonha. Fornece-lhe, num símbolo vivo, um quadro de sua situação existen­cial presente: ele é para quem sonha uma imagem freqüentemente insuspeitada de si mesmo; é um revelador do ego e do self. Mas ao mesmo tempo os dissimula, exata-mente como um símbolo, sob imagens de seres distintos do sujeito. Os processos de identificação não são controláveis no so­nho. O sujeito se projeta na imagem de um outro ser: aliena-se, identificando-se com o outro. Pode ser representado com traços que não têm aparentemente nada em co­mum com ele, homem ou mulher, animal ou planta, veículo ou planeta etc. Um dos papéis da análise onírica ou simbólica é desvendar essas identificações e descobrir suas causas e fins; tem como finalidade res­tituir a pessoa à sua identidade própria, descobrindo o sentido de suas alienações.

    O papel do sonho, talvez o mais funda­mental, é estabelecer no psiquismo de uma pessoa uma espécie de equilíbrio compen­sador. Ele assegura uma auto-regulação psicobiológica. A carência de sonhos cria de­sequilíbrios mentais, assim como a carência de proteínas animais provoca perturbações fisiológicas. Esta função biológica do so­nho, confirmada pelas mais recentes expe­riências científicas, não deixa de ter conseqüências sobre a própria interpretação, que pode então evocar a lei das relações complementares. O intérprete procurará com efeito a relação de complementação entre a situação consciente vivida, objetiva, do sonhador e as imagens de seu sonho. Porque existe, escreve Roland Cahen, uma relação de contrapeso (de balança) real­mente dinâmica, entre o consciente e o in­consciente, manifestada na atualidade de sua movimentação pelo sonho. . . Os de­sejos, as angústias, as defesas, as aspirações (e as frustrações) do consciente encontra­rão nas imagens oníricas bem compreendi­das uma compensação salutar e, conseqüentemente, correções essenciais. O drama onírico pode conceder o que a vida exterior recusa e revelar o es­tado de satisfação ou insatisfação em que se encontra a capacidade energética (libi­do) do sujeito. Mas, às vezes, a distância entre o sonho e a realidade é tal que adqui­re um caráter patológico e deixa transpa­recer na própria libido um descomedimen­to que nada consegue compensar. Deve-se observar que nos casos normais a compen­sação se produzia, nas perspectivas de Freud, segundo uma linha horizontal, isto é, no mesmo nível da sexualidade, en­quanto, segundo Jung, todo equilíbrio psi­cológico do ser se faz, entre seus planos conscientes e seus planos inconscientes, na dimensão da verticalidade, tal como, num veleiro, o equilíbrio entre a vela e a quilha. No mesmo sentido, para o Dr. Guillerey, toda perturbação psíquica cor­respondia a uma atividade superior entra­vada, e o apelo do herói, no sentido bergsoniano do termo, cumpriria uma função não apenas moral, mas terapêutica, de sal­vamento.

    O sonho, enfim, acelera os processos de individualização que regem a evolução de ascensão e integração do homem. Em seu nível, já tem uma função totalizadora. A análise, como veremos, permitirá que entre em comunicação quase regular com a cons­ciência e desempenhe então um papel de criador de integração em todos os níveis. Não apenas exprimirá a totalidade do ser, mas contribuirá para formá-la.

    Análise do sonho

    A análise dos símbolos oníricos baseia-se em triplo exame: o do conteúdo do sonho (as imagens e sua dramaturgia); o da es­trutura do sonho (em diversas imagens, um conjunto formal de relações de um certo tipo); o do sentido do sonho (sua orienta­ção, sua finalidade, sua intenção). Os prin­cípios de interpretação da análise se apli­cariam aliás a todos os símbolos e não só aos dos sonhos, e, em especial, aos que se exprimem nas mitologias. O sonho pode ser concebido como uma mitologia perso­nalizada.

    O conteúdo do sonho, isto é, a fantas­magoria puramente descritiva, procede do cinco tipos de operações espontâneas: uma elaboração dos dados do inconsciente para transformá-lo cm imagens efetivas; uma condensação de múltiplos elementos numa imagem ou numa seqüência de imagens; um deslocamento ou uma transferência da afetividade para estas imagens de substituição, por meio de identificação, repressão ou sublimação; uma dramatização des­te conjunto de imagens e cargas afetivas numa fatia de vida mais ou menos intensa; enfim, uma simbolização que oculta sob as imagens do sonho realidades diferentes das que são diretamente representadas. No meio dessas formas disfarçadas por tantas operações inconscientes, a análise onírica deverá pesquisar o conteúdo latente dessas expressões psíquicas, que encobrem opres­sões, necessidades e pulsões, ambivalências, conflitos ou aspirações que se escondem nas profundezas da alma. O conteúdo do sonho compreende não apenas as representações e sua dinâmica, mas também sua totalidade, isto é, a carga emotiva e ansiosa que as afeta.

    Fantasmagorias diversas podem encobrir estruturas idênticas, isto é, conjuntos ar­ranjados e articulados segundo o mesmo esquema profundo; inversamente, imagens semelhantes podem aparecer em estruturas diferentes. Numerosos confrontos de ima­gens e de situações sonhadas testemunha­ram uma espécie de temática constante, isto é, um conjunto de esquemas eidolomotores, onde séries de imagens diferentes revelam uma mesma orientação, mesmos sentimentos, mesmas preocupações, bem tomo a existência de uma rede de comuni­cação interna de uma mesma estrutura en­tre os diversos níveis e as diversas pulsões do psiquismo. É possível assim julgar-se o conteúdo latente do sonho. Roger Bastide anota no seu diário: Começo a me tornar africano. Esta noite sonhei com Ogum (deus ioruba do ferro e dos ferreiros). . . um psicanalista teria todas as condições de me mostrar que não fiz mais que trocar de símbolo, que Ogum desempenha exata-mente o mesmo papel nas minhas noites africanas que aquele outro personagem de meus sonhos da Europa. Sob a diversidade dos conteúdos, seria exatamente a mesma estrutura fundamental que apareceria a um analista. Deixaremos pois de lado a materialidade das imagens dos sonhos para ir buscar us estruturas que as enformam. Freud pensava que todos os sonhos de uma mesma noite pertencem a  um mesmo conjunto.

    Esta estrutura do sonho é concebida ge­ralmente como um drama em quatro atos, no qual atua um aparato imaginário que pode variar consideravelmente, embora y quadro subjacente permaneça o menino Roland Cahen resume assim esses quatro atos:

    1.  sua exposição e suas personagens, seu lugar geográfico, sua época, seus cenários;

    2.  a ação que aí se anuncia e se desen­volve;

    3.  a peripécia do drama;

    4.  este drama evolui para seu término, sua solução, sua lyse, repouso, indicação ou conclusão.

    O que complica ainda essa estrutura é que ela deve ser explorada em diferentes níveis, que não deixam de ter interferên­cias entre si. A nível profundo, serão en­contrados problemas metafísicos, que sim­bolizam mais ou menos diretamente us angustiantes questões da ontogênese ou do vida depois da morte. No plano médio, as preocupações sexuais exprimem-se no meio dos símbolos que, de um modo geral, a individualização da adolescência gera. A nível superficial, aparecerão sob uma for­ma simbólica, mais ou menos inacabada, aliás, as preocupações do indivíduo isolado pela complexidade da civilização e equivocando-se sobre as causas de suas dificul­dades de adaptação.

    No meio de todos esses mundos de sím­bolos que, assim classificados, se articulam segundo uma analogia bastante límpida, alguns eixos privilegiados se desenham, por outro lado, com bastante clareza, tais co­mo: a relação quase constante entre a ascensão e a luz (Caslant-Desoille); entre a integração e o calor (Frétigny-Virel). Deve-se notar também as grandes direções analógicas da centralização (Godel), da direita e da esquerda. Essas redes de coordenadas e outras que têm um valor puramente ex­perimental formariam um código de esquemas eidolomotores, graças ao qual se poderia explorar o simbolismo onírico de um modo relativamente científico.

    Enfim, todo sonho possui um sentido. Esse sentido pode ser buscado lá atrás, na causa do sonho: é o método freudiano, etiológico e retrospectivo. Ou adiante: é o método junguiano, Ideológico ou prospec­tivo. Os sonhos, diz Jung, são amiúde an­tecipações que perdem todo o seu sentido se examinadas de um ponto de vista pura­mente causal.

    O sonho, como todo processo vivo, é não somente uma seqüência causal mas também um processo orientado para um fim. ... pode-se pois exigir do sonho - que é uma autodescrição do processo da vida psíquica - indicações sobre as causas objetivas da vida psíquica e sobre as ten­dências objetivas desta. Em lugar de se situar sob a dependência de um consciente que a precede, como acon­tece com a função compensadora, a função prospectiva do sonho se apresenta, ao contrário, sob a forma de uma antecipação, nascida no inconsciente, da atividade cons­ciente futura; ela evoca um esboço prepa­ratório, um bosquejo de grandes linhas, um projeto de plano executivo. Mas essa orientação para um fim é expressa sob a forma de símbolos, e não com a clareza descritiva de um filme de aventuras ou de um encadeamento conceitual.

    Comparando o sonho às construções ima­ginárias feitas em estado de vigília, Edgar Morin estima que: todo sonho é uma rea­lização irreal, mas aspira à realização prá­tica. É por isso que as utopias sociais pre­figuram as sociedades futuras, as alquimias prefiguram as químicas, as asas de Ícaro prefiguram as asas do avião. Cada sonho, dirá Adler, tende a criar o ambiente mais favorável a um objetivo dis­tante. Esta finalidade do sonho é distinta do sonho premonitório dos Antigos: ela não anuncia um acontecimento futuro, re­vela e libera uma energia que tende a criar o acontecimento. É a grande diferença entre o profético e o que se pode prever, entre o divinatório e o operacional. O sonho é uma preparação para a vida (Moeder); o futuro é conquistado em sonhos, antes de ser conquistado nas experiências (de Becker, a propósito de Gaston Bachelard). O sonho é o prelúdio da vida ativa.

    Interpretação

    - O sonhador está no âmago de seu so­nho. Não se deve esperar deste verbete uma chave dos sonhos. Toda esta reunião de símbolos, sejam eles astecas, bantos ou chineses, pôde servir à interpretação dos sonhos. Mas por mais útil que seja, não seria suficiente. O sonho anima e combina imagens carregadas de afetividade: sua lin­guagem é exatamente a dos símbolos. Mas a arte de interpretá-los não depende apenas de regras, procedimentos ou significações codificados e aplicados mecanicamente. É necessária uma compreensão ao mesmo tempo íntima e ampla. O sonhador que possuir este livro poderá ler, nos verbetes que correspondem às imagens de seus so­nhos, os valores simbólicos que são ligados a essas imagens. Nos sonhos, esses valores são fundamentalmente os mesmos que apa­recem nas artes plásticas, na literatura ou nos mitos; como em toda parte, porém, estão em simbiose com outros e especial­mente com um meio psíquico, pessoal e social, portador também de símbolos. É a síntese de todos esses elementos que, a par­tir das luzes dispersadas aqui e ali neste livro, conduzirá o leitor a uma justa in­terpretação de sua experiência e, em geral, de sua vida a nível do imaginário ou da construção de imagens. A verdadeira cha­ve dos sonhos está no molde dos símbolos, percebidos ou despercebidos, mas sempre vivazes no inconsciente. É através de si mesmo que o leitor compreenderá o senti­do dos símbolos evocados neste livro, assim como também o sentido dos sonhos. Ê preciso não esquecer, escreve C. G. Jung, que se sonha em primeiro lugar, e quase exclusivamente, consigo mesmo e através de si mesmo. O célebre analista opõe jus­tamente à interpretação dos sonhos no pla­no do objeto, que seria causal e mecânica, a interpretação no plano do sujeito. Esta estabelece uma relação entre a psicologia do próprio sonhador e cada elemento do sonho, como por exemplo cada uma das pessoas atuantes que nele figuram. Cada uma é como que um símbolo do sujeito. O primeiro tipo de interpretação é analí­tico: decompõe o conteúdo do sonho em sua trama complexa de reminiscências, de lembranças que são o eco de condições ex­teriores. A interpretação do segundo tipo é, ao contrário, sintética: na medida em que separa das causas contingentes os complexos de reminiscências e os apresenta co­mo tendências ou componentes do sujeito, ao qual, por proceder desse modo, os in­tegra de novo. Nesse caso, todos os conteúdos do sonho são considerados como símbolos de conteúdos subjetivos. Poder-se-ia dizer de toda percepção aprofundada e vivida de um valor simbó­lico - que só se realiza evidentemente no plano do sujeito - o que Jung diz do sonhou se acaso nosso sonho reproduz algumas representações, essas são antes de tudo nossas representações, para cuja ela­boração a totalidade de nosso ser contri­buiu; são fatores subjetivos que no sonho (como na percepção do símbolo) se agru­pam de tal ou tal modo, exprimindo tal ou tal sentido, não por motivos exteriores (apenas), mas pelos movimentos mais sutis de nossa alma. Toda esta gênese é essen­cialmente subjetiva, e o sonho é o teatro onde o sonhador é ao mesmo tempo o ator, a cena, o ponto, o diretor, o autor, o pú­blico e o crítico. O sonho do homem é uma manifestação -cósmica e às vezes uma teofania, como um sonho da natureza no homem e um sonho dele so­bre a natureza (Raymond de Becker), ou, segundo os Antigos, um signo de Deus nele e um sinal dele a Deus. As pulsações vin­das dos três níveis do universo e do Ser se conjugam no sonho.

    - O sonhador está no âmago da histó­ria. A interpretação dos símbolos oníricos exige que cada um dos três elementos da análise seja remetido a um contexto, escla­recido por associações espontâneas e, se possível, ampliado, como se fosse uma am­pliação fotográfica.

    A primeira regra, a do contexto, coloca-nos de sobreaviso contra a interpretação de um sonho isolado. Se convém escutar o relato de um sonho, feito com toda a precisão desejável, não é menos necessário conhecer vários sonhos do mesmo sujeito, sonhos ocorridos numa data próxima, de­pois em datas diversas e em lugares di­versos; um sonho faz parte de todo um conjunto imaginativo, é apenas uma cena num grande drama de cem atos diversos. Não se trata de confundir ou sobrepor essas cenas, mas de julgar suas articula­ções. Este contexto implica igualmente o conhecimento do próprio sonhador, de sua própria história, de sua consciência, da idéia que tem de si mesmo e de sua situa­ção. Porque sua vida imaginária é, ...ela própria, parte de um conjunto, que é a vida total da pessoa em sociedade. Esta exigência leva igualmente a se pesquisar os í m b lentes em que o sujeito age c que rea­gem sobre ele. Apesar de sua aparência desalinhavada, o sonho inscreve-se numa continuidade. A interpretação dos símbo­los, noturnos ou diurnos, é uma cadeia sem fim de relações. A inteligência do imaginário não é um simples caso de imagi­nação.

    -  O recurso às associações. A associação acrescenta ao estudo do contexto, de certo modo objetivo, o do contexto subjetivo. O sonhador é convidado a exprimir espontaneamente tudo o que as imagens, u» cores, os gestos, as palavras de seu sonho, tomadas isoladamente ou em grupo, evo­cam nele. É uma ocasião em que ele pode manifestar laços que estavam apenas laten­tes, laços emotivos ou imaginativos insuspeitados.   Essas   associações   são   capitais para   a  interpretação   dos   símbolos,   mas são freqüentemente frágeis, artificiais, mais ou menos desejadas, deformantes e aberrantes, em suma, necessitam de muita cau­tela.

    -  Os bastidores do sonho. A ampliação consiste em  dar  ao  sonho  analisado  seu máximo de ressonância. Chega-se a isso por associações espontâneas do sujeito, ou ins­tando-se para que ele prolongue, continue a cena do sonho, como faria a partir de um dado  vivido no estado de  vigília. A ampliação voluntária pode ser do tipo acor­dado, com um mínimo de controle, ou do tipo do sonho conscientemente dirigido. P, possível, certamente, que ela provoque uma ruptura   de   sentido;   mas   freqüentemente também esclarecerá o sentido do sonho e suas ambigüidades, assim como  as linhas prolongadas   de   um   triângulo   miniatura mostram melhor  o  seu  desenho e como uma projeção ampliada revela melhor um cristal de neve ou os veios de um mármo­re. Se essa ampliação da linha do sonho, feita pelo sujeito, ainda não é o suficiente para decifrar os símbolos, existe uma outra ampliação na qual o intérprete toma a ini­ciativa, recorrendo com uma prudente cir­cunspecção ao imenso tesouro das diversas ciências humanas. Estes paralelos históricos, sociológicos, mitológicos, etnológicos, tirados tanto do folclore como da história das religiões, permitem relacionar o conteúdo do sonho, privado de associações, ao patrimônio psíquico e humano geral. Este tipo de  ampliação é característico da escola de Jung e, manipulado com uma sábia reserva, decifrou mais de um enigma. Num ensaio de socio­logia do sonho, Roger Bastide mostra bem este arraigamento social do imaginário: Etnólogos mostraram claramente o que se poderia chamar de os bastidores dos so­nhos: o sonhador vai procurar todos os aparatos de seus sonhos na vasta panóplia de representações coletivas que sua civili­zação lhe fornece, o que faz com que a porta esteja sempre aberta entre as duas metades da vida do homem, que mudan­ças incessantes se efetuem entre o sonho c o mito, entre as ficções individuais e as restrições sociais, que o cultural penetre no psíquico e que o psíquico se inscreva no cultural.

    Sonho e símbolo, princípios de integração

    A interpretação do sonho, como a decriptação do símbolo, não são apenas res­postas a uma curiosidade do espírito. Ele­vam a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Só por esta qualificação, e no plano do psiquismo mais normal, a análise onírica ou simbólica é uma das vias de integração da personali­dade. O homem mais bem esclarecido e equilibrado tende a substituir o homem despedaçado entre seus desejos, suas aspi­rações e suas dúvidas, e que não se com­preende a si próprio. O professor C. A. Meier, que Roland Cahen cita, diz com razão: a síntese da atividade psíquica cons­ciente e da atividade psíquica inconsciente constitui a própria essência do trabalho mental criador.


    2)A História da Terapia Holística

    "Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos"

    (paráfrase sobre texto de 1986,

    do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico - de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico - de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por "sincronicidades", por "sinais", cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este "status", o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os "iniciados" compreendiam as "instruções" incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História "ocidentalizada" registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem "científica", ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro "médico", já que estabeleceu "doenças" como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo "desmembramento de seus componentes". Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de "doenças" que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

    trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este "movimento separatista elitizado", continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem "científica" e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o "consolo espiritual" da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência "exata"...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a "desumanização" do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte --importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva - da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas - a história, a filosofia, a literatura e a psicologia - não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de "A (re)humanização da medicina",

    de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

    e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada "Revolução Aquariana". Movimentos "hippies", de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura "científica", onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais "científico". Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas "traduzidas" para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.


    3) Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Jung, Freud e o Cálice Terapêutico - Ilustração de Henrique Vieira Filho

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje... A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:
    *
    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho



    Estruturas da Psique:
    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente: CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento; PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência; INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo. As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada. Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia. A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos. M

    uitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras. Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo. A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições.

    Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística. Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas. Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas". De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente. Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.
    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva.

    Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação (assista a vídeo-aula sobre Psicoterapia Junguiana em Vídeo Aula - Introdução à Psicoterapia ).

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta...

    Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves. Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos. A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos... A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora "explicações", "boas razões", para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa. A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava. A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça". 5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes. A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...". 6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema. A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...". 7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico... A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...". 8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida... A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão. Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento. Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br (11) 3171-1193

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 07/06/2011 10:44


    Psicoterapia » Terapia Transpessoal » Regressão e Progressão

    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS - Terapia de Vidas passadas

    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS ”

    Terapia de Vidas passadas”

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    Santos, 30 de Abril de 2007

    EPÍGRAFE

    A Regressão de Memórias e Terapia de Vidas Passadas interagem sobre os cinco corpos”

    Nelson Zuniga

    DEDICATÓRIA

    A minha Família

    AGRADECIMENTOS

    Ao SINTE – Sindicato dos Terapeutas, Presidente e Equipe, Clientes e Amigos.

    SUMÁRIO

    1 Resumo 2

    2 Introdução 3

    3 Material e Metodologia 5

    4 Resultados 12

    5 Discussão 13

    6 Conclusões 14

    7 Bibliografias 15

    RESUMO

    Para fazer uma Regressão de Memórias com qualidade, segurança e benefícios reais, é importante cuidar primeiro do equilíbrio dos cinco corpos e dos sete Centros de Energia.

    Os desequilíbrios energéticos começam atingir os corpos, físico, mental, emocional, espiritual ou da identidade e vibratório. Atuar neste quadro em qualquer uma das suas etapas é realmente um milagre, que todos os seres humanos temos capacidade de realizar desde que seja com conhecimento e responsabilidade.

    O Ser Humano como órgão universal, recebe e emite vibrações a cada instante, se comunicando com o Eu superior e com universo que o criou. Muitas vezes não entende a linguagem sutil pelo excesso de racionalidade e pouco desenvolvimento emocional e espiritual, sem contar com as dificuldades que temos para administrar veículo físico e menos ainda o corpo vibratório. Para suprir estas dificuldades a Radiestesia e a Radiônica são técnicas muito efetivas.

    Todo ser humano deve aprender a utilizar o Pensamento, Sentimento e Ação, e ter flexibilidade para desenvolvê-los de forma correta, separadas e unidas ao mesmo tempo e no momento certo.

    O Ser Humano é um micro-universo que emite vibrações do seu equilíbrio e quando este é alterado, podemos e devemos saber interpretar estes sinais. Quando começamos a nos afastar da natureza para morar em centros urbanos, nossa percepção foi se limitando aos ruídos da cidade, ao excesso de raciocínio que separou a arte do pensamento e a Filosofia da Ciência.

    Hoje, torna-se necessário, saber ouvir, ver, apalpar, perceber e interpretar como faziam nossos ancestrais xamãs do Brasil, da Europa, Norte América, América do Sul, África, China, Japão, Coréia. Em cada vila do planeta sempre existiu um “Terapeuta Holístico” com diferentes nomes, mas, excelentes observadores do próprio universo.

    A observação dos cinco sentidos, dos cinco corpos, dos sete Centros de Energia traz ao momento atual a experiência daqueles sábios versados ou autodidatas, que faziam desde um simples chá, até uma viagem xamânica, psico-viajando pelo universo.

    O primeiro resgate que faremos é a observação do Manual do Terapeuta Holístico Pagina 66- 5.1.4 “TERAPIA DE REGRESSÃO”: “Técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência, desse modo, induzir “insight” sobre a infância, a vida intra-uterina e até mesmo transpessoais (informações além da personalidade) , com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados pela Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo esta parte, fundamental e integrante da terapia”.

    Para realizar a Regressão de Memórias e Terapias de Vidas Passadas devem-se ter algumas condições básicas importantes para um bom resultado, e não seja frustrante para o cliente e terapeuta:

    1. Terapeuta bem equilibrado com profundo conhecimento das emoções humanas.

    2. Estar preparado para manifestações mediúnicas e incorporação espiritual.

    3. Fazer o resgate biográfico do cliente e trabalhá-lo terapeuticamente.

    4. Dominar o equilíbrio dos sete Centros de Energia.

    5. Saber lidar com os Cinco Corpos.

    6. Conhecer as técnicas de indução, neste caso, Estado Alfa.

    7. Dominar a Radiestesia e a Radiônica.

    8. Dominar a Holopuntura e os Florais de Bach.

    9. Ser um bom interpretador de símbolos e um sábio conselheiro.

    DANÇA DO UNIVERSO: Os movimentos de inspiração e expiração somados aos rítmos dos “Cinco Movimentos Chineses” desenvolvem a harmonia de todos os corpos (físico, mental, emocional, espiritual) o que trás à nossa consciência, de que somos cópia do universo energético, tornando-nos assim... Eternos.

    INTRODUÇÃO

    A Regressão de Memórias como técnica se conecta com todas as técnicas da Terapia Holística por isso aqui veremos a importância que fazem parte da experiência pessoal e profissional para ajudar o Ser Humano que precisa desta terapia.

    A vida é um processo que tem início, meio e fim, já as experiências emocionais, espirituais e energéticas são eternas, apenas procurando um veículo físico para aprender. A Regressão de Memórias e Terapia de Vidas Passadas atua em todo o processo, mas na minha experiência as faixas etárias médias de 21 a 42 anos e de 42 a 63 são as que mais se destacam, sendo a primeira, voltada para os pontos que se referem as conquistas e luta; a segunda faixa etária preocupada mais com a consolidação do já conquistado e a preservação do equilíbrio mental, físico, emocional, espiritual e energético.

    A Regressão de Memórias vê o ser humano como uma réplica do universo, organismo com vida própria, dependentes entre si, que conservam a natureza primordial que o criou, onde a energia deve estar sempre em equilíbrio.

    Precauções ao usar a técnica

    A Regressão é um método de terapia que permite trazer alívio aos desequilíbrios apresentados por nossos clientes. Não é recomendado para mulheres grávidas, pessoas que por recomendação médica estejam sendo tratados por problemas cerebrais e para menores de 12 anos. Para menores de 18 anos veja: O Manual Oficial do Terapeuta Holístico, pág 188 modelo de autorização de atendimento com Terapia Holística a cliente menor de 18 anos .

    Para o cliente em estado alfa, em processo de regressão, jamais se deve dar ordens e nunca se deve insistir em sugestões que causem medo ou desespero.

    Evite pedir tomar atitudes que estão além da capacidade emocional e física.

    Nunca use frases negativas e evite falar a palavra não.

    Use a frase “você sabe” somente para coisas positivas.

    Níveis de regressão:

    1. Lampejos ocasionais.

    2. Observar sem participar.

    3. Ouvem-se sons, experimentam-se emoções de maneira desconexa.

    4. Envolve-se tendo consciência da vida atual.

    5. Envolve-se inconsciente de todo resto.

    Cuidados paralelos que podem influenciar:

    • Distúrbios cerebrais.

    • Memória familiar ou racial.

    • Memória oculta de livros, filmes, lendas etc.

    • Inconsciente coletivo.

    • Possessão de espíritos.

    • Sugestão.

    • Leitura mediúnica do local.

    Causas possíveis em vidas passadas:

    • Ansiedade, medo relativos a animais.

    • Prisão ou liberdade.

    • Fome ou fartura.

    • Sexualidade.

    • Emoção.

    • Vícios.

    • Qualidade de Vida

    Terapia Holística” Nas minhas pesquisas encontrei uma forte ligação com todas as técnicas existentes cadastradas no SINTE: As técnicas trazem uma resposta energética muito poderosa porque reconstroem o sistema em desequilíbrio e o fortalece contra a perda de energia gerada por energias internas ou externas. Este conhecimento aliado às informações geradas na sessão é uma fonte rica em informação verbal e não verbal do Cliente.

    O objetivo desta proposta é transformar meus pensamentos e práticas terapêuticas em algo simples sem tabus nem hermetismo, porque considero que o hermético não deixou desenvolver mais rapidamente a humanidade.

    Assim como nós podemos equilibrar pessoas, podemos encontrar esse equilíbrio no universo desbloqueando tensões ou adquirindo energia. Assim identificamos nossas fraquezas e virtudes, reconhecendo a bagagem que transportamos na nossa mochila, limpando e tornando mais leve o caminhar para ultrapassar barreiras e desvios que atrasam nosso aprendizado, principalmente ao adquirir luz interior, superar nossos medos e só quando superamos os próprios medos, é que nos tornamos verdadeiramente terapeutas. Lembrando uma milenar frase “Só se pode dar o que se tem”.

    • Sonhar faz parte de alguns seres vivos, segundo pesquisas do instituto do sonho, é uma atividade cerebral que se desenvolve no período da gestação aproximadamente à partir da vigésima oitava semana. Este treinamento involuntário, mais tarde desperta o interesse por interpretar os símbolos que apareceram nos sonhos e também a curiosidade de ver o futuro.

    • Sabemos que o futuro é o resultado matemático de ( pa + pr = f ) passado mais presente é igual ao futuro, então modificar o futuro alterando o presente, o que me leva a pensar que posso sonhar com várias possibilidades exemplo: “sonho minha empresa desenvolvendo a mesma atividade daqui a cinco anos” “Sonho ela fazendo parcerias com outras empresas” “Sonho sendo uni e polivalente, especializando-se em consultoria”.

    • Aqui que começa a Progressão de Memórias.

    MATERIAL E METODOLOGIA

    • Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000

    • Curso de Holopuntura 2004

    • Ver Bibliografia

    Anthropós, “homem” , sophia, “sabedoria”, significa, “ Sabedoria a respeito do homem ”

    Elaborada pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner (1861-1925), procura satisfazer a busca de conhecimento do homem moderno a respeito de si mesmo e de suas relações com todo o Universo, respondendo de forma adequada a seu nível de consciência, as antigas e recorrentes perguntas do ser humano : Quem sou? De onde venho? Aonde vou? Qual é o sentido de minha existência?

    5.1.2 TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE – distingui-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao auto-conhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incrementando a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.

    Ver: Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000 e

    Referências normativas NTSV TH 001 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.

    Hoje, acredito que estamos no limiar da história tendo a oportunidade de aprender e de usar a sabedoria em nossas vidas. O que antes eram disciplinas ocultas, agora torna-se disponível através dos veículos de comunicação. Esta é uma grande responsabilidade porque nos abre as portas para tornar-nos consciências elevadas sem esquecer que quanto mais elevação encontramos, criamos mais profundezas a serem desvendadas.

    A Regressão de Memórias como terapia holística, vê o ser como um todo único sem focalizar um elemento determinado e sim uma disfunção, enxerga o cerne sadio para restaurar-lo de possíveis disfunções.

    Como terapia em Regressão de Memórias, é uma técnica absolutamente segura, sendo o objetivo terapêutico: trazer equilíbrio. Isso nos permite ir além do problema detectado, que é chegar a causa de determinado desequilíbrio, e nesse momento é que conseguimos estabilizar o processo com resultados positivos e duradouros.

    O desequilíbrio do estresse e a perda da qualidade de vida trouxeram efeitos nocivos ao ser humano. Mas, como viver nesse mundo moderno e voltado para o desenvolvimento do futuro? Meu pensamento é que não devemos esquecer nossa natureza cósmica que foi criada a partir de luz, energia e os quatro elementos ou cinco movimentos devidamente harmonizados. Tomando exemplo das quatro estações temos o inverno, em que a semente fica no invólucro guardando energia para a chegada da primavera, pedindo para cair em um solo fértil, frutificando no verão e se preparando no outono para uma nova missão.

    Aprender a meditar no meio do estresse tornou-se obrigatório: isso mesmo, essa é minha proposta, que para viver neste mundo atual temos que aprender a meditar no meio da pressão, da correria, das contas a pagar, das greves, nas ruas, da ausência do silêncio. Como fazer isso? Indo em busca da nossa natureza interior, cinco minutos de contato verdadeiro com nosso eu interior nos trás o equilíbrio necessário para cada período do dia, a auto-regressão, projeção, viagem astral, nos permitem este milagre.

    Alfa-terapia

    Na Alfa-terapia O pensar, faz parte do método e do processo correto. O sentir busca encontrar a qualidade de vida e o agir consiste em aplicar a técnica correta de regressão.

    A alfa-terapia é um estado intermediário entre sono e vigília, portanto não é preciso dormir para entrar em alfa.

    A mente permanece consciente e em alerta, o cliente tem discernimento para analisar todas as ordens que recebe durante a regressão.

    Os valores e as virtudes do cliente são preservados porque a mente só aceita ordens que não interfiram em sua moral.

    O nível alfa vai de 08 a 13 ciclos por segundo, na pesquisa do Dr. Hans Berger em 1929. É um estágio de sonolência e consciência passiva, calma e de humor agradável onde é mais produtivo trabalhar por símbolos.

    Influências de Vidas Passadas

    Segundo o Cabalista Rav Philip S. Berg o mapa astral contém uma posição que revela os segredos de nossas vidas passadas: o Nodo Lunar, ou ponto de correção (pagamento) Essa possição engloba dois aspectos diametralmente opostos que a astrologia convencional chama de “Nodo Sul e Nodo Norte”. O ponto de correção traz a luz às barreiras que ficaram profundamente enterradas dentro de nós ao longo dos tempos. Assim nosso atual signo, tem um oposto e um ascendente anterior que se não ficaram bem resolvidos, interferem descaracterizando o atual.

    Eu acredito que o propósito do Ser Humano é o crescimento e como parâmetro podemos colocar que conseguimos avançar em busca do Divino na medida em que passamos por todos os Símbolos do Zodíaco onde devemos aprender os extremos e o meio. Com a Radiestesia e Radiônica tenho comprovado isso, sem haver uma ordem lógica e seqüencial, isso significa que temos doze macro-encarnações e entre elas, algumas sem relevância o que nos obriga a crescer em busca da luz.

    Técnicas de regressão

    As técnicas para induzir são variadas sendo as mais comuns:

    Imaginação ativa: O terapeuta baseado no estudo astrológico, na biografia, lesões, emocionais ou físicas, medos, erros ou acertos e sonhos do cliente, cria a cena até que se torne real e o vai conduzindo em diversas ações. Esta técnica é usada quando se torna difícil a primeira regressão porque atinge varias profundidades de regressão.

    Criação mental orientada: O cliente será conduzido a uma viagem que o levará a uma imagem de uma vida passada, perguntado “que tipo de roupa está usando?” “que emoções está sentindo?” o controle da visão permanece com o cliente orientado quando necessário pelo terapeuta. A reentrada na vida atual pode ser marcante ou simples e exige muito tato do terapeuta.

    Técnica Christos: O relaxamento profundo é induzido esfregando-se os pés e a testa. É uma técnica mais demorada onde a tela mental é criada pelo cliente que se apega a essa visão, tornando mais difícil o trabalho do terapeuta.

    Viagens Xamânica: O Xamã ou terapeuta treinado conduzirá o cliente sendo seu guia. Nas culturas nativas costuma-se usar ervas chás para facilitar a mudança de consciência, sons, tambores e cantos, bem como, movimentos ritmados também podem ser utilizados.

    Restauração da alma: Este é um processo semelhante ao da viagem xamânica ou da criação mental orientada “um pedaço da alma” é visto como se estivesse preso a outras vidas ou experiências da infância, cliente e terapeuta viajam até onde esse pedaço da alma está preso, para libertá-lo e reintegrá-lo a vida atual. O valor terapêutico é profundo e o resultado vai depender da capacidade de ambos (cliente e terapeuta).

    Memória distante: O profissional irá sintonizar vidas passadas importantes, passando ao cliente o insight captado. O terapeuta também pode utilizar energia para retirar obsessores que perturbaram a vida do cliente em memória distante e passaram para uma nova encarnação. Quando isto acontece os caminhos do cliente se abrem numa forma significativa, além de tirar uma mochila pesada de índole espiritual.

    Regressão de Memórias

    No capítulo anterior fiz referência a alguns ítens do “Manual Oficial do Terapeuta Holístico” para fundamentar a importância “física” Regressão de memórias e Terapia de Vidas Passadas junto ao desenvolvimento de outras técnicas inclusive a “para-normalidade” e a Sincronicidade.

    Como estas se conectam? Para interligar estes elementos é necessário formar o mapa energético do Ser Humano verbal e não verbal, introduzindo resultado das pesquisas relacionando-a com os estudos realizados, experiência, intuição, bom senso, etc.

    Seria pretensão minha, achar que estou descobrindo algo novo nestas ciências de mais de 5000 anos. O valor que estou agregando a regressão de memórias é que posso combinar estes conhecimentos à partir do aconselhamento das atitudes e das emoções, da sincronicidade, com os “Florais de Bach” “Memória Corporal” “Centros de Energia” “Cinco Movimentos”. Tudo isto detectado na comunicação verbal, postural, energética, que se manifesta de diferentes formas em consultório, é, importante também acrescentar que estes elementos ajudam a formar o mapa energético e poderemos corrigir quando necessário o desequilíbrio encontrado.

    REGRESSÃO PONTOS DE ALARME E CENTROS DE ENERGIA

    Muitas vezes o cliente chega manifestando que deseja fazer uma regressão, mas, que tem alguns desconfortos.

    Os Centros de Energia relatam o que acontece no corpo, na mente e na alma antes de se manifestarem nos Pontos de Alarme dos Meridianos e se ramificam por toda a árvore meridiana, por isso a importância de desenvolver diferentes técnicas terapêuticas para detectar os níveis de equilíbrio do cliente.

    Vou pular o básico dos Centros de Energia, porque é algo elementar que todo terapeuta deveria manipular, além de ser altamente divulgado em todos os canais de comunicação.

    Como todos sabem, eles são como portas que se abrem e fecham de acordo com o mecanismo físico, mental, emocional, espiritual e energético. No aprendizado de vida todo ser humano em base ao paradigma da polaridade ( negativo – equilibrado – positivo) desenvolve um sistema de armazenamento único de informações, onde a realidade, experiências e sonhos deixam gravada a biografia.

    Os Centros de Energia e os Doze Meridianos formam uma rede de comunicação energética permeando todos os corpos, e necessita de constante manutenção. Por isso que uma única técnica, não corrige o problema, só o ameniza.

    Assim lembramos que os Centros de Energia da Base, Umbigo e Plexo Solar são os detentores básicos da vida que alimentam a vontade do indivíduo.

    O Centro de Energia do Coração é um desbravador, transforma energias pessoais em sonhos, e a vontade de amar e ser amado até os limites do universo. Ele representa o equilíbrio entre os três Centros de Energia básicos e três Centros de Energia superiores.

    Os três Centros de Energia superiores Garganta, Fronte e Coroa, são o contato vibracional entre terra e universo. Se os básicos se resumem a ação, o coração ao sentimento, os superiores, tem a função do pensamento racional e a ligação com o Divino.

    Na regressão, a sincronia das energias nos ensinam com estas estão agindo e circulando ao longo do ser humano, o enrijecimento muscular reflete excesso de energia meridiana, da mesma forma a flacidez ou fraqueza, significa a perda de energia e normalmente esta começa a ser exaurida pelos chakras.

    Observe sempre o equilíbrio do corpo, alinhamento dos ombros, dos pés, mediana do corpo conservando o eixo central, curvatura da coluna e cabeça, a influência meridiana e dos centros de energia estão ligados diretamente a postura.

    Porque algumas pessoas têm dificuldade para atingir uma regressão? A resposta é simples, falta equilíbrio. Como fazemos a correção? Detectando a disfunção e posteriormente, harmonizamos e equilibramos com as técnicas necessárias.

    Como Terapeuta Hoilístico tenho a obrigação de pesquisar quais são os conflitos emocionais que incidem no cliente antes de fazer a rgressão.

    ANTES DA REGRESSÃO VER: MEMÓRIA CORPORAL E PONTOS DE ALARME

    Segundo Roger Woolger. Other Lives (Outra forma de viver), Other Selves (Outra maneira de ser seguro de si). Bantam, NY, 1988, todo ser vivo tem memória corporal. Incorporada às células do corpo.

    Meridiano do Pulmão: Região do peito:

    Tristeza, sufocamento, perda, medo, culpa, abafamento.

    Meridiano do coração: Região do coração:

    Frieza do coração, bloqueio emocional, ferimentos antigos.

    Meridiano da Vesícula Biliar: Lateral das costelas:

    Raiva, impotência. Afeta também o Meridiano do Fígado

    Meridiano do Fígado: A vida não é agradável o bastante, amargor, não é justo. Afeta também o meridiano do Baço Pâncreas.

    Meridiano do Estômago: Região do Estômago:

    Medo, amargor, terror. O que vai acontecer? “Não consigo digerir isso”

    Meridiano do Baço-Pâncreas: Região da cintura:

    Insegurança, falta de apoio, medo, vergonha, inflexibilidade.

    Meridiano dos Rins: Região dos Rins:

    Medo, vão me pegar, terrível ansiedade.

    Meridiano do Intestino Grosso: Região umbilical:

    Nunca será o bastante, não desista, não demonstre medo, seja forte.

    Meridiano do Triplo Aquecedor: Região abaixo do umbigo:

    Não quero fazer isso, sinto-me preso.

    Meridiano do Intestino Delgado:

    Meridiano da Bexiga:

    Meridiano da Circulação e sexo: Região da pélvis:

    Medo, rigidez, confusão, vergonha, pudor excessivo. “Não devo sentir isso” Não devo fazer isso” “Sexo é ruim” “Isso vai me matar” “Preciso fugir” “Corre-corre” “falta de conteúdo espiritual” -

    Podemos encontrar mais informação na “TERAPIA REICHIANA: desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalizadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilhelm: psiquiatra, discípulo dissidente Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que a cada tipo de trauma é “gravado” na musculatura de partes específicas do corpo, criando “couraças” musculares de caráter, causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de “orgone”. Manual Oficial do Terapeuta Holístico – pág 91 - 5.1.14.

    CENTROS DE ENERGIA

    Chakras Positivo Negativo

    Aura = Servir Obsessão, fobia, histeria, irracionalidade, possessão

    Fronte = Liderar Arrogância, ganância, vícios, alienação, introspecção, manipulação

    Garganta = Criar Apatia, desespero, fracasso, submissão, auto-reprovação, limitações

    Coração = Amar Desilusão, falta de fé, o desconhecido, sensibilidade, pânico

    Plexo = Saber Ansiedade, mentiras, indecisão, preconceito, desconfiança, negligência

    Umbigo = Ter Ciúme, inveja, solidão, vingança, Rejeição, fome, pobreza, ressentimento

    Base = Ser Raiva, dor, violência, culpa, vergonha, impaciência

    O estudo das influências negativas foram extraídas do livro “A Busca do Equilíbrio” de Rita J. McMamara Ed. Ground SP 1989

    Os Centros de Energia (Chakras) são energias sutís do animal instintivo que existe no âmago do ser humano, mais, as impurezas energéticas da terra, às intenções primárias: como medo, raiva, tristeza, culpa, afeto, alegria. Tudo isto enraizado em perfeita harmonia, como uma árvore que cresce em busca das energias sutis do Universo, fazendo um contato Divino, para manter o equilíbrio.

    Esta energia que flui no ser humano tem recebido diferentes nomes de acordo aos seus pesquisadores, nós estaremos focalizando do ponto de vista de “Terapias Energéticas” onde nos deparamos com “Energias” ainda ausentes dos aparelhos científicos de medição. Mas muito presente nos resultados de consultórios de centenas de “Terapeutas Holísticos”

    Os Centros de Energia irradiam seu equilíbrio em duas dimensões: Física e Espiritual, e esta energia quando desequilibrada afeta os pontos de Acupuntura os quais aparecem como “alertas” com o início de uma somatização.

    Por isso eu penso que antes de realizar uma Regressão em Cliente, os Centros de Energia deste, devem ser “Energizados, Equilibrados e Fechados”.

    (ENERGIZAR, é literalmente, transferir energia universal para o cliente.

    EQUILIBRAR é garantir que os opostos não lutem entre si e mantenham as oscilações de acordo com as necessidades do cliente.

    FECHAR, é bom lembrar que os Centros de Energia são abertos do Básico para o Coronário, e devem ser fechados do Coronário para o Básico, não deixando assim portas abertas.

    Rever estes conceitos me coloca frente aos meus próprios conflitos, identificar meus padrões e sempre me surpreendo de não me conhecer totalmente, todo o aprendizado desde a minha gestação até este momento tem deixado registrado cada segundo em meu reservatório físico, mental, emocional, espiritual e energético. É um grande desafio se defrontar a si mesmo e transmutar os medos, crescer, olhar que nesta caminhada não estamos só, e que fomos criados para cumprir a missão individual escolhida por cada um. Agradecer, a natureza sempre foi generosa conosco.

    RESULTADO 1

    REGRESSÃO E DINHEIRO: Não é a primeira vez que um caso de bens materiais e dinheiro se resolvem na Regressão de Memórias. O causo de hoje, começa com uma criança cujo pai viciado em jogo prega o que não faz e uma mãe que vê o dinheiro como algo sujo pelos muitos altos e baixos financeiros que afetam a família e por conseqüência o consulente.

    Posteriormente, esta criança é colocada num colégio religioso extremamente tradicional, onde lhe é ensinado numa forma preconceituosa, que um camelo pode passar pelo olho de uma agulha mais não um rico.

    Anos mais tarde esta criança vira adolescente, se forma, inicia sua vida adulta e com sacrifício, luta e perseverança constrói seu primeiro patrimônio material. Feliz pela sua conquista decide fazer uma festa e, entre seus amigos e colaboradores uma amiga fala o seguinte para ele “parabéns, agora você é um homem rico”. Alguns meses depois desse acontecimento, nosso cliente arranja um sócio que em pouco tempo rouba tudo dele...

    A pesar da perda, nosso novo pobre não se abalou, e com paciência, persistência e perseverança após alguns anos consegue colocar sua nova marca, entre as bem sucedidas empresas.

    Estava tudo tranqüilo, quando pelas necessidades naturais da vida, começa a sentir o vazio da sua casa e em seu coração. Então, se casa com uma mulher inteligente e bonita com quem forma um lar tranqüilo e sereno, com crianças alegrando a vida da família.

    Todo crescimento profissional e material exige uma rede de contatos e relacionamentos e aproveitando mais um ano de sucesso decide fazer um churrasco de confraternização... Um dos convidados que não pode comparecer manda a seguinte mensagem para ele “Obrigado pelo convite, parabéns pelo sucesso da sua empresa e a riqueza da família que você tem...”

    Seis meses depois, sem motivo aparente ele trai a esposa, e em um divórcio litigioso, ela; leva a riqueza da felicidade familiar e grande parte da riqueza material, restando para ele a falência da empresa.

    Foi na construção do terceiro empreendimento, que ele veio nos consultar para fazer uma Regressão de Memórias e Terapia de Vidas Passadas, pois, um amigo dele o convenceu que existia alguma coisa errada em encarnação anterior.

    Começamos a regressão, partindo do momento atual até o instante em que o cliente, em estado alfa, manifestou o alto grau de influência do pai que “ganhava mais sempre perdia” e da influência religiosa ancorada nas raízes da alma dele, trazendo uma relação dolorosa com a riqueza material e emocional.

    Estas ancoras de auto-sabotagens que eram levantadas quando se sentia rico. A força poderosa do inconsciente soprava na consciência “Você não é merecedor” “o dinheiro é sujo” “Você não vai para o céu” “Tudo o que se ganha, se perde” “Pode passar um camelo...”.

    Descoberta a causa veio à solução, que para nosso cliente foi um milagre terapêutico que o ajudou a construir seu terceiro patrimônio material, hoje com uma crescente empresa e um amoroso relacionamento que ele tem certeza que é o definitivo, porque fez as pazes com a riqueza material, emocional e espiritual.

    Segue...

    Este relato mostra que nem sempre os problemas estão em Vidas Passadas, e sim no aprendizado emocional adquirido.

    DISCUSSÃO

    Como terapeuta é necessário estar em constante equilíbrio tendo o caminho das percepções abertas, especialmente os canais de comunicação: auditivo, visual e do tato. A forma de falar, a entoação da voz o rítmo da fala, a maneira de olhar, a postura do corpo, dos ombros, das mãos, dos pés. Só um aperto de mão já fala muito do nosso cliente.

    Com a Regressão de Memórias temos uma técnica altamente assertiva combinada com a Terapia de Vidas Passadas, Neurolinguística e Aconselhamento, resolvendo muitos desequilíbrios no ato.

    Encontrado algum desconforto vivido temos que transmutar o impacto negativo em conforto, verificando essa mudança. Terapias Vibratórias como Cor, Cristais, Reiki, Radiônica. Sem esquecer a análise do conflito emocional que deu origem ao desequilíbrio, trabalhando em conjunto um Floral de Bach de acordo com os sentimentos manifestados.

    Já falamos que somos cópia do universo. Cliente e Terapeuta são dois universos onde alguns rítmos devem estar sincronizados: respiração, postura, atitude mental entre outras, trazendo o Cliente para a descoberta da paz do Terapeuta. Para isso, pode ser utilizado até um simples exercício de respiração ou mentalização positiva.

    Deu para perceber que não adianta, nos orgulharmos de ser um excelente Terapeuta em uma única técnica. Para cumprir nossa missão terapêutica temos que ser excelente em uma técnica e ótimo em várias outras, por isso que nosso aprendizado é contínuo, porque na medida em que ampliamos nosso conhecimento e luz, proporcionalmente ampliamos as dimensões do desconhecido.

    CONCLUSÕES

    A Regressão de Memórias, Viagens Astrais, Terapia de Vidas Passadas são técnicas eficientes confiáveis que nas mãos de um bom profissional operam milagres para seus clientes.

    Todos os dias quando acordamos, estamos por alguns segundos ou minutos em estado alfa e não aproveitamos essa virtude, assim como cada noite, pode escrever para conduzir os sonhos para trabalhá-los, durante o estado alfa ou em estado de vigília. Deixe sempre lápis e papel no criado mudo ou um pequeno gravador.

    Você pode lembrar da sua gestação? Do seu nascimento? Dos primeiros dentes? De quando parou de mamar? Dos seus primeiros passos? De quando tiraram sua chupeta? Você lembra quando falou pela primeira vez Eu quero? Como foi o primeiro dia na escola? Essa e outras centenas de perguntas precisam ser respondidas para aquietar a alma em cada setênio, porque você pode não lembrar, mas tenha certeza que elas estão escritas na história da alma e a Regressão de Memórias resgata os textos e os desenhos perdidos.

    Centenas de terapeutas dão o melhor de si para cumprir os sonhos profissionais, e os sonhos de seus clientes. Por isso a importância de ser sindicalizado no SINTE Sindicato dos Terapeutas do Brasil. Praticar as NTSV Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, é muito importante, estar sempre atualizado no CEA Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística ou AED ensino a Distância via internet, que o SINTE tem a disposição dos associados.

    Esta palestra não poderia ser realizada sem o incentivo natural do seu Presidente e Equipe.

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga

    Terapeuta Holístico

    CRT 34429

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    • Astrologia Cabalística – Rav. Philip S Berg edi. Imago – 2000 RJ

    • Terapia de vidas Passadas – Judy Hall – Ed. Avatar -1996 SP

    • Viagens Astrais – Dharma Latzang – Ed. Traço – 1993 SP

    • Psiconavegação – John Perkins – Ed. Gente – 1990 SP

    • Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística – Curso de Holopuntura 2004

    • O melhor da Terapia Holística – Aut. SINTE Edição colecionador Ciência ou Arte: 2004

    • Sincronicidade – C.G. Jung – Ed Vozes 11ª edição – 2002 RJ

    • Os Cinco Movimentos – Pôster - Autor Henrique Vieira Filho – 2004 SP

    • Holopuntura – TCC Nelson Zuniga SINTE – 2004 SP

    • Fitoterapia – TCC Nelson Zuniga SINTE – 2005 SP

    • O Corpo Fala – Editora Vozes – Aut. Pierre Weil e Rland Tompakow – 1986-2002 SP

    Autor: : Nelson Nibaldo Flores Zuniga - Terapeuta Holístico - CRT 34429
    Última atualização: 13/05/2007 19:43


    NTSV — PH 001 Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão

    NTSV — PH 001
    Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — PH 001
    Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    2. PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   A Terapia de Regressão conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia de Regressão.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia de Regressão — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 TERAPIA DE REGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de Regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.
    5.1.5 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.6 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.7 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.8 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.9 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.10 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THP — Psicoterapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;
    TR — Terapia de Regressão

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Psicoterapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Procedimento em primeira consulta

    5.3.3.1 — Avaliar pré-requisitos e contra-indicações:

    5.3.3.1.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.1.2 — Contra-indicações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

    5.3.3.2 — Explicar o processo de Regressão com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial:

    5.3.3.2.1 Quanto à duração e continuidade do trabalho;
    5.3.3.2.2 Que a TR é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

    5.3.4 Procedimento para as demais sessões:

    5.3.4.1 Após a 2a consulta já pode ser praticada a TR.
    5.3.4.2 Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao TH avaliar exceções.
    5.3.4.3 Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de Regressão, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 17:42


    Regressão e Progressão: Espelhando o Presente, Desvendando o Inconsciente Holística 2005

    Regressão e Progressão: Espelhando o Presente, Desvendando o Inconsciente
    Holística 2005

    Henrique Vieira Filho
    CRT 21001
    Terapeuta Holístico

    Resumo

    Por meio de relaxamento associado a induções verbais, conduz-se o Cliente a exercícios de imaginação no qual projete-se em diferentes contextos no tempo e espaço, proporcionando catarses emocionais que resultam em alívios, simultaneamente ao contato com novos insights, que traduzem-se em maior compreensão do presente.

    Introdução

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    Material e Metodologia

    Definições:

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

    Procedimento em primeira consulta:

    Avaliar pré-requisitos e inadequações:

    Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.

    Inadequações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

    Explicar o processo em detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial: quanto à duração e continuidade do trabalho; que é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

    Procedimento para as demais sessões:

    Após a 2a consulta já pode ser praticadas as técnicas específicas da Terapia de Regressão e Progressão.

    Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao Terapeuta Holístico avaliar exceções.

    Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o Cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo, conduzindo este ao autoconhecimento.

    O estado de relaxamento é fator determinante a facilitar os demais procedimentos e pode ser induzido por diversos meios, tais como a música, sugestões verbais, terapia corporal, etc, ou mesmo a somatória destes recursos. Fisica e mentalmente relaxado, o Cliente está mais propício ao livro fluxo de associação de idéias, pensamentos e imaginação.

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.


    Resultados

    Superando-se os preconceitos, curiosidades e até temores, propagados popularmente sobre tais técnicas, a Regressão induzida mostrou-se mais rápida em trazer à consciência as possíveis origens dos traumas, quando comparada à associação livre freudiana, além de produzir catarses muito mais intensas.

    A Progressão mostrou-se ferramenta eficaz em maximizar a capacidade dos Clientes em tomar decisões, possibilitanto viagens imaginativas sobre variadas "linhas do tempo" alternativas, geradas a partir das diversas opções de ação cogitadas. Em muitos casos, as "previsões" projetadas no futuro imaginário produziram insights que geraram soluções não cogitadas a princípio pelos Clientes.

    Discussão

    Experiências de Freud são utilizadas como argumentos contra e também a favor das técnicas regressivas. Nos primórdios da Psicanálise, aplicou-se a hipnose para induzir os clientes a revivenciar momentos traumáticos, sob o pressuposto de que tal catarse produziria a superação dos efeitos do trauma. De fato, bons resultados foram obtidos; contudo, Freud optou por abrir mão dos métodos hipnóticos, substituindo-os pelo divã, para que o Cliente, em uma posição confortável, fizesse um esforço para lembrar os traumas que estariam na origem de seus problemas. Com o Cliente relaxado, Freud conduzia uma livre associação de idéias, através da qual terminava por encontrar lembranças "recalcadas" e que eram, em tese, a causa de seus distúrbios.

    Assim sendo, de acordo com a conveniência de quem historeia, utilizam o Pai da Psicanálise tanto para argumentar que as técnicas regressivas por indução verbal "direta" estariam ultrapassadas, quanto para alegar que ele era adepto e que teria continuado, caso conhecesse outras formas diferentes da hipnose para atingir o objetivo.

    De fato, a "aura mística" associada ao hipnotismo pode ter sido um dos fatores que mais contribuiram a que Freud o abandonasse, já que anseiava a que a Psicanálise fosse aceita nos meios "científicos"...

    A partir dos anos 70, com o movimento de contra-cultura, a revalorização das filosofias orientais, o crescente interesse pelo esoterismo, gerou-se tamanho movimento (a chamada "revolução aquariana"...) que igualmente repercutiu na Terapia Holística, com a integração de "novas" técnicas nascidas da adaptação miscigenada de rituais religiosos de rememorização de "vidas passadas", com as pesquisas investigativas de casos sugestivos de reencarnações e a retomada das primeiras linhas da psicanálise, o que incluia até a hipnose regressiva.

    Alvos de grande curiosidade por parte do público e veículos de comunicação, a popularização da proposta gerou várias correntes divergentes, muitas das quais "pecaram" ao permitir que a crença religiosa/filosófica de seus defensores influenciasse diretamente na interpretação dos conteúdos vivenciados.

    Uma das linhas mais conhecidas, é a chamada TVP – Terapia de Vidas Passadas, a qual, já a partir do nome, demonstra que o profissional assume equivocadamente para si próprio, o papel que só compete à religião/filosofia particular de cada Cliente, ou seja, definir que existe reencarnação... Na prática, tal posicionamento em nada beneficiou aos resultados terapêuticos, além de ferir, desnecessariamente, a crença de muitas pessoas, que de pronto se afastam desta forma de terapia. Outro fator que diminui a eficácia da proposta foi a tendência de muitos dos praticante da técnica em contentar-se apenas com a catarse, pressupondo que o alívio decorrente do "descarrego" das emoções reprimidas era o fim em si da terapia, quando na verdade, está mais para o primeiro passo, visto que sobre o material aflorado, muito há o que se compreender e utilizar como fonte para autoconhecimento e, especialmente, em como transmutar a vivência em conteúdo útil ao PRESENTE.

    Em muitas vertentes dessa linha terapêutica, os resultados pareciem afastar ainda mais os Clientes de confrontar com seus reais traumas, servindo equivocadamente para justificá-los e até reforçá-los, passando a ser interpretados como inevitáveis e consequências de "lei da causa e efeito".

    Um exemplo baseado em caso real: " _ Meu relacionamento com meu marido é muito ruím, mas tenho que me conformar, pois em outra vida, eu o prejudiquei terrivelmente e agora, é minha vez de sofrer as consequências"... Tal dedução seria bastante razoável se originada na religião; contudo, ela foi gerida em consultório terapêutico, por meio de técnicas regressivas... Por meio desta "racionalização", a pessoa em questão procurou tornar "o inaceitável mais aceitável". Enquanto obstáculo ao crescimento, a Racionalização dificulta à pessoa aceitar a realidade e de trabalhar com as forças motivadoras genuínas, o que poderia reverter o sofrimento em que vive.

    "Racionalização é o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que causa angústia. Usa-se a Racionalização para justificar comportamentos quando, na realidade, as razões para esses atos não são recomendáveis".

    Nada justifica, no contexto terapêutico, de buscar-se especificamente em "vidas passadas" as respostas aos problemas do presente; pode sim, ser uma alternativa, mas jamais a opção única... Se a vivência, espontaneamente, traduzir-se em "insights" transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), tais como experienciar personagens e até épocas distintas da que se tem consciência, é natural e certamente trará ricos materiais a serem trabalhados em terapia. Porém, induzir especificamente a "viagens" antes do período da concepção (claro, salvo honradas exceções...), pode ser fruto de entusiamo exarcebado pela própria filosofia/religião, ou, até mesmo, simples concessões à curiosidade, nem sempre sadia...

    Muito mais ético e adequado é que o Terapeuta Holístico trabalhe o conteúdo aflorado, da mesma forma que trabalharia ossonhos (a psicanálise Junguiana, os pós-junguianos e a Psicoterapia Transpessoal fornecem excelentes subsídios para esta finalidade) e essa premissa é aplicável tanto para conteúdo transpessoal, quanto para visualizações de momentos traumáticos situados na vida "atual". Esta postura permite ao profissional trabalhar, independentemente de ser o material aflorado, um FATO em si, ou uma visão simbólica projetada, o nírica. Compete EXCLUSIVAMENTE ao Cliente ter para si, se o que vivenciou realmente ocorreu, ou não; se é "vida passada", ou não; e até mesmo manter-se "neutro" quanto a quaisquer destas hipóteses. O que realmente importa é obter-se um aprendizado APLICÁVEL em seu presente, que amplie seu autoconhecimento e, consequentemente, sua Qualidade de Vida.

    A análise trabalha com a realidade que o Cliente "sente" e traz nas sessões. Se ele experiencia uma dor referente a um "fato" da infância, porém essa história nunca ocorreu explicitamente, para a terapia de regressão é pouco relevante, pois, o que conta é que existe um "registro" disso e que gera sequelas ainda atuantes no presente do Cliente. Esse "fato" assume importância real e precisa ser trabalhado nas sessões, independente de sua veracidade ou não. O mesmo raciocínio se aplica ao conteúdo transpessoal: se o Cliente vivenciar a si mesmo como "outra pessoa", quem sabe até em "outras épocas", independentemente de crenças pessoais, a terapia sempre trabalhará o conteúdo como sendo uma projeção.

    "Projeção: O ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio, é denominado projeção. É um mecanismo de defesa através do qual os aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo. A pessoa com Projeção pode, então, lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou estar consciente do fato de que a idéia ou comportamento temido é dela mesma".

    Um exemplo, baseado em caso divulgado em um programa televisivo de grande popularidade: a pessoa sofria de fortes dores de cabeça; participou de uma terapia regressiva e viu-se na Idade Média, em uma masmorra, sendo torturada com uma morsa que gradativamente lhe apertava o crânio. Após a cartarse, com a explosão de emoções que a vivência ocasionou, as dores cessaram. Cliente e profissional satisfeitos, deram por encerrada a terapia... Uma crítica construtiva cabe a este procedimento, pois ao invés de contentar-se com a simples remissão do sintoma da dor, poderiam ter sido mais ambiciosos na proposta terapêutica e investigar mais profundamente a questão. Independente de ser ou não "vida passada", a dor está no presente... e isto significa que ela AINDA está em uma "câmara de tortura"... seria sua vida familiar ? seu trabalho ? tudo isso junto ? outra hipótese não tão previsível ? Toda a história aflorada por meio da vivência poderia (deveria...) ser aprofundada, o que pode ser trabalhado com técnicas de associação de idéias, que pode ser realizada na versão "clássica" e/ou sob relaxamento, retomar a vivência e aprofundar-se gradativamente, em sessões seguintes.

    "Associações de Idéias: são um Processo intelectivo segundo o qual a mente humana, a partir de uma idéia inicial (indutora), é imediatamente levada a suscitar uma outra, isto em razão de alguma "conexão natural" existente entre ambas. A idéia indutora pode ser representada no caso, tanto por uma palavra, como por um objeto, uma imagem, ou mesmo uma emoção (da qual o sujeito toma consciência) cujo simples aparecimento na mente é suficiente para despertar uma segunda idéia, e esta uma terceira, e assim por diante, num processo praticamente sem limite e no qual, conforme a expressão popular, uma coisa puxa a outra."

    Toda a discussão aqui exposta sobre a Regressão é igualmente aplicável para a Progressão. Da mesma forma que espelhamos nosso presente imaginativamente em tempo passado, igualmente podemos projetar para o futuro. Este procedimento é particularmente útil a auxiliar o Cliente na tomada de decisões presentes, já que possibilita ao mesmo, criar mentalmente as possíveis consequências de suas atitudes atuais.

    Temática amplamente explorada na ficção científica, é como se existisse incontáveis futuros alternativos, "linhas do tempo", nas quais o indivíduo transitaria consequentemente às escolhas e atitudes do presente.

    Em minha prática de consultório, o exercício imaginativo em direção a um futuro hipotético inicia-se sobre uma premissa, comumente, as possíveis consequências geradas a partir de uma escolha presente. Por exemplos: mudar ou não de emprego, casar ou não, separar ou manter o casamento, opções de carreira, dentre as mais comuns ansiedades trazidas em consultório... A proposta é possibilitar ao Cliente, "vivenciar" o que seu inconsciente projeta para o futuro, de acordo com cada escolha possível. Continuando os exemplos: uma projeção de como será o seu dia-a-dia daqui a 1, 2, 3, 4, 5 anos, continuando no emprego atual... Depois, o mesmo exercício imaginativo futuro, perante a opção de demitir-se no presente... O mesmo procedimento nas progressões: casado... ou descasado... E assim, caso a caso.

    Algumas idiossincrasias observados nos procedimentos que envolvem a Progressão:

    Ao contrário do que ocorre em exercício imaginativos em direção ao passado, o nde espontaneamente surgem vivências passíveis de interpretação (critério exclusivo do Cliente...) como "vidas passadas", nunca encontrei um caso em que alguém experienciasse uma situação de "vidas futuras"...

    Clientes praticantes de técnicas de mentalização consciente para "programar seu futuro", comumente se surpreendem com grandes discrepâncias entre o ideal que conscientemente planejam e aqueles traduzidos pelo inconsciente, nas vivências progressivas; por sinal, via de regra, estes é que se "concretizam" na prática...

    Conclusões

    A vinculação desnecessária ao misticismo e religiosidade é um obstáculo ao desenvolvimento das técnicas vivenciais. O Terapeuta Holístico, ao abster-se de posicionamento pessoal, mantendo a neutralidade necessária e respeitando o direito do Cliente em considerar o material aflorado como fato, ou como exercício de imaginação, tem na Regressão e Progressão uma excelente ferramenta terapêutica, capaz de acelerar o processo de autoconhecimento e em transmutar os desconfortos em mais Qualidade de Vida para os Clientes.

    Referências bibliográficas

    CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

    GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

    HALL, James A. - A Experiência Junguiana. S. Paulo, Cultrix, 1989.

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    JACOBI, Jolande - Complexo - Arquétipo - Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1986.

    JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. 5. Paulo, Vozes, 1991.

    LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. 5. Paulo, Cultrix, 1992.

    MACHADO, José Pedro Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa, Editorial Confluência Ltda., 1967.

    MARKEY, Christopher - Yin-Yang. 5. Paulo, Cultrix, 1987.

    MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

    NETHERTON, Morris e SHIFFRIN Nancy – Vidas Passadas em Terapia. São Paulo, ARAI-JU, 1984.

    PINCHERLE, Lívio Túlio; LIRA, Alberto e outros – Psicoterapias e Estados de Transe. São Paulo, Summus Editorial, 1985.

    TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Florais de Bach – Uma Visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica – Incluindo NTSV – TF 001 – Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Floral – 4a Edição - Editora Pensamento, 1994.

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1990.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 26/01/2009 15:31


    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS E TERAPIA DE VIVÊNCIAS PASSADAS

    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS E TERAPIA DE VIVÊNCIAS PASSADAS

    VIDA – TRABALHO - RELACIONAMENTO

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    www.zuniga.terapiaholistica.net 

    Apresentação

    Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas são técnicas que em Terapia Holística contribuem para descobrir as origens vivenciadas dos problemas ou da felicidade.

    Descobrir as vivências passadas recentes, adolescência, enquanto criança ou na gestação é o que chamamos de Regressão de Memórias, e caberá ao cliente a interpretação segundo as próprias crenças e religiosidade. O Terapeuta Holístico assume a condição de moderador baseado na experiência, sabedoria e conhecimento permitindo assim fluir o livre arbítrio do cliente.

     

    Só que para fazer estas viagens é necessário encontrar a paz, diminuir o estresse, desenvolver harmonia. Fortalecer a auto-estima e o auto-respeito.

    A Terapia de Vivências Passadas tem início quando já foram superadas as etapas anteriores e é, neste momento, que esta técnica traz resultados para a melhoria da qualidade de vida, profissão ou relacionamento.

    A Hipnose e o estado Alfa são necessários para entrar num processo de sono e vigília, onde cliente e terapeuta interagem neste estado.

    Conta muito à experiência e o domínio absoluto de várias técnicas em terapia holística, para aconselhar as infinitas situações que aparecem.

    A Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Hipnose, Meditação e Viagens Astrais; estão envolvidas pelo medo, falta de informação correta e muitas vezes pela banalização destas excelentes ferramentas.

    A Radiestesia e Radiônica têm a função de detectar energias, amplificá-las, neutralizá-las ou corrigi-las, se necessário.

    O ser humano como um ser simbólico, utiliza muitas figuras, como linguagem universal para se comunicar. Estas aparecem no cotidiano através da sincronicidade, dos sonhos ou induzidos.

    Temos que cuidar com carinho do corpo físico, sem esquecer do corpo mental, emocional, identidade/espiritual e energético.

    O maior desafio dos seres humanos que confiam nesta arte, é harmonizar a própria vida, a profissão e seus relacionamentos.

    A união da Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Radiestesia e Radiônica e Análise Simbólica, resultaram numa terapia individual e única com excelentes resultados a curto prazo, ganhando a confiança e a fidelidade do cliente que retorna para lapidações, harmonização, energização de seus cinco corpos, profissão ou relacionamentos.

    É cada vez maior o número de pessoas que desejam conhecer suas próprias vivências, para entender de onde vem, onde está e qual e a razão da sua existência. 

    Todo ser humano se preocupa com o equilíbrio da sua vida física, que fica relegada ao temperamento hereditário, aprendizado, meio ambiente, relacionamento, religiosidade, identidade e a própria individualidade. 

    Este conjunto de energias e aprendizados influencia diretamente a profissão, determinantes de fracasso ou de sucesso. 

    Os relacionamentos não estão separados das energias anteriores e será resultado de apatia, tristeza ou de alegria. 

    Este desafio nos leva a refletir sobre o momento atual da humanidade e das nossas atitudes para com o indivíduo, comunidade e meio ambiente. Estes espelhos do universo refletem com intensidade o equivalente nas manifestações físicas e psíquicas do planeta, mas para consertar este, temos primeiro que consertar a nós mesmos. 

    Introdução 

    Memórias: (Faculdade de reter idéias, impressões e conhecimentos adquiridos, lembranças, recordações, reminiscência. Vivência: Existência, vida, modo hábitos de vida, sentir. Dicionário de Português – Edições poliglota). A retenção de impressões se processa em vários níveis que o Ser Humano costuma ver como um só e integral. Em termos holísticos separamos em Cinco Corpos, Cinco Movimentos, Quatro Elementos, Sete Chakras para depois uni-los. 

    A Regressão de Memórias vai interagir nessas experiências adquiridas conscientes ou não, com a finalidade se assim o cliente permitir, redirecionar a ação vibratória registrada em reminiscências ou vivências. 

    Estas vibrações determinarão influências marcantes no desempenho de vida, trabalho e principalmente no relacionamento. 

    Os Cinco Corpos, Dentro de todo ser humano existem um historiador e um poeta, (razão & emoção) que relatam sua vida com detalhes e acontecimentos que até então não faziam sentido encobrindo muitas vezes a possibilidade de abrir caminhos. Para explicar melhor esta proposta, falarei em termos de energia emanada, recebida e impregnada em cada corpo. 

    Corpo Físico, ele reflete o mapa atual e de vidas passadas, naturalmente tentaremos buscar uma definição racional para determinado problema com profissionais competentes, mas na impossibilidade de respostas, recorreremos a perguntas energéticas. 

    Perguntas energéticas são detectadas com alto índice de acertos, através da Radiestesia e Radiônica que desenvolverá gráficos especialmente criados para cada tipo de questionamento. Neste corpo com seus cinco sentidos, são vivenciadas todas as experiências de aprendizado. 

    Corpo Mental, a energia do pensamento uma fonte poderosa de radiação energética que destrói, neutraliza ou constrói. Algumas pessoas têm uma defesa natural e outras precisam desenvolver estes escudos invisíveis muito necessários para o crescimento e desenvolvimento do ser humano. 

    Corpo Emocional, ele é o centro de equilíbrio dos cinco corpos, nele atuam as energias herdadas de todos os ancestrais diretos, do meio ambiente, relacionamentos e as negociações com a vida. 

    Corpo da Identidade ou Espiritual, este corpo pode ser visto por várias facetas: como Corpo da Identidade fica issento de crença e religiosidade usando a capacidade e o livre arbítrio para direcionar sua vida. Já do ponto de vista espiritual são inúmeras as opções, uma delas são as energias de aprendizado astrológico, dando em cada um a oportunidade de interpretar se assim o desejar e fazer sentido para efetuar mudanças, desenvolvimento e crescimento. 

    Corpo Energético, este corpo intangível cresce e desenvolve com as energias de equilíbrio de todos os outros corpos de acordo a qualidade e quantidade de energia recebida. 

    Este corpo quando energizado corretamente tem um crescimento tal que pode se desdobrar dando vida a um novo corpo de energia. 

    Influências possíveis ancoradas nos cinco corpos 

    Memórias de medo: Alguns clientes consultam por causa dos medos de nadar, e tremem com água acima do joelho, isto é comum e primeiro devemos descobrir como foi a interação com o precioso líquido, também alguns adultos manipulam pelo temor as crianças para que não cheguem perto de  águas perigosas, ancorando na memória da vivência, ações que não fazem parte das próprias experiências, assim se desdobram inúmeras situações a serem vivenciadas e transformadas a partir do cliente.

    Memórias com animais peçonhentos: Hoje sabemos que qualquer inseto por simples que seja tem a capacidade de afetar-nos seriamente, então é natural a aversão a barata, pernilongo, mosca, escorpião, borboleta, etc. Em Terapia de Vivências Passadas, encontramos, pessoas que tiveram vivências dramáticas lutando pela vida, e quando isso acontece o cliente consegue discernir corretamente sobre o acontecido solucionando essa âncora energética.  

    Memórias de altura: Quem não se lembra de ver ou ser levado sentado de cavalinho nos ombros do pai ou da mãe, é uma sensação gostosa e agradável. O sentido de altura para outras pessoas está relacionado à insegurança, quedas reais já acontecidas e, que se encontram fixadas na memória de alguns dos cinco corpos. 

    Memória alimentar: Uma cliente sadia com apetite insaciável, numa vivência sente a dor da inanição, pedindo a vida, que nunca mais a deixe passar fome, o fato de ela conhecer essa parte traumática, a fez compreender que nesta vida, isso seria impossível de acontecer por ser atualmente dona de um bem sucedido mercado de alimentos. 

    Memória de vícios: Aqui se entrelaçam vários fatores, o que torna a mais difícil das terapias, envolvendo os Sete Chakras, Cinco Movimentos, Cinco Corpos e os Quatro elementos. Os desequilíbrios em cada uma destas técnicas promoverão sensação energética da enbriaguês ou do estado alterado de consciência de forma artificial induzindo a fuga. 

    Memória de vida: Experiências traumáticas e ferimentos em vidas passadas são a causa de inúmeras emoções não compreendidas na atualidade de muitas pessoas. Estas experiências ancoradas na emoção se manifestam na maioria dos casos indiretamente, exemplo: um cliente canhoto que foi obrigado pelos pais a fazer tudo como se fosse destro. Em Terapia de Vivência Passada, havia perdido a mão direita e, esta descoberta o libertou para ser ele mesmo nesta vida. 

    Memória profissional: As profissões e atividades exercidas pelo homem ou pela mulher no passado têm uma relação com pensamentos, sentimentos e atitudes de vivências passadas, conectando-se a vivência atual. Exemplo: numa Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas a pessoa vivenceu um padre que foi queimado numa fogueira junto a pessoas que ajudou e que foram julgadas como praticantes de bruxaria. Esta vivência desenvolveu outras atitudes de crescimento e desenvolvimento a este profissional que exerce a profissão de Terapeuta Holístico. 

    Memória de relacionamentos: Relacionamentos oh, os relacionamentos! Auto sentencias: Te amarei por toda uma eternidade. Nunca mais amarei ninguém. Homem presta. Nenhuma mulher merece meu amor. Você não presta (será que os outros prestam? Então vou buscar nos outros) Por isso, que quando se fala, vê, ouve e sente uma sentença, se deve ter muito cuidado em aceitá-la ou não, exemplo: se eu falo "vocês sabem? Estou feliz, em paz, e sentindo-me realizado ao preparar esta palestra" a frase "vocês sabem?" obriga ao interlocutor a puxar o arquivo saber a questão, neste caso o arquivo solicitado é de conteúdo positivo e você aceita. Caso contrário, numa mensagem negativa, fale "Eu não sei!". 

    Na memória dos relacionamentos, geralmente se culpa o outro e dificilmente se pega um espelho para se ver a si mesmo. Isto faz parte de uma das terapias que está baseada naquele conto oriental: (quando era jovem queria mudar os outros, quando fiquei adulto quis mudar as pessoas que me rodeavam, e agora que estou velho apenas desejo mudar a mim mesmo... É por onde deveria ter começado). 

    Material e Metodologia – Definições 

    Hipnose: Estado semelhante ao sono profundo e no qual  a pessoa age por sugestão (Dicionário de Português, Edições Poliglota – Melhoramento 2005). Como podemos perceber o livre arbítrio do cliente neste estado fica comprometido, isso não significa que não será utilizada esta técnica importante quando há reminiscências muito fortes, vai depender da flexibilidade do terapeuta. Assim direcionamos a pressão que essas lembranças exercem nas lembranças físicas e psíquicas.

    Diminuir o estresse com o alinhamento dos Chakras: Alinhar, equilibrar e proteger os Chakras traz o benefício da redução do estresse. Se mentalizar o campo energético de cada um, de maneira ascendente e depois descendente irradiando energia para todos os meridianos e cinco corpos, teremos alcançado o primeiro passo para entrar em estado Alfa ou de relaxamento.

    Vivemos num palco de muitos egos o que intoxica a clareza de pensamentos e o descanso, para fazer esta harmonização devemos pelo menos dormir bem, momento em que corpo mente e energias se expandem permitindo a limpeza e recuperação energética.

    Sono e vigília: Costumo chamá-la de Terapia Alfa, porque permite interagir num diálogo único com a vivência do cliente. Neste roteiro individual existem interações com o universo, pessoas e consigo mesmo, tudo registrado e emergindo, porque para os registros energéticos não existe tempo nem espaço. 

    Regressão de Memórias: Nas memórias da vida atual se acumulam inúmeras situações a partir da gestação, algumas serão recordadas outras não, sendo estas últimas as mais difíceis de descobrir até pelo mecanismo de defesa natural que temos. Assim o cliente descobrirá experiências vivenciadas na gestação, nascimento e desenvolvimento tendo uma nova compreensão da vida. 

    Terapia de Vivências Passadas: Como podemos perceber para se chegar com qualidade e excelência a uma Terapia de Vivências Passadas, existem uns passos preliminares que requerem responsabilidade, experiência, pesquisa e profissionalismo. Acessar vivências passadas é fazer contato com o campo energético palco de um conjunto de aprendizados. 

    Vivências com interferência astrológica: Perceberemos que a biografia energética é proporcional ao aprendizado.  Doze influências testarão as evoluções de cada ser humano ligadas às características negativas e positivas de cada símbolo astrológico. A virtude da astrologia e que nos mostra várias personalidades das quais podemos aprender.

     

    As vinte e quatro energias contidas nos doze signos zodiacais têm um significado de força, influência ou uma virtude para fazer opções.   

    Resultados 

    O primeiro resultado acontece na interação cliente terapeuta, o cliente desenvolve a capacidade de analisar seus problemas e resolver-los tomando rédeas ou o timão da própria vida. O terapeuta aprende com cada ser humano que passa por seu consultório podendo algumas vezes ser histórias parecidas, mas nunca iguais.

    Os resultados espontâneos e descritos por algúns clientes foram: aprendizado do relaxamento porque encontraram paz, diminuíram o estresse encontrando harmonia, neste estado veio à meditação que é a musculação dos sete chakras, dos cinco corpos aprendendo a se elevar e voltar fortalecidos dessa experiência. 

    A limpeza energética feita através da radiestesia e a radiônica foi sentida como "tirar um peço da mochila". A regressão de memórias colocou novamente frente a "situações mal resolvidas ou de vivências felizes" podendo alterá-las ou degustá-las. 

    Já a terapia de vivências passadas, permitiu a interação de vidas anteriores com o desenvolvimento atual, fazendo cair fichas decisivas para abertura de caminhos para a vida, profissão e relacionamento. 

    Maria  

    Trinta e quatro anos, bonita, inteligente, mestra e doutora, casa própria, carro do ano, feliz física e profissionalmente... Triste em relacionamentos. 

    Após o relaxamento, meditação e purificação aúrica, descobrimos a forte influência da mãe com quem morava e que exercia uma forte influência sobre sua vida, além de menosprezar os homens porque ela teve poucos momentos de felicidade. 

    Recomendei alguns Florais de Bach e na interação ela tomou a decisão de ter seu próprio apartamento e uma vida própria, coisa que aconteceu em poucas semanas, foi quando decidimos que era momento de uma Terapia de Vivências Passadas, Maria vivenciou no ano 500 dC maltrato por vários homens, posteriormente na Europa pós queda da bastilha, traída e abandonada "jurando que nunca mais amaria um homem na sua vida". Como estava sofrendo muito durante a regressão, lembrei a ela que isso é uma vivência, podendo agora apenas observar para tomar decisões. 

    A "magia" da Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas e que podemos rever cenas, neutralizá-las e modificá-las linguisticamente, assim como o juramento que Maria fizera nessa vivência. 

    Os dois eventos vivenciados e relatados por Maria tiveram uma forte influência energética que provocava o afastamento dos seus relacionamentos. 

    Após esta vivência, passaram três meses de ausência ao consultório. Até que uma quarta feira ela retornou sem marcar hora, fiquei feliz de ver que o visual circunspeto de doutora, tinha dado passo ao visual da moda e escutei algo que já esperava e disse textualmente: "Encontrei o lírio que o senhor falou" (o lírio é a carta 30 do tarô de Lenormand, carta que previa junto com outras, essa mudança e o encontro de uma pessoa transparente e de boas intenções, se ela mudasse o script da vida atual). Hoje Maria e seu lírio vêm regularmente para harmonização individual e do casal. Tenho certeza que a próxima vivência da vida de Maria será a maternidade de uma Menina...

    Discussão 

    A Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Hipnose, Meditação e Viagens Astrais; estão envolvidas pelo medo, falta de informação correta e muitas vezes pela banalização destas ferramentas. 

    Só vivenciando uma regressão de memórias e terapia de Vivências passadas, para poder dar uma definição correta dos estados de consciência descobertos e às conexões com as situações que nos interessam, trazendo soluções para os mais diversos problemas. 

    A Regressão de Memórias atua sobre o processo de gestação e o momento atual, focando principalmente o aprendizado corporal, mental, emocional, identidade/espiritual e energético. 

    A Terapia de Vivências Passadas é um complemento necessário quando os caminhos parecem que se fecharão na vida. Os insight e as vivências que aparecem fazem sentido para receber uma chave para fechar e abrir portas do livre arbítrio.

    A Hipnose adotada neste trabalho é uma técnica que permite baixar a freqüência energética do cliente que o leva a um estado de sono e vigília, conhecida também como estado alfa. O curioso é que alguns clientes fazem questão de serem hipnotizados passando pelo processo de hipnose total, preferindo posteriormente a alfa-terapia.

    A Meditação é uma parte importante deste trabalho que busca atingir não só o cliente, mas também o ser humano que está ávido de paz. Falar de meditação é falar de respiração, processo a ser reaprendido para equilibrar os cinco corpos.

    A boa respiração permite equilibrar cada meridiano, corpo, chakra, jogando fora ressentimento, sapos engolidos, etc. Incorpora equilíbrio no pensamento, sentimento e atitudes.

    As Viagens Astrais, esta ferramenta de planejamento só vai servir se soubermos aproveitar os ensinamentos do passado no presente, para projetá-los no futuro para não recriar os erros do passado e viajar até os níveis das conseqüências. 

    Este conjunto de técnicas que fazem parte da busca de conhecimento do ser humano atual, de si mesmo e sua íntima relação com o meio ambiente e as percepções a respeito de seu papel no universo e o sentido da própria existência. 

    Marcas físicas, intelectuais, morais, espirituais e energéticas. 

    Gestação e nascimento é um processo energético para o ser que está sendo concebido, porque implica diretamente rejeição ou amor, estas duas vivências podem marcantes para o ser em desenvolvimento, aparecendo mais tarde na vida adulta.

    Abandonar o estado de aconchego do útero vai ser um passo importante para as situações futuras, e de mudanças ao longo da vida.

    Aprender a andar e falar por volta de um ano, possivelmente terá uma conexão profunda com a comunicação, cair e se levantar na vida. 

    (Segundo Bernard Lievegoed em seu livro desvendando o crescimento editora Antroposófica. Refere-se a crises no encontro do eu, quando ao redor dos três anos e meio a criança deixa de falar o nenê não quer... fala até ríspido, Eu não quero). O entendimento e a compreensão deste momento são muito importantes, ela apenas está descobrindo que é, um ser único que precisa ser respeitado.  

    Mesmo que a modernidade inclua as crianças no aprendizado com uma tenra idade, existe uma crise aos sete anos, onde percebemos pela primeira vez, que o mundo belo, às vezes se transforma em feio.

    As imagens guardadas desta passagem aparecem com o peso de situações análogas no futuro, nem sempre compreendidas como remanescente de memórias ou de vivências. 

    Na medida em que as crianças crescem aparecem os medos próprios, e os condicionados pelos adultos, controlando mais pelo medo, que pelo amor, os limites e os desafios para a vida podem ser colocados a partir da amamentação, para não ter que fazer correções quando adulto.

    Nessa caminhada, nos defrontamos com a sexualidade, para algumas pessoas algo pecaminoso, para outras, parte integrante no desenvolvimento do ser humano, esta situação trará importantes informações para o cliente adulto em crise. 

    Como podemos ver nesta discussão, os cinco corpos atuam com catalisadores de memórias e de vivências que liberam informações sem serem solicitadas, assim teremos, marcas físicas, intelectuais, morais, espirituais e energéticas. 

    Conclusões 

    Os processos de aprendizado

    Efeito quebra-cabeça: os processos de aprendizado são reconhecidos apenas pelo caminho da instrução de maneira racional, com conceitos oferecidos e com aplicação prática valorizando o pensar, é um “quebra-cabeça” bem montado, só que quando falta uma peça esse ser humano entra em crise. 

    Efeito Mosaico: Já no processo de aprendizado misto Racional e Vivencial uma grande parte da humanidade vê, escuta e sente as virtudes dos conceitos extraídos tanto pela experimentação autodidata e o descobrimento de novos caminhos. Aqui já não se é mais um quebra cabeças, se é um mosaico onde mesmo faltando alguma peça se produz um a organização natural e criativa, como na natureza. 

    A instrução, experimentação e os estímulos recebidos pelos Sete Chakras, Cinco Corpos e Cinco Sentidos vão trazer um padrão de resposta, podendo ser um comportamento externo ou uma representação interna da vida, profissão ou relacionamento. 

    As vivências marcantes na vida dependerão da intensidade e do local atingido em uma das tantas memórias e o momento específico de uma forte emoção. 

    O procedimento para minimizar as condições adversas através da Terapia de Vivências Passadas, será encontrar as âncoras que seguram seu veículo físico ao navegar livremente pelo oceano da vida. 

    Sonhar? Pensar? Sentir? Agir? Fantasiar? Realidade? Este trabalho tenta desmistificar a Regressão de Memórias e a Terapia de Vivências Passadas, mostrando que o processo começa na boa respiração, passa pelo relaxamento evoluindo para a meditação, chega à auto-hipnose descobrindo o estado alfa para finalmente chegar a uma regressão de memórias e terapia de Vivências Passadas, sendo assim uma viagem com muitas escalas.

    Crises ao longo da vida, As primeiras situações de aprendizado vivencial começam em como fomos recebidos ao descobrir o estado de embaraço (espanhol) gravidez (português), notamos que as duas palavras denotam (momentos difíceis) dando início a uma série de crises que se manifestarão ao longo da vida, que nos obrigam sadiamente a crescer. 

    Crises de adotar um veículo físico, talvez sejam a primeira decisão do corpo energético ou da identidade para lapidar as pendências deixadas em vivências anteriores ou pela hierarquia ancestral (pai/mãe, avós, visavôs, tataravôs, tetravôs, etc.)

    Crise da gestação, como foi recebida? Qual foi à primeira emoção da mãe, pai, parentes, amigos. A memória energética guardou tudo isso e pode estar influenciando a vida de um ser agora.

    Crise do nascimento, do ponto de vista energético e holístico, deve-se procurar que o parto seja o mais normal possível. Na vida, o parto estará simbolizando os constantes processos de mudanças que vivenciamos e devemos fazê-los com segurança, flexibilidade e amor. 

    Crise do aleitamento, além da alimentação física e protetora que os médicos recomendam, está o sentido energético da troca de carinho importante para no futuro como auto-estima, confiança, busca e desafios. 

    Crises do andar, falar, pensar, este momento é tão importante devido a influência que terá ao longo da vida. (Bernard Lievegoed em seu livro desvendando o crescimento diz: Durante este aprendizado da posição ereta se desenvolve a capacidade exclusivamente humana "a fala") Em termo energético a criança começa abrir as janelas para o mundo físico e do pensamento com alguns toques de emoção, se ela aprender a respirar corretamente encontrará maior equilíbrio em pensamento, sentimento e ação. 

    Crise do "Eu", muito adulto não entende quando uma criança troca a fala, a nenê, o nenê e de repente fala "eu não quero" sendo muitas vezes repreendida como desafiadora ou mal criada. Esta atitude inibe o ser humano futuro que tem que se colocar todos os dias como um indivíduo com pensamentos, sentimentos e atitudes próprias.

    Crise do primeiro momento só, é um aprendizado único que deve ser compartilhado e bem direcionado para evitar os extremos. Este momento é o descobrimento do espaço próprio, auto-respeito e auto-aprendizado. Quando insinuo relembrar de um momento só, feliz e com tranqüilidade, algumas pessoas tem uma grande dificuldade de lembrar e é comum escutar que receberam muitas críticas por desejar se isolar. 

    Crise dos medos, estes aparecem colocados por adultos nas crianças no tempo que gostam de escutar contos e estórias. Outros medos são colocados para controlar, manipular, chantagear emocionalmente, ficando na memória energética e aparecendo como símbolos esmaecidos em momentos importantes na vida, profissão ou relacionamentos. 

    Crise da sexualidade, a puberdade é interferida pelo fator do equilíbrio emocional, dos pais, protetores ou educadores, espiritualidade, meio ambiente, cultura social. Ao aparecimento da puberdade as mensagens emitidas e recebidas farão parte dessa vida, as virtudes de uma terapia serão que essas vivências podem ser reescritas pela própria pessoa. 

    Crise da maioridade dos corpos, esta fase une os cinco corpos em um só querendo ser único, sair de casa, perder os medos e ser ele mesmo, questionar as pessoas e o mundo em que vive. As conseqüências disso incomodam as mentes já pré-estabelecidas e que querem sossego, esquecendo que já passaram por essa fase. 

    Crises da escolha, exatas ou humanas? Todas as crises anteriores afetarão neste momento, mesmo em famílias herdeiras de profissões, sem contar com a influência e direcionamento de vivências passadas. 

    Crise das forças, "o céu é o limite" nesta fase de vida, esportes radicais, baladas, velocidade, sons, experimentação do proibido, uma grande maioria adere a esta situação que não mede conseqüências que afetarão o futuro próximo. 

    Crises Crística, símbolo do sofrimento que leva muitas pessoas a um estado de tristeza profunda, que pode ser facilmente cuidado com Florais de Bach e aconselhamento.

    Crise de olhar para traz, chega um momento na vida de muitas pessoas quando olham para traz, sentem insatisfação, tristeza, desassossego. Outras pessoas relatam que se sentem como se estivessem num porão, num túnel ou numa noite sem fim, enquanto outras recebem este momento como mais um desafio. E o momento para algumas pessoas de entrar em contato com as vivências ancoradas.

    Crise da segunda oportunidade, Analisando o processo de vida do homem observamos que muitos símbolos que apareceram à partir do nascimento até o final da adolescência, se repetem até duas vezes no decorrer da vida adulta. Estes símbolos revestidos como perdas ou ganhos em qualidade de vida, aprendizado/profissão, relacionamentos afetivos. 

    Crise do corpo físico mental, nesta fase o medo de perder o equilíbrio físico, esquecer, ser esquecido ou ignorado, produz um estresse físico e mental que leva a uma longa peregrinação por consultórios de todo tipo. Em Regressão e aconselhamento a estas pessoas lhes é mostrado a progressão baseada num planejamento de vida racional/mental, certificando-se de unir o que já foi plantado, somado com as sementes atuais. Esta adição mostrará o que vai ser colhido no futuro. O livre arbítrio nunca teve tanta importância neste momento de vida, porque pode ter protelado a metade da vida seus sonhos e fantasias e passar o resto da vida se queixando e culpando os outros. 

    Crise da morte e das perdas, provavelmente esta é a ultima crise do ser humano na caminhada física que é inevitável. Atua próximo ou depois da aposentadoria e é como um livro que tem inicio meio e fim. Alguns ficam escrevendo sempre primeiros capítulos, outros se acomodam nas páginas intermediarias e uns poucos sabem ou aprendem a finalizar o livro da própria vida com sabedoria, serenidade e dignidade. (a sabedoria oriental se refere a quatro grandes momentos da vida. Dos 0 aos 21 anos é o momento de Aprender. Dos 21 anos aos 42 anos é o momento de Lutar. Dos 42 aos 63 é o momento de se tornar Sábio. Dos 63 em diante, é o momento de Ser Sábio). 

    Anexos 

    "TERAPIA DE REGRESSÃO”

    Técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência, desse modo, induzir "insight" sobre a infância, a vida intra-uterina e até mesmo transpessoais (informações alem da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados pela Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou. Até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo esta parte fundamental e integrante da terapia.  

    “TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE”

    Distingui-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tart, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrecidos de aconselhamento,levando ao auto-conhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incrementando a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes. 

    “TERAPEUTA FLORAL”

    Procede ao estudo e a análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja proposta é predominantemente preventiva e que atuam através das questões psíquicas, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção específica. O uso contínuo da terapia floral leva a uma maior compreensão das emoções, permitindo o aflorar de um material psíquico mais profundo, ampliando, assim, o auto-conhecimento, o que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações. É normalmente associada a outras técnicas terapêuticas, em especial, o aconselhamento, possibilitando mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou a preocupação com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. 

    “PARAPSICOLOGIA”

    Estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicados pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamado fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente, (viagem astral), regressão e vivências passadas, “poltergeist” possessão e similares.

    Referencias bibliográficas 

    Brian Weiss

    • Muitas Vidas Muitos Mestres
    • Meditando com Brian Weiss
    • A cura através da Terapia de Vidas Passadas
    • Editora Sextante - 2000

     

    Bernard Lievegoed

    • Desvendando o Crescimento – Fases evolutivas da infância e da adolescência
    • Editora Antroposófica - 2000

     

    Judy Hall

    • Terapia de Vidas Passadas
    • Editora Avatar - 1998

     

    James Van Praagh

    • Em Busca do Perdão
    • Editora Sextante - 2000

     

    Louise L. Hay

    • Cure seu Corpo
    • Editora Best Seller - 2005

     

    Ghanshyam Singh Bipla, Colkete Hemlin

    • Magnetoterapia
    • Editora Pensamento - 1999

     

    Clássicos de bolso.

    • Rei Édipo, Sófocles. Antígone
    • Ediouro, 1993

     

    Fátima Ferreira Duque

    • Florais de Bach na Astrologia
    • Editora Madras – 2004

     

    Joaquim Gervásio de Figueiredo

    • Dicionário de Maçonaria
    • Editora Pensamento
     

    NTSV Normas Técnicas Setoriais Voluntárias

    • Auto-Regulamento que pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da disciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras, éticas e técnicas de atuação

     

    Nelson Zuniga

    • Palestras proferidas e artigos publicados no SINTE, LEVEN entre outras.
     
     

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    13 de Março de 2008

    www.zuniga.terapiaholistica.net

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/05/2008 13:30


    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista

    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA

    Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista


    Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico - CRT 21001

     


    Resumo:

    Milernarmente, os SONHOS são uma forma de contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso os indivíduos recorriam aos Xamãs, ao Sacerdotes, antecessores dos Terapeutas Holísticos, para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, inclusive, divinatórias, por meio de rituais sagrados.

    No ocidente moderno, sua importância foi negligenciada, até o advento da PSICANÁLISE, reencontrando nas teorias de Freud e Jung a sua função de eficaz meio de acesso ao conteúdo inconsciente, aplicando-se a associação livre como um dos instrumentos a trabalhar o conteúdo onírico.

    A TERAPIA HOLÍSTICA une o antigo e o novo em suas melhores qualidades, aproveitando tanto os sonhos espontaneamente recordados, quanto os induzidos via técnicas de relaxamento, toque e exercícios de imaginação ativa.

     

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras.

    Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem "científica-reducionista-elitista" cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem "empírica-holística-acessível" de nossos ancestrais xamãnicos.

    A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do "cientificismo", mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes.

    Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a "alma", desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

    No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se "dissolvem espontaneamente" no decorrer destes procedimentos (método catártico).

    A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

    Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte "inacessível" de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( "eu") e Censor ("juiz" do Ego, o Ego "Idealizado").

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO.

    Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

    Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Especificamente sobre os SONHOS, porém, a Terapia Reichiana pouco abordou, sendo enfatizada a observação do CORPO como o revelador dos aspectos visíveis do mundo inconsciente. Já Freud, autoproclama seu livro A Interpretação dos Sonhos como sua obra mais importante. Por sua vez, a Psicanálise Junguiana seria inimaginável sem a análise do universo onírico dos Clientes.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Interpretação dos Sonhos no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, bem como as técnicas de indução ao "sonho acordado" que já praticavam nossos antecessores, os sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.


    Material e Metodologia:

     

    1. Definições

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

    ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO - procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE - usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal - "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

    LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

    TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    SONHO: Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente. Para as culturas milenares, é o contato com o transcendente, de caráter orientativo e divinatório, com acesso ao divino e até ao mundo dos mortos.


    2. Procedimentos


    ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

     

    Análise de Sonhos:

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ..."o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro"... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as "chaves" transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado "o sono sagrado", onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de "sonho acordado", muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão "científico". Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, "a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma". Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma "auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material "espontâneo" que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a "dramatização", onde a pessoa "encarna", um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura "incorporada". Outra ferramenta de interpretação é a "ampliação" do sonho, onde se é estimulado para "prolongar" o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de "ampliação" é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que "ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico". O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.


    Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

    Do mesmo modo como "evocamos" os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma "lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais "pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram "especializações" funcionais, "desenhando-se" no holograma certos "caminhos" bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa "tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. "Mapeando" esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos "meridianos" de Acupuntura, na China milenar, e os "chacras" na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a "circulação" energética, induzimos à "circulação" das informações psíquicas, ocorrendo os chamados "insights" ("flashs", lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que "digerir", compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro "equilíbrio energético". O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

     

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

     

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

     

    Resultados:

     

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade. Especificamente quanto às vivências oníricas e análises dos SONHOS, foram objetos de grande atenção, ocupando boa parte dos atendimentos, tornando-se o fator mais significativo na produção de INSIGHTS percebidos como de grande importância emocional e motivacional na vida dos Clientes.


    Discussão:

     

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a "imitar" o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE - Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.


    Conclusões:


    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    A análise dos SONHOS, sejam os espontaneamente lembrados, sejam os induzidos por técnicas vivenciais se traduziram nos momentos mais surpreendentes e reveladores destes meus quase 25 anos de Terapia.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui a interpretação dos sonhos, regressão, progressão, vivências, etc...). A própria tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.


    Referências bibliográficas:


    "O Corpo Fala" - Pierre Weil e Roland Tompakow - Editora Vozes;

    "Counseling, Santé et Développement" em www.counselingvih.org;

    "Florais de Bach - Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica" - Henrique Vieira Filho - Editora Pensamento;

    "Jung e Reich - O Corpo Como Sombra" - Jonh P. Conger - Summus Editorial;

    "O Microcosmo Sagrado" - 2a Edição - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Orgônio, Reich e Eros" - W. Edward Mann - Summus Editorial;

    "O Processo de Aconselhamento" - Paterson / Einsenberg - Martins Fontes 1988;

    "Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung" - Reis, Magalhães e Gonçalves - EPU - Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

    "Tutorial Terapia Holística" - Henrique Vieira Filho - SinteBooks.

    "Interpretação dos Sonhos: Ed. Comemorativa - 100 Anos" - Sigmudn Freud - Editora: Imago;

    "Psicoterapia Holística" - - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    Anexos e Apêndices:

     

    1) Textos selecionados da obra "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    O sonho só é estudado aqui como veí­culo e criador de símbolos. Manifesta tam­bém a natureza complexa, representativa, emotiva, vetorial do símbolo, assim como as dificuldades de uma interpretação justa. A maior parte dos elementos deste verbete são aplicáveis ao conjunto dos símbolos, e u cada um em particular, pois todo símbolo participa do sonho e vice-versa.

    A parcela de sonho

    Segundo as mais recentes pesquisas científicas, um homem de 60 anos teria sonha­do, dormindo, um mínimo de cinco anos. Se o sono ocupa um terço da vida, aproxi­madamente 25% do sono é atravessado por sonhos: o sonho noturno ocupa, portanto, um duodécimo da existência entre a maioria dos homens. Que dizer do sonho acordado e do devaneio diurno que se acrescentam a esta parcela já impressionante!

    Sobre o sonho, Frédéric Gaussen disse muito bem: símbolo da aventura indivi­dual, tão profundamente alojado na intimi­dade da consciência que se subtrai a seu próprio criador, o sonho nos aparece como a expressão mais secreta e mais impudica de nós mesmos. Ao menos duas horas por noite vivemos neste mundo onírico dos símbolos. Que fonte de conhecimentos so­bre nós próprios e sobre a humanidade, se pudéssemos sempre recordá-los e interpre­tá-los! A interpretação dos sonhos, disse Freud, é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma. Também as chaves dos sonhos se multiplicaram desde a antiguidade. Hoje em dia, a psicanálise as substituiu.

    O fenômeno do sonho

    As idéias sobre o sonho, como sobre o símbolo, evoluíram muito e não temos por que fazer o histórico dessa evolução. Mas mesmo hoje em dia, os especialistas ainda estão divididos a respeito. Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente; para J. Sutter, esta é a menos interpretativa das defini­ções, o sonho é um fenômeno psicológico que se produz durante o sono, constituído por uma série de imagens cujo desenrolamento representa um drama mais ou meios concatenado.

    O sonho se subtrai, portanto, à vontade e à responsabilidade do homem, em virtude de sua dramaturgia noturna ser espontânea e incontrolada. É por isso que o homem vive o drama sonhado, como se ele existisse realmente fora de sua imaginação. A consciência das realidades se obli­tera, o sentimento de identidade se aliena e se dissolve. Tchuang-tcheu não sabe mais se foi Tcheu que sonhou que era uma bor­boleta ou se foi a borboleta que sonhou que era Tcheu. Se um artesão, escreve Pas­cal, tivesse certeza de sonhar todas as noi­tes, durante doze horas que era o rei, creio que seria tão feliz quanto um rei que so­nhasse todas as noite, durante doze horas, que era um artesão. Sintetizando o pensa­mento de Jung, Roland Cahen escreve: O sonho é a expressão desta atividade men­tal que está viva em nós, que pensa, sente, experimenta, especula, à margem de nossa atividade diurna, e em todos os níveis, do plano mais biológico ao plano mais espi­ritual do ser, sem que o saibamos. Mani­festando uma corrente psíquica subjacente e as necessidades de um programa vital inscrito no mais profundo do ser, o sonho exprime as aspirações profundas do indi­víduo e, portanto, será para nós uma fonte infinitamente preciosa de informações de toda ordem.

    Classificação dos sonhos

    O Egito antigo atribuía aos sonhos um valor sobretudo premonitório: O deus criou os sonhos para indicar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o fututro, diz um livro de sabedoria. Sacerdotes-leitores, escribas sagrados ou onirólogos interpretavam nos templos os símbolos dos sonhos, segundo chaves transmitidas de era em era. A oniromancia, ou a divinação por meio dos sonhos, era prati­cada em todos os lugares.

    Para os negritos das ilhas Andamã, os sonhos são produzidos pela alma, que é considerada como a parte maléfica do ser. Sai pelo nariz e realiza fora do corpo as proezas de que o homem toma consciência em sonho.

    Para todos os índios da América do Nor­te, o sonho é o signo final e decisivo da experiência. Os sonhos estão na origem das liturgias; estabelecem a escolha dos sacer­dotes e conferem a qualidade de xamã; é deles que provêm a ciência médica, o nome que se dará às crianças, e os tabus; eles ordenam as guerras, as caçadas, as conde­nações à morte e a ajuda a ser ministrada; só eles compreendem a obscuridade escatológica. Enfim o sonho... confirma a tradição: é o selo da legalidade k da autori­dade.

    Para os bantus do Kasai (bacia congolesa), certos sonhos são produzidos pelas almas que se separam do corpo durante o sono e vão conversar com as almas dos mortos. Esses sonhos têm um caráter premonitório referente à pessoa, ou então podem consistir em verdadeiras men­sagens dos mortos aos vivos, que interes­sam a toda a comunidade.

    (Sobre o papel dos sonhos e sobre sua interpretação nas civilizações orientais, po­de-se consultar a erudita obra coletiva SOUS; e sobre exemplos de sonhos histó­ricos célebres, religiosos, políticos e cultu­rais).

    Os exemplos de sonhos são inumeráveis; tentou-se diversas vezes classificá-los. As pesquisas analíticas, etnológicas e parapsicológicas dividiram os sonhos noturnos, para facilitar o estudo, em um certo núme­ro de categorias:

    1.  o sonho profético ou didático, aviso mais ou menos disfarçado sobre um acon­tecimento crítico, passado, presente ou fu­turo; sua origem é freqüentemente atribuí­da a uma força celeste;

    2.  o  sonho  iniciatório  do  xamã  ou do budista tibetano de Bardo-Todol, carregado de eficácia mágica e destinado a introduzir o homem num outro mundo por meio de um conhecimento e de uma viagem imagi­nários;

    3.  o sonho telepático, que estabelece co­municação com o pensamento e os senti­mentos de pessoas ou de grupos distantes;

    4.  o sonho visionário, que transporta ao que H.  Corbin chama  de  o  mundo  das imagens, e que pressupõe no ser humano, num  certo  nível  de  consciência,  poderes que nossa civilização ocidental talvez tenha atrofiado ou paralisado, poderes sobre os quais H. Corbin encontra testemunhos en­tre os místicos iranianos; trata-se aqui, não de presságio, nem de viagem, mas de visão;

    5.  o sonho pressentimento, que pressente e privilegia uma possibilidade entre mil...

    6.  o sonho mitológico, que reproduz al­gum grande arquétipo e reflete uma angús­tia fundamental e universal.

     

    Guardadas todas as proporções, o sonho acordado pode ser comparado ao sonho no­turno, tanto pelos símbolos que coloca em ação, como pelas funções psíquicas que é capaz de cumprir. Maria Zambrano mostra, ao mesmo tempo, seu risco e suas vanta­gens: Na vigília, o sonho apodera-se imperceptivelmente da pessoa e engendra um certo esquecimento, ou antes Uma lembran­ça cujo contorno se transfere a um plano da consciência que não pode acolhê-lo. O sonho torna-se então germe de obsessão, de mudança da realidade. Ao contrário, se é transferido a um plano adequado da consciência, ao lugar onde a consciência e a alma entram em simbiose, torna-se forma de criação, tanto no processo da vida pes­soal, como na realização de uma obra.

    A prática psicoterápica do sonho acor­dado engendrou a onirotécnica. Derivada dos trabalhos de Galton e Binet, das expe­riências de Desoille, de Guillerez e de Caslant, desenvolvida e aperfeiçoada por Frétigny e Virei até o onirodrama, esta técnica consiste num devaneio dirigido, a partir de uma imagem ou de um tema sugerido pelo intérprete e geralmente tirados dos símbo­los de ascensão e queda. Ela utiliza a fa­culdade que o homem possui, quando co­locado em estado de hipovigília de viver um universo arcaico de cuja existência nem suspeita quando acordado e do qual o so­nho noturno dá apenas uma ideia muito infiel e desalinhavada.

    A técnica comporta um primeiro tempo de relaxamento cientificamente conduzido, devendo chegar à aparição de ondas eletroencefalográficas alfa. O sujeito recebe a instrução de verbalizar simultaneamente as imagens que lhe aparecerem e os estados que experimenta. A experiência mostra que estes estados são vividos, isto ê, que o su­jeito tem um Eu Corpóreo Imaginário e que age num mundo visionário sobre o qual projeta as estruturas de seu Eu arcaico. Se, neste ponto da experiência, o ope­rador propõe uma imagem indutora ou su­gere uma ação imaginária, o sujeito vai integrar a sugestão no universo em que vive e desenvolver as suas conseqüências, segundo o modo simbólico próprio a este universo. Por este meio e alguns outros, vê-se surgir, no sujeito menos predisposto à fantasia ou à compreensão poética, seqüências de imagens e situações que po­dem ser, em todos os pontos, sobrepostas aos dados da mitologia ou da psicossociologia dos estados mais primitivos da huma­nidade.

    Funções do sonho

    O sonho é tão necessário ao equilíbrio biológico e mental como o sono, o oxigênio e uma alimentação sadia. Alternativamen­te relaxamento e tensão do psiquismo, ele cumpre uma função vital; a morte ou a demência podem ser o resultado de uma falta total de sonhos. Serve de exutório a impulsos reprimidos durante o dia, faz emergir problemas a serem resolvidos, e, ao representá-los, sugere soluções. Sua fun­ção seletiva, como a da memória, alivia a vida consciente. Mas desempenha ainda um papel de uma profundidade bem diferente.

    O sonho é um dos melhores agentes de informação sobre o estado psíquico de quem sonha. Fornece-lhe, num símbolo vivo, um quadro de sua situação existen­cial presente: ele é para quem sonha uma imagem freqüentemente insuspeitada de si mesmo; é um revelador do ego e do self. Mas ao mesmo tempo os dissimula, exata-mente como um símbolo, sob imagens de seres distintos do sujeito. Os processos de identificação não são controláveis no so­nho. O sujeito se projeta na imagem de um outro ser: aliena-se, identificando-se com o outro. Pode ser representado com traços que não têm aparentemente nada em co­mum com ele, homem ou mulher, animal ou planta, veículo ou planeta etc. Um dos papéis da análise onírica ou simbólica é desvendar essas identificações e descobrir suas causas e fins; tem como finalidade res­tituir a pessoa à sua identidade própria, descobrindo o sentido de suas alienações.

    O papel do sonho, talvez o mais funda­mental, é estabelecer no psiquismo de uma pessoa uma espécie de equilíbrio compen­sador. Ele assegura uma auto-regulação psicobiológica. A carência de sonhos cria de­sequilíbrios mentais, assim como a carência de proteínas animais provoca perturbações fisiológicas. Esta função biológica do so­nho, confirmada pelas mais recentes expe­riências científicas, não deixa de ter conseqüências sobre a própria interpretação, que pode então evocar a lei das relações complementares. O intérprete procurará com efeito a relação de complementação entre a situação consciente vivida, objetiva, do sonhador e as imagens de seu sonho. Porque existe, escreve Roland Cahen, uma relação de contrapeso (de balança) real­mente dinâmica, entre o consciente e o in­consciente, manifestada na atualidade de sua movimentação pelo sonho. . . Os de­sejos, as angústias, as defesas, as aspirações (e as frustrações) do consciente encontra­rão nas imagens oníricas bem compreendi­das uma compensação salutar e, conseqüentemente, correções essenciais. O drama onírico pode conceder o que a vida exterior recusa e revelar o es­tado de satisfação ou insatisfação em que se encontra a capacidade energética (libi­do) do sujeito. Mas, às vezes, a distância entre o sonho e a realidade é tal que adqui­re um caráter patológico e deixa transpa­recer na própria libido um descomedimen­to que nada consegue compensar. Deve-se observar que nos casos normais a compen­sação se produzia, nas perspectivas de Freud, segundo uma linha horizontal, isto é, no mesmo nível da sexualidade, en­quanto, segundo Jung, todo equilíbrio psi­cológico do ser se faz, entre seus planos conscientes e seus planos inconscientes, na dimensão da verticalidade, tal como, num veleiro, o equilíbrio entre a vela e a quilha. No mesmo sentido, para o Dr. Guillerey, toda perturbação psíquica cor­respondia a uma atividade superior entra­vada, e o apelo do herói, no sentido bergsoniano do termo, cumpriria uma função não apenas moral, mas terapêutica, de sal­vamento.

    O sonho, enfim, acelera os processos de individualização que regem a evolução de ascensão e integração do homem. Em seu nível, já tem uma função totalizadora. A análise, como veremos, permitirá que entre em comunicação quase regular com a cons­ciência e desempenhe então um papel de criador de integração em todos os níveis. Não apenas exprimirá a totalidade do ser, mas contribuirá para formá-la.

    Análise do sonho

    A análise dos símbolos oníricos baseia-se em triplo exame: o do conteúdo do sonho (as imagens e sua dramaturgia); o da es­trutura do sonho (em diversas imagens, um conjunto formal de relações de um certo tipo); o do sentido do sonho (sua orienta­ção, sua finalidade, sua intenção). Os prin­cípios de interpretação da análise se apli­cariam aliás a todos os símbolos e não só aos dos sonhos, e, em especial, aos que se exprimem nas mitologias. O sonho pode ser concebido como uma mitologia perso­nalizada.

    O conteúdo do sonho, isto é, a fantas­magoria puramente descritiva, procede do cinco tipos de operações espontâneas: uma elaboração dos dados do inconsciente para transformá-lo cm imagens efetivas; uma condensação de múltiplos elementos numa imagem ou numa seqüência de imagens; um deslocamento ou uma transferência da afetividade para estas imagens de substituição, por meio de identificação, repressão ou sublimação; uma dramatização des­te conjunto de imagens e cargas afetivas numa fatia de vida mais ou menos intensa; enfim, uma simbolização que oculta sob as imagens do sonho realidades diferentes das que são diretamente representadas. No meio dessas formas disfarçadas por tantas operações inconscientes, a análise onírica deverá pesquisar o conteúdo latente dessas expressões psíquicas, que encobrem opres­sões, necessidades e pulsões, ambivalências, conflitos ou aspirações que se escondem nas profundezas da alma. O conteúdo do sonho compreende não apenas as representações e sua dinâmica, mas também sua totalidade, isto é, a carga emotiva e ansiosa que as afeta.

    Fantasmagorias diversas podem encobrir estruturas idênticas, isto é, conjuntos ar­ranjados e articulados segundo o mesmo esquema profundo; inversamente, imagens semelhantes podem aparecer em estruturas diferentes. Numerosos confrontos de ima­gens e de situações sonhadas testemunha­ram uma espécie de temática constante, isto é, um conjunto de esquemas eidolomotores, onde séries de imagens diferentes revelam uma mesma orientação, mesmos sentimentos, mesmas preocupações, bem tomo a existência de uma rede de comuni­cação interna de uma mesma estrutura en­tre os diversos níveis e as diversas pulsões do psiquismo. É possível assim julgar-se o conteúdo latente do sonho. Roger Bastide anota no seu diário: Começo a me tornar africano. Esta noite sonhei com Ogum (deus ioruba do ferro e dos ferreiros). . . um psicanalista teria todas as condições de me mostrar que não fiz mais que trocar de símbolo, que Ogum desempenha exata-mente o mesmo papel nas minhas noites africanas que aquele outro personagem de meus sonhos da Europa. Sob a diversidade dos conteúdos, seria exatamente a mesma estrutura fundamental que apareceria a um analista. Deixaremos pois de lado a materialidade das imagens dos sonhos para ir buscar us estruturas que as enformam. Freud pensava que todos os sonhos de uma mesma noite pertencem a  um mesmo conjunto.

    Esta estrutura do sonho é concebida ge­ralmente como um drama em quatro atos, no qual atua um aparato imaginário que pode variar consideravelmente, embora y quadro subjacente permaneça o menino Roland Cahen resume assim esses quatro atos:

    1.  sua exposição e suas personagens, seu lugar geográfico, sua época, seus cenários;

    2.  a ação que aí se anuncia e se desen­volve;

    3.  a peripécia do drama;

    4.  este drama evolui para seu término, sua solução, sua lyse, repouso, indicação ou conclusão.

    O que complica ainda essa estrutura é que ela deve ser explorada em diferentes níveis, que não deixam de ter interferên­cias entre si. A nível profundo, serão en­contrados problemas metafísicos, que sim­bolizam mais ou menos diretamente us angustiantes questões da ontogênese ou do vida depois da morte. No plano médio, as preocupações sexuais exprimem-se no meio dos símbolos que, de um modo geral, a individualização da adolescência gera. A nível superficial, aparecerão sob uma for­ma simbólica, mais ou menos inacabada, aliás, as preocupações do indivíduo isolado pela complexidade da civilização e equivocando-se sobre as causas de suas dificul­dades de adaptação.

    No meio de todos esses mundos de sím­bolos que, assim classificados, se articulam segundo uma analogia bastante límpida, alguns eixos privilegiados se desenham, por outro lado, com bastante clareza, tais co­mo: a relação quase constante entre a ascensão e a luz (Caslant-Desoille); entre a integração e o calor (Frétigny-Virel). Deve-se notar também as grandes direções analógicas da centralização (Godel), da direita e da esquerda. Essas redes de coordenadas e outras que têm um valor puramente ex­perimental formariam um código de esquemas eidolomotores, graças ao qual se poderia explorar o simbolismo onírico de um modo relativamente científico.

    Enfim, todo sonho possui um sentido. Esse sentido pode ser buscado lá atrás, na causa do sonho: é o método freudiano, etiológico e retrospectivo. Ou adiante: é o método junguiano, Ideológico ou prospec­tivo. Os sonhos, diz Jung, são amiúde an­tecipações que perdem todo o seu sentido se examinadas de um ponto de vista pura­mente causal.

    O sonho, como todo processo vivo, é não somente uma seqüência causal mas também um processo orientado para um fim. ... pode-se pois exigir do sonho - que é uma autodescrição do processo da vida psíquica - indicações sobre as causas objetivas da vida psíquica e sobre as ten­dências objetivas desta. Em lugar de se situar sob a dependência de um consciente que a precede, como acon­tece com a função compensadora, a função prospectiva do sonho se apresenta, ao contrário, sob a forma de uma antecipação, nascida no inconsciente, da atividade cons­ciente futura; ela evoca um esboço prepa­ratório, um bosquejo de grandes linhas, um projeto de plano executivo. Mas essa orientação para um fim é expressa sob a forma de símbolos, e não com a clareza descritiva de um filme de aventuras ou de um encadeamento conceitual.

    Comparando o sonho às construções ima­ginárias feitas em estado de vigília, Edgar Morin estima que: todo sonho é uma rea­lização irreal, mas aspira à realização prá­tica. É por isso que as utopias sociais pre­figuram as sociedades futuras, as alquimias prefiguram as químicas, as asas de Ícaro prefiguram as asas do avião. Cada sonho, dirá Adler, tende a criar o ambiente mais favorável a um objetivo dis­tante. Esta finalidade do sonho é distinta do sonho premonitório dos Antigos: ela não anuncia um acontecimento futuro, re­vela e libera uma energia que tende a criar o acontecimento. É a grande diferença entre o profético e o que se pode prever, entre o divinatório e o operacional. O sonho é uma preparação para a vida (Moeder); o futuro é conquistado em sonhos, antes de ser conquistado nas experiências (de Becker, a propósito de Gaston Bachelard). O sonho é o prelúdio da vida ativa.

    Interpretação

    - O sonhador está no âmago de seu so­nho. Não se deve esperar deste verbete uma chave dos sonhos. Toda esta reunião de símbolos, sejam eles astecas, bantos ou chineses, pôde servir à interpretação dos sonhos. Mas por mais útil que seja, não seria suficiente. O sonho anima e combina imagens carregadas de afetividade: sua lin­guagem é exatamente a dos símbolos. Mas a arte de interpretá-los não depende apenas de regras, procedimentos ou significações codificados e aplicados mecanicamente. É necessária uma compreensão ao mesmo tempo íntima e ampla. O sonhador que possuir este livro poderá ler, nos verbetes que correspondem às imagens de seus so­nhos, os valores simbólicos que são ligados a essas imagens. Nos sonhos, esses valores são fundamentalmente os mesmos que apa­recem nas artes plásticas, na literatura ou nos mitos; como em toda parte, porém, estão em simbiose com outros e especial­mente com um meio psíquico, pessoal e social, portador também de símbolos. É a síntese de todos esses elementos que, a par­tir das luzes dispersadas aqui e ali neste livro, conduzirá o leitor a uma justa in­terpretação de sua experiência e, em geral, de sua vida a nível do imaginário ou da construção de imagens. A verdadeira cha­ve dos sonhos está no molde dos símbolos, percebidos ou despercebidos, mas sempre vivazes no inconsciente. É através de si mesmo que o leitor compreenderá o senti­do dos símbolos evocados neste livro, assim como também o sentido dos sonhos. Ê preciso não esquecer, escreve C. G. Jung, que se sonha em primeiro lugar, e quase exclusivamente, consigo mesmo e através de si mesmo. O célebre analista opõe jus­tamente à interpretação dos sonhos no pla­no do objeto, que seria causal e mecânica, a interpretação no plano do sujeito. Esta estabelece uma relação entre a psicologia do próprio sonhador e cada elemento do sonho, como por exemplo cada uma das pessoas atuantes que nele figuram. Cada uma é como que um símbolo do sujeito. O primeiro tipo de interpretação é analí­tico: decompõe o conteúdo do sonho em sua trama complexa de reminiscências, de lembranças que são o eco de condições ex­teriores. A interpretação do segundo tipo é, ao contrário, sintética: na medida em que separa das causas contingentes os complexos de reminiscências e os apresenta co­mo tendências ou componentes do sujeito, ao qual, por proceder desse modo, os in­tegra de novo. Nesse caso, todos os conteúdos do sonho são considerados como símbolos de conteúdos subjetivos. Poder-se-ia dizer de toda percepção aprofundada e vivida de um valor simbó­lico - que só se realiza evidentemente no plano do sujeito - o que Jung diz do sonhou se acaso nosso sonho reproduz algumas representações, essas são antes de tudo nossas representações, para cuja ela­boração a totalidade de nosso ser contri­buiu; são fatores subjetivos que no sonho (como na percepção do símbolo) se agru­pam de tal ou tal modo, exprimindo tal ou tal sentido, não por motivos exteriores (apenas), mas pelos movimentos mais sutis de nossa alma. Toda esta gênese é essen­cialmente subjetiva, e o sonho é o teatro onde o sonhador é ao mesmo tempo o ator, a cena, o ponto, o diretor, o autor, o pú­blico e o crítico. O sonho do homem é uma manifestação -cósmica e às vezes uma teofania, como um sonho da natureza no homem e um sonho dele so­bre a natureza (Raymond de Becker), ou, segundo os Antigos, um signo de Deus nele e um sinal dele a Deus. As pulsações vin­das dos três níveis do universo e do Ser se conjugam no sonho.

    - O sonhador está no âmago da histó­ria. A interpretação dos símbolos oníricos exige que cada um dos três elementos da análise seja remetido a um contexto, escla­recido por associações espontâneas e, se possível, ampliado, como se fosse uma am­pliação fotográfica.

    A primeira regra, a do contexto, coloca-nos de sobreaviso contra a interpretação de um sonho isolado. Se convém escutar o relato de um sonho, feito com toda a precisão desejável, não é menos necessário conhecer vários sonhos do mesmo sujeito, sonhos ocorridos numa data próxima, de­pois em datas diversas e em lugares di­versos; um sonho faz parte de todo um conjunto imaginativo, é apenas uma cena num grande drama de cem atos diversos. Não se trata de confundir ou sobrepor essas cenas, mas de julgar suas articula­ções. Este contexto implica igualmente o conhecimento do próprio sonhador, de sua própria história, de sua consciência, da idéia que tem de si mesmo e de sua situa­ção. Porque sua vida imaginária é, ...ela própria, parte de um conjunto, que é a vida total da pessoa em sociedade. Esta exigência leva igualmente a se pesquisar os í m b lentes em que o sujeito age c que rea­gem sobre ele. Apesar de sua aparência desalinhavada, o sonho inscreve-se numa continuidade. A interpretação dos símbo­los, noturnos ou diurnos, é uma cadeia sem fim de relações. A inteligência do imaginário não é um simples caso de imagi­nação.

    -  O recurso às associações. A associação acrescenta ao estudo do contexto, de certo modo objetivo, o do contexto subjetivo. O sonhador é convidado a exprimir espontaneamente tudo o que as imagens, u» cores, os gestos, as palavras de seu sonho, tomadas isoladamente ou em grupo, evo­cam nele. É uma ocasião em que ele pode manifestar laços que estavam apenas laten­tes, laços emotivos ou imaginativos insuspeitados.   Essas   associações   são   capitais para   a  interpretação   dos   símbolos,   mas são freqüentemente frágeis, artificiais, mais ou menos desejadas, deformantes e aberrantes, em suma, necessitam de muita cau­tela.

    -  Os bastidores do sonho. A ampliação consiste em  dar  ao  sonho  analisado  seu máximo de ressonância. Chega-se a isso por associações espontâneas do sujeito, ou ins­tando-se para que ele prolongue, continue a cena do sonho, como faria a partir de um dado  vivido no estado de  vigília. A ampliação voluntária pode ser do tipo acor­dado, com um mínimo de controle, ou do tipo do sonho conscientemente dirigido. P, possível, certamente, que ela provoque uma ruptura   de   sentido;   mas   freqüentemente também esclarecerá o sentido do sonho e suas ambigüidades, assim como  as linhas prolongadas   de   um   triângulo   miniatura mostram melhor  o  seu  desenho e como uma projeção ampliada revela melhor um cristal de neve ou os veios de um mármo­re. Se essa ampliação da linha do sonho, feita pelo sujeito, ainda não é o suficiente para decifrar os símbolos, existe uma outra ampliação na qual o intérprete toma a ini­ciativa, recorrendo com uma prudente cir­cunspecção ao imenso tesouro das diversas ciências humanas. Estes paralelos históricos, sociológicos, mitológicos, etnológicos, tirados tanto do folclore como da história das religiões, permitem relacionar o conteúdo do sonho, privado de associações, ao patrimônio psíquico e humano geral. Este tipo de  ampliação é característico da escola de Jung e, manipulado com uma sábia reserva, decifrou mais de um enigma. Num ensaio de socio­logia do sonho, Roger Bastide mostra bem este arraigamento social do imaginário: Etnólogos mostraram claramente o que se poderia chamar de os bastidores dos so­nhos: o sonhador vai procurar todos os aparatos de seus sonhos na vasta panóplia de representações coletivas que sua civili­zação lhe fornece, o que faz com que a porta esteja sempre aberta entre as duas metades da vida do homem, que mudan­ças incessantes se efetuem entre o sonho c o mito, entre as ficções individuais e as restrições sociais, que o cultural penetre no psíquico e que o psíquico se inscreva no cultural.

    Sonho e símbolo, princípios de integração

    A interpretação do sonho, como a decriptação do símbolo, não são apenas res­postas a uma curiosidade do espírito. Ele­vam a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Só por esta qualificação, e no plano do psiquismo mais normal, a análise onírica ou simbólica é uma das vias de integração da personali­dade. O homem mais bem esclarecido e equilibrado tende a substituir o homem despedaçado entre seus desejos, suas aspi­rações e suas dúvidas, e que não se com­preende a si próprio. O professor C. A. Meier, que Roland Cahen cita, diz com razão: a síntese da atividade psíquica cons­ciente e da atividade psíquica inconsciente constitui a própria essência do trabalho mental criador.


    2)A História da Terapia Holística

    "Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos"

    (paráfrase sobre texto de 1986,

    do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico - de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico - de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por "sincronicidades", por "sinais", cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este "status", o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os "iniciados" compreendiam as "instruções" incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História "ocidentalizada" registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem "científica", ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro "médico", já que estabeleceu "doenças" como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo "desmembramento de seus componentes". Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de "doenças" que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

    trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este "movimento separatista elitizado", continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem "científica" e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o "consolo espiritual" da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência "exata"...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a "desumanização" do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte --importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva - da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas - a história, a filosofia, a literatura e a psicologia - não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de "A (re)humanização da medicina",

    de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

    e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada "Revolução Aquariana". Movimentos "hippies", de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura "científica", onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais "científico". Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas "traduzidas" para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.


    3) Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Jung, Freud e o Cálice Terapêutico - Ilustração de Henrique Vieira Filho

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje... A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:
    *
    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho



    Estruturas da Psique:
    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente: CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento; PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência; INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo. As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada. Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia. A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos. M

    uitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras. Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo. A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições.

    Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística. Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas. Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas". De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente. Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.
    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva.

    Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação (assista a vídeo-aula sobre Psicoterapia Junguiana em Vídeo Aula - Introdução à Psicoterapia ).

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta...

    Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves. Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos. A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos... A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora "explicações", "boas razões", para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa. A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava. A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça". 5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes. A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...". 6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema. A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...". 7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico... A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...". 8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida... A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão. Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento. Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br (11) 3171-1193

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 07/06/2011 10:44


    Terapia Floral » Florais de Bach

    SAHAJÔLI - Energia Sexual e Qualidade de Vida

    SAHAJÔLI

    Energia Sexual e Qualidade de Vida


    Jussara Hadadd Aguiar Duarte

    Terapeuta Holística

    CRT 39518




    Propositura de palestra apresentando alternativas de terapia com o foco na sexualidade feminina através da técnica do Sahajôli, associando a utilização dos Florais de Bach e a aplicação da Reflexoterapia Podal









    Rio de Janeiro

    2007




    SUMÁRIO


    AGRADECIMENTOS 4

    INTRODUÇÃO 5

    RESUMO 6

    SAHAJÔLI 8

    Origem 8

    Preconização 8

    Indicações 9

    Benefícios 9

    SAHAJÔLI COMO TERAPIA HOLÍSTICA 11

    A Filosofia Comportamental e a Qualidade de Vida 11

    Associação dos Florais de Bach 11

    Associação com a Reflexoterapia Podal 13

    A MULHER 14

    O movimento feminista 14

    A redescoberta do prazer 14

    O reencontro com o poder da Deusa 15

    ENERGIA SEXUAL 16

    Ativação dos Chakras 16

    Energia Kundalini 16

    Energia Vital 17

    Sexo Tântrico 17

    Tao do Amor e do Sexo 18

    SEXUALIDADE 19

    Individualidade 19

    Casamento 19

    Família 20

    Mundo 20

    Os Homens 21

    EXERCÍCIOS 22

    Contrações 22

    Consciência Corporal 22

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 23



    AGRADECIMENTOS


    A minha família, berço de toda a minha proposta de evolução e aos desafios que me foram impostos através das dificuldades e das pedras, cuidadosamente, colocadas no meu caminho.




    INTRODUÇÃO


    A energia sexual é um rico tesouro de alegria, felicidade e amor. Ela é uma ferramenta para criar e manter o nível ideal de saúde e vitalidade, transmutando uma vida medíocre em uma vida genial, transformando uma vida infeliz e estressada em uma vida plena de sucessos e realizações.

    As vibrações da mente são facilmente aumentadas e ativadas por diferentes tipos de estímulos. A mente responde facilmente ao amor, à amizade profunda e a musica, bem como ao medo, à inveja, às drogas, ao álcool e coisas do gênero. Um estímulo muito intenso, porém, é o desejo de expressar a energia sexual. Quando combinada ao amor, a energia sexual é uma das mais poderosas; mas ela só permanece uma virtude na medida em que é utilizada com discernimento, sabedoria, compaixão e compreensão. Ao entender essa verdade, a pessoa assume a responsabilidade de usar positiva e amorosamente a energia “extra” que ganhou. Esse é um bom meio de criarmos uma vida rica e plena.


    RESUMO


    Esclarecer pessoas de todos os níveis sociais, idades e crenças religiosas, sobre a importância que uma sexualidade bem resolvida tem para o aumento da qualidade de vida.

    Apontar as maneiras de associar ao Sahajôli as Terapias com Florais de Bach e com a Reflexoterapia Podal, através da análise atenciosa do perfil emocional da Cliente.

    Informar melhor sobre a preciosa técnica do Sahajôli, valorizando sua origem sob a ótica do Tantra Yoga, e das Filosofias Orientais Milenares comprovadamente capazes de trazer para o indivíduo conforto espiritual, equilíbrio emocional e felicidade através do autoconhecimento.

    Resgatar o real valor do Sahajôli, retirando-o cada dia mais dos circuitos da pornografia, onde esteve por muitos anos, escondido e sendo muito mal utilizado.

    Ressaltar a importância de se autoconhecer, de conhecer o próprio corpo, de sentir prazer, de reconhecer que o sexo, principalmente o feito com amor, está ligado à divindade e, através dessas riquezas, combater os estados de tristeza que vêm se tornando cada dia mais freqüentes nas mulheres, nos casais, nas famílias e no mundo.

    Criar, nos Terapeutas Holísticos, a consciência para a atenção sobre a sexualidade de seus Clientes como fator significativo de desequilíbrio energético. O tempo em que a sexualidade era tratada com hipocrisia, em que ela propositalmente era deixada de lado, porque era “feio” ou pecado tocar neste assunto, acabou. Duraram uns dois mil anos, mas acabou! E porque não os Terapeutas Holísticos, detentores de tanta sabedoria, serem os orientadores e os conselheiros de seus Clientes sobre esta valiosa alternativa, na interminável busca do ser humano pela paz interior e pela alegria de viver?


    SAHAJÔLI

    Origem


    Nascida no Oriente há mais de três mil anos, advinda do Tantra Yoga, com o nome clássico de Sahajôli, a técnica era passada sabiamente de mãe para filha gerações após gerações para amenizar diversos males que acometiam as mulheres daquele lugar pelos motivos que serão apresentados nos tópicos indicações e benefícios. O termo Pompoar como ficou mais conhecida, vem do Tamil, língua falada na região do Siri Lanka, sul da Índia e foi atribuída à técnica quando descoberta pelas mulheres que queriam impressionar os homens e lucrar com isso. Em sânscrito, Pompoar significa “sugar’”. Sahajôli por sua vez significa o controle absoluto dos músculos da vagina e região pélvica.

    Preconização


    O ginecologista americano Dr. Arnold Kegel, por volta de 1949, instituiu os exercícios de contração vaginal para suas Clientes que constantemente apresentavam queixas de incontinência urinária no pós-parto e frigidez sexual com quadros de depressão. Infelizmente, o Dr. Kegel não fez alusão ao Sahajôli nem ao Pompoarismo. O método apresentou excelentes resultados e foi inserido na cadeira de ginecologia da faculdade de medicina, mas não se escuta falar de ginecologistas que ensinem os exercícios em consultório. Atualmente, os graduados em Fisioterapia e especializados em Uroginecologia usam o método para tratar de seus pacientes incontinentes. Os terapeutas holísticos e psicólogos mais antenados o usam para trazer à tona a vivacidade das suas clientes.

    Indicações

    • Desequilíbrios energéticos

    • Relações sexuais anorgásmicas

    • Insegurança

    • Baixa auto estima

    • Flacidez Vaginal

    • Incontinência Urinária

    • Ameaça de prolapso genital


    Benefícios


    A mulher se sente mais segura em qualquer tempo da vida se ela, no âmbito sexual, aplicar o Sahajôli a sua rotina de vida. Simples de praticar, seus exercícios promovem verdadeiros milagres. Sozinha ou acompanhada ela será uma mulher mais bem humorada, decidida e equilibrada. As que de alguma forma têm algum bloqueio decorrente de repressão ou de trauma, encontram, no Sahajôli, a necessidade de cuidar do próprio corpo, em especial da região pélvica onde está concentrada grande parte de sua energia e poder. Cabe dizer que a mulher atenta aos cuidados com esta região, sobretudo no aspecto físico, se torna uma mulher segura, com auto-estima elevada, com menos risco de ter que enfrentar as crises conjugais, o abandono e as doenças oriundas da atrofia desta musculatura, como por exemplo a constrangedora incontinência urinária, que compromete sobremaneira sua vida social, levando-a ao isolamento e à infelicidade. Cabe, ainda, citar os casos de prolapso genital (queda de órgãos como a bexiga e o útero) que as leva para a mesa de cirurgia, o que poderia ser evitado se uma técnica comportamental como a do Sahajôli, fosse aplicada como proposta preventiva e até corretiva. Se alguém tem de alertá-las para isso por que não nós, os Terapeutas Holísticos? Afinal, nem só de medicamentos e cirurgias são constituídos os recursos para cuidar do corpo das pessoas e... “Mente sã em corpo são”!


    SAHAJÔLI COMO TERAPIA HOLÍSTICA


    A Filosofia Comportamental e a Qualidade de Vida


    Muitos pesquisadores afirmam que medidas comportamentais podem aumentar a auto-estima das pessoas e melhorar sua qualidade de vida. Os orientais praticam isto há milênios. EDUCAÇÂO! POSTURA! CONDUTA! Neste caso, a educação voltada para atenção com a sexualidade! O combate à promiscuidade é uma das propostas da terapia, porque pior que não fazer é fazer mal feito, catalisando energias negativas. Há que se atentar quanto a isto.



    Associação dos Florais de Bach


    A Cliente chega ao nosso consultório, disfarçada de mulher feliz e realizada. Já no final da primeira sessão, após o questionário de rotina, se encontra a vontade para relatar pequenos fatos de sua intimidade. A partir do segundo encontro, já bem confiante e esperançosa na proposta da terapia, desabafa sobre sua infância, sua criação, seus bloqueios, suas culpas e medos. O terapeuta atencioso conhecedor da Terapia com os Florais de Bach, vai saber aplicar as essências certas para cada tipo de emoção que a Cliente apresentar.


    Ex: A Srtª A.V.S., 21 anos, recém casada tinha total dificuldade em aceitar a penetração do pênis do seu marido. Caso clássico de Síndrome de Vaginismo.

    Após atenciosa análise de seu comportamento, descobrimos que A. trazia, desde a infância, conceitos plantados por sua avó de que as mulheres haviam sido criadas por Deus para trazer vidas ao mundo e que “aquela” parte do corpo, se não fosse usada somente com esta finalidade, estaria sujeita a doenças com dores insuportáveis. Sua avó desencarnou quando A. tinha 14 anos e a fez prometer que se casaria virgem e que seria uma esposa recatada.

    Aplicamos os exercícios de contrações e relaxamento da musculatura circunvaginal, aconselhamos e, em seguida, indicamos a utilização dos Florais de Bach com a seguinte composição em uma primeira tentativa:


    Influências do passado - Walnut

    Culpa - Pine

    Medo - Mimulus

    Insegurança - Larch


    Acertamos e mantivemos a composição por um mês. Após alteração no seu quadro emocional, iniciamos o Treinamento com os Acessórios, que ela sozinha tinha que introduzir na vagina com a proposta de romper o elo com a repressão imposta pela avó. O marido ajudou, a terapia foi eficaz. Hoje, aos 23 anos já tem o primeiro filho e se diz feliz no casamento, bem resolvida com a sexualidade e o prazer. Ainda usamos por dois meses o Impatiens, pois as novas propostas a deixavam um pouco ansiosa. Controlamos.






    Associação com a Reflexoterapia Podal


    Mulheres experientes e bem resolvidas também se deparam com dificuldades relacionadas ao sexo. Estresse, ansiedade, tristeza, ou seja, desequilíbrios de ordem energética, causados na maioria das vezes pelos atropelos da vida moderna, se refletem nelas com a falta de libido e a anorgasmia que se transforma em um círculo vicioso.

    Nestes casos, além do Treinamento com o Sahajôli, aplicamos algumas sessões de Reflexoterapia Podal, com ênfase nos pontos reflexos onde estão instalados os bloqueios de energia sexual. Após o desbloqueio do meridiano, que está localizado em ambos os pés, no lado externo, a meio caminho entre o osso do tornozelo e a parte de traz do calcanhar elas, se sentem mais calmas e equilibradas e serão capazes de se entregar novamente aos momentos de prazer e de usar esta energia para se manterem em ótimo estado de equilíbrio.

    É bom lembrar que este é um erro muito freqüente, quando as pessoas estão desequilibradas, numa ação inconsciente e na maioria das vezes arquetipada, (eu sofro então eu não me permito a felicidade em sacrifício assim como santa fulana de tal), se condenam à falta do prazer. Deveria ser exatamente o contrário: no lugar da punição, lançar mão da recarga da energia através de um mecanismo tão simples como o Sahajôli. Quando este tipo de pessoa vive sozinha, o mal já é enorme e piora quando ela tem um companheiro e o condena à solidão e à abstinência sexual. Neste caso, existe o grande risco de serem dois a contaminar o mundo com a tristeza e o mal humor.


    A MULHER

    O movimento feminista


    Após séculos relegada ao desprezo e taxada como louca fútil e inútil, a mulher, vem há quase cem anos lutando para rever seus direitos, impor sua inteligência e seu real valor que foram, através dos interesses de algumas religiões e igrejas, suplantados e fantasiosamente sobrepostos pelo poder dos homens. Foi plantado o mito da insuficiência feminina.


    A redescoberta do prazer


    Sufocada em conceitos que realçavam a culpa e o pecado, a mulher passou, por séculos, reprimindo o prazer sexual. Nem mesmo com seus maridos lhe era permitida nenhuma manifestação de prazer. Não era permitido que ela sentisse desejo e orgasmo. Isso não era coisa de mulher honesta. Rebaixada a simples serva dos senhores, cabia à mulher, até bem pouco tempo, somente a tarefa de procriar e gerar herdeiros para os seus senhores. Mantida em cativeiro domiciliar e sem direito à verdadeira felicidade, vendo-se constantemente traída e maltratada, desenvolvia a histeria e lotava os hospícios, consumia todo estoque de barbitúricos das farmácias, embriagava-se e cometia suicídio. Tudo isso até bem pouco tempo atrás.






    O reencontro com o poder da Deusa


    Tanto na Índia como na China e em grande parte do Oriente, a mulher sempre encarnou a Deusa. No inicio do século passado, as mulheres apesar de terem exagerado um pouco dentro do movimento feminista o que as levou a perder também parte de sua feminilidade, resgataram o direito à informação e, hoje, buscando em culturas como as orientais milenares, começam a terem reveladas suas origens de força e inteligência, fato que a própria ciência, vem constatando. A mulher é supraconsciente, tem o poder de gerar a vida, detém a sabedoria, a calma, o amor e a intuição. Sendo assim, faz-se crer que mais alguns poucos ajustes entre o que já foram, e onde estão agora, em bem pouco tempo terão readquirido o poder que ficou perdido entre os conceitos que foram impostos.


    ENERGIA SEXUAL


    Ativação dos Chakras


    Com os exercícios de contração da musculatura pélvica e circunvaginal, o Chakra Sacral é ativado instantaneamente. Em sânscrito, o segundo Chakra é Svadhisthana, que significa “doçura”. Esse é um nome apropriado para a doçura do desejo, do prazer e da sexualidade. O segundo Chakra incorpora a natureza do “dois” e rege a polaridade, instigando movimento no corpo e na psique que começa o processo de ascensão da Kundalini enrolada ao subir através dos Chakras. Encontrar o “outro”, cria desejo e o desejo nos faz mover, alcançar, crescer e mudar.


    Energia Kundalini


    Kundalini é um conceito com freqüência citado em relação aos Chakras. Na mitologia, Kundalini é uma Deusa Serpente que dorme na base da coluna vertebral, enrolada 3 vezes e meia ao redor do primeiro Chakra, aguardando a expansão. Acordada, dentre as várias formas, pela atividade sexual, pode se transformar em rica fonte de energia. De forma geral não é aconselhável que se invoque a Kundalini sem um instrutor ou um sistema de apoio que possa ajudá-lo a processar as mudanças que ela pode trazer. Ela é, porém, uma força de equilibrio, e nos é muito benéfica quando conseguimos nos render a ela com graça.




    Energia Vital


    O corpo é um campo de energia dinâmico. Os chineses descobriram que essa energia - C’hi - circula ao longo de 12 meridianos que existem dentro do corpo. A teoria de que alguma forma de energia anima o corpo agora está sendo mais amplamente reconhecida. Os Indianos também descobriram que esta energia, chamada Prana, percorre os Chakras e nos leva a um estado de iluminação. Nossa

    energia vital é mantida em nível estável por mais tempo e assim garantimos a longevidade.


    Sexo Tântrico


    Surgida na Índia, há 5 mil anos, o Tantra é uma filosofia matriarcal, onde a mulher é considerada uma divindade. Em sânscrito, Tantra significa "o que conduz ao conhecimento". O sexo Tantrico é uma forma de adiar ao máximo o orgasmo, para obter prazer prolongado. Segundo os praticantes, este é um processo que vai elevar o nível do sexo, segurando o orgasmo cada vez mais. Toda a energia retida, quando liberada, se transformará num êxtase total. O tantrico transcende a união sexual e a transpõe para o plano cósmico. Para o tantra, qualquer união sexual é sagrada.









    Tao do Amor e do Sexo


    Um dos valores mais importantes do mundo é dos relacionamentos. Estabelecer relacionamentos harmoniosos em todos os aspectos da vida é meta da prática taoísta. O Universo, a Natureza e o mundo em que vivemos operam por meio de relações, conexões e intercâmbios sociais. Estabelecer relacionamentos harmoniosos e equilibrados é o processo do Tao. É o equilíbrio de todos os opostos aparentes, masculino e feminino, luz e escuridão, repouso e atividade, eletricidade e magnetismo. É importante compreender a diferença entre a energia sexual masculina (yang) e a energia sexual feminina (Yin). Os taoistas entendiam que homens e mulheres são destinados ao equilíbrio, como duas metades opostas de um todo universal. Isso quer dizer que cada um de nós precisa respeitar as diferenças e compreender que é natural sentir-se diferente e ser diferente. Sem essa percepção, o homem e a mulher estarão sempre em desacordo. Se esquecermos essa verdade, será fácil nos irritarmos com o sexo oposto e nos sentirmos frustrados. Entretanto, quando respeitamos essa diferença, o amor floresce como um jardim bem adubado.


    SEXUALIDADE


    Individualidade


    Desde que a pessoa não tenha sublimado em si o sentimento de amor carnal em decorrência de uma opção religiosa, ou de um alto nível de intelectualização ou então em favor de um parceiro há quem muito amou e dividiu com ele os melhores momentos de sua vida, mas que agora, devido a uma enfermidade qualquer não pode mais compartilhar com ela momentos de intimidade sexual, enfim, desde que tenha optado por uma vida assexuada, toda pessoa que goza de boa saúde física e mental deve estar atenta as suas necessidades sexuais. Para tanto, mesmo estando sozinha, não deve abrir mão do prazer sexual. A masturbação, tratada erroneamente sob a ótica do preconceito, é um excelente recurso para os que estão momentaneamente sem parceiros. E mais, é um santo remédio para evitar que as pessoas carentes demais se atirem nos braços de outros, muitas vezes mal intencionados e pior, irresponsáveis, doentes e transmissores potenciais do vírus da Aids e das DST’s.



    Casamento


    Casais com sexualidade mal resolvida, mal discutida, mal cuidada e mal usada, vivem amargurados, mal humorados e têm muita dificuldade em atribuir os dias mal vividos juntos, ao sexo mal feito. Culpam a situação financeira, os filhos, os sogros, os patrões, Deus e o mundo. Não investem em carinho, em perdão, em diálogo e em informação. Ao invés de buscarem recarregar suas energias no encontro sexual que um dia os motivou a união conjugal, passam a dormir de costas um para o outro, sem se beijarem, se abraçarem e sem nem mesmo manifestarem verbalmente o sentimento que os une. Casais que se amam fortemente estão se separando por não conseguirem se comunicar sexualmente. Buscam em relações fugazes o que na realidade gostariam de viver em casa. Stress, ansiedade, competividade, egoísmo e exagero de vaidade são fatores a serem combatidos com seriedade.


    Família


    Os casais que vivem em harmonia sexual, têm mais facilidade para conduzirem famílias felizes e filhos sorridentes e bem educados. É claro, que outros valores, são muito importantes também, porém estes casais, por causa da troca das energias sexuais, são capazes de se comunicarem através do olhar, não brigam, conservam um clima de paixão no seu cotidiano e em sua casa flui uma atmosfera de paz e de equilíbrio. Não permitem que suas neuroses e psicoses ou mesmo problemas educacionais ponham em risco os seus relacionamentos. Casais assim, buscam resolver as diferenças que pesam e incomodam o parceiro temendo perde-lo e o prazer que sentem em sua companhia. Assim sendo, tudo em volta se beneficia.


    Mundo


    O mundo melhor que todos almejamos, começa dentro dos lares. As pessoas realizadas, bem humoradas, bem dispostas e que pensam positivamente, são as responsáveis pela parcela do mundo bom para viver com a harmonia que tanto procuramos.


    Os Homens


    É importante citar, que muito embora meu trabalho se restrinja as mulheres, existem técnicas similares dedicadas aos homens e capazes de promover neles os mesmos benefícios. Cabe ao terapeuta definir o seu publico e oferecer a ele a preocupação com sua sexualidade e alternativas eficazes como a técnica do Sahajôli. Os homens da mesma forma que as mulheres têm sofrido muito em decorrência destes desajustes.


    EXERCÍCIOS


    Contrações


    Os exercícios do Sahajôli são muito simples. São feitos através de contagem de tempo e quantidade de repetições. Não exige privacidade, o que facilita a execução em qualquer lugar, desde, é claro, que a mulher já esteja bem familiarizada com eles. Podem ser feitos também com o auxilio de acessórios como as Ben Wa, o Vibrador e os Cones Vaginais, mas para tanto ela precisa estar um pouco mais orientada e o acompanhamento do terapeuta é fundamental. A avaliação é totalmente verbal sem nenhum contato físico.


    Consciência Corporal


    Através de concentração e respiração adequadas, a mulher passa a conhecer melhor o seu corpo, a região pélvica, os músculos a serem fortalecidos e passa ainda a dominá-los. Assim, através da sua vontade, pode utilizar-se deste rico recurso para obtenção de maior prazer sexual e saúde genital e mental.


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS



    A Experiência Junguiana.

    Hall, James - S.Paulo – Ed.Cultrix.


    Mulheres que correm com os lobos

    Estes, Clarissa Pendula- S. Paulo – Ed. Racco.


    Um Guia Passo a Passo Para a Reflexologia

    Dougans, Inge e Ellis, Suzanne – S.Paulo – Ed. Pensamento/Cultrix


    Reflexologia – Como Restabelecer o Equilíbrio Energético

    Kunz, Kevin e Bárbara –S.Paulo – Ed. Pensamento.


    Reflexologia Sexual

    Chia, Mantak e Wei, W.U. – S.Paulo - Ed. Cultrix.


    A Cintura Pélvica

    Lee – S.Paulo – Ed. Manole


    Fisioterapia em Uroginecologia

    Moreno, Adriana L. – S.Paulo – Ed. Manole.


    Benefícios Terapêuticos da Acupressura

    F.M.Houston, D.C.,D.D.,PhD. – S.Paulo – Ed. Pensamento


    A Terapia Sexual – Vol.III

    Gillan, Patrícia e Richard – Portugal – Ed. Persona.


    Tantra – O Culto da Feminilidade

    Van Lysebeth, André – Ed. Summus.


    O Homem Moderno

    Brewer, Sarah – S.Paulo – Ed. Manole.


    O Tao do Amor e do Sexo

    Chang, Jolan - . RJ – Ed. Nordica

    Autor: : Jussara Hadadd Aguiar Duarte - Terapeuta Holística - CRT 39518
    Última atualização: 13/05/2007 20:08


    O atendimento virtual e o uso dos Florais de Bach: um estudo de caso

    Nota da organização: o trabalho a seguir trata-se do primeiro estudo de atendimento à distância com Terapia Holística. Não é intenção do SINTE, nem da autora do trabalho, passar a impressão de que este formato substitua o contato pessoal entre Cliente e Terapeuta Holístico em ambiente de consultório.

    O atendimento virtual e o uso dos Florais de Bach: um estudo de caso 

    Andrea Pavlovitsch

    Terapeuta Holística -

    Disciplina: Terapia Floral de Bach

    Orientador: Henrique Vieira Filho – CRT 21001 
     
     
     
     
     
     

    São Paulo

    2008 
     
     
     

    Epígrafe
    A grande invocação
     
     

    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra 

    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra 

    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem. 

    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal. 

    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra. 


     Dedicatória 

    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.  

    Dedico a meus amigos e colaboradores. 
      

    Agradecimentos 

          Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem à oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

          Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

          Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

          Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.  
     
     
     
     
    Sumário

     
     
     
     
    1. Introdução..............................................................................................................8

       1.1 A história da internet              ...............................................................................8

       1.2 Internet inserida na cultura atual          .................................................................9

       1.3 Os Florais de Bach e seu uso terapêutico.............................................................10

          2. Material e metodologia...........................................................................................12

          2.1. Material ...............................................................................................................12

          2.2 . Método...............................................................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................14

    4. Discussão.....................................................................................................................18

    5. Conclusão....................................................................................................................19

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................20

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................21 
     
     
     
     
     
     
     Resumo

     

    O presente trabalho visa demostrar um caso de uso dos Florais de Bach e a eventual resposta da cliente ao seu uso associado ao aconselhamento terapêutico. A diferença, porém, é que, neste caso, foi usada a via virtual de comunicação, ou seja, uma cliente de uma outra cidade, não a da terapeuta, e que realizava sessões através do uso de um comunicador MSN Messenger, na rede mundial de computadores.

    O objetivo do trabalho é demostrar como o uso da internet pode ser benéfico ou não para um novo tipo de atendimento, utilizando as novas ferramentas. Quais são as vantagens e desvantagens deste novo meio de comunicação e as facilidade e dificuldade encontradas durante o caminho.  
     
     

    1. Introdução

    1.1. A história da internet

     

    A internet surgiu, inicialmente, como um rede de proteção de dados nos EUA na época da Guerra Fria, na década de 60. Temendo um ataque inimigo, o Departamento de Defesa Americano criou um sistema de dados que poderiam ser configurados num local e visto em outro, mesmo a dezenas de quilômetros de distancia, num sistema chamado de chaveamento de pacotes. Depois do fim da Guerra Fria entre as duas grandes potencias mundiais da época (Estados Unidos e União Soviética) algumas universidades receberam a incumbência de desenvolver os sistemas utilizados, dado origem, então, a internet: 

      A mesma lógica se deu com a Internet. Jovens da contracultura, ideologicamente engajados ou não em uma utopia de difusão da informação, contribuíram decisivamente para a formação da Internet como hoje é conhecida. A tal ponto que o sociólogo espanhol e estudioso da rede, Manuel Castells, afirmou em seu livro "A Galáxia da Internet" (2003) que "A Internet é, acima de tudo, uma criação cultural". (Wikipédia) 

    Já nos anos 80, o interesse pela rede mundial de computadores era tamanha que ela passou a despertar mais e mais interesses dos pesquisadores. "Em 1989 a contribuição do cientista Sir Tim Berners-Lee do CERN, Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares) muda definitivamente a face da Internet" (Wikipédia). Estava então criada a Word Wide Web (a famosa www) um sistema que inicialmente interligava sistemas de pesquisas científicas e acadêmicas, interligando universidades. Depois dos anos 90 porém, com a divulgação da internet para o grande público, este passou a ser o sistema que gerencia todo e qualquer conteúdo deixado na internet, que deve ser acessado diretamente de um computador através de um navegador.

    No Brasil a internet passou a vigorar da maneira como conhecemos a partir de 1995, quando o governo abriu os sistemas, antes restritos as pesquisas e universidades, para a comercialização.  
     
     
     

    1.2. Internet inserida na cultura atual 

    Segundo levantamento feito pelo IBOPE sobre o número de usuários de internet no Brasil, em 2001 haviam 9,8 milhões de internautas , o que perfaz 5,7% da população brasileira. Já em 2007 este número já chega a 21,5 milhões de indivíduos, ou seja, 14% da população, o que nos mostra a rapidez com que este meio ingressou na vida dos brasileiros. Além disso, o Brasil é considerado o país com maior tempo médio de navegação residencial por internauta . Isso entre os 10 países monitorados pela Nielsen/Netratings. Ele está à frente da França, EUA, Alemanha e Reino Unido. O crescimento da internet nos lares brasileiros cresce ao assombroso ritmo de 45,5% ao ano.

    Várias são as pesquisas indicando o crescimento da importância da internet na vida dos brasileiros. O Brasil é, por exemplo, o maior usurário mundial do site de relacionamento ORKUT, merecendo até mesmo uma versão em português (o site foi criado pelo turco Orkut Büyükkökten) já nos primeiros meses de sua existência. A internet é utilizada também  para fazer compras (gerando R$ 7,5 bilhões em vendas em 2004), fazer boletins de ocorrência (de 2000 a 2004 haviam sido registrados 432.177 mil boletins), pesquisas, educação a distancia (até mesmo de cursos universitários), procura de vagas para emprego e toda sorte de divulgações e publicidades. Hoje, é considerada ferramenta essencial para publicitários, havendo mesmo propagandas televisivas que fazem alusão aos sites de internet. A maior parte ainda dos usuários é da classe A e B, mas este quadro está mudando com a popularização dos preços dos equipamentos (computadores) e barateamento do custo do acesso mensal devido a grande oferta, dando maior possibilidade a classe C.

    Diante deste quadro é impossível negar a sua importância e importância da cultura que se gera em volta desta ferramenta. Jovens e crianças hoje utilizam a internet como algo essencial em suas vidas, marcando encontros com os amigos, paquerando ou apenas jogando no computador. É quase impossível encontrar um jovem que não tenha um endereço de e-mail (endereço de correspondência eletrônica) e até mesmo os adultos e a terceira idade estão aprendendo a utilizar a ferramenta para trabalho, diversão ou mesmo economia na hora de falar com parentes distantes. Aliás, a Internet rompe distancias e limites que antes eram colocados para as pessoas além de protege-las de um mundo cada vez mais violento e perigoso. É possível conversar com qualquer pessoa ao redor do mundo, apenas pagando uma taxa local de ligação (através de programas como Skipe) ou conversar através dos chamados "Messengers", ferramentas altamente populares que permite a conversação online de pessoa em diferentes pontos do planeta. Além disso, a cultura ficou muito mais acessível. Se antes era impossível ter acesso aos números do IBOPE, por exemplo, (que só eram liberados para os que encomendavam as pesquisas), hoje é possível encontrar números com apenas alguns cliques. Artistas estão colocando seus trabalhos (fotografia, designer, vídeos, músicas) na internet e tornando-se populares sem nem mesmo bater na porta de uma gravadora. É possível saber as notícias no exato momento em que elas acontecem e até mesmo a televisão teve que adaptar seu conteúdo à internet. Hoje a interatividade é crucial para o bom funcionamento de uma emissora de TV, gerando programas em que o telespectador pode participar ativamente, no momento do programa, através de e-mail ou de votos (no caso do Big Brother Brasil ou do extinto Você Decide, ambos da Rede Globo de televisão).

    Mas a internet também pode ser uma ferramenta maléfica, dependendo de por quem for usada. É cada vez maior o número de pedófilos que acessam a rede atrás do sustento dos seus problemas psicológicos, gerando fotos de crianças e adolescentes nus ou maltratados.  Também cresce o numero de golpes pela internet, como falsificação de e-mail, senhas e até mesmo desvios bancários. Mas, como toda a mera ferramenta, a internet está somente espelhando o próprio comportamento social vigente, com suas parte positivas e negativas.

    Mas o que podemos afirmar com certeza é que todo este contexto mudou a cabeça, a cultura das pessoas. Hoje se pensa diferente do que antes, e é possível expressar a sua opinião através de blogs (diários virtuais), ou mostrar sua família e amigos pelos fotologs (álbuns de fotos digitais) 

    1.3. Os Florais de Bach e seu uso terapêutico 

    Os Florais de Bach foram criados pelo inglês Edward Bach, no início do século XX. Ele utilizou o princípio das essências vibracionais das flores para "...tratar a personalidade e não a enfermidade..." (Vieira Filho, 1994).  O médico Dr. Bach acreditava que os "males do espírito" ou melhor dizendo os desequilíbrios psicoemocionais poderiam ser tratados através do uso das flores e isso geraria uma maior sensação de bem estar ao indivíduo.  

        " Devido a traumas e repressões, conscientes ou inconscientes, passamos a negar certos desejos, emoções e acontecimentos, tentando mante-los longe da lembrança, criando máscaras ou véus que encobrem o verdadeiro "eu" . (...) Desse modo, as chamadas "enfermidades" não são vistas como um mal em si, nem como meros acasos, mas sim como verdadeiros avisos que inconscientemente passamos para nós mesmo de que algo falta ser compreendido" (Vieira Filho, 1994) 
         

    Assim, o uso dos florais ajuda o indivíduo a encontrar um estado de equilíbrio dentro de determinado problema que ele apresenta para o terapeuta. Se ele estiver com medo, por exemplo, pode-se indicar um floral que trabalhe esse medo e, mais tarde, ele poderá entender as origens deste medo. Assim, a psique humana pode ser compreendida como um sistema de camadas onde cada emoção trabalhada dá vazão a uma nova emoção que necessitará dos devidos cuidados e é nesta senda que atua o terapeuta holístico floral.

    O terapeuta holístico é alguém que trabalha para a manutenção ou restabelecimento da harmonia do sistema integrado de uma pessoa. Cada emoção de um indivíduo poderá atingir outros níveis, como uma somatização no nível físico, por exemplo, gerando desconforto e perigos para a vida em alguns casos. Para a ciência convencional, como a psicologia e a medicina, o uso de florais não é indicado, pois não possui uma "validação científica". De fato, os florais não atuam na matéria em que os cientistas convencionais estão acostumados a mexer, e sim numa mais profunda e mais sutil, chamada energia. Assim, a energia da flor consegue adentrar o misterioso universo das emoções e, através de sua interação (por serem da mesma natureza) promover o restabelecimento do equilíbrio daquele sistema.

    O Dr. Bach elegeu 38 essências florais que dão conta da grande maioria das emoções humanas como o medo, angústia, timidez e fobias.  
     
     
     

    2. Material e metodologia

     

      1. Material
     

    Para os atendimentos foram utilizados recursos virtuais. O programa mais utilizado foi o MSN Messenger, um comunicador que permite a conversação online de duas pessoas através de texto e uma conexão do PC com a rede mundial de computadores (internet). Foi proposto que utilizássemos também o Skipe e a câmera de vídeo (webcam - que chegou a ser utilizada em algumas sessões). O Skipe é um programa que permite a conversação (por voz) de duas pessoas, mas este recurso foi recusado pela cliente, por desconhecimento.

     

      1. Metodologia
     

    As sessões foram feitas uma vez por semana, sempre no mesmo horário, e durante uma hora.

    Após as sessões de aconselhamento eram indicadas as essências florais, de acordo com o que havia sido trabalhado na sessão. As essências foram ministradas para serem tomadas 4 vezes ao dia, diretamente sob a língua, 4 gotas de cada vez. O máximo de essências utilizadas em cada fórmula eram em número de 6, como reza a correta utilização dos Florais e mantidos em frascos com 30% de brandy, para a perfeita manutenção da fórmula.

    S. me ligou numa tarde depois de eu colocar um pequeno anúncio no meu  site angariando pessoas  que quisessem participar de um estudo sobre o uso da internet e os florais de Bach. Ela tem 40 anos, é carioca de nascença, e estava já de malas prontas para se mudar para outro local dali a um ano. Estava muito confusa com a sua vida e apresentava diversos comportamentos que queria trabalhar com o uso de florais. Parecia bastante ansiosa ao telefone e pediu que começássemos o quanto antes. Pedi que ela me desse certeza que de poderia contar com ela por 1 ano em sessões de 1 hora, 1 vez por semana, pelo menos, e ela aceitou prontamente.. 
     
     
     
     
     

    Dados da cliente

    Nome: S.

    Local de residência: Rio de Janeiro

    Sexo: feminino 
    Idade: 40 anos

    Estado Civil: casada

    Escolaridade: formação superior completa em Direito

    Filhos: 3 filhos

    Comportamento que queria modificar: problemas com a auto-imagem 
     
     

    3. Resultados 

    A primeira sessão foi marcada pelo MSN para dali a uma semana. Disse a ela que gostaria de pudéssemos conversar pelo Skype  (descrito acima) mas ela desconhecia o sistema. Utilizamos portanto o MSN, que não permite a visualização da cliente (tanto o tom de voz quando os movimentos corporais), apenas contando com os relatos escritos pela cliente.

    Logo na primeira sessão S. contou que sentia-se angustiada com o problema de excesso de peso, querendo muito voltar a velha forma de antes de uma esterectomia por conta de um cisto no ovário. Também tinha uma doença chama hipoglicemia reativa. Havia feito um trabalho de leitura corporal e tinha sérios  problemas com a sua imagem. A princípio percebi pelo seu relato que parecia um pouco cismada com datas e números, e me dizia todas as datas, de tudo o que havia acontecido em sua vida, de maneira ansiosa. A conversa foi extremamente rica em informações. Ela não parecia ter nenhuma dificuldade para confiar em mim e para me contar sobre aquilo que mais a afligia. Contou alguma particularidades interessante e que me fizeram pensar em atitudes um pouco obsessivas, como a pesagem diária, a leitura de rótulos de comida no supermercado e confessou somente comprar as coisas em pares (se comprava um par de sapatos, tinha que levar outro). Ela estava há meses sem comprar nenhuma roupa e começava a se sentir fora dos padrões, por não poder sair por conta das roupas. Isso parecia mais um desculpa para os seus problemas do que realmente uma motivação. As que ganhava de presente da mãe e das irmãs e as que eventualmente comprava eram de tamanhos menores ao seu e eram mantidas dentro das sacolas, dentro dos armários. Neste primeiro momento, a orientação dos florais foi justamente em cima destes pensamentos obsessivos. Foram indicados: Cherry Plum (para o medo de perder o controle); Cerato (para a sensível falta de auto- confiança); White Chestnut (para o trabalho dos pensamentos obsessivos); Larch (para trabalhar a baixa auto-estima) e Crab Apple (sensação de impureza). De fato, estes florais fizeram  parte de grande parte do tratamento de S. 

    Logo na primeira semana S. relatou estar se sentindo melhor e mais determinada em seus objetivos de perder peso. Pela primeira vez percebeu que a visão que tinha de si mesma tinha a ver com seu estado emocional, quando se olhou num espelho, depois de uma briga com o marido e se sentiu "horrorosa" (como ela descrevia a si mesma até então). Disse que queria se ver livre daquela sensação de desconforto com relação a si mesma  "Eu gostaria de viver esta emoção... esta sou eu... esta é a minha imagem... com defeitos e qualidades... esta sou eu... e não algo repugnante... entende?" (SIC). Aqui ainda haviam problemas, mas os florais e os aconselhamentos começavam a surtir efeito, ao menos fazendo com que ela se desse conta dos seus verdadeiros problemas. A primeira camada da cebola, estava tirada.

    Começamos então a trabalhar o fato dela não querer nem ao menos comprar coisas que servissem nela. O trabalho foi feito como um princípio da aceitação da sua imagem corporal e eventualmente, o aumento de sua auto-estima. Na 6º sessão ela havia saído para compra-las, mas ainda não se sentia confortável. Ficou magoada com a mãe, por um comentário inoportuno, que acabou fazendo com que ela desistisse do seu intento. Continuei trabalhando isso e utilizando os mesmo florais de base, somente mudando alguns que apareciam na sessão como algo realmente importante, como a não aceitação da opinião do outros (onde eu utilizava a essência Beech), a culpa pelo excesso de peso (Pine) e Willow quando essas mágoas pareciam ser realmente profundas em sua alma. Percebi a ela era muito preocupada com a opinião dos outros e que era extremamente controladora. Algo nela achava que não poderia se ausentar nem mesmo para fazer seus tão amados exercícios físicos. Trabalhamos isso com o Cherry Plum.

    Na sessão 8 ela chegou dizendo que "...essa semana exerci o descontrole" (SIC). Quando perguntei o que significava ela disse que havia saído para fazer seus exercícios e não havia nem levado o celular. Ela dizia morrer de medo que alguém precisasse dela e ela estivesse incomunicável e entrava em desespero que estava sem seu celular. Isso, para ela, significou uma espécie de libertação do seu papel de mãe e esposa dedicadas, coisas que ela vinha demonstrando nas sessões estar precisando muito. Diz ter se sentido livre, dona da própria vida e aliviada. De fato, nas sessões posteriores, mostrou-se bem mais leve com relação a seu controle sobre os filhos e sobre o marido e o Cherry Plum foi suspenso. Depois deste episódio de libertação, ela pareceu também querer se libertar da terapeuta, não aparecendo por duas sessões nos horários marcados no MSN. Mandou e-mails posteriores, dizendo que havia tinha algum tipo de problema. E reapareceu na sessão posterior.

    Quando voltou disse que as duas semanas que havia faltado foram boas e que havia abandonado a idéia fixa de emagrecer. Ela chegou a comentar, no início das sessões, que não dormia pensando em perder peso e isso não acontecia mais. Continuava com uma reeducação alimentar e exercícios, mas não tinha mais tantas características obsessivas com relação a perda de peso. Também havia, finalmente, feito compras de tecidos que, depois, transformou em vestidos estampados. Fez o seguinte comentário :  "A Luísa (filha) até me repreendeu semana passada. Cruzes mãe...você gosta de roupas de cores! Horrível!!! Parece até que quando você nasceu disseram: a ordem é: APAREÇA!"(SIC). Nesta fala dela podemos perceber que ela estava realmente começando a reconhecer seus gostos, mas ainda tinha medo dos comentários dos outros. Com esta frase ela começou a perceber que gosta de cores, mas que, mesmo quando magra o guarda-roupas dela era mais discreto. Peguei a deixa e fui tentando fazê-la entender o quanto ela se reprimia enquanto mulher e o quanto negava a sua natureza mais exuberante e menos "menina de família". Logo em seguida disse que não se importava com o comentário da filha e que, realmente, gostava mais de cores. Aqui ela se lembrou da repressão que sofria na infância por ser uma mulher grande e que aparecia. Com havia muitas mulheres na sua família, e ela sempre apareceu mais por ser "maior" e mais "falantes" a mãe e as irmãs pareciam reprimi-la, fazendo com que ela também se reprimisse. Lembrou de um episódio em que vestiu uma roupa para uma apresentação de balé "... fiquei linda, já tinha corpo de mulher aos 14 anos, mas minha mãe me mandou tirar aquilo e minhas irmãs riam de mim" (SIC). No final da sessão concluiu que era mesmo exibida e gostava mesmo era de aparecer. Aqui foi introduzido o Rock Water, para que ela pudesse combater esta auto-repressão. Na sessão 12 ela voltou a vender produtos da Natura (que sua filha estava vendendo para ela) e disse que estava sentindo-se como nova. Explicou, em pormenores, como ela realizava as vendas, que era muito boa nisso que queria montar uma pequena loja quando se mudasse para a sua nova cidade. Aqui, todos os florais anteriores foram suspensos e utilizei o Impatiens, pois se mostrava muito ansiosa com as mudanças que estavam por vir.

    A partir deste ponto ela já não apresentava mais as características obsessivas. O fato de poder ter encontrado a si mesma de uma maneira mais completa, e conseguir aceitar algumas coisas em si, como a sua exuberância feminina,por exemplo, fizeram com que ela conseguisse concentrar-se na sua vida como um todo. Malhava alguns dias por semana, passou a respeitar mais os seus horários (mesmo quando os filhos ou o marido a solicitavam fora de hora), e passou a se arrumar mais, maquiando-se para sair como, havia dito ela,não fazia há muito tempo. Fez compras numa loja mesmo e não se sentiu mal por experimentar vestidos e até se assustou  com o fato da loja ter roupas para "o seu tamanho". Comprava mais bijuterias e até mesmo peças que, acreditava, eram só do gosto dela. Ela chegou a tirar do armários as roupas que não serviam mais, e tirou das sacolas os vestidos que ainda estavam guardados. "Quero usar tudo o que tenho direito" (SIC), dizia animada.

    A partir deste ponto, porém, começou a faltar nas sessões. Dizia sentir-se bem e precisar de tempo para organizar a mudança. Sumiu do MSN e não respondia a maioria dos meus e-mail perguntando como ela estava. Aos que respondia, dizia estar muito bem. Assim, dei como encerrado o caso, por abandono da terapia.  
     

    1. Discussão
     

    De fato, poucas vezes (a não ser no final do tratamento, quando finalmente se mudou para Belém) ela faltou às sessões e apresentou uma melhorar rápida e significativa já nas primeiras semanas como descrito acima.

    O principal objetivo dela, que era se livrar do problema de auto-imagem, se não resolvido foi ao menos diminuído. Ela começou a se olhar no espelho e, nas sessões pelo MSN, conseguiu resgatar pontos da sua história onde tudo havia começado. As repressões do inconsciente, lentamente vieram a tona e ela conseguiu mudar o seu comportamento tão logo percebia os sentimentos diferentes que isso gerava. Claro que é impossível relatar todo o tratamento, mas ela parece ter conseguido excelentes resultados.

    No meu entendimento, se a internet dificultou, também facilitou o processo. Se por um lado eu, como terapeuta, não tinha acesso a sua voz ou a suas expressões não-verbais, por outro lado tinha outros materiais para analisar. Começando pela própria linguagem que o MSN proporciona, com emoticons (desenhos que representam estados de espírito da pessoa) e frases de efeito. Quando ela queria enfatizar algo ela utilizava letras maiúsculas, muitas reticências, desenhos e palavras cheias de sílabas como "Maraaaaaaaaaaavilhoso" (SIC), por exemplo. Estes são recursos que as pessoas acostumadas ao MSN conhecem e que podem identificar mesmo sem a voz ou a expressão facial da pessoa do outro lado.

    Do mesmo modo, talvez S. não tivesse conseguido contar tantas coisas, tão rápido, a um terapeuta convencional. Coisas que ela dizia sem vergonha, justamente porque eu estava no outro lado de um computador e ela não temia represálias ou caras repreendedoras. As minhas expressões de eventuais julgamentos, por exemplo, poderiam não ser entendidas por ela e, assim, ela pode se expressar mais, contar mais e ser mais ela mesma.

    Os resultados mais concretos foram medidos com a própria mudança de comportamento da cliente e com tudo aquilo que ela trazia que havia feito durante a semana. De fato, vi uma foto dela quando começou o tratamento (morena) e depois no final (quando havia pintado os cabelos de loiro). Ela estava com uma fisionomia diferente, parecendo mais tranqüila. Mas isso pode somente ser uma inferência pelos resultados apresentados. 
     
     

    1. Conclusão
     

    A internet é, de fato, uma nova ferramenta. E como nova ainda precisa de novas maneiras de adaptação. Se podemos utilizá-la para tantas coisas, porque não para o atendimento terapêutico? Isso se mostrou possível neste caso, mas ainda noto a necessidade de mais estudos e talvez do desenvolvimento ou utilização de outras ferramentas que parecem importantes. O uso de vídeo, por exemplo, com certeza enriqueceria o tratamento, fazendo que com que quase fosse o mesmo que o real. Senti falta de "sentir", como terapeuta, a voz e as expressões faciais.

    A meu ver, de qualquer maneira, o tratamento com S. denotou resultados positivos e acredito mais rápidos em comparação com as sessões de aconselhamento e florais mais convencionais. Mas ainda seriam necessárias mais pesquisas para saber se isso aconteceu com uma cliente específica ou aconteceria a qualquer pessoa. De qualquer maneira, com certeza, foi uma experiência válida e enriquecedora.  
     
     
      

    1. Referências bibliográficas
     
     
     

    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000. 

    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994. 

    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo.  Editora Madras.2004. 

    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000. 

    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004. 

    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964 

    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999. 

    JUNG.C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001. 

    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.  

    FILHO. H. V. Florais de Bach: uma visão mitológica, etimológica e arquetípica. 4º edição. São Paulo. Ed. Pensamento. 2004. 

    WIKIPÉDIA – A história da internet.(http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Internet) 

    ABRANET  História da Internet  (http://www.abranet.org.br/historiadainternet/ocomeco.htm) 

    REDE NACIONAL DE ENSINO E PESQUISA. A Internet no Brasil

    (http://www.rnp.br/noticias/imprensa/2001/not-imp-010310.html) 

    ANA CARMEM Números na internet no Brasil batem record

    (http://www.anacarmen.com/blog/2008/03/26/numeros-da-internet-no-brasil-batem-recorde/) 

    FOLHA DE S. PAULO - Confira um raio x da internet no brasil

    (http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u18521.shtml) 

    BLOG NONATO - Orkut e sua história

    (http://blognonato.com/2007/07/25/orkut-e-sua-historia/) 
     

    1. Anexos e Apêndices
     
    Emoções PresentesPalavras-chavesEssências
    MEDO Pânico ROCK ROSE
    De coisas, de situações concretasMIMULUS
    De perder o controleCHERRY PLUM
    Inexplicável ASPEN
    Temem pelos outros RED CHESNUT
    INCERTEZAFalta de auto-confiançaCERATO
    Indecisão entre duas coisasSCHLERANTUS
    Desânimo, tristeza por fato acontecidoGENTIAN
    Sem esperança, desistênciaGORSE
    Cansaço com a rotinaHORNBEAN
    Indecisão geralWILD OAT
    DESCONEXÃO AO PRESENTEDistraçãoCLEMATIS
    NostalgiaHONEYSUCKLE
    ApatiaWILD ROSE
    Esgotamento físico e mentalOLIVE
    Pensamentos ObsessivosWHITE CHESTNUT
    Tristeza cíclica de origem incertaMUSTARD
    Dificuldade de aprendizadoCHESTNUT BUD
    SOLIDÃOReservados, isoladosWATER VIOLET
    Ansiedade, impaciênciaIMPATIENS
    Não suportam a solidão, carentesHEATHER
    INFLUÊNCIAS EXTERNASFuga dos ProblemasAGRIMONY
    SubmissãoCENTAURY
    Protege das influênciasWALNUT
    Inveja, Ciúme, Suspeita, RaivaHOLLY
    ABATIMENTOBaixa-estimaLARCH
    CulpaPINE
    Excesso de ResponsabilidadeELM
    Angústia ExtremaSWEET CHESTNUT
    Traumas, choquesSTAR OF BETHLEHEM
    Ressentimento, mágoaWILLOW
    Excedem os limites da resistênciaOAK
    Sensação de impurezaCRAB APPLE
    (PRE) OCUPAÇÃO COM OS OUTROSPossessividade, chantagem emocionalCHICORY
    Fanatismo, idealismo excessivoVERVAIN
    AutoritarismoVINE
    Intolerância, crítica excessivaBEECH
    Auto-repressãoROCK WATER
     
    Fonte: Sinte – Comunidade de Estudos Avançados – Florais de BachHenrique Vieira Filho 
    CRT 21001 
    Terapeuta Holístico

    CRT 41933

    Autor: : Andrea Pavlovitsch - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 06/05/2008 13:14


    Psicoterapia » Psicanálise » Freudiana

    BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS


    BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA


    Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099

    Orientador: Henrique Vieira Filho




    Trabalho apresentado ao SINTE pela aluna Débora Monteiro Morales como requisito para conclusão do curso de Estudos Avançados Psicoterapia Holística, sob a orientação de Henrique Vieira Filho.







    Canoas, setembro de 2008.



    AGRADECIMENTOS

    Ao universo, que me proporcionou esta viajem que é viver e experimentar seus sabores e dissabores, mas experimentar, sentir, respirar,estar, enfim viver.

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO..............................................................................................................3

    RESUMO......................................................................................................................3

    MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................4

    DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.......................................4

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA...........................................................6

    Bioenergética e Terapia Vibracional............................................................10

    Alexander Lowen e Bioenergética................................................................11


    RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE.....................................13


    DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO................................................16


    DISCUSSÃO E CONCLUSÃO...................................................................................18


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................19

















    RESUMO

    Através deste trabalho discorro sobre psicoterapia holística e a sua inter-relação com a bioenergética. Pois a observação das características físicas de um cliente pode demonstrar informações de grande valia para o psicoterapeuta holístico. Para tanto foi feita uma correlação das características filosóficas da Terapia Tradicional Chinesa e a Bioenergética, terapia ocidental de Alexander Lowen.

    Com o objetivo de relacionar seus pontos em comum e desenvolver uma visão interativa entre as duas filosofias.

    INTRODUÇÃO

    O ato de buscar algo é a base para a experiência de prazer e representa uma expansão de todo o organismo, como um fluxo de sentimentos e energia que vai até a periferia do corpo.Na psicoterapia holística são tratadas as couraças desenvolvidas pelo fechamento, retraimento e retenção que são experiências de desprazer, podendo provocar dor ou ansiedade, que seriam o resultado de uma pressão criada pela energia de um impulso bloqueado. Se a musculatura contém o impulso, ocorre contração e dor; se a musculatura não dá conta de conter a excitação do impulso, ocorre ansiedade (LOWEN, 1982).

    Em similaridade ao enfoque bioenergético, os fundamentos da Terapia Oriental Chinesa se voltam para a manutenção ou a reintegração do fluxo natural de energia do indivíduo, tentando ingressar a pessoa em sua força interior e na convicção de suas atitudes. Resgatando ao corpo o equilíbrio que conduz a beleza natural de cada pessoa.

    Dentre as técnicas utilizadas nas terapias orientais destacam-se o recondicionamento físico para melhorar o fluir de energia do corpo energético e suprir o corpo físico, melhorando sua integridade e defesa natural; e o toque, que pode ser feito através de reflexologia, shiatsu, acupuntura entre outros.

    Diante de um processo de desequilíbrio, momentâneo ou prolongado, o fluxo vital é reduzido e a rede meridiana transmite as informações disponíveis para todo o sistema (CHUNCAI, 1999).

    Como já se pode observar o princípio de livre fluir energético e a inter-relação corpo-mente, são à base de ambas as abordagens.


    MATERIAL E MÉTODOS

    A presente monografia tem como referência revisões bibliográficas de livros relacionados à Psicoterapia Holística, Terapia Milenar Chinesa, Bioenergética, e Terapia Vibracional. Dessa maneira foi traçado um comparativo entre as Filosofias Milenares Chinesas e a Psicoterapia Bioenergética Ocidental, o que revela uma grande similaridade entre ambas, tornando o trabalho do Psicoterapeuta Holístico mais abrangente tanto na linguagem oriental como ocidental. Pois em ambas o fluxo livre de energia é o sinônimo de qualidade de vida.


    Capitulo 1

    DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.

    “Formou o senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se uma alma vivente.” (Gênesis 2:7).


    Segundo Lowen (1977), a bioenergética procura entender o caráter do indivíduo pelo corpo e seus processos energéticos, sendo estes, a produção de energia pela respiração e pelo metabolismo, e a descarga de energia no movimento. Na terapia bioenergética, combinam-se os trabalhos corporais e mentais, com o objetivo de equilibrar as funções energéticas do indivíduo. Os trabalhos corporais utilizados pela bioenergética podem ser manipulatórios (massagens, toques) ou exercícios específicos, para diminuir tensões musculares e facilitar a respiração.

    A bioenergética é o estudo da personalidade humana em termos de processos energéticos do corpo. Pois a energia está envolvida em todas as coisas, tanto vivas quanto inertes (BRENNAN, 2006).

    Sentimentos armazenados, conflitos vivenciados e as perdas sofridas juntamente com a qualidade das relações afetivas, determinam a constituição de um indivíduo. Dessa forma a história de vida está gravada em cada corpo o qual necessita liberar medos e tensões para tomar consciência de emoções contidas, construindo um sentir e agir livre e verdadeiro (MONARI, 2002).

    As diversas culturas e religiões sempre desenvolveram técnicas com energia e suas relações com o corpo humano, animais, plantas e fenômenos naturais. Muito comum encontrar a figura dos xamãs que manipulavam as forças invisíveis com seus rituais, bem como os sacerdotes que eram mestres da ciência oculta, profundos conhecedores e manipuladores da energia sutil. Além disso, em diversos países do mundo antigo, os magos e feiticeiros sempre estiveram presentes, trabalhando com essas técnicas (HARTMAN, 2006).

    Por volta de 320 a.C, o povo chinês desenvolveu as bases da sua medicina tradicional, onde o ser é tratado com a visão energética (KIDSON, 2006).

    Na tradição hindu, a energia sutil é amplamente conhecida pelos yogues e seus discípulos com o nome de prana. Através de exercícios respiratórios, meditação, exercícios de concentração, posturas psicofísicas (asãnas), os yogues alcançam um profundo estado de paz e equilíbrio (JOHARI, 2007). Convém salientar os fenômenos e curas promovidas por Jesus e seus apóstolos, com a imposição das mãos e o emprego das palavras, são manifestações das energias sutis, potencializadas por esses grandes seres em favor dos necessitados. Isto mostra que Jesus possuía um potencial energético bastante equilibrado, a ponto de contagiar a todos apenas com sua presença.

    Mais adiante, na Europa do século XVIII, a ciência moderna começava a se destacar, surgindo uma distinção entre razão e misticismo. Neste periodo, Franz Anton Mesmer, postulou a existência de um magnetismo animal. Através da manipulação deste magnetismo promoveu diversas recuperações do equilíbrio energético. Na ciência do século XIX, surgem duas teorias que contribuíram para o entendimento da bioenergia: a teoria da libido de Freud, e a teoria do orgônio de Wihelm Reich. A psicanálise mostrou que as energias emocionais quando reprimidas (em desarmonia) causam doenças. Reich por sua vez, tinha plena convicção da existência de uma energia primordial responsável pela matéria viva (LOWEN, 1982). Desta forma começou a trabalhar diretamente com o corpo, utilizando uma técnica que visava especificamente aprofundar e liberar a respiração, a fim de melhorar e intensificar a experiência emocional (LOWEN,1982).

    Mais tarde, Alexander Lowen e John Pierrakos, alunos de Reich, ampliaram esse método transformando-o no que se conhece atualmente como Bioenergética. Juntos começaram a explorar possibilidades diferentes de trabalhos envolvendo o corpo no processo terapêutico. Buscando liberar as tensões, criaram as posturas em pé para promover vibrações, e desta descoberta nasceu o conceito de grounding (LOWEN, 1982).

    Após algumas experiências, utilizadas entre eles e com clientes, perceberam que era possível utilizar em conjunto o grounding, a respiração e as vibrações involuntárias, associadas ao som e aos toques sobre a musculatura tensa, para promover a ligação energética e emocional entre sentimentos do coração, sentimentos sexuais e a consciência (LOWEN, 1977). Eles partiram dos movimentos voluntários para despertar os involuntários e assim desencadear os sentimentos inconscientes enraizados na memória corporal. Embasando esta técnica na compreensão da profundidade de conflitos interiores perceberam a importância das vivências afetivas, onde estão às bases do aprendizado, quando são estabelecidos em primeira mão sentimentos, expressões e relações com o outro (LOWEN, 1982).


    Capitulo 2

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

    “É essencial compreender que o homem tem dois aspectos: um espiritual e um físico... Sob a orientação do nosso Eu espiritual, nossa vida Imortal, o homem veio ao mundo para adquirir conhecimento e experiência e para se aperfeiçoar como ser físico. O corpo físico sozinho, sem comunhão com o espiritual, é uma concha vazia, uma rolha sobre as ondas, mas quando há união à vida é uma alegria, uma aventura de interesse absorvente, uma jornada cheia de felicidade, saúde e conhecimento”. (BACH, 1930)

    Segundo Edward Bach (1930) a desarmonia do Eu Espiritual pode produzir uma série de problemas no corpo, pois ele é uma simples reprodução da condição mental de um indivíduo. Assim sendo, a pessoa é vista como uma unidade psicossomática, onde defesas psicológicas usadas para lidar com a dor e o estresse, tais como racionalizações, negação e supressões também estão ancoradas no corpo. Estes aparecem como padrões musculares que inibem a expressão. Tais padrões tornam-se inconscientes e passam a fazer parte da própria identidade da pessoa, impedindo que ela consiga se modificar, mesmo que entenda a natureza do problema.

    Os processos energéticos do corpo estão relacionados ao estado de vitalidade do organismo. Isto ocorre por falta de pressão interna ou de circulação da energia que fica estagnada (LOWEN, 1982). O decréscimo de energia restringe a mobilidade e a capacidade para ação espontânea e natural, com graça e emoção. A compensação do organismo encouraçado é o movimento mecânico, programado, sem sentimento. É um padrão de comportamento limitador, geralmente criado na infância para garantir a sobrevivência (LOWEN, 1982). Segundo as terapias orientais existe uma energia vital que passa a existir no momento em que a vida humana é gerada, no instante onde um óvulo se une a um espermatozóide e só nessa situação o homem é único. A partir daí, pelas sucessivas divisões celulares leva a formação do complexo humano, e a energia vital está com o seu fluxo contínuo. Apesar disto, tudo que o envolve é energia. O ponto inicial desse fluxo de energia no ser humano é o ponto umbilical, meio por onde o feto respira e se alimenta (BRENNAN, 2006).

    Assim, os seres humanos são microcosmos dentro do macrocosmo universal, os princípios do fluxo de energia do Universo são os mesmos que dos seres humanos, onde se mantêm em um estado de equilíbrio dinâmico entre pólos de natureza oposta, complementar, cuja essência é chamada de Yin e Yang (MACIOCIA, 2007).

    Dessa forma se enfatiza o retorno ao fluxo de energia que se iniciou no útero, é um método pelo qual o adulto recobre o equilíbrio original, onde as duas energias, Yin e Yang, são reequilibradas constantemente (PENNA, 2004).

    O Yin, elemento feminino, a terra, a mãe, a lua e o yang, elemento masculino, o pai, o sol, o céu. Mesclados, proporcionam um fluxo morno na circulação micro cósmica, desde quando feto (PENNA,2004).

    À medida que o bebê cresce, a sua energia vai se estabelecendo em partes quentes e frias. Quando chega a idade adulta, o Yang sobe para a parte superior do corpo e o Yin desce para a inferior, porém as tensões físicas e mentais da vida acabam bloqueando progressivamente as rotas de energia, bem como congestionando os centros energéticos, deixando de nutrir os órgãos internos de energia vital, provocando desequilíbrios emocionais, doenças, velhice e morte prematuras (PENNA, 2004).

    Conforme Zhou Chuncai (1999), o corpo somente estará saudável se funcionar segundo as interações correspondentes aos cinco elementos, Qualquer ruptura nestas interações resulta em desequilíbrio. Dessa maneira, “a primavera é cálida: o Qi do fígado começa a crescer. O verão é quente: o Qi do coração começa a crescer, O outono é seco: o Qi dos pulmões declina. O inverno é frio o Qi dos rins se oculta.”

    Em um corpo saudável, a energia circula constantemente em si onde todo o processo se auto-regula. Contudo, em um corpo com bloqueios energéticos, ocorrem desequilíbrios neste fluxo, gerando áreas ou órgãos com carência de Qi, ou "vazio”, e áreas ou órgãos com acúmulo ou bloqueio de Qi, ou plenitude.

    Portanto é possível pensar no corpo humano como um campo de contínua movimentação de energia, que circula entre as células, os tecidos, os músculos e os órgãos internos, mantendo a homeostase energética entre:

    • Wei Qi: energia de defesa, proveniente da união da energia celeste com a terrestre e responsável por toda defesa e resistência contra as energias perversas (fatores de adoecimento); Circula fora e dentro dos Canais de Energia Principais dependendo do horário.

    • Rong Qi (Yong Qi): energia nutritiva, proveniente da essência dos alimentos e responsável por toda a nutrição energética das estruturas do corpo; circula nos Canais de Energia.

    • Zhong Qi: formação semelhante ao Wei Qi, é responsável pela dinâmica cardiorespiratória e pela respiração celular.


    "O Qi gera o corpo humano assim como a água se transforma em gelo. Conforme a água se congela gerando o gelo, assim o Qi se condensa para formar o corpo humano. Quando o gelo derrete, ele se transforma em água. Quando uma pessoa morre, se transforma em espírito (Shen) novamente. Chama-se espírito, assim como o gelo derretido passa a ser chamado de água" (CHONG).


    A Qi circula e nutre todo o corpo através dos meridianos os quais formam uma rede entrelaçada de trilhas interconectadas que ligam os órgãos, a pele, os tecidos, os músculos e os ossos, unificando o corpo. O Qi que circula entre os canais tem natureza mais Yang na defesa externa do corpo, ou mais Yin, na nutrição interna do corpo (MANN, 1994).

    Estes canais estão ligados mais profundamente aos órgãos (Zang) e vísceras (Fu) e se externam em ramificações mais superficiais na pele, voltando a se aprofundar em seguida, da mesma forma que outras estruturas do corpo humano, como o sistema nervoso e o sistema circulatório. Esta rede é formada por meridianos principais (12), extras (8), distintos (12) e outras ramificações e canais secundários (MACIÓCIA, 2007).

    Cada um dos doze órgãos e vísceras que compõem a visão chinesa do corpo humano é ligado a um meridiano ou canal de energia principal, cujo nome corresponde ao órgão ou víscera ao qual afeta. A cada órgão (Zang) se corresponde uma víscera (Fu) e a energia de um afeta diretamente a energia do outro (MACIOCIA, 2007).

    Conforme o conceito bioenergético de instinto, Lowen (1982) salienta que o impulso é um movimento energético do centro para a periferia do organismo, onde afeta a relação deste com o mundo exterior. Desta maneira surgem dois propósitos, a função de carga, relacionada com a ingestão de alimentos, respiração e excitação sexual; e a função de descarga energética tais como a descarga sexual e a reprodução.

    Assim como na terapia oriental o corpo humano se divide em yin e yang, para Lowen (1982), a diferenciação da estrutura corporal em termos de carga e descarga é estendida aos membros. No entanto, a metade superior do corpo volta-se a função de carga energética, e a descarga energética se relaciona com a porção inferior do corpo, assumindo a responsabilidade de locomover o organismo no espaço.

    Aplicando isto a bioenergética observa-se que pensamentos e sentimentos são condicionados por fatores energéticos carga, descarga, pulsação, intensidade, grounding, centramento. Se a energia é retida, ela se transforma e gera pensamentos, sentimentos e atos literalmente distorcidos, onde esta distorção fica também visível no corpo (LOWEN, 1982).

    Portanto, estar plenamente vivo fundamenta-se no estado vibratório do sistema, sendo percebido na expansão/contração pulsátil do organismo, inclusive no sistema vegetativo, respiratório, circulatório e digestivo. A atitude vibratória é responsável por ações espontâneas, liberação emocional e funcionamento interno harmônico.



    Bioenergética e Terapia Vibracional


    A vibração é uma reação à liberação da sobrecarga de energia retida em determinadas partes do corpo, através dos exercícios. Na bioenergética considera-se um corpo sadio, quando está em constante estado de vibração, sentindo-se ligada ao contexto do todo (BRENNAN, 2006).

    Terapia Vibracional é um termo genérico que designa todas as terapias que visam atuar no campo de energia de um outro ser com o objetivo de recompor seu equilíbrio (HARTMEN, 2006).

    A Terapia Vibracional, através da bioenergética, ajuda a pessoa a reconhecer e tomar consciência das emoções e pensamentos indesejáveis que possam estar prejudicando seu desenvolvimento pessoal, sua saúde e sua vida, ajudando o indivíduo a perceber o sentido de seu sofrimento, a causa de seus sintomas e os caminhos que deve escolher ou evitar, para reconquistar o equilíbrio energético e bem-estar (MONARI, 2002).

    Sendo assim é possível perceber que alterações energéticas físicas ou psíquicas não ocorrem por acaso, mas surgem de conflitos internos, falhas e dificuldades de vencer o orgulho, a crueldade, o egoísmo, o ódio, a ignorância, a cobiça, traumas, medos, mágoas e a instabilidade entre outros fatores.


    “A inadequação do indivíduo perante Si Mesmo (a recusa em ouvir sua voz interior e a falta de auto conhecimento) e, por conseqüência perante o Universo, resulta em desarmonia psíquica, física e social, pois estas três não existem isoladamente. Um é conseqüência do outro, formando um continuum. Do mesmo modo, mas percebido no sentido inverso, uma desarmonia sociofisicopsíquica afastaria o ser de si mesmo.” (VIEIRA, 1994).


    Com esta proposta terapêutica profunda, é possível ajudar o indivíduo a erradicar o estado mental negativo causador do sofrimento, desabrochando nele sua virtude oposta privilegiando a dimensão extra-corpórea do ser humano. Essa dimensão, aliada ao instinto e ao intelecto faz parte da mente humana, capaz de perceber e comandar o próprio corpo, já que está ligada a ele por um complexo circuito de emoções (BRENNAN, 2006).

    Devido a repressões e traumas, inconscientes ou conscientes o indivíduo passa a negar alguns desejos, acontecimentos e emoções, a fim de mantê-los longe das lembranças, criando couraças para esconder seu verdadeiro ‘eu’. Inicialmente estas atitudes atuam como mecanismo de defesa, contudo, ao manter bloqueado o acesso a determinados fatores psíquicos que sejam dolorosos, é refletido no corpo tudo aquilo que foi escondido. Um verdadeiro alerta de que algo precisa ser compreendido (LOWEN, 1982).

    Na terapêutica vibracional as pessoas começam a obter um novo enfoque sobre as circunstâncias do sofrimento em que se encontram, dando a elas a possibilidade de reverterem o processo, com muito mais clareza, compreensão e tranqüilidade. Tratando as máscaras abre-se a mente para um novo horizonte (BACH, 1910).

    Alexander Lowen e Bioenergética


    A partir de Reich as abordagens corporais ocupam um espaço significativo no campo psicoterápico, passando inclusive a serem consideradas cientificamente. A terapia Bioenergética configura-se como uma das primeiras abordagens deste movimento, iniciando-se em 1953, por Alexander Lowen, discípulo de Reich.

    A base teórica da bioenergética é a, consideração da história analítica, o processo de desenvolvimento psicossexual e a dinâmica familiar como fatores fundamentais na formação da personalidade. Além disso, Lowen (1982) considera que o contexto social exerce influência na personalidade do indivíduo. O método terapêutico utiliza também da análise, dos conceitos de resistência, transferência e contratransferência, bem como a associação livre,e a interpretação dos sonhos.

    Através da sua própria experiência como cliente de Reich e, posteriormente, do seu colega John Pierrakos, e do seu trabalho com os seus clientes, Lowen pode perceber que analisar o modo habitual de uma pessoa ser e comportar-se merece tanta atenção quanto à importância dada ao trabalho com tensões musculares. Daí iniciou um estudo sobre os tipos de caráter, relacionando as dinâmicas físicas e psicológicas dos padrões do comportamento. Concluiu que ‘a vida de um indivíduo é a vida de seu corpo’(LOWEN, 1982).

    Durante o desenvolvimento da estrutura egóica, a criança está vulnerável a três tipos fortes de distúrbios, cada um deles deixará uma marca peculiar em sua personalidade:


    a)A privação resulta na oralidade;

    b)A repressão leva ao masoquismo;

    c)A frustração à rigidez.

    Lowen aperfeiçoou a teoria da análise do caráter e classificou os tipos de caráter em: esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido (fálico-narcisista para os homens e histérico para as mulheres).

    Não existe um caráter puro, a maioria das pessoas revela uma combinação razoável de traços de caráter. Não raro, elas exibem uma mistura caracterológica que dificulta o diagnóstico.

    A realidade adulta exige que o indivíduo funcione adequadamente em seu trabalho, em suas relações afetivas e com a sexualidade. Essa exigência, entretanto, nem sempre é atendida. A existência do caráter dificulta a plenitude do funcionamento das potencialidades humanas. Dependendo da severidade do trauma infantil, a experiência fica limitada e empobrecida (LOWEN, 1984).

    Lowen postula a busca de um caráter genital, que em oposição aos caracteres neuróticos, viabilizaram essa plenitude.


    Caráter neurótico

    *Há uma congestão da libido com inadequada satisfação;

    *Repressão libidinal / formação de sintomas – fobias;

    *Transferência adulta;

    *Fixação sexual infantil;

    *Conflito ID x superego;

    *Ilusões;

    * Energia represada;

    *Ódio, mágoa;

    *Trabalho compulsivo;

    *Insatisfação orgástica.


    Caráter genital


    *Alternância entre tensão e satisfação libidinal;

    *Potência orgástica, capacidade de entrega e prazer;

    *Sublimação do desejo edípico;

    *Vida sexual saudável;

    *Satisfação adequada dos impulsos;

    *Ego real próximo do ego ideal;

    *Fluidez energética - Amor, ternura;

    *Adequação entre carga e descarga;

    *Satisfação orgástica, prazer.

    Atingir o caráter genital é a meta de todo ser humano. Ser feliz, amar e se sentir adequado.


    Capítulo 3


    RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE


    RESPIRAÇÃO


    A respiração é uma das funções mais enfatizadas pela Bioenergética.


    “A respiração correta envolve todos os músculos da cabeça, pescoço, tórax e do abdômen, além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da capacidade de realizar bem esses movimentos de sucção com o corpo inteiro... A respiração fornece o oxigênio para o processo metabólico, mantém literalmente a chama da vida... Através da respiração harmonizamos-nos com a atmosfera. Em todas as filosofias orientais e místicas, a respiração guarda o segredo da bênção maior” (LOWEN, 1984).


    A saúde vibrante está diretamente relacionada à boa respiração, visto que é o oxigênio que produz a energia, pois a respiração completa possibilita maior contato com os sentimentos, aprisionados no corpo, é importante que, no processo terapêutico, a atenção esteja voltada à respiração espontânea do cliente, o que pode facilitar uma leitura mais eficaz dos seus conteúdos internos.

    Os exercícios respiratórios têm a função de fazer o indivíduo perceber como é o seu padrão respiratório.


    Couraças


    Couraça é uma espécie de armadura de tensão que impede o fluxo energético e biológico. Ela se forma como uma defesa contra os perigos do mundo externo e interno. A criança chega ao mundo livre e solta, mas é totalmente dependente de outros que não a compreendem, assim começam os primeiros traumas, as primeiras impressões se formam, e vão definindo o caráter. Há um grande medo do desconhecido e já não é possível sentir-se uno, integrado a tudo e a todos. O ponto crucial a ser retido, aprisionado, parece ser o terror de se render à convulsão orgástica, na qual o homem se funde por completo com a natureza.

    A couraça muscular do caráter é a soma das não liberdades da pessoa, resumo de tudo que pretendeu fazer e lhe foi proibido, de tudo que ela não pretendia e lhe foi imposto.

    A couraça impede a pulsação e a vibração do corpo. A energia não flui facilmente e posteriormente todo o corpo fica tenso, envelhece e adoece. O indivíduo fica impossibilitado de sentir e de se expressar livremente. O homem torna-se semelhante a uma pedra fria e imóvel.

    O homem orgástico é totalmente livre de couraças, é um canal aberto para a energia é um ser pleno e vibrante é pura potência. O Poder é fruto do ego do sentir-se diferenciado; a potência é a capacidade total do homem, e a capacidade de um não limita a de outro, é possível a todos manifestar essa potência total.


    Grounding

    Na bioenergética, grounding significa, fazer a pessoa entrar em contato com o chão...Estabelecer um contato adequado com o chão, local onde se pisa.” (LOWEN, 1982)


    Apesar de estar com os pés no chão, a pessoa com desequilíbrio energético não possui um contato sensitivo com o mesmo. O grounding possibilita a liberação do acúmulo de energia, da pessoa para o chão.

        1. É uma postura corporal básica da abordagem bioenergética e deve estar presente em todos os exercícios. O grounding deve ser construído com a pessoa em pé, com uma distância de aproximadamente 30 cm entre os pés, os artelhos virados ligeiramente para dentro, joelhos flexionados, coluna ereta, e respiração profunda.

    Estresse


    Uma das causas mais comuns dos distúrbios energéticos é o estresse – o efeito das pressões cotidianas sobre o corpo, ao lado de outras influências negativas, como a poluição, os aditivos e agrotóxicos nos alimentos e a vida urbana. Todas as pessoas são afetadas pelo estresse em diferentes níveis e, como conseqüência, muitas desenvolvem diversos problemas físicos, entre os quais dor de cabeça e enxaqueca, tensão na nuca, dor nas costas, distúrbios digestivos, debilidades do sistema nervoso, pressão alta, doenças na pele e constantes gripes e resfriados.

    O estresse é o resultado de uma reação do organismo quando estimulado por fatores externos desfavoráveis. Neste momento ocorre uma descarga de adrenalina no organismo, onde os órgãos que mais sentem são os aparelhos, circulatório e respiratório.

    No aparelho circulatório a adrenalina promove a aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia) e uma diminuição do tamanho dos vasos sangüíneos periféricos. Dessa maneira, o sangue circula mais rapidamente para uma melhor oxigenação, principalmente, dos músculos e do cérebro já que ficou pouco sangue na periferia, o que também diminui sangramentos em caso de ferimentos superficiais.

    No aparelho respiratório, a adrenalina promove a dilatação dos brônquios (bronco dilatação) e induz o aumento dos movimentos respiratórios (taquipnéia) para que haja maior capitação de oxigênio, que vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulatório, também devidamente preparado pela adrenalina.

    Quando o perigo passa, o organismo pára com a grande produção de adrenalina e tudo volta ao normal. Atualmente as situações de estresse estão sempre ao redor o que desencadeia na constituição orgânica, níveis de estresse muito acima do tolerável.

    Embora as terapias complementares não possam prevenir o estresse que ocorre na vida cotidiana, elas podem ajudar a lidar melhor com ele. Um dos importantes benefícios é o relaxamento. O tratamento aborda o corpo como um todo, não um grupo de sintomas, e pode ajudar tanto físico quanto mentalmente. Dessa forma ajuda-se o corpo a desenvolver maior resistência física para sustentar sensações.




    Capítulo 4


    DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLISTICO


    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquico. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.”


    As terapias complementares partem da observação, de uma experimentação extraordinária e de milênios de prática, elaborando um sistema que tem o mérito de ser aplicável e de funcionar na prática. Essa cuidadosa observação levou à elaboração de um sistema sociossomatopsíquico (VIEIRA, 2006).

    Na visão holística adotada pela terapia tradicional chinesa, por exemplo, os pensamentos e as emoções influenciam diretamente a força vital, aumentando, ou estagnando o fluxo de energia pelo corpo, onde o psiquismo não pode ser separado dos órgãos e vice-versa, pois as perturbações psíquicas, relativas às emoções, podem perturbar diretamente os órgãos e as alterações orgânicas podem agir sobre o psiquismo (PENNA, 2004).

    A psicoterapia holistica trabalha com as cinco emoções (alegria, tristeza, reflexão, cólera e medo), sendo o estado de equilíbrio energético dependente da harmonia entre elas, dessa forma alterações emocionais levam aos quadros de excesso ou deficiência (MACIOCIA, 2007).

    Dentro deste contexto, tanto a Bioenergética de Lowen, quanto as Terapias Milenares partem do conceito da existência de uma energia única que une o corpo e o espírito constituindo um dos fundamentos de terapias orientais como a Yoga, o Tai-chi-chuan e a Acupuntura.

    A Bioenergética dá muita importância ao crescimento pessoal aprofundando o auto conhecimento, desenvolvendo uma atitude positiva em relação ao próprio corpo, assim como os exercícios orientais, com uma característica profilática tanto para a mente como para o corpo.

    A maior similaridade entre as técnicas utilizadas em Psicoterapia Holística e Bioenergética de Lowen está na respiração, onde reter ar nos pulmões causa tensões, diminuindo o livre fluxo de energia, convém salientar que bioenergética é uma das técnicas empregada em psicoterapia holística.

    Em técnicas de exercícios corporais como o Tai Chi Chuan, não interromper o fluxo é um ato de coragem, sentir plenamente e agüentar firme, onde o gesto deve fluir, bem como a respiração, pois um interage com o outro (WONG, 2001).

    Ao aconselhar para que o indivíduo sinta sua respiração surge a descoberta para si mesmo sentimentos escondidos pela racionalidade. Dessa maneira restauram o equilíbrio psicossomático; relativo simultaneamente aos domínios psíquico e orgânico, pela liberação, ativação, sedação ou desbloqueios dos fluxos energéticos (LOWEM, 1982).


    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.”


    Na Terapia Holística, o trabalho terapêutico da respiração é uma maneira de ligar a pessoa com seus sentimentos trazendo consciência sobre a escolha de caminhos na vida; Pois, ajudam o praticante a dar fluxo as suas forças internas, a saber, a imaginação, o sentimento, o pensamento e ação (SEVERINO, 1988).

    Segundo as terapias orientais, existe um elo com o conceito da existência de uma energia única que une corpo, mente e espírito. Neste entendimento podem-se citar as seguintes terapias: Ayurvédica (yoga, meditação e massagens), Acupuntura (Tschen Tschiu), Tai Chi Chuan , Tui Na, Chi Nei Tsang , Shiatsu, Do in, Jin Shin Jyutsu, Cromoterapia, Reiki. Todas estas terapias orientais tratam desequilíbrios energéticos, relacionando o espírito individual, consciência individual e cósmica, energia e matéria (LANDMAN, 2005).


    DISCUSSÃO E CONCLUSÃO


    Após verificar quais emoções estão reprimidas ou excessivas, o Psicoterapeuta Holístico volta sua atenção para os fundamentos dos Cinco Movimentos da Terapia Chinesa, representados pelos elementos Água, Terra, Fogo, Madeira e Metal. Dessa maneira pode interpretar dentre outras coisas, as disfunções do funcionamento orgânico e o psiquismo.

    Cada um dos elementos supracitados possui um órgão e uma víscera correspondentes denominados Zangfu, os quais podem estar em equilíbrio, excesso ou deficiência energética, servindo de informação para o tratamento mais adequado no momento.

    Dessa maneira podemos destacar as seguintes características, conforme a tipologia de cada um:

    Água: em equilíbrio tem vontade firme, auto-respeito, persistência diante de dificuldades sem correr riscos desnecessários.

    Em excesso o indivíduo se torna muito ativo, ambicioso, imprudente, com medo de perder o controle procurando segurança através do domínio e poder sobre tudo e todos.

    Na deficiência, apresenta pouca energia, medo, desiste facilmente e sem perseverança.

    Terra: em equilíbrio apresenta calma e ordem, pensamento lógico, personalidade estável com capacidade de apoiar ou cuidar sem interferir na vida de outrem.

    Em excesso torna-se dominador da vida alheia, com personalidade possessiva, intrometido.

    Na deficiência demonstra muita preocupação, excesso de pensamentos, sem ação, sem importar-se consigo nem com os outros.

    Fogo: em equilíbrio, irradia o sentimento de amor, calmo, tranqüilo, alegre, comunicativo, sóbrio.

    Em excesso fica excitado, inquieto, maníaco, irresponsável e verborrágico.

    Na deficiência, apresenta tristeza, melancolia, solidão, sente-se indigno de ser amado, falta de interesse pala vida, pessoas ou atividades sociais.

    Madeira: em equilíbrio apresenta uma visão clara de seu caminho, confiante, intuitivo, independente e forte.

    No excesso torna-se impaciente, intolerante irritável, frustrado e agressivo.

    Na deficiência, é uma pessoa insegura, tímida, sempre atormentada por dúvidas, com personalidade fraca.

    Metal: equilibrado participa ativamente da vida com sabedoria, sem medo de se envolver.

    Em excesso egocêntrico, negativo, carrega suas mágoas para outros relacionamentos.

    Em deficiência, não cria laços duradouros, tão pouco novos relacionamentos, vive do passado e não participa da vida.

    Na Bioenergética a avaliação do indivíduo é feita através de seu caráter que pode ser esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido tal quais as características psicológicas dos cinco elementos, a saber: esquizóide–metal, oral-fogo, psicopata-terra, masoquista-madeira e rígido-água.

    Segundo Mann, (1994) o fluxo de prazer parte do coração em direção aos pontos de contato com o mundo: olhos, boca, pele, mãos, pés e genitália. O sentimento de alegria, que brota de dentro, só é experimentado quando há energia e vida na barriga, ou seja, na pelve. A terapia vai ajudar a integrar a compreensão da cabeça, o afeto do coração e a sexualidade do corpo.

    Como podemos ver os desequilíbrios energéticos levam as disfunções emocionais, que por sua vez desencadeiam desarmonia anatômica, gerados por restrições comportamentais sejam bloqueios, atitudes repetitivas, limitantes ou padrões afetivos insalubres.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

    ANN, Brennan B. Mãos de Luz. São Paulo: Pensamento, 2006.

    CHUNCAI, Zhou. Clássico de Medicina do Imperador Amarelo. São Paulo: Roca, 1999.

    CONEZA, Elizabeth. Florais de Bach: Os remédios da alma. São Paulo: ALFABETO. 2006.

    DAHLKE, R. A Doença Como Símbolo. São Paulo: Cultrix, 2006.

    DETHLEFSEN, T. e Dahlke R. A Doença Como Caminho. São Paulo: Pensamento,

    2007.

    FELICIANO, Alberto; CAMPADELLO, Píer. Reflexologia Energética: Massagem para os pés. Madras.

    HUNG, Dr. Cho Ta. - Exercícios chineses para a saúde – a antiga arte do Tsa Fu Pei, Pensamento, São Paulo, 1985.


    LANDMAN L. Exercícios Chineses de Saúde para Pessoas Idosas. Andrei, 2005.

    LOWEN, A. O Corpo em terapia: a abordagem bioenergética. São Paulo: Summus, 1977.

    LOWEN, Alexander. Bioenergética. São Paulo: Summus, 1982.

    LOWEN, A. Prazer: uma abordagem criativa da vida. São Paulo: Sumus, 1984.


    MONARI, Carmem. Participando da Vida com os Florais de Bach. São Paulo: Roca, 2002.

    NISHI, Katsuzo.A Medicina Nishi.São Paulo:IBRASA,1988.

    POIAN, Carmen da. Formas do vazio: desafios ao sujeito contemporâneo. São Paulo: Via Lettera, 2001.

    REQUENA, Y. Acupuntura e Psicologia. São Paulo: Andrei, 1990.

    SEVERINO, Roque Enrique. Tai-Chi Chuan:Por uma vida longa e saudável.São Paulo: Ícone,1988.

    VACCHIANO, A. Shiatsu Facial: A arte do rejuvenescimento. São Paulo: Ground, 2000.

    VIEIRA, H. Florais de Bach: Uma visão Mitológiaca, Etimológica e Arquetípica.São Paulo: Pensamento,2006.

    KIDSON. R. Acupuntura para todos.Rio de Janeiro:Nova Era 2006.

    WONG K. Kit. O Livro Completo do Tai Chi Chuan. 1 º Ed. Pensamento- Cultrix – 2001.


    Autor: : Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099
    Última atualização: 29/12/2008 12:58


    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    II.I - Definições

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

    VII.I - Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    VII.II - Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística
    VII.III -
    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Resumo

    Esta propositura disserta sobra a integração das técnicas corporais orientais seculares com as modernas e ocidentais abordagens psicanalísticas reichianas e derivadas, resultando em uma Terapia Corporal de abordagem holística. Resgata a importância do tocar e ser tocado como instrumento de catarse terapêutica e de harmonização psicofísica, resultando em ampliação da qualidade de vida e autoconhecimento, tanto para o Cliente, quanto para o profissional.

    Introdução

    Muito se aborda a globalização e o acesso universal a informações em todos os campos de conhecimento, incluindo a Terapia Holística. Porém, mesmo no Brasil, de ampla tradição de sincretismo e fusão das mais variadas vertentes de pensamento, ainda deparamos com um separatismo entre as técnicas corporais orientais e ocidentais, bem como uma distância entre o discurso de paradigma holístico e uma real aplicação deste conceito, a tal ponto de ainda encontrarmos profissionais que iludem-se de atuar em questões físicas e outros, em aspectos psíquicos, como se tais existissem de forma isolada...

    São inegáveis as qualidades técnicas das manobras corporais tradicionais, tais como o shiatsu, tuina, anma, sparsha, dentre outras, assim como é fundamental a contribuição da psicanálise quanto aos aspectos inconscientes de nossa personalidade serem corporificados. Contudo, ambas as vertentes ainda não convergiram, resultando em "massagistas" (termo totalmente inadequado à legislação brasileira...) que desconhecem o fato de seu trabalho pode resultar em catarses, como também em profissionais da vegetoterapia e bioenergética propondo técnicas de toque, respiratórias e posturais que já estariam eficientemente supridas nas já seculares técnicas corporais, como as já citadas, bem como as oriundas do yôga e tai-chi-chuan.

    Cabe ao Brasil eliminar a iniciativa em superar desinformações, preconceitos e vaidades, promovendo a integração entre todas estas linhas complementares de tratamento, formando Terapeutas Corporais que honrem a sabedoria milenar, da mesma forma que abraçam a modernidade psicanalítica, fazendo justiça a que mais esta modalidade terapêutica seja integrante da Terapia Holística, atendendo a Clientela ciente de que físico-psíquico-social-transcendente é uma só unidade indissociável.

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

    ACONSELHAMENTO — processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.

    BIOENERGÉTICA —Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.
    CALATONIA —técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.

    CATARSE extravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    ID é a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego.

    INSIGHT "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    LEITURA CORPORAL — método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    PERSONA — é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

    RELAXAMENTO — vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    TERAPIA CORPORAL — uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

    TERAPIA REICHIANA — desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    VIVÊNCIAS — realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal:

    Idade mínima do cliente para Terapia Corporal: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    Explicar o processo de Terapia Corporal com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    O Terapeuta Holístico deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico;

    O Cliente deve ser inquerido pelo Terapeuta Holístico quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Corporal aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    III - Resultados

    Constatou-se ganhos significativos oriundos do sincretismo entre as abordagens ocidentais modernas e orientais milenares da Terapia Corporal. As manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, mostraram-se mais adaptáveis a cada Cliente, em comparação às mais recentes, oriundas das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética. Em contraponto, a proposta analítica destas últimas são indispensáveis à interpretação emocional refletida via corpo, já que essa capacidade fora perdida no decorrer do tempo, no que se refere ao ensino e prática das técnicas orientais, na forma como nos chegam atualmente.

    Clientes originados de queixas físicas apresentam resultados mais rápidos e eficazes quando a Terapia Corporal aflora as emoções reprimidas simultaneamente ao trabalho de toque. É perceptível ao tato do profissional, o relaxamento nas áreas antes tensas, imediatamente à manifestação da emoção e/ou lembrança que emerge sincronisticanente ao contato físico com a zona reflexa e/ou diretamente sobre a região corpórea. Da mesma forma, regiões sem tônus de pronto manifestam retorno da tonicidade, assim que afloram os sentimentos e lembranças induzidos pelo toque de volta à consciência. Quadros de dores e de dificuldade de movimentos apresentam reversão drástica, ainda que temporária, imediatamente à catarse emocional desencadeada pelo toque e indução verbal.

    Ratificando o acima descrito, quadro similar ocorre com a Clientela de queixas emocionais, onde o trabalho de toque serve tanto para detectar quais regiões corpóreas estão refletindo o quadro psíquico, quanto para aflorar à consciência as emoções reprimidas, bem como lembranças de situações traumáticas.

    Em ambas as situações, a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, incluindo o ACONSELHAMENTO, desempenha papel fundamental em facilitar ao Cliente a compreender o conteúdo aflorado, o que se mostra fundamental para que o quadro queixoso anterior não reincida. A catarse emocional por si só, apresenta resultado temporário, com imediata melhoria do quadro geral, porém, com retorno do estado original poucos dias após. A durabilidade do resultado é mantida quando o Cliente é simultaneamente amparado com técnicas de foco psicoterápico.

    A inclusão do contato físico na relação CLIENTE e TERAPEUTA HOLÍSTICO acelera o ritmo e intensifica a terapia, traduzindo-se em resultados de espectro mais amplo e, uma aumento da frequência e intensidade nas transferências e contra-transferências, exigindo grande preparo do profissional.

    IV - Discussão

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos.

    Modernas ideologias, governos ditatoriais e o cientificismo mecanicista influenciaram uma ruptura no paradigma holístico terapêutico. Seja por necessidade de sobrevivência às perseguições, seja em concessões e adaptações para tentar enquadrar nos limites do "científico", fato é que ao século 20, terapias como shiatsu, tuiná, anma, seitai e similares, chegaram até nós amputadas de sua original tradição sistêmica, passando a tratar o "corpo" como se fosse uma "máquina", composta de "partes" a serem manipuladas pelo toque para que "funcionem" melhor... A excelência técnica das manobras corporais se manteve, porém, perdeu-se a "alma" em algum momento de sua história.

    A partir da década de 70, com o movimento da contracultura, "revolução aquariana", ecologia e retomada do paradigma holístico, as abordagens corporais se permitiram a reintegração com os conceitos de "energia", reassumindo a interação com meridianos (canais de circulação energética da acupuntura - terapia tradicional chinesa), chacras (ou chakras, vórtices de energia estudados na ayurvédica - terapia tradicional indiana) e "corpos sutis" (matrizes energéticas paralelas ao corpo material, conceito este comum a todas as culturas milenares). Ao mesmo tempo, readmitiu-se que a terapia pelo toque igualmente atua nas emoções, porém, sem aprofundar na questão, deixando de integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

    Desenvolvendo-se de forma complementar, contamos com a Psicánalise, pela qual Freud demonstra a grande atuação das questões psíquicas nas somatizações, sendo até possível a reversão destas, como decorrência da análise, ao resgatar do inconsciente, os traumas, lembranças, emoções reprimidas e integrá-las ao consciente.

    Quer seja por preocupar-se em manter-se dentro de uma certo paralelo com a metodologia científica (isolar-se do "objeto" estudado...), quer seja para evitar maiores controvérsias e envolvimentos, TOCAR o Cliente era algo fora de discussão, até a dissidência de Wilhelm Reich, que “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”).

    A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante).

    Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento, também conhecido como Couraças Musculares do Caráter, aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bioenergia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas.

    A linha reichiana "clássica", a Vegetoterapia, segue um padrão relativamente rígido e pré-fixado para a sequência de desbloqueio das couraças, enquanto que as chamadas correntes neoreichianas, como a Bioenergética (que tem Alexander Lowen como seu expoente...) são mais flexíveis quanto à ordem e formas de trabalhar os bloqueios, utilizando-se, além do toque, técnicas respiratórias e posturais, que contém muitos paralelos ao Yôga e Tai-Chi-Chuan...

    Estas últimas vertentes, de origens ocidentais e modernas, em contraponto com as demais linhas aqui inicialmentes descritas, milenares e orientais, permaneceram distanciadas, uma corrente desconhecendo totalmente a outra. Não raro deparamos com reichianos que desconhecem chacras e shiatsuterapeutas que nem sequer imaginam que desbloqueiam "couraças do caráter"...

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar. Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge. É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor. Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA. É consenso que a maioria dos Terapeutas possui profundas feridas narcisísticas em aberto, as quais tentamos cicatrizar ao dar atenção aos Clientes, da forma que jamais tivemos... Não raro, tivemos que amadurecer cedo, quando deveríamos ter tido a permissão de ser crianças e nossos cuidados com os outros é a sublimação do ressentimento de que nosso amor não bastava para sermos correspondidos pelos pais, pois só sendo "produtivos" e "perfeitos" para sermos amados. Por isso, oculta-se no TOCAR em nossos Clientes, o desejo de acolhimento e amor.

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente. Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em contínua terapia e supervisão, inclusive, em grupos de discussão, pois o que se constata na prática é que, independente do quão experiente seja um analista, quando está em momento de contratransferência, sua visão do caso fica prejudicada, enquanto que para os demais colegas, que não estão emocionalmente envolvidos na situação, muito mais facilmente detectam o que está ocorrendo.

    V - Conclusões

    O contato físico intensifica o ritmo da terapia e igualmente aumenta o grau de responsabilidade e exigência técnica, o que é plenamente compensado pela excelência de resultados e gratificação profissional.

    Não há mais justificativa, em nosso atual tempo de acesso globalizado às mais variadas correntes terapêuticas, à ilusão de abordar o psicofísico como se fosse "partes separadas".

    A fusão entre as manobras orientais já tradicionais e a conscientização do efeito psíquico do toque reavivada pelas correntes psicoterápicas reichianas e neo-reichianas, resulta em uma terapia mais profunda e abrangente do que a simples soma das partes.

    Tanto as reclamações de origem física, quanto as de foco emocionais são atendidas na mesma proposta de trabalho, em conformidade com o paradigma holístico, ampliando o leque de oportunidades em atender quantitativa e qualitativamente à Clientela potencial.

    A ampliação da transferência e contratransferência pelo fator do tocar e ser tocado, obriga o Terapeuta Holístico a manter-se em contínua terapia e supervisão, resultando num indivíduo mais equilibrado e autoconsciente e, como tal, um profissional mais eficiente e um ser humano mais feliz.

    VI - Referências bibliográficas

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    VII - Anexos e Apêndices

    VII.I

    Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

     

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

     

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

     

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

     

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

     

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

     

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

     

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça"

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

     

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

     

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

     

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

     

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

     

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contratransferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Imaginem uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Se não estiver atenta à possibilidade de contra-transferência, é capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

     

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

    VII.II -


    Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística

    Se o profissional faz uso de técnicas corporais, jamais deverá chamar este trabalho de "massagem", não só pelo sentido pejorativo que a confusão com prostituição trouxe à palavra, como, também , pelo fato de que estaria sendo enquadrado dentro de alguns requisitos impossíveis de serem cumpridos, pois estaria sujeito às seguintes diretrizes, dentre outras:

    DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942
    Regula a Propaganda de Médico, Cirurgiões Dentistas, Parteiras, Massagistas, Enfermeiros, de Casas de Saúde e de Estabelecimentos Congêneres, e a de Preparados Farmacêuticos
    Das Parteiras, dos Massagistas e Enfermeiros (artigos 2 e 3)
    ART.2 - é proibido às parteiras, aos massagistas e aos enfermeiros fazer referências a tratamentos de doenças ou de estado mórbido de qualquer espécie.
    ART.3 - As parteiras, os massagistas e os enfermeiros estão obrigados a mencionar em seus anúncios o nome, título profissional e local o nde são encontrados.


    LEI 3.968 DE 05/10/1961
    Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Massagista, e dá outras Providências.
    ART.1 - O exercício da profissão de Massagista só é permitido a quem possua certificado de habilitação expedido e registrado pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina após aprovação, em exame, perante o mesmo órgão.
    ART.2 - O massagista devidamente habilitado, poderá manter gabinete em seu próprio nome, obedecidas as seguintes normas:
    1 - a aplicação da massagem dependerá de prescrição médica, registrada a receita em livro competente e arquivada no gabinete;
    2 - somente em casos de urgência, em que não seja encontrado o médico para a prescrição de que trata o item anterior, poderá ser esta dispensada;
    3 - será, somente, permitida a aplicação de massagem manual sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou fisioterápica;
    4 - a propaganda dependerá de prévia aprovação da autoridade sanitária fiscalizadora.

    Como podem perceber, será muito melhor nominar seus trabalhos como "Terapia Corporal", evitando, assim, se enquadrarem nas leis acima citadas, as quais só podem ter sido criadas para coibir a prática da Massagem.

    Já há anos o SINTE recomenda abolir o termo "massagem" (tanto por ser associada popularmente à prostituição, como por enquadrar-se em legislação impossível de ser cumprida) , que deve ser substituída por "Massoterapia", ou, melhor ainda "Terapia Corporal".

    Ultimamente, a expressão "massoterapia" igualmente passou a ser sinônimo de prostituição, além de que, no Paraná, os órgãos públicos identificam como sinônimo de "massagem" e passaram a exigir daqueles que alegam trabalhar com esta técnica, o cumprimento das legislações impraticáveis (DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942 e LEI 3.968 DE 05/10/1961).

    Portanto, a melhor solução é o termo "Terapia Corporal" e aproveitar a oportunidade para que os cursos se aperfeiçõem para fazer justiça a este nome e acrescentem ensinamentos de Reich e Lowen (psicanálise/vegetoterapia e bioenergética) às já consagradas manobras corporais orientais e ocidentais.

    VII.III -

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho

    Estruturas da Psique:

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.


    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.


    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.


    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;
    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;
    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.


    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.


    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.


    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/07/2009 16:24


    I Ching - O Software Do EU

     I Ching - O Software Do EU

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

     

    Sumário


    Resumo

    Introdução

    Material e Metodologia

    Resultados

    Discussão

    Conclusões

    Referências Bibliográficas

    Anexos e Apêndices

     

     

    Resumo

    Este trabalho aborda a utilização do I Ching como instrumento auxiliar à Psicoterapia Holística, análogo às técnicas de associação "livre" e de interpretação de sonhos. 

    Igualmente discursa sobre sobre a sincronicidade (coincidências emocionalmente significativas) entre os símbolos gerados aleatoriamente (hexagramas) e o inconsciente do Cliente, como forma de propiciar "insights" e catarses durante a interpretação conjunta dos textos e imagens milenares.

    E, a título lúdico, apresenta o I Ching como o antecessor do código binário utilizado na moderna computação, tendo as linhas, ora Yin, ora Yang, o mesmo papel dos numerais zero e um, a compor todo o Universo de possibilidades, sintetizadas em 64 situações arquetípicas com as quais todo indivíduo inconscientemente se percebe refletido.

     
     Introdução

    Milenarmenteutilizado como forma de meditação pelos estudiosos e como oráculo pelosleigos, o I Ching foi apresentando ao século 20 como viável instrumentoterapêutico, graças à pública simpatia de Carl Gustav Jung,um dos maiores nomes da Psicanálise, por este instrumento, demonstradaem seu prefácio à obra "I Ching - O Livro Das Mutações", de RichardWilhelm, principal responsável em introduzir o sistema ao Ocidente.

    Também na lista de célebres admiradores do I Ching, contamos com Gottfried Wilheim Leibniz,que assumiu a grande similaridade com o sistema binário (a basematemática da linguagem de computação...) por ele desenvolvido, assimcomo Niels Bohr, umdos pais da física quântica, que reconheceu as semelhanças entre suaciência das partículas e as mutações descritas neste que é consideradoo livro mais antigo do mundo (cerca de 5 mil anos), além do polêmicocientista biomolecular Johnson F. Yan, que demonstrou a curiosasemelhança entre a matemática do DNA e a do I Ching, popularizado emsua obra "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" e, claro, o mais reverenciadofilósofo chinês, cujo nome latinizado é Confúcio, a quem se atribuivários textos interpretativos aos hexagramas.

    OI Ching atua como "espelho" onde refletimos nosso próprio inconscientee sua eficácia neste sentindo é tamanha, a tal ponto de renomadosmatemáticos, físicos, biólogos, filósofos e, mais diretamenterelacionado à nossa proposta, psicanalistas, enxergarem a si e a seustrabalhos espelhados nos símbolos antigos. 

    Da mesma forma, o Terapeuta Holístico podefazer uso deste instrumento, tanto para acessar seu próprioinconsciente e maximizar-se como pessoa e profissional, quanto comométodo lúdico de contornar a resistência racional dos Clientes emaflorar materiais psíquicos não conscientes, bem como clarificar oentendimento do momento. 

     

    Material e Metodologia

    Aidade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmentepoderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houverautorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e oprofissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional docandidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha doCliente.

    O profissional que atua com o I Ching é um TERAPEUTA HOLÍSTICO, Modalidade: Terapia Em Sincronicidade,que distingue-se dos demais por atuar junto ao seu cliente sem aobrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumassituações nem sequer é necessária a presença do mesmo. 

    Esteprofissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidadejunguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, taiscomo radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, IChing, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliaçãodo quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição eo pensamento não-linear. 

    Deposse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas comoreiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além dadiscussão interativa com o cliente de aspectos levantados ouastrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodostradicionais de "previsão", acrescidos de aconselhamento, levando aoautoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns:comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma,incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida(aumento máximo das oportunidades e minimização das condiçõesadversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões,inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além departiculares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada dedecisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promovera harmonização energética de ambientes.

    OTerapeuta Holístico deve explicar o processo de Terapia emSincronicidade com detalhes e certificar-se de que seu clientecompreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexistevinculação religiosa ou de credo ao trabalho. Deve esclarecer que ossímbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.)jamais determinam as características e acontecimentossócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regeremsincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos dereferência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos. 

    Necessitatornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsõestaxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposiçõescom maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um períodoou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões. 

    Pertinentefazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, queao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração deletras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso depedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-secom as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim,considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativosenvolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    Oconsultório deve estar aparelhado para proporcionar temperaturaambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena,minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente paracom o profissional.

    OTerapeuta Holístico, por meio de variadas técnicas (relaxamento viatoque ou induzido verbalmente, musicoterapia, aromaterapia,cromoterapia e similares), deve propiciar ao Cliente um estado deserenidade, condição ideal para melhor aproveitamento da sessão em queincluir o I Ching. Opensamento deve focar em uma pergunta objetiva sobre a situação quedesejam aprofundar em terapia. Isto feito, opta por um método de geraraleatoriamente o hexagrama que servirá de "espelho" arquetípico onde oconsulente refletirá a si mesmo. 

    Ohexagrama, como o nome sugere, é composto por seis linhas, cada qualpodendo ser classificada como yin (representada graficamente por umalinha interrompida: _ _ ), ou yang (representada por uma linha contínua: ___ ),sendo unidas umas sobre as outras, de baixo para cima. Originalmenterealizado por varetas de milefólio, o "sorteio" popularizou-se via usode três moedas de duas faces distintas, arbitrando-se o valor numérico2 (dois) para o lado par e 3 (três) para o ímpar. A soma das trêsmoedas sendo par, está pré-definida como sendo uma linha yin ( _ _ ) e,caso ímpar, resulta em linha yang ( __ ), sendo repetido o procedimento até obter as 6 linhas que comporão o hexagrama. 

    Com o auxílio da literatura sobre o I Ching (recomendamos o excelente "I Ching: o Livro das Mutações",de Richard Wilhelm, impresso pela Editora Pensamento-Cultrix), queincluem uma tabela como a seguinte, identifica-se o númerocorrespondente ao hexagrama obtido e consulta-se os textos relacionados.

     

    Trigrama
    superior
     
    ----------------
    Trigrama inferior 
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Trigramme zhèn du Yi Jing 
    Chên, o Incitar

    Trovão
    Trigramme kǎn du Yi Jing 
    K´an, o Abismal

    Água
    Trigramme gèn du Yi Jing 
    Kên, a Quietude
    Montanha
    Trigramme kūn du Yi Jing 
    K´un, o Receptivo

    Terra
    Trigramme xùn du Yi Jing 
    Sun, a Suavidade

    Vento
    Trigramme lí du Yi Jing 
    Li, o Aderir

    Fogo
    Trigramme duì du Yi Jing 
    Tui, a Alegria

    Lago
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Hexagramme 1 du Yi Jing
    1
    Hexagramme 34 du Yi Jing
    34
    Hexagramme 5 du Yi Jing
    5
    Hexagramme 26 du Yi Jing
    26
    Hexagramme 11 du Yi Jing
    11
    Hexagramme 9 du Yi Jing
    09
    Hexagramme 14 du Yi Jing
    14
    Hexagramme 43 du Yi Jing
    43
    Trigramme zhèn du Yi Jing Chên, o Incitar
    Trovão
    Hexagramme 25 du Yi Jing
    25
    Hexagramme 51 du Yi Jing
    51
    Hexagramme 3 du Yi Jing
    3
    Hexagramme 27 du Yi Jing
    27
    Hexagramme 24 du Yi Jing
    24
    Hexagramme 42 du Yi Jing
    42
    Hexagramme 21 du Yi Jing
    21
    Hexagramme 17 du Yi Jing
    17
    Trigramme kǎn du Yi Jing K´an, o Abisma
    Água
    Hexagramme 6 du Yi Jing
    6
    Hexagramme 40 du Yi Jing
    40
    Hexagramme 29 du Yi Jing
    29
    Hexagramme 4 du Yi Jing
    4
    Hexagramme 7 du Yi Jing
    7
    Hexagramme 59 du Yi Jing
    59
    Hexagramme 64 du Yi Jing
    64
    Hexagramme 47 du Yi Jing
    47
    Trigramme gèn du Yi Jing Kên, a Quietude
    Montanha
    Hexagramme 33 du Yi Jing
    33
    Hexagramme 62 du Yi Jing
    62
    Hexagramme 39 du Yi Jing
    39
    Hexagramme 52 du Yi Jing
    52
    Hexagramme 15 du Yi Jing
    15
    Hexagramme 53 du Yi Jing
    53
    Hexagramme 56 du Yi Jing
    56
    Hexagramme 31 du Yi Jing
    31
    Trigramme kūn du Yi Jing K´un, o Receptivo
    Terra
    Hexagramme 12 du Yi Jing
    12
    Hexagramme 16 du Yi Jing
    16
    Hexagramme 8 du Yi Jing
    8
    Hexagramme 23 du Yi Jing
    23
    Hexagramme 2 du Yi Jing
    2
    Hexagramme 20 du Yi Jing
    20
    Hexagramme 35 du Yi Jing
    35
    Hexagramme 45 du Yi Jing
    45
    Trigramme xùn du Yi Jing Sun, a Suavidade
    Vento
    Hexagramme 44 du Yi Jing
    44
    Hexagramme 32 du Yi Jing
    32
    Hexagramme 48 du Yi Jing
    48
    Hexagramme 18 du Yi Jing
    18
    Hexagramme 46 du Yi Jing
    46
    Hexagramme 57 du Yi Jing
    57
    Hexagramme 50 du Yi Jing
    50
    Hexagramme 28 du Yi Jing
    28
    Trigramme lí du Yi Jing Li, o Aderir
    Fogo
    Hexagramme 13 du Yi Jing
    13
    Hexagramme 55 du Yi Jing
    55
    Hexagramme 63 du Yi Jing
    63
    Hexagramme 22 du Yi Jing
    22
    Hexagramme 36 du Yi Jing
    36
    Hexagramme 37 du Yi Jing
    37
    Hexagramme 30 du Yi Jing
    30
    Hexagramme 49 du Yi Jing
    49
    Trigramme duì du Yi Jing Tui, a Alegria
    Lago
    Hexagramme 10 du Yi Jing
    10
    Hexagramme 54 du Yi Jing
    54
    Hexagramme 60 du Yi Jing
    60
    Hexagramme 41 du Yi Jing
    41
    Hexagramme 19 du Yi Jing
    19
    Hexagramme 61 du Yi Jing
    61
    Hexagramme 38 du Yi Jing
    38
    Hexagramme 58 du Yi Jing
    58


    Comumente,o nome dos trigramas (hexagramas são compostos por dois trigramas), bemcomo do hexagrama em si, por si só, induzem a imagens mentais desituações análogas na natureza, provocando respostas emocionais. Nolivro recomendado existe também descrições e comentários, quanto àslinhas, aos trigramas e ao hexagrama em si, tanto de origem milenar,quanto do próprio autor e a e leitura dos mesmos frequentemente causa"insights", onde o consulente percebe coincidências significativasentre o descrito e a resposta que procura.

    Portradição, as linhas que resultem das três moedas com a mesma face (3"caras", ou 3 "coroas"), ou, no caso de outro sistema de sorteio, omaior número par possível (seis), ou maior número ímpar possível(nove), por si só seriam objeto de atenção especial, existendo textosespecíficos a serem lidos e interpretados, para cada linha nestasituação, que são chamadas de "linhas móveis". 

    A"mobilidade" sugerida implica que, estando na soma numérica máxima dacondição par (yin) ou ímpar (yang), as linhas nestas condições estãoprestes a se transformar em seu oposto ( de _ _ passaria para __ evice-versa...), obtendo-se assim, um novo hexagrama, desta vezrelacionado a uma situação futura, que seria decorrência natural datransmutação no tempo, do quadro apresentado inicialmente, que é focadono momento presente. Novamente, a consulta à tabela acima, levaria aostextos correspondentes, que acrescentariam mais subsídios para oconsulente espelhar-se e obter conclusões.

    Atualmente,existe muitos softwares capazes de realizar o sorteio do hexagrama, bemcomo já localizar os textos correspondentes ao mesmo. O próprio SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS vem desenvolvendo uma versão online, para uso de seus associados.

    OTerapeuta Holístico traz à pauta terapêutica as sincronicidadespercebidas pelo Cliente em relação à sessão com o I Ching, tal comofaria nas técnicas de interpretação de sonhos e de associações"livres", realizando uma discussão interativa sobre os aspectoslevantados, auxiliando o consulente a reconhecer conteúdos psíquicosseus que projetou durante o exercício lúdico de interpretação dohexagrama. 

     

    Resultados

    Ométodo mostrou-se eficaz como forma de acesso ao inconsciente,contornando as defesas racionais que comumente bloqueiam o aflorar dematerial psíquico, bem como foi particularmente útil com Clientes quetenham resistência maior perante as alternativas mais usuais deampliação da consciência, tais como análise de sonhos e associaçõeslivres. A interpretação e discussão de hexagramas obtidos possibilitauma sequência de pautas a serem trabalhadas em sessões continuadas,funcionando como fio de meada eficiente para a evolução dos processosde autoconhecimento almejados na terapia.


    Discussão 

    Boaparte do esforço terapêutico se dá no sentido de acessar o conteúdopsíquico inconsciente do Cliente, trazendo-o à consciência e auxiliar àmaior compreensão e assimilação, resultando em autoconhecimento e, porconsequência, uma melhoria na Qualidade de Vida

    Quantomais objetivo e racional for o método adotado para este fim, tanto maisfácil será para que as defesas e a resistência à terapia criemobstáculos ao aflorar de material reprimido. É válido, pois, que seutilize igualmente técnicas de cunho subjetivo, capazes de contornar aresistência do racional e possibilitar que, de forma indireta, semanifestem aspectos psíquicos, projetados em algo externo ao que sejacomumente associado com o "eu". O analista atento será capaz deidentificar as projeções e colher subsídios para a evolução da terapia.A Psicanálise clássica tira bom proveito da técnica de associaçãolivre, na qual o Cliente, ao entregar-se ao "jogo" de expressar tudoque lhe vier à mente, sem censura e da forma mais espontânea eimpensada, frequentemente traz à tona informações reprimidas sobre simesmo, sem se dar conta de imediato, contornando desta forma, aresistência natural que impede o aflorar destes conteúdos. Ainterpretação de sonhos segue este mesmo caminho, pois, nosso racionalnão se dá conta, a princípio, de que ao falar do que aconteceu nouniverso onírico, estamos, na verdade, contando sobre nós mesmos. OPsicodrama, a Arteterapia, igualmente possibilitam "palco" e "tela"onde o Cliente interpreta e pinta a si mesmo, sem se dar conta imediatado processo, evitando dessa forma que as defesas racionais bloqueiem oeclodir do material psíquico.

    Dentro desta mesma linha, os métodos que utilizam o conceito junguiano de SINCRONICIDADE, tais como Astrologia, Numerologia, Tarô e, mais particularmente ao caso, o I Ching,funcionam perfeitamente como formas de acessar o inconsciente e detrazer à tona material antes reprimido, no decorrer do exercício deinterpretação.

    Aindaque de origem milenar e oriental, o I Ching, quanto à forma, está emparalelo com as mais modernas e ocidentais concepções. O conceito de umuniverso em contínua mutação possui evidentes analogias com a visão domicroscosmo das partículas, antes tida como imutáveis, e que agora sãoconcebidas como transmutáveis umas nas outras, na visão da físicaquântica. 

    Jáa incrível coincidência entre a matemática do DNA e as suas 64possíveis combinações e igual número e forma de hexagramas do I Ching,novamente colocam o secular sistema em sintonia com os nossos tempos.

    Maispróxima ao cotidiano de todos, a computação, onipresente na vidamoderna, simplesmente se baseia na mesma matemática que o I Ching: TUDOé sintetizável e expresso sob  combinações de tão somente duasvariáveis opostas e complementares: "0" (desligado, negativo) e "1"(ligado, positivo), ou seja, yin ( _ _ ) e yang ( __ ) !

    Veja a palavra ALEGRIA, escrita em linguagem de computação: 

     

    01000001011011000110010101100111011100100110100101100001

     

    E a mesma expressão, sintetizada em um hexagrama:

     

    _  _  0
    ___  1
    ___  1
    _  _  0
    ___  1
    ___  1

    Damesma forma como a linguagem "pura" do computador nos é incompreensívele precisamos de sistemas operacionais (DOS, Windows, Linux...) quefaçam a tradução, bem como de "softwares" (aplicativos) para tarefasespecíficas, igualmente o entendimento direto de um hexagrama nosescapa e necessitamos de "traduções" desta linguagem primordial,servindo para tal, os textos de autores seculares e modernos, que nostrazem suas interpretações quanto às linhas, trigramas e hexagramas.

    Assimcomo o computador, tão somente variando entre zero e um, nos dá acessoa textos, imagens, sons, vídeos, cores, igualmente o I Ching,alternando entre yin e yang, resulta em combinações que evocam em cadaum de nós, situações típicas pelas quais todos passamos em algummomento, mais precisamente, 64 circunstâncias "universais", ARQUETÍPICAS, tão antigas e primordiais que fazem parte do INCONSCIENTE COLETIVO e, como tal, automaticamente evocam nossa empatia. 

    Cadahexagrama é um espelho no qual refletimos uma faceta de nós mesmos.Neste quesito, até o mais cético e racional dos indivíduos éperfeitamente capaz de compreender e aceitar. O que realmente causaadmiração a quem pratica e suspeição em quem nunca experienciou ofenômeno, é que o signo gerado ao "acaso" pelas variáveis do yin eyang, resulta em algo mais do que uma "tela" em que projetamos aspectosinconsciente de nosso psiquismo... Até mesmo um "observador externo" aoevento percebe evidentes coincidências entre a pergunta original e osímbolo resultante pelo método do I Ching. Não existe uma relaçãocausal, mas, subjetivamente, emocionalmente, é sentido que é ocorrecontinuadamente coincidências significativas, ou seja, SINCRONICIDADES entre o momento vivenciado pelo consulente e a interpretação clássica do hexagrama resultante.

     

    Nestetrabalho aqui apresentado, teceu-se várias metáforas relacionando osistema com "telas" onde o Cliente pinta a si mesmo; neste ponto datese, convém ampliarmos a analogia, considerando cada hexagrama comouma obra-prima retratada há milhares de anos, cuja interpretação já foiobjeto de dedicação de inúmeros especialistas no decorrer dos tempos. AMona Lisa, de Da Vinci, é coletivamente conhecida por seu sorrisoenigmático. Individualmente, pode ocorrer de alguém olhar ao quadro econsiderar a mulher retratada como estando, por exemplo, triste. Nestasituação hipotética, há grandes chances da pessoa estar PROJETANDO suatristeza como se fosse algo externo a si, defensivamente atribuindo suaemoção não compreendida para a tela. Claro que, em terapia, a situaçãodescrita, por si só, teria proporcionado um bom subsídio... 

    Já no contexto terapêutico em que se emprega o I Ching, o procedimento terá que ser complementado. Quando um profissional, um Terapeuta Holístico,se propõe a incluir esta técnica a disposição de seus Clientes, há deestudar as interpretações clássicas de cada hexagrama, pois,partindo-se do pressuposto da SINCRONICIDADE, ainda que sejafundamental tudo o que o consulente projetar de si sobre os símbolos,também será importante o arquétipo, quanto ao seu consensointerpretativo clássico, cabendo levantar a hipótese de o indivíduoenquadrar-se no contexto e estar resistindo inconscientemente emconstatar. 

    Aindano campo metafórico, algo como um espelho refletindo uma pessoa magra(dentro de parâmetros de interpretação padronizados pela sociedade..),que vê a si como estando acima do peso, pois, devido a educaçãorecebida, traumas, etc..., desenvolveu uma auto-imagem de inadequação.Caberia ao Terapeuta Holístico constatar a provável disparidade eincluir na pauta das sessões uma forma de auxiliar o Cliente em rever aimagem que fixou sobre si mesmo. Também no espelhamento frente a umhexagrama, o profissional deve observar se há discrepânciasignificativa entre a interpretação pessoal do consulente e a versãoclássica e se é caso de propor e proporcionar oportunidade dereavaliação de sua percepção do momento.

    O I Ching, quanto empregado no âmbito terapêutico, tem claro enfoque de que está sendo acessado o INCONSCIENTE,não apenas o coletivo, mas essencialmente o INDIVIDUAL, cabendo aoTerapeuta Holístico catalizar a interpretação do Cliente quanto aoshexagramas, inclusive, suprindo-o de informações quanto à visãoclássica de seus significados, mantendo-se atento a identificar oconteúdo psíquico que se apresentar refletido, para que possa, nomomento oportuno, reapresentar à pauta das sessões.


    Conclusões

    Boaparte da Clientela da Terapia Holística possui curiosidade e aceitaçãoquanto a técnicas que envolvam a Sincronicidade, como é o caso do I Ching, especialmentedestacado graças à simpatia pública de grandes pensadores, e, ainda quemilenar, mantendo-se em surpreendente atualidade quanto ao linguajarmatemático em que se estrutura, similar ao dos computadores, que estãocada vez mais inseridos no dia-a-dia de nossa vida moderna.

    Aampliação do autoconhecimento é premissa para toda Terapia, o que exigedos profissionais o conhecimento e aplicação de técnicas que propiciemacesso ao inconsciente de cada Cliente, trazendo à consciênciaconteúdos psíquicos para serem compreendidos e integrados. Os sistemas("mecanismos"...) de defesa criam a natural e esperada resistência aeste processo de aflorar do psiquismo, cabendo ao analista encontrarformas de contornar e abrandar esta reação contrária, elegendo qual atécnica adotar, para cada indivíduo e a cada momento. 

    Somando-seà milenar análise dos sonhos, às técnicas vivenciais de catarse, àserena e freudiana associação livre de idéias, dentre inúmeros outrosinstrumentos, este trabalho apresenta o uso do I Ching como mais umeficaz e lúdico sistema a ser aplicado nos consultórios.

    OPsicanalista Carl G. Jung o considerou um guia para o inconsciente. Jáesta dissertação, de forma bem-humorada quanto à sua analogia com osmodernos sistemas de informática, acrescenta que o I Ching é umverdadeiro "software" do Eu.

     

    Referências Bibliográficas

    "I Ching: o Livro das Mutações" - Richard Wilhelm - Editora Pensamento-Cultrix

    “Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" - Johnson F. Yan - Madras

    "I Ching - O Livro Do Yin E Do Yang" - Cyrille Javary -Editora Pensamento-Cultrix

    "O Tao Da Física: Um Paralelo Entre A Física Moderna E O Misticismo Oriental" - Fritjof Capra - Editora Pensamento-Cultrix

     

    Anexos e Apêndices

     

    Coincidência entre os estudos do DNA e do I Ching

    Quadro-resumo das semelhanças

    DNA I Ching
    O DNA encerra todos os processos vitais de todos os seres vivos, determinados por uma estrutura com formação precisa. O I Ching engloba todos os processos existenciais dos seres vivos, através de uma estrutura com formação precisa.
    A base do DNA é constituída pela polaridade da dupla hélice, sendo a manifestação fundamental da vida. A base do I Ching é constituída pela polaridade Yin-Yang, manifestação fundamental do princípio universal.
    Quatro moléculas compõem a hélice dupla do DNA: adenina, timina, citosina e guanina; elas se interligam aos pares. Quatro símbolos são utilizados para compor uma codificação: yang-repouso, yang-móvel, yin-repouso e yin-móvel; eles se interligam aos pares.
    Três destas moléculas formam uma palavra-código para a síntese da proteína. Três destes símbolos formam um trigrama, que é a imagem fundamental a formar os hexagramas.
    Cada palavra é constituída de três letras dentre quatro possíveis. Cada trigrama é constituída de três símbolos dentre quatro possíveis.
    A direção de leitura das palavras-código é estritamente determinada. A direção de leitura dos trigramas é estritamente determinada.
    Duas das tríades denominam-se "início" e "fim". Marcam o começo e o término de uma frase-código. Dois dos hexagramas denominam-se "Antes do Fim" e "Após o Fim". Marcam fim e início de uma situação vivencial.
    A programação da identidade genética é determinada por um código de 64 palavras. Os hexagramas são as identidades de interpretação e formam um conjunto de 64 condições.
    Uma ou diversas tríades programam a construção de cada um dos vinte aminoácidos; seqüências bem determinadas dessas tríades elaboram a forma e construção de todos os seres vivos, dento de um contexto evolutivo. Uma ou diversas tríades formam hexagramas que fornecem imagens vívidas e precisas de estados dinâmicos da vivência; seqüências bem determinadas dessas tríades determinam uma programação de destino, dentro de um contexto evolutivo.

    Fonte: http://www.mlopes.eng.br/iching/dna2.htm


     

    NTSV — TS 001-Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    1. SUMÁRIO


    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TS 001 - Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

     

    2. PREFÁCIO


      Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas= regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais;setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias= sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõeuma atitude voluntária dos profissionais a partir de umaconscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerápontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, taiscomo Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética,Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força deLei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião dafiliação espontânea de cada membro junto à entidadeauto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissõesregulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido atémesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, asentidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sançõesestatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quandomuito, excluir um membro do quadro social.
       As entidadesAuto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos àsociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aosserviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internasda organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado públicoatravés de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicase Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo semobrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencialmuito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei demercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada veztem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostracrescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total oudo total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos AnexosInformativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídiospara melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV,além de facilitar a co


    3. INTRODUÇÃO 

     

    ATerapia em Sincronicidade conta com uma vasta bibliografia e grandeaceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentesquanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípiosbásicos para as boas práticas profissionais que nortearão aauto-regulamentação da Terapia Holística.

     

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

     

    4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE — Boas Práticas

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

     

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

     

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 
    TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear. De posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.
    5.1.3 
    CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 
    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 
    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 
    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 
    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 
    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 
    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro TH, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 
    SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 
    JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 
    TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 
    ARQUÉTIPO: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.
    5.1.14 
    SÍMBOLO: é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Muitas vezes representado na forma de imagens ou sons, funciona como uma forma de linguagem do inconsciente, expressa nos sonhos, nas artes, nos exercícios de imaginação ativa, dentre outras situações. Pode ter um significado individual ou coletivo.
    5.1.15 
    TERAPIA EM SINCRONICIDADE: sistema que utiliza métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo ou organização, catalisando o cliente ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas) e na habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais, além de promover a harmonização de ambientes.
    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas


    TH — Terapeuta Holístico;
    TS — Terapia em Sincronicidade;
    THS — Terapeuta em Sincronicidade;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TS

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TS com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vinculação religiosa ou de credo ao trabalho.

    5.3.3.2.1 — Esclarecer que os símbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.) jamais determinam as características e acontecimentos sócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regerem sincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos de referência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos.
    5.3.3.2.2 — Tornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsões taxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposições com maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um período ou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões.
    5.3.3.2.3 — Fazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, que ao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração de letras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso de pedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-se com as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim, considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativos envolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    5.3.3.3 — O THS tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver sua intuição e pensamento não-linear, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de interferências estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.

    5.3.3.3.4 — O THS avalia o cliente e/ou do ambiente, interpretando os símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo, identificando quais as potencialidades e predisposições a serem adequadamente trabalhadas por aconselhamento e demais técnicas pertinentes.
    5.3.3.3.5 — O THS ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:

    5.3.3.3.5.1 — Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE — Sindicato dos Terapeutas.
    5.3.3.3.5.2 — Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
    .

    5.3.3.3.6 — Cabe ao THS a avaliação racional da análise sincronística obtida para detectar o efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.

    5.3.4 Produtos para TS — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio THS em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 29/09/2009 11:45


    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista

    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA

    Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista


    Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico - CRT 21001

     


    Resumo:

    Milernarmente, os SONHOS são uma forma de contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso os indivíduos recorriam aos Xamãs, ao Sacerdotes, antecessores dos Terapeutas Holísticos, para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, inclusive, divinatórias, por meio de rituais sagrados.

    No ocidente moderno, sua importância foi negligenciada, até o advento da PSICANÁLISE, reencontrando nas teorias de Freud e Jung a sua função de eficaz meio de acesso ao conteúdo inconsciente, aplicando-se a associação livre como um dos instrumentos a trabalhar o conteúdo onírico.

    A TERAPIA HOLÍSTICA une o antigo e o novo em suas melhores qualidades, aproveitando tanto os sonhos espontaneamente recordados, quanto os induzidos via técnicas de relaxamento, toque e exercícios de imaginação ativa.

     

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras.

    Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem "científica-reducionista-elitista" cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem "empírica-holística-acessível" de nossos ancestrais xamãnicos.

    A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do "cientificismo", mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes.

    Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a "alma", desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

    No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se "dissolvem espontaneamente" no decorrer destes procedimentos (método catártico).

    A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

    Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte "inacessível" de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( "eu") e Censor ("juiz" do Ego, o Ego "Idealizado").

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO.

    Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

    Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Especificamente sobre os SONHOS, porém, a Terapia Reichiana pouco abordou, sendo enfatizada a observação do CORPO como o revelador dos aspectos visíveis do mundo inconsciente. Já Freud, autoproclama seu livro A Interpretação dos Sonhos como sua obra mais importante. Por sua vez, a Psicanálise Junguiana seria inimaginável sem a análise do universo onírico dos Clientes.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Interpretação dos Sonhos no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, bem como as técnicas de indução ao "sonho acordado" que já praticavam nossos antecessores, os sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.


    Material e Metodologia:

     

    1. Definições

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

    ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO - procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE - usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal - "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

    LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

    TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    SONHO: Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente. Para as culturas milenares, é o contato com o transcendente, de caráter orientativo e divinatório, com acesso ao divino e até ao mundo dos mortos.


    2. Procedimentos


    ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

     

    Análise de Sonhos:

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ..."o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro"... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as "chaves" transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado "o sono sagrado", onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de "sonho acordado", muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão "científico". Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, "a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma". Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma "auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material "espontâneo" que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a "dramatização", onde a pessoa "encarna", um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura "incorporada". Outra ferramenta de interpretação é a "ampliação" do sonho, onde se é estimulado para "prolongar" o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de "ampliação" é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que "ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico". O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.


    Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

    Do mesmo modo como "evocamos" os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma "lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais "pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram "especializações" funcionais, "desenhando-se" no holograma certos "caminhos" bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa "tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. "Mapeando" esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos "meridianos" de Acupuntura, na China milenar, e os "chacras" na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a "circulação" energética, induzimos à "circulação" das informações psíquicas, ocorrendo os chamados "insights" ("flashs", lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que "digerir", compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro "equilíbrio energético". O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

     

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

     

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

     

    Resultados:

     

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade. Especificamente quanto às vivências oníricas e análises dos SONHOS, foram objetos de grande atenção, ocupando boa parte dos atendimentos, tornando-se o fator mais significativo na produção de INSIGHTS percebidos como de grande importância emocional e motivacional na vida dos Clientes.


    Discussão:

     

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a "imitar" o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE - Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.


    Conclusões:


    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    A análise dos SONHOS, sejam os espontaneamente lembrados, sejam os induzidos por técnicas vivenciais se traduziram nos momentos mais surpreendentes e reveladores destes meus quase 25 anos de Terapia.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui a interpretação dos sonhos, regressão, progressão, vivências, etc...). A própria tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.


    Referências bibliográficas:


    "O Corpo Fala" - Pierre Weil e Roland Tompakow - Editora Vozes;

    "Counseling, Santé et Développement" em www.counselingvih.org;

    "Florais de Bach - Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica" - Henrique Vieira Filho - Editora Pensamento;

    "Jung e Reich - O Corpo Como Sombra" - Jonh P. Conger - Summus Editorial;

    "O Microcosmo Sagrado" - 2a Edição - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Orgônio, Reich e Eros" - W. Edward Mann - Summus Editorial;

    "O Processo de Aconselhamento" - Paterson / Einsenberg - Martins Fontes 1988;

    "Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung" - Reis, Magalhães e Gonçalves - EPU - Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

    "Tutorial Terapia Holística" - Henrique Vieira Filho - SinteBooks.

    "Interpretação dos Sonhos: Ed. Comemorativa - 100 Anos" - Sigmudn Freud - Editora: Imago;

    "Psicoterapia Holística" - - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    Anexos e Apêndices:

     

    1) Textos selecionados da obra "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    O sonho só é estudado aqui como veí­culo e criador de símbolos. Manifesta tam­bém a natureza complexa, representativa, emotiva, vetorial do símbolo, assim como as dificuldades de uma interpretação justa. A maior parte dos elementos deste verbete são aplicáveis ao conjunto dos símbolos, e u cada um em particular, pois todo símbolo participa do sonho e vice-versa.

    A parcela de sonho

    Segundo as mais recentes pesquisas científicas, um homem de 60 anos teria sonha­do, dormindo, um mínimo de cinco anos. Se o sono ocupa um terço da vida, aproxi­madamente 25% do sono é atravessado por sonhos: o sonho noturno ocupa, portanto, um duodécimo da existência entre a maioria dos homens. Que dizer do sonho acordado e do devaneio diurno que se acrescentam a esta parcela já impressionante!

    Sobre o sonho, Frédéric Gaussen disse muito bem: símbolo da aventura indivi­dual, tão profundamente alojado na intimi­dade da consciência que se subtrai a seu próprio criador, o sonho nos aparece como a expressão mais secreta e mais impudica de nós mesmos. Ao menos duas horas por noite vivemos neste mundo onírico dos símbolos. Que fonte de conhecimentos so­bre nós próprios e sobre a humanidade, se pudéssemos sempre recordá-los e interpre­tá-los! A interpretação dos sonhos, disse Freud, é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma. Também as chaves dos sonhos se multiplicaram desde a antiguidade. Hoje em dia, a psicanálise as substituiu.

    O fenômeno do sonho

    As idéias sobre o sonho, como sobre o símbolo, evoluíram muito e não temos por que fazer o histórico dessa evolução. Mas mesmo hoje em dia, os especialistas ainda estão divididos a respeito. Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente; para J. Sutter, esta é a menos interpretativa das defini­ções, o sonho é um fenômeno psicológico que se produz durante o sono, constituído por uma série de imagens cujo desenrolamento representa um drama mais ou meios concatenado.

    O sonho se subtrai, portanto, à vontade e à responsabilidade do homem, em virtude de sua dramaturgia noturna ser espontânea e incontrolada. É por isso que o homem vive o drama sonhado, como se ele existisse realmente fora de sua imaginação. A consciência das realidades se obli­tera, o sentimento de identidade se aliena e se dissolve. Tchuang-tcheu não sabe mais se foi Tcheu que sonhou que era uma bor­boleta ou se foi a borboleta que sonhou que era Tcheu. Se um artesão, escreve Pas­cal, tivesse certeza de sonhar todas as noi­tes, durante doze horas que era o rei, creio que seria tão feliz quanto um rei que so­nhasse todas as noite, durante doze horas, que era um artesão. Sintetizando o pensa­mento de Jung, Roland Cahen escreve: O sonho é a expressão desta atividade men­tal que está viva em nós, que pensa, sente, experimenta, especula, à margem de nossa atividade diurna, e em todos os níveis, do plano mais biológico ao plano mais espi­ritual do ser, sem que o saibamos. Mani­festando uma corrente psíquica subjacente e as necessidades de um programa vital inscrito no mais profundo do ser, o sonho exprime as aspirações profundas do indi­víduo e, portanto, será para nós uma fonte infinitamente preciosa de informações de toda ordem.

    Classificação dos sonhos

    O Egito antigo atribuía aos sonhos um valor sobretudo premonitório: O deus criou os sonhos para indicar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o fututro, diz um livro de sabedoria. Sacerdotes-leitores, escribas sagrados ou onirólogos interpretavam nos templos os símbolos dos sonhos, segundo chaves transmitidas de era em era. A oniromancia, ou a divinação por meio dos sonhos, era prati­cada em todos os lugares.

    Para os negritos das ilhas Andamã, os sonhos são produzidos pela alma, que é considerada como a parte maléfica do ser. Sai pelo nariz e realiza fora do corpo as proezas de que o homem toma consciência em sonho.

    Para todos os índios da América do Nor­te, o sonho é o signo final e decisivo da experiência. Os sonhos estão na origem das liturgias; estabelecem a escolha dos sacer­dotes e conferem a qualidade de xamã; é deles que provêm a ciência médica, o nome que se dará às crianças, e os tabus; eles ordenam as guerras, as caçadas, as conde­nações à morte e a ajuda a ser ministrada; só eles compreendem a obscuridade escatológica. Enfim o sonho... confirma a tradição: é o selo da legalidade k da autori­dade.

    Para os bantus do Kasai (bacia congolesa), certos sonhos são produzidos pelas almas que se separam do corpo durante o sono e vão conversar com as almas dos mortos. Esses sonhos têm um caráter premonitório referente à pessoa, ou então podem consistir em verdadeiras men­sagens dos mortos aos vivos, que interes­sam a toda a comunidade.

    (Sobre o papel dos sonhos e sobre sua interpretação nas civilizações orientais, po­de-se consultar a erudita obra coletiva SOUS; e sobre exemplos de sonhos histó­ricos célebres, religiosos, políticos e cultu­rais).

    Os exemplos de sonhos são inumeráveis; tentou-se diversas vezes classificá-los. As pesquisas analíticas, etnológicas e parapsicológicas dividiram os sonhos noturnos, para facilitar o estudo, em um certo núme­ro de categorias:

    1.  o sonho profético ou didático, aviso mais ou menos disfarçado sobre um acon­tecimento crítico, passado, presente ou fu­turo; sua origem é freqüentemente atribuí­da a uma força celeste;

    2.  o  sonho  iniciatório  do  xamã  ou do budista tibetano de Bardo-Todol, carregado de eficácia mágica e destinado a introduzir o homem num outro mundo por meio de um conhecimento e de uma viagem imagi­nários;

    3.  o sonho telepático, que estabelece co­municação com o pensamento e os senti­mentos de pessoas ou de grupos distantes;

    4.  o sonho visionário, que transporta ao que H.  Corbin chama  de  o  mundo  das imagens, e que pressupõe no ser humano, num  certo  nível  de  consciência,  poderes que nossa civilização ocidental talvez tenha atrofiado ou paralisado, poderes sobre os quais H. Corbin encontra testemunhos en­tre os místicos iranianos; trata-se aqui, não de presságio, nem de viagem, mas de visão;

    5.  o sonho pressentimento, que pressente e privilegia uma possibilidade entre mil...

    6.  o sonho mitológico, que reproduz al­gum grande arquétipo e reflete uma angús­tia fundamental e universal.

     

    Guardadas todas as proporções, o sonho acordado pode ser comparado ao sonho no­turno, tanto pelos símbolos que coloca em ação, como pelas funções psíquicas que é capaz de cumprir. Maria Zambrano mostra, ao mesmo tempo, seu risco e suas vanta­gens: Na vigília, o sonho apodera-se imperceptivelmente da pessoa e engendra um certo esquecimento, ou antes Uma lembran­ça cujo contorno se transfere a um plano da consciência que não pode acolhê-lo. O sonho torna-se então germe de obsessão, de mudança da realidade. Ao contrário, se é transferido a um plano adequado da consciência, ao lugar onde a consciência e a alma entram em simbiose, torna-se forma de criação, tanto no processo da vida pes­soal, como na realização de uma obra.

    A prática psicoterápica do sonho acor­dado engendrou a onirotécnica. Derivada dos trabalhos de Galton e Binet, das expe­riências de Desoille, de Guillerez e de Caslant, desenvolvida e aperfeiçoada por Frétigny e Virei até o onirodrama, esta técnica consiste num devaneio dirigido, a partir de uma imagem ou de um tema sugerido pelo intérprete e geralmente tirados dos símbo­los de ascensão e queda. Ela utiliza a fa­culdade que o homem possui, quando co­locado em estado de hipovigília de viver um universo arcaico de cuja existência nem suspeita quando acordado e do qual o so­nho noturno dá apenas uma ideia muito infiel e desalinhavada.

    A técnica comporta um primeiro tempo de relaxamento cientificamente conduzido, devendo chegar à aparição de ondas eletroencefalográficas alfa. O sujeito recebe a instrução de verbalizar simultaneamente as imagens que lhe aparecerem e os estados que experimenta. A experiência mostra que estes estados são vividos, isto ê, que o su­jeito tem um Eu Corpóreo Imaginário e que age num mundo visionário sobre o qual projeta as estruturas de seu Eu arcaico. Se, neste ponto da experiência, o ope­rador propõe uma imagem indutora ou su­gere uma ação imaginária, o sujeito vai integrar a sugestão no universo em que vive e desenvolver as suas conseqüências, segundo o modo simbólico próprio a este universo. Por este meio e alguns outros, vê-se surgir, no sujeito menos predisposto à fantasia ou à compreensão poética, seqüências de imagens e situações que po­dem ser, em todos os pontos, sobrepostas aos dados da mitologia ou da psicossociologia dos estados mais primitivos da huma­nidade.

    Funções do sonho

    O sonho é tão necessário ao equilíbrio biológico e mental como o sono, o oxigênio e uma alimentação sadia. Alternativamen­te relaxamento e tensão do psiquismo, ele cumpre uma função vital; a morte ou a demência podem ser o resultado de uma falta total de sonhos. Serve de exutório a impulsos reprimidos durante o dia, faz emergir problemas a serem resolvidos, e, ao representá-los, sugere soluções. Sua fun­ção seletiva, como a da memória, alivia a vida consciente. Mas desempenha ainda um papel de uma profundidade bem diferente.

    O sonho é um dos melhores agentes de informação sobre o estado psíquico de quem sonha. Fornece-lhe, num símbolo vivo, um quadro de sua situação existen­cial presente: ele é para quem sonha uma imagem freqüentemente insuspeitada de si mesmo; é um revelador do ego e do self. Mas ao mesmo tempo os dissimula, exata-mente como um símbolo, sob imagens de seres distintos do sujeito. Os processos de identificação não são controláveis no so­nho. O sujeito se projeta na imagem de um outro ser: aliena-se, identificando-se com o outro. Pode ser representado com traços que não têm aparentemente nada em co­mum com ele, homem ou mulher, animal ou planta, veículo ou planeta etc. Um dos papéis da análise onírica ou simbólica é desvendar essas identificações e descobrir suas causas e fins; tem como finalidade res­tituir a pessoa à sua identidade própria, descobrindo o sentido de suas alienações.

    O papel do sonho, talvez o mais funda­mental, é estabelecer no psiquismo de uma pessoa uma espécie de equilíbrio compen­sador. Ele assegura uma auto-regulação psicobiológica. A carência de sonhos cria de­sequilíbrios mentais, assim como a carência de proteínas animais provoca perturbações fisiológicas. Esta função biológica do so­nho, confirmada pelas mais recentes expe­riências científicas, não deixa de ter conseqüências sobre a própria interpretação, que pode então evocar a lei das relações complementares. O intérprete procurará com efeito a relação de complementação entre a situação consciente vivida, objetiva, do sonhador e as imagens de seu sonho. Porque existe, escreve Roland Cahen, uma relação de contrapeso (de balança) real­mente dinâmica, entre o consciente e o in­consciente, manifestada na atualidade de sua movimentação pelo sonho. . . Os de­sejos, as angústias, as defesas, as aspirações (e as frustrações) do consciente encontra­rão nas imagens oníricas bem compreendi­das uma compensação salutar e, conseqüentemente, correções essenciais. O drama onírico pode conceder o que a vida exterior recusa e revelar o es­tado de satisfação ou insatisfação em que se encontra a capacidade energética (libi­do) do sujeito. Mas, às vezes, a distância entre o sonho e a realidade é tal que adqui­re um caráter patológico e deixa transpa­recer na própria libido um descomedimen­to que nada consegue compensar. Deve-se observar que nos casos normais a compen­sação se produzia, nas perspectivas de Freud, segundo uma linha horizontal, isto é, no mesmo nível da sexualidade, en­quanto, segundo Jung, todo equilíbrio psi­cológico do ser se faz, entre seus planos conscientes e seus planos inconscientes, na dimensão da verticalidade, tal como, num veleiro, o equilíbrio entre a vela e a quilha. No mesmo sentido, para o Dr. Guillerey, toda perturbação psíquica cor­respondia a uma atividade superior entra­vada, e o apelo do herói, no sentido bergsoniano do termo, cumpriria uma função não apenas moral, mas terapêutica, de sal­vamento.

    O sonho, enfim, acelera os processos de individualização que regem a evolução de ascensão e integração do homem. Em seu nível, já tem uma função totalizadora. A análise, como veremos, permitirá que entre em comunicação quase regular com a cons­ciência e desempenhe então um papel de criador de integração em todos os níveis. Não apenas exprimirá a totalidade do ser, mas contribuirá para formá-la.

    Análise do sonho

    A análise dos símbolos oníricos baseia-se em triplo exame: o do conteúdo do sonho (as imagens e sua dramaturgia); o da es­trutura do sonho (em diversas imagens, um conjunto formal de relações de um certo tipo); o do sentido do sonho (sua orienta­ção, sua finalidade, sua intenção). Os prin­cípios de interpretação da análise se apli­cariam aliás a todos os símbolos e não só aos dos sonhos, e, em especial, aos que se exprimem nas mitologias. O sonho pode ser concebido como uma mitologia perso­nalizada.

    O conteúdo do sonho, isto é, a fantas­magoria puramente descritiva, procede do cinco tipos de operações espontâneas: uma elaboração dos dados do inconsciente para transformá-lo cm imagens efetivas; uma condensação de múltiplos elementos numa imagem ou numa seqüência de imagens; um deslocamento ou uma transferência da afetividade para estas imagens de substituição, por meio de identificação, repressão ou sublimação; uma dramatização des­te conjunto de imagens e cargas afetivas numa fatia de vida mais ou menos intensa; enfim, uma simbolização que oculta sob as imagens do sonho realidades diferentes das que são diretamente representadas. No meio dessas formas disfarçadas por tantas operações inconscientes, a análise onírica deverá pesquisar o conteúdo latente dessas expressões psíquicas, que encobrem opres­sões, necessidades e pulsões, ambivalências, conflitos ou aspirações que se escondem nas profundezas da alma. O conteúdo do sonho compreende não apenas as representações e sua dinâmica, mas também sua totalidade, isto é, a carga emotiva e ansiosa que as afeta.

    Fantasmagorias diversas podem encobrir estruturas idênticas, isto é, conjuntos ar­ranjados e articulados segundo o mesmo esquema profundo; inversamente, imagens semelhantes podem aparecer em estruturas diferentes. Numerosos confrontos de ima­gens e de situações sonhadas testemunha­ram uma espécie de temática constante, isto é, um conjunto de esquemas eidolomotores, onde séries de imagens diferentes revelam uma mesma orientação, mesmos sentimentos, mesmas preocupações, bem tomo a existência de uma rede de comuni­cação interna de uma mesma estrutura en­tre os diversos níveis e as diversas pulsões do psiquismo. É possível assim julgar-se o conteúdo latente do sonho. Roger Bastide anota no seu diário: Começo a me tornar africano. Esta noite sonhei com Ogum (deus ioruba do ferro e dos ferreiros). . . um psicanalista teria todas as condições de me mostrar que não fiz mais que trocar de símbolo, que Ogum desempenha exata-mente o mesmo papel nas minhas noites africanas que aquele outro personagem de meus sonhos da Europa. Sob a diversidade dos conteúdos, seria exatamente a mesma estrutura fundamental que apareceria a um analista. Deixaremos pois de lado a materialidade das imagens dos sonhos para ir buscar us estruturas que as enformam. Freud pensava que todos os sonhos de uma mesma noite pertencem a  um mesmo conjunto.

    Esta estrutura do sonho é concebida ge­ralmente como um drama em quatro atos, no qual atua um aparato imaginário que pode variar consideravelmente, embora y quadro subjacente permaneça o menino Roland Cahen resume assim esses quatro atos:

    1.  sua exposição e suas personagens, seu lugar geográfico, sua época, seus cenários;

    2.  a ação que aí se anuncia e se desen­volve;

    3.  a peripécia do drama;

    4.  este drama evolui para seu término, sua solução, sua lyse, repouso, indicação ou conclusão.

    O que complica ainda essa estrutura é que ela deve ser explorada em diferentes níveis, que não deixam de ter interferên­cias entre si. A nível profundo, serão en­contrados problemas metafísicos, que sim­bolizam mais ou menos diretamente us angustiantes questões da ontogênese ou do vida depois da morte. No plano médio, as preocupações sexuais exprimem-se no meio dos símbolos que, de um modo geral, a individualização da adolescência gera. A nível superficial, aparecerão sob uma for­ma simbólica, mais ou menos inacabada, aliás, as preocupações do indivíduo isolado pela complexidade da civilização e equivocando-se sobre as causas de suas dificul­dades de adaptação.

    No meio de todos esses mundos de sím­bolos que, assim classificados, se articulam segundo uma analogia bastante límpida, alguns eixos privilegiados se desenham, por outro lado, com bastante clareza, tais co­mo: a relação quase constante entre a ascensão e a luz (Caslant-Desoille); entre a integração e o calor (Frétigny-Virel). Deve-se notar também as grandes direções analógicas da centralização (Godel), da direita e da esquerda. Essas redes de coordenadas e outras que têm um valor puramente ex­perimental formariam um código de esquemas eidolomotores, graças ao qual se poderia explorar o simbolismo onírico de um modo relativamente científico.

    Enfim, todo sonho possui um sentido. Esse sentido pode ser buscado lá atrás, na causa do sonho: é o método freudiano, etiológico e retrospectivo. Ou adiante: é o método junguiano, Ideológico ou prospec­tivo. Os sonhos, diz Jung, são amiúde an­tecipações que perdem todo o seu sentido se examinadas de um ponto de vista pura­mente causal.

    O sonho, como todo processo vivo, é não somente uma seqüência causal mas também um processo orientado para um fim. ... pode-se pois exigir do sonho - que é uma autodescrição do processo da vida psíquica - indicações sobre as causas objetivas da vida psíquica e sobre as ten­dências objetivas desta. Em lugar de se situar sob a dependência de um consciente que a precede, como acon­tece com a função compensadora, a função prospectiva do sonho se apresenta, ao contrário, sob a forma de uma antecipação, nascida no inconsciente, da atividade cons­ciente futura; ela evoca um esboço prepa­ratório, um bosquejo de grandes linhas, um projeto de plano executivo. Mas essa orientação para um fim é expressa sob a forma de símbolos, e não com a clareza descritiva de um filme de aventuras ou de um encadeamento conceitual.

    Comparando o sonho às construções ima­ginárias feitas em estado de vigília, Edgar Morin estima que: todo sonho é uma rea­lização irreal, mas aspira à realização prá­tica. É por isso que as utopias sociais pre­figuram as sociedades futuras, as alquimias prefiguram as químicas, as asas de Ícaro prefiguram as asas do avião. Cada sonho, dirá Adler, tende a criar o ambiente mais favorável a um objetivo dis­tante. Esta finalidade do sonho é distinta do sonho premonitório dos Antigos: ela não anuncia um acontecimento futuro, re­vela e libera uma energia que tende a criar o acontecimento. É a grande diferença entre o profético e o que se pode prever, entre o divinatório e o operacional. O sonho é uma preparação para a vida (Moeder); o futuro é conquistado em sonhos, antes de ser conquistado nas experiências (de Becker, a propósito de Gaston Bachelard). O sonho é o prelúdio da vida ativa.

    Interpretação

    - O sonhador está no âmago de seu so­nho. Não se deve esperar deste verbete uma chave dos sonhos. Toda esta reunião de símbolos, sejam eles astecas, bantos ou chineses, pôde servir à interpretação dos sonhos. Mas por mais útil que seja, não seria suficiente. O sonho anima e combina imagens carregadas de afetividade: sua lin­guagem é exatamente a dos símbolos. Mas a arte de interpretá-los não depende apenas de regras, procedimentos ou significações codificados e aplicados mecanicamente. É necessária uma compreensão ao mesmo tempo íntima e ampla. O sonhador que possuir este livro poderá ler, nos verbetes que correspondem às imagens de seus so­nhos, os valores simbólicos que são ligados a essas imagens. Nos sonhos, esses valores são fundamentalmente os mesmos que apa­recem nas artes plásticas, na literatura ou nos mitos; como em toda parte, porém, estão em simbiose com outros e especial­mente com um meio psíquico, pessoal e social, portador também de símbolos. É a síntese de todos esses elementos que, a par­tir das luzes dispersadas aqui e ali neste livro, conduzirá o leitor a uma justa in­terpretação de sua experiência e, em geral, de sua vida a nível do imaginário ou da construção de imagens. A verdadeira cha­ve dos sonhos está no molde dos símbolos, percebidos ou despercebidos, mas sempre vivazes no inconsciente. É através de si mesmo que o leitor compreenderá o senti­do dos símbolos evocados neste livro, assim como também o sentido dos sonhos. Ê preciso não esquecer, escreve C. G. Jung, que se sonha em primeiro lugar, e quase exclusivamente, consigo mesmo e através de si mesmo. O célebre analista opõe jus­tamente à interpretação dos sonhos no pla­no do objeto, que seria causal e mecânica, a interpretação no plano do sujeito. Esta estabelece uma relação entre a psicologia do próprio sonhador e cada elemento do sonho, como por exemplo cada uma das pessoas atuantes que nele figuram. Cada uma é como que um símbolo do sujeito. O primeiro tipo de interpretação é analí­tico: decompõe o conteúdo do sonho em sua trama complexa de reminiscências, de lembranças que são o eco de condições ex­teriores. A interpretação do segundo tipo é, ao contrário, sintética: na medida em que separa das causas contingentes os complexos de reminiscências e os apresenta co­mo tendências ou componentes do sujeito, ao qual, por proceder desse modo, os in­tegra de novo. Nesse caso, todos os conteúdos do sonho são considerados como símbolos de conteúdos subjetivos. Poder-se-ia dizer de toda percepção aprofundada e vivida de um valor simbó­lico - que só se realiza evidentemente no plano do sujeito - o que Jung diz do sonhou se acaso nosso sonho reproduz algumas representações, essas são antes de tudo nossas representações, para cuja ela­boração a totalidade de nosso ser contri­buiu; são fatores subjetivos que no sonho (como na percepção do símbolo) se agru­pam de tal ou tal modo, exprimindo tal ou tal sentido, não por motivos exteriores (apenas), mas pelos movimentos mais sutis de nossa alma. Toda esta gênese é essen­cialmente subjetiva, e o sonho é o teatro onde o sonhador é ao mesmo tempo o ator, a cena, o ponto, o diretor, o autor, o pú­blico e o crítico. O sonho do homem é uma manifestação -cósmica e às vezes uma teofania, como um sonho da natureza no homem e um sonho dele so­bre a natureza (Raymond de Becker), ou, segundo os Antigos, um signo de Deus nele e um sinal dele a Deus. As pulsações vin­das dos três níveis do universo e do Ser se conjugam no sonho.

    - O sonhador está no âmago da histó­ria. A interpretação dos símbolos oníricos exige que cada um dos três elementos da análise seja remetido a um contexto, escla­recido por associações espontâneas e, se possível, ampliado, como se fosse uma am­pliação fotográfica.

    A primeira regra, a do contexto, coloca-nos de sobreaviso contra a interpretação de um sonho isolado. Se convém escutar o relato de um sonho, feito com toda a precisão desejável, não é menos necessário conhecer vários sonhos do mesmo sujeito, sonhos ocorridos numa data próxima, de­pois em datas diversas e em lugares di­versos; um sonho faz parte de todo um conjunto imaginativo, é apenas uma cena num grande drama de cem atos diversos. Não se trata de confundir ou sobrepor essas cenas, mas de julgar suas articula­ções. Este contexto implica igualmente o conhecimento do próprio sonhador, de sua própria história, de sua consciência, da idéia que tem de si mesmo e de sua situa­ção. Porque sua vida imaginária é, ...ela própria, parte de um conjunto, que é a vida total da pessoa em sociedade. Esta exigência leva igualmente a se pesquisar os í m b lentes em que o sujeito age c que rea­gem sobre ele. Apesar de sua aparência desalinhavada, o sonho inscreve-se numa continuidade. A interpretação dos símbo­los, noturnos ou diurnos, é uma cadeia sem fim de relações. A inteligência do imaginário não é um simples caso de imagi­nação.

    -  O recurso às associações. A associação acrescenta ao estudo do contexto, de certo modo objetivo, o do contexto subjetivo. O sonhador é convidado a exprimir espontaneamente tudo o que as imagens, u» cores, os gestos, as palavras de seu sonho, tomadas isoladamente ou em grupo, evo­cam nele. É uma ocasião em que ele pode manifestar laços que estavam apenas laten­tes, laços emotivos ou imaginativos insuspeitados.   Essas   associações   são   capitais para   a  interpretação   dos   símbolos,   mas são freqüentemente frágeis, artificiais, mais ou menos desejadas, deformantes e aberrantes, em suma, necessitam de muita cau­tela.

    -  Os bastidores do sonho. A ampliação consiste em  dar  ao  sonho  analisado  seu máximo de ressonância. Chega-se a isso por associações espontâneas do sujeito, ou ins­tando-se para que ele prolongue, continue a cena do sonho, como faria a partir de um dado  vivido no estado de  vigília. A ampliação voluntária pode ser do tipo acor­dado, com um mínimo de controle, ou do tipo do sonho conscientemente dirigido. P, possível, certamente, que ela provoque uma ruptura   de   sentido;   mas   freqüentemente também esclarecerá o sentido do sonho e suas ambigüidades, assim como  as linhas prolongadas   de   um   triângulo   miniatura mostram melhor  o  seu  desenho e como uma projeção ampliada revela melhor um cristal de neve ou os veios de um mármo­re. Se essa ampliação da linha do sonho, feita pelo sujeito, ainda não é o suficiente para decifrar os símbolos, existe uma outra ampliação na qual o intérprete toma a ini­ciativa, recorrendo com uma prudente cir­cunspecção ao imenso tesouro das diversas ciências humanas. Estes paralelos históricos, sociológicos, mitológicos, etnológicos, tirados tanto do folclore como da história das religiões, permitem relacionar o conteúdo do sonho, privado de associações, ao patrimônio psíquico e humano geral. Este tipo de  ampliação é característico da escola de Jung e, manipulado com uma sábia reserva, decifrou mais de um enigma. Num ensaio de socio­logia do sonho, Roger Bastide mostra bem este arraigamento social do imaginário: Etnólogos mostraram claramente o que se poderia chamar de os bastidores dos so­nhos: o sonhador vai procurar todos os aparatos de seus sonhos na vasta panóplia de representações coletivas que sua civili­zação lhe fornece, o que faz com que a porta esteja sempre aberta entre as duas metades da vida do homem, que mudan­ças incessantes se efetuem entre o sonho c o mito, entre as ficções individuais e as restrições sociais, que o cultural penetre no psíquico e que o psíquico se inscreva no cultural.

    Sonho e símbolo, princípios de integração

    A interpretação do sonho, como a decriptação do símbolo, não são apenas res­postas a uma curiosidade do espírito. Ele­vam a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Só por esta qualificação, e no plano do psiquismo mais normal, a análise onírica ou simbólica é uma das vias de integração da personali­dade. O homem mais bem esclarecido e equilibrado tende a substituir o homem despedaçado entre seus desejos, suas aspi­rações e suas dúvidas, e que não se com­preende a si próprio. O professor C. A. Meier, que Roland Cahen cita, diz com razão: a síntese da atividade psíquica cons­ciente e da atividade psíquica inconsciente constitui a própria essência do trabalho mental criador.


    2)A História da Terapia Holística

    "Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos"

    (paráfrase sobre texto de 1986,

    do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico - de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico - de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por "sincronicidades", por "sinais", cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este "status", o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os "iniciados" compreendiam as "instruções" incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História "ocidentalizada" registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem "científica", ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro "médico", já que estabeleceu "doenças" como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo "desmembramento de seus componentes". Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de "doenças" que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

    trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este "movimento separatista elitizado", continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem "científica" e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o "consolo espiritual" da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência "exata"...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a "desumanização" do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte --importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva - da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas - a história, a filosofia, a literatura e a psicologia - não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de "A (re)humanização da medicina",

    de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

    e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada "Revolução Aquariana". Movimentos "hippies", de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura "científica", onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais "científico". Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas "traduzidas" para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.


    3) Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Jung, Freud e o Cálice Terapêutico - Ilustração de Henrique Vieira Filho

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje... A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:
    *
    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho



    Estruturas da Psique:
    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente: CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento; PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência; INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo. As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada. Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia. A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos. M

    uitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras. Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo. A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições.

    Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística. Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas. Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas". De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente. Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.
    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva.

    Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação (assista a vídeo-aula sobre Psicoterapia Junguiana em Vídeo Aula - Introdução à Psicoterapia ).

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta...

    Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves. Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos. A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos... A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora "explicações", "boas razões", para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa. A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava. A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça". 5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes. A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...". 6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema. A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...". 7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico... A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...". 8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida... A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão. Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento. Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br (11) 3171-1193

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 07/06/2011 10:44


    Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

    Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2012

     

    Sumário

     

    Resumo

    I - Introdução

    II - Material e Metodologia

    II.I - Definições

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

     

    Resumo

     

    Esta propositura disserta sobra a importância para o Terapeuta Holístico em compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, bem como ressalta que, conforme as técnicas adotadas pelo profissional (especialmente, a terapia corporal, a terapia tântrica e o trabalho com dependentes químicos), as consequências podem ser ainda mais complexas.

     

    Introdução

     

    Ainda que ocorra em inúmeros relacionamentos (professores & alunos, médicos & pacientes, líderes & colaboradores, sacerdotes & devotos, mestres & discípulos, etc, etc...), devemos à Psicanálise a teorização desse fenômeno, que a detectou na dinâmica entre Terapeuta & Cliente.

     

    Sua conceituação passou por várias revisões e complementações através dos anos.

     

    Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão.

     

    Assim sendo, sobre o Terapeuta, o Cliente “projeta” muitas figuras de seu mundo interno (reprimido e inconsciente) e cada vez que se refere a pessoas de seu passado ou do seu presente, pode estar também falando também do Terapeuta, que nesse momento, por diversos motivos, aparentemente se transforma nessa pessoa: ora, aparenta ser ameaçador, ora objeto de amor, tais como pai ou mãe, ou qualquer outro ser significativo da sua vida com as características do que dela foi registrado no inconsciente.

     

    Conjuntamente ou após superadas as resistências iniciais do Cliente (exemplos: será que isto vai me ajudar?; é só falando que vou conseguir resolver meus problemas?; não será que ele ou ela é muito jovem (ou muito velho) para me entender?) aí, sim, começa o processo transferencial e, geralmente, o analisando vê seu analista já como um pai (ora severo, ora indulgente, ora omisso), ou como uma mãe com suas (ora protetora, ora severa , ora negligente...).

     

    O Cliente, ao projetar no Terapeuta tais personagens de sua história, vive esses momentos com intensa realidade, se irrita ou busca mais carinho e proteção.

     

    Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

     

    O Terapeuta é um ser humano, com seus próprios problemas, conflitos e caraterísticas de personalidade.

     

    Cada um de nós tem sua própria história, seus conflitos infantis, e sua conduta (mais ou menos também conflitiva ) e sua forma particular de interpretação, ou seja, como todo ser humano, igualmente vulnerável, sensível, vaidoso, ambicioso, invejoso, que ama e odeia, que ainda que capacitado para sua prática terapêutica, também sente, segundo as circunstâncias, carinho, afeto, rejeição, tédio, frente ao que seu Cliente fala, relata, apresenta, projeta nele/nela (transferência), e se irrita, fica entediado, sente empatia e segundo o material da temática tratada, se angustia e sofre.

     

    O Profissional, é claro, tem obrigação técnica e ética de estar treinado para tudo isso, porém não poucas vezes tem que pensar e repensar numa interpretação, talvez produto de seus próprios conflitos e personalidade, ou procurar supervisar esse caso ou situação.

     

    Isto é a Contratransferência, importante elemento do tratamento, que quando não bem conhecido ou ignorado, pode levar a graves erros terapêuticos. Também quando bem interpretado, pode se tornar um valioso instrumento para compreender melhor o que está acontecendo numa situação ou em um tratamento.

     

    Devemos lembrar que assim como existem transferências resistenciais, amor de transferência, idealização do profissional e outras nuances, estas são próprias deste tipo de tratamento, e também existem nos Terapeutas, que tem o recurso de se corrigir procurando ajuda de seus colegas, supervisão e até uma outra análise a mais.

     

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao Profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

     

    É fundamental para o Terapeuta Holístico compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, pois ocorrerão independente de quais técnicas sejam adotadas nos atendimentos.

     

    Outrossim, em algumas vertentes terapêuticas, as consequências podem ser ainda mais complexas, como é o caso da terapia corporal, da terapia tântrica e do trabalho com dependentes químicos.

     

     

     

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

            

            ACONSELHAMENTO processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.         

             BIOENERGÉTICA — Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.        

    CALATONIA — técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.       

            CATARSEextravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

             CLIENTEusuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.         

     

            DEPENDÊNCIA QUÍMICA (Síndrome da Dependência Química, Drogadição)considerada uma DOENÇA e, como tal, somente pode ser diagnostica e tratada por médicos, em especial, os psiquiatras. Caracteriza-se pelo consumo freqüente, compulsivo e descontrolado de substâncias, visando aliviar sintomas de mal estar e desconforto físico e mental, reconhecidamente acompanhados por síndrome de abstinência, problemas psíquicos e sociais. Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)... Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

       NARCÓTICOS ANÔNIMOS (N.A.)grupos de ajuda para drogaditos, onde não se objetiva, em si, uma proposta de terapia; outrossim, oferecem um plano eficiente para a recuperação diária, por meio de uma série de atividades pessoais conhecidas como Doze Passos (adaptados dos Alcoólicos Anônimos). Algo enfático no programa é o chamado despertar espiritual, ressaltado como valor prático e não sua importância filosófica ou metafísica. Encoraja cada membro a cultivar um entendimento pessoal, religioso ou não, de um despertar espiritual. Nas reuniões, cada membro partilha experiências pessoais com os outros participantes buscando ajuda, simplesmente como pessoas que tiveram problemas similares e encontraram uma solução. Narcóticos Anônimos não têm terapeutas, não oferece moradia, não encaminha o dependente para clínicas ou para serviços médicos. A coisa mais próxima do que eles chamam de conselheiro do programa de NA é o padrinho ou madrinha, um membro experiente que oferece ajuda informal aos membros mais recentes. No grupo, a recaída é vista como uma parte necessária no processo de adicção/recuperação para muitos indivíduos.

             PSICANÁLISE — método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

     

            PSICOTERAPIA HOLÍSTICA — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

     

            PSICOTERAPIA PSICODINÂMICA — com embasamento teórico similar ao da Psicanálise, uma das diferenciações é que o terapeuta participa mais ativamente, valendo-se de um amplo repertório de intervenções para promover conversações que conduzam a novos insights e catalizar mudanças, tais como:

    Questionar o Cliente, pedir-lhe dados precisos, ampliações e aclarações do relato; explorar em detalhe suas respostas;

    Proporcionar informações, em especial, sobre os procedimentos que constituem a psicoterapia;

    Confirmar ou retificar os conceitos do Cliente sobre sua situação ou sobre a realidade externa;

    Clarificar, reformular o relato do cliente, de modo a que certos conteúdos e relações do mesmo adquiram maior relevo;

    Recapitular, resumir pontos essenciais surgidos no processo exploratório de cada sessão e do conjunto do tratamento;

    Assinalar relações entre dados, os temas, as suas seqüências, e capacidades manifestas e latentes do Cliente (ou seja, conscientes e inconscientes);

    Interpretar o significado dos comportamentos, motivações e finalidades latentes, em particular os conflituosos;

    Sugerir atitudes determinadas, mudanças a título de experiência, ou novas medidas terapêuticas, quando se mostrar necessário.

     

             RELAXAMENTO vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

     

            RESISTÊNCIA atitudes e verbalizações do Cliente, as quais, fazem oposição ao acesso de seu inconsciente, ou impede o retorno do material reprimido. Por extensão, Freud falou de resistência à psicanálise, para designar uma atitude de oposição às suas descobertas, na medida em que elas revelam os desejos inconscientes e infligem ao homem um "vexame psicológico" ao contrariar os seus valores (ideal de ego). Os conceitos de defesa e resistência se confundem e se sobrepõem às vezes, pois uma grande parte da resistência é derivada da defesa (recalques, sintomas derivados da deformação e ganhos primários e secundários de manter o estado atual - gerando a resistência contra à mudança).

     

    Uma das classificações mais adotadas quanto às Resistências:

     

    De 1o. nível: tentam impedir qualquer acesso ao inconsciente:

     

             Acting Out - Agressividade ao receber uma pergunta do terapeuta, negando-se a responder de forma incisiva.

             Fugir do consultório - sair mais cedo, faltas às consultas, ao perceber que terá que falar de algo que não deseja enfrentar.

             Benefícios diretos e indireto sem manter o quadro atual.       Exemplo: receber carinho e atenção.

           “Amnésia” - esquecimento do tema que foi levantado pelo terapeuta.

      Reação Terapêutica Negativa - piora ao invés de melhora no quadro, uma vez que o Cliente não se permite abandonar a culpa.

     

    De 2o. nível: após a quebra (acesso ao conteúdo do inconsciente), elas surgem por contra-investimento do Cliente, impedindo o retorno do conteúdo reprimido:

             Formação Reativa - atos extremados de contra-investimento: puritanismo, pudor exagerado, “condenando” o conteúdo antes aflorado.

     

             Idealização - exaltação de pessoas, engrandecendo suas virtudes, para proteger o material reprimido que encobre as deficiências que todos notam, menos aquele que idealiza, como a mãe que protege o filho desajustado.
            Atuação - representação auto-ilusória, negando suas emoções, desejos e lembranças. Exemplos: _ Nunca sentiria raiva, sou uma pessoa evoluída !

     

             Intelectualização - justificativas racionalizadas que encobrem o desejo reprimido, para explicar por que tomou ou deixou de tomar, esta ou aquela atitude.

     

            TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)resulta da combinação  de um conjunto de técnicas objetivando a modificação de aspectos do pensamento (cognição) e do comportamento do indivíduo e, conseqüentemente, também dos sentimentos em relação aos outros e a si próprio. Trata-se de um modelo de interação psicoeducativa, no qual o terapeuta ocupa uma função muito mais diretiva e educacional que nas terapias baseadas no conhecimento psicanalítico.

     

    Principais procedimentos na TCC:

     

    Análise comportamental: registro dos pensamentos e comportamentos em associação com eventos desencadeantes;

    Aproximação gradual: organização de tarefas na forma de etapas a serem cumpridas;

    Formato experimental: o incentivo a experimentar mudanças.

    O pensamento mal-adaptativo é identificado;

    O pensamento é contestado;

    Formas alternativas de pensar são trabalhadas;

    São experimentadas novas formas de enfrentar situações.

    Treinamento de relaxamento, para evitar a reação ansiosa;

    Exposição, principalmente nos transtornos fóbicos, com o que se busca a dessensibilização;

    Prevenção de resposta, principalmente nos rituais obsessivos, busca a supressão do ritual através do enfrentamento;

    Parada do pensamento, que a utilização de um estímulo que ajude a interromper o pensamento obsessivo;

    Treinamento de assertividade, utilizado especialmente para superar fobias sociais, com o objetivo de aumentar a confiança do cliente;

    Autocontrole, que inclui o uso de automonitorização e o auto-reforço;

    Manejo de contingências, ou seja, identificar e controlar comportamentos indesejáveis (por exemplo, explosões de raiva) e recompensar mudanças positivas;

    Terapia de aversão, que é baseada no reforço negativo.

    TERAPIA CORPORAL uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

     

    TERAPIA EM GRUPOas psicoterapias de grupo podem ser realizadas segundo uma orientação psicanalítica (psicoterapia analítica de grupo), segundo as técnicas psicodramática, transpessoal, gestáltica, TCC, ou outras. Estes grupos terapêuticos são geralmente heterogêneos, ou seja, formados por pessoas de diferentes origens e com diversos problemas. Há grupos que são homogêneos, formados por pessoas com problemas semelhantes, como os dependentes químicos; neste caso, a TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) é a mais comumente utilizada.

    Por fim, existem as terapias que atendem a pessoas do mesmo grupo familiar, e que podem ser conjugais ou familiares. Estas também podem ser realizadas segundo várias orientações, inclusive a psicodinâmica. Entretanto, o modelo que foi desenvolvido especificamente para o atendimento de casais e famílias é o da terapia sistêmica.

     

            TERAPIA SISTÊMICA  — mais uma vertente de Terapia Em Grupo, focada mais para família e casais, indicada numa gama de situações em que os problemas são mais “relacionais” do que propriamente “psíquicos”, especialmente em situações de conflitos conjugais, geracionais, e resultantes de mudanças no ciclo de vida da família (nascimento, adolescência, separação, morte, doença grave, etc.).

            TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.         

     

             TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.         

     

             TERAPIA REICHIANA desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

     

    TERAPIA TÂNTRICAA Terapia Tântrica tem sua origem no conceito filosófico do Tantra. Diferenciando-se das técnicas tradicionais de terapias corporais. A técnica é direcionada a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido.

    Tem por objetivo:

    · Trazer consciência corporal.

    · Despertar regiões sensoriais adormecidas.

    · Conectar a respiração e a voz às sensações.

    · Mudar os padrões energéticos, aumentando a quantidade de fluxo de energia.

    · Liberar traumas e paradigmas.

    · Mudar conceitos e idéias pré-estabelecidos que não permitam ampliar as possibilidades de prazer e êxtase.

    · Desenvolver novas ferramentas de comunicação e expressão do afeto.

    · Devolver a auto-estima e o amor por si mesmo.

     

            

             TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

              

    III - Resultados

     

    Constatou-se um risco maior de complicações decorrentes do fenômeno transferência/contratransferência quando se trabalha com técnicas que envolvem o contato físico direto, bem como aquelas linhas terapêuticas focadas no problema com drogas, em especial, quanto o profissional passou pela mesma situação de vida.

     

    Por sua forte corrente teórica psicanalítica, as técnicas corporais das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética, estudam a transferência / contratransferência, e, ainda que mais suscetíveis a este fenômeno (em comparaçao à Psicanálise “clássica”...), tradicionalmente saem-se bem nesse processo.

     

    O mesmo não ocorre com os Terapeutas que atuam com manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, lamentavelmente, não costumam ter em sua pauta de estudos, sequer conhecimentos rudimentares de Psicoterapia, ficando sujeitos aos “apaixonamentos” e “ódios” transferencias, já que desconhecem a teoria e, consequentemente, não os identificam, nem desenvolvem defesas, e, menos ainda, conseguem extrair um uso terapêutico destas ocorrências.

     

    O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras e igualmente deixam de incluir o estudo do Aconselhamento e Psicoterapia. Comumente, estes profissionais tem sua origem justamente na superação pessoal de terem enfrentado a dependência química e, ao focarem seu público alvo justamente nos drogaditos, estão perante seus “fantasmas” interiores em tempo integral. Em tese, estão mais aptos do que qualquer outro profissional a compreender e vincular-se com o Cliente drogadito; por outro lado, vivenciam grande sofrimento ao contratransferir, por exemplo, perante cada “recaída” da pessoa atendida, além de tender a “nublar” a percepção da história de vida do Cliente, projetando a sua própria. Ainda assim, apesar de todos os inconvenientes acima descritos, grupos como o N.A. Narcóticos Anônimos são os que obtém melhores resultados terapêuticos (do ponto de vista da sociedade...) nesta pauta.

     

    Outro fenômeno recente é o aumento de profissionais que se auto-identificam como Terapeutas Tântricos. Tradicionalmente, o ensino e a prática tântrica era destinada a casais e, ainda que terapêutica, não era considerada uma terapia em si. Atualmente, existir um casal deixou de ser pré-requisito, passando um ou mais profissionais a somar os papéis de orientador e de parceiro no contato físico, em graus menores e maiores de intimidade, via de regra, sem incluir o coito em si.

     

    Ainda que sem fundamento teórico psicanalítico, os que realmente estudaram os fundamentos da Terapia Tradicional Indiana (Ayuervedica) possuem uma versão “energética” da teoria da transferência/contratransferência, estando cientes da inevitável troca que ocorre entre Cliente e Terapeuta, especialmente ao mobilizarem a libido (energia kundalini) e, tanto desenvolvem “defesas” dessa influenciação, como igualmente possuem técnicas capazes de aplicar terapeuticamente a energia, em prol do equilíbrio e autoconhecimento.

     

    Lamentavelmente, a nova geração de profissionais desta linha não foi preparada com tais conhecimentos milenares e, menos ainda, tiveram um embasamento em Psicoterapia. Perante este perfil, constata-se uma Clientela extremamente “flutuante”, que não parece criar um vínculo terapêutico duradouro, ao mesmo tempo em que profissionais abruptamente abandonam esta linha de atendimento, por não ter condições emocionais / energéticas de lidar com as inevitáveis (e, para a maioria, sequer estudadas...) transferências / contratransferências.

     

     

    IV - Discussão

     

    Grandes gênios da humanidade, como Freud, Jung e Ferenczi, que tanto contribuíram para o entendimento da psique, em seus atendimentos terapêuticos iniciais, sucumbiram aos ódios e amores, envolveram-se passionalmente com seus Clientes, sofreram com isso e causaram sérios prejuízos emocionais a estas pessoas e às de seus círculos. Pioneiros, desconheciam o fenômeno da transferência / contratransferência e só se deram conta ao sentirem em si e em sua Cllientela, as consequências de ignorar.

     

    Se intelectos privilegiados como os acima citados foram surpreendidos, imagine indivíduos comuns, como o somos nós, a grande maioria dos Terapeutas...

     

    A diferença é que, aqueles, por serem pioneiros, atuavam em território desconhecido, enquanto que nós, em pleno século 21, temos total acesso aos ensinamentos oriundos daqueles e de outros mestres, cabendo-nos a obrigação de conhecer, estudar e compreender as bases da Psicoterapia.

     

    Situações transferênciais ocorrem em todas as terapias, inclusive, as  que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade.

     

    O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

     

    Trabalhar a resistência à terapia e estar aberto a espelhar os papéis transferenciais (tais como pai, mãe, cônjuge, etc...), aparentemente, são mais facilmente aceitos pelo Terapeuta.

     

    Já o caminho oposto, a contratransferência, é mais “temida”, visto que não raro, escapa à percepção consciente do profissional, durante o atendimento, sendo melhor compreendida, sob supervisão de terceiros.

     

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

     

    Nem a clássica e esteriotipada postura do analista “distante”, protegido pelo distanciamento do divã foi capaz de impedir sua ocorrência. Hoje em dia, sabemos que a contratranferência é inevitável e, portanto, deve ser aceita, estudada, compreendida e utilizada como instrumento de autoconhecimento e de aperfeiçoamento, inclusive, de nossos atendimentos.

     

    Assim sendo, ainda que envolva (em tese...), riscos de intensificar a TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, não há sentido para a Terapia Holística abrir mão dos recursos das técnicas em que ocorram contato direto com o Cliente.

     

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos, cabendo integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

     

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

     

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

     

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar.

     

    Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge.

     

    É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor.

     

    Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

     

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

     

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

     

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente.

     

    Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

     

    Outrossim, este limite torna-se extremamente tênue quando de trata da Terapia Tântrica. O toque, ao buscar o livre fluxo energético, ao atenuar as couraças, ao mobilizar a libido, comumente conduz a sensações de prazer orgásticas (às vezes, literalmente...). Em tese, na hipótese de estar ocorrendo a transferência da figura paterna ou materna, pode equivaler a concretizar o complexo de Édipo / Electra e gerar as mesmas consequências emocionais de um “incesto”. O alto risco desta estratégia poderia resultar em grandes ganhos terapêuticos em alguns raros casos de exceção, mas, via de regra, o mais provável é uma grande desestabilização emocional tanto do Cliente, quanto do Terapeuta.

     

    Felizmente, não tenho ciência de muitos casos onde o Cliente tenha experienciado a hipótese acima. Por ser uma proposta muito recente (ao menos, no atual formato de atendimento...), boa parte dos que procuram esta linha terapêutica, o fazem por curiosidade temporária, sequer chegando a criar um vínculo analítico com o profissional, resultando em poucas oportunidades de continuidade da proposta terapêutica.

     

    Por outro lado, a fartura de reportagens sobre o tema, a oportunidade (consciente ou não...) de rendimentos maiores, resultou no aumento da procura por formação em Terapia Tântrica, e na diminuição do número de horas/aulas necessárias, antes de iniciar-se atendimentos profissionais. Paralelamente, da mesma forma que ocorreu com a “massagem”, houve e continua havendo uma grande migração de profissionais do sexo, quer por realmente desejarem mudar de ramo de atuação, quer por buscarem adaptar as técnicas à profissão que já exercem.

     

    O alto custo dos cursos e atividades complementares propostos por inúmeros dos atuais mestres da Terapia Tântrica, favorece a precipitação de novos profissionais no mercado, atendendo prematuramente, para conseguir custear os aperfeiçoamentos, supervisões e locações das salas de atendimento, submetendo-se a uma Clientela movida em sua maioria pela curiosidade, ao invés de um real anseio por terapia. Boa parte dos colegas que conheci, atuantes de coração aberto e lotadas das melhores intenções, abruptamente abandonaram a proposta, tamanha foi a exigência emocional e energética de atuar nesta linha. A tese que levanto é que foram vítimas de sonegação de conhecimento; lhes foram negadas as informações e práticas de equilíbrio energético e ficaram totalmente de fora de suas formações, nem mesmo os mais rudimentares embasamentos da Psicoterapia, quanto mais, os fenômenos transferenciais.

     

    Outro grupo profundamente bem intencionado, mas extremanente órfão de embasamento psicanalítico é o dos autodenominados Terapeutas Em Dependência Química.

    Pertinente observar que, a drogadição é considerada uma DOENÇA e, como tal, do ponto de vista extritamente legal, só pode ser diagnosticada e tratada por médicos. Na prática, o tratamento oficialmente adotado é o de um trabalho multidisciplinar (médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais...), em estabelecimentos especializados, nos quais médicos psiquiatras diagnosticam e avaliam a necessidade ou não de internação (se voluntária, basta o aval do laudo psiquiátrico; se involuntária, além deste, igualmente é necessária uma ordem judicial).

     

    Outrossim, os organismos que melhores resultados obtém, não funcionam no formato acima descrito, mas sim, atuam como organizações não-governamentais, onde não se assume papéis de médicos, nem psicólgos, nem de terapeutas, mas sim, de iguais, todos unidos pelo anonimato e por terem passado por experiências semelhantes. Este é o caso do N.A. - Narcóticos Anônimos, os quais, sem pretensões terapêuticas e de forma gratuita, cada membro apoia ao outro, e estabelecem metas a serem cumpridas, os assim chamados Doze Passos. Justamente o passo final é o de ajudar a todos quanto possíveis, a igualmente conseguir contornar o problema da dependência química.

     

    Um formato “híbrido” dos dois acima, vem se proliferando na sociedade. Grupos bem intencionados, mas, comumente, ignorantes quanto à legislação que rege o tema, montam comunidades terapêuticas que se propõem a acolher e tratar, de forma remunerada, indivíduos com problemas relacionados ao abuso de drogas. Praticam uma somatória de técnicas comportamentais, mescladas com os ensinamentos dos Doze Passos. Boa parte das próprias pessoas tratadas, ao atingir o passo final, encontram-se na obrigação moral de ajudar aos demais e, ao mesmo tempo, necessitam de um papel produtivo e remunerado na sociedade, resultando numa demanda (rapidamente atendida...) por cursos de formação de “terapeutas em dependência química” (comumente ministrados em entidades religiosas e/ou nas próprias comunidades em que antes se trataram). Assim sendo, não raro por necessidades econômicas, passam a atender, de forma remunerada, aos colegas que estão passando pelos mesmos problemas que vivenciaram. Ou seja, dia após dia, Cliente após Cliente, todos são “espelhos” a recordar, o tempo todo, os traumas pelos quais o novo Terapeuta tão recentemente passou.

     

    Por um lado, é reconhecido pela imensa maioria dos grandes nomes da Psicoterapia, a grande dificuldade do drogadito em transferir, fenômeno essencial para a evolução da terapia. A interpretação psicanalítica tradicional mais aceita é a de não ter conseguido introjetar uma figura materna, a qual substituiu pelo prazer das drogas. Ora, não havendo uma imagem maternal a projetar no analista, não raro igualmente transferem para estes a relação com as drogas, não estabelecendo vínculo afetivo, mas podendo criar uma “dependência”, muitas vezes extrapolando limites, procurando o terapeuta de forma desordenada, sempre que sentir necessidade, tal qual o faria, com as drogas.

     

    O distanciamento profissional da postura psicanalítica clássica mostra-se pouco efeciente no trato com o drogadito. Por outro lado, alguém que passou exatamente pelos mesmos problemas consegue estabelecer um vínculo mais eficiente. Por este ângulo, a figura de um “Terapeuta Em Dependência Química” parece muito bem vinda a somar. Outrossim, ainda que bem intencionados, os cursos pouco somam de conhecimentos complementares, além dos Doze Passos, resultando em um profissional pouco mais preparado do que os gratuitos “padrinhos” no Narcóticos Anônimos.

     

    Sem embasamento sobre TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, este profissional sofre intensamente a cada recaída de seus Clientes, pois reverbera em suas próprias histórias de recaídas, sentirá compaixão além da terapia, capaz de amparar em sua casa, tal qual gostaria que tivesse acontecido, quanto aconteceu consigo; odiará o mal que o Cliente faz para si mesmo e para os outros, tanto quanto odeia o que ele próprio fez em igual situação...

     

    Em um limbo intermediário, não é mais o gratuito e voluntário padrinho do N.A., nem igualmente atingiu o estágio de um Terapeuta profissional, visto que lhe foi sonegado o ensino das técnicas e a necessária supervisão.

     

    Urge uma formação mais ampla para estes profissionais, em especial, as Terapias Cognitivas Comportamentais, muito úteis para cuidar dos momentos iniciais e de crise, que bem poderiam ser estendidas para Terapias Psicodinâmicas. Até mesmo a própria limitação de percepção tem que ser ampliada; uma vez superada a urgência e necessidade de retirar o Cliente de seu risco de morte, uma vez obtido o equilíbrio inicial, poderá exercer a TERAPIA HOLÍSTICA, em sim, na qual, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

     

     

    V - Conclusões

     

    É essencial o estudo e a compreensão da transferência e contratransferência, independente de quais técnicas serão exercidas.

     

    Outrossim, tanto o contato físico (técnicas corporais e tântricas), quanto a identificação quase que absoluta do histórico de vida do Terapeuta e do Cliente (dependente recuperado tratando de drogadito), intensificam a relação transferencial.

     

    A amplificação do inevitável fenômeno da transferência e contratransferência, se bem trabalhada, acelera o ritmo da terapia, mas igualmente aumentam o grau de responsabilidade e exigência técnica.

     

    O que se constata na sociedade é um crescente número de indivíduos muito bem intencionados, ansiosos em atender terapeuticamente, mas que são lançados prematuramente no mercado de trabalho, privados de conhecimentos essenciais.

     

    Os cursos tem a obrigação de incluir em suas grades curriculares os embasamentos da Psicoterapia, visto que o Aconselhamento é parte integrante da Terapia Holística e conhecer os fundamentos da Psicanálise, tais como a resistência e os fenômenos transferenciais, mais do que enriquecer a Terapia Holística, é essencial para o bem estar tanto dos Clientes, quanto dos Profissionais.

     

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em constante reciclagem de aprendizado e em contínua terapia e supervisão.

     

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS deve exercer seu papel de gerenciador do conhecimento coletivo e disponibilizar a todos os colegas a oportunidade de aperfeiçoamento profissional, para o bem tanto dos Terapeutas Holísticos, quanto de seus Clientes.

     

    VI - Referências bibliográficas

     

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul - vol.25  suppl.1 Porto Alegre Apr. 2003 - Psicodinâmica do adolescente envolvido com drogas

    CORDIOLLI A.V. Como atuam as psicoterapias. In: Psicoterapias: abordagens atuais, Porto Alegre, Artmed, 1998(pág. 34-45).

    FREUD, Sigmund (1905). Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

    FREUD, Sigmund (1930). Mal-estar na cultura. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

    FREUD, Sigmund (1915). “Observações sobre o amor transferencial”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XII, p. 175-190.

    FREUD, Sigmund (1921).“Psicanálise e telepatia”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XVIII, p. 187-204.

    FREUD, Sigmund (1937).“Análise terminável e interminável”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XXIII, p. 225-270.

    FREUD, S.& FERENCZI, S. (1908-1911) Correspondência. Rio de Janeiro: Imago, 1994.

    JONES, E. (1979) Vida e Obra de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Zahar Editores S.A.

    LA PLANCHE, Jean e PONTALIS, J.B..Vocabulário de Psicanálise. 3ª edição, São Paulo, Ed. Martins Fontes, 1998.

    SILVA, Cláudio Jerônimo da. SERRA, Ana Maria. Terapias Cognitiva e Cognitivo-Comportamental em dependência química. In: Rer. Bras. Psiquiatr. 2004, nº 26 (Supl-I), p. 33-39.

    MARTINS, Ana Carolina Borges Leão - Contratransferência e desejo do analista: a transmissão de um sintoma analítico

    SAFOUAN, M. (1985) Jacques Lacan e a questão da formação dos analistas. Porto Alegre: Artes Médicas.

    SOFOUAN, M. (1991) A Transferência e o Desejo do Analista. Campinas: Papirus.

     

    SANTOS, Marinalva Batista Dos - A transferência e a contratransferência no espaço terapêutico

     

     

     

    VII - Anexos e Apêndices

     

    VII.I

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

     

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

     

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de algumas premissas da Psicanálise:

                             

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho                         

     

    Estruturas da Psique:

     

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

     

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

     

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

     

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;

    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;

    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

     

    VII.II

    Freud, Nossas Bisavós E Os Vibradores

    Orgasmo - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

    As milenares Técnicas Tântricas aliam-se ao centenário Orgasmo eletromecânico e a curiosa origem dos vibradores no Século 19 como tratamento para todos os males da mulher, atualmente resgatado como instrumento terapêutico nas versões modernas da milenar arte tântrica.

    Quando iniciei-me no universo "alternativo", há algumas décadas, o Tantra era quase exclusivo aos pares formados entre os próprios terapeutas, como meio para equilibrar os centros energéticos e atingir a transcendência, tendo a sexualidade e amor como instrumentos. Eventualmente, era ofertada como terapia para casais, com estes participando de cursos onde aprendiam a teoria e prática tântricas.

    Já nos últimos cinco anos, surgiu uma nova turma de "gurus do sexo", propondo outras formas de dispor do tantrismo como terapia. Polêmicas à parte, no formato adotado por estes grupos neo-tântricos, já não é mais pré-requisito o casal, sendo que, no caso do Cliente procurar a terapia individual, caberá aos profissionais fazerem o papel complementar, seja o masculino, ou o feminino. Por meio do toque, respiração e movimentos, propõe-se a ativação da energia da líbido, harmonizando e redistribuindo por todo o ser. O orgasmo, ainda que não seja a finalidade, é comum ocorrer neste processo. Neste contexto tão diferente do que era há algumas décadas, deparamos também com o uso de luvas de borracha (assepsia e tentativa de minimizar a erotização do toque por parte dos profissionais) e, no caso da clientela feminina, o acréscimo de um recurso eletromecânico: os vibradores...

     

    Por sinal, esta metodologia vem obtendo grande atenção da imprensa, como as recentes matérias nas revistas Nova e Trip. Em primeira impressão, parece uma "modernização" da técnica, porém, a verdade é que nada mais é do que a volta a uma prática muito comum no final do Século 19 e primeiras décadas do 20, justificada por milenares interpretações machistas atribuídas a Hipócrates. Este chamava de histeria, aos sintomas físicos sem causa aparente, condição que considerava tipicamente feminina, razão pela qual, pressupunha que a origem do problema deveria estar no útero, ao qual atribuiam o estado de "ardente"...

    Eis que no puritano universo ocidental nos idos de 1850, uma "epidemia" do gênero tomou conta das recatadas damas da sociedade e, o único tratamento conhecido para a "histeria" era o toque clitoriano, que era realizado pelos médicos, em seus consultórios. A manipulação era continuada até que a Cliente atingisse o "paroxismo histérico", que era considerado um espécie de "ataque de histeria" obtido em ambiente controlado. Em decorrência disto, os sintomas físicos desapareciam e os maridos ficavam satisfeitos em constatar esposas mais calmas e felizes. Ou seja, pareciam desconhecer o que era um ORGASMO feminino, mas, pelo menos, já usufruiam de seus benefícios para o equilíbrio somatopsíquico...

     

    Eis que aqui, já podemos justificar a presença de Freud no título deste artigo, pois, foi justamente trocando informações com seus colegas que trabalhavam nesta linha de terapia, que firmou sua convicção de que problemas ligados à sexualidade eram a origem e a chave para solucionar inúmeros distúrbios. A Psicanálise trabalhou esta hipótese e, nesta linha, ninguém ousou mais que seu discípulo dissidente, Wilhelm Reich, que publicou os inúmeros benefícios do "clímax" sexual, em sua obra: "A Função Do Orgasmo".

     

    A procura por esta terapia "miraculosa" era tamanha que os consultórios não davam conta de atender, já que dependiam da destreza manual dos profissionais, que começavam a sofrer danos por esforços repetitivos.

     

    Como alternativa, experimentava-se os jatos de água, mas, como podemos constatar pela figura ao lado, no formato que adotaram, não era prático, nem eficiente.

     

     

    Eis que em 1880, o doutor Joseph Mortimer Granville, patenteia o primeiro vibrador eletromecânico, de fabricação encomendada com seu relojoeiro.Rapidamente, a idéia foi aperfeiçoada por várias empresas, até conseguirem tamanhos portáteis e baixo custo, o que possibilitou que todo lar pudesse ter ao menos um equipamento para o tratamento da "histeria" sem mais depender de ir a consultórios médicos.

     

    A popularidade era grande e com as bençãos da sociedade machista, que bem ignorava as demais potencialidades deste instrumento terapêutico.

    Propaganda de época

     

    Propagandas em revistas, jornais e cartazes, não raro, anunciavam os equipamentos como "a maior descoberta médica de todos os tempos", capazes de proporcionar "paroxismos histéricos" de alta intensidade, eficentes para tratar de todas as mazelas femininas.

     

    Seja a bateria, ou a manivela e até por ar comprimido, há grandes chances de nossas bisavós (isso se o leitor for da mesma faixa etária que eu, claro...) terem usufruído das maravilhosas invenções terapêuticas, porém, é bem provável que nossas avós e mães não tenham tido a mesma oportunidade, pois, a partir de 1920, com o advento dos filmes pornográficos, finalmente a sociedade machista e puritana tomou conhecimento dos potenciais usos destes equipamentos. Assim sendo, de terapia doméstica indispensável em qualquer lar que se preze, os vibradores passaram a ser enquadrados como inadequados às "mulheres de bem".

     

    Os fabricantes não se deram por vencidos, e buscaram outras formas de divulgar de forma mais discreta, a disponibilidade para compra. Desde anúncios em que as figuras estavam aplicando os vibradores na... têmpora (!), até literalmente vendidos disfarçados em caixas que anunciavam aspiradores de pó, e outros ofertados como aparelhos de "múltiplas utilidades", onde os motores serviam, em primeira análise, como batedeiras de bolo, mas, que possuiam acessórios que, uma vez conectados, possibilitavam utilidades bem diferentes. Apesar desta estratégia, é fato que entre as décadas posteriores a 1940, a popularidade dos vibradores desapareceu, vindo a ressurgir, nos anos 70 em diante, assumindo seu caráter de instrumento voltado ao prazer feminino.

     

    Assim sendo, como a Terapia Holística tem por tradição resgatar terapêuticas milenares ou, ao menos, seculares, até que não é de estranharmos que a linha tântrica traga de volta, mais uma antiga prática do tempo de nossas bisavós, ou seja, o vibrador, como uma panacéia universal...

     

    Na certeza de que o tema é muito polêmico e que ainda carece de normas técnicas específicas, que só poderão ser criadas após amplo debate entre os profissionais, aliados à análise jurídica da questão, que fique este artigo, como uma forma bem-humorada e curiosa de trazer o assunto para discussão.

     

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br

     

    Texto extraído de:

    http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/tradicionais/69-sexualidade-tantrico/197-vibrador-tantrico#ixzz23jhKUtNR 

    Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

     

    VII.III

     

    Os Doze Passos de Narcóticos Anônimos

       

    Os Doze Passos de NA tem como objetivo convidar os nossos membros a empenharem-se numa viagem de recuperação, e servir como meio para se alcançar uma compreensão pessoal dos príncipios espirituais de cada passo e a forma como os experimentos nas nossas vidas acreditamos que os passos estão apresentados de uma forma que abrange a diversidade da nossa irmandade e reflecte o despertar espiritual descrito no nosso 12º passo..

     

    OS DOZE PASSOS

     

    PRIMEIRO PASSO:

    Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.

     

    SEGUNDO PASSO:

    Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.

     

    TERCEIRO PASSO:

    Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós o compreendíamos.

     

    QUARTO PASSO:

    Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.

     

    QUINTO PASSO:

    Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.

     

    SEXTO PASSO:

    Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

     

    SÉTIMO PASSO:

    Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.

     

    OITAVO PASSO:

    Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.

     

    NONO PASSO:

    Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse prejudicá-las ou a outras.

     

    DÉCIMO PASSO:

    Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

     

    DÉCIMO PRIMEIRO PASSO:

    Procuramos, através de prece e meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.

     

    DÉCIMO SEGUNDO PASSO:

    Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.

     

    Fonte: http://www.na.org.br/

     

     

    VII.IV

     

    Drogas: Êxtase e Dependência

    Êxtase e Dependência - Modelo: Pollyana - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

    Antes de aprofundar a questão, apresento meu posicionamento neste tema tão polêmico: creio que tudo o que se busca por meio das drogas, pode ser obtido por alternativas menos drásticas, tais como técnicas especiais de respiração, posturais, corporais e de induções vivenciais, que igualmente produzem estados alterados de consciência, sem os riscos inerentes de exposição a produtos cujos efeitos a curto e longo prazo ainda não são bem conhecidos.

    Milenarmente, todas as culturas praticaram rituais religiosos que se propunham a alterar as percepções da realidade, comumente associando ritmos musicais repetitivos, em alto som, regado a bebidas de teor alcoólico (vinhos, aguardentes, fermentados...) e danças, com a variante de ingestão de vegetais com poderes alucinógenos, muitas vezes restritas aos sacerdotes, em outras, compartilhado com toda a tribo. Tal somatória resulta na dissolução dos padrões rígidos da personalidade, permitindo contato direto ao conteúdo inconsciente. Os objetivos eram transcendentes, uma jornada "espiritual", "sagrada".

     

    Modernamente, a tradição ressurgiu nos festivais "hippies", inclusive, mantendo-se a busca pela transcendência. Nos dias de hoje, temos as festas denominadas "raves", outrossim, sem um objetivo "espiritual" no contexto. Seja como for, o que se constata é um "padrão" que faz parte da história da humanidade e, certamente, merece ser analisado mais profundamente.

     

    Em nossos consultórios, ainda que parte integrante do contexto coletivo/social, o mais comum é que a questão das drogas chegue até nós, de forma individualizada, ou seja trazida pelo Cliente. A ausência de julgamento, seja positivo, ou negativo, é exigência fundamental em nosso trabalho e o foco é a PESSOA, em seu TODO. Ou seja, o uso das drogas seria mais um dos tópicos a serem trabalhados, visto que é inseparável dos demais. Devemos, em conjunto com o Cliente, descobrir as motivações, conscientes e inconscientes, que levaram a este padrão de comportamento. Seria uma busca religiosa ? Estaria abafando pensamentos, sentimentos, desejos, lembranças ? Auto-estima em baixa sendo compensada via comportamentos tidos como moda ? Enfim, infindáveis hipóteses e cada caso é um caso, cada momento é único. Só o transcorrer da terapia pode trazer mais clareza sobre o que ocorre. E, paralelamente à análise, a inclusão de técnicas vivenciais, alternando relaxamento, hipnose, técnicas corporais de toque, respiratórias, renascimento, em suma, uma vasta gama de opções terapêuticas capazes de produzir estados alterados de consciência, sem uso de "aditivos".

     

    Os produtos consumidos nos dias de hoje, "refinados" quimicamente em laboratórios, certamente são muito mais danosos do que as poções milenares, que eram praticamente em estado natural. Daí que na sociedade moderna surge a alcunha de "dependente químico", aquele indivíduo que perde o controle sobre o uso da substância, associado com sintomas de abstinência e tolerância, evitadas com o uso constante e cada vez maior, privilegiando o consumo a outras coisas que antes valorizava. Dentre os colegas de profissão, existe um grupo crescente que foca seu atendimento a este tipo de situação, quase como uma "especialidade", correndo o risco de perder o enfoque holístico e, o que é ainda mais grave, inadvertidamente ferindo a legislação, com o risco de prisão, sendo irrelevante à justiça humana se suas intenções eram nobres ou não.

     

    O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras.

     

    Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)...

     

    Ou seja, ainda que não trabalhe com internações, quem definir seu trabalho desta forma, corre o sério risco de enquadrar-se em exercício ilegal de medicina...

     

    Extremamente preocupante é o fator "internação", muitas vezes propagandeada com mais um serviço prestado por estes colegas... Isto se deve porque, em várias escolas, fazem interpretações distorcidas, tentando justificar este procedimento, citando legislação que nem sequer mais existe (como é o caso da Lei nº 6.368, que foi REVOGADA pela Lei nº 11.343, de 23/09/2006) ou da Lei nº 10.216, cujo objetivo (dentro outros...) é justamente PROTEGER o cidadão para IMPEDIR que ele seja internado involuntariamente !!! Ou seja, é exatamente o OPOSTO da interpretação que os cursos vem divulgando !!!

     

    Nós sabemos que erram na boa fé, porém, nenhuma autoridade policial e/ou judicial aceitaria tal alegação... Conforme claramente expressa a lei, toda internação, até mesmo as voluntárias, dependem de um laudo MÉDICO PSIQUIÁTRICO; sem isso, estarão ferindo os direitos da pessoa em questão, além de cometer crimes de sequestro e cárcere privado, dentre outros possíveis enquadramentos...  

     

    Mesmo de posse do laudo médico, ainda assim, o estabelecimento precisará prestar "serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros"; sem tais requisitos, jamais a instituição poderá sequer candidatar-se a esse papel.

     

    Sabemos que muitos colegas trabalham como aprenderam nestas escolas, contudo, verdade seja dita, infelizmente tais cursos, ainda que talvez bem intencionados, ensinam de forma totalmente equivocada no que diz respeito a adequar-se às leis em vigor.... Urge uma adequação radical na forma de se expressar e modo de trabalhar, pois, a continuar no formato atual, é questão de tempo para muitos colegas serem presos e processados.

     

    Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br

    (11) 3171-1913

     

     

    Texto extraído de: http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/psicoterapia/aconselhamento/232-drogas-dependencia-quimica#ixzz23olhqDgL 

    Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    Autor: : Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico
    Última atualização: 17/08/2012 17:42


    Psicoterapia » Psicanálise » Junguiana

    O Tarô Terapêutico e a Jornada Arquetípica

     O Tarô Terapêutico e a Jornada Arquetípica

    Andrea Pavlovitsch
    Terapeuta Holística - CRT 41933

     São Paulo

    2008

     

    Epígrafe

    A grande invocação

    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra

    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra

    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem.

    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal.

    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.

     

    Dedicatória

    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes, que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.

     

    Agradecimentos

    Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem a oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

    Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

    Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

    Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.

     

    Sumário

    1. Introdução..............................................................................................................8

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo..............................................................................8

    1.2.. Tarô – história e apresentação...........................................................................10

    2. Material e metodologia................................................................................................12

    2.1. O método do tarô terapêutico............................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................13

    4. Discussão.....................................................................................................................25

    5. Conclusão....................................................................................................................27

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................28

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................29

     

    Resumo

     

    O presente trabalho visa demonstrar, de maneira teórica, a orientação que o tarô, enquanto instrumento terapêutico de leitura do inconsciente, pode nos fornecer numa consulta de qualquer tipo.

    Todas as pessoas estão sempre passando por ciclos em suas vidas. Estes ciclos são parte da própria evolução humana. Jung chamou essa jornada de “Jornada Arquetípica”, ou seja, cada pessoa está passando, em determinado momento, por um dos arquétipos representados no tarô.

    Neste trabalho faremos uma breve análise de cada um dos arcanos maiores do tarô e como eles podem nos fornecer pistas importantes sobre o momento em que se encontrar, na senda da evolução, cada um dos nossos clientes, para que possamos fazer um trabalho mais específico com cada um, e conseguir melhores resultados ao final do tratamento, tratando o ser humano como um ser holístico, e biopsicosocial e espiritual.

    1. Introdução

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo

    A Psicoterapia analítica, desenvolvida por Carl Gustav Jung, é a que mais pode contribuir para a orientação teórica deste trabalho. Isso porque Jung estudou, inclusive, os arcanos do tarô e várias outras formas dos chamados eventos extrafísicos, ou seja, casos que não podem ser comprovados pela ciência tradicional e que não são aceitos pela mesma, sendo consideradas mitos ou inverdades. De fato, os eventos analisados por Jung, como o tarô, a sincronicidade e tantos outros, não poderiam ser comprovados pela ciência empírica, cega as manifestações energéticas do homem e que não o considera como um todo, ou seja, como um ser holístico.

    Isto posto, vamos analisar, primeiramente a noção básica da Psicoterapia analítica, o conceito de personalidade total (Self). Segundo este conceito, a Psicoterapia humana se desenvolve de duas maneiras concomitantes. Primeiramente uma psique extraconsciente cujos conteúdos são pessoais. E, paralelamente, uma psique cujos conteúdos são impessoais e coletivos, o chamado inconsciente coletivo. (Magalhães, 1984).

    Por inconsciente coletivo podemos compreender uma psique mais profunda, comum a todos os humanos e sem distinção de cultura, raça ou religião. Essa psique seria formada por padrões de estruturação da personalidade nas diferentes fases da vida (infância, adolescência, relação conjugal e profissional, velhice, preparação para morte) chamados de arquétipos. (Magalhães, 1984). A explicação dos arquétipos seria a do “modo como os pássaros fazem o ninho, por exemplo, é um código inato, assim como certos fenômenos simbióticos entre insetos e plantas. Da mesma maneira o homem nasce com certo funcionamento, certo padrão que a torna especificamente humano. Este padrão está expresso nas imagens arquetípicas, ou formas arquetípicas”.( Evans apud Magalhães, 1984).

    A noção de arquétipo, postulando a existência de uma base psíquica comum a todos os humanos, permite compreender por que em lugares e épocas diferentes aparecem temas idênticos, nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de modo geral – seja nos sonhos das pessoas normais, seja no delírio dos loucos”. (Silveira apud Magalhães, 1984).

    Jung ainda coloca os arquétipos como imagens “primordiais” (Burckhardt apud Jung, 1987), ou seja, uma aptidão da mente humana de manter as imagens como elas eram nos primórdios da humanidade.

    Essa hereditariedade explica o fenômeno, no fundo surpreendente, de alguns temas e motivos de lendas se repetirem no mundo inteiro e em formas idênticas...” (Jung, 1987).

    Uma outra noção junguiana muito importante no presente trabalho é a teoria da sincronicidade, desenvolvida pelo autor. Segundo ele, a sincronicidade é a “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos” (Jung, 1971). Porém, estes fatos não são somente uma coincidência estatisticamente comprovada, mas uma manifestação do psiquismo da pessoa com a qual ocorre o fato, a sincronicidade. Jung começou a pensar nisso quando, ouvindo o sonho de uma paciente sobre um besouro, viu o mesmo besouro entrar pela janela de seu consultório. De fato, a possibilidade matemática disto acontecer com eles (médico e paciente) era remotíssima, apesar de possível, o que o fez acreditar que algo no inconsciente coletivo fazia com que os acontecimentos certos aparecessem para determinada pessoa, como um modo de mensagem que deveria ser decifrada como algo importante e que trouxesse desenvolvimento e evolução ao ser em questão. Assim “o fato psíquico modifica ou elimina os princípios da explicação física do mundo está ligado à afetividade do sujeito da experimentação” (Jung, 1971). Ou seja, os fatores da psique humana são capazes de modificar os conteúdos do mundo físico, fazendo com que ocorram as chamadas sincronicidades. A sincronicidade é, portanto, “uma percepção de uma simultaneidade de acontecimentos internos e externos, não necessariamente no mesmo momento – daí serem sincronísticos e não sincrônicos.” (Guimarães, 2004).

    1.2. Tarô – história e apresentação

    Vejamos, primeiramente, o que Banzhaf nos diz sobre o tarô:

    “O tarô é um oráculo de cartas que, em sua estrutura atual, é conhecida desde o século XVI. Consiste em 78 cartas, divididas em dois grupos principais: as 22 cartas chamadas Arcanos Maiores (do latim arcanum, que significa “segredo”) e as 56 cartas chamadas Arcanos Menores. Os Arcanos Maiores apresentam figuras ou “personagens” individuais e inconfundíveis, numerados em seqüência clara. Já os Arcanos Menores são precursores do atual baralho de jogo, pois se dividem em quatro séries de naipes” (Banzhaf, 2001).

    Para o presente trabalho vamos considerar somente os Arcanos Maiores do tarô.

    “Erupções dramáticas deste gênero usualmente significam que aspectos negligenciados de nós mesmos buscam reconhecimento.” (Nichols, 1980). Assim, o tarô utiliza-se dos arquétipos do inconsciente coletivo para nos mostrar, por meio de importantes mensagens, aspectos nossos abandonados ou deixados de lado por alguma motivação consciente ou não. A sincronicidade entra na escolha de cada uma das cartas escolhidas pelo consulente ou pelo tarôlogo. Assim, não é a toa que uma determinada carta é puxada quando o consulente concentra-se em um determinado aspecto de sua vida. O tarô responderá de acordo com a energia psíquica que aquela pessoa desprende no momento da jogada.

    Veja bem, não se trata de uma mágica barata. É toda uma teoria psicológica que respalda os indícios de que as figuras que aparecem no tarô representam de alguma maneira aspectos de nosso inconsciente coletivo. Assim, as cartas podem ser utilizadas por qualquer pessoa, a qualquer tempo. São atemporais como o é o próprio inconsciente, onde não se separa presente, passado ou futuro. Os eventos apresentados nas cartas do tarô podem tanto vir de eventos futuros (aparecendo como previsões) como de eventos passados ou presentes, exatamente pela atemporalidade do aspecto inconsciente. O importante é saber que esses aspectos, quando solicitados pelo consulente no momento da consulta de tarô, aparecerão de acordo com a sua importância na vida psíquica da pessoa, ou de aspectos escondidos que precisam vir à tona (ou seja, eventos inconscientes que precisam ser conscientizados) de coisas que já aconteceram, como de eventos que tem um potencial para acontecerem no futuro e que, de alguma maneira, ainda poderão ser modificados. Por isso que não podemos falar em destino como uma tabula rasa escrita por alguma outra força que não esteja em nós mesmos, mas sim como uma possibilidade dentro dos eventos da vida da pessoa que serão levados a cabo de acordo com cada uma de suas escolhas.

    Assim, os arquétipos representarão o encenar de uma peça que já acontece há muitos séculos, desde os primórdios da civilização, mesmo que mude seu cenário. Por isso a grande quantidade de diferentes modelos de tarô, de diferentes épocas, religiões e conceitos. O aspecto principal é que as figuras não mudam, os arquétipos são apresentados sob diferentes roupagens, mas sempre serão os mesmos.

     

    2. Material e metodologia

    2.1. O método do tarô terapêutico

    O método do tarô terapêutico é de uso e aplicação simples, mas com grande poder de síntese do processo principal pelo qual a pessoa está passando. Separam-se os 22 arcanos maiores do tarô e é pedido que o consulente embaralhe as cartas concentrando-se, principalmente, no motivo real de seus problemas atuais. O consulente também pode se concentrar em um problema específico. Logo após, o terapeuta abre o baralho à sua frente, de maneira que todas as cartas fiquem viradas para baixo e seja possível puxar qualquer uma delas. Ainda concentrado, o consulente precisa puxar uma única carta, que será o motivo da meditação durante todo o restante da sessão. O terapeuta precisa explicar o máximo sobre a carta em questão e pedir que o consulente faça suas associações com os problemas pelos quais está passando ou conte uma história do que acha que está acontecendo na figura. Assim que terminar o processo, o terapeuta já saberá em quais aspectos da carta é preciso atuar .

     

    3. Resultados

    A seguir, apresentam-se as cartas do tarô e as possíveis associações terapêuticas:

    O Louco“O louco é o andarilho, enérgico, ubíquo e imoral” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa imatura, criança, dependente ou infantil. Não quer se responsabilizar pela sua própria vida ou precisa parar de procurar um “papai” que lhe resolva os problemas. Parar de culpar os outros pelas nossas responsabilidades.

    Representa a pessoa que precisa soltar-se mais, soltar a sua criança interior e impulsionar em direção à vida e ao futuro. Pode representar pessoas que tem um louco dentro de si, mas tornaram-se metódicas e enfadonhas, atingindo um alto grau de depressão ou desespero sem motivo. Pode evocar estados de síndrome do pânico, onde toda a energia represada precisa ser solta de alguma maneira. Também evoca a energia presa que gera estados de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

     

    O Mago “O mago é capaz de realizar sua mágica diante de nós, bastando para isso que assistamos às suas representações.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Aqui está uma pessoa que se esconde no seu lado ativo, masculino e faz, faz, faz para não parar e olhar para si. Não suporta o silencio e precisa sempre de estímulos ou tarefas.

    Pessoas muito ligadas com o superficial, identificadas quase que totalmente com o ego, que precisam do outro para se sentir queridas, amadas ou reconhecidas. Falta de reconhecimento da realidade, pessoas muito iludidas ou presas a fantasias. Precisa aprender a se conhecer, a olhar mais para si mesmo independente do que estão ou não fazendo.

     

    A Sacerdotisa“Dela é o reino da profunda experiência interior; dela não é o mundo do conhecimento exterior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A pessoa que precisa acalmar-se, olhar para si mesma e escutar a voz do coração. Tem dificuldades com a sua ternura, em demonstrar sentimentos, sendo introspectiva, tímida e desconfiada.

    Representa a pessoa que não consegue se ligar à sua espiritualidade por não estar ligada ao seu lado feminino ou tem uma máscara de espiritualidade para não mostrar seus verdadeiros sentimentos. São mulheres com dificuldades no feminino sagrado e homens que não conseguem acessar sua porção mulher, gerando machismo e falta de respeito pelo feminino. Mulheres que perderam a intuição por conta do mundo competitivo em que vivemos e do acúmulo de tarefas. Pessoas que, em geral, precisam refazer seu contato com o seu espírito. Mulheres com forte TPM por conta desse distanciamento.

     

    A Imperatriz “É, portanto, a Imperatriz quem faz às vezes de ponte entre o Mundo Mãe de inspiração e o Mundo Pai de lógica e laboratórios...” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: É aquela pessoa que cuida de todo mundo, menos dela. Uma pessoa que se trava em detrimentos do que os outros vão pensar ou sentir por ela. A mãe superprotetora ou a filha problemática e dependente entram neste arquétipo também.

    Pessoa travada no seu processo criativo por afastamento do seu lado feminino. Falta de inspiração para mudar o que precisa ser mudado. Excesso de “amor”, relacionamentos destrutivos e sufocantes. Falta de fertilidade e de prosperidade. Excesso de dramaticidade do real. Precisa se dar permissão para viver mais as coisas boas da vida e cuida de si como cuida dos outros.


     

    O Imperador – “Aqui começa o mundo patriarcal da palavra criativa, que inicia o domínio masculino do espírito sobre a natureza.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa que dedicada demais a tudo o que é prático e racional, justamente por saber que isso lhe falta de maneira natural. Pessoa controladora (de si e dos outros) ou, se for para o outro lado, revoltada com todas as figura de poder.

    Falta de senso prático. Excesso de ilusões e fantasias. Falta de concretude. Problemas com figuras de poder, como chefes. Racionalizar demais como mecanismo de defesa. Falta do princípio da ação, pessoa acomodada. Falta contato com a realidade, vive no mundo mental, das idéias sem concretizar nada. Problemas em se destacarem do todo e em encontrar soluções na vida profissional. Saber que é o senhor de si, seu próprio imperador, e necessita incorporar o arquétipo para ser mais si mesmo.

    O Sumo Sacerdote – “... a personificação exteriorizada da luta do homem pela conexão com a divindade – da sua dedicação à busca do significado, que coloca o homem acima dos animais” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa que está distante de si e sempre precisa do outro (que acredita ser mais inteligente) para resolver as suas questões internas. Pode identificar pessoas que precisam sempre de um mestre, um guru ou qualquer coisa assim para chegar a Deus.

    Perda da ponte entre Deus e o homem. Crenças infundadas. Necessidade do outro para ver suas próprias questões. Projeção. Inveja. Falta de consciência do seu poder espiritual. Complexo de herói. Afastamento da parte sagrada do Self. Fanatismo religioso. Precisa aprender a ser o seu próprio mestre interior e confiar nas coisas que faz e diz, sem deixar suas decisões nas mãos de outras pessoas. Sair do mental e entrar mais no sentir.


     

    O Enamorado – “Podemos ver nesse moço a personificação do jovem e vigoroso ego, pronto para enfrentar a vida e seus problemas sem a ajuda de ninguém.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Fragilidade do ego. Fraqueza para tomar decisões. Excesso de indecisão. Processo de fuga dos conflitos. Excesso de fantasia como fuga da realidade. Não consegue se conectar com a mãe interna, não cortou o cordão umbilical da mãe real. Dependência emocional. Imaturidade. Enfrenta uma dualidade, utilizando fatores internos para não assumir a responsabilidade por si. Deixar sua indecisão e escolher seguir a sua alma, escolhendo o que precisa para crescer.

    O Carro – “ A jornada exterior não é apenas um símbolo da jornada interior, mas também o veículo para o nosso autodescobrimento” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Inflação do ego. Falta de equilíbrio e discernimento. Ter energia, mas não ter objetivos claros. Instabilidade emocional. Somatização de doenças por conta do emocional. Estados de mania e ansiedade. A pessoa que “coloca o carro na frente dos bois”. Medos infundados. Estagnação. Medo de tomar as rédeas e de dirigir.

    A pessoa completou um ciclo de sua vida e está sentindo necessidade de mudanças, principalmente a procura da sua independência e autonomia. Pode se apresentar como excessivamente independente, auto-suficiente e desapegado, ou o contrário. Nos dois casos denota a sua fraqueza e carencia afetiva. Deve realizar essa mudança profunda, esquecer o passado e ouvir mais o coração.

     

    A Justiça – “O equilíbrio é a base da Grande Obra” (Aforismo alquímico apud Nichols, 1980)

    No processo terapêutico: Estado de regressão infantil, pois tenta passar o tempo todo uma idéia de pessoa perfeita, somente para agradar aos outros. Pessoa que usa a raiva contra os outros e comete crimes. Auto-culpa acentuada. Falta de equilíbrio mental. Mudanças repentinas de humor. Falta de responsabilidade no sentido de não entender que o Universo nos manda o que precisamos. Sentimento de injustiça ou de ser o seu próprio juiz, julgando a si e aos outros com destreza, denotando seu ego rígido. Pode significar o momento em que a pessoa percebe que não pode mais ficar nesta posição agradadora o tempo todo.

     

     

    O Eremita – “... o frade aqui retratado personifica uma sabedoria que não se encontra em livros”. (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Sentir solidão por distância do si mesmo (vazio da alma). Fanatismo religioso. Tristeza profunda. Falta de sabedoria com as experiências. Retirar-se da vida por vontade própria. Falta de senso de observação e dificuldade de introspeção. Pessoa espiritualmente atacada. Superficialidade. Desligamento do Eu Superior. Pessoa tímida e compulsivamente introvertida, sexualmente imaturo por negar sua natureza instintiva. Precisa voltar a si mesmo estando alerta pra seus impulsos internos. Perceber que as circunstancias não são o problema e encontrar sua alma.

     

    A Roda da Fortuna – “... estamos presos no intérmino girar predestinado da Roda da Fortuna? Ou essa carta nos oferece outras mensagens, mais cheias de esperança?” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Estagnação. Envolver-se demais com os problemas externos desconsiderando a sua essência. Não aceitação dos fatos da vida como naturais e excesso de sofrimento por isso. Pessoa dramática e vitimesca. Pessoa que não consegue acessar transformações e mudanças necessárias à evolução humana e espiritual. Pessoa presa ao passado, que espera que sempre as coisas se repitam. Não consegue mudar o comportamento e, consequentemente, não consegue mudar as coisas. Precisa entender a relação entre seu interno e seu externo.

     

    A Força – “As energias outrora empenhadas na adaptação exterior começarão agora a preocupar-se mais com o crescimento interior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Lado emocional exacerbado. Ser dominado pelas emoções. Falta de controle da raiva e do ódio. Violência. Doenças psicossomáticas. A pessoa não consegue aceitar as suas emoções e elas acabam o engolindo. Fraqueza física e emocional. Sexualidade desequilibrada. Indecisão quanto à própria identidade sexual.

     

    O Enforcado – “Com as mãos amarradas atrás das costas, o Enforcado se acha tão indefeso quanto um nabo. Está nas mãos do Destino” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de coragem para abandonar o velho e conquistar o novo. Acomodação extrema. Necessidade de se voltar para dentro para voltar como uma pessoa renascida. Deixar-se nas mãos do Destino.

     

    A Morte – “Na natureza nada se perde. O rei está morto. Viva o rei” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Apego. Dificuldade de aceitar as mudanças. Pessoas arraigadas às velhas formas e velhas crenças. Apego a pessoas ou situações. Carregar um cadáver que não tem mais utilidade.

     

    A Temperança – “O tema dessa carta associa a temperança à Aquário, o carregador da água, o décimo primeiro signo do zodíaco.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de equilíbrio das emoções. Pessoa muito fria ou muito calorosa. Problemas em deixar fluir a vida e resolver, de forma natural, os seus conflitos. Pessoa não consegue ver a saída porque não analisa todas as partes do problema. Problemas circulatórios. Falta de confiança no fluxo da vida. Impaciência.

     

    O Diabo – “Chegou o momento de enfrentar o Diabo” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A não aceitação dos aspectos negativos do Ego como a arrogância, a inveja, a ganância, faz com que acabemos escravos deles. Ser escravizado por sua própria sombra por medo de enfrentá-la. Pode tornar-se uma pessoa malévola para si mesmo, descuidando de si por sentir-se culpado e gerar doenças e tragédias. Abertura de mediunidade não trabalhada, que leva a problemas espirituais. Falta de proteção. Promiscuidade e mau uso da sexualidade.

     

    A Torre – “Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Preso a padrões mentais destrutivos e antigos. Não consegue se jogar de sua prisão inconsciente. Preso a crenças antigas ou a situações desagradáveis. Pode representar uma pessoa que passou por uma destruição (como tragédias e problemas de saúde) e não consegue se reestruturar do trauma. Falta de fé na intervenção divina e em si mesmo. Falta de autoconfiança.

     

    A Estrela – “Não usando nenhuma proteção ou máscara, releva a sua natureza básica” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Espiritualidade usada para ter poder. Egoísmo. Inflação do ego. Arrogância e falta de preocupação com o outro. Falha nos projetos. Estagnação dos projetos de vida. Confunde aquilo que se é na essência com a sua máscara. Falta de contato consigo mesmo.

     

    A Lua – “... o próprio herói está ausente” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Loucura, depressão profunda. Não consegue enxergar as saídas para nenhum problema. Estado catatônico. Se perder o contato com a consciência, estados psicóticos. Mediunidade se confunde com problemas psiquiátricos. Perda do limite entre a razão e a loucura. Tendência a vícios. Baixa auto-estima. Síndrome do pânico.

     

    O Sol – “... onde a vida não é mais um desafio a ser vencido, mas uma experiência a ser desfrutada.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Tristeza, aprisionamento do ego, falta de auto-estima e de autoconfiança. Pessoa não consegue ser feliz com o que tem, não consegue ver as pequenas alegrias da vida. Mau humor. Hipocrisia. Critica demasiada. Orgulho. Vaidade.

     

    O Julgamento – “O Julgamento dramatiza o momento da ressurreição espiritual de diversas maneiras.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Desequilíbrio. Ficar preso na experiência em si e não na sua análise. Resistência a mudanças. Depressão, tristeza e falta de discernimento e senso crítico. Racionalizar demais as emoções ou dramatizar demasiado. Dificuldade de impor limite e dizer não. Culpas.

    O Mundo – “Chegamos à culminação da longa jornada” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de elementos no ego. Fracassos acumulados. Pessoa que não consegue concluir o que começou, pois sente que se perdeu. Sensação de estar perdido, de ter esquecido algo no meio do caminho. Problemas de memória. Falta de conscientização. Coloca a culpa de tudo nos outros e não assume a sua responsabilidade. Idealização demasiada das pessoas e das situações.

     


     

    1. Discussão

    Notamos que o tarô há muito deixou de ser um instrumento apenas usado por “curandeiros” ou até mesmo charlatãs para tirar dinheiro das pessoas em praça pública. Não que isso, infelizmente, não exista, assim como existem as sombras de todas as profissões. O tarô é apresentado aqui como mais uma ferramenta de entendimento do ser humano, de análise profunda de sua psiquê de que como isso tudo poderá ajudar o cliente a encontra um ponto dentro de si mesmo que o ajude a encontrar seu equilíbrio.

    Hoje sabemos das relações entre o psíquico e o físico, por exemplo. Com certeza, um desequilíbrio psicológico ou energético, ou até mesmo uma maneira errônea de encarar determinadas fases naturais da vida, poderiam acarretar qualquer um destes problemas físicos. Assim, quando quer profissional terapeuta holístico identifica um desequilíbrio pode, ao mesmo tempo, identificar um padrão psicológico que precisa ser mexido e mudado pela pessoa, para que o completo restabelecimento do cliente aconteça. Aqui, o tarô poderia fornecer o momento arquetípico do cliente e auxiliar no uso de quaisquer outras técnicas, já que sua função é somente “retirar” da inconsciência aquilo que lhe é necessário saber.

    Nota-se também que cada uma das cartas tem mais de uma possibilidade de interpretação. Esse aspecto deve ser levado em conta e procurar encontrar o exato ponto de confluência entre a carta e a história relatada pelo cliente. Assim, pode-se precisar a avaliação sem margens de erros. Por vezes, pode ser necessária mais de uma sessão para que o processo de associação livre fique claro e livre de interferências.

     

     

    1. Conclusão

    Fica esclarecido neste trabalho como o tarô pode ajudar em qualquer processo de mudança e de melhora que o cliente esteja passando, tanto para orientação da técnica a ser utilizada a seguir, quando do tempo arquetípico em si.

    De fato estes estudos e a maneira como ele pode ser usado dentro da sessão terapeutica ainda não estão finalizadas. Ainda podemos perceber que existe muito a estudar e pesquisar sobre o tema, inclusive com o relato direto de casos e comprovações. Este trabalho apenas se propôs a demonstrar as coincidências teóricas que podem ser levadas a cabo ao longo de um processo terapêutico. Este trabalho foi o início de uma jornada arquetípica para, uma vez mais, desenvolver técnicas que ajudem as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida e, em muitos casos, estabelecer a harmonização de suas feridas emocionais mais profundas. Tanto na evolução da humanidade, num contexto geral, como dos seres humanos, no contexto individual.

     

    1. Referências bibliográficas

    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

     

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994.

    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo. Editora Madras.2004.

    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004.

    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964

    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999.

    JUNG.C.G. Psicoterapia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.

    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.

    NICHOLS, S. Jung e o Tarô: Uma jornada arquetípica. Edição 9.São Paulo.Cultrix.2000

    PIERI.P.F. Dicionário Junguiano.. 1ª edição. São Paulo. Editora Vozes. Paulus Editora. 1998.

    PRAMAD,V. Curso de tarô e seu uso terapêutico. 3º edição. São Paulo. Madras. 2008

    RAPPAPORT, C.R. Teorias da personalidade em Freud, Reich e Jung. 1ª edição. São Paulo. EPU. 1984.

     

     

    1. Anexos e Apêndices

    Tabela 1 – Significado arquetípico das cartas do tarô

    Arcano

    Nomenclatura

    Significado

    0

    O Louco

    É a carta que não tem número. Liga o mundo real ao mundo espiritual .O inconsciente na sua forma mais pura, lado instintivo. Por saber usar esse lado instintivo, é ele que impulsiona nossas vidas para frente.

    1

    O Mago

    Inicio do processo de individuação proposto por Jung. Começo do pé na realidade da vida. Pode ser tanto mágico criador como embusteiro. Energias domesticadas, elementos para começar no caminho da vida. Porém, pode criar ainda as ilusões, aparência da realidade. Sugere ação.

    2

    A Sacerdotisa

    Representa o princípio feminino da divindade, o yin primário e as deusas femininas. Receptividade. Passividade. Contenção e tradição. Persistência, amor e paciência feminina. Experiência interior. Espiritualização.

    3

    A Imperatriz

    O princípio feminino no sentido Terra, Mãe, mundano. Capacidade criativa. Poder do amor. Sociabilidade e socialização. Ação e conclusão. Criação. Capacidade intuitiva. Inspiração.

    4

    O Imperador

    Princípio masculino yang. Racionalidade. Princípio da realidade. Ação. Consciência. Responsabilidade. Figuras masculinas de poder (pai, chefe). Mente.

    5

    O Sumo Sacerdote

    Liga o mundo interno e externo de maneira mais consciente. União do masculino e do feminino sagrado. Ponte entre o homem e Deus. Contato do homem com o seu espírito. Consciência do poder espiritual. Principio masculino e racional da espiritualidade.

    6

    O Enamorado

    Conflito. Princípio da realidade. Consciência. Desejos antagônicos. Romper o cordão umbilical. Encontrar a força dentro de si. Dúvidas. Ligar a vida espiritual e emocional. Conflito como fonte de crescimento e evolução.

    7

    O Carro

    A viagem pela vida. Autodescobrimento através das vivências e experiências. Ação. O próprio corpo do consulente. Estabilidade. Proteção.

    8

    A Justiça

    Dualidade humana. Inocência e culpa. Equilíbrio. Responsabilidade gerada pelo conhecimento. Fim das ilusões e da inconsciência. Poder de discriminação entre o certo e o errado. Necessidade de pesar as coisas. Opostos trabalhando juntos.

    9

    O Eremitha

    Necessidade de solidão e meditação. Encontrar os significados interiores. Espiritualização. Observação. Sabedoria. Aspectos ligados à mediunidade.

    10

    A Roda da Fortuna

    O dentro e o fora. O eterno girar da vida e dos acontecimentos. Dentro é a essência e fora o acontecer. Equilíbrio quando no meio da roda, olhando a situação de dentro e deixando com que as coisas aconteçam. Mudanças. Nascimento e morte. Uso do instinto e do mental como forma de equilíbrio.

    11

    A Força

    Força do instinto. Domínio das emoções através da anima (força feminina). Domínio do nosso lado animal. Sexualidade equilibrada. Emoções equilibradas. Força interior.

    12

    O Enforcado

    Período de transição. Abandono de velhas atitudes e se deparar com o novo. Necessidade de coragem e sacrifício. Acomodação. Traição das velhas tradições.

    13

    A Morte

    Transformações, mudanças repentinas. As grandes fases de mudanças. Morte do velho para renascer o novo. Período de desapego. Revitalização. Renovação.

    14

    A Temperança

    Temperar as emoções. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Emoções profundas e desafios da alma. Dissolução das velhas formas e o desatamento de nos rígidos. Situações de conflito em que se deve ser os dois lados da moeda.

    15

    O Diabo

    Estagnação. Energias negativas circundando a questão. Nossa sombra, nosso lado negro e cruel. Arrogância, orgulho, inveja, cobiça. Magia negra.

    16

    A Torre

    Destruição das velhas crenças e das velhas formas de viver. Quando não é mais possível, pela própria ordem natural das coisas e do Universo, manter uma situação que não está de acordo. Pode representar a ira e a intervenção divina.

    17

    A Estrela

    Auto-aceitação da sua natureza básica. Ligação com a alma e não somente com o Ego. Entendimento. Compreensão do todo. Intuição e luz. Espiritualidade. O pessoal e o transpessoal.

    18

    A Lua

    Aquilo que está escondido na noite do inconsciente. Depressão. Fuga da realidade para o mundo interior. Mediunidade. Desolamento. Infertilidade. Mergulho no deserto do inconsciente.

    19

    O Sol

    Alegria. Consciência. Auto-estima elevada. Sensação de liberdade. Inocência infantil. Prosperidade. Proximidade com a nossa natureza e aceitação desta.

    20

    O Julgamento

    Finalização de processo. Separar o joio do trigo para um novo recomeço futuro. Análise profunda das situações da vida. Equilíbrio entre a razão e a emoção, sensação e intuição. Aceitação das mudanças.

    21

    O Mundo

    Eu como centro do equilíbrio psíquico. Interação dos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água). Integração dos aspectos femininos e masculinos, negativos e positivos do ego. O ego está completo e se sentindo pleno de sentido. Vitória. Triunfo.

    Fonte: “Jung e o Tarô – uma jornada arquetípica” – Sallie Nichols – Ed.Cultrix

    Autor: : Andrea Pavlovitsch - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 06/05/2008 13:38


    BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS


    BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA


    Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099

    Orientador: Henrique Vieira Filho




    Trabalho apresentado ao SINTE pela aluna Débora Monteiro Morales como requisito para conclusão do curso de Estudos Avançados Psicoterapia Holística, sob a orientação de Henrique Vieira Filho.







    Canoas, setembro de 2008.



    AGRADECIMENTOS

    Ao universo, que me proporcionou esta viajem que é viver e experimentar seus sabores e dissabores, mas experimentar, sentir, respirar,estar, enfim viver.

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO..............................................................................................................3

    RESUMO......................................................................................................................3

    MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................4

    DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.......................................4

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA...........................................................6

    Bioenergética e Terapia Vibracional............................................................10

    Alexander Lowen e Bioenergética................................................................11


    RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE.....................................13


    DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO................................................16


    DISCUSSÃO E CONCLUSÃO...................................................................................18


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................19

















    RESUMO

    Através deste trabalho discorro sobre psicoterapia holística e a sua inter-relação com a bioenergética. Pois a observação das características físicas de um cliente pode demonstrar informações de grande valia para o psicoterapeuta holístico. Para tanto foi feita uma correlação das características filosóficas da Terapia Tradicional Chinesa e a Bioenergética, terapia ocidental de Alexander Lowen.

    Com o objetivo de relacionar seus pontos em comum e desenvolver uma visão interativa entre as duas filosofias.

    INTRODUÇÃO

    O ato de buscar algo é a base para a experiência de prazer e representa uma expansão de todo o organismo, como um fluxo de sentimentos e energia que vai até a periferia do corpo.Na psicoterapia holística são tratadas as couraças desenvolvidas pelo fechamento, retraimento e retenção que são experiências de desprazer, podendo provocar dor ou ansiedade, que seriam o resultado de uma pressão criada pela energia de um impulso bloqueado. Se a musculatura contém o impulso, ocorre contração e dor; se a musculatura não dá conta de conter a excitação do impulso, ocorre ansiedade (LOWEN, 1982).

    Em similaridade ao enfoque bioenergético, os fundamentos da Terapia Oriental Chinesa se voltam para a manutenção ou a reintegração do fluxo natural de energia do indivíduo, tentando ingressar a pessoa em sua força interior e na convicção de suas atitudes. Resgatando ao corpo o equilíbrio que conduz a beleza natural de cada pessoa.

    Dentre as técnicas utilizadas nas terapias orientais destacam-se o recondicionamento físico para melhorar o fluir de energia do corpo energético e suprir o corpo físico, melhorando sua integridade e defesa natural; e o toque, que pode ser feito através de reflexologia, shiatsu, acupuntura entre outros.

    Diante de um processo de desequilíbrio, momentâneo ou prolongado, o fluxo vital é reduzido e a rede meridiana transmite as informações disponíveis para todo o sistema (CHUNCAI, 1999).

    Como já se pode observar o princípio de livre fluir energético e a inter-relação corpo-mente, são à base de ambas as abordagens.


    MATERIAL E MÉTODOS

    A presente monografia tem como referência revisões bibliográficas de livros relacionados à Psicoterapia Holística, Terapia Milenar Chinesa, Bioenergética, e Terapia Vibracional. Dessa maneira foi traçado um comparativo entre as Filosofias Milenares Chinesas e a Psicoterapia Bioenergética Ocidental, o que revela uma grande similaridade entre ambas, tornando o trabalho do Psicoterapeuta Holístico mais abrangente tanto na linguagem oriental como ocidental. Pois em ambas o fluxo livre de energia é o sinônimo de qualidade de vida.


    Capitulo 1

    DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.

    “Formou o senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se uma alma vivente.” (Gênesis 2:7).


    Segundo Lowen (1977), a bioenergética procura entender o caráter do indivíduo pelo corpo e seus processos energéticos, sendo estes, a produção de energia pela respiração e pelo metabolismo, e a descarga de energia no movimento. Na terapia bioenergética, combinam-se os trabalhos corporais e mentais, com o objetivo de equilibrar as funções energéticas do indivíduo. Os trabalhos corporais utilizados pela bioenergética podem ser manipulatórios (massagens, toques) ou exercícios específicos, para diminuir tensões musculares e facilitar a respiração.

    A bioenergética é o estudo da personalidade humana em termos de processos energéticos do corpo. Pois a energia está envolvida em todas as coisas, tanto vivas quanto inertes (BRENNAN, 2006).

    Sentimentos armazenados, conflitos vivenciados e as perdas sofridas juntamente com a qualidade das relações afetivas, determinam a constituição de um indivíduo. Dessa forma a história de vida está gravada em cada corpo o qual necessita liberar medos e tensões para tomar consciência de emoções contidas, construindo um sentir e agir livre e verdadeiro (MONARI, 2002).

    As diversas culturas e religiões sempre desenvolveram técnicas com energia e suas relações com o corpo humano, animais, plantas e fenômenos naturais. Muito comum encontrar a figura dos xamãs que manipulavam as forças invisíveis com seus rituais, bem como os sacerdotes que eram mestres da ciência oculta, profundos conhecedores e manipuladores da energia sutil. Além disso, em diversos países do mundo antigo, os magos e feiticeiros sempre estiveram presentes, trabalhando com essas técnicas (HARTMAN, 2006).

    Por volta de 320 a.C, o povo chinês desenvolveu as bases da sua medicina tradicional, onde o ser é tratado com a visão energética (KIDSON, 2006).

    Na tradição hindu, a energia sutil é amplamente conhecida pelos yogues e seus discípulos com o nome de prana. Através de exercícios respiratórios, meditação, exercícios de concentração, posturas psicofísicas (asãnas), os yogues alcançam um profundo estado de paz e equilíbrio (JOHARI, 2007). Convém salientar os fenômenos e curas promovidas por Jesus e seus apóstolos, com a imposição das mãos e o emprego das palavras, são manifestações das energias sutis, potencializadas por esses grandes seres em favor dos necessitados. Isto mostra que Jesus possuía um potencial energético bastante equilibrado, a ponto de contagiar a todos apenas com sua presença.

    Mais adiante, na Europa do século XVIII, a ciência moderna começava a se destacar, surgindo uma distinção entre razão e misticismo. Neste periodo, Franz Anton Mesmer, postulou a existência de um magnetismo animal. Através da manipulação deste magnetismo promoveu diversas recuperações do equilíbrio energético. Na ciência do século XIX, surgem duas teorias que contribuíram para o entendimento da bioenergia: a teoria da libido de Freud, e a teoria do orgônio de Wihelm Reich. A psicanálise mostrou que as energias emocionais quando reprimidas (em desarmonia) causam doenças. Reich por sua vez, tinha plena convicção da existência de uma energia primordial responsável pela matéria viva (LOWEN, 1982). Desta forma começou a trabalhar diretamente com o corpo, utilizando uma técnica que visava especificamente aprofundar e liberar a respiração, a fim de melhorar e intensificar a experiência emocional (LOWEN,1982).

    Mais tarde, Alexander Lowen e John Pierrakos, alunos de Reich, ampliaram esse método transformando-o no que se conhece atualmente como Bioenergética. Juntos começaram a explorar possibilidades diferentes de trabalhos envolvendo o corpo no processo terapêutico. Buscando liberar as tensões, criaram as posturas em pé para promover vibrações, e desta descoberta nasceu o conceito de grounding (LOWEN, 1982).

    Após algumas experiências, utilizadas entre eles e com clientes, perceberam que era possível utilizar em conjunto o grounding, a respiração e as vibrações involuntárias, associadas ao som e aos toques sobre a musculatura tensa, para promover a ligação energética e emocional entre sentimentos do coração, sentimentos sexuais e a consciência (LOWEN, 1977). Eles partiram dos movimentos voluntários para despertar os involuntários e assim desencadear os sentimentos inconscientes enraizados na memória corporal. Embasando esta técnica na compreensão da profundidade de conflitos interiores perceberam a importância das vivências afetivas, onde estão às bases do aprendizado, quando são estabelecidos em primeira mão sentimentos, expressões e relações com o outro (LOWEN, 1982).


    Capitulo 2

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

    “É essencial compreender que o homem tem dois aspectos: um espiritual e um físico... Sob a orientação do nosso Eu espiritual, nossa vida Imortal, o homem veio ao mundo para adquirir conhecimento e experiência e para se aperfeiçoar como ser físico. O corpo físico sozinho, sem comunhão com o espiritual, é uma concha vazia, uma rolha sobre as ondas, mas quando há união à vida é uma alegria, uma aventura de interesse absorvente, uma jornada cheia de felicidade, saúde e conhecimento”. (BACH, 1930)

    Segundo Edward Bach (1930) a desarmonia do Eu Espiritual pode produzir uma série de problemas no corpo, pois ele é uma simples reprodução da condição mental de um indivíduo. Assim sendo, a pessoa é vista como uma unidade psicossomática, onde defesas psicológicas usadas para lidar com a dor e o estresse, tais como racionalizações, negação e supressões também estão ancoradas no corpo. Estes aparecem como padrões musculares que inibem a expressão. Tais padrões tornam-se inconscientes e passam a fazer parte da própria identidade da pessoa, impedindo que ela consiga se modificar, mesmo que entenda a natureza do problema.

    Os processos energéticos do corpo estão relacionados ao estado de vitalidade do organismo. Isto ocorre por falta de pressão interna ou de circulação da energia que fica estagnada (LOWEN, 1982). O decréscimo de energia restringe a mobilidade e a capacidade para ação espontânea e natural, com graça e emoção. A compensação do organismo encouraçado é o movimento mecânico, programado, sem sentimento. É um padrão de comportamento limitador, geralmente criado na infância para garantir a sobrevivência (LOWEN, 1982). Segundo as terapias orientais existe uma energia vital que passa a existir no momento em que a vida humana é gerada, no instante onde um óvulo se une a um espermatozóide e só nessa situação o homem é único. A partir daí, pelas sucessivas divisões celulares leva a formação do complexo humano, e a energia vital está com o seu fluxo contínuo. Apesar disto, tudo que o envolve é energia. O ponto inicial desse fluxo de energia no ser humano é o ponto umbilical, meio por onde o feto respira e se alimenta (BRENNAN, 2006).

    Assim, os seres humanos são microcosmos dentro do macrocosmo universal, os princípios do fluxo de energia do Universo são os mesmos que dos seres humanos, onde se mantêm em um estado de equilíbrio dinâmico entre pólos de natureza oposta, complementar, cuja essência é chamada de Yin e Yang (MACIOCIA, 2007).

    Dessa forma se enfatiza o retorno ao fluxo de energia que se iniciou no útero, é um método pelo qual o adulto recobre o equilíbrio original, onde as duas energias, Yin e Yang, são reequilibradas constantemente (PENNA, 2004).

    O Yin, elemento feminino, a terra, a mãe, a lua e o yang, elemento masculino, o pai, o sol, o céu. Mesclados, proporcionam um fluxo morno na circulação micro cósmica, desde quando feto (PENNA,2004).

    À medida que o bebê cresce, a sua energia vai se estabelecendo em partes quentes e frias. Quando chega a idade adulta, o Yang sobe para a parte superior do corpo e o Yin desce para a inferior, porém as tensões físicas e mentais da vida acabam bloqueando progressivamente as rotas de energia, bem como congestionando os centros energéticos, deixando de nutrir os órgãos internos de energia vital, provocando desequilíbrios emocionais, doenças, velhice e morte prematuras (PENNA, 2004).

    Conforme Zhou Chuncai (1999), o corpo somente estará saudável se funcionar segundo as interações correspondentes aos cinco elementos, Qualquer ruptura nestas interações resulta em desequilíbrio. Dessa maneira, “a primavera é cálida: o Qi do fígado começa a crescer. O verão é quente: o Qi do coração começa a crescer, O outono é seco: o Qi dos pulmões declina. O inverno é frio o Qi dos rins se oculta.”

    Em um corpo saudável, a energia circula constantemente em si onde todo o processo se auto-regula. Contudo, em um corpo com bloqueios energéticos, ocorrem desequilíbrios neste fluxo, gerando áreas ou órgãos com carência de Qi, ou "vazio”, e áreas ou órgãos com acúmulo ou bloqueio de Qi, ou plenitude.

    Portanto é possível pensar no corpo humano como um campo de contínua movimentação de energia, que circula entre as células, os tecidos, os músculos e os órgãos internos, mantendo a homeostase energética entre:

    • Wei Qi: energia de defesa, proveniente da união da energia celeste com a terrestre e responsável por toda defesa e resistência contra as energias perversas (fatores de adoecimento); Circula fora e dentro dos Canais de Energia Principais dependendo do horário.

    • Rong Qi (Yong Qi): energia nutritiva, proveniente da essência dos alimentos e responsável por toda a nutrição energética das estruturas do corpo; circula nos Canais de Energia.

    • Zhong Qi: formação semelhante ao Wei Qi, é responsável pela dinâmica cardiorespiratória e pela respiração celular.


    "O Qi gera o corpo humano assim como a água se transforma em gelo. Conforme a água se congela gerando o gelo, assim o Qi se condensa para formar o corpo humano. Quando o gelo derrete, ele se transforma em água. Quando uma pessoa morre, se transforma em espírito (Shen) novamente. Chama-se espírito, assim como o gelo derretido passa a ser chamado de água" (CHONG).


    A Qi circula e nutre todo o corpo através dos meridianos os quais formam uma rede entrelaçada de trilhas interconectadas que ligam os órgãos, a pele, os tecidos, os músculos e os ossos, unificando o corpo. O Qi que circula entre os canais tem natureza mais Yang na defesa externa do corpo, ou mais Yin, na nutrição interna do corpo (MANN, 1994).

    Estes canais estão ligados mais profundamente aos órgãos (Zang) e vísceras (Fu) e se externam em ramificações mais superficiais na pele, voltando a se aprofundar em seguida, da mesma forma que outras estruturas do corpo humano, como o sistema nervoso e o sistema circulatório. Esta rede é formada por meridianos principais (12), extras (8), distintos (12) e outras ramificações e canais secundários (MACIÓCIA, 2007).

    Cada um dos doze órgãos e vísceras que compõem a visão chinesa do corpo humano é ligado a um meridiano ou canal de energia principal, cujo nome corresponde ao órgão ou víscera ao qual afeta. A cada órgão (Zang) se corresponde uma víscera (Fu) e a energia de um afeta diretamente a energia do outro (MACIOCIA, 2007).

    Conforme o conceito bioenergético de instinto, Lowen (1982) salienta que o impulso é um movimento energético do centro para a periferia do organismo, onde afeta a relação deste com o mundo exterior. Desta maneira surgem dois propósitos, a função de carga, relacionada com a ingestão de alimentos, respiração e excitação sexual; e a função de descarga energética tais como a descarga sexual e a reprodução.

    Assim como na terapia oriental o corpo humano se divide em yin e yang, para Lowen (1982), a diferenciação da estrutura corporal em termos de carga e descarga é estendida aos membros. No entanto, a metade superior do corpo volta-se a função de carga energética, e a descarga energética se relaciona com a porção inferior do corpo, assumindo a responsabilidade de locomover o organismo no espaço.

    Aplicando isto a bioenergética observa-se que pensamentos e sentimentos são condicionados por fatores energéticos carga, descarga, pulsação, intensidade, grounding, centramento. Se a energia é retida, ela se transforma e gera pensamentos, sentimentos e atos literalmente distorcidos, onde esta distorção fica também visível no corpo (LOWEN, 1982).

    Portanto, estar plenamente vivo fundamenta-se no estado vibratório do sistema, sendo percebido na expansão/contração pulsátil do organismo, inclusive no sistema vegetativo, respiratório, circulatório e digestivo. A atitude vibratória é responsável por ações espontâneas, liberação emocional e funcionamento interno harmônico.



    Bioenergética e Terapia Vibracional


    A vibração é uma reação à liberação da sobrecarga de energia retida em determinadas partes do corpo, através dos exercícios. Na bioenergética considera-se um corpo sadio, quando está em constante estado de vibração, sentindo-se ligada ao contexto do todo (BRENNAN, 2006).

    Terapia Vibracional é um termo genérico que designa todas as terapias que visam atuar no campo de energia de um outro ser com o objetivo de recompor seu equilíbrio (HARTMEN, 2006).

    A Terapia Vibracional, através da bioenergética, ajuda a pessoa a reconhecer e tomar consciência das emoções e pensamentos indesejáveis que possam estar prejudicando seu desenvolvimento pessoal, sua saúde e sua vida, ajudando o indivíduo a perceber o sentido de seu sofrimento, a causa de seus sintomas e os caminhos que deve escolher ou evitar, para reconquistar o equilíbrio energético e bem-estar (MONARI, 2002).

    Sendo assim é possível perceber que alterações energéticas físicas ou psíquicas não ocorrem por acaso, mas surgem de conflitos internos, falhas e dificuldades de vencer o orgulho, a crueldade, o egoísmo, o ódio, a ignorância, a cobiça, traumas, medos, mágoas e a instabilidade entre outros fatores.


    “A inadequação do indivíduo perante Si Mesmo (a recusa em ouvir sua voz interior e a falta de auto conhecimento) e, por conseqüência perante o Universo, resulta em desarmonia psíquica, física e social, pois estas três não existem isoladamente. Um é conseqüência do outro, formando um continuum. Do mesmo modo, mas percebido no sentido inverso, uma desarmonia sociofisicopsíquica afastaria o ser de si mesmo.” (VIEIRA, 1994).


    Com esta proposta terapêutica profunda, é possível ajudar o indivíduo a erradicar o estado mental negativo causador do sofrimento, desabrochando nele sua virtude oposta privilegiando a dimensão extra-corpórea do ser humano. Essa dimensão, aliada ao instinto e ao intelecto faz parte da mente humana, capaz de perceber e comandar o próprio corpo, já que está ligada a ele por um complexo circuito de emoções (BRENNAN, 2006).

    Devido a repressões e traumas, inconscientes ou conscientes o indivíduo passa a negar alguns desejos, acontecimentos e emoções, a fim de mantê-los longe das lembranças, criando couraças para esconder seu verdadeiro ‘eu’. Inicialmente estas atitudes atuam como mecanismo de defesa, contudo, ao manter bloqueado o acesso a determinados fatores psíquicos que sejam dolorosos, é refletido no corpo tudo aquilo que foi escondido. Um verdadeiro alerta de que algo precisa ser compreendido (LOWEN, 1982).

    Na terapêutica vibracional as pessoas começam a obter um novo enfoque sobre as circunstâncias do sofrimento em que se encontram, dando a elas a possibilidade de reverterem o processo, com muito mais clareza, compreensão e tranqüilidade. Tratando as máscaras abre-se a mente para um novo horizonte (BACH, 1910).

    Alexander Lowen e Bioenergética


    A partir de Reich as abordagens corporais ocupam um espaço significativo no campo psicoterápico, passando inclusive a serem consideradas cientificamente. A terapia Bioenergética configura-se como uma das primeiras abordagens deste movimento, iniciando-se em 1953, por Alexander Lowen, discípulo de Reich.

    A base teórica da bioenergética é a, consideração da história analítica, o processo de desenvolvimento psicossexual e a dinâmica familiar como fatores fundamentais na formação da personalidade. Além disso, Lowen (1982) considera que o contexto social exerce influência na personalidade do indivíduo. O método terapêutico utiliza também da análise, dos conceitos de resistência, transferência e contratransferência, bem como a associação livre,e a interpretação dos sonhos.

    Através da sua própria experiência como cliente de Reich e, posteriormente, do seu colega John Pierrakos, e do seu trabalho com os seus clientes, Lowen pode perceber que analisar o modo habitual de uma pessoa ser e comportar-se merece tanta atenção quanto à importância dada ao trabalho com tensões musculares. Daí iniciou um estudo sobre os tipos de caráter, relacionando as dinâmicas físicas e psicológicas dos padrões do comportamento. Concluiu que ‘a vida de um indivíduo é a vida de seu corpo’(LOWEN, 1982).

    Durante o desenvolvimento da estrutura egóica, a criança está vulnerável a três tipos fortes de distúrbios, cada um deles deixará uma marca peculiar em sua personalidade:


    a)A privação resulta na oralidade;

    b)A repressão leva ao masoquismo;

    c)A frustração à rigidez.

    Lowen aperfeiçoou a teoria da análise do caráter e classificou os tipos de caráter em: esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido (fálico-narcisista para os homens e histérico para as mulheres).

    Não existe um caráter puro, a maioria das pessoas revela uma combinação razoável de traços de caráter. Não raro, elas exibem uma mistura caracterológica que dificulta o diagnóstico.

    A realidade adulta exige que o indivíduo funcione adequadamente em seu trabalho, em suas relações afetivas e com a sexualidade. Essa exigência, entretanto, nem sempre é atendida. A existência do caráter dificulta a plenitude do funcionamento das potencialidades humanas. Dependendo da severidade do trauma infantil, a experiência fica limitada e empobrecida (LOWEN, 1984).

    Lowen postula a busca de um caráter genital, que em oposição aos caracteres neuróticos, viabilizaram essa plenitude.


    Caráter neurótico

    *Há uma congestão da libido com inadequada satisfação;

    *Repressão libidinal / formação de sintomas – fobias;

    *Transferência adulta;

    *Fixação sexual infantil;

    *Conflito ID x superego;

    *Ilusões;

    * Energia represada;

    *Ódio, mágoa;

    *Trabalho compulsivo;

    *Insatisfação orgástica.


    Caráter genital


    *Alternância entre tensão e satisfação libidinal;

    *Potência orgástica, capacidade de entrega e prazer;

    *Sublimação do desejo edípico;

    *Vida sexual saudável;

    *Satisfação adequada dos impulsos;

    *Ego real próximo do ego ideal;

    *Fluidez energética - Amor, ternura;

    *Adequação entre carga e descarga;

    *Satisfação orgástica, prazer.

    Atingir o caráter genital é a meta de todo ser humano. Ser feliz, amar e se sentir adequado.


    Capítulo 3


    RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE


    RESPIRAÇÃO


    A respiração é uma das funções mais enfatizadas pela Bioenergética.


    “A respiração correta envolve todos os músculos da cabeça, pescoço, tórax e do abdômen, além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da capacidade de realizar bem esses movimentos de sucção com o corpo inteiro... A respiração fornece o oxigênio para o processo metabólico, mantém literalmente a chama da vida... Através da respiração harmonizamos-nos com a atmosfera. Em todas as filosofias orientais e místicas, a respiração guarda o segredo da bênção maior” (LOWEN, 1984).


    A saúde vibrante está diretamente relacionada à boa respiração, visto que é o oxigênio que produz a energia, pois a respiração completa possibilita maior contato com os sentimentos, aprisionados no corpo, é importante que, no processo terapêutico, a atenção esteja voltada à respiração espontânea do cliente, o que pode facilitar uma leitura mais eficaz dos seus conteúdos internos.

    Os exercícios respiratórios têm a função de fazer o indivíduo perceber como é o seu padrão respiratório.


    Couraças


    Couraça é uma espécie de armadura de tensão que impede o fluxo energético e biológico. Ela se forma como uma defesa contra os perigos do mundo externo e interno. A criança chega ao mundo livre e solta, mas é totalmente dependente de outros que não a compreendem, assim começam os primeiros traumas, as primeiras impressões se formam, e vão definindo o caráter. Há um grande medo do desconhecido e já não é possível sentir-se uno, integrado a tudo e a todos. O ponto crucial a ser retido, aprisionado, parece ser o terror de se render à convulsão orgástica, na qual o homem se funde por completo com a natureza.

    A couraça muscular do caráter é a soma das não liberdades da pessoa, resumo de tudo que pretendeu fazer e lhe foi proibido, de tudo que ela não pretendia e lhe foi imposto.

    A couraça impede a pulsação e a vibração do corpo. A energia não flui facilmente e posteriormente todo o corpo fica tenso, envelhece e adoece. O indivíduo fica impossibilitado de sentir e de se expressar livremente. O homem torna-se semelhante a uma pedra fria e imóvel.

    O homem orgástico é totalmente livre de couraças, é um canal aberto para a energia é um ser pleno e vibrante é pura potência. O Poder é fruto do ego do sentir-se diferenciado; a potência é a capacidade total do homem, e a capacidade de um não limita a de outro, é possível a todos manifestar essa potência total.


    Grounding

    Na bioenergética, grounding significa, fazer a pessoa entrar em contato com o chão...Estabelecer um contato adequado com o chão, local onde se pisa.” (LOWEN, 1982)


    Apesar de estar com os pés no chão, a pessoa com desequilíbrio energético não possui um contato sensitivo com o mesmo. O grounding possibilita a liberação do acúmulo de energia, da pessoa para o chão.

        1. É uma postura corporal básica da abordagem bioenergética e deve estar presente em todos os exercícios. O grounding deve ser construído com a pessoa em pé, com uma distância de aproximadamente 30 cm entre os pés, os artelhos virados ligeiramente para dentro, joelhos flexionados, coluna ereta, e respiração profunda.

    Estresse


    Uma das causas mais comuns dos distúrbios energéticos é o estresse – o efeito das pressões cotidianas sobre o corpo, ao lado de outras influências negativas, como a poluição, os aditivos e agrotóxicos nos alimentos e a vida urbana. Todas as pessoas são afetadas pelo estresse em diferentes níveis e, como conseqüência, muitas desenvolvem diversos problemas físicos, entre os quais dor de cabeça e enxaqueca, tensão na nuca, dor nas costas, distúrbios digestivos, debilidades do sistema nervoso, pressão alta, doenças na pele e constantes gripes e resfriados.

    O estresse é o resultado de uma reação do organismo quando estimulado por fatores externos desfavoráveis. Neste momento ocorre uma descarga de adrenalina no organismo, onde os órgãos que mais sentem são os aparelhos, circulatório e respiratório.

    No aparelho circulatório a adrenalina promove a aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia) e uma diminuição do tamanho dos vasos sangüíneos periféricos. Dessa maneira, o sangue circula mais rapidamente para uma melhor oxigenação, principalmente, dos músculos e do cérebro já que ficou pouco sangue na periferia, o que também diminui sangramentos em caso de ferimentos superficiais.

    No aparelho respiratório, a adrenalina promove a dilatação dos brônquios (bronco dilatação) e induz o aumento dos movimentos respiratórios (taquipnéia) para que haja maior capitação de oxigênio, que vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulatório, também devidamente preparado pela adrenalina.

    Quando o perigo passa, o organismo pára com a grande produção de adrenalina e tudo volta ao normal. Atualmente as situações de estresse estão sempre ao redor o que desencadeia na constituição orgânica, níveis de estresse muito acima do tolerável.

    Embora as terapias complementares não possam prevenir o estresse que ocorre na vida cotidiana, elas podem ajudar a lidar melhor com ele. Um dos importantes benefícios é o relaxamento. O tratamento aborda o corpo como um todo, não um grupo de sintomas, e pode ajudar tanto físico quanto mentalmente. Dessa forma ajuda-se o corpo a desenvolver maior resistência física para sustentar sensações.




    Capítulo 4


    DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLISTICO


    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquico. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.”


    As terapias complementares partem da observação, de uma experimentação extraordinária e de milênios de prática, elaborando um sistema que tem o mérito de ser aplicável e de funcionar na prática. Essa cuidadosa observação levou à elaboração de um sistema sociossomatopsíquico (VIEIRA, 2006).

    Na visão holística adotada pela terapia tradicional chinesa, por exemplo, os pensamentos e as emoções influenciam diretamente a força vital, aumentando, ou estagnando o fluxo de energia pelo corpo, onde o psiquismo não pode ser separado dos órgãos e vice-versa, pois as perturbações psíquicas, relativas às emoções, podem perturbar diretamente os órgãos e as alterações orgânicas podem agir sobre o psiquismo (PENNA, 2004).

    A psicoterapia holistica trabalha com as cinco emoções (alegria, tristeza, reflexão, cólera e medo), sendo o estado de equilíbrio energético dependente da harmonia entre elas, dessa forma alterações emocionais levam aos quadros de excesso ou deficiência (MACIOCIA, 2007).

    Dentro deste contexto, tanto a Bioenergética de Lowen, quanto as Terapias Milenares partem do conceito da existência de uma energia única que une o corpo e o espírito constituindo um dos fundamentos de terapias orientais como a Yoga, o Tai-chi-chuan e a Acupuntura.

    A Bioenergética dá muita importância ao crescimento pessoal aprofundando o auto conhecimento, desenvolvendo uma atitude positiva em relação ao próprio corpo, assim como os exercícios orientais, com uma característica profilática tanto para a mente como para o corpo.

    A maior similaridade entre as técnicas utilizadas em Psicoterapia Holística e Bioenergética de Lowen está na respiração, onde reter ar nos pulmões causa tensões, diminuindo o livre fluxo de energia, convém salientar que bioenergética é uma das técnicas empregada em psicoterapia holística.

    Em técnicas de exercícios corporais como o Tai Chi Chuan, não interromper o fluxo é um ato de coragem, sentir plenamente e agüentar firme, onde o gesto deve fluir, bem como a respiração, pois um interage com o outro (WONG, 2001).

    Ao aconselhar para que o indivíduo sinta sua respiração surge a descoberta para si mesmo sentimentos escondidos pela racionalidade. Dessa maneira restauram o equilíbrio psicossomático; relativo simultaneamente aos domínios psíquico e orgânico, pela liberação, ativação, sedação ou desbloqueios dos fluxos energéticos (LOWEM, 1982).


    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.”


    Na Terapia Holística, o trabalho terapêutico da respiração é uma maneira de ligar a pessoa com seus sentimentos trazendo consciência sobre a escolha de caminhos na vida; Pois, ajudam o praticante a dar fluxo as suas forças internas, a saber, a imaginação, o sentimento, o pensamento e ação (SEVERINO, 1988).

    Segundo as terapias orientais, existe um elo com o conceito da existência de uma energia única que une corpo, mente e espírito. Neste entendimento podem-se citar as seguintes terapias: Ayurvédica (yoga, meditação e massagens), Acupuntura (Tschen Tschiu), Tai Chi Chuan , Tui Na, Chi Nei Tsang , Shiatsu, Do in, Jin Shin Jyutsu, Cromoterapia, Reiki. Todas estas terapias orientais tratam desequilíbrios energéticos, relacionando o espírito individual, consciência individual e cósmica, energia e matéria (LANDMAN, 2005).


    DISCUSSÃO E CONCLUSÃO


    Após verificar quais emoções estão reprimidas ou excessivas, o Psicoterapeuta Holístico volta sua atenção para os fundamentos dos Cinco Movimentos da Terapia Chinesa, representados pelos elementos Água, Terra, Fogo, Madeira e Metal. Dessa maneira pode interpretar dentre outras coisas, as disfunções do funcionamento orgânico e o psiquismo.

    Cada um dos elementos supracitados possui um órgão e uma víscera correspondentes denominados Zangfu, os quais podem estar em equilíbrio, excesso ou deficiência energética, servindo de informação para o tratamento mais adequado no momento.

    Dessa maneira podemos destacar as seguintes características, conforme a tipologia de cada um:

    Água: em equilíbrio tem vontade firme, auto-respeito, persistência diante de dificuldades sem correr riscos desnecessários.

    Em excesso o indivíduo se torna muito ativo, ambicioso, imprudente, com medo de perder o controle procurando segurança através do domínio e poder sobre tudo e todos.

    Na deficiência, apresenta pouca energia, medo, desiste facilmente e sem perseverança.

    Terra: em equilíbrio apresenta calma e ordem, pensamento lógico, personalidade estável com capacidade de apoiar ou cuidar sem interferir na vida de outrem.

    Em excesso torna-se dominador da vida alheia, com personalidade possessiva, intrometido.

    Na deficiência demonstra muita preocupação, excesso de pensamentos, sem ação, sem importar-se consigo nem com os outros.

    Fogo: em equilíbrio, irradia o sentimento de amor, calmo, tranqüilo, alegre, comunicativo, sóbrio.

    Em excesso fica excitado, inquieto, maníaco, irresponsável e verborrágico.

    Na deficiência, apresenta tristeza, melancolia, solidão, sente-se indigno de ser amado, falta de interesse pala vida, pessoas ou atividades sociais.

    Madeira: em equilíbrio apresenta uma visão clara de seu caminho, confiante, intuitivo, independente e forte.

    No excesso torna-se impaciente, intolerante irritável, frustrado e agressivo.

    Na deficiência, é uma pessoa insegura, tímida, sempre atormentada por dúvidas, com personalidade fraca.

    Metal: equilibrado participa ativamente da vida com sabedoria, sem medo de se envolver.

    Em excesso egocêntrico, negativo, carrega suas mágoas para outros relacionamentos.

    Em deficiência, não cria laços duradouros, tão pouco novos relacionamentos, vive do passado e não participa da vida.

    Na Bioenergética a avaliação do indivíduo é feita através de seu caráter que pode ser esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido tal quais as características psicológicas dos cinco elementos, a saber: esquizóide–metal, oral-fogo, psicopata-terra, masoquista-madeira e rígido-água.

    Segundo Mann, (1994) o fluxo de prazer parte do coração em direção aos pontos de contato com o mundo: olhos, boca, pele, mãos, pés e genitália. O sentimento de alegria, que brota de dentro, só é experimentado quando há energia e vida na barriga, ou seja, na pelve. A terapia vai ajudar a integrar a compreensão da cabeça, o afeto do coração e a sexualidade do corpo.

    Como podemos ver os desequilíbrios energéticos levam as disfunções emocionais, que por sua vez desencadeiam desarmonia anatômica, gerados por restrições comportamentais sejam bloqueios, atitudes repetitivas, limitantes ou padrões afetivos insalubres.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

    ANN, Brennan B. Mãos de Luz. São Paulo: Pensamento, 2006.

    CHUNCAI, Zhou. Clássico de Medicina do Imperador Amarelo. São Paulo: Roca, 1999.

    CONEZA, Elizabeth. Florais de Bach: Os remédios da alma. São Paulo: ALFABETO. 2006.

    DAHLKE, R. A Doença Como Símbolo. São Paulo: Cultrix, 2006.

    DETHLEFSEN, T. e Dahlke R. A Doença Como Caminho. São Paulo: Pensamento,

    2007.

    FELICIANO, Alberto; CAMPADELLO, Píer. Reflexologia Energética: Massagem para os pés. Madras.

    HUNG, Dr. Cho Ta. - Exercícios chineses para a saúde – a antiga arte do Tsa Fu Pei, Pensamento, São Paulo, 1985.


    LANDMAN L. Exercícios Chineses de Saúde para Pessoas Idosas. Andrei, 2005.

    LOWEN, A. O Corpo em terapia: a abordagem bioenergética. São Paulo: Summus, 1977.

    LOWEN, Alexander. Bioenergética. São Paulo: Summus, 1982.

    LOWEN, A. Prazer: uma abordagem criativa da vida. São Paulo: Sumus, 1984.


    MONARI, Carmem. Participando da Vida com os Florais de Bach. São Paulo: Roca, 2002.

    NISHI, Katsuzo.A Medicina Nishi.São Paulo:IBRASA,1988.

    POIAN, Carmen da. Formas do vazio: desafios ao sujeito contemporâneo. São Paulo: Via Lettera, 2001.

    REQUENA, Y. Acupuntura e Psicologia. São Paulo: Andrei, 1990.

    SEVERINO, Roque Enrique. Tai-Chi Chuan:Por uma vida longa e saudável.São Paulo: Ícone,1988.

    VACCHIANO, A. Shiatsu Facial: A arte do rejuvenescimento. São Paulo: Ground, 2000.

    VIEIRA, H. Florais de Bach: Uma visão Mitológiaca, Etimológica e Arquetípica.São Paulo: Pensamento,2006.

    KIDSON. R. Acupuntura para todos.Rio de Janeiro:Nova Era 2006.

    WONG K. Kit. O Livro Completo do Tai Chi Chuan. 1 º Ed. Pensamento- Cultrix – 2001.


    Autor: : Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099
    Última atualização: 29/12/2008 12:58


    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

    CURSO DE PSICOTERAPIA


    ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO

    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    Dourados, MS 04.05.2008


    TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

    CURSO DE PSICOTERAPIA




    ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO - TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 42753



    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    DOCENTE: HENRIQUE VIEIRA FILHO - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 21001




    SINDICATO DOS TERAPEUTAS (SINTE)

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS (CEA)





    Dourados, MS 04.05.2008

    EPÍGRAFE



































    “O principal objetivo da terapia não é transportar o cliente para um impossível estado de felicidade, mas sim de ajudá-lo adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento. A vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor.”

    Carl Jung






























































    Dedico este meu trabalho a todos os meus clientes, que depositaram em mim sua confiança para ajudá-los, o que me possibilitou evoluir como profissional.

    AGRADECIMENTO
































    Agradeço a Jeová meu Deus por me ter dado a vida cheia de encantos e a capacidade de aprendizado me fazendo cada vez mais valorizar a vida e por colocar pessoas no meu caminho que de uma forma ou de outra me ajudam a crescer.

    A minha família linda e essencial, sempre presente na minha vida, me fazendo sentir o que é o verdadeiro amor, meu esposo João Paulo que me encoraja me apóia a cada palavra, me ajuda a rir das situações difíceis, me ajuda a ver que a vida é para aqueles que têm coragem, pelo seu amor incondicional e por seus esforços imensos em me ajudar pra que conquiste meus sonhos.

    Aos meus filhos Natasha e Kevin, os quais amo de todo o meu coração que me apóiam e me incentivaram dando-me combustível para seguir em frente.

    A minha irmã Juliana que foi o motivo que me inspirou na escolha e no interesse por psicoterapia.

    Ao meu orientador docente Henrique Vieira Filho, por me ensinar como o conhecimento sobre o ser humano é complexo, assim como as estratégias para ajudá-lo em sua existência, me ensinando a dar os primeiros passos e as diversas teorias e técnicas psicológicas que buscam dar conta desse desafio e tarefa que é ajudar outros a lidar com sua vida. Obrigada pela destreza com que ministrou esse conhecimento.

    Ao SINTE através da CEA- Comunidade de Estudos Avançados que me proporcionou ter acesso a esse conhecimento, e aos autores citados na bibliografia que me ajudaram a enriquecer meu conhecimento.

    SUMÁRIO


    Epígrafe 02

    Dedicatória 03

    Agradecimento 04

    Sumario 05

    Resumo 06

    Introdução 07

      1. Definição de Psicoterapia 07

      2. Objetivo e aplicação da terapia holística 07

      3. Os florais de Bach e seu uso terapêutico 07

      4. Uma compreensão dos florais de Bach a luz da física moderna 08

      5. Classificação das essências dos florais de Bach 08

    1. Material 09

    2. Metodologia 10

    3.1 Atendimentos de casos 11

    1. Resultados 26

    2. Discussão 29

    3. Conclusão 30

    4. Referências Bibliográficas 32

    5. Anexos 33

    6. Apêndice 33















    RESUMO


    Este trabalho se propõe a aplicação das teorias aprendidas no curso de psicoterapia ministrado pelo docente Henrique Vieira Filho através da Comunidade de Estudos Avançados (CEA), com descrição e analise de atendimento em psicoterapia a meus clientes sob enfoque holístico de restaurar e preservar a saúde e a qualidade de vida como necessidade primordial de não apenas acrescentar mais anos à vida, mas de acrescentar mais vida aos anos associando o uso dos Florais de Bach ao aconselhamento terapêutico, procedemos o acompanhamento do cliente em seu processo de vida, onde foram trabalhadas transformações profundas da personalidade, reconhecimento de padrões de comportamento, de como age, de como se relaciona, como pensa, como se sente, e descobrir caminhos para mudança desses padrões.
























    INTRODUÇÃO


      1. DEFINIÇÃO DE PSICOTERAPIA

    Psicoterapia é parte integrante do atendimento na terapia holística, pois se propõe a implementar técnicas básicas de aconselhamento, somando a estas outras formas de abordagens psicoterapicas em especial algumas correntes básicas da Psicanálise Freud, Reich, Jung associadas as tradições terapêuticas milenares.


      1. OBJETIVO E APLICAÇÃO DA PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    O objetivo é permitir transformações profundas na personalidade, sendo que hoje não é possível falar de equilíbrio e saúde sem uma consideração pela dimensão psicológica e emocional.

    Diante da evidência psicossomática da natureza humana, a psicoterapia holística ocupa um lugar fundamental na área de saúde por trazer uma visão integrada do homem, pois leva em conta as dimensões orgânicas, psíquicas e sociais como conjuntamente participantes da existência humana e seus problemas e educando para a vida quando as pessoas se vêem inaptas para lidar com suas dificuldades e ajudando-as a encontrar caminhos internos para solucioná-los.

    Diversos estudos têm demonstrado que desequilíbrios existenciais não tratados adequadamente, somatizados produzirão desordens orgânicas e psíquicas.

    A aplicação da psicoterapia holística tem reduzido tanto o uso de medicamentos quanto de internações. Mostrando-se vantajosa economicamente tanto para as pessoas quanto para o país.


    1.3 OS FLORAIS DE BACH E SEU USO TERAPÊUTICO

    Problemas de saúde freqüentemente têm sua origem na mente, sentimentos que foram persistentemente reprimidos irão emergir primeiro como conflitos mentais e depois somatizados como problemas orgânicos.

    Dr. Eduard Bach, médico inglês, depois de obter êxito como médico bacteriologista, resolve morar no campo e lá descobriu que tinha sensibilidade para sentir as energias transmitidas pelas plantas através do toque ou por colocar na boca as gotas de orvalho que repousava sobre elas.

    Constatou que algumas plantas tinham a capacidade de provocar sentimentos negativos ou de anulá-los.

    Entre 1930 e 1934 o Dr. Bach identificou 38 flores silvestres que compõem o sistema floral de Bach. O Dr. Bach dizia “o medicamento tem que atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, corrigindo o desequilibro emocional no campo energético”.

    Agindo no campo mais sutil da pessoa a terapia floral tem seu efeito reconhecido em 1976 pela Organização Mundial da Saúde, constituindo-se em grande ajuda para a humanidade nestes momentos de transição, auxiliando a harmonização dos corpos (elétricos, mental e emocional) e facilitando o livre fluxo das energias superiores da personalidade. Lembrando ainda a vocação preventiva, podemos afirmar que se os usássemos constantemente, mantendo sempre ativa a nossa busca de autoconhecimento e travando contato cada vez maior com nosso material psíquico reprimido, não precisaríamos somatizar, ou seja, adoecer.


      1. UMA COMPREENSÃO DOS FLORAIS DE BACH À LUZ DA FÍSICA MODERNA.

    Todo ser vivo tende a vibrar, a pulsar em determinadas freqüências preferenciais (numero de vezes por segundo).

    Se fornecermos freqüência num ritmo semelhante a esse que pulsamos seu aproveitamento será maximizado. Esse perfeito entrosamento entre a emissão e a capacidade do receptor é o fenômeno da ressonância.

    Analogicamente, a situação emocional consciente faz com que nossas energias vibrem em determinadas freqüências especiais.

    Cada floral tem seu padrão vibracional, quando corretamente escolhida, a formula floral ira sintonizar a capacidade de recepção de quem a usa, ocorrendo a ressonância, fato capaz de despertar intensas reações. Caso a formula não esteja adequada às emoções consciente do usuário não ocorrerá a sintonia, nem reações.


      1. CLASSIFICAÇÃO DAS ESSÊNCIAS FLORAIS DE BACH

    As 38 essências agrupadas em 07 categorias definidas por Eduard Bach da seguinte forma:


    EMOÇÕES PRESENTES

    PALAVRAS-CHAVES

    ESSÊNCIAS


    MEDO

    Pânico

    ROCK ROSE

    De coisas, de situações concretas

    MIMULUS

    De perder o controle

    CHERRY PLUM

    Inexplicável

    ASPEN

    Temem pelos outros

    RED CHESNUT

    INCERTEZA

    Falta de autoconfiança

    CERATO

    Indecisão entre duas coisas

    SCHLERANTUS

    Desanimo tristeza por fato acontecido

    GENTIAN

    Sem esperança, desistência

    GORSE

    Cansaço com a rotina

    HORNBEAN

    Indecisão geral

    WILD OAT

    DESCONEXÃO AO PRESENTE

    Distração

    CLEMATIS

    Nostalgia

    HONEYSUCKLE

    Apatia

    WILD ROSE

    Esgotamento físico e mental

    OLIVE

    Pensamentos obsessivos

    WHITE CHESTNUT

    Tristeza cíclica de origem incerta

    MUSTARD

    Dificuldade de aprendizado

    CHESTNUT BUD

    SOLIDÃO

    Reservados, isolados

    WATER VIOLET

    Ansiedade, impaciência

    IMPATIENS

    Não suportam a solidão, carentes

    HEATHER

    INFLUÊNCIAS EXTERNAS

    Fuga dos problemas

    AGRINONY

    Submissão

    CENTAURY

    Protege das influências

    WALNUT

    Inveja, ciúme, suspeita, raiva

    HOLLY

    ABATIMENTO

    Baixa-estima

    LARCH

    Culpa

    PINE

    Excesso de responsabilidade

    ELM

    Angústia extrema

    SWEET CHESTNUT

    Traumas, choques

    STAR OF BETHLEHEM

    Ressentimento, mágoa

    WILLOW

    Excedem os limites da resistência

    OAK

    Sensação de impureza

    CRAB APLLE

    (PRE) OCUPAÇÃO COM OS OUTROS

    Possessividade, chantagem emocional

    CHICORY

    Fanatismo, idealismo excessivo

    VERVAIN

    Autoritarismo

    VINE

    Intolerância, crítica excessiva

    BEECH

    Auto-repressão

    ROCK WATER


    Deve-se selecionar no máximo 06 essências que melhor descrevam o exato momento emocional do cliente. Tomar 04 gotas, direto na língua, 04 vezes ao dia.


    MATERIAL:

    A abordagem de atendimento aos clientes foi feita sobre o paradigma holístico dentro das correntes básicas da psicanálise – aconselhamento, vivências, relaxamento, terapia floral, terapia reichiana, com o uso de aparelhos para trabalhar “couraças musculares do caráter” para restabelecer o fluxo energético do organismo, sempre avaliando os clientes do ponto de vista de desequilíbrios energéticos, respeitando tanto a legislação brasileira quanto as Normas Técnicas Setoriais Voluntárias do SINTE.


    METODOLOGIA


    Técnicas Terapêuticas - fez-se uso de técnicas terapêuticas diversificadas no atendimento individual procedendo à escolha das mais adequadas, todas com o objetivo final de ajudar o cliente a equilibrar-se.

    Aconselhamento - processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holística e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em varias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida.

    Vivências – realizadas em sessões individuais, ou em grupo, utiliza-se tanto da terapia corporal, quanto do relaxamento como introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem tratados na terapia holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo na solução de questões de saúde. Realizamos sessões individuais.

    Relaxamento – vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles as manobras corporais, a musicoterapia, a cromoterapia, cristaloterapia, a acupuntura e a sugestão verbal, exercícios respiratórios e aparelhos vibracionais. Utilizamos à sugestão verbal, exercícios respiratórios e aparelhos vibracionais.

    Terapia Reichiana – Welhelm Reich – dissidente de Freud – “corporificou” o inconsciente identificando-o como uma bioenergia circulante por ele denominada “orgone”, onde a negação de emoções, impulsos, desejos, bloqueia o livre fluxo da bioenergia pela musculatura corporal quer pela tensão excessiva, quer pela ausência de tônus em ambas as situações prejudicando o livre fluxo energético.

    Através de terapias de toque nas zonas musculares especificas “couraças” provocando a circulação bioenergia é um dos principais fatores catalisadores de aflorar ao natural do psíquico inconsciente o qual será trabalhado verbalmente pelo Terapeuta Holístico. Utilizamos aparelhos vibracionais.

    Terapia Floral – Faz uso de compostos energéticos denominados “essências florais”, totalmente centrada no individuo, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção especifica, trazendo uma maior compreensão das emoções, permitindo aflorar material psíquico profundo, ampliando o autoconhecimento podendo resultar em reversão das somatizações.

    Aparelhagem Eletrônica – esse tipo de terapia permite identificar pontos de desequilíbrios energéticos e de estimulá-los das mais diferentes maneiras, sendo o uso desses aparelhos, restritos para a avaliação e tratamento de desequilíbrios energéticos, devendo-se ter o cuidado de usar aparelhos devidos e certificado pelo Ministério da Saúde, ou com certificado de isenção do mesmo, dispensado de registro.

    Durante todo curso de psicoterapia nós terapeutas fomos preparados para uma profunda compreensão das técnicas e fomos introduzidos no trabalho prático através do orientador/supervisor/docente/TH Henrique Vieira Filho - CRT nº 21001, com atendimento supervisionado com objetivo de nos dar segurança, autoconfiança no exercício profissional. A partir do momento que passei a aplicar as técnicas terapêuticas aprendidas, uma riqueza de material aflorou do inconsciente, possibilitando-me exercitar o conhecimento aprendido.

    Cada cliente que atendi, trouxe sua carga de conflito, com seus desafios e estados emocionais diferentes, onde ganhei confiança aplicando o conteúdo aprendido em beneficio dos clientes quando se busca melhorar a qualidade de vida, tendo como meta harmonizar corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma, como terapeuta holística estando atenta a qualquer material psíquico ou linguagem corporal como “linguagem a ser decifrada e compreendida”.


    ATENDIMENTO DE CASOS


    Cliente n°1 – A.R.M. – 48 anos, sexo masculino, cético, pessimista, apático, individuo com muitas duvidas, apresenta esgotamento físico e mental, não se ajusta aos relacionamentos amorosos, queixa-se de diversos problemas físicos, trazendo diagnóstico médico de problemas alérgicos respiratórios e persistentes problemas renais, fazendo uso de medicamento de uso continuo.


    Cliente n° 2 – I.F.C.L. – 42 anos, sexo feminino, dona de casa, esta cliente traz história de vida marcada por violência, criada por pai alcoólatra, com primeiro casamento fracassado também por alcoolismo e violência do ex-marido.

    A cliente apresenta pesada carga de mágoa, rancor, crítica, intolerância, autoritária, extremamente possessiva com os filhos, muito ciumenta com o marido, chantageando emocionalmente os familiares com reações exageradas e quadro de doenças (dor de cabeça, depressão) trazendo diagnóstico de seu médico de hipertensão e problemas cardíacos, fazendo uso de medicação de uso continuo.


    Cliente n°3 – E.S.R.C. – 39 anos, sexo feminino, traz um histórico de infância pobre com vida muito difícil, casamento fracassado, preocupação excessiva com a aparência fazendo dietas mirabolantes para manter a forma, descreve diversos problemas de saúde diagnosticados por médicos de ordem física, queixando de não estar obtendo resultados esperados; ansiosa, amarga, depressiva, achando que a vida esta sendo injusta com ela, faz uso de medicação de uso continuo para coluna e insônia.

    Nos três casos citados notam-se aspectos emocionais muito fortes na causa dos desequilíbrios, onde procedi esclarecimentos sobre as possibilidades oferecidas pela Terapia Holística e os benefícios que poderiam obter, esclarecendo-os de acordo com as NTSVs – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias e de acordo com legislação vigente em nossos país, que o campo de atuação seria a nível de desequilíbrios energéticos, microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma, onde toda qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser e usaríamos recursos facilitadores associado ao aconselhamento, terapia floral e aparelho de biorressonância como técnicas de auxilio não só para fazer aflorar com maior fluidez e rapidez processos psicossomáticos, como possibilitar o auto-equilibrio no menor tempo possível.

    Todos foram orientados a não alterarem seus tratamentos, sem a orientação e parecer dos profissionais da área médica que os acompanham. Os atendimentos se deram com agendamentos antecipados de forma semanal com dia e hora marcados com duração de 01 hora de cada sessão.

    De acordo com os NTSVs TH 003 na ficha de cada cliente foram feitas anotações com descrição do atendimento e técnicas aplicadas e indicações terapêuticas para a semana; e no Bloco de Recomendação Terapêutica (BRT) de acordo com as NTSVs TH 002 eram feitas anotações como: data da próxima sessão; indicação dos florais de Bach pertinentes aos desequilíbrios emocionais compreendidos e devidamente avaliados que o cliente trouxe a superfície durante a sessão para serem melhorados e frase para meditar, que representam bem o momento que estão vivenciando para servir de ponto de partida para o aconselhamento da próxima semana bem como a que estivessem atentos a sonhos para pontuarmos posteriormente.

    No caso do cliente nº1 o relato será descrito passo a passo da forma como o atendimento terapêutico se procedeu.


    No caso do cliente nº 1 A.R. M de 48 anos sexo masculino esse cliente traz como característica acentuada o ceticismo duvidando de toda a informação. Apresenta diversas somatizações, focado em descrever os sintomas físicos que sente. A esse cliente se fez necessário esclarecer por mais de uma vez, devido à insistente descrição de sintomas físicos que terapeuta trabalha desequilíbrios e que tratamento de doença é prerrogativa médica, informei-lhe o que a terapia holística poderia fazer por ele.

    Iniciamos os trabalhos via aconselhamento atenta a qualquer sinal que pudéssemos pontuar, encontrei muita resistência à medida que tentava aprofundar no emocional, tendo o cliente dificuldade em falar da infância, afirmando não ter boas lembranças, tendo passado por várias internações com crises respiratórias, sua mãe não lhe permitia brincar e viu toda a sua infância passando da janela, olhando os primos e irmãos brincar no quintal. Percebo que as lembranças da infância evocam no cliente um misto de sentimentos de raiva, rancor e mágoa pela mãe, que ainda hoje afirma ele não deixou de ser exagerada.

    Depois da devidas anotações na Ficha do Cliente de acordo com as NTSVs, passei para o BRT – Bloco de Recomendação Terapêutica onde anotei os seguintes dados: data da próxima sessão com a seguinte frase para meditar: ”A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional” e os seguintes florais para ajudá-lo no momento:

    - Agrimony: para seus pensamentos dolorosos e amainar sua inquietação interior;

    - Heather: para mudar o foco totalmente voltado para si, do tipo criança carente,

    - Gentian: para ajudá-lo com seu ceticismo, pessimismo e duvidas;

    - Gorse: para trabalhar sua resignação seu sentimento do tipo: ”será que adianta mesmo alguma mudança a essa altura”

    - Walnut: para propiciar ao cliente se deixar influenciar considerado o “floral da ruptura” para torná-lo aberto a novos começos na vida;

    - Will Rose: para melhorar sua apatia, indiferença e capitulação interior;

    Bem como a que estivesse atento a possíveis sonhos para pontuarmos posteriormente.

    No atendimento posterior alem da costumeira postura resistente, o cliente apresenta-se “fechado” com braços e pernas cruzados, e ainda muito focado nos sintomas físicos. No aconselhamento aprofundando no emocional o cliente traz o relato de um sonho persistente que ele descreve como pesadelo e com um elemento de repetição, pois sempre acorda muito assustado de tão real que lhe parecem às cenas. Sempre se encontra preso em um lugar onde não consegue fugir (carro, casa, buraco, jaula etc..) aparece muito fogo, grita buscando ajuda e ninguém escuta, e quando tudo vai ser tomado pelo fogo e ele vai morrer queimado, acorda sufocado com medo, diz que houve época que esse sonho se repetia com muita freqüência e variações e que hoje de vez em quando ainda sonha; e que me relatou em virtude da anotação no BRT a que prestasse atenção aos sonhos, indagando curioso seu significado?

    Expliquei-lhe que o sonho é parte natural do psiquismo, e a partir de FREUD a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão científico, para ele o sonho é a expressão ou a realização de um desejo reprimido. Já para JUNG dissidente de FREUD trata-se de uma compensação da visão limitada do ego, assim o sonho seria um processo psíquico regulador, semelhante a fenômenos compensatórios do funcionamento corporal

    A interpretação dos sonhos, bem como decifrar seus símbolos, cabe ao sonhador e quando tratados com a devida atenção ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor, levando a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações, leva a constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego).

    Uma condição básica para nós Terapeutas trabalharmos sonhos é não avaliá-los isoladamente, se faz necessário conhecer vários sonhos da pessoa ocorridos tanto em datas próximas como em outras épocas, a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e da situação e como reage ao sonho. Fazendo uso de técnicas como de livre associação ou de ampliação o terapeuta usará esses recursos para tentar ajudar o cliente a esclarecer seu sonho.

    Após esclarecimentos via aconselhamento foi sugerido ao cliente vivência em psicoterapia de Regressão onde obtive relaxamento via aparelhos e exercícios respiratórios como facilitador para fazer fluir material reprimido e por indução verbal conduzi a vivência como descrita abaixo:

    Maneira como foi feita a indução verbal.

    O cliente foi levado ao estado de relaxamento por indução verbal dentro de um padrão de neutralidade em conformidade com as NTSVs: Feche os olhos e ao comando da minha voz procure relaxar seu corpo. Com um tom suave de voz disse: Respire profundamente, encha os pulmões de ar o máximo que conseguir e agora vai soltando lentamente bem devagar. Repita o exercício, respire profundamente e solte bem devagar, respirando e relaxando, respirando e relaxando profundamente, procure não pensar em nada enquanto respira; respire profundamente e solte o ar lentamente botando para fora tudo que o incomoda, tudo que o preocupa, relaxando, relaxando, você se sente profundamente relaxado, livre, relaxado. Busque este estado de espírito relaxado. Você se sente leve, não tem preocupações, não tem compromisso, não tem nada para fazer apenas relaxar, sem nenhuma responsabilidade você se sente livre para fazer o que quiser. A única coisa que você quer fazer é relaxar. Você relaxa os pés, as pernas, relaxa o quadril, o tórax, os ombros os braços e continua relaxando, relaxando, respirando profundamente soltando o ar e à medida que o ar sai; sai também todo o peso que sente nos ombros, tudo que a sobrecarrega você está leve, flutuando como uma pluma, para lá e para cá leve, relaxe as mãos o pescoço e a cabeça, todo o seu corpo flutua no ar. Gostaria que libertasse sua imaginação e sem apego a nenhum pensamento, sem deixar que nada o incomode, deixasse sua imaginação fluir livre, você se sente leve, solto, sua mente não pensa em nada, sem nenhuma preocupação se é verdade ou não sem nenhum apego se é real ou não, sua imaginação é livre para pensar no que quiser e você se sente leve, livre, solto; e agora nesse estado tranqüilo gostaria que me respondesse a primeira coisa que lhe vem a mente......

    A partir daí iniciamos a vivência em psicoterapia de Regressão com perguntas num ritmo acelerado para não permitir racionalização, desprezando aquelas onde não se obtêm a reposta de imediato.

    . . .Agora neste estado tranqüilo, vamos voltar ao sonho que você teve: você toma contato com o seu sonho, você sempre se encontra aprisionado em algum ambiente, você grita pede ajuda tudo esta sendo tomado pelo fogo você quer sair, mas não consegue. Agora me responda a 1ª. Coisa que lhe vir à mente. Na sua vida o que representa esse ambiente fechado onde você é prisioneiro?Uma situação onde quero fugir. Respire bem fundo e solte o ar bem devagar. Agora me diga Fugir de que?___ de quem você foge? Não sei. No seu sonho você grita e pede ajuda, a quem você pede ajuda? _____ Na sua vida quem poderia te ajudar? Ninguém. No sonho você diz que grita muito, Porque você grita? Tenho medo. Do que tem medo?______Respire bem fundo bem devagar, respire e expire solte lentamente o ar; continue respirando profundamente e expire, a medida que o ar sai você coloca para fora todo esse medo que está sentido, você não sente mais esse medo. Diga-me medo de que? De morrer. E porque você tem medo de morrer? Não sei o que vem depois. Respire e expire bote para fora esse medo, quando o ar sai esse medo vai embora. Respirando e expirando profundamente você vai tomando contato com seu sonho. No seu sonho sempre aparece o elemento fogo, O que é esse fogo que aparece no seu sonho? _____No seu dia a dia o que representa esse fogo? Punição. O que você fez que merece ser punido? Maldade. Porque você se acha mal? Prejudiquei alguém. Tomando contato novamente com você mesmo com sua respiração, quando o ar sai tira toda essa sensação de peso, tudo que te incomoda, põe para fora, quando o ar entra você se restabelece se enche de energia boa positiva, agora Por que você prejudicou essa pessoa? Me ameaçava. Que tipo de ameaça fazia?____. Se essa ameaça assumisse forma que forma teria? Vingança. Vingança do que, de quem? De mim. Continue respirando e expirando profundamente, repita, respirando e expirando, agora por que queria vingar de você? Tive um caso com a mulher dele. E como resolveu essa situação? Me vinguei primeiro. Como? Quê forma assumiu sua vingança? Alguém fez por mim. Não tive outra saída. Estava me chantageando, me dizia que ia matar meu filho. A partir daí aflorou uma explosão de emoções não conseguindo mais manter-se relaxado. Ao mesmo tempo em que racionalizava fazia transferência e mostrava-se apavorado não acreditando ter deixado aflorar essa informação. Confortando-o, acolhi seus sentimentos prestando-lhe amparo tranqüilizando-o encerramos a vivência onde passamos a explorar o material que aflorou via aconselhamento onde ele só queria saber como eu tinha conseguido fazê-lo confessar algo que guardava consigo há anos. Ninguém, e frisava mais ninguém mesmo sabe disso e frisava; Eu era a única pessoa que sabia de tal coisa, já havia passado por diversos tratamentos de depressão e feito tratamento com psicólogos com psiquiatras e repetia ninguém conseguiu arrancar isso dele, mostrava-se muito preocupado, dizendo não acreditar que havia me dito aquilo. Tranqüilizei-o da proteção e sigilo de tudo, conseguí mostra-lhe que tal cartase seria positiva terapeuticamente falando; só o fato de ter conseguido expor isso iria fazê-lo experimentar uma sensação de alívio e bem estar, além de que carregar aquele peso sozinho estava muito difícil comprometendo a sua qualidade de vida e via aconselhamento traduzimos o conteúdo vivenciado para o presente ampliando seu autoconhecimento para proporcionar-lhe mais qualidade de vida.

    NO seu BRT escrevi data da próxima sessão e frase para meditar: ”Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala o corpo fala” –(Jung) e para esse momento do cliente indiquei os seguintes florais:

    - White Chestnud: para pensamentos girando na cabeça, para poder se livrar deles

    - Sweet Chestnut: para amenizar seu desespero interior, para superar seu limite;

    - Agrimony: amenizar pensamentos dolorosos, para a inquietação interior por traz de uma fachada de alegria e despreocupação

    - Beech: para melhorar sua capacidade de compreensão

    - Mimulus: para vencer seus medos concretos e amenizar seus temores;

    -Star Of Bethlehem: para traumas emocionais e físicos ainda não trabalhados, “o confortador da alma”.

    Na continuação do atendimento esse cliente admite ter obtido certo alívio, diz sentir-se mais leve, sem aquele peso nos ombros, mas apresenta-se apreensivo, reservado ansioso, com medo, mostra um espírito resignado pela apatia e por sua falta de decisão diante da vida se sentido travado ou paralisado pelo sentimento de culpa que carrega. Achei oportuno na vivência usar a Progressão “avançá-lo no tempo” para ajudá-lo com as repercussões que sua falta de decisão pode gerar como ferramenta para maximizar a capacidade de tomada de decisão através de viagem imaginativa possibilitar gerar opções de ação não cogitadas, com o intuito de produzir insights que possam gerar solução por ele ainda não imaginadas.

    O cliente foi colocado em estado de relaxamento com a ajuda de aparelhos, exercícios respiratórios e quando se encontrava devidamente relaxado iniciamos a vivência por indução verbal, dentro de um padrão de neutralidade em conformidade com as NTSVs e com tom de voz bem suave iniciamos a retomada do mesmo sonho: Gostaria que fechasse os olhos e tomasse contato com o seu sonho, você preso num ambiente fechado, do qual não consegue sair, você grita pede ajuda, você quer sair, tudo esta sendo tomado pelo fogo. Agora me diga a 1ª. Coisa que lhe vier à mente. Porque você está preso nesse ambiente?___ Quem te colocou lá?___ Sem se preocupar com a lógica, se é real ou não. Na sua vida você é prisioneiro de que? De mim mesmo. Que sentimento lhe vem quando está preso no ambiente? Medo, muito medo. Medo de que? De morrer queimado vivo. O que na sua vida te causa medo?____ Se esse medo tivesse forma qual seria? Ser punido, descoberto, humilhado. Tomando contato com sua respiração, quando o ar entra você se renova quando o ar sai você se sente leve, tranqüilo, você desfruta de uma sensação gostosa de segurança de alívio, quando o ar sai você bota para fora todo esse medo esse peso que tem carregado nas costas, você se sente leve, sua vida esta mais leve você não carrega mais peso algum, experimente essa nova sensação, desfrute essa tranqüilidade, nada mais te perturba, nem seus pensamentos, nem suas lembranças, nada mais te incomoda, experimente isso, você está livre, livre, sinta essa tranqüilidade e desfrutando dessa leveza e dessa tranqüilidade, deixe sua mente viajar nesse mundo maravilhoso, onde nada pode te abalar e me diga a 1ª. Coisa que lhe vier à mente. O que é preciso para você usufruir desse futuro gostoso? ____ Responda o que lhe vier à mente? Esforço. Hoje o que lhe incomoda, ou melhor, que lhe impede de usufruir esse futuro gostoso? Remorso. Se esse remorso assumisse uma forma que forma teria? Culpa, sinto muita culpa. O que é preciso para você deixar de sentir tanta culpa, tanto remorso?___ O que fazer para resolver isso? Buscar ajuda. Onde acha que pode encontrar essa ajuda? Não sei, acho, aqui. O que você espera encontrar aqui?___ O que você precisa? Não sei; sentir menos culpa. Tomando contato com sua respiração quando o ar entra você sente revigorado, forte, quando o ar sai, sai junto esse sentimento de culpa, mande para longe essa culpa, agora você não se sente mais culpado, pois você estava apenas se defendendo, quando o ar sai carrega para fora para bem longe de você essa culpa, sai também essa sensação de angustia e você se sente leve, desfrute dessa sensação de leveza, diga: Ah! Que alivio! Continue buscando dentro de você esta sensação gostosa de alivio, de tranqüilidade, como exercício de imaginação crie essa imagem dentro de você. Você se sente forte, sem culpa, sem angústia, se veja nessa situação, crie o estado de espírito que você deseja ter, mande seus problemas para bem longe de você, agora você não tem mais problemas, resolveu tudo e nesse estado mental gostoso me diga O que é preciso para você conquistar tudo isso?___ Que atitude você pode tomar pra conquistar isso?___ Busque dentro de você; O que você pode fazer? Esforço. Para atingir isso o que falta? Controlar o que sinto. Como você pode controlar a situação?___ Diga o que lhe vier à mente, diga: Quais as vantagens de controlar as emoções? Segurança. E a desvantagem de não controlar as emoções? Depressão. Como você pode conciliar o lado bom e o lado ruim das emoções? Ter autocontrole. O que está faltando para atingir esse autocontrole? Trabalhar minhas emoções. Agora que você buscou dentro de você o que fazer, em alguns instantes você estará totalmente refeito, procure atuar no seu dia a dia, para alcançar esta paz interior, deseje no fundo do seu coração, pense nisso; seus pensamentos tem ondas e sinais magnéticos poderosos concentre-se nesse futuro maravilhoso que você quer conquistar emita para o universo essas ondas positivas, crie na sua mente sinta a sensação de estar nesse lugar que você quer, esteja lá mentalmente várias vezes, seus pensamentos tem a capacidade de materializar aquilo que você sente, para mudar a sua realidade comece a mudar o seu pensamento, e a partir de agora irá monitorar seus pensamentos, só terá pensamentos bons, positivos e neste estado de consciência você vai abrir os olhos lentamente, espreguiçar, solte o ar Ah... Que alívio, diga isso: Ah! Que alívio! fique a vontade. Pontuaremos algumas considerações no aconselhamento:

    No aconselhamento fizemos algumas pontuações dessa vivência: Você está na busca de harmonia para a sua vida, todo o material psíquico que mantemos bloqueados do nosso consciente somatiza, quanto maior esforço para reprimir certas lembranças, maior será o grau de somatizações, lembra da sua grande lista de sintomas físicos, isso se reverte em doenças, quanto mais liberação desse material psíquico reprimido maior será o seu equilíbrio energético. Quando se bloqueia quer de maneira consciente quer inconscientes as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio e à medida que você começa a digerir compreender e assimilar esse material que aflorou você conquistará seu equilíbrio energético e mais qualidade de vida.

    NO BRT escrevi: próxima sessão, frase “O que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino” Carl G. Jung e florais para a semana;

    - Pine: para continuarmos a trabalhar seu sentimento de culpa;

    - Scleranthus: para sua instabilidade emocional, melhorar sua indecisão;

    - Larch: para melhorar sua expectativa de fracasso por falta de confiança em si mesmo;

    - Star of Bethlehem: para continuar trabalhando seu trauma emocional e confortá-lo.

    - Rock Water: para torná-lo mais flexível em sua opinião menos rígido e intransigente ao ponto de reprimir necessidades vitais

    - Wild Oat: para dar mais clareza aos seus objetivos, amenizar sua insatisfação interior, e encontrar sua missão na vida

    Dando continuidade ao tratamento psicoterápico como Terapeuta havia necessidade de verificar através de processo interativo o que o cliente havia conseguido atingir a nível de autoconhecimento com relação a comportamento, elaboração de realidade, incremento na capacidade de maximizar oportunidades e minimizar condições adversas além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões.

    Descrição do atendimento: Começamos o aconselhamento com o cliente admitindo ter experimentado melhora, diz ter passado bem a semana se expressa mais confiante, mais sorridente, dormindo melhor, sente-se menos ansioso e expressando a necessidade de continuar a fazer mudança e gostaria de continuar com a psicoterapia, por isso acordamos mais sessões semanais com dia e horas marcados antecipadamente e devidamente agendados.

    Iniciamos a conversação nos atendo ainda ao material que aflorou. Hoje ainda iremos nos ater aquele seu sonho: sobre os elementos persistentes como o fato de sempre estar aprisionado num local e existir muito fogo a sua volta. Baseado em tudo que já conversamos poderia dizer que mensagem seu inconsciente tenta transmitir para você?_____ Na sua vida o que existe que te soa como prisão? Fica em silencio, pensando. De que se sente prisioneiro? Reflete. Você pensa em que? Prisioneiro de que? Do meu sofrimento, porque não posso dividir isso com ninguém. Não pode ou não quer? Sorriu é acho que não quero. E o elemento fogo a que pode ser relacionado? Alguns dizem que o inferno é aqui mesmo, eu tenho vivido um verdadeiro inferno tenho me torturado durante esses últimos anos. Quanto tempo? Mais ou menos 14 anos. Você é religioso? De freqüentar a igreja não, mas acredito em Deus. E no simbolismo religioso do inferno de fogo, literal como lugar de tormento acredita nisso? Acho que sim pelo menos é o que todos dizem. Todos quem? O padre na igreja, minha mãe, cresci ouvindo isso e as pessoas. Padre sua mãe e pessoas são apenas alguns não todos e você? Esse fogo do seu sonho, esse medo de morrer queimado no sonho pode estar relacionado com o medo de uma punição depois da morte? Sorriu sem graça e embaraçado confessou que isso o atormentava, concluindo que ninguém sabe ao certo o que acontece depois da morte. E esse seu tormento durante 14 anos, isso já não é uma punição? Você mesmo vem se punindo? Acho que sim. Na sua maneira de ver; Deus só pune ele não perdoa?___ O que é o perdão para você? Não sei explicar bem em palavras, perdão é quando a gente esquece se alguém fez mal pra gente. Como você vê esse assunto Deus não te perdoou? Sorriu e disse não ter certeza do que Deus leva em conta para perdoar, mas tem certeza que ele perdoa, mas ele também pune, a gente tem que pagar o que fez não é assim que funciona? Não sei, Preciso saber como isso funciona na sua cabeça. Só saberia se estivesse no mesmo tipo de situação que você se encontra, estou apenas tentando andar do seu lado para te ajudar a encontrar o caminho. A solução esta dentro de você estou tentando te ajudar a encontrá-la. E arrependimento? O que é pra você? É acordar todo o dia e desejar que nada daquilo tivesse acontecido. Existe possibilidade de mudar o que está feito? Não. Então esse tipo de pensamento é improdutivo. Como poderia resolver isso? Não sei. Sua formação religiosa poderia estar te influenciando em todo o seu sofrimento e em como tem se sentido? Acho que sim. Como pode resolver isso? Não sei. Já cogitou se aprofundar nessa questão para encontrar resposta? Já sei tudo o que vai ser dito. Por exemplo, acreditaria nessas mesmas coisas se tivesse nascido em outra parte do mundo? Não entendi muito bem. Quero dizer que seu sofrimento não existiria se você acreditasse em outros símbolos religiosos, por exemplo, se tivesse nascido num país mulçumano e não cristão? Apenas sorriu e acrescentou acho que sim. Notou como uma mesma situação pode constituir problema para uma pessoa e para outra não, muito depende de seus símbolos culturais, das suas crenças, da visão e do enfoque que se dá a vida. Existem outras possibilidades, a busca do conhecimento pode clarear pontos antes obscuros e levar a conexões não pensadas. Acredita na lei da gravidade? Sim. Esta não é a única lei que rege o universo. Existe uma lei chamada de Lei da Atração, nesta lei você atrai o que você pensa como se fosse um imã. Atraímos o que pensamos e nos tornamos o que pensamos. Isso nos leva a necessidade de monitorarmos o que pensamos e o que sentimos. Depressão, raiva, culpa, são sentimentos ruins te colocam numa freqüência ruim, geram más vibrações. Alegria, gratidão amor são sentimentos bons, geram freqüência boa celebram bons sentimentos, atrai bons fluidos. Nossos sentimentos produzem mecanismos de retorno, bons ou ruins depende de nós. De maneira que para sermos saudáveis no pleno sentido hoje temos não só de cuidar o que comemos, mas também o que pensamos.

    Se quiser mudar sua realidade tem de começar pelos seus pensamentos e “se fizer as coisas sempre do mesmo jeito, obterá sempre os mesmos resultados”.

    NO BRT escrevi: Data do retorno;

    Frase para meditar: “Na vida somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos”. Eduardo Galeno

    No caso do cliente nº1 a descrição do relato se deu quase passo a passo para dar a noção de como foi conduzido o procedimento terapêutico, agora a descrição dos clientes nº2 e 3 procederei de uma forma mais concisa, mas que se leve em conta que o procedimento terapêutico ocorreu da mesma forma que o descrito do cliente nº 1.

    No caso da Cliente n° 02 – 42 anos, dona de casa, com história de vida marcada por violência do pai alcoólatra, com frustração amorosa no primeiro casamento com crises depressivas de isolamento no quarto, preocupação excessiva com limpeza, querendo no momento controlar a vida do filho mais velho que saiu de casa buscando mais liberdade, iniciei o trabalho associando ao aconselhamento terapia corporal de relaxamento com o uso de aparelho eletrônico de massagem dando ao usuário os efeitos de vibração, compreensão, punção e rolos promovendo relaxamento de nervos e músculos regenerando musculatura cansada e aliviando tensão de uma vida estressante e por aparelho sincronizador e transferidor de ondas magnéticas (bioconversor de energia). Operação também denominada completar o ciclo do KI com a aplicação de ondas por ressonância propiciando o despertar dos recursos internos disponíveis para auto-harmonia. Para esse momento da cliente foram sugeridos os seguintes florais em seu BRT:

    - Beech: para a sua atitude excessivamente critica e intolerante, e para a sua pouca capacidade de compreensão.

    - Chicory: para personalidade possessiva que interfere demais na vida dos outros e pensa que pode manipular os outros;

    - Crab Apple: para pessoa que tem desejo exagerado de ordem, para a sua mania de limpeza;

    - Holly: pessoa emocionalmente irritada. Ciúme e suspeita, temperamento violento, sentimento de ódio, inveja.

    - Impatiens: pessoa impaciente, facilmente irritável, tem reações exageradas;

    - Vine: quer impor a sua vontade, pessoa ambiciosa e dominadora, “pequeno tirano”.

    Alem dos florais, sugeri que a cliente levasse pra meditar a seguinte frase: “Os problemas que criamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento que estávamos quando os criamos” (Albert Einstein).

    Nos atendimentos subseqüentes desta cliente o aconselhamento como forma de interação cliente/terapeuta, propiciou autoconhecimento e mudanças de comportamento, incrementando sua capacidade de tomada de decisões e realinhamento de comportamento e postura, alem de dar a ela possibilidade de “extrapolar emoções” – com momentos emocionantes e enriquecedores para seu processo terapêutico, com emoções e sentimentos reprimidos não compreendidos por décadas aflorando e vindo à tona de forma a serem trabalhados.

    Durante todo o processo terapêutico, afloraram várias situações que foram trabalhadas, mas relatarei apenas aquelas que achei ser o ponto onde a cliente teria que tomar consciência do que lhe ocorria, visto que se mostrava determinada e irredutível em agredir a avó do filho mais velho, fruto do seu primeiro casamento, acreditando ela que se a avó não o tivesse acolhido, sem alternativa, o filho teria voltado pra casa e também por considerar uma afronta o apoio da avó ao relacionamento amoroso que foi o verdadeiro motivo que levou o filho a sair de casa, devido à cliente não aceitar a futura nora.

    Com essas emoções conturbadas vinda a tona via aconselhamento, como profissional teria que propiciar a essa cliente durante a vivência o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva capaz de orientá-la para uma percepção maior desses sentimentos negativos que foram aflorados, que essas emoções conturbadas fossem compreendidas dando-lhe a oportunidade de fazer uma leitura correta do que estava acontecendo à sua volta naquele momento.

    Usando de “reflexo”, pude transmitir-lhe o que percebia em seus sentimentos mais profundos, funcionando como um espelho, a confrontei com o que esses sentimentos de raiva e medo estavam lhe indicando. Não houve reconhecimento do sentimento de medo, a cliente reconheceu apenas o de raiva.

    Questionei seu medo:

    - Poderia estar relacionado como sentimento de “ninho vazio”? Aceitava o fato que filhos crescem e casam? Sentia-se preparada para o papel de sogra? E para o papel de avó? Que tipo de sogra queria ser? Poderia estes sentimentos negativos estar relacionados com o fato de não se sentir preparada para essa nova fase da vida?

    Sua expressão facial diante de tais questionamentos deu-me a compreensão de ter despertado na cliente, a consciência de que não estava fazendo a leitura correta dos seus sentimentos e a partir desse momento ela passou a ter elementos para reformular novas possibilidades, de acolher com maior compreensão esses sentimentos e a aprender a lidar melhor com eles.

    Como terapeuta queria me assegurar de produzir nessa cliente a compreensão necessária da repercussão futura que suas ações poderiam produzir (como sua determinação de agredir), ou seja, as possíveis conseqüências geradas a partir de uma escolha presente. Dentro de um padrão de neutralidade de acordo com as NTSVs a cliente foi induzida a projetar-se no futuro através da técnica de Progressão com a finalidade de maximizar sua capacidade para a tomada de decisões através de viagem imaginativa produzir insights que a possibilitasse gerar opções de ações ainda não cogitadas e produzir soluções ainda não imaginadas.

    É com a intenção de obter esses resultados que o terapeuta se utiliza desse recurso, esperando através de previsões projetadas, fazer aflorar material que possa ser trabalhado em vivências futuras ou produzir lampejos de uma consciência maior do que a cliente possua para o momento.

    Na sua ficha de cliente foram anotados os procedimentos adotados e no BRT anotei próxima sessão, frase para meditar: ”Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantamos” (provérbio chinês) e os seguintes florais de Bach para este momento específico:

    - Walnut: para que a cliente se deixasse influenciar e se tornasse mais suscetível às mudanças e por ser o “floral da ruptura” propiciar melhoras para essa fase decisiva e propiciar novos começos na vida;

    - Willow: para liberá-la do sentimento vitima;

    - Beech: para facilitar a cliente se livrar de atitude excessivamente crítica e intolerante, e de melhorar sua capacidade de compreensão;

    - Cherry Plum: para evitar explosão temperamental descontrolada;

    - Chicory: para a personalidade possessiva que interfere demais na vida dos outros;

    - Holly: para amenizar a irritabilidade.

    E que estivesse atenta a possíveis sonhos para pontuações posteriores.



    No caso da cliente n°3 - E.R.S.V. 39 anos, com histórico de infância pobre, casamento falido, preocupação excessiva com a aparência.

    Esta cliente busca ajuda num momento muito difícil, sente-se mal casada, mas não tem coragem para tomar nenhuma atitude, traz várias somatizações traduzidas na descrição de diversos sintomas e problemas de saúde, trazendo um perfil sofredor, achando que a vida tem sido injusta com ela, medo de passar fome, preocupação excessiva em ser produtiva, cobrando o mesmo comportamento do marido, não relaxa nunca.

    Durante o aconselhamento que propicia uma interação na relação terapeuta/cliente, alem das inúmeras somatizações que a cliente apresenta, aparece forte bloqueio da infância e parte da puberdade, não se lembrando de nada, tendo apenas alguns flashes desse período.

    O material psíquico que tentamos manter longe da nossa consciência corporifica somatiza, quanto maior o esforço desprendido para negar lembranças ou desejos, maior será o grau de somatizações, sendo esta a profunda e verdadeira causa de enfermidades.

    A única maneira de alguns se harmonizarem é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações.

    Portanto para este caso iniciei o aconselhamento e sugeri vivência que proporcionasse “ex movere”, ou seja, mover para fora esse material reprimido da cliente, fazendo-a digerir, compreender e assimilar o material aflorado como um caminho onde a qualidade de vida pode ser ampliada e melhorada.

    Tendo o estado de relaxamento como fator determinante e facilitador em deixar física e mentalmente relaxada a cliente a fim de propiciar um fluxo mais livre para a associação de idéias, pensamentos e imaginação, usamos aparelhos de massagem e de biorressonância para melhorar o fluxo do KI, exercícios respiratórios e indução verbal.

    O terapeuta ao usar o recurso técnico da Regressão espera conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e fazer aflorar emoções reprimidas, lembranças traumáticas, ou sonhos para serem trabalhados na terapia holística. Na vivência dentro de um padrão de neutralidade de acordo com as NTSVs, e com tom de voz suave a cliente foi projetada no tempo e no espaço, retrocedendo-a a esse período que não se lembrava no intuito de produzir cartases emocionais que resultassem em alívio e simultaneamente ao contato com novos insights que se traduzissem numa maior compreensão do presente.

    Esse procedimento produziu uma cartase, expurgou sentimentos reprimidos que foram exteriorizados pela cliente através de uma “explosão de emoções” com sentimentos de tristeza e pesar, trazendo a consciência um estupro e muito choro, sendo essa explosão de sentimentos devidamente acolhidos por mim terapeuta.

    Via aconselhamento este estupro foi racionalizado com a cliente relatando que em tratamento numa sessão de massagem para a coluna, terminou numa relação sexual de maneira forçada com o profissional, dizendo-se jovem imatura e pressionada a não relatar a ninguém, descobriu uma gestação já por volta do terceiro mês, que levando ao conhecimento dele foi convencida a fazer o aborto para se livrar do problema, tratando-se de um menino que ela enterrou sozinha no meio da noite no jardim, causando-lhe essa lembrança uma dor imensurável e arrependimento ao ponto de se achar punida por Deus por não poder ter mais filhos. Esse fato segundo ela destruiu-lhe a vida e num processo claro de transferência deslocou fortes sentimentos de revolta para esta terapeuta responsabilizando-me por ter trazido à tona lembranças com as quais não conseguiria conviver.

    Racionalização é o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude ou ação, idéia ou sentimento que causa angustia. Usa-se a racionalização para justificar comportamento quando, na realidade, as razões para este ato não são recomendáveis.

    Transferência ocorre quando o cliente na vivência transfere fortes sentimentos deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico são elementos reprimidos que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro profissional/cliente sem que este tenha consciência do fenômeno em questão.

    Todo o material aflorado foi trabalhado na continuidade do processo terapêutico via aconselhamento, traduzindo o conteúdo vivenciado para o presente da cliente, ampliando seu autoconhecimento, sua capacidade de ser bem sucedida em elaborar novas possibilidades para sua vida dando-lhe subsídios para maximizar capacidades e minimizar adversidades. No BRT anotei data da próxima sessão e frase para meditar: ”O pessimista queixa-se do vento. O otimista espera que ele mude. O realista ajusta as velas e segue em frente”. Willian Georg Ward. Para este momento específico da cliente usei os seguintes Florais para trabalhar seus sentimentos e emoções:

    - Agrimony: para seus pensamentos dolorosos e inquietação interior;

    - Pine: para possibilitar lidar melhor com seu sentimento de culpa;

    - Star of Bethlehem: “o confortador da alma” para traumas emocionais ainda não trabalhados;

    - Walnut; “floral da ruptura” para propiciar a essa cliente um novo começo rompendo com o padrão passado e estabelecendo um novo começo;

    - White Chestnud: depois da cartase onde a cliente trouxe à tona a causa do seu sofrimento dizia: “como vou lidar com isso agora” esse floral ajudaria para esses pensamentos não ficarem girando em circulo na cabeça, para poder livrar-se deles;

    - Wilow: para trabalhar sentimento de vítima.


    RESULTADOS

    Todos os clientes trazem fortes aspectos emocionais como pano de fundo na causa dos desequilíbrios, os trabalhos realizados com Psicoterapia permitiram a todos os clientes entrarem em contato com seu lado obscuro, com material inconsciente e reprimido, seus traumas, seus medos, desejos; e os Florais de Bach permitiram que prestassem mais atenção a suas emoções funcionando como catalisador-facilitador propiciando ao atendimento Psicoterápico uma resposta mais dinâmica para chegarem ao autoconhecimento.

    Em todos os casos avaliados me surpreendi com algumas respostas obtidas com os Florais acerca de emoções específicas que precisávamos trabalhar.

    Avaliando sob enfoque quantitativo os resultados obtidos cheguei à seguinte conclusão sobre cada cliente:

    Cliente nº 1 – Esse cliente trouxe como característica acentuado ceticismo e apatia agravados por introspecção e timidez parecendo ter desistido de dar qualquer sentido mais significativo à vida, do tipo que “vivo por viver” sendo necessário transpor essas barreiras para colocá-lo em contato consigo mesmo, com seus sentimentos e emoções. Os florais deram a esse cliente condições propícias a uma melhor compreensão lhe ampliando a consciência, trabalhando suas características acentuadas de personalidade atuando num nível que só o aconselhamento não me permitiria chegar.

    Com o Wild Rose- sua desmotivação, sua resignação e desinteresse pela vida foram trabalhados, motivando-o para encontrar novos interesses pela vida apesar dê; o Willow - ajudou-o a deixar de ser ressentido a não fazer tanto o papel de vítima tornando-o menos negativo frente às circunstâncias da vida a se aceitar melhor, desenvolver responsabilidade pessoal e pensamento construtivo, Hearth – ajudou com a sua introspecção ao não dirigir o assunto apenas para si, direcionou-lhe a aprender a ouvir, escutar o que os outros falam aprendendo dessa forma a comunicar-se melhor, Gorse – liberou-o do sentimento “será que adianta mesmo” e ajudou-o com sua desesperança maximizando sua capacidade de se aceitar. Outros sentimentos e emoções aflorados e compreendidos foram trabalhados com os florais de modo que lhe permitiram ganhar uma compreensão melhor da forma como se sentia. Suas somatizações praticamente desapareceram bem como seu perfil de só falar de doença se tornando uma pessoa mais suave e leve recentemente passou quando saiu de férias e alegre me comunicou sua primeira viagem ao exterior, dizendo achar que merecia se dar esse presente.

    Cliente nº2 – Essa cliente chegou carregada de mágoa, ódio, intolerância, extremamente crítica, autoritária, ciumenta e a aplicação dos Florais funcionou como facilitador para a cliente entender suas emoções.

    Quando a cliente se mostrou determinada em agredir a ex-sogra e na vivência aplicamos técnica de Progressão onde projetamos possível conseqüência gerada a partir da presente atitude aliada aos Florais de Bach proporcionou a essa cliente uma visão ampliada da que possuía para o momento, podendo ela através do Chicory amenizar sua personalidade possessiva que interfere na vida dos outros, Beech melhorou sua intolerância com a maneira de ser dos outros, Walnut a tornou mais maleável, suscetível á mudança, e romper com o padrão de comportamento anterior, o Holly a tornou mais serena e o Cherry Plum trouxe-lhe coragem, força, espontaneidade, e devolveu-lhe serenidade paz, apesar das adversidades internas e externas dando-lhe grande capacidade de desenvolvimento, produzindo grandes avanços de comportamento propiciando a ela a oportunidade de fazer uma leitura correta do que estava acontecendo ao seu redor ao ponto de retornar para sessões posteriores com uma tomada de consciência adquirida ampliada, com mudanças no padrão de comportamento tendo o autoconhecimento lhe proporcionado sintonizar suas emoções e sentimentos com o seu momento de vida presente.

    A cliente apresentou evolução nos seus relacionamentos familiares, sua expressão facial se tornar mais amena à medida que trabalhava seus sentimentos profundos, mostrou o desejo de continuar em terapia pelo menos uma vez por mês, segundo ela para uma revisão para verificar se continuaria no rumo certo, admitindo dificuldade em mudar algumas características de sua formação que estavam profundamente arraigadas na sua personalidade, e que não acha fácil mudar de uma hora para outra; em sessões posteriores quando solicitei que fizesse algo capaz de surpreender quem a conhecia e até ela mesma confessou-me um dialogo interessante que teve com a futura nora quando a convidou para um final de semana julgando ter sido um bom começo e que havia conseguido surpreender o filho e o marido que não esperavam tal atitude dela, e que não foi tão difícil quanto havia imaginado, que ela própria também havia se surpreendido. Nota-se um esforço consciente da cliente para compreender seus sentimentos e emoções, o autoconhecimento adquirido a tornou menos ebulitiva, amenizou sua personalidade violenta e irracional, mas não ao ponto de levá-la ao equilíbrio

    Cliente nº3 - Esta cliente se apresentou ansiosa, auto-estima baixa, amarga, exigente, depressiva achando que a vida é injusta, fazendo inúmeras somatizações, trabalhamos bloqueios apresentados proporcionando a ela mover para fora esse material reprimido, quando conseguimos essa cliente passou a apresentar processos de transferência e racionalização muito fortes, que funcionaram como obstáculo ao crescimento, pois dificultaram aceitar a realidade, requerendo esforço e habilidade para conseguir levar essa cliente a mudar o padrão e estabelecer forças motivadoras reais e genuínas, onde ela pudesse reverter o sofrimento em algo mais suave e ameno, aceitar suas ações passadas e obter um aprendizado aplicável ao seu presente, que ampliasse seu autoconhecimento e sua qualidade de vida. A aplicação do floral Agrimony ajudou-na a aplacar seus sentimentos dolorosos e sua inquietação interior, o Pine proporcionou que lidasse melhor com sua culpa, o Willow: liberou-a do sentimento de vitima do destino, amenizou sua amargura e ressentimento, o Star of Bethlehem: produziu conforto a sua alma trabalhou seu trauma emocional dando-lhe uma compreensão e aceitação melhor de suas atitudes anteriores, agora quando acrescentado White Chestnud para aqueles que sofrem de pensamentos indesejáveis e persistentes, este floral devolveu-lhe a calma e um espírito mais equilibrado por trazer-lhe clareza ao pensamento e silêncio interior calando a voz interna que a acusava aplacando em muito a sua dor. À medida que houve uma compreensão melhor de suas ações passadas, esta cliente experimentou mudanças no enfoque que dava a vida, melhorou sua auto-estima a medida que aplacou seu sentimento de culpa, passou a sentir-se mais digna como ser humana, no decorrer do processo terapêutico o autoconhecimento proporcionou uma diminuição das suas somatizações e mudou o padrão de comportamento de vitima, passando adquirir mais firmeza e equilíbrio, reconhecendo melhor suas limitações e suas potencialidades, passou por uma cirurgia de vesícula, mas seu estado geral de saúde melhorou, por problemas financeiros mudou-se para outra cidade, por isso descontinuou a terapia, mas mostrava-se satisfeita com os resultados obtidos segundo ela “viver ficou mais leve”. Embora não se consiga resolver todos os problemas existenciais de um cliente num curto espaço de tempo, pode se considerar positivo o resultado alcançado no sentido que ajudamos a cliente a achar o começo do fio da meada, a continuidade do processo e a dinâmica foram colocados a disposição dela de maneira clara que a partir de agora sabe qual o caminho aonde buscar ajuda quando necessitar.


    DISCUSSÃO

    Os trabalhos realizados com Psicoterapia, associados aos Florais de Bach permitiram aos meus clientes se enxergarem de uma forma diferente a que estavam habituados.

    Percebi que a Psicoterapia permite resultados positivos nas patologias que tem componente emocional envolvido.

    Todo o indivíduo tem um valor em si, independente do que realiza ou visualiza o que acontece é que na maioria das vezes a pessoa não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. E grande parte dos conflitos que carregamos são criados e produzidos na infância; no nosso trajeto de aprendizado geramos insatisfações amarguras, cultivamos descrenças, medos, reprimimos emoções, como conseqüência dum processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de expressão e manifestação foi podada por adultos que nos orientavam e por padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por cobranças, pelo constante apontar de defeitos e falhas, todas essas limitações impostas a nós nesse estágio inicial de aprendizado e pelo fato de ainda estarmos em formação com o passar do tempo esses sentimentos vão se solidificando gerando bloqueios que se tornam como adubo deixando o solo fértil para as somatizações

    Nosso corpo/mente e energia se mantêm em constante interação com a mente/energia do universo. Em nosso corpo físico cada célula dá algo apóia as outras e é apoiada. Esse fluxo dinâmico de “dar e receber” é a essência de toda célula; o mesmo processo se faz necessário entre as pessoas, é essencial para que a vida continue e as sociedades cresçam e se aperfeiçoem e perdurem . Quando há uma distorção nas relações, nesse padrão de troca de “dar e receber” o ser humano gera conflitos que complicarão seus relacionamentos. O que se recebe em maior ou menos medida costuma ser diretamente proporcional ao que se dá. O aconselhamento me propiciou como terapeuta trabalhar as causas do sofrimento, dar aos clientes a oportunidade de enxergar os valores que estão atribuindo as suas vidas, de ajudá-los a desenvolver sua singularidade e acentuar sua individualidade, a assumir sua responsabilidade diante de si mesmos, dos outros e do mundo em torno de si e também me deu a oportunidade de colocar à disposição do cliente vários dispositivos de apoio para seus conflitos.

    Em todos os casos houve benefício da ação sutil e transformadora dos florais pertinentes aos desequilíbrios emocionais compreendidos e devidamente avaliados que os clientes trouxeram a superfície para serem trabalhados durante a terapia permitiram maior rapidez e fluidez aos processos psicossomáticos e a liberação desse material reprimido empreendendo ao processo psicoterápico um dinamismo que não seria obtido se aplicasse apenas aconselhamento.

    Quando consciente ou inconscientemente tentamos manter longe da lembrança fatores psíquicos que nos são dolorosos criamos bloqueios que serão revertidos em somatizações, tal atitude, embora a principio pareça um bom mecanismo de defesa em diminuir momentaneamente o sofrimento emocional, entretanto manter esse material reprimido infinitamente bloqueado gera desequilíbrios que não serão resolvidos sem que haja uma ampliação da consciência; todo e qualquer tratamento será paliativo desviando a manifestação da desarmonia para outra parte do corpo, e a terapia floral dá conta do desafio de atuar nos véus que criamos, nas nossas máscaras, nossa persona, existindo florais específicos para cada característica de personalidade consciente, no caso as preocupações e a mágoa, que formam como que um véu que encobre ainda emoções menos aceitas, à medida que aplicamos o floral adequado, aquele véu se desfaz gradativamente aceitando esta emoção, resgatando sua energia para ser transmutada em alguma ação produtiva.

    Assim sucessivamente a cada novo véu que aflora uma nova formula sempre se adaptando a nova emoção trazendo consigo sempre novo material psíquico reprimido tudo isso acontecendo num ritmo que varia de um individuo para o outro, mas sempre num processo mais rápido que a terapia puramente verbal.


    CONCLUSÃO

    O ser humano em sua incessante busca por entendimento dos fenômenos da vida física tem procurado entender e explicar o sofrimento e a dor como regra geral percebendo as doenças como algo a ser eliminado a qualquer custo.

    No entanto ao eliminarmos pura e simplesmente o sofrimento físico, sem levarmos em conta o significado simbólico e existencial dos sintomas é como se não recebêssemos uma importante mensagem enviada pelo nosso inconsciente, como algo positivo para o desenvolvimento emocional e espiritual do indivíduo. Jung nos revela que durante o desenvolvimento do indivíduo tudo aquilo a respeito de nós mesmos que preferimos não manter na consciência torna-se aspectos “sombrios” de nossa personalidade.

    Embora “ocultos na sombra” esses aspectos renegados de nossa consciência procurarão todas as formas possíveis de se expressarem e serem aceitos e integrados na personalidade.

    O surgimento da física quântica abriu as portas para um entendimento diferente da realidade em que vivemos, demonstrando ao nível das partículas que tudo o que nos rodeia, tudo aquilo que temos como real “concreto” é na verdade energia. De acordo com o entendimento que mesmo matéria densa é energia, aquilo que nos define como seres humanos passam a ser entendido não só através de padrões genético-constitucionais e padrões incorporados através das experiências adquiridas, mas também por uma série multidimensional de sistema de energia sutil que se influenciam mutuamente, e que se convencionou chamar de campos energéticos ou campos áuricos.

    Os limites da Medicina e da Psicologia têm sido desafiados ao longo das ultimas décadas, pelo surgimento de novos modelos explicativos da realidade que nos rodeia e que faz parte do objeto de estudos das Terapias chamadas Alternativas e Holísticas servindo esse modelo explicativo como base para práticas energéticas milenares realizadas no mundo oriental e que começaram a ser mais difundidas nas sociedades ocidentais ao longo das ultimas décadas. Estamos diante de um novo modelo explicativo onde o ser humano não é somente percebido como uma “sofisticada máquina biológica”, um conjunto de células, tecidos e órgãos, mas um ser constituído por múltiplos sistemas energéticos que se influenciam reciprocamente. O ser humano das Terapias Holísticas é um ser humano composto de realidades multidimensionais e energéticas que nossos olhos não podem ver, mas que nem por isso deixam de existir. O estado de saúde e o surgimento dos sintomas de doenças passam a ser entendidos através de uma compreensão mais profunda do quanto nosso corpo físico, nossos pensamentos e emoções afetam esses padrões energéticos e vice-versa, e os desequilíbrios nesse delicado sistema vibratório ou energético é que levam ao surgimento dos mais diversos sintomas físicos, emocionais e mentais e para que a saúde possa ser restaurada, é necessário levar em conta que não somos feitos só de corpo físico, mas de corpos energéticos sobrepostos à estes.

    Portanto conclui que a aplicação das técnicas terapêuticas aprendidas no curso de Psicoterapia aliadas a estímulos dos campos energéticos quer seja através da Terapia Floral ou Terapia corporal deram conta do desafio de causar transformações profundas tanto da personalidade como do padrão de comportamento propiciando aos meus clientes alcançar melhoras na qualidade de vida, a cada atendimento se tornava perceptível transmutações no comportamento através da ampliação da consciência tornando a reversão dos desequilíbrios possível e diminuindo as somatizações.

    Pude perceber como Terapeuta que a aplicação dos Florais de Bach junto com estímulos no campo energético através de aparelhos vibracionais acelera o aflorar de material psíquico reprimido num ritmo bem mais rápido do que a psicoterapia puramente verbal, isso ficou claro no cliente nº1, quando afirmou que havia feito diversos tratamentos terapêuticos, mas nenhum havia conseguido fazer aflorar seu material reprimido, e na cliente nº3 onde o relaxamente desarmou o mecanismo de defesa que mantinha, permitindo o “ex movere” do material reprimido que fluísse livremente, em ambos os casos possibilitou uma dinâmica que até então eu como terapeuta não havia conseguido, resultando em grandes benefícios de alívio para os clientes.

    Esses métodos dão ao Terapeuta Holístico a possibilidade de trabalhar resgatando técnicas milenares de outrora e ao mesmo tempo dá conta do desafio de possibilitar um exercício profissional que atenda as exigências do Código de Ética, das NTSVs, da Legislação Brasileira, trabalhando “desequilíbrio”.


    REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


    1. BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    1. FILHO. H.V. Psicoterapia Holística. 1ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2007.

    2. FILHO. H.V. Tutorial Terapia Holística. 3ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2004.

    3. FILHO. H.V. Florais de Bach: uma visão mitológica, etimológica e arquetípica. 4ª edição. São Paulo. Editora Pensamento. 2004.

    4. FILHO. H.V. O Microcosmo Sagrado O Segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento. 2ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2006.

    5. JUNG. C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.

    6. JUNG. C.G. O homem e seus símbolos. 22ª edição. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964.

    7. JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    8. JUNG. C.G. A pratica da psicoterapia. 9ª edição.

    9. WEIL. PIERRE. Holística: uma nova visão e abordagem do real. São Paulo. Palas Athenas. 1999.








    ANEXOS E APÊNDICE


    1 CODIGO DE ÉTICA – TH 001

    2 NTSV - PH 001 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA


    1 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL – TH 001


    1. SUMÁRIO

    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TH 001.

    Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.


    2. PREFÁCIO  

    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
      Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado”.
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.


    3. INTRODUÇÃO

     É essencial para toda profissão estabelecida à existência de um Código de Ética a apresentar os princípios fundamentais que norteiam as boas práticas. Esta Norma ratifica o Código de Ética já em vigor na Terapia Holística, tão somente adequando-o à formatação normativa, tornando ainda mais transparente sua essência de adesão espontânea e voluntária.


    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos

    4.2 Objetivo definir os princípios fundamentais quanta à ética de atendimento ao cliente, relacionamento com as demais profissões e publicidade.

    4.3 Referências Normativas

    NTSV — TH 002;

    BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica;

    NTSV — TH 003;

    FC — Ficha de Cliente.


    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilibrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a proposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.


    5.2 Símbolos e Abreviaturas

    TH — Terapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.


    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato de o Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.


    5.3.3 Produtos e equipamentos

    Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos reconhecidos pelo SINTE — Sindicato dos Terapeutas, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto e/ou equipamento. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta, pois os produtos jamais serão cobrados à parte (um só preço quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: produtos preparados nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruir o cliente, que irá adquiri-los diretamente.

    5.3.4 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos


    5.3.4.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS.

    O Terapeuta Holístico

    I — Trabalhará para a promoção do bem-estar do indivíduo, da coletividade e do meio ambiente, segundo o paradigma holístico; II — Manterá constante desenvolvimento pessoal, científico, técnico, ético e filosófico, através de supervisão, terapia e/ou psicoterapia, cursos e similares, estando a par dos estudos e pesquisas mais atuais na área, bem como dos trabalhos milenares e tradicionais, além de ser estudioso das ciências afins; III — Usará em seus trabalhos, métodos os mais naturais e brandos possíveis, buscando catalizar o auto-equilíbrio da pessoa atendida, despertando-lhe os seus próprios recursos harmonizantes; IV — Orientar-se-á, no exercício de sua profissão, pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 10/12/1948 pela Assembléia Geral Das Nações Unidas.
    5.3.4.2 DIREITOS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO

    5.3.4.2.1 — Exercer a profissão de Terapeuta Holístico sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo, nacionalidade, cor, opção sexual, idade, condição social, opinião política ou situações afins;
    5.3.4.2.2 — Utilizar-se de técnicas que não se lhe sejam vedadas ou proibidas por lei federal, podendo, inclusive, fazer uso de instrumentos e equipamentos não agressivos, bem como produtos cuja comercialização seja livre, além de orientar a pessoa atendida através de aconselhamento profissional;
    5.3.4.2.3 — Recusar a realização de trabalhos terapêuticos que, embora sejam permitidos por lei, seja contrário aos ditames de sua consciência;
    5.3.4.2.4 — Suspender e/ou recusar atendimentos, individual ou coletivamente, se o local não oferecer condições adequadas, ou se não houver remuneração condigna, ou, ainda, se ocorrerem fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com a pessoa a ser atendida, impedindo o pleno exercício profissional;


    5.3.4.3 RESPONSABILIDADES GERAIS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO

    5.3.4.3.1 São deveres do Terapeuta Holístico:

    §1 — Assumir apenas trabalhos para os quais esteja apto, pessoal, técnica e legalmente; §2 — Prestar serviços terapêuticos somente se: em condições de trabalho adequadas, de acordo com os princípios e técnicas reconhecidos ou pelas Tradições Milenares, ou pela prática, ou pela ciência e, sobretudo, pela ética; §3 — Zelar pela dignidade da categoria, recusando e denunciando situações onde a pessoa atendida esteja sendo prejudicada; §4 — Participar de movimentos que visem promover a categoria e o paradigma holístico em geral; §5 — Estar devidamente registrado para o exercício de sua atividade profissional quer seja como autônomo ou como pessoa jurídica; §6 — Manter-se em dia com as obrigações definidas pelo SINTE;


    5.3.4.3.2 — Ao Terapeuta Holístico é vedado:

    §1 — Usar títulos e especialidades profissionais que não possua; §2 — Efetuar procedimentos terapêuticos sem o esclarecimento e conhecimento prévio da pessoa atendida ou de seu responsável legal; §3 — Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais; §4 — Aproveitar-se de situações decorrentes do atendimento terapêutico para obter vantagens física, emocional, financeira, política ou religiosa; §5 — Exercer técnicas de aconselhamento profissional, caso ele próprio há mais de 03 meses não esteja se submetendo a tratamento terapêutico e/ou psicoterápico de manutenção; §6 — Reduzir o tempo de cada sessão a fim de aumentar o número de atendimentos; §7 — Permitir que a pessoa atendida, durante a sessão, fique sem o acompanhamento de corpo presente de um profissional qualificado, em especial se estiver recebendo aplicação ou sob efeito de quaisquer técnicas terapêuticas;


    5.3.4.4 DAS RELAÇÕES COM OUTROS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS E OUTRAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS

    O Terapeuta Holístico:

    5.3.4.4.1 — Não será conivente com erros, faltas éticas, crimes ou contravenções penais praticadas por outros na prestação de serviços profissionais;

    5.3.4.4.2 — Não intervirá na prestação de serviços de outro Terapeuta Holístico, salvo se: a pedido do próprio profissional; quando comunicado por qualquer uma das partes da interrupção voluntária do atendimento; quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada; em situações emergenciais, devendo comunicar o fato imediatamente ao outro Terapeuta Holístico; e, em situações descritas no §3, dando ciência do ocorrido;
    5.3.4.4.3 — No relacionamento com profissionais de outra áreas, trabalhará dentro dos limites das atividades que lhe são reservadas pela legislação e reconhecerá os casos que necessitem também dos demais campos de especialização profissional, encaminhando-os às pessoas habilitadas para a tais funções;


    5.3.4.5 DO SIGILO PROFISSIONAL

    5.3.4.5.1 — O sigilo protegerá a pessoa atendida em tudo àquilo que o Terapeuta Holístico venha a tomar conhecimento como decorrência do exercício de sua atividade profissional;
    5.3.4.5.2 — O menor impúbere ou interdito estará igualmente protegido, devendo ser comunicado aos responsáveis apenas o estritamente necessário para promover medidas em seu benefício;
    5.3.4.5.3 — Com autorização da pessoa atendida, o Terapeuta Holístico poderá repassar dados a outro profissional, desde que o recebedor esteja igualmente obrigado a preservar o sigilo por Código de Ética e que, sob nenhuma forma, permita a estranhos o acesso às informações;
    5.3.4.5.4 — O Terapeuta Holístico tem o dever de garantir, em seus atendimentos, condições adequadas à segurança da pessoa atendida, bem como à privacidade que garanta o sigilo profissional;
    5.3.4.5.5 — Em caso de falecimento do Terapeuta Holístico, este órgão, ao tomar conhecimento do fato, providenciará a incineração de seu arquivo confidencial;
    5.3.4.5.6 — A quebra do sigilo só será admissível se tratar-se de fato delituoso e a gravidade de suas conseqüências para o próprio atendido ou para terceiros justificar a denúncia do fato; ainda assim, o acontecido será julgado por Comissão de Ética a ser designada.


    5.3.4.6 DA COMUNICAÇÃO AO PÚBLICO, DA DIVULGAÇÃO DE PESQUISAS E ESTUDOS E DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL
    5.3.4.6.1 - Ao Terapeuta Holístico, na realização de seus estudos e pesquisas, bem como no ensino e treinamento, é vedado:
    §1 — Interferir na vida dos sujeitos, sem o consentimento dos mesmos, além de informá-los sobre as possíveis conseqüências de tais atividades; §2 — Promover experiências que envolvam qualquer espécie de risco ou prejuízo a seres humanos, animais ou meio ambiente; §3 — Negar o livre acesso das pessoas envolvidas aos resultados das pesquisas ou estudos, se estas assim o desejarem; §4 — Deixar de citar as fontes consultadas ou de mencionar as contribuições prestadas por assistentes, colaboradores ou outros autores, bem como utilizar-se de informações particulares ainda não publicadas, sem autorização expressa do autor.
    5.3.4.6.2 — Em todas as comunicações e/ou divulgações públicas, o Terapeuta Holístico omitirá ou alterará dados que possam conduzir à identificação da pessoa ou instituição envolvida, exceto se houver interesse manifesto das mesmas e autorização expressa.
    5.3.4.6.3 — O Terapeuta Holístico ao promover publicamente seus serviços:
    §1 — Informará com exatidão o número de registro; §2 — Não poderá utilizar o preço de serviço como forma de propaganda; §3 — Não proporá atividades que impliquem invasão ou desrespeito a outras áreas profissionais; §4 — Em hipótese alguma fará previsão taxativa de resultados ou se utilizará de conteúdos falsos ou sensacionalistas; §5 — Não fará uso de expressões, palavreado técnico, roupagens ou quaisquer artifícios que possam induzir o público a acreditar que pertence a outra categoria profissional que não seja a de Terapeuta Holístico


    5.3.4.7 DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS

    5.3.4.7.1 — Os honorários serão fixados com dignidade e com o devido cuidado, para que corresponda a uma justa retribuição aos serviços prestados, lembrando que o Terapeuta Holístico para manter a qualidade de seu trabalho precisa de recursos financeiros para investir em supervisão, cursos, estudos, terapia e/ou psicoterapia o que, indiretamente, implica em benefício da pessoa atendida;
    § Único — Se o Terapeuta Holístico reduzindo o valor de seus honorários, deixar de cumprir qualquer recomendação do Código de Ética, em especial o item II dos Princípios Fundamentais e os §6 e§7 do 5.3.4.3.2, diminuindo, assim, o padrão de qualidade exigido, estará exercendo concorrência desleal;
    5.3.4.7.2 — A fim de tornar a profissão de Terapeuta Holístico reconhecida pela confiança e aprovação da sociedade, os honorários poderão ser adaptados às condições financeiras do atendido, tomando este ciência da excessão feita e comunicando-se o fato a este órgão, para que não se caracterize como concorrência desleal;


    5.3.4.8 DA OBSERVÂNCIA, APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA.

    5.3.4.8.1 — Esta entidade assessorará os Terapeutas Holísticos na aplicação deste Código e sua observância, além de acatar denúncias de quaisquer procedências, instaurando investigação sigilosa (só terão amplo acesso aos dados as partes diretamente interessadas, ou seja, denunciante e denunciado, ou seus representantes);
    5.3.4.8.2 — As infrações ao Código de Ética acarretarão penalidades várias obedecendo critérios estabelecidos pelo SINTE, além da suspensão e até mesmo da perda de seu registro;
    5.3.4.8.3 — Competirá a esta entidade firmar jurisprudência quanto aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código o qual poderá ser alterado mediante proposta da Diretoria e desde que aprovada em reunião oficial;


    5.3.5 Constatação de Conformidade:

    O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos

    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    Vide Capítulo Anexos Informativos.



    2 NTSV - PH 001 PSICOTERAPIA


    NTSV — PH 001 Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão

    NTSV — PH 001.Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão.
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização


    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — PH 001
    Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização


    2. PREFÁCIO  

    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
     A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém que passa a ser favorecido pela "lei de mercado”.
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.


    3. INTRODUÇÃO  

    A Terapia de Regressão conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia de Regressão.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título Terapia de Regressão — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.


    4.3 Referências Normativas

    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato- psíquico. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avaliam os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.


    5.1.2 PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato- psíquico. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.


    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a posposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.


    5.1.4 TERAPIA DE REGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de Regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.


    5.1.5 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.


    5.1.6 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.


    5.1.7 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.


    5.1.8 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.


    5.1.9 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    5.1.10 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.


    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THP — Psicoterapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;
    TR — Terapia de Regressão


    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.


    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou

    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Psicoterapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Procedimento em primeira consulta

    5.3.3.1 — Avaliar pré-requisitos e contra-indicações:

    5.3.3.1.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permanecer guardada junto à ficha do cliente.

    5.3.3.1.2 — Contra-indicações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

    5.3.3.2 — Explicar o processo de Regressão com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial:

    5.3.3.2.1 Quanto à duração e continuidade do trabalho;

    5.3.3.2.2 Que a TR é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

    5.3.4 Procedimento para as demais sessões:

    5.3.4.1 Após a 2a consulta já pode ser praticada a TR.
    5.3.4.2 Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao TH avaliar exceções.

    5.3.4.3 Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de Regressão, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.


    Autor: : ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO - TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 42753
    Última atualização: 29/12/2008 13:12


    I Ching - O Software Do EU

     I Ching - O Software Do EU

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

     

    Sumário


    Resumo

    Introdução

    Material e Metodologia

    Resultados

    Discussão

    Conclusões

    Referências Bibliográficas

    Anexos e Apêndices

     

     

    Resumo

    Este trabalho aborda a utilização do I Ching como instrumento auxiliar à Psicoterapia Holística, análogo às técnicas de associação "livre" e de interpretação de sonhos. 

    Igualmente discursa sobre sobre a sincronicidade (coincidências emocionalmente significativas) entre os símbolos gerados aleatoriamente (hexagramas) e o inconsciente do Cliente, como forma de propiciar "insights" e catarses durante a interpretação conjunta dos textos e imagens milenares.

    E, a título lúdico, apresenta o I Ching como o antecessor do código binário utilizado na moderna computação, tendo as linhas, ora Yin, ora Yang, o mesmo papel dos numerais zero e um, a compor todo o Universo de possibilidades, sintetizadas em 64 situações arquetípicas com as quais todo indivíduo inconscientemente se percebe refletido.

     
     Introdução

    Milenarmenteutilizado como forma de meditação pelos estudiosos e como oráculo pelosleigos, o I Ching foi apresentando ao século 20 como viável instrumentoterapêutico, graças à pública simpatia de Carl Gustav Jung,um dos maiores nomes da Psicanálise, por este instrumento, demonstradaem seu prefácio à obra "I Ching - O Livro Das Mutações", de RichardWilhelm, principal responsável em introduzir o sistema ao Ocidente.

    Também na lista de célebres admiradores do I Ching, contamos com Gottfried Wilheim Leibniz,que assumiu a grande similaridade com o sistema binário (a basematemática da linguagem de computação...) por ele desenvolvido, assimcomo Niels Bohr, umdos pais da física quântica, que reconheceu as semelhanças entre suaciência das partículas e as mutações descritas neste que é consideradoo livro mais antigo do mundo (cerca de 5 mil anos), além do polêmicocientista biomolecular Johnson F. Yan, que demonstrou a curiosasemelhança entre a matemática do DNA e a do I Ching, popularizado emsua obra "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" e, claro, o mais reverenciadofilósofo chinês, cujo nome latinizado é Confúcio, a quem se atribuivários textos interpretativos aos hexagramas.

    OI Ching atua como "espelho" onde refletimos nosso próprio inconscientee sua eficácia neste sentindo é tamanha, a tal ponto de renomadosmatemáticos, físicos, biólogos, filósofos e, mais diretamenterelacionado à nossa proposta, psicanalistas, enxergarem a si e a seustrabalhos espelhados nos símbolos antigos. 

    Da mesma forma, o Terapeuta Holístico podefazer uso deste instrumento, tanto para acessar seu próprioinconsciente e maximizar-se como pessoa e profissional, quanto comométodo lúdico de contornar a resistência racional dos Clientes emaflorar materiais psíquicos não conscientes, bem como clarificar oentendimento do momento. 

     

    Material e Metodologia

    Aidade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmentepoderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houverautorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e oprofissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional docandidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha doCliente.

    O profissional que atua com o I Ching é um TERAPEUTA HOLÍSTICO, Modalidade: Terapia Em Sincronicidade,que distingue-se dos demais por atuar junto ao seu cliente sem aobrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumassituações nem sequer é necessária a presença do mesmo. 

    Esteprofissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidadejunguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, taiscomo radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, IChing, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliaçãodo quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição eo pensamento não-linear. 

    Deposse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas comoreiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além dadiscussão interativa com o cliente de aspectos levantados ouastrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodostradicionais de "previsão", acrescidos de aconselhamento, levando aoautoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns:comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma,incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida(aumento máximo das oportunidades e minimização das condiçõesadversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões,inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além departiculares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada dedecisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promovera harmonização energética de ambientes.

    OTerapeuta Holístico deve explicar o processo de Terapia emSincronicidade com detalhes e certificar-se de que seu clientecompreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexistevinculação religiosa ou de credo ao trabalho. Deve esclarecer que ossímbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.)jamais determinam as características e acontecimentossócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regeremsincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos dereferência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos. 

    Necessitatornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsõestaxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposiçõescom maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um períodoou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões. 

    Pertinentefazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, queao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração deletras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso depedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-secom as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim,considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativosenvolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    Oconsultório deve estar aparelhado para proporcionar temperaturaambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena,minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente paracom o profissional.

    OTerapeuta Holístico, por meio de variadas técnicas (relaxamento viatoque ou induzido verbalmente, musicoterapia, aromaterapia,cromoterapia e similares), deve propiciar ao Cliente um estado deserenidade, condição ideal para melhor aproveitamento da sessão em queincluir o I Ching. Opensamento deve focar em uma pergunta objetiva sobre a situação quedesejam aprofundar em terapia. Isto feito, opta por um método de geraraleatoriamente o hexagrama que servirá de "espelho" arquetípico onde oconsulente refletirá a si mesmo. 

    Ohexagrama, como o nome sugere, é composto por seis linhas, cada qualpodendo ser classificada como yin (representada graficamente por umalinha interrompida: _ _ ), ou yang (representada por uma linha contínua: ___ ),sendo unidas umas sobre as outras, de baixo para cima. Originalmenterealizado por varetas de milefólio, o "sorteio" popularizou-se via usode três moedas de duas faces distintas, arbitrando-se o valor numérico2 (dois) para o lado par e 3 (três) para o ímpar. A soma das trêsmoedas sendo par, está pré-definida como sendo uma linha yin ( _ _ ) e,caso ímpar, resulta em linha yang ( __ ), sendo repetido o procedimento até obter as 6 linhas que comporão o hexagrama. 

    Com o auxílio da literatura sobre o I Ching (recomendamos o excelente "I Ching: o Livro das Mutações",de Richard Wilhelm, impresso pela Editora Pensamento-Cultrix), queincluem uma tabela como a seguinte, identifica-se o númerocorrespondente ao hexagrama obtido e consulta-se os textos relacionados.

     

    Trigrama
    superior
     
    ----------------
    Trigrama inferior 
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Trigramme zhèn du Yi Jing 
    Chên, o Incitar

    Trovão
    Trigramme kǎn du Yi Jing 
    K´an, o Abismal

    Água
    Trigramme gèn du Yi Jing 
    Kên, a Quietude
    Montanha
    Trigramme kūn du Yi Jing 
    K´un, o Receptivo

    Terra
    Trigramme xùn du Yi Jing 
    Sun, a Suavidade

    Vento
    Trigramme lí du Yi Jing 
    Li, o Aderir

    Fogo
    Trigramme duì du Yi Jing 
    Tui, a Alegria

    Lago
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Hexagramme 1 du Yi Jing
    1
    Hexagramme 34 du Yi Jing
    34
    Hexagramme 5 du Yi Jing
    5
    Hexagramme 26 du Yi Jing
    26
    Hexagramme 11 du Yi Jing
    11
    Hexagramme 9 du Yi Jing
    09
    Hexagramme 14 du Yi Jing
    14
    Hexagramme 43 du Yi Jing
    43
    Trigramme zhèn du Yi Jing Chên, o Incitar
    Trovão
    Hexagramme 25 du Yi Jing
    25
    Hexagramme 51 du Yi Jing
    51
    Hexagramme 3 du Yi Jing
    3
    Hexagramme 27 du Yi Jing
    27
    Hexagramme 24 du Yi Jing
    24
    Hexagramme 42 du Yi Jing
    42
    Hexagramme 21 du Yi Jing
    21
    Hexagramme 17 du Yi Jing
    17
    Trigramme kǎn du Yi Jing K´an, o Abisma
    Água
    Hexagramme 6 du Yi Jing
    6
    Hexagramme 40 du Yi Jing
    40
    Hexagramme 29 du Yi Jing
    29
    Hexagramme 4 du Yi Jing
    4
    Hexagramme 7 du Yi Jing
    7
    Hexagramme 59 du Yi Jing
    59
    Hexagramme 64 du Yi Jing
    64
    Hexagramme 47 du Yi Jing
    47
    Trigramme gèn du Yi Jing Kên, a Quietude
    Montanha
    Hexagramme 33 du Yi Jing
    33
    Hexagramme 62 du Yi Jing
    62
    Hexagramme 39 du Yi Jing
    39
    Hexagramme 52 du Yi Jing
    52
    Hexagramme 15 du Yi Jing
    15
    Hexagramme 53 du Yi Jing
    53
    Hexagramme 56 du Yi Jing
    56
    Hexagramme 31 du Yi Jing
    31
    Trigramme kūn du Yi Jing K´un, o Receptivo
    Terra
    Hexagramme 12 du Yi Jing
    12
    Hexagramme 16 du Yi Jing
    16
    Hexagramme 8 du Yi Jing
    8
    Hexagramme 23 du Yi Jing
    23
    Hexagramme 2 du Yi Jing
    2
    Hexagramme 20 du Yi Jing
    20
    Hexagramme 35 du Yi Jing
    35
    Hexagramme 45 du Yi Jing
    45
    Trigramme xùn du Yi Jing Sun, a Suavidade
    Vento
    Hexagramme 44 du Yi Jing
    44
    Hexagramme 32 du Yi Jing
    32
    Hexagramme 48 du Yi Jing
    48
    Hexagramme 18 du Yi Jing
    18
    Hexagramme 46 du Yi Jing
    46
    Hexagramme 57 du Yi Jing
    57
    Hexagramme 50 du Yi Jing
    50
    Hexagramme 28 du Yi Jing
    28
    Trigramme lí du Yi Jing Li, o Aderir
    Fogo
    Hexagramme 13 du Yi Jing
    13
    Hexagramme 55 du Yi Jing
    55
    Hexagramme 63 du Yi Jing
    63
    Hexagramme 22 du Yi Jing
    22
    Hexagramme 36 du Yi Jing
    36
    Hexagramme 37 du Yi Jing
    37
    Hexagramme 30 du Yi Jing
    30
    Hexagramme 49 du Yi Jing
    49
    Trigramme duì du Yi Jing Tui, a Alegria
    Lago
    Hexagramme 10 du Yi Jing
    10
    Hexagramme 54 du Yi Jing
    54
    Hexagramme 60 du Yi Jing
    60
    Hexagramme 41 du Yi Jing
    41
    Hexagramme 19 du Yi Jing
    19
    Hexagramme 61 du Yi Jing
    61
    Hexagramme 38 du Yi Jing
    38
    Hexagramme 58 du Yi Jing
    58


    Comumente,o nome dos trigramas (hexagramas são compostos por dois trigramas), bemcomo do hexagrama em si, por si só, induzem a imagens mentais desituações análogas na natureza, provocando respostas emocionais. Nolivro recomendado existe também descrições e comentários, quanto àslinhas, aos trigramas e ao hexagrama em si, tanto de origem milenar,quanto do próprio autor e a e leitura dos mesmos frequentemente causa"insights", onde o consulente percebe coincidências significativasentre o descrito e a resposta que procura.

    Portradição, as linhas que resultem das três moedas com a mesma face (3"caras", ou 3 "coroas"), ou, no caso de outro sistema de sorteio, omaior número par possível (seis), ou maior número ímpar possível(nove), por si só seriam objeto de atenção especial, existendo textosespecíficos a serem lidos e interpretados, para cada linha nestasituação, que são chamadas de "linhas móveis". 

    A"mobilidade" sugerida implica que, estando na soma numérica máxima dacondição par (yin) ou ímpar (yang), as linhas nestas condições estãoprestes a se transformar em seu oposto ( de _ _ passaria para __ evice-versa...), obtendo-se assim, um novo hexagrama, desta vezrelacionado a uma situação futura, que seria decorrência natural datransmutação no tempo, do quadro apresentado inicialmente, que é focadono momento presente. Novamente, a consulta à tabela acima, levaria aostextos correspondentes, que acrescentariam mais subsídios para oconsulente espelhar-se e obter conclusões.

    Atualmente,existe muitos softwares capazes de realizar o sorteio do hexagrama, bemcomo já localizar os textos correspondentes ao mesmo. O próprio SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS vem desenvolvendo uma versão online, para uso de seus associados.

    OTerapeuta Holístico traz à pauta terapêutica as sincronicidadespercebidas pelo Cliente em relação à sessão com o I Ching, tal comofaria nas técnicas de interpretação de sonhos e de associações"livres", realizando uma discussão interativa sobre os aspectoslevantados, auxiliando o consulente a reconhecer conteúdos psíquicosseus que projetou durante o exercício lúdico de interpretação dohexagrama. 

     

    Resultados

    Ométodo mostrou-se eficaz como forma de acesso ao inconsciente,contornando as defesas racionais que comumente bloqueiam o aflorar dematerial psíquico, bem como foi particularmente útil com Clientes quetenham resistência maior perante as alternativas mais usuais deampliação da consciência, tais como análise de sonhos e associaçõeslivres. A interpretação e discussão de hexagramas obtidos possibilitauma sequência de pautas a serem trabalhadas em sessões continuadas,funcionando como fio de meada eficiente para a evolução dos processosde autoconhecimento almejados na terapia.


    Discussão 

    Boaparte do esforço terapêutico se dá no sentido de acessar o conteúdopsíquico inconsciente do Cliente, trazendo-o à consciência e auxiliar àmaior compreensão e assimilação, resultando em autoconhecimento e, porconsequência, uma melhoria na Qualidade de Vida

    Quantomais objetivo e racional for o método adotado para este fim, tanto maisfácil será para que as defesas e a resistência à terapia criemobstáculos ao aflorar de material reprimido. É válido, pois, que seutilize igualmente técnicas de cunho subjetivo, capazes de contornar aresistência do racional e possibilitar que, de forma indireta, semanifestem aspectos psíquicos, projetados em algo externo ao que sejacomumente associado com o "eu". O analista atento será capaz deidentificar as projeções e colher subsídios para a evolução da terapia.A Psicanálise clássica tira bom proveito da técnica de associaçãolivre, na qual o Cliente, ao entregar-se ao "jogo" de expressar tudoque lhe vier à mente, sem censura e da forma mais espontânea eimpensada, frequentemente traz à tona informações reprimidas sobre simesmo, sem se dar conta de imediato, contornando desta forma, aresistência natural que impede o aflorar destes conteúdos. Ainterpretação de sonhos segue este mesmo caminho, pois, nosso racionalnão se dá conta, a princípio, de que ao falar do que aconteceu nouniverso onírico, estamos, na verdade, contando sobre nós mesmos. OPsicodrama, a Arteterapia, igualmente possibilitam "palco" e "tela"onde o Cliente interpreta e pinta a si mesmo, sem se dar conta imediatado processo, evitando dessa forma que as defesas racionais bloqueiem oeclodir do material psíquico.

    Dentro desta mesma linha, os métodos que utilizam o conceito junguiano de SINCRONICIDADE, tais como Astrologia, Numerologia, Tarô e, mais particularmente ao caso, o I Ching,funcionam perfeitamente como formas de acessar o inconsciente e detrazer à tona material antes reprimido, no decorrer do exercício deinterpretação.

    Aindaque de origem milenar e oriental, o I Ching, quanto à forma, está emparalelo com as mais modernas e ocidentais concepções. O conceito de umuniverso em contínua mutação possui evidentes analogias com a visão domicroscosmo das partículas, antes tida como imutáveis, e que agora sãoconcebidas como transmutáveis umas nas outras, na visão da físicaquântica. 

    Jáa incrível coincidência entre a matemática do DNA e as suas 64possíveis combinações e igual número e forma de hexagramas do I Ching,novamente colocam o secular sistema em sintonia com os nossos tempos.

    Maispróxima ao cotidiano de todos, a computação, onipresente na vidamoderna, simplesmente se baseia na mesma matemática que o I Ching: TUDOé sintetizável e expresso sob  combinações de tão somente duasvariáveis opostas e complementares: "0" (desligado, negativo) e "1"(ligado, positivo), ou seja, yin ( _ _ ) e yang ( __ ) !

    Veja a palavra ALEGRIA, escrita em linguagem de computação: 

     

    01000001011011000110010101100111011100100110100101100001

     

    E a mesma expressão, sintetizada em um hexagrama:

     

    _  _  0
    ___  1
    ___  1
    _  _  0
    ___  1
    ___  1

    Damesma forma como a linguagem "pura" do computador nos é incompreensívele precisamos de sistemas operacionais (DOS, Windows, Linux...) quefaçam a tradução, bem como de "softwares" (aplicativos) para tarefasespecíficas, igualmente o entendimento direto de um hexagrama nosescapa e necessitamos de "traduções" desta linguagem primordial,servindo para tal, os textos de autores seculares e modernos, que nostrazem suas interpretações quanto às linhas, trigramas e hexagramas.

    Assimcomo o computador, tão somente variando entre zero e um, nos dá acessoa textos, imagens, sons, vídeos, cores, igualmente o I Ching,alternando entre yin e yang, resulta em combinações que evocam em cadaum de nós, situações típicas pelas quais todos passamos em algummomento, mais precisamente, 64 circunstâncias "universais", ARQUETÍPICAS, tão antigas e primordiais que fazem parte do INCONSCIENTE COLETIVO e, como tal, automaticamente evocam nossa empatia. 

    Cadahexagrama é um espelho no qual refletimos uma faceta de nós mesmos.Neste quesito, até o mais cético e racional dos indivíduos éperfeitamente capaz de compreender e aceitar. O que realmente causaadmiração a quem pratica e suspeição em quem nunca experienciou ofenômeno, é que o signo gerado ao "acaso" pelas variáveis do yin eyang, resulta em algo mais do que uma "tela" em que projetamos aspectosinconsciente de nosso psiquismo... Até mesmo um "observador externo" aoevento percebe evidentes coincidências entre a pergunta original e osímbolo resultante pelo método do I Ching. Não existe uma relaçãocausal, mas, subjetivamente, emocionalmente, é sentido que é ocorrecontinuadamente coincidências significativas, ou seja, SINCRONICIDADES entre o momento vivenciado pelo consulente e a interpretação clássica do hexagrama resultante.

     

    Nestetrabalho aqui apresentado, teceu-se várias metáforas relacionando osistema com "telas" onde o Cliente pinta a si mesmo; neste ponto datese, convém ampliarmos a analogia, considerando cada hexagrama comouma obra-prima retratada há milhares de anos, cuja interpretação já foiobjeto de dedicação de inúmeros especialistas no decorrer dos tempos. AMona Lisa, de Da Vinci, é coletivamente conhecida por seu sorrisoenigmático. Individualmente, pode ocorrer de alguém olhar ao quadro econsiderar a mulher retratada como estando, por exemplo, triste. Nestasituação hipotética, há grandes chances da pessoa estar PROJETANDO suatristeza como se fosse algo externo a si, defensivamente atribuindo suaemoção não compreendida para a tela. Claro que, em terapia, a situaçãodescrita, por si só, teria proporcionado um bom subsídio... 

    Já no contexto terapêutico em que se emprega o I Ching, o procedimento terá que ser complementado. Quando um profissional, um Terapeuta Holístico,se propõe a incluir esta técnica a disposição de seus Clientes, há deestudar as interpretações clássicas de cada hexagrama, pois,partindo-se do pressuposto da SINCRONICIDADE, ainda que sejafundamental tudo o que o consulente projetar de si sobre os símbolos,também será importante o arquétipo, quanto ao seu consensointerpretativo clássico, cabendo levantar a hipótese de o indivíduoenquadrar-se no contexto e estar resistindo inconscientemente emconstatar. 

    Aindano campo metafórico, algo como um espelho refletindo uma pessoa magra(dentro de parâmetros de interpretação padronizados pela sociedade..),que vê a si como estando acima do peso, pois, devido a educaçãorecebida, traumas, etc..., desenvolveu uma auto-imagem de inadequação.Caberia ao Terapeuta Holístico constatar a provável disparidade eincluir na pauta das sessões uma forma de auxiliar o Cliente em rever aimagem que fixou sobre si mesmo. Também no espelhamento frente a umhexagrama, o profissional deve observar se há discrepânciasignificativa entre a interpretação pessoal do consulente e a versãoclássica e se é caso de propor e proporcionar oportunidade dereavaliação de sua percepção do momento.

    O I Ching, quanto empregado no âmbito terapêutico, tem claro enfoque de que está sendo acessado o INCONSCIENTE,não apenas o coletivo, mas essencialmente o INDIVIDUAL, cabendo aoTerapeuta Holístico catalizar a interpretação do Cliente quanto aoshexagramas, inclusive, suprindo-o de informações quanto à visãoclássica de seus significados, mantendo-se atento a identificar oconteúdo psíquico que se apresentar refletido, para que possa, nomomento oportuno, reapresentar à pauta das sessões.


    Conclusões

    Boaparte da Clientela da Terapia Holística possui curiosidade e aceitaçãoquanto a técnicas que envolvam a Sincronicidade, como é o caso do I Ching, especialmentedestacado graças à simpatia pública de grandes pensadores, e, ainda quemilenar, mantendo-se em surpreendente atualidade quanto ao linguajarmatemático em que se estrutura, similar ao dos computadores, que estãocada vez mais inseridos no dia-a-dia de nossa vida moderna.

    Aampliação do autoconhecimento é premissa para toda Terapia, o que exigedos profissionais o conhecimento e aplicação de técnicas que propiciemacesso ao inconsciente de cada Cliente, trazendo à consciênciaconteúdos psíquicos para serem compreendidos e integrados. Os sistemas("mecanismos"...) de defesa criam a natural e esperada resistência aeste processo de aflorar do psiquismo, cabendo ao analista encontrarformas de contornar e abrandar esta reação contrária, elegendo qual atécnica adotar, para cada indivíduo e a cada momento. 

    Somando-seà milenar análise dos sonhos, às técnicas vivenciais de catarse, àserena e freudiana associação livre de idéias, dentre inúmeros outrosinstrumentos, este trabalho apresenta o uso do I Ching como mais umeficaz e lúdico sistema a ser aplicado nos consultórios.

    OPsicanalista Carl G. Jung o considerou um guia para o inconsciente. Jáesta dissertação, de forma bem-humorada quanto à sua analogia com osmodernos sistemas de informática, acrescenta que o I Ching é umverdadeiro "software" do Eu.

     

    Referências Bibliográficas

    "I Ching: o Livro das Mutações" - Richard Wilhelm - Editora Pensamento-Cultrix

    “Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" - Johnson F. Yan - Madras

    "I Ching - O Livro Do Yin E Do Yang" - Cyrille Javary -Editora Pensamento-Cultrix

    "O Tao Da Física: Um Paralelo Entre A Física Moderna E O Misticismo Oriental" - Fritjof Capra - Editora Pensamento-Cultrix

     

    Anexos e Apêndices

     

    Coincidência entre os estudos do DNA e do I Ching

    Quadro-resumo das semelhanças

    DNA I Ching
    O DNA encerra todos os processos vitais de todos os seres vivos, determinados por uma estrutura com formação precisa. O I Ching engloba todos os processos existenciais dos seres vivos, através de uma estrutura com formação precisa.
    A base do DNA é constituída pela polaridade da dupla hélice, sendo a manifestação fundamental da vida. A base do I Ching é constituída pela polaridade Yin-Yang, manifestação fundamental do princípio universal.
    Quatro moléculas compõem a hélice dupla do DNA: adenina, timina, citosina e guanina; elas se interligam aos pares. Quatro símbolos são utilizados para compor uma codificação: yang-repouso, yang-móvel, yin-repouso e yin-móvel; eles se interligam aos pares.
    Três destas moléculas formam uma palavra-código para a síntese da proteína. Três destes símbolos formam um trigrama, que é a imagem fundamental a formar os hexagramas.
    Cada palavra é constituída de três letras dentre quatro possíveis. Cada trigrama é constituída de três símbolos dentre quatro possíveis.
    A direção de leitura das palavras-código é estritamente determinada. A direção de leitura dos trigramas é estritamente determinada.
    Duas das tríades denominam-se "início" e "fim". Marcam o começo e o término de uma frase-código. Dois dos hexagramas denominam-se "Antes do Fim" e "Após o Fim". Marcam fim e início de uma situação vivencial.
    A programação da identidade genética é determinada por um código de 64 palavras. Os hexagramas são as identidades de interpretação e formam um conjunto de 64 condições.
    Uma ou diversas tríades programam a construção de cada um dos vinte aminoácidos; seqüências bem determinadas dessas tríades elaboram a forma e construção de todos os seres vivos, dento de um contexto evolutivo. Uma ou diversas tríades formam hexagramas que fornecem imagens vívidas e precisas de estados dinâmicos da vivência; seqüências bem determinadas dessas tríades determinam uma programação de destino, dentro de um contexto evolutivo.

    Fonte: http://www.mlopes.eng.br/iching/dna2.htm


     

    NTSV — TS 001-Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    1. SUMÁRIO


    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TS 001 - Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

     

    2. PREFÁCIO


      Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas= regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais;setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias= sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõeuma atitude voluntária dos profissionais a partir de umaconscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerápontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, taiscomo Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética,Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força deLei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião dafiliação espontânea de cada membro junto à entidadeauto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissõesregulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido atémesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, asentidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sançõesestatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quandomuito, excluir um membro do quadro social.
       As entidadesAuto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos àsociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aosserviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internasda organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado públicoatravés de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicase Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo semobrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencialmuito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei demercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada veztem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostracrescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total oudo total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos AnexosInformativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídiospara melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV,além de facilitar a co


    3. INTRODUÇÃO 

     

    ATerapia em Sincronicidade conta com uma vasta bibliografia e grandeaceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentesquanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípiosbásicos para as boas práticas profissionais que nortearão aauto-regulamentação da Terapia Holística.

     

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

     

    4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE — Boas Práticas

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

     

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

     

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 
    TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear. De posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.
    5.1.3 
    CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 
    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 
    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 
    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 
    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 
    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 
    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro TH, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 
    SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 
    JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 
    TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 
    ARQUÉTIPO: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.
    5.1.14 
    SÍMBOLO: é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Muitas vezes representado na forma de imagens ou sons, funciona como uma forma de linguagem do inconsciente, expressa nos sonhos, nas artes, nos exercícios de imaginação ativa, dentre outras situações. Pode ter um significado individual ou coletivo.
    5.1.15 
    TERAPIA EM SINCRONICIDADE: sistema que utiliza métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo ou organização, catalisando o cliente ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas) e na habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais, além de promover a harmonização de ambientes.
    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas


    TH — Terapeuta Holístico;
    TS — Terapia em Sincronicidade;
    THS — Terapeuta em Sincronicidade;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TS

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TS com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vinculação religiosa ou de credo ao trabalho.

    5.3.3.2.1 — Esclarecer que os símbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.) jamais determinam as características e acontecimentos sócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regerem sincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos de referência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos.
    5.3.3.2.2 — Tornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsões taxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposições com maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um período ou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões.
    5.3.3.2.3 — Fazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, que ao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração de letras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso de pedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-se com as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim, considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativos envolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    5.3.3.3 — O THS tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver sua intuição e pensamento não-linear, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de interferências estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.

    5.3.3.3.4 — O THS avalia o cliente e/ou do ambiente, interpretando os símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo, identificando quais as potencialidades e predisposições a serem adequadamente trabalhadas por aconselhamento e demais técnicas pertinentes.
    5.3.3.3.5 — O THS ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:

    5.3.3.3.5.1 — Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE — Sindicato dos Terapeutas.
    5.3.3.3.5.2 — Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
    .

    5.3.3.3.6 — Cabe ao THS a avaliação racional da análise sincronística obtida para detectar o efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.

    5.3.4 Produtos para TS — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio THS em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 29/09/2009 11:45


    O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    Ana Luiza Iughetti Feres

    Terapeuta Holística

    CRT 42969

    Propositura de Palestra para

    Holística 2011

    Ribeirão Preto

    2011

    RESUMO

    A análise dos mitos é fundamental na Psicoterapia proposta por Jung. Os símbolos do inconsciente coletivo que os mitos trazem nos permitem perceber outras dimensões do nosso próprio inconsciente e caminhar no processo terapêutico. O mito de sísifo nos ajuda a refletir sobre vários aspectos específicos da sociedade contemporânea e sofrimentos humanos atemporais como a dicotomia vida e morte, o trabalho interior e a religiosidade; trazendo vários "insights" para o processo terapêutico.

     

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução
    1. O Mito de Sísifo
    1. Conceitos de Psicologia Analítica
    1. Imagem Mitológica de Sísifo e o Homem Contemporâneo
    1. Considerações Finais
    1. Referências Bibliográficas

     

    1. INTRODUÇÃO

    De que nos fala o Mito de Sísifo? Da morte? Do trabalho? Da disputa entre humanos e deuses? Do castigo dos deuses? Que relação podemos fazer entre o que nos fala esse mito e os processos psíquicos do homem contemporâneo?

    A Psicologia profunda de C.G.Jung descobriu que há uma relação muito próxima entre os processos psicológicos do homem moderno e a imensa gama de conhecimento que nos foi deixado como herança pelos povos antigos e que podemos conhecer através da mitologia.

    Para Jung, o mito é um estágio intermediário entre a cognição inconsciente e consciente, como uma ponte necessária e facilitadora. É como um "tradutor" dos Arquétipos - que formam o psiquismo humano - decodificando-os a partir das mais diversas mitologias do mundo. Podem-se estabelecer muitos paralelos entre os mitos e o que está acontecendo na psique e na vida de uma pessoa ou sociedade.

    Esse é o objetivo dessa palestra: entender o Mito de Sísifo à luz da Psicologia Junguiana, para que possamos ampliar e aprofundar a compreensão desse mito, analisando suas possíveis implicações na psique do homem contemporâneo.

     

    1. O MITO DE SÍSIFO

    Segundo Brandão (1996), Sísifo era originário da cidade grega de Corinto, um rei que desafiou os deuses e até mesmo a morte. Diz que Zeus observou a filha Egina do deus do rio, Asopo e a raptou. Quando seu pai quis saber sobre o ocorrido, ninguém queria falar com medo da reação de Zeus.

    Mas Sísifo percebeu ali uma grande oportunidade e não pensou em deixá-la passar. A cidade de Corinto tinha na época um problema bem sério, não havia em seu perímetro uma fonte de água doce. O povo precisava ir buscar água em lugares distantes para satisfazer suas necessidades. Sísifo conversou com o deus do rio e fez um acordo, dava informações em troca de água. O deus concordou e uma fonte nasceu dentro da cidade de Corinto.

    Asopo foi atrás de Zeus e este teve de devolver-lhe a filha que havia roubado. Zeus sabia quem ousou dar as informações e chamou seu irmão, Hades, o senhor do inferno e este mandou a morte, Tânatos, para buscar Sísifo.

    A morte com missão precisa apareceu no mundo dos vivos. Geralmente recebida com grande espanto e terror pelas pessoas, ficou surpresa quando o esperto Sísifo a convidou para sentar-se em sua mesa para comer e beber. Foi uma boa conversa com piadas e descontração. Então, Sísifo ofereceu a ela um par de algemas que havia feito. Como já havia confiança e boa vontade entre eles, a morte colocou as algemas no pulso. Só depois de certo tempo é que ficou claro que ela, a morte havia ficado prisioneira de Sísifo.  

    Um fato desses abala o Universo todo. Nada e nem ninguém morria, pessoas, plantas ou animais. Com a morte no cativeiro haveria muitos efeitos colaterais: como superpopulação e aqueles que estavam doentes permaneceriam assim sem esperança de alivio. A vida sem a presença da morte faz pouco ou nenhum sentido. Até o tempo e a evolução param. Nem a guerra faz sentido, pois os soldados mortos em luta se levantam para agir de novo. Isto também enfureceu o deus da guerra Ares. A morte é um dos poucos controles que os deuses têm sobre os humanos.

    Zeus, que é o senhor do Olimpo, percebeu a confusão que Sísifo havia arrumado e mandou o próprio Ares para buscá-lo e levá-lo para o inferno. Desta vez a missão foi cumprida com sucesso.  Ares libertou a morte e levou a alma de Sísifo. Mas as coisas não acabaram nisso. Sísifo ainda tinha outros truques para executar.

    Ele havia instruído sua esposa para não enterrar seu corpo e nem fazer os rituais fúnebres exigidos pelos deuses. Chegando na terra dos mortos, Sísifo foi reclamar que seu cadáver não havia sido devidamente enterrado. Pediu permissão para voltar para a Terra e castigar sua esposa por causa do desrespeito aos deuses. Hades concedeu a ele três dias para ir e retornar aos infernos. Mas quando chegou na superfície ficou evidente que não tinha nenhuma intenção de retornar novamente. Mais uma vez ele se saiu bem no confronto com os deuses.

    Para resolver o problema de modo definitivo, Zeus mandou Hermes, o mensageiro dos deuses e aquele que acompanha as almas dos mortos até o outro mundo. Hermes capturou a alma de Sísifo e a levou para Hades, depois enterrou seu cadáver com os rituais necessários, exigidos pelos deuses e encerrou o assunto. No inferno o astuto Sísifo recebeu o seu castigo: devia rolar por toda a eternidade uma pedra montanha acima para ver em seguida a mesma voltar ao ponto de origem e ele ter que repetir todo o ciclo novamente.

    1. CONCEITOS DE PSICOTERAPIA ANALITICA

    O Ego: O centro da consciência. 

    Para Jung o ego é um complexo - o principal -, formado a partir dos registros da memória e das sensações corporais, tendo base somática. O ego não é equivalente à totalidade da consciência, é apenas o seu centro, sendo que todos os acontecimentos da vida precisam entrar em contato com ele para se tornar conscientes - pensamento, emoções, idéias, experiências, etc.  

    O ego tem diversas funções, como promover a adaptação da pessoa às exigências da vida, fazer diferenciação de conteúdos conscientes e inconscientes e mediar prazer e realidade. Ele organiza os conteúdos da vida psíquica, avalia, critica e raciocina em busca de soluções para os problemas que a pessoa enfrenta.

    Uma consideração importante sobre a consciência é que não pode haver elemento consciente que não tenha o ego como ponto de referência. Assim, o que não se relacionar com o ego não atingirá a consciência. A partir desse dado, podemos definir a consciência com a relação dos fatos psíquicos com o ego. (JUNG, 2001, p. 7)

    A consciência do ego tem uma importante característica de seletividade, o que equivale a dizer que certos conteúdos tornam-se conscientes e outros não. Esses conteúdos eliminados vão aos poucos formando o que conhecemos como inconsciente pessoal ou a sombra do próprio ego, onde mesmo potenciais criativos podem ficar reprimidos.

    O ego, em seu processo adaptativo, vai precisar formar algumas defesas, sendo algumas úteis e necessárias, outras neuróticas, e outras ainda, psicóticas e psicopatológicas. O ego é um complexo funcional no campo da consciência que é variável de indivíduo para indivíduo, variando em extensão e profundidade.

    A consciência, na opinião de Jung, não é algo fixo e imutável. Ela sofre modificações constantes e evolui ao longo do tempo. Após a estruturação do ego, este precisa se defrontar com o inconsciente para continuar evoluindo. É preciso que o ego consiga estabelecer contato com o inconsciente e consiga também assimilar seus conteúdos para não sofrer a estagnação.

    Complexos

    Todas as experiências modificam a bioquímica celular. A cada nova vivência, ficam marcas na memória celular. É nossa capacidade de ser afetado (afetividade) de modo variado e diferenciado pelas coisas que nos cercam que faz com que não sejamos robôs.

    Quando entramos em contato com algo que nos afeta é que esse algo passa a ter significado. E a repetição de experiências que têm valor fundamental e vão se associando por semelhança e analogia em torno de uma experiência centralizadora, é que dá origem aos complexos.

    Complexo é então um conjunto de experiências capazes de nos afetar em torno de uma experiência centralizadora. É a unidade funcional básica da psique. Ou seja, conteúdos com forte carga emocional e energética porque estão associados, por semelhança e analogia, às experiências centralizadoras. É o que mobiliza a nossa energia psíquica.

    Os complexos contaminam todas as nossas percepções das coisas e por isso as experiências da infância são tão importantes, porque formam as primeiras memórias celulares ou os primeiros complexos. Em função dos complexos, só ouvimos o que queremos e sentimos o que podemos. Somos uma rede de complexos que são acionados por vários mecanismos possíveis

    Inconsciente Coletivo e Arquétipos

    Diferente de Freud que considerava que o inconsciente era formado a partir de conteúdos reprimidos somente, portanto individuais, Jung descobriu que há camadas na psique que nunca foram conscientes e nem se formaram de conteúdos das experiências pessoais reprimidas.

    Essa dimensão do inconsciente, que Jung chamou de Inconsciente Coletivo, não diria respeito aos conteúdos individuais reprimidos do sujeito em questão, mas sim a símbolos comuns a toda a humanidade, disponíveis para todos. Esse inconsciente forma a base do nosso psiquismo e é formado pelos Arquétipos.

    Arquétipos são imagens primordiais carregadas de energia que advém das experiências coletivas que reforçam, a todo o momento, essa carga energética, que fica à disposição da humanidade, para ser acessada, na forma de imagens primordiais, a cada necessidade adaptativa. É a nossa matriz, fonte geradora de material para a consciência. Esta matriz produz um conjunto enorme de fenômenos, como sonhos, visões, os chamados acontecimentos espíritas e afins. As imagens arquetípicas são o suporte energético para o funcionamento adequado da consciência. Para que o ego seja revigorado sempre, precisa do contato constante com sua usina de força.

    Dei o nome de arquétipos a esses padrões, valendo-me de uma expressão de Santo Agostinho: Arquétipo significa um "Typos" (impressão, merca-impressão), um agrupamento definido de caracteres arcaicos, que, em forma e significado, encerra motivos mitológicos, os quais surgem em forma pura nos contos de fadas, nos mitos, nas lendas e no folclore. (JUNG, 2001, p.34, grifos do autor)

    Jung, ao longo de sua vida, deixou muitos estudos a respeito dessa camada mais profunda do psiquismo humano, como a alquimia, os contos de fada, a gnose, as religiões comparadas e a mitologia.

    Através do conceito de arquétipo e do inconsciente coletivo foi possível para a psicologia abrir caminho para a compreensão de rico material pertencente aos mitos e ajudar o homem moderno na compreensão de todas as dimensões de si.

    A função transcendente e a dinâmica psíquica

    Esta é a função que, segundo Jung, no processo de desenvolvimento do ego vai ligar a vida consciente ao inconsciente de modo construtivo e cooperador. O Ego e o Self - centro da psique - de modo geral não estão em harmonia, podendo até mesmo estar em oposição.

    Como o inconsciente se comporta de modo compensatório ou complementar em relação à consciência, e vice-versa, para a Psicologia Analítica a transcendência de uma atitude a outra ocorre a partir da busca de significado e finalidade dos conteúdos que o inconsciente está trazendo.

    Jung entendia a dinâmica da psique, dentro do conceito da complementariedade - não há opostos com começo e fim e sim um continuum de experiências entre os opostos que vão se modificando e afetando todo o tempo.

    É esse jogo de forças que vai produzir os símbolos. Símbolo = aquilo que une. Nossos símbolos individuais - nossos sonhos, nossas marcas, emoções e sentimentos, nossa forma de funcionar no mundo - é o que une a nossa expressão consciente ao nosso inconsciente mais profundo, tendo no processo de individuação seu ponto máximo.

    Energia Psíquica para Jung, diferente de Freud, não se limita à energia sexual, mas diz respeito à energia vital. Energia não é algo que se define, apenas sabemos a sua manifestação. Energia que vem de ergos = que produz trabalho, modificação.

    Nas palavras de Grinberg (1997, p.9) "Assim como calor, luz e eletricidade são manifestações diferentes da energia física, fome, sexo e agressividade seriam expressões variadas da energia psíquica."

    A dinâmica psíquica se estabelece num jogo de forças entre o consciente e o inconsciente. Quando uma imagem surge na consciência tem uma força, resultado energético que tem a capacidade de nos afetar. E a consciência vai lidar com essa imagem de diferentes maneiras: projeção, repressão, assimilação ou integração.

    Sacrifício

    No processo de evolução psicológico chega um momento que o sacrifício se impõe de modo natural, sendo que o ego deve abrir mão do que está sendo solicitado, pois do contrário vem a estagnação.

    Para a Psicologia, este termo descreve o sacrifício da energia psíquica que está organizada numa dada direção. O modelo na civilização cristã ocidental é o sacrifício de Cristo na Cruz, para transcender o mundo e alcançar a ressurreição, cumprindo, assim a vontade de Deus. Este pode ser vivido como um momento de grande tensão e pavor, como ficou gravado na história cristã.

    Na relação Ego-Self, chega-se a um desses momentos em que ao ego é solicitado algo muito parecido. O ego pode não estar preparado para essa situação e entrar em conflito e sofrimento. Esses são os momentos de transição de uma situação ou estado a outro.

    O próprio Jung é exemplo disso, quando, para continuar avançando no que acreditava, precisou sacrificar sua amizade com Freud, carreira universitária e de médico no hospital psiquiátrico. Vem disso a perda do rumo da vida, a desorientação, a falta de solo firme que o ego está acostumado. O ego precisa renunciar livremente sem ter garantias do que vai receber e quais os novos rumos a vida terá.

    O sacrifício equivale a uma morte simbólica e, portanto, a um renascimento.

    Sombra

    Para Magaldi, "a sombra representa na psicologia junguiana os aspectos inconsciente de si mesmo, bons e maus, que por algum motivo e ego não consegue integrar." (2009)

    Podemos dizer que a sombra é a parte do Self que foi rejeitada pelo ego consciente. A sombra compõe-se de vários aspectos, indo desde a sombra pessoal, familiar, social em suas muitas facetas, até o arquétipo da sombra. Este último apresenta dificuldades bem maiores de conscientização, devido estar muito longe da experiência comum. Sua vivência pode levar ao estado de possessão, como na história de Fausto ou no confronto entre Cristo e o diabo, como nos conta o novo testamento.

    A sombra também funciona como o elemento provocador, irritante, perturbador. Aquele que desaloja a pessoa de seu estado de inércia psíquica para movimentá-la em outra direção, mesmo que seja contra a sua vontade. Às vezes ameaça a consciência de regressão e desintegração.

    Em geral, como há pouca consciência de sua constante presença, ela é encontrada em projeção. Este mecanismo parece ser o mais eficaz para localizá-la. Nos sonhos aparece como pessoas do mesmo sexo e nos mitos, ela é o vilão que combate o herói. A sombra possui enorme quantidade de energia que quando aceita, passa a ser útil ao ego, tirando o mesmo de suas limitações e bloqueios.

    Individuação

    Processo de desenvolvimento psicológico através do qual o indivíduo vai se aproximando cada vez mais de sua singularidade e totalidade. Para Jung, há no ser humano uma tendência, um impulso ou instinto, de tornar- se um ser cada vez mais completo do que se é no momento.

    O ego não é a totalidade da psique. Há um centro maior que abarca o ego e está muito além dele. O ego é o representante do Self (Ser Total), mas este é sempre percebido por cada um de nós como maior do que aquele. Porque temos uma disposição inata para a transcendência. Transcender nossa condição humana de existir. Existir = ex-estar = "condenados ao futuro" na expressão de Heiddeger. Estamos sempre diferentes a cada momento, sendo projetados, ou seja, somos sempre um projeto de ser, uma promessa de ser e essa é a angústia vital do ser humano. Tudo com uma única certeza, a da morte.

    É o ego que faz o processo de individuação. Precisa desapegar do corpo e se entregar à Alma. Desde que nascemos buscamos nos adaptar ao ambiente, às regras, à família e à sociedade, como forma de sobreviver e ser amado, mas essa adaptação pode nos afastar de nosso verdadeiro eu, nossa Alma inata que viemos realizar.

    Se não houver o confronto entre o Self e o ego, não há oportunidade para nascer o novo ego, mais integrado ao Self. O analista vai ajudar a integrar as partes, sair do conflito, na sua função de cura vai ajudar a encontrar o caminho para integrar as partes dissociadas. Esse é o início do processo de individuação.

    A individuação é um processo que permeia toda a vida humana. É o potencial latente a ser trabalhado, vivido. Segundo Jung "Só aquilo que somos tem o poder de curar-nos" (JUNG, 2007, §258)

    O processo de individuação, portanto, consiste em integrar nossas partes dissociadas, inconscientes, ao ego, consciência, para realizar o nosso Self, Si-Mesmo. Individuar é realizar o ser único que somos, nos diferenciando cada vez mais do comportamento em massa.

    Assim, individuação não é um ego bem adaptado, que vive profundamente o mundo racional e que contribui para que o indivíduo leve vantagens materiais sobre os demais. A individuação vai desnudar o self dos vários invólucros da persona e das imagens primordiais que tanto interferem em nossa vida. Então, individuar-se não nos exclui do mundo, mas aproxima o mundo de nós. (MAGALDI, 2009)

    Para Jung, nesse processo, a religiosidade é uma dimensão do homem que não pode ser negada. Jung coloca a religiosidade como uma função natural, inerente à psique, encontrada em todos os povos conhecidos.

    A psicologia junguiana põe em relevo a presença, no âmago da psique, do arquétipo de Deus ("indistinguível do arquétipo do Self"), sem pretender jamais afirmar nem negar a existência de Deus como ser em si mesmo. (SILVEIRA, 1997, p.133)

    Jung usa a palavra religião no sentido do religio = re e ligare. Ou seja, religar os aspectos conscientes (ego) às profundezas do inconsciente (Self), individuar-se.

    Entre todos os meus doentes na segunda metade da vida, isto é, tendo mais de 35 anos, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse constituído pela questão de sua atitude religiosa. Todos, em última instância, estavam doentes por ter perdido aquilo que uma religião viva sempre deu em todos os tempos a seus adeptos, e nenhum curou-se realmente sem recobrar a atitude religiosa que lhe fosse própria. Isto está claro, não depende absolutamente de adesão a um credo particular ou de tornar-se membro de uma igreja. (JUNG apud SILVEIRA, 1997, p.125-126)

    1. IMAGEM MITOLÓGICA DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    Se tentarmos ver em Sísifo um modelo de homem, ele então será alguém tão convencido de sua força, de sua inteligência e de suas capacidades criativas que se considerará imortal. Morte, mudança, renúncia, reveses, nada disso existe para ele. (KAST, 1997)

    A morte é um controle poderoso que os deuses têm sobre os seres humanos. Seus mistérios nunca foram revelados a nenhum mortal que se tenha noticia. E Sísifo ousou desafiar a morte e o poder dos deuses.

    O castigo que Sísifo recebeu - ficar rolando a pedra cume acima da montanha infinitamente, apenas para vê-la rolar montanha abaixo justo antes de alcançar o cume - foi em decorrência de ter trapaceados os deuses, fugindo da morte. Os truques de Sísifo estavam alterando a ordem estabelecida das coisas, da vida e da morte.

    Vida e Morte. A dicotomia da existência que impulsiona, dá esperança, força para a realização. Vida e Morte, dois lados da mesma moeda; continuidade sem fim? Quando Sísifo desafia Zeus conseguindo a fonte de água para Corinto, está presente essa dicotomia também. Poder do Homem x Poder de Deus. Esse mundo e o outro mundo.  

    Não podemos ver o mesmo comportamento no homem contemporâneo que desafia a morte com seus avanços tecnológicos, a medicina e suas técnicas de rejuvenescimento? Escravos da juventude e da saúde, com pânico da morte. Não querem morrer, querem vencer os deuses. Mas quando não há a perspectiva da morte, será a vida uma eterna repetição infinita?

    Por outro lado, é a repetição de experiências, padrões de comportamento e situações, que permite a tomada de consciência e por conseqüência, mudança e evolução. Mas a repetição, paralisia no mesmo lugar, é uma forma de morte, pois sem possibilidade de mudança, conclusão de ciclos, não há vida.

    Portanto, se vida é transformação, Sísifo está morto no seu esforço repetitivo? Mas ele pode ter se vingado mais uma vez porque a cada vez que Sísifo levanta a pedra montanha acima, uma nova esperança renasce de que novo fim aconteça.

    Aqui aparece uma nova dicotomia que o mito traz - como saber até quando lutar, persistir, roubar um pouco mais de vida da morte e quando reconhecer que é sensato entregar-se, admitir a derrota, largar a pedra e seguir adiante.

    Quantos na nossa sociedade sentem-se sobrecarregados com a quantidade ou qualidade do trabalho; trabalho não prazeroso na maioria das vezes e não tem coragem de largar a pedra e começar uma nova história? Ficar preso numa mesma luta constante, num mesmo objetivo, com a energia focada em uma única direção - seja o trabalho, ou qualquer outro pilar da vida - leva a uma morte em vida.

    Talvez o modo como a maioria das pessoas vivencia a si mesmo atualmente, sem refletir e questionar a possibilidade de mudar, seja de fato um trabalho de Sísifo. Quando o homem contemporâneo foca no trabalho sua energia total, acreditando que do dinheiro daí advindo, virá a realização, a felicidade, ignorando outras necessidades de realização individual, coletiva e espiritual, pode ficar reduzido ao vazio da repetição infinita.

    Assim o homem da sociedade capitalista é visto como alguém que se coisifica pela moral utilitarista, tendo como meta a redução da capacidade do homem produtor, suprimindo as alegrias e a paixão, condenando-o ao papel de máquina entregue ao trabalho contínuo sem trégua nem piedade. (MAGALDI, 2009).

    Mas devemos olhar para o trabalho de Sísifo não apenas como o trabalho externo, mas como o trabalho interno, necessário ao homem para evoluir, integrar-se, individuar-se. No processo terapêutico, por exemplo, há uma repetição criativa de situações, pois a evolução é uma espiral que parece sempre voltar ao mesmo ponto. Mas a cada nova experiência, fica diferente a manifestação, o sentimento, a neurose.

    Se Sísifo simboliza o ego e seu trabalho de criar mais e mais consciência, os deuses simbolizam o inconsciente coletivo e neste caso uma reação compensatória destrutiva, o que indica que a atitude da consciência é inadequada, para lidar com a situação.

    Sísifo tinha uma relação conturbada com os deuses, de disputa constante, não dimensionando adequadamente as forças que estavam em jogo. Em terapia, ao longo do processo de individuação, quando o ego está isolado ou com uma relação destrutiva com o inconsciente, ele não consegue perceber que está em desvantagem frente à psique objetiva.

    Com suas atitudes e comportamentos não adaptados, Sísifo se expôs à ira e vingança dos deuses - ou a uma reação destrutiva do inconsciente. O que fez teve conseqüências não só pessoais, mas também para todos. Sísifo não foi capaz de aceitar os desígnios dos deuses, seu destino. Tentou mudar a ordem da criação e a realidade humana.

    Jung ressalta quando de seu confronto com o inconsciente o quanto é importante para o ego aceitar seu destino. No processo de individuação chega-se a um momento crucial, que é o momento do sacrifício. Ao ego é solicitado algo do qual não quer abrir mão. É uma situação angustiante. Há uma luta interna muito grande para abrir mão de coisas consideradas preciosas. Mas se isso não for feito, a evolução não avança.

    O objetivo do confronto com o inconsciente é criar a função transcendente que vai unir os dois lados em conflito, procurando chegar a uma cooperação construtiva.

    No mito de Sísifo parece-nos que isso não foi possível. A relação entre ele e os deuses era de disputa, de tentar vencer o inconsciente através de truques e artimanhas bem simplistas.

    1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

    O homem contemporâneo carece de lentes para auxiliá-lo a enxergar os deuses que o rodeiam, e aqui deuses são manifestações arquetípicas com conteúdos energéticos de pólos opostos, que podem ativar a sombra ou trazer a luz para mostrar o caminho da individuação.

    A função transcendente nesse caso pode se manifestar como um obstáculo que paralisa o ego temporariamente de seguir o caminho, até então apresentado como único possível.

    Sísifo recebeu esses "obstáculos" como desafios e seu ego obsessivo fez com que ele canalizasse a energia para superá-los ao invés de tentar entendê-los como possibilidade de integrar seus conteúdos inconscientes.

    Os deuses contemporâneos se apresentam nos menores detalhes, nos processos de sedução que se desdobram em assedio moral, na carreira meteórica que pode trazer um câncer consigo, na desumanização das relações, eliminando todas as possibilidades de respeito. No mito de Sísifo, os deuses Tânatos, Ares, Hades e Hermes se apresentam aparentemente como os obstáculos a serem vencidos, porém na realidade eles representam a oportunidade de redenção se observados de forma intuitiva.

    1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    BIERLEIN, J. F. Mitos Paralelos. Ed. Ediouro, 2003.

    BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega, Ed. Vozes, 1996.

    BRENNAN, Anne e BREWI, Janice. Arquétipos Junguianos, A espiritualidade na meia-idade. Ed. Madras, 2004.

    GRINBERG, Luiz Paulo. Jung, o homem criativo. FTD, 1997

    JUNG, Carl Gustav. O Eu e o Inconsciente in Obras Completas, Vol. VII/2. Ed. Vozes, 16ª Ed., 2002

    JUNG, Carl Gustav. Fundamentos da Psicologia Analítica in Obras Completas, Vol. XVIII/1, Ed. Vozes. 10ª Ed. 2001

    JUNG, Carl Gustav. (Org.) O Homem e seus Símbolos. Ed. Nova Fronteira, 1977.

    JUNG, Carl Gustav. Memórias, Sonhos e Reflexões. Ed. Nova Fronteira, 1975.

    JUNG, Carl Gustav. Símbolos da Transformação. Ed. Vozes, 1975.

    KAST, Verena. Sísifo. A Mesma Pedra-Um Novo caminho. Ed. Cultrix, 10ª Ed., 1997

    MAGALDI, Waldemar. Dinheiro, Saúde e Sagrado. Eleva Cultural, 2ª Ed., 2009

    SILVEIRA, Nise da. Jung, vida & obra. Paz e Terra, 18ª Ed. 1997.

    Autor: : Ana Luiza Iughetti Feres - Terapeuta Holística - CRT 42969
    Última atualização: 02/06/2011 15:05


    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista

    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA

    Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista


    Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico - CRT 21001

     


    Resumo:

    Milernarmente, os SONHOS são uma forma de contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso os indivíduos recorriam aos Xamãs, ao Sacerdotes, antecessores dos Terapeutas Holísticos, para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, inclusive, divinatórias, por meio de rituais sagrados.

    No ocidente moderno, sua importância foi negligenciada, até o advento da PSICANÁLISE, reencontrando nas teorias de Freud e Jung a sua função de eficaz meio de acesso ao conteúdo inconsciente, aplicando-se a associação livre como um dos instrumentos a trabalhar o conteúdo onírico.

    A TERAPIA HOLÍSTICA une o antigo e o novo em suas melhores qualidades, aproveitando tanto os sonhos espontaneamente recordados, quanto os induzidos via técnicas de relaxamento, toque e exercícios de imaginação ativa.

     

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras.

    Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem "científica-reducionista-elitista" cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem "empírica-holística-acessível" de nossos ancestrais xamãnicos.

    A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do "cientificismo", mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes.

    Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a "alma", desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

    No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se "dissolvem espontaneamente" no decorrer destes procedimentos (método catártico).

    A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

    Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte "inacessível" de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( "eu") e Censor ("juiz" do Ego, o Ego "Idealizado").

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO.

    Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

    Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Especificamente sobre os SONHOS, porém, a Terapia Reichiana pouco abordou, sendo enfatizada a observação do CORPO como o revelador dos aspectos visíveis do mundo inconsciente. Já Freud, autoproclama seu livro A Interpretação dos Sonhos como sua obra mais importante. Por sua vez, a Psicanálise Junguiana seria inimaginável sem a análise do universo onírico dos Clientes.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Interpretação dos Sonhos no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, bem como as técnicas de indução ao "sonho acordado" que já praticavam nossos antecessores, os sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.


    Material e Metodologia:

     

    1. Definições

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

    ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO - procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE - usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal - "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

    LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

    TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    SONHO: Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente. Para as culturas milenares, é o contato com o transcendente, de caráter orientativo e divinatório, com acesso ao divino e até ao mundo dos mortos.


    2. Procedimentos


    ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

     

    Análise de Sonhos:

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ..."o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro"... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as "chaves" transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado "o sono sagrado", onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de "sonho acordado", muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão "científico". Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, "a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma". Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma "auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material "espontâneo" que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a "dramatização", onde a pessoa "encarna", um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura "incorporada". Outra ferramenta de interpretação é a "ampliação" do sonho, onde se é estimulado para "prolongar" o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de "ampliação" é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que "ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico". O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.


    Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

    Do mesmo modo como "evocamos" os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma "lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais "pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram "especializações" funcionais, "desenhando-se" no holograma certos "caminhos" bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa "tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. "Mapeando" esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos "meridianos" de Acupuntura, na China milenar, e os "chacras" na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a "circulação" energética, induzimos à "circulação" das informações psíquicas, ocorrendo os chamados "insights" ("flashs", lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que "digerir", compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro "equilíbrio energético". O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

     

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

     

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

     

    Resultados:

     

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade. Especificamente quanto às vivências oníricas e análises dos SONHOS, foram objetos de grande atenção, ocupando boa parte dos atendimentos, tornando-se o fator mais significativo na produção de INSIGHTS percebidos como de grande importância emocional e motivacional na vida dos Clientes.


    Discussão:

     

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a "imitar" o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE - Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.


    Conclusões:


    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    A análise dos SONHOS, sejam os espontaneamente lembrados, sejam os induzidos por técnicas vivenciais se traduziram nos momentos mais surpreendentes e reveladores destes meus quase 25 anos de Terapia.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui a interpretação dos sonhos, regressão, progressão, vivências, etc...). A própria tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.


    Referências bibliográficas:


    "O Corpo Fala" - Pierre Weil e Roland Tompakow - Editora Vozes;

    "Counseling, Santé et Développement" em www.counselingvih.org;

    "Florais de Bach - Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica" - Henrique Vieira Filho - Editora Pensamento;

    "Jung e Reich - O Corpo Como Sombra" - Jonh P. Conger - Summus Editorial;

    "O Microcosmo Sagrado" - 2a Edição - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Orgônio, Reich e Eros" - W. Edward Mann - Summus Editorial;

    "O Processo de Aconselhamento" - Paterson / Einsenberg - Martins Fontes 1988;

    "Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung" - Reis, Magalhães e Gonçalves - EPU - Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

    "Tutorial Terapia Holística" - Henrique Vieira Filho - SinteBooks.

    "Interpretação dos Sonhos: Ed. Comemorativa - 100 Anos" - Sigmudn Freud - Editora: Imago;

    "Psicoterapia Holística" - - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    Anexos e Apêndices:

     

    1) Textos selecionados da obra "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    O sonho só é estudado aqui como veí­culo e criador de símbolos. Manifesta tam­bém a natureza complexa, representativa, emotiva, vetorial do símbolo, assim como as dificuldades de uma interpretação justa. A maior parte dos elementos deste verbete são aplicáveis ao conjunto dos símbolos, e u cada um em particular, pois todo símbolo participa do sonho e vice-versa.

    A parcela de sonho

    Segundo as mais recentes pesquisas científicas, um homem de 60 anos teria sonha­do, dormindo, um mínimo de cinco anos. Se o sono ocupa um terço da vida, aproxi­madamente 25% do sono é atravessado por sonhos: o sonho noturno ocupa, portanto, um duodécimo da existência entre a maioria dos homens. Que dizer do sonho acordado e do devaneio diurno que se acrescentam a esta parcela já impressionante!

    Sobre o sonho, Frédéric Gaussen disse muito bem: símbolo da aventura indivi­dual, tão profundamente alojado na intimi­dade da consciência que se subtrai a seu próprio criador, o sonho nos aparece como a expressão mais secreta e mais impudica de nós mesmos. Ao menos duas horas por noite vivemos neste mundo onírico dos símbolos. Que fonte de conhecimentos so­bre nós próprios e sobre a humanidade, se pudéssemos sempre recordá-los e interpre­tá-los! A interpretação dos sonhos, disse Freud, é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma. Também as chaves dos sonhos se multiplicaram desde a antiguidade. Hoje em dia, a psicanálise as substituiu.

    O fenômeno do sonho

    As idéias sobre o sonho, como sobre o símbolo, evoluíram muito e não temos por que fazer o histórico dessa evolução. Mas mesmo hoje em dia, os especialistas ainda estão divididos a respeito. Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente; para J. Sutter, esta é a menos interpretativa das defini­ções, o sonho é um fenômeno psicológico que se produz durante o sono, constituído por uma série de imagens cujo desenrolamento representa um drama mais ou meios concatenado.

    O sonho se subtrai, portanto, à vontade e à responsabilidade do homem, em virtude de sua dramaturgia noturna ser espontânea e incontrolada. É por isso que o homem vive o drama sonhado, como se ele existisse realmente fora de sua imaginação. A consciência das realidades se obli­tera, o sentimento de identidade se aliena e se dissolve. Tchuang-tcheu não sabe mais se foi Tcheu que sonhou que era uma bor­boleta ou se foi a borboleta que sonhou que era Tcheu. Se um artesão, escreve Pas­cal, tivesse certeza de sonhar todas as noi­tes, durante doze horas que era o rei, creio que seria tão feliz quanto um rei que so­nhasse todas as noite, durante doze horas, que era um artesão. Sintetizando o pensa­mento de Jung, Roland Cahen escreve: O sonho é a expressão desta atividade men­tal que está viva em nós, que pensa, sente, experimenta, especula, à margem de nossa atividade diurna, e em todos os níveis, do plano mais biológico ao plano mais espi­ritual do ser, sem que o saibamos. Mani­festando uma corrente psíquica subjacente e as necessidades de um programa vital inscrito no mais profundo do ser, o sonho exprime as aspirações profundas do indi­víduo e, portanto, será para nós uma fonte infinitamente preciosa de informações de toda ordem.

    Classificação dos sonhos

    O Egito antigo atribuía aos sonhos um valor sobretudo premonitório: O deus criou os sonhos para indicar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o fututro, diz um livro de sabedoria. Sacerdotes-leitores, escribas sagrados ou onirólogos interpretavam nos templos os símbolos dos sonhos, segundo chaves transmitidas de era em era. A oniromancia, ou a divinação por meio dos sonhos, era prati­cada em todos os lugares.

    Para os negritos das ilhas Andamã, os sonhos são produzidos pela alma, que é considerada como a parte maléfica do ser. Sai pelo nariz e realiza fora do corpo as proezas de que o homem toma consciência em sonho.

    Para todos os índios da América do Nor­te, o sonho é o signo final e decisivo da experiência. Os sonhos estão na origem das liturgias; estabelecem a escolha dos sacer­dotes e conferem a qualidade de xamã; é deles que provêm a ciência médica, o nome que se dará às crianças, e os tabus; eles ordenam as guerras, as caçadas, as conde­nações à morte e a ajuda a ser ministrada; só eles compreendem a obscuridade escatológica. Enfim o sonho... confirma a tradição: é o selo da legalidade k da autori­dade.

    Para os bantus do Kasai (bacia congolesa), certos sonhos são produzidos pelas almas que se separam do corpo durante o sono e vão conversar com as almas dos mortos. Esses sonhos têm um caráter premonitório referente à pessoa, ou então podem consistir em verdadeiras men­sagens dos mortos aos vivos, que interes­sam a toda a comunidade.

    (Sobre o papel dos sonhos e sobre sua interpretação nas civilizações orientais, po­de-se consultar a erudita obra coletiva SOUS; e sobre exemplos de sonhos histó­ricos célebres, religiosos, políticos e cultu­rais).

    Os exemplos de sonhos são inumeráveis; tentou-se diversas vezes classificá-los. As pesquisas analíticas, etnológicas e parapsicológicas dividiram os sonhos noturnos, para facilitar o estudo, em um certo núme­ro de categorias:

    1.  o sonho profético ou didático, aviso mais ou menos disfarçado sobre um acon­tecimento crítico, passado, presente ou fu­turo; sua origem é freqüentemente atribuí­da a uma força celeste;

    2.  o  sonho  iniciatório  do  xamã  ou do budista tibetano de Bardo-Todol, carregado de eficácia mágica e destinado a introduzir o homem num outro mundo por meio de um conhecimento e de uma viagem imagi­nários;

    3.  o sonho telepático, que estabelece co­municação com o pensamento e os senti­mentos de pessoas ou de grupos distantes;

    4.  o sonho visionário, que transporta ao que H.  Corbin chama  de  o  mundo  das imagens, e que pressupõe no ser humano, num  certo  nível  de  consciência,  poderes que nossa civilização ocidental talvez tenha atrofiado ou paralisado, poderes sobre os quais H. Corbin encontra testemunhos en­tre os místicos iranianos; trata-se aqui, não de presságio, nem de viagem, mas de visão;

    5.  o sonho pressentimento, que pressente e privilegia uma possibilidade entre mil...

    6.  o sonho mitológico, que reproduz al­gum grande arquétipo e reflete uma angús­tia fundamental e universal.

     

    Guardadas todas as proporções, o sonho acordado pode ser comparado ao sonho no­turno, tanto pelos símbolos que coloca em ação, como pelas funções psíquicas que é capaz de cumprir. Maria Zambrano mostra, ao mesmo tempo, seu risco e suas vanta­gens: Na vigília, o sonho apodera-se imperceptivelmente da pessoa e engendra um certo esquecimento, ou antes Uma lembran­ça cujo contorno se transfere a um plano da consciência que não pode acolhê-lo. O sonho torna-se então germe de obsessão, de mudança da realidade. Ao contrário, se é transferido a um plano adequado da consciência, ao lugar onde a consciência e a alma entram em simbiose, torna-se forma de criação, tanto no processo da vida pes­soal, como na realização de uma obra.

    A prática psicoterápica do sonho acor­dado engendrou a onirotécnica. Derivada dos trabalhos de Galton e Binet, das expe­riências de Desoille, de Guillerez e de Caslant, desenvolvida e aperfeiçoada por Frétigny e Virei até o onirodrama, esta técnica consiste num devaneio dirigido, a partir de uma imagem ou de um tema sugerido pelo intérprete e geralmente tirados dos símbo­los de ascensão e queda. Ela utiliza a fa­culdade que o homem possui, quando co­locado em estado de hipovigília de viver um universo arcaico de cuja existência nem suspeita quando acordado e do qual o so­nho noturno dá apenas uma ideia muito infiel e desalinhavada.

    A técnica comporta um primeiro tempo de relaxamento cientificamente conduzido, devendo chegar à aparição de ondas eletroencefalográficas alfa. O sujeito recebe a instrução de verbalizar simultaneamente as imagens que lhe aparecerem e os estados que experimenta. A experiência mostra que estes estados são vividos, isto ê, que o su­jeito tem um Eu Corpóreo Imaginário e que age num mundo visionário sobre o qual projeta as estruturas de seu Eu arcaico. Se, neste ponto da experiência, o ope­rador propõe uma imagem indutora ou su­gere uma ação imaginária, o sujeito vai integrar a sugestão no universo em que vive e desenvolver as suas conseqüências, segundo o modo simbólico próprio a este universo. Por este meio e alguns outros, vê-se surgir, no sujeito menos predisposto à fantasia ou à compreensão poética, seqüências de imagens e situações que po­dem ser, em todos os pontos, sobrepostas aos dados da mitologia ou da psicossociologia dos estados mais primitivos da huma­nidade.

    Funções do sonho

    O sonho é tão necessário ao equilíbrio biológico e mental como o sono, o oxigênio e uma alimentação sadia. Alternativamen­te relaxamento e tensão do psiquismo, ele cumpre uma função vital; a morte ou a demência podem ser o resultado de uma falta total de sonhos. Serve de exutório a impulsos reprimidos durante o dia, faz emergir problemas a serem resolvidos, e, ao representá-los, sugere soluções. Sua fun­ção seletiva, como a da memória, alivia a vida consciente. Mas desempenha ainda um papel de uma profundidade bem diferente.

    O sonho é um dos melhores agentes de informação sobre o estado psíquico de quem sonha. Fornece-lhe, num símbolo vivo, um quadro de sua situação existen­cial presente: ele é para quem sonha uma imagem freqüentemente insuspeitada de si mesmo; é um revelador do ego e do self. Mas ao mesmo tempo os dissimula, exata-mente como um símbolo, sob imagens de seres distintos do sujeito. Os processos de identificação não são controláveis no so­nho. O sujeito se projeta na imagem de um outro ser: aliena-se, identificando-se com o outro. Pode ser representado com traços que não têm aparentemente nada em co­mum com ele, homem ou mulher, animal ou planta, veículo ou planeta etc. Um dos papéis da análise onírica ou simbólica é desvendar essas identificações e descobrir suas causas e fins; tem como finalidade res­tituir a pessoa à sua identidade própria, descobrindo o sentido de suas alienações.

    O papel do sonho, talvez o mais funda­mental, é estabelecer no psiquismo de uma pessoa uma espécie de equilíbrio compen­sador. Ele assegura uma auto-regulação psicobiológica. A carência de sonhos cria de­sequilíbrios mentais, assim como a carência de proteínas animais provoca perturbações fisiológicas. Esta função biológica do so­nho, confirmada pelas mais recentes expe­riências científicas, não deixa de ter conseqüências sobre a própria interpretação, que pode então evocar a lei das relações complementares. O intérprete procurará com efeito a relação de complementação entre a situação consciente vivida, objetiva, do sonhador e as imagens de seu sonho. Porque existe, escreve Roland Cahen, uma relação de contrapeso (de balança) real­mente dinâmica, entre o consciente e o in­consciente, manifestada na atualidade de sua movimentação pelo sonho. . . Os de­sejos, as angústias, as defesas, as aspirações (e as frustrações) do consciente encontra­rão nas imagens oníricas bem compreendi­das uma compensação salutar e, conseqüentemente, correções essenciais. O drama onírico pode conceder o que a vida exterior recusa e revelar o es­tado de satisfação ou insatisfação em que se encontra a capacidade energética (libi­do) do sujeito. Mas, às vezes, a distância entre o sonho e a realidade é tal que adqui­re um caráter patológico e deixa transpa­recer na própria libido um descomedimen­to que nada consegue compensar. Deve-se observar que nos casos normais a compen­sação se produzia, nas perspectivas de Freud, segundo uma linha horizontal, isto é, no mesmo nível da sexualidade, en­quanto, segundo Jung, todo equilíbrio psi­cológico do ser se faz, entre seus planos conscientes e seus planos inconscientes, na dimensão da verticalidade, tal como, num veleiro, o equilíbrio entre a vela e a quilha. No mesmo sentido, para o Dr. Guillerey, toda perturbação psíquica cor­respondia a uma atividade superior entra­vada, e o apelo do herói, no sentido bergsoniano do termo, cumpriria uma função não apenas moral, mas terapêutica, de sal­vamento.

    O sonho, enfim, acelera os processos de individualização que regem a evolução de ascensão e integração do homem. Em seu nível, já tem uma função totalizadora. A análise, como veremos, permitirá que entre em comunicação quase regular com a cons­ciência e desempenhe então um papel de criador de integração em todos os níveis. Não apenas exprimirá a totalidade do ser, mas contribuirá para formá-la.

    Análise do sonho

    A análise dos símbolos oníricos baseia-se em triplo exame: o do conteúdo do sonho (as imagens e sua dramaturgia); o da es­trutura do sonho (em diversas imagens, um conjunto formal de relações de um certo tipo); o do sentido do sonho (sua orienta­ção, sua finalidade, sua intenção). Os prin­cípios de interpretação da análise se apli­cariam aliás a todos os símbolos e não só aos dos sonhos, e, em especial, aos que se exprimem nas mitologias. O sonho pode ser concebido como uma mitologia perso­nalizada.

    O conteúdo do sonho, isto é, a fantas­magoria puramente descritiva, procede do cinco tipos de operações espontâneas: uma elaboração dos dados do inconsciente para transformá-lo cm imagens efetivas; uma condensação de múltiplos elementos numa imagem ou numa seqüência de imagens; um deslocamento ou uma transferência da afetividade para estas imagens de substituição, por meio de identificação, repressão ou sublimação; uma dramatização des­te conjunto de imagens e cargas afetivas numa fatia de vida mais ou menos intensa; enfim, uma simbolização que oculta sob as imagens do sonho realidades diferentes das que são diretamente representadas. No meio dessas formas disfarçadas por tantas operações inconscientes, a análise onírica deverá pesquisar o conteúdo latente dessas expressões psíquicas, que encobrem opres­sões, necessidades e pulsões, ambivalências, conflitos ou aspirações que se escondem nas profundezas da alma. O conteúdo do sonho compreende não apenas as representações e sua dinâmica, mas também sua totalidade, isto é, a carga emotiva e ansiosa que as afeta.

    Fantasmagorias diversas podem encobrir estruturas idênticas, isto é, conjuntos ar­ranjados e articulados segundo o mesmo esquema profundo; inversamente, imagens semelhantes podem aparecer em estruturas diferentes. Numerosos confrontos de ima­gens e de situações sonhadas testemunha­ram uma espécie de temática constante, isto é, um conjunto de esquemas eidolomotores, onde séries de imagens diferentes revelam uma mesma orientação, mesmos sentimentos, mesmas preocupações, bem tomo a existência de uma rede de comuni­cação interna de uma mesma estrutura en­tre os diversos níveis e as diversas pulsões do psiquismo. É possível assim julgar-se o conteúdo latente do sonho. Roger Bastide anota no seu diário: Começo a me tornar africano. Esta noite sonhei com Ogum (deus ioruba do ferro e dos ferreiros). . . um psicanalista teria todas as condições de me mostrar que não fiz mais que trocar de símbolo, que Ogum desempenha exata-mente o mesmo papel nas minhas noites africanas que aquele outro personagem de meus sonhos da Europa. Sob a diversidade dos conteúdos, seria exatamente a mesma estrutura fundamental que apareceria a um analista. Deixaremos pois de lado a materialidade das imagens dos sonhos para ir buscar us estruturas que as enformam. Freud pensava que todos os sonhos de uma mesma noite pertencem a  um mesmo conjunto.

    Esta estrutura do sonho é concebida ge­ralmente como um drama em quatro atos, no qual atua um aparato imaginário que pode variar consideravelmente, embora y quadro subjacente permaneça o menino Roland Cahen resume assim esses quatro atos:

    1.  sua exposição e suas personagens, seu lugar geográfico, sua época, seus cenários;

    2.  a ação que aí se anuncia e se desen­volve;

    3.  a peripécia do drama;

    4.  este drama evolui para seu término, sua solução, sua lyse, repouso, indicação ou conclusão.

    O que complica ainda essa estrutura é que ela deve ser explorada em diferentes níveis, que não deixam de ter interferên­cias entre si. A nível profundo, serão en­contrados problemas metafísicos, que sim­bolizam mais ou menos diretamente us angustiantes questões da ontogênese ou do vida depois da morte. No plano médio, as preocupações sexuais exprimem-se no meio dos símbolos que, de um modo geral, a individualização da adolescência gera. A nível superficial, aparecerão sob uma for­ma simbólica, mais ou menos inacabada, aliás, as preocupações do indivíduo isolado pela complexidade da civilização e equivocando-se sobre as causas de suas dificul­dades de adaptação.

    No meio de todos esses mundos de sím­bolos que, assim classificados, se articulam segundo uma analogia bastante límpida, alguns eixos privilegiados se desenham, por outro lado, com bastante clareza, tais co­mo: a relação quase constante entre a ascensão e a luz (Caslant-Desoille); entre a integração e o calor (Frétigny-Virel). Deve-se notar também as grandes direções analógicas da centralização (Godel), da direita e da esquerda. Essas redes de coordenadas e outras que têm um valor puramente ex­perimental formariam um código de esquemas eidolomotores, graças ao qual se poderia explorar o simbolismo onírico de um modo relativamente científico.

    Enfim, todo sonho possui um sentido. Esse sentido pode ser buscado lá atrás, na causa do sonho: é o método freudiano, etiológico e retrospectivo. Ou adiante: é o método junguiano, Ideológico ou prospec­tivo. Os sonhos, diz Jung, são amiúde an­tecipações que perdem todo o seu sentido se examinadas de um ponto de vista pura­mente causal.

    O sonho, como todo processo vivo, é não somente uma seqüência causal mas também um processo orientado para um fim. ... pode-se pois exigir do sonho - que é uma autodescrição do processo da vida psíquica - indicações sobre as causas objetivas da vida psíquica e sobre as ten­dências objetivas desta. Em lugar de se situar sob a dependência de um consciente que a precede, como acon­tece com a função compensadora, a função prospectiva do sonho se apresenta, ao contrário, sob a forma de uma antecipação, nascida no inconsciente, da atividade cons­ciente futura; ela evoca um esboço prepa­ratório, um bosquejo de grandes linhas, um projeto de plano executivo. Mas essa orientação para um fim é expressa sob a forma de símbolos, e não com a clareza descritiva de um filme de aventuras ou de um encadeamento conceitual.

    Comparando o sonho às construções ima­ginárias feitas em estado de vigília, Edgar Morin estima que: todo sonho é uma rea­lização irreal, mas aspira à realização prá­tica. É por isso que as utopias sociais pre­figuram as sociedades futuras, as alquimias prefiguram as químicas, as asas de Ícaro prefiguram as asas do avião. Cada sonho, dirá Adler, tende a criar o ambiente mais favorável a um objetivo dis­tante. Esta finalidade do sonho é distinta do sonho premonitório dos Antigos: ela não anuncia um acontecimento futuro, re­vela e libera uma energia que tende a criar o acontecimento. É a grande diferença entre o profético e o que se pode prever, entre o divinatório e o operacional. O sonho é uma preparação para a vida (Moeder); o futuro é conquistado em sonhos, antes de ser conquistado nas experiências (de Becker, a propósito de Gaston Bachelard). O sonho é o prelúdio da vida ativa.

    Interpretação

    - O sonhador está no âmago de seu so­nho. Não se deve esperar deste verbete uma chave dos sonhos. Toda esta reunião de símbolos, sejam eles astecas, bantos ou chineses, pôde servir à interpretação dos sonhos. Mas por mais útil que seja, não seria suficiente. O sonho anima e combina imagens carregadas de afetividade: sua lin­guagem é exatamente a dos símbolos. Mas a arte de interpretá-los não depende apenas de regras, procedimentos ou significações codificados e aplicados mecanicamente. É necessária uma compreensão ao mesmo tempo íntima e ampla. O sonhador que possuir este livro poderá ler, nos verbetes que correspondem às imagens de seus so­nhos, os valores simbólicos que são ligados a essas imagens. Nos sonhos, esses valores são fundamentalmente os mesmos que apa­recem nas artes plásticas, na literatura ou nos mitos; como em toda parte, porém, estão em simbiose com outros e especial­mente com um meio psíquico, pessoal e social, portador também de símbolos. É a síntese de todos esses elementos que, a par­tir das luzes dispersadas aqui e ali neste livro, conduzirá o leitor a uma justa in­terpretação de sua experiência e, em geral, de sua vida a nível do imaginário ou da construção de imagens. A verdadeira cha­ve dos sonhos está no molde dos símbolos, percebidos ou despercebidos, mas sempre vivazes no inconsciente. É através de si mesmo que o leitor compreenderá o senti­do dos símbolos evocados neste livro, assim como também o sentido dos sonhos. Ê preciso não esquecer, escreve C. G. Jung, que se sonha em primeiro lugar, e quase exclusivamente, consigo mesmo e através de si mesmo. O célebre analista opõe jus­tamente à interpretação dos sonhos no pla­no do objeto, que seria causal e mecânica, a interpretação no plano do sujeito. Esta estabelece uma relação entre a psicologia do próprio sonhador e cada elemento do sonho, como por exemplo cada uma das pessoas atuantes que nele figuram. Cada uma é como que um símbolo do sujeito. O primeiro tipo de interpretação é analí­tico: decompõe o conteúdo do sonho em sua trama complexa de reminiscências, de lembranças que são o eco de condições ex­teriores. A interpretação do segundo tipo é, ao contrário, sintética: na medida em que separa das causas contingentes os complexos de reminiscências e os apresenta co­mo tendências ou componentes do sujeito, ao qual, por proceder desse modo, os in­tegra de novo. Nesse caso, todos os conteúdos do sonho são considerados como símbolos de conteúdos subjetivos. Poder-se-ia dizer de toda percepção aprofundada e vivida de um valor simbó­lico - que só se realiza evidentemente no plano do sujeito - o que Jung diz do sonhou se acaso nosso sonho reproduz algumas representações, essas são antes de tudo nossas representações, para cuja ela­boração a totalidade de nosso ser contri­buiu; são fatores subjetivos que no sonho (como na percepção do símbolo) se agru­pam de tal ou tal modo, exprimindo tal ou tal sentido, não por motivos exteriores (apenas), mas pelos movimentos mais sutis de nossa alma. Toda esta gênese é essen­cialmente subjetiva, e o sonho é o teatro onde o sonhador é ao mesmo tempo o ator, a cena, o ponto, o diretor, o autor, o pú­blico e o crítico. O sonho do homem é uma manifestação -cósmica e às vezes uma teofania, como um sonho da natureza no homem e um sonho dele so­bre a natureza (Raymond de Becker), ou, segundo os Antigos, um signo de Deus nele e um sinal dele a Deus. As pulsações vin­das dos três níveis do universo e do Ser se conjugam no sonho.

    - O sonhador está no âmago da histó­ria. A interpretação dos símbolos oníricos exige que cada um dos três elementos da análise seja remetido a um contexto, escla­recido por associações espontâneas e, se possível, ampliado, como se fosse uma am­pliação fotográfica.

    A primeira regra, a do contexto, coloca-nos de sobreaviso contra a interpretação de um sonho isolado. Se convém escutar o relato de um sonho, feito com toda a precisão desejável, não é menos necessário conhecer vários sonhos do mesmo sujeito, sonhos ocorridos numa data próxima, de­pois em datas diversas e em lugares di­versos; um sonho faz parte de todo um conjunto imaginativo, é apenas uma cena num grande drama de cem atos diversos. Não se trata de confundir ou sobrepor essas cenas, mas de julgar suas articula­ções. Este contexto implica igualmente o conhecimento do próprio sonhador, de sua própria história, de sua consciência, da idéia que tem de si mesmo e de sua situa­ção. Porque sua vida imaginária é, ...ela própria, parte de um conjunto, que é a vida total da pessoa em sociedade. Esta exigência leva igualmente a se pesquisar os í m b lentes em que o sujeito age c que rea­gem sobre ele. Apesar de sua aparência desalinhavada, o sonho inscreve-se numa continuidade. A interpretação dos símbo­los, noturnos ou diurnos, é uma cadeia sem fim de relações. A inteligência do imaginário não é um simples caso de imagi­nação.

    -  O recurso às associações. A associação acrescenta ao estudo do contexto, de certo modo objetivo, o do contexto subjetivo. O sonhador é convidado a exprimir espontaneamente tudo o que as imagens, u» cores, os gestos, as palavras de seu sonho, tomadas isoladamente ou em grupo, evo­cam nele. É uma ocasião em que ele pode manifestar laços que estavam apenas laten­tes, laços emotivos ou imaginativos insuspeitados.   Essas   associações   são   capitais para   a  interpretação   dos   símbolos,   mas são freqüentemente frágeis, artificiais, mais ou menos desejadas, deformantes e aberrantes, em suma, necessitam de muita cau­tela.

    -  Os bastidores do sonho. A ampliação consiste em  dar  ao  sonho  analisado  seu máximo de ressonância. Chega-se a isso por associações espontâneas do sujeito, ou ins­tando-se para que ele prolongue, continue a cena do sonho, como faria a partir de um dado  vivido no estado de  vigília. A ampliação voluntária pode ser do tipo acor­dado, com um mínimo de controle, ou do tipo do sonho conscientemente dirigido. P, possível, certamente, que ela provoque uma ruptura   de   sentido;   mas   freqüentemente também esclarecerá o sentido do sonho e suas ambigüidades, assim como  as linhas prolongadas   de   um   triângulo   miniatura mostram melhor  o  seu  desenho e como uma projeção ampliada revela melhor um cristal de neve ou os veios de um mármo­re. Se essa ampliação da linha do sonho, feita pelo sujeito, ainda não é o suficiente para decifrar os símbolos, existe uma outra ampliação na qual o intérprete toma a ini­ciativa, recorrendo com uma prudente cir­cunspecção ao imenso tesouro das diversas ciências humanas. Estes paralelos históricos, sociológicos, mitológicos, etnológicos, tirados tanto do folclore como da história das religiões, permitem relacionar o conteúdo do sonho, privado de associações, ao patrimônio psíquico e humano geral. Este tipo de  ampliação é característico da escola de Jung e, manipulado com uma sábia reserva, decifrou mais de um enigma. Num ensaio de socio­logia do sonho, Roger Bastide mostra bem este arraigamento social do imaginário: Etnólogos mostraram claramente o que se poderia chamar de os bastidores dos so­nhos: o sonhador vai procurar todos os aparatos de seus sonhos na vasta panóplia de representações coletivas que sua civili­zação lhe fornece, o que faz com que a porta esteja sempre aberta entre as duas metades da vida do homem, que mudan­ças incessantes se efetuem entre o sonho c o mito, entre as ficções individuais e as restrições sociais, que o cultural penetre no psíquico e que o psíquico se inscreva no cultural.

    Sonho e símbolo, princípios de integração

    A interpretação do sonho, como a decriptação do símbolo, não são apenas res­postas a uma curiosidade do espírito. Ele­vam a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Só por esta qualificação, e no plano do psiquismo mais normal, a análise onírica ou simbólica é uma das vias de integração da personali­dade. O homem mais bem esclarecido e equilibrado tende a substituir o homem despedaçado entre seus desejos, suas aspi­rações e suas dúvidas, e que não se com­preende a si próprio. O professor C. A. Meier, que Roland Cahen cita, diz com razão: a síntese da atividade psíquica cons­ciente e da atividade psíquica inconsciente constitui a própria essência do trabalho mental criador.


    2)A História da Terapia Holística

    "Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos"

    (paráfrase sobre texto de 1986,

    do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico - de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico - de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por "sincronicidades", por "sinais", cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este "status", o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os "iniciados" compreendiam as "instruções" incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História "ocidentalizada" registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem "científica", ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro "médico", já que estabeleceu "doenças" como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo "desmembramento de seus componentes". Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de "doenças" que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

    trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este "movimento separatista elitizado", continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem "científica" e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o "consolo espiritual" da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência "exata"...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a "desumanização" do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte --importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva - da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas - a história, a filosofia, a literatura e a psicologia - não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de "A (re)humanização da medicina",

    de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

    e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada "Revolução Aquariana". Movimentos "hippies", de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura "científica", onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais "científico". Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas "traduzidas" para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.


    3) Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Jung, Freud e o Cálice Terapêutico - Ilustração de Henrique Vieira Filho

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje... A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:
    *
    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho



    Estruturas da Psique:
    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente: CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento; PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência; INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo. As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada. Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia. A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos. M

    uitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras. Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo. A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições.

    Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística. Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas. Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas". De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente. Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.
    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva.

    Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação (assista a vídeo-aula sobre Psicoterapia Junguiana em Vídeo Aula - Introdução à Psicoterapia ).

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta...

    Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves. Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos. A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos... A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora "explicações", "boas razões", para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa. A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava. A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça". 5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes. A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...". 6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema. A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...". 7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico... A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...". 8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida... A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão. Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento. Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br (11) 3171-1193

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 07/06/2011 10:44


    OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS

    OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS  


      Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989 

    EPÍGRAFE  

    "Navegar é preciso, viver não é preciso"

                                   Fernando Pessoa. 

    "Viajar é preciso, viver não é preciso" 

                      DEDICATÓRIA 

            Dedico este trabalho a minha filha Giulia Beatriz Torres Marquezini, principal personagem de minha Lenda Pessoal. 

    AGRADECIMENTOS 

    Agradeço a Deus, aos meus mentores espirituais, aos ciganos: Rosa e Simão, a todos de minha família cármica e aos clientes e amigos que fazem parte da Teia de Minha Vida.  

    Agradeço a amigos Mestres de meu caminho como Facelucia Barros Côrtes de Souza sempre disposta a me ajudar nas bifurcações e nas certezas da minha Trilha da Vida. 

    SUMÁRIO                                                                      

    1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. pg.8 

    1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia.....................................................pg.9 

    1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e

    Intervenção Sincronística..............................................................................................pg.12 

    1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de

    Autoconhecimento..........................................................................................................pg.13 

    2. METODOLOGIA...............................................................................................pg.14 

    3. DISCUSSÕES ...........................................................................................................pg.15 

    4. RESULTADOS .................................................................................................pg.16 

    5. CONCLUSÃO..................................................................................................pg.17 

    6. REFERÊNCIAS ...............................................................................................pg.18 

    RESUMO 

    Novo método de mudanças pessoais e empresariais é proposto utilizando práticas terapêutica sincronistas. O método está fundamentado, neste trabalho, através das teorias de Carl Gustav Jung, da Física Quântica da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia, nas discussões de Fritjof Capra, mas está baseado, também, no empirismo e na instrumentação do Tarô como oráculo. A metodologia consiste em utilizar consultas, cursos, visitações e viagens dos arquétipos, de forma integrada e natural que facilitem o autoconhecimento. Espera-se como resultado um processo de aprendizagem e autoconhecimento com interesses objetivando aprender a aprender e no aprender a ensinar através de momentos lúdicos, elevando a consciência de grupo e disseminar o respeito para com o objeto de visitação.  


    PALAVRAS CHAVE 

    Sincronicidade. Inconsciente Coletivo. Arquétipos. Insights. Física Quântica. Teoria dos Sistemas. Holismo. Ecologia. Tarô. Viagens. 

                                                                                                                                          8

    1. INTRODUÇÃO 

    Este trabalho visa apresentar uma nova metodologia baseada em conhecimento prático em Tarô Mitológico, roteiros turísticos e culturais com fundamentação teórica em Filosofia, Psicologia e Física, Holismo e Ecologia, para o autoconhecimento pessoal e empresarial, conforme descrito a seguir.

    Ele se baseia, sobretudo, nas práticas aleatórias ou induzidas realizadas, ao longo de 17 anos, utilizando como instrumentos de autoconhecimento, o Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua e os roteiros turísticos e culturais: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru - Formação da Cidade do Salvador.

    No primeiro item serão apresentadas as práticas fundamentadas em conceitos da Teoria da Sincronicidade e também dos conceitos de Inconsciente Coletivo, Arquétipos e Insights de Carl Gustav Jung, da Física Quântica, da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia na visão de Fritjof Capra, que serão discutidas, traçando um estudo cronológico de tendências dos pensamentos filosóficos e científicos.

    Em segundo item será avaliado o Tarô, seus arquétipos, a simbologia e a os fenômenos sincronísticos, aliados a uma breve avaliação de marcos históricos e religiosos que validam a importância dos deslocamentos (passeios e viagem), como componentes de autoconhecimento.

    A metodologia é a práxis do autoconhecimento e desenvolvimento de pessoas e empresas, onde serão associados os conceitos do primeiro capítulo e "arquetipizados" os atores, conteúdos, integrados aos lugares visitados. Os resultados são baseados nesta prática dos conceitos discutidos.

    A idéia é contribuir para visão holística do mundo contemporâneo e tornar esta prática reconhecida no sistema das terapias da sincronicidade. 

    1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria Dos Sistemas, Holismo e Ecologia. 

    Após o mundo mágico dos tempos antigos, a filosofia aristotélica e teologia cristã que marcaram o período medieval, as teorias cartesianas e mecanicistas, trouxeram, sob a ótica das ciências, a individualização, a separatividade e a redução do sujeito, como sintetizado abaixo:

                "Nos séculos XVI e XVII a visão de mundo medieval, baseada na filosofia aristotélica e na teologia cristâ, mudou radicalmente. A noção de um universo orgânico, vivo e espiritual foi substituída pela noção do mundo como uma máquina, e a máquina do mundo tornou-se a metáfora dominante da era moderna. Essa mudança radical foi realizada pelas novas descobertas em física, astronomia e matemática, conhecidas como Revolução Científica e associadas aos nomes de Copérnico, Galileu, Descartes, Bacon e Newton. Galileu Galilei expulsou a qualidade da ciência, restringindo esta última ao estudo dos fenômenos que podiam ser medidos e quantificados." (CAPRA, Teia da Vida, 1996). 

    Com a Revolução Científica a qualidade desaparece da análise, os fenômenos passam a ser medidos e quantificados. Os cincos sentidos, a estética, a ética, a alma, a consciência e o espírito são extintos (LAING apud CAPRA, 1996). O pensamento analítico de Descartés, com os fenômenos sendo analisados em partes para se chegar ao todo, impera.

    Com a chegada do século XVIII e os diversos fracassos científicos, a busca é pela sobrevivência do cartesianismo, porém ao final daquele século e inicio do século XIX a arte, literatura e filosofia se contrapõem as ciências e retornam a idéia da terra como um ser vivo e provocam mudanças significativas, através de poetas, como o inglês romântico William Blake que, entre seus pensamentos, está a da falência do mecanicismo e reducionismo científicos, como se pode ver no verso: "Possa Deus nos proteger da visão unilateral e do sono de Newton". (BLAKE apud de Capra, 1996)

    Goethe, poeta romântico alemão, analisa uma "ordem móvel" da natureza e da forma das relações do todo, que segundo Capra (1996) vai ser a linha de frente da concepção sistêmica.

    Porém em meados do século XIX há um retrocesso e as explicações físicas, biológicas e químicas da vida passam a ser o centro das discussões. Algumas descobertas e teorias propiciam isto, como por exemplo, a descoberta das células.

    Nessa "gangorra" de conceitos científicos, no inicio do Século XX os biólogos e bioquímicos organicistas voltam a se opor aos mecanicistas, retornam a idéia dos românticos e de Aristóteles e ao conceito de sistemas. As células combinadas levam aos tecidos, órgãos e organismos, que atestam a soma das partes formando o todo.

    A Física apresenta mudanças substanciais, a exemplo de Werner Heisenberg, um dos percussores da Teoria Quântica:

    10

      "O mundo aparece assim, como um complicado tecido de eventos, no qual conexões de diferentes tipos se alternam, se sobrepõem ou se combinam e, por meio disso, determinam a textura do todo." (HEISENBERG, apud CAPRA, 1996).  

    Na Psicologia, os alemães com a Teoria da Gestalt, Max Wertheimer e Wolfgang Kõhler, criam uma terceira forma de pensamento, que nem era o mecanicismo da Revolução Científica e tão pouco o vitalismo dos organicistas com a Teoria das Células, onde a idéia central era de que o todo era mais que a soma das partes.

    Porém, anterior as teorias "gestaltianas", Carl Gustav Jung, médico e psiquiatra, em suas experiências a partir da teoria da Livre Associação de Freud, pai da Psicanálise e de quem foi discípulo, contribuiu com conceitos que mostraram que as coisas tendiam acontecer e serem representadas por símbolos e que havia uma memória mental, além do individuo e que esses optam por acessá-la ou não, como produto do livre arbítrio e de suas intelectualidades.

    Estava criada a Teoria da Sincronicidade "coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos" (JUNG, 2000), observada em acontecimentos sem relação de causa e efeito, um interior e outro exterior ao individuo, que podem se materializar em forma de símbolos e eventos que costumamos chamar de "acaso" ou "coincidências", como por exemplo: desejar algo e recebê-lo de presente.

    A partir do conceito de sincronicidade se pode perceber que para que ocorressem fenômenos sincronísticos era preciso mais do que o desejo individual e assim nascia a Teoria do Inconsciente Coletivo, que pode ser explicado como uma fonte de todo conhecimento que se situa fora da alma humana, um conhecimento absoluto.

    Esse "local coletivo" é como uma memória de "computador", onde estão "salvos" aprendizados, energias e tendências que podem ser acessados através de Arquétipos em situações espontâneas como em crises, sonhos, febres, perturbações, fenômenos de sincronicidade ou situações de indução. Nas formas indutivas, podemos classificar as terapias que utilizam oráculos.

    Esses "acessos" a consciência maior na teoria junguiana, são os "Insights": lembrança simbólica repentinas de uma consciência maior, que podem ser decifradas através da tomada de consciência, quer espontânea ou induzida por técnicas terapêuticas.

    O uso da mitologia nas ciências é baseado nas histórias e nos arquétipos e revelam verdades profundas que muitas vezes não estão evidentes para a consciência, existe independente do mundo e são instrumentos de acesso ao que Freud chamou de Inconsciente e que Jung classificou como interno e externo, recebendo este último o nome de Inconsciente Coletivo.

    As teorias de Jung foram baseadas em várias teorias cientificas como as de Hipócrates: "simpatia de todas as coisas", a "união por um vínculo entre o que chamou de sensível e supra-sensível" de Teofastro, em Zózimo e suas alquimias, entre outros. Porém, serão nas teorias de Schopenhauer e Gottfried Wilhelm Leibniz as mais consideradas por Jung. Com o primeiro dialogou com o que chamou de "simultaneidade significativa" batizando o termo "sincronicidade", já de Leibniz utilizou os conceitos da "realidade através de quatro princípios: espaço, tempo, causalidade e correspondência", só discordando sobre a constância destes fatores, pois para Jung os "eventos sincronísticos" ocorrem irregularmente, de forma esporádica (CAPRIOTTI, 2007).

    A partir do século XX proliferam as teorias chamadas "holísticas" e "sistêmicas" e a ecologia, para dar conta de um mundo repleto de tecnologias e um exemplo do pensamento sistêmico se pode observar no trecho abaixo:

      "Uma visão holística, digamos, de uma bicicleta significa ver a bicicleta como um todo funcional e compreender, em conformidade com isso, as interdependências das  suas partes. Uma visão ecológica da bicicleta inclui isso, mas acrescenta-lhe a percepção de como a bicicleta está encaixada no seu ambiente natural e social - de onde vêm as matérias-primas que entram nela, como foi fabricada, como seu uso afeta o meio ambiente natural e a comunidade pela qual ela é usada, e assim por diante. Essa distinção entre "holístico" e "ecológico" é ainda mais importante quando falamos sobre sistemas vivos, para os quais as conexões com o meio ambiente são muito mais vitais.O sentido em que eu uso o termo "ecológico" está associado com uma escola filosófica específica e, além disso, com um movimento popular global conhecido como "ecologia profunda"

      (CAPRA, A Teia da Vida, 1996). 

    Todos estes conceitos, ciências, terapias têm como objetivo descobrir o objetivo e as melhores formas de relação do homem com a vida e, em resumo, descobrir a felicidade. As técnicas na contemporaneidade são inúmeras. O filósofo brasileiro descendente de libaneses, empresário e faixa preta em artes marciais, Talal Husseini, ao ser entrevistado pelo Jornal a Tarde em Salvador, onde fora lançar seu livro Paz Guerreira - O Caminho das 16 Pétalas, afirma: "Nós perdemos muito tempo porque não desenvolvemos certas faculdades mentais, como concentração, imaginação, memória, discernimento, consciência e atenção." (HUSSEINI, 2011).

    Diante desta análise cronológica, a questão é: no século XXI as ciências e os ideais ecológicos e de sustentabilidade darão conta das almas e dos homens? 

    1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e Intervenção Sincronística. 

    A origem das cartas de Tarô ainda é muito obscura, fazem parte da bibliografia do ocultismo e exercem fascínio nas pessoas há pelo menos 600 anos, visto que alguns pesquisadores dão conta de sua presença na Europa do século XVI.

    Alguns acreditam que tenha surgido no antigo Egito, nas crenças célticas pagãs ou nos ciclos da poesia romântica do Santo Graal na Idade Média da Europa.

    Percussor de nossas atuais cartas de jogar, divididas em naipes: paus, ouros, copas e espadas trazendo ilustrações de figuras e situações que, como no exemplo dos sonhos, representam insights, conteúdos da psique humana, trazem o consciente e inconsciente do sujeito e dá acesso ao que Jung chamou "Inconsciente Coletivo".

    Funciona como um caminho de observação para que venham à tona os aspectos negligenciados do sujeito de análise, utilizando figuras arquetípicas.

    Uma das formas de utilizar as cartas de Tarô como instrumento de autoconhecimento é observar o que Nichols (1980), chamou de Mapa da Jornada dos Arcanos, conjunto de 22 cartas repletas de símbolos, conhecidas como Arcanos Maiores.

    O Louco é um personagem para alguns baralhos sem número, para outros recebe o número 22.  O fato é que funciona como um coringa, representando a força que impulsiona a jornada. A curiosidade é a mola que impulsiona a seguir, um viajante que se lança na estrada, sempre buscando, se aventurando e caminhando. Ele transita entre todos os símbolos das cartas, da primeira carta que recebe o nome de O Mago à vigésima primeira, o Julgamento, no Mapa da Jornada. São representadas estações de amadurecimento do herói, o Louco, e podem ser associadas aos estágios inconscientes aplicados a processos terapêuticos holísticos.

    São 22 estações de aprendizados, chamados de Arcanos maiores, 56 cartas chamadas de Arcanos Menores, explicações, detalhamentos das estações de aprendizado subdivididas em 4 naipes de 14 cartas, agrupadas por área de significação. Paus que representa o aspecto espiritual, Ouros o físico, Copas o emocional e Espadas o mental. Somadas são 78 arcanos.

    Seja no Mapa da Jornada de Sallie Nichols, seja em diversas obras e terapias e vivências de Tarô que sugerem caminhos, viagens e movimento, os arquétipos do Tarô são fortes instrumentos de movimentação interna e se associados a fluxos externos, como deslocamentos, caminhadas, trilhas, peregrinações ou viagens de lazer ou negócios, desde que objetivando os "insights e sincronicidades", podem ser potencializados. 

    13

    1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de Autoconhecimento. 

    Os motivos religiosos figuram como umas das primeiras motivações de deslocamentos dos povos.

    Vários foram os momentos culturais de vulto onde a viagem, o deslocamento é o instrumento de mudança, seja na fuga guiada por Moisés pelo Mar Vermelho ou na saída de Maomé e seu povo de Meca ou nas viagens a Terra Santa e a Roma pelos cristãos ou na contemporaneidade as viagens a Santiago de Compostela pelos místicos e católicos ou a ida a Israel pelas mais diversas religiões cristãs..

    As Cruzadas, as Grandes Navegações, as dominações, as colonizações, a Primeira e Segunda Guerra, mudaram a face da humanidade, as fronteiras e a alma humana.

    Hoje nas práticas turísticas se observa um numero grande de ações religiosas, culturais e místicas como ingrediente, onde se busca o conhecimento do externo tendo como instrumento as viagens, o deslocar-se para retornar a si. Muitos são as trilhas e caminhadas com intenções religiosas ou místicas criadas pelo mundo.

    Paulo Coelho em suas obras trata sempre desta instrumentação para alquimia pessoal e a utiliza para criar seus enredos. Para escrever o Alquimista foi as Pirâmides do Egito e ao Deserto de Saara, o que significa que em nossas trilhas pessoais podemos achar caminhos, criar atalhos, virar esquinas, buscar saídas, encontrar e ser encontrado, escutar o vento, perceber os sinais, acessar as memórias das árvores ou das pedras e viajar em busca do que está dentro de cada um. Enredando a magia dos "insights", dos sinais, das sincronicidades: "- Esta é a magia dos sinais - continuou o rapaz. - Tenho visto como os guias lêem os sinais do deserto, e como a alma da caravana conversa com a alma do deserto." (COELHO., O Alquimista, 1988). 

    2. METODOLOGIA 

    A metodologia utilizada por ser exemplificada com uma visita o Centro Histórico de Salvador, onde ficando-se atentos aos aspectos culturais materializados na arquitetura, no modo de vida dos habitantes locais e ancorados nos personagens da literatura de Jorge Amado, se pode correlacionar tanto o arquétipo do Quincas Berro D' água ou de Tereza Batista, quanto às cartas do Diabo ou da Força no Tarô. O simbolismo do que se deixa levar pelos vícios ou pela luxúria podem desencadear fenômenos sincronísticos que podem levar a compreensão individual e coletiva do visitante.

    Ao se deparar com o passado nas visitas aos engenhos do Recôncavo Baiano é possível ter insghts sobre o dia a dia de e os planejamentos empresariais, bem como sobre formato das relações profissionais.

    Ou então, simplesmente caminhar a beira da praia saudando a "avó Lua", simultaneamente observando como caminhamos em nossa vida, tendo lampejos da forma, as distrações e as inflexibilidades.

    A metodologia utilizada e associar à técnica de jogos e tiragem de cartas dos Arcanos Maiores do Tarô Mitológico as realizações de trilhas urbanas ou não, viagens e caminhadas. Ou simplesmente usar as viagens e visitas como autoconhecimento.  


    3. DISCUSSÕES 

    Ninguém volta de uma viagem igual, seja de férias, a trabalho ou direcionada ao autoconhecimento.

    Há  quem acredite que as viagens, os aeroportos, as rodoviárias e as estradas são palcos onde o fenômeno da sincronicidade, o acesso ao inconsciente coletivo e a ancoração dos arquétipos, encontram terreno fértil. O fato é que quando estamos mais relaxados e em estados de crise ou felicidade estes aprendizados são mais eficazes.

    É evidente que se estivermos mais atentos aos aprendizados que as viagens podem nos proporcionar, ao contrário de quem viaja para fugir da realidade ou em turismo de massa, os aprendizados acontecerão.

                  "Eu acabara de escrever "As Valkirias", e estava no aeroporto de Brasília, esperando a hora de embarcar; para distrair-me, comecei a imaginar que capa deveria colocar neste novo trabalho. O avião atrasou, comecei a passear pelo saguão, e  descobri uma pequena galeria de arte no segundo andar, onde vi um quadro do Arcanjo Miguel, tema central do livro. Bastou ler a assinatura da pintora - Valkiria - para decidir que aquele quadro seria a capa. As coincidências não param ai.  "As Valkirias" foi publicado no dia 3 de agosto de 1992. Na semana seguinte, meu editor recebeu uma carta da pintora: "Faz exatamente um ano - 3 de agosto de 1991 - que terminei uma restauração numa igreja de Goiás.  Fiz sem cobrar nada, apenas por amor.  Neste dia, o padre me chamou e disse: "Deus encontrará uma maneira de lhe pagar.  Em um ano, um trabalho seu será muito conhecido".)COELHO, http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/ - postado em 18/01/10).

    Paulo Coelho e a pintora estavam atentos aos aprendizados e esta experiência nos faz afirmar que podemos usar desses expedientes para o autoconhecimento.

    Os locais e experiências culturais podem desenvolver pessoas e empreendimentos; há sempre um aprendizado ao virar uma esquina e isto não é produto de "acaso" ou mérito do marketing de destinos. Em um universo de tantas ofertas, mesmo que sem se dar conta, qual o aprendizado de ter escolhido Miami ao invés de Machu Picchu. E se ao início, durante e ao término se fizer uma associação às cartas do Tarô, isto se potenciará. 


    4. RESULTADOS  

    Espera-se conduzir o viajante ou visitante a aprender mais ou tanto em uma viagem de trabalho em um centro cosmopolita., quanto ao peregrinar no Caminho de Santiago de Compostela, por um mês, a pé para acessar o autoconhecimento.

    Assim como agendamos um jogo com uma taróloga ou marcamos uma consulta em um psicanalista, após lhes conhecer o oráculo e o método, espera-se poder agendar, propositalmente, uma forma e um destino para nosso aprendizado ou apenas observar viagens necessárias ou escolhidas.

    Assim, viajar pode ser uma experiência muito mais rica, aliando arquétipos do Tarô, as técnicas de terapias da sincronicidade como instrumento de busca de respostas que povoam o mais profundo do viajante, o inconsciente.

    E diante de um mundo contemporâneo onde os bens selecionados pela sociedade, chamada de Sociedade do Espetáculo, segundo Debord (1997), produzem isolamento, as viagens em grupo ou individual por seu componente sistêmico e de inter relações, podem ser profundamente integradoras, conduzindo mais facilmente ao inconsciente coletivo e as sincronicidades.

    Os resultados destas práticas têm sido atestados por clientes que optam pelo Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua, Roteiros: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru e Formação da Cidade do Salvador, que aliam o aprendizado sócio cultural a busca interior induzida ou que relatam suas descobertas aleatórias em viagens de trabalho e lazer, parte de suas agendas. 

    5. CONCLUSÃO 

    Os 17 anos de prática com Tarô Mitológico, fundamentado pelos conceitos e teorias de Jung, aliado ao desenvolvimento de roteiros turísticos históricos sociais e culturais e aos valores tem atingido um objetivo maior que é o desenvolvimento de pessoas e empresas dentro de padrões de qualidade humana, sustentabilidade e ecologia profunda discutidas neste texto com as pesquisas de Capra.

    A missão do programa de consultas, cursos, visitações e viagens é contribuir com a vida no planeta com roteiros e visitas que facilitem os processos de aprendizagens e autoconhecimento, com interesses objetivados no aprender a aprender e no aprender a ensinar, através de momentos lúdicos, eleva a consciência de grupo, dissemina o respeito para com o objeto de visitação, cultura local, meio ambiente e parceiros contidos no programa.

    Esta Prática Terapêutica Holística de Sincronicidade é uma Lenda Pessoal parte do Inconsciente Coletivo, descoberta através de Insights em sincronicidade com crescente sistema de outras Lendas Pessoais e diversas Teias.  

    6. REFERÊNCIAS 

    CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida.S.Paulo: Cutrix, 1996.

    COELHO, Paulo. O Alquimista. S. Paulo: Editora Rocco, 1988.

    _____________. As Valkirias. S. Paulo: Editora Rocco, 1982.

    DEIKE, Begg. Sincronicidade. S. Paulo: Cultrix, 2004.

    DEBORD , Guy. A Sociedade do Espetáculo. S. Paulo: Contraponto Editores, 1997.

    GREENE, Liz e SHARMAN - BURKE, Juliet. O Tarô Mitológico. Uma Abordagem para a Leitura do Tarô. S.Paulo: Siciliano, 1988.

    JUNG, Carl Gustav. Sincronicidade - Um princípio de Conexões. S>Paulo:Vozes,2000.

    JAWORSKI, Joseph. Sincronicidade - O Caminho Interior da Liderança. S.Paulo, Best Seller, 2005.

    MACGREGOR, ROB e Trish. Os 7 Segredos da Sincronicidade. Estrela Polar, 2011.

    NICHOLS, Sallie. Jung e o Tarô - Uma Jornada Arquetípica. S.Paulo: Cutrix, 1980.   

    Entrevista publicada na Revista Muito numero 168 de 19 de junho de 2011 em Salvador/BA de Talal Husseini autor de Paz Guerreira o Caminho das 16 Pétalas. S. Paulo: Edições Nova Acrópole, 2011. 

    http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/. Acesso 20 de junho, 2011.

    Autor: : Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989
    Última atualização: 04/07/2011 14:18


    Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

    Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2012

     

    Sumário

     

    Resumo

    I - Introdução

    II - Material e Metodologia

    II.I - Definições

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

     

    Resumo

     

    Esta propositura disserta sobra a importância para o Terapeuta Holístico em compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, bem como ressalta que, conforme as técnicas adotadas pelo profissional (especialmente, a terapia corporal, a terapia tântrica e o trabalho com dependentes químicos), as consequências podem ser ainda mais complexas.

     

    Introdução

     

    Ainda que ocorra em inúmeros relacionamentos (professores & alunos, médicos & pacientes, líderes & colaboradores, sacerdotes & devotos, mestres & discípulos, etc, etc...), devemos à Psicanálise a teorização desse fenômeno, que a detectou na dinâmica entre Terapeuta & Cliente.

     

    Sua conceituação passou por várias revisões e complementações através dos anos.

     

    Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão.

     

    Assim sendo, sobre o Terapeuta, o Cliente “projeta” muitas figuras de seu mundo interno (reprimido e inconsciente) e cada vez que se refere a pessoas de seu passado ou do seu presente, pode estar também falando também do Terapeuta, que nesse momento, por diversos motivos, aparentemente se transforma nessa pessoa: ora, aparenta ser ameaçador, ora objeto de amor, tais como pai ou mãe, ou qualquer outro ser significativo da sua vida com as características do que dela foi registrado no inconsciente.

     

    Conjuntamente ou após superadas as resistências iniciais do Cliente (exemplos: será que isto vai me ajudar?; é só falando que vou conseguir resolver meus problemas?; não será que ele ou ela é muito jovem (ou muito velho) para me entender?) aí, sim, começa o processo transferencial e, geralmente, o analisando vê seu analista já como um pai (ora severo, ora indulgente, ora omisso), ou como uma mãe com suas (ora protetora, ora severa , ora negligente...).

     

    O Cliente, ao projetar no Terapeuta tais personagens de sua história, vive esses momentos com intensa realidade, se irrita ou busca mais carinho e proteção.

     

    Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

     

    O Terapeuta é um ser humano, com seus próprios problemas, conflitos e caraterísticas de personalidade.

     

    Cada um de nós tem sua própria história, seus conflitos infantis, e sua conduta (mais ou menos também conflitiva ) e sua forma particular de interpretação, ou seja, como todo ser humano, igualmente vulnerável, sensível, vaidoso, ambicioso, invejoso, que ama e odeia, que ainda que capacitado para sua prática terapêutica, também sente, segundo as circunstâncias, carinho, afeto, rejeição, tédio, frente ao que seu Cliente fala, relata, apresenta, projeta nele/nela (transferência), e se irrita, fica entediado, sente empatia e segundo o material da temática tratada, se angustia e sofre.

     

    O Profissional, é claro, tem obrigação técnica e ética de estar treinado para tudo isso, porém não poucas vezes tem que pensar e repensar numa interpretação, talvez produto de seus próprios conflitos e personalidade, ou procurar supervisar esse caso ou situação.

     

    Isto é a Contratransferência, importante elemento do tratamento, que quando não bem conhecido ou ignorado, pode levar a graves erros terapêuticos. Também quando bem interpretado, pode se tornar um valioso instrumento para compreender melhor o que está acontecendo numa situação ou em um tratamento.

     

    Devemos lembrar que assim como existem transferências resistenciais, amor de transferência, idealização do profissional e outras nuances, estas são próprias deste tipo de tratamento, e também existem nos Terapeutas, que tem o recurso de se corrigir procurando ajuda de seus colegas, supervisão e até uma outra análise a mais.

     

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao Profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

     

    É fundamental para o Terapeuta Holístico compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, pois ocorrerão independente de quais técnicas sejam adotadas nos atendimentos.

     

    Outrossim, em algumas vertentes terapêuticas, as consequências podem ser ainda mais complexas, como é o caso da terapia corporal, da terapia tântrica e do trabalho com dependentes químicos.

     

     

     

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

            

            ACONSELHAMENTO processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.         

             BIOENERGÉTICA — Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.        

    CALATONIA — técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.       

            CATARSEextravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

             CLIENTEusuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.         

     

            DEPENDÊNCIA QUÍMICA (Síndrome da Dependência Química, Drogadição)considerada uma DOENÇA e, como tal, somente pode ser diagnostica e tratada por médicos, em especial, os psiquiatras. Caracteriza-se pelo consumo freqüente, compulsivo e descontrolado de substâncias, visando aliviar sintomas de mal estar e desconforto físico e mental, reconhecidamente acompanhados por síndrome de abstinência, problemas psíquicos e sociais. Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)... Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

       NARCÓTICOS ANÔNIMOS (N.A.)grupos de ajuda para drogaditos, onde não se objetiva, em si, uma proposta de terapia; outrossim, oferecem um plano eficiente para a recuperação diária, por meio de uma série de atividades pessoais conhecidas como Doze Passos (adaptados dos Alcoólicos Anônimos). Algo enfático no programa é o chamado despertar espiritual, ressaltado como valor prático e não sua importância filosófica ou metafísica. Encoraja cada membro a cultivar um entendimento pessoal, religioso ou não, de um despertar espiritual. Nas reuniões, cada membro partilha experiências pessoais com os outros participantes buscando ajuda, simplesmente como pessoas que tiveram problemas similares e encontraram uma solução. Narcóticos Anônimos não têm terapeutas, não oferece moradia, não encaminha o dependente para clínicas ou para serviços médicos. A coisa mais próxima do que eles chamam de conselheiro do programa de NA é o padrinho ou madrinha, um membro experiente que oferece ajuda informal aos membros mais recentes. No grupo, a recaída é vista como uma parte necessária no processo de adicção/recuperação para muitos indivíduos.

             PSICANÁLISE — método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

     

            PSICOTERAPIA HOLÍSTICA — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

     

            PSICOTERAPIA PSICODINÂMICA — com embasamento teórico similar ao da Psicanálise, uma das diferenciações é que o terapeuta participa mais ativamente, valendo-se de um amplo repertório de intervenções para promover conversações que conduzam a novos insights e catalizar mudanças, tais como:

    Questionar o Cliente, pedir-lhe dados precisos, ampliações e aclarações do relato; explorar em detalhe suas respostas;

    Proporcionar informações, em especial, sobre os procedimentos que constituem a psicoterapia;

    Confirmar ou retificar os conceitos do Cliente sobre sua situação ou sobre a realidade externa;

    Clarificar, reformular o relato do cliente, de modo a que certos conteúdos e relações do mesmo adquiram maior relevo;

    Recapitular, resumir pontos essenciais surgidos no processo exploratório de cada sessão e do conjunto do tratamento;

    Assinalar relações entre dados, os temas, as suas seqüências, e capacidades manifestas e latentes do Cliente (ou seja, conscientes e inconscientes);

    Interpretar o significado dos comportamentos, motivações e finalidades latentes, em particular os conflituosos;

    Sugerir atitudes determinadas, mudanças a título de experiência, ou novas medidas terapêuticas, quando se mostrar necessário.

     

             RELAXAMENTO vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

     

            RESISTÊNCIA atitudes e verbalizações do Cliente, as quais, fazem oposição ao acesso de seu inconsciente, ou impede o retorno do material reprimido. Por extensão, Freud falou de resistência à psicanálise, para designar uma atitude de oposição às suas descobertas, na medida em que elas revelam os desejos inconscientes e infligem ao homem um "vexame psicológico" ao contrariar os seus valores (ideal de ego). Os conceitos de defesa e resistência se confundem e se sobrepõem às vezes, pois uma grande parte da resistência é derivada da defesa (recalques, sintomas derivados da deformação e ganhos primários e secundários de manter o estado atual - gerando a resistência contra à mudança).

     

    Uma das classificações mais adotadas quanto às Resistências:

     

    De 1o. nível: tentam impedir qualquer acesso ao inconsciente:

     

             Acting Out - Agressividade ao receber uma pergunta do terapeuta, negando-se a responder de forma incisiva.

             Fugir do consultório - sair mais cedo, faltas às consultas, ao perceber que terá que falar de algo que não deseja enfrentar.

             Benefícios diretos e indireto sem manter o quadro atual.       Exemplo: receber carinho e atenção.

           “Amnésia” - esquecimento do tema que foi levantado pelo terapeuta.

      Reação Terapêutica Negativa - piora ao invés de melhora no quadro, uma vez que o Cliente não se permite abandonar a culpa.

     

    De 2o. nível: após a quebra (acesso ao conteúdo do inconsciente), elas surgem por contra-investimento do Cliente, impedindo o retorno do conteúdo reprimido:

             Formação Reativa - atos extremados de contra-investimento: puritanismo, pudor exagerado, “condenando” o conteúdo antes aflorado.

     

             Idealização - exaltação de pessoas, engrandecendo suas virtudes, para proteger o material reprimido que encobre as deficiências que todos notam, menos aquele que idealiza, como a mãe que protege o filho desajustado.
            Atuação - representação auto-ilusória, negando suas emoções, desejos e lembranças. Exemplos: _ Nunca sentiria raiva, sou uma pessoa evoluída !

     

             Intelectualização - justificativas racionalizadas que encobrem o desejo reprimido, para explicar por que tomou ou deixou de tomar, esta ou aquela atitude.

     

            TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)resulta da combinação  de um conjunto de técnicas objetivando a modificação de aspectos do pensamento (cognição) e do comportamento do indivíduo e, conseqüentemente, também dos sentimentos em relação aos outros e a si próprio. Trata-se de um modelo de interação psicoeducativa, no qual o terapeuta ocupa uma função muito mais diretiva e educacional que nas terapias baseadas no conhecimento psicanalítico.

     

    Principais procedimentos na TCC:

     

    Análise comportamental: registro dos pensamentos e comportamentos em associação com eventos desencadeantes;

    Aproximação gradual: organização de tarefas na forma de etapas a serem cumpridas;

    Formato experimental: o incentivo a experimentar mudanças.

    O pensamento mal-adaptativo é identificado;

    O pensamento é contestado;

    Formas alternativas de pensar são trabalhadas;

    São experimentadas novas formas de enfrentar situações.

    Treinamento de relaxamento, para evitar a reação ansiosa;

    Exposição, principalmente nos transtornos fóbicos, com o que se busca a dessensibilização;

    Prevenção de resposta, principalmente nos rituais obsessivos, busca a supressão do ritual através do enfrentamento;

    Parada do pensamento, que a utilização de um estímulo que ajude a interromper o pensamento obsessivo;

    Treinamento de assertividade, utilizado especialmente para superar fobias sociais, com o objetivo de aumentar a confiança do cliente;

    Autocontrole, que inclui o uso de automonitorização e o auto-reforço;

    Manejo de contingências, ou seja, identificar e controlar comportamentos indesejáveis (por exemplo, explosões de raiva) e recompensar mudanças positivas;

    Terapia de aversão, que é baseada no reforço negativo.

    TERAPIA CORPORAL uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

     

    TERAPIA EM GRUPOas psicoterapias de grupo podem ser realizadas segundo uma orientação psicanalítica (psicoterapia analítica de grupo), segundo as técnicas psicodramática, transpessoal, gestáltica, TCC, ou outras. Estes grupos terapêuticos são geralmente heterogêneos, ou seja, formados por pessoas de diferentes origens e com diversos problemas. Há grupos que são homogêneos, formados por pessoas com problemas semelhantes, como os dependentes químicos; neste caso, a TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) é a mais comumente utilizada.

    Por fim, existem as terapias que atendem a pessoas do mesmo grupo familiar, e que podem ser conjugais ou familiares. Estas também podem ser realizadas segundo várias orientações, inclusive a psicodinâmica. Entretanto, o modelo que foi desenvolvido especificamente para o atendimento de casais e famílias é o da terapia sistêmica.

     

            TERAPIA SISTÊMICA  — mais uma vertente de Terapia Em Grupo, focada mais para família e casais, indicada numa gama de situações em que os problemas são mais “relacionais” do que propriamente “psíquicos”, especialmente em situações de conflitos conjugais, geracionais, e resultantes de mudanças no ciclo de vida da família (nascimento, adolescência, separação, morte, doença grave, etc.).

            TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.         

     

             TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.         

     

             TERAPIA REICHIANA desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

     

    TERAPIA TÂNTRICAA Terapia Tântrica tem sua origem no conceito filosófico do Tantra. Diferenciando-se das técnicas tradicionais de terapias corporais. A técnica é direcionada a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido.

    Tem por objetivo:

    · Trazer consciência corporal.

    · Despertar regiões sensoriais adormecidas.

    · Conectar a respiração e a voz às sensações.

    · Mudar os padrões energéticos, aumentando a quantidade de fluxo de energia.

    · Liberar traumas e paradigmas.

    · Mudar conceitos e idéias pré-estabelecidos que não permitam ampliar as possibilidades de prazer e êxtase.

    · Desenvolver novas ferramentas de comunicação e expressão do afeto.

    · Devolver a auto-estima e o amor por si mesmo.

     

            

             TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

              

    III - Resultados

     

    Constatou-se um risco maior de complicações decorrentes do fenômeno transferência/contratransferência quando se trabalha com técnicas que envolvem o contato físico direto, bem como aquelas linhas terapêuticas focadas no problema com drogas, em especial, quanto o profissional passou pela mesma situação de vida.

     

    Por sua forte corrente teórica psicanalítica, as técnicas corporais das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética, estudam a transferência / contratransferência, e, ainda que mais suscetíveis a este fenômeno (em comparaçao à Psicanálise “clássica”...), tradicionalmente saem-se bem nesse processo.

     

    O mesmo não ocorre com os Terapeutas que atuam com manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, lamentavelmente, não costumam ter em sua pauta de estudos, sequer conhecimentos rudimentares de Psicoterapia, ficando sujeitos aos “apaixonamentos” e “ódios” transferencias, já que desconhecem a teoria e, consequentemente, não os identificam, nem desenvolvem defesas, e, menos ainda, conseguem extrair um uso terapêutico destas ocorrências.

     

    O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras e igualmente deixam de incluir o estudo do Aconselhamento e Psicoterapia. Comumente, estes profissionais tem sua origem justamente na superação pessoal de terem enfrentado a dependência química e, ao focarem seu público alvo justamente nos drogaditos, estão perante seus “fantasmas” interiores em tempo integral. Em tese, estão mais aptos do que qualquer outro profissional a compreender e vincular-se com o Cliente drogadito; por outro lado, vivenciam grande sofrimento ao contratransferir, por exemplo, perante cada “recaída” da pessoa atendida, além de tender a “nublar” a percepção da história de vida do Cliente, projetando a sua própria. Ainda assim, apesar de todos os inconvenientes acima descritos, grupos como o N.A. Narcóticos Anônimos são os que obtém melhores resultados terapêuticos (do ponto de vista da sociedade...) nesta pauta.

     

    Outro fenômeno recente é o aumento de profissionais que se auto-identificam como Terapeutas Tântricos. Tradicionalmente, o ensino e a prática tântrica era destinada a casais e, ainda que terapêutica, não era considerada uma terapia em si. Atualmente, existir um casal deixou de ser pré-requisito, passando um ou mais profissionais a somar os papéis de orientador e de parceiro no contato físico, em graus menores e maiores de intimidade, via de regra, sem incluir o coito em si.

     

    Ainda que sem fundamento teórico psicanalítico, os que realmente estudaram os fundamentos da Terapia Tradicional Indiana (Ayuervedica) possuem uma versão “energética” da teoria da transferência/contratransferência, estando cientes da inevitável troca que ocorre entre Cliente e Terapeuta, especialmente ao mobilizarem a libido (energia kundalini) e, tanto desenvolvem “defesas” dessa influenciação, como igualmente possuem técnicas capazes de aplicar terapeuticamente a energia, em prol do equilíbrio e autoconhecimento.

     

    Lamentavelmente, a nova geração de profissionais desta linha não foi preparada com tais conhecimentos milenares e, menos ainda, tiveram um embasamento em Psicoterapia. Perante este perfil, constata-se uma Clientela extremamente “flutuante”, que não parece criar um vínculo terapêutico duradouro, ao mesmo tempo em que profissionais abruptamente abandonam esta linha de atendimento, por não ter condições emocionais / energéticas de lidar com as inevitáveis (e, para a maioria, sequer estudadas...) transferências / contratransferências.

     

     

    IV - Discussão

     

    Grandes gênios da humanidade, como Freud, Jung e Ferenczi, que tanto contribuíram para o entendimento da psique, em seus atendimentos terapêuticos iniciais, sucumbiram aos ódios e amores, envolveram-se passionalmente com seus Clientes, sofreram com isso e causaram sérios prejuízos emocionais a estas pessoas e às de seus círculos. Pioneiros, desconheciam o fenômeno da transferência / contratransferência e só se deram conta ao sentirem em si e em sua Cllientela, as consequências de ignorar.

     

    Se intelectos privilegiados como os acima citados foram surpreendidos, imagine indivíduos comuns, como o somos nós, a grande maioria dos Terapeutas...

     

    A diferença é que, aqueles, por serem pioneiros, atuavam em território desconhecido, enquanto que nós, em pleno século 21, temos total acesso aos ensinamentos oriundos daqueles e de outros mestres, cabendo-nos a obrigação de conhecer, estudar e compreender as bases da Psicoterapia.

     

    Situações transferênciais ocorrem em todas as terapias, inclusive, as  que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade.

     

    O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

     

    Trabalhar a resistência à terapia e estar aberto a espelhar os papéis transferenciais (tais como pai, mãe, cônjuge, etc...), aparentemente, são mais facilmente aceitos pelo Terapeuta.

     

    Já o caminho oposto, a contratransferência, é mais “temida”, visto que não raro, escapa à percepção consciente do profissional, durante o atendimento, sendo melhor compreendida, sob supervisão de terceiros.

     

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

     

    Nem a clássica e esteriotipada postura do analista “distante”, protegido pelo distanciamento do divã foi capaz de impedir sua ocorrência. Hoje em dia, sabemos que a contratranferência é inevitável e, portanto, deve ser aceita, estudada, compreendida e utilizada como instrumento de autoconhecimento e de aperfeiçoamento, inclusive, de nossos atendimentos.

     

    Assim sendo, ainda que envolva (em tese...), riscos de intensificar a TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, não há sentido para a Terapia Holística abrir mão dos recursos das técnicas em que ocorram contato direto com o Cliente.

     

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos, cabendo integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

     

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

     

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

     

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar.

     

    Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge.

     

    É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor.

     

    Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

     

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

     

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

     

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente.

     

    Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

     

    Outrossim, este limite torna-se extremamente tênue quando de trata da Terapia Tântrica. O toque, ao buscar o livre fluxo energético, ao atenuar as couraças, ao mobilizar a libido, comumente conduz a sensações de prazer orgásticas (às vezes, literalmente...). Em tese, na hipótese de estar ocorrendo a transferência da figura paterna ou materna, pode equivaler a concretizar o complexo de Édipo / Electra e gerar as mesmas consequências emocionais de um “incesto”. O alto risco desta estratégia poderia resultar em grandes ganhos terapêuticos em alguns raros casos de exceção, mas, via de regra, o mais provável é uma grande desestabilização emocional tanto do Cliente, quanto do Terapeuta.

     

    Felizmente, não tenho ciência de muitos casos onde o Cliente tenha experienciado a hipótese acima. Por ser uma proposta muito recente (ao menos, no atual formato de atendimento...), boa parte dos que procuram esta linha terapêutica, o fazem por curiosidade temporária, sequer chegando a criar um vínculo analítico com o profissional, resultando em poucas oportunidades de continuidade da proposta terapêutica.

     

    Por outro lado, a fartura de reportagens sobre o tema, a oportunidade (consciente ou não...) de rendimentos maiores, resultou no aumento da procura por formação em Terapia Tântrica, e na diminuição do número de horas/aulas necessárias, antes de iniciar-se atendimentos profissionais. Paralelamente, da mesma forma que ocorreu com a “massagem”, houve e continua havendo uma grande migração de profissionais do sexo, quer por realmente desejarem mudar de ramo de atuação, quer por buscarem adaptar as técnicas à profissão que já exercem.

     

    O alto custo dos cursos e atividades complementares propostos por inúmeros dos atuais mestres da Terapia Tântrica, favorece a precipitação de novos profissionais no mercado, atendendo prematuramente, para conseguir custear os aperfeiçoamentos, supervisões e locações das salas de atendimento, submetendo-se a uma Clientela movida em sua maioria pela curiosidade, ao invés de um real anseio por terapia. Boa parte dos colegas que conheci, atuantes de coração aberto e lotadas das melhores intenções, abruptamente abandonaram a proposta, tamanha foi a exigência emocional e energética de atuar nesta linha. A tese que levanto é que foram vítimas de sonegação de conhecimento; lhes foram negadas as informações e práticas de equilíbrio energético e ficaram totalmente de fora de suas formações, nem mesmo os mais rudimentares embasamentos da Psicoterapia, quanto mais, os fenômenos transferenciais.

     

    Outro grupo profundamente bem intencionado, mas extremanente órfão de embasamento psicanalítico é o dos autodenominados Terapeutas Em Dependência Química.

    Pertinente observar que, a drogadição é considerada uma DOENÇA e, como tal, do ponto de vista extritamente legal, só pode ser diagnosticada e tratada por médicos. Na prática, o tratamento oficialmente adotado é o de um trabalho multidisciplinar (médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais...), em estabelecimentos especializados, nos quais médicos psiquiatras diagnosticam e avaliam a necessidade ou não de internação (se voluntária, basta o aval do laudo psiquiátrico; se involuntária, além deste, igualmente é necessária uma ordem judicial).

     

    Outrossim, os organismos que melhores resultados obtém, não funcionam no formato acima descrito, mas sim, atuam como organizações não-governamentais, onde não se assume papéis de médicos, nem psicólgos, nem de terapeutas, mas sim, de iguais, todos unidos pelo anonimato e por terem passado por experiências semelhantes. Este é o caso do N.A. - Narcóticos Anônimos, os quais, sem pretensões terapêuticas e de forma gratuita, cada membro apoia ao outro, e estabelecem metas a serem cumpridas, os assim chamados Doze Passos. Justamente o passo final é o de ajudar a todos quanto possíveis, a igualmente conseguir contornar o problema da dependência química.

     

    Um formato “híbrido” dos dois acima, vem se proliferando na sociedade. Grupos bem intencionados, mas, comumente, ignorantes quanto à legislação que rege o tema, montam comunidades terapêuticas que se propõem a acolher e tratar, de forma remunerada, indivíduos com problemas relacionados ao abuso de drogas. Praticam uma somatória de técnicas comportamentais, mescladas com os ensinamentos dos Doze Passos. Boa parte das próprias pessoas tratadas, ao atingir o passo final, encontram-se na obrigação moral de ajudar aos demais e, ao mesmo tempo, necessitam de um papel produtivo e remunerado na sociedade, resultando numa demanda (rapidamente atendida...) por cursos de formação de “terapeutas em dependência química” (comumente ministrados em entidades religiosas e/ou nas próprias comunidades em que antes se trataram). Assim sendo, não raro por necessidades econômicas, passam a atender, de forma remunerada, aos colegas que estão passando pelos mesmos problemas que vivenciaram. Ou seja, dia após dia, Cliente após Cliente, todos são “espelhos” a recordar, o tempo todo, os traumas pelos quais o novo Terapeuta tão recentemente passou.

     

    Por um lado, é reconhecido pela imensa maioria dos grandes nomes da Psicoterapia, a grande dificuldade do drogadito em transferir, fenômeno essencial para a evolução da terapia. A interpretação psicanalítica tradicional mais aceita é a de não ter conseguido introjetar uma figura materna, a qual substituiu pelo prazer das drogas. Ora, não havendo uma imagem maternal a projetar no analista, não raro igualmente transferem para estes a relação com as drogas, não estabelecendo vínculo afetivo, mas podendo criar uma “dependência”, muitas vezes extrapolando limites, procurando o terapeuta de forma desordenada, sempre que sentir necessidade, tal qual o faria, com as drogas.

     

    O distanciamento profissional da postura psicanalítica clássica mostra-se pouco efeciente no trato com o drogadito. Por outro lado, alguém que passou exatamente pelos mesmos problemas consegue estabelecer um vínculo mais eficiente. Por este ângulo, a figura de um “Terapeuta Em Dependência Química” parece muito bem vinda a somar. Outrossim, ainda que bem intencionados, os cursos pouco somam de conhecimentos complementares, além dos Doze Passos, resultando em um profissional pouco mais preparado do que os gratuitos “padrinhos” no Narcóticos Anônimos.

     

    Sem embasamento sobre TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, este profissional sofre intensamente a cada recaída de seus Clientes, pois reverbera em suas próprias histórias de recaídas, sentirá compaixão além da terapia, capaz de amparar em sua casa, tal qual gostaria que tivesse acontecido, quanto aconteceu consigo; odiará o mal que o Cliente faz para si mesmo e para os outros, tanto quanto odeia o que ele próprio fez em igual situação...

     

    Em um limbo intermediário, não é mais o gratuito e voluntário padrinho do N.A., nem igualmente atingiu o estágio de um Terapeuta profissional, visto que lhe foi sonegado o ensino das técnicas e a necessária supervisão.

     

    Urge uma formação mais ampla para estes profissionais, em especial, as Terapias Cognitivas Comportamentais, muito úteis para cuidar dos momentos iniciais e de crise, que bem poderiam ser estendidas para Terapias Psicodinâmicas. Até mesmo a própria limitação de percepção tem que ser ampliada; uma vez superada a urgência e necessidade de retirar o Cliente de seu risco de morte, uma vez obtido o equilíbrio inicial, poderá exercer a TERAPIA HOLÍSTICA, em sim, na qual, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

     

     

    V - Conclusões

     

    É essencial o estudo e a compreensão da transferência e contratransferência, independente de quais técnicas serão exercidas.

     

    Outrossim, tanto o contato físico (técnicas corporais e tântricas), quanto a identificação quase que absoluta do histórico de vida do Terapeuta e do Cliente (dependente recuperado tratando de drogadito), intensificam a relação transferencial.

     

    A amplificação do inevitável fenômeno da transferência e contratransferência, se bem trabalhada, acelera o ritmo da terapia, mas igualmente aumentam o grau de responsabilidade e exigência técnica.

     

    O que se constata na sociedade é um crescente número de indivíduos muito bem intencionados, ansiosos em atender terapeuticamente, mas que são lançados prematuramente no mercado de trabalho, privados de conhecimentos essenciais.

     

    Os cursos tem a obrigação de incluir em suas grades curriculares os embasamentos da Psicoterapia, visto que o Aconselhamento é parte integrante da Terapia Holística e conhecer os fundamentos da Psicanálise, tais como a resistência e os fenômenos transferenciais, mais do que enriquecer a Terapia Holística, é essencial para o bem estar tanto dos Clientes, quanto dos Profissionais.

     

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em constante reciclagem de aprendizado e em contínua terapia e supervisão.

     

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS deve exercer seu papel de gerenciador do conhecimento coletivo e disponibilizar a todos os colegas a oportunidade de aperfeiçoamento profissional, para o bem tanto dos Terapeutas Holísticos, quanto de seus Clientes.

     

    VI - Referências bibliográficas

     

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul - vol.25  suppl.1 Porto Alegre Apr. 2003 - Psicodinâmica do adolescente envolvido com drogas

    CORDIOLLI A.V. Como atuam as psicoterapias. In: Psicoterapias: abordagens atuais, Porto Alegre, Artmed, 1998(pág. 34-45).

    FREUD, Sigmund (1905). Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

    FREUD, Sigmund (1930). Mal-estar na cultura. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

    FREUD, Sigmund (1915). “Observações sobre o amor transferencial”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XII, p. 175-190.

    FREUD, Sigmund (1921).“Psicanálise e telepatia”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XVIII, p. 187-204.

    FREUD, Sigmund (1937).“Análise terminável e interminável”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XXIII, p. 225-270.

    FREUD, S.& FERENCZI, S. (1908-1911) Correspondência. Rio de Janeiro: Imago, 1994.

    JONES, E. (1979) Vida e Obra de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Zahar Editores S.A.

    LA PLANCHE, Jean e PONTALIS, J.B..Vocabulário de Psicanálise. 3ª edição, São Paulo, Ed. Martins Fontes, 1998.

    SILVA, Cláudio Jerônimo da. SERRA, Ana Maria. Terapias Cognitiva e Cognitivo-Comportamental em dependência química. In: Rer. Bras. Psiquiatr. 2004, nº 26 (Supl-I), p. 33-39.

    MARTINS, Ana Carolina Borges Leão - Contratransferência e desejo do analista: a transmissão de um sintoma analítico

    SAFOUAN, M. (1985) Jacques Lacan e a questão da formação dos analistas. Porto Alegre: Artes Médicas.

    SOFOUAN, M. (1991) A Transferência e o Desejo do Analista. Campinas: Papirus.

     

    SANTOS, Marinalva Batista Dos - A transferência e a contratransferência no espaço terapêutico

     

     

     

    VII - Anexos e Apêndices

     

    VII.I

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

     

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

     

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de algumas premissas da Psicanálise:

                             

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho                         

     

    Estruturas da Psique:

     

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

     

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

     

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

     

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;

    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;

    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

     

    VII.II

    Freud, Nossas Bisavós E Os Vibradores

    Orgasmo - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

    As milenares Técnicas Tântricas aliam-se ao centenário Orgasmo eletromecânico e a curiosa origem dos vibradores no Século 19 como tratamento para todos os males da mulher, atualmente resgatado como instrumento terapêutico nas versões modernas da milenar arte tântrica.

    Quando iniciei-me no universo "alternativo", há algumas décadas, o Tantra era quase exclusivo aos pares formados entre os próprios terapeutas, como meio para equilibrar os centros energéticos e atingir a transcendência, tendo a sexualidade e amor como instrumentos. Eventualmente, era ofertada como terapia para casais, com estes participando de cursos onde aprendiam a teoria e prática tântricas.

    Já nos últimos cinco anos, surgiu uma nova turma de "gurus do sexo", propondo outras formas de dispor do tantrismo como terapia. Polêmicas à parte, no formato adotado por estes grupos neo-tântricos, já não é mais pré-requisito o casal, sendo que, no caso do Cliente procurar a terapia individual, caberá aos profissionais fazerem o papel complementar, seja o masculino, ou o feminino. Por meio do toque, respiração e movimentos, propõe-se a ativação da energia da líbido, harmonizando e redistribuindo por todo o ser. O orgasmo, ainda que não seja a finalidade, é comum ocorrer neste processo. Neste contexto tão diferente do que era há algumas décadas, deparamos também com o uso de luvas de borracha (assepsia e tentativa de minimizar a erotização do toque por parte dos profissionais) e, no caso da clientela feminina, o acréscimo de um recurso eletromecânico: os vibradores...

     

    Por sinal, esta metodologia vem obtendo grande atenção da imprensa, como as recentes matérias nas revistas Nova e Trip. Em primeira impressão, parece uma "modernização" da técnica, porém, a verdade é que nada mais é do que a volta a uma prática muito comum no final do Século 19 e primeiras décadas do 20, justificada por milenares interpretações machistas atribuídas a Hipócrates. Este chamava de histeria, aos sintomas físicos sem causa aparente, condição que considerava tipicamente feminina, razão pela qual, pressupunha que a origem do problema deveria estar no útero, ao qual atribuiam o estado de "ardente"...

    Eis que no puritano universo ocidental nos idos de 1850, uma "epidemia" do gênero tomou conta das recatadas damas da sociedade e, o único tratamento conhecido para a "histeria" era o toque clitoriano, que era realizado pelos médicos, em seus consultórios. A manipulação era continuada até que a Cliente atingisse o "paroxismo histérico", que era considerado um espécie de "ataque de histeria" obtido em ambiente controlado. Em decorrência disto, os sintomas físicos desapareciam e os maridos ficavam satisfeitos em constatar esposas mais calmas e felizes. Ou seja, pareciam desconhecer o que era um ORGASMO feminino, mas, pelo menos, já usufruiam de seus benefícios para o equilíbrio somatopsíquico...

     

    Eis que aqui, já podemos justificar a presença de Freud no título deste artigo, pois, foi justamente trocando informações com seus colegas que trabalhavam nesta linha de terapia, que firmou sua convicção de que problemas ligados à sexualidade eram a origem e a chave para solucionar inúmeros distúrbios. A Psicanálise trabalhou esta hipótese e, nesta linha, ninguém ousou mais que seu discípulo dissidente, Wilhelm Reich, que publicou os inúmeros benefícios do "clímax" sexual, em sua obra: "A Função Do Orgasmo".

     

    A procura por esta terapia "miraculosa" era tamanha que os consultórios não davam conta de atender, já que dependiam da destreza manual dos profissionais, que começavam a sofrer danos por esforços repetitivos.

     

    Como alternativa, experimentava-se os jatos de água, mas, como podemos constatar pela figura ao lado, no formato que adotaram, não era prático, nem eficiente.

     

     

    Eis que em 1880, o doutor Joseph Mortimer Granville, patenteia o primeiro vibrador eletromecânico, de fabricação encomendada com seu relojoeiro.Rapidamente, a idéia foi aperfeiçoada por várias empresas, até conseguirem tamanhos portáteis e baixo custo, o que possibilitou que todo lar pudesse ter ao menos um equipamento para o tratamento da "histeria" sem mais depender de ir a consultórios médicos.

     

    A popularidade era grande e com as bençãos da sociedade machista, que bem ignorava as demais potencialidades deste instrumento terapêutico.

    Propaganda de época

     

    Propagandas em revistas, jornais e cartazes, não raro, anunciavam os equipamentos como "a maior descoberta médica de todos os tempos", capazes de proporcionar "paroxismos histéricos" de alta intensidade, eficentes para tratar de todas as mazelas femininas.

     

    Seja a bateria, ou a manivela e até por ar comprimido, há grandes chances de nossas bisavós (isso se o leitor for da mesma faixa etária que eu, claro...) terem usufruído das maravilhosas invenções terapêuticas, porém, é bem provável que nossas avós e mães não tenham tido a mesma oportunidade, pois, a partir de 1920, com o advento dos filmes pornográficos, finalmente a sociedade machista e puritana tomou conhecimento dos potenciais usos destes equipamentos. Assim sendo, de terapia doméstica indispensável em qualquer lar que se preze, os vibradores passaram a ser enquadrados como inadequados às "mulheres de bem".

     

    Os fabricantes não se deram por vencidos, e buscaram outras formas de divulgar de forma mais discreta, a disponibilidade para compra. Desde anúncios em que as figuras estavam aplicando os vibradores na... têmpora (!), até literalmente vendidos disfarçados em caixas que anunciavam aspiradores de pó, e outros ofertados como aparelhos de "múltiplas utilidades", onde os motores serviam, em primeira análise, como batedeiras de bolo, mas, que possuiam acessórios que, uma vez conectados, possibilitavam utilidades bem diferentes. Apesar desta estratégia, é fato que entre as décadas posteriores a 1940, a popularidade dos vibradores desapareceu, vindo a ressurgir, nos anos 70 em diante, assumindo seu caráter de instrumento voltado ao prazer feminino.

     

    Assim sendo, como a Terapia Holística tem por tradição resgatar terapêuticas milenares ou, ao menos, seculares, até que não é de estranharmos que a linha tântrica traga de volta, mais uma antiga prática do tempo de nossas bisavós, ou seja, o vibrador, como uma panacéia universal...

     

    Na certeza de que o tema é muito polêmico e que ainda carece de normas técnicas específicas, que só poderão ser criadas após amplo debate entre os profissionais, aliados à análise jurídica da questão, que fique este artigo, como uma forma bem-humorada e curiosa de trazer o assunto para discussão.

     

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br

     

    Texto extraído de:

    http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/tradicionais/69-sexualidade-tantrico/197-vibrador-tantrico#ixzz23jhKUtNR 

    Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

     

    VII.III

     

    Os Doze Passos de Narcóticos Anônimos

       

    Os Doze Passos de NA tem como objetivo convidar os nossos membros a empenharem-se numa viagem de recuperação, e servir como meio para se alcançar uma compreensão pessoal dos príncipios espirituais de cada passo e a forma como os experimentos nas nossas vidas acreditamos que os passos estão apresentados de uma forma que abrange a diversidade da nossa irmandade e reflecte o despertar espiritual descrito no nosso 12º passo..

     

    OS DOZE PASSOS

     

    PRIMEIRO PASSO:

    Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.

     

    SEGUNDO PASSO:

    Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.

     

    TERCEIRO PASSO:

    Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós o compreendíamos.

     

    QUARTO PASSO:

    Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.

     

    QUINTO PASSO:

    Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.

     

    SEXTO PASSO:

    Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

     

    SÉTIMO PASSO:

    Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.

     

    OITAVO PASSO:

    Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.

     

    NONO PASSO:

    Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse prejudicá-las ou a outras.

     

    DÉCIMO PASSO:

    Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

     

    DÉCIMO PRIMEIRO PASSO:

    Procuramos, através de prece e meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.

     

    DÉCIMO SEGUNDO PASSO:

    Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.

     

    Fonte: http://www.na.org.br/

     

     

    VII.IV

     

    Drogas: Êxtase e Dependência

    Êxtase e Dependência - Modelo: Pollyana - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

    Antes de aprofundar a questão, apresento meu posicionamento neste tema tão polêmico: creio que tudo o que se busca por meio das drogas, pode ser obtido por alternativas menos drásticas, tais como técnicas especiais de respiração, posturais, corporais e de induções vivenciais, que igualmente produzem estados alterados de consciência, sem os riscos inerentes de exposição a produtos cujos efeitos a curto e longo prazo ainda não são bem conhecidos.

    Milenarmente, todas as culturas praticaram rituais religiosos que se propunham a alterar as percepções da realidade, comumente associando ritmos musicais repetitivos, em alto som, regado a bebidas de teor alcoólico (vinhos, aguardentes, fermentados...) e danças, com a variante de ingestão de vegetais com poderes alucinógenos, muitas vezes restritas aos sacerdotes, em outras, compartilhado com toda a tribo. Tal somatória resulta na dissolução dos padrões rígidos da personalidade, permitindo contato direto ao conteúdo inconsciente. Os objetivos eram transcendentes, uma jornada "espiritual", "sagrada".

     

    Modernamente, a tradição ressurgiu nos festivais "hippies", inclusive, mantendo-se a busca pela transcendência. Nos dias de hoje, temos as festas denominadas "raves", outrossim, sem um objetivo "espiritual" no contexto. Seja como for, o que se constata é um "padrão" que faz parte da história da humanidade e, certamente, merece ser analisado mais profundamente.

     

    Em nossos consultórios, ainda que parte integrante do contexto coletivo/social, o mais comum é que a questão das drogas chegue até nós, de forma individualizada, ou seja trazida pelo Cliente. A ausência de julgamento, seja positivo, ou negativo, é exigência fundamental em nosso trabalho e o foco é a PESSOA, em seu TODO. Ou seja, o uso das drogas seria mais um dos tópicos a serem trabalhados, visto que é inseparável dos demais. Devemos, em conjunto com o Cliente, descobrir as motivações, conscientes e inconscientes, que levaram a este padrão de comportamento. Seria uma busca religiosa ? Estaria abafando pensamentos, sentimentos, desejos, lembranças ? Auto-estima em baixa sendo compensada via comportamentos tidos como moda ? Enfim, infindáveis hipóteses e cada caso é um caso, cada momento é único. Só o transcorrer da terapia pode trazer mais clareza sobre o que ocorre. E, paralelamente à análise, a inclusão de técnicas vivenciais, alternando relaxamento, hipnose, técnicas corporais de toque, respiratórias, renascimento, em suma, uma vasta gama de opções terapêuticas capazes de produzir estados alterados de consciência, sem uso de "aditivos".

     

    Os produtos consumidos nos dias de hoje, "refinados" quimicamente em laboratórios, certamente são muito mais danosos do que as poções milenares, que eram praticamente em estado natural. Daí que na sociedade moderna surge a alcunha de "dependente químico", aquele indivíduo que perde o controle sobre o uso da substância, associado com sintomas de abstinência e tolerância, evitadas com o uso constante e cada vez maior, privilegiando o consumo a outras coisas que antes valorizava. Dentre os colegas de profissão, existe um grupo crescente que foca seu atendimento a este tipo de situação, quase como uma "especialidade", correndo o risco de perder o enfoque holístico e, o que é ainda mais grave, inadvertidamente ferindo a legislação, com o risco de prisão, sendo irrelevante à justiça humana se suas intenções eram nobres ou não.

     

    O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras.

     

    Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)...

     

    Ou seja, ainda que não trabalhe com internações, quem definir seu trabalho desta forma, corre o sério risco de enquadrar-se em exercício ilegal de medicina...

     

    Extremamente preocupante é o fator "internação", muitas vezes propagandeada com mais um serviço prestado por estes colegas... Isto se deve porque, em várias escolas, fazem interpretações distorcidas, tentando justificar este procedimento, citando legislação que nem sequer mais existe (como é o caso da Lei nº 6.368, que foi REVOGADA pela Lei nº 11.343, de 23/09/2006) ou da Lei nº 10.216, cujo objetivo (dentro outros...) é justamente PROTEGER o cidadão para IMPEDIR que ele seja internado involuntariamente !!! Ou seja, é exatamente o OPOSTO da interpretação que os cursos vem divulgando !!!

     

    Nós sabemos que erram na boa fé, porém, nenhuma autoridade policial e/ou judicial aceitaria tal alegação... Conforme claramente expressa a lei, toda internação, até mesmo as voluntárias, dependem de um laudo MÉDICO PSIQUIÁTRICO; sem isso, estarão ferindo os direitos da pessoa em questão, além de cometer crimes de sequestro e cárcere privado, dentre outros possíveis enquadramentos...  

     

    Mesmo de posse do laudo médico, ainda assim, o estabelecimento precisará prestar "serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros"; sem tais requisitos, jamais a instituição poderá sequer candidatar-se a esse papel.

     

    Sabemos que muitos colegas trabalham como aprenderam nestas escolas, contudo, verdade seja dita, infelizmente tais cursos, ainda que talvez bem intencionados, ensinam de forma totalmente equivocada no que diz respeito a adequar-se às leis em vigor.... Urge uma adequação radical na forma de se expressar e modo de trabalhar, pois, a continuar no formato atual, é questão de tempo para muitos colegas serem presos e processados.

     

    Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br

    (11) 3171-1913

     

     

    Texto extraído de: http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/psicoterapia/aconselhamento/232-drogas-dependencia-quimica#ixzz23olhqDgL 

    Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    Autor: : Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico
    Última atualização: 17/08/2012 17:42


    A MORTE DA COADJUVANTE E O NASCER DA PROTAGONISTA: O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO UMA PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO ATRAVÉS DA DIALÉTICA ENTRE A TEORIA SISTÊMICA E A LEITURA JUNGUIANA SOBRE OS MITOS

    A MORTE DA COADJUVANTE E O NASCER DA PROTAGONISTA: O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO

    UMA PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO ATRAVÉS DA DIALÉTICA ENTRE A TEORIA SISTÊMICA E A LEITURA JUNGUIANA SOBRE OS MITOS

     

    Ligia Alvares Mata Virgem - Terapeuta Holística - CRT 47968


    Salvador

    2013


     

     

    Trabalho apresentado ao Sindicato dos Terapeutas – SINTE, como resultado para a obtenção da habilitação definitiva de terapeuta holística nas abordagens sistêmica e reiki.

    Salvador

    2013


     


    RESUMO


    Este trabalho apresenta um estudo de caso de aconselhamento terapêutico realizado em um Instituto de Estudos e Intervenções em Psicologia de Salvador e tem como objetivo demonstrar as possibilidades de entrelaçamentos da teoria junguiana e a teoria sistêmica familiar como recursos para o processo de individuação do sujeito. O embasamento teórico abordou os conceitos sobre a teoria geral dos sistemas, elucidando a importância dos processos iniciais de vinculação afetiva constantes na teoria do apego e as configurações dos sistemas parentais na contribuição dos padrões relacionais constituídos, de acordo com o entendimento sobre subsistemas e fronteiras. Além disto, trouxe os recursos lúdicos da prática narrativa sistêmica, pelo manejo clínico da externalização do problema e das interpretações dos mitos pela leitura Junguiana como possibilidades para a amplitude da consciência da cliente. Participou deste trabalho apenas um indivíduo, tendo sido uma pesquisa qualitativa baseada num estudo de caso. Os resultados parciais já alcançados demonstram: a) identificação do estilo de apego na infância; b) reparação do vínculo afetivo com a família de origem; b) nomeação do sentimento responsável pelo sofrimento; c) reconhecimento do comportamento de desejabilidade social como garantidor do sentimento de pertença; d) ampliação de consciência quanto ao papel que exerce na família e estabelecimento das fronteiras relacionais; e) deflagração do sentimento de abandono como sabotador da sua autonomia; f) O contato e escuta da própria intuição como base segura emocional.

    Palavras-chaves: Aconselhamento terapêutico, apego, subsistemas e fronteiras, externalização do problema, mitos.


     


    SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO.................................................................................................3

    2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................4-10

    3. MÉTODO..................................................................................................11-17

    3.1 Participante...........................................................................................11

    3.2 Instrumento...........................................................................................11

    3.3 Procedimento de Coleta e Análise de Dados...................................12

    3.4 Considerações Éticas..........................................................................12

    3.5 Resultados e Discussões...............................................................12-17

    4. Considerações finais...................................................................................18

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................19-20


     


    3

    1. INTRODUÇÃO

    Este trabalho apresenta um estudo de caso de atendimentos terapêuticos que aconteceram em um Instituto de Estudos e Intervenções Psicológicas de Salvador, cujo propósito foi demonstrar a convergência das teorias sistêmica e junguiana na prática clínica para o suporte ao cliente no seu processo de individuação.

    A principal motivação foi ampliar as possibilidades de oferta de recursos indiretos que estimulassem o consulente a iniciar a viagem interna, com menos resistência e abrisse a porta do inconsciente com maior leveza. A utilização de recursos lúdicos permitem acessar a fantasia e o imaginário e desativar os mecanismos de defesas, dando a permissão para a o contato com os conteúdos intrapsíquicos.

    A apresentação deste trabalho está estruturada em:

    1. Introdução – breve apresentação do trabalho, com o objetivo, motivo e

    estrutura. 2. Fundamentação Teórica – demonstrando quais teorias e pensadores

    influenciaram e embasaram o estudo aqui apresentado. 3. Método – relato da pesquisa, instrumento, procedimento de coleta e análise

    de dados, bem como discussões e resultados alcançados. 4. Considerações Finais – conclusão do autor sobre os estudos, análise e

    resultados obtidos.


     


    4

    2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

    Quando ouvimos as histórias sobre as civilizações - mesmo na época da formação de bandos, quando os grupos humanos se organizaram para viver em comunidade - o papel de escuta sempre era exercido por algum membro. Este conselheiro contribuía para o direcionamento das atitudes do grupo, orientando e ajudando aqueles que o consultavam em como lidarem com as relações interpessoais e o mundo em que interagiam, adequando-se ao meio em que conviviam. Eram representados por sábios, profetas, pajés, sacerdotes, gurus, filósofos, entre outros, o que denota que o aconselhamento está presente na vida do homem desde tempos muito remotos (PIÑERO & MESEGUER; 1970 apud FORGHIERI; 2007).

    Segundo Piñero & Meseguer (1970) apud Forghieri (2007), 450 anos A.C. já existia o processo denominado de “cura pela palavra” feita pelo filósofo, Empédocles. Tal filósofo fazia tratamento de doentes através da conversa buscando descobrir quais eram as queixas, se de ordem física ou psicológica. Outros filósofos após Empédocles, como Platão e Aristóteles, além de Hipócrates que era médico, se utilizavam da escuta e da conversa para iniciar tratamentos. Todos estes pensadores contribuíram para a evolução do processo de aconselhamento terapêutico e do estudo sobre as dores da alma.

    Desde então, muitas teorias e pensamentos foram desenvolvidos e o ser humano passou a ser entendido não mais como corpo e alma desconectados, mas como um todo. Este todo é a interação do dualismo – alma e corpo – e é resultado da relação com o contexto em que vive, sendo afetado por ele e também agindo sobre ele (VASCONCELOS, 2002).

    Nesta cronologia do estudo sobre a alma, Carl Jung por volta de 1900 trouxe grandes contribuições para o processo de autoconhecimento do sujeito, a individuação. A prática terapêutica pela teoria Junguiana, pode acontecer com a ajuda de vários recursos associativos e imagéticos, entre eles, as leituras e interpretações dos mitos, uma das ferramentas foco deste trabalho.

    Serbena (2010) explica que a visão de inconsciente para Jung amplia a Freudiana pois:

    “...a visão da psique e do inconsciente modifica, pois ela passa a não ser “uma página em branco” no nascimento e o inconsciente amplia-se incluindo uma camada constituída de estruturas e imagens comuns a toda a humanidade (os arquétipos) que se manifestam nos sonhos, mitos, religiões e contos de fadas”.

    Para Jung (1951; 2000) apud Serbena (2010) a psique é formada por concepções individuais e coletivas, as quais são trazidas dos elementos da família, cultura, etnia e da espécie humana. Estas imagens e símbolos arquetípicos são considerados instintivos e automáticos.


     


    5

    Os símbolos são mediadores dos paradoxos entre os conteúdos da consciência e o inconsciente, manifestados de forma simbólica, a fim de compensar o não trazer de forma explicita e direta tais conflitos. (SERBENA; 2010)

    Tais recursos ajudam ao consulente entrar em contato com os elementos inconscientes, como poderemos ver mais adiante no manejo clínico do caso aqui apresentado através das interpretações sobre os mitos do Barba-Azul e Vasalisa

    Conforme relata Grandesso (2000) apud Vogel (2011), dando prosseguimento ao estudo da alma, na época de 1950 os holofotes da terapia passam a ser direcionados às relações, indo para além do indivíduo. O foco passa a ser o modo relacional que ele estabelece e os vínculos que dele derivavam onde o sintoma passa a ser visto não coo algo do sujeito, mas uma forma disfuncional de comunicação da estrutura familiar (RELVAS, 1999 apud CARVALHAL & SILVA).

    Este passa a ser o fator mais importante para a constituição do sujeito e seu estar no mundo, influenciado, sobretudo, pelo pensamento da teoria geral dos sistemas, criada pelo biólogo Ludwing Bertalanffy por volta de 1930. Vogel (2011) esclarece que esta teoria foi aplicada aos estudos psicológicos com a contribuição de Gregory Betason (antropólogo e biólogo), por volta de 1950, com o surgimento da terapia familiar no período pós-guerra nos Estados Unidos (RELVAS, 1999 apud CARVALHAL & SILVA, 2011).

    Segundo Relvas (2003) apud Carvalhal & Silva (2011), sistema é a relação de pelo menos dois elementos que interagem entre si e entre outros subsistemas. Por exemplo, uma pessoa que se casa está em interação com o companheiro e ao mesmo tempo está em relação com o subsistema da sua família de origem, da família de origem do companheiro, do trabalho, etc., influenciando-os e sendo influenciado por eles.

    Este conceito surge em contraposição à ideia mecanicista de Descartes que defendia a concepção do todo como a soma das partes. Para o pensamento Cartesiano, o sujeito anteriormente exemplificado, seria a soma da pessoa que ela é para a família, com a que ele é para a família do companheiro, no trabalho e assim sucessivamente. Negava-se aí a possibilidade de que parte do que ela é num subsistema também estivesse presente no outro e gerasse um produto destes entrelaçamentos (VASCONCELOS, 2002).

    A partir da teoria geral dos sistemas os estudos sobre a psique e doenças mentais ganharam força para o foco nas relações familiares. Os estudos liderados por John Bowlby, após a Segunda Guerra Mundial - evento que provocou muitas separações de crianças e pais - foi um marco importante para o entendimento acerca das repercussões que a separação ou rejeição da figura materna na primeira infância pode causar ao sujeito, desde danos psíquicos até problemas de ordem psiquiátrica, podendo gerar efeitos até a fase adulta (BOWLBY, 1997; PARKERS, 2009).


     


    6

    Bowlby (1977) apud Parkers (2009) criou a Teoria do Apego, a qual se debruça sobre os aspectos psicológicos que as formações e rompimentos dos vínculos afetivos trazem à vida do indivíduo e as estratégias comportamentais utilizadas no enfrentamento de situações novas ou estressoras.

    Como cita Bowlby (1997) apud PARKERS (2009), tais estratégias estão ligadas aos modelos internos mentais desenvolvidos na infância a partir da resposta do cuidador às necessidades emocionais da criança, denominadas de comportamentos de apego. Com os avanços dos estudos de Bowlby, outros pesquisadores, como Mary Ainsworth e Mary Main, ampliaram a pesquisa contribuindo significativamente para a categorização destes comportamentos a partir da relação entre a díade figura materna e criança. Foram estabelecidos dois estilos comportamentais: Apego Seguro e Apego Inseguro, sendo este subdividido em Ansioso ou Ambivalente; Evitador ou Esquivo e Desorganizado ou Desorientado.

    No Apego Seguro as crianças tem um nível de tolerância aceitável quando em situações de separação do cuidador, demonstrando sentirem falta ao primeiro momento, mas adequando-se à ausência dele após alguns instantes. Costumam explorar o ambiente em que se encontram, até mesmo interagindo com estranhos e ao retorno da figura materna, há boa receptividade e comportamento de busca pelo reencontro (BOWLBY, 1997; PARKERS, 2009).

    A criança com Apego Inseguro pode responder à separação de três formas:

    Ansioso ou ambivalente - Caso a figura de apego seja muito ansiosa e por isto tende a não perceber a real demanda do filho e até mesmo não o estimulando às novas experiências. Isto provoca um comportamento na criança de agarrar-se a ela, resistindo à sua saída e tendo um tempo de sofrimento mais prolongado em comparação às seguras, provocando muita raiva no momento do reencontro (PARKERS, 2009).

    Evitador ou esquivo - as crianças comportam-se ignorando a separação e o retorno da mãe, pois aprenderam com o modelo parental, sua figura de apego, a conter as expressões de afeto e de desejo pela aproximação. Entretanto nos estudos de Ainsworth, foi constatado que estas crianças apresentaram alto nível de estress, com batimentos cardíacos alterados, tanto quando as mães as deixavam até momentos após a sua volta. Tal comportamento confirma que estas crianças são afetadas pela falta de cuidados responsivos da figura materna, mas aprendem a tolhê-los como forma de adequarem-se (PARKERS, 2009).

    Desorganizado ou desorientado - apresenta comportamentos polarizados, estereotipados, podendo chorar desesperadamente, atirar-se no chão, até mesmo se machucando compulsivamente ou fazendo movimentos pendulares e repetitivos. Comporta-se de forma extrema para obter alguma resposta da figura materna, devido a esta não apresentar respostas às demandas da criança. Nas pesquisas de Main e Hesse foram verificadas que a maioria destas mães sofreu de depressão pós-parto por terem vivido situações traumáticas na gravidez ou logo após o


     


    7

    nascimento do filho, tornando-as voltadas para as suas questões internas e “alheias” à criança, portanto, com muito pouco investimento parental afetivo (PARKERS, 2009).

    O estilo de Apego Ansioso ou Ambivalente, sobretudo, pode gerar uma forma relacional paradoxal, onde mais do que o conteúdo da comunicação entre os sujeitos em relação, ou seja, forma como eles estabelecem esta comunicação influencia o seu comportamento. Neste estilo, a demonstração do afeto passa a ser entendida como a antítese dela. Numa situação onde o cuidador ressalta constantemente à criança o quanto ela não é capaz de fazer conquistas independentes, autônomas, sendo sempre necessária a ajuda do adulto; ao mesmo tempo em que parece ser uma forma de proteger o infante, implicitamente pode estar sendo dito “não acredito no desenvolvimento desta capacidade”. Este tipo de atitude remete ao questionamento sobre o porquê o cuidador não vê ou aceita este avanço da criança, ou ainda, o quanto a manutenção da criança-sujeito no lugar de incapaz traz uma funcionalidade ou poder para a figura de apego.

    Por estes questionamentos, Beaston desenvolveu a teoria do duplo vínculo quando estudava em Palo Alto o processo comunicacional e relacional das famílias de veteranos de guerra com esquizofrenia. Ele notou que os feedbacks emitidos pelos cuidadores geravam conflitos internos nos sujeitos com sintomas esquizofrênicos, mas que o foco não estava no portador do sintoma, mas na forma de comunicação padrão da família (VOGEL, 2011).

    Nestes sistemas familiares o terapeuta pode entrar como um elemento morfogenético, isto é, promovendo mudanças significativas no modelo relacional aprendido e estereotipado, uma vez que coloca o sujeito portador do sintoma não mais como o centro das atenções, mas também, implica os demais membros a constante relação terapêutica (PAIXÃO, 1995 apud CARVALHAL & SILVA, 2011). Além disto, permite trazer novas perspectivas; um novo olhar sobre a estrutura e a forma de se comunicarem e se decodificarem, promovendo uma nova dinâmica no sistema familiar, mais adaptativa ao meio (MARUYAMA, 1968 apud VOGEL, 2011).

    O sistema deixa de se retroalimentar com os padrões homeostáticos, ou seja, com as mesmas formas de se comportarem e de se autoregularem que são mantenedores do sintoma. O Terapeuta estimula novas formas de estarem em relação, promovendo novas estratégias de comunicação e, portanto, descobertas de recursos internos até então adormecidos, iniciando o processo de despatologização e de auto-organização funcional (MARVIN & STWART, 2006).

    Para Bloch (1999) apud Carvalhal & Silva (2011), mesmo em atendimentos de terapia individual, os avanços conquistados são ampliados e reverberados no sistema familiar quando o terapeuta propõe tarefas que busquem a interação do sujeito com os familiares. Uma das práticas importantes para isto é o manejo clínico estimulando o indivíduo para o seu processo de diferenciação de self, a busca pela individuação.


     


    8

    A construção da identidade estimula o sujeito a manifestar-se integralmente, com o lado muitas vezes não acolhido pelo sistema familiar por não corresponder às expectativas deste. A segurança e autonomia para defender as suas próprias ideias e manter-se neste lugar, independente de não seguir o fluxo esperado pela família, é uma das principais metas terapêuticas do caso trazido neste trabalho (ANDOLFI, 2002).

    A utilização do mito Barba Azul, pela leitura junguiana, como instrumento auxiliar na prática terapêutica, permite ao cliente fazer conexões com a sua própria estória. Isto facilita o contato do sujeito com a sua realidade, entretanto não tão diretamente, por não estar pronto, às vezes, para encará-lo de forma objetiva.

    Para Estes (1994), tal mito traz a representação arquetípica da jovem ingênua que desconhece os seus conteúdos internos e se expõe ao predador, em prol de apenas se deleitar dos prazeres, negligenciando as profundezas da sua alma. O encontro com Ele é o conflito vivido pelo feminino a caminho da sua libertação, é entrar em contato com a sua agressividade mais crua, porém criativa e fazer dela a sua força impulsionadora para a busca de si mesmo. Sem dúvida deparar-se com Ele é olhar suas questões mais difíceis, sua intransigência, de apenas querer ver o mundo ao seu modo e fazer com que os outros também o façam. Na passagem desta estória, no momento em que a menina começa a enxergar o Barba Azul com barba menos azul, e alguém dócil e sensível pode-se notar o conflito mencionado.

    No decorrer da estória, esta “cegueira” vai ficando insuportável de sustentar, pois a convivência e as circunstâncias da vida vão exigindo da menina novas posturas e novas visões do mundo. Isto fica claro, na parte em que a menina se vê como a responsável pela casa, quando o marido viaja e a deixa como “cuidadora das chaves”. Mesmo com a ressalva feita pelo Barba Azul para que ela não abrisse o aposento da chavinha, a intuição e curiosidade feminina a faz motivar-se junto com as irmãs a testarem todas as chaves até descobrirem a qual quarto ela pertence (ESTES, 1994).

    Estes (1994) ainda comenta que o comportamento de buscar a verdade para si mesma demonstra o seu dom farejador e a necessidade de descobrir-se e fazer por si mesma as suas escolhas. Ao achar a porta que a chavinha encaixava e abri-la, percebe-se nesta metáfora que, uma vez aberta a porta do inconsciente, uma vez tendo entrado em contato com as dores e a angústia da psique, não há mais como sair sem “sequelas”. Ao abrir a porta do quartinho proibido pelo Barba Azul, a menina não consegue mais esconder e esquecer o conteúdo nele existente, pois a chave continuará sangrando até que ela enfrente o seu predador, o seu lado mais sombrio, aquele sabotador e vampiro da sua energia vital.

    O Aconselhamento Terapêutico contribui neste processo de abertura, de contato com o inconsciente, ajudando ao cliente a sustentar este contato e encarar o seu predador. Ao conhecer o “inimigo” é possível desenvolver estratégias de lidar com ele e neutralizar suas forças quando tenta sabotar a busca pela individuação.

    Autor: : Ligia Alvares Mata Virgem - Terapeuta Holística - CRT 47968
    Última atualização: 12/06/2013 22:22


    Psicoterapia » Psicanálise » Reichiana e Neo-Reichiana

    Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade-Desmistificando a Kundalini

     Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade - Desmistificando a Kundalini

    Mitiyo Oshiro Takemoto
    Terapeuta Holística
    CRT – 38660


    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2008

    Sumário

    Introdução ............................................................................... iv

    Sahajoli e Seus Benefícios.........................................................v

    - História.......................................................................................v

    - Cultura Ocidente e Oriente........................................................ vi

    Sexo.......................................................................................... vi

    Dois Cérebros........................................................................... vii

    Três Veículos.............................................................................vii

    Cérebro......................................................................................vii

    Órgãos do Corpo.......................................................................viii

    Órgãos Sexuais..........................................................................viii

    Os Três Tan Tiens.....................................................................viii

    Tantra.........................................................................................ix

    Vantagens da Pratica Sexual......................................................x

    - Os órgãos sexuais e o Cérebro..................................................x

    Rejuvenescimento (dentro das técnicas Taoistas)......................x.

    - A importância da Saliva...........................................................xi

    - Esperma....................................................................................xi

    Kundalini....................................................................................xii

    Sexualidade.................................................................................xii

    Reeducação Sexual.....................................................................xiii

    - Filosofia do Chi........................................................................xiii

    - Chacras, Tantrismo, Budismo e Hinduísmo..............................xiii

    O Cultivo da Energia Sexual e Espiritual..................................xiv

    Os Órgão Sexuais e o Cérebro...................................................xiv

    Material e Metodologia..............................................................xiv

    Discussão....................................................................................xv

    Conclusão...................................................................................xv

    Bibliografia................................................................................xvi


    Introdução

    SEXUALIDADE, ENERGIA E RELACIONAMENTOS.

    A relação entre homens e mulheres tem desconcertado e confundido filósofos, cientistas e pensadores ao longo dos tempos. A sexualidade é uma “doença” que abarca as páginas da história de todas as sociedades. É um ritual que tem absorvido as atividades humanas através das eras e que ainda constitui um dilema para as culturas atuais. Diante de algo que existe há tanto tempo e que faz parte da vida de toda criatura ao longo da história, poderíamos pensar que a raça humana já fosse especialista no tema da sexualidade. Entretanto, ainda hoje, os relacionamentos sexuais continuam ofuscando e confundindo profundamente o espírito das pessoas. Por um lado, criam paixão e amor, acendem o romance e o prazer, despertam as chamas do desejo que tornam a vida digna de ser vivida, mas, por outro lado, a sexualidade é também uma fonte de destruição e negatividade, a causa de infinitos problemas na sociedade. Os taoistas não vêem o sexo ou a energia sexual como uma questão moral. Para eles é mais uma questão de saúde. Assim que você começar a entender sua energia, como ela é e para que realmente existe, você terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhar com ela e como interagir com as pessoas ao seu redor, especialmente com o sexo oposto. A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidos nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultuando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente. A saúde sexual depende intrinsecamente da energia sexual, é a energia mais potente que existe, pois é uma energia criativa, a energia criativa é a pura energia da vida, a sexualidade se manifesta o tempo todo no universo, desde a natureza, plantas, flores, animais e nós humanos, ela flui no universo o tempo todo, ela é um dom que recebemos e que tem que ser utilizada, a natureza deu e a natureza cobra, a pessoa que não sente atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa dos bloqueios energéticos. Sobre a energia sexual se envolve vários assuntos, um deles é a energia da Kundalini.

    Sahajoli e Seus Bebefícios

    O Sahajoli se resume basicamente em exercícios para fortalecer os músculos vaginais e região pélvica. Em primeiro lugar estaremos passando as técnicas de como proceder esse exercício. Em primeiro lugar trabalha-se o fortalecimento de todo assoalho pélvico (vagina, uretra e anus) e é chamado de Uddiana Banda, ou seja, com essa pratica trabalha-se todos os esfíncter, anal, vaginal e uretra através das contrações dos anéis da vagina, anus e uretra. Na segunda fase desse exercício aprende-se a sugar e não apenas apertar para cima os músculos e esfíncter. Conforme ofortalecimento de todo assoalho pélvico, estaremos alcançando o sahajoli, vajroli e amaroli, pois a energia flui até chegar no bindu (comparada a energia do orgasmo). Exercícios para os homens(aqui a intenção é preservar o bindu, ou seja preservar o semen, pois com a ejaculação perde-se a energia e acelera o envelhecimento). Bindu é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico, é um fio que liga o cérebro, medula e órgãos sexuais.

    HISTÓRIA

    Sahajoli é uma arte milenar das mulheres orientais. Antigamente o Sahajoli era praticado naturalmente. Os pais orientavam seus filhos naturalmente com relação a este legado, através do sistema Paran Paran; quer dizer oralmente, nada de leituras ou escritas. Entre os nobres: o pai da jovem contratava uma orientadora, mestra na arte de amar, com a finalidade de preparar a jovem moça Shakti “Deusa do Amor” com intenção de entregar ao pretendente Shiva “Deus do Amor”. Assim se formava um casamento perfeito, inabalável. Com a invasão dos ingleses, devido ao moralismo vitoriano, eles foram proibidos de praticar e caiu no esquecimento.

    Há aproximadamente dois séculos, as prostitutas orientais, as gueixas, se apoderaram dessa técnica para obter mais lucro, ganhar mais clientes. Na China, os Ensinamentos Sexuais da Tigresa Branca, Segredos das Mestras Taoistas –Hsi Lai – ainda existe em grupo secreto, um treinamento concentrado de três anos, com a finalidade de educar e reeducar no “refinamento” aperfeiçoamento para a “imortalidade” sexual e espiritual (valorização da mulher). Esse sistema é compatível com o Tantra.

    No ocidente, o sahajoli feminino se tornou conhecido através do Dr. Kegel, médico americano que popularizou os exercícios de contração vaginal, trazendo muitos benefícios à saúde e sexualidade da mulher. Tomemos como exemplo a cura de muitos casos de incontinência urinária, queda de útero e bexiga. Assim como mulheres antes consideradas frígidas, após aprenderem as técnicas conseguem prazer e orgasmo.

    As praticantes de sahajoli, tem uma aparência mais jovem em conseqüência do reequilíbrio hormonal obtido através destes exercícios. Um famoso mestre de yoga da Bélgica, André Lysebeth diz em seu livro que uma praticante desta técnica ancestral será mais apreciada do que qualquer outra mulher, e não será trocada nem por uma bela rainha.

    O sahajoli entre as mulheres está rapidamente se tornando popular em nosso país para a felicidade de muitos casais que hoje desfrutam deste criativo e saudável em suas relações sexuais.

    O sahajoli masculino, isto é, os movimentos com a musculatura do pubococcigeo no homem, além da movimentação voluntária do esfíncter anal e períneo chamados de exercícios do mulabhanda no yoga, incluindo também os vários tipos de movimentos pélvicos e penianos, que praticados pelos homens, melhora a circulação da áreas pélvica, aumentando consequentemente a potência e o prazer do praticante.

    Os homens que praticam possuem vitalidade e potência sexual até a longevidade, pois em várias regiões do Oriente estes exercícios são utilizados naturalmente no dia-a-dia. Esse conhecimento provém de ensinamentos legados de seus antepassados.

    São homens que realmente fazem amor por horas seguidas, dando mais prazer as suas companheiras. Este conhecimento é fundamental para a prática do sexo Tântrico. A saúde sexual eleva a totalidade do indivíduo (auto estima).

    CULTURA: OCIDENTE E ORIENTE

    Cultura Ocidental: é patriarcal (machista, possessivo, ciúmes, violência, muita dor, remorso, guerra). A mulher não tinha o direito de ter prazer sexual. Os inquisidores da igreja condenavam severamente.

    Cultura Oriental: é matriarcal (paz, amor, compreensão, respeito, não ciúmes). Culto a mulher, a mulher (divindade).

    SEXO

    Dakshina marga – perda do Bindú (ejaculação) é ocidental, primitivo, inferior, meramente físico e mecânico. Resultado: fadiga, cansaço.

    O sexo é feio, vergonha, dão nomes ou apelidos feios aos órgãos genitais: cheios de preconceitos e proibições. Hoje o sexo é liberado sem freios!? Vama marga – manter o Bindú (orgasmo), é oriental, superior, evoluído – é um fenômeno físico-psíquico-emocional. Resultado: saúde e vitalidade, devido a Energia da Kundalini (Energia Vital). Ativa todos os órgãos internos e os chacras, do primeiro até o sétimo chacra. Nesse caso podemos dizer que atingiu o nirvana (iluminação-conceito taoista). Os orientais dão nomes poéticos aos órgãos genitais como: Flor, Rosa, Margarida, Orquídea, Girassol, etc.

    2 CÉREBROS: primeiro cérebro cabeça e segundo cérebro intestino

    Relação Intestino e o Cérebro.

    A ciência e as pesquisas médicas têm demonstrado através de estudos recentes a importância do sistema gastrintestinal e mais especificamente do intestino, para a manutenção da saúde e do bem estar. O intestino passou a ser reconhecido como um ''órgão inteligente'' por sua capacidade de selecionar entre o que comemos, o que nos é ou não útil, e por ser o único órgão do corpo humano capaz de executar funções independentemente do Sistema Nervoso Central, chegando a ser recentemente denominado por especialistas como um ''segundo cérebro''.

    O livro do Dr. Michel Gerson, o “Segundo Cérebro”, menciona que os intestinos possuem uma rica rede neuronal, cerca de 100 milhões de neurônios (semelhante à medula espinhal) que elaboram neurotransmissores. As últimas pesquisas demonstraram que quarenta hormônios e vinte neurotransmissores são secretados também pelo eixo-cérebro-intestinal, ou seja, pelo cérebro e intestino simultaneamente, e que 80% do nosso potencial imunológico esta presente neste órgão. Com isso ao regular todo o nosso organismo os intestinos funcionam como órgãos inteligentes.

    Para que o corpo entre em equilíbrio é importante que haja uma consciência entre a conexão desses dois cérebros, para fazer circular a energia “yin e yang.”

    TRÊS VEÍCULOS OU TRÊS MENTES

    Mente, órgãos e órgãos sexuais.

    Parece que algumas pessoas estão desligadas de si mesmas e dos seus órgãos sexuais. A mente e os órgãos estão, portanto, separados. O taoísmo acredita que a mente, o corpo e o espírito devem trabalhar juntos. Os resultados dependem da assimilação de cada aluno. No Tao, aprendemos a criar um Tempo Sagrado dentro de nós. Com a técnica simples de sorrir em todos os órgãos, podemos integrar o nosso corpo, a nossa mente e o nosso espírito.

    Eles não ficam mais separados. A prática sexual conecta a mente com os órgãos sexuais e o cérebro. Forma uma ponte de ligação entre essas nossas partes e cria-se a sinergia.

    CÉREBRO

    O Cérebro pode acessar e gerar as forças superiores, mas não é fácil armazenar essa energia no próprio cérebro. Precisamos treinar o cérebro para aumentar a sua capacidade e a sua destreza em armazenar a energia. A energia do cérebro, quando aumentada até um determinado nível, podepermitir um maior numero de sinapses e ajudar a converter proteínas em células cerebrais. O Tao acredita que, com o treinamento e a pratica é possível aprender a aumentar o numero de células cerebrais e nervosas, assim como aumentar o numero de sinapses no sistema nervoso central.

    ORGÃOS DO CORPO

    Os órgãos também podem gerar energia, mas muito menos do que os órgãos sexuais e o cérebro. Eles também têm uma capacidade muito maior de armazenar e transformar energia.

    ORGÃOS SEXUAIS

    O Tao descobriu que os órgãos sexuais são os únicos órgãos que podem gerar uma quantidade significativa de energia (força vital ou kundalini).

    OS TRES TAN TIENS

    Eles também podem armazenar energia, transformá-la e fornecê-la para o cérebro, a coluna vertebral, os órgãos sexuais e os outros órgãos.

    Três mentes ou três Tan Tiens conectados significa força “YI”.

    Na pratica do Tao, armazenamos a energia nos três tan tiens, que são os reservatórios de energia dentro de nós. O Tan Tien superior (Bindú) localiza-se no cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) e, quando esta cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. Aqui armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. Todos os Tan Tiens apresentam uma face yin e outra yang. Na natureza, Yin e Yang estão presentes em todas as coisas. Pelo por do sol, o dia (Yang) se converte em noite (Yin). É muito importante sentir os aspectos de Yin dentro de Yang e de Yang dentro de Yin (nascer e por do sol). Um aspecto não existe sem o outro, pois são aspectos inseparáveis da mesma força.

    O centro Tan Tien do coração, entre os dois mamilos é o Tan Tien médio. Ele é associado ao elemento fogo. Ainda assim, dentro do fogo sempre existe água. O espírito original (Shen) é armazenado aqui (glândulas monada e timo).

    O baixo ventre a altura do umbigo é o universo, ou oceano, vazio. Queremos sentir um universo de energia no Tan Tien inferior. Dentro desse universo ou oceano, existe um fogo como um vulcão sob o oceano: “fogo sob a água” (glândulas gônadas).

    Os três Tan Tiens referem-se a esses três reservatórios de energia dentro do corpo. Esses reservatórios são lugares onde podemos armazenar transformar e coletar a energia. Os reservatórios são a fonte de energia que flui através do corpo. Os meridianos são os rios de energia alimentados por esses reservatórios.

    TANTRA (Há muita especulação em torno do Tantra)

    Definição: É uma filosofia comportamental naturalista. É basicamente o sexo, espiritualidade e Yoga. É um instrumento de elevação que leva a espiritualidade. O Tantra pede dedicação, concentração, disciplina. O Tantra organizou os rituais da Magna Mater, transformando-os em um método de emancipação que busca na psique humanda a manifestação da Shakti, a energia primordial que move o Cosmos. Este movimento teve uma forte influencia sobre a religião, a ética, a arte e a literatura indiana, havendo ressurgido com inusitada força entre 400 e 600 d.C, quando chegou a transformar-se em uma moda que acabou por influenciar os modos de pensar e agir da sociedade indiana medieval. Aqui ela se afirma, populariza e estende ainda mais, dando origem a um grande numero de correntes e manifestações filosóficas, religiosas, mágicas e artísticas algumas antagônicas. “Não se trata de uma religião nova senão de uma nova caracterização de fatos que pertence ao hinduísmo comum, mas que as vezes só se apresenta precisamente em suas formas tantricas encontra-se a marca do Tantrismo na mitologia e cosmogonia, mas, principalmente, no ritual.

    O ritual trântrico propõe um caminho chamado Caminho do Vale, que é o mais fácil, pouco movimentado e baseado no relaxamento físico e mental. Ele nos abre para um mundo de sensações e experiências desconhecidas, gera uma plenitude prolongada e a integração total entre dois seres.

    Para o Tantra o corpo é mais do que um maravilhoso instrumento ou admirável mecânica biológica: ele é divino. O Tantra nesse trabalho proposto é chamado de Tantra Branco, focado no casal e não na poligamia.

    Exercício trantrico: o mula bandha

    Este exercício também pode ser praticado por homens e por mulheres. Deitada (o), sentada (o) ou em pé coloque seu pensamento na região anal. Respire com tranqüilidade. Depois de alguns minutos tentando manter a concentração, contraia delicadamente o primeiro esfíncter do ânus, o mais externo. Depois, apertando um pouco mais, dirija sua concentração para o segundo anel muscular, enfim, contraia o eretor do ânus, levando assim os dois esfíncteres anais e períneo para dentro e para cima. Lenta e gradualmente, distinguem-se bem estes três níveis, mesmo na primeira tentativa. Depois, aperte com toda a força que puder até fazer vibrar toda região anal e períneo. Mantenha esta contração ao máximo, retendo o fôlego, por no mínimo 6 segundos. Depois relaxe, mantendo a concentração. Repita no mínimo 5 vezes seguidas.

    VANTAGENS DA PRÁTICA SEXUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    Os Órgãos Sexuais e o Cérebro

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas:”faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”(Bindú).

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Outras vantagens conseguidas através dos exercícios de sahajoli são a parada da incontinência urinária através do fortalecimento do assoalho pélvico, retardamento da ejaculação (ejaculação precoce), anorgasmia (dificuldade ou não chegar ao orgasmo).

    Pompoarismo Tantra Yoga = exercício dos músculos vaginais e do assoalho pélvico (pubococcigeo):

    • Previne desequilíbrios pelo fato de deixar os tecidos da região mais fortes e lubrificadas.

    • - Evita a queda do útero, da bexiga e incontinência urinária, previne contra hérnia, hemorróida

    e varizes.

    - Auxilia a gestante no parto normal e na recuperação pós parto.

    - Elimina a cólica menstrual, auxilia no tratamento de bloqueios, impotência, frigidez e vaginismo.

    - Ativa a circulação do sangue, harmoniza os chacras e equilibra a energia Yin e Yang.

    - Ajuda no equilíbrio da produção hormonal (rejuvenesce).

    • Mais mobilidade dos quadris e das areas pélvicas, melhora a performance da mulher no ato sexual devido ao aumento da libido.

      REJUVENESCIMENTO (DENTRO DAS TÉCNICAS TAOISTAS)

    Os antigos taoistas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres que existem dentro do corpo e que estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo, como o digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em estado ótimo de saúde é muito importante que os músculos esfíncteres se contraiam simultaneamente, estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Quando existe um desequilíbrio de energia sexual, ela é revelada nas características externas da face. Quando os músculos esfíncteres estão em desequilíbrio, os órgãos se esgotam. Essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual, pois são eles que suprem de energia o centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas gerais do corpo.

    Postura dos Três Tan Tiens e no sistema dos 7 chacras para a saúde e manutenção da coluna.

    A IMPORTÂNCIA DA SALIVA

    A saliva marca a primeira fase do desenvolvimento libidinal; para o taoista, a produção de grandes quantidades de saliva assinala as energias restaurativas do nosso corpo. Os taoistas estavam certos nesse pressuposto porque a saliva estimula e é parte do sistema imunológico. Os taoistas vão muito mais longe a seus louvores e na aplicação da saliva. Ao ser refinada, a saliva se torna muito espessa e embranquece, parecendo-se muito com o próprio sêmem. Sabe-se que os taoistas subsistem com esta saliva refinada por longos períodos, vivendo de “ar e orvalho”, respiração e saliva, como costumavam dizer. Eles alegaram que era um catalisador para se atingir a imortalidade.

    Exercícios para ativar as glândulas salivares (importante para a manutenção da saúde geral).

    Os três nós

    - Três Tan Tiens – sorriso interior

    desatar os três Granthis (nó)

    Muladhara – Anahata – Ajna

    ESPERMA

    As células do esperma são da maior importância, pois elas carregam os elementos restauradores. Segundo a bioquímica, o sêmem é quase inteiramente proteína pura, com enormes quantidades de fósforo, cálcio e vitamina C. Ele contém ainda propriedades antibióticas. De modo geral, o sêmem contém muito dos micronutrientes necessários para a saúde do organismo humano, especialmente a pele e cabelo. É muito eficaz para ajudar na restauração da juventude da mulher.

    Para os antigos taoistas, o sêmem e o sangue pareciam ser a mesma coisa: o sêmem era uma destilação do sangue. Um texto remoto alegava que quarenta e nove gotas de sangue equivaliam a uma gota de sêmem. Por esta razão, os taoistas procuravam preservar o seu sêmem, pois assim estariam preservando a própria essência da vida. Levando-se em conta os ingredientes do sêmem, esse antigo diagnóstico intuitivo não está muito longe do que a bioquímica também descobriu sobre o sêmem.

    KUNDALINI

    A energia da felicidade latente dentro da espinha dorsal, até ser ativada pelas práticas tântricas. Geralmente ela é representada como uma serpente encolhida que se move ao longo da coluna. A energia da kundalini poderá ser ativada através de exercícios tântricos e energia sexual.

    Essa é uma energia que deve ser ativada com conhecimento e orientação, levando sempre em consideração o limite de cada ser. A energia nuca morre, ela se transforma.

    SEXUALIDADE

    A energia sexual provém da melhor energia do corpo, porque ele está envolvido no processo de fornecer energia ao centro sexual. Portanto, o centro sexual é a condensação de toda energia do corpo e é essa a razão pela qual a saúde do centro sexual é necessária para a nossa saúde mental, emocional e física.

    A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Ela é a água da vida, que reabastece os jardins do templo humano. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidas nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultivando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente.

    O polo que juntamente com o clitóris proporciona intensa satisfação sexual na mulher é um ponto profundo localizado próximo ao útero na parede anterior da vagina, possui uma textura diferente dos outros tecidos vaginais e fica intumescida na excitação feminina. Esta área ficou conhecida como o Ponto G depois que o médico alemão Dr. Ernest Granferg revelou este ponto em que havendo uma excitação adequada pode aumentar o prazer e levar ao orgasmo feminino.

    O tamanho e a consistência do Ponto G variam de mulher para mulher. É melhor que a mulher sozinha descubra o seu próprio Ponto G e as maneiras e ritmos de manipular este local que lhe proporcionem prazer, dando-lhe mais autoconfiança quando estiver acompanhada do seu parceiro. A harmonia entre o casal é de extrema importância para este momento que desenvolverá uma conexão íntima e mais afetuosa entre o casal.

    Localização do Ponto G na prática para mulheres.

    REEDUCAÇÃO SEXUAL

    Desenvolver um curso no sentido de orientar homens, mulheres e adolescentes para uma prática sexual saudável, com a finalidade de preservar a família e a harmonia nos relacionamentos.

    FILOSOFIA DO CHI (DEDICADO À EVOLUÇÃO INTEGRAL DO SER HUMANO

    ATRAVÉS DA CONSCIÊNCIA)

    O equilíbrio desta energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

    A força vital é uma forma sutil de energia eletromagnética uma realidade fisiológica do organismo. As técnicas de toque físico e não físico, são usadas para mandar energia através de todo organismo “abrindo” pontos bloqueados.

    Lowen elaborou uma síntese dos conhecimentos sobre as energias do corpo e as reuniu na bioenergética, que tem como finalidade liberar as emoções acumuladas por meio de práticas.

    As atividades que tencionam as pessoas acabam por bloquear o feixo energético interior, provocando diretamente enfermidades e ou até contribuindo para formá-las. É aí que pode ser utilizada a bioenergética.

    Em 1990 Lowen publica espiritualidade do corpo. Após alcançar um extremo de polaridade, radicalizando a postura de que todo o problema era defeso contra a sexualidade, ele pôde seguir adiante em sua exploração e introduzir na Terapia um outro eixo deste pólo, a espiritualidade.

    Em 1992 Lowen colocou que o objetivo da terapia passava a ser para ele, auto-percepção, auto expressão, ou seja, conhecer-se, expressar sua verdade e ser dono de si mesmo. Passou a colocar o ego saudável como objeto principal da terapia, e a manifestação da sexualidade como uma das formas de expressão desse ego saudável.

    Chacras,Tantrismo,Budismo e Hinduismo

    A principal diferença repousa na maneira diferente de tratar os mesmos fatos fundamentais. O sistema hindu enfatiza mais o aspecto estático dos centros e suas ligações com a natureza elementar:...isso porque os chacras de um conteúdo objetivo na forma de sílabas-semente permanentemente fixas (símbolos estáticos).

    O sistema budista preocupa-se menos com o aspecto estático-objetivo dos chacras, e mais com o que flui através deles, com suas funções dinâmicas, ou seja, com a transformação da corrente de energias cósmicas ou naturais em possibilidades espirituais.

    A concepção dos chacras apresentada por DVK se assemelha ao dinamismo do sistema budista. Sistema + Movimento: é sentido e percebido = emoção-psíquico-físico-espírito.

    Sincronizadores das energias emocionais, mentais e etéricas, corpo-espírito-mente.

    O sétimo chacra: coronário-o maior é a sede dominante e faz a conexão direta com o primeiro chacra-kundalini.

    O CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL E ESPIRITUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    OS ÓRGÃOS SEXUAIS E O CÉREBRO

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas: “faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”.(Bindú)

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Material e Metodologia

    Sobre os tópicos citados, e os referentes autores os quais menciono, é de grande valia ressaltar a interligação entre o sexo e a espiritualidade, estão relacionadas à saúde física, um não está desvinculado do outro.

    A importância dos chacras e a energia que flui em todo corpo seguindo uma vida sexual saudável, junto com os exercícios citados como o sahajoli é de extrema importância para a melhora constante de todo o corpo, não é apenas sexual, mas a energia que flui dos exercícios são ligados a saúde física levando ao desenvolvimento e crescimento espiritual, esse crescimento está nas técnicas tantricas e nas explicações sobre os chacras e a energia da Kundalini.

    Discussão

    Os autores mencionados em grande maioria cita a energia dos chácras como centro de energia, no livro de Hiroshi Motoyama relata sobre o Tantra Yoga, Kundalini , e a teoria dos chacras e os meridianos da acupuntura, o autor cita que existe a possibilidade da energia dos chacras serem comparados aos meridianos na acupuntura, e em outro ponto de vista a autora relata que a função dos chacras estão mais ligados a fatores emocionais. Acredito que os trabalhos dos autores citados são complementares, pois dizer algo sobre energia pode ser complicado, porque esbarramos no campo dos estudos. É através dos exercícios que se pode dizer mais sobre a energia que flui, pois não se trata necessariamente de uma ciência comprovada, ela não é vista, mas sim sentida. Sobre esses relatos complementares cheguei à conclusão que não existe a sexualidade desligada da espiritualidade, pois, através dos mesmos canais energéticos fluem as mesmas energias.

    Através desta visão a energia sexual é uma questão de saúde, pois ela é potente por ser uma energia vital e manifestada o tempo todo no universo. A pessoa que bloqueia esta energia desenvolve desequilíbrios.

    Através dos exercícios do Sahajoli trazemos benefícios à saúde, curando muitos casos de incontinência urinária, queda de útero, bexiga, ejaculação precoce, entre outros, sendo assim poderosa técnica para manter a saúde física de forma geral.

    Conclusão

    Conclui em meu trabalho e exercícios que realizei em meu próprio corpo, mais os relatos de alunos que também citaram suas experiências, onde através dos mesmos canais energéticos, flui a energia ligada ao sexo e a espiritualidade, sendo assim, quando se tem uma experiência sexual, as energias do orgasmo se reflete em todos os demais chacras, do primeiro ao sétimo chacra podendo ser comparada a iluminação ou nirvana da espiritualidade.

    A energia do primeiro chacra, chamado de Kundalini, é ativada através da atividade sexual, fantasias sexuais e dos exercícios do Sahajoli, criando uma potente energia que quando despertada passa do primeiro chacra e sobe para os demais, levando a ascensão espiritual.

    A finalidade do trabalho é também fortalecer a relação entre homens e mulheres dentro da monogamia através dos exercícios tantricos.

    A saúde está ligada ao fortalecimento do assoalho pélvico, onde se preserva a energia de todos os órgãos do corpo, não apenas os órgãos sexuais, pois se a base está flácida, todos os demais órgãos tendem a cair, assim, quanto mais os exercícios forem feitos, mais saúde de forma geral se tem e é por isso que os taoista entendiam que aproveitando a energia sexual o ser humano conseguiria manter por mais tempo a saúde, a juventude, a longevidade sexual e imortalidade espiritual.

    Conhecendo a energia do corpo, fica simples pensar e discutir sobre a sexualidade, e saber que através do conhecimento do nosso corpo e da energia que flui através dele, é possível chegar à saúde plena tanto física quanto psíquica, pois nossas ações e pensamentos são frutos da energia que circula em nossos corpos.

    Bibliografia

    Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    A cura pela meditação

    Cristina Cairo, Ed. Mercuryo

    Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    Os ensinamentos sexuais da Tigresa Branca – Segredos dos Mestres Taoistas

    Hsi lai, Ed. Aquariana

    Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Energia Sexual e Yoga

    Elisabeth brunton, Ed. Pensamento

    A deusa Durga

    Cláudio Duarte, Ed, Sexto Sentido

    A Espiritualidade nas Empresas

    Marilu Mastinelli, Ed. Sexto Sentido

    Teoria dos Chacras, Hiroshi Motoyama, Ed Pensamento

    Site Pesquisado : http://www.yogalotus.com.br/vamamarga.htm

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 20/05/2008 11:03


    A ANÁLISE DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA

    TCC- TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

    A ANÁLISE DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA. 
     
     

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS-.

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM TERAPIA HOLÍSTICA.

    SÃO PAULO - SP.                      

    DISCIPLINA: PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    AUTOR:  

    RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD

                 Terapeuta Holístico

                      

    ORIENTADOR:        HENRIQUE VIEIRA FILHO

                                            Terapeuta Holístico - CRT 21001 
     

    BELO HORIZONTE – MG, 29 DE  MAIO 2008. 
     
     
     

                                                                          Dedicatória: 
     

                                                                         “Para a minha Mãe

                                                                          Therezinha Lima Haddad

                                                                          e para o meu Pai Omar Haddad,

                                                                          que me acompanham lá do céu ”. 
     
     
     
                                        

                                           Agradecimento: 

                     Ao SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS-

                                          COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM TERAPIA HOLÍSTICA, pelo incentivo vibrante e pela oportunidade,         para apresentar a presente MONOGRAFIA na disciplina                  PSICOTERAPIA HOLÍSTICA. 
     
     
      

      SUMÁRIOPáginas
      RESUMO.           6
      CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.           6
      CAPÍTULO 2. MATERIAL.           7
      CAPÍTULO 3. METODOLOGIA.           8
      3.1 O Corpo Físico           8
      3.2 O Que Ensina Anaxágoras           8
      3.3 O Que Ensina Demócrito           8
      3.4 A Organização de Direção de Sentido e Funções do Corpo Físico           8
      3.5 Revelação da Imagem Holística do Corpo Físico           9
      3.6 Imagem do Corpo Físico de Frente           9
      3.7 Imagem do Corpo Físico de Perfil          10
      3.8 Imagem do Corpo Físico de Costas         10
      3.9 As Proporções do Corpo Físico          11
      3.10 A Psicognomia          12
      3.11 A Fisiognomonia          12
      3.12 Segmentos Básicos dos Membros Superiores          14
      3.13 Principais Funções das Áreas dos Segmentos Superiores          14
      3.14 Segmentos Básicos dos Membros Inferiores          14
      3.15 Principais Funções das Áreas dos Segmentos Inferiores          14
      3.16 Interpretação das Imagens dos Membros Superior e Inferior          15
      3.17 Critérios para Interpretação das Imagens          15
      3.18 Distribuição das Imagens na folha          16
      3.19 Interpretação da Posição das Imagens na folha16
      3.20 Interpretação dos Tipos de Traços das Imagens23
      3.21 As formas da Imagem Holística32
      CAPÍTULO 4. RESULTADOS.36
      CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.37
      CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.37
      CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.39
      ANEXOS E APÊNDICE.39
     
     

                                                     RESUMO.                                                                    .

    Apresento para a psicoterapia holística as vantagens da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente. A Análise da Imagem Holística de um Cliente, ou de vários Clientes, pode dar, na verdade; informações, sugestões e pistas, e representa para o psicoterapeuta holístico uma ferramenta similar à das imagens computadorizadas com o grande diferencial que a imagem é feita pelo próprio Cliente, ou seja, seu próprio negativo! A base para a aplicação da técnica reside na interpretação da imagem do corpo físico do cliente de frente, de perfil e de costas, na distribuição das imagens, nos tipos de traços e nas formas das imagens. Para permitir a pesquisa e a prática de outros psicoterapeutas holísticos, apresento também, em síntese, uma Análise Holística.

    CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.

    1.1 O presente trabalho não tem propriamente a pretensão de ser uma tese que esgote o tema num sentido acadêmico, mas aponta uma direção de pesquisa, que séria e sistematicamente aprofundada, atrairia uma maior atenção do psicoterapeuta holístico para o estudo da técnica da Análise da Imagem feita pelo próprio Cliente. É de curial sabença que corpo físico é marcado pela experiência da vida através de registros que tanto são de origem genética quanto cultural, resultando numa gama de detalhes que nele estão armazenados e que podem ser revelados através da Análise da sua Imagem Holística.

    1.2 A Imagem Holística do Cliente é a revelação da disposição da mente através do contorno do corpo físico interpretada sempre numa ótica terapêutica.

    1.3 A Imagem Holística do Cliente surge pela representação do contorno do corpo físico através do modo de tracejar essencialmente psicomotor, orientando a revelação de uma realidade visual, imediatamente legível pelo psicoterapeuta holístico.

    1.4 A Análise preliminar nasce da percepção, do tempo de observação e da maneira de como o psicoterapeuta holístico consegue sair do movimento de julgamento, para simplesmente enxergar o que, naquele momento, o conjunto de Imagem Holística está mostrando.

    1.5 A técnica se desdobra na Interpretação da Distribuição das Imagens, Interpretação dos Traços e Interpretação das Formas das Imagens, o que pode ser aplicado em separado, ou no conjunto do seu desdobramento. Conduz para a identificação rápida e segura dos desequilíbrios que o Cliente poderá estar vivendo no momento, fornecendo ainda subsídios importantes para a solução do problema, quando não a própria solução.

    1.6 Por outro lado, as técnicas aplicáveis à análise específica de aproximadamente 205 formas de imagens de segmentos corporais não fazem parte integrante da presente Monografia.

    1.7 A técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente, fornece um material riquíssimo sendo também um poderosíssimo instrumento para a identificação do desequilíbrio energético apresentado pelo Cliente. Colhe informações que abrangem várias técnicas, suplementando as dificuldades da observação em entender as muitas facetas do Cliente. A técnica de Análise da Imagem Holística do Cliente possibilita maior entendimento do que aprendemos sobre pessoas - dentre elas, nós mesmos-, possibilita identificar comportamentos que de outro modo talvez não fossem observados, revelando com objetividade, segurança e realismo, o que talvez só fôssemos perceber após vários atendimentos, reduz e controla os erros de observação. E o melhor! Está ao alcance de quantos a queiram utilizar.

    1.8 A psicoterapia holística através da técnica da Análise da Imagem do Cliente, não é, em nenhum momento, a de enfatizar o que está ruim, e sim a de revelar aquilo que está bom.

    CAPÍTULO 2. MATERIAL.

    2.1 A presente Monografia tem como referência os resultados dos atendimentos realizados e o Curso de Leitura Corporal concluído pelo autor e ministrado no período de fevereiro de 2001 a dezembro de 2007 no Núcleo de Terapia Corporal Ltda, com sede na rua Assunção 40, bairro Sion - Belo Horizonte-MG, site www.leituracorporal.com.br. Fundamenta-se em uma sistematizada apertada síntese do conteúdo programático da disciplina Interpretação do Desenho. O curso de Leitura Corporal descreve e detalha a função emocional de cada segmento e estrutura corporal e revela as associações entre o que manifesta o corpo físico e os processos psíquicos e sensoriais do Ser Humano. Afirma que o corpo vive, registra, reage e revela a história pessoal. Relaciona as formas, as funcionalidades do corpo, os traços fisignomônicos, as posturas, as sensações e sintomas, os conteúdos mentais, emocionais, sensoriais e às particularidades comportamentais, estabelecendo uma conexão entre a linguagem do corpo, as disfunções orgânicas, os desequilíbrios e o autoconhecimento.

    2.2 O Núcleo de Terapia Corporal Ltda, fundado em 1988, tem como alicerce a relação Corpo Físico / Corpo Emocional. É constituído por profissionais de saúde- terapeutas, fisioterapeutas, massoterapeutas, médicos e psicólogos-. 
     

    CAPÍTULO 3. METODOLOGIA. 

    3.1 O CORPO FÍSICO. 

    A primeira coisa que podemos distinguir nitidamente no “Corpo Físico” é que tudo  se encontra encerrado em órgãos, sistemas e estruturas oferecendo  a este a maior proteção possível contra o mundo exterior, porém se reconhecendo que é efêmero e destrutível.

    É composto das mesmas forças e da mesma matéria do mundo aparentemente inerte ao nosso redor. Jamais poderia existir se não fosse continuadamente compenetrado e reconstituído pela matéria e pela força do mundo físico.

    O QUE ENSINA ANAXÁGORAS.    500 – 418 a. C 
     

    Uma infinidade de qualidades se encontra em todo o corpo, em toda extensão finita dada, tão grande ou pequena que se queira, e assim não se pode conceber nenhuma separação, tudo está sempre misturado a tudo”.

    3.3 O QUE ENSINA DEMÓCRITO.   460 – 370 a. C 
     

    “A alma está intimamente ligada ao cérebro. Não podemos possuir qualquer forma de consciência quando o cérebro degenera e morre”. 

                          3.4 A ORGANIZAÇÃO DE DIREÇÃO DE SENTIDO E FUNÇÕES DO CORPO FÍSICO. 

    1. SUPERIOR.     Expressão.

    2. INFERIOR.            Equilíbrio.

    3. ANTERIOR.           Comportamentos externos.

    4. POSTERIOR.          Comportamentais internos.

    5. CEFÁLICA.          Controle e coordenação.

    6. MEDIAL.                  Movimento para a exposição e fechamento.

    7. LATERAL.               Competência.

    8. PROXIMAL.             Impulso.

    9. DISTAL.                  Realização. 
     
     

                       3.5 REVELAÇÃO DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CORPO FÍSICO.

     

                       

    . As imagens podem ser reveladas em três folhas de papel tamanho A 4 (210 x 297 mm) 75 g / m2, branca, sendo o contorno da Imagem do corpo físico executado com um lápis de cor preto número 2. As três folhas e o lápis são entregues pelo psicoterapeuta ao Cliente.

    . Seis minutos são o tempo aproximado para a execução do contorno da Imagem do corpo físico de frente, de perfil e de costas.

    .O Cliente entrega suas imagens ao psicoterapeuta holístico que procederá a interpretação das especificações, da distribuição das Imagens, dos traços e das formas. 

                                3.6 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE FRENTE.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de frente expressa como o Cliente se mostra. 

                                 ESPECIFICAÇÃO GERAL DA IMAGEM.

    1. Contorno completo do corpo físico.

    2. Formatação do pé com o dorso, artelhos e arcos medial e lateral.

    3. Pernas, coxas e joelhos.

    4. Distinção entre a pelve, a coxa e o abdome.

    5. Tronco, mamas, mamilo, umbigo e genitália.

    6. Membro superior constituído por dedos, corpo da mão, punho, antebraço, cotovelo, braço e axila.

    7. Pescoço com identificação dos limites da fossa supraclavicular e formatação dos ombros.

    8.Cabeça e cabelos. Face com dois olhos, duas sobrancelhas, nariz, boca e orelha (s).

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

          b) A imagem é entregue ao psicoterapeuta holístico. 

                         3.7 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE PERFIL.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de perfil revela como o Cliente exerce o estado entre o que está e o que é. 

                                   ESPECIFICAÇÃO DA IMAGEM. 

    1. Corpo do pé evidenciando os artelhos distais, calcanhar e tornozelo.

    2. Face lateral da perna, do joelho,  da coxa e do quadril.

    3. Face lateral do tronco, com pelos menos uma mama e mamilo.

    4. Marcação de pelo menos um membro inferior.

    5. Face lateral do pescoço e perfil da cabeça. No perfil da cabeça deverá ter a definição do nariz, da boca, de pelo menos um olho, uma sobrancelha, uma orelha, e marcação dos cabelos.

    6. Contorno da face lateral do tronco.

    7. Encaixe no ombro de pelo menos um membro inferior constituído de dedos, corpo da mão, punho, antebraço, cotovelo e braço.

    8. Face lateral do pescoço com marcação da “saboneteira”.

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

                   b) A imagem permanece com o psicoterapeuta holístico.

                                 3.8 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE COSTAS.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de costas é a revelação daquilo que naquele momento, é o tema predominante na vida do Cliente.   

                                         ESPECIFICAÇÃO DA IMAGEM.

    1. Marcação e definição do corpo do pé para frente com diferenciação dos artelhos das extremidades e calcanhar.

    2. Definição da face posterior do tornozelo e da perna.

    3. Definição da  face posterior do joelho e da passagem da coxa para a nádega.

    4. Dorso evidenciando existência da coluna.

    5. Definição do pescoço e segmento cefálico com contorno completo.

    6. Marcação de cabelos e orelha (s).

    7. Dedos, corpo da mão, punhos, antebraços, cotovelos  braços, preferencialmente ligados no ombro.

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

                  b) A imagem permanece com o psicoterapeuta holístico.

                  c)A coluna espinal pode está evidenciada por uma linha ou pelo adentramento da face da lateral do tronco. 

    3.9 AS PROPORÇÕES DO CORPO FÍSICO.

    De início, foi no próprio corpo que os seres humanos colheram suas unidades de medida. Buscando em si mesmos referências para descrever as grandezas, utilizaram a distância do cotovelo à ponta do dedo médio, a largura do próprio palmo e a extensão do seu pé. Os dedos, logo tomados como unidades de contagem iriam até dar base a todo um sistema, o decimal. Alguns destes antigos padrões continuam em uso, como o pé e a polegada; ainda se ouve falar em rede de pesca com malha de três dedos, covas de sete palmos de altura ou mãos de milho e de feijão.

    Essa observação das dimensões parece ter surgido na idade da Pedra, há 40 mil anos, quando o homem riscou na rocha o contorno da sua mão, o seu ”negativo” criando a primeira Imagem!

    O mesmo respeito às medidas anatômicas iria transparecer em inúmeros povos da antiguidade, notadamente na escultura-arte que os egípcios ainda submeteriam a mais uma disciplina, a da simetria.

    Marcus Vitruvius Pollo, comumente conhecido como Vitruvius [Vitrúviu], arquiteto e engenheiro romano que trabalhou no primeiro século antes da nossa era, afirma que a simetria é a concordância justa entre as partes da própria obra e a relação entre os diferentes elementos e todo o esquema geral de acordo com uma determinada parte escolhida como padrão.

    Assim, no corpo humano, Vitrúviu demonstra a harmonia simétrica que existe entre o antebraço, o pé, a palma da mão, o dedo e outras partes menores. Compara essas partes as partes de um edifício, continuando a antiga tradição do edifício sagrado visto em termos do corpo humano e, assim, em termos do microcosmo. 
     
     
     

     

                                                 3.10 A PSICOGNOMIA.

    1. A Psicognomia é a ciência que trata dos sinais reveladores crânio faciais e gráficos.

    2. Os cientistas que mais se distinguiram em Psicognomia nos séculos XVIII e XIX e mais contribuíram para desenvolver e encaminhar essa ciência, tornando-a menos arbitrária e mais compreensiva, foram Lavater e Gall.

    3. Instintivamente se procura sondar e penetrar os segredos alheios e saber o que está no invólucro do Ser Humano. O importante é saber se essa intuição tem base ou não na realidade dos fatos, o que é admissível e provável, e o que não é.

    4. Quais os dados certos, científicos, que sobre isso a Psicognomia fornece? Já chegou ela a estabelecer normas e leis suficientes para orientar nesse terreno escuro e tão heterogêneo, e resolver os problemas corriqueiros? Paulo Bouts e Camilo Bouts  a afirmam no livro A PSICOGNOMIA,  Editora Vera Cruz Ltda, quinta edição, ano 1943.

     

                                              3.11 A FISIOGNOMONIA.

    1. A Fisiognomonia não se refere apenas a certas partes, formas e traços da fisionomia humana, mas ao corpo físico inteiro, à sua estrutura, porte etc. Nesta Monografia, para os efeitos de pesquisa de outros psicoterapeutas holísticos, apresentamos uma apertada síntese do tracejo de fisiognomonia de segmentos específicos do corpo físico.

    2. Hipócrates foi fisionomista, assim como os sacerdotes do odismo.

    3. Na escola de Pitágoras não era admitido aluno que não fosse primeiro examinado na cabeça sobre as suas aptidões para os estudos.

    4. Porta, da escola de Aristóteles, fixou em particular, com curiosos desenhos, os caracteres físicos que tornam os homens semelhantes a animais. 
     
     
     
     
     

     
     

          

      FORMAS DA CABEÇAPREDOMÍNIO
      1.CABEÇA ANTERIORIZADAPENSAMENTO LÓGICO
      2.CABEÇA POSTERIORIZADASENTE DEPOIS PENSA
      3.CABEÇA PARA DIREITAFORMAL E RIGOROSO
      4.CABEÇA PARA A ESQUERDAVISÃO LÚDICA DA VIDA
      5.CABEÇA PEQUENA/TRONCO AGIGANTADOVIVE MOMENTO FÓBICO
      6.CABEÇA GIGANTE/TRONCO PEQUENONÃO TEM OPINIÃO PRÓPRIA
      7.CABEÇA SEXTAVADAPRECISA ACHAR UM CAMINHO
      8.CABEÇA OVÓIDEPENSA NO MÍNIMO E NO MÁXIMO
      9.CABEÇA QUADRANGULARVIVE DENTRO DAS REGRAS
      10.CABEÇA TRIANGULADASENTIMENTO DE SER A REFERÊNCIA
      11.CABEÇA AMORFADIFICULDADE DE SE RECONHECER
      12.CABEÇA DE BOLANÃO SE ARRISCA
      13.CABEÇA SOLTAVIVENDO A VIDA DE OUTRA PESSOA
      14.CABEÇA RETANGULARDESFOCADO DO COMPROMISSO
     

    1. A cabeça pode ter uma ou outra conformação geral, ser alta ou baixa, comprida ou curta. Além disso, cada cabeça traz altos e baixos, relevos, concavidades e certas protuberâncias significativas.

    2. Muito mais prático e igualmente científico é a avaliação das conformações mais visíveis da cabeça, ou das grandes linhas do perfil. Para isso, só é preciso ter o senso das proporções normais.

    3. O desiderato aqui, foi apenas oferecer base suplementar para a arte prática de conhecer o Ser Humano.

     
     
     

    FORMAS DO TRONCOPREDOMÍNIO
    1-TRONCO QUADRADOMANTÉM SEGREDO ATÉ A CONCLUSÃO
    2-TRONCO RETANGULAROBSERVADOR DE CONVENIÊNCIAS
    3-TRONCO BARRILMANTÉM SEGREDO POR CONVENIÊNCIA
    4-TRONCO REDONDOMUITA ANSIEDADE E EUFORIA
    5-TRONCO TRIANGULARCENTRADO EM SI
    6-TRONCO VIOLÃOSUPERFICIAL
    7-TRONCO EM AMPULHETARESOLUÇÃO DOS MEDOS
    8-TRONCO TIPO SUPER HOMEMDIFICULDADE DOMÉSTICA
     

    1. A interpretação da Imagem do tronco é possível quando revelada sem roupa.

    2. O tronco é constituído do tórax, do abdome e da pelve. O abdome é dividido em duas partes: o próprio abdome e o “baixo ventre”.

    3. O desiderato aqui, foi apenas oferecer base suplementar para a arte prática de conhecer o Ser Humano.

    3.12 SEGMENTOS BÁSICOS DOS MEMBROS SUPERIORES. 

    Os membros superiores são constituídos pela articulação gleno-umeral, braço, cotovelo, antebraço, punho, mão e dedos, e estão ligados ao tronco pela cintura escapular. A cintura escapular é constituída pela articulação gleno-umeral, escápula e clavícula. 

        3.13 PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS AÇÕES DOS SEGMENTOS SUPERIORES. 
     
     

    Articulação gleno-umeral.                                        Criação.

    Braço.                                                                         Organização.

    Cotovelo.                                          Questionamento.

    Antebraço.                               Planejamento.

    Punho.                                     Impulso.

    Mão e dedos.                          Realização. 
     
     

               3.14 SEGMENTOS BÁSICOS DOS MEMBROS INFERIORES. 
     

    Os membros inferiores são constituídos pela articulação coxofemoral, pela coxa, pelo joelho, pela patela, pela perna, pelo tornozelo, pelo pé e artelho. São ligados ao tronco pelos ossos do quadril. 

       3.15 PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS AÇÕES DOS SEGMENTOS INFERIORES. 
     
     

    Articulação coxofemoral.      Criação.

    Coxa.                                       Organização.

    Joelho.                                   Valorização pessoal.

    Patela.          Velocidade de flexão da perna.

    Perna.                                      Planejamento.

    Tornozelo.                               Coordenação.

    Pé e artelho.                            Sustentação.  
     

     

    I1 BRAÇO MAIOR QUE O ANTEBRAÇO.

    Organiza aceleradamente com a ansiedade de ver pronto e não se satisfaz com o que realizou.

    I2 ANTEBRAÇO MAIOR QUE O BRAÇO.

    Planeja lentamente e é movido pelo instinto, fica satisfeito independentemente de concluir.

    I3.  SOMENTE BRAÇO.

    Organiza com cautela com o compromisso de concluir.

    I1 COXA MENOR QUE A PERNA.

    Organiza aceleradamente com a ansiedade de ver pronto e não se satisfaz com o que realizou.

    I2 COXA MAIOR QUE A PERNA.

    Planeja lentamente e é movido pelo instinto, fica satisfeito independentemente de concluir.

    I3 SOMENTE A COXA.

    Organiza com cautela com o compromisso de concluir. 

                        3.17 CRITÉRIOS PARA INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS. 

    A interpretação básica das Imagens deve ser feita inicialmente através da percepção e observação no tempo aproximado de seis minutos.

    O psicoterapeuta holístico deve colocar as três Imagens à sua frente e observá-las.

    Após interpretação básica, o psicoterapeuta holístico deve seguir os seguintes procedimentos:

    1. Entender que as Imagens são reveladas na folha de forma similar a uma fotografia, ou seja, a Imagem no lado esquerdo da folha revela o lado direito do Cliente e vice-versa.

    2.Procurar entender como o Cliente poderá estar naquele momento.

    3.Não perder de vista os detalhes.

    4.Não julgar.

    5.Lembrar ao Cliente as funções dos segmentos corporais que não foram revelados nas Imagens e ajudá-lo a  compreender  por que as funções daqueles segmentos podem não estar sendo utilizadas por ele.

    5.O psicoterapeuta holístico poderá solicitar novas Imagens do Cliente no intervalo de aproximadamente dois meses.

                    3.18 DISTRIBUIÇÃO DA POSIÇÃO DAS IMAGENS NA FOLHA.

     
     

    Na observação da distribuição da posição das Imagens, o psicoterapeuta holístico poderá perceber como o Cliente exerce sua expressão. A expectativa é de uma Imagem em cada folha. Ao dobrar uma folha nos sentidos horizontal e vertical serão evidenciados:

    1. Parte superior e Parte inferior.

    3. Parte Esquerda (que revela a Imagem do lado direito do Cliente).       “D

    4. Parte Direita      (que revela a Imagem do lado esquerdo do Cliente).  “E

    5. Centro.

                3.19  INTERPRETAÇÃO DA POSIÇÃO DAS IMAGENS NA FOLHA.

    O psicoterapeuta holístico deve verificar o predomínio da posição da distribuição das Imagens, a característica principal, refletir sobre a ementa e pontuação da análise holística. Exemplos mais significativos da distribuição e da posição das Imagens:

             POSIÇÃO DAS IMAGENS EM UMA MESMA FOLHA    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL
    1. UMA IMAGEM NA PARTE SUPERIOR LIRISMO
    2. UMA IMAGEM NA PARTE INFERIOR LÓGICO   
    3. UMA IMAGEM QUE REVELA A ESQUERDA REFERÊNCIA DE MÃE
    4. UMA IMAGEM QUE REVELA A DIREITA REFERENCIA DE  PAI
    5. UMA IMAGEM CENTRADA INDEPENDÊNCIA
    6. UMA IMAGEM COM TAMANHO MAIOR QUE 2/3 DA FOLHA COMPETÊNCIA
    7. UMA IMAGEM COM TAMANHO MENOR QUE 2/3 DA FOLHA MENOS VALIA
    8. DUAS IMAGENS EM UM LADO  ATENTO
    9. DUAS IMAGENS EM DOIS LADOS  FALA , MAS NÃO AGE
    10. TRÊS IMAGENS NA PARTE SUPERIOR OU INFERIORINDEFINIDO 
    11. TRÊS IMAGENS NA VERTICALDISCIPLINADO E ÉTICO
    12. TRÊS IMAGENS NA HORIZONTAL INSEGURO
    13. TRÊS IMAGENS DE TAMANHOS DIFERENTES NA VERTICALJUSTIFICAÇÃO
    14. TRÊS IMAGENS DIFERENTES EM APROXIMADAMENTE 1/3 DA FOLHA RECEIO À MUDANÇAS
    15. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA VERTICAL LIBERDADE CONDICIONAL
    16. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA HORIZONTAL DERROTADO
    17. QUATRO IMAGENS NA HORIZONTAL FLEXIBILIDADE
    18. QUATRO IMAGENS NA VERTICAL AUTOPERCEPÇÃO 
     

                                    1. UMA IMAGEM NA PARTE SUPERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:       LIRISMO.

    EMENTA: Cliente estruturado em cima de valores filosóficos e religiosos, com significativa capacidade perceptiva.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com facilidade para lidar com linguagem filosófica, emocional e do próprio comportamento.

    2. Cliente que se constrói e se localiza com entusiasmo.

    3. Cliente que se estrutura basicamente a partir dos sonhos.

    4. Cliente com valores éticos muito fortes.

                                     2. UMA IMAGEM NA PARTE INFERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:        LÓGICO.

    EMENTA: Cliente que precisa de comprovações, que cria seus princípios, suas verdades e seus próprios conceitos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quanto mais baixa estiver à imagem na folha mais indicada é a conversa em cima de conceitos, de valores, de pensamentos e de conclusões.

    2. Cliente com dificuldade para aceitar a linguagem da religiosidade.

    3. Cliente que quer saber quanto tempo vai durar seu tratamento e exige resposta.

    4. Cliente que se constrói em cima de fatos reais e de experiências comprovadas.

    5. Cliente com dificuldades de acreditar em projeções.

    3. UMA IMAGEM QUE REVELA A ESQUERDA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                REFERÊNCIA DE MÃE.

    EMENTA: Cliente com predomínio da história evolutiva e da autopriorização, com prevalência da afetividade.

    ANÁLISE HOLÍSTICA

    1. Cliente que não gosta de ter nada no seu entorno. O Cliente somente encontra solução se tirar tudo da sua volta e se concentrar em si.

    2. No caso de trabalho em grupo, o trabalho desse Cliente não será produtivo.

    4. Cliente que faz tudo em nome do amor ou tudo em nome da raiva, porém tudo é justificado no sentimento vivido em relação à situação.

    4. UMA IMAGEM QUE REVELA A DIREITA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:              REFERÊNCIA DE PAI.

    EMENTA: Cliente com dificuldade de encontrar seu caminho se não tiver a referência do outro.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O jeito do Cliente em lidar com a vida é semelhante ao jeito do seu pai.

    2. Cliente com a preocupação de está adequado e ajustado ao social.

    3. A imagem à esquerda da folha revela o lado direito do corpo físico.

    5. UMA IMAGEM CENTRADA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                    INDEPENDÊNCIA.

    EMENTA: Cliente com o conceito de que a expressão é uma liberdade, é uma autoria, e um direito somente seus.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente independente dos problemas e das dificuldades que possa ter.

    2. Cliente que tem ou experimenta um conceito.

    3. Cliente que pode ter o conceito de que a expressão, a mostra, e a representação é um direito somente seu.

    4. Cliente que reconhece o seu direito a espaço e manifestação dos seus conteúdos.

    6. UMA IMAGEM COM TAMANHO MAIOR QUE 2/3 DA FOLHA.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            COMPETÊNCIA.

    EMENTA: Cliente com tendência a ser capaz de tudo, muito exigente consigo e que vive dentro da regra da obrigatoriedade de alcançar o máximo. Sua palavra de ordem é, competência!

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A energia de competência que circula pelo corpo físico é ordenada e distribuída a partir da sua face lateral, de uma forma especial a face lateral do tronco. 

    7. UMA IMAGEM COM TAMANHO MENOR QUE 2/3 DA FOLHA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                                MENOS VALIA.

    EMENTA: Cliente que sub-estima o valor próprio. Não se permite ocupar com intensidade todo o lugar que lhe é devido.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A menos valia é o espelho da timidez.

    2. Áreas nobres para a terapia corporal:

    2.1Tornozelos, joelhos, posterior do corpo, polegares, queixo, orelhas, sobrancelhas, planta do pé, calcâneo, e 3º quadrante do couro cabeludo. 

    8. DUAS IMAGENS EM UM MESMO LADO. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                  ATENTO.

    EMENTA: Cliente que tem necessidade de aguardar que alguém lhe dê a palavra para se manifestar e que necessita de muito tempo para poder falar e se realizar. Cliente que observa o tempo todo.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A expressão do cliente  é determinada e medida pelo externo.

    2. A maneira de interpretar suas experiências  deixa o Cliente na crença de que ele precisa aguardar autorização para poder dizer, para se manifestar, para se revelar.

    3. Cliente que quando consegue dizer, sua ânsia de falar é  grande e  não dá espaço para perguntas porque  acredita que não vai ser autorizado a falar de novo.

    4. Cliente que revela ser atento, quieto e silencioso.

    5. Cliente que se for chefe vai mandar e desmandar e tomar conta de tudo o que estiver acontecendo.

    6. Cliente que se tiver pouco tempo para falar não conseguirá mostrar o seu resumo em menos de uma hora.

    7. Cliente com tendência ao medo da reação de quem o ouve.

    8. Cliente muito atento. Armar-se muito facilmente de defesas frente ao que observa e no ambiente  nada lhe passa desapercebido.

    9. Cliente que tem dificuldades de escutar.

    9. DUAS IMAGENS EM DOIS LADOS. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                  FALA, MAS NÃO AGE.

    EMENTA: Cliente que explica, sugere, indica, promove e dirige, mas não age. Realiza-se imaginando, porém com ótima organização mental.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que desenvolveu mais a expressão  de explicar, sugerir, indicar,  promover,  e dirigir do que a manifestação da ação organizada.

    2. O Cliente fala mais do que age e se projeta imaginando o fazer, ou seja, se realiza com a projeção do imaginário.

    3. No comportamento social do Cliente também poderá existir dificuldade para o processo de integração e sua atuação é extraordinariamente desorganizada.

    10. TRÊS IMAGENS NA PARTE SUPERIOR OU INFERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL :                        INDEFINIDO.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente não está conseguindo aproveitar livremente a ocupação dos espaços que lhe são de direito.

    2. O Cliente não consegue definir ou a redefinir os papeis e as funções de permissão ou reformular o seu estar nas situações que  enfrenta.

    11. TRÊS IMAGENS NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:       DISCIPLINADO E ÉTICO.

    EMENTA: Cliente com o compromisso de manter-se dentro e segundo o meio em que vive, organizando-se através de ensaios, demonstrando disciplina e ética naquilo que lhe foi determinado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que vive a necessidade de uma pessoa que aprendeu e que assumiu como comportamento a postura que lhe foi autorizada.

    2. Cliente com dificuldade para se mover ou aceitar mudança.

    3. Cliente que vive  aprisionamento ao que foi previamente determinado.

    4. Cliente com tendência a ser obediente e eficiente.

    5. Cliente que é competente  sob comando.

    6. Pensando ou ensaiando formato o Cliente  dá vazão à energia.

    7. O movimento da troca com esse Cliente pode ser pequeno.

    8. Cliente que só de dizer para o psicoterapeuta holístico que está vivendo algo, sai do consultório e sente que está tudo solucionado.

    9. Cliente com tendência a possibilidade de programar tempo.

    12. TRÊS IMAGENS NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                                INSEGURO.

    EMENTA: Cliente com dificuldade para experimentar seu direito a manifestação à expressão, ao seu querer, e aos seus movimentos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que não faz diferenciação muita definida entre o que é dele e o que é do outro.

    2. Cliente com a mesma característica encontrada no o traço fraco, ou seja, a insegurança.

    3. Cliente que tem o maior respeito pelo externo e a virtude da obediência.

    4. Cliente que vive uma certa dificuldade que pode variar até ao estado de fobia frente à possibilidade de mudança.

    5. O nível de igualdade que o Cliente coloca nas coisas é grande.

    6. Cliente que não é apegado, que não é pegajoso, mas é misturado.

    14. TRÊS IMAGENS DE TAMANHOS DIFERENTES, NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            JUSTIFICAÇÃO.

    EMENTA: Cliente com a crença de que uma vez assumido um perfil ou um papel, não terá condições nem será apto a nenhuma outra atividade.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com comportamento autolimitante.

    2. Cliente que determina a sua impossibilidade de variar e justifica tudo a ferro e fogo.

    15. TRÊS IMANGENS DIFERENTES EM APROXIMADAMENTE 1/3 DA FOLHA.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                              RECEIO A MUDANÇAS.

    EMENTA: Cliente que se mantém no lugar em que foi colocado e que receia o retorno a quaisquer movimentos de mudança.  

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que tem medo de mudar pela insegurança em relação aos resultados.

    2. Cliente que tem medo de ser rejeitado.

    3. Cliente que vive grande dificuldade e grande limitação para exercer a segurança em relação ao seu lugar, ao seu papel, à sua importância.

    4. É o Cliente que pode provocar confusão se mudar de atividade e de hábitos.

    16. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA VERTICAL.

     

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:           LIBERDADE CONDICIONAL.

    EMENTA: Cliente que está se mantendo aprisionado, sem condições de projetar, ou está se sentindo chantageado ou ameaçado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente  com tendência  à queixas sobre fibromialgia, artrite e  artrose.

    2. A situação do Cliente poderá estar se deteriorando mas não sabe como, nem procura os recursos para se livrar.

    3. Cliente sabe o que não pode fazer.

    4. Cliente que poderá ter na face lateral da perna um  fluxo em turbulência.

    17. TRÊS IMAGENS ”JOGO DE VELHAS” NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                 DERROTADO.

    EMENTA: Cliente que está alimentando um sentimento de derrota ou com o “tapete puxado”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com a grande virtude da paciência.

    2. Cliente dominado pelo sentimento de derrota, sente que perdeu o seu chão ou que foi enganado.

    3. O sentimento de derrota também pode ser manifestado pelas  sobrancelhas caídas, ou seja, baixas.

    18. QUATRO IMAGENS NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            FLEXIBILIDADE.

    EMENTA: Cliente com a expressão que o faz acreditar que precisa se ajustar a cada ambiente. Cliente “camaleão”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com o compromisso de manter-se com mil faces.

    2. Cliente que segue o lema “em Roma como os romanos”.

    19. QUATRO IMAGENS NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                        AUTOPERCEPÇÃO.

    EMENTA: Cliente com dificuldade de reconhecimento das suas experiências.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com uma capacidade invejável de autopercepção e de nomeação dos seus sentimentos.

    2. Cliente que estabelece as nuances do seu sentimento mas não sabe descrevê-los.

                     3.20 INTERPRETAÇÃO DOS TIPOS DE TRAÇOS DAS IMAGENS.

    O tracejar é que revela as imagens; seu caráter sério tem como contrapartida o acesso ao universo do Cliente e, através da sua interpretação, o psicoterapeuta holístico consegue também “pistas” das principais tendências do predomínio comportamental do Cliente nos quais limitar-nos-emos a indicar os mais significativos:

                             TIPOS DE TRAÇOS DAS IMAGENS                     PREDOMÍNIO
    1. TRAÇO GROSSOSABER O QUE QUER
    2. TRAÇO FORTERIGORISMO
    3. TRAÇO FINOVACILANTE
    4. TRAÇO FRACOINSEGURANÇA
    5. TRAÇO COM ENCAPSULAMENTOCAUTELOSO
    6. TRAÇO DESCONTÍNUONÃO ÉTICO
    7. TRAÇO CONTÍNUODEPENDE DO OUTRO
    8. TRAÇO UNIFORMEINFLEXIBILIDADE
    9.TRAÇO EM GOMOSPERSISTÊNCIA
    10.TRAÇO PONTILHADO NÃO EXPERIMENTAR
    11.TRAÇO EM ONDASAUTO-EXIGÊNCIA PENOSA
    12.TRAÇO COM CONVEXIDADESUPERFICIALIDADE
    13.TRAÇO COM CONCAVIDADEEXPERIMENTO LIVRE
    14.TRAÇO COM PRESENÇA DE UM  XCÉLULA MÃE
    15.TRAÇO EM FÍSTULADESEQUILÍBRIO DE ENERGIA
    16.TRAÇO SOBREPOSTOLIBERDADE E VALORIZAÇÃO DO SOCIAL
    17.TRAÇO EM “PALITINHO”RECONSTRUÇÃO

    1. TRAÇO GROSSO.

    PREDOMÍNIO:                                                                          SABER O QUE QUER.

    EMENTA: Cliente que está seguindo o que já conhece e que não se prende a estatuto, seita ou pensamento filosófico.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que acredita que já chegou ao máximo e que não pode mais passar disso.

    2. O Cliente está vindo no cumprimento de uma metodologia que deu certo.

    3. Quem no corpo físico trabalha a liberdade para o desdobramento das possibilidades é o terço central de todas as estruturas longas ou sejam:

    3.1 O terço central da coxa, das pernas, dos braços, dos antebraços e da lateral de tronco.  

    2. TRAÇO FORTE.

    PREDOMÍNIO:                                                                            RIGORISMO.

    EMENTA: O traço é vincado e bem evidenciado. O Cliente é auto-exigente no compromisso de cumprir o estabelecido e rigoroso com os princípios éticos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Na interpretação do traço forte o psicoterapeuta holístico observa  que o Cliente se exige muito e que tem o compromisso muito severo consigo.

    2. A autocrítica, a auto-exigência e o compromisso de realizar, são funções do couro cabeludo, que mostra o potencial. Também é uma função do pé que mostra a firmeza, a segurança e capacidade de se sustentação.

    3. O psicoterapeuta holístico tem a definição do traço forte quando todo o traço da imagem é vincado e bem evidenciado.

    4. O Cliente de traço todo forte faz revisão tendo em vista que cada um dos seus movimentos precisa estar de acordo com o programa por ele próprio estabelecido com uma quantidade grande de quesitos, de exigências, e de detalhes.

    5. As estruturas mais sensíveis no Cliente que  faz o traço todo forte são as falanges distais dos dedos e dos artelhos. As falanges distais dos dedos e dos artelhos estabelecem e lançam na ação os impulsos da confiança na qualidade do que se faz e na possibilidade de retornos com o que se fez.

    6. De uma forma especial, as unhas vibram o sentimento de confiança do que se é capaz de realizar e, se aquilo que será feito, trará retornos. 
     

    3. TRAÇO FINO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                          VACILANTE.

    EMENTA: Cliente que está no desuso da habilidade de criar para si formatos modelos e caminhos e precisa ser elogiado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O  propósito do psicoterapeuta holístico deverá se voltar para motivar no Cliente o sentimento de autovalor e do direcionamento. É o traço do Cliente sem presença.

    2. O Cliente do traço fino diz que sente conforto na condição de ser conduzido.

    3. O Cliente está aprisionado à forma do outro ou não existe confiança no poder de autodireção.

    5. O Cliente pode fazer abdome protuso.

    6. O Cliente está alimentado pela crença de que a direção externa é melhor.

    7. A terapêutica está no foco da habilidade da autoconfiança, que é uma função  representada no corpo físico pela face medial das pernas, principalmente esquerda,  pelos punhos que ativa a coragem, somados à última falange de dedos e artelhos, que dão confiabilidade no poder de realização.

    8. Alguns Clientes sentem dor na área subdiafragmática.

    4. TRAÇO FRACO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                   INSEGURANÇA.

    EMENTA: Cliente com a insegurança para conquistar para si o direito de ser parte, de estar presente, de conquistar o direito de poder e de ocupar um lugar conscientemente.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. No atendimento do Cliente de traço fraco o psicoterapeuta holístico  deve procurar  somente evidenciar as qualidades.

    2. Quando há predomínio do traço fraco o sentimento vivido pelo Cliente é de que ele sempre tem que pedir “licença” para tudo.

    3. Na terapêutica corporal para o traço fraco são importantes os seguintes segmentos: os joelhos, o queixo, a face posterior de todo o corpo, os mamilos, as sobrancelhas e as extremidades distais. 
     

    5. TRAÇO COM ENCAPSULAMENTO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                        CAUTELOSO.

    EMENTA: O encapsulamento é evidenciado pela duplicidade do traço no contorno do corpo físico e o espaço entre os dois traços. 

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Sempre que o encapsulamento é revelado a terapêutica deve ser dirigida para a conquista da naturalidade e da espontaneidade.

    2. O segmento nobre de desenvolvimento da espontaneidade e da naturalidade é a face posterior da coxa, associado à face anterior e face posterior dos ombros.

    3. O Cliente tem a necessidade de se manter com muita cautela e o tempo todo com muita defesa.

    4. O segmento que processa o mecanismo básico de defesa é a nádega. Na mesma proporção que existe o encapsulamento, existem camadas de tensão nas nádegas. 

    6. TRAÇO DESCONTÍNUO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                          NÃO ÉTICO.

    EMENTA:O traço descontínuo é identificado por ser feito com espaços intermitentes.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O traço descontínuo evidencia que não é mais necessário estar fazendo no esforço do cumprimento.

    2. O traço descontínuo revela que existe o sentimento de não direito e de não cumprimento da ética.

    3. No corpo físico dois segmentos são extremamente importantes: os joelhos em todas as suas faces, principalmente a face lateral que processa os fluxos que alimentam o sentido da exclusividade e o mamilo, que é o segmento ativador da personificação.

    4. O Cliente pode ter o sentimento de  não saber ao certo como se manifesta e de não conseguir ficar liberto para se distanciar daquilo que está estabelecido. Faz pose para ficar seguro e fala que está tudo bem para não denunciar o desconforto que tem. 
     

    7. TRAÇO CONTÍNUO.

    PREDOMÍNIO:                                                                        DEPENDE DO OUTRO.

    EMENTA: Traço contínuo é aquele onde não existe espaço entre o traço. Cliente educado e treinado, mas que está pedindo ajuda para ser liberado do seu compromisso de sempre fazer segundo o que ele projeta que o outro espera.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. É o Cliente que tem o compromisso de fazer o que ele acha que o outro quer que ele faça.

    2. O Cliente que tem dentro de si o compromisso e a fidelidade àquilo que imaginou ser expectativa do outro.

    3. Cliente prestador de serviços somente para o outro.

    4. O traço contínuo orienta ao psicoterapeuta holístico de que o Cliente precisa de  estímulo para conseguir exercer com  tranqüilidade a ação de autofavorecimento.

    5. O cliente está pedindo liberdade para fazer segundo a sua maneira em benefício de si mesmo ou a partir das próprias convicções para favorecer-se também.

    8. TRAÇO UNIFORME.

    PREDOMÍNIO:                                                                               INFLEXIBILIDADE.

    EMENTA: No traço uniforme o Cliente não tira o lápis do papel, a imagem tem o tipo da figura do desenho infantil denominado “biscoito”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A terapêutica do traço uniforme exige concentração para a liberação das áreas da pelve, notadamente a coxofemoral, a região axilar, a “saboneteira” e a face lateral do pescoço.

    2. O Cliente deve ser esclarecido que não há mais a necessidade de se fixar na crença de se manter segundo o habitual.

    3. A terapêutica é de exercitar a criatividade, o questionamento, e ajudar o Cliente a ganhar movimento de pelve e de coxofemoral para se libertar da rigidez dos jeitos e maneiras pré-estabelecidas. 
     
     
     

    9. TRAÇO EM GOMOS.

    PREDOMÍNIO:                                                                                    PERSISTÊNCIA.

    EMENTA: O tracejo em gomos é feito na forma da figura do desenho conhecido como “Popaye”. Em geral a cabeça é mais ovóide, ou o quadril está para um lado e a cabeça para o outro. O Cliente que “malha” apresenta essa formatação.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente tem um intenso alcance de valores, de regras, de princípios, de conceitos que o fazem cumpridor fiel daquilo que é estabelecido como convenção, moda, religião, política, etc.

    2. O tracejo em de gomos, fecha nas articulações. O Cliente não questiona e por isso não é uma referência.

    3. O Cliente tende a querer ficar atrás de alguma coisa e somente mostrar a cara.

    4. O Cliente experimenta o compromisso de se manter fixado nos comportamentos vividos.

    5. O Cliente é um protótipo da virtude da determinação e da capacidade de ser persistente. Quanto mais obstáculo mais tesão para fazer.

    6. O Cliente tem dificuldade em variar a forma de agir e de se apresentar.

    10. TRAÇO PONTILHADO.

    PREDOMÍNIO:                                                                         NÃO EXPERIMENTAR.

    EMENTA: O traço é definido por pontos ou pequenos traços de contorno. A característica básica desse Cliente é de passar por cima, abandonar e não experimentar.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com tendência de não ir até o estágio de satisfação.

    2. Cliente com dificuldade de continuar. As coisas são passadas, sobrepostas, abandonadas, largadas, dadas como prontas antes que ele experimente o sentimento de realização.

    3. Existe uma manifestação que fala e trata da mesma coisa do traço pontilhado, são as desordens venosas como as varizes, as telangiectasias e as flebites.

    4. O Cliente tem a sensação de ter os seus ombros quadrados e grandes, mesmo que sejam caídos.

    5. A terapêutica é descobrir o jeito próprio de fazer e o  estilo pessoal. 
     

    11. TRAÇO EM ONDAS.

    PREDOMÍNIO:                                                               AUTO-EXIGÊNCIA PENOSA.

    EMENTA: Tracejo revelado nos segmentos corporais em ondas.  Cliente que está exigindo-se além das suas possibilidades e faz avaliação severa de si mesmo. A Imagem também poderá revelar ombro elevado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que está pedindo para sair do processo de autocrítica e de avaliação severa de si mesmo.

    2. O Cliente está num momento de auto-exigência penosa. Está se cobrando como um comandante severo.

    3. A terapêutica é trabalhar a vibração da amorosidade consigo e a liberdade de fazer pelo prazer de fazer ou simplesmente para experimentar.

    4. No corpo físico quem vibra a intensidade da obrigatoriedade, são as fibras superiores do músculo trapézio.  

    12. TRAÇO COM CONVEXIDADE.

    PREDOMÍNIO:                                                                           SUPERFICIALIDADE.

    EMENTA: Tracejo onde anatomicamente não existe o abaulamento. Cliente com muita análise e pouca ação, muito conceito e pouco saber. 

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A convexidade define com clareza que o Cliente não exerce a liberdade de fluência.

    2. Na região da convexidade existe fluidez profunda, mas falta fluidez na superfície. Isso significa que existe o exercício do pensar, do ponderar, do avaliar, do levantar hipóteses. 
     
     
     
     
     
     
     

    13. TRAÇO COM CONCAVIDADE.

    PREDOMÍNIO:                                                                        EXPERIMENTO LIVRE.

    EMENTA: Tracejo adentrado num lugar onde anatomicamente o adentramento não existe.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente necessita de ativar a espontaneidade que é processada na face posterior da coxa e no terço central da anterior do ombro.
     

    14. TRAÇO COM PRESENÇA DE UM X.

    PREDOMÍNIO:                                                                                      CÉLULA MÃE.

    EMENTA: Cliente com predomínio do desequilíbrio na área marcada pelo X.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O X na Imagem é  sinônimo de célula mãe do momento.

    2. O psicoterapeuta holístico percebe a marcação do X quando é revelada a sobreposição de traço. É muito fácil de ver, mas aparece X em qualquer tipo de tracejado.

    3. Toda vez que for revelado o X, está localizada a célula mãe do problema.

    4. O X  é revelado em aproximadamente 90% das Imagens e é possível ter mais de um X na mesma Imagem. Aproximadamente 60% das vezes se identifica mais de um X.

    5. A célula mãe revela porque o Cliente está vivendo o conflito, agora.

    5.1 Exemplos: revelou um X no segundo dedo. O segundo dedo é sinônimo de assertividade e fígado.

    5.2 A célula mãe está revelada no nariz. Então o desequilíbrio pode ser conseqüência das dificuldades de envolvimento que nesse momento o cliente está vivendo. 
     
     
     
     
     

    15. TRAÇO EM FÍSTULA.

    PREDOMÍNIO:                                                          DESEQUILÍBRIO DE ENERGIA.

    EMENTA: É parte de um traço descontínuo com aberturas. Para ser definido como fístula, o traço tem que ser bem caracterizado com uma abertura para dentro e uma abertura para fora.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A fístula revela que não está havendo renovação adequada na energia naquele órgão.

    2. Nenhuma área fistulada  faz desequilíbrios imediatos não ser que na mesma área estiver revelada a presença de vários X sobrepostos.

    3. Ao identificar a fístula, o psicoterapeuta holístico poderá localizar o(s) órgão(s) que correspondem àquele segmento.

    3.1 Por exemplo: fístula na articulação coxofemoral. Os órgãos diretamente relacionados são: os da reprodução e a tireóide.

    16. TRAÇO SOBREPOSTO.

    PREDOMÍNIO:                                     LIBERDADE E VALORIZAÇÃO DO SOCIAL.

    EMENTA: São vários traços fazendo o mesmo contorno sem fechamento. Cliente que experimenta uma grande preocupação em relação à observação do externo, às maneiras habituais e àquilo que socialmente é aceito.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A terapêutica é  trabalhar o mamilo. A existência da sobreposição informa que o Cliente deve reconhecer e praticar as próprias características.

    2. O objetivo da terapêutica é ajudar o Cliente a permitir e equilibrar os seus esforços para a autoqualificação.

    2. O Cliente é muito criativo mas precisa ganhar autorização para se autoqualificar, tanto no sentido de capacitação e de habilidade quanto de objetivos.

    3. O Cliente com  múltiplos traços memoriza qualificações, nomes , adjetivos e vive segundo aquilo que marcou como sendo a opinião externa em relação si.

    4. Quando é revelada a multiplicidade de traço na lateral do quadril esquerdo pode-se dizer que o Cliente é egoísta, mas se inclui pouco nas coisas.

    5. O Cliente pode também ser rotulado pelo psicoterapeuta holístico como  “entrão” e  muito atrevido,  desse modo, o Cliente poderá iniciar sua autoqualificação.

    6. O Cliente com o tracejo em duplicidade é cheio de pré-conceitos em relação a si mesmo porque ouviu, porque assimilou, etc. 
     

    17. TRAÇO EM “PALITINHO”. 

    PREDOMÍNIO:                                                                            RECONSTRUÇÃO.

    EMENTA: Cliente que busca a validação de seus potenciais. As áreas principais para a terapêutica são a do couro cabeludo. 
     

     
     
     

    A simples observação de um grupamento de Imagens do corpo físico, evidencia  imediatas variações entre os componentes do grupo. Denominamos estas variações, que se apresentam externamente, de “as formas das Imagens Holísticas”. Daí dizer-se que a forma, na interpretação das Imagens Holísticas, é uma constante.

    Quando da interpretação das Imagens isoladas, ou em conjunto, o psicoterapeuta holístico não deve esperar encontrar sempre a mesma forma.

    Às formas, deve-se acrescentar aquelas decorrentes da idade, do sexo, da raça, do tipo constitucional e da evolução. Estes são, em conjunto, o que denominamos de fatores das formas gerais. A forma poderá ser revelada na Imagem completa do corpo físico de frente, de perfil, de costas ou somente em segmento específico. 

                             

                      AS FORMAS DAS IMAGENS HOLÍSTICA                   PREDOMÍNIO
      1. FORMA QUADRADAINFLEXIBILIDADE
      2. FORMA TRIANGULADASABE O QUE SENTE E O QUE QUER
      3. FORMA RETANGULARREVISÃO
      4. FORMA REDONDAPOLARIDADE DO EXCESSO
      5. FORMA COMPARTIMENTADACAUTELA
      6. FORMAÇÃO DE BOLSAPERSISTÊNCIA
      7. FORMA DE SEGMENTO COBERTOJEITO PRÓPRIO 
      8. FORMA COM MARCAÇÃO DAS ARTICULAÇÕESMUITA PONDERAÇÃO E POUCA AÇÃO
     
     
     
     
     

    1. FORMA QUADRADA.

    PREDOMÍNIO:                                                                               INFLEXIBILIDADE.

    EMENTA: Cliente que está pedindo pela conquista da flexibilidade. A imagem é quadrada do pescoço até o pé, somente a cabeça é redonda.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Algumas possibilidades da forma quadrada:

    I.Tronco quadrado e os membros não quadrados;

    II.Tronco não quadrado com o membro quadrado;

    III.Um único membro quadrado.

    2. É bastante possível que o psicoterapeuta holístico encontre os desequilíbrios que são habituais ao uso excessivo da intelectualidade e da razão.

    3. Os principais desequilíbrios residem nas articulações e nos músculos.

    4. Outras queixas bastante possíveis:

    4.1 Disfunções renais;

    4.2 Desequilíbrios funcionais dos intestinos;

    4.3 Dor de cabeça.

    5. Essas manifestações contam do processo de utilização preponderantemente da ação que pensa, arquiteta, organiza e age segundo as atitudes organizadas.

    2. FORMA TRIANGULADA.

    PREDOMÍNIO:                                              SABE O QUE SENTE E O QUE QUER.

    EMENTA: Cliente com imensa capacidade de saber o que sente e o que quer.  

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O psicoterapeuta holístico deve o mais rapidamente possível  observar a articulação coxofemoral.

    2. Qualquer trabalho em direção à articulação coxofemoral é um grande auxílio  para a forma triangulada.

    3. O psicoterapeuta holístico deve recomendar ao Cliente a dançar, fazer exercícios de alongamento e de práticas de criatividade. 
     
     
     
     
     

    3. FORMA RETANGULAR.

    PREDOMÍNIO:                                                                                              REVISÃO.

    EMENTA: Cliente com o comportamento de fazer movimentos de ir, de voltar, de conferir, de fazer muitas vezes.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quando predomina a forma retangular o corpo físico está pedindo duas coisas:

    1.1 Primeira: para que se desenvolva mais a ação que complementa;

    1.2 Segunda: ajuda para manter o propósito de realização até o final.

    2. O movimento de fazer e refazer predispõe o abandono de idéias. O Cliente faz e refaz e sempre deixa coisas para acontecer.

    3. A complementação é o pensamento a ser adquirido e a habilidade para permanecer até o final, que pode até ser um  grande desafio. O Cliente nem sempre termina, mas começa e retoma do início de novo para conferência.

    4. A força de objetivação das mamas também estabelece a vontade de completar.

    5. Não muito raramente, na forma retangular, em mulheres, existe sofrimento mamário.

    6. Nos homens essa manifestação se faz mais ao nível prostático.

     

    4. FORMA REDONDA.      

    PREDOMÍNIO:                                                              POLARIDADE DO EXCESSO.

     
     
     

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Se o Cliente está no nível da polaridade do excesso, pode projetar a forma redonda, mas o seu comportamento é o da forma quadrada.

    2. Quando a imagem revela a forma redonda significa que existe a possibilidade de presença marcante da atitude boazinha, compreensiva, servil, disponível.

    3. É importante pesquisar o nível de frustração, de decepção e de carência que esse Cliente armazena.

    4. Quando se cede mais do que se deve, acontecem no corpo físico as disfunções intestinais, principalmente aquelas que fazem as fezes mais líquidas.

    5. Quase todas as Imagens redondas revelam o experimento do estado de carência. Há uma lista de carência de retornos, mas o Cliente não as reconhece.

    6. A terapêutica corporal a ser trabalhada é a região zigomática que é a área nobre do estado de carência, em conjunto com a face medial dos joelhos.

    7. No corpo físico, os músculos adutores e abdutores dos artelhos e dos dedos, a patela, a articulação gleno-umeral e a face anterior dos joelhos, são os segmentos nobres da terapêutica para a forma redonda.

    5. FORMA COMPARTIMENTADA.

    PREDOMÍNIO:                                                                                             CAUTELA.

    EMENTA: Tracejo onde os segmentos corporais estão separados uns dos outros.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A Imagem revela o pedido do Cliente: sair do movimento de fazer uma parte, analisar tudo, verificar as possibilidades, fazer mais uma parte, parar e verifica novamente.

    2. Cliente com atitude muito cautelosa onde tudo é avaliado, ponderado, observado detalhe por detalhe, pensadas todas as possibilidades e soluções, antes da execução.

    6. FORMAÇÃO DE BOLSAS EM SEGMENTOS.

    PREDOMÍNIO:                                                                                   PERSISTÊNCIA.

    EMENTA: O tracejo da formação da bolsa em segmentos é contínuo, com um espaço, ou seja, um traço é acompanhado por outro traço, no início, no meio e no fim.   

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A imagem da formação de bolsas em segmentos está revelando que é necessário para o Cliente, organizar, planejar e finalizar o projeto. A presença da bolsa também informa que o Cliente está vivendo sentimento de certeza.

    2. O psicoterapeuta holístico observa se o Cliente quer ou não quer continuar com uma determinada atividade, verificando se na imagem das costas existe a presença de bolsa. Revelou a bolsa na referida Imagem o psicoterapeuta pode assumir que o jeito que o Cliente está fazendo é o certo então, que persista. 

    7. FORMA DE SEGMENTO COBERTO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                  JEITO PRÓPRIO.

    EMENTA: Segmento coberto é o tracejado semelhante a cobertura com uma capa. Também é considerado segmento coberto quando um segmento está sobrepondo o outro.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quando a Imagem revela segmento coberto o pedido é para executar do jeito próprio, pois será mais satisfatório, mais produtivo e mais realizador.

    2. O corpo físico está sinalizando que função do segmento coberto está sendo exercida segundo o manual, ou a prescrição externa, e que aquela forma de execução não é satisfatória para o Cliente.

    8. FORMA COM MARCAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES.

    PREDOMÍNIO:                                           MUITA PONDERAÇÃO E POUCA AÇÃO.

    EMENTA: O tracejo é evidenciado pela marcação nas articulações.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A imagem revela que o Cliente pondera muito e executa pouco.

    2. A imagem revelada mesmo que com roupa com as articulações marcadas, evidencia que o psicoterapeuta holístico está diante de um Cliente absolutamente sensível, mas com a postura de racional e lógico. 

    CAPÍTULO 4. RESULTADOS. 

    4.1 A utilização prática da interpretação da Imagem Holística do Cliente como técnica suplementar da psicoterapia holística revela rapidamente a forma em que os desequilíbrios se manifestam.

    4.2 Os sinais e os sintomas percebidos e verbalizados pelo psicoterapeuta holístico, progressivamente, levam o Cliente, a desenvolver o autoconhecimento e a rápida aceitação das demais técnicas psicoterapeuticas, validando e aceitando os processos de transformação  que são orientados por suas principais queixas. 
     
     
     
     

    CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.

    5.1 Vimos neste trabalho a técnica para a Análise de dezoito exemplos de Distribuição das Imagens na Folha, dezessete Tipos de Traços, oito Formas geométricas de Imagens, dezoito formas da cabeça, oito formas do tronco e dos segmentos básicos dos membros superiores e inferiores, todos referentes ao corpo físico e de usos possíveis como técnica suplementar na psicoterapia holística.

    5.2 Vimos também através da análise holística, que são muitas as informações úteis e vitais que podem ser extraídas da Análise da Imagem do próprio Cliente.

    5.3 Está evidenciado na ampla bibliografia existente que trata entre outros, de sistemas de tipologia, representações simbólicas, filosóficas e até religiosas, o desiderato em classificar as pessoas por seus comportamentos e atitudes.

    5.4 A comparação da linha seguida por esta Monografia com a bibliografia existente poderia ser fundamentada no princípio orientador da técnica ora apresentada que leva também em considerações os aspectos sócio-somato-psíquicos, em que as interações das estruturas física, dinâmico funcional e psíquicas correspondentes, podem ser reveladas.

    5.5 Por outro lado, a bibliografia especializada não apresenta nenhuma técnica suplementar a ser aplicada na psicoterapia holística, e, desse modo, não há razões para discordar dos diversos autores que já publicaram seus livros com objetivos específicos, merecem aplausos! Deixamos para os psicoterapeutas holísticos e para a Comunidade de Estudos Avançados em Psicoterapia Holpistica, se for o caso, a ampla discussão sobre a presente Monografia.

    CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.

    6.1 Considerem este trabalho como resultados da intervenção de vários atendimentos, de estudos e pesquisas realizados pelo autor. É uma opção que abrange a complexidade dos contornos e dos estados humanos em conjugação com o somático, dos pontos de vista objetivo, subjetivo e psíquico, através da composição de um modelo lógico, ou seja, a estrutura que viabiliza a Análise da Imagem Holística do Cliente. Esse modelo em progressão, sendo aperfeiçoado com observações constantes, trará cada vez mais nitidez e exatidão, eliminando omissões e equívocos grosseiros, expondo, ao final, através da observação, os meandros corretos das relações mente-corpo físico. 
     

    6.2 O desiderato do autor em apresentar especificidades da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente é para que a mesma seja amplamente discutida, testada, validada e, finalmente, que os terapeutas holísticos, a utilizem como um equipamento suplementar do seu atendimento. Neste modelo não há irracionalismos. A Análise da Imagem Holística do Cliente acontece à luz do que todos nos sabemos, e sabemos mais do que se pode imaginar superficialmente, ou já detemos informações em um nível para justificar a aplicação da técnica ora apresentada.

    6.3 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A psicoterapia holística impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno e que o cultivo de comportamentos que satisfazem mais aos outros do que a si mesmo exige a inibição de vontades e necessidades, limita a expressão, a criatividade, e estimula o predomínio da racionalidade.

    6.4 Através da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente, o psicoterapeuta holístico poderá determinar outros procedimentos para sua estratégia, bem como as diretrizes eficazes para a terapêutica holística aplicável, pois em se tratando de uma queixa qualquer, o pensamento abstrato do psicoterapeuta holístico nunca deixa de inquirir repetidamente sobre a causa.

    6.5 Aquele que desejar firmar os pés nas técnicas básicas de Aconselhamento, deve ter bem claro, mediante profunda reflexão, que a inquirição sobre a origem da causa da queixa do Cliente deve cessar em algum ponto, pois ao ultrapassá-lo, estará praticando um mero jogo de pensamento.

    6.5.1 Ao observarmos os “sulcos” em uma pista de pouso, poderíamos inquirir a origem desses sulcos e como resposta teríamos que provêm das rodas de aeronave. Podemos continuar a perguntar: por que foram os sulcos traçados pela aeronave? Sendo respondido: porque a aeronave passou pela pista de pouso. Podemos continuar a perguntar: por que passou pela pista de pouso? Recebendo a resposta: porque transportava pessoas e cargas. Com estas perguntas chega-se finalmente, a saber, quais motivos dos sulcos na pista de pouso. E se não pararmos no fato, perderemos o verdadeiro fio do assunto e permaneceremos num mero jogo de perguntas. A técnica da Análise da Imagem Holística de Cliente fornece condições para uma avaliação rápida e segura de desequilíbrios energéticos e às vezes revela simples indicações para serem ser verificadas ou pesquisadas em detalhes, mas que nem por isso são menos valiosas. 

    CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESTRITAS. 

    AMORIM ANTONIO. “Noções de Anatomia e Bioquímica”, 2a edição Belo Horizonte – MG, Editora da SPOB- Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil, 2002;

    AUBENQUE PIERRE, BERNHARDT JENA, CHÂTELET FRANÇOIS. “História da Filosofia, Idéias e Doutrinas”, 1a edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora Zahar Editores, 1973;

    BOUTS PAULO & BOUTS CAMILO “Psicognomia”, 5a edição Rio de Janeiro-RJ e São Paulo-SP , Editora Vera Cruz Ltda 1943;

    MEDEIROS BAUZER ETEL. “Medidas Psico e Lógicas: Introdução a Psicometria”. 1a edição Rio de Janeiro -RJ, Editora Ediouro, 1999;

    PENNICK NIGEK. “Geometria Sagrada”, 15a edição, São Paulo-SP, Editora Pensamento -Cultrix Ltda, 1980;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “O Microcosmo Sagrado, 2a edição , SinteBooks, 2006;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Psicoterapia Holística, 1a edição, SinteBooks, 2007. 

    REFERÊNCIA DE FORMAÇÃO ACADÊMICA PARA A MONOGRAFIA.

    Curso de Leitura Corporal, Núcleo de Terapia Corporal Ltda,sito à rua Assunção, 40 Sion Belo Horizonte-MG, site www.leituracorporal.com.br .

                                      DISCIPLINASCARGA HORÁRIA PERÍODO
    Curso Básico120 h/aFev/01 a Jun/02
    Anatomia Humana Básica36  h/aMar/02 a Jun/02
    Chakras120 h/aAgo/02 a Dez/03
    Fisiologia40  h/aAgo/03 a Dez/03
    Fisiognomonia120 h/aFev/04 a Jun/05
    Estudo da Pele  40 h/aAgo/05 a Fev/06
    Interpretação do Desenho152 h/aMar/06 a Dez/07
            628 h/a 
     

    ANEXOS E APÊNDICES. Não apresentamos.

                       CRT 38326 

    Autor: : RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD - Terapeuta Holístico - CRT 38326
    Última atualização: 03/06/2008 15:02


    BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS


    BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA


    Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099

    Orientador: Henrique Vieira Filho




    Trabalho apresentado ao SINTE pela aluna Débora Monteiro Morales como requisito para conclusão do curso de Estudos Avançados Psicoterapia Holística, sob a orientação de Henrique Vieira Filho.







    Canoas, setembro de 2008.



    AGRADECIMENTOS

    Ao universo, que me proporcionou esta viajem que é viver e experimentar seus sabores e dissabores, mas experimentar, sentir, respirar,estar, enfim viver.

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO..............................................................................................................3

    RESUMO......................................................................................................................3

    MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................4

    DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.......................................4

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA...........................................................6

    Bioenergética e Terapia Vibracional............................................................10

    Alexander Lowen e Bioenergética................................................................11


    RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE.....................................13


    DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO................................................16


    DISCUSSÃO E CONCLUSÃO...................................................................................18


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................19

















    RESUMO

    Através deste trabalho discorro sobre psicoterapia holística e a sua inter-relação com a bioenergética. Pois a observação das características físicas de um cliente pode demonstrar informações de grande valia para o psicoterapeuta holístico. Para tanto foi feita uma correlação das características filosóficas da Terapia Tradicional Chinesa e a Bioenergética, terapia ocidental de Alexander Lowen.

    Com o objetivo de relacionar seus pontos em comum e desenvolver uma visão interativa entre as duas filosofias.

    INTRODUÇÃO

    O ato de buscar algo é a base para a experiência de prazer e representa uma expansão de todo o organismo, como um fluxo de sentimentos e energia que vai até a periferia do corpo.Na psicoterapia holística são tratadas as couraças desenvolvidas pelo fechamento, retraimento e retenção que são experiências de desprazer, podendo provocar dor ou ansiedade, que seriam o resultado de uma pressão criada pela energia de um impulso bloqueado. Se a musculatura contém o impulso, ocorre contração e dor; se a musculatura não dá conta de conter a excitação do impulso, ocorre ansiedade (LOWEN, 1982).

    Em similaridade ao enfoque bioenergético, os fundamentos da Terapia Oriental Chinesa se voltam para a manutenção ou a reintegração do fluxo natural de energia do indivíduo, tentando ingressar a pessoa em sua força interior e na convicção de suas atitudes. Resgatando ao corpo o equilíbrio que conduz a beleza natural de cada pessoa.

    Dentre as técnicas utilizadas nas terapias orientais destacam-se o recondicionamento físico para melhorar o fluir de energia do corpo energético e suprir o corpo físico, melhorando sua integridade e defesa natural; e o toque, que pode ser feito através de reflexologia, shiatsu, acupuntura entre outros.

    Diante de um processo de desequilíbrio, momentâneo ou prolongado, o fluxo vital é reduzido e a rede meridiana transmite as informações disponíveis para todo o sistema (CHUNCAI, 1999).

    Como já se pode observar o princípio de livre fluir energético e a inter-relação corpo-mente, são à base de ambas as abordagens.


    MATERIAL E MÉTODOS

    A presente monografia tem como referência revisões bibliográficas de livros relacionados à Psicoterapia Holística, Terapia Milenar Chinesa, Bioenergética, e Terapia Vibracional. Dessa maneira foi traçado um comparativo entre as Filosofias Milenares Chinesas e a Psicoterapia Bioenergética Ocidental, o que revela uma grande similaridade entre ambas, tornando o trabalho do Psicoterapeuta Holístico mais abrangente tanto na linguagem oriental como ocidental. Pois em ambas o fluxo livre de energia é o sinônimo de qualidade de vida.


    Capitulo 1

    DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.

    “Formou o senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se uma alma vivente.” (Gênesis 2:7).


    Segundo Lowen (1977), a bioenergética procura entender o caráter do indivíduo pelo corpo e seus processos energéticos, sendo estes, a produção de energia pela respiração e pelo metabolismo, e a descarga de energia no movimento. Na terapia bioenergética, combinam-se os trabalhos corporais e mentais, com o objetivo de equilibrar as funções energéticas do indivíduo. Os trabalhos corporais utilizados pela bioenergética podem ser manipulatórios (massagens, toques) ou exercícios específicos, para diminuir tensões musculares e facilitar a respiração.

    A bioenergética é o estudo da personalidade humana em termos de processos energéticos do corpo. Pois a energia está envolvida em todas as coisas, tanto vivas quanto inertes (BRENNAN, 2006).

    Sentimentos armazenados, conflitos vivenciados e as perdas sofridas juntamente com a qualidade das relações afetivas, determinam a constituição de um indivíduo. Dessa forma a história de vida está gravada em cada corpo o qual necessita liberar medos e tensões para tomar consciência de emoções contidas, construindo um sentir e agir livre e verdadeiro (MONARI, 2002).

    As diversas culturas e religiões sempre desenvolveram técnicas com energia e suas relações com o corpo humano, animais, plantas e fenômenos naturais. Muito comum encontrar a figura dos xamãs que manipulavam as forças invisíveis com seus rituais, bem como os sacerdotes que eram mestres da ciência oculta, profundos conhecedores e manipuladores da energia sutil. Além disso, em diversos países do mundo antigo, os magos e feiticeiros sempre estiveram presentes, trabalhando com essas técnicas (HARTMAN, 2006).

    Por volta de 320 a.C, o povo chinês desenvolveu as bases da sua medicina tradicional, onde o ser é tratado com a visão energética (KIDSON, 2006).

    Na tradição hindu, a energia sutil é amplamente conhecida pelos yogues e seus discípulos com o nome de prana. Através de exercícios respiratórios, meditação, exercícios de concentração, posturas psicofísicas (asãnas), os yogues alcançam um profundo estado de paz e equilíbrio (JOHARI, 2007). Convém salientar os fenômenos e curas promovidas por Jesus e seus apóstolos, com a imposição das mãos e o emprego das palavras, são manifestações das energias sutis, potencializadas por esses grandes seres em favor dos necessitados. Isto mostra que Jesus possuía um potencial energético bastante equilibrado, a ponto de contagiar a todos apenas com sua presença.

    Mais adiante, na Europa do século XVIII, a ciência moderna começava a se destacar, surgindo uma distinção entre razão e misticismo. Neste periodo, Franz Anton Mesmer, postulou a existência de um magnetismo animal. Através da manipulação deste magnetismo promoveu diversas recuperações do equilíbrio energético. Na ciência do século XIX, surgem duas teorias que contribuíram para o entendimento da bioenergia: a teoria da libido de Freud, e a teoria do orgônio de Wihelm Reich. A psicanálise mostrou que as energias emocionais quando reprimidas (em desarmonia) causam doenças. Reich por sua vez, tinha plena convicção da existência de uma energia primordial responsável pela matéria viva (LOWEN, 1982). Desta forma começou a trabalhar diretamente com o corpo, utilizando uma técnica que visava especificamente aprofundar e liberar a respiração, a fim de melhorar e intensificar a experiência emocional (LOWEN,1982).

    Mais tarde, Alexander Lowen e John Pierrakos, alunos de Reich, ampliaram esse método transformando-o no que se conhece atualmente como Bioenergética. Juntos começaram a explorar possibilidades diferentes de trabalhos envolvendo o corpo no processo terapêutico. Buscando liberar as tensões, criaram as posturas em pé para promover vibrações, e desta descoberta nasceu o conceito de grounding (LOWEN, 1982).

    Após algumas experiências, utilizadas entre eles e com clientes, perceberam que era possível utilizar em conjunto o grounding, a respiração e as vibrações involuntárias, associadas ao som e aos toques sobre a musculatura tensa, para promover a ligação energética e emocional entre sentimentos do coração, sentimentos sexuais e a consciência (LOWEN, 1977). Eles partiram dos movimentos voluntários para despertar os involuntários e assim desencadear os sentimentos inconscientes enraizados na memória corporal. Embasando esta técnica na compreensão da profundidade de conflitos interiores perceberam a importância das vivências afetivas, onde estão às bases do aprendizado, quando são estabelecidos em primeira mão sentimentos, expressões e relações com o outro (LOWEN, 1982).


    Capitulo 2

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

    “É essencial compreender que o homem tem dois aspectos: um espiritual e um físico... Sob a orientação do nosso Eu espiritual, nossa vida Imortal, o homem veio ao mundo para adquirir conhecimento e experiência e para se aperfeiçoar como ser físico. O corpo físico sozinho, sem comunhão com o espiritual, é uma concha vazia, uma rolha sobre as ondas, mas quando há união à vida é uma alegria, uma aventura de interesse absorvente, uma jornada cheia de felicidade, saúde e conhecimento”. (BACH, 1930)

    Segundo Edward Bach (1930) a desarmonia do Eu Espiritual pode produzir uma série de problemas no corpo, pois ele é uma simples reprodução da condição mental de um indivíduo. Assim sendo, a pessoa é vista como uma unidade psicossomática, onde defesas psicológicas usadas para lidar com a dor e o estresse, tais como racionalizações, negação e supressões também estão ancoradas no corpo. Estes aparecem como padrões musculares que inibem a expressão. Tais padrões tornam-se inconscientes e passam a fazer parte da própria identidade da pessoa, impedindo que ela consiga se modificar, mesmo que entenda a natureza do problema.

    Os processos energéticos do corpo estão relacionados ao estado de vitalidade do organismo. Isto ocorre por falta de pressão interna ou de circulação da energia que fica estagnada (LOWEN, 1982). O decréscimo de energia restringe a mobilidade e a capacidade para ação espontânea e natural, com graça e emoção. A compensação do organismo encouraçado é o movimento mecânico, programado, sem sentimento. É um padrão de comportamento limitador, geralmente criado na infância para garantir a sobrevivência (LOWEN, 1982). Segundo as terapias orientais existe uma energia vital que passa a existir no momento em que a vida humana é gerada, no instante onde um óvulo se une a um espermatozóide e só nessa situação o homem é único. A partir daí, pelas sucessivas divisões celulares leva a formação do complexo humano, e a energia vital está com o seu fluxo contínuo. Apesar disto, tudo que o envolve é energia. O ponto inicial desse fluxo de energia no ser humano é o ponto umbilical, meio por onde o feto respira e se alimenta (BRENNAN, 2006).

    Assim, os seres humanos são microcosmos dentro do macrocosmo universal, os princípios do fluxo de energia do Universo são os mesmos que dos seres humanos, onde se mantêm em um estado de equilíbrio dinâmico entre pólos de natureza oposta, complementar, cuja essência é chamada de Yin e Yang (MACIOCIA, 2007).

    Dessa forma se enfatiza o retorno ao fluxo de energia que se iniciou no útero, é um método pelo qual o adulto recobre o equilíbrio original, onde as duas energias, Yin e Yang, são reequilibradas constantemente (PENNA, 2004).

    O Yin, elemento feminino, a terra, a mãe, a lua e o yang, elemento masculino, o pai, o sol, o céu. Mesclados, proporcionam um fluxo morno na circulação micro cósmica, desde quando feto (PENNA,2004).

    À medida que o bebê cresce, a sua energia vai se estabelecendo em partes quentes e frias. Quando chega a idade adulta, o Yang sobe para a parte superior do corpo e o Yin desce para a inferior, porém as tensões físicas e mentais da vida acabam bloqueando progressivamente as rotas de energia, bem como congestionando os centros energéticos, deixando de nutrir os órgãos internos de energia vital, provocando desequilíbrios emocionais, doenças, velhice e morte prematuras (PENNA, 2004).

    Conforme Zhou Chuncai (1999), o corpo somente estará saudável se funcionar segundo as interações correspondentes aos cinco elementos, Qualquer ruptura nestas interações resulta em desequilíbrio. Dessa maneira, “a primavera é cálida: o Qi do fígado começa a crescer. O verão é quente: o Qi do coração começa a crescer, O outono é seco: o Qi dos pulmões declina. O inverno é frio o Qi dos rins se oculta.”

    Em um corpo saudável, a energia circula constantemente em si onde todo o processo se auto-regula. Contudo, em um corpo com bloqueios energéticos, ocorrem desequilíbrios neste fluxo, gerando áreas ou órgãos com carência de Qi, ou "vazio”, e áreas ou órgãos com acúmulo ou bloqueio de Qi, ou plenitude.

    Portanto é possível pensar no corpo humano como um campo de contínua movimentação de energia, que circula entre as células, os tecidos, os músculos e os órgãos internos, mantendo a homeostase energética entre:

    • Wei Qi: energia de defesa, proveniente da união da energia celeste com a terrestre e responsável por toda defesa e resistência contra as energias perversas (fatores de adoecimento); Circula fora e dentro dos Canais de Energia Principais dependendo do horário.

    • Rong Qi (Yong Qi): energia nutritiva, proveniente da essência dos alimentos e responsável por toda a nutrição energética das estruturas do corpo; circula nos Canais de Energia.

    • Zhong Qi: formação semelhante ao Wei Qi, é responsável pela dinâmica cardiorespiratória e pela respiração celular.


    "O Qi gera o corpo humano assim como a água se transforma em gelo. Conforme a água se congela gerando o gelo, assim o Qi se condensa para formar o corpo humano. Quando o gelo derrete, ele se transforma em água. Quando uma pessoa morre, se transforma em espírito (Shen) novamente. Chama-se espírito, assim como o gelo derretido passa a ser chamado de água" (CHONG).


    A Qi circula e nutre todo o corpo através dos meridianos os quais formam uma rede entrelaçada de trilhas interconectadas que ligam os órgãos, a pele, os tecidos, os músculos e os ossos, unificando o corpo. O Qi que circula entre os canais tem natureza mais Yang na defesa externa do corpo, ou mais Yin, na nutrição interna do corpo (MANN, 1994).

    Estes canais estão ligados mais profundamente aos órgãos (Zang) e vísceras (Fu) e se externam em ramificações mais superficiais na pele, voltando a se aprofundar em seguida, da mesma forma que outras estruturas do corpo humano, como o sistema nervoso e o sistema circulatório. Esta rede é formada por meridianos principais (12), extras (8), distintos (12) e outras ramificações e canais secundários (MACIÓCIA, 2007).

    Cada um dos doze órgãos e vísceras que compõem a visão chinesa do corpo humano é ligado a um meridiano ou canal de energia principal, cujo nome corresponde ao órgão ou víscera ao qual afeta. A cada órgão (Zang) se corresponde uma víscera (Fu) e a energia de um afeta diretamente a energia do outro (MACIOCIA, 2007).

    Conforme o conceito bioenergético de instinto, Lowen (1982) salienta que o impulso é um movimento energético do centro para a periferia do organismo, onde afeta a relação deste com o mundo exterior. Desta maneira surgem dois propósitos, a função de carga, relacionada com a ingestão de alimentos, respiração e excitação sexual; e a função de descarga energética tais como a descarga sexual e a reprodução.

    Assim como na terapia oriental o corpo humano se divide em yin e yang, para Lowen (1982), a diferenciação da estrutura corporal em termos de carga e descarga é estendida aos membros. No entanto, a metade superior do corpo volta-se a função de carga energética, e a descarga energética se relaciona com a porção inferior do corpo, assumindo a responsabilidade de locomover o organismo no espaço.

    Aplicando isto a bioenergética observa-se que pensamentos e sentimentos são condicionados por fatores energéticos carga, descarga, pulsação, intensidade, grounding, centramento. Se a energia é retida, ela se transforma e gera pensamentos, sentimentos e atos literalmente distorcidos, onde esta distorção fica também visível no corpo (LOWEN, 1982).

    Portanto, estar plenamente vivo fundamenta-se no estado vibratório do sistema, sendo percebido na expansão/contração pulsátil do organismo, inclusive no sistema vegetativo, respiratório, circulatório e digestivo. A atitude vibratória é responsável por ações espontâneas, liberação emocional e funcionamento interno harmônico.



    Bioenergética e Terapia Vibracional


    A vibração é uma reação à liberação da sobrecarga de energia retida em determinadas partes do corpo, através dos exercícios. Na bioenergética considera-se um corpo sadio, quando está em constante estado de vibração, sentindo-se ligada ao contexto do todo (BRENNAN, 2006).

    Terapia Vibracional é um termo genérico que designa todas as terapias que visam atuar no campo de energia de um outro ser com o objetivo de recompor seu equilíbrio (HARTMEN, 2006).

    A Terapia Vibracional, através da bioenergética, ajuda a pessoa a reconhecer e tomar consciência das emoções e pensamentos indesejáveis que possam estar prejudicando seu desenvolvimento pessoal, sua saúde e sua vida, ajudando o indivíduo a perceber o sentido de seu sofrimento, a causa de seus sintomas e os caminhos que deve escolher ou evitar, para reconquistar o equilíbrio energético e bem-estar (MONARI, 2002).

    Sendo assim é possível perceber que alterações energéticas físicas ou psíquicas não ocorrem por acaso, mas surgem de conflitos internos, falhas e dificuldades de vencer o orgulho, a crueldade, o egoísmo, o ódio, a ignorância, a cobiça, traumas, medos, mágoas e a instabilidade entre outros fatores.


    “A inadequação do indivíduo perante Si Mesmo (a recusa em ouvir sua voz interior e a falta de auto conhecimento) e, por conseqüência perante o Universo, resulta em desarmonia psíquica, física e social, pois estas três não existem isoladamente. Um é conseqüência do outro, formando um continuum. Do mesmo modo, mas percebido no sentido inverso, uma desarmonia sociofisicopsíquica afastaria o ser de si mesmo.” (VIEIRA, 1994).


    Com esta proposta terapêutica profunda, é possível ajudar o indivíduo a erradicar o estado mental negativo causador do sofrimento, desabrochando nele sua virtude oposta privilegiando a dimensão extra-corpórea do ser humano. Essa dimensão, aliada ao instinto e ao intelecto faz parte da mente humana, capaz de perceber e comandar o próprio corpo, já que está ligada a ele por um complexo circuito de emoções (BRENNAN, 2006).

    Devido a repressões e traumas, inconscientes ou conscientes o indivíduo passa a negar alguns desejos, acontecimentos e emoções, a fim de mantê-los longe das lembranças, criando couraças para esconder seu verdadeiro ‘eu’. Inicialmente estas atitudes atuam como mecanismo de defesa, contudo, ao manter bloqueado o acesso a determinados fatores psíquicos que sejam dolorosos, é refletido no corpo tudo aquilo que foi escondido. Um verdadeiro alerta de que algo precisa ser compreendido (LOWEN, 1982).

    Na terapêutica vibracional as pessoas começam a obter um novo enfoque sobre as circunstâncias do sofrimento em que se encontram, dando a elas a possibilidade de reverterem o processo, com muito mais clareza, compreensão e tranqüilidade. Tratando as máscaras abre-se a mente para um novo horizonte (BACH, 1910).

    Alexander Lowen e Bioenergética


    A partir de Reich as abordagens corporais ocupam um espaço significativo no campo psicoterápico, passando inclusive a serem consideradas cientificamente. A terapia Bioenergética configura-se como uma das primeiras abordagens deste movimento, iniciando-se em 1953, por Alexander Lowen, discípulo de Reich.

    A base teórica da bioenergética é a, consideração da história analítica, o processo de desenvolvimento psicossexual e a dinâmica familiar como fatores fundamentais na formação da personalidade. Além disso, Lowen (1982) considera que o contexto social exerce influência na personalidade do indivíduo. O método terapêutico utiliza também da análise, dos conceitos de resistência, transferência e contratransferência, bem como a associação livre,e a interpretação dos sonhos.

    Através da sua própria experiência como cliente de Reich e, posteriormente, do seu colega John Pierrakos, e do seu trabalho com os seus clientes, Lowen pode perceber que analisar o modo habitual de uma pessoa ser e comportar-se merece tanta atenção quanto à importância dada ao trabalho com tensões musculares. Daí iniciou um estudo sobre os tipos de caráter, relacionando as dinâmicas físicas e psicológicas dos padrões do comportamento. Concluiu que ‘a vida de um indivíduo é a vida de seu corpo’(LOWEN, 1982).

    Durante o desenvolvimento da estrutura egóica, a criança está vulnerável a três tipos fortes de distúrbios, cada um deles deixará uma marca peculiar em sua personalidade:


    a)A privação resulta na oralidade;

    b)A repressão leva ao masoquismo;

    c)A frustração à rigidez.

    Lowen aperfeiçoou a teoria da análise do caráter e classificou os tipos de caráter em: esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido (fálico-narcisista para os homens e histérico para as mulheres).

    Não existe um caráter puro, a maioria das pessoas revela uma combinação razoável de traços de caráter. Não raro, elas exibem uma mistura caracterológica que dificulta o diagnóstico.

    A realidade adulta exige que o indivíduo funcione adequadamente em seu trabalho, em suas relações afetivas e com a sexualidade. Essa exigência, entretanto, nem sempre é atendida. A existência do caráter dificulta a plenitude do funcionamento das potencialidades humanas. Dependendo da severidade do trauma infantil, a experiência fica limitada e empobrecida (LOWEN, 1984).

    Lowen postula a busca de um caráter genital, que em oposição aos caracteres neuróticos, viabilizaram essa plenitude.


    Caráter neurótico

    *Há uma congestão da libido com inadequada satisfação;

    *Repressão libidinal / formação de sintomas – fobias;

    *Transferência adulta;

    *Fixação sexual infantil;

    *Conflito ID x superego;

    *Ilusões;

    * Energia represada;

    *Ódio, mágoa;

    *Trabalho compulsivo;

    *Insatisfação orgástica.


    Caráter genital


    *Alternância entre tensão e satisfação libidinal;

    *Potência orgástica, capacidade de entrega e prazer;

    *Sublimação do desejo edípico;

    *Vida sexual saudável;

    *Satisfação adequada dos impulsos;

    *Ego real próximo do ego ideal;

    *Fluidez energética - Amor, ternura;

    *Adequação entre carga e descarga;

    *Satisfação orgástica, prazer.

    Atingir o caráter genital é a meta de todo ser humano. Ser feliz, amar e se sentir adequado.


    Capítulo 3


    RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE


    RESPIRAÇÃO


    A respiração é uma das funções mais enfatizadas pela Bioenergética.


    “A respiração correta envolve todos os músculos da cabeça, pescoço, tórax e do abdômen, além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da capacidade de realizar bem esses movimentos de sucção com o corpo inteiro... A respiração fornece o oxigênio para o processo metabólico, mantém literalmente a chama da vida... Através da respiração harmonizamos-nos com a atmosfera. Em todas as filosofias orientais e místicas, a respiração guarda o segredo da bênção maior” (LOWEN, 1984).


    A saúde vibrante está diretamente relacionada à boa respiração, visto que é o oxigênio que produz a energia, pois a respiração completa possibilita maior contato com os sentimentos, aprisionados no corpo, é importante que, no processo terapêutico, a atenção esteja voltada à respiração espontânea do cliente, o que pode facilitar uma leitura mais eficaz dos seus conteúdos internos.

    Os exercícios respiratórios têm a função de fazer o indivíduo perceber como é o seu padrão respiratório.


    Couraças


    Couraça é uma espécie de armadura de tensão que impede o fluxo energético e biológico. Ela se forma como uma defesa contra os perigos do mundo externo e interno. A criança chega ao mundo livre e solta, mas é totalmente dependente de outros que não a compreendem, assim começam os primeiros traumas, as primeiras impressões se formam, e vão definindo o caráter. Há um grande medo do desconhecido e já não é possível sentir-se uno, integrado a tudo e a todos. O ponto crucial a ser retido, aprisionado, parece ser o terror de se render à convulsão orgástica, na qual o homem se funde por completo com a natureza.

    A couraça muscular do caráter é a soma das não liberdades da pessoa, resumo de tudo que pretendeu fazer e lhe foi proibido, de tudo que ela não pretendia e lhe foi imposto.

    A couraça impede a pulsação e a vibração do corpo. A energia não flui facilmente e posteriormente todo o corpo fica tenso, envelhece e adoece. O indivíduo fica impossibilitado de sentir e de se expressar livremente. O homem torna-se semelhante a uma pedra fria e imóvel.

    O homem orgástico é totalmente livre de couraças, é um canal aberto para a energia é um ser pleno e vibrante é pura potência. O Poder é fruto do ego do sentir-se diferenciado; a potência é a capacidade total do homem, e a capacidade de um não limita a de outro, é possível a todos manifestar essa potência total.


    Grounding

    Na bioenergética, grounding significa, fazer a pessoa entrar em contato com o chão...Estabelecer um contato adequado com o chão, local onde se pisa.” (LOWEN, 1982)


    Apesar de estar com os pés no chão, a pessoa com desequilíbrio energético não possui um contato sensitivo com o mesmo. O grounding possibilita a liberação do acúmulo de energia, da pessoa para o chão.

        1. É uma postura corporal básica da abordagem bioenergética e deve estar presente em todos os exercícios. O grounding deve ser construído com a pessoa em pé, com uma distância de aproximadamente 30 cm entre os pés, os artelhos virados ligeiramente para dentro, joelhos flexionados, coluna ereta, e respiração profunda.

    Estresse


    Uma das causas mais comuns dos distúrbios energéticos é o estresse – o efeito das pressões cotidianas sobre o corpo, ao lado de outras influências negativas, como a poluição, os aditivos e agrotóxicos nos alimentos e a vida urbana. Todas as pessoas são afetadas pelo estresse em diferentes níveis e, como conseqüência, muitas desenvolvem diversos problemas físicos, entre os quais dor de cabeça e enxaqueca, tensão na nuca, dor nas costas, distúrbios digestivos, debilidades do sistema nervoso, pressão alta, doenças na pele e constantes gripes e resfriados.

    O estresse é o resultado de uma reação do organismo quando estimulado por fatores externos desfavoráveis. Neste momento ocorre uma descarga de adrenalina no organismo, onde os órgãos que mais sentem são os aparelhos, circulatório e respiratório.

    No aparelho circulatório a adrenalina promove a aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia) e uma diminuição do tamanho dos vasos sangüíneos periféricos. Dessa maneira, o sangue circula mais rapidamente para uma melhor oxigenação, principalmente, dos músculos e do cérebro já que ficou pouco sangue na periferia, o que também diminui sangramentos em caso de ferimentos superficiais.

    No aparelho respiratório, a adrenalina promove a dilatação dos brônquios (bronco dilatação) e induz o aumento dos movimentos respiratórios (taquipnéia) para que haja maior capitação de oxigênio, que vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulatório, também devidamente preparado pela adrenalina.

    Quando o perigo passa, o organismo pára com a grande produção de adrenalina e tudo volta ao normal. Atualmente as situações de estresse estão sempre ao redor o que desencadeia na constituição orgânica, níveis de estresse muito acima do tolerável.

    Embora as terapias complementares não possam prevenir o estresse que ocorre na vida cotidiana, elas podem ajudar a lidar melhor com ele. Um dos importantes benefícios é o relaxamento. O tratamento aborda o corpo como um todo, não um grupo de sintomas, e pode ajudar tanto físico quanto mentalmente. Dessa forma ajuda-se o corpo a desenvolver maior resistência física para sustentar sensações.




    Capítulo 4


    DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLISTICO


    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquico. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.”


    As terapias complementares partem da observação, de uma experimentação extraordinária e de milênios de prática, elaborando um sistema que tem o mérito de ser aplicável e de funcionar na prática. Essa cuidadosa observação levou à elaboração de um sistema sociossomatopsíquico (VIEIRA, 2006).

    Na visão holística adotada pela terapia tradicional chinesa, por exemplo, os pensamentos e as emoções influenciam diretamente a força vital, aumentando, ou estagnando o fluxo de energia pelo corpo, onde o psiquismo não pode ser separado dos órgãos e vice-versa, pois as perturbações psíquicas, relativas às emoções, podem perturbar diretamente os órgãos e as alterações orgânicas podem agir sobre o psiquismo (PENNA, 2004).

    A psicoterapia holistica trabalha com as cinco emoções (alegria, tristeza, reflexão, cólera e medo), sendo o estado de equilíbrio energético dependente da harmonia entre elas, dessa forma alterações emocionais levam aos quadros de excesso ou deficiência (MACIOCIA, 2007).

    Dentro deste contexto, tanto a Bioenergética de Lowen, quanto as Terapias Milenares partem do conceito da existência de uma energia única que une o corpo e o espírito constituindo um dos fundamentos de terapias orientais como a Yoga, o Tai-chi-chuan e a Acupuntura.

    A Bioenergética dá muita importância ao crescimento pessoal aprofundando o auto conhecimento, desenvolvendo uma atitude positiva em relação ao próprio corpo, assim como os exercícios orientais, com uma característica profilática tanto para a mente como para o corpo.

    A maior similaridade entre as técnicas utilizadas em Psicoterapia Holística e Bioenergética de Lowen está na respiração, onde reter ar nos pulmões causa tensões, diminuindo o livre fluxo de energia, convém salientar que bioenergética é uma das técnicas empregada em psicoterapia holística.

    Em técnicas de exercícios corporais como o Tai Chi Chuan, não interromper o fluxo é um ato de coragem, sentir plenamente e agüentar firme, onde o gesto deve fluir, bem como a respiração, pois um interage com o outro (WONG, 2001).

    Ao aconselhar para que o indivíduo sinta sua respiração surge a descoberta para si mesmo sentimentos escondidos pela racionalidade. Dessa maneira restauram o equilíbrio psicossomático; relativo simultaneamente aos domínios psíquico e orgânico, pela liberação, ativação, sedação ou desbloqueios dos fluxos energéticos (LOWEM, 1982).


    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.”


    Na Terapia Holística, o trabalho terapêutico da respiração é uma maneira de ligar a pessoa com seus sentimentos trazendo consciência sobre a escolha de caminhos na vida; Pois, ajudam o praticante a dar fluxo as suas forças internas, a saber, a imaginação, o sentimento, o pensamento e ação (SEVERINO, 1988).

    Segundo as terapias orientais, existe um elo com o conceito da existência de uma energia única que une corpo, mente e espírito. Neste entendimento podem-se citar as seguintes terapias: Ayurvédica (yoga, meditação e massagens), Acupuntura (Tschen Tschiu), Tai Chi Chuan , Tui Na, Chi Nei Tsang , Shiatsu, Do in, Jin Shin Jyutsu, Cromoterapia, Reiki. Todas estas terapias orientais tratam desequilíbrios energéticos, relacionando o espírito individual, consciência individual e cósmica, energia e matéria (LANDMAN, 2005).


    DISCUSSÃO E CONCLUSÃO


    Após verificar quais emoções estão reprimidas ou excessivas, o Psicoterapeuta Holístico volta sua atenção para os fundamentos dos Cinco Movimentos da Terapia Chinesa, representados pelos elementos Água, Terra, Fogo, Madeira e Metal. Dessa maneira pode interpretar dentre outras coisas, as disfunções do funcionamento orgânico e o psiquismo.

    Cada um dos elementos supracitados possui um órgão e uma víscera correspondentes denominados Zangfu, os quais podem estar em equilíbrio, excesso ou deficiência energética, servindo de informação para o tratamento mais adequado no momento.

    Dessa maneira podemos destacar as seguintes características, conforme a tipologia de cada um:

    Água: em equilíbrio tem vontade firme, auto-respeito, persistência diante de dificuldades sem correr riscos desnecessários.

    Em excesso o indivíduo se torna muito ativo, ambicioso, imprudente, com medo de perder o controle procurando segurança através do domínio e poder sobre tudo e todos.

    Na deficiência, apresenta pouca energia, medo, desiste facilmente e sem perseverança.

    Terra: em equilíbrio apresenta calma e ordem, pensamento lógico, personalidade estável com capacidade de apoiar ou cuidar sem interferir na vida de outrem.

    Em excesso torna-se dominador da vida alheia, com personalidade possessiva, intrometido.

    Na deficiência demonstra muita preocupação, excesso de pensamentos, sem ação, sem importar-se consigo nem com os outros.

    Fogo: em equilíbrio, irradia o sentimento de amor, calmo, tranqüilo, alegre, comunicativo, sóbrio.

    Em excesso fica excitado, inquieto, maníaco, irresponsável e verborrágico.

    Na deficiência, apresenta tristeza, melancolia, solidão, sente-se indigno de ser amado, falta de interesse pala vida, pessoas ou atividades sociais.

    Madeira: em equilíbrio apresenta uma visão clara de seu caminho, confiante, intuitivo, independente e forte.

    No excesso torna-se impaciente, intolerante irritável, frustrado e agressivo.

    Na deficiência, é uma pessoa insegura, tímida, sempre atormentada por dúvidas, com personalidade fraca.

    Metal: equilibrado participa ativamente da vida com sabedoria, sem medo de se envolver.

    Em excesso egocêntrico, negativo, carrega suas mágoas para outros relacionamentos.

    Em deficiência, não cria laços duradouros, tão pouco novos relacionamentos, vive do passado e não participa da vida.

    Na Bioenergética a avaliação do indivíduo é feita através de seu caráter que pode ser esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido tal quais as características psicológicas dos cinco elementos, a saber: esquizóide–metal, oral-fogo, psicopata-terra, masoquista-madeira e rígido-água.

    Segundo Mann, (1994) o fluxo de prazer parte do coração em direção aos pontos de contato com o mundo: olhos, boca, pele, mãos, pés e genitália. O sentimento de alegria, que brota de dentro, só é experimentado quando há energia e vida na barriga, ou seja, na pelve. A terapia vai ajudar a integrar a compreensão da cabeça, o afeto do coração e a sexualidade do corpo.

    Como podemos ver os desequilíbrios energéticos levam as disfunções emocionais, que por sua vez desencadeiam desarmonia anatômica, gerados por restrições comportamentais sejam bloqueios, atitudes repetitivas, limitantes ou padrões afetivos insalubres.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

    ANN, Brennan B. Mãos de Luz. São Paulo: Pensamento, 2006.

    CHUNCAI, Zhou. Clássico de Medicina do Imperador Amarelo. São Paulo: Roca, 1999.

    CONEZA, Elizabeth. Florais de Bach: Os remédios da alma. São Paulo: ALFABETO. 2006.

    DAHLKE, R. A Doença Como Símbolo. São Paulo: Cultrix, 2006.

    DETHLEFSEN, T. e Dahlke R. A Doença Como Caminho. São Paulo: Pensamento,

    2007.

    FELICIANO, Alberto; CAMPADELLO, Píer. Reflexologia Energética: Massagem para os pés. Madras.

    HUNG, Dr. Cho Ta. - Exercícios chineses para a saúde – a antiga arte do Tsa Fu Pei, Pensamento, São Paulo, 1985.


    LANDMAN L. Exercícios Chineses de Saúde para Pessoas Idosas. Andrei, 2005.

    LOWEN, A. O Corpo em terapia: a abordagem bioenergética. São Paulo: Summus, 1977.

    LOWEN, Alexander. Bioenergética. São Paulo: Summus, 1982.

    LOWEN, A. Prazer: uma abordagem criativa da vida. São Paulo: Sumus, 1984.


    MONARI, Carmem. Participando da Vida com os Florais de Bach. São Paulo: Roca, 2002.

    NISHI, Katsuzo.A Medicina Nishi.São Paulo:IBRASA,1988.

    POIAN, Carmen da. Formas do vazio: desafios ao sujeito contemporâneo. São Paulo: Via Lettera, 2001.

    REQUENA, Y. Acupuntura e Psicologia. São Paulo: Andrei, 1990.

    SEVERINO, Roque Enrique. Tai-Chi Chuan:Por uma vida longa e saudável.São Paulo: Ícone,1988.

    VACCHIANO, A. Shiatsu Facial: A arte do rejuvenescimento. São Paulo: Ground, 2000.

    VIEIRA, H. Florais de Bach: Uma visão Mitológiaca, Etimológica e Arquetípica.São Paulo: Pensamento,2006.

    KIDSON. R. Acupuntura para todos.Rio de Janeiro:Nova Era 2006.

    WONG K. Kit. O Livro Completo do Tai Chi Chuan. 1 º Ed. Pensamento- Cultrix – 2001.


    Autor: : Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099
    Última atualização: 29/12/2008 12:58


    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

     

    Mitiyo Oshiro Takemoto CRT  38660 - Terapeuta Holística

      

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

      

    Sumário

     

    • Introdução ................................................................................................................... iv
    • Apelo aos cientistas........................................................................................................iv
    • Expansão.........................................................................................................................v
    • Cultivo da Energia Sexual.............................................................................................. v
    • Energia Sexual.............................................................................................................. vi
    • Chacras ponte para a consciência superior................................................................... vi

    - Chacra Básico..............................................................................................................vi

    - Conscientização..........................................................................................................vii

    -Os três Nadis principais...............................................................................................vii

    • Os Três Tan Tiens (três mentes ou três veículos) ........................................................vii
    • Dois Cérebros (relação intestino e cérebro).................................................................viii
    • Os Três Granthis (três nós)..........................................................................................viii
    • Desmistificando a Kundalini.......................................................................................viii
    • Bindú..............................................................................................................................ix
    • Pulmões – Relação pulmões e coração...........................................................................x
    • Rins – Relação órgãos sexuais e os rins..........................................................................x
    • Rejuvenescimento – dentro das técnicas taoístas...........................................................xi

    - Exercitando os músculos esfíncteres...........................................................................xi

    • Massagem.....................................................................................................................xii
    • I Ching – O mandamento Divino – A lei do Universo................................................xiii
    • Budismo.......................................................................................................................xiii
    • Material e Metodologia................................................................................................xiii
    • Discussão.....................................................................................................................xiii
    • Conclusão.....................................................................................................................xiv
    • Bibliografia...................................................................................................................xv

     

      

    INTRODUÇÃO

    Estarei relatando sobre um tema que coliga a sexualidade e a espiritualidade, assim estarei desmistificando a Kundalini.

    A filosofia do Chi faz parte da cultura chinesa há milhares de anos, sendo que a palavra Chi possui muitas traduções como: Ki, energia, ar, prana, respiração, força vital, essência vital, fogo central, bioenergia, calor interno entre outros. É a vida doando força que cria movimento e sustenta o universo. O Chi que faz os planetas, os sóis e as estrelas girarem uns ao redor dos outros. É o movimento dos átomos em todos os corpos físicos, ele que faz a semente crescer e se tornar uma vigorosa árvore, é o que faz o feto se desenvolver e tornar-se um ser humano adulto.

    O Chi é o que anima todas as coisas vivas, nutrindo os ciclos da vida. O Princípio do Yin e Yang (o símbolo Tai Chi); o Tai significa grande – e o Chi significa Energia, Grande Energia. A Kundalini , DNA, Bindú e I Ching todos estão ligados a ele.

    O mundo pulsa, expande e explode! É o macrocosmo na dança do Yin e Yang, gerando vida e movimento.

    O nosso corpo, sagrado microcosmo, é uma partícula do macrocosmo, tendo os mesmos elementos como: terra, água, fogo, ar e éter, que estão ligados aos nossos sete chacras, o nosso ser.

    Assim descreverei sobre as forças da criação, a importância da energia sexual como ela esta ligada a espiritualidade, o como se nutre adequadamente essas energias.

    A importância enorme entre a energia sexual e a saúde que estão absolutamente interligados, e que sem essa energia não existe força criativa.

    Um apelo à humanidade – Dedicado à evolução integral do ser humano. O Equilíbrio dessa energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

     

    APELO AOS CIENTISTAS

    Atualmente, a Kundalini está sendo discutida em todas as sociedades, em todas as línguas e países do mundo. Especialmente os jovem cientistas devem dedicar-se ao reconhecimento e à compreensão dos efeitos da Kundalini em si próprios e nas outras pessoas. Os médicos e os cientistas precisam formar uma ponte entre a dimensão subjetiva interior da consciência espiritual e a dimensão empírica da ciência como fizeram Einstein, Itzhak Bentov e o Dr. Motoyama. Esse é o momento para avançar audaciosamente e investigar, de forma cientifica, a experiência da Kundalini. Seu despertar é tanto um evento psicofisiológico como uma realidade espiritual. O estudo de seu amplo potencial é a mais nova fronteira da ciência. Imagine os importantes benefícios obtidos no tratamento de moléstias, quando se revelar cientificamente que determinados sons e formas (mantras e yantras) podem ativar os sistemas fisiológico e físico do organismo.

    Experiências científicas para a avaliação e determinação dos efeitos das praticas do tantra e da ioga contribuirão imensamente para acelerar a evolução do homem. Tenho absoluta convicção e confiança nos extraordinários efeitos da ioga para curar o corpo doente do homem, aprimorar sua personalidade e transformar seu nível de percepção consciente. Dr. Motoyama transpôs as divergências e demonstrou a realidade cientifica da Kundalini e o conseqüente benefício para a humanidade.

    A ioga apresentar-se-á como uma grande força mundial e alterará o curso dos acontecimentos do mundo.

    Hari Om Tat Sat.

    Swami Satyananda saraswati,

    Fundador, Bihar School of Yoga,

    Monghyr (Bihar), India

    30 de Julho de 1981

     

    EXPANSÃO

    Quando, no momento da criação, nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia: uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina. Os chineses deram a essas energias primárias, a denominação de Yin e Yang, há uns milhares de anos. Do jogo dessas duas forças surgiu a criação: o Yin feminino é fecundado continuamente pelo sêmen masculino do Yang, dando origem à vida em suas infindáveis e múltiplas formas. No plano físico do homem, esse jogo de forças se manifesta como sexualidade. Através dela, o homem esta ligado ao ato incessante de criação da vida.

     

    CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL

    No momento um óvulo Yin da mulher é fecundado pelo espermatozóide Yang do homem, imediatamente se divide em duas células básicas, uma célula Yin e uma célula Yang, logo a seguir, essas duas células se dividem em mais duas, Yin e Yang e assim sucessivamente elas vão se dividindo e se multiplicando, gerando órgãos Yin e Yang que vão dar forma à estrutura do embrião, que se transforma em feto.

    A energia sexual é a união primordial das forças Yin e Yang que impulsiona o universo, pois sem essa energia não estaríamos aqui.

     

    ENERGIA SEXUAL

    Os taoístas não vêem o sexo e a energia sexual sob uma questão moral, para eles é mais uma questão de saúde.

    A energia sexual, é a energia mais potente que existe, é a energia criativa, ou seja, a pura energia da vida.

    A sexualidade se manifesta no universo o tempo todo, através da natureza, dos animais e nos humanos. Ela é um dom que recebemos e tem que ser utilizada, assim como a natureza deu, ela cobra.

    A pessoa que não tem atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa de bloqueios energéticos.

    A energia sexual é uma força criativa que se move pelo corpo, alimentando as emoções, os pensamentos e criando o impulso do desejo. Ela não é benéfica somente para o corpo, é também o combustível das emoções e do espírito, é o alimento para todo o nosso ser: o corpo, a mente e o espírito, pois eles devem trabalhar juntos, como diziam os sábios taoístas.

    Assim que você começar a entender a sua energia, como ela é, e para o que realmente existe, terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhá-la e como interagir com as pessoas ao seu redor, principalmente com o sexo oposto.

    A energia sexual envolve vários assuntos, como a Kundalini, Bindú, DNA, Yoga, Tantra, Sahajoli, Pompoarismo, dois cérebros e Três Tan Tiens.

     

    CHACRAS – PONTE PARA A CONSCIÊNCIA SUPERIOR

    Os chacras são uma ponte amorosa de conhecimento e percepção e através deles é possível conhecer realmente a origem do Karma.

    Os sete chacras humanos (sete flores de loutus – sete virtudes); muladhara, suvadhistana, manipura, anahata, vishudh, ajna e sahasrara (em sânscrito). Sete chacras animais – sete pecados; atala, vitala, sutala, rasatala, talatala, hahatala e patala. Dentro de cada um de nós existe: um ser animal, um ser humano e um ser divino. Essas são as três dimensões da nossa existência.

    • Chacra básico – é a base de todos os chacras, é o alicerce do mundo e de tudo, é onde reside a energia mais poderosa e que dá o impulso para o nível superior, para todos os caminhos do conhecimento, é a energia da Kundalini, ela possibilita a evolução “iluminação”. É a força motriz que evolui verdadeiramente: seja física, inteligência, emoção, paixão, sexualidade, espiritualidade, clarividência, clariaudiência, paranormalidade, entre outros.

    O crescimento espiritual e os chacras: É muito difícil alcançar a evolução espiritual, abrir o horizonte e ir além da fronteira, obtendo um conhecimento profundo da natureza sem despertar os chacras e a Kundalini.

    • Conscientização (considerações gerais). O amor é como a terra, quanto mais você semeia, mais trabalho dá, então faça um esforço, trabalhe esse amor em seu próprio benefício, dando mais amor para você mesmo.
    • Os três Nadis principais e o sistema nervoso – Os Nadis principais são: sushumma, pingala e ida. A Kundalini quando é despertada sobe pelo mesmo caminho dos três Nadis principais.

    O Sistema nervoso e o endócrino comandam toda atividade do corpo. O sistema nervoso impulsiona o movimento e a ação através das secreções ou hormônios. As forças elétricas (chacras) ou vitais é que dão vida a esse sistema.

     

    OS TRÊS TAN TIENS (TRÊS MENTES OU TRÊS VEÍCULOS)

    O universo é quase todo baseado no três: três Tan Tiens, são três grandes centros reservatórios de energia que circulam dentro e fora do corpo através dos chacras.

    Os três Tan Tiens conectados significam ou representam a força “YI”: o corpo, a mente e o espírito devem trabalhar juntos, é a bioeletromagnética. Nos últimos 5000 anos os taoístas, tem utilizado essa energia bioeletromagnética para melhorar o seu modo de vida e para estabelecer uma relação com o universo.

    “Bioeletromagnetismo” é o termo ocidental para a força vital. Bio é vida, Eletro é a energia Yang do céu existente em todos os planetas e estrelas, magnetismo é a energia Yin da terra ou a força gravitacional existente em todas as estrelas e planetas.

    Três Tan Tiens – O primeiro Tan Tien é a cabeça, o centro de observação e quanto maior a energia maior é a capacidade cerebral.

    O segundo Tan Tien – É o centro da consciência, onde está o coração. O coração tem memória, guarda sensações, sentimentos e emoções. Ele pode registrar um acontecimento com todos os detalhes e se lembrar depois porque tem o seu próprio cérebro. O Dr. Pearseal, escreveu no seu livro que as pessoas que fizeram transplante cardíaco, acabam na verdade adquirindo as emoções do doador. Essas pessoas realmente sentem tudo que o doador sentiu, um dos casos foi de uma garota que foi brutalmente assassinada e não se sabia quem havia matado. No entanto o coração estava em perfeito estado e foi transplantado em outra garota. Depois disso a garota começou a ter pesadelos nos quais alguém a matava, ela foi levada ao psiquiatra que acabou entrando em contato com a policia. A garota deu a descrição exata do assassino e chegaram a fazer o retrato falado perfeitamente dele. Com essas informações a polícia foi capaz de prender o assassino.

    O terceiro Tan Tien  É a base da percepção, é o segundo cérebro, o centro sexual, é bastante sensível, e quando a cabeça fica fraca por stress, neurose ou medo, pode enfraquecer o centro sexual “a perda do bindú”, por que a cabeça e o centro sexual se comunicam intimamente entre si. Portanto, quando enfraquece a cabeça de cima enfraquece a cabeça de baixo.

     

    DOIS CÉREBROS (RELAÇÃO INTESTINO E CÉREBRO)

    Para a manutenção da saúde geral é necessário um bom funcionamento gastrintestinal. O intestino é reconhecido como “um órgão inteligente”, pela capacidade de selecionar alimentos, ou seja, ele aproveita o que é útil para o organismo. Ele possui os mesmos neurônios da célula do cérebro e por esse motivo é chamado de o segundo cérebro. O segundo cérebro é muito sensível.

    Os taoístas já tinham esse conhecimento há mais de 4700 anos.

     

    OS TRES GRANTHIS (TRÊS NÓS)

    Todos nos temos nós em níveis leve, médio ou forte e eles estão nos três Tan Tiens “três centros de energia”, muladhara, anahata e ajna, ou seja, corpo, mente e espírito. Esses nós podem ser desatados pelo sistema taoísta, a psicoterapia e a yoga terapia.

     

    DESMISTIFICANDO A KUNDALINI

     

    KUNDALINI – A FORÇA SAGRADA – FORÇA IGNEA – FOGO SERPENTINO é bastante poderosa e muito temida devido a falta de informação (conhecimento). A energia da kundalini é a energia cósmica, ela vem do sol oculto penetra na terra e aí nós absorvemos. Ela não é apenas sexual, é também emocional e espiritual. Esta energia cósmica ao ser despertada e ativada, sai do chacra raiz, através dos três nadis principais, o sushumna, ida e pingala, sobe pela medula queimando resíduos etéricos como um fogo líquido serpentino, ascendendo e ativando cada chacra em seu trajeto ou subida. Ela tem conexão direta com a espiritualidade (bindú).

    O poder da kundalini propicia o progresso do discípulo desabrochando nele vários dons: clarividência, clariaudiência, vitalidade criadora e geradora.

    Quando esta energia está desenvolvida ativa a espiritualidade e intensifica a inteligência e estimula a afeição desinteressada, desde que esta ativação se faça com a vitória do espírito sobre a matéria, pois ela tem ligação com o karma (destino).

    Neste trabalho a kundalini está focada na energia sexual e espiritual, que é a energia da felicidade (doçura) latente na espinha dorsal. Em geral, ela está enrolada e adormecida no final da base da coluna e é representada como uma serpente que se move ao longo da mesma.

    Quando ela é ativada sexualmente (orgasmo), sobe pela coluna ativando todos os chacras e órgãos até o bindú (energia sexual – iluminação – nirvana – êxtase).

    Esse fogo serpentino é bastante poderoso, no entanto instável (vulnerável), por esse motivo ela é considerada perigosa, mas, se praticarmos o sexo de maneira saudável, com muito amor, paixão, respeito, sinceridade e uma entrega total (cumplicidade entre dois seres), teremos a doce energia da kundalini circulando dentro de nós.

     

    BINDÚ

    “Gota ou marca”. O bindú pode ser interpretado como: néctar ou essência, intocado ou Portal do Brama, e é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico. É o fio que liga o cérebro a medula e os órgãos sexuais.

    Localização: cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) – está na região do chacra lalana e vishudh, e quando está cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. É aqui que armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática – hormônios sexuais; a energia sexual revitaliza o cérebro.

    O bindú circula dentro do canal principal, o sushumna, cuja substância é de três gunas (três qualidades) e encontra-se no centro da coluna vertebral. Dentro do sushumna existe um canal chamado vajra e dentro dele um outro canal chamado chitrini, e o bindú está encovado no chitrini, e seu interior alonga-se desde o pênis até a cabeça (bindú). No interior do vajra está o chitrini, que é sutil, brilhante e tão fino como o fio da teia de aranha, e ele atravessa todos os chacras que estão localizados na coluna vertebral, ele é a inteligência pura. Dentro do chitrini encontra-se o nadi brama (bindú), e é tão bonito como um reflexo de luz, tão fino como um filamento de lótus e brilha nas mentes dos sábios. É extremamente sutil, ativador do conhecimento absoluto, concretizador de todas as glórias e a sua natureza é a consciência pura. O Portal de Brama brilha em sua abertura, e esse lugar é a entrada para a região espargida por ambrósia, conhecida como Ponto Essencial; trata-se da abertura do sushumna (também envolve os dois chacras inferiores).

    Bindú Visargha quer dizer literalmente “queda da gota”, mas visto que “gota” se refere ao néctar, esta frase fica mais significativa como sendo “a sede do néctar”.

    O bindú deve ser mantido no nível mais alto, que é “o domicílio do néctar”, pois quando ele cai ao nível mais baixo vai para o centro sexual, onde se transforma em esperma.

    Segundo a tradição, o bindú localiza-se perto do topo do cérebro na direção da parte posterior da cabeça, e nesse local existe uma ligeira depressão, onde se concentra uma pequena quantidade de secreção líquida. Dentro desta depressão existe uma elevação mínima, que é a localização exata do bindú na estrutura física. Os nervos cranianos partem deste ponto, inclusive os nervos ligados ao sistema óptico. O processo pelo qual o néctar é segregado pelo bindú é estocado no chacra lalana no orifício nasal, é purificado pelo chacra vishudh. O vajra faz parte da conexão Kundalini e Bindú. É através do sahajoli (pompoarismo) que o bindú é mantido no nível mais alto.

     

    PULMÕES – RELAÇÃO PULMÕES E CORAÇÃO

    Os pulmões e o coração são inseparáveis.

    A função dos pulmões é oxigenar e eliminar as toxinas das células dentro do sangue.

    O coração recolhe o sangue do corpo e envia para os pulmões, e recebe o sangue oxigenado de volta devolvendo para o corpo. Recolhe novamente e envia para os pulmões. Esse processo se repete o tempo todo. Enquanto existir vida, o coração e os pulmões não param e não descansam, a única maneira de ajudar nesse processo é fazer o exercício de respiração correto. “O coração é o presidente e os pulmões são os ministros”.

    O ar ou prana contém nutriente (vitalizante) e é o nosso primeiro e último alimento, nos pulmões cabem de três a quatro litros de ar, e quando fazemos uma respiração superficial, apenas chegam a meio litro e isso acaba causando stress e tensão. Lembre-se que os pulmões são a bomba enquanto o coração é a válvula e não o contrário como muitos afirmam. Se ficarmos cinco minutos sem respirar morremos.

    Para fazer a respiração correta é necessário aprender a técnica de respiração de três Tan Tiens.

     

    RINS – RELAÇÃO ORGÃOS SEXUAIS E OS RINS

    Os rins têm a função de filtrar o sangue, enquanto os pulmões limpam as toxinas das células. A energia ancestral está nos rins, ele é “o repositório do vigor sexual”, por isso é necessário dar uma atenção especial a esses órgãos.

    Segundo a medicina chinesa esse órgão é o que regula a função sexual.

    Os testículos e ovários têm ligação direta com os rins e as glândulas supra renais, portanto é importante fortalecê-los se quisermos aumentar a potência e longevidade sexual, lembrando sempre que a energia sexual é a energia mais potente que existe “energia vital”. Ela não é apenas sexual é também o combustível que circula pelo corpo, alimentando as emoções os pensamentos e criando o impulso do desejo. A energia sexual é a energia criativa, ela é a pura energia da vida. 

     

    REJUVENESCIMENTO – DENTRO DAS TÉCNICAS TAOÍSTAS

    Os antigos taoístas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres internos, que são: a boca, os olhos, as narinas, o ânus, os genitais e o períneo. Eles estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo: como digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em perfeita saúde, é muito importante que esses músculos se contraiam simultaneamente estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Os taoístas descobriram os segredos dos músculos esfíncteres observando os bebês e as crianças e uma de suas metas das pratica taoísta é tornar-se tão vibrante, vigoroso e vivificante como uma criança.

    Por meio de exercícios específicos desses músculos reconduzem nosso corpo à harmonia com o Tao, assim vamos poder resgatar a juventude.

    Esses exercícios fazem parte do sahajoli. Trata-se do chacra básico e da importância do fortalecimento da base em todos os sentidos, pois ele é o chacra da Kundalini.

    Vamos poder comprovar o efeito da técnica imediatamente após o primeiro exercício. Será possível sentir a energia vital, essa vibração vivificante que tínhamos na infância.

    Observe um bebê mamando: enquanto sua boca suga ritmadamente, os olhos se contraem em uníssono, o ânus e o trato urinário se contraem e relaxam em harmonia com a boca, enquanto as mãozinhas se abrem e fecham em sincronia com a sucção exercida pela boca. Esse movimento sincronizado bombeia a energia por todo corpo.

    Consequentemente, quando nós adultos temos contrações e relaxamentos harmoniosos dos músculos esfíncteres, nosso corpo fica pleno de energia e saudável. Por outro lado, quando esse ritmo está desequilibrado, por stress, doença ou tensão, a energia do corpo se esgota.

    Todos os músculos esfíncteres do corpo se refletem uns nos outros, e a reflexologia sexual, revela essa íntima conexão. Os músculos esfíncteres do rosto revelam os músculos esfíncteres do trato urogenital, do ânus e do períneo e quando existe um desequilíbrio de energia sexual ela é revelada nas características externas da face. Além disso, esses músculos influenciam diretamente na saúde dos órgãos internos e essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas do corpo.

    • Exercitando os músculos esfíncteres.

    Contrair a boca e sugue as bochechas para dentro da boca, criando uma sucção na boca. É algo semelhante a brincar de fazer “boca de peixe”. Contraia e relaxe por, no mínimo 9-36 vezes, sinta a conexão entre a boca e o resto do corpo. Perceba a conexão entre a boca e os músculos esfíncteres inferiores, ânus, períneo e base do pênis / parte inferior da vagina.

    Piscar os olhos rapidamente e olhar ao seu redor. Exercitar os músculos esfíncteres ao redor dos olhos melhora a visão e mantém a umidade deles. Também é um ótimo exercício para despertar o corpo, pois estimula o sistema nervoso.

    Pisque os olhos durante, 30-60 segundos. Estimular esses músculos em volta dos olhos ajuda a abrir o diafragma urogenital.

    Contrair o ânus: contraia e relaxe o ânus. Sinta a energia dos centros inferiores correndo pelo seu corpo. Pela contração do ânus, fortalecemos a conexão entre todos os músculos esfíncteres do corpo.

    Contrair o períneo e a vagina: contraia e relaxe os músculos da vagina e períneo. Trata-se do mesmo músculo que é usado para interromper o fluxo da urina esse músculo, tal como o ânus é à base do centro sexual. Fortalecendo o períneo e a vagina, a mulher torna-se capaz de conter a energia sexual em vez de deixá-la escorrer para fora do corpo. O fortalecimento do períneo é o primeiro passo de muitas outras práticas taoístas, como o “impulso orgástico ascendente” e o “poderoso bloqueio”. Você pode contrair e relaxar o períneo a vagina e o ânus ao mesmo tempo, para criar mais força no diafragma urogenital.

    Contrair os olhos, a boca, o ânus e a glândula prostática é um exercício que ativa o centro cerebral. Quando um homem contrai a glândula prostática é ativada a glândula pineal, a glândula prostática tem uma conexão estreita com a glândula pineal que é considerada um segundo órgão sexual. É como dizem “o maior órgão sexual é a cabeça”.

     

     TERAPIA CORPORAL 

     

    A terapia pelo toque (obs.. "massagem" é um termo inadequado em relação à legislação e mercado brasileiros) relaxante é benéfica porque ela libera as tensões reprimidas causadas pelo stress, e estabelece comunicação entre o corpo e a mente. Ela vem sendo usada a milhares de anos como meio de alcançar a saúde o relaxamento e a longevidade. A massagem é de extrema importância, pois aumenta a circulação, elimina as tensões musculares e gera energia positiva. Dê muito carinho e amor para o seu coração, ele merece ser recompensado e a massagem ajuda o coração a relaxar, descansar, devido à melhora na circulação do sangue. A massagem Tuiná é muito especial e ela pode ser aplicada ou recebida por qualquer pessoa.

    A auto "massagem" nos rins, estimula e energiza os mesmos e é de vital importância para manter a saúde deles.

     

     

    I CHING  O MANDAMENTO DIVINO, A LEI DO UNIVERSO

     

    O tratado das mutações (natureza). O equilíbrio dinâmico dos cinco elementos faz parte do

    I Ching, os 64 hexagramas do I Ching e as 64 possíveis combinações de proteínas do código genético do DNA.

    I Ching, Tao e Budhi caminham juntos, são inseparáveis.

     

    BUDISMO

    A semente, a mãe do budismo é o hinduísmo.

    • Os três veículos do budismo.

    Primeiro veículo (primeiro TT) Hinayna, é o budismo da inocência, pureza, espiritual (jejum absoluto).

    Segundo veículo (segundo TT) Mahayana, o budismo da comunicação, expansão (jejum moderado).

    Terceiro veículo (terceiro TT), Trantrayana (vajrayana), o budismo da sexualidade. Tantra-Yoga e Kundalini-Yoga fazem parte do vajrayana, sahajoli.

    O busdismo de três veículos (três TTs) é o verdadeiro, completo e integral (é a mãe natureza).

    A mãe natureza é muito sábia, se ele é agredida ela devolve com violência, basta observar o planeta terra.

     

    MATERIAL E METODOLOGIA

     

    Foram usados livros para consultas, assisti palestras e workshops voltados à holística, estudos sobre filosofia taoísta, budista, I Ching (naureza), templos e igrejas.

    A soma de alguns conhecimentos próprio e alheios, as vivencias com alunos, colegas e professores, orientadores e amigos e também profissionais ligados a medicina ortodoxa.

     

    DISCUSSÃO

    A importância de olhar para o passado, observar o presente (refletir e filosofar) para poder projetar o futuro (novos horizontes) assim que se alcança a própria evolução.

    Apesar de me sentir às vezes leiga sobre o assunto e ser uma autodidata, usei muito e ainda uso o I Ching, e esse livro ajuda no meu caminho de evolução e no caminho de quem o utilizar. O I Ching foi baseado no principio do Yin e Yang (o Tai Chi, a grande energia).

    O Dr. Motoyama teve sua experiência pessoal com a kundalili, porém para isso usou o acetismo aquático todos os dias (banho de água gelada) por um longo período de tempo e com a prática conseguiu a levitação (o corpo já conseguia e se desligava do chão).

    Baseada em minhas experiências vivenciei as duas faces da energia da kundalini, percebi que quando ela está fluindo corretamente não existe desgaste físico ou mental, em caso dela não estar fluindo de forma positiva, ela desequilibra o corpo e a mente.

     

    CONCLUSÃO

    Conclui que os segredos de quem nós somos está nos chacras (kundalini) eles falam, eles sentem e pensam.Tudo está aqui no Tai Chi (grande energia) é o início de tudo, o começo da evolução humana. Cheguei à conclusão que todas as pessoas deveriam conhecer os chacras com profundidade para conhecer verdadeiramente a si mesmo e consequentemente conhecerá o próximo.

    O princípio do Yin e Yang está em tudo e em todo o universo porque sem essa energia, nada existiria no caso do nosso corpo essa energia flui através de nossa kundalini.

    Acredito que o conhecimento compartilhado é conhecimento em dobro, por isso compartilho.

      

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

    • Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    • Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    • Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    • Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    • Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Série Manu – Apostila número 2, segunda edição

    • Super Interessante – Edição 235 – Jan/2007
    • Curso de fundamento de I Ching – O Tratado das Mutações, apostila da Sociedade Taoísta do Brasil.

     

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - CRT 38660 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal Indiana

    Terapia Corporal Indiana

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque

     

    Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

    3. Princípio filosófico de origem.

    4. Noções básicas sobre os Chakras, Nadis.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

                  Tudo que desejamos no plano físico é possível de realizar se obtiver consciência de que a capacidade de criação é natural ao Ser Humano.

                  Devido às condições de preconceitos sociais, culturais e até mesmo religiosos, o ser perde essa capacidade de sentir e criar e passa a crê que tudo depende do mundo externo, das pessoas e quem sabe se DEUS permitir. Se sentindo vazio e frustrado.

                  A terapia corporal por si só já é um agente de carinho, permitindo que a pessoa se preencha deixando de está carente de algo que ela própria não sabe explicar. Apenas que é bom.

                  Agora imagine uma técnica que além de tocar o físico, possa tocar também o corpo energético, fortalecendo e sobrepondo a mente que boicota, para simplesmente Ser o que tem de Ser, na sua verdadeira forma de Natureza interna e individual.

                  Atingir verdadeiramente a sua essência através do toque (deeksha), insuflado através dos mantras e naturalmente o realinhamento dos chakras acontece.

                  A Terapia Corporal Indiana proporciona o realinhamento dos centros energéticos (chakra) e das emoções e conseqüentemente descongestiona o fluxo emocional negativo registrado na capa corporal.  Portanto além de extremo relaxamento, produz equilíbrio e auto estima, revigorando o desejo de ser feliz.

                 

                 

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

      

    Terapia Corporal Indiana Tântrica

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

     

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque.

     

                  Insuflar energia no corpo, limpando os elementos astrais com a identificação do toque.

                  A Terapia Corporal Indiana é uma técnica codificada através de preâmbulos advindos do livro denominado de tantra ensinando princípio comportamental de vida, onde o objetivo principal é um processo de higienização da mente, do corpo físico e do corpo emocional através de fórmula ritualística; incluindo o comportamento sexual ritualístico e metafísico. O toque é a parte principal do ritual maithuna (ato sexual metafísico). Sendo que os contextos deste toque (deekshas) foram transformados em uma técnica de Terapia Corporal sensibilizatória com o intuito de promover equilíbrio energético através do mantra, aroma, pranáyáma e manobras sutis corporal de forma circular para reconectar e polarizar a energia da pessoa que está para receber o deeksha (toque) levando a mesma ao conhecimento do seu EU INTERIOR.

                  Foi desenvolvida com a finalidade de integrar os sete corpos básicos, alinhando-os e purificando-os para que exerçam sua função da auto liberação da consciência. Em outras palavras, a Terapia Corporal Indiana Tântrica proporciona um encontro entre os elementos constitutivos do homem e os elementos essenciais do Ser.

                  O homem é terrestre, telúrico, corporal, o qual se expressa através de uma personalidade social, e sétuplo, testemunho incogniscível do Cosmos e do Ser-persona, onde está o Purusha.

                  O Purusha é o verdadeiro ser interior. Aquele que está acima e dentro do corpo, do etérico, do emocional, do mental, do intuitivo e dentro do espiritual. Domina todo ele, passivamente, aglutinando-os, mas não interferindo; organizando-os de modo não-perceptível.

                  Ao conjunto dos corpos sutis, tais como: emocional, telúrico, mental, intuicional e espiritual, dão-se o nome de psicocorpo (koshas). De modo geral, podemos chamá-lo de corpo psíquico, embora o termo não condiga com a totalidade do significado.

                  Esse corpo pode sofrer mudanças tanto benéficas quanto maléficas, dependendo de como nos comunicamos com ele. Ele sente os reveses do meio ambiente na forma de stress emocional, mental e sexual, influindo diretamente no corpo físico a nível neurológico e muscular, cristalizando-se numa gama imensa de reflexos.

                  Num esquema simples, poderíamos dizer que ao aplicarmos as manobras da terapia corporal no corpo físico, atuaremos também no psíquico. Esse procedimento se movimenta em ondas, do físico para o energético e para o emocional, do emocional para o mental, do mental para o intuitivo. Daí em diante então poderá se manifestar o Purusha. O ponto principal de atuação nesse corpo psíquico é através da respiração e dos mantras que será insuflando durante o toque físico usando como ponto principal os chakras para aportar o fluxo de energia emanada durante o procedimento de aplicação.

                  A Terapia Corporal Indiana surgiu do principio filosófico tântrico derivado da técnica do maithuna (ato sexual metafísico) que em sua primeira importância é adquirir sabedoria deixando de ser um ato sexual carnal para algo absolutamente transcendental.

                  A técnica desta terapia corporal consiste em deixar o ser humano mais sensibilizado e com a sua libido mais ordenada, podendo transmutar esta energia no dia-a-dia em forma pensamento, em forma trabalho ou em forma de expressão harmoniosa.                                                        

     

    3. PRINCÍPIO FILOSÓFICO DE ORIGEM

     

                  Tantra é um termo masculino, como em geral acontece nas palavras terminadas em "a" no idioma sânscrito. Tantra origina-se das palavras TANOTI (expansão) e TRAYATI (consciência), evocando a possibilidade de crescimento da consciência através do Sadhana (prática). A palavra também pode significar "livros". Livros onde são ensinados exercícios, história, ciência, filosofia, atitudes de higiene física e mental, bem como, modo de vida, sexualidade e atuação social. Todo tratado sistemático concernente à prática que leva à "expansão do ser" está representado pela raiz TAN (de estirar ou estender) e o sufixo TRA (instrumentalidade). Obtêm então a palavra TAN-TRA, ou seja, literalmente, "instrumento de expansão" do campo de consciência comum, para alcançar a supra consciência, raiz do Ser e receptáculo dos poderes desconhecidos que o tantra pode despertar e utilizar.

                  No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas. Já conheciam a atração interplanetária, a luz e sua velocidade, extensa teoria a respeito do calor, da gravitação, dos Nakshastras (casas lunares), bem como o ano lunar e solar. Enquanto as outras culturas do mundo ainda engatinhavam, na Índia se desenvolvia a ciência do som (sphotavada).

                  Toda a sistemática do Tantra se desenvolve principalmente através dos Tatwas (elementos: terra, fogo, água, ar e éter) que derivam a força de consciência macrocósmica. A Terapia Corporal Indiana Tântrica se desenvolve através de elementos físicos para dar ordem a elementos mais sutis. O resultado será de uma consciência pura, da energia de ação, energia de conhecimento. Traduzindo; É a recepção do ato de consagração, absorvido pelo o fluxo de energia desprendido da entoação dos mantras e, portanto serem o verdadeiro deeksha (toque divino).

                  O Nyasa (identificação): neste caso tem uma série de características especiais. Entre elas:

    a) identificação com várias partes do corpo físico.

    b) identificação com várias partes dos corpos sutis.

    c) identificação visual (auditiva externa ou interna) dos vários sons primordiais (bija-mantras ou mantra semente).

    d) identificação interior com as deidades evocadas.             

                  Por isso a Terapia Corporal Indiana é muito sutil e transcendental, a importância dela jamais será no corpo físico e sim no corpo sutil (espiritual ou energético). Depois de algumas sessões a pessoa que esta recebendo a energia passa ser um verdadeiro iniciado, mudando completamente seu padrão vibratório energético.

                  Num período muito curto ele perceberá que suas ações já não serão mais a mesma, ou seja, o ponto foco de clareza de um objeto emocional ou racional à sua frente passa ser dominável. Não sendo mais um grande obstáculo de 10 metros de altura, simplesmente é um obstáculo, mas, com 2 metros, ou seja, é possível pensar como transpô-lo.

                  Vamos relembrar ou conhecer os chakras que é a ponte principal para a passagem de energia aplicada nesta técnica.

       

    4. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE OS CHAKRAS

     

                  Chakras são centros energéticos que  trabalham em sintonia entre si e com todo nosso corpo físico e psíquico, estando inter-relacionados com os sistemas parassimpático, simpático e sistema nervoso autônomo. Sua função é vitalizar, equilibrar e interagir com o corpo físico e o corpo psíquico, trazendo o desenvolvimento para a consciência.

                  Chakra é a denominação sânscrita dada aos centros de força existentes nos corpos energético do homem; também são chamados de lótus ou rodas. O seu fluxo de movimento caminha por canais sutis denominados de nadis e seus canais principais são Sushumna, Ida, Pingala,

     

    • O chakra básico - Muladhara  Energia vital

                  Assenta o mundo dos instintos - consciente.

                  Consciência física. Posse Material

                  Discernimento espiritual

     

    • O chakra energético - Svaddhisthana  Fé - Confiança

                  É a entrada no inconsciente - novo nascimento se assim podemos dizer.

                  Impulso sexual e de luta.

                  Transmutação, Criação de uma nova personalidade

     

    • O chakra plexo solar - Manipura  Conhecimento

                  Assenta as emoções – paixões e o inferno produzido por si próprio.
                  Vida emocional instintiva e desejo de realização espiritual.

     

    • O chakra cardíaco - Anahata  Sentimentos

                  Começo do self - pensamento e valores.

                  Autoconsciência vital – Vida Afetiva – Amor Universal

     

    • O chakra laríngeo - Vishuddha  Percepção e purificação.

                  Reconhecimento da independência da psique - pensamento abstrato – conceitos -               produtos da imaginação.

                  Expressão psicológica – Inspiração e expressão criadora.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra frontal - Ajña  Conhecimento interior

                  União do self no todo, não no ego.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra coronário  Sahasrara  Sabedoria

                  É o suporte de o próprio SER.

                  Energia anímica - vontade

                  Realização espiritual.

     

    Veja abaixo  as funções, cores e  localização de cada chakra.

     

    1. Muladhara Chakra – (sico)

                  Este é o chakra que nos conecta as energias de terra, que nos enraíza. É a sede da Kundalini.

    Localização: Entre o ânus e os genitais, base da coluna vertebral.

    Glândula: Gônadas  Excitam a esfera dos sentimentos e desenvolve os instintos fundamentais

    Hiperfunção: Exagerados sentimentos altruístas e, ao mesmo tempo, egoístas. Forte vontade. Tendência à posse e ao domínio. Otimismo, expansão e iniciativa.

    Hipofunção: Timidez. Depressão. Apatia. Pouco rendimento qualitativo.

    Propósitos: Sentimentos sinestésicos, movimento.

    Lição espiritual: Interagir com o  mundo material.

    Giro: no sentido horário no homem – anti-horário na mulher

    Em desequilíbrio: Irritação, raiva, medo de viver, apego excessivo e baixo estima.

    Em equilíbrio: Confiança na vida, segurança pessoal, satisfação, estabilidade, força e coragem interior e auto-estima.

    Informações armazenadas no chakra: Convicções familiares, superstições, lealdade, instintos, prazer físico, dor, toque.

     

     

    2. Svaddhisthana Chakra –  (Energético)

                  É o centro de energia vital

    Localização: Quatro dedos abaixo do umbigo.

    Glândula: Supra Renal: Espírito de luta. Capacidade de reação. Energia das reações psíquicas.

    Hiperfunção: irrascibilidade, agressividade, espírito belicoso, ressentimento, inadaptabilidade, exaltação psíquica.

    Hipofunção: Exagerada sensibilidade a dor, perseverante, serio e trabalhador, mas dominado pela a tristeza e pela a depressão, neurastenia, submissão, abatimento.

    Giro: sentido horário na mulher e anti-horário no homem

    Lição espiritual: Manifestação, aprender a "deixar fluir".

    Em desequilíbrio: - Ciúme, possessividade, instintos reprimidos, tensão, tristeza.

    Em equilíbrio: Fluidez natural da vida em todos os sentidos: corpo e mente, entusiasmo, ações produtivas, franqueza, naturalidade.

    Informações armazenadas no chakra: Dualidade, magnetismo, controlando padrões, sentimentos emocionais (alegria, raiva, medo).

     

    3. Manipura Chakra - (Plexo solar)

                  Este é o chakra do centro do poder pessoal.

    Localização: Em média cinco dedos acima do umbigo (mas precisamente no centro do estômago).

    Glândula: Pâncreas

    Hiperfunção: apatia temperamental, lentidão psíquica.

    Hipofunção: depressão do tônus psíquico, excitabilidade, irrascibilidade.

    Propósitos: Entendimento emocional

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aceitação de seu lugar no fluxo de vida (amor-próprio).

    Em desequilíbrio: Tendência a moldar tudo sob seu próprio ponto de vista, egoísmo, inquietação, insatisfação, descontrole, nervosismo, ansiedade, falta de concentração, medo de novas experiências e medo de rejeição.

    Em equilíbrio: Auto estima, sensação de paz e harmonia, aceitação da vida e do próprio crescimento, autoconfiança, valorização das riquezas interiores e exteriores.

    Informações armazenadas no chakra do plexo solar: Poder pessoal, personalidade, consciência de o próprio ser dentro do universo (senso de pertencer).

     

     

    4.  Anahata Chakra –  (Chakra cardíaco).

                  Este  chakra é o centro da essência divina, do amor universal, inclusive é o que equilibra ou desequilibra os três primeiros com os três últimos chakras.

    Localização: No centro do peito.

    Glândula: Timo

    Hiperfunção: Emotividade excessiva, abulia, timidez, grande imaginação evocativa. Fator predisponente à preservação moral e sexual.

    Hipofunção: Apatia, debilidade mental.

    Giro: horário para a mulher e anti horário para a mulher.

    Propósitos: Abnegação, amor universal, perdão e paz.

    Lição espiritual: Perdão, amor incondicional, deixar fluir, confiança, compaixão.

    Em desequilíbrio: Doação excessiva de si, desespero, ódio, inveja, medo, ciúme, raiva, depressão, angustia, indiferença, brutalidade e frieza.

    Em equilíbrio: Amor, compaixão, confiança, inspiração, esperança, generosidade, solicitude, calma, alegria, equilíbrio.

    Informações armazenadas no chakra do coração - conexões com aqueles que amamos e o amor incondicional.

     

    5. Vishuddha Chakra – (Chakra laríngeo)

                  Este  chakra é a fonte da expressão e comunicação criativa.

    Localização: na garganta aproximadamente um dedo abaixo do pomo de Adão.

    Glândula: Tireóide

    Hiperfunção: Irreflexão, inconstância, impulsividade, inquietude, imaginação muito viva, insônia.

    Hipofunção: Apatia, lentidão nos processos psíquicos, inteligência atrasada, depressão, linguagem deficiente, muito sono.

    Propósitos: Aprender a  assumir responsabilidade pelas suas próprias necessidades, ressonância do ser, comunicação e expressão.

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aprender a render-se à vontade divina, fé, verdade sobre a  decepção.

    Em desequilíbrio: Dificuldade de se mostrar e expressar-se, tomar decisões. Insegurança, crítica, timidez, medo da opinião alheia e falta de autoridade.

    Em equilíbrio: Livre expressão de pensamentos, conhecimentos e sentimentos; criatividade na comunicação, voz potente e clara, eloqüência, capacidade de ouvir com atenção e com o coração honestidade interior, fé, vontade, sensação de total integridade.

    Informações armazenadas no chakra da garganta: Autoconhecimento, verdade, atitudes, audição, gosto, cheiro.

     

    6. Ajnã Chakra – (Terceiro olho)

                  Este  chakra é  o centro dos poderes psíquicos.

    Localização: No meio da testa, entre as sobrancelhas.

    Glândula: Hipófise

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e combatividade, tendência ao domínio, ao abuso. Crítica e rebelião, insônia

    Hipofunção: Vontade fraca, timidez, sugestionabilidade, atraso intelectual, dificuldade em manterá atenção, muito sono.

    Giro: sentido horário e sentido anti-horário.

    Propósito: Intuição e autoconhecimento.

    Lição espiritual: Entendimento, não identificação, mente aberta.

    Em desequilíbrio: Rigidez mental, racionalidade excessiva, vaidade em relação a própria inteligência, medo da verdade, confusão, fixação em determinadas idéias.

    Em equilíbrio: Agilidade mental, visualização desenvolvida, transcendência, abertura da intuição e visão interior, discernimento, inteligência emocional, conceito de realidade, capacidade de ver além das formas físicas.

    Informações armazenadas no chakra do terceiro olho: Ver com clareza e sabedoria, sabedoria, intuição, intelecto.

     

    7. Sahasrara Chakra – (Chakra da coroa)

                  Este é o chakra que nos conecta com a energia divina.

    Localização: No topo da cabeça

    Glândula: Pineal

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e compatibilidade, tendência ao domínio, ao abuso.

    Hipofunção: Atraso intelectual

    Propósitos: Sabedoria intuitiva, conexão para a espiritualidade, integração com o todo.

    Giro: sentido anti-horário nas mulheres e sentido horário nos homens.

    Lição espiritual: Espiritualidade, viver o momento.

    Em desequilíbrio: Falta de propósito, perda da identidade, medo de estar só, sentimento de separação do próprio "eu" transmitindo bloqueio aos demais chakras.

    Em equilíbrio: Descoberta do divino, facilidade para acessar diretamente o conhecimento superior a partir da conexão com o "eu universal", confiança, abnegação, humanitarismo, habilidade para ver o todo no fluxo de vida, devoção, inspiração, valores, éticas. Irradiação da vida com total plenitude e pureza.

    Informações armazenadas no chakra da coroa: Integração e conceito do todo.

     

     

     

    4. a) KUNDALINI - Fogo Serpentino

                  É energia ígnea, serpentina reside no chakra básico (Muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes:

     

    1. ANIMA (exigüidade). Esta é a faculdade que permiti identificar-se com a essência da menor parte do universo e do que ele mesmo é constituído. Permite ver o infinitamente grande (Mahima) ou, ao contrário, o infinitamente pequeno (Anima).


    2. MAHIMA (magnitude). Este é o poder de aumentar de volume, quer dizer, de alargar o círculo de sua consciência e de alcançar a plenitude do conhecimento do infinitamente grande.

     

    3. GARIMA (gravitação). Isto é relativo ao peso e à massa, e se aplica à lei de gravitação que é um dos aspectos da lei de atração. Este fenômeno é à busca dos yogues, ou seja, o estado de Samadhi.


    4. LAGHIMA (levitação). Esta é a possibilidade que tem o adepto de tornar-se mais leve que o ar, afastando a força de atração da Terra, e de desligar-se dele.


    5. PRAPTI (realizar o objetivo). Aquele que possui este poder tem a capacidade de atingir seus fins projetando sua consciência em todos os lugares que ele julga necessários, quer estejam sobre o plano físico ou sobre o plano cósmico. Este poder foi sempre muito utilizado pelos místicos do mundo inteiro. Prapti desenvolve também a clarividência, clariaudiência e telepatia.


    6. PRAKAMYA (a vontade irresistível). Este poder confere ao adepto a possibilidade de realizar todos os seus desejos pela força da vontade divina, quando esta vontade substitui, em parte, a vontade pessoal e seus desejos estão em perfeita harmonia com o plano divino.


    7. VASITVA (o poder de comandar). É o poder de tornar-se mestre das forças elementares da natureza, utilizando o poder do som criador ou mantra. Pela palavra sagrada, as vibrações são produzidas no éter e as diversas formas podem ser produzidas. Ato utilizado em grande feito de magia.


    8. ISATVA (o poder criador). Isatva se refere ao poder que tem o adepto de dispor dos elementos em suas cinco formas e de ressuscitar a vida no plano físico.

     

                  Estes elementos mencionados no item acima são de caráter de curiosidade e conhecimento. Estes aspectos devem se desenvolver através de prática específica para o desenvolvimento das energias de cada chakra.

                  A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

     

    5. OS ELEMENTOS E SEU SENTIDO OCULTO

     

                  “Saiba, que o Fogo (energia) é o primeiro tattwa; o Ar o segundo; a Água o terceiro; a Terra o quarto e o Éter o quinto.

                  “O primeiro tattwa é a panacéia que dá energia vital às criaturas e acaba com sua tristeza. O segundo provém de uma aldeia, o ar da floresta: ele desce da Água, é belo é delicioso e dispensa o poder de gerar. O quarto, pouco custoso, é produzido pela terra, dá a vida às criaturas e é a base da vida nos três reinos. O último tattwa, ó deusa, proporciona grandes alegrias; origem de todas as criaturas, sem começo e nem fim, ele é a raiz do universo. Assim falou Sadashiva de bom augúrio.”

     

    DEFINIR TATTWAS

                  É difícil definir os tattwas ou elementos, por serem ao mesmo tempo concretos e sutis, apesar de incomparáveis. De modo geral, os elementos não são objetos tangíveis, e sim, um conjunto de leis e força que condicionam um estado particular à matéria, estabelecendo-lhes propriedades específicas.

                  O elemento Terra (Priti), basta erguer a cabeça para o céu estrelado para se dar conta de que o universo é, principalmente, vazio. Entretanto, aqui e ali, a matéria cósmica torna-se densa, em vez de se distribuir uniformemente nesse vazio intergaláctico.

                  Partindo da definição de um elemento, todas as leis e todas as prodigiosas energias cósmicas que concorrem para essa densificação constituem o elemento Terra. Assim, nossa terra, simplesmente não passa de uma manifestação localizada do elemento Terra. O Sol e todos os corpos celestes são também manifestação do Elemento Terra, o mais elementar (evidentemente), pois estamos sentados sobre ele. De fato, cada átomo de cada objeto percebido é matéria cósmica densificada e faz parte de um corpo celeste incandescente. Nosso corpo é literalmente, sol resfriado, condensado.

                  O Elemento “Água” (Api) é aquele que mantém a matéria em estado líquido, a água é o fluido mais comum em nosso planeta, é o seu protótipo. Evidentemente mas que interesse há nisso? O interesse é enorme, pois esses fluidos são captadores dos ritos cósmicos, que, por sua vez, dirige todo o nosso biorritmo. O mais evidente desses ritmos é o das marés, que diuturnamente misturam os oceanos em respostas à atração lunar, mas também a solar e as marés sobre todos os líquidos do universo, não somente os de nosso planeta. Mas também, esses ritmos cósmicos não afetam só os oceanos; há uma mini maré num copo d’água, numa gota d’água: E, como no corpo 85 % é constituído de água, todo o biorritmo é a eles submetido.

                  Assim, por intermédio dos fluidos corporais, na morna intimidade dos tecidos, em cada célula, a lua e todos os corpos celestes regulam o imperceptível baile de ritmos vitais.

                  O “AR” (VAYU), embora saibamos é matéria em estado gasoso. Para o tantra, os gases veiculam energias cósmicas sutis.

                  Há milênios os tântricos sabem que o ar não é um gás inerte. Que ele “capta e transporta uma energia impalpável denominado ‘PRANA”, variável de acordo com a estação e o lugar. Eles sabem que nossa vitalidade depende dele e que “sua natureza é a do relâmpago”, intuição extraordinária, por isso é literalmente verdade.

                  Recentemente, a ciência (a biologia, em particular) se preocupava acima de tudo com a composição molecular do ar: azoto, oxigênio, gazes raros, e negligenciava sua ionização. Atualmente, sabemos que os átomos de oxigênio do ar podem ser ionizados, ou seja, ter um minúsculo “pacote” de energia excedente, portanto, disponível. Conforme a proporção de átomos de oxigênio assim ionizados, o ar pode ter propriedades vitais bem diferentes e, sabendo disso, os yogues inventaram técnicas especificas que permitem captar, acumular, controlar o Prana e aumentar nossa vitalidade.

                  O aspecto prático desse elemento está ligado às fontes de nossa vitalidade, aparece, por exemplo, na forma de Office sckiness, o “mal dos escritórios”, que ataca aqueles que vivem fechados nesses edifícios onde predomina o ar condicionado. De acordo com a teoria yogue, o “mal dos escritórios” se explica facilmente: um ar assim, sem prana, necessariamente mina a vitalidade e provoca diversos desequilíbrios. Após tê-lo ignorado ou desconhecido por muito tampo, começam pouco a pouco perceber isso, mas os orgulhosos edifícios de janelas trancadas ai estão e ficarão por muito tempo. Aqueles que são obrigados a viver neles restam o recurso de compensar esse déficit dedicando alguns minutos por dia aos exercícios de pranáyáma.

                  O ELEMENTO “FOGO” (TEJAS) é a matéria em estado “radiante”, por exemplo, a radiação do sol e das estrelas, mas também do fogo comum. Sem o elemento Fogo, nosso planeta seria gelado, pois o Sol não poderia irradiar seu calor até nós através da imensidão espacial, e nós ignoraríamos sua existência e das estrelas.

                  O elemento “Éter” (akasha) É o elemento alquímico que resistiu por mais tempo ao ataque da ciência. De fato, era axiomático considerar o vazio universal cheio de uma substância tênue ao extremo, que não oferecia nenhuma resistência à propagação das ondas e partículas de alta energia: parecia impensável quê o que quer que fosse pudesse ir propagando-se no nada. Tudo foi abalado em 1880, por causa dos resultados negativos das experiências de Michelson que queria comprovar a evidência do éter graças ao interferômetro ultra-sensível por ele inventado.

                  Para o Tantra, o elemento Éter - Akasha, E “nosso éter, ou seja, a matéria no estado mais sutil concebível, mais alguma coisa cientificamente indefinível (eu até diria “provisoriamente”), que eu chamaria, na falta de coisa melhor, de espaço dinâmico. Para o senso, ingênuo, o espaço é um grande buraco, inerte, no qual o Bom Deus concebeu o Universo. Certamente, não é essa visão da ciência, que, no entanto, não está muito melhor, pois ignora totalmente a natureza do espaço, alias, como também, a do tempo.

     

    6. Segredos dos cinco Pranas

     

                  Para que haja mudanças reais é necessário alterar a energia que cria. Este fato é verdadeiro na prática do Yoga. Para causar mudanças positiva no corpo e na mente devemos compreender a energia com qual se trabalha. A esta energia denomina-se de Prana significando a energia primordial. É traduzida a força vital, embora seja muito mais que isto.

                  Certamente o universo inteiro é uma manifestação do Prana, que é o poder criativo original. 

                  Em um nível cósmico há dois aspectos básicos de Prana.

                  O primeiro é o aspecto é a energia de Consciência pura que transcende toda a criação. O segundo ou o Prana manifesto é à força da criação própria. O Prana eleva-se a qualidade (guna) dos rajas, a força ativa da natureza (Prakriti). A natureza ela mesma consiste em três gunas: sattwa ou harmonia, que causam a mente, o rajas ou o movimento, que causa o prana, e tamas ou inércia que causam o corpo.

                  Certamente poder-se-ia discutir que Prakriti ou a natureza são primeiramente Prana ou rajas. A natureza é uma energia ou um Shakti ativo. De acordo com a tração ou a atração do Self mais elevado ou da consciência pura (Purusha) esta energia torna-se sattwica. Pela inércia da ignorância esta energia torna-se tamásica.

     

     

                  Relativo à nossa existência física, Prana ou a energia vital são uma modificação do elemento do ar, primeiramente o oxigênio que nós respiramos que permite que vivamos. Contudo enquanto o ar origina no éter ou no espaço. Prana levanta-se no espaço e remanesce-se conectada próxima a ele. Onde quer que nós criemos o espaço a energia ou Prana devem levantar-se automaticamente.

                  O elemento do ar relaciona-se ao sentido de toque. O ar em um nível sutil é toque. Com o toque nós sentimos vivos e podemos transmitir nossa vida-força a outra. Contudo enquanto o ar se levanta no espaço, assim que toca levanta-se do som, que é a qualidade do sentido que corresponde ao elemento do éter. Através do som nós elevamos e sentimos nossas conexões mais longas com a vida ao todo.

                  Ser do ser humano consiste em cinco koshas ou copos sutis:

    1) Kosha de Annamaya  alimento (Anna) - exame - os cinco elementos

    2) Kosha de Pranamaya - respiração  vital (Prana) - os cinco pranas

    3) Kosha de Manomaya - impressões  mente (Mano) exterior - os cinco tipos de impressões sensoriais

    4) Kosha de Vijnanamaya - idéias - inteligência - atividade mental dirigida – Conhecimento (Vijna).

    5) Kosha de Anandamaya - experiências - mente mais profunda - mente da memória, a subliminal e a superconsciencia – felicidade (Ananda).

     

    Pranamaya Kosha:

                  O Pranamaya Kosha é a esfera de nossas energias vitais da vida. Representa os três koshas – corpo mental (mente exterior, inteligência e mente interna) É atingível através da meditação dinâmica e as cinco impressões sensoriais.

    O melhor termo para o Pranamaya Kosha é provavelmente “corpo vital” para usar um termo do Yoga integral de Shri Aurobindo. O Pranamaya Kosha consiste em nossos impulsos vitais da sobrevivência, da reprodução, do movimento e da self-expressão, principalmente sendo conectado aos cinco órgãos do motor (excretor, urinário, genitais, os pés, as mãos, e órgão vocal).    

                  Uma pessoa com uma natureza vital forte se tornará proeminente na vida e pode imprimir sua personalidade no mundo. Aqueles com uma energia vital fraca o poder realizar-se muita tardia e ou de pouco efeito em cima da vida, geralmente estando em uma posição subordinada.

    O Pranamaya, entretanto, é importante para o trajeto espiritual é muito diferente do vital egoístico ou desejo orientado. Deriva sua força para as praticas espirituais que necessita de determinação e do poder pessoal. Na mitologia Hindu este Prana mais elevado é simbolizado pelo Sita-Rama, pode tornar-se tão grande ou pequeno como deseja, pode superar todos os inimigos e obstáculos, e realiza milagres com a energia vital, a curiosidade e o entusiasmo na vida junto com um controle dos sentidos e dos impulsos vitais realizam com aspiração elevadas.

     

    Os cinco Pranas

    O Pranamaya Kosha é composto dos cinco Pranas. O Prana preliminar divide-se em cinco tipos de acordo com seus movimento e sentido. Esta é a base da terapia ayurvédica e do o pensamento de hindu.

     

    Prana

    Prana, literalmente “o ar que move para diante, governa a recepção de todos os fluxos vitais: a ação de comer o alimento, de beber da água,  da respiração, à recepção de impressões sensoriais e de experiências mentais. É propulsor na natureza, ajustando coisas no movimento e guiando-as. Fornece a energia básica que nos dirige na vida.

     Apana

     

    Apana, literalmente o “ar que se afasta,” move-se para baixo e para fora e governam-se todos os caminhos da excreção e da reprodução (que tem também um movimento descendente). Governa o a eliminação do bolo fecal, da urina, expele o sêmen, líquido menstrual e o feto, e o dióxido de carbono através da respiração. Em um nível mais profundo governa a expressão das experiências sensoriais, emocionais e mentais negativas. É base de nossa função imune em todos os níveis.

     

    Udana

    Udana, literalmente “o ar ascendente,” os movimentos para cima e os movimentos qualitativo ou transformativo da vida-energia. Governa o crescimento do corpo, da habilidade de estar, do discurso, do esforço, do entusiasmo e da vontade. É nossa energia positiva principal na vida com que nós podemos desenvolver nossos corpos diferentes e evoluir na consciência.

     

    Samana

    Samana, literalmente “o ar balançando,” movimentos da periferia ao centro, com uma ação de discernindo. Ajuda na digestão em todos os níveis. Trabalha no intervalo gastrointestinal para digerir o alimento, nos pulmões para digerir o ar ou absorver o oxigênio, e na mente para homogeneizar e digerir experiências, seja sensorial, emocional ou mental.

     

    Vyana

    Vyana, literalmente “o ar circulante externo,” move-se do centro para a periferia. Governa a circulação em todos os níveis. Move o alimento, a água e o oxigênio durante todo o corpo, e mantém nossas emoções e pensamentos que circulam na mente, dando o movimento e fornecendo a força. Ao circular assim ajuda a todos os outros Pranas em seu movimento.

     

                  Os cinco Pranas são as energias que se distribui dentro dos tattwas em diversos níveis.

    Prana Vayu governa o movimento da energia da cabeça para baixo que é o centro Prânico no corpo físico.

    Apana Vayu governa o movimento da energia para baixo ao chakra da raiz. Samana Vayu governa o movimento da energia da parte traseira inteira do corpo. Vyana Vayu governa o movimento da energia para fora do corpo inteiro. Udana governa o movimento da energia do até a cabeça

                  O Prana governa a entrada das substâncias. Samana governa sua digestão. Vyana governa a circulação dos nutrientes. Udana governa a liberação da energia positiva. Apana governa a eliminação.

                  Isto é bem como o funcionamento da engrenagem de uma máquina. O Prana traz o combustível, Samana converte este combustível em energia, Vyana circula a energia aos vários locais da engrenagem. Apana libera os detritos ou produtos do processo da conversão. Udana governa a energia positiva criada no processo e determina o trabalho que a máquina pode fazer.

                  A chave à saúde e ao bem estar é manter nosso Pranas na harmonia. Quando um Prana se torna inaceitável o outro tendem a tornar-se desequilibrado também porque todos são ligados um no outro. Geralmente Prana e Udana trabalham o oposto da Apana como as forças da energização contra aquelas da eliminação. Similarmente Vyana e Samana são opostos como a expansão e a contração.

     

    Como o Prana cria o corpo físico?

                  Sem Prana o corpo físico não é mais do que uma protuberância de massa, gelatinosa com vários membros e órgãos. Ele circunda pelas os canais ou Nadis, através de que pode operar e energizar a matéria bruta em vários tecidos e órgãos.

     

    Prana Vayu cria as aberturas e os canais na cabeça e no cérebro para baixo ao coração. Há sete aberturas na cabeça, os dois olhos, as duas orelhas, as duas narinas e a boca. Estes são chamados de sete Pranas ou sete Rishis no pensamento Védico.

     

    Udana Vayu ajuda o Prana a criar as aberturas na parte superior do corpo, particularmente a boca e órgãos vocais. A boca, apesar de tudo, é a abertura principal na cabeça e no corpo inteiro. Poder-se-ia dizer que o corpo físico inteiro é uma extensão da boca, que é o órgão principal da atividade, de comer e de expressão físicas.

     

    Apana Vayu cria as aberturas na parte mais inferior do corpo, as dos sistemas urinário, genitais e excretores.

     

    Samana Vayu cria as aberturas na parte média do corpo, aquelas do sistema digestivo, centrado no plexo. Abre para fora os canais dos intestinos e dos órgãos, como o fígado e o pâncreas.

     

    Vyana Vayu cria os canais que vão às peças periféricas do corpo, dos braços e dos pés. Cria as veias e as artérias e também os músculos, os nervos, as junções e os ossos.

     

    Em resumo, Samana Vayu cria o tronco do corpo (que é dominado pelo intervalo gastrointestinal), quando Vyana Vayu cria os membros. Prana e Udana criam as aberturas superiores ou os orifícios corporais, enquanto Apana criar canais externos.

     

    Prana, entretanto existe não apenas no nível físico. O plexo é o centro vital principal para o corpo físico. O coração é o centro principal para o Pranamaya Kosha. A cabeça é o centro principal para o Kosha  Manomaya.

     

    Prana e a respiração

    Respirar é a principal função da atividade de Pranica no corpo. O Prana governa a inalação. Samana governa a absorção do oxigênio que ocorre principalmente durante a retenção da respiração. Vyana governa sua circulação. Apana governa a exalação e a liberação do dióxido de carbono. Udana governa a exalação e a liberação da energia positiva através da respiração, incluindo os sentimentos que alteram o movimento da respiração.

     

    Prana e a mente

    A mente tem também suas energias Pranica. Isto se deriva do alimento, da respiração e das impressões externas. Prana governa a entrada de impressões sensoriais. Samana governa a digestão mental. Vyana governa a circulação mental. Apana governa a eliminação de idéias tóxicas e de emoções negativas. Udana governa a energia, a força e o entusiasmo mentais positivos.

     

    Em um nível psicológico, Prana governa nossa receptividade às fontes positivas do relacionamento, do sentimento e do conhecimento com a mente e os sentidos. Quando desequilibrado os desejos cria instabilidade emocional. Tornamo-nos insatisfeito e geralmente fora do contrapeso.

     

    Apana em um nível psicológico governa nossa habilidade de eliminar pensamentos e emoções negativos. Quando desequilibrados gera-se depressões e nós começamos a sentir a obstrução com experiência desagradáveis que nos direciona para baixo na vida, fazendo-nos temíveis, suprimido e fraco.

     

    Samana Vayu dá-nos o sentimento e o contentamento na mente. Quando desequilibrado Nos agarramos às coisas e tornamo-nos possessivos em nosso comportamento.

     

    Vyana Vayu dá-nos o movimento livre e a independência na mente. Quando desequilibrado causa a desolamento, e alienação Nós somos incapazes de unir-se com os outros ou de permanecer conectados aqui e agora.

     

    Udana dá-nos a alegria e o entusiasmo e as ajudas nossos potenciais espirituais e criativos mais elevados. Quando desequilibrados causa o orgulho e o arrogância. Nós tornamo-nos infundados, tentando ir à elevação e perder a trilha de nossas raizes.

     

    Pranáyáma

                  É uma técnica de exercícios de respiração, No Yoga Sutras, as práticas do pranáyáma e do ásana são consideradas as mais elevadas das disciplinas de purificação da mente e do corpo.

                  As práticas produzem a sensação física de real calor, chamado tapas, ou o fogo interno de purificação. Este calor é parte importante no processo de purificação das nadis. No pranáyáma é focalizada a atenção na respiração e é conseqüentemente muito importante manter uma mente alerta, para os processos que estão sendo observados que são muito sutis. O único processo dinâmico do corpo é o ato de respirar. O Prana somente incorpora o corpo ao momento em que há uma mudança positiva na mente. Naturalmente, nosso estado da mente não se altera com cada respiração, a mudança ocorre sobre um período de tempo longo. Agora se praticar o pranáyáma você observará uma mudança da mente, pois significa que direcionou o prana através dos exercícios então as mudanças da mente podem ser observadas primeiramente em nossos relacionamentos com as pessoas.

     

    5. MÉTODO

                  A terapia corporal Indiana é aplicada da seguinte forma:

                  É necessário preparar o cliente como em qualquer outra técnica de terapia corporal, como quiropraxia no intuito de realinhamento vertebral para que se possa aplicar este método. É de suma importância que as vértebras estejam realinhadas, pois ela será o canal de passagem energético do trabalho sutil e de insuflação de energia.

                  A técnica da Terapia Corporal Indiana consiste em colocar o cliente confortavelmente na posição de decúbito frontal, com música suave, incenso e aroma no ambiente, luzes de tons azuis ou violáceas, para permitir a conexão de relaxamento. O terapeuta se colocará numa posição centrada de respiração rítmica procurando ao toque identificar a respiração do cliente, induzindo-o a um estado de respiração lenta e continuada até que a sintonia do cliente e do terapeuta esteja fluente. Depois deste momento as manobras são aplicadas em movimentos circulares dos pés em direção ao topo da cabeça e no momento em que for mudar a mão na posição do corpo, manter sempre a mão esquerda posicionada ao corpo do cliente para que ele não se sinta abandonado. Os movimentos são estritamente leves, apenas para que a energia possa fluir livremente pelos os canais sutis denominado de nadis. Feito isto sem perder o contato com o cliente, virá-lo para a posição em decúbito dorsal, trazendo a energia da mesma forma circulante em direção aos pés. As manobras poderão ser servidas de um óleo aromático constituído de rosa, sândalo e jasmim com o intuito de proporcionar a sutilização energética preparando a pessoa para a recepção do mantra que será entoada a seguir.

                  Terminando as manobras o terapeuta se sentará ao lado do corpo do cliente sem perder o contato e com toques com as pontas dos dedos indicador e médio unido um ao outro sempre tocando o centro de cada chakra, insuflando os bijas mantras (semente dos chakra) até que venha se posicionar sentada em frente ao topo da cabeça do recebendo. Onde serão insuflados mantras dos elementos com a função de consagrar, ou seja, o cliente estará recebendo um deeksha (um fluxo energético divino de iniciação), findando esta etapa deverá induzir o cliente em relaxamento falado com música de fundo sempre levando a se reconhecer como ser perfeito.

     

    CONCLUSÃO

                  Esta terapia corporal não tem intenção de debelar desequilíbrios físicos e sim desequilíbrios energéticos que na verdade onde se concentra a verdadeira dificuldade do ser humano. Apos receber o deeksha da maneira corrente o cliente terá sido codificado no seu corpo espiritual e sempre será levado a ponto do seu equilíbrio, mesmo que nunca mais receba esta técnica. Mas para que isto ocorra serão necessários à aplicação de pelo menos 10 sessões para que o realinhamento dos chakras ocorra. Estamos acostumados com vicissitudes da vida, portanto enquanto não é absorvida a energia o chakra não se equilibra por isso a necessidade de repetições.

     

    BIBLIOGRAFIA

      

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

    Em relação a Terapia Corporal Indiana – trabalho idealizado após curso com o Prof. Levi Leonel em 1983 – Rio de Janeiro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Vivência Tântrica

    Vivência Tântrica

    Ao encontro do coração e da prosperidade, assim como o equilíbrio da sexualidade e o fluxo da sensibilidade

     

     Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Libido?

    3.  Conhecimento sobre os elementos que se atinge no desenvolvimento do vivenciar.

    4. O que é Vivência tântrica.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

      

    I- INTRODUÇÃO

                 

                  A insatisfação por não produzir. O vazio por não saber amar ou não ser amado. O desejo que algo externo resolva a vida. Tudo se transforma em couraças. Onde o EU se esconde em manifestações de medo, timidez, agressividade, hipersensibilidade, improdutividade, egocentrismo. Ou ainda – “Eu sou o único” – “Sou o melhor” – “Sou eu que resolvo as coisas, ninguém faz melhor que eu” – “Eu sou festeiro e popular”. Esta última manifestação certamente é a pior forma de manifestar as couraças. Porque em algum momento do seu dia, vai se sentir exausto triste e solitário. “Não aceito falar de mim”, “Não vou transparecer o que sinto nunca, imagine!”

                  “Nunca deixo saber o que sinto e penso, não quero que invada a minha individualidade!”

                  Na verdade todas essas manifestações ou “qualidades” são fugas de si ou do mundo. É a dificuldade de apalpar a si mesmo, de si amar. Se você não se ama, não pode saber amar.

                  Se você não se equilibrar não pode perceber rapidamente e sensivelmente a forma de ensinar a se equilibrar.

                  Para o principio tântrico o equilíbrio e o desequilíbrio é um leela (jogo) uma dança no fluxo cósmico.

                  Se você simplesmente dançar o leela acontece. Você vira a água nas tempestades. O vento no vendaval. A chama na fogueira.

    De forma lúdica e sincrônica vivencia tudo aquilo que é natural em si. Você não pensa mais. Apenas sente ou simplesmente é.

                  O EU SOU ou SO HAM passa a fazer parte em cada inspiração e expiração. Inspirar e expirar constantemente em sincronia com o que deseja fará com que se conclua. Basta ensinar a mente a simplesmente ser e não mais comandar.

                  Descodificar a mente para que ela entre no leela cósmico é simples. É necessário dar à ela aquilo que não é metódico.

                  Há de convir que desde 3 ou 4 anos da idade cronológica que sua mente aprende apenas a se defender de que:

    “ “Isso não pode” - “Isso não deve” - “Seja homem” - “Seja educado no sentido formal” -”Seja rico para ser homem de bem” - Ou, pior ainda: “Quem ficou rico é inescrupuloso” ”.

                  Para as mulheres: “Olha todos os homens são iguais” - “Homens não prestam”

                  Para os homens: “Cuidado mulher é um bicho” – “Mulher é interesseira”

    Em relação ao sexo então:

    Mulheres: ”Sexo é proibido” – “Não seja sensual é feio” –

    Homens: “Para ser homem precisa ser garanhão, se não deixará de ser homem”. Para as pessoas que estão na faixa entre 40 a 60 anos cronológicos é o sentimento que impera e comanda o mental, agindo de forma inconsciente e produzindo resultados negativos. E ai o insucesso é fatal em quase todos os planos da vida.

    Enfim, infindáveis fórmulas chavões para o insucesso, o desamor, a timidez e a má relação consigo próprio. A mente codifica e lidera a frente da real sensação, desviando do verdadeiro caminho individual de simplesmente ser Natural – Integro e amável e feliz.

                  Vivenciar as emoções aparentes e sentir o coração é um caminho lúdico e sensorial, produzindo a capacidade de aumentar o fluxo da intuição, aumentar o fluxo do sentir.

                  Para isso basta utilizar-se das técnicas que o tantra propicia. Que álias, no ocidente muito bem elaborado através do contato popular com o OSHO.

                  Eu me permeio através do Tantra matriarcal e antigo onde o fluxo feminino (Shakti) que é responsável pelo o espírito das realizações natural. Simplesmente SER e Vivenciar pelo o fluxo da libido.

     

    2  - O QUE É LIBIDO?

                  Vamos conhecer a real conotação da libido em relação à parafernália tântrica, tão confundida e mal interpretada pelo o ser ocidental e os ditos “tântricos”

                  Fala-se em libido, entende-se sexo. Sexo é o significado principal e final apenas para aqueles que ainda não a entendeu ou para aquele que não sabe direcioná-lo e assim utilizar-se desta força encantadora e mágica.

                  Libido é a mola propulsora para tudo que se pensa em sentir e fazer.

                  A libido é uma energia pura incandescente no ser humano manifestada através do ato de sentir prazer.

                  O prazer de comer em equilibro = saborear.

    Mas em desequilíbrio entra em compulsão do comer porque essa forma de sentir é fálica.

                  Libido organizada faz fluir o trabalho = Prazer - produz êxtase.

                  Libido desorganizada = O trabalho não flui - não há energia propulsora.

                  O prazer de amar ao tocar o filho, o coração treme. Porque o amor é puro e transcendente. A libido ai está presente no sentir, pois provoca êxtase, felicidade.

                  O prazer de amar o sexo oposto, todos que se apaixonaram conhecem a libido se manifestando e é a forma que todos a identificamos.

                  Mas libido é o calor na pele, sem está calor. É o arrepio de uma caricia. É o ouriçar dos pelos quando se emociona. É a alegria nos olhos. É ainda a lágrima nos olhos quando se ri gostoso. É ouvir uma música e se arrepiar. É perceber o nascer de uma flor e se sentir emocionado. É ver uma criança nascer e se emocionar.

                  Quantos já desconhecem estas sensações? Se não sentem e não percebem isso, não pode mesmo perceber que a libido está além do tesão pelo o sexo oposto.

                  Alias se não sentem isso, já não consegue mais sentir Excitação pelo o sexo oposto. Acabou a excitação por si.

                  Vivenciar significa buscar isso dentro de si e por si mesmo.

                  Perceber que ao respirar, a pele se manifesta, Ao dançar o corpo arrepia, apenas no sentir da música e bailar suas emoções numa dança de sensações, sem pensar. Somente sentir e reaprender a amar-se.

                  A Libido movimenta a vida, a alegria, rejuvenesce e vitaliza.

                  Onde está a libido?

                  O tempo inteiro em você mesmo, basta um respirar profundo e ela se manifesta.

                  Basta um carinho do sexo oposto e ela se manifesta – Conhecido por todos, não é mesmo?!

                  Mas, se a música certa tocar também se manifestará. Quem aprende a conectar a libido, não ficará mais triste além do necessário. Porque saberá a medida exata do sentir.

                  Aprendemos que as pessoas importantes na vida são nossas: meus filhos, meu homem ou minha mulher, minha amiga (o), etc. Puro exercício de ego.

                  A libido direcionada de forma harmoniosa você saberá que deve apenas sentir e vivenciar. E que o conjunto de relações pessoais e interpessoais são feitas para interagir e não para possuir.

                  Porque a única posse que de verdade temos é o “EU” esse sim possuirá os efeitos de tudo que permeia a vida. E a forma de manifestação no físico do EU é através do permear da libido que é energia pura e criadora.

                  Criadora da prosperidade na forma plena da palavra.

                  Esse é o verdadeiro passo para a abundância. E o verdadeiro “Tesão” pela a vida. Sem medo, sem pré-conceito, sem negações. Simplesmente viver poeticamente a vida.

    Eu acredito piamente que o Ser passa pela a terra com a única função de vivenciar e sentir a abundância no leela (jogo ou dança) cósmico e na terra. Aprender lidar significa adquirir o nirvana. Ou seja, transcender a consciência através do coração.

                  Abundância está em todos sem distinção de raça ou credo. É para todos aqueles que se permite.

                 

    3- Conhecimento sobre os elementos que se desenvolve na prática vivencial.

     

    ANÁLISE SINTETIZADA DOS CORPOS HUMANOS.

                                                           

    1- CORPO - Anna Kosha (corpo ilusório de alimento).

                  É o nosso corpo físico grosseiro, constituído dos cinco órgãos dos sentidos: ouvido (som), pele (tato), olhos (visão), língua (paladar), nariz (olfato) e dos cinco agentes da ação: boca, genitais, mãos, pés e orelhas. Sua capa muscular, os nervos e ligamentos, bem como a sua estrutura óssea armazenam as tensões vindas dos corpos superiores, sobrecarregando alguns órgãos que sobrecarregam outros, numa cadeia de sintomas às vezes complexos. O corpo físico reage aos claramente através de movimentos, exercícios, danças e toques. Seu centro-realimentação está nas gônadas, portanto na área sexual, e seu estágio é o do mineral, dentro da natureza, como um todo, e seu oposto complementar é o olfato (narinas). Seu elemento é a Terra (ossos, dentes e unhas).                                                                                                                                                                                         

    2 - CORPO - Prana Maya Kosha (energético etérico)

                  É um corpo constituído de prana etérico, comanda os órgãos dos sentidos e contém os cinco sentidos sutis: éter, ar, fogo, água, terra aspecto prânico, energético. Alguns autores dizem que existem 300.000 canais que transportam prana, outros 72.000 que formaria o corpo etérico visível facilmente. Sua emanação energética vem das supra-renais próximos ao umbigo, e seu aspecto sutil, invisível, se relaciona também com os minerais. O corpo energético reage ao respiratório em geral, aumentando consideravelmente seu brilho externo ao corpo, com um pequeno número de exercícios de respiração. Esse corpo transmite as sensações dos corpos sutis para o físico, formando uma ponte de ligação entre as emoções e os músculos e nervos. Seu oposto complementar é a língua e o paladar. Seu elemento é a água.

     

    3 - CORPO - Kama Maya Kosha (desejo)

                  É o nosso corpo das emoções telúricas. O ponto central do corpo astral está no estômago (plexo solar) e sua irradiação sutil está relacionada com a vontade (volição) e com o desejo. Sua manifestação mais clara é o instinto, a reação reflexa, ou seja, é o órgão que se manifesta com um emocional expansivo e forte. “Ele irradia “nosso estado de espírito e é afetado pelo que vemos” o que os olhos não veem, o estômago não sente”. Está intimamente ligado com o pâncreas diretamente o sentido da visão. Seu elemento é o fogo e atua na combustão dos alimentos e reage ao desejo e à vontade.

     

    4 - CORPO - Ananda Maya Kosha (felicidade)

                  É localizado no centro cardíaco e é o nosso corpo das emoções afetivas e amorosas. É grandemente estimulado pelos vegetais superiores como legumes, verduras e frutas. O sentido do tato está intrinsecamente relacionado com o coração e se expressa de modo claro nas relações de empatia com outro. Seu elemento é o ar reage aos sentimentos em geral.

     

    5 - CORPO - Manas Maya Kosha (conhecimento)

                  O Manas (mente) se manifesta como intelecção e memória sendo essa a função desse corpo. Seu elemento é o éter que está relacionado com os ouvidos.

    É um corpo que se manifesta no nível da garganta em seu aspecto mais sensorial a reage aos Mantras de “H” aspirados, como no Inglês de horse. Seu corpo é de manifestação sonora e, portanto, o som faz vibrar em ondas que vão do mental ao intuicional.

     

    6 - CORPO - Jñana Maya Kosha (sabedoria)

                  Este corpo se manifesta como sabedoria pura, percepção clarividente. Ele reage à ação contemplativa, após as vibrações da mente cessar. Reage ainda aos Bija-Mantra, e especificamente, aos sons nasalizados. É a sabedoria após o conhecimento.

     

    7- CORPO - Buddhi Maya Kosha (corpo ilusório feito de intuição)

                  É o mais próximo da mônada espiritual humana. Não tem som específico, nem reage ao toque, mas como é um arquétipo humano reage aos símbolos inconscientes tais como, os Mandalas ou Yantras e os Mula-Mantra, tais como o “OM”.

     

                                              OS SETE PLANOS e as suas cores

    Podemos entrar em contato com cada plano vibrando na sua cor correspondente.

    FÍSICO

    1- PLANO - FILOSÓFICO - LIGADO AO CORPO FÍSICO - (MINERAL)

                  É o plano mais denso que trata do material, do físico, é onde o indivíduo se relaciona com o outro através de atitude e postura física. Através desse plano, aprendemos a constituição do homem centenário, do macrocosmo e do microcosmo sempre por meios dos estudos ou da filosofia esotérica começando a compreender a história da evolução do homem.

    COR AZUL - Representa a espiritualidade, a energia cósmica, dependendo da intensidade do azul ele sugere crescimento e evolução espiritual - mais intenso = a necessidade de contemplação serena, menos intenso = verificar os sentimentos descontrolados.

      

    2  - PLANO - ARTÍSTICO - LIGADO AO CORPO ENERGÉTICO - VEGETAL

                  É o plano onde começamos a perceber a energia vital, através de meditação das nossas próprias atitudes e organização dando-nos conta do mundo que nos rodeia. Por esse plano começamos a trabalhar o mundo das cores do som, da harmonia, do ritmo, e como eles afetam nosso corpo energético.

    COR AMARELA - Muito positivo, significa sabedoria, representa um guia interior ou o nosso lado superior (eu) concretizando os nossos ideais, indica clareza e luz.

    COR LARANJA - Maior energia, entusiasmo, juventude, alegria, favorece empreendimentos.

     

    3 - PLANO - POLÍTICO - LIGADO AO CORPO EMOCIONAL - ANIMAL

                  É neste plano que começa a evolução do homem, é através da razão que controlamos as nossas emoções, quanto menos oscilarmos o nosso corpo emocional, mais nos tornou estáticos. Não ser instável é ser um verdadeiro político e manipulador da energia da vontade. É através de leis e regras interiores que o mental controla o emocional e podemos através desse plano criar novas atitudes, nova cultura, nova civilização.

    COR ROSA - Simboliza o amor, a afeição sem paixão (amor universal) significa proteção, traz insegurança, suavidade das emoções.

     

    4 - PLANO - EDUCACIONAL - LIGADO AO MENTAL CONCRETO (HOMINAL)

                  É o plano da meditação, e onde também atua a evolução do homem, este plano está muito ligado ao plano político. É onde educamos nossas energias através da meditação das próprias atitudes e organizações. Através desse plano estamos ligados a ciência da iniciação.

                  O resultado do estudo e prática dessa ciência produz o verdadeiro homem consciente.

    COR BRANCA - Simboliza a pureza da inocência e ingenuidade, é a cor da juventude, a pureza do coração e a simplicidade, traz a facilidade da transmutação de energia, equilibra as energias negativas. 

    MENTAL

    5 - PLANO - CIENTÍFICO - LIGADO AO MENTAL ABSTRATO.

                  Este plano faz parte do plano mental que é ligado ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados a seres superiores que nos enviam através de canais, todas as técnicas da ciência para que possamos atuar com mais perfeição em nossas vidas.

                  Conseguimos compreender a ciência de vida e espaço (onde o outro começa e você termina), ou seja, mais sensibilidade, termos condição de entender as leis ocultas do cosmos, a lei da evolução e do Karma. É nesses planos que poderemos ajudar o outro com a ciência da sabedoria.

    COR VERDE - Simboliza vida, fertilidade e criatividade, afinidade, diplomacia e adaptabilidade, regeneração.

      

    6 - PLANO - INTUITIVO - LIGADO AO CORPO DA INTUIÇÃO

                  Neste plano nós seremos mestres de nós mesmo, será o fim dos falsos mestres e profetas.

                  Dentro deste plano teremos o contato com a hierarquia oculta, e a cooperação desses seres dentro do nosso trabalho de evolução pessoal. Teremos também total controle de nosso ego.              É neste plano que teremos o conhecimento da Nova Era.

    COR VERMELHA - Simboliza a energia ativa em grande quantidade, fluxo da vida, vitalidade, traz o impulso da vida, a vontade de vencer, o poder.

      

    7 - PLANO - INTEGRAÇÃO - LIGADO A CENTELHA DIVINA

                  Neste plano teremos total controle das leis do físico. Sendo assim poderemos ter maior domínio sobre nós mesmos em relação ao relacionamento entre matéria e espírito, alma e personalidade. Seremos mais honestos com nós mesmos e assim estaremos mais harmonizados com o universo. A nossa canalização estará aberta com total integração com o cosmos.

    COR VIOLETA - E a cor ligada a espiritualidade, traz o conhecimento e a magia, representa a consciência cósmica, representa a evolução interior com pleno conhecimento da realidade traz a sensibilidade e individualidade

     

    KARMA

    Karma é a lei de causa e efeito. Qualquer atitude tomada ou pensada cria uma reação na vida física ou na vida astral.

     

    TIPOS DE KARMA

    1 - Karma Individual - É quando você é totalmente responsável pelos seus próprios atos.

     

    2 - Karma Familiar - quando os atos interferem nas atitudes das pessoas da sua família negativamente ou positivamente.

     

    3 - Karma Coletivo - quando seus atos estão ligados a comunidade que você se relaciona.

     

    4 - Karma Racial - parte da sua opção, que você teve antes de nascer, em ser branco, negro, vermelho, ou amarelo.

     

    5 - Karma Nacional - Você nasce no país que melhor se adapta a sua missão, para que sua vida possa fluir melhor.

     

    6 - Karma Mundial - Nós optamos nascer nesse planeta porque nosso padrão de consciência é o mesmo dentro da evolução desse sistema, e nossas atitudes particulares pode modificar uma atitude um planeta inteiro.

     

    7 - Karma Universal - É quando nós já conseguimos obter uma consciência cósmica e nossas atitudes são todas voltadas pela Paz Universal.

     

    SENSO DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada ação temos um grau de responsabilidade a cumprir.

                  Responsabilidade - É a habilidade de dar uma resposta a si mesmo. A partir de agora seja responsável por si só. Voltando-se para dentro e repensando os seus atos.

                  Para cada ação existe uma reação e você é o centro de sua vida. Tomar consciência do seu poder e criar as situações que vivem, é ser 100% responsável por si mesmo.

     

    TIPOS DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada plano temos um tipo de responsabilidade a cumprir.

    1 - Paciência: É a habilidade de suportar as primeiras mudanças do ego que causam ilusoriamente dor e sofrimento.

     

    2 - PERSEVERANÇA - É a habilidade de se conservar firme e constante, permanecer sem mudar ou sem variar em cada atitude tomada mediante a um objetivo.

     

    3 - SEGURANÇA - É a habilidade de estar confiante em si mesmo e na vida.

                 

    4 - GENEROSIDADE - É a habilidade de ir ao encontro das necessidades dos outros sem desperdício de tempo e matéria, é a disposição para compartilhar.

     

    5 - TOLERÂNCIA - É a habilidade de compreender os motivos e pontos de vistas dos outros tão precisamente quanto possível, é o poder da supervisão.

     

    6 - SENSIBILIDADE - É a habilidade de sentir as próprias necessidades e a dos outros, é uma grande virtude e desenvolve independência e desperta confiança em si mesmo.

     

    7 - HUMILDADE - É a habilidade de se contrapor ao seu ego e vaidade e aparentar o que você é na realidade.

      

    DHARMA - O CAMINHO PESSOAL

                  Alguma de nossas emoções advém de registros/código, que chamamos cósmicos, e têm um princípio básico de inconsciência, e podemos colocar nessa lista as pulsões sexuais como uma necessidade imanente nos seres vivos de proliferação da espécie. O desejo sexual então, é o impulso genésico do ser vivo e é esse mesmo impulso que leva o homem e mulheres a se unirem na intenção inconsciente de procriarem, e estes impulsos acrescidos das intenções emocionais, também delineiam o caminho de uma pessoa (Dharma).

                  Dizemos então, que todos estão onde devemos estar, onde precisamos estar, onde merecemos estar, pois nossa intencionalidade e nosso adhikara (índole, temperamento, caráter, dom inato) nos colocaram ali; havendo consciência do modo pelo qual trabalhamos nossas intenções, nos iluminamos e podemos traçar, então, qualquer caminho.

                  O Dharma é o caminho, é o destino e é também o caminhante. O Dharma será concebido por aquele que se concentra no agora, aqui, usufruindo do ato de caminhar como a única meta, conquistando serenidade. Este caminhante saberá que não há nada a ser feito no futuro, um destino pré-existente a ele que deverá ser cumprido. Há sim, uma fatalidade das emoções, aquelas mesmas emoções que atraem certas desgraças pessoais, inexoravelmente; essas emoções que é traduzida como intencionalidade.

                  Intencionalidade do ser humano depende de um fator muito importante, melhor dizendo, imprescindível, que é a relação com o outro indivíduo, outra sensação, outro desejo. Sem a reciprocidade de intenções inexistiram as relações interpessoais e, portanto, não haveria a possibilidade de crescimento pessoal e muito menos de estudo das próprias emoções e sensações. Seria impossível a percepção sequer da existência da intencionalidade.

     

    O CORPO É O INCONSCIENTE HUMANO

                  Todo ser humano é uma soma de adhikara mais comportamento personalizado. O Adhikara e a personalidade “marcam” o corpo de acordo com suas características, somando a esta herança genética, que engendra o corpo junto com aquelas emoções e impulso do caráter. Dessa interação nascem corpos saudáveis ou não.

                  A saúde ou doença são balizamentos que o corpo cria para regrar a senda de seu habitante. Ele tem o código do adhikara de uma pessoa e sempre que essa pessoa mente para si mesma ou trai suas emoções profundas ou frusta-se consigo mesma, sem estarem conscientes desse fato, males físicos sobrevêm e tensões energéticas, nervosas e glandulares avassalam suas estruturas. Neste sentido dizemos que a doença é um bem maior, na medida em que ela tem a função de avisar, através do corpo, sobre a condição da emoção.

                  O ser humano é dotado de seis diferentes consciências para se manifestar no seu ambiente vital, no seu eco sistema.

                  Infraconsciência - é a consciência genésica, sexual, procriadora, mantenedora da espécie humana. Trata-se da atração magnética onipresente na vida das pessoas, traduzidas simplesmente em atração sexual entre os seres. Os principais pontos de tensão da infraconsciência são:

    a) Impulsos genésicos, geradores, procriadores;

    b) Rege todos os órgãos do sentido.

    c) A expressão mais sutil em termos de fluidos corporais tais como sangue, linfa, hormônios, líquidos sinuviais, liquor espinhal.

    d) A infraconsciência está ligada ao reino mineral e vegetal.

                  A natureza por si só é regida pela a força que se traduz na fórmula vive melhor quem melhor pode viver e no estigma da força e esperteza. Por isso os homens competem em seu dia-a-dia chegando as raias da morte, porque ainda contém o código de defesa da vida contra o agressor. As pessoas ainda se sentem mortalmente feridas ao perder um lugar na fila, ou o troco a menos na padaria, etc. Essa agressividade ainda pode ser canalizada pelo processo civilizatório por simples falta de tempo. Algo nas pessoas as faz defender o que é delas às tapas, mesmo que seja apenas algumas moedas, transformando isso tudo em neuroses.

     

    Subconsciência é responsável pela nossa contínua experimentação das nuanças do corpo energético que tem sua base no Chakra energético (Svaddhisthana). Veja as várias partes do indivíduo que são regidas por esta mente.

    a) - Motricidade corporal: função motriz dos nervos e órgãos.

    b) - Aprendizado reflexo de atividades automatizava;

    c) - Está também ligado ao mundo mineral e vegetal;

    d) - Seu centro físico são as supra-renais.

    h) - Os órgãos dos sentidos.

                  A subconsciência está ligada ao movimento corporal em si mesmo. Podemos exemplificar dizendo que uma criança aprenderá a andar sem ter uma imagem para se basear. Mas não falará uma língua a não ser que possa ouvi-la. São funções de diferentes consciências. A motricidade faz parte do código da subconsciência; o impulso de andar é infraconsciencial, mas a energia para criar o movimento e do subconsciente.

                  O subconsciente está para a sensibilidade vegetal, ou seja, não permanece “estático” como o reino mineral, sob os influxos de tempos muito mais longos que as medidas de tempo do reino vegetal. Além disso, podemos dizer que o vegetal contém e organiza o mineral em seqüências sensíveis que contém os sentidos do tato, algo praticamente inexistente no reino mineral bruto. Portanto a sensibilidade táctil é uma capacidade muito afeita ao chakra energético, que seria a sede do subconsciente.

                  A subconsciência é energia prânica, que em termos gerais pode ser manipulada e automatizada, em última análise, a força do “campo de energia” Esse deposito de energia (prana, Ki, Chi, orgônio), é uma inesgotável fonte de poder que é usada também para proceder as transformações, magnética através das mãos. Esse “órgão” energético está para o tato nos vegetais e tanto na visão como audição nos seres humanos, embora sua maior regência seja a sensibilidade tátil.

                  Os desequilíbrios psíquicos do subconsciente - Todas as perdas de motricidade por traumas emocionais, medo, sustos, são relacionadas com essa mente. Os delírios generalizantes estão relacionados com perda mineral (coloca os pés no chão) e hipersensibilidade nervosa. Convém dizer então que toda a rede nervosa, que vai do cérebro à superfície da pele é a manifestação física da rede Pranica (ou nadis), os condutos do Vayu pelo o corpo. Isso equivale a dizer que as repetições de gestos do modo distorcidos e até esquizofrênico em vários graus e perda de consciência espacial por envelhecimento.

     

    O INCONSCIENTE

                  No inconsciente fica a sede das emoções e intenções do indivíduo. Provavelmente neste ponto, na altura do estômago, diafragma e tórax, fica os códigos do Adhikara aquele elemento sutil de discernimento do temperamento e da alma de uma pessoa. Além disso, podemos alinhar as seguintes organizações psíquicas que o inconsciente promove:

    a) Todo o processo onírico (sonhos), vigília;

    b) Emoções impulsivas raivas e pânicos;

    c) Emoções de vontade, desejos;

    d) O condicionamento social;

    e) Psicose em geral;

    f) Chakra solar e cardíaco;

    g) Reações vegeto /animais.

    h) Os órgãos em que atuam as energias inconscientes: fígado, baço, vesícula, pâncreas, estômago, duodeno, coração, pulmões, timo.

                  O inconsciente está relacionado ao que chamamos corpo astral, portanto, invertendo, podemos dizer que o corpo astral é o corpo inconsciêncial. Nesta mente ocorrem os sonhos e os transportes para fora do corpo, tanto inconscientes como conscientes; as várias mensagens através dos sonhos são regidas por essa região corporal.

                  As preferências, os medos, as raivas, prepotências, orgulhos, inseguranças, estão para esses chakras; o chakra cardíaco e os órgãos pulmões e coração viabilizam na emoção os impulsos e desejos, e no organismo prânico as energias dos cinco pranas que ficam então, vinculados ao inconsciente e de certo modo direcionados pelas emoções.

                  As emoções são as impulsionadoras dos Vayu pela corrente nervosa eletro-magnético, corrente essa ligada aos rins e supra-renais. A hipertensão arterial é uma dessas confluências de tensão emocional inconsciente e bloqueio energético (prânico) subconsciente não raramente com a infraconsciência.

                  O inconsciente é responsável pela automatização das sensações, ou seja, essa mente cuida para que o indivíduo tenha uma espécie de condicionamento, para dar a resposta emocional esperada de um indivíduo social.

                  Por isso dizemos que são chakras dos reflexos condicionado social, onde as pessoas agem sentindo certas emoções reais.

                  Nossas mentes podem assinalar o reflexo condicionado do amor “que tem de ser de tal modo”, para corresponder as necessidades do processo civilizatório.

                  Grande parte do amor que o indivíduo sente, na verdade está relacionado apenas com as condições necessárias para sobrevivência, seja moral (religião, justiça social), ou afetiva (matrimônio, filiação, economia). O amor verdadeiro não viria, então, mesclado de nenhuma necessidade ou receio, por isso não se condiciona a nenhum modelo político, cultural ou econômico. Esse amor é quase impossível, porque é absolutamente revolucionário e incompreensível para as forças do ego inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Neuroses e psicoses do inconsciente - relacionados entre homens e mulheres, afetivo/sexuais, são extremamente bem assentadas no plano inconsciente. É nessa mente que a pessoa, por condicionamento sócio-econômico-cultural, força a si mesma a fazer certas ligações afetivas, amorosas, filiais, paternais, maternais, fraternais, sem estarem sendo honestas consigo mesmas e com o outro. São as relações constituídas de fachadas tão bem arquitetadas, que a mãe e o pai, se sentem responsáveis até a própria morte, por passarem essas “verdades” aos filhos.

    - Neurose de eficiência num trabalho, escolhido por modelos financeiros e não emocionais.

    - Conflitos entre os objetivos da pessoa e os objetivos das organizações/ emprego, nação, etc.

    - Excesso de objetivos, objetivos inalcançáveis, objetivos imprecisos, competição. Atingir certos objetivos e ficar na incerteza de que fez o melhor possível.

    - Casamentos que não satisfazem necessidades inconscientes, mas permanecem sendo mantidos por condicionamento amorosos sociais.

    - Angustia de ter uma família ideal, sonho do paraíso social.

     

    CONSCIÊNCIA

                  É uma parte que responde e processa o resultado das aquisições das outras mentes ou consciências e das 10 percepções humanas. Percebe-se então que os sentidos dão informações que a consciência usa para sua própria ampliação e percepção; a consciência não está em nenhum momento separado das 3 primeiras emissões mentais.

                  A consciência está para a intelectualidade e a razão; vamos ver como se desenvolvem suas várias atuações:

    a) A mente consciente atém-se aos resultados das outras 5 mentes racionalizando-os e arquivando-os para uso em momento oportuno.

    b) - Está dirigido para a intelecção, o entendimento;

    c) - É analítica, faz aferição.

    d) - Situa-se no chakra laringe.

    e) - Os órgãos regidos pelo chakra laríngeo (cognição) são: tireóide, cordas vocais, cérebro, laringe, úvula, dentes.

                  Através da mente consciente analisamos e entendemos certas ações que podemos automatizar com o sub e o inconsciente desde que a emoção se satisfaça plenamente com a mudança. A emoção aqui lembrada se refere às sensações do adhikara, que jamais se acalmam se não foram satisfeitas. A partir de então passam a ser subconscientes e inconscientes.

                  A consciência trabalha com duas memórias simultâneas. A primeira é ativa, portanto útil e fluida, pronta para uso imediato e faz parte daquele conjunto de lembranças que uma pessoa tem e que foi tocada pela emoção profunda, despertando interesse em guardá-la como algo prazeroso ou o mínimo necessário para o seu processo de vida.

                  A segunda memória é passiva, contendo dados inúteis para o indivíduo, na medida em que dificilmente serão evocadas por não terem tocado com profundidade a emoção.

                  Sendo assim, quase nunca vêm à tona do consciente porque nem sequer foram adquiridas e armazenadas sob a influência e a força do interesse emocional genuíno, íntimo, agradável.

                  Esta última só passará a ser uma memória atualizável se o indivíduo, por uma situação qualquer, tiver na emoção essa necessidade, e somente depois de uma seqüência de lembranças muito bem relacionadas entre si que leve a pessoa a emocionar-se com aquele dado quase morto.

                  Por isso dizemos que a memória é emocional, a emoção é que se lembra e não o cérebro. O cérebro é frio, é cálculo puro. O coração sente através das emoções que “viu” no banco de recordações.

                  A memória depende do que o indivíduo gosta, pretende, intencional, anseia, necessita, portanto, depende das emoções.

                  Uma pessoa perde a memória e às vezes fica tentando recuperar lembranças que nunca foram verdadeiramente importantes, e há casos onde seria interessante não relembrar. O terapeuta deverá conduzir tais clientes a entender a verdade da emoção a respeito do que tenta recuperar na memória.

                  A memória é emocional e só se manifesta plenamente na medida em que o indivíduo tenha se emocionado com os fatos a serem gravados nela, a ponto de impressionarem o inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Mudando radicalmente de enfoque, podemos afirmar que um ato executado com real prazer desmorona toda a inverdade das emoções e, por conseguinte, ativa a memória, excepcionalmente. Memória é consciência; é resultado de verdadeira emoção de prazer no momento de captar a informação a ser arquivada.

     

    SUPRACONSCIÊNCIA

                  A supra-consciência está relacionada com a Buddhi, que é o Juiz Interno uma espécie  de juiz de todas as ações internas (intenções) corroborando tudo que “ouve” ou “sente” com o verdadeiro caráter (adhikara) do indivíduo (Jiva). Não se trata “superego” social de acordo com o modelo freudiano, e sim, de um superego muito sutil, que conhece todas as necessidades do caráter daquele ser. Como é uma parte da pessoa, ele cria os conflitos pela simples presença da emoção, do dia-a-dia, que não corresponde de verdade aos legítimos e íntimos anseios daquele ser. Vejamos em itens qual é seu alcance.

    a) A supra-consciência é a Buddhi (vide em filosofia mais detalhes sobre sua atuação);

    b) Trata-se da qualidade de compreensão (entendimento foi estudado em consciente);

    c) Testemunho absolutamente imparcial consigo próprio;

    d) Intuição pura, sutil, espiritual; juízo do ego.

    e) localiza-se no chakra ajña; hipofísico, hipofisiário, 3- olho;

    g) Seu guna é sattva - padma, de cor amarela, dourada ou rosa;

    h) compadecimento e percepções espirituais.

                  As percepções da supra-consciência assemelham-se a um “advogado do diabo”, porque ao fazer o julgamento das emoções, e do quanto elas são honestas com o adhikara, o resultado sempre será ananda (felicidade), se coincidirem exatamente. No entanto o que se observa comumente é o acontecimento do klesha (dores); um estado de desequilíbrio que sobrevém às pessoas por estar realizando seu adhikara.

                  A supra-consciência é camada de mestre interno por algumas seitas e grupos filosófico. Por motivos que se perdem no tempo, é chamada de anjo-da-guarda, um “ser” interno, protetor e evanescente, invisível e perceptível ao mesmo tempo; às nomenclaturas adotadas para explicá-la, a supra consciência é divina, deificada; está acima da mente consciente e é imparcial.

                 

    MAHACONSCIÊNCIA

                                A mahaconsciência é a consciência de unidade com o todo e tudo, e tem nomes diferentes em culturas diferentes; é a Consciência Crística entre os cristãos, a consciência búdica entre os budistas, Purusha no Samkhya.

                  Essa consciência Shiváica, ao ser percebido, dá a sabedoria total. Quando ela se manifesta o Dharma e o karma é absolutamente resolvido, tornam-se um só. Vejamos os itens a seguir:

    a) - O Mahaconsciência é Shiva/Purusha;

    b) - Com sua manifestação ocorre a plenitude do adhikara;

    c) - Dharma e karma tornam-se um só;

    d) - Quietude existencial;

    f) - Ação pura, sem rajas;

    g) - Rajas e tamas ficam iluminadas;

    h) - Há predominância do sattva shukla, branco.

                  No mahaconsciência há a predominância do guna sattva de cor branca, relacionada com a imparcialidade, desapaixonamento e desinteresse pelos movimentos da matéria; é pura seidade, pureza, quietude, plenitude e consciência.

     

    O que é vivência tântrica?

     

    Vivência tântrica é uma forma lúdica de sentir e perceber as emoções e, portanto, é uma técnica de terapia corporal feita através da indução em movimento com a intenção de que ocorram desbloqueios em nossas couraças que são causadas por desequilíbrios emocionais advindas do campo da sexualidade, ou seja. Quando você pensa em sexo o que ele representa para você? Apenas uma satisfação biológica indispensável. Apenas feito por amor. Apenas feito para procriação. Apenas feito por fazer. Ou ele nem se quer existe em sua vida, ou está existindo somente em suas fantasias.

    Você já percebeu até aqui que uma vez que a Libido organizada – a sua vida poderá ficar equilibrada. Como?

    Tomando consciência de que você em primeiro lugar não é feito somente de carne e osso, e sim de um corpo espiritual, um corpo mental, um corpo emocional e que todos residem num espaço físico denominado de corpo humano. E que este corpo físico é a resposta de tudo que você sente, pensa e vê ao seu redor. Já percebeu também até aqui que não provemos a nossa vida em todos os sentidos, porque não provemos uma boa sexualidade.

    Aqueles que não estão provendo a vida transportam para a sexualidade a impotência do prover, como impotência sexual. E as mulheres resultam na frigidez. E ou o oposto.

    Este fluxo nos diz como devemos delegar a nossa libido, mas os conceitos sociais, profissionais, nos fazem interpretar de forma enganosa, deixando assim de perceber a essência da vida que deriva de uma sexualidade plena e saudável. Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira tranqüila. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significa estarmos sensual e sensorial. Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

    MÉTODO

     

    O Vivenciar não há como explicar tecnicamente, mas se desenvolve através do fluxo de um grupo ou de um momento individual.

    Cada grupo vivencial é uma energia única.

    I – passo: O trabalho normalmente se inicia com uma meditação dinâmica que flui através de respirações alteradas e acopladas ao movimento proporcionado pelo o som de uma musica dinâmica, que produzirá limpezas das emoções contidas no emocional.

    II – passo: Indução de uma técnica que proporcione novas emoções promovendo um renascimento.

    III – técnica indutiva para reconhecimento do Eu, e as mais comuns são Ekagrata - visualizações, através de um espelho, visualizar Mandala, ou simplesmente no olho do outro. Permitindo identificar as emoções que estão inseridas no contexto do EU e do outro. Formando um reconhecimento, identificação e sintonia com o próprio Ego.

    IV – passo. É induzido a um tipo de técnica que envolva toques no contexto de técnicas corporais. Para que desperte o fluxo original da libido.

    V – Finalização do sistema vivencial em grupo.

     

    Conclusões

                  Se utilizar de método vivencial como foi possível perceber até então é uma forma de brincar com a mente fazendo-a a ficar em segundo plano. E simplesmente sentir e permear a vida através do leela cósmico.

                  Se permitir ser feliz. Aprender a usar as ferramentas corpóreas e que divinamente nos foi concedido. Tomar conscienciência de que somos além de ossos, veias, sangue, músculos, órgãos, etc. Que as sensações e intuições são as ferramentas reais e mais importantes que induzem ao coração e expande a consciência para Ser e está Feliz.

     

    Bibliografia.

    Eu até então desconheço bibliografia sobre sistema vivencial tântrico.

    Aqui está um trabalho desenvolvido através da minha experiência em vivenciar e transmitir vivências.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 22/07/2009 13:53


    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    II.I - Definições

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

    VII.I - Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    VII.II - Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística
    VII.III -
    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Resumo

    Esta propositura disserta sobra a integração das técnicas corporais orientais seculares com as modernas e ocidentais abordagens psicanalísticas reichianas e derivadas, resultando em uma Terapia Corporal de abordagem holística. Resgata a importância do tocar e ser tocado como instrumento de catarse terapêutica e de harmonização psicofísica, resultando em ampliação da qualidade de vida e autoconhecimento, tanto para o Cliente, quanto para o profissional.

    Introdução

    Muito se aborda a globalização e o acesso universal a informações em todos os campos de conhecimento, incluindo a Terapia Holística. Porém, mesmo no Brasil, de ampla tradição de sincretismo e fusão das mais variadas vertentes de pensamento, ainda deparamos com um separatismo entre as técnicas corporais orientais e ocidentais, bem como uma distância entre o discurso de paradigma holístico e uma real aplicação deste conceito, a tal ponto de ainda encontrarmos profissionais que iludem-se de atuar em questões físicas e outros, em aspectos psíquicos, como se tais existissem de forma isolada...

    São inegáveis as qualidades técnicas das manobras corporais tradicionais, tais como o shiatsu, tuina, anma, sparsha, dentre outras, assim como é fundamental a contribuição da psicanálise quanto aos aspectos inconscientes de nossa personalidade serem corporificados. Contudo, ambas as vertentes ainda não convergiram, resultando em "massagistas" (termo totalmente inadequado à legislação brasileira...) que desconhecem o fato de seu trabalho pode resultar em catarses, como também em profissionais da vegetoterapia e bioenergética propondo técnicas de toque, respiratórias e posturais que já estariam eficientemente supridas nas já seculares técnicas corporais, como as já citadas, bem como as oriundas do yôga e tai-chi-chuan.

    Cabe ao Brasil eliminar a iniciativa em superar desinformações, preconceitos e vaidades, promovendo a integração entre todas estas linhas complementares de tratamento, formando Terapeutas Corporais que honrem a sabedoria milenar, da mesma forma que abraçam a modernidade psicanalítica, fazendo justiça a que mais esta modalidade terapêutica seja integrante da Terapia Holística, atendendo a Clientela ciente de que físico-psíquico-social-transcendente é uma só unidade indissociável.

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

    ACONSELHAMENTO — processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.

    BIOENERGÉTICA —Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.
    CALATONIA —técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.

    CATARSE extravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    ID é a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego.

    INSIGHT "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    LEITURA CORPORAL — método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    PERSONA — é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

    RELAXAMENTO — vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    TERAPIA CORPORAL — uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

    TERAPIA REICHIANA — desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    VIVÊNCIAS — realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal:

    Idade mínima do cliente para Terapia Corporal: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    Explicar o processo de Terapia Corporal com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    O Terapeuta Holístico deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico;

    O Cliente deve ser inquerido pelo Terapeuta Holístico quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Corporal aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    III - Resultados

    Constatou-se ganhos significativos oriundos do sincretismo entre as abordagens ocidentais modernas e orientais milenares da Terapia Corporal. As manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, mostraram-se mais adaptáveis a cada Cliente, em comparação às mais recentes, oriundas das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética. Em contraponto, a proposta analítica destas últimas são indispensáveis à interpretação emocional refletida via corpo, já que essa capacidade fora perdida no decorrer do tempo, no que se refere ao ensino e prática das técnicas orientais, na forma como nos chegam atualmente.

    Clientes originados de queixas físicas apresentam resultados mais rápidos e eficazes quando a Terapia Corporal aflora as emoções reprimidas simultaneamente ao trabalho de toque. É perceptível ao tato do profissional, o relaxamento nas áreas antes tensas, imediatamente à manifestação da emoção e/ou lembrança que emerge sincronisticanente ao contato físico com a zona reflexa e/ou diretamente sobre a região corpórea. Da mesma forma, regiões sem tônus de pronto manifestam retorno da tonicidade, assim que afloram os sentimentos e lembranças induzidos pelo toque de volta à consciência. Quadros de dores e de dificuldade de movimentos apresentam reversão drástica, ainda que temporária, imediatamente à catarse emocional desencadeada pelo toque e indução verbal.

    Ratificando o acima descrito, quadro similar ocorre com a Clientela de queixas emocionais, onde o trabalho de toque serve tanto para detectar quais regiões corpóreas estão refletindo o quadro psíquico, quanto para aflorar à consciência as emoções reprimidas, bem como lembranças de situações traumáticas.

    Em ambas as situações, a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, incluindo o ACONSELHAMENTO, desempenha papel fundamental em facilitar ao Cliente a compreender o conteúdo aflorado, o que se mostra fundamental para que o quadro queixoso anterior não reincida. A catarse emocional por si só, apresenta resultado temporário, com imediata melhoria do quadro geral, porém, com retorno do estado original poucos dias após. A durabilidade do resultado é mantida quando o Cliente é simultaneamente amparado com técnicas de foco psicoterápico.

    A inclusão do contato físico na relação CLIENTE e TERAPEUTA HOLÍSTICO acelera o ritmo e intensifica a terapia, traduzindo-se em resultados de espectro mais amplo e, uma aumento da frequência e intensidade nas transferências e contra-transferências, exigindo grande preparo do profissional.

    IV - Discussão

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos.

    Modernas ideologias, governos ditatoriais e o cientificismo mecanicista influenciaram uma ruptura no paradigma holístico terapêutico. Seja por necessidade de sobrevivência às perseguições, seja em concessões e adaptações para tentar enquadrar nos limites do "científico", fato é que ao século 20, terapias como shiatsu, tuiná, anma, seitai e similares, chegaram até nós amputadas de sua original tradição sistêmica, passando a tratar o "corpo" como se fosse uma "máquina", composta de "partes" a serem manipuladas pelo toque para que "funcionem" melhor... A excelência técnica das manobras corporais se manteve, porém, perdeu-se a "alma" em algum momento de sua história.

    A partir da década de 70, com o movimento da contracultura, "revolução aquariana", ecologia e retomada do paradigma holístico, as abordagens corporais se permitiram a reintegração com os conceitos de "energia", reassumindo a interação com meridianos (canais de circulação energética da acupuntura - terapia tradicional chinesa), chacras (ou chakras, vórtices de energia estudados na ayurvédica - terapia tradicional indiana) e "corpos sutis" (matrizes energéticas paralelas ao corpo material, conceito este comum a todas as culturas milenares). Ao mesmo tempo, readmitiu-se que a terapia pelo toque igualmente atua nas emoções, porém, sem aprofundar na questão, deixando de integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

    Desenvolvendo-se de forma complementar, contamos com a Psicánalise, pela qual Freud demonstra a grande atuação das questões psíquicas nas somatizações, sendo até possível a reversão destas, como decorrência da análise, ao resgatar do inconsciente, os traumas, lembranças, emoções reprimidas e integrá-las ao consciente.

    Quer seja por preocupar-se em manter-se dentro de uma certo paralelo com a metodologia científica (isolar-se do "objeto" estudado...), quer seja para evitar maiores controvérsias e envolvimentos, TOCAR o Cliente era algo fora de discussão, até a dissidência de Wilhelm Reich, que “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”).

    A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante).

    Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento, também conhecido como Couraças Musculares do Caráter, aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bioenergia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas.

    A linha reichiana "clássica", a Vegetoterapia, segue um padrão relativamente rígido e pré-fixado para a sequência de desbloqueio das couraças, enquanto que as chamadas correntes neoreichianas, como a Bioenergética (que tem Alexander Lowen como seu expoente...) são mais flexíveis quanto à ordem e formas de trabalhar os bloqueios, utilizando-se, além do toque, técnicas respiratórias e posturais, que contém muitos paralelos ao Yôga e Tai-Chi-Chuan...

    Estas últimas vertentes, de origens ocidentais e modernas, em contraponto com as demais linhas aqui inicialmentes descritas, milenares e orientais, permaneceram distanciadas, uma corrente desconhecendo totalmente a outra. Não raro deparamos com reichianos que desconhecem chacras e shiatsuterapeutas que nem sequer imaginam que desbloqueiam "couraças do caráter"...

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar. Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge. É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor. Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA. É consenso que a maioria dos Terapeutas possui profundas feridas narcisísticas em aberto, as quais tentamos cicatrizar ao dar atenção aos Clientes, da forma que jamais tivemos... Não raro, tivemos que amadurecer cedo, quando deveríamos ter tido a permissão de ser crianças e nossos cuidados com os outros é a sublimação do ressentimento de que nosso amor não bastava para sermos correspondidos pelos pais, pois só sendo "produtivos" e "perfeitos" para sermos amados. Por isso, oculta-se no TOCAR em nossos Clientes, o desejo de acolhimento e amor.

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente. Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em contínua terapia e supervisão, inclusive, em grupos de discussão, pois o que se constata na prática é que, independente do quão experiente seja um analista, quando está em momento de contratransferência, sua visão do caso fica prejudicada, enquanto que para os demais colegas, que não estão emocionalmente envolvidos na situação, muito mais facilmente detectam o que está ocorrendo.

    V - Conclusões

    O contato físico intensifica o ritmo da terapia e igualmente aumenta o grau de responsabilidade e exigência técnica, o que é plenamente compensado pela excelência de resultados e gratificação profissional.

    Não há mais justificativa, em nosso atual tempo de acesso globalizado às mais variadas correntes terapêuticas, à ilusão de abordar o psicofísico como se fosse "partes separadas".

    A fusão entre as manobras orientais já tradicionais e a conscientização do efeito psíquico do toque reavivada pelas correntes psicoterápicas reichianas e neo-reichianas, resulta em uma terapia mais profunda e abrangente do que a simples soma das partes.

    Tanto as reclamações de origem física, quanto as de foco emocionais são atendidas na mesma proposta de trabalho, em conformidade com o paradigma holístico, ampliando o leque de oportunidades em atender quantitativa e qualitativamente à Clientela potencial.

    A ampliação da transferência e contratransferência pelo fator do tocar e ser tocado, obriga o Terapeuta Holístico a manter-se em contínua terapia e supervisão, resultando num indivíduo mais equilibrado e autoconsciente e, como tal, um profissional mais eficiente e um ser humano mais feliz.

    VI - Referências bibliográficas

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    VII - Anexos e Apêndices

    VII.I

    Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

     

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

     

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

     

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

     

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

     

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

     

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

     

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça"

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

     

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

     

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

     

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

     

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

     

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contratransferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Imaginem uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Se não estiver atenta à possibilidade de contra-transferência, é capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

     

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

    VII.II -


    Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística

    Se o profissional faz uso de técnicas corporais, jamais deverá chamar este trabalho de "massagem", não só pelo sentido pejorativo que a confusão com prostituição trouxe à palavra, como, também , pelo fato de que estaria sendo enquadrado dentro de alguns requisitos impossíveis de serem cumpridos, pois estaria sujeito às seguintes diretrizes, dentre outras:

    DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942
    Regula a Propaganda de Médico, Cirurgiões Dentistas, Parteiras, Massagistas, Enfermeiros, de Casas de Saúde e de Estabelecimentos Congêneres, e a de Preparados Farmacêuticos
    Das Parteiras, dos Massagistas e Enfermeiros (artigos 2 e 3)
    ART.2 - é proibido às parteiras, aos massagistas e aos enfermeiros fazer referências a tratamentos de doenças ou de estado mórbido de qualquer espécie.
    ART.3 - As parteiras, os massagistas e os enfermeiros estão obrigados a mencionar em seus anúncios o nome, título profissional e local o nde são encontrados.


    LEI 3.968 DE 05/10/1961
    Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Massagista, e dá outras Providências.
    ART.1 - O exercício da profissão de Massagista só é permitido a quem possua certificado de habilitação expedido e registrado pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina após aprovação, em exame, perante o mesmo órgão.
    ART.2 - O massagista devidamente habilitado, poderá manter gabinete em seu próprio nome, obedecidas as seguintes normas:
    1 - a aplicação da massagem dependerá de prescrição médica, registrada a receita em livro competente e arquivada no gabinete;
    2 - somente em casos de urgência, em que não seja encontrado o médico para a prescrição de que trata o item anterior, poderá ser esta dispensada;
    3 - será, somente, permitida a aplicação de massagem manual sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou fisioterápica;
    4 - a propaganda dependerá de prévia aprovação da autoridade sanitária fiscalizadora.

    Como podem perceber, será muito melhor nominar seus trabalhos como "Terapia Corporal", evitando, assim, se enquadrarem nas leis acima citadas, as quais só podem ter sido criadas para coibir a prática da Massagem.

    Já há anos o SINTE recomenda abolir o termo "massagem" (tanto por ser associada popularmente à prostituição, como por enquadrar-se em legislação impossível de ser cumprida) , que deve ser substituída por "Massoterapia", ou, melhor ainda "Terapia Corporal".

    Ultimamente, a expressão "massoterapia" igualmente passou a ser sinônimo de prostituição, além de que, no Paraná, os órgãos públicos identificam como sinônimo de "massagem" e passaram a exigir daqueles que alegam trabalhar com esta técnica, o cumprimento das legislações impraticáveis (DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942 e LEI 3.968 DE 05/10/1961).

    Portanto, a melhor solução é o termo "Terapia Corporal" e aproveitar a oportunidade para que os cursos se aperfeiçõem para fazer justiça a este nome e acrescentem ensinamentos de Reich e Lowen (psicanálise/vegetoterapia e bioenergética) às já consagradas manobras corporais orientais e ocidentais.

    VII.III -

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho

    Estruturas da Psique:

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.


    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.


    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.


    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;
    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;
    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.


    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.


    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.


    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/07/2009 16:24


    A Dança-Terapia em Cinco Movimentos

    A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística

    Propositura de Palestra: 

    Palestrante:

    José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43 913

    Arte-Terapia EMANUEL 

    Rua 15 de Novembro, 910, Sala "A" 

    Palotina, PR 

    CEP: 85950 000 

    Autor: José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913

    Titulo: "A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística"

    Local: Sala de Arte-Terapia Emanuel, Rua 15 de Novembro, 910, Sala: A  -Centro-

    Palotina, Paraná, CEP: 85950-000 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

    "Temos que nos unir na dança, para aprender a cantar a musica da VIDA"

    Augusto Cury. 

    "A Dança-Terapia, é a arte para o movimento, criatividade para a mente. Tudo isso se mistura e entrelaça. Criando uma tensão similar ao beijo entre a beleza e a feiúra. Barrando os preconceitos da sociedade" (Tomado do pensamento da mestra em Dança-Terapia a espanhola, Maité León) 

    "O ser Humano é um nu de relações"

    Leonardo Boff 

    Dedicatória: "Minha modesta homenagem a todas as pessoas que acreditaram na minha proposta e até hoje embarcam neste navegar pelas águas transparentes da nossa lagoa imaginaria"

    José. 

    SUMÁRIO: 

    1. Introdução ao método.
    2. Breve resenha histórica da Dança-Terapia.
    3. Breve resenha histórica da Dança-Terapia na minha vida profissional no Brasil e sua relação com a Psicoterapia Holística.
    4. Os cinco movimentos chineses e sua relação com a Dança-Terapia.
    5. O texto das músicas e sua relação com o histórico emocional do cliente.
    6. A Psicoterapia Holística fonte de diagnóstico e prognostico do emocional do cliente segundo o paradigma Vigostkyano.
    7. Os ritmos latinos: samba, salsa, tango, bolero e sua relação com os nossos arquétipos. Nossos ancestrais africanos.
    8. O Método, alguns exemplos.
    9. Conclusões.
    10. Bibliografia.

    TERMOS:

    1. TH, Terapeuta Holístico.

    1. DTH, Dança Terapia Holística.

    1. SH, Psicoterapia Holística


    RESUMO: A DTH em cinco movimentos é uma terapia complementar que auxilia o TH que desenvolve as técnicas da SH (Aconselhamento) a resolver e canalizar conflitos emocionais de seus clientes que não foram tirados para fora na catarse, por diferentes tipos de bloqueios que o cliente enfrenta no momento da SH e que tem muito a ver com seu estado emocional no momento em que foi a plicada a técnica como exemplo: "A Vivência", fatores ambientais, de saúde, barreiras etc. A DTH se enriquecem com a pantomima, o balé clássico, as danças modernas e contemporâneas, assim como as do folclore das diferentes culturas com seus movimentos: condensados, leves e quebrados como catalisadores de emoções reprimidas. Nossa cultura ocidental não pode perder de vista os arquétipos trazidos pelos africanos que fazem parte dos campos energéticos do continente junto aos da Antiga Grécia e toda a mistura cultural e a miscigenação que nossos países latino-americanos sofrem, assim como nossas culturas aborígenes que tem uma riqueza enorme de imagens arquetípicas, por esses fatos históricos a DTH trabalha os ritmos latinos e caribenhos assim como os nordestinos e os movimentos de nossos orixás que na rumba, conga, guaguancó, salsa e etc. estão muito presentes.

    Não podemos perder a perspectiva que os orixás têm a mesma condição arquetípica que os deuses politeístas gregos eles se debatem entre o HERÓI E A VÍTIMA da mesma maneira, só mudando a embalagem e estes orixás estão cheios de erotismo e sensualidade. Por isso o DTH associa o rimo a cor dos meridianos em dependência da sua intensidade. A salsa com o movimento fogo e cor vermelha que o TH já trabalha com o cliente na sessão de cromoterapia. Outro fator importante é o envolvimento com o texto já que cada movimento terá uma justificativa em relação com a mensagem que o conteúdo poético da música nos passa como, por exemplo, a música: Vitoriosa, de Ivan Lins, muito apropriada para resolver conflitos relacionados com a sexualidade. A DTH é uma terapia de grupo que permite a  

    abordagem indireta do conflito que muitas vezes o cliente na sala não que falar ou simplesmente não faz o INSIGHT pela própria resistência. É de fácil aceitação pelos clientes e traz muito bem estar psicofísico para eles, por isso sua condição holística. 

    ESCLARECIMENTO: Sempre vou falar de clientes no termo feminino já que até hoje só e tido esta experiência em mulheres, meu sonho e formar uma turma de homens, mas eu estou no Sul onde o machismo é muito forte e só consegui reunir turmas de DTH de casais que seria outro trabalho a abordar no futuro. Meus clientes homens só fazem TH ou recebem a técnica da psicanálise. 

    1 - INTRODUÇÂO: 

    "A DTH em Cinco Movimentos" é uma terapia alternativa que auxilia o trabalho do TH, como outro canal para complementar e comprometer aqueles aspectos emocionais do cliente que no consultório não ficaram resolvidos. Comprometendo o corpo em conjunção com a alma, assumindo a emoção como um todo indivisível o cliente por meio dos movimentos condensados, quebrados e leves, assim como pela mímica em sintonia com a música e seguindo o texto do compositor, sua compreensão e expressão do conteúdo mediante o corpo tiram para fora emoções reprimidas e passa por estados catárticos sem sofrer, além de que compartilha com o grupo assumindo-se como ele é na totalidade em outra dimensão cósmica. A DTH em Cinco Movimentos é além de preventiva para doenças da terceira idade como o Mal do Alzheimer.

     

    2 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA: 

    Após da caída do franquismo na Espanha, o terapeutas e pedagogos assim como todas as pessoas de boa vontade, saíram na rua com os síndromes de down e todo tipo de deficientes físicos e mentais como uma forma de dizer ao mundo que todos tem o direito a expressão na diversidade. As teorias de Vigostky e seus postulados cognitivos (entre eles o mais significativo o referente a ZDP Zona de Desenvolvimento Proximal) trouxeram uma forma nova de intervenção terapêutica, novos paradigmas desafiarem os profissionais da saúde entre eles, os terapeutas, que tiverem que ser mais criativos e abrir-se as novas formas que os novos tempos exigiam. E foram os terapeutas que tiverem um destaque no campo da dança-terapia e a sua relação entre: "Texto - compreensão - movimento - expressão" O nome da técnica na Europa e em Cuba países que destacam  até hoje na sua aplicação é: PSICOBALLET. Podem ser encontrado nos livros ou na internet. Sua pioneira e promotora até hoje a Sra. Maité León. 

    3 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA NA MINHA VIDA PROFISSIONAL NO BRASIL E A SUA RELAÇÃO COM A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA.    

    O Psicobalé entrou na minha vida profissional depois da queda dos muros de Berlin, no princípio dos anos 90 que comecei trabalhar como terapeuta na ONG Cáritas Internacional trabalhando a técnica com crianças portadoras da Síndrome de Down e, logo depois, já com deficientes cognitivos e físicos assim como pessoas da terceira idade que na época pelas limitações econômicas que enfrentava o governo de Cuba, não conseguia oferecer mais de graça a população este serviço e uma grande quantidade de profissionais capacitados para esses fins terapêuticos tinham escolhido o exílio (o pais enfrentou o maior déficit de profissionais da sua historia naquela época). Isso me permitiu até capacitar-me e sair fora do pais para me profissionalizar e trabalhar para a ONG.

    No ano 2004 quando cheguei ao Brasil com quarenta e seis anos e, quase trinta de experiência profissional tive que buscar uma maneira de sobreviver e ajudar a minha Sra. na construção do novo projeto de vida (O casamento). E, encontrei no PSICOBALÈ uma forma de trabalhar honradamente e tornar-me conhecido como profissional sem agredir aos outros terapeutas que não conheciam esta técnica.

    Tive como primeiro desafio, que mudar o nome por PSICODANÇA, que após de entrar nos terapeutas holísticos no ano 2008, definitivamente leva o nome de (DTH) DANÇA-TERAPIA HOLÌSTICA. Como uma forma de cumprir com as NTSV, já que alguns psicólogos mal intencionados se sentiam invadidos pelo prefixo (psico-). Foi então, que decidi montar minha própria sala seguindo as regras de marketing aprendidas no curso de Psicoterapia Holística da Turma de 2008, a qual pertencia, de como montar um consultório seguindo a NTSV. Foi no ano 2008 em que comecei a relacionar o corpo com a mente já que por vir de uma ditadura onde trabalhei quase trinta anos eu mesmo, como terapeuta tinha meus próprios preconceitos.

    Ter o Consultório junto com a sala de Psicoterapia Holística me proporcionou uma melhor pratica e interação com as técnicas numa retroalimentação dialética e uma dinâmica de trabalho que até hoje no ano 2011 continuo com resultados, muito mais obtive a perseverança das clientes. E, até não fiquei tão preso na psicanálise como  

    uma técnica a aplicar. Comprovei na pratica que muitos clientes aplicando a técnica: Aconselhamentos caminhavam mais de presa na sua evolução emocional e pessoal já que a DTH complementava a parte do toque que não tinham no consultório, toque em coletivo que me deixava mais leve e confiado que aquele que poderia ter sozinho no consultório com o cliente. Já que na DTH o toque e direcionado pelo terapeuta entre eles e faz parte da coreografia, entrando na vida daquelas, mais fechadas de uma maneira natural. 

    4 - OS CINCO MOVIMENTOS CHINESES E SUA RELAÇÃO COM A DTH. 

    O cliente durante as sessões de PH através da técnica de Aconselhamento vai conhecendo e se familiarizando com as cores dos CINCO MOVIMENTOS CHINESES. Além de que minha abordagem é de ordem integrativa, não descarto nada sempre que me seja útil, e não transgrida as NTSV. Meus clientes na sua maioria tiveram algumas vezes sessões de cromoterapia e o bastão cromático, que os ajudou a encontrar a nível consciente as cores na sua imaginação. Por isso na hora da DTH os ajudou a encontrar as cores pelo conteúdo da musica, ou seja, a mensagem do texto assim como pela sua estrutura melódica.

    1- A musica: Camarada água do grupo Teatro Mágico, é bem explícita no meridiano que aborda e a cor azul já que o cliente e que sempre todos nós associamos o azul-água, embora que no momento coreográfico e a mímica dos movimentos tenha alguns bem condensados.

    2- A música: Pássaro de Fogo da Paula Fernandez, pelo conteúdo da música já a palavra FOGO explicitamente leva ao cliente a cor vermelha e durante toda a dança se imaginam vestidas de vermelho.

    3A música: VITORIOSA de Ivan Lins, é mais branco, mais para dentro, centrípeta, por isso se associa ao metal, muito apropriada para trabalhar frigidez e anorgasmia. O MOVIMENTO metal leva a se relacionar a cliente com a introdução do falo como fonte de prazer, é um ato de VITÓRIA é a heroína que consegue satisfazer ao macho. 

    Estes três exemplos ilustram um pouco, como abordo os movimentos chineses e as cores além de que após das vivencias para tirar as clientes do sofrimento já tenho trabalhado com todas elas uma Lagoa de águas transparentes imaginária, que todas têm, e uma ave que representam como gaivotas, cisnes, beija flor. Então essa lagoa contém as cinco cores dos movimentos e seus significados e no momento de voltar a realidade ou de sair do momento catártico o TH coloca a música e faz lembrar a lagoa imaginaria e coloca o elemento que a cliente precisa mais, por exemplo si a cliente esta precisando de equilibro o TH enfatiza em que ela observe os girassóis pela cor amarela (nossa terra que foi feita em prefeito equilibro) A música da LAGOA e trabalhada na DTH com movimentos muito leves e condensados, como não tem texto o TH direciona este exercício corporal a relaxar o corpo. A música: Ar de João Sebastião Bach numa versão que inclui sons das aves e da natureza, numa versão do grupo Café Do Mar (grupo de musica contemporâneo eletroacústica que revive a música erudita dos grandes clássicos da humanidade)  

     

    5 - O TEXTO DAS MÚSICAS E SUA RELAÇÃO COM O HISTÓRICO-EMOCIONAL DAS CLIENTES.

    Já tenho abordado que minhas clientes me oferecem muito material emocional para trabalhar na DTH no momento da VIVÊNCIA, assim como nas sessões da psicanálise, nos momentos de resistência. Esse material é guardado e na hora de montar o roteiro das músicas para trabalhar na DTH, eu tenho em cada sessão a oportunidade de trabalhar de oito a nove músicas e algumas vão direcionadas a uma cliente em específico numa abordagem indireta de seu conflito. O exemplo da música Sonho impossível de Maria Betânia pode ilustrar já que o conteúdo do texto vai direcionado a resgatar a possibilidade de voltar a sonhar até com o impossível e uma delas pode ter me falado na TH que queria já se entregar e renunciar a seus objetivos ou pelo contrário em sua linguagem não estava explícito e sim na sua fase o simplesmente se fecha a progredir. 

    6 - A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA FONTE DE ANAMNESE E PROGNÓSTICOS DO EMOCIONAL DO CLIENTE SEGUINDO O PARADIGAMA VIGOSTKYANO. 

    O paradigma vigostkyano: de diagnóstico - intervenção - prognóstico, oferece ao TH uma dinâmica de trabalho muito rica. Seu descobrimento da Zona de Desenvolvimento Próximo na área da pedagogia deixou aos terapeutas muito mais otimistas e hoje além de que o Império Socialista Russo não existe mai, não podemos esquecer e deixar de valorizar as descobertas deles na sua urgência de construir um mundo melhor e mais participativo. Todos nossos clientes têm essa zona já que é uma descoberta reconhecida pela OMS. Ter conhecimento dela e de suas infinitas possibilidades permitem ao terapeuta enriquecer sua intervenção com o cliente e muito mais, reduzir o tempo de intervenção, obtendo resultados mais imediatos que sei bem, o cliente se recupera mais rápido e, é um cliente que perdemos e nos indicará outros já que pela minha experiência pessoal nossos melhores marqueteiros são nossos próprios clientes. Eu tenho o costume de chamar: Marketing de boca a boca. Para a DTH a descoberta da ZDP de Vigostky é muito importante no sentido de que as pessoas que chegam a nossos consultórios são muito carentes e bem muito contaminadas cheias de limitações que elas mesmas colocaram em sua cabeça é uma barreira contra a qual temos que lutar no dia a dia já que DTH pela complexidade que vão alcançando os movimentos e por ser uma terapia de grupo onde a cliente pode se frustrar pelos progressos das outras e não compreender suas limitações e se desenvolver no grupo com elas, sofrem o perigo de desistir. 

    7 - OS RITMOS LATINOS E CARIBENHOS: SALSA, SAMBA, BOLERO, RUMBA, GUAGUANCÓ E SUA RELAÇÃO COM OS NOSSOS ARQUÉTIPOS. NOSSOS ANCESTRAIS AFRICANOS. 

    Quando eu falo do Brasil estou me referindo ao marco estreito da cidade de Palotina onde moro faz oito anos, aqui desempenhei minhas experiências profissionais. Por "isso sempre nas palestras e no meu livro em português uso o termo "Impressão" O seja, "Impressão diagnóstica, cultural, social etc."

    Na cidade onde moro nos seus ancestrais culturais predominam as culturas: alemã e italiana, falar de arquétipo no sentido clássico junguiano não é tão compreensível  e  

    de fácil aceitação. Mas, quando a gente fala dos ancestrais do povo de Bahia o nordestino, é outro o assunto (Os ancestrais africanos). Um empobrecimento da visão cósmica de Deus e sua presença, essa "Energia de fundo" (Que muito bem aborda Boff na sua literatura teológica e latino-americana) Que nos capacita para acolher a Deus em todas as coisas, é muito limitada e empobrecida pela falta de cultura e o fanatismo religioso de alguns que querem cosificar a DEUS. Além de que no ano 2004 alguns pseudo-terapeutas holísticos tinham deixado a cidade no espanto (todo ao contrário que logo após conheci no SINTE)

    Nessa realidade tive que colocar os ritmos latinos que eram aqueles que conheciam para começar meus projetos e tornar conhecido meu trabalho, era minhas ferramentas terapêuticas de como me projetar profissionalmente nessa área. Tudo começou com a músicaSimbalaiê da cantora Maria Gadú e os movimentos de braços semelhante Yemaya (o uso do port de bras e suas ondulações) Uma coincidência significativa já que Filipo Taiglione o mestre do balé quando desenvolveu este movimento nas suas bailarinas não tinha conhecimento das danças africanas (ele era Frances e não viajou a África). Todo muito bem explicado pelo Jung nos seus estudos da sincronicidade.

    Então tive que explicar para elas conceitos como politeísmo e revelar que as danças caribenhas dançadas durante quase três anos vinham dessa cultura que elas rejeitavam por se sentir traindo sua religião: conga, rumba, guaguancó não são outra coisa que a imitação dos movimentos do Deus Xangó. Estes bailes nascidos em Cuba se espalharam muito rápido pelos países do Caribe e deram origem ao "Ritmo Salsa" hoje dançado no mundo e que até um Congresso Internacional anualmente se celebra em São Paulo.

    Explicar a elas a história da musica Simbalaiê foi muito significativo já que a maioria após da experiência tiveram muitos insight e após de voltar das vivências conseguiam ver o mar, os barquinhos, os pescadores,... E saíram da técnica muito, mas relaxadas e tirando um maior proveito depois na DTH no momento de dançar a música.

    Ao respeito de Simbalaiê:  

    "Shimbalaiê é uma canção da cantora Maria Gadú do seu álbum homônimo. Lançada como primeiro single, em agosto, a canção foi incluída na trilha sonora da novela Viver a Vida e, a partir daí, se tornou um sucesso pelo Brasil inteiro.

    A canção foi sua primeira composição, composta aos 10 anos de idade, que segundo a cantora, foi feita no momento do pôr do sol em uma praia quando ela estava sozinha olhando o feito e sem o violão. Afirmando que "Shimbalaiê" foi uma espécie de susto e que não gostava tanto de escrever (em forma de composição), assim Maria Gadú só voltou a compor 9 anos depois.

    -"Eu só  estava descrevendo uma paisagem."

    A cantora afirma que a palavra não tem nenhum significado, mas na verdade a expressão deriva de um dialeto africano.

    Existem várias formas de se escrever, no entanto, a forma correta é Ximbhalaijè, que poderia ser traduzida assim: Ximbha (natureza, meio ambiente) - Laijè (alma, deus, espírito)".

    Nossa condição de Holísticos tem também que priorizar a parte CULTURAL l do cliente algo a sugerir nas NTSV porque o brasileiro não tem hábitos de leitura e o país tem o lugar 53 em desenvolvimineto educacional mundial, então a ignorância pode conspirar contra as interpretações de nosssas técnicas. Nesse sentido temos que ficar bem de plantão para ter sempre uma resposta convincente na ponta da língua. 

    8 - O MÉTODO E, ALGUNS EXEMPLOS: 

    No meu canal: Z1957A, em Youtube se podem encontrar alguns exemplos das DTH (com músicas com texto e sem texto compreensível ou não). Quando trabalho música em espanhol antes dou uma folha com a tradução do texto ao português para que elas tenham idéia da mímica a imitar como neste primeiro exemplo de uma das músicas que além de ser interpretada em espanhol me tem acompanhado sempre e com muita aceitação: 

    1. O despertar música da cantora e compositora Liuba Maria Hevia (cubana)

    http://www.youtube.com/watch?v=L1BwHBRE2X4 

    Muito importante esclarecer que o uso da bola de pilates só esta em função da dança, não como meio de treinamento físico e assim respeitar as NTSV. 

    1. Uma salsa: A do biquíni vermelho, a compreensão do texto não é o que importa, é o movimento fogo (cor vermelho) e o trabalho da lateralidade direita e esquerda com a bolinha que tem na mão em função do equilibro. Estes exercícios vão direcionados a prevenir o MAL do Alsaimer.

    http://www.youtube.com/watch?v=xfpd12XCzGs 

    1. Felicidade musica que seus movimentos e compreensão do texto viraram uma coreografia para torcer pela Copa do Mundo com o predomino da cor verde (o movimento madeira) mostra como elas se expandem fazendo uso do espaço e dos movimentos circulares.

    http://www.youtube.com/watch?v=JD3JfqiNW6Q 

    1. Música: Quero-te, um texto poético do Mario Benedetti, um dos poetas uruguaios mais conhecidos na contemporaneidade o texto foi musicado por Alberto Fávero e o interprete é o cantor Jairo (ambos argentinos). Os movimentos direcionados ao movimento metal (cor branca). Condensados, leves, em movimentos circulares mais avançados enfrentando o desafio de dos círculos já que o texto expressa a unidade e a solidariedade em grupo, cotovelo com cotovelo para ser, muito mais que dois!

    http://www.youtube.com/watch?v=PbXxIFe84Us 

     

    9 - CONCLUSÕES: 

    A DTH em Cinco Movimentos é uma terapia alternativa de grupo que auxilia o trabalho do TH como complemento de seu trabalho no consultório. Insere ao cliente num grupo e trabalha a socialização e os laços interpessoais. A diferença de outras técnicas corporais aplicadas no Brasil a DTH em Cinco Movimentos compromete a área cognitiva da personalidade além da afetiva porque se trabalha a compreensão dos textos músicas desenvolvendo e ativando os processos do pensamento: análise, síntese, comparação, generalização e abstração. Por isso é preventiva na ordem de doenças mentais futuras a da própria terceira idade dependendo da faixa etária do cliente, doenças como o Mal do Alzheimer, isquemias, paralises cerebrais e faciais etc. Dos grupos de DTH se formou um subgrupo de Dança Contemporânea da Terceira Idade: EMANUEL. Temos participado de quatro festivais nacionais e três internacionais e durante meu intercâmbio com outros terapeutas que aplicam a técnica não descobri nenhum que na sua abordagem trabalhe as áreas cognitivas da personalidade. Nosso grupo já tem dez prêmios (seis primeiros lugares, três internacionais e três no Brasil, e quatro segundos lugares três no Brasil e um internacional). 

    10 - BIBLIOGRAFIA: 

    * Boff, Leonardo. - O terapeuta do deserto.

    -O tempo da transcendência. Editoras Vozes

    * Vieira Filho, Henrique. O corpo como portal do conhecimento. Conferências tomadas do curso de Holística Turma 2008: Terapia Holística, Marketing assim como as NTSV. CONAN, Conselho Nacional de Auto-Regulamento e Normalização Voluntaria, São Paulo - SP - Brasil

    * L.S. Vigostky. Pensamento e Linguagem. Editorial Povo e Educação, Cuba.

    * Reich fala de Freud, Editora Moraes.

    * Guerra Ramiro. Eros baila: Dança e sexualidade. A Havana, Editorial Letras Cubanas

    Autor: : José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913
    Última atualização: 03/06/2011 07:49


    Quem Sou Eu - Kundalini- a origem sexual da espiritualidade

    QUEM SOU EU?

    Kundalini- a origem sexual da espiritualidade

    Mensagem do TAO sobre a energia sexual 

    São Paulo, 25  de  Maio   2011. 


    Mitiyo OshiroTakemoto  CRT: 38660  Terapeuta  Holistica

    SINTE-Sindicato Dos Terapeutas-  Holistico - 2011 

    SUMÁRIO

    • Introdução...........................................................................IV
    • História................................................................................V
    • Metafisica............................................................................V
    • Filosofia do chi....................................................................V
    • 3 grandes fragmentos..........................................................V

    -     Capitalismo e monopólio ...................................................V

    • Bioenergia ..........................................................................V
    • Prâna: filosofia da respiração.............................................VI
    • 7 chacras ............................................................................VI
    • Corpo etèrico .....................................................................VI
    • Corpo keterico .................................................................VIII
    • Kundalini o poder ígneo ..................................................VIII
    • Bindu .................................................................................IX
    • Budismo para leigos ..........................................................IX
    • Bioeletromagnética e religião ............................................X
    • I ching .................................................................................X
    • Karma - destino e livre arbítrio    ..................................... XI
    • 5 religiões básicas do mundo ............................................XI
    • Quem escreveu a Bíblia? .................................................XII
    • Material e Metodologia ..................................................XIII
    • Discussão .......................................................................XIV
    • Conclusão .........................................................................XV
    • Bibliografia .....................................................................XVI

    Introdução

    Tao que revela a sabedoria oriental, a ciência do futuro a revelação à natureza, autoconhecimento, transformação, o gostar do próprio eu.

    Quase todos se ocupam, num determinado momento da vida, com as perguntas: "QUEM SOU EU?",  "QUE FORÇA AGE DENTRO DE MIM?", "QUE FACULDADES AINDA SE ESCONDEM NO MEU INTERIOR?", "COMO POSSO USUFRUIR TODO MEU POTENCIAL DE SORTE E CRIATIVIDADE". "Acreditamos que nenhum outro campo científico pode responder a essas perguntas tão amplamente, como a ciência dos centros energéticos do homem".

    Ao compreender a tarefa e a função dos chacras em toda a sua extensão, forma-se uma imagem do ser humano que, na sua possível perfeição, é tão fascinante e sublime a ponto de mais uma vez nos determos para admirar a maravilha da criação.

    O homem vive hoje num profundo descontentamento no que tange a sua própria existência.

    Durante longos anos, ocupou-se com a exploração impensada de tudo que seus sentidos, captavam do mundo externo. Alicerçou seu conceito de segurança, poder e felicidade no resultado das suas conquistas materiais. Enquanto se manteve ocupado, perseguindo o tal objetivo alimentando-se mentalmente de todas as informações necessárias para conseguir seu intento. Desenvolveu-se brilhantemente no campo da ciência e da tecnologia, mas não percebeu que seu ser nutria-se concomitantemente de toda espécie de emoção, gerada pela própria ação antética e objetivada. Assustando consigo mesmo inicialmente pela forma adotada, depois pelo conteúdo raivoso, atormentado e triste, lançou-se num processo incansável de questionamentos acerca da própria natureza e seu relacionamento com o universo.

    Deixando escapar sua energia cósmica entre os dedos levando-os a sua desgraça. 

    HISTÓRIA 

    Metafisica

    Ciência geral dos princípios e causas: conhecimento, sabedoria, força moral "elevação espiritual que conduz ao DEUS CRIADOR". 

    Filosofia do Chi

    Teoria do yin e yang "sublime unidade" o ser absoluto a consciência de DEUS a energia que rege (comanda) o vasto universo. Yin e yang se manifesta no mundo inteiro o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nascimento, vida e morte: a dança cósmica do Universo: no plano físico do homem, essa dança se manifesta como sexualidade. Através dela, o homem está  ligado ao ato incessante de criação da vida. Dizem que hoje, a cada 8 segundos nascem 34 crianças. Podemos observar esse processo nos animais e nas plantas. 

    3 Grandes fragmentos - capitalismo e monopólio

    Quando construirmos uma ponte entre as três grandes medicinas: ayuvedica (chacra e kundalini), chinesa (taoista, bioeletromagnética), ocidental (medicina atual, que se deve ao Leonardo Da Vinci a proeza).

    Este termo "a união faz a força" não cabe dentro dessas medicinas, pois elas trabalham separadas seguindo caminhos paralelos. Hoje tais medicinas estão monopolizadas e comercializadas, seguindo interesses alheios perdendo seu verdadeiro conteúdo.

    Prejudicando o curado e o curador.  

    Bioenergia

    Reconhecida pela medicina oficial em 1990. Passou a constar no conselho de especialidades medicas da Associação Brasileira de Medicina, deixando assim a fazer parte das terapias alternativas fragmentando-se, adotaremos então a bioeltromagnética que é, mais adequada para a holística. 

    Prâna - filosofia da respiração

    Prâna, chi, ki e a própria filosofia como diziam os sábios taoista; vivendo de ar e orvalho respiração e saliva. No ar contem os elementos que nutre a vida, a inteligência, a força física e sustenta um mundo (pensamento) que traz conhecimento, intenção e sabedoria que leva a "iluminação".

    Sublime unidade yin e yang que impulsiona o universo, o Prâna representa a fonte primaria de todas as formas de energia "absoluta". 

    7 Chacras                                                                                 

    Como ponte para a consciência interior. Autoconhecimento. Relacionados a órgão, ele tem a importância decisiva para a nossa vida mental e espiritual. Atuam diretamente sobre as emoções, disposição e alegria de viver. Quando seu fluxo é  bloqueado, surgem as doenças físicas, a má concentração de energia e alimentação são verdadeiros ladrões dos sete centros energéticos. Os chacras regem a força vital "prâna" e espiritual "kundalini", que se manifesta de modos diferentes e existem sete chacras abaixo (atala, vitala, rasatala, mahatala, hahatala, sutala e patala) sete acima estamos longe dessa compreensão que é obtido por meio do desenvolvimento e purificação da consciência.

    Corpo Etérico                                                                                                                                        A maioria das pessoas considera o mundo material, como também o corpo físico como a racional. Caso seja um desses que só podem aceitar como realidade o corpo material, pense uma única realidade, pois são perceptíveis pelos sentidos físicos e compreendido pelo intelecto vez o que acontece, por ventura com a energia, força vital que anima um corpo físico e lhe oferece sensibilidade e capacidade de expressão depois da morte deste corpo. Segundo uma lei da física a energia nunca se perde, mas se transforma. A força que está "em ação" por traz dos aspectos matérias do corpo, com suas funções e habilidades, é constituída de um complexo sistema de energia, sem o qual o corpo não poderia existir. Esse sistema compõe-se de três elementos básicos: físico mais denso, etérico denso e o keterico subtil.

    Muitos esclarecidos em outros pontos energéticos, não conseguem perceber o campo ou corpo etérico, essa percepção extra-sensorial não se abre magicamente e como todos são filtrados através da mente determina o GRAU  DO OBSERVADOR, por isso é considerado pelos espíritas um produto semi-material, onde existem manifestações ectoplasmáticas atuação fundamental das incorporações, certas situações pode se ver ao olho nu. A Aura  Etérica  uma luz em volta dos corpos como uma onda de calor sob a terra, além disso, existe uma sutil teia delicada que atua como barreira entre o corpo etérico e astral protegendo o individuo, prematura abertura de comunicação entre esses dois mundos.

    Os diferentes planos de consciência o ser humano é divino e é constituído por hierarquia de energia subtil (leve e sublime), para facilitar nosso entendimento somos seres holísticos fracionados como:

    Corpos "inferiores", o corpo etérico é o corpo mais denso depois do corpo físico que modela e consolida a matéria física dos tecidos do corpo, que só existe graças ao campo vital e permite o físico viver porque é este que vitaliza com a energia do prâna.

    Corpo emocional a energia suave que reflete emoções e os desejos das pessoas colocando em contato com o meio do universo.

    Corpo mental (ou causal) governa nossa faculdade de raciocínio, pensamentos intuitivo do nosso ser, transição entre a matéria e espirito em forma de crenças ou pensamentos limitativos.

    Corpo astral passagem entre os dois corpos "personalidade e celestial", energia que vibram a partir do corpo astral influenciando as portas do plano celeste e terrestre. Podemos dizer assim; a energia que circula entre a terra e o céu  ( bioeletromagnetica).

    Corpos "Superiores" 

    Corpo celeste permite sentir as vibrações do plano e comunicar com seus guias de luz.

    Corpo divino, de luz o mais leve concede a licença a alma a se comunicar com a fonte (ojás).

    Corpo supra-astral concede e encerra a qualidade mais alta do amor incondicional, da compaixão e do desprendimento. A estrutura do corpo eterico tem a função mais importante de transferência da energia vital do campo universal para o campo individual (físico), o corpo etérico não carrega a consciência, ele atua como ELO entre os veículos físicos, emocional e mental intercalando-se e constituído juntos o EU;( o corpo etérico pesa 21 grama, na morte do corpo físico perde-se  21 gramas)

    Porém esta teia numa única camada de átomos etéricos que separam os chacras situados ao longo do corpo na verdade é um dispositivo de proteção, se danificado pode trazer transtorno mental e físico.

    Tendo em vista suas funções etericas (pela teosofia)

    Receptor do prâna rede de finos canais o qual é parte do elo magnético que une os corpos físico e astral, cortando ao retirar-se o corpo etérico do físico denso no momento da morte.

    Assimilador do prâna circula três vezes por todo o triângulo (três centros principais) antes de ser transmitido ao corpo eterico e deste ao corpo denso, se o homem estiver sã a emanação será intensificada pela vibração (frequência), caso contrária o processo será lenta, essas emanações saem finalmente do sistema etérico, irradiando-se pela superfície a essência sai levando a qualidade individual.

    Transmissor do prâna e absorvido por tudo que evolui dentro do circulo, consiste em vitalizar o veiculo de expressão material física de qualquer dos sete (chacras) homens celestiais, consiste em liberar a vida dos veículos que a confiam o altar terreno o lugar onde nasce o espirito.  

    O Corpo Ketérico

    Vimos acima que a relação entre os dois corpos ou energia poderia ser vista e sentida. No keterico está além das nossas faculdades, o nosso grau de evolução e consciência precisa estar bem apurado, sete nível acima do plano espiritual, nós sentimos próximo do criador, os campos emitindo uma aura dourada reluzente pulsante.

    Ketérico é o último nível áurico do plano espiritual. Contém o plano da vida e é o último nível diretamente relacionado com esta encarnação. 

    Kundalini o poder Ígneo

    De encontro ao Bindu, a grande força magnética, o princípio universal da vida que existe em toda a matéria também chamado "fogo serpentino" é vida que flui através dos centros vitais ou chacras.

    Principio ativo que tanto pode criar ou destruir especialmente no ser humano, ela estabelece laços entre os corpos físicos e astrais e vise e versa á medida que a evolução prossegue esses laços, são vivificados pela vontade que libera e guia essa energia. Embora de maneira meio desordenada por isso o correto deve ser orientado por um mestre eminente. Kundalini a origem sexual da espiritualidade para a teoria da evolução GOPI KRISHNA -  um filósofo iogue hindu pioneiro da união entre a filósofa oriental e a ciência ocidental - kundalini é um termo chave, pois é a base para o acesso a um estado superior de consciência tal que, se atingido por amplas massas da população representaria uma nova espécie da humanidade.

    É uma das forças emanantes do sol, inteiramente independente e distinta de fohat e prâna, e que, no estado atual dos nossos conhecimentos, acreditamos que seremos convertidos a qualquer dessas duas energias percorrendo o corpo as curvas de uma serpente; "Mãe do Mundo" é um nome bastante apropriado, porque e por ela que podem ser vivificados, com sete nós, que naturalmente representa os sete chacras ou centro de força e parece apresentar sete camadas ou graus de potência. Esta força se encaminhou assim no corpo astral, a faculdade de sentir, de ser impressionado por toda a espécie de influencias, porém sem lhe dar ainda a compreensão precisa ou inexplicável.

    O mecanismo que nos dá  a consciência do que se passa no astral é interessante e merece ser bem compreendido, mas para obter esses resultados, o fogo serpentino passa de chacra em chacra, em certa ordem e maneiras variáveis por isso essa energia sobe de formato espiral na intenção de encontrar seu objetivo; como o dia percorre para o encontro da noite. Assim é a kundalini que sobe com força e grau para o encontro do bindu, o feito é inexplicável o mais alto graal (santo) da plenitude. 

    Bindu

    Portal do brahama é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico. É o fio que liga o cérebro a medula e aos órgãos sexuais e quando cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta, aqui que armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente ligada ao útero e a glândula prostática - hormônios sexuais a energia sexual revitaliza o cérebro.

    O bindú circula dentro do canal principal o sushumna, quando é mantido no alto o homem mantem-se revitalizado e mais jovem, assim que desce veem a perda de energia causando o envelhecimento físico e mental. 

    Budismo para Leigos

    De todas as ramificações existentes, podemos distinguir três grandes correntes, chamados "os três veículos" (três mentes ou três Tan Tiens).

    1º Veículo -  Hinayana do hinduísmo uma das várias ramificações é o hara krishna: difundido principalmente no Ceilão, Bermânia, Tailândia e Indonésia.

    2º veículo- - Mahayana, impôs-se, sobretudo na China, Coréia e Japão.

    3ºVeículo-Tantrayana budismo da sexualidade "Kundalini". Atualmente está sendo divulgado também no Japão.

    obs: O Buda original está dentro de você, budismo não é religião: é filosofia da vida, é ciência.  

    Bioeletromagnética e Religião 

    Raich foi em direção ao corpo, ao biológico, á ciência literalmente palpável e visível e encontrou o espirito, a religião, o transcendente. Se os conceitos de bioenergia parecem estar como um peixe fora d'água no campo da ciência, na religião oriental pisa-se em terreno familiar. Para o hinduísmo, budismo e taoísmo o conceito de uma energia vital que flui ao longo do corpo, cujo bloqueio leva a sintomas e doenças físicas e mentais, é algo aceito há milhares de anos porque está, dentro da Bioeletromagnética, a força "Yi" (três  tan tiens -  três mentes ou três veículos) a energia sexual é Ching, a energia vital Chi e a espiritual e Shen. Essas circulam dentro dos três tan tiens  é o equilíbrio dentre o céu e a terra

    (o homem - bioeletromagnetica). Assim podemos entender porque o budismo de três veículos é integral. 

    I Ching

    Assim como a água nutre a vida, o conhecimento pode nutrir nossa consciência. O I Ching é  como um poço. Dele podemos extrair uma saberia profunda e autêntica, oculta no mistério sutil que sustenta o universo. Como filosofia, é  um espelho fiel da imensa realidade que nos abraça. Como oraculo é  uma lente poderosa que revela a unidade harmônica entre a compreensão e o incompreensível. Beber de sua água é experimentar o sabor indescritível de uma consciência ampla e abrangente que enxerga, nos movimentos do mundo, os mecanismos da nossa própria natureza. Combinando filosofia e oraculo, sabedoria e mistério, o estudo do I Ching é  fundamental para todo aquele que busca uma observação mais ampla e profunda dos mecanismos do universo, da vida e de si próprio.

    O I Ching pede: comprometimento com responsabilidade, lealdade ética moral e espiritualidade (sinceridade).

    "É aquela pessoa que faz e cuida de suas coisas e deveres com sinceridade no coração".

    Nesse estagio de evolução (revolução humana) poderemos pensar em paz mundial.

    É o que desejamos profundamente...

    E a mãe natureza pede urgência! .     

    Karma - Destino e Livre Arbítrio

    No taoísmo, acreditamos que nossa vida é resultado de nossas ações, ou seja, acreditamos que as ações passadas e presentes geram o futuro cenário de nossas vidas. A isso chamamos de Pequeno Destino.

    A partir de um instante qualquer, o futuro pode ser modificado como consequência de ações, mais conscientes, tarefa pessoal e intransferível, que não significa que não possamos ser ajudado. Mas, significa que, mesmo com ajuda externa, sem uma forte vontade e esforço pessoal não conseguimos progredir, melhorar, crescer.

    O destino não e algo pré-estabelecido pela vontade de DEUS se o fosse, este não seria DEUS, seria apenas uma consciência repleta de desejos, intenções e expectativas de retornos pessoais. A consciência universal (DEUS) é livre: não tem apegos e não faz julgamentos. É natural e espontânea. Não reconhece bem ou mal como antagônicos, mas complementares, em que o bom é  o resultado do equilíbrio e da harmonia entre forças aparentemente opostas. Esta consciência segue naturalmente o grande fluxo da imensa dança cósmica. Ela é a própria dança cósmica, é o próprio universo a isso chamamos Grande Destino: funciona como enorme pátio de fundo para o pequeno destino. Em termo pratico, o grande destino seria o conjunto das circunstâncias maiores do momento que vivemos capazes de definir a resposta não intencionada do universo ás nossas ações pessoais e coletivas.

    Deste modo, nossos méritos e punições são grandes por nós como consequência natural de nossas ações.       

    5 Religiões Básica do Mundo

    Histórias cheias de Fé.

    A sabedoria dos tempos tem sido preservada de muitos modos, mas nenhuma com mais apelo do que as simples alegorias chamadas Parábolas. Estas cinco histórias(descrita abaixo) se apresentam tão ativas hoje como no dia em que foram contadas pela primeira vez. Elas captam a essência de cinco religiões: budismo, judaísmo, confucionismo, islamismo e cristianismo.

    Budismo - O grão de mostarda; nascimento, vida e morte: a lei dos 7 chacras - "7 flores de lótus": Sutra de Lótus,(a revelação do Buda Sakyamuni)

    Judaísmo - A Parábola e a verdade.

    Confucionismo- O diplomata e o Rei-Espiritualidade - Conduta.

    Islamismo- O escravo e o filosofo.

    Cristianismo- A mensagem de João: Amai-vos uns aos outros, agora e sempre.

    Atenção: Os chineses taoístas usam muitos termos ou expressões como: filosofia, contos, fábulas, lendas, aforismo, metaforísmo, subjetivo, analogia; que confunde o raciocínio das pessoas, principalmente dos ocidentais, mas ai é que está o segredo para adquirir o conhecimento e saberia: "filosofia - pensar"

    Aprender sem pensar é  inútil

    Pensar sem aprender é  perigoso

    Kung Fú Tsé CONFÚCIO 

    Quem escreveu a Bíblia?

    A história de DEUS foi escrita pelos homens. Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos?

    As respostas são recentes - e vão mudar sua maneira de ver as escrituras.

    Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.c, uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, maquina e folha de papiro (planta importada do Egito e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que havia sido escrito).

    Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes outras pessoas continuaram reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best-seller de todos os tempos: a BÍBLIA. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo do Islã, mudou a história da arte- sem a bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci -  e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu?. Quem era e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo e quem ditou a voz e o estilo de DEUS?.  O que está na bíblia que deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados?. A resposta tradicional você já deve conhecer, segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso. A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidencias concretas da maioria deles, a chave para encontra-los está na própria Bíblia.

    Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Alias o termo "Bíblia", que usamos no singular, vem do plural grego ta bíblia ta hagia -"os livros sagrados". A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os cinco primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.c. Os Salmos seria obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel. E assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso. As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã. Que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo Canaã não foi um Estado, mas uma terra  sem fronteira habitada por diversos povos- os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, suas culturas e seus escritos foram fortemente influenciados por vizinhos cananeus, que viviam ali desde o ano.

    5.000 a.c e eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado. 

    Material e Metodologia

    Foram usados livros para consulta, acesso a home Page, assistir palestras voltadas á holística, estudos em grupos. Este trabalho foi realizado pela equipe na comunidade de estudos em grupo, com ajuda dos meus discípulos e alunos no curso de vivencia visando a consciência do corpo e da mente, fundamental nas práticas de exercícios taoista. Sendo que, um exercício e outro a meditação e muito importante no ganho de consciência do corpo, da mente e do espírito. Dentro do trabalho, trocamos idéias e compartilhamos conhecimentos vivenciados inclusive a experiência do despertar da kundalini: síndrome da kundalini" .

    Compartilhar:

    A beleza uma ação sempre gera uma reação; o esforço de uma ação.

    Os anos haverão de passar, mas a arte de compartilhar torna a todos mais humanos, que constrói ponte para o caminho do tão; que cuida da terra estagnada, colhendo o reconhecimento e sabedoria assim se alcança a iluminação.

    3 caminho do tao, dizem que existe três caminhos para a iluminação:1 é o da prece e da adoração, chega-se lá ,mas nunca se sabe  quando, por que ou como. 2 é o da boas ações e do serviço aos outros: mas tampouco se sabe quando ,por que ou como se chega lá. 3 é o caminho do Tao, que é um caminho de conhecimento e sabedoria. Você sabe quando, porque e como se chega lá, porque se trata de um processo alquímico no nível molecular,  que trabalho com a forma mais elevada de energia do corpo (a energia sexual) e que se torna claro  à medida que você pratica. Você sabe quando deve ser duro como a pedra e quando ser suave como a água. Isso é sabedoria, isso é o Tao.

    A soma de alguns conhecimentos próprios e alheios, as vivencias, orientadores, amigos e também profissional ligado à medicina. 

    Discussão

    Esta obra é a sequência (é continuação) das proposituras anteriores: sexualidade e espiritualidade/2008 - o principio do Yin e o Yang/2009.

    Selecionei o tema em questão, pelo caminho mais simples e eficaz para o aprendizado: o caminho do tao (filosofia do Chi) para o publico geral.

    Focado na energia fundamental, a energia sexual que vem do absoluto "o nada - o inacessível". Explicação do absoluto o nada: O ser sem forma: surgiu o Yin e o Yang (dualidade) a sublime unidade que impregnou o vasto universo; o Sois, Planetas, Luas, Estrelas, Microcosmos, etc...

    A energia sexual Yin e Yang: uma força fecundante masculina Yang, e uma força receptora feminina Yin (a energia é criativa, a união primordial das forças Yin e Yang que impulsiona o universo). Sem essa energia não estaríamos aqui, ou não existiríamos, viemos do nada, ao nada voltaremos "Tao Budh" sobre a kundalini atualmente muitas pessoas ouvem falar da kundalini; isso significa que a humanidade esta á caminho da evolução espiritual "pode ser comparado a kundalini que sobe para evoluir alcançando o bindu Brahma".

    Recebi uma mensagem do pássaro voador sobre a kundalini e compreendi que, grandeza da potencia que representa realmente ela; é perigosíssima, mas nem por isso podemos ignorá-la, precisamos mais do que nunca estar-mos preparados para o encontro, não para enfrentá-la, mas para recebê-la amorosamente com muita serenidade do Tão e alcançarmos a iluminação.

    Agradecimentos ao Sinte pela inestimável oportunidade que me proporciona. Gostaria de agradecer ao senhor Henrique Vieira Filho, a quem admiro pela sua inteligência e compreensão.

    Muito obrigada, Mitiyo              


    Conclusão

    Descobrir que os segredos de quem nós somos estão nos chacras (kundalini). Eles falam, eles sentem e pensam. Tudo estar na bioeletromagnética e quando adotamos esses conhecimentos e inserimos a filosofia do tao, entre este a kundalini. E a expansão da consciência, ai atraímos para nós, e não precisamos dizer ou perguntar:" QUEM SOU EU OU O QUE SOMOS".

    O Drº Motoyama expressa isso da seguinte forma: e faz um apelo; a ioga apresentar-se-á como uma grande força mundial e alterará o curso dos acontecimentos do mundo. Atualmente a kundalini está sendo discutida em todas as sociedades, em todas as línguas e países do mundo. Especialmente os jovens cientistas devem dedicar-se ao reconhecimento e á compreensão dos efeitos da kundalini - em si próprio e nas outras pessoas. Os médicos e os cientistas precisam formar uma ponte entre a dimensão subjetiva interior da consciência espiritual e a dimensão empírica da ciência como fizeram: Einstein. Ytzhak, Bentov e o dr Motoyama. Esse é o momento para avançar audaciosamente e investigar, de forma científica, a experiência da kundalini. Seu despertar é tanto, um evento psicofisiológico como uma realidade espiritual. O estudo do seu amplo potencial é a mais nova fronteira da ciência. Imaginem o s importantes benefícios obtidos no tratamento de moléstias, quando se revelar cientificamente que determinados sons e formas (mantras e yantras) podem ativar os sistemas fisiológicos e físicos do organismo.

    Experiência cientifica para a avaliação e determinação dos efeitos práticos do tantra e da ioga contribuirá imensamente para acelerar a evolução do homem. Tendo absoluta convicção e confiança nos extraordinários efeitos da ioga para curar o corpo doente do homem, aprimorar sua personalidade e transformar seu nível de percepção consciente. O Drº Motoyama transpõe a divergência e demostrou a realidade cientifica da kundalini e o consequente benefício para a humanidadeO Gopi Krishna relata que no futuro próximo, surgira indivíduos (sem diploma) com grau de clarividência além do normal.   

    Bibliografia

    Sexualidade e Espiritualidade - Mitiyo O Takemoto - Sinte; sindicato dos terapeutas.

    Sexo - Mandak Chia e Wu Wei - ed - Cultrix

    Chi Nei Tsang - Mantak Chia: ed  Cultrix

    Chi Nei Tsang ll - Mantak chia -  ed Cultrix

    Tao yin- Mantak Chia - ed Cultrix

    Automassagem - Mantak Chia ed Cultrix

    Segredos Taoista do amor- Mantak Chia e Michel Winn - ed Roca

    O orgasmo múltiplo do homem - Mantak Chia e Douglas Abrans Araya - ed objetivo

    Quem escreveu a bíblia -  texto: Jose Francisco Botelho: revista Super dez/2008

    Chacras- os centros energéticos da saúde plena: física, mental, emocional e espiritual-

    rev. Claudia /2006

    O duplo etérico - major Arthur E. Powel - ed. Pensamento

    O despertar da kundalini - Gopi krishna - ed. pensamento

    A origem sexual da espiritualidade - texto; John Wite

    Revista da sociedade taoista do brasil: ano I -  n°1- primavera 2005

    Bioenergia - curso básico - Maria Divina de Jesus

    Budismo para leigos -  Dummies - Londaw - Bodian - ed - a alta Books

    Bioenergia - apostilas nível I e II - Texto: Alberto Cabral Fusaro- Centro de estudofilosóficos laboratório Evolutivo

    Site:

    www.google.com.br

    www.gigabusca.com.br

    www.cefle.or.br- webite- info@cefle.org.br.

    Autor: : Mitiyo OshiroTakemoto - CRT 38660 - Terapeuta Holistica
    Última atualização: 03/06/2011 10:10


    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista

    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA

    Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista


    Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico - CRT 21001

     


    Resumo:

    Milernarmente, os SONHOS são uma forma de contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso os indivíduos recorriam aos Xamãs, ao Sacerdotes, antecessores dos Terapeutas Holísticos, para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, inclusive, divinatórias, por meio de rituais sagrados.

    No ocidente moderno, sua importância foi negligenciada, até o advento da PSICANÁLISE, reencontrando nas teorias de Freud e Jung a sua função de eficaz meio de acesso ao conteúdo inconsciente, aplicando-se a associação livre como um dos instrumentos a trabalhar o conteúdo onírico.

    A TERAPIA HOLÍSTICA une o antigo e o novo em suas melhores qualidades, aproveitando tanto os sonhos espontaneamente recordados, quanto os induzidos via técnicas de relaxamento, toque e exercícios de imaginação ativa.

     

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras.

    Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem "científica-reducionista-elitista" cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem "empírica-holística-acessível" de nossos ancestrais xamãnicos.

    A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do "cientificismo", mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes.

    Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a "alma", desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

    No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se "dissolvem espontaneamente" no decorrer destes procedimentos (método catártico).

    A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

    Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte "inacessível" de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( "eu") e Censor ("juiz" do Ego, o Ego "Idealizado").

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO.

    Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

    Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Especificamente sobre os SONHOS, porém, a Terapia Reichiana pouco abordou, sendo enfatizada a observação do CORPO como o revelador dos aspectos visíveis do mundo inconsciente. Já Freud, autoproclama seu livro A Interpretação dos Sonhos como sua obra mais importante. Por sua vez, a Psicanálise Junguiana seria inimaginável sem a análise do universo onírico dos Clientes.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Interpretação dos Sonhos no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, bem como as técnicas de indução ao "sonho acordado" que já praticavam nossos antecessores, os sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.


    Material e Metodologia:

     

    1. Definições

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

    ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO - procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE - usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal - "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

    LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

    TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    SONHO: Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente. Para as culturas milenares, é o contato com o transcendente, de caráter orientativo e divinatório, com acesso ao divino e até ao mundo dos mortos.


    2. Procedimentos


    ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

     

    Análise de Sonhos:

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ..."o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro"... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as "chaves" transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado "o sono sagrado", onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de "sonho acordado", muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão "científico". Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, "a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma". Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma "auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material "espontâneo" que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a "dramatização", onde a pessoa "encarna", um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura "incorporada". Outra ferramenta de interpretação é a "ampliação" do sonho, onde se é estimulado para "prolongar" o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de "ampliação" é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que "ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico". O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.


    Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

    Do mesmo modo como "evocamos" os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma "lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais "pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram "especializações" funcionais, "desenhando-se" no holograma certos "caminhos" bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa "tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. "Mapeando" esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos "meridianos" de Acupuntura, na China milenar, e os "chacras" na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a "circulação" energética, induzimos à "circulação" das informações psíquicas, ocorrendo os chamados "insights" ("flashs", lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que "digerir", compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro "equilíbrio energético". O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

     

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

     

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

     

    Resultados:

     

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade. Especificamente quanto às vivências oníricas e análises dos SONHOS, foram objetos de grande atenção, ocupando boa parte dos atendimentos, tornando-se o fator mais significativo na produção de INSIGHTS percebidos como de grande importância emocional e motivacional na vida dos Clientes.


    Discussão:

     

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a "imitar" o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE - Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.


    Conclusões:


    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    A análise dos SONHOS, sejam os espontaneamente lembrados, sejam os induzidos por técnicas vivenciais se traduziram nos momentos mais surpreendentes e reveladores destes meus quase 25 anos de Terapia.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui a interpretação dos sonhos, regressão, progressão, vivências, etc...). A própria tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.


    Referências bibliográficas:


    "O Corpo Fala" - Pierre Weil e Roland Tompakow - Editora Vozes;

    "Counseling, Santé et Développement" em www.counselingvih.org;

    "Florais de Bach - Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica" - Henrique Vieira Filho - Editora Pensamento;

    "Jung e Reich - O Corpo Como Sombra" - Jonh P. Conger - Summus Editorial;

    "O Microcosmo Sagrado" - 2a Edição - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Orgônio, Reich e Eros" - W. Edward Mann - Summus Editorial;

    "O Processo de Aconselhamento" - Paterson / Einsenberg - Martins Fontes 1988;

    "Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung" - Reis, Magalhães e Gonçalves - EPU - Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

    "Tutorial Terapia Holística" - Henrique Vieira Filho - SinteBooks.

    "Interpretação dos Sonhos: Ed. Comemorativa - 100 Anos" - Sigmudn Freud - Editora: Imago;

    "Psicoterapia Holística" - - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    Anexos e Apêndices:

     

    1) Textos selecionados da obra "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    O sonho só é estudado aqui como veí­culo e criador de símbolos. Manifesta tam­bém a natureza complexa, representativa, emotiva, vetorial do símbolo, assim como as dificuldades de uma interpretação justa. A maior parte dos elementos deste verbete são aplicáveis ao conjunto dos símbolos, e u cada um em particular, pois todo símbolo participa do sonho e vice-versa.

    A parcela de sonho

    Segundo as mais recentes pesquisas científicas, um homem de 60 anos teria sonha­do, dormindo, um mínimo de cinco anos. Se o sono ocupa um terço da vida, aproxi­madamente 25% do sono é atravessado por sonhos: o sonho noturno ocupa, portanto, um duodécimo da existência entre a maioria dos homens. Que dizer do sonho acordado e do devaneio diurno que se acrescentam a esta parcela já impressionante!

    Sobre o sonho, Frédéric Gaussen disse muito bem: símbolo da aventura indivi­dual, tão profundamente alojado na intimi­dade da consciência que se subtrai a seu próprio criador, o sonho nos aparece como a expressão mais secreta e mais impudica de nós mesmos. Ao menos duas horas por noite vivemos neste mundo onírico dos símbolos. Que fonte de conhecimentos so­bre nós próprios e sobre a humanidade, se pudéssemos sempre recordá-los e interpre­tá-los! A interpretação dos sonhos, disse Freud, é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma. Também as chaves dos sonhos se multiplicaram desde a antiguidade. Hoje em dia, a psicanálise as substituiu.

    O fenômeno do sonho

    As idéias sobre o sonho, como sobre o símbolo, evoluíram muito e não temos por que fazer o histórico dessa evolução. Mas mesmo hoje em dia, os especialistas ainda estão divididos a respeito. Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente; para J. Sutter, esta é a menos interpretativa das defini­ções, o sonho é um fenômeno psicológico que se produz durante o sono, constituído por uma série de imagens cujo desenrolamento representa um drama mais ou meios concatenado.

    O sonho se subtrai, portanto, à vontade e à responsabilidade do homem, em virtude de sua dramaturgia noturna ser espontânea e incontrolada. É por isso que o homem vive o drama sonhado, como se ele existisse realmente fora de sua imaginação. A consciência das realidades se obli­tera, o sentimento de identidade se aliena e se dissolve. Tchuang-tcheu não sabe mais se foi Tcheu que sonhou que era uma bor­boleta ou se foi a borboleta que sonhou que era Tcheu. Se um artesão, escreve Pas­cal, tivesse certeza de sonhar todas as noi­tes, durante doze horas que era o rei, creio que seria tão feliz quanto um rei que so­nhasse todas as noite, durante doze horas, que era um artesão. Sintetizando o pensa­mento de Jung, Roland Cahen escreve: O sonho é a expressão desta atividade men­tal que está viva em nós, que pensa, sente, experimenta, especula, à margem de nossa atividade diurna, e em todos os níveis, do plano mais biológico ao plano mais espi­ritual do ser, sem que o saibamos. Mani­festando uma corrente psíquica subjacente e as necessidades de um programa vital inscrito no mais profundo do ser, o sonho exprime as aspirações profundas do indi­víduo e, portanto, será para nós uma fonte infinitamente preciosa de informações de toda ordem.

    Classificação dos sonhos

    O Egito antigo atribuía aos sonhos um valor sobretudo premonitório: O deus criou os sonhos para indicar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o fututro, diz um livro de sabedoria. Sacerdotes-leitores, escribas sagrados ou onirólogos interpretavam nos templos os símbolos dos sonhos, segundo chaves transmitidas de era em era. A oniromancia, ou a divinação por meio dos sonhos, era prati­cada em todos os lugares.

    Para os negritos das ilhas Andamã, os sonhos são produzidos pela alma, que é considerada como a parte maléfica do ser. Sai pelo nariz e realiza fora do corpo as proezas de que o homem toma consciência em sonho.

    Para todos os índios da América do Nor­te, o sonho é o signo final e decisivo da experiência. Os sonhos estão na origem das liturgias; estabelecem a escolha dos sacer­dotes e conferem a qualidade de xamã; é deles que provêm a ciência médica, o nome que se dará às crianças, e os tabus; eles ordenam as guerras, as caçadas, as conde­nações à morte e a ajuda a ser ministrada; só eles compreendem a obscuridade escatológica. Enfim o sonho... confirma a tradição: é o selo da legalidade k da autori­dade.

    Para os bantus do Kasai (bacia congolesa), certos sonhos são produzidos pelas almas que se separam do corpo durante o sono e vão conversar com as almas dos mortos. Esses sonhos têm um caráter premonitório referente à pessoa, ou então podem consistir em verdadeiras men­sagens dos mortos aos vivos, que interes­sam a toda a comunidade.

    (Sobre o papel dos sonhos e sobre sua interpretação nas civilizações orientais, po­de-se consultar a erudita obra coletiva SOUS; e sobre exemplos de sonhos histó­ricos célebres, religiosos, políticos e cultu­rais).

    Os exemplos de sonhos são inumeráveis; tentou-se diversas vezes classificá-los. As pesquisas analíticas, etnológicas e parapsicológicas dividiram os sonhos noturnos, para facilitar o estudo, em um certo núme­ro de categorias:

    1.  o sonho profético ou didático, aviso mais ou menos disfarçado sobre um acon­tecimento crítico, passado, presente ou fu­turo; sua origem é freqüentemente atribuí­da a uma força celeste;

    2.  o  sonho  iniciatório  do  xamã  ou do budista tibetano de Bardo-Todol, carregado de eficácia mágica e destinado a introduzir o homem num outro mundo por meio de um conhecimento e de uma viagem imagi­nários;

    3.  o sonho telepático, que estabelece co­municação com o pensamento e os senti­mentos de pessoas ou de grupos distantes;

    4.  o sonho visionário, que transporta ao que H.  Corbin chama  de  o  mundo  das imagens, e que pressupõe no ser humano, num  certo  nível  de  consciência,  poderes que nossa civilização ocidental talvez tenha atrofiado ou paralisado, poderes sobre os quais H. Corbin encontra testemunhos en­tre os místicos iranianos; trata-se aqui, não de presságio, nem de viagem, mas de visão;

    5.  o sonho pressentimento, que pressente e privilegia uma possibilidade entre mil...

    6.  o sonho mitológico, que reproduz al­gum grande arquétipo e reflete uma angús­tia fundamental e universal.

     

    Guardadas todas as proporções, o sonho acordado pode ser comparado ao sonho no­turno, tanto pelos símbolos que coloca em ação, como pelas funções psíquicas que é capaz de cumprir. Maria Zambrano mostra, ao mesmo tempo, seu risco e suas vanta­gens: Na vigília, o sonho apodera-se imperceptivelmente da pessoa e engendra um certo esquecimento, ou antes Uma lembran­ça cujo contorno se transfere a um plano da consciência que não pode acolhê-lo. O sonho torna-se então germe de obsessão, de mudança da realidade. Ao contrário, se é transferido a um plano adequado da consciência, ao lugar onde a consciência e a alma entram em simbiose, torna-se forma de criação, tanto no processo da vida pes­soal, como na realização de uma obra.

    A prática psicoterápica do sonho acor­dado engendrou a onirotécnica. Derivada dos trabalhos de Galton e Binet, das expe­riências de Desoille, de Guillerez e de Caslant, desenvolvida e aperfeiçoada por Frétigny e Virei até o onirodrama, esta técnica consiste num devaneio dirigido, a partir de uma imagem ou de um tema sugerido pelo intérprete e geralmente tirados dos símbo­los de ascensão e queda. Ela utiliza a fa­culdade que o homem possui, quando co­locado em estado de hipovigília de viver um universo arcaico de cuja existência nem suspeita quando acordado e do qual o so­nho noturno dá apenas uma ideia muito infiel e desalinhavada.

    A técnica comporta um primeiro tempo de relaxamento cientificamente conduzido, devendo chegar à aparição de ondas eletroencefalográficas alfa. O sujeito recebe a instrução de verbalizar simultaneamente as imagens que lhe aparecerem e os estados que experimenta. A experiência mostra que estes estados são vividos, isto ê, que o su­jeito tem um Eu Corpóreo Imaginário e que age num mundo visionário sobre o qual projeta as estruturas de seu Eu arcaico. Se, neste ponto da experiência, o ope­rador propõe uma imagem indutora ou su­gere uma ação imaginária, o sujeito vai integrar a sugestão no universo em que vive e desenvolver as suas conseqüências, segundo o modo simbólico próprio a este universo. Por este meio e alguns outros, vê-se surgir, no sujeito menos predisposto à fantasia ou à compreensão poética, seqüências de imagens e situações que po­dem ser, em todos os pontos, sobrepostas aos dados da mitologia ou da psicossociologia dos estados mais primitivos da huma­nidade.

    Funções do sonho

    O sonho é tão necessário ao equilíbrio biológico e mental como o sono, o oxigênio e uma alimentação sadia. Alternativamen­te relaxamento e tensão do psiquismo, ele cumpre uma função vital; a morte ou a demência podem ser o resultado de uma falta total de sonhos. Serve de exutório a impulsos reprimidos durante o dia, faz emergir problemas a serem resolvidos, e, ao representá-los, sugere soluções. Sua fun­ção seletiva, como a da memória, alivia a vida consciente. Mas desempenha ainda um papel de uma profundidade bem diferente.

    O sonho é um dos melhores agentes de informação sobre o estado psíquico de quem sonha. Fornece-lhe, num símbolo vivo, um quadro de sua situação existen­cial presente: ele é para quem sonha uma imagem freqüentemente insuspeitada de si mesmo; é um revelador do ego e do self. Mas ao mesmo tempo os dissimula, exata-mente como um símbolo, sob imagens de seres distintos do sujeito. Os processos de identificação não são controláveis no so­nho. O sujeito se projeta na imagem de um outro ser: aliena-se, identificando-se com o outro. Pode ser representado com traços que não têm aparentemente nada em co­mum com ele, homem ou mulher, animal ou planta, veículo ou planeta etc. Um dos papéis da análise onírica ou simbólica é desvendar essas identificações e descobrir suas causas e fins; tem como finalidade res­tituir a pessoa à sua identidade própria, descobrindo o sentido de suas alienações.

    O papel do sonho, talvez o mais funda­mental, é estabelecer no psiquismo de uma pessoa uma espécie de equilíbrio compen­sador. Ele assegura uma auto-regulação psicobiológica. A carência de sonhos cria de­sequilíbrios mentais, assim como a carência de proteínas animais provoca perturbações fisiológicas. Esta função biológica do so­nho, confirmada pelas mais recentes expe­riências científicas, não deixa de ter conseqüências sobre a própria interpretação, que pode então evocar a lei das relações complementares. O intérprete procurará com efeito a relação de complementação entre a situação consciente vivida, objetiva, do sonhador e as imagens de seu sonho. Porque existe, escreve Roland Cahen, uma relação de contrapeso (de balança) real­mente dinâmica, entre o consciente e o in­consciente, manifestada na atualidade de sua movimentação pelo sonho. . . Os de­sejos, as angústias, as defesas, as aspirações (e as frustrações) do consciente encontra­rão nas imagens oníricas bem compreendi­das uma compensação salutar e, conseqüentemente, correções essenciais. O drama onírico pode conceder o que a vida exterior recusa e revelar o es­tado de satisfação ou insatisfação em que se encontra a capacidade energética (libi­do) do sujeito. Mas, às vezes, a distância entre o sonho e a realidade é tal que adqui­re um caráter patológico e deixa transpa­recer na própria libido um descomedimen­to que nada consegue compensar. Deve-se observar que nos casos normais a compen­sação se produzia, nas perspectivas de Freud, segundo uma linha horizontal, isto é, no mesmo nível da sexualidade, en­quanto, segundo Jung, todo equilíbrio psi­cológico do ser se faz, entre seus planos conscientes e seus planos inconscientes, na dimensão da verticalidade, tal como, num veleiro, o equilíbrio entre a vela e a quilha. No mesmo sentido, para o Dr. Guillerey, toda perturbação psíquica cor­respondia a uma atividade superior entra­vada, e o apelo do herói, no sentido bergsoniano do termo, cumpriria uma função não apenas moral, mas terapêutica, de sal­vamento.

    O sonho, enfim, acelera os processos de individualização que regem a evolução de ascensão e integração do homem. Em seu nível, já tem uma função totalizadora. A análise, como veremos, permitirá que entre em comunicação quase regular com a cons­ciência e desempenhe então um papel de criador de integração em todos os níveis. Não apenas exprimirá a totalidade do ser, mas contribuirá para formá-la.

    Análise do sonho

    A análise dos símbolos oníricos baseia-se em triplo exame: o do conteúdo do sonho (as imagens e sua dramaturgia); o da es­trutura do sonho (em diversas imagens, um conjunto formal de relações de um certo tipo); o do sentido do sonho (sua orienta­ção, sua finalidade, sua intenção). Os prin­cípios de interpretação da análise se apli­cariam aliás a todos os símbolos e não só aos dos sonhos, e, em especial, aos que se exprimem nas mitologias. O sonho pode ser concebido como uma mitologia perso­nalizada.

    O conteúdo do sonho, isto é, a fantas­magoria puramente descritiva, procede do cinco tipos de operações espontâneas: uma elaboração dos dados do inconsciente para transformá-lo cm imagens efetivas; uma condensação de múltiplos elementos numa imagem ou numa seqüência de imagens; um deslocamento ou uma transferência da afetividade para estas imagens de substituição, por meio de identificação, repressão ou sublimação; uma dramatização des­te conjunto de imagens e cargas afetivas numa fatia de vida mais ou menos intensa; enfim, uma simbolização que oculta sob as imagens do sonho realidades diferentes das que são diretamente representadas. No meio dessas formas disfarçadas por tantas operações inconscientes, a análise onírica deverá pesquisar o conteúdo latente dessas expressões psíquicas, que encobrem opres­sões, necessidades e pulsões, ambivalências, conflitos ou aspirações que se escondem nas profundezas da alma. O conteúdo do sonho compreende não apenas as representações e sua dinâmica, mas também sua totalidade, isto é, a carga emotiva e ansiosa que as afeta.

    Fantasmagorias diversas podem encobrir estruturas idênticas, isto é, conjuntos ar­ranjados e articulados segundo o mesmo esquema profundo; inversamente, imagens semelhantes podem aparecer em estruturas diferentes. Numerosos confrontos de ima­gens e de situações sonhadas testemunha­ram uma espécie de temática constante, isto é, um conjunto de esquemas eidolomotores, onde séries de imagens diferentes revelam uma mesma orientação, mesmos sentimentos, mesmas preocupações, bem tomo a existência de uma rede de comuni­cação interna de uma mesma estrutura en­tre os diversos níveis e as diversas pulsões do psiquismo. É possível assim julgar-se o conteúdo latente do sonho. Roger Bastide anota no seu diário: Começo a me tornar africano. Esta noite sonhei com Ogum (deus ioruba do ferro e dos ferreiros). . . um psicanalista teria todas as condições de me mostrar que não fiz mais que trocar de símbolo, que Ogum desempenha exata-mente o mesmo papel nas minhas noites africanas que aquele outro personagem de meus sonhos da Europa. Sob a diversidade dos conteúdos, seria exatamente a mesma estrutura fundamental que apareceria a um analista. Deixaremos pois de lado a materialidade das imagens dos sonhos para ir buscar us estruturas que as enformam. Freud pensava que todos os sonhos de uma mesma noite pertencem a  um mesmo conjunto.

    Esta estrutura do sonho é concebida ge­ralmente como um drama em quatro atos, no qual atua um aparato imaginário que pode variar consideravelmente, embora y quadro subjacente permaneça o menino Roland Cahen resume assim esses quatro atos:

    1.  sua exposição e suas personagens, seu lugar geográfico, sua época, seus cenários;

    2.  a ação que aí se anuncia e se desen­volve;

    3.  a peripécia do drama;

    4.  este drama evolui para seu término, sua solução, sua lyse, repouso, indicação ou conclusão.

    O que complica ainda essa estrutura é que ela deve ser explorada em diferentes níveis, que não deixam de ter interferên­cias entre si. A nível profundo, serão en­contrados problemas metafísicos, que sim­bolizam mais ou menos diretamente us angustiantes questões da ontogênese ou do vida depois da morte. No plano médio, as preocupações sexuais exprimem-se no meio dos símbolos que, de um modo geral, a individualização da adolescência gera. A nível superficial, aparecerão sob uma for­ma simbólica, mais ou menos inacabada, aliás, as preocupações do indivíduo isolado pela complexidade da civilização e equivocando-se sobre as causas de suas dificul­dades de adaptação.

    No meio de todos esses mundos de sím­bolos que, assim classificados, se articulam segundo uma analogia bastante límpida, alguns eixos privilegiados se desenham, por outro lado, com bastante clareza, tais co­mo: a relação quase constante entre a ascensão e a luz (Caslant-Desoille); entre a integração e o calor (Frétigny-Virel). Deve-se notar também as grandes direções analógicas da centralização (Godel), da direita e da esquerda. Essas redes de coordenadas e outras que têm um valor puramente ex­perimental formariam um código de esquemas eidolomotores, graças ao qual se poderia explorar o simbolismo onírico de um modo relativamente científico.

    Enfim, todo sonho possui um sentido. Esse sentido pode ser buscado lá atrás, na causa do sonho: é o método freudiano, etiológico e retrospectivo. Ou adiante: é o método junguiano, Ideológico ou prospec­tivo. Os sonhos, diz Jung, são amiúde an­tecipações que perdem todo o seu sentido se examinadas de um ponto de vista pura­mente causal.

    O sonho, como todo processo vivo, é não somente uma seqüência causal mas também um processo orientado para um fim. ... pode-se pois exigir do sonho - que é uma autodescrição do processo da vida psíquica - indicações sobre as causas objetivas da vida psíquica e sobre as ten­dências objetivas desta. Em lugar de se situar sob a dependência de um consciente que a precede, como acon­tece com a função compensadora, a função prospectiva do sonho se apresenta, ao contrário, sob a forma de uma antecipação, nascida no inconsciente, da atividade cons­ciente futura; ela evoca um esboço prepa­ratório, um bosquejo de grandes linhas, um projeto de plano executivo. Mas essa orientação para um fim é expressa sob a forma de símbolos, e não com a clareza descritiva de um filme de aventuras ou de um encadeamento conceitual.

    Comparando o sonho às construções ima­ginárias feitas em estado de vigília, Edgar Morin estima que: todo sonho é uma rea­lização irreal, mas aspira à realização prá­tica. É por isso que as utopias sociais pre­figuram as sociedades futuras, as alquimias prefiguram as químicas, as asas de Ícaro prefiguram as asas do avião. Cada sonho, dirá Adler, tende a criar o ambiente mais favorável a um objetivo dis­tante. Esta finalidade do sonho é distinta do sonho premonitório dos Antigos: ela não anuncia um acontecimento futuro, re­vela e libera uma energia que tende a criar o acontecimento. É a grande diferença entre o profético e o que se pode prever, entre o divinatório e o operacional. O sonho é uma preparação para a vida (Moeder); o futuro é conquistado em sonhos, antes de ser conquistado nas experiências (de Becker, a propósito de Gaston Bachelard). O sonho é o prelúdio da vida ativa.

    Interpretação

    - O sonhador está no âmago de seu so­nho. Não se deve esperar deste verbete uma chave dos sonhos. Toda esta reunião de símbolos, sejam eles astecas, bantos ou chineses, pôde servir à interpretação dos sonhos. Mas por mais útil que seja, não seria suficiente. O sonho anima e combina imagens carregadas de afetividade: sua lin­guagem é exatamente a dos símbolos. Mas a arte de interpretá-los não depende apenas de regras, procedimentos ou significações codificados e aplicados mecanicamente. É necessária uma compreensão ao mesmo tempo íntima e ampla. O sonhador que possuir este livro poderá ler, nos verbetes que correspondem às imagens de seus so­nhos, os valores simbólicos que são ligados a essas imagens. Nos sonhos, esses valores são fundamentalmente os mesmos que apa­recem nas artes plásticas, na literatura ou nos mitos; como em toda parte, porém, estão em simbiose com outros e especial­mente com um meio psíquico, pessoal e social, portador também de símbolos. É a síntese de todos esses elementos que, a par­tir das luzes dispersadas aqui e ali neste livro, conduzirá o leitor a uma justa in­terpretação de sua experiência e, em geral, de sua vida a nível do imaginário ou da construção de imagens. A verdadeira cha­ve dos sonhos está no molde dos símbolos, percebidos ou despercebidos, mas sempre vivazes no inconsciente. É através de si mesmo que o leitor compreenderá o senti­do dos símbolos evocados neste livro, assim como também o sentido dos sonhos. Ê preciso não esquecer, escreve C. G. Jung, que se sonha em primeiro lugar, e quase exclusivamente, consigo mesmo e através de si mesmo. O célebre analista opõe jus­tamente à interpretação dos sonhos no pla­no do objeto, que seria causal e mecânica, a interpretação no plano do sujeito. Esta estabelece uma relação entre a psicologia do próprio sonhador e cada elemento do sonho, como por exemplo cada uma das pessoas atuantes que nele figuram. Cada uma é como que um símbolo do sujeito. O primeiro tipo de interpretação é analí­tico: decompõe o conteúdo do sonho em sua trama complexa de reminiscências, de lembranças que são o eco de condições ex­teriores. A interpretação do segundo tipo é, ao contrário, sintética: na medida em que separa das causas contingentes os complexos de reminiscências e os apresenta co­mo tendências ou componentes do sujeito, ao qual, por proceder desse modo, os in­tegra de novo. Nesse caso, todos os conteúdos do sonho são considerados como símbolos de conteúdos subjetivos. Poder-se-ia dizer de toda percepção aprofundada e vivida de um valor simbó­lico - que só se realiza evidentemente no plano do sujeito - o que Jung diz do sonhou se acaso nosso sonho reproduz algumas representações, essas são antes de tudo nossas representações, para cuja ela­boração a totalidade de nosso ser contri­buiu; são fatores subjetivos que no sonho (como na percepção do símbolo) se agru­pam de tal ou tal modo, exprimindo tal ou tal sentido, não por motivos exteriores (apenas), mas pelos movimentos mais sutis de nossa alma. Toda esta gênese é essen­cialmente subjetiva, e o sonho é o teatro onde o sonhador é ao mesmo tempo o ator, a cena, o ponto, o diretor, o autor, o pú­blico e o crítico. O sonho do homem é uma manifestação -cósmica e às vezes uma teofania, como um sonho da natureza no homem e um sonho dele so­bre a natureza (Raymond de Becker), ou, segundo os Antigos, um signo de Deus nele e um sinal dele a Deus. As pulsações vin­das dos três níveis do universo e do Ser se conjugam no sonho.

    - O sonhador está no âmago da histó­ria. A interpretação dos símbolos oníricos exige que cada um dos três elementos da análise seja remetido a um contexto, escla­recido por associações espontâneas e, se possível, ampliado, como se fosse uma am­pliação fotográfica.

    A primeira regra, a do contexto, coloca-nos de sobreaviso contra a interpretação de um sonho isolado. Se convém escutar o relato de um sonho, feito com toda a precisão desejável, não é menos necessário conhecer vários sonhos do mesmo sujeito, sonhos ocorridos numa data próxima, de­pois em datas diversas e em lugares di­versos; um sonho faz parte de todo um conjunto imaginativo, é apenas uma cena num grande drama de cem atos diversos. Não se trata de confundir ou sobrepor essas cenas, mas de julgar suas articula­ções. Este contexto implica igualmente o conhecimento do próprio sonhador, de sua própria história, de sua consciência, da idéia que tem de si mesmo e de sua situa­ção. Porque sua vida imaginária é, ...ela própria, parte de um conjunto, que é a vida total da pessoa em sociedade. Esta exigência leva igualmente a se pesquisar os í m b lentes em que o sujeito age c que rea­gem sobre ele. Apesar de sua aparência desalinhavada, o sonho inscreve-se numa continuidade. A interpretação dos símbo­los, noturnos ou diurnos, é uma cadeia sem fim de relações. A inteligência do imaginário não é um simples caso de imagi­nação.

    -  O recurso às associações. A associação acrescenta ao estudo do contexto, de certo modo objetivo, o do contexto subjetivo. O sonhador é convidado a exprimir espontaneamente tudo o que as imagens, u» cores, os gestos, as palavras de seu sonho, tomadas isoladamente ou em grupo, evo­cam nele. É uma ocasião em que ele pode manifestar laços que estavam apenas laten­tes, laços emotivos ou imaginativos insuspeitados.   Essas   associações   são   capitais para   a  interpretação   dos   símbolos,   mas são freqüentemente frágeis, artificiais, mais ou menos desejadas, deformantes e aberrantes, em suma, necessitam de muita cau­tela.

    -  Os bastidores do sonho. A ampliação consiste em  dar  ao  sonho  analisado  seu máximo de ressonância. Chega-se a isso por associações espontâneas do sujeito, ou ins­tando-se para que ele prolongue, continue a cena do sonho, como faria a partir de um dado  vivido no estado de  vigília. A ampliação voluntária pode ser do tipo acor­dado, com um mínimo de controle, ou do tipo do sonho conscientemente dirigido. P, possível, certamente, que ela provoque uma ruptura   de   sentido;   mas   freqüentemente também esclarecerá o sentido do sonho e suas ambigüidades, assim como  as linhas prolongadas   de   um   triângulo   miniatura mostram melhor  o  seu  desenho e como uma projeção ampliada revela melhor um cristal de neve ou os veios de um mármo­re. Se essa ampliação da linha do sonho, feita pelo sujeito, ainda não é o suficiente para decifrar os símbolos, existe uma outra ampliação na qual o intérprete toma a ini­ciativa, recorrendo com uma prudente cir­cunspecção ao imenso tesouro das diversas ciências humanas. Estes paralelos históricos, sociológicos, mitológicos, etnológicos, tirados tanto do folclore como da história das religiões, permitem relacionar o conteúdo do sonho, privado de associações, ao patrimônio psíquico e humano geral. Este tipo de  ampliação é característico da escola de Jung e, manipulado com uma sábia reserva, decifrou mais de um enigma. Num ensaio de socio­logia do sonho, Roger Bastide mostra bem este arraigamento social do imaginário: Etnólogos mostraram claramente o que se poderia chamar de os bastidores dos so­nhos: o sonhador vai procurar todos os aparatos de seus sonhos na vasta panóplia de representações coletivas que sua civili­zação lhe fornece, o que faz com que a porta esteja sempre aberta entre as duas metades da vida do homem, que mudan­ças incessantes se efetuem entre o sonho c o mito, entre as ficções individuais e as restrições sociais, que o cultural penetre no psíquico e que o psíquico se inscreva no cultural.

    Sonho e símbolo, princípios de integração

    A interpretação do sonho, como a decriptação do símbolo, não são apenas res­postas a uma curiosidade do espírito. Ele­vam a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Só por esta qualificação, e no plano do psiquismo mais normal, a análise onírica ou simbólica é uma das vias de integração da personali­dade. O homem mais bem esclarecido e equilibrado tende a substituir o homem despedaçado entre seus desejos, suas aspi­rações e suas dúvidas, e que não se com­preende a si próprio. O professor C. A. Meier, que Roland Cahen cita, diz com razão: a síntese da atividade psíquica cons­ciente e da atividade psíquica inconsciente constitui a própria essência do trabalho mental criador.


    2)A História da Terapia Holística

    "Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos"

    (paráfrase sobre texto de 1986,

    do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico - de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico - de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por "sincronicidades", por "sinais", cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este "status", o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os "iniciados" compreendiam as "instruções" incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História "ocidentalizada" registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem "científica", ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro "médico", já que estabeleceu "doenças" como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo "desmembramento de seus componentes". Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de "doenças" que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

    trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este "movimento separatista elitizado", continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem "científica" e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o "consolo espiritual" da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência "exata"...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a "desumanização" do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte --importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva - da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas - a história, a filosofia, a literatura e a psicologia - não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de "A (re)humanização da medicina",

    de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

    e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada "Revolução Aquariana". Movimentos "hippies", de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura "científica", onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais "científico". Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas "traduzidas" para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.


    3) Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Jung, Freud e o Cálice Terapêutico - Ilustração de Henrique Vieira Filho

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje... A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:
    *
    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho



    Estruturas da Psique:
    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente: CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento; PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência; INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo. As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada. Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia. A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos. M

    uitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras. Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo. A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições.

    Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística. Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas. Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas". De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente. Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.
    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva.

    Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação (assista a vídeo-aula sobre Psicoterapia Junguiana em Vídeo Aula - Introdução à Psicoterapia ).

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta...

    Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves. Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos. A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos... A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora "explicações", "boas razões", para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa. A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava. A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça". 5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes. A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...". 6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema. A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...". 7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico... A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...". 8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida... A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão. Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento. Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br (11) 3171-1193

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 07/06/2011 10:44


    Fitoterapia

    NTSV — FT 001 Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    2. PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   A Fitoterapia conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante ao uso terapêutico das plantas.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 ObjetivoDefinir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 FITOTERAPEUTA — Realiza testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios, da pulsologia e de testes musculares, propondo o uso dos vegetais corretos para cada caso; faz uso das propriedades terapêuticas das ervas sob diversas formas, tais como chás, banhos, compressas, óleos, extratos, inalações, dentre outras, visando não só despertar a capacidade de auto-equilíbrio, como, também, suprir a necessidade de certas substâncias e energias sutis que atuarão como princípios energoativos para a harmonização psicofísica.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THF — Fitoterapeuta;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Fitoterapia aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 — Fitoterápicos — aquisição e indicação

    5.3.3.1 — Opção 1: aquisição dos fitoterápicos pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os fitoterápicos serão doados, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.3.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar fitoterápicos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.3.3 — A seleção dos fitoterápicos a serem recomendados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de:

    5.3.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.3.2 — Pulsologia e/ou de testes musculares (como por exemplo, o Omura Test).

    5.3.4 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 28/01/2009 12:41


    Aula de Fitoterapia - Comunidade de Estudos Avançados

    Aula de Fitoterapia - Comunidade de Estudos Avançados

    Henrique Vieira Filho
    CRT 21001
    Terapeuta Holístico

    Resumo

    De modo prático e objetivo, abordaremos a Fitoterapia sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade. As incríveis "coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como fitoterápico torna o aprendizado lúdico e prático.

    Focando em uma pequena variedade de plantas, todas de venda livre e facilmente encontradas na natureza e nas casas do ramo, esta abordagem utiliza da teoria do Cinco Movimentos Chineses, bem como da Pulsologia de Nogier a dos Pontos de Alarme dos Meridinos para a correta seleção de fitoterápicos para cada momento de nossos clientes.

    Introdução

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos Chineses, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam.

    Ao invés de nos atermos a tabelas de correlação entre sintomas e plantas, esta abordagem propõe quitessenciar a adequação a cada caso, passando as plantas a serem selecionadas com o auxílio da Pulsologia de Nogier e/ou a reação ao toque nos Pontos de Alarme, mediante aproximação de amostras dos fitoterápicos.

    Sabendo de antemão que os métodos de pesquisa ortodoxos em pouco elucidariam as milenares aplicações terapêuticas dos vegetais, encontrei as respostas na Sincronicidade (teoria junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos) e na teoria dos Cinco Movimentos Chineses. Quintessenciado a adequação da escolha de fitoterápicos para cada caso, aplicamos testes pela Pulsologia de Nogier e pela reação dos Pontos de Alarme dos Meridianos.

    Fazendo um levantamento sobre os deuses e lendas ligados a cada uma das plantas, descobri as "grandes coincidências" entre essas histórias e o momento do Cliente no qual o fitoterápico apto a atuar. Fora isso, as características de comportamento de cada planta (o modo como cresce, seus terrenos preferidos, suas cores, etc.) correspondem exatamente ao tipo de pessoa à qual a sua composição poderá ajudar. E, por mais estranho que pareça a quem não está familiarizado com a idéia da sincronicidade, até mesmo a etimologia dos nomes das plantas já nos esclarecem para que elas servem.

    Somando-se a isso, pesquisei o uso fitoterápico tradicional, em especial sob o enfoque milenar chinês dos Cinco Movimentos e constatei que, além de seu uso para o equilíbrio de determinados sintomas físicos e para as emoções.

    Um Pouco de Jung

    Precisaremos, neste ponto, elucidar alguns termos básicos utilizados na terapêutica junguiana.

    Arquétipos, por exemplo, representam um conceito tão difícil de explicar como o Tao, ou Deus, pois são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva). Tais motivos foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, constatamos seus efeitos quando se manifestam na consciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, como Símbolos, melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido. Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contatada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifesta na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ou molde-informação de um cristal. Ao formar-se, o cristal obedece a um padrão de forma predeterminado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma.

    Mesmo assim, ele predetermina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém, que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas. É muito mais um desejo, que, como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez existiu um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse. O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias e moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    Símbolo é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Vários significados são atribuídos a cada flor individualmente, mas, no geral, as flores simbolizam o princípio passivo, o feminino por excelência. Corresponde ao yin chinês. O cálice da flor é o receptáculo da atividade celeste (yang), que como uma taça, é capaz de receber a chuva e o orvalho, símbolos de tudo o que vem dos céus e nos influencia. Para o Taoísmo, em especial noTratado da Flor de Ouro, a flor é o símbolo da conquista de um estado espiritual elevado. A floração é o resultado da alquimia interior, é o retorno ao Centro Espiritual (alma), também conhecido por estado primordial. Para os antigos celtas, a flor é o símbolo da instabilidade essencial de toda a criatura, voltada a uma perpétua evolução e, em especial, simboliza o caráter fugitivo da beleza. Este sentido se reforça pela figura lendária chinesa de Lan Tsai Ho, que carregava uma cesta de flores para melhor estabelecer o contraste entre sua própria imortalidade e a efêmera duração da beleza e dos prazeres. Ainda entre os antigos chineses, a flor é um dos símbolos do chamado Movimento Madeira, vinculado à primavera e à expansão. Assim sendo, é de se supor que a Flor, como representação do Yin, seja capaz de nos levar, por similaridade, a travar contato com outros símbolos femininos, além de nos tornar receptivos à ação de seu complemento, o Yang. A profundeza de nosso ser, nosso inconsciente e todo o material psíquico reprimido e por conseqüência corporificado, são classificados numa visão milenar como Yin. Na terapia junguiana, essa porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra (Yin). Seu par complementar é a Persona, classificada como Yang. É a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. O uso das essências florais yin atuará diretamente em seu oposto, yang, assim como o negativo atrai o positivo. Sua atuação será, portanto, em nossas Personas, nossos aspectos conscientes, e nos véus com que nos apresentamos perante o mundo. Esse contato com a Sombra trará à luz a consciência, ou seja, o material psíquico reprimido que a constitui. A Flor, como símbolo do receptáculo do que vem dos céus, explica por que as essências florais nos levam a receber as intuições e insights provenientes de nosso Céu Interior que é nossa essência divina. Torna-se também mais nítida a lembrança dos Sonhos, verdadeiro manancial de informações sobre nossa essência e elo de ligação entre o inconsciente e o consciente. As flores, representação de tudo o que é transitório e efêmero, levam-nos rapidamente a uma mudança de um quadro emocional para outro. Por também simbolizar o Movimento Madeira chinês, cuja orientação é a de expansão e de aflorar de nosso ser, de nossos sentimentos, as essências florais nos levam a tomar contato com as informações sobre nosso eu, juntamente com a sua carga emocional correspondente. A informação fria e simples, a compreensão puramente racional de alguma realidade psíquica dificilmente terá força suficiente para mudar nossas vidas. Entretanto, se a informação vier acrescida de emoção (do latim e-xmovere = mover para fora), aí sim haverá potência para movernos, mobilizarnos para uma expansão pessoal.

    Instâncias Psíquicas e Constelação Arquetípica

    Instâncias Psíquicas são como "indivíduos dentro do indivíduo". São Complexos, isto é, grupos emocionalmente carregados de imagens ou idéias comandados por uma imagem arquetípica aos quais Jung atribuiu a formação de parte da estrutura psíquica funcional. Exemplos de instâncias psíquicas: Sombra, aquilo que somos, mas ignoramos ser; Persona, aquilo que somos em função dos outros; Anima, nossa porção feminina; Animus, nosso lado masculino; Plenitude, o que somos, porém, ainda não realizado; Self, o que somos como aspiração da totalidade.

    Eis alguns exemplos de arquétipos: Deus representa o imutável, o imortal, o poderoso, a fonte de toda a energia de realização; o Mal, força que se opõe à realização, o adversário; a Grande Mãe, a geradora, o mutável, o móvel, a permanência na transformação; o Ancião Sábio, o saber ancestral que não foi alcançado pela aprendizagem, mas pela revelação; Incesto, tendência a voltar às origens, às aspirações regressivas; Mercúrio, a sabedoria que está por aflorar; Morte e Ressurreição, transformação; Ciclos, tudo se repete e está governado por ritmos; Paraíso Perdido, estado de plenitude e felicidade absolutas perdido devido ao pecado; Criação do Mundo, o mundo foi criado no passado por obra divina; Criança, permanência do indivíduo em estados infantis; Salvador, anseio da humanidade por uma redenção através de um ser superior que nos restaure o paraíso perdido; Unidade, complexo psíquico inconsciente de retornar à unidade perdida; Hermafrodita, união dos contrários num novo nível de consciência; Dualidade, representa o que está em movimento, capaz de gerar vida nova; Pedra Filosofal, a transformação alquímica do sujeito, sua aspiração à imortalidade e sabedoria; Batismo, uma nova oportunidade de realizar-se; purificação; Fim-do-Mundo, a transformação por meio de um holocausto; Afrodite, esquema do amor sensual e da inconstância; Herói, o indivíduo escolhido para uma missão transcendente.

    PULSOLOGIA DE NOGIER

    Resumidamente, a Pulsologia de Nogier começou com o próprio, que é conhecido como o Pai da Auriculoterapia, que é a opção de Reflexoterapia mais estudada..

    Por ter o hábito de tomar o pulso de seus clientes, Nogier, durante seus trabalhos de auriculoterapia, percebeu certos "sinais", como se fossem "trancos" ou súbitas "sumidas" da pulsação.

    E que isso ocorria justamente quando estava com algum estímulo (por exemplo, uma ponta metálica...), passando por sobre uma região reflexa desequilibrada.

    É como se uma "onda" passasse por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso.

    É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida, como puderam constatar em nossa aula presencial, durante o Holística 2004.

    Atentem que não altera a QUANTIDADE de batidas cardíacas, mas sim, a INTENSIDADE com que a percebemos, como se uma "onda" passando por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso. É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida.

    É importante que TREINEM BASTANTE, de preferência, com várias pessoas diferentes, pois "localizar" o pulso varia bastante em cada caso. Para os casos difíceis, apliquem a tática de fazer toques circulares na região entre as sobrancelhas, que de pronto, a percepção do pulso se torna muito mais nítido. Um detalhe que pode fazer a diferença: TIREM OS METAIS DOS DEDOS E PULSOS: relógios, anéis, pulseiras, etc, em algumas pessoas simplesmente some com o Sinal de Nogier. Em muitos casos, pode-se até sentir a pulsação, mas nada de perceber o Sinal de Nogier... Se for esse o caso, experimente tirar os metais próximos, tanto do cliente, quanto os seus.

    A Pulsologia de Nogier, todos teremos a oportunidade de constatar, é MUITO útil para a seleção de fitoterápicos. Basta testar cada opção de plantas que pré-selecionou ao caso, por sobre cada ponto localizado e verificar qual faz com que o pulso reaja nitidamente...

    Paul Nogier, por ser médico e absolutamente contrário a que não-médicos utilizem auriculoterapia, passou a testar medicamentos através da pulsologia e da aproximação destes dos pontos auriculares.

    Como somos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, o que NÓS testamos são os fitoterápicos.

    Digamos que já detectamos na orelha, os pontos/ desequilíbrios (via de regra, de uns 3 a no máximo, 5...). E que estamos em dúvida entre algumas opções de fitoterápicos que podemos recomendar...

    Se estiverem em forma "picada", podemos pinçar um pouco e aproximar desses pontos identificados, para perceber a reação do pulso.

    Notarão que alguns em nada alteram; outros, até somem com o pulso e, de repente, um deles torna a pulsação "limpa", nítida, forte, reagindo com "tranco" à aproximação.

    Pronto: terá detectado qual(is) é (são) o(s) fitoterápico(s) adequado(s) ao momento do cliente.

    Muitas vezes, a combinação de uma ou mais amostras juntas pode melhorar a reação ao pulso, muitas vezes, não, até se anulam, indicando que é melhor optar por chás separados...

    CLARO: se forem ter amostras de fitoterápicos em seus consultórios, OBRIGATORIAMENTE tem que ser de origem definida, ou seja, com NOTA FISCAL DE COMPRA, e rotulagem contendo laboratório e farmacêutico responsável. E, NUNCA, JAMAIS, NEM EM SONHO, vendam estes produtos. E, obviamente, só podem ser recomendados produtos de VENDA LIVRE, ou seja, sem necessidade de receita MÉDICA.

    PONTOS DE ALARME SISTÊMICOS

    As tradições milenares chinesas trouxeram aos nossos dias a teoria dos, assim traduzidos, "meridianos", que são caminhos de energia que circulam junto ao corpo e que refletem nosso estado holístico (físico, emocional, social, etc, etc...). Em tese, são infinitos... Contudo, como nosso objetivo é ser pratico, trabalharemos com 12 principais.

    Em termos de 5 Movimentos Chineses, temos os meridianos FOGO: coração, intestino delgado, circulação e sexo, triplo aquecedor...

    Eles são responsáveis pela "temperatura" de nossas emoções, entre outras coisas.

    Como meridianos TERRA, temos o do baço-pâncreas e do estômago.

    Respondem pela nossa reflexão, pelos pensamentos...

    Já os meridianos MADEIRA são os do Fígado e da Vesícula Biliar.

    Atuam na exterização das emoções, especialmente, a raiva...

    Temos os meridianos METAL: Pulmão e Intestino Grosso.

    Agem na interiorização de nossas emoções, tanto na serenidade, quanto na tristeza, baixa-estima...

    E Rim e Bexiga, como meridianos do movimento ÁGUA.

    Assim como as águas se adaptam ao meio e buscam aprofundar, assim estes meridianos lidam com aquilo que nos é de importância vital, tal como medo, sobrevivência, sexo...

    Atentem que os nomes dos meridianos, em sua versão ocidental, correspondem aos nomes de certos órgãos e vísceras. Mas, a verdade é que não correspondem APENAS a estes órgãos, mas sim, a inúmeras funções que a ciência jamais atribuiria a estas "partes".

    Por exemplo: a raiva, na visão dos 5 movimentos, tem relação com o meridiano de fígado... Mas, certamente que a ciência jamais vai associar raiva com o órgão fígado...

    Felizmente, não temos que dar satisfações aos cientistas e podemos nos valer de mais de 5 mil anos de tradições...

    Mas, em termos PRÁTICOS, como saber quais meridianos estão carentes de equilíbrio ?

    Bom, como somos Terapeutas Holísticos, JAMAIS nos valeremos de "tabelinhas doenças-pontos-de-acupuntura"...

    Isso é coisa de médico... Os médicos é que precisam fazer exames de laboratórios, descobrir qual a doença e seguir uma tabelinha de pontos, da mesma forma que seguem tabelas de correlação medicamento-doença...

    Aliás, sempre é bom frizar: pela LEI, doença é monopólio médico...

    Por isso que nós, TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, tratamos das PESSOAS (jamais de "doenças"...) e de seus desequilíbrios "energéticos"...

    COMO saber qual(is) meridiano(s) precisa(m) de tratamento ?

    Muito simples: basta "perguntar" aos próprios meridianos !

    E para fazer isto, basta tocar em determinados pontos, os chamos PONTOS DE ALARME, e saber do cliente se os mesmos estão (ou não...) doloridos ao toque...

    Claro, todo ponto de alarme é relativamente dolorido... Mas, na prática, notarão 1 ou 2 que estarão MUITO sensíveis...

    Ou seja, como trabalharemos com 12 meridianos, teremos 12 pontos de alarme a tocar, durante a avaliação...

    Acreditem, quando tiverem prática, esse é um procedimento de 1 a 2 minutos...

    Uma vez detectado QUAL o ponto de alarme mais sensível, teremos condições de realizar testes para a escolha de fitoterápicos. Coloque em contato com a pele do Cliente (pode ser na mão, por exemplo...), cada opção de plantas que pré-selecionou ao caso e verifique novamente o ponto de alarme, tocando-o.

    Notarão que alguns fitoterápicos em nada alteram a sensibilidade do ponto de alarme; outros, até somem com a dor ao toque. Pronto: terá detectado qual(is) é (são) o(s) fitoterápico(s) adequado(s) ao momento do cliente. Muitas vezes, a combinação de uma ou mais amostras juntas pode melhorar a reação ao pulso, muitas vezes, não, até se anulam, indicando que é melhor optar por chás separados...

    Observarão que, enquanto o cliente estiver em contato com o fitoterápico mais adequado ao seu momento, o ponto de alarme não está mais sensível ao toque !! Ou, se ainda estiver, é muito pouco...

    Pode-se "reforçar" a conclusão, testando a sensibilidade ao toque no ponto de alarme que estava em "2o lugar"...

    Fitoterapia em Cinco Movimentos Chineses

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos e, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam.

    Comparados entre si, os "cinco sabores" são: amargo - evacuante e purgativo - "endurecedor"; doce ou insípido - diurético, sudorífico, dissipante, relaxante; picante - sudorífico, dissipante, dispersante; salgado - ecacuante, purgativo, "suavisante" e ácido - evacuante, purgativo e retrátil. A estas propriedades iniciais, podemos acrescentar quatro tipos de "energia": fria, quente, fresca e morna. Além disto, há quatro "densidades" diferentes de "energia" que darão o "sentido" da ação terapêutica: ascendente (yang - alto), expansivas (yang - exteriot) - obtidas pelas ervas yang e descendentes (yin - baixo) e introspectivas (yin - interior) - obtidos pelas ervas yin.

    Em cada meridiano existe uma raíz yin e outra yang. A função yang da Madeira mobiliza e põe em movimento, o que é estimulado pelo sabor ácido; entretanto, a absorção excessiva do ácido, que, por vocação é yin e retrátil, levaria ao efeito contrário, uma "paralisia", estimulando a raiz yin da Madeira. A função yang do Metal é retrair, secar, condensar, secar; já sua função yin é dissipar e humidecer; o picante, por sua vocação yin, se absorvido em excesso estimulará a função yin do Metal. A função yang do Fogo é ascensão e crescimento, enquanto que seu lado yin é endurecer; o amargo, por sua tendência yang, favorecerá a função de ascensão. A função yin da Terra é estruturar, modelar, controlar instintos e emoções, humidecer, enquanto a yang pode levar a idéias fixas, rigidez; por sua tendência yin, o doce favorecerá a raíz yin da Terra (observação: o doce industrializado é "quente", portanto, yang, com efeito contrário ao doce natural). A função yin da Água é amolecer, abrandar, enquanto que seu lado yang é o de endurecer; a tendência do salgado é favorecer a raiz yin da Água.

    Simplificando, as plantas seriam classificadas pelo sabor + energia quente ou fria (yang ou yin), o que possibilita incontáveis combinações de efeitos terapêuticos, graças, ainda, às leis de Geração e de Dominância.

    Discussão

    Este método tem se mostrado imbatível na prática de consultório. Como ninguém é exatamente igual a outro, não é adeqüado a escolha das ervas baseando-se apenas nas estatíticas sobre a utilidade de cada uma delas.

    Usando-se a pulsologia, resgatamos a capacidade inconsciente que há em cada um de saber exatamente aquilo de que necessita, tal qual faz o animal quando está na selva. Se, infelizmente, o humano moderno não percebe conscientemente quando está diante do que lhe é remédio ou veneno, o pulso, entretanto, ainda reage perante esta escolha e nós podemos nos valer deste recurso para ter a convicção de estarmos escolhendo as melhores ervas para aquele indivíduo, naquele momento...

    Segundo diversas culturas milenares, as ervas são símbolos de tudo o que é harmonizante e vivificante, restauram a saúde, a virilidade, a fecundidade, o parto e a riqueza. Foram os deuses quem descobriram suas propriedades terapêuticas, o que ilustra a crença universal que o equilíbrio só pode vir de uma dádiva divina, como tudo o que é ligado à vida. Para os cristãos, as ervas deviam a sua eficácia por terem sido encontradas pela primeira vez no monte do Calvário.

    A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam, também, as forças ígneas da terra. Enquanto manifestação de vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadoras de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica. Por acumularem estas forças, os antigos sempre viram nos vegetais propriedades saudáveis ou venenosas, daí o seu emprego também na magia. Quase todas as divindades femininas grego-romanas protegem a vegetação: Deméter (deusa das alternâncias entre a vida e a morte, bem como das terras cultivadas), Afrodite (Vênus, deusa da fecundidade), Artemis (Diana, selvagem deusa da natureza), além de algumas entidades masculinas como Ares (Marte, que simboliza a força bruta, é, também, protetor das colheitas, um dos deveres do guerreiro) e Dioniso (Baco, símbolo das forças de dissolução da pesonalidade, deus da fecundidade, da vegetação, das vinhas). No sincretismo afro-brasileiro, Ossâim é o responsável pelas ervas terapêuticas e sagradas, sendo seus iniciados conhecedores de suas serventias, bem como das palavras ritualísticas necessárias para libertar o axé (poder potencial) de cada planta. Aqueles que trabalhavam com as ervas em quase todas as culturas viam as plantas como símbolos vivos de entidades invisíveis, tais como deuses, elementais e espíritos, os quais deveriam ser evocados ou aplacados com o uso de palavras mágicas ou sacrifícios. O respeito à natureza os levava a não cultivar suas ervas, mas sim ir ao encontro das que nasceram espontaneamente na mata. Ainda hoje, os adeptos de Ossâim (orixá do sincretismo afrobrasileiro) costumam deixar uma vela verde em troca das plantas que colhem, ou uma das folhas colhidas, para manter inalterado o equilíbrio do local.

    É anterior à humanidade o uso terapêutico das plantas, pois os animais, instintivamente, sabem quais e quanto das ervas devem comer para melhorarem de seus distúrbios. O ser humano, cada vez mais se isolando da Natureza, foi perdendo esta capacidade de percepção. Mas, em algumas culturas, como as orientais e a indígena, mantiveram-se as tradições da utilidade atribuída a cada planta, muitas vezes transmitidas oralmente por milênios, havendo, ainda, tratados escritos em civilizações mais sofisticadas, como era o caso da chinesa e da egípcia.

    Os antigos Terapeutas Holísticos não cultivavam suas plantas medicinais, pois sabiam que se o vegetal espontaneamente escolhesse seu local de nascimento é porque aquele solo é o ideal, capaz de proporcionar-lhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeito terapêutico. Na China Milenar, um dos critérios de avaliação da serventia de uma planta era a observação de seus sabores, cores, formatos, época de floração e de suas características de "personalidade". Analisemos uma planta por critérios subjetivos: o Dente-de-Leão vem conseguindo se desenvolver espontaneamente nas grandes cidades como São Paulo, apesar da poluição e das condições nada naturais deste ambiente. Nem por isso a planta deixou de participar da harmonia da Natureza, sendo, pois, indicada para toda pessoa que esteja "estressada", com dificuldades de sobrevivência, esgotada e intoxicada, a qual poderá, literalmente, "beber" da sabedoria deste vegetal e sobreviver nesta "selva de pedra".

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos e, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam.

    A ciência dita oficial sempre trabalhou contra a credibilidade da Fitoterapia. Até mesmo quando aprova os efeitos terapêuticos de uma planta, acaba por prejudicar a técnica. Um bom exemplo disso é que, até alguns anos, praticamente todos os fitoterápicos eram OFICIALMENTE classificados como sendo de VENDA LIVRE, em nosso país. Ou seja, enquanto os mandatários das leis e normas brasileiras consideravam as plantas como sendo apenas "placebos", ou, quando muito, chás a serem consumidos por seus sabores, qualquer profissional poderia indicar os benefícios terapêuticos dos fitoterápicos. Por esta mesma classificação (venda livre), as empresas que industrializavam as ervas mantinham preços bastante acessíveis, diferentemente do que praticavam com produtos cuja rotulagem indicavam a necessidade de "receita médica", status este que possibilitava a comercialização por valores bem mais elevados... Muitos colegas, com certeza já tiveram a oportunidade de comparar produtos compostos pela mesmíssima planta, serem vendidos por preços díspares, ou MUITO mais baratos, ou MUITO mais caros, conforme estejam classificados como "chá", ou rotulados com "tarja vermelha"...

    O fator econômico certamente foi um dos estímulos a que as plantas passassem a ser objetos de "estudos científicos" e que, grandes indústrias, repentinamente, considerassem "provados laboratorialmente" os efeitos terapêuticos de certas ervas sobre determinadas "doenças"... Ora, como no Brasil, a legislação e a jurisprudência são claras quanto ao fato de que, tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de DOENÇAS é um MONOPÓLIO da classe MÉDICA, consequentemente, a cada fitoterápico que mudava sua classificação para "medicamento", automaticamente significaria que sua venda deixou de ser livre, passando a necessitar de RECEITA MÉDICA...

    Restringindo ainda mais o quadro, em comum acordo entre o Conselho de Medicina e o de Farmácia (firmado em 1999), os farmacêuticos passaram a recusar e a denunciar como "exercício ilegal de medicina", qualquer fórmulação a ser manipulada e que origine de profissional NÃO-médico. Exceção feita à Terapia Floral, a qual, FELIZMENTE, é tida como NÃO-científica e enquanto assim permanecer classificada, MUITO MELHOR, pois continuará de uso LIVRE.

    A injusta tendência a tornar produtos e serviços em "monopólios médicos" conta com a própria ingenuidade dos Fitoterapeutas. Uma simples visita às livrarias nos leva a constatar que a esmagadora maioria dos livros sobre fitoterápicos associa as plantas a "doenças de A a Z" !!! Ora, além disso ter levado seus autores a serem processados por "exercício ilegal de medicina", tais obras são fartamente usadas nos tribunais como "provas" para acusar os fitoterapeutas, além de terem sido fonte de consulta justamente para que, cada vez mais e mais plantas venham a ser classificadas como sendo de uso exclusivo para a classe médica... Disso tudo, resulta a listagem anexa, de fitoterápicos "PROIBIDOS a não-médicos", que certamente tomará de surpresa muitos de nossos colegas.

    A única maneira de revertermos esta situação é a RE-educação de nós mesmos, passando o Terapeuta Holístico a valorizar a NOSSA própria profissão e parar definitivamente de "emprestar" de outras áreas, suas formas de pensar e de se expressar.

    Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

    Cabe a nós, defensores e praticantes da TERAPIA HOLÍSTICA resgatar a ARTE da fitoterapia e com isso, garantir que JAMAIS venha a tornar-se monopólio de profissão alguma. O que sempre foi de uso LIVRE assim merece continuar...

    E, paralelamente, estarmos sempre atentos ao cumprimento das leis e resoluções do governo, pois, por mais que restrinjam os meios, todo bom Terapeuta Holístico sempre encontrará um novo instrumento de atuação, capaz de ampliar a QUALIDADE DE VIDA de nossos Clientes.

    Comparativamente às correntes teóricas que baseiam-se em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a fitoterápicos, a escolha pela Pulsologia e Pontos de Alarme mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da auto-consciência. Do ponto de vista legal, esta abordagem da Fitoterapia igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com as plantas em formato absolutamente diferente da abordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    Conclusões

    A Fitoterapia em Cinco Movimentos possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares. O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a seleção das plantas graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento. A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    Referências bibliográficas

    BROSSE, JACQUES – As Plantas e Sua Magia – S. Paulo, Roccko, 1984

    CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

    ESPECHE, Bárbara e Eduardo Grecco - Jung y Flores de Bach -Arquetipos e Flores. Ediciones Continente.

    FAUBERT, Gabriel - La Chronobiologie chinoise. Paris, Éditions Albin Michel S.A., 1987.

    GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

    HALL, James A. - A Experiência Junguiana. S. Paulo, Cultrix, 1989.

    HIRSCH, SONIA – Manual do Herói – Gráfica e Editora Prensa, 1990.

    HUSSON, A. - Versão e comentários - Huang Di Nei Jing Su Wen. Paris, Ed. A.S.M.A.E

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    JACOBI, Jolande - Complexo -Arquétipo - Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1986.

    JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. 5. Paulo, Vozes, 1991.

    LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. 5. Paulo, Cultrix, 1992.

    MACHADO, José Pedro Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa, Editorial Confluência Ltda., 1967.

    MARKEY; Christopher- Yin-Yang. 5. Paulo, Cultrix, 1987.

    MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

    MELLIE UYLDERT – A Magia das Plantas - S. Paulo, Pensamento, 1994.

    MIYUKI, Mokusen - Versão e comentários - A Doutrina da Flor de Ouro. S. Paulo, Pensamento, 1990.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Psychologie: pour une approche nouvelle dela Psycho-somatique. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Phytothérapie. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

    TOMPKINS, PETER e BIRD, CHRISTOPHER - A Vida Secreta das Plantas. Editora Exped, 2004.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado. São Paulo, Lumina Editorial, 1998.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Florais de Bach – Uma Visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica – Incluindo NTSV – TF 001 – Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Floral – 4a Edição - Editora Pensamento, 1994.

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1990.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 28/01/2009 12:24


    FITOTERAPIA NA HOLOPUNTURA

     Trabalho de Conclusão de Curso

    Neuza Miranda e Silva Chammas

    Terapeuta Holística

    CRT 36999

    Curso de Fitoterapia

    Docente: Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico

    CRT 21001

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas

    CEA – Comunidade de Estudos Avançados

    Porangaba 2007-04-09

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    PORANGABA – 2007-04-09

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    CEA – COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM

    TERAPIA HOLÍSTICA

    DISCIPLINA – FITOTERAPIA

    ORIENTADOR: HENRIQUE VIEIRA FILHO

    CRT 21001 - TERAPEUTA HOLÍSTICO

    PORANGABA – 2007-04-09

    A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.” Nicolau Copérnico

    DEDICATÓRIA:

    Dedico este trabalho à minha mãezinha

    Carlota,

    minha primeira mestra em

    Terapia Holística.

    PORANGABA – 2007-04-09

    AGRADECIMENTOS

    À MINHA FAMÍLIA

    Georges

    Ana Carla

    Daniela

    Georges Jr

    Marcos Reskalla

    e

    Adilah

    Pela presença constante de cada um deles em minha caminhada.

    AO SINTE

    -Pela preocupação em oferecer o melhor aos Terapeutas Holísticos.

    A HENRIQUE VIEIRA FILHO

    -Pelo seu otimismo, arrojo e coragem de levar adiante um projeto tão nobre e, por despertar nos TH a consciência de um trabalho com ética, dignidade e responsabilidade.

    PORANGABA – 2007-04-09

    SUMÁRIO:

    01 – Resumo.......................................................................................................08

    02 – Introdução...................................................................................................13

    03 – Material e Metodologia................................................................................16

    04 – Resultados...................................................................................................22

    05 – Discussão....................................................................................................28

    06 – Conclusões..................................................................................................30

    07 - Referências Bibliográficas............................................................................32

    08 – Anexos e Apêndices....................................................................................33

    8.1. NTSV – FT 001............................................................................................33

    8.2. A Fitoterapia na História do Brasil................................................................38

    8.3 Listagem atualizada dos Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos................................................................................................................40

    RESUMO

    Este trabalho apresenta um estudo sobre Fitoterapia no atendimento aos meus clientes cotidianos, em meu próprio Espaço de Terapia Holística, sito à Rua Professor Antonio Freire de Souza, nº 231, em Porangaba, SP.

    Iniciei os ensaios de aplicação da Fitoterapia aliada às Técnicas da Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal Manipulativa, logo após o início do curso em junho de 2006 e as intensifiquei logo depois da aula prática, ocorrida no dia 10 de setembro de 2006, durante a realização do Congresso Holístico promovido pelo SINTE.

    O desenvolvimento dos estudos fundamentou-se nas aulas ministradas pelo docente, Terapeuta Holístico Henrique Vieira Filho, no Curso de Fitoterapia, oferecido pela Comunidade de Estudos Avançados, aos TH associados ao SINTE, bem como no embasamento teórico e prático, adquirido no ano anterior, no Curso de Holopuntura e, em leituras complementares, especialmente em obras contidas na bibliografia apresentada e sugerida pelo docente.

    As técnicas começaram a fazer parte de minha vida como Terapeuta Holística e todos os meus clientes se beneficiaram com ela.

    Três clientes especiais foram escolhidos para terem os atendimentos relatados semanalmente, do final do mês de outubro de 2006 ao final de fevereiro de 2007, com o objetivo de recolher subsídios a trabalhos posteriores.

    Estes atendimentos serviram de base para avaliação do meu trabalho, através da supervisão do docente HVF.

    Estando eu dedicando-me à Terapia Corporal Manipulativa há mais de cinco anos, vi nos novos conhecimentos e nas técnicas da Holopuntura uma excelente oportunidade de obter melhores resultados em meu trabalho. Percebi que, especialmente na Avaliação dos Pontos de Alarme, havia uma proximidade muito grande com o que eu já praticava.

    Com o auxílio da Fitoterapia meu trabalho foi ganhando um diferencial muito importante, uma vez que o cliente poderia dar continuidade ao tratamento durante a semana, depois que eu concluísse meu atendimento naquele dia.

    Fui associando a Fitoterapia e a Holopuntura, através da Avaliação dos Pontos de Alarme, à Terapia Corporal Manipulativa, seja ela relaxante ou estimulante.

    Observei que em qualquer outra modalidade de Terapia Corporal, torna-se perfeitamente viável a utilização da Fitoterapia aliada à Holopuntura em benefício do cliente, quando se busca o equilíbrio e melhor qualidade de vida e, principalmente, quando nossa meta é a harmonização corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma.

    Também vi na Pulsologia de Nogier um importante instrumento de avaliação do momento vivenciado por cada um de meus clientes, através da análise da reação de seus pulsos diante de estímulos diferentes.

    Pude perceber como é diferente a reação do Pulso das pessoas aos estímulos feitos com os Fitoterápicos, antes e depois das manobras de uma TC relaxante ou de outra estimulante.

    De modo prático e objetivo, estudamos e aplicamos a Fitoterapia sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade.

    As incríveis “coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como fitoterápico tornou o aprendizado lúdico e prático.

    Focando em uma pequena variedade de plantas, todas de venda livre e facilmente encontradas na natureza e nas casas do ramo, esta abordagem utiliza a Teoria dos Cinco Movimentos Chineses, bem como da Pulsologia de Nogier (orelhas, pés e mãos) e a dos Pontos de Alarme dos Meridianos para a correta seleção de fitoterápicos para cada momento de nossos clientes.

    É isso que relatarei em meu Trabalho de Conclusão de Curso.

    Ele foi elaborado com muito amor, mas com simplicidade, pois a arte da qualidade de vida é algo que nasceu da simplicidade de povos que viviam em contato com as plantas, com o simples, mas puro e belo.

    Nada nele é utópico ou impossível de ser praticado por qualquer pessoa que tenha os conhecimentos necessários a respeito de técnicas de Terapia Corporal e que venha a conhecer a Holopuntura e a Fitoterapia.

    O conhecimento de cada uma das plantas e sua utilidade de acordo com o ponto de vista dos CMC é de suma importância ao TH. Esse embasamento teórico foi oferecido aos discentes durante o curso de Fitoterapia.

    Estas são as cinco plantas que constituem a Fitoteca Essencial:

    Cavalinha – Harmoniza

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Alecrim – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Metal;

    Lavanda – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Terra e Metal;

    Calêndula – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Terra;

    Tomilho – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Metal;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Terra.

    Em nossa Fitoteca Ampliada encontramos outras opções de plantas:

    Angélica – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Artemísia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Bardana – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Terra e Metal;

    Camomila – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Terra;

    Coentro – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Dente-de-Leão: Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água e Madeira;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Hortelã – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Limão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    Malva – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Manjericão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Manjerona – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Melissa – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira, Fogo e Terra;

    Milefólio – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Orégano – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Passiflora – harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água, Madeira e Fogo;

    Sálvia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Tanchagem – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal.

    INTRODUÇÃO

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério.

    As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas.

    Os antigos povos observavam as características de personalidade de cada planta e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos.

    Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais.

    Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a, então, dentro dos Cinco Movimentos Chineses e especificando para que cada uma delas servia.

    Nesta nova maneira de utilizar as plantas como recursos terapêuticos naturais, ao invés de nos atermos a tabelas de correlação entre sintomas e plantas, esta abordagem propõe quintessenciar a adequação a cada caso, passando as plantas a serem selecionadas com o auxílio da Pulsologia de Nogier e/ou a reação ao toque nos Pontos de Alarme, mediante aproximação de amostras dos fitoterápicos.

    Este método tem se mostrado imbatível na prática de consultório. Como ninguém é exatamente igual a outro, não é adequada a escolha das ervas baseando-se apenas nas estatísticas sobre a utilidade de cada uma delas.

    Segundo diversas culturas milenares, as ervas são símbolos de tudo o que é harmonizaste e vivificante, restauram a saúde, a virilidade, a fecundidade, o parto e a riqueza.

    Foram os deuses quem descobriram suas propriedades terapêuticas, o que ilustra a crença universal que o equilíbrio só pode vir de uma dádiva divina, como tudo o que é ligado à vida.

    Para os cristãos, as ervas deviam a sua eficácia por terem sido encontradas pela primeira vez no monte do Calvário.

    A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam, também, as forças ígneas da terra. Enquanto manifestação de vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadoras de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica.

    Por acumularem estas forças, os antigos sempre viram nos vegetais propriedades saudáveis ou venenosas, daí o seu emprego também na magia. Quase todas as divindades femininas grego-romanas protegem a vegetação: Deméter (deusa das alternâncias entre a vida e a morte, bem como das terras cultivadas), Afrodite (Vênus, deusa da fecundidade), Ártemis (Diana, selvagem deusa da natureza), além de algumas entidades masculinas como Ares (Marte, que simboliza a força bruta, é, também, protetor das colheitas, um dos deveres do guerreiro) e Dioniso (Baco, símbolo das forças de dissolução da personalidade, deus da fecundidade, da vegetação, das vinhas).

    No sincretismo afro-brasileiro, Ossâim é o responsável pelas ervas terapêuticas e sagradas, sendo seus iniciados conhecedores de suas serventias, bem como das palavras ritualísticas necessárias para libertar o axé (poder potencial) de cada planta.

    Aqueles que trabalhavam com as ervas em quase todas as culturas viam as plantas como símbolos vivos de entidades invisíveis, tais como deuses, elementais e espíritos, os quais deveriam ser evocados ou aplacados com o uso de palavras mágicas ou sacrifícios.

    O respeito à natureza os levava a não cultivar suas ervas, mas sim ir ao encontro das que nasceram espontaneamente na mata.

    Ainda hoje, os adeptos de Ossâim (orixá do sincretismo afro-brasileiro) costumam deixar uma vela verde, em troca do que retirarem, ou uma das folhas colhidas, para manter inalterado o equilíbrio do local.

    O uso terapêutico das plantas é anterior à humanidade, pois os animais, instintivamente, sabem quais e quanto das ervas devem comer para melhorarem de seus distúrbios.

    O ser humano, cada vez mais isolado da Natureza, foi perdendo esta capacidade de percepção. Mas, em algumas culturas, como as orientais e a indígena, mantiveram-se as tradições da utilidade atribuída a cada planta, muitas vezes transmitidas oralmente por milênios, havendo, ainda, tratados escritos em civilizações mais sofisticadas, como era o caso da chinesa e da egípcia.

    Os antigos Terapeutas Holísticos não cultivavam suas plantas terapêuticas, pois sabiam que se o vegetal espontaneamente escolhesse seu local de nascimento é porque aquele solo é o ideal, capaz de proporcionar-lhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeito terapêutico.

    Na China Milenar, um dos critérios de avaliação da serventia de uma planta era a observação de seus sabores, cores, formatos, época de floração e de suas características de "personalidade".

    Analisemos uma planta por critérios subjetivos: o Dente-de-Leão vem conseguindo se desenvolver espontaneamente nas grandes cidades como São Paulo, apesar da poluição e das condições nada naturais deste ambiente. Nem por isso a planta deixou de participar da harmonia da Natureza, sendo, pois, indicada para toda pessoa que esteja "estressada", com dificuldades de sobrevivência, esgotada e intoxicada, a qual poderá, literalmente, "beber" da sabedoria deste vegetal e sobreviver nesta "selva de pedra".

    METODOLOGIA E MATERIAL

    A Fitoterapia sempre esteve presente em minha vida!

    Filha de pais provenientes da roça e com poucos recursos financeiros para a busca de médicos e de remédios “de farmácia”, nossa cura em situações mais corriqueiras sempre foi providenciada pelo que dispúnhamos no quintal ou nos matos dos arredores de casa. É claro que muitas vezes precisamos dos médicos e dos remédios. Mamãe nunca foi negligente.

    Muitas e muitas vezes os chazinhos constituíam nossos refrescos em dias de calor e nossos aquecedores nos dias e noites gélidos de inverno.

    Tomávamos chá de marcelinha para dor de barriga... Erva de Santa Maria para vermes... Capim cidreira para os nervos... Hortelã para tosse... Erva doce para barriga estufada... Mentruz... Mentrasto... Flor de mamoeiro... Flor de laranjeira... Folha de abacateiro para inchaço nas pernas... Poejo para criança enlombrigada... Alface para insônia... Sabugueiro para botar o sarampo para fora... Arruda para recaída de dieta das mulheres que pariram...

    A lista era enorme! Para tudo mamãe tinha um chazinho abençoado.

    Garrafadas... Mamãe fazia para mulheres com recaída de dietas... Para crianças que tiveram sarampo... Até para os que sofriam de “ataques’”.

    Ela benzia crianças com “quebranto” e adultos com “cobreiro”...

    Dona Carlota era muito querida e muito procurada!

    A qualquer hora em que batessem à sua porta ela estava pronta para ajudar o pobre sofredor!

    Tinha ela dois livros enormes, cheios de figuras coloridas de plantas, verduras, legumes e frutas que me encantavam!

    COME PARA CURAR-TE” e “BEBE PARA CURAR-TE” eram os títulos!

    Passei minha infância e juventude folheando e lendo aquelas maravilhas! Não sei dizer quem eram os autores e nem do paradeiro deles, mas gostaria muito de reavê-los.

    Não foi por acaso que depois de vinte e oito anos de dedicação ao magistério me vi fortemente atraída por algo que já estava em minha vida desde a infância.

    Ao me envolver com a Holopuntura percebi que era uma técnica que estava à disposição de outras modalidades holísticas e a serviço do bem estar de pessoas, tendo como premissa central a possibilidade de aplicação de estímulos em micro regiões (pontos) e com isso obter reações globais, despertando os próprios recursos naturais de auto-harmonização. Desta forma vi a possibilidade de usar a Fitoterapia em conjunto com a Holopuntura.

    Desde o início do Curso de Holopuntura, em junho de 2005, o que mais me empolgou, na técnica, foi a utilização dos Pontos de Alarme, pois eu já tinha familiaridade com eles.

    Ao iniciar o Curso de Fitoterapia constatei que na verdade eu estaria, com ele, ampliando minhas possibilidades de trabalho com os clientes, de uma forma mais eficiente, pois o “novo” dava a possibilidade do cliente continuar equilibrando-se “em casa”, usando os fitoterápicos como um complemento ao tratamento por mim desenvolvido em um pouco mais de uma hora de atendimento.

    No mês de outubro iniciei o atendimento supervisionado a três clientes muito especiais, utilizando os conhecimentos que estava recebendo através do curso. Eles já eram meus clientes em Terapia Corporal, Cromoterapia, Reflexoterapia Podal e Reiki.

    Vi a possibilidade de associar a Fitoterapia como aliada da Holopuntura às minhas técnicas e passei a utilizá-las, dessa forma, com todos os meus clientes, mas escolhendo três para serem meus instrumentos de avaliação através da supervisão de relatórios que deveriam ser encaminhados semanalmente ao docente Henrique Vieira Filho.

    Esses três clientes vivem momentos e situações emocionais totalmente diferentes, cada qual com seu desafio, trazem um baú de bagagem, composta de conflitos, medos, inseguranças e muitos outros sentimentos, bons e ruins.

    Posso descrever desta forma meus clientes especiais:

    Cliente nº. 1 – Mulher, 48 anos, professora readaptada por incompatibilidade profissional, com uma história de vida marcada por muitas discriminações dentro da própria família; uma juventude marcada pela rebeldia e por uma grande frustração amorosa; um passado recente com envolvimentos em drogas e várias crises depressivas; internação em clínica de recuperação de dependentes químicos; grande preocupação com a obesidade, tem mania compulsiva por limpeza e sente-se mal casada, mas não tem coragem de assumir uma separação; recentemente sofreu muito a perda do pai e no momento vive preocupada com o futuro do filho que tem 18 anos. Apresenta vários problemas de saúde física.

    Cliente nº. 2 – Mulher, 57 anos, nível sócio econômico elevado, pessoa com trato social super-refinado; culturalmente uma pessoa muito sofisticada, vive um casamento muito bem estruturado. Emocionalmente trata-se de uma pessoa com uma carga muito pesada de rancores e mágoas trazidas desde a infância; não se relaciona bem com familiares e tem diferenças marcantes com a única filha. Crítica e dominadora, inflexível consigo mesma e com os outros vive crises de afastamento das pessoas e de tristeza porque as pessoas também se afastam dela.

    As duas clientes recebem atendimento médico e trazem um diagnóstico de órgãos afetados, disfunções glandulares e fisiológicas, fazendo uso de medicamentos de uso contínuo.

    Cliente nº. 3 – Mulher, 45 anos, com uma história de vida de muito trabalho ao lado do marido; há dois anos vem sofrendo terrivelmente por conta de um adultério cometido pelo marido e isso gerou muitos problemas emocionais, dores de cabeça e outros sintomas físicos, Não procura acompanhamento médico. Viveu uma fase de busca de uma melhor auto-estima através de cirurgias plásticas, freqüência em academia e por último veio em minha procura. Não utiliza medicamentos rotineiramente.

    Os três foram esclarecidos sobre as várias técnicas de Terapia Holística que utilizo e a respeito dos benefícios que elas podem proporcionar.

    Às duas que estão sendo acompanhadas pelo médico pedi que continuassem a seguir rigorosamente todas as suas orientações e que nada fosse alterado em suas rotinas, sem o parecer do profissional que as acompanha.

    Uma das clientes já vem recebendo a Terapia Corporal há muito tempo com conta de um sério problema na coluna vertebral; uma delas iniciou o tratamento buscando a Drenagem Linfática logo após uma de suas cirurgias e continuou a vir quando percebeu que suas dores de cabeça e a TPM não a incomodavam mais. A outra veio após a leitura de um artigo que escrevi no jornal periódico da cidade e de uma conversa a respeito dos benefícios que ela poderia desfrutar na TH.

    Todas elas procuraram a TH por vontade própria, depois que tomaram conhecimento a melhoria da qualidade de vida e o afastamento dos desconfortos vividos no cotidiano que a TC poderia oferecer.

    Duas delas vieram pensando na Terapia Corporal e até utilizando termo inadequado para nomear o que desejavam, pois viviam com constantes desconfortos musculares e articulares, tensões, inchaços nas pernas, celulite, etc.

    Na verdade também sofriam com dores de cabeça, problemas de pele, queimação no estômago, etc. e buscavam soluções e alívio para algo que os incomodava muito, mas que não sabiam tratar-se de desequilíbrios provocados por emoções negativas que foram acomodando-se em seus músculos, articulações e outras partes do corpo como carapaças protetoras, como escudos, com os quais poderiam se defender, caso as situações voltassem a atacá-los.

    Iniciei o trabalho com as três usando a TC Relaxante e obtive melhoras significativas, mas quando comecei a utilizar as Técnicas da Holopuntura, auxiliada pela Fitoterapia, associadas ao que já vinha desenvolvendo com eles, as mudanças tornaram-se brilhantes aos olhos...

    Passei a fazer, antes de tudo, a Avaliação dos Pontos de Alarme ou então aplicando a Pulsologia de Nogier para ter um ponto de partida na avaliação do momento de cada uma de minhas clientes.

    Tendo a resposta do corpo, dizendo-me o que estava desequilibrado energeticamente, segundo os Cinco Movimentos Chineses, poderia partir para o teste de adequação dos Fitoterápicos, que eram escolhidos mediante as informações recebidas nas aulas do curso.

    A escolha dos Fitoterápicos para o teste de adequação normalmente era feita tendo como base:

    1º.- a nossa Fitoteca Essencial, composta de cinco Fitoterápicos Básicos, cada um deles específico para desequilíbrios YIN e YANG de cada um dos Cinco Movimentos Chineses, a saber: Madeira – Alecrim, Fogo – Lavanda, Terra – Calêndula, Metal – Tomilho, Água – Cavalinha.

    2º.- a nossa Fitoteca Ampliada onde encontramos mais opções de escolhas de ervas que servirão, algumas para desequilíbrios YIN e outras para desequilíbrios YANG.

    O teste de adequação consiste em escolher as plantas que o TH julga adequadas e através de técnicas específicas verificar quais delas são realmente adequadas para aquele exato momento do cliente.

    Este poderá ser feito nos Pontos de Alarme, se a busca do desequilíbrio se baseou na avaliação deles. Neste caso as plantas selecionadas são colocadas, uma a uma, em contato com a mão do cliente e o ponto sensível ao toque novamente é pressionado. A baixa da sensibilidade nos revelará qual a mais adequada para o momento que estamos tratando.

    Se estivermos utilizando a Pulsologia de Nogier, após avaliarmos as regiões reflexológicas (nas orelhas, mãos ou pés) e detectarmos o local que apresentou-se em desequilíbrio, procederemos da mesma forma: podemos colocar, com ajuda de uma pinça, um pontinho de cada planta, uma de cada vez, no local e avaliar o Sinal de Nogier, como reação ao efeito delas.

    Meu trabalho com minhas três clientes consistiu nessas técnicas, sempre complementadas com Terapia Corporal ou com banhos terapêuticos preparados sempre com o Fitoterápico adequado para aquele momento que a cliente vivenciava.

    Nas três clientes os fitoterápicos e minhas próprias mãos foram sempre meus principais instrumentos de estimulação e energização dos locais correspondentes aos meridianos em desequilíbrio.

    Utilizei óleos essenciais, a planta fresca colhida em minha própria horta, cremes e óleos vegetais orgânicos de boa procedência.

    Fazendo uso do BRT recomendei o chá adequado para cada momento delas e orientei-as sobre como preparar e tomar cada um deles.

    Todos os atendimentos a esses clientes foram relatados de forma minuciosa, inclusive com os diálogos estabelecidos no momento da terapia, foram postados no site do SINTE e colocados à disposição, para avaliação e posterior orientação. do nosso orientador/supervisor/docente/TH, Henrique Vieira Filho

    O Aconselhamento, como forma de interação cliente/terapeuta, levando o cliente ao auto conhecimento e a mudança em várias áreas (comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida, além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões) fez parte do processo terapêutico,

    Vi nesta técnica a possibilidade de estabelecimento de um vínculo muito mais forte na relação terapeuta/cliente e vice-versa, além da possibilidade do “extrapolar” das emoções, que normalmente ocorre no decorrer do atendimento.

    Com o aconselhamento obtive momentos muito emocionantes durante os processos terapêuticos, explosão de sentimentos muito fortes guardados pelas clientes.

    Durante todo o tempo em que venho trabalhando como Terapeuta Holística fui integrando ao processo de Terapia Corporal Manipulativa a Reflexoterapia Podal, que considero uma técnica que permite o acesso aos planos físico e espiritual do ser; um meio de prevenção dos desequilíbrios e do reconhecimento precoce dos mesmos. Hoje, após o Curso de Fitoterapia, posso, seguramente, aplicar as ervas, também nos pés dos meus clientes com a certeza de que o efeito será sempre benéfico.

    Ela não apresenta efeitos colaterais e serve-se como excelente técnica quando o cliente chega até nós manifestando timidez ou sentindo-se desconfortável, pelo simples fato de ser tocada.

    Quando você segura os pés de alguém, está segurando a alma dessa pessoa”.

    Com o mapeamento dos pés segundo os Cinco Movimentos Chineses todo o processo de terapia através das zonas reflexológicas podais ganhou um novo sentido, uma nova visão, na hora de exercer as pressões e descobrir desequilíbrios que atingem desastrosamente a harmonia do ser como um todo.

    Com a Pulsologia de Nogier, técnica prática e de fácil aprendizado, aplicada à Fitoterapia, podemos definir os estímulos/vegetais mais adequados para o momento especial do cliente, tomando o pulso e verificando como ele reage a este ou aquele, e decidir sobre qual usar, a fim de obter melhores resultados em matéria de harmonização.

    Basta testar cada opção que deseja aplicar, por sobre cada ponto localizado no percurso dos meridianos selecionados com em desequilíbrio e verificar qual deles faz com que o Sinal de Nogier seja mais nítido, limpo, forte, seja pelos trancos ou pelas sumidas.

    .

    Enfim, a Fitoterapia associada à Holopuntura permite, de várias maneiras, cuidar de gente, isto é, seres onde o TODO deve estar em uníssono com o UNIVERSO, pois que ele mesmo é um Universo em Miniatura.

    RESULTADOS

    Em todas elas pude notar aspectos emocionais muito fortes provocando os desequilíbrios, bloqueando a energia e gerando problemas sérios a serem resolvidos.

    A cliente nº.1 apresenta sinais de enraizamento profundo de suas emoções negativas; sempre conviveu com a baixa auto-estima; sempre se sentiu o patinho feio da casa; sempre foi tratada como a ovelha negra da família. Foi discriminada por colegas e professores, que a chamavam de “louca”. Perdeu o maior amor de sua vida por causa da sogra que não permitiu que o filho continuasse o namoro...

    Necessita de acompanhamento terapêutico constante, pois volta a se desequilibrar com muita facilidade. Apresenta muitos altos e baixos emocionais e isso denota que está muito insegura emocionalmente. Apresenta a fala enrolada e apressada, gagueja muito, apresenta salivação excessiva e sua saliva costuma acumular em forma de espuma nos cantos da boca. Tem um problema nasal que faz que tenha constantemente secreções secas grudadas nas bordas das narinas. Isso a constrange muito e ela vive com o nariz avermelhado, e até ferido, de tanto fazer a higiene do mesmo. Tem complexo do cabelo, da gordura, do marido, de tudo. Sente-se muito infeliz. Vez ou outra ainda extrapola na bebida e depois fica com remorsos. Sente-se vitoriosa apenas no que diz respeito ao filho, que realmente é uma preciosidade nos dias de hoje.

    Não vi nesta cliente resultados totalmente satisfatórios, mas só o fato de ela ter comparecido direitinho às seções de terapia foi ponto muito positivo visto que nunca tinha conseguido ir às seções da psicóloga por três vezes consecutivas.

    Outro ponto positivo foi o de que normalmente ela chegava num estado de humor considerado como ruim, mas ao sair ia toda feliz para casa como se nada tivesse ocorrido antes de vir para cá.

    Ela continuará a terapia.

    A Cliente nº 2 é o típico caso de pessoa que se acha super equilibrada; é a dona da verdade, orgulhosa, prepotente e crítica; apresenta até uma tendência a humilhar as pessoas, principalmente em se tratando de subalternos. Tem seu lado bom e amoroso, mas parece querer sufocá-lo com gestos e atitudes que denotam frieza de sentimentos... Rejeita os presentes que lhe dão se eles não são do seu agrado ou se julga não estarem á sua altura... Despreza as pessoas de uma forma muito vil se estas a contrariam em suas vontades, inclusive a própria filha. Não admite ser contrariada e não cede em suas exigências. Sente-se uma pessoa superior tanto financeiramente como culturalmente. Em cinco anos em que viveu na cidade estabeleceu vínculo de amizade com apenas três pessoas e mesmo assim ainda fazia duras críticas ao comportamento delas. Ninguém a conhecia! Seu relacionamento com as pessoas se limitava ao encontro semanal para as aulas de yoga, conversas ali e nada mais. Saiu do espaço... Não a conheço!

    Consegui ver algumas mudanças em seu comportamento porque a questionei seriamente a respeito de algumas coisas, principalmente no que diz respeito aos ressentimentos em relação à mãe e na disputa que trava constantemente com a filha.

    A cliente mudou para muito longe daqui e não pudemos dar continuidade ao tratamento.

    A cliente nº. 3 chegou até mim numa fase muito difícil de sua vida.

    Estava sentindo-se ferida moralmente com a traição cometida pelo marido, humilhada por ter sido trocada por uma pessoa de baixo nível e de uma feiúra notável! Sentia-se afrontada!!! Não aceitava a atitude de desrespeito do marido para com ela... Ela foi a companheira por trinta anos... A batalhadora... Esteve sempre ao lado dele e de repente é troca por uma porcaria! Começou a sentir fortes dores de cabeça e no corpo todo... Nunca tinha sido mal humorada e agora vivia assim um dia sim e o outro também... Tinha insônias, enjôos, dores de estômago, diarréias, etc... Começou a sentir fome exagerada... Engordou muito! Entrou em pânico! Procurou um cirurgião plástico e fez várias cirurgias, uma depois da outra...Veio me procurar para fazer drenagem linfática após a cirurgia da barriga... Não parou mais.

    Passou por muitas mudanças positivas; começou a ver a vida e as pessoas de uma outra forma. Começou a se auto valorizar não apenas fisicamente, mas como um ser humano com dignidade e valores interiores muito nobres. Ela continua em processo terapêutico.

    Avaliando os resultados dos desequilíbrios, de forma quantitativa, neste período de atendimento para a supervisão cheguei ao seguinte quadro:

    Cliente nº. 1 –

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    2 vezes

    Madeira

    4 vezes

    C

    nenhuma

    ID

    nenhuma

    TA

    1 vez

    CS

    1 vez

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    2 vezes

    Terra

    4 vezes

    P

    4 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    5 vezes

    R

    nenhuma

    B

    3 vezes

    Água

    3 vezes

    Como se pode ver, foi no movimento Metal que ocorreu a maior incidência de desequilíbrios energéticos nesta cliente, mas é preciso considerar que em Madeira e Terra quase houve empate com Metal.

    Avaliando as emoções relacionadas com esses três movimentos em desequilíbrio, podemos constatar que RS apresenta desequilíbrios generalizados, mas nenhum deles chega a ser exagerado.

    O Movimento Fogo manteve-se equilibrado, na maioria das vezes, e isso freou tanto a apatia quanto a euforia das emoções relacionadas com os outros movimentos.

    Uma grande incidência de desequilíbrios ocorreu no Movimento Madeira, onde as emoções negativas são: raiva, irritação, impaciência, além de outras relacionadas.

    Outra incidência significativa ocorreu no Movimento Terra, onde as emoções negativas são: crítica, preocupação e suspeita.

    O que caracteriza o comportamento da cliente realmente são as emoções relacionadas com o movimento Metal: melancolia, tristeza, depressão, sensação de que a vida não vale a pena, sentimento de amor impossível, nostalgia e desânimo: é por aí que os pulmões são feridos. A respiração se torna ineficiente, a troca com o meio exterior é ruim, não desintoxicamos nosso organismo e nem renovamos a carga de oxigênio.

    Em todos os desequilíbrios detectados durante este período de supervisão a cliente foi orientada sobre a utilização dos chás fitoterápicos como forma de harmonizar seus estados emocionais e manutenção de sua qualidade de vida.

    Os resultados foram sempre positivos e ela sempre relatou sobre a melhora que sentia após a ingestão dos mesmos.

    Cliente nº. 2

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    nenhuma

    Madeira

    2 vezes

    C

    2 vezes

    ID

    nenhuma

    TA

    Nenhuma

    CS

    Nenhuma

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    1 vez

    Terra

    3 vezes

    P

    6 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    7 vezes

    R

    3 vezes

    B

    1 vez

    Água

    4 vezes

    Foi gritante a incidência de desequilíbrios no Movimento Metal.

    Apesar de todas as manifestações da cliente de sua prepotência, de sua auto-suficiência, de sua ação dominadora, de sua capacidade de liderança, o quadro mostra que YRCA é uma pessoa com muitos medos e receios, dado o número de desequilíbrios no movimento Água; ao mesmo tempo carrega em seu coração uma carga muito grande de tristeza que pode ser gerada pelo desgaste que ela se auto-aplica por conta de suas mágoas (águas ruins), seus rancores e ressentimentos. Quer amar as pessoas, mas as mágoas são muito grandes... Quer perdoá-las, mas o orgulho não permite que aja assim. Quer se reconciliar com as pessoas que fazem parte de sua história de vida, mas sente medo e desconfia que essas pessoas querem se aproximar dela por mero interesse. Sendo muito apegada aos bens materiais acha que as pessoas aproximam-se dela com o objetivo de tirar vantagens.

    Esses sentimentos estão instalando-se e ela começa a somatizar essas emoções negativas em seu corpo físico.

    Mas é Metal que se encontra mais desequilibrado...

    A cliente mostra-se altiva, mas em suas palavras percebe-se a melancolia, a tristeza, e uma tendência a isolar-se das outras pessoas, fechando-se no seu mundinho pessoal. Está sempre envolto em leituras, artesanato, filmes, arrumação de gavetas, reforma de roupas... Não gosta de se relacionar com outras pessoas.

    As emoções relacionadas com o Movimento Metal são fortes em sua vida, mas ela procura disfarçá-las ou escondê-las através de comportamentos excêntricos.

    De uma maneira geral ela preocupa-se muito com a saúde física e mental.

    Procura os médicos e faz muitos exames com muita freqüência; freqüenta academia, fazendo musculação, curte a natureza, as plantas, as flores, os pássaros e os animais em geral.

    Para YRCA, tomar chá é muito chique e ela fez do ato um momento sofisticado em sua vida.

    Cliente nº. 3

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    1 vez

    VB

    2 vezes

    Madeira

    3 vezes

    C

    3 vezes

    ID

    3 vezes

    Fogo

    -

    TA

    1 vez

    CS

    2 vezes

    Fogo

    9 vezes

    E

    1 vez

    BP

    1 vez

    Terra

    2 vezes

    P

    3 vezes

    IG

    Nenhuma

    Metal

    3 vezes

    R

    nenhuma

    B

    1 vez

    Água

    1 vez

    O movimento Fogo dominou toda a ação e as emoções de SRGM e sofreu a ação de suas emoções.

    O que afeta os processos de Fogo é o excesso de prazeres e alegria, ou, ao contrário, a privação deles.

    A cliente vivenciou situações extremas de excitação e de melancolia. Teve dias em que chegou eufórica de alegria, outros em que veio sentindo raiva, outros chegou com dor de cabeça e muito irritada.

    Apresenta tendência ao cansaço físico e esteve sempre às voltas com dores musculares e articulares.

    Seu estado de humor normalmente apresentou-se bom, apesar das tristezas que apresentou em algumas ocasiões. Também manifestou revolta e esteve com a auto-estima em baixa. É uma pessoa capaz de sair de um “baixo astral” com a mesma rapidez com que entrou, ou então, estar bem e, de repente, sentir-se muito triste. Tem um coração capaz de perdoar e isso favorece seu bom relacionamento com as pessoas em geral e especialmente com a família.

    Relatou que a experiência com os chás foi muito boa e que notou mudanças em vários aspectos de sua vida após a introdução deles.

    Lado a lado com o tratamento Fitoterápico, via chás, elas sempre receberam a Terapia Corporal, na maioria das vezes Relaxante e, nessas oportunidades eu já trabalhava percursos de meridianos em desequilíbrio, buscando pontos doloridos e aplicando estímulos com a planta selecionada como adequada para aquele momento específico de cada uma delas.

    Todas elas desenvolveram o hábito de tomar seus chazinhos.

    Comparativamente às correntes teóricas que se baseiam em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a fitoterápicos, a escolha pela Pulsologia e Pontos de Alarme mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da autoconsciência.

    Do ponto de vista legal, esta abordagem da Fitoterapia igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com as plantas em formato absolutamente diferente da abordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    DISCUSSÃO

    Os trabalhos realizados com a Fitoterapia, aliada à Holopuntura e a Terapia Corporal permitiram que meus clientes entrassem em contato com os medos, traumas e os outros sentimentos que desconheciam serem tão fortes em si mesmos.

    O estímulo fitoterápico em pontos e regiões correspondentes aos bloqueios trouxe uma resposta emocional que lhes permitiu o auto-conhecimento necessário à estruturação de seus desejos.

    Duas delas vieram com baixa auto-estima, com uma grande carência afetiva e com sentimentos negativos corroendo o corpo, a mente e a alma, enquanto uma delas, muito senhora de si, não tinha consciência da bagagem negativa que carregava em seu íntimo.

    A manipulação corporal lhes proporcionou bem estar, sensação de segurança e alívio geral, como se algo tivesse sido arrancado de suas entranhas, libertando-os de correntes que sufocavam.

    A avaliação dos desequilíbrios através da análise dos Pontos de Alarme possibilitou ao TH tomar conhecimento das emoções que bloqueavam as energias e traçar um caminho em direção ao equilíbrio.

    Através da Pulsologia de Nogier também foi possível ter uma visão do que se passava no interior de cada uma delas, associando as emoções regidas por cada um dos Cinco Movimentos Chineses aos desequilíbrios apresentados, como se as olhasse através de um aparelho capaz de mostrá-las em suas intimidades.

    Percebi em meus clientes, e cheguei à conclusão de que nós adultos temos bloqueios nos canais da alegria, geramos insatisfações e amarguras, cultivamos a descrença e os medos, como conseqüência de um processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de “expressão e de manifestação” foi podada pelos adultos que nos orientaram, pelos padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por muitas cobranças e pelo constante apontar de defeitos e falhas.

    Se havia imperfeição simplesmente ela existia porque estávamos em fase de aprendizado e formação, mas não porque estávamos predestinados a ser pequenos e ínfimos.

    É assim que muitos adultos se sentem, gerando bloqueios nos meridianos e desequilíbrios nos movimentos diversos do ciclo natural da vida.

    Uma das causas que podem tê-los conduzido a esse estado de desarmonia, provavelmente seja o fato que não terem tido a oportunidade de traçarem por si mesmos seus destinos, e caminharem sozinhos, experimentando as alegrias e as tristezas da própria escolha.

    Com este Método de Trabalho Terapêutico com os Fitoterápicos o próprio corpo determinará que plantas são as mais adequadas para um momento especial de cada cliente; não precisamos decorar listas de plantas “boas para isto ou para aquilo” como fazia minha mãezinha...

    Caberá ao TH única e exclusivamente buscar onde está o problema e perguntar ao corpo o que ele necessita naquele momento para solucioná-lo.

    Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

    CONCLUSÃO

    No decorrer do curso e, principalmente neste período de prática supervisionada pude perceber o quanto a Fitoterapia aliada à Holopuntura permite ao Terapeuta Holístico ajudar aos seus clientes a se verem como realmente são e nomear seus sentimentos; a dar um mergulho dentro de si mesmo e retornar renovados e conscientes das sombras do seu interior.

    Com a Fitoterapia aliada à Holopuntura o terapeuta Holístico tem oportunidade de caminhar na direção certa, seguindo a sinalização dada pelo próprio corpo do cliente e, desatar os “nós” que atrapalham o livre fluxo das energias.

    A cada novo atendimento vamos percebendo como as pessoas vão se modificando e ainda que os bloqueios se repitam por várias vezes nos mesmos meridianos, a intensidade com que aparecem vai sendo reduzida.

    Os estímulos fitoterápicos aplicados vão possibilitando que as emoções que geram os desequilíbrios venham à tona, em forma de reações diversas, com um único objetivo: a liberação do caminho para a energia vital.

    Trabalhadas em conjunto com manobras da Terapia Corporal, seja ela de que modalidade for, trabalhando músculos e articulações, relaxando, drenando ou estimulando, naturalmente estarão concorrendo para a mobilização dos fluidos do corpo, para a liberação de elementos químicos prejudiciais, acumulados em decorrência dos bloqueios provocados pelas emoções, sejam elas de que natureza for.

    A Fitoterapia aliada à Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal, permitiu que meus clientes se sentissem mais conscientes:

    - RS – começa a tomar as rédeas de sua vida de uma forma mais responsável, assumindo seu corpo como ele é, sendo mais ela mesma, sem se preocupar com o que pensam as outras pessoas, exteriorizando seus sentimentos de forma amena; sabendo viver sem a tutela do pai que sempre lhe deu excesso de apoio.

    - YRCA - compreendeu melhor os fatos ocorridos em sua vida; começou a pensar em perdoar sua mãe e a descer até a filha numa tentativa de harmonizar todos os sentimentos.

    - SRGM – teve oportunidade de encontrar-se de forma profunda com suas verdades, seus sentimentos, suas emoções e luta para conseguir levar a vida de forma mais tranqüila, aceitando as pessoas como elas são.

    Duas delas continuam o processo terapêutico e vindo semanalmente para os atendimentos enquanto outra se mudou de cidade.

    A Fitoterapia em Cinco Movimentos possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares.

    O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a seleção das plantas graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento.

    A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    1-HIRSCH, SONIA

    Manual do Herói

    Gráfica e Editora Prensa - 1990

    2-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    HOLOPUNTURA – A Quintessência da União de Técnicas.

    São Paulo. SINTE – CEA – Vol.1

    3-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Curso de Holopuntura

    São Paulo – SINTE – CEA – 2005

    4-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    O Microcosmo Sagrado: O segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento.

    São Paulo – Lumina Editorial, 1998

    5-WEIL.PIERRE

    HOLÍSTICA: Uma nova visão e abordagem do real.

    São Paulo – Palas Athenas, 1990

    6- VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Fitoteca em cinco Movimentos

    7- Textos Relacionados ao Curso de Fitoterapia, Postados no Site (CEA) pelo docente HVF.

    ANEXOS E APÊNDICES

    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    2.PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3.INTRODUÇÃO   A Fitoterapia conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante ao uso terapêutico das plantas.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 ObjetivoDefinir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob os paradigmas holísticos, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    5.1.2 FITOTERAPEUTA — Realiza testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios, da pulsologia e de testes musculares, propondo o uso dos vegetais corretos para cada caso; faz uso das propriedades terapêuticas das ervas sob diversas formas, tais como chás, banhos, compressas, óleos, extratos, inalações, dentre outras, visando não só despertar a capacidade de auto-equilíbrio, como, também, suprir a necessidade de certas substâncias e energias sutis que atuarão como princípios energoativos para a harmonização psicofísica.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THF — Fitoterapeuta;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.

    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Fitoterapia aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 — Fitoterápicos — aquisição e indicação

    5.3.3.1 — Opção 1: aquisição dos fitoterápicos pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os fitoterápicos serão doados, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.3.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar fitoterápicos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.3.3 — A seleção dos fitoterápicos a serem recomendados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de:

    5.3.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.3.2 — Pulsologia e/ou de testes musculares (como por exemplo, o Omura Test).

    5.3.4 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permanecer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    A Fitoterapia na História do Brasil

    (Texto publicado no informativo Herbarium Saúde, número 29/04)

    O Brasil tem uma das mais ricas biodiversidades do planeta, com milhares de espécies em sua flora.

    Possivelmente, a utilização das plantas – não só como alimento, mas também como fonte terapêutica começou desde que os primeiros habitantes chegaram aqui, há cerca de 12 mil anos, dando origem aos “paleoníndios” amazônicos, dos quais derivaram as principais tribos indígenas do país.

    Pouco, no entanto, se conhece sobre esse período.

    As primeiras informações sobre os hábitos dos indígenas só vieram à luz com o início da colonização portuguesa, a começar pelas observações feitas na ilha de Santa Cruz pelo escrivão Pero Vaz de Caminha, da esquadra de Pedro Álvares Cabral, em sua famosa Carta a El Rei Dom Manuel.

    Um pouco mais tarde, entre 1560 e 1580, o padre José de Anchieta

    detalhou sobre as melhoras plantas comestíveis e medicinais do Brasil em suas cartas ao Superior Geral da Companhia de Jesus.

    Descreveu em detalhes alimentos como o feijão, o trigo, a cevada, o milho, o grão-de-bico, a lentilha, o cará, o palmito e a mandioca, que era o principal alimento dos índios. Anchieta citou também verduras como a taioba-roxa, a mostarda, a alface, a couve, falou das frutas nativas como a banana, o marmelo, a uva, o citrus e o melão, e mostrou a importância que os índios davam às pinhas das araucárias.

    Das plantas medicinais, especificamente, Anchieta falou muito em uma

    erva-boa”, a hortelã-pimenta, que era utilizada pelos índios contra indigestões,

    para aliviar nevralgias e para o reumatismo e as doenças nervosas.

    Exaltou também as qualidades do capim-rei, do ruibarbo do brejo, da ipecacuanha preta, que servia como purgativo; do bálsamo da copaíba, usado para curar feridas, e da cabriúva vermelha.

    Outro fato que chamou a atenção do missionário foi a utilização dos timbós pelos índios, especialmente da espécie Erythrina speciosa.

    O timbó, de acordo com o Aurélio, é uma “designação genérica para leguminosas e sapindáceas que induzem efeitos narcóticos nos peixes, e por isso são usadas para pescar.

    Maceradas, são lançadas na água, e logo os peixes começar a boiar, podendo facilmente ser apanhados à mão. Deixados na água, os peixes se recuperam, podendo ser comidos sem inconvenientes em outra ocasião”.

    Quase tudo que se sabe da flora brasileira foi descoberto por cientistas

    estrangeiros, especialmente os naturalistas, que realizaram grandes expedições cientificas ao Brasil, desde o descobrimento pelos portugueses até o final do século XIX.

    Essas grandes expedições tinham o intuito de conhecer e explorar as riquezas naturais do país, conhecer a geologia e a geografia do Novo Mundo, bem como determinar longitudes e latitudes para a elaboração dos mapas”.

    Listagem atualizada de Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos:

    De acordo com a RESOLUÇÃO-RE Nº 89, DE 16 DE MARÇO DE 2004, expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

    Arctostaphylos uva-ursi Spreng (Uva-ursi): Venda sob prescrição médica

    Centella asiatica (L.) Urban, Hydrocotile asiatica L. (Centela, Gotu kola ): Venda sob prescrição médica

    Cimicifuga racemosa (L.) Nutt.(Cimicífuga): Venda sob prescrição médica

    Echinacea purpurea Moench (Equinácea): Venda sob prescrição médica

    Ginkgo biloba L. (Ginkgo): Venda sob prescrição médica

    Hypericum perforatum L. (Hipérico): Venda sob prescrição médica

    Piper methysticum Forst. f. (Kava-kava): Venda sob prescrição médica

    Serenoa repens (Bartram) J.K. Small 25 (Saw palmetto): Venda sob prescrição médica

    Tanacetum parthenium Sch. Bip. (Tanaceto): Venda sob prescrição médica

    Valeriana officinalis (Valeriana): Venda sob prescrição médica

    Hamamelis virginiana (Hamamelis): Venda sob prescrição médica

    Autor: : NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS - CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA
    Última atualização: 28/01/2009 12:35


    Geoterapia, Fitoterapia, Radiestesia, Radiônica E O Equilíbrio Energético À Distância

    Geoterapia, Fitoterapia, Radiestesia, Radiônica E O Equilíbrio Energético À Distância

     

    Nilma Glória Braga Siqueira - Terapeuta Holística - CRT 30758 

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    Dedico a todos que não se cansam de dedicarem-se energeticamente à procura de novos caminhos de harmonização integral.

     

    AGRADECIMENTOS

     

                   A Deus, pela vida. 

                  Ao SINTE, por dar oportunidades novas a novas manifestações de idéias aplicadas, e a todos que, com suas energias vibráteis comprovaram estas idéias aplicadas com simplicidade.

     

    “Deve-se ter sempre em mente que no universo manifesto tudo é energia em circulação, sendo que todo pensamento constitui a expressão de algum aspecto desta energia”.

                               (BAILEY)

                                

    SUMÁRIO

     

    1- Introdução                                                                                                                                                          

    2- Material e Metodologia                                                                                                                             

                  2.1- Material empregado                                                                                                                

                  2.2- Métodos realizados                                                                                                                

    3- Radiações                                                                                                                                                          

                  3.1- Radiações Físicas                                                                                                                

                  3.2- Radiações Mentais                                                                                                                

                  3.3- Ondas Radiestésicas                                                                                                               

                  3.4- Radiações Tele – Terapêuticas na atmosfera                                                        

                  3.5- Inconsciente                                                                                                                              

    4- Relação dos sete principais Chakras Espinais com a Geoterapia                            

    5- Valor da Geoterapia e suas aplicações                                                                                    

                  5.1- Algumas normas para o uso da argila como cataplasma                            

                  5.2- Efeitos obtidos com o uso da argila                                                                                    

    6- Casos exemplares                                                                                                                              

    7- Resultados                                                                                                                                            

    8- Discussão                                                                                                                                                          

    9- Conclusão                                                                                                                                                          

    10- Referências Bibliográficas                                                                                                               

     

     

    RESUMO

     

    A experiência aplicada por vários meses em atendimento a clientes à distância levou-me a escrever este trabalho que consiste em usar a Radiestesia (com o pêndulo, dual-rood, auramitter), a Radiônica com os gráficos, a Geoterapia com a argila pura e mais os chás, nos quais se dissolve a argila, pra com este conjunto se tentar a harmonização da pessoa como um todo, incluída no Universo, com êxito testado e aprovado pelos que passaram por ela.

     

    1- INTRODUÇÃO

     

                  Estamos todos envolvidos em um mar de idéias. Idéias claras e outras não tão claras. Idéias possíveis e outras menos possíveis. Há interpretações para quase tudo, mas agora é a hora de não só interpretar o mundo, mas transformá-lo, partir para a ação possível, a única eficaz porque aplicada na realidade. É como uma semente que, se plantada, cresce e dá frutos, e se não plantada, é só uma semente que não teve oportunidade de mostrar a vida que guarda. E neste estudo, as idéias são sementes plantadas que expandem a força vital, tornando-se mais vivas e mais vida.

                  Estamos todos nos beneficiando das experiências das gerações anteriores. O universo continua a se expandir em contínua vibração. A lei da atração fala que coisas e vibrações semelhantes se atraem, portanto, tudo o que existe na realidade física existe por causa de um pedido direcionado, a partir desta realidade. Daí a importância de todos aqueles que nos antecederam e que pediram. Pediram respostas para perguntas, soluções para problemas, melhorias para situações e a realização de desejos.

                  Viver a diversidade e os contrastes, definir a preferência e direcionar o desejo - é isso que produz a Energia Criativa do Universo e faz toda a vida evoluir.

                  Nesse trabalho é usada a Radiestesia que através do pêndulo contatando o inconsciente através das ondas eletromagnéticas e decodificando-as para saber das individualidades pessoais e desequilíbrios, mais o uso da Geoterapia que é um poderoso instrumento de harmonização, otimizada pela ação das energias dos princípios ativos existentes nas plantas direcionadas para os desbloqueios de meridianos, juntamente com a Radiônica, que expande em grande intensidade as energias vibratórias, há um excelente resultado na harmonização pessoal aqui, do cliente à distância.

                  Harmonização pessoal é alinhar-se com seu SER ESSENCIAL, que tem um poder de transmitir-lhe clareza, vitalidade, entusiasmo, bem-estar físico, abundancia em todas as coisas que considera boas e uma exuberante alegria. Este é o estado natural do ser que realmente é.

     

    2- MATERIAL E METODOLOGIA

     

    2.1- Material empregado:

    • Ficha do cliente, fornecida pelo SINTE com os pontos de alarme e meridianos desenhados;
    • Pêndulo neutro, dual-rood, auramiter;
    • Gráficos de Radiônica;
    • Argila;
    • Folhas desidratadas para chás fitoterápicos

     

    2.2- Métodos realizados:

                  Atendimento à distância usando as fichas dos clientes.

                  O procedimento adotado para o atendimento à distância é o seguinte: em primeiro lugar, há o contato do cliente conosco, via telefone ou e-mail solicitando ser atendido à distância, porque está impossibilitado de vir presencialmente por vários motivos: ou mora muito longe, em outra cidade, ou país, acamado, ou outros motivos. Fornece seu nome, data de nascimento e endereço, tudo isto passado para a Ficha do cliente com o desenho do corpo, os pontos de alarme e meridianos desenhados.

                  Passa-se ao estudo do cliente individualmente:

    • Qual a cor de viração da aura da personalidade?
    • A qual Movimento Chinês pertence?

    Anota-se estas informações. Continua-se a análise com o pêndulo. Quais os meridianos bloqueados?

    Providência: desbloqueio com o grafite.

    • Quais os chakras bloqueados e glândulas desequilibrada? Quais os estados emocionais mais tensos? Aqui é que entra a nossa tarefa para maximizar os resultados. Qual a planta que vai ajudar a otimizar esta maximização?

    Escolhida com o pêndulo esta planta. Faço um chá mínimo numa xícara com ela e depois de esfriado, coloca-se nele a terra pura, a argila e mistura-se com um palito novo (pau de picolé comprado na papelaria, que serve para trabalhos de criança de pré-escolar). Feito este barro, é colocado na ficha do cliente no local onde está mais bloqueado e deixado lá. Molha-se este barro durante aquele dia por três vezes e no outro dia o mesmo é jogado fora e substituído por outro novo e molhado mais três vezes. Assim, por, no mínimo, sete dias, podendo ser mais e quando se molha este barro, vai-se emitindo bons pensamentos de harmonização para aquele cliente que está sendo tratado. A energia atravessa todas as distâncias e faz efeito lá onde o cliente está e dentro de poucos dias ele terá melhorado tanto física como emocionalmente e estará equilibrado, sem nem saber como.

    É preciso que o cliente participe deste processo, colocando-se na posição de receptor que quer ser trabalhado e que acredita na emissão e recepção de boas vibrações e radiações para ele.

     

    3- RADIAÇÕES

     

                  A física atômica - molecular - nuclear nos prova que de cada corpo emana radiações, cujas ondas são tanto mais curtas, quanto maior for a sua temperatura.

                  A Radiestesia se ocupa essencialmente da captação das emanações dos corpos. Vejamos algumas espécies de radiações:

     

    3.1 - RADIAÇÕES FÍSICAS:

     

                  No mundo atômico foi descoberta uma variedade abundante de irradiações pelo fato de os átomos se comporem de elétrons, prótons, nêutrons e outras partículas que sofrem contínuos deslocamentos e combinações com elementos e partículas de outros átomos.             

                  Há uma contínua intercombinação química, todos esses fenômenos físico-químicos provocam radiações e vibrações que denominamos físicas ou eletromagnéticas.

     

    3.2 - RADIAÇÕES MENTAIS:

     

                  Toda atividade mental emite radiações com as mais variadas ondas, já comprovadas pela Medicina através do eletroencefalograma. Por isso, a morte clínica não é aceita quando for comprovada a ausência de qualquer radiação mental.

                  Outra comprovação das ondas mentais são as emanações neuroenergéticas da nossa mente que provocam a variada fenomenologia psicocinética, já largamente comprovada pela PARAPSICOLOGIA.

                  O nosso sistema nervoso é sempre estimulado pela mais variada gama de radiações que estão perto de nós e pelos nervos aferentes são conduzidas ao cérebro. Essas ondas geralmente passam despercebidas, mas no momento em que a nossa mente se coloca em sintonia com elas, o nosso cérebro, através dos nervos aferentes, pode transferir essas captações ao pêndulo ou à varinha, imprimindo-lhes variados movimentos que transistorizam as mensagens do inconsciente para o nível consciente.

                  Desta forma, podemos conhecer realidades que, de outro modo, seriam difíceis ou até impossíveis de serem conhecidas, como sejam a existência da água, minerais, tesouros escondidos no subsolo, objetos perdidos, desequilíbrios energéticos, etc.

                  O bom radiestesista nunca se cansa de estudar as radiações.

     

    3.3 - ONDAS RADIESTÉSICAS:

     

                  Se todos os corpos emitem radiações, existem inúmeras radiações que se interligam, mas só captamos as que nos interessam. Por isso, quando vamos estudar alguém, escrevemos o nome e a data de nascimento daquela pessoa para individualizar o tratamento e nosso inconsciente possa captar através das ondas, as radiações que aquela pessoa emite e assim decodificá-la. Chamo este estudo de DSN - “Decodificar Subconsciente Naturalmente”, cujo método está incluído no todo do nosso tratamento que é denominado TDNH - Terapia Despertar Notável Holístico, que é o descobrimento dentro de si mesmo de um novo modo de ver os acontecimentos para alcançar o plano harmonioso de bem-estar.

                  Os seres emitem radiações e os animais já sabiam e usavam isso desde sempre, por exemplo, a abelha tem um sistema nervoso organizado para vibrar a uma frequência determinada e sentir as flores melíferas a uma grande distância e captar as radiações características da colméia materna.

    Já foi demonstrado que as flores melíferas têm exatamente a mesma frequência vibratória da abelha. Os animais só sintonizam nas ondas que lhes são necessárias para conservar e propagar a sua espécie.

                  A pessoa humana sintoniza a onda que lhe aprouver; para isso, ela “fecha” seu cérebro outras ondas que não lhe interessam e capta as ondas que precisa no momento.

                  Um bom procedimento é esfregar as mãos estabelecendo um curto circuito desimpregnando-se das radiações estranhas e, em seguida, usando a Ficha de Cliente com as informações da pessoa, sintonizar com as radiações dela para o teste a ser estudado.

     

    3.4 - RADIAÇÕES TELE-TERAPÊUTICAS NA ATMOSFERA:

     

                  Disse Aristóteles que o mínimo movimento de um dado repercute até o fim do mundo. É sabido que todo corpo emite radiações que se espalham na atmosfera. Essas radiações, partindo de uma pessoa humana, podem ser portadoras de uma mensagem que se realiza em alguém, a que esteja afetivamente ligado, mesmo estando longe.

                  No livro Noções Práticas de Radiestesia, do Pe. Bordeaux (TASLEY, 2005), é narrado que Mme Barret equilibrava muitas pessoas só colocando a mão em direção delas. Também é relatado o fato de um terapeuta ter grande êxito de harmonizar pessoas passando a mão sobre a fotografia. Perguntavam-lhe se tinha sempre êxito, ele respondia que não e não sabia dizer porque, pensamos que era porque alguns estavam mais receptivos ou não.

                  É falado também que outro terapeuta recebeu uma carta com alguns cachos de cabelos de sua cliente, cuja febre não a largava e após colocar umas ervas sobre seus cabelos, a cliente lá longe se restabeleceu.

                  Estes fatos, em Radiestesia, são chamados de ONDAS EQUILIBRADORAS DA ENERGIA.             

                  Conclui-se daí que: a extensão das ondas existe a distâncias incomensuráveis; a possibilidade de dirigir livremente as próprias ondas e as ondas de uma planta para uma determinada meta, supondo sempre um ato de vontade.

     

    3.5 - INCONSCIENTE:

     

                  O inconsciente ocupa uma posição de primeiro plano na produção dos fenômenos radiestésicos. Quando o radiestesista opera, está em estado de vigília, e em plena posse de todas as suas faculdades conscientes. Ele se concentra voluntariamente sobre o objeto de sua pesquisa, esperando a resposta pelos movimentos do pêndulo.

                  O Radiestesista, ao iniciar sua pesquisa, precisa fixar sua atenção num objetivo bem definido. Isto estimula o inconsciente em suas faculdades perceptivas e seletivas. As interrogações claras e diretas vão determinar respostas certas.

                  Psicologicamente, é impossível compreender o inconsciente, pois ele contém, simplesmente, todos os caracteres da vida psíquica. Por isso, o seu papel é extremamente importante e condiciona uma grande parte de nossa atividade consciente, tanto mais que ele está sempre desperto, não conhecendo nem cansaço nem erro.

                  Nas pesquisas radiestésicas, as faculdades de percepção e de seleção permitem ao inconsciente perceber diretamente a resposta certa e externá-la com os movimentos do pêndulo.

                  O inconsciente efetua de uma maneira automática, em relação às coisas inacessíveis aos nossos sentidos, a operação de discernir, reconhecer e identificar as manifestações exteriores das coisas.

                  Fora dos estímulos físicos, sociais e vitais somos dirigidos por causas interiores, sejam fisiológicas, sejam psicológicas. Essas causas, ao aparecerem na consciência, prendem a atenção, mas na maioria das vezes, permanecem desconhecidas, agem do fundo do inconsciente e determinam atos independentes da inteligência.

                  A atividade do inconsciente não produz cansaço, pelo contrário, descansa, relaxa. O radiestesista deve exprimir o seu desejo com calma, serenidade e convicção, pensando somente no objeto da pesquisa. Cumpre proceder sem pressa, sem ardor e esperar o tempo necessário para a reação do inconsciente. Se essa reação não vier, deverá ser atribuído seja a uma expressão inadequada do desejo, seja a uma impossibilidade de uma resposta positiva.

                  As pesquisas radiestésicas são, em geral, simples. Quando a resposta não vem rapidamente é porque a questão é muito complexa e o inconsciente precisa de tempo para dar a solução.

                  O pesquisador, se abandonar a pesquisa por um tempo, pode ser surpreendido com a resposta em determinado momento sob a forma de um insight, um lampejo de solução favorável e completa.

                  O trabalho do inconsciente não resulta de um princípio misterioso, vindo das profundezas do infinito. É uma espécie de gestação lenta dos elementos introduzidos em nós pelo estudo, e um certo trabalho preparatório de reflexão consciente. O resultado dessa gestação não é sempre uma solução completa, toda acabada, mas inspirações, intuições, sugestões que facilitam um trabalho consciente complementar a essa solução. Um dos segredos básicos para obter uma resposta certa do inconsciente é saber formular as suas interrogações mentais.

                  O campo vital é o corpo sutil, corpo etérico, de energia, que envolve o corpo físico e é condutor das forças que, através dos chakras, estimulam o funcionamento da forma física.

                  Portanto, a função primordial do campo vital ou corpo sutil, é de conduzir a energia para o corpo físico e vitalizá-lo, integrando-o ao campo vital da terra e do sistema solar. No plano etérico, todas as distinções desaparecem, porém, a individualidade permanece. Bailey afirma: “O corpo etérico reage normalmente, como é de seu desígnio, a todos os estímulos oriundos dos veículos mais sutis. Ele é essencialmente um transmissor e não um gerador... o compensador de todas as forças que chegam ao corpo físico (denso).”

                  Eugene Cosgrove, em seu livro Letters to a Disciple fala sobre a questão da importância prática do corpo etérico.

                  O corpo etérico ou sutil tem uma influência muito grande sobre o corpo físico e esta influência é exercida através dos núcleos ou chackras que se localizam, os principais, ao longo do canal espiral etérico.

    • Cada núcleo ou vórtice de vitalidade ou chakra possui o seu correspondente no corpo físico denso.

    O importante é que os núcleos físicos ou órgãos localizados são efeitos da ação vibratória dos núcleos etéricos. Estes, por sua vez, são efeitos dos núcleos correspondentes nos níveis emocionais.

    • Em nossa fisiologia existem sete núcleos - três primários e quatro secundários. Eles não somente possuem as suas correspondências no organismo físico, como também no sistema planetário e nos organismos do sistema solar.
    • Os três principais núcleos são: a cabeça, a testa e o coração. Os quatro secundários são: o plexo solar, laríngeo, umbilical e a base da espinha.

    Cosgrove efetua esta divisão dos núcleos em primários e secundários, baseando-se nos três aspectos da energia encontrados na alma. Os núcleos da cabeça relacionados com o princípio da vontade, os da testa, com a Inteligência Ativa, e os do coração, com o Amor-Conhecimento. Os demais são um pouco menos importantes para a evolução.

    Existem além destes sete mais 21 chackras menores, distintos e inúmeros núcleos de energia menores no mecanismo humano. O núcleo umbilical, de categoria própria, recebe a energia fluida do sol e distribui aos outros núcleos e ao corpo etérico.

    Alice Bailey amplia a explanação de Cosgrove quanto à importância do corpo etérico, dizendo: “São os núcleos que mantêm o corpo coeso e fazem dele uma totalidade coerente, vitalizada e ativa... uma pessoa pode estar desarmonizada e indisposta, ou forte e saudável, de acordo com o estado dos núcleos e de seus precipitados, as glândulas”.

                  O tratamento radiônico é feito pela detecção de onde se encontra a energia estagnada para colocá-la em ação e assim revitalizar os núcleos, que são os chakras e, em consequência, harmonizar as glândulas para que a pessoa se sinta bem.

                  Este sentir-se bem só é duradouro, se a pessoa que recebe o tratamento amplia a sua consciência através da modificação do seu comportamento e de suas ações.

                  Tenho convicção de que, se prestarmos um pouco mais de atenção aos núcleos de força que geram e governam as glândulas, melhoraremos como praticantes de Radiônica, porque teremos melhores resultados.

                  Os aparelhos de Radiônica são emissores de certos tipos de ondas que permitem, por um fenômeno de harmonia vibratória próxima da Radiestesia, harmonizar as ondas pessoais do pesquisado com a desta ou daquela pessoa. Realizado esse acordo de simpatia, é então possível procurar quais são as freqüências que estão perturbadas no cliente. O Dr. Abrams, no início do século XX, constatou que se um órgão estava com problemas emitia um som diferente, uma vibração diferente. Usava o método de consulta à distância, colocando uma gota de sangue do cliente num mata-borrão (papel especial, tipo absorvente) para estudá-lo através das radiações pessoais daquele.

     

    4- RELAÇÃO DOS SETE PRINCIPAIS CHAKRAS ESPINAIS COM A GEOTERAPIA:

     

    1 - CORONÁRIO:   Cor: Violeta.

    Glândula relacionada: Pineal.

                                   Área de influência: Parte superior do cérebro; olho direito.

                                                 Atributos: Equilíbrio espiritual.

                                              Positivo: Iluminação.

                                                 Negativo: Arrogância, orgulho, fanatismo, fuga para a fantasia.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme do estômago.

     

    2- FRONTAL:              Cor: Anil.

    Glândula relacionada: Pituitária.

    Área de influência: Parte inferior do cérebro; nariz; seios; sistema nervoso.

                                                 Atributos: Intuição.

                                              Positivo: Tolerância, forte intuição, união familiar, justiça.

                                                 Negativo: Paralisia mental, cinismo, austeridade, inconveniência.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    da vesícula biliar.

     

    3- LARÍNGEO:              Cor: Azul.

    Glândula relacionada: Tireóide.

                                              Área de influência: Olho esquerdo; ouvidos.

                                                 Atributos: Essência espiritual do cosmo.

                                              Positivo: Alegria, versatilidade, espiritualidade, paranormalidade.

    Negativo: Preguiça, inércia, Fraqueza, Auto-indulgência.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do pulmão.

     

    4- CARDÍACO:       Cor: Verde ou rosa.

    Glândula relacionada: Timo.

                                              Área de influência: Coração, sangue, sistema circulatório.

                                                 Atributos: Força vital da terra.

                                              Positivo: Determinação, paciência, equilíbrio, confiança.

                                                 Negativo: Visão estreita, desejo de segurança, ciúme, inveja.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do coração.

     

    5-PLEXO-SOLAR: Cor: Amarelo.

    Glândulas relacionadas: Baço, pâncreas.

    Área de influência: Estômago , fígado, vesícula biliar.

                                                 Atributos: Intelecto.

                                              Positivo: Mente sutil, sensibilidade, comunicação, criatividade.

                                                 Negativo: Inconstância, compulsão, superficialidade, egoísmo.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do baço, pâncreas.

     

    6- ESPLÊNICO:      Cor: Alaranjado.

    Glândula relacionada: Gônadas.

                                              Área de influência: Aparelho reprodutivo.

                                                 Atributos: Equilíbrio físico, mental.

                                              Positivo: Tolerância, compreensão, organização, liderança.

                                                 Negativo: Pressa, teimosia, crítica, indecisão

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    da bexiga.

     

    7- BÁSICO:                            Cor: Vermelho.

    Glândula relacionada: Supra-renal.

    Área de influência: Coluna espinal, rins.

    Atributos: Energia física, vida

                                              Positivo: Alegria, extroversão, paixão, coragem

                                                 Negativo: Cólera, tensão nervosa, agressividade,

    possessividade.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    dos rins.

     

    5- VALOR DA GEOTERAPIA E SUAS APLICAÇÕES

     

                  Geo = origem, terra. A terra tem um poder de restauração muito grande. Nós a herdamos de graça e, muitas vezes, quase não a utilizamos. Dela vêm nossos alimentos.

                  O homem moderno não usa a terra, perdeu o contato físico com ela. Só usa calçado de borracha e outros que o isolam da mãe-terra, deixando de usufruir os benefícios advindos da proximidade com ela, como descarregar energias negativas e puxar energias positivas só com o caminhar descalço sobre a terra. Vive-se poluindo a terra por toda parte e não se usa-a para a harmonia pessoal.

                  Os índios utilizam muito a terra como processo harmonizador. Quando são picados por uma cobra venenosa ou ferroados por uma abelha ou vespa, põem terra úmida ou barro sobre o ferimento e o que acontece: sai o veneno, não incha e a dor é eliminada em poucos instantes. Para acabar com a febre, o índio também costuma enterrar-se por algum tempo e depois tomar um banho frio. Basta isso para que a febre desapareça.

                  A terra, como diz M. Lezaeta Acharan, “refresca, desinflama, descongestiona, purifica, cicatriza, absorve e acalma, é um laboratório de vida e jamais nos prejudicará a terra pura”.

                  São inúmeros os desequilíbrios energéticos capazes de se harmonizarem com o uso da argila, barro, em aplicações exteriores e no corpo, e de acordo com as radiações detectadas pelo pêndulo com a análise do cliente à distância usando a Ficha do Cliente os pontos de alarme, os chakras, vamos usando com persistência as aplicações do barro que fazem verdadeiros “milagres”.

     

    5.1- Algumas normas para o uso da argila como cataplasma:

     

    • Colher terra virgem, pura, não importa a cor, em profundidade (meio metro), de preferência no meio do mato ou cavar bastante buraco no barranco e tirar a terra do fundo;
    • Peneirar e desmanchar os torrões maiores; em seguida, secar esta terra ao sol e guardar em vasilha que não enferruje ou oxide, como é o caso do ferro, cobre e alumínio que não devem ser usados para guardar o produto. Pode-se usar a terra fresca colhida na hora sem secar, evidentemente;
    • Ao usar, misturar água limpa e deixar repousar um tempo até que a argila se desmanche por si;
    • Misturar bem até formar barro liguento; não usar metal para isso;
    • Usar a argila só uma vez e depois joga-se fora;
    • Perseverar, isto é, quando se começa a aplicação de argila, não se deve interromper durante, pelo menos, 10 dias;
    • Pode provocar dor; neste caso, usa-se por menos tempo - uma hora por dia;
    • A água em que se mistura a argila deve ser pura, natural e pode ser substituída em certos casos por chás de plantas, como alecrim, cavalinha e outras.

     

     

    5.2- Efeitos obtidos com o uso da argila:

     

    • A terra é bactericida, isto é, mata bactérias, elimina células estragadas e forma outras novas;
    • Cicatriza inflamações internas;
    • Purifica e enriquece o sangue;
    • Fortifica os órgãos internos, desperta forças vitais, sem ser um excitante;
    • Acaba com parasitas e vermes;
    • Harmoniza a pessoa como um todo.

    A argila tem poderes ainda não completamente desvendados. O notável é que ela age positivamente, mesmo sendo colocada à distância, no testemunho do cliente, como é o caso deste nosso estudo e pesquisa, aqui, na Ficha do Cliente.

     

    6- CASOS EXEMPLARES

                 

    Nomes fictícios de clientes:

     

    1º caso: M. C. feminino, 33 anos, cabeleireira. Trabalha na pastelaria, de segunda a sexta-feira, das 6 h às 16 h; de 17 h às 20 h e no sábado é cabeleireira. Há dois meses a quando estava fritando pastéis, a gordura respingou em sua mão direita, queimando-a. Iniciou-se o tratamento com argila com folha de babosa, na mão do desenho da ficha de cliente. A cliente nem precisou ir ao Pronto Socorro, porque não sentia dor e rapidamente no outro dia já não realçava nada.

     

    2º caso: N. B., feminino, 42 anos, dona de casa. Vai passar o café com muita pressa e tudo vira em cima dela, queimando-lhe a perna. Iniciou-se o tratamento com aplicação da argila com babosa, no ponto de alarme do estômago. Houve melhorias imediatas e visivelmente significativas.

     

    3º caso: J. F, feminino, 55 anos, aposentada. Muito angustiada e nervosa, não melhorava com nada; pensei: é bloqueio do meridiano do coração; apliquei barro na altura do chakra cardíaco e dentro de 2 dias, ela resolveu voltar a cantar no coral.

     

    4º caso: M, S, masculino, 35 anos, pedreiro. Agitadíssimo, e com nariz entupido, falando sem parar. Barro na barriga, no desenho, acalmou-o e desentupiu o nariz em 2 dias.

     

    5º caso: C, F, feminino, 29 anos, professora de 1º grau. Não conseguia engravidar, apesar de tratamentos com os melhores médicos da região. Coloquei barro no baixo ventre dela por 20 dias com chá de tiririca e já têm hoje 6 meses as gêmeas.

     

    6º caso: P. M, feminino, 83 anos, aposenta. Caiu da escada e foi parar no Pronto Socorro; ficou toda roxa e apresentava dores por todo o corpo. Coloquei barro na ficha dela nos braços e abdômen, até os médicos ficaram admirados como ela melhorou rápido com os remédios deles, ficou até sem olheira.

     

    7º caso: S, R, feminino, 14 anos, estudante. Brigou com outra adolescente rebelde e se feriu com estilete no rosto. Polícia e vários pontos. Coloquei barro à distância, nos ferimentos do rosto dela, e nem cicatriz ficou, mas mudou de cidade.

     

    8º caso: L.. A, masculino, 45 anos, aposentado. Trêmulo e andar vacilante. Tratamento com os melhores médicos da região devido ao fato de possuir um excelente plano de saúde, mas sem grandes resultados, nem mais conseguia levar os alimentos à boca, sua esposa já desesperada veio até mim com um retrato dele. Eu anotei seus dados na ficha de Cliente e comecei a colocar o barro (argila com chá cipó mil homens) na altura do ponto de alarme do baço-pâncreas. No final de 30 dias, ele começou a levar os alimentos à boca, hoje com 90 dias de tratamento já apareceu na minha presença, mas o pescoço continua um pouco caído, está continuando o tratamento.

     

    9° caso: M. H, feminino, 19 anos, estudante. Não queria mais estudar de maneira nenhuma, tinha parado na metade do 3° ano do Ensino Médio. Muitas sessões de Psicoterapia Holística e aplicação de argila com chá de cinco folhas, na altura do coração, já resolveu o caso com o ex-namorado, esqueceu-o, voltou a estudar e prepara-se alegre para o vestibular.

       

    7- RESULTADOS

     

                  Nós, Terapeutas Holísticos, em busca da harmonização total, passamos por várias fases em que dedicamos atenção especial a uma determinada técnica e eu nos últimos meses tenho tido bons resultados com a Geoterapia à distância, o que me tem levado a trabalhar neste sentido, quando necessário e ver como é bom não desanimar, porque, se a princípio nada muda, com o passar do tempo e as aplicações contínuas, muito se vai conseguindo, não somente no físico, mas também nos outros corpos sutis.

                  Em um grupo de 100 clientes estudados à distância em que foi feito este tratamento, o resultado é o seguinte:

    • 90% excelente resultado;
    • 5% bom resultado;
    • 4% regular resultado;
    • 1% não quis opinar

    Por esta razão, eu sinto-me matematicamente confortada para recomendar estes procedimentos, principalmente quando for bem longe na Geografia e não tiver como fazer outro procedimento presencial.

     

    8- DISCUSSÃO

     

                  A vida aqui no nosso planeta Terra está no auge e melhorando a cada dia. Isto porque, segundo as Leis do Universo, todas as coisas estão em eterna expansão e aperfeiçoamento.

                  Esta expansão é alcançada todos os dias quando um de nós se propõe a trabalhar para oferecer amor, boa vontade, carinho e paz para o outro. Assim, dá-se a expansão. Cada um de nós é agente de expansão da alegria, do bem-estar geral.

                  Neste nosso estudo sobre a Radiestesia e Geoterapia vamos como são importantíssimas as ondas vibracionais de expansão para levarem energias positivas para as pessoas equilibrando-as à distância também com a ajuda dos gráficos da Radiônica e chás de Fitoterapia.

                  Talvez ainda não tenhamos consciência que nossa natureza é vibrátil, cada um de nós é um ser vibrátil vivendo um universo vibrátil. Na verdade, tudo é vibrátil. Na hora que você concentra sua atenção em alguma coisa, como uma ideia, uma recordação, uma situação que esteja observando, um sonho ou algo que esteja visualizando, você está ativando a vibração.

    No momento em que o objeto de sua concentração provoca essa ativação, esse conteúdo vibrátil se torna seu ponto de atração. Sempre que você pensa de forma concentrada em alguma coisa, o conteúdo vibrátil dessa coisa se torna uma parte ativa de sua essência vibrátil - e o objeto da sua atenção começa a se aproximar de você.

                  A maioria das pessoas não percebe que pensar sobre alguma coisa equivale a chamar a essência dessa “alguma coisa” para a vida delas.

                  A Radiestesia usada para detectar os desequilíbrios, com o pêndulo, nos meridianos, nos faz mais objetivos quanto ao tratamento. A Radiônica com seus gráficos nos aproxima da melhor harmonização completada pela Geoterapia com chás fitoterápicos individualizados e assim desperta na pessoa em questão uma vida nova, uma melhor aspiração para desejar novas metas, trabalhar em si uma visão mais ampla de uma vida que se renova a cada dia, se expande e se fortalece.

    Esse procedimento de aplicação da Geoterapia faz parte do todo da Terapia por nós trabalhada que visa a harmonização total e o nome é “Terapia Despertar Notável Holístico” – TDNH, como já foi citado neste estudo. Através de várias técnicas como Relaxamento com Cromoterapia, Sintonizar das ondas individuais, conscientização do passado, perdão, bênção e libertação das tristezas, a pessoa vai caminhando no aperfeiçoar de si mesma e em conseqüência deixa de sentir inúmeros sintomas físicos e sem estes, ela se torna mais sensível a querer trabalhar em si mesma os sintomas energéticos e tentar eliminar as tristezas e as marcas mais profundas que lhe foram impingidas pela vida e que a fazem ser como é.

    È preciso mudanças. Mudanças positivas para se levar a vida com mais alegria e emitir radiações benéficas que irão beneficiar a todos que se aproximarem, contribuindo assim para o equilíbrio também do universo.

                  Estudo a pessoa com o pêndulo, chego a conclusões, coloco o barro feito com o chá na Ficha de Cliente com o nome, embaixo está um gráfico de Radiônica e ainda rodo o pêndulo emitindo e mandando boas vibrações, através de boas palavras que vão ajudar a pessoa a querer melhorar. 

     

    9- CONCLUSÃO

     

                  Neste mundo moderno de constante correria somos levados a vibrar, muitas vezes, ao ritmo do medo. Nós não só tememos coisas e situações que são realmente perigosas, mas mesmo nos momentos de lazer, inventamos deliberadamente coisas com que nos assustarmos. Muitos dos nossos temores nada têm a ver com o perigo físico. Eles envolvem situações que afetam o nosso ajustamento a um mundo confuso ou a pessoas igualmente confusas.

                  Passamos grande parte de nossa vida correndo em círculo como se estivéssemos em um teatro em chamas. Criamos e vivemos sob tensão nervosa. Somos intensamente emocionais, mesmo bem ajustados ao nosso ambiente. Nossa energia está sempre em tumulto. Por isso, precisamos sempre equilibrá-la.

                  O Terapeuta Holístico usa de várias técnicas e se especializa sempre, visando este harmonizar tanto dele mesmo quanto do cliente, e, neste estudo, usamos a ARGILA na Ficha do Cliente e notamos que as radiações emanadas daí vão atuar diretamente à distância nos cinco corpos do cliente, proporcionando-lhe um maior bem-estar.

                  Esta vibração da radiação conecta o cliente ao ser que realmente é, trazendo-lhe maior alegria, amor, liberdade e progresso.

                  Esta conexão da pessoa com sua essência é o equilíbrio, é a manifestação de vida perfeita, é o estado de ser mais natural.

                  Esse equilíbrio também é mantido por pensamentos, de vitalidade, entusiasmo, bem-estar físico, abundancia, exuberante alegria.

    Pensar sobre alguma coisa equivale a chamar a essência dessa “alguma coisa” para a vida, como já dissemos anteriormente. Quando se coloca a argila sobre a Ficha de Cliente individual você está atraindo energias harmonizadoras para aquele cliente, proporcionando-lhe um equilíbrio maior e duradouro. 

     

    10- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

    ARESI, A. Radiestesia hidromineral e medicinal. 1.ed. São Paulo: Ed Mens Sana, 1982.

    BRUNING, J. A saúde brota da Natureza. 16.ed. Curitiba: Editora Universitária Champagnat, 1996.

    CARDILLO, E. A energia da forma – a grande pirâmide e a antipirâmide. São Paulo: Ed Aquarius, 1982.

    EDDE, G. Cores para a sua saúde – Método prático de Cromoterapia. São Paulo: Ed Pensamento, 1997.

    HICKS, E.; HICKS, J. O extraordinário poder da intenção. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

    HOPCKE, R. H. Sincronicidade – ou por que nada é por acaso. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2001.

    KLOTSCHE, C. A medicina da cor – O uso prático das cores na cura vibracional. 9.ed. São Paulo: Ed Pensamento, 2000.

    MENDONÇA, E. P. O mundo precisa de Filosofia. 3.ed. Rio de Janeiro: Ed Agir, 1973.

    SING, C. Cura com Yoga e Plantas Medicinais. Rio de Janeiro: Ed Freitas Bastos, 1979.

    TANSLEY, D. V. Dimensões da Radiônica – Novas técnicas de cura. São Paulo: Ed Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

     

    Autor: : Nilma Glória Braga Siqueira - Terapeuta Holística - CRT 30758
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    As Emoções Na Fitoterapia

    TCC - Trabalho de Conclusão de Cursos

    RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD - Terapeuta Holístico - CRT 38326 

     RESUMO                                                                 .

    Aprendemos a enxergar a natureza das plantas de tal forma, que cada espécie aparece disposta dentro de um organismo global do Reino Vegetal, do mesmo modo como cada órgão humano aparece disposto dentro do organismo do Ser Humano.  A rigor, as plantas, para realmente crescerem, devem ter também uma espécie de sensibilidade. Consideramos também a ciclícidade, que é a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS vão formar o Zodíaco, o que pode ser correlacionado com as nossas emoções (nossas águas). Os Terapeutas Holísticos sabem disto.

    Certamente os estudos da presente Monografia são conhecidos; mas é preciso reconhecê-los a partir dos fundamentos aqui tratados, pois do contrário, nos afastaremos ainda mais da tradição, pelo emprego das novidades.

    CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.

    1.1 O presente trabalho não tem propriamente a pretensão de ser uma tese que esgote o tema num sentido acadêmico, não vamos falar aqui de remédios porque as plantas, a rigor, não conseguem realmente adoecer, tampouco de um processo de cura, e sim de um processo inverso.

    1.2 As plantas não são compreensíveis por si. Ao se tratar de plantas, precisamos, portanto, não somente erguer os olhos para os Elementos: Vegetal, Animal, Mineral e Humano; precisamos também consultar o Universo. Porquanto toda a vida provém do Universo inteiro, e não apenas daquilo que a vida nos entrega.

    1.3 A Natureza é um conjunto, e de todos os lados atuam forças. Quem tiver um sentido aberto para a evidente atuação das forças, esse compreenderá a Natureza. Entretanto, o que é feito hoje? Exatamente o contrário do que realmente se deve fazer para obter tal compreensão. No entanto, quando vierem a encontrar o caminho do Macrocosmo, as pessoas voltarão a compreender algo da Natureza e muitas coisas mais.

    1.4 Também é verdade que nesse sentido, aqui se trata inteira e naturalmente de pontos de vista dirigidos à natureza dos trabalhosFITOTERÁPICOS combinados com a Psicoterapia, e não de quaisquer teorias.

    1.5 Entretanto, não somos infantis para acreditar nas definições da ciência contemporânea que atua na vizinhança imediata das plantas ou no seu ambiente imediato. Todo o céu e suas estrelas, participam da vegetação! Precisamos saber disto.

    1.6 Com certeza as pessoas nem sabem, hoje, como se alimentam o homem e o animal; o que dizer então da planta? As pessoas crêem que a nutrição consiste em o Ser Humano comer as substâncias do seu entorno. Ele as introduz na boca e em seguida elas chegam ao estômago. Ali uma parte é reservada e uma parte vai embora. Depois disso, a primeira é utilizada, indo também embora a seguir. Depois disso é novamente reposto. Atualmente imaginamos a nutrição de um modo totalmente externo.

    1.7 Entretanto, não são com os alimentos absorvidos pelo estômago do Ser Humano que são reconstituídos os ossos, os músculos e os demais tecidos, pois isto só vale claramente para a cabeça humana. A disgetão, absolutamente não se forma pela alimentação recebida pela boca, porém são absorvidas pela respiração e até mesmo pelos órgãos dos sentidos a partir de todos os arredores. No Ser Humano se realiza continuamente um processo pelo qual o que é absorvido pelo estômago flui, por sua vez para baixo, disto constituindo-se os órgãos do sistema digestivo ou os membros.

    1.8 Estes são assuntos que precisarão ser ponderados por inteiro. Por esse motivo temos esta separação entre a teoria e a prática.

    1.9 Por outro lado, ficar satisfeito com a presente Monografia é, naturalmente, uma questão que provavelmente se tornará cada vez mais discutível, embora queiramos fazer tudo para também nos entender-mos em várias discussões a respeito do que houver sido aqui exposto.

    1.10 Quando se tem uma planta crescendo na terra, tomá-la como é, dentro de seus limites estreitos, constitui no momento um disparate, por ser uma planta, em seu crescimento, talvez dependente de incontáveis condições que absolutamente não se manifestam sobre a terra, mas em suas imediações cósmicas.

    1.11 E assim se explica muita coisa, e na vida prática se organiza muita coisa como se tivéssemos a ver somente com as coisas estreitamente limitadas, e não com os efeitos provenientes do mundo inteiro.

    1.12 Hoje em dia as pessoas recebem prescrições de quantos gramas de carne deve comer, quanto de líquido deve beber e etc., – algumas pessoas têm a seu lado uma balança-, pesando tudo o que vai para o seu prato. É evidente que isto é bom. Mas para que isso coincida com a Fisiologia Humana adequada, é preciso saber também que é bom que tais pessoas sintam fome caso ainda não lhe baste o que foi pesado. É bom que o instinto ainda se manifeste.

    1.13 O solo é um órgão real, um órgão que se quisermos, poderemos eventualmente compará-lo ao diafragma humano. Chegamos a essa idéia, dizendo-nos o seguinte: acima do diafragma, se encontram, no Ser Humano, determinados segmentos e órgãos- sobretudo a cabeça e aquilo que abastece o homem de respiração e circulação, e abaixo do diafragma, estão outros órgãos e segmentos.

    1.14 Tudo que está na proximidade imediata da terra – como o ar, os vapores e também o calor, em cujo âmbito estamos, em cujo âmbito nós próprios respiramos, e de onde tudo isso provém, isto é, de onde as plantas recebem, juntamente conosco, esse calor, esse ar exterior e também essa sua água exterior-, corresponde ao que no homem, é a região abdominal.

    1.15 Admita-se que haja uma planta crescendo para o alto a partir da raiz. Na extremidade do caule forma-se o grãozinho de semente. As folhas e as flores se estendem para fora. Ora, vejam: na folha e na flor se encontra aquele lado terrestre no feitio e também no preenchimento com o ELEMENTO TERRA, de forma que o motivo pelo qual uma folha ou um grão intumesce e absorve as substancialidades interiores, e assim por diante, reside no que adicionamos o ELEMENTO TERRA à planta.

    1.16 Observem as verdes folhas vegetais. Elas carregam o aspecto do ELEMENTO TERRA em sua forma, em sua espessura, em sua cor verde. Entretanto não seriam verdes se nelas não vivesse também a força cósmica do Sol. Chegando-se, porém, até a inflorescência colorida, vê-se que nela não vive apenas a força cósmica do Sol, mas também aquele apoio que as forças cósmicas do Sol recebem – pelo menos- dos planetas Marte, Júpiter e Saturno, só quando vemos a vegetação neste contexto é que podemos olhar para a Rosa enxergando em sua cor avermelhada a força de Marte.


    1.17 – Ao observarmos o Girassol Amarelo: é inteiramente correto denominá-lo “Flor do Sol”; ele só é chamado assim por causa de sua forma, sendo que por seu tom amarelo, deveria realmente ser chamado de “Flor de Júpiter”, pois a força de Júpiter, apoiando a força cósmica do Sol, produz nas flores as cores branca e amarela.

    1.18 Quando nos deparamos com uma Tanchagem, ou seja uma chicória selvagem com sua cor azulada, devemos pressentir nessa cor azulada a atuação de Saturno, que apóia a influência do Sol. Temos, portanto, toda possibilidade de ver Marte na inflorescência vermelha, Júpiter na branca e amarela, Saturno na inflorescência azul, enquanto na folha verde vemos o próprio Sol.

    CAPÍTULO 2. MATERIAL.

    2.1 A presente Monografia tem como referência: os resultados de atendimentos realizados; o Curso de FITOTERAPIA Turma 2008 promovido pelo SINTE – Sindicato dos Terapeutas, sito na Alameda Santos 211- conj. 1403- Cerqueira César- São Paulo – Brasil CEP 01419-000, site www.sinte.com.br, e-mail contato@sinte.com.br , através da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística; a formação do autor como Psicoterapeuta Holístico e a sua certificação, entre outros, em: Psicoterapia; Leitura Corporal; Terapia Corporal, Antroposofia; Teosofia, Filosofia; assim como a Monografia A ANÁLISE DA IMAGEM HOLISTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA.

    CAPÍTULO 3. METODOLOGIA.

    3.1 O OXIGÊNIO.

    3.1.1 É pelo processo respiratório que absorvemos o oxigênio. O oxigênio vive, por toda parte, no ar que nos circunda. No ar respiratório, a parte vivente do oxigênio está morta para que não desmaiemos por causa do oxigênio vivo. O oxigênio à nossa volta precisa ser morto. Porém desde o nascimento o oxigênio é o portador da vida, do etérico. Ele também se torna imediatamente portador da vida quando extrapola a esfera de tarefas que lhe é atribuída por precisar envolver-nos, a nós Seres Humanos externamente pelos sentidos.

    3.1.2 Por outro lado, ao penetrar pela respiração em nosso interior, onde pode viver, ele se torna vivo. O oxigênio que circula dentro de nós não é o mesmo que nos envolve externamente. Dentro de nós é um oxigênio vivo. O oxigênio é “irmão” do nitrogênio, do carbono, do hidrogênio e do enxofre. Uma folha, uma flor ou uma raiz são dependentes dessas matérias- não são autônomos-. Só se tornam independentes por um de dois caminhos; ou quando o hidrogênio leva tudo isto para fora, ou então quando o hidrogênio impele para dentro.

    3.2 O MILEFÓLIO.

    3.2.1 Milefólio (Achillea millefolium ou mil - folhas). O Milefólio é uma planta maravilhosa; toda planta o é, mas quando a comparamos com qualquer outra flor, podemos sentir como ela é. Ela contém carbono, nitrogênio e assim por diante. O Milefólio se apresenta na Natureza como se um criador qualquer de plantas tivesse nela um modelo para levar corretamente o enxofre, em proporção adequada, às outras substâncias vegetais. Diríamos que em nenhuma outra planta a Natureza consegue tal perfeição no emprego do enxofre como no Milefólio, e quando se está familiarizado com a atuação do Milefólio no organismo animal e humano, é quando se sabe como esse Milefólio, ao ser introduzido de forma correta no âmbito biológico, consegue efetivamente melhorias em quase tudo.

    3.2.2 O Milefólio não é nocivo, mas pode tornar -se importuno – do mesmo modo como certas pessoas simpáticas atuam na sociedade por mera presença, e não pelo que dizem, assim o Milefólio atua numa região onde cresce em abundância graças a sua presença, e de modo extraordinariamente favorável.

    3.2.3 Com o Milefólio, também se pode fazer o seguinte: tome-se a parte alta das inflorescências, as inflorescências em forma de guarda-chuva. Quando se dispõe de Milefólio natural, pode-se colhê-las o mais fresca possível e em seguida deixá-las apenas secar por um período muito curto. Nem é preciso deixá-las secar muito. Não conseguindo obter o Milefólio fresco, mas apenas o que se pode adquirir nas lojas especializadas, antes de empregá-lo tente espremer o suco das folhas, que pode ser obtido por um cozimento da folhagem seca, e regue-se a inflorescência com um pouco desse suco.

    3.3 A CAMOMILA.

    3.3.1 A Camomila (Chamomilla officinalis). Não se pode dizer que a Camomila se distingue por conter intensamente potassa e cálcio. No entanto, a Camomila elabora adicionalmente o cálcio e, desse modo, aquilo que pode contribuir em essência para excluir da planta aqueles efeitos frutificantes nocivos, mantendo-a em bom estado de saúde; é maravilhoso que a Camomila contenha também um pouco de enxofre, pois precisa elaborar juntamente cálcio.

    3.3.2 É realmente verdadeira a Camomila que se encontra, por aí junto aos trilhos da estrada de ferro.

     

                                                                   3.4 O DENTE- DE LEÃO.                                             .                                                                                             

    O Dente-de-Leão (Taraxacum officinalis), em qualquer região que cresça, é extraordinariamente benfazejo. Porque ele é o mediador do ácido silícico. O Dente-de-Leão; porém deve ser empregado de forma correta quando se quer torná-lo atuante.

                                                         3.5 A CAVALINHA.

    A Cavalinha (Equisetum arvense) exerce indiretamente, notável influência sobre o organismo humano, pela função renal, não ainda sendo possível averiguá-lo em minúcias nem deduzi-lo.

               3.6 OS QUATRO ELEMENTOS NO PENSAMENTO PRÉ-SOCRATICO.

    3.6.1 TALES DE MILETO (?-425 a. C.). Partiu do princípio da unidade de tudo e considerava a ÁGUA o elemento primordial onde tudo se originava.

    3.6.2 ANAXIMANDRO (610-550 a.C.). Diz que não é nenhum elemento determinado, mas “tudo inclui e tudo governa...”.

    3.6.3 DEMÓCRITO (460-370 a.C.). Desenvolveu a teoria sobre a constituição da matéria: ela seria composta por átomos.

    3.6.4 ANAXÁGORAS (500-428 a.C.). Partiu do princípio de que a Natureza era composta por uma infinidade de partículas minúsculas e invisíveis, que chamava sementes. Dizia que na menor das partes existe um pouco de tudo.

    3.6.5 ANAXÍMENES (550-486 a.C.). Dizia que existe como origem de tudo uma realidade, submetida ao julgamento da experiência, ainda que num sentido indeterminado. Este princípio será o AR, elemento invisível e imponderável e, no entanto observável: o AR é a própria vida. ANAXÍMENES explica que a rarefação do AR produz o calor; a condensação o frio; uma condensação cada vez mais forte produz sucessivamente vento, nuvem, chuva, TERRA e rocha.

    3.6.6 EMPÉDOCLES DE ACRAGAS (490-430 a.C.). Diz que não há nada de semelhante a uma unidade primeira, mas em seu lugar, uma pluralidade de elementos primeiros, que chama de “raízes”, “as raízes de tudo”. Em número de quatro, colocadas todas elas sobre o mesmo plano, igualmente vivas e divinas, cada qual inalterável em sua qualidade própria e concebível como conjunto de partículas homogêneas, são elas, o FOGO, a TERRA, o AR, e a ÁGUA. Suscetíveis de se moverem e de se misturarem.

    3.6.7 Os Pensadores Pré-Socráticos são – pelo menos os maiores- iniciadores: no começo histórico da livre reflexão, conservam por isso mesmo um privilégio que poderia ser o de um frescor originário onde seria de boa inspiração ir frequentemente re-temperar, re-visitar e renovar o mais absoluto modernismo.

         3.7 OS QUATRO ELEMENTOS, SUAS QUALIDADES E SUAS EMOÇÕES.

    Consideremos agora o tema da ciclícidade, que é também a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS são chamados de triplicidade e as qualidades também chamadas de gunas, quadruplicidade ou cruzes vão formar o Zodíaco. Sabemos que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos do Zodíaco através dos QUATRO ELEMENTOS e das suas emoções.

                               3.7.1 OS SIGNOS DO ELEMENTO AR.

    Os signos de AR são considerados úmidos e quentes. Então o ELEMENTO AR que é caracterizado pelos signos de Gêmeos, Libra e Aquário tem uma tendência mais jovial, o úmido representa o flexível e o quente é expansivo. Os antigos relacionavam o ELEMENTO AR ao temperamento sanguíneo.

                                 3.7.2 OS SIGNOS DO ELEMENTO FOGO.

    3.7.2.1 Sabemos que o ELEMENTO FOGO é também expansivo, ou seja extrovertido, mas também seco e, portanto, não se dobra, é mais rígido, ele quer dobrar o mundo à sua vontade, se impor ao mundo ao invés de receber dele a sua influência. Desta forma, os signos de Áries, Leão e Sagitário tem fama de ser mais mandões, auto-suficientes ou exagerados na sua auto-afirmação. Os antigos atribuíam ao ELEMENTO FOGO o temperamento colérico.

    3.7.2.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO FOGO: Alecrim; Lavanda; Angélica; Manjerona; Melissa; Milefólio; Passiflora e Salvia., e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO FOGO às emoções de excitação/apatia.

                              3.7.3 OS SIGNOS DO ELEMENTO TERRA.

    3.7.3.1 Os signos de Touro, Virgem e Capricórnio, representam o ELEMENTO TERRA. Como se sabe são secos e frios, o que quer dizer que permanece aquela tendência de se firmar perante o mundo, de dobrar circunstâncias perante a sua própria vontade, mas por outro lado, o frio já tem emoções mais para dentro, mais introspectivas, por isso os antigos relacionavam o ELEMENTO TERRA ao temperamento melancólico.

    3.7.3.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO TERRA: Calêndula; Cavalinha; Lavanda; Tomilho; Angélica; Artemísa; Bardana;Camomila; Coentro; Hortelã; Limão; Malva; Manjericão; Melissa; Salvia e Tanchagem, e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO TERRA à reflexão/dúvida e insatisfação.

                                 3.7.4 OS SIGNOS DO ELEMENTO ÁGUA.

    3.7.4.1 No ELEMENTO ÁGUA, temos o temperamento flegmático, porque apesar de ter emoções intensas, introspectivas ou frias e de ser voltado para dentro de si, é o contrário do expansivo que é quente. Acrescenta-se que o ELEMENTO ÁGUA tem ainda o temperamento úmido, ou seja, que tenta se adaptar. O ELEMENTO ÁGUA tem um certo efeito esponja, ele assimila as demais tendências do ambiente e pode ter pouca defesa. Por isso por exemplo, o Peixe tende ao isolamento, o Escorpião tende a querer se vingar, e o Câncer se escaramuja dentro de casa e com a família, daí o símbolo do caranguejo que carrega a casca e a casa consigo, são temperamentos um pouco mais defensivos e hipersensíveis, são signos que correspondem ao temperamento fleumático dos antigos.

    3.7.4.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO ÁGUA: Alecrim; Cavalinha; Lavanda; Tomilho; Dente-de-Leão; Limão; Milefólio, Passiflora e Sálvia, e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO ÁGUA ao medo/força.

                              3.7.5 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO TERRA.

    3.7.5.1 A partir do conhecimento das quadruplicidades dos ELEMENTOS, temos a capacidade de distinguir claramente qual é a especificidade de cada um dos ELEMENTOS. Por exemplo: vamos observar os signos do ELEMENTO TERRA: Capricórnio, o semeador, que é o mais ativo.

    3.7.5.2 Depois Touro, que é o mais passivo, que sabe esperar, e é o mais perseverante, que mantém posição, que cuida, que protege a vida, que evita que qualquer coisa acidental aconteça, por isso ele não gosta de mudança e não quer correr perigo. Touro protege, como a mãe grávida de nove meses, toma todos os cuidados, porque trará uma vida ao mundo.

    3.7.5.3 Por último encontramos o signo encontramos o signo de Virgem que representa a colheita. Primeiro surge o grão do plantio, que é semeado no período do Capricórnio, germinado no Touro, para ser colhido em Virgem. O signo de Virgem representa a atitude classificadora que discrimina, que separa o grão ruim do bom, ou vai separar o joio do trigo, tendo aí um elemento de discernimento.

    3.7.5.4 O ideal do ELEMENTO TERRA é a busca de segurança no Plano Material.

                            3.7.6 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO ÁGUA,

    3.7.6.1 Com esse entendimento, compreenderemos melhor agora a especificidade dos signos do ELEMENTO ÁGUA, dos quaisCâncer é o que mais tenta realizar externamente o ideal do ELEMENTO ÁGUA que é a buscar a segurança no Plano Emocional.- nossas águas-.

    3.7.6.2 Então, os signos do ELEMENTO ÁGUA buscam segurança das emoções, e isso na forma de ação está mais exteriorizado na família, motivo da fixação do caranguejo ou Câncer, em tomar a iniciativa de criar uma família estável e se dedicar aos filhos, aos pais, toda essa inter-relação familiar. O signo de Câncer rege o estômago e as glândulas mamárias e representa a maternidade e a ação de proteção da família.

    3.7.6.3 O próximo signo do ELEMENTO ÁGUA é o Escorpião, que é um signo de emoções fixas, por isso ele tem a fama de vingativo, porque não quer que as emoções mudem, e qualquer fonte de contrariedade ou perturbação emocional trará uma reação igualmente proporcional.

    Quando se fala de idéia fixa, fala-se de Aquário por que as idéias são representadas pelo ELEMENTO AR. Sabemos que a emoção fixa, quando contrariada, é obsessiva e vingativa, correspondendo ao lado sombrio de Escorpião que tem aquela emoção concentrada em atingir o objetivo, sendo para ele uma questão de tudo ou nada, de vida ou de morte, vai ou racha, que caracteriza o seu lado destemido e determinado, mas também radical.

    3.7.6.4 O último dos signos do ELEMENTO ÁGUA é Peixes – ele é mais transcedentalista, tem menos defesa para este mundo. É um signo mais sonhador que busca a colheita das emoções sublimadas ou na transcendência espiritual.

    3.7.7 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO AR.

    3.7.7.1 O signo de Libra busca expressar os ideais da justiça, da beleza, da harmonia, seja nas atividades artísticas, ou no equilíbrio das Leis.

    3.7.7.2 O signo de Aquário de alguma forma é o signo da fraternidade, da amizade, mas como todos os signos do ELEMENTO AR, é à vezes um pouco distante, preferindo a independência e a liberdade.

    3.7.7.3 O signo de Gêmeos é o que mais dúvidas têm - por ser dominado pela curiosidade. É o signo mais imprevisível e muitas vezes não consegue fazer uma coisa só, e quer fazer duas ao mesmo tempo. Porém Gêmeos tem uma flexibilidade mental extraordinária , uma adaptação para o diálogo e para aprender novos idiomas, que é a sua grande virtude. Na verdade, ele é capaz de dançar duas músicas ao mesmo tempo, e assobiar e chupar cana.

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

                          3.7.8 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO FOGO.


    3.7.8.1 O signo de Áries, vem para decidir, para se impor sobre o ambiente, para nascer, para conquistar seu espaço e sua auto-afirmação. Ele é representado no corpo humano, pela cabeça, que é a primeira parte do corpo que nasce. Vai direto à ação e é impulsivo.

    3.7.8.2 O signo de Leão, não vai tanto à ação, mas manda os outros irem. O signo de Leão é mais comandante, ele senta no trono e indica quem deve fazer o que, organiza a casa, da um urro e “..., cada macaco no seu galho”.

    O signo de Leão estabelece limite nas coisas e impõe disciplina. É também muito presente, com o seu calor humano ele protege as pessoas, por isso representa a função paternal. Às vezes é um pouco interferente porque ele quer dirigir todas as coisas de acordo com a sua vontade, de acordo com as suas normas, por isso pode ser um pouco rígido e teimoso.

    3.7.8.3 O signo de Sagitário, é mais filosófico, é uma mistura de Áries com Leão. Tem a impulsividade de Áries, é rápido como uma flecha para chegar direto ao assunto, por isso é representado por uma flecha. “Sagitta”, em latim, quer dizer “flecha”, “Sagittarius”, o arqueiro.

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

                 3.8 A CARACTERÍSTICA DOS APÓSTOLOS NA ÚLTIMA CEIA.


    3.8.1 OS SIGNOS DAS QUATRO ESTAÇÕES DO ANO E OS APÓSTÓLOS.

    Lembrando-nos das características dos Apóstolos na Última Ceia de Leonardo da Vinci (1452-1519), um afresco, um mural pintado em 1495-9, no refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, que se encontra na cidade de Milão, na Itália, veremos que cada um dos quatro grupos de três Apóstolos, sempre da direita para a esquerda, o primeiro está numa posição inicial, depois o segundo está no meio e o terceiro apóstolo já está no fim da Estação.

    3.8.2 A PRIMEIRA ESTAÇÃO DO ANO. PRIMAVERA.

    Na primeira Estação do Ano está representada a PRIMAVERA, por Áries, Touro e Gêmeos, representados por Simão, Judas Tadeu e Mateus, respectivamente.

    3.8.3 A SEGUNDA ESTAÇÃO DO ANO. VERÃO.

    Temos o VERÃO representado por Câncer, Leão e Virgem, representados, respectivamente, por Felipe, Tiago Menor e São Tomé.

    3.8.4 A TERCEIRA ESTAÇÃO DO ANO. OUTUNO.

    Observamos na seqüência o OUTONO que é representado por Libra, Escorpião e Sagitário, representado por São João, Judas Iscariotes e São Pedro.

    3.8.5 A QUARTA ESTAÇÃO DO ANO. INVERNO.

    O INVERNO, está representado por André, Tiago Maior e Bartolomeu, respectivamente. Bartolomeu é o único Apóstolo que têm os pés na luz.

    3.8.6 Quando entendermos melhor como se aplica o úmido e o seco, o quente e o frio, veremos que aquele centro em torno do qual tudo converge, e que na Última Ceia de Leonardo da Vinci é justamente o ponto equilibrante do quadro, é o Cristo, que na verdade, ele não é nem quente , nem úmido tampouco seco, ele é considerado pelos religiosos o equilíbrio perfeito e imparcial entre todas as tendências.

    3.8.7 O nosso desiderato aqui foi demonstrar aos Terapeutas Holísticos, que de certa maneira, os doze signos representam correlações de polaridades opostas, e que existe toda uma simbologia astrológica, que Carl Gustav Jung (1875-1961) valorizava, ao afirmar:

    “A astrologia merece o reconhecimento da psicologia, porque a astrologia representa a soma de todo o conhecimento psicológico da antiguidade”.(TRES iniciados O CABALION. São Paulo, Editora Pensamento, 1994 p. 24).

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.



    4.1 Os Chakras, também chamados “plexus”, “padmas” ou “lótus”: na teoria hindu, adotada por muito ocultistas ocidentais, são pontos em que se ligam o corpo físico e o corpo astral, ou sutil, e centros de energia física. O ocultismo hindu reconhece 88.000 deles, mas considera apenas trinta suficientemente importantes para ter nome próprio. Há sete Chakras principais próximos ao corpo físico. A palavra Chakra é sânscrita e também significa giro ou roda.

    4.2 Os Chakras são de importância vital, pois é por meio deles que a força vital e as energias entram no corpo físico sendo então direcionadas para qualquer área com desequilibro, e uma vez tenha sido absorvida essa força equilibradora, ela revitaliza a área devolvendo-lhe o estado de equilíbrio.

    4.3 Os religiosos afirmam que em Jesus todos os sete Chakras principais funcionavam perfeitamente, e estavam corretamente despertos e energizados – daí o homem perfeito. Esse é o exemplo pode ser uma promessa válida para cada um e todos nós.

    4.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra FITOTERAPIA EM CINCO MOVIMENTOS à pág. 15, afirma no tópico PONTOS DE ALARME SISTÊMICO que “As tradições milenares chinesas trouxeram aos nossos dias a teoria dos, assim traduzidos “meridianos”, que são caminhos de energia que circulam junto ao corpo e que refletem nosso estado holístico (físico, emocional, social, etc,etc...). Em tese, são infinitos... Contudo, como nosso objetivo é ser prático, trabalharemos com 12 principais”. Neste sentido, somente destacaremos os Chakras relacionados com os doze “medianos”.

    4.5 A parte sacral do segundo Chakra é responsável pelo correto funcionamento dos órgãos reprodutores. O segundo Chakra é chamado de esplênico, conhecido como o energizador, ou vitalizador, pois é por meio dele que muito da energia cósmica flui para o interior do corpo, o pâncreas, a vesícula biliar, o baço e os intestinos, prevenindo o espasmo muscular e a cãibra.

    4.6 O terceiro Chakra é responsável pelos desequilíbrios nervosos, digestivos, vesícula biliar, rins, erupções na pele, etc. O terceiro Chakra é há muito tempo considerado o centro emocional psicossomático onde o medo, o nervosismo e a preocupação, tendem a causar um “frio na boca do estômago”.

    4.7 O quarto Chakra traz a harmonia. A glândula Pituitária é também estimulada a partir daqui. E isso tende a trazer algum controle a todas as glândulas. A circulação também é controlada daqui: o mesmo acontece com o Sistema Nervoso Autônomo. O Nervo Vago funciona em conjunção com a pulsação do coração, e se pulsa demais, isso pode ser trazido sob controle mediante uma pressão gentil com as pontas dos dedos sobre os olhos (pressionando cada olho).



    CAPÍTULO 4. RESULTADOS.


    4.1 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A FITOTERAPIA combinada com as demais técnicas Psicoterapêuticas impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno.

    4.2 Os sinais e os sintomas percebidos e verbalizados pelo Terapeuta Holístico, progressivamente, levam o Cliente, a desenvolver o autoconhecimento e a rápida aceitação das demais técnicas Psicoterapêuticas, validando e aceitando os processos de transformação que são orientados por suas principais queixas.


    CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.


    5.1 Vimos neste trabalho a forma de enxergar a Natureza das plantas, e em apertadas sínteses as vantagens do Milefólio, da Camomila, do Dente-de-Leão e da Cavalinha, todas também de usos possíveis como técnica suplementar na FITOTERAPIA e na Psicoterapia Holística.

    5.2 Vimos também, que nos Pensamentos Pré-Socráticos, notadamente em Empédocles, que concebeu como conjunto de partículas homogêneas o FOGO, a TERRA, o AR e a ÁGUA, colocando-os sobre os mesmo planos igualmente vivos e divinos suas qualidades próprias e inalteráveis.

    5.3 Está evidenciado na ampla bibliografia existente que os Pensamentos Pré-Socráticos também fazem parte integrante dos CINCO MOVIMENTOS CHINESES, no qual se apóia, entre outros, a FITOTERAPIA.

    5.4 Vimos também a idéia da evolução de como os Quatro Elementos vão formar o Zodíaco, sabendo-se que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos através dos Quatro Elementos.

    5.5 Por fim, vimos às relações entre os Chakras e os Meridianos.

    5.6 A comparação da linha seguida por esta Monografia com a bibliografia existente poderia ser fundamentada no princípio orientador da Monografia ora apresentada que leva também em considerações os aspectos sócio-somato-psíquicos, em que as interações das estruturas física, dinâmico funcional e psíquico correspondentes, podem ser reveladas.

    5.7 Por outro lado, a bibliografia especializada é estreitamente limitada no enfoque das técnicas de “como fazer”, “como não fazer” e “para o que serve”, etc. Não menos importante, e talvez melhor do que tudo isso, pôde ser aprendido pelo autor no Curso deFITOTERAPIA turma 2008, objeto da presente Monografia. Porém, não há razões para discordar dos diversos autores que já publicaram seus livros com objetivos específicos, merecem aplausos! Deixamos para os Terapeutas Holísticos e para a Comunidade de Estudos Avançados em Psicoterapia Holística, se for o caso, a ampla discussão sobre a presente Monografia.


    CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.


    6.1 Considerem este trabalho como resultados da intervenção em vários atendimentos, de estudos e pesquisas realizados pelo autor. É uma opção que abrange a complexidade da FITOTERAPIA com os estados humanos em conjugação com o somático, dos pontos de vista objetivo, subjetivo e psíquico,

    6.2 O desiderato do autor em apresentar as especificidades dos Quatro Elementos é para que a mesma seja amplamente discutida, testada, validada e, finalmente, que os Terapeutas Holísticos, a utilizem como um equipamento suplementar do seu atendimento. Neste modelo não há irracionalismos.




    6.3 Observamos sempre fenômenos físicos e químicos ao nosso entorno. Quase tudo que nos cerca é considerado matéria (tudo que tem massa e ocupa lugar no Universo), o ELEMENTO AR, o ELEMENTO ÁGUA, o ELEMENTO TERRA, o ELEMENTO FOGO, os movimentos MADEIRA e METAL, etc. A matéria é formada pelo hidrogênio e pelo oxigênio.

    6.4 Todos os vegetais são seres multicelulares e eucariontes. Também são autótrofos, ou seja, capazes de produzir o seu próprio alimento e o fazem por meio do processo chamado fotossíntese.

    6.5 As plantas possuem um pigmento de cor verde chamado de clorofila. A clorofila ocorre na presença do ELEMENTO ÁGUA e da luz Solar, exigindo também gás carbônico obtido do ELEMENTO AR. Nesse processo, são produzidos açúcar, O ELEMENTO ÁGUA e o oxigênio (ELEMENTO AR), que é lançado de volta à atmosfera. O ELEMENTO ÁGUA quando adicionado ao açúcar produzido na fotosíntesse, é o combustível natural da planta.

    6.6 As folhas são os órgãos responsáveis por importantes funções para a planta que são: a fotossíntese, a respiração e a transpiração. As folhas normalmente apresentam-se em tipos muito variados devido a sua especialização em relação ao meio em que se desenvolvem. No caso de se encontrarem em regiões de baixa umidade e grande luminosidade, como nos desertos, as folhas apresentam-se pequenas e em pouca quantidade, enquanto que nas regiões de alta umidade e pouca luminosidade, como nas florestas, as plantas apresentam folhas grandes e numerosas.

    6.7 Desde o final do século XIX as plantas são classificadas em suas bases reprodutivas, e a presença ou não de sementes nas plantas é parte fundamental dessa distinção. Elas são na verdade, divididas em dois grandes grupos chamados de Criptogramas (Crípto = oculto) que são o grupo de plantas sem sementes e as Fanerógamas (Fânero= aparente), que são as plantas com sementes.

    6.8 Consideramos também o tema da ciclícidade, que é também a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS também chamados de triplicidade e as qualidades também chamadas gunas, quadruplicidade ou cruzes vão formar o Zodíaco. Sabemos que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos do Zodíaco através dos QUATRO ELEMENTOS e das emoções.

    6.9 A partir do conhecimento das quadruplicidades dos ELEMENTOS, temos a capacidade de distinguir claramente qual é a especificidade de cada um Por exemplo: vamos observar os signos do ELEMENTO TERRA: Capricórnio, o semeador, que é o mais ativo. Depois Touro, que é o mais passivo. Por último encontramos o signo de Virgem que representa a colheita.

    6.10 Passamos para os signos do ELEMENTO ÁGUA que buscam segurança das emoções. A fixação do caranguejo ou Câncer, em tomar a iniciativa de criar uma família estável e se dedicar aos filhos. O signo de Escorpião é um signo de emoções fixas e por isso ele tem a fama de vingativo, porque não quer que as emoções mudem, e qualquer fonte de contrariedade ou perturbação emocional trará uma reação igualmente proporcional.

    6.11 O último dos signos do ELEMENTO ÁGUA é Peixes – ele é mais transcendentalista, tem menos defesa para este mundo. É um signo mais sonhador que busca a colheita das emoções sublimadas ou na transcendência espiritual.

    6.12 Re-visitando o ELEMENTO AR, chegamos ao signo de Libra que busca expressar os ideais da justiça, da beleza, da harmonia, seja nas atividades artísticas, ou no equilíbrio das Leis.

    6.13 O signo de Aquário de alguma forma é o signo da fraternidade, da amizade, mas como todos os signos do ELEMENTO AR, é à vezes um pouco distante, preferindo a independência e a liberdade.

    6.14 O signo de Gêmeos é o que mais dúvidas têm - por ser dominado pela curiosidade. É o signo mais imprevisível e muitas vezes não consegue fazer uma coisa só, e quer fazer duas ao mesmo tempo. Porém Gêmeos tem uma flexibilidade mental extraordinária.

    6.15 O primeiro signo signo do ELEMENTO FOGO é Áries, que vem para decidir, para se impor sobre o ambiente, para nascer, para conquistar seu espaço e sua auto-afirmação. Vai direto à ação e é impulsivo.

    6.16 O signo de Leão, não vai tanto à ação, mas manda os outros irem. O signo de Leão é mais comandante, ele senta no trono e indica quem deve fazer o que, organiza a casa, da um urro e “..., cada macaco no seu galho”.

    6.17 O signo de Sagitário, é mais filosófico, é uma mistura de Áries com Leão. Tem a impulsividade do Áries, é rápido como uma flecha para chegar direto ao assunto, por isso é representado por uma flecha. “Sagitta”, em latim, quer dizer “flecha”, “Sagittarius”, o arqueiro.



    6.18 Re-visitamos também os conceitos das QUATRO ESTAÇÕES DO ANO, então, na primeira está representada a PRIMAVERA, com os signos de Áries, Touro e Gêmeos. Na segunda, temos o VERÃO representado por Câncer, Leão e Virgem. Observamos na terceira, o OUTONO que é representado por Libra, Escorpião e Sagitário.  Na quarta, INVERNO que está representado por Capricórnio, Aquário, Peixes.

    6.19 Também destacamos os Chakras relacionados com os doze “medianos”.

    7. Destarte, a Análise acontece à luz do que todos nos sabemos, e sabemos mais do que se pode imaginar superficialmente, ou já detemos informações em um nível para justificar a aplicação parcial ou total da presente Monografia.

    7.2 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A FITOTERAPIA combinada com Psicoterapia Holística, impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno e que o cultivo de comportamentos que satisfazem mais aos outros do que a si mesmo exige a inibição de vontades e necessidades, limita a expressão, a criatividade, e estimula o predomínio da racionalidade.

    7.3 Através da observação da presente Monografia o Terapeuta Holístico poderá determinar outros procedimentos para sua estratégia, bem como as diretrizes eficazes para a terapêutica holística aplicável, pois em se tratando de uma queixa qualquer, o pensamento abstrato do Terapeuta Holístico nunca deixa de inquirir repetidamente sobre a causa.

    7.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra O MICROCOSMO SAGRADO à pág. 16 afirma que “A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam também as forças ígneas da terra.Enquanto manifestações da vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadora de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica”.







    8. Aquele que desejar firmar os pés nas técnicas básicas de ACONSELHAMENTO, deve ter bem claro, mediante profunda reflexão, que a inquirição sobre a origem da causa da queixa do Cliente deve cessar em algum ponto, pois ao ultrapassá-lo, estará praticando um mero jogo de pensamento, por exemplo:


    8.1 Ao observarmos os “sulcos” em uma pista de pouso, poderíamos inquirir a origem desses sulcos e como resposta teríamos que provêm das rodas de aeronave.


    8.2 Podemos continuar a perguntar: por que foram os sulcos traçados pela aeronave? Sendo respondido: porque a aeronave passou pela pista de pouso.


    8.3 Podemos continuar a perguntar: por que passou pela pista de pouso? Recebendo a resposta: porque transportava pessoas e cargas. Com estas perguntas chega-se finalmente, a saber, quais motivos dos sulcos na pista de pouso. E se não pararmos no fato, perderemos o verdadeiro fio do assunto e permaneceremos num mero jogo de perguntas.


    8.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra  PSICOTERAPIA HOLÍSTICA à pág. 6 e 7, define “ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudança em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e a habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote”.


    CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESTRITAS.


    AUBENQUE PIERRE, BERNHARDT JENA, CHÂTELET FRANÇOIS. “História da Filosofia, Idéias e Doutrinas”, 1a edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora Zahar Editores, 1973;

    HADDAD LIMA AMIM RAIMUNDO. A ANÁLISE HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA. HOLOPÉDIA – SINTE – 29/05/2008;

    LINDEMANN RICARDO. A CIÊNCIA DA ASTROLOGIA E AS ESCOLAS DE MISTÉRIOS. 1ª Edição, Brasília-DF, Editora Teosófica, 2007;

    REVISTA THEOSOFIA - JAN/FEV/MAR/2009, Sociedade Teosófica no Brasil –site www.sociedadeteosofica.org.br

    STEINER RUDOLF –FUNDAMENTOS DA AGRICULTURA BIODINÂMICA- 1ª Edição, São Paulo-SP, Editora Antroposófica, 1993.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “O Microcosmo Sagrado, 2a edição, São Paulo-SP , SinteBooks, 2006;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Psicoterapia Holística, 1a edição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2007.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Fitoterapia em Cinco Movimentos, Volume I -1aedição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2005.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Fitoteca Em Cinco Movimentos, 1a edição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2005.

    ANEXOS E APÊNDICES. Não apresentamos.

    Autor: : RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD
    Última atualização: 09/09/2009 14:47


    Aromagia - O Poder Secreto Dos Aromas

    AROMAGIA

    O PODER SECRETO DOS AROMAS

    Celi Aparecida Coutinho

    Terapeuta Holistica.

    CRT 21270

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2012.

    SUMÁRIO

    Introdução.

    Metodologia.

    Material.

    Perfumes astrológicos.

    Estudos dos Elementos na Aromagia

    O 4 Elementos Sutis.

    Quíron – O sinalizador das feridas.

    Quíron nas casas e nas constelações.

    Característica da numerologia.

    Tabela de aromas para numerologia.

    Perfume Talismã.

    Tabela simplificada para criação de um perfume.

    Método

    Conclusão

    Bibliografia.

    Introdução

            O objetivo desta apresentação não é falar especificamente de aromaterapia, pois no meio holístico, poucos não dominam esta técnica.

            O meu objetivo é acrescentar o uso mágico dos aromas no intuito de equilibrar o aspecto vibratório de uma pessoa através do seu mapa de nascimento, astrológico, numerológico ou ambos.

            Para se manter um bom equilíbrio, podemos nos basear nos aspectos astrológicos criando fórmulas que poderá ser utilizado como PERFUME PESSOAL. Sendo então uma composição alquímica totalmente personalizada.

            O ato de equilibrar um padrão vibratório dentro dos aspectos de um mapa astrológico e numerológico pode-se denominar de Aromagia.

    ”Eis o poder secreto dos aromas”.

            Porque a ação vai ocorrer através da composição alquímica criada em aspectos desarmônicos ou para ressaltar qualidades até então desconhecidas de forma consciente, mas que se é sabido ser inerente ao portador de uma carta natal, trabalhando através da mudança vibracional e isto é uma magia de alto poder de resolução efetiva.

            Aqui apresento os elementos dos aspectos astrológicos, com ênfase em Quíron e nos elementos no propósito de ir direto ao equilíbrio do ser levando-o a curar suas feridas, com a experiência aplicativo, percebo que o cliente ao utilizar um Perfume pessoal baseado em primeiro momento no aspecto do Quíron no mapa ele ganha uma consciência de si muito rápido, permitindo facilmente a ação através de outras ferramentas dentro da Terapia holística, principalmente no cunho da psicoterapia holística.

    Celi Coutinho.

    Metodologia

            Antes de seguirmos adiante no aprendizado em confeccionar um perfume com o objetivo da aromagia, precisamos conhecer os elementos por onde ocorrerão à base da criação de uma alquimia pessoal – denominado perfume Talismã, ou perfume astrológico. Ou as poções mágicas aromáticas.

            Vejamos uma breve análise sobre cada um dos elementos, elaborada por mim, por base em estudos sobre Hermetismo, ao longo de 20 anos. Tal síntese será apresentada em uma seqüência ordenada de tal forma, que possa sintetizar, da melhor maneira possível, a natureza dos elementos de acordo com uma ideologia magística, ou seja, como princípio de transformação de um estado vibratório em desequilíbrio, para então equilibrado e consciente. Assim, poderemos obter uma visão mais ampla e maior compreensão, acerca dos nossos processos criativos interiores em suas diversas fases:

    Material

            Saliento que as explicações são resumidas indo de encontro com a necessidade de explanar como é executada a escolha de um conteúdo num mapa astrológico e ou numerológico para concluir um produto alquímico aromático.
            Aconselho aprofundar em cada elemento através de cursos e leituras dos temas aqui apresentados.

    PERFUMES ASTROLÓGICOS

            Os perfumes astrológicos trazem aos nativos, equilíbrio humoral permitindo-lhe atuar e usar o máximo de possibilidades que lhe é dada ao nascer em seu mapa natal.

            Para achar uma base de perfume conveniente a um determinado temperamento sem agir por tateamento. Esta base de perfume deverá ser constituída pelo MAPA NATAL do indivíduo utilizando o quadro essência regente dos planetas que no mapa encontra-se em desarmonia para representar a composição. Devemos observar, por exemplo, que um aroma do signo de Áries é conseqüentemente também do planeta Marte, e que um aroma do signo de Touro é o mesmo para o planeta Vênus, e assim por diante.

            Para fazer a sua base, você parte de um odor que mais lhe agrade, mas que seja atuante do seu signo solar, consultando você mesmo qual é o tipo constituinte, revelado em seu MAPA NATAL.

            Observando que terás vários tipos de aromas para escolher, deve-se estar atento na escolha dos mesmos para executar uma composição equilibrada para o buquê ser agradável.    

            Pode-se usar a essência pelo signo regente, pelo signo ascendente, pela a lua, pelos planetas e signos conflitantes ou pelos desequilíbrios apresentados.
            Através da elaboração de um perfume baseado no Mapa Natal astrológico ou numerológico é que se obtém o verdadeiro Perfume Talismã.

    Estudos dos Elementos na Aromagia

            Na Aromagia não é necessário interpretar exatamente um mapa e sim saber localizar questões aflitivas e utilizar-se da escolha do aroma regente para diminuir aspectos negativos e ou exaltar um determinado aspecto desconhecido ao consulente até então.

            Claro que aconselho o aluno se dedicar em aprofundar no assunto astrologia e numerologia para que cada vez mais possa conhecer o seu cliente em questão para confeccionar um bom talismã aromático e ou perfume pessoal.

            Segue separadamente a explicação breve de cada aspecto astrológico e numerológico para a composição adequada da aromagia.

    Áries

    Os perfumes de Áries são de natureza viril, ardente e masculino.

    Aromas de Marte: cedro, cereja, mirra, bergamota, limão, cravo, lavanda, narciso.

    Aromas de Áries: bergamota, alecrim, canela, limão, almíscar, alecrim, rosa, gerânio, verbena.

    TOURO

    Os perfumes de Touro são naturalmente receptivos e femininos. Eles tendem fixar as coisas e materializar os desejos.

    Aromas de Vênus: rosa, cravo, limão, verbena.

    Aromas de Touro: anis, jasmim, lilás, magnólia.

    GÊMEOS

    Os perfumes de Gêmeos são naturalmente: quente, masculino, afetivo e doce.

    Aromas de Mercúrio: acácia, canela, gardênia, jasmim, lavanda, magnólia, vetiver, mangerona, junquilho, madressilva.    

    Aromas de Gêmeos: alfazema, jacinto, mirra, narciso, tuberosa.

    CÂNCER

    Os perfumes de Câncer inclinam à passividade e a indiferença, é feminino, frio e receptivo.

    Aromas da Lua: âmbar, lilás, lírio, néroli, patchouly, rosa.

    Aromas de Câncer: acácia, néroli, lírio, junquilho.

    LEÃO

    Os perfumes de Leão são os perfumes de natureza viril, quente, emitente e masculino. Eles tendem a melhorar a relação entre sexos opostos. Refreiam os excessos físicos e morais. Eles contribuem a obter paciência para realizar suas ambições.

    Aromas do Sol: heliotrópio, jacinto, melissa, alecrim, sândalo, mangerona.

    Aromas de Leão: âmbar, cedro, cravo, mimosa, lavanda.

    VIRGEM

    São perfumes que agem sobre o tônus nervoso, por isso, elevam a moral, dando sensação de confiança em si mesmo.

    Aromas de Mercúrio: acácia, anis, cravo-da-índia, gardênia, jasmim, lavanda, magnólia, vetiver, junquilho.

    Aromas de Virgem: gardênia, cravo-da-índia, heliotrópio, rosa.

    LIBRA

    Os perfumes de Libra são de natureza equilibrada, quente, positivo e afetivo.

    Aromas de Vênus: rosa, cravo-da-índia, limão, verbena, gerânio.

    Aromas de Libra: benjoim, canela, gerânio, musk, rosa, lírio do vale, madressilva.

    ESCORPIÃO

    Os perfumes de Escorpião são naturalmente feminino, passivos, defensivos. Eles tendem a eliminar a energia de violência e as contrariedades da sorte

    Perfumes de Marte: bergamota, canela, cedro, limão, menta, mirra, narciso, cravo-da-índia.

    Aromas de Plutão: cipreste, urze, magnólia

    Aromas de Escorpião: melissa, cravo-da-índia, lima, mangerona.

    SAGITÁRIO

    Os perfumes de Sagitário são de natureza fecunda e vital, são emitentes e masculinos.

    Aromas de Júpiter: cedro, couro-da-Rússia, kourus, olíbano, tuberosa, lírio do vale, capim cheiroso.

    Aromas de Sagitário: lavanda, musgo de carvalho, orquídea, violeta, mangerona.

    CAPRICÓRNIO

    Os perfumes de Capricórnio são naturalmente receptivos e passivos. Eles são antídotos contra a inquietude, ansiedade e desencorajamento.

    Aromas de Saturno: pinho, âmbar, benjoim, gerânio, cravo-da-índia, musgo de carvalho, musk, orquídea, violeta, agulhas de pinho.

    Aromas de Capricórnio: Cravo-da-índia, cedro, couro da Russia, kourus sândalo, olíbano, angélica.

    AQUÁRIO

    Os perfumes de aquário são de natureza masculina e ativa.

    Aromas de Urano: âmbar, cravo-da-índia, musgo de carvalho, sândalo

    Aromas  de Aquário: patchouly, vetiver, mangerona.

     

    PEIXES

    Os perfumes de Peixe são de natureza instintiva (estômago), feminino e fecundo. Fixam os desejos, aumentam a praticidade e habilidade para estudos e negócios.

    Aromas de Netuno: Imortalle.

    Aromas de Peixes: agulhas de pinho, menta, resedá, olíbano.

    O 4 Elementos Sutis

    Os estudos das forças ocultas da natureza, presente nos quatro elementos e seus elementais, são comuns a todas as culturas, por tratar-se de uma necessidade latente do ser humano. A Iniciação Hermética, quase sempre, têm início com base nos quatro elementos grosseiros da natureza: ar, terra, fogo e água. A partir de uma evolução interior, o iniciado passa a estudar os quatro elementos em sua forma mais sutil, através de uma analogia entre o material tangível e o abstrato, psíquico ou espiritual.

            Tal síntese será apresentada em uma seqüência ordenada de tal forma, que possa sintetizar, da melhor maneira possível, a natureza dos elementos de acordo com a ideologia magística proposta.

    Ao elemento AR corresponde à função do PENSAMENTO.

            A ênfase reside em teorias e idéias, na relação entre os fatos, na capacidade de abstrair, de comunicar e de se relacionar mentalmente com algo ou alguém.

    Os signos regidos por esse elemento examinam o seu comportamento e dos que os cercam, buscando a compreensão mental.

    GÊMEOS: um vento “leve” sem direção definida - os primeiros contatos, o relacionamento com o meio mais próximo.

    LIBRA: um vento “dirigido” - os contatos escolhidos, as relações sociais.
    AQUÁRIO: o ar dos cumes - idealismo, progresso, a relação global (além fronteiras)
    Pense no
    ar: espalha-se, está presente em toda parte, é o mais leve dos elementos, liga as coisas da terra (todos os seres respiram o mesmo ar, que está em constante movimento sobre a terra).

            O excesso de ar gera alguém “fora do ar”, isto é, excessivamente abstrato e pouco prático. Pode haver dificuldade de lidar com sentimentos, pois a concentração está no lado racional da vida. Outras características são: sistema nervoso frágil, facilmente abalável, ansiedade na comunicação, possíveis tiques nervosos.
            A
    falta de ar pode gerar: irreflexão, dificuldade em se entender e relacionar com os outros, dificuldade em se ajustar a pessoas e coisas novas ou diferentes, pode haver problemas de articulação, comunicação e expressão verbal.

            As pessoas de ar são rápidas e animadas. Usam as suas energias de formas muito variadas. Têm tendência para intelectualizar os seus sentimentos e expectativas.

    Ao elemento ÁGUA corresponde à função do SENTIMENTO.

            A água percebe as coisas via emocional. O importante é o sentimento despertado por uma pessoa, objeto ou situação. É a subjetividade, o instinto, a intimidade, a imaginação, o sonho, a mediunidade, a profundidade.
            
    CÂNCER é a água primordial das fontes que protege a prole (instinto de proteger o que é frágil): sensibilidade, imaginação.

            ESCORPIÃO é a água dos pântanos, a água que “dorme”: mistério, transformação, magnetismo.

            PEIXES é a água dos oceanos, nos quais todos os rios vêm fundir-se: osmose, empatia.

            Pense na água: é moldável, não tem forma definida, flui, jorra, remete-nos a algo interior.

            O excesso de água gera sensibilidade exagerada, suscetibilidade psíquica e emocional, emoções à flor da pele, carências, medos, apreensões, inseguranças. Também uma intensa vida interior com fantasia, imaginação e criatividade, que, no entanto, deve ser canalizada positivamente.

            A falta de água pode ocasionar dificuldade em admitir e expressar sentimentos e emoções, desconfiança de intuições e da vida interior.

            As pessoas com uma forte ênfase do elemento água são sentimentais e muito sensíveis. As suas capacidades emocionais e imaginativas são profundas e ricas.  

    Ao elemento TERRA corresponde a SENSAÇÃO.

            O que pode ser captado através dos sentidos. A idéia central é perceber o que está visível (conhece e acredita naquilo que vê!), desfrutar dos prazeres que o mundo físico proporciona.

    TOURO é a fase de crescimento individual, de absorver e acumular, fazer crescer.
    É a terra fértil, estabilidade, sensualidade.

    VIRGEM é a terra ceifada, utilizada: estruturação, seleção e aperfeiçoamento.
    CAPRICÓRNIO é a terra despojada, mas contendo o germe da vida: reflexão, paciência, construção, organização, crescimento social.

            As pessoas de terra reagem silenciosa e lentamente. Elas empenham-se com "endurance". Emocionalmente elas são fortemente enraizadas e lentas na mudança. 

    O excesso de terra num mapa sinaliza uma grande preocupação com coisas material e concreta, dificuldade de mudar, inflexibilidade, utilitarismo, dificuldade de lidar com pensamentos abstratos, conceitos e teorias, pois tudo tem uma conotação muito concreta. Pode gerar também excesso de rotina, possessividade, teimosia, avareza ou obsessão pelo trabalho.

    A falta de terra provoca dificuldade em lidar com o mundo material e concreto. A pessoa pode ser muito sonhadora, mas pouco prática. A falta desse elemento pode ocasionar problemas para alcançar estabilidade, pois falta o “pé no chão”. Pode haver dificuldade de prover as necessidades físicas e de sobrevivência.

    Ao elemento FOGO corresponde a INTUIÇÃO.

    Conceitos como futuro, possibilidades, dinamismo, energia, ação faz parte do universo dos signos regidos por este elemento.

    O excesso do elemento fogo no mapa pode gerar: orgulho, arrogância, autoritarismo, impaciência, impulsividade, imediatismo, egoísmo, excessiva autoconfiança.

    ÁRIES é o fogo inicial, a faísca da vida que incendeia o que estiver ao redor, entusiasmo, impulso.

    LEÃO é o fogo no auge de seu poder: força, autoridade.
    SAGITÁRIO é o fogo dominado, utilizado: o conhecimento, a expansão de horizontes.

            As pessoas com uma ênfase forte do elemento de fogo são espontâneas e impulsivas e usam as suas energias com todo o entusiasmo. A sua resposta emocional é rápida e têm uma imaginação muito viva.

    A falta do fogo gera uma diminuição no nível de ação e entusiasmo perante a vida. A pessoa necessitará ser estimulada para agir, pois tende a faltar-lhe iniciativa, otimismo e alegria. Pode haver também medo de desafios. Pense no fogo e nas qualidades que ele emana: calor, energia, paixão.

    .

    Quíron o sinalizador das feridas

            Além dos dez planetas "clássicos" cuja importância é reconhecida por todos os astrólogos, Quíron no mapa retrata a marca especial de heroísmo e de ajuda.

            Quíron (rei dos centauros) situado entre as órbitas de Saturno e Urano, só foi avistado em 1.977.

            Trata-se de um planetóide que leva entre 50 e 51 anos para fazer sua órbita ao redor do sol. Sua órbita elíptica faz com que ele tenha uma duração variável de tempo em cada signo. Quíron permanece em Libra não mais que 18 meses, enquanto em Áries permanece por 8 anos. Alguns astrólogos consideram Quíron o regente de Virgem, enquanto outros optam por Sagitário.

            Quiron representa “O Curador”

    “O Agressor” - “O Ferido”

    A independência filosófica - A compaixão diante do sofrimento.

            O processo de aprendizagem para chegarmos a confiar no Mestre ou Guia Interno.

            O fenômeno cultural mais ligado com a descoberta de Quíron é a "Nova Era”. Conta à história mitológica que Quíron foi ferido em uma briga com os centauros selvagens para interromperam o seu casamento. O casamento é uma metáfora para a união interior de sentir-se completo, onde as partes de nós mesmos se casam em harmonia. Nossa capacidade de obter tudo o que podemos Ser é interrompido constantemente por nossos próprios demônios, os centauros selvagens dentro de nós que causaram as cicatrizes da dor não resolvida.

            Quíron representa a necessidade de fundir os opostos dentro de si mesmo para se conseguir a plenitude. A ferida cultural é a divisão entre os instintos e intelecto, representado pelo o mítico centauro - metade homem e metade cavalo.

            Em um mapa de nascimento, o aspecto astrológico representado por Quíron é o ponto onde demarca a velha dor que ao ser transmutado o indivíduo toma para si o domínio de uma lição que vem em muitas vidas certamente para assimilar. A dor é o nosso professor, porque nela está a chave para a nossa cura. Cada um de nós tem um trabalho para curar nossas próprias feridas, para que possamos aprender uns com os outros. Então, muitas vezes, onde ocorre a ferida maior.

            Quíron era um herbalista e um grande cirurgião, mas ele não podia curar a si mesmo.

    QUÍRON NAS CASAS E NAS CONSTELAÇÕES

    As Casas onde está Quíron é o setor da vida do Indivíduo que está como palco, para que as personalidades (internas e externas) formem a cena catalisadora do agressor, do ferido, do curador.

    1a. Casa - Iniciativa, Objetividade, Ação apropriadas.

    2a. Casa - Valorização das prioridades, apropriadas aquisição, manutenção e conservação dos bens.

    3a. Casa - Comunicação, Expressão, pensamento, linguagem, relações e aprendizado apropriados.

    4a. Casa - Vínculos emocionais e atitudes apropriadas em relação à família

    5a. Casa - Forma adequada de auto-expressão criativa, de relacionar-se afetivamente, de gerar filhos, de educá-los e de expandir sua criatividade.

    6a. Casa - Forma adequada de prestar serviços a terceiros e o devido respeito ao seu corpo.

    7a. Casa - Relacionamentos, sociedades, parcerias e casamento com pessoas certas.

    8a. Casa - Atitude apropriada em relação às finanças dos outros sob seus cuidados, em relação à sua própria morte e à sexualidade.

    9a. Casa - Atitude oportuna com senso-social diante de suas capacidades, que devem servir para orientação da comunidade.

    10a. Casa - Responsabilidade social, Maturidade para ação direta sobre a sociedade.

    11a. Casa – Plasmar os Ideais e Amizades apropriadas.

    12a. Casa - Renúncia apropriada.

    Quíron e os Signos

            As Constelações em suas designações negativas são as vicissitudes, as fraquezas, os erros, a doença, o “mal”, o ofensor, em si ou contra si.

             Em suas designações positivas são os princípios pelos quais se ocorrerá à cura a si e aos demais.

    Quíron em Áries sempre tenderá acreditar que deve fazer tudo sozinho, sem pedir ajuda dos demais. Podem advir temores profundos de expressar o que deseja, e em alguns casos pode até deliberar o desejo de morrer.

    Quíron em Touro - Ponderação, ritmo, edificações.Tem uma certa tendência a se sentir insegura(o) e vulnerável. A busca de solidez é tão grande que se apega às pessoas da mesma forma que aos bens.

    Quíron em Gêmeos - Em geral tem grande dificuldade de expressar seus sentimentos mais profundos, mas tende a exprimir com clareza temas polêmicos.

    Quíron em Câncer - predispõe à identificação excessiva com o pai, seja para negá-lo ou para deificá-lo.

            

    Quíron em Leão - querem mostrar para o mundo sua importância fazendo com que os filhos sigam as carreiras que eles desejaram para si e não conseguiram.

    Quíron em Virgem - consiste em aprender a aceitar também o que são imperfeitos, feridos, feios ou sujos.

    Quíron em Libra - tende a não manifestar suas emoções e seus pensamentos com medo de que possam ferir os demais.

    Quíron em Escorpião - leva o Nativo a passar por experiências que o coloca em contacto com tragédias e com a morte. Há feridas também na área da sexualidade

    Quíron em Sagitário -. Com freqüência a mulher com Quíron nesse posicionamento é detentora de uma forma de sabedoria natural que ultrapassa aquela que é própria de sua idade, aquela predominante na maioria das mulheres.

    Quíron em Capricórnio - Existem muitos conflitos com pessoas de autoridade. Existe a tendência em abraçar responsabilidades que não são do indivíduo, para fugir à luta que representa o arcar com seus próprios problemas, principalmente os materiais.

            A ferida também pode estar relacionada com o pai pessoal.        O pai ou a mãe pode desempenhar um papel importante na conduta dos nascidos com Quíron em Capricórnio.

    Quíron em Aquário - tem dificuldade em aceitar as responsabilidades necessárias na conquista de liberdade e esta liberdade não se agrega a qualquer ação positiva, útil, ou ainda pela luta por qualquer valor atemporal.

            As mulheres com esta posição podem ter tido pais que tem tais características; frios, distantes, críticos, insensíveis ou autoritários.

    Quíron em Peixes -a pessoa poderá ter amores platônicos e consumir-se em ardentes paixões por artistas ou personagens inalcançáveis, ou com pessoas casadas, de tal forma que o desejo seja irrealizável.

            

    ASPECTOS: O posicionamento de Quíron no Tema Natal mostra a área de vida em que a busca pelo alívio de qualquer sofrimento de fato, ou a busca pelo alívio de algum sofrimento que possa vir, tem mais probabilidade de ocorrer de modo particularmente intenso. Quíron estará mostrando ali os valores pelos quais deverá se pautar em seu relativo livre-arbítrio.

    Quíron / Sol: A ferida do Sol caracteriza em anular a autocriatividade.

    Representa a ferida do pai. Medo da própria criatividade. Sentindo-se traído ou ferido pelo princípio paternal. Curar a Ferida: Utilizar os aromas do sol.

    Quíron / Lua: A mãe está ferida. O medo da vulnerabilidade. A ferida emocional. Levando experimentar ou ter empatia com a dor da mãe Sentindo-se traído ou rejeitado pelo princípio mãe. Curar a Ferida: Usar aromas da Lua e dos signos em que está o Quíron.

    Quíron / Mercúrio: A comunicação está ferida. Sentindo-se incompreendido e não consegue se comunicar. Curar a Ferida: Aromas de Mercúrio e do signo da casa onde está aspectado.

    Quíron / Vênus: A ferida está na área dos relacionamentos. Ferido no amor ou ferindo outros em amor. Sentir-se amado. Uma ferida para o coração. Curar a Ferida: usar os aromas de Vênus e do signo da casa em questão.

    Quíron / Marte: A ferida está em torno da expressão da identidade, a sexualidade física, energia, raiva e agressão. Extremos de energia. Hiperatividade. Assumir a raiva dos outros. Sobrevivente ou perpetuador de violência. Curar a Ferida: Usar o aroma de marte e do signo da casa no qual está aspectado.

    Quiron / Júpiter: A ferida para o sistema de crenças. O professor ferido. O medo de compartilhar o conhecimento de cada um. Inquietação interior profundo. Zelo missionário. Dogmatismo religioso. O medo de ser feliz / infeliz. Crise de fé.
    Cura a Ferida: Usar o aroma de Júpiter de do signo da casa em está aspectado.

    Quíron / Saturno:         A ferida com um senso de realização, estrutura e confiança. O medo de seu poder. O medo de tomar um lugar no mundo. O pai está ferido. Medos internos e rigidez. Seriedade e insegurança.

    Curar a Ferida: Usar o aroma d Saturno e do signo da casa em que está aspectado.

    CARACTERISTICA DA NUMEROLOGIA.

                     O nome e data de nascimento estão de certo modo conectados com o ser interno de forma tão profundo que a mente racional não pode entender imediatamente. Porém, a mente intuitiva é capaz de perceber estas relações, e interpretar nos ajudando melhorar e entender nossas vidas.

            O nome é uma coleção de sons e uma melodia que traduz a vestimenta para o Espírito.

    GRADE: A análise do mapa numerológico, além de revelar vários aspectos da sua personalidade,  os números que se repetem no seu nome podem trazer um desequilíbrio na energia que ele representa.

     

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    a

    b

    c

    d

    e

    f

    g

    h

    i

    j

    k

    l

    m

    n

    o

    p

    q

    r

    s

    t

    u

    v

    w

    x

    y

    z

     

     

    Números         1             2          3         4        5        6        7     8        9

    Excesso

    se for

    acima:                   3            2          3         2         3       2        1      1       3 

             Você vai utilizar o aroma para equilibrar a energia que você não tem e ou em excesso.

    Regência vibracional

    1

    A = Originalidade, independência e insatisfação.

    J =  Desejo de vitória, incerteza.

    S = Emotividade exagerada.

    2

    B: Necessidade de amor, emotividade e timidez.

    K: Inspiração e nervosismo.

    T: Amor, sentido de humor.

    3

    C: Intuição e equilíbrio.

    L: Inteligência, excitação e lentidão.

    U: Lentidão, espírito de conservação, espírito rebelde, perdas de dinheiro.

    4

    D: Sentido prático e fatiga física.

    M: Cinismo, caráter e humor sombrios.

    V: Inspiração reveladora.

    5

    E: Ternura, tendência a buscar em outra parte aquilo que existe na própria casa.

    N: Amor pelo luxo, sexualidade e prazer.

    W: Potencialidade, insegurança, emotividade e cólera.

    6

    F: Intuição, amor pela vida privada, senso de responsabilidade.

    O: Desejo de viajar, tristeza e melancolia.

    X: Agitação, sexualidade.

    7

    G: Sorte, Inteligência e Solidariedade.

    P: Discrição.

    Y: Mistério, rapidez e segurança.

    8

    H: Prosperidade, ambição e generosidade.

    Q: Intuição, riquezas e misticismos.

    Z: Compreensão, dinheiro e secretos.

    9

    I: Paixão, tensão, incerteza e enfermidade nervosa.

    R: Potência, emotividade, nervosismo.

    11

    K: Inspiração e nervosismo.

    13

    M: Cinismo, caráter e humor alternados.

    14

    N: Amor pelo luxo, sensualidade e loucura.

    16

    P: Discrição.

    19

    S = Irrascibilidade, Emotividade exagerada.

    22

    V: Inspiração reveladora, misticismo, inteligência superior.

    33 - É o Grande Instrutor. Idealismo.

    Não tem letra vibratória é a 8 do 6


    Elemntos Sutis e a Numerologia.

    Fogo: produz a característica de impulsão direta para ações. Essa personalidade necessita se destacar.

    São os números: 1, 9, 19

    Terra:  já produz a capacidade de ser pragmaticamente realista e até ascético. Precisa da manifestação das coisas na matéria para que lhe tenha sentido as coisas.

    São os números: 13, 4, 8, 6

    Ar:  são de características mentais, reflexivos e instáveis. Necessita compreender o que está sua volta, principalmente aquilo que não é palpável.

    São os números: 3, 5, 14

    Água:  são sentimentais, imaginativos, sonhadores e sensíveis. Necessita estar envolvido plenamente no que faz para se realizar.

    São os números: 2,7, 16, 22

    Éter: São volúveis, místicos e instáveis. Toda a explicação da vida está além da terra. Quase sempre precisando de outros para colocá-lo na realidade.

    11, 33

    Como deverá ser procedido com o consulente?

    Prepara-se um cálculo básico do consulente em busca de números que estejam em desequilíbrio. Como a tabela numerológico acima.

     

    TABELA DE AROMA PARA NUMEROLOGIA

    01 - cedro, âmbar, canela, mirra.

    02 - cânfora, jasmim, lírio, néroli, sândalo.

    03  - anis, cravo, musgo de carvalho, orquídea.

    04 - couro-da-rússia, sândalo, vetiver, musgo de carvalho, orquídea, hortelã.

    05 - acácia, canela, jasmim, lavanda, vetiver, jacinto, narciso, cravo, heliotrópio.

    06 - benjoim, canela, rosa, musk, sândalo, almíscar, verbena, anis, jasmim.

    07 - violeta, patchouly, cedro, anis, menta, pinho.

    08 - almíscar, couro-da-rússia, musk, orquídea, sândalo,  musgo de carvalho.

    09 - cedro, bergamota, limão, almíscar, alecrim, rosa, verbena, melissa, cravo.

    11 - imortalle, lilás, âmbar, lírio, cravo da índia, néroli, patchouly, musgo de carvalho, rosa, sândalo.

    22 - melissa, cravo da índia, lima, mangerona, âmbar, musgo de carvalho, sândalo.

    33 - cipreste, urze.

    PERFUME TALISMÃ

            Os egípcios entre outros, constataram que o perfume é a melhor forma para trabalhar com iniciação energética e mágica, por possuírem ação profunda e dupla e por terem a capacidade de atuar no corpo astral dos viventes.

            Em magia, o corpo astral algumas vezes é chamado de intermediário, que serve de veículo para as influências que nós emitimos. O corpo astral dirige elegantemente nossas atividades orgânicas vegetativas e automáticas; é o centro do nosso subconsciente, e de nossos sentimentos, de nossas emoções e de nossas paixões.

            O perfume é um dos veículos mais sutis para nossas percepções espirituais. Ao impressionar as mucosas olfativas o aroma consegue milagrosamente, fazer uma ponte entre as realidades físicas e espirituais.         Predispondo a quem o utilize o sentir claramente da elevação espiritual em suas diversas "camadas", e assim sucessivamente, até que se atinja a plenitude mágica que permite elevados estados de consciência de si mesmo, o que equivale à procura dos desígnios humanos na Terra.

            A fabricação de perfumes tradicionais não tem efeitos aromaterapêutico. Aqui iremos utilizar óleos essenciais puros sem nenhuma adição de químicas sintéticas para que o propósito da aromagia aconteça.

            No momento de acrescentar a essência podem-se colocarem várias, desde que sejam respeitadas as medidas.

            A criação de um perfume obedece a um princípio fundamental que se divide em partes chamadas de notas. A seguir vejam quais são elas:

    TABELA SIMPLIFICADA PARA CRIAÇÃO DE UM PERFUME

    a - Notas de cabeça - (permanece alguns minutos).

     Bergamota - laranja – lavanda, etc.

    b - Notas de Coração - (permanecem horas).

     Rosa - gerânio

    c - Notas de Fundo - (chamadas fixadoras) pode permanecer dias.

     Jasmim - vetiver - musgo de carvalho - almíscar, etc.

    PERFUME                        EXTRATO                        ÁGUA DE COLÔNIA

    Álcool Cereais 800 ml.        Álcool Cereais 60 ml.        Álcool Cereais 850 ml.  

    Fixador 20 ml.                Fixador 5 ml.                            Fixador      20 ml.

    Essência 60 ml.                Essência 10 ml.                Essência     60 ml.  

    Água Destilada 20 ml.                                                         Água destilada 20 ml.

    Obs: As essências deverão ser de sua própria criação de acordo com a sua necessidade.

    MÉTODO.

                 

                 A Aromagia consiste em observar nos mapa os aspectos que se encontram em desequilíbrio energético da codificação numerológico pessoal e ou mapa astrológico.

              Conhecendo os elementos básicos da numerologia e ou astrologia poderá fazer uso através dos óleos essências com correspondência vibratória.

               Os cinco elementos ajudam a entender a natureza essencial da formação do temperamento do indivíduo. As características de acordo com o elemento assim como na numerologia e ou astrologia descrito acima caracterizando o padrão vibracional de cada aspecto que deseja harmonizar.

    Aplicações da aromagia

                Para o equilíbrio de um aspecto Numerológico, recorra à tabela acima e procure pelos os números que estão ausentes e ou em excesso.

    Escolha os aromas na classificação adequada e reserve.

            Dentro dos aspectos numerológicos pode ser considerado o cálculo do ano pessoal para auxiliar nas mudanças significativas, ano a ano. Assim enquanto uma pessoa vive uma época em que está apta a liberar algum de seus talentos latentes, outra se encontra no ano perfeito para desenvolver-se economicamente.

                  Antes de tudo, relembrando que você precisa identificar o número de seu ano pessoal, ou seja, a energia que o ano reserva para você. Para isso, some os algarismos do dia e mês de seu nascimento com o algarismo reduzido do ano em que você se encontra. Reduza tudo a um algarismo. Por exemplo, se você nasceu no dia 16 de outubro, proceda assim: 16 + 10 + 2002=1+6+1+0+2+0+0+2=12 => = 3. Portanto, seu ano pessoal é 3.

                  Considere agora que os algarismos de 1 a 9 que representam os temas principais de cada ano pessoal. Podemos relacionar cada um desses temas ao óleo essencial. Essas essências ajudam a enfrentar melhor a característica de cada ano, permitindo que a pessoa explore ao máximo o que o período oferece.

            Dentro do aspecto astrológico. Basta tirar a carta natal do cliente por um bom programa de astrologia e analisar em que casa e planeta estão o Quíron.

            Analisar os elementos quais estão com mais ou menos de 3 e escolher as essências de acordo com os elementos. No quadro acima dos aromas astrológicos pelo o signo e planetas.

                  Antes de escolher cada aroma, no entanto, você precisa levar em conta suas características pessoais e o seu contexto de vida emocional, mental e físico.

            

    Indicações de aromas para poções alquímicas.

            O uso dos aromas para trabalhar em ordem ambiental nas residências, comércios e consultórios.

            

    Benefícios e Aplicações

    Almiscar: Purificação de ambientes, harmonização e as pessoas, atrai amor e dinheiro.
    Alecrim: Estimulante, promove a memória, afrodisíaco.

    Anis: Produz capacidade extra-sensorial e estimula o cérebro.

    Âmbar: Atrai clientes, energiza e é afrodisíaco.

    Benjoim: Protetor e purificador.

    Bergamota: elevação espiritual, relaxamento. Gera energia positiva.

    Canela: Energiza. O aroma ajuda a romper o bloqueio psíquico quando é a causa dos problemas financeiros. Ao inalar o aroma, visualize sua situação financeira melhorando consideravelmente.

    Cânfora: ambientes depurador.

    Cedro: Sedativo, anti-séptico, repelente de insetos.

    Eucalipto: Limpa as vias aéreas, purifica o ambiente.

    Gerânio: fadiga mental, de economia de energia, antidepressivo.

    Heliotropio: Harmonizando geral.

    Incenso: contra danos, purificador, alivia o stress, desperta a consciência superior.
    Jasmim: Atrai riqueza, eleva a auto-estima, a criatividade aumenta.

    Júnipero: Purificação de corpo, repelindo a negatividade em todas as suas formas
    Laranja: Serena e aplausos o espírito, desperta alegria.

    Lavanda: Prosperidade, poder, contra nervosismo, ideal para os negócios.

    Lilas: Harmonizando, afrodisíaco.

    Lemon Grass: purificador, desodorizante e anti-séptico.Contra os maus espíritos.
    LIMÃO: Depurativo, cura, dissipa a tristeza, insetos longe, limpa a mente.
    Lotus: Saúde, vitalidade.

    Madeira do oriente: Promove o empreendedorismo, contra a negatividade.
    Magnólia: Promove a meditação e elevação, obstáculos de desbloqueio.
    Maçã: dinheiro, trabalho, melhorias.

    Manjerona: sedativo, ansiolítico combater a tristeza.

    Melissa: calmante, limpa a mente, atrai dinheiro.

    Menta: estimulante mental, tônico do sistema nervoso, tonifica a energia

    Mirra: casa Lava, desperta o terceiro olho, a proteção, a meditação.
    Musk:Meditação, artístico, abundância, erótico.

    Nardo: Atrai dinheiro, negócios, trabalho, acalmar as emoções.

    Néroli: elevação espiritual, tranqüiliza, afrodisíaco..

    Opium: União, atraente, estimulante.

    Patchouly: Amplia males, estimulante, desinibe, afrodisíaco.

    Pinho: Equilibra, limpeza, energização, abre caminhos.

    Rosa: felicidade, união familiar, equilíbrio físico e mental.

    Rosa búlgara: Energético.

    Sálvia: Relaxante nervoso, agir sobre o stress e exaustão mental.

    Sândalo: Atrai dinheiro, negócios, meditação, sexo.

    Sândalo indiano: a paz Meditação, espiritual.

    Sândalo doce: Depurador, serenidade.

    Tabaco: Prosperidade.

    Tilia: Serenidade.

    Tomilho: Ajuda a alcançar objetivo.

    Vetiver: Ajuda nas condições econômicas, protege contra energias negativas.
    Violeta: Contra a inveja, transmuta as energias negativas em positivas.
    Ylang ylang: antidepressivos, sedativos, especialmente para situações extremas, entrevistas importantes, etc

    Rosa e Gerânio - Bom para mulheres, dá a sensação de uma mulher decidida, que sabe o que quer, são suavemente quentes e estimulantes;

    Vetiver, Patchouli - Bom para homens, aromas fortes, inspiram capacidade e segurança.

    Aroma no Ambiente

    Os óleos essenciais harmonizam a energia dos ambientes.

    Difusão – para cada 200 ml. de água, pingue de 3 a 5 gotas de óleo essencial de alecrim (ativa a memória); gengibre, vetiver, patchouli ou angélica (auxiliam na concentração).

    Puro – uma gotinha de óleo essencial no travesseiro combate insônia (lavanda) ou alivia a respiração de quem tem bronquite ou rinite (eucalipto).

    Poção aromática

    Pode ser inserido em álcool de cereal na proporção de 5% e utilizar aspergindo nos ambientes, não se esqueçam de utilizar óleos essenciais.         Procurando utilizar entre 4 a 5 essências em cada poção.

            
    Não é necessário macerar este produto.

    Conclusão: A aromagia quiçá o meio mais importante dentro de todos elementos mágicos utilizados na holística. Com resposta rápida e efetiva.

    Para você que sente que está confuso ao explanar em minha palestra o Tema será demonstrado claramente o método de confecção desta potente ferramenta.

    Meus agradecimentos pela a oportunidade em transmitir este legado.

    BIBLIOGRAFIA

    Magie Astrale dês Parfums – Edition du Chariot – Autor : Georges Muchery.
    O Poder Secreto do Aromas – Celi Coutinho – Editora Midtron – 2011

    Sincronia dos Números – Celi Coutinho – Ainda não editado.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 31/07/2012 12:39


    Terapia Corporal » Shiatsu

    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    II.I - Definições

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

    VII.I - Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    VII.II - Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística
    VII.III -
    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Resumo

    Esta propositura disserta sobra a integração das técnicas corporais orientais seculares com as modernas e ocidentais abordagens psicanalísticas reichianas e derivadas, resultando em uma Terapia Corporal de abordagem holística. Resgata a importância do tocar e ser tocado como instrumento de catarse terapêutica e de harmonização psicofísica, resultando em ampliação da qualidade de vida e autoconhecimento, tanto para o Cliente, quanto para o profissional.

    Introdução

    Muito se aborda a globalização e o acesso universal a informações em todos os campos de conhecimento, incluindo a Terapia Holística. Porém, mesmo no Brasil, de ampla tradição de sincretismo e fusão das mais variadas vertentes de pensamento, ainda deparamos com um separatismo entre as técnicas corporais orientais e ocidentais, bem como uma distância entre o discurso de paradigma holístico e uma real aplicação deste conceito, a tal ponto de ainda encontrarmos profissionais que iludem-se de atuar em questões físicas e outros, em aspectos psíquicos, como se tais existissem de forma isolada...

    São inegáveis as qualidades técnicas das manobras corporais tradicionais, tais como o shiatsu, tuina, anma, sparsha, dentre outras, assim como é fundamental a contribuição da psicanálise quanto aos aspectos inconscientes de nossa personalidade serem corporificados. Contudo, ambas as vertentes ainda não convergiram, resultando em "massagistas" (termo totalmente inadequado à legislação brasileira...) que desconhecem o fato de seu trabalho pode resultar em catarses, como também em profissionais da vegetoterapia e bioenergética propondo técnicas de toque, respiratórias e posturais que já estariam eficientemente supridas nas já seculares técnicas corporais, como as já citadas, bem como as oriundas do yôga e tai-chi-chuan.

    Cabe ao Brasil eliminar a iniciativa em superar desinformações, preconceitos e vaidades, promovendo a integração entre todas estas linhas complementares de tratamento, formando Terapeutas Corporais que honrem a sabedoria milenar, da mesma forma que abraçam a modernidade psicanalítica, fazendo justiça a que mais esta modalidade terapêutica seja integrante da Terapia Holística, atendendo a Clientela ciente de que físico-psíquico-social-transcendente é uma só unidade indissociável.

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

    ACONSELHAMENTO — processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.

    BIOENERGÉTICA —Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.
    CALATONIA —técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.

    CATARSE extravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    ID é a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego.

    INSIGHT "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    LEITURA CORPORAL — método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    PERSONA — é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

    RELAXAMENTO — vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    TERAPIA CORPORAL — uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

    TERAPIA REICHIANA — desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    VIVÊNCIAS — realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal:

    Idade mínima do cliente para Terapia Corporal: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    Explicar o processo de Terapia Corporal com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    O Terapeuta Holístico deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico;

    O Cliente deve ser inquerido pelo Terapeuta Holístico quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Corporal aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    III - Resultados

    Constatou-se ganhos significativos oriundos do sincretismo entre as abordagens ocidentais modernas e orientais milenares da Terapia Corporal. As manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, mostraram-se mais adaptáveis a cada Cliente, em comparação às mais recentes, oriundas das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética. Em contraponto, a proposta analítica destas últimas são indispensáveis à interpretação emocional refletida via corpo, já que essa capacidade fora perdida no decorrer do tempo, no que se refere ao ensino e prática das técnicas orientais, na forma como nos chegam atualmente.

    Clientes originados de queixas físicas apresentam resultados mais rápidos e eficazes quando a Terapia Corporal aflora as emoções reprimidas simultaneamente ao trabalho de toque. É perceptível ao tato do profissional, o relaxamento nas áreas antes tensas, imediatamente à manifestação da emoção e/ou lembrança que emerge sincronisticanente ao contato físico com a zona reflexa e/ou diretamente sobre a região corpórea. Da mesma forma, regiões sem tônus de pronto manifestam retorno da tonicidade, assim que afloram os sentimentos e lembranças induzidos pelo toque de volta à consciência. Quadros de dores e de dificuldade de movimentos apresentam reversão drástica, ainda que temporária, imediatamente à catarse emocional desencadeada pelo toque e indução verbal.

    Ratificando o acima descrito, quadro similar ocorre com a Clientela de queixas emocionais, onde o trabalho de toque serve tanto para detectar quais regiões corpóreas estão refletindo o quadro psíquico, quanto para aflorar à consciência as emoções reprimidas, bem como lembranças de situações traumáticas.

    Em ambas as situações, a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, incluindo o ACONSELHAMENTO, desempenha papel fundamental em facilitar ao Cliente a compreender o conteúdo aflorado, o que se mostra fundamental para que o quadro queixoso anterior não reincida. A catarse emocional por si só, apresenta resultado temporário, com imediata melhoria do quadro geral, porém, com retorno do estado original poucos dias após. A durabilidade do resultado é mantida quando o Cliente é simultaneamente amparado com técnicas de foco psicoterápico.

    A inclusão do contato físico na relação CLIENTE e TERAPEUTA HOLÍSTICO acelera o ritmo e intensifica a terapia, traduzindo-se em resultados de espectro mais amplo e, uma aumento da frequência e intensidade nas transferências e contra-transferências, exigindo grande preparo do profissional.

    IV - Discussão

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos.

    Modernas ideologias, governos ditatoriais e o cientificismo mecanicista influenciaram uma ruptura no paradigma holístico terapêutico. Seja por necessidade de sobrevivência às perseguições, seja em concessões e adaptações para tentar enquadrar nos limites do "científico", fato é que ao século 20, terapias como shiatsu, tuiná, anma, seitai e similares, chegaram até nós amputadas de sua original tradição sistêmica, passando a tratar o "corpo" como se fosse uma "máquina", composta de "partes" a serem manipuladas pelo toque para que "funcionem" melhor... A excelência técnica das manobras corporais se manteve, porém, perdeu-se a "alma" em algum momento de sua história.

    A partir da década de 70, com o movimento da contracultura, "revolução aquariana", ecologia e retomada do paradigma holístico, as abordagens corporais se permitiram a reintegração com os conceitos de "energia", reassumindo a interação com meridianos (canais de circulação energética da acupuntura - terapia tradicional chinesa), chacras (ou chakras, vórtices de energia estudados na ayurvédica - terapia tradicional indiana) e "corpos sutis" (matrizes energéticas paralelas ao corpo material, conceito este comum a todas as culturas milenares). Ao mesmo tempo, readmitiu-se que a terapia pelo toque igualmente atua nas emoções, porém, sem aprofundar na questão, deixando de integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

    Desenvolvendo-se de forma complementar, contamos com a Psicánalise, pela qual Freud demonstra a grande atuação das questões psíquicas nas somatizações, sendo até possível a reversão destas, como decorrência da análise, ao resgatar do inconsciente, os traumas, lembranças, emoções reprimidas e integrá-las ao consciente.

    Quer seja por preocupar-se em manter-se dentro de uma certo paralelo com a metodologia científica (isolar-se do "objeto" estudado...), quer seja para evitar maiores controvérsias e envolvimentos, TOCAR o Cliente era algo fora de discussão, até a dissidência de Wilhelm Reich, que “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”).

    A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante).

    Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento, também conhecido como Couraças Musculares do Caráter, aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bioenergia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas.

    A linha reichiana "clássica", a Vegetoterapia, segue um padrão relativamente rígido e pré-fixado para a sequência de desbloqueio das couraças, enquanto que as chamadas correntes neoreichianas, como a Bioenergética (que tem Alexander Lowen como seu expoente...) são mais flexíveis quanto à ordem e formas de trabalhar os bloqueios, utilizando-se, além do toque, técnicas respiratórias e posturais, que contém muitos paralelos ao Yôga e Tai-Chi-Chuan...

    Estas últimas vertentes, de origens ocidentais e modernas, em contraponto com as demais linhas aqui inicialmentes descritas, milenares e orientais, permaneceram distanciadas, uma corrente desconhecendo totalmente a outra. Não raro deparamos com reichianos que desconhecem chacras e shiatsuterapeutas que nem sequer imaginam que desbloqueiam "couraças do caráter"...

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar. Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge. É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor. Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA. É consenso que a maioria dos Terapeutas possui profundas feridas narcisísticas em aberto, as quais tentamos cicatrizar ao dar atenção aos Clientes, da forma que jamais tivemos... Não raro, tivemos que amadurecer cedo, quando deveríamos ter tido a permissão de ser crianças e nossos cuidados com os outros é a sublimação do ressentimento de que nosso amor não bastava para sermos correspondidos pelos pais, pois só sendo "produtivos" e "perfeitos" para sermos amados. Por isso, oculta-se no TOCAR em nossos Clientes, o desejo de acolhimento e amor.

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente. Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em contínua terapia e supervisão, inclusive, em grupos de discussão, pois o que se constata na prática é que, independente do quão experiente seja um analista, quando está em momento de contratransferência, sua visão do caso fica prejudicada, enquanto que para os demais colegas, que não estão emocionalmente envolvidos na situação, muito mais facilmente detectam o que está ocorrendo.

    V - Conclusões

    O contato físico intensifica o ritmo da terapia e igualmente aumenta o grau de responsabilidade e exigência técnica, o que é plenamente compensado pela excelência de resultados e gratificação profissional.

    Não há mais justificativa, em nosso atual tempo de acesso globalizado às mais variadas correntes terapêuticas, à ilusão de abordar o psicofísico como se fosse "partes separadas".

    A fusão entre as manobras orientais já tradicionais e a conscientização do efeito psíquico do toque reavivada pelas correntes psicoterápicas reichianas e neo-reichianas, resulta em uma terapia mais profunda e abrangente do que a simples soma das partes.

    Tanto as reclamações de origem física, quanto as de foco emocionais são atendidas na mesma proposta de trabalho, em conformidade com o paradigma holístico, ampliando o leque de oportunidades em atender quantitativa e qualitativamente à Clientela potencial.

    A ampliação da transferência e contratransferência pelo fator do tocar e ser tocado, obriga o Terapeuta Holístico a manter-se em contínua terapia e supervisão, resultando num indivíduo mais equilibrado e autoconsciente e, como tal, um profissional mais eficiente e um ser humano mais feliz.

    VI - Referências bibliográficas

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    VII - Anexos e Apêndices

    VII.I

    Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

     

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

     

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

     

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

     

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

     

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

     

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

     

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça"

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

     

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

     

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

     

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

     

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

     

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contratransferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Imaginem uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Se não estiver atenta à possibilidade de contra-transferência, é capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

     

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

    VII.II -


    Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística

    Se o profissional faz uso de técnicas corporais, jamais deverá chamar este trabalho de "massagem", não só pelo sentido pejorativo que a confusão com prostituição trouxe à palavra, como, também , pelo fato de que estaria sendo enquadrado dentro de alguns requisitos impossíveis de serem cumpridos, pois estaria sujeito às seguintes diretrizes, dentre outras:

    DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942
    Regula a Propaganda de Médico, Cirurgiões Dentistas, Parteiras, Massagistas, Enfermeiros, de Casas de Saúde e de Estabelecimentos Congêneres, e a de Preparados Farmacêuticos
    Das Parteiras, dos Massagistas e Enfermeiros (artigos 2 e 3)
    ART.2 - é proibido às parteiras, aos massagistas e aos enfermeiros fazer referências a tratamentos de doenças ou de estado mórbido de qualquer espécie.
    ART.3 - As parteiras, os massagistas e os enfermeiros estão obrigados a mencionar em seus anúncios o nome, título profissional e local o nde são encontrados.


    LEI 3.968 DE 05/10/1961
    Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Massagista, e dá outras Providências.
    ART.1 - O exercício da profissão de Massagista só é permitido a quem possua certificado de habilitação expedido e registrado pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina após aprovação, em exame, perante o mesmo órgão.
    ART.2 - O massagista devidamente habilitado, poderá manter gabinete em seu próprio nome, obedecidas as seguintes normas:
    1 - a aplicação da massagem dependerá de prescrição médica, registrada a receita em livro competente e arquivada no gabinete;
    2 - somente em casos de urgência, em que não seja encontrado o médico para a prescrição de que trata o item anterior, poderá ser esta dispensada;
    3 - será, somente, permitida a aplicação de massagem manual sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou fisioterápica;
    4 - a propaganda dependerá de prévia aprovação da autoridade sanitária fiscalizadora.

    Como podem perceber, será muito melhor nominar seus trabalhos como "Terapia Corporal", evitando, assim, se enquadrarem nas leis acima citadas, as quais só podem ter sido criadas para coibir a prática da Massagem.

    Já há anos o SINTE recomenda abolir o termo "massagem" (tanto por ser associada popularmente à prostituição, como por enquadrar-se em legislação impossível de ser cumprida) , que deve ser substituída por "Massoterapia", ou, melhor ainda "Terapia Corporal".

    Ultimamente, a expressão "massoterapia" igualmente passou a ser sinônimo de prostituição, além de que, no Paraná, os órgãos públicos identificam como sinônimo de "massagem" e passaram a exigir daqueles que alegam trabalhar com esta técnica, o cumprimento das legislações impraticáveis (DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942 e LEI 3.968 DE 05/10/1961).

    Portanto, a melhor solução é o termo "Terapia Corporal" e aproveitar a oportunidade para que os cursos se aperfeiçõem para fazer justiça a este nome e acrescentem ensinamentos de Reich e Lowen (psicanálise/vegetoterapia e bioenergética) às já consagradas manobras corporais orientais e ocidentais.

    VII.III -

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho

    Estruturas da Psique:

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.


    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.


    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.


    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;
    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;
    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.


    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.


    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.


    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/07/2009 16:24


    Terapia Corporal » Tui-na, An-ma

    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    II.I - Definições

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

    VII.I - Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    VII.II - Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística
    VII.III -
    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Resumo

    Esta propositura disserta sobra a integração das técnicas corporais orientais seculares com as modernas e ocidentais abordagens psicanalísticas reichianas e derivadas, resultando em uma Terapia Corporal de abordagem holística. Resgata a importância do tocar e ser tocado como instrumento de catarse terapêutica e de harmonização psicofísica, resultando em ampliação da qualidade de vida e autoconhecimento, tanto para o Cliente, quanto para o profissional.

    Introdução

    Muito se aborda a globalização e o acesso universal a informações em todos os campos de conhecimento, incluindo a Terapia Holística. Porém, mesmo no Brasil, de ampla tradição de sincretismo e fusão das mais variadas vertentes de pensamento, ainda deparamos com um separatismo entre as técnicas corporais orientais e ocidentais, bem como uma distância entre o discurso de paradigma holístico e uma real aplicação deste conceito, a tal ponto de ainda encontrarmos profissionais que iludem-se de atuar em questões físicas e outros, em aspectos psíquicos, como se tais existissem de forma isolada...

    São inegáveis as qualidades técnicas das manobras corporais tradicionais, tais como o shiatsu, tuina, anma, sparsha, dentre outras, assim como é fundamental a contribuição da psicanálise quanto aos aspectos inconscientes de nossa personalidade serem corporificados. Contudo, ambas as vertentes ainda não convergiram, resultando em "massagistas" (termo totalmente inadequado à legislação brasileira...) que desconhecem o fato de seu trabalho pode resultar em catarses, como também em profissionais da vegetoterapia e bioenergética propondo técnicas de toque, respiratórias e posturais que já estariam eficientemente supridas nas já seculares técnicas corporais, como as já citadas, bem como as oriundas do yôga e tai-chi-chuan.

    Cabe ao Brasil eliminar a iniciativa em superar desinformações, preconceitos e vaidades, promovendo a integração entre todas estas linhas complementares de tratamento, formando Terapeutas Corporais que honrem a sabedoria milenar, da mesma forma que abraçam a modernidade psicanalítica, fazendo justiça a que mais esta modalidade terapêutica seja integrante da Terapia Holística, atendendo a Clientela ciente de que físico-psíquico-social-transcendente é uma só unidade indissociável.

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

    ACONSELHAMENTO — processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.

    BIOENERGÉTICA —Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.
    CALATONIA —técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.

    CATARSE extravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    ID é a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego.

    INSIGHT "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    LEITURA CORPORAL — método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    PERSONA — é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

    RELAXAMENTO — vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    TERAPIA CORPORAL — uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

    TERAPIA REICHIANA — desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    VIVÊNCIAS — realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal:

    Idade mínima do cliente para Terapia Corporal: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    Explicar o processo de Terapia Corporal com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    O Terapeuta Holístico deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico;

    O Cliente deve ser inquerido pelo Terapeuta Holístico quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Corporal aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    III - Resultados

    Constatou-se ganhos significativos oriundos do sincretismo entre as abordagens ocidentais modernas e orientais milenares da Terapia Corporal. As manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, mostraram-se mais adaptáveis a cada Cliente, em comparação às mais recentes, oriundas das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética. Em contraponto, a proposta analítica destas últimas são indispensáveis à interpretação emocional refletida via corpo, já que essa capacidade fora perdida no decorrer do tempo, no que se refere ao ensino e prática das técnicas orientais, na forma como nos chegam atualmente.

    Clientes originados de queixas físicas apresentam resultados mais rápidos e eficazes quando a Terapia Corporal aflora as emoções reprimidas simultaneamente ao trabalho de toque. É perceptível ao tato do profissional, o relaxamento nas áreas antes tensas, imediatamente à manifestação da emoção e/ou lembrança que emerge sincronisticanente ao contato físico com a zona reflexa e/ou diretamente sobre a região corpórea. Da mesma forma, regiões sem tônus de pronto manifestam retorno da tonicidade, assim que afloram os sentimentos e lembranças induzidos pelo toque de volta à consciência. Quadros de dores e de dificuldade de movimentos apresentam reversão drástica, ainda que temporária, imediatamente à catarse emocional desencadeada pelo toque e indução verbal.

    Ratificando o acima descrito, quadro similar ocorre com a Clientela de queixas emocionais, onde o trabalho de toque serve tanto para detectar quais regiões corpóreas estão refletindo o quadro psíquico, quanto para aflorar à consciência as emoções reprimidas, bem como lembranças de situações traumáticas.

    Em ambas as situações, a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, incluindo o ACONSELHAMENTO, desempenha papel fundamental em facilitar ao Cliente a compreender o conteúdo aflorado, o que se mostra fundamental para que o quadro queixoso anterior não reincida. A catarse emocional por si só, apresenta resultado temporário, com imediata melhoria do quadro geral, porém, com retorno do estado original poucos dias após. A durabilidade do resultado é mantida quando o Cliente é simultaneamente amparado com técnicas de foco psicoterápico.

    A inclusão do contato físico na relação CLIENTE e TERAPEUTA HOLÍSTICO acelera o ritmo e intensifica a terapia, traduzindo-se em resultados de espectro mais amplo e, uma aumento da frequência e intensidade nas transferências e contra-transferências, exigindo grande preparo do profissional.

    IV - Discussão

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos.

    Modernas ideologias, governos ditatoriais e o cientificismo mecanicista influenciaram uma ruptura no paradigma holístico terapêutico. Seja por necessidade de sobrevivência às perseguições, seja em concessões e adaptações para tentar enquadrar nos limites do "científico", fato é que ao século 20, terapias como shiatsu, tuiná, anma, seitai e similares, chegaram até nós amputadas de sua original tradição sistêmica, passando a tratar o "corpo" como se fosse uma "máquina", composta de "partes" a serem manipuladas pelo toque para que "funcionem" melhor... A excelência técnica das manobras corporais se manteve, porém, perdeu-se a "alma" em algum momento de sua história.

    A partir da década de 70, com o movimento da contracultura, "revolução aquariana", ecologia e retomada do paradigma holístico, as abordagens corporais se permitiram a reintegração com os conceitos de "energia", reassumindo a interação com meridianos (canais de circulação energética da acupuntura - terapia tradicional chinesa), chacras (ou chakras, vórtices de energia estudados na ayurvédica - terapia tradicional indiana) e "corpos sutis" (matrizes energéticas paralelas ao corpo material, conceito este comum a todas as culturas milenares). Ao mesmo tempo, readmitiu-se que a terapia pelo toque igualmente atua nas emoções, porém, sem aprofundar na questão, deixando de integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

    Desenvolvendo-se de forma complementar, contamos com a Psicánalise, pela qual Freud demonstra a grande atuação das questões psíquicas nas somatizações, sendo até possível a reversão destas, como decorrência da análise, ao resgatar do inconsciente, os traumas, lembranças, emoções reprimidas e integrá-las ao consciente.

    Quer seja por preocupar-se em manter-se dentro de uma certo paralelo com a metodologia científica (isolar-se do "objeto" estudado...), quer seja para evitar maiores controvérsias e envolvimentos, TOCAR o Cliente era algo fora de discussão, até a dissidência de Wilhelm Reich, que “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”).

    A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante).

    Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento, também conhecido como Couraças Musculares do Caráter, aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bioenergia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas.

    A linha reichiana "clássica", a Vegetoterapia, segue um padrão relativamente rígido e pré-fixado para a sequência de desbloqueio das couraças, enquanto que as chamadas correntes neoreichianas, como a Bioenergética (que tem Alexander Lowen como seu expoente...) são mais flexíveis quanto à ordem e formas de trabalhar os bloqueios, utilizando-se, além do toque, técnicas respiratórias e posturais, que contém muitos paralelos ao Yôga e Tai-Chi-Chuan...

    Estas últimas vertentes, de origens ocidentais e modernas, em contraponto com as demais linhas aqui inicialmentes descritas, milenares e orientais, permaneceram distanciadas, uma corrente desconhecendo totalmente a outra. Não raro deparamos com reichianos que desconhecem chacras e shiatsuterapeutas que nem sequer imaginam que desbloqueiam "couraças do caráter"...

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar. Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge. É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor. Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA. É consenso que a maioria dos Terapeutas possui profundas feridas narcisísticas em aberto, as quais tentamos cicatrizar ao dar atenção aos Clientes, da forma que jamais tivemos... Não raro, tivemos que amadurecer cedo, quando deveríamos ter tido a permissão de ser crianças e nossos cuidados com os outros é a sublimação do ressentimento de que nosso amor não bastava para sermos correspondidos pelos pais, pois só sendo "produtivos" e "perfeitos" para sermos amados. Por isso, oculta-se no TOCAR em nossos Clientes, o desejo de acolhimento e amor.

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente. Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em contínua terapia e supervisão, inclusive, em grupos de discussão, pois o que se constata na prática é que, independente do quão experiente seja um analista, quando está em momento de contratransferência, sua visão do caso fica prejudicada, enquanto que para os demais colegas, que não estão emocionalmente envolvidos na situação, muito mais facilmente detectam o que está ocorrendo.

    V - Conclusões

    O contato físico intensifica o ritmo da terapia e igualmente aumenta o grau de responsabilidade e exigência técnica, o que é plenamente compensado pela excelência de resultados e gratificação profissional.

    Não há mais justificativa, em nosso atual tempo de acesso globalizado às mais variadas correntes terapêuticas, à ilusão de abordar o psicofísico como se fosse "partes separadas".

    A fusão entre as manobras orientais já tradicionais e a conscientização do efeito psíquico do toque reavivada pelas correntes psicoterápicas reichianas e neo-reichianas, resulta em uma terapia mais profunda e abrangente do que a simples soma das partes.

    Tanto as reclamações de origem física, quanto as de foco emocionais são atendidas na mesma proposta de trabalho, em conformidade com o paradigma holístico, ampliando o leque de oportunidades em atender quantitativa e qualitativamente à Clientela potencial.

    A ampliação da transferência e contratransferência pelo fator do tocar e ser tocado, obriga o Terapeuta Holístico a manter-se em contínua terapia e supervisão, resultando num indivíduo mais equilibrado e autoconsciente e, como tal, um profissional mais eficiente e um ser humano mais feliz.

    VI - Referências bibliográficas

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    VII - Anexos e Apêndices

    VII.I

    Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

     

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

     

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

     

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

     

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

     

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

     

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

     

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça"

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

     

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

     

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

     

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

     

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

     

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contratransferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Imaginem uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Se não estiver atenta à possibilidade de contra-transferência, é capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

     

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

    VII.II -


    Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística

    Se o profissional faz uso de técnicas corporais, jamais deverá chamar este trabalho de "massagem", não só pelo sentido pejorativo que a confusão com prostituição trouxe à palavra, como, também , pelo fato de que estaria sendo enquadrado dentro de alguns requisitos impossíveis de serem cumpridos, pois estaria sujeito às seguintes diretrizes, dentre outras:

    DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942
    Regula a Propaganda de Médico, Cirurgiões Dentistas, Parteiras, Massagistas, Enfermeiros, de Casas de Saúde e de Estabelecimentos Congêneres, e a de Preparados Farmacêuticos
    Das Parteiras, dos Massagistas e Enfermeiros (artigos 2 e 3)
    ART.2 - é proibido às parteiras, aos massagistas e aos enfermeiros fazer referências a tratamentos de doenças ou de estado mórbido de qualquer espécie.
    ART.3 - As parteiras, os massagistas e os enfermeiros estão obrigados a mencionar em seus anúncios o nome, título profissional e local o nde são encontrados.


    LEI 3.968 DE 05/10/1961
    Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Massagista, e dá outras Providências.
    ART.1 - O exercício da profissão de Massagista só é permitido a quem possua certificado de habilitação expedido e registrado pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina após aprovação, em exame, perante o mesmo órgão.
    ART.2 - O massagista devidamente habilitado, poderá manter gabinete em seu próprio nome, obedecidas as seguintes normas:
    1 - a aplicação da massagem dependerá de prescrição médica, registrada a receita em livro competente e arquivada no gabinete;
    2 - somente em casos de urgência, em que não seja encontrado o médico para a prescrição de que trata o item anterior, poderá ser esta dispensada;
    3 - será, somente, permitida a aplicação de massagem manual sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou fisioterápica;
    4 - a propaganda dependerá de prévia aprovação da autoridade sanitária fiscalizadora.

    Como podem perceber, será muito melhor nominar seus trabalhos como "Terapia Corporal", evitando, assim, se enquadrarem nas leis acima citadas, as quais só podem ter sido criadas para coibir a prática da Massagem.

    Já há anos o SINTE recomenda abolir o termo "massagem" (tanto por ser associada popularmente à prostituição, como por enquadrar-se em legislação impossível de ser cumprida) , que deve ser substituída por "Massoterapia", ou, melhor ainda "Terapia Corporal".

    Ultimamente, a expressão "massoterapia" igualmente passou a ser sinônimo de prostituição, além de que, no Paraná, os órgãos públicos identificam como sinônimo de "massagem" e passaram a exigir daqueles que alegam trabalhar com esta técnica, o cumprimento das legislações impraticáveis (DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942 e LEI 3.968 DE 05/10/1961).

    Portanto, a melhor solução é o termo "Terapia Corporal" e aproveitar a oportunidade para que os cursos se aperfeiçõem para fazer justiça a este nome e acrescentem ensinamentos de Reich e Lowen (psicanálise/vegetoterapia e bioenergética) às já consagradas manobras corporais orientais e ocidentais.

    VII.III -

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho

    Estruturas da Psique:

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.


    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.


    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.


    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;
    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;
    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.


    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.


    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.


    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/07/2009 16:24


    Terapia Corporal » Yôga

    Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade-Desmistificando a Kundalini

     Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade - Desmistificando a Kundalini

    Mitiyo Oshiro Takemoto
    Terapeuta Holística
    CRT – 38660


    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2008

    Sumário

    Introdução ............................................................................... iv

    Sahajoli e Seus Benefícios.........................................................v

    - História.......................................................................................v

    - Cultura Ocidente e Oriente........................................................ vi

    Sexo.......................................................................................... vi

    Dois Cérebros........................................................................... vii

    Três Veículos.............................................................................vii

    Cérebro......................................................................................vii

    Órgãos do Corpo.......................................................................viii

    Órgãos Sexuais..........................................................................viii

    Os Três Tan Tiens.....................................................................viii

    Tantra.........................................................................................ix

    Vantagens da Pratica Sexual......................................................x

    - Os órgãos sexuais e o Cérebro..................................................x

    Rejuvenescimento (dentro das técnicas Taoistas)......................x.

    - A importância da Saliva...........................................................xi

    - Esperma....................................................................................xi

    Kundalini....................................................................................xii

    Sexualidade.................................................................................xii

    Reeducação Sexual.....................................................................xiii

    - Filosofia do Chi........................................................................xiii

    - Chacras, Tantrismo, Budismo e Hinduísmo..............................xiii

    O Cultivo da Energia Sexual e Espiritual..................................xiv

    Os Órgão Sexuais e o Cérebro...................................................xiv

    Material e Metodologia..............................................................xiv

    Discussão....................................................................................xv

    Conclusão...................................................................................xv

    Bibliografia................................................................................xvi


    Introdução

    SEXUALIDADE, ENERGIA E RELACIONAMENTOS.

    A relação entre homens e mulheres tem desconcertado e confundido filósofos, cientistas e pensadores ao longo dos tempos. A sexualidade é uma “doença” que abarca as páginas da história de todas as sociedades. É um ritual que tem absorvido as atividades humanas através das eras e que ainda constitui um dilema para as culturas atuais. Diante de algo que existe há tanto tempo e que faz parte da vida de toda criatura ao longo da história, poderíamos pensar que a raça humana já fosse especialista no tema da sexualidade. Entretanto, ainda hoje, os relacionamentos sexuais continuam ofuscando e confundindo profundamente o espírito das pessoas. Por um lado, criam paixão e amor, acendem o romance e o prazer, despertam as chamas do desejo que tornam a vida digna de ser vivida, mas, por outro lado, a sexualidade é também uma fonte de destruição e negatividade, a causa de infinitos problemas na sociedade. Os taoistas não vêem o sexo ou a energia sexual como uma questão moral. Para eles é mais uma questão de saúde. Assim que você começar a entender sua energia, como ela é e para que realmente existe, você terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhar com ela e como interagir com as pessoas ao seu redor, especialmente com o sexo oposto. A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidos nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultuando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente. A saúde sexual depende intrinsecamente da energia sexual, é a energia mais potente que existe, pois é uma energia criativa, a energia criativa é a pura energia da vida, a sexualidade se manifesta o tempo todo no universo, desde a natureza, plantas, flores, animais e nós humanos, ela flui no universo o tempo todo, ela é um dom que recebemos e que tem que ser utilizada, a natureza deu e a natureza cobra, a pessoa que não sente atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa dos bloqueios energéticos. Sobre a energia sexual se envolve vários assuntos, um deles é a energia da Kundalini.

    Sahajoli e Seus Bebefícios

    O Sahajoli se resume basicamente em exercícios para fortalecer os músculos vaginais e região pélvica. Em primeiro lugar estaremos passando as técnicas de como proceder esse exercício. Em primeiro lugar trabalha-se o fortalecimento de todo assoalho pélvico (vagina, uretra e anus) e é chamado de Uddiana Banda, ou seja, com essa pratica trabalha-se todos os esfíncter, anal, vaginal e uretra através das contrações dos anéis da vagina, anus e uretra. Na segunda fase desse exercício aprende-se a sugar e não apenas apertar para cima os músculos e esfíncter. Conforme ofortalecimento de todo assoalho pélvico, estaremos alcançando o sahajoli, vajroli e amaroli, pois a energia flui até chegar no bindu (comparada a energia do orgasmo). Exercícios para os homens(aqui a intenção é preservar o bindu, ou seja preservar o semen, pois com a ejaculação perde-se a energia e acelera o envelhecimento). Bindu é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico, é um fio que liga o cérebro, medula e órgãos sexuais.

    HISTÓRIA

    Sahajoli é uma arte milenar das mulheres orientais. Antigamente o Sahajoli era praticado naturalmente. Os pais orientavam seus filhos naturalmente com relação a este legado, através do sistema Paran Paran; quer dizer oralmente, nada de leituras ou escritas. Entre os nobres: o pai da jovem contratava uma orientadora, mestra na arte de amar, com a finalidade de preparar a jovem moça Shakti “Deusa do Amor” com intenção de entregar ao pretendente Shiva “Deus do Amor”. Assim se formava um casamento perfeito, inabalável. Com a invasão dos ingleses, devido ao moralismo vitoriano, eles foram proibidos de praticar e caiu no esquecimento.

    Há aproximadamente dois séculos, as prostitutas orientais, as gueixas, se apoderaram dessa técnica para obter mais lucro, ganhar mais clientes. Na China, os Ensinamentos Sexuais da Tigresa Branca, Segredos das Mestras Taoistas –Hsi Lai – ainda existe em grupo secreto, um treinamento concentrado de três anos, com a finalidade de educar e reeducar no “refinamento” aperfeiçoamento para a “imortalidade” sexual e espiritual (valorização da mulher). Esse sistema é compatível com o Tantra.

    No ocidente, o sahajoli feminino se tornou conhecido através do Dr. Kegel, médico americano que popularizou os exercícios de contração vaginal, trazendo muitos benefícios à saúde e sexualidade da mulher. Tomemos como exemplo a cura de muitos casos de incontinência urinária, queda de útero e bexiga. Assim como mulheres antes consideradas frígidas, após aprenderem as técnicas conseguem prazer e orgasmo.

    As praticantes de sahajoli, tem uma aparência mais jovem em conseqüência do reequilíbrio hormonal obtido através destes exercícios. Um famoso mestre de yoga da Bélgica, André Lysebeth diz em seu livro que uma praticante desta técnica ancestral será mais apreciada do que qualquer outra mulher, e não será trocada nem por uma bela rainha.

    O sahajoli entre as mulheres está rapidamente se tornando popular em nosso país para a felicidade de muitos casais que hoje desfrutam deste criativo e saudável em suas relações sexuais.

    O sahajoli masculino, isto é, os movimentos com a musculatura do pubococcigeo no homem, além da movimentação voluntária do esfíncter anal e períneo chamados de exercícios do mulabhanda no yoga, incluindo também os vários tipos de movimentos pélvicos e penianos, que praticados pelos homens, melhora a circulação da áreas pélvica, aumentando consequentemente a potência e o prazer do praticante.

    Os homens que praticam possuem vitalidade e potência sexual até a longevidade, pois em várias regiões do Oriente estes exercícios são utilizados naturalmente no dia-a-dia. Esse conhecimento provém de ensinamentos legados de seus antepassados.

    São homens que realmente fazem amor por horas seguidas, dando mais prazer as suas companheiras. Este conhecimento é fundamental para a prática do sexo Tântrico. A saúde sexual eleva a totalidade do indivíduo (auto estima).

    CULTURA: OCIDENTE E ORIENTE

    Cultura Ocidental: é patriarcal (machista, possessivo, ciúmes, violência, muita dor, remorso, guerra). A mulher não tinha o direito de ter prazer sexual. Os inquisidores da igreja condenavam severamente.

    Cultura Oriental: é matriarcal (paz, amor, compreensão, respeito, não ciúmes). Culto a mulher, a mulher (divindade).

    SEXO

    Dakshina marga – perda do Bindú (ejaculação) é ocidental, primitivo, inferior, meramente físico e mecânico. Resultado: fadiga, cansaço.

    O sexo é feio, vergonha, dão nomes ou apelidos feios aos órgãos genitais: cheios de preconceitos e proibições. Hoje o sexo é liberado sem freios!? Vama marga – manter o Bindú (orgasmo), é oriental, superior, evoluído – é um fenômeno físico-psíquico-emocional. Resultado: saúde e vitalidade, devido a Energia da Kundalini (Energia Vital). Ativa todos os órgãos internos e os chacras, do primeiro até o sétimo chacra. Nesse caso podemos dizer que atingiu o nirvana (iluminação-conceito taoista). Os orientais dão nomes poéticos aos órgãos genitais como: Flor, Rosa, Margarida, Orquídea, Girassol, etc.

    2 CÉREBROS: primeiro cérebro cabeça e segundo cérebro intestino

    Relação Intestino e o Cérebro.

    A ciência e as pesquisas médicas têm demonstrado através de estudos recentes a importância do sistema gastrintestinal e mais especificamente do intestino, para a manutenção da saúde e do bem estar. O intestino passou a ser reconhecido como um ''órgão inteligente'' por sua capacidade de selecionar entre o que comemos, o que nos é ou não útil, e por ser o único órgão do corpo humano capaz de executar funções independentemente do Sistema Nervoso Central, chegando a ser recentemente denominado por especialistas como um ''segundo cérebro''.

    O livro do Dr. Michel Gerson, o “Segundo Cérebro”, menciona que os intestinos possuem uma rica rede neuronal, cerca de 100 milhões de neurônios (semelhante à medula espinhal) que elaboram neurotransmissores. As últimas pesquisas demonstraram que quarenta hormônios e vinte neurotransmissores são secretados também pelo eixo-cérebro-intestinal, ou seja, pelo cérebro e intestino simultaneamente, e que 80% do nosso potencial imunológico esta presente neste órgão. Com isso ao regular todo o nosso organismo os intestinos funcionam como órgãos inteligentes.

    Para que o corpo entre em equilíbrio é importante que haja uma consciência entre a conexão desses dois cérebros, para fazer circular a energia “yin e yang.”

    TRÊS VEÍCULOS OU TRÊS MENTES

    Mente, órgãos e órgãos sexuais.

    Parece que algumas pessoas estão desligadas de si mesmas e dos seus órgãos sexuais. A mente e os órgãos estão, portanto, separados. O taoísmo acredita que a mente, o corpo e o espírito devem trabalhar juntos. Os resultados dependem da assimilação de cada aluno. No Tao, aprendemos a criar um Tempo Sagrado dentro de nós. Com a técnica simples de sorrir em todos os órgãos, podemos integrar o nosso corpo, a nossa mente e o nosso espírito.

    Eles não ficam mais separados. A prática sexual conecta a mente com os órgãos sexuais e o cérebro. Forma uma ponte de ligação entre essas nossas partes e cria-se a sinergia.

    CÉREBRO

    O Cérebro pode acessar e gerar as forças superiores, mas não é fácil armazenar essa energia no próprio cérebro. Precisamos treinar o cérebro para aumentar a sua capacidade e a sua destreza em armazenar a energia. A energia do cérebro, quando aumentada até um determinado nível, podepermitir um maior numero de sinapses e ajudar a converter proteínas em células cerebrais. O Tao acredita que, com o treinamento e a pratica é possível aprender a aumentar o numero de células cerebrais e nervosas, assim como aumentar o numero de sinapses no sistema nervoso central.

    ORGÃOS DO CORPO

    Os órgãos também podem gerar energia, mas muito menos do que os órgãos sexuais e o cérebro. Eles também têm uma capacidade muito maior de armazenar e transformar energia.

    ORGÃOS SEXUAIS

    O Tao descobriu que os órgãos sexuais são os únicos órgãos que podem gerar uma quantidade significativa de energia (força vital ou kundalini).

    OS TRES TAN TIENS

    Eles também podem armazenar energia, transformá-la e fornecê-la para o cérebro, a coluna vertebral, os órgãos sexuais e os outros órgãos.

    Três mentes ou três Tan Tiens conectados significa força “YI”.

    Na pratica do Tao, armazenamos a energia nos três tan tiens, que são os reservatórios de energia dentro de nós. O Tan Tien superior (Bindú) localiza-se no cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) e, quando esta cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. Aqui armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. Todos os Tan Tiens apresentam uma face yin e outra yang. Na natureza, Yin e Yang estão presentes em todas as coisas. Pelo por do sol, o dia (Yang) se converte em noite (Yin). É muito importante sentir os aspectos de Yin dentro de Yang e de Yang dentro de Yin (nascer e por do sol). Um aspecto não existe sem o outro, pois são aspectos inseparáveis da mesma força.

    O centro Tan Tien do coração, entre os dois mamilos é o Tan Tien médio. Ele é associado ao elemento fogo. Ainda assim, dentro do fogo sempre existe água. O espírito original (Shen) é armazenado aqui (glândulas monada e timo).

    O baixo ventre a altura do umbigo é o universo, ou oceano, vazio. Queremos sentir um universo de energia no Tan Tien inferior. Dentro desse universo ou oceano, existe um fogo como um vulcão sob o oceano: “fogo sob a água” (glândulas gônadas).

    Os três Tan Tiens referem-se a esses três reservatórios de energia dentro do corpo. Esses reservatórios são lugares onde podemos armazenar transformar e coletar a energia. Os reservatórios são a fonte de energia que flui através do corpo. Os meridianos são os rios de energia alimentados por esses reservatórios.

    TANTRA (Há muita especulação em torno do Tantra)

    Definição: É uma filosofia comportamental naturalista. É basicamente o sexo, espiritualidade e Yoga. É um instrumento de elevação que leva a espiritualidade. O Tantra pede dedicação, concentração, disciplina. O Tantra organizou os rituais da Magna Mater, transformando-os em um método de emancipação que busca na psique humanda a manifestação da Shakti, a energia primordial que move o Cosmos. Este movimento teve uma forte influencia sobre a religião, a ética, a arte e a literatura indiana, havendo ressurgido com inusitada força entre 400 e 600 d.C, quando chegou a transformar-se em uma moda que acabou por influenciar os modos de pensar e agir da sociedade indiana medieval. Aqui ela se afirma, populariza e estende ainda mais, dando origem a um grande numero de correntes e manifestações filosóficas, religiosas, mágicas e artísticas algumas antagônicas. “Não se trata de uma religião nova senão de uma nova caracterização de fatos que pertence ao hinduísmo comum, mas que as vezes só se apresenta precisamente em suas formas tantricas encontra-se a marca do Tantrismo na mitologia e cosmogonia, mas, principalmente, no ritual.

    O ritual trântrico propõe um caminho chamado Caminho do Vale, que é o mais fácil, pouco movimentado e baseado no relaxamento físico e mental. Ele nos abre para um mundo de sensações e experiências desconhecidas, gera uma plenitude prolongada e a integração total entre dois seres.

    Para o Tantra o corpo é mais do que um maravilhoso instrumento ou admirável mecânica biológica: ele é divino. O Tantra nesse trabalho proposto é chamado de Tantra Branco, focado no casal e não na poligamia.

    Exercício trantrico: o mula bandha

    Este exercício também pode ser praticado por homens e por mulheres. Deitada (o), sentada (o) ou em pé coloque seu pensamento na região anal. Respire com tranqüilidade. Depois de alguns minutos tentando manter a concentração, contraia delicadamente o primeiro esfíncter do ânus, o mais externo. Depois, apertando um pouco mais, dirija sua concentração para o segundo anel muscular, enfim, contraia o eretor do ânus, levando assim os dois esfíncteres anais e períneo para dentro e para cima. Lenta e gradualmente, distinguem-se bem estes três níveis, mesmo na primeira tentativa. Depois, aperte com toda a força que puder até fazer vibrar toda região anal e períneo. Mantenha esta contração ao máximo, retendo o fôlego, por no mínimo 6 segundos. Depois relaxe, mantendo a concentração. Repita no mínimo 5 vezes seguidas.

    VANTAGENS DA PRÁTICA SEXUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    Os Órgãos Sexuais e o Cérebro

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas:”faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”(Bindú).

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Outras vantagens conseguidas através dos exercícios de sahajoli são a parada da incontinência urinária através do fortalecimento do assoalho pélvico, retardamento da ejaculação (ejaculação precoce), anorgasmia (dificuldade ou não chegar ao orgasmo).

    Pompoarismo Tantra Yoga = exercício dos músculos vaginais e do assoalho pélvico (pubococcigeo):

    • Previne desequilíbrios pelo fato de deixar os tecidos da região mais fortes e lubrificadas.

    • - Evita a queda do útero, da bexiga e incontinência urinária, previne contra hérnia, hemorróida

    e varizes.

    - Auxilia a gestante no parto normal e na recuperação pós parto.

    - Elimina a cólica menstrual, auxilia no tratamento de bloqueios, impotência, frigidez e vaginismo.

    - Ativa a circulação do sangue, harmoniza os chacras e equilibra a energia Yin e Yang.

    - Ajuda no equilíbrio da produção hormonal (rejuvenesce).

    • Mais mobilidade dos quadris e das areas pélvicas, melhora a performance da mulher no ato sexual devido ao aumento da libido.

      REJUVENESCIMENTO (DENTRO DAS TÉCNICAS TAOISTAS)

    Os antigos taoistas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres que existem dentro do corpo e que estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo, como o digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em estado ótimo de saúde é muito importante que os músculos esfíncteres se contraiam simultaneamente, estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Quando existe um desequilíbrio de energia sexual, ela é revelada nas características externas da face. Quando os músculos esfíncteres estão em desequilíbrio, os órgãos se esgotam. Essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual, pois são eles que suprem de energia o centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas gerais do corpo.

    Postura dos Três Tan Tiens e no sistema dos 7 chacras para a saúde e manutenção da coluna.

    A IMPORTÂNCIA DA SALIVA

    A saliva marca a primeira fase do desenvolvimento libidinal; para o taoista, a produção de grandes quantidades de saliva assinala as energias restaurativas do nosso corpo. Os taoistas estavam certos nesse pressuposto porque a saliva estimula e é parte do sistema imunológico. Os taoistas vão muito mais longe a seus louvores e na aplicação da saliva. Ao ser refinada, a saliva se torna muito espessa e embranquece, parecendo-se muito com o próprio sêmem. Sabe-se que os taoistas subsistem com esta saliva refinada por longos períodos, vivendo de “ar e orvalho”, respiração e saliva, como costumavam dizer. Eles alegaram que era um catalisador para se atingir a imortalidade.

    Exercícios para ativar as glândulas salivares (importante para a manutenção da saúde geral).

    Os três nós

    - Três Tan Tiens – sorriso interior

    desatar os três Granthis (nó)

    Muladhara – Anahata – Ajna

    ESPERMA

    As células do esperma são da maior importância, pois elas carregam os elementos restauradores. Segundo a bioquímica, o sêmem é quase inteiramente proteína pura, com enormes quantidades de fósforo, cálcio e vitamina C. Ele contém ainda propriedades antibióticas. De modo geral, o sêmem contém muito dos micronutrientes necessários para a saúde do organismo humano, especialmente a pele e cabelo. É muito eficaz para ajudar na restauração da juventude da mulher.

    Para os antigos taoistas, o sêmem e o sangue pareciam ser a mesma coisa: o sêmem era uma destilação do sangue. Um texto remoto alegava que quarenta e nove gotas de sangue equivaliam a uma gota de sêmem. Por esta razão, os taoistas procuravam preservar o seu sêmem, pois assim estariam preservando a própria essência da vida. Levando-se em conta os ingredientes do sêmem, esse antigo diagnóstico intuitivo não está muito longe do que a bioquímica também descobriu sobre o sêmem.

    KUNDALINI

    A energia da felicidade latente dentro da espinha dorsal, até ser ativada pelas práticas tântricas. Geralmente ela é representada como uma serpente encolhida que se move ao longo da coluna. A energia da kundalini poderá ser ativada através de exercícios tântricos e energia sexual.

    Essa é uma energia que deve ser ativada com conhecimento e orientação, levando sempre em consideração o limite de cada ser. A energia nuca morre, ela se transforma.

    SEXUALIDADE

    A energia sexual provém da melhor energia do corpo, porque ele está envolvido no processo de fornecer energia ao centro sexual. Portanto, o centro sexual é a condensação de toda energia do corpo e é essa a razão pela qual a saúde do centro sexual é necessária para a nossa saúde mental, emocional e física.

    A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Ela é a água da vida, que reabastece os jardins do templo humano. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidas nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultivando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente.

    O polo que juntamente com o clitóris proporciona intensa satisfação sexual na mulher é um ponto profundo localizado próximo ao útero na parede anterior da vagina, possui uma textura diferente dos outros tecidos vaginais e fica intumescida na excitação feminina. Esta área ficou conhecida como o Ponto G depois que o médico alemão Dr. Ernest Granferg revelou este ponto em que havendo uma excitação adequada pode aumentar o prazer e levar ao orgasmo feminino.

    O tamanho e a consistência do Ponto G variam de mulher para mulher. É melhor que a mulher sozinha descubra o seu próprio Ponto G e as maneiras e ritmos de manipular este local que lhe proporcionem prazer, dando-lhe mais autoconfiança quando estiver acompanhada do seu parceiro. A harmonia entre o casal é de extrema importância para este momento que desenvolverá uma conexão íntima e mais afetuosa entre o casal.

    Localização do Ponto G na prática para mulheres.

    REEDUCAÇÃO SEXUAL

    Desenvolver um curso no sentido de orientar homens, mulheres e adolescentes para uma prática sexual saudável, com a finalidade de preservar a família e a harmonia nos relacionamentos.

    FILOSOFIA DO CHI (DEDICADO À EVOLUÇÃO INTEGRAL DO SER HUMANO

    ATRAVÉS DA CONSCIÊNCIA)

    O equilíbrio desta energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

    A força vital é uma forma sutil de energia eletromagnética uma realidade fisiológica do organismo. As técnicas de toque físico e não físico, são usadas para mandar energia através de todo organismo “abrindo” pontos bloqueados.

    Lowen elaborou uma síntese dos conhecimentos sobre as energias do corpo e as reuniu na bioenergética, que tem como finalidade liberar as emoções acumuladas por meio de práticas.

    As atividades que tencionam as pessoas acabam por bloquear o feixo energético interior, provocando diretamente enfermidades e ou até contribuindo para formá-las. É aí que pode ser utilizada a bioenergética.

    Em 1990 Lowen publica espiritualidade do corpo. Após alcançar um extremo de polaridade, radicalizando a postura de que todo o problema era defeso contra a sexualidade, ele pôde seguir adiante em sua exploração e introduzir na Terapia um outro eixo deste pólo, a espiritualidade.

    Em 1992 Lowen colocou que o objetivo da terapia passava a ser para ele, auto-percepção, auto expressão, ou seja, conhecer-se, expressar sua verdade e ser dono de si mesmo. Passou a colocar o ego saudável como objeto principal da terapia, e a manifestação da sexualidade como uma das formas de expressão desse ego saudável.

    Chacras,Tantrismo,Budismo e Hinduismo

    A principal diferença repousa na maneira diferente de tratar os mesmos fatos fundamentais. O sistema hindu enfatiza mais o aspecto estático dos centros e suas ligações com a natureza elementar:...isso porque os chacras de um conteúdo objetivo na forma de sílabas-semente permanentemente fixas (símbolos estáticos).

    O sistema budista preocupa-se menos com o aspecto estático-objetivo dos chacras, e mais com o que flui através deles, com suas funções dinâmicas, ou seja, com a transformação da corrente de energias cósmicas ou naturais em possibilidades espirituais.

    A concepção dos chacras apresentada por DVK se assemelha ao dinamismo do sistema budista. Sistema + Movimento: é sentido e percebido = emoção-psíquico-físico-espírito.

    Sincronizadores das energias emocionais, mentais e etéricas, corpo-espírito-mente.

    O sétimo chacra: coronário-o maior é a sede dominante e faz a conexão direta com o primeiro chacra-kundalini.

    O CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL E ESPIRITUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    OS ÓRGÃOS SEXUAIS E O CÉREBRO

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas: “faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”.(Bindú)

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Material e Metodologia

    Sobre os tópicos citados, e os referentes autores os quais menciono, é de grande valia ressaltar a interligação entre o sexo e a espiritualidade, estão relacionadas à saúde física, um não está desvinculado do outro.

    A importância dos chacras e a energia que flui em todo corpo seguindo uma vida sexual saudável, junto com os exercícios citados como o sahajoli é de extrema importância para a melhora constante de todo o corpo, não é apenas sexual, mas a energia que flui dos exercícios são ligados a saúde física levando ao desenvolvimento e crescimento espiritual, esse crescimento está nas técnicas tantricas e nas explicações sobre os chacras e a energia da Kundalini.

    Discussão

    Os autores mencionados em grande maioria cita a energia dos chácras como centro de energia, no livro de Hiroshi Motoyama relata sobre o Tantra Yoga, Kundalini , e a teoria dos chacras e os meridianos da acupuntura, o autor cita que existe a possibilidade da energia dos chacras serem comparados aos meridianos na acupuntura, e em outro ponto de vista a autora relata que a função dos chacras estão mais ligados a fatores emocionais. Acredito que os trabalhos dos autores citados são complementares, pois dizer algo sobre energia pode ser complicado, porque esbarramos no campo dos estudos. É através dos exercícios que se pode dizer mais sobre a energia que flui, pois não se trata necessariamente de uma ciência comprovada, ela não é vista, mas sim sentida. Sobre esses relatos complementares cheguei à conclusão que não existe a sexualidade desligada da espiritualidade, pois, através dos mesmos canais energéticos fluem as mesmas energias.

    Através desta visão a energia sexual é uma questão de saúde, pois ela é potente por ser uma energia vital e manifestada o tempo todo no universo. A pessoa que bloqueia esta energia desenvolve desequilíbrios.

    Através dos exercícios do Sahajoli trazemos benefícios à saúde, curando muitos casos de incontinência urinária, queda de útero, bexiga, ejaculação precoce, entre outros, sendo assim poderosa técnica para manter a saúde física de forma geral.

    Conclusão

    Conclui em meu trabalho e exercícios que realizei em meu próprio corpo, mais os relatos de alunos que também citaram suas experiências, onde através dos mesmos canais energéticos, flui a energia ligada ao sexo e a espiritualidade, sendo assim, quando se tem uma experiência sexual, as energias do orgasmo se reflete em todos os demais chacras, do primeiro ao sétimo chacra podendo ser comparada a iluminação ou nirvana da espiritualidade.

    A energia do primeiro chacra, chamado de Kundalini, é ativada através da atividade sexual, fantasias sexuais e dos exercícios do Sahajoli, criando uma potente energia que quando despertada passa do primeiro chacra e sobe para os demais, levando a ascensão espiritual.

    A finalidade do trabalho é também fortalecer a relação entre homens e mulheres dentro da monogamia através dos exercícios tantricos.

    A saúde está ligada ao fortalecimento do assoalho pélvico, onde se preserva a energia de todos os órgãos do corpo, não apenas os órgãos sexuais, pois se a base está flácida, todos os demais órgãos tendem a cair, assim, quanto mais os exercícios forem feitos, mais saúde de forma geral se tem e é por isso que os taoista entendiam que aproveitando a energia sexual o ser humano conseguiria manter por mais tempo a saúde, a juventude, a longevidade sexual e imortalidade espiritual.

    Conhecendo a energia do corpo, fica simples pensar e discutir sobre a sexualidade, e saber que através do conhecimento do nosso corpo e da energia que flui através dele, é possível chegar à saúde plena tanto física quanto psíquica, pois nossas ações e pensamentos são frutos da energia que circula em nossos corpos.

    Bibliografia

    Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    A cura pela meditação

    Cristina Cairo, Ed. Mercuryo

    Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    Os ensinamentos sexuais da Tigresa Branca – Segredos dos Mestres Taoistas

    Hsi lai, Ed. Aquariana

    Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Energia Sexual e Yoga

    Elisabeth brunton, Ed. Pensamento

    A deusa Durga

    Cláudio Duarte, Ed, Sexto Sentido

    A Espiritualidade nas Empresas

    Marilu Mastinelli, Ed. Sexto Sentido

    Teoria dos Chacras, Hiroshi Motoyama, Ed Pensamento

    Site Pesquisado : http://www.yogalotus.com.br/vamamarga.htm

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 20/05/2008 11:03


    Terapia Corporal Indiana

    Terapia Corporal Indiana

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque

     

    Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

    3. Princípio filosófico de origem.

    4. Noções básicas sobre os Chakras, Nadis.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

                  Tudo que desejamos no plano físico é possível de realizar se obtiver consciência de que a capacidade de criação é natural ao Ser Humano.

                  Devido às condições de preconceitos sociais, culturais e até mesmo religiosos, o ser perde essa capacidade de sentir e criar e passa a crê que tudo depende do mundo externo, das pessoas e quem sabe se DEUS permitir. Se sentindo vazio e frustrado.

                  A terapia corporal por si só já é um agente de carinho, permitindo que a pessoa se preencha deixando de está carente de algo que ela própria não sabe explicar. Apenas que é bom.

                  Agora imagine uma técnica que além de tocar o físico, possa tocar também o corpo energético, fortalecendo e sobrepondo a mente que boicota, para simplesmente Ser o que tem de Ser, na sua verdadeira forma de Natureza interna e individual.

                  Atingir verdadeiramente a sua essência através do toque (deeksha), insuflado através dos mantras e naturalmente o realinhamento dos chakras acontece.

                  A Terapia Corporal Indiana proporciona o realinhamento dos centros energéticos (chakra) e das emoções e conseqüentemente descongestiona o fluxo emocional negativo registrado na capa corporal.  Portanto além de extremo relaxamento, produz equilíbrio e auto estima, revigorando o desejo de ser feliz.

                 

                 

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

      

    Terapia Corporal Indiana Tântrica

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

     

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque.

     

                  Insuflar energia no corpo, limpando os elementos astrais com a identificação do toque.

                  A Terapia Corporal Indiana é uma técnica codificada através de preâmbulos advindos do livro denominado de tantra ensinando princípio comportamental de vida, onde o objetivo principal é um processo de higienização da mente, do corpo físico e do corpo emocional através de fórmula ritualística; incluindo o comportamento sexual ritualístico e metafísico. O toque é a parte principal do ritual maithuna (ato sexual metafísico). Sendo que os contextos deste toque (deekshas) foram transformados em uma técnica de Terapia Corporal sensibilizatória com o intuito de promover equilíbrio energético através do mantra, aroma, pranáyáma e manobras sutis corporal de forma circular para reconectar e polarizar a energia da pessoa que está para receber o deeksha (toque) levando a mesma ao conhecimento do seu EU INTERIOR.

                  Foi desenvolvida com a finalidade de integrar os sete corpos básicos, alinhando-os e purificando-os para que exerçam sua função da auto liberação da consciência. Em outras palavras, a Terapia Corporal Indiana Tântrica proporciona um encontro entre os elementos constitutivos do homem e os elementos essenciais do Ser.

                  O homem é terrestre, telúrico, corporal, o qual se expressa através de uma personalidade social, e sétuplo, testemunho incogniscível do Cosmos e do Ser-persona, onde está o Purusha.

                  O Purusha é o verdadeiro ser interior. Aquele que está acima e dentro do corpo, do etérico, do emocional, do mental, do intuitivo e dentro do espiritual. Domina todo ele, passivamente, aglutinando-os, mas não interferindo; organizando-os de modo não-perceptível.

                  Ao conjunto dos corpos sutis, tais como: emocional, telúrico, mental, intuicional e espiritual, dão-se o nome de psicocorpo (koshas). De modo geral, podemos chamá-lo de corpo psíquico, embora o termo não condiga com a totalidade do significado.

                  Esse corpo pode sofrer mudanças tanto benéficas quanto maléficas, dependendo de como nos comunicamos com ele. Ele sente os reveses do meio ambiente na forma de stress emocional, mental e sexual, influindo diretamente no corpo físico a nível neurológico e muscular, cristalizando-se numa gama imensa de reflexos.

                  Num esquema simples, poderíamos dizer que ao aplicarmos as manobras da terapia corporal no corpo físico, atuaremos também no psíquico. Esse procedimento se movimenta em ondas, do físico para o energético e para o emocional, do emocional para o mental, do mental para o intuitivo. Daí em diante então poderá se manifestar o Purusha. O ponto principal de atuação nesse corpo psíquico é através da respiração e dos mantras que será insuflando durante o toque físico usando como ponto principal os chakras para aportar o fluxo de energia emanada durante o procedimento de aplicação.

                  A Terapia Corporal Indiana surgiu do principio filosófico tântrico derivado da técnica do maithuna (ato sexual metafísico) que em sua primeira importância é adquirir sabedoria deixando de ser um ato sexual carnal para algo absolutamente transcendental.

                  A técnica desta terapia corporal consiste em deixar o ser humano mais sensibilizado e com a sua libido mais ordenada, podendo transmutar esta energia no dia-a-dia em forma pensamento, em forma trabalho ou em forma de expressão harmoniosa.                                                        

     

    3. PRINCÍPIO FILOSÓFICO DE ORIGEM

     

                  Tantra é um termo masculino, como em geral acontece nas palavras terminadas em "a" no idioma sânscrito. Tantra origina-se das palavras TANOTI (expansão) e TRAYATI (consciência), evocando a possibilidade de crescimento da consciência através do Sadhana (prática). A palavra também pode significar "livros". Livros onde são ensinados exercícios, história, ciência, filosofia, atitudes de higiene física e mental, bem como, modo de vida, sexualidade e atuação social. Todo tratado sistemático concernente à prática que leva à "expansão do ser" está representado pela raiz TAN (de estirar ou estender) e o sufixo TRA (instrumentalidade). Obtêm então a palavra TAN-TRA, ou seja, literalmente, "instrumento de expansão" do campo de consciência comum, para alcançar a supra consciência, raiz do Ser e receptáculo dos poderes desconhecidos que o tantra pode despertar e utilizar.

                  No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas. Já conheciam a atração interplanetária, a luz e sua velocidade, extensa teoria a respeito do calor, da gravitação, dos Nakshastras (casas lunares), bem como o ano lunar e solar. Enquanto as outras culturas do mundo ainda engatinhavam, na Índia se desenvolvia a ciência do som (sphotavada).

                  Toda a sistemática do Tantra se desenvolve principalmente através dos Tatwas (elementos: terra, fogo, água, ar e éter) que derivam a força de consciência macrocósmica. A Terapia Corporal Indiana Tântrica se desenvolve através de elementos físicos para dar ordem a elementos mais sutis. O resultado será de uma consciência pura, da energia de ação, energia de conhecimento. Traduzindo; É a recepção do ato de consagração, absorvido pelo o fluxo de energia desprendido da entoação dos mantras e, portanto serem o verdadeiro deeksha (toque divino).

                  O Nyasa (identificação): neste caso tem uma série de características especiais. Entre elas:

    a) identificação com várias partes do corpo físico.

    b) identificação com várias partes dos corpos sutis.

    c) identificação visual (auditiva externa ou interna) dos vários sons primordiais (bija-mantras ou mantra semente).

    d) identificação interior com as deidades evocadas.             

                  Por isso a Terapia Corporal Indiana é muito sutil e transcendental, a importância dela jamais será no corpo físico e sim no corpo sutil (espiritual ou energético). Depois de algumas sessões a pessoa que esta recebendo a energia passa ser um verdadeiro iniciado, mudando completamente seu padrão vibratório energético.

                  Num período muito curto ele perceberá que suas ações já não serão mais a mesma, ou seja, o ponto foco de clareza de um objeto emocional ou racional à sua frente passa ser dominável. Não sendo mais um grande obstáculo de 10 metros de altura, simplesmente é um obstáculo, mas, com 2 metros, ou seja, é possível pensar como transpô-lo.

                  Vamos relembrar ou conhecer os chakras que é a ponte principal para a passagem de energia aplicada nesta técnica.

       

    4. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE OS CHAKRAS

     

                  Chakras são centros energéticos que  trabalham em sintonia entre si e com todo nosso corpo físico e psíquico, estando inter-relacionados com os sistemas parassimpático, simpático e sistema nervoso autônomo. Sua função é vitalizar, equilibrar e interagir com o corpo físico e o corpo psíquico, trazendo o desenvolvimento para a consciência.

                  Chakra é a denominação sânscrita dada aos centros de força existentes nos corpos energético do homem; também são chamados de lótus ou rodas. O seu fluxo de movimento caminha por canais sutis denominados de nadis e seus canais principais são Sushumna, Ida, Pingala,

     

    • O chakra básico - Muladhara  Energia vital

                  Assenta o mundo dos instintos - consciente.

                  Consciência física. Posse Material

                  Discernimento espiritual

     

    • O chakra energético - Svaddhisthana  Fé - Confiança

                  É a entrada no inconsciente - novo nascimento se assim podemos dizer.

                  Impulso sexual e de luta.

                  Transmutação, Criação de uma nova personalidade

     

    • O chakra plexo solar - Manipura  Conhecimento

                  Assenta as emoções – paixões e o inferno produzido por si próprio.
                  Vida emocional instintiva e desejo de realização espiritual.

     

    • O chakra cardíaco - Anahata  Sentimentos

                  Começo do self - pensamento e valores.

                  Autoconsciência vital – Vida Afetiva – Amor Universal

     

    • O chakra laríngeo - Vishuddha  Percepção e purificação.

                  Reconhecimento da independência da psique - pensamento abstrato – conceitos -               produtos da imaginação.

                  Expressão psicológica – Inspiração e expressão criadora.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra frontal - Ajña  Conhecimento interior

                  União do self no todo, não no ego.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra coronário  Sahasrara  Sabedoria

                  É o suporte de o próprio SER.

                  Energia anímica - vontade

                  Realização espiritual.

     

    Veja abaixo  as funções, cores e  localização de cada chakra.

     

    1. Muladhara Chakra – (sico)

                  Este é o chakra que nos conecta as energias de terra, que nos enraíza. É a sede da Kundalini.

    Localização: Entre o ânus e os genitais, base da coluna vertebral.

    Glândula: Gônadas  Excitam a esfera dos sentimentos e desenvolve os instintos fundamentais

    Hiperfunção: Exagerados sentimentos altruístas e, ao mesmo tempo, egoístas. Forte vontade. Tendência à posse e ao domínio. Otimismo, expansão e iniciativa.

    Hipofunção: Timidez. Depressão. Apatia. Pouco rendimento qualitativo.

    Propósitos: Sentimentos sinestésicos, movimento.

    Lição espiritual: Interagir com o  mundo material.

    Giro: no sentido horário no homem – anti-horário na mulher

    Em desequilíbrio: Irritação, raiva, medo de viver, apego excessivo e baixo estima.

    Em equilíbrio: Confiança na vida, segurança pessoal, satisfação, estabilidade, força e coragem interior e auto-estima.

    Informações armazenadas no chakra: Convicções familiares, superstições, lealdade, instintos, prazer físico, dor, toque.

     

     

    2. Svaddhisthana Chakra –  (Energético)

                  É o centro de energia vital

    Localização: Quatro dedos abaixo do umbigo.

    Glândula: Supra Renal: Espírito de luta. Capacidade de reação. Energia das reações psíquicas.

    Hiperfunção: irrascibilidade, agressividade, espírito belicoso, ressentimento, inadaptabilidade, exaltação psíquica.

    Hipofunção: Exagerada sensibilidade a dor, perseverante, serio e trabalhador, mas dominado pela a tristeza e pela a depressão, neurastenia, submissão, abatimento.

    Giro: sentido horário na mulher e anti-horário no homem

    Lição espiritual: Manifestação, aprender a "deixar fluir".

    Em desequilíbrio: - Ciúme, possessividade, instintos reprimidos, tensão, tristeza.

    Em equilíbrio: Fluidez natural da vida em todos os sentidos: corpo e mente, entusiasmo, ações produtivas, franqueza, naturalidade.

    Informações armazenadas no chakra: Dualidade, magnetismo, controlando padrões, sentimentos emocionais (alegria, raiva, medo).

     

    3. Manipura Chakra - (Plexo solar)

                  Este é o chakra do centro do poder pessoal.

    Localização: Em média cinco dedos acima do umbigo (mas precisamente no centro do estômago).

    Glândula: Pâncreas

    Hiperfunção: apatia temperamental, lentidão psíquica.

    Hipofunção: depressão do tônus psíquico, excitabilidade, irrascibilidade.

    Propósitos: Entendimento emocional

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aceitação de seu lugar no fluxo de vida (amor-próprio).

    Em desequilíbrio: Tendência a moldar tudo sob seu próprio ponto de vista, egoísmo, inquietação, insatisfação, descontrole, nervosismo, ansiedade, falta de concentração, medo de novas experiências e medo de rejeição.

    Em equilíbrio: Auto estima, sensação de paz e harmonia, aceitação da vida e do próprio crescimento, autoconfiança, valorização das riquezas interiores e exteriores.

    Informações armazenadas no chakra do plexo solar: Poder pessoal, personalidade, consciência de o próprio ser dentro do universo (senso de pertencer).

     

     

    4.  Anahata Chakra –  (Chakra cardíaco).

                  Este  chakra é o centro da essência divina, do amor universal, inclusive é o que equilibra ou desequilibra os três primeiros com os três últimos chakras.

    Localização: No centro do peito.

    Glândula: Timo

    Hiperfunção: Emotividade excessiva, abulia, timidez, grande imaginação evocativa. Fator predisponente à preservação moral e sexual.

    Hipofunção: Apatia, debilidade mental.

    Giro: horário para a mulher e anti horário para a mulher.

    Propósitos: Abnegação, amor universal, perdão e paz.

    Lição espiritual: Perdão, amor incondicional, deixar fluir, confiança, compaixão.

    Em desequilíbrio: Doação excessiva de si, desespero, ódio, inveja, medo, ciúme, raiva, depressão, angustia, indiferença, brutalidade e frieza.

    Em equilíbrio: Amor, compaixão, confiança, inspiração, esperança, generosidade, solicitude, calma, alegria, equilíbrio.

    Informações armazenadas no chakra do coração - conexões com aqueles que amamos e o amor incondicional.

     

    5. Vishuddha Chakra – (Chakra laríngeo)

                  Este  chakra é a fonte da expressão e comunicação criativa.

    Localização: na garganta aproximadamente um dedo abaixo do pomo de Adão.

    Glândula: Tireóide

    Hiperfunção: Irreflexão, inconstância, impulsividade, inquietude, imaginação muito viva, insônia.

    Hipofunção: Apatia, lentidão nos processos psíquicos, inteligência atrasada, depressão, linguagem deficiente, muito sono.

    Propósitos: Aprender a  assumir responsabilidade pelas suas próprias necessidades, ressonância do ser, comunicação e expressão.

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aprender a render-se à vontade divina, fé, verdade sobre a  decepção.

    Em desequilíbrio: Dificuldade de se mostrar e expressar-se, tomar decisões. Insegurança, crítica, timidez, medo da opinião alheia e falta de autoridade.

    Em equilíbrio: Livre expressão de pensamentos, conhecimentos e sentimentos; criatividade na comunicação, voz potente e clara, eloqüência, capacidade de ouvir com atenção e com o coração honestidade interior, fé, vontade, sensação de total integridade.

    Informações armazenadas no chakra da garganta: Autoconhecimento, verdade, atitudes, audição, gosto, cheiro.

     

    6. Ajnã Chakra – (Terceiro olho)

                  Este  chakra é  o centro dos poderes psíquicos.

    Localização: No meio da testa, entre as sobrancelhas.

    Glândula: Hipófise

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e combatividade, tendência ao domínio, ao abuso. Crítica e rebelião, insônia

    Hipofunção: Vontade fraca, timidez, sugestionabilidade, atraso intelectual, dificuldade em manterá atenção, muito sono.

    Giro: sentido horário e sentido anti-horário.

    Propósito: Intuição e autoconhecimento.

    Lição espiritual: Entendimento, não identificação, mente aberta.

    Em desequilíbrio: Rigidez mental, racionalidade excessiva, vaidade em relação a própria inteligência, medo da verdade, confusão, fixação em determinadas idéias.

    Em equilíbrio: Agilidade mental, visualização desenvolvida, transcendência, abertura da intuição e visão interior, discernimento, inteligência emocional, conceito de realidade, capacidade de ver além das formas físicas.

    Informações armazenadas no chakra do terceiro olho: Ver com clareza e sabedoria, sabedoria, intuição, intelecto.

     

    7. Sahasrara Chakra – (Chakra da coroa)

                  Este é o chakra que nos conecta com a energia divina.

    Localização: No topo da cabeça

    Glândula: Pineal

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e compatibilidade, tendência ao domínio, ao abuso.

    Hipofunção: Atraso intelectual

    Propósitos: Sabedoria intuitiva, conexão para a espiritualidade, integração com o todo.

    Giro: sentido anti-horário nas mulheres e sentido horário nos homens.

    Lição espiritual: Espiritualidade, viver o momento.

    Em desequilíbrio: Falta de propósito, perda da identidade, medo de estar só, sentimento de separação do próprio "eu" transmitindo bloqueio aos demais chakras.

    Em equilíbrio: Descoberta do divino, facilidade para acessar diretamente o conhecimento superior a partir da conexão com o "eu universal", confiança, abnegação, humanitarismo, habilidade para ver o todo no fluxo de vida, devoção, inspiração, valores, éticas. Irradiação da vida com total plenitude e pureza.

    Informações armazenadas no chakra da coroa: Integração e conceito do todo.

     

     

     

    4. a) KUNDALINI - Fogo Serpentino

                  É energia ígnea, serpentina reside no chakra básico (Muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes:

     

    1. ANIMA (exigüidade). Esta é a faculdade que permiti identificar-se com a essência da menor parte do universo e do que ele mesmo é constituído. Permite ver o infinitamente grande (Mahima) ou, ao contrário, o infinitamente pequeno (Anima).


    2. MAHIMA (magnitude). Este é o poder de aumentar de volume, quer dizer, de alargar o círculo de sua consciência e de alcançar a plenitude do conhecimento do infinitamente grande.

     

    3. GARIMA (gravitação). Isto é relativo ao peso e à massa, e se aplica à lei de gravitação que é um dos aspectos da lei de atração. Este fenômeno é à busca dos yogues, ou seja, o estado de Samadhi.


    4. LAGHIMA (levitação). Esta é a possibilidade que tem o adepto de tornar-se mais leve que o ar, afastando a força de atração da Terra, e de desligar-se dele.


    5. PRAPTI (realizar o objetivo). Aquele que possui este poder tem a capacidade de atingir seus fins projetando sua consciência em todos os lugares que ele julga necessários, quer estejam sobre o plano físico ou sobre o plano cósmico. Este poder foi sempre muito utilizado pelos místicos do mundo inteiro. Prapti desenvolve também a clarividência, clariaudiência e telepatia.


    6. PRAKAMYA (a vontade irresistível). Este poder confere ao adepto a possibilidade de realizar todos os seus desejos pela força da vontade divina, quando esta vontade substitui, em parte, a vontade pessoal e seus desejos estão em perfeita harmonia com o plano divino.


    7. VASITVA (o poder de comandar). É o poder de tornar-se mestre das forças elementares da natureza, utilizando o poder do som criador ou mantra. Pela palavra sagrada, as vibrações são produzidas no éter e as diversas formas podem ser produzidas. Ato utilizado em grande feito de magia.


    8. ISATVA (o poder criador). Isatva se refere ao poder que tem o adepto de dispor dos elementos em suas cinco formas e de ressuscitar a vida no plano físico.

     

                  Estes elementos mencionados no item acima são de caráter de curiosidade e conhecimento. Estes aspectos devem se desenvolver através de prática específica para o desenvolvimento das energias de cada chakra.

                  A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

     

    5. OS ELEMENTOS E SEU SENTIDO OCULTO

     

                  “Saiba, que o Fogo (energia) é o primeiro tattwa; o Ar o segundo; a Água o terceiro; a Terra o quarto e o Éter o quinto.

                  “O primeiro tattwa é a panacéia que dá energia vital às criaturas e acaba com sua tristeza. O segundo provém de uma aldeia, o ar da floresta: ele desce da Água, é belo é delicioso e dispensa o poder de gerar. O quarto, pouco custoso, é produzido pela terra, dá a vida às criaturas e é a base da vida nos três reinos. O último tattwa, ó deusa, proporciona grandes alegrias; origem de todas as criaturas, sem começo e nem fim, ele é a raiz do universo. Assim falou Sadashiva de bom augúrio.”

     

    DEFINIR TATTWAS

                  É difícil definir os tattwas ou elementos, por serem ao mesmo tempo concretos e sutis, apesar de incomparáveis. De modo geral, os elementos não são objetos tangíveis, e sim, um conjunto de leis e força que condicionam um estado particular à matéria, estabelecendo-lhes propriedades específicas.

                  O elemento Terra (Priti), basta erguer a cabeça para o céu estrelado para se dar conta de que o universo é, principalmente, vazio. Entretanto, aqui e ali, a matéria cósmica torna-se densa, em vez de se distribuir uniformemente nesse vazio intergaláctico.

                  Partindo da definição de um elemento, todas as leis e todas as prodigiosas energias cósmicas que concorrem para essa densificação constituem o elemento Terra. Assim, nossa terra, simplesmente não passa de uma manifestação localizada do elemento Terra. O Sol e todos os corpos celestes são também manifestação do Elemento Terra, o mais elementar (evidentemente), pois estamos sentados sobre ele. De fato, cada átomo de cada objeto percebido é matéria cósmica densificada e faz parte de um corpo celeste incandescente. Nosso corpo é literalmente, sol resfriado, condensado.

                  O Elemento “Água” (Api) é aquele que mantém a matéria em estado líquido, a água é o fluido mais comum em nosso planeta, é o seu protótipo. Evidentemente mas que interesse há nisso? O interesse é enorme, pois esses fluidos são captadores dos ritos cósmicos, que, por sua vez, dirige todo o nosso biorritmo. O mais evidente desses ritmos é o das marés, que diuturnamente misturam os oceanos em respostas à atração lunar, mas também a solar e as marés sobre todos os líquidos do universo, não somente os de nosso planeta. Mas também, esses ritmos cósmicos não afetam só os oceanos; há uma mini maré num copo d’água, numa gota d’água: E, como no corpo 85 % é constituído de água, todo o biorritmo é a eles submetido.

                  Assim, por intermédio dos fluidos corporais, na morna intimidade dos tecidos, em cada célula, a lua e todos os corpos celestes regulam o imperceptível baile de ritmos vitais.

                  O “AR” (VAYU), embora saibamos é matéria em estado gasoso. Para o tantra, os gases veiculam energias cósmicas sutis.

                  Há milênios os tântricos sabem que o ar não é um gás inerte. Que ele “capta e transporta uma energia impalpável denominado ‘PRANA”, variável de acordo com a estação e o lugar. Eles sabem que nossa vitalidade depende dele e que “sua natureza é a do relâmpago”, intuição extraordinária, por isso é literalmente verdade.

                  Recentemente, a ciência (a biologia, em particular) se preocupava acima de tudo com a composição molecular do ar: azoto, oxigênio, gazes raros, e negligenciava sua ionização. Atualmente, sabemos que os átomos de oxigênio do ar podem ser ionizados, ou seja, ter um minúsculo “pacote” de energia excedente, portanto, disponível. Conforme a proporção de átomos de oxigênio assim ionizados, o ar pode ter propriedades vitais bem diferentes e, sabendo disso, os yogues inventaram técnicas especificas que permitem captar, acumular, controlar o Prana e aumentar nossa vitalidade.

                  O aspecto prático desse elemento está ligado às fontes de nossa vitalidade, aparece, por exemplo, na forma de Office sckiness, o “mal dos escritórios”, que ataca aqueles que vivem fechados nesses edifícios onde predomina o ar condicionado. De acordo com a teoria yogue, o “mal dos escritórios” se explica facilmente: um ar assim, sem prana, necessariamente mina a vitalidade e provoca diversos desequilíbrios. Após tê-lo ignorado ou desconhecido por muito tampo, começam pouco a pouco perceber isso, mas os orgulhosos edifícios de janelas trancadas ai estão e ficarão por muito tempo. Aqueles que são obrigados a viver neles restam o recurso de compensar esse déficit dedicando alguns minutos por dia aos exercícios de pranáyáma.

                  O ELEMENTO “FOGO” (TEJAS) é a matéria em estado “radiante”, por exemplo, a radiação do sol e das estrelas, mas também do fogo comum. Sem o elemento Fogo, nosso planeta seria gelado, pois o Sol não poderia irradiar seu calor até nós através da imensidão espacial, e nós ignoraríamos sua existência e das estrelas.

                  O elemento “Éter” (akasha) É o elemento alquímico que resistiu por mais tempo ao ataque da ciência. De fato, era axiomático considerar o vazio universal cheio de uma substância tênue ao extremo, que não oferecia nenhuma resistência à propagação das ondas e partículas de alta energia: parecia impensável quê o que quer que fosse pudesse ir propagando-se no nada. Tudo foi abalado em 1880, por causa dos resultados negativos das experiências de Michelson que queria comprovar a evidência do éter graças ao interferômetro ultra-sensível por ele inventado.

                  Para o Tantra, o elemento Éter - Akasha, E “nosso éter, ou seja, a matéria no estado mais sutil concebível, mais alguma coisa cientificamente indefinível (eu até diria “provisoriamente”), que eu chamaria, na falta de coisa melhor, de espaço dinâmico. Para o senso, ingênuo, o espaço é um grande buraco, inerte, no qual o Bom Deus concebeu o Universo. Certamente, não é essa visão da ciência, que, no entanto, não está muito melhor, pois ignora totalmente a natureza do espaço, alias, como também, a do tempo.

     

    6. Segredos dos cinco Pranas

     

                  Para que haja mudanças reais é necessário alterar a energia que cria. Este fato é verdadeiro na prática do Yoga. Para causar mudanças positiva no corpo e na mente devemos compreender a energia com qual se trabalha. A esta energia denomina-se de Prana significando a energia primordial. É traduzida a força vital, embora seja muito mais que isto.

                  Certamente o universo inteiro é uma manifestação do Prana, que é o poder criativo original. 

                  Em um nível cósmico há dois aspectos básicos de Prana.

                  O primeiro é o aspecto é a energia de Consciência pura que transcende toda a criação. O segundo ou o Prana manifesto é à força da criação própria. O Prana eleva-se a qualidade (guna) dos rajas, a força ativa da natureza (Prakriti). A natureza ela mesma consiste em três gunas: sattwa ou harmonia, que causam a mente, o rajas ou o movimento, que causa o prana, e tamas ou inércia que causam o corpo.

                  Certamente poder-se-ia discutir que Prakriti ou a natureza são primeiramente Prana ou rajas. A natureza é uma energia ou um Shakti ativo. De acordo com a tração ou a atração do Self mais elevado ou da consciência pura (Purusha) esta energia torna-se sattwica. Pela inércia da ignorância esta energia torna-se tamásica.

     

     

                  Relativo à nossa existência física, Prana ou a energia vital são uma modificação do elemento do ar, primeiramente o oxigênio que nós respiramos que permite que vivamos. Contudo enquanto o ar origina no éter ou no espaço. Prana levanta-se no espaço e remanesce-se conectada próxima a ele. Onde quer que nós criemos o espaço a energia ou Prana devem levantar-se automaticamente.

                  O elemento do ar relaciona-se ao sentido de toque. O ar em um nível sutil é toque. Com o toque nós sentimos vivos e podemos transmitir nossa vida-força a outra. Contudo enquanto o ar se levanta no espaço, assim que toca levanta-se do som, que é a qualidade do sentido que corresponde ao elemento do éter. Através do som nós elevamos e sentimos nossas conexões mais longas com a vida ao todo.

                  Ser do ser humano consiste em cinco koshas ou copos sutis:

    1) Kosha de Annamaya  alimento (Anna) - exame - os cinco elementos

    2) Kosha de Pranamaya - respiração  vital (Prana) - os cinco pranas

    3) Kosha de Manomaya - impressões  mente (Mano) exterior - os cinco tipos de impressões sensoriais

    4) Kosha de Vijnanamaya - idéias - inteligência - atividade mental dirigida – Conhecimento (Vijna).

    5) Kosha de Anandamaya - experiências - mente mais profunda - mente da memória, a subliminal e a superconsciencia – felicidade (Ananda).

     

    Pranamaya Kosha:

                  O Pranamaya Kosha é a esfera de nossas energias vitais da vida. Representa os três koshas – corpo mental (mente exterior, inteligência e mente interna) É atingível através da meditação dinâmica e as cinco impressões sensoriais.

    O melhor termo para o Pranamaya Kosha é provavelmente “corpo vital” para usar um termo do Yoga integral de Shri Aurobindo. O Pranamaya Kosha consiste em nossos impulsos vitais da sobrevivência, da reprodução, do movimento e da self-expressão, principalmente sendo conectado aos cinco órgãos do motor (excretor, urinário, genitais, os pés, as mãos, e órgão vocal).    

                  Uma pessoa com uma natureza vital forte se tornará proeminente na vida e pode imprimir sua personalidade no mundo. Aqueles com uma energia vital fraca o poder realizar-se muita tardia e ou de pouco efeito em cima da vida, geralmente estando em uma posição subordinada.

    O Pranamaya, entretanto, é importante para o trajeto espiritual é muito diferente do vital egoístico ou desejo orientado. Deriva sua força para as praticas espirituais que necessita de determinação e do poder pessoal. Na mitologia Hindu este Prana mais elevado é simbolizado pelo Sita-Rama, pode tornar-se tão grande ou pequeno como deseja, pode superar todos os inimigos e obstáculos, e realiza milagres com a energia vital, a curiosidade e o entusiasmo na vida junto com um controle dos sentidos e dos impulsos vitais realizam com aspiração elevadas.

     

    Os cinco Pranas

    O Pranamaya Kosha é composto dos cinco Pranas. O Prana preliminar divide-se em cinco tipos de acordo com seus movimento e sentido. Esta é a base da terapia ayurvédica e do o pensamento de hindu.

     

    Prana

    Prana, literalmente “o ar que move para diante, governa a recepção de todos os fluxos vitais: a ação de comer o alimento, de beber da água,  da respiração, à recepção de impressões sensoriais e de experiências mentais. É propulsor na natureza, ajustando coisas no movimento e guiando-as. Fornece a energia básica que nos dirige na vida.

     Apana

     

    Apana, literalmente o “ar que se afasta,” move-se para baixo e para fora e governam-se todos os caminhos da excreção e da reprodução (que tem também um movimento descendente). Governa o a eliminação do bolo fecal, da urina, expele o sêmen, líquido menstrual e o feto, e o dióxido de carbono através da respiração. Em um nível mais profundo governa a expressão das experiências sensoriais, emocionais e mentais negativas. É base de nossa função imune em todos os níveis.

     

    Udana

    Udana, literalmente “o ar ascendente,” os movimentos para cima e os movimentos qualitativo ou transformativo da vida-energia. Governa o crescimento do corpo, da habilidade de estar, do discurso, do esforço, do entusiasmo e da vontade. É nossa energia positiva principal na vida com que nós podemos desenvolver nossos corpos diferentes e evoluir na consciência.

     

    Samana

    Samana, literalmente “o ar balançando,” movimentos da periferia ao centro, com uma ação de discernindo. Ajuda na digestão em todos os níveis. Trabalha no intervalo gastrointestinal para digerir o alimento, nos pulmões para digerir o ar ou absorver o oxigênio, e na mente para homogeneizar e digerir experiências, seja sensorial, emocional ou mental.

     

    Vyana

    Vyana, literalmente “o ar circulante externo,” move-se do centro para a periferia. Governa a circulação em todos os níveis. Move o alimento, a água e o oxigênio durante todo o corpo, e mantém nossas emoções e pensamentos que circulam na mente, dando o movimento e fornecendo a força. Ao circular assim ajuda a todos os outros Pranas em seu movimento.

     

                  Os cinco Pranas são as energias que se distribui dentro dos tattwas em diversos níveis.

    Prana Vayu governa o movimento da energia da cabeça para baixo que é o centro Prânico no corpo físico.

    Apana Vayu governa o movimento da energia para baixo ao chakra da raiz. Samana Vayu governa o movimento da energia da parte traseira inteira do corpo. Vyana Vayu governa o movimento da energia para fora do corpo inteiro. Udana governa o movimento da energia do até a cabeça

                  O Prana governa a entrada das substâncias. Samana governa sua digestão. Vyana governa a circulação dos nutrientes. Udana governa a liberação da energia positiva. Apana governa a eliminação.

                  Isto é bem como o funcionamento da engrenagem de uma máquina. O Prana traz o combustível, Samana converte este combustível em energia, Vyana circula a energia aos vários locais da engrenagem. Apana libera os detritos ou produtos do processo da conversão. Udana governa a energia positiva criada no processo e determina o trabalho que a máquina pode fazer.

                  A chave à saúde e ao bem estar é manter nosso Pranas na harmonia. Quando um Prana se torna inaceitável o outro tendem a tornar-se desequilibrado também porque todos são ligados um no outro. Geralmente Prana e Udana trabalham o oposto da Apana como as forças da energização contra aquelas da eliminação. Similarmente Vyana e Samana são opostos como a expansão e a contração.

     

    Como o Prana cria o corpo físico?

                  Sem Prana o corpo físico não é mais do que uma protuberância de massa, gelatinosa com vários membros e órgãos. Ele circunda pelas os canais ou Nadis, através de que pode operar e energizar a matéria bruta em vários tecidos e órgãos.

     

    Prana Vayu cria as aberturas e os canais na cabeça e no cérebro para baixo ao coração. Há sete aberturas na cabeça, os dois olhos, as duas orelhas, as duas narinas e a boca. Estes são chamados de sete Pranas ou sete Rishis no pensamento Védico.

     

    Udana Vayu ajuda o Prana a criar as aberturas na parte superior do corpo, particularmente a boca e órgãos vocais. A boca, apesar de tudo, é a abertura principal na cabeça e no corpo inteiro. Poder-se-ia dizer que o corpo físico inteiro é uma extensão da boca, que é o órgão principal da atividade, de comer e de expressão físicas.

     

    Apana Vayu cria as aberturas na parte mais inferior do corpo, as dos sistemas urinário, genitais e excretores.

     

    Samana Vayu cria as aberturas na parte média do corpo, aquelas do sistema digestivo, centrado no plexo. Abre para fora os canais dos intestinos e dos órgãos, como o fígado e o pâncreas.

     

    Vyana Vayu cria os canais que vão às peças periféricas do corpo, dos braços e dos pés. Cria as veias e as artérias e também os músculos, os nervos, as junções e os ossos.

     

    Em resumo, Samana Vayu cria o tronco do corpo (que é dominado pelo intervalo gastrointestinal), quando Vyana Vayu cria os membros. Prana e Udana criam as aberturas superiores ou os orifícios corporais, enquanto Apana criar canais externos.

     

    Prana, entretanto existe não apenas no nível físico. O plexo é o centro vital principal para o corpo físico. O coração é o centro principal para o Pranamaya Kosha. A cabeça é o centro principal para o Kosha  Manomaya.

     

    Prana e a respiração

    Respirar é a principal função da atividade de Pranica no corpo. O Prana governa a inalação. Samana governa a absorção do oxigênio que ocorre principalmente durante a retenção da respiração. Vyana governa sua circulação. Apana governa a exalação e a liberação do dióxido de carbono. Udana governa a exalação e a liberação da energia positiva através da respiração, incluindo os sentimentos que alteram o movimento da respiração.

     

    Prana e a mente

    A mente tem também suas energias Pranica. Isto se deriva do alimento, da respiração e das impressões externas. Prana governa a entrada de impressões sensoriais. Samana governa a digestão mental. Vyana governa a circulação mental. Apana governa a eliminação de idéias tóxicas e de emoções negativas. Udana governa a energia, a força e o entusiasmo mentais positivos.

     

    Em um nível psicológico, Prana governa nossa receptividade às fontes positivas do relacionamento, do sentimento e do conhecimento com a mente e os sentidos. Quando desequilibrado os desejos cria instabilidade emocional. Tornamo-nos insatisfeito e geralmente fora do contrapeso.

     

    Apana em um nível psicológico governa nossa habilidade de eliminar pensamentos e emoções negativos. Quando desequilibrados gera-se depressões e nós começamos a sentir a obstrução com experiência desagradáveis que nos direciona para baixo na vida, fazendo-nos temíveis, suprimido e fraco.

     

    Samana Vayu dá-nos o sentimento e o contentamento na mente. Quando desequilibrado Nos agarramos às coisas e tornamo-nos possessivos em nosso comportamento.

     

    Vyana Vayu dá-nos o movimento livre e a independência na mente. Quando desequilibrado causa a desolamento, e alienação Nós somos incapazes de unir-se com os outros ou de permanecer conectados aqui e agora.

     

    Udana dá-nos a alegria e o entusiasmo e as ajudas nossos potenciais espirituais e criativos mais elevados. Quando desequilibrados causa o orgulho e o arrogância. Nós tornamo-nos infundados, tentando ir à elevação e perder a trilha de nossas raizes.

     

    Pranáyáma

                  É uma técnica de exercícios de respiração, No Yoga Sutras, as práticas do pranáyáma e do ásana são consideradas as mais elevadas das disciplinas de purificação da mente e do corpo.

                  As práticas produzem a sensação física de real calor, chamado tapas, ou o fogo interno de purificação. Este calor é parte importante no processo de purificação das nadis. No pranáyáma é focalizada a atenção na respiração e é conseqüentemente muito importante manter uma mente alerta, para os processos que estão sendo observados que são muito sutis. O único processo dinâmico do corpo é o ato de respirar. O Prana somente incorpora o corpo ao momento em que há uma mudança positiva na mente. Naturalmente, nosso estado da mente não se altera com cada respiração, a mudança ocorre sobre um período de tempo longo. Agora se praticar o pranáyáma você observará uma mudança da mente, pois significa que direcionou o prana através dos exercícios então as mudanças da mente podem ser observadas primeiramente em nossos relacionamentos com as pessoas.

     

    5. MÉTODO

                  A terapia corporal Indiana é aplicada da seguinte forma:

                  É necessário preparar o cliente como em qualquer outra técnica de terapia corporal, como quiropraxia no intuito de realinhamento vertebral para que se possa aplicar este método. É de suma importância que as vértebras estejam realinhadas, pois ela será o canal de passagem energético do trabalho sutil e de insuflação de energia.

                  A técnica da Terapia Corporal Indiana consiste em colocar o cliente confortavelmente na posição de decúbito frontal, com música suave, incenso e aroma no ambiente, luzes de tons azuis ou violáceas, para permitir a conexão de relaxamento. O terapeuta se colocará numa posição centrada de respiração rítmica procurando ao toque identificar a respiração do cliente, induzindo-o a um estado de respiração lenta e continuada até que a sintonia do cliente e do terapeuta esteja fluente. Depois deste momento as manobras são aplicadas em movimentos circulares dos pés em direção ao topo da cabeça e no momento em que for mudar a mão na posição do corpo, manter sempre a mão esquerda posicionada ao corpo do cliente para que ele não se sinta abandonado. Os movimentos são estritamente leves, apenas para que a energia possa fluir livremente pelos os canais sutis denominado de nadis. Feito isto sem perder o contato com o cliente, virá-lo para a posição em decúbito dorsal, trazendo a energia da mesma forma circulante em direção aos pés. As manobras poderão ser servidas de um óleo aromático constituído de rosa, sândalo e jasmim com o intuito de proporcionar a sutilização energética preparando a pessoa para a recepção do mantra que será entoada a seguir.

                  Terminando as manobras o terapeuta se sentará ao lado do corpo do cliente sem perder o contato e com toques com as pontas dos dedos indicador e médio unido um ao outro sempre tocando o centro de cada chakra, insuflando os bijas mantras (semente dos chakra) até que venha se posicionar sentada em frente ao topo da cabeça do recebendo. Onde serão insuflados mantras dos elementos com a função de consagrar, ou seja, o cliente estará recebendo um deeksha (um fluxo energético divino de iniciação), findando esta etapa deverá induzir o cliente em relaxamento falado com música de fundo sempre levando a se reconhecer como ser perfeito.

     

    CONCLUSÃO

                  Esta terapia corporal não tem intenção de debelar desequilíbrios físicos e sim desequilíbrios energéticos que na verdade onde se concentra a verdadeira dificuldade do ser humano. Apos receber o deeksha da maneira corrente o cliente terá sido codificado no seu corpo espiritual e sempre será levado a ponto do seu equilíbrio, mesmo que nunca mais receba esta técnica. Mas para que isto ocorra serão necessários à aplicação de pelo menos 10 sessões para que o realinhamento dos chakras ocorra. Estamos acostumados com vicissitudes da vida, portanto enquanto não é absorvida a energia o chakra não se equilibra por isso a necessidade de repetições.

     

    BIBLIOGRAFIA

      

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

    Em relação a Terapia Corporal Indiana – trabalho idealizado após curso com o Prof. Levi Leonel em 1983 – Rio de Janeiro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Vivência Tântrica

    Vivência Tântrica

    Ao encontro do coração e da prosperidade, assim como o equilíbrio da sexualidade e o fluxo da sensibilidade

     

     Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Libido?

    3.  Conhecimento sobre os elementos que se atinge no desenvolvimento do vivenciar.

    4. O que é Vivência tântrica.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

      

    I- INTRODUÇÃO

                 

                  A insatisfação por não produzir. O vazio por não saber amar ou não ser amado. O desejo que algo externo resolva a vida. Tudo se transforma em couraças. Onde o EU se esconde em manifestações de medo, timidez, agressividade, hipersensibilidade, improdutividade, egocentrismo. Ou ainda – “Eu sou o único” – “Sou o melhor” – “Sou eu que resolvo as coisas, ninguém faz melhor que eu” – “Eu sou festeiro e popular”. Esta última manifestação certamente é a pior forma de manifestar as couraças. Porque em algum momento do seu dia, vai se sentir exausto triste e solitário. “Não aceito falar de mim”, “Não vou transparecer o que sinto nunca, imagine!”

                  “Nunca deixo saber o que sinto e penso, não quero que invada a minha individualidade!”

                  Na verdade todas essas manifestações ou “qualidades” são fugas de si ou do mundo. É a dificuldade de apalpar a si mesmo, de si amar. Se você não se ama, não pode saber amar.

                  Se você não se equilibrar não pode perceber rapidamente e sensivelmente a forma de ensinar a se equilibrar.

                  Para o principio tântrico o equilíbrio e o desequilíbrio é um leela (jogo) uma dança no fluxo cósmico.

                  Se você simplesmente dançar o leela acontece. Você vira a água nas tempestades. O vento no vendaval. A chama na fogueira.

    De forma lúdica e sincrônica vivencia tudo aquilo que é natural em si. Você não pensa mais. Apenas sente ou simplesmente é.

                  O EU SOU ou SO HAM passa a fazer parte em cada inspiração e expiração. Inspirar e expirar constantemente em sincronia com o que deseja fará com que se conclua. Basta ensinar a mente a simplesmente ser e não mais comandar.

                  Descodificar a mente para que ela entre no leela cósmico é simples. É necessário dar à ela aquilo que não é metódico.

                  Há de convir que desde 3 ou 4 anos da idade cronológica que sua mente aprende apenas a se defender de que:

    “ “Isso não pode” - “Isso não deve” - “Seja homem” - “Seja educado no sentido formal” -”Seja rico para ser homem de bem” - Ou, pior ainda: “Quem ficou rico é inescrupuloso” ”.

                  Para as mulheres: “Olha todos os homens são iguais” - “Homens não prestam”

                  Para os homens: “Cuidado mulher é um bicho” – “Mulher é interesseira”

    Em relação ao sexo então:

    Mulheres: ”Sexo é proibido” – “Não seja sensual é feio” –

    Homens: “Para ser homem precisa ser garanhão, se não deixará de ser homem”. Para as pessoas que estão na faixa entre 40 a 60 anos cronológicos é o sentimento que impera e comanda o mental, agindo de forma inconsciente e produzindo resultados negativos. E ai o insucesso é fatal em quase todos os planos da vida.

    Enfim, infindáveis fórmulas chavões para o insucesso, o desamor, a timidez e a má relação consigo próprio. A mente codifica e lidera a frente da real sensação, desviando do verdadeiro caminho individual de simplesmente ser Natural – Integro e amável e feliz.

                  Vivenciar as emoções aparentes e sentir o coração é um caminho lúdico e sensorial, produzindo a capacidade de aumentar o fluxo da intuição, aumentar o fluxo do sentir.

                  Para isso basta utilizar-se das técnicas que o tantra propicia. Que álias, no ocidente muito bem elaborado através do contato popular com o OSHO.

                  Eu me permeio através do Tantra matriarcal e antigo onde o fluxo feminino (Shakti) que é responsável pelo o espírito das realizações natural. Simplesmente SER e Vivenciar pelo o fluxo da libido.

     

    2  - O QUE É LIBIDO?

                  Vamos conhecer a real conotação da libido em relação à parafernália tântrica, tão confundida e mal interpretada pelo o ser ocidental e os ditos “tântricos”

                  Fala-se em libido, entende-se sexo. Sexo é o significado principal e final apenas para aqueles que ainda não a entendeu ou para aquele que não sabe direcioná-lo e assim utilizar-se desta força encantadora e mágica.

                  Libido é a mola propulsora para tudo que se pensa em sentir e fazer.

                  A libido é uma energia pura incandescente no ser humano manifestada através do ato de sentir prazer.

                  O prazer de comer em equilibro = saborear.

    Mas em desequilíbrio entra em compulsão do comer porque essa forma de sentir é fálica.

                  Libido organizada faz fluir o trabalho = Prazer - produz êxtase.

                  Libido desorganizada = O trabalho não flui - não há energia propulsora.

                  O prazer de amar ao tocar o filho, o coração treme. Porque o amor é puro e transcendente. A libido ai está presente no sentir, pois provoca êxtase, felicidade.

                  O prazer de amar o sexo oposto, todos que se apaixonaram conhecem a libido se manifestando e é a forma que todos a identificamos.

                  Mas libido é o calor na pele, sem está calor. É o arrepio de uma caricia. É o ouriçar dos pelos quando se emociona. É a alegria nos olhos. É ainda a lágrima nos olhos quando se ri gostoso. É ouvir uma música e se arrepiar. É perceber o nascer de uma flor e se sentir emocionado. É ver uma criança nascer e se emocionar.

                  Quantos já desconhecem estas sensações? Se não sentem e não percebem isso, não pode mesmo perceber que a libido está além do tesão pelo o sexo oposto.

                  Alias se não sentem isso, já não consegue mais sentir Excitação pelo o sexo oposto. Acabou a excitação por si.

                  Vivenciar significa buscar isso dentro de si e por si mesmo.

                  Perceber que ao respirar, a pele se manifesta, Ao dançar o corpo arrepia, apenas no sentir da música e bailar suas emoções numa dança de sensações, sem pensar. Somente sentir e reaprender a amar-se.

                  A Libido movimenta a vida, a alegria, rejuvenesce e vitaliza.

                  Onde está a libido?

                  O tempo inteiro em você mesmo, basta um respirar profundo e ela se manifesta.

                  Basta um carinho do sexo oposto e ela se manifesta – Conhecido por todos, não é mesmo?!

                  Mas, se a música certa tocar também se manifestará. Quem aprende a conectar a libido, não ficará mais triste além do necessário. Porque saberá a medida exata do sentir.

                  Aprendemos que as pessoas importantes na vida são nossas: meus filhos, meu homem ou minha mulher, minha amiga (o), etc. Puro exercício de ego.

                  A libido direcionada de forma harmoniosa você saberá que deve apenas sentir e vivenciar. E que o conjunto de relações pessoais e interpessoais são feitas para interagir e não para possuir.

                  Porque a única posse que de verdade temos é o “EU” esse sim possuirá os efeitos de tudo que permeia a vida. E a forma de manifestação no físico do EU é através do permear da libido que é energia pura e criadora.

                  Criadora da prosperidade na forma plena da palavra.

                  Esse é o verdadeiro passo para a abundância. E o verdadeiro “Tesão” pela a vida. Sem medo, sem pré-conceito, sem negações. Simplesmente viver poeticamente a vida.

    Eu acredito piamente que o Ser passa pela a terra com a única função de vivenciar e sentir a abundância no leela (jogo ou dança) cósmico e na terra. Aprender lidar significa adquirir o nirvana. Ou seja, transcender a consciência através do coração.

                  Abundância está em todos sem distinção de raça ou credo. É para todos aqueles que se permite.

                 

    3- Conhecimento sobre os elementos que se desenvolve na prática vivencial.

     

    ANÁLISE SINTETIZADA DOS CORPOS HUMANOS.

                                                           

    1- CORPO - Anna Kosha (corpo ilusório de alimento).

                  É o nosso corpo físico grosseiro, constituído dos cinco órgãos dos sentidos: ouvido (som), pele (tato), olhos (visão), língua (paladar), nariz (olfato) e dos cinco agentes da ação: boca, genitais, mãos, pés e orelhas. Sua capa muscular, os nervos e ligamentos, bem como a sua estrutura óssea armazenam as tensões vindas dos corpos superiores, sobrecarregando alguns órgãos que sobrecarregam outros, numa cadeia de sintomas às vezes complexos. O corpo físico reage aos claramente através de movimentos, exercícios, danças e toques. Seu centro-realimentação está nas gônadas, portanto na área sexual, e seu estágio é o do mineral, dentro da natureza, como um todo, e seu oposto complementar é o olfato (narinas). Seu elemento é a Terra (ossos, dentes e unhas).                                                                                                                                                                                         

    2 - CORPO - Prana Maya Kosha (energético etérico)

                  É um corpo constituído de prana etérico, comanda os órgãos dos sentidos e contém os cinco sentidos sutis: éter, ar, fogo, água, terra aspecto prânico, energético. Alguns autores dizem que existem 300.000 canais que transportam prana, outros 72.000 que formaria o corpo etérico visível facilmente. Sua emanação energética vem das supra-renais próximos ao umbigo, e seu aspecto sutil, invisível, se relaciona também com os minerais. O corpo energético reage ao respiratório em geral, aumentando consideravelmente seu brilho externo ao corpo, com um pequeno número de exercícios de respiração. Esse corpo transmite as sensações dos corpos sutis para o físico, formando uma ponte de ligação entre as emoções e os músculos e nervos. Seu oposto complementar é a língua e o paladar. Seu elemento é a água.

     

    3 - CORPO - Kama Maya Kosha (desejo)

                  É o nosso corpo das emoções telúricas. O ponto central do corpo astral está no estômago (plexo solar) e sua irradiação sutil está relacionada com a vontade (volição) e com o desejo. Sua manifestação mais clara é o instinto, a reação reflexa, ou seja, é o órgão que se manifesta com um emocional expansivo e forte. “Ele irradia “nosso estado de espírito e é afetado pelo que vemos” o que os olhos não veem, o estômago não sente”. Está intimamente ligado com o pâncreas diretamente o sentido da visão. Seu elemento é o fogo e atua na combustão dos alimentos e reage ao desejo e à vontade.

     

    4 - CORPO - Ananda Maya Kosha (felicidade)

                  É localizado no centro cardíaco e é o nosso corpo das emoções afetivas e amorosas. É grandemente estimulado pelos vegetais superiores como legumes, verduras e frutas. O sentido do tato está intrinsecamente relacionado com o coração e se expressa de modo claro nas relações de empatia com outro. Seu elemento é o ar reage aos sentimentos em geral.

     

    5 - CORPO - Manas Maya Kosha (conhecimento)

                  O Manas (mente) se manifesta como intelecção e memória sendo essa a função desse corpo. Seu elemento é o éter que está relacionado com os ouvidos.

    É um corpo que se manifesta no nível da garganta em seu aspecto mais sensorial a reage aos Mantras de “H” aspirados, como no Inglês de horse. Seu corpo é de manifestação sonora e, portanto, o som faz vibrar em ondas que vão do mental ao intuicional.

     

    6 - CORPO - Jñana Maya Kosha (sabedoria)

                  Este corpo se manifesta como sabedoria pura, percepção clarividente. Ele reage à ação contemplativa, após as vibrações da mente cessar. Reage ainda aos Bija-Mantra, e especificamente, aos sons nasalizados. É a sabedoria após o conhecimento.

     

    7- CORPO - Buddhi Maya Kosha (corpo ilusório feito de intuição)

                  É o mais próximo da mônada espiritual humana. Não tem som específico, nem reage ao toque, mas como é um arquétipo humano reage aos símbolos inconscientes tais como, os Mandalas ou Yantras e os Mula-Mantra, tais como o “OM”.

     

                                              OS SETE PLANOS e as suas cores

    Podemos entrar em contato com cada plano vibrando na sua cor correspondente.

    FÍSICO

    1- PLANO - FILOSÓFICO - LIGADO AO CORPO FÍSICO - (MINERAL)

                  É o plano mais denso que trata do material, do físico, é onde o indivíduo se relaciona com o outro através de atitude e postura física. Através desse plano, aprendemos a constituição do homem centenário, do macrocosmo e do microcosmo sempre por meios dos estudos ou da filosofia esotérica começando a compreender a história da evolução do homem.

    COR AZUL - Representa a espiritualidade, a energia cósmica, dependendo da intensidade do azul ele sugere crescimento e evolução espiritual - mais intenso = a necessidade de contemplação serena, menos intenso = verificar os sentimentos descontrolados.

      

    2  - PLANO - ARTÍSTICO - LIGADO AO CORPO ENERGÉTICO - VEGETAL

                  É o plano onde começamos a perceber a energia vital, através de meditação das nossas próprias atitudes e organização dando-nos conta do mundo que nos rodeia. Por esse plano começamos a trabalhar o mundo das cores do som, da harmonia, do ritmo, e como eles afetam nosso corpo energético.

    COR AMARELA - Muito positivo, significa sabedoria, representa um guia interior ou o nosso lado superior (eu) concretizando os nossos ideais, indica clareza e luz.

    COR LARANJA - Maior energia, entusiasmo, juventude, alegria, favorece empreendimentos.

     

    3 - PLANO - POLÍTICO - LIGADO AO CORPO EMOCIONAL - ANIMAL

                  É neste plano que começa a evolução do homem, é através da razão que controlamos as nossas emoções, quanto menos oscilarmos o nosso corpo emocional, mais nos tornou estáticos. Não ser instável é ser um verdadeiro político e manipulador da energia da vontade. É através de leis e regras interiores que o mental controla o emocional e podemos através desse plano criar novas atitudes, nova cultura, nova civilização.

    COR ROSA - Simboliza o amor, a afeição sem paixão (amor universal) significa proteção, traz insegurança, suavidade das emoções.

     

    4 - PLANO - EDUCACIONAL - LIGADO AO MENTAL CONCRETO (HOMINAL)

                  É o plano da meditação, e onde também atua a evolução do homem, este plano está muito ligado ao plano político. É onde educamos nossas energias através da meditação das próprias atitudes e organizações. Através desse plano estamos ligados a ciência da iniciação.

                  O resultado do estudo e prática dessa ciência produz o verdadeiro homem consciente.

    COR BRANCA - Simboliza a pureza da inocência e ingenuidade, é a cor da juventude, a pureza do coração e a simplicidade, traz a facilidade da transmutação de energia, equilibra as energias negativas. 

    MENTAL

    5 - PLANO - CIENTÍFICO - LIGADO AO MENTAL ABSTRATO.

                  Este plano faz parte do plano mental que é ligado ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados a seres superiores que nos enviam através de canais, todas as técnicas da ciência para que possamos atuar com mais perfeição em nossas vidas.

                  Conseguimos compreender a ciência de vida e espaço (onde o outro começa e você termina), ou seja, mais sensibilidade, termos condição de entender as leis ocultas do cosmos, a lei da evolução e do Karma. É nesses planos que poderemos ajudar o outro com a ciência da sabedoria.

    COR VERDE - Simboliza vida, fertilidade e criatividade, afinidade, diplomacia e adaptabilidade, regeneração.

      

    6 - PLANO - INTUITIVO - LIGADO AO CORPO DA INTUIÇÃO

                  Neste plano nós seremos mestres de nós mesmo, será o fim dos falsos mestres e profetas.

                  Dentro deste plano teremos o contato com a hierarquia oculta, e a cooperação desses seres dentro do nosso trabalho de evolução pessoal. Teremos também total controle de nosso ego.              É neste plano que teremos o conhecimento da Nova Era.

    COR VERMELHA - Simboliza a energia ativa em grande quantidade, fluxo da vida, vitalidade, traz o impulso da vida, a vontade de vencer, o poder.

      

    7 - PLANO - INTEGRAÇÃO - LIGADO A CENTELHA DIVINA

                  Neste plano teremos total controle das leis do físico. Sendo assim poderemos ter maior domínio sobre nós mesmos em relação ao relacionamento entre matéria e espírito, alma e personalidade. Seremos mais honestos com nós mesmos e assim estaremos mais harmonizados com o universo. A nossa canalização estará aberta com total integração com o cosmos.

    COR VIOLETA - E a cor ligada a espiritualidade, traz o conhecimento e a magia, representa a consciência cósmica, representa a evolução interior com pleno conhecimento da realidade traz a sensibilidade e individualidade

     

    KARMA

    Karma é a lei de causa e efeito. Qualquer atitude tomada ou pensada cria uma reação na vida física ou na vida astral.

     

    TIPOS DE KARMA

    1 - Karma Individual - É quando você é totalmente responsável pelos seus próprios atos.

     

    2 - Karma Familiar - quando os atos interferem nas atitudes das pessoas da sua família negativamente ou positivamente.

     

    3 - Karma Coletivo - quando seus atos estão ligados a comunidade que você se relaciona.

     

    4 - Karma Racial - parte da sua opção, que você teve antes de nascer, em ser branco, negro, vermelho, ou amarelo.

     

    5 - Karma Nacional - Você nasce no país que melhor se adapta a sua missão, para que sua vida possa fluir melhor.

     

    6 - Karma Mundial - Nós optamos nascer nesse planeta porque nosso padrão de consciência é o mesmo dentro da evolução desse sistema, e nossas atitudes particulares pode modificar uma atitude um planeta inteiro.

     

    7 - Karma Universal - É quando nós já conseguimos obter uma consciência cósmica e nossas atitudes são todas voltadas pela Paz Universal.

     

    SENSO DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada ação temos um grau de responsabilidade a cumprir.

                  Responsabilidade - É a habilidade de dar uma resposta a si mesmo. A partir de agora seja responsável por si só. Voltando-se para dentro e repensando os seus atos.

                  Para cada ação existe uma reação e você é o centro de sua vida. Tomar consciência do seu poder e criar as situações que vivem, é ser 100% responsável por si mesmo.

     

    TIPOS DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada plano temos um tipo de responsabilidade a cumprir.

    1 - Paciência: É a habilidade de suportar as primeiras mudanças do ego que causam ilusoriamente dor e sofrimento.

     

    2 - PERSEVERANÇA - É a habilidade de se conservar firme e constante, permanecer sem mudar ou sem variar em cada atitude tomada mediante a um objetivo.

     

    3 - SEGURANÇA - É a habilidade de estar confiante em si mesmo e na vida.

                 

    4 - GENEROSIDADE - É a habilidade de ir ao encontro das necessidades dos outros sem desperdício de tempo e matéria, é a disposição para compartilhar.

     

    5 - TOLERÂNCIA - É a habilidade de compreender os motivos e pontos de vistas dos outros tão precisamente quanto possível, é o poder da supervisão.

     

    6 - SENSIBILIDADE - É a habilidade de sentir as próprias necessidades e a dos outros, é uma grande virtude e desenvolve independência e desperta confiança em si mesmo.

     

    7 - HUMILDADE - É a habilidade de se contrapor ao seu ego e vaidade e aparentar o que você é na realidade.

      

    DHARMA - O CAMINHO PESSOAL

                  Alguma de nossas emoções advém de registros/código, que chamamos cósmicos, e têm um princípio básico de inconsciência, e podemos colocar nessa lista as pulsões sexuais como uma necessidade imanente nos seres vivos de proliferação da espécie. O desejo sexual então, é o impulso genésico do ser vivo e é esse mesmo impulso que leva o homem e mulheres a se unirem na intenção inconsciente de procriarem, e estes impulsos acrescidos das intenções emocionais, também delineiam o caminho de uma pessoa (Dharma).

                  Dizemos então, que todos estão onde devemos estar, onde precisamos estar, onde merecemos estar, pois nossa intencionalidade e nosso adhikara (índole, temperamento, caráter, dom inato) nos colocaram ali; havendo consciência do modo pelo qual trabalhamos nossas intenções, nos iluminamos e podemos traçar, então, qualquer caminho.

                  O Dharma é o caminho, é o destino e é também o caminhante. O Dharma será concebido por aquele que se concentra no agora, aqui, usufruindo do ato de caminhar como a única meta, conquistando serenidade. Este caminhante saberá que não há nada a ser feito no futuro, um destino pré-existente a ele que deverá ser cumprido. Há sim, uma fatalidade das emoções, aquelas mesmas emoções que atraem certas desgraças pessoais, inexoravelmente; essas emoções que é traduzida como intencionalidade.

                  Intencionalidade do ser humano depende de um fator muito importante, melhor dizendo, imprescindível, que é a relação com o outro indivíduo, outra sensação, outro desejo. Sem a reciprocidade de intenções inexistiram as relações interpessoais e, portanto, não haveria a possibilidade de crescimento pessoal e muito menos de estudo das próprias emoções e sensações. Seria impossível a percepção sequer da existência da intencionalidade.

     

    O CORPO É O INCONSCIENTE HUMANO

                  Todo ser humano é uma soma de adhikara mais comportamento personalizado. O Adhikara e a personalidade “marcam” o corpo de acordo com suas características, somando a esta herança genética, que engendra o corpo junto com aquelas emoções e impulso do caráter. Dessa interação nascem corpos saudáveis ou não.

                  A saúde ou doença são balizamentos que o corpo cria para regrar a senda de seu habitante. Ele tem o código do adhikara de uma pessoa e sempre que essa pessoa mente para si mesma ou trai suas emoções profundas ou frusta-se consigo mesma, sem estarem conscientes desse fato, males físicos sobrevêm e tensões energéticas, nervosas e glandulares avassalam suas estruturas. Neste sentido dizemos que a doença é um bem maior, na medida em que ela tem a função de avisar, através do corpo, sobre a condição da emoção.

                  O ser humano é dotado de seis diferentes consciências para se manifestar no seu ambiente vital, no seu eco sistema.

                  Infraconsciência - é a consciência genésica, sexual, procriadora, mantenedora da espécie humana. Trata-se da atração magnética onipresente na vida das pessoas, traduzidas simplesmente em atração sexual entre os seres. Os principais pontos de tensão da infraconsciência são:

    a) Impulsos genésicos, geradores, procriadores;

    b) Rege todos os órgãos do sentido.

    c) A expressão mais sutil em termos de fluidos corporais tais como sangue, linfa, hormônios, líquidos sinuviais, liquor espinhal.

    d) A infraconsciência está ligada ao reino mineral e vegetal.

                  A natureza por si só é regida pela a força que se traduz na fórmula vive melhor quem melhor pode viver e no estigma da força e esperteza. Por isso os homens competem em seu dia-a-dia chegando as raias da morte, porque ainda contém o código de defesa da vida contra o agressor. As pessoas ainda se sentem mortalmente feridas ao perder um lugar na fila, ou o troco a menos na padaria, etc. Essa agressividade ainda pode ser canalizada pelo processo civilizatório por simples falta de tempo. Algo nas pessoas as faz defender o que é delas às tapas, mesmo que seja apenas algumas moedas, transformando isso tudo em neuroses.

     

    Subconsciência é responsável pela nossa contínua experimentação das nuanças do corpo energético que tem sua base no Chakra energético (Svaddhisthana). Veja as várias partes do indivíduo que são regidas por esta mente.

    a) - Motricidade corporal: função motriz dos nervos e órgãos.

    b) - Aprendizado reflexo de atividades automatizava;

    c) - Está também ligado ao mundo mineral e vegetal;

    d) - Seu centro físico são as supra-renais.

    h) - Os órgãos dos sentidos.

                  A subconsciência está ligada ao movimento corporal em si mesmo. Podemos exemplificar dizendo que uma criança aprenderá a andar sem ter uma imagem para se basear. Mas não falará uma língua a não ser que possa ouvi-la. São funções de diferentes consciências. A motricidade faz parte do código da subconsciência; o impulso de andar é infraconsciencial, mas a energia para criar o movimento e do subconsciente.

                  O subconsciente está para a sensibilidade vegetal, ou seja, não permanece “estático” como o reino mineral, sob os influxos de tempos muito mais longos que as medidas de tempo do reino vegetal. Além disso, podemos dizer que o vegetal contém e organiza o mineral em seqüências sensíveis que contém os sentidos do tato, algo praticamente inexistente no reino mineral bruto. Portanto a sensibilidade táctil é uma capacidade muito afeita ao chakra energético, que seria a sede do subconsciente.

                  A subconsciência é energia prânica, que em termos gerais pode ser manipulada e automatizada, em última análise, a força do “campo de energia” Esse deposito de energia (prana, Ki, Chi, orgônio), é uma inesgotável fonte de poder que é usada também para proceder as transformações, magnética através das mãos. Esse “órgão” energético está para o tato nos vegetais e tanto na visão como audição nos seres humanos, embora sua maior regência seja a sensibilidade tátil.

                  Os desequilíbrios psíquicos do subconsciente - Todas as perdas de motricidade por traumas emocionais, medo, sustos, são relacionadas com essa mente. Os delírios generalizantes estão relacionados com perda mineral (coloca os pés no chão) e hipersensibilidade nervosa. Convém dizer então que toda a rede nervosa, que vai do cérebro à superfície da pele é a manifestação física da rede Pranica (ou nadis), os condutos do Vayu pelo o corpo. Isso equivale a dizer que as repetições de gestos do modo distorcidos e até esquizofrênico em vários graus e perda de consciência espacial por envelhecimento.

     

    O INCONSCIENTE

                  No inconsciente fica a sede das emoções e intenções do indivíduo. Provavelmente neste ponto, na altura do estômago, diafragma e tórax, fica os códigos do Adhikara aquele elemento sutil de discernimento do temperamento e da alma de uma pessoa. Além disso, podemos alinhar as seguintes organizações psíquicas que o inconsciente promove:

    a) Todo o processo onírico (sonhos), vigília;

    b) Emoções impulsivas raivas e pânicos;

    c) Emoções de vontade, desejos;

    d) O condicionamento social;

    e) Psicose em geral;

    f) Chakra solar e cardíaco;

    g) Reações vegeto /animais.

    h) Os órgãos em que atuam as energias inconscientes: fígado, baço, vesícula, pâncreas, estômago, duodeno, coração, pulmões, timo.

                  O inconsciente está relacionado ao que chamamos corpo astral, portanto, invertendo, podemos dizer que o corpo astral é o corpo inconsciêncial. Nesta mente ocorrem os sonhos e os transportes para fora do corpo, tanto inconscientes como conscientes; as várias mensagens através dos sonhos são regidas por essa região corporal.

                  As preferências, os medos, as raivas, prepotências, orgulhos, inseguranças, estão para esses chakras; o chakra cardíaco e os órgãos pulmões e coração viabilizam na emoção os impulsos e desejos, e no organismo prânico as energias dos cinco pranas que ficam então, vinculados ao inconsciente e de certo modo direcionados pelas emoções.

                  As emoções são as impulsionadoras dos Vayu pela corrente nervosa eletro-magnético, corrente essa ligada aos rins e supra-renais. A hipertensão arterial é uma dessas confluências de tensão emocional inconsciente e bloqueio energético (prânico) subconsciente não raramente com a infraconsciência.

                  O inconsciente é responsável pela automatização das sensações, ou seja, essa mente cuida para que o indivíduo tenha uma espécie de condicionamento, para dar a resposta emocional esperada de um indivíduo social.

                  Por isso dizemos que são chakras dos reflexos condicionado social, onde as pessoas agem sentindo certas emoções reais.

                  Nossas mentes podem assinalar o reflexo condicionado do amor “que tem de ser de tal modo”, para corresponder as necessidades do processo civilizatório.

                  Grande parte do amor que o indivíduo sente, na verdade está relacionado apenas com as condições necessárias para sobrevivência, seja moral (religião, justiça social), ou afetiva (matrimônio, filiação, economia). O amor verdadeiro não viria, então, mesclado de nenhuma necessidade ou receio, por isso não se condiciona a nenhum modelo político, cultural ou econômico. Esse amor é quase impossível, porque é absolutamente revolucionário e incompreensível para as forças do ego inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Neuroses e psicoses do inconsciente - relacionados entre homens e mulheres, afetivo/sexuais, são extremamente bem assentadas no plano inconsciente. É nessa mente que a pessoa, por condicionamento sócio-econômico-cultural, força a si mesma a fazer certas ligações afetivas, amorosas, filiais, paternais, maternais, fraternais, sem estarem sendo honestas consigo mesmas e com o outro. São as relações constituídas de fachadas tão bem arquitetadas, que a mãe e o pai, se sentem responsáveis até a própria morte, por passarem essas “verdades” aos filhos.

    - Neurose de eficiência num trabalho, escolhido por modelos financeiros e não emocionais.

    - Conflitos entre os objetivos da pessoa e os objetivos das organizações/ emprego, nação, etc.

    - Excesso de objetivos, objetivos inalcançáveis, objetivos imprecisos, competição. Atingir certos objetivos e ficar na incerteza de que fez o melhor possível.

    - Casamentos que não satisfazem necessidades inconscientes, mas permanecem sendo mantidos por condicionamento amorosos sociais.

    - Angustia de ter uma família ideal, sonho do paraíso social.

     

    CONSCIÊNCIA

                  É uma parte que responde e processa o resultado das aquisições das outras mentes ou consciências e das 10 percepções humanas. Percebe-se então que os sentidos dão informações que a consciência usa para sua própria ampliação e percepção; a consciência não está em nenhum momento separado das 3 primeiras emissões mentais.

                  A consciência está para a intelectualidade e a razão; vamos ver como se desenvolvem suas várias atuações:

    a) A mente consciente atém-se aos resultados das outras 5 mentes racionalizando-os e arquivando-os para uso em momento oportuno.

    b) - Está dirigido para a intelecção, o entendimento;

    c) - É analítica, faz aferição.

    d) - Situa-se no chakra laringe.

    e) - Os órgãos regidos pelo chakra laríngeo (cognição) são: tireóide, cordas vocais, cérebro, laringe, úvula, dentes.

                  Através da mente consciente analisamos e entendemos certas ações que podemos automatizar com o sub e o inconsciente desde que a emoção se satisfaça plenamente com a mudança. A emoção aqui lembrada se refere às sensações do adhikara, que jamais se acalmam se não foram satisfeitas. A partir de então passam a ser subconscientes e inconscientes.

                  A consciência trabalha com duas memórias simultâneas. A primeira é ativa, portanto útil e fluida, pronta para uso imediato e faz parte daquele conjunto de lembranças que uma pessoa tem e que foi tocada pela emoção profunda, despertando interesse em guardá-la como algo prazeroso ou o mínimo necessário para o seu processo de vida.

                  A segunda memória é passiva, contendo dados inúteis para o indivíduo, na medida em que dificilmente serão evocadas por não terem tocado com profundidade a emoção.

                  Sendo assim, quase nunca vêm à tona do consciente porque nem sequer foram adquiridas e armazenadas sob a influência e a força do interesse emocional genuíno, íntimo, agradável.

                  Esta última só passará a ser uma memória atualizável se o indivíduo, por uma situação qualquer, tiver na emoção essa necessidade, e somente depois de uma seqüência de lembranças muito bem relacionadas entre si que leve a pessoa a emocionar-se com aquele dado quase morto.

                  Por isso dizemos que a memória é emocional, a emoção é que se lembra e não o cérebro. O cérebro é frio, é cálculo puro. O coração sente através das emoções que “viu” no banco de recordações.

                  A memória depende do que o indivíduo gosta, pretende, intencional, anseia, necessita, portanto, depende das emoções.

                  Uma pessoa perde a memória e às vezes fica tentando recuperar lembranças que nunca foram verdadeiramente importantes, e há casos onde seria interessante não relembrar. O terapeuta deverá conduzir tais clientes a entender a verdade da emoção a respeito do que tenta recuperar na memória.

                  A memória é emocional e só se manifesta plenamente na medida em que o indivíduo tenha se emocionado com os fatos a serem gravados nela, a ponto de impressionarem o inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Mudando radicalmente de enfoque, podemos afirmar que um ato executado com real prazer desmorona toda a inverdade das emoções e, por conseguinte, ativa a memória, excepcionalmente. Memória é consciência; é resultado de verdadeira emoção de prazer no momento de captar a informação a ser arquivada.

     

    SUPRACONSCIÊNCIA

                  A supra-consciência está relacionada com a Buddhi, que é o Juiz Interno uma espécie  de juiz de todas as ações internas (intenções) corroborando tudo que “ouve” ou “sente” com o verdadeiro caráter (adhikara) do indivíduo (Jiva). Não se trata “superego” social de acordo com o modelo freudiano, e sim, de um superego muito sutil, que conhece todas as necessidades do caráter daquele ser. Como é uma parte da pessoa, ele cria os conflitos pela simples presença da emoção, do dia-a-dia, que não corresponde de verdade aos legítimos e íntimos anseios daquele ser. Vejamos em itens qual é seu alcance.

    a) A supra-consciência é a Buddhi (vide em filosofia mais detalhes sobre sua atuação);

    b) Trata-se da qualidade de compreensão (entendimento foi estudado em consciente);

    c) Testemunho absolutamente imparcial consigo próprio;

    d) Intuição pura, sutil, espiritual; juízo do ego.

    e) localiza-se no chakra ajña; hipofísico, hipofisiário, 3- olho;

    g) Seu guna é sattva - padma, de cor amarela, dourada ou rosa;

    h) compadecimento e percepções espirituais.

                  As percepções da supra-consciência assemelham-se a um “advogado do diabo”, porque ao fazer o julgamento das emoções, e do quanto elas são honestas com o adhikara, o resultado sempre será ananda (felicidade), se coincidirem exatamente. No entanto o que se observa comumente é o acontecimento do klesha (dores); um estado de desequilíbrio que sobrevém às pessoas por estar realizando seu adhikara.

                  A supra-consciência é camada de mestre interno por algumas seitas e grupos filosófico. Por motivos que se perdem no tempo, é chamada de anjo-da-guarda, um “ser” interno, protetor e evanescente, invisível e perceptível ao mesmo tempo; às nomenclaturas adotadas para explicá-la, a supra consciência é divina, deificada; está acima da mente consciente e é imparcial.

                 

    MAHACONSCIÊNCIA

                                A mahaconsciência é a consciência de unidade com o todo e tudo, e tem nomes diferentes em culturas diferentes; é a Consciência Crística entre os cristãos, a consciência búdica entre os budistas, Purusha no Samkhya.

                  Essa consciência Shiváica, ao ser percebido, dá a sabedoria total. Quando ela se manifesta o Dharma e o karma é absolutamente resolvido, tornam-se um só. Vejamos os itens a seguir:

    a) - O Mahaconsciência é Shiva/Purusha;

    b) - Com sua manifestação ocorre a plenitude do adhikara;

    c) - Dharma e karma tornam-se um só;

    d) - Quietude existencial;

    f) - Ação pura, sem rajas;

    g) - Rajas e tamas ficam iluminadas;

    h) - Há predominância do sattva shukla, branco.

                  No mahaconsciência há a predominância do guna sattva de cor branca, relacionada com a imparcialidade, desapaixonamento e desinteresse pelos movimentos da matéria; é pura seidade, pureza, quietude, plenitude e consciência.

     

    O que é vivência tântrica?

     

    Vivência tântrica é uma forma lúdica de sentir e perceber as emoções e, portanto, é uma técnica de terapia corporal feita através da indução em movimento com a intenção de que ocorram desbloqueios em nossas couraças que são causadas por desequilíbrios emocionais advindas do campo da sexualidade, ou seja. Quando você pensa em sexo o que ele representa para você? Apenas uma satisfação biológica indispensável. Apenas feito por amor. Apenas feito para procriação. Apenas feito por fazer. Ou ele nem se quer existe em sua vida, ou está existindo somente em suas fantasias.

    Você já percebeu até aqui que uma vez que a Libido organizada – a sua vida poderá ficar equilibrada. Como?

    Tomando consciência de que você em primeiro lugar não é feito somente de carne e osso, e sim de um corpo espiritual, um corpo mental, um corpo emocional e que todos residem num espaço físico denominado de corpo humano. E que este corpo físico é a resposta de tudo que você sente, pensa e vê ao seu redor. Já percebeu também até aqui que não provemos a nossa vida em todos os sentidos, porque não provemos uma boa sexualidade.

    Aqueles que não estão provendo a vida transportam para a sexualidade a impotência do prover, como impotência sexual. E as mulheres resultam na frigidez. E ou o oposto.

    Este fluxo nos diz como devemos delegar a nossa libido, mas os conceitos sociais, profissionais, nos fazem interpretar de forma enganosa, deixando assim de perceber a essência da vida que deriva de uma sexualidade plena e saudável. Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira tranqüila. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significa estarmos sensual e sensorial. Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

    MÉTODO

     

    O Vivenciar não há como explicar tecnicamente, mas se desenvolve através do fluxo de um grupo ou de um momento individual.

    Cada grupo vivencial é uma energia única.

    I – passo: O trabalho normalmente se inicia com uma meditação dinâmica que flui através de respirações alteradas e acopladas ao movimento proporcionado pelo o som de uma musica dinâmica, que produzirá limpezas das emoções contidas no emocional.

    II – passo: Indução de uma técnica que proporcione novas emoções promovendo um renascimento.

    III – técnica indutiva para reconhecimento do Eu, e as mais comuns são Ekagrata - visualizações, através de um espelho, visualizar Mandala, ou simplesmente no olho do outro. Permitindo identificar as emoções que estão inseridas no contexto do EU e do outro. Formando um reconhecimento, identificação e sintonia com o próprio Ego.

    IV – passo. É induzido a um tipo de técnica que envolva toques no contexto de técnicas corporais. Para que desperte o fluxo original da libido.

    V – Finalização do sistema vivencial em grupo.

     

    Conclusões

                  Se utilizar de método vivencial como foi possível perceber até então é uma forma de brincar com a mente fazendo-a a ficar em segundo plano. E simplesmente sentir e permear a vida através do leela cósmico.

                  Se permitir ser feliz. Aprender a usar as ferramentas corpóreas e que divinamente nos foi concedido. Tomar conscienciência de que somos além de ossos, veias, sangue, músculos, órgãos, etc. Que as sensações e intuições são as ferramentas reais e mais importantes que induzem ao coração e expande a consciência para Ser e está Feliz.

     

    Bibliografia.

    Eu até então desconheço bibliografia sobre sistema vivencial tântrico.

    Aqui está um trabalho desenvolvido através da minha experiência em vivenciar e transmitir vivências.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 22/07/2009 13:53


    Yôga dos Números: Numeronataraja

    Yôga dos Números: Numeronataraja

     

        Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009


    PREFÁCIO 

          Inspirei-me na Numerologia Tântrica conjugado ao Yoga e o Shivanataraja para desenvolver e codificar a NUMERONATARAJA ou Yoga dos Números, uma forma de através do sádhana (prática) e dos Mudras (gestos reflexológicos) vi uma nova perspectiva de utilizar e sedimentar o padrão vibratório dos números em forma prática e vivencial.

          É a oportunidade de destravar e reconhecer essas energias latentes na força humana e que de certa forma completamente desconhecida. Palpáveis mas não conscientes.

          A data nascimento é o dia mais auspicioso de um Ser vivente, onde emana toda a sua força e traduzindo o seu trilhar pela a face da terra à evolução do SER Espiritual.

          É a prática da renegociação continua; é a maneira que nos damos forma ao nosso espaço físico e psicológico com a finalidade de entendermos o karma (efeito) e o Dharma (ação ou lei) divino; E esta negociação ocorre sempre com relação a outros seres humanos e nunca a nós mesmo.

          Trabalhar uma pessoa ou em grupo (de estudo, cliente ou familiar), a Numeronataraja é uma perspectiva de mudança que facilita a viagem da alma.

          O trabalho prático da Numeronataraja é eclético, podendo inclusive ser associada às várias outras disciplinas de acordo com o contexto particular do trabalho que está sendo apresentado. É também um método a ser acrescentado aos terapeutas corporais e psicoterapeutas de trabalhar com o cliente de uma maneira improvisada, desde que cada situação possa convidar para uma aproximação original.

          Através dos números captados na data de nascimento nós podemos perceber os vários mapas do tempo e do espaço existente em cada um, e desta forma obter um sentido de proporção mais desobstruído.

          Esta cosmologia do tempo e do espaço fornece as janelas através da qual o relacionamento entre a vida pessoal específica e os princípios universais governado pode se encontrar em uma harmonia criativa.

          A prática da Numeronataraja ou Yoga dos Números requer em executar os exercícios cadenciados em forma de dança cósmica percebendo as sensações por ela emanada, a fluidez da intuição informal, a clareza da idéias se formando sob a natureza da viagem proporcionada pelas as forças vibratórias dadas nas influências pessoais.

          O fantástico neste método é o fato de combinar a data de nascimento com a energia produzida pela prática do Numeronataraja que é uma verdadeira dança cósmica e pela potencialidade da mente neutra que vêm do ato de  medir o sentir e produzir a ação de sentir com os princípios universais se manifestando ao longo da prática e da não prática (não prática é quando não se está em Numeronataraja e sim no leela(dança) da vida). As ações pessoais são a resposta desta sincronicidade com o padrão vibratório da força universal maior e dévico. De uma outra perspectiva é o universo, ou coletivo, que a alma expressa, e sua consistência abstrata na diversidade das manifestações múltiplas. Chegar neste estado, do fluxo intuitivo e espontâneo ao fluxo cósmico em situações intima da vida, requer o relacionamento direto à mente.

          O corpo e a mente transformam-se em instrumentos saudáveis da alma, codificada através dos gestos reflexológico feitos como corpo e ou com as mãos (Mudrá). Simbolizando um reconhecimento de si com o cosmo naquele momento e tornando-se o receptáculo de energia vibratória reservada numa sintonia, que ao executar o Mudra em princípio de dança tornará neste momento aberto e receptivo a vibração emanante.

          A seguir conheceremos cada etapa por onde me inspirei a criação do  NUMEROTARAJA OU  YOGA DOS NÚMEROS. 

    MUDRA

          O Termo Mudra significa gesto, selo, contração, fecho, lembrando sempre que tais gestos são executados com fins perfeitamente terapêuticos. Embora dentro da Numeronataraja eles tomem um caráter de dança cósmica (meditacional). Sua maior contribuição será na formação de uma consciência corporal plena, definindo muito bem os limites atuais do corpo do praticante proporcionando um estado de contemplação, ou seja, um estado lúdico onde a alma emocional envolve-se com o objeto da contemplação (corpo) produzido pelo o gesto (Mudra); permanecendo em concentração (dharana) em si mesmo; abstraindo-se (pratyahara) dos movimentos emocionais do medo, insegurança, ansiedades, angústias e outras sensações que retiram a pessoa de seu centro. 

    Mitologia

    O Rig Veda cita 33 deuses dos quais se destacam cinco:

    Indra: O rei dos deuses, o governador do céu, representando o poder do raio e da energia.

    Agni: o Fogo, considerado o mensageiro dos deuses. No ritual ele depura a oferenda e a leva em forma sutil a Deus. É a conexão entre homens e deuses. É também a luz para a mente ver e compreender a verdade.

    Surya: o Sol. É dito que ele é a alma suprema dos Vedas e deve ser adorado por todos que desejam a liberação da ignorância.

    Vayu: é o deus do Vento, do Ar e do Prana. Divide seu poder com Indra, o Senhor do Céu. É invisível e habita em nossos corpos na forma dos cinco ares vitais (Prana, Apana, Samana, Vyana e Udana).

    Varuna: uma das mais antigas deidades védicas, associado à Água, aos Rios e aos Oceanos. Seu poder é ilimitado, assim como seu conhecimento. Inspeciona todo o mundo, sendo o Senhor das leis morais.

          No início dos tempos tudo estava em repouso e equilíbrio total e só Brahma existia.

          Houve então a primeira vibração, Om, o Som Primordial e a partir dele todo o universo foi criado.

          A partir daí surge à trindade hindu, formada por Brahma, Vishnu e Shiva que correspondem aos 3 gunas e as características de toda a criação.

          Brahma representa Rajas, o movimento, responsável pela criação.

          Vishnu representa Sattva, o poder de existência, preservação e proteção.

          Shiva representa Tamas, o poder de dissolução do universo.

          Aqui para o nosso contexto destaco Shiva devido à inspiração produzida por Shivanataraja. 

    image imagem retirada do site www.indiavilas.com com a perfeita representatividade da mitologia de Shiva. 

          Shiva é um Deva que além de representar a preservação e a proteção. Para que isso aconteça se manifesta como o renovador ou o Transformador.

          Uma das duas principais linhas gerais do Hinduísmo é chamada de Shivaísmo em referência a Shiva.

          Na tradição hindu, Shiva é o destruidor. Na verdade ele destrói para construir algo novo, assim, prefiro chamá-lo de "renovador" ou "transformador".  Suas primeiras representações surgem no neolítico (4.000 a.C.) na forma de Pashupati, o Senhor dos Animais. A criação do Yoga é atribuída a ele e o Yoga é uma prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, está intimamente ligado ao deus da transformação. Shiva é a deidade suprema (Mahadeva). O pacificador (Shankara) e o benevolente onde reside toda a alegria.

          O tridente que aparece nas ilustrações de Shiva é denominado Trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades da matéria: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio).

          A Naja é a mais mortal das serpentes. Usa uma serpente em volta da cintura e do pescoço, simboliza que Shiva dominou a morte e tornou-se imortal. Na tradição do Yoga clássico, ela também representa Kundaliní, a energia de fogo que reside adormecida na base da coluna. Quando se desperta essa energia, ela sobe pela coluna, ativando os centros de energia (chakras) e produzindo a iluminação (Samadhi), um estado de consciência expandida.

          No topo da cabeça de Shiva se vê um jorro d’água. Na verdade é o rio Ganges ou Ganga que nasce dos cabelos de Shiva. Há uma lenda que diz que Ganga era um rio muito violento e não podia descer a Terra, pois a destruiria com a força do impacto. Então, os homens pediram a Shiva que ajudasse e ele permitiu que o rio caísse primeiro sobre sua cabeça, amortecendo o impacto e depois mais tranquilo corresse pela Terra.

          Outro símbolo é o lingham. Ele representa o pênis, o instrumento da criação e da força vital, a energia masculina que está presente na origem do universo. Está associado ao poder criador de Shiva. A palavra "lingham" significa "emblema, distintivo, signo".

          O lingham é o emblema de Shiva. Na Índia, reverenciar o lingham é o mesmo que reverenciar a Shiva. Ele pode ser feito em qualquer material, embora o preferido seja o de pedra negra. Na falta de uma escultura, se constrói um lingham com a areia da praia ou argila do leito do rio; ou simplesmente se coloca em pé uma pedra ovalada.

          É comum nos templos pendurar acima do lingham uma vasilha com um pequeno orifício no fundo. A água é derramada constantemente sobre ele numa forma de reverência. A base do lingham representa a yoní, o genital feminino, mostrando que a criação se dá com a união do masculino e feminino.

          O tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do universo, o universo brota da sílaba OM. “No princípio era o Verbo (a sílaba, o som). E o Verbo era a criação. Tudo foi feito por Ele (o Verbo) e sem Ele nada se fez."

          É com o som do Damaru (tambor) que Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança. Às vezes, ele deixa de tocar por um instante para ajustar o som do tambor ou para achar um ritmo melhor e, então, todo o universo se desfaz e só reaparece quando a música recomeça.

          Shiva está intimamente associado ao elemento fogo representando a transformação. Nada que tenha passado pelo fogo, permanecerá o mesmo: o alimento vai ao fogo e se transforma; a água evapora; os corpos cremados viram cinzas. Assim, Shiva nos convida a nos transformarmos através do fogo ou do sadhana (prática). O calor físico e psíquico que essa prática produz nos auxilia a transcender nossos próprios limites.

          Nandi é o touro branco que acompanha Shiva, sua montaria e seu mais fiel servo. O touro está associado às forças telúricas e à virilidade. Também representa a força física e a violência. Montar o touro branco significa dominar a violência e controlar sua própria força.

          A palavra "Nandi" significa "aquele que dá a alegria". Na representatividade da devoção sempre se encontra esta figura diante dos templos dedicados a Shiva. Ele está deitado, guardando o portão principal.

          LUA CRESCENTE que muda de fase constantemente representa a ciclocidade da natureza e a renovação contínua a qual todos estamos sujeitos. Ela também representa as emoções e nossos humores que são regidos por esse astro. Usar o símbolo da lua crescente nos cabelos simboliza que Shiva está além das emoções. Ele não é mais manipulado por seus humores como são os humanos está acima das variações e mudanças, ou melhor, não se importa com as mudanças, pois sabe que elas fazem parte do mundo manifesto. Os mestres hindus que se iluminaram afirmam que as transformações pelas quais passamos durante os ciclos de nascimento e morte, o final de uma relação, mudança de emprego, etc. não afetam nosso ser verdadeiro e, portanto, não deveríamos nos preocupar tanto com elas. Simplesmente perceber e viver as transformações. 

    NATARAJA

    image

          Neste aspecto, Shiva aparece como o Rei Raja ou o Dançarino. Ele dança dentro de um círculo de fogo, símbolo da renovação e, através de sua dança o Nataraja acontece à criação, a conservação e destruição do universo.  Ela representa o eterno movimento do universo que foi impulsionado pelo ritmo do tambor e da dança. Apesar de seus movimentos serem dinâmicos, como mostram seus cabelos esvoaçantes, Shiva Nataraja permanece com seus olhos parados, olhando internamente, em atitude meditativa. Ele não se envolve com a dança do universo, pois sabe que ela não é permanente. Como um yogue que se fixa em sua própria natureza, seu ser interior, que é perene. Em uma das mãos, ele segura o Damaru, o tambor em forma de ampulheta com o qual marca o ritmo cósmico e o fluir do tempo. Na outra, traz uma chama, símbolo da transformação e da destruição de tudo que é ilusório. As outras mãos estão em gestos (mudra) específicos. À direita, cuja palma está à mostra, representa um gesto de proteção e benção (abhaya mudra). A esquerda representa a tromba de um elefante, aquele que destrói os obstáculos.

          Nataraja pisa com seu pé direito sobre as costas de um anão. Ele é o demônio da ignorância interior, a ignorância que nos impede de perceber nosso verdadeiro eu. O pedestal da estátua é uma flor de lótus, símbolo do mundo manifestado.

          A imagem toda nos diz: "Vá além do mundo das aparências, vença a ignorância interior e torne-se Shiva, o meditador, aquele que enxerga a verdade através do olho que tudo vê (terceiro olho, Ajnã Chakra)." 

    Devis ou deusasAfter digging a pit, he should recite the Mahishamardini (vidya) 800,000 times, then offering 1,000 times in the cremation ground.

          São as deusas, as mães divinas, aquela que resplandece.

          Nos Vedas eram apresentadas como energia ou poder do criador, a Shakti.

          Nos Puranas aparecem como devis.

          Representando a sabedoria do universo, o aspecto protetor, maternal do Absoluto.

          Apresentam-se de 5 formas diferentes: Parvati, Durga, Kali, Lakshmi e Sarasvati. 

    Parvati

          É a Mãe do Universo e consorte ou esposa de Shiva. Simboliza a disciplina, a renúncia, o esforço que leva o devoto ao Conhecimento. 

    Durga

          Representa o aspecto feroz de Parvati. Montada em um leão ou tigre.

          Tem 12 ou 18 braços e em cada mão tem armas dadas pelos deuses.

          Seu objetivo é ser implacável com os demônios que representam nosso ego e nossa ignorância.

          Ela nos mostra que devemos ser decididos na destruição de tudo que nos impede de percebermos nossa verdadeira natureza divina. 

    Kalí

          Aspecto mais feroz ainda de Parvati. Tem língua roxa, não usa roupa e seu corpo é coberto pelos longos cabelos negros. Usa um colar de caveira, tem quatro braços e leva em cada mão armas de destruição e uma cabeça sangrando. É a devoradora do tempo. 

    Lakshmi

          Ela é muito popular na Índia, sendo considerada a mais próxima dos seres humanos. Quer o bem estar de todos sem se preocupar com suas ações ou seu passado.

          Surgiu das águas cósmicas, da eternidade.

          É a consorte ou esposa de Vishnu.

          Simboliza a riqueza material e espiritual, representando o nosso universo ilusório.

          Usa um sári vermelho, que simboliza rajas, a ação para manter a vida, tem muitas jóias e moedas de ouro, que representam a riqueza e a prosperidade.

          É apresentada sobre um lótus, símbolo do conhecimento. 

    Sarasvati

          Esta associada à fertilidade, a purificação, a fala, a linguagem e a palavra.

          É considerada a personificação de todos os conhecimentos, artes, ciências e letras. Sem ela Brahma, seu consorte, não poderia ter criado o mundo.

          Usa um sári branco (a pureza do conhecimento), está sentada em um lótus branco (o conhecimento) ou numa pedra (a base sólida na busca do conhecimento). Possui sempre ao seu lado um cisne (discernimento) ou um pavão (silêncio necessário para escutar, refletir e meditar).

    Possuí quatro braços e em cada mão um japa-mala (colar) indicando disciplina da meditação, Vija (o som, o chamado à busca do Conhecimento) e os Vedas (o ensinamento). 
     
     

    NUMEROLOGIA TÂNTRICA

          A Numerologia tântrica é diferente da numerologia pitagórica. Ela é baseada apenas na data de nascimento. Conhecida também como Karam Krya. Os cálculos apresentam caminhos para acessar o crescimento espiritual, que desenvolvido através de uma prática esse processo se acelera e se torna a ponte vibracional para o Eu. 

    Nos cálculos da Numerologia tântrica toma-se conhecimento dos Objetivos que se deve  trabalhar através de uma prática. 

    Desdobrar o potencial do indivíduo inerente ao conceito da integridade e os processos da vida que implicam também num relacionamento entre o corpo e a mente e a habilidades para controlar o processo energético da vida (o respirar, uso da voz, as artes, a meditação consciente, exercício, etc..) 

    Compreensão - encontrar uma cosmologia pessoal que ajude criar e manter um sentido saudável da perspectiva realística da terra comum a tudo. 

    Comportamento - uma mudança significativa na vontade e na compreensão influenciado no sono, no meio social, no modo psicológico, ou seja, a mudança consciente do comportamento pode trazer aproximadamente uma mudança e uma compreensão melhor das pessoas e de outros. 

    Consciência - de ego em relação ao mundo, ou seja, uma independência que provocará freqüentemente mudanças espontâneas. Consciência também tende a provocar uma redefinição da responsabilidade e a capacidade de um indivíduo para responder ao mundo.

          Portanto a numerologia Tântrica é um método para estudar o processo do passado, presente e futuro.

          Segundo o Yogui Bhajan ele explica que os seres humanos são formados por dez corpos espirituais, cada um deles corresponde a uma característica de cada guru os Shiks, cultura da qual provem esta numerologia.

          A numerologia tântrica é uma ferramenta para enriquecer a vida e ajudar a conectar com o espírito. Não é uma forma de "adivinhação" e nem conta o futuro. A numerologia tântrica utiliza de dez energias ou corpos, que são a representação de aspectos diferentes manifestado da psique. Oito destes corpos correspondem aos Chakras.  

               Uma vez identificado os equilíbrios e desequilíbrios dentro desses dez corpos de cada individuo, poderá começar então a aplicar técnicas que vão equilibrá-lo com mais facilidade. É melhor quando for utilizar-se pessoalmente da numerologia tântrica ter orientação de outro profissional, porque mesmo sendo conhecedor você poderá se negar a enxergar a realidade. 
     
    Os dez corpos espirituais são: 

    1. O Corpo da Alma. 

          Este é primeiro corpo e também corresponde ao primeiro chakra que fica situado no períneo entre o ânus e o genital.  Este corpo se conecta com a infinidade interna e permite que o ego interno flua livremente por você.  

          Se este corpo for fraco, poderá sofrer grande insegurança. Os órgãos associados com este corpo são o estômago, baço e pâncreas. Se tiver domínio deste corpo será calmo e criativo.  

    2.  Mente Negativa  

          O segundo corpo corresponde adequadamente ao segundo chakra que se localiza acima do púbis. A mente negativa necessariamente não é uma mente ruim. Simplesmente é a mente protetora, é ele que coordena o caminhar.  Porém, esta mente também pode impedir de fluir. É o corpo que alimenta a independência do ego, podendo se tornar em ego-destrutivo.  Por causa da correlação do segundo corpo com o chakra energético a pessoa pode ficar muito dependente do sexo ou pode levar o oposto e pode temer qualquer contato sexual. Quando a mente negativa for saudável, você tem grande orientação interna e está confortável em sua própria pele.

     
    3.  A Mente Positiva  

          O terceiro corpo fica situado no centro de umbigo e corresponde ao terceiro chakra. Este é o centro de energia do corpo. Quando for equilibrado, é forte e projeta autoridade. Transmitirá otimismo, porém, se este corpo estiver desequilibrado pode se tornar muito obcecado com o próprio poder e pode levar a autoridade a um nível perigoso. Também pode ficar muito intolerante com outros e por outro lado, você pode ter medo assumir responsabilidade. Fisicamente, as manifestações somatizadas se manifestarão no fígado, bexiga  e nos pés. 

     

    4. A Mente Neutra.  

          A Mente Neutra corresponde ao centro de coração, chakra cardíaco. Este é o aspecto da sua mente de qual você queira se projetar. Combinam os benefícios de ambas as mentes positivas e negativas. Quando esta mente for equilibrada, a pessoa poderá resolver qualquer situação. Poderá depressa ter acesso todas as partes de uma situação e depressa se conduzir à escolha correta. Porém, se esta mente for fraca, poderá resultar em fechamento para amar e freqüentemente terá dificuldades para resolver as situações. Os órgãos que correspondem são o coração, pulmões e intestino grosso.

     

    5. O Corpo Físico.  

          O quinto corpo é extremamente importante, é nele que está a absorção de todos os corpos.  Muitas pessoas focalizam muito no espiritual e ignoram os corpos físicos.  Mas se você só trabalha sua mente e sua alma, seu corpo físico ficará desequilibrado.  O físico é da mesma maneira importante como o espiritual e o mental.  Nós viemos todos vestidos desta forma para este plano da existência por alguma razão.  É importante aceitar este “presente” e desenvolver este potencial em plenitude. 

    O quinto corpo corresponde ao quinto chakra, ou seja, o laríngeo, portanto algumas pessoas experimentam dificuldades com esta região por não estar corretamente equilibrado.  Porém, quando equilibrado, você será um orador eloqüente e verdadeiro.  Você poderá compartilhar seu conhecimento facilmente com outros porque você não terá nenhum medo deste plano físico. 

    6. Arco de luz 

    Homens e mulheres têm uma linha de arco, uma linha de energia, indo de em orelha para o outro sobre a cabeça.  Este é seu “halo” como mostrado nas imagens de santos e anjos.  

    Estas linhas de arco é o equilíbrio entre as dimensões físicas e as dimensões cósmicas.  Este corpo regula seu sistema nervoso e equilibra suas glândulas.  Corresponde a sua glândula pituitária que fica situado entre suas sobrancelhas.   Este é o terceiro olho. A glândula pituitária é a glândula mestre.  Quando esta glândula está funcionando corretamente a pessoa terá a intuição para se proteger e radiará como uma pessoa que é centrada e calma. Se estiver desequilibrada sofrerá de variação de humor contínuo.    

    7. A Aura  

    Embora aura fique situada “fora” do corpo cercando como um campo magnético, ela  corresponde ao 7º chakra que é o topo da cabeça.  É a glândula pineal.   É dito que a glândula de pineal deixa de segregar seus fluidos depois da puberdade e que então conduz ao processo de envelhecimento.  Há muitas atividades que podem estimular esta glândula para segregar uma vez mais e, portanto retarda o envelhecimento precoce.  

    Este chakra é conhecido como o coronário “mil pétalas” ele proporciona para a pessoa segurança e o poder para ser misericordiosos.  

    Se a aura for forte a pessoa terá uma presença positiva e você sentirá contido dentro de seu próprio corpo. Pessoas que têm uma aura desequilibrada poderão se sentir ameaçado por outras auras mais forte ou eles podem ser vampiros de energia.

      

    8. O Corpo de Prânico  

    O corpo corresponde ao Prana é a vida-força, é o que o mantém vivo.  Se o ser vivente deixar de respirar, deixa de viver.  Se o prana for baixo numa pessoa ela não estará usando o seu diafragma de maneira correta. Sem oxigênio esse corpo poderá experimentar fadiga, ficará defensivo e amedrontado do mundo.  Por conseqüência disto este corpo não receberá bastante oxigênio e o coração será enfraquecido. 

    Quando este corpo for equilibrado terá a certeza de estar vivo e pleno de criação.  Respirar profundamente permite que todo o fluxo prânico energize o sistema.  Este corpo, quando equilibrado, também alinha o negativo, positivo e a mentes neutras.

     

    9. O Corpo Sutil  

    O corpo sutil dá o poder para ver além das ilusões de vida e ego.  Quando dominamos este corpo, nada na vida é um mistério e você se ajusta a qualquer situação com facilidade. Porém, se estiver fora de equilíbrio, você pode ser absorvido facilmente pelo maya (ilusão) deste mundo e a pessoa poderá ser enganado facilmente, ou por ela mesma ou através de outros tirando vantagem de si mesmo.  Este corpo pode sentir inquieto com a falta da paz para fluir facilmente de uma situação a outra.    
     

    10. O Corpo Brilhante  

    O corpo brilhante é extremamente importante.  Coincide com a aura e proporciona energia fora do corpo.  

    Quando esta esfera é centrada a pessoa irradia coragem e realeza. Os outros respeitarão e quererão estar na presença de uma pessoa assim em sua presença.  Esta pessoa afrontará todo desafio e excede expectativas.  

    Porém, ao contrário de um corpo brilhante equilibrado é alguém que não só não satisfaz as expectativas. Como pode temer responsabilidade e então escolhe não reconhecer seu próprio brilho e graça porque teme que nunca satisfará para a expectativa de alguém qualquer que seja.

     

    11. CORPO RADIANTE

          Embora haja só Dez Corpos no ponto de vista Numerológico, há uma Décima primeira incorporação. Este é o centro de comando que dirige todos os outros aspectos.  A pessoa com o número 11 no quadro leva um presente extremo com eles.  Este é o presente de infinidade e conclusão.   Eles têm a habilidade nesta vida de dominar completamente o físico e o reino espiritual.  Eles também têm a capacidade para chamar qualquer um dos 10 corpos para trabalhar para eles em qualquer determinado momento.  Porém, é importante saber que todos os outros aspectos devem ser desenvolvidos para que esta 11ª incorporação se manifeste.  Se a pessoa tiver este número em seu quadro, necessariamente não significa que o conhecimento do universo visivelmente e imediatamente dela.  Ainda terá que levar o tempo para se reconhecer e brando nas emoções e ai sim perceber. Este corpo em desequilíbrio representa o ego exaltado.

    Portanto, o décimo primeiro corpo representa a harmonia interior dos outros dez corpos.   
     

          A Numerologia tântrica nos facilita o conhecimento dos caminhos que temos de percorrer em nossa missão e na vida presente.

    Obs. Os números na numerologia tântrica diferem da numerologia pitagórica.  Os valores são interpretados somente até o ONZE, se o número for maior então deverá ser reduzido a um só numero. Por exemplo: 11+12+1952 = 22 = 4.

          É extraído da data de nascimento que é o presente herdado divinamente.

          Tomaremos aqui no que consiste a Numerologia Tântrica sem adentrar no fluxo interpretativo que não vem ao contexto geral deste trabalho neste momento.

       

    CHAVE:

     

    1 - O número da ALMA =  Dia de nascimento.

    2 – O número do KARMA = Personalidade =  Mês de nascimento.

    3 – O número do PRESENTE =  A soma dos dois últimos dígitos do ano de nascimento.

    4 - O número do DESTINO = última vida = A soma do ano de nascimento.

    5 - O número do trajeto de VIDA= A MISSÃO = A soma do dia, mês e ano de nascimento. 

     

    OS NÚMEROS:

    1. O número da ALMA:

          É extraído do da soma do dia de nascimento

          O número da alma indica seu relacionamento com sua própria alma, com seu self interno e a fonte de sua criatividade. Este é o número do trabalho interno.

          É a conexão com o coração e não com a cabeça e fonte de energia criativa.  Uma vez você conectado com o corpo desta posição, você nunca se sentirá abandonado ou separado do divino.  Porém, a maioria das pessoas está desconectada necessitando cuidar deste aspecto e normalmente precisa desenvolver o corpo nesta posição, portanto não se preocupe isto é extremamente comum!  

     
    2. O número de KARMA - PERSONALIDADE

          A soma do número do mês marca o número do karma. Exemplo: se você nasceu em junho, seu karma é 6, se você nasceu em dezembro, seu karma é (1+2 =) 3. Com exceção dos meses outubro = 10 e novembro = 11 que não se reduz. 

          O karma nos mostra a relação existente com o mundo externo, vem ser nossa personalidade. É a posição que expressa os conflitos que você enfrentará nesta vida, é a indicação de seus pontos fracos e desafios que você terá que superar. O número do Karma determina a relação que teremos com o mundo externo e como vamos tratá-los. Indica seu relacionamento com o outro. Indica a forma de comunicação e a área principal de limitação que necessita o trabalho. 
     

    3. O número do PRESENTE

          É extraído da soma dos dois últimos dígitos do ano que você nasceu: 1951 = 5+1 = 6; 1960 = 6+0 = 6

          Este é o número que indicará a qualidade espiritual que nos foi dado nesta vida por isso é denominado de presente divino vem do reflexo das virtudes que obtivemos em outra vida, mas normalmente os presentes vêm com uma enorme responsabilidade, como por exemplo: ter que desfazer do próprio ego e se focalizar em projetas luz e amar os outros. Para se fazer uso corretamente do presente terá que gozar de um grau de consciência elevado. Podemos também entender como talentos naturais.   

    4. O número do DESTINO

          É obtido através da  soma dos quatro dígitos do ano de nascimento.

    Exemplo: 1951 = 1+9+5+1=16 (1+6 =) 7; 1982 = 1+9+8+2=20 (2+0) 2 

          O número do destino indica as habilidades que foram desenvolvidas em outra vida podendo ser desenvolvido de forma positiva ou não. Indica como OUTRO nos vê. Normalmente não percebemos como somos para o outro causando aqueles conflitos que não entendemos por que.

     
    5. O número do TRAJETO

    QUINTO ASPECTO é a MISSÃO   

          É obtido por meio da soma total da data de nascimento.    

          Exemplo: 12 de maio de 1951 = 1+2+5+1+9+5+1 = 24 (2+4) = 6   

    18 de fevereiro de 1953 = 1+8+2+1+9+5+3 = 29 (2+9) = 11   

          O estado de paz e harmonia permanente só é adquirido quando nós tivermos a certeza absoluta que nós estamos completos e estamos desenvolvendo nossa missão.    

          Se uma pessoa pode harmonizar cada um dos números dela ou aspectos, mas não está completando a missão, não ESTARÁ satisfeita internamente. O quinto aspecto é seu caminho de perfeição. É seu número que guia permanentemente presente em sua vida.    

          Primeiro você deverá transformar os primeiros quatro aspectos para se dedicar a sua missão para que possa cumpri-la na terra. Quando você estiver enviando luz aos outros neste mundo ai então, você dominou este reino verdadeiramente. 

        

    NUMEROLOGÍA REFLEXIVO

          Quando alma e karma são os mesmos números. Por exemplo, 10 de outubro (10 dos 10). Esta pessoa é um espelho, ela é como você vê por dentro e por fora.     

          Pessoas que possuem esta forma de número costumam ter dificuldades para aceitar e entender o outro, desde que eles não concebem que aquela diferença pode existir entre alma e personalidade (karma).   

          Eles são Tudo ou qualquer coisa, desde que eles estejam bem em ambos os corpos ou terrível em ambos.    

        

    NUMEROLOGÍA DHARMICA.   

          É determinado quando o número do terceiro aspecto (presente de Deus) se repete no número da alma, da personalidade, da missão ou das últimas vidas.   

          Este tipo de numerologia é um Dharma ou abençoando, como é um presente de DIVINO, sempre é positivo, estarão reforçando o aspecto que é semelhante a ele.    

        

    NUMEROLOGIA COM PROBLEMAS EM ÚLTIMAS VIDAS.   

          É determinado quando um número se repete por várias dentro da carta natal em qualquer um dos aspectos.   

          Significa que aquela pessoa não pôde polir aquela virtude ou força.    

          Em algum ponto falhou, então terão que começar um ciclo novo de encarnações até alcançar isto.  

     

    MÉTODO

     

          O NUMERONATARAJA ou Yoga dos números é a codificação do padrão vibratório dos números em aspecto vivencial formatado em sinais corporais denominados mudrás (gesto reflexológico). Que permite gerar força de impacto pelo o movimento causado pela a coreografia que os movimentos de ação (o mudra) juntamente com o fluxo da consciência gera assim um movimento, uma dança que vibra nos corpos harmonizando e percebendo o fluxo através do prana que é fluido automaticamente, mudando a forma de pensamento e de sensação. Produzindo o eixo para entrar em meditação dinâmica e a consciência de si mesmo. A prática consiste na habilidade de coreografar os movimentos de forma natural e automaticamente onde se concentra os bloqueios a atenção para produzir a performance fará com a energia flua e a execução se torna perfeita pelo o fato do sentir e não do racionalizar.

          Enquanto os movimentos ocorrem é feitos fechos (bandhas) impulsionando a energia prana para que flua pelo os canais das nadis e glândulas, exercitando e aflorando a energia de cada chakra que naturalmente equilibrará os corpos. Mudando toda a vibração comportamental energético, emocional, mental e físico. Proporcionando a ponte do religar-se e reconhecimento do EU.

          É uma prática que pode ser executada em grupos ou de forma individual, mas sempre acompanhado de instrução de um terapeuta já conhecedor da técnica e que possa fazer as devidas correções.

    Sejam elas virtuais ou pessoalmente. Até que isso seja natural na pessoa e daí sim poderá executar a qualquer momento que desejar ir para o seu interior e responder questões  que o próprio SER já sabe a resposta. 

     

    Funções terapêuticas

          Proporcionará o equilíbrio de todos os corpos simultaneamente e na sequência necessária individual, mesmo que executado em grupo. 

    Funções estéticas

          O Numeronataraja não é preocupado com esta função.  Mas naturalmente a execução continua colocará as glândulas endócrinas em equilíbrio e consequetemente altera o padrão físico do praticante, melhorando o aspecto físico. No mínimo proporcionará maior brilho e vivacidade do aspecto físico aumentando a estima.  

    Funções lúdicas

          Obviamente o Numeronataraja propõe o prazer, o êxtase de só está, só fazer, usufruindo da prática ludicamente. Sem o ludismo, a alegria de brincar ou dançar não existe. A prática (sadhana) é uma celebração de vida. A celebração leva o ser em contato com o Seu EU Divino e natural.  

    Funções da sexualidade.

          Sexualidade é a propriedade que tem o ser humano de sentir e perseguir o prazer. É a vontade de reunir-se a outra energia que o complemente ou que o realize. O Numeronataraja proporciona a possibilidade de o praticante entrar em contato com seus vários pontos de tensão energética, que o impede de exercer sua sexualidade plenamente. 

    Funções arquetípicas ou simbólicas de uma egrégora.

          Cada exercício é simbólico, significa algo para a consciência e para o inconsciente coletivo. O Mudrá é sempre um gesto que simboliza força, energia sabedoria, consciência ou simplesmente percepção metafísica. O gesto (Mudra) leva uma pessoa a entrar em contato com uma egrégora especifica. 

    KOSHA MUDRAS – São os gestos feitos com o corpo todo. Após executá-los e coreografá-los corretamente os gestos com as mãos podem ser acrescentado transformando numa dança cósmica e passando a ter a vibração do Numeronataraja ou Yoga dos números.

          Cada exercício foi similarmente inspirados em ásana ou Mudras já existente, trazendo em seu contexto a vibração da energia que cada número  em equilíbrio produz. Portanto é a verdadeira fidelidade personificada da vibração que movimentarão fluxo do corpo.  

     

    Conclusão.

          Este é mais um trabalho inspirado nas observações dos clientes em consultórios, cursos e vivencias que necessitam de um caminho mais sutil para acessarem o caminho de parar a mente de turbilhonar e ensinar o fluxo da emoção a simplesmente está consigo mesmo.

          Apesar de inserir em seu contexto o movimento da dança, é absolutamente forte e sensível, belo e sensual.

          Qualquer pessoa pode lançar mão deste método, pois é apenas um exercício codificado que gera o compromisso consigo mesmo de trilhar um autoconhecimento, sem exigir excelentes performances físicas. Podendo ser executado por qualquer pessoa que apenas deseja aprender o SENTIR. 
      

    BIBLIOGRAFIA.

    Do Numeronataraja não há ainda, pois espero que esta sinopse se torne uma no futuro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    II.I - Definições

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

    VII.I - Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    VII.II - Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística
    VII.III -
    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Resumo

    Esta propositura disserta sobra a integração das técnicas corporais orientais seculares com as modernas e ocidentais abordagens psicanalísticas reichianas e derivadas, resultando em uma Terapia Corporal de abordagem holística. Resgata a importância do tocar e ser tocado como instrumento de catarse terapêutica e de harmonização psicofísica, resultando em ampliação da qualidade de vida e autoconhecimento, tanto para o Cliente, quanto para o profissional.

    Introdução

    Muito se aborda a globalização e o acesso universal a informações em todos os campos de conhecimento, incluindo a Terapia Holística. Porém, mesmo no Brasil, de ampla tradição de sincretismo e fusão das mais variadas vertentes de pensamento, ainda deparamos com um separatismo entre as técnicas corporais orientais e ocidentais, bem como uma distância entre o discurso de paradigma holístico e uma real aplicação deste conceito, a tal ponto de ainda encontrarmos profissionais que iludem-se de atuar em questões físicas e outros, em aspectos psíquicos, como se tais existissem de forma isolada...

    São inegáveis as qualidades técnicas das manobras corporais tradicionais, tais como o shiatsu, tuina, anma, sparsha, dentre outras, assim como é fundamental a contribuição da psicanálise quanto aos aspectos inconscientes de nossa personalidade serem corporificados. Contudo, ambas as vertentes ainda não convergiram, resultando em "massagistas" (termo totalmente inadequado à legislação brasileira...) que desconhecem o fato de seu trabalho pode resultar em catarses, como também em profissionais da vegetoterapia e bioenergética propondo técnicas de toque, respiratórias e posturais que já estariam eficientemente supridas nas já seculares técnicas corporais, como as já citadas, bem como as oriundas do yôga e tai-chi-chuan.

    Cabe ao Brasil eliminar a iniciativa em superar desinformações, preconceitos e vaidades, promovendo a integração entre todas estas linhas complementares de tratamento, formando Terapeutas Corporais que honrem a sabedoria milenar, da mesma forma que abraçam a modernidade psicanalítica, fazendo justiça a que mais esta modalidade terapêutica seja integrante da Terapia Holística, atendendo a Clientela ciente de que físico-psíquico-social-transcendente é uma só unidade indissociável.

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

    ACONSELHAMENTO — processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.

    BIOENERGÉTICA —Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.
    CALATONIA —técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.

    CATARSE extravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    ID é a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego.

    INSIGHT "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    LEITURA CORPORAL — método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    PERSONA — é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

    RELAXAMENTO — vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    TERAPIA CORPORAL — uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

    TERAPIA REICHIANA — desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    VIVÊNCIAS — realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal:

    Idade mínima do cliente para Terapia Corporal: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    Explicar o processo de Terapia Corporal com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    O Terapeuta Holístico deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico;

    O Cliente deve ser inquerido pelo Terapeuta Holístico quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Corporal aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    III - Resultados

    Constatou-se ganhos significativos oriundos do sincretismo entre as abordagens ocidentais modernas e orientais milenares da Terapia Corporal. As manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, mostraram-se mais adaptáveis a cada Cliente, em comparação às mais recentes, oriundas das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética. Em contraponto, a proposta analítica destas últimas são indispensáveis à interpretação emocional refletida via corpo, já que essa capacidade fora perdida no decorrer do tempo, no que se refere ao ensino e prática das técnicas orientais, na forma como nos chegam atualmente.

    Clientes originados de queixas físicas apresentam resultados mais rápidos e eficazes quando a Terapia Corporal aflora as emoções reprimidas simultaneamente ao trabalho de toque. É perceptível ao tato do profissional, o relaxamento nas áreas antes tensas, imediatamente à manifestação da emoção e/ou lembrança que emerge sincronisticanente ao contato físico com a zona reflexa e/ou diretamente sobre a região corpórea. Da mesma forma, regiões sem tônus de pronto manifestam retorno da tonicidade, assim que afloram os sentimentos e lembranças induzidos pelo toque de volta à consciência. Quadros de dores e de dificuldade de movimentos apresentam reversão drástica, ainda que temporária, imediatamente à catarse emocional desencadeada pelo toque e indução verbal.

    Ratificando o acima descrito, quadro similar ocorre com a Clientela de queixas emocionais, onde o trabalho de toque serve tanto para detectar quais regiões corpóreas estão refletindo o quadro psíquico, quanto para aflorar à consciência as emoções reprimidas, bem como lembranças de situações traumáticas.

    Em ambas as situações, a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, incluindo o ACONSELHAMENTO, desempenha papel fundamental em facilitar ao Cliente a compreender o conteúdo aflorado, o que se mostra fundamental para que o quadro queixoso anterior não reincida. A catarse emocional por si só, apresenta resultado temporário, com imediata melhoria do quadro geral, porém, com retorno do estado original poucos dias após. A durabilidade do resultado é mantida quando o Cliente é simultaneamente amparado com técnicas de foco psicoterápico.

    A inclusão do contato físico na relação CLIENTE e TERAPEUTA HOLÍSTICO acelera o ritmo e intensifica a terapia, traduzindo-se em resultados de espectro mais amplo e, uma aumento da frequência e intensidade nas transferências e contra-transferências, exigindo grande preparo do profissional.

    IV - Discussão

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos.

    Modernas ideologias, governos ditatoriais e o cientificismo mecanicista influenciaram uma ruptura no paradigma holístico terapêutico. Seja por necessidade de sobrevivência às perseguições, seja em concessões e adaptações para tentar enquadrar nos limites do "científico", fato é que ao século 20, terapias como shiatsu, tuiná, anma, seitai e similares, chegaram até nós amputadas de sua original tradição sistêmica, passando a tratar o "corpo" como se fosse uma "máquina", composta de "partes" a serem manipuladas pelo toque para que "funcionem" melhor... A excelência técnica das manobras corporais se manteve, porém, perdeu-se a "alma" em algum momento de sua história.

    A partir da década de 70, com o movimento da contracultura, "revolução aquariana", ecologia e retomada do paradigma holístico, as abordagens corporais se permitiram a reintegração com os conceitos de "energia", reassumindo a interação com meridianos (canais de circulação energética da acupuntura - terapia tradicional chinesa), chacras (ou chakras, vórtices de energia estudados na ayurvédica - terapia tradicional indiana) e "corpos sutis" (matrizes energéticas paralelas ao corpo material, conceito este comum a todas as culturas milenares). Ao mesmo tempo, readmitiu-se que a terapia pelo toque igualmente atua nas emoções, porém, sem aprofundar na questão, deixando de integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

    Desenvolvendo-se de forma complementar, contamos com a Psicánalise, pela qual Freud demonstra a grande atuação das questões psíquicas nas somatizações, sendo até possível a reversão destas, como decorrência da análise, ao resgatar do inconsciente, os traumas, lembranças, emoções reprimidas e integrá-las ao consciente.

    Quer seja por preocupar-se em manter-se dentro de uma certo paralelo com a metodologia científica (isolar-se do "objeto" estudado...), quer seja para evitar maiores controvérsias e envolvimentos, TOCAR o Cliente era algo fora de discussão, até a dissidência de Wilhelm Reich, que “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”).

    A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante).

    Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento, também conhecido como Couraças Musculares do Caráter, aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bioenergia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas.

    A linha reichiana "clássica", a Vegetoterapia, segue um padrão relativamente rígido e pré-fixado para a sequência de desbloqueio das couraças, enquanto que as chamadas correntes neoreichianas, como a Bioenergética (que tem Alexander Lowen como seu expoente...) são mais flexíveis quanto à ordem e formas de trabalhar os bloqueios, utilizando-se, além do toque, técnicas respiratórias e posturais, que contém muitos paralelos ao Yôga e Tai-Chi-Chuan...

    Estas últimas vertentes, de origens ocidentais e modernas, em contraponto com as demais linhas aqui inicialmentes descritas, milenares e orientais, permaneceram distanciadas, uma corrente desconhecendo totalmente a outra. Não raro deparamos com reichianos que desconhecem chacras e shiatsuterapeutas que nem sequer imaginam que desbloqueiam "couraças do caráter"...

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar. Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge. É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor. Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA. É consenso que a maioria dos Terapeutas possui profundas feridas narcisísticas em aberto, as quais tentamos cicatrizar ao dar atenção aos Clientes, da forma que jamais tivemos... Não raro, tivemos que amadurecer cedo, quando deveríamos ter tido a permissão de ser crianças e nossos cuidados com os outros é a sublimação do ressentimento de que nosso amor não bastava para sermos correspondidos pelos pais, pois só sendo "produtivos" e "perfeitos" para sermos amados. Por isso, oculta-se no TOCAR em nossos Clientes, o desejo de acolhimento e amor.

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente. Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em contínua terapia e supervisão, inclusive, em grupos de discussão, pois o que se constata na prática é que, independente do quão experiente seja um analista, quando está em momento de contratransferência, sua visão do caso fica prejudicada, enquanto que para os demais colegas, que não estão emocionalmente envolvidos na situação, muito mais facilmente detectam o que está ocorrendo.

    V - Conclusões

    O contato físico intensifica o ritmo da terapia e igualmente aumenta o grau de responsabilidade e exigência técnica, o que é plenamente compensado pela excelência de resultados e gratificação profissional.

    Não há mais justificativa, em nosso atual tempo de acesso globalizado às mais variadas correntes terapêuticas, à ilusão de abordar o psicofísico como se fosse "partes separadas".

    A fusão entre as manobras orientais já tradicionais e a conscientização do efeito psíquico do toque reavivada pelas correntes psicoterápicas reichianas e neo-reichianas, resulta em uma terapia mais profunda e abrangente do que a simples soma das partes.

    Tanto as reclamações de origem física, quanto as de foco emocionais são atendidas na mesma proposta de trabalho, em conformidade com o paradigma holístico, ampliando o leque de oportunidades em atender quantitativa e qualitativamente à Clientela potencial.

    A ampliação da transferência e contratransferência pelo fator do tocar e ser tocado, obriga o Terapeuta Holístico a manter-se em contínua terapia e supervisão, resultando num indivíduo mais equilibrado e autoconsciente e, como tal, um profissional mais eficiente e um ser humano mais feliz.

    VI - Referências bibliográficas

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    VII - Anexos e Apêndices

    VII.I

    Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

     

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

     

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

     

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

     

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

     

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

     

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

     

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça"

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

     

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

     

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

     

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

     

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

     

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contratransferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Imaginem uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Se não estiver atenta à possibilidade de contra-transferência, é capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

     

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

    VII.II -


    Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística

    Se o profissional faz uso de técnicas corporais, jamais deverá chamar este trabalho de "massagem", não só pelo sentido pejorativo que a confusão com prostituição trouxe à palavra, como, também , pelo fato de que estaria sendo enquadrado dentro de alguns requisitos impossíveis de serem cumpridos, pois estaria sujeito às seguintes diretrizes, dentre outras:

    DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942
    Regula a Propaganda de Médico, Cirurgiões Dentistas, Parteiras, Massagistas, Enfermeiros, de Casas de Saúde e de Estabelecimentos Congêneres, e a de Preparados Farmacêuticos
    Das Parteiras, dos Massagistas e Enfermeiros (artigos 2 e 3)
    ART.2 - é proibido às parteiras, aos massagistas e aos enfermeiros fazer referências a tratamentos de doenças ou de estado mórbido de qualquer espécie.
    ART.3 - As parteiras, os massagistas e os enfermeiros estão obrigados a mencionar em seus anúncios o nome, título profissional e local o nde são encontrados.


    LEI 3.968 DE 05/10/1961
    Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Massagista, e dá outras Providências.
    ART.1 - O exercício da profissão de Massagista só é permitido a quem possua certificado de habilitação expedido e registrado pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina após aprovação, em exame, perante o mesmo órgão.
    ART.2 - O massagista devidamente habilitado, poderá manter gabinete em seu próprio nome, obedecidas as seguintes normas:
    1 - a aplicação da massagem dependerá de prescrição médica, registrada a receita em livro competente e arquivada no gabinete;
    2 - somente em casos de urgência, em que não seja encontrado o médico para a prescrição de que trata o item anterior, poderá ser esta dispensada;
    3 - será, somente, permitida a aplicação de massagem manual sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou fisioterápica;
    4 - a propaganda dependerá de prévia aprovação da autoridade sanitária fiscalizadora.

    Como podem perceber, será muito melhor nominar seus trabalhos como "Terapia Corporal", evitando, assim, se enquadrarem nas leis acima citadas, as quais só podem ter sido criadas para coibir a prática da Massagem.

    Já há anos o SINTE recomenda abolir o termo "massagem" (tanto por ser associada popularmente à prostituição, como por enquadrar-se em legislação impossível de ser cumprida) , que deve ser substituída por "Massoterapia", ou, melhor ainda "Terapia Corporal".

    Ultimamente, a expressão "massoterapia" igualmente passou a ser sinônimo de prostituição, além de que, no Paraná, os órgãos públicos identificam como sinônimo de "massagem" e passaram a exigir daqueles que alegam trabalhar com esta técnica, o cumprimento das legislações impraticáveis (DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942 e LEI 3.968 DE 05/10/1961).

    Portanto, a melhor solução é o termo "Terapia Corporal" e aproveitar a oportunidade para que os cursos se aperfeiçõem para fazer justiça a este nome e acrescentem ensinamentos de Reich e Lowen (psicanálise/vegetoterapia e bioenergética) às já consagradas manobras corporais orientais e ocidentais.

    VII.III -

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho

    Estruturas da Psique:

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.


    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.


    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.


    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;
    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;
    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.


    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.


    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.


    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/07/2009 16:24


    COACHING HOLÍSTICO

    COACHING HOLÍSTICO 

    Um método de encadear resultados positivos para liderar a vida em qualquer âmbito desejável.  


    Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270

    Personal colching Holístico

    www.celicoutinho.com.br

    Terapeuta Tântrica

    www.celishakti.com.br

    E-mail: contato@celicoutinho.com.br 

     

    Índice

    Prefacio...................................................01 

    PRINCIPIOS DO CONCEITO DE FORMAÇÃO DO COACHING HOLÍSTICO

    O que é Samkhya?..............................................06

    COACHING - MITOS E VERDADES..................07 

    Conclusão.................................................09

    Bibliografia................................................11 


    Prefácio

    Primeiramente deixo claro que a intenção aqui não é inovar. E sim trazer ao conhecimento algo que já tomou um rumo de sucesso.

    Basta utilizar um pouco do seu tempo para navegar na Internet e logo se percebe que ha tempos outros orientadores, consultores e ou terapeutas já desenvolve um trabalho particularmente próprio de coaching.

    Ouvimos já um tempo o termo coaching, amplamente divulgado e a impressão que temos que sua origem é completamente moderna e pertencente basicamente ao nosso século.

    Mesmo na estória do coaching percebemos que seu inicio acontece baseado no conceito filosofal da Grécia, com o principio de orientar no esporte, o esportista que precisa ter o incentivo de que ele é ganhador, único em sua modalidade.  E assim transformar pequenos homens em grandes nomes do esporte, já nos tempos modernos americano.

    E com a modernização global o coaching ganha um corpo metodológico para auxiliar nas grandes empresas a formação de líder de equipe a serem prósperos em suas idéias, ganhando ranks em marketing, vendas e estratégias administrativas.

    Mas o homem não é só corpo mental, é também um corpo emocional, e espiritual, amplamente fáceis de formar uma estratégia de expansão dos conhecimentos, realização dos desejos e metas a cumprir em vida.

    Se formos buscar de fato uma origem pode-se facilmente perceber, que dá Grécia se pularmos um pouco, mais vamos cair nos princípios filosofais da índia antiga, e seguindo de encontro com o Samkhya que deu origem a uma metodologia de estudo comportamental do homem enumerando as formas de entendimento de como o Ser humano pode processar suas emoções, mente para evoluir como um ser livre de amarras negativas.

    É do Samkhya que acontece a origem de duas vertentes muito importante no mundo holístico hoje em dia, ou seja, o Yoga e o Tantra. Formando assim um um mundo denominado de holística.

    A holística não é uma ciência e nem uma filosofia. Não  é uma religião nem uma disciplina mística. Também não constitui um paradigma científico. É tão somente uma visão de mundo que vem se contrapor à visão dualista e mecanicista que despojou o ser humano da sua unidade, ao longo desses séculos de civilizações tecnológicas e racionalismo exacerbado.

    A holística basicamente é uma atitude diante da realidade, uma forma de ver e compreender o mundo, um espaço onde são permitidos um intercâmbio dinâmico entre Ciência, Arte Filosófica e as Tradições Espirituais, sendo exatamente esse intercâmbio que se propõem como uma das mais criativas formas de enfrentamento dos desafios deste final de século.

    Sendo uma atitude diante da vida uma forma de compreender e de estar no mundo, o pensamento holístico permeia todos os níveis de atuação do indivíduo.

    Inicio então aqui a intenção de promover com essas linhas um caminho para nós terapeutas holísticos, para um caminhar de prosperidade e crescimento, não somente como uma profissão complementar a qualquer outra renda que  tenhamos e sim um movimento de energia motora de que escolhemos como profissão de onde  somos únicos capazes de gerir uma ferramenta, não somente para os nossos clientes equilibrarem e se libertarem de doenças físicas, mas certamente buscar empreendedorismos seja lá no que foi escolhido.

    Li um artigo esses dias onde um terapeuta criticava as pessoas que dizem que a movimentação holística não dá mais para o sustento.

    E ele observa que muitos terapeutas se fundem em descredibilidade por não acreditar naquilo que de fato escolheu e dando razões para fracassos como, agora é final de ano e não é mais possível seguir. Bom, agora o ano começa apenas depois do carnaval.

    O aspecto astrológico inerentes agora é impossível fluir em produtividade.

    È de fato as intempéries existem, e não trilhamos nela com sucesso se acreditarmos que nosso sucesso está no mundo lá fora.

    Mas se soubermos o caminho da ação e da reação de nós mesmo, trilhar um caminho pra a prosperidade, certamente é bem mais agradável e palpável. E esta é a proposta do Coaching Holístico.

    Enumerar uma série de questões para os objetivos pessoais serem colocados em prática. 

    PRINCIPIOS DO CONCEITO DE FORMAÇÃO DO COACHING HOLÍSTICO 

    O que é Samkhya

    Samkhya é considerado como o mais antigo dos sistemas filosófico ortodoxo indiano .Sua filosofia considera o universo como constituído de duas realidades eternas:  Purusha (consciência) e Prakriti (corpo físico), é, portanto, fortemente dualistas  caracterizada por uma cosmovisão que vê o universo como uma mistura evolução de dualidades distinta (claro / escuro, masculino / feminino, etc.).

    Shamkhya advém do idioma sânscrito, um dos ramos do grande tronco lingüístico e cultural Indo-Ária, tendo parentesco com o latim, o árabe e mais uma dúzia de línguas indianas. Apesar desta influência o sânscrito é uma língua morta, sendo usada em situações ritualísticas, pujas com mantras.

    Samkhya, então literalmente, significa "descrição enumerativa", inventário, enumeração, sendo uma palavra adotada por kapila, um literato indiano por volta de 27 séculos atrás. Para descrever a estrutura do cosmo e do homem, bem como as relações entre pessoas e do individuo como o cosmo, no sentido da natureza.

    Devido às dificuldades com os estudos e registros históricos daqueles séculos, não se sabe ao certo se Kapila foi realmente um personagem histórico ou uma criação folclórica; não se sabe também a data de seu nascimento (talvez 750 a. C), se foi contemporâneo depois de Buda (200 anos depois), se viveu no século II a.C ou II d.C

    Metafisicamente, Samkhya mantém uma dualidade radical entre o espírito / consciência (Purusha) e matéria (Prakriti). Todos os eventos físicos são considerados manifestações da evolução da Prakriti,  ou natureza primária (do qual todos os corpos físicos são derivados). Cada ser ciente é um Purusha, e é ilimitado e irrestrito ao seu corpo

    O espírito em si é apenas uma testemunha da evolução. A evolução obedece a relações de causa e efeito, com a natureza primordial em si ser a causa material de toda a criação física. A teoria da causa e efeito da Samkhya é chamado Satkaarya Vaada, e afirma que nada pode ser criado a partir ou destruídas em nada - toda evolução é simplesmente a transformação da natureza primordial de uma forma para outra.

    Toda a matéria tem três gunas (qualidades)  ou atributos fundamentais - sattva (atributo criativo), rajas (atributo preservacionista) e tamas (atributo destrutiva). A evolução da questão ocorre quando a relação de forças entre as mudanças de atributos. A evolução cessa quando o espírito percebe que é diferente da natureza primária e, portanto, não pode evoluir. Isso destrói o propósito da evolução, impedindo assim Prakriti de evoluir para Purusha.

    O Purusha (almas) é consciente e livre de todas as qualidades. Eles são os espectadores silenciosos de prakriti (matéria ou a natureza), que é composto de três gunas (disposições), satva rajas e tamas (atividade estabilidade e estagnação). Quando o equilíbrio dos gunas se movimenta, a ordem mundial evolui. Este movimento causa um desequilíbrio natural, ou seja, um distúrbio é devido à proximidade de Purusha e Prakriti. Libertação (kaivalya), então, consiste na realização da diferença entre os dois.

    Esta era uma filosofia dualista. Mas há diferenças entre o Samkhya e as formas ocidentais de dualismo. No Ocidente, a distinção fundamental é entre a mente e o corpo. No Samkhya, no entanto, é entre o (purusha) e da matéria, e este último incorpora o que os ocidentais normalmente se referem como "mente". Isso significa que o Self como o Samkhya entende que é mais transcendente do que "mente". 

    COACHING - MITOS E VERDADES

    Ser Coach é ter paixão em ajudar as pessoas a alcançar as suas metas, sonhos e objetivos mais rápidos.

    COACH é uma palavra de origem inglesa antiga, por volta de meados de 1500, que significa um veiculo para transportar pessoas de um lugar para outro.  
    O nome Coach é muito usado nos esporte, para denominar o treinador ou o técnico. Timothy Gallwey, quando escreveu "O JOGO INTERIOR DE TÊNIS" deu uma nova concepção na maneira de ensinar o Tênis e colaborou muito no processo de coaching que hoje conhecemos.

    Segundo o I.C.I. (Integrated Coaching Institute), Coaching é um processo focado em ações do coachee (cliente), para a realização de suas metas e desejos.  Ações no sentido de desenvolvimento e / ou aprimoramento de suas próprias competências, equipando-o com as ferramentas, conhecimentos e oportunidades para se expandir.

    O processo de Coaching não diz às pessoas o que fazer para se tornarem melhores, as apóia e a avalia, o que e como estão fazendo de modo a responsabilizarem-se pela própria vida, caminhando em busca de seus próprios objetivos. 
    Podemos também dizer que o Coach é o profissional que auxilia as pessoas a estruturar-se e realizar o seu sonho.

    Segundo Leonardo Wolk, "Coaching é a Arte de Soprar Brasas". 

    O coach, portanto é o profissional que conduz o processo de desenvolvimento. 

    Coaching é o nome do processo (literalmente treinamento em inglês). 

    Coachee é o nome que se dá ao cliente que contrata o coach. 

    O que é Coaching?

    É uma nova disciplina que nos leva à realização de permitir um desenvolvimento pessoal e profissional forte. É um conjunto de perguntas é a partir da aceitação dos outros e não julgar, com o objetivo de descobrir quem você é e ajudá-lo a alcançá-lo. .

    É uma formulação que ajuda você a pensar diferente. É uma nova maneira de ver as coisas que lhe permite operar de forma eficaz e responsável para seus objetivos, aumentando a imagem que você tem de si mesmo, melhorar as comunicações, aprofundar suas relações e mantê-las.

    Qual situação te leva a utilizar-se do coaching:

    - Quando você tem uma meta ou um objetivo e não sabe especificar.  

    - Quando você quiser encontrar um propósito na sua vida e nada faz sentido  

    Quando você responder não a uma das seguintes questões:  


    - Você gosta do que faz? 


    - Você está animado sobre o seu futuro? 


    - É esta a vida que você escolhe? 


    - Você acha sentido no que você faz? 


    - Você está satisfeito com seus relacionamentos? 


    - Usa bem seu tempo livre?


    Portanto o Coaching te chama para a ação ao invés de levá-lo aos seus pensamentos. 


    Coaching aponta para o que você quer e é possível que você  em vez de se concentrar no que aconteceu com você. 



    Um plano para o seu futuro  em sua vida pessoal

    Você tem um sonho difícil de realizar? 


    Você está sempre envolvido em problemas em seus relacionamentos? 


    Você se sente preso ou contido em qualquer área da sua vida? 


    Gostaria de ter mais tempo para si? 


    Em sua vida profissional

    Gostaria de ter mais sucesso? 


    Você reconhece que você poderia melhorar a comunicação? 


    Necessidade de organizar melhor o seu trabalho e sua mesa? 


    Você muitas vezes falta o tempo? 


    Gostaria de promover o seu crescimento, mas você não tem idéia por onde começar? 


    Você gostaria de aumentar sua renda ou lucro em seu negócio?


    Você toma altos níveis de stress? 

    Operação de Sessões de Coaching 

    A duração do processo de coaching é uma função do número de sessões e a freqüência dos mesmos, e duas questões dependem de você.

    Sobre a freqüência, nota que não fará mais do que uma sessão por semana e raramente perduram para além das próximas 4 a 6 semanas. Em geral, cada sessão dura aproximadamente uma hora e será individual.  

    Conclusão  

    O Coaching Holístico

    Coaching não é  terapia.

    A terapia é uma solução para entender o passado, reavaliar os erros para preparar-se para o presente.

    O Coaching concentra-se no presente e no futuro. Ou seja, independente de qualquer fato, dos sucessos e dos insucessos, o que e como fazer daqui pra frente, para continuar a escalada.

    A Terapia é um recurso para lidar com as dificuldades da existência, sob aspectos psicoemocionais em situações como crises pessoais, conflitos conjugais e familiares, transtornos psicopatológicos, distúrbios psicossomáticos, crises existenciais e problemas nas transições entre as fases da vida, etc. A terapia, diferentemente do coaching, adota uma abordagem holística que envolve processos de ordem psíquica, orgânica e social oferecendo recursos direcionados para atender na orientação de pessoas em situações de desestruturação e crise, quando o mesmo se sente inapto para lidar com as dificuldades em sua vida.

    O Coaching holístico vai lhe propor um caminho do momento do aqui e agora através de seus próprios recursos naturais.

    Serão utilizados de ferramentas de métodos vivenciais para auxiliar ao encontro de respostas que o processo vai lhe conduzir, para melhor absorção.   

    "Se, por um dia apenas, ou mesmo algumas horas e não raro por apenas alguns minutos, você se permitir mudar, um pouco que seja, seu ângulo de visão e abordar as questões existenciais de uma posição outra, além daquela que está habituado a vivenciar, isto operará milagres em sua saúde e no meio ambiente"       Levi Leonel 

    BIBLIOGRAFIA

    Pesquizas feitas pela a Internet.

    Livro - Energia Vital - Editora Roka - Autor - Levi Leonel

    Título: Coaching: Desenvolvendo Excelência Pessoal e Profissional;

    Autor: James Flaherty;

    Editora: Qualitymark;

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 03/06/2011 10:18


    PRANAYAMA – O SOPRO DA VIDA

    PRANAYAMA – O SOPRO DA VIDA

     

    CELI COUTINHO

    Terapeuta Holística

    CRT 21270

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2013

     

    Índice

     

    Apresentação

    O que é Prana?

    PRANÁYÁMA

    Técnicas de respiração

    Metodologia.

    Conclusão

    Bibliografia

     

     

    Apresentação

            Conhecer sobre as Nadis  e os pránáyamas  de acordo com a filosofia Hindu em sua total natureza é composta de duas substâncias principais. O Akasha - éter e o Prana - energia. Duas forças que corresponde a evolução onipresente permeando o universo inteiro, na verdade todo o tipo de existência que pode ser considerado sob a palavra "criado", são produtos do Akasha. Energia sutil e invisível que no final de cada ciclo volta a ponto de partida. Assim como toda força da natureza, que é conhecido pelo o homem: gravitação, luz, calor, eletricidade, magnetismo, pode ser agrupadas sob o nome genérico de "energia" à criação física é a manifestações do Prana cósmico.

     

    O que é Prana?

            A respiração é “Brahma”. Prana é o resultado de toda energia que se manifesta no universo. É a soma total de todas as forças da natureza. "Atman". Todas as forças físicas, todas as forças mentais estão sob o julgo do 'Prana'. É a força em todos os planos da existência, do mais alto ao mais baixo. O que quer que se mova ou funciona ou tem vida, é apenas a expressão ou manifestação de Prana. Akasha é a expressão do Prana. O Prana está relacionado à mente e pela mente a vontade, e através da vontade para a alma individual, e através desta ao Ser Supremo. Ao aprender como controlar as pequenas ondas de Prana através da mente, então o segredo do Prana será conhecido.

            O trabalho do Prana é visto nas ações sistólica e diastólica do coração, quando ele bombeia o sangue para as artérias na ação de inspiração e expiração, durante o percurso da respiração; na digestão de alimentos; na excreção de urina, matéria fecal e na produção de sêmen, quilo, quimo, suco gástrico, bile, suco intestinal, saliva; no fechamento e abertura das pálpebras, no caminhar, brincar, correr, falar, pensar, sentir, raciocínio, etc. Prana esta lá. È a ligação entre o corpo astral e físico. O Prana é um fio delgado ligando o corpo astral ao corpo físico. Quando a morte ocorre, o Prana que está trabalhando no corpo físico é retirado para o corpo astral.

            Este Prana permanece em estado sutil, imóvel, não manifestado Estado, indiferenciado durante o Pralaya (período) cósmico. Quando a vibração está configurada o Prana se move e age sobre o Akasha.

            Ao controlar o ato de respirar, poderão controlar de forma eficiente todos os movimentos do corpo e as diferentes correntes nervosas que estão sendo executado através do corpo. Poderá facilmente e rapidamente controlar e desenvolver a mente, corpo e alma através da respiração. É através do Pranáyáma que você pode controlar estas circunstâncias e conscientemente harmonizar a vida pessoal com a vida cósmica.

            A respiração dirigida pelo pensamento sob o controle da vontade, é regeneradora e pode utilizar conscientemente para o autodesenvolvimento.

            A sede do Prana é o coração. Embora o Antahkarana assume quatro funções na mente:

    Manas = mente.

            Manas é a mente inferior, através do qual a mente interage com o mundo externo e leva em impressões sensoriais.

            Manas é como o supervisor dos sentidos e direciona os 10 sentidos ou Indriyas :

     Karmendriyas: As cinco portas de saída ou os cinco meios de expressão. (Karma significa ação. Indriyas são os sentidos).

    Jnanendriyas: As cinco portas de entrada são os cinco sentidos cognitivos, que são chamados jnanendriyas. (Jnana significa saber. Indriyas são os sentidos.).

            Manas leva as direções dos desejos, das atrações e aversões armazenadas na memória de Chitta. 

            Ser consciente de ações e fala: Uma boa maneira de cultivar o testemunho de Manas é estar atento a ações e palavras, bem como os seus sentidos de cheirar, saborear, ver, tocar e ouvir. Ao observar isto você perceberá como Manas é a persona por trás dessas ações e sentidos. Assim, Manas é como o supervisor dos funcionários em uma fábrica. Manas não é o patrão, mas o supervisor, que está dando as ordens diretas para os sentidos ativo e cognitivo.

    Chitta = armazenamento de impressões

            Chitta é o banco de memória, que armazena impressões e experiências, e o quanto pode ser muito útil, Chitta também pode causar problemas se o seu funcionamento não é coordenado adequadamente pela as funções da mente.

    Coordenação Chitta: Se Chitta não é coordenado com as outras funções da mente as impressões guardadas no lago da mente começam a mexer e surgir. É como se essas impressões latentes voltasse à vida e todas competissem pela atenção de Manas para realizar seus desejos no mundo externo. Na ausência de um Buddhi claro, as vozes concorrentes de Chitta muitas vezes conduzem Manas para tomar ações no mundo que não são realmente tão úteis.

    Ahamkara = O Ego

            Ahamkara é o sentido de "Eu-Sou", o Ego individual que se sente como uma entidade distinta, separada. Ele fornece identidade ao nosso funcionamento, mas também cria Ahamkara nossos sentimentos de separação: da dor e de alienação também.

            Ahamkara assume parceiro: Esta onda do "eu-sou" chamado Ahamkara se alinha em formas de parcerias com os dados das imagens em Chitta e, por sua vez, com Manas, que em seguida, responde aos desejos sendo permeadas por sua "individualidade". Enquanto isso, Buddhi é a tarefa mais importante no caminho da meditação e da auto-realização.

    Buddhi = sabe, decide, julga e discrimina.

    Buddhi é a mente superior: Buddhi é o aspecto mais elevado da mente, a porta para a sabedoria interior. A palavra Buddhi em si vem do budh raiz, que significa aquele que despertou. Buddhi tem a capacidade de decidir, julgar e fazer distinções cognitivas e diferenciações. Pode determinar o caminho mais sábio de dois pólos de ação, se funcionar bem Manas vai aceitar sua orientação.

            Buddhi deve ser o tomador de decisão: Na construção da vida, queremos Buddhi para a fazer as escolhas perfeitas. Caso contrário, Manas recebe as instruções dos padrões de hábitos armazenados em Chitta, que são coloridas por Ahamkara, o Ego. Muitas vezes, Buddhi é nublada por toda a coloração e impressões no Chitta. Assim, uma das principais tarefas sadhana-práticas espirituais, é utilizada para limpar Buddhi. Então poderá sempre melhorar as escolhas que produzirão os frutos nessas práticas espirituais.

            Como já vimos em estudo anterior o Prana ele assume cinco formas:

            Prana, Apana, Samana, Udana e Vyana com diferentes funções executado por ele. Isto é denominado como Vritti Bheda. O Prana principal é chamado Mukhya Prana. O Prana se ao Ahamkara e, portanto, vive no coração. Destes cinco Prana já sabemos que o Apana são um dos principais agentes.

            E relembrando que a sede do Prana é o coração; do Apana, o ânus; de Samana, a região do naval, de Udana, a garganta, enquanto Vyana é tudo permeia. Ela se move por todo o corpo.

    Sub-Pranas e Suas Funções

    Naga: faz eructação e soluço.

    Kurma: executa a função de abrir os olhos.

    Krikara: induz a fome e a sede.

    Devadatta:o bocejar.

    Dhananjaya: provoca decomposição do corpo após a morte.

     

     

    PRANÁYÁMA

     

            Pranáyáma é a ciência do controle da respiração. Ele consiste de uma série de exercícios especialmente destinados a satisfazer as necessidades do corpo e mantê-lo em equilíbrio. Pranayama vem das seguintes palavras:

    Prana - "força da vida" ou "energia da vida”

    Yáma - "disciplina" ou "controle”

    áyama - "expansão", "contenção", ou "extensão”.

            Assim, Pranáyáma significa "técnicas de respiração" ou "controle da respiração".

            Através da prática de Pranáyáma, o equilíbrio de oxigênio e dióxido de carbono é atingido. Absorvendo prana através do controle da respiração ligando o nosso corpo, mente e espírito.

            Mas a vida é cheia de stress. Por causa do trabalho diário, família, ou pressões financeiras, ela tende a ser rápida e superficial. O uso de apenas uma fração de seus pulmões resulta da falta de oxigênio e pode levar à complicações e grandes desequilíbrios da saúde. Ao praticar a respiração profunda e sistemática, através de Pranáyáma o corpo passa a ser reenergizado e organizado em seu equilíbrio.

     

    Benefícios de Pranayama

            Pranáyáma desenvolve a concentração e foco. Ele elimina o stress e relaxa o corpo. Resultando serenidade e paz de espírito.

            Pranáyáma oferece autocontrole. Através da concentração, pode-se lidar melhor com temperamento e reações. A mente pode funcionar de forma clara, evitando argumentos e decisões erradas. Além disso, o autocontrole também envolve o controle sobre o corpo físico.

            Pranáyáma leva a jornada espiritual através de um corpo relaxado e mente desperta.

            Praticar exercícios de respiração ou Pranáyáma deve ser seguro, preferencialmente supervisionados por um instrutor.

             

     

    Tipo normal de respiração.

     

    1. Alta respiração: É a respiração que esta localizada, principalmente na parte superior do peito e dos pulmões. Isto é denominado de "respiração clavicular" ou "respiração Alta" e envolve aumentar a clavícula, costelas e ombros quando inflado. Pessoas com asma, o estômago cheio ou que sentem falta de ar tendem a recorrer à respiração alta. Respiração alta é naturalmente superficial, fazendo com que somente uma pequena parte de ar atinja os alvéolos.

            Esta é a forma menos desejável de respiração. Além disso, a caixa torácica superior é relativamente rígida. Uma grande quantidade de energia muscular é gasto para manter pressionado contra o diafragma e assim manter as costelas e ombros levantados anormalmente. Esta forma de respiração é bastante comum, especialmente entre as mulheres. É uma causa comum de problemas digestivos, de estômago, prisão de ventre e ginecológico.

     

    2. Baixa respiração: É a que se localiza principalmente na parte inferior do peito e dos pulmões. É muito mais eficaz do que a respiração alta ou média. Consiste principalmente em mover o abdômen dentro e fora e na mudança da posição do diafragma por tais movimentos. Devido a isto, é por vezes chamado de "respiração abdominal" e "respiração diafragmática". Pessoas sedentárias que habitualmente se inclinam para frente enquanto ler ou escreve tendem a cair no uso da respiração baixa. Sempre que afrouxa seu ombro e músculos do peito, ele normalmente adota a respiração baixa. Muitas vezes usamos a respiração baixo quando se dorme. Mas sempre que se tornar fisicamente ativo, como no andar, correr ou levantar, é provável encontrar a respiração abdominal insuficiente para as nossas necessidades.

            Para usar a respiração baixa você inala você empurrando gentilmente o estômago para frente sem esforço. Quando expirar lhe permita que o estômago volte para sua posição normal.

            Este tipo de respiração é muito superior a respiração alta ou média por quatro razões:

    a) - Mais ar é tomado em quando inala, devido ao maior movimento dos pulmões e do fato de que os lobos inferiores dos pulmões têm uma capacidade maior do que os lobos superiores.

    b) - O diafragma funciona como um segundo coração e com os movimentos de expandir a base dos pulmões lhe permite sugar mais sangue venoso. O aumento da circulação venosa, melhora a circulação geral.

    c) - Os órgãos abdominais são massageados pelos movimentos para cima e para baixo do diafragma.

    d) - Respiração baixa tem um efeito benéfico sobre o plexo solar, um centro nervoso muito importante.

     

    3. respiração Mediana: É um pouco mais difícil de descrever, visto que os limites de variabilidade são mais indefinidos. No entanto, a respiração ocorre principalmente nas partes centrais dos pulmões mantendo-os cheios de ar. Ele apresenta algumas das características dos estágios de respiração anterior, uma vez que o aumento do peito e costelas expande um pouco, e a respiração baixa, uma vez que o diafragma se move para cima e para baixo e o abdômen dentro e para fora um pouco. Por isso é denominada de torácica ou intercostal. Mas ainda é considerado um tipo de respiração superficial. Com esta forma de respirar, as costelas e peito são expandidos para os lados.

            Isso é melhor do que a respiração alta, mas muito inferior à respiração baixa e a técnica de respiração completa.

     

    4. A respiração completa: Tal como definido pela ioga, envolve todo o sistema respiratório e inclui não só as partes dos pulmões utilizados na respiração alta, baixa e média, mas expandem-se aos pulmões inteiro, de modo a tomar mais ar. A respiração completa não é apenas uma respiração profunda. Não é só um levantar os ombros clavícula e costelas, como na respiração alta, e também estender seu abdômen e diminuir o seu diafragma, como na respiração baixa, mas ele faz as duas coisas, tanto quanto é necessário para expandir os pulmões para a sua plena capacidade.

            A respiração de completa é a técnica básica de todos os diferentes tipos de respiração, portanto, deve ser dominado antes de praticar qualquer exercício respiratórios específicos.

            Tenha em mente que este tipo de respiração é feito somente quando você faz os exercícios de pranáyáma.

     

    Etapas da de uma Respiração Completa

            Basicamente, a respiração tem quatro estágios:

            Inalação, ou a tomada de ar na pausa antes de expirar. Expirando, ou o expurgar para fora o ar uma pausa antes de inalar novamente.

    Estes quatro estágios compreendem a um ciclo de respiração completa.

            Cada ciclo de respiração que é geralmente considerada como meramente uma única inalação seguida por uma única expiração pode ser analisadas em quatro fases ou etapas, cada uma com a sua natureza distinta e nome sânscrito tradicional.         As transições da inalação de expiração e de exalar a inalação envolvem inversões na direção dos movimentos dos músculos e dos movimentos expansivos ou contração dos pulmões, tórax e abdômen. O tempo necessário para esta inversão pode ser pequeno, No entanto, eles podem ser longos, como se pode perceber se for intencionalmente pare de respirar quando terminar de inspirar ou expiração. Os efeitos destas pausas, especialmente quando eles se tornam alongados deliberadamente e em seguida, espontaneamente, parece notável.  

            Vamos olhar para algumas técnicas de respiração tradicionais. O objetivo não é sugerir técnicas rígidas que precisavam ser seguido cegamente. Os métodos são sujeitos a algumas variações. Isto vai ajuda você a estabelecer e praticar ritmos saudáveis. Você também pode obter insight adicional sobre a natureza dos processos de respiração, e como atingir relaxamento adicional através deles.

     

    Formas que procede ao ato de respirar

     

    Puraka (inalação). O Ato de inalar denomina-se Puraka.

    Inalar primeiro e depois empurrar o estômago para frente. Segundo, empurrar as costelas para os lados enquanto ainda respirar dentro do estômago. Em terceiro lugar, levantar o peito e clavícula enquanto ainda inala o ar para dentro.

            Mesmo descrito como três processos separados, isto deve ser feito de um ritmo suave e contínuo com cada parte seguindo suavemente sobre a partir da parte anterior sem nenhum movimento brusco.

     

    Abhyantara Kumbhaka (Pausa depois de inalar) Pausa total: Kumbhaka consiste na interrupção deliberada do fluxo de ar e a retenção do mesmo nos pulmões, sem qualquer movimento dos pulmões ou nos músculos ou em qualquer parte do corpo, e sem quaisquer movimentos incipientes.

     

    Os benefícios de Kevala Kumbhaka.

            Kevala Kumbhaka envolve não só a cessação completa de movimento do ar e dos músculos, mas também a consciência de todos esses movimentos e tendências.         

    Rechaka (exalação)

            A terceira fase da exalação é denominada de Rechaka. Como na inalação a exalação deverá também ser suave e contínua, embora muitas vezes a velocidade de exalação é diferente da de inalação. Normalmente é utilizado um esforço muscular tanto para a inalação como na exalação.

     

     

    Kumbhaka Bahya: Pausa depois de expirar.

            A quarta etapa da respiração é a pausa depois de expirar, também é chamado de kumbhaka, especialmente quando a paralisação é deliberada ou prolongada. Esta pausa Kumbhaka Bahya completa o ciclo que termina com a pausa de uma inalação e novo ciclo começa para inalação, que é o início de um novo ciclo. Pausas respiratórias têm grande importância na prática do Pranáyáma – exercícios respiratórios.

     

    BANDHAS - Fecho

    Bandhas - As quatro fases da respiração ganham o nome de exercícios respiratórios – pranáyáma, quando além da respiração completa se utiliza se de vários fechos denominado de Bandhas.

    Bandhas é uma palavra sânscrita que significa "fecho". Cada um dos Bandha é empregado para prolongar pausas respiratórias o qual liga o ar nos pulmões ou bloqueia os canais de ar para escapar ou entrar.

            As partes do corpo que estão envolvidos nos Bandhas são: lábios e palato, glote e queixo e o diafragma.

            Os dois primeiros são mais importantes no prolongamento para as pausas com os pulmões cheios e enquanto os dois últimos são basicamente mais importantes para o pulmão Vazio seguida de pausa.

     

    Técnicas de respiração

            Muitos dos antigos Tantras afirmam que o corpo é um Yantra e que a respiração é seu mantra. De forma a facilitar o entendimento deste conceito, a respiração "Bhramari" é um excelente ponto de partida. É simples, ajuda na concentração e provê um sentimento de unidade entre o corpo e a respiração, uma consciência antes de simplesmente uma função do sistema nervoso autônomo.

     

    Pranayama - Técnicas de Respiração.

            Antes de praticar os exercícios, você deve ter certeza que você sabe como respirar corretamente e como fazer pleno uso do diafragma. A fim de facilitar o fluxo de Prana e garantir que os exercícios de respiração serão realizados.

     

    Respiração Completa: A maioria das pessoas respira rasamente, e mesmo aqueles que trazem a respiração conscientemente pelo abdômen podem estar deixando algum detalhe de fora.

            Inicialmente exale todo o ar, usando o abdômen para auxiliá-lo. Inale profundamente, puxando o ar pela expansão do abdômen. Continue inalando até preencher de ar todo o pulmão superior e a região da garganta. Mantenha o rosto relaxado. Retenha por alguns segundos, ainda com o rosto relaxado. Exale lentamente, primeiro o ar da parte inferior, depois superior dos pulmões e finalmente o ar que estiver na região da garganta. Contraia o abdômen até forçar todo o ar para fora. Trabalhe para aumentar o tempo de cada fase de inspiração - retenção - expiração, sempre que o tempo do ciclo em exercício seja alcançado de forma natural e não forçada.

            Não conte o tempo com um relógio, permita que seu corpo seja o relógio! A proporção da inspiração - retenção - expiração na respiração completa deve ser de 1:1:1.

     

    Purificação de Nadis.

            Pranayama é dito ser a união de Prana e Apana. A fim de limpar as impurezas do Sushumna, sente-se em Padmasana e inale o ar pela narina esquerda, deve retê-lo o quanto puder e deve exalar pela direita. Em seguida, puxando-o novamente através da narina direita e de ter retido deve exalá-lo pela esquerda e assim sucessivamente. Desta forma os Nadis purificam-se dentro de três meses. A prática deve ocorrer ao nascer do sol, ao meio-dia, ao pôr do sol e, da meia-noite, lentamente, 80 vezes por dia, durante 4 semanas. Na fase inicial pode ocorrer a transpiração, no meio do processo um pouco de tremor do corpo. Estes resultados decorrem da pressão ao executar o ato do exercício de respiração.

            Pela prática do Pranayama, a purificação das Nadis, o aumento do brilho do plexo solar, ou seja, do fogo poder, o aumento da audição dos sons distintamente espirituais e resulta em boa saúde. Quando os centros nervosos tornarem purificado mediante a prática regular da Pranayama, o ar facilmente força seu caminho para cima através da boca pelo o Sushumna distribuindo nas demais nadis, que está no meio. O Prana que alterna ordinariamente entre Ida e Pingala é contido por Kumbhaka longa. Os yogues buscam por está prática, pois ela pode ocasionar o estado chamado de Samadhi.

            Provoca jovialidade através da prática do Pranayama e doenças são perfeitamente evitadas.

            Quando o Nadis se tornaram purificados, certos sinais exteriores aparecem no corpo do Yogue. Eles são leveza do corpo, brilho na pele, aumento do fogo gástrico, magreza do corpo, e, juntamente com estes, na ausência de agitação no corpo. Eles são sinais de purificação.

     

     

     


            Nádí shodhana significa purificação das nádís, os canais da energia. Este respiratório é importantíssimo no Yoga, pois promove o bhúta shuddhi, a limpeza dos elementos do corpo sutil, requisito preliminar e indispensável para as práticas mais avançadas. Para fazê-lo corretamente, siga atentamente estas instruções. O nádí shodhana é silencioso e agradável. Se em algum momento você sentir que está perdendo o fôlego, ou que está ficando ofegante, reduza proporcionalmente a duração de cada fase até achar o tempo ideal para a sua capacidade pulmonar individual. Um detalhe: este respiratório precisa fazer-se sem forçar absolutamente nada, sem fazerem ruídos, sem ressoar, sem perder o fôlego, sem cansar-se, sem mudar de posição, sem mover-se, sem coçar, sem oscilar, firme como uma rocha. Deve praticar-se apenas pela manhã, antes das nove horas; preferentemente, entre as quatro e os seis.

            Quanto pránáyáma fazer? Vinte ciclos é uma ótima forma de se começar. Um ciclo completo de respiração alternada significa que você inspira por uma narina, retém o ar, exala pela outra, e retém sem ar.

            Como levar a contagem sem perder-se nem se distrair do exercício? Para contar, você deve usar o japa málá de dez contas da sua própria mão. Use a esquerda, pois com a direita você irá obstruir as narinas. Comece na segunda falange do dedo anular (1), e vá a sentido anti-horário, pela terceira falange do mesmo dedo (2), depois descendo para a terceira (3), a segunda (4) e a primeira falange (5) do mínimo, depois para a primeira falange do anular (6), a primeira falange do dedo médio (7), a primeira (8), a segunda (9) e finalmente a terceira falange do indicador (10). Depois se faz o caminho inverso, começando a segunda contagem no mesmo ponto em que a primeira terminou (de 11 a 20). Os números ímpares correspondem à inspiração pela narina esquerda (idá nádí); os pares, à narina direita (pingalá nádí).

            Devem usar-se as contrações (bandhas), durante o kúmbhaka: jalándhara e moola, garganta e esfíncteres. Para iniciantes, deve-se substituir o jalándhara pelo khecharí mudrá, contração da língua. Durante o a retenção vazia se faz o bandha traya, a contração tríplice.

            Para alternar a respiração, se usa o vishnu mudrá, com a mão direita frente ao nariz, e os dedos indicador e médio recolhidos na palma. A mão se movimenta o mínimo possível: apenas as pontas dos dedos obstruem alternadamente a depressão acima das narinas, sem forçar nada. O braço fica colado na caixa torácica, para não se cansar. Lembre que os yogues são mestres em economia. Tudo e qualquer movimento devem fazer-se pela lei do mínimo esforço.



    Nádí shodhana pránáyáma

            Inicie sentando numa posição firme e agradável, com as costas bem eretas. A mão esquerda fica em jñána mudrá sobre o joelho, com o polegar a o indicador se tocando, e a direita em vishnu mudrá. Usaremos apenas o polegar e o anular: o polegar para fechar a narina direita, o anular para fechar a narina esquerda. Não coloque demasiada pressão. Obstrua, não o orifício da narina, mas a depressão logo acima dela. Para iniciar, feche a narina direita com o polegar e respire profunda e ritmicamente, apenas pela esquerda. Inspire e expire pela narina esquerda. Não force nem segure a respiração.

            Esvazie por completo os pulmões. Ao inspirar, encha primeiramente o abdômen, depois a região intercostal e o peito. Concentre-se no processo da respiração. A inalação e a exalação devem ser iguais. Conte mentalmente usando o mantra Om. O mesmo número de repetições para inspirar e expirar. Se você inspira durante três repetições do mantra Om, expire também por três repetições do Om. Se você inala em cinco Om, exale no mesmo número. Consciência total no processo respiratório. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax.

            Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda. Você fará esta respiração por uns dez ciclos. Não precisa contar. Simplesmente respire. Isto é chandra nádí pránáyáma. Refresca o corpo, é sedativo e é bom para controlar o sistema nervoso. Respiração rítmica e profunda, apenas pela narina esquerda (2 minutos em silêncio). Seus olhos devem estar fechados. Consciência total no processo respiratório (1/2 minuto em silêncio).
            Agora, faça uma retenção vazia, exale e fique sem ar pelo tempo que lhe for confortável, sem forçar. Se não for possível reter por mais tempo, inspire lenta e profundamente e faça uma retenção interna, com os pulmões cheios, pelo tempo que lhe for confortável, sem forçar. Feche a narina esquerda com o dedo anular e exale pela narina direita e passe a respirar de forma profunda e consciente, apenas pela narina direita. Inalação e exalação lenta e profunda, somente pela narina direita. Lembre que os tempos da inalação e da exalação devem ser iguais. Conte mentalmente o mantra Om para pautar o ritmo. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax.

            Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda. Isto é súrya nádí pránáyáma. É muito bom para estimular a visão e a digestão e revigorar o sistema nervoso. Dá poder físico e produz intenso calor. Você fará também esta respiração por uns dez ciclos. Novamente, não precisa contar. Simplesmente respire. Respiração rítmica e profunda, apenas pela narina direita (2 minutos em silêncio).

            Agora exale e faça uma retenção vazia, pelo tempo que lhe for possível, sem forçar. Quando não for mais possível reter, inspire lentamente ainda pela narina direita e retenha o ar com os pulmões cheios, pelo máximo de tempo que puder, porém, sem forçar.

            Depois, feche a narina direita com o polegar, exale pela esquerda e inspire em seguida por ela. Troque de narina, exale pela direita e inspire por ela. Exale pela esquerda e inspire por ela. Exale pela direita, inspire pela direita. Isto é nádí shodhána pránáyáma, as respirações alternadas, que purifica os canais do corpo energético.
            Você inspira pela mesma narina pela que exalou. Somente depois, troca de narina, com os pulmões cheios. Respiração rítmica e profunda alternando as narinas. Lembre que os tempos de inspiração e exalação devem ser iguais. Faça mentalmente o mantra Om para contar os tempos de inalação e exalação. Se você inspira durante três repetições do mantra Om, expire também por três repetições do Om. Se você inala durante cinco Om, exale no mesmo número. Consciência total no processo respiratório (1/2 minuto em silêncio).

            Este exercício revigora o sistema nervoso e o intelecto, purifica o corpo sutil e dá muita energia. O processo completo de purificação do shúkshma sharíra e o sistema das nádís leva cerca de quatro meses, e deve incluir ainda cuidados com alimentação, hábitos e emoções. Esta é uma prática essencial. Sem ela, é impossível atingir estados de meditação profunda. Respiração rítmica e profunda alternando as narinas. Esta respiração deve fazer-se igualmente por dez ciclos. Novamente, não precisa contar. Simplesmente respire (2 minutos em silêncio).

            A próxima vez que você expirar pela narina esquerda faça uma retenção sem ar nos pulmões, pelo tempo que lhe for confortável. Quando não for mais possível segurar sem ar confortavelmente, inspire lentamente e retenha agora com os pulmões cheios. Depois, exale pela direita e faça mais uma retenção vazia.
            Se não for mais possível segurar sem ar confortavelmente, inspire muito lentamente e retenha agora com os pulmões cheios. Exale por ambas narinas e faça respiração rítmica e profunda. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax. Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda.
            Os tempos de inspiração e expiração devem ser iguais, pautados pelo mantra Om, feito mentalmente. A atenção concentrada no processo da respiração. Respiração profunda e consciente por ambas narinas. Isto melhora a digestão, purifica o sangue e irriga com maior intensidade o cérebro. Aproximadamente 30% do oxigênio é consumido pelo cérebro. Ao assimilar mais oxigênio, você estará alimentando melhor o seu cérebro (1/2 minuto em silêncio).

            Você poderá aplicar este exercício de respiração consciente a qualquer altura do dia ou quando você estiver cansado, menos imediatamente após as refeições. Não se preocupe em contar. Apenas respire. Agora expire e retenha pelo tempo que puder com conforto. Quando não conseguir mais reter, inspire lentamente e retenha mais uma vez. Aqui se encerra o nádí shodhána.        

            

     

    Metodologia.

            O pranayama é uma técnica que facilmente pode ser inserida no consultório aos seus clientes antes e após a aplicação de um método terapêutico.

            Na chegada do seu cliente, irá favorecer a preparação do seu cliente para que fique receptivo.

            No término da aplicação terapêutico, poderá lançar mão dos pranáyámas para que seja selado o que foi executado. Ou até mesmo para trazer o seu cliente para a consciência, caso a metodologia tenha levado-o à processo de cartase.

            O pranáyáma para beneficio ao terapeuta é perfeito permitindo a limpeza entre um atendimento e outro restabelecendo a própria energia e dissipando provável energia estagnada do cliente que tenha saído. Vital para o nosso pronto restabelecimento

     

    Conclusão

            O Pranáyáma é conhecido com técnica principal do yoga, conhecido por todos como método de relaxamento e proporcionando um caminho para a meditação.

            O pranáyáma é um legado que podemos lançar mão em qualquer momento de nossas vidas restabelecendo o equilíbrio.

            Depois de uma base sólida construída através de prática e conhecimento é hora de começar o processo de ir para práticas avançadas. Algum dos métodos é árduo, e outros mais suaves.

            Deve utilizar-se de sabedoria. É importante saber o seu nível de capacitação na execução do pranáyáma.

            Ironicamente, para aqueles que estão dispostos a trabalhar com a mente diretamente, as práticas mais simples de consciência e desaceleração suave da respiração pode ser a mais profunda e avançada.

     

    Bibliografia

     

    1 - Pranáyáma, a Dinâmica da Respiração, André Van Lysebeth,

    2 - A Ciência do Pránáyáma, Suami Shivánanda, Editora Pensamento
    3 - O Yoga, Tara Michael, Ed. Presença

     

    Autor: : CELI COUTINHO - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:19


    KUNDALINÍ – FORÇA E CONSCIÊNCIA

    KUNDALINÍ – FORÇA E CONSCIÊNCIA

     

    A consciência de si

    Autora: Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270

     

      

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2013.

     

    SUMÁRIO

    O que é o Tantra?

    Kundalini

    Granthis - Os três nós psíquicos

    Como usufruir do Tantra

    Conclusão

    Bibliografia

     

    Introdução

     

    O TANTRA é sentir, fluir e expandir.

    O sentir não há como explicar, somente vivenciar.

    O fluir se percebe enquanto se vivencia.

    E o expandir é o resultado do vivenciar e sentir...

    Somos produtos de uma sociedade contida daqueles que precisa: sentir o toque e se expandir, ao usar a fala se entende, ao ouvir aprende-se a perceber.  
    O Tantra também é uma filosofia comportamental de vida que aplicado no cotidiano fará com que as percepções fiquem mais proeminentes.

    Isso se aprende teoricamente através dos cursos.

    Aprender a fluir acontece através da psicoterapia, ferramenta que vai auxiliar você ir de encontro ao seu EU e retirar os paradigmas que impede de simplesmente sentir e Ser.  
    Vivenciar significa aprender está aqui e agora feliz consigo mesmo.

    O Tantra não é religião, não é sexo, não  é yoga. Em seus sutras (livros) encontrou-se varias estruturas comportamentais, cientificais, terapêuticas e principalmente ritualística. Com reverencias aos fluxos dévicos, pois se acreditava que cada ser existente tem uma proteção divina um deva (deus) ou um devi (deusa) que são representados pelos yantras – formas geométricas utilizadas nos ritos e os mantras – cantos vibracional de energia qualitativamente divina. Dando assim um panteão de deidades. Reverenciado através de puja – oferenda. Onde se deu a origem ao hinduismo. 
     

    O que é o Tantra?

    Tantra é um principio filosofal comportamental de vida. A palavra Tantra significa Livros – teia – união – mas especificamente expansão. Ela é derivada das palavras Tanoti – expansão – trayati – consciência – Portanto podemos deduzir que Tantra = Expansão de consciência.

    Tantra tem um principio filosofal comportamental e matriarcal. Surgiu por volta de 12000 anos na civilização dravídiana anterior a invasão dos arianos. Que por questões políticas deixa de ser matriarcal para ser patriarcal. Mas sua origem se espalha influenciando e ou formando varias outras civilizações.

    O Samkhya que é um sistema inventarista – é a parte cientifica do tantra que deu origem aos vedas e daí então a terapia ayurvédica. Aqui não há reverencia alguma aos deuses. Apenas a observação da mente, dando origem ao yoga.

    Ainda dentro do Samkhya ele conduz em um formato de enumerar situações de acordo com a natureza de cada fato denominado prakriti (natureza). Influenciando hoje as terapias psíquicas – como a psicanálise ou o coaching. Que é através do pensamento vibrar em sintonia positiva.

    O fundamento do Tantra é dirimido através do prana – ar vital – E daí então acontecem os pránáyama – exercícios respiratórios. Assim como a observação natural do homem em postura denominado de mudrá. Que deu origem aos asanas e ou ao Yoga.

    Hoje no ocidente somos altamente influenciados pelo o sistema tântrico. E podemos fazer uso das técnicas tântricas em vários formatos que em seu conjunto vai proporcionar um caminho para o coração e o Despertar do Eu que é a lembrança de um primeiro momento existencial enquanto.Fagulha divina.

    Os textos tântricos estão entre os mais antigos do hinduísmo e do budismo. Existem Tantras hindus e budistas se auto-influenciando e os textos mais recentes refere-se ao Tantra sob o nome de Artha Veda. Os Tantras em sua origem foram manuscritos em sânscrito. Ainda guardam as diferentes épocas, lugar, cultura e religião. Tomam a forma de enciclopédia de rituais e de filosofia tântrica. Sofreram com o correr dos séculos, várias adições. Os textos mais antigos foram compilados por volta do ano 600 dessa era.

    No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas.

    O Tantra floresceu no Vale do Rio Índio, em Mohenjo-Daro. Era a cultura Harappa, da qual se encontra vestígio raro, porém importantíssimos do ponto de vista histórico. A descoberta do Vale do Rio Indo esclareceu que essa cultura foi, possivelmente, a mais antiga do planeta. Os vários objetos já mostravam figuras esculpidas ou desenhadas com formas e imagens que evocavam práticas tântricas, tais como os Ásanas (posições físicas utilizadas para desenvolver a Kundalini).

      Essas filosofias conscientizam o homem de suas energias latentes e de relação com o cosmos (a natureza). Aquele que vê a natureza apenas como vida que existe no planeta Terra está tão equivocado quanto aquele que o vê como um universo cósmico repleto de planetas, sóis e nuvens de gases. Os dois vêem o cosmo de um modo míope e incompleto.

    O mesmo erro está expresso nas ciências que estudam o homem como um ser que possui corpo, consciência e subconsciência, acabam esquecendo que o ser humano é constituído de órgão que lhe permitem ultrapassar a mente inconsciente e a mente consciente; que seu corpo é constituído de sensibilidades que ultrapassam necessariamente o intelecto e, até mesmo, a intuição.

    Convém acrescentar que o homem pensado e conhecido pelo hindú é  possuidor de um corpo de sensações, extraordinariamente complexo, do qual não temos equivalente no pensamento ocidental.

    É justamente nesse ponto que queremos insistir: no conhecimento desse homem absolutamente insólito, desconhecido da filosofia e ciência ocidentais, onde o Tantra assenta sua sabedoria. É mostrar que, aquele que vê as coisas de um ponto de vista egoísta, centralizado em seu meio limitado jamais terá consciência das energias que o animam. É a negação do cosmos, é o absurdo da condição humana não ligada ao seu princípio (Dharma). Daí percebe-se que, para se aprofundar a questão homem / natureza é importante conhecer o Tantra.

    Como já  vimos anteriormente, Tantra significa expansão da Consciência, modos de vida, sexualidade e atitude social. No sentido mais amplo da palavra expressa uma filosofia de vida, uma cultura, bem como a preparação para a ação meditativa interior.

    A transcendência dos princípios Shiva e Shakti leva ao ponto central, que é a própria Shakti kundaliní indiferenciada a resposta de tudo. Essas especulações do tantra deram origem aos inúmeros cultos às divindades femininas (devís) que hoje existem no contexto do hinduísmo.

    A característica comportamental do tantra está centrada na transgressão de valores morais e sociais (desconstrução de estereótipos e clichês culturais e psicológicos) arraigados na cultura dominante indiana. Os textos, lendas e símbolos tântricos expressam vozes que contestam as estruturas rígidas patriarcais nas quais estão construídas as concepções de diferenças de casta, o papel social e familiar submisso da mulher, a ortodoxia e poder sacerdotal, a utilização depreciativa do corpo e da sexualidade e as normas e formas de se buscar o divino que excluem as “minorias” (castas inferiores, mulheres e etc.).

    O tantra também desenvolveu técnicas (vidhis) e práticas (sádhanas) psicológicas e corporais que visa proporcionar vivência real e sensorial aos seguidores de seus princípios. Nas práticas tantricas encontra-se complexas metodologias que tem como objetivo a tomada de consciência e o domínio do corpo, da mente e das emoções; a manipulação das energias físicas e psíquicas humanas em prol do desenvolvimento de poderes para-normais (siddhis) e a utilização desses no processo mundano e espiritual; a união dos opostos e a transcendência da dualidade na imersão na Ultima Realidade.

     

     

    NADIS – condutos energéticos

     

    O nadi palavra derivado da raiz sânscrita nala (motion.). O nadi é energia em movimento. Em vários pontos focais dentro do corpo prânico, redes de nadis se cruzam para formar chakras.

      São vários canis com nomes diferentes de acordo com suas funções. Nadikas são nadis pequeno e nadichakras são gânglios ou plexos em todos os três corpos.  
     Diz-se no Varahopanisad que o nadis penetram o corpo através da sola dos pés até a coroa da cabeça. Neles é o prana, o sopro da vida e o Atma que permanece produzindo a morada de Shakti, criadora dos mundos animados e inanimados.

    Todos nadis são originários de um dos dois centros, o Kandasthana - um pouco abaixo do umbigo, e do Coração.

    Doze dedos acima do ânus e na altura dos órgãos genitais e logo abaixo do umbigo, existe um canal em forma de ovo chamado kanda distribuindo canais de passagem de energias, que totalizam 101 nadis espalhado por todo o corpo, cada uma se ramificando em outro 101 que totalizam 72.000. Se movem em todas as direções e tomam inúmeras funções.

    A Siva Samhita menciona 350.000 nadis, dos quais 14 são indicados para ser importante.

    Os mais importantes são o Sushumna, Ida, Pingala, Gandhara, Hastajihva, Kuku, Sarasvati, Pusha, Sankhini, Payaswini, Varuni, Alambhusha, Vishvodhara, Yasasvíni.  Sushumna domina a todos os demais.

     

     

    IDA, PINGALA, SUSHUMNA - Para que se possa ter uma noção desses três nadis ao longo da coluna vertebral, tomemos uma série de números "8" e os coloquemos em posição horizontal, empilhando-os ao longo da coluna vertebral; teremos então uma figura semelhante às serpentes a figura acima. O nadi brota pela esquerda é Ida; o da direita Pingala; não estão dispostos de forma paralela, eles entrecruzam-se como pode observar na figura acima. No centro corre um canal: é o nadi Sushumna. Ao longo da coluna vai formando uma série de confluências, das quais a mais importante é a existente no chakra frontal, onde desembocam Ida e Pingala estando sempre ativos, mas o Sushumna permanece inativa, devido o prana circular através dele. No interior do Sushumna acham-se três outros nadis o Vajna, Chitrini, dentro do qual se encontra o Brahma nadi, ao longo do qual se elevará a energia Kundalini através da coluna no corpo físico.

    NADI = NATUREZA - "Cada nadi tem uma natureza quíntupla e encerra cinco fibras de energia estreitamente ligadas no interior de uma camada que os recobre. Estes filamentos de energia são unidos uns aos outros em relações transversais" É preciso, entretanto notar que cinco tipos de energia formam uma unidade e que, tomados em seu conjunto eles formam o próprio corpo etérico. É através destes cinco canais que correm os cinco pranas maiores, vitalizando assim todo o organismo humano. Não existe uma só parte do corpo que não possua uma rede de nadis subjacente à sua forma.

    Essa confluência pode entrar em congestionamentos gerando desequilíbrios e desencadeando “doenças” decorrente de bloqueios ou restrições ao funcionamento do sistema de nadis. A maioria das pessoas vê o corpo humano como uma série de camadas progressivamente, cada vez mais sutis e semelhante ao de uma cebola; mas a verdade é exatamente o oposto disso. Cada um dos corpos penetra no anterior até o centro do corpo físico, ou seja, todos se interpenetram. É isso que faz com que o sistema de nadis possa existir nos corpos físico e energético simultaneamente.

    Existem seis nadis do lado direito do corpo, seis do lado esquerdo e dois no eixo central. São, portanto, quatorze no total iniciando no Muladhara chakra.

    O corpo funciona segundo uma polaridade básica: feminino / masculino - receptividade / atividade.

    Todas as tradições reconheceram a existência dessa polaridade fundamental na vida e no corpo. Os sábios védicos, metaforicamente usaram as figuras do Sol e da Lua para representar o lado ativo e o lado passivo da criação. É auxiliado nesse trabalho pelos nadis solar e lunar, respectivamente Pingala e Ida.

    Todos os métodos yogues, como o pranayama e os ásanas, trabalham com esses três nadis. O Kundalini Yoga trabalha primeiro com os nadis da direita e da esquerda e depois com o nadi central, mediante o desenvolvimento do udana vayu – o vento ascendente –, que deve resultar na ativação da Prana Shakti, ou energia prânica primordial. O equilíbrio de ojas e tejas no corpo e na mente colabora para isso. É a união de tejas e ojas quem ativa a energia da Kundalini (Prana Shakti). Ela sobe então até ao topo da cabeça. Existe um nadi que cumpre especificamente essa função que é o Brahmi nadi.

     

    Os Nadis Centrais

    1. Sushumna – Corre do chakra da raiz ao sétimo chakra onde termina a parte superior da cabeça. Facilita o fluir ascendente do prana puro que nutre o corpo inteiro. Este nadi trabalha principalmente através de Prana Vayu.

     

    2. Alambusha – vai do começo do Sushumna até o ânus. É a via de saída pela qual o prana impuro e eliminado do corpo. Alambusha nadi começa na fonte do Sushumna. Ele termina no reto onde descarrega apana a partir do corpo. Está relacionada com a raiz do primeiro chakra e o Apana Prana

     

    Os Nadis da Direita

    3. Kuhu - Vai da base da coluna até o segundo chakra e depois se dirige até a extremidade do pênis ou da vagina. Leva o prana aos sistemas reprodutivo e urinário.

    Kuhu nadi fornece prana para o sistema reprodutivo e do trato urinário. Ele sobe da base da coluna vertebral para o segundo chakra. Lá se ramifica para acabar na ponta dos órgãos reprodutores. Este nadi funciona em conjunto com o segundo chakra e Apana Prana.

    O Nadi Kuhu por exemplo, faz acontecer a ejaculação juntamente com a Nadi Chitrini. O domínio desta nadi é o principal objetivo do exercício Vajroli, permitindo que o aspirante masculino eleve o fluido seminal do segundo chakra para o Chakra Soma dentro do Chakra Sahasrara, juntamente com o fluido vaginal de sua contraparte feminina. É essa prática que muitas vezes é conhecido como sexo tântrico, que criou um monte de atração para Tantra no Ocidente.

    4. Varuna - vai da base da coluna até o quarto chakra, e divide-se para espalhar o prana pelo corpo todo. Diz-se que existe em toda parte. Varuna nadi fornece prana para todo o corpo através do sistema circulatório, pulmões e pele. Levanta-se a partir do chakra do primeiro chakra ao quarto chakra. A abertura para este nadi é a pele inteira. Ele trabalha em conjunto com o quarto chakra e Vyana Prana.

     

    5. Yashasvati - vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo, e dirige para o braço direito e a perna direita. Leva o prana aos membros e permite a movimentação destes. Yashasvati nadi sobe do primeiro chakra para o terceiro onde se ramifica fora e corre para a palma da mão direita e sola do pé direito. Ele designa ramos de energia para fora que termina na ponta dos dedos das mãos e dos pés com as suas terminações principais ocorrendo no dedo polegar. Vyana Prana e terceiro chakra trabalham em conjunto com este nadi.

     

    6. Pusha – vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se ao olho direito, alimentando-o de prana. Pusha Nadi ramifica a partir do sexto chakra e termina no olho direito. Este nadi está relacionado com o Prana Vayu e o terceiro chakra.

     

    7. Payasvini - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se ao ouvido direito, alimentando-o de prana. Payasvini Nadi fora do sexto chakra para fornecer prana para a orelha direita onde termina. Payasvini está relacionado com o chakra da garganta.

     

    8. Pingala - vai da base da coluna ate o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se à narina direita, alimentando-a de prana. Nadi Pingala sobe do primeiro chakra para o sexto chakra onde se ramifica fora e termina na passagem nasal direita. Este nadi estimula toda a nadis no lado direito do corpo, e está relacionado com o primeiro chakra.

     

    Os Nadis da Esquerda

    9. Visvodhara – vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo de onde se dirige até à região do estômago, alimentando-a de prana.. Este nadi está relacionado com o Prana Samana e a terceiro chakra. O nadi Visvodhara controla o funcionamento do sistema digestório.

     
    10. Hastijihva
     – vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo, de onde se dirige ao braço esquerdo e a perna esquerda. Leva o prana aos membros e permite a movimentação destes. Hastijihva nadi, ramifica-se do terceiro chakra e corre para o a parte esquerda do pé e palma da mão com o término na ponta do polegar.

     

    11. Saraswati - vai da base da coluna até o quinto chakra, na garganta, de onde se dirige à língua e à boca, alimentando-as de prana. Saraswati nadi fornece prana para a língua e boca. Ele se ramifica do quinto chakra e termina na ponta da língua. Saraswati nadi trabalha em conjunto com o quinto chakra e Prana Udana.

     

    12. Gandhari - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, de onde se dirige ao olho esquerdo, alimentando-o de prana. Gandhari nadi fornece prana para o olho esquerdo, onde ele termina. Ele se ramifica do sexto chakra e como o nadi Pusha relaciona-se com o terceiro chakra.

     

    13. Shankhini - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, de onde se dirige ao ouvido esquerdo, alimentando-o de prana. Shankini fora do sexto chakra e energiza a orelha esquerda onde termina. Este nadi está relacionado com o quinto chakra.

     

    14. Ida - Começa no chakra raiz onde ele sobe para o sexto. Aqui ele se ramifica para proporcionar prana e terminam na narina esquerda. Este nadi estimula todos os nadis no lado esquerdo e está relacionada com o chakra raiz. Vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se a narina direita alimentando-a de prana.

    Oito das 14 nadis se movimentam o fluxo da energia em pares.

    Ida e o Pingala conduzem o prana para dentro e para fora das passagens nasais e controlam o sentido do olfato.

    Shankhini e o Payasvini controlam os ouvidos e o sentido da audição.

    Gandhari e o Pusha controlam os olhos e o sentido da visão.

    Hastijihva e o Yashasvati controlam a atividade motora dos membros e, portanto, o movimento.

    Os outros seis nadis controlam os outros sentidos e atividades motoras.

    Saraswati controla o paladar e a língua;

    Visvodhara controla o sistema digestório e a capacidade de digerir;

    Kuhu controla os sistemas reprodutor e urinário;

    Varuna controla a respiração, a circulação, a pele e o sentido do tato;

    Alambusha controla a atividade de eliminação.

    Sushumna controla o sistema nervoso e o corpo inteiro; contém em si todos os outros nadis, pois é o pilar axial do corpo subtil (os corpos etérico, astral e mental do sistema ocidental).

     

     

    KUNDALINI - A energia vital básica reside no centro básico (muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes através da alquimia agregada nas forças dos demais  Tatwas. Api – sentimento – terra – Pritivi – matéria – Vayu – Ar – Conhecimento e Akasha – Espírito Divino e depois retornando a sua origem na Terra. Proporcionando o grande mistério do que está em cima é o mesmo que está em baixo. 

    A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

    O Tantra Sadhana (prática), atuando como uma verdadeira Psicologia Energética do Yoga,  utiliza-se do instrumental: asanas, pranayamas, kriyas, bandhas, mudras, meditações etc. para sustentar o equilíbrio psíquico, emocional e energético - e conseqüentemente o equilíbrio da personalidade - de modo a proporcionar a experiência da Unidade. E para tal, trabalha com a administração da complexa fisiologia energética e das técnicas que citamos acima.

    Um dos elementos interessantes desta fisiologia (e desta filosofia) é  o conceito dos Granthis, os nós psico / emocionais / energéticos que estão posicionados ao longo da Sushumna Nadi (o conduto central de energia que se localiza como contraparte sutil da coluna vertebral).

    O Sushumna nadi  simboliza a consciência da Unidade (energia Kundalini) e os Granthis simboliza o fluxo do universo em forma do Fogo Sagrado. Os sistemas de corpos energéticos com seus núcleos de boicotes, limitações, sabotagens, apegos e falsas crenças e identificações que devem ser transmutados e re-significados ao longo de nossa jornada para a consciência da Unidade.

     

    Granthis - Os três nós psíquicos

     

    Os Granthis  são os obstáculos gerados através do psíquico / emocional / energéticos que cada um deve passar ao longo da sua trajetória rumo ao autoconhecimento.

    Ao mesmo tempo expressam as defesas e bloqueios que construímos. 
    Os samsaras (impressões psico-emocionais, que vão gerar vasanas, que são as crenças, tendências e padrões) – outro nome para os Corpos Energéticos - vai, de acordo com sua “temática”, funcionar como manutenção dos Granthis.

    É interessante procurar notar no trabalho de canalização de Corpos Energéticos, quais conteúdos estão relacionados e com que Granthis ?

    De onde se originam os padrões que estão sendo manifestados e expressos pelo canalizador?

     

    VRTTIS DOS CHAKRAS

    Os antigos yogues se dedicavam a ouvir os sons emitidos pelas pétalas durante suas meditações e descobriram 49 sons. A partir dos sons das pétalas, surgiram as 49 sílabas que compõem o alfabeto sânscrito.

    Mas afinal o que são estas pétalas? São sub vórtices dos Chakras chamados em sânscrito de Vrttis. São os vórtices da mente. Os yogues descobriram que cada vrtti emana uma determinada energia psíquica e podemos dizer que a combinação dos aspectos dos 50 vórtices compõe os bilhões de personalidades humanas que existem.

    De acordo com as escrituras do Tantra, as faculdades mentais (vrttis) são de cinco tipos, e podem causar ou não sofrimento. São os seguintes:

    Pramana: Correto conhecimento com base na percepção direta ou em escrituras;

    Vipariaya: opinião errônea após estudo, ou seja, interpretação ou avaliação errada e ou distorcida, quando o conhecimento de alguma coisa não é baseado em sua forma verdadeira;

    Vikalpa: ilusão ou fantasia, que repousa meramente em expressão verbal ou imaginação;

    Nidra: sono profundo sem sonhos,

    Smrti: memória, retenções de impressões do passado.

    A harmonização dos vórtices é uma tarefa árdua e até pra muitas vidas em algumas pessoas e à medida que o homem evolui espiritualmente eles passam a funcionar de uma maneira tal que nossos sentimentos e emoções não nos dominam mais.

    Quando um determinado vrtti de um Chakra é perturbado por reações psíquico emocional, mental ou até mesmo espiritual é estimulado e torna-se desequilibrado e este padrão energético flui através dos milhares de canais energéticos, os chamados Nadis de nosso corpo sutil, perturbando a tranqüilidade de nossa mente.

    Como os Chakras estão ligados a uma determinada glândula, o hormônio relacionado a ela é super ou sub estimulado, modulando sua produção e provocando sintomas físicos e emocionais perceptíveis.

    Podemos começar agora a concluir que estes vórtices de energias chamados Vrttis “são” a mente de registros passados e que podem ser também considerados como centros de consciência. Sendo assim, torna-se evidente que nossa mente não se localiza em nosso cérebro e em nenhuma estrutura física. Portanto, a mente está distribuída nos 50 aspectos existentes nestes seis Chakras sendo que o cérebro teria apenas uma função semelhante a um terminal de computador dando-nos a ilusão de que nossa consciência se localiza em um determinado local de nosso corpo: para os ocidentais espiritualistas entre as sobrancelhas, mas para os povos do oriente, mas especificamente tântrico, no coração.

    Passaremos a descrever as diversas qualidades psíquicas ligadas aos Vrttis de cada Chakra.

     

     

     

    Métodos para equilíbrio Nadis e fluidez da Kundaliní.

    Como já  mencionado todo desequilíbrio, e ou doença é o resultado do congestionamento ou restrições no sistema dos Nadi. O tato ou pranáyáma são os principais meio de restaurar o funcionamento adequado de qualquer área trabalhando através do sistema dos nadis.

    O quatorze nadis principal nasce no primeiro chakra. As Nadis Central é que facilita o fluir do percurso pela a coluna, fluindo seis de cada lado, ou seja, esquerdo e direito do corpo. O nadis no lado esquerdo está relacionado com o feminino - passivo -Tamásico. O lado direito, lhes confere a qualidade masculina - ativa - Rajásico e a Central nadis são Sáttvico de natureza.

    O Prana flui e alternam entre os dois lados do nosso corpo ao longo do dia. O lado direito é geralmente ativo durante duas horas, seguida por um breve intervalo de ambos os lados da atividade, e, em seguida, desloca para o lado esquerdo, durante duas horas. Isto pode ser observado pelo o ar que flui através das narinas. Se o ar é em primeiro lugar que flui acontece é da narina esquerda, este lado está predominante. Quando o ar flui através da narina direita, então o lado direito predomina. Quando o ar flui igualmente por ambas as narinas, o prana esta ativa nos canais centrais. Tome nota da narina que predomina quando você está energizado, sonolento, calmo e pacífico. Além disso, observe a narina que predomina quando você está deprimido ou irritado.

    Praticar a respiração com a narina alternado vai ajudar a manter o equilíbrio entre os dois lados do seu corpo e irá manter o equilíbrio correto das Gunas.

     

    Como Tratar os Nadis

    Tratando o sistema de nadis, empregamos um meio direto para a harmonização dos humores (dosha). Pelo uso consciente dos nadis na automassagem e tornando possível uma rotina diária para movimentar de forma pacifica os sentidos e a atividade motora prevenindo desequilibrios.

     

    Auto -Tratamentos

    1. Sushumna – Aplicar óleo quente ao topo da cabeça com movimentos circulares leves no sentido horário (óleo de Brahmi – espécie de centelha asiática).

     
    2. Alambusha – Lavar o ânus diariamente e aplicar óleo de gergelim.

     
    3. Kuhu – aplique óleo de gergelim nos órgãos genitais e região

     
    4. Varuna – Todas as técnicas de massagem contribuem para o tratamento deste nadi. A massagem com óleo é a mais eficaz para o tratamento da pele enquanto órgão do sentido do tato. A quantidade e o tipo de óleo dependem da constituição (prakruti - doshas).

     
    5. Yashasvati – Aplicar óleo quente nas palmas das mãos e nas solas dos pés diariamente. Use o óleo de acordo com a prakruti.

     
    6. Pusha – Umedecer um pouco algodão em chá de camomila, e coloque-o sobre olhos  e em seguida fazer uma leve massagem sobre eles..

     
    7. Payasvini – molhar o dedo no óleo e aplicar com cuidado dentro do ouvido. Massagear a orelha toda também é bom.

     
    8. Pingala – Use um conta-gotas para pingar duas gotas de óleo dentro na narina (óleo de Brahmi ou de gergelim). Ou então, aplique um pouco de óleo e fazer uma leve pressão ao lado da narina.

     
    9. Visvodhara – Fazer uma massagem de óleo quente na região do abdômen. Usar o óleo de acordo com a prakruti da pessoa.

     
    10. Hastijihva – Aplicar o óleo quente nas palmas das mãos e nas solas dos pés diariamente. Usar o óleo de acordo com a prakruti da pessoa.

     
    11. Saraswati – Aplicar um pouco de óleo na região da garganta e da mandíbula. Fazer uma massagem leve nas laterais da garganta e nos músculos do maxilar serve para tratar este nadi, bem como a massagem na parte de trás do pescoço.

     
    12. Gandhari – o mesmo que Pusha.

     

    13. Shankhini – o mesmo que Payasvini.

     
    14. Ida – o mesmo que Pingala.

     

    Um dos métodos mais importantes de tratamento dos nadis é a rotina diária de manutenção.

    Essa rotina diz respeito principalmente à higiene e ao correto uso dos sentidos. A sobrecarga dos sentidos é uma das principais causas de doenças.

    Os óleos naturais, extraídos a frio, contêm quantidades elevadíssimas de vitaminas, minerais e nutrientes. A pele é um órgão de assimilação e está relacionada ao sentido do tato. O óleo nutre o corpo inteiro por meio do sistema de nadis regido por Varuna nadi, um sistema complexo de canais minúsculos que se espalham pelo corpo inteiro.

    Como as narinas são os pontos finais de Ida e Pingala (e estes são os auxílios que apoiam todos os outros nadis), elas são o ponto mais importante do corpo para o tratamento. A limpeza e a nutrição diária das vias nasais é muito importante nos regimes de saúde da Yoga e do Ayurveda. Depois da limpeza que é feita com a cabeça inclinada para trás e para os lados, para lavar as narinas com água morna salgada utilizando um lota, as vias nasais podem ser nutridas com óleo. Pingar as gotas diretamente no nariz. Quando esse processo é feito diariamente, o cérebro fica nutrido e o dosha permanece equilibrado. Um conta-gotas e um pequeno frasco de óleo de gergelim são os instrumentos necessários para conter o humor.

    As outras formas de nutrição são o silêncio, o contato direto com a natureza, o amor, alimentos saudáveis ingeridos em quantidades moderadas e a meditação.

    Embora seja geralmente aceite que o Ida termina na narina esquerda e Pingala na narina direita (tanto assim que é aconselhado para respirar alternadamente em cada narina para purificar nadis, há duas interpretações tradicional é que eles são amarrados como um arco duplo, o Ida totalmente à esquerda, o Pingala completamente à direita, e Sushumna apoiando os chakras no centro. Uma interpretação rival, e que se tornou muito popular no Ocidente, é que o Ida e Pingala o suplente, atravessando a Sushumna o em vários pontos, dando assim origem à imagem do Cauduceus. Veja a imagem a seguir, mostrando os nadis e os chacras equiparado com os cinco elementos.

     

    acima, estilizado diagrama "cauduceus" mostrando o Ida a (azul), o Pingala (laranja), e os nadis Sushumna, os seis chakras (excluindo o Sushumna) e as associações elementares de cada chakra.

     
     
    Supõem-se que o prana (ativo) circule dentro Pingala, enquanto apana (passivo) circula dentro de Ida. Kundalini quando desperta circula dentro de Sushumna. O nadi Ida controla todos os processos mentais enquanto o nadi Pingala controla todos os processos vitais. Alguns autores associam os nadis Ida e Pingala aos sistemas nervosos simpático e parassimpático. 
     Acredita-se que estes nadis tenham uma função extra-sensorial, e estão associados às respostas empáticas e instintivas.

    As técnicas de respiração ritmada supostamente influenciam as correntes energéticas que circulam nesses nadis. De acordo com esta interpretação (que é a interpretação do Yoga) as técnicas de respiração servem para purificar e desenvolver estas duas correntes energéticas e preparam para exercícios respiratórios superiores cujo objetivo é o despertar de kundalini.

     

    Para que buscar pelo o Tantra?

    Buscar pelo o Tantra é o caminho que permite resgatar o poder de força e equilíbrio. É a ferramenta que conduz ao coração. Ou seja, o aprendizado de se amar, de sentir e de se permitir ter e fazer o que deseja. Sem dogmas e paradigmas.

    O Tantra permite co-criar sensações e realizações de vida. Através do realinhamento do poder de criar – feminino – shakti e de realizar – masculino – shiva inerente a cada pessoa – ou seja, permite acessar a sua verdadeira essência.

     

    Quais as formas que se pode buscar pelo o Tantra?

    Hoje o Tantra é divulgado como terapias tântricas e aproveito para desmistificar ou até mesmo esclarecer que quando se pensa em Tantra se traduz sexo e ou pornografia, divulgada pelos que exploram comercialmente o rotulo Tantra.

    Mas o Tantra é a tarefa de aprender a sentir e vivenciar terapeuticamente é possível através de meditações dinâmicas denominadas de vivências.

    Vivencias são métodos de conduzir um movimento através de uma melodia compactuada pela a sensibilidade do terapeuta em reconhecer através da nota os elementos que nela se forma, exemplo – terra, água, ar, fogo. A melodia é conduzida numa seqüência que produz o movimento de forma coreografada e conduz o participante a quebrar o fluxo ativo da mente de pensar para o sentir, mudando assunto o padrão comportamental da mente e concebendo o sentir formatando um equilíbrio automático.

     

    Vivência tântrica.

    Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira harmoniosa. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significaria estarmos sensual e sensorial?

    Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência, aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

     

    Individualmente

    Através do realinhamento de chakra – Deeksha – iniciação – com mantras que são palavras entoadas que produzem comandos de força no cérebro atuando em pontos específicos do corpo que leva ao despertar do inconsciente e forma assim uma mensagem de revitalização e capacidade de poder.

     

    Através da massagem tântrica – pertence ao rito do maithuna – metafísica do sexo e que foi retirada do rito com a função terapêutica a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido. 
     A pessoa ao ser massageado tem a sensação de carinho e de amor. Não há dores, desconforto, nem torções.

    A massagem tântrica pode ser comparada com o som de instrumento de cordas. Onde o terapeuta transporta através das pontas dos dedos e das palmas das mãos um fluxo continuo e suave de toques sobre a pele provocando a eletricidade do corpo denominada de libido. O toque é feito de forma harmonioso, sutil e amoroso.

    Esse processo de prazer ao ser canalizado durante a massagem permitir equilibrar os hormônios e revitaliza os órgãos genitais internos e externos.  Favorecendo a potência nos homens e preconizando ao orgasmo seco. 
     Para as mulheres proporcionarão a facilidade do sentir orgasmos, corrigindo disfunções como TPM, frigidez, timidez e valorização de si mesma como mulher deixando-a mais feminina e sensual. Os homens concebem em si a capacidade de fluir o fluxo de intuição, sensibilizando as emoções, promovendo a dose necessária para fluir no pulso dos negócios e da afetividade.

     

     

    Conclusão

    Tantra é um caminho de conexão ao Divino - uma das trilha para o sagrado, o poder latente da certeza em ser pleno e único.

    Tantra é a transformação de energia. Vivenciar a trama da vida. É Tantra o despertar para o prazer num todo.

    O Tantra não pede ao Sádhaka (praticante) que pare de agir, mas sim que a ação seja transformada em consciência interior. Não se trata de uma mudança radical de vida e sim de uma conscientização dos desejos, sentimentos e situações. Não apenas de conhecer o desconhecido, mas o de realizar o já conhecido.

    O Tantra torna o ser humano mais sensível ao seu momento histórico, revitaliza suas energias físicas e unifica suas paixões.

    Procure conhecer a filosofia do Tantra sem os olhos da religião = hinduismo e sem os olhos do sexo, como assim tem sido entendido.

    A libido é uma energia existente em todos os seres vivos e que permeia o fluir do fazer e concretizar. É a energia que permeia as paixões e o desejo. Mas é a porta para transcender a consciência O tantra diz fique aqui agora e vivencie .É assim para tudo na vida!!

    Você não pode viver o amanhã sem viver o Hoje!

    Portanto sorria, dance, vibre, celebre, isto é Tantra.

     

     

    Bibliografia

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

     

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:35


    Terapia Corporal » Tai-Chi-Chuan

    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

     

    Mitiyo Oshiro Takemoto CRT  38660 - Terapeuta Holística

      

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

      

    Sumário

     

    • Introdução ................................................................................................................... iv
    • Apelo aos cientistas........................................................................................................iv
    • Expansão.........................................................................................................................v
    • Cultivo da Energia Sexual.............................................................................................. v
    • Energia Sexual.............................................................................................................. vi
    • Chacras ponte para a consciência superior................................................................... vi

    - Chacra Básico..............................................................................................................vi

    - Conscientização..........................................................................................................vii

    -Os três Nadis principais...............................................................................................vii

    • Os Três Tan Tiens (três mentes ou três veículos) ........................................................vii
    • Dois Cérebros (relação intestino e cérebro).................................................................viii
    • Os Três Granthis (três nós)..........................................................................................viii
    • Desmistificando a Kundalini.......................................................................................viii
    • Bindú..............................................................................................................................ix
    • Pulmões – Relação pulmões e coração...........................................................................x
    • Rins – Relação órgãos sexuais e os rins..........................................................................x
    • Rejuvenescimento – dentro das técnicas taoístas...........................................................xi

    - Exercitando os músculos esfíncteres...........................................................................xi

    • Massagem.....................................................................................................................xii
    • I Ching – O mandamento Divino – A lei do Universo................................................xiii
    • Budismo.......................................................................................................................xiii
    • Material e Metodologia................................................................................................xiii
    • Discussão.....................................................................................................................xiii
    • Conclusão.....................................................................................................................xiv
    • Bibliografia...................................................................................................................xv

     

      

    INTRODUÇÃO

    Estarei relatando sobre um tema que coliga a sexualidade e a espiritualidade, assim estarei desmistificando a Kundalini.

    A filosofia do Chi faz parte da cultura chinesa há milhares de anos, sendo que a palavra Chi possui muitas traduções como: Ki, energia, ar, prana, respiração, força vital, essência vital, fogo central, bioenergia, calor interno entre outros. É a vida doando força que cria movimento e sustenta o universo. O Chi que faz os planetas, os sóis e as estrelas girarem uns ao redor dos outros. É o movimento dos átomos em todos os corpos físicos, ele que faz a semente crescer e se tornar uma vigorosa árvore, é o que faz o feto se desenvolver e tornar-se um ser humano adulto.

    O Chi é o que anima todas as coisas vivas, nutrindo os ciclos da vida. O Princípio do Yin e Yang (o símbolo Tai Chi); o Tai significa grande – e o Chi significa Energia, Grande Energia. A Kundalini , DNA, Bindú e I Ching todos estão ligados a ele.

    O mundo pulsa, expande e explode! É o macrocosmo na dança do Yin e Yang, gerando vida e movimento.

    O nosso corpo, sagrado microcosmo, é uma partícula do macrocosmo, tendo os mesmos elementos como: terra, água, fogo, ar e éter, que estão ligados aos nossos sete chacras, o nosso ser.

    Assim descreverei sobre as forças da criação, a importância da energia sexual como ela esta ligada a espiritualidade, o como se nutre adequadamente essas energias.

    A importância enorme entre a energia sexual e a saúde que estão absolutamente interligados, e que sem essa energia não existe força criativa.

    Um apelo à humanidade – Dedicado à evolução integral do ser humano. O Equilíbrio dessa energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

     

    APELO AOS CIENTISTAS

    Atualmente, a Kundalini está sendo discutida em todas as sociedades, em todas as línguas e países do mundo. Especialmente os jovem cientistas devem dedicar-se ao reconhecimento e à compreensão dos efeitos da Kundalini em si próprios e nas outras pessoas. Os médicos e os cientistas precisam formar uma ponte entre a dimensão subjetiva interior da consciência espiritual e a dimensão empírica da ciência como fizeram Einstein, Itzhak Bentov e o Dr. Motoyama. Esse é o momento para avançar audaciosamente e investigar, de forma cientifica, a experiência da Kundalini. Seu despertar é tanto um evento psicofisiológico como uma realidade espiritual. O estudo de seu amplo potencial é a mais nova fronteira da ciência. Imagine os importantes benefícios obtidos no tratamento de moléstias, quando se revelar cientificamente que determinados sons e formas (mantras e yantras) podem ativar os sistemas fisiológico e físico do organismo.

    Experiências científicas para a avaliação e determinação dos efeitos das praticas do tantra e da ioga contribuirão imensamente para acelerar a evolução do homem. Tenho absoluta convicção e confiança nos extraordinários efeitos da ioga para curar o corpo doente do homem, aprimorar sua personalidade e transformar seu nível de percepção consciente. Dr. Motoyama transpôs as divergências e demonstrou a realidade cientifica da Kundalini e o conseqüente benefício para a humanidade.

    A ioga apresentar-se-á como uma grande força mundial e alterará o curso dos acontecimentos do mundo.

    Hari Om Tat Sat.

    Swami Satyananda saraswati,

    Fundador, Bihar School of Yoga,

    Monghyr (Bihar), India

    30 de Julho de 1981

     

    EXPANSÃO

    Quando, no momento da criação, nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia: uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina. Os chineses deram a essas energias primárias, a denominação de Yin e Yang, há uns milhares de anos. Do jogo dessas duas forças surgiu a criação: o Yin feminino é fecundado continuamente pelo sêmen masculino do Yang, dando origem à vida em suas infindáveis e múltiplas formas. No plano físico do homem, esse jogo de forças se manifesta como sexualidade. Através dela, o homem esta ligado ao ato incessante de criação da vida.

     

    CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL

    No momento um óvulo Yin da mulher é fecundado pelo espermatozóide Yang do homem, imediatamente se divide em duas células básicas, uma célula Yin e uma célula Yang, logo a seguir, essas duas células se dividem em mais duas, Yin e Yang e assim sucessivamente elas vão se dividindo e se multiplicando, gerando órgãos Yin e Yang que vão dar forma à estrutura do embrião, que se transforma em feto.

    A energia sexual é a união primordial das forças Yin e Yang que impulsiona o universo, pois sem essa energia não estaríamos aqui.

     

    ENERGIA SEXUAL

    Os taoístas não vêem o sexo e a energia sexual sob uma questão moral, para eles é mais uma questão de saúde.

    A energia sexual, é a energia mais potente que existe, é a energia criativa, ou seja, a pura energia da vida.

    A sexualidade se manifesta no universo o tempo todo, através da natureza, dos animais e nos humanos. Ela é um dom que recebemos e tem que ser utilizada, assim como a natureza deu, ela cobra.

    A pessoa que não tem atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa de bloqueios energéticos.

    A energia sexual é uma força criativa que se move pelo corpo, alimentando as emoções, os pensamentos e criando o impulso do desejo. Ela não é benéfica somente para o corpo, é também o combustível das emoções e do espírito, é o alimento para todo o nosso ser: o corpo, a mente e o espírito, pois eles devem trabalhar juntos, como diziam os sábios taoístas.

    Assim que você começar a entender a sua energia, como ela é, e para o que realmente existe, terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhá-la e como interagir com as pessoas ao seu redor, principalmente com o sexo oposto.

    A energia sexual envolve vários assuntos, como a Kundalini, Bindú, DNA, Yoga, Tantra, Sahajoli, Pompoarismo, dois cérebros e Três Tan Tiens.

     

    CHACRAS – PONTE PARA A CONSCIÊNCIA SUPERIOR

    Os chacras são uma ponte amorosa de conhecimento e percepção e através deles é possível conhecer realmente a origem do Karma.

    Os sete chacras humanos (sete flores de loutus – sete virtudes); muladhara, suvadhistana, manipura, anahata, vishudh, ajna e sahasrara (em sânscrito). Sete chacras animais – sete pecados; atala, vitala, sutala, rasatala, talatala, hahatala e patala. Dentro de cada um de nós existe: um ser animal, um ser humano e um ser divino. Essas são as três dimensões da nossa existência.

    • Chacra básico – é a base de todos os chacras, é o alicerce do mundo e de tudo, é onde reside a energia mais poderosa e que dá o impulso para o nível superior, para todos os caminhos do conhecimento, é a energia da Kundalini, ela possibilita a evolução “iluminação”. É a força motriz que evolui verdadeiramente: seja física, inteligência, emoção, paixão, sexualidade, espiritualidade, clarividência, clariaudiência, paranormalidade, entre outros.

    O crescimento espiritual e os chacras: É muito difícil alcançar a evolução espiritual, abrir o horizonte e ir além da fronteira, obtendo um conhecimento profundo da natureza sem despertar os chacras e a Kundalini.

    • Conscientização (considerações gerais). O amor é como a terra, quanto mais você semeia, mais trabalho dá, então faça um esforço, trabalhe esse amor em seu próprio benefício, dando mais amor para você mesmo.
    • Os três Nadis principais e o sistema nervoso – Os Nadis principais são: sushumma, pingala e ida. A Kundalini quando é despertada sobe pelo mesmo caminho dos três Nadis principais.

    O Sistema nervoso e o endócrino comandam toda atividade do corpo. O sistema nervoso impulsiona o movimento e a ação através das secreções ou hormônios. As forças elétricas (chacras) ou vitais é que dão vida a esse sistema.

     

    OS TRÊS TAN TIENS (TRÊS MENTES OU TRÊS VEÍCULOS)

    O universo é quase todo baseado no três: três Tan Tiens, são três grandes centros reservatórios de energia que circulam dentro e fora do corpo através dos chacras.

    Os três Tan Tiens conectados significam ou representam a força “YI”: o corpo, a mente e o espírito devem trabalhar juntos, é a bioeletromagnética. Nos últimos 5000 anos os taoístas, tem utilizado essa energia bioeletromagnética para melhorar o seu modo de vida e para estabelecer uma relação com o universo.

    “Bioeletromagnetismo” é o termo ocidental para a força vital. Bio é vida, Eletro é a energia Yang do céu existente em todos os planetas e estrelas, magnetismo é a energia Yin da terra ou a força gravitacional existente em todas as estrelas e planetas.

    Três Tan Tiens – O primeiro Tan Tien é a cabeça, o centro de observação e quanto maior a energia maior é a capacidade cerebral.

    O segundo Tan Tien – É o centro da consciência, onde está o coração. O coração tem memória, guarda sensações, sentimentos e emoções. Ele pode registrar um acontecimento com todos os detalhes e se lembrar depois porque tem o seu próprio cérebro. O Dr. Pearseal, escreveu no seu livro que as pessoas que fizeram transplante cardíaco, acabam na verdade adquirindo as emoções do doador. Essas pessoas realmente sentem tudo que o doador sentiu, um dos casos foi de uma garota que foi brutalmente assassinada e não se sabia quem havia matado. No entanto o coração estava em perfeito estado e foi transplantado em outra garota. Depois disso a garota começou a ter pesadelos nos quais alguém a matava, ela foi levada ao psiquiatra que acabou entrando em contato com a policia. A garota deu a descrição exata do assassino e chegaram a fazer o retrato falado perfeitamente dele. Com essas informações a polícia foi capaz de prender o assassino.

    O terceiro Tan Tien  É a base da percepção, é o segundo cérebro, o centro sexual, é bastante sensível, e quando a cabeça fica fraca por stress, neurose ou medo, pode enfraquecer o centro sexual “a perda do bindú”, por que a cabeça e o centro sexual se comunicam intimamente entre si. Portanto, quando enfraquece a cabeça de cima enfraquece a cabeça de baixo.

     

    DOIS CÉREBROS (RELAÇÃO INTESTINO E CÉREBRO)

    Para a manutenção da saúde geral é necessário um bom funcionamento gastrintestinal. O intestino é reconhecido como “um órgão inteligente”, pela capacidade de selecionar alimentos, ou seja, ele aproveita o que é útil para o organismo. Ele possui os mesmos neurônios da célula do cérebro e por esse motivo é chamado de o segundo cérebro. O segundo cérebro é muito sensível.

    Os taoístas já tinham esse conhecimento há mais de 4700 anos.

     

    OS TRES GRANTHIS (TRÊS NÓS)

    Todos nos temos nós em níveis leve, médio ou forte e eles estão nos três Tan Tiens “três centros de energia”, muladhara, anahata e ajna, ou seja, corpo, mente e espírito. Esses nós podem ser desatados pelo sistema taoísta, a psicoterapia e a yoga terapia.

     

    DESMISTIFICANDO A KUNDALINI

     

    KUNDALINI – A FORÇA SAGRADA – FORÇA IGNEA – FOGO SERPENTINO é bastante poderosa e muito temida devido a falta de informação (conhecimento). A energia da kundalini é a energia cósmica, ela vem do sol oculto penetra na terra e aí nós absorvemos. Ela não é apenas sexual, é também emocional e espiritual. Esta energia cósmica ao ser despertada e ativada, sai do chacra raiz, através dos três nadis principais, o sushumna, ida e pingala, sobe pela medula queimando resíduos etéricos como um fogo líquido serpentino, ascendendo e ativando cada chacra em seu trajeto ou subida. Ela tem conexão direta com a espiritualidade (bindú).

    O poder da kundalini propicia o progresso do discípulo desabrochando nele vários dons: clarividência, clariaudiência, vitalidade criadora e geradora.

    Quando esta energia está desenvolvida ativa a espiritualidade e intensifica a inteligência e estimula a afeição desinteressada, desde que esta ativação se faça com a vitória do espírito sobre a matéria, pois ela tem ligação com o karma (destino).

    Neste trabalho a kundalini está focada na energia sexual e espiritual, que é a energia da felicidade (doçura) latente na espinha dorsal. Em geral, ela está enrolada e adormecida no final da base da coluna e é representada como uma serpente que se move ao longo da mesma.

    Quando ela é ativada sexualmente (orgasmo), sobe pela coluna ativando todos os chacras e órgãos até o bindú (energia sexual – iluminação – nirvana – êxtase).

    Esse fogo serpentino é bastante poderoso, no entanto instável (vulnerável), por esse motivo ela é considerada perigosa, mas, se praticarmos o sexo de maneira saudável, com muito amor, paixão, respeito, sinceridade e uma entrega total (cumplicidade entre dois seres), teremos a doce energia da kundalini circulando dentro de nós.

     

    BINDÚ

    “Gota ou marca”. O bindú pode ser interpretado como: néctar ou essência, intocado ou Portal do Brama, e é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico. É o fio que liga o cérebro a medula e os órgãos sexuais.

    Localização: cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) – está na região do chacra lalana e vishudh, e quando está cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. É aqui que armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática – hormônios sexuais; a energia sexual revitaliza o cérebro.

    O bindú circula dentro do canal principal, o sushumna, cuja substância é de três gunas (três qualidades) e encontra-se no centro da coluna vertebral. Dentro do sushumna existe um canal chamado vajra e dentro dele um outro canal chamado chitrini, e o bindú está encovado no chitrini, e seu interior alonga-se desde o pênis até a cabeça (bindú). No interior do vajra está o chitrini, que é sutil, brilhante e tão fino como o fio da teia de aranha, e ele atravessa todos os chacras que estão localizados na coluna vertebral, ele é a inteligência pura. Dentro do chitrini encontra-se o nadi brama (bindú), e é tão bonito como um reflexo de luz, tão fino como um filamento de lótus e brilha nas mentes dos sábios. É extremamente sutil, ativador do conhecimento absoluto, concretizador de todas as glórias e a sua natureza é a consciência pura. O Portal de Brama brilha em sua abertura, e esse lugar é a entrada para a região espargida por ambrósia, conhecida como Ponto Essencial; trata-se da abertura do sushumna (também envolve os dois chacras inferiores).

    Bindú Visargha quer dizer literalmente “queda da gota”, mas visto que “gota” se refere ao néctar, esta frase fica mais significativa como sendo “a sede do néctar”.

    O bindú deve ser mantido no nível mais alto, que é “o domicílio do néctar”, pois quando ele cai ao nível mais baixo vai para o centro sexual, onde se transforma em esperma.

    Segundo a tradição, o bindú localiza-se perto do topo do cérebro na direção da parte posterior da cabeça, e nesse local existe uma ligeira depressão, onde se concentra uma pequena quantidade de secreção líquida. Dentro desta depressão existe uma elevação mínima, que é a localização exata do bindú na estrutura física. Os nervos cranianos partem deste ponto, inclusive os nervos ligados ao sistema óptico. O processo pelo qual o néctar é segregado pelo bindú é estocado no chacra lalana no orifício nasal, é purificado pelo chacra vishudh. O vajra faz parte da conexão Kundalini e Bindú. É através do sahajoli (pompoarismo) que o bindú é mantido no nível mais alto.

     

    PULMÕES – RELAÇÃO PULMÕES E CORAÇÃO

    Os pulmões e o coração são inseparáveis.

    A função dos pulmões é oxigenar e eliminar as toxinas das células dentro do sangue.

    O coração recolhe o sangue do corpo e envia para os pulmões, e recebe o sangue oxigenado de volta devolvendo para o corpo. Recolhe novamente e envia para os pulmões. Esse processo se repete o tempo todo. Enquanto existir vida, o coração e os pulmões não param e não descansam, a única maneira de ajudar nesse processo é fazer o exercício de respiração correto. “O coração é o presidente e os pulmões são os ministros”.

    O ar ou prana contém nutriente (vitalizante) e é o nosso primeiro e último alimento, nos pulmões cabem de três a quatro litros de ar, e quando fazemos uma respiração superficial, apenas chegam a meio litro e isso acaba causando stress e tensão. Lembre-se que os pulmões são a bomba enquanto o coração é a válvula e não o contrário como muitos afirmam. Se ficarmos cinco minutos sem respirar morremos.

    Para fazer a respiração correta é necessário aprender a técnica de respiração de três Tan Tiens.

     

    RINS – RELAÇÃO ORGÃOS SEXUAIS E OS RINS

    Os rins têm a função de filtrar o sangue, enquanto os pulmões limpam as toxinas das células. A energia ancestral está nos rins, ele é “o repositório do vigor sexual”, por isso é necessário dar uma atenção especial a esses órgãos.

    Segundo a medicina chinesa esse órgão é o que regula a função sexual.

    Os testículos e ovários têm ligação direta com os rins e as glândulas supra renais, portanto é importante fortalecê-los se quisermos aumentar a potência e longevidade sexual, lembrando sempre que a energia sexual é a energia mais potente que existe “energia vital”. Ela não é apenas sexual é também o combustível que circula pelo corpo, alimentando as emoções os pensamentos e criando o impulso do desejo. A energia sexual é a energia criativa, ela é a pura energia da vida. 

     

    REJUVENESCIMENTO – DENTRO DAS TÉCNICAS TAOÍSTAS

    Os antigos taoístas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres internos, que são: a boca, os olhos, as narinas, o ânus, os genitais e o períneo. Eles estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo: como digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em perfeita saúde, é muito importante que esses músculos se contraiam simultaneamente estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Os taoístas descobriram os segredos dos músculos esfíncteres observando os bebês e as crianças e uma de suas metas das pratica taoísta é tornar-se tão vibrante, vigoroso e vivificante como uma criança.

    Por meio de exercícios específicos desses músculos reconduzem nosso corpo à harmonia com o Tao, assim vamos poder resgatar a juventude.

    Esses exercícios fazem parte do sahajoli. Trata-se do chacra básico e da importância do fortalecimento da base em todos os sentidos, pois ele é o chacra da Kundalini.

    Vamos poder comprovar o efeito da técnica imediatamente após o primeiro exercício. Será possível sentir a energia vital, essa vibração vivificante que tínhamos na infância.

    Observe um bebê mamando: enquanto sua boca suga ritmadamente, os olhos se contraem em uníssono, o ânus e o trato urinário se contraem e relaxam em harmonia com a boca, enquanto as mãozinhas se abrem e fecham em sincronia com a sucção exercida pela boca. Esse movimento sincronizado bombeia a energia por todo corpo.

    Consequentemente, quando nós adultos temos contrações e relaxamentos harmoniosos dos músculos esfíncteres, nosso corpo fica pleno de energia e saudável. Por outro lado, quando esse ritmo está desequilibrado, por stress, doença ou tensão, a energia do corpo se esgota.

    Todos os músculos esfíncteres do corpo se refletem uns nos outros, e a reflexologia sexual, revela essa íntima conexão. Os músculos esfíncteres do rosto revelam os músculos esfíncteres do trato urogenital, do ânus e do períneo e quando existe um desequilíbrio de energia sexual ela é revelada nas características externas da face. Além disso, esses músculos influenciam diretamente na saúde dos órgãos internos e essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas do corpo.

    • Exercitando os músculos esfíncteres.

    Contrair a boca e sugue as bochechas para dentro da boca, criando uma sucção na boca. É algo semelhante a brincar de fazer “boca de peixe”. Contraia e relaxe por, no mínimo 9-36 vezes, sinta a conexão entre a boca e o resto do corpo. Perceba a conexão entre a boca e os músculos esfíncteres inferiores, ânus, períneo e base do pênis / parte inferior da vagina.

    Piscar os olhos rapidamente e olhar ao seu redor. Exercitar os músculos esfíncteres ao redor dos olhos melhora a visão e mantém a umidade deles. Também é um ótimo exercício para despertar o corpo, pois estimula o sistema nervoso.

    Pisque os olhos durante, 30-60 segundos. Estimular esses músculos em volta dos olhos ajuda a abrir o diafragma urogenital.

    Contrair o ânus: contraia e relaxe o ânus. Sinta a energia dos centros inferiores correndo pelo seu corpo. Pela contração do ânus, fortalecemos a conexão entre todos os músculos esfíncteres do corpo.

    Contrair o períneo e a vagina: contraia e relaxe os músculos da vagina e períneo. Trata-se do mesmo músculo que é usado para interromper o fluxo da urina esse músculo, tal como o ânus é à base do centro sexual. Fortalecendo o períneo e a vagina, a mulher torna-se capaz de conter a energia sexual em vez de deixá-la escorrer para fora do corpo. O fortalecimento do períneo é o primeiro passo de muitas outras práticas taoístas, como o “impulso orgástico ascendente” e o “poderoso bloqueio”. Você pode contrair e relaxar o períneo a vagina e o ânus ao mesmo tempo, para criar mais força no diafragma urogenital.

    Contrair os olhos, a boca, o ânus e a glândula prostática é um exercício que ativa o centro cerebral. Quando um homem contrai a glândula prostática é ativada a glândula pineal, a glândula prostática tem uma conexão estreita com a glândula pineal que é considerada um segundo órgão sexual. É como dizem “o maior órgão sexual é a cabeça”.

     

     TERAPIA CORPORAL 

     

    A terapia pelo toque (obs.. "massagem" é um termo inadequado em relação à legislação e mercado brasileiros) relaxante é benéfica porque ela libera as tensões reprimidas causadas pelo stress, e estabelece comunicação entre o corpo e a mente. Ela vem sendo usada a milhares de anos como meio de alcançar a saúde o relaxamento e a longevidade. A massagem é de extrema importância, pois aumenta a circulação, elimina as tensões musculares e gera energia positiva. Dê muito carinho e amor para o seu coração, ele merece ser recompensado e a massagem ajuda o coração a relaxar, descansar, devido à melhora na circulação do sangue. A massagem Tuiná é muito especial e ela pode ser aplicada ou recebida por qualquer pessoa.

    A auto "massagem" nos rins, estimula e energiza os mesmos e é de vital importância para manter a saúde deles.

     

     

    I CHING  O MANDAMENTO DIVINO, A LEI DO UNIVERSO

     

    O tratado das mutações (natureza). O equilíbrio dinâmico dos cinco elementos faz parte do

    I Ching, os 64 hexagramas do I Ching e as 64 possíveis combinações de proteínas do código genético do DNA.

    I Ching, Tao e Budhi caminham juntos, são inseparáveis.

     

    BUDISMO

    A semente, a mãe do budismo é o hinduísmo.

    • Os três veículos do budismo.

    Primeiro veículo (primeiro TT) Hinayna, é o budismo da inocência, pureza, espiritual (jejum absoluto).

    Segundo veículo (segundo TT) Mahayana, o budismo da comunicação, expansão (jejum moderado).

    Terceiro veículo (terceiro TT), Trantrayana (vajrayana), o budismo da sexualidade. Tantra-Yoga e Kundalini-Yoga fazem parte do vajrayana, sahajoli.

    O busdismo de três veículos (três TTs) é o verdadeiro, completo e integral (é a mãe natureza).

    A mãe natureza é muito sábia, se ele é agredida ela devolve com violência, basta observar o planeta terra.

     

    MATERIAL E METODOLOGIA

     

    Foram usados livros para consultas, assisti palestras e workshops voltados à holística, estudos sobre filosofia taoísta, budista, I Ching (naureza), templos e igrejas.

    A soma de alguns conhecimentos próprio e alheios, as vivencias com alunos, colegas e professores, orientadores e amigos e também profissionais ligados a medicina ortodoxa.

     

    DISCUSSÃO

    A importância de olhar para o passado, observar o presente (refletir e filosofar) para poder projetar o futuro (novos horizontes) assim que se alcança a própria evolução.

    Apesar de me sentir às vezes leiga sobre o assunto e ser uma autodidata, usei muito e ainda uso o I Ching, e esse livro ajuda no meu caminho de evolução e no caminho de quem o utilizar. O I Ching foi baseado no principio do Yin e Yang (o Tai Chi, a grande energia).

    O Dr. Motoyama teve sua experiência pessoal com a kundalili, porém para isso usou o acetismo aquático todos os dias (banho de água gelada) por um longo período de tempo e com a prática conseguiu a levitação (o corpo já conseguia e se desligava do chão).

    Baseada em minhas experiências vivenciei as duas faces da energia da kundalini, percebi que quando ela está fluindo corretamente não existe desgaste físico ou mental, em caso dela não estar fluindo de forma positiva, ela desequilibra o corpo e a mente.

     

    CONCLUSÃO

    Conclui que os segredos de quem nós somos está nos chacras (kundalini) eles falam, eles sentem e pensam.Tudo está aqui no Tai Chi (grande energia) é o início de tudo, o começo da evolução humana. Cheguei à conclusão que todas as pessoas deveriam conhecer os chacras com profundidade para conhecer verdadeiramente a si mesmo e consequentemente conhecerá o próximo.

    O princípio do Yin e Yang está em tudo e em todo o universo porque sem essa energia, nada existiria no caso do nosso corpo essa energia flui através de nossa kundalini.

    Acredito que o conhecimento compartilhado é conhecimento em dobro, por isso compartilho.

      

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

    • Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    • Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    • Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    • Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    • Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Série Manu – Apostila número 2, segunda edição

    • Super Interessante – Edição 235 – Jan/2007
    • Curso de fundamento de I Ching – O Tratado das Mutações, apostila da Sociedade Taoísta do Brasil.

     

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - CRT 38660 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    II.I - Definições

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

    VII.I - Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    VII.II - Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística
    VII.III -
    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Resumo

    Esta propositura disserta sobra a integração das técnicas corporais orientais seculares com as modernas e ocidentais abordagens psicanalísticas reichianas e derivadas, resultando em uma Terapia Corporal de abordagem holística. Resgata a importância do tocar e ser tocado como instrumento de catarse terapêutica e de harmonização psicofísica, resultando em ampliação da qualidade de vida e autoconhecimento, tanto para o Cliente, quanto para o profissional.

    Introdução

    Muito se aborda a globalização e o acesso universal a informações em todos os campos de conhecimento, incluindo a Terapia Holística. Porém, mesmo no Brasil, de ampla tradição de sincretismo e fusão das mais variadas vertentes de pensamento, ainda deparamos com um separatismo entre as técnicas corporais orientais e ocidentais, bem como uma distância entre o discurso de paradigma holístico e uma real aplicação deste conceito, a tal ponto de ainda encontrarmos profissionais que iludem-se de atuar em questões físicas e outros, em aspectos psíquicos, como se tais existissem de forma isolada...

    São inegáveis as qualidades técnicas das manobras corporais tradicionais, tais como o shiatsu, tuina, anma, sparsha, dentre outras, assim como é fundamental a contribuição da psicanálise quanto aos aspectos inconscientes de nossa personalidade serem corporificados. Contudo, ambas as vertentes ainda não convergiram, resultando em "massagistas" (termo totalmente inadequado à legislação brasileira...) que desconhecem o fato de seu trabalho pode resultar em catarses, como também em profissionais da vegetoterapia e bioenergética propondo técnicas de toque, respiratórias e posturais que já estariam eficientemente supridas nas já seculares técnicas corporais, como as já citadas, bem como as oriundas do yôga e tai-chi-chuan.

    Cabe ao Brasil eliminar a iniciativa em superar desinformações, preconceitos e vaidades, promovendo a integração entre todas estas linhas complementares de tratamento, formando Terapeutas Corporais que honrem a sabedoria milenar, da mesma forma que abraçam a modernidade psicanalítica, fazendo justiça a que mais esta modalidade terapêutica seja integrante da Terapia Holística, atendendo a Clientela ciente de que físico-psíquico-social-transcendente é uma só unidade indissociável.

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

    ACONSELHAMENTO — processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.

    BIOENERGÉTICA —Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.
    CALATONIA —técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.

    CATARSE extravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    ID é a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego.

    INSIGHT "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    LEITURA CORPORAL — método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    PERSONA — é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

    RELAXAMENTO — vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    TERAPIA CORPORAL — uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

    TERAPIA REICHIANA — desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    VIVÊNCIAS — realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal:

    Idade mínima do cliente para Terapia Corporal: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    Explicar o processo de Terapia Corporal com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    O Terapeuta Holístico deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico;

    O Cliente deve ser inquerido pelo Terapeuta Holístico quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Corporal aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    III - Resultados

    Constatou-se ganhos significativos oriundos do sincretismo entre as abordagens ocidentais modernas e orientais milenares da Terapia Corporal. As manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, mostraram-se mais adaptáveis a cada Cliente, em comparação às mais recentes, oriundas das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética. Em contraponto, a proposta analítica destas últimas são indispensáveis à interpretação emocional refletida via corpo, já que essa capacidade fora perdida no decorrer do tempo, no que se refere ao ensino e prática das técnicas orientais, na forma como nos chegam atualmente.

    Clientes originados de queixas físicas apresentam resultados mais rápidos e eficazes quando a Terapia Corporal aflora as emoções reprimidas simultaneamente ao trabalho de toque. É perceptível ao tato do profissional, o relaxamento nas áreas antes tensas, imediatamente à manifestação da emoção e/ou lembrança que emerge sincronisticanente ao contato físico com a zona reflexa e/ou diretamente sobre a região corpórea. Da mesma forma, regiões sem tônus de pronto manifestam retorno da tonicidade, assim que afloram os sentimentos e lembranças induzidos pelo toque de volta à consciência. Quadros de dores e de dificuldade de movimentos apresentam reversão drástica, ainda que temporária, imediatamente à catarse emocional desencadeada pelo toque e indução verbal.

    Ratificando o acima descrito, quadro similar ocorre com a Clientela de queixas emocionais, onde o trabalho de toque serve tanto para detectar quais regiões corpóreas estão refletindo o quadro psíquico, quanto para aflorar à consciência as emoções reprimidas, bem como lembranças de situações traumáticas.

    Em ambas as situações, a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, incluindo o ACONSELHAMENTO, desempenha papel fundamental em facilitar ao Cliente a compreender o conteúdo aflorado, o que se mostra fundamental para que o quadro queixoso anterior não reincida. A catarse emocional por si só, apresenta resultado temporário, com imediata melhoria do quadro geral, porém, com retorno do estado original poucos dias após. A durabilidade do resultado é mantida quando o Cliente é simultaneamente amparado com técnicas de foco psicoterápico.

    A inclusão do contato físico na relação CLIENTE e TERAPEUTA HOLÍSTICO acelera o ritmo e intensifica a terapia, traduzindo-se em resultados de espectro mais amplo e, uma aumento da frequência e intensidade nas transferências e contra-transferências, exigindo grande preparo do profissional.

    IV - Discussão

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos.

    Modernas ideologias, governos ditatoriais e o cientificismo mecanicista influenciaram uma ruptura no paradigma holístico terapêutico. Seja por necessidade de sobrevivência às perseguições, seja em concessões e adaptações para tentar enquadrar nos limites do "científico", fato é que ao século 20, terapias como shiatsu, tuiná, anma, seitai e similares, chegaram até nós amputadas de sua original tradição sistêmica, passando a tratar o "corpo" como se fosse uma "máquina", composta de "partes" a serem manipuladas pelo toque para que "funcionem" melhor... A excelência técnica das manobras corporais se manteve, porém, perdeu-se a "alma" em algum momento de sua história.

    A partir da década de 70, com o movimento da contracultura, "revolução aquariana", ecologia e retomada do paradigma holístico, as abordagens corporais se permitiram a reintegração com os conceitos de "energia", reassumindo a interação com meridianos (canais de circulação energética da acupuntura - terapia tradicional chinesa), chacras (ou chakras, vórtices de energia estudados na ayurvédica - terapia tradicional indiana) e "corpos sutis" (matrizes energéticas paralelas ao corpo material, conceito este comum a todas as culturas milenares). Ao mesmo tempo, readmitiu-se que a terapia pelo toque igualmente atua nas emoções, porém, sem aprofundar na questão, deixando de integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

    Desenvolvendo-se de forma complementar, contamos com a Psicánalise, pela qual Freud demonstra a grande atuação das questões psíquicas nas somatizações, sendo até possível a reversão destas, como decorrência da análise, ao resgatar do inconsciente, os traumas, lembranças, emoções reprimidas e integrá-las ao consciente.

    Quer seja por preocupar-se em manter-se dentro de uma certo paralelo com a metodologia científica (isolar-se do "objeto" estudado...), quer seja para evitar maiores controvérsias e envolvimentos, TOCAR o Cliente era algo fora de discussão, até a dissidência de Wilhelm Reich, que “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”).

    A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante).

    Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento, também conhecido como Couraças Musculares do Caráter, aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bioenergia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas.

    A linha reichiana "clássica", a Vegetoterapia, segue um padrão relativamente rígido e pré-fixado para a sequência de desbloqueio das couraças, enquanto que as chamadas correntes neoreichianas, como a Bioenergética (que tem Alexander Lowen como seu expoente...) são mais flexíveis quanto à ordem e formas de trabalhar os bloqueios, utilizando-se, além do toque, técnicas respiratórias e posturais, que contém muitos paralelos ao Yôga e Tai-Chi-Chuan...

    Estas últimas vertentes, de origens ocidentais e modernas, em contraponto com as demais linhas aqui inicialmentes descritas, milenares e orientais, permaneceram distanciadas, uma corrente desconhecendo totalmente a outra. Não raro deparamos com reichianos que desconhecem chacras e shiatsuterapeutas que nem sequer imaginam que desbloqueiam "couraças do caráter"...

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar. Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge. É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor. Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA. É consenso que a maioria dos Terapeutas possui profundas feridas narcisísticas em aberto, as quais tentamos cicatrizar ao dar atenção aos Clientes, da forma que jamais tivemos... Não raro, tivemos que amadurecer cedo, quando deveríamos ter tido a permissão de ser crianças e nossos cuidados com os outros é a sublimação do ressentimento de que nosso amor não bastava para sermos correspondidos pelos pais, pois só sendo "produtivos" e "perfeitos" para sermos amados. Por isso, oculta-se no TOCAR em nossos Clientes, o desejo de acolhimento e amor.

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente. Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em contínua terapia e supervisão, inclusive, em grupos de discussão, pois o que se constata na prática é que, independente do quão experiente seja um analista, quando está em momento de contratransferência, sua visão do caso fica prejudicada, enquanto que para os demais colegas, que não estão emocionalmente envolvidos na situação, muito mais facilmente detectam o que está ocorrendo.

    V - Conclusões

    O contato físico intensifica o ritmo da terapia e igualmente aumenta o grau de responsabilidade e exigência técnica, o que é plenamente compensado pela excelência de resultados e gratificação profissional.

    Não há mais justificativa, em nosso atual tempo de acesso globalizado às mais variadas correntes terapêuticas, à ilusão de abordar o psicofísico como se fosse "partes separadas".

    A fusão entre as manobras orientais já tradicionais e a conscientização do efeito psíquico do toque reavivada pelas correntes psicoterápicas reichianas e neo-reichianas, resulta em uma terapia mais profunda e abrangente do que a simples soma das partes.

    Tanto as reclamações de origem física, quanto as de foco emocionais são atendidas na mesma proposta de trabalho, em conformidade com o paradigma holístico, ampliando o leque de oportunidades em atender quantitativa e qualitativamente à Clientela potencial.

    A ampliação da transferência e contratransferência pelo fator do tocar e ser tocado, obriga o Terapeuta Holístico a manter-se em contínua terapia e supervisão, resultando num indivíduo mais equilibrado e autoconsciente e, como tal, um profissional mais eficiente e um ser humano mais feliz.

    VI - Referências bibliográficas

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    VII - Anexos e Apêndices

    VII.I

    Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

     

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

     

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

     

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

     

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

     

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

     

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

     

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça"

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

     

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

     

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

     

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

     

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

     

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contratransferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Imaginem uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Se não estiver atenta à possibilidade de contra-transferência, é capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

     

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

    VII.II -


    Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística

    Se o profissional faz uso de técnicas corporais, jamais deverá chamar este trabalho de "massagem", não só pelo sentido pejorativo que a confusão com prostituição trouxe à palavra, como, também , pelo fato de que estaria sendo enquadrado dentro de alguns requisitos impossíveis de serem cumpridos, pois estaria sujeito às seguintes diretrizes, dentre outras:

    DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942
    Regula a Propaganda de Médico, Cirurgiões Dentistas, Parteiras, Massagistas, Enfermeiros, de Casas de Saúde e de Estabelecimentos Congêneres, e a de Preparados Farmacêuticos
    Das Parteiras, dos Massagistas e Enfermeiros (artigos 2 e 3)
    ART.2 - é proibido às parteiras, aos massagistas e aos enfermeiros fazer referências a tratamentos de doenças ou de estado mórbido de qualquer espécie.
    ART.3 - As parteiras, os massagistas e os enfermeiros estão obrigados a mencionar em seus anúncios o nome, título profissional e local o nde são encontrados.


    LEI 3.968 DE 05/10/1961
    Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Massagista, e dá outras Providências.
    ART.1 - O exercício da profissão de Massagista só é permitido a quem possua certificado de habilitação expedido e registrado pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina após aprovação, em exame, perante o mesmo órgão.
    ART.2 - O massagista devidamente habilitado, poderá manter gabinete em seu próprio nome, obedecidas as seguintes normas:
    1 - a aplicação da massagem dependerá de prescrição médica, registrada a receita em livro competente e arquivada no gabinete;
    2 - somente em casos de urgência, em que não seja encontrado o médico para a prescrição de que trata o item anterior, poderá ser esta dispensada;
    3 - será, somente, permitida a aplicação de massagem manual sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou fisioterápica;
    4 - a propaganda dependerá de prévia aprovação da autoridade sanitária fiscalizadora.

    Como podem perceber, será muito melhor nominar seus trabalhos como "Terapia Corporal", evitando, assim, se enquadrarem nas leis acima citadas, as quais só podem ter sido criadas para coibir a prática da Massagem.

    Já há anos o SINTE recomenda abolir o termo "massagem" (tanto por ser associada popularmente à prostituição, como por enquadrar-se em legislação impossível de ser cumprida) , que deve ser substituída por "Massoterapia", ou, melhor ainda "Terapia Corporal".

    Ultimamente, a expressão "massoterapia" igualmente passou a ser sinônimo de prostituição, além de que, no Paraná, os órgãos públicos identificam como sinônimo de "massagem" e passaram a exigir daqueles que alegam trabalhar com esta técnica, o cumprimento das legislações impraticáveis (DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942 e LEI 3.968 DE 05/10/1961).

    Portanto, a melhor solução é o termo "Terapia Corporal" e aproveitar a oportunidade para que os cursos se aperfeiçõem para fazer justiça a este nome e acrescentem ensinamentos de Reich e Lowen (psicanálise/vegetoterapia e bioenergética) às já consagradas manobras corporais orientais e ocidentais.

    VII.III -

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho

    Estruturas da Psique:

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.


    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.


    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.


    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;
    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;
    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.


    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.


    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.


    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/07/2009 16:24


    Quem Sou Eu - Kundalini- a origem sexual da espiritualidade

    QUEM SOU EU?

    Kundalini- a origem sexual da espiritualidade

    Mensagem do TAO sobre a energia sexual 

    São Paulo, 25  de  Maio   2011. 


    Mitiyo OshiroTakemoto  CRT: 38660  Terapeuta  Holistica

    SINTE-Sindicato Dos Terapeutas-  Holistico - 2011 

    SUMÁRIO

    • Introdução...........................................................................IV
    • História................................................................................V
    • Metafisica............................................................................V
    • Filosofia do chi....................................................................V
    • 3 grandes fragmentos..........................................................V

    -     Capitalismo e monopólio ...................................................V

    • Bioenergia ..........................................................................V
    • Prâna: filosofia da respiração.............................................VI
    • 7 chacras ............................................................................VI
    • Corpo etèrico .....................................................................VI
    • Corpo keterico .................................................................VIII
    • Kundalini o poder ígneo ..................................................VIII
    • Bindu .................................................................................IX
    • Budismo para leigos ..........................................................IX
    • Bioeletromagnética e religião ............................................X
    • I ching .................................................................................X
    • Karma - destino e livre arbítrio    ..................................... XI
    • 5 religiões básicas do mundo ............................................XI
    • Quem escreveu a Bíblia? .................................................XII
    • Material e Metodologia ..................................................XIII
    • Discussão .......................................................................XIV
    • Conclusão .........................................................................XV
    • Bibliografia .....................................................................XVI

    Introdução

    Tao que revela a sabedoria oriental, a ciência do futuro a revelação à natureza, autoconhecimento, transformação, o gostar do próprio eu.

    Quase todos se ocupam, num determinado momento da vida, com as perguntas: "QUEM SOU EU?",  "QUE FORÇA AGE DENTRO DE MIM?", "QUE FACULDADES AINDA SE ESCONDEM NO MEU INTERIOR?", "COMO POSSO USUFRUIR TODO MEU POTENCIAL DE SORTE E CRIATIVIDADE". "Acreditamos que nenhum outro campo científico pode responder a essas perguntas tão amplamente, como a ciência dos centros energéticos do homem".

    Ao compreender a tarefa e a função dos chacras em toda a sua extensão, forma-se uma imagem do ser humano que, na sua possível perfeição, é tão fascinante e sublime a ponto de mais uma vez nos determos para admirar a maravilha da criação.

    O homem vive hoje num profundo descontentamento no que tange a sua própria existência.

    Durante longos anos, ocupou-se com a exploração impensada de tudo que seus sentidos, captavam do mundo externo. Alicerçou seu conceito de segurança, poder e felicidade no resultado das suas conquistas materiais. Enquanto se manteve ocupado, perseguindo o tal objetivo alimentando-se mentalmente de todas as informações necessárias para conseguir seu intento. Desenvolveu-se brilhantemente no campo da ciência e da tecnologia, mas não percebeu que seu ser nutria-se concomitantemente de toda espécie de emoção, gerada pela própria ação antética e objetivada. Assustando consigo mesmo inicialmente pela forma adotada, depois pelo conteúdo raivoso, atormentado e triste, lançou-se num processo incansável de questionamentos acerca da própria natureza e seu relacionamento com o universo.

    Deixando escapar sua energia cósmica entre os dedos levando-os a sua desgraça. 

    HISTÓRIA 

    Metafisica

    Ciência geral dos princípios e causas: conhecimento, sabedoria, força moral "elevação espiritual que conduz ao DEUS CRIADOR". 

    Filosofia do Chi

    Teoria do yin e yang "sublime unidade" o ser absoluto a consciência de DEUS a energia que rege (comanda) o vasto universo. Yin e yang se manifesta no mundo inteiro o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nascimento, vida e morte: a dança cósmica do Universo: no plano físico do homem, essa dança se manifesta como sexualidade. Através dela, o homem está  ligado ao ato incessante de criação da vida. Dizem que hoje, a cada 8 segundos nascem 34 crianças. Podemos observar esse processo nos animais e nas plantas. 

    3 Grandes fragmentos - capitalismo e monopólio

    Quando construirmos uma ponte entre as três grandes medicinas: ayuvedica (chacra e kundalini), chinesa (taoista, bioeletromagnética), ocidental (medicina atual, que se deve ao Leonardo Da Vinci a proeza).

    Este termo "a união faz a força" não cabe dentro dessas medicinas, pois elas trabalham separadas seguindo caminhos paralelos. Hoje tais medicinas estão monopolizadas e comercializadas, seguindo interesses alheios perdendo seu verdadeiro conteúdo.

    Prejudicando o curado e o curador.  

    Bioenergia

    Reconhecida pela medicina oficial em 1990. Passou a constar no conselho de especialidades medicas da Associação Brasileira de Medicina, deixando assim a fazer parte das terapias alternativas fragmentando-se, adotaremos então a bioeltromagnética que é, mais adequada para a holística. 

    Prâna - filosofia da respiração

    Prâna, chi, ki e a própria filosofia como diziam os sábios taoista; vivendo de ar e orvalho respiração e saliva. No ar contem os elementos que nutre a vida, a inteligência, a força física e sustenta um mundo (pensamento) que traz conhecimento, intenção e sabedoria que leva a "iluminação".

    Sublime unidade yin e yang que impulsiona o universo, o Prâna representa a fonte primaria de todas as formas de energia "absoluta". 

    7 Chacras                                                                                 

    Como ponte para a consciência interior. Autoconhecimento. Relacionados a órgão, ele tem a importância decisiva para a nossa vida mental e espiritual. Atuam diretamente sobre as emoções, disposição e alegria de viver. Quando seu fluxo é  bloqueado, surgem as doenças físicas, a má concentração de energia e alimentação são verdadeiros ladrões dos sete centros energéticos. Os chacras regem a força vital "prâna" e espiritual "kundalini", que se manifesta de modos diferentes e existem sete chacras abaixo (atala, vitala, rasatala, mahatala, hahatala, sutala e patala) sete acima estamos longe dessa compreensão que é obtido por meio do desenvolvimento e purificação da consciência.

    Corpo Etérico                                                                                                                                        A maioria das pessoas considera o mundo material, como também o corpo físico como a racional. Caso seja um desses que só podem aceitar como realidade o corpo material, pense uma única realidade, pois são perceptíveis pelos sentidos físicos e compreendido pelo intelecto vez o que acontece, por ventura com a energia, força vital que anima um corpo físico e lhe oferece sensibilidade e capacidade de expressão depois da morte deste corpo. Segundo uma lei da física a energia nunca se perde, mas se transforma. A força que está "em ação" por traz dos aspectos matérias do corpo, com suas funções e habilidades, é constituída de um complexo sistema de energia, sem o qual o corpo não poderia existir. Esse sistema compõe-se de três elementos básicos: físico mais denso, etérico denso e o keterico subtil.

    Muitos esclarecidos em outros pontos energéticos, não conseguem perceber o campo ou corpo etérico, essa percepção extra-sensorial não se abre magicamente e como todos são filtrados através da mente determina o GRAU  DO OBSERVADOR, por isso é considerado pelos espíritas um produto semi-material, onde existem manifestações ectoplasmáticas atuação fundamental das incorporações, certas situações pode se ver ao olho nu. A Aura  Etérica  uma luz em volta dos corpos como uma onda de calor sob a terra, além disso, existe uma sutil teia delicada que atua como barreira entre o corpo etérico e astral protegendo o individuo, prematura abertura de comunicação entre esses dois mundos.

    Os diferentes planos de consciência o ser humano é divino e é constituído por hierarquia de energia subtil (leve e sublime), para facilitar nosso entendimento somos seres holísticos fracionados como:

    Corpos "inferiores", o corpo etérico é o corpo mais denso depois do corpo físico que modela e consolida a matéria física dos tecidos do corpo, que só existe graças ao campo vital e permite o físico viver porque é este que vitaliza com a energia do prâna.

    Corpo emocional a energia suave que reflete emoções e os desejos das pessoas colocando em contato com o meio do universo.

    Corpo mental (ou causal) governa nossa faculdade de raciocínio, pensamentos intuitivo do nosso ser, transição entre a matéria e espirito em forma de crenças ou pensamentos limitativos.

    Corpo astral passagem entre os dois corpos "personalidade e celestial", energia que vibram a partir do corpo astral influenciando as portas do plano celeste e terrestre. Podemos dizer assim; a energia que circula entre a terra e o céu  ( bioeletromagnetica).

    Corpos "Superiores" 

    Corpo celeste permite sentir as vibrações do plano e comunicar com seus guias de luz.

    Corpo divino, de luz o mais leve concede a licença a alma a se comunicar com a fonte (ojás).

    Corpo supra-astral concede e encerra a qualidade mais alta do amor incondicional, da compaixão e do desprendimento. A estrutura do corpo eterico tem a função mais importante de transferência da energia vital do campo universal para o campo individual (físico), o corpo etérico não carrega a consciência, ele atua como ELO entre os veículos físicos, emocional e mental intercalando-se e constituído juntos o EU;( o corpo etérico pesa 21 grama, na morte do corpo físico perde-se  21 gramas)

    Porém esta teia numa única camada de átomos etéricos que separam os chacras situados ao longo do corpo na verdade é um dispositivo de proteção, se danificado pode trazer transtorno mental e físico.

    Tendo em vista suas funções etericas (pela teosofia)

    Receptor do prâna rede de finos canais o qual é parte do elo magnético que une os corpos físico e astral, cortando ao retirar-se o corpo etérico do físico denso no momento da morte.

    Assimilador do prâna circula três vezes por todo o triângulo (três centros principais) antes de ser transmitido ao corpo eterico e deste ao corpo denso, se o homem estiver sã a emanação será intensificada pela vibração (frequência), caso contrária o processo será lenta, essas emanações saem finalmente do sistema etérico, irradiando-se pela superfície a essência sai levando a qualidade individual.

    Transmissor do prâna e absorvido por tudo que evolui dentro do circulo, consiste em vitalizar o veiculo de expressão material física de qualquer dos sete (chacras) homens celestiais, consiste em liberar a vida dos veículos que a confiam o altar terreno o lugar onde nasce o espirito.  

    O Corpo Ketérico

    Vimos acima que a relação entre os dois corpos ou energia poderia ser vista e sentida. No keterico está além das nossas faculdades, o nosso grau de evolução e consciência precisa estar bem apurado, sete nível acima do plano espiritual, nós sentimos próximo do criador, os campos emitindo uma aura dourada reluzente pulsante.

    Ketérico é o último nível áurico do plano espiritual. Contém o plano da vida e é o último nível diretamente relacionado com esta encarnação. 

    Kundalini o poder Ígneo

    De encontro ao Bindu, a grande força magnética, o princípio universal da vida que existe em toda a matéria também chamado "fogo serpentino" é vida que flui através dos centros vitais ou chacras.

    Principio ativo que tanto pode criar ou destruir especialmente no ser humano, ela estabelece laços entre os corpos físicos e astrais e vise e versa á medida que a evolução prossegue esses laços, são vivificados pela vontade que libera e guia essa energia. Embora de maneira meio desordenada por isso o correto deve ser orientado por um mestre eminente. Kundalini a origem sexual da espiritualidade para a teoria da evolução GOPI KRISHNA -  um filósofo iogue hindu pioneiro da união entre a filósofa oriental e a ciência ocidental - kundalini é um termo chave, pois é a base para o acesso a um estado superior de consciência tal que, se atingido por amplas massas da população representaria uma nova espécie da humanidade.

    É uma das forças emanantes do sol, inteiramente independente e distinta de fohat e prâna, e que, no estado atual dos nossos conhecimentos, acreditamos que seremos convertidos a qualquer dessas duas energias percorrendo o corpo as curvas de uma serpente; "Mãe do Mundo" é um nome bastante apropriado, porque e por ela que podem ser vivificados, com sete nós, que naturalmente representa os sete chacras ou centro de força e parece apresentar sete camadas ou graus de potência. Esta força se encaminhou assim no corpo astral, a faculdade de sentir, de ser impressionado por toda a espécie de influencias, porém sem lhe dar ainda a compreensão precisa ou inexplicável.

    O mecanismo que nos dá  a consciência do que se passa no astral é interessante e merece ser bem compreendido, mas para obter esses resultados, o fogo serpentino passa de chacra em chacra, em certa ordem e maneiras variáveis por isso essa energia sobe de formato espiral na intenção de encontrar seu objetivo; como o dia percorre para o encontro da noite. Assim é a kundalini que sobe com força e grau para o encontro do bindu, o feito é inexplicável o mais alto graal (santo) da plenitude. 

    Bindu

    Portal do brahama é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico. É o fio que liga o cérebro a medula e aos órgãos sexuais e quando cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta, aqui que armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente ligada ao útero e a glândula prostática - hormônios sexuais a energia sexual revitaliza o cérebro.

    O bindú circula dentro do canal principal o sushumna, quando é mantido no alto o homem mantem-se revitalizado e mais jovem, assim que desce veem a perda de energia causando o envelhecimento físico e mental. 

    Budismo para Leigos

    De todas as ramificações existentes, podemos distinguir três grandes correntes, chamados "os três veículos" (três mentes ou três Tan Tiens).

    1º Veículo -  Hinayana do hinduísmo uma das várias ramificações é o hara krishna: difundido principalmente no Ceilão, Bermânia, Tailândia e Indonésia.

    2º veículo- - Mahayana, impôs-se, sobretudo na China, Coréia e Japão.

    3ºVeículo-Tantrayana budismo da sexualidade "Kundalini". Atualmente está sendo divulgado também no Japão.

    obs: O Buda original está dentro de você, budismo não é religião: é filosofia da vida, é ciência.  

    Bioeletromagnética e Religião 

    Raich foi em direção ao corpo, ao biológico, á ciência literalmente palpável e visível e encontrou o espirito, a religião, o transcendente. Se os conceitos de bioenergia parecem estar como um peixe fora d'água no campo da ciência, na religião oriental pisa-se em terreno familiar. Para o hinduísmo, budismo e taoísmo o conceito de uma energia vital que flui ao longo do corpo, cujo bloqueio leva a sintomas e doenças físicas e mentais, é algo aceito há milhares de anos porque está, dentro da Bioeletromagnética, a força "Yi" (três  tan tiens -  três mentes ou três veículos) a energia sexual é Ching, a energia vital Chi e a espiritual e Shen. Essas circulam dentro dos três tan tiens  é o equilíbrio dentre o céu e a terra

    (o homem - bioeletromagnetica). Assim podemos entender porque o budismo de três veículos é integral. 

    I Ching

    Assim como a água nutre a vida, o conhecimento pode nutrir nossa consciência. O I Ching é  como um poço. Dele podemos extrair uma saberia profunda e autêntica, oculta no mistério sutil que sustenta o universo. Como filosofia, é  um espelho fiel da imensa realidade que nos abraça. Como oraculo é  uma lente poderosa que revela a unidade harmônica entre a compreensão e o incompreensível. Beber de sua água é experimentar o sabor indescritível de uma consciência ampla e abrangente que enxerga, nos movimentos do mundo, os mecanismos da nossa própria natureza. Combinando filosofia e oraculo, sabedoria e mistério, o estudo do I Ching é  fundamental para todo aquele que busca uma observação mais ampla e profunda dos mecanismos do universo, da vida e de si próprio.

    O I Ching pede: comprometimento com responsabilidade, lealdade ética moral e espiritualidade (sinceridade).

    "É aquela pessoa que faz e cuida de suas coisas e deveres com sinceridade no coração".

    Nesse estagio de evolução (revolução humana) poderemos pensar em paz mundial.

    É o que desejamos profundamente...

    E a mãe natureza pede urgência! .     

    Karma - Destino e Livre Arbítrio

    No taoísmo, acreditamos que nossa vida é resultado de nossas ações, ou seja, acreditamos que as ações passadas e presentes geram o futuro cenário de nossas vidas. A isso chamamos de Pequeno Destino.

    A partir de um instante qualquer, o futuro pode ser modificado como consequência de ações, mais conscientes, tarefa pessoal e intransferível, que não significa que não possamos ser ajudado. Mas, significa que, mesmo com ajuda externa, sem uma forte vontade e esforço pessoal não conseguimos progredir, melhorar, crescer.

    O destino não e algo pré-estabelecido pela vontade de DEUS se o fosse, este não seria DEUS, seria apenas uma consciência repleta de desejos, intenções e expectativas de retornos pessoais. A consciência universal (DEUS) é livre: não tem apegos e não faz julgamentos. É natural e espontânea. Não reconhece bem ou mal como antagônicos, mas complementares, em que o bom é  o resultado do equilíbrio e da harmonia entre forças aparentemente opostas. Esta consciência segue naturalmente o grande fluxo da imensa dança cósmica. Ela é a própria dança cósmica, é o próprio universo a isso chamamos Grande Destino: funciona como enorme pátio de fundo para o pequeno destino. Em termo pratico, o grande destino seria o conjunto das circunstâncias maiores do momento que vivemos capazes de definir a resposta não intencionada do universo ás nossas ações pessoais e coletivas.

    Deste modo, nossos méritos e punições são grandes por nós como consequência natural de nossas ações.       

    5 Religiões Básica do Mundo

    Histórias cheias de Fé.

    A sabedoria dos tempos tem sido preservada de muitos modos, mas nenhuma com mais apelo do que as simples alegorias chamadas Parábolas. Estas cinco histórias(descrita abaixo) se apresentam tão ativas hoje como no dia em que foram contadas pela primeira vez. Elas captam a essência de cinco religiões: budismo, judaísmo, confucionismo, islamismo e cristianismo.

    Budismo - O grão de mostarda; nascimento, vida e morte: a lei dos 7 chacras - "7 flores de lótus": Sutra de Lótus,(a revelação do Buda Sakyamuni)

    Judaísmo - A Parábola e a verdade.

    Confucionismo- O diplomata e o Rei-Espiritualidade - Conduta.

    Islamismo- O escravo e o filosofo.

    Cristianismo- A mensagem de João: Amai-vos uns aos outros, agora e sempre.

    Atenção: Os chineses taoístas usam muitos termos ou expressões como: filosofia, contos, fábulas, lendas, aforismo, metaforísmo, subjetivo, analogia; que confunde o raciocínio das pessoas, principalmente dos ocidentais, mas ai é que está o segredo para adquirir o conhecimento e saberia: "filosofia - pensar"

    Aprender sem pensar é  inútil

    Pensar sem aprender é  perigoso

    Kung Fú Tsé CONFÚCIO 

    Quem escreveu a Bíblia?

    A história de DEUS foi escrita pelos homens. Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos?

    As respostas são recentes - e vão mudar sua maneira de ver as escrituras.

    Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.c, uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, maquina e folha de papiro (planta importada do Egito e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que havia sido escrito).

    Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes outras pessoas continuaram reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best-seller de todos os tempos: a BÍBLIA. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo do Islã, mudou a história da arte- sem a bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci -  e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu?. Quem era e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo e quem ditou a voz e o estilo de DEUS?.  O que está na bíblia que deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados?. A resposta tradicional você já deve conhecer, segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso. A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidencias concretas da maioria deles, a chave para encontra-los está na própria Bíblia.

    Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Alias o termo "Bíblia", que usamos no singular, vem do plural grego ta bíblia ta hagia -"os livros sagrados". A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os cinco primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.c. Os Salmos seria obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel. E assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso. As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã. Que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo Canaã não foi um Estado, mas uma terra  sem fronteira habitada por diversos povos- os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, suas culturas e seus escritos foram fortemente influenciados por vizinhos cananeus, que viviam ali desde o ano.

    5.000 a.c e eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado. 

    Material e Metodologia

    Foram usados livros para consulta, acesso a home Page, assistir palestras voltadas á holística, estudos em grupos. Este trabalho foi realizado pela equipe na comunidade de estudos em grupo, com ajuda dos meus discípulos e alunos no curso de vivencia visando a consciência do corpo e da mente, fundamental nas práticas de exercícios taoista. Sendo que, um exercício e outro a meditação e muito importante no ganho de consciência do corpo, da mente e do espírito. Dentro do trabalho, trocamos idéias e compartilhamos conhecimentos vivenciados inclusive a experiência do despertar da kundalini: síndrome da kundalini" .

    Compartilhar:

    A beleza uma ação sempre gera uma reação; o esforço de uma ação.

    Os anos haverão de passar, mas a arte de compartilhar torna a todos mais humanos, que constrói ponte para o caminho do tão; que cuida da terra estagnada, colhendo o reconhecimento e sabedoria assim se alcança a iluminação.

    3 caminho do tao, dizem que existe três caminhos para a iluminação:1 é o da prece e da adoração, chega-se lá ,mas nunca se sabe  quando, por que ou como. 2 é o da boas ações e do serviço aos outros: mas tampouco se sabe quando ,por que ou como se chega lá. 3 é o caminho do Tao, que é um caminho de conhecimento e sabedoria. Você sabe quando, porque e como se chega lá, porque se trata de um processo alquímico no nível molecular,  que trabalho com a forma mais elevada de energia do corpo (a energia sexual) e que se torna claro  à medida que você pratica. Você sabe quando deve ser duro como a pedra e quando ser suave como a água. Isso é sabedoria, isso é o Tao.

    A soma de alguns conhecimentos próprios e alheios, as vivencias, orientadores, amigos e também profissional ligado à medicina. 

    Discussão

    Esta obra é a sequência (é continuação) das proposituras anteriores: sexualidade e espiritualidade/2008 - o principio do Yin e o Yang/2009.

    Selecionei o tema em questão, pelo caminho mais simples e eficaz para o aprendizado: o caminho do tao (filosofia do Chi) para o publico geral.

    Focado na energia fundamental, a energia sexual que vem do absoluto "o nada - o inacessível". Explicação do absoluto o nada: O ser sem forma: surgiu o Yin e o Yang (dualidade) a sublime unidade que impregnou o vasto universo; o Sois, Planetas, Luas, Estrelas, Microcosmos, etc...

    A energia sexual Yin e Yang: uma força fecundante masculina Yang, e uma força receptora feminina Yin (a energia é criativa, a união primordial das forças Yin e Yang que impulsiona o universo). Sem essa energia não estaríamos aqui, ou não existiríamos, viemos do nada, ao nada voltaremos "Tao Budh" sobre a kundalini atualmente muitas pessoas ouvem falar da kundalini; isso significa que a humanidade esta á caminho da evolução espiritual "pode ser comparado a kundalini que sobe para evoluir alcançando o bindu Brahma".

    Recebi uma mensagem do pássaro voador sobre a kundalini e compreendi que, grandeza da potencia que representa realmente ela; é perigosíssima, mas nem por isso podemos ignorá-la, precisamos mais do que nunca estar-mos preparados para o encontro, não para enfrentá-la, mas para recebê-la amorosamente com muita serenidade do Tão e alcançarmos a iluminação.

    Agradecimentos ao Sinte pela inestimável oportunidade que me proporciona. Gostaria de agradecer ao senhor Henrique Vieira Filho, a quem admiro pela sua inteligência e compreensão.

    Muito obrigada, Mitiyo              


    Conclusão

    Descobrir que os segredos de quem nós somos estão nos chacras (kundalini). Eles falam, eles sentem e pensam. Tudo estar na bioeletromagnética e quando adotamos esses conhecimentos e inserimos a filosofia do tao, entre este a kundalini. E a expansão da consciência, ai atraímos para nós, e não precisamos dizer ou perguntar:" QUEM SOU EU OU O QUE SOMOS".

    O Drº Motoyama expressa isso da seguinte forma: e faz um apelo; a ioga apresentar-se-á como uma grande força mundial e alterará o curso dos acontecimentos do mundo. Atualmente a kundalini está sendo discutida em todas as sociedades, em todas as línguas e países do mundo. Especialmente os jovens cientistas devem dedicar-se ao reconhecimento e á compreensão dos efeitos da kundalini - em si próprio e nas outras pessoas. Os médicos e os cientistas precisam formar uma ponte entre a dimensão subjetiva interior da consciência espiritual e a dimensão empírica da ciência como fizeram: Einstein. Ytzhak, Bentov e o dr Motoyama. Esse é o momento para avançar audaciosamente e investigar, de forma científica, a experiência da kundalini. Seu despertar é tanto, um evento psicofisiológico como uma realidade espiritual. O estudo do seu amplo potencial é a mais nova fronteira da ciência. Imaginem o s importantes benefícios obtidos no tratamento de moléstias, quando se revelar cientificamente que determinados sons e formas (mantras e yantras) podem ativar os sistemas fisiológicos e físicos do organismo.

    Experiência cientifica para a avaliação e determinação dos efeitos práticos do tantra e da ioga contribuirá imensamente para acelerar a evolução do homem. Tendo absoluta convicção e confiança nos extraordinários efeitos da ioga para curar o corpo doente do homem, aprimorar sua personalidade e transformar seu nível de percepção consciente. O Drº Motoyama transpõe a divergência e demostrou a realidade cientifica da kundalini e o consequente benefício para a humanidadeO Gopi Krishna relata que no futuro próximo, surgira indivíduos (sem diploma) com grau de clarividência além do normal.   

    Bibliografia

    Sexualidade e Espiritualidade - Mitiyo O Takemoto - Sinte; sindicato dos terapeutas.

    Sexo - Mandak Chia e Wu Wei - ed - Cultrix

    Chi Nei Tsang - Mantak Chia: ed  Cultrix

    Chi Nei Tsang ll - Mantak chia -  ed Cultrix

    Tao yin- Mantak Chia - ed Cultrix

    Automassagem - Mantak Chia ed Cultrix

    Segredos Taoista do amor- Mantak Chia e Michel Winn - ed Roca

    O orgasmo múltiplo do homem - Mantak Chia e Douglas Abrans Araya - ed objetivo

    Quem escreveu a bíblia -  texto: Jose Francisco Botelho: revista Super dez/2008

    Chacras- os centros energéticos da saúde plena: física, mental, emocional e espiritual-

    rev. Claudia /2006

    O duplo etérico - major Arthur E. Powel - ed. Pensamento

    O despertar da kundalini - Gopi krishna - ed. pensamento

    A origem sexual da espiritualidade - texto; John Wite

    Revista da sociedade taoista do brasil: ano I -  n°1- primavera 2005

    Bioenergia - curso básico - Maria Divina de Jesus

    Budismo para leigos -  Dummies - Londaw - Bodian - ed - a alta Books

    Bioenergia - apostilas nível I e II - Texto: Alberto Cabral Fusaro- Centro de estudofilosóficos laboratório Evolutivo

    Site:

    www.google.com.br

    www.gigabusca.com.br

    www.cefle.or.br- webite- info@cefle.org.br.

    Autor: : Mitiyo OshiroTakemoto - CRT 38660 - Terapeuta Holistica
    Última atualização: 03/06/2011 10:10


    “Ciência” Da Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto 2.doc

    CIÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE

    Introdução à Filosofia Oriental - O Tao como caminho

    São Paulo, 30 maio de 2012

    Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas – Holística – 2012

    SUMÁRIO

    1. Introdução ....................................................................................... III

    1. Missão por uma causa nobre.......................................................... .III

    1. Dores – Holoyoga: a terapia filosófica - autoconhecimento............. IV

    1. A Terapia Holística – terapia do ser total ................................... IV

    1. Rejuvenescimento - autoestima........................................................ IV

    1. Postura e elegância: cultura ancestral ............................................... V

    1. Tao .....................................................................................................V

    1. Mensagem do Tao ..............................................................................V

    1. Alquimia ...........................................................................................VI

    1. O estudo do Yin e do Yang ..............................................................VII

    1. Criação ............................................................................................VII

    1. Mutabilidade ..................................................................................VIII

    1. O principio do Yin e do Yang ...........................................................IX

    1. Os samurais ........................................................................................X

    1. Esotérico-Yin e Exotérico Yang .......................................................XI

    1. O mundo “Terra Yin” e o outro mundo “Céu Yang” ........................XII

    1. O mundo após a morte ......................................................................XII

    1. Material e metodologia .................................................................... XIV

    1. Discussão ..........................................................................................XIV

    1. Conclusão .........................................................................................XIV

    1. Bibliografia ....................................................................................... XV

    Introdução

    O homem evoluiu vertiginosamente na ciência do capitalismo, o ‘Ter’. Assim 1% escraviza 99% da população. Negligenciou-se na ciência da espiritualidade.

    Infelizmente a humanidade se perdeu no tempo, a capacidade de enxergar a verdadeira mediunidade (conhecimento e sabedoria) a verdadeira ‘Iluminação’, sendo que é perfeitamente possível, qualquer ser pode acessar a sua mediunidade que está adormecida no inconsciente é a kundalini adormecida, que pode ser despertada. Mas antes é preciso fazer o treinamento moral orientado por um mestre elevado.

    O I Ching sempre me diz: “A simplicidade diante de Deus não é uma vergonha”. Sou muito simples e com muita dificuldade em expressar os meus pensamentos em palavras escritas ou verbalmente, e tenho muita consciência de que acabo deixando muitas coisas ou assuntos no ar. Por isso peço encarecidamente que, tenham muita paciência e compreensão.

    Ter paciência e compreensão também é uma virtude, porque as pessoas aprendem a pensar sobre qualquer motivo ou assunto, e é assim que se aprende a filosofar. Hoje entendo perfeitamente que simplicidade é o propósito Tao (natureza).

    A natureza é muito simples, ela ensina tudo, olhem mais para a natureza (Yin e Yang) com muito amor, paciência e compreensão. Eles ensinam tudo.

    O meu objetivo maior é trabalhar sobre o legado que se deteriorou, pois o I Ching sempre me orientou nesse sentido. O intuito maior é ajudar os seres humanos em sua evolução pessoal e espiritual na simplicidade do Tao.

    O Tao ensina tudo através do Yin e do Yang (A sublime unidade). O que será levado em consideração é o autoconhecimento elevando a autoestima, afeto e compreensão, eliminando os conceitos que anuviam a mente que cria a prisão mental, da qual a sua essência fica ‘engaiolada’.

    Com a eliminação dos conceitos, crenças e dos paradigmas que não funcionam o ser liberta a sua essência adquirindo vida. A vida é construir situações que desejam vivenciar e não viver as situações aleatórias e desagradáveis que são atraídos inconscientemente. O que será ensinado são os caminhos necessários para a evolução pessoal, respeitando a capacidade de cada ser que será despertado de forma necessária: suave, médio ou intenso, de acordo com a necessidade de cada um naturalmente, desde que esteja aberto e disposto para a transformação e a libertação do ser.

    Missão: Por uma causa nobre

    Na comunidade todos são livres para participar de forma que sejam espontâneos. O trabalho será organizado de maneira que todos participem, formando uma equipe de boa vontade. Uma equipe é mais que um grupo de pessoas, é uma união de todas em torno de um objetivo, é o sincronismo de todos que leva a resultados notáveis.

    Vou dizer mais uma vez: “Compartilhar é necessário para evoluir todos juntos e compartilhar a alegria de viver. Compartilhar a felicidade é felicidade em dobro, compartilhar a dor é sofrimento pela metade, compartilhar o conhecimento é conhecimento redobrado. Isso é sabedoria, isso é Tao”.

    “Ser nobre não é ser melhor do que um milhão de pessoas, a verdadeira nobreza é ser melhor do que foi no passado.”

    Provérbio Hindu

    Dores – Holoyoga: a terapia filosófica – autoconhecimento

    Holoyogaterapia como auto-cura.

    Fundamento: Filosofia do Chi

    Todos nós somos autocuradores por natureza, existimos por causa do alimento material e da combinação exclusiva das forças que nos cercam (o Tai ChiYin Yang). A necessidade diária de calorias gira em torno de 6 mil unidades, basicamente obtemos 2 mil calorias dos alimentos que vem da terra. As outras 4 mil calorias saem das forças ao nosso redor, acima e abaixo de nós. Essas forças que nos cercam são a eletricidade, o magnetismo, a energia das partículas cósmicas, a luz, a cor, o som e o calor que são alimentos da nossa alma “o corpo etérico”. Se não soubermos como absorver e transformar esse alimento cósmico, precisamos depender dos outros para nos abastecer. Então precisamos consultar um padre, um monge ou uma pessoa santa para nos dar o nosso alimento espiritual diário.

    Os taoístas descobriram que podemos aprender a absorver essas energias circundantes e universais através da pele e dos principais centros de energia. Para nos projetarmos na imensidão das galáxias e do universo e reunir reservas ilimitadas de Chi cósmico para melhorar a saúde, devemos dar os primeiros passos dessa jornada dentro de nós mesmos. Para “sair” precisamos primeiro ”entrar”.

    Terapia Holística – Terapia do ser total

    “O homem deve harmonizar o espírito e o corpo.”

    Hipócrates

    É incontestável que o homem por sua própria iniciativa volte-se agora para terapia natural, desiludido não pelos resultados, mas pelos métodos muitas vezes brutais, das medicinas oficiais.

    A terapia natural mergulha suas raízes na noite dos tempos e das civilizações: terapia indiana, ayur-védica, tradicional, chinesa, hipocrática, egípcia e etc..

    Um fator comum se levanta no meio desses métodos de saúde: a concepção de que o espírito e o corpo, a energia e a matéria estão em conexão intima e influem naturalmente um sobre o outro (mente sã e corpo são). Assim toda terapeuta deve agir de modo a harmonizar a mente e o corpo no verdadeiro trabalho psicossomático que Hipócrates descrevia da seguinte forma: “Preservar o doente do perigo e da injustiça”.

    Milhões de anos atrás da descoberta de Einstein a respeito da relatividade, o homem já sabia a integração da energia da matéria. Todas as tradições antigas e as medicinas naturais mais recentes reconhecem uma força ativa de ligação entre o pensamento e o corpo: a energia vital, a harmonização pela energia da natureza.

    Rejuvenescimento – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Rejuvenescer ganhando um corpo vibrante de energia.

    Fortalecer o corpo físico é importante, mas se quisermos realmente rejuvenescer, é necessário também fortalecer o corpo etérico, o ser. Exercitar e fortalecer os intrincados músculos esfíncteres internos M.E.1. São 6 diafragmas que se ligam com os 6 chacras, assim fortalecendo órgãos e endócrinos, como também o sistema nervoso. Isso se deve a ativação da energia vital, trazendo a melhora do reflexo dos sentidos e da lucidez.

    Postura e Elegância – cultura ancestral – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Correção da postura para a saúde e manutenção da coluna, também rejuvenesce e enaltece, pois com a postura correta a pessoa fica elegante, se sente autoconfiante e eleva a autoestima.

    Tao

    O mundo pulsa, expande e explode. A dança cósmica do Yin e do Yang impulsiona o universo transformando, evoluindo e iluminando.

    Mensagem do TaoTao filosófico

    Desembaraçando os fios de seda emaranhados, juntando-os em meadas, assim se desvenda os mistérios e segredos orientais da antiguidade.

    “O antigo será de novo útil.” Lao Tse.

    O Tao como base das doutrinas filosóficas mentais e, hoje também, ocidentais é palavra chinesa que significa caminho, via; isto é, a sobreposição do feminino e do masculino, chamado Yin e Yang. O Tao não significa uma soma de um e outro, mas tais forças existem concomitante e sincronicamente. O Tao, como caminho e como fusão de tais elementos é o sentido de ordem, é um princípio organizador. É a reunião do caos e das polaridades. É gás dispersivo, conseqüente aos movimentos de fricção se transforma em gás de combustão do próprio movimento deixando um rastro. Ao seguir o Tao vocês seguem esse rastro, os movimentos, os fluxos da vida e do caminho até que, perdendo a polaridade, vocês se transformam no próprio caminho, no Tao.

    O Tao condena a idolatria e diz: “O mestre Tao não tem nome, ele é oculto, vive no anonimato meditando (filosofando), praticando, aprendendo, orientando e semeando o bem, o cultivo da serenidade, meditando entre o céu e a terra.”.

    O homem recebeu do céu uma natureza essencialmente boa para guiá-lo em todos os seus movimentos. Entregando-se a esse principio divino dentro de si, o homem alcança uma inocência incontaminada. Ela o conduz ao bem com certeza instintiva e livre de intenções ulteriores de recompensa ou vantagem, essa certeza instintiva traz supremo sucesso e favorece através da perseverança. Nem tudo que é instintivo é também natural, nesse sentido mais elevado da palavra, mas somente o que é correto, aquilo que corresponde à vontade dos céus. Uma forma de agir instintiva e irrefletida, que não possua retidão, só poderá causar infortúnio.

    Confúcio comentava a respeito: “Aonde irá àquele que se afasta da inocência? A vontade e as bênçãos dos céus, não acompanham seus atos.” – conceito do I Ching.

    O céu é puro, mas a terra é impura, o homem está entre o céu e a terra, entre o puro e o impuro. Certo ditado antigo diz o seguinte: “O Tao não possui qualquer forma; no entanto, confere vida ao céu e à terra. O Tao é destituído de emoções; no entanto, move o sol e a lua. O Tao é destituído de nome; no entanto, nutre todas as coisas da natureza.” O Tao possui tanto aspectos puros quanto impuros. Às vezes permanece imóvel, às vezes move-se. O céu é puro e a terra impura, todas as coisas percorrem o seu respectivo curso. A origem da pureza reside na impureza. Por esse motivo nos remetemos à meditação “reflexão”. O movimento é a fundação de quietude. Se as pessoas puderem constantemente permanecer puras e imóveis, então ficaremos no estado de serenidade.

    O espírito tende para a pureza, a mente para a quietude, mas é contrariada pelo desejo de equilibrar-se. Se fores capaz de controlar, então a mente permanecerá imperturbável e puro. Aqueles que estão impossibilitados de atingir o Tao são aqueles destituídos de clareza mental e que ainda se acham escravos das emoções.

    Suportar a quietude gradualmente entrarás no verdadeiro caminho denominado Tao, não existe nada para ser atingido, mas sim para sentir. Lao Tse dizia: “Aqueles que são honrados não tem porque discutir. Os que não são preferem se entregar a discussões.”.

    Aqueles que possuem elevadas virtudes não necessitam de virtude. Quando a mente permanece selvagem o espírito torna-se distraído devido a existência da ansiedade e do estresse, o corpo e a mente são afligidos por tensões.

    Se viveres na decepção e na ansiedade afundará no oceano do sofrimento e sempre vaguearás para fora do verdadeiro caminho. Se fores capaz de perceber intuitivamente, viverás o caminho natural, se intuitivamente entenderes o Tao, sempre será puro e imóvel. Todas as meditações que fazemos são essencialmente internas, você fecha seus olhos e imaginam todas essas coisas (tais como o sofrimento dos seres e o desejo de que sejam felizes); Mas não pense que isto vai simplesmente perder-se no espaço e não vai produzir nada. Ao imaginar certas coisas você faz com que elas se tornem realidade, se você todos os dias fica irritado, não se surpreenda se continuar ficando irritado se você mantém pensamentos de irritação em sua mente, “Eu detesto ele, eu detesto ele.”, não se surpreenda se um dia acabar por dar um soco no nariz dele, porque o que o corpo e a fala fazem é simplesmente seguir aquilo que a mente está fazendo, porque eles se iniciam na mente. Refletir, pensar, oração mental, examinar atentamente, ponderar, considerar, reconsiderar, isso é meditar.

    Como qualquer outra coisa, você tem que treinar antes de agir, não é possível simplesmente entrar em um carro e sair dirigindo, é necessário treinar primeiro. Antes de tocar piano você tem que treinar e treinar. Você tem que treinar-se no desenvolvimento do amor e da compaixão e tudo isso, por fim, o tornará apto a espontaneamente expressa-los em corpo e fala, isso é algo razoável.

    Alquimia - Adquirir conhecimento e sabedoria aprendendo a filosofar.

    Para refletir, filosofar, pensar: “Aprender sem pensar é inútil. Pensar sem aprender é perigoso.” Confúcio (Kung Fu Tse).

    Filosofia do Chi: metafísica, física moderna, física quântica é a ciência geral dos primeiros princípios e das primeiras causas, conhecimento, sabedoria, força moral, (elevação espiritual) que leva próximo a Deus; conhecimento de verdades morais, conhecimento absoluto que procura a intuição direta das coisas; conhecimento racional único possível de alcançar a essência das coisas, modo de pensamento intermediário entre teológico e o positivo; método de abordar os fenômenos da natureza; aprofundar, refletir, filosofar, raciocinar, pensar e discernir, é a adequação entre o ser e a inteligência, ou seja, espírito de reflexão de crítica e de superação.

    O estudo do Yin e do Yang

    A fertilidade da natureza é uma forma de expressão e um espelho do movimento contínuo de criação que se processa incessantemente em todos os níveis de vida no Universo.

    Criação – Yin e Yang – Co-criação

    No momento da criação, da unidade nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia; uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina “o nascimento do Tao”. Os chineses deram a essas forças primárias a alguns milhares de anos a denominação de Yin e Yang, do jogo dessas energias surgiu a criação.

    O Yin feminino é fecundado continuamente pela força masculina do Yang dando origem a vida e a morte, em suas infindáveis e múltiplas formas: físico, pensamento, idéias, atos, intenções, emoções, formas, momentos, tempo, espaço e etc.. É a energia que nunca morre, ela se transforma infinitamente, que também pode ser comparado com o nosso “cérebro macaco”, que nunca para de pensar.

    As forças do Yin e do Yang se manifestam no universo inteiro como polaridade, tudo para poder existir, tem um pólo contrário, “o nosso cérebro também é assim”. Um pólo só subsiste pelo outro pólo, se uma polaridade desaparece, a outra também desaparece.

    Essa regra fundamental é aplicável a tudo. Assim, só podemos exalar quando inalamos, se deixarmos de exalar também deixamos de inalar. O interior condiciona o exterior, o dia condiciona a noite, a luz condiciona a sombra, o nascimento, à morte, a mulher, o homem, etc., no que as duas polaridades são sempre intercambiáveis, cada pólo necessita para seu complemento, um pólo contrário. O Yin e Yang simbolizam de modo evidente o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nesse sentido, o Yin representa um lado da totalidade, o feminino, expansivo, intuitivo, passivo e inconsciente, e o Yang representa o lado masculino, concentrador, racional, ativo, e consciente. Isso, contudo não envolve nenhuma avaliação no sentido de “melhor”, o equilíbrio que existe no universo que nos envolve é o resultado dos relacionamentos entre os pares contrários. Como tudo no universo se encontra num fluxo constante de movimento, tanto o Yin como o Yang já estão presentes de forma latente no pólo contrário, isso é simbolizado pelo ponto branco, no Yin preto, e pelo ponto preto, no Yang branco. Cada um dos dois pólos já encerra em si, em forma de semente o pólo contrário, e é apenas uma questão de tempo para que uma polaridade se transforme na outra. Em alguns planos, esta transformação ocorre numa fração de segundo, como por exemplo, na esfera atômica.

    No ser humano essa mudança de polaridade do masculino para o feminino ou vice-versa, é possível através de várias encarnações. O dia e a noite necessita em média doze horas para essa mudança e o exalar e o inalar precisam apenas de alguns segundos.

    Todas as coisas chegam e afastam, se movimentam e se alteram com base no intercâmbio e na ação recíproca dessas forças básicas do universo. Entretanto, somente os dois ciclos resultam na respectiva unidade perfeita.

    Também a relação entre a mulher e o homem é baseada nessa regra, dois pólos se empenham em formar uma unidade, atraindo-se como os dois pólos de um imã. Quando é atingida a união das forças opostas há um intercâmbio entre elas, esse fenômeno também se aplica na direção da rotação dos chacras.

    Na homossexualidade, vê-se, por exemplo, uma polaridade energética oposta a normal, a questão da homossexualidade hermafrodita e andrógena, também faz parte da natureza (química). Tudo pode transformar ou voltar transformando.

    Entre os mundos visíveis e invisíveis dentro do universo, existem duas forças ou essências primárias: Yin - a obscuridade, e o Yang - a claridade. A força Yin tem poder de concentração, recolhimento, de se tornar mais pesada, mais densa, é o processo de materialização. Como todas as matérias físicas, por ser mais pesada, torna-se mais lenta, receptiva e quieta.

    A força Yang tem poder de expansão, de diluição de se tornar mais leve, mais dilatada e flutuante, é a antítese da materialização, e por ser leve e flutuante Yang simboliza a inquietação e o movimento.

    Yang tem tendência ascendente: Up, alegria, euforia, ansiedade.

    Yin tem tendência descendente: Down, depressão, tristeza, apatia.

    O dinamismo de Yang lembra o fogo: seu movimento é para cima, sua qualidade energética é de diluição e expansão. O dinamismo de Yin é como a água: dirige-se para baixo, sua qualidade energética é de concentração ou coagulação; pode-se ainda relacionar a energia Yin com as matérias mais densas de cosmo (planetas), e a Yang com as matérias sutis do cosmo (as luzes das estrelas).

    Às mulheres é atribuído o símbolo Yin pela quietude do feminino, e aos homens o símbolo Yang, pela inquietação do masculino. Percebe-se, entretanto, que nem o homem nem a mulher são inteiramente Yin ou Yang, a mulher, apesar de ser respectiva (Yin), é normalmente mais suave e leve (Yang), o homem, apesar de ser impulsivo (Yang), é mais rígido e tenso (Yin).

    O símbolo Tai Chi mostra que no interior de Yang existe um núcleo Yang. Os núcleos representam o centro ou essência, que é a camada mais profunda do ser, sendo o restante, camadas periféricas. A mulher é Yin, mas dentro dela ainda existe o aspecto Yang, e vice-versa para homem. Os nossos órgãos também se movimentam dessa maneira. Os núcleos representam os centros de gravidade do Yin e do Yang, para que a unidade seja mantida é necessário que o Yang tenha um núcleo Yin, assim como que o Yin tenha um núcleo Yang.

    Centro de gravidade Yang, núcleo Yin, centro de gravidade Yin, núcleo Yang. As energias Yin e Yang se manifestam simultaneamente no Universo. Pode-se ter como exemplo, o sol do nosso sistema solar, que irradia luz para todas as direções e ao mesmo tempo retém todos os planetas em torno de si; essa irradiação é Yang e a retenção é Yin. Do centro a periferia, ou seja, do Um ao infinito é o processo Yang; da periferia ao centro, isto é, do infinito ao Um, é o processo Yin. Já pensaram sobre o Buraco Negro?

    Mutabilidade

    Os movimentos da natureza são a alternância do Yin e do Yang. Essa alternância no I Ching chama-se mutabilidade. Como a maioria dos estudos místicos, o I Ching dedica uma boa parte a questão do destino, compreender o destino é compreender o sentido da vida dentro do tempo e do espaço. Segundo o I Ching, o destino é feito de alternância. Tudo que tiver ascensão terá queda. Todos os que viverem lado Yang conscientemente viverão o lado Yin inconscientemente. Os que estão conscientes no lado Yin tem seu inconsciente no lado Yang.

    A alternância do Yin e do Yang no destino é um processo natural e inevitável, assim como a vida e a morte. Os momentos do destino são momentos sucessivos, não há bem nem mal, são apenas momentos feitos de uma contínua mutação, em que passado e futuro projetam-se infinitamente.

    O princípio do Yin e do YangTai Chi, a sublime Unidade (código de Deus)

    Diagrama do Tai Chi. Em chinês, esse conhecido símbolo que representa a integração Yin -, e Yang +.

    Yin e Yang é, na filosofia chinesa, uma representação do princípio da dualidade de Yin e Yang. O conceito tem sua origem no tao, base da filosofia e metafísica da cultura chinesa.

    Princípios complementares

    Segundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    - Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente.

    - Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio.

    Também é identificado como o tigre e o dragão representando os opostos.

    Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidades são não definições, mas analogias que exemplificam a expressão de cada um deles no mundo fenomênico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação.

    Os exemplos não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios. Assim, referir-se a Yang como positivo apenas indica que ele é positivo quando comparado com Yin, que será negativa. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a prótons e elétrons: os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.

    O diagrama do Tai Chi simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. Yang (branco) e Yin (preto) integrados num movimento contínuo de geração mútua representam a interação destas forças.

    A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe contém tanto o princípio Yin quanto o Yang. O símbolo Tai Chi expressa esse conceito: O Yin da origem ao Yang e o Yang da origem ao Yin.

    Desde os primeiros tempos, os dois pólos arquetípicos da natureza foram representados pelo claro e pelo escuro, pelo inflexível e pelo dócil, pelo acima e pelo abaixo. O Yang, o poder criador era associado ao céu e ao Sol, enquanto o Yin corresponde a terra, ao receptivo, à Lua, o céu está cima e esta cheio de movimento.

    A terra – na antiga concepção geocêntrica – está em baixo e em repouso, dessa forma, Yin passou a simbolizar o repouso, e Yang, o movimento. No reino do pensamento, Yin é a mente intuitiva, complexa, ao passo que Yang, é o intelecto, racional e claro. Yin é a tranqüilidade contemplativa do sábio, Yang a vigorosa ação criativa do rei.

    A base da teoria de Yin e Yang é a harmonia e o equilíbrio. As forças complementares de Yin e Yang são o pilar central em todo o pensamento chinês. Considera-se que estas forças afetam tudo no universo, incluindo a nós mesmos. Tradicionalmente, o Yin é o feminino, o escuro, o passivo, o frio e o negativo, e o Yang é o masculino, o claro, o ativo, o quente e o positivo. Outro modo mais simples de considerar o Yin e o Yang é que há dois lados em tudo – felicidade e tristeza, cansaço e vigor, frio e quente e demais opostos.

    Yin e Yang são os opostos que criam o todo. Cada um deles não pode existir sem o outro e nada é completamente um ou o outro, em nenhum momento.

    Há graus variados de cada um deles dentro de tudo e de todos nós. O símbolo do Tai Chi ilustra como o Yin e Yang, fluem de um para outro com um pouco de Yin sempre dentro do Yang e um pouco de Yang sempre dentro do Yin.

    No mundo, o sol e o fogo são Yang, enquanto a terra e a água são Yin. A vida só é possível por causa da interação entre estas forças. As duas forças são necessárias para a existência da vida. Veja a relação abaixo para entender a relação entre Yin e Yang.

    Forças Yin: Feminino; Escuro; Lua; Água; Passivo; Descendente; Contração; Frio; Inverno; Interior; Pesado; Osso; Frente; Interior do corpo.

    Forças Yang: Masculino; Claro; Sol; Fogo; Ativo; Ascendente; Expansão; Quente; Verão; Exterior; Leve; Pele; Dorso; Externo do corpo.

    O corpo, a mente e as emoções estão sujeitos às influências de Yin e Yang. Quando as duas forças adversárias estão em equilíbrio nos sentimos bem, mas se uma força dominar a outra se provoca um desequilíbrio que pode resultar em doença.

    A acupuntura é uma terapia de natureza Yang porque atua do exterior para o interior. Por outro lado, as terapias herbáceas e nutricionais são terapias de natureza Yin, porque atuam do interior ao longo do corpo. Muitos dos órgãos principais do corpo são classificados em pares de Yin-Yang, que trocam influências saudáveis e insalubres.

    O Chi é a energia essencial que constitui a base de todas as terapias holística: I Ching, Reiki, da acupuntura, moxa, feng shui, tai chi chuan, cromoterapia, cristalterapia, enfim, uma infinidade. Pode se ouvir o som da energia pelas mãos, pode se ouvir também o som inaudível denominado seis sons do Lao Tse. Tudo isso é possível devido a existência dos chacras em nosso corpo. As cores do arco-íris, 7 notas musicais também são atraídas pelos 7 chacras (7 níveis de energia – Aura pessoal).

    Duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    Yang: O princípio ativo, diurno, luminoso, quente, masculino.

    Yin: O princípio passivo, noturno, escuro, frio, feminino.

    Os Samurais

    Os samurais não estudavam somente os ensinamentos das escolas do Budismo esotérico, mas também estudavam música, a doutrina de Confúcio e muitos outros ramos do conhecimento, como, por exemplo, a teoria do equilíbrio do Yin e do Yang. Na cosmologia chinesa, esses são os dois pólos fundamentais do universo, respectivamente o princípio negativo e o principio positivo. Os japoneses chamam os de In e Yo.

    Todos esses estudos desempenhavam um papel na vida do guerreiro. A teoria do Yin e do Yang era usada, por exemplo, quando ele queria construir uma casa ou, se fosse rico e poderoso, fundar um castelo. Numa ocasião dessas, ele estudaria o equilíbrio entre o Yin e o Yang para determinar a melhor localização e orientação para o edifício. Sabia que, por mais esforço que empenhasse na fortificação, isso de nada valeria se os arredores não fossem condizentes com o seu objetivo.

    Seguindo a tradição chinesa, os guerreiros do Japão ocupavam-se não só da interação entre os dois pólos fundamentais do universo como também dos cinco elementos que se combinam de infinitas maneiras para criar tudo o que existe no mundo.

    Os nomes dos dias da semana correspondem aos princípios do Yin e Yang. O primeiro dia da semana é o dia do sol; o segundo, o dia da lua; e os outros cinco dias recebem os nomes dos cinco elementos físicos, determinados pelo estudo dos princípios positivo e negativo, estudo esse que foi feito na Ásia, nos tempos antigos. Os nomes dos dias são os nomes dos cinco elementos fogo, água, madeira, metal e terra. Segundo os princípios do Yin e do Yang esses cinco elementos podem dispor-se de duas maneiras. A primeira é uma ordem na qual geram um ao outro, uma ordem harmônica; a segunda é uma ordem na qual os elementos se dispõem de acordo com suas rivalidades. Nesta segunda ordem, os diversos elementos inevitavelmente destroem uns aos outros.

    No relacionamento harmonioso entre os cinco elementos, a madeira produz fogo, que por sua vez transforma a madeira em cinza, ou seja, produz terra. A terra gera o metal; o metal gera a água e a água gera a madeira.

    A segunda ordem, baseada no conceito da rivalidade dos elementos, começa com a madeira. Esta quebra a terra; a terra absorve ou impõe limites à água; a água apaga o fogo; o fogo derrete o metal e o metal corta a madeira. O estudo das forças positiva e negativa no universo; o estudo do Budismo dos encantamentos e magias, chamado mikkyo; o estudo dos cinco elementos; e os estudos das fórmulas mágicas – todos esses estudos foram reunidos e desempenhavam um papel na formação dos homens de guerra e generais militares do passado. Esses estudos constituíam a base do currículo deles.

    O verdadeiro conteúdo do que tradicionalmente se chama de ‘artes marciais’ não são simplesmente as técnicas de matar. Há muito mais coisas envolvidas. O fundador da Shinto Ryu, Choisai Sensei, propôs estudos que conduzissem ao desenvolvimento da harmonia e de uma coexistência essencialmente pacífica entre o homem e a natureza e entre o homem e seus semelhantes. É nisso que ele pensava quando disse que as artes marciais devem ser as artes da paz.

    Os melhores guerreiros e generais do passado conheciam, além da arte de matar outros seres humanos, uma larga variedade de outras artes. Sem o seu conteúdo filosófico, as artes marciais não seriam nada além da aquisição de uma força bruta semelhante à dos animais.

    Esotérico – Yin e Exotérico - Yang

    O esotérico – Yin é espiritual, procura o divino, o eu verdadeiro (o ser) dentro de si, se interiorizando e sentindo a presença do mesmo. Esse ser se conecta com Deus através do canal chamado Chitrini: o fio de luz oculto. (oriental – Yin).

    “O exotérico – Yang é a religião “religarê”, procura o Deus Cristo, os Budas, os Santos e anjos, distante exterior” que estão no céu. (ocidental – Yang).

    O mundo “terra-yin” e o outro mundo “céu-yang

    “De onde vim e para onde vou quando morrer?” Essa é uma pergunta vital que reside em algum recanto da nossa mente, mas para a qual pouquíssimas pessoas podem dar uma resposta clara. A razão disso é que, para dar a resposta, é necessário um esclarecimento sobre a relação entre este mundo e o outro mundo. Do modo como as coisas estão agora, infelizmente, não há suficiente acúmulo de conhecimento sobre o assunto nem uma metodologia estabelecida que possam dar uma explicação.

    As únicas pistas que podemos encontrar por menores que sejam vêm das atividades dos médiuns que têm aparecido na Terra de tempos em tempos. No entanto, existem muitos tipos de médiuns e, embora alguns mereçam confiança, a grande maioria ainda tem uma personalidade ligeiramente desequilibrada, motivo pelo qual as pessoas deste mundo não conseguem acreditar em suas revelações. Por exemplo, um médium pode afirmar ter falado com um determinado espírito, que lhe preveniu sobre certo acontecimento. No entanto, não há nenhuma maneira de se provar isso, o que provoca incerteza e faz com que seja muito difícil confiar na palavra do médium. O mesmo acontece quando se trata de uma explicação deste mundo e do outro. A raiz da incerteza encontra-se em nossa incapacidade de reproduzir as experiências do médium.

    Se todos nós pudéssemos compartilhar as mesmas experiências mediúnicas, ninguém duvidaria da existência do outro mundo. Mas, infelizmente, essa habilidade limita-se apenas a poucas pessoas especiais. Como resultado, a maioria das pessoas não sabe da existência do outro mundo. Pessoas de senso comum não querem aceitar a existência do outro mundo ou da relação entre ele e o mundo no qual vivemos atualmente.

    Estamos sempre refletindo sobre o sentido da vida e nos perguntando qual a razão de existirmos. Essas questões de vital importância não podem ser compreendidas até que façamos uma idéia do tipo de existência que representamos na vastidão do universo. Se, como acreditam os materialistas, a vida começa de súbito no útero materno, continua por sessenta ou setenta anos, e acaba, sendo o corpo consumido no crematório, então devemos viver simplesmente de acordo com isso. Se, porém, como aceitam os religiosos, existe outro mundo do qual nossa alma vem para nascer neste mundo e viver por várias décadas, antes de se graduar e voltar para o outro mundo, onde se empenhará para melhorar ainda mais, então precisamos de uma visão diferente da vida.

    Se compararmos a vida à educação, os materialistas, para os quais vivemos apenas uma vez, equivalem àqueles que dizem que a educação está completa após poucos anos de estudo obrigatório. Eles vêem a vida pela limitada perspectiva dessa educação fundamental. Por outro lado, aqueles que acreditam que o mundo espiritual existe e que os seres humanos vivem eternamente, passando pelos ciclos de reencarnação, podem ver a vida como um aprendizado contínuo, terminado o ensino fundamental, há o ensino médio, a universidade, a pós-graduação e, além disso, mais uma infinidade de coisas a aprender.

    Quando analisamos esses dois exemplos, torna-se óbvio que é apenas pela perspectiva da “educação” eterna que os seres humanos podem progredir.

    Aqueles que acreditam que sua vida representa uma única e breve permanência no mundo, como um fósforo que se inflama e queima até ser consumido, dificilmente descobrirão a importância ou o significado do tempo que passam aqui. Esses se dedicarão ao prazer, ao materialismo e à decadência, pensando apenas em si mesmos. Se eles acreditam que só viverão algumas décadas, é de se esperar que achem que vão sair perdendo se não aproveitarem a vida ao máximo. De modo diferente, porém, as pessoas que acreditam na vida eterna sabem que os serviços prestados a outros certamente voltarão para eles algum dia como fortalecimento para a alma. Dessa maneira vê-se que ter a perspectiva deste e do outro mundo é vital, quando refletirmos sobre a nossa visão da vida, seus propósitos e missão. Sem isso, é impossível compreender o verdadeiro sentido da vida e dos seres humanos.

    O mundo após a morte

    Nós nos referimos ao lugar para onde as pessoas vão depois de separadas do corpo físico como o “outro mundo”, mas como é esse lugar? Que tipo de mundo nos espera depois da morte? Como não sabem o que as esperam, as pessoas ficam ansiosas e temerosas, expressando seu apego à vida terrena com as palavras “Não quero morrer”.

    Seja o que for que as pessoas possam sentir, acredito que o medo delas é baseado na ignorância com respeito ao mundo após a morte. O fato de o estudo do outro mundo nunca ter sido aceito como uma ciência acaba deixando as pessoas confusas. É por essa razão que precisamos conhecer o mapa “guia” para conhecer o outro mundo. Navegar sem mapa pode ser uma experiência terrível, mas com o mapa certo, pode se fazer uma viagem tranqüila. Se soubermos de onde viemos e para onde estamos indo, que continente é nosso destino, se conseguirmos entender os mapas, podemos fazer uma viagem segura. A duração de nossa vida não é algo que possa ser contado em décadas. Não se trata meramente da vida do nosso corpo, mas de algo que existe neste mundo e continua no mundo além deste. Contudo, mesmo em face disso, ninguém quer aceitar a morte. Pacientes internados em hospitais dizem que não querem morrer e os médicos fazem tudo o que podem para que sobrevivam. Mas, se pudesse assistir a tudo isso do outro mundo, veríamos que, quando uma pessoa se aproxima da morte, seu espírito guardião, seus espíritos e os anjos estão ao seu lado, já começaram a se preparar para orientá-la.

    Quando a morte finalmente chega, o espírito sai do corpo. No entanto, a princípio, a pessoa não percebe o que está acontecendo e sente-se como se fosse duas: uma está deitada na cama “o corpo físico perecível” e a outra podem mover-se livremente “é o corpo etérico eterno”. Quando o espírito liberto tenta se comunicar com as pessoas à sua volta, vê que elas o ignoram completamente. Ao mesmo tempo, ele descobre que pode atravessar paredes e outros objetos materiais, algo que inicialmente acha muito assustador. Ainda acredita que é o corpo na cama e continua a adejar sobre ele. Você pode imaginar o choque que ele leva quando vê o próprio corpo sendo levado para o crematório. Não sabendo o que fazer, o espírito permanece nas proximidades do crematório. Ninguém nunca lhe disse que tipo de vida o aguarda e, de modo bastante compreensível, ele se sente muito inseguro.

    É nesse momento que seu espírito guardião aparece e começa a explicar o que o espera. No entanto, tendo vivido neste mundo durante décadas, o espírito tem dificuldade para compreender a explicação e, apesar de todos os esforços de seu guardião, não se deixa convencer facilmente. Assim, muitas vezes permanece na Terra por várias semanas, ouvindo as orientações de seu espírito guardião. Como sugerem os serviços fúnebres budistas, realizados no sétimo e no quadragésimo nono dia depois da morte, o espírito geralmente tem permissão para permanecer na terra entre vinte e trinta dias após a morte. Durante esse período, ele recebe instruções do guardião ou dos espíritos, até estar preparado para retornar ao mundo celestial.

    Existem, porém, aquele cujo apego a este mundo é grande demais. São apegados, por exemplo, aos filhos, aos pais, à esposa, ao marido e até a sua terra, casa, riquezas ou negócios. Esses se tornam o que chamam de “espíritos presos à terra”, condenados a vagar por este mundo. São o que as pessoas conhecem como fantasmas, seres que permanecem inconscientes de sua existência como espíritos.

    Material e Metodologia

    Esta propositura tem como apoio, o tema Sexualidade e Espiritualidade, que tem como base, o 3º Caminho do Tao, cujo fundamento é a energia criativa (Yin e Yang). Somado a minha experiência sobre o despertar da Kundalini observei atentamente a natureza ao meu redor, elucidando dúvidas a respeito do tema.

    Paralelamente procurei descobrir através de exercícios práticos e vivência, explorando o universo dos sentidos na tentativa de apurar a capacidade de auto-percepção, baseada no sentir para ver a energia fluir, circular por dentro e fora de todo o corpo. Constatei que energia é questão de sintonia.

    Discussão

    De repente, percebi que eu estava filosofando o tempo todo, e descobri que tenho mediunidade, o que sempre neguei. No entanto, reconhecer a sua própria mediunidade é fantástico; Pensando bem, na minha adolescência, curei uma pessoa por puro amor e compaixão, que por acaso, é meu irmão.

    Hoje entendo porque precisamos nos dedicar muito no treinamento do amor e da compaixão ao próximo. Para ser um bom médium curador de verdade, é necessário o aperfeiçoamento moral, ética, cívica e espiritualidade sob a Luz da Doutrina dos Chacras assim elevando a Kundalini (despertar). “Não deve ser despertada prematuramente.”.

    Conclusão

    O Dr. Motoyama pede apelo aos cientistas e médicos jovens que pesquisem e aprofundem no estudo da Kundalini, no entanto, eu acredito que o estudo terá mais eficiência na holística, pois isso só é possível no sentir, ela é percebida na mediunidade., intuitivamente. Quanto mais o médium aprofunda no conhecimento, mais a Kundalini eleva o médium, elevando a sabedoria e espiritualidade, “Iluminação”.

    Cheguei a conclusão de que mais do que nunca precisamos nos dedicar no estudo da Kundalini dentro da holística. Espero poder orientar as pessoas com o apoio do Sr. Henrique Vieira Filho.

    Deixo aqui, meus agradecimentos por mais esta oportunidade, muito obrigada.

    Mitiyo

    Bibliografia

    1. Sexualidade e Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto – Terapeuta Holística CRT: 38660

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    www.sinte.com.brcontato@sinte.com.br

    1. Dharma Chacra – ensinamento do correto coração

    Apostilas – Mitiyo Oshiro Takemoto

    mitimoto@ig.com.br

    1. Revista da Sociedade Taoísta do Brasil – O caminho da transformação interior

    1. As Leis da Eternidade – Ryuho Okawa

    Ed. Cultrix

    1. Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Sharamom / Bodo J. Baginski – Ed. Pensamento

    1. Cura cósmica 1- Mantak Chia – Ed. Cutrix

    1. Internet – www.cefle.org.br

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 31/07/2012 14:51


    Terapia Corporal » Chi-Kun

    “Ciência” Da Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto 2.doc

    CIÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE

    Introdução à Filosofia Oriental - O Tao como caminho

    São Paulo, 30 maio de 2012

    Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas – Holística – 2012

    SUMÁRIO

    1. Introdução ....................................................................................... III

    1. Missão por uma causa nobre.......................................................... .III

    1. Dores – Holoyoga: a terapia filosófica - autoconhecimento............. IV

    1. A Terapia Holística – terapia do ser total ................................... IV

    1. Rejuvenescimento - autoestima........................................................ IV

    1. Postura e elegância: cultura ancestral ............................................... V

    1. Tao .....................................................................................................V

    1. Mensagem do Tao ..............................................................................V

    1. Alquimia ...........................................................................................VI

    1. O estudo do Yin e do Yang ..............................................................VII

    1. Criação ............................................................................................VII

    1. Mutabilidade ..................................................................................VIII

    1. O principio do Yin e do Yang ...........................................................IX

    1. Os samurais ........................................................................................X

    1. Esotérico-Yin e Exotérico Yang .......................................................XI

    1. O mundo “Terra Yin” e o outro mundo “Céu Yang” ........................XII

    1. O mundo após a morte ......................................................................XII

    1. Material e metodologia .................................................................... XIV

    1. Discussão ..........................................................................................XIV

    1. Conclusão .........................................................................................XIV

    1. Bibliografia ....................................................................................... XV

    Introdução

    O homem evoluiu vertiginosamente na ciência do capitalismo, o ‘Ter’. Assim 1% escraviza 99% da população. Negligenciou-se na ciência da espiritualidade.

    Infelizmente a humanidade se perdeu no tempo, a capacidade de enxergar a verdadeira mediunidade (conhecimento e sabedoria) a verdadeira ‘Iluminação’, sendo que é perfeitamente possível, qualquer ser pode acessar a sua mediunidade que está adormecida no inconsciente é a kundalini adormecida, que pode ser despertada. Mas antes é preciso fazer o treinamento moral orientado por um mestre elevado.

    O I Ching sempre me diz: “A simplicidade diante de Deus não é uma vergonha”. Sou muito simples e com muita dificuldade em expressar os meus pensamentos em palavras escritas ou verbalmente, e tenho muita consciência de que acabo deixando muitas coisas ou assuntos no ar. Por isso peço encarecidamente que, tenham muita paciência e compreensão.

    Ter paciência e compreensão também é uma virtude, porque as pessoas aprendem a pensar sobre qualquer motivo ou assunto, e é assim que se aprende a filosofar. Hoje entendo perfeitamente que simplicidade é o propósito Tao (natureza).

    A natureza é muito simples, ela ensina tudo, olhem mais para a natureza (Yin e Yang) com muito amor, paciência e compreensão. Eles ensinam tudo.

    O meu objetivo maior é trabalhar sobre o legado que se deteriorou, pois o I Ching sempre me orientou nesse sentido. O intuito maior é ajudar os seres humanos em sua evolução pessoal e espiritual na simplicidade do Tao.

    O Tao ensina tudo através do Yin e do Yang (A sublime unidade). O que será levado em consideração é o autoconhecimento elevando a autoestima, afeto e compreensão, eliminando os conceitos que anuviam a mente que cria a prisão mental, da qual a sua essência fica ‘engaiolada’.

    Com a eliminação dos conceitos, crenças e dos paradigmas que não funcionam o ser liberta a sua essência adquirindo vida. A vida é construir situações que desejam vivenciar e não viver as situações aleatórias e desagradáveis que são atraídos inconscientemente. O que será ensinado são os caminhos necessários para a evolução pessoal, respeitando a capacidade de cada ser que será despertado de forma necessária: suave, médio ou intenso, de acordo com a necessidade de cada um naturalmente, desde que esteja aberto e disposto para a transformação e a libertação do ser.

    Missão: Por uma causa nobre

    Na comunidade todos são livres para participar de forma que sejam espontâneos. O trabalho será organizado de maneira que todos participem, formando uma equipe de boa vontade. Uma equipe é mais que um grupo de pessoas, é uma união de todas em torno de um objetivo, é o sincronismo de todos que leva a resultados notáveis.

    Vou dizer mais uma vez: “Compartilhar é necessário para evoluir todos juntos e compartilhar a alegria de viver. Compartilhar a felicidade é felicidade em dobro, compartilhar a dor é sofrimento pela metade, compartilhar o conhecimento é conhecimento redobrado. Isso é sabedoria, isso é Tao”.

    “Ser nobre não é ser melhor do que um milhão de pessoas, a verdadeira nobreza é ser melhor do que foi no passado.”

    Provérbio Hindu

    Dores – Holoyoga: a terapia filosófica – autoconhecimento

    Holoyogaterapia como auto-cura.

    Fundamento: Filosofia do Chi

    Todos nós somos autocuradores por natureza, existimos por causa do alimento material e da combinação exclusiva das forças que nos cercam (o Tai ChiYin Yang). A necessidade diária de calorias gira em torno de 6 mil unidades, basicamente obtemos 2 mil calorias dos alimentos que vem da terra. As outras 4 mil calorias saem das forças ao nosso redor, acima e abaixo de nós. Essas forças que nos cercam são a eletricidade, o magnetismo, a energia das partículas cósmicas, a luz, a cor, o som e o calor que são alimentos da nossa alma “o corpo etérico”. Se não soubermos como absorver e transformar esse alimento cósmico, precisamos depender dos outros para nos abastecer. Então precisamos consultar um padre, um monge ou uma pessoa santa para nos dar o nosso alimento espiritual diário.

    Os taoístas descobriram que podemos aprender a absorver essas energias circundantes e universais através da pele e dos principais centros de energia. Para nos projetarmos na imensidão das galáxias e do universo e reunir reservas ilimitadas de Chi cósmico para melhorar a saúde, devemos dar os primeiros passos dessa jornada dentro de nós mesmos. Para “sair” precisamos primeiro ”entrar”.

    Terapia Holística – Terapia do ser total

    “O homem deve harmonizar o espírito e o corpo.”

    Hipócrates

    É incontestável que o homem por sua própria iniciativa volte-se agora para terapia natural, desiludido não pelos resultados, mas pelos métodos muitas vezes brutais, das medicinas oficiais.

    A terapia natural mergulha suas raízes na noite dos tempos e das civilizações: terapia indiana, ayur-védica, tradicional, chinesa, hipocrática, egípcia e etc..

    Um fator comum se levanta no meio desses métodos de saúde: a concepção de que o espírito e o corpo, a energia e a matéria estão em conexão intima e influem naturalmente um sobre o outro (mente sã e corpo são). Assim toda terapeuta deve agir de modo a harmonizar a mente e o corpo no verdadeiro trabalho psicossomático que Hipócrates descrevia da seguinte forma: “Preservar o doente do perigo e da injustiça”.

    Milhões de anos atrás da descoberta de Einstein a respeito da relatividade, o homem já sabia a integração da energia da matéria. Todas as tradições antigas e as medicinas naturais mais recentes reconhecem uma força ativa de ligação entre o pensamento e o corpo: a energia vital, a harmonização pela energia da natureza.

    Rejuvenescimento – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Rejuvenescer ganhando um corpo vibrante de energia.

    Fortalecer o corpo físico é importante, mas se quisermos realmente rejuvenescer, é necessário também fortalecer o corpo etérico, o ser. Exercitar e fortalecer os intrincados músculos esfíncteres internos M.E.1. São 6 diafragmas que se ligam com os 6 chacras, assim fortalecendo órgãos e endócrinos, como também o sistema nervoso. Isso se deve a ativação da energia vital, trazendo a melhora do reflexo dos sentidos e da lucidez.

    Postura e Elegância – cultura ancestral – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Correção da postura para a saúde e manutenção da coluna, também rejuvenesce e enaltece, pois com a postura correta a pessoa fica elegante, se sente autoconfiante e eleva a autoestima.

    Tao

    O mundo pulsa, expande e explode. A dança cósmica do Yin e do Yang impulsiona o universo transformando, evoluindo e iluminando.

    Mensagem do TaoTao filosófico

    Desembaraçando os fios de seda emaranhados, juntando-os em meadas, assim se desvenda os mistérios e segredos orientais da antiguidade.

    “O antigo será de novo útil.” Lao Tse.

    O Tao como base das doutrinas filosóficas mentais e, hoje também, ocidentais é palavra chinesa que significa caminho, via; isto é, a sobreposição do feminino e do masculino, chamado Yin e Yang. O Tao não significa uma soma de um e outro, mas tais forças existem concomitante e sincronicamente. O Tao, como caminho e como fusão de tais elementos é o sentido de ordem, é um princípio organizador. É a reunião do caos e das polaridades. É gás dispersivo, conseqüente aos movimentos de fricção se transforma em gás de combustão do próprio movimento deixando um rastro. Ao seguir o Tao vocês seguem esse rastro, os movimentos, os fluxos da vida e do caminho até que, perdendo a polaridade, vocês se transformam no próprio caminho, no Tao.

    O Tao condena a idolatria e diz: “O mestre Tao não tem nome, ele é oculto, vive no anonimato meditando (filosofando), praticando, aprendendo, orientando e semeando o bem, o cultivo da serenidade, meditando entre o céu e a terra.”.

    O homem recebeu do céu uma natureza essencialmente boa para guiá-lo em todos os seus movimentos. Entregando-se a esse principio divino dentro de si, o homem alcança uma inocência incontaminada. Ela o conduz ao bem com certeza instintiva e livre de intenções ulteriores de recompensa ou vantagem, essa certeza instintiva traz supremo sucesso e favorece através da perseverança. Nem tudo que é instintivo é também natural, nesse sentido mais elevado da palavra, mas somente o que é correto, aquilo que corresponde à vontade dos céus. Uma forma de agir instintiva e irrefletida, que não possua retidão, só poderá causar infortúnio.

    Confúcio comentava a respeito: “Aonde irá àquele que se afasta da inocência? A vontade e as bênçãos dos céus, não acompanham seus atos.” – conceito do I Ching.

    O céu é puro, mas a terra é impura, o homem está entre o céu e a terra, entre o puro e o impuro. Certo ditado antigo diz o seguinte: “O Tao não possui qualquer forma; no entanto, confere vida ao céu e à terra. O Tao é destituído de emoções; no entanto, move o sol e a lua. O Tao é destituído de nome; no entanto, nutre todas as coisas da natureza.” O Tao possui tanto aspectos puros quanto impuros. Às vezes permanece imóvel, às vezes move-se. O céu é puro e a terra impura, todas as coisas percorrem o seu respectivo curso. A origem da pureza reside na impureza. Por esse motivo nos remetemos à meditação “reflexão”. O movimento é a fundação de quietude. Se as pessoas puderem constantemente permanecer puras e imóveis, então ficaremos no estado de serenidade.

    O espírito tende para a pureza, a mente para a quietude, mas é contrariada pelo desejo de equilibrar-se. Se fores capaz de controlar, então a mente permanecerá imperturbável e puro. Aqueles que estão impossibilitados de atingir o Tao são aqueles destituídos de clareza mental e que ainda se acham escravos das emoções.

    Suportar a quietude gradualmente entrarás no verdadeiro caminho denominado Tao, não existe nada para ser atingido, mas sim para sentir. Lao Tse dizia: “Aqueles que são honrados não tem porque discutir. Os que não são preferem se entregar a discussões.”.

    Aqueles que possuem elevadas virtudes não necessitam de virtude. Quando a mente permanece selvagem o espírito torna-se distraído devido a existência da ansiedade e do estresse, o corpo e a mente são afligidos por tensões.

    Se viveres na decepção e na ansiedade afundará no oceano do sofrimento e sempre vaguearás para fora do verdadeiro caminho. Se fores capaz de perceber intuitivamente, viverás o caminho natural, se intuitivamente entenderes o Tao, sempre será puro e imóvel. Todas as meditações que fazemos são essencialmente internas, você fecha seus olhos e imaginam todas essas coisas (tais como o sofrimento dos seres e o desejo de que sejam felizes); Mas não pense que isto vai simplesmente perder-se no espaço e não vai produzir nada. Ao imaginar certas coisas você faz com que elas se tornem realidade, se você todos os dias fica irritado, não se surpreenda se continuar ficando irritado se você mantém pensamentos de irritação em sua mente, “Eu detesto ele, eu detesto ele.”, não se surpreenda se um dia acabar por dar um soco no nariz dele, porque o que o corpo e a fala fazem é simplesmente seguir aquilo que a mente está fazendo, porque eles se iniciam na mente. Refletir, pensar, oração mental, examinar atentamente, ponderar, considerar, reconsiderar, isso é meditar.

    Como qualquer outra coisa, você tem que treinar antes de agir, não é possível simplesmente entrar em um carro e sair dirigindo, é necessário treinar primeiro. Antes de tocar piano você tem que treinar e treinar. Você tem que treinar-se no desenvolvimento do amor e da compaixão e tudo isso, por fim, o tornará apto a espontaneamente expressa-los em corpo e fala, isso é algo razoável.

    Alquimia - Adquirir conhecimento e sabedoria aprendendo a filosofar.

    Para refletir, filosofar, pensar: “Aprender sem pensar é inútil. Pensar sem aprender é perigoso.” Confúcio (Kung Fu Tse).

    Filosofia do Chi: metafísica, física moderna, física quântica é a ciência geral dos primeiros princípios e das primeiras causas, conhecimento, sabedoria, força moral, (elevação espiritual) que leva próximo a Deus; conhecimento de verdades morais, conhecimento absoluto que procura a intuição direta das coisas; conhecimento racional único possível de alcançar a essência das coisas, modo de pensamento intermediário entre teológico e o positivo; método de abordar os fenômenos da natureza; aprofundar, refletir, filosofar, raciocinar, pensar e discernir, é a adequação entre o ser e a inteligência, ou seja, espírito de reflexão de crítica e de superação.

    O estudo do Yin e do Yang

    A fertilidade da natureza é uma forma de expressão e um espelho do movimento contínuo de criação que se processa incessantemente em todos os níveis de vida no Universo.

    Criação – Yin e Yang – Co-criação

    No momento da criação, da unidade nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia; uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina “o nascimento do Tao”. Os chineses deram a essas forças primárias a alguns milhares de anos a denominação de Yin e Yang, do jogo dessas energias surgiu a criação.

    O Yin feminino é fecundado continuamente pela força masculina do Yang dando origem a vida e a morte, em suas infindáveis e múltiplas formas: físico, pensamento, idéias, atos, intenções, emoções, formas, momentos, tempo, espaço e etc.. É a energia que nunca morre, ela se transforma infinitamente, que também pode ser comparado com o nosso “cérebro macaco”, que nunca para de pensar.

    As forças do Yin e do Yang se manifestam no universo inteiro como polaridade, tudo para poder existir, tem um pólo contrário, “o nosso cérebro também é assim”. Um pólo só subsiste pelo outro pólo, se uma polaridade desaparece, a outra também desaparece.

    Essa regra fundamental é aplicável a tudo. Assim, só podemos exalar quando inalamos, se deixarmos de exalar também deixamos de inalar. O interior condiciona o exterior, o dia condiciona a noite, a luz condiciona a sombra, o nascimento, à morte, a mulher, o homem, etc., no que as duas polaridades são sempre intercambiáveis, cada pólo necessita para seu complemento, um pólo contrário. O Yin e Yang simbolizam de modo evidente o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nesse sentido, o Yin representa um lado da totalidade, o feminino, expansivo, intuitivo, passivo e inconsciente, e o Yang representa o lado masculino, concentrador, racional, ativo, e consciente. Isso, contudo não envolve nenhuma avaliação no sentido de “melhor”, o equilíbrio que existe no universo que nos envolve é o resultado dos relacionamentos entre os pares contrários. Como tudo no universo se encontra num fluxo constante de movimento, tanto o Yin como o Yang já estão presentes de forma latente no pólo contrário, isso é simbolizado pelo ponto branco, no Yin preto, e pelo ponto preto, no Yang branco. Cada um dos dois pólos já encerra em si, em forma de semente o pólo contrário, e é apenas uma questão de tempo para que uma polaridade se transforme na outra. Em alguns planos, esta transformação ocorre numa fração de segundo, como por exemplo, na esfera atômica.

    No ser humano essa mudança de polaridade do masculino para o feminino ou vice-versa, é possível através de várias encarnações. O dia e a noite necessita em média doze horas para essa mudança e o exalar e o inalar precisam apenas de alguns segundos.

    Todas as coisas chegam e afastam, se movimentam e se alteram com base no intercâmbio e na ação recíproca dessas forças básicas do universo. Entretanto, somente os dois ciclos resultam na respectiva unidade perfeita.

    Também a relação entre a mulher e o homem é baseada nessa regra, dois pólos se empenham em formar uma unidade, atraindo-se como os dois pólos de um imã. Quando é atingida a união das forças opostas há um intercâmbio entre elas, esse fenômeno também se aplica na direção da rotação dos chacras.

    Na homossexualidade, vê-se, por exemplo, uma polaridade energética oposta a normal, a questão da homossexualidade hermafrodita e andrógena, também faz parte da natureza (química). Tudo pode transformar ou voltar transformando.

    Entre os mundos visíveis e invisíveis dentro do universo, existem duas forças ou essências primárias: Yin - a obscuridade, e o Yang - a claridade. A força Yin tem poder de concentração, recolhimento, de se tornar mais pesada, mais densa, é o processo de materialização. Como todas as matérias físicas, por ser mais pesada, torna-se mais lenta, receptiva e quieta.

    A força Yang tem poder de expansão, de diluição de se tornar mais leve, mais dilatada e flutuante, é a antítese da materialização, e por ser leve e flutuante Yang simboliza a inquietação e o movimento.

    Yang tem tendência ascendente: Up, alegria, euforia, ansiedade.

    Yin tem tendência descendente: Down, depressão, tristeza, apatia.

    O dinamismo de Yang lembra o fogo: seu movimento é para cima, sua qualidade energética é de diluição e expansão. O dinamismo de Yin é como a água: dirige-se para baixo, sua qualidade energética é de concentração ou coagulação; pode-se ainda relacionar a energia Yin com as matérias mais densas de cosmo (planetas), e a Yang com as matérias sutis do cosmo (as luzes das estrelas).

    Às mulheres é atribuído o símbolo Yin pela quietude do feminino, e aos homens o símbolo Yang, pela inquietação do masculino. Percebe-se, entretanto, que nem o homem nem a mulher são inteiramente Yin ou Yang, a mulher, apesar de ser respectiva (Yin), é normalmente mais suave e leve (Yang), o homem, apesar de ser impulsivo (Yang), é mais rígido e tenso (Yin).

    O símbolo Tai Chi mostra que no interior de Yang existe um núcleo Yang. Os núcleos representam o centro ou essência, que é a camada mais profunda do ser, sendo o restante, camadas periféricas. A mulher é Yin, mas dentro dela ainda existe o aspecto Yang, e vice-versa para homem. Os nossos órgãos também se movimentam dessa maneira. Os núcleos representam os centros de gravidade do Yin e do Yang, para que a unidade seja mantida é necessário que o Yang tenha um núcleo Yin, assim como que o Yin tenha um núcleo Yang.

    Centro de gravidade Yang, núcleo Yin, centro de gravidade Yin, núcleo Yang. As energias Yin e Yang se manifestam simultaneamente no Universo. Pode-se ter como exemplo, o sol do nosso sistema solar, que irradia luz para todas as direções e ao mesmo tempo retém todos os planetas em torno de si; essa irradiação é Yang e a retenção é Yin. Do centro a periferia, ou seja, do Um ao infinito é o processo Yang; da periferia ao centro, isto é, do infinito ao Um, é o processo Yin. Já pensaram sobre o Buraco Negro?

    Mutabilidade

    Os movimentos da natureza são a alternância do Yin e do Yang. Essa alternância no I Ching chama-se mutabilidade. Como a maioria dos estudos místicos, o I Ching dedica uma boa parte a questão do destino, compreender o destino é compreender o sentido da vida dentro do tempo e do espaço. Segundo o I Ching, o destino é feito de alternância. Tudo que tiver ascensão terá queda. Todos os que viverem lado Yang conscientemente viverão o lado Yin inconscientemente. Os que estão conscientes no lado Yin tem seu inconsciente no lado Yang.

    A alternância do Yin e do Yang no destino é um processo natural e inevitável, assim como a vida e a morte. Os momentos do destino são momentos sucessivos, não há bem nem mal, são apenas momentos feitos de uma contínua mutação, em que passado e futuro projetam-se infinitamente.

    O princípio do Yin e do YangTai Chi, a sublime Unidade (código de Deus)

    Diagrama do Tai Chi. Em chinês, esse conhecido símbolo que representa a integração Yin -, e Yang +.

    Yin e Yang é, na filosofia chinesa, uma representação do princípio da dualidade de Yin e Yang. O conceito tem sua origem no tao, base da filosofia e metafísica da cultura chinesa.

    Princípios complementares

    Segundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    - Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente.

    - Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio.

    Também é identificado como o tigre e o dragão representando os opostos.

    Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidades são não definições, mas analogias que exemplificam a expressão de cada um deles no mundo fenomênico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação.

    Os exemplos não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios. Assim, referir-se a Yang como positivo apenas indica que ele é positivo quando comparado com Yin, que será negativa. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a prótons e elétrons: os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.

    O diagrama do Tai Chi simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. Yang (branco) e Yin (preto) integrados num movimento contínuo de geração mútua representam a interação destas forças.

    A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe contém tanto o princípio Yin quanto o Yang. O símbolo Tai Chi expressa esse conceito: O Yin da origem ao Yang e o Yang da origem ao Yin.

    Desde os primeiros tempos, os dois pólos arquetípicos da natureza foram representados pelo claro e pelo escuro, pelo inflexível e pelo dócil, pelo acima e pelo abaixo. O Yang, o poder criador era associado ao céu e ao Sol, enquanto o Yin corresponde a terra, ao receptivo, à Lua, o céu está cima e esta cheio de movimento.

    A terra – na antiga concepção geocêntrica – está em baixo e em repouso, dessa forma, Yin passou a simbolizar o repouso, e Yang, o movimento. No reino do pensamento, Yin é a mente intuitiva, complexa, ao passo que Yang, é o intelecto, racional e claro. Yin é a tranqüilidade contemplativa do sábio, Yang a vigorosa ação criativa do rei.

    A base da teoria de Yin e Yang é a harmonia e o equilíbrio. As forças complementares de Yin e Yang são o pilar central em todo o pensamento chinês. Considera-se que estas forças afetam tudo no universo, incluindo a nós mesmos. Tradicionalmente, o Yin é o feminino, o escuro, o passivo, o frio e o negativo, e o Yang é o masculino, o claro, o ativo, o quente e o positivo. Outro modo mais simples de considerar o Yin e o Yang é que há dois lados em tudo – felicidade e tristeza, cansaço e vigor, frio e quente e demais opostos.

    Yin e Yang são os opostos que criam o todo. Cada um deles não pode existir sem o outro e nada é completamente um ou o outro, em nenhum momento.

    Há graus variados de cada um deles dentro de tudo e de todos nós. O símbolo do Tai Chi ilustra como o Yin e Yang, fluem de um para outro com um pouco de Yin sempre dentro do Yang e um pouco de Yang sempre dentro do Yin.

    No mundo, o sol e o fogo são Yang, enquanto a terra e a água são Yin. A vida só é possível por causa da interação entre estas forças. As duas forças são necessárias para a existência da vida. Veja a relação abaixo para entender a relação entre Yin e Yang.

    Forças Yin: Feminino; Escuro; Lua; Água; Passivo; Descendente; Contração; Frio; Inverno; Interior; Pesado; Osso; Frente; Interior do corpo.

    Forças Yang: Masculino; Claro; Sol; Fogo; Ativo; Ascendente; Expansão; Quente; Verão; Exterior; Leve; Pele; Dorso; Externo do corpo.

    O corpo, a mente e as emoções estão sujeitos às influências de Yin e Yang. Quando as duas forças adversárias estão em equilíbrio nos sentimos bem, mas se uma força dominar a outra se provoca um desequilíbrio que pode resultar em doença.

    A acupuntura é uma terapia de natureza Yang porque atua do exterior para o interior. Por outro lado, as terapias herbáceas e nutricionais são terapias de natureza Yin, porque atuam do interior ao longo do corpo. Muitos dos órgãos principais do corpo são classificados em pares de Yin-Yang, que trocam influências saudáveis e insalubres.

    O Chi é a energia essencial que constitui a base de todas as terapias holística: I Ching, Reiki, da acupuntura, moxa, feng shui, tai chi chuan, cromoterapia, cristalterapia, enfim, uma infinidade. Pode se ouvir o som da energia pelas mãos, pode se ouvir também o som inaudível denominado seis sons do Lao Tse. Tudo isso é possível devido a existência dos chacras em nosso corpo. As cores do arco-íris, 7 notas musicais também são atraídas pelos 7 chacras (7 níveis de energia – Aura pessoal).

    Duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    Yang: O princípio ativo, diurno, luminoso, quente, masculino.

    Yin: O princípio passivo, noturno, escuro, frio, feminino.

    Os Samurais

    Os samurais não estudavam somente os ensinamentos das escolas do Budismo esotérico, mas também estudavam música, a doutrina de Confúcio e muitos outros ramos do conhecimento, como, por exemplo, a teoria do equilíbrio do Yin e do Yang. Na cosmologia chinesa, esses são os dois pólos fundamentais do universo, respectivamente o princípio negativo e o principio positivo. Os japoneses chamam os de In e Yo.

    Todos esses estudos desempenhavam um papel na vida do guerreiro. A teoria do Yin e do Yang era usada, por exemplo, quando ele queria construir uma casa ou, se fosse rico e poderoso, fundar um castelo. Numa ocasião dessas, ele estudaria o equilíbrio entre o Yin e o Yang para determinar a melhor localização e orientação para o edifício. Sabia que, por mais esforço que empenhasse na fortificação, isso de nada valeria se os arredores não fossem condizentes com o seu objetivo.

    Seguindo a tradição chinesa, os guerreiros do Japão ocupavam-se não só da interação entre os dois pólos fundamentais do universo como também dos cinco elementos que se combinam de infinitas maneiras para criar tudo o que existe no mundo.

    Os nomes dos dias da semana correspondem aos princípios do Yin e Yang. O primeiro dia da semana é o dia do sol; o segundo, o dia da lua; e os outros cinco dias recebem os nomes dos cinco elementos físicos, determinados pelo estudo dos princípios positivo e negativo, estudo esse que foi feito na Ásia, nos tempos antigos. Os nomes dos dias são os nomes dos cinco elementos fogo, água, madeira, metal e terra. Segundo os princípios do Yin e do Yang esses cinco elementos podem dispor-se de duas maneiras. A primeira é uma ordem na qual geram um ao outro, uma ordem harmônica; a segunda é uma ordem na qual os elementos se dispõem de acordo com suas rivalidades. Nesta segunda ordem, os diversos elementos inevitavelmente destroem uns aos outros.

    No relacionamento harmonioso entre os cinco elementos, a madeira produz fogo, que por sua vez transforma a madeira em cinza, ou seja, produz terra. A terra gera o metal; o metal gera a água e a água gera a madeira.

    A segunda ordem, baseada no conceito da rivalidade dos elementos, começa com a madeira. Esta quebra a terra; a terra absorve ou impõe limites à água; a água apaga o fogo; o fogo derrete o metal e o metal corta a madeira. O estudo das forças positiva e negativa no universo; o estudo do Budismo dos encantamentos e magias, chamado mikkyo; o estudo dos cinco elementos; e os estudos das fórmulas mágicas – todos esses estudos foram reunidos e desempenhavam um papel na formação dos homens de guerra e generais militares do passado. Esses estudos constituíam a base do currículo deles.

    O verdadeiro conteúdo do que tradicionalmente se chama de ‘artes marciais’ não são simplesmente as técnicas de matar. Há muito mais coisas envolvidas. O fundador da Shinto Ryu, Choisai Sensei, propôs estudos que conduzissem ao desenvolvimento da harmonia e de uma coexistência essencialmente pacífica entre o homem e a natureza e entre o homem e seus semelhantes. É nisso que ele pensava quando disse que as artes marciais devem ser as artes da paz.

    Os melhores guerreiros e generais do passado conheciam, além da arte de matar outros seres humanos, uma larga variedade de outras artes. Sem o seu conteúdo filosófico, as artes marciais não seriam nada além da aquisição de uma força bruta semelhante à dos animais.

    Esotérico – Yin e Exotérico - Yang

    O esotérico – Yin é espiritual, procura o divino, o eu verdadeiro (o ser) dentro de si, se interiorizando e sentindo a presença do mesmo. Esse ser se conecta com Deus através do canal chamado Chitrini: o fio de luz oculto. (oriental – Yin).

    “O exotérico – Yang é a religião “religarê”, procura o Deus Cristo, os Budas, os Santos e anjos, distante exterior” que estão no céu. (ocidental – Yang).

    O mundo “terra-yin” e o outro mundo “céu-yang

    “De onde vim e para onde vou quando morrer?” Essa é uma pergunta vital que reside em algum recanto da nossa mente, mas para a qual pouquíssimas pessoas podem dar uma resposta clara. A razão disso é que, para dar a resposta, é necessário um esclarecimento sobre a relação entre este mundo e o outro mundo. Do modo como as coisas estão agora, infelizmente, não há suficiente acúmulo de conhecimento sobre o assunto nem uma metodologia estabelecida que possam dar uma explicação.

    As únicas pistas que podemos encontrar por menores que sejam vêm das atividades dos médiuns que têm aparecido na Terra de tempos em tempos. No entanto, existem muitos tipos de médiuns e, embora alguns mereçam confiança, a grande maioria ainda tem uma personalidade ligeiramente desequilibrada, motivo pelo qual as pessoas deste mundo não conseguem acreditar em suas revelações. Por exemplo, um médium pode afirmar ter falado com um determinado espírito, que lhe preveniu sobre certo acontecimento. No entanto, não há nenhuma maneira de se provar isso, o que provoca incerteza e faz com que seja muito difícil confiar na palavra do médium. O mesmo acontece quando se trata de uma explicação deste mundo e do outro. A raiz da incerteza encontra-se em nossa incapacidade de reproduzir as experiências do médium.

    Se todos nós pudéssemos compartilhar as mesmas experiências mediúnicas, ninguém duvidaria da existência do outro mundo. Mas, infelizmente, essa habilidade limita-se apenas a poucas pessoas especiais. Como resultado, a maioria das pessoas não sabe da existência do outro mundo. Pessoas de senso comum não querem aceitar a existência do outro mundo ou da relação entre ele e o mundo no qual vivemos atualmente.

    Estamos sempre refletindo sobre o sentido da vida e nos perguntando qual a razão de existirmos. Essas questões de vital importância não podem ser compreendidas até que façamos uma idéia do tipo de existência que representamos na vastidão do universo. Se, como acreditam os materialistas, a vida começa de súbito no útero materno, continua por sessenta ou setenta anos, e acaba, sendo o corpo consumido no crematório, então devemos viver simplesmente de acordo com isso. Se, porém, como aceitam os religiosos, existe outro mundo do qual nossa alma vem para nascer neste mundo e viver por várias décadas, antes de se graduar e voltar para o outro mundo, onde se empenhará para melhorar ainda mais, então precisamos de uma visão diferente da vida.

    Se compararmos a vida à educação, os materialistas, para os quais vivemos apenas uma vez, equivalem àqueles que dizem que a educação está completa após poucos anos de estudo obrigatório. Eles vêem a vida pela limitada perspectiva dessa educação fundamental. Por outro lado, aqueles que acreditam que o mundo espiritual existe e que os seres humanos vivem eternamente, passando pelos ciclos de reencarnação, podem ver a vida como um aprendizado contínuo, terminado o ensino fundamental, há o ensino médio, a universidade, a pós-graduação e, além disso, mais uma infinidade de coisas a aprender.

    Quando analisamos esses dois exemplos, torna-se óbvio que é apenas pela perspectiva da “educação” eterna que os seres humanos podem progredir.

    Aqueles que acreditam que sua vida representa uma única e breve permanência no mundo, como um fósforo que se inflama e queima até ser consumido, dificilmente descobrirão a importância ou o significado do tempo que passam aqui. Esses se dedicarão ao prazer, ao materialismo e à decadência, pensando apenas em si mesmos. Se eles acreditam que só viverão algumas décadas, é de se esperar que achem que vão sair perdendo se não aproveitarem a vida ao máximo. De modo diferente, porém, as pessoas que acreditam na vida eterna sabem que os serviços prestados a outros certamente voltarão para eles algum dia como fortalecimento para a alma. Dessa maneira vê-se que ter a perspectiva deste e do outro mundo é vital, quando refletirmos sobre a nossa visão da vida, seus propósitos e missão. Sem isso, é impossível compreender o verdadeiro sentido da vida e dos seres humanos.

    O mundo após a morte

    Nós nos referimos ao lugar para onde as pessoas vão depois de separadas do corpo físico como o “outro mundo”, mas como é esse lugar? Que tipo de mundo nos espera depois da morte? Como não sabem o que as esperam, as pessoas ficam ansiosas e temerosas, expressando seu apego à vida terrena com as palavras “Não quero morrer”.

    Seja o que for que as pessoas possam sentir, acredito que o medo delas é baseado na ignorância com respeito ao mundo após a morte. O fato de o estudo do outro mundo nunca ter sido aceito como uma ciência acaba deixando as pessoas confusas. É por essa razão que precisamos conhecer o mapa “guia” para conhecer o outro mundo. Navegar sem mapa pode ser uma experiência terrível, mas com o mapa certo, pode se fazer uma viagem tranqüila. Se soubermos de onde viemos e para onde estamos indo, que continente é nosso destino, se conseguirmos entender os mapas, podemos fazer uma viagem segura. A duração de nossa vida não é algo que possa ser contado em décadas. Não se trata meramente da vida do nosso corpo, mas de algo que existe neste mundo e continua no mundo além deste. Contudo, mesmo em face disso, ninguém quer aceitar a morte. Pacientes internados em hospitais dizem que não querem morrer e os médicos fazem tudo o que podem para que sobrevivam. Mas, se pudesse assistir a tudo isso do outro mundo, veríamos que, quando uma pessoa se aproxima da morte, seu espírito guardião, seus espíritos e os anjos estão ao seu lado, já começaram a se preparar para orientá-la.

    Quando a morte finalmente chega, o espírito sai do corpo. No entanto, a princípio, a pessoa não percebe o que está acontecendo e sente-se como se fosse duas: uma está deitada na cama “o corpo físico perecível” e a outra podem mover-se livremente “é o corpo etérico eterno”. Quando o espírito liberto tenta se comunicar com as pessoas à sua volta, vê que elas o ignoram completamente. Ao mesmo tempo, ele descobre que pode atravessar paredes e outros objetos materiais, algo que inicialmente acha muito assustador. Ainda acredita que é o corpo na cama e continua a adejar sobre ele. Você pode imaginar o choque que ele leva quando vê o próprio corpo sendo levado para o crematório. Não sabendo o que fazer, o espírito permanece nas proximidades do crematório. Ninguém nunca lhe disse que tipo de vida o aguarda e, de modo bastante compreensível, ele se sente muito inseguro.

    É nesse momento que seu espírito guardião aparece e começa a explicar o que o espera. No entanto, tendo vivido neste mundo durante décadas, o espírito tem dificuldade para compreender a explicação e, apesar de todos os esforços de seu guardião, não se deixa convencer facilmente. Assim, muitas vezes permanece na Terra por várias semanas, ouvindo as orientações de seu espírito guardião. Como sugerem os serviços fúnebres budistas, realizados no sétimo e no quadragésimo nono dia depois da morte, o espírito geralmente tem permissão para permanecer na terra entre vinte e trinta dias após a morte. Durante esse período, ele recebe instruções do guardião ou dos espíritos, até estar preparado para retornar ao mundo celestial.

    Existem, porém, aquele cujo apego a este mundo é grande demais. São apegados, por exemplo, aos filhos, aos pais, à esposa, ao marido e até a sua terra, casa, riquezas ou negócios. Esses se tornam o que chamam de “espíritos presos à terra”, condenados a vagar por este mundo. São o que as pessoas conhecem como fantasmas, seres que permanecem inconscientes de sua existência como espíritos.

    Material e Metodologia

    Esta propositura tem como apoio, o tema Sexualidade e Espiritualidade, que tem como base, o 3º Caminho do Tao, cujo fundamento é a energia criativa (Yin e Yang). Somado a minha experiência sobre o despertar da Kundalini observei atentamente a natureza ao meu redor, elucidando dúvidas a respeito do tema.

    Paralelamente procurei descobrir através de exercícios práticos e vivência, explorando o universo dos sentidos na tentativa de apurar a capacidade de auto-percepção, baseada no sentir para ver a energia fluir, circular por dentro e fora de todo o corpo. Constatei que energia é questão de sintonia.

    Discussão

    De repente, percebi que eu estava filosofando o tempo todo, e descobri que tenho mediunidade, o que sempre neguei. No entanto, reconhecer a sua própria mediunidade é fantástico; Pensando bem, na minha adolescência, curei uma pessoa por puro amor e compaixão, que por acaso, é meu irmão.

    Hoje entendo porque precisamos nos dedicar muito no treinamento do amor e da compaixão ao próximo. Para ser um bom médium curador de verdade, é necessário o aperfeiçoamento moral, ética, cívica e espiritualidade sob a Luz da Doutrina dos Chacras assim elevando a Kundalini (despertar). “Não deve ser despertada prematuramente.”.

    Conclusão

    O Dr. Motoyama pede apelo aos cientistas e médicos jovens que pesquisem e aprofundem no estudo da Kundalini, no entanto, eu acredito que o estudo terá mais eficiência na holística, pois isso só é possível no sentir, ela é percebida na mediunidade., intuitivamente. Quanto mais o médium aprofunda no conhecimento, mais a Kundalini eleva o médium, elevando a sabedoria e espiritualidade, “Iluminação”.

    Cheguei a conclusão de que mais do que nunca precisamos nos dedicar no estudo da Kundalini dentro da holística. Espero poder orientar as pessoas com o apoio do Sr. Henrique Vieira Filho.

    Deixo aqui, meus agradecimentos por mais esta oportunidade, muito obrigada.

    Mitiyo

    Bibliografia

    1. Sexualidade e Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto – Terapeuta Holística CRT: 38660

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    www.sinte.com.brcontato@sinte.com.br

    1. Dharma Chacra – ensinamento do correto coração

    Apostilas – Mitiyo Oshiro Takemoto

    mitimoto@ig.com.br

    1. Revista da Sociedade Taoísta do Brasil – O caminho da transformação interior

    1. As Leis da Eternidade – Ryuho Okawa

    Ed. Cultrix

    1. Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Sharamom / Bodo J. Baginski – Ed. Pensamento

    1. Cura cósmica 1- Mantak Chia – Ed. Cutrix

    1. Internet – www.cefle.org.br

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 31/07/2012 14:51


    Terapias Tradicionais Milenares » Acupuntura

    TERAPIA ENERGÉTICA INSTANTÂNEA

    TERAPIA  ENERGÉTICA 

    INSTANTÂNEA 
     
     

    Seiiti Arata - Terapeuta Holístico – CRT 31513 
     

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2007 
     

    São Paulo - SP

    2007 

     

    SUMÁRIO 

    INTRODUÇÃO         4 

    CAPÍTULO 1         5

    Corpo humano multidimensional       5

    Sombra: um corpo reflexo        6

    Corpo físico: sombra do Corpo Emocional      6 

    CAPÍTULO 2         8

    Energia          8

    Energia condensada         9

    Energia Sutil          9 

    CAPÍTULO 3         10

    As sete camadas energéticas de um indivíduo     10

    Corpo Físico (1): Energia Condensada      10

    Corpo Etérico/Duplo Etérico (2): Camada energética de conexão   10

    Corpo Astral/Emocional (3): compõe o caráter     10

    Corpo Mental Instintivo (4): herança genética     11

    Corpo Mental Cósmico (5): define a individualidade única    11

    Corpo Mental Intelectual (6): adquirida pelas experiências e livre arbítrio  11

    Corpo Espiritual (7): conectado com energias mais sutis do Universo  13

    Outras dimensões mais sutis e elevadas      13 

    CAPÍTULO 4         14

    Tratamento Energético através da camada energética (duplo etérico)  14

    Importância das boas condições da camada que conecta ao corpo físico  14

    Terapia Energética Instantânea        15

    Vantagens do tratamento emergencial        15 

    CAPÍTULO 5         16

    Inter-relação entre corpos energéticos        16

    Corpo Emocional como reflexo do Corpo Mental     16

    Necessidade do aperfeiçoamento Espiritual      17 

    CAPÍTULO 6          18

    Primeiros Socorros/Pronto atendimento por tratamentos energéticos   18

    Trabalhando com o Corpo Etérico e seus resultados no Corpo Físico  18

    Tratamento emergencial de cinco minutos, tirando da crise aguda   18

    Tratamentos posteriores ao emergencial      18 

    CAPÍTULO 7         19

    O que pode ser tratado pela Terapia Energética Instantânea    19

    1. Cabeça         19
    2. Garganta         19
    3. Pescoço (cervical)        19
    4. Ombros         20
    5. Braços, antebraços, mãos e dedos      21
    6. Costas (dorsal)        21
    7. Costas (lombar)        22
    8. Ciático          23
    9. Joelho          23
    10. Pernas          24
    11. Tornozelo, pé e artelhos       24
    12. Aparelho digestivo        24
    13. Aparelho respiratório        25
    14. Tosse          26
     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS      26 
     

    INTRODUÇÃO 

     

    Em muitos anos de dedicação ao estudo de terapias holísticas, sempre me perguntei:

    “Qual é o meio mais rápido e eficiente de tratar problemas de saúde que pedem uma solução urgente?”. 

    O Programa Terapia Energética Instantânea ensina as técnicas práticas necessárias para superar os obstáculos nos tratamentos energéticos emergenciais, direcionando o terapeuta no caminho do sucesso imediato em diversos problemas de saúde. 

    Demorei anos para adquirir novas descobertas e técnicas de ponta e as reunir em um programa conciso que amplifica o sucesso do trabalho de terapia. 

    Apresento aqui um procedimento que pode ser aplicado instantaneamente em qualquer situação (consultório, estabelecimentos comerciais, casa de amigos e mesmo em espaços de lazer em que um imprevisto pode ocorrer, como em um barco em alto-mar, um acampamento, uma praia distante, uma festa de aniversário... enfim, qualquer situação em que não é possível ou conveniente levar a pessoa imediatamente a um consultório). 

    O Programa que é aqui apresentado está estruturado para equipar o terapeuta com os elementos essenciais para torná-lo capaz de prestar atendimento a qualquer hora, independentemente de instrumentos que não sejam sua mente e suas próprias mãos. 

    Meu estudo em diversas áreas da terapia holística permite afirmar que desconheço qualquer programa de resultados tão efetivos com técnicas práticas que podem ser utilizadas imediatamente. O Programa Terapia Energética Instantânea amplifica seu conhecimento, habilidade e recursos para qualquer situação. 

    O método está dividido em duas partes que são rapidamente apresentadas: a primeira é uma introdução conceitual que desenvolve a base fundamental de trabalho. A segunda parte é a aplicação prática para os problemas de saúde mais corriqueiros. 

    Antes de começarmos a parte conceitual, vou fazer algumas perguntas: 

    E se eu dissesse que centenas de milhões de pessoas passam por um desequilíbrio energético de alguma natureza a cada dia? 

    E se eu dissesse que a maioria delas não tem a menor idéia do que está acontecendo com seus corpos? 

    E se eu dissesse ainda que a grande maioria dos tratamentos holísticos podem ser classificados como tratamentos energéticos, objetivando alcançar o equilíbrio do sistema de energia das pessoas tratadas? 

    Que, em última instância, tudo é energia? 

    Sim, eu estou falando do conceito de energia e a sua relação com a matéria, que será abordada no Capítulo 2.

     

    CAPÍTULO 1 
     

    Corpo humano multidimensional 

    Para se buscar uma melhoria na qualidade de vida não basta zelar apenas pelo corpo físico. O que denominamos corpo físico e que está compreendido internamente à pele(*), não é tudo que somos e sim apenas uma de nossas manifestações. Os demais corpos envolvem o corpo físico se apresentam em forma de camadas energéticas sutis. 

    (*) Até para se definir o que é internamente à pele necessita de reflexão:

    Tomemos como exemplo o nosso roto: - com a boca fechada é fácil imaginarmos a parte externa e a interna. Entretanto, mantendo-se a boca aberta, uma formiguinha que caminha por sobre a parte externa de nossa face, pode perfeitamente entrar e caminhar por todo o céu da boca que era considerada como nossa parte interna (boca fechada). 

    Se ao invés da formiguinha, imaginarmos o ar que respiramos, que está em contato com o nosso corpo físico através de nossa pele, pode penetrar o nosso corpo através das vias respiratórias e chegar aos órgãos que chamamos de internos, tal qual a formiguinha. E o oxigênio que é um dos componentes do ar, chega a todas as nossas células. 

    Então, que parte do nosso corpo é considerado interno ou externo em relação ao ar? E se analisarmos a nossa pele cheia de poros, que nada mais são do que nossas aberturas?

    Se pudéssemos enxergar o nosso corpo como um conjunto de partículas atômicas, teríamos a exata noção de que somos um corpo de vazio! E para que este nosso vazio esteja em harmonia dependemos de uma coisa chamada de homeostase energética. 

    Uma observação mais atenta ao corpo físico nos possibilita avaliar como as demais camadas mais externas estão, pois o corpo físico é apenas o reflexo das influências das outras camadas mais externas. Quando um corpo físico está enfraquecido e com disfunção acentuada é porque as outras camadas já se encontram muito comprometidas. 

    Um exemplo bastante comum é o que se passa com o estômago que se debilita por problemas emocionais, causando grandes distúrbios. Não basta tomar medidas apenas fisiológicas como cicatrização de algumas feridas eventualmente detectadas, pois são apenas sintomas e não as causas. Deve-se trabalhar buscando o fortalecimento da camada emocional. 

    Por exemplo: quem fica excessivamente irritado por problemas de trânsito congestionado dispara um turbilhão de desordens internas envolvendo hormônios, enzimas e outros agentes prejudiciais ao bom funcionamento energético do organismo. O que se faz necessário é criar um mecanismo para neutralização das emoções nocivas ao corpo, pois o problema que atacou o estômago é apenas o reflexo do distúrbio emocional.

    Mas como fazer com que o indivíduo não reaja com tanta cólera diante de um fato cada vez mais corriqueiro? – Há que se tratar o seu corpo mental, pois a camada emocional é simplesmente um reflexo da camada pertencente ao corpo mental. Assim, para se tratar o estômago irritado, há que se tratar a parte mental do indivíduo. 

    O corpo mental tem basicamente três compartimentos, que dentre diversas nomenclaturas: o instintivo, o cósmico e o intelectual. Entretanto, só é possível atuar apenas no último, e que depende do livre arbítrio. Há necessidade de uma verdadeira reprogramação da mente implementando mecanismos que propiciem resultados de reações favoráveis para o corpo físico. No caso exemplificado, há que se substituir o programa: (“o trânsito me deixa nervoso!”) por outra programação mais inteligente: (“hoje em dia, nem ligo para os problemas de trânsito!”).    – Pronto. Está resolvida a questão crucial. 

    Esta camada de mente intelectual precisa ser continuamente fortalecida. Pois, analogamente a uma musculatura, o desuso “atrofia” seu desempenho. O enfraquecimento desta mente intelectual permitirá a predominância das outras duas mentes: a instintiva e a cósmica, e que são mobilizadas predominantemente por impulso. 
     

    Sombra: um corpo reflexo 

    É importante para melhor compreensão do tema proposto observar-se o comportamento de uma sombra. Na maioria das vezes nem prestamos tanta atenção.  A sombra é uma figura bidimensional, mesmo que o corpo que a projeta seja tridimensional. Para que possamos alterar o desenho formado pela sombra, não adianta tentar qualquer coisa com a mesma e, sim, alterar o corpo que está projetando aquela sombra.  

    Da mesma forma podemos fazer analogia com nosso corpo físico, como se fosse sombra de um corpo com mais dimensões. Temos que mudar o que está projetando a correspondente imagem refletida e que possa estar nos afetando desfavoravelmente. 
     

    Corpo físico: sombra do Corpo Emocional 

    Assim como o Corpo Físico é sombra do Corpo Emocional, este é também sombra do Corpo Mental e que, também é sombra do Corpo Espiritual ou outros mais sutis. Existem literaturas que afirmam existir mais de vinte camadas energéticas, mas se pudermos administrar as sete dimensões mencionadas anteriormente já será um grande passo. 
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

    CAPÍTULO 2 

    As ciências modernas estão somando ao antigo conceito newtoniano (de Isaac Newton) a visão einsteiniana (de Albert Einstein), tornando-se muito mais eficazes. 

    A rigor, se considerarmos a composição de nossos corpos físicos, todos sabemos que predominantemente somos mais água do que outra coisa. Estima-se que em peso somos aproximadamente setenta por cento constituídos por água (H2O). São dois átomos de hidrogênio que se agrupam com um átomo de oxigênio através de forças de atração entre partículas. 

    Conforme modelo clássico, ambos os elementos hidrogênio e oxigênio são constituídos de certo número de prótons, nêutrons e elétrons, e as diferenças de quantidades destas partículas é que os diferenciam. Tanto num como noutro, em sua constituição, o que predomina é o vazio, pois a sua massa é uma insignificante partícula (aglomerado de prótons e nêutrons) que fica no centro de uma nuvem formada pela vibração de elétrons e de massa desprezível. 

    O modelo é muito semelhante ao de outros grandes corpos onde predomina o vazio, como o Sistema Solar, outros eventuais sistemas semelhantes ao que habitamos: a Via Láctea, a nossa Galáxia e outras eventuais Galáxias, que possivelmente devem existir. Como o que predomina é o vazio, podemos admitir que tudo que se conhece, provavelmente seria apenas uma manifestação energética. 

    Assim, o nosso corpo físico passou a ser denominado de energia condensada, embora não seja tão condensada assim, visto que somos do ponto de vista de matéria: um grande vazio. As outras formas de energia são denominadas sutis, por serem menos condensadas. 

    Einstein formulou a equação E=m.c2 (Energia é igual à massa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado). Então, pode-se afirmar também que m=E/c2 (Massa é igual à energia dividida pelo quadrado da velocidade da luz). Portanto, o que estamos acostumados a chamar de uma quantidade de massa nada mais é do que a manifestação de uma quantidade de energia dividida por um número muito grande. 

    A partir desta nova visão propiciada pela genialidade de Einstein, e da física quântica, hoje, podemos entender com clareza, os fenômenos que afetam os nossos corpos. 
     

    Energia 

    Não há como se fugir do conceito de energia envolvendo as minúsculas partículas atômicas assim como suas sub-partículas carregadas ou não energeticamente como prótons, elétrons, nêutrons, pósitrons e outras. 

    Assim como o Sistema Solar com o Sol ao centro e todos os seus planetas orbitando à sua volta ser predominantemente um grande vazio, assim o é a Via Láctea, a Galáxia, e o Universo. Assim também é o nosso corpo físico por ser constituído de partículas atômicas, igualmente, com predominância de vazio. Portanto, somos também basicamente energia! 

    Corpos energéticos produzem campos energéticos, assim como uma corrente elétrica produz campo magnético e que é conhecido há muitos anos pela física clássica e mensurável por magnetômetros de precisão.

     
     
     
     
     
     

    Energia condensada 

    A designação energia condensada refere-se ao corpo que chamamos de físico, onde podemos perceber através dos nossos órgãos sensoriais: visão, audição tato, paladar e olfato. A maioria das pessoas tem menor percepção das demais camadas. Por esta razão chamamos de corpos sutis, embora tenham importância fundamental nas boas condições ou não do nosso corpo físico e, portanto da qualidade de vida. 
     

    Energia Sutil 

    Todas as outras seis camadas são consideradas sutis. Estes outros corpos acabam compondo a personalidade do indivíduo tanto emocional como fisicamente, na medida em que as influências chegam a ele. 

    Também entre os animais, inclusive de uma recente ninhada, é possível se perceber as tendências de comportamento individual. Uns são mais dóceis e outros mais agressivos por sua própria natureza. Até mesmo os mais calmos, se submetidos a tratamentos violentos, poderão se tornar bastantes agressivos e perigosos pelo simples efeito das experiências a que forem submetidos. Por esta razão é importante tratá-los adequadamente.

    O que impele um ser a atitudes de impulso não é exclusivamente a força de seu instinto, mas, também a sua experiência de vida. Estas influências também podem ser chamadas de energias sutis e que acabam integrando às suas características comportamentais podendo ser as responsáveis principais por atitudes efetivas. 

    Quando se faz referência a um indivíduo quanto às suas características físicas, estas podem ser facilmente percebidas pelos nossos órgãos sensoriais. Entretanto as características sutis requerem maior observação e tempo de convivência para percebê-las devidamente. Mesmo assim, elas certamente irão compor a personalidade final e descrição de uma pessoa. 

    Por esta razão é importante uma análise completa, incluindo também as camadas sutis. Elas são responsáveis pelo estado geral de um indivíduo bem como de seu comportamento predominante. 

    Decepções e desilusões muitas vezes se devem ao total desconhecimento da existência de de certas forças sutis existentes e ocultas que se manifestam de forma inesperada.  
    CAPÍTULO 3
     
     

    As sete camadas energéticas de um indivíduo 

    Dentre as diversas nomenclaturas existentes, pode-se enumerar as seguintes camadas:

    Corpo Físico (1), Corpo Etérico (2), Corpo Emocional (3), Corpo Mental Instintivo (4), Corpo Mental Cósmico (5), corpo Mental Intelectual (6) e Corpo Espiritual (7). 
     

    Corpo Físico (1): Energia Condensada 

    O corpo físico que é chamado de corpo de energia condensada, como já foi mencionado é constituído predominantemente de água: H2O, que nada mais é do que dois átomos de hidrogênio (H) unidos a um átomo de oxigênio (O), que corresponde em peso aproximadamente 65 a 70 por cento do peso total. Analogamente, existem na composição corporal, outros elementos químicos como: carbono (C), nitrogênio (N), fósforo (P), manganês (Mn), magnésio (Mg), potássio (K) e uma infinidade de outros elementos químicos. Todos eles formados de partículas atômicas, e, portanto, de energia. 
     

    Corpo Etérico/Duplo Etérico (2): Camada energética de conexão 

    Uma camada de alguns centímetros envolve o Corpo Físico conectando-o de forma mais ou menos eficiente com as outras camadas sutis. 

    Existem portais por onde a se processam mais efetivamente as entradas e saídas de energias. São os conhecidos chakras, pontos de acupuntura, incluindo-se toda rede de meridianos, que propiciam a troca de energias do Corpo Físico com tudo à sua volta, incluindo as suas camadas energéticas mais sutis. 

    A deficiência nesta troca de energias por problemas devidos a bloqueios, congestão ou dificuldades de fluidez, pode acabar resultando em algum desequilíbrio do organismo. Em tais casos, pode-se recorrer a uma das diversas técnicas de tratamento energético conhecidas da terapia holística de modo a se restaurar, novamente, a homeostase. Portanto, esta camada energética é de fundamental importância, neste processo de recuperação do estado de bem-estar. 
     

    Corpo Astral/Emocional (3): Compõe o caráter 

    É o que pode ser considerado como a envoltória que fica logo além do Corpo Etérico. É tão relevante que as pessoas nos definem através dele, por caracterizar as nossas reações e atitudes diante dos fatos do dia a dia. É por isso que ouvimos falar coisa do tipo: “É uma mulher bonita, porém insuportável!”; ou: “Ela é bem jovem, entretanto, nunca vi pessoa tão madura e emocionalmente controlada!”.  

    As nossas reações, provocadas pela camada emocional, passam a fazer parte de nossa identidade e têm o poder de nos causar grandes benefícios ou até mesmo grandes prejuízos. 

    Portanto, ao descobrirmos quaisquer de nossas tendências a atidudes que possam nos prejudicar, devemos procurar soluções para neutralizar tais impulsos. É o que fazemos durante toda a nossa vida, num constante processo de amadurecimento: detectando problemas, mudando o que for possível, re-avaliando e promovendo constantes ajustes para melhoria. 
     

    Corpo Mental Instintivo (4): Herança genética 

    É o nome dado ao corpo energético onde estão as nossas heranças genéticas. Assim como é comum nascermos com algumas características físicas semelhantes aos nossos antepassados, como cor de cabelo, formato do nariz, jeito de andar, herdamos também algumas características emocionais de nossos ancestrais. 

    Esta herança genética, dificilmente poderá ser mudada. Ela está gravada na nossa mente inconsciente. O que está ao nosso alcance é administrá-la, não deixando que ela se aflore livremente, a ponto de nos causar prejuízos. 
     

    Corpo Mental Cósmico (5): Define a individualidade 

    É o que nos foi destinado desde a hora da concepção até o nascimento. É a característica pessoal que nos identifica e que resultou de uma situação muitíssimo especial, como a influência dos nossos progenitores na hora da fecundação, localização dos astros e outros fatores que nem conhecemos devidamente. Quando elas são boas apresentam-se em forma de talentos, dons e outras qualidades admiradas e invejadas. Quando são más, representam os defeitos de nossas personalidades como tendência à tristeza, maldade, espírito vingativo, sadismo e outros. Nem mesmo os gêmeos são indivíduos idênticos. 
     

    Corpo Mental Intelectual (6): Adquirida pelas experiências e livre arbítrio 

    É o Corpo Energético que está ao nosso alcance. Pode ser desenvolvida seguindo apenas as ordens do livre arbítrio, perseverança e dedicação. Somam-se também as experiências do dia a dia, quer sejam intencionais ou involuntárias. Dependem dos livros que lemos, filmes que assistimos, nossa convivência com outras pessoas, fatos, acidentes, sonhos, imaginação, crenças e outras influências. 

    A grande vantagem é que esta Mente pode ser aprimorada ilimitadamente. Ela pode crescer tanto, a ponto de predominar sobre as outras duas. Pode tornar-se tão poderosa e ocupar quase a totalidade da nossa mente, de forma que as outras duas podem parecer inexistentes.  

    Porém, esta mente requer cuidados especiais: ela precisa ser incrementada continuamente sob risco de perder a força e ser dominada pelas outras duas: a Instintiva e a Cósmica. E se isto acontecer, o Corpo Emocional poderá ser o resultado de puro impulso. Tanto para o bem como para o mal na condição de risco total. 

    A necessidade de se desenvolver continuamente a Mente Intelectual que é a racional e inteligente pode ser comparada ao condicionamento físico de um atleta, que para manutenção do seu desempenho adquirido ao longo de tantos anos, há que se praticar continuamente. Mas, para se aumentarem as condições, há que se dedicar sempre um pouco mais. Por outro lado, o descuido e a inatividade causarão grandes perdas.

     

    Corpo Espiritual (7): Conectado com as energias mais sutis do Universo 

    Este corpo é o principal responsável pela paz interior. De nada adiantará um copo plasticamente perfeito, e cheio de energia muscular, se o indivíduo é freqüentemente acometido por uma apatia advinda dos processos mentais espirituais. Dificilmente poderá sentir a felicidade em sua plenitude. Ao contrário – poderá tornar-se extremamente infeliz e debilitado.  

    Por esta razão é que na Terapia Holística o objetivo é a promoção do equilíbrio: do corpo-mente-espírito. 

    Dentre os sete corpos, este é o mais importante e deve ser continuamente aprimorado.  

    É muito comum observarmos através das diversas mídias, o colossal investimento no sentido da promoção do corpo físico perfeito e mais longevo. Por mais que a modernidade desenvolva recursos espetaculares, jamais atingirão à imortalidade do corpo físico.  

    Pessoas que percebem cedo esta realidade vivem mais tranqüilas, em paz e, portanto, mais felizes. 

    Segundo Richard Gerber: o corpo físico (F), corpo etérico (E), corpo astral (A), corpo mental instintivo (M1), corpo mental Intelectual (M2), corpo mental espiritual (M3) e corpo espiritual (S) constituem as sete camadas energéticas. (p.126 op. cit).

     
     
     
     
     
     
     

    Outras dimensões mais sutis e elevadas 

    Existem literaturas que afirmam a existência de mais de vinte camadas energéticas e, portanto, igual número de corpos energéticos. Neste caso, o que mencionamos como o sétimo corpo, será apenas o reflexo do oitavo corpo, certamente mais sutil. Mas para efeito desta matéria, aqueles que levarem em conta os sete corpos mencionados e trabalharem adequadamente, obterão resultados compensadores. 

    Mas, afinal, como podemos definir saúde? 

    Neste trabalho proponho que consideremos a saúde ideal: não somente como a ausência de sintomas de mau funcionamento orgânico, mas também como um estado de plena paz e felicidade que sente o indivíduo, propiciando-lhe suficiente e espontânea disposição para praticar, compartilhar, entender e perdoar – num estado de contínua doação, como a razão de sua existência, enquanto se processa o seu contínuo aperfeiçoamento espiritual, evitando causar danos ao seu meio ambiente. 

     

    CAPÍTULO 4 
     

    Tratamento Energético através da camada energética (duplo etérico) 

    Vários tratamentos podem ser denominados energéticos e trabalham no sentido do aumento da eficiência dos fluxos energéticos que chegam e saem do Corpo Físico. 

    O corpo etérico é também chamado de corpo bioplasmático ou corpo de energia. Bio significa vida e plasma pode ser entendido como o quarto estado da matéria, que vem se somar aos: sólidos, líquidos e gasosos. Plasma é o gás ionizado. Está carregado de partículas eletrizadas: tanto positiva como negativamente. Não deve ser confundido com o plasma sangüíneo. 

    Corpo bioplasmático pode ser entendido como um corpo de energia viva que é composto por matéria sutil e invisível chamado também de matéria etérica. É através deste corpo que a energia vital como: prana, ki, ch´i, pneuma, mana, ruah e outras são absorvidas e distribuídas por todo o corpo físico e que podemos sentir através dos nossos cinco sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar. 

    A energia vital pode ser absorvida através do ar, solo, água, luz solar, e dos alimentos. Andar descalço propicia receber prana do solo. Se o piso for natural como terra ou grama, a absorção é mais eficiente.

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

    Todos os tratamentos corporais que visam incrementar a melhora neste sentido podem se considerados como energéticos como: Acupuntura, Shiatsu, Do In, Seitai, Tuiná, Acupressão, Acupressura, Auriculoterapia, Reflexoterapia, Reiki, Método Prânico, Toque Quântico, Polaridade, Florais, Homeopatia, Colorpuntura, e outros. 
     

    Importância das boas condições da camada que conecta ao corpo físico 

    A camada que constitui o Corpo Etérico é também chamada camada energética e funciona como um tipo de agasalho, que ajuda ou dificulta a troca do Corpo Físico com outros Corpos à sua volta. Pode ser comparado aos diversos materiais que existem para se fabricar um fio condutor. Existem uns que são mais condutores e outros que são menos condutores. Existem também materiais que são considerados isolantes, pois, dificultam a passagem da energia. Analogamente existem camadas que sob o ponto de vista energético funcionam conectando ou isolando o corpo físico. 

    Terapia Energética Instantânea 
     

    Desenvolvida pelo autor deste trabalho, é o resultado da conjunção de diversas técnicas e experiências de tratamento com as mãos, é natural, não invasiva e praticamente sem contra indicações. 

    A concentração mental durante a aplicação desta técnica é muito importante. Da mesma forma, a respiração deve ser cadenciada profunda, e ritmada.  

    Não há problema em se manter o diálogo com a pessoa tratada, perguntando, na medida em que acontece o tratamento, como ela está se sentindo, promovendo desta forma, a melhor conexão físico-mental, para harmonização da energia vital da mesma. Neste momento acontece uma verdadeira sintonia de energias etéricas de ambos. 
     

    Vantagens do tratamento emergencial 

    Em muitas circunstâncias, estamos sem as condições mínimas de uma clínica para um tratamento holístico normal. Entretanto, estamos diante de uma pessoa que está em condições precárias precisando de um atendimento mesmo que simplificado e emergencial. 

    Para atendimentos emergenciais a Terapia Energética instantânea é um método interessante, eficaz e imediato podendo promover bem-estar num intervalo de três a cinco minutos. 

    Os resultados alcançados têm sido espetaculares. A maioria das pessoas tratadas sente-se bastante recuperada, recompensada e agradecida, podendo retornar imediatamente às suas atividades normais.  

    Este pronto atendimento que, inicialmente, partia de mim a iniciativa de sua aplicação, hoje em dia, as coisas mudaram. – As pessoas é que me procuram freqüentemente, dada à facilidade e simplicidade de sua aplicação. Posso dizer que se tornou um verdadeiro serviço de emergência, o que, aliás, sempre tenho feito com muita satisfação. 

    Assim, quero compartilhar com todos os interessados, o que resolvi chamar de TERAPIA ENERGÉTICA INSTANTÂNEA. 

    A aplicação dos procedimentos desta terapia energética instantânea serve para diminuir ou eliminar dores generalizadas, problema na coluna, problemas respiratórios, garganta inflamada, dificuldade digestiva e outras disfunções mais corriqueiras.

     

    CAPÍTULO 5 
     

    Inter-relação entre corpos energéticos 

    A obra do Mestre Stephen Co e Dr. Eric B. Robins com John Merryman: YOUR HANDS CAN HEAL YOU (suas mão podem tratá-lo) aborda técnicas energéticas de tratamento pelo método Prânico para aumentar a vitalidade e acelerar a recuperação de problemas mais comum de saúde. 

    Seguem abaixo algumas afirmações dos autores;

     
     
     
     
     
     
     
     

    Na página 48 consta:

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

    Corpo Emocional como reflexo do Corpo Mental

    Segundo Mestre Stephen Co e Dr. Eric B. Robins com John Merryman existem seis passos para a promoção da melhoria na qualidade da saúde que são:

     
     
     
     
     
     
     
     
     

     

    Necessidade do aperfeiçoamento Espiritual

    De acordo com Richard Gerber, M.D. através de sua obra: Medicina Vibracional, p. 135: 

     
     
     
     
     
     
     
     
     

    Na mesma obra consta um interessante conceito para reflexão:

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

     

    CAPÍTULO 6 
     

    Atendimentos rápidos através de tratamentos energéticos 

    Todas as pessoas podem necessitar de serviços, repentinamente, devido a distúrbios ou súbitos sintomas de mal-estar. É sempre providencial haver qualquer tipo de serviços que prontamente, possam minimizar o sofrimento. 

    Neste sentido, o presente trabalho propõe tratamentos holísticos, empregando métodos naturais e que são praticados há milhares de anos pelas antigas civilizações. 
     

    Trabalhando com o Corpo Etérico e seus resultados no Corpo Físico 

    Nos tratamentos executados na hora, os estímulos deverão ser aplicados no corpo físico onde estão localizados os portais, pontos principais de energias e seus respectivos meridianos, incluindo os chakras, mini-chakras e pontos gatilho, para desobstrução energética. 

    Ao se desobstruir os meridianos de energia: será resgatada a conexão do corpo físico com o corpo etérico que é a camada energética que envolve o corpo. Os pontos com acúmulo de energia que se encontram em excesso serão equilibrados com o espalhamento para as áreas menos energizadas, até que se atinja novamente o estado de homeostase, que é o equilíbrio. 
     

    Tratamento emergencial de cinco minutos, tirando da crise aguda. 

    São procedimentos basicamente executados com as mãos. Os métodos aplicados são os conhecidos como quiropraxia, reflexologia, shiatsu, acupressão, acupressura, do-in, toque quântico, polaridade, tratamento prânico e outros. 

    Pessoas presentes no auditório que queiram experimentar a Terapia Energética Instantânea poderão se apresentar voluntariamente. Receberão uma aplicação de 3 a 5 minutos e no minuto seguinte poderão prestar seus depoimentos à platéia dizendo se melhoraram e quanto melhoraram percentualmente. 
     

    Tratamentos posteriores ao emergencial 

    Após o atendimento emergencial proposto, com o indivíduo efetivamente fora da crise aguda e dores insuportáveis, será possível que o mesmo retorne às suas atividades rotineiras, e em boas condições para decidir pelos tratamentos posteriores sejam eles preferencialmente naturais ou até mesmo os ortodóxicos. 

    Em muitos casos de aplicação do programa de Terapia Energética Instantânea nem foram necessários outros tratamentos posteriores, dada a eficácia do método.  
    CAPÍTULO 7
     
     

    O que pode ser tratado pela Terapia Energética Instantânea 

    A seguir, serão apresentados sucintamente os principais procedimentos para os distúrbios mais comuns na rotina diária. 
     
     

    1. Cabeça

      Para dores de cabeça relacionadas à tensão, excesso de trabalho em posição sentada, e que alivia com determinadas posições da mesma, provavelmente se deve a problemas de excesso de energias. 

      Para destros: De frente para o ombro esquerdo da pessoa a ser tratada, colocar a mão esquerda frontal à testa para fins de apoio e com a mão direita segurando com o polegar e o indicador: pressionar os pontos   VB20,    B10, e    VG15,  por aproximadamente 10 a 15 segundos cada um deles. 
       

     

    1. Garganta

      No caso de garganta inflamada, pressionar suavemente os pontos      E9,      E10,

         VC23 com o indicador e o polegar, em forma de pinça por aproximadamente10 segundos em cada um dos pontos. Enquanto uma das mãos pressiona, a outra em forma espalmada, apóia-se na região da nuca, de forma a manter o local tratado entre as mãos. O calor promovido pela mão passiva ajuda na recuperação. 

    1. Pescoço (coluna cervical)

      Para desconfortos na região do pescoço, na região da cervical, deve-se iniciar pela sedação dos pontos   VB21,   IG16,    ID12,    ID15 e   TA15, através de pressionar por aproximadamente 5 a 10 segundos, cada ponto. Logo em seguida toma-se o depoimento da pessoa tratada e que já deve confirmar uma certa melhoria na região tratada.

                                                                               

     
     
     
     
     
     
     


      Em seguida, um pequeno movimento para liberação das vértebras cervicais eventualmente presas, podendo ser executado com a pessoa sentada, de pé ou deitada. Este procedimento deve ser feito com muito cuidado, especialmente em pessoas idosas, crianças ou nos casos da existência de muita dor. 
       
       

    1. Ombros

      Quando os ombros estão doloridos, deve-se trabalhar os seguintes pontos:    VB21,

         IG16,   ID15 e   TA15 mencionados anteriormente, acrescentando-se também os pontos:    TA13,    TA14,    ID9,    ID10,    ID11,    ID12 e    ID13,    P1,    P2 e   

         C1. Deve-se aplicar pressão digital por aproximadamente 5 a 10 segundos em cada ponto.


      Terminada a sessão de pressionamento, deve-se segurar o braço esquerdo com a mão esquerda e com o polegar, pressionar os pontos   IG10 e   IG11 com o polegar da mão direita por 5 segundos. Em seguida, pressionar os pontos    BP20 e    BP21. 

    1. Braços, antebraços, mãos e dedos.

      Aplicar pressão nos pontos IG10, IG11, P2,  TA4,   TA5,  ID7 e   ID8 por 3 segundos de forma gradual, até o limite suportável da dor por uns 5 segundos. 

      Aplicar puxões dos dedos, começando pelo polegar, indicador, médio anular e mínimo, de forma a soltar as articulações. A intensidade da manipulação deve sempre levar em conta a estrutura da pessoa tratada. No caso de crianças e idosos, o cuidado deve ser maior.

      Balançar e vibrar o braço de forma a promover total relaxamento do mesmo, com a soltura das articulações.


    1. Costas (coluna dorsal)

      Com a pessoa de bruços, com o rosto virado para um dos lados, mantendo os braços ao lado do corpo e em máximo relaxamento, alinhar e ajustar as vértebras começando da região lombar para a região cervical. Os movimentos devem ser cadenciados e com força controlada e adequada a cada situação específica que deve levar em conta a resistência, idade, e outros fatores importantes de cada um. 

      Após alinhamento, promover pressões nos pontos ao longo da coluna principalmente seguindo o meridiano da bexiga entre os pontos 11 a 23 e também entre os pontos 36 a. Esta pressão pode ser feita com o dedo indicador, respeitando-se, sempre, o limite da condição da dor. 
       

    1. Costas (coluna lombar)

      Para tratamento das costas no trecho da coluna lombar, deve-se primeiramente trabalhar os pés, especialmente o Ponto R1,   B62,   B60,   B40 e    B57 por 5 segundos, aproximadamente.

    Em seguida, os pontos 23 a 30 do meridiano da bexiga devem ser pressionados por 3 segundos, em ambos os lados da coluna. 

       
       
       

    1. Ciático

      A inflamação do nervo ciático pode ser tratada, primeiramente seguindo os procedimentos para tratamento da coluna lombar. Em seguida deve ser complementado com pressionamento dos pontos     BP6,     BP7,     BP9,     BP10,

          VB37, e    VB38.

    1. Joelho

      Para tratamento do joelho, podem ser aplicados, inicialmente, os procedimentos para a coluna lombar, nervo ciático e em seguida trabalhar os pontos:    R10,   BP9

         BP10,   F7,    F8,   F9,    E34,   E35,   E36 e     E37. Além destes, se necessário podem ser trabalhados os pontos   VB34,   VB35, e   VB36.  Em todos os pontos a pressão deve ser até o limite da dor e por 3 segundos. 


    1. Pernas

      Adotar os procedimentos para tratamento da coluna lombar e em seguida aplicar os pontos reflexos dos pés tanto da sola (Reflexologia convencional) como do dorso (TRV – Terapia Reflexológica Vertical.) Deve-se trabalhar também os tornozelos, liberando a articulação aplicando a quiropraxia. 
       
       

    1. Tornozelo, pé e artelhos.


     
     

      Diversos pontos precisam ser estimulados, sendo o R1 um dos mais importantes.

      Os demais pontos do meridiano do rim devem ser pressionados: R2, R3, R4, R5, R6. Em seguida, o pé deve ser tracionado através de puxões e balanços, com a pessoa tratada sentada em uma cadeira fixa. 
       

    1. Aparelho digestivo

      Os pontos E21, E22, E23 e E24 devem ser pressionados por 3 segundos.

      Deve-se verificar o alinhamento da coluna dorsal, especialmente entre a quinta e a oitava vértebra dorsal. A manobra pode ser executada com a pessoa deitada em uma superfície firme estando de bruços durante o tratamento. 
       
       

                            É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 
       
       
       

    1. Aparelho respiratório

      Os pontos   IG20 e o   E2 devem ser pressionados delicadamente por 10 segundos, orientando a pessoa a permanecer relaxada e com respiração tranqüila. A desobstrução das narinas acontece quase de imediato. 

                                É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    1. Tosse

      Quando possível, as C6, C7, D1, D2 e D3 devem ser ajustadas.

      Uma aplicação de acupressura nos pontos VG14, R27, VC20, VC17, P9 e E36 ritmadas de 30 movimentos em um intervalo de 10 segundos em cada um dos pontos costuma dar resultados espetaculares.

      
     
     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
     
     

    CHOA KOK SUI – Miracles Through Pranic Healing (Milagres do “tratamento” prânico) – 1998. Ed. PENSAMENTO. 

    EDNÉA I.S.MARTINS e LUIZ.B.LEONELLI – A prática do Shiatsu – 2002. Ed. ROCA. 

    FRANK BAHAR – Akupressur (O livro de “tratamento” pela Acupressura) – 2004. Ed. NOVA ERA. 

    LYNE BOOTH – Reflexologia Vertical – 2000. Ed. PENSAMENTO. 

    RICHAR GERBER – Vibracional Medicine – New Choices for Healing Ourselves (Medicina Vibracional – Uma Medicina para o Futuro) – 1999. Ed. CULTRIX. 

    RICHARD GERBER – Vibracional Medicine for the 21st Century (Um Guia Prático de Medicina Vibracional). 2000. Ed. CULTRIX. 

    STEPHEN CO e ERIC B. ROBINS com JOHN MERRYMAN – Your Hands Can Heal You (Suas mãos podem “tratá-lo”) – 2002. Ed. PENSAMENTO. 
     

    Autor: : Seiiti Arata - Terapeuta Holístico – CRT 31513
    Última atualização: 13/05/2007 20:16


    Acupuntura: Decisões Judiciais Ajudam ou Atrapalham ?

    Acupuntura: Decisões Judiciais Ajudam ou Atrapalham ?
    Na notícia anterior, observamos a vitória inicial de mais um colega Acupunturista, contra os abusos de certos grupos monopolistas.

    É preciso muito cuidado ao levar um caso isolado às esferas judiciais, pois isto pode tanto ajudar, quanto prejudicar a profissão em si, pois se individualmente perder o caso, corre-se o risco de que a TODOS os demais colegas também se apliquem decisões semelhantes...

    Claro, o colega de Santa Catarina merece os parabéns por esta vitória inicial, cabendo-lhe preparar o espírito para os recursos judiciais e extra-judiciais aos quais os radicais grupos que buscam monopolizar a Acupuntura irão acionar...Todo mundo sabe que sempre pode contar com o SINTE para defender causas justas.

    A jurisprudência (casos julgados...) quanto ao exercício da Acupuntura sempre foram a favor da LIBERDADE, sendo seu uso LIVRE a todas as profissões.

    Uma das mais antigas é a divulgada em nosso Tutorial Terapia Holística, relativa ao nosso colega Annibale Longhi, que foi um dos mártires da causa, ao defender seu caso até as últimas consequências.
    o mais importante caso julgado (pelo fato de ser uma causa COLETIVA e abrangendo não só a Acupuntura, mas sim, TODAS as técnicas de nossa profissão), foi justamente a vitória obtida pelo SINTE junto à 8a Vara Federal, o­nde TODAS as alegações do Conselho de Medicina, de Psicologia, de Fisioterapia, de Odontologia, de Fonoaudiologia, de Farmácia, de Nutricionismo e de Biologia foram JULGADAS TOTALMENTE IMPROCEDENTES.

    O bom senso, a ética e a busca pela conciliação, nos leva a jamais "alardear aos 4 ventos" tamanhas vitórias, pois isso só criaria situações de "revides" e incentivaria ainda mais a animozidade entre as entidades representativas das profissões.

    A proposta do SINTE é justamente que todas as diversas profissões possam trabalhar LIVREMENTE E EM PAZ, cabendo aos CLIENTES realizarem suas escolhas, sem que nenhuma instituição seja "dona" das técnicas e, muito menos, da VERDADE.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 16/07/2007 11:19


    Acupuntor não pode ser acusado de exercício ilegal da Medicina

    Notícia publicada em http://www.procon.rs.gov.br/procon_nova/noticia_view.php?id_noticia=380 
    ...
    "
    Acupuntor não pode ser acusado de exercício ilegal da MedicinaJF-SC

    O acupuntor Marcelo Fabian Oliva e o Centro Integrado de Estudos e Pesquisas do Homem (CIEPH), de Santo Amaro da Imperatriz (SC), não podem ser acusados de exercício ilegal da Medicina pela prática da acupuntura. A decisão é do juiz Jurandi Borges Pinheiro, da 6ª Vara Federal de Florianópolis, em ação ajuizada contra o Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina (Cremesc), a Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura e a Sociedade Médica de Acupuntura de Santa Catarina.

    O juiz também determinou ao Cremesc e às duas sociedades que "não publiquem anúncios afirmando que a acupuntura só pode ser exercida por médico, sob pena de multa de R$ 50 mil por inserção". Pinheiro entendeu que, enquanto o exercício da acupuntura não for regulamentado por lei, o “Conselho Federal de Medicina não pode fazê-lo através de resolução, sob pena de violação da competência privativa da União para legislar sobre as condições para o exercício das profissões”.

    Além disso, o magistrado apontou que a acupuntura é classificada como profissão de nível técnico na Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo essa classificação, é atribuição do acupuntor realizar “prognósticos energéticos por meio de métodos da medicina tradicional chinesa para harmonização energética, fisiológica e psico-orgânica”.

    Argentino radicado em Santa Catarina, Oliva processou o Cremesc e as associações, para que não fosse mais acusado de exercício ilegal da Medicina e para que não fossem mais divulgados anúncios com a afirmação de que a acupuntura é atividade privativa dos médicos. O acupuntor também pediu que lhe fosse assegurado o direito de resposta às acusações já divulgadas e a condenação dos réus por danos morais.

    Os dois últimos pedidos foram negados pelo magistrado, para quem a divulgação de comunicados – afirmando que a acupuntura praticada por não médicos representa risco à saúde – “não constitui fato apto à configuração de dano moral, porquanto dentro dos limites razoáveis de defesa da suposta prerrogativa médica”. Finalmente, Pinheiro considerou que, “com a postulação de indenização, resta inviabilizado o direito de resposta”.

    Cabe recurso ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Proc. nº 2003.72.00.003442-0)
    "
    ...

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 16/07/2007 11:20


    Acupuntura - Fiscalização

    Fiscalização

    Acupuntura

    É de conhecimento público que, na metade última do ano de 1995, fazendo-se valer de uma simples resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) sobre a Acupuntura (a qual não poderia jamais pretender ingerir sobre outras categorias profissionais que não fosse a classe médica), alguns médicos se dirigiram aos meios de comunicação dizendo-se representantes do CFM, e, iniciaram uma campanha difamatória, tentaram prejudicar seriamente os Acupunturistas, induzindo a perseguições indevidas dos órgãos públicos tais como Centros de Vigilância Sanitária, Secretarias de Saúde e Prefeituras de alguns pontos do território nacional, as quais, foram levadas ao erro, pois trataram as simples entrevistas nos meios de comunicação como se fossem leis. Na verdade, um Conselho profissional pode criar regras tão somente para seus próprios membros, ou seja, o Conselho de Medicina poderia criar regras para os médicos exercerem acupuntura, mas não tem direito legal de criar regras para os fisioterapeutas, nutricionistas, biomédicos, terapeutas holísticos, nenhuma outra profissão que não a própria... Assim sendo, tentaram lesar o Acupunturista em seus direitos constitucionais, em especial o ARTIGO 05 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL que lhe garante livre exercício deste ofício. Os membros dignos da classe médica, ou seja, a sua grande maioria, estão de pleno acordo com a nossa posição e nos opoiam, pois sabem que é moralmente insustentável que apenas os médicos possam exercer a Acupuntura, já que tal matéria nem sequer é estudada nos cursos de medicina.

    Esta temática já foi objeto de avaliação recente em vários colegiados, sendo unânime a conclusão de que PRATICAR ACUPUNTURA NÃO É ATO MÉDICO. Já houve tentativa anterior de monopolizar a técnica para a classe médica, isto em 1993, por parte, inclusive, de alguns indivíduos que novamente nos dias de hoje procuram o mesmo objetivo. Tal absurdo partiu de alguns membros da Secretaria de Vigilância Sanitária (Brasília) que emitiu um "Relatório Final e Recomendações/ Seminário Sobre O Exercício Da Acupuntura No Brasil", onde extrapolando as suas atribuições, procuravam, numa atitude corporativista, monopolizar a Acupuntura como exclusividade médica. TODOS OS CONSELHOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE ASSINARAM DOCUMENTO DIRIGIDO AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DA SAÚDE ONDE DISCORDAM DO RELATÓRIO E CONCLUEM SOBRE A ACUPUNTURA: " A MESMA NÃO É UMA PRÁTICA MÉDICA MAS, SIM, E TÃO SOMENTE UMA METODOLOGIA TERAPÊUTICA APLICÁVEL EM QUALQUER CAMPO DO SABER NA SAÚDE". E mais, afirmam OFICIALMENTE ser a Acupuntura: "Em se tratando de uma Metodologia Terapêutica Milenar montada em bases Filosóficas dispares de qualquer formação acadêmica, em qualquer área profissional do campo da Saúde no país"; "Estas bases Filosóficas que movimentaram os Métodos e as Técnicas de Acupuntura são distintos dos princípios de diagnóstico e metodologia terapêuticas que movimentam academicamente as práticas de Saúde do mundo ocidental"; " Para a Acupuntura não há exigência de pré-qualificação no campo da medicina tanto no Brasil como no exterior. A mesma não é uma prática médica mas, sim, e tão somente uma Metodologia Terapêutica aplicável em qualquer campo do Saber na Saúde". Acrescentam ainda, de forma muito justa e honesta: "O Seminário contou apenas com a participação restrita e não representativa das profissões de Saúde, haja visto não terem sido convidados outros profissionais e mesmo autodidatas, que sempre demonstraram grau de responsabilidade com a questão da Acupuntura em nosso país". Relembrando: assinam este documento os representante oficiais dos Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Conselho Federal de Nutricionistas, Conselho Federal de Biologia, Conselho Federal de Odontologia, Conselho Federal de Farmácia, Conselho Federal de Biomedicina, Conselho Federal de Psicologia, Conselho Federal de Enfermagem, Conselho Federal de Medicina Veterinária, Conselho Federal de Serviço Social, Conselho Federal de Fonoaudiologia e, até mesmo, o próprio Conselho Federal de Medicina. Documento de teor semelhante é a Recomendação 27/93 da Comissão Técnica de Atuação Profissional na Área de Saúde, do Ministério da Saúde, afirmando: "Que no documento conclusivo do Seminário de Acupuntura transparece, fortemente, a vontade da criação de reserva mercantil para o exercício de tal atividade desconsiderando o aprofundamento necessário das discussões científicas e acadêmicas que envolvem a matéria".

    Convém lembrar que só uma lei federal pode restringir as práticas da Acupuntura para os filiados ao Conselho Federal de Terapia e não há notícia de um único projeto que seja que tentasse enquadrá-la como prática médica. Todos os existentes visavam incluí-la como uma técnica distinta da classe médica. Como exemplos, podemos citar o próprio projeto desenvolvido pelo Conselho Federal de Terapia que propõe a criação da profissão de Terapeuta Holístico, que foi apresentado pelo ilustre Deputado José de Abreu, além dos anteriores do então senador Valmir Campelo que propunha a profissão de Terapeuta em Medicina Natural (projeto de Lei do Senado número 306, de 1991), além do PLC 67/95, e, o projeto mais explícito sobre Acupuntura, de autoria do então senador, e ex-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, que dispõe sobre o exercício da profissão de Técnico em Acupuntura. Muito nos gratifica saber que o próprio ex-Presidente da República concorda com nosso ponto de vista.

    Igualmente interessante é a jurisprudência sobre as técnicas naturalistas serem ou não atividades lícitas e se são ou não ato médico: TODOS os pareceres concluiram ser LIVRE o exercício profissional. Tanto isso é verdade que o CFM abriu mão de seu direito de se manifestar na ocasião em que o Sr. Dr. Waldir Paiva Mesquita, M. D. Presidente do Conselho Federal de Medicina, recebeu a Notificação do CFT - Conselho Federal de Terapia, remetida via Cartório do 2º Ofício de Brasília, onde interpelamos: "Pretende o CFM, de acordo com as suas resoluções, impedir o terapeuta "não-médico" de exercer a acupuntura ?". Esta Notificação, somada a outras ações do CFT pôs fim a uma série de informações incorretas sobre o exercício da Acupuntura, conquistando o máximo de tranquilidade para nossos filiados.

    Curiosamente, após tanta polêmica, conforme noticiado no próprio Jornal do CFM (Ago/Set/96), acabou não sendo validada a "especialidade médica de acupuntura", pois, "... situações como a da Associação Médica Brasileira de Acupuntura, que foi reconhecida pelo CFM mas não integra a AMB, não podendo, portando, conceder título de especialista" (o grifo é nosso).

    Veja o texto A prática de acupuntura não caracteriza exercício ilegal de Medicina na figura abaixo:

    tribunais.jpg

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 16/07/2007 11:27


    FITOTERAPIA NA HOLOPUNTURA

     Trabalho de Conclusão de Curso

    Neuza Miranda e Silva Chammas

    Terapeuta Holística

    CRT 36999

    Curso de Fitoterapia

    Docente: Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico

    CRT 21001

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas

    CEA – Comunidade de Estudos Avançados

    Porangaba 2007-04-09

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    PORANGABA – 2007-04-09

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    CEA – COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM

    TERAPIA HOLÍSTICA

    DISCIPLINA – FITOTERAPIA

    ORIENTADOR: HENRIQUE VIEIRA FILHO

    CRT 21001 - TERAPEUTA HOLÍSTICO

    PORANGABA – 2007-04-09

    A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.” Nicolau Copérnico

    DEDICATÓRIA:

    Dedico este trabalho à minha mãezinha

    Carlota,

    minha primeira mestra em

    Terapia Holística.

    PORANGABA – 2007-04-09

    AGRADECIMENTOS

    À MINHA FAMÍLIA

    Georges

    Ana Carla

    Daniela

    Georges Jr

    Marcos Reskalla

    e

    Adilah

    Pela presença constante de cada um deles em minha caminhada.

    AO SINTE

    -Pela preocupação em oferecer o melhor aos Terapeutas Holísticos.

    A HENRIQUE VIEIRA FILHO

    -Pelo seu otimismo, arrojo e coragem de levar adiante um projeto tão nobre e, por despertar nos TH a consciência de um trabalho com ética, dignidade e responsabilidade.

    PORANGABA – 2007-04-09

    SUMÁRIO:

    01 – Resumo.......................................................................................................08

    02 – Introdução...................................................................................................13

    03 – Material e Metodologia................................................................................16

    04 – Resultados...................................................................................................22

    05 – Discussão....................................................................................................28

    06 – Conclusões..................................................................................................30

    07 - Referências Bibliográficas............................................................................32

    08 – Anexos e Apêndices....................................................................................33

    8.1. NTSV – FT 001............................................................................................33

    8.2. A Fitoterapia na História do Brasil................................................................38

    8.3 Listagem atualizada dos Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos................................................................................................................40

    RESUMO

    Este trabalho apresenta um estudo sobre Fitoterapia no atendimento aos meus clientes cotidianos, em meu próprio Espaço de Terapia Holística, sito à Rua Professor Antonio Freire de Souza, nº 231, em Porangaba, SP.

    Iniciei os ensaios de aplicação da Fitoterapia aliada às Técnicas da Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal Manipulativa, logo após o início do curso em junho de 2006 e as intensifiquei logo depois da aula prática, ocorrida no dia 10 de setembro de 2006, durante a realização do Congresso Holístico promovido pelo SINTE.

    O desenvolvimento dos estudos fundamentou-se nas aulas ministradas pelo docente, Terapeuta Holístico Henrique Vieira Filho, no Curso de Fitoterapia, oferecido pela Comunidade de Estudos Avançados, aos TH associados ao SINTE, bem como no embasamento teórico e prático, adquirido no ano anterior, no Curso de Holopuntura e, em leituras complementares, especialmente em obras contidas na bibliografia apresentada e sugerida pelo docente.

    As técnicas começaram a fazer parte de minha vida como Terapeuta Holística e todos os meus clientes se beneficiaram com ela.

    Três clientes especiais foram escolhidos para terem os atendimentos relatados semanalmente, do final do mês de outubro de 2006 ao final de fevereiro de 2007, com o objetivo de recolher subsídios a trabalhos posteriores.

    Estes atendimentos serviram de base para avaliação do meu trabalho, através da supervisão do docente HVF.

    Estando eu dedicando-me à Terapia Corporal Manipulativa há mais de cinco anos, vi nos novos conhecimentos e nas técnicas da Holopuntura uma excelente oportunidade de obter melhores resultados em meu trabalho. Percebi que, especialmente na Avaliação dos Pontos de Alarme, havia uma proximidade muito grande com o que eu já praticava.

    Com o auxílio da Fitoterapia meu trabalho foi ganhando um diferencial muito importante, uma vez que o cliente poderia dar continuidade ao tratamento durante a semana, depois que eu concluísse meu atendimento naquele dia.

    Fui associando a Fitoterapia e a Holopuntura, através da Avaliação dos Pontos de Alarme, à Terapia Corporal Manipulativa, seja ela relaxante ou estimulante.

    Observei que em qualquer outra modalidade de Terapia Corporal, torna-se perfeitamente viável a utilização da Fitoterapia aliada à Holopuntura em benefício do cliente, quando se busca o equilíbrio e melhor qualidade de vida e, principalmente, quando nossa meta é a harmonização corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma.

    Também vi na Pulsologia de Nogier um importante instrumento de avaliação do momento vivenciado por cada um de meus clientes, através da análise da reação de seus pulsos diante de estímulos diferentes.

    Pude perceber como é diferente a reação do Pulso das pessoas aos estímulos feitos com os Fitoterápicos, antes e depois das manobras de uma TC relaxante ou de outra estimulante.

    De modo prático e objetivo, estudamos e aplicamos a Fitoterapia sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade.

    As incríveis “coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como fitoterápico tornou o aprendizado lúdico e prático.

    Focando em uma pequena variedade de plantas, todas de venda livre e facilmente encontradas na natureza e nas casas do ramo, esta abordagem utiliza a Teoria dos Cinco Movimentos Chineses, bem como da Pulsologia de Nogier (orelhas, pés e mãos) e a dos Pontos de Alarme dos Meridianos para a correta seleção de fitoterápicos para cada momento de nossos clientes.

    É isso que relatarei em meu Trabalho de Conclusão de Curso.

    Ele foi elaborado com muito amor, mas com simplicidade, pois a arte da qualidade de vida é algo que nasceu da simplicidade de povos que viviam em contato com as plantas, com o simples, mas puro e belo.

    Nada nele é utópico ou impossível de ser praticado por qualquer pessoa que tenha os conhecimentos necessários a respeito de técnicas de Terapia Corporal e que venha a conhecer a Holopuntura e a Fitoterapia.

    O conhecimento de cada uma das plantas e sua utilidade de acordo com o ponto de vista dos CMC é de suma importância ao TH. Esse embasamento teórico foi oferecido aos discentes durante o curso de Fitoterapia.

    Estas são as cinco plantas que constituem a Fitoteca Essencial:

    Cavalinha – Harmoniza

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Alecrim – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Metal;

    Lavanda – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Terra e Metal;

    Calêndula – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Terra;

    Tomilho – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Metal;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Terra.

    Em nossa Fitoteca Ampliada encontramos outras opções de plantas:

    Angélica – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Artemísia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Bardana – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Terra e Metal;

    Camomila – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Terra;

    Coentro – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Dente-de-Leão: Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água e Madeira;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Hortelã – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Limão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    Malva – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Manjericão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Manjerona – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Melissa – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira, Fogo e Terra;

    Milefólio – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Orégano – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Passiflora – harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água, Madeira e Fogo;

    Sálvia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Tanchagem – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal.

    INTRODUÇÃO

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério.

    As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas.

    Os antigos povos observavam as características de personalidade de cada planta e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos.

    Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais.

    Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a, então, dentro dos Cinco Movimentos Chineses e especificando para que cada uma delas servia.

    Nesta nova maneira de utilizar as plantas como recursos terapêuticos naturais, ao invés de nos atermos a tabelas de correlação entre sintomas e plantas, esta abordagem propõe quintessenciar a adequação a cada caso, passando as plantas a serem selecionadas com o auxílio da Pulsologia de Nogier e/ou a reação ao toque nos Pontos de Alarme, mediante aproximação de amostras dos fitoterápicos.

    Este método tem se mostrado imbatível na prática de consultório. Como ninguém é exatamente igual a outro, não é adequada a escolha das ervas baseando-se apenas nas estatísticas sobre a utilidade de cada uma delas.

    Segundo diversas culturas milenares, as ervas são símbolos de tudo o que é harmonizaste e vivificante, restauram a saúde, a virilidade, a fecundidade, o parto e a riqueza.

    Foram os deuses quem descobriram suas propriedades terapêuticas, o que ilustra a crença universal que o equilíbrio só pode vir de uma dádiva divina, como tudo o que é ligado à vida.

    Para os cristãos, as ervas deviam a sua eficácia por terem sido encontradas pela primeira vez no monte do Calvário.

    A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam, também, as forças ígneas da terra. Enquanto manifestação de vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadoras de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica.

    Por acumularem estas forças, os antigos sempre viram nos vegetais propriedades saudáveis ou venenosas, daí o seu emprego também na magia. Quase todas as divindades femininas grego-romanas protegem a vegetação: Deméter (deusa das alternâncias entre a vida e a morte, bem como das terras cultivadas), Afrodite (Vênus, deusa da fecundidade), Ártemis (Diana, selvagem deusa da natureza), além de algumas entidades masculinas como Ares (Marte, que simboliza a força bruta, é, também, protetor das colheitas, um dos deveres do guerreiro) e Dioniso (Baco, símbolo das forças de dissolução da personalidade, deus da fecundidade, da vegetação, das vinhas).

    No sincretismo afro-brasileiro, Ossâim é o responsável pelas ervas terapêuticas e sagradas, sendo seus iniciados conhecedores de suas serventias, bem como das palavras ritualísticas necessárias para libertar o axé (poder potencial) de cada planta.

    Aqueles que trabalhavam com as ervas em quase todas as culturas viam as plantas como símbolos vivos de entidades invisíveis, tais como deuses, elementais e espíritos, os quais deveriam ser evocados ou aplacados com o uso de palavras mágicas ou sacrifícios.

    O respeito à natureza os levava a não cultivar suas ervas, mas sim ir ao encontro das que nasceram espontaneamente na mata.

    Ainda hoje, os adeptos de Ossâim (orixá do sincretismo afro-brasileiro) costumam deixar uma vela verde, em troca do que retirarem, ou uma das folhas colhidas, para manter inalterado o equilíbrio do local.

    O uso terapêutico das plantas é anterior à humanidade, pois os animais, instintivamente, sabem quais e quanto das ervas devem comer para melhorarem de seus distúrbios.

    O ser humano, cada vez mais isolado da Natureza, foi perdendo esta capacidade de percepção. Mas, em algumas culturas, como as orientais e a indígena, mantiveram-se as tradições da utilidade atribuída a cada planta, muitas vezes transmitidas oralmente por milênios, havendo, ainda, tratados escritos em civilizações mais sofisticadas, como era o caso da chinesa e da egípcia.

    Os antigos Terapeutas Holísticos não cultivavam suas plantas terapêuticas, pois sabiam que se o vegetal espontaneamente escolhesse seu local de nascimento é porque aquele solo é o ideal, capaz de proporcionar-lhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeito terapêutico.

    Na China Milenar, um dos critérios de avaliação da serventia de uma planta era a observação de seus sabores, cores, formatos, época de floração e de suas características de "personalidade".

    Analisemos uma planta por critérios subjetivos: o Dente-de-Leão vem conseguindo se desenvolver espontaneamente nas grandes cidades como São Paulo, apesar da poluição e das condições nada naturais deste ambiente. Nem por isso a planta deixou de participar da harmonia da Natureza, sendo, pois, indicada para toda pessoa que esteja "estressada", com dificuldades de sobrevivência, esgotada e intoxicada, a qual poderá, literalmente, "beber" da sabedoria deste vegetal e sobreviver nesta "selva de pedra".

    METODOLOGIA E MATERIAL

    A Fitoterapia sempre esteve presente em minha vida!

    Filha de pais provenientes da roça e com poucos recursos financeiros para a busca de médicos e de remédios “de farmácia”, nossa cura em situações mais corriqueiras sempre foi providenciada pelo que dispúnhamos no quintal ou nos matos dos arredores de casa. É claro que muitas vezes precisamos dos médicos e dos remédios. Mamãe nunca foi negligente.

    Muitas e muitas vezes os chazinhos constituíam nossos refrescos em dias de calor e nossos aquecedores nos dias e noites gélidos de inverno.

    Tomávamos chá de marcelinha para dor de barriga... Erva de Santa Maria para vermes... Capim cidreira para os nervos... Hortelã para tosse... Erva doce para barriga estufada... Mentruz... Mentrasto... Flor de mamoeiro... Flor de laranjeira... Folha de abacateiro para inchaço nas pernas... Poejo para criança enlombrigada... Alface para insônia... Sabugueiro para botar o sarampo para fora... Arruda para recaída de dieta das mulheres que pariram...

    A lista era enorme! Para tudo mamãe tinha um chazinho abençoado.

    Garrafadas... Mamãe fazia para mulheres com recaída de dietas... Para crianças que tiveram sarampo... Até para os que sofriam de “ataques’”.

    Ela benzia crianças com “quebranto” e adultos com “cobreiro”...

    Dona Carlota era muito querida e muito procurada!

    A qualquer hora em que batessem à sua porta ela estava pronta para ajudar o pobre sofredor!

    Tinha ela dois livros enormes, cheios de figuras coloridas de plantas, verduras, legumes e frutas que me encantavam!

    COME PARA CURAR-TE” e “BEBE PARA CURAR-TE” eram os títulos!

    Passei minha infância e juventude folheando e lendo aquelas maravilhas! Não sei dizer quem eram os autores e nem do paradeiro deles, mas gostaria muito de reavê-los.

    Não foi por acaso que depois de vinte e oito anos de dedicação ao magistério me vi fortemente atraída por algo que já estava em minha vida desde a infância.

    Ao me envolver com a Holopuntura percebi que era uma técnica que estava à disposição de outras modalidades holísticas e a serviço do bem estar de pessoas, tendo como premissa central a possibilidade de aplicação de estímulos em micro regiões (pontos) e com isso obter reações globais, despertando os próprios recursos naturais de auto-harmonização. Desta forma vi a possibilidade de usar a Fitoterapia em conjunto com a Holopuntura.

    Desde o início do Curso de Holopuntura, em junho de 2005, o que mais me empolgou, na técnica, foi a utilização dos Pontos de Alarme, pois eu já tinha familiaridade com eles.

    Ao iniciar o Curso de Fitoterapia constatei que na verdade eu estaria, com ele, ampliando minhas possibilidades de trabalho com os clientes, de uma forma mais eficiente, pois o “novo” dava a possibilidade do cliente continuar equilibrando-se “em casa”, usando os fitoterápicos como um complemento ao tratamento por mim desenvolvido em um pouco mais de uma hora de atendimento.

    No mês de outubro iniciei o atendimento supervisionado a três clientes muito especiais, utilizando os conhecimentos que estava recebendo através do curso. Eles já eram meus clientes em Terapia Corporal, Cromoterapia, Reflexoterapia Podal e Reiki.

    Vi a possibilidade de associar a Fitoterapia como aliada da Holopuntura às minhas técnicas e passei a utilizá-las, dessa forma, com todos os meus clientes, mas escolhendo três para serem meus instrumentos de avaliação através da supervisão de relatórios que deveriam ser encaminhados semanalmente ao docente Henrique Vieira Filho.

    Esses três clientes vivem momentos e situações emocionais totalmente diferentes, cada qual com seu desafio, trazem um baú de bagagem, composta de conflitos, medos, inseguranças e muitos outros sentimentos, bons e ruins.

    Posso descrever desta forma meus clientes especiais:

    Cliente nº. 1 – Mulher, 48 anos, professora readaptada por incompatibilidade profissional, com uma história de vida marcada por muitas discriminações dentro da própria família; uma juventude marcada pela rebeldia e por uma grande frustração amorosa; um passado recente com envolvimentos em drogas e várias crises depressivas; internação em clínica de recuperação de dependentes químicos; grande preocupação com a obesidade, tem mania compulsiva por limpeza e sente-se mal casada, mas não tem coragem de assumir uma separação; recentemente sofreu muito a perda do pai e no momento vive preocupada com o futuro do filho que tem 18 anos. Apresenta vários problemas de saúde física.

    Cliente nº. 2 – Mulher, 57 anos, nível sócio econômico elevado, pessoa com trato social super-refinado; culturalmente uma pessoa muito sofisticada, vive um casamento muito bem estruturado. Emocionalmente trata-se de uma pessoa com uma carga muito pesada de rancores e mágoas trazidas desde a infância; não se relaciona bem com familiares e tem diferenças marcantes com a única filha. Crítica e dominadora, inflexível consigo mesma e com os outros vive crises de afastamento das pessoas e de tristeza porque as pessoas também se afastam dela.

    As duas clientes recebem atendimento médico e trazem um diagnóstico de órgãos afetados, disfunções glandulares e fisiológicas, fazendo uso de medicamentos de uso contínuo.

    Cliente nº. 3 – Mulher, 45 anos, com uma história de vida de muito trabalho ao lado do marido; há dois anos vem sofrendo terrivelmente por conta de um adultério cometido pelo marido e isso gerou muitos problemas emocionais, dores de cabeça e outros sintomas físicos, Não procura acompanhamento médico. Viveu uma fase de busca de uma melhor auto-estima através de cirurgias plásticas, freqüência em academia e por último veio em minha procura. Não utiliza medicamentos rotineiramente.

    Os três foram esclarecidos sobre as várias técnicas de Terapia Holística que utilizo e a respeito dos benefícios que elas podem proporcionar.

    Às duas que estão sendo acompanhadas pelo médico pedi que continuassem a seguir rigorosamente todas as suas orientações e que nada fosse alterado em suas rotinas, sem o parecer do profissional que as acompanha.

    Uma das clientes já vem recebendo a Terapia Corporal há muito tempo com conta de um sério problema na coluna vertebral; uma delas iniciou o tratamento buscando a Drenagem Linfática logo após uma de suas cirurgias e continuou a vir quando percebeu que suas dores de cabeça e a TPM não a incomodavam mais. A outra veio após a leitura de um artigo que escrevi no jornal periódico da cidade e de uma conversa a respeito dos benefícios que ela poderia desfrutar na TH.

    Todas elas procuraram a TH por vontade própria, depois que tomaram conhecimento a melhoria da qualidade de vida e o afastamento dos desconfortos vividos no cotidiano que a TC poderia oferecer.

    Duas delas vieram pensando na Terapia Corporal e até utilizando termo inadequado para nomear o que desejavam, pois viviam com constantes desconfortos musculares e articulares, tensões, inchaços nas pernas, celulite, etc.

    Na verdade também sofriam com dores de cabeça, problemas de pele, queimação no estômago, etc. e buscavam soluções e alívio para algo que os incomodava muito, mas que não sabiam tratar-se de desequilíbrios provocados por emoções negativas que foram acomodando-se em seus músculos, articulações e outras partes do corpo como carapaças protetoras, como escudos, com os quais poderiam se defender, caso as situações voltassem a atacá-los.

    Iniciei o trabalho com as três usando a TC Relaxante e obtive melhoras significativas, mas quando comecei a utilizar as Técnicas da Holopuntura, auxiliada pela Fitoterapia, associadas ao que já vinha desenvolvendo com eles, as mudanças tornaram-se brilhantes aos olhos...

    Passei a fazer, antes de tudo, a Avaliação dos Pontos de Alarme ou então aplicando a Pulsologia de Nogier para ter um ponto de partida na avaliação do momento de cada uma de minhas clientes.

    Tendo a resposta do corpo, dizendo-me o que estava desequilibrado energeticamente, segundo os Cinco Movimentos Chineses, poderia partir para o teste de adequação dos Fitoterápicos, que eram escolhidos mediante as informações recebidas nas aulas do curso.

    A escolha dos Fitoterápicos para o teste de adequação normalmente era feita tendo como base:

    1º.- a nossa Fitoteca Essencial, composta de cinco Fitoterápicos Básicos, cada um deles específico para desequilíbrios YIN e YANG de cada um dos Cinco Movimentos Chineses, a saber: Madeira – Alecrim, Fogo – Lavanda, Terra – Calêndula, Metal – Tomilho, Água – Cavalinha.

    2º.- a nossa Fitoteca Ampliada onde encontramos mais opções de escolhas de ervas que servirão, algumas para desequilíbrios YIN e outras para desequilíbrios YANG.

    O teste de adequação consiste em escolher as plantas que o TH julga adequadas e através de técnicas específicas verificar quais delas são realmente adequadas para aquele exato momento do cliente.

    Este poderá ser feito nos Pontos de Alarme, se a busca do desequilíbrio se baseou na avaliação deles. Neste caso as plantas selecionadas são colocadas, uma a uma, em contato com a mão do cliente e o ponto sensível ao toque novamente é pressionado. A baixa da sensibilidade nos revelará qual a mais adequada para o momento que estamos tratando.

    Se estivermos utilizando a Pulsologia de Nogier, após avaliarmos as regiões reflexológicas (nas orelhas, mãos ou pés) e detectarmos o local que apresentou-se em desequilíbrio, procederemos da mesma forma: podemos colocar, com ajuda de uma pinça, um pontinho de cada planta, uma de cada vez, no local e avaliar o Sinal de Nogier, como reação ao efeito delas.

    Meu trabalho com minhas três clientes consistiu nessas técnicas, sempre complementadas com Terapia Corporal ou com banhos terapêuticos preparados sempre com o Fitoterápico adequado para aquele momento que a cliente vivenciava.

    Nas três clientes os fitoterápicos e minhas próprias mãos foram sempre meus principais instrumentos de estimulação e energização dos locais correspondentes aos meridianos em desequilíbrio.

    Utilizei óleos essenciais, a planta fresca colhida em minha própria horta, cremes e óleos vegetais orgânicos de boa procedência.

    Fazendo uso do BRT recomendei o chá adequado para cada momento delas e orientei-as sobre como preparar e tomar cada um deles.

    Todos os atendimentos a esses clientes foram relatados de forma minuciosa, inclusive com os diálogos estabelecidos no momento da terapia, foram postados no site do SINTE e colocados à disposição, para avaliação e posterior orientação. do nosso orientador/supervisor/docente/TH, Henrique Vieira Filho

    O Aconselhamento, como forma de interação cliente/terapeuta, levando o cliente ao auto conhecimento e a mudança em várias áreas (comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida, além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões) fez parte do processo terapêutico,

    Vi nesta técnica a possibilidade de estabelecimento de um vínculo muito mais forte na relação terapeuta/cliente e vice-versa, além da possibilidade do “extrapolar” das emoções, que normalmente ocorre no decorrer do atendimento.

    Com o aconselhamento obtive momentos muito emocionantes durante os processos terapêuticos, explosão de sentimentos muito fortes guardados pelas clientes.

    Durante todo o tempo em que venho trabalhando como Terapeuta Holística fui integrando ao processo de Terapia Corporal Manipulativa a Reflexoterapia Podal, que considero uma técnica que permite o acesso aos planos físico e espiritual do ser; um meio de prevenção dos desequilíbrios e do reconhecimento precoce dos mesmos. Hoje, após o Curso de Fitoterapia, posso, seguramente, aplicar as ervas, também nos pés dos meus clientes com a certeza de que o efeito será sempre benéfico.

    Ela não apresenta efeitos colaterais e serve-se como excelente técnica quando o cliente chega até nós manifestando timidez ou sentindo-se desconfortável, pelo simples fato de ser tocada.

    Quando você segura os pés de alguém, está segurando a alma dessa pessoa”.

    Com o mapeamento dos pés segundo os Cinco Movimentos Chineses todo o processo de terapia através das zonas reflexológicas podais ganhou um novo sentido, uma nova visão, na hora de exercer as pressões e descobrir desequilíbrios que atingem desastrosamente a harmonia do ser como um todo.

    Com a Pulsologia de Nogier, técnica prática e de fácil aprendizado, aplicada à Fitoterapia, podemos definir os estímulos/vegetais mais adequados para o momento especial do cliente, tomando o pulso e verificando como ele reage a este ou aquele, e decidir sobre qual usar, a fim de obter melhores resultados em matéria de harmonização.

    Basta testar cada opção que deseja aplicar, por sobre cada ponto localizado no percurso dos meridianos selecionados com em desequilíbrio e verificar qual deles faz com que o Sinal de Nogier seja mais nítido, limpo, forte, seja pelos trancos ou pelas sumidas.

    .

    Enfim, a Fitoterapia associada à Holopuntura permite, de várias maneiras, cuidar de gente, isto é, seres onde o TODO deve estar em uníssono com o UNIVERSO, pois que ele mesmo é um Universo em Miniatura.

    RESULTADOS

    Em todas elas pude notar aspectos emocionais muito fortes provocando os desequilíbrios, bloqueando a energia e gerando problemas sérios a serem resolvidos.

    A cliente nº.1 apresenta sinais de enraizamento profundo de suas emoções negativas; sempre conviveu com a baixa auto-estima; sempre se sentiu o patinho feio da casa; sempre foi tratada como a ovelha negra da família. Foi discriminada por colegas e professores, que a chamavam de “louca”. Perdeu o maior amor de sua vida por causa da sogra que não permitiu que o filho continuasse o namoro...

    Necessita de acompanhamento terapêutico constante, pois volta a se desequilibrar com muita facilidade. Apresenta muitos altos e baixos emocionais e isso denota que está muito insegura emocionalmente. Apresenta a fala enrolada e apressada, gagueja muito, apresenta salivação excessiva e sua saliva costuma acumular em forma de espuma nos cantos da boca. Tem um problema nasal que faz que tenha constantemente secreções secas grudadas nas bordas das narinas. Isso a constrange muito e ela vive com o nariz avermelhado, e até ferido, de tanto fazer a higiene do mesmo. Tem complexo do cabelo, da gordura, do marido, de tudo. Sente-se muito infeliz. Vez ou outra ainda extrapola na bebida e depois fica com remorsos. Sente-se vitoriosa apenas no que diz respeito ao filho, que realmente é uma preciosidade nos dias de hoje.

    Não vi nesta cliente resultados totalmente satisfatórios, mas só o fato de ela ter comparecido direitinho às seções de terapia foi ponto muito positivo visto que nunca tinha conseguido ir às seções da psicóloga por três vezes consecutivas.

    Outro ponto positivo foi o de que normalmente ela chegava num estado de humor considerado como ruim, mas ao sair ia toda feliz para casa como se nada tivesse ocorrido antes de vir para cá.

    Ela continuará a terapia.

    A Cliente nº 2 é o típico caso de pessoa que se acha super equilibrada; é a dona da verdade, orgulhosa, prepotente e crítica; apresenta até uma tendência a humilhar as pessoas, principalmente em se tratando de subalternos. Tem seu lado bom e amoroso, mas parece querer sufocá-lo com gestos e atitudes que denotam frieza de sentimentos... Rejeita os presentes que lhe dão se eles não são do seu agrado ou se julga não estarem á sua altura... Despreza as pessoas de uma forma muito vil se estas a contrariam em suas vontades, inclusive a própria filha. Não admite ser contrariada e não cede em suas exigências. Sente-se uma pessoa superior tanto financeiramente como culturalmente. Em cinco anos em que viveu na cidade estabeleceu vínculo de amizade com apenas três pessoas e mesmo assim ainda fazia duras críticas ao comportamento delas. Ninguém a conhecia! Seu relacionamento com as pessoas se limitava ao encontro semanal para as aulas de yoga, conversas ali e nada mais. Saiu do espaço... Não a conheço!

    Consegui ver algumas mudanças em seu comportamento porque a questionei seriamente a respeito de algumas coisas, principalmente no que diz respeito aos ressentimentos em relação à mãe e na disputa que trava constantemente com a filha.

    A cliente mudou para muito longe daqui e não pudemos dar continuidade ao tratamento.

    A cliente nº. 3 chegou até mim numa fase muito difícil de sua vida.

    Estava sentindo-se ferida moralmente com a traição cometida pelo marido, humilhada por ter sido trocada por uma pessoa de baixo nível e de uma feiúra notável! Sentia-se afrontada!!! Não aceitava a atitude de desrespeito do marido para com ela... Ela foi a companheira por trinta anos... A batalhadora... Esteve sempre ao lado dele e de repente é troca por uma porcaria! Começou a sentir fortes dores de cabeça e no corpo todo... Nunca tinha sido mal humorada e agora vivia assim um dia sim e o outro também... Tinha insônias, enjôos, dores de estômago, diarréias, etc... Começou a sentir fome exagerada... Engordou muito! Entrou em pânico! Procurou um cirurgião plástico e fez várias cirurgias, uma depois da outra...Veio me procurar para fazer drenagem linfática após a cirurgia da barriga... Não parou mais.

    Passou por muitas mudanças positivas; começou a ver a vida e as pessoas de uma outra forma. Começou a se auto valorizar não apenas fisicamente, mas como um ser humano com dignidade e valores interiores muito nobres. Ela continua em processo terapêutico.

    Avaliando os resultados dos desequilíbrios, de forma quantitativa, neste período de atendimento para a supervisão cheguei ao seguinte quadro:

    Cliente nº. 1 –

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    2 vezes

    Madeira

    4 vezes

    C

    nenhuma

    ID

    nenhuma

    TA

    1 vez

    CS

    1 vez

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    2 vezes

    Terra

    4 vezes

    P

    4 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    5 vezes

    R

    nenhuma

    B

    3 vezes

    Água

    3 vezes

    Como se pode ver, foi no movimento Metal que ocorreu a maior incidência de desequilíbrios energéticos nesta cliente, mas é preciso considerar que em Madeira e Terra quase houve empate com Metal.

    Avaliando as emoções relacionadas com esses três movimentos em desequilíbrio, podemos constatar que RS apresenta desequilíbrios generalizados, mas nenhum deles chega a ser exagerado.

    O Movimento Fogo manteve-se equilibrado, na maioria das vezes, e isso freou tanto a apatia quanto a euforia das emoções relacionadas com os outros movimentos.

    Uma grande incidência de desequilíbrios ocorreu no Movimento Madeira, onde as emoções negativas são: raiva, irritação, impaciência, além de outras relacionadas.

    Outra incidência significativa ocorreu no Movimento Terra, onde as emoções negativas são: crítica, preocupação e suspeita.

    O que caracteriza o comportamento da cliente realmente são as emoções relacionadas com o movimento Metal: melancolia, tristeza, depressão, sensação de que a vida não vale a pena, sentimento de amor impossível, nostalgia e desânimo: é por aí que os pulmões são feridos. A respiração se torna ineficiente, a troca com o meio exterior é ruim, não desintoxicamos nosso organismo e nem renovamos a carga de oxigênio.

    Em todos os desequilíbrios detectados durante este período de supervisão a cliente foi orientada sobre a utilização dos chás fitoterápicos como forma de harmonizar seus estados emocionais e manutenção de sua qualidade de vida.

    Os resultados foram sempre positivos e ela sempre relatou sobre a melhora que sentia após a ingestão dos mesmos.

    Cliente nº. 2

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    nenhuma

    Madeira

    2 vezes

    C

    2 vezes

    ID

    nenhuma

    TA

    Nenhuma

    CS

    Nenhuma

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    1 vez

    Terra

    3 vezes

    P

    6 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    7 vezes

    R

    3 vezes

    B

    1 vez

    Água

    4 vezes

    Foi gritante a incidência de desequilíbrios no Movimento Metal.

    Apesar de todas as manifestações da cliente de sua prepotência, de sua auto-suficiência, de sua ação dominadora, de sua capacidade de liderança, o quadro mostra que YRCA é uma pessoa com muitos medos e receios, dado o número de desequilíbrios no movimento Água; ao mesmo tempo carrega em seu coração uma carga muito grande de tristeza que pode ser gerada pelo desgaste que ela se auto-aplica por conta de suas mágoas (águas ruins), seus rancores e ressentimentos. Quer amar as pessoas, mas as mágoas são muito grandes... Quer perdoá-las, mas o orgulho não permite que aja assim. Quer se reconciliar com as pessoas que fazem parte de sua história de vida, mas sente medo e desconfia que essas pessoas querem se aproximar dela por mero interesse. Sendo muito apegada aos bens materiais acha que as pessoas aproximam-se dela com o objetivo de tirar vantagens.

    Esses sentimentos estão instalando-se e ela começa a somatizar essas emoções negativas em seu corpo físico.

    Mas é Metal que se encontra mais desequilibrado...

    A cliente mostra-se altiva, mas em suas palavras percebe-se a melancolia, a tristeza, e uma tendência a isolar-se das outras pessoas, fechando-se no seu mundinho pessoal. Está sempre envolto em leituras, artesanato, filmes, arrumação de gavetas, reforma de roupas... Não gosta de se relacionar com outras pessoas.

    As emoções relacionadas com o Movimento Metal são fortes em sua vida, mas ela procura disfarçá-las ou escondê-las através de comportamentos excêntricos.

    De uma maneira geral ela preocupa-se muito com a saúde física e mental.

    Procura os médicos e faz muitos exames com muita freqüência; freqüenta academia, fazendo musculação, curte a natureza, as plantas, as flores, os pássaros e os animais em geral.

    Para YRCA, tomar chá é muito chique e ela fez do ato um momento sofisticado em sua vida.

    Cliente nº. 3

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    1 vez

    VB

    2 vezes

    Madeira

    3 vezes

    C

    3 vezes

    ID

    3 vezes

    Fogo

    -

    TA

    1 vez

    CS

    2 vezes

    Fogo

    9 vezes

    E

    1 vez

    BP

    1 vez

    Terra

    2 vezes

    P

    3 vezes

    IG

    Nenhuma

    Metal

    3 vezes

    R

    nenhuma

    B

    1 vez

    Água

    1 vez

    O movimento Fogo dominou toda a ação e as emoções de SRGM e sofreu a ação de suas emoções.

    O que afeta os processos de Fogo é o excesso de prazeres e alegria, ou, ao contrário, a privação deles.

    A cliente vivenciou situações extremas de excitação e de melancolia. Teve dias em que chegou eufórica de alegria, outros em que veio sentindo raiva, outros chegou com dor de cabeça e muito irritada.

    Apresenta tendência ao cansaço físico e esteve sempre às voltas com dores musculares e articulares.

    Seu estado de humor normalmente apresentou-se bom, apesar das tristezas que apresentou em algumas ocasiões. Também manifestou revolta e esteve com a auto-estima em baixa. É uma pessoa capaz de sair de um “baixo astral” com a mesma rapidez com que entrou, ou então, estar bem e, de repente, sentir-se muito triste. Tem um coração capaz de perdoar e isso favorece seu bom relacionamento com as pessoas em geral e especialmente com a família.

    Relatou que a experiência com os chás foi muito boa e que notou mudanças em vários aspectos de sua vida após a introdução deles.

    Lado a lado com o tratamento Fitoterápico, via chás, elas sempre receberam a Terapia Corporal, na maioria das vezes Relaxante e, nessas oportunidades eu já trabalhava percursos de meridianos em desequilíbrio, buscando pontos doloridos e aplicando estímulos com a planta selecionada como adequada para aquele momento específico de cada uma delas.

    Todas elas desenvolveram o hábito de tomar seus chazinhos.

    Comparativamente às correntes teóricas que se baseiam em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a fitoterápicos, a escolha pela Pulsologia e Pontos de Alarme mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da autoconsciência.

    Do ponto de vista legal, esta abordagem da Fitoterapia igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com as plantas em formato absolutamente diferente da abordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    DISCUSSÃO

    Os trabalhos realizados com a Fitoterapia, aliada à Holopuntura e a Terapia Corporal permitiram que meus clientes entrassem em contato com os medos, traumas e os outros sentimentos que desconheciam serem tão fortes em si mesmos.

    O estímulo fitoterápico em pontos e regiões correspondentes aos bloqueios trouxe uma resposta emocional que lhes permitiu o auto-conhecimento necessário à estruturação de seus desejos.

    Duas delas vieram com baixa auto-estima, com uma grande carência afetiva e com sentimentos negativos corroendo o corpo, a mente e a alma, enquanto uma delas, muito senhora de si, não tinha consciência da bagagem negativa que carregava em seu íntimo.

    A manipulação corporal lhes proporcionou bem estar, sensação de segurança e alívio geral, como se algo tivesse sido arrancado de suas entranhas, libertando-os de correntes que sufocavam.

    A avaliação dos desequilíbrios através da análise dos Pontos de Alarme possibilitou ao TH tomar conhecimento das emoções que bloqueavam as energias e traçar um caminho em direção ao equilíbrio.

    Através da Pulsologia de Nogier também foi possível ter uma visão do que se passava no interior de cada uma delas, associando as emoções regidas por cada um dos Cinco Movimentos Chineses aos desequilíbrios apresentados, como se as olhasse através de um aparelho capaz de mostrá-las em suas intimidades.

    Percebi em meus clientes, e cheguei à conclusão de que nós adultos temos bloqueios nos canais da alegria, geramos insatisfações e amarguras, cultivamos a descrença e os medos, como conseqüência de um processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de “expressão e de manifestação” foi podada pelos adultos que nos orientaram, pelos padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por muitas cobranças e pelo constante apontar de defeitos e falhas.

    Se havia imperfeição simplesmente ela existia porque estávamos em fase de aprendizado e formação, mas não porque estávamos predestinados a ser pequenos e ínfimos.

    É assim que muitos adultos se sentem, gerando bloqueios nos meridianos e desequilíbrios nos movimentos diversos do ciclo natural da vida.

    Uma das causas que podem tê-los conduzido a esse estado de desarmonia, provavelmente seja o fato que não terem tido a oportunidade de traçarem por si mesmos seus destinos, e caminharem sozinhos, experimentando as alegrias e as tristezas da própria escolha.

    Com este Método de Trabalho Terapêutico com os Fitoterápicos o próprio corpo determinará que plantas são as mais adequadas para um momento especial de cada cliente; não precisamos decorar listas de plantas “boas para isto ou para aquilo” como fazia minha mãezinha...

    Caberá ao TH única e exclusivamente buscar onde está o problema e perguntar ao corpo o que ele necessita naquele momento para solucioná-lo.

    Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

    CONCLUSÃO

    No decorrer do curso e, principalmente neste período de prática supervisionada pude perceber o quanto a Fitoterapia aliada à Holopuntura permite ao Terapeuta Holístico ajudar aos seus clientes a se verem como realmente são e nomear seus sentimentos; a dar um mergulho dentro de si mesmo e retornar renovados e conscientes das sombras do seu interior.

    Com a Fitoterapia aliada à Holopuntura o terapeuta Holístico tem oportunidade de caminhar na direção certa, seguindo a sinalização dada pelo próprio corpo do cliente e, desatar os “nós” que atrapalham o livre fluxo das energias.

    A cada novo atendimento vamos percebendo como as pessoas vão se modificando e ainda que os bloqueios se repitam por várias vezes nos mesmos meridianos, a intensidade com que aparecem vai sendo reduzida.

    Os estímulos fitoterápicos aplicados vão possibilitando que as emoções que geram os desequilíbrios venham à tona, em forma de reações diversas, com um único objetivo: a liberação do caminho para a energia vital.

    Trabalhadas em conjunto com manobras da Terapia Corporal, seja ela de que modalidade for, trabalhando músculos e articulações, relaxando, drenando ou estimulando, naturalmente estarão concorrendo para a mobilização dos fluidos do corpo, para a liberação de elementos químicos prejudiciais, acumulados em decorrência dos bloqueios provocados pelas emoções, sejam elas de que natureza for.

    A Fitoterapia aliada à Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal, permitiu que meus clientes se sentissem mais conscientes:

    - RS – começa a tomar as rédeas de sua vida de uma forma mais responsável, assumindo seu corpo como ele é, sendo mais ela mesma, sem se preocupar com o que pensam as outras pessoas, exteriorizando seus sentimentos de forma amena; sabendo viver sem a tutela do pai que sempre lhe deu excesso de apoio.

    - YRCA - compreendeu melhor os fatos ocorridos em sua vida; começou a pensar em perdoar sua mãe e a descer até a filha numa tentativa de harmonizar todos os sentimentos.

    - SRGM – teve oportunidade de encontrar-se de forma profunda com suas verdades, seus sentimentos, suas emoções e luta para conseguir levar a vida de forma mais tranqüila, aceitando as pessoas como elas são.

    Duas delas continuam o processo terapêutico e vindo semanalmente para os atendimentos enquanto outra se mudou de cidade.

    A Fitoterapia em Cinco Movimentos possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares.

    O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a seleção das plantas graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento.

    A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    1-HIRSCH, SONIA

    Manual do Herói

    Gráfica e Editora Prensa - 1990

    2-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    HOLOPUNTURA – A Quintessência da União de Técnicas.

    São Paulo. SINTE – CEA – Vol.1

    3-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Curso de Holopuntura

    São Paulo – SINTE – CEA – 2005

    4-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    O Microcosmo Sagrado: O segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento.

    São Paulo – Lumina Editorial, 1998

    5-WEIL.PIERRE

    HOLÍSTICA: Uma nova visão e abordagem do real.

    São Paulo – Palas Athenas, 1990

    6- VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Fitoteca em cinco Movimentos

    7- Textos Relacionados ao Curso de Fitoterapia, Postados no Site (CEA) pelo docente HVF.

    ANEXOS E APÊNDICES

    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    2.PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3.INTRODUÇÃO   A Fitoterapia conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante ao uso terapêutico das plantas.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 ObjetivoDefinir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob os paradigmas holísticos, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    5.1.2 FITOTERAPEUTA — Realiza testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios, da pulsologia e de testes musculares, propondo o uso dos vegetais corretos para cada caso; faz uso das propriedades terapêuticas das ervas sob diversas formas, tais como chás, banhos, compressas, óleos, extratos, inalações, dentre outras, visando não só despertar a capacidade de auto-equilíbrio, como, também, suprir a necessidade de certas substâncias e energias sutis que atuarão como princípios energoativos para a harmonização psicofísica.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THF — Fitoterapeuta;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.

    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Fitoterapia aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 — Fitoterápicos — aquisição e indicação

    5.3.3.1 — Opção 1: aquisição dos fitoterápicos pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os fitoterápicos serão doados, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.3.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar fitoterápicos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.3.3 — A seleção dos fitoterápicos a serem recomendados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de:

    5.3.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.3.2 — Pulsologia e/ou de testes musculares (como por exemplo, o Omura Test).

    5.3.4 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permanecer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    A Fitoterapia na História do Brasil

    (Texto publicado no informativo Herbarium Saúde, número 29/04)

    O Brasil tem uma das mais ricas biodiversidades do planeta, com milhares de espécies em sua flora.

    Possivelmente, a utilização das plantas – não só como alimento, mas também como fonte terapêutica começou desde que os primeiros habitantes chegaram aqui, há cerca de 12 mil anos, dando origem aos “paleoníndios” amazônicos, dos quais derivaram as principais tribos indígenas do país.

    Pouco, no entanto, se conhece sobre esse período.

    As primeiras informações sobre os hábitos dos indígenas só vieram à luz com o início da colonização portuguesa, a começar pelas observações feitas na ilha de Santa Cruz pelo escrivão Pero Vaz de Caminha, da esquadra de Pedro Álvares Cabral, em sua famosa Carta a El Rei Dom Manuel.

    Um pouco mais tarde, entre 1560 e 1580, o padre José de Anchieta

    detalhou sobre as melhoras plantas comestíveis e medicinais do Brasil em suas cartas ao Superior Geral da Companhia de Jesus.

    Descreveu em detalhes alimentos como o feijão, o trigo, a cevada, o milho, o grão-de-bico, a lentilha, o cará, o palmito e a mandioca, que era o principal alimento dos índios. Anchieta citou também verduras como a taioba-roxa, a mostarda, a alface, a couve, falou das frutas nativas como a banana, o marmelo, a uva, o citrus e o melão, e mostrou a importância que os índios davam às pinhas das araucárias.

    Das plantas medicinais, especificamente, Anchieta falou muito em uma

    erva-boa”, a hortelã-pimenta, que era utilizada pelos índios contra indigestões,

    para aliviar nevralgias e para o reumatismo e as doenças nervosas.

    Exaltou também as qualidades do capim-rei, do ruibarbo do brejo, da ipecacuanha preta, que servia como purgativo; do bálsamo da copaíba, usado para curar feridas, e da cabriúva vermelha.

    Outro fato que chamou a atenção do missionário foi a utilização dos timbós pelos índios, especialmente da espécie Erythrina speciosa.

    O timbó, de acordo com o Aurélio, é uma “designação genérica para leguminosas e sapindáceas que induzem efeitos narcóticos nos peixes, e por isso são usadas para pescar.

    Maceradas, são lançadas na água, e logo os peixes começar a boiar, podendo facilmente ser apanhados à mão. Deixados na água, os peixes se recuperam, podendo ser comidos sem inconvenientes em outra ocasião”.

    Quase tudo que se sabe da flora brasileira foi descoberto por cientistas

    estrangeiros, especialmente os naturalistas, que realizaram grandes expedições cientificas ao Brasil, desde o descobrimento pelos portugueses até o final do século XIX.

    Essas grandes expedições tinham o intuito de conhecer e explorar as riquezas naturais do país, conhecer a geologia e a geografia do Novo Mundo, bem como determinar longitudes e latitudes para a elaboração dos mapas”.

    Listagem atualizada de Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos:

    De acordo com a RESOLUÇÃO-RE Nº 89, DE 16 DE MARÇO DE 2004, expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

    Arctostaphylos uva-ursi Spreng (Uva-ursi): Venda sob prescrição médica

    Centella asiatica (L.) Urban, Hydrocotile asiatica L. (Centela, Gotu kola ): Venda sob prescrição médica

    Cimicifuga racemosa (L.) Nutt.(Cimicífuga): Venda sob prescrição médica

    Echinacea purpurea Moench (Equinácea): Venda sob prescrição médica

    Ginkgo biloba L. (Ginkgo): Venda sob prescrição médica

    Hypericum perforatum L. (Hipérico): Venda sob prescrição médica

    Piper methysticum Forst. f. (Kava-kava): Venda sob prescrição médica

    Serenoa repens (Bartram) J.K. Small 25 (Saw palmetto): Venda sob prescrição médica

    Tanacetum parthenium Sch. Bip. (Tanaceto): Venda sob prescrição médica

    Valeriana officinalis (Valeriana): Venda sob prescrição médica

    Hamamelis virginiana (Hamamelis): Venda sob prescrição médica

    Autor: : NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS - CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA
    Última atualização: 28/01/2009 12:35


    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Simone Kobayashi de NoronhaTerapeuta Holística – CRT 37166

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2008

    Agradeço aos meus colegas, que a cada Congresso que nos encontramos, trocamos experiências e energia, acrescentando apoio e conhecimento na minha trajetória.

    Agradeço ao Sinte, pela dedicação a nós todos, pelo suporte à Terapia Holística, aos Terapeutas Holísticos e a mim; e às pessoas do Sinte, pelo carinho, atenção e cuidado com que nos tratam e atendem.

    Sumário:

    I Resumo

    II Introdução

    III Metodologia

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    V Cristalopuntura

    VI Aplicação Terapêutica

    VII Bibliografia

    I Resumo

    A acupuntura faz parte da terapia tradicional chinesa, uma prática com cerca de cinco mil anos, e consiste na inserção de agulhas metálicas na pele para reequilíbrar a pessoa como um todo - o físico, o mental, o emocional e o energético.

    Mas, nem sempre as pessoas sentem-se confortáveis para fazer acupuntura. Temos outros estímulos (sem ser as agulhas) que podem ajudar nas dificuldades e desequilíbrio encontrados. Dentre esses estímulos podemos utilizar as pedras e cristais, que de uma forma menos física, mas mesmo assim eficiente e rápida ajuda a estabelecer o equilíbrio e o bem-estar.

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    II Introdução

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    III Metodologia

    Descobrindo-se pelos Pontos de Alarme os movimentos em desequilíbrio e os meridianos relacionados, pelo toque no caminho do meridiano, os pontos que estiverem mais doloridos serão os que necessitam ser estimulados. Cabe ao Terapeuta Holístico capacitado, a melhor escolha (entre as pedras e cristais) mais adequadas ao momento do cliente e relacionadas aos 5 Movimentos Chineses ,para ajudar a harmonizar o cliente e equilibrar o seu momento.

    Da mesma forma que a acupuntura tradicional, a Cristalopuntura baseia-se nos 5 Movimentos Chineses e o equilíbrio do corpo físico, mental, emocional e energético através da estimulação de pontos nos meridianos.


    Trabalhar esses processos terapêuticamente é acrescentar a habilidade de lidar com os sentimentos e os desequilíbrios de uma forma mais consciente, leve e saudável.

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    Pedras: popularmente pedra é o nome coletivo para todos os constituintes sólidos da crosta terrestre; agregados naturais de minerais, e ainda podem ser separadas por preciosas e semi-preciosas, ou seja, podem ser caras ou baratas. Mas o valor comercial não é motivo para que sejam divididas assim, já que é uma distinção arbitrária, confusa e desnecessária.

    Cristais: é um corpo uniforme com um retículo geométrico, normalmente apresenta forma limitada externamente por superfícies planas e lisas, e em um arranjo ordenado dos átomos da estrutura de um composto.

    Gemas: designação coletiva para todas as pedras ornamentais. Não há, na verdade, uma linha divisória definida entre pedras mais ou menos valiosas, preciosas ou semi-preciosas. Todas elas são minerais, materiais inorgânicos naturais com uma composição química fixa e estrutura interna regular (com exceção das pérolas, do âmbar e do coral).

    Assim definido, fica mais fácil de explicar a razão de utilizarmos os termos Pedras e Cristais e não o termo gema, pois nós não utilizamos somente as ornamentais e sim toda e qualquer pedra que traga benefícios terapêuticos.

    V Cristalopuntura

    Já sabemos que os cristais funcionam como amplificadores de energia nos processos de equilíbrio e autoconhecimento e a sua força consiste na capacidade de ampliar e direcionar nossos próprios poderes e, por isso, o mais importante ao se lidar com os cristais é que conseguimos sintonizar nossas vibrações com as vibrações dessas pedras.

    Nosso objetivo nesse curso é capacitar as pessoas que Já conhecem a técnica de puntura com a junção de mais uma ferramenta de estímulo, a Cristalopuntura.

    Diferente das agulhas, as pedras e cristais dispõem de uma maior diversidade de sintonia que pode ajudar mais eficazmente na puntura para equilíbrio do cliente.

    Esses são os objetivos da utilização de pedras e cristais como estímulos na Cristalopuntura, iniciar uma busca através de autoconhecimento e nos capacitar, e aos nossos clientes, ao equilíbrio e a superação de obstáculos, alcançando a harmonia e realização interior.

    VI Aplicação Terapêutica

    Precisamos lembrar o que cada uma das pedras e cristais trazem suas características próprias para o trabalho terapêutico. Tendo, então essas características, elas também têm suas relações com os 5 Movimentos Chineses.

    Quero acrescentar que não somente a resposta às pedras e cristais dos Pontos de Alarme ou pontos doloridos nos meridianos são eficazes para a melhor escolha do estímulo, mas um conhecimento das pedras e cristais disponíveis e também um bom “ouvido” do terapeuta e ajudam a pré-selecionar alguns estímulos de referência. Com a prática, o “ouvido” guiará melhor e a resposta dos pontos confirmará ou não às escolhas.

    Pontos de Alarme: Tradição Milenar Chinesa

    A Tradição Milenar Chinesa trouxe até a atualidade como parte de sua sabedoria, a teoria dos meridianos que são caminhos de energia que circulam no nosso corpo e refletem o nosso estado energético nos corpos físico, emocional, mental, etc.

    Aqui, trabalharemos com 12 meridianos considerados principais e seus Pontos de Alarme correspondentes (o material para localização dos pontos de alarme foi disponibilizado em vídeo pelo Sinte – Sindicato dos Terapeutas)

    Para saber quais os meridianos que estão em desequilíbrio energético, vamos tocar os pontos de alarme de cada um desses 12 meridianos principais e perguntar ao próprio cliente quais (por comparação) estão mais doloridos ao toque.

    Para algumas pessoas, todo ponto de alarme é sensível, por isso, sugiro fazer por comparação entre eles e saberemos quais deverão ser trabalhados. Um bom objetivo é achar os que estariam em primeiro e em segundo lugar entre os mais doloridos. Como trabalharemos com os 12 meridianos principais, teremos 12 sequências de toque para avaliar comparativamente.

    Sabendo então, quais os pontos de alarme mais sensíveis (primeiro e segundo lugar), iremos buscar os pontos doloridos nos caminhos dos meridianos correspondentes. Por exemplo, se os Pontos de Alarme mais doloridos foram (1o. Lugar) o do meridiano do Estômago e o (2o. Lugar) o meridiano do Triplo Aquecedor, vamos buscar primeiro os pontos doloridos no caminho do meridiano do estômago e depois os pontos doloridos no caminho do meridiano do triplo aquecedor.

    Agora, como saberemos quais entre tantas pedras e cristais será a mais adequada ao estímulo nos pontos do meridiano do cliente?

    Teremos que pré-selecionar algumas pedras e cristais que tenham afinidade com o MOVIMENTO ao qual o meridiano em desequilíbrio corresponde. Somente a partir daí teremos condições de realizar testes para a escolha do melhor estímulo.

    Coloca-se em contato com a pele do Cliente (no ponto de alarme ou mesmo no próprio ponto dolorido do meridiano) cada opção pré-selecionada e verifica-se qual entre essas pedras a que diminui a a sensação dolorida.

    Pronto! Já temos o ponto a ser estimulado e o estímulo mais adequado ao momento do cliente. Agora basta deixar o estímulo (pode-se fixar pedrinhas ou cristais pequenos com “micropore”) por alguns minutos e começar novamente o processo com o 2o. Meridiano mais dolorido.

    cristalopuntura.gif


    Os Cinco Movimentos Chineses

    A base da filosofia chinesa é o Tao, que é o principio de toda a matéria, sejam as estrelas e os minerais, passando por todos os seres vivos. O Tao não se explica, ele simplesmente É.

    Dentro do conceito do Tao, entende-se que existam duas forcas opostas e complementares, em movimento constante, o yin e o yang. O yin é visto como passivo, feminino, escuro e todos os simbolismos relacionados como: a noite, a lua, a emoção, etc; e o yang como ativo, masculino, claro e também suas outras relações como: o dia, o sol, a razão, etc.

    Essas forcas estão em constante e harmoniosa oposição, mudando, movimentando e se fundindo, sempre buscando o equilíbrio. Desse movimento cria-se energia, que os chineses chamam de “chi”, ou forca vital. O “chi” flui através dos seres e dos ambientes.

    Determinando-se que se o chi está ou não fluindo naturalmente, a pessoa, o ser ou ambiente está ou não equilibrado. Se houver um desequilíbrio entre o yin e o yang o fluxo de energia vital está desarmônico.

    Nada é absolutamente yin ou yang. Um não existe sem o outro e não existe separação. Um contém em si a semente do outro, atraem-se mutualmente e se repelem ao mesmo tempo, em um movimento constante.

    Surge com esse movimento constante outra manifestação do Tao: os Cinco Movimentos. O ascendente, descendente, centrípeto, centrifugo e equilibrante; que chamamos de fogo, água, metal, madeira e terra, respectivamente. Na tradição chinesa tudo que lembre e represente um dos movimentos relaciona-se a ele. Cada um desses movimentos tem suas características próprias que podem ser relacionadas com tudo o que existe, sejam seres vivos, incluindo animais, humanos e plantas, sejam inanimados como as pedras, cristais e ambientes, e ainda, as emoções, sabores, cores, etc.

    Por exemplo, ao movimento centrífugo, como o Movimento Madeira, relaciona-se a expansão e o crescimento, aos meridianos do Fígado e da Vesícula Biliar, sentimento de raiva e extroversão, a cor verde; ao Movimento Fogo, relaciona-se com ascendente, que lembra a excitação (excesso de fogo) e a apatia (falta de fogo), o verão, o calor, os meridianos do coração, intestino delgado, circulação e sexo e triplo aquecedor, a cor vermelha; ao Movimento equilibrante chamado Terra, oque centraliza, controla, equilibra, a cor amarela, os meridianos do estômago e baço-pâncreas; ao movimento centrípeto que relaciona-se com o Metal, lembra o agregar, condensar, o contrair; e assim acontece com todos os movimentos.

    Como fazem parte de um movimento constante, o excesso ou falta de um deles, ou seja, qualquer desequilíbrio acaba afetando o Todo, por meio de suas relações.

    Em suas interações temos a Lei da Geração ou Mãe-Filho: Madeira nutre o Fogo, que forma a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, de onde nasce a Água que nutre a Madeira, que volta ao início do ciclo fechando-o. E a Lei da Dominância ou Dominante-Dominado: a Madeira consome a Terra, que absorve a Água que domina o Fogo, este derrete o Metal ou Rocha, que corta a Madeira.

    Pensando assim, as pedras e cristais por formarem-se na Terra, relacionam-se ao Movimento Metal e tendem para a interiorização, introspecção, mas um olhar mais atento nos faz observar as interações de outros movimentos.

    Assim como cada um dos movimentos contêm dentro de si os outros, os detalhes de cada pedra ou cristal nos guiaria para a relação mais focada com os 5 movimentos, como: a água-marinha, e sua óbvia relação com o movimento ?gua, o quartzo fumê, que tornou-se “fumê” pela exposição prolongada ao calor (Fogo), a ágata com suas camadas concêntricas de expansão (Madeira), e assim com todas as outras pedras, não só observando as características físicas, mas também os simbolismos e associações com os nomes, histórias, usos e costumes relacionados a elas.

    VII Conclusões

    Em todo trabalho de Terapia Holística desenvolvido com aprofundamento, vemos que não existem tabelas a serem seguidas. O melhor meio para se aproveitar de todas as características e possibilidades que as diferentes técnicas nos trazem é o aprofundamento do conhecimento, seja para aprimorar nossa própria busca de equilíbrio e harmonia, e/ou pela melhor relação entre o momento do cliente e a escolha da técnica ou estímulo.

    VII Bibliografia

    Boström, F. - A sabedoria das pedras - Ed. Best Seller, 1994.
    Boström, F. - O Mago dos Cristais - Círculo do Livro, 1994.
    CavalcantE, V. - O equilíbrio da energia está no salto do tigre - Ed. Objetiva, 1998.
    Duncan, A. - ABC dos Cristais - Ed. Nórdica.
    Duncan, A. - Caminho das Pedras - Ed. Nórdica, 1998.
    Noronha, S. - Pedras e Cristais: Em Busca do Equilíbrio - Ed. Sinte, 2006
    Raphael, K. - Transmissões Cristalinas: Uma Síntese de Luz - Ed. Pensamento, 1997.
    Raphael, K. - A Cura pelos Cristais - Ed. Pensamento, 1995.
    Raphael, K. - As Propriedades Curativas dos Cristais e das Pedras Preciosas - Ed. Pensamento, 1996.
    SINTE - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias - www.sinte.com.br
    Schumann, W. - Gemstones of the World - Sterling Publishing, 1997.
    Vieira Filho, H. - Tutorial Terapia Holistica, Sinte, 2004.
    Weil, P. - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real, Ed. Palas Athenas, 1990.

    Autor: : Simone Kobayashi de Noronha - Terapeuta Holística – CRT 37166
    Última atualização: 13/05/2008 14:44


    Terapia em Técnicas Tradicionais - Acupuntura Sistêmica

    Terapia em Técnicas Tradicionais

    (Acupuntura Sistêmica) 
     
     

    Song Un Kim
    Terapeuta Holístico - CRT 23108

    Resumo 

    A necessidade da acupuntura nas diversas culturas: Oriental e Ocidental. 

    Os orientais (Coreanos, Japoneses e Chineses) encaram acupuntura na sua cultura tradicional, com muita naturalidade, pois faz parte do costume e folclore trazidos por gerações e gerações através de milhares de anos.

    Os coreanos atualmente estão perdendo um pouco desta tradição por avanços tecnológicos, capitalismo e da influência americanas, muitas já estão substituindo o tratamento de acupuntura, chás e ervas por remédios alopáticos que é muito mais cômodo.

    Os ocidentais estão fazendo o caminho inverso, pois estão cansados de consumir tantos remédios com contra indicações. E as pessoas estão procurando as terapias alternativas que não tem contra indicação, ou melhor, que não prejudica outros órgãos.

    A alopatia cada vez mais está se subdividindo e não se preocupando com a pessoa como um todo, tratando o problema e não a causa. Por esse motivo as pessoas estão preferindo terapias orientais como acupuntura que procura equilibrar os sistemas orgânicos, fortalecendo os mecanismos de defesa naturais do cliente e proporcionando o equilíbrio harmônico na sua totalidade.    

     
     
     
     
     

    Introdução 

    A necessidade da Acupuntura nas diversas culturas: Oriental e Ocidental, foi tentar mostrar aos congressistas, a visão e a experiências adquiridas ao longo dos trinta e seis anos de atividades relacionados a arte marcial Hapki-do que utiliza os pontos de Acupuntura e terapia corporal para aplicar os seus golpes.

    Viajando por vários paises, pode realizar vários cursos de acupuntura e terapia corporal com grandes Mestres internacionais nas Artes de Hapki-do.

    Observando e aprendendo várias técnicas utilizadas por estes mestres.

    E também pelo fato de estar engajado em vários trabalhos sociais há muito tempo e com mais de 9000 clientes na carteira e trabalhando em varias entidades como Delegacia Geral, Delegacia da Mulher, Receita Federal, APROFEM (Sindicato dos Funcionários e professores Municipais de São Paulo) e Academia Kim. Observei que podemos ajudar na qualidade de vida e diminuindo sofrimentos físicos e emocionais do homem contemporâneo.  
     
     

    Material e Metodologia 

    No ocidente acupuntura foi introduzida para tratamentos de alívio da dor, e depois verificou se que também podia auxiliar em vários tratamentos como: no alivio de enjôos e queimações em gestantes, aliviar as cólicas ou gases provocados pelos intestinos, agora se usa acupuntura para quase todos os tipos de problemas causados por desarmonia do corpo humano.    

    A TTC - Terapia Tradicional Chinesa procura equilibrar os sistemas orgânicos internos, fortalecendo os mecanismos de defesa interna, permitindo que o corpo equilibre a si próprio. Diferente da medicina ocidental que tende a tratar os sintomas e não as causas.

    Na TTC é tudo baseado nos conceitos do KI, Yin e Yang e dos Cinco Movimentos.

    Para que haja harmonia e equilíbrio entre corpo e mente e preciso que tenha fluxo do KI e da inter-relação entre Yin e Yang gerados nos Cinco Movimentos. Quando essa harmonia for interrompida, haverá desarmonia do corpo e mente, causando má funcionamento do corpo humano.

    Os fatores que levam o corpo e a mente em desarmonia são: rompimentos ou mau fluxo de energia KI, diminuição de energia da defesa, presença da energia perversa, qualidade da energia da respiração, Vento, Frio, Calor, Umidade e Secura.

    O mecanismo de ação da acupuntura nos seres humanos, em que a dor e aliviada, observam-se aumento de Beta-Endorfina no líquido cefalorraquidiano (LCR), conforme relatado por Clement-Jones em 1980. Estudo realizado em ratos observou se liberação de substâncias semelhantes a metencefalina, parecido com substancia liberado no estimulo da acupuntura.

    E muito importante ressaltar que grande parte dos pontos de acupuntura esta localizados sobre ou muito próximo das terminações nervosas, nervos, vasos sangüíneos, tendões, periósteos e cápsulas articulares, assim possibilitando acesso direto ao sistema nervoso central.

    Foi observado que os pontos de acupuntura, ou melhor, a região da acupuntura há uma grande diferença potencial elétrico, elevada condutância elétrica e diminuição da resistência sobre a pele. Por esse motivo utiliza-se muito estimulo elétrico para realizar tratamentos de acupuntura, na sedação e tonificação.

    Cabe ao terapeuta, utilizar através de várias técnicas como: Moxa, Ventosa, Laser, Eletro-Acupuntura, Acupuntura Auricular, Quiro-Acupuntura, Acupuntura Constitucional, Acupuntura Craniana, Acupuntura Facial, Massagem Tui-ná, Shiatsu, Do-In, e muitas outras para promover o fluxo do Ki e do equilíbrio entre Yin e Yang e transformações gerados pelos Cinco Movimentos.

    ENERGIA

     

          Tchi       Ki ou Qi 

          China      Korea / Japão 
     

                                  Yeng Tchi   Ar 

          Energia   Kou Tchi    Alimentos 

                                  Yuen Tchi   Ancestral 
     
     

          Rim  Morada da energia vital (ancestral ). 
     

     ENERGIA 

    Energia chamado pelos Chineses de TCHI, pelos Coreanos de KI e pelos Japoneses de QI. 

    Jing (essência), KI (energia), XUE (sangue) e JINYE (líquidos orgânicos). 

    Jing, Ki, Xue e Jinye constituem as substâncias básicas do corpo e também a base material para as atividades fisiológicas de Zang-Fu (órgãos e vísceras internos).  

    Jing (Essência)

    Significa energia ancestral (Essência), e a morada da energia ancestral são os Rins (armazenam a Essência). 

    Ki (energia) 

    O Ki (energia) e uma substância essencial que faz parte do corpo e que pode produzir funções distintas tais como Yin Ki (Ki nutritivo), Ki (ar) de respiração, e outro lado, referem-se às atividades funcionais de Zang-Fu e dos tecidos, por exemplo, o Ki dos Zang-Fu, o Ki dos canais, etc. As energias Yuan Ki, Zhong Ki, Yin Ki, Wei Ki, etc. são diferentes na origem, na distribuição e nas características funcionais.

    Yuan Ki (verdadeiro) 

    Ki original ou Ki verdadeiro. O Yuan Ki é considerado o mais importante e o mais fundamental entre o Ki do corpo e é formado pelo Ki essencial, pelo Ki produzido dos alimentos pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas e pelo ar límpido da natureza aspirado pelo Pulmão. O Yuan Ki exerce a função de estimular e de impulsionar as atividades funcionais dos diversos Zang-Fu dos tecidos do corpo, razão pela qual pode-se considerá-lo como uma força motriz do corpo.  

    Zhong Ki (principal) 

    Zhong significa “grande ou principal” por isso, Zhong Ki também é chamado “Daqi” (Ki grande). O Zhong Ki está integrado pelo Ki de matérias essenciais, da água e dos alimentos; o ar límpido aspirado pelo Pulmão acumula-se no tórax, entra no Coração e nos vasos sangüíneos para impulsionar a circulação do Sangue e ocorre por todo o corpo. Zhong Ki constitui a força motora que promove a respiração do Pulmão e da circulação do Sangue do Coração.  

    Yong Ki (nutrição) 

    “Yong” significa nutrição. O Yong Ki é produzido a partir das matérias essenciais da Água e dos alimentos transformados pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas e constitui a parte mais substancial do Ki da água e dos alimentos.  

    Wei Ki (defensivo) 

    É o Ki defensivo ou protetor. Wei Ki é produzido principalmente pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas dos alimentos. A insuficiência de Ki do Estômago e do Baço/ Pâncreas leva, com freqüência, à insuficiência de Yang e como conseqüência, o cliente tem temor ao frio, os membros frios e facilidade em apresentar secreção pulmonar. Os movimentos de Ki constituem uma manifestação da vida e do corpo, e uma vez parado esse movimento, termina a vida.

    O subir, descer, entrar e sair do Ki manifeste-se corretamente nas atividades funcionais dos diferentes Zang-Fu, assim como nas relações de coordenação entre Zang-Fu. O Estômago domina a recepção, por isso o Ki do Estômago desce e o Baço/Pâncreas encarrega-se da transformação e transporte, por isso o Ki do Baço/Pâncreas sobe; os Rins encarregam-se de distribuir a Água elevando o límpido e descendo o turvo; o Pulmão controla a expiração e os Rins, a recepção do ar; o Fogo do Coração abaixa, enquanto a Água dos Rins sobe; assim como o Fígado domina a drenagem. Qualquer transtorno na circulação de Qi, tais como alterações na subida e descida, obstáculos na entrada e na saída, podem afetar as atividades funcionais normais dos Zang-Fu. O corpo mantém a temperatura normal e realiza diversas atividades com o aquecimento pelo Qi. O transporte e a transformação das matérias dos alimentos pelo Estômago e pelo Baco/Pâncreas, a produção de Yong (Qi nutritivo), Wei (Qi defensivo), Qi (Emergia), Xue (Sangue), Jing (Qi essencial) e os líquidos orgânicos; a distribuição dos líquidos orgânicos pelo Triplo Aquecedor e a excreção de urina da Bexiga são realizadas sob a ação de Qi.

     

    Xue (Qi nutritivo) 

    A principal fonte do Sangue é o Yong Qi (Qi nutritivo) gerado por matérias substanciais da Água e dos alimentos digeridos pelo Estômago e pelo Baço/pâncreas. O Yin Qi é à base do Sangue e os líquidos também fazem parte do Sangue. O Sangue origina-se primeiro das Essências inatas; depois do nascimento, tem como fonte, o Qi e Energia essencial adquirida da Água e dos alimentos.

    A circulação do Sangue depende do impulso do Qi do Coração e do Qi do Pulmão e depende também da função de regularização e de drenagem do Fígado e do controle do Qi do Baço/Pâncreas. Por isso, a deficiência do Baço/Pâncreas faz com que o Sangue perca o autocontrole produzindo-se a hemorragia crônica; a deficiência do Baço/Pâncreas leva à disfunção, de transporte e de transformação levando à insuficiência de Sangue nutritivo. A estagnação de Qi do Fígado causa a estagnação do Qi e a estase do Sangue; deficiência de Qi do Pulmão e do Coração faz com que o Sangue circule sem força, provocando a estase de Sangue do Coração. 

    Jinye (líquidos orgânicos) 

    Os líquidos orgânicos têm por função umedecer e nutrir os Zang-Fu, tecidos e constituem um dos elementos importantes para a formação do Sangue.

    Os líquidos orgânicos formam-se da Água e dos alimentos, através da função do Estômago e das funções de transformação e de transporte do Baço/Pâncreas, os Jinye são enviados para o Pulmão e, através da sua função de difusão, são distribuídos pelas vias do Triplo Aquecedor para todo o corpo, chegando externamente até a pele e internamente, filtrando nos Zang-Fu, a fim de umedecer e nutrir aos órgãos e tecidos. A insuficiência dos líquidos nos órgãos internos produz também sintomas de secura, tais como: tosse seca por secura no pulmão, sede devido à secura no estômago, constipação por causa da secura no intestino grosso, etc. Os transtornos na distribuição e na excreção podem causar retenção de água, sintomas como abundância de Mucosidade, edema, etc. 

    ACUPUNTURA 
     

    A acupuntura e a técnica mais antiga que existe, parti do conceito de que o desequilíbrio se deve à má distribuição de energia pelo corpo, sendo assim aplicam-se algumas agulhas para ativar alguns pontos de acupuntura para equilibrar yin e yang dos órgãos e vísceras.

    Cada Órgãos e Vísceras têm uma função energética diferente da função alopática.

    Na Antigüidade, os chineses haviam comprovado, que um órgão do corpo humano, alterado em seu funcionamento, deixavam sensíveis, certos pontos de revestimento cutâneo. A localização desses pontos (situados nos mesmos lugares em todas as pessoas) variava de acordo com o órgão afetado. Concluíram assim que cada órgão correspondia pontos específicos, demonstraram então que uma ação sobre esses pontos repercute sobre o órgão correspondente, produzindo um alívio.

    Esses pontos constituem uma espécie de cadeia, como se uns fossem a continuação de outros. Unindo-os por traços imaginários obtêm-se linhas longitudinais denominadas passagem, canais ou meridianos.

    Os meridianos estão relacionados aos órgãos diretamente. Inserindo uma agulha em um determinado ponto de um meridiano, tem a sensação de que algo esta transitando entre eles, os chineses chamam de Qi, que significa energia.

    Restaurar o equilíbrio energético

     

    A energia circula através do organismo, meridiano a meridiano, de forma regular, distribuindo-se harmoniosamente e segue o seguinte percurso diário: das 3 às 5h, passa pelo meridiano dos pulmões (P); das 5 às 7h, do intestino grosso (IG); das 7 às 9h, do estômago (E); das 9 às 11h, do baço pâncreas (BP); das 11 às 13h, do coração (C); das 13 às 15h, do intestino delgado (ID); das 15 às 17h, da bexiga (B); das 17 às 19h, dos rins (R); das 19 às 21h, da circulação-sexualidade (CS); das 21 às 23h, do triplo-aquecedor (TA); das 23 à 1h, da vesícula biliar (VB); da 1 às 3h, do fígado (F).

    Os desequilíbrios são conseqüências naturais da má distribuição de energia. Alguns sintomas da falta dessa energia são: sensação de vazio, fraqueza, insatisfação, insegurança, desânimo, frio, suor, agressividade, agitação dor, calor, e outros...

    A acupuntura tem por objetivo reequilibrar a circulação de energia no organismo, tornando-o harmônico, pois constitui no princípio básico da ordem universal. A saúde é o resultado do equilíbrio dessas duas forças (Yin (negativo) e Yang (positivo), que ativam os corpos).

    O Yin e Yang expressam-se em todo e qualquer nível de existência, com alternância de cada força.

    Alguns elementos Yang são: a luz, o calor, o verão, o vermelho, o homem, a atividade, o sistema nervoso simpático, as partes superficiais do corpo. O elemento Yin é: o escuro, o frio, o inverno, o azul, a mulher, o sistema nervoso parassimpático, as partes profundas do corpo e outros.

    O intestino delgado, o intestino grosso, a vesícula, o estômago, a bexiga e o triplo-aquecedor são órgãos de Yang. O coração, os pulmões, o fígado, o baço, os rins e a circulação-sexualidade são órgãos Yin.

    Alguns físicos descobriram que a teoria oriental de que não existe distinção entre matéria e energia está certa, elas são consideradas dois pólos de uma mesma unidade.

    Para análise, uma técnica peculiar.

     

    Yin e Yang são duas forças que condicionam a vida de cada indivíduo e o seu estado de saúde, a pergunta que se faz ao especialista de acupuntura é: qual órgão esta deficiente e qual órgão apresentam um excesso de vitalidade? Dá-se, então o analise, na qual, usam-se alguns métodos: ver o cliente escutá-lo, perguntar, apalpar seu corpo nos pontos ou LO (pontos de alarme) e leitura pelo pulso, todos eles são importantes.

    O analise do pulso é realizado na artéria radial do punho. E requer silencio e tranqüilidade. Os três dedos têm que se manter como um arco, com as pontas bem alinhadas e se examina o pulso com a polpa dos dedos. A distancia dos dedos depende da estatura do cliente: É dividida em três zonas, cada qual com uma posição superficial e outra profunda.

    Coloque levemente a polpa de um dedo sobre a artéria radial, em cada uma das três posições, é possível perceber que a sensação obtida difere em cada local – com exceção de pessoa em perfeito estado de saúde (se a pressão for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensação ou percepção torna-se diversa). Se os pulsos da primeira posição apresentar vibrações mais fortes do que os da terceira, quer dizer que o Yang esta mais poderoso do que Yin, e vice-versa.

    Na mão esquerda, com pressão superficial, faz-se a análise do intestino delgado, da vesícula e da bexiga; com pressão profunda faz-se análise do coração, fígado e rins. Na mão direita, com pressão superficial o intestino grosso o estômago e o triplo-aquecedor, com pressão profunda o pulmão, baço/pâncreas e a circulação-sexualmente.

    As pulsações podem ser classificadas em: a) alteração de freqüências b) ritmos c) superficial ou profunda; d) lisa ou grossa; e) cheias ou vazia; f) longa ou curta e etc.

    Tanto para se realizar um tratamento ou realizar uma simples análise, é imprescindível o conhecimento dos meridianos, da origem de seus pontos principais e das leis que regem esta forma de terapia.

    Existem doze meridianos que estão relacionados a doze órgãos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou mais desses órgãos. Assim sendo, esses doze órgãos – ou funções corporais são considerados primários, e os outros secundários.

    Os meridianos são bilaterais, um em cada lado do corpo, sendo classificados como profundos e superficiais, de Yin e de Yang. Os meridianos profundos de Yin são os do coração, da circulação-sexualidade e dos pulmões. Meridianos superficiais de Yang: do intestino delgado, do triplo-aquecedor e do intestino grosso. Meridianos inferiores de Yin (de dentro para fora): do baço/pâncreas do fígado e dos rins. 

    Conclusões 

    Posso afirmar que acupuntura pode ajudar muita gente a equilibrar a sua energia interna, e melhorar a qualidade de vida com tratamento de acupuntura.

    Excelente em tratamentos preventivos.

    Excelente para tratamento da dor e da sua causa.

    Se a eficácia do tratamento não fosse comprovada, os clientes não me procurariam ao longo dos 36 anos praticamente no mesmo local, tratando varias gerações da mesma família.

    Podemos provar realizando alguns golpes nos pontos de acupuntura, verificando aumento da sensibilidade e diminuição da resistência do local (sem machucar, claro).

    Podemos pressionar alguns pontos para mostrar anestesia do local, para tirar a dor, ou melhor, a hiper sensibilidade do local. 
     
     
       

    Referências bibliográficas 

    Yamamura, Y. Acupuntura Tradicional: A arte de inserir.

          2ª ed. Roca, São Paulo, 2001. 

    Ross, J. Zang Fu: Órgãos e Vísceras da Medicina Tradicional Chinesa.

          Roca, São Paulo, 1994. 

    Maciocia, G. A pratica da Medicina Chinesa: Tratamento com Acupuntura e Ervas Chinesas.

          Roca, São Paulo, 1996. 

    Spyros, Alexandros. Fitoterapia Chinesa e Plantas Brasileiras.

          Ícone, São Paulo, 1995.  

    Maike, Sonia. Fundamentos Essenciais da Acupuntura Chinesa.

          Ícone, São Paulo, 1995. 

    Yamanaka, M. Acupuntura em dermatologia.

          LMP, São Paulo, 2005. 

    Xi Wenbu, Tratado de Medicina Chinesa.

          Roca, São Paulo, 1993. 

    Focks, C. Atlas de Acupuntura.

          Manole, São Paulo, 2005. 

    Jae-Nam, M. Ho Shin Môo Yea.

          World Hapki-do HeadQuarters, Seul, Korea,1986. 

    Jae-Nam, M. Self Defence Martial Art.

          World Hapki-do HeadQuarters, Seul, Korea,1987. 

    Won, Seo. Quiro Acupuntura.

          Ícone, São Paulo, 2000. 

    Wood e Becker. Massagem de Beard.

          Manole, São Paulo, 1990.

    Souza, Matheus. Magneto Terapia.

          Ibraqui, São Paulo, 1999.

    Autor: : Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108
    Última atualização: 04/07/2011 14:11


    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico

    Índice

    Resumo

    Introdução.

    Material e Metodologia

    Acupuntura

    Discussão.

    Conclusão.

    Bibliografia. 
     

    Resumo 

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia. 

      Hapki-do e uma luta Arte Marcial Milenar Coreana que utiliza pontos de Acupuntura para neutralizar os seus oponentes, também utiliza os mesmos pontos para tratar o desequilíbrio da energia utilizando vários métodos como: Acupuntura Sistêmica, Acupuntura Auricular, Quiro-Acupuntura, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida), Moxa, Ventosa  e Terapia  Corporal como massagem.

    E uma luta muito violenta e ao mesmo tempo muito delicada porque se atingir algum ponto de acupuntura com certa violência pode paralisar ou até causar traumas irreversíveis.

    Os Coreanos encaram o Hapki-do e acupuntura na sua cultura tradicional, com muita naturalidade, pois faz parte do costume e folclore trazidos por gerações e gerações através de milhares de anos.

    Quando alguém se machucava ou tinha algum problema de saúde, eles procuravam ajuda aos mestres de Artes Marciais, principalmente de Hapki-do. 

     
     

    Introdução 

    A Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia.

    O tema escolhido para holísticas 2009 foi demonstrar na pratica a relação de Hapki-do com as terapias orientais como Acupunturas, Terapia Corporal, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida).

    Realizei vários cursos de acupuntura e massagem com grandes Mestres internacionais nas Artes de Hapki-do.

    Pode observar e aprender várias técnicas de manobras e alongamentos de Quiropraxia utilizadas por eles nos atletas em campeonatos. 

    E também pelo fato de estar engajado em vários trabalhos sociais há muito tempo e com mais de 9000 clientes na carteira e trabalhando em varias entidades como Delegacia Geral, Delegacia da Mulher, Receita Federal, APROFEM (Sindicato dos Funcionários e professores Municipais de São Paulo),e neste ano começou a ser preparados em Hapki-do as Forças Armadas Brasileiras e Academia Kim. Observei que podemos ajudar na qualidade de vida e diminuindo sofrimentos físicos e emocionais.  
     

    Material e Metodologia 

     

    Há aproximadamente 4.500 anos, quando as pessoas começavam a viver em grupos, já  existiam sinais de defesa instintiva necessária para a sobrevivência, ir, defender e contra-atacar para proteger a si próprio e aos outros. Isso pode ser constatado pelos sinais deixados em cavernas da China e da Coréia.

    Antigamente, a região da Coréia era dividida em três partes, entre elas a civilização SIN-LA que era a mais adiantada das três, por isso, foi lá onde começou uma infiltração cultural de origem Budista.

    O SIN-LA era liderado pelo general KIM YU SIN que formou um grupo chamado HWA RANG-DO, que tinha por finalidade unir as três partes.

    O HWA RANG-DO era um grupo de jovens doutrinistas que praticavam certo tipo de defesa, fanaticamente, com a finalidade de conseguir essa união e tinham como lema: 

    -Amar a Pátria;

    -Confraternização mútua;

    -Não recuar um só passo na luta;

    -Respeitar os pais e

    -Ajudar os fracos. 

    Com essa filosofia nasceu o HAPKI-DO que foi responsável pelo engrandecimento da civilização de SIN-LA durante todos os anos de sua existência.

    Começa aí  o Império Kório (Coréia). Naquela época, se criavam e praticavam vários tipos de lutas que eram ensinadas nos exércitos, entre elas:

    YU-SUL (tipo de Judô)

    SU-BAK (tipo de Sumo)

    HAPKI-DO (que já na época, defendia-se de todas as lutas)

    Os nossos trajes atuais de lutas, são cópias fiéis dos trajes daquela época. Hoje, as faixas representam graus de hierarquia, porém, naquela época, representavam as várias classes sociais. 

    O Hapki-do foi escolhidos pelo próprio Imperador para fazer parte do treinamento de sua guarda de honra. 

    Foi escolhido o HAPKI-DO, porque era a única luta que possuía 25 tipos de técnicas e defendia terceiros. Enfim, era e ainda é a luta mais completa.

    Passados mais de 500 anos, o general LEE SUNG KIE fundou o Império YI DO tomando o lugar do Império KORIO. Mandou então matar todos os praticantes de defesa pessoal. Em conseqüência disso, os praticantes dessas lutas foram se esconder nas montanhas, alguns escapando, outros morrendo. Mas o HAPKI-DO continuou. 

    HAPKI-DO;

    KUM-DO (esgrima);

    YO-DO (tipo de Judô) e

    TEA KIUM (tipo de Karatê)

    Depois da Primeira Guerra Mundial, foi criada a R.O.K (Republic of  KOREA), na qual foi adotado o HAPKI-DO para o treino da guarda pessoal do Presidente da República.

    Após a Segunda Guerra Mundial, o HAPKI-DO que até então era uma luta reservada para a presidência e para os nobres, passou a ser conhecida pelo povo. 

    O HAPKI-DO possui cerca de 3.876 golpes  incluindo chutes, saltos, socos, torções, balões, defesa contra faca, manejo de bastões, espadas, etc. 

          Hierarquia das Faixas 

          8º  ao 7º Gub - Faixa Amarela

          6º  ao 4º Gub - Faixa Azul

          3º  ao 1º Gub - Faixa Vermelha

          1º  Dan - Faixa Preta

     

    O HAPKI-DO inspira-se em certos princípios que são rigorosamente respeitados por seus adeptos. Por isso, é a luta mais popular da Coréia.

     

    O HAPKI-DO, hoje, é praticado em quase todo o mundo. Foi difundido no Brasil após o ano de 1.970, pelo Grão Mestre PARK SUNG JAE que ensinou, em princípio, quase 200 homens do Exército Brasileiro foi incentivado pelo Coronel Paulo da Silva Freitas, sendo logo depois de condecorado patrono do HAPKI-DO no Brasil. O Grão Mestre PARK SUNG JAE é Secretário Geral da Confederação Internacional e comanda uma rede de academias no Brasil.

    Está  academia é a mais antiga em funcionamento, com 31 anos de existência, e é administrados pelo mestre Song Un Kim 8o Dan, Bi-Campeão Mundial, Medalha de Ouro na Korea em 1990 e Medalha de Ouro e Prata no México 1993. Atualmente administra cursos de Acupuntura e massagens em diversos locais. 

    Hapki-do não é  apenas mais outra arte marcial ou uma mera combinação de outras artes ou técnicas de lutas. Porém, antes de entender o que é Hapki-do, faz-se necessário entender o que é o "Hap Ki". Hap ki significa uma combinação harmoniosa de (KI) "energia vital interior", não apenas a sua energia, mas a de seus colegas de treino, ou mesmo seu oponente. 
     
    Quando observamos o KI universal, vemos o que conhecemos por energia Yin e Yang; pois é algo que a natureza cria, o fluxo do Yin e Yang, etc. Numa alternância infinita entre os dois.

    Este "KI" gerado é um mistério da natureza que o homem tenta usar a seu favor, a força natural do HAP KI. O Hapki-do envolve estratégias usando o principio do "Hap Ki" na execução de seus movimentos.  
    O "KI" sempre flui em círculos. Hapki-do envolve todos os seus movimentos com fluxo circulares, sem uso de força ou de técnicas traumáticas, que gerem conflitos ou confrontos diretos, sem harmonia. O universo se move circularmente, e no mesmo contexto o Hapki-do usa os movimentos circulares sem o uso da força como base para todas suas técnicas. Quando trazemos nosso oponente para dentro de nosso círculo imaginário (próximo a nós) ou o "adaptamos" a nosso próprio círculo de alcance, teremos o controle total sobre nossos oponentes.  
    Estes movimentos tampouco são violentos ou lineares; eles são certamente muito suaves gentis e sempre circulares. Assim, quando se faz e se torna o centro produzindo um fluxo como um redemoinho de água, como se originando de dentro (do centro) de um furacão, a energia perfeita dos movimentos faz com que alcancemos uma paz profunda interior indescritível.  
    O Hapki-do possui muitas torções, chaves estranguladoras, socos, perfurações, que são usadas para controlar o oponente, bem como uma vastidão de chutes e técnicas de bater (traumatizantes). Muitas escolas de Hapki-do ensinam técnicas com armas brancas para os alunos mais graduados, como bastões longos, médios e curtos, facas, faixas, panos, nunchacos, cordas, leques, lanças, e vários tipos de espadas.  
    Os movimentos do Hapki-do seguem alguns princípios naturais, que quando praticados com empenho e dedicação levam o praticante a atingir a perfeição dos mesmos. Estes movimentos fazem a grande diferença entre o Hapki-do e as outras artes marciais.

     

    Hapki-do se faz necessária compressão de três palavras distintas:

     

    Hap - Combinar, Unir, Coordenar, Para Harmonizar.

    Ki - Força Interior, Energia Vital, Força, Energia Dinâmica.

    Do - O Caminho, O Sistema, O Método.

    O currículo abaixo é  o atual, ensinado pelo Hapki-do:

    1. Ho Shin Do Bup (técnicas básicas de defesa pessoal) 
    2. Moo Ye Do Bup (técnicas com movimentos estritamente circulares) 
    3. Su Jok Do Bup (técnicas traumatizantes) 
    4. Kyuk Ki Do Bup (técnicas de combate com oponentes) 
    5. Ki Hap Do Bup (técnicas de concentração e energização espirituais) 
    6. Byung Sool Do Bup (técnicas com armamentos)  
    7. Su Chim Do Bup (Manipulação e uso de pontos de pressão) 
    8. Hwan Sang Do Bup (Técnicas de visualização de movimentos)

    Os modos do HAPKIDO e a forma como ele se apresenta parecem ser de outro mundo, e muitas de suas técnicas são estranhos, para todas as artes marciais. 

    Hoje em dia existem varias academias no Brasil, e o Hapki-do continua se expandindo.

      

    "É  melhor praticar uma técnica milhares de vezes, do que aprender um milhão de técnicas e praticá-las apenas uma vez." - Grão Mestre MYUNG Jae Nam

     

    Acupuntura
     

    A acupuntura e a técnica mais antiga que existe, parti do conceito de que o desequilíbrio se deve à má distribuição de energia pelo corpo, sendo assim aplicam-se algumas agulhas para ativar alguns pontos de acupuntura para equilibrar yin e yang dos órgãos e vísceras.

    Cada Órgãos e Vísceras têm uma função energética diferente da função alopática.

    Na Antigüidade, os chineses haviam comprovado que um órgão do corpo humano, alterado em seu funcionamento, deixava sensíveis, certos pontos de revestimento cutâneo. A localização desses pontos (situados nos mesmos lugares em todas as pessoas) variava de acordo com o órgão afetado. Concluíram assim que cada órgão correspondia pontos específicos, demonstraram então que uma ação sobre esses pontos repercute sobre o órgão correspondente, produzindo um alívio.

    Esses pontos constituem uma espécie de cadeia, como se uns fossem a continuação de outros. Unindo-os por traços imaginários obtêm-se linhas longitudinais denominadas passagem, canais ou meridianos.

    Os meridianos estão relacionados aos órgãos diretamente. Inserindo uma agulha em um determinado ponto de um meridiano, tem a sensação de que algo esta transitando entre eles, os chineses chamam de Qi, que significa energia.

    Restaurar o equilíbrio energético 

    A energia circula através do organismo, meridiano a meridiano, de forma regular, distribuindo-se harmoniosamente e segue o seguinte percurso diário: das 3 às 5h, passa pelo meridiano dos pulmões (P); das 5 às 7h, do intestino grosso (IG); das 7 às 9h, do estômago (E); das 9 às 11h, do baço pâncreas (BP); das 11 às 13h, do coração (C); das 13 às 15h, do intestino delgado (ID); das 15 às 17h, da bexiga (B); das 17 às 19h, dos rins (R); das 19 às 21h, da circulação-sexualidade (CS); das 21 às 23h, do triplo-aquecedor (TA); das 23 à 1h, da vesícula biliar (VB); da 1 às 3h, do fígado (F).

    Os desequilíbrios são conseqüências naturais da má distribuição de energia. Alguns sintomas da falta dessa energia são: sensação de vazio, fraqueza, insatisfação, insegurança, desânimo, frio, suor, agressividade, agitação dor, calor, e outros...

    A acupuntura tem por objetivo reequilibrar a circulação de energia no organismo, tornando-o harmônico, pois constitui no princípio básico da ordem universal. A saúde é o resultado do equilíbrio dessas duas forças (Yin (negativo) e Yang (positivo), que ativam os corpos).

    O Yin e Yang expressam-se em todo e qualquer nível de existência, com alternância de cada força.

    Alguns elementos Yang são: a luz, o calor, o verão, o vermelho, o homem, a atividade, o sistema nervoso simpático, as partes superficiais do corpo. O elemento Yin é: o escuro, o frio, o inverno, o azul, a mulher, o sistema nervoso parassimpático, as partes profundas do corpo e outros.

    O intestino delgado, o intestino grosso, a vesícula, o estômago, a bexiga e o triplo-aquecedor são órgãos de Yang. O coração, os pulmões, o fígado, o baço, os rins e a circulação-sexualidade são órgãos Yin.

    Alguns físicos descobriram que a teoria oriental de que não existe distinção entre matéria e energia está certa, elas são consideradas dois pólos de uma mesma unidade.

    Para análise, uma técnica peculiar

     Yin e Yang são duas forças que condicionam a vida de cada indivíduo e o seu estado de saúde, a pergunta que se faz ao especialista de acupuntura é: qual órgão esta deficiente e qual órgão apresentam um excesso de vitalidade? Dá-se, então o analise, na qual, usam-se alguns métodos: ver o cliente escutá-lo, perguntar, apalpar seu corpo nos pontos  ou LO (pontos de alarme) e leitura pelo pulso, todos eles são importantes.

    O analise do pulso é realizado na artéria radial do punho. E requer silencio e tranqüilidade. Os três dedos têm que se manter como um arco, com as pontas bem alinhadas e se examina o pulso com a polpa dos dedos. A distancia dos dedos depende da estatura do cliente: É dividida em três zonas, cada qual com uma posição superficial e outra profunda.

    Coloque levemente a polpa de um dedo sobre a artéria radial, em cada uma das três posições, é possível perceber que a sensação obtida difere em cada local – com exceção de pessoa em perfeito estado de saúde (se a pressão for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensação ou percepção torna-se diversa). Se os pulsos da primeira posição apresentar vibrações mais fortes do que os da terceira, quer dizer que o Yang esta mais poderoso do que Yin, e vice-versa.

    Na mão  esquerda, com pressão superficial, faz-se a análise do intestino delgado, da vesícula e da bexiga; com pressão profunda faz-se análise do coração, fígado e rins. Na mão direita, com pressão superficial o intestino grosso o estômago e o triplo-aquecedor, com pressão profunda o pulmão, baço/pâncreas e a circulação-sexualmente.

    As pulsações podem ser classificadas em: a) alteração de freqüências b) ritmos c) superficial ou profunda; d) lisa ou grossa; e) cheias ou vazia; f) longa ou curta e etc.

    Tanto para se realizar um tratamento ou realizar uma simples análise, é  imprescindível o conhecimento dos meridianos, da origem de seus pontos principais e das leis que regem esta forma de terapia.

    Existem doze meridianos que estão relacionados a doze órgãos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou mais desses órgãos. Assim sendo, esses doze órgãos – ou funções corporais são considerados primários, e os outros secundários.

    Os meridianos são bilaterais, um em cada lado do corpo, sendo classificados como profundos e superficiais, de Yin e de Yang. Os meridianos profundos de Yin são os do coração, da circulação-sexualidade e dos pulmões. Meridianos superficiais de Yang: do intestino delgado, do triplo-aquecedor e do intestino grosso. Meridianos inferiores de Yin (de dentro para fora): do baço/pâncreas do fígado e dos rins. 

     
     

    Discussão 

     

    Hapki-do como é uma arte marcial muito antiga que tem mais de 3500 anos de existência, não se sabe realmente quem foi o mentor da arte. Existem varias teorias. 

    Hoje em dia, vários mestres, modificaram a arte tradicional de hapki-do para falar que e o mentor, e alguns modificaram até o nome e outros colocaram outro nome para falar que e um estilo diferente de Hapki-do.  

    Mas no fundo aqueles que realmente conhecem a Arte Marcial Hapki-do eles trabalham com acupuntura e terapia corporal (obs. "massagem" é termo inadequado à legislação brasileira e mercado).  

    São aqueles que só usam o nome Hapki-do para se promover, não sabe nem onde fica um ponto de acupuntura.   
     

    Conclusões 

     

    Posso afirmar que acupuntura e Quiropraxia têm relação direta com Hapki-do para equilibrar a sua energia interna e para imobilizar e neutralizar os seus oponentes, fazendo gerar muita dor e sofrimento utilizando compressão nos pontos de acupuntura e alterando a sua função biomecânica da coluna.

    Hapki-do e excelente em tratamentos preventivos para alongamento das articulações e melhorando sistema cardiorrespiratório.

    Excelente para tratamento da dor e da sua causa.

    Podemos provar realizando alguns golpes nos pontos de acupuntura, verificando aumento da sensibilidade e diminuição da resistência do local (sem machucar, claro).

    Podemos pressionar alguns pontos para mostrar anestesia do local, para tirar a dor, ou melhor, a hiper sensibilidade do local.

    O hapki-do e uma luta Arte Marcial Coreana que usa pontos de Acupuntura para Neutralizar oponentes e também serve para equilibrar a desarmonia da energia utilizando os mesmos pontos de Acupuntura.

    Por isso Hapki-do e utilizado na Coréia em forças armadas, Policia, Guarda Costa e quando se fala em proteger  alguma pessoa ou alguma coisa e utilizado Hapki-do. 
     

    Referências bibliográficas 

     

    Hapki-do: Hoo sin sool.

    Seul,Korea 1987. 

    Hapki-Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    Self Defence Martial Art.

    Seul,Korea 1987 

    Hoo sin Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    General Description of Hapki-do.

    Seul, Korea 1986. 

    Autor: : Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    “Ciência” Da Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto 2.doc

    CIÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE

    Introdução à Filosofia Oriental - O Tao como caminho

    São Paulo, 30 maio de 2012

    Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas – Holística – 2012

    SUMÁRIO

    1. Introdução ....................................................................................... III

    1. Missão por uma causa nobre.......................................................... .III

    1. Dores – Holoyoga: a terapia filosófica - autoconhecimento............. IV

    1. A Terapia Holística – terapia do ser total ................................... IV

    1. Rejuvenescimento - autoestima........................................................ IV

    1. Postura e elegância: cultura ancestral ............................................... V

    1. Tao .....................................................................................................V

    1. Mensagem do Tao ..............................................................................V

    1. Alquimia ...........................................................................................VI

    1. O estudo do Yin e do Yang ..............................................................VII

    1. Criação ............................................................................................VII

    1. Mutabilidade ..................................................................................VIII

    1. O principio do Yin e do Yang ...........................................................IX

    1. Os samurais ........................................................................................X

    1. Esotérico-Yin e Exotérico Yang .......................................................XI

    1. O mundo “Terra Yin” e o outro mundo “Céu Yang” ........................XII

    1. O mundo após a morte ......................................................................XII

    1. Material e metodologia .................................................................... XIV

    1. Discussão ..........................................................................................XIV

    1. Conclusão .........................................................................................XIV

    1. Bibliografia ....................................................................................... XV

    Introdução

    O homem evoluiu vertiginosamente na ciência do capitalismo, o ‘Ter’. Assim 1% escraviza 99% da população. Negligenciou-se na ciência da espiritualidade.

    Infelizmente a humanidade se perdeu no tempo, a capacidade de enxergar a verdadeira mediunidade (conhecimento e sabedoria) a verdadeira ‘Iluminação’, sendo que é perfeitamente possível, qualquer ser pode acessar a sua mediunidade que está adormecida no inconsciente é a kundalini adormecida, que pode ser despertada. Mas antes é preciso fazer o treinamento moral orientado por um mestre elevado.

    O I Ching sempre me diz: “A simplicidade diante de Deus não é uma vergonha”. Sou muito simples e com muita dificuldade em expressar os meus pensamentos em palavras escritas ou verbalmente, e tenho muita consciência de que acabo deixando muitas coisas ou assuntos no ar. Por isso peço encarecidamente que, tenham muita paciência e compreensão.

    Ter paciência e compreensão também é uma virtude, porque as pessoas aprendem a pensar sobre qualquer motivo ou assunto, e é assim que se aprende a filosofar. Hoje entendo perfeitamente que simplicidade é o propósito Tao (natureza).

    A natureza é muito simples, ela ensina tudo, olhem mais para a natureza (Yin e Yang) com muito amor, paciência e compreensão. Eles ensinam tudo.

    O meu objetivo maior é trabalhar sobre o legado que se deteriorou, pois o I Ching sempre me orientou nesse sentido. O intuito maior é ajudar os seres humanos em sua evolução pessoal e espiritual na simplicidade do Tao.

    O Tao ensina tudo através do Yin e do Yang (A sublime unidade). O que será levado em consideração é o autoconhecimento elevando a autoestima, afeto e compreensão, eliminando os conceitos que anuviam a mente que cria a prisão mental, da qual a sua essência fica ‘engaiolada’.

    Com a eliminação dos conceitos, crenças e dos paradigmas que não funcionam o ser liberta a sua essência adquirindo vida. A vida é construir situações que desejam vivenciar e não viver as situações aleatórias e desagradáveis que são atraídos inconscientemente. O que será ensinado são os caminhos necessários para a evolução pessoal, respeitando a capacidade de cada ser que será despertado de forma necessária: suave, médio ou intenso, de acordo com a necessidade de cada um naturalmente, desde que esteja aberto e disposto para a transformação e a libertação do ser.

    Missão: Por uma causa nobre

    Na comunidade todos são livres para participar de forma que sejam espontâneos. O trabalho será organizado de maneira que todos participem, formando uma equipe de boa vontade. Uma equipe é mais que um grupo de pessoas, é uma união de todas em torno de um objetivo, é o sincronismo de todos que leva a resultados notáveis.

    Vou dizer mais uma vez: “Compartilhar é necessário para evoluir todos juntos e compartilhar a alegria de viver. Compartilhar a felicidade é felicidade em dobro, compartilhar a dor é sofrimento pela metade, compartilhar o conhecimento é conhecimento redobrado. Isso é sabedoria, isso é Tao”.

    “Ser nobre não é ser melhor do que um milhão de pessoas, a verdadeira nobreza é ser melhor do que foi no passado.”

    Provérbio Hindu

    Dores – Holoyoga: a terapia filosófica – autoconhecimento

    Holoyogaterapia como auto-cura.

    Fundamento: Filosofia do Chi

    Todos nós somos autocuradores por natureza, existimos por causa do alimento material e da combinação exclusiva das forças que nos cercam (o Tai ChiYin Yang). A necessidade diária de calorias gira em torno de 6 mil unidades, basicamente obtemos 2 mil calorias dos alimentos que vem da terra. As outras 4 mil calorias saem das forças ao nosso redor, acima e abaixo de nós. Essas forças que nos cercam são a eletricidade, o magnetismo, a energia das partículas cósmicas, a luz, a cor, o som e o calor que são alimentos da nossa alma “o corpo etérico”. Se não soubermos como absorver e transformar esse alimento cósmico, precisamos depender dos outros para nos abastecer. Então precisamos consultar um padre, um monge ou uma pessoa santa para nos dar o nosso alimento espiritual diário.

    Os taoístas descobriram que podemos aprender a absorver essas energias circundantes e universais através da pele e dos principais centros de energia. Para nos projetarmos na imensidão das galáxias e do universo e reunir reservas ilimitadas de Chi cósmico para melhorar a saúde, devemos dar os primeiros passos dessa jornada dentro de nós mesmos. Para “sair” precisamos primeiro ”entrar”.

    Terapia Holística – Terapia do ser total

    “O homem deve harmonizar o espírito e o corpo.”

    Hipócrates

    É incontestável que o homem por sua própria iniciativa volte-se agora para terapia natural, desiludido não pelos resultados, mas pelos métodos muitas vezes brutais, das medicinas oficiais.

    A terapia natural mergulha suas raízes na noite dos tempos e das civilizações: terapia indiana, ayur-védica, tradicional, chinesa, hipocrática, egípcia e etc..

    Um fator comum se levanta no meio desses métodos de saúde: a concepção de que o espírito e o corpo, a energia e a matéria estão em conexão intima e influem naturalmente um sobre o outro (mente sã e corpo são). Assim toda terapeuta deve agir de modo a harmonizar a mente e o corpo no verdadeiro trabalho psicossomático que Hipócrates descrevia da seguinte forma: “Preservar o doente do perigo e da injustiça”.

    Milhões de anos atrás da descoberta de Einstein a respeito da relatividade, o homem já sabia a integração da energia da matéria. Todas as tradições antigas e as medicinas naturais mais recentes reconhecem uma força ativa de ligação entre o pensamento e o corpo: a energia vital, a harmonização pela energia da natureza.

    Rejuvenescimento – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Rejuvenescer ganhando um corpo vibrante de energia.

    Fortalecer o corpo físico é importante, mas se quisermos realmente rejuvenescer, é necessário também fortalecer o corpo etérico, o ser. Exercitar e fortalecer os intrincados músculos esfíncteres internos M.E.1. São 6 diafragmas que se ligam com os 6 chacras, assim fortalecendo órgãos e endócrinos, como também o sistema nervoso. Isso se deve a ativação da energia vital, trazendo a melhora do reflexo dos sentidos e da lucidez.

    Postura e Elegância – cultura ancestral – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Correção da postura para a saúde e manutenção da coluna, também rejuvenesce e enaltece, pois com a postura correta a pessoa fica elegante, se sente autoconfiante e eleva a autoestima.

    Tao

    O mundo pulsa, expande e explode. A dança cósmica do Yin e do Yang impulsiona o universo transformando, evoluindo e iluminando.

    Mensagem do TaoTao filosófico

    Desembaraçando os fios de seda emaranhados, juntando-os em meadas, assim se desvenda os mistérios e segredos orientais da antiguidade.

    “O antigo será de novo útil.” Lao Tse.

    O Tao como base das doutrinas filosóficas mentais e, hoje também, ocidentais é palavra chinesa que significa caminho, via; isto é, a sobreposição do feminino e do masculino, chamado Yin e Yang. O Tao não significa uma soma de um e outro, mas tais forças existem concomitante e sincronicamente. O Tao, como caminho e como fusão de tais elementos é o sentido de ordem, é um princípio organizador. É a reunião do caos e das polaridades. É gás dispersivo, conseqüente aos movimentos de fricção se transforma em gás de combustão do próprio movimento deixando um rastro. Ao seguir o Tao vocês seguem esse rastro, os movimentos, os fluxos da vida e do caminho até que, perdendo a polaridade, vocês se transformam no próprio caminho, no Tao.

    O Tao condena a idolatria e diz: “O mestre Tao não tem nome, ele é oculto, vive no anonimato meditando (filosofando), praticando, aprendendo, orientando e semeando o bem, o cultivo da serenidade, meditando entre o céu e a terra.”.

    O homem recebeu do céu uma natureza essencialmente boa para guiá-lo em todos os seus movimentos. Entregando-se a esse principio divino dentro de si, o homem alcança uma inocência incontaminada. Ela o conduz ao bem com certeza instintiva e livre de intenções ulteriores de recompensa ou vantagem, essa certeza instintiva traz supremo sucesso e favorece através da perseverança. Nem tudo que é instintivo é também natural, nesse sentido mais elevado da palavra, mas somente o que é correto, aquilo que corresponde à vontade dos céus. Uma forma de agir instintiva e irrefletida, que não possua retidão, só poderá causar infortúnio.

    Confúcio comentava a respeito: “Aonde irá àquele que se afasta da inocência? A vontade e as bênçãos dos céus, não acompanham seus atos.” – conceito do I Ching.

    O céu é puro, mas a terra é impura, o homem está entre o céu e a terra, entre o puro e o impuro. Certo ditado antigo diz o seguinte: “O Tao não possui qualquer forma; no entanto, confere vida ao céu e à terra. O Tao é destituído de emoções; no entanto, move o sol e a lua. O Tao é destituído de nome; no entanto, nutre todas as coisas da natureza.” O Tao possui tanto aspectos puros quanto impuros. Às vezes permanece imóvel, às vezes move-se. O céu é puro e a terra impura, todas as coisas percorrem o seu respectivo curso. A origem da pureza reside na impureza. Por esse motivo nos remetemos à meditação “reflexão”. O movimento é a fundação de quietude. Se as pessoas puderem constantemente permanecer puras e imóveis, então ficaremos no estado de serenidade.

    O espírito tende para a pureza, a mente para a quietude, mas é contrariada pelo desejo de equilibrar-se. Se fores capaz de controlar, então a mente permanecerá imperturbável e puro. Aqueles que estão impossibilitados de atingir o Tao são aqueles destituídos de clareza mental e que ainda se acham escravos das emoções.

    Suportar a quietude gradualmente entrarás no verdadeiro caminho denominado Tao, não existe nada para ser atingido, mas sim para sentir. Lao Tse dizia: “Aqueles que são honrados não tem porque discutir. Os que não são preferem se entregar a discussões.”.

    Aqueles que possuem elevadas virtudes não necessitam de virtude. Quando a mente permanece selvagem o espírito torna-se distraído devido a existência da ansiedade e do estresse, o corpo e a mente são afligidos por tensões.

    Se viveres na decepção e na ansiedade afundará no oceano do sofrimento e sempre vaguearás para fora do verdadeiro caminho. Se fores capaz de perceber intuitivamente, viverás o caminho natural, se intuitivamente entenderes o Tao, sempre será puro e imóvel. Todas as meditações que fazemos são essencialmente internas, você fecha seus olhos e imaginam todas essas coisas (tais como o sofrimento dos seres e o desejo de que sejam felizes); Mas não pense que isto vai simplesmente perder-se no espaço e não vai produzir nada. Ao imaginar certas coisas você faz com que elas se tornem realidade, se você todos os dias fica irritado, não se surpreenda se continuar ficando irritado se você mantém pensamentos de irritação em sua mente, “Eu detesto ele, eu detesto ele.”, não se surpreenda se um dia acabar por dar um soco no nariz dele, porque o que o corpo e a fala fazem é simplesmente seguir aquilo que a mente está fazendo, porque eles se iniciam na mente. Refletir, pensar, oração mental, examinar atentamente, ponderar, considerar, reconsiderar, isso é meditar.

    Como qualquer outra coisa, você tem que treinar antes de agir, não é possível simplesmente entrar em um carro e sair dirigindo, é necessário treinar primeiro. Antes de tocar piano você tem que treinar e treinar. Você tem que treinar-se no desenvolvimento do amor e da compaixão e tudo isso, por fim, o tornará apto a espontaneamente expressa-los em corpo e fala, isso é algo razoável.

    Alquimia - Adquirir conhecimento e sabedoria aprendendo a filosofar.

    Para refletir, filosofar, pensar: “Aprender sem pensar é inútil. Pensar sem aprender é perigoso.” Confúcio (Kung Fu Tse).

    Filosofia do Chi: metafísica, física moderna, física quântica é a ciência geral dos primeiros princípios e das primeiras causas, conhecimento, sabedoria, força moral, (elevação espiritual) que leva próximo a Deus; conhecimento de verdades morais, conhecimento absoluto que procura a intuição direta das coisas; conhecimento racional único possível de alcançar a essência das coisas, modo de pensamento intermediário entre teológico e o positivo; método de abordar os fenômenos da natureza; aprofundar, refletir, filosofar, raciocinar, pensar e discernir, é a adequação entre o ser e a inteligência, ou seja, espírito de reflexão de crítica e de superação.

    O estudo do Yin e do Yang

    A fertilidade da natureza é uma forma de expressão e um espelho do movimento contínuo de criação que se processa incessantemente em todos os níveis de vida no Universo.

    Criação – Yin e Yang – Co-criação

    No momento da criação, da unidade nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia; uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina “o nascimento do Tao”. Os chineses deram a essas forças primárias a alguns milhares de anos a denominação de Yin e Yang, do jogo dessas energias surgiu a criação.

    O Yin feminino é fecundado continuamente pela força masculina do Yang dando origem a vida e a morte, em suas infindáveis e múltiplas formas: físico, pensamento, idéias, atos, intenções, emoções, formas, momentos, tempo, espaço e etc.. É a energia que nunca morre, ela se transforma infinitamente, que também pode ser comparado com o nosso “cérebro macaco”, que nunca para de pensar.

    As forças do Yin e do Yang se manifestam no universo inteiro como polaridade, tudo para poder existir, tem um pólo contrário, “o nosso cérebro também é assim”. Um pólo só subsiste pelo outro pólo, se uma polaridade desaparece, a outra também desaparece.

    Essa regra fundamental é aplicável a tudo. Assim, só podemos exalar quando inalamos, se deixarmos de exalar também deixamos de inalar. O interior condiciona o exterior, o dia condiciona a noite, a luz condiciona a sombra, o nascimento, à morte, a mulher, o homem, etc., no que as duas polaridades são sempre intercambiáveis, cada pólo necessita para seu complemento, um pólo contrário. O Yin e Yang simbolizam de modo evidente o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nesse sentido, o Yin representa um lado da totalidade, o feminino, expansivo, intuitivo, passivo e inconsciente, e o Yang representa o lado masculino, concentrador, racional, ativo, e consciente. Isso, contudo não envolve nenhuma avaliação no sentido de “melhor”, o equilíbrio que existe no universo que nos envolve é o resultado dos relacionamentos entre os pares contrários. Como tudo no universo se encontra num fluxo constante de movimento, tanto o Yin como o Yang já estão presentes de forma latente no pólo contrário, isso é simbolizado pelo ponto branco, no Yin preto, e pelo ponto preto, no Yang branco. Cada um dos dois pólos já encerra em si, em forma de semente o pólo contrário, e é apenas uma questão de tempo para que uma polaridade se transforme na outra. Em alguns planos, esta transformação ocorre numa fração de segundo, como por exemplo, na esfera atômica.

    No ser humano essa mudança de polaridade do masculino para o feminino ou vice-versa, é possível através de várias encarnações. O dia e a noite necessita em média doze horas para essa mudança e o exalar e o inalar precisam apenas de alguns segundos.

    Todas as coisas chegam e afastam, se movimentam e se alteram com base no intercâmbio e na ação recíproca dessas forças básicas do universo. Entretanto, somente os dois ciclos resultam na respectiva unidade perfeita.

    Também a relação entre a mulher e o homem é baseada nessa regra, dois pólos se empenham em formar uma unidade, atraindo-se como os dois pólos de um imã. Quando é atingida a união das forças opostas há um intercâmbio entre elas, esse fenômeno também se aplica na direção da rotação dos chacras.

    Na homossexualidade, vê-se, por exemplo, uma polaridade energética oposta a normal, a questão da homossexualidade hermafrodita e andrógena, também faz parte da natureza (química). Tudo pode transformar ou voltar transformando.

    Entre os mundos visíveis e invisíveis dentro do universo, existem duas forças ou essências primárias: Yin - a obscuridade, e o Yang - a claridade. A força Yin tem poder de concentração, recolhimento, de se tornar mais pesada, mais densa, é o processo de materialização. Como todas as matérias físicas, por ser mais pesada, torna-se mais lenta, receptiva e quieta.

    A força Yang tem poder de expansão, de diluição de se tornar mais leve, mais dilatada e flutuante, é a antítese da materialização, e por ser leve e flutuante Yang simboliza a inquietação e o movimento.

    Yang tem tendência ascendente: Up, alegria, euforia, ansiedade.

    Yin tem tendência descendente: Down, depressão, tristeza, apatia.

    O dinamismo de Yang lembra o fogo: seu movimento é para cima, sua qualidade energética é de diluição e expansão. O dinamismo de Yin é como a água: dirige-se para baixo, sua qualidade energética é de concentração ou coagulação; pode-se ainda relacionar a energia Yin com as matérias mais densas de cosmo (planetas), e a Yang com as matérias sutis do cosmo (as luzes das estrelas).

    Às mulheres é atribuído o símbolo Yin pela quietude do feminino, e aos homens o símbolo Yang, pela inquietação do masculino. Percebe-se, entretanto, que nem o homem nem a mulher são inteiramente Yin ou Yang, a mulher, apesar de ser respectiva (Yin), é normalmente mais suave e leve (Yang), o homem, apesar de ser impulsivo (Yang), é mais rígido e tenso (Yin).

    O símbolo Tai Chi mostra que no interior de Yang existe um núcleo Yang. Os núcleos representam o centro ou essência, que é a camada mais profunda do ser, sendo o restante, camadas periféricas. A mulher é Yin, mas dentro dela ainda existe o aspecto Yang, e vice-versa para homem. Os nossos órgãos também se movimentam dessa maneira. Os núcleos representam os centros de gravidade do Yin e do Yang, para que a unidade seja mantida é necessário que o Yang tenha um núcleo Yin, assim como que o Yin tenha um núcleo Yang.

    Centro de gravidade Yang, núcleo Yin, centro de gravidade Yin, núcleo Yang. As energias Yin e Yang se manifestam simultaneamente no Universo. Pode-se ter como exemplo, o sol do nosso sistema solar, que irradia luz para todas as direções e ao mesmo tempo retém todos os planetas em torno de si; essa irradiação é Yang e a retenção é Yin. Do centro a periferia, ou seja, do Um ao infinito é o processo Yang; da periferia ao centro, isto é, do infinito ao Um, é o processo Yin. Já pensaram sobre o Buraco Negro?

    Mutabilidade

    Os movimentos da natureza são a alternância do Yin e do Yang. Essa alternância no I Ching chama-se mutabilidade. Como a maioria dos estudos místicos, o I Ching dedica uma boa parte a questão do destino, compreender o destino é compreender o sentido da vida dentro do tempo e do espaço. Segundo o I Ching, o destino é feito de alternância. Tudo que tiver ascensão terá queda. Todos os que viverem lado Yang conscientemente viverão o lado Yin inconscientemente. Os que estão conscientes no lado Yin tem seu inconsciente no lado Yang.

    A alternância do Yin e do Yang no destino é um processo natural e inevitável, assim como a vida e a morte. Os momentos do destino são momentos sucessivos, não há bem nem mal, são apenas momentos feitos de uma contínua mutação, em que passado e futuro projetam-se infinitamente.

    O princípio do Yin e do YangTai Chi, a sublime Unidade (código de Deus)

    Diagrama do Tai Chi. Em chinês, esse conhecido símbolo que representa a integração Yin -, e Yang +.

    Yin e Yang é, na filosofia chinesa, uma representação do princípio da dualidade de Yin e Yang. O conceito tem sua origem no tao, base da filosofia e metafísica da cultura chinesa.

    Princípios complementares

    Segundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    - Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente.

    - Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio.

    Também é identificado como o tigre e o dragão representando os opostos.

    Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidades são não definições, mas analogias que exemplificam a expressão de cada um deles no mundo fenomênico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação.

    Os exemplos não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios. Assim, referir-se a Yang como positivo apenas indica que ele é positivo quando comparado com Yin, que será negativa. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a prótons e elétrons: os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.

    O diagrama do Tai Chi simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. Yang (branco) e Yin (preto) integrados num movimento contínuo de geração mútua representam a interação destas forças.

    A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe contém tanto o princípio Yin quanto o Yang. O símbolo Tai Chi expressa esse conceito: O Yin da origem ao Yang e o Yang da origem ao Yin.

    Desde os primeiros tempos, os dois pólos arquetípicos da natureza foram representados pelo claro e pelo escuro, pelo inflexível e pelo dócil, pelo acima e pelo abaixo. O Yang, o poder criador era associado ao céu e ao Sol, enquanto o Yin corresponde a terra, ao receptivo, à Lua, o céu está cima e esta cheio de movimento.

    A terra – na antiga concepção geocêntrica – está em baixo e em repouso, dessa forma, Yin passou a simbolizar o repouso, e Yang, o movimento. No reino do pensamento, Yin é a mente intuitiva, complexa, ao passo que Yang, é o intelecto, racional e claro. Yin é a tranqüilidade contemplativa do sábio, Yang a vigorosa ação criativa do rei.

    A base da teoria de Yin e Yang é a harmonia e o equilíbrio. As forças complementares de Yin e Yang são o pilar central em todo o pensamento chinês. Considera-se que estas forças afetam tudo no universo, incluindo a nós mesmos. Tradicionalmente, o Yin é o feminino, o escuro, o passivo, o frio e o negativo, e o Yang é o masculino, o claro, o ativo, o quente e o positivo. Outro modo mais simples de considerar o Yin e o Yang é que há dois lados em tudo – felicidade e tristeza, cansaço e vigor, frio e quente e demais opostos.

    Yin e Yang são os opostos que criam o todo. Cada um deles não pode existir sem o outro e nada é completamente um ou o outro, em nenhum momento.

    Há graus variados de cada um deles dentro de tudo e de todos nós. O símbolo do Tai Chi ilustra como o Yin e Yang, fluem de um para outro com um pouco de Yin sempre dentro do Yang e um pouco de Yang sempre dentro do Yin.

    No mundo, o sol e o fogo são Yang, enquanto a terra e a água são Yin. A vida só é possível por causa da interação entre estas forças. As duas forças são necessárias para a existência da vida. Veja a relação abaixo para entender a relação entre Yin e Yang.

    Forças Yin: Feminino; Escuro; Lua; Água; Passivo; Descendente; Contração; Frio; Inverno; Interior; Pesado; Osso; Frente; Interior do corpo.

    Forças Yang: Masculino; Claro; Sol; Fogo; Ativo; Ascendente; Expansão; Quente; Verão; Exterior; Leve; Pele; Dorso; Externo do corpo.

    O corpo, a mente e as emoções estão sujeitos às influências de Yin e Yang. Quando as duas forças adversárias estão em equilíbrio nos sentimos bem, mas se uma força dominar a outra se provoca um desequilíbrio que pode resultar em doença.

    A acupuntura é uma terapia de natureza Yang porque atua do exterior para o interior. Por outro lado, as terapias herbáceas e nutricionais são terapias de natureza Yin, porque atuam do interior ao longo do corpo. Muitos dos órgãos principais do corpo são classificados em pares de Yin-Yang, que trocam influências saudáveis e insalubres.

    O Chi é a energia essencial que constitui a base de todas as terapias holística: I Ching, Reiki, da acupuntura, moxa, feng shui, tai chi chuan, cromoterapia, cristalterapia, enfim, uma infinidade. Pode se ouvir o som da energia pelas mãos, pode se ouvir também o som inaudível denominado seis sons do Lao Tse. Tudo isso é possível devido a existência dos chacras em nosso corpo. As cores do arco-íris, 7 notas musicais também são atraídas pelos 7 chacras (7 níveis de energia – Aura pessoal).

    Duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    Yang: O princípio ativo, diurno, luminoso, quente, masculino.

    Yin: O princípio passivo, noturno, escuro, frio, feminino.

    Os Samurais

    Os samurais não estudavam somente os ensinamentos das escolas do Budismo esotérico, mas também estudavam música, a doutrina de Confúcio e muitos outros ramos do conhecimento, como, por exemplo, a teoria do equilíbrio do Yin e do Yang. Na cosmologia chinesa, esses são os dois pólos fundamentais do universo, respectivamente o princípio negativo e o principio positivo. Os japoneses chamam os de In e Yo.

    Todos esses estudos desempenhavam um papel na vida do guerreiro. A teoria do Yin e do Yang era usada, por exemplo, quando ele queria construir uma casa ou, se fosse rico e poderoso, fundar um castelo. Numa ocasião dessas, ele estudaria o equilíbrio entre o Yin e o Yang para determinar a melhor localização e orientação para o edifício. Sabia que, por mais esforço que empenhasse na fortificação, isso de nada valeria se os arredores não fossem condizentes com o seu objetivo.

    Seguindo a tradição chinesa, os guerreiros do Japão ocupavam-se não só da interação entre os dois pólos fundamentais do universo como também dos cinco elementos que se combinam de infinitas maneiras para criar tudo o que existe no mundo.

    Os nomes dos dias da semana correspondem aos princípios do Yin e Yang. O primeiro dia da semana é o dia do sol; o segundo, o dia da lua; e os outros cinco dias recebem os nomes dos cinco elementos físicos, determinados pelo estudo dos princípios positivo e negativo, estudo esse que foi feito na Ásia, nos tempos antigos. Os nomes dos dias são os nomes dos cinco elementos fogo, água, madeira, metal e terra. Segundo os princípios do Yin e do Yang esses cinco elementos podem dispor-se de duas maneiras. A primeira é uma ordem na qual geram um ao outro, uma ordem harmônica; a segunda é uma ordem na qual os elementos se dispõem de acordo com suas rivalidades. Nesta segunda ordem, os diversos elementos inevitavelmente destroem uns aos outros.

    No relacionamento harmonioso entre os cinco elementos, a madeira produz fogo, que por sua vez transforma a madeira em cinza, ou seja, produz terra. A terra gera o metal; o metal gera a água e a água gera a madeira.

    A segunda ordem, baseada no conceito da rivalidade dos elementos, começa com a madeira. Esta quebra a terra; a terra absorve ou impõe limites à água; a água apaga o fogo; o fogo derrete o metal e o metal corta a madeira. O estudo das forças positiva e negativa no universo; o estudo do Budismo dos encantamentos e magias, chamado mikkyo; o estudo dos cinco elementos; e os estudos das fórmulas mágicas – todos esses estudos foram reunidos e desempenhavam um papel na formação dos homens de guerra e generais militares do passado. Esses estudos constituíam a base do currículo deles.

    O verdadeiro conteúdo do que tradicionalmente se chama de ‘artes marciais’ não são simplesmente as técnicas de matar. Há muito mais coisas envolvidas. O fundador da Shinto Ryu, Choisai Sensei, propôs estudos que conduzissem ao desenvolvimento da harmonia e de uma coexistência essencialmente pacífica entre o homem e a natureza e entre o homem e seus semelhantes. É nisso que ele pensava quando disse que as artes marciais devem ser as artes da paz.

    Os melhores guerreiros e generais do passado conheciam, além da arte de matar outros seres humanos, uma larga variedade de outras artes. Sem o seu conteúdo filosófico, as artes marciais não seriam nada além da aquisição de uma força bruta semelhante à dos animais.

    Esotérico – Yin e Exotérico - Yang

    O esotérico – Yin é espiritual, procura o divino, o eu verdadeiro (o ser) dentro de si, se interiorizando e sentindo a presença do mesmo. Esse ser se conecta com Deus através do canal chamado Chitrini: o fio de luz oculto. (oriental – Yin).

    “O exotérico – Yang é a religião “religarê”, procura o Deus Cristo, os Budas, os Santos e anjos, distante exterior” que estão no céu. (ocidental – Yang).

    O mundo “terra-yin” e o outro mundo “céu-yang

    “De onde vim e para onde vou quando morrer?” Essa é uma pergunta vital que reside em algum recanto da nossa mente, mas para a qual pouquíssimas pessoas podem dar uma resposta clara. A razão disso é que, para dar a resposta, é necessário um esclarecimento sobre a relação entre este mundo e o outro mundo. Do modo como as coisas estão agora, infelizmente, não há suficiente acúmulo de conhecimento sobre o assunto nem uma metodologia estabelecida que possam dar uma explicação.

    As únicas pistas que podemos encontrar por menores que sejam vêm das atividades dos médiuns que têm aparecido na Terra de tempos em tempos. No entanto, existem muitos tipos de médiuns e, embora alguns mereçam confiança, a grande maioria ainda tem uma personalidade ligeiramente desequilibrada, motivo pelo qual as pessoas deste mundo não conseguem acreditar em suas revelações. Por exemplo, um médium pode afirmar ter falado com um determinado espírito, que lhe preveniu sobre certo acontecimento. No entanto, não há nenhuma maneira de se provar isso, o que provoca incerteza e faz com que seja muito difícil confiar na palavra do médium. O mesmo acontece quando se trata de uma explicação deste mundo e do outro. A raiz da incerteza encontra-se em nossa incapacidade de reproduzir as experiências do médium.

    Se todos nós pudéssemos compartilhar as mesmas experiências mediúnicas, ninguém duvidaria da existência do outro mundo. Mas, infelizmente, essa habilidade limita-se apenas a poucas pessoas especiais. Como resultado, a maioria das pessoas não sabe da existência do outro mundo. Pessoas de senso comum não querem aceitar a existência do outro mundo ou da relação entre ele e o mundo no qual vivemos atualmente.

    Estamos sempre refletindo sobre o sentido da vida e nos perguntando qual a razão de existirmos. Essas questões de vital importância não podem ser compreendidas até que façamos uma idéia do tipo de existência que representamos na vastidão do universo. Se, como acreditam os materialistas, a vida começa de súbito no útero materno, continua por sessenta ou setenta anos, e acaba, sendo o corpo consumido no crematório, então devemos viver simplesmente de acordo com isso. Se, porém, como aceitam os religiosos, existe outro mundo do qual nossa alma vem para nascer neste mundo e viver por várias décadas, antes de se graduar e voltar para o outro mundo, onde se empenhará para melhorar ainda mais, então precisamos de uma visão diferente da vida.

    Se compararmos a vida à educação, os materialistas, para os quais vivemos apenas uma vez, equivalem àqueles que dizem que a educação está completa após poucos anos de estudo obrigatório. Eles vêem a vida pela limitada perspectiva dessa educação fundamental. Por outro lado, aqueles que acreditam que o mundo espiritual existe e que os seres humanos vivem eternamente, passando pelos ciclos de reencarnação, podem ver a vida como um aprendizado contínuo, terminado o ensino fundamental, há o ensino médio, a universidade, a pós-graduação e, além disso, mais uma infinidade de coisas a aprender.

    Quando analisamos esses dois exemplos, torna-se óbvio que é apenas pela perspectiva da “educação” eterna que os seres humanos podem progredir.

    Aqueles que acreditam que sua vida representa uma única e breve permanência no mundo, como um fósforo que se inflama e queima até ser consumido, dificilmente descobrirão a importância ou o significado do tempo que passam aqui. Esses se dedicarão ao prazer, ao materialismo e à decadência, pensando apenas em si mesmos. Se eles acreditam que só viverão algumas décadas, é de se esperar que achem que vão sair perdendo se não aproveitarem a vida ao máximo. De modo diferente, porém, as pessoas que acreditam na vida eterna sabem que os serviços prestados a outros certamente voltarão para eles algum dia como fortalecimento para a alma. Dessa maneira vê-se que ter a perspectiva deste e do outro mundo é vital, quando refletirmos sobre a nossa visão da vida, seus propósitos e missão. Sem isso, é impossível compreender o verdadeiro sentido da vida e dos seres humanos.

    O mundo após a morte

    Nós nos referimos ao lugar para onde as pessoas vão depois de separadas do corpo físico como o “outro mundo”, mas como é esse lugar? Que tipo de mundo nos espera depois da morte? Como não sabem o que as esperam, as pessoas ficam ansiosas e temerosas, expressando seu apego à vida terrena com as palavras “Não quero morrer”.

    Seja o que for que as pessoas possam sentir, acredito que o medo delas é baseado na ignorância com respeito ao mundo após a morte. O fato de o estudo do outro mundo nunca ter sido aceito como uma ciência acaba deixando as pessoas confusas. É por essa razão que precisamos conhecer o mapa “guia” para conhecer o outro mundo. Navegar sem mapa pode ser uma experiência terrível, mas com o mapa certo, pode se fazer uma viagem tranqüila. Se soubermos de onde viemos e para onde estamos indo, que continente é nosso destino, se conseguirmos entender os mapas, podemos fazer uma viagem segura. A duração de nossa vida não é algo que possa ser contado em décadas. Não se trata meramente da vida do nosso corpo, mas de algo que existe neste mundo e continua no mundo além deste. Contudo, mesmo em face disso, ninguém quer aceitar a morte. Pacientes internados em hospitais dizem que não querem morrer e os médicos fazem tudo o que podem para que sobrevivam. Mas, se pudesse assistir a tudo isso do outro mundo, veríamos que, quando uma pessoa se aproxima da morte, seu espírito guardião, seus espíritos e os anjos estão ao seu lado, já começaram a se preparar para orientá-la.

    Quando a morte finalmente chega, o espírito sai do corpo. No entanto, a princípio, a pessoa não percebe o que está acontecendo e sente-se como se fosse duas: uma está deitada na cama “o corpo físico perecível” e a outra podem mover-se livremente “é o corpo etérico eterno”. Quando o espírito liberto tenta se comunicar com as pessoas à sua volta, vê que elas o ignoram completamente. Ao mesmo tempo, ele descobre que pode atravessar paredes e outros objetos materiais, algo que inicialmente acha muito assustador. Ainda acredita que é o corpo na cama e continua a adejar sobre ele. Você pode imaginar o choque que ele leva quando vê o próprio corpo sendo levado para o crematório. Não sabendo o que fazer, o espírito permanece nas proximidades do crematório. Ninguém nunca lhe disse que tipo de vida o aguarda e, de modo bastante compreensível, ele se sente muito inseguro.

    É nesse momento que seu espírito guardião aparece e começa a explicar o que o espera. No entanto, tendo vivido neste mundo durante décadas, o espírito tem dificuldade para compreender a explicação e, apesar de todos os esforços de seu guardião, não se deixa convencer facilmente. Assim, muitas vezes permanece na Terra por várias semanas, ouvindo as orientações de seu espírito guardião. Como sugerem os serviços fúnebres budistas, realizados no sétimo e no quadragésimo nono dia depois da morte, o espírito geralmente tem permissão para permanecer na terra entre vinte e trinta dias após a morte. Durante esse período, ele recebe instruções do guardião ou dos espíritos, até estar preparado para retornar ao mundo celestial.

    Existem, porém, aquele cujo apego a este mundo é grande demais. São apegados, por exemplo, aos filhos, aos pais, à esposa, ao marido e até a sua terra, casa, riquezas ou negócios. Esses se tornam o que chamam de “espíritos presos à terra”, condenados a vagar por este mundo. São o que as pessoas conhecem como fantasmas, seres que permanecem inconscientes de sua existência como espíritos.

    Material e Metodologia

    Esta propositura tem como apoio, o tema Sexualidade e Espiritualidade, que tem como base, o 3º Caminho do Tao, cujo fundamento é a energia criativa (Yin e Yang). Somado a minha experiência sobre o despertar da Kundalini observei atentamente a natureza ao meu redor, elucidando dúvidas a respeito do tema.

    Paralelamente procurei descobrir através de exercícios práticos e vivência, explorando o universo dos sentidos na tentativa de apurar a capacidade de auto-percepção, baseada no sentir para ver a energia fluir, circular por dentro e fora de todo o corpo. Constatei que energia é questão de sintonia.

    Discussão

    De repente, percebi que eu estava filosofando o tempo todo, e descobri que tenho mediunidade, o que sempre neguei. No entanto, reconhecer a sua própria mediunidade é fantástico; Pensando bem, na minha adolescência, curei uma pessoa por puro amor e compaixão, que por acaso, é meu irmão.

    Hoje entendo porque precisamos nos dedicar muito no treinamento do amor e da compaixão ao próximo. Para ser um bom médium curador de verdade, é necessário o aperfeiçoamento moral, ética, cívica e espiritualidade sob a Luz da Doutrina dos Chacras assim elevando a Kundalini (despertar). “Não deve ser despertada prematuramente.”.

    Conclusão

    O Dr. Motoyama pede apelo aos cientistas e médicos jovens que pesquisem e aprofundem no estudo da Kundalini, no entanto, eu acredito que o estudo terá mais eficiência na holística, pois isso só é possível no sentir, ela é percebida na mediunidade., intuitivamente. Quanto mais o médium aprofunda no conhecimento, mais a Kundalini eleva o médium, elevando a sabedoria e espiritualidade, “Iluminação”.

    Cheguei a conclusão de que mais do que nunca precisamos nos dedicar no estudo da Kundalini dentro da holística. Espero poder orientar as pessoas com o apoio do Sr. Henrique Vieira Filho.

    Deixo aqui, meus agradecimentos por mais esta oportunidade, muito obrigada.

    Mitiyo

    Bibliografia

    1. Sexualidade e Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto – Terapeuta Holística CRT: 38660

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    www.sinte.com.brcontato@sinte.com.br

    1. Dharma Chacra – ensinamento do correto coração

    Apostilas – Mitiyo Oshiro Takemoto

    mitimoto@ig.com.br

    1. Revista da Sociedade Taoísta do Brasil – O caminho da transformação interior

    1. As Leis da Eternidade – Ryuho Okawa

    Ed. Cultrix

    1. Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Sharamom / Bodo J. Baginski – Ed. Pensamento

    1. Cura cósmica 1- Mantak Chia – Ed. Cutrix

    1. Internet – www.cefle.org.br

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 31/07/2012 14:51


    Terapias Tradicionais Milenares » Fitoterapia Chinesa

    NTSV — FT 001 Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    2. PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   A Fitoterapia conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante ao uso terapêutico das plantas.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 ObjetivoDefinir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 FITOTERAPEUTA — Realiza testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios, da pulsologia e de testes musculares, propondo o uso dos vegetais corretos para cada caso; faz uso das propriedades terapêuticas das ervas sob diversas formas, tais como chás, banhos, compressas, óleos, extratos, inalações, dentre outras, visando não só despertar a capacidade de auto-equilíbrio, como, também, suprir a necessidade de certas substâncias e energias sutis que atuarão como princípios energoativos para a harmonização psicofísica.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THF — Fitoterapeuta;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Fitoterapia aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 — Fitoterápicos — aquisição e indicação

    5.3.3.1 — Opção 1: aquisição dos fitoterápicos pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os fitoterápicos serão doados, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.3.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar fitoterápicos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.3.3 — A seleção dos fitoterápicos a serem recomendados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de:

    5.3.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.3.2 — Pulsologia e/ou de testes musculares (como por exemplo, o Omura Test).

    5.3.4 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 28/01/2009 12:41


    Aula de Fitoterapia - Comunidade de Estudos Avançados

    Aula de Fitoterapia - Comunidade de Estudos Avançados

    Henrique Vieira Filho
    CRT 21001
    Terapeuta Holístico

    Resumo

    De modo prático e objetivo, abordaremos a Fitoterapia sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade. As incríveis "coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como fitoterápico torna o aprendizado lúdico e prático.

    Focando em uma pequena variedade de plantas, todas de venda livre e facilmente encontradas na natureza e nas casas do ramo, esta abordagem utiliza da teoria do Cinco Movimentos Chineses, bem como da Pulsologia de Nogier a dos Pontos de Alarme dos Meridinos para a correta seleção de fitoterápicos para cada momento de nossos clientes.

    Introdução

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos Chineses, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam.

    Ao invés de nos atermos a tabelas de correlação entre sintomas e plantas, esta abordagem propõe quitessenciar a adequação a cada caso, passando as plantas a serem selecionadas com o auxílio da Pulsologia de Nogier e/ou a reação ao toque nos Pontos de Alarme, mediante aproximação de amostras dos fitoterápicos.

    Sabendo de antemão que os métodos de pesquisa ortodoxos em pouco elucidariam as milenares aplicações terapêuticas dos vegetais, encontrei as respostas na Sincronicidade (teoria junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos) e na teoria dos Cinco Movimentos Chineses. Quintessenciado a adequação da escolha de fitoterápicos para cada caso, aplicamos testes pela Pulsologia de Nogier e pela reação dos Pontos de Alarme dos Meridianos.

    Fazendo um levantamento sobre os deuses e lendas ligados a cada uma das plantas, descobri as "grandes coincidências" entre essas histórias e o momento do Cliente no qual o fitoterápico apto a atuar. Fora isso, as características de comportamento de cada planta (o modo como cresce, seus terrenos preferidos, suas cores, etc.) correspondem exatamente ao tipo de pessoa à qual a sua composição poderá ajudar. E, por mais estranho que pareça a quem não está familiarizado com a idéia da sincronicidade, até mesmo a etimologia dos nomes das plantas já nos esclarecem para que elas servem.

    Somando-se a isso, pesquisei o uso fitoterápico tradicional, em especial sob o enfoque milenar chinês dos Cinco Movimentos e constatei que, além de seu uso para o equilíbrio de determinados sintomas físicos e para as emoções.

    Um Pouco de Jung

    Precisaremos, neste ponto, elucidar alguns termos básicos utilizados na terapêutica junguiana.

    Arquétipos, por exemplo, representam um conceito tão difícil de explicar como o Tao, ou Deus, pois são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva). Tais motivos foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, constatamos seus efeitos quando se manifestam na consciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, como Símbolos, melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido. Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contatada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifesta na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ou molde-informação de um cristal. Ao formar-se, o cristal obedece a um padrão de forma predeterminado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma.

    Mesmo assim, ele predetermina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém, que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas. É muito mais um desejo, que, como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez existiu um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse. O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias e moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    Símbolo é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Vários significados são atribuídos a cada flor individualmente, mas, no geral, as flores simbolizam o princípio passivo, o feminino por excelência. Corresponde ao yin chinês. O cálice da flor é o receptáculo da atividade celeste (yang), que como uma taça, é capaz de receber a chuva e o orvalho, símbolos de tudo o que vem dos céus e nos influencia. Para o Taoísmo, em especial noTratado da Flor de Ouro, a flor é o símbolo da conquista de um estado espiritual elevado. A floração é o resultado da alquimia interior, é o retorno ao Centro Espiritual (alma), também conhecido por estado primordial. Para os antigos celtas, a flor é o símbolo da instabilidade essencial de toda a criatura, voltada a uma perpétua evolução e, em especial, simboliza o caráter fugitivo da beleza. Este sentido se reforça pela figura lendária chinesa de Lan Tsai Ho, que carregava uma cesta de flores para melhor estabelecer o contraste entre sua própria imortalidade e a efêmera duração da beleza e dos prazeres. Ainda entre os antigos chineses, a flor é um dos símbolos do chamado Movimento Madeira, vinculado à primavera e à expansão. Assim sendo, é de se supor que a Flor, como representação do Yin, seja capaz de nos levar, por similaridade, a travar contato com outros símbolos femininos, além de nos tornar receptivos à ação de seu complemento, o Yang. A profundeza de nosso ser, nosso inconsciente e todo o material psíquico reprimido e por conseqüência corporificado, são classificados numa visão milenar como Yin. Na terapia junguiana, essa porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra (Yin). Seu par complementar é a Persona, classificada como Yang. É a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. O uso das essências florais yin atuará diretamente em seu oposto, yang, assim como o negativo atrai o positivo. Sua atuação será, portanto, em nossas Personas, nossos aspectos conscientes, e nos véus com que nos apresentamos perante o mundo. Esse contato com a Sombra trará à luz a consciência, ou seja, o material psíquico reprimido que a constitui. A Flor, como símbolo do receptáculo do que vem dos céus, explica por que as essências florais nos levam a receber as intuições e insights provenientes de nosso Céu Interior que é nossa essência divina. Torna-se também mais nítida a lembrança dos Sonhos, verdadeiro manancial de informações sobre nossa essência e elo de ligação entre o inconsciente e o consciente. As flores, representação de tudo o que é transitório e efêmero, levam-nos rapidamente a uma mudança de um quadro emocional para outro. Por também simbolizar o Movimento Madeira chinês, cuja orientação é a de expansão e de aflorar de nosso ser, de nossos sentimentos, as essências florais nos levam a tomar contato com as informações sobre nosso eu, juntamente com a sua carga emocional correspondente. A informação fria e simples, a compreensão puramente racional de alguma realidade psíquica dificilmente terá força suficiente para mudar nossas vidas. Entretanto, se a informação vier acrescida de emoção (do latim e-xmovere = mover para fora), aí sim haverá potência para movernos, mobilizarnos para uma expansão pessoal.

    Instâncias Psíquicas e Constelação Arquetípica

    Instâncias Psíquicas são como "indivíduos dentro do indivíduo". São Complexos, isto é, grupos emocionalmente carregados de imagens ou idéias comandados por uma imagem arquetípica aos quais Jung atribuiu a formação de parte da estrutura psíquica funcional. Exemplos de instâncias psíquicas: Sombra, aquilo que somos, mas ignoramos ser; Persona, aquilo que somos em função dos outros; Anima, nossa porção feminina; Animus, nosso lado masculino; Plenitude, o que somos, porém, ainda não realizado; Self, o que somos como aspiração da totalidade.

    Eis alguns exemplos de arquétipos: Deus representa o imutável, o imortal, o poderoso, a fonte de toda a energia de realização; o Mal, força que se opõe à realização, o adversário; a Grande Mãe, a geradora, o mutável, o móvel, a permanência na transformação; o Ancião Sábio, o saber ancestral que não foi alcançado pela aprendizagem, mas pela revelação; Incesto, tendência a voltar às origens, às aspirações regressivas; Mercúrio, a sabedoria que está por aflorar; Morte e Ressurreição, transformação; Ciclos, tudo se repete e está governado por ritmos; Paraíso Perdido, estado de plenitude e felicidade absolutas perdido devido ao pecado; Criação do Mundo, o mundo foi criado no passado por obra divina; Criança, permanência do indivíduo em estados infantis; Salvador, anseio da humanidade por uma redenção através de um ser superior que nos restaure o paraíso perdido; Unidade, complexo psíquico inconsciente de retornar à unidade perdida; Hermafrodita, união dos contrários num novo nível de consciência; Dualidade, representa o que está em movimento, capaz de gerar vida nova; Pedra Filosofal, a transformação alquímica do sujeito, sua aspiração à imortalidade e sabedoria; Batismo, uma nova oportunidade de realizar-se; purificação; Fim-do-Mundo, a transformação por meio de um holocausto; Afrodite, esquema do amor sensual e da inconstância; Herói, o indivíduo escolhido para uma missão transcendente.

    PULSOLOGIA DE NOGIER

    Resumidamente, a Pulsologia de Nogier começou com o próprio, que é conhecido como o Pai da Auriculoterapia, que é a opção de Reflexoterapia mais estudada..

    Por ter o hábito de tomar o pulso de seus clientes, Nogier, durante seus trabalhos de auriculoterapia, percebeu certos "sinais", como se fossem "trancos" ou súbitas "sumidas" da pulsação.

    E que isso ocorria justamente quando estava com algum estímulo (por exemplo, uma ponta metálica...), passando por sobre uma região reflexa desequilibrada.

    É como se uma "onda" passasse por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso.

    É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida, como puderam constatar em nossa aula presencial, durante o Holística 2004.

    Atentem que não altera a QUANTIDADE de batidas cardíacas, mas sim, a INTENSIDADE com que a percebemos, como se uma "onda" passando por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso. É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida.

    É importante que TREINEM BASTANTE, de preferência, com várias pessoas diferentes, pois "localizar" o pulso varia bastante em cada caso. Para os casos difíceis, apliquem a tática de fazer toques circulares na região entre as sobrancelhas, que de pronto, a percepção do pulso se torna muito mais nítido. Um detalhe que pode fazer a diferença: TIREM OS METAIS DOS DEDOS E PULSOS: relógios, anéis, pulseiras, etc, em algumas pessoas simplesmente some com o Sinal de Nogier. Em muitos casos, pode-se até sentir a pulsação, mas nada de perceber o Sinal de Nogier... Se for esse o caso, experimente tirar os metais próximos, tanto do cliente, quanto os seus.

    A Pulsologia de Nogier, todos teremos a oportunidade de constatar, é MUITO útil para a seleção de fitoterápicos. Basta testar cada opção de plantas que pré-selecionou ao caso, por sobre cada ponto localizado e verificar qual faz com que o pulso reaja nitidamente...

    Paul Nogier, por ser médico e absolutamente contrário a que não-médicos utilizem auriculoterapia, passou a testar medicamentos através da pulsologia e da aproximação destes dos pontos auriculares.

    Como somos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, o que NÓS testamos são os fitoterápicos.

    Digamos que já detectamos na orelha, os pontos/ desequilíbrios (via de regra, de uns 3 a no máximo, 5...). E que estamos em dúvida entre algumas opções de fitoterápicos que podemos recomendar...

    Se estiverem em forma "picada", podemos pinçar um pouco e aproximar desses pontos identificados, para perceber a reação do pulso.

    Notarão que alguns em nada alteram; outros, até somem com o pulso e, de repente, um deles torna a pulsação "limpa", nítida, forte, reagindo com "tranco" à aproximação.

    Pronto: terá detectado qual(is) é (são) o(s) fitoterápico(s) adequado(s) ao momento do cliente.

    Muitas vezes, a combinação de uma ou mais amostras juntas pode melhorar a reação ao pulso, muitas vezes, não, até se anulam, indicando que é melhor optar por chás separados...

    CLARO: se forem ter amostras de fitoterápicos em seus consultórios, OBRIGATORIAMENTE tem que ser de origem definida, ou seja, com NOTA FISCAL DE COMPRA, e rotulagem contendo laboratório e farmacêutico responsável. E, NUNCA, JAMAIS, NEM EM SONHO, vendam estes produtos. E, obviamente, só podem ser recomendados produtos de VENDA LIVRE, ou seja, sem necessidade de receita MÉDICA.

    PONTOS DE ALARME SISTÊMICOS

    As tradições milenares chinesas trouxeram aos nossos dias a teoria dos, assim traduzidos, "meridianos", que são caminhos de energia que circulam junto ao corpo e que refletem nosso estado holístico (físico, emocional, social, etc, etc...). Em tese, são infinitos... Contudo, como nosso objetivo é ser pratico, trabalharemos com 12 principais.

    Em termos de 5 Movimentos Chineses, temos os meridianos FOGO: coração, intestino delgado, circulação e sexo, triplo aquecedor...

    Eles são responsáveis pela "temperatura" de nossas emoções, entre outras coisas.

    Como meridianos TERRA, temos o do baço-pâncreas e do estômago.

    Respondem pela nossa reflexão, pelos pensamentos...

    Já os meridianos MADEIRA são os do Fígado e da Vesícula Biliar.

    Atuam na exterização das emoções, especialmente, a raiva...

    Temos os meridianos METAL: Pulmão e Intestino Grosso.

    Agem na interiorização de nossas emoções, tanto na serenidade, quanto na tristeza, baixa-estima...

    E Rim e Bexiga, como meridianos do movimento ÁGUA.

    Assim como as águas se adaptam ao meio e buscam aprofundar, assim estes meridianos lidam com aquilo que nos é de importância vital, tal como medo, sobrevivência, sexo...

    Atentem que os nomes dos meridianos, em sua versão ocidental, correspondem aos nomes de certos órgãos e vísceras. Mas, a verdade é que não correspondem APENAS a estes órgãos, mas sim, a inúmeras funções que a ciência jamais atribuiria a estas "partes".

    Por exemplo: a raiva, na visão dos 5 movimentos, tem relação com o meridiano de fígado... Mas, certamente que a ciência jamais vai associar raiva com o órgão fígado...

    Felizmente, não temos que dar satisfações aos cientistas e podemos nos valer de mais de 5 mil anos de tradições...

    Mas, em termos PRÁTICOS, como saber quais meridianos estão carentes de equilíbrio ?

    Bom, como somos Terapeutas Holísticos, JAMAIS nos valeremos de "tabelinhas doenças-pontos-de-acupuntura"...

    Isso é coisa de médico... Os médicos é que precisam fazer exames de laboratórios, descobrir qual a doença e seguir uma tabelinha de pontos, da mesma forma que seguem tabelas de correlação medicamento-doença...

    Aliás, sempre é bom frizar: pela LEI, doença é monopólio médico...

    Por isso que nós, TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, tratamos das PESSOAS (jamais de "doenças"...) e de seus desequilíbrios "energéticos"...

    COMO saber qual(is) meridiano(s) precisa(m) de tratamento ?

    Muito simples: basta "perguntar" aos próprios meridianos !

    E para fazer isto, basta tocar em determinados pontos, os chamos PONTOS DE ALARME, e saber do cliente se os mesmos estão (ou não...) doloridos ao toque...

    Claro, todo ponto de alarme é relativamente dolorido... Mas, na prática, notarão 1 ou 2 que estarão MUITO sensíveis...

    Ou seja, como trabalharemos com 12 meridianos, teremos 12 pontos de alarme a tocar, durante a avaliação...

    Acreditem, quando tiverem prática, esse é um procedimento de 1 a 2 minutos...

    Uma vez detectado QUAL o ponto de alarme mais sensível, teremos condições de realizar testes para a escolha de fitoterápicos. Coloque em contato com a pele do Cliente (pode ser na mão, por exemplo...), cada opção de plantas que pré-selecionou ao caso e verifique novamente o ponto de alarme, tocando-o.

    Notarão que alguns fitoterápicos em nada alteram a sensibilidade do ponto de alarme; outros, até somem com a dor ao toque. Pronto: terá detectado qual(is) é (são) o(s) fitoterápico(s) adequado(s) ao momento do cliente. Muitas vezes, a combinação de uma ou mais amostras juntas pode melhorar a reação ao pulso, muitas vezes, não, até se anulam, indicando que é melhor optar por chás separados...

    Observarão que, enquanto o cliente estiver em contato com o fitoterápico mais adequado ao seu momento, o ponto de alarme não está mais sensível ao toque !! Ou, se ainda estiver, é muito pouco...

    Pode-se "reforçar" a conclusão, testando a sensibilidade ao toque no ponto de alarme que estava em "2o lugar"...

    Fitoterapia em Cinco Movimentos Chineses

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos e, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam.

    Comparados entre si, os "cinco sabores" são: amargo - evacuante e purgativo - "endurecedor"; doce ou insípido - diurético, sudorífico, dissipante, relaxante; picante - sudorífico, dissipante, dispersante; salgado - ecacuante, purgativo, "suavisante" e ácido - evacuante, purgativo e retrátil. A estas propriedades iniciais, podemos acrescentar quatro tipos de "energia": fria, quente, fresca e morna. Além disto, há quatro "densidades" diferentes de "energia" que darão o "sentido" da ação terapêutica: ascendente (yang - alto), expansivas (yang - exteriot) - obtidas pelas ervas yang e descendentes (yin - baixo) e introspectivas (yin - interior) - obtidos pelas ervas yin.

    Em cada meridiano existe uma raíz yin e outra yang. A função yang da Madeira mobiliza e põe em movimento, o que é estimulado pelo sabor ácido; entretanto, a absorção excessiva do ácido, que, por vocação é yin e retrátil, levaria ao efeito contrário, uma "paralisia", estimulando a raiz yin da Madeira. A função yang do Metal é retrair, secar, condensar, secar; já sua função yin é dissipar e humidecer; o picante, por sua vocação yin, se absorvido em excesso estimulará a função yin do Metal. A função yang do Fogo é ascensão e crescimento, enquanto que seu lado yin é endurecer; o amargo, por sua tendência yang, favorecerá a função de ascensão. A função yin da Terra é estruturar, modelar, controlar instintos e emoções, humidecer, enquanto a yang pode levar a idéias fixas, rigidez; por sua tendência yin, o doce favorecerá a raíz yin da Terra (observação: o doce industrializado é "quente", portanto, yang, com efeito contrário ao doce natural). A função yin da Água é amolecer, abrandar, enquanto que seu lado yang é o de endurecer; a tendência do salgado é favorecer a raiz yin da Água.

    Simplificando, as plantas seriam classificadas pelo sabor + energia quente ou fria (yang ou yin), o que possibilita incontáveis combinações de efeitos terapêuticos, graças, ainda, às leis de Geração e de Dominância.

    Discussão

    Este método tem se mostrado imbatível na prática de consultório. Como ninguém é exatamente igual a outro, não é adeqüado a escolha das ervas baseando-se apenas nas estatíticas sobre a utilidade de cada uma delas.

    Usando-se a pulsologia, resgatamos a capacidade inconsciente que há em cada um de saber exatamente aquilo de que necessita, tal qual faz o animal quando está na selva. Se, infelizmente, o humano moderno não percebe conscientemente quando está diante do que lhe é remédio ou veneno, o pulso, entretanto, ainda reage perante esta escolha e nós podemos nos valer deste recurso para ter a convicção de estarmos escolhendo as melhores ervas para aquele indivíduo, naquele momento...

    Segundo diversas culturas milenares, as ervas são símbolos de tudo o que é harmonizante e vivificante, restauram a saúde, a virilidade, a fecundidade, o parto e a riqueza. Foram os deuses quem descobriram suas propriedades terapêuticas, o que ilustra a crença universal que o equilíbrio só pode vir de uma dádiva divina, como tudo o que é ligado à vida. Para os cristãos, as ervas deviam a sua eficácia por terem sido encontradas pela primeira vez no monte do Calvário.

    A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam, também, as forças ígneas da terra. Enquanto manifestação de vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadoras de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica. Por acumularem estas forças, os antigos sempre viram nos vegetais propriedades saudáveis ou venenosas, daí o seu emprego também na magia. Quase todas as divindades femininas grego-romanas protegem a vegetação: Deméter (deusa das alternâncias entre a vida e a morte, bem como das terras cultivadas), Afrodite (Vênus, deusa da fecundidade), Artemis (Diana, selvagem deusa da natureza), além de algumas entidades masculinas como Ares (Marte, que simboliza a força bruta, é, também, protetor das colheitas, um dos deveres do guerreiro) e Dioniso (Baco, símbolo das forças de dissolução da pesonalidade, deus da fecundidade, da vegetação, das vinhas). No sincretismo afro-brasileiro, Ossâim é o responsável pelas ervas terapêuticas e sagradas, sendo seus iniciados conhecedores de suas serventias, bem como das palavras ritualísticas necessárias para libertar o axé (poder potencial) de cada planta. Aqueles que trabalhavam com as ervas em quase todas as culturas viam as plantas como símbolos vivos de entidades invisíveis, tais como deuses, elementais e espíritos, os quais deveriam ser evocados ou aplacados com o uso de palavras mágicas ou sacrifícios. O respeito à natureza os levava a não cultivar suas ervas, mas sim ir ao encontro das que nasceram espontaneamente na mata. Ainda hoje, os adeptos de Ossâim (orixá do sincretismo afrobrasileiro) costumam deixar uma vela verde em troca das plantas que colhem, ou uma das folhas colhidas, para manter inalterado o equilíbrio do local.

    É anterior à humanidade o uso terapêutico das plantas, pois os animais, instintivamente, sabem quais e quanto das ervas devem comer para melhorarem de seus distúrbios. O ser humano, cada vez mais se isolando da Natureza, foi perdendo esta capacidade de percepção. Mas, em algumas culturas, como as orientais e a indígena, mantiveram-se as tradições da utilidade atribuída a cada planta, muitas vezes transmitidas oralmente por milênios, havendo, ainda, tratados escritos em civilizações mais sofisticadas, como era o caso da chinesa e da egípcia.

    Os antigos Terapeutas Holísticos não cultivavam suas plantas medicinais, pois sabiam que se o vegetal espontaneamente escolhesse seu local de nascimento é porque aquele solo é o ideal, capaz de proporcionar-lhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeito terapêutico. Na China Milenar, um dos critérios de avaliação da serventia de uma planta era a observação de seus sabores, cores, formatos, época de floração e de suas características de "personalidade". Analisemos uma planta por critérios subjetivos: o Dente-de-Leão vem conseguindo se desenvolver espontaneamente nas grandes cidades como São Paulo, apesar da poluição e das condições nada naturais deste ambiente. Nem por isso a planta deixou de participar da harmonia da Natureza, sendo, pois, indicada para toda pessoa que esteja "estressada", com dificuldades de sobrevivência, esgotada e intoxicada, a qual poderá, literalmente, "beber" da sabedoria deste vegetal e sobreviver nesta "selva de pedra".

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos e, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam.

    A ciência dita oficial sempre trabalhou contra a credibilidade da Fitoterapia. Até mesmo quando aprova os efeitos terapêuticos de uma planta, acaba por prejudicar a técnica. Um bom exemplo disso é que, até alguns anos, praticamente todos os fitoterápicos eram OFICIALMENTE classificados como sendo de VENDA LIVRE, em nosso país. Ou seja, enquanto os mandatários das leis e normas brasileiras consideravam as plantas como sendo apenas "placebos", ou, quando muito, chás a serem consumidos por seus sabores, qualquer profissional poderia indicar os benefícios terapêuticos dos fitoterápicos. Por esta mesma classificação (venda livre), as empresas que industrializavam as ervas mantinham preços bastante acessíveis, diferentemente do que praticavam com produtos cuja rotulagem indicavam a necessidade de "receita médica", status este que possibilitava a comercialização por valores bem mais elevados... Muitos colegas, com certeza já tiveram a oportunidade de comparar produtos compostos pela mesmíssima planta, serem vendidos por preços díspares, ou MUITO mais baratos, ou MUITO mais caros, conforme estejam classificados como "chá", ou rotulados com "tarja vermelha"...

    O fator econômico certamente foi um dos estímulos a que as plantas passassem a ser objetos de "estudos científicos" e que, grandes indústrias, repentinamente, considerassem "provados laboratorialmente" os efeitos terapêuticos de certas ervas sobre determinadas "doenças"... Ora, como no Brasil, a legislação e a jurisprudência são claras quanto ao fato de que, tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de DOENÇAS é um MONOPÓLIO da classe MÉDICA, consequentemente, a cada fitoterápico que mudava sua classificação para "medicamento", automaticamente significaria que sua venda deixou de ser livre, passando a necessitar de RECEITA MÉDICA...

    Restringindo ainda mais o quadro, em comum acordo entre o Conselho de Medicina e o de Farmácia (firmado em 1999), os farmacêuticos passaram a recusar e a denunciar como "exercício ilegal de medicina", qualquer fórmulação a ser manipulada e que origine de profissional NÃO-médico. Exceção feita à Terapia Floral, a qual, FELIZMENTE, é tida como NÃO-científica e enquanto assim permanecer classificada, MUITO MELHOR, pois continuará de uso LIVRE.

    A injusta tendência a tornar produtos e serviços em "monopólios médicos" conta com a própria ingenuidade dos Fitoterapeutas. Uma simples visita às livrarias nos leva a constatar que a esmagadora maioria dos livros sobre fitoterápicos associa as plantas a "doenças de A a Z" !!! Ora, além disso ter levado seus autores a serem processados por "exercício ilegal de medicina", tais obras são fartamente usadas nos tribunais como "provas" para acusar os fitoterapeutas, além de terem sido fonte de consulta justamente para que, cada vez mais e mais plantas venham a ser classificadas como sendo de uso exclusivo para a classe médica... Disso tudo, resulta a listagem anexa, de fitoterápicos "PROIBIDOS a não-médicos", que certamente tomará de surpresa muitos de nossos colegas.

    A única maneira de revertermos esta situação é a RE-educação de nós mesmos, passando o Terapeuta Holístico a valorizar a NOSSA própria profissão e parar definitivamente de "emprestar" de outras áreas, suas formas de pensar e de se expressar.

    Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

    Cabe a nós, defensores e praticantes da TERAPIA HOLÍSTICA resgatar a ARTE da fitoterapia e com isso, garantir que JAMAIS venha a tornar-se monopólio de profissão alguma. O que sempre foi de uso LIVRE assim merece continuar...

    E, paralelamente, estarmos sempre atentos ao cumprimento das leis e resoluções do governo, pois, por mais que restrinjam os meios, todo bom Terapeuta Holístico sempre encontrará um novo instrumento de atuação, capaz de ampliar a QUALIDADE DE VIDA de nossos Clientes.

    Comparativamente às correntes teóricas que baseiam-se em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a fitoterápicos, a escolha pela Pulsologia e Pontos de Alarme mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da auto-consciência. Do ponto de vista legal, esta abordagem da Fitoterapia igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com as plantas em formato absolutamente diferente da abordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    Conclusões

    A Fitoterapia em Cinco Movimentos possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares. O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a seleção das plantas graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento. A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    Referências bibliográficas

    BROSSE, JACQUES – As Plantas e Sua Magia – S. Paulo, Roccko, 1984

    CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

    ESPECHE, Bárbara e Eduardo Grecco - Jung y Flores de Bach -Arquetipos e Flores. Ediciones Continente.

    FAUBERT, Gabriel - La Chronobiologie chinoise. Paris, Éditions Albin Michel S.A., 1987.

    GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

    HALL, James A. - A Experiência Junguiana. S. Paulo, Cultrix, 1989.

    HIRSCH, SONIA – Manual do Herói – Gráfica e Editora Prensa, 1990.

    HUSSON, A. - Versão e comentários - Huang Di Nei Jing Su Wen. Paris, Ed. A.S.M.A.E

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    JACOBI, Jolande - Complexo -Arquétipo - Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1986.

    JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. 5. Paulo, Vozes, 1991.

    LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. 5. Paulo, Cultrix, 1992.

    MACHADO, José Pedro Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa, Editorial Confluência Ltda., 1967.

    MARKEY; Christopher- Yin-Yang. 5. Paulo, Cultrix, 1987.

    MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

    MELLIE UYLDERT – A Magia das Plantas - S. Paulo, Pensamento, 1994.

    MIYUKI, Mokusen - Versão e comentários - A Doutrina da Flor de Ouro. S. Paulo, Pensamento, 1990.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Psychologie: pour une approche nouvelle dela Psycho-somatique. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Phytothérapie. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

    TOMPKINS, PETER e BIRD, CHRISTOPHER - A Vida Secreta das Plantas. Editora Exped, 2004.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado. São Paulo, Lumina Editorial, 1998.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Florais de Bach – Uma Visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica – Incluindo NTSV – TF 001 – Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Floral – 4a Edição - Editora Pensamento, 1994.

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1990.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 28/01/2009 12:24


    Listagem Atualizada de Fitoterápicos que só podem ser indicados por médicos

    LISTAGEM ATUALIZADA DE FITOTERÁPICOS QUE SÓ PODEM SER INDICADOS POR MÉDICOS

     

    De acordo com a RESOLUÇÃO-RE Nº 89, DE 16 DE MARÇO DE 2004, expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária

    Arctostaphylos uva-ursi Spreng

    Centella asiatica (L.) Urban, Hydrocotile asiatica L

    Cimicifuga racemosa (L.) Nutt.(Cimicífuga)

    Echinacea purpurea Moench (Equinácea)

    Ginkgo biloba L

    Hypericum perforatum L

    Piper methysticum Forst. f.

    Serenoa repens

    Tanacetum parthenium

    Valeriana officinalis

    Hamamelis virginiana

    (Hamamelis): Venda sob prescrição médica
    (Valeriana): Venda sob prescrição médica
    Sch. Bip. (Tanaceto): Venda sob prescrição médica
    (Bartram) J.K. Small 25 (Saw palmetto): Venda sob prescrição médica
    (Kava-kava): Venda sob prescrição médica
    . (Hipérico): Venda sob prescrição médica
    . (Ginkgo): Venda sob prescrição médica
    : Venda sob prescrição médica
    : Venda sob prescrição médica
    . (Centela, Gotu kola ): Venda sob prescrição médica
    (Uva-ursi): Venda sob prescrição médica


    Até alguns anos, praticamente todos os fitoterápicos eram OFICIALMENTE classificados como sendo de VENDA LIVRE, conforme o DECRETO Nº 74.170, DE 10 DE JUNHO DE 1974, em seu ANEXO: MEDICAMENTOS DE VENDA SEM EXIGÊNCIA DE PRESCRIÇÃO MÉDICA, ítem XIX. Produtos fitoterápicos (ver página 20, Anexos Informativos – Tutorial Terapia Holística).

    Ou seja, enquanto os mandatários das leis e normas brasileiras consideravam as plantas como sendo apenas "placebos", ou, quando muito, chás a serem consumidos por seus sabores, qualquer profissional poderia indicar os benefícios terapêuticos dos fitoterápicos. Por esta mesma classificação (venda livre), as empresas que industrializavam as ervas mantinham preços bastante acessíveis, diferentemente do que praticavam com produtos cuja rotulagem indicavam a necessidade de "receita médica", status este que possibilitava a comercialização por valores bem mais elevados... Muitos colegas, com certeza já tiveram a oportunidade de comparar produtos compostos pela mesmíssima planta, serem vendidos por preços díspares, ou MUITO mais baratos, ou MUITO mais caros, conforme estejam classificados como "chá", ou rotulados com "tarja vermelha"...

    O fator econômico certamente foi um dos estímulos a que as plantas passassem a ser objetos de "estudos científicos" e que, grandes indústrias, repentinamente, considerassem "provados laboratorialmente" os efeitos terapêuticos de certas ervas sobre determinadas "doenças"... Ora, como no Brasil, a legislação e a jurisprudência são claras quanto ao fato de que, tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de DOENÇAS é um MONOPÓLIO da classe MÉDICA, consequentemente, a cada fitoterápico que mudava sua classificação para "medicamento", automaticamente significaria que sua venda deixou de ser livre, passando a necessitar de RECEITA MÉDICA...

    Restringindo ainda mais o quadro, em comum acordo entre o Conselho de Medicina e o de Farmácia (firmado em 1999), os farmacêuticos passaram a recusar e a denunciar como "exercício ilegal de medicina", qualquer fórmulação a ser manipulada e que origine de profissional NÃO-médico. Exceção feita à Terapia Floral, a qual, FELIZMENTE, é tida como NÃO-científica e enquanto assim permanecer classificada, MUITO MELHOR, pois continuará de uso LIVRE.

    Nossa organização sempre trabalhou e continuará trabalhando para que acabe essa injusta tendência a tornar produtos e serviços em "monopólios médicos", contudo, a própria ingenuidade dos Fitoterapeutas em muito favorece a que esse quadro contrário cresça cada vez mais. Uma simples visita às livrarias nos leva a constatar que a esmagadora maioria dos livros sobre fitoterápicos associa as plantas a "doenças de A a Z" !!! Ora, além disso ter levado seus autores a serem processados por "exercício ilegal de medicina", tais obras são fartamente usadas nos tribunais como "provas" para acusar os fitoterapeutas, além de terem sido fonte de consulta justamente para que, cada vez mais e mais plantas venham a ser classificadas como sendo de uso exclusivo para a classe médica... Disso tudo, resulta a listagem anexa, de fitoterápicos "PROIBIDOS a não-médicos", que certamente tomará de surpresa muitos de nossos colegas.

    A única maneira de revertermos esta situação é a RE-educação de nós mesmos, passando o Terapeuta Holístico a valorizar a NOSSA própria profissão e parar definitivamente de "emprestar" de outras áreas, suas formas de pensar e de se expressar.

    Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

    Cabe a nós, defensores e praticantes da TERAPIA HOLÍSTICA resgatar a ARTE da fitoterapia e com isso, garantir que JAMAIS venha a tornar-se monopólio de profissão alguma. O que sempre foi de uso LIVRE assim merece continuar...

    E, paralelamente, estarmos sempre atentos ao cumprimento das leis e resoluções do governo, pois, por mais que restrinjam os meios, todo bom Terapeuta Holístico sempre encontrará um novo instrumento de atuação, capaz de ampliar a QUALIDADE DE VIDA de nossos Clientes.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 16/07/2007 11:16


    FITOTERAPIA NA HOLOPUNTURA

     Trabalho de Conclusão de Curso

    Neuza Miranda e Silva Chammas

    Terapeuta Holística

    CRT 36999

    Curso de Fitoterapia

    Docente: Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico

    CRT 21001

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas

    CEA – Comunidade de Estudos Avançados

    Porangaba 2007-04-09

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    PORANGABA – 2007-04-09

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    CEA – COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM

    TERAPIA HOLÍSTICA

    DISCIPLINA – FITOTERAPIA

    ORIENTADOR: HENRIQUE VIEIRA FILHO

    CRT 21001 - TERAPEUTA HOLÍSTICO

    PORANGABA – 2007-04-09

    A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.” Nicolau Copérnico

    DEDICATÓRIA:

    Dedico este trabalho à minha mãezinha

    Carlota,

    minha primeira mestra em

    Terapia Holística.

    PORANGABA – 2007-04-09

    AGRADECIMENTOS

    À MINHA FAMÍLIA

    Georges

    Ana Carla

    Daniela

    Georges Jr

    Marcos Reskalla

    e

    Adilah

    Pela presença constante de cada um deles em minha caminhada.

    AO SINTE

    -Pela preocupação em oferecer o melhor aos Terapeutas Holísticos.

    A HENRIQUE VIEIRA FILHO

    -Pelo seu otimismo, arrojo e coragem de levar adiante um projeto tão nobre e, por despertar nos TH a consciência de um trabalho com ética, dignidade e responsabilidade.

    PORANGABA – 2007-04-09

    SUMÁRIO:

    01 – Resumo.......................................................................................................08

    02 – Introdução...................................................................................................13

    03 – Material e Metodologia................................................................................16

    04 – Resultados...................................................................................................22

    05 – Discussão....................................................................................................28

    06 – Conclusões..................................................................................................30

    07 - Referências Bibliográficas............................................................................32

    08 – Anexos e Apêndices....................................................................................33

    8.1. NTSV – FT 001............................................................................................33

    8.2. A Fitoterapia na História do Brasil................................................................38

    8.3 Listagem atualizada dos Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos................................................................................................................40

    RESUMO

    Este trabalho apresenta um estudo sobre Fitoterapia no atendimento aos meus clientes cotidianos, em meu próprio Espaço de Terapia Holística, sito à Rua Professor Antonio Freire de Souza, nº 231, em Porangaba, SP.

    Iniciei os ensaios de aplicação da Fitoterapia aliada às Técnicas da Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal Manipulativa, logo após o início do curso em junho de 2006 e as intensifiquei logo depois da aula prática, ocorrida no dia 10 de setembro de 2006, durante a realização do Congresso Holístico promovido pelo SINTE.

    O desenvolvimento dos estudos fundamentou-se nas aulas ministradas pelo docente, Terapeuta Holístico Henrique Vieira Filho, no Curso de Fitoterapia, oferecido pela Comunidade de Estudos Avançados, aos TH associados ao SINTE, bem como no embasamento teórico e prático, adquirido no ano anterior, no Curso de Holopuntura e, em leituras complementares, especialmente em obras contidas na bibliografia apresentada e sugerida pelo docente.

    As técnicas começaram a fazer parte de minha vida como Terapeuta Holística e todos os meus clientes se beneficiaram com ela.

    Três clientes especiais foram escolhidos para terem os atendimentos relatados semanalmente, do final do mês de outubro de 2006 ao final de fevereiro de 2007, com o objetivo de recolher subsídios a trabalhos posteriores.

    Estes atendimentos serviram de base para avaliação do meu trabalho, através da supervisão do docente HVF.

    Estando eu dedicando-me à Terapia Corporal Manipulativa há mais de cinco anos, vi nos novos conhecimentos e nas técnicas da Holopuntura uma excelente oportunidade de obter melhores resultados em meu trabalho. Percebi que, especialmente na Avaliação dos Pontos de Alarme, havia uma proximidade muito grande com o que eu já praticava.

    Com o auxílio da Fitoterapia meu trabalho foi ganhando um diferencial muito importante, uma vez que o cliente poderia dar continuidade ao tratamento durante a semana, depois que eu concluísse meu atendimento naquele dia.

    Fui associando a Fitoterapia e a Holopuntura, através da Avaliação dos Pontos de Alarme, à Terapia Corporal Manipulativa, seja ela relaxante ou estimulante.

    Observei que em qualquer outra modalidade de Terapia Corporal, torna-se perfeitamente viável a utilização da Fitoterapia aliada à Holopuntura em benefício do cliente, quando se busca o equilíbrio e melhor qualidade de vida e, principalmente, quando nossa meta é a harmonização corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma.

    Também vi na Pulsologia de Nogier um importante instrumento de avaliação do momento vivenciado por cada um de meus clientes, através da análise da reação de seus pulsos diante de estímulos diferentes.

    Pude perceber como é diferente a reação do Pulso das pessoas aos estímulos feitos com os Fitoterápicos, antes e depois das manobras de uma TC relaxante ou de outra estimulante.

    De modo prático e objetivo, estudamos e aplicamos a Fitoterapia sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade.

    As incríveis “coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como fitoterápico tornou o aprendizado lúdico e prático.

    Focando em uma pequena variedade de plantas, todas de venda livre e facilmente encontradas na natureza e nas casas do ramo, esta abordagem utiliza a Teoria dos Cinco Movimentos Chineses, bem como da Pulsologia de Nogier (orelhas, pés e mãos) e a dos Pontos de Alarme dos Meridianos para a correta seleção de fitoterápicos para cada momento de nossos clientes.

    É isso que relatarei em meu Trabalho de Conclusão de Curso.

    Ele foi elaborado com muito amor, mas com simplicidade, pois a arte da qualidade de vida é algo que nasceu da simplicidade de povos que viviam em contato com as plantas, com o simples, mas puro e belo.

    Nada nele é utópico ou impossível de ser praticado por qualquer pessoa que tenha os conhecimentos necessários a respeito de técnicas de Terapia Corporal e que venha a conhecer a Holopuntura e a Fitoterapia.

    O conhecimento de cada uma das plantas e sua utilidade de acordo com o ponto de vista dos CMC é de suma importância ao TH. Esse embasamento teórico foi oferecido aos discentes durante o curso de Fitoterapia.

    Estas são as cinco plantas que constituem a Fitoteca Essencial:

    Cavalinha – Harmoniza

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Alecrim – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Metal;

    Lavanda – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Terra e Metal;

    Calêndula – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Terra;

    Tomilho – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Metal;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Terra.

    Em nossa Fitoteca Ampliada encontramos outras opções de plantas:

    Angélica – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Artemísia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Bardana – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Terra e Metal;

    Camomila – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Terra;

    Coentro – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Dente-de-Leão: Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água e Madeira;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Hortelã – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Limão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    Malva – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Manjericão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Manjerona – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Melissa – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira, Fogo e Terra;

    Milefólio – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Orégano – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Passiflora – harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água, Madeira e Fogo;

    Sálvia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Tanchagem – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal.

    INTRODUÇÃO

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério.

    As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas.

    Os antigos povos observavam as características de personalidade de cada planta e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos.

    Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais.

    Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a, então, dentro dos Cinco Movimentos Chineses e especificando para que cada uma delas servia.

    Nesta nova maneira de utilizar as plantas como recursos terapêuticos naturais, ao invés de nos atermos a tabelas de correlação entre sintomas e plantas, esta abordagem propõe quintessenciar a adequação a cada caso, passando as plantas a serem selecionadas com o auxílio da Pulsologia de Nogier e/ou a reação ao toque nos Pontos de Alarme, mediante aproximação de amostras dos fitoterápicos.

    Este método tem se mostrado imbatível na prática de consultório. Como ninguém é exatamente igual a outro, não é adequada a escolha das ervas baseando-se apenas nas estatísticas sobre a utilidade de cada uma delas.

    Segundo diversas culturas milenares, as ervas são símbolos de tudo o que é harmonizaste e vivificante, restauram a saúde, a virilidade, a fecundidade, o parto e a riqueza.

    Foram os deuses quem descobriram suas propriedades terapêuticas, o que ilustra a crença universal que o equilíbrio só pode vir de uma dádiva divina, como tudo o que é ligado à vida.

    Para os cristãos, as ervas deviam a sua eficácia por terem sido encontradas pela primeira vez no monte do Calvário.

    A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam, também, as forças ígneas da terra. Enquanto manifestação de vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadoras de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica.

    Por acumularem estas forças, os antigos sempre viram nos vegetais propriedades saudáveis ou venenosas, daí o seu emprego também na magia. Quase todas as divindades femininas grego-romanas protegem a vegetação: Deméter (deusa das alternâncias entre a vida e a morte, bem como das terras cultivadas), Afrodite (Vênus, deusa da fecundidade), Ártemis (Diana, selvagem deusa da natureza), além de algumas entidades masculinas como Ares (Marte, que simboliza a força bruta, é, também, protetor das colheitas, um dos deveres do guerreiro) e Dioniso (Baco, símbolo das forças de dissolução da personalidade, deus da fecundidade, da vegetação, das vinhas).

    No sincretismo afro-brasileiro, Ossâim é o responsável pelas ervas terapêuticas e sagradas, sendo seus iniciados conhecedores de suas serventias, bem como das palavras ritualísticas necessárias para libertar o axé (poder potencial) de cada planta.

    Aqueles que trabalhavam com as ervas em quase todas as culturas viam as plantas como símbolos vivos de entidades invisíveis, tais como deuses, elementais e espíritos, os quais deveriam ser evocados ou aplacados com o uso de palavras mágicas ou sacrifícios.

    O respeito à natureza os levava a não cultivar suas ervas, mas sim ir ao encontro das que nasceram espontaneamente na mata.

    Ainda hoje, os adeptos de Ossâim (orixá do sincretismo afro-brasileiro) costumam deixar uma vela verde, em troca do que retirarem, ou uma das folhas colhidas, para manter inalterado o equilíbrio do local.

    O uso terapêutico das plantas é anterior à humanidade, pois os animais, instintivamente, sabem quais e quanto das ervas devem comer para melhorarem de seus distúrbios.

    O ser humano, cada vez mais isolado da Natureza, foi perdendo esta capacidade de percepção. Mas, em algumas culturas, como as orientais e a indígena, mantiveram-se as tradições da utilidade atribuída a cada planta, muitas vezes transmitidas oralmente por milênios, havendo, ainda, tratados escritos em civilizações mais sofisticadas, como era o caso da chinesa e da egípcia.

    Os antigos Terapeutas Holísticos não cultivavam suas plantas terapêuticas, pois sabiam que se o vegetal espontaneamente escolhesse seu local de nascimento é porque aquele solo é o ideal, capaz de proporcionar-lhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeito terapêutico.

    Na China Milenar, um dos critérios de avaliação da serventia de uma planta era a observação de seus sabores, cores, formatos, época de floração e de suas características de "personalidade".

    Analisemos uma planta por critérios subjetivos: o Dente-de-Leão vem conseguindo se desenvolver espontaneamente nas grandes cidades como São Paulo, apesar da poluição e das condições nada naturais deste ambiente. Nem por isso a planta deixou de participar da harmonia da Natureza, sendo, pois, indicada para toda pessoa que esteja "estressada", com dificuldades de sobrevivência, esgotada e intoxicada, a qual poderá, literalmente, "beber" da sabedoria deste vegetal e sobreviver nesta "selva de pedra".

    METODOLOGIA E MATERIAL

    A Fitoterapia sempre esteve presente em minha vida!

    Filha de pais provenientes da roça e com poucos recursos financeiros para a busca de médicos e de remédios “de farmácia”, nossa cura em situações mais corriqueiras sempre foi providenciada pelo que dispúnhamos no quintal ou nos matos dos arredores de casa. É claro que muitas vezes precisamos dos médicos e dos remédios. Mamãe nunca foi negligente.

    Muitas e muitas vezes os chazinhos constituíam nossos refrescos em dias de calor e nossos aquecedores nos dias e noites gélidos de inverno.

    Tomávamos chá de marcelinha para dor de barriga... Erva de Santa Maria para vermes... Capim cidreira para os nervos... Hortelã para tosse... Erva doce para barriga estufada... Mentruz... Mentrasto... Flor de mamoeiro... Flor de laranjeira... Folha de abacateiro para inchaço nas pernas... Poejo para criança enlombrigada... Alface para insônia... Sabugueiro para botar o sarampo para fora... Arruda para recaída de dieta das mulheres que pariram...

    A lista era enorme! Para tudo mamãe tinha um chazinho abençoado.

    Garrafadas... Mamãe fazia para mulheres com recaída de dietas... Para crianças que tiveram sarampo... Até para os que sofriam de “ataques’”.

    Ela benzia crianças com “quebranto” e adultos com “cobreiro”...

    Dona Carlota era muito querida e muito procurada!

    A qualquer hora em que batessem à sua porta ela estava pronta para ajudar o pobre sofredor!

    Tinha ela dois livros enormes, cheios de figuras coloridas de plantas, verduras, legumes e frutas que me encantavam!

    COME PARA CURAR-TE” e “BEBE PARA CURAR-TE” eram os títulos!

    Passei minha infância e juventude folheando e lendo aquelas maravilhas! Não sei dizer quem eram os autores e nem do paradeiro deles, mas gostaria muito de reavê-los.

    Não foi por acaso que depois de vinte e oito anos de dedicação ao magistério me vi fortemente atraída por algo que já estava em minha vida desde a infância.

    Ao me envolver com a Holopuntura percebi que era uma técnica que estava à disposição de outras modalidades holísticas e a serviço do bem estar de pessoas, tendo como premissa central a possibilidade de aplicação de estímulos em micro regiões (pontos) e com isso obter reações globais, despertando os próprios recursos naturais de auto-harmonização. Desta forma vi a possibilidade de usar a Fitoterapia em conjunto com a Holopuntura.

    Desde o início do Curso de Holopuntura, em junho de 2005, o que mais me empolgou, na técnica, foi a utilização dos Pontos de Alarme, pois eu já tinha familiaridade com eles.

    Ao iniciar o Curso de Fitoterapia constatei que na verdade eu estaria, com ele, ampliando minhas possibilidades de trabalho com os clientes, de uma forma mais eficiente, pois o “novo” dava a possibilidade do cliente continuar equilibrando-se “em casa”, usando os fitoterápicos como um complemento ao tratamento por mim desenvolvido em um pouco mais de uma hora de atendimento.

    No mês de outubro iniciei o atendimento supervisionado a três clientes muito especiais, utilizando os conhecimentos que estava recebendo através do curso. Eles já eram meus clientes em Terapia Corporal, Cromoterapia, Reflexoterapia Podal e Reiki.

    Vi a possibilidade de associar a Fitoterapia como aliada da Holopuntura às minhas técnicas e passei a utilizá-las, dessa forma, com todos os meus clientes, mas escolhendo três para serem meus instrumentos de avaliação através da supervisão de relatórios que deveriam ser encaminhados semanalmente ao docente Henrique Vieira Filho.

    Esses três clientes vivem momentos e situações emocionais totalmente diferentes, cada qual com seu desafio, trazem um baú de bagagem, composta de conflitos, medos, inseguranças e muitos outros sentimentos, bons e ruins.

    Posso descrever desta forma meus clientes especiais:

    Cliente nº. 1 – Mulher, 48 anos, professora readaptada por incompatibilidade profissional, com uma história de vida marcada por muitas discriminações dentro da própria família; uma juventude marcada pela rebeldia e por uma grande frustração amorosa; um passado recente com envolvimentos em drogas e várias crises depressivas; internação em clínica de recuperação de dependentes químicos; grande preocupação com a obesidade, tem mania compulsiva por limpeza e sente-se mal casada, mas não tem coragem de assumir uma separação; recentemente sofreu muito a perda do pai e no momento vive preocupada com o futuro do filho que tem 18 anos. Apresenta vários problemas de saúde física.

    Cliente nº. 2 – Mulher, 57 anos, nível sócio econômico elevado, pessoa com trato social super-refinado; culturalmente uma pessoa muito sofisticada, vive um casamento muito bem estruturado. Emocionalmente trata-se de uma pessoa com uma carga muito pesada de rancores e mágoas trazidas desde a infância; não se relaciona bem com familiares e tem diferenças marcantes com a única filha. Crítica e dominadora, inflexível consigo mesma e com os outros vive crises de afastamento das pessoas e de tristeza porque as pessoas também se afastam dela.

    As duas clientes recebem atendimento médico e trazem um diagnóstico de órgãos afetados, disfunções glandulares e fisiológicas, fazendo uso de medicamentos de uso contínuo.

    Cliente nº. 3 – Mulher, 45 anos, com uma história de vida de muito trabalho ao lado do marido; há dois anos vem sofrendo terrivelmente por conta de um adultério cometido pelo marido e isso gerou muitos problemas emocionais, dores de cabeça e outros sintomas físicos, Não procura acompanhamento médico. Viveu uma fase de busca de uma melhor auto-estima através de cirurgias plásticas, freqüência em academia e por último veio em minha procura. Não utiliza medicamentos rotineiramente.

    Os três foram esclarecidos sobre as várias técnicas de Terapia Holística que utilizo e a respeito dos benefícios que elas podem proporcionar.

    Às duas que estão sendo acompanhadas pelo médico pedi que continuassem a seguir rigorosamente todas as suas orientações e que nada fosse alterado em suas rotinas, sem o parecer do profissional que as acompanha.

    Uma das clientes já vem recebendo a Terapia Corporal há muito tempo com conta de um sério problema na coluna vertebral; uma delas iniciou o tratamento buscando a Drenagem Linfática logo após uma de suas cirurgias e continuou a vir quando percebeu que suas dores de cabeça e a TPM não a incomodavam mais. A outra veio após a leitura de um artigo que escrevi no jornal periódico da cidade e de uma conversa a respeito dos benefícios que ela poderia desfrutar na TH.

    Todas elas procuraram a TH por vontade própria, depois que tomaram conhecimento a melhoria da qualidade de vida e o afastamento dos desconfortos vividos no cotidiano que a TC poderia oferecer.

    Duas delas vieram pensando na Terapia Corporal e até utilizando termo inadequado para nomear o que desejavam, pois viviam com constantes desconfortos musculares e articulares, tensões, inchaços nas pernas, celulite, etc.

    Na verdade também sofriam com dores de cabeça, problemas de pele, queimação no estômago, etc. e buscavam soluções e alívio para algo que os incomodava muito, mas que não sabiam tratar-se de desequilíbrios provocados por emoções negativas que foram acomodando-se em seus músculos, articulações e outras partes do corpo como carapaças protetoras, como escudos, com os quais poderiam se defender, caso as situações voltassem a atacá-los.

    Iniciei o trabalho com as três usando a TC Relaxante e obtive melhoras significativas, mas quando comecei a utilizar as Técnicas da Holopuntura, auxiliada pela Fitoterapia, associadas ao que já vinha desenvolvendo com eles, as mudanças tornaram-se brilhantes aos olhos...

    Passei a fazer, antes de tudo, a Avaliação dos Pontos de Alarme ou então aplicando a Pulsologia de Nogier para ter um ponto de partida na avaliação do momento de cada uma de minhas clientes.

    Tendo a resposta do corpo, dizendo-me o que estava desequilibrado energeticamente, segundo os Cinco Movimentos Chineses, poderia partir para o teste de adequação dos Fitoterápicos, que eram escolhidos mediante as informações recebidas nas aulas do curso.

    A escolha dos Fitoterápicos para o teste de adequação normalmente era feita tendo como base:

    1º.- a nossa Fitoteca Essencial, composta de cinco Fitoterápicos Básicos, cada um deles específico para desequilíbrios YIN e YANG de cada um dos Cinco Movimentos Chineses, a saber: Madeira – Alecrim, Fogo – Lavanda, Terra – Calêndula, Metal – Tomilho, Água – Cavalinha.

    2º.- a nossa Fitoteca Ampliada onde encontramos mais opções de escolhas de ervas que servirão, algumas para desequilíbrios YIN e outras para desequilíbrios YANG.

    O teste de adequação consiste em escolher as plantas que o TH julga adequadas e através de técnicas específicas verificar quais delas são realmente adequadas para aquele exato momento do cliente.

    Este poderá ser feito nos Pontos de Alarme, se a busca do desequilíbrio se baseou na avaliação deles. Neste caso as plantas selecionadas são colocadas, uma a uma, em contato com a mão do cliente e o ponto sensível ao toque novamente é pressionado. A baixa da sensibilidade nos revelará qual a mais adequada para o momento que estamos tratando.

    Se estivermos utilizando a Pulsologia de Nogier, após avaliarmos as regiões reflexológicas (nas orelhas, mãos ou pés) e detectarmos o local que apresentou-se em desequilíbrio, procederemos da mesma forma: podemos colocar, com ajuda de uma pinça, um pontinho de cada planta, uma de cada vez, no local e avaliar o Sinal de Nogier, como reação ao efeito delas.

    Meu trabalho com minhas três clientes consistiu nessas técnicas, sempre complementadas com Terapia Corporal ou com banhos terapêuticos preparados sempre com o Fitoterápico adequado para aquele momento que a cliente vivenciava.

    Nas três clientes os fitoterápicos e minhas próprias mãos foram sempre meus principais instrumentos de estimulação e energização dos locais correspondentes aos meridianos em desequilíbrio.

    Utilizei óleos essenciais, a planta fresca colhida em minha própria horta, cremes e óleos vegetais orgânicos de boa procedência.

    Fazendo uso do BRT recomendei o chá adequado para cada momento delas e orientei-as sobre como preparar e tomar cada um deles.

    Todos os atendimentos a esses clientes foram relatados de forma minuciosa, inclusive com os diálogos estabelecidos no momento da terapia, foram postados no site do SINTE e colocados à disposição, para avaliação e posterior orientação. do nosso orientador/supervisor/docente/TH, Henrique Vieira Filho

    O Aconselhamento, como forma de interação cliente/terapeuta, levando o cliente ao auto conhecimento e a mudança em várias áreas (comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida, além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões) fez parte do processo terapêutico,

    Vi nesta técnica a possibilidade de estabelecimento de um vínculo muito mais forte na relação terapeuta/cliente e vice-versa, além da possibilidade do “extrapolar” das emoções, que normalmente ocorre no decorrer do atendimento.

    Com o aconselhamento obtive momentos muito emocionantes durante os processos terapêuticos, explosão de sentimentos muito fortes guardados pelas clientes.

    Durante todo o tempo em que venho trabalhando como Terapeuta Holística fui integrando ao processo de Terapia Corporal Manipulativa a Reflexoterapia Podal, que considero uma técnica que permite o acesso aos planos físico e espiritual do ser; um meio de prevenção dos desequilíbrios e do reconhecimento precoce dos mesmos. Hoje, após o Curso de Fitoterapia, posso, seguramente, aplicar as ervas, também nos pés dos meus clientes com a certeza de que o efeito será sempre benéfico.

    Ela não apresenta efeitos colaterais e serve-se como excelente técnica quando o cliente chega até nós manifestando timidez ou sentindo-se desconfortável, pelo simples fato de ser tocada.

    Quando você segura os pés de alguém, está segurando a alma dessa pessoa”.

    Com o mapeamento dos pés segundo os Cinco Movimentos Chineses todo o processo de terapia através das zonas reflexológicas podais ganhou um novo sentido, uma nova visão, na hora de exercer as pressões e descobrir desequilíbrios que atingem desastrosamente a harmonia do ser como um todo.

    Com a Pulsologia de Nogier, técnica prática e de fácil aprendizado, aplicada à Fitoterapia, podemos definir os estímulos/vegetais mais adequados para o momento especial do cliente, tomando o pulso e verificando como ele reage a este ou aquele, e decidir sobre qual usar, a fim de obter melhores resultados em matéria de harmonização.

    Basta testar cada opção que deseja aplicar, por sobre cada ponto localizado no percurso dos meridianos selecionados com em desequilíbrio e verificar qual deles faz com que o Sinal de Nogier seja mais nítido, limpo, forte, seja pelos trancos ou pelas sumidas.

    .

    Enfim, a Fitoterapia associada à Holopuntura permite, de várias maneiras, cuidar de gente, isto é, seres onde o TODO deve estar em uníssono com o UNIVERSO, pois que ele mesmo é um Universo em Miniatura.

    RESULTADOS

    Em todas elas pude notar aspectos emocionais muito fortes provocando os desequilíbrios, bloqueando a energia e gerando problemas sérios a serem resolvidos.

    A cliente nº.1 apresenta sinais de enraizamento profundo de suas emoções negativas; sempre conviveu com a baixa auto-estima; sempre se sentiu o patinho feio da casa; sempre foi tratada como a ovelha negra da família. Foi discriminada por colegas e professores, que a chamavam de “louca”. Perdeu o maior amor de sua vida por causa da sogra que não permitiu que o filho continuasse o namoro...

    Necessita de acompanhamento terapêutico constante, pois volta a se desequilibrar com muita facilidade. Apresenta muitos altos e baixos emocionais e isso denota que está muito insegura emocionalmente. Apresenta a fala enrolada e apressada, gagueja muito, apresenta salivação excessiva e sua saliva costuma acumular em forma de espuma nos cantos da boca. Tem um problema nasal que faz que tenha constantemente secreções secas grudadas nas bordas das narinas. Isso a constrange muito e ela vive com o nariz avermelhado, e até ferido, de tanto fazer a higiene do mesmo. Tem complexo do cabelo, da gordura, do marido, de tudo. Sente-se muito infeliz. Vez ou outra ainda extrapola na bebida e depois fica com remorsos. Sente-se vitoriosa apenas no que diz respeito ao filho, que realmente é uma preciosidade nos dias de hoje.

    Não vi nesta cliente resultados totalmente satisfatórios, mas só o fato de ela ter comparecido direitinho às seções de terapia foi ponto muito positivo visto que nunca tinha conseguido ir às seções da psicóloga por três vezes consecutivas.

    Outro ponto positivo foi o de que normalmente ela chegava num estado de humor considerado como ruim, mas ao sair ia toda feliz para casa como se nada tivesse ocorrido antes de vir para cá.

    Ela continuará a terapia.

    A Cliente nº 2 é o típico caso de pessoa que se acha super equilibrada; é a dona da verdade, orgulhosa, prepotente e crítica; apresenta até uma tendência a humilhar as pessoas, principalmente em se tratando de subalternos. Tem seu lado bom e amoroso, mas parece querer sufocá-lo com gestos e atitudes que denotam frieza de sentimentos... Rejeita os presentes que lhe dão se eles não são do seu agrado ou se julga não estarem á sua altura... Despreza as pessoas de uma forma muito vil se estas a contrariam em suas vontades, inclusive a própria filha. Não admite ser contrariada e não cede em suas exigências. Sente-se uma pessoa superior tanto financeiramente como culturalmente. Em cinco anos em que viveu na cidade estabeleceu vínculo de amizade com apenas três pessoas e mesmo assim ainda fazia duras críticas ao comportamento delas. Ninguém a conhecia! Seu relacionamento com as pessoas se limitava ao encontro semanal para as aulas de yoga, conversas ali e nada mais. Saiu do espaço... Não a conheço!

    Consegui ver algumas mudanças em seu comportamento porque a questionei seriamente a respeito de algumas coisas, principalmente no que diz respeito aos ressentimentos em relação à mãe e na disputa que trava constantemente com a filha.

    A cliente mudou para muito longe daqui e não pudemos dar continuidade ao tratamento.

    A cliente nº. 3 chegou até mim numa fase muito difícil de sua vida.

    Estava sentindo-se ferida moralmente com a traição cometida pelo marido, humilhada por ter sido trocada por uma pessoa de baixo nível e de uma feiúra notável! Sentia-se afrontada!!! Não aceitava a atitude de desrespeito do marido para com ela... Ela foi a companheira por trinta anos... A batalhadora... Esteve sempre ao lado dele e de repente é troca por uma porcaria! Começou a sentir fortes dores de cabeça e no corpo todo... Nunca tinha sido mal humorada e agora vivia assim um dia sim e o outro também... Tinha insônias, enjôos, dores de estômago, diarréias, etc... Começou a sentir fome exagerada... Engordou muito! Entrou em pânico! Procurou um cirurgião plástico e fez várias cirurgias, uma depois da outra...Veio me procurar para fazer drenagem linfática após a cirurgia da barriga... Não parou mais.

    Passou por muitas mudanças positivas; começou a ver a vida e as pessoas de uma outra forma. Começou a se auto valorizar não apenas fisicamente, mas como um ser humano com dignidade e valores interiores muito nobres. Ela continua em processo terapêutico.

    Avaliando os resultados dos desequilíbrios, de forma quantitativa, neste período de atendimento para a supervisão cheguei ao seguinte quadro:

    Cliente nº. 1 –

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    2 vezes

    Madeira

    4 vezes

    C

    nenhuma

    ID

    nenhuma

    TA

    1 vez

    CS

    1 vez

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    2 vezes

    Terra

    4 vezes

    P

    4 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    5 vezes

    R

    nenhuma

    B

    3 vezes

    Água

    3 vezes

    Como se pode ver, foi no movimento Metal que ocorreu a maior incidência de desequilíbrios energéticos nesta cliente, mas é preciso considerar que em Madeira e Terra quase houve empate com Metal.

    Avaliando as emoções relacionadas com esses três movimentos em desequilíbrio, podemos constatar que RS apresenta desequilíbrios generalizados, mas nenhum deles chega a ser exagerado.

    O Movimento Fogo manteve-se equilibrado, na maioria das vezes, e isso freou tanto a apatia quanto a euforia das emoções relacionadas com os outros movimentos.

    Uma grande incidência de desequilíbrios ocorreu no Movimento Madeira, onde as emoções negativas são: raiva, irritação, impaciência, além de outras relacionadas.

    Outra incidência significativa ocorreu no Movimento Terra, onde as emoções negativas são: crítica, preocupação e suspeita.

    O que caracteriza o comportamento da cliente realmente são as emoções relacionadas com o movimento Metal: melancolia, tristeza, depressão, sensação de que a vida não vale a pena, sentimento de amor impossível, nostalgia e desânimo: é por aí que os pulmões são feridos. A respiração se torna ineficiente, a troca com o meio exterior é ruim, não desintoxicamos nosso organismo e nem renovamos a carga de oxigênio.

    Em todos os desequilíbrios detectados durante este período de supervisão a cliente foi orientada sobre a utilização dos chás fitoterápicos como forma de harmonizar seus estados emocionais e manutenção de sua qualidade de vida.

    Os resultados foram sempre positivos e ela sempre relatou sobre a melhora que sentia após a ingestão dos mesmos.

    Cliente nº. 2

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    nenhuma

    Madeira

    2 vezes

    C

    2 vezes

    ID

    nenhuma

    TA

    Nenhuma

    CS

    Nenhuma

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    1 vez

    Terra

    3 vezes

    P

    6 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    7 vezes

    R

    3 vezes

    B

    1 vez

    Água

    4 vezes

    Foi gritante a incidência de desequilíbrios no Movimento Metal.

    Apesar de todas as manifestações da cliente de sua prepotência, de sua auto-suficiência, de sua ação dominadora, de sua capacidade de liderança, o quadro mostra que YRCA é uma pessoa com muitos medos e receios, dado o número de desequilíbrios no movimento Água; ao mesmo tempo carrega em seu coração uma carga muito grande de tristeza que pode ser gerada pelo desgaste que ela se auto-aplica por conta de suas mágoas (águas ruins), seus rancores e ressentimentos. Quer amar as pessoas, mas as mágoas são muito grandes... Quer perdoá-las, mas o orgulho não permite que aja assim. Quer se reconciliar com as pessoas que fazem parte de sua história de vida, mas sente medo e desconfia que essas pessoas querem se aproximar dela por mero interesse. Sendo muito apegada aos bens materiais acha que as pessoas aproximam-se dela com o objetivo de tirar vantagens.

    Esses sentimentos estão instalando-se e ela começa a somatizar essas emoções negativas em seu corpo físico.

    Mas é Metal que se encontra mais desequilibrado...

    A cliente mostra-se altiva, mas em suas palavras percebe-se a melancolia, a tristeza, e uma tendência a isolar-se das outras pessoas, fechando-se no seu mundinho pessoal. Está sempre envolto em leituras, artesanato, filmes, arrumação de gavetas, reforma de roupas... Não gosta de se relacionar com outras pessoas.

    As emoções relacionadas com o Movimento Metal são fortes em sua vida, mas ela procura disfarçá-las ou escondê-las através de comportamentos excêntricos.

    De uma maneira geral ela preocupa-se muito com a saúde física e mental.

    Procura os médicos e faz muitos exames com muita freqüência; freqüenta academia, fazendo musculação, curte a natureza, as plantas, as flores, os pássaros e os animais em geral.

    Para YRCA, tomar chá é muito chique e ela fez do ato um momento sofisticado em sua vida.

    Cliente nº. 3

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    1 vez

    VB

    2 vezes

    Madeira

    3 vezes

    C

    3 vezes

    ID

    3 vezes

    Fogo

    -

    TA

    1 vez

    CS

    2 vezes

    Fogo

    9 vezes

    E

    1 vez

    BP

    1 vez

    Terra

    2 vezes

    P

    3 vezes

    IG

    Nenhuma

    Metal

    3 vezes

    R

    nenhuma

    B

    1 vez

    Água

    1 vez

    O movimento Fogo dominou toda a ação e as emoções de SRGM e sofreu a ação de suas emoções.

    O que afeta os processos de Fogo é o excesso de prazeres e alegria, ou, ao contrário, a privação deles.

    A cliente vivenciou situações extremas de excitação e de melancolia. Teve dias em que chegou eufórica de alegria, outros em que veio sentindo raiva, outros chegou com dor de cabeça e muito irritada.

    Apresenta tendência ao cansaço físico e esteve sempre às voltas com dores musculares e articulares.

    Seu estado de humor normalmente apresentou-se bom, apesar das tristezas que apresentou em algumas ocasiões. Também manifestou revolta e esteve com a auto-estima em baixa. É uma pessoa capaz de sair de um “baixo astral” com a mesma rapidez com que entrou, ou então, estar bem e, de repente, sentir-se muito triste. Tem um coração capaz de perdoar e isso favorece seu bom relacionamento com as pessoas em geral e especialmente com a família.

    Relatou que a experiência com os chás foi muito boa e que notou mudanças em vários aspectos de sua vida após a introdução deles.

    Lado a lado com o tratamento Fitoterápico, via chás, elas sempre receberam a Terapia Corporal, na maioria das vezes Relaxante e, nessas oportunidades eu já trabalhava percursos de meridianos em desequilíbrio, buscando pontos doloridos e aplicando estímulos com a planta selecionada como adequada para aquele momento específico de cada uma delas.

    Todas elas desenvolveram o hábito de tomar seus chazinhos.

    Comparativamente às correntes teóricas que se baseiam em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a fitoterápicos, a escolha pela Pulsologia e Pontos de Alarme mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da autoconsciência.

    Do ponto de vista legal, esta abordagem da Fitoterapia igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com as plantas em formato absolutamente diferente da abordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    DISCUSSÃO

    Os trabalhos realizados com a Fitoterapia, aliada à Holopuntura e a Terapia Corporal permitiram que meus clientes entrassem em contato com os medos, traumas e os outros sentimentos que desconheciam serem tão fortes em si mesmos.

    O estímulo fitoterápico em pontos e regiões correspondentes aos bloqueios trouxe uma resposta emocional que lhes permitiu o auto-conhecimento necessário à estruturação de seus desejos.

    Duas delas vieram com baixa auto-estima, com uma grande carência afetiva e com sentimentos negativos corroendo o corpo, a mente e a alma, enquanto uma delas, muito senhora de si, não tinha consciência da bagagem negativa que carregava em seu íntimo.

    A manipulação corporal lhes proporcionou bem estar, sensação de segurança e alívio geral, como se algo tivesse sido arrancado de suas entranhas, libertando-os de correntes que sufocavam.

    A avaliação dos desequilíbrios através da análise dos Pontos de Alarme possibilitou ao TH tomar conhecimento das emoções que bloqueavam as energias e traçar um caminho em direção ao equilíbrio.

    Através da Pulsologia de Nogier também foi possível ter uma visão do que se passava no interior de cada uma delas, associando as emoções regidas por cada um dos Cinco Movimentos Chineses aos desequilíbrios apresentados, como se as olhasse através de um aparelho capaz de mostrá-las em suas intimidades.

    Percebi em meus clientes, e cheguei à conclusão de que nós adultos temos bloqueios nos canais da alegria, geramos insatisfações e amarguras, cultivamos a descrença e os medos, como conseqüência de um processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de “expressão e de manifestação” foi podada pelos adultos que nos orientaram, pelos padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por muitas cobranças e pelo constante apontar de defeitos e falhas.

    Se havia imperfeição simplesmente ela existia porque estávamos em fase de aprendizado e formação, mas não porque estávamos predestinados a ser pequenos e ínfimos.

    É assim que muitos adultos se sentem, gerando bloqueios nos meridianos e desequilíbrios nos movimentos diversos do ciclo natural da vida.

    Uma das causas que podem tê-los conduzido a esse estado de desarmonia, provavelmente seja o fato que não terem tido a oportunidade de traçarem por si mesmos seus destinos, e caminharem sozinhos, experimentando as alegrias e as tristezas da própria escolha.

    Com este Método de Trabalho Terapêutico com os Fitoterápicos o próprio corpo determinará que plantas são as mais adequadas para um momento especial de cada cliente; não precisamos decorar listas de plantas “boas para isto ou para aquilo” como fazia minha mãezinha...

    Caberá ao TH única e exclusivamente buscar onde está o problema e perguntar ao corpo o que ele necessita naquele momento para solucioná-lo.

    Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

    CONCLUSÃO

    No decorrer do curso e, principalmente neste período de prática supervisionada pude perceber o quanto a Fitoterapia aliada à Holopuntura permite ao Terapeuta Holístico ajudar aos seus clientes a se verem como realmente são e nomear seus sentimentos; a dar um mergulho dentro de si mesmo e retornar renovados e conscientes das sombras do seu interior.

    Com a Fitoterapia aliada à Holopuntura o terapeuta Holístico tem oportunidade de caminhar na direção certa, seguindo a sinalização dada pelo próprio corpo do cliente e, desatar os “nós” que atrapalham o livre fluxo das energias.

    A cada novo atendimento vamos percebendo como as pessoas vão se modificando e ainda que os bloqueios se repitam por várias vezes nos mesmos meridianos, a intensidade com que aparecem vai sendo reduzida.

    Os estímulos fitoterápicos aplicados vão possibilitando que as emoções que geram os desequilíbrios venham à tona, em forma de reações diversas, com um único objetivo: a liberação do caminho para a energia vital.

    Trabalhadas em conjunto com manobras da Terapia Corporal, seja ela de que modalidade for, trabalhando músculos e articulações, relaxando, drenando ou estimulando, naturalmente estarão concorrendo para a mobilização dos fluidos do corpo, para a liberação de elementos químicos prejudiciais, acumulados em decorrência dos bloqueios provocados pelas emoções, sejam elas de que natureza for.

    A Fitoterapia aliada à Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal, permitiu que meus clientes se sentissem mais conscientes:

    - RS – começa a tomar as rédeas de sua vida de uma forma mais responsável, assumindo seu corpo como ele é, sendo mais ela mesma, sem se preocupar com o que pensam as outras pessoas, exteriorizando seus sentimentos de forma amena; sabendo viver sem a tutela do pai que sempre lhe deu excesso de apoio.

    - YRCA - compreendeu melhor os fatos ocorridos em sua vida; começou a pensar em perdoar sua mãe e a descer até a filha numa tentativa de harmonizar todos os sentimentos.

    - SRGM – teve oportunidade de encontrar-se de forma profunda com suas verdades, seus sentimentos, suas emoções e luta para conseguir levar a vida de forma mais tranqüila, aceitando as pessoas como elas são.

    Duas delas continuam o processo terapêutico e vindo semanalmente para os atendimentos enquanto outra se mudou de cidade.

    A Fitoterapia em Cinco Movimentos possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares.

    O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a seleção das plantas graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento.

    A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    1-HIRSCH, SONIA

    Manual do Herói

    Gráfica e Editora Prensa - 1990

    2-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    HOLOPUNTURA – A Quintessência da União de Técnicas.

    São Paulo. SINTE – CEA – Vol.1

    3-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Curso de Holopuntura

    São Paulo – SINTE – CEA – 2005

    4-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    O Microcosmo Sagrado: O segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento.

    São Paulo – Lumina Editorial, 1998

    5-WEIL.PIERRE

    HOLÍSTICA: Uma nova visão e abordagem do real.

    São Paulo – Palas Athenas, 1990

    6- VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Fitoteca em cinco Movimentos

    7- Textos Relacionados ao Curso de Fitoterapia, Postados no Site (CEA) pelo docente HVF.

    ANEXOS E APÊNDICES

    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    2.PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3.INTRODUÇÃO   A Fitoterapia conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante ao uso terapêutico das plantas.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 ObjetivoDefinir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob os paradigmas holísticos, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    5.1.2 FITOTERAPEUTA — Realiza testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios, da pulsologia e de testes musculares, propondo o uso dos vegetais corretos para cada caso; faz uso das propriedades terapêuticas das ervas sob diversas formas, tais como chás, banhos, compressas, óleos, extratos, inalações, dentre outras, visando não só despertar a capacidade de auto-equilíbrio, como, também, suprir a necessidade de certas substâncias e energias sutis que atuarão como princípios energoativos para a harmonização psicofísica.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THF — Fitoterapeuta;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.

    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Fitoterapia aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 — Fitoterápicos — aquisição e indicação

    5.3.3.1 — Opção 1: aquisição dos fitoterápicos pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os fitoterápicos serão doados, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.3.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar fitoterápicos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.3.3 — A seleção dos fitoterápicos a serem recomendados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de:

    5.3.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.3.2 — Pulsologia e/ou de testes musculares (como por exemplo, o Omura Test).

    5.3.4 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permanecer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    A Fitoterapia na História do Brasil

    (Texto publicado no informativo Herbarium Saúde, número 29/04)

    O Brasil tem uma das mais ricas biodiversidades do planeta, com milhares de espécies em sua flora.

    Possivelmente, a utilização das plantas – não só como alimento, mas também como fonte terapêutica começou desde que os primeiros habitantes chegaram aqui, há cerca de 12 mil anos, dando origem aos “paleoníndios” amazônicos, dos quais derivaram as principais tribos indígenas do país.

    Pouco, no entanto, se conhece sobre esse período.

    As primeiras informações sobre os hábitos dos indígenas só vieram à luz com o início da colonização portuguesa, a começar pelas observações feitas na ilha de Santa Cruz pelo escrivão Pero Vaz de Caminha, da esquadra de Pedro Álvares Cabral, em sua famosa Carta a El Rei Dom Manuel.

    Um pouco mais tarde, entre 1560 e 1580, o padre José de Anchieta

    detalhou sobre as melhoras plantas comestíveis e medicinais do Brasil em suas cartas ao Superior Geral da Companhia de Jesus.

    Descreveu em detalhes alimentos como o feijão, o trigo, a cevada, o milho, o grão-de-bico, a lentilha, o cará, o palmito e a mandioca, que era o principal alimento dos índios. Anchieta citou também verduras como a taioba-roxa, a mostarda, a alface, a couve, falou das frutas nativas como a banana, o marmelo, a uva, o citrus e o melão, e mostrou a importância que os índios davam às pinhas das araucárias.

    Das plantas medicinais, especificamente, Anchieta falou muito em uma

    erva-boa”, a hortelã-pimenta, que era utilizada pelos índios contra indigestões,

    para aliviar nevralgias e para o reumatismo e as doenças nervosas.

    Exaltou também as qualidades do capim-rei, do ruibarbo do brejo, da ipecacuanha preta, que servia como purgativo; do bálsamo da copaíba, usado para curar feridas, e da cabriúva vermelha.

    Outro fato que chamou a atenção do missionário foi a utilização dos timbós pelos índios, especialmente da espécie Erythrina speciosa.

    O timbó, de acordo com o Aurélio, é uma “designação genérica para leguminosas e sapindáceas que induzem efeitos narcóticos nos peixes, e por isso são usadas para pescar.

    Maceradas, são lançadas na água, e logo os peixes começar a boiar, podendo facilmente ser apanhados à mão. Deixados na água, os peixes se recuperam, podendo ser comidos sem inconvenientes em outra ocasião”.

    Quase tudo que se sabe da flora brasileira foi descoberto por cientistas

    estrangeiros, especialmente os naturalistas, que realizaram grandes expedições cientificas ao Brasil, desde o descobrimento pelos portugueses até o final do século XIX.

    Essas grandes expedições tinham o intuito de conhecer e explorar as riquezas naturais do país, conhecer a geologia e a geografia do Novo Mundo, bem como determinar longitudes e latitudes para a elaboração dos mapas”.

    Listagem atualizada de Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos:

    De acordo com a RESOLUÇÃO-RE Nº 89, DE 16 DE MARÇO DE 2004, expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

    Arctostaphylos uva-ursi Spreng (Uva-ursi): Venda sob prescrição médica

    Centella asiatica (L.) Urban, Hydrocotile asiatica L. (Centela, Gotu kola ): Venda sob prescrição médica

    Cimicifuga racemosa (L.) Nutt.(Cimicífuga): Venda sob prescrição médica

    Echinacea purpurea Moench (Equinácea): Venda sob prescrição médica

    Ginkgo biloba L. (Ginkgo): Venda sob prescrição médica

    Hypericum perforatum L. (Hipérico): Venda sob prescrição médica

    Piper methysticum Forst. f. (Kava-kava): Venda sob prescrição médica

    Serenoa repens (Bartram) J.K. Small 25 (Saw palmetto): Venda sob prescrição médica

    Tanacetum parthenium Sch. Bip. (Tanaceto): Venda sob prescrição médica

    Valeriana officinalis (Valeriana): Venda sob prescrição médica

    Hamamelis virginiana (Hamamelis): Venda sob prescrição médica

    Autor: : NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS - CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA
    Última atualização: 28/01/2009 12:35


    As Emoções Na Fitoterapia

    TCC - Trabalho de Conclusão de Cursos

    RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD - Terapeuta Holístico - CRT 38326 

     RESUMO                                                                 .

    Aprendemos a enxergar a natureza das plantas de tal forma, que cada espécie aparece disposta dentro de um organismo global do Reino Vegetal, do mesmo modo como cada órgão humano aparece disposto dentro do organismo do Ser Humano.  A rigor, as plantas, para realmente crescerem, devem ter também uma espécie de sensibilidade. Consideramos também a ciclícidade, que é a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS vão formar o Zodíaco, o que pode ser correlacionado com as nossas emoções (nossas águas). Os Terapeutas Holísticos sabem disto.

    Certamente os estudos da presente Monografia são conhecidos; mas é preciso reconhecê-los a partir dos fundamentos aqui tratados, pois do contrário, nos afastaremos ainda mais da tradição, pelo emprego das novidades.

    CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.

    1.1 O presente trabalho não tem propriamente a pretensão de ser uma tese que esgote o tema num sentido acadêmico, não vamos falar aqui de remédios porque as plantas, a rigor, não conseguem realmente adoecer, tampouco de um processo de cura, e sim de um processo inverso.

    1.2 As plantas não são compreensíveis por si. Ao se tratar de plantas, precisamos, portanto, não somente erguer os olhos para os Elementos: Vegetal, Animal, Mineral e Humano; precisamos também consultar o Universo. Porquanto toda a vida provém do Universo inteiro, e não apenas daquilo que a vida nos entrega.

    1.3 A Natureza é um conjunto, e de todos os lados atuam forças. Quem tiver um sentido aberto para a evidente atuação das forças, esse compreenderá a Natureza. Entretanto, o que é feito hoje? Exatamente o contrário do que realmente se deve fazer para obter tal compreensão. No entanto, quando vierem a encontrar o caminho do Macrocosmo, as pessoas voltarão a compreender algo da Natureza e muitas coisas mais.

    1.4 Também é verdade que nesse sentido, aqui se trata inteira e naturalmente de pontos de vista dirigidos à natureza dos trabalhosFITOTERÁPICOS combinados com a Psicoterapia, e não de quaisquer teorias.

    1.5 Entretanto, não somos infantis para acreditar nas definições da ciência contemporânea que atua na vizinhança imediata das plantas ou no seu ambiente imediato. Todo o céu e suas estrelas, participam da vegetação! Precisamos saber disto.

    1.6 Com certeza as pessoas nem sabem, hoje, como se alimentam o homem e o animal; o que dizer então da planta? As pessoas crêem que a nutrição consiste em o Ser Humano comer as substâncias do seu entorno. Ele as introduz na boca e em seguida elas chegam ao estômago. Ali uma parte é reservada e uma parte vai embora. Depois disso, a primeira é utilizada, indo também embora a seguir. Depois disso é novamente reposto. Atualmente imaginamos a nutrição de um modo totalmente externo.

    1.7 Entretanto, não são com os alimentos absorvidos pelo estômago do Ser Humano que são reconstituídos os ossos, os músculos e os demais tecidos, pois isto só vale claramente para a cabeça humana. A disgetão, absolutamente não se forma pela alimentação recebida pela boca, porém são absorvidas pela respiração e até mesmo pelos órgãos dos sentidos a partir de todos os arredores. No Ser Humano se realiza continuamente um processo pelo qual o que é absorvido pelo estômago flui, por sua vez para baixo, disto constituindo-se os órgãos do sistema digestivo ou os membros.

    1.8 Estes são assuntos que precisarão ser ponderados por inteiro. Por esse motivo temos esta separação entre a teoria e a prática.

    1.9 Por outro lado, ficar satisfeito com a presente Monografia é, naturalmente, uma questão que provavelmente se tornará cada vez mais discutível, embora queiramos fazer tudo para também nos entender-mos em várias discussões a respeito do que houver sido aqui exposto.

    1.10 Quando se tem uma planta crescendo na terra, tomá-la como é, dentro de seus limites estreitos, constitui no momento um disparate, por ser uma planta, em seu crescimento, talvez dependente de incontáveis condições que absolutamente não se manifestam sobre a terra, mas em suas imediações cósmicas.

    1.11 E assim se explica muita coisa, e na vida prática se organiza muita coisa como se tivéssemos a ver somente com as coisas estreitamente limitadas, e não com os efeitos provenientes do mundo inteiro.

    1.12 Hoje em dia as pessoas recebem prescrições de quantos gramas de carne deve comer, quanto de líquido deve beber e etc., – algumas pessoas têm a seu lado uma balança-, pesando tudo o que vai para o seu prato. É evidente que isto é bom. Mas para que isso coincida com a Fisiologia Humana adequada, é preciso saber também que é bom que tais pessoas sintam fome caso ainda não lhe baste o que foi pesado. É bom que o instinto ainda se manifeste.

    1.13 O solo é um órgão real, um órgão que se quisermos, poderemos eventualmente compará-lo ao diafragma humano. Chegamos a essa idéia, dizendo-nos o seguinte: acima do diafragma, se encontram, no Ser Humano, determinados segmentos e órgãos- sobretudo a cabeça e aquilo que abastece o homem de respiração e circulação, e abaixo do diafragma, estão outros órgãos e segmentos.

    1.14 Tudo que está na proximidade imediata da terra – como o ar, os vapores e também o calor, em cujo âmbito estamos, em cujo âmbito nós próprios respiramos, e de onde tudo isso provém, isto é, de onde as plantas recebem, juntamente conosco, esse calor, esse ar exterior e também essa sua água exterior-, corresponde ao que no homem, é a região abdominal.

    1.15 Admita-se que haja uma planta crescendo para o alto a partir da raiz. Na extremidade do caule forma-se o grãozinho de semente. As folhas e as flores se estendem para fora. Ora, vejam: na folha e na flor se encontra aquele lado terrestre no feitio e também no preenchimento com o ELEMENTO TERRA, de forma que o motivo pelo qual uma folha ou um grão intumesce e absorve as substancialidades interiores, e assim por diante, reside no que adicionamos o ELEMENTO TERRA à planta.

    1.16 Observem as verdes folhas vegetais. Elas carregam o aspecto do ELEMENTO TERRA em sua forma, em sua espessura, em sua cor verde. Entretanto não seriam verdes se nelas não vivesse também a força cósmica do Sol. Chegando-se, porém, até a inflorescência colorida, vê-se que nela não vive apenas a força cósmica do Sol, mas também aquele apoio que as forças cósmicas do Sol recebem – pelo menos- dos planetas Marte, Júpiter e Saturno, só quando vemos a vegetação neste contexto é que podemos olhar para a Rosa enxergando em sua cor avermelhada a força de Marte.


    1.17 – Ao observarmos o Girassol Amarelo: é inteiramente correto denominá-lo “Flor do Sol”; ele só é chamado assim por causa de sua forma, sendo que por seu tom amarelo, deveria realmente ser chamado de “Flor de Júpiter”, pois a força de Júpiter, apoiando a força cósmica do Sol, produz nas flores as cores branca e amarela.

    1.18 Quando nos deparamos com uma Tanchagem, ou seja uma chicória selvagem com sua cor azulada, devemos pressentir nessa cor azulada a atuação de Saturno, que apóia a influência do Sol. Temos, portanto, toda possibilidade de ver Marte na inflorescência vermelha, Júpiter na branca e amarela, Saturno na inflorescência azul, enquanto na folha verde vemos o próprio Sol.

    CAPÍTULO 2. MATERIAL.

    2.1 A presente Monografia tem como referência: os resultados de atendimentos realizados; o Curso de FITOTERAPIA Turma 2008 promovido pelo SINTE – Sindicato dos Terapeutas, sito na Alameda Santos 211- conj. 1403- Cerqueira César- São Paulo – Brasil CEP 01419-000, site www.sinte.com.br, e-mail contato@sinte.com.br , através da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística; a formação do autor como Psicoterapeuta Holístico e a sua certificação, entre outros, em: Psicoterapia; Leitura Corporal; Terapia Corporal, Antroposofia; Teosofia, Filosofia; assim como a Monografia A ANÁLISE DA IMAGEM HOLISTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA.

    CAPÍTULO 3. METODOLOGIA.

    3.1 O OXIGÊNIO.

    3.1.1 É pelo processo respiratório que absorvemos o oxigênio. O oxigênio vive, por toda parte, no ar que nos circunda. No ar respiratório, a parte vivente do oxigênio está morta para que não desmaiemos por causa do oxigênio vivo. O oxigênio à nossa volta precisa ser morto. Porém desde o nascimento o oxigênio é o portador da vida, do etérico. Ele também se torna imediatamente portador da vida quando extrapola a esfera de tarefas que lhe é atribuída por precisar envolver-nos, a nós Seres Humanos externamente pelos sentidos.

    3.1.2 Por outro lado, ao penetrar pela respiração em nosso interior, onde pode viver, ele se torna vivo. O oxigênio que circula dentro de nós não é o mesmo que nos envolve externamente. Dentro de nós é um oxigênio vivo. O oxigênio é “irmão” do nitrogênio, do carbono, do hidrogênio e do enxofre. Uma folha, uma flor ou uma raiz são dependentes dessas matérias- não são autônomos-. Só se tornam independentes por um de dois caminhos; ou quando o hidrogênio leva tudo isto para fora, ou então quando o hidrogênio impele para dentro.

    3.2 O MILEFÓLIO.

    3.2.1 Milefólio (Achillea millefolium ou mil - folhas). O Milefólio é uma planta maravilhosa; toda planta o é, mas quando a comparamos com qualquer outra flor, podemos sentir como ela é. Ela contém carbono, nitrogênio e assim por diante. O Milefólio se apresenta na Natureza como se um criador qualquer de plantas tivesse nela um modelo para levar corretamente o enxofre, em proporção adequada, às outras substâncias vegetais. Diríamos que em nenhuma outra planta a Natureza consegue tal perfeição no emprego do enxofre como no Milefólio, e quando se está familiarizado com a atuação do Milefólio no organismo animal e humano, é quando se sabe como esse Milefólio, ao ser introduzido de forma correta no âmbito biológico, consegue efetivamente melhorias em quase tudo.

    3.2.2 O Milefólio não é nocivo, mas pode tornar -se importuno – do mesmo modo como certas pessoas simpáticas atuam na sociedade por mera presença, e não pelo que dizem, assim o Milefólio atua numa região onde cresce em abundância graças a sua presença, e de modo extraordinariamente favorável.

    3.2.3 Com o Milefólio, também se pode fazer o seguinte: tome-se a parte alta das inflorescências, as inflorescências em forma de guarda-chuva. Quando se dispõe de Milefólio natural, pode-se colhê-las o mais fresca possível e em seguida deixá-las apenas secar por um período muito curto. Nem é preciso deixá-las secar muito. Não conseguindo obter o Milefólio fresco, mas apenas o que se pode adquirir nas lojas especializadas, antes de empregá-lo tente espremer o suco das folhas, que pode ser obtido por um cozimento da folhagem seca, e regue-se a inflorescência com um pouco desse suco.

    3.3 A CAMOMILA.

    3.3.1 A Camomila (Chamomilla officinalis). Não se pode dizer que a Camomila se distingue por conter intensamente potassa e cálcio. No entanto, a Camomila elabora adicionalmente o cálcio e, desse modo, aquilo que pode contribuir em essência para excluir da planta aqueles efeitos frutificantes nocivos, mantendo-a em bom estado de saúde; é maravilhoso que a Camomila contenha também um pouco de enxofre, pois precisa elaborar juntamente cálcio.

    3.3.2 É realmente verdadeira a Camomila que se encontra, por aí junto aos trilhos da estrada de ferro.

     

                                                                   3.4 O DENTE- DE LEÃO.                                             .                                                                                             

    O Dente-de-Leão (Taraxacum officinalis), em qualquer região que cresça, é extraordinariamente benfazejo. Porque ele é o mediador do ácido silícico. O Dente-de-Leão; porém deve ser empregado de forma correta quando se quer torná-lo atuante.

                                                         3.5 A CAVALINHA.

    A Cavalinha (Equisetum arvense) exerce indiretamente, notável influência sobre o organismo humano, pela função renal, não ainda sendo possível averiguá-lo em minúcias nem deduzi-lo.

               3.6 OS QUATRO ELEMENTOS NO PENSAMENTO PRÉ-SOCRATICO.

    3.6.1 TALES DE MILETO (?-425 a. C.). Partiu do princípio da unidade de tudo e considerava a ÁGUA o elemento primordial onde tudo se originava.

    3.6.2 ANAXIMANDRO (610-550 a.C.). Diz que não é nenhum elemento determinado, mas “tudo inclui e tudo governa...”.

    3.6.3 DEMÓCRITO (460-370 a.C.). Desenvolveu a teoria sobre a constituição da matéria: ela seria composta por átomos.

    3.6.4 ANAXÁGORAS (500-428 a.C.). Partiu do princípio de que a Natureza era composta por uma infinidade de partículas minúsculas e invisíveis, que chamava sementes. Dizia que na menor das partes existe um pouco de tudo.

    3.6.5 ANAXÍMENES (550-486 a.C.). Dizia que existe como origem de tudo uma realidade, submetida ao julgamento da experiência, ainda que num sentido indeterminado. Este princípio será o AR, elemento invisível e imponderável e, no entanto observável: o AR é a própria vida. ANAXÍMENES explica que a rarefação do AR produz o calor; a condensação o frio; uma condensação cada vez mais forte produz sucessivamente vento, nuvem, chuva, TERRA e rocha.

    3.6.6 EMPÉDOCLES DE ACRAGAS (490-430 a.C.). Diz que não há nada de semelhante a uma unidade primeira, mas em seu lugar, uma pluralidade de elementos primeiros, que chama de “raízes”, “as raízes de tudo”. Em número de quatro, colocadas todas elas sobre o mesmo plano, igualmente vivas e divinas, cada qual inalterável em sua qualidade própria e concebível como conjunto de partículas homogêneas, são elas, o FOGO, a TERRA, o AR, e a ÁGUA. Suscetíveis de se moverem e de se misturarem.

    3.6.7 Os Pensadores Pré-Socráticos são – pelo menos os maiores- iniciadores: no começo histórico da livre reflexão, conservam por isso mesmo um privilégio que poderia ser o de um frescor originário onde seria de boa inspiração ir frequentemente re-temperar, re-visitar e renovar o mais absoluto modernismo.

         3.7 OS QUATRO ELEMENTOS, SUAS QUALIDADES E SUAS EMOÇÕES.

    Consideremos agora o tema da ciclícidade, que é também a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS são chamados de triplicidade e as qualidades também chamadas de gunas, quadruplicidade ou cruzes vão formar o Zodíaco. Sabemos que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos do Zodíaco através dos QUATRO ELEMENTOS e das suas emoções.

                               3.7.1 OS SIGNOS DO ELEMENTO AR.

    Os signos de AR são considerados úmidos e quentes. Então o ELEMENTO AR que é caracterizado pelos signos de Gêmeos, Libra e Aquário tem uma tendência mais jovial, o úmido representa o flexível e o quente é expansivo. Os antigos relacionavam o ELEMENTO AR ao temperamento sanguíneo.

                                 3.7.2 OS SIGNOS DO ELEMENTO FOGO.

    3.7.2.1 Sabemos que o ELEMENTO FOGO é também expansivo, ou seja extrovertido, mas também seco e, portanto, não se dobra, é mais rígido, ele quer dobrar o mundo à sua vontade, se impor ao mundo ao invés de receber dele a sua influência. Desta forma, os signos de Áries, Leão e Sagitário tem fama de ser mais mandões, auto-suficientes ou exagerados na sua auto-afirmação. Os antigos atribuíam ao ELEMENTO FOGO o temperamento colérico.

    3.7.2.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO FOGO: Alecrim; Lavanda; Angélica; Manjerona; Melissa; Milefólio; Passiflora e Salvia., e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO FOGO às emoções de excitação/apatia.

                              3.7.3 OS SIGNOS DO ELEMENTO TERRA.

    3.7.3.1 Os signos de Touro, Virgem e Capricórnio, representam o ELEMENTO TERRA. Como se sabe são secos e frios, o que quer dizer que permanece aquela tendência de se firmar perante o mundo, de dobrar circunstâncias perante a sua própria vontade, mas por outro lado, o frio já tem emoções mais para dentro, mais introspectivas, por isso os antigos relacionavam o ELEMENTO TERRA ao temperamento melancólico.

    3.7.3.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO TERRA: Calêndula; Cavalinha; Lavanda; Tomilho; Angélica; Artemísa; Bardana;Camomila; Coentro; Hortelã; Limão; Malva; Manjericão; Melissa; Salvia e Tanchagem, e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO TERRA à reflexão/dúvida e insatisfação.

                                 3.7.4 OS SIGNOS DO ELEMENTO ÁGUA.

    3.7.4.1 No ELEMENTO ÁGUA, temos o temperamento flegmático, porque apesar de ter emoções intensas, introspectivas ou frias e de ser voltado para dentro de si, é o contrário do expansivo que é quente. Acrescenta-se que o ELEMENTO ÁGUA tem ainda o temperamento úmido, ou seja, que tenta se adaptar. O ELEMENTO ÁGUA tem um certo efeito esponja, ele assimila as demais tendências do ambiente e pode ter pouca defesa. Por isso por exemplo, o Peixe tende ao isolamento, o Escorpião tende a querer se vingar, e o Câncer se escaramuja dentro de casa e com a família, daí o símbolo do caranguejo que carrega a casca e a casa consigo, são temperamentos um pouco mais defensivos e hipersensíveis, são signos que correspondem ao temperamento fleumático dos antigos.

    3.7.4.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO ÁGUA: Alecrim; Cavalinha; Lavanda; Tomilho; Dente-de-Leão; Limão; Milefólio, Passiflora e Sálvia, e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO ÁGUA ao medo/força.

                              3.7.5 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO TERRA.

    3.7.5.1 A partir do conhecimento das quadruplicidades dos ELEMENTOS, temos a capacidade de distinguir claramente qual é a especificidade de cada um dos ELEMENTOS. Por exemplo: vamos observar os signos do ELEMENTO TERRA: Capricórnio, o semeador, que é o mais ativo.

    3.7.5.2 Depois Touro, que é o mais passivo, que sabe esperar, e é o mais perseverante, que mantém posição, que cuida, que protege a vida, que evita que qualquer coisa acidental aconteça, por isso ele não gosta de mudança e não quer correr perigo. Touro protege, como a mãe grávida de nove meses, toma todos os cuidados, porque trará uma vida ao mundo.

    3.7.5.3 Por último encontramos o signo encontramos o signo de Virgem que representa a colheita. Primeiro surge o grão do plantio, que é semeado no período do Capricórnio, germinado no Touro, para ser colhido em Virgem. O signo de Virgem representa a atitude classificadora que discrimina, que separa o grão ruim do bom, ou vai separar o joio do trigo, tendo aí um elemento de discernimento.

    3.7.5.4 O ideal do ELEMENTO TERRA é a busca de segurança no Plano Material.

                            3.7.6 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO ÁGUA,

    3.7.6.1 Com esse entendimento, compreenderemos melhor agora a especificidade dos signos do ELEMENTO ÁGUA, dos quaisCâncer é o que mais tenta realizar externamente o ideal do ELEMENTO ÁGUA que é a buscar a segurança no Plano Emocional.- nossas águas-.

    3.7.6.2 Então, os signos do ELEMENTO ÁGUA buscam segurança das emoções, e isso na forma de ação está mais exteriorizado na família, motivo da fixação do caranguejo ou Câncer, em tomar a iniciativa de criar uma família estável e se dedicar aos filhos, aos pais, toda essa inter-relação familiar. O signo de Câncer rege o estômago e as glândulas mamárias e representa a maternidade e a ação de proteção da família.

    3.7.6.3 O próximo signo do ELEMENTO ÁGUA é o Escorpião, que é um signo de emoções fixas, por isso ele tem a fama de vingativo, porque não quer que as emoções mudem, e qualquer fonte de contrariedade ou perturbação emocional trará uma reação igualmente proporcional.

    Quando se fala de idéia fixa, fala-se de Aquário por que as idéias são representadas pelo ELEMENTO AR. Sabemos que a emoção fixa, quando contrariada, é obsessiva e vingativa, correspondendo ao lado sombrio de Escorpião que tem aquela emoção concentrada em atingir o objetivo, sendo para ele uma questão de tudo ou nada, de vida ou de morte, vai ou racha, que caracteriza o seu lado destemido e determinado, mas também radical.

    3.7.6.4 O último dos signos do ELEMENTO ÁGUA é Peixes – ele é mais transcedentalista, tem menos defesa para este mundo. É um signo mais sonhador que busca a colheita das emoções sublimadas ou na transcendência espiritual.

    3.7.7 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO AR.

    3.7.7.1 O signo de Libra busca expressar os ideais da justiça, da beleza, da harmonia, seja nas atividades artísticas, ou no equilíbrio das Leis.

    3.7.7.2 O signo de Aquário de alguma forma é o signo da fraternidade, da amizade, mas como todos os signos do ELEMENTO AR, é à vezes um pouco distante, preferindo a independência e a liberdade.

    3.7.7.3 O signo de Gêmeos é o que mais dúvidas têm - por ser dominado pela curiosidade. É o signo mais imprevisível e muitas vezes não consegue fazer uma coisa só, e quer fazer duas ao mesmo tempo. Porém Gêmeos tem uma flexibilidade mental extraordinária , uma adaptação para o diálogo e para aprender novos idiomas, que é a sua grande virtude. Na verdade, ele é capaz de dançar duas músicas ao mesmo tempo, e assobiar e chupar cana.

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

                          3.7.8 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO FOGO.


    3.7.8.1 O signo de Áries, vem para decidir, para se impor sobre o ambiente, para nascer, para conquistar seu espaço e sua auto-afirmação. Ele é representado no corpo humano, pela cabeça, que é a primeira parte do corpo que nasce. Vai direto à ação e é impulsivo.

    3.7.8.2 O signo de Leão, não vai tanto à ação, mas manda os outros irem. O signo de Leão é mais comandante, ele senta no trono e indica quem deve fazer o que, organiza a casa, da um urro e “..., cada macaco no seu galho”.

    O signo de Leão estabelece limite nas coisas e impõe disciplina. É também muito presente, com o seu calor humano ele protege as pessoas, por isso representa a função paternal. Às vezes é um pouco interferente porque ele quer dirigir todas as coisas de acordo com a sua vontade, de acordo com as suas normas, por isso pode ser um pouco rígido e teimoso.

    3.7.8.3 O signo de Sagitário, é mais filosófico, é uma mistura de Áries com Leão. Tem a impulsividade de Áries, é rápido como uma flecha para chegar direto ao assunto, por isso é representado por uma flecha. “Sagitta”, em latim, quer dizer “flecha”, “Sagittarius”, o arqueiro.

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

                 3.8 A CARACTERÍSTICA DOS APÓSTOLOS NA ÚLTIMA CEIA.


    3.8.1 OS SIGNOS DAS QUATRO ESTAÇÕES DO ANO E OS APÓSTÓLOS.

    Lembrando-nos das características dos Apóstolos na Última Ceia de Leonardo da Vinci (1452-1519), um afresco, um mural pintado em 1495-9, no refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, que se encontra na cidade de Milão, na Itália, veremos que cada um dos quatro grupos de três Apóstolos, sempre da direita para a esquerda, o primeiro está numa posição inicial, depois o segundo está no meio e o terceiro apóstolo já está no fim da Estação.

    3.8.2 A PRIMEIRA ESTAÇÃO DO ANO. PRIMAVERA.

    Na primeira Estação do Ano está representada a PRIMAVERA, por Áries, Touro e Gêmeos, representados por Simão, Judas Tadeu e Mateus, respectivamente.

    3.8.3 A SEGUNDA ESTAÇÃO DO ANO. VERÃO.

    Temos o VERÃO representado por Câncer, Leão e Virgem, representados, respectivamente, por Felipe, Tiago Menor e São Tomé.

    3.8.4 A TERCEIRA ESTAÇÃO DO ANO. OUTUNO.

    Observamos na seqüência o OUTONO que é representado por Libra, Escorpião e Sagitário, representado por São João, Judas Iscariotes e São Pedro.

    3.8.5 A QUARTA ESTAÇÃO DO ANO. INVERNO.

    O INVERNO, está representado por André, Tiago Maior e Bartolomeu, respectivamente. Bartolomeu é o único Apóstolo que têm os pés na luz.

    3.8.6 Quando entendermos melhor como se aplica o úmido e o seco, o quente e o frio, veremos que aquele centro em torno do qual tudo converge, e que na Última Ceia de Leonardo da Vinci é justamente o ponto equilibrante do quadro, é o Cristo, que na verdade, ele não é nem quente , nem úmido tampouco seco, ele é considerado pelos religiosos o equilíbrio perfeito e imparcial entre todas as tendências.

    3.8.7 O nosso desiderato aqui foi demonstrar aos Terapeutas Holísticos, que de certa maneira, os doze signos representam correlações de polaridades opostas, e que existe toda uma simbologia astrológica, que Carl Gustav Jung (1875-1961) valorizava, ao afirmar:

    “A astrologia merece o reconhecimento da psicologia, porque a astrologia representa a soma de todo o conhecimento psicológico da antiguidade”.(TRES iniciados O CABALION. São Paulo, Editora Pensamento, 1994 p. 24).

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.



    4.1 Os Chakras, também chamados “plexus”, “padmas” ou “lótus”: na teoria hindu, adotada por muito ocultistas ocidentais, são pontos em que se ligam o corpo físico e o corpo astral, ou sutil, e centros de energia física. O ocultismo hindu reconhece 88.000 deles, mas considera apenas trinta suficientemente importantes para ter nome próprio. Há sete Chakras principais próximos ao corpo físico. A palavra Chakra é sânscrita e também significa giro ou roda.

    4.2 Os Chakras são de importância vital, pois é por meio deles que a força vital e as energias entram no corpo físico sendo então direcionadas para qualquer área com desequilibro, e uma vez tenha sido absorvida essa força equilibradora, ela revitaliza a área devolvendo-lhe o estado de equilíbrio.

    4.3 Os religiosos afirmam que em Jesus todos os sete Chakras principais funcionavam perfeitamente, e estavam corretamente despertos e energizados – daí o homem perfeito. Esse é o exemplo pode ser uma promessa válida para cada um e todos nós.

    4.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra FITOTERAPIA EM CINCO MOVIMENTOS à pág. 15, afirma no tópico PONTOS DE ALARME SISTÊMICO que “As tradições milenares chinesas trouxeram aos nossos dias a teoria dos, assim traduzidos “meridianos”, que são caminhos de energia que circulam junto ao corpo e que refletem nosso estado holístico (físico, emocional, social, etc,etc...). Em tese, são infinitos... Contudo, como nosso objetivo é ser prático, trabalharemos com 12 principais”. Neste sentido, somente destacaremos os Chakras relacionados com os doze “medianos”.

    4.5 A parte sacral do segundo Chakra é responsável pelo correto funcionamento dos órgãos reprodutores. O segundo Chakra é chamado de esplênico, conhecido como o energizador, ou vitalizador, pois é por meio dele que muito da energia cósmica flui para o interior do corpo, o pâncreas, a vesícula biliar, o baço e os intestinos, prevenindo o espasmo muscular e a cãibra.

    4.6 O terceiro Chakra é responsável pelos desequilíbrios nervosos, digestivos, vesícula biliar, rins, erupções na pele, etc. O terceiro Chakra é há muito tempo considerado o centro emocional psicossomático onde o medo, o nervosismo e a preocupação, tendem a causar um “frio na boca do estômago”.

    4.7 O quarto Chakra traz a harmonia. A glândula Pituitária é também estimulada a partir daqui. E isso tende a trazer algum controle a todas as glândulas. A circulação também é controlada daqui: o mesmo acontece com o Sistema Nervoso Autônomo. O Nervo Vago funciona em conjunção com a pulsação do coração, e se pulsa demais, isso pode ser trazido sob controle mediante uma pressão gentil com as pontas dos dedos sobre os olhos (pressionando cada olho).



    CAPÍTULO 4. RESULTADOS.


    4.1 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A FITOTERAPIA combinada com as demais técnicas Psicoterapêuticas impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno.

    4.2 Os sinais e os sintomas percebidos e verbalizados pelo Terapeuta Holístico, progressivamente, levam o Cliente, a desenvolver o autoconhecimento e a rápida aceitação das demais técnicas Psicoterapêuticas, validando e aceitando os processos de transformação que são orientados por suas principais queixas.


    CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.


    5.1 Vimos neste trabalho a forma de enxergar a Natureza das plantas, e em apertadas sínteses as vantagens do Milefólio, da Camomila, do Dente-de-Leão e da Cavalinha, todas também de usos possíveis como técnica suplementar na FITOTERAPIA e na Psicoterapia Holística.

    5.2 Vimos também, que nos Pensamentos Pré-Socráticos, notadamente em Empédocles, que concebeu como conjunto de partículas homogêneas o FOGO, a TERRA, o AR e a ÁGUA, colocando-os sobre os mesmo planos igualmente vivos e divinos suas qualidades próprias e inalteráveis.

    5.3 Está evidenciado na ampla bibliografia existente que os Pensamentos Pré-Socráticos também fazem parte integrante dos CINCO MOVIMENTOS CHINESES, no qual se apóia, entre outros, a FITOTERAPIA.

    5.4 Vimos também a idéia da evolução de como os Quatro Elementos vão formar o Zodíaco, sabendo-se que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos através dos Quatro Elementos.

    5.5 Por fim, vimos às relações entre os Chakras e os Meridianos.

    5.6 A comparação da linha seguida por esta Monografia com a bibliografia existente poderia ser fundamentada no princípio orientador da Monografia ora apresentada que leva também em considerações os aspectos sócio-somato-psíquicos, em que as interações das estruturas física, dinâmico funcional e psíquico correspondentes, podem ser reveladas.

    5.7 Por outro lado, a bibliografia especializada é estreitamente limitada no enfoque das técnicas de “como fazer”, “como não fazer” e “para o que serve”, etc. Não menos importante, e talvez melhor do que tudo isso, pôde ser aprendido pelo autor no Curso deFITOTERAPIA turma 2008, objeto da presente Monografia. Porém, não há razões para discordar dos diversos autores que já publicaram seus livros com objetivos específicos, merecem aplausos! Deixamos para os Terapeutas Holísticos e para a Comunidade de Estudos Avançados em Psicoterapia Holística, se for o caso, a ampla discussão sobre a presente Monografia.


    CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.


    6.1 Considerem este trabalho como resultados da intervenção em vários atendimentos, de estudos e pesquisas realizados pelo autor. É uma opção que abrange a complexidade da FITOTERAPIA com os estados humanos em conjugação com o somático, dos pontos de vista objetivo, subjetivo e psíquico,

    6.2 O desiderato do autor em apresentar as especificidades dos Quatro Elementos é para que a mesma seja amplamente discutida, testada, validada e, finalmente, que os Terapeutas Holísticos, a utilizem como um equipamento suplementar do seu atendimento. Neste modelo não há irracionalismos.




    6.3 Observamos sempre fenômenos físicos e químicos ao nosso entorno. Quase tudo que nos cerca é considerado matéria (tudo que tem massa e ocupa lugar no Universo), o ELEMENTO AR, o ELEMENTO ÁGUA, o ELEMENTO TERRA, o ELEMENTO FOGO, os movimentos MADEIRA e METAL, etc. A matéria é formada pelo hidrogênio e pelo oxigênio.

    6.4 Todos os vegetais são seres multicelulares e eucariontes. Também são autótrofos, ou seja, capazes de produzir o seu próprio alimento e o fazem por meio do processo chamado fotossíntese.

    6.5 As plantas possuem um pigmento de cor verde chamado de clorofila. A clorofila ocorre na presença do ELEMENTO ÁGUA e da luz Solar, exigindo também gás carbônico obtido do ELEMENTO AR. Nesse processo, são produzidos açúcar, O ELEMENTO ÁGUA e o oxigênio (ELEMENTO AR), que é lançado de volta à atmosfera. O ELEMENTO ÁGUA quando adicionado ao açúcar produzido na fotosíntesse, é o combustível natural da planta.

    6.6 As folhas são os órgãos responsáveis por importantes funções para a planta que são: a fotossíntese, a respiração e a transpiração. As folhas normalmente apresentam-se em tipos muito variados devido a sua especialização em relação ao meio em que se desenvolvem. No caso de se encontrarem em regiões de baixa umidade e grande luminosidade, como nos desertos, as folhas apresentam-se pequenas e em pouca quantidade, enquanto que nas regiões de alta umidade e pouca luminosidade, como nas florestas, as plantas apresentam folhas grandes e numerosas.

    6.7 Desde o final do século XIX as plantas são classificadas em suas bases reprodutivas, e a presença ou não de sementes nas plantas é parte fundamental dessa distinção. Elas são na verdade, divididas em dois grandes grupos chamados de Criptogramas (Crípto = oculto) que são o grupo de plantas sem sementes e as Fanerógamas (Fânero= aparente), que são as plantas com sementes.

    6.8 Consideramos também o tema da ciclícidade, que é também a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS também chamados de triplicidade e as qualidades também chamadas gunas, quadruplicidade ou cruzes vão formar o Zodíaco. Sabemos que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos do Zodíaco através dos QUATRO ELEMENTOS e das emoções.

    6.9 A partir do conhecimento das quadruplicidades dos ELEMENTOS, temos a capacidade de distinguir claramente qual é a especificidade de cada um Por exemplo: vamos observar os signos do ELEMENTO TERRA: Capricórnio, o semeador, que é o mais ativo. Depois Touro, que é o mais passivo. Por último encontramos o signo de Virgem que representa a colheita.

    6.10 Passamos para os signos do ELEMENTO ÁGUA que buscam segurança das emoções. A fixação do caranguejo ou Câncer, em tomar a iniciativa de criar uma família estável e se dedicar aos filhos. O signo de Escorpião é um signo de emoções fixas e por isso ele tem a fama de vingativo, porque não quer que as emoções mudem, e qualquer fonte de contrariedade ou perturbação emocional trará uma reação igualmente proporcional.

    6.11 O último dos signos do ELEMENTO ÁGUA é Peixes – ele é mais transcendentalista, tem menos defesa para este mundo. É um signo mais sonhador que busca a colheita das emoções sublimadas ou na transcendência espiritual.

    6.12 Re-visitando o ELEMENTO AR, chegamos ao signo de Libra que busca expressar os ideais da justiça, da beleza, da harmonia, seja nas atividades artísticas, ou no equilíbrio das Leis.

    6.13 O signo de Aquário de alguma forma é o signo da fraternidade, da amizade, mas como todos os signos do ELEMENTO AR, é à vezes um pouco distante, preferindo a independência e a liberdade.

    6.14 O signo de Gêmeos é o que mais dúvidas têm - por ser dominado pela curiosidade. É o signo mais imprevisível e muitas vezes não consegue fazer uma coisa só, e quer fazer duas ao mesmo tempo. Porém Gêmeos tem uma flexibilidade mental extraordinária.

    6.15 O primeiro signo signo do ELEMENTO FOGO é Áries, que vem para decidir, para se impor sobre o ambiente, para nascer, para conquistar seu espaço e sua auto-afirmação. Vai direto à ação e é impulsivo.

    6.16 O signo de Leão, não vai tanto à ação, mas manda os outros irem. O signo de Leão é mais comandante, ele senta no trono e indica quem deve fazer o que, organiza a casa, da um urro e “..., cada macaco no seu galho”.

    6.17 O signo de Sagitário, é mais filosófico, é uma mistura de Áries com Leão. Tem a impulsividade do Áries, é rápido como uma flecha para chegar direto ao assunto, por isso é representado por uma flecha. “Sagitta”, em latim, quer dizer “flecha”, “Sagittarius”, o arqueiro.



    6.18 Re-visitamos também os conceitos das QUATRO ESTAÇÕES DO ANO, então, na primeira está representada a PRIMAVERA, com os signos de Áries, Touro e Gêmeos. Na segunda, temos o VERÃO representado por Câncer, Leão e Virgem. Observamos na terceira, o OUTONO que é representado por Libra, Escorpião e Sagitário.  Na quarta, INVERNO que está representado por Capricórnio, Aquário, Peixes.

    6.19 Também destacamos os Chakras relacionados com os doze “medianos”.

    7. Destarte, a Análise acontece à luz do que todos nos sabemos, e sabemos mais do que se pode imaginar superficialmente, ou já detemos informações em um nível para justificar a aplicação parcial ou total da presente Monografia.

    7.2 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A FITOTERAPIA combinada com Psicoterapia Holística, impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno e que o cultivo de comportamentos que satisfazem mais aos outros do que a si mesmo exige a inibição de vontades e necessidades, limita a expressão, a criatividade, e estimula o predomínio da racionalidade.

    7.3 Através da observação da presente Monografia o Terapeuta Holístico poderá determinar outros procedimentos para sua estratégia, bem como as diretrizes eficazes para a terapêutica holística aplicável, pois em se tratando de uma queixa qualquer, o pensamento abstrato do Terapeuta Holístico nunca deixa de inquirir repetidamente sobre a causa.

    7.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra O MICROCOSMO SAGRADO à pág. 16 afirma que “A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam também as forças ígneas da terra.Enquanto manifestações da vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadora de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica”.







    8. Aquele que desejar firmar os pés nas técnicas básicas de ACONSELHAMENTO, deve ter bem claro, mediante profunda reflexão, que a inquirição sobre a origem da causa da queixa do Cliente deve cessar em algum ponto, pois ao ultrapassá-lo, estará praticando um mero jogo de pensamento, por exemplo:


    8.1 Ao observarmos os “sulcos” em uma pista de pouso, poderíamos inquirir a origem desses sulcos e como resposta teríamos que provêm das rodas de aeronave.


    8.2 Podemos continuar a perguntar: por que foram os sulcos traçados pela aeronave? Sendo respondido: porque a aeronave passou pela pista de pouso.


    8.3 Podemos continuar a perguntar: por que passou pela pista de pouso? Recebendo a resposta: porque transportava pessoas e cargas. Com estas perguntas chega-se finalmente, a saber, quais motivos dos sulcos na pista de pouso. E se não pararmos no fato, perderemos o verdadeiro fio do assunto e permaneceremos num mero jogo de perguntas.


    8.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra  PSICOTERAPIA HOLÍSTICA à pág. 6 e 7, define “ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudança em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e a habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote”.


    CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESTRITAS.


    AUBENQUE PIERRE, BERNHARDT JENA, CHÂTELET FRANÇOIS. “História da Filosofia, Idéias e Doutrinas”, 1a edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora Zahar Editores, 1973;

    HADDAD LIMA AMIM RAIMUNDO. A ANÁLISE HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA. HOLOPÉDIA – SINTE – 29/05/2008;

    LINDEMANN RICARDO. A CIÊNCIA DA ASTROLOGIA E AS ESCOLAS DE MISTÉRIOS. 1ª Edição, Brasília-DF, Editora Teosófica, 2007;

    REVISTA THEOSOFIA - JAN/FEV/MAR/2009, Sociedade Teosófica no Brasil –site www.sociedadeteosofica.org.br

    STEINER RUDOLF –FUNDAMENTOS DA AGRICULTURA BIODINÂMICA- 1ª Edição, São Paulo-SP, Editora Antroposófica, 1993.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “O Microcosmo Sagrado, 2a edição, São Paulo-SP , SinteBooks, 2006;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Psicoterapia Holística, 1a edição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2007.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Fitoterapia em Cinco Movimentos, Volume I -1aedição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2005.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Fitoteca Em Cinco Movimentos, 1a edição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2005.

    ANEXOS E APÊNDICES. Não apresentamos.

    Autor: : RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD
    Última atualização: 09/09/2009 14:47


    Geoterapia

    Pedras Quentes, Terapêuticas! por Simone Kobayashi de Noronha CRT 37166

    Pedras Quentes, Terapêuticas!   por Simone Kobayashi de Noronha   CRT 37166

    Todos os antigos povos do oriente e do ocidente usavam a Geoterapia, e
    em especial as pedras e cristais, para amenizar e cuidar de
    desequilíbrios físicos e emocionais. Há milênios a humanidade é
    atraída pelos cristais e pedras preciosas e semipreciosas. Isso porque
    elas já carregam seus símbolos, suas histórias e emanam
    características próprias.

    Ultimamente a busca por essas técnicas, especialmente a Terapia das
    Pedras Quentes, vem crescendo e com isso a busca por cursos
    específicos, mas a Terapia das Pedras Quentes, não é (como qualquer
    outra técnica holística) uma formula mecanicista de, faz assim e faz
    assado, e sim uma integração de técnicas com flexibilidade suficiente
    para adequar ao cliente e seu momento.

    A união de técnicas sempre foi uma prática comum na Terapia Holística.
    A Terapia das Pedras Quentes une a Terapia Térmica, quente e frio, com
    a Geoterapia, que se utiliza das pedras e cristais como ferramentas
    terapêuticas e a Terapia Corporal. Normalmente são utilizadas pedras
    de Basalto de Amidalóide (seixos de rio) e Ágatas, mas para uma
    resposta terapêutica mais profunda, a escolha de pedras relacionadas
    ao momento do cliente traz uma melhor resposta. Para isso temos que
    ter um conhecimento dessas pedras e cristais e suas características.

    As pedras fixas irão ser posicionadas em pontos chaves como os pés,
    mãos, costas, abdômen e olhos. Nas costas, por exemplo, elas aquecem a
    região onde fica o meridiano do rim. Já as pedras móveis necessitam de
    um óleo ou creme relaxante para serem manipuladas no corpo com um
    atrito agradável.

    As pedras acumulam energia térmica, tanto fria quanto quente, mas se
    associarmos ao que a pedra ou cristal já traz como característica,
    além de manter quente ou frio por mais tempo, estaremos utilizando a
    sensação térmica natural da própria pedra ou cristal, potencializando
    resultados.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Terapia das Pedras Quentes
    traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de
    busca do bem-estar e qualidade de vida.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 15:11


    Geoterapia

    Geoterapia          por Simone Kobayashi de Noronha CRT 37166

    A Geoterapia utiliza-se de argila, barro, pedras e cristais, como
    ferramentas reequilibrantes. Todos os antigos povos do oriente e do
    ocidente usavam a Geoterapia para amenizar e cuidar de desequilíbrios
    físicos e emocionais. Atualmente os países como Alemanha, França,
    Suíça, Escandinávia, Austrália, usam e aplicam as técnicas
    geoterapicas na terapia holística. As propriedades terapêuticas da
    Geoterapia fundamentam-se no poder regenerador que tem a Terra.

    Todos os antigos povos do oriente e do ocidente usavam a Geoterapia, e
    em especial as pedras e cristais, para amenizar e cuidar de
    desequilíbrios físicos e emocionais. Há milênios a humanidade é
    atraída pelos cristais e pedras preciosas e semipreciosas. Isso porque
    elas já carregam seus símbolos, suas histórias e emanam
    características próprias.

    A Terapia Holística utiliza uma somatória de técnicas milenares e
    modernas, e a utilização das pedras e cristais como estímulos nessas
    técnicas torna-as, ainda mais eficientes, suaves e naturais, para a
    busca de autoconhecimento e equilíbrio, e no aumento da capacidade de
    superar obstáculos, alcançando a harmonia e realização interior.

    Técnicas como: Massagem com Pedras e Cristais, Harmonização e
    Equilíbrio dos Chakras, Cristalopuntura, Auriculoterapia, Reflexologia
    (podal, quiro e auricular) e Visualizações Criativas, em conjunto com
    a energia e capacidade de harmonização das Pedras e Cristais, traz
    para nós uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e
    qualidade de vida.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 15:12


    Cristalopuntura

    Cristalopuntura     por Simone Kobayashi de Noronha

    Nem sempre as pessoas sentem-se confortáveis para fazer acupuntura.
    Temos outros estímulos (sem ser as agulhas) que podem ajudar nas
    dificuldades encontradas, sejam elas emocionais, mentais ou físicas.
    Dentre esses estímulos podemos utilizar as pedras e cristais, que de
    uma forma menos física, mas mesmo assim eficiente e rápida ajuda a
    estabelecer o equilíbrio e bem-estar.

    Da mesma forma que a acupuntura tradicional, a cristalopuntura
    baseia-se nos 5 Movimentos Chineses e o equilíbrio do corpo físico,
    emocional e mental, através da estimulação de pontos nos meridianos.

    Como funciona? Descobrindo-se os movimentos em desequilíbrio e os
    meridianos relacionados, pelo toque no caminho do meridiano, os pontos
    que estiverem mais doloridos serão os que necessitam ser estimulados.
    Já os pontos descobertos pela reflexologia, podal, das mãos ou
    auricular, já são os próprios pontos a serem estimulados. Cabe ao
    Terapeuta Holístico capacitado, a melhor escolha (entre milhares de
    tipos de pedras e cristais) para ajudar a harmonizar o cliente naquele
    momento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 15:15


    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Simone Kobayashi de NoronhaTerapeuta Holística – CRT 37166

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2008

    Agradeço aos meus colegas, que a cada Congresso que nos encontramos, trocamos experiências e energia, acrescentando apoio e conhecimento na minha trajetória.

    Agradeço ao Sinte, pela dedicação a nós todos, pelo suporte à Terapia Holística, aos Terapeutas Holísticos e a mim; e às pessoas do Sinte, pelo carinho, atenção e cuidado com que nos tratam e atendem.

    Sumário:

    I Resumo

    II Introdução

    III Metodologia

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    V Cristalopuntura

    VI Aplicação Terapêutica

    VII Bibliografia

    I Resumo

    A acupuntura faz parte da terapia tradicional chinesa, uma prática com cerca de cinco mil anos, e consiste na inserção de agulhas metálicas na pele para reequilíbrar a pessoa como um todo - o físico, o mental, o emocional e o energético.

    Mas, nem sempre as pessoas sentem-se confortáveis para fazer acupuntura. Temos outros estímulos (sem ser as agulhas) que podem ajudar nas dificuldades e desequilíbrio encontrados. Dentre esses estímulos podemos utilizar as pedras e cristais, que de uma forma menos física, mas mesmo assim eficiente e rápida ajuda a estabelecer o equilíbrio e o bem-estar.

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    II Introdução

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    III Metodologia

    Descobrindo-se pelos Pontos de Alarme os movimentos em desequilíbrio e os meridianos relacionados, pelo toque no caminho do meridiano, os pontos que estiverem mais doloridos serão os que necessitam ser estimulados. Cabe ao Terapeuta Holístico capacitado, a melhor escolha (entre as pedras e cristais) mais adequadas ao momento do cliente e relacionadas aos 5 Movimentos Chineses ,para ajudar a harmonizar o cliente e equilibrar o seu momento.

    Da mesma forma que a acupuntura tradicional, a Cristalopuntura baseia-se nos 5 Movimentos Chineses e o equilíbrio do corpo físico, mental, emocional e energético através da estimulação de pontos nos meridianos.


    Trabalhar esses processos terapêuticamente é acrescentar a habilidade de lidar com os sentimentos e os desequilíbrios de uma forma mais consciente, leve e saudável.

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    Pedras: popularmente pedra é o nome coletivo para todos os constituintes sólidos da crosta terrestre; agregados naturais de minerais, e ainda podem ser separadas por preciosas e semi-preciosas, ou seja, podem ser caras ou baratas. Mas o valor comercial não é motivo para que sejam divididas assim, já que é uma distinção arbitrária, confusa e desnecessária.

    Cristais: é um corpo uniforme com um retículo geométrico, normalmente apresenta forma limitada externamente por superfícies planas e lisas, e em um arranjo ordenado dos átomos da estrutura de um composto.

    Gemas: designação coletiva para todas as pedras ornamentais. Não há, na verdade, uma linha divisória definida entre pedras mais ou menos valiosas, preciosas ou semi-preciosas. Todas elas são minerais, materiais inorgânicos naturais com uma composição química fixa e estrutura interna regular (com exceção das pérolas, do âmbar e do coral).

    Assim definido, fica mais fácil de explicar a razão de utilizarmos os termos Pedras e Cristais e não o termo gema, pois nós não utilizamos somente as ornamentais e sim toda e qualquer pedra que traga benefícios terapêuticos.

    V Cristalopuntura

    Já sabemos que os cristais funcionam como amplificadores de energia nos processos de equilíbrio e autoconhecimento e a sua força consiste na capacidade de ampliar e direcionar nossos próprios poderes e, por isso, o mais importante ao se lidar com os cristais é que conseguimos sintonizar nossas vibrações com as vibrações dessas pedras.

    Nosso objetivo nesse curso é capacitar as pessoas que Já conhecem a técnica de puntura com a junção de mais uma ferramenta de estímulo, a Cristalopuntura.

    Diferente das agulhas, as pedras e cristais dispõem de uma maior diversidade de sintonia que pode ajudar mais eficazmente na puntura para equilíbrio do cliente.

    Esses são os objetivos da utilização de pedras e cristais como estímulos na Cristalopuntura, iniciar uma busca através de autoconhecimento e nos capacitar, e aos nossos clientes, ao equilíbrio e a superação de obstáculos, alcançando a harmonia e realização interior.

    VI Aplicação Terapêutica

    Precisamos lembrar o que cada uma das pedras e cristais trazem suas características próprias para o trabalho terapêutico. Tendo, então essas características, elas também têm suas relações com os 5 Movimentos Chineses.

    Quero acrescentar que não somente a resposta às pedras e cristais dos Pontos de Alarme ou pontos doloridos nos meridianos são eficazes para a melhor escolha do estímulo, mas um conhecimento das pedras e cristais disponíveis e também um bom “ouvido” do terapeuta e ajudam a pré-selecionar alguns estímulos de referência. Com a prática, o “ouvido” guiará melhor e a resposta dos pontos confirmará ou não às escolhas.

    Pontos de Alarme: Tradição Milenar Chinesa

    A Tradição Milenar Chinesa trouxe até a atualidade como parte de sua sabedoria, a teoria dos meridianos que são caminhos de energia que circulam no nosso corpo e refletem o nosso estado energético nos corpos físico, emocional, mental, etc.

    Aqui, trabalharemos com 12 meridianos considerados principais e seus Pontos de Alarme correspondentes (o material para localização dos pontos de alarme foi disponibilizado em vídeo pelo Sinte – Sindicato dos Terapeutas)

    Para saber quais os meridianos que estão em desequilíbrio energético, vamos tocar os pontos de alarme de cada um desses 12 meridianos principais e perguntar ao próprio cliente quais (por comparação) estão mais doloridos ao toque.

    Para algumas pessoas, todo ponto de alarme é sensível, por isso, sugiro fazer por comparação entre eles e saberemos quais deverão ser trabalhados. Um bom objetivo é achar os que estariam em primeiro e em segundo lugar entre os mais doloridos. Como trabalharemos com os 12 meridianos principais, teremos 12 sequências de toque para avaliar comparativamente.

    Sabendo então, quais os pontos de alarme mais sensíveis (primeiro e segundo lugar), iremos buscar os pontos doloridos nos caminhos dos meridianos correspondentes. Por exemplo, se os Pontos de Alarme mais doloridos foram (1o. Lugar) o do meridiano do Estômago e o (2o. Lugar) o meridiano do Triplo Aquecedor, vamos buscar primeiro os pontos doloridos no caminho do meridiano do estômago e depois os pontos doloridos no caminho do meridiano do triplo aquecedor.

    Agora, como saberemos quais entre tantas pedras e cristais será a mais adequada ao estímulo nos pontos do meridiano do cliente?

    Teremos que pré-selecionar algumas pedras e cristais que tenham afinidade com o MOVIMENTO ao qual o meridiano em desequilíbrio corresponde. Somente a partir daí teremos condições de realizar testes para a escolha do melhor estímulo.

    Coloca-se em contato com a pele do Cliente (no ponto de alarme ou mesmo no próprio ponto dolorido do meridiano) cada opção pré-selecionada e verifica-se qual entre essas pedras a que diminui a a sensação dolorida.

    Pronto! Já temos o ponto a ser estimulado e o estímulo mais adequado ao momento do cliente. Agora basta deixar o estímulo (pode-se fixar pedrinhas ou cristais pequenos com “micropore”) por alguns minutos e começar novamente o processo com o 2o. Meridiano mais dolorido.

    cristalopuntura.gif


    Os Cinco Movimentos Chineses

    A base da filosofia chinesa é o Tao, que é o principio de toda a matéria, sejam as estrelas e os minerais, passando por todos os seres vivos. O Tao não se explica, ele simplesmente É.

    Dentro do conceito do Tao, entende-se que existam duas forcas opostas e complementares, em movimento constante, o yin e o yang. O yin é visto como passivo, feminino, escuro e todos os simbolismos relacionados como: a noite, a lua, a emoção, etc; e o yang como ativo, masculino, claro e também suas outras relações como: o dia, o sol, a razão, etc.

    Essas forcas estão em constante e harmoniosa oposição, mudando, movimentando e se fundindo, sempre buscando o equilíbrio. Desse movimento cria-se energia, que os chineses chamam de “chi”, ou forca vital. O “chi” flui através dos seres e dos ambientes.

    Determinando-se que se o chi está ou não fluindo naturalmente, a pessoa, o ser ou ambiente está ou não equilibrado. Se houver um desequilíbrio entre o yin e o yang o fluxo de energia vital está desarmônico.

    Nada é absolutamente yin ou yang. Um não existe sem o outro e não existe separação. Um contém em si a semente do outro, atraem-se mutualmente e se repelem ao mesmo tempo, em um movimento constante.

    Surge com esse movimento constante outra manifestação do Tao: os Cinco Movimentos. O ascendente, descendente, centrípeto, centrifugo e equilibrante; que chamamos de fogo, água, metal, madeira e terra, respectivamente. Na tradição chinesa tudo que lembre e represente um dos movimentos relaciona-se a ele. Cada um desses movimentos tem suas características próprias que podem ser relacionadas com tudo o que existe, sejam seres vivos, incluindo animais, humanos e plantas, sejam inanimados como as pedras, cristais e ambientes, e ainda, as emoções, sabores, cores, etc.

    Por exemplo, ao movimento centrífugo, como o Movimento Madeira, relaciona-se a expansão e o crescimento, aos meridianos do Fígado e da Vesícula Biliar, sentimento de raiva e extroversão, a cor verde; ao Movimento Fogo, relaciona-se com ascendente, que lembra a excitação (excesso de fogo) e a apatia (falta de fogo), o verão, o calor, os meridianos do coração, intestino delgado, circulação e sexo e triplo aquecedor, a cor vermelha; ao Movimento equilibrante chamado Terra, oque centraliza, controla, equilibra, a cor amarela, os meridianos do estômago e baço-pâncreas; ao movimento centrípeto que relaciona-se com o Metal, lembra o agregar, condensar, o contrair; e assim acontece com todos os movimentos.

    Como fazem parte de um movimento constante, o excesso ou falta de um deles, ou seja, qualquer desequilíbrio acaba afetando o Todo, por meio de suas relações.

    Em suas interações temos a Lei da Geração ou Mãe-Filho: Madeira nutre o Fogo, que forma a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, de onde nasce a Água que nutre a Madeira, que volta ao início do ciclo fechando-o. E a Lei da Dominância ou Dominante-Dominado: a Madeira consome a Terra, que absorve a Água que domina o Fogo, este derrete o Metal ou Rocha, que corta a Madeira.

    Pensando assim, as pedras e cristais por formarem-se na Terra, relacionam-se ao Movimento Metal e tendem para a interiorização, introspecção, mas um olhar mais atento nos faz observar as interações de outros movimentos.

    Assim como cada um dos movimentos contêm dentro de si os outros, os detalhes de cada pedra ou cristal nos guiaria para a relação mais focada com os 5 movimentos, como: a água-marinha, e sua óbvia relação com o movimento ?gua, o quartzo fumê, que tornou-se “fumê” pela exposição prolongada ao calor (Fogo), a ágata com suas camadas concêntricas de expansão (Madeira), e assim com todas as outras pedras, não só observando as características físicas, mas também os simbolismos e associações com os nomes, histórias, usos e costumes relacionados a elas.

    VII Conclusões

    Em todo trabalho de Terapia Holística desenvolvido com aprofundamento, vemos que não existem tabelas a serem seguidas. O melhor meio para se aproveitar de todas as características e possibilidades que as diferentes técnicas nos trazem é o aprofundamento do conhecimento, seja para aprimorar nossa própria busca de equilíbrio e harmonia, e/ou pela melhor relação entre o momento do cliente e a escolha da técnica ou estímulo.

    VII Bibliografia

    Boström, F. - A sabedoria das pedras - Ed. Best Seller, 1994.
    Boström, F. - O Mago dos Cristais - Círculo do Livro, 1994.
    CavalcantE, V. - O equilíbrio da energia está no salto do tigre - Ed. Objetiva, 1998.
    Duncan, A. - ABC dos Cristais - Ed. Nórdica.
    Duncan, A. - Caminho das Pedras - Ed. Nórdica, 1998.
    Noronha, S. - Pedras e Cristais: Em Busca do Equilíbrio - Ed. Sinte, 2006
    Raphael, K. - Transmissões Cristalinas: Uma Síntese de Luz - Ed. Pensamento, 1997.
    Raphael, K. - A Cura pelos Cristais - Ed. Pensamento, 1995.
    Raphael, K. - As Propriedades Curativas dos Cristais e das Pedras Preciosas - Ed. Pensamento, 1996.
    SINTE - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias - www.sinte.com.br
    Schumann, W. - Gemstones of the World - Sterling Publishing, 1997.
    Vieira Filho, H. - Tutorial Terapia Holistica, Sinte, 2004.
    Weil, P. - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real, Ed. Palas Athenas, 1990.

    Autor: : Simone Kobayashi de Noronha - Terapeuta Holística – CRT 37166
    Última atualização: 13/05/2008 14:44


    Geoterapia, Fitoterapia, Radiestesia, Radiônica E O Equilíbrio Energético À Distância

    Geoterapia, Fitoterapia, Radiestesia, Radiônica E O Equilíbrio Energético À Distância

     

    Nilma Glória Braga Siqueira - Terapeuta Holística - CRT 30758 

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    Dedico a todos que não se cansam de dedicarem-se energeticamente à procura de novos caminhos de harmonização integral.

     

    AGRADECIMENTOS

     

                   A Deus, pela vida. 

                  Ao SINTE, por dar oportunidades novas a novas manifestações de idéias aplicadas, e a todos que, com suas energias vibráteis comprovaram estas idéias aplicadas com simplicidade.

     

    “Deve-se ter sempre em mente que no universo manifesto tudo é energia em circulação, sendo que todo pensamento constitui a expressão de algum aspecto desta energia”.

                               (BAILEY)

                                

    SUMÁRIO

     

    1- Introdução                                                                                                                                                          

    2- Material e Metodologia                                                                                                                             

                  2.1- Material empregado                                                                                                                

                  2.2- Métodos realizados                                                                                                                

    3- Radiações                                                                                                                                                          

                  3.1- Radiações Físicas                                                                                                                

                  3.2- Radiações Mentais                                                                                                                

                  3.3- Ondas Radiestésicas                                                                                                               

                  3.4- Radiações Tele – Terapêuticas na atmosfera                                                        

                  3.5- Inconsciente                                                                                                                              

    4- Relação dos sete principais Chakras Espinais com a Geoterapia                            

    5- Valor da Geoterapia e suas aplicações                                                                                    

                  5.1- Algumas normas para o uso da argila como cataplasma                            

                  5.2- Efeitos obtidos com o uso da argila                                                                                    

    6- Casos exemplares                                                                                                                              

    7- Resultados                                                                                                                                            

    8- Discussão                                                                                                                                                          

    9- Conclusão                                                                                                                                                          

    10- Referências Bibliográficas                                                                                                               

     

     

    RESUMO

     

    A experiência aplicada por vários meses em atendimento a clientes à distância levou-me a escrever este trabalho que consiste em usar a Radiestesia (com o pêndulo, dual-rood, auramitter), a Radiônica com os gráficos, a Geoterapia com a argila pura e mais os chás, nos quais se dissolve a argila, pra com este conjunto se tentar a harmonização da pessoa como um todo, incluída no Universo, com êxito testado e aprovado pelos que passaram por ela.

     

    1- INTRODUÇÃO

     

                  Estamos todos envolvidos em um mar de idéias. Idéias claras e outras não tão claras. Idéias possíveis e outras menos possíveis. Há interpretações para quase tudo, mas agora é a hora de não só interpretar o mundo, mas transformá-lo, partir para a ação possível, a única eficaz porque aplicada na realidade. É como uma semente que, se plantada, cresce e dá frutos, e se não plantada, é só uma semente que não teve oportunidade de mostrar a vida que guarda. E neste estudo, as idéias são sementes plantadas que expandem a força vital, tornando-se mais vivas e mais vida.

                  Estamos todos nos beneficiando das experiências das gerações anteriores. O universo continua a se expandir em contínua vibração. A lei da atração fala que coisas e vibrações semelhantes se atraem, portanto, tudo o que existe na realidade física existe por causa de um pedido direcionado, a partir desta realidade. Daí a importância de todos aqueles que nos antecederam e que pediram. Pediram respostas para perguntas, soluções para problemas, melhorias para situações e a realização de desejos.

                  Viver a diversidade e os contrastes, definir a preferência e direcionar o desejo - é isso que produz a Energia Criativa do Universo e faz toda a vida evoluir.

                  Nesse trabalho é usada a Radiestesia que através do pêndulo contatando o inconsciente através das ondas eletromagnéticas e decodificando-as para saber das individualidades pessoais e desequilíbrios, mais o uso da Geoterapia que é um poderoso instrumento de harmonização, otimizada pela ação das energias dos princípios ativos existentes nas plantas direcionadas para os desbloqueios de meridianos, juntamente com a Radiônica, que expande em grande intensidade as energias vibratórias, há um excelente resultado na harmonização pessoal aqui, do cliente à distância.

                  Harmonização pessoal é alinhar-se com seu SER ESSENCIAL, que tem um poder de transmitir-lhe clareza, vitalidade, entusiasmo, bem-estar físico, abundancia em todas as coisas que considera boas e uma exuberante alegria. Este é o estado natural do ser que realmente é.

     

    2- MATERIAL E METODOLOGIA

     

    2.1- Material empregado:

    • Ficha do cliente, fornecida pelo SINTE com os pontos de alarme e meridianos desenhados;
    • Pêndulo neutro, dual-rood, auramiter;
    • Gráficos de Radiônica;
    • Argila;
    • Folhas desidratadas para chás fitoterápicos

     

    2.2- Métodos realizados:

                  Atendimento à distância usando as fichas dos clientes.

                  O procedimento adotado para o atendimento à distância é o seguinte: em primeiro lugar, há o contato do cliente conosco, via telefone ou e-mail solicitando ser atendido à distância, porque está impossibilitado de vir presencialmente por vários motivos: ou mora muito longe, em outra cidade, ou país, acamado, ou outros motivos. Fornece seu nome, data de nascimento e endereço, tudo isto passado para a Ficha do cliente com o desenho do corpo, os pontos de alarme e meridianos desenhados.

                  Passa-se ao estudo do cliente individualmente:

    • Qual a cor de viração da aura da personalidade?
    • A qual Movimento Chinês pertence?

    Anota-se estas informações. Continua-se a análise com o pêndulo. Quais os meridianos bloqueados?

    Providência: desbloqueio com o grafite.

    • Quais os chakras bloqueados e glândulas desequilibrada? Quais os estados emocionais mais tensos? Aqui é que entra a nossa tarefa para maximizar os resultados. Qual a planta que vai ajudar a otimizar esta maximização?

    Escolhida com o pêndulo esta planta. Faço um chá mínimo numa xícara com ela e depois de esfriado, coloca-se nele a terra pura, a argila e mistura-se com um palito novo (pau de picolé comprado na papelaria, que serve para trabalhos de criança de pré-escolar). Feito este barro, é colocado na ficha do cliente no local onde está mais bloqueado e deixado lá. Molha-se este barro durante aquele dia por três vezes e no outro dia o mesmo é jogado fora e substituído por outro novo e molhado mais três vezes. Assim, por, no mínimo, sete dias, podendo ser mais e quando se molha este barro, vai-se emitindo bons pensamentos de harmonização para aquele cliente que está sendo tratado. A energia atravessa todas as distâncias e faz efeito lá onde o cliente está e dentro de poucos dias ele terá melhorado tanto física como emocionalmente e estará equilibrado, sem nem saber como.

    É preciso que o cliente participe deste processo, colocando-se na posição de receptor que quer ser trabalhado e que acredita na emissão e recepção de boas vibrações e radiações para ele.

     

    3- RADIAÇÕES

     

                  A física atômica - molecular - nuclear nos prova que de cada corpo emana radiações, cujas ondas são tanto mais curtas, quanto maior for a sua temperatura.

                  A Radiestesia se ocupa essencialmente da captação das emanações dos corpos. Vejamos algumas espécies de radiações:

     

    3.1 - RADIAÇÕES FÍSICAS:

     

                  No mundo atômico foi descoberta uma variedade abundante de irradiações pelo fato de os átomos se comporem de elétrons, prótons, nêutrons e outras partículas que sofrem contínuos deslocamentos e combinações com elementos e partículas de outros átomos.             

                  Há uma contínua intercombinação química, todos esses fenômenos físico-químicos provocam radiações e vibrações que denominamos físicas ou eletromagnéticas.

     

    3.2 - RADIAÇÕES MENTAIS:

     

                  Toda atividade mental emite radiações com as mais variadas ondas, já comprovadas pela Medicina através do eletroencefalograma. Por isso, a morte clínica não é aceita quando for comprovada a ausência de qualquer radiação mental.

                  Outra comprovação das ondas mentais são as emanações neuroenergéticas da nossa mente que provocam a variada fenomenologia psicocinética, já largamente comprovada pela PARAPSICOLOGIA.

                  O nosso sistema nervoso é sempre estimulado pela mais variada gama de radiações que estão perto de nós e pelos nervos aferentes são conduzidas ao cérebro. Essas ondas geralmente passam despercebidas, mas no momento em que a nossa mente se coloca em sintonia com elas, o nosso cérebro, através dos nervos aferentes, pode transferir essas captações ao pêndulo ou à varinha, imprimindo-lhes variados movimentos que transistorizam as mensagens do inconsciente para o nível consciente.

                  Desta forma, podemos conhecer realidades que, de outro modo, seriam difíceis ou até impossíveis de serem conhecidas, como sejam a existência da água, minerais, tesouros escondidos no subsolo, objetos perdidos, desequilíbrios energéticos, etc.

                  O bom radiestesista nunca se cansa de estudar as radiações.

     

    3.3 - ONDAS RADIESTÉSICAS:

     

                  Se todos os corpos emitem radiações, existem inúmeras radiações que se interligam, mas só captamos as que nos interessam. Por isso, quando vamos estudar alguém, escrevemos o nome e a data de nascimento daquela pessoa para individualizar o tratamento e nosso inconsciente possa captar através das ondas, as radiações que aquela pessoa emite e assim decodificá-la. Chamo este estudo de DSN - “Decodificar Subconsciente Naturalmente”, cujo método está incluído no todo do nosso tratamento que é denominado TDNH - Terapia Despertar Notável Holístico, que é o descobrimento dentro de si mesmo de um novo modo de ver os acontecimentos para alcançar o plano harmonioso de bem-estar.

                  Os seres emitem radiações e os animais já sabiam e usavam isso desde sempre, por exemplo, a abelha tem um sistema nervoso organizado para vibrar a uma frequência determinada e sentir as flores melíferas a uma grande distância e captar as radiações características da colméia materna.

    Já foi demonstrado que as flores melíferas têm exatamente a mesma frequência vibratória da abelha. Os animais só sintonizam nas ondas que lhes são necessárias para conservar e propagar a sua espécie.

                  A pessoa humana sintoniza a onda que lhe aprouver; para isso, ela “fecha” seu cérebro outras ondas que não lhe interessam e capta as ondas que precisa no momento.

                  Um bom procedimento é esfregar as mãos estabelecendo um curto circuito desimpregnando-se das radiações estranhas e, em seguida, usando a Ficha de Cliente com as informações da pessoa, sintonizar com as radiações dela para o teste a ser estudado.

     

    3.4 - RADIAÇÕES TELE-TERAPÊUTICAS NA ATMOSFERA:

     

                  Disse Aristóteles que o mínimo movimento de um dado repercute até o fim do mundo. É sabido que todo corpo emite radiações que se espalham na atmosfera. Essas radiações, partindo de uma pessoa humana, podem ser portadoras de uma mensagem que se realiza em alguém, a que esteja afetivamente ligado, mesmo estando longe.

                  No livro Noções Práticas de Radiestesia, do Pe. Bordeaux (TASLEY, 2005), é narrado que Mme Barret equilibrava muitas pessoas só colocando a mão em direção delas. Também é relatado o fato de um terapeuta ter grande êxito de harmonizar pessoas passando a mão sobre a fotografia. Perguntavam-lhe se tinha sempre êxito, ele respondia que não e não sabia dizer porque, pensamos que era porque alguns estavam mais receptivos ou não.

                  É falado também que outro terapeuta recebeu uma carta com alguns cachos de cabelos de sua cliente, cuja febre não a largava e após colocar umas ervas sobre seus cabelos, a cliente lá longe se restabeleceu.

                  Estes fatos, em Radiestesia, são chamados de ONDAS EQUILIBRADORAS DA ENERGIA.             

                  Conclui-se daí que: a extensão das ondas existe a distâncias incomensuráveis; a possibilidade de dirigir livremente as próprias ondas e as ondas de uma planta para uma determinada meta, supondo sempre um ato de vontade.

     

    3.5 - INCONSCIENTE:

     

                  O inconsciente ocupa uma posição de primeiro plano na produção dos fenômenos radiestésicos. Quando o radiestesista opera, está em estado de vigília, e em plena posse de todas as suas faculdades conscientes. Ele se concentra voluntariamente sobre o objeto de sua pesquisa, esperando a resposta pelos movimentos do pêndulo.

                  O Radiestesista, ao iniciar sua pesquisa, precisa fixar sua atenção num objetivo bem definido. Isto estimula o inconsciente em suas faculdades perceptivas e seletivas. As interrogações claras e diretas vão determinar respostas certas.

                  Psicologicamente, é impossível compreender o inconsciente, pois ele contém, simplesmente, todos os caracteres da vida psíquica. Por isso, o seu papel é extremamente importante e condiciona uma grande parte de nossa atividade consciente, tanto mais que ele está sempre desperto, não conhecendo nem cansaço nem erro.

                  Nas pesquisas radiestésicas, as faculdades de percepção e de seleção permitem ao inconsciente perceber diretamente a resposta certa e externá-la com os movimentos do pêndulo.

                  O inconsciente efetua de uma maneira automática, em relação às coisas inacessíveis aos nossos sentidos, a operação de discernir, reconhecer e identificar as manifestações exteriores das coisas.

                  Fora dos estímulos físicos, sociais e vitais somos dirigidos por causas interiores, sejam fisiológicas, sejam psicológicas. Essas causas, ao aparecerem na consciência, prendem a atenção, mas na maioria das vezes, permanecem desconhecidas, agem do fundo do inconsciente e determinam atos independentes da inteligência.

                  A atividade do inconsciente não produz cansaço, pelo contrário, descansa, relaxa. O radiestesista deve exprimir o seu desejo com calma, serenidade e convicção, pensando somente no objeto da pesquisa. Cumpre proceder sem pressa, sem ardor e esperar o tempo necessário para a reação do inconsciente. Se essa reação não vier, deverá ser atribuído seja a uma expressão inadequada do desejo, seja a uma impossibilidade de uma resposta positiva.

                  As pesquisas radiestésicas são, em geral, simples. Quando a resposta não vem rapidamente é porque a questão é muito complexa e o inconsciente precisa de tempo para dar a solução.

                  O pesquisador, se abandonar a pesquisa por um tempo, pode ser surpreendido com a resposta em determinado momento sob a forma de um insight, um lampejo de solução favorável e completa.

                  O trabalho do inconsciente não resulta de um princípio misterioso, vindo das profundezas do infinito. É uma espécie de gestação lenta dos elementos introduzidos em nós pelo estudo, e um certo trabalho preparatório de reflexão consciente. O resultado dessa gestação não é sempre uma solução completa, toda acabada, mas inspirações, intuições, sugestões que facilitam um trabalho consciente complementar a essa solução. Um dos segredos básicos para obter uma resposta certa do inconsciente é saber formular as suas interrogações mentais.

                  O campo vital é o corpo sutil, corpo etérico, de energia, que envolve o corpo físico e é condutor das forças que, através dos chakras, estimulam o funcionamento da forma física.

                  Portanto, a função primordial do campo vital ou corpo sutil, é de conduzir a energia para o corpo físico e vitalizá-lo, integrando-o ao campo vital da terra e do sistema solar. No plano etérico, todas as distinções desaparecem, porém, a individualidade permanece. Bailey afirma: “O corpo etérico reage normalmente, como é de seu desígnio, a todos os estímulos oriundos dos veículos mais sutis. Ele é essencialmente um transmissor e não um gerador... o compensador de todas as forças que chegam ao corpo físico (denso).”

                  Eugene Cosgrove, em seu livro Letters to a Disciple fala sobre a questão da importância prática do corpo etérico.

                  O corpo etérico ou sutil tem uma influência muito grande sobre o corpo físico e esta influência é exercida através dos núcleos ou chackras que se localizam, os principais, ao longo do canal espiral etérico.

    • Cada núcleo ou vórtice de vitalidade ou chakra possui o seu correspondente no corpo físico denso.

    O importante é que os núcleos físicos ou órgãos localizados são efeitos da ação vibratória dos núcleos etéricos. Estes, por sua vez, são efeitos dos núcleos correspondentes nos níveis emocionais.

    • Em nossa fisiologia existem sete núcleos - três primários e quatro secundários. Eles não somente possuem as suas correspondências no organismo físico, como também no sistema planetário e nos organismos do sistema solar.
    • Os três principais núcleos são: a cabeça, a testa e o coração. Os quatro secundários são: o plexo solar, laríngeo, umbilical e a base da espinha.

    Cosgrove efetua esta divisão dos núcleos em primários e secundários, baseando-se nos três aspectos da energia encontrados na alma. Os núcleos da cabeça relacionados com o princípio da vontade, os da testa, com a Inteligência Ativa, e os do coração, com o Amor-Conhecimento. Os demais são um pouco menos importantes para a evolução.

    Existem além destes sete mais 21 chackras menores, distintos e inúmeros núcleos de energia menores no mecanismo humano. O núcleo umbilical, de categoria própria, recebe a energia fluida do sol e distribui aos outros núcleos e ao corpo etérico.

    Alice Bailey amplia a explanação de Cosgrove quanto à importância do corpo etérico, dizendo: “São os núcleos que mantêm o corpo coeso e fazem dele uma totalidade coerente, vitalizada e ativa... uma pessoa pode estar desarmonizada e indisposta, ou forte e saudável, de acordo com o estado dos núcleos e de seus precipitados, as glândulas”.

                  O tratamento radiônico é feito pela detecção de onde se encontra a energia estagnada para colocá-la em ação e assim revitalizar os núcleos, que são os chakras e, em consequência, harmonizar as glândulas para que a pessoa se sinta bem.

                  Este sentir-se bem só é duradouro, se a pessoa que recebe o tratamento amplia a sua consciência através da modificação do seu comportamento e de suas ações.

                  Tenho convicção de que, se prestarmos um pouco mais de atenção aos núcleos de força que geram e governam as glândulas, melhoraremos como praticantes de Radiônica, porque teremos melhores resultados.

                  Os aparelhos de Radiônica são emissores de certos tipos de ondas que permitem, por um fenômeno de harmonia vibratória próxima da Radiestesia, harmonizar as ondas pessoais do pesquisado com a desta ou daquela pessoa. Realizado esse acordo de simpatia, é então possível procurar quais são as freqüências que estão perturbadas no cliente. O Dr. Abrams, no início do século XX, constatou que se um órgão estava com problemas emitia um som diferente, uma vibração diferente. Usava o método de consulta à distância, colocando uma gota de sangue do cliente num mata-borrão (papel especial, tipo absorvente) para estudá-lo através das radiações pessoais daquele.

     

    4- RELAÇÃO DOS SETE PRINCIPAIS CHAKRAS ESPINAIS COM A GEOTERAPIA:

     

    1 - CORONÁRIO:   Cor: Violeta.

    Glândula relacionada: Pineal.

                                   Área de influência: Parte superior do cérebro; olho direito.

                                                 Atributos: Equilíbrio espiritual.

                                              Positivo: Iluminação.

                                                 Negativo: Arrogância, orgulho, fanatismo, fuga para a fantasia.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme do estômago.

     

    2- FRONTAL:              Cor: Anil.

    Glândula relacionada: Pituitária.

    Área de influência: Parte inferior do cérebro; nariz; seios; sistema nervoso.

                                                 Atributos: Intuição.

                                              Positivo: Tolerância, forte intuição, união familiar, justiça.

                                                 Negativo: Paralisia mental, cinismo, austeridade, inconveniência.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    da vesícula biliar.

     

    3- LARÍNGEO:              Cor: Azul.

    Glândula relacionada: Tireóide.

                                              Área de influência: Olho esquerdo; ouvidos.

                                                 Atributos: Essência espiritual do cosmo.

                                              Positivo: Alegria, versatilidade, espiritualidade, paranormalidade.

    Negativo: Preguiça, inércia, Fraqueza, Auto-indulgência.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do pulmão.

     

    4- CARDÍACO:       Cor: Verde ou rosa.

    Glândula relacionada: Timo.

                                              Área de influência: Coração, sangue, sistema circulatório.

                                                 Atributos: Força vital da terra.

                                              Positivo: Determinação, paciência, equilíbrio, confiança.

                                                 Negativo: Visão estreita, desejo de segurança, ciúme, inveja.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do coração.

     

    5-PLEXO-SOLAR: Cor: Amarelo.

    Glândulas relacionadas: Baço, pâncreas.

    Área de influência: Estômago , fígado, vesícula biliar.

                                                 Atributos: Intelecto.

                                              Positivo: Mente sutil, sensibilidade, comunicação, criatividade.

                                                 Negativo: Inconstância, compulsão, superficialidade, egoísmo.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do baço, pâncreas.

     

    6- ESPLÊNICO:      Cor: Alaranjado.

    Glândula relacionada: Gônadas.

                                              Área de influência: Aparelho reprodutivo.

                                                 Atributos: Equilíbrio físico, mental.

                                              Positivo: Tolerância, compreensão, organização, liderança.

                                                 Negativo: Pressa, teimosia, crítica, indecisão

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    da bexiga.

     

    7- BÁSICO:                            Cor: Vermelho.

    Glândula relacionada: Supra-renal.

    Área de influência: Coluna espinal, rins.

    Atributos: Energia física, vida

                                              Positivo: Alegria, extroversão, paixão, coragem

                                                 Negativo: Cólera, tensão nervosa, agressividade,

    possessividade.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    dos rins.

     

    5- VALOR DA GEOTERAPIA E SUAS APLICAÇÕES

     

                  Geo = origem, terra. A terra tem um poder de restauração muito grande. Nós a herdamos de graça e, muitas vezes, quase não a utilizamos. Dela vêm nossos alimentos.

                  O homem moderno não usa a terra, perdeu o contato físico com ela. Só usa calçado de borracha e outros que o isolam da mãe-terra, deixando de usufruir os benefícios advindos da proximidade com ela, como descarregar energias negativas e puxar energias positivas só com o caminhar descalço sobre a terra. Vive-se poluindo a terra por toda parte e não se usa-a para a harmonia pessoal.

                  Os índios utilizam muito a terra como processo harmonizador. Quando são picados por uma cobra venenosa ou ferroados por uma abelha ou vespa, põem terra úmida ou barro sobre o ferimento e o que acontece: sai o veneno, não incha e a dor é eliminada em poucos instantes. Para acabar com a febre, o índio também costuma enterrar-se por algum tempo e depois tomar um banho frio. Basta isso para que a febre desapareça.

                  A terra, como diz M. Lezaeta Acharan, “refresca, desinflama, descongestiona, purifica, cicatriza, absorve e acalma, é um laboratório de vida e jamais nos prejudicará a terra pura”.

                  São inúmeros os desequilíbrios energéticos capazes de se harmonizarem com o uso da argila, barro, em aplicações exteriores e no corpo, e de acordo com as radiações detectadas pelo pêndulo com a análise do cliente à distância usando a Ficha do Cliente os pontos de alarme, os chakras, vamos usando com persistência as aplicações do barro que fazem verdadeiros “milagres”.

     

    5.1- Algumas normas para o uso da argila como cataplasma:

     

    • Colher terra virgem, pura, não importa a cor, em profundidade (meio metro), de preferência no meio do mato ou cavar bastante buraco no barranco e tirar a terra do fundo;
    • Peneirar e desmanchar os torrões maiores; em seguida, secar esta terra ao sol e guardar em vasilha que não enferruje ou oxide, como é o caso do ferro, cobre e alumínio que não devem ser usados para guardar o produto. Pode-se usar a terra fresca colhida na hora sem secar, evidentemente;
    • Ao usar, misturar água limpa e deixar repousar um tempo até que a argila se desmanche por si;
    • Misturar bem até formar barro liguento; não usar metal para isso;
    • Usar a argila só uma vez e depois joga-se fora;
    • Perseverar, isto é, quando se começa a aplicação de argila, não se deve interromper durante, pelo menos, 10 dias;
    • Pode provocar dor; neste caso, usa-se por menos tempo - uma hora por dia;
    • A água em que se mistura a argila deve ser pura, natural e pode ser substituída em certos casos por chás de plantas, como alecrim, cavalinha e outras.

     

     

    5.2- Efeitos obtidos com o uso da argila:

     

    • A terra é bactericida, isto é, mata bactérias, elimina células estragadas e forma outras novas;
    • Cicatriza inflamações internas;
    • Purifica e enriquece o sangue;
    • Fortifica os órgãos internos, desperta forças vitais, sem ser um excitante;
    • Acaba com parasitas e vermes;
    • Harmoniza a pessoa como um todo.

    A argila tem poderes ainda não completamente desvendados. O notável é que ela age positivamente, mesmo sendo colocada à distância, no testemunho do cliente, como é o caso deste nosso estudo e pesquisa, aqui, na Ficha do Cliente.

     

    6- CASOS EXEMPLARES

                 

    Nomes fictícios de clientes:

     

    1º caso: M. C. feminino, 33 anos, cabeleireira. Trabalha na pastelaria, de segunda a sexta-feira, das 6 h às 16 h; de 17 h às 20 h e no sábado é cabeleireira. Há dois meses a quando estava fritando pastéis, a gordura respingou em sua mão direita, queimando-a. Iniciou-se o tratamento com argila com folha de babosa, na mão do desenho da ficha de cliente. A cliente nem precisou ir ao Pronto Socorro, porque não sentia dor e rapidamente no outro dia já não realçava nada.

     

    2º caso: N. B., feminino, 42 anos, dona de casa. Vai passar o café com muita pressa e tudo vira em cima dela, queimando-lhe a perna. Iniciou-se o tratamento com aplicação da argila com babosa, no ponto de alarme do estômago. Houve melhorias imediatas e visivelmente significativas.

     

    3º caso: J. F, feminino, 55 anos, aposentada. Muito angustiada e nervosa, não melhorava com nada; pensei: é bloqueio do meridiano do coração; apliquei barro na altura do chakra cardíaco e dentro de 2 dias, ela resolveu voltar a cantar no coral.

     

    4º caso: M, S, masculino, 35 anos, pedreiro. Agitadíssimo, e com nariz entupido, falando sem parar. Barro na barriga, no desenho, acalmou-o e desentupiu o nariz em 2 dias.

     

    5º caso: C, F, feminino, 29 anos, professora de 1º grau. Não conseguia engravidar, apesar de tratamentos com os melhores médicos da região. Coloquei barro no baixo ventre dela por 20 dias com chá de tiririca e já têm hoje 6 meses as gêmeas.

     

    6º caso: P. M, feminino, 83 anos, aposenta. Caiu da escada e foi parar no Pronto Socorro; ficou toda roxa e apresentava dores por todo o corpo. Coloquei barro na ficha dela nos braços e abdômen, até os médicos ficaram admirados como ela melhorou rápido com os remédios deles, ficou até sem olheira.

     

    7º caso: S, R, feminino, 14 anos, estudante. Brigou com outra adolescente rebelde e se feriu com estilete no rosto. Polícia e vários pontos. Coloquei barro à distância, nos ferimentos do rosto dela, e nem cicatriz ficou, mas mudou de cidade.

     

    8º caso: L.. A, masculino, 45 anos, aposentado. Trêmulo e andar vacilante. Tratamento com os melhores médicos da região devido ao fato de possuir um excelente plano de saúde, mas sem grandes resultados, nem mais conseguia levar os alimentos à boca, sua esposa já desesperada veio até mim com um retrato dele. Eu anotei seus dados na ficha de Cliente e comecei a colocar o barro (argila com chá cipó mil homens) na altura do ponto de alarme do baço-pâncreas. No final de 30 dias, ele começou a levar os alimentos à boca, hoje com 90 dias de tratamento já apareceu na minha presença, mas o pescoço continua um pouco caído, está continuando o tratamento.

     

    9° caso: M. H, feminino, 19 anos, estudante. Não queria mais estudar de maneira nenhuma, tinha parado na metade do 3° ano do Ensino Médio. Muitas sessões de Psicoterapia Holística e aplicação de argila com chá de cinco folhas, na altura do coração, já resolveu o caso com o ex-namorado, esqueceu-o, voltou a estudar e prepara-se alegre para o vestibular.

       

    7- RESULTADOS

     

                  Nós, Terapeutas Holísticos, em busca da harmonização total, passamos por várias fases em que dedicamos atenção especial a uma determinada técnica e eu nos últimos meses tenho tido bons resultados com a Geoterapia à distância, o que me tem levado a trabalhar neste sentido, quando necessário e ver como é bom não desanimar, porque, se a princípio nada muda, com o passar do tempo e as aplicações contínuas, muito se vai conseguindo, não somente no físico, mas também nos outros corpos sutis.

                  Em um grupo de 100 clientes estudados à distância em que foi feito este tratamento, o resultado é o seguinte:

    • 90% excelente resultado;
    • 5% bom resultado;
    • 4% regular resultado;
    • 1% não quis opinar

    Por esta razão, eu sinto-me matematicamente confortada para recomendar estes procedimentos, principalmente quando for bem longe na Geografia e não tiver como fazer outro procedimento presencial.

     

    8- DISCUSSÃO

     

                  A vida aqui no nosso planeta Terra está no auge e melhorando a cada dia. Isto porque, segundo as Leis do Universo, todas as coisas estão em eterna expansão e aperfeiçoamento.

                  Esta expansão é alcançada todos os dias quando um de nós se propõe a trabalhar para oferecer amor, boa vontade, carinho e paz para o outro. Assim, dá-se a expansão. Cada um de nós é agente de expansão da alegria, do bem-estar geral.

                  Neste nosso estudo sobre a Radiestesia e Geoterapia vamos como são importantíssimas as ondas vibracionais de expansão para levarem energias positivas para as pessoas equilibrando-as à distância também com a ajuda dos gráficos da Radiônica e chás de Fitoterapia.

                  Talvez ainda não tenhamos consciência que nossa natureza é vibrátil, cada um de nós é um ser vibrátil vivendo um universo vibrátil. Na verdade, tudo é vibrátil. Na hora que você concentra sua atenção em alguma coisa, como uma ideia, uma recordação, uma situação que esteja observando, um sonho ou algo que esteja visualizando, você está ativando a vibração.

    No momento em que o objeto de sua concentração provoca essa ativação, esse conteúdo vibrátil se torna seu ponto de atração. Sempre que você pensa de forma concentrada em alguma coisa, o conteúdo vibrátil dessa coisa se torna uma parte ativa de sua essência vibrátil - e o objeto da sua atenção começa a se aproximar de você.

                  A maioria das pessoas não percebe que pensar sobre alguma coisa equivale a chamar a essência dessa “alguma coisa” para a vida delas.

                  A Radiestesia usada para detectar os desequilíbrios, com o pêndulo, nos meridianos, nos faz mais objetivos quanto ao tratamento. A Radiônica com seus gráficos nos aproxima da melhor harmonização completada pela Geoterapia com chás fitoterápicos individualizados e assim desperta na pessoa em questão uma vida nova, uma melhor aspiração para desejar novas metas, trabalhar em si uma visão mais ampla de uma vida que se renova a cada dia, se expande e se fortalece.

    Esse procedimento de aplicação da Geoterapia faz parte do todo da Terapia por nós trabalhada que visa a harmonização total e o nome é “Terapia Despertar Notável Holístico” – TDNH, como já foi citado neste estudo. Através de várias técnicas como Relaxamento com Cromoterapia, Sintonizar das ondas individuais, conscientização do passado, perdão, bênção e libertação das tristezas, a pessoa vai caminhando no aperfeiçoar de si mesma e em conseqüência deixa de sentir inúmeros sintomas físicos e sem estes, ela se torna mais sensível a querer trabalhar em si mesma os sintomas energéticos e tentar eliminar as tristezas e as marcas mais profundas que lhe foram impingidas pela vida e que a fazem ser como é.

    È preciso mudanças. Mudanças positivas para se levar a vida com mais alegria e emitir radiações benéficas que irão beneficiar a todos que se aproximarem, contribuindo assim para o equilíbrio também do universo.

                  Estudo a pessoa com o pêndulo, chego a conclusões, coloco o barro feito com o chá na Ficha de Cliente com o nome, embaixo está um gráfico de Radiônica e ainda rodo o pêndulo emitindo e mandando boas vibrações, através de boas palavras que vão ajudar a pessoa a querer melhorar. 

     

    9- CONCLUSÃO

     

                  Neste mundo moderno de constante correria somos levados a vibrar, muitas vezes, ao ritmo do medo. Nós não só tememos coisas e situações que são realmente perigosas, mas mesmo nos momentos de lazer, inventamos deliberadamente coisas com que nos assustarmos. Muitos dos nossos temores nada têm a ver com o perigo físico. Eles envolvem situações que afetam o nosso ajustamento a um mundo confuso ou a pessoas igualmente confusas.

                  Passamos grande parte de nossa vida correndo em círculo como se estivéssemos em um teatro em chamas. Criamos e vivemos sob tensão nervosa. Somos intensamente emocionais, mesmo bem ajustados ao nosso ambiente. Nossa energia está sempre em tumulto. Por isso, precisamos sempre equilibrá-la.

                  O Terapeuta Holístico usa de várias técnicas e se especializa sempre, visando este harmonizar tanto dele mesmo quanto do cliente, e, neste estudo, usamos a ARGILA na Ficha do Cliente e notamos que as radiações emanadas daí vão atuar diretamente à distância nos cinco corpos do cliente, proporcionando-lhe um maior bem-estar.

                  Esta vibração da radiação conecta o cliente ao ser que realmente é, trazendo-lhe maior alegria, amor, liberdade e progresso.

                  Esta conexão da pessoa com sua essência é o equilíbrio, é a manifestação de vida perfeita, é o estado de ser mais natural.

                  Esse equilíbrio também é mantido por pensamentos, de vitalidade, entusiasmo, bem-estar físico, abundancia, exuberante alegria.

    Pensar sobre alguma coisa equivale a chamar a essência dessa “alguma coisa” para a vida, como já dissemos anteriormente. Quando se coloca a argila sobre a Ficha de Cliente individual você está atraindo energias harmonizadoras para aquele cliente, proporcionando-lhe um equilíbrio maior e duradouro. 

     

    10- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

    ARESI, A. Radiestesia hidromineral e medicinal. 1.ed. São Paulo: Ed Mens Sana, 1982.

    BRUNING, J. A saúde brota da Natureza. 16.ed. Curitiba: Editora Universitária Champagnat, 1996.

    CARDILLO, E. A energia da forma – a grande pirâmide e a antipirâmide. São Paulo: Ed Aquarius, 1982.

    EDDE, G. Cores para a sua saúde – Método prático de Cromoterapia. São Paulo: Ed Pensamento, 1997.

    HICKS, E.; HICKS, J. O extraordinário poder da intenção. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

    HOPCKE, R. H. Sincronicidade – ou por que nada é por acaso. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2001.

    KLOTSCHE, C. A medicina da cor – O uso prático das cores na cura vibracional. 9.ed. São Paulo: Ed Pensamento, 2000.

    MENDONÇA, E. P. O mundo precisa de Filosofia. 3.ed. Rio de Janeiro: Ed Agir, 1973.

    SING, C. Cura com Yoga e Plantas Medicinais. Rio de Janeiro: Ed Freitas Bastos, 1979.

    TANSLEY, D. V. Dimensões da Radiônica – Novas técnicas de cura. São Paulo: Ed Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

     

    Autor: : Nilma Glória Braga Siqueira - Terapeuta Holística - CRT 30758
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    A RADIESTESIA, A RADIÔNICA, A GEOBIOLOGIA E A HARMONIZAÇÃO DOS AMBIENTES À DISTÂNCIA

    A RADIESTESIA, A RADIÔNICA, A GEOBIOLOGIA E A HARMONIZAÇÃO DOS AMBIENTES À DISTÂNCIA  

    Muriaé(MG)

    Maio/2011 

    NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA

    CRT 30758 TERAPEUTA HOLÍSTICA 

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2011 

                "Podemos aprender a sabedoria através de três métodos: primeiro, refletindo, o que é mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, pela experiência, que é o mais amargo".

    (CONFÚCIO) 

                Dedico este estudo aos incansáveis que na sua eterna pesquisa pensam que descobriram alguma coisa. Agradeço a Deus pela vida e pela consciência que tento centrar em mim. Ao SINTE pela oportunidade de externar minhas pesquisas e as minhas filhas pela paciência em tentarem me entender e me ajudarem. 

    SUMARIO 

    1- Introdução             07

    2- Material e metodologia                    08

    2.1- Material empregado          08

    2.2- Métodos realizados                                                                       08

    3- Vibrações energéticas do planeta terra                  09

    3.1- Esferas            10

    3.2- Micro e macrocosmos          10

    3.3- Luz            10

    3.4- Trevas                                                                                         11

    4- Linhas HARTMANN           12

    5- Linhas CURRY            13

    6- Polaridades            14

    6.1- Centros energéticos de ambientes        15

    6.2- Drenagem           15

    6.3- Capacidade vital - vibrações em ANGSTRONS                         15 

    7- Como proceder para harmonização                  15

    7.1- Impregnação            15

    7.2- Desimpregnação          16

    7.3- Remanência                                                                                  16

    8- Paralelo entre Geobiologia e Feng Shui                                                     17

    9- Exemplos de sucesso           18

    9.1- Procedimentos a observar                                                            19

    10- Resultados                                                                                                20

    11- Discussão                                                                                                  20

    12- Conclusão                                                                                                  21

    13- Referências bibliográficas                                                                      23 





    RESUMO 

    O importante desta vida é nunca se cansar de pesquisar, procurar descobrir caminhos novos, se não para os outros, pelos menos para aquele que procura e é por este caminho novo de HARMONIZAÇÃO DE AMBIENTES, aqui entendido como pequena área como a própria casa de morada, ou grandes áreas como um sítio ou fazenda, que resolvi me aventurar, visto que muitos clientes meus demoram mais a se harmonizar pelo simples fato de estarem em ambientes desarmonizados e isto pode e deve ser mudado, bastando boa vontade, estudo, ação e a ajuda da Radiestesia e Radiônica. Os gráficos da Radiônica e o rodar do pêndulo, seja no sentido anti-horário para tirar energias negativas, seja no sentido horário para colocar energias positivas, fazem acontecer resultados esplendorosos. 

    1. INTRODUÇÃO

    Geralmente, por volta dos sete anos de idade, diz-se que chegamos à "idade da razão", é quando começamos a perceber a realidade do mundo à nossa volta, e a medida que vamos vivendo e estudando, esta realidade vai se ampliando e nossa consciência sendo gradualmente alterada com a expansão, pressão energética e com as vibrações mais sutis. Além disso percebemos e assistimos muitas mudanças em nossos sistemas sociais, comerciais, industriais, religiosos e institucionais.

    Há  muito mais o que se descobrir no universo porque o que conseguimos ver e observar não passa de 3% e os 97% restantes permanecem ocultos para nós. Por isso, é importantíssimo o pesquisar, descobrir algo para melhorar o interior e o exterior. É necessário equilíbrio e harmonia para se ter uma vida plena de alegria e abundante de saúde. A nossa plenitude e força interior dependem das forças e energias da natureza, água, florestas, terra com todos os seres vivos visíveis e invisíveis.

    O ritmo de nossa vida espiritual, profissional e amorosa depende dos ritmos de nossa Mãe Natureza. Isto nos leva a estudar um pouco sobre ela. Nossa pele, ao contrário da maioria dos animais, ditos irracionais, não apresenta nada que a cubra como pelos espessos, couro, penas, nada. Por isso, a importância da proteção da "CASA". Nossa casa é nosso refúgio, nosso aconchego, nosso lar. Refletindo sobre este habitat chegamos à seguinte reflexão: o que torna uma casa doente, atraindo azar, brigas frequentes, traições, suicídios, maus negócios e acidentes? O que torna os lugares densos, os consultórios sem clientes, as lojas sem fregueses? O que causa a compulsão pelo uso de drogas e alcoolismo? E tal pedaço de estrada ser palco de frequentes acidentes com vítimas fatais?

    Há  estudos comprobatórios de que a maior parte das causas destes desconfortos todos são as energias negativas que fluem do subsolo, que entrelaçam no ar, que passam por nós, por nossas casas e terrenos, sítios, fazendas, deixam aquele desequilíbrio e nem percebemos. Neste estudo, vamos aprofundar um pouco sobre isto.

    Mas para que esta harmonização chegue é preciso que permitamos nossa conexão pessoal com o fluxo de bem-estar e com tudo que é absolutamente bom. A vida está sempre fluindo para você e através de você. O equilíbrio vibrátil consciente é nosso objetivo. 

    2- MATERIAL E METODOLOGIA  

    2.1- Material empregado

    • Plantas das casas;
    • Mapas dos terrenos;
    • Gráficos de Radiônica;
    • Pêndulos;
    • Cristais

    2.2- Métodos realizados

    Harmonização dos ambientes a distância usando os mapas e plantas baixas de casa.

    Quando um cliente está apresentando dificuldade de harmonização, mesmo nós terapeutas estando empenhados nisto, fazendo o melhor que podemos, notamos que o que está ocorrendo é uma desarmonia na casa deste cliente. Para termos sucesso neste processo, é necessário, portanto, partir para o estudo da casa dele. Para isto, é necessário trazer a planta baixa e nela vamos analisando junto com o cliente os pontos básicos:

    • Onde está sua cama?
    • Sabe onde passa a rede de esgoto?
    • E a parte hidráulica?

    Anota-se tudo na planta baixa e, a partir daí, vamos também pesquisando com o pêndulo:

    • Onde estão as linhas negativas?
    • Onde se cruzam?
    • Quais os pontos positivos e negativos?

    Depois de analisar tudo isto e marcar na planta, vai se proceder ao desbloqueio dos pontos negativos, com rotações do pêndulo primeiro no sentido anti-horário e depois no sentido horário, quantas vezes for necessário.

    Coloca-se a planta em cima de um gráfico da Radiônica que pode ser: Pantáculo, Escudo Protetor, Losango solar, Turbilhão com sol, Estrela (Pentagrama), ou outro que o pêndulo indicar.

    Nos pontos negativos coloca-se um cristal durante o tempo que o pêndulo determinar, geralmente um ou dois dias.

    Quanto à cama, coloca-se a cabeceira no sentido do Norte da Terra e se não for possível, coloca-se um gráfico voltado para o Norte debaixo da cama e energiza-se este gráfico com rotações do pêndulo pelo menos duas vezes por semana.

    Se for para estudar um terreno como lote urbano, ou sítio, ou fazenda, procede-se da mesma maneira:

    • Verificar onde estão as linhas de energia;
    • Onde estão os pontos positivos e negativos que é a polaridade;
    • Onde as linhas se cruzam?

    Feito este estudo, marcamos os pontos, vamos pendular em cima, primeiro no sentido anti-horário para retirar as energias negativas, depois no sentido horário para colocar energias positivas, tantas vezes ou tantos minutos indicados pelo pêndulo e colocar os cristais nos pontos negativos para maior êxito e inverter a polaridade.

    Pode-se também fazer o estudo da casa, ou terreno, "in loco" com o dual-rood para captar as radiações negativas, mas é muito difícil devido as grandes distâncias, por isso, prefiro fazer nos mapas e plantas porque as radiações não têm fronteiras. 

    3- VIBRAÇÕES ENERGÉTICAS DO PLANETA TERRA 

    A crosta planetária da terra é formada por partículas antes existentes na esteira horizontal solar, que se aglomeraram em uma de suas faixas magnéticas e se posicionaram na elíptica solar. As partículas se uniram de tal modo que geraram um grande atrito e se fundiram, tornando-se um núcleo com grande calor e uma pressão em direção à periferia e por estar em constante rotação, se resfria quando em oposição ao sol e se condensa, tornando-se a base da crosta em formação.

    Esta rotação faz receber a energia positiva do sol e a energia negativa do núcleo, obtendo como resultado, um ponto neutro que é a faixa que envolve o núcleo formando a crosta. A parte que é aquecida pelo sol libera grande quantidade de gases e a que não é aquecida libera os gases pelo calor do núcleo.

    A estabilidade da Terra girando se deve ao equilíbrio do peso de sua massa e a faixa magnética em que ela se encontra em torno do sol.

    A água é o elemento catalisador e homogeneizador dos elementos. A água é portadora e condutora do fluido vital, compatível ao sangue em um organismo humano. É vital tanto na superfície quanto nas entranhas da Terra. O planeta Terra é um organismo vivo, com todos os seus elementos e forças.

    3.1- Esferas

    Tudo o que existe no Cosmos tem como modelo matriz as esferas. Todas as energias são esferas que se movimentam, se interagem, se aglomeram formando planos dimensionais diversos que existem no infinito.

    Tudo se movimenta no sentido circular formando novas esferas que passam por transmutações e formam cadeias que se expandido e encontrando outras de polaridade oposta, se juntam, formando um sistema com forças equilibradas entre si, fechando em ciclo, que estará sujeito a outro ainda maior.

    As esferas são alimentadas por outras já formadas e possuem suas características próprias.

    Todos somos formados pelas esferas, somos únicos e alimentados pela mesma essência primordial em suas constantes mutações.  

    3.2- Micro e macrocosmos

    Há  uma correlação entre tudo no universo. O Microcosmos é igual ao Macrocosmos, aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo. Semelhança entre o superior e o inferior, porém em lados diferentes.

    O movimento da galáxia está correlacionado com o movimento do átomo.

    Os desequilíbrios estão correlacionados com os organismos desarmônicos.

    Os átomos dos corpos têm correlação na estruturação de suas matérias. Se não houvesse tal correlação, não haveria matéria. Vemos essa vibração pela movimentação das energias que comandam o espaço eletromagnético, propriedade etérico, invisível aos nossos olhos e aparelhos físicos.

    Os mundos etérico e eletromagnético são os responsáveis pelos comportamentos dos átomos dentro da matéria, proporcionando-lhes as devidas características.

    Observar a matéria sem considerar sua base etérica e eletromagnética é  não compreender seu fundamento e não saber o que ela é. 

    3.3- Luz

    A luz que é percebida pelos sentidos pertence aos corpos celestes de natureza polarizada e que é resultado de cruzamento de partículas energéticas que se cruzam em vórtices de velocidade crescente e promovendo dois movimentos distintos que são causados pela subdivisão das partículas em alta frequência microcósmica.

    É o que gera a luz, que se expande em movimentos opostos em todas as direções, gerando assim o movimento macrocósmico, por isso é que a luz está em toda parte. É uma energia de grande potencial eletrônico que faz vibrar qualquer substância que a reflita, passando de invisível a visível aos sentidos.

    O reflexo da luz nas partículas que formam outras substâncias causa o fenômeno conhecido como refração e tudo tem partículas, a luz é refletida em qualquer lugar, em qualquer direção, no universo todo. As Escrituras falam que Deus é luz e possui mil faces porque reflete nos dois sentidos, de fora para dentro e de dentro para fora, e é nos cruzamentos dos raios que derivam todos os corpos celestes no espaço infinito.

    Cada cruzamento entre os raios formará partículas diferenciadas que, por sua vez, preencherão todo o espaço que existe no quadrante em que se encontram, formando assim uma espécie de malha entre partículas menores, com partículas maiores, entre planetas e sóis e entre sistemas em escala infinita, até encontrarem finalmente consigo mesmas, portanto, despertando em si a consciência de que existe, por ser parte de um único sistema, e que existe porque é composto por alguma espécie de matéria e que esta matéria é composta de partículas de luz e energia. 

    3.4- Trevas

    Onde não há luz há treva. A luz cria os sistemas e as trevas dissolvem e renovam os sistemas obedecendo à lei dos ciclos: nascer, crescer, memorizar e transformar.

    A treva e a luz jamais se misturam porque se extinguem. A luz tem polaridade positiva e a treva, negativa. A luz é um ponto que se expande e se dobra procurando o outro lado negativo, formando, portanto, uma esfera que torna a se expandir e formar novas esferas e tudo que existe, acabando com as trevas e neste centro é gerado um sol que impulsiona o crescimento constante.  É o ser e o não ser.

    As trevas são um "nada" enquanto não polarizar com a luz, é uma energia em potencial. E o nada é o limite entre o que existe e o que está por existir. Muito há de se estudar para se obter maiores esclarecimento sobre as diversas frequências da luz, sobre como aproveitar a energia contida no próprio ar, ou no éter, promovendo a aceleração de elétrons sem o emprego de força motriz. As trevas darão lugar à luz com a evolução dos sentidos e da inteligência humana. 

    4- LINHAS HARTMANN 

    As Linhas HARTMANN são quadriculados telúricos, comprimidos em malhas que encontram-se por toda a superfície da Terra. Na década de 50, o Dr. Ernest Hartmann descobriu uma rede energética que é responsável por um fenômeno conhecido como "tensão geopática" que pode provocar, quando em desequilíbrio, vários outros desequilíbrios na pessoa deixando esta pessoa desequilibrada em diversos aspectos.

    As nocividades do magnetismo terrestre são carregadas por estas linhas conhecidas como "linhas Hartmann". As linhas Hartmann se cruzam, formando como uma rede, uma grade, em volta da terra e não são fixas, são flutuantes, sendo assim, de dimensões relativas. Há variações de um lugar para outro. Indo na direção do Equador, estas distâncias aumentam. Vejamos: 1,80 m a 2,30 no sentido NORTE/SUL; 2,50 m a 3,20 no sentido LESTE/OESTE.

    As linhas Hartmann se intensificam a cada 9 m. Também elas se cruzam e este ponto de cruzamento é chamado de Ponto Geopático. Ao todo, são conhecidos 4 cruzamentos por retângulo.

    Para se ampliar os conhecimentos destas linhas sobre o solo, foram necessários muitos estudos de cientistas de diversas áreas, como Geofísica, Hidrologia, Geobiologia, Microbiologia e Bioeletrônica. Esses geobiologistas estabeleceram relações estreitas entre a presença das ondas nocivas e seus efeitos sobre o ser vivo.

    "Se um bebê for colocado num berço sobre uma linha Hartmann, ele chorará feito louco! Quando você muda o berço de lugar, o bebê para de chorar" (Dr. HARTMANN).

    Certa vez, um cavalo foi colocado em cima de uma linha Hartmann, toda noite. Um ano depois, ele estava cego.

    Observação: falhas geológicas, veios d'água, redes de esgoto, podem intensificar o efeito nocivo de uma zona geopática.

    Ao aproximarmos a mão de uma linha Hartmann, podemos no campo, sentir cócegas ou quase uma câimbra que sobe pelo braço e vai incomodando.

    RESUMO DA REDE HARTMANN

    • Envolver a terra;
    • Padrão: rede de pescador;
    • Fluxo do Sul para o Norte e do Oeste para o Leste;
    • Medidas: têm em torno de 50 cm de largura, altura de 18 a 108 metros. Por penetrar tudo em seu caminho, até os moradores de um último andar de um prédio são afetados por ela. As linhas são mais intensas à noite, mas não se detectam em noites de lua cheia. Sua intensidade é maior no verão do que no inverno.

    Variações já estudadas na apresentação da Rede Hartmann:

      1. A meteorologia;
      2. A natureza do solo;
      3. O clima;
      4. A irradiação cósmica;
      5. As induções artificiais geradas pela indústria no ar e no solo.

    5- LINHAS CURRY 

    Dr. Curry, pesquisador, médico e investigador alemão, começou a estudar as Redes Hartmann e chegou à conclusão de que havia também as linhas diagonais entre as linhas paralelas estudadas por Hartmann. Chamou estas diagonais de Linhas CURRY e pelas pesquisas constatou que elas são mais nocivas que as outras. A parte mais forte são os pontos de cruzamento que possuem efeitos de carga ou descarga.

    A Rede Curry tem uma frequência vibratória mais baixa que a Rede Hartmann e age no psiquismo humano de uma forma ativa e determinante. A polaridade "positiva" nos traz a sensação de conforto, a polaridade "negativa" afeta o nosso estômago com frio e desconforto muito forte. Os raios telúricos que formam a rede Curry (0,50 m) são alternadamente positivos e negativos e seus pontos de cruzamento também o são.

    As casas podem matar?

    "Sua casa é cercada por múltiplos campos de energia; você é separado de sua casa, sua casa tem vida, tem consciência" (DENISE LINN).

    Existem muitas casas e apartamentos que prejudicam, e muito, quem reside nelas. Isto, por quê? Podem ser várias causas, como pedras, paredes, radiações telúricas, raios cósmicos e todo e qualquer tipo de influências específicas dos materiais agregados que podem gerar "ondas de formas", remanescências de antigas maldições registradas em suas paredes, ou terrenos. Estas e outras causas podem fazer de sua casa uma inconveniência para você.

    6- POLARIDADES 

    Em tudo o que existe há dois polos: o positivo e o negativo e isto é a Lei das Polaridades existentes dentro da energética. Um núcleo divide seu espaço esférico com a sua devida contraparte e isto gera as polaridades positivo-negativo (+ e -), sendo que isto gera uma linha alternada em um eixo horizontal que chamamos linha do Equador, esta linha é chamada de Zona Neutra.

    A Lei da Polaridade estabelece as ordens de comportamento dos átomos das substâncias que compõem a matéria. É a Lei de Sustentação da matéria, onde o Duplo Etérico interage nos campos eletromagnéticos. É a composição dos pólos em qualquer objeto criado, desde os homens, animais, plantas, etc. A dualidade é igual à polaridade, onde a criação sustenta as forças opostas fundamentadas na formatação das substâncias e circunstâncias da vida.

    Quanto às pessoas, elas não são igualmente polarizadas. Segundo Frei Benoit Padey, a polaridade humana depende menos de um estado nervoso que de um estado anatômico. Segundo este estudioso, se a espinha dorsal estivesse mais simétrica, ele perceberia mais as radiações e polaridades.

    Método de René Lacroix para saber as polaridades humanas valendo-se de um pêndulo neutro:

    Mulher - polaridade normal - girações no dorso da mão direita e palma da esquerda; oscilações no dorso da mão esquerda e palma da mão direita.

    Homem - polaridade normal; oscilações no dorso da mão direita e na palma da mão esquerda. Girações no dorso da mão esquerda e palma da mão direita.

    Como se vê, a polaridade feminina é o inverso da masculina.

    Existem também as polaridades invertidas. Se uma mulher tem polaridade invertida, ela não se dará bem com um homem normal, só com um de polaridade invertida. Assim: + x + = + ou - x -  = + e inversamente: - x + ou + x - = -

    Isto também existe nos terrenos e nas casas. É preciso saber os pontos de polaridades. Quais os pontos negativos quais os pontos positivos no solo e depois de determinar pelos mapas e plantas, vai se colocando energias com rotações do pêndulo. Se tem energia negativa, roda-se o pêndulo anti-horário e aí vai se tornar positiva. Se é um ponto positivo, roda-se o pêndulo no sentido horário, vai-se potencializar esta energia positiva. 

    6.1- Centros energéticos de ambientes

    Em todos os ambientes há os centros energéticos. São os chackras da terra, estes pontos, onde a energia é mais atuante. Por isso, através da polaridade, determinando os pontos negativos e positivos e equilibrando-os com as rotações do pêndulo e colocando estes mapas e plantas da casa em cima dos gráficos de Radiônica, vamos harmonizando os ambientes, tornando-os mais agradáveis, saudáveis para se viver e mais comerciais também.

    Se você estiver pensando em se mudar para uma casa ou apartamento novo, verifique com o pêndulo a polaridade: negativo-positivo do local e veja se é bom para você e sua família tal mudança. Pergunte ao pêndulo: Em uma escala de 0 a 10, devo morar no endereço X? Um 9 ou um 10 indica um lugar positivo para se viver. O campo energético das pessoas é diferente, das casas e apartamentos também. Se não há compatibilidade, você não mudando, poupa tempo, energia e dinheiro. 

    6.2- Drenagem

    É necessário determinar os pontos de drenagem que são pontos de coletar água de chuva, a boca aberta do universo, não mexer. 

    6.3- Capacidade vital - vibrações em ANGSTRONS

    Os pontos energéticos vibram positivamente depois de equilibrados. Então marca-se no mapa ou planta quais os pontos de maior vibração energética na escala de ANGSTRONS e se liga com o lápis os pontos mais energizados aos pontos menos energizados para um maior equilíbrio do ambiente. Esta vibração energética é um meio de prevenção de aparecimento de desequilíbrios aumentando a qualidade dos solos. 

    7- COMO PROCEDER PARA HARMONIZAÇÃO 

    Há  vários métodos para se harmonizar casas e terrenos. Eu uso o método das rotações do pêndulo, além dos gráficos e cristais. 

    7.1- Impregnação

    Impregnar é o conjunto de radiações de um corpo que pode se implantar em outro. Os corpos metálicos e os radioativos possuem o maior poder de penetração pelas suas radiações. Pode também este fenômeno não se realizar devido à neutralidade de um dos corpos em contato, sendo o suporte em particular.

    Quando se está trabalhando num mesmo ambiente, numa mesma mesa ou cadeira, mudando-se apenas os corpos pode acontecer a impregnação.  São muitas as circunstâncias que ocasionam a impregnação dos objetos nessas circunstâncias de manipulações, e isto pode levar o operador a erros. 

    7.2- Desimpregnação

    A fim de evitar os erros causados pela impregnação, é necessário que seja feita após cada operação ou experiência, e antes de iniciar outra, a desimpregnação dos objetos possivelmente impregnados. Para isto, empregam-se meios tirados do magnetismo: sacudir com energia as mãos, dirigindo os dedos para o chão, soprar neles, fazer fortes aspirações profundas, tocar o chão com a mão que sustenta o pêndulo e friccionar as mãos uma na outra; colocar durante alguns instantes o pêndulo em contato com o chão. Valer-se de um bastão de enxofre como corpo aspirador de ondas residuais.

    Para descarregar um lugar, uma mesa, uma sala, emprega-se com êxito o giro do pêndulo em sentido horário muitas vezes, onde o dual-rood assinalou que existem energias desarmônicas.

    Se você trabalha com mapas e planta baixa de residência, é  recomendável colocar três folhas de papel em branco entre elas para não haver impregnação de umas energias em outras. E quando for começar o estudo de cada uma delas, perguntar ao pêndulo se tem impregnações de outro ali. 

    7.3- Remanência

    As radiações dos corpos se dirigem de todos os lados e em todas as direções, sem, contudo, se misturarem porque se assim não fosse não teríamos a possibilidade de sua captação, mas estas radiações não deixam de impregnar os objetos ou outros corpos com que, mesmo por um certo espaço de tempo, se acham em contato. Essa impregnação conserva-se por algum tempo e em função da massa do corpo depositado e da duração do contato. Então, quando se retira o objeto ou o corpo, há a "remanência", devido à impregnação do suporte, remanência que permanece durante quanto tempo durar a impregnação, que pode ir de meia hora até algumas horas seguidas.

    Assim, durante este período, pode ocorrer captação do corpo que estivesse aí, e se colocado outro corpo, pode-se confundir umas com outras, as radiações. Para evitar confusões, há de se desimpregnar o lugar, o suporte e as mãos do operador, depois de um estudo e antes de outro. Para saber se existe a remanência, coloca-se o pêndulo acima do mapa e não precisa perguntar nada, o pêndulo para se há remanência e se não há, ele gira, então pode-se começar o estudo. 

    8- PARALELO ENTRE GEOBIOLOGIA E FENG SHUI 

    Muitas são as pessoas que podem achar que a Geobiologia e o Feng Shui são muito parecidos e até mesmo iguais. Porém com esse paralelo, podemos analisar que possuem suas peculiaridades, mesmo com alguns objetivos que possam ter semelhanças.

    A Geobiologia estuda as formas de contaminação do equilíbrio de vida humana, como radiações cósmicas e gases emanados do solo. Como não poderia deixar de ser, ela se preocupa com o efeito exercido pela explosão tecnológica que vivemos nos últimos anos e que hoje é seu maior campo de pesquisa. Um de seus principais objetivos é, portanto, investigar quais são os custos, além dos monetários, que estamos pagando pelo "conforto" advindo dos novos aparelhos e usos da eletricidade e das radiações de microondas, bem como dos materiais de construção modernos. O que se busca é a utilização saudável dessa tecnologia.

    Pode-se traduzir literalmente a expressão Feng-Shui como Vento e Água. Esses dois elementos representam a interação, o caminho e o movimento da energia vital nos ambientes a serem estudados. Sendo o que o vento transporta e a água armazena a energia vital.

    O Feng Shui estuda a distribuição dos objetos no ambiente, além da disposição, do arranjo, da estruturação, da cor e da forma das estruturas arquitetônicas. Ao indivíduo é permitido fazer arranjos ideais, no tempo e no lugar ideais, a partir da perspectiva do folclore, do talento artístico e da crença religiosa. Portanto, o principal objetivo do Feng Shui é expelir a negatividade e dar passagem ao que é favorável, ao mesmo tempo que alcança um estado de longevidade e prosperidade.

    Embora ambas as ciências busquem um objetivo em comum, que é tornar um ambiente harmonioso e saudável, sua meta é sempre equilibrar o Céu e a Terra, gerando, assim, um canal de manifestação da vida. No princípio ambas logravam com facilidade esta façanha, mas, a Geobiologia focou mais a Terra e o Feng Shui se sintonizou mais com o Céu, de modo que, hoje, podem ser consideradas ciências complementares.

    O trabalho da Geobiologia ganha mais movimento e suavidade quando acompanhado por uma boa consultoria de Feng Shui, ao passo que uma harmonização feita seguindo os parâmetros chineses se beneficia de solidez e ancoramento quando complementada por uma prospecção geobiológica. Fazendo uma comparação grosseira, é como se a Geobiologia estivesse para o Feng Shui assim como a Engenharia está para a Arquitetura.

    Através da Geobiologia, o fluxo do Chi é aumentado e dinamizado em um local e, logo depois pode ser otimizado e trabalhado pelo Feng Shui na forma dos Cinco Movimentos da Energia. Terra, Fogo, Metal, Água e Madeira são aspectos da energia Chi, composta pelo Yin e Yang que devem ser harmonizados e para isto são utilizadas as técnicas do Feng Shui. O ambiente estando assim harmonizado, pode acontecer de a pessoa que está ali, não sentir-se bem por causa do cruzamento específico de linhas e águas prejudiciais àquela saúde, portanto, é preciso buscar um ponto neutro dentro dessa área para a pessoa sentir-se em harmonia, tanto com o céu quanto com a Terra.

    Nossa pesquisa é harmonização de ambientes e pessoas neste ambiente, por isso tentamos nos empenhar em descobrir como a Geobiologia e o Feng Shui podem se completarem sem se prejudicarem. E que tenhamos humildade suficiente para entendermos que não sabemos quase nada, é preciso muito estudo, pois estamos tratando de energias da Terra, da Pessoa e do Céu. 

    9- EXEMPLOS DE SUCESSO 

    a) Começaram a construir um shopping, onde passava um córrego, cujas águas estavam poluídas por descargas de esgotos in natura provindas de três bairros, canalizaram o córrego, tiraram a água das terras em volta, fizeram um ótimo serviço de dragagem das águas, e do local, deu muito trabalho. Resultado: ficou linda a construção, mas não agradou a ninguém, todas as lojas vendidas perderam o preço, houve muito prejuízo e nada ali ia para a frente, até que consultaram um especialista de energia que mandou colocar gráficos diversos nas lojas em locais pouco visíveis como porta dos banheiros e copas-cozinhas, também mandou instalar uma pirâmide no sentido Norte Sul no terraço. Só assim começaram a alugar as lojas e melhoraram o movimento.

    b) Um terreno para ser vendido que não encontrava comprador, de jeito nenhum, apesar da boa localização e preço compatível com o mercado. Foi estudado e notou-se que logo no começo do terreno havia linhas negativas fortes o que não deixava ser vendido, loja nenhuma dava certo ali. Foi feita a harmonização com gráficos, pedras e rotações do pêndulo. Na outra semana já encontrou comprador, pelo preço certo.

    c) Um sítio onde se construiu uma casa haviam cupins atacando as portas e janelas de madeira, mesmo estas sendo novas, tinham sido trocadas. Após estudo, constatou-se que as energias negativas atravessavam a casa em vários lugares. Procedeu-se a harmonização através dos gráficos, cristais, rotações do pêndulo e os cupins sumiram, não precisando mais trocar as madeiras.

    d) Uma casa onde todos: pai, mãe e dois filhos viviam brigando sem motivo. Após estudo constatou-se que havia antes ali, onde agora é a cozinha, uma cisterna profunda e uma fossa, onde agora é o quarto. Muitos gráficos, cristais e rotações do pêndulo e a harmonia entre eles voltou a reinar. 

    9.1- Procedimentos a observar

    • Telhados com forma positiva são aqueles que apontam para o infinito como uma pirâmide;
    • Telhados com forma negativa são os retos e convexos para baixo como um U;

    Evite:

    • Fechar chaminés, nichos, orifícios de ventilações e todos os tipos de passagens feitas de alvenaria;
    • Construir um quarto ou uma sala em cima de locais que emitem ondas nocivas como cano de esgoto;
    • Muitos aparelhos no seu quarto, quanto menos, melhor;
    • Destruir a harmonia geométrica de seu telhado;
    • Morar em prédios antigos sem reformas;
    • Lugares onde o sol não penetre;
    • Evite áreas onde o nível de barulho ultrapasse os limites permitidos.


    10- RESULTADOS 

    Em todo estudo, é necessário, muitas vezes, a repetição das experiências para se proceder com exatidão a observação das radiações existentes em determinado lugar, portanto, um principiante pode enganar-se em uma primeira experiência, daí a importância da repetição. Observar bem para partir para a ação.

    Em dez casos estudados com bastante firmeza e determinação, notou-se o seguinte resultado em:

    • Duas casas, a harmonia entre os familiares foi restabelecida;
    • Dois terrenos foram vendidos pelo preço certo e em pouco tempo;
    • Dois sítios foram harmonizados voltando a produzir mais café e milho;
    • Duas hortas produziram melhor e mais verduras;
    • Os cupins de uma casa acabaram;
    • O telhado de uma casa foi modificado e a dona conseguiu ficar livre de um desequilíbrio sério.

    11- DISCUSSÃO 

    Hoje sabemos que o que conhecemos é muito pouco em relação às energias. Energias que fluem abaixo de nossas casas, ao redor delas e dentro delas. As ondas de energia são invisíveis e estão presentes em todos os lugares. Algumas são benéficas e nos desarmonizam, são as ondas nocivas. Ondas nocivas são anomalias do subsolo, de correntes telúricas, ou de causas diversas, transmitidas por ondas portadoras igualmente propagadas pelo subsolo. Produzem danos no físico, psíquico, vitalidade, comportamento, humor, a sorte e o destino dos homens e mulheres viventes.

    As emanações destas ondas nocivas podem ser de natureza elétrica, eletromagnética ou até radioativas. Os locais que sofrem a influência destas emanações conhecidos como "Zonas Geopáticas" devem ser evitados.

    O homem é constituído por vários corpos sutis imersos em planos vibratórios. O funcionamento deste computador humano é um milagre de equilíbrio instável. Esta máquina mágica é gigantesca, portanto, é propensa a sofrer incidentes que podem tanto ser exteriores como interiores.

    Nós não podemos frear o desenvolvimento tecnológico e achar que antes sem estas transformações é que era melhor de se viver. Vamos nos adaptar a este modo atual tomando algumas providências que nos protegem de extremas radiações dos aparelhos modernos:

    • A cama deve estar afastada dos aparelhos elétricos ou eletrônicos pelo menos 1,4 m, bem como não é aconselhável dormir com celular ou telefone sem fio sobre a cama;
    • Mudar constantemente de ouvido ao falar ao celular;
    • Sempre que possível, utilizar o celular, onde estiver correndo o ar;
    • Despluque os aparelhos da parede quando for dormir, se possível;
    • Dê intervalos quando no uso do computador;
    • Nos quartos, evite lâmpadas fluorescentes;
    • Se estiver a sua casa frente a um transformador de energia, na rua, não durma no quarto em frente para ele sem antes usar gráficos na janela ou cortiça nos vidros;
    • As plantas dentro e fora das casas atuam como ajudantes da harmonização;
    • As camas metálicas e colchões com molas favorecem a desarmonia e insônia.

    Muitos desequilíbrios nas pessoas são devido a exposições variadas a campos eletromagnéticos pouco estudados, o que impulsiona a nós terapeutas maiores pesquisas e dedicação. 

    12- CONCLUSÃO 

    Pessoas harmonizadas em ambientes igualmente harmonizados é o nosso objetivo último e primeiro. Neste estudo nos dedicamos aos ambientes tanto pequenos quanto grandes e para se determinar o que é possível fazer precisamos usar da Observação e Prospecção.

    A observação consiste em observar um terreno pelos indícios que a própria natureza oferece através dos vegetais e animais.

    Vegetais: posicionamento das árvores e plantas inclinadas para uma determinada direção indicam que elas tentam fugir de uma zona bastante alterada, principalmente por cursos d'água subterrânea. Neste local, não se pode construir quartos e escritórios, só corredor e área de pouco movimento; é área ideal para um poço artesiano.

    As hortaliças e as árvores que geram frutos delicados são muito sensíveis às radiações telúricas, deste modo quando existe uma concentração destes vegetais, aquela área tem grandes chances de estar relativamente equilibrada. 

    Se existem ervas daninhas em um local indica alterações de subsolo exatamente abaixo delas. Ao se plantar algo e não crescer pode indicar uma zona de alteração geobiológica. Falhas geológicas provocam más formações nas árvores e muitas pragas.

    Animais também nos indicam áreas específicas: os currais, no interior, são construídos onde o gado se reúne naturalmente para dormir e é  sabido que o cão busca lugares "bons" para dormir e o gato busca os "maus". Aqui, "bom" e "mau" é relativo. E para aproveitar-se estas linguagens, devemos utilizar o lugar do cachorro para dormir e do gato para cavar um poço, já que naturalmente se situa sobre um cruzamento de águas, podendo variar.

    Onde existem abelhas, formigas e cupins indicam zonas de falhas e águas subterrâneas com cruzamento de rede bastante ativos, e a vitalidade terrestre está bem falha. Os pássaros, geralmente quando livres, costumam fazer seus ninhos em locais considerados livres e bons. Além da observação, também é necessária a Prospecção que é o estudo das linhas Hartmann e Curry, bem como as águas subterrâneas e as falhas geológicas.

    É necessário estudar bastante os mapas, as plantas, selecionando os itens, um de cada vez, para assim que for determinado procurar através dos gráficos, das pedras e do girar do pêndulo, tentar harmonizar estes efeitos para se conseguir um equilíbrio razoável. Tudo isto sem preconceitos, porque se deixarmos os preconceitos agirem teremos a visão estreitada, as percepções diminuídas e as informações deformadas, ocasionando distúrbios.

    Todos e cada um de nós possuímos esta capacidade de sentir as energias, o que precisamos é confiar em nós mesmos, termos perseverança sempre para alcançar as metas a que nos propomos, e aí seremos como os druídas antigos que só tendo sua percepção corporal, utilizavam-na de tal maneira acertada que conseguiam fazer fluir a energia sobre a Terra, utilizando grandes pedras em vários pontos e dinamizando com formas específicas (acupuntura da terra).

    Urge que pesquisemos e trabalhemos para esta harmonização dos ambientes e da Terra porque o nosso tempo é hoje e agora! 

    13- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

    HICKS, E.; HICKS, J. O extraordinário poder da intenção. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

    HOR, A. Universo - Como tudo começou. São Paulo: Robe Editorial, 2002.

    NIELSEN, G. Além do poder dos pêndulos. 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 1988.

    PIETRO, N.S. Feng Shui - Harmonia dos espaços. 5.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2000.

    PIRES, A. L; SAEZ, J. Geobiologia - A arte do bem sentir. São Paulo: Triom, 2006.

    SAEVARIUS,E. Manual teórico e prático de radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998. 

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA CRT 30758 TERAPEUTA HOLÍSTICA
    Última atualização: 03/06/2011 10:01


    GEOMETRIA, RUNAS, RADIESTESIA E A PESSOA COMO TAL

    GEOMETRIA, RUNAS, RADIESTESIA E A PESSOA COMO TAL

    MAIO/2012

     NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA

    TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758


    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    HOLÍSTICA / 2012

     

    “No mundo do conhecimento, a última  coisa a ser percebida, e com muita dificuldade, é a forma essencial do Bem (...). Sem ter uma visão desta forma ninguém pode agir com sabedoria, seja na própria vida, seja em questões de Estado.

                                                 (Platão)

     

    A todos que nunca desistem de procurar o conhecimento na certeza de que é através desta procura que se encontra a certeza do nunca desistir, mesmo que se saiba da utopia que é este objetivo.

     

     

     

    AGRADECIMENTOS

     

            A Deus , por minha vida.

     

            Às minhas filhas, Janira e Niara, pelo apoio.

     

            A todos que me acompanham na caminhada de pesquisa e procura do melhor para todos no dia-a-dia.

     

            Ao SINTE, por me deixar apresentar o resultado de minhas pesquisas e estudos.

     

    SUMARIO

     

    1. INTRODUÇÃO...........................................................................................7

    2. MATERIAL E METODOLOGIA..................................................................7

         2.1 Material empregado............................................................................7

         2.2 Métodos..............................................................................................8

         

    3. A GEOMETRIA E SUA RELAÇÃO COM O EQUILÍBRIO.........................9

        3.1 Yin e Yang.........................................................................................11

        3.2 Formas geométricas..........................................................................11

        3.3 Runas................................................................................................12

     

    4. A FORÇA MAGNÉTICA DAS PIRÂMIDES.............................................17

     

    5. RESULTADOS........................................................................................20

     

    6. DISCUSSÃO...........................................................................................20

     

    7. CONCLUSÃO..........................................................................................22

     

    8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................23

     

     


     

    RESUMO

     

    A Radiestesia já era utilizada pelos homens das civilizações antigas através de bastões, varinhas, forquilhas. Nas pinturas das cavernas, descobriu-se que o homem daquele tempo, segurava bastões de osso, utilizados para encontrar caças, que tinham, ao longo de sua extensão, desenhos de animais que eram tocados com as mãos que direcionavam o bastão. A Radiestesia foi testemunhada entre diversos povos, e em todos os estudos, vemos utilização de algum instrumento de forma. Aqui, estudamos as formas geométricas, as suas radiações diversas e, dentre estas formas, as Runas, que também emanam boas vibrações de origem desconhecida podendo ser até de povos lemurianos e atlantes. As formas geométricas transmitem energia. Pirâmide também. Energia positiva que deve ser utilizada para o equilíbrio.

     

     
    1. INTRODUÇÃO

            A Radiestesia, estudo das radiações emitidas pelos corpos já era de domínio dos povos antigos, como Indus, Persas, Etruscos, Citas, Hebreus, Romanos, Gauleses, Peruanos, Polinésios, etc., mas esta ciência nos foi deixada pelos Lemurianos e Atlantes, bem antes, afirmam estudiosos.

            A ciência da Radiestesia ficou esquecida por muitos e usada por poucos, que detinham os conhecimentos e os usavam como forma de poder. Se fosse só uma arte sem fundamento não conseguia passar pelos séculos e ressurgir fortalecida em 1688 na França e em toda a Europa.

            Nos mosteiros, o conhecimento era passado sem alarde e em 1892 os Abades Bouly e Bayarden criaram este termo RADIESTESIA. Outro Abade, o Alex Mermet instituiu regras sistematizando seu funcionamento.

            Quem trouxe a Radiestesia para o Brasil  foi Jean Louis Bordeaux que ficou de 1905 a 1921 em uma missão franciscana no Mato Grosso e com as escolhas feitas através  da Radiestesia se equilibrou de sérios problemas físicos com os produtos da FLORA local, e indicações indígenas.

            A partir daí, novos estudos e novos pesquisadores como Dr. Alfredo Becker, Virgilio Goulart, Maria Luiza Azevedo, José de Castelo Branco, FM Palhoto e outros até nossos dias.

            Neste estudo, pesquisamos as formas geométricas e suas radiações para equilíbrio do corpo como tal: suas funções físicas, energéticas, emocionais, mentais e espirituais.

            Incluem-se aqui o estudo das RUNAS que podem ser muito benéficas levando-as a sério e com estudo profundo e as pirâmides.

     

    2. MATERIAL E METODOLOGIA

            Todos os nossos esforços de pesquisa e experimentação são no sentido de despertar a consciência para se evitar o sofrimento desnecessário, a fim de guiar os seres humanos à realização pessoal e ao equilíbrio social.

    2.1 Material empregado

    1. Ficha do cliente;

            Utilizando um pêndulo neutro, vamos estudando a energia do cliente através  de suas radiações captadas pelo nome e data de nascimento e conforme as suas necessidades de harmonização de seus meridianos, utilizamos alguma forma  geométrica desenhada na ficha do cliente  e também uma Runa desenhada ou confeccionada em cobre, por tantos dias, conforme for solicitado pelo pêndulo e a forma de pirâmide, se for o caso.

            Se for estudo de mapa, terreno, casa também vamos estudando as energias e colocando o desenho de alguma forma geométrica, Runa, pirâmide aonde, quanto tempo, conforme for indicado pelo pêndulo.

    1. Pêndulo neutro;
    2. Peças de cobre para confecção de Runas;
    3. Mapas

    2.2 Métodos

    1. Alfagenia;
    2. Tábua de BOVIS;
    3. Harmonização dos centros energéticos

     Alfagenia

            Para se praticar bem a Radiestesia, é preciso aprender a entrar em ALFA, atingir os níveis do subconsciente. Existe a mente consciente e o inconsciente profundo, onde estão gravados todos os acontecimentos. Entre um (consciente) e outro (inconsciente), existe o subconsciente que é onde o radiestesista trabalha. É o Estado ALFA de tranquilidade, harmonia, equilíbrio, mente aberta e sem interferir nas informações recebidas. É um treinamento.

            Hans Berger, psiquiatra austríaco, em 1929, criou o eletroencefalograma porque descobriu através de muitas pesquisas que o cérebro emite radiações ou ondas elétricas, tendo impulsos eletromagnéticos.  

            São quatro as freqüências cerebrais: beta, alfa, teta e delta.

    1. Beta – sinal forte, consciência exterior, utilização dos cinco sentidos, participação no mundo – vibração de 14 a 28 ciclos por segundo.
    2. Alfa Relaxamento, frequência mais baixa – nível de tranquilidade, paz, criatividade e saúde – pode haver fenômenos parapsicológicos neste estado a frequência de 7 a 14 ciclos por segundo.
    3. Teta – meditação, levitação, regressão às lembranças passadas, tratamento para traumas – descobertas. O ritmo oscila em 4 a 7 ciclos por segundo.
    4. Delta – abaixo de 4 ciclos por segundo. Sono profundo, é incógnita, pode ser coma, catalepsia, inconsciência. É preciso treinamento para se chegar ao estado alfa e ali trabalhar, recebendo as radiações e vibrações do inconsciente, sem interferir nelas.

     

     Tábua de BOVIS

     Harmonização dos centros energéticos

            A pessoa humana possui 7 Centros Energéticos Principais. São localizados também no corpo dos animais e no solo.

    1.         Coronário (pituitária) – centro intelectual superior;
    2. Frontal (pineal) – centro intelectual inferior;
    3. Laríngeo (tireoide) – centro motor;
    4. Cardíaco (timo) – centro emocional inferior;
    5. Umbelical (plexo solar) – centro instintivo;
    6. Sacral (supra renal) – centro instintivo;
    7. Básico (glândula sexual) – centro sexual

    Os centros energéticos podem ser harmonizados com o uso de homeopatias, florais e elixir, com formas geométricas, runas e pirâmides. A ressonância com auxílio do pêndulo ajuda a desbloquear os Centros Energéticos Magnéticos, bem como contribui com a ampliação e expansão das informações veiculadas pelos produtos utilizados.

     

    3. A GEOMETRIA E SUA RELAÇÃO COM O EQUILÍBRIO

            Geometria é uma palavra grega que significa “medição de terra”. A importância da geometria é imensa. Em tudo que se constrói, é preciso proporcionalidade, portanto, geometria. Desde que o homem começou a construir tendas saindo da caverna precisou da proporção certa, da geometria. Os animais constroem, instintivamente e dá tudo certo. Os homens precisam aprender ou talvez como Platão acreditava, precisam é lembrar.

            Os humanos primitivos precisavam calcular quanto peso podiam carregar, como fazer para construir suas tendas, suas armas, suas vestes. Precisavam proteger a família, a propriedade, os acampamentos, em tudo precisavam da geometria. Foram se desenvolvendo e a arquitetura elaborada e a navegação confiável foram exigindo mais geometria euclidiana e seus descendentes diretos, como a trigonometria. Com o avanço da ciência, a geometria evoluiu para a medição cronográfica da latitude, a medição telescópica de nosso sistema solar da nossa galáxia, das outras galáxias e do próprio cosmo; e para medições microscópicas e microcósmicas de entidades celulares, atômicas e mesmo quânticas.

            Os seres humanos estão no meio do caminho da escala de medição. Assim, “uma ordem de grandeza” significa 10 vezes. Se for a ordem de grandeza maior é 10 vezes maior do que o ser humano, se for de ordem de grandeza menor é 10 vezes menor do que o ser humano.

            A geometria tem conexões com a filosofia e a música. Platão, célebre filósofo colocou acima da entrada de sua academia, modelo para as nossas próprias universidades. “Só quem sabe geometria pode entrar na academia”. Mas, durante os séculos, a geometria foi se distanciando e os cálculos matemáticos foram se escasseando e a mente passou a ficar muito bloqueada pela falta de cálculos, o que acontece nos dias de hoje. Falta esta visão de novos caminhos que só o raciocínio geométrico pode dar.

            Pitágoras era fascinado pelos números e até hoje seu teorema ajuda a resolver problemas matemáticos. Ele descobriu um problema geométrico na música que os 12 semitons que abrangem uma oitava completa e da qual todos os modos musicais ocidentais são retirados, não se relacionam um com o outro em proporções integrais. Isto significa que nenhum instrumento pode ser perfeitamente afinado. Se você afina o ciclo das quintas com exatidão, as oitavas soarão sustenidas. Se você bemoliza ligeiramente as quintas, as oitavas soarão afinadas. Isto nada tem a ver com a fabricação dos instrumentos, mas sim a propriedade da geometria dos próprios intervalos musicais. Mas um instrumento bem afinado dentro das proporções, dá o som harmonioso.

            Os gregos antigo                                                           s, assim como os chineses antigos, valorizavam o equilíbrio e a harmonia. A palavra latina “racional” reflete exatamente isto, pois embora tenha passado a razoável, ela deriva de um termo                               geometricamente mais preciso: “razão” ou equilíbrio integral entre duas (ou mais) partes de um todo. Os romanos usaram isto da geometria grega. Os gregos pregavam que o mundo era um lugar ordenado (COSMO) e não desordenado (CAOS), mas acreditaram incorretamente que a mesma ordem era refletida no equilíbrio proporcional de todos os números também. Os gregos entendiam que as quantidades geométricas podiam ser expressas como razões de números inteiros. Euclides com seus axiomas, definições e postulados deixou uma luz orientadora para a posteridade.

            Euclides apurou a arte da construção geométrica com o desenho de duas figuras bidimensionais em um plano daí a ajuda para construção de trabalhos arquitetônicos e artísticos, a geometria aplicada. Usava só a régua e o compasso.

            A conexão entre razões geométricas, indivíduos racionais e sociedades bem ordenadas está muito enraizada na mente helênica. A ordem cósmica seria estabelecida também na individualidade e na sociedade bem equilibradas.

    3.1 Yin e Yang

            São duas forças criativas que se completam para a criação. Yin é terra, força feminina e Yang é ar, força masculina. São duas forças ligadas, mas diferentes. Ligadas no que cada um contém do outro.

            Todo o universo é composto por figuras geométricas perfeitas. Vejamos o símbolo do Yin e Yang, usa-se só 5 círculos: 1 maior, 2 menores e 2 pequenos. Formam um equilíbrio estético perfeito por causa de proporção certa.

            Os estudiosos antigos sempre afirmaram que os seres humanos estão sujeitos às leis naturais e que todas as leis têm uma razão e proporção perfeita. Por isso, a geometria ser muito importante, porque ela é o equilíbrio, a proporcionalidade que deve ser buscada por todos.

    3.2 Formas geométricas

            Tudo o que existe é uma forma geométrica. Esta forma geométrica é a base da formação dos números e emanam energias que podem ser medidas. Vejamos:

    FIGURA

    NÚMERO

    BOYD

    HERTZ

    ANGSTRONS

    Círculo

    1

    1

    7,0 Hz

    9.000

     

    Par Dualidade

    2

    2

    8,0 Hz

    12.000

    Triângulo

    3

    3

    8,2 Hz

    13.000

    Quadrado

    4

    4

    8,8 Hz

    14.500

    Pentágono

    5

    5

    9,5 Hz

    17.500

    Hexágono

    6

    6

    10,0 Hz

    18.200

    Heptágono

    7

    7

    10,7 Hz

    19.000

    Octógono

    8

    8

    11,0 Hz

    19.600

    Eneágono

    9

    9

    11,6 Hz

    20.300

     

            As figuras geométricas são o protótipo das formas que podem ser programadas no plano terrestre.

            Pitágoras vê em toda estrutura, mesmo as biológicas, uma ordem numérica oculta, por onde se baseia a forma presencial daquele corpo. É como se fosse o esqueleto de toda criação. O número está intrínseco a todo e qualquer raciocínio nas formas materiais que definem esse planeta.

    3.3 Runas

            As RUNAS são símbolos usados desde imemoráveis tempos e que permaneceram por muito tempo esquecidas, e depois voltaram a ser estudados.

            O nome RUNA significa mistério, secreto. São símbolos mágicos e sua mais profunda significação só era conhecida por sacerdotes antigos e usados como oráculo. Surgiram estes símbolos em lugares mais improváveis da Iugoslávia a Orkney e da Groenlândia à Grécia.

    Um grande estudioso dos símbolos, Ralph W. V. Elliot, no seu livro “Runes: An Introduction” escreveu que foram observados estranhos símbolos desenhados em ferramentas e armas antigas, moedas de prata e cruzes de pedra. E que estes símbolos influenciavam a vida de quem os usava.

    As Runas tinham muitas interpretações e assim continua até hoje, pode-se interpretá-las com seu significado místico ou significado mundano como muito se vê por aí. Para nós, terapeutas holísticos, devemos usar as Runas como ferramentas de desenvolvimento pessoal, transformação e estudo interior profundo.

    Heródoto, provavelmente no século VIII viajou pelo Mar Negro, ali encontrou descendentes de tribos citas antigas que se enfiavam debaixo de mantas, fumavam até ficar em uma espécie de transe (até hoje existe este costume nas altas montanhas caucásicas) e então lançavam gravetos no ar, “lendo” seu significado quando caíram ao chão. Estes gravetos eram classificados como RUNAS.

    Para se confeccionar as RUNAS precisamos de canos de cobre: 3 canos de 30 cm; 4 canos de 15 cm; 1 cano de 7,5 cm.

    Desde o início do uso de RUNAS, elas sempre tiveram uma função ritual, servindo para serem lançados sorteios para a adivinhação e evocação de poderes superiores capazes de influenciar a vida e a sorte das pessoas. Usavam RUNAS e encantações para influenciar o tempo, as marés, plantações, amor e saúde. Os símbolos das Runas eram esculpidos em amuletos, copos, lanças de batalha, sobre o portal das casas e nas proas dos barcos vikings. Entre os teutões e vikings, os lançadores de RUNAS usavam roupas vistosas que os destacavam dos outros. Eram homenageados, bem acolhidos, temidos, esses xamãs eram famosos e tinham certos poderes. Há evidências que as mulheres também eram praticantes rúnicas.

    Na época de Tácito, o historiador romano, as Runas já estavam ficando conhecidas mais amplamente no continente. Eram transportadas de lugar para lugar pelos mercadores, aventureiros, guerreiros e, eventualmente por missionários anglo-saxões. Com este objetivo precisaram de um alfabeto, que ficou conhecido como FUTHARK, devido às suas primeiras seis letras ou glifos.

    O FUTHARK germânico tradicional abrangia 24 RUNAS. Foram divididas em três “famílias” de 8 RUNAS – o 3 e o 8 sendo número que se acreditava possuidores de potência especial. Conhecidos como aetter, os três grupos tinham os nomes dos deuses escandinavos FREYR, HAGAL e TYR. Posteriormente, acrescentou-se uma RUNA em branco.

    As Runas, mesmo sendo de difícil compreensão, com muito esforço consegue-se captar o que elas têm para dizer sobre a situação apresentada. Elas são uma dádiva de ODIN e, portanto, sagradas.

    ODIN é a divindade máxima no panteão dos deuses escandinavos. Seu nome é derivado do escandinavo antigo para “vento” e “espírito” e foi através de sua paixão, de seu sacrifício transformador do eu, que ODIN nos trouxe as RUNAS.

    De acordo com a lenda, ele ficou pendurado por 9 noites na IGGDRASIL, a Árvore do Mundo, ferido pela própria  lâmina, atormentado pela fome, pela sede e pela dor, sem auxílio e sozinho até que, antes de cair, avistou as RUNAS e conseguiu apanhá-las, em um último  e tremendo esforço. A partir daí, tudo começou a melhorar para ele e conseguiu ficar são e salvo. E assim começa a sagrada história das RUNAS. A mensagem que as Runas transmitem é a mesma de Sócrates: “Conhece a ti mesmo”, porém alguns não querem encarar este processo evolutivo, querem encarar como diversão, isto é um equívoco.

    As RUNAS são oráculos, jogos sagrados, instrumentos de utilização séria e elevada, o valor de sua utilização é que nos liberta do esforço de aprender, libera-nos para que aprendamos como aprendem as crianças.

    Utilizar as RUNAS é colocar-se na própria orientação interior, aquela parte nossa que sabe tudo quanto precisamos conhecer sobre nossa vida, agora.

    Sintonizar-se no momento presente, prestar atenção no que está acontecendo e como agir parar melhorar, são orientações que nos vêm das RUNAS, se consultada seriamente.

    A consulta às RUNAS permite que ultrapassemos as censuras da razão, as correntes do condicionamento e o repetir do hábito, porque tudo isso nos impede de ser livres, como também o julgamento, a comparação e a impulsividade de saber por que. O “porquê” se apresenta quando avançamos no conhecimento.

    Interagindo com as RUNAS, estabelece-se uma zona livre, onde a nossa vida se torna maleável, vulnerável e aberta à mudança.

    Atualmente, vivemos uma época de muita descontinuidade. As informações nos chegam muito rápido e o universo está nos impelindo para um novo crescimento. De repente, as águas que nos eram familiares parecem conter perigos, cheias de redemoinhos e areias movediças. Os mapas de outrora ficaram ultrapassados: precisamos de novas direções para navegar pela vida. E quem poderá nos ajudar do mesmo jeito que os vikings utilizaram a direção sugerida pelos mestres rúnicos para que seus barcos navegassem sob céus nublados, também você, agora poderá usar as RUNAS para dar uma boa direção ao curso de sua própria vida. Um diferencial de alguns graus no início de qualquer viagem significará uma posição largamente diferente quando chegar a alto mar.

    Refletindo no que são as RUNAS – uma ponte entre o eu e o EU, uma corrente entre o EU e o DIVINO, uma direção para a vida – a energia que as envolve é a nossa própria e, em consequência, a sabedoria. Deste modo, quando começamos a contactar nossas direções interiores e sábias mais íntimas passamos a ouvir mensagens de profunda beleza e real utilidade. Porque sendo cada um de nós um indivíduo único, sob a orientação das RUNAS, vislumbraremos horizontes que nos fazem muito bem.

     

     

       

    Ar

    A mudança, a regeneração – o advento do fogo, o despertar da kundaline – oportunidades – vitalidade e discernimento.

       

    Ur

    Aprender aos pés da divina mãe. Conecção e consciência com a mãe  natureza. Novo ciclo. Recomeço – correlação do passado com o novo.

     

    Torn

    A vontade consciente, diferente do desejo. Espera. Tempo de analisar o que passou avaliando com maior clareza. Interiorização.

     

    Fa

    Força para despertar a consciência, força do amor. Lucros, alimento. Preservação do que já foi conquistado.

       

    Rita

    O juízo interno. Despertar do juízo da consciência. Viagem, conhecimento, mudança. Mudar-se para melhorar os caminhos.

       

    Kaum

    Triunfo sobre as tentações mundanas. Vibrar no amor. Proteção, luz, fogo. Novo momento, aquele que souber ver as indicações do tempo, será iluminado pela luz divina.

     

    Gibur

    O mistério da vida, união, raciocínio equilibrado. Expansão da sensibilidade e a harmonia interna e externa.

       

    Wunjo

    Mudança radical, revolução dos atos e fatos, transformações, felicidade. Retorno de todos os esforços, uma recompensa.

       

    Hagal

    A conquista de poderes. Hora de quebrar os laços. O ponto crucial entre a iniciativa e a passividade está no grau de discernimento de cada um é preciso expandir a consciência.

       

    Not

    Pedido de misericórdia. Crescimento obstruído, aprendizagem. Reavaliar os planos devido às más influências. Espera.

         

    IS

    O real ser, a divina mãe. Canaliza o poder da mãe natureza. Esperar as forças extremas passar. Tempo de análise.

         

    Jera

    Fecundação, germinação. Ideias novas, projetos. Positividade. Confiar e esperar. Paciência. Plantar e colher no momento certo.

            

    Sig

    O poder que nos guia no secreto. A vitória pelo pacto cumprido. Concentração e meditação. Prudência. Aproveitar as mensagens da intuição.

       

    Perth

    Mudar prognósticos. Força das ações corretas. Novos caminhos, o inesperado. Novos conhecimento e início de algo novo.

    Man

    Os poderes ocultos. Proteção contra os males. Desafios, reunião, amparo. Saber lidar com o que se sente, encontrar a verdade interior.

         

    Esse

    Equilíbrio físico, emocional. Força solar, produzir, planejar. Seguir em frente para construir algo valorizando a todos e que todos colham frutos.

       

    Tyr

    Derivado do deus da guerra, por isso há batalhas, favorece o discernimento. Força de vontade e paciência, sacrifícios e despertar da consciência.

     

    Bar

    A transformação, o regresso ao divino, a origem, crescimento, metas definidas para o alcance dos objetivos reais.

       

    Eme

    A esperança, a redenção, não temer o novo, deixar as coisas do passado para trás. Ascensão, tempo de transição. Atenção aos fatos novos.

       

    Mannaz

    Humildade, memórias de sonhos revelados, autoconhecimento. Interiorização. Meditação profunda e maior conhecimento do EU superior.

       

    Laf

    A misericórdia divina age. A graça conseguida, fluência. O homem sábio sabe discernir entre imaginação e realidade.

       

    Inguz

    Perda do medo, coragem, bravura, memória racional, intuição. Novo tempo de esperança e realizações. Cuidado com desperdício de energias.

       

    Dorn

    Alteração das situações, resultados surpreendentes, milagres, fenômenos. A roda gira trazendo para você perspectivas sólidas.

            

    OS

    Conservação; neste momento nada de mudar, espere um pouco, adaptação ao que está aqui e agora, reavaliação de valores, equilíbrio familiar.

     

    4. A FORÇA MAGNÉTICA DAS PIRÂMIDES

    Ninguém até hoje conseguiu desvendar os mistérios das pirâmides. De acordo com estudiosos foram construídas as pirâmides, em, provavelmente, 2200 a. C. e como foram feitas, como transportaram aquelas pedras de um lugar tão longe, continua sendo uma indagação. Faraós, escravos, matemáticos, todos juntos por dezenas de anos construíram as pirâmides?

    Há uma versão constante no livre “Projeto Y – série jardineiros do universo”, autor ANANKEN – pode ser pseudônimo – página 77, sobre a construção da Pirâmide de Quéop e da Esfinge, atribuindo a seres planetármanente.eogride  Napole da sabedoria, e ao nr                     ope e da Esfinge, atribuindo a seres planetstruiramas de um lugar tao cance dos objetivos reais. . ssionarios s vikings  at    ários da décima terceira Galáxia Central da Constelação de Sirius, comandados pelo engenheiro espacial GINVIHZNA. Para este autor, a grande pirâmide e a esfinge são emissoras de radiações para guiarem naves espaciais. A estes seres também se atribuem a construção de outros grandes monumentos, como as pirâmides da América do Sul.

            Muitos estudiosos de pirâmides divergem em suas pesquisas: como foram feitas, para que, sua finalidade, funerária, ou não.

    Há os que afirmam que o sarcófago que existia na “Câmara do Rei” não era uma urna funerária e sim uma prova de resistência para o jovem que ia ser o novo faraó. Vamos estudar o que se diz sobre as pirâmides as “Sete chaves de Isis”, nome que se dá ao processo interpretativo, em homenagem a Isis, deusa da sabedoria, e ao número “Sete” que na cabala representa “o triunfo do espírito sobre a matéria”. São as chaves: Geográfica Astronômica, Geométrica, Hemerológica, Historiosófica, Alquímica e Metafísica.

     

    A chave geográfica

    A grande pirâmide está localizada num ponto de convergência dos raios de um leque constituído pelo baixo Egito sobre um arco de 90º, é colocada no centro físico do delta. Do relatório feito pelos sábios franceses do instituto do Egito, criado por Napoleão Bonaparte, foi o meridiano da grande pirâmide o eleito para o zero de longitude. Aqueles sábios afirmavam que para as coordenadas geográficas essa devia ser a norma permanente. A verdade telúrica foi desprezada e a posição geográfica da grande pirâmide não foi considerada.

    A chave astronômica

    Na época do reinado dos faraós de Tebas, os edifícios eram construídos sem levar em conta os ângulos em relação aos pontos cardeais da Terra. Na Babilônia e Assíria, as quinas dos monumentos eram em uma ou outra direção, mas na grande pirâmide os pontos cardeais, isto é, fazem face exatamente a Leste, a Oeste, ao Norte e ao Sul. A entrada da grande pirâmide fica voltada para o Norte.

    A chave geométrica

    São inúmeras as mensagens geométricas fornecidas pela grande pirâmide. Vamos destacar só “a razão Pi (3,1416) que se acha incorporada à estrutura, “a relação entre o diâmetro e a circunferência”.

    A chave hemerológica

    A hemerologia trata de estabelecer a concordância a respeito dos calendários, sendo uma arte o adaptar uma data do calendário juliano à sua equivalente do calendário gregoriano.

    Hoje, sabe-se que esta fração é 342/1000. Os sábios pré-faraônicos conheciam o tema, pois a grande pirâmide revela: o comprimento da ante câmara que precede a peça denominada câmara do rei, multiplicada pelo já dito e conhecido “PI (3,1416)” dá exatamente 365,342 polegadas sagradas: o número de dias que compõem um ano.

    A chave historiosófica

    Segundo esta visão, a humanidade está sempre em conflito entre trevas e luz, mas invariavelmente a luz prevalece porque é mais forte. Há pontos na grande pirâmide que seriam marcas de datas importantes da humanidade, mas que a paz vence sempre.

    A chave alquímica

    Alquimia sempre fascinou a humanidade, o aspecto da transformação do metal em ouro. Aqui a alquimia tem um tríplice aspecto: terrestre, humano e cósmico, aspecto aliás relacionado respectivamente à trilogia: matéria, alma e espírito.

    A alquimia da grande pirâmide abarca esses três mundos, quanto no físico sintoniza uma “força” que é detectada pela sua própria “forma geométrica”, quanto do psíquico aprimora a alma; e no espírito, porque fornece ao homem que a compreende, na sua arquitetura inspirada pelos “deuses” uma sintonia com a verdade cósmica.

    A chave metafísica

    Metafísica é o termo utilizado pela primeira vez por Andrônico de Rodes, referindo-se aos livros de Aristóteles que foram posteriores aos que tratam de física. A meta é a essência das coisas, mas o seu significado varia: ora diz respeito ao que está fora de nossos sentidos, como o conceito de Deus; ora indica o estudo das coisas em si mesmas. Metafísica é o conhecimento absoluto obtido pela intuição e não pela razão.

    Neste mundo de energia, estudamos as radiações das pirâmides como um “projetar-se além” do âmbito da ciência. Jacques Bergier, cientista respeitado afirma: “A forma piramidal modifica o espaço e concentra radiações”.

    Raymond Abello, cientista e escritor, publicou várias obras, entre elas “La Bible – Document Chiffré” editora Gallimard, 1950, Paris, onde metafisicamente restituiu as chaves da ciência numeral secreta. Fez experimentos e constatou que os campos eletromagnéticos, de fraca intensidade, delimitados num quadrado ou nas arestas de um cubo, aceleram todos os processos químicos e biológicos. E essas observações leva-nos a considerar a espantosa sêxtupla polarização da esfera.

    Conclui-se que as energias não se condicionam dentro das leis quantitativas da física clássica, e, se não se condicionam, mas operam, são apreciáveis nesta faixa de realidades pouco conhecidas, que são “a realização de possibilidade daquilo que parece impossível”. No dizer de Arthur Koestler, autor do livro “Do zero ao infinito” e outra obra “As razões de coincidência” (Editora Nova Fronteira, 1972, Rio de Janeiro), na folha 48 diz: “Uma vez chegado ao nível atômico, o mundo objetivo do espaço e do tempo deixa de existir, e os símbolos matemáticos da física teórica, referem-se meramente a possibilidades, não a fatos”.

    As energias das formas são comprovadas, importa em estudá-las e aproveitá-las.

     

     

    5. RESULTADOS

    É importante quando se trabalha com as formas, ter-se consciência que elas transmitem informações, recados, de nosso inconsciente para o consciente.

    Na busca pelo equilíbrio tanto pessoal como ambiental, vamos nos utilizando de técnicas visto que, tudo em todo tempo e lugar, aqui incluindo as pessoas, tende ao desequilíbrio.

    Neste estudo nosso, estamos nos utilizando das formas geométricas, das runas e das pirâmides. Para um conjunto de trinta pessoas dividias em três grupos de dez estudadas, o resultado foi o que se segue:

    1. Dez pessoas conseguiram eliminar o que lhes causava desconforto físico ao se colocar uma runa em seu local de repouso por vinte dias e na sua ficha de cliente;
    2. Dez pessoas se sentiram mais dispostas ao trabalho e atividades tendo seu nome inscrito dentro de uma figura geométrica;
    3. Dez pessoas conseguiram sentir-se mais ágeis e inspiradas ao se colocar uma pirâmide de fio de cobre em sua cabeça por uma hora;
    4. Nenhuma pessoa deixou de apresentar alguma reação positiva aos experimentos;
    5. Nos mapas houve equilíbrio geobiológico com as runas e formas geométricas. Vamos comprovando, assim, o valor das formas geométricas, das runas e das pirâmides.

    6. DISCUSSÃO

    No nosso dia-a-dia, trabalhando como Terapeutas Holísticos, vemos que o equilíbrio deve ser uma meta a ser alcançada, mas que a maior parte do povo acostumou-se a ser infeliz e o que é pior, a cultivar esta infelicidade porque não se dá conta que ele é o agente transformador de sua vida em ação.

    Cabe ao terapeuta, com suas técnicas despertar a vontade daquele ou daquela que está diante dele, de melhorar e ser feliz.

            Vejamos o pensamento de um grande filósofo e inteligência privilegiada, Aristóteles, que afirmava: “A felicidade é um fim em si, a única coisa que vale a pena ser atingida na vida humana. A felicidade é, então, a melhor, a mais nobre e a mais agradável coisa do mundo”, diz ele em sua Ética. Se você não está tão feliz como gostaria, então, talvez a sabedoria de Aristóteles possa ajudar. Aristóteles acreditava firmemente na noção de propósito: todos têm um propósito na vida, e a felicidade duradoura vem atrás de sua realização. Todos possuem capacidade e talento e, quando os cultivamos virtuosamente, ficamos realizados. É também o dever da família, e responsabilidade do governo, criar ambientes que conduzam ao cultivo da excelência e à prática da virtude

    a qual “precisa de bens externos, igualmente, porque é impossível, ou difícil, agir nobremente sem o equipamento adequado”.

            Famílias desajustadas, culturas disfuncionais e regimes despóticos são profundamente não-aristotélicos, assim como as crenças que sacrificam o potencial real desta vida para a recompensa incerta ou esquecimento da próxima.

            Aristóteles advoga o uso da razão para nos guiar até a felicidade, que é possível nesta vida. Sua ética nos ensina a reconhecer e a evitar os extremos, porque são os extremos ou nosso desejo por extremos, que sempre causam a infelicidade.

    Não comer suficientemente o tornará fraco, infeliz e prematuramente morto, ao passo que comer em demasia fará com que você fique acima do peso, infeliz e morra prematuramente. O que é verdadeiro para a comida também é verdadeiro para o trabalho, para o dinheiro, para o sexo e para quase todo o resto que as pessoas perseguem produzem ou consomem no curso normal de suas vidas. Os extremos também valem para dosar a temperança, a coragem e as outras virtudes. Aristóteles nos ensina a encontrar o equilíbrio entre a escassez e o excesso, um caminho do meio, entre o insuficiente e o excessivo. A felicidade duradoura surge da descoberta e da manutenção desse equilíbrio que é a “proporção de ouro”, ao passo que a infelicidade é um produto de aventurar-se muito longe em direção a qualquer dos extremos.

            No mundo há desigualdades sociais que levam ao sofrimento, mas e nos países desenvolvidos ou socialistas não há sofrimentos? Estamos fora da ordem global que leva à felicidade?

            Segundo Aristóteles, pela razão conseguiremos resolver nossos problemas humanos porque teremos seguido uma reta proporção.

            A pessoa humana é muito mais do que simples razão, é sentimento, emoção, alma, psiquê, energia, mas neste estudo nós nos utilizamos das formas geométricas para trazerem para a pessoa humana o que elas podem transmitir de bom, porque se utilizarmos estas energias positivas vamos aumentando as faces da felicidade em nós e nos outros e, consequentemente, por irradiação no mundo, antes proporcionalmente equilibrado e hoje confusamente desorganizado pela ação humana que, a cada dia, deve se conscientizar para a construção do melhor.

    7. CONCLUSÃO

            O mundo do conhecimento é vasto e impossível de ser alcançado, só temos uns vislumbres de alguma parte, porque nossa racionalidade é pequena e equivocada.

            No meio deste caminhar, deparei-me com as ENERGIAS DAS FORMAS que nos transmitem alguma coisa além das aparências. É um círculo que isola e protege, é um quadrado que afasta e imuniza.

            Pesquisando sobre RUNAS, formas usadas desde antigamente pelos povos anglo-saxões descobri que elas nos transmitem muitas mensagens que podem nos guiar naquele momento e também podem melhorar a energia daquele cliente que está por perto de nós.

            Há vários modos de se consultar as RUNAS:

    1. Pode ser colocando uma RUNA escolhida para a pessoa através  do pêndulo;
    2. Tirar uma ou três RUNAS em resposta a uma pergunta;
    3. Colocar uma RUNA no aposento por um determinado tempo citado pelo pêndulo;
    4. Usar uma RUNA no carro para proteção;
    5. Ou outro modo que você quiser, sempre para o bem.

    Quanto à PIRÂMIDE, esta é uma forma perfeita de geometria. Também nos transmite boas vibrações. É impressionante como faz a pessoa sentir-se bem colocando uma pirâmide de cobre – de proporções certas – na cabeça por um tempo. As formas geométricas, as RUNAS, as Pirâmides são auxiliadoras na nossa ARTE DE TERAPEUTAS incansáveis em busca do equilíbrio melhor de se viver.

    Para Aristóteles, tudo deve estar dentro da geometria da proporcionalidade, tudo está dentro de uma proporção geométrica, inclusive a beleza. Para ele, á uma questão de proporção. As pessoas que se submetem à cirurgia plástica para melhorar seu “visual” estão ajustando as proporções de algum traço para melhorar a proporção geral de seu rosto. Segundo Aristóteles, a fé e a razão, ajudando a pessoa na prática da virtude, proporcionam à pessoa um tipo de felicidade sustentável que não pode ser tirada e a pessoa se sente realizada. Realizada e feliz.

    É muito gratificante estudar as formas geométricas, as pirâmides e as Runas, pois vemos que sempre há algo a ser acrescentado na nossa busca pela melhoria progressiva da direção da vida em busca deste desejável equilíbrio.

    “A verdadeira viagem de descoberta consiste em não procurar novas paisagens, mas em ter novos olhos” (Marcel Proust).

    8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    BLUM, R. O Livro de Runas. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1994.

    CARDILLO, E. A Energia da Forma. São Paulo: Editora Aquarius, 1992.

    Disponível em < http://www.gnosisonline.org/magia-cosmica/runas-a-danca-cosmica-dos-deuses> Acesso em 18 mai 2012.

    GIMBEL, T. Forma, Som, Cor e Cura. São Paulo: Editora Pensamento, 1997.

    MARINOFF, L. O Caminho do meio. Rio de Janeiro: Editora Record, 2008.

    SAEVARIUS,E. Manual teórico e prático de radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758
    Última atualização: 31/07/2012 10:45


    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para crianças e pré-adolescentes utilizando RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS

    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para crianças e pré-adolescentes utilizando RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    HOLÍSTICA / 2013

     

    “Aqueles que confundem o não-real com o real e o real com o não-real e, por conseguinte, são vítimas de noções errôneas, nunca alcançam a essência da realidade”

                                                 (Buda)

     

     

    Dedico a todos os que gostam de estudar o comportamento infantil, às vezes tão incompreendido e muitas vezes difícil de amar.

     

     

    AGRADECIMENTOS

     

    Agradeço a Deus pela vida, às minhas filhas Janira e Niara por me apoiarem em minhas pesquisas aos meus clientes por consentirem experiências novas e ao SINTE por deixar-me apresentar estas experiências que a todos tem feito bem apresentando resultados positivos.

            

     

     

    SUMARIO

     

    1. INTRODUÇÃO...........................................................................................7

    2. MATERIAL E METODOLOGIA..................................................................8

         2.1 Material empregado............................................................................8

         2.2 Métodos..............................................................................................8

            2.2.1 Estudo da criança presente .........................................................8

            2.2.2 – Estudo da criança ausente .......................................................8

         2.3 Divisão Cronológica e suas características .......................................9

         2.4 Análise dos perfis das crianças ........................................................15

    3. COMO A RADIESTESIA, AS RUNAS, AS FIGURAS GEOMÉTRICAS

    E OS FLORAIS PODEM AJUDAR AS CRIANÇAS NO SEU EQUILÍBRIO ENERGÉTICO..............................................................................................17

        3.1 A Radiestesia ....................................................................................17

        3.2 As Runas............................................................................................18

        3.3 As Figuras Geométricas.....................................................................18

        3.4 Os Florais ..........................................................................................19

    4. RESULTADOS.........................................................................................20

    5. DISCUSSÃO............................................................................................21

    6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................22

     

     

     

     

     

     

    RESUMO

     

    A Psicoterapia Holística tem como objetivo ajudar o cliente a se conhecer melhor e assim sendo tomar outras decisões e escolhas que o possam direcionar melhor na vida para o equilíbrio energético de si mesmo, na família e na sociedade. Muitas vezes na vida dos adultos, as crianças são relegadas a segundo plano em suas necessidades energéticas, daí tornarem-se muito agitadas e aflitas, o que as torna pouco acolhidas. Neste estudo, utilizando Runas, Figuras Geométricas, Florais e a Radiestesia, buscamos o equilíbrio das crianças para que seja mais agradável o convívio com elas e mais interativo o aprendizado, entre nós e elas.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

     

    A Meta principal a ser atingida pelo Terapeuta Holístico é o equilíbrio de seu cliente em todos os níveis, entretanto nota-se que as crianças muito agitadas neste mundo moderno, conseguem desequilibrar os pais que muitas vezes não sabem como proceder para melhorar o comportamento dos filhos, então resolvi estudar o perfil das crianças para ver qual atitude poderíamos tomar para que elas se equilibrassem e não desestabilizar tanto os pais. Daí comecei a ter contato com as crianças, logicamente com a presença ou do pai ou da mãe (ou responsável) junto ao atendimento e através de técnicas como colagens, desenhos, conversas e escritos, pude analisá-las e com a ajuda das Runas, Figuras Geométricas e Florais aliados com a Radiestesia, conseguimos alguns resultados excelentes de melhorias de comportamento e mais atenção para o aprendizado.

            Eu uso alguma técnica para os bebês de 0 a 3 anos, outras técnicas para os de 3 a 7 anos, outras para os de 7 a 10 anos e outras ainda para os de 10 a 12 anos. Para os de 0 a 3 anos são só brinquedos que fazem barulhinhos como chocalho e bichinho de borracha de apertar.

            Para os de 3 a 7 anos é desenhar com lápis e giz de cera, usar tecidos coloridos, papéis de presente, de 7 a 10 anos é colar figuras recortadas e escrever palavras-chave e de 10 a 12 anos é escrever frases que o marcaram e a mensagem que gostaria de receber e de quem.

            Sempre aparecem pais aflitos que não sabem o que fazer para os filhos comerem vegetais, como fazê-los estudar, como fazerem para ter limites. Defendo o método de combater os “nós” que não deixam a energia fluir, defendo o diálogo, defendo o acompanhamento nas atividades, os limites que devem existir e o bom exemplo dos pais e responsáveis, em tudo aplicando a teoria do AMOR RESPONSÁVEL para a construção de um mundo sustentável e bom de se viver para todos.

            Esses “nós” ou bloqueios energéticos que não deixam a energia fluir devem ser combatidos e serem desfeitos o melhor e o mais rapidamente possível.

     

     

    2. MATERIAL E METODOLOGIA

     

    1. - Material empregado

    - Pêndulo neutro

    - Runas de cobre

    - Fichas de cliente

    - Grafites

    - Papel de presente colorido e estampado

    - Brinquedos de borracha e chocalho

    - Lápis e giz de cera

    - Fitas coloridas

    - Papéis A4

    1. - Métodos

    1.2.1- Estudo da criança presente

    1.2.2- Estudo da criança ausente

    2.2.1 – Estudo da criança presente

            De acordo com a idade da criança presente fazemos vários testes para verificar se a idade cronológica corresponde a idade mental ou se está atrasada e porque está atrasada. Qual o ponto que está atrapalhando o desenvolvimento da criança e qual o ponto que está amarrando a energia não deixando ela fluir. Estes testes nos dão a resposta para nós começarmos a agir e acertar.

            Estes “nós” da energia determinam vários tipos de sofrimentos para a criança e a família, o que vem refletir na escola e na sociedade.

     

    2.2.2 – Estudo da criança ausente

            É o estudo que capta as vibrações emanadas pelo inconsciente de uma pessoa e captadas pelo terapeuta, através das ondas radiestésicas através do pêndulo, não tendo barreiras nem distancias porque as ondas circulam livremente e vão carregando as informações.

            Para este captar é necessário informar-se o nome e data de nascimento da criança ou uma foto.

    - Tendo determinado em qual cor vibra a criança já se tem aí uma informação importante principalmente se esta cor for a vermelha. Toda criança que vibra na cor vermelha já trás “nós” que a fazem ser muito agitadas, impacientes e dispersivas.

    - Confeccionar a ficha de cliente da criança com o nome dela, idade, data de nascimento, e nome da mãe e pai ou do responsável.

    - Determinar quais “nós” aquela criança trás já naquela idade, se são vindas do pai ou da mãe.

    - Desenhar uma figura geométrica escolhida pelo pêndulo, sintonizada pela cor individual da criança, e dentro desta figura desenhar uma runa e escrever o nome da criança e os “nós” que precisam ser desfeitos. Este desenho é feito com grafite que é grande transmissor de energia.

    - Comunicar com os pais e aconselhá-los a fazer junto com a criança, se for possível, por um ou dois minutos ou mais, a figura da Runa com o corpo para melhor sintonia com a mesma runa e aumentar a potência de ação.

    - Escolher pelo pêndulo qual floral a criança precisa tomar e informar aos pais

    - Determinar qual cor complementar a criança está precisando mais e incluir esta cor na roupa de cama da criança porque é o local onde ela passa mais tempo.

    - Verificar se está precisando de alguma cor principal na alimentação e incluir esta cor para ajudar o equilíbrio energético.

    - Energizar com o pêndulo o desenho feito na ficha de cliente por quanto tempo for indicado.

     

    1. - Divisão Cronológica e suas características

     

    - De 0 a 1 ano de vida = O recém-nascido desenvolve ao mesmo tempo sua maturação biológica e sua aprendizagem experimental por causa de ter em si o duplo impulso: de suas forças genotípicas e dos estímulos ambientais (externos e internos). Estas duas energias levam a criança a reagir perante estímulos e com o tempo se transformará em “hábito de reação” e lentamente se transformará em ato reflexo, local e automático.

            A criança neste primeiro ano de vida poderá aprender muito mais, se desde a primeira semana de vida nós agirmos mais corretamente com os objetos que a estimulam. Por exemplo, a mãe ao se colocar um “babador” antes de dar o seio para mamar, se faz uma ligeira pressão em seu peito. A criança começa a sugar logo após a pressão no peito porque sente que é hora de mamar. Se antes de dar o mamar se toca um chocalho, a criança quando ouve o chocalho já começa a sugar, sem esperar o contato com a mamadeira. É o reflexo condicionado, alvo de estudo por muito tempo de PAVLOV. Passado o primeiro mês o lactente é agora mais sensível aos estímulos da reação afetuosa que é conseguida com muito mais facilidade.

            A criança vai se desenvolver evolutivamente e este desenvolvimento deve ser o quanto possível, compensado, equilibrado ou harmonizado pela ação corretora da educação, que deverá a todo momento, evitar o excesso de distância ou desnível entre os diversos setores funcionais do sistema nervoso central, nem predomínio da sensibilidade, nem prepotência da motricidade, nem excesso de variedade (instabilidade), nem excesso de rigidez (habituação automatizante). Atendendo uma ou outra de tais modalidades a pessoa não se desenvolve como um todo, podendo ficar ou neurótico, ou apático, ou tímido, ou impulsivo, ou fanático, ou um autômato, qualquer coisa, menos um “verdadeiro HOMEM”.

            Por isso, na educação pós-moderna dar-se tanta importância ao desenvolvimento das aptidões psico-motoras quanto ao das aptidões puramente intelectuais.

    - De 1 a 2 anos = Quando a criança começa a querer sair de seu berço e arrastando-se = “engatinhando-se”, vai de um lado a outro puxando tudo e mexendo em tudo, é preciso ser vigiada sempre para evitar desgostos. É a época da readaptação a outros alimentos porque geralmente para de mamar no peito e começa a comer mais alguma coisa como sopinhas e sucos.

            A criança nesta idade quer “aquisição de poder”, enfiar-se em qualquer lugar, qualquer janela, com sua curiosidade exploradora.

            Esta possibilidade de deslocamento ativa e voluntária aumenta consideravelmente na criança a vivência de sua subjetividade, independência e poder, contribuindo para firmar em si sua noção do EU. O mundo deixa de ser uma sucessão de aparentes fatos para ser mais ordenado e estruturado de impressões estáveis.

            A criança começa a entender o “EU”, o “TU”, mas não sabe o que é o “NÓS”. É egocêntrica, brinca com os outros mas para satisfazer seus interesses. Quer brincar com as partes de seu corpo, o adulto não deixa, então ela adquire uma obscura noção da relatividade e complexidade da conduta social, começa a ter “segredos”, “vida íntima” ou “privada”. Começa a ser pessoa social e deixa de ser pessoa natural.

    - De 2 a 3 anos = Já falando e aprendendo novas palavras, a criança nesta fase já pensa, estabelece relações e vínculos entre o que é real e o imaginário.

            O pensamento mágico encontra-se aos 3 anos no seu apogeu formativo. A criança começa a ter fantasia, isto é, capacidade de combinar suas recordações e de criar elas novos estímulos (internos) para continuar estabelecendo relações ou conexões associativas. É hora de saber que existem dois mundos: o real ou objetivo onde imperam a razão, o dever e o trabalho e o imaginário ou subjetivo onde dominam a Fantasia, o prazer e o brinquedo. Estes dois mundos vão caminhando com a criança ao longo de sua vida e pode chegar até a fase adulta quando ao se deparar com um estado emocional de medo, cólera ou amor, podem misturarem-se as crenças mágicas com os elementos do raciocínio lógico dando origem a confusões mentais e até no modo de agir.

    -  De 3 a 4 anos = Já tem bastante progresso quanto à linguagem e na interpretação de fatos. E vive situações fictícias como se fosse real, porque para ele basta calçar o sapato do pai, para ser o pai, mostrar uma cadeira e contar a história, ela já é o “trono do Rei”. Nesta fase o “todo faz um intercambio com suas partes”. Se ao chamá-la para almoçar, falta a colher, se nega a comer, não porque é birra, mas porque com isto é destruída a imagem configuracional da situação nutritiva, faltou um elemento da série perceptiva que constitui o hábito alimentício, rompeu a umidade da mesma e ela desaparece como tal, criando a consequente reação negativa. A criança é TUDO ou NADA. Ou segue o ritual e come ou faltando um elemento não come. Dá atenção aos detalhes. Com a experiência do dia a dia a criança aprende que as partes não equivalem ao todo não basta calçar o sapato da mãe para ser a mãe.

    Vai se estabelecendo este processo de diferenciação e estruturação hierárquica e só no final do 4° ou 5° ano de vida que a criança vai entender que o TODO contem as partes, porém as partes não são o todo, embora partes dele.

    Até os 3 anos a criança quebra objetos e a partir desta data começa a CONSTRUIR, e esta construção é muitas vezes desenvolvida a partir dos desenhos, dos rabiscos que vão se formando em desenhos.

    - Entre os 4 a 7 anos = São poucas as vezes em que a noção de causalidade chega a estabelecer-se de um modo independente da sucessão temporal. A criança rege-se pelo princípio “depois disso, logo por isso” e esquece que a antecedência da causa é a razão necessária porém não suficiente para sua ação. Ex: primeiro é necessário cair a chuva para fazer a lama e a lama não faz a chuva cair.

            Por causa da dificuldade com que se processa a transição do primeiro realismo infantil cheio de complicadas noções de causas e efeitos, a criança tem pensamentos cheios de paradoxos, ora com precisão e profundidade de raciocínio ora com ausência de lógica e incoerência e tem interpretações diversas da mesma realidade. Neste período de 4 a 7 anos a criança trava contato com a problemática dos chamados “valores” e aplica em sua resolução, inicialmente, os mesmos processos que a levaram a conseguir sua adaptação ao mundo das coisas. Para a criança “BOM” é o que o adulto deixa-a fazer, e “MAU” é o que não pode fazer e se ela fizer terá consequências desagradáveis. Por exemplo: ao se perguntar uma criança de cinco anos se roer as unhas era bom ou mau, ela respondeu sem errar: “é mau” porque não se pode fazer se fizer vão te pegar. “Bom” e “mau” não tem para a criança um valor ético, mas um valor utilitário.

            BOM é o que lhe serve para satisfazer um desejo e proporcionar-lhe um prazer e MAU é o que não lhe serve ou com sua simples presença provoca um desprazer.

            A evolução do conceito de valor verifica-se no sentido de uma progressiva objetivação ou racionalização do mesmo, seja qual for o valor considerado. A criança afirmando que algo é bom ou mau, feio ou lindo, justifica seu juízo de valor em algo além da impressão afetiva, apoia em algo irracional, esta justificativa é incoerente e invariável.

            Na terceira infância já terá a delimitação do valor de justiça e começa a diferenciar o “direito” da “obrigação”.

            No final da infância psíquica, nem sempre coincidente, é claro com a cronológica – que se apresentam os fatores favoráveis do descobrimento do valor da “VERDADE”, isto é, do conhecimento universal e certo que caracteriza a vida científica.

            O desenvolvimento da criança portanto psiquicamente falando vai do egocêntrico até a parte mais social onde desenvolve elementos mais elevados de gratidão, simpatia, compaixão, etc.

            A medida em que a criança vai se sociabilizando saindo de seu ambiente familiar para o ambiente escolar e diferentes ambientes sociais vai começando a delinear o caminho do seu destino se bem que tal caminho ainda modifique muitas vezes o seu curso até se realizar.

            A criança de 4 a 7 anos estruturou definitivamente o mundo objetivo e descobriu a objetividade das coisas.

    - Entre os 7 a 10 anos = É a época do progresso do conhecimento, desenvolvimento intelectual, onde ocorrem muitas idéias já desenvolvendo novas relações de sentido. Por exemplo, já tendo noção de peso, balança, metragem e moeda. Começa a orientar toda a atividade vital por um critério de contabilidade de tempo, de espaço, de distância, de velocidade, de peso, de dinheiro e algumas vezes se desvia para o “colecionismo”. E no mundo pós-moderno a criança quer tudo o que vê com a sua mania de coleção. Isto porque esta atividade intelectual tem mais importância que a atividade motora.

            Nesta fase a criança já começa a deduzir por si mesma sem aceitar tudo que lhe diziam como antes, quando tudo era verdade sem titubear. Nesta fase as relações familiares ficam meio abaladas porque o pré-adolescente certifica-se de que em muitas ocasiões lhe ocultaram a verdade.

            Agora, nesta idade, os adultos, os pais, os ascendentes, são vistos como pessoas comuns, com seus erros e defeitos, então a criança começa a rebelar-se interiormente e só se manifesta exteriormente no menino quando da crise da puberdade, e na criança do sexo feminino só se tornará evidente alguns anos mais tarde, isto é, em plena adolescência, pelo aparecimento de crises injustificadas de mau humor e de choro como também, pelo aumento da irascibilidade e angustia.

            O pré-adolescente começará a pensar no seu destino e ficará inquieto com perguntas como esta: - Quem serei? – Que farei? – Que devo dizer?. E ante dessa fase só se preocupava com as questões: - Que me deixam fazer? O que meus pais querem que eu seja?

            A criança sente necessidade de pensar por si só nesta fase e para de perguntar aos pais e começa a dirigir-se aos seus companheiros de escola para argumentar e discutir suas primeiras opiniões sobre a vida.

            É nesta fase que se observa a duplicidade de atitudes da criança em relação a seus companheiros de idade ou a seus superiores (em poder, mas já não em valor). Tem dificuldade de se abrir apesar de estar participando da escola e da família, quer ter seus segredos e explorar o desconhecido.

            No terreno da conduta moral, a criança de 7 a 10 anos de moral homoniana à fase da moral autônoma. Se até agora, a atitude diante de uma regra era absoluta: submissão ou repulsão, agora ela começa a admitir a relatividade de toda norma, variando de acordo com as circunstâncias oportunas. Exemplificando: nos jogos, quer fazer novas regras, não quer aceitar as infrações que os adultos codificaram.

            Sobre à curiosidade das coisas da vida, estas diferem, conforme sejam as condições de cultura e ambiente. A criança nesta fase de 8 a 10 anos quer saber mais sobre a vida, a morte, os seres, etc, mas acha que os pais já não são fonte suficiente para responder-lhes, então passa a inquirir seus colegas mais adiantados e os serviçais e pessoas nas quais deposita confiança mais do que a seus pais.

            A criança quer alguma precisão nas respostas porque já está com a capacidade de crítica bem acentuada. A esta fase a criança já se considera bem superior intelectualmente e mistura as informações recebidas com a fantasia imaginativa e resíduos de crenças, mágicas, fazem as histórias serem aventuras surpreendentes e misteriosas, o que muito agrada estes pré-adolescentes, os raios, forças misteriosas e conflitos internos dos personagens, que são possantes, mas podem chorar e gostar.

            A partir dos 9 anos o corpo começa a formar-se e os meninos e meninas começam a pesquisar sobre o corpo, o sexo, e interessam muito pelas aulas de ciência onde se estuda o corpo e suas funções. Há o aparecimento das diferenças no modo do menino e da menina ser e de reagir. As meninas temem e admiram os meninos e estes tendem a ter menosprezo e tendência protetora com as meninas. Na adolescência esta tendência se transforma por causa do despontar do desejo sexual, e pode ser uma atitude de timidez ou agressão, não quer que nenhuma menina tente impedi-lo de fazer algo. O menino só é tolerante para com a companheira quando a vê fraca, chorosa, ou submissa. Há vários níveis de amadurecimento, o que deve ser aproveitado nas salas de aulas. Neste período na criança amplia a base de seus contatos sociais, quer ficar com os colegas para estudar e brincar, mas os pais devem ficar vigilantes para com as amizades por causa da atual disseminação das drogas e outros males. Esta constante vigília pode desenvolver no pré-adolescente a ideia de que “os outros” são maus e até fazer diminuir o sentimento de fraternidade universal que deve unir os homens e mulheres do planeta todo. É preciso coerência e muita interpretação dos fatos para que este AMOR AO PRÓXIMO não diminua e o mundo não fique prejudicado.

    - Criança de 10 a 12 anos de idade = A adolescência (do latim “adolescere” que significa crescer) é um breve espaço de tempo entre a segunda infância e a puberdade, que corresponde aproximadamente ao período entre os 11 e 13 anos nas meninas e os 12 e 14 nos meninos. Neste período ocorrem as mudanças em ambos os sexos, alterações de condutas e mudanças morfológicas sensíveis. É o momento do crescimento físico.

            Spranger descreveu 2 problemas essenciais a este período:

    1. Descobrimento do eu e formação de um plano de vida
    2. Independência subjetiva

    Mas, pode-se considerar como próprios desta fase evolutiva, os seguintes fatos:

    1. Alteração do esquema físico e obrigação do reajustamento entre o SER e o PARECER. O crescimento e a aparência criam uma inquietação e preocupação constantes, daí querem sempre estar diante do espelho para ver a transformação de seu corpo que lhe parece diferente todo dia, podendo criar uma certa desorientação e angústia.
    2. Alteração dos sentimentos vitais: Junto com a transformação do corpo há também uma transformação metabólica com o aparecimentos de novos hormônios (as glândulas sexuais ou gônadas), há as mudanças bruscas de humor de alegria à tristeza, entusiasmo e preguiça.
    3. Erotização do campo de consciência e necessidade de achar o complemento: O organismo fica sensibilizado pelos hormônios e acentua-se o masculino e feminino.
    4. O mistério da vida e da morte: Os adolescentes em geral pensam na sua origem e no seu destino, isto é, como terminará sua vida e essas atitudes de filosofias, ocuparão tempo e profundidades diversas e é o tempo de ajudá-los a ter uma orientação religiosa e filosófica para não ficarem sem explicação do inexplicável.
    5. Independência ou detesto psicológico do ambiente familiar: Liberação de tutelas. O jovem deverá passar por uma fase de oposição e negação das sugestões e ordens vindas dos familiares. E se estes não conceder-lhe esta oportunidade de “não concordar com nada” há muita briga inútil dentro de casa e pode complicar pela vida afora. Deixar o jovem ter uma opinião contrária a alguma coisa o deixa mais feliz.
    6. Fixação do papel a representar social e profissional: O adolescente que saber o que vai ser e o que vai fazer, quer fazer planos para a vida e prever e usar seu cérebro para se sair bem de situações imaginadas para ele mesmo e para o que vai ser na sociedade.

     

    2.4 – Análise dos perfis das crianças

    Esta análise é fundamental para ver se as crianças estão na idade cronológica relativa à idade mental.

     

     

    . até 1 ano:

            - Verificar se a criança acompanha o barulho dos chocalhos e se sentem alegria ou choram

    . até 2 anos:

            - Verificar se a criança consegue localizar 2 bolas de cor igual no meio de outras ou se joga tudo fora.

    . até 3 anos:

            - Verificar se a criança consegue reconhecer o retrato de um cãozinho no meio de outro desenho ou se rasga o papel.

    . até 4 anos:

            - Verificar se a criança consegue juntar dois triângulos de tecidos coloridos iguais no meio de outros estampados diferentes ou se amassa tudo e joga fora.

    . até 5 anos:

            - Verificar se a criança consegue colar dois triângulos sobrepostos formando uma estrela ou se irrita e estraga tudo.

    . até 6 anos:

            - Verificar se com giz de cera a criança já faz um desenho de flor ou de casa ou se fica aborrecida e sai correndo.

    . até 7 anos:

            - Verificar se a criança consegue recortar dois presentes (desenhos) do papel de presente, para dar para o pai ou mãe ou se recusa-se a isso.

    . até 8 anos:

            - Verificar se a criança consegue desenhar a família e quem aparece de mais destaque ou se ela não quer desenhar.

    . até 9 anos:

            - Verificar se a criança quer desenhar alguma coisa importante para ela ou não quer desenhar nada.

    . até 10 anos:

            - Pedir para a criança fazer uma margem no papel com uma cor e escrever três palavras ou frases importantes para ela ou se ela se recusa a fazer isto.

    . até 11 anos:

            - Pedir para a criança escrever uma mensagem para seus pais no celular agradecendo-lhes pela vida ou se não quer fazer isso.

     

     

    . até 12 anos:

            - Pedir para a criança escrever o nome de 3 amigos importantes no papel e o que quer desejar para eles ou se recusa a fazer isso.

    . depois de 12 anos:

            - Perguntar qual mensagem gostaria de receber, de quem, por que.

            

    3. COMO A RADIESTESIA, AS RUNAS, AS FIGURAS GEOMÉTRICAS E OS FLORAIS PODEM AJUDAR AS CRIANÇAS NO SEU EQUILÍBRIO ENERGÉTICO.

            

    3.1 – A RADIESTESIA:

            Esta ciência tem seus princípios em base experimental, capaz de ser verificada por pesquisadores em diversas partes do mundo. Mas é também uma ARTE porque é preciso ter treinado bastante a intuição para captar suas mensagens ou radiações. É muito antiga a prática de Radiestesia que surgiu com a técnica da procura de poços d’água e de jazidas subterrâneas por meio da forquilha ou varinha. Passou muito tempo esquecida e ressurgiu para ser estudada com mais atenção.

            A RADIESTESIA  se relaciona com as radiações, que os corpos emitem e que podem ser captados à distância, não havendo empecilhos porque são levados pelas ondas magnéticas e chegam sem alardes.

            O pêndulo é um instrumento simples que na mão do radiestesista capta e amplifica os efeitos das radiações. O pêndulo deve ser neutro. O Radiestesista deve ficar atento para não ser influenciado pela Remanência que é a permanência de radiações no mesmo lugar. Para isso deve “limpar o pendulo” entre um e outro atendimento colocando-o no chão ou lavando-o com água e sabão. Outra influência, a AUTO-SUGESTÃO deve ser também banida, mantendo-se o Radiestesista numa posição de pensamento neutro, só captando radiações.

            Aqui neste nosso estudo, usamos o pêndulo para determinar em qual cor de onda radiestésica o cliente vibra, quais seus “nós” energéticos, qual Runa usar para abrir-lhe os caminhos energéticos, qual Figura Geométrica utilizar para otimizar esta abertura energética e quais Florais, aqui os de Bach podem ser utilizados para haver resultados bons, benéficos e duradouros.

            Ser Radiestesista não é privilégio de alguns geralmente com prática prolongada se desenvolve esta sensibilidade basta ter dedicação, disciplina e estudo. Algumas pessoas têm mais facilidades do que outras, porque são mais intuitivas mas nada como o trabalho consciente e equilibrado para desenvolver esta sensibilidade e assim poder ajudar muitas pessoas.

     

    3.2 – AS RUNAS:

            São símbolos secretos cuja ação é indicar um caminho a seguir ou chamar a atenção para um caminho que se está seguindo e deve ser mudado. Eram muito utilizadas nos povos antigos para se orientarem em viagens e qual direção tomar nas caçadas e na busca de local apropriado para morar.

            As Runas nos dão mensagens energéticas que já estão traçadas em campos de forma no mental Superior.

            Em cada letra Rúnica há um sentido de expressão daquilo que está em harmonia ou em desarmonia com o COSMOS.

            As Runas ajudam a esclarecer e energizar os campos eletromagnéticos.

     

     

    3.3 – AS FIGURAS GEOMÉTRICAS:

            De acordo com Pitágoras “todas as coisas são números”. Para Pitágoras base de todas as estruturas existentes no mundo são os números. E só a geometria estabelece ordem e exatidão em toda criação. Tudo está sob a influência da energia dos números (do latim “fractus” que significa fração da estrutura geométrica).

            A matéria toma forma pela Geométria Fractal, onde as figuras tem um propósito DIVINO, através dos números e figuras geométricas. Todas as formas vão para o infinito, dando uma informação de progressão geométrica e não aritmética.

            Do infinitamente pequeno para dentro do infinitamente grande e vice-versa.

            Os poliedros são formas geométricas que compõe o mundo.

    - ICOSAEDRO – Água – 20 faces

    - OCTAEDRO – Ar – 8 faces

    - ESTRELA TETRAEDRON – Fogo – 4 faces

    - HEXAEDRO – Terra – 6 faces

    - DODECAEDRO – Prana – 20 faces

            Todas as formas geométricas derivam destes poliedros e transmitem muita energia, daí a utilização das figuras geométricas para ajudar na harmonização das crianças aqui estudadas.

     

     

    3.4 – OS FLORAIS (aqui os de Bach)

            Edward Bach nasceu em 24 de Setembro de 1886 na Inglaterra em uma pequena vila chamada Moseley. Desde a infância Bach sempre gostou muito da natureza. Com muita dedicação formou-se médico, bacteriologista, patologista e em Saúde pública. Queria conseguir melhorar a pessoa em todo aspecto: físico, emocional e mental.

            Teve doente e contrariando a previsão médica se curou por causa da vontade firme de viver. Descobriu assim que a parte emocional é importante. Estudou e praticou homeopatia e como gostava de pesquisa, através das plantas e folhas encontrou as flores. Passou a desenvolver suas fórmulas e a experimentar em grupos de pessoas que ele classificava segundo tipos previamente definidos de comportamento. Ele tratava as pessoas com inicialmente três primeiras flores de seu sistema: IMPATIENS, MIMULUS e CLEMATIS.

            A partir de 1930 (43 anos) abandonou a vida de conforto na cidade e foi para o campo para estudar e pesquisar “in loco” as ações das flores no emocional das pessoas. Daí até 1935 Bach descobre as 38 essências do seu sistema. Sempre testava em si mesmo os efeitos das essências. Este trabalho intenso o desgastava muito e se sentia satisfeito com os resultados benefícios de suas essências. Morreu em 27 de novembro de 1936 enquanto dormia.  Realizou um grande sonho: descobriu um método de cura simples e natural, de fácil compreensão e fácil aplicação. E esclareceu para muitos como o estado emocional e mental influencia nos desequilíbrios.

     

     

    4. RESULTADOS

     

    Como hoje as crianças são geralmente muito agitadas e ligadas em tudo o que acontece, os pais muitas vezes têm dificuldades no relacionamento com elas, e trazem-nas para que possamos fazer alguma coisa para ajudá-las a equilibrá-las. Então, comecei a fazer esta formatização no atendimento para eu ter um plano de ação, individualizado porque cada um é diferente do outro mas coletivo porque o procedimento é o mesmo.

    Assim a pesquisa e o tratamento com a RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS deu-nos o seguinte resultado:

    - De 10 crianças tratadas de 0 a 1 ano: Este tratamento fez com que chorassem muito menos, dormissem mais tranquilas e por mais tempo contínuo e expressarem maior alegria rindo mais. Não houve diferença a menor, isto é, todas reagiram positivamente.

    - De 10 crianças tratadas de 1 a 3 anos: Notamos que ficaram estas crianças mais atentas ao que falavam com elas, destruíram bem pouco os brinquedos e dormiram calmas.

    - De 10 crianças tratadas de 4 a 7 anos: Tiveram bastante melhorias no comportamento sem “birras” e entendendo mais as explicações dos pais sobre o que “pode” ou “não pode”. Sono tranquilo.

    - De 10 crianças tratadas de 7 a 10 anos: Sob tratamento constatou-se que conseguiram se concentrar mais nos estudos, tendo melhor aproveitamento escolar e menos desentendimentos com os irmãos, caindo até só para a faixa de 10% que não reagiram positivamente desde o dia do início do estudo.

    - De 10 crianças tratadas de 10 a 12 anos: Notou-se muita melhoria no comportamento passando a ser mais responsável no cumprimento das tarefas da escola e também melhoras na alimentação aceitando mais a comida saudável, principalmente os sucos naturais.

    - De 10 crianças tratadas de 12 anos em diante: Notou-se muitas melhorias no nível de exigência do ter: “quero isto”, “quero aquilo”, isto diminuiu bastante e houve um certo amadurecimento emocional diminuindo muito as notas baixas, aumentando a responsabilidade em estudar.

            Não notamos nada que pudesse contrair este tipo de tratamento porque em todos os casos estudados houve melhorias. Algumas mais significativas que são a maioria, em torno de 70% outras menos em torno de 20% e os que melhoraram pouco foi no nível de 10%.

            Matematicamente falando estes procedimentos aqui apresentados são favoráveis às melhorias no comportamento infantil.

     

    5. CONCLUSÃO

     

    Estudar as crianças é um desafio do qual gosto de participar. A evolução, o crescimento, as mudanças, o modo de ser, tudo é fascinante neste universo infantil.

            A arte de viver envolve a habilidade de integrar a preocupação, o nervosismo da mudança, do desenvolvimento e do renascimento contínuo. O treinamento apropriado, neste sentido, começa nos joelhos da mãe. Uma mãe por demais protetora pode estragar a criança. Uma mãe negligente, cuja principal preocupação é sua felicidade pessoal ou sua posição social, deixa a criança emocionalmente desprovida de recursos para dominar a preocupação, o nervosismo. Este nervosismo deixa de ser um agente nocivo somente quando a criança, em processo de crescimento é adequadamente nutrida pelo amor e orientada a fazer as coisas por si só. Na vida em desenvolvimento de um indivíduo autoconfiante, o nervosismo existente nas situações radicalmente novas torna-se um fator estimulante, inspirando a pessoa até o máximo da sua habilidade.

            A forma de vencer a inércia ou estagnação produzidas pelo nervosismo é entender a significação da mudança como matéria-prima da vida. A vida é criação sempre nova. O que nos faz resistir à mudança é um falso sentimento de segurança.

            O segredo da existência é fluir com o fluxo da transformação e ainda assim permanecer ancorado no eterno. Nossa maior segurança reside na nossa capacidade de nos movermos para a frente com uma visão de novos horizontes, sem deixar-se ser levado para trás. O nervosismo pode ser dominado hoje, não pensando no passado mas tendo em vista o futuro bom e promissor.

            Isto vale também para as crianças que estão crescendo e precisam de ajuda das técnicas dos terapeutas para viver melhor o hoje, desmanchando os “nós” do passado e preparando o progresso para o futuro. Futuro da vida deles mesmos, da sociedade, do país e do mundo. Ajudar as crianças é preparar um MUNDO NOVO cujas idéias de hoje renovadas vão se expandir e irradiar boas energias para a conservação e expansão do Universo.

     

    6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    CHAUDHURI, HARIDAS. Como enfrentar os problemas da vida. São Paulo: Editora Pensamento, 1994.

    LADE, ARNIE. Energia Vital. Novos Conceitos de Cura. São Paulo: Editora Cultrix, 2005.

    LOPEZ, EMILIO MIRA Y. Psicologia Evolutiva da Criança e do Adolescente. Rio de Janeiro: Editora Científica, 2009.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

    VIEIRA FILHO, H. Tutorial Terapia Holística. São Paulo: SINTE – Sindicato dos Terapeutas, 2004.

     

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758
    Última atualização: 12/06/2013 19:41


    Glossário

    CRT

    CRT


    Na Terapia Holística, NINGUÉM é obrigado a ter "CR" algum, e JUSTAMENTE POR ISSO, quando o profissional conquista o seu CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado, de imediato ele passa a ter um diferencial MAIOR de mercado, pois isto comprova publicamente que ele é um profissional consciente e que busca mais do que cumprir "obrigações", e sim, a excelência no atendimento aos seus Clientes.


    CRT é a marca registrada que abrevia CRT - CARTEIRA DE TERAPEUTA HOLÍSTICO CREDENCIADO, a qual atesta a filiação ESPONTÂNEA do profissional ao SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS, o que resulta em compromisso contratual ao cumprimento dos requisitos éticos e qualitativos de seu órgão de classe.



    É justamente toda esta segurança e "status" em ser Terapeuta Holístico Credenciado ao SINTE é que proporciona tranquilidade maior aos Clientes, os quais ainda tem à sua disposição o próprio sindicato para dirimir dúvidas e até para funções de Ouvidoria quanto ao correto e ético desempenho profissional,contatando gratuitamente de qualquer lugar do Brasil para o DDG 0800-117810, ou via eletrônica para contato@sinte.com.br e até por carta para Alameda Santos, 211 cj 1403 - São Paulo - SP - CEP 01419-000.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:09


    Terapia Holística



    TERAPIA HOLÍSTICA (Terapia = harmonizar, equilibrar; Holística = do grego holus: totalidade) é mais Qualidade e Bem-Estar em sua vida, utilizando-se de uma somatória de técnicas milenares e modernas, sempre suaves e naturais, proporcionando harmonia, autoconhecimento e incrementando sua capacidade de ser bem-sucedido.

    Aconselhamento, Terapia Floral, Terapia Corporal , Acupuntura, Auriculoterapia, Cromoterapia, Fitoterapia, Reiki, dentre muitas outras técnicas... ...popularmente chamadas de "terapias alternativas" são aplicadas pelo Terapeuta Holístico, que procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade, promovendo a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    Paradigma Holístico: tendência atual de abordagem em diversas áreas do saber, onde a visão de totalidade, de síntese e de interconexão entre todos os ítens se sobrepõe à análise e "dissecação" das "partes". Exemplos: Terapia Holística*, Empresariado Holístico (meio ambiente, qualidade de vida do empregador e do funcionário, lucro, tudo é tido como interdependente e igualmente importante), Educação Holística (as matérias são estudadas interconectadas entre si).

    A profissão de Terapeuta Holístico é LÍCITA, ou seja, inexiste Lei que a preveja, limite ou impeça o seu LIVRE exercício. Entretanto, ela não é REGULAMENTADA, ou seja, não existe Lei ou Decreto Federal específicos sobre o tema. A ausência de Regulamentação pelo governo para muitas profissões tem sido altamente benéficas, para outras, nem tanto, pois a colocam como alvo de polêmicas e perseguições. A correta interpretação da Constituição Federal garante que a ausência de regulamentação por Lei Federal torna LIVRE o exercício profissional. A CBO - Classificação Brasileira de Ocupações registra mais de 36.000 profissões e destas, cerca de 25 possuem Lei regulamentando e órgão fiscalizador próprio. Ou seja, via de regra, a esmagadora maioria das profissões brasileiras são desregulamentadas, cabendo à "lei de mercado" a seleção dos trabalhadores, daí a grande importância da Auto-Regulamentação, das Normas Técnicas Voluntárias, Certificados de Conformidade e do CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado, cuja adesão espontânea por parte do profissional, possibilita ao público interessado selecioná-los como seus escolhidos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:10


    Reflexoterapia » Auriculoterapia

    NTSV — RT 001 Reflexoterapia — Boas Práticas em Auriculoterapia e Adequação de Material

    NTSV — RT 001
    Reflexoterapia — Boas Práticas em Auriculoterapia e Adequação de Material

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — RT 001
    Reflexoterapia — Boas Práticas em Auriculoterapia e Adequação de Material

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   A Auriculoterapia conta com grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais quanto à adequação do material utilizado, bem como a correta forma de descarte dos resíduos.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloReflexoterapia — Boas Práticas em Auriculoterapia e Adequação de Material

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação do material utilizado, bem como a correta forma de descarte dos resíduos e boas práticas quanto à técnica.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 REFLEXOTERAPEUTA — promove a avaliação do cliente por meio da análise de uma zona corpórea reflexológica (exemplos mais comuns, os pés, as mãos e as orelhas), por via táctil e visual e/ou por aparatos eletrônicos específicos. Cada zona observada corresponde reflexologicamente a uma região biopsíquica e o seu estudo possibilita a detecção de distúrbios energéticos, carências de determinadas elementos e tendências de somatização; de posse da análise, o reflexoterapeuta seleciona qual o melhor método terapêutico, tais como acupuntura, massoterapia, fitoterapia, dentre muitos outros, observando-se os progressos por meio de periódicas análises reflexológicas. Realiza a harmonização dos distúrbios energéticos e catalisa os processos de autoconhecimento promovendo estímulos reflexológicos por meio do toque ou da aplicação de agulhas, imãs e cores. Também podem ser consideradas formas de reflexologia a auriculoterapia, a iridologia, a acupuntura, e certas técnicas de massoterapia.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACUPUNTURA- técnica milenar que se utiliza de estímulos em pontos do corpo capazes de despertar recursos de harmonização psicofísica. Tradicionalmente são aplicadas agulhas para a estimulação, modernamente substituídas por estímulos luminosos (Cromopuntura e Laserterapia), Magnéticos (ímãs) ou sonoros (Audiopuntura), dentre outros.
    5.1.5 CROMOPUNTURA: variação da Cromoterapia, com a aplicação de luzes coloridas ou laser em pontos de Acupuntura, em substituição às agulhas.
    5.1.6 SOFTLASERTERAPIA: estímulos luminosos via laser (tipo especial de luz, monocromática e de grande coerência), quer como Cromoterapia, quer como um substituto às agulhas de Acupuntura (Cromopuntura).
    5.1.7 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.8 AURICULOTERAPIA: técnica de análise e tratamento reflexológico por meio de estímulos no pavilhão auricular. Tida erroneamente como uma variante da Acupuntura onde os estímulos são aplicados em pontos na orelha, na verdade é uma ciência mais próxima da Reflexologia. Muito popular devido ao seu alto grau de eficiência e segurança, possui variantes como a Calatonia Auricular onde a meta é o despertar maior da autoconsciência.
    5.1.9 CALATONIA: técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em TH.
    5.1.10 CALATONIA AURICULAR: técnica que associa os benefícios e recursos da Auriculoterapia com os da Calatonia.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    AURIC — Auriculoterapia;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Auriculoterapia aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 — A seleção dos pontos a serem estimulados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar os desequilíbrios energéticos dos meridianos, fazendo uso de:

    5.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação de pontos com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.2 — Pulsologia de Nogier (VAS — Sinal Autônomo Vascular) e/ou equipamentos de localização de pontos auriculares;
    5.3.3.3 — O TH deve fazer uso de seus conhecimentos técnicos para minimizar a quantidade de pontos a serem estimulados, jamais ultrapassando o limite de cinco por sessão.

    5.3.4 Agulhas de AURIC — adequação

    5.3.4.1 Opção 1: Aquisição de agulhas de AURIC DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, as agulhas serão doadas, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir agulhas ou não).

    5.3.4.1.1 Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.4.2 — As agulhas de AURIC adequadas são as DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, do tipo percevejo, com base circular de 3mm, com penetração máxima de 1,5 mm, fixadas aos pontos com fita microporo, a permanecerem na aurícula por prazo não superior a 15 dias.
    5.3.4.3 — Excepcionalmente pode-se fazer uso de agulhas de Acupuntura sistêmica 0,25 mm X 30 mm, DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, para estímulo durante a permanência do cliente na sessão, respeitando-se a penetração máxima de 1,5 mm nos pontos.

    5.3.5 — Descarte das Agulhas de AURIC

    5.3.5.1 As agulhas de AURIC obrigatoriamente serão sempre DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, e, mesmo cientes de que inexiste caso registrado de contaminação por este tipo de agulha (por ser maciça, não retem sangue), ainda assim terá tratamento semelhante aos resíduos infectantes perfurantes ou cortantes.
    5.3.5.2 As agulhas de AURIC serão descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante, os quais, após serem devidamente lacrados, deverão ser acondicionados em sacos plásticos individualizados, branco leitosos e identificados pela simbologia de substância infectante.

    5.3.5.2.1 Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.
    5.3.5.2.2 O armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final.
    5.3.5.2.3 Nos municípios onde existir coleta especializada gratuita, o TH deve se inscrever, apresentando para tanto cópia de CCM (Inscrição Municipal como autônomo) e do CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado.

    5.3.5.3 As agulhas de AURIC igualmente podem ser eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    5.3.6 Demais formas de estímulo terapêutico

    5.3.6.1 Softlaserterapia: limitada à potência de miliwats, aplicações inferiores a 60s por ponto;
    5.3.6.2 Cromopuntura: limitada à potência de saída de 3 wats, aplicações inferiores a 60s por ponto;
    5.3.6.3 Magnetos: ímãs, descartáveis e de uso único, de no máximo 3 mm, emborrachados, fixados aos pontos com fita microporo, respeitando-se a polaridade norte (sedação) ou sul (tonificação) para obtenção do efeito desejado;
    5.3.6.4 Esferas metálicas: neutras (aço) ou banhadas a ouro ou prata, descartáveis e de uso único, fixadas aos pontos com fita microporo, respeitando-se a polaridade prata (sedação), ouro (tonificação) ou aço (neutro) para obtenção do efeito desejado;
    5.3.6.5 Sementes: em geral, de mostarda, descartáveis e de uso único, fixadas aos pontos com fita microporo, devendo ser massageadas para obtenção do efeito desejado.
    5.3.6.6 Toque: massagear com os dedos ou bastonete não perfurante durante um a dois minutos diários em cada ponto selecionado ou na aurícula toda, vigorosamente, dedicando tempo maior às regiões mais sensíveis.
    5.3.6.7 Equipamentos de eletro-estimulação: serão objeto de NTSV específica.

    5.3.7 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.8 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 17:56


    FITOTERAPIA NA HOLOPUNTURA

     Trabalho de Conclusão de Curso

    Neuza Miranda e Silva Chammas

    Terapeuta Holística

    CRT 36999

    Curso de Fitoterapia

    Docente: Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico

    CRT 21001

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas

    CEA – Comunidade de Estudos Avançados

    Porangaba 2007-04-09

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    PORANGABA – 2007-04-09

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    CEA – COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM

    TERAPIA HOLÍSTICA

    DISCIPLINA – FITOTERAPIA

    ORIENTADOR: HENRIQUE VIEIRA FILHO

    CRT 21001 - TERAPEUTA HOLÍSTICO

    PORANGABA – 2007-04-09

    A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.” Nicolau Copérnico

    DEDICATÓRIA:

    Dedico este trabalho à minha mãezinha

    Carlota,

    minha primeira mestra em

    Terapia Holística.

    PORANGABA – 2007-04-09

    AGRADECIMENTOS

    À MINHA FAMÍLIA

    Georges

    Ana Carla

    Daniela

    Georges Jr

    Marcos Reskalla

    e

    Adilah

    Pela presença constante de cada um deles em minha caminhada.

    AO SINTE

    -Pela preocupação em oferecer o melhor aos Terapeutas Holísticos.

    A HENRIQUE VIEIRA FILHO

    -Pelo seu otimismo, arrojo e coragem de levar adiante um projeto tão nobre e, por despertar nos TH a consciência de um trabalho com ética, dignidade e responsabilidade.

    PORANGABA – 2007-04-09

    SUMÁRIO:

    01 – Resumo.......................................................................................................08

    02 – Introdução...................................................................................................13

    03 – Material e Metodologia................................................................................16

    04 – Resultados...................................................................................................22

    05 – Discussão....................................................................................................28

    06 – Conclusões..................................................................................................30

    07 - Referências Bibliográficas............................................................................32

    08 – Anexos e Apêndices....................................................................................33

    8.1. NTSV – FT 001............................................................................................33

    8.2. A Fitoterapia na História do Brasil................................................................38

    8.3 Listagem atualizada dos Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos................................................................................................................40

    RESUMO

    Este trabalho apresenta um estudo sobre Fitoterapia no atendimento aos meus clientes cotidianos, em meu próprio Espaço de Terapia Holística, sito à Rua Professor Antonio Freire de Souza, nº 231, em Porangaba, SP.

    Iniciei os ensaios de aplicação da Fitoterapia aliada às Técnicas da Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal Manipulativa, logo após o início do curso em junho de 2006 e as intensifiquei logo depois da aula prática, ocorrida no dia 10 de setembro de 2006, durante a realização do Congresso Holístico promovido pelo SINTE.

    O desenvolvimento dos estudos fundamentou-se nas aulas ministradas pelo docente, Terapeuta Holístico Henrique Vieira Filho, no Curso de Fitoterapia, oferecido pela Comunidade de Estudos Avançados, aos TH associados ao SINTE, bem como no embasamento teórico e prático, adquirido no ano anterior, no Curso de Holopuntura e, em leituras complementares, especialmente em obras contidas na bibliografia apresentada e sugerida pelo docente.

    As técnicas começaram a fazer parte de minha vida como Terapeuta Holística e todos os meus clientes se beneficiaram com ela.

    Três clientes especiais foram escolhidos para terem os atendimentos relatados semanalmente, do final do mês de outubro de 2006 ao final de fevereiro de 2007, com o objetivo de recolher subsídios a trabalhos posteriores.

    Estes atendimentos serviram de base para avaliação do meu trabalho, através da supervisão do docente HVF.

    Estando eu dedicando-me à Terapia Corporal Manipulativa há mais de cinco anos, vi nos novos conhecimentos e nas técnicas da Holopuntura uma excelente oportunidade de obter melhores resultados em meu trabalho. Percebi que, especialmente na Avaliação dos Pontos de Alarme, havia uma proximidade muito grande com o que eu já praticava.

    Com o auxílio da Fitoterapia meu trabalho foi ganhando um diferencial muito importante, uma vez que o cliente poderia dar continuidade ao tratamento durante a semana, depois que eu concluísse meu atendimento naquele dia.

    Fui associando a Fitoterapia e a Holopuntura, através da Avaliação dos Pontos de Alarme, à Terapia Corporal Manipulativa, seja ela relaxante ou estimulante.

    Observei que em qualquer outra modalidade de Terapia Corporal, torna-se perfeitamente viável a utilização da Fitoterapia aliada à Holopuntura em benefício do cliente, quando se busca o equilíbrio e melhor qualidade de vida e, principalmente, quando nossa meta é a harmonização corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma.

    Também vi na Pulsologia de Nogier um importante instrumento de avaliação do momento vivenciado por cada um de meus clientes, através da análise da reação de seus pulsos diante de estímulos diferentes.

    Pude perceber como é diferente a reação do Pulso das pessoas aos estímulos feitos com os Fitoterápicos, antes e depois das manobras de uma TC relaxante ou de outra estimulante.

    De modo prático e objetivo, estudamos e aplicamos a Fitoterapia sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade.

    As incríveis “coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como fitoterápico tornou o aprendizado lúdico e prático.

    Focando em uma pequena variedade de plantas, todas de venda livre e facilmente encontradas na natureza e nas casas do ramo, esta abordagem utiliza a Teoria dos Cinco Movimentos Chineses, bem como da Pulsologia de Nogier (orelhas, pés e mãos) e a dos Pontos de Alarme dos Meridianos para a correta seleção de fitoterápicos para cada momento de nossos clientes.

    É isso que relatarei em meu Trabalho de Conclusão de Curso.

    Ele foi elaborado com muito amor, mas com simplicidade, pois a arte da qualidade de vida é algo que nasceu da simplicidade de povos que viviam em contato com as plantas, com o simples, mas puro e belo.

    Nada nele é utópico ou impossível de ser praticado por qualquer pessoa que tenha os conhecimentos necessários a respeito de técnicas de Terapia Corporal e que venha a conhecer a Holopuntura e a Fitoterapia.

    O conhecimento de cada uma das plantas e sua utilidade de acordo com o ponto de vista dos CMC é de suma importância ao TH. Esse embasamento teórico foi oferecido aos discentes durante o curso de Fitoterapia.

    Estas são as cinco plantas que constituem a Fitoteca Essencial:

    Cavalinha – Harmoniza

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Alecrim – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Metal;

    Lavanda – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Terra e Metal;

    Calêndula – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Terra;

    Tomilho – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Metal;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Terra.

    Em nossa Fitoteca Ampliada encontramos outras opções de plantas:

    Angélica – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Artemísia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Bardana – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Terra e Metal;

    Camomila – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Terra;

    Coentro – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Dente-de-Leão: Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água e Madeira;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Hortelã – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Limão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    Malva – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Manjericão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Manjerona – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Melissa – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira, Fogo e Terra;

    Milefólio – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Orégano – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Passiflora – harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água, Madeira e Fogo;

    Sálvia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Tanchagem – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal.

    INTRODUÇÃO

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério.

    As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas.

    Os antigos povos observavam as características de personalidade de cada planta e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos.

    Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais.

    Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a, então, dentro dos Cinco Movimentos Chineses e especificando para que cada uma delas servia.

    Nesta nova maneira de utilizar as plantas como recursos terapêuticos naturais, ao invés de nos atermos a tabelas de correlação entre sintomas e plantas, esta abordagem propõe quintessenciar a adequação a cada caso, passando as plantas a serem selecionadas com o auxílio da Pulsologia de Nogier e/ou a reação ao toque nos Pontos de Alarme, mediante aproximação de amostras dos fitoterápicos.

    Este método tem se mostrado imbatível na prática de consultório. Como ninguém é exatamente igual a outro, não é adequada a escolha das ervas baseando-se apenas nas estatísticas sobre a utilidade de cada uma delas.

    Segundo diversas culturas milenares, as ervas são símbolos de tudo o que é harmonizaste e vivificante, restauram a saúde, a virilidade, a fecundidade, o parto e a riqueza.

    Foram os deuses quem descobriram suas propriedades terapêuticas, o que ilustra a crença universal que o equilíbrio só pode vir de uma dádiva divina, como tudo o que é ligado à vida.

    Para os cristãos, as ervas deviam a sua eficácia por terem sido encontradas pela primeira vez no monte do Calvário.

    A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam, também, as forças ígneas da terra. Enquanto manifestação de vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadoras de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica.

    Por acumularem estas forças, os antigos sempre viram nos vegetais propriedades saudáveis ou venenosas, daí o seu emprego também na magia. Quase todas as divindades femininas grego-romanas protegem a vegetação: Deméter (deusa das alternâncias entre a vida e a morte, bem como das terras cultivadas), Afrodite (Vênus, deusa da fecundidade), Ártemis (Diana, selvagem deusa da natureza), além de algumas entidades masculinas como Ares (Marte, que simboliza a força bruta, é, também, protetor das colheitas, um dos deveres do guerreiro) e Dioniso (Baco, símbolo das forças de dissolução da personalidade, deus da fecundidade, da vegetação, das vinhas).

    No sincretismo afro-brasileiro, Ossâim é o responsável pelas ervas terapêuticas e sagradas, sendo seus iniciados conhecedores de suas serventias, bem como das palavras ritualísticas necessárias para libertar o axé (poder potencial) de cada planta.

    Aqueles que trabalhavam com as ervas em quase todas as culturas viam as plantas como símbolos vivos de entidades invisíveis, tais como deuses, elementais e espíritos, os quais deveriam ser evocados ou aplacados com o uso de palavras mágicas ou sacrifícios.

    O respeito à natureza os levava a não cultivar suas ervas, mas sim ir ao encontro das que nasceram espontaneamente na mata.

    Ainda hoje, os adeptos de Ossâim (orixá do sincretismo afro-brasileiro) costumam deixar uma vela verde, em troca do que retirarem, ou uma das folhas colhidas, para manter inalterado o equilíbrio do local.

    O uso terapêutico das plantas é anterior à humanidade, pois os animais, instintivamente, sabem quais e quanto das ervas devem comer para melhorarem de seus distúrbios.

    O ser humano, cada vez mais isolado da Natureza, foi perdendo esta capacidade de percepção. Mas, em algumas culturas, como as orientais e a indígena, mantiveram-se as tradições da utilidade atribuída a cada planta, muitas vezes transmitidas oralmente por milênios, havendo, ainda, tratados escritos em civilizações mais sofisticadas, como era o caso da chinesa e da egípcia.

    Os antigos Terapeutas Holísticos não cultivavam suas plantas terapêuticas, pois sabiam que se o vegetal espontaneamente escolhesse seu local de nascimento é porque aquele solo é o ideal, capaz de proporcionar-lhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeito terapêutico.

    Na China Milenar, um dos critérios de avaliação da serventia de uma planta era a observação de seus sabores, cores, formatos, época de floração e de suas características de "personalidade".

    Analisemos uma planta por critérios subjetivos: o Dente-de-Leão vem conseguindo se desenvolver espontaneamente nas grandes cidades como São Paulo, apesar da poluição e das condições nada naturais deste ambiente. Nem por isso a planta deixou de participar da harmonia da Natureza, sendo, pois, indicada para toda pessoa que esteja "estressada", com dificuldades de sobrevivência, esgotada e intoxicada, a qual poderá, literalmente, "beber" da sabedoria deste vegetal e sobreviver nesta "selva de pedra".

    METODOLOGIA E MATERIAL

    A Fitoterapia sempre esteve presente em minha vida!

    Filha de pais provenientes da roça e com poucos recursos financeiros para a busca de médicos e de remédios “de farmácia”, nossa cura em situações mais corriqueiras sempre foi providenciada pelo que dispúnhamos no quintal ou nos matos dos arredores de casa. É claro que muitas vezes precisamos dos médicos e dos remédios. Mamãe nunca foi negligente.

    Muitas e muitas vezes os chazinhos constituíam nossos refrescos em dias de calor e nossos aquecedores nos dias e noites gélidos de inverno.

    Tomávamos chá de marcelinha para dor de barriga... Erva de Santa Maria para vermes... Capim cidreira para os nervos... Hortelã para tosse... Erva doce para barriga estufada... Mentruz... Mentrasto... Flor de mamoeiro... Flor de laranjeira... Folha de abacateiro para inchaço nas pernas... Poejo para criança enlombrigada... Alface para insônia... Sabugueiro para botar o sarampo para fora... Arruda para recaída de dieta das mulheres que pariram...

    A lista era enorme! Para tudo mamãe tinha um chazinho abençoado.

    Garrafadas... Mamãe fazia para mulheres com recaída de dietas... Para crianças que tiveram sarampo... Até para os que sofriam de “ataques’”.

    Ela benzia crianças com “quebranto” e adultos com “cobreiro”...

    Dona Carlota era muito querida e muito procurada!

    A qualquer hora em que batessem à sua porta ela estava pronta para ajudar o pobre sofredor!

    Tinha ela dois livros enormes, cheios de figuras coloridas de plantas, verduras, legumes e frutas que me encantavam!

    COME PARA CURAR-TE” e “BEBE PARA CURAR-TE” eram os títulos!

    Passei minha infância e juventude folheando e lendo aquelas maravilhas! Não sei dizer quem eram os autores e nem do paradeiro deles, mas gostaria muito de reavê-los.

    Não foi por acaso que depois de vinte e oito anos de dedicação ao magistério me vi fortemente atraída por algo que já estava em minha vida desde a infância.

    Ao me envolver com a Holopuntura percebi que era uma técnica que estava à disposição de outras modalidades holísticas e a serviço do bem estar de pessoas, tendo como premissa central a possibilidade de aplicação de estímulos em micro regiões (pontos) e com isso obter reações globais, despertando os próprios recursos naturais de auto-harmonização. Desta forma vi a possibilidade de usar a Fitoterapia em conjunto com a Holopuntura.

    Desde o início do Curso de Holopuntura, em junho de 2005, o que mais me empolgou, na técnica, foi a utilização dos Pontos de Alarme, pois eu já tinha familiaridade com eles.

    Ao iniciar o Curso de Fitoterapia constatei que na verdade eu estaria, com ele, ampliando minhas possibilidades de trabalho com os clientes, de uma forma mais eficiente, pois o “novo” dava a possibilidade do cliente continuar equilibrando-se “em casa”, usando os fitoterápicos como um complemento ao tratamento por mim desenvolvido em um pouco mais de uma hora de atendimento.

    No mês de outubro iniciei o atendimento supervisionado a três clientes muito especiais, utilizando os conhecimentos que estava recebendo através do curso. Eles já eram meus clientes em Terapia Corporal, Cromoterapia, Reflexoterapia Podal e Reiki.

    Vi a possibilidade de associar a Fitoterapia como aliada da Holopuntura às minhas técnicas e passei a utilizá-las, dessa forma, com todos os meus clientes, mas escolhendo três para serem meus instrumentos de avaliação através da supervisão de relatórios que deveriam ser encaminhados semanalmente ao docente Henrique Vieira Filho.

    Esses três clientes vivem momentos e situações emocionais totalmente diferentes, cada qual com seu desafio, trazem um baú de bagagem, composta de conflitos, medos, inseguranças e muitos outros sentimentos, bons e ruins.

    Posso descrever desta forma meus clientes especiais:

    Cliente nº. 1 – Mulher, 48 anos, professora readaptada por incompatibilidade profissional, com uma história de vida marcada por muitas discriminações dentro da própria família; uma juventude marcada pela rebeldia e por uma grande frustração amorosa; um passado recente com envolvimentos em drogas e várias crises depressivas; internação em clínica de recuperação de dependentes químicos; grande preocupação com a obesidade, tem mania compulsiva por limpeza e sente-se mal casada, mas não tem coragem de assumir uma separação; recentemente sofreu muito a perda do pai e no momento vive preocupada com o futuro do filho que tem 18 anos. Apresenta vários problemas de saúde física.

    Cliente nº. 2 – Mulher, 57 anos, nível sócio econômico elevado, pessoa com trato social super-refinado; culturalmente uma pessoa muito sofisticada, vive um casamento muito bem estruturado. Emocionalmente trata-se de uma pessoa com uma carga muito pesada de rancores e mágoas trazidas desde a infância; não se relaciona bem com familiares e tem diferenças marcantes com a única filha. Crítica e dominadora, inflexível consigo mesma e com os outros vive crises de afastamento das pessoas e de tristeza porque as pessoas também se afastam dela.

    As duas clientes recebem atendimento médico e trazem um diagnóstico de órgãos afetados, disfunções glandulares e fisiológicas, fazendo uso de medicamentos de uso contínuo.

    Cliente nº. 3 – Mulher, 45 anos, com uma história de vida de muito trabalho ao lado do marido; há dois anos vem sofrendo terrivelmente por conta de um adultério cometido pelo marido e isso gerou muitos problemas emocionais, dores de cabeça e outros sintomas físicos, Não procura acompanhamento médico. Viveu uma fase de busca de uma melhor auto-estima através de cirurgias plásticas, freqüência em academia e por último veio em minha procura. Não utiliza medicamentos rotineiramente.

    Os três foram esclarecidos sobre as várias técnicas de Terapia Holística que utilizo e a respeito dos benefícios que elas podem proporcionar.

    Às duas que estão sendo acompanhadas pelo médico pedi que continuassem a seguir rigorosamente todas as suas orientações e que nada fosse alterado em suas rotinas, sem o parecer do profissional que as acompanha.

    Uma das clientes já vem recebendo a Terapia Corporal há muito tempo com conta de um sério problema na coluna vertebral; uma delas iniciou o tratamento buscando a Drenagem Linfática logo após uma de suas cirurgias e continuou a vir quando percebeu que suas dores de cabeça e a TPM não a incomodavam mais. A outra veio após a leitura de um artigo que escrevi no jornal periódico da cidade e de uma conversa a respeito dos benefícios que ela poderia desfrutar na TH.

    Todas elas procuraram a TH por vontade própria, depois que tomaram conhecimento a melhoria da qualidade de vida e o afastamento dos desconfortos vividos no cotidiano que a TC poderia oferecer.

    Duas delas vieram pensando na Terapia Corporal e até utilizando termo inadequado para nomear o que desejavam, pois viviam com constantes desconfortos musculares e articulares, tensões, inchaços nas pernas, celulite, etc.

    Na verdade também sofriam com dores de cabeça, problemas de pele, queimação no estômago, etc. e buscavam soluções e alívio para algo que os incomodava muito, mas que não sabiam tratar-se de desequilíbrios provocados por emoções negativas que foram acomodando-se em seus músculos, articulações e outras partes do corpo como carapaças protetoras, como escudos, com os quais poderiam se defender, caso as situações voltassem a atacá-los.

    Iniciei o trabalho com as três usando a TC Relaxante e obtive melhoras significativas, mas quando comecei a utilizar as Técnicas da Holopuntura, auxiliada pela Fitoterapia, associadas ao que já vinha desenvolvendo com eles, as mudanças tornaram-se brilhantes aos olhos...

    Passei a fazer, antes de tudo, a Avaliação dos Pontos de Alarme ou então aplicando a Pulsologia de Nogier para ter um ponto de partida na avaliação do momento de cada uma de minhas clientes.

    Tendo a resposta do corpo, dizendo-me o que estava desequilibrado energeticamente, segundo os Cinco Movimentos Chineses, poderia partir para o teste de adequação dos Fitoterápicos, que eram escolhidos mediante as informações recebidas nas aulas do curso.

    A escolha dos Fitoterápicos para o teste de adequação normalmente era feita tendo como base:

    1º.- a nossa Fitoteca Essencial, composta de cinco Fitoterápicos Básicos, cada um deles específico para desequilíbrios YIN e YANG de cada um dos Cinco Movimentos Chineses, a saber: Madeira – Alecrim, Fogo – Lavanda, Terra – Calêndula, Metal – Tomilho, Água – Cavalinha.

    2º.- a nossa Fitoteca Ampliada onde encontramos mais opções de escolhas de ervas que servirão, algumas para desequilíbrios YIN e outras para desequilíbrios YANG.

    O teste de adequação consiste em escolher as plantas que o TH julga adequadas e através de técnicas específicas verificar quais delas são realmente adequadas para aquele exato momento do cliente.

    Este poderá ser feito nos Pontos de Alarme, se a busca do desequilíbrio se baseou na avaliação deles. Neste caso as plantas selecionadas são colocadas, uma a uma, em contato com a mão do cliente e o ponto sensível ao toque novamente é pressionado. A baixa da sensibilidade nos revelará qual a mais adequada para o momento que estamos tratando.

    Se estivermos utilizando a Pulsologia de Nogier, após avaliarmos as regiões reflexológicas (nas orelhas, mãos ou pés) e detectarmos o local que apresentou-se em desequilíbrio, procederemos da mesma forma: podemos colocar, com ajuda de uma pinça, um pontinho de cada planta, uma de cada vez, no local e avaliar o Sinal de Nogier, como reação ao efeito delas.

    Meu trabalho com minhas três clientes consistiu nessas técnicas, sempre complementadas com Terapia Corporal ou com banhos terapêuticos preparados sempre com o Fitoterápico adequado para aquele momento que a cliente vivenciava.

    Nas três clientes os fitoterápicos e minhas próprias mãos foram sempre meus principais instrumentos de estimulação e energização dos locais correspondentes aos meridianos em desequilíbrio.

    Utilizei óleos essenciais, a planta fresca colhida em minha própria horta, cremes e óleos vegetais orgânicos de boa procedência.

    Fazendo uso do BRT recomendei o chá adequado para cada momento delas e orientei-as sobre como preparar e tomar cada um deles.

    Todos os atendimentos a esses clientes foram relatados de forma minuciosa, inclusive com os diálogos estabelecidos no momento da terapia, foram postados no site do SINTE e colocados à disposição, para avaliação e posterior orientação. do nosso orientador/supervisor/docente/TH, Henrique Vieira Filho

    O Aconselhamento, como forma de interação cliente/terapeuta, levando o cliente ao auto conhecimento e a mudança em várias áreas (comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida, além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões) fez parte do processo terapêutico,

    Vi nesta técnica a possibilidade de estabelecimento de um vínculo muito mais forte na relação terapeuta/cliente e vice-versa, além da possibilidade do “extrapolar” das emoções, que normalmente ocorre no decorrer do atendimento.

    Com o aconselhamento obtive momentos muito emocionantes durante os processos terapêuticos, explosão de sentimentos muito fortes guardados pelas clientes.

    Durante todo o tempo em que venho trabalhando como Terapeuta Holística fui integrando ao processo de Terapia Corporal Manipulativa a Reflexoterapia Podal, que considero uma técnica que permite o acesso aos planos físico e espiritual do ser; um meio de prevenção dos desequilíbrios e do reconhecimento precoce dos mesmos. Hoje, após o Curso de Fitoterapia, posso, seguramente, aplicar as ervas, também nos pés dos meus clientes com a certeza de que o efeito será sempre benéfico.

    Ela não apresenta efeitos colaterais e serve-se como excelente técnica quando o cliente chega até nós manifestando timidez ou sentindo-se desconfortável, pelo simples fato de ser tocada.

    Quando você segura os pés de alguém, está segurando a alma dessa pessoa”.

    Com o mapeamento dos pés segundo os Cinco Movimentos Chineses todo o processo de terapia através das zonas reflexológicas podais ganhou um novo sentido, uma nova visão, na hora de exercer as pressões e descobrir desequilíbrios que atingem desastrosamente a harmonia do ser como um todo.

    Com a Pulsologia de Nogier, técnica prática e de fácil aprendizado, aplicada à Fitoterapia, podemos definir os estímulos/vegetais mais adequados para o momento especial do cliente, tomando o pulso e verificando como ele reage a este ou aquele, e decidir sobre qual usar, a fim de obter melhores resultados em matéria de harmonização.

    Basta testar cada opção que deseja aplicar, por sobre cada ponto localizado no percurso dos meridianos selecionados com em desequilíbrio e verificar qual deles faz com que o Sinal de Nogier seja mais nítido, limpo, forte, seja pelos trancos ou pelas sumidas.

    .

    Enfim, a Fitoterapia associada à Holopuntura permite, de várias maneiras, cuidar de gente, isto é, seres onde o TODO deve estar em uníssono com o UNIVERSO, pois que ele mesmo é um Universo em Miniatura.

    RESULTADOS

    Em todas elas pude notar aspectos emocionais muito fortes provocando os desequilíbrios, bloqueando a energia e gerando problemas sérios a serem resolvidos.

    A cliente nº.1 apresenta sinais de enraizamento profundo de suas emoções negativas; sempre conviveu com a baixa auto-estima; sempre se sentiu o patinho feio da casa; sempre foi tratada como a ovelha negra da família. Foi discriminada por colegas e professores, que a chamavam de “louca”. Perdeu o maior amor de sua vida por causa da sogra que não permitiu que o filho continuasse o namoro...

    Necessita de acompanhamento terapêutico constante, pois volta a se desequilibrar com muita facilidade. Apresenta muitos altos e baixos emocionais e isso denota que está muito insegura emocionalmente. Apresenta a fala enrolada e apressada, gagueja muito, apresenta salivação excessiva e sua saliva costuma acumular em forma de espuma nos cantos da boca. Tem um problema nasal que faz que tenha constantemente secreções secas grudadas nas bordas das narinas. Isso a constrange muito e ela vive com o nariz avermelhado, e até ferido, de tanto fazer a higiene do mesmo. Tem complexo do cabelo, da gordura, do marido, de tudo. Sente-se muito infeliz. Vez ou outra ainda extrapola na bebida e depois fica com remorsos. Sente-se vitoriosa apenas no que diz respeito ao filho, que realmente é uma preciosidade nos dias de hoje.

    Não vi nesta cliente resultados totalmente satisfatórios, mas só o fato de ela ter comparecido direitinho às seções de terapia foi ponto muito positivo visto que nunca tinha conseguido ir às seções da psicóloga por três vezes consecutivas.

    Outro ponto positivo foi o de que normalmente ela chegava num estado de humor considerado como ruim, mas ao sair ia toda feliz para casa como se nada tivesse ocorrido antes de vir para cá.

    Ela continuará a terapia.

    A Cliente nº 2 é o típico caso de pessoa que se acha super equilibrada; é a dona da verdade, orgulhosa, prepotente e crítica; apresenta até uma tendência a humilhar as pessoas, principalmente em se tratando de subalternos. Tem seu lado bom e amoroso, mas parece querer sufocá-lo com gestos e atitudes que denotam frieza de sentimentos... Rejeita os presentes que lhe dão se eles não são do seu agrado ou se julga não estarem á sua altura... Despreza as pessoas de uma forma muito vil se estas a contrariam em suas vontades, inclusive a própria filha. Não admite ser contrariada e não cede em suas exigências. Sente-se uma pessoa superior tanto financeiramente como culturalmente. Em cinco anos em que viveu na cidade estabeleceu vínculo de amizade com apenas três pessoas e mesmo assim ainda fazia duras críticas ao comportamento delas. Ninguém a conhecia! Seu relacionamento com as pessoas se limitava ao encontro semanal para as aulas de yoga, conversas ali e nada mais. Saiu do espaço... Não a conheço!

    Consegui ver algumas mudanças em seu comportamento porque a questionei seriamente a respeito de algumas coisas, principalmente no que diz respeito aos ressentimentos em relação à mãe e na disputa que trava constantemente com a filha.

    A cliente mudou para muito longe daqui e não pudemos dar continuidade ao tratamento.

    A cliente nº. 3 chegou até mim numa fase muito difícil de sua vida.

    Estava sentindo-se ferida moralmente com a traição cometida pelo marido, humilhada por ter sido trocada por uma pessoa de baixo nível e de uma feiúra notável! Sentia-se afrontada!!! Não aceitava a atitude de desrespeito do marido para com ela... Ela foi a companheira por trinta anos... A batalhadora... Esteve sempre ao lado dele e de repente é troca por uma porcaria! Começou a sentir fortes dores de cabeça e no corpo todo... Nunca tinha sido mal humorada e agora vivia assim um dia sim e o outro também... Tinha insônias, enjôos, dores de estômago, diarréias, etc... Começou a sentir fome exagerada... Engordou muito! Entrou em pânico! Procurou um cirurgião plástico e fez várias cirurgias, uma depois da outra...Veio me procurar para fazer drenagem linfática após a cirurgia da barriga... Não parou mais.

    Passou por muitas mudanças positivas; começou a ver a vida e as pessoas de uma outra forma. Começou a se auto valorizar não apenas fisicamente, mas como um ser humano com dignidade e valores interiores muito nobres. Ela continua em processo terapêutico.

    Avaliando os resultados dos desequilíbrios, de forma quantitativa, neste período de atendimento para a supervisão cheguei ao seguinte quadro:

    Cliente nº. 1 –

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    2 vezes

    Madeira

    4 vezes

    C

    nenhuma

    ID

    nenhuma

    TA

    1 vez

    CS

    1 vez

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    2 vezes

    Terra

    4 vezes

    P

    4 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    5 vezes

    R

    nenhuma

    B

    3 vezes

    Água

    3 vezes

    Como se pode ver, foi no movimento Metal que ocorreu a maior incidência de desequilíbrios energéticos nesta cliente, mas é preciso considerar que em Madeira e Terra quase houve empate com Metal.

    Avaliando as emoções relacionadas com esses três movimentos em desequilíbrio, podemos constatar que RS apresenta desequilíbrios generalizados, mas nenhum deles chega a ser exagerado.

    O Movimento Fogo manteve-se equilibrado, na maioria das vezes, e isso freou tanto a apatia quanto a euforia das emoções relacionadas com os outros movimentos.

    Uma grande incidência de desequilíbrios ocorreu no Movimento Madeira, onde as emoções negativas são: raiva, irritação, impaciência, além de outras relacionadas.

    Outra incidência significativa ocorreu no Movimento Terra, onde as emoções negativas são: crítica, preocupação e suspeita.

    O que caracteriza o comportamento da cliente realmente são as emoções relacionadas com o movimento Metal: melancolia, tristeza, depressão, sensação de que a vida não vale a pena, sentimento de amor impossível, nostalgia e desânimo: é por aí que os pulmões são feridos. A respiração se torna ineficiente, a troca com o meio exterior é ruim, não desintoxicamos nosso organismo e nem renovamos a carga de oxigênio.

    Em todos os desequilíbrios detectados durante este período de supervisão a cliente foi orientada sobre a utilização dos chás fitoterápicos como forma de harmonizar seus estados emocionais e manutenção de sua qualidade de vida.

    Os resultados foram sempre positivos e ela sempre relatou sobre a melhora que sentia após a ingestão dos mesmos.

    Cliente nº. 2

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    nenhuma

    Madeira

    2 vezes

    C

    2 vezes

    ID

    nenhuma

    TA

    Nenhuma

    CS

    Nenhuma

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    1 vez

    Terra

    3 vezes

    P

    6 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    7 vezes

    R

    3 vezes

    B

    1 vez

    Água

    4 vezes

    Foi gritante a incidência de desequilíbrios no Movimento Metal.

    Apesar de todas as manifestações da cliente de sua prepotência, de sua auto-suficiência, de sua ação dominadora, de sua capacidade de liderança, o quadro mostra que YRCA é uma pessoa com muitos medos e receios, dado o número de desequilíbrios no movimento Água; ao mesmo tempo carrega em seu coração uma carga muito grande de tristeza que pode ser gerada pelo desgaste que ela se auto-aplica por conta de suas mágoas (águas ruins), seus rancores e ressentimentos. Quer amar as pessoas, mas as mágoas são muito grandes... Quer perdoá-las, mas o orgulho não permite que aja assim. Quer se reconciliar com as pessoas que fazem parte de sua história de vida, mas sente medo e desconfia que essas pessoas querem se aproximar dela por mero interesse. Sendo muito apegada aos bens materiais acha que as pessoas aproximam-se dela com o objetivo de tirar vantagens.

    Esses sentimentos estão instalando-se e ela começa a somatizar essas emoções negativas em seu corpo físico.

    Mas é Metal que se encontra mais desequilibrado...

    A cliente mostra-se altiva, mas em suas palavras percebe-se a melancolia, a tristeza, e uma tendência a isolar-se das outras pessoas, fechando-se no seu mundinho pessoal. Está sempre envolto em leituras, artesanato, filmes, arrumação de gavetas, reforma de roupas... Não gosta de se relacionar com outras pessoas.

    As emoções relacionadas com o Movimento Metal são fortes em sua vida, mas ela procura disfarçá-las ou escondê-las através de comportamentos excêntricos.

    De uma maneira geral ela preocupa-se muito com a saúde física e mental.

    Procura os médicos e faz muitos exames com muita freqüência; freqüenta academia, fazendo musculação, curte a natureza, as plantas, as flores, os pássaros e os animais em geral.

    Para YRCA, tomar chá é muito chique e ela fez do ato um momento sofisticado em sua vida.

    Cliente nº. 3

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    1 vez

    VB

    2 vezes

    Madeira

    3 vezes

    C

    3 vezes

    ID

    3 vezes

    Fogo

    -

    TA

    1 vez

    CS

    2 vezes

    Fogo

    9 vezes

    E

    1 vez

    BP

    1 vez

    Terra

    2 vezes

    P

    3 vezes

    IG

    Nenhuma

    Metal

    3 vezes

    R

    nenhuma

    B

    1 vez

    Água

    1 vez

    O movimento Fogo dominou toda a ação e as emoções de SRGM e sofreu a ação de suas emoções.

    O que afeta os processos de Fogo é o excesso de prazeres e alegria, ou, ao contrário, a privação deles.

    A cliente vivenciou situações extremas de excitação e de melancolia. Teve dias em que chegou eufórica de alegria, outros em que veio sentindo raiva, outros chegou com dor de cabeça e muito irritada.

    Apresenta tendência ao cansaço físico e esteve sempre às voltas com dores musculares e articulares.

    Seu estado de humor normalmente apresentou-se bom, apesar das tristezas que apresentou em algumas ocasiões. Também manifestou revolta e esteve com a auto-estima em baixa. É uma pessoa capaz de sair de um “baixo astral” com a mesma rapidez com que entrou, ou então, estar bem e, de repente, sentir-se muito triste. Tem um coração capaz de perdoar e isso favorece seu bom relacionamento com as pessoas em geral e especialmente com a família.

    Relatou que a experiência com os chás foi muito boa e que notou mudanças em vários aspectos de sua vida após a introdução deles.

    Lado a lado com o tratamento Fitoterápico, via chás, elas sempre receberam a Terapia Corporal, na maioria das vezes Relaxante e, nessas oportunidades eu já trabalhava percursos de meridianos em desequilíbrio, buscando pontos doloridos e aplicando estímulos com a planta selecionada como adequada para aquele momento específico de cada uma delas.

    Todas elas desenvolveram o hábito de tomar seus chazinhos.

    Comparativamente às correntes teóricas que se baseiam em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a fitoterápicos, a escolha pela Pulsologia e Pontos de Alarme mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da autoconsciência.

    Do ponto de vista legal, esta abordagem da Fitoterapia igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com as plantas em formato absolutamente diferente da abordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    DISCUSSÃO

    Os trabalhos realizados com a Fitoterapia, aliada à Holopuntura e a Terapia Corporal permitiram que meus clientes entrassem em contato com os medos, traumas e os outros sentimentos que desconheciam serem tão fortes em si mesmos.

    O estímulo fitoterápico em pontos e regiões correspondentes aos bloqueios trouxe uma resposta emocional que lhes permitiu o auto-conhecimento necessário à estruturação de seus desejos.

    Duas delas vieram com baixa auto-estima, com uma grande carência afetiva e com sentimentos negativos corroendo o corpo, a mente e a alma, enquanto uma delas, muito senhora de si, não tinha consciência da bagagem negativa que carregava em seu íntimo.

    A manipulação corporal lhes proporcionou bem estar, sensação de segurança e alívio geral, como se algo tivesse sido arrancado de suas entranhas, libertando-os de correntes que sufocavam.

    A avaliação dos desequilíbrios através da análise dos Pontos de Alarme possibilitou ao TH tomar conhecimento das emoções que bloqueavam as energias e traçar um caminho em direção ao equilíbrio.

    Através da Pulsologia de Nogier também foi possível ter uma visão do que se passava no interior de cada uma delas, associando as emoções regidas por cada um dos Cinco Movimentos Chineses aos desequilíbrios apresentados, como se as olhasse através de um aparelho capaz de mostrá-las em suas intimidades.

    Percebi em meus clientes, e cheguei à conclusão de que nós adultos temos bloqueios nos canais da alegria, geramos insatisfações e amarguras, cultivamos a descrença e os medos, como conseqüência de um processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de “expressão e de manifestação” foi podada pelos adultos que nos orientaram, pelos padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por muitas cobranças e pelo constante apontar de defeitos e falhas.

    Se havia imperfeição simplesmente ela existia porque estávamos em fase de aprendizado e formação, mas não porque estávamos predestinados a ser pequenos e ínfimos.

    É assim que muitos adultos se sentem, gerando bloqueios nos meridianos e desequilíbrios nos movimentos diversos do ciclo natural da vida.

    Uma das causas que podem tê-los conduzido a esse estado de desarmonia, provavelmente seja o fato que não terem tido a oportunidade de traçarem por si mesmos seus destinos, e caminharem sozinhos, experimentando as alegrias e as tristezas da própria escolha.

    Com este Método de Trabalho Terapêutico com os Fitoterápicos o próprio corpo determinará que plantas são as mais adequadas para um momento especial de cada cliente; não precisamos decorar listas de plantas “boas para isto ou para aquilo” como fazia minha mãezinha...

    Caberá ao TH única e exclusivamente buscar onde está o problema e perguntar ao corpo o que ele necessita naquele momento para solucioná-lo.

    Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

    CONCLUSÃO

    No decorrer do curso e, principalmente neste período de prática supervisionada pude perceber o quanto a Fitoterapia aliada à Holopuntura permite ao Terapeuta Holístico ajudar aos seus clientes a se verem como realmente são e nomear seus sentimentos; a dar um mergulho dentro de si mesmo e retornar renovados e conscientes das sombras do seu interior.

    Com a Fitoterapia aliada à Holopuntura o terapeuta Holístico tem oportunidade de caminhar na direção certa, seguindo a sinalização dada pelo próprio corpo do cliente e, desatar os “nós” que atrapalham o livre fluxo das energias.

    A cada novo atendimento vamos percebendo como as pessoas vão se modificando e ainda que os bloqueios se repitam por várias vezes nos mesmos meridianos, a intensidade com que aparecem vai sendo reduzida.

    Os estímulos fitoterápicos aplicados vão possibilitando que as emoções que geram os desequilíbrios venham à tona, em forma de reações diversas, com um único objetivo: a liberação do caminho para a energia vital.

    Trabalhadas em conjunto com manobras da Terapia Corporal, seja ela de que modalidade for, trabalhando músculos e articulações, relaxando, drenando ou estimulando, naturalmente estarão concorrendo para a mobilização dos fluidos do corpo, para a liberação de elementos químicos prejudiciais, acumulados em decorrência dos bloqueios provocados pelas emoções, sejam elas de que natureza for.

    A Fitoterapia aliada à Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal, permitiu que meus clientes se sentissem mais conscientes:

    - RS – começa a tomar as rédeas de sua vida de uma forma mais responsável, assumindo seu corpo como ele é, sendo mais ela mesma, sem se preocupar com o que pensam as outras pessoas, exteriorizando seus sentimentos de forma amena; sabendo viver sem a tutela do pai que sempre lhe deu excesso de apoio.

    - YRCA - compreendeu melhor os fatos ocorridos em sua vida; começou a pensar em perdoar sua mãe e a descer até a filha numa tentativa de harmonizar todos os sentimentos.

    - SRGM – teve oportunidade de encontrar-se de forma profunda com suas verdades, seus sentimentos, suas emoções e luta para conseguir levar a vida de forma mais tranqüila, aceitando as pessoas como elas são.

    Duas delas continuam o processo terapêutico e vindo semanalmente para os atendimentos enquanto outra se mudou de cidade.

    A Fitoterapia em Cinco Movimentos possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares.

    O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a seleção das plantas graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento.

    A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    1-HIRSCH, SONIA

    Manual do Herói

    Gráfica e Editora Prensa - 1990

    2-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    HOLOPUNTURA – A Quintessência da União de Técnicas.

    São Paulo. SINTE – CEA – Vol.1

    3-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Curso de Holopuntura

    São Paulo – SINTE – CEA – 2005

    4-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    O Microcosmo Sagrado: O segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento.

    São Paulo – Lumina Editorial, 1998

    5-WEIL.PIERRE

    HOLÍSTICA: Uma nova visão e abordagem do real.

    São Paulo – Palas Athenas, 1990

    6- VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Fitoteca em cinco Movimentos

    7- Textos Relacionados ao Curso de Fitoterapia, Postados no Site (CEA) pelo docente HVF.

    ANEXOS E APÊNDICES

    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    2.PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3.INTRODUÇÃO   A Fitoterapia conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante ao uso terapêutico das plantas.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 ObjetivoDefinir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob os paradigmas holísticos, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    5.1.2 FITOTERAPEUTA — Realiza testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios, da pulsologia e de testes musculares, propondo o uso dos vegetais corretos para cada caso; faz uso das propriedades terapêuticas das ervas sob diversas formas, tais como chás, banhos, compressas, óleos, extratos, inalações, dentre outras, visando não só despertar a capacidade de auto-equilíbrio, como, também, suprir a necessidade de certas substâncias e energias sutis que atuarão como princípios energoativos para a harmonização psicofísica.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THF — Fitoterapeuta;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.

    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Fitoterapia aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 — Fitoterápicos — aquisição e indicação

    5.3.3.1 — Opção 1: aquisição dos fitoterápicos pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os fitoterápicos serão doados, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.3.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar fitoterápicos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.3.3 — A seleção dos fitoterápicos a serem recomendados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de:

    5.3.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.3.2 — Pulsologia e/ou de testes musculares (como por exemplo, o Omura Test).

    5.3.4 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permanecer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    A Fitoterapia na História do Brasil

    (Texto publicado no informativo Herbarium Saúde, número 29/04)

    O Brasil tem uma das mais ricas biodiversidades do planeta, com milhares de espécies em sua flora.

    Possivelmente, a utilização das plantas – não só como alimento, mas também como fonte terapêutica começou desde que os primeiros habitantes chegaram aqui, há cerca de 12 mil anos, dando origem aos “paleoníndios” amazônicos, dos quais derivaram as principais tribos indígenas do país.

    Pouco, no entanto, se conhece sobre esse período.

    As primeiras informações sobre os hábitos dos indígenas só vieram à luz com o início da colonização portuguesa, a começar pelas observações feitas na ilha de Santa Cruz pelo escrivão Pero Vaz de Caminha, da esquadra de Pedro Álvares Cabral, em sua famosa Carta a El Rei Dom Manuel.

    Um pouco mais tarde, entre 1560 e 1580, o padre José de Anchieta

    detalhou sobre as melhoras plantas comestíveis e medicinais do Brasil em suas cartas ao Superior Geral da Companhia de Jesus.

    Descreveu em detalhes alimentos como o feijão, o trigo, a cevada, o milho, o grão-de-bico, a lentilha, o cará, o palmito e a mandioca, que era o principal alimento dos índios. Anchieta citou também verduras como a taioba-roxa, a mostarda, a alface, a couve, falou das frutas nativas como a banana, o marmelo, a uva, o citrus e o melão, e mostrou a importância que os índios davam às pinhas das araucárias.

    Das plantas medicinais, especificamente, Anchieta falou muito em uma

    erva-boa”, a hortelã-pimenta, que era utilizada pelos índios contra indigestões,

    para aliviar nevralgias e para o reumatismo e as doenças nervosas.

    Exaltou também as qualidades do capim-rei, do ruibarbo do brejo, da ipecacuanha preta, que servia como purgativo; do bálsamo da copaíba, usado para curar feridas, e da cabriúva vermelha.

    Outro fato que chamou a atenção do missionário foi a utilização dos timbós pelos índios, especialmente da espécie Erythrina speciosa.

    O timbó, de acordo com o Aurélio, é uma “designação genérica para leguminosas e sapindáceas que induzem efeitos narcóticos nos peixes, e por isso são usadas para pescar.

    Maceradas, são lançadas na água, e logo os peixes começar a boiar, podendo facilmente ser apanhados à mão. Deixados na água, os peixes se recuperam, podendo ser comidos sem inconvenientes em outra ocasião”.

    Quase tudo que se sabe da flora brasileira foi descoberto por cientistas

    estrangeiros, especialmente os naturalistas, que realizaram grandes expedições cientificas ao Brasil, desde o descobrimento pelos portugueses até o final do século XIX.

    Essas grandes expedições tinham o intuito de conhecer e explorar as riquezas naturais do país, conhecer a geologia e a geografia do Novo Mundo, bem como determinar longitudes e latitudes para a elaboração dos mapas”.

    Listagem atualizada de Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos:

    De acordo com a RESOLUÇÃO-RE Nº 89, DE 16 DE MARÇO DE 2004, expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

    Arctostaphylos uva-ursi Spreng (Uva-ursi): Venda sob prescrição médica

    Centella asiatica (L.) Urban, Hydrocotile asiatica L. (Centela, Gotu kola ): Venda sob prescrição médica

    Cimicifuga racemosa (L.) Nutt.(Cimicífuga): Venda sob prescrição médica

    Echinacea purpurea Moench (Equinácea): Venda sob prescrição médica

    Ginkgo biloba L. (Ginkgo): Venda sob prescrição médica

    Hypericum perforatum L. (Hipérico): Venda sob prescrição médica

    Piper methysticum Forst. f. (Kava-kava): Venda sob prescrição médica

    Serenoa repens (Bartram) J.K. Small 25 (Saw palmetto): Venda sob prescrição médica

    Tanacetum parthenium Sch. Bip. (Tanaceto): Venda sob prescrição médica

    Valeriana officinalis (Valeriana): Venda sob prescrição médica

    Hamamelis virginiana (Hamamelis): Venda sob prescrição médica

    Autor: : NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS - CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA
    Última atualização: 28/01/2009 12:35


    Reflexoterapia » Podal

    SAHAJÔLI - Energia Sexual e Qualidade de Vida

    SAHAJÔLI

    Energia Sexual e Qualidade de Vida


    Jussara Hadadd Aguiar Duarte

    Terapeuta Holística

    CRT 39518




    Propositura de palestra apresentando alternativas de terapia com o foco na sexualidade feminina através da técnica do Sahajôli, associando a utilização dos Florais de Bach e a aplicação da Reflexoterapia Podal









    Rio de Janeiro

    2007




    SUMÁRIO


    AGRADECIMENTOS 4

    INTRODUÇÃO 5

    RESUMO 6

    SAHAJÔLI 8

    Origem 8

    Preconização 8

    Indicações 9

    Benefícios 9

    SAHAJÔLI COMO TERAPIA HOLÍSTICA 11

    A Filosofia Comportamental e a Qualidade de Vida 11

    Associação dos Florais de Bach 11

    Associação com a Reflexoterapia Podal 13

    A MULHER 14

    O movimento feminista 14

    A redescoberta do prazer 14

    O reencontro com o poder da Deusa 15

    ENERGIA SEXUAL 16

    Ativação dos Chakras 16

    Energia Kundalini 16

    Energia Vital 17

    Sexo Tântrico 17

    Tao do Amor e do Sexo 18

    SEXUALIDADE 19

    Individualidade 19

    Casamento 19

    Família 20

    Mundo 20

    Os Homens 21

    EXERCÍCIOS 22

    Contrações 22

    Consciência Corporal 22

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 23



    AGRADECIMENTOS


    A minha família, berço de toda a minha proposta de evolução e aos desafios que me foram impostos através das dificuldades e das pedras, cuidadosamente, colocadas no meu caminho.




    INTRODUÇÃO


    A energia sexual é um rico tesouro de alegria, felicidade e amor. Ela é uma ferramenta para criar e manter o nível ideal de saúde e vitalidade, transmutando uma vida medíocre em uma vida genial, transformando uma vida infeliz e estressada em uma vida plena de sucessos e realizações.

    As vibrações da mente são facilmente aumentadas e ativadas por diferentes tipos de estímulos. A mente responde facilmente ao amor, à amizade profunda e a musica, bem como ao medo, à inveja, às drogas, ao álcool e coisas do gênero. Um estímulo muito intenso, porém, é o desejo de expressar a energia sexual. Quando combinada ao amor, a energia sexual é uma das mais poderosas; mas ela só permanece uma virtude na medida em que é utilizada com discernimento, sabedoria, compaixão e compreensão. Ao entender essa verdade, a pessoa assume a responsabilidade de usar positiva e amorosamente a energia “extra” que ganhou. Esse é um bom meio de criarmos uma vida rica e plena.


    RESUMO


    Esclarecer pessoas de todos os níveis sociais, idades e crenças religiosas, sobre a importância que uma sexualidade bem resolvida tem para o aumento da qualidade de vida.

    Apontar as maneiras de associar ao Sahajôli as Terapias com Florais de Bach e com a Reflexoterapia Podal, através da análise atenciosa do perfil emocional da Cliente.

    Informar melhor sobre a preciosa técnica do Sahajôli, valorizando sua origem sob a ótica do Tantra Yoga, e das Filosofias Orientais Milenares comprovadamente capazes de trazer para o indivíduo conforto espiritual, equilíbrio emocional e felicidade através do autoconhecimento.

    Resgatar o real valor do Sahajôli, retirando-o cada dia mais dos circuitos da pornografia, onde esteve por muitos anos, escondido e sendo muito mal utilizado.

    Ressaltar a importância de se autoconhecer, de conhecer o próprio corpo, de sentir prazer, de reconhecer que o sexo, principalmente o feito com amor, está ligado à divindade e, através dessas riquezas, combater os estados de tristeza que vêm se tornando cada dia mais freqüentes nas mulheres, nos casais, nas famílias e no mundo.

    Criar, nos Terapeutas Holísticos, a consciência para a atenção sobre a sexualidade de seus Clientes como fator significativo de desequilíbrio energético. O tempo em que a sexualidade era tratada com hipocrisia, em que ela propositalmente era deixada de lado, porque era “feio” ou pecado tocar neste assunto, acabou. Duraram uns dois mil anos, mas acabou! E porque não os Terapeutas Holísticos, detentores de tanta sabedoria, serem os orientadores e os conselheiros de seus Clientes sobre esta valiosa alternativa, na interminável busca do ser humano pela paz interior e pela alegria de viver?


    SAHAJÔLI

    Origem


    Nascida no Oriente há mais de três mil anos, advinda do Tantra Yoga, com o nome clássico de Sahajôli, a técnica era passada sabiamente de mãe para filha gerações após gerações para amenizar diversos males que acometiam as mulheres daquele lugar pelos motivos que serão apresentados nos tópicos indicações e benefícios. O termo Pompoar como ficou mais conhecida, vem do Tamil, língua falada na região do Siri Lanka, sul da Índia e foi atribuída à técnica quando descoberta pelas mulheres que queriam impressionar os homens e lucrar com isso. Em sânscrito, Pompoar significa “sugar’”. Sahajôli por sua vez significa o controle absoluto dos músculos da vagina e região pélvica.

    Preconização


    O ginecologista americano Dr. Arnold Kegel, por volta de 1949, instituiu os exercícios de contração vaginal para suas Clientes que constantemente apresentavam queixas de incontinência urinária no pós-parto e frigidez sexual com quadros de depressão. Infelizmente, o Dr. Kegel não fez alusão ao Sahajôli nem ao Pompoarismo. O método apresentou excelentes resultados e foi inserido na cadeira de ginecologia da faculdade de medicina, mas não se escuta falar de ginecologistas que ensinem os exercícios em consultório. Atualmente, os graduados em Fisioterapia e especializados em Uroginecologia usam o método para tratar de seus pacientes incontinentes. Os terapeutas holísticos e psicólogos mais antenados o usam para trazer à tona a vivacidade das suas clientes.

    Indicações

    • Desequilíbrios energéticos

    • Relações sexuais anorgásmicas

    • Insegurança

    • Baixa auto estima

    • Flacidez Vaginal

    • Incontinência Urinária

    • Ameaça de prolapso genital


    Benefícios


    A mulher se sente mais segura em qualquer tempo da vida se ela, no âmbito sexual, aplicar o Sahajôli a sua rotina de vida. Simples de praticar, seus exercícios promovem verdadeiros milagres. Sozinha ou acompanhada ela será uma mulher mais bem humorada, decidida e equilibrada. As que de alguma forma têm algum bloqueio decorrente de repressão ou de trauma, encontram, no Sahajôli, a necessidade de cuidar do próprio corpo, em especial da região pélvica onde está concentrada grande parte de sua energia e poder. Cabe dizer que a mulher atenta aos cuidados com esta região, sobretudo no aspecto físico, se torna uma mulher segura, com auto-estima elevada, com menos risco de ter que enfrentar as crises conjugais, o abandono e as doenças oriundas da atrofia desta musculatura, como por exemplo a constrangedora incontinência urinária, que compromete sobremaneira sua vida social, levando-a ao isolamento e à infelicidade. Cabe, ainda, citar os casos de prolapso genital (queda de órgãos como a bexiga e o útero) que as leva para a mesa de cirurgia, o que poderia ser evitado se uma técnica comportamental como a do Sahajôli, fosse aplicada como proposta preventiva e até corretiva. Se alguém tem de alertá-las para isso por que não nós, os Terapeutas Holísticos? Afinal, nem só de medicamentos e cirurgias são constituídos os recursos para cuidar do corpo das pessoas e... “Mente sã em corpo são”!


    SAHAJÔLI COMO TERAPIA HOLÍSTICA


    A Filosofia Comportamental e a Qualidade de Vida


    Muitos pesquisadores afirmam que medidas comportamentais podem aumentar a auto-estima das pessoas e melhorar sua qualidade de vida. Os orientais praticam isto há milênios. EDUCAÇÂO! POSTURA! CONDUTA! Neste caso, a educação voltada para atenção com a sexualidade! O combate à promiscuidade é uma das propostas da terapia, porque pior que não fazer é fazer mal feito, catalisando energias negativas. Há que se atentar quanto a isto.



    Associação dos Florais de Bach


    A Cliente chega ao nosso consultório, disfarçada de mulher feliz e realizada. Já no final da primeira sessão, após o questionário de rotina, se encontra a vontade para relatar pequenos fatos de sua intimidade. A partir do segundo encontro, já bem confiante e esperançosa na proposta da terapia, desabafa sobre sua infância, sua criação, seus bloqueios, suas culpas e medos. O terapeuta atencioso conhecedor da Terapia com os Florais de Bach, vai saber aplicar as essências certas para cada tipo de emoção que a Cliente apresentar.


    Ex: A Srtª A.V.S., 21 anos, recém casada tinha total dificuldade em aceitar a penetração do pênis do seu marido. Caso clássico de Síndrome de Vaginismo.

    Após atenciosa análise de seu comportamento, descobrimos que A. trazia, desde a infância, conceitos plantados por sua avó de que as mulheres haviam sido criadas por Deus para trazer vidas ao mundo e que “aquela” parte do corpo, se não fosse usada somente com esta finalidade, estaria sujeita a doenças com dores insuportáveis. Sua avó desencarnou quando A. tinha 14 anos e a fez prometer que se casaria virgem e que seria uma esposa recatada.

    Aplicamos os exercícios de contrações e relaxamento da musculatura circunvaginal, aconselhamos e, em seguida, indicamos a utilização dos Florais de Bach com a seguinte composição em uma primeira tentativa:


    Influências do passado - Walnut

    Culpa - Pine

    Medo - Mimulus

    Insegurança - Larch


    Acertamos e mantivemos a composição por um mês. Após alteração no seu quadro emocional, iniciamos o Treinamento com os Acessórios, que ela sozinha tinha que introduzir na vagina com a proposta de romper o elo com a repressão imposta pela avó. O marido ajudou, a terapia foi eficaz. Hoje, aos 23 anos já tem o primeiro filho e se diz feliz no casamento, bem resolvida com a sexualidade e o prazer. Ainda usamos por dois meses o Impatiens, pois as novas propostas a deixavam um pouco ansiosa. Controlamos.






    Associação com a Reflexoterapia Podal


    Mulheres experientes e bem resolvidas também se deparam com dificuldades relacionadas ao sexo. Estresse, ansiedade, tristeza, ou seja, desequilíbrios de ordem energética, causados na maioria das vezes pelos atropelos da vida moderna, se refletem nelas com a falta de libido e a anorgasmia que se transforma em um círculo vicioso.

    Nestes casos, além do Treinamento com o Sahajôli, aplicamos algumas sessões de Reflexoterapia Podal, com ênfase nos pontos reflexos onde estão instalados os bloqueios de energia sexual. Após o desbloqueio do meridiano, que está localizado em ambos os pés, no lado externo, a meio caminho entre o osso do tornozelo e a parte de traz do calcanhar elas, se sentem mais calmas e equilibradas e serão capazes de se entregar novamente aos momentos de prazer e de usar esta energia para se manterem em ótimo estado de equilíbrio.

    É bom lembrar que este é um erro muito freqüente, quando as pessoas estão desequilibradas, numa ação inconsciente e na maioria das vezes arquetipada, (eu sofro então eu não me permito a felicidade em sacrifício assim como santa fulana de tal), se condenam à falta do prazer. Deveria ser exatamente o contrário: no lugar da punição, lançar mão da recarga da energia através de um mecanismo tão simples como o Sahajôli. Quando este tipo de pessoa vive sozinha, o mal já é enorme e piora quando ela tem um companheiro e o condena à solidão e à abstinência sexual. Neste caso, existe o grande risco de serem dois a contaminar o mundo com a tristeza e o mal humor.


    A MULHER

    O movimento feminista


    Após séculos relegada ao desprezo e taxada como louca fútil e inútil, a mulher, vem há quase cem anos lutando para rever seus direitos, impor sua inteligência e seu real valor que foram, através dos interesses de algumas religiões e igrejas, suplantados e fantasiosamente sobrepostos pelo poder dos homens. Foi plantado o mito da insuficiência feminina.


    A redescoberta do prazer


    Sufocada em conceitos que realçavam a culpa e o pecado, a mulher passou, por séculos, reprimindo o prazer sexual. Nem mesmo com seus maridos lhe era permitida nenhuma manifestação de prazer. Não era permitido que ela sentisse desejo e orgasmo. Isso não era coisa de mulher honesta. Rebaixada a simples serva dos senhores, cabia à mulher, até bem pouco tempo, somente a tarefa de procriar e gerar herdeiros para os seus senhores. Mantida em cativeiro domiciliar e sem direito à verdadeira felicidade, vendo-se constantemente traída e maltratada, desenvolvia a histeria e lotava os hospícios, consumia todo estoque de barbitúricos das farmácias, embriagava-se e cometia suicídio. Tudo isso até bem pouco tempo atrás.






    O reencontro com o poder da Deusa


    Tanto na Índia como na China e em grande parte do Oriente, a mulher sempre encarnou a Deusa. No inicio do século passado, as mulheres apesar de terem exagerado um pouco dentro do movimento feminista o que as levou a perder também parte de sua feminilidade, resgataram o direito à informação e, hoje, buscando em culturas como as orientais milenares, começam a terem reveladas suas origens de força e inteligência, fato que a própria ciência, vem constatando. A mulher é supraconsciente, tem o poder de gerar a vida, detém a sabedoria, a calma, o amor e a intuição. Sendo assim, faz-se crer que mais alguns poucos ajustes entre o que já foram, e onde estão agora, em bem pouco tempo terão readquirido o poder que ficou perdido entre os conceitos que foram impostos.


    ENERGIA SEXUAL


    Ativação dos Chakras


    Com os exercícios de contração da musculatura pélvica e circunvaginal, o Chakra Sacral é ativado instantaneamente. Em sânscrito, o segundo Chakra é Svadhisthana, que significa “doçura”. Esse é um nome apropriado para a doçura do desejo, do prazer e da sexualidade. O segundo Chakra incorpora a natureza do “dois” e rege a polaridade, instigando movimento no corpo e na psique que começa o processo de ascensão da Kundalini enrolada ao subir através dos Chakras. Encontrar o “outro”, cria desejo e o desejo nos faz mover, alcançar, crescer e mudar.


    Energia Kundalini


    Kundalini é um conceito com freqüência citado em relação aos Chakras. Na mitologia, Kundalini é uma Deusa Serpente que dorme na base da coluna vertebral, enrolada 3 vezes e meia ao redor do primeiro Chakra, aguardando a expansão. Acordada, dentre as várias formas, pela atividade sexual, pode se transformar em rica fonte de energia. De forma geral não é aconselhável que se invoque a Kundalini sem um instrutor ou um sistema de apoio que possa ajudá-lo a processar as mudanças que ela pode trazer. Ela é, porém, uma força de equilibrio, e nos é muito benéfica quando conseguimos nos render a ela com graça.




    Energia Vital


    O corpo é um campo de energia dinâmico. Os chineses descobriram que essa energia - C’hi - circula ao longo de 12 meridianos que existem dentro do corpo. A teoria de que alguma forma de energia anima o corpo agora está sendo mais amplamente reconhecida. Os Indianos também descobriram que esta energia, chamada Prana, percorre os Chakras e nos leva a um estado de iluminação. Nossa

    energia vital é mantida em nível estável por mais tempo e assim garantimos a longevidade.


    Sexo Tântrico


    Surgida na Índia, há 5 mil anos, o Tantra é uma filosofia matriarcal, onde a mulher é considerada uma divindade. Em sânscrito, Tantra significa "o que conduz ao conhecimento". O sexo Tantrico é uma forma de adiar ao máximo o orgasmo, para obter prazer prolongado. Segundo os praticantes, este é um processo que vai elevar o nível do sexo, segurando o orgasmo cada vez mais. Toda a energia retida, quando liberada, se transformará num êxtase total. O tantrico transcende a união sexual e a transpõe para o plano cósmico. Para o tantra, qualquer união sexual é sagrada.









    Tao do Amor e do Sexo


    Um dos valores mais importantes do mundo é dos relacionamentos. Estabelecer relacionamentos harmoniosos em todos os aspectos da vida é meta da prática taoísta. O Universo, a Natureza e o mundo em que vivemos operam por meio de relações, conexões e intercâmbios sociais. Estabelecer relacionamentos harmoniosos e equilibrados é o processo do Tao. É o equilíbrio de todos os opostos aparentes, masculino e feminino, luz e escuridão, repouso e atividade, eletricidade e magnetismo. É importante compreender a diferença entre a energia sexual masculina (yang) e a energia sexual feminina (Yin). Os taoistas entendiam que homens e mulheres são destinados ao equilíbrio, como duas metades opostas de um todo universal. Isso quer dizer que cada um de nós precisa respeitar as diferenças e compreender que é natural sentir-se diferente e ser diferente. Sem essa percepção, o homem e a mulher estarão sempre em desacordo. Se esquecermos essa verdade, será fácil nos irritarmos com o sexo oposto e nos sentirmos frustrados. Entretanto, quando respeitamos essa diferença, o amor floresce como um jardim bem adubado.


    SEXUALIDADE


    Individualidade


    Desde que a pessoa não tenha sublimado em si o sentimento de amor carnal em decorrência de uma opção religiosa, ou de um alto nível de intelectualização ou então em favor de um parceiro há quem muito amou e dividiu com ele os melhores momentos de sua vida, mas que agora, devido a uma enfermidade qualquer não pode mais compartilhar com ela momentos de intimidade sexual, enfim, desde que tenha optado por uma vida assexuada, toda pessoa que goza de boa saúde física e mental deve estar atenta as suas necessidades sexuais. Para tanto, mesmo estando sozinha, não deve abrir mão do prazer sexual. A masturbação, tratada erroneamente sob a ótica do preconceito, é um excelente recurso para os que estão momentaneamente sem parceiros. E mais, é um santo remédio para evitar que as pessoas carentes demais se atirem nos braços de outros, muitas vezes mal intencionados e pior, irresponsáveis, doentes e transmissores potenciais do vírus da Aids e das DST’s.



    Casamento


    Casais com sexualidade mal resolvida, mal discutida, mal cuidada e mal usada, vivem amargurados, mal humorados e têm muita dificuldade em atribuir os dias mal vividos juntos, ao sexo mal feito. Culpam a situação financeira, os filhos, os sogros, os patrões, Deus e o mundo. Não investem em carinho, em perdão, em diálogo e em informação. Ao invés de buscarem recarregar suas energias no encontro sexual que um dia os motivou a união conjugal, passam a dormir de costas um para o outro, sem se beijarem, se abraçarem e sem nem mesmo manifestarem verbalmente o sentimento que os une. Casais que se amam fortemente estão se separando por não conseguirem se comunicar sexualmente. Buscam em relações fugazes o que na realidade gostariam de viver em casa. Stress, ansiedade, competividade, egoísmo e exagero de vaidade são fatores a serem combatidos com seriedade.


    Família


    Os casais que vivem em harmonia sexual, têm mais facilidade para conduzirem famílias felizes e filhos sorridentes e bem educados. É claro, que outros valores, são muito importantes também, porém estes casais, por causa da troca das energias sexuais, são capazes de se comunicarem através do olhar, não brigam, conservam um clima de paixão no seu cotidiano e em sua casa flui uma atmosfera de paz e de equilíbrio. Não permitem que suas neuroses e psicoses ou mesmo problemas educacionais ponham em risco os seus relacionamentos. Casais assim, buscam resolver as diferenças que pesam e incomodam o parceiro temendo perde-lo e o prazer que sentem em sua companhia. Assim sendo, tudo em volta se beneficia.


    Mundo


    O mundo melhor que todos almejamos, começa dentro dos lares. As pessoas realizadas, bem humoradas, bem dispostas e que pensam positivamente, são as responsáveis pela parcela do mundo bom para viver com a harmonia que tanto procuramos.


    Os Homens


    É importante citar, que muito embora meu trabalho se restrinja as mulheres, existem técnicas similares dedicadas aos homens e capazes de promover neles os mesmos benefícios. Cabe ao terapeuta definir o seu publico e oferecer a ele a preocupação com sua sexualidade e alternativas eficazes como a técnica do Sahajôli. Os homens da mesma forma que as mulheres têm sofrido muito em decorrência destes desajustes.


    EXERCÍCIOS


    Contrações


    Os exercícios do Sahajôli são muito simples. São feitos através de contagem de tempo e quantidade de repetições. Não exige privacidade, o que facilita a execução em qualquer lugar, desde, é claro, que a mulher já esteja bem familiarizada com eles. Podem ser feitos também com o auxilio de acessórios como as Ben Wa, o Vibrador e os Cones Vaginais, mas para tanto ela precisa estar um pouco mais orientada e o acompanhamento do terapeuta é fundamental. A avaliação é totalmente verbal sem nenhum contato físico.


    Consciência Corporal


    Através de concentração e respiração adequadas, a mulher passa a conhecer melhor o seu corpo, a região pélvica, os músculos a serem fortalecidos e passa ainda a dominá-los. Assim, através da sua vontade, pode utilizar-se deste rico recurso para obtenção de maior prazer sexual e saúde genital e mental.


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS



    A Experiência Junguiana.

    Hall, James - S.Paulo – Ed.Cultrix.


    Mulheres que correm com os lobos

    Estes, Clarissa Pendula- S. Paulo – Ed. Racco.


    Um Guia Passo a Passo Para a Reflexologia

    Dougans, Inge e Ellis, Suzanne – S.Paulo – Ed. Pensamento/Cultrix


    Reflexologia – Como Restabelecer o Equilíbrio Energético

    Kunz, Kevin e Bárbara –S.Paulo – Ed. Pensamento.


    Reflexologia Sexual

    Chia, Mantak e Wei, W.U. – S.Paulo - Ed. Cultrix.


    A Cintura Pélvica

    Lee – S.Paulo – Ed. Manole


    Fisioterapia em Uroginecologia

    Moreno, Adriana L. – S.Paulo – Ed. Manole.


    Benefícios Terapêuticos da Acupressura

    F.M.Houston, D.C.,D.D.,PhD. – S.Paulo – Ed. Pensamento


    A Terapia Sexual – Vol.III

    Gillan, Patrícia e Richard – Portugal – Ed. Persona.


    Tantra – O Culto da Feminilidade

    Van Lysebeth, André – Ed. Summus.


    O Homem Moderno

    Brewer, Sarah – S.Paulo – Ed. Manole.


    O Tao do Amor e do Sexo

    Chang, Jolan - . RJ – Ed. Nordica

    Autor: : Jussara Hadadd Aguiar Duarte - Terapeuta Holística - CRT 39518
    Última atualização: 13/05/2007 20:08


    FITOTERAPIA NA HOLOPUNTURA

     Trabalho de Conclusão de Curso

    Neuza Miranda e Silva Chammas

    Terapeuta Holística

    CRT 36999

    Curso de Fitoterapia

    Docente: Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico

    CRT 21001

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas

    CEA – Comunidade de Estudos Avançados

    Porangaba 2007-04-09

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    PORANGABA – 2007-04-09

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    CEA – COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM

    TERAPIA HOLÍSTICA

    DISCIPLINA – FITOTERAPIA

    ORIENTADOR: HENRIQUE VIEIRA FILHO

    CRT 21001 - TERAPEUTA HOLÍSTICO

    PORANGABA – 2007-04-09

    A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.” Nicolau Copérnico

    DEDICATÓRIA:

    Dedico este trabalho à minha mãezinha

    Carlota,

    minha primeira mestra em

    Terapia Holística.

    PORANGABA – 2007-04-09

    AGRADECIMENTOS

    À MINHA FAMÍLIA

    Georges

    Ana Carla

    Daniela

    Georges Jr

    Marcos Reskalla

    e

    Adilah

    Pela presença constante de cada um deles em minha caminhada.

    AO SINTE

    -Pela preocupação em oferecer o melhor aos Terapeutas Holísticos.

    A HENRIQUE VIEIRA FILHO

    -Pelo seu otimismo, arrojo e coragem de levar adiante um projeto tão nobre e, por despertar nos TH a consciência de um trabalho com ética, dignidade e responsabilidade.

    PORANGABA – 2007-04-09

    SUMÁRIO:

    01 – Resumo.......................................................................................................08

    02 – Introdução...................................................................................................13

    03 – Material e Metodologia................................................................................16

    04 – Resultados...................................................................................................22

    05 – Discussão....................................................................................................28

    06 – Conclusões..................................................................................................30

    07 - Referências Bibliográficas............................................................................32

    08 – Anexos e Apêndices....................................................................................33

    8.1. NTSV – FT 001............................................................................................33

    8.2. A Fitoterapia na História do Brasil................................................................38

    8.3 Listagem atualizada dos Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos................................................................................................................40

    RESUMO

    Este trabalho apresenta um estudo sobre Fitoterapia no atendimento aos meus clientes cotidianos, em meu próprio Espaço de Terapia Holística, sito à Rua Professor Antonio Freire de Souza, nº 231, em Porangaba, SP.

    Iniciei os ensaios de aplicação da Fitoterapia aliada às Técnicas da Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal Manipulativa, logo após o início do curso em junho de 2006 e as intensifiquei logo depois da aula prática, ocorrida no dia 10 de setembro de 2006, durante a realização do Congresso Holístico promovido pelo SINTE.

    O desenvolvimento dos estudos fundamentou-se nas aulas ministradas pelo docente, Terapeuta Holístico Henrique Vieira Filho, no Curso de Fitoterapia, oferecido pela Comunidade de Estudos Avançados, aos TH associados ao SINTE, bem como no embasamento teórico e prático, adquirido no ano anterior, no Curso de Holopuntura e, em leituras complementares, especialmente em obras contidas na bibliografia apresentada e sugerida pelo docente.

    As técnicas começaram a fazer parte de minha vida como Terapeuta Holística e todos os meus clientes se beneficiaram com ela.

    Três clientes especiais foram escolhidos para terem os atendimentos relatados semanalmente, do final do mês de outubro de 2006 ao final de fevereiro de 2007, com o objetivo de recolher subsídios a trabalhos posteriores.

    Estes atendimentos serviram de base para avaliação do meu trabalho, através da supervisão do docente HVF.

    Estando eu dedicando-me à Terapia Corporal Manipulativa há mais de cinco anos, vi nos novos conhecimentos e nas técnicas da Holopuntura uma excelente oportunidade de obter melhores resultados em meu trabalho. Percebi que, especialmente na Avaliação dos Pontos de Alarme, havia uma proximidade muito grande com o que eu já praticava.

    Com o auxílio da Fitoterapia meu trabalho foi ganhando um diferencial muito importante, uma vez que o cliente poderia dar continuidade ao tratamento durante a semana, depois que eu concluísse meu atendimento naquele dia.

    Fui associando a Fitoterapia e a Holopuntura, através da Avaliação dos Pontos de Alarme, à Terapia Corporal Manipulativa, seja ela relaxante ou estimulante.

    Observei que em qualquer outra modalidade de Terapia Corporal, torna-se perfeitamente viável a utilização da Fitoterapia aliada à Holopuntura em benefício do cliente, quando se busca o equilíbrio e melhor qualidade de vida e, principalmente, quando nossa meta é a harmonização corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma.

    Também vi na Pulsologia de Nogier um importante instrumento de avaliação do momento vivenciado por cada um de meus clientes, através da análise da reação de seus pulsos diante de estímulos diferentes.

    Pude perceber como é diferente a reação do Pulso das pessoas aos estímulos feitos com os Fitoterápicos, antes e depois das manobras de uma TC relaxante ou de outra estimulante.

    De modo prático e objetivo, estudamos e aplicamos a Fitoterapia sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade.

    As incríveis “coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como fitoterápico tornou o aprendizado lúdico e prático.

    Focando em uma pequena variedade de plantas, todas de venda livre e facilmente encontradas na natureza e nas casas do ramo, esta abordagem utiliza a Teoria dos Cinco Movimentos Chineses, bem como da Pulsologia de Nogier (orelhas, pés e mãos) e a dos Pontos de Alarme dos Meridianos para a correta seleção de fitoterápicos para cada momento de nossos clientes.

    É isso que relatarei em meu Trabalho de Conclusão de Curso.

    Ele foi elaborado com muito amor, mas com simplicidade, pois a arte da qualidade de vida é algo que nasceu da simplicidade de povos que viviam em contato com as plantas, com o simples, mas puro e belo.

    Nada nele é utópico ou impossível de ser praticado por qualquer pessoa que tenha os conhecimentos necessários a respeito de técnicas de Terapia Corporal e que venha a conhecer a Holopuntura e a Fitoterapia.

    O conhecimento de cada uma das plantas e sua utilidade de acordo com o ponto de vista dos CMC é de suma importância ao TH. Esse embasamento teórico foi oferecido aos discentes durante o curso de Fitoterapia.

    Estas são as cinco plantas que constituem a Fitoteca Essencial:

    Cavalinha – Harmoniza

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Alecrim – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Metal;

    Lavanda – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Terra e Metal;

    Calêndula – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Terra;

    Tomilho – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Metal;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Terra.

    Em nossa Fitoteca Ampliada encontramos outras opções de plantas:

    Angélica – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Artemísia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Bardana – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Terra e Metal;

    Camomila – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Terra;

    Coentro – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Dente-de-Leão: Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água e Madeira;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Hortelã – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Limão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    Malva – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Manjericão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Manjerona – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Melissa – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira, Fogo e Terra;

    Milefólio – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Orégano – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Passiflora – harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água, Madeira e Fogo;

    Sálvia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Tanchagem – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal.

    INTRODUÇÃO

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério.

    As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas.

    Os antigos povos observavam as características de personalidade de cada planta e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos.

    Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais.

    Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a, então, dentro dos Cinco Movimentos Chineses e especificando para que cada uma delas servia.

    Nesta nova maneira de utilizar as plantas como recursos terapêuticos naturais, ao invés de nos atermos a tabelas de correlação entre sintomas e plantas, esta abordagem propõe quintessenciar a adequação a cada caso, passando as plantas a serem selecionadas com o auxílio da Pulsologia de Nogier e/ou a reação ao toque nos Pontos de Alarme, mediante aproximação de amostras dos fitoterápicos.

    Este método tem se mostrado imbatível na prática de consultório. Como ninguém é exatamente igual a outro, não é adequada a escolha das ervas baseando-se apenas nas estatísticas sobre a utilidade de cada uma delas.

    Segundo diversas culturas milenares, as ervas são símbolos de tudo o que é harmonizaste e vivificante, restauram a saúde, a virilidade, a fecundidade, o parto e a riqueza.

    Foram os deuses quem descobriram suas propriedades terapêuticas, o que ilustra a crença universal que o equilíbrio só pode vir de uma dádiva divina, como tudo o que é ligado à vida.

    Para os cristãos, as ervas deviam a sua eficácia por terem sido encontradas pela primeira vez no monte do Calvário.

    A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam, também, as forças ígneas da terra. Enquanto manifestação de vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadoras de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica.

    Por acumularem estas forças, os antigos sempre viram nos vegetais propriedades saudáveis ou venenosas, daí o seu emprego também na magia. Quase todas as divindades femininas grego-romanas protegem a vegetação: Deméter (deusa das alternâncias entre a vida e a morte, bem como das terras cultivadas), Afrodite (Vênus, deusa da fecundidade), Ártemis (Diana, selvagem deusa da natureza), além de algumas entidades masculinas como Ares (Marte, que simboliza a força bruta, é, também, protetor das colheitas, um dos deveres do guerreiro) e Dioniso (Baco, símbolo das forças de dissolução da personalidade, deus da fecundidade, da vegetação, das vinhas).

    No sincretismo afro-brasileiro, Ossâim é o responsável pelas ervas terapêuticas e sagradas, sendo seus iniciados conhecedores de suas serventias, bem como das palavras ritualísticas necessárias para libertar o axé (poder potencial) de cada planta.

    Aqueles que trabalhavam com as ervas em quase todas as culturas viam as plantas como símbolos vivos de entidades invisíveis, tais como deuses, elementais e espíritos, os quais deveriam ser evocados ou aplacados com o uso de palavras mágicas ou sacrifícios.

    O respeito à natureza os levava a não cultivar suas ervas, mas sim ir ao encontro das que nasceram espontaneamente na mata.

    Ainda hoje, os adeptos de Ossâim (orixá do sincretismo afro-brasileiro) costumam deixar uma vela verde, em troca do que retirarem, ou uma das folhas colhidas, para manter inalterado o equilíbrio do local.

    O uso terapêutico das plantas é anterior à humanidade, pois os animais, instintivamente, sabem quais e quanto das ervas devem comer para melhorarem de seus distúrbios.

    O ser humano, cada vez mais isolado da Natureza, foi perdendo esta capacidade de percepção. Mas, em algumas culturas, como as orientais e a indígena, mantiveram-se as tradições da utilidade atribuída a cada planta, muitas vezes transmitidas oralmente por milênios, havendo, ainda, tratados escritos em civilizações mais sofisticadas, como era o caso da chinesa e da egípcia.

    Os antigos Terapeutas Holísticos não cultivavam suas plantas terapêuticas, pois sabiam que se o vegetal espontaneamente escolhesse seu local de nascimento é porque aquele solo é o ideal, capaz de proporcionar-lhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeito terapêutico.

    Na China Milenar, um dos critérios de avaliação da serventia de uma planta era a observação de seus sabores, cores, formatos, época de floração e de suas características de "personalidade".

    Analisemos uma planta por critérios subjetivos: o Dente-de-Leão vem conseguindo se desenvolver espontaneamente nas grandes cidades como São Paulo, apesar da poluição e das condições nada naturais deste ambiente. Nem por isso a planta deixou de participar da harmonia da Natureza, sendo, pois, indicada para toda pessoa que esteja "estressada", com dificuldades de sobrevivência, esgotada e intoxicada, a qual poderá, literalmente, "beber" da sabedoria deste vegetal e sobreviver nesta "selva de pedra".

    METODOLOGIA E MATERIAL

    A Fitoterapia sempre esteve presente em minha vida!

    Filha de pais provenientes da roça e com poucos recursos financeiros para a busca de médicos e de remédios “de farmácia”, nossa cura em situações mais corriqueiras sempre foi providenciada pelo que dispúnhamos no quintal ou nos matos dos arredores de casa. É claro que muitas vezes precisamos dos médicos e dos remédios. Mamãe nunca foi negligente.

    Muitas e muitas vezes os chazinhos constituíam nossos refrescos em dias de calor e nossos aquecedores nos dias e noites gélidos de inverno.

    Tomávamos chá de marcelinha para dor de barriga... Erva de Santa Maria para vermes... Capim cidreira para os nervos... Hortelã para tosse... Erva doce para barriga estufada... Mentruz... Mentrasto... Flor de mamoeiro... Flor de laranjeira... Folha de abacateiro para inchaço nas pernas... Poejo para criança enlombrigada... Alface para insônia... Sabugueiro para botar o sarampo para fora... Arruda para recaída de dieta das mulheres que pariram...

    A lista era enorme! Para tudo mamãe tinha um chazinho abençoado.

    Garrafadas... Mamãe fazia para mulheres com recaída de dietas... Para crianças que tiveram sarampo... Até para os que sofriam de “ataques’”.

    Ela benzia crianças com “quebranto” e adultos com “cobreiro”...

    Dona Carlota era muito querida e muito procurada!

    A qualquer hora em que batessem à sua porta ela estava pronta para ajudar o pobre sofredor!

    Tinha ela dois livros enormes, cheios de figuras coloridas de plantas, verduras, legumes e frutas que me encantavam!

    COME PARA CURAR-TE” e “BEBE PARA CURAR-TE” eram os títulos!

    Passei minha infância e juventude folheando e lendo aquelas maravilhas! Não sei dizer quem eram os autores e nem do paradeiro deles, mas gostaria muito de reavê-los.

    Não foi por acaso que depois de vinte e oito anos de dedicação ao magistério me vi fortemente atraída por algo que já estava em minha vida desde a infância.

    Ao me envolver com a Holopuntura percebi que era uma técnica que estava à disposição de outras modalidades holísticas e a serviço do bem estar de pessoas, tendo como premissa central a possibilidade de aplicação de estímulos em micro regiões (pontos) e com isso obter reações globais, despertando os próprios recursos naturais de auto-harmonização. Desta forma vi a possibilidade de usar a Fitoterapia em conjunto com a Holopuntura.

    Desde o início do Curso de Holopuntura, em junho de 2005, o que mais me empolgou, na técnica, foi a utilização dos Pontos de Alarme, pois eu já tinha familiaridade com eles.

    Ao iniciar o Curso de Fitoterapia constatei que na verdade eu estaria, com ele, ampliando minhas possibilidades de trabalho com os clientes, de uma forma mais eficiente, pois o “novo” dava a possibilidade do cliente continuar equilibrando-se “em casa”, usando os fitoterápicos como um complemento ao tratamento por mim desenvolvido em um pouco mais de uma hora de atendimento.

    No mês de outubro iniciei o atendimento supervisionado a três clientes muito especiais, utilizando os conhecimentos que estava recebendo através do curso. Eles já eram meus clientes em Terapia Corporal, Cromoterapia, Reflexoterapia Podal e Reiki.

    Vi a possibilidade de associar a Fitoterapia como aliada da Holopuntura às minhas técnicas e passei a utilizá-las, dessa forma, com todos os meus clientes, mas escolhendo três para serem meus instrumentos de avaliação através da supervisão de relatórios que deveriam ser encaminhados semanalmente ao docente Henrique Vieira Filho.

    Esses três clientes vivem momentos e situações emocionais totalmente diferentes, cada qual com seu desafio, trazem um baú de bagagem, composta de conflitos, medos, inseguranças e muitos outros sentimentos, bons e ruins.

    Posso descrever desta forma meus clientes especiais:

    Cliente nº. 1 – Mulher, 48 anos, professora readaptada por incompatibilidade profissional, com uma história de vida marcada por muitas discriminações dentro da própria família; uma juventude marcada pela rebeldia e por uma grande frustração amorosa; um passado recente com envolvimentos em drogas e várias crises depressivas; internação em clínica de recuperação de dependentes químicos; grande preocupação com a obesidade, tem mania compulsiva por limpeza e sente-se mal casada, mas não tem coragem de assumir uma separação; recentemente sofreu muito a perda do pai e no momento vive preocupada com o futuro do filho que tem 18 anos. Apresenta vários problemas de saúde física.

    Cliente nº. 2 – Mulher, 57 anos, nível sócio econômico elevado, pessoa com trato social super-refinado; culturalmente uma pessoa muito sofisticada, vive um casamento muito bem estruturado. Emocionalmente trata-se de uma pessoa com uma carga muito pesada de rancores e mágoas trazidas desde a infância; não se relaciona bem com familiares e tem diferenças marcantes com a única filha. Crítica e dominadora, inflexível consigo mesma e com os outros vive crises de afastamento das pessoas e de tristeza porque as pessoas também se afastam dela.

    As duas clientes recebem atendimento médico e trazem um diagnóstico de órgãos afetados, disfunções glandulares e fisiológicas, fazendo uso de medicamentos de uso contínuo.

    Cliente nº. 3 – Mulher, 45 anos, com uma história de vida de muito trabalho ao lado do marido; há dois anos vem sofrendo terrivelmente por conta de um adultério cometido pelo marido e isso gerou muitos problemas emocionais, dores de cabeça e outros sintomas físicos, Não procura acompanhamento médico. Viveu uma fase de busca de uma melhor auto-estima através de cirurgias plásticas, freqüência em academia e por último veio em minha procura. Não utiliza medicamentos rotineiramente.

    Os três foram esclarecidos sobre as várias técnicas de Terapia Holística que utilizo e a respeito dos benefícios que elas podem proporcionar.

    Às duas que estão sendo acompanhadas pelo médico pedi que continuassem a seguir rigorosamente todas as suas orientações e que nada fosse alterado em suas rotinas, sem o parecer do profissional que as acompanha.

    Uma das clientes já vem recebendo a Terapia Corporal há muito tempo com conta de um sério problema na coluna vertebral; uma delas iniciou o tratamento buscando a Drenagem Linfática logo após uma de suas cirurgias e continuou a vir quando percebeu que suas dores de cabeça e a TPM não a incomodavam mais. A outra veio após a leitura de um artigo que escrevi no jornal periódico da cidade e de uma conversa a respeito dos benefícios que ela poderia desfrutar na TH.

    Todas elas procuraram a TH por vontade própria, depois que tomaram conhecimento a melhoria da qualidade de vida e o afastamento dos desconfortos vividos no cotidiano que a TC poderia oferecer.

    Duas delas vieram pensando na Terapia Corporal e até utilizando termo inadequado para nomear o que desejavam, pois viviam com constantes desconfortos musculares e articulares, tensões, inchaços nas pernas, celulite, etc.

    Na verdade também sofriam com dores de cabeça, problemas de pele, queimação no estômago, etc. e buscavam soluções e alívio para algo que os incomodava muito, mas que não sabiam tratar-se de desequilíbrios provocados por emoções negativas que foram acomodando-se em seus músculos, articulações e outras partes do corpo como carapaças protetoras, como escudos, com os quais poderiam se defender, caso as situações voltassem a atacá-los.

    Iniciei o trabalho com as três usando a TC Relaxante e obtive melhoras significativas, mas quando comecei a utilizar as Técnicas da Holopuntura, auxiliada pela Fitoterapia, associadas ao que já vinha desenvolvendo com eles, as mudanças tornaram-se brilhantes aos olhos...

    Passei a fazer, antes de tudo, a Avaliação dos Pontos de Alarme ou então aplicando a Pulsologia de Nogier para ter um ponto de partida na avaliação do momento de cada uma de minhas clientes.

    Tendo a resposta do corpo, dizendo-me o que estava desequilibrado energeticamente, segundo os Cinco Movimentos Chineses, poderia partir para o teste de adequação dos Fitoterápicos, que eram escolhidos mediante as informações recebidas nas aulas do curso.

    A escolha dos Fitoterápicos para o teste de adequação normalmente era feita tendo como base:

    1º.- a nossa Fitoteca Essencial, composta de cinco Fitoterápicos Básicos, cada um deles específico para desequilíbrios YIN e YANG de cada um dos Cinco Movimentos Chineses, a saber: Madeira – Alecrim, Fogo – Lavanda, Terra – Calêndula, Metal – Tomilho, Água – Cavalinha.

    2º.- a nossa Fitoteca Ampliada onde encontramos mais opções de escolhas de ervas que servirão, algumas para desequilíbrios YIN e outras para desequilíbrios YANG.

    O teste de adequação consiste em escolher as plantas que o TH julga adequadas e através de técnicas específicas verificar quais delas são realmente adequadas para aquele exato momento do cliente.

    Este poderá ser feito nos Pontos de Alarme, se a busca do desequilíbrio se baseou na avaliação deles. Neste caso as plantas selecionadas são colocadas, uma a uma, em contato com a mão do cliente e o ponto sensível ao toque novamente é pressionado. A baixa da sensibilidade nos revelará qual a mais adequada para o momento que estamos tratando.

    Se estivermos utilizando a Pulsologia de Nogier, após avaliarmos as regiões reflexológicas (nas orelhas, mãos ou pés) e detectarmos o local que apresentou-se em desequilíbrio, procederemos da mesma forma: podemos colocar, com ajuda de uma pinça, um pontinho de cada planta, uma de cada vez, no local e avaliar o Sinal de Nogier, como reação ao efeito delas.

    Meu trabalho com minhas três clientes consistiu nessas técnicas, sempre complementadas com Terapia Corporal ou com banhos terapêuticos preparados sempre com o Fitoterápico adequado para aquele momento que a cliente vivenciava.

    Nas três clientes os fitoterápicos e minhas próprias mãos foram sempre meus principais instrumentos de estimulação e energização dos locais correspondentes aos meridianos em desequilíbrio.

    Utilizei óleos essenciais, a planta fresca colhida em minha própria horta, cremes e óleos vegetais orgânicos de boa procedência.

    Fazendo uso do BRT recomendei o chá adequado para cada momento delas e orientei-as sobre como preparar e tomar cada um deles.

    Todos os atendimentos a esses clientes foram relatados de forma minuciosa, inclusive com os diálogos estabelecidos no momento da terapia, foram postados no site do SINTE e colocados à disposição, para avaliação e posterior orientação. do nosso orientador/supervisor/docente/TH, Henrique Vieira Filho

    O Aconselhamento, como forma de interação cliente/terapeuta, levando o cliente ao auto conhecimento e a mudança em várias áreas (comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida, além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões) fez parte do processo terapêutico,

    Vi nesta técnica a possibilidade de estabelecimento de um vínculo muito mais forte na relação terapeuta/cliente e vice-versa, além da possibilidade do “extrapolar” das emoções, que normalmente ocorre no decorrer do atendimento.

    Com o aconselhamento obtive momentos muito emocionantes durante os processos terapêuticos, explosão de sentimentos muito fortes guardados pelas clientes.

    Durante todo o tempo em que venho trabalhando como Terapeuta Holística fui integrando ao processo de Terapia Corporal Manipulativa a Reflexoterapia Podal, que considero uma técnica que permite o acesso aos planos físico e espiritual do ser; um meio de prevenção dos desequilíbrios e do reconhecimento precoce dos mesmos. Hoje, após o Curso de Fitoterapia, posso, seguramente, aplicar as ervas, também nos pés dos meus clientes com a certeza de que o efeito será sempre benéfico.

    Ela não apresenta efeitos colaterais e serve-se como excelente técnica quando o cliente chega até nós manifestando timidez ou sentindo-se desconfortável, pelo simples fato de ser tocada.

    Quando você segura os pés de alguém, está segurando a alma dessa pessoa”.

    Com o mapeamento dos pés segundo os Cinco Movimentos Chineses todo o processo de terapia através das zonas reflexológicas podais ganhou um novo sentido, uma nova visão, na hora de exercer as pressões e descobrir desequilíbrios que atingem desastrosamente a harmonia do ser como um todo.

    Com a Pulsologia de Nogier, técnica prática e de fácil aprendizado, aplicada à Fitoterapia, podemos definir os estímulos/vegetais mais adequados para o momento especial do cliente, tomando o pulso e verificando como ele reage a este ou aquele, e decidir sobre qual usar, a fim de obter melhores resultados em matéria de harmonização.

    Basta testar cada opção que deseja aplicar, por sobre cada ponto localizado no percurso dos meridianos selecionados com em desequilíbrio e verificar qual deles faz com que o Sinal de Nogier seja mais nítido, limpo, forte, seja pelos trancos ou pelas sumidas.

    .

    Enfim, a Fitoterapia associada à Holopuntura permite, de várias maneiras, cuidar de gente, isto é, seres onde o TODO deve estar em uníssono com o UNIVERSO, pois que ele mesmo é um Universo em Miniatura.

    RESULTADOS

    Em todas elas pude notar aspectos emocionais muito fortes provocando os desequilíbrios, bloqueando a energia e gerando problemas sérios a serem resolvidos.

    A cliente nº.1 apresenta sinais de enraizamento profundo de suas emoções negativas; sempre conviveu com a baixa auto-estima; sempre se sentiu o patinho feio da casa; sempre foi tratada como a ovelha negra da família. Foi discriminada por colegas e professores, que a chamavam de “louca”. Perdeu o maior amor de sua vida por causa da sogra que não permitiu que o filho continuasse o namoro...

    Necessita de acompanhamento terapêutico constante, pois volta a se desequilibrar com muita facilidade. Apresenta muitos altos e baixos emocionais e isso denota que está muito insegura emocionalmente. Apresenta a fala enrolada e apressada, gagueja muito, apresenta salivação excessiva e sua saliva costuma acumular em forma de espuma nos cantos da boca. Tem um problema nasal que faz que tenha constantemente secreções secas grudadas nas bordas das narinas. Isso a constrange muito e ela vive com o nariz avermelhado, e até ferido, de tanto fazer a higiene do mesmo. Tem complexo do cabelo, da gordura, do marido, de tudo. Sente-se muito infeliz. Vez ou outra ainda extrapola na bebida e depois fica com remorsos. Sente-se vitoriosa apenas no que diz respeito ao filho, que realmente é uma preciosidade nos dias de hoje.

    Não vi nesta cliente resultados totalmente satisfatórios, mas só o fato de ela ter comparecido direitinho às seções de terapia foi ponto muito positivo visto que nunca tinha conseguido ir às seções da psicóloga por três vezes consecutivas.

    Outro ponto positivo foi o de que normalmente ela chegava num estado de humor considerado como ruim, mas ao sair ia toda feliz para casa como se nada tivesse ocorrido antes de vir para cá.

    Ela continuará a terapia.

    A Cliente nº 2 é o típico caso de pessoa que se acha super equilibrada; é a dona da verdade, orgulhosa, prepotente e crítica; apresenta até uma tendência a humilhar as pessoas, principalmente em se tratando de subalternos. Tem seu lado bom e amoroso, mas parece querer sufocá-lo com gestos e atitudes que denotam frieza de sentimentos... Rejeita os presentes que lhe dão se eles não são do seu agrado ou se julga não estarem á sua altura... Despreza as pessoas de uma forma muito vil se estas a contrariam em suas vontades, inclusive a própria filha. Não admite ser contrariada e não cede em suas exigências. Sente-se uma pessoa superior tanto financeiramente como culturalmente. Em cinco anos em que viveu na cidade estabeleceu vínculo de amizade com apenas três pessoas e mesmo assim ainda fazia duras críticas ao comportamento delas. Ninguém a conhecia! Seu relacionamento com as pessoas se limitava ao encontro semanal para as aulas de yoga, conversas ali e nada mais. Saiu do espaço... Não a conheço!

    Consegui ver algumas mudanças em seu comportamento porque a questionei seriamente a respeito de algumas coisas, principalmente no que diz respeito aos ressentimentos em relação à mãe e na disputa que trava constantemente com a filha.

    A cliente mudou para muito longe daqui e não pudemos dar continuidade ao tratamento.

    A cliente nº. 3 chegou até mim numa fase muito difícil de sua vida.

    Estava sentindo-se ferida moralmente com a traição cometida pelo marido, humilhada por ter sido trocada por uma pessoa de baixo nível e de uma feiúra notável! Sentia-se afrontada!!! Não aceitava a atitude de desrespeito do marido para com ela... Ela foi a companheira por trinta anos... A batalhadora... Esteve sempre ao lado dele e de repente é troca por uma porcaria! Começou a sentir fortes dores de cabeça e no corpo todo... Nunca tinha sido mal humorada e agora vivia assim um dia sim e o outro também... Tinha insônias, enjôos, dores de estômago, diarréias, etc... Começou a sentir fome exagerada... Engordou muito! Entrou em pânico! Procurou um cirurgião plástico e fez várias cirurgias, uma depois da outra...Veio me procurar para fazer drenagem linfática após a cirurgia da barriga... Não parou mais.

    Passou por muitas mudanças positivas; começou a ver a vida e as pessoas de uma outra forma. Começou a se auto valorizar não apenas fisicamente, mas como um ser humano com dignidade e valores interiores muito nobres. Ela continua em processo terapêutico.

    Avaliando os resultados dos desequilíbrios, de forma quantitativa, neste período de atendimento para a supervisão cheguei ao seguinte quadro:

    Cliente nº. 1 –

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    2 vezes

    Madeira

    4 vezes

    C

    nenhuma

    ID

    nenhuma

    TA

    1 vez

    CS

    1 vez

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    2 vezes

    Terra

    4 vezes

    P

    4 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    5 vezes

    R

    nenhuma

    B

    3 vezes

    Água

    3 vezes

    Como se pode ver, foi no movimento Metal que ocorreu a maior incidência de desequilíbrios energéticos nesta cliente, mas é preciso considerar que em Madeira e Terra quase houve empate com Metal.

    Avaliando as emoções relacionadas com esses três movimentos em desequilíbrio, podemos constatar que RS apresenta desequilíbrios generalizados, mas nenhum deles chega a ser exagerado.

    O Movimento Fogo manteve-se equilibrado, na maioria das vezes, e isso freou tanto a apatia quanto a euforia das emoções relacionadas com os outros movimentos.

    Uma grande incidência de desequilíbrios ocorreu no Movimento Madeira, onde as emoções negativas são: raiva, irritação, impaciência, além de outras relacionadas.

    Outra incidência significativa ocorreu no Movimento Terra, onde as emoções negativas são: crítica, preocupação e suspeita.

    O que caracteriza o comportamento da cliente realmente são as emoções relacionadas com o movimento Metal: melancolia, tristeza, depressão, sensação de que a vida não vale a pena, sentimento de amor impossível, nostalgia e desânimo: é por aí que os pulmões são feridos. A respiração se torna ineficiente, a troca com o meio exterior é ruim, não desintoxicamos nosso organismo e nem renovamos a carga de oxigênio.

    Em todos os desequilíbrios detectados durante este período de supervisão a cliente foi orientada sobre a utilização dos chás fitoterápicos como forma de harmonizar seus estados emocionais e manutenção de sua qualidade de vida.

    Os resultados foram sempre positivos e ela sempre relatou sobre a melhora que sentia após a ingestão dos mesmos.

    Cliente nº. 2

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    nenhuma

    Madeira

    2 vezes

    C

    2 vezes

    ID

    nenhuma

    TA

    Nenhuma

    CS

    Nenhuma

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    1 vez

    Terra

    3 vezes

    P

    6 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    7 vezes

    R

    3 vezes

    B

    1 vez

    Água

    4 vezes

    Foi gritante a incidência de desequilíbrios no Movimento Metal.

    Apesar de todas as manifestações da cliente de sua prepotência, de sua auto-suficiência, de sua ação dominadora, de sua capacidade de liderança, o quadro mostra que YRCA é uma pessoa com muitos medos e receios, dado o número de desequilíbrios no movimento Água; ao mesmo tempo carrega em seu coração uma carga muito grande de tristeza que pode ser gerada pelo desgaste que ela se auto-aplica por conta de suas mágoas (águas ruins), seus rancores e ressentimentos. Quer amar as pessoas, mas as mágoas são muito grandes... Quer perdoá-las, mas o orgulho não permite que aja assim. Quer se reconciliar com as pessoas que fazem parte de sua história de vida, mas sente medo e desconfia que essas pessoas querem se aproximar dela por mero interesse. Sendo muito apegada aos bens materiais acha que as pessoas aproximam-se dela com o objetivo de tirar vantagens.

    Esses sentimentos estão instalando-se e ela começa a somatizar essas emoções negativas em seu corpo físico.

    Mas é Metal que se encontra mais desequilibrado...

    A cliente mostra-se altiva, mas em suas palavras percebe-se a melancolia, a tristeza, e uma tendência a isolar-se das outras pessoas, fechando-se no seu mundinho pessoal. Está sempre envolto em leituras, artesanato, filmes, arrumação de gavetas, reforma de roupas... Não gosta de se relacionar com outras pessoas.

    As emoções relacionadas com o Movimento Metal são fortes em sua vida, mas ela procura disfarçá-las ou escondê-las através de comportamentos excêntricos.

    De uma maneira geral ela preocupa-se muito com a saúde física e mental.

    Procura os médicos e faz muitos exames com muita freqüência; freqüenta academia, fazendo musculação, curte a natureza, as plantas, as flores, os pássaros e os animais em geral.

    Para YRCA, tomar chá é muito chique e ela fez do ato um momento sofisticado em sua vida.

    Cliente nº. 3

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    1 vez

    VB

    2 vezes

    Madeira

    3 vezes

    C

    3 vezes

    ID

    3 vezes

    Fogo

    -

    TA

    1 vez

    CS

    2 vezes

    Fogo

    9 vezes

    E

    1 vez

    BP

    1 vez

    Terra

    2 vezes

    P

    3 vezes

    IG

    Nenhuma

    Metal

    3 vezes

    R

    nenhuma

    B

    1 vez

    Água

    1 vez

    O movimento Fogo dominou toda a ação e as emoções de SRGM e sofreu a ação de suas emoções.

    O que afeta os processos de Fogo é o excesso de prazeres e alegria, ou, ao contrário, a privação deles.

    A cliente vivenciou situações extremas de excitação e de melancolia. Teve dias em que chegou eufórica de alegria, outros em que veio sentindo raiva, outros chegou com dor de cabeça e muito irritada.

    Apresenta tendência ao cansaço físico e esteve sempre às voltas com dores musculares e articulares.

    Seu estado de humor normalmente apresentou-se bom, apesar das tristezas que apresentou em algumas ocasiões. Também manifestou revolta e esteve com a auto-estima em baixa. É uma pessoa capaz de sair de um “baixo astral” com a mesma rapidez com que entrou, ou então, estar bem e, de repente, sentir-se muito triste. Tem um coração capaz de perdoar e isso favorece seu bom relacionamento com as pessoas em geral e especialmente com a família.

    Relatou que a experiência com os chás foi muito boa e que notou mudanças em vários aspectos de sua vida após a introdução deles.

    Lado a lado com o tratamento Fitoterápico, via chás, elas sempre receberam a Terapia Corporal, na maioria das vezes Relaxante e, nessas oportunidades eu já trabalhava percursos de meridianos em desequilíbrio, buscando pontos doloridos e aplicando estímulos com a planta selecionada como adequada para aquele momento específico de cada uma delas.

    Todas elas desenvolveram o hábito de tomar seus chazinhos.

    Comparativamente às correntes teóricas que se baseiam em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a fitoterápicos, a escolha pela Pulsologia e Pontos de Alarme mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da autoconsciência.

    Do ponto de vista legal, esta abordagem da Fitoterapia igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com as plantas em formato absolutamente diferente da abordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    DISCUSSÃO

    Os trabalhos realizados com a Fitoterapia, aliada à Holopuntura e a Terapia Corporal permitiram que meus clientes entrassem em contato com os medos, traumas e os outros sentimentos que desconheciam serem tão fortes em si mesmos.

    O estímulo fitoterápico em pontos e regiões correspondentes aos bloqueios trouxe uma resposta emocional que lhes permitiu o auto-conhecimento necessário à estruturação de seus desejos.

    Duas delas vieram com baixa auto-estima, com uma grande carência afetiva e com sentimentos negativos corroendo o corpo, a mente e a alma, enquanto uma delas, muito senhora de si, não tinha consciência da bagagem negativa que carregava em seu íntimo.

    A manipulação corporal lhes proporcionou bem estar, sensação de segurança e alívio geral, como se algo tivesse sido arrancado de suas entranhas, libertando-os de correntes que sufocavam.

    A avaliação dos desequilíbrios através da análise dos Pontos de Alarme possibilitou ao TH tomar conhecimento das emoções que bloqueavam as energias e traçar um caminho em direção ao equilíbrio.

    Através da Pulsologia de Nogier também foi possível ter uma visão do que se passava no interior de cada uma delas, associando as emoções regidas por cada um dos Cinco Movimentos Chineses aos desequilíbrios apresentados, como se as olhasse através de um aparelho capaz de mostrá-las em suas intimidades.

    Percebi em meus clientes, e cheguei à conclusão de que nós adultos temos bloqueios nos canais da alegria, geramos insatisfações e amarguras, cultivamos a descrença e os medos, como conseqüência de um processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de “expressão e de manifestação” foi podada pelos adultos que nos orientaram, pelos padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por muitas cobranças e pelo constante apontar de defeitos e falhas.

    Se havia imperfeição simplesmente ela existia porque estávamos em fase de aprendizado e formação, mas não porque estávamos predestinados a ser pequenos e ínfimos.

    É assim que muitos adultos se sentem, gerando bloqueios nos meridianos e desequilíbrios nos movimentos diversos do ciclo natural da vida.

    Uma das causas que podem tê-los conduzido a esse estado de desarmonia, provavelmente seja o fato que não terem tido a oportunidade de traçarem por si mesmos seus destinos, e caminharem sozinhos, experimentando as alegrias e as tristezas da própria escolha.

    Com este Método de Trabalho Terapêutico com os Fitoterápicos o próprio corpo determinará que plantas são as mais adequadas para um momento especial de cada cliente; não precisamos decorar listas de plantas “boas para isto ou para aquilo” como fazia minha mãezinha...

    Caberá ao TH única e exclusivamente buscar onde está o problema e perguntar ao corpo o que ele necessita naquele momento para solucioná-lo.

    Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

    CONCLUSÃO

    No decorrer do curso e, principalmente neste período de prática supervisionada pude perceber o quanto a Fitoterapia aliada à Holopuntura permite ao Terapeuta Holístico ajudar aos seus clientes a se verem como realmente são e nomear seus sentimentos; a dar um mergulho dentro de si mesmo e retornar renovados e conscientes das sombras do seu interior.

    Com a Fitoterapia aliada à Holopuntura o terapeuta Holístico tem oportunidade de caminhar na direção certa, seguindo a sinalização dada pelo próprio corpo do cliente e, desatar os “nós” que atrapalham o livre fluxo das energias.

    A cada novo atendimento vamos percebendo como as pessoas vão se modificando e ainda que os bloqueios se repitam por várias vezes nos mesmos meridianos, a intensidade com que aparecem vai sendo reduzida.

    Os estímulos fitoterápicos aplicados vão possibilitando que as emoções que geram os desequilíbrios venham à tona, em forma de reações diversas, com um único objetivo: a liberação do caminho para a energia vital.

    Trabalhadas em conjunto com manobras da Terapia Corporal, seja ela de que modalidade for, trabalhando músculos e articulações, relaxando, drenando ou estimulando, naturalmente estarão concorrendo para a mobilização dos fluidos do corpo, para a liberação de elementos químicos prejudiciais, acumulados em decorrência dos bloqueios provocados pelas emoções, sejam elas de que natureza for.

    A Fitoterapia aliada à Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal, permitiu que meus clientes se sentissem mais conscientes:

    - RS – começa a tomar as rédeas de sua vida de uma forma mais responsável, assumindo seu corpo como ele é, sendo mais ela mesma, sem se preocupar com o que pensam as outras pessoas, exteriorizando seus sentimentos de forma amena; sabendo viver sem a tutela do pai que sempre lhe deu excesso de apoio.

    - YRCA - compreendeu melhor os fatos ocorridos em sua vida; começou a pensar em perdoar sua mãe e a descer até a filha numa tentativa de harmonizar todos os sentimentos.

    - SRGM – teve oportunidade de encontrar-se de forma profunda com suas verdades, seus sentimentos, suas emoções e luta para conseguir levar a vida de forma mais tranqüila, aceitando as pessoas como elas são.

    Duas delas continuam o processo terapêutico e vindo semanalmente para os atendimentos enquanto outra se mudou de cidade.

    A Fitoterapia em Cinco Movimentos possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares.

    O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a seleção das plantas graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento.

    A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    1-HIRSCH, SONIA

    Manual do Herói

    Gráfica e Editora Prensa - 1990

    2-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    HOLOPUNTURA – A Quintessência da União de Técnicas.

    São Paulo. SINTE – CEA – Vol.1

    3-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Curso de Holopuntura

    São Paulo – SINTE – CEA – 2005

    4-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    O Microcosmo Sagrado: O segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento.

    São Paulo – Lumina Editorial, 1998

    5-WEIL.PIERRE

    HOLÍSTICA: Uma nova visão e abordagem do real.

    São Paulo – Palas Athenas, 1990

    6- VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Fitoteca em cinco Movimentos

    7- Textos Relacionados ao Curso de Fitoterapia, Postados no Site (CEA) pelo docente HVF.

    ANEXOS E APÊNDICES

    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    2.PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3.INTRODUÇÃO   A Fitoterapia conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante ao uso terapêutico das plantas.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 ObjetivoDefinir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob os paradigmas holísticos, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    5.1.2 FITOTERAPEUTA — Realiza testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios, da pulsologia e de testes musculares, propondo o uso dos vegetais corretos para cada caso; faz uso das propriedades terapêuticas das ervas sob diversas formas, tais como chás, banhos, compressas, óleos, extratos, inalações, dentre outras, visando não só despertar a capacidade de auto-equilíbrio, como, também, suprir a necessidade de certas substâncias e energias sutis que atuarão como princípios energoativos para a harmonização psicofísica.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THF — Fitoterapeuta;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.

    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Fitoterapia aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 — Fitoterápicos — aquisição e indicação

    5.3.3.1 — Opção 1: aquisição dos fitoterápicos pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os fitoterápicos serão doados, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.3.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar fitoterápicos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.3.3 — A seleção dos fitoterápicos a serem recomendados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de:

    5.3.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.3.2 — Pulsologia e/ou de testes musculares (como por exemplo, o Omura Test).

    5.3.4 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permanecer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    A Fitoterapia na História do Brasil

    (Texto publicado no informativo Herbarium Saúde, número 29/04)

    O Brasil tem uma das mais ricas biodiversidades do planeta, com milhares de espécies em sua flora.

    Possivelmente, a utilização das plantas – não só como alimento, mas também como fonte terapêutica começou desde que os primeiros habitantes chegaram aqui, há cerca de 12 mil anos, dando origem aos “paleoníndios” amazônicos, dos quais derivaram as principais tribos indígenas do país.

    Pouco, no entanto, se conhece sobre esse período.

    As primeiras informações sobre os hábitos dos indígenas só vieram à luz com o início da colonização portuguesa, a começar pelas observações feitas na ilha de Santa Cruz pelo escrivão Pero Vaz de Caminha, da esquadra de Pedro Álvares Cabral, em sua famosa Carta a El Rei Dom Manuel.

    Um pouco mais tarde, entre 1560 e 1580, o padre José de Anchieta

    detalhou sobre as melhoras plantas comestíveis e medicinais do Brasil em suas cartas ao Superior Geral da Companhia de Jesus.

    Descreveu em detalhes alimentos como o feijão, o trigo, a cevada, o milho, o grão-de-bico, a lentilha, o cará, o palmito e a mandioca, que era o principal alimento dos índios. Anchieta citou também verduras como a taioba-roxa, a mostarda, a alface, a couve, falou das frutas nativas como a banana, o marmelo, a uva, o citrus e o melão, e mostrou a importância que os índios davam às pinhas das araucárias.

    Das plantas medicinais, especificamente, Anchieta falou muito em uma

    erva-boa”, a hortelã-pimenta, que era utilizada pelos índios contra indigestões,

    para aliviar nevralgias e para o reumatismo e as doenças nervosas.

    Exaltou também as qualidades do capim-rei, do ruibarbo do brejo, da ipecacuanha preta, que servia como purgativo; do bálsamo da copaíba, usado para curar feridas, e da cabriúva vermelha.

    Outro fato que chamou a atenção do missionário foi a utilização dos timbós pelos índios, especialmente da espécie Erythrina speciosa.

    O timbó, de acordo com o Aurélio, é uma “designação genérica para leguminosas e sapindáceas que induzem efeitos narcóticos nos peixes, e por isso são usadas para pescar.

    Maceradas, são lançadas na água, e logo os peixes começar a boiar, podendo facilmente ser apanhados à mão. Deixados na água, os peixes se recuperam, podendo ser comidos sem inconvenientes em outra ocasião”.

    Quase tudo que se sabe da flora brasileira foi descoberto por cientistas

    estrangeiros, especialmente os naturalistas, que realizaram grandes expedições cientificas ao Brasil, desde o descobrimento pelos portugueses até o final do século XIX.

    Essas grandes expedições tinham o intuito de conhecer e explorar as riquezas naturais do país, conhecer a geologia e a geografia do Novo Mundo, bem como determinar longitudes e latitudes para a elaboração dos mapas”.

    Listagem atualizada de Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos:

    De acordo com a RESOLUÇÃO-RE Nº 89, DE 16 DE MARÇO DE 2004, expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

    Arctostaphylos uva-ursi Spreng (Uva-ursi): Venda sob prescrição médica

    Centella asiatica (L.) Urban, Hydrocotile asiatica L. (Centela, Gotu kola ): Venda sob prescrição médica

    Cimicifuga racemosa (L.) Nutt.(Cimicífuga): Venda sob prescrição médica

    Echinacea purpurea Moench (Equinácea): Venda sob prescrição médica

    Ginkgo biloba L. (Ginkgo): Venda sob prescrição médica

    Hypericum perforatum L. (Hipérico): Venda sob prescrição médica

    Piper methysticum Forst. f. (Kava-kava): Venda sob prescrição médica

    Serenoa repens (Bartram) J.K. Small 25 (Saw palmetto): Venda sob prescrição médica

    Tanacetum parthenium Sch. Bip. (Tanaceto): Venda sob prescrição médica

    Valeriana officinalis (Valeriana): Venda sob prescrição médica

    Hamamelis virginiana (Hamamelis): Venda sob prescrição médica

    Autor: : NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS - CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA
    Última atualização: 28/01/2009 12:35


    Reflexoterapia » Iridologia

    Iridologia: Novos Rumos A Seguir

    Iridologia: Novos Rumos A Seguir


    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    III - Resultados

    IV - Discussão

            Ciência Versus Iridologia

    Inadequações de Termos e Métodos: Legislação e Jurisprudência Versus Iridologia

    Problemas e Soluções

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

     

     Resumo


    Um breve relato sobre as origens da Iridologia, até os dias atuais, dissertando seus principais problemas em relação à legislação, à ciência, ao foco de aplicação e mercado potencial, propondo-se como solução, o desenvolvimento de uma NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária específica, a ser embasada pelos dados conclusivos que serão gerados por uma ampla pesquisa nacional, denominada Projeto Iridologia, coordenado pelo SINTE - Sindicato dos Terapeutas.

     

    I - Introdução

     

    A Reflexologia pela Íris ressurgiu à pauta trazida por médicos do Século 19, época esta em que os exames laboratoriais não gozavam do mesmo grau de precisão de nossos dias. Atualmente, insistir no argumento de que a Iridologia pode detectar enfermidades de forma mais eficaz que as análises clínicas convencionais, além de pretencioso, afronta diretamente a visão da dita "ciência oficial" e, como esta é apoiada pelos órgãos de governo e da imprensa, esse é um confronto que em nada ajuda ao desenvolvimento da técnica em questão.

    Paralelamente à questão tecnologia, existe as polêmicas judiciais, não raro colocando o Iridólogo frente a acusações de exercício ilegal de medicina (apesar desta técnica ser proibida aos médicos, pelo Conselho de Medicina...).

     

    A Iridologia necessita ser redefinida quanto à sua proposta e formato de trabalho, adequando-se à legislação e valorizando seus diferenciais em relação à medicina, abraçando sua verdadeira vocação que é a Terapia Holística.

     

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS é o representante OFICIAL da Iridologia em nosso país e único organismo com experiência e aptidão para desenvolver e implantar uma NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Holística específica para a Iridologia.

     

    Para que a Norma Técnica reflita as necessidades do setor, será embasada no Projeto Iridologia, onde profissionais de todo o Brasil, oriundos das mais diversas escolas diferentes de Iridologia, participarão de uma pesquisa, analisando centenas de imagens de iris de voluntários mantidos no anonimato. As análises serão transformadas em dados estatísticos e confrontados às informações coletadas diretamente às pessoas que forneceram as imagens, com o objetivo de identificar quais correntes iridológicas apresentaram melhor nível de acerto, bem como em quais tópicos a técnica, como um todo, obteve melhor desempenho.

     

    O Projeto Iridologia inicia durante o Holística 2009, onde tanto os profissionais, quanto os voluntários firmarão Termo De Compromisso e terá continuidade pelos meses seguintes, com os resultados previstos para divulgação oficial durante o Holística 2010.

     

    Sob orientação da futura Norma Técnica, os iridólogos de todo o Brasil terão os parâmetros de que precisam para trabalhar com eficiência e dignidade, minimizando os riscos de confronto com outras profissões, além de focar naquilo que a Iridologia comprovar maior eficácia.

     

    II - Material e Metodologia

     

    Durante o Holística 2009 (4, 5 e 6 de setembro de 2009) serão coletadas imagens das íris (sempre com o mesmo tipo de equipamento e condições...) de 50 a 100 voluntários, os quais, permanecendo anônimos, terão as fotos analisadas por PROFISSIONAIS (ou seja, Iridólogos compromissados com CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado) das mais variadas correntes e escolas iridológicas. 

     

    Todos os participantes firmarão TERMO DE COMPROMISSO, autorizando a divulgação das imagens e análises, seja por meio eletrônico, impresso ou vídeo, mantendo-se o anonimato quanto à autoria de cada análise ou a quem pertence cada imagem.

     

    As partes serão mantidas em contato por meio eletrônico (e-mail) e as imagens e respectivas análises serão disponibilizadas em site na internet, sendo acessível por senha individual, tanto para os Iridólogos participantes visualizarem as imagens e postarem suas interpretações, quanto para os voluntários conhecerem as avaliações e tecerem suas considerações.


    As análises serão confrontadas com o quadro real coletado de cada voluntário, resultando em informações estatísticas de grau de acerto e/ou erro para cada "escola" de Iridologia e para a técnica em si, como um todo.

    Destes estudos e pesquisas, serão publicados tanto o livro Projeto Iridologia, quanto a  NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Holística - IRID 01 especificamente desenvolvida para a Iridologia.

    Em retribuição à colaboração, os Iridólogos participantes constarão na co-autoria dos trabalhos e os voluntários, além de receberem gratuitamente todas as análises, caso desejem, também constarão nos agradecimentos.

     

    III - Resultados

     

    Este tópico permanece em aberto, pois só poderá ser preenchido mediante a coleta de dados obtidos via Projeto Iridologia, que se inicia em setembro deste ano, no Holística 2009, sendo o término previsto para o mesmo mês e evento, em 2010.

     

    IV - Discussão

     

    A Iridologia é uma das técnicas mais fascinantes e igualmente polêmicas da Terapia Holística. 


    À tradição milenar de "os olhos como espelhos d'alma", em que as terapias ancestrais observavam formato, grau de opacidade e coloração como indícios de saúde (ou falta dela...), modernamente surgiram (e continuam a surgir...) novas "escolas" de Iridologia, que se propõem a analisar a imagem da iris até mesmo ao nível microscópico, coletando dados que, pela "ciência oficial" só seriam possíveis via exames laboratoriais convencionais, ou, indo além dos aspectos físicos, onde raios da iris seriam capazes de desvendar até características psíquicas inconscientes.

    A evolução dos equipamentos iridológicos, que da simples inspeção visual, passando por lupas, até o grau atual de captação de imagens digitais (hoje em dia, a custo bem acessível...) contribuiu para a disseminação da técnica, despertando cada vez mais adeptos apaixonados, bem como ferrenhos críticos igualmente exaltados. Tamanho passionalismo resulta em exageros, que ora substimam, ora superestimam as reais possibilidades práticas da Iridologia.

    A premissa de que qualquer parte do corpo pode refletir o estado geral do indivíduo é milenarmente conhecida e utilizada nas mais variadas culturas. Porém, especificamente a Reflexologia pela íris, ao menos na forma em que é atualmente praticada, é relativamente recente, daí o fato de que muito ainda está por ser discutido. Atribui-se ao húngaro Ignatz von Peczely a "paternidade" da Iridologia, que no século XIX, associou estados mórbidos a sinais apresentados na íris, tendo desenvolvido os primeiros mapeamentos conhecidos, publicando em 1881, o estudo "Discoveries In The Field Of Natural Science And Medicine: Instruction In The Study Of Diagnoses From The Eye" (Descobertas No Campo das ciências Naturais e da Medicina: Instrução no Estudo de Diagnóstico Pelo Olho). Sob esta origem pesa uma estória, sabidamente um mito, em que, quando criança, acidentalmente quebrou a pata de uma ave, observando o surgimento imediato de um sinal na íris do animal, o qual foi desaparecendo paralelamente ao restabelecimento do pássaro. Este que deveria ser apenas um conto lúdico a ilustrar, metaforicamente, os primórdios da técnica, lamentavelmente é propagado como se verídico fosse, o que em nada contribui para a credibilidade da técnica.

    Muitos novos autores publicaram tratados sobre a Iridologia, cada qual com variantes quanto ao mapeamento reflexológico da íris. A maior parte dos profissionais brasileiros adotou a cartografia proposta pelo quiropraxista americano Bernard Jensen.

    Pertinente observar que a Iridologia não é uma terapia em si, mas sim, uma técnica de avaliação. Na hora de trabalhar o Cliente, o Iridólogo terá que aplicar OUTRAS técnicas, estas sim, terapêuticas, para efetivar seu atendimento; as mais usuais seriam a Fitoterapia, a Terapia Floral, a Ortomolecular e a Acupuntura. 

        Ciência Versus Iridologia

    Muitos opositores de nossa profissão profetizaram que a Iridologia estava sepultada em definitivo com o advento da Biometria. Esta técnica realiza medições relacionadas às características particulares de cada indivíduo, sendo utilizada em processos de reconhecimento de identidade. A opção mais conhecida é a utilização da impressão digital, que é um atributo individual único e que se mantém inalterado pelo tempo. Atualmente, existem diversas opções de identificação, como por exemplos, reconhecimento de faces, de voz, de retina, da geometria da mão, e, o que mais vem ao caso, o reconhecimento de íris. Considerando que a Iridologia parte do princípio de que a iris se modifica acompanhando o estado do Cliente, ao passo que a Biometria parte da idéia oposta de que a imagem se mantém imutável, a tal ponto que permite identificar um indivíduo, uma hipótese parece excluir a outra... Ainda mais com a popularização da Biometria pela íris, a tal ponto de já existir no mercado até mesmo celulares com esta capacidade.



     






    Imagens obtidas da monografia "Biometria - Reconhecimento de Iris", de Priscila Pecchio Belmont Albuquerque, Universidade Federal do RJ, em http://www.gta.ufrj.br/grad/07_2/priscila/index.html

    Outrossim, uma breve análise comparativa nos mostra que não são propostas excludentes entre si. Para a Biometria  importa os padrões de limites em relação da íris para com a esclerótica, para com a pupila, além de ponto médio em relação à pupila e os limites impostos pelas pálpebras do globo ocular. Tais proporções, segundo a Biometria, são únicos para cada indivíduo e imutáveis. Já os aspectos que são considerados na Iridologia, que por premissa tem que ser mutáveis acompanhando o estado do Cliente, tais como os raios, "desenhos", pontos, "buracos" ou mudanças de cores, etc, são descartados pela Biometria, considerados "ruídos" e desconsiderados na leitura da imagem.

    Se por um lado, está superada a hipótese de conflito entre Iridologia e Biometria, por outro, a tese de que serviria para diagnóstico de doenças (importante: pela legislação, tanto o diagnóstico, quanto tratamento de doenças é monopólio MÉDICO...) foi rejeitada em todos os testes até então realizados e impressos em conceituadas publicações voltadas à ciência.

    Em 1979, o JAMA - The Journal Of The American Medical Association (Jornal da Associação Médica Americana) publica o estudo "An Evaluation of Iridology" (Uma Avaliação de Iridologia),
    conduzido pelo doutor em medicina, Allie Simon (dentre outros...), no qual cerca de 150 voluntários foram analisados por iridólogos ilibados, dentre eles, o famoso Bernard Jensen (quiropraxista que popularizou a Iridologia nos EUA), resultando em diagnósticos incorretos na grande maioria dos casos e praticamente não houve concordância entre os próprios profissionais entre si, quanto às suas conclusões.

    Quadro semelhante foi obtido em "A Study Of The Validity Of Iris Diagnosis" (Um Estudo Da Validade Da Iris Diagnose), publicado em 1981, no "Australian Journal of Optometry" (Jornal Australiano de Optometria). Em 1988, o Departamento de Epidemiologia e Saúde Investigação, Universidade de Limburg, Maastricht, Holanda, submeteu os mais consagrados iridólogos do pais a descobrir problemas de vesícula examinando imagens de iris de voluntários, concluindo que pela ineficácia do método, publicando o estudo "Looking for Gall Bladder Disease In The Patient's Iris" (Procurando Doença Na Vesícula Biliar Por Meio da Íris do Paciente), no BMJ - British Medical Journal (Jornal Médico Britânico).

     

    Em meados do ano 2000, o doutor em medicina, E. Ernst, do Departamento de Medicina Complementar, da Universidade de Exeter, Inglaterra, publica um artigo denominado "Iridology - Not Useful and Potentially Harmful" (Iridologia - Inútil E Potencialmente Nociva), onde afirma ter analisado cerca de 80 estudos, originados de diversos países, somando milhares fotos de íris analisadas por centenas de profissionais, sem acerto significativo quanto ao quadro clínico, além de evidentes discordâncias das análises obtidas pelo irídólogos entre si. Conclui afirmando que tanto os profissionais, quanto os Clientes devem ser desencorajados em valer-se da técnica.

     

    Pertinente observarmos, que, na ânsia em combater a Iridologia, as próprias publicações admitem ainda que os estudos analisados não seguiram metodologia cientìfica. Ora, assim sendo, não deveriam ser acatados como definitivos, quer concluíssem a favor, quer contra a técnica !

     

        Inadequações de Termos e Métodos: Legislação e Jurisprudência Versus Iridologia

     

    A Iridologia é uma TÉCNICA e, como tal, poderia ser exercida por várias profissões distintas, cada qual respeitando os seus limites de atribuições. Por exemplos: Iridologia em animais, só pode o veterinário ... para avaliação dentária , só o odontólogo.... para DOENÇAS, só os médicos... para avaliação energética e psíquica, os Terapeutas Holísticos...

     

    Lamentavelmente, a maior parte dos cursos de Iridologia insistem em manter-se inadequados quanto ao modo em que ensinam a trabalhar, ferindo frontalmente a legislação brasileira. 

    Tanto diagnosticar, quanto tratar DOENÇA é exclusividade médica. Assim sendo, quando os cursos de Iridologia ensinam a descobrir "doenças" pela iris, automaticamente estão ensinando a serem presos por exercício ilegal de medicina. Da mesma forma, escolher fitoterápicos, oligoelementos, vitaminas, etc, basendo-se no quadro de "doenças", novamente está caracterizado o exercício ilegal de medicina... TUDO deveria basear-se em questões "energéticas" (meridianos, chacras, etc...) e psíquicas, pois, com isso, evitariam as controvérsias judiciais. Outro erro comum é mandar aviar formulações: excetuando-se o caso da terapia floral, TODA formulação é considerada monopólio médico, inclusive, quanto a produtos ortomoleculares. 

    SE a avaliação iridológica focasse naquilo que ela realmente deveria, ou seja, ser uma reflexologia do estado QUALITATIVO do Cliente, nenhum problema haveria; já ao extrapolar sua utilização e desandar a se propor a obter informações QUANTITATIVAS  que nem sequer refinados exames laboratoriais conseguiriam e a estabelecer patologias, aí é franca invasão de profissão alheia à nossa, ou seja, exercício ilegal de medicina.

     

    No mais, pertinente observar que médicos são PROIBIDOS de exercer iridologia, não por nós, mas por seu próprio conselho fiscalizador, que considera a técnica como charlatanismo.

     

    Há determinadas providências e atitudes que cada profissional pode fazer para reduzir os riscos processuais. Primeiramente, jamais vender produto algum: é unânime de que tal procedimento é anti-ético e considerado ilegal para a maioria dos juristas, que aplicam por analogia as mesmas leis que proíbem aos médicos se associarem a farmácias. 

     

    Mais cômodo e seguro é orientar o Cliente adquirir por conta própria nas boas casas do ramo. Para o caso de uso em aplicações de consultório, atente que o valor pelo atendimento deve ser sempre igual, usando ou não os produtos, pois, se houver acréscimo, caracterizará a "venda" do que está sendo utilizado. 

     

    Para poder ter algum produto guardado para uso, tem que manter a NOTA FISCAL (não mero recibo...) em que conste claramente os dados identificatórios da empresa responsável; desta forma, compartilha a sua responsabilidade. Jamais manter "estoque" (mais de um kit, por exemplo...) no consultório, pois é indício de que estaria revendendo. 

     

      Problemas e Soluções

     

    A Iridologia herdou uma postura médica, focando na avaliação de "doenças", atitude esta que a coloca em franca desvantagem em relação à oficial eficiência dos atuais exames laboratoriais, além de implicar em enorme probabilidade de culminar em processos judiciais e corporativos: se for exercida por médicos, além de passível de punição por seu próprio órgão fiscalizador, já que o Conselho de Medicina proíbe aos médicos exercerem Iridologia, igualmente pode resultar em processo penal por charlatanismo; se for exercida por não-médico, ao associar a prática com "doenças", de pronto funciona como confissão de crime de exercício ilegal de medicina (tanto diagnóstico, quanto tratamento de "doenças" é monopólio médico), quanto de curandeirismo. 

     

    Como agravante de indícios de ilícito penal, muitos colegas insistem em se uniformizar de roupas brancas (para a maioria das autoridades brasileiras, significa estar "trajado de médico"...) e em se apresentar com títulos de "doutorado" e/ou "médico" obtidos em cursos estrangeiros que nada valem em nosso país, acrescentando "falsidade ideológica" às acusações já mencionadas.


    O estudo da jurisprudência (casos julgados em tribunais) realizado pelo SINTE - Sindicato dos Terapeutas aponta que o fator de maior peso é o hábito, infelizmente ainda arraigado entre os Iridólogos, de vender aos Clientes os próprios produtos que recomendam. Qualquer autoridade oficial, desde fiscais fazendários e sanitários, passando por delegados e juízes, são unânimes em concluir que tal atitude é mais do que antiética, sendo igualmente ilegal, estimulando a que apliquem todos os enquadramentos legais possíveis para coibir a popularmente conhecida prática da "empurroterapia", o que, por sinal, também é péssima propaganda, pois de pronto afasta a Clientela mais esclarecida, que certamente interpreta como suspeita e  enxerga um óbvio conflito de interesses em tal situação.

     

    O caminho para a revitalização e segurança legal da Iridologia, é assumir a vocação para a Terapia Holística, descartando a "herança médica" do Século 19 e tal qual as demais Reflexologias (podal, quiro e auricular, dentre outras...), reformular sua proposta, terminologia e postura, abolindo a associação com "doenças" e descobrir novos potenciais de aplicação, tais como avaliações energéticas, psíquicas e predisposições funcionais.

     

    Para tal, o único órgão oficial e de postura neutra capaz de conciliar, sem favoritismos, as mais diversas correntes da Iridologia é o SINTE, em especial, por sua já consagrada experiência em desenvolver padrões de trabalho adequados à legislação e mercado brasileiros, sintetizando na forma de NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária específica para esta técnica. Eis a razão pela qual coordena o Projeto Iridologia, aqui descrito, que certamente é a maior e mais importante pesquisa a ser realizada, que resultará em novos rumos, acrescentando mais um capítulo essencial na História da Iridologia mundial.

     

      

    V - Conclusões

     

    Este tópico permanece em aberto, pois só poderá ser concluído mediante a coleta e interpretação de dados obtidos via Projeto Iridologia, que se inicia em setembro deste ano, no Holística 2009, sendo o término previsto para o mesmo mês e evento, em 2010.

     

    VI - Referências bibliográficas

     

    Allie Simon, An Evaluation of Iridology", JAMA - The Journal Of The American Medical Association

    Cockburn DM., A Study Of The Validity Of Iris Diagnosis, Australian Journal of Optometry, 1981

    Knipschild P.,  Looking for Gall Bladder Disease In The Patient's Iris, British Medical Journal, 1988

    E. Ernst, Iridology - Not Useful and Potentially Harmful, Archives of Ophthalmology, American Medical Association, 2000

    Albuquerque, Priscila Pecchio Belmont, Biometria - Reconhecimento de Iris, Universidade Federal do RJ, 2007

    Bourdiol, René J., Traité D'Irido-Diagnostic, Maisonneuve, 1975

    Vieira Filho, Henrique - Tutorial Terapia Holística - Sintebooks

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal » Quiropraxia

    NTSV — QUI 001 Quiropraxia — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    NTSV — QUI 001
    Quiropraxia — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — QUI 001
    Quiropraxia — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Corporal conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloQuiropraxia — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    4.2 Objetivo
    Definir boas práticas, adequação de terminologia e exame de conformidade

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.5 QUIROPRAXISTA — Definição baseada na CBO

    5.1.5.1 Código CBO: 0-79.45 Título: Quiropraxista
    5.1.5.2 Sinônimos: Quiroprático
    5.1.5.3 Descrição Resumida: Realiza, através do emprego das mãos, análises de apalpação dinâmica ou estática, identificando desalinhamentos, restrições de movimentos e sinais de alterações estruturais, realizando tratamento terapêutico, para aliviar ou devolver ao Cliente melhores condições de conforto e alívio dos sintomas reclamados:
    5.1.5.4 Descrição Detalhada: identifica as subluxações (desalinhamentos e restrições de movimentos) nas articulações do corpo humano, localizando sinais de alterações térmicas, edemas, massas, espasmo muscular, atrofia, textura dos tecidos e estruturas ósseas assimétricas, para avaliar a possibilidade dos sintomas referidos poderem ser solucionados ou aliviados pelos métodos naturais que emprega; realiza tratamento terapêutico através de manipulações e ajustes específicos, a fim de integrar a estrutura a um pleno fluxo nervoso e permitir ao organismo expressar o máximo de saúde possível.

    5.1.6 QUIROPRAXISTA — Realiza, através do emprego das mãos, análises de apalpação dinâmica ou estática, identificando desalinhamentos, restrições de movimentos e sinais de alterações estruturais, realizando ação terapêutica, para aliviar ou devolver ao cliente melhores condições de conforto e alivio. Identifica as subluxações (desalinhamentos e restrições de movimentos) nas articulações do corpo humano, localizando sinais de alterações térmicas, edemas, massas, espasmo muscular, atrofia, textura dos tecidos e estruturas ósseas assimétricas, para avaliar a possibilidade dos sinais referidos poderem ser solucionados ou aliviados pelos métodos naturais que emprega; realiza ação terapêutica através de manipulações e ajustes específicos, a fim de integrar a estrutura a um pleno fluxo nervoso e permitir ao organismo expressar o máximo de saúde possível.
    5.1.7 SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL — complexo de mudanças histológicas e/ou estruturais e/ou funcionais que comprometem a integridade neural e que interfere na função dos órgãos e na saúde em geral.
    5.1.8 AJUSTE QUIROPRÁTICO — ajuste osteo-articular realizado pelo Quiropraxista que libera as estruturas nervosas de pinçamentos ou irritações; livre para funcionar corretamente, o sistema nervoso pode fazer restabelecer e condição de saúde deste organismo.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    QUI — Quiropraxia;
    THQ — Quiroprático ou Quiropraxista
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Quiropraxia aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3
    Boas práticas em QUI

    5.3.3.1 — Explicar o processo de QUI com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o TH detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as manobras quiropáticas aplicáveis ao caso;
    5.3.3.2 — O TH deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;
    5.3.3.3 — Via de regra, não se realizam ajustes quiropráticos diretamente em locais doloridos, devendo o TH proporcionar conforto ao seu cliente com técnicas paralelas, até obter-se uma avaliação completa do caso;

    5.3.4 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 02/07/2008 14:43


    QUIROPRAXIA: A ARTE DE TRATAR COM AS MÃOS

    QUIROPRAXIA:  A   ARTE  DE  TRATAR COM AS  MÃOS  

    SANDRO PEDROL  

    TERAPEUTA HOLISTICO  

    CRT 39529 
     

    Sumário  

    Resumo

    1 – Introdução

    2 – História da Quiropraxia

    3 – Metodologia

    4 – Resultados

    5 – Discussão

    6 – Conclusão

    7 – Referencia Bibliográfica

    8 – Apêndice e Anexos 
     
     
    Resumo

    Este trabalho sobre a Quiropraxia vem de encontro às minhas crenças e observações da influência da relação mente-corpo e corpo-mente, sendo isto tudo uma só “via” de expressão, mas com muitas formas de abordar esta intrigante relação na visão holística do ser humano, que ao invés de se prender a uma “técnica” para tratar uma pessoa, olha para o momento da pessoa e procura deste ponto, ver o melhor para tratar seus desequilíbrios e distúrbios. Neste sentido a Quiropraxia tem se mostrado uma ferramenta importante para cuidar do ser humano durante a historia, com resultados reconhecidos por vários profissionais ligados a área da saúde e qualidade de vida no mundo todo como este trabalho pretende dissertar.  
     

    1 - Introdução  

    Desde tempos imemoráveis o homem tem utilizado das mãos, um dos métodos mais conhecidos e largamente empregado nas práticas terapêuticas de todas as épocas. E na verdade apenas estamos re-aprendendo o que nos primórdios da historia humana se fazia naturalmente em busca da saúde e equilíbrio do ser.

    A Quiropraxia como método terapêutico tem se mostrado altamente eficaz nos desequilíbrios osteoarticulares, bem como em distúrbios relacionados ao Sistema Nervoso humano e sua relação com as dores nas costas.

    Como se trata de uma técnica com as mãos, a posição do terapeuta em relação a seu cliente, tem uma influencia direta no contato e percepção de ambos nesta forma de tratamento, assim, o conforto ou desconforto de um destes se refletirá na forma desta relação terapêutica.

    Por se tratar de um tratamento holístico devido a sua origem histórica, o terapeuta que se utiliza desta técnica, deve estar bem relacionado com uma visão integral do ser, e não apenas com um distúrbio localizado em determinada área do corpo, pois se assim proceder, estará pecando no sentido de ajudar no restabelecimento da saúde e qualidade de vida de seu cliente.

    Quando todos chegarem a este entendimento, nesta busca incessante de mais saúde e qualidade de vida para o ser humano, podemos afirmar que realmente teremos chegado a um consenso comum de todos os profissionais que cuidam de pessoas, que o maior bem é fazer o bem e nunca causar dano, tanto no aspecto físico quanto nas emoções humanas, e a Quiropraxia pode ser uma grande aliada neste sentido.    
     

    2 – História da Quiropraxia

    Na narrativa histórica milenar notamos que a Quiropraxia era cuidadosamente, Hebreus, Persas, Chineses, Babilônicos e Gregos (1) (2), os quais tinham algum conhecimento desta arte, ainda que praticada de forma incipiente e não mediante protocolos reconhecidamente científicos. Os Gregos, Romanos e os Árabes identificaram os princípios básicos e fundamentais, e descreveram e registraram os valiosos e sábios conhecimentos adquiridos, lançando os fundamentos desta ciência para o mundo.

    Deste modo, verificamos que a Quiropraxia é uma herança e uma verdade científica desenvolvida durante muitos séculos.

    Para Hipócrates, a arte e a ciência da Quiropraxia confirmam a verdadeiramente ciência. Ele, repetidamente advertida que "é mais importante conhecer a natureza da coluna vertebral, o que deve ser um propósito natural, ... obtendo-se o conhecimento indispensável para diagnosticar as muitas enfermidades". E, prosseguia, dizendo: "... a negligência para com a coluna vertebral, quando a vértebra está descolada, resulta em sérias e permanentes complicações".

    DANIEL DAVID PALMER (3), considerado o PAI da Quiropraxia, um professor Canadense, desenvolveu esse conhecimentos e criou a moderna Quiropraxia nos Estados Unidos da América, em 1895, tendo publicado "THE SCIENCE AND ART OF CHIROPRACTIC", obra referencial para aquela que viria a ser uma das profissões mais almejada e promissora na área da saúde.

    Passados mais de 100 de anos da revelação da Quiropraxia para o mundo, o legado de PALMER chega ao século XXI, representado por escolas e universidades, centros quiropráxicos e profissionais especializados, modernas indústrias de equipamentos e produtos complementares, editoras e milhões de pessoas que se beneficiam diariamente dos procedimentos concebidos por aquele que, para alguns de sua época, não passava de um louco ou visionário. Felizmente, a história nos garante que sempre haverá um amanhã.

    No Brasil, a Quiropraxia foi introduzida em 1922 pelos norte-americanos, Dr. Willian F. Fipps, D.C., o qual foi sucedido após 1945, pelo Dr. Henry Wilson Young, D.C., ambos estabelecidos na cidade de São Paulo, constituindo-se nos pioneiros da introdução desta filosofia, arte e ciência em nosso país.

    Já em 1958, por inspiração e iniciativa de Dr. Henry Wilson Young, foi firmado um convênio entre a Associação de Renovação Biológica (ARB), de Curitiba, PR, e a University of Natural Healing Arts, de Denver, CO, EUA, tendo início o primeiro curso de Quiropraxia no Brasil. 
     
     

    Lamentavelmente em face das dificuldades políticas havidas no início dos anos 60 em nosso país, o curso foi encerrado após a formação e graduação da primeira e única turma de Quiropraxistas, representada por 28 profissionais que receberam o título de Quiropraxistas, dentre os quais se destacava o jovem M. Matheus de Souza, sendo o único profissional remanescente em atuação, desta histórica turma. Repetindo a saga de PALMER, MATHEUS revelou-se um dos mais dedicados estudiosos e competentes profissionais, assumindo naturalmente a condição de líder e maior expoente da Quiropraxia no Brasil nos tempos difíceis que se seguiram.

    Atualmente porem no Brasil, graças a abertura de muitas portas, dentre a que mais se destaca o SINTE (SINDICATO DOS TERAPEUTAS) por expandir este conhecimento, muitas outras formas de abordagem da Quiropraxia tem se tornado conhecidas e reconhecidas.  

    3 – Metodologia

    A Quiropraxia apresenta aspectos singulares de sua abordagem na ênfase no tratamento do complexo das subluxações relacionados às manifestações de dor e desequilíbrios musculares, revelando o seu sinergismo aplicado à prática terapêutica.

    Esta técnica tem como base o uso das mãos (4) em movimentos semelhantes a “trancos”, em regiões articulares que se apresentam com “hipo-mobilidade” isto é, sem a amplitude total de seu movimento normal, assim afetando negativamente toda a estrutura osteoarticular, levando aos mais diversos estados de desequilíbrios físicos e emocionais, bem como nas diversas formas de dores.   

    Na área da saúde pode-se dizer que a principal referência sobre os diferentes aspectos de biomecânica, desequilíbrios musculares, avaliação e tratamentos dos distúrbios relacionados às dores, desta nobre filosofia que fundamentada a ciência da arte de tratar com as mãos, concebida nos tempos modernos por PALMER e sustentada no Brasil por MATHEUS e muitos outros profissionais respeitados.

    Historicamente, em português, o primeiro termo a ser usado para definir a profissão foi Quiroprática, uma vez que é a tradução literal de Chiropractic, palavra que identifica essa atividade nos países de língua inglesa e cujos fundamentos nos serviram de base e inspiração para o desenvolvimento desta atividade no Brasil. No entanto, nas línguas latinas quando se associa a palavra prática a uma atividade qualquer, parece tratar-se de uma profissão adquirida apenas pela prática, não havendo necessidade de estudos formais nem de treinamento específico para exercê-la.

    Para evitar esse equívoco, a partir de 1965 decidiu-se adotar o termo Quiropatia por identidade ou afinidade fonética a outras profissões, também na área da saúde, como Homeopatia, Alopatia, Osteopatia, Isopatia, etc.

    Com a vinda de novos profissionais dos EUA a partir de 1992, convencionou-se usar o termo QUIROPRAXIA uma vez que estaria mais de acordo com a origem grega do nome. Isto significa que em português possuímos três grafias com o mesmo significado.

    O princípio básico é o de que um procedimento deve ser reproduzível por qualquer indivíduo que tenha sido treinado e desenvolvido experiência nesse procedimento. Parece que a Quiropraxia, às vezes, trabalha com "padrões de energia" muito sutis do corpo. 

    Parece também que alguns indivíduos podem empregar técnicas terapêuticas aparentes, obtendo resultados que não são conseguidos por outros, embora tais procedimentos possam ser válidos para aquele indivíduo em particular, não podem ser ensinados a outros que não tenham as mesmas habilidades e matrizes mentais. Isto nos leva a classificar as técnicas terapêuticas em duas categorias básicas:

    Aquelas que funcionam para qualquer indivíduo treinado na atividade; e

    Aquelas que operam no princípio das matrizes mentais e dependem de imagens mentais poderosas, entrando no domínio das técnicas somático emocionais, na qual o princípio poderoso do “toque” pode produzir resultados positivos em vários estados de “dor”. 

    A Quiropraxia registra de modo definitivo que o código genético representa o projeto individual de cada ser vivo e possui também, todas as informações necessárias para manter a plenitude de manifestação durante um determinado espaço de tempo, significando, portanto, que cada organismo tem um potencial de recuperação extraordinário que se expressa através de um pleno fluxo de informações e que no ser humano, transmitam preferencialmente pelo Sistema Nervoso em cada célula do corpo. Esse potencial simplesmente espera pelas mãos, coração e mente do quiropraxista, para torná-lo ativo e propiciar a recuperação possível, tornando a vida digna de ser vivida, pois é a herança natural do homem viver em plenitude. Beneficiando a todo aquele que procurar um Quiropraxista com expectativa e confiar no corpo deste profissional, os seus cuidados; e beneficiando ao cliente, os conhecimentos adquiridos nos cursos, atuando com certeza dos resultados e por que deve ser feito com sucesso e profissionalismo.

    Aplicar os procedimentos da Quiropraxia significa liberar entradas e saídas do fluxo interno de informação no organismo, a fim de reduzir a entropia e incrementar as capacidades de manutenção do equilíbrio orgânico, resultando na recuperação ou manutenção da saúde, que equivale a um nível adequado de informação. Repetindo, saúde equivale a um nível adequado de informação, entropia mínima. 

    O corpo humano é dotado de certas qualidades inerentes, naturais, que visam propiciar a proteção, manutenção e recuperação da saúde individual, em conformidade com um projeto superior, onde o ser tem a capacidade de auto equilíbrio desde o momento da fecundação.

    Destas qualidades, a função normal do sistema nervoso, transmissor e receptor desta ressonância genética, é principal força integrante. A partir disso, conclui-se que, quando a transmissão e expressão normal da energia nervosa recebem qualquer tipo de interferência, em especial nas articulações, seja no esqueleto axial (coluna vertebral) ou no apendicular (demais articulações), podem se desenvolver processos negativos e distúrbios gerais na saúde do ser humano.

    O sistema nervoso, portanto, é o agente que libera entradas e saídas do fluxo de informação no organismo, para a manutenção do equilíbrio orgânico.

    A ciência quiropráxica preocupa-se com o relacionamento no corpo entre a estrutura (sistema músculo-esqueletal), comandada principalmente pelo sistema nervoso, visto que esse relacionamento pode afetar a comunicação necessária para a manifestação, preservação e recuperação da saúde.

    A Quiropraxia é a disciplina, dentro das artes naturais ligadas à saúde, que se preocupa com a terapêutica dos distúrbios funcionais, de dor e outros efeitos neurofisiológicos relacionados com a estática e a dinâmica do sistema neuro-músculo-esqueletal, relacionados a todas as articulações axiais, apendiculares e crânios-faciais.

    A aplicação desta ciência e arte quiropráxica, refere-se a qualquer serviço prestado por um quiropraxista, para exercer a profissão, cujo objetivo é recuperar e manter a saúde de maneira natural. 
     
     

    4 – Resultados

    - Um estudo do estado da Flórida, analisando 10.652 casos de compensação empregatícia por falta ao trabalho, em 1988, foi conduzido pelo pesquisador Wolk e relatado pela Fundação para a Educação e Pesquisa em Quiropraxia. De acordo com Wolk, pessoas com problemas da coluna, tratados por quiropraxistas em vez de médicos ou osteopatas, tinham menos probabilidade de desenvolver lesões compensáveis (lesões resultantes em tempo de trabalho perdido e, portanto, demandando compensação) e também menores chances de hospitalização. Os autores explicaram que os quiropraxistas são mais eficazes ao tratar lesões da coluna lombar porque "o tratamento quiroprático, ao proporcionar maior ajuda ao cliente, no início do quadro, pode produzir resultados terapêuticos mais imediatos, permitindo, assim, reduzir o tempo de trabalho perdido" (Wolk e Steve, 1988).

    - Bronfort (1999) conduziu a revisão de literatura concernente à eficácia do tratamento quiroprático em casos de dor lombar. O autor encontrou "evidência de eficácia a curto prazo para a terapia manipulativa da coluna no tratamento da dor aguda da coluna lombar". Além disso, o autor descobriu que a combinação da manipulação e mobilização da coluna é mais eficaz no tratamento das dores lombares, quando "comparada a placebo e terapias comumente usadas, tais como o tratamento médico em geral".

    - Em um estudo conduzido pelo Ministério da Saúde de Ontário, o autor Manga e cols. (1993) relatou que a manipulação da coluna é o tratamento mais eficaz para as dores lombares e que a manipulação da coluna é "mais segura do que o tratamento médico para a dor da coluna lombar".

    - Vários estudos (Howe, Newcombe e Wade, 1983; Verhoef, Page e Wadell, 1997) concluíram que a manipulação da coluna melhora a mobilidade cervical e diminui a dor. Do mesmo modo, Verhoef, Page e Wadell ( 1997) concluíram que "pessoas apresentando queixas de dor lombar e/ou cervical têm comprovado o tratamento quiroprático como um meio eficaz de resolver ou melhorar a dor e as deficiências funcionais".

    - Em 1998, Hack e cols. relataram uma nova descoberta anatômica: pontes de tecido conectivo estabelecem uma ligação direta entre músculos cervicais e a membrana protetora do cérebro e da medula espinhal. Essa descoberta sugere uma provável conexão do tipo causa e efeito entre dores de cabeça e disfunção da coluna cervical. Os autores levantaram a hipótese de que o tratamento quiroprático de dores de cabeça, originadas por tensão muscular, é eficaz porque ele pode "diminuir a tensão muscular e, portanto, reduzir ou eliminar a dor, ao diminuir as forças potenciais exercidas na dura-máter, via conexão entre músculos e a dura-máter".  
     

    5 – Discussão

    Se realmente está se tornando claro que o tratamento quiroprático é superior aos tratamentos convencionais, aqui cabe uma pergunta, até que ponto?! Segundo o pensamento de “especialistas” até mesmo intervenções cirúrgicas tem se mostrado limitadas no alívio das “dores” da pessoa relacionadas ao sistema neuro-muscular e osteoarticular, assim a Quiropraxia tem uma vasta vantagem para a saúde e qualidade de vida da pessoa, sem os inconvenientes e altos riscos de uma intervenção cirúrgica invasiva ou tratamentos medicamentosos paliativos, com efeitos colaterais danosos á saúde.  
     

    6 – Conclusão

    De acordo com a exposição feita neste documento, embora as palavras apenas mostrem apenas uma “realidade parcial” do papel da QUIROPRAXIA durante a historia e desenvolvimento humano, ficam claros os aspectos positivos da aplicação desta, que por se tratar de uma técnica simples que visa o restabelecimento do equilíbrio natural da estrutura biomecânica do ser humano, onde até mesmo pesquisas denominadas “cientificas” mostram estes mesmos resultados em muitos distúrbios e desequilíbrios biomecânicos, são óbvias e visíveis como as pessoas que sofrem e convivem com a dor, são as maiores beneficiadas com o uso da Quiropraxia.

    Mesmo no campo “extra cientifico” estes resultados positivos são bem mais aparentes, pois muitos Terapeutas tem testemunhado em sua prática clinica diária que sua “prática com as mãos”, ou seja a Quiropraxia, tem ajudado a muitas pessoas a alcançar mais saúde e qualidade de vida em seu dia-a-dia.

    Sendo este o objetivo mor das terapias denominadas holísticas, pode-se afirmar e confirmar que a Quiropraxia tende a se tornar uma técnica cada vez mais reconhecida e utilizada por pessoas de todas as idades.

    Ao mesmo tempo, procurar dar atenção a desequilíbrios energéticos segundo a visão chinesa dos cinco movimentos aliada a Quiropraxia, resultados se mostram ainda mais positivos e com uma visão mais integral do ser, em todos os aspectos, muito além do mero físico da visão ortodoxo-cartesiana, com um maior vislumbre do vitalismo que rege o todo em suas várias e infinitas combinações 
     

    7 – Referencia Bibliográfica

    Bronfort, Gert. 1999. "Spinal Manipulation: Current State of Research and Its Indications." Neurologic Clinics of North America 17, no. 1: 91-111.

    Hack, D.G., G. Dunn et al. 1998. "The Anatomist's New Tools." 1998 Medical and Health Annual. Chicago: Encyclopaedia Brittanica, Inc.

    Howe, D.H., R.G. Newcombe and M.T. Wade, 1983. "Manipulation of the Cervical Spine-A Pilot Study." Journal of the Royal College of General Practitioners 33:574-579.

    Manga, Pran, Doug Angus, Costa Papadopoulos and William Swan. 1993. The Effectiveness and Cost-Effectiveness of Chiropractic Management of Low-Back Pain. Ottawa University. 
     
    Manga, Pran and Doug Angus. 1998. Enhanced Chiropractic Coverage under OHIP as a Means of Reducing Health Care Costs, Attaining Better Health Outcomes and Achieving Equitable Access to Health Services.

    Mitchell, Barry S., B. Kim Humphreys and Elizaben O'Sullivan. 1998. "Attachments of the Ligamentum Nuchae to Cervical Posterior Spinal Dura and the Lateral Part of the Occipital Bone." Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics 21, no. 3: 145-48.

    Mosley, Carrie D., Ilama G. Cohen and Roy M. Arnold, 1996. "Cost-Effectiveness of Chiropractic Care in a Managed Care Setting." American Journal of Managed Care 2, no. 3: 280-282.

    Ruggieri, Juan. SITE: www.quiropraxiasemdor.com/quiropraxia.htm

    Wolk, Steve. 1988 "An Analysis of Workers' Compensation Medical Claims for Back-Related Injuries." ACA Journal of Chiropractic (July): 50-59.

    Wolk, Steve. 1988 "An Analysis of Workers' Compensation Medical Claims for Back-Related Injuries." ACA Journal of Chiropractic (July): 50-59. 

    Greenman, Philip. 1996 “Principios da Medicina Manual (2ª edição)”. Ed. Manole. Pág. 543-544. 
     
     
     
     

    8 – Apêndice e Anexos 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (1) – Este pictograma representa Asclépio “o Curador” acompanhado por "Hegeia", a deusa da Saúde, realizando uma manipulação na coluna vertebral. (Este pictograma foi encontrado numa escavação na entrada do Santuario de Asclépio em Pireas e está exposto no museu de Pireas na Grécia). 
     
     

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (2) – Forma de Quiropraxia praticada na China antiga.  
     

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (3) – DANIEL DAVID PALMER  
     
     

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (4) – O uso das mãos durante as sessões de Quiropraxia. 

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 18/02/2008 17:24


    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico

    Índice

    Resumo

    Introdução.

    Material e Metodologia

    Acupuntura

    Discussão.

    Conclusão.

    Bibliografia. 
     

    Resumo 

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia. 

      Hapki-do e uma luta Arte Marcial Milenar Coreana que utiliza pontos de Acupuntura para neutralizar os seus oponentes, também utiliza os mesmos pontos para tratar o desequilíbrio da energia utilizando vários métodos como: Acupuntura Sistêmica, Acupuntura Auricular, Quiro-Acupuntura, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida), Moxa, Ventosa  e Terapia  Corporal como massagem.

    E uma luta muito violenta e ao mesmo tempo muito delicada porque se atingir algum ponto de acupuntura com certa violência pode paralisar ou até causar traumas irreversíveis.

    Os Coreanos encaram o Hapki-do e acupuntura na sua cultura tradicional, com muita naturalidade, pois faz parte do costume e folclore trazidos por gerações e gerações através de milhares de anos.

    Quando alguém se machucava ou tinha algum problema de saúde, eles procuravam ajuda aos mestres de Artes Marciais, principalmente de Hapki-do. 

     
     

    Introdução 

    A Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia.

    O tema escolhido para holísticas 2009 foi demonstrar na pratica a relação de Hapki-do com as terapias orientais como Acupunturas, Terapia Corporal, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida).

    Realizei vários cursos de acupuntura e massagem com grandes Mestres internacionais nas Artes de Hapki-do.

    Pode observar e aprender várias técnicas de manobras e alongamentos de Quiropraxia utilizadas por eles nos atletas em campeonatos. 

    E também pelo fato de estar engajado em vários trabalhos sociais há muito tempo e com mais de 9000 clientes na carteira e trabalhando em varias entidades como Delegacia Geral, Delegacia da Mulher, Receita Federal, APROFEM (Sindicato dos Funcionários e professores Municipais de São Paulo),e neste ano começou a ser preparados em Hapki-do as Forças Armadas Brasileiras e Academia Kim. Observei que podemos ajudar na qualidade de vida e diminuindo sofrimentos físicos e emocionais.  
     

    Material e Metodologia 

     

    Há aproximadamente 4.500 anos, quando as pessoas começavam a viver em grupos, já  existiam sinais de defesa instintiva necessária para a sobrevivência, ir, defender e contra-atacar para proteger a si próprio e aos outros. Isso pode ser constatado pelos sinais deixados em cavernas da China e da Coréia.

    Antigamente, a região da Coréia era dividida em três partes, entre elas a civilização SIN-LA que era a mais adiantada das três, por isso, foi lá onde começou uma infiltração cultural de origem Budista.

    O SIN-LA era liderado pelo general KIM YU SIN que formou um grupo chamado HWA RANG-DO, que tinha por finalidade unir as três partes.

    O HWA RANG-DO era um grupo de jovens doutrinistas que praticavam certo tipo de defesa, fanaticamente, com a finalidade de conseguir essa união e tinham como lema: 

    -Amar a Pátria;

    -Confraternização mútua;

    -Não recuar um só passo na luta;

    -Respeitar os pais e

    -Ajudar os fracos. 

    Com essa filosofia nasceu o HAPKI-DO que foi responsável pelo engrandecimento da civilização de SIN-LA durante todos os anos de sua existência.

    Começa aí  o Império Kório (Coréia). Naquela época, se criavam e praticavam vários tipos de lutas que eram ensinadas nos exércitos, entre elas:

    YU-SUL (tipo de Judô)

    SU-BAK (tipo de Sumo)

    HAPKI-DO (que já na época, defendia-se de todas as lutas)

    Os nossos trajes atuais de lutas, são cópias fiéis dos trajes daquela época. Hoje, as faixas representam graus de hierarquia, porém, naquela época, representavam as várias classes sociais. 

    O Hapki-do foi escolhidos pelo próprio Imperador para fazer parte do treinamento de sua guarda de honra. 

    Foi escolhido o HAPKI-DO, porque era a única luta que possuía 25 tipos de técnicas e defendia terceiros. Enfim, era e ainda é a luta mais completa.

    Passados mais de 500 anos, o general LEE SUNG KIE fundou o Império YI DO tomando o lugar do Império KORIO. Mandou então matar todos os praticantes de defesa pessoal. Em conseqüência disso, os praticantes dessas lutas foram se esconder nas montanhas, alguns escapando, outros morrendo. Mas o HAPKI-DO continuou. 

    HAPKI-DO;

    KUM-DO (esgrima);

    YO-DO (tipo de Judô) e

    TEA KIUM (tipo de Karatê)

    Depois da Primeira Guerra Mundial, foi criada a R.O.K (Republic of  KOREA), na qual foi adotado o HAPKI-DO para o treino da guarda pessoal do Presidente da República.

    Após a Segunda Guerra Mundial, o HAPKI-DO que até então era uma luta reservada para a presidência e para os nobres, passou a ser conhecida pelo povo. 

    O HAPKI-DO possui cerca de 3.876 golpes  incluindo chutes, saltos, socos, torções, balões, defesa contra faca, manejo de bastões, espadas, etc. 

          Hierarquia das Faixas 

          8º  ao 7º Gub - Faixa Amarela

          6º  ao 4º Gub - Faixa Azul

          3º  ao 1º Gub - Faixa Vermelha

          1º  Dan - Faixa Preta

     

    O HAPKI-DO inspira-se em certos princípios que são rigorosamente respeitados por seus adeptos. Por isso, é a luta mais popular da Coréia.

     

    O HAPKI-DO, hoje, é praticado em quase todo o mundo. Foi difundido no Brasil após o ano de 1.970, pelo Grão Mestre PARK SUNG JAE que ensinou, em princípio, quase 200 homens do Exército Brasileiro foi incentivado pelo Coronel Paulo da Silva Freitas, sendo logo depois de condecorado patrono do HAPKI-DO no Brasil. O Grão Mestre PARK SUNG JAE é Secretário Geral da Confederação Internacional e comanda uma rede de academias no Brasil.

    Está  academia é a mais antiga em funcionamento, com 31 anos de existência, e é administrados pelo mestre Song Un Kim 8o Dan, Bi-Campeão Mundial, Medalha de Ouro na Korea em 1990 e Medalha de Ouro e Prata no México 1993. Atualmente administra cursos de Acupuntura e massagens em diversos locais. 

    Hapki-do não é  apenas mais outra arte marcial ou uma mera combinação de outras artes ou técnicas de lutas. Porém, antes de entender o que é Hapki-do, faz-se necessário entender o que é o "Hap Ki". Hap ki significa uma combinação harmoniosa de (KI) "energia vital interior", não apenas a sua energia, mas a de seus colegas de treino, ou mesmo seu oponente. 
     
    Quando observamos o KI universal, vemos o que conhecemos por energia Yin e Yang; pois é algo que a natureza cria, o fluxo do Yin e Yang, etc. Numa alternância infinita entre os dois.

    Este "KI" gerado é um mistério da natureza que o homem tenta usar a seu favor, a força natural do HAP KI. O Hapki-do envolve estratégias usando o principio do "Hap Ki" na execução de seus movimentos.  
    O "KI" sempre flui em círculos. Hapki-do envolve todos os seus movimentos com fluxo circulares, sem uso de força ou de técnicas traumáticas, que gerem conflitos ou confrontos diretos, sem harmonia. O universo se move circularmente, e no mesmo contexto o Hapki-do usa os movimentos circulares sem o uso da força como base para todas suas técnicas. Quando trazemos nosso oponente para dentro de nosso círculo imaginário (próximo a nós) ou o "adaptamos" a nosso próprio círculo de alcance, teremos o controle total sobre nossos oponentes.  
    Estes movimentos tampouco são violentos ou lineares; eles são certamente muito suaves gentis e sempre circulares. Assim, quando se faz e se torna o centro produzindo um fluxo como um redemoinho de água, como se originando de dentro (do centro) de um furacão, a energia perfeita dos movimentos faz com que alcancemos uma paz profunda interior indescritível.  
    O Hapki-do possui muitas torções, chaves estranguladoras, socos, perfurações, que são usadas para controlar o oponente, bem como uma vastidão de chutes e técnicas de bater (traumatizantes). Muitas escolas de Hapki-do ensinam técnicas com armas brancas para os alunos mais graduados, como bastões longos, médios e curtos, facas, faixas, panos, nunchacos, cordas, leques, lanças, e vários tipos de espadas.  
    Os movimentos do Hapki-do seguem alguns princípios naturais, que quando praticados com empenho e dedicação levam o praticante a atingir a perfeição dos mesmos. Estes movimentos fazem a grande diferença entre o Hapki-do e as outras artes marciais.

     

    Hapki-do se faz necessária compressão de três palavras distintas:

     

    Hap - Combinar, Unir, Coordenar, Para Harmonizar.

    Ki - Força Interior, Energia Vital, Força, Energia Dinâmica.

    Do - O Caminho, O Sistema, O Método.

    O currículo abaixo é  o atual, ensinado pelo Hapki-do:

    1. Ho Shin Do Bup (técnicas básicas de defesa pessoal) 
    2. Moo Ye Do Bup (técnicas com movimentos estritamente circulares) 
    3. Su Jok Do Bup (técnicas traumatizantes) 
    4. Kyuk Ki Do Bup (técnicas de combate com oponentes) 
    5. Ki Hap Do Bup (técnicas de concentração e energização espirituais) 
    6. Byung Sool Do Bup (técnicas com armamentos)  
    7. Su Chim Do Bup (Manipulação e uso de pontos de pressão) 
    8. Hwan Sang Do Bup (Técnicas de visualização de movimentos)

    Os modos do HAPKIDO e a forma como ele se apresenta parecem ser de outro mundo, e muitas de suas técnicas são estranhos, para todas as artes marciais. 

    Hoje em dia existem varias academias no Brasil, e o Hapki-do continua se expandindo.

      

    "É  melhor praticar uma técnica milhares de vezes, do que aprender um milhão de técnicas e praticá-las apenas uma vez." - Grão Mestre MYUNG Jae Nam

     

    Acupuntura
     

    A acupuntura e a técnica mais antiga que existe, parti do conceito de que o desequilíbrio se deve à má distribuição de energia pelo corpo, sendo assim aplicam-se algumas agulhas para ativar alguns pontos de acupuntura para equilibrar yin e yang dos órgãos e vísceras.

    Cada Órgãos e Vísceras têm uma função energética diferente da função alopática.

    Na Antigüidade, os chineses haviam comprovado que um órgão do corpo humano, alterado em seu funcionamento, deixava sensíveis, certos pontos de revestimento cutâneo. A localização desses pontos (situados nos mesmos lugares em todas as pessoas) variava de acordo com o órgão afetado. Concluíram assim que cada órgão correspondia pontos específicos, demonstraram então que uma ação sobre esses pontos repercute sobre o órgão correspondente, produzindo um alívio.

    Esses pontos constituem uma espécie de cadeia, como se uns fossem a continuação de outros. Unindo-os por traços imaginários obtêm-se linhas longitudinais denominadas passagem, canais ou meridianos.

    Os meridianos estão relacionados aos órgãos diretamente. Inserindo uma agulha em um determinado ponto de um meridiano, tem a sensação de que algo esta transitando entre eles, os chineses chamam de Qi, que significa energia.

    Restaurar o equilíbrio energético 

    A energia circula através do organismo, meridiano a meridiano, de forma regular, distribuindo-se harmoniosamente e segue o seguinte percurso diário: das 3 às 5h, passa pelo meridiano dos pulmões (P); das 5 às 7h, do intestino grosso (IG); das 7 às 9h, do estômago (E); das 9 às 11h, do baço pâncreas (BP); das 11 às 13h, do coração (C); das 13 às 15h, do intestino delgado (ID); das 15 às 17h, da bexiga (B); das 17 às 19h, dos rins (R); das 19 às 21h, da circulação-sexualidade (CS); das 21 às 23h, do triplo-aquecedor (TA); das 23 à 1h, da vesícula biliar (VB); da 1 às 3h, do fígado (F).

    Os desequilíbrios são conseqüências naturais da má distribuição de energia. Alguns sintomas da falta dessa energia são: sensação de vazio, fraqueza, insatisfação, insegurança, desânimo, frio, suor, agressividade, agitação dor, calor, e outros...

    A acupuntura tem por objetivo reequilibrar a circulação de energia no organismo, tornando-o harmônico, pois constitui no princípio básico da ordem universal. A saúde é o resultado do equilíbrio dessas duas forças (Yin (negativo) e Yang (positivo), que ativam os corpos).

    O Yin e Yang expressam-se em todo e qualquer nível de existência, com alternância de cada força.

    Alguns elementos Yang são: a luz, o calor, o verão, o vermelho, o homem, a atividade, o sistema nervoso simpático, as partes superficiais do corpo. O elemento Yin é: o escuro, o frio, o inverno, o azul, a mulher, o sistema nervoso parassimpático, as partes profundas do corpo e outros.

    O intestino delgado, o intestino grosso, a vesícula, o estômago, a bexiga e o triplo-aquecedor são órgãos de Yang. O coração, os pulmões, o fígado, o baço, os rins e a circulação-sexualidade são órgãos Yin.

    Alguns físicos descobriram que a teoria oriental de que não existe distinção entre matéria e energia está certa, elas são consideradas dois pólos de uma mesma unidade.

    Para análise, uma técnica peculiar

     Yin e Yang são duas forças que condicionam a vida de cada indivíduo e o seu estado de saúde, a pergunta que se faz ao especialista de acupuntura é: qual órgão esta deficiente e qual órgão apresentam um excesso de vitalidade? Dá-se, então o analise, na qual, usam-se alguns métodos: ver o cliente escutá-lo, perguntar, apalpar seu corpo nos pontos  ou LO (pontos de alarme) e leitura pelo pulso, todos eles são importantes.

    O analise do pulso é realizado na artéria radial do punho. E requer silencio e tranqüilidade. Os três dedos têm que se manter como um arco, com as pontas bem alinhadas e se examina o pulso com a polpa dos dedos. A distancia dos dedos depende da estatura do cliente: É dividida em três zonas, cada qual com uma posição superficial e outra profunda.

    Coloque levemente a polpa de um dedo sobre a artéria radial, em cada uma das três posições, é possível perceber que a sensação obtida difere em cada local – com exceção de pessoa em perfeito estado de saúde (se a pressão for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensação ou percepção torna-se diversa). Se os pulsos da primeira posição apresentar vibrações mais fortes do que os da terceira, quer dizer que o Yang esta mais poderoso do que Yin, e vice-versa.

    Na mão  esquerda, com pressão superficial, faz-se a análise do intestino delgado, da vesícula e da bexiga; com pressão profunda faz-se análise do coração, fígado e rins. Na mão direita, com pressão superficial o intestino grosso o estômago e o triplo-aquecedor, com pressão profunda o pulmão, baço/pâncreas e a circulação-sexualmente.

    As pulsações podem ser classificadas em: a) alteração de freqüências b) ritmos c) superficial ou profunda; d) lisa ou grossa; e) cheias ou vazia; f) longa ou curta e etc.

    Tanto para se realizar um tratamento ou realizar uma simples análise, é  imprescindível o conhecimento dos meridianos, da origem de seus pontos principais e das leis que regem esta forma de terapia.

    Existem doze meridianos que estão relacionados a doze órgãos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou mais desses órgãos. Assim sendo, esses doze órgãos – ou funções corporais são considerados primários, e os outros secundários.

    Os meridianos são bilaterais, um em cada lado do corpo, sendo classificados como profundos e superficiais, de Yin e de Yang. Os meridianos profundos de Yin são os do coração, da circulação-sexualidade e dos pulmões. Meridianos superficiais de Yang: do intestino delgado, do triplo-aquecedor e do intestino grosso. Meridianos inferiores de Yin (de dentro para fora): do baço/pâncreas do fígado e dos rins. 

     
     

    Discussão 

     

    Hapki-do como é uma arte marcial muito antiga que tem mais de 3500 anos de existência, não se sabe realmente quem foi o mentor da arte. Existem varias teorias. 

    Hoje em dia, vários mestres, modificaram a arte tradicional de hapki-do para falar que e o mentor, e alguns modificaram até o nome e outros colocaram outro nome para falar que e um estilo diferente de Hapki-do.  

    Mas no fundo aqueles que realmente conhecem a Arte Marcial Hapki-do eles trabalham com acupuntura e terapia corporal (obs. "massagem" é termo inadequado à legislação brasileira e mercado).  

    São aqueles que só usam o nome Hapki-do para se promover, não sabe nem onde fica um ponto de acupuntura.   
     

    Conclusões 

     

    Posso afirmar que acupuntura e Quiropraxia têm relação direta com Hapki-do para equilibrar a sua energia interna e para imobilizar e neutralizar os seus oponentes, fazendo gerar muita dor e sofrimento utilizando compressão nos pontos de acupuntura e alterando a sua função biomecânica da coluna.

    Hapki-do e excelente em tratamentos preventivos para alongamento das articulações e melhorando sistema cardiorrespiratório.

    Excelente para tratamento da dor e da sua causa.

    Podemos provar realizando alguns golpes nos pontos de acupuntura, verificando aumento da sensibilidade e diminuição da resistência do local (sem machucar, claro).

    Podemos pressionar alguns pontos para mostrar anestesia do local, para tirar a dor, ou melhor, a hiper sensibilidade do local.

    O hapki-do e uma luta Arte Marcial Coreana que usa pontos de Acupuntura para Neutralizar oponentes e também serve para equilibrar a desarmonia da energia utilizando os mesmos pontos de Acupuntura.

    Por isso Hapki-do e utilizado na Coréia em forças armadas, Policia, Guarda Costa e quando se fala em proteger  alguma pessoa ou alguma coisa e utilizado Hapki-do. 
     

    Referências bibliográficas 

     

    Hapki-do: Hoo sin sool.

    Seul,Korea 1987. 

    Hapki-Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    Self Defence Martial Art.

    Seul,Korea 1987 

    Hoo sin Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    General Description of Hapki-do.

    Seul, Korea 1986. 

    Autor: : Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Floral » Florais de Saint Germain

    O Tarô Terapêutico e sua relação com os Florais de St. Germain

    O Tarô Terapêutico e sua relação com os Florais de St. Germain


    Andrea Rodrigues Teixeira - Terapeuta Holística - CRT 41933



    A grande invocação
    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra


    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra


    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem.


    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal.


    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.


    Dedicatória
    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes, que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.

    Dedico também a Aparecida Dutra Azevedo, por ser minha terapeuta e mentora dos meus processos emocionais e espirituais.


    Agradecimentos
    Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem a oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

    Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

    Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

    Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.


    Sumário

    1. Introdução..............................................................................................................8

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo..............................................................................8

    1.2.O método freudiano da associação livre................................................................9

    1.3.. Tarô – história e apresentação...........................................................................10

    1.4. Os Florais de Saint. Germain..............................................................................11

    2. Material e metodologia................................................................................................12

    2.1. O método do tarô terapêutico............................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................13

    4. Discussão.....................................................................................................................25

    5. Conclusão....................................................................................................................27

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................28

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................29



    Resumo

    O presente trabalho visa demonstrar, de maneira teórica, a relação que existe entre a aplicação terapêutica dos Florais de Saint Germain, sintonizados por Neide Margonari no Brasil, e as cartas do tarô com uma abordagem junguiana, utilizadas dentro de seu fundamento terapêutico.

    Este importante meio de demonstração dos arquétipos mundiais, presentes em todas as culturas e religiões de diferentes maneiras, pode ser útil e ajudar a esclarecer processos inconscientes que, na sua maioria, não conseguem ser facilmente acessados pelos clientes em terapia. Da mesma maneira, os florais podem ajudar na cura dos diagnósticos proporcionados pelo tarô, num processo terapêutico complementar e que pode apresentar resultados mais eficazes e rápidos dentro da terapia.

    Assim, este trabalho faz esta relação direta entre os dois conhecimentos, demonstrando, no final, que os dois tem mais em comum do que se possa imaginar num primeiro momento.


    1. Introdução


    1.1. Jung e o inconsciente coletivo


    A psicologia analítica, desenvolvida por Carl Gustav Jung, é a que mais pode contribuir para a orientação teórica deste trabalho. Isso porque Jung estudou, inclusive, os arcanos do tarô e várias outras formas dos chamados eventos extrafísicos, ou seja, casos que não podem ser comprovados pela ciência tradicional e que não são aceitos pela mesma, sendo consideradas mitos ou inverdades. De fato, os eventos analisados por Jung, como o tarô, a sincronicidade e tantos outros, não poderiam ser comprovados pela ciência empírica, cega as manifestações energéticas do homem e que não o considera como um todo, ou seja, como um ser holístico.

    Isto posto, vamos analisar, primeiramente a noção básica da psicologia analítica, o conceito de personalidade total (Self). Segundo este conceito, a psicologia humana se desenvolve de duas maneiras concomitantes. Primeiramente uma psique extraconsciente cujos conteúdos são pessoais. E, paralelamente, uma psique cujos conteúdos são impessoais e coletivos, o chamado inconsciente coletivo. (Magalhães, 1984).

    Por inconsciente coletivo podemos compreender uma psique mais profunda, comum a todos os humanos e sem distinção de cultura, raça ou religião. Essa psique seria formada por padrões de estruturação da personalidade nas diferentes fases da vida (infância, adolescência, relação conjugal e profissional, velhice, preparação para morte) chamados de arquétipos. (Magalhães, 1984). A explicação dos arquétipos seria a do “modo como os pássaros fazem o ninho, por exemplo, é um código inato, assim como certos fenômenos simbióticos entre insetos e plantas. Da mesma maneira o homem nasce com certo funcionamento, certo padrão que a torna especificamente humano. Este padrão está expresso nas imagens arquetípicas, ou formas arquetípicas”.

    ( Evans apud Magalhães, 1984).


    A noção de arquétipo, postulando a existência de uma base psíquica comum a todos os humanos, permite compreender por que em lugares e épocas diferentes aparecem temas idênticos, nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de modo geral – seja nos sonhos das pessoas normais, seja no delírio dos loucos”. (Silveira apud Magalhães, 1984).

    Jung ainda coloca os arquétipos como imagens “primordiais” (Burckhardt apud Jung, 1987), ou seja, uma aptidão da mente humana de manter as imagens como elas eram nos primórdios da humanidade.

    Essa hereditariedade explica o fenômeno, no fundo surpreendente, de alguns temas e motivos de lendas se repetirem no mundo inteiro e em formas idênticas...” (Jung, 1987).


    Uma outra noção junguiana muito importante no presente trabalho é a teoria da sincronicidade, desenvolvida pelo autor. Segundo ele, a sincronicidade é a “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos” (Jung, 1971). Porém, estes fatos não são somente uma coincidência estatisticamente comprovada, mas uma manifestação do psiquismo da pessoa com a qual ocorre o fato, a sincronicidades. Jung começou a pensar nisso quando, ouvindo o sonho de uma paciente sobre um besouro, viu o mesmo besouro entrar pela janela de seu consultório. De fato, a possibilidade matemática disto acontecer com eles (médico e paciente) era remotíssima, apesar de possível, o que o fez acreditar que algo no inconsciente coletivo fazia com que os acontecimentos certos aparecessem para determinada pessoa, como um modo de mensagem que deveria ser decifrada como algo importante e que trouxesse desenvolvimento e evolução ao ser em questão. Assim “o fato psíquico modifica ou elimina os princípios da explicação física do mundo está ligado à afetividade do sujeito da experimentação” (Jung, 1971). Ou seja, os fatores da psique humana são capazes de modificar os conteúdos do mundo físico, fazendo com que ocorram as chamadas sincronicidades. A sincronicidade é, portanto, “uma percepção de uma simultaneidade de acontecimentos internos e externos, não necessariamente no mesmo momento – daí serem sincronísticos e não sincrônicos.” (Guimarães, 2004).


    1.2. O método freudiano da associação livre


    Freud, considerado o pai da psicanálise, cunhou o termo associação livre como método eficaz dentro do seu trabalho terapêutico. Por associação livre podemos entender:


    Método que consiste em exprimir indiscriminadamente todos os pensamentos que ocorrem ao espírito, quer a partir de um elemento dado (palavra, número, imagem de um sonho, qualquer representação), quer de forma espontânea.” (Laplanche e Pontalis, 2001).


    Assim, todos os pensamentos que ocorrem ao paciente no momento da sessão são importantes e interessantes no processo da terapia. É como uma porta que se abre no inconsciente e “escolhe” os assuntos ou associações que determinado indivíduo faz em alusão a alguma coisa. Podemos, com isso, pesquisar farto material sobre o assunto em questão e o que poderia parecer mero acaso de fala passa a se tonar material para o trabalho de conscientização.


    1.3. Tarô – história e apresentação


    Vejamos, primeiramente, o que Banzhaf nos diz sobre o tarô:


    “O tarô é um oráculo de cartas que, em sua estrutura atual, é conhecida desde o século XVI. Consiste em 78 cartas, divididas em dois grupos principais: as 22 cartas chamadas Arcanos Maiores (do latim arcanum, que significa “segredo”) e as 56 cartas chamadas Arcanos Menores. Os Arcanos Maiores apresentam figuras ou “personagens” individuais e inconfundíveis, numerados em seqüência clara. Já os Arcanos Menores são precursores do atual baralho de jogo, pois se dividem em quatro séries de naipes” (Banzhaf, 2001).


    Para o presente trabalho vamos considerar somente os Arcanos Maiores do tarô.

    “Erupções dramáticas deste gênero usualmente significam que aspectos negligenciados de nós mesmos buscam reconhecimento.” (Nichols, 1980). Assim, o tarô utiliza-se dos arquétipos do inconsciente coletivo para nos mostrar, por meio de importantes mensagens, aspectos nossos abandonados ou deixados de lado por alguma motivação consciente ou não. A sincronicidade entra na escolha de cada uma das cartas pelo consulente ou pelo tarôlogo. Assim, não é a toa que uma determinada carta é puxada quando o consulente concentra-se em um determinado aspecto de sua vida. O tarô responderá de acordo com a energia psíquica que aquela pessoa desprende no momento da jogada.

    Veja bem, não se trata de uma mágica barata. É toda uma teoria psicológica que respalda os indícios de que as figuras que aparecem no tarô representam de alguma maneira aspectos de nosso inconsciente coletivo. Assim, as cartas podem ser utilizadas por qualquer pessoa, a qualquer tempo. São atemporais como o é o próprio inconsciente, onde não se separa presente, passado ou futuro. Os eventos apresentados nas cartas do tarô podem tanto vir de eventos futuros (aparecendo como previsões) como de eventos passados ou presentes, exatamente pela atemporalidade do aspecto inconsciente. O importante é saber que esses aspectos, quando solicitados pelo consulente no momento da consulta de tarô, aparecerão de acordo com a sua importância na vida psíquica da pessoa, ou de aspectos escondidos que precisam vir à tona (ou seja, eventos inconscientes que precisam ser conscientizados) de coisas que já aconteceram, como de eventos que tem um potencial para acontecerem no futuro e que, de alguma maneira, ainda poderão ser modificados. Por isso que não podemos falar em destino como uma tabula rasa escrita por alguma outra força que não esteja em nós mesmos, mas sim como uma possibilidade dentro dos eventos da vida da pessoa que serão levados a cabo de acordo com cada uma de suas escolhas.

    Assim, os arquétipos representarão o encenar de uma peça que já acontece há muitos séculos, desde os primórdios da civilização, mesmo que mude seu cenário. Por isso a grande quantidade de diferentes modelos de tarô, de diferentes épocas, religiões e conceitos. O aspecto principal é que as figuras não mudam, os arquétipos são apresentados sob diferentes roupagens, mas sempre serão os mesmos.


    1.4. Os Florais de Saint Germain


    Os Florais de St. Germain foram sintonizados pela terapeuta Neide Margonari, a partir de seu chamamento pessoal em 1990. Eles abrangem 79 essências retiradas de flores presentes na Mata Atlântica, nativa da costa brasileira. Conta também com uma fórmula chamada de Fórmula Emergencial. Esta Fórmula Emergencial é usada na maioria dos casos para uma limpeza prévia da aura do paciente e, em alguns casos emergenciais como choques, perdas e o momento de uma notícia que abale a estrutura emocional e espiritual do paciente.

    Na sua maioria, dos Florais de St. Germain são utilizados para o tratamento de doenças nos campos físico, emocional e espiritual, como obsessores e vampirismo psíquico. Por esse motivo, estes foram os florais escolhidos para realizar o trabalho terapêutico dentro da clínica, pois trata o homem como um ser holístico, com todas as suas faces e necessidades específicas.

    A seguir, apresenta-se uma tabela de todas as essências florais de St.Germain e sua utilização clínica.






    2. Material e metodologia


    2.1. O método do tarô terapêutico


    O método do tarô terapêutico é de uso e aplicação simples, mas com grande poder de síntese do processo principal pelo qual a pessoa está passando. Separam-se os 22 arcanos maiores do tarô e é pedido que o consulente embaralhe as cartas concentrando-se, principalmente, no motivo real de seus problemas atuais. O consulente também pode se concentrar em um problema específico. Logo após, o terapeuta abre o baralho à sua frente, de maneira que todas as cartas fiquem viradas para baixo e seja possível puxar qualquer uma delas. Ainda concentrado, o consulente precisa puxar uma única carta, que será o motivo da meditação durante todo o restante da sessão. O terapeuta precisa explicar o máximo sobre a carta em questão e pedir que o consulente faça suas associações com os problemas pelos quais está passando ou conte uma história do que acha que está acontecendo na figura. Assim que terminar o processo, o terapeuta já saberá em quais aspectos da carta é preciso atuar e quais os florais que representam esses aspectos.

    Para cada uma das cartas do tarô, com cada uma de suas representações arquetípicas, é possível relacionar um ou mais florais. Cada floral vai trabalhar um aspecto diretivo da carta em questão, por isso que é necessário o tempo de associação livre entre o terapeuta e o cliente. Neste período, é necessário descobrir porque aquela carta especificamente está entrando na vida do cliente e como as mudanças desses aspectos poderão ser mudados. Os florais servirão como o remédio para a alma, mas o processo de cura vai começar já com o uso da associação livre.

    Assim, como cada arquétipo trabalha determinados aspectos da psique humana e os florais de St. Germain também, foi possível fazer a associação dos aspectos presentes nos arcanos do tarô (arquétipos) e as soluções apresentadas por cada um dos florais. Assim, dependendo de cada aspecto que seja encontrado na elaboração terapêutica do tarô é possível receitar determinado floral, respeitando a sua aplicação para aquele determinado caso. Nos resultados, apresentam-se as relações possíveis entre cada arcano arquetípico e o uso dos Florais de St. Germain.





    3. Resultados


    A seguir, apresentam-se as relações entre os florais, as cartas do tarô e as possíveis associações terapêuticas:


    O Louco“O louco é o andarilho, enérgico, ubíquo e imoral” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa a pessoa que precisa soltar-se mais, precisa esquecer o passado, as mágoas e impulsionar em direção à vida e ao futuro. Pode representar pessoas que tem um louco dentro de si, mas tornaram-se metódicas e enfadonhas, atingindo um alto grau de depressão ou desespero sem motivo. Pode evocar estados de síndrome do pânico, onde toda a energia represada precisa ser solta de alguma maneira. Também evoca a energia presa que gera estados de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na divindade), Algodão (desbloqueia a ligação com a intuição e com o instinto), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Gerânio (depressão, ansiedade e medos infundados), Bom dia (dificuldade de enfrentar a vida), Dulcis (estagnados na sua jornada), Embaúba (mágoa profundas), Ipê roxo (fortalecimento do Self), Panicum (Síndrome do pânico), Piper (se sentem travados, hábitos obsessivos), Saint Germain (insanidade, desligamento com o Eu interior), Verbena (rigidez mental), Anis (pessoas que não se entregam pra viver sua vida na plenitude), Coronarium (Trabalha os estados de mania, paranóia, insanidade, demência e loucura), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Lírio Real (ser livre em qualquer situação), Ameixa (perda do controle mental), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes inúteis), Madressilva (aprisionadas ao passado) e Pinheiro Libertação (Liberta aspectos aprisionados na alma).


    O Mago “O mago é capaz de realizar sua mágica diante de nós, bastando para isso que assistamos às suas representações.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa o adolescente, que acaba de começar a sua jornada ou alguém que acaba de começar uma coisa nova. Pessoas muito ligadas com o superficial, identificadas quase que totalmente com o ego, que precisam do outro para se sentir queridas, amadas ou reconhecidas. Falta de reconhecimento da realidade, pessoas muito iludidas ou presas a fantasias.

    Florais relacionados: Aloe (Independência e autoconfiança), Gerânio (desligado da realidade), Erianthum (egoísmo, autocentramento e superficialidade), Capim Seda (pessoas que se deixam levar pela energia dos outros), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Gloxínea (novos começos), Amygdalus (presa no mundo das ilusões), Grandflora (algozes e sádicas), Helicônia (Aprisionadas nas malhas da ilusão das glorias da ascensão social), Limão (de índole mentirosa), Purpureum (manipuladores), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Bambusa (desviaram-se do seu caminho por influência dos outros), Indica (revela o oculto, o que está por traz das aparências), Myrtus (para pessoas presas no mental do outro), Triunfo (só dar valor às aparências), Vitória (autenticidade), Pau Brasil (energia para despertar nossos talentos latentes, nossa real vocação) e Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real).



    A Sacerdotisa“Dela é o reino da profunda experiência interior; dela não é o mundo do conhecimento exterior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa a pessoa que não consegue se ligar à sua espiritualidade por não estar ligada ao seu lado feminino. São mulheres com dificuldades no feminino sagrado e homens que não conseguem acessar sua porção mulher, gerando machismo e falta de respeito pelo feminino. Mulheres que perderam a intuição por conta do mundo competitivo em que vivemos e do acúmulo de tarefas. Pessoas que, em geral, precisam refazer seu contato com o seu espírito. Mulheres com forte TPM por conta desse distanciamento.

    Florais relacionados: Abundância (amor incondicional), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Luz (emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Cidreira (pessoas sobrecarregadas), Gloxínea (baixa auto-estima e acumulo de afazeres), Patiens (desenvolvimento da paciência, flexibilidade e tolerância), Pectus (padrões de submissão), Purpureum (TPM e acúmulo de líquidos), Indica (desperta a intuição), Rosa Rosa (amor incondicional), Vitória (sentimento de inadequação), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Lótus do Egito (expansão da consciência e da espiritualidade) e Cocos (personalidade capacho).


    A Imperatriz “É, portanto, a Imperatriz quem faz às vezes de ponte entre o Mundo Mãe de inspiração e o Mundo Pai de lógica e laboratórios...” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa travada no seu processo criativo por afastamento do seu lado feminino. Falta de inspiração para mudar o que precisa ser mudado. Excesso de “amor”, relacionamentos destrutivos e sufocantes. Falta de fertilidade e de prosperidade. Excesso de dramaticidade do real. Pessoa ciumenta e invejosa.

    Florais relacionados: Abundância (amor incondicional), Algodão (bloqueio no ouvir e ver internos), Aloe (acessar a independência e a autoconfiança), Capim Seda (desbloqueio do fluxo natural), Erianthum (não se aprofundam na vida e nos relacionamentos), Leucantha (conexão com a grande Mãe interna), Limão (personalidade invejosa), Perpétua (perdas afetivas), Pepo (dificuldade de perceber e despertar para as situações da vida), Abricó (dificuldade de concretizar), Boa Sorte (remove os obstáculos para prosperar), Indica (intuição), Monterey (culpa consciente ou inconsciente), Rosa Rosa (amor incondicional), Fórmula Leucantha ( rejeição da gravidez) e Poaia Rosa (amor incondicional e espiritual).


    O Imperador – “Aqui começa o mundo patriarcal da palavra criativa, que inicia o domínio masculino do espírito sobre a natureza.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de senso prático. Excesso de ilusões e fantasias. Falta de concretude. Problemas com figuras de poder, como chefes. Racionalizar demais como mecanismo de defesa. Falta do princípio da ação, pessoa acomodada. Falta contato com a realidade, vive no mundo mental, das idéias sem concretizar nada. Problemas em se destacarem do todo e em encontrar soluções na vida profissional.

    Florais relacionados: Abundância (expansão da consciência), Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor, útil para governantes e políticos), Aloe (verdades que o inconsciente sabe mas a pessoa não quer enxergar), Amygdalus (pessoas presas no mundo da ilusão), Bom dia (depressão camuflada), Cidreira (ansiedade), Embaúba (vistos como preguiçosos e passivos por questões internas), Erianthum (mau humor, ira e teimosia), Gerânio (postura mental negativa, desligadas da realidade), Grandflora (pais que batem nos filhos), Pectus (energia para enfrentar), Pepo (dificuldade de perceber e despertar para as situações da vida), Sapientum (impotência sexual), Verbena (rigidez mental), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Chapéu de Sol (útil aos que começam a se destacar), Cocos (se sente fraco e sem fibra diante de certas situações), Mimozinha (dificuldade de se articular nas situações), Monterey (complexo de inferioridade), Vitória (trabalha a autenticidade), Aveia Selvagem (poder sobre suas próprias decisões), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Pau Brasil (nossa real vocação).


    O Sumo Sacerdote – “... a personificação exteriorizada da luta do homem pela conexão com a divindade – da sua dedicação à busca do significado, que coloca o homem acima dos animais” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Perda da ponte entre Deus e o homem. Crenças infundadas. Necessidade do outro para ver suas próprias questões. Projeção. Inveja. Falta de consciência do seu poder espiritual. Complexo de herói. Afastamento da parte sagrada do Self. Fanatismo religioso.

    Florais relacionados: Allium (Proteção espiritual), Capim Seda (se deixam influenciar pela energia dos outros), Erbum (sincronismo entre alma e corpo), Gloxínea (baixa auto-estima), Helicônia (padrões voltado ao externo), Limão (personalidade invejosa), Pepo (muito apegadas a bens materiais), Purpureum (manipuladores), Saint Germain (desligamento com o Eu Superior), Scorpius (pessoas críticas e provocadoras), Tuia (culpa inconsciente do “pecado”), Verbena (idéia fixa e falta de flexibilidade), Wedélia (desligamento do Eu Superior), Mangífera (perderam a fé), Cocos (personalidade capacho), Laurus Nobilis (romper ligações com crenças religiosas), Rosa Rosa (perda da fé), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Poaia Rosa (sincronicidade da nova ordem planetária).


    O Enamorado – “Podemos ver nesse moço a personificação do jovem e vigoroso ego, pronto para enfrentar a vida e seus problemas sem a ajuda de ninguém.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Fragilidade do ego. Fraqueza para tomar decisões. Excesso de indecisão. Processo de fuga dos conflitos. Excesso de fantasia como fuga da realidade. Não consegue se conectar com a mãe interna, não cortou o cordão umbilical da mãe real. Dependência emocional. Imaturidade.

    Florais relacionados: Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor), Aloe (inadequação e negação de si mesmo), Amygdalus (controle das emoções pela compreensão da mente), Bom dia (dificuldade para enfrentar a vida), Curculigum (dificuldades de impor limites), Leucantha (acessar a Mãe interna/ personalidades indecisas, confusas e dependentes), Pectus (energia para enfrentar), Perpétua (perdas efetivas), Sapientum (útil para pessoas imaturas), Thea (útil em situações de mudanças e conflitos), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Anis (não se soltam para viver a vida em plenitude), Carrapichão (combate o vampirismo), Grevílea (invadidos no seu espaço pelo outro), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Lírio da Paz (proteção dos envolvimentos que nos prejudicam), Lírio Real (ser livre), Aveia Selvagem (pessoas muito indecisas), Lótus/ Magnólia (perceber o que é nosso e o que é do outro) e Pau Brasil (útil para adolescentes que estão procurando os seus caminhos).


    O Carro – “ A jornada exterior não é apenas um símbolo da jornada interior, mas também o veículo para o nosso autodescobrimento” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Inflação do ego. Falta de equilíbrio e discernimento. Ter energia, mas não ter objetivos claros. Instabilidade emocional. Somatização de doenças por conta do emocional. Estados de mania e ansiedade. A pessoa que “coloca o carro na frente dos bois”. Medos infundados. Estagnação. Medo de tomar as rédeas e de dirigir.

    Florais relacionados: Algodão (remoção de energias negativas n corpo físico), Allium (devolve a calma e o discernimento), Amygdalus (controle dos desejos), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Cidreira (ansiedade), Dulcis (se sentem estagnados em sua jornada), Erbum (ritmo das pessoas rápidas demais), Erianthum (egoísmo), Focum (medo de dirigir), Gerânio (ansiedade e medos infundados), Helicônia (vaidade e exibicionismo), Pectus (energia para enfrentar), Perpétua (saudades de quem partiu por viagem), Piper (para quem se sente travado), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Boa Sorte (proteção), Cocos (estado de resignação), Coronarium (mania, agitação interna), Ameixa (perda do controle mental), Lótus do Egito (harmonia e enlevo da alma sem o envolvimento do Ego), Lótus/Magnólia (proteção) e Sergipe (abertura e amplitude da mente).


    A Justiça – “O equilíbrio é a base da Grande Obra” (Aforismo alquímico apud Nichols, 1980)

    No processo terapêutico: Estado de regressão infantil. Pessoa que usa a raiva contra os outros e comete crimes. Auto-culpa acentuada. Falta de equilíbrio mental. Mudanças repentinas de humor. Em casos mais graves Transtorno Bipolar (estados alternados de mania e depressão). Falta de responsabilidade. Sentimento de injustiça.

    Florais relacionados: Allium (discernimento), Curculigum (conflitos e culpas internas), Embaúba (sentimento de injustiça), Gloxínea (confusão de desordem interna), Grandflora (pessoas algozes e sádicas), Patiens (disciplina interna e organização mental), Purpureum (Limpeza dos corpos inferiores), Saint Germain (Estado de insanidade), Sapientum (energia da sabedoria), Unitatum (criança interior ferida), Varus (culpa), Coronarium (mania, paranóia), Indica (revela o que já sabíamos inconscientemente), Grevílea (transmutação dos sentimentos de raiva), Monterey (culpas conscientes ou inconscientes), Arnica Silvestre (pessoas injustiçadas), Myrtus (presas no mental do outro) e Ameixa (perda do controle mental).


    O Eremita – “... o frade aqui retratado personifica uma sabedoria que não se encontra em livros”. (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Sentir solidão por distância do si mesmo (vazio da alma). Fanatismo religioso. Depressão. Projeção em figuras místicas ou religiosas. Falta de sabedoria com as experiências. Retirar-se da vida por vontade própria. Falta de senso de observação e dificuldade de introspeção. Pessoa espiritualmente atacada. Superficialidade. Desligamento do Eu Superior.

    Florais relacionados: Algodão (bloqueio no ouvir e ver interno), Allium (proteção contra vampirismo astral), Begônia (acessar seu oráculo interno), Bom dia (dificuldade de enfrentar a vida), Capim Seda (pessoas que se deixam influenciar pela energia dos outros), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados), Erianthum (superficialidade), Gerânio (depressão), Helicônia (padrões voltados ao externo), Incensum (elevação do nível vibratório), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (liberta o corpo da vítima de trabalhos de magia), Sorgo (vazio da alma), Thea (útil na meditação), Wedélia (desligamento do Eu Superior), Abricó (sentimento de solidão), Bambusa (desviaram-se do seu caminho por influencia dos outros), Boa Sorte (proteção), Carrapichão (vampirismo por sondas astrais), Indica (revela o que está por traz das aparências), Lírio da Paz (proteção dos envolvimentos que nos prejudicam), Myrtus (presas no mental do outro, seitas), Rosa Rosa (perda da fé), Triunfo (só dão valor as aparências), Vitória (ilumina o lado obscuro da alma), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Lótus do Egito (harmonia e enlevo da alma sem o envolvimento do ego), Lótus/Magnólia (proteção, perceber o que nosso o que é do outro), Pinheiro Libertação (campos profundos da alma) e Poaia Rosa (alinhamento rítmico das nossas atividades no cotidiano com as energias mais aceleradas do plano espiritual).


    A Roda da Fortuna – “... estamos presos no intérmino girar predestinado da Roda da Fortuna? Ou essa carta nos oferece outras mensagens, mais cheias de esperança?” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Estagnação. Envolver-se demais com os problemas externos desconsiderando a sua essência. Não aceitação dos fatos da vida como naturais e excesso de sofrimento por isso. Pessoa dramática e vitimesca. Pessoa que não consegue acessar transformações e mudanças necessárias à evolução humana e espiritual. Pessoa presa ao passado, que espera que sempre as coisas se repitam. Não consegue mudar o comportamento e, consequentemente, não consegue mudar as coisas. Precisa entender a relação entre seu interno e seu externo.

    Florais relacionados: Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Seda (desfazer o bloqueio energético do fluxo natural), Dulcis (se sentem estagnados em sua jornada), Erbum (pessoas que sofreram os revezes da vida), Erianthum (não se aprofundam na vida e nos relacionamentos), Pectus (abandonar padrões repetitivos de submissão e resignação), Piper (para quem se sente travado), Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real), Anis (pessoas que não se soltam para viver a vida na sua plenitude), Boa Deusa (aos que levaram rasteira da vida), Lírio Real (ser livre), Alcachofra (traz abertura e receptividade), Canela (ampla visão das questões da vida), Flor branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada) e Populus Panicum (sentimento de insegurança com relação à própria vida e compreensão dos acontecimentos e o caminho certo a seguir).


    A Força – “As energias outrora empenhadas na adaptação exterior começarão agora a preocupar-se mais com o crescimento interior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Lado emocional exacerbado. Ser dominado pelas emoções. Falta de controle da raiva e do ódio. Violência. Doenças psicossomáticas. A pessoa não consegue aceitar as suas emoções e elas acabam o engolindo. Fraqueza física e emocional. Sexualidade desequilibrada. Indecisão quanto à própria identidade sexual.

    Florais relacionados: Aloe (pessoas fragilizadas e vulneráveis), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Capim Luz (remover emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Embaúba (vistos como preguiçosos e passivos – quando isso é gerado pela sensação de fraqueza), Erianthum (mau humor e ira), Focum (traumas violentos), Gloxínea (sentem-se inúteis e incapazes), Limão (pessoa de personalidade destrutiva), Melissa (distúrbios de ordem nervosa), Saint Germain (conflito com a identidade sexual), Sapientum (impotência sexual ou sexualidade exacerbada), Tuia (falta de controle dos impulsos sexuais) e Cocos (para quem se sente fraco, sem fibra).


    O Enforcado – “Com as mãos amarradas atrás das costas, o Enforcado se acha tão indefeso quanto um nabo. Está nas mãos do Destino” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de coragem para abandonar o velho e conquistar o novo. Acomodação extrema. Necessidade de se voltar para dentro para voltar como uma pessoa renascida. Deixar-se nas mãos do Destino.

    Florais relacionados: Aloe (sentem-se desprezados e traídos), Arnica Silvestre (ferimentos e traumas morais e físicos), Bom dia (dificuldade de levantar pela manhã), Embaúba (preguiça e passividade), Gloxínea (novos começos), Ipê Roxo (situação sem saída de grandes traumas e estresse), Pectus (energia para enfrentar), Piper (estagnação), Unitatum (carregam a sensação constante de traição), Boa Deusa (traições), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado/ posturas condicionadas e ultrapassadas), Lírio Real (liberta), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes e velhas cargas mentais e emocionais), Madressilva (aprisionados ao passado) e Pinheiro Libertação (liberta aspectos aprisionados na alma).


    A Morte – “Na natureza nada se perde. O rei está morto. Viva o rei” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Apego. Dificuldade de aceitar as mudanças. Pessoas arraigadas às velhas formas e velhas crenças. Apego a pessoas ou situações. Carregar um cadáver que não tem mais utilidade.

    Florais relacionados: Capim Luz (dissolver emoções difíceis do inconsciente), Focum (remove traumas violentos dessa vida e de vidas passadas), Gerânio (ancoragem no momento presente), Gloxínea (novos começos), Alcachofra (força para perceber as posturas arraigadas que nos prendem ao passado), Helicônia (medo de perder o que não tem), Perpétua (perdas afetivas e perdas de pessoas queridas irreparáveis), Verbena (rigidez mental), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes e velhas cargas mentais e emocionais) e Madressilva (para os que estão aprisionados ao passado).


    A Temperança – “O tema dessa carta associa a temperança à Aquário, o carregador da água, o décimo primeiro signo do zodíaco.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de equilíbrio das emoções. Pessoa muito fria ou muito calorosa. Problemas em deixar fluir a vida e resolver, de forma natural, os seus conflitos. Pessoa não consegue ver a saída porque não analisa todas as partes do problema. Problemas circulatórios. Falta de confiança no fluxo da vida. Impaciência.

    Florais relacionados: Abundância (confiar no Universo), Capim Seda (desfazer o bloqueio energético do fluxo natural), Amygdalus (controle das emoções pela compreensão da mente), Erbum (ritmo das pessoas rápidas ou lentas demais), Ipê Roxo (situações sem saída), Melissa (energia da alegria, felicidade e vontade de ser melhor), Patiens (desenvolvimento da paciência), Sapientum (energia de sabedoria), Sorgo (entrega e confiança), Anis (pessoas que não se entregam para viver a vida em plenitude), Mangífera (para os que perderam a fé), Mimozinha (dificuldade de se articular nas situações), Aveia Selvagem (falta de discernimento) e Canela (ampla visão das questões da vida).


    O Diabo – “Chegou o momento de enfrentar o Diabo” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A não aceitação dos aspectos negativos do Ego como a arrogância, a inveja, a ganância, faz com que acabemos escravos deles. Ser escravizado por sua própria sombra por medo de enfrentá-la. Pode tornar-se uma pessoa malévola para si mesmo, descuidando de si por sentir-se culpado e gerar doenças e tragédias. Abertura de mediunidade não trabalhada, que leva a problemas espirituais. Falta de proteção. Promiscuidade e mau uso da sexualidade.

    Florais relacionados: Algodão (remove energias negativas, dissolve rombos na aura), Allium (desobsessão, proteção e desafaz encantamentos), Aloe (verdades que o inconsciente sabe, mas que não quer enxergar), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Arnica Silvestre (costura rombos na aura), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados), Erianthum (egoísmo, autocentramento e superficialidade), Grandflora (pessoas algozes e sádicas), Helicônia (personalidades narcisistas, vaidade e exibicionismo), Incensum (elevação do nível vibratório), Limão (personalidade amarga, de índole mentirosa, destrutiva e invejosa), Pepo (pessoas muito apegadas aos bens materiais), Purpureum (limpeza dos corpos inferiores, ladrões, manipuladores), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (desmanchar trabalhos de magia negra), Scorpius (personalidade índole escorpião), Tuia (personalidade promíscua, sem pudor), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Carrapichão (vampirismo), Triunfo (pessoas que estão no negativo, só dão valor às aparências), Pinheiro Libertação (Liberta aspectos aprisionados da alma) e Poaia Rosa (amor incondicional).


    A Torre – “Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Preso a padrões mentais destrutivos e antigos. Não consegue se jogar de sua prisão inconsciente. Preso a crenças antigas ou a situações desagradáveis. Pode representar uma pessoa que passou por uma destruição (como tragédias e problemas de saúde) e não consegue se reestruturar do trauma. Falta de fé na intervenção divina e em si mesmo. Falta de autoconfiança.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na Divindade e no Universo), Aloe (acessar a independência e a autoconfiança), Arnica Silvestre (ferimentos e traumas morais e físicos), Curculigum (separação, rupturas amorosas ou grandes traumas por morte de pessoa próxima), Focum (remove traumas violentos), Ipê Roxo (situações sem saída de grandes traumas e estresse), Pectus (energia para enfrentar e interromper padrões repetitivos de submissão e resignação), Perpétua (perdas efetivas e perdas de pessoas queridas irreparáveis), Boa Deusa (aos que levaram rasteira da vida), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Mangífera (para os que perderam a fé e a esperança por situações de grande sofrimento), Rosa Rosa (perda da fé) e Flor Branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada).


    A Estrela – “Não usando nenhuma proteção ou máscara, releva a sua natureza básica” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Espiritualidade usada para ter poder. Egoísmo. Inflação do ego. Arrogância e falta de preocupação com o outro. Falha nos projetos. Estagnação dos projetos de vida. Confunde aquilo que se é na essência com a sua máscara. Falta de contato consigo mesmo.

    Florais relacionados: Algodão (remoção dos bloqueios causados por forças psíquicas astrais), Allium (anula mal olhado), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados, se sentem estagnados na sua jornada), Erianthum (longe do propósito da sua essência), Incensum (elevação do nível vibratório), Limão (carregam o sentimento de amargura por causa dos outros), Piper (para os que se sentem travados), São Miguel (desmanchar trabalhos de magia negra), Verbena (Presunçosos, idealistas, intolerantes, arrogantes), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Aveia Selvagem (contato interno com as energias superiores), Flor Branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Poaia Rosa (sincronicidade).


    A Lua – “... o próprio herói está ausente” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Loucura, depressão profunda. Não consegue enxergar as saídas para nenhum problema. Estado catatônico. Se perder o contato com a consciência, estados psicóticos. Mediunidade se confunde com problemas psiquiátricos. Perda do limite entre a razão e a loucura. Tendência a vícios. Baixa auto-estima. Síndrome do pânico.

    Florais relacionados: Algodão (remove energias negativas, limpeza de vícios ou abusos do corpo físico), Aloe (baixa auto-estima, angústia), Embaúba (feridas crônicas), Gerânio (depressão, ansiedade e medos infundados), Gloxínea (baixa auto-estima), Ipê Roxo (situações sem saída de grandes traumas e estresse), Panicum (síndrome do pânico), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (desmanchar trabalhos), Thea (combate a depressão), Abricó (sentimento de solidão), Carrapichão (vampirismo por sondas astrais), Coronarium (mania, paranóia, insanidade, demência e loucura), Triunfo (pessoas que estão no negativo), Lótus/Magnólia (floral de proteção) e Pinheiro Libertação (liberta os aspectos aprisionados da alma).


    O Sol – “... onde a vida não é mais um desafio a ser vencido, mas uma experiência a ser desfrutada.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Tristeza, aprisionamento do ego, falta de auto-estima e de autoconfiança. Pessoa não consegue ser feliz com o que tem, não consegue ver as pequenas alegrias da vida. Mau humor. Hipocrisia. Critica demasiada. Orgulho. Vaidade.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na Divindade), Aloe (sentimento de desvalorização, inadequação e negação de si mesmo), Capim Seda (desbloqueio do fluxo natural), Cidreira (preocupação, pensamentos obsessivos), Gloxínea (Sentem-se inúteis e incapazes), Helicônia (para personalidades narcisistas, vaidade, exibicionismo), Ipê Roxo (esperança dos sonhos realizados), Melissa (desesperança), Scorpius (pessoas críticas e provocadoras), Sorgo (entrega e confiança), Unitatum (criança interior ferida), Wedélia (ganância), Anis (pessoas que não se soltam), Boa Sorte (remove obstáculos para prosperar), Chapéu de Sol (pessoas invejadas), Lírio Real (ser livre), Mangífera (perderam a fé e a esperança) e Canela (ampla visão das questões da vida).


    O Julgamento – “O Julgamento dramatiza o momento da ressurreição espiritual de diversas maneiras.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Desequilíbrio. Ficar preso na experiência em si e não na sua análise. Resistência a mudanças. Depressão, tristeza e falta de discernimento e senso crítico. Racionalizar demais as emoções ou dramatizar demasiado. Dificuldade de impor limite e dizer não. Culpas.

    Florais relacionados: Amygdalus (pessoas presas no mundo da ilusão), Curculigum (dificuldade de impor limites e dizer não), Dulcis (estagnados na jornada), Embaúba (sentimento de injustiça), Gerânio (desligada da realidade, depressão), Patiens (suportar situações de grande pressão), Sorgo (perdão), Grevílea (transmutação dos sentimentos) e Monterey (culpa).


    O Mundo – “Chegamos à culminação da longa jornada” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de elementos no ego. Fracassos acumulados. Pessoa que não consegue concluir o que começou, pois sente que se perdeu. Sensação de estar perdido, de ter esquecido algo no meio do caminho. Problemas de memória. Falta de conscientização. Coloca a culpa de tudo nos outros e não assume a sua responsabilidade. Idealização demasiada das pessoas e das situações.

    Florais relacionados: Algodão (enxergar a realidade ao nosso redor), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Luz (remover emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Dulcis (tônico espiritual), Gerânio (ancoragem no momento presente), Gloxínea (medo de errar), Goiaba (medo da perda de controle), Melissa (desesperança, ansiedade e tristeza), Sapientum (acessar a sabedoria de vidas passadas), Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Boa Sorte (abre caminhos), Coronarium (dificuldade de aprendizado, ativa a memória), Alcachofra (transformações na consciência), Ameixa (perturbação interior), Lótus do Egito (expansão da consciência), Sergipe (abertura, amplitude da mente) e Poaia Rosa (sincronicidade com a nova ordem planetária).


    1. Discussão


    Podemos perceber que a descrição dos arquétipos apresentados por Nichols guarda sempre uma relação com os florais apresentados por Neide Margonari. Os arquétipos se repetem como disse Jung, em todas as manifestações culturais globais o que nos faz perceber que, do ponto de vista terapêutico, tanto o tarô quanto os florais possuem a mesma função, só que utilizam métodos diferenciados de execução. Ambos pretendem melhorar o estado global do ser humano, do ponto de vista “biopsicoespiritosocial”. Ambos empenham-se em descobrir e corrigir as facetas mais instintivas do homem, bem como suas manifestações psicológicas de maneira geral.

    Podemos perceber, também, que um mesmo floral pode ser usado em diferentes situações. A Fórmula Emergencial, por exemplo, serve para qualquer uma das situações, sendo usada conjuntamente com outras fórmulas, se esse for o caso. Cabe ao terapeuta entender quais os florais que mais se adequam a situação em que o cliente está exposto, mesmo que isso signifique uma fórmula com vários florais, já que os Florais de St. Germain não estabelecem um número limite de uso.

    A Fórmula Emergencial não foi mencionada especificamente por poder fazer parte de qualquer um dos diagnósticos fornecidos pelo tarô, como um floral de limpeza e fortificação de todos os corpos para receber o tratamento. Neide Margonari recomenda que ele seja usado durante uma ou duas semanas antes do início de um tratamento, seja ele qual for, ou concomitante à fórmula proposta. Assim, ele serve como um bálsamo até mesmo para esperar que o terapeuta tenha mais elementos para diagnosticar a situação.

    Os arquétipos universais do tarô trabalham de maneira a despertar no cliente elucubrações sobre o tema proposto. Abrem os caminhos da consciência para elucidação de seus mais íntimos e inacabados processos terapêuticos e nos fazem meditar à medida que aprendemos a usar todos os nossos potenciais.

    Por outro lado, os florais agem no nível inconsciente diretamente, num caminho que não nos parece oferecer placas de sinalização. De maneira geral, o cliente toma o floral sem nem mesmo saber as razões claras e conscientes para aquilo. Porém, ele age nos níveis mais profundos dos corpos sutis e da alma.

    Assim, enquanto o tarô trabalha de fora para dentro, através da conscientização, os florais trabalham de dentro para fora. É inevitável que se encontrem no meio do caminho da cura do paciente e potencialize um ao outro.

    Ainda é possível pensar num diagnóstico casado, com mais de uma carta do tarô, onde a possibilidade de interpretação e de precisão ficaria ainda maior. Assim, é possível utilizar duas ou três cartas, principalmente quando o diagnóstico parece difícil de ser acessado por uma limitação do cliente ou, por vezes, do próprio terapeuta. Seria interessante utilizar essa técnica e procurar os florais que se repetem no diagnóstico como os mais importantes para a elaboração da fórmula.

    Nota-se também que cada uma das cartas tem mais de uma possibilidade de interpretação. Esse aspecto deve ser levado em conta e procurar encontrar o exato ponto de confluência entre a carta e a história relatada pelo cliente. Assim, pode-se precisar o diagnóstico sem margens de erros. Por vezes, pode ser necessária mais de uma sessão para que o processo de associação livre fique claro e livre de interferências.



    1. Conclusão



    Fica esclarecido, assim, de que forma a união das duas técnicas terapêuticas, tarô e florais, e quando o tarô também se propõe a isso e não a mero objeto divinatório, potencializa a cura do paciente tornando-a mais eficaz e mais rápida. Os dois caminhos (interno para o externo, e externo para o interno) estão sendo trabalhados. Enquanto o cliente toma o seu floral, sabe os motivos e os processos que o estão levando a tomá-lo e cria a consciência necessária para que seus corpos sutis também possam aceitar as mudanças propostas.

    De fato, tanto as relações entre os florais e o tarô, quando as maneiras como essa relação pode ser usada na terapia ainda não estão finalizadas. Ainda podemos perceber que existe muito a estudar e pesquisar sobre o tema, inclusive com o relato direto de casos e comprovações. Este trabalho apenas se propôs a demonstrar as coincidências teóricas que podem ser levadas a cabo ao longo de um processo terapêutico. Este trabalho foi o início de uma jornada arquetípica para, uma vez mais, desenvolver técnicas que ajudem as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida e, em muitos casos, estabelecer a cura de suas feridas emocionais mais profundas. Tanto na evolução da humanidade, num contexto geral, como dos seres humanos, no contexto individual.

























    1. Referências bibliográficas




    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994.


    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo. Editora Madras.2004.


    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004.


    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964


    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999.


    JUNG.C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.


    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.


    MARGONARI.N. Florais de Saint Germain – os doze raios divinos. 2ª edição.São Paulo. Edições Florais de Saint Germain. 1999


    MARGONARI.N. Os florais de saint Germain – repertório- dicionário – atuação dos 12 raios divinos. 4ª edição. São Paulo. Edições Florais de Saint Germain.s/d.


    NICHOLS, S. Jung e o Tarô: Uma jornada arquetípica. Edição 9.São Paulo.Cultrix.2000


    PIERI.P.F. Dicionário Junguiano.. 1ª edição. São Paulo. Editora Vozes. Paulus Editora. 1998.


    RAPPAPORT, C.R. Teorias da personalidade em Freud, Reich e Jung. 1ª edição. São Paulo. EPU. 1984.










    1. Anexos e Apêndices


    Tabela 1 – Significado arquetípico das cartas do tarô


    Arcano

    Nomenclatura

    Significado

    0

    O Louco

    É a carta que não tem número. Liga o mundo real ao mundo espiritual .O inconsciente na sua forma mais pura, lado instintivo. Por saber usar esse lado instintivo, é ele que impulsiona nossas vidas para frente.

    1

    O Mago

    Inicio do processo de individuação proposto por Jung. Começo do pé na realidade da vida. Pode ser tanto mágico criador como embusteiro. Energias domesticadas, elementos para começar no caminho da vida. Porém, pode criar ainda as ilusões, aparência da realidade. Sugere ação.

    2

    A Sacerdotisa

    Representa o princípio feminino da divindade, o yin primário e as deusas femininas. Receptividade. Passividade. Contenção e tradição. Persistência, amor e paciência feminina. Experiência interior. Espiritualização.

    3

    A Imperatriz

    O princípio feminino no sentido Terra, Mãe, mundano. Capacidade criativa. Poder do amor. Sociabilidade e socialização. Ação e conclusão. Criação. Capacidade intuitiva. Inspiração.

    4

    O Imperador

    Princípio masculino yang. Racionalidade. Princípio da realidade. Ação. Consciência. Responsabilidade. Figuras masculinas de poder (pai, chefe). Mente.

    5

    O Sumo Sacerdote

    Liga o mundo interno e externo de maneira mais consciente. União do masculino e do feminino sagrado. Ponte entre o homem e Deus. Contato do homem com o seu espírito. Consciência do poder espiritual. Principio masculino e racional da espiritualidade.

    6

    O Enamorado

    Conflito. Princípio da realidade. Consciência. Desejos antagônicos. Romper o cordão umbilical. Encontrar a força dentro de si. Dúvidas. Ligar a vida espiritual e emocional. Conflito como fonte de crescimento e evolução.

    7

    O Carro

    A viagem pela vida. Autodescobrimento através das vivências e experiências. Ação. O próprio corpo do consulente. Estabilidade. Proteção.

    8

    A Justiça

    Dualidade humana. Inocência e culpa. Equilíbrio. Responsabilidade gerada pelo conhecimento. Fim das ilusões e da inconsciência. Poder de discriminação entre o certo e o errado. Necessidade de pesar as coisas. Opostos trabalhando juntos.

    9

    O Eremitha

    Necessidade de solidão e meditação. Encontrar os significados interiores. Espiritualização. Observação. Sabedoria. Aspectos ligados à mediunidade.

    10

    A Roda da Fortuna

    O dentro e o fora. O eterno girar da vida e dos acontecimentos. Dentro é a essência e fora o acontecer. Equilíbrio quando no meio da roda, olhando a situação de dentro e deixando com que as coisas aconteçam. Mudanças. Nascimento e morte. Uso do instinto e do mental como forma de equilíbrio.

    11

    A Força

    Força do instinto. Domínio das emoções através da anima (força feminina). Domínio do nosso lado animal. Sexualidade equilibrada. Emoções equilibradas. Força interior.

    12

    O Enforcado

    Período de transição. Abandono de velhas atitudes e se deparar com o novo. Necessidade de coragem e sacrifício. Acomodação. Traição das velhas tradições.

    13

    A Morte

    Transformações, mudanças repentinas. As grandes fases de mudanças. Morte do velho para renascer o novo. Período de desapego. Revitalização. Renovação.

    14

    A Temperança

    Temperar as emoções. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Emoções profundas e desafios da alma. Dissolução das velhas formas e o desatamento de nos rígidos. Situações de conflito em que se deve ser os dois lados da moeda.

    15

    O Diabo

    Estagnação. Energias negativas circundando a questão. Nossa sombra, nosso lado negro e cruel. Arrogância, orgulho, inveja, cobiça. Magia negra.

    16

    A Torre

    Destruição das velhas crenças e das velhas formas de viver. Quando não é mais possível, pela própria ordem natural das coisas e do Universo, manter uma situação que não está de acordo. Pode representar a ira e a intervenção divina.

    17

    A Estrela

    Auto-aceitação da sua natureza básica. Ligação com a alma e não somente com o Ego. Entendimento. Compreensão do todo. Intuição e luz. Espiritualidade. O pessoal e o transpessoal.

    18

    A Lua

    Aquilo que está escondido na noite do inconsciente. Depressão. Fuga da realidade para o mundo interior. Mediunidade. Desolamento. Infertilidade. Mergulho no deserto do inconsciente.

    19

    O Sol

    Alegria. Consciência. Auto-estima elevada. Sensação de liberdade. Inocência infantil. Prosperidade. Proximidade com a nossa natureza e aceitação desta.

    20

    O Julgamento

    Finalização de processo. Separar o joio do trigo para um novo recomeço futuro. Análise profunda das situações da vida. Equilíbrio entre a razão e a emoção, sensação e intuição. Aceitação das mudanças.

    21

    O Mundo

    Eu como centro do equilíbrio psíquico. Interação dos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água). Integração dos aspectos femininos e masculinos, negativos e positivos do ego. O ego está completo e se sentindo pleno de sentido. Vitória. Triunfo.

    Fonte: “Jung e o Tarô – uma jornada arquetípica” – Sallie Nichols – Ed.Cultrix

    Autor: : Andrea Rodrigues Teixeira - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 13/05/2007 20:24


    História e Fundamentos

    História da Terapia Holística

    A História da Terapia Holística

    “Em todo lugar e em todas as épocas,
    sempre existiram Terapeutas Holísticos”

    (paráfrase sobre texto de 1986, do historiador alemão Werner Jaeger,
    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)


    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico – de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico – de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs !

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    A imagem que ilustra esta matéria, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C. A figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por “sincronicidades”, por “sinais”, cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este “status”, o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os “iniciados” compreendiam as “instruções” incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História “ocidentalizada” registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem “científica”, ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro “médico”, já que estabeleceu “doenças” como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo “desmembramento de seus componentes”. Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de “doenças” que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e
    descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela
    .

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html; trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA, de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica - Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este “movimento separatista elitizado”, continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem “científica” e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o “consolo espiritual” da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência “exata”...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a “desumanização” do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte –-importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva – da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas – a história, a filosofia, a literatura e a psicologia – não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de “A (re)humanização da medicina”, de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada “Revolução Aquariana”. Movimentos “hippies”, de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura “científica”, onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais “científico”. Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas “traduzidas” para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 24/08/2007 13:14


    Terapia Holística: Ciência ou Arte ?

    Terapia Holística: Ciência ou Arte ?


    Yin, Yang... Ciência, Arte...
    Aparentes opostos, com certeza, complementares,
    ambas somam as faces da moeda do Conhecimento.


    ...

    O conhecimento humano poderia ser dividido entre o conhecimento organizado e o conhecimento ingênuo. O conhecimento ingênuo nada mais seria do que um conhecer intuitivo que pode ter algum grau de reflexão, mas de que certo modo só pertence àquele ser que o percebeu e que sobre ele refletiu. É uma forma de conhecimento muito pessoal. Já o conhecimento organizado nos propicia o surgimento da própria civilização. Esse é o conhecimento registrado, que pode ser transmitido para outras pessoas sem a presença daquele que o desenvolveu, e que se despessoaliza no sentido de criar uma cultura, que pode se realimentar para criar conhecimentos novos, e mais sofisticados.

    Dentro do conhecimento organizado podemos encontrar uma nova subdivisão: ciência e arte.

    ...

    Textos extraídos de www.ricardohage.com/artigos/estetica.pdf




    A Ciência aplica a lógica formal e metodologia, resulta de uma atitude consciente em direção ao entendimento e um esforço fundamental de comprovação, objetivando a intervenção no que se conveniou chamar de realidade. Já a Arte, atua sobre uma lógica subjetiva, isenta de compromissos com a verificação e nasce de uma atitude inconsciente do ser humano, que no geral quer deixar sua marca nessa mesma realidade.

    Com o advento da Modernidade, a sociedade ocidental pautou-se por uma crescente racionalização, assumindo a Ciência como o fundamento geral de nossa orientação no mundo. Nossa civilização passou por uma ditadura religiosa, onde os dogmas da Igreja constituiam a verdade inquestionável, para um atual estado de ditadura científica, na qual confundem aquilo que a Ciência não consegue explicar, como sendo algo impossível de existir.

    A Terapia Holística, que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, possui sua própria lógica singular, muito mais para a subjetividade da Arte, do que para a objetividade da Ciência. Os resultados obtidos pelos Terapeutas Holísticos não cabem nos moldes da pesquisa científica tida como “oficial”, resultando daí, ter sua validade e eficácia injustamente questionadas. Na Idade Média, milhares de nossos antecessores tiveram que negar suas práticas, ocultar seus conhecimentos, esconder suas poções, enfim, renunciar às suas essências (em vários sentidos...) para escapar das fogueiras da Inquisição. Ainda traumatizados com a perseguição histórica, nos tempos modernos, novamente renegam suas origens, tentando sobreviver à inquisição do que se convencionou chamar Ciência. Submetendo-se ao julgo de seus atuais algozes, a Terapia Holística perdeu parte de sua identidade, abrindo mão de seu linguajar, de seus fundamentos, gerando um sincretismo que não surtiu o efeito desejado. Incabíveis em tubos de ensaio, ao tentar “discursar em língua estrangeira” (“cientificês”...), a maior parte das técnicas terapêuticas milenares soaram ainda mais estranhas aos donos da verdade oficial e aí sim foram condenadas, de vez, às fogueiras purificadoras dos dogmas de laboratório. Algumas técnicas tiveram destino ainda mais cruel: tanto abriram mão de suas origens, tanto se adaptaram, que correm o risco de se transformar em “monstros transgênicos”, produtos artificiais adequados aos padrões de consumo “oficial”. A Terapia Tradicional Chinesa, por exemplo, se perder sua alma, transformará seus praticantes em meros espetadores de agulhas, máquinas automáticas de aplicações de tabelas... Já a Fitoterapia, se perder suas “raízes”, será mais um serviçal da indústria de patentes, do que ao bem-estar de seus adeptos.

    Yin e Yang... noite e dia... ciência e arte... faces alternantes de um mesmo fenômeno. Em algum momento no tempo, a Terapia Holística será Ciência, também. No presente, há que ser percebida, compreendida e aceita como ARTE, pois esta é a faceta que agora se mostra. E se valoriza ! Afinal, enquanto a Ciência é inconstante e temporal (o que é fato científico hoje, pode ser a falácia teórica, amanhã...), a Arte é eterna... Resgatemos a auto-estima de nossa profissão, nossa herança milenar e assumamos que

    A Terapia Holística é a ARTE da Qualidade de Vida !

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 24/08/2007 13:24


    Terapia Holística: Uma Profissão Em Plena Evolução O Perfil do Setor Por Meio da Análise Comparativa Entre Duas Pesquisas Nacionais

    Terapia Holística: Uma Profissão Em Plena Evolução

    O Perfil do Setor Por Meio da Análise Comparativa Entre Duas Pesquisas Nacionais

    Resumo:

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS, entidade máxima a representar a profissional em todo o Brasil, de fato e de direito, com o objetivo de identificar e atender às necessidades de seus filiados, em 2004 realizou a primeira grande pesquisa específica para nosso setor, iniciativa esta reapresentada ao final de 2008.

    Sem pretensões de precisão científica, esta publicação divulga as estatísticas comparadas entre ambas as pesquisas, incluindo comentários e ilustrações, possibilitando uma maior e real compreensão da nossa profissão no Brasil, identificando erros e acertos pontuais, bem como o caminho a seguir para que a atividade que abraçamos ocupe o seu digno e merecido espaço na sociedade, com a consequente e justa remuneração aos que a exercem.

    Introdução:

    Em nossa área de atuação, o "sexto-sentido", a intuição, são justamente valorizados, no que se refere ao atendimento de nossos Clientes. Contudo, quando se trata de gerir o futuro da profissão como um todo, o SINTE tem por dever valer-se igualmente de meios mais ortodoxos para melhor definir as decisões.

    Quanto maior quantidade e qualidade de informações obtermos, tanto melhor serão as estratégias adotadas a maximizar a profissão, bem como mais eficientes serão as orientações transmitidas aos nossos filiados, os quais, municiados por fonte CONFIÁVEL (ou seja, o SINTE...), ampliarão cada vez mais o proveito em seus consultórios.

    Manter um site na internet valoriza meu trabalho ? Alugar uma sala ou atender em casa ? Colocar um anúncio vale a pena ? Afinal, qual é o meu público alvo ? Devo manter meu formato atual de trabalho ou devo mudar algo ? Será que minha remuneração está na média do mercado ? Meu consultório está sub-aproveitado ? Sou só eu os outros colegas também estão na mesma situação ?

    Estas e uma infinidade de outras perguntas, cujas respostas até então baseavam-se nas opiniões pessoais, tem agora a oportunidade de serem elucidadas pela imparcial matemática: graças aos milhares de participantes somados em ambas as pesquisas, resultaram dados estatísticos capazes de espelhar com relativa precisão, como de fato está o perfil profissional e o mercado potencial em nossa setor.

    Metodologia:


    Os dados foram obtidos em especial por meio de Questinários disponibilizados aos filiados ao SINTE no ano de 2004 e, novamente, no final de 2008, com uma média aproximada de 2000 participantes na primeira edição (correio e internet) e 500 na segunda (via internet).

    Os tópicos inclusos nas pesquisas focaram dimensionar o mercado (médias de atendimentos, de valores por consulta, poder aquisitivo), definir o perfil, tanto dos profissionais, quanto de seus Clientes, quantitativa e qualitativamente (faixa etária, grau de instrução, gênero, média de rendimentos, horários preferenciais, locais de atendimento, atividades paralelas, etc), detectar possíveis novas tendências e, em segundo plano, informações quanto aos meios de comunicação e equipamentos ao alcance dos associados ao SINTE, para melhor decidir quanto às mídias e premiações educativas a serem desenvolvidas pelo SINTE.

    As respostas foram sintetizadas em planilhas de percentuais, contendo colunas comparativas entre os dados obtidos em 2004 e 2008, incluindo a variação estatística ítem a ítem, seguida de extrapolações textuais quanto à interpretação concreta das informações obtidas, bem como às possíveis consequências, conclusões e decisões práticas a serem empreendidas, coletivamente e individualmente.

    Para melhor orientar a interpretação dos dados obtidos, foram igualmente consideradas pesquisas documentais e bibliográficas (correspondências, publicações, mídias e demais formas de contatos oriundas de nossos associados), o levantamento de opiniões através de reuniões com os demais colaboradores da organização e a observação direta pelo autor, com mais de 25 anos de atuação neste segmento.

    Resultados:

    Gráfico com a transposição em porcentagens relativas às respostas obtidas nos dois questionários, de 2004 e 2008, seguidos de coluna da diferença comparada.


    Discussão:

    Para melhor visualização das tendências estatísticas, os gráficos a seguir ignoram as oções nulas e/ou em branco. Na sequência, tópico a tópico será abordado, incluindo a interpretação dos dados.

    Equipamentos:




    Os dados evidenciam que a categoria percebeu a importância de atualizar os equipamentos, facilitando desta forma, as comunicações, estudos e lazer.

    Em 2004, os profissionais mostravam-se em grande defasagem, tendo como destaque apenas o vídeo-cassete, justamente este que trabalha com uma mídia em extinção. Era uma quadro preocupante, pois privava o acesso aos materiais de estudo mais completos e atualizados, todos voltados para exibição em DVDs e computadores.

    As fitas de vídeo cassete, por serem volumosas, pesadas e de baixa capacidade de armazenamento inviabilizavam financeiramente sua utilização para gravações de cursos, palestras, congressos e similares.

    Felizmente, a pesquisa de 2008 mostra um quadro totalmente renovado, onde o vídeo-cassete está em último plano, o COMPUTADOR em primeiro lugar, seguido de perto pelo DVD.

    Essas informações, aliadas aos recursos de acesso à internet, possibilitam ao profissional poder ampliar seus conhecimentos e atualizações via mídias economicamente acessíveis, tais como CDs, DVDs, tais como os que são desenvolvidos pelo SINTE em seus projetos de educação continuada, além de acompanhamento de aulas, artigos, pareceres, orientações, sejam por via escrita, ou áudio-visuais e mais uma infinidade de possibilidades que a rede mundial proporciona.

    A tendência em investir em novos recursos de comunicação e acesso projetam um futuro profissional no qual a categoria mantém-se em atualização contínua, ampliando assim as oportunidade de ser bem-sucedidos.

    Acesso à Internet:


    Em 2004, a internet era praticamente desconhecida dentro da profissão. Subestimada como mera fonte de entretenimento, a maioria não a utilizava e, dentre os que a aproveitavam, em grande parte era via conexões discadas, o que tornavam lento e custoso o procedimento.

    Quatro anos após, o quadro mudou radicalmente, com quase a totalidade possuindo acesso e ainda via conexões rápidas.

    Do ponto de vista prático, abre-se um leque sem precedentes de agilidade nas comunicações. Sem custos financeiros extras, além de coerentemente mais ecológica a troca de informações via internet evita gastos com papel (menos árvores sacrificadas), impressão (tintas poluenetes...), transportes (emissões de carbono no ambiente...), além da agilidade quase instantânea às informações.

    Desta forma, a principal e confiável fonte de informações, que é o SINTE, fica a apenas "um clique" de qualquer consultório, seja pesquisando em www.sinte.com.br , seja trocando e-mails via contato@sinte.com.br . Isso se soma ao aproveitamento de tempo livre entre os atendimentos para aprofundar e atualizar estudos, acessando os diversos Projetos de Educação Continuada do SINTE, tais como a CEA - Comunidade de Estudos Avançados, o Projeto Holopédia (www.holopedia.com.br), Projeto Espiral do Livro (www.espiraldolivro.com.br), Projeto Livroteca (www.livroteca.com.br), dentre outros.

    Paralelamente a tais benefícios, uma poderosa fonte de divulgação tornou-se finalmente viável. Ao invés de desvalorizar-se profissionalmente com sites e e-mails de marcas gratuitas, os filiados ao SINTE podem usufruir dentre mais de uma dezena de "sobrenomes " exclusivos e específicos para NOSSA área, tais como www.seunome.terapeutasholisticos.com.br e seunome@terapeutasholisticos.com.br; www.seunome.psicoterapeutas.com.br e seunome@psicoterapeutas.com.br; www.seunome.terapeutafloral.com.br e seunome@terapeutafloral.com.br; etc). 
    Uma vez com "endereços fixos" na internet, com site e e-mail personalizados, de imediato os serviços do profissional tornam-se localizáveis para milhões de Clientes potenciais de bom nível educacional e de poder aquisitivo, ampliando em muito o leque de oportunidades, compensando, inclusive, um fenômeno identificado em nosso setor, que é a contínua mudança de endereços fixos e de telefones para contatos.

    Valor Por Consulta:





     Os valores no gráfico estão em R$ (reais). Para extrapolarmos uma estimativa para a média geral, primeiramente arbitramos valores para cada faixa, respectivamente, R$ 37,50 (de R$ 25,00 a R$ 50,00), R$ 75,00 (de R$ 50,00 a R$ 100,00) e R$ 101,00 (os dois primeiros, são medianos e, para acima de R$ 100,00, por não haver "teto", optamos por um mínimo excedente). Multiplicamos cada faixa por sua respectiva porcentagem e dividimos por 100 a somatória.

    Assim sendo, para 2004, a média era de R$ 26,50 por atendimento, sendo que em 2008, pelos mesmos critérios, evoluiu para R$ 54,00. Isso implica em um crescimento de 103,8%, perante uma inflação acumulada de 27,2% (IPCA) no mesmo período.

    Ou seja, um grande aumento real no valor praticado nos atendimentos com Terapia Holística, o qual, porém, não implicou em igual proporção no aumento da renda mensal, devido a uma diminuição relativa da quantidade de atendimentos semanais. Ainda assim, como veremos na sequência, a remuneração em nossa profissão cresceu em mais que o dobro da infração nestes 4 anos abrangidos por este estudo.

    Atendimentos Semanais:

    De modo similar aos critérios descritos no quadro anterior e projetando de semanal para mensal, obtivemos para 2004 a média de 48 atendimentos ao mês, sendo que para 2008, este valor ficou em 39.

    Atentem que a relativa redução quantitativa do número de atendimentos foi amplamente compensada pela grande elevação do valor médio praticado por cada consulta.

    Em suma: nossos filiados estão atendendo menos e ganhando mais ! Esta é uma situação fora do comum, ao compararmos com o que ocorre nas demais profissões, já que a grande maioria nem sequer conseguiu acompanhar a inflação do período.

    Multiplicando a média de atendimentos pelo valor mediano para cada consulta, chegaremos a um redimento mensal de R$ 1.272,00 em 2004, que evoluiu para R$ 2.106,00 /mês em 2008. Um aumento de 65,6%, confrontando com 27,2% de inflação somada no mesmo período.

    A diminuição da QUANTIDADE de atendimentos, agregada a um aumento de rendimentos, implica em ganho de QUALIDADE tanto para o profissional em si, quanto para os Clientes.

    Melhor remunerado, com mais tempo livre, com melhores recursos à sua disposição (como observamos no tópico "Equipamentos" e "Acesso à Internet", o profissional tem a oportunidade de dedicar-se ao seu aperfeiçoamento e, com isso, maximizar seus resultados e, consequentemente, satisfazer a Clientela, mantendo-a e, até mesmo, ampliando.

    Locais de Atendimentos:

    Este é um dos tópicos que as pesquisas evidenciaram uma possível queda na qualidade, de 2004 para 2008.

    O custo dos imóveis, seja para aquisição, seja para alugar, é fato que supera a inflação acumulada. Os aluguéis subiram em média 35%, praticamente o mesmo aumento para a compra de imóveis (além das dificuldades em se obter financiamentos...), somados a reajustes nas taxas, impostos  e despesas que recaem sobre os mesmos (IPTU, taxa de lixo, contas de luz, água, condomínio e similares...). Nas grandes cidades, há o agravante do trânsito, que consome tempo, além de somar estresses e despesas de combustível.

    Todo esse panorama torna tentador a retomada de um antigo  hábito amador em nosso setor: montar consultório na própria residência... Se à primeira vista parece uma boa alternativa, a longo prazo se mostra inadequado. Junto aos Clientes, causa a impressão de que não estão perante um profissional bem-sucedido, pois, via de regra, só atende na própria casa, quem não tem recursos para um consultório... E, perante a hipótese de não ser bem-sucedido financeiramente, de pronto se questiona se é tecnicamente eficiente ou não... E, gerando este tipo de dúvidas, os Clientes potenciais acabam por escolher outros profissionais que ostentem sinais exteriores de sucesso... Ainda que injusto, é  regra que a primeira impressão é a que fica.... E isso em todas as profissões. 

    Paralelamente, soma-se à dificuldade em separar tempo e espaço quanto ao que é consultório, ao que é residência, misturando rotinas familiares com as profissionais, dificultando a necessária concentração e paz de espírito que os atendimentos de consultório exigem.

    Esse quadro negativo pode ser esboçado se considerarmos, ISOLADAMENTE, o aumento de profissionais que passaram a atender nas próprias residências. Por outro lado, se ampliarmos o espectro para todos os ítens, veremos que a ligeira queda percentual de quem tem consultório próprio pode ter migrado para salas alugadas, ítem que teve  aumento equivalente. Já um fato sem dúvida alguma positivo foi o descréscimo de quem atende em domicílio, opção que a prática comprovou ser altamente pejorativa. Diferentemente do fenômeno "home care" de outras profissões, onde o atendimento domiciliar se dá a "peso de ouro", justificado pelo deslocamento de verdadeiros consultórios sobre rodas, ricamente equipados (odontologia a domicílio, fisioterapia em casa, etc...), já em nossa profissão, via de regra, quem atende na casa do Cliente é porque não tem um local adequado. Ou seja, apresenta sinais exteriores de estar mal-sucedido, o que reflete diretamente no valor que consegue agregar por atendimento, que costumam estar bem abaixo da média do mercado.

    Chama a atenção a margem que optaram por "nulo ou em branco" neste quesito, ou seja, em tese, pessoas que não se enquadram em nenhuma das alternativas. Hipoteticamente, podemos supor que ou não atendem ninguém (são teóricos apaixonados pela profissão...), ou, o que seria bem mais preocupante, atenderm em locais totalmente inadequados, tais como páteos de shoppings-centers, barracas em estacionamentos e similares, situação de ética questionável e de eficácia técnica inferior, se comparado a um consultório, propriamente dito. Ao aceitarem trabalhar em ambientes sem condições mínimas de privacidade e recursos, agravado pela minimização do tempo dedicado a cada atendimento, culmina em valores irrisórios sendo cobrados, que só poderiam ser monetariamente compensadores mediante grande QUANTIDADE de Clientes, mas que continua injustificável do ponto de vista QUALITATIVO, além de desvalorizar a profissão com um todo... Felizmente, até sob esta hipótese ruím, as estatísticas favorecem, já que diminuiu de 5,9% para 2,4% os que assinalaram como "branco/nulo", de 2004 para 2008.

    Horários de Atendimentos:

    Este gráfico mostra uma significativa alteração nos horários preferenciais. Em 2004, a maioria era atendida durante o chamado "horário comercial", o que implica que os Clientes, ou exerciam atividades remuneradas com grande flexibilidade de horários, ou não estavam empregados e/ou trabalhavam nos afazeres de casa. 

    Já em 2008, ainda que a maioria ainda se mantenha das 14 às 17hs, houve uma grande migração para os períodos já fora do horário convencional de trabalho. De onde se pode deduzir que a Clientela está exercendo mais agora do que antes, atividades que demandam compromisso de horário comercial, provavelmente, empregos convencionais, o que, se por um lado lhes limitam a disponibilidade de tempo, por outro, lhe possibilitam maior renda, e, por consequência, maior poder de arcar com os valores atuais de atendimento, bem mais elevados que os praticados há 4 anos. Esta hipótese é a mais provável, a considerar o aumento do rendimento da Clientela, conforme constatado igualmente por esta pesquisa.

    Outrossim, não é de se descatar esta outra possível interpretação: a somatória ao trabalho de consultório, de empregos convencionais acumulados pelo próprio profissional, já que este estudo igualmente detectou um aumento percentual dentre os colegas que possuem mais de uma atividade econômica, acrescida à de consultório. Se isto ocorrer, consequentemente, restará para atendimento, justamente os horários anteriores e posteriores ao período em que o Terapeuta Holístico dedica à sua outra profissão.


    Fontes de Rendimentos:

    Esta é uma pauta digna de estudos em separado. Historicamente, sempre houve  uma relutância em assumir a Terapia Holística como profissão em especial, para os mais antigos no ramo. Muitas vezes assumida até como missão de vida, não raro sem cobrar pelos atendimentos, só nas últimas duas décadas é que as técnicas passaram a ser encaradas como uma opção de sustento financeiro e os consultórios se profissionalizaram. Em 2004, as pesquisas mostraram uma grata surpresa, com o fato da maioria dos entrevistados ter a Terapia Holística como fonte única de rendimentos.

    Já para 2008, um paradoxo: apesar dos rendimentos terem aumentado susbtancialmente, a maioria voltou a ter uma segunda profissão, somada à de consultório. Paralelamente ao aumento da receita de consultório, houve redução do número de pessoas atendidas, o que implica em maior disponibilidade de tempo, que pode ser ocupado com outras atividades profissionais. 

    O clima de incerteza e de crises internacionais também podem ter contribuído para gerar insegurança, induzindo aos entrevistados a que se garantirem com mais opções de renda e, desta forma, manter o padrão de vida.

    Outrossim, considerando o crescimento de rendimentos com os consultórios, se a esse fato somou-se ganhos financeiros com uma segunda profissão, implica que a categoria encontra-se com maior disponibilidade de investimentos, a serem aplicados em recursos de médio e longo prazo, como cursos, previdência privada e similares.


    Recursos de consultório:

    O aumento de rendimentos, aparentemente, não resultou necessariamente num incremento dos recursos para o consultório.

    Por um lado, o investimento em informática foi o mais evidente, já boa parte passou a contar com computador em seus atendimentos. Já nos recursos humanos, foi o setor mais afetado negativamente, com a grande maioria dispensando os funcionários.

    A diminuição da QUANTIDADE de atendimentos, ainda que perante um aumento de rendimentos, possivelmente tornou atraente a idéia de dispensar recepcionistas e, na ausência de quem atenda aos agendamentos, o telefone fixo migrou para o celular, passando ao próprio profissional secretariar seus atendimentos.

    Do ponto de vista do "marketing", é uma estratégia arriscada, já que transmite uma imagem de desorganização e pouco sucesso e esta primeira impressão certamente afasta novos Clientes potenciais, além de correr o risco de perder até os já conquistados, caso os agendamentos se tornem um processo moroso. A aqusência de consultório e telefones FIXOS cria insegurança para os Clientes, como se o profissional ainda fosse um iniciante, já que não está "estabelecido", só podendo ser contatado diretamente e por celulares, como alguém que não possa ser LOCALIZADO. 


    Perfil dos Clientes:


    A tendência do gênero feminino predominar entre a Clientela consolidou-se se ainda mais de 2004 a 2008, podendo quase generalizar que 80% das pessoas atendidas são mulheres.

    É de consenso entre os profissionais, que o sexo feminino é mais aberto às propostas de autoconhecimento, bem como às linhas que buscam a manutenção e ampliação da QUALIDADE DE VIDA.

    Até o momento, o público masculino, que via de regra só procura atendimento em situações emergenciais, parece não ter sido ainda conquistado pela Terapia Holística,. É um desafio em aberto, a conquista desta significativa parcela da sociedade, que ainda não se mostrou tocada pelas atuais formas de divulgação dos benefícios das técnicas de abordagem holística.

    A Faixa Etária da Clientela praticamente se manteve, nestes últimos 4 anos, com predomínio absoluto de adultos, de 36 a 50 anos, ou seja, um público que. em tese, já tem satisfeitas suas necessidades imediatas, podendo agora dedicar-se ao bem estar, ao transcendente, à busca de maior qualidade de vida, que é a o principal foco da nossa profissão.

    Este perfil de Cliente padrão se consolida ainda mais, ao observarmos que a escolaridade migrou de 2o grau, para nível superior e que a faixa de rendimento  predominante DOBROU de valor de 2004 para 2008.

    Existe uma tendência à elitização da Clientela e, por consequência, o mesmo para os profissionais, já que lidamos com um público esclarecido e, como tal, de elevado grau de exigência geral.

    Nossos Clientes estão atentos, consciente ou inconscientemente, a todo e qualquer detalhe de nosso consultório e também, paralelamente a este. Mesmo diante de bons resultados, o impacto negativo de, por exemplo, perceber que o profissional nem sequer usa recipientes especiais para descarte das agulhas de Acupuntura (consulte as NTSV - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística e Anexos, disponíveis em www.sinte.com.br e na obra Tutorial Terapia Holística), pode levar o Cliente a procurar atendimento em outro local.

    Um sanitário, ou uma recepção que não esteja impecável pode induzir a acreditar que em igual estado possa estar sua sala de atendimento... Um funcionário seu questionando a inadequação de salário na sala de espera pode levar a Clientela a duvidar de sua idoneidade... A ausência de registro nos órgãos de classe levantam dúvidas quanto à capacitação profissional... Que tipo de impacto causa em um Cliente defrontar-se com seu Terapeuta Holístico, um profissional da Qualidade de Vida, fumando, bebendo, alimentando-se inadequadamente ? Ou esse mesmo tipo de situação, protagonizada por seus colaboradores de consultório ? É importante observarmos que a boa ou má impressão que causamos é primordial para a decisão dos Clientes potenciais quanto à escolha do profissional e que a composição desta imagem extrapola os limites do atendimento em si, ampliando-se para todo o ambiente de trabalho e para além deste.

    A Clientela se disponibiliza a investir financeiramente na Terapia Holística se o ganho em QUALIDADE DE VIDA se evidenciar, pois sentem que estão aplicando em bem-estar, autoconhecimento, maximização de seus potenciais como seres humanos.

    De certa forma, este perfil de Clientela da Terapia Holística já poderia ser antevisto graças à teoria da Hierarquia das Necessidades, do psicoterapeuta Abraham Maslow, que é considerado um dos expoentes da corrente humanista e um dos pioneiros da corrente seguinte, a transpessoal .

    A "pirâmide de Maslow" é um gráfico didático que objetiva hierarquizar as necessidades humanas.

    Ao pé da pirâmide estão as necessidades básicas, de sobrevivência, instintivas (necessidades fisiológicas) e no topo, as mais complexas (auto-realização).


    1. Necessidades básicas: constituem o nível mais "baixo", no sentido de SOBREVIVÊNCIA e preservação da espécie: alimentação, repouso, abrigo, sexo, etc. Se alguma dessas necessidades não está satisfeita, ela determina fortemente a estrutura comportamental do homem.
    Necessidades de segurança: uma vez sastisfeitas as necessidades básicas, o indivíduo passa a ocupar-se com a estabilidade (trabalho, saúde, moradia..) e proteção contra ameaças ou privações.

    2. Necessidades afetivas-sociais: assim que as necessidades básicas e de segurança encontram-se saciadas, assumem maior importância a socialização, amizades, sentimentos de grupo, família, relacionamentos...

    3. Necessidades de auto-estima: auto-apreciação, autoconfiança, aprovação social, status, prestígio, autoconfiança, independência, autonomia e similares passam cada vez maior importância, assim que o indivíduo satisfez as necessidades classificadas anteriormente.

    4. Necessidades de auto-realização: neste nível, o indivíduo já se dedica a desenvolver, ampliar e concretizar todo o seu potencial, autodesenvolvendo-se continuamente.

    A teoria da hierarquia das necessidades parte de algumas premissas... Só quando um nível "inferior" está razoavelmente satisfeito é que o nível seguinte de necessidades assume importância maior. Porém, se uma necessidade de nível mais baixo voltar a ficar insatisfeira, ela volta a ser predominante, até a questão ser resolvida.

    A "pirâmide de Maslow" é aplicada em muitos setores profissionais além da psicoterapia, tais como educação, administração, marketing...

    Notem que a Terapia Holística tem foco predominante nas necessidades mais complexas, as do topo dessa "pirâmide". Daí resulta um certo elitismo da Clientela que atendemos, justamente aquela faixa da população que já teve suas necessidades básicas atendidas...
    Conclusões:

    Todas as decisões, inclusive as relacionadas com a carreira, convivem com um certo nível de incerteza, que podem ser minimizadas mediante o acesso aos máximo de informações confiáveis. Um dos objetivos de toda pesquisa mercadológica é tornar-se um instrumento facilitador para tomada de decisões, contribuindo para diminuir a incerteza e/ou influenciar a escolha de um curso de ação, auxiliando a identificar problemas e oportunidades.

    A análise comparativa das pesquisas de 2004 e 2008 comprovou a maior profissionalização de nosso setor, do ponto de vista econômico: aumentou o valor recebido pelas consultas e, ainda que diminuida a carga horária, o resultado final foi um crescimento de 65,6% nos rendimentos da profissão, confrontando com 27,2% de inflação somada no mesmo período.

    Os consultórios receberam investimentos em informática (aumento de 237% dos que possuem internet banda-larga e 584% dos que possuem computador em seus consultório), porém, detecta-se um movimento contrário, de economia em bens intangíveis, tais como em recursos humanos e quanto à adequação dos locais de atendimento (diminuição significativa do número de recepcionistas, somada ao aumento de profissionais atendendo em suas próprias residências). Paradoxalmente ao aumento de rendimentos com os consultórios, mas coerentes com a diminuição da carga horária, de 4 anos para cá, aumentou significativamente a quantidade de profissionais que possuem uma segunda profissão paralela.

    O quadro geral implica em grande aumento de poder econômico dos Terapeutas Holísticos (somam os ganhos reais obtidos nos consultórios com a renda paralela da segunda profissão), que resultou em investimentos em fontes de acesso à informação e de estudos, em especial, computadores com acesso rápido à internet, possibilitando manter-se à par rapidamente das informações de fontes fidedignas como o SINTE, bem como ao aperfeiçoamento continuado por meio dos cursos, matérias e estudos disponibilizados pelo sindicato.

    A ascensão a este novo patamar social igualmente facilitou a conexão com o público alvo preferencial, que é justamente a camada da sociedade que já teve suas necessidades primárias satisfeitas, em boa parte graças ao seu poder aquisitivo elevado, estando prontos a se dedicar à satisfação de anseios mais subjetivos, como a maior qualidade de vida, autoconhecimento e transcendência, justamente os focos profundos da Terapia Holística, principal fator diferencial de nossa atividade.Para conquistar, manter e encantar o público alvo deste perfil de elevado grau de exigência, os profissionais acertam ao investir em seu aperfeiçoamento continuado, cabendo, contudo, rever suas estratégias de investimento em seus consultórios, em especial à adequação de local e de recursos humanos, pois correm o risco de causarem uma primeira impressão ruím aos novos Clientes potenciais e de desgatar a relação com os que já atendem, caso decaia a qualidade dos fatores EXTRA terapia em si, tais como dificuldade de acesso ao local, ausência de recepção eficiente e humana e similares.

    É fato que existe um verdadeiro abismo diferencial entre os verdadeiros profissionais que são exatamente aqueles que se filiam ao SINTE e participantes diretos deste estudo, daqueles que são amadores, que de tão inseguros que são quanto à profissionalização, nem sequer tentaram obter suas CRT - Carteiras de Terapeutas Holísticos Credenciados. Perante o elevado grau de exigência dos Clientes potenciais, a própria lei de mercado se encarrega de retirar da profissão os elementos despreparados, o que implica em ainda maior visibilidade e credibilidade à elite que são os associados ao Sindicato dos Terapeutas. O próprio sindicato vem detectando uma grande diminuição da QUANTIDADE de pessoas atuando na profissão, paralelamente ao aumento QUALITATIVO do nível técnico e social dos que permanecem. Para os não filiados, a estimativa é a sua gradativa eliminação pelo mercado de Clientes potenciais, cada vez mais exigentes em sua busca por bons atendimentos.

    Possuir a CRT, estando assim compromissados com as normas éticas e qualitativas da organização, por si só, continua um excelente diferencial favorável a produzir este aumento de 65,6% nos rendimentos de consultório.

    Se a isto somar-se à participação junto aos projetos de educação continuada do SINTE, que além de aperfeiçoamento e adequação técnicas e à legislação brasileira, incluem igualmente estratégias de marketing para consultórios, projeta-se um crescimento qualitativo técnico e de rendimentos ainda maior aos profissionais possuidores de CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado. 

    Em suma, as estatísticas de fato vem confirmando o slogan de que A Terapia Holística É A Profissão do Século 21.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 06/02/2009 16:25


    A Abordagem Holística Através da Estética

    A Abordagem Holística Através da Estética

     

    Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    Sumário

    Resumo
    Introdução
    Material e Metodologia
    Resultados
    Discussão
    Conclusões
    Referências Bibliográficas
    Anexos e Apêndices

    Resumo

    A maximização de resultados em atendimentos de Estética por meio da abordagem Holística, incluindo aos equipamentos e produtos esteticistas o trabalho paralelo e simultâneo com aconselhamento psicoterápico, terapia floral, cromoterapia, sugestões alimentares e posturais, além de técnicas respiratórias e de conscientização sobre si mesmo.

    Introdução

    A indústria da Estética e Beleza, por meio de campanhas de marketing que incluem assessoria de imprensa e participação ativa em congressos, promovem a idéia de que os bons resultados advém de equipamentos eletrônicos e produtos cosméticos cada vez mais custosos e sofisticados. Contrariando esta hipótese, minha experiência pessoal conduziu meu trabalho de forma a valorizar mais ao PROFISSIONAL, devolvendo aparelhos e cosméticos ao papel de coadjuvantes.  Enfatizando a conversação, ao mesmo tempo em que suprindo a Clientela com orientaçãos posturais, formas de respiração, consciência corporal e chegando até a sugestões alimentares, o que se obtém é a excelência de resultados, indo além dos que se conseguiria se simplesmente seguisse os procedimentos estéticos propostos pelas empresas, escolas e congressos voltados à Estética convencional.

    Material e Metodologia

    A idade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o profissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do Cliente.

    O profissional deve explicar seu modo de trabalhar em detalhes e certificar-se de que seu Cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso.

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o profissional, que também deve inquerir quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Estética aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao profissional aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo, conduzindo este ao autoconhecimento.

    Os produtos para estética devem ser adquiridos em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto, sendo vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não). Outra opção é o Cliente adquirir diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo. O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o profissional deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    Caso trabalhe com agulhas de Terapia em Estética, devem ser DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, sendo descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante. Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.O  armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final, por coleta especializada oficial ou eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    O Terapeuta Em Estética promove a avaliação das queixas estéticas do Cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    Resultados

    A forma convencional de trabalho Esteticista, limitada a aplicações de aparelhagens e produtos, obtém os resultados estéticos propostos em menos de 50% dos casos, além de baixo índice de fidelização da Clientela, já que não há conscientização dos benefícios de um trabalho continuado. Já a abordagem holística aplicada à Estética atinge as metas de beleza em mais de 90% dos casos, além de elevado índice de fidelização e de expectativa de continuidade e retorno, já que a Clientela se conscientiza de que o a proposta de trabalho pode e deve extrapolar as queixas iniciais, antes focadas na aparência exterior.

    Discussão

    É inegável a importância de bons produtos e equipamentos no trabalho de todo Esteticista. O que convém questionar é a supervalorização destes ítens acessórios, em detrimento do profissional em si. A predominância de revistas e congressos especializados em beleza que são patrocinados e organizados justamente pelos fabricantes de cosméticos e aparelhagens resulta em apresentações de trabalhos que tendem mais à propaganda destes ítens, do que a valorizar a capacitação técnica do profissional da Estética. Daí ser muito importante iniciativas como a do SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS que desenvolve Congressos como o Holística, onde todo profissional tem condições de apresentar proposituras de palestras sem preocupar-se com intervenções de patrocinadores ou expositores. A imparcialidade do SINTE também é construtiva a que o Terapeuta Em Estética tenha seu merecido reconhecimento junto aos demais colegas que também compõem o rol da Terapia Holística. Verdade seja dita: alguns colegas, ainda desinformados, são preconceituosos em supor que focar na beleza como "portal de entrada" à terapia profunda possa ser uma postura "superficial"... Porém, existe uma outra perspectiva a ser considerada. A mídia em geral pressiona por padrões estéticos cada vez mais pré-definidos e globalizados e, para o bem ou para o mal, cria uma grande demanda por profissionais que atuem dentro do enfoque da beleza. Não raro, esta Clientela potencial nem sequer procuraria um consultório SE não fossem as questões estéticas; uma vez tomando contato com o amplo leque de abordagens e técnicas da Terapia Holística e, desde que, é claro, suas aspirações estéticas iniciais tenham sido atendidas, é grande a oportunidade de que se abra à possibilidade de dispor-se a ampliar a terapia para os demais aspectos de sua vida.

    A Terapia Holística parte da premissa que tudo está interligado em um só contínuo, razão pela qual, o Cliente sempre deve ser considerado em sua totalidade. Porém, comumente cada técnica de nossa profissão privilegia uma "porta de entrada". Por exemplo, mesmo sendo inseparáveis (na verdade, uma só unidade...), a Terapia Corporal utiliza o físico para igualmente ingerir no psíquico, enquanto a Psicoterapia atua no psiquismo e, paralelamente, obter resultados corporais. Cada técnica elege uma via de acesso específica para trabalhar, cabendo ao profissional escolher aquela com a qual o Cliente está mais receptivo. Existe uma grande parcela da sociedade justamente receptiva a ser abordada pela "porta" da Estética, razão pela qual é importante que os profissionais igualmente se disponham a conhecer e atuar com mais esta linha técnica.

    Conclusões

    Minha experiência profissional me leva a concluir que a beleza duradoura e verdadeira surge "de dentro para fora", como consequência natural da harmonização. Paralelamente, propiciar resultados estéticos exteriores igualmente induz a um incremento na auto-estima, predispondo a Clientela ao bem-estar e a investir de forma mais intensa em sua Qualidade de Vida.

    Em nossa profissão, o Cliente tem que ser considerado em sua totalidade e desta, a BELEZA é parte integrante, tornando a Estética mais um caminho igualmente válido e eficaz para a abordagem Holística em nossos consultórios.

    Referências Bibliográficas

    Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    Anexos e Apêndices

     

    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Estética conta com grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização, bem como a qual legislação se aplica. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    4.2 Objetivo
    Definir boas práticas, adequação de terminologia e de materiais

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TO 001 — Terapia Ortomolecular — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.5 TERAPEUTA EM ESTÉTICA — promove a avaliação das queixas estéticas do cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, massoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TE — Terapia Estética
    THE — Terapeuta em Estética
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Estética aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TE

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TE com dNTSV — estetica.sdwetalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o TH detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    5.3.3.3 — O TH deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    5.3.3.3.1 — O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do cliente para com o TH;
    5.3.3.3.2 — O cliente deve ser inquerido pelo TH quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    5.3.3.4 A TE aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao TH aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.4 Produtos para Estética, Ortomoleculares e assemelhados — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.4.3 Agulhas de TE — adequação

    5.3.4.3.1 Opção 1: Aquisição de agulhas de DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do TH, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, as agulhas serão doadas, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir agulhas ou não).
    5.3.4.3.2 Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.4.4 — Descarte das Agulhas de TE

    5.3.4.4.1 As agulhas de TE obrigatoriamente serão sempre DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, e, mesmo cientes de que inexiste caso registrado de contaminação por este tipo de agulha (por ser maciça, não retem sangue), ainda assim terá tratamento semelhante aos resíduos infectantes perfurantes ou cortantes.
    5.3.4.4.2 As agulhas de TE serão descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante, os quais, após serem devidamente lacrados, deverão ser acondicionados em sacos plásticos individualizados, branco leitosos e identificados pela simbologia de substância infectante.
    5.3.4.4.3 Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.
    5.3.4.4.4 O armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final.
    5.3.4.4.5 Nos municípios onde existir coleta especializada gratuita, o TH deve se inscrever, apresentando para tanto cópia de CCM (Inscrição Municipal como autônomo) e do CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado.
    5.3.4.4.6 As agulhas de TE igualmente podem ser eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    Autor: : Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Geoterapia » Cristalterapia

    Pedras Quentes, Terapêuticas! por Simone Kobayashi de Noronha CRT 37166

    Pedras Quentes, Terapêuticas!   por Simone Kobayashi de Noronha   CRT 37166

    Todos os antigos povos do oriente e do ocidente usavam a Geoterapia, e
    em especial as pedras e cristais, para amenizar e cuidar de
    desequilíbrios físicos e emocionais. Há milênios a humanidade é
    atraída pelos cristais e pedras preciosas e semipreciosas. Isso porque
    elas já carregam seus símbolos, suas histórias e emanam
    características próprias.

    Ultimamente a busca por essas técnicas, especialmente a Terapia das
    Pedras Quentes, vem crescendo e com isso a busca por cursos
    específicos, mas a Terapia das Pedras Quentes, não é (como qualquer
    outra técnica holística) uma formula mecanicista de, faz assim e faz
    assado, e sim uma integração de técnicas com flexibilidade suficiente
    para adequar ao cliente e seu momento.

    A união de técnicas sempre foi uma prática comum na Terapia Holística.
    A Terapia das Pedras Quentes une a Terapia Térmica, quente e frio, com
    a Geoterapia, que se utiliza das pedras e cristais como ferramentas
    terapêuticas e a Terapia Corporal. Normalmente são utilizadas pedras
    de Basalto de Amidalóide (seixos de rio) e Ágatas, mas para uma
    resposta terapêutica mais profunda, a escolha de pedras relacionadas
    ao momento do cliente traz uma melhor resposta. Para isso temos que
    ter um conhecimento dessas pedras e cristais e suas características.

    As pedras fixas irão ser posicionadas em pontos chaves como os pés,
    mãos, costas, abdômen e olhos. Nas costas, por exemplo, elas aquecem a
    região onde fica o meridiano do rim. Já as pedras móveis necessitam de
    um óleo ou creme relaxante para serem manipuladas no corpo com um
    atrito agradável.

    As pedras acumulam energia térmica, tanto fria quanto quente, mas se
    associarmos ao que a pedra ou cristal já traz como característica,
    além de manter quente ou frio por mais tempo, estaremos utilizando a
    sensação térmica natural da própria pedra ou cristal, potencializando
    resultados.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Terapia das Pedras Quentes
    traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de
    busca do bem-estar e qualidade de vida.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 15:11


    Cristalopuntura

    Cristalopuntura     por Simone Kobayashi de Noronha

    Nem sempre as pessoas sentem-se confortáveis para fazer acupuntura.
    Temos outros estímulos (sem ser as agulhas) que podem ajudar nas
    dificuldades encontradas, sejam elas emocionais, mentais ou físicas.
    Dentre esses estímulos podemos utilizar as pedras e cristais, que de
    uma forma menos física, mas mesmo assim eficiente e rápida ajuda a
    estabelecer o equilíbrio e bem-estar.

    Da mesma forma que a acupuntura tradicional, a cristalopuntura
    baseia-se nos 5 Movimentos Chineses e o equilíbrio do corpo físico,
    emocional e mental, através da estimulação de pontos nos meridianos.

    Como funciona? Descobrindo-se os movimentos em desequilíbrio e os
    meridianos relacionados, pelo toque no caminho do meridiano, os pontos
    que estiverem mais doloridos serão os que necessitam ser estimulados.
    Já os pontos descobertos pela reflexologia, podal, das mãos ou
    auricular, já são os próprios pontos a serem estimulados. Cabe ao
    Terapeuta Holístico capacitado, a melhor escolha (entre milhares de
    tipos de pedras e cristais) para ajudar a harmonizar o cliente naquele
    momento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 30/05/2007 15:15


    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Simone Kobayashi de NoronhaTerapeuta Holística – CRT 37166

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2008

    Agradeço aos meus colegas, que a cada Congresso que nos encontramos, trocamos experiências e energia, acrescentando apoio e conhecimento na minha trajetória.

    Agradeço ao Sinte, pela dedicação a nós todos, pelo suporte à Terapia Holística, aos Terapeutas Holísticos e a mim; e às pessoas do Sinte, pelo carinho, atenção e cuidado com que nos tratam e atendem.

    Sumário:

    I Resumo

    II Introdução

    III Metodologia

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    V Cristalopuntura

    VI Aplicação Terapêutica

    VII Bibliografia

    I Resumo

    A acupuntura faz parte da terapia tradicional chinesa, uma prática com cerca de cinco mil anos, e consiste na inserção de agulhas metálicas na pele para reequilíbrar a pessoa como um todo - o físico, o mental, o emocional e o energético.

    Mas, nem sempre as pessoas sentem-se confortáveis para fazer acupuntura. Temos outros estímulos (sem ser as agulhas) que podem ajudar nas dificuldades e desequilíbrio encontrados. Dentre esses estímulos podemos utilizar as pedras e cristais, que de uma forma menos física, mas mesmo assim eficiente e rápida ajuda a estabelecer o equilíbrio e o bem-estar.

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    II Introdução

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    III Metodologia

    Descobrindo-se pelos Pontos de Alarme os movimentos em desequilíbrio e os meridianos relacionados, pelo toque no caminho do meridiano, os pontos que estiverem mais doloridos serão os que necessitam ser estimulados. Cabe ao Terapeuta Holístico capacitado, a melhor escolha (entre as pedras e cristais) mais adequadas ao momento do cliente e relacionadas aos 5 Movimentos Chineses ,para ajudar a harmonizar o cliente e equilibrar o seu momento.

    Da mesma forma que a acupuntura tradicional, a Cristalopuntura baseia-se nos 5 Movimentos Chineses e o equilíbrio do corpo físico, mental, emocional e energético através da estimulação de pontos nos meridianos.


    Trabalhar esses processos terapêuticamente é acrescentar a habilidade de lidar com os sentimentos e os desequilíbrios de uma forma mais consciente, leve e saudável.

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    Pedras: popularmente pedra é o nome coletivo para todos os constituintes sólidos da crosta terrestre; agregados naturais de minerais, e ainda podem ser separadas por preciosas e semi-preciosas, ou seja, podem ser caras ou baratas. Mas o valor comercial não é motivo para que sejam divididas assim, já que é uma distinção arbitrária, confusa e desnecessária.

    Cristais: é um corpo uniforme com um retículo geométrico, normalmente apresenta forma limitada externamente por superfícies planas e lisas, e em um arranjo ordenado dos átomos da estrutura de um composto.

    Gemas: designação coletiva para todas as pedras ornamentais. Não há, na verdade, uma linha divisória definida entre pedras mais ou menos valiosas, preciosas ou semi-preciosas. Todas elas são minerais, materiais inorgânicos naturais com uma composição química fixa e estrutura interna regular (com exceção das pérolas, do âmbar e do coral).

    Assim definido, fica mais fácil de explicar a razão de utilizarmos os termos Pedras e Cristais e não o termo gema, pois nós não utilizamos somente as ornamentais e sim toda e qualquer pedra que traga benefícios terapêuticos.

    V Cristalopuntura

    Já sabemos que os cristais funcionam como amplificadores de energia nos processos de equilíbrio e autoconhecimento e a sua força consiste na capacidade de ampliar e direcionar nossos próprios poderes e, por isso, o mais importante ao se lidar com os cristais é que conseguimos sintonizar nossas vibrações com as vibrações dessas pedras.

    Nosso objetivo nesse curso é capacitar as pessoas que Já conhecem a técnica de puntura com a junção de mais uma ferramenta de estímulo, a Cristalopuntura.

    Diferente das agulhas, as pedras e cristais dispõem de uma maior diversidade de sintonia que pode ajudar mais eficazmente na puntura para equilíbrio do cliente.

    Esses são os objetivos da utilização de pedras e cristais como estímulos na Cristalopuntura, iniciar uma busca através de autoconhecimento e nos capacitar, e aos nossos clientes, ao equilíbrio e a superação de obstáculos, alcançando a harmonia e realização interior.

    VI Aplicação Terapêutica

    Precisamos lembrar o que cada uma das pedras e cristais trazem suas características próprias para o trabalho terapêutico. Tendo, então essas características, elas também têm suas relações com os 5 Movimentos Chineses.

    Quero acrescentar que não somente a resposta às pedras e cristais dos Pontos de Alarme ou pontos doloridos nos meridianos são eficazes para a melhor escolha do estímulo, mas um conhecimento das pedras e cristais disponíveis e também um bom “ouvido” do terapeuta e ajudam a pré-selecionar alguns estímulos de referência. Com a prática, o “ouvido” guiará melhor e a resposta dos pontos confirmará ou não às escolhas.

    Pontos de Alarme: Tradição Milenar Chinesa

    A Tradição Milenar Chinesa trouxe até a atualidade como parte de sua sabedoria, a teoria dos meridianos que são caminhos de energia que circulam no nosso corpo e refletem o nosso estado energético nos corpos físico, emocional, mental, etc.

    Aqui, trabalharemos com 12 meridianos considerados principais e seus Pontos de Alarme correspondentes (o material para localização dos pontos de alarme foi disponibilizado em vídeo pelo Sinte – Sindicato dos Terapeutas)

    Para saber quais os meridianos que estão em desequilíbrio energético, vamos tocar os pontos de alarme de cada um desses 12 meridianos principais e perguntar ao próprio cliente quais (por comparação) estão mais doloridos ao toque.

    Para algumas pessoas, todo ponto de alarme é sensível, por isso, sugiro fazer por comparação entre eles e saberemos quais deverão ser trabalhados. Um bom objetivo é achar os que estariam em primeiro e em segundo lugar entre os mais doloridos. Como trabalharemos com os 12 meridianos principais, teremos 12 sequências de toque para avaliar comparativamente.

    Sabendo então, quais os pontos de alarme mais sensíveis (primeiro e segundo lugar), iremos buscar os pontos doloridos nos caminhos dos meridianos correspondentes. Por exemplo, se os Pontos de Alarme mais doloridos foram (1o. Lugar) o do meridiano do Estômago e o (2o. Lugar) o meridiano do Triplo Aquecedor, vamos buscar primeiro os pontos doloridos no caminho do meridiano do estômago e depois os pontos doloridos no caminho do meridiano do triplo aquecedor.

    Agora, como saberemos quais entre tantas pedras e cristais será a mais adequada ao estímulo nos pontos do meridiano do cliente?

    Teremos que pré-selecionar algumas pedras e cristais que tenham afinidade com o MOVIMENTO ao qual o meridiano em desequilíbrio corresponde. Somente a partir daí teremos condições de realizar testes para a escolha do melhor estímulo.

    Coloca-se em contato com a pele do Cliente (no ponto de alarme ou mesmo no próprio ponto dolorido do meridiano) cada opção pré-selecionada e verifica-se qual entre essas pedras a que diminui a a sensação dolorida.

    Pronto! Já temos o ponto a ser estimulado e o estímulo mais adequado ao momento do cliente. Agora basta deixar o estímulo (pode-se fixar pedrinhas ou cristais pequenos com “micropore”) por alguns minutos e começar novamente o processo com o 2o. Meridiano mais dolorido.

    cristalopuntura.gif


    Os Cinco Movimentos Chineses

    A base da filosofia chinesa é o Tao, que é o principio de toda a matéria, sejam as estrelas e os minerais, passando por todos os seres vivos. O Tao não se explica, ele simplesmente É.

    Dentro do conceito do Tao, entende-se que existam duas forcas opostas e complementares, em movimento constante, o yin e o yang. O yin é visto como passivo, feminino, escuro e todos os simbolismos relacionados como: a noite, a lua, a emoção, etc; e o yang como ativo, masculino, claro e também suas outras relações como: o dia, o sol, a razão, etc.

    Essas forcas estão em constante e harmoniosa oposição, mudando, movimentando e se fundindo, sempre buscando o equilíbrio. Desse movimento cria-se energia, que os chineses chamam de “chi”, ou forca vital. O “chi” flui através dos seres e dos ambientes.

    Determinando-se que se o chi está ou não fluindo naturalmente, a pessoa, o ser ou ambiente está ou não equilibrado. Se houver um desequilíbrio entre o yin e o yang o fluxo de energia vital está desarmônico.

    Nada é absolutamente yin ou yang. Um não existe sem o outro e não existe separação. Um contém em si a semente do outro, atraem-se mutualmente e se repelem ao mesmo tempo, em um movimento constante.

    Surge com esse movimento constante outra manifestação do Tao: os Cinco Movimentos. O ascendente, descendente, centrípeto, centrifugo e equilibrante; que chamamos de fogo, água, metal, madeira e terra, respectivamente. Na tradição chinesa tudo que lembre e represente um dos movimentos relaciona-se a ele. Cada um desses movimentos tem suas características próprias que podem ser relacionadas com tudo o que existe, sejam seres vivos, incluindo animais, humanos e plantas, sejam inanimados como as pedras, cristais e ambientes, e ainda, as emoções, sabores, cores, etc.

    Por exemplo, ao movimento centrífugo, como o Movimento Madeira, relaciona-se a expansão e o crescimento, aos meridianos do Fígado e da Vesícula Biliar, sentimento de raiva e extroversão, a cor verde; ao Movimento Fogo, relaciona-se com ascendente, que lembra a excitação (excesso de fogo) e a apatia (falta de fogo), o verão, o calor, os meridianos do coração, intestino delgado, circulação e sexo e triplo aquecedor, a cor vermelha; ao Movimento equilibrante chamado Terra, oque centraliza, controla, equilibra, a cor amarela, os meridianos do estômago e baço-pâncreas; ao movimento centrípeto que relaciona-se com o Metal, lembra o agregar, condensar, o contrair; e assim acontece com todos os movimentos.

    Como fazem parte de um movimento constante, o excesso ou falta de um deles, ou seja, qualquer desequilíbrio acaba afetando o Todo, por meio de suas relações.

    Em suas interações temos a Lei da Geração ou Mãe-Filho: Madeira nutre o Fogo, que forma a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, de onde nasce a Água que nutre a Madeira, que volta ao início do ciclo fechando-o. E a Lei da Dominância ou Dominante-Dominado: a Madeira consome a Terra, que absorve a Água que domina o Fogo, este derrete o Metal ou Rocha, que corta a Madeira.

    Pensando assim, as pedras e cristais por formarem-se na Terra, relacionam-se ao Movimento Metal e tendem para a interiorização, introspecção, mas um olhar mais atento nos faz observar as interações de outros movimentos.

    Assim como cada um dos movimentos contêm dentro de si os outros, os detalhes de cada pedra ou cristal nos guiaria para a relação mais focada com os 5 movimentos, como: a água-marinha, e sua óbvia relação com o movimento ?gua, o quartzo fumê, que tornou-se “fumê” pela exposição prolongada ao calor (Fogo), a ágata com suas camadas concêntricas de expansão (Madeira), e assim com todas as outras pedras, não só observando as características físicas, mas também os simbolismos e associações com os nomes, histórias, usos e costumes relacionados a elas.

    VII Conclusões

    Em todo trabalho de Terapia Holística desenvolvido com aprofundamento, vemos que não existem tabelas a serem seguidas. O melhor meio para se aproveitar de todas as características e possibilidades que as diferentes técnicas nos trazem é o aprofundamento do conhecimento, seja para aprimorar nossa própria busca de equilíbrio e harmonia, e/ou pela melhor relação entre o momento do cliente e a escolha da técnica ou estímulo.

    VII Bibliografia

    Boström, F. - A sabedoria das pedras - Ed. Best Seller, 1994.
    Boström, F. - O Mago dos Cristais - Círculo do Livro, 1994.
    CavalcantE, V. - O equilíbrio da energia está no salto do tigre - Ed. Objetiva, 1998.
    Duncan, A. - ABC dos Cristais - Ed. Nórdica.
    Duncan, A. - Caminho das Pedras - Ed. Nórdica, 1998.
    Noronha, S. - Pedras e Cristais: Em Busca do Equilíbrio - Ed. Sinte, 2006
    Raphael, K. - Transmissões Cristalinas: Uma Síntese de Luz - Ed. Pensamento, 1997.
    Raphael, K. - A Cura pelos Cristais - Ed. Pensamento, 1995.
    Raphael, K. - As Propriedades Curativas dos Cristais e das Pedras Preciosas - Ed. Pensamento, 1996.
    SINTE - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias - www.sinte.com.br
    Schumann, W. - Gemstones of the World - Sterling Publishing, 1997.
    Vieira Filho, H. - Tutorial Terapia Holistica, Sinte, 2004.
    Weil, P. - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real, Ed. Palas Athenas, 1990.

    Autor: : Simone Kobayashi de Noronha - Terapeuta Holística – CRT 37166
    Última atualização: 13/05/2008 14:44


    Holopuntura

    FITOTERAPIA NA HOLOPUNTURA

     Trabalho de Conclusão de Curso

    Neuza Miranda e Silva Chammas

    Terapeuta Holística

    CRT 36999

    Curso de Fitoterapia

    Docente: Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico

    CRT 21001

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas

    CEA – Comunidade de Estudos Avançados

    Porangaba 2007-04-09

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    PORANGABA – 2007-04-09

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    CEA – COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM

    TERAPIA HOLÍSTICA

    DISCIPLINA – FITOTERAPIA

    ORIENTADOR: HENRIQUE VIEIRA FILHO

    CRT 21001 - TERAPEUTA HOLÍSTICO

    PORANGABA – 2007-04-09

    A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.” Nicolau Copérnico

    DEDICATÓRIA:

    Dedico este trabalho à minha mãezinha

    Carlota,

    minha primeira mestra em

    Terapia Holística.

    PORANGABA – 2007-04-09

    AGRADECIMENTOS

    À MINHA FAMÍLIA

    Georges

    Ana Carla

    Daniela

    Georges Jr

    Marcos Reskalla

    e

    Adilah

    Pela presença constante de cada um deles em minha caminhada.

    AO SINTE

    -Pela preocupação em oferecer o melhor aos Terapeutas Holísticos.

    A HENRIQUE VIEIRA FILHO

    -Pelo seu otimismo, arrojo e coragem de levar adiante um projeto tão nobre e, por despertar nos TH a consciência de um trabalho com ética, dignidade e responsabilidade.

    PORANGABA – 2007-04-09

    SUMÁRIO:

    01 – Resumo.......................................................................................................08

    02 – Introdução...................................................................................................13

    03 – Material e Metodologia................................................................................16

    04 – Resultados...................................................................................................22

    05 – Discussão....................................................................................................28

    06 – Conclusões..................................................................................................30

    07 - Referências Bibliográficas............................................................................32

    08 – Anexos e Apêndices....................................................................................33

    8.1. NTSV – FT 001............................................................................................33

    8.2. A Fitoterapia na História do Brasil................................................................38

    8.3 Listagem atualizada dos Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos................................................................................................................40

    RESUMO

    Este trabalho apresenta um estudo sobre Fitoterapia no atendimento aos meus clientes cotidianos, em meu próprio Espaço de Terapia Holística, sito à Rua Professor Antonio Freire de Souza, nº 231, em Porangaba, SP.

    Iniciei os ensaios de aplicação da Fitoterapia aliada às Técnicas da Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal Manipulativa, logo após o início do curso em junho de 2006 e as intensifiquei logo depois da aula prática, ocorrida no dia 10 de setembro de 2006, durante a realização do Congresso Holístico promovido pelo SINTE.

    O desenvolvimento dos estudos fundamentou-se nas aulas ministradas pelo docente, Terapeuta Holístico Henrique Vieira Filho, no Curso de Fitoterapia, oferecido pela Comunidade de Estudos Avançados, aos TH associados ao SINTE, bem como no embasamento teórico e prático, adquirido no ano anterior, no Curso de Holopuntura e, em leituras complementares, especialmente em obras contidas na bibliografia apresentada e sugerida pelo docente.

    As técnicas começaram a fazer parte de minha vida como Terapeuta Holística e todos os meus clientes se beneficiaram com ela.

    Três clientes especiais foram escolhidos para terem os atendimentos relatados semanalmente, do final do mês de outubro de 2006 ao final de fevereiro de 2007, com o objetivo de recolher subsídios a trabalhos posteriores.

    Estes atendimentos serviram de base para avaliação do meu trabalho, através da supervisão do docente HVF.

    Estando eu dedicando-me à Terapia Corporal Manipulativa há mais de cinco anos, vi nos novos conhecimentos e nas técnicas da Holopuntura uma excelente oportunidade de obter melhores resultados em meu trabalho. Percebi que, especialmente na Avaliação dos Pontos de Alarme, havia uma proximidade muito grande com o que eu já praticava.

    Com o auxílio da Fitoterapia meu trabalho foi ganhando um diferencial muito importante, uma vez que o cliente poderia dar continuidade ao tratamento durante a semana, depois que eu concluísse meu atendimento naquele dia.

    Fui associando a Fitoterapia e a Holopuntura, através da Avaliação dos Pontos de Alarme, à Terapia Corporal Manipulativa, seja ela relaxante ou estimulante.

    Observei que em qualquer outra modalidade de Terapia Corporal, torna-se perfeitamente viável a utilização da Fitoterapia aliada à Holopuntura em benefício do cliente, quando se busca o equilíbrio e melhor qualidade de vida e, principalmente, quando nossa meta é a harmonização corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma.

    Também vi na Pulsologia de Nogier um importante instrumento de avaliação do momento vivenciado por cada um de meus clientes, através da análise da reação de seus pulsos diante de estímulos diferentes.

    Pude perceber como é diferente a reação do Pulso das pessoas aos estímulos feitos com os Fitoterápicos, antes e depois das manobras de uma TC relaxante ou de outra estimulante.

    De modo prático e objetivo, estudamos e aplicamos a Fitoterapia sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade.

    As incríveis “coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como fitoterápico tornou o aprendizado lúdico e prático.

    Focando em uma pequena variedade de plantas, todas de venda livre e facilmente encontradas na natureza e nas casas do ramo, esta abordagem utiliza a Teoria dos Cinco Movimentos Chineses, bem como da Pulsologia de Nogier (orelhas, pés e mãos) e a dos Pontos de Alarme dos Meridianos para a correta seleção de fitoterápicos para cada momento de nossos clientes.

    É isso que relatarei em meu Trabalho de Conclusão de Curso.

    Ele foi elaborado com muito amor, mas com simplicidade, pois a arte da qualidade de vida é algo que nasceu da simplicidade de povos que viviam em contato com as plantas, com o simples, mas puro e belo.

    Nada nele é utópico ou impossível de ser praticado por qualquer pessoa que tenha os conhecimentos necessários a respeito de técnicas de Terapia Corporal e que venha a conhecer a Holopuntura e a Fitoterapia.

    O conhecimento de cada uma das plantas e sua utilidade de acordo com o ponto de vista dos CMC é de suma importância ao TH. Esse embasamento teórico foi oferecido aos discentes durante o curso de Fitoterapia.

    Estas são as cinco plantas que constituem a Fitoteca Essencial:

    Cavalinha – Harmoniza

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Alecrim – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Metal;

    Lavanda – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Terra e Metal;

    Calêndula – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Terra;

    Tomilho – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Metal;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Terra.

    Em nossa Fitoteca Ampliada encontramos outras opções de plantas:

    Angélica – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Artemísia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Bardana – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Terra e Metal;

    Camomila – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Terra;

    Coentro – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Dente-de-Leão: Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água e Madeira;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Hortelã – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Limão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    Malva – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Manjericão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Manjerona – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Melissa – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira, Fogo e Terra;

    Milefólio – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Orégano – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Passiflora – harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água, Madeira e Fogo;

    Sálvia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Tanchagem – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal.

    INTRODUÇÃO

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério.

    As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas.

    Os antigos povos observavam as características de personalidade de cada planta e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos.

    Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais.

    Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a, então, dentro dos Cinco Movimentos Chineses e especificando para que cada uma delas servia.

    Nesta nova maneira de utilizar as plantas como recursos terapêuticos naturais, ao invés de nos atermos a tabelas de correlação entre sintomas e plantas, esta abordagem propõe quintessenciar a adequação a cada caso, passando as plantas a serem selecionadas com o auxílio da Pulsologia de Nogier e/ou a reação ao toque nos Pontos de Alarme, mediante aproximação de amostras dos fitoterápicos.

    Este método tem se mostrado imbatível na prática de consultório. Como ninguém é exatamente igual a outro, não é adequada a escolha das ervas baseando-se apenas nas estatísticas sobre a utilidade de cada uma delas.

    Segundo diversas culturas milenares, as ervas são símbolos de tudo o que é harmonizaste e vivificante, restauram a saúde, a virilidade, a fecundidade, o parto e a riqueza.

    Foram os deuses quem descobriram suas propriedades terapêuticas, o que ilustra a crença universal que o equilíbrio só pode vir de uma dádiva divina, como tudo o que é ligado à vida.

    Para os cristãos, as ervas deviam a sua eficácia por terem sido encontradas pela primeira vez no monte do Calvário.

    A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam, também, as forças ígneas da terra. Enquanto manifestação de vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadoras de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica.

    Por acumularem estas forças, os antigos sempre viram nos vegetais propriedades saudáveis ou venenosas, daí o seu emprego também na magia. Quase todas as divindades femininas grego-romanas protegem a vegetação: Deméter (deusa das alternâncias entre a vida e a morte, bem como das terras cultivadas), Afrodite (Vênus, deusa da fecundidade), Ártemis (Diana, selvagem deusa da natureza), além de algumas entidades masculinas como Ares (Marte, que simboliza a força bruta, é, também, protetor das colheitas, um dos deveres do guerreiro) e Dioniso (Baco, símbolo das forças de dissolução da personalidade, deus da fecundidade, da vegetação, das vinhas).

    No sincretismo afro-brasileiro, Ossâim é o responsável pelas ervas terapêuticas e sagradas, sendo seus iniciados conhecedores de suas serventias, bem como das palavras ritualísticas necessárias para libertar o axé (poder potencial) de cada planta.

    Aqueles que trabalhavam com as ervas em quase todas as culturas viam as plantas como símbolos vivos de entidades invisíveis, tais como deuses, elementais e espíritos, os quais deveriam ser evocados ou aplacados com o uso de palavras mágicas ou sacrifícios.

    O respeito à natureza os levava a não cultivar suas ervas, mas sim ir ao encontro das que nasceram espontaneamente na mata.

    Ainda hoje, os adeptos de Ossâim (orixá do sincretismo afro-brasileiro) costumam deixar uma vela verde, em troca do que retirarem, ou uma das folhas colhidas, para manter inalterado o equilíbrio do local.

    O uso terapêutico das plantas é anterior à humanidade, pois os animais, instintivamente, sabem quais e quanto das ervas devem comer para melhorarem de seus distúrbios.

    O ser humano, cada vez mais isolado da Natureza, foi perdendo esta capacidade de percepção. Mas, em algumas culturas, como as orientais e a indígena, mantiveram-se as tradições da utilidade atribuída a cada planta, muitas vezes transmitidas oralmente por milênios, havendo, ainda, tratados escritos em civilizações mais sofisticadas, como era o caso da chinesa e da egípcia.

    Os antigos Terapeutas Holísticos não cultivavam suas plantas terapêuticas, pois sabiam que se o vegetal espontaneamente escolhesse seu local de nascimento é porque aquele solo é o ideal, capaz de proporcionar-lhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeito terapêutico.

    Na China Milenar, um dos critérios de avaliação da serventia de uma planta era a observação de seus sabores, cores, formatos, época de floração e de suas características de "personalidade".

    Analisemos uma planta por critérios subjetivos: o Dente-de-Leão vem conseguindo se desenvolver espontaneamente nas grandes cidades como São Paulo, apesar da poluição e das condições nada naturais deste ambiente. Nem por isso a planta deixou de participar da harmonia da Natureza, sendo, pois, indicada para toda pessoa que esteja "estressada", com dificuldades de sobrevivência, esgotada e intoxicada, a qual poderá, literalmente, "beber" da sabedoria deste vegetal e sobreviver nesta "selva de pedra".

    METODOLOGIA E MATERIAL

    A Fitoterapia sempre esteve presente em minha vida!

    Filha de pais provenientes da roça e com poucos recursos financeiros para a busca de médicos e de remédios “de farmácia”, nossa cura em situações mais corriqueiras sempre foi providenciada pelo que dispúnhamos no quintal ou nos matos dos arredores de casa. É claro que muitas vezes precisamos dos médicos e dos remédios. Mamãe nunca foi negligente.

    Muitas e muitas vezes os chazinhos constituíam nossos refrescos em dias de calor e nossos aquecedores nos dias e noites gélidos de inverno.

    Tomávamos chá de marcelinha para dor de barriga... Erva de Santa Maria para vermes... Capim cidreira para os nervos... Hortelã para tosse... Erva doce para barriga estufada... Mentruz... Mentrasto... Flor de mamoeiro... Flor de laranjeira... Folha de abacateiro para inchaço nas pernas... Poejo para criança enlombrigada... Alface para insônia... Sabugueiro para botar o sarampo para fora... Arruda para recaída de dieta das mulheres que pariram...

    A lista era enorme! Para tudo mamãe tinha um chazinho abençoado.

    Garrafadas... Mamãe fazia para mulheres com recaída de dietas... Para crianças que tiveram sarampo... Até para os que sofriam de “ataques’”.

    Ela benzia crianças com “quebranto” e adultos com “cobreiro”...

    Dona Carlota era muito querida e muito procurada!

    A qualquer hora em que batessem à sua porta ela estava pronta para ajudar o pobre sofredor!

    Tinha ela dois livros enormes, cheios de figuras coloridas de plantas, verduras, legumes e frutas que me encantavam!

    COME PARA CURAR-TE” e “BEBE PARA CURAR-TE” eram os títulos!

    Passei minha infância e juventude folheando e lendo aquelas maravilhas! Não sei dizer quem eram os autores e nem do paradeiro deles, mas gostaria muito de reavê-los.

    Não foi por acaso que depois de vinte e oito anos de dedicação ao magistério me vi fortemente atraída por algo que já estava em minha vida desde a infância.

    Ao me envolver com a Holopuntura percebi que era uma técnica que estava à disposição de outras modalidades holísticas e a serviço do bem estar de pessoas, tendo como premissa central a possibilidade de aplicação de estímulos em micro regiões (pontos) e com isso obter reações globais, despertando os próprios recursos naturais de auto-harmonização. Desta forma vi a possibilidade de usar a Fitoterapia em conjunto com a Holopuntura.

    Desde o início do Curso de Holopuntura, em junho de 2005, o que mais me empolgou, na técnica, foi a utilização dos Pontos de Alarme, pois eu já tinha familiaridade com eles.

    Ao iniciar o Curso de Fitoterapia constatei que na verdade eu estaria, com ele, ampliando minhas possibilidades de trabalho com os clientes, de uma forma mais eficiente, pois o “novo” dava a possibilidade do cliente continuar equilibrando-se “em casa”, usando os fitoterápicos como um complemento ao tratamento por mim desenvolvido em um pouco mais de uma hora de atendimento.

    No mês de outubro iniciei o atendimento supervisionado a três clientes muito especiais, utilizando os conhecimentos que estava recebendo através do curso. Eles já eram meus clientes em Terapia Corporal, Cromoterapia, Reflexoterapia Podal e Reiki.

    Vi a possibilidade de associar a Fitoterapia como aliada da Holopuntura às minhas técnicas e passei a utilizá-las, dessa forma, com todos os meus clientes, mas escolhendo três para serem meus instrumentos de avaliação através da supervisão de relatórios que deveriam ser encaminhados semanalmente ao docente Henrique Vieira Filho.

    Esses três clientes vivem momentos e situações emocionais totalmente diferentes, cada qual com seu desafio, trazem um baú de bagagem, composta de conflitos, medos, inseguranças e muitos outros sentimentos, bons e ruins.

    Posso descrever desta forma meus clientes especiais:

    Cliente nº. 1 – Mulher, 48 anos, professora readaptada por incompatibilidade profissional, com uma história de vida marcada por muitas discriminações dentro da própria família; uma juventude marcada pela rebeldia e por uma grande frustração amorosa; um passado recente com envolvimentos em drogas e várias crises depressivas; internação em clínica de recuperação de dependentes químicos; grande preocupação com a obesidade, tem mania compulsiva por limpeza e sente-se mal casada, mas não tem coragem de assumir uma separação; recentemente sofreu muito a perda do pai e no momento vive preocupada com o futuro do filho que tem 18 anos. Apresenta vários problemas de saúde física.

    Cliente nº. 2 – Mulher, 57 anos, nível sócio econômico elevado, pessoa com trato social super-refinado; culturalmente uma pessoa muito sofisticada, vive um casamento muito bem estruturado. Emocionalmente trata-se de uma pessoa com uma carga muito pesada de rancores e mágoas trazidas desde a infância; não se relaciona bem com familiares e tem diferenças marcantes com a única filha. Crítica e dominadora, inflexível consigo mesma e com os outros vive crises de afastamento das pessoas e de tristeza porque as pessoas também se afastam dela.

    As duas clientes recebem atendimento médico e trazem um diagnóstico de órgãos afetados, disfunções glandulares e fisiológicas, fazendo uso de medicamentos de uso contínuo.

    Cliente nº. 3 – Mulher, 45 anos, com uma história de vida de muito trabalho ao lado do marido; há dois anos vem sofrendo terrivelmente por conta de um adultério cometido pelo marido e isso gerou muitos problemas emocionais, dores de cabeça e outros sintomas físicos, Não procura acompanhamento médico. Viveu uma fase de busca de uma melhor auto-estima através de cirurgias plásticas, freqüência em academia e por último veio em minha procura. Não utiliza medicamentos rotineiramente.

    Os três foram esclarecidos sobre as várias técnicas de Terapia Holística que utilizo e a respeito dos benefícios que elas podem proporcionar.

    Às duas que estão sendo acompanhadas pelo médico pedi que continuassem a seguir rigorosamente todas as suas orientações e que nada fosse alterado em suas rotinas, sem o parecer do profissional que as acompanha.

    Uma das clientes já vem recebendo a Terapia Corporal há muito tempo com conta de um sério problema na coluna vertebral; uma delas iniciou o tratamento buscando a Drenagem Linfática logo após uma de suas cirurgias e continuou a vir quando percebeu que suas dores de cabeça e a TPM não a incomodavam mais. A outra veio após a leitura de um artigo que escrevi no jornal periódico da cidade e de uma conversa a respeito dos benefícios que ela poderia desfrutar na TH.

    Todas elas procuraram a TH por vontade própria, depois que tomaram conhecimento a melhoria da qualidade de vida e o afastamento dos desconfortos vividos no cotidiano que a TC poderia oferecer.

    Duas delas vieram pensando na Terapia Corporal e até utilizando termo inadequado para nomear o que desejavam, pois viviam com constantes desconfortos musculares e articulares, tensões, inchaços nas pernas, celulite, etc.

    Na verdade também sofriam com dores de cabeça, problemas de pele, queimação no estômago, etc. e buscavam soluções e alívio para algo que os incomodava muito, mas que não sabiam tratar-se de desequilíbrios provocados por emoções negativas que foram acomodando-se em seus músculos, articulações e outras partes do corpo como carapaças protetoras, como escudos, com os quais poderiam se defender, caso as situações voltassem a atacá-los.

    Iniciei o trabalho com as três usando a TC Relaxante e obtive melhoras significativas, mas quando comecei a utilizar as Técnicas da Holopuntura, auxiliada pela Fitoterapia, associadas ao que já vinha desenvolvendo com eles, as mudanças tornaram-se brilhantes aos olhos...

    Passei a fazer, antes de tudo, a Avaliação dos Pontos de Alarme ou então aplicando a Pulsologia de Nogier para ter um ponto de partida na avaliação do momento de cada uma de minhas clientes.

    Tendo a resposta do corpo, dizendo-me o que estava desequilibrado energeticamente, segundo os Cinco Movimentos Chineses, poderia partir para o teste de adequação dos Fitoterápicos, que eram escolhidos mediante as informações recebidas nas aulas do curso.

    A escolha dos Fitoterápicos para o teste de adequação normalmente era feita tendo como base:

    1º.- a nossa Fitoteca Essencial, composta de cinco Fitoterápicos Básicos, cada um deles específico para desequilíbrios YIN e YANG de cada um dos Cinco Movimentos Chineses, a saber: Madeira – Alecrim, Fogo – Lavanda, Terra – Calêndula, Metal – Tomilho, Água – Cavalinha.

    2º.- a nossa Fitoteca Ampliada onde encontramos mais opções de escolhas de ervas que servirão, algumas para desequilíbrios YIN e outras para desequilíbrios YANG.

    O teste de adequação consiste em escolher as plantas que o TH julga adequadas e através de técnicas específicas verificar quais delas são realmente adequadas para aquele exato momento do cliente.

    Este poderá ser feito nos Pontos de Alarme, se a busca do desequilíbrio se baseou na avaliação deles. Neste caso as plantas selecionadas são colocadas, uma a uma, em contato com a mão do cliente e o ponto sensível ao toque novamente é pressionado. A baixa da sensibilidade nos revelará qual a mais adequada para o momento que estamos tratando.

    Se estivermos utilizando a Pulsologia de Nogier, após avaliarmos as regiões reflexológicas (nas orelhas, mãos ou pés) e detectarmos o local que apresentou-se em desequilíbrio, procederemos da mesma forma: podemos colocar, com ajuda de uma pinça, um pontinho de cada planta, uma de cada vez, no local e avaliar o Sinal de Nogier, como reação ao efeito delas.

    Meu trabalho com minhas três clientes consistiu nessas técnicas, sempre complementadas com Terapia Corporal ou com banhos terapêuticos preparados sempre com o Fitoterápico adequado para aquele momento que a cliente vivenciava.

    Nas três clientes os fitoterápicos e minhas próprias mãos foram sempre meus principais instrumentos de estimulação e energização dos locais correspondentes aos meridianos em desequilíbrio.

    Utilizei óleos essenciais, a planta fresca colhida em minha própria horta, cremes e óleos vegetais orgânicos de boa procedência.

    Fazendo uso do BRT recomendei o chá adequado para cada momento delas e orientei-as sobre como preparar e tomar cada um deles.

    Todos os atendimentos a esses clientes foram relatados de forma minuciosa, inclusive com os diálogos estabelecidos no momento da terapia, foram postados no site do SINTE e colocados à disposição, para avaliação e posterior orientação. do nosso orientador/supervisor/docente/TH, Henrique Vieira Filho

    O Aconselhamento, como forma de interação cliente/terapeuta, levando o cliente ao auto conhecimento e a mudança em várias áreas (comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida, além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões) fez parte do processo terapêutico,

    Vi nesta técnica a possibilidade de estabelecimento de um vínculo muito mais forte na relação terapeuta/cliente e vice-versa, além da possibilidade do “extrapolar” das emoções, que normalmente ocorre no decorrer do atendimento.

    Com o aconselhamento obtive momentos muito emocionantes durante os processos terapêuticos, explosão de sentimentos muito fortes guardados pelas clientes.

    Durante todo o tempo em que venho trabalhando como Terapeuta Holística fui integrando ao processo de Terapia Corporal Manipulativa a Reflexoterapia Podal, que considero uma técnica que permite o acesso aos planos físico e espiritual do ser; um meio de prevenção dos desequilíbrios e do reconhecimento precoce dos mesmos. Hoje, após o Curso de Fitoterapia, posso, seguramente, aplicar as ervas, também nos pés dos meus clientes com a certeza de que o efeito será sempre benéfico.

    Ela não apresenta efeitos colaterais e serve-se como excelente técnica quando o cliente chega até nós manifestando timidez ou sentindo-se desconfortável, pelo simples fato de ser tocada.

    Quando você segura os pés de alguém, está segurando a alma dessa pessoa”.

    Com o mapeamento dos pés segundo os Cinco Movimentos Chineses todo o processo de terapia através das zonas reflexológicas podais ganhou um novo sentido, uma nova visão, na hora de exercer as pressões e descobrir desequilíbrios que atingem desastrosamente a harmonia do ser como um todo.

    Com a Pulsologia de Nogier, técnica prática e de fácil aprendizado, aplicada à Fitoterapia, podemos definir os estímulos/vegetais mais adequados para o momento especial do cliente, tomando o pulso e verificando como ele reage a este ou aquele, e decidir sobre qual usar, a fim de obter melhores resultados em matéria de harmonização.

    Basta testar cada opção que deseja aplicar, por sobre cada ponto localizado no percurso dos meridianos selecionados com em desequilíbrio e verificar qual deles faz com que o Sinal de Nogier seja mais nítido, limpo, forte, seja pelos trancos ou pelas sumidas.

    .

    Enfim, a Fitoterapia associada à Holopuntura permite, de várias maneiras, cuidar de gente, isto é, seres onde o TODO deve estar em uníssono com o UNIVERSO, pois que ele mesmo é um Universo em Miniatura.

    RESULTADOS

    Em todas elas pude notar aspectos emocionais muito fortes provocando os desequilíbrios, bloqueando a energia e gerando problemas sérios a serem resolvidos.

    A cliente nº.1 apresenta sinais de enraizamento profundo de suas emoções negativas; sempre conviveu com a baixa auto-estima; sempre se sentiu o patinho feio da casa; sempre foi tratada como a ovelha negra da família. Foi discriminada por colegas e professores, que a chamavam de “louca”. Perdeu o maior amor de sua vida por causa da sogra que não permitiu que o filho continuasse o namoro...

    Necessita de acompanhamento terapêutico constante, pois volta a se desequilibrar com muita facilidade. Apresenta muitos altos e baixos emocionais e isso denota que está muito insegura emocionalmente. Apresenta a fala enrolada e apressada, gagueja muito, apresenta salivação excessiva e sua saliva costuma acumular em forma de espuma nos cantos da boca. Tem um problema nasal que faz que tenha constantemente secreções secas grudadas nas bordas das narinas. Isso a constrange muito e ela vive com o nariz avermelhado, e até ferido, de tanto fazer a higiene do mesmo. Tem complexo do cabelo, da gordura, do marido, de tudo. Sente-se muito infeliz. Vez ou outra ainda extrapola na bebida e depois fica com remorsos. Sente-se vitoriosa apenas no que diz respeito ao filho, que realmente é uma preciosidade nos dias de hoje.

    Não vi nesta cliente resultados totalmente satisfatórios, mas só o fato de ela ter comparecido direitinho às seções de terapia foi ponto muito positivo visto que nunca tinha conseguido ir às seções da psicóloga por três vezes consecutivas.

    Outro ponto positivo foi o de que normalmente ela chegava num estado de humor considerado como ruim, mas ao sair ia toda feliz para casa como se nada tivesse ocorrido antes de vir para cá.

    Ela continuará a terapia.

    A Cliente nº 2 é o típico caso de pessoa que se acha super equilibrada; é a dona da verdade, orgulhosa, prepotente e crítica; apresenta até uma tendência a humilhar as pessoas, principalmente em se tratando de subalternos. Tem seu lado bom e amoroso, mas parece querer sufocá-lo com gestos e atitudes que denotam frieza de sentimentos... Rejeita os presentes que lhe dão se eles não são do seu agrado ou se julga não estarem á sua altura... Despreza as pessoas de uma forma muito vil se estas a contrariam em suas vontades, inclusive a própria filha. Não admite ser contrariada e não cede em suas exigências. Sente-se uma pessoa superior tanto financeiramente como culturalmente. Em cinco anos em que viveu na cidade estabeleceu vínculo de amizade com apenas três pessoas e mesmo assim ainda fazia duras críticas ao comportamento delas. Ninguém a conhecia! Seu relacionamento com as pessoas se limitava ao encontro semanal para as aulas de yoga, conversas ali e nada mais. Saiu do espaço... Não a conheço!

    Consegui ver algumas mudanças em seu comportamento porque a questionei seriamente a respeito de algumas coisas, principalmente no que diz respeito aos ressentimentos em relação à mãe e na disputa que trava constantemente com a filha.

    A cliente mudou para muito longe daqui e não pudemos dar continuidade ao tratamento.

    A cliente nº. 3 chegou até mim numa fase muito difícil de sua vida.

    Estava sentindo-se ferida moralmente com a traição cometida pelo marido, humilhada por ter sido trocada por uma pessoa de baixo nível e de uma feiúra notável! Sentia-se afrontada!!! Não aceitava a atitude de desrespeito do marido para com ela... Ela foi a companheira por trinta anos... A batalhadora... Esteve sempre ao lado dele e de repente é troca por uma porcaria! Começou a sentir fortes dores de cabeça e no corpo todo... Nunca tinha sido mal humorada e agora vivia assim um dia sim e o outro também... Tinha insônias, enjôos, dores de estômago, diarréias, etc... Começou a sentir fome exagerada... Engordou muito! Entrou em pânico! Procurou um cirurgião plástico e fez várias cirurgias, uma depois da outra...Veio me procurar para fazer drenagem linfática após a cirurgia da barriga... Não parou mais.

    Passou por muitas mudanças positivas; começou a ver a vida e as pessoas de uma outra forma. Começou a se auto valorizar não apenas fisicamente, mas como um ser humano com dignidade e valores interiores muito nobres. Ela continua em processo terapêutico.

    Avaliando os resultados dos desequilíbrios, de forma quantitativa, neste período de atendimento para a supervisão cheguei ao seguinte quadro:

    Cliente nº. 1 –

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    2 vezes

    Madeira

    4 vezes

    C

    nenhuma

    ID

    nenhuma

    TA

    1 vez

    CS

    1 vez

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    2 vezes

    Terra

    4 vezes

    P

    4 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    5 vezes

    R

    nenhuma

    B

    3 vezes

    Água

    3 vezes

    Como se pode ver, foi no movimento Metal que ocorreu a maior incidência de desequilíbrios energéticos nesta cliente, mas é preciso considerar que em Madeira e Terra quase houve empate com Metal.

    Avaliando as emoções relacionadas com esses três movimentos em desequilíbrio, podemos constatar que RS apresenta desequilíbrios generalizados, mas nenhum deles chega a ser exagerado.

    O Movimento Fogo manteve-se equilibrado, na maioria das vezes, e isso freou tanto a apatia quanto a euforia das emoções relacionadas com os outros movimentos.

    Uma grande incidência de desequilíbrios ocorreu no Movimento Madeira, onde as emoções negativas são: raiva, irritação, impaciência, além de outras relacionadas.

    Outra incidência significativa ocorreu no Movimento Terra, onde as emoções negativas são: crítica, preocupação e suspeita.

    O que caracteriza o comportamento da cliente realmente são as emoções relacionadas com o movimento Metal: melancolia, tristeza, depressão, sensação de que a vida não vale a pena, sentimento de amor impossível, nostalgia e desânimo: é por aí que os pulmões são feridos. A respiração se torna ineficiente, a troca com o meio exterior é ruim, não desintoxicamos nosso organismo e nem renovamos a carga de oxigênio.

    Em todos os desequilíbrios detectados durante este período de supervisão a cliente foi orientada sobre a utilização dos chás fitoterápicos como forma de harmonizar seus estados emocionais e manutenção de sua qualidade de vida.

    Os resultados foram sempre positivos e ela sempre relatou sobre a melhora que sentia após a ingestão dos mesmos.

    Cliente nº. 2

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    nenhuma

    Madeira

    2 vezes

    C

    2 vezes

    ID

    nenhuma

    TA

    Nenhuma

    CS

    Nenhuma

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    1 vez

    Terra

    3 vezes

    P

    6 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    7 vezes

    R

    3 vezes

    B

    1 vez

    Água

    4 vezes

    Foi gritante a incidência de desequilíbrios no Movimento Metal.

    Apesar de todas as manifestações da cliente de sua prepotência, de sua auto-suficiência, de sua ação dominadora, de sua capacidade de liderança, o quadro mostra que YRCA é uma pessoa com muitos medos e receios, dado o número de desequilíbrios no movimento Água; ao mesmo tempo carrega em seu coração uma carga muito grande de tristeza que pode ser gerada pelo desgaste que ela se auto-aplica por conta de suas mágoas (águas ruins), seus rancores e ressentimentos. Quer amar as pessoas, mas as mágoas são muito grandes... Quer perdoá-las, mas o orgulho não permite que aja assim. Quer se reconciliar com as pessoas que fazem parte de sua história de vida, mas sente medo e desconfia que essas pessoas querem se aproximar dela por mero interesse. Sendo muito apegada aos bens materiais acha que as pessoas aproximam-se dela com o objetivo de tirar vantagens.

    Esses sentimentos estão instalando-se e ela começa a somatizar essas emoções negativas em seu corpo físico.

    Mas é Metal que se encontra mais desequilibrado...

    A cliente mostra-se altiva, mas em suas palavras percebe-se a melancolia, a tristeza, e uma tendência a isolar-se das outras pessoas, fechando-se no seu mundinho pessoal. Está sempre envolto em leituras, artesanato, filmes, arrumação de gavetas, reforma de roupas... Não gosta de se relacionar com outras pessoas.

    As emoções relacionadas com o Movimento Metal são fortes em sua vida, mas ela procura disfarçá-las ou escondê-las através de comportamentos excêntricos.

    De uma maneira geral ela preocupa-se muito com a saúde física e mental.

    Procura os médicos e faz muitos exames com muita freqüência; freqüenta academia, fazendo musculação, curte a natureza, as plantas, as flores, os pássaros e os animais em geral.

    Para YRCA, tomar chá é muito chique e ela fez do ato um momento sofisticado em sua vida.

    Cliente nº. 3

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    1 vez

    VB

    2 vezes

    Madeira

    3 vezes

    C

    3 vezes

    ID

    3 vezes

    Fogo

    -

    TA

    1 vez

    CS

    2 vezes

    Fogo

    9 vezes

    E

    1 vez

    BP

    1 vez

    Terra

    2 vezes

    P

    3 vezes

    IG

    Nenhuma

    Metal

    3 vezes

    R

    nenhuma

    B

    1 vez

    Água

    1 vez

    O movimento Fogo dominou toda a ação e as emoções de SRGM e sofreu a ação de suas emoções.

    O que afeta os processos de Fogo é o excesso de prazeres e alegria, ou, ao contrário, a privação deles.

    A cliente vivenciou situações extremas de excitação e de melancolia. Teve dias em que chegou eufórica de alegria, outros em que veio sentindo raiva, outros chegou com dor de cabeça e muito irritada.

    Apresenta tendência ao cansaço físico e esteve sempre às voltas com dores musculares e articulares.

    Seu estado de humor normalmente apresentou-se bom, apesar das tristezas que apresentou em algumas ocasiões. Também manifestou revolta e esteve com a auto-estima em baixa. É uma pessoa capaz de sair de um “baixo astral” com a mesma rapidez com que entrou, ou então, estar bem e, de repente, sentir-se muito triste. Tem um coração capaz de perdoar e isso favorece seu bom relacionamento com as pessoas em geral e especialmente com a família.

    Relatou que a experiência com os chás foi muito boa e que notou mudanças em vários aspectos de sua vida após a introdução deles.

    Lado a lado com o tratamento Fitoterápico, via chás, elas sempre receberam a Terapia Corporal, na maioria das vezes Relaxante e, nessas oportunidades eu já trabalhava percursos de meridianos em desequilíbrio, buscando pontos doloridos e aplicando estímulos com a planta selecionada como adequada para aquele momento específico de cada uma delas.

    Todas elas desenvolveram o hábito de tomar seus chazinhos.

    Comparativamente às correntes teóricas que se baseiam em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a fitoterápicos, a escolha pela Pulsologia e Pontos de Alarme mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da autoconsciência.

    Do ponto de vista legal, esta abordagem da Fitoterapia igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com as plantas em formato absolutamente diferente da abordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    DISCUSSÃO

    Os trabalhos realizados com a Fitoterapia, aliada à Holopuntura e a Terapia Corporal permitiram que meus clientes entrassem em contato com os medos, traumas e os outros sentimentos que desconheciam serem tão fortes em si mesmos.

    O estímulo fitoterápico em pontos e regiões correspondentes aos bloqueios trouxe uma resposta emocional que lhes permitiu o auto-conhecimento necessário à estruturação de seus desejos.

    Duas delas vieram com baixa auto-estima, com uma grande carência afetiva e com sentimentos negativos corroendo o corpo, a mente e a alma, enquanto uma delas, muito senhora de si, não tinha consciência da bagagem negativa que carregava em seu íntimo.

    A manipulação corporal lhes proporcionou bem estar, sensação de segurança e alívio geral, como se algo tivesse sido arrancado de suas entranhas, libertando-os de correntes que sufocavam.

    A avaliação dos desequilíbrios através da análise dos Pontos de Alarme possibilitou ao TH tomar conhecimento das emoções que bloqueavam as energias e traçar um caminho em direção ao equilíbrio.

    Através da Pulsologia de Nogier também foi possível ter uma visão do que se passava no interior de cada uma delas, associando as emoções regidas por cada um dos Cinco Movimentos Chineses aos desequilíbrios apresentados, como se as olhasse através de um aparelho capaz de mostrá-las em suas intimidades.

    Percebi em meus clientes, e cheguei à conclusão de que nós adultos temos bloqueios nos canais da alegria, geramos insatisfações e amarguras, cultivamos a descrença e os medos, como conseqüência de um processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de “expressão e de manifestação” foi podada pelos adultos que nos orientaram, pelos padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por muitas cobranças e pelo constante apontar de defeitos e falhas.

    Se havia imperfeição simplesmente ela existia porque estávamos em fase de aprendizado e formação, mas não porque estávamos predestinados a ser pequenos e ínfimos.

    É assim que muitos adultos se sentem, gerando bloqueios nos meridianos e desequilíbrios nos movimentos diversos do ciclo natural da vida.

    Uma das causas que podem tê-los conduzido a esse estado de desarmonia, provavelmente seja o fato que não terem tido a oportunidade de traçarem por si mesmos seus destinos, e caminharem sozinhos, experimentando as alegrias e as tristezas da própria escolha.

    Com este Método de Trabalho Terapêutico com os Fitoterápicos o próprio corpo determinará que plantas são as mais adequadas para um momento especial de cada cliente; não precisamos decorar listas de plantas “boas para isto ou para aquilo” como fazia minha mãezinha...

    Caberá ao TH única e exclusivamente buscar onde está o problema e perguntar ao corpo o que ele necessita naquele momento para solucioná-lo.

    Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

    CONCLUSÃO

    No decorrer do curso e, principalmente neste período de prática supervisionada pude perceber o quanto a Fitoterapia aliada à Holopuntura permite ao Terapeuta Holístico ajudar aos seus clientes a se verem como realmente são e nomear seus sentimentos; a dar um mergulho dentro de si mesmo e retornar renovados e conscientes das sombras do seu interior.

    Com a Fitoterapia aliada à Holopuntura o terapeuta Holístico tem oportunidade de caminhar na direção certa, seguindo a sinalização dada pelo próprio corpo do cliente e, desatar os “nós” que atrapalham o livre fluxo das energias.

    A cada novo atendimento vamos percebendo como as pessoas vão se modificando e ainda que os bloqueios se repitam por várias vezes nos mesmos meridianos, a intensidade com que aparecem vai sendo reduzida.

    Os estímulos fitoterápicos aplicados vão possibilitando que as emoções que geram os desequilíbrios venham à tona, em forma de reações diversas, com um único objetivo: a liberação do caminho para a energia vital.

    Trabalhadas em conjunto com manobras da Terapia Corporal, seja ela de que modalidade for, trabalhando músculos e articulações, relaxando, drenando ou estimulando, naturalmente estarão concorrendo para a mobilização dos fluidos do corpo, para a liberação de elementos químicos prejudiciais, acumulados em decorrência dos bloqueios provocados pelas emoções, sejam elas de que natureza for.

    A Fitoterapia aliada à Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal, permitiu que meus clientes se sentissem mais conscientes:

    - RS – começa a tomar as rédeas de sua vida de uma forma mais responsável, assumindo seu corpo como ele é, sendo mais ela mesma, sem se preocupar com o que pensam as outras pessoas, exteriorizando seus sentimentos de forma amena; sabendo viver sem a tutela do pai que sempre lhe deu excesso de apoio.

    - YRCA - compreendeu melhor os fatos ocorridos em sua vida; começou a pensar em perdoar sua mãe e a descer até a filha numa tentativa de harmonizar todos os sentimentos.

    - SRGM – teve oportunidade de encontrar-se de forma profunda com suas verdades, seus sentimentos, suas emoções e luta para conseguir levar a vida de forma mais tranqüila, aceitando as pessoas como elas são.

    Duas delas continuam o processo terapêutico e vindo semanalmente para os atendimentos enquanto outra se mudou de cidade.

    A Fitoterapia em Cinco Movimentos possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares.

    O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a seleção das plantas graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento.

    A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    1-HIRSCH, SONIA

    Manual do Herói

    Gráfica e Editora Prensa - 1990

    2-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    HOLOPUNTURA – A Quintessência da União de Técnicas.

    São Paulo. SINTE – CEA – Vol.1

    3-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Curso de Holopuntura

    São Paulo – SINTE – CEA – 2005

    4-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    O Microcosmo Sagrado: O segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento.

    São Paulo – Lumina Editorial, 1998

    5-WEIL.PIERRE

    HOLÍSTICA: Uma nova visão e abordagem do real.

    São Paulo – Palas Athenas, 1990

    6- VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Fitoteca em cinco Movimentos

    7- Textos Relacionados ao Curso de Fitoterapia, Postados no Site (CEA) pelo docente HVF.

    ANEXOS E APÊNDICES

    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    2.PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3.INTRODUÇÃO   A Fitoterapia conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante ao uso terapêutico das plantas.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 ObjetivoDefinir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob os paradigmas holísticos, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    5.1.2 FITOTERAPEUTA — Realiza testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios, da pulsologia e de testes musculares, propondo o uso dos vegetais corretos para cada caso; faz uso das propriedades terapêuticas das ervas sob diversas formas, tais como chás, banhos, compressas, óleos, extratos, inalações, dentre outras, visando não só despertar a capacidade de auto-equilíbrio, como, também, suprir a necessidade de certas substâncias e energias sutis que atuarão como princípios energoativos para a harmonização psicofísica.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THF — Fitoterapeuta;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.

    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Fitoterapia aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 — Fitoterápicos — aquisição e indicação

    5.3.3.1 — Opção 1: aquisição dos fitoterápicos pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os fitoterápicos serão doados, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.3.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar fitoterápicos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.3.3 — A seleção dos fitoterápicos a serem recomendados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de:

    5.3.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.3.2 — Pulsologia e/ou de testes musculares (como por exemplo, o Omura Test).

    5.3.4 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permanecer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    A Fitoterapia na História do Brasil

    (Texto publicado no informativo Herbarium Saúde, número 29/04)

    O Brasil tem uma das mais ricas biodiversidades do planeta, com milhares de espécies em sua flora.

    Possivelmente, a utilização das plantas – não só como alimento, mas também como fonte terapêutica começou desde que os primeiros habitantes chegaram aqui, há cerca de 12 mil anos, dando origem aos “paleoníndios” amazônicos, dos quais derivaram as principais tribos indígenas do país.

    Pouco, no entanto, se conhece sobre esse período.

    As primeiras informações sobre os hábitos dos indígenas só vieram à luz com o início da colonização portuguesa, a começar pelas observações feitas na ilha de Santa Cruz pelo escrivão Pero Vaz de Caminha, da esquadra de Pedro Álvares Cabral, em sua famosa Carta a El Rei Dom Manuel.

    Um pouco mais tarde, entre 1560 e 1580, o padre José de Anchieta

    detalhou sobre as melhoras plantas comestíveis e medicinais do Brasil em suas cartas ao Superior Geral da Companhia de Jesus.

    Descreveu em detalhes alimentos como o feijão, o trigo, a cevada, o milho, o grão-de-bico, a lentilha, o cará, o palmito e a mandioca, que era o principal alimento dos índios. Anchieta citou também verduras como a taioba-roxa, a mostarda, a alface, a couve, falou das frutas nativas como a banana, o marmelo, a uva, o citrus e o melão, e mostrou a importância que os índios davam às pinhas das araucárias.

    Das plantas medicinais, especificamente, Anchieta falou muito em uma

    erva-boa”, a hortelã-pimenta, que era utilizada pelos índios contra indigestões,

    para aliviar nevralgias e para o reumatismo e as doenças nervosas.

    Exaltou também as qualidades do capim-rei, do ruibarbo do brejo, da ipecacuanha preta, que servia como purgativo; do bálsamo da copaíba, usado para curar feridas, e da cabriúva vermelha.

    Outro fato que chamou a atenção do missionário foi a utilização dos timbós pelos índios, especialmente da espécie Erythrina speciosa.

    O timbó, de acordo com o Aurélio, é uma “designação genérica para leguminosas e sapindáceas que induzem efeitos narcóticos nos peixes, e por isso são usadas para pescar.

    Maceradas, são lançadas na água, e logo os peixes começar a boiar, podendo facilmente ser apanhados à mão. Deixados na água, os peixes se recuperam, podendo ser comidos sem inconvenientes em outra ocasião”.

    Quase tudo que se sabe da flora brasileira foi descoberto por cientistas

    estrangeiros, especialmente os naturalistas, que realizaram grandes expedições cientificas ao Brasil, desde o descobrimento pelos portugueses até o final do século XIX.

    Essas grandes expedições tinham o intuito de conhecer e explorar as riquezas naturais do país, conhecer a geologia e a geografia do Novo Mundo, bem como determinar longitudes e latitudes para a elaboração dos mapas”.

    Listagem atualizada de Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos:

    De acordo com a RESOLUÇÃO-RE Nº 89, DE 16 DE MARÇO DE 2004, expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

    Arctostaphylos uva-ursi Spreng (Uva-ursi): Venda sob prescrição médica

    Centella asiatica (L.) Urban, Hydrocotile asiatica L. (Centela, Gotu kola ): Venda sob prescrição médica

    Cimicifuga racemosa (L.) Nutt.(Cimicífuga): Venda sob prescrição médica

    Echinacea purpurea Moench (Equinácea): Venda sob prescrição médica

    Ginkgo biloba L. (Ginkgo): Venda sob prescrição médica

    Hypericum perforatum L. (Hipérico): Venda sob prescrição médica

    Piper methysticum Forst. f. (Kava-kava): Venda sob prescrição médica

    Serenoa repens (Bartram) J.K. Small 25 (Saw palmetto): Venda sob prescrição médica

    Tanacetum parthenium Sch. Bip. (Tanaceto): Venda sob prescrição médica

    Valeriana officinalis (Valeriana): Venda sob prescrição médica

    Hamamelis virginiana (Hamamelis): Venda sob prescrição médica

    Autor: : NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS - CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA
    Última atualização: 28/01/2009 12:35


    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Simone Kobayashi de NoronhaTerapeuta Holística – CRT 37166

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2008

    Agradeço aos meus colegas, que a cada Congresso que nos encontramos, trocamos experiências e energia, acrescentando apoio e conhecimento na minha trajetória.

    Agradeço ao Sinte, pela dedicação a nós todos, pelo suporte à Terapia Holística, aos Terapeutas Holísticos e a mim; e às pessoas do Sinte, pelo carinho, atenção e cuidado com que nos tratam e atendem.

    Sumário:

    I Resumo

    II Introdução

    III Metodologia

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    V Cristalopuntura

    VI Aplicação Terapêutica

    VII Bibliografia

    I Resumo

    A acupuntura faz parte da terapia tradicional chinesa, uma prática com cerca de cinco mil anos, e consiste na inserção de agulhas metálicas na pele para reequilíbrar a pessoa como um todo - o físico, o mental, o emocional e o energético.

    Mas, nem sempre as pessoas sentem-se confortáveis para fazer acupuntura. Temos outros estímulos (sem ser as agulhas) que podem ajudar nas dificuldades e desequilíbrio encontrados. Dentre esses estímulos podemos utilizar as pedras e cristais, que de uma forma menos física, mas mesmo assim eficiente e rápida ajuda a estabelecer o equilíbrio e o bem-estar.

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    II Introdução

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    III Metodologia

    Descobrindo-se pelos Pontos de Alarme os movimentos em desequilíbrio e os meridianos relacionados, pelo toque no caminho do meridiano, os pontos que estiverem mais doloridos serão os que necessitam ser estimulados. Cabe ao Terapeuta Holístico capacitado, a melhor escolha (entre as pedras e cristais) mais adequadas ao momento do cliente e relacionadas aos 5 Movimentos Chineses ,para ajudar a harmonizar o cliente e equilibrar o seu momento.

    Da mesma forma que a acupuntura tradicional, a Cristalopuntura baseia-se nos 5 Movimentos Chineses e o equilíbrio do corpo físico, mental, emocional e energético através da estimulação de pontos nos meridianos.


    Trabalhar esses processos terapêuticamente é acrescentar a habilidade de lidar com os sentimentos e os desequilíbrios de uma forma mais consciente, leve e saudável.

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    Pedras: popularmente pedra é o nome coletivo para todos os constituintes sólidos da crosta terrestre; agregados naturais de minerais, e ainda podem ser separadas por preciosas e semi-preciosas, ou seja, podem ser caras ou baratas. Mas o valor comercial não é motivo para que sejam divididas assim, já que é uma distinção arbitrária, confusa e desnecessária.

    Cristais: é um corpo uniforme com um retículo geométrico, normalmente apresenta forma limitada externamente por superfícies planas e lisas, e em um arranjo ordenado dos átomos da estrutura de um composto.

    Gemas: designação coletiva para todas as pedras ornamentais. Não há, na verdade, uma linha divisória definida entre pedras mais ou menos valiosas, preciosas ou semi-preciosas. Todas elas são minerais, materiais inorgânicos naturais com uma composição química fixa e estrutura interna regular (com exceção das pérolas, do âmbar e do coral).

    Assim definido, fica mais fácil de explicar a razão de utilizarmos os termos Pedras e Cristais e não o termo gema, pois nós não utilizamos somente as ornamentais e sim toda e qualquer pedra que traga benefícios terapêuticos.

    V Cristalopuntura

    Já sabemos que os cristais funcionam como amplificadores de energia nos processos de equilíbrio e autoconhecimento e a sua força consiste na capacidade de ampliar e direcionar nossos próprios poderes e, por isso, o mais importante ao se lidar com os cristais é que conseguimos sintonizar nossas vibrações com as vibrações dessas pedras.

    Nosso objetivo nesse curso é capacitar as pessoas que Já conhecem a técnica de puntura com a junção de mais uma ferramenta de estímulo, a Cristalopuntura.

    Diferente das agulhas, as pedras e cristais dispõem de uma maior diversidade de sintonia que pode ajudar mais eficazmente na puntura para equilíbrio do cliente.

    Esses são os objetivos da utilização de pedras e cristais como estímulos na Cristalopuntura, iniciar uma busca através de autoconhecimento e nos capacitar, e aos nossos clientes, ao equilíbrio e a superação de obstáculos, alcançando a harmonia e realização interior.

    VI Aplicação Terapêutica

    Precisamos lembrar o que cada uma das pedras e cristais trazem suas características próprias para o trabalho terapêutico. Tendo, então essas características, elas também têm suas relações com os 5 Movimentos Chineses.

    Quero acrescentar que não somente a resposta às pedras e cristais dos Pontos de Alarme ou pontos doloridos nos meridianos são eficazes para a melhor escolha do estímulo, mas um conhecimento das pedras e cristais disponíveis e também um bom “ouvido” do terapeuta e ajudam a pré-selecionar alguns estímulos de referência. Com a prática, o “ouvido” guiará melhor e a resposta dos pontos confirmará ou não às escolhas.

    Pontos de Alarme: Tradição Milenar Chinesa

    A Tradição Milenar Chinesa trouxe até a atualidade como parte de sua sabedoria, a teoria dos meridianos que são caminhos de energia que circulam no nosso corpo e refletem o nosso estado energético nos corpos físico, emocional, mental, etc.

    Aqui, trabalharemos com 12 meridianos considerados principais e seus Pontos de Alarme correspondentes (o material para localização dos pontos de alarme foi disponibilizado em vídeo pelo Sinte – Sindicato dos Terapeutas)

    Para saber quais os meridianos que estão em desequilíbrio energético, vamos tocar os pontos de alarme de cada um desses 12 meridianos principais e perguntar ao próprio cliente quais (por comparação) estão mais doloridos ao toque.

    Para algumas pessoas, todo ponto de alarme é sensível, por isso, sugiro fazer por comparação entre eles e saberemos quais deverão ser trabalhados. Um bom objetivo é achar os que estariam em primeiro e em segundo lugar entre os mais doloridos. Como trabalharemos com os 12 meridianos principais, teremos 12 sequências de toque para avaliar comparativamente.

    Sabendo então, quais os pontos de alarme mais sensíveis (primeiro e segundo lugar), iremos buscar os pontos doloridos nos caminhos dos meridianos correspondentes. Por exemplo, se os Pontos de Alarme mais doloridos foram (1o. Lugar) o do meridiano do Estômago e o (2o. Lugar) o meridiano do Triplo Aquecedor, vamos buscar primeiro os pontos doloridos no caminho do meridiano do estômago e depois os pontos doloridos no caminho do meridiano do triplo aquecedor.

    Agora, como saberemos quais entre tantas pedras e cristais será a mais adequada ao estímulo nos pontos do meridiano do cliente?

    Teremos que pré-selecionar algumas pedras e cristais que tenham afinidade com o MOVIMENTO ao qual o meridiano em desequilíbrio corresponde. Somente a partir daí teremos condições de realizar testes para a escolha do melhor estímulo.

    Coloca-se em contato com a pele do Cliente (no ponto de alarme ou mesmo no próprio ponto dolorido do meridiano) cada opção pré-selecionada e verifica-se qual entre essas pedras a que diminui a a sensação dolorida.

    Pronto! Já temos o ponto a ser estimulado e o estímulo mais adequado ao momento do cliente. Agora basta deixar o estímulo (pode-se fixar pedrinhas ou cristais pequenos com “micropore”) por alguns minutos e começar novamente o processo com o 2o. Meridiano mais dolorido.

    cristalopuntura.gif


    Os Cinco Movimentos Chineses

    A base da filosofia chinesa é o Tao, que é o principio de toda a matéria, sejam as estrelas e os minerais, passando por todos os seres vivos. O Tao não se explica, ele simplesmente É.

    Dentro do conceito do Tao, entende-se que existam duas forcas opostas e complementares, em movimento constante, o yin e o yang. O yin é visto como passivo, feminino, escuro e todos os simbolismos relacionados como: a noite, a lua, a emoção, etc; e o yang como ativo, masculino, claro e também suas outras relações como: o dia, o sol, a razão, etc.

    Essas forcas estão em constante e harmoniosa oposição, mudando, movimentando e se fundindo, sempre buscando o equilíbrio. Desse movimento cria-se energia, que os chineses chamam de “chi”, ou forca vital. O “chi” flui através dos seres e dos ambientes.

    Determinando-se que se o chi está ou não fluindo naturalmente, a pessoa, o ser ou ambiente está ou não equilibrado. Se houver um desequilíbrio entre o yin e o yang o fluxo de energia vital está desarmônico.

    Nada é absolutamente yin ou yang. Um não existe sem o outro e não existe separação. Um contém em si a semente do outro, atraem-se mutualmente e se repelem ao mesmo tempo, em um movimento constante.

    Surge com esse movimento constante outra manifestação do Tao: os Cinco Movimentos. O ascendente, descendente, centrípeto, centrifugo e equilibrante; que chamamos de fogo, água, metal, madeira e terra, respectivamente. Na tradição chinesa tudo que lembre e represente um dos movimentos relaciona-se a ele. Cada um desses movimentos tem suas características próprias que podem ser relacionadas com tudo o que existe, sejam seres vivos, incluindo animais, humanos e plantas, sejam inanimados como as pedras, cristais e ambientes, e ainda, as emoções, sabores, cores, etc.

    Por exemplo, ao movimento centrífugo, como o Movimento Madeira, relaciona-se a expansão e o crescimento, aos meridianos do Fígado e da Vesícula Biliar, sentimento de raiva e extroversão, a cor verde; ao Movimento Fogo, relaciona-se com ascendente, que lembra a excitação (excesso de fogo) e a apatia (falta de fogo), o verão, o calor, os meridianos do coração, intestino delgado, circulação e sexo e triplo aquecedor, a cor vermelha; ao Movimento equilibrante chamado Terra, oque centraliza, controla, equilibra, a cor amarela, os meridianos do estômago e baço-pâncreas; ao movimento centrípeto que relaciona-se com o Metal, lembra o agregar, condensar, o contrair; e assim acontece com todos os movimentos.

    Como fazem parte de um movimento constante, o excesso ou falta de um deles, ou seja, qualquer desequilíbrio acaba afetando o Todo, por meio de suas relações.

    Em suas interações temos a Lei da Geração ou Mãe-Filho: Madeira nutre o Fogo, que forma a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, de onde nasce a Água que nutre a Madeira, que volta ao início do ciclo fechando-o. E a Lei da Dominância ou Dominante-Dominado: a Madeira consome a Terra, que absorve a Água que domina o Fogo, este derrete o Metal ou Rocha, que corta a Madeira.

    Pensando assim, as pedras e cristais por formarem-se na Terra, relacionam-se ao Movimento Metal e tendem para a interiorização, introspecção, mas um olhar mais atento nos faz observar as interações de outros movimentos.

    Assim como cada um dos movimentos contêm dentro de si os outros, os detalhes de cada pedra ou cristal nos guiaria para a relação mais focada com os 5 movimentos, como: a água-marinha, e sua óbvia relação com o movimento ?gua, o quartzo fumê, que tornou-se “fumê” pela exposição prolongada ao calor (Fogo), a ágata com suas camadas concêntricas de expansão (Madeira), e assim com todas as outras pedras, não só observando as características físicas, mas também os simbolismos e associações com os nomes, histórias, usos e costumes relacionados a elas.

    VII Conclusões

    Em todo trabalho de Terapia Holística desenvolvido com aprofundamento, vemos que não existem tabelas a serem seguidas. O melhor meio para se aproveitar de todas as características e possibilidades que as diferentes técnicas nos trazem é o aprofundamento do conhecimento, seja para aprimorar nossa própria busca de equilíbrio e harmonia, e/ou pela melhor relação entre o momento do cliente e a escolha da técnica ou estímulo.

    VII Bibliografia

    Boström, F. - A sabedoria das pedras - Ed. Best Seller, 1994.
    Boström, F. - O Mago dos Cristais - Círculo do Livro, 1994.
    CavalcantE, V. - O equilíbrio da energia está no salto do tigre - Ed. Objetiva, 1998.
    Duncan, A. - ABC dos Cristais - Ed. Nórdica.
    Duncan, A. - Caminho das Pedras - Ed. Nórdica, 1998.
    Noronha, S. - Pedras e Cristais: Em Busca do Equilíbrio - Ed. Sinte, 2006
    Raphael, K. - Transmissões Cristalinas: Uma Síntese de Luz - Ed. Pensamento, 1997.
    Raphael, K. - A Cura pelos Cristais - Ed. Pensamento, 1995.
    Raphael, K. - As Propriedades Curativas dos Cristais e das Pedras Preciosas - Ed. Pensamento, 1996.
    SINTE - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias - www.sinte.com.br
    Schumann, W. - Gemstones of the World - Sterling Publishing, 1997.
    Vieira Filho, H. - Tutorial Terapia Holistica, Sinte, 2004.
    Weil, P. - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real, Ed. Palas Athenas, 1990.

    Autor: : Simone Kobayashi de Noronha - Terapeuta Holística – CRT 37166
    Última atualização: 13/05/2008 14:44


    Cromoterapia » Cromopuntura

    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Simone Kobayashi de NoronhaTerapeuta Holística – CRT 37166

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2008

    Agradeço aos meus colegas, que a cada Congresso que nos encontramos, trocamos experiências e energia, acrescentando apoio e conhecimento na minha trajetória.

    Agradeço ao Sinte, pela dedicação a nós todos, pelo suporte à Terapia Holística, aos Terapeutas Holísticos e a mim; e às pessoas do Sinte, pelo carinho, atenção e cuidado com que nos tratam e atendem.

    Sumário:

    I Resumo

    II Introdução

    III Metodologia

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    V Cristalopuntura

    VI Aplicação Terapêutica

    VII Bibliografia

    I Resumo

    A acupuntura faz parte da terapia tradicional chinesa, uma prática com cerca de cinco mil anos, e consiste na inserção de agulhas metálicas na pele para reequilíbrar a pessoa como um todo - o físico, o mental, o emocional e o energético.

    Mas, nem sempre as pessoas sentem-se confortáveis para fazer acupuntura. Temos outros estímulos (sem ser as agulhas) que podem ajudar nas dificuldades e desequilíbrio encontrados. Dentre esses estímulos podemos utilizar as pedras e cristais, que de uma forma menos física, mas mesmo assim eficiente e rápida ajuda a estabelecer o equilíbrio e o bem-estar.

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    II Introdução

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    III Metodologia

    Descobrindo-se pelos Pontos de Alarme os movimentos em desequilíbrio e os meridianos relacionados, pelo toque no caminho do meridiano, os pontos que estiverem mais doloridos serão os que necessitam ser estimulados. Cabe ao Terapeuta Holístico capacitado, a melhor escolha (entre as pedras e cristais) mais adequadas ao momento do cliente e relacionadas aos 5 Movimentos Chineses ,para ajudar a harmonizar o cliente e equilibrar o seu momento.

    Da mesma forma que a acupuntura tradicional, a Cristalopuntura baseia-se nos 5 Movimentos Chineses e o equilíbrio do corpo físico, mental, emocional e energético através da estimulação de pontos nos meridianos.


    Trabalhar esses processos terapêuticamente é acrescentar a habilidade de lidar com os sentimentos e os desequilíbrios de uma forma mais consciente, leve e saudável.

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    Pedras: popularmente pedra é o nome coletivo para todos os constituintes sólidos da crosta terrestre; agregados naturais de minerais, e ainda podem ser separadas por preciosas e semi-preciosas, ou seja, podem ser caras ou baratas. Mas o valor comercial não é motivo para que sejam divididas assim, já que é uma distinção arbitrária, confusa e desnecessária.

    Cristais: é um corpo uniforme com um retículo geométrico, normalmente apresenta forma limitada externamente por superfícies planas e lisas, e em um arranjo ordenado dos átomos da estrutura de um composto.

    Gemas: designação coletiva para todas as pedras ornamentais. Não há, na verdade, uma linha divisória definida entre pedras mais ou menos valiosas, preciosas ou semi-preciosas. Todas elas são minerais, materiais inorgânicos naturais com uma composição química fixa e estrutura interna regular (com exceção das pérolas, do âmbar e do coral).

    Assim definido, fica mais fácil de explicar a razão de utilizarmos os termos Pedras e Cristais e não o termo gema, pois nós não utilizamos somente as ornamentais e sim toda e qualquer pedra que traga benefícios terapêuticos.

    V Cristalopuntura

    Já sabemos que os cristais funcionam como amplificadores de energia nos processos de equilíbrio e autoconhecimento e a sua força consiste na capacidade de ampliar e direcionar nossos próprios poderes e, por isso, o mais importante ao se lidar com os cristais é que conseguimos sintonizar nossas vibrações com as vibrações dessas pedras.

    Nosso objetivo nesse curso é capacitar as pessoas que Já conhecem a técnica de puntura com a junção de mais uma ferramenta de estímulo, a Cristalopuntura.

    Diferente das agulhas, as pedras e cristais dispõem de uma maior diversidade de sintonia que pode ajudar mais eficazmente na puntura para equilíbrio do cliente.

    Esses são os objetivos da utilização de pedras e cristais como estímulos na Cristalopuntura, iniciar uma busca através de autoconhecimento e nos capacitar, e aos nossos clientes, ao equilíbrio e a superação de obstáculos, alcançando a harmonia e realização interior.

    VI Aplicação Terapêutica

    Precisamos lembrar o que cada uma das pedras e cristais trazem suas características próprias para o trabalho terapêutico. Tendo, então essas características, elas também têm suas relações com os 5 Movimentos Chineses.

    Quero acrescentar que não somente a resposta às pedras e cristais dos Pontos de Alarme ou pontos doloridos nos meridianos são eficazes para a melhor escolha do estímulo, mas um conhecimento das pedras e cristais disponíveis e também um bom “ouvido” do terapeuta e ajudam a pré-selecionar alguns estímulos de referência. Com a prática, o “ouvido” guiará melhor e a resposta dos pontos confirmará ou não às escolhas.

    Pontos de Alarme: Tradição Milenar Chinesa

    A Tradição Milenar Chinesa trouxe até a atualidade como parte de sua sabedoria, a teoria dos meridianos que são caminhos de energia que circulam no nosso corpo e refletem o nosso estado energético nos corpos físico, emocional, mental, etc.

    Aqui, trabalharemos com 12 meridianos considerados principais e seus Pontos de Alarme correspondentes (o material para localização dos pontos de alarme foi disponibilizado em vídeo pelo Sinte – Sindicato dos Terapeutas)

    Para saber quais os meridianos que estão em desequilíbrio energético, vamos tocar os pontos de alarme de cada um desses 12 meridianos principais e perguntar ao próprio cliente quais (por comparação) estão mais doloridos ao toque.

    Para algumas pessoas, todo ponto de alarme é sensível, por isso, sugiro fazer por comparação entre eles e saberemos quais deverão ser trabalhados. Um bom objetivo é achar os que estariam em primeiro e em segundo lugar entre os mais doloridos. Como trabalharemos com os 12 meridianos principais, teremos 12 sequências de toque para avaliar comparativamente.

    Sabendo então, quais os pontos de alarme mais sensíveis (primeiro e segundo lugar), iremos buscar os pontos doloridos nos caminhos dos meridianos correspondentes. Por exemplo, se os Pontos de Alarme mais doloridos foram (1o. Lugar) o do meridiano do Estômago e o (2o. Lugar) o meridiano do Triplo Aquecedor, vamos buscar primeiro os pontos doloridos no caminho do meridiano do estômago e depois os pontos doloridos no caminho do meridiano do triplo aquecedor.

    Agora, como saberemos quais entre tantas pedras e cristais será a mais adequada ao estímulo nos pontos do meridiano do cliente?

    Teremos que pré-selecionar algumas pedras e cristais que tenham afinidade com o MOVIMENTO ao qual o meridiano em desequilíbrio corresponde. Somente a partir daí teremos condições de realizar testes para a escolha do melhor estímulo.

    Coloca-se em contato com a pele do Cliente (no ponto de alarme ou mesmo no próprio ponto dolorido do meridiano) cada opção pré-selecionada e verifica-se qual entre essas pedras a que diminui a a sensação dolorida.

    Pronto! Já temos o ponto a ser estimulado e o estímulo mais adequado ao momento do cliente. Agora basta deixar o estímulo (pode-se fixar pedrinhas ou cristais pequenos com “micropore”) por alguns minutos e começar novamente o processo com o 2o. Meridiano mais dolorido.

    cristalopuntura.gif


    Os Cinco Movimentos Chineses

    A base da filosofia chinesa é o Tao, que é o principio de toda a matéria, sejam as estrelas e os minerais, passando por todos os seres vivos. O Tao não se explica, ele simplesmente É.

    Dentro do conceito do Tao, entende-se que existam duas forcas opostas e complementares, em movimento constante, o yin e o yang. O yin é visto como passivo, feminino, escuro e todos os simbolismos relacionados como: a noite, a lua, a emoção, etc; e o yang como ativo, masculino, claro e também suas outras relações como: o dia, o sol, a razão, etc.

    Essas forcas estão em constante e harmoniosa oposição, mudando, movimentando e se fundindo, sempre buscando o equilíbrio. Desse movimento cria-se energia, que os chineses chamam de “chi”, ou forca vital. O “chi” flui através dos seres e dos ambientes.

    Determinando-se que se o chi está ou não fluindo naturalmente, a pessoa, o ser ou ambiente está ou não equilibrado. Se houver um desequilíbrio entre o yin e o yang o fluxo de energia vital está desarmônico.

    Nada é absolutamente yin ou yang. Um não existe sem o outro e não existe separação. Um contém em si a semente do outro, atraem-se mutualmente e se repelem ao mesmo tempo, em um movimento constante.

    Surge com esse movimento constante outra manifestação do Tao: os Cinco Movimentos. O ascendente, descendente, centrípeto, centrifugo e equilibrante; que chamamos de fogo, água, metal, madeira e terra, respectivamente. Na tradição chinesa tudo que lembre e represente um dos movimentos relaciona-se a ele. Cada um desses movimentos tem suas características próprias que podem ser relacionadas com tudo o que existe, sejam seres vivos, incluindo animais, humanos e plantas, sejam inanimados como as pedras, cristais e ambientes, e ainda, as emoções, sabores, cores, etc.

    Por exemplo, ao movimento centrífugo, como o Movimento Madeira, relaciona-se a expansão e o crescimento, aos meridianos do Fígado e da Vesícula Biliar, sentimento de raiva e extroversão, a cor verde; ao Movimento Fogo, relaciona-se com ascendente, que lembra a excitação (excesso de fogo) e a apatia (falta de fogo), o verão, o calor, os meridianos do coração, intestino delgado, circulação e sexo e triplo aquecedor, a cor vermelha; ao Movimento equilibrante chamado Terra, oque centraliza, controla, equilibra, a cor amarela, os meridianos do estômago e baço-pâncreas; ao movimento centrípeto que relaciona-se com o Metal, lembra o agregar, condensar, o contrair; e assim acontece com todos os movimentos.

    Como fazem parte de um movimento constante, o excesso ou falta de um deles, ou seja, qualquer desequilíbrio acaba afetando o Todo, por meio de suas relações.

    Em suas interações temos a Lei da Geração ou Mãe-Filho: Madeira nutre o Fogo, que forma a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, de onde nasce a Água que nutre a Madeira, que volta ao início do ciclo fechando-o. E a Lei da Dominância ou Dominante-Dominado: a Madeira consome a Terra, que absorve a Água que domina o Fogo, este derrete o Metal ou Rocha, que corta a Madeira.

    Pensando assim, as pedras e cristais por formarem-se na Terra, relacionam-se ao Movimento Metal e tendem para a interiorização, introspecção, mas um olhar mais atento nos faz observar as interações de outros movimentos.

    Assim como cada um dos movimentos contêm dentro de si os outros, os detalhes de cada pedra ou cristal nos guiaria para a relação mais focada com os 5 movimentos, como: a água-marinha, e sua óbvia relação com o movimento ?gua, o quartzo fumê, que tornou-se “fumê” pela exposição prolongada ao calor (Fogo), a ágata com suas camadas concêntricas de expansão (Madeira), e assim com todas as outras pedras, não só observando as características físicas, mas também os simbolismos e associações com os nomes, histórias, usos e costumes relacionados a elas.

    VII Conclusões

    Em todo trabalho de Terapia Holística desenvolvido com aprofundamento, vemos que não existem tabelas a serem seguidas. O melhor meio para se aproveitar de todas as características e possibilidades que as diferentes técnicas nos trazem é o aprofundamento do conhecimento, seja para aprimorar nossa própria busca de equilíbrio e harmonia, e/ou pela melhor relação entre o momento do cliente e a escolha da técnica ou estímulo.

    VII Bibliografia

    Boström, F. - A sabedoria das pedras - Ed. Best Seller, 1994.
    Boström, F. - O Mago dos Cristais - Círculo do Livro, 1994.
    CavalcantE, V. - O equilíbrio da energia está no salto do tigre - Ed. Objetiva, 1998.
    Duncan, A. - ABC dos Cristais - Ed. Nórdica.
    Duncan, A. - Caminho das Pedras - Ed. Nórdica, 1998.
    Noronha, S. - Pedras e Cristais: Em Busca do Equilíbrio - Ed. Sinte, 2006
    Raphael, K. - Transmissões Cristalinas: Uma Síntese de Luz - Ed. Pensamento, 1997.
    Raphael, K. - A Cura pelos Cristais - Ed. Pensamento, 1995.
    Raphael, K. - As Propriedades Curativas dos Cristais e das Pedras Preciosas - Ed. Pensamento, 1996.
    SINTE - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias - www.sinte.com.br
    Schumann, W. - Gemstones of the World - Sterling Publishing, 1997.
    Vieira Filho, H. - Tutorial Terapia Holistica, Sinte, 2004.
    Weil, P. - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real, Ed. Palas Athenas, 1990.

    Autor: : Simone Kobayashi de Noronha - Terapeuta Holística – CRT 37166
    Última atualização: 13/05/2008 14:44


    Marketing TH

    Prefácio

    MARKETING
    Para Consultórios de Terapia Holística

    Estratégias Essenciais para Conquistar, Manter e Encantar sua Clientela

    Autor Henrique Vieira Filho
    Projeto Gráfico e diagramação Christian Antunes Zornoff
    Revisão Henrique Vieira Filho
    Maria de Fatima Rodrigues
    Capa Christian Antunes Zornoff

    1ª edição 2003
    © SINTE - Sindicato dos Terapeutas

    Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, sob qualquer forma,
    sem a prévia autorização do editor.

    Prefácio

    Se o seu consultório está tão bem sucedido, que os Clientes se renovam e se mantém por si mesmos, saiba que já atingiu a "meta" do MARKETING: alcançar-se tamanho grau de qualidade para um produto (no caso, serviço), tornando-o tão adequado, tão satisfatório para o público-alvo, que nem sequer é preciso "vendê-lo"...

    Contudo, a maioria de nós, mesmo realizando bons trabalhos, ainda temos muito potencial de atendimento desperdiçado, cujos sintomas se traduzem em horários ociosos na agenda e remuneração aquém da merecida. Sob a premissa de que bem dominamos as técnicas da Terapia Holística, a solução é somar forças com outra Arte igualmente famosa e mal compreendida: o Marketing.

    Existe farta literatura sobre este tema, muitas obras excelentes, a maioria das quais, focando "produtos". Poucas há que abordem "prestação de serviços", menos ainda, para aplicação em "consultórios" e, especialmente para a Terapia Holística, este livro é o primeiro e único (até o momento...). Assim sendo, podemos afirmar verdadeiramente que este é O MELHOR Livro de Marketing para Consultório de Terapia Holística ! Seria isto uma "falta de modéstia" ou simplesmente uma forma eficiente e dentro dos limites éticos de se divulgar um trabalho honesto ? Despertaria maior interesse no leitor ou geraria antipatia ? Esta "chamada" deve constar na capa ou será mais adequada em outro contexto ? Perguntas semelhantes (e muitas outras...) certamente se fazem presentes na elaboração de estratégias eficazes de Marketing... O que este livro propõe é orientar o leitor a fazer estes mesmos tipos de questionamentos construtivos quanto ao seu trabalho e a encontrar soluções práticas, éticas e que maximizem todo o seu potencial.

    Sejam bem-vindos ao universo desta ARTE que tem tudo para se tranformar na melhor aliada de seu consultório.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:28


    Introdução

    Introdução

    Da mesma forma como o Terapeuta Holístico se indigna ao ter sua profissão erroneamente associada a técnicas mirabolantes e sem tradição que poluem alguns noticiários, igualmente o profissional de Marketing, popularmente chamado de "Marketeiro" (com muito orgulho, obrigado...) se revolta ao ver sua atividade confundida com certas "maquiagens" que alguns aplicam em produtos e até mesmo, pessoas (determinados candidatos que ressurgem totalmente "diferentes" a cada nova campanha política são exemplos interessantes disso...). Assim como nossos Clientes, vencendo seus preconceitos iniciais, passam a conhecer melhor a Terapia Holística, ao usufruir de seus benefícios, também o Terapeuta Holístico, quando toma ciência do que de fato é o Marketing, se encanta com tamanho potencial.

    Como a profissão foi duramente perseguida desde o regime militar, até o advento do SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS, criou-se uma cultura de "ocultamento" dos consultórios, de medo de divulgação, como se a única forma possível de ampliação do atendimento fosse "cada Cliente trazendo um novo". Por outro lado, tanto tempo de repressão explodiu atualmente em abusos, sendo relativamente comum nos depararmos com propagandas de conteúdo ética e tecnicamente bastante questionáveis, o que, com o passar do tempo, se mostram absolutamente ineficientes para a verdadeira e definitiva conquista da Clientela.

    Ao contrário do que possa parecer aos que ainda não se aprofundaram na matéria, simplesmente "colocar anúncios" não é Marketing; quando muito, seria uma pequena gota do oceano desta Arte, que deve ser intrínseca a cada detalhe de seu consultório, desde seu atendimento em si, como igualmente a atuação de seus funcionários, a aparência e localização de seu ponto, e MUITO mais. Em suma, a abordagem é HOLÍSTICA (isso não lhe parece familiar ?...).

    Detalhes aparentemente pequenos, que até agora lhe passaram despercebidos, podem fazer A DIFERENÇA que faltava para melhor valorizar o seu trabalho.

    A proposta deste livro é introduzir o Terapeuta Holístico no universo do Marketing, ensinando-o através de alguns parâmetros básicos, a melhor compreender e maximizar a dinâmica que faz com que um Cliente escolha VOCÊ, dentre milhares e milhares de outros colegas de profissão.

    E, claro, tudo dentro da ÉTICA, pois sem esta, jamais seria nem Terapia Holística, nem Marketing...

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:29


    Afinal, o que é Marketing ?

    Afinal, o que é Marketing ?

    MARKETING é a ARTE

    de atrair, conquistar, manter e encantar Clientes...

    Assim como a própria ADMINISTRAÇÃO, Marketing é muito mais ARTE do que CIÊNCIA. Na música, na pintura, na dança, cada obra é única e impossível de "sintetizar" mediante equações matemáticas ou metodologias de repetição laboratoriais. Inexiste "fórmulas prontas" a serem aplicadas em Marketing (aliás, igualmente na Terapia Holística...), contudo, assim como na ARTE, podemos estudar as TÉCNICAS, além de aprender com os grandes mestres e estudo de casos.

    Claro, existe definições clássicas:

    "Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros." - Philip Kotler

    "Marketing é o processo de planejamento e execução do conceito, preço, comunicação e distribuição de idéias, bens e serviços, de modo a criar trocas que satisfaçam objetivos individuais e organizacionais." - Gary J.Bamossy e Richard J. Semenick

    Pelo menos em um ponto, todos os autores concordam: MARKETING é focar o trabalho sempre sob o ponto de vista do Cliente, inclusive, superando suas expectativas. Claro, a ÉTICA é fundamental ao VERDADEIRO e bem-sucedido Marketing, impondo os necessários limites. Afinal, de nada adianta afirmar algo simplesmente para agradar aos Clientes, se na prática, não corresponder à verdade, ou afastar-se do resultado final pretendido, ou, ainda, se o "preço" de atingir-se o objetivo contratado prejudicar outros fatores . Por exemplo, propagandear que alguém vai conquistar a sua forma ideal, sem esforço algum e em pouco tempo, apenas submetendo-se a alguns procedimentos de consultório, talvez atraia Clientes. Contudo, quando a prática mostrar ausência de bons resultados, obviamente não vai conquistar, muito menos, manter e tão pouco, encantar Clientes, que no mínimo, desaparecerão, pois bem poderiam procurar um órgão de defesa do consumidor e denunciar a "propaganda enganosa".

    Graças à visão HOLÍSTICA de mundo, hoje devemos ir além do conceito de "pensar e agir sob o ponto de vista do Cliente". Mais do que simplesmente agradá-lo, temos que atuar pelo BEM-ESTAR do mesmo e da sociedade, pois, pelo menos em consultório, nem sempre o Cliente tem razão. Imagine alguém desejando diminuir seu peso... Podemos atingir este objetivo, até, quem sabe, ir além de suas expectativas quantitativas de kilogramas a se desvencilhar... E ter um Cliente satisfeito, inclusive, divulgando positivamente nosso trabalho... Contudo, se tamanhos resultados forem obtidos às custas da saúde global de nosso Cliente, teremos falhado como TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, como "marketeiros" e como pessoas. Sem ÉTICA é impossível praticar o Marketing verdadeiro. Talvez devêssemos chamar essas distorções de "marketagem" ou "marketice", que felizmente terão vida curta nestes novos tempos. Os Clientes estão cada vez mais bem-informados e conscientes de seus direitos e aplicam a mais implacável e eficiente justiça: a "lei de mercado", graças à qual, os bons profissionais tem tudo para prosperar !

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:30


    Curiosidades

    Curiosidades

    Por que tantos termos em inglês ?

    O termo "MARKETING"...

    ... começou a ser formalmente empregado no Brasil a partir de 1954, em uma missão chefiada pelo professor Karl A Boedecker, nos cursos de administração na recém-criada Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas. A terminação "ing" implica em "ação", "movimento", conceitos esses bastante diluídos nas traduções "mercadologia" ("estudo de mercado", nome acadêmico para que seja acatado junto ao Ministério da Educação...) e "mercadização" ("ato de mercadizar").

    Segundo Raimar Richers (O QUE É MARKETING, Editora Brasiliense):

    "... Na época tínhamos dúvidas de que uma palavra tão nitidamente estrangeira, além de longa, pudesse ser difundida no Brasil.

    ... Durante um bom número de anos, as expressões mercadologia e mercadização (a última como o ato de mercadizar) dominaram o cenário semântico desta área administrativa no Brasil mas, com o tempo, a expressão Marketing, mais incisiva e internacionalmente reconhecida, se impôs contra esses dois termos artificiosos."

    O termo "CASE" (pronuncia-se "keis")...

    ... na prática, é empregado como sendo "exemplo", "caso". Francamente, nada justifica que se use "cases de marketing", já que podemos substituir sem perda alguma, por "casos de marketing". Ou ainda, como ironia de muitos autores que também protestam pelo uso injustificado de termos estrangeiros, por "causos" de marketing. E, ainda, com o "aval oficial":

    Em o Novo Aurélio - O Dicionário da Língua Portuguesa - Editora Nova Fronteira: "causo . [Var. pop. de caso.] S. m. Bras. Pop. 1. Conto, história, caso";

    Em Michaelis - O Moderno Dicionário da Língua Portuguesa - Editora Melhoramentos : "cau.so sm pop (corr de caso); Caso, histórico, conto".


    Por serem muito difundidas, várias outras expressões estrangeiras ainda aparecerão neste livro, sempre acompanhadas de suas versões nacionais e justas explicações.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:31


    Comparando Marketing de Serviços X Marketing de Produtos

    Comparando Marketing de Serviços X Marketing de Produtos

    O Marketing aplicado à Terapia Holística apresenta características próprias e distintas das comumente aplicadas às empresas, ainda mais porque prestação de serviços difere da venda de produtos em vários pontos, sendo que a compreensão dos mesmos é importante para elaboração da estratégia de maximização dos consultórios:

    INTANGIBILIDADE _ um produto pode ser observado, apalpado, até experimentado, ANTES do Cliente decidir pela compra. Já sobre um serviço, é impossível saber-se previamente o resultado, por isso os Clientes potenciais tentam reduzir sua incerteza procurando por "sinais" da qualidade dos serviços, tirando conclusões preliminares a partir de evidências subjetivas, tais como localização do consultório, seu ambiente, o atendimento telefônico para agendamento, as divulgações recebidas, referências...

    Para refletir:

    Um Cliente potencial em dúvida entre duas divulgações similares, certamente que aquele que ostentar número de CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado será o preferido...

    Um profissional possui apenas um celular para contato, outro possui uma secretária simpática e um telefone fixo... Quem você acredita que será melhor visto ?...

    Um possui um consultório bem montado, recepção eficiente, estacionamento à porta, outro, também, exceto pela localização: bairro movimentado, simplesmente estressante de se conseguir vencer o trânsito...

    INDIVISIBILIDADE _ nós, que atuamos sob o paradigma holístico, bem sabemos que é impossível separar a avaliação dos serviços prestados em si, da maneira como o próprio Terapeuta Holístico é percebido pelo seus Clientes: sua aparência, sua conduta, seu profissionalismo e isso igualmente abrange as demais pessoas que paralelamente trabalhem (secretária, recepcionista, copeira, manobrista), que por sinal, costumam oferecer a primeira impressão à Clientela. A soma de todos os compontes será a base para a avaliação final do consultório.

    Para refletir:

    O Cliente já experimentou mais de um profissional, todos apresentaram bons resultados terapêuticos, contudo, um deles possui uma recepcionista simpática, que lembra de seu nome e sempre consegue agendar um bom horário de atendimento, já nos demais, erram os horários, ignoram o Cliente enquanto este espera...

    Um profissional da Qualidade de Vida que se apresente estressado, nervoso, esgotado, dificilmente conseguirá inspirar aos seus Clientes que possui técnicas eficientes para estes problemas. Enquanto que outro Terapeuta Holístico, que "transpire" bem-estar por cada poro, certamente conquistará credibilidade quanto aos bons resultados de seu trabalho.

    VARIABILIDADE _ enquanto os produtos mantém (ou deveriam...) uniforme e contínuo o seu padrão de qualidade de fabricação, já os serviços variam sob muitos fatores. Mesmo os melhores profissionais também erram ou podem passar por um dia ruim. É necessário desenvolver estratégias para conservar a confiança da Clientela, minimizando os riscos e disponibilizando rápidas medidas corretivas e de compensação. O Terapeuta Holístico, como todo prestador de serviços, está ofertando basicamente o seu desempenho; mesmo que seu Cliente saiba que você já soma milhares de bons atendimentos aos outros, é essencial e só terá valor para ele se o SEU caso, se aquele momento da consulta for bem-sucedido.

    Para refletir:

    O principal patrimônio para o trabalho do Terapeuta Holístico é ele mesmo: deve se cuidar e muito bem. Esteja consciente que não compete a nenhum Cliente ter que compreender ou sequer ficar compartilhando de seus problemas pessoais, se está cansado, se dormiu pouco... Cuide-se: procure um Terapeuta Holístico ! Evite ao máximo submeter seus Clientes às sequelas de seus problemas. Incorpore ao seu atendimento várias técnicas distintas, capazes de proporcionar um bom trabalho sob qualquer circunstância. Por exemplo: se estiver sem forças para um trabalho corporal "pesado", saiba também utilizar variações IGUALMENTE EFICIENTES, contudo, menos desgastantes para quem aplica, tais como reflexoterapia nas mãos ou pés. É importante saber trabalhar SEM aparelhagem assessoria, contudo, considere que algumas vezes os equipamentos eletrônicos ou mecânicos podem diminuir seu desgaste físico e mental... Observe se ocorrem horários padrões onde há queda de rendimento e evite agendar nestes períodos até detectar e corrigir a causa.

    PERECIBILIDADE _ muitos tipos de produtos podem ser armazenados e acumulados para consumo posterior, caso a demanda caia, sem alteração significativa de seu valor (às vezes, até aumenta de preço com o tempo...). Em contraponto, os serviços tem seu valor gerado no ato de sua prestação, "desaparecendo", por exemplo, se o Cliente faltar... Não há como "armazenar" atendimentos para consumo posterior, já que exigem tempo e presença do profissional, o que implica também que, mesmo na hipótese de grande procura, existe a limitação física quanto à quantidade de atendimentos possíveis.

    Para refletir:

    Existe alguns procedimentos adotáveis que diminuem as sequelas para os casos onde o Cliente falta às consultas. É perfeitamente ético, desde que previamente acordado entre as partes, que o profissional seja remunerado neste casos. Por exemplo, na Psicanálise, é procedimento padrão, já que faltar às consultas pode ser uma resistência a certas etapas da terapia e se as ausências não fossem sequer cobradas, funcionaria como um estímulo para que isso se ampliasse. Já na Terapia em Estética, existe uma certa tradição à condescendência quanto a isso. O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS possui modelos de contratos, que podem ser verbais ou escritos, inclusive nas próprios impressos de divulgação ao Cliente, onde se estabelecem as regras que podem ser tantos extremas ("faltou, pagou"), quanto "meio termo" (define-se as condições para que as faltas sejam ou não cobradas).

    Contando "causos": em meu trabalho, os Clientes de 1a consulta quitavam-na e já contratavam mais um "pacote" mensal de 4 atendimentos (renováveis à última consulta agendada...), firmados mediante mais dois cheques pré-datados que seriam depositados, independente de comparecerem ou não às datas marcadas. Mediante aviso com atencedência da falta e da disponibilidade de horário, costumava reagendar. Nunca tive problema algum com este formato. Mas, e se houvesse ? Se mesmo após todas as regras estarem previamente acordadas, caso surja controvérsia quanto aos pagamentos devidos, ainda que seja uma injustiça, convém devolver os valores e não mais atender à pessoa em questão: sua reputação está acima de qualquer honorário recebido e não compensa o desgaste de sua figura pública, de correr o risco de parecer "mercenário" aos olhos da sociedade. Melhor será que a imagem que se fixe é a de que todo Cliente pode vir ao seu consultório "sem medo" algum e que você é um profissional acima destas controvérsias... Afinal, "custa" menos devolver alguns honorários, do que o "prejuízo" de ter um ex-Cliente propagandeando que sofreu abuso financeiro. Aproveite os serviços de conciliação extrajudicial ofertados pelo SINTE aos seus filiados para registrar e formalizar o acordo entre as partes.

    Quanto ao melhor aproveitamento de momentos de grande procura, a solução é desenvolver atendimento em grupos de terapia, podendo ou não ser complementados com consultas individuais. A Bioenergética, o Tai Chi Chuan, o Yôga, a Psicoterapia, são alguns exemplos de técnicas que podem ser aplicadas coletivamente. Até mesmo outros profissionais podem se tornam Clientes, caso você ministre cursos sobre as técnicas que exerce.

    Contando MAIS "causos": muitos colegas "desperdiçam" o Carnaval... Já por vários anos tive bons retornos nestes períodos, organizando "cursos rápidos" para grupos originários de outros Estados, que aproveitavam para viajar e se reciclar nestes momentos de pouco movimento em seus consultórios. Também já auferi bons rendimentos (além de hospedagem "cinco estrelas") organizando atividades terapêuticas em grupos a hóspedes de hotéis de luxo, mais interessados em suas qualidades de vida do que em exercitar-se com as danças carnavalescas.

    Algum de vocês já ouviu falar em "Auriculoterapia em grupo" ? Certamente, uma técnica a princípio inimaginável de ser aplicada neste formato. Contudo, a necessidade pode elevar em alto grau a adaptabilidade profissional. Quem já participou dos atendimentos comunitários denominados Residência em Terapia Holística no Serviço Público de Saúde certamente presenciou vários momentos de extrema criatividade para superar condições adversas, em bons exemplos reais de aproveitamento maximizado de tempo disponível versus demanda exarcebada. Certa ocasião, um problema de transporte resultou na falta de vários voluntários, o que implicou em centenas de populares agendados sem ter profissionais em quantidade ideal para atendê-los de modo convencional durante o tempo limitado a um final-de-semana. Uma das soluções foi organizar vários grupos de cerca de 30 pessoas que eram atendidas simultaneamente por um leque de técnicas, para que, ao mesmo tempo em que tomariam conhecimento didática e ludicamente com a variedade da Terapia Holística, já eram iniciados seus tratamentos, que seriam acrescidos de consultas individuais posteriormente, em momentos mais propícios. Assim sendo, enquanto cada membro era estimulado a falar de um pouco de si, desabafando e criando abertura para o Aconselhamento, mesclavam-se movimentos e toques da Bionergética, Tai-Chi-Chuan, Alongamento, técnicas respiratórias, Arteterapia, recomendações Fitoterápicas e de Florais básicas, e, até mesmo, a Auriculoterapia (com magnetos), num formato muito dinâmico que ocupava cerca de 2 horas com cada grupo. A prática comprovou bons resultados e, mesmo sendo o formato coletivo, cada um, percebia-se individualmente atendido e satisfeito...

    É claro que, em consultórios particulares, onde não se objetiva uma demanda de centenas de atendimentos por dia, tais formatos extremos seriam desnecessários. Contudo, tamanha prática comunitária resultou que cada Terapeuta Holístico participante aperfeiçou e muito seu trabalho pessoal, com visíveis resultados em sua prática profissional, o que mostra que sempre há espaço para revitalizarmos nossos procedimentos e extrairmos melhor aproveitamento.

    RELATIVIDADE DA (in)SATISFAÇÃO _ pode-se observar, comparar e até fazer um teste-drive de um carro ANTES de comprá-lo para avaliar se o mesmo satisfaz; certamente APÓS sua aquisição e uso cotidiano haverá a certeza se correspondeu ou não ao que se espera. Contudo, quando se trata de serviços, tudo é diferente, pois primeiro eles são contratados, sendo a seguir, produzidos e consumidos simultaneamente. Ninguém poderá estar certo se é isso mesmo que buscava, ANTES do atendimento ser executado. E, em muitos casos, nem mesmo APÓS terá a certeza sobre o quanto os serviços recebidos foram realmente bons: será que se tivesse recebido cromoterapia ao invés de acupuntura teria obtido resultados melhores ? e se ao invés de psicanálise, tivesse procurado por terapia floral ? ou será, ainda, que teria sido melhor outras opções técnicas ?...

    Para refletir:

    Quanto maior o leque de técnicas dominadas e ofertadas pelo Terapeuta Holístico, maiores serão suas oportunidades de satisfazer as expectativas de sua Clientela. Se você está atendendo seu Cliente com Acupuntura e ele toma contato com uma reportagem enaltecendo a Cromoterapia, que já faz parte do rol de terapêuticas que exerce, ele não precisará ir buscá-la em outro local. Enquanto a excessiva especialização vem minando várias profissões, a Terapia Holística se destaca justamente pela PLURALIDADE de técnicas exercidas por seus profissionais.

    É importante nos procedimentos de Aconselhamento pontuar junto ao seu Cliente os progressos obtidos pelo tratamento. Muitas vezes, pressupomos erroneamente que a pessoa atendida está percebendo tal qual nós mesmos os avanços da terapêutica e nem sempre isto procede.

    Contando "causos": atendia a uma Cliente que era um caso extremo. A cada nova consulta, sempre respondia de pronto que "não mudou nada". Aí, começávamos a pontuar cada reclamação registrada nas consultas anteriores: "_ E a dor no braço ? _ Não sinto mais... _ Aquela tristeza ? _ Passou... _ A mágoa com o filho ? _ Fizemos as pazes...". Certamente que, a primeira resposta "pronta" denota que de fato alguma queixa ainda oculta não foi superada; contudo, o "pontuar" cada ítem de melhoria resgatava o ânimo necessário a que mantivesse a terapia.

    INTERAÇÃO E PRESENÇA DO CLIENTE _ poucos produtos possibilitam ao comprador acompanhar as etapas de sua fabricação, comumente sendo apresentados já prontos para consumo final. Talvez até um certo grau de desorganização ou mesmo métodos de produção eticamente questionáveis passem desapercebidos ao consumidor que só teve acesso ao bem acabado.Quanto à prestação de serviços, os Clientes acompanham todos os procedimentos "de dentro da fábrica", gerando novas e dinâmicas opiniões sobre a qualidade do atendimento a cada instante. O Terapeuta Holístico precisa cuidar em transmitir uma mensagem de coerência, eficiência e correção a cada detalhe (presenciado ou não...), dentro e fora da consulta, para que sua Clientela perceba-se em ambiente de qualidade o tempo todo.

    Para refletir:

    Nossos Clientes estão atentos, consciente ou inconscientemente, a todo e qualquer detalhe de nosso consultório e também, paralelamente a este. Mesmo diante de bons resultados, o impacto negativo de, por exemplo, perceber que o profissional nem sequer usa recipientes especiais para descarte das agulhas de Acupuntura (consulte as NTSV - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística e Anexos, disponíveis em www.sinte.com.br e na obra Tutorial Terapia Holística), pode levar o Cliente a procurar atendimento em outro local. Um sanitário, ou uma recepção que não esteja impecável pode induzir a acreditar que em igual estado possa estar sua sala de atendimento... Um funcionário seu questionando a inadequação de salário na sala de espera pode levar a Clientela a duvidar de sua idoneidade... A ausência de registro nos órgãos de classe levantam dúvidas quanto à capacitação profissional... Que tipo de impacto causa em um Cliente defrontar-se com seu Terapeuta Holístico, um profissional da Qualidade de Vida, fumando, bebendo, alimentando-se inadequadamente ? Ou esse mesmo tipo de situação, protagonizada por seus colaboradores de consultório ? É importante observarmos que a boa ou má impressão que causamos é primordial para a decisão dos Clientes potenciais quanto à escolha do profissional e que a composição desta imagem extrapola os limites do atendimento em si, ampliando-se para todo o ambiente de trabalho e para além deste.

    Contando "causos": os atendimentos comunitários denominados Residência em Terapia Holística no Serviço Público de Saúde mantinham o voluntariado compromissado por cláusulas contratuais que previam, inclusive, regras comportamentais para além dos momentos de atendimento profissional. Alguns colegas foram suspensos por ingerirem bebidas alcoólicas e fumarem em público, durante um jantar. Excesso de zelo ou decisão correta ? Na qualidade de "embaixadores da profissão", jamais poderiam transmitir tal imagem de incoerência entre o discurso pró-saúde e o comportamente auto-destrutivo. Um agravante: o jantar era uma cortesia, mais um motivo para que não se consumisse nada alcoólico, que além de inadequado, tem custo superior, o que caracteriza, além de "deselegância", um "abuso". Os demais colegas que presenciaram, em saudável atitude de preservação do bom nome da profissão, trataram de fazer cessar e pagarem este consumo dos próprios bolsos... O antigo refrão "façam o que eu digo, não o que eu faço" só serve mesmo é para afastar a Clientela, cada vez mais consciente e exigente.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:33


    A Língua do "P"

    A Língua do "P"

    O conjunto de iniciativas básicas que objetivam valor e satisfação aos Clientes é chamado de "Mix de Marketing" (ou "Composto Mercadológico"). Para tornar lúdico e simplificar a memorização, os americanos classificaram as estratégias com palavras que se iniciam com a letra "P", simbolizando cada uma dessas Políticas Principais. Inicialmente, eram 4 "P"s, sendo que o desenvolvimento dos estudos do Marketing incorporou a essa classificação mais alguns "P"s (em número de 7, segundo a tendência atual) correspondendo a outros elementos que foram, ao longo do tempo, assumindo cada vez maior importância.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:34


    Os Sete "P"s do Marketing (em Poucas Palavras)

    Os Sete "P"s do Marketing (em Poucas Palavras):


    1) Produto (Product) ou, neste caso, Prestação de Serviços

    A qualidade e características diferenciais de seu atendimento com Terapia Holística, o estilo, as garantias e as marcas de excelência (CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Crendenciado e Certificado de Terapeuta Holístico Credenciado).

    2) Proveito (Profit), Preço (Price)

    Adequação de seus honorários, formas de quitação (cartões de crédito, boletos bancários, cheques pré-datados) e custos indiretos incidentes sobre os Clientes (estacionamento, tempo de espera).

    3) Praça-Distribuição, Ponto (Place)

    Localização do consultório, podendo estabelecer-se uma região principal e manter-se outros pontos de atendimento alternativos, até mesmo em outros bairros e cidades.

    4) Promover, Promoção, (Promotion), Propaganda, Publicidade, Pesquisa, Público-alvo, Parceiros, Pós-Atendimento

    Divulgação eficiente e ética de seu trabalho; comunicação continuada junto à Clientela estabelecida e potencial.

    5) Primeira Impressão, Presença, Parecer (Physical Evidence)

    Decoração ambiente, adequação de ruído, asseio, temperatura, privacidade, conforto, qualidade de material empregado, apresentação pessoal.

    6) Procedimentos (Processes), Postura

    Filosofia de trabalho, duração do atendimento, pontualidade, atualização profissional.

    7) Pessoas (People)

    Atendimento ao Cliente (pré, pós e durante as consultas) originado tanto do próprio Terapeuta Holístico, quanto dos demais parceiros de trabalho (recepcionistas, secretárias, copeiras, manobristas, etc).

    A sequência deste livro seguirá a "didática da língua do P" tornando mais agradável seu aprendizado da ARTE de atrair, conquistar, manter e encantar Clientes.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:35


    Prestação de Serviços

    Prestação de Serviços

    Produto (Product) ou, neste caso, Prestação de Serviços

    Se nossos Clientes potenciais estivessem interessados em alguém vestido de branco, falando de "doenças", pedindo "exames" e passando "remédios", eles estariam muito bem servidos com os quase 300 mil MÉDICOS brasileiros, disponíveis inclusive gratuitamente nos postos de saúde, ou ainda em condições bastante acessíveis nvia planos de saúde... Quando procuram a Terapia Holística, buscam justamente o DIFERENCIAL, alguém que os ouça, que possua uma abordagem integral, explicações "energéticas", técnicas milenares, que promova o AUTO-CONHECIMENTO e a QUALIDADE DE VIDA. O perfil básico do Cliente de Terapia Holística é composto por pessoas de bom poder aquisitivo, ou seja, JÁ possuem seus médicos de confiança e buscam complementar o atendimento com aquilo que não encontraram nos consultórios "convencionais". Por isso, quanto mais o profissional apresentar-se como TERAPEUTA HOLÍSTICO, quanto mais tornar-se DISTINTO das demais profissões, maiores serão suas oportunidades de Clientela.


    É um grande erro mercadológico "emprestar" comportamento e aparência de OUTRAS profissões.

    Se um colega atende "parecendo médico" ele estará indo para o último lugar de uma "fila" com mais de 300 mil "concorrentes" (além de expor-se a sofrer acusações de "exercício ilegal de medicina"...). Se claramente identificar-se como TERAPEUTA HOLÍSTICO, entrará numa "fila" com metade dos concorrentes (150 mil); ao conquistar e usufruir em suas divulgações de sua CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado, você já superou mais de 140 mil desta "fila" e se também fizer jus aos Certificados de Conformidade Técnica em Terapia Holística (e aos especializados para cada técnica), fará parte da elite diferenciada onde há apenas 5 mil "concorrentes" em todo o Brasil.

    Basta observar os "desesperados" esforços de certos grupos integrantes de Conselhos de outras profissões, em tentar MONOPOLIZAR as técnicas que o Terapeuta Holístico pratica, para se ter certeza de que estamos no caminho certo...

    Devemos exercitar nosso DIFERENCIAL a cada gesto, a cada palavra, a cada momento de nosso trabalho. Prestigiar técnicas como Cromoterapia, Reiki, Terapia Floral, Reflexologia, dentre muitas outras, que são proibidas aos médicos e psicólogos (jamais por nós, mas por seus próprios Conselhos representativos...) contribuem para que foquemos em uma parcela de mercado de menor concorrência. Quanto ao exercício de procedimentos que são simultaneamente partilhados por várias outras profissões distintas, como é o caso da Acupuntura, Fitoterapia e Terapia Corporal, torna-se ainda mais importante DIFERENCIAR-SE. Enquanto um médico tenderia a, por exemplo, aplicar Acupuntura em muitos pontos pré-determinados por tabelas para tratar de uma "bronquite" que diagnosticou, um Terapeuta Holístico selecionaria uns poucos pontos através da pulsologia, detectaria o desequilíbrio energético do meridiano do pulmão, abordaria durante o Aconselhamento as possíveis emoções de tristezas inerentes a este tipo de desarmonia... E, se bem inteirado sobre as NTSV - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística, ainda tilizaria agulhas descartáveis de uso único, com recipiente de descarte adequado e devidamente sinalizado, conquistando ainda mais a confiança de seus Clientes.

    Para refletir:

    Cada um de nós deve desenvolver igualmente seus "diferenciais exclusivos", ou seja, aquele "toque pessoal" que pode ser decisivo para encantar seus Clientes.

    Contando "causos": como diferencial, meus Clientes eram convidados a participar dos "workshops" que ministrava, além de serem presenteados com livros de minha autoria, o que lhes proporcionava maiores subsídios para compreender melhor o próprio desenrolar de seus processos terapêuticos, além de ampliar o grau de credibilidade e confiabilidade que os mesmos investiam no consultório.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:35


    Proveito

    Proveito

    Proveito (Profit), Preço (Price)

    Este "P" comumente é traduzido como "preço", contudo, creio que em nossa cultura este termo possui uma conotação pejorativa. "PROVEITO" expressa melhor o seu significado, pois é uma relação "ganha-ganha" entre CLIENTE , TERAPEUTA HOLÍSTICO e a SOCIEDADE como um TODO.

    Existe um estudo antropológico, do qual destacamos os parágrafos a seguir, apresentado em Paris (na sessão "La dynamique des religions au Brésil", na "Semaine Brésil 2000", 16-20 de outubro de 2000), sobre o perfil de muitos dos Terapeutas Holísticos brasileiros, que detecta que a escolha de nossa profissão é assemelhada à mitologia xamãnica: após sérios problemas pessoais ou familares sem solução via técnicas convencionais, vivencia e se harmoniza no "alternativo", dedicando-se, a partir daí, a compartilhar com todos o que lhe transmutou numa nova pessoa. Essa perspectiva cria um vínculo emocional muito forte com a atividade, que passa a ser exercida como uma missão de vida. Esta abordagem quase "religiosa" da profissão, somada ao espírito caritativo do brasileiro, faz com que muitos colegas passem por enormes dilemas interiores na hora de estabelecer seus justos honorários:

    ...

    Claro, todo este processo é aberto, incerto e sujeito a cooptações pela lógica capitalista. Mas, é importante se ressaltar que a decisão de ser ou não um terapeuta alternativo não se restringe a uma escolha utilitária em que o consumidor pode aceitar ou recusar a mercadoria a consumir. No caso das Terapias Alternativas, estabelece-se a partir da ruptura com a ordem tradicional um ritual de passagem que não tem retorno. Pode-se até enlouquecer, mas nunca mais o indivíduo que vive esta experiência volta a ser o mesmo de antes.

    ...

    Num contexto sócio-cultural marcado pela hegemonia do utilitarismo e do oportunismo, deve-se reconhecer que as rupturas com as práticas tradicionais _ familiares, religiosas e profissionais _ apresentam um certo caráter de heroísmo. Assim, o que estimula a rápida organização das terapias como um sistema sócio-cultural original no contexto de uma sociedade capitalista que a tudo mercantiliza é, em primeiro lugar, a inevitabilidade da dádiva de si, a necessidade imperiosa de se passar adiante o que se recebeu generosamente. Apenas, num segundo momento, ao se confrontar com a lógica mercantil hegemônica irá o terapeuta quebrar a cabeça para conciliar duas coisas diferentes: uma, a necessidade de fazer circular a "energia", a outra, a necessidade de se ganhar dinheiro para se viver numa sociedade de consumidores.

    ...

    Existe também o oposto, já que é uma profissão em franco crescimento, o que acaba atraindo algumas pessoas com uma sede de receita ainda maior que sua vocação ao correto e ético exercício da Terapia Holística... E, no meio-termo, uma "nova safra" de milhares e milhares de Terapeutas Holísticos, oriundos de escolas quase tão convencionais quanto as existentes para as demais profissões, o que talvez os leve a relacionar-se com a atividade de forma mais equlibrada, menos passional se comparada ao comportamento dos "pioneiros" do ramo.

    Não existe uma tabela "oficial" de honorários para a Terapia Holística; afinal, como toda forma de ARTE, cada consulta é uma obra única e para o Artista e os Apreciadores, "não tem preço". Contudo, vivemos num mundo material e até mesmo a maior obra-prima, por mais inestimável que seja, passa por uma avaliação em termos financeiros, que será determinada por uma "lei" muito poderosa: a da oferta de da procura...

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS recomenda como valor monetário mínimo para um consulta, como sendo R$ 25,00 (o mesmo aplicado na Campanha HOLOCARD para arrecadação de verba para a organização do atendimento gratuito às comunidades carentes). Abaixo deste patamar, deve-se refletir se não será melhor assumir que se trata de um caso para gratuidade e encaminhar para estabelecimentos que atuem sob esta proposta. É importante que o Terapeuta Holístico encontre formas de colaborar junto às comunidades carentes, o que deve ocorrer na forma e LOCAIS adequados. Sejamos sinceros e há de se compreender que fazer isso em seu próprio consultório profissional acabará criando dificuldades operacionais e até mesmo, de entendimento e de sentimentos, nos momentos em que ambas as Clientelas, a gratuita e a pagante, interagirem...

    Quanto aos valores mais elevados praticados no setor, temos observado o patamar de R$ 300,00 e, mesmo assim, após acumularem um histórico de décadas de esforços contínuos, tendo sofrido perseguições, incompreensões e exposição contínua à mídia, até conseguirem trabalhar dentro destes níveis monetários. Claro que, por ser este investimento muito acima do poder aquisitivo em geral, atuam com muito poucos Clientes, o que faz com que sua renda principal origine-se em atividades paralelas às de consultórios, sendo a mais comum, o ministrar de cursos sobre as mais variadas técnicas praticadas na Terapia Holística.

    A imensa maioria dos profissionais se estabelece com honorários que tendem à proximidade (para baixo...) da média entre os dois extremos acima descritos. Contudo, vamos agora nos aprofundar um pouco mais no conceito deste "P" do Marketing; afinal, o Proveito está além da questão financeira, englobando muitos outros aspectos. Poucas profissões apresentam tamanhas gratificações quanto a Terapia Holística, em especial, a satisfação dos bons resultados junto aos Clientes. Via de regra, é uma atividade onde o profissional é seu próprio "patrão", estabelece seus próprios horários e regras de trabalho. Muitos colegas abriram mão de empregos convencionais, ainda que melhor remunerados, em troca destes privilégios... Da mesma forma, a Clientela se disponibiliza a investir financeiramente na Terapia Holística se o ganho em QUALIDADE DE VIDA se evidenciar. Estatísticas divulgadas na conceituada revista Financial Times concluíram que nos EUA, o número de consultas médicas caiu em 30%, enquanto que com Terapia Holística houve um considerado crescimento. Considerando que o americano tem acesso gratuito à medicina pública e a custo baixo, via planos de saúde particulares, isso prova que, quando se é ofertado uma forma de atuação DIFERENTE dos médicos (saúde & doença...), o público está disposto a pagar, pois sentem que estão investindo em mais qualidade para suas vidas, ou seja, em bem-estar, autoconhecimento, maximização de seus potenciais como seres humanos. Portanto, não se trata de uma simples equação matemática, na qual, "quanto menos se cobra, mais consumidores atrai"; uma vez que nosso público busca QUALIDADE, ele pode desconfiar da mesma, caso o custo monetário de um atendimento seja abaixo do mercado... Muitas vezes, na hora de se computar os possíveis Proveitos para os Clientes, "abatem" o investimento financeiro que estes aplicam, mas esquecem alguns "custos" indiretos, tais como o desgaste do deslocamento até consultório e saindo deste (a localização possui um bom fluir do trânsito ou é "estressante" ? É perto ou distante dos bairros de onde e para onde os Clientes se deslocam, antes e após as consultas ?), se existe custo de estacionamento, o valor do tempo total que ele necessita para ser atendido (além do valor monetário definido para cada atendimento, o Cliente também "gasta" relativamente ao tempo em que deixa de exercer outras atividades, inclusive, de trabalho, para se poder passar pelo atendimento...). Este demais fatores, muitas vezes pouco observados, podem ser a "gota d´água"a definir a sensação de "peso" maior ou menor, sobre o quanto um Cliente potencial está disposto a investir...

    Uma ferramenta ainda pouco usufruída nos consultórios, de forma a suavisar a sensação de "desembolso" do Cliente é aceitar cartões de crédito, inclusive já definindo um "pacote" de atendimento, com lançamentos pré-programados mensalmente. O quitar diretamente em dinheiro ou cheque acarreta uma sensação menos confortável do que a utilização de cartões de crédito, que sempre possibilitam ao Cliente um tempo maior antes que realmente os valores saiam de sua conta. Os lojistas aplicam esta estratégia para aumentar com sucesso o volume de negócios. Claro que a burocracia de cadastramento das administradoras, somada ao custo mensal de locação das máquinas eletrônicas desanimam a implantação em consultórios, contudo, o SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS disponibiliza este serviço a todos os seus filiados em dia, tornando todo o procedimento muito simples e de rápida implantação.

    Para refletir:

    1) Colocando-se no lugar do Cliente, quanto pagaria por uma consulta com VOCÊ ? Se NÃO estivesse disposto a contratar o atendimento nos valores que são praticados em seu consultório, pense em que poderia aperfeiçoar, para convencer a si mesmo (e, consequentemente, sua Clientela potencial...). Contudo, se ao pensar do ponto de vista do consumidor, você estaria disposto a investir até mais do que o atual valor monetário de sua consulta, estude como fazer chegar ao conhecimento seu público os mesmos fatores que lhe convenceram...

    2) Segundo o Conselho de Medicina, os mais de 300 mil médicos brasileiros recebem em média, cerca de R$ 20,00 por consulta, devido, entre outros fatores, ao "achatamento" provocado pelos planos de saúde. Se o Terapeuta Holístico, erroneamente, insistir em imitar esta OUTRA profissão, estará se posicionando em último lugar desta "fila", tendo que se sujeitar a receber ainda menos e, muito provavelmente, a sofrer processos sob a acusação de "exercício ilegal de medicina". Portanto, muito melhor será, sob TODOS os aspectos, buscar DIFERENCIAR-SE o máximo possível das demais profissões de saúde, cada vez mais sub-valorizadas pelo excesso de oferta...

    Contando "causos": nem sempre o dinheiro é a "moeda" com que se quita uma atendimento. Assim como os Clientes, o Terapeuta Holístico também busca ampliar sua Qualidade de Vida. Alguns de meus Clientes utilizavam seus próprios produtos e serviços como "moeda alternativa"; por este meio, já fui "pago" com obras de artes, viagens, hospedagens, ou seja, justamente o destino final que pelo menos parte do que receberia em dinheiro teria...

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:36


    Ponto

    Ponto

    Praça-Distribuição, Ponto (Place)

    Se este não for o "P" onde mais se equivocam os Terapeutas Holísticos, certamente que o "Ponto" é um dos fatores em que menos lembram de aplicar um dos princípios básicos do Marketing: pensar sob o ponto de vista dos Clientes...

    Talvez pareça "cômodo" separar uma parte de sua própria moradia e transformar em consultório. Contudo, como convencer à Clientela de que é um Profissional, já que via de regra, quem atua sem local próprio, é "amador" ? O mesmo ocorre quanto a alugar aquele ponto "baratinho" (logo você descobrirá porque está tão abaixo do preço...). Ninguém confiaria a promoção de sua Qualidade de Vida a alguém que apresente sinais externos de "amadorismo" ou de pouco sucesso... Tenha certeza absoluta que é muito significativa a Localização de seu consultório para estabelecer seus honorários. O melhor profissional do mundo teria dificuldades em manter suas consultas em valores monetários acima da média se estiver localizado em um bairro cujos moradores sejam de baixa renda. Da mesma forma, a acessibilidade (trânsito, estacionamento, distência, tempo de deslocamento, etc) também é fator importante, pois pode "pesar" na decisão de um Cliente quanto a manter-se com este ou aquele profissional.

    Contando "causos": tendo indicado uma excelente profissional para reportagem, fui acompanhar as filmagens e, chegando ao local, tive que "passear" por quase 15 minutos em busca de uma vaga para estacionar. A equipe de jornalismo quase desistiu, pelo mesmo motivo. Só consegui vaga bem distante do consultório, enquanto que o carro de reportagem, que teria que descarregar pesados equipamentos de vídeo, parou mais próximo, contudo, em local proibido, correndo o risco de multa. De imediato pensei sobre o quanto esta situação explicaria o fato de alguém que trabalhe tão bem, estivesse com bem menos Clientes do que merecia...

    Contando MAIS "causos": certa época, fui convidado a montar o consultório em uma das ruas mais "badaladas" de São Paulo (frequentada por uma parcela da população de alto poder aquisitivo) e praticamente sem custos, pois seria a base de "troca" por atendimentos e cursos ... Na prática, porém, a região se mostrou bem frequentada "demais", com tamanho trânsito que simplesmente os Clientes além de chegarem atrasados, ficavam exauridos pelos congestionamentos. Solução: voltei para o antigo bairro, nem tão em evidência, contudo, bastante conhecido e SEM trânsito "pesado".

    Para refletir:

    1) Se possui ainda espaço em aberto na sua agenda e suspeita que o local em que se estabeleceu tenha sido totalmente aproveitado em seu potencial de Clientes, pense em manter outros pontos de atendimento alternativos, até mesmo em outros bairros e cidades.

    2) Existe mais um tipo de Ponto (Localização) que também merece atenção, tal qual o seu consultório: o "PontoCom", ou seja, seu espaço na Internet. Da mesma forma como há poucos anos passados, uma empresa que não tivesse um número telefônico para fax seria vista como desorganizada ou mal sucedida, em pleno século 21, estar sem site ou e-mail é pejorativo, mesmo para um profissional autônomo. Com todo respeito aos ótimos serviços gratuitos tais como Hotmail, Tripod, HPG, CJB e similares, eles objetivam atingir o público que não tem recursos para contratação e manutenção de hospedagens profissionais na Internet, ou seja, os "amadores". Apresentar aos Clientes potenciais e-mails e sites gratuitos equivale, no "ciberespaço", a montar um consultório improvisado num dos cômodos da própria moradia, pois transmite uma sensação de "falta de verba" e certamente isso depõe contra a imagem de profissionalismo que todo Terapeuta Holístico precisa transparecer para ser reconhecido... O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS disponibiliza sem custo aos seus associados em dia, um excelente "sobrenome" para Internet, sendo os e-mails no formato "seunome@terapiaholistica.net" e para "homepages", "seunome.terapiaholistica.net". Desta forma, sem investir a mais, usufrui de um serviço de Internet profissional e de utilização exclusiva a quem for filiado. Caso ainda não possua acesso à Internet, o SINTE, em parceria com o IBEST, oferece conexão discada gratuita. Ainda não tem computador ? Pode usufruir dos financiamentos via PROGER, da parceria entre SINTE e Banco do Brasil; se ainda não tiver conta nesta instituição bancária, saiba que os filiados que possuam CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado tem condições privilegiadas para abertura. Observem que tais iniciativas do SINTE são bons exemplos do que é Marketing, ou seja, de atuar sempre tendo em mente o interesse de sua Clientela: os Terapeutas Holísticos.

    3) Para o caso de receita insuficiente para manter sozinho uma boa localização de consultório, estude a hipótese de sublocar espaço e horários em Pontos já bem estabelecidos. Fique atento aos anúncios que ofertam tais vagas ou busque pelas mesmas, postando seu interesse no Fórum disponível no "site" do SINTE em www.sinte.com.br.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:37


    Promover

    Promover

    Promover, Promoção (Promotion), Propaganda, Publicidade, Pesquisa, Público-alvo, Parceiros, Pós-Atendimento

    Vários "P"s foram agrupados como "Promover" (= divulgação, comunicação dos méritos do serviço para convencimento da Clientela potencial), pois a interação entre eles é muito intensa, incluindo aqui Propaganda e Publicidade, que muitos confundem com o próprio Marketing, mas, como os leitores podem constatar neste livro, constituem uma "Parte" sua, mas longe está de ser o "Todo".

    CURIOSIDADES:

    Propaganda (do latim "propagare" => propagar, multiplicar por reprodução ou geração, estender) é a ação planejada e racional, desenvolvida em mensagens escritas e faladas, através dos veículos normais de comunicação (rádio, TV, cinema, imprensa, outdoors, internet e outras mídias), para a divulgação das vantagens, qualidades ou serviços de um produto, de uma marca, de uma idéia, de uma organização ou de uma pessoa, enquanto que Publicidade (do latim "publicus" => tornar público) é a divulgação de fatos ou informações a respeito de pessoas, produtos ou instituições, utilizando-se os veículos normais de comunicação, em caráter editorial, comumente fruto das atividades de relações públicas, entrevistas e informações à imprensa (eis mais um inglesismo: "press release" = notícia distribuída à imprensa para divulgação gratuita; sugestão de pauta). Alguns autores "simplificam" em demasia, sintetizando que a primeira é a divulgação feita através da mídia mediante pagamento, enquanto que a outra é matéria jornalística, que é obtida sem a compra do espaço.

    No Brasil, as primeiras agências de Propaganda surgiram num período em que esta expressão era muito aplicada para definir as campanhas de convencimento pró-nazismo (2ª Guerra Mundial), o que levou estas empresas a se apresentarem mais como agências de Publicidade.

    Da forma como são atualmente apresentados, ambos os conceitos se aplicam como se fossem sinônimos e, em muitos veículos de comunicação, nem sempre é fácil distinguir quando se trata de uma matéria jornalística, ou quando é um espaço de "propriedade" da empresa e/ou serviço divulgado... Afinal, o público confia muito mais no que for apresentado via reportagem, do que o conteúdo de uma propaganda, por melhor elaborada que esta seja.

    Em "Onze Suposições Fatais Capazes de Arruinar o seu Programa de Marketing", de Philip Kotler, cabe aqui destacar a "Suposição fatal nº 2: Minhas fontes de referência vão me encaminhar todos os novos Clientes de que preciso". Claro que a chamada "propaganda boca-a-boca" é importante; o erro consiste em confiar somente neste método de divulgação e desperdiçar as diversas outras formas de comunicar seus serviços.

    Contando "causos": no início da carreira como Terapeuta Holístico, tentando conciliar com outras profissões ao mesmo tempo, montei meu primeiro consultório "particular" , numa sala situada em um conjunto comercial compartilhado com mais uma dezena de colegas das mais variadas atividades correlatas. Buscando conselhos dos "mais experientes", era voz unânime que deveria ter paciência e contar com a idéia de que cada Cliente por sua vez traria mais outros e que, com o passar de alguns anos, teria uma "carteira" de uns 25 a 30 "Clientes fiéis". Contudo, acostumado à grande mídia nas minhas demais atividades, apliquei os mesmos conceitos de Marketing e enviei uma "sugestão de pauta" à direção de um conhecido programa feminino de televisão e fui chamado para a minha primeira entrevista como Terapeuta Holístico. Houve um retorno de mais de uma centena de telefonemas que resultaram em agenda lotada e em vários colegas "experientes" bastante enciumados...

    Contando MAIS "causos": uma Cliente, enraivecida, contou-me o motivo de sua indignação: sua irmã havia pedido o endereço e telefone de meu consultório. _ "Ora, demorei tanto para encontrar meu Terapeuta, ela que ache o dela !"...

    Ouço vários profissionais reclamarem da ausência de bons resultados em seus anúncios, questionando a Propaganda em si, ao invés de analisarem a adequação da forma, conteúdo e veículo de mídia escolhido. Mais um festival de "P"s a se Pensar: é Preciso Primeiro Pesquisar o Perfil do Público-alvo. Estatisticamente, nosso target (outro inglesismo muito utilizado, porém, perfeitamente dispensável e substituível por "público alvo"...) é composto por uma Clientela de classe média-alta e alta, ou seja, de elevado poder aquisitivo e cultural, sendo em sua maioria, mulheres na faixa etária adulta. Será que colocar uma faixa de pano na esquina da padaria atrairá e convencerá este público tão especial sobre a qualidade de seus serviços ? Ou será desperdício de verba e de esforços ? Anunciar seus serviços de consultório em uma revista que é lida por seus próprios colegas Terapeutas Holísticos será tão eficaz quanto seria a mesma divulgação em uma revista dirigida ao público feminino em geral ? O que transparece maior CREDIBILIDADE: comprar um grande espaço publicitário em um jornal de bairro classe média ou conseguir uma pequena reportagem (que é gratuita...) neste mesmo veículo ?

    Outro equívoco comum é o erro quanto ao conteúdo. Nada afasta mais os Clientes potenciais do que sentirem-se vítimas de "propaganda enganosa", por isso, a ética é fundamental para moldar a mensagem de texto, áudio ou vídeo de sua divulgação. Promessas taxativas (absolutas) de resultados, de imediato afastam toda Clientela esclarecida, já que todos sabem que este tipo de promessas são impossíveis de ser garantidas. O mesmo se aplica a utilizar títulos que não existem na Terapia Holística, tais como "doutor", "professor", que em nada impressionam nosso público, que busca justamente algo DIFERENTE do convencional. Da mesma forma, utlizar o preço monetário da consulta como diferencial, além de anti-ético e de gosto discutível, igualmente afasta nosso público alvo, via de regra, de bom poder aquisitivo e que certamente preferem investir MAIS em troca de qualidade MAIOR. Divulgar seus serviços de Terapia Holística associando-o a nomes de "doenças", ou "emprestando" termos de outras profissões, tais como chamar de alguma forma de "medicina", além de funcionar, do ponto de vista legal, como uma "auto-confissão de exercício ilegal de medicina" (já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de "doenças" é monopólio da classe médica...), também é absolutamente inconveniente do ponto de vista mercadológico: se for confundido com um "médico" ou com "algo parecido", você entra no último lugar naquela "fila" de mais de 300 mil concorrentes, que por sinal, estão sub-valorizados quanto aos valores de suas consultas. Atente ao fato de que nossa Clientela potencial possui seus médicos de confiança e os frequenta periodicamente, por isso, se quisessem tão somente alguém "vestido de branco, pedindo exames, falando de doenças e prescrevendo remédios", JÁ estão bem servidos. Por isso, quanto mais claramente se identificar como TERAPEUTA HOLÍSTICO (ou seja, inclua sempre sua numeração de CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado, juntamente com o nome de sua profissão) e focar seus serviços para a QUALIDADE DE VIDA, o AUTOCONHECIMENTO, a MAXIMIZAÇÃO DE POTENCIAIS, melhor será o seu mercado de trabalho potencial.

    Cuidado também com o excesso de "tecnicismo", afinal, termos desconhecidos para o público, longe de impressioná-los, pode simplesmente afastá-los. O inverso também é prejudicial, ou seja, subestimar a capacidade de entendimento de nossos Clientes e "explicar demais", uma vez que não é objetivo central de uma divulgação de serviços, ministrar uma "aula" sobre as técnicas ofertadas. A estética visual e as frases de efeito em seus anúncios são igualmente importantes, tanto quanto o conteúdo.

    Vejamos os textos a seguir:

    TERAPIA HOLÍSTICA, em geral, procede ao estudo e à análise do Cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o Cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    Ou seja, estaria absolutamente adequado SE o público-alvo fosse os próprios profissionais do ramo e para apresentar junto aos órgãos públicos. Contudo, nosso "target" (desculpem o inglesismo...) para consultório é outro, portanto, que tal assim:

    TERAPIA HOLÍSTICA (Terapia = harmonizar, equilibrar; Holística = do grego holus: totalidade) é mais Qualidade e Bem-Estar em sua vida, utilizando-se de uma somatória de técnicas milenares e modernas, sempre suaves e naturais, proporcionando harmonia, autoconhecimento e incrementando sua capacidade de ser bem-sucedido.

    Ou

    TERAPIA HOLÍSTICA: a Arte da Qualidade de Vida

    Ou

    TERAPIA HOLÍSTICA: Mais Qualidade Para Sua Vida

    Contando ainda MAIS "causos": da mesma forma que ninguém confiaria a fiação de sua casa a alguém que se identifique como "eletrEcista", preferindo, certamente, quem seja um Eletricista, certamente que nenhuma pessoa que se adeque ao perfil de Clientes de Terapia Holística vai prestigiar alguém que trabalhe com "reikE", já que é melhor procurar os que se utilizem do Reiki, assim como jamais teriam coragem de ir a um "acuMpunturista", uma vez que basta solicitar ao SINTE que indicaremos os Acupunturistas mais próximos. Também nenhuma pessoa atenta procuraria um "TerapÊuta", pois existe os Terapeutas e menos ainda, algum "Teraputa". Há também quem se divulgue como "terapeuta Olístico" e nem consegue entender porque os Clientes preferem os "Terapeutas Holísticos" a ele. Parece piada, mas, infelizmente, são casos REAIS de erros de grafia em anúncios com os quais já tive contato. Por mais que tenha gasto no material, ao detectar este tipo de erros de impressão, creia, o prejuízo será menor se mandar tudo para a reciclagem, do que lançar assim mesmo para divulgação e ter sua imagem prejudicada....

    Para refletir:

    Considere mais alguns "P"s:

    1) Parceria: o SINTE divulga os serviços de seus filiados ao público em geral e para reportagens, já que é ponto de referência respeitado e continuamente consultado via DDG 0800-117810 e internet, através dos formulários no site www.sinte.com.br e e-mail contato@sinte.com.br. Portanto, mantenha seus dados sempre atualizados junto aos seu órgão de representação profissional, incluindo suas técnicas e atividades extras que possam ser interessantes para a mídia. O site "terapiaholistica.net" que o SINTE disponibiliza para seus associados é mais um ponto de parceria que ajuda a Promover o seu trabalho perante um público de bom poder aquisitivo: os internautas.

    2) Palestras: da mesma forma que se envia sugestões de pauta à imprensa, igualmente deve-se fazê-lo junto às instituições cujo público frequentador se enquadre no perfil básico do Cliente de Terapia Holística: empresas, centros culturais, livrarias, hotéis...

    3) Publicações: poucas pessoas no Brasil vivem dos direitos autorais de seus livros, contudo, a Promoção indireta de ser autor rende tanto Clientes, como alunos. Quem sabe não chegou o momento de escrever seu próprio livro ? Ou, pelo menos, seus próprios artigos a ser publicados em revistas, jornais e em "sites" na Internet. O SINTE também assessora seus filiados neste campo...

    4) Previna-se: ANTES de tornar públicas suas novas divulgações, envie-nas com antecedência ao SINTE para que este realize uma análise do ponto de vista técnico, ético e jurídico, apresentando-lhe sugestões construtivas.

    5) Pós-Atendimento: mantenha a mesma atenção aos seus Clientes após a consulta; retorne seus telefonemas esclarecendo suas dúvidas; envie convites para suas palestras; lembre-se de agradecer quando indicarem seus serviços para outras pessoas.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:38


    Primeira Impressão

    Primeira Impressão

    Primeira Impressão, Presença, Parecer (Physical Evidence)

    Devido à natureza intangível da prestação de serviços, os Clientes, consciente e inconscientemente, procurarão indicações físicas que evidenciem a qualidade do trabalho ofertado. Decoração ambiente, adequação de ruído, asseio, temperatura, privacidade, conforto, qualidade de material empregado, apresentação pessoal do Terapeuta Holístico são fatores que influenciam diretamente naquela percepção, que de acordo com o ditado popular, "é a que fica", ou seja, a Primeira impressão.

    Um consultório "improvisado" passará igual interpretação quanto ao seu trabalho... Certamente que um computador para armazenar os dados de seus Clientes transmite maior credibilidade do que se tudo for preenchido em um papel qualquer. Revistas da semana e jornal do dia na recepção transmitem que você é um profissional atualizado, enquanto o oposto se dará com aquelas edições envelhecidas tão comum em consultórios... Quem tem "e-mail" para contato e "homepage", com certeza causa impressão melhor do que aqueles que ainda não entraram no território da Internet. Seu cartão de visita também diz muito sobre você, bem como seu BRT - Bloco de Recomendação Terapêutica (principalmente se não tem nem um, nem outro...). Quanto à sua apresentação pessoal, tem que estar "transpirando bem-estar pelos poros", afinal, se não funcionaram nem em você mesmo, como convencer sobre a qualidade da técnicas para aplicação em terceiros ?...

    Para refletir:

    Branco, só para a paz... No linguajar de delegados de polícia e promotores, sempre que acusam alguém de "exercício ilegal de medicina", costumam descrever desta forma os indiciados: "... o elemento, trajado de médico, atendeu as vítimas em...". Ou seja, o simples fato de estar de branco já serve como indício de que tentou mascarar sua real atividade, fazendo-se passar por membro da medicina. Acompanhamos dezenas de depoimentos de testemunhas e vítimas que sinceramente acreditaram estar perante médicos, tanto pelo "branco", quanto pelo linguajar, quanto por ser chamado de "doutor" até pelos funcionários. O Terapeuta Holístico só tem a perder se for confundido com um Médico: perde seu DIFERENCIAL, perde por entrar "de carona" num mercado que não é o nosso ideal, pois está super-lotado e mal pago, perde a credibilidade perante os Clientes (que no mínimo irão embora por se sentirem enganados) e a médio prazo, perde também a liberdade, pois crime de exercício ilegal de medicina pode culminar em prisão. E, na hipótese de que seus Clientes saibam plenamente que o Terapeuta Holístico NÃO é Médico, o trajar de branco passará então uma outra conotação: a de subalterno, pela simples analogia ao que ocorre nas casas de saúde "se está de branco e não é médico, então é algum simples auxiliar deste"... O Terapeuta Holístico é um profissional que não está subordinado a nenhum outro, que pode trabalhar em paralelo com um Médico ou independente deste, já que não atuam sobre o mesmo paradigma. As roupas auxiliam a mostrar sua AUTONOMIA; aproveite mais esta ferramente para demonstrar PERSONALIDADE, o que não combina com nenhum "uniforme"...

    Contando "causos": em recente assessoria de Marketing, recebi fotos de um consultório para avaliação, que mostravam profissionais saudáveis, sorridentes, macas e lençóis impecáveis... Até aí, ótimo ! Contudo, próximos ao rodapé das paredes, havia rachaduras e manchas na pintura (mofo ?), o que induziria o Cliente a imaginar se existe mais algo de errado oculto sob as aparências... Também aos estarem parcialmente trajados de branco, parecia estar "uniformizados", o que, via de regra, transmite a idéia de serem "subalternos" (o que dificulta e muito para estabelecer-se bons honorários...) ou de, ainda, não terem verba para se vestirem adequadamente, passando a encobrir suas roupas com jalecos e aventais. Quanto mais a roupagem transmitir sua PERSONALIDADE, maiores as chances de transparecer o seu DIFERENCIAL, e menor a probabilidade de ser trocado por "outro". O "uniforme" transmite a falsa idéia de "igualdade" (no mal sentido), ou seja, de que "tanto faz este ou aquele profissional", o que em nada auxilia para o objetivo de atrair, conquistar, supreender e MANTER uma "carteira de Clientes" fiéis.

    Já que trabalham com Acupuntura, um ponto positivo era o fato de terem pias à disposição em cada cômodo, o que reforça a idéia de boa higienização ambiente. Contudo, um ponto negativo que pode por tudo a perder: a ausência de lixeira especial para descarte de material infecto-contagioso (o que é uma exigência legal e das próprias NTSV - Normas Técnivas Setoriais Voluntárias), além de farto material de esterelização, que pode induzir o Cliente a suspeitar de algo inaceitável nos dias de hoje: o "reaproveitamento" de agulhas...

    Jamais subestimem a influência dos sinais subliminares que se originam da interpretação (consciente e inconsciente) que seus Clientes empreendem do ambiente físico de seu consultório.

    Além de sensação de bem-estar, sucesso e qualidade, é importante que a Primeira impressão também inclua a sensação de SEGURANÇA. O Terapeuta Holístico deve inspirar CONFIANÇA utilizando de suas CREDENCIAIS, ou seja, valorize-se ostentando em seus impressos o seu CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Crendenciado, além de somar CREDIBILIDADE e ATUALIZAÇÃO ao manter visíveis seus Certificados de Conformidade Técnica em Terapia Holística e nas demais Modalidades individuais com as quais assumiu o compromisso público de ética e qualidade de manter-se sempre adequado às NTSV - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística, e ainda seus Certificados de Terapeuta Holístico Credenciado (renovável anualmente) e Certificados dos Eventos Oficiais da Terapia Holística (promovidos anualmente pelo órgão OFICIAL da categoria, ou seja, o SINTE). Lembre-se que o perfil de nosso público é composto por pessoas de bom grau de instrução, que conhecem muito bem os princípios da CERTIFICAÇÃO, ou seja, aqueles produtos ou serviços que buscam ir ALÉM de suas obrigações, fazendo questão de compromissar-se com Normas Voluntárias ainda mais exigentes, em respeito ao consumidor e à sociedade. Entre optar pela compra de, por exemplo, um brinquedo sem certificação alguma e outro com Certificado do INMETRO, e dentre estes, os que também somem o Selo da ABRINQ ou do Greenpeace, toda pessoa consciente optará por estes...Estes fatores DIFERENCIAIS são simplesmente essenciais para conquistar a Clientela.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:38


    Primeira Impressão

    Primeira Impressão

    Primeira Impressão, Presença, Parecer (Physical Evidence)

    Devido à natureza intangível da prestação de serviços, os Clientes, consciente e inconscientemente, procurarão indicações físicas que evidenciem a qualidade do trabalho ofertado. Decoração ambiente, adequação de ruído, asseio, temperatura, privacidade, conforto, qualidade de material empregado, apresentação pessoal do Terapeuta Holístico são fatores que influenciam diretamente naquela percepção, que de acordo com o ditado popular, "é a que fica", ou seja, a Primeira impressão.

    Um consultório "improvisado" passará igual interpretação quanto ao seu trabalho... Certamente que um computador para armazenar os dados de seus Clientes transmite maior credibilidade do que se tudo for preenchido em um papel qualquer. Revistas da semana e jornal do dia na recepção transmitem que você é um profissional atualizado, enquanto o oposto se dará com aquelas edições envelhecidas tão comum em consultórios... Quem tem "e-mail" para contato e "homepage", com certeza causa impressão melhor do que aqueles que ainda não entraram no território da Internet. Seu cartão de visita também diz muito sobre você, bem como seu BRT - Bloco de Recomendação Terapêutica (principalmente se não tem nem um, nem outro...). Quanto à sua apresentação pessoal, tem que estar "transpirando bem-estar pelos poros", afinal, se não funcionaram nem em você mesmo, como convencer sobre a qualidade da técnicas para aplicação em terceiros ?...

    Para refletir:

    Branco, só para a paz... No linguajar de delegados de polícia e promotores, sempre que acusam alguém de "exercício ilegal de medicina", costumam descrever desta forma os indiciados: "... o elemento, trajado de médico, atendeu as vítimas em...". Ou seja, o simples fato de estar de branco já serve como indício de que tentou mascarar sua real atividade, fazendo-se passar por membro da medicina. Acompanhamos dezenas de depoimentos de testemunhas e vítimas que sinceramente acreditaram estar perante médicos, tanto pelo "branco", quanto pelo linguajar, quanto por ser chamado de "doutor" até pelos funcionários. O Terapeuta Holístico só tem a perder se for confundido com um Médico: perde seu DIFERENCIAL, perde por entrar "de carona" num mercado que não é o nosso ideal, pois está super-lotado e mal pago, perde a credibilidade perante os Clientes (que no mínimo irão embora por se sentirem enganados) e a médio prazo, perde também a liberdade, pois crime de exercício ilegal de medicina pode culminar em prisão. E, na hipótese de que seus Clientes saibam plenamente que o Terapeuta Holístico NÃO é Médico, o trajar de branco passará então uma outra conotação: a de subalterno, pela simples analogia ao que ocorre nas casas de saúde "se está de branco e não é médico, então é algum simples auxiliar deste"... O Terapeuta Holístico é um profissional que não está subordinado a nenhum outro, que pode trabalhar em paralelo com um Médico ou independente deste, já que não atuam sobre o mesmo paradigma. As roupas auxiliam a mostrar sua AUTONOMIA; aproveite mais esta ferramente para demonstrar PERSONALIDADE, o que não combina com nenhum "uniforme"...

    Contando "causos": em recente assessoria de Marketing, recebi fotos de um consultório para avaliação, que mostravam profissionais saudáveis, sorridentes, macas e lençóis impecáveis... Até aí, ótimo ! Contudo, próximos ao rodapé das paredes, havia rachaduras e manchas na pintura (mofo ?), o que induziria o Cliente a imaginar se existe mais algo de errado oculto sob as aparências... Também aos estarem parcialmente trajados de branco, parecia estar "uniformizados", o que, via de regra, transmite a idéia de serem "subalternos" (o que dificulta e muito para estabelecer-se bons honorários...) ou de, ainda, não terem verba para se vestirem adequadamente, passando a encobrir suas roupas com jalecos e aventais. Quanto mais a roupagem transmitir sua PERSONALIDADE, maiores as chances de transparecer o seu DIFERENCIAL, e menor a probabilidade de ser trocado por "outro". O "uniforme" transmite a falsa idéia de "igualdade" (no mal sentido), ou seja, de que "tanto faz este ou aquele profissional", o que em nada auxilia para o objetivo de atrair, conquistar, supreender e MANTER uma "carteira de Clientes" fiéis.

    Já que trabalham com Acupuntura, um ponto positivo era o fato de terem pias à disposição em cada cômodo, o que reforça a idéia de boa higienização ambiente. Contudo, um ponto negativo que pode por tudo a perder: a ausência de lixeira especial para descarte de material infecto-contagioso (o que é uma exigência legal e das próprias NTSV - Normas Técnivas Setoriais Voluntárias), além de farto material de esterelização, que pode induzir o Cliente a suspeitar de algo inaceitável nos dias de hoje: o "reaproveitamento" de agulhas...

    Jamais subestimem a influência dos sinais subliminares que se originam da interpretação (consciente e inconsciente) que seus Clientes empreendem do ambiente físico de seu consultório.

    Além de sensação de bem-estar, sucesso e qualidade, é importante que a Primeira impressão também inclua a sensação de SEGURANÇA. O Terapeuta Holístico deve inspirar CONFIANÇA utilizando de suas CREDENCIAIS, ou seja, valorize-se ostentando em seus impressos o seu CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Crendenciado, além de somar CREDIBILIDADE e ATUALIZAÇÃO ao manter visíveis seus Certificados de Conformidade Técnica em Terapia Holística e nas demais Modalidades individuais com as quais assumiu o compromisso público de ética e qualidade de manter-se sempre adequado às NTSV - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística, e ainda seus Certificados de Terapeuta Holístico Credenciado (renovável anualmente) e Certificados dos Eventos Oficiais da Terapia Holística (promovidos anualmente pelo órgão OFICIAL da categoria, ou seja, o SINTE). Lembre-se que o perfil de nosso público é composto por pessoas de bom grau de instrução, que conhecem muito bem os princípios da CERTIFICAÇÃO, ou seja, aqueles produtos ou serviços que buscam ir ALÉM de suas obrigações, fazendo questão de compromissar-se com Normas Voluntárias ainda mais exigentes, em respeito ao consumidor e à sociedade. Entre optar pela compra de, por exemplo, um brinquedo sem certificação alguma e outro com Certificado do INMETRO, e dentre estes, os que também somem o Selo da ABRINQ ou do Greenpeace, toda pessoa consciente optará por estes...Estes fatores DIFERENCIAIS são simplesmente essenciais para conquistar a Clientela.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:38


    Procedimentos

    Procedimentos

    Procedimentos (Processes), Postura

    A Filosofia de trabalho deve afinar-se com os princípios fundamentais da Terapia Holística, DIFERENCIANDO-SE ao máximo das demais profissões. As NTSV - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística constituem o referencial primordial na orientação do correto e ético exercício da atividade, instruindo quanto às boas práticas e adequações à legislação vigente e à transparência ética e qualitativa.

    Exemplificando e comparando semelhanças e diferenças: um Cliente queixando-se de dores no braço, perante um Médico, espera deste que solicite exames para diagnosticar se está diante de uma inflamação, ou infecção, em suma, qual a "doença" existente para determinar o medicamento e dosagem e demais tratamentos paralelos e definir a forma de acompanhamento da evolução do quadro clínico. Este mesmo Cliente, procurando um consultório de Terapia Holística, certamente que anseia por Procedimentos BEM diferentes, caso contrário, teria cessado sua procura no primeiro profissional. Um Terapeuta Holístico ouviria com atenção absoluta este mesmo Cliente, buscaria informar-se muito além da queixa inicial, inteirando-se de suas emoções, de seu momento como um todo. Analisaria do ponto de vista energético (meridianos, chacras...), buscaria a harmonia através da aplicação de estímulos sutis (toque, acupuntura, cromoterapia, reiki, magnetos, musicoterapia, relaxamento...) e, sob o paradigma HOLÍSTICO, refletiria em conjunto com o Cliente qual o significado transcendente desta dor, ou seja, que gestos, atitudes e emoções estão bloqueadas neste braço e, sincronisticamente, quais "aprendizados" e "ações" podem ser empreendidas para transmutar o problema em autoconhecimento e bem-estar.

    Observem bem que, enquanto na abordagem do primeiro profissional, o serviço possivelmente cessará junto com a dor. Já na Terapia Holística, o "braço" seria tão somente o ponto de partida para algo MUITO maior: a busca do Autoconhecimento, da maximização de seus potenciais, da incrementação da QUALIDADE DE VIDA...

    A DIFERENÇA de paradigmas faz com que um Médico (cuja proposta de trabalho costuma ter "começo-meio-e-fim" relativamente rápidos) precise de uma quantidade de Clientes diferentes muito maior do que o Terapeuta Holístico, uma vez que a busca por "si mesmo" e por bem-estar jamais tem prazo "final".

    Paradoxalmente, os bons resultados da terapêutica médica faz com que seus Clientes voltem cada vez menos, por mais satisfeitos que estejam... Na Terapia Holística, quanto MAIOR a satisfação do Cliente com os bons resultados, maior é o seu desejo em manter-se na proposta.

    Na Medicina, a abordagem limita-se aos opostos complementares "saúde-doença", objetivamente evidenciados e "comprovados" através de exames laboratoriais. Por sua vez, a Terapia Holística transcende para um conceito mais abrangente: a promoção da Qualidade de Vida, que é um conceito subjetivo, que só pode ser constatada pela interpretação pessoal do próprio Cliente. Um exemplo extremo: talvez pouco possa ser oferecido a mais pela medicina, perante um quadro clínico irreversível de doença diagnosticado pela própria; contudo, se o objetivo do trabalho for o Autoconhecimento e a Qualidade de Vida, muito há ainda por se fazer e oferecer, tais como um entendimento transcendente da situação, a paz consigo mesmo e com as demais pessoas...Como tais resultados são totalmente interpretativos, mesmo que "clinicamente moribundo", esta pessoa poderia sentir-se FELIZ por conquistar a si mesmo, ainda que morra. Para assimilar estes conceitos de forma lúdica, sugiro que assistam ao filme de Bruce Joel Rubin, "My Life" (Minha Vida), protagonizado por Michael Keaton e Nicole Kidman... Afinal, quem trabalha com a proposta de "milagres" são as religiões e é destas que se esperam este tipo de resultados. Já a Ampliação da Qualidade de Vida pode certamente ser oferecida e obtida pelos bons serviços do Terapeuta Holístico, pois independente dos limites do binômio "saúde-doença".

    Analisando "friamente", o campo de atuação para a Terapia Holística é MUITO maior do que o reservado para os Médicos. A proposta é TÃO mais abrangente o que o Terapeuta Holístico pode ir além do Cliente em si, estendendo a proposta de harmonização até mesmo aos ambientes, através do Feng Shui e da Radiônica...

    Em suma, a compreensão das NTSV - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias Para a Terapia Holística é essencial para adequar seus Procedimentos profissionais que se constituem em uma excelente ferramenta para a satisfazer e manter seus Clientes. Agora, para conseguir ENCANTAR a Clientela, cada profissional deverá descobrir e cultivar seus diferenciais PESSOAIS, ou a personalização de seu atendimento que o distingua ainda mais de seus colegas (o que não significa que seja "melhor", nem "pior", mas simplesmente "diferente" dos demais "concorrentes").

    Para refletir:

    1) Certamente o leitor observou a insistência neste livro quanto à importância estratégica em DIFERENCIAR a Terapia Holística das demais profissões, apresentando as grandes vantagens em assim Proceder. O mesmo raciocínio de busca daquilo que lhe é ESPECIAL e "exclusivo" se aplica ao seu consultório. Aperfeiçoar a duração do atendimento, sua pontualidade, a atualização profissional, podem fazer a diferença.

    2) A maior prova de que os Procedimentos e abordagens da Terapia Holística são muito bem aceitos e valorizados pela sociedade é justamente o fato de haver tantos grupos radicais de OUTRAS profissões, que além de procurar "imitar" a nossa, ainda, buscam "monopolizar" as técnicas para si... Assim sendo, que "lógica" pode haver na insistência de alguns colegas em ficar na "contra-mão" e continuar "imitando" as roupas, jargão técnico e Postura de áreas que não são a nossa ? Viva A DIFERENÇA !

    Contando "causos": no início da carreira como Terapeuta Holístico, fui convidado e convencido a firmar uma parceria com uma empresa de medicina preventiva, onde, mediante aparelhagem especial conectada ao Cliente e, via telefone, à central da empresa, médicos de plantão realizariam um "check-up" à distância. Supondo (erroneamente...) que este seria um bom diferencial, ofereci mais este benefício aos meus Clientes, sendo que NENHUM se interessou, o que me levou a desistir desta proposta. Após isso, uma Cliente comentou: "_ Ufa, ainda bem que você se livrou daquilo. De exames, já basta os que meus médicos pedem...".

    Contando MAIS "causos": uma colega, procurando seu DIFERENCIAL e, ao mesmo tempo, tirar melhor proveito dos horários e salas ociosas entre uma consulta e outra, considerando o confortável ambiente em que atendia, a cada término de consulta promovia um relaxamento ao Cliente, deixando-o à vontade para "esticar" além do tempo, usufruindo (mesmo que a sós...) um pouco mais do aconchego de uma das salas livres e assim manter por mais um tempo, a gostosa sensação de relaxar.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:39


    Pessoas

    Pessoas

    Pessoas (People)

    Esta obra já bem evidenciou a importância da boa impressão que deve originar do próprio Terapeuta Holístico. Interessante observar que o atendimento ao Cliente inclui o pré, o durante e o após as consultas, daí ser igualmente relevante a atuação dos demais parceiros de trabalho, tais como recepcionistas, secretárias, copeiras, manobristas... Muitas vezes subestimado, um bom atendimento telefônico e de recepção faz SIM a diferença para a conquista e manutenção da Clientela. Quantos pessoas simplesmente desistem de agendar uma consulta, pelo simples fato de não haver quem atenda PESSOALMENTE aos seus contatos ? Verdade seja dita: mesmo parecendo uma tentadora medida "econômica" trabalhar sem auxiliares, é fato que ninguém imagina um profissional prestador de serviços bem-sucedido sem ter, no mínimo, alguém que lhe secretarie e assessore. Por outro lado, uma recepção inapta pode igualmente causar perda de Clientes ao esquecer uma agendamento, errar ou "encavalar" várias pessoas num mesmo horário... Um bom pré e pós atendimento deve ser considerado um investimento igualmente necessário como os cursos e congressos que você participa. Aplique em sua equipe de apoio, da mesma forma que investe em você mesmo.

    Contando "causos": voltemos ao tempo e espaço de um de meus primeiros locais de atendimento, já citado em outro "causo" neste livro, onde cerca de uma dezena de profissionais diferentes compartilhavam um mesmo andar do prédio e, também, o mesmo (e único...) telefone e uma mesma (e única...) Recepcionista. Apesar de subvalorizada, a verdade era que dava conta de mais de uma dezena de agendas diferentes ! Com o excesso (que bom !) de Clientela que me procurava, seu trabalho tornou-se ainda mais árduo, atingindo o esgotamento total. Precisou chegar-se a este ponto para que, através de sua ausência, todos os profissionais se inteirassem sobre o quanto era importante para o bom andamento dos atendimentos e passassem e lhe dedicar o merecido respeito e reconhecimento. Aliás, se ela estiver lendo este livro agora, pode vir trabalhar comigo JÁ, pois uma Recepcionista EFICIENTE é um "investimento" que "auto-paga" em pouquíssimo tempo...

    Contando MAIS "causos": há muitos anos, compartilhava um consultório com uma excelente profissional, também Terapeuta Holística, o que implicava em um mesmo telefone para contato e em uma mesma Recepcionista, uma menina muito "boazinha", mas o que tinha de bondade, tinha ainda mais de atrapalhada. Resultado: agendamentos esquecidos, horários encavalados, Clientes zangados... Nem sempre é possível um "final feliz" para todos; a demissão foi inevitável e por mais que isso entristeza, verdade seja dita: assim que foi substituída por uma profissional competente, constatamos a satisfação de todos. Poucos instrumentais de Marketing são tão eficazes quanto CLIENTES BEM-ATENDIDOS...

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:39


    Concluindo

    Concluindo

    _ Terapia Holística, este aqui é o Marketing ! Marketing, esta aqui é a Terapia Holística ! _ Já ouvi falar de você, muito prazer ! _ Também ouvi muito falar de você, o prazer é todo meu !

    E assim deu-se início a uma bela amizade...

    Muitas vezes incompreendidas, igualmente vítimas de preconceitos, ambas as atividades, agora que começaram a se conhecer melhor, constatam que tem muito em comum, em especial, por objetivarem a SATISFAÇÃO e o ENCANTAR aos Clientes, graças à excelência dos serviços prestados. São duas ARTES (muito mais que Ciências...) apaixonantes, que somadas potencializam uma à outra.

    Assim como é impossível abranger toda a Terapia Holística através da literatura, o mesmo sucede com o Marketing: nem se este livro fosse infinito, esgotaria-se o assunto. Vencendo a tentação de estender o tema em demasia, optamos pela síntese e em transmitir o "fio-de-meada", para que cada um de nós perceba que não se trata tão somente de adotar esta ou aquela ação imediatista, mas que o "segredo" do Marketing está em aprender a enxergar e empreender nosso trabalho sob o ponto de vista do CLIENTE.

    Ao compreendermos que as verdadeiras Estratégias Essenciais para Conquistar, Manter e Encantar sua Clientela devem ser INTRÍNSECAS a cada momento e espaço em que interagirmos, enfim, fazer-se presentes e atuantes simultaneamente no mais ínfimo detalhe e igualmente no TODO de nosso trabalho e de nosso SER, teremos assimilado a Essência do Marketing e constataremos, com satisfação, que permanecemos fiéis ao nosso já bem conhecido Paradigma HOLÍSTICO...

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:40


    Bibliografia

    Bibliografia

    Marketing de Serviços ProfissionaisAutoria: Philip Kotler, Thomas Hayes, Paul N. Bloom
    Editora Manole Ltda , 2a edição brasileira, 2002

    Administração de Marketing
    A Edição do Novo Milênio

    Autoria: Philip Kotler
    Prentice Hall, 2001

    Tutorial Terapia Holística
    Autoria: Henrique Vieira Filho
    SINTEBOOKS, 2002

    Religiosidade dos Terapeutas Alternativos: Um Sincretismo GraciosoAutoria: Paulo Henrique Martins
    Estudo apresentado na sessão "La dynamique des religions au Brésil", na "Semaine Brésil 2000"
    Disponibilizado em www.antropologia.com.br

    A Diferença Entre Propaganda E Publicidade
    Autoria: João Ademir dos Santos
    Artigo
    Disponibilizado em www.melhordasgemeas.com.br

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 27/06/2007 13:40


    Terapia Holística: Uma Profissão Em Plena Evolução O Perfil do Setor Por Meio da Análise Comparativa Entre Duas Pesquisas Nacionais

    Terapia Holística: Uma Profissão Em Plena Evolução

    O Perfil do Setor Por Meio da Análise Comparativa Entre Duas Pesquisas Nacionais

    Resumo:

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS, entidade máxima a representar a profissional em todo o Brasil, de fato e de direito, com o objetivo de identificar e atender às necessidades de seus filiados, em 2004 realizou a primeira grande pesquisa específica para nosso setor, iniciativa esta reapresentada ao final de 2008.

    Sem pretensões de precisão científica, esta publicação divulga as estatísticas comparadas entre ambas as pesquisas, incluindo comentários e ilustrações, possibilitando uma maior e real compreensão da nossa profissão no Brasil, identificando erros e acertos pontuais, bem como o caminho a seguir para que a atividade que abraçamos ocupe o seu digno e merecido espaço na sociedade, com a consequente e justa remuneração aos que a exercem.

    Introdução:

    Em nossa área de atuação, o "sexto-sentido", a intuição, são justamente valorizados, no que se refere ao atendimento de nossos Clientes. Contudo, quando se trata de gerir o futuro da profissão como um todo, o SINTE tem por dever valer-se igualmente de meios mais ortodoxos para melhor definir as decisões.

    Quanto maior quantidade e qualidade de informações obtermos, tanto melhor serão as estratégias adotadas a maximizar a profissão, bem como mais eficientes serão as orientações transmitidas aos nossos filiados, os quais, municiados por fonte CONFIÁVEL (ou seja, o SINTE...), ampliarão cada vez mais o proveito em seus consultórios.

    Manter um site na internet valoriza meu trabalho ? Alugar uma sala ou atender em casa ? Colocar um anúncio vale a pena ? Afinal, qual é o meu público alvo ? Devo manter meu formato atual de trabalho ou devo mudar algo ? Será que minha remuneração está na média do mercado ? Meu consultório está sub-aproveitado ? Sou só eu os outros colegas também estão na mesma situação ?

    Estas e uma infinidade de outras perguntas, cujas respostas até então baseavam-se nas opiniões pessoais, tem agora a oportunidade de serem elucidadas pela imparcial matemática: graças aos milhares de participantes somados em ambas as pesquisas, resultaram dados estatísticos capazes de espelhar com relativa precisão, como de fato está o perfil profissional e o mercado potencial em nossa setor.

    Metodologia:


    Os dados foram obtidos em especial por meio de Questinários disponibilizados aos filiados ao SINTE no ano de 2004 e, novamente, no final de 2008, com uma média aproximada de 2000 participantes na primeira edição (correio e internet) e 500 na segunda (via internet).

    Os tópicos inclusos nas pesquisas focaram dimensionar o mercado (médias de atendimentos, de valores por consulta, poder aquisitivo), definir o perfil, tanto dos profissionais, quanto de seus Clientes, quantitativa e qualitativamente (faixa etária, grau de instrução, gênero, média de rendimentos, horários preferenciais, locais de atendimento, atividades paralelas, etc), detectar possíveis novas tendências e, em segundo plano, informações quanto aos meios de comunicação e equipamentos ao alcance dos associados ao SINTE, para melhor decidir quanto às mídias e premiações educativas a serem desenvolvidas pelo SINTE.

    As respostas foram sintetizadas em planilhas de percentuais, contendo colunas comparativas entre os dados obtidos em 2004 e 2008, incluindo a variação estatística ítem a ítem, seguida de extrapolações textuais quanto à interpretação concreta das informações obtidas, bem como às possíveis consequências, conclusões e decisões práticas a serem empreendidas, coletivamente e individualmente.

    Para melhor orientar a interpretação dos dados obtidos, foram igualmente consideradas pesquisas documentais e bibliográficas (correspondências, publicações, mídias e demais formas de contatos oriundas de nossos associados), o levantamento de opiniões através de reuniões com os demais colaboradores da organização e a observação direta pelo autor, com mais de 25 anos de atuação neste segmento.

    Resultados:

    Gráfico com a transposição em porcentagens relativas às respostas obtidas nos dois questionários, de 2004 e 2008, seguidos de coluna da diferença comparada.


    Discussão:

    Para melhor visualização das tendências estatísticas, os gráficos a seguir ignoram as oções nulas e/ou em branco. Na sequência, tópico a tópico será abordado, incluindo a interpretação dos dados.

    Equipamentos:




    Os dados evidenciam que a categoria percebeu a importância de atualizar os equipamentos, facilitando desta forma, as comunicações, estudos e lazer.

    Em 2004, os profissionais mostravam-se em grande defasagem, tendo como destaque apenas o vídeo-cassete, justamente este que trabalha com uma mídia em extinção. Era uma quadro preocupante, pois privava o acesso aos materiais de estudo mais completos e atualizados, todos voltados para exibição em DVDs e computadores.

    As fitas de vídeo cassete, por serem volumosas, pesadas e de baixa capacidade de armazenamento inviabilizavam financeiramente sua utilização para gravações de cursos, palestras, congressos e similares.

    Felizmente, a pesquisa de 2008 mostra um quadro totalmente renovado, onde o vídeo-cassete está em último plano, o COMPUTADOR em primeiro lugar, seguido de perto pelo DVD.

    Essas informações, aliadas aos recursos de acesso à internet, possibilitam ao profissional poder ampliar seus conhecimentos e atualizações via mídias economicamente acessíveis, tais como CDs, DVDs, tais como os que são desenvolvidos pelo SINTE em seus projetos de educação continuada, além de acompanhamento de aulas, artigos, pareceres, orientações, sejam por via escrita, ou áudio-visuais e mais uma infinidade de possibilidades que a rede mundial proporciona.

    A tendência em investir em novos recursos de comunicação e acesso projetam um futuro profissional no qual a categoria mantém-se em atualização contínua, ampliando assim as oportunidade de ser bem-sucedidos.

    Acesso à Internet:


    Em 2004, a internet era praticamente desconhecida dentro da profissão. Subestimada como mera fonte de entretenimento, a maioria não a utilizava e, dentre os que a aproveitavam, em grande parte era via conexões discadas, o que tornavam lento e custoso o procedimento.

    Quatro anos após, o quadro mudou radicalmente, com quase a totalidade possuindo acesso e ainda via conexões rápidas.

    Do ponto de vista prático, abre-se um leque sem precedentes de agilidade nas comunicações. Sem custos financeiros extras, além de coerentemente mais ecológica a troca de informações via internet evita gastos com papel (menos árvores sacrificadas), impressão (tintas poluenetes...), transportes (emissões de carbono no ambiente...), além da agilidade quase instantânea às informações.

    Desta forma, a principal e confiável fonte de informações, que é o SINTE, fica a apenas "um clique" de qualquer consultório, seja pesquisando em www.sinte.com.br , seja trocando e-mails via contato@sinte.com.br . Isso se soma ao aproveitamento de tempo livre entre os atendimentos para aprofundar e atualizar estudos, acessando os diversos Projetos de Educação Continuada do SINTE, tais como a CEA - Comunidade de Estudos Avançados, o Projeto Holopédia (www.holopedia.com.br), Projeto Espiral do Livro (www.espiraldolivro.com.br), Projeto Livroteca (www.livroteca.com.br), dentre outros.

    Paralelamente a tais benefícios, uma poderosa fonte de divulgação tornou-se finalmente viável. Ao invés de desvalorizar-se profissionalmente com sites e e-mails de marcas gratuitas, os filiados ao SINTE podem usufruir dentre mais de uma dezena de "sobrenomes " exclusivos e específicos para NOSSA área, tais como www.seunome.terapeutasholisticos.com.br e seunome@terapeutasholisticos.com.br; www.seunome.psicoterapeutas.com.br e seunome@psicoterapeutas.com.br; www.seunome.terapeutafloral.com.br e seunome@terapeutafloral.com.br; etc). 
    Uma vez com "endereços fixos" na internet, com site e e-mail personalizados, de imediato os serviços do profissional tornam-se localizáveis para milhões de Clientes potenciais de bom nível educacional e de poder aquisitivo, ampliando em muito o leque de oportunidades, compensando, inclusive, um fenômeno identificado em nosso setor, que é a contínua mudança de endereços fixos e de telefones para contatos.

    Valor Por Consulta:





     Os valores no gráfico estão em R$ (reais). Para extrapolarmos uma estimativa para a média geral, primeiramente arbitramos valores para cada faixa, respectivamente, R$ 37,50 (de R$ 25,00 a R$ 50,00), R$ 75,00 (de R$ 50,00 a R$ 100,00) e R$ 101,00 (os dois primeiros, são medianos e, para acima de R$ 100,00, por não haver "teto", optamos por um mínimo excedente). Multiplicamos cada faixa por sua respectiva porcentagem e dividimos por 100 a somatória.

    Assim sendo, para 2004, a média era de R$ 26,50 por atendimento, sendo que em 2008, pelos mesmos critérios, evoluiu para R$ 54,00. Isso implica em um crescimento de 103,8%, perante uma inflação acumulada de 27,2% (IPCA) no mesmo período.

    Ou seja, um grande aumento real no valor praticado nos atendimentos com Terapia Holística, o qual, porém, não implicou em igual proporção no aumento da renda mensal, devido a uma diminuição relativa da quantidade de atendimentos semanais. Ainda assim, como veremos na sequência, a remuneração em nossa profissão cresceu em mais que o dobro da infração nestes 4 anos abrangidos por este estudo.

    Atendimentos Semanais:

    De modo similar aos critérios descritos no quadro anterior e projetando de semanal para mensal, obtivemos para 2004 a média de 48 atendimentos ao mês, sendo que para 2008, este valor ficou em 39.

    Atentem que a relativa redução quantitativa do número de atendimentos foi amplamente compensada pela grande elevação do valor médio praticado por cada consulta.

    Em suma: nossos filiados estão atendendo menos e ganhando mais ! Esta é uma situação fora do comum, ao compararmos com o que ocorre nas demais profissões, já que a grande maioria nem sequer conseguiu acompanhar a inflação do período.

    Multiplicando a média de atendimentos pelo valor mediano para cada consulta, chegaremos a um redimento mensal de R$ 1.272,00 em 2004, que evoluiu para R$ 2.106,00 /mês em 2008. Um aumento de 65,6%, confrontando com 27,2% de inflação somada no mesmo período.

    A diminuição da QUANTIDADE de atendimentos, agregada a um aumento de rendimentos, implica em ganho de QUALIDADE tanto para o profissional em si, quanto para os Clientes.

    Melhor remunerado, com mais tempo livre, com melhores recursos à sua disposição (como observamos no tópico "Equipamentos" e "Acesso à Internet", o profissional tem a oportunidade de dedicar-se ao seu aperfeiçoamento e, com isso, maximizar seus resultados e, consequentemente, satisfazer a Clientela, mantendo-a e, até mesmo, ampliando.

    Locais de Atendimentos:

    Este é um dos tópicos que as pesquisas evidenciaram uma possível queda na qualidade, de 2004 para 2008.

    O custo dos imóveis, seja para aquisição, seja para alugar, é fato que supera a inflação acumulada. Os aluguéis subiram em média 35%, praticamente o mesmo aumento para a compra de imóveis (além das dificuldades em se obter financiamentos...), somados a reajustes nas taxas, impostos  e despesas que recaem sobre os mesmos (IPTU, taxa de lixo, contas de luz, água, condomínio e similares...). Nas grandes cidades, há o agravante do trânsito, que consome tempo, além de somar estresses e despesas de combustível.

    Todo esse panorama torna tentador a retomada de um antigo  hábito amador em nosso setor: montar consultório na própria residência... Se à primeira vista parece uma boa alternativa, a longo prazo se mostra inadequado. Junto aos Clientes, causa a impressão de que não estão perante um profissional bem-sucedido, pois, via de regra, só atende na própria casa, quem não tem recursos para um consultório... E, perante a hipótese de não ser bem-sucedido financeiramente, de pronto se questiona se é tecnicamente eficiente ou não... E, gerando este tipo de dúvidas, os Clientes potenciais acabam por escolher outros profissionais que ostentem sinais exteriores de sucesso... Ainda que injusto, é  regra que a primeira impressão é a que fica.... E isso em todas as profissões. 

    Paralelamente, soma-se à dificuldade em separar tempo e espaço quanto ao que é consultório, ao que é residência, misturando rotinas familiares com as profissionais, dificultando a necessária concentração e paz de espírito que os atendimentos de consultório exigem.

    Esse quadro negativo pode ser esboçado se considerarmos, ISOLADAMENTE, o aumento de profissionais que passaram a atender nas próprias residências. Por outro lado, se ampliarmos o espectro para todos os ítens, veremos que a ligeira queda percentual de quem tem consultório próprio pode ter migrado para salas alugadas, ítem que teve  aumento equivalente. Já um fato sem dúvida alguma positivo foi o descréscimo de quem atende em domicílio, opção que a prática comprovou ser altamente pejorativa. Diferentemente do fenômeno "home care" de outras profissões, onde o atendimento domiciliar se dá a "peso de ouro", justificado pelo deslocamento de verdadeiros consultórios sobre rodas, ricamente equipados (odontologia a domicílio, fisioterapia em casa, etc...), já em nossa profissão, via de regra, quem atende na casa do Cliente é porque não tem um local adequado. Ou seja, apresenta sinais exteriores de estar mal-sucedido, o que reflete diretamente no valor que consegue agregar por atendimento, que costumam estar bem abaixo da média do mercado.

    Chama a atenção a margem que optaram por "nulo ou em branco" neste quesito, ou seja, em tese, pessoas que não se enquadram em nenhuma das alternativas. Hipoteticamente, podemos supor que ou não atendem ninguém (são teóricos apaixonados pela profissão...), ou, o que seria bem mais preocupante, atenderm em locais totalmente inadequados, tais como páteos de shoppings-centers, barracas em estacionamentos e similares, situação de ética questionável e de eficácia técnica inferior, se comparado a um consultório, propriamente dito. Ao aceitarem trabalhar em ambientes sem condições mínimas de privacidade e recursos, agravado pela minimização do tempo dedicado a cada atendimento, culmina em valores irrisórios sendo cobrados, que só poderiam ser monetariamente compensadores mediante grande QUANTIDADE de Clientes, mas que continua injustificável do ponto de vista QUALITATIVO, além de desvalorizar a profissão com um todo... Felizmente, até sob esta hipótese ruím, as estatísticas favorecem, já que diminuiu de 5,9% para 2,4% os que assinalaram como "branco/nulo", de 2004 para 2008.

    Horários de Atendimentos:

    Este gráfico mostra uma significativa alteração nos horários preferenciais. Em 2004, a maioria era atendida durante o chamado "horário comercial", o que implica que os Clientes, ou exerciam atividades remuneradas com grande flexibilidade de horários, ou não estavam empregados e/ou trabalhavam nos afazeres de casa. 

    Já em 2008, ainda que a maioria ainda se mantenha das 14 às 17hs, houve uma grande migração para os períodos já fora do horário convencional de trabalho. De onde se pode deduzir que a Clientela está exercendo mais agora do que antes, atividades que demandam compromisso de horário comercial, provavelmente, empregos convencionais, o que, se por um lado lhes limitam a disponibilidade de tempo, por outro, lhe possibilitam maior renda, e, por consequência, maior poder de arcar com os valores atuais de atendimento, bem mais elevados que os praticados há 4 anos. Esta hipótese é a mais provável, a considerar o aumento do rendimento da Clientela, conforme constatado igualmente por esta pesquisa.

    Outrossim, não é de se descatar esta outra possível interpretação: a somatória ao trabalho de consultório, de empregos convencionais acumulados pelo próprio profissional, já que este estudo igualmente detectou um aumento percentual dentre os colegas que possuem mais de uma atividade econômica, acrescida à de consultório. Se isto ocorrer, consequentemente, restará para atendimento, justamente os horários anteriores e posteriores ao período em que o Terapeuta Holístico dedica à sua outra profissão.


    Fontes de Rendimentos:

    Esta é uma pauta digna de estudos em separado. Historicamente, sempre houve  uma relutância em assumir a Terapia Holística como profissão em especial, para os mais antigos no ramo. Muitas vezes assumida até como missão de vida, não raro sem cobrar pelos atendimentos, só nas últimas duas décadas é que as técnicas passaram a ser encaradas como uma opção de sustento financeiro e os consultórios se profissionalizaram. Em 2004, as pesquisas mostraram uma grata surpresa, com o fato da maioria dos entrevistados ter a Terapia Holística como fonte única de rendimentos.

    Já para 2008, um paradoxo: apesar dos rendimentos terem aumentado susbtancialmente, a maioria voltou a ter uma segunda profissão, somada à de consultório. Paralelamente ao aumento da receita de consultório, houve redução do número de pessoas atendidas, o que implica em maior disponibilidade de tempo, que pode ser ocupado com outras atividades profissionais. 

    O clima de incerteza e de crises internacionais também podem ter contribuído para gerar insegurança, induzindo aos entrevistados a que se garantirem com mais opções de renda e, desta forma, manter o padrão de vida.

    Outrossim, considerando o crescimento de rendimentos com os consultórios, se a esse fato somou-se ganhos financeiros com uma segunda profissão, implica que a categoria encontra-se com maior disponibilidade de investimentos, a serem aplicados em recursos de médio e longo prazo, como cursos, previdência privada e similares.


    Recursos de consultório:

    O aumento de rendimentos, aparentemente, não resultou necessariamente num incremento dos recursos para o consultório.

    Por um lado, o investimento em informática foi o mais evidente, já boa parte passou a contar com computador em seus atendimentos. Já nos recursos humanos, foi o setor mais afetado negativamente, com a grande maioria dispensando os funcionários.

    A diminuição da QUANTIDADE de atendimentos, ainda que perante um aumento de rendimentos, possivelmente tornou atraente a idéia de dispensar recepcionistas e, na ausência de quem atenda aos agendamentos, o telefone fixo migrou para o celular, passando ao próprio profissional secretariar seus atendimentos.

    Do ponto de vista do "marketing", é uma estratégia arriscada, já que transmite uma imagem de desorganização e pouco sucesso e esta primeira impressão certamente afasta novos Clientes potenciais, além de correr o risco de perder até os já conquistados, caso os agendamentos se tornem um processo moroso. A aqusência de consultório e telefones FIXOS cria insegurança para os Clientes, como se o profissional ainda fosse um iniciante, já que não está "estabelecido", só podendo ser contatado diretamente e por celulares, como alguém que não possa ser LOCALIZADO. 


    Perfil dos Clientes:


    A tendência do gênero feminino predominar entre a Clientela consolidou-se se ainda mais de 2004 a 2008, podendo quase generalizar que 80% das pessoas atendidas são mulheres.

    É de consenso entre os profissionais, que o sexo feminino é mais aberto às propostas de autoconhecimento, bem como às linhas que buscam a manutenção e ampliação da QUALIDADE DE VIDA.

    Até o momento, o público masculino, que via de regra só procura atendimento em situações emergenciais, parece não ter sido ainda conquistado pela Terapia Holística,. É um desafio em aberto, a conquista desta significativa parcela da sociedade, que ainda não se mostrou tocada pelas atuais formas de divulgação dos benefícios das técnicas de abordagem holística.

    A Faixa Etária da Clientela praticamente se manteve, nestes últimos 4 anos, com predomínio absoluto de adultos, de 36 a 50 anos, ou seja, um público que. em tese, já tem satisfeitas suas necessidades imediatas, podendo agora dedicar-se ao bem estar, ao transcendente, à busca de maior qualidade de vida, que é a o principal foco da nossa profissão.

    Este perfil de Cliente padrão se consolida ainda mais, ao observarmos que a escolaridade migrou de 2o grau, para nível superior e que a faixa de rendimento  predominante DOBROU de valor de 2004 para 2008.

    Existe uma tendência à elitização da Clientela e, por consequência, o mesmo para os profissionais, já que lidamos com um público esclarecido e, como tal, de elevado grau de exigência geral.

    Nossos Clientes estão atentos, consciente ou inconscientemente, a todo e qualquer detalhe de nosso consultório e também, paralelamente a este. Mesmo diante de bons resultados, o impacto negativo de, por exemplo, perceber que o profissional nem sequer usa recipientes especiais para descarte das agulhas de Acupuntura (consulte as NTSV - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística e Anexos, disponíveis em www.sinte.com.br e na obra Tutorial Terapia Holística), pode levar o Cliente a procurar atendimento em outro local.

    Um sanitário, ou uma recepção que não esteja impecável pode induzir a acreditar que em igual estado possa estar sua sala de atendimento... Um funcionário seu questionando a inadequação de salário na sala de espera pode levar a Clientela a duvidar de sua idoneidade... A ausência de registro nos órgãos de classe levantam dúvidas quanto à capacitação profissional... Que tipo de impacto causa em um Cliente defrontar-se com seu Terapeuta Holístico, um profissional da Qualidade de Vida, fumando, bebendo, alimentando-se inadequadamente ? Ou esse mesmo tipo de situação, protagonizada por seus colaboradores de consultório ? É importante observarmos que a boa ou má impressão que causamos é primordial para a decisão dos Clientes potenciais quanto à escolha do profissional e que a composição desta imagem extrapola os limites do atendimento em si, ampliando-se para todo o ambiente de trabalho e para além deste.

    A Clientela se disponibiliza a investir financeiramente na Terapia Holística se o ganho em QUALIDADE DE VIDA se evidenciar, pois sentem que estão aplicando em bem-estar, autoconhecimento, maximização de seus potenciais como seres humanos.

    De certa forma, este perfil de Clientela da Terapia Holística já poderia ser antevisto graças à teoria da Hierarquia das Necessidades, do psicoterapeuta Abraham Maslow, que é considerado um dos expoentes da corrente humanista e um dos pioneiros da corrente seguinte, a transpessoal .

    A "pirâmide de Maslow" é um gráfico didático que objetiva hierarquizar as necessidades humanas.

    Ao pé da pirâmide estão as necessidades básicas, de sobrevivência, instintivas (necessidades fisiológicas) e no topo, as mais complexas (auto-realização).


    1. Necessidades básicas: constituem o nível mais "baixo", no sentido de SOBREVIVÊNCIA e preservação da espécie: alimentação, repouso, abrigo, sexo, etc. Se alguma dessas necessidades não está satisfeita, ela determina fortemente a estrutura comportamental do homem.
    Necessidades de segurança: uma vez sastisfeitas as necessidades básicas, o indivíduo passa a ocupar-se com a estabilidade (trabalho, saúde, moradia..) e proteção contra ameaças ou privações.

    2. Necessidades afetivas-sociais: assim que as necessidades básicas e de segurança encontram-se saciadas, assumem maior importância a socialização, amizades, sentimentos de grupo, família, relacionamentos...

    3. Necessidades de auto-estima: auto-apreciação, autoconfiança, aprovação social, status, prestígio, autoconfiança, independência, autonomia e similares passam cada vez maior importância, assim que o indivíduo satisfez as necessidades classificadas anteriormente.

    4. Necessidades de auto-realização: neste nível, o indivíduo já se dedica a desenvolver, ampliar e concretizar todo o seu potencial, autodesenvolvendo-se continuamente.

    A teoria da hierarquia das necessidades parte de algumas premissas... Só quando um nível "inferior" está razoavelmente satisfeito é que o nível seguinte de necessidades assume importância maior. Porém, se uma necessidade de nível mais baixo voltar a ficar insatisfeira, ela volta a ser predominante, até a questão ser resolvida.

    A "pirâmide de Maslow" é aplicada em muitos setores profissionais além da psicoterapia, tais como educação, administração, marketing...

    Notem que a Terapia Holística tem foco predominante nas necessidades mais complexas, as do topo dessa "pirâmide". Daí resulta um certo elitismo da Clientela que atendemos, justamente aquela faixa da população que já teve suas necessidades básicas atendidas...
    Conclusões:

    Todas as decisões, inclusive as relacionadas com a carreira, convivem com um certo nível de incerteza, que podem ser minimizadas mediante o acesso aos máximo de informações confiáveis. Um dos objetivos de toda pesquisa mercadológica é tornar-se um instrumento facilitador para tomada de decisões, contribuindo para diminuir a incerteza e/ou influenciar a escolha de um curso de ação, auxiliando a identificar problemas e oportunidades.

    A análise comparativa das pesquisas de 2004 e 2008 comprovou a maior profissionalização de nosso setor, do ponto de vista econômico: aumentou o valor recebido pelas consultas e, ainda que diminuida a carga horária, o resultado final foi um crescimento de 65,6% nos rendimentos da profissão, confrontando com 27,2% de inflação somada no mesmo período.

    Os consultórios receberam investimentos em informática (aumento de 237% dos que possuem internet banda-larga e 584% dos que possuem computador em seus consultório), porém, detecta-se um movimento contrário, de economia em bens intangíveis, tais como em recursos humanos e quanto à adequação dos locais de atendimento (diminuição significativa do número de recepcionistas, somada ao aumento de profissionais atendendo em suas próprias residências). Paradoxalmente ao aumento de rendimentos com os consultórios, mas coerentes com a diminuição da carga horária, de 4 anos para cá, aumentou significativamente a quantidade de profissionais que possuem uma segunda profissão paralela.

    O quadro geral implica em grande aumento de poder econômico dos Terapeutas Holísticos (somam os ganhos reais obtidos nos consultórios com a renda paralela da segunda profissão), que resultou em investimentos em fontes de acesso à informação e de estudos, em especial, computadores com acesso rápido à internet, possibilitando manter-se à par rapidamente das informações de fontes fidedignas como o SINTE, bem como ao aperfeiçoamento continuado por meio dos cursos, matérias e estudos disponibilizados pelo sindicato.

    A ascensão a este novo patamar social igualmente facilitou a conexão com o público alvo preferencial, que é justamente a camada da sociedade que já teve suas necessidades primárias satisfeitas, em boa parte graças ao seu poder aquisitivo elevado, estando prontos a se dedicar à satisfação de anseios mais subjetivos, como a maior qualidade de vida, autoconhecimento e transcendência, justamente os focos profundos da Terapia Holística, principal fator diferencial de nossa atividade.Para conquistar, manter e encantar o público alvo deste perfil de elevado grau de exigência, os profissionais acertam ao investir em seu aperfeiçoamento continuado, cabendo, contudo, rever suas estratégias de investimento em seus consultórios, em especial à adequação de local e de recursos humanos, pois correm o risco de causarem uma primeira impressão ruím aos novos Clientes potenciais e de desgatar a relação com os que já atendem, caso decaia a qualidade dos fatores EXTRA terapia em si, tais como dificuldade de acesso ao local, ausência de recepção eficiente e humana e similares.

    É fato que existe um verdadeiro abismo diferencial entre os verdadeiros profissionais que são exatamente aqueles que se filiam ao SINTE e participantes diretos deste estudo, daqueles que são amadores, que de tão inseguros que são quanto à profissionalização, nem sequer tentaram obter suas CRT - Carteiras de Terapeutas Holísticos Credenciados. Perante o elevado grau de exigência dos Clientes potenciais, a própria lei de mercado se encarrega de retirar da profissão os elementos despreparados, o que implica em ainda maior visibilidade e credibilidade à elite que são os associados ao Sindicato dos Terapeutas. O próprio sindicato vem detectando uma grande diminuição da QUANTIDADE de pessoas atuando na profissão, paralelamente ao aumento QUALITATIVO do nível técnico e social dos que permanecem. Para os não filiados, a estimativa é a sua gradativa eliminação pelo mercado de Clientes potenciais, cada vez mais exigentes em sua busca por bons atendimentos.

    Possuir a CRT, estando assim compromissados com as normas éticas e qualitativas da organização, por si só, continua um excelente diferencial favorável a produzir este aumento de 65,6% nos rendimentos de consultório.

    Se a isto somar-se à participação junto aos projetos de educação continuada do SINTE, que além de aperfeiçoamento e adequação técnicas e à legislação brasileira, incluem igualmente estratégias de marketing para consultórios, projeta-se um crescimento qualitativo técnico e de rendimentos ainda maior aos profissionais possuidores de CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado. 

    Em suma, as estatísticas de fato vem confirmando o slogan de que A Terapia Holística É A Profissão do Século 21.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 06/02/2009 16:25


    A Abordagem Holística Através da Estética

    A Abordagem Holística Através da Estética

     

    Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    Sumário

    Resumo
    Introdução
    Material e Metodologia
    Resultados
    Discussão
    Conclusões
    Referências Bibliográficas
    Anexos e Apêndices

    Resumo

    A maximização de resultados em atendimentos de Estética por meio da abordagem Holística, incluindo aos equipamentos e produtos esteticistas o trabalho paralelo e simultâneo com aconselhamento psicoterápico, terapia floral, cromoterapia, sugestões alimentares e posturais, além de técnicas respiratórias e de conscientização sobre si mesmo.

    Introdução

    A indústria da Estética e Beleza, por meio de campanhas de marketing que incluem assessoria de imprensa e participação ativa em congressos, promovem a idéia de que os bons resultados advém de equipamentos eletrônicos e produtos cosméticos cada vez mais custosos e sofisticados. Contrariando esta hipótese, minha experiência pessoal conduziu meu trabalho de forma a valorizar mais ao PROFISSIONAL, devolvendo aparelhos e cosméticos ao papel de coadjuvantes.  Enfatizando a conversação, ao mesmo tempo em que suprindo a Clientela com orientaçãos posturais, formas de respiração, consciência corporal e chegando até a sugestões alimentares, o que se obtém é a excelência de resultados, indo além dos que se conseguiria se simplesmente seguisse os procedimentos estéticos propostos pelas empresas, escolas e congressos voltados à Estética convencional.

    Material e Metodologia

    A idade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o profissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do Cliente.

    O profissional deve explicar seu modo de trabalhar em detalhes e certificar-se de que seu Cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso.

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o profissional, que também deve inquerir quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Estética aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao profissional aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo, conduzindo este ao autoconhecimento.

    Os produtos para estética devem ser adquiridos em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto, sendo vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não). Outra opção é o Cliente adquirir diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo. O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o profissional deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    Caso trabalhe com agulhas de Terapia em Estética, devem ser DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, sendo descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante. Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.O  armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final, por coleta especializada oficial ou eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    O Terapeuta Em Estética promove a avaliação das queixas estéticas do Cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    Resultados

    A forma convencional de trabalho Esteticista, limitada a aplicações de aparelhagens e produtos, obtém os resultados estéticos propostos em menos de 50% dos casos, além de baixo índice de fidelização da Clientela, já que não há conscientização dos benefícios de um trabalho continuado. Já a abordagem holística aplicada à Estética atinge as metas de beleza em mais de 90% dos casos, além de elevado índice de fidelização e de expectativa de continuidade e retorno, já que a Clientela se conscientiza de que o a proposta de trabalho pode e deve extrapolar as queixas iniciais, antes focadas na aparência exterior.

    Discussão

    É inegável a importância de bons produtos e equipamentos no trabalho de todo Esteticista. O que convém questionar é a supervalorização destes ítens acessórios, em detrimento do profissional em si. A predominância de revistas e congressos especializados em beleza que são patrocinados e organizados justamente pelos fabricantes de cosméticos e aparelhagens resulta em apresentações de trabalhos que tendem mais à propaganda destes ítens, do que a valorizar a capacitação técnica do profissional da Estética. Daí ser muito importante iniciativas como a do SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS que desenvolve Congressos como o Holística, onde todo profissional tem condições de apresentar proposituras de palestras sem preocupar-se com intervenções de patrocinadores ou expositores. A imparcialidade do SINTE também é construtiva a que o Terapeuta Em Estética tenha seu merecido reconhecimento junto aos demais colegas que também compõem o rol da Terapia Holística. Verdade seja dita: alguns colegas, ainda desinformados, são preconceituosos em supor que focar na beleza como "portal de entrada" à terapia profunda possa ser uma postura "superficial"... Porém, existe uma outra perspectiva a ser considerada. A mídia em geral pressiona por padrões estéticos cada vez mais pré-definidos e globalizados e, para o bem ou para o mal, cria uma grande demanda por profissionais que atuem dentro do enfoque da beleza. Não raro, esta Clientela potencial nem sequer procuraria um consultório SE não fossem as questões estéticas; uma vez tomando contato com o amplo leque de abordagens e técnicas da Terapia Holística e, desde que, é claro, suas aspirações estéticas iniciais tenham sido atendidas, é grande a oportunidade de que se abra à possibilidade de dispor-se a ampliar a terapia para os demais aspectos de sua vida.

    A Terapia Holística parte da premissa que tudo está interligado em um só contínuo, razão pela qual, o Cliente sempre deve ser considerado em sua totalidade. Porém, comumente cada técnica de nossa profissão privilegia uma "porta de entrada". Por exemplo, mesmo sendo inseparáveis (na verdade, uma só unidade...), a Terapia Corporal utiliza o físico para igualmente ingerir no psíquico, enquanto a Psicoterapia atua no psiquismo e, paralelamente, obter resultados corporais. Cada técnica elege uma via de acesso específica para trabalhar, cabendo ao profissional escolher aquela com a qual o Cliente está mais receptivo. Existe uma grande parcela da sociedade justamente receptiva a ser abordada pela "porta" da Estética, razão pela qual é importante que os profissionais igualmente se disponham a conhecer e atuar com mais esta linha técnica.

    Conclusões

    Minha experiência profissional me leva a concluir que a beleza duradoura e verdadeira surge "de dentro para fora", como consequência natural da harmonização. Paralelamente, propiciar resultados estéticos exteriores igualmente induz a um incremento na auto-estima, predispondo a Clientela ao bem-estar e a investir de forma mais intensa em sua Qualidade de Vida.

    Em nossa profissão, o Cliente tem que ser considerado em sua totalidade e desta, a BELEZA é parte integrante, tornando a Estética mais um caminho igualmente válido e eficaz para a abordagem Holística em nossos consultórios.

    Referências Bibliográficas

    Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    Anexos e Apêndices

     

    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Estética conta com grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização, bem como a qual legislação se aplica. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    4.2 Objetivo
    Definir boas práticas, adequação de terminologia e de materiais

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TO 001 — Terapia Ortomolecular — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.5 TERAPEUTA EM ESTÉTICA — promove a avaliação das queixas estéticas do cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, massoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TE — Terapia Estética
    THE — Terapeuta em Estética
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Estética aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TE

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TE com dNTSV — estetica.sdwetalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o TH detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    5.3.3.3 — O TH deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    5.3.3.3.1 — O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do cliente para com o TH;
    5.3.3.3.2 — O cliente deve ser inquerido pelo TH quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    5.3.3.4 A TE aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao TH aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.4 Produtos para Estética, Ortomoleculares e assemelhados — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.4.3 Agulhas de TE — adequação

    5.3.4.3.1 Opção 1: Aquisição de agulhas de DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do TH, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, as agulhas serão doadas, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir agulhas ou não).
    5.3.4.3.2 Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.4.4 — Descarte das Agulhas de TE

    5.3.4.4.1 As agulhas de TE obrigatoriamente serão sempre DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, e, mesmo cientes de que inexiste caso registrado de contaminação por este tipo de agulha (por ser maciça, não retem sangue), ainda assim terá tratamento semelhante aos resíduos infectantes perfurantes ou cortantes.
    5.3.4.4.2 As agulhas de TE serão descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante, os quais, após serem devidamente lacrados, deverão ser acondicionados em sacos plásticos individualizados, branco leitosos e identificados pela simbologia de substância infectante.
    5.3.4.4.3 Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.
    5.3.4.4.4 O armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final.
    5.3.4.4.5 Nos municípios onde existir coleta especializada gratuita, o TH deve se inscrever, apresentando para tanto cópia de CCM (Inscrição Municipal como autônomo) e do CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado.
    5.3.4.4.6 As agulhas de TE igualmente podem ser eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    Autor: : Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapias Tradicionais Milenares » Quiropuntura

    Quiro Acupuntura - Acupuntura na Mão

    Quiro Acupuntura 

    (Acupuntura na Mão) 

    Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108 

     

    RESUMO

    Quiro-Acupuntura ou Acupuntura na mão.

    É uma técnica de acupuntura que utiliza somente as mãos para equilibrar a energia do corpo.
    O Quiro Acupuntura e considerada uma reflexologia, como a Orelha, sola dos Pés, Olhos e etc..

    È uma técnica que muito simples de aprender e praticar, porque nos temos as duas mãos na nossa frente .

    Na Coréia esta acupuntura na mão, esta sendo divulgado em massa, por meio de comunicação popular como na TV, Jornal, Revistas e etc.

    Uma boa parte da população coreana já se auto trata com acupuntura na mão como se fosse receita caseira.

    Quero transmitir um pouco do meu conhecimento aos terapeutas para conseguir se auto tratar.( e a única técnica que não depende de ninguém para se tratar ) e não tem contra indicação.

    Qualquer pessoa tem a capacidade de localizar um ponto correspondente numa mão, observando simplesmente um mapa da mão.

    Basta pressionar ou esfregar o ponto ou a região, de maior sensibilidade podemos equilibrar a energia do local alterado.

       ÍNDICE 

          I- Prólogo. 

          II- Histórico. 

          III- As Três teorias da Acupuntura na mão. 

          1- Reflexos dos órgãos e Vísceras na Palma da Mão.

          2- Reflexos dos órgãos e Vísceras no Dorso da Mão.

          3- Lateralidade do Corpo em Relação a Palma da Mão.

          4- Lateralidade do Corpo em Relação ao Dorso da Mão. 

          IV- Material Utilizados no Tratamentos. 

          1- Agulhas.

          2- Aplicadores de Agulhas.

          3- Moxa.

          4- Aparelho de Alumínio .

          5- Anel.

          6- Aparelho de eletro-Acupuntura.

          7- Plaquetas de alumínio ou ouro. 
     

          V- Terapia da Correspondência. 

          1- Dor na testa.

          2- Dor de cabeça lateral.

          3- Olho.

          4- Nariz.

          5- Boca.

          6- Dor na mandíbula.

          7- Distúrbios na bochecha.

          8- Dor na laringe.

          9- Brônquios.

          10- Dor na parte da fonte.

          11- Dor de ouvido.

          12- Dor na lateral da occipital.

          13- Dor na occipital.

          14- Dor na cervical.

          15- Dor na escápula, escápula superior e coluna torácica.

          16- Dores na cervical, torácica, lombar, cóccix.

          17- Dores na Escápula e no Osso da Bacia.

          18- Dores ao lado da coluna lombar.

          19- Pontos correspondentes dos Meridianos IG5, TA4 e ID5.

          20- Pontos correspondentes dos Meridianos P9, CS7, C7.

          21- Pontos correspondentes dos Meridianos E41(T), VB40 (fonte) e                                                                B60( fogo ).

          22- Pontos correspondentes dos Meridianos F4 (metal), BP5(S), e R3 (fonte e terra).

     

          VI- Teoria dos 5 dedos ( 5 elementos ). 

          VII- Teoria dos 14  micro meridianos . 

          1- Relação da Nomenclatura do Quiro-Acupuntura com a Sistêmica.

          2- Meridianos na Palma da Mão.

          3- Meridianos no Dorso da Mão.

          4- Meridiano do Vaso Concepção ( A ).

          5- Meridiano do Vaso Governador ( B ).

          6- Meridiano do Pulmão ( C ).

          7- Meridiano do Int. Grosso ( D ).

          8- Meridiano do Estômago ( E  ).

          9- Meridiano do Baço Pâncreas ( F ).

          10- Meridiano do Coração ( G ).

          11- Meridiano do Int. Delgado ( H ).

          12- Meridiano da Bexiga ( I ).

          13- Meridiano do Rim ( J ).

          14- Meridiano do Pericárdio ( K ).

          15- Meridiano do Triplo Aquecedor  ( L ).

          16- Meridiano do Vesícula Biliar (  M ).

          17- Meridiano do Fígado ( N ). 
     

         VIII) Recursos para aplicar sobre o Micro Meridianos. 

    1. Aplicação Simples.
    2. Aplicação com Tonificação  e Sedação.
      1. Recurso de Tonificação ou Sedação.
    1. Tonificação ou Sedação pela agulha.
    2. Tonificação ou Sedação pelo Magnetismo.
    3. Tonificação ou Sedação pelo estimulador elétrico.

     
     
     
     
     

      IX) Cuidados básicos na utilização da Terapia na Mão. 

         X) Alguns métodos para observar o desequilíbrio do organismo (da energia). 

    1. A temperatura das mãos e dos pés.
    2. A aorta abdominal (que é uma veia grossa que se localiza acima e abaixo da corrente umbilical) deve pulsar suavemente.
    3. Aparelho digestivo deve estar funcionando normalmente sem dores.
    4. As pulsações dos seis pontos (em cada braço existem três pontos) devem pulsar suavemente e igual.
    5. O abdômen, não deve apresentar reação de dor ao ser apalpado.
    6. Coluna vertebral.
    7. Pulsação.

       XI) Medidas utilizadas para localizar os pontos. 

    1. Dorso da mão.
    2. Palma da mão.

       XII) Dicas em casos de Emergência. 

    1. Em casos leves.
    2. Em casos graves.
     

    I - Prólogo 

          O segredo do equilíbrio do organismo está na suas mãos. A mão é um corpo humano em miniatura, pois existem todos os pontos correspondentes do corpo humano  na mão.

          Através da mão podemos tratar todos os tipos de desarmonia da energia do corpo humano promovendo o equilíbrio.

          Essa terapia de tratamento pelas mãos, nos chamamos de Quiro-Acupuntura ( acupuntura somente nas mãos). 

          Características do Quiro-Acupuntura 

          - Esta nova técnica e de fácil aplicação (somente na mão) .

         - Aplicação das agulhas são indolores e menos agressivos se comparados á acupuntura tradicional, e são aplicados superficialmente na palma ou dorso da mão.

          - Ë uma terapia muito fácil de ser ensinada e aprendida.

          - Não tem contra indicação.

          - Não existem restrições quanto ao local de atendimento ou a hora de aplicação.

          - Não há efeitos danosos quando aplicados em pontos errados.

          - Excelentes resultados na harmonização das energias dos órgãos e vísceras.

          -  Muito utilizados em prevenção do desequilíbrio energético.

          - É uma técnica que pode ser utilizados como receita caseira. Porque é muito fácil de ser manuseadas como receita de bolo.

         - Os fundamentos dessa teoria coincide com os da Acupuntura Sistêmica, isto é , teoria dos Yin e Yang, dos Cinco Elementos , Zang-Fu (Órgãos e Vísceras) e dos meridianos . 
     


    II - Histórico 

          Quiro acupuntura surgiu na Korea em agosto de 1971, através do Tae Woo Yoo ( presidente da academia Sooji - medicina da Korea ), que defendeu a tese em 31/12/75.

          Fundador e Instrutor do Instituto de Sooji - Chim da Korea do Sul.

          Quiro Acupuntura estuda o desequilíbrio energético do corpo humano através das mãos. É um novo tipo de acupuntura, que pode promover o equilíbrio energético através da inserção de agulhas nas mãos.

          A Mão é um corpo humano reduzido, os problemas existentes no organismo se refletem nas mãos, sendo assim é possível tratar e promover o equilíbrio energético através da  reflexologia das mãos. 

     

          Primeiro Ponto descoberto em 1971, M5 = VB 20 ( sistêmica ). 

          Desde então, com as intensificações e aperfeiçoamento dos estudos chegou a conclusão das três teorias. 

    1a Teoria : Teoria da correspondência da mão com o corpo humano.

                  ( mão é um corpo humano reduzido ) 

    2 a Teoria : Teoria dos 14  micro-meridianos da Mão, com 345 pontos. 

    3 a Teoria : Teoria dos Dedos das Mãos ( 5 elementos ). 

     

    III - AS TEORIAS DA TERAPIA NA MÃO. 

          1 - Reflexos dos órgãos e Vísceras na Palma da Mão. 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.2 -Reflexos dos Órgãos e Vísceras no Dorso da Mão 

    3-Lateralidade do Corpo em Relação a Palma da Mão. 

    4-Lateralidade do Corpo em Relação ao Dorso da Mão. 
     

    IV- Materiais utilizados no tratamento. 

    1- Agulhas de 2 cm com 13 mm de cabo e 7 mm de agulha. 

    Aplicação de agulha e feita através de um aplicador . Agulha e colocado no aplicador e aplica de forma suave sem fazer força, e a penetração é de 1 à 2 mm sobre a superfície da pele.

    Duração de aplicação de 20 à 30 min. 

    2- Aplicadores de agulha. 

    3- Moxa . 

    Moxa é feita de uma erva chamada de Artemísia, e serve para promover equilíbrio energético do organismo através do calor.  

    4- Aparelho de alumínio . 

    5- Anel   

    6- Aparelho de Eletro-Acupuntura. 

    7- Plaquetas de alumínio ou ouro. 

    São pequenas placas prateadas e douradas, variando de tamanho e quantidade de pontas.  
     

    V- Terapia da correspondência. 

     

    1-Dor na testa. 

    2-Dor de cabeça lateral. 

    3-Olho. 

    4- Nariz. 

    5- Boca. 

    6- Dor na Mandíbula. 

    7- Distúrbios na bochecha. 

    8- Dor na Laringe. 

    9- Brônquios. 

    10- Dor na parte da fonte. 

    11- Dor de Ouvido. 

    12- Dor na Lateral da Occipital. 

    13- Dor Na Occipital. 

    14- Dor na Cervical. 

    15- Dores na Escapula, Escapula superior e coluna torácica. 

    16- Dores na Cervical, Torácica, Lombar e Cóccix. 

    17- Dores na Escápula e no Ilíaco ( Osso da Bacia ). 

    18- Dores ao lado da Coluna Lombar. 

    19- Pontos correspondentes dos Meridianos  IG5, TA4 e ID5. 

    20- Pontos correspondentes dos Meridianos  P9, CS7 e C7. 

    21- Pontos correspondentes dos Meridianos E41(T),VB40 (Fonte)e B60.

                 

    22- Pontos Correspondentes dos Meridianos F4 (Metal), BP5 ( S ) e R3  )       

    VI ) Teoria dos 5 dedos ( 5 elementos). 

    Cada dedo representa um órgão e uma víscera. 

    Dedo polegar: Fígado / Vesícula Biliar ( Estômago e  Int.Grosso ).

    Dedo indicador: Coração / Int.Delgado ( Bexiga e Int.Grosso ).

    Dedo médio : Baço Pâncreas / Estômago (Bexiga e Vesícula Biliar).

    Dedo anular : Pulmão / Int.Grosso ( Útero e Intestino Delgado ).

    Dedo mínimo : Rim /Bexiga ( estômago, Útero e Int.Delgado). 

          É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

     
     
     
     
     

    VII - Teoria  dos 14  micro meridianos  

    Na mão existem 14 micro meridianos. A qual utilizamos para promover equilíbrio de energia  do órgão ou víscera. 

    1- Relação da Nomenclatura do Quiro-Acupuntura com a Sistêmica. 

           Sistêmica            Quiro-Acupuntura 
     

          VC -----------------A   Meridiano Vaso Concepção  

          VG -----------------B   Meridiano Vaso Governador 

          P    -----------------C   Meridiano do Pulmão 

          IG  -----------------D  Meridiano do Intestino Grosso  

          E    -----------------E   Meridiano do Estômago 

          BP  -----------------F   Meridiano do Baço / Pâncreas  

          C    -----------------G   Meridiano do Coração  

          ID  -----------------H   Meridiano do Intestino Delgado 

          B    -----------------I    Meridiano do Bexiga 

          R    -----------------J    Meridiano do Rim  

          CS  -----------------K   Meridiano do Pericárdio  

          TA -----------------L    Meridiano do Triplo Aquecedor  

          VB -----------------M   Meridiano do Vesícula Biliar  

          F    -----------------N    Meridiano do Fígado  

     
     
     
     
     

    2- Meridianos na palma da Mão. 

    3-Meridianos no Dorso da Mão 

    4- Meridiano do Vaso Concepção ( A ). 

    ( A ) nasce no ponto A1 e passa pelo centro da palma da mão, e termina no ponto A33 situado na extremidade do dedo médio.  
     

    5-Meridiano do Vaso Governador ( B  ). 

    ( B ) nasce no ponto B1 e passa no centro do dorso da mão, e termina no ponto B27. 

    6- Meridiano do Pulmão ( C  ). 

    ( C ) nasce no A12 (Jung wan ) e passa pelo C1 até C13 ao longo das bordas do dedo indicador e anular. 

    7- Meridiano do Int. Grosso ( D ).( D ) nasce no ponto D1 do lado da raiz da unha do dedo indicador e anular, passando até D12,dirigindo-se para cima e centralmente em ambos os lados do dedo médio até D22 o qual está localizado ao lado do A28. 

    8- Meridiano do Estômago ( E  ). 

    ( E ) nasce no ponto de A28 desenvolve-se até E2 quando passa a fluir  próximo à lateral do ( A ) até a primeira articulação, quando flui pela palma, passando a correr distalmente ao longo dos dedos polegar e mínimo nos lados distantes do dedo médio. 

    9- Meridiano do Baço/ Pâncreas ( F  ). 

    ( F ) nasce no ponto F1, que está localizado na ponta do polegar e do mínimo e flui ao longo da linha central de cada dedo até ponto F22. 

    10- Meridiano do Coração ( G ). 

    ( G ) nasce no ponto A16 e desenvolve-se no ponto G1, e sobe até G15 ao longo dos dedos indicador e anular, nos lados distantes do dedo médio. 

    11- Meridiano  do Int. Delgado ( H ). 

    ( H ) nasce no ponto H1 e passa ao longo das linhas centrais do dorso dos dedos indicador e anular até H11, quando mudam de direção subindo pelos lados do dedo médio até H14. 

    12- Meridiano de Bexiga ( I ). 

    ( I ) nasce no ponto I1 que fica ao lado do B27, dirigindo-se à linha ao lado do (B ) até I24 , espalha em duas ramificações para fluir pela linha central do dorso do polegar e do mínimo. 

    13- Meridiano do Rim ( J  ). 

    ( J ) nasce ponto J1 na parte externa da raiz da unha do polegar e anular, Flui ao longo da linha vermelha/ branca  até J16, e vai lateralmente ao ( A )   até terceira articulação do dedo médio.

                                                                                                     

    14- Meridiano do Pericárdio ( K ). 

    ( K ) nasce no ponto A18, e flui pelo A16, e é gerado no ponto K1, localizado próximo das linhas da primeira articulação dos dedos indicador e anular na palma da mão. E flui até um ponto final das unhas dos dedos indicador e anular.

            

    15- Meridiano do Triplo-Aquecedor ( L ). 

    ( L ) nasce no ponto L1, na linha posterior interna dos dedos indicador e anular do dedo médio, flui ao longo do indicador e do anular, vira e sobe até aos lados do dedo médio. 

    16- Meridiano do Vesícula Biliar ( M ). 

    ( M ) nasce no ponto M1, que está localizado na lateral do ponto A33, flui para baixo na direção do dorso do dedo médio, e no dorso da mão gira, orientando-se para cima e nos lados do polegar e do mínimo próximo ao dedo médio. 

    17- Meridiano do Fígado ( N ). 

    ( N ) nasce no ponto N1, que está localizado próximo à unha do polegar e do mínimo no lado do dedo médio, flui pela palma, reverte sua direção e sobe até os lados do dedo médio.               

    VIII ) Recursos para aplicar sobre o  Micro-Meridianos. 

    1) Aplicação Simples. 

    É aplicar simplesmente no ponto sobre o Micro-Meridianos, sem técnica de Tonificação ou Sedação.

    A aplicação simples não regula voluntariamente a função do órgão, mas ele somente estimula o micro-meridiano.

    Aplicação da Agulha é 1mm verticalmente sobre a pele. Se cair algumas agulhas não haverá problemas, porque várias agulhas caem em várias direções. É  também não ocorrerá tonificação ou sedação. Ocorre sim o funcionamento pelas características do próprio ponto.

    Por isso no caso da aplicação simples deve estudar em conteúdo o seguinte:

    Ex.: Para indigestão, no caso simples, é eficaz aplicar apenas no ponto A12. E no caso pior, é eficaz aplicar no ponto A12 e mais quatro ponto da periferia na distância de 1 cm acima e abaixo e a direita e esquerda do ponto A12. E no caso crônico , deve ser aplicado sobre o micro meridiano. A aplicação sobre o micro meridiano, em qualquer ponto será eficaz. 

    2) Aplicação com tonificação e sedação. 

    A excelência da Terapia é conseguir certamente o funcionamento da tonificação e sedação  do micro meridiano, para excesso ou deficiência de energia do órgão ou víscera. É a tonificação ou sedação que regulam voluntariamente a função dos órgãos e vísceras se existir problemas. Quando existe problema na função do órgão estará em estado de excitação, excesso de energia, e a víscera correspondente estará em debilidade ( 5 elementos ).Neste momento podemos trabalhar em órgão correspondente para promover o equilíbrio .

                         

    Ex.: Quando existe Dor no ponto (Es25) do lado esquerdo ,pelo diagnóstico descobrimos que existe a síndrome de excesso de energia do int.grosso / deficiência da energia do pulmão. Aplicar pela tonificação do

    C (Pulmão)  micro meridiano do lado esquerdo sumirá ou diminuirá [ porque a tonificação no C (Pulmão) micro meridiano dará o efeito de sedação no D (int.grosso) micro meridiano ].

    Aplicar novamente pela sedação do C(Pulmão) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, a Dor do ponto (Es25) do lado esquerdo reaparecerá. Neste momento aplicar pela sedação do D(Int.Grosso) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, também a dor do ponto (Es25) sumirá ou diminuirá. Outra vez aplicaria pela tonificação do D (Int.Grosso) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, Também a dor do ponto (Es25) reaparecerá.

    Assim, a tonificação ou sedação tem a característica para regular voluntariamente a função do órgão. Isto aparece certamente só no micro meridiano da Terapia . 

    1. Recurso de tonificação ou sedação :

    Tonificação ou Sedação  da Terapia usa se a lei de YUNG SU BO SA

    (o fluxo do micro meridiano é somente em uma direção, isto é do menor para os maiores números).

    YUNG: é a técnica de Sedação que supre o fluxo do micro meridiano pela aplicação contrária a direção do fluxo micro meridiano .

    SU: é a técnica de  Tonificação que supre o fluxo do micro meridiano pela aplicação na mesma direção do fluido do micro meridiano.

    BO: é uma palavra coreana que significa a Tonificação.

    SA : é uma palavra coreana que significa a Sedação. 

    1. Tonificação ou sedação pela agulha:

     

    A eficácia da tonificação ou da sedação pela agulha é bom para qualquer ponto sobre o micro meridiano dos quatro dedos, à exceção do dedo médio.

    Especialmente a melhor maneira para tonificar ou sedar é no intervalo da Segunda articulação e da terceira articulação de cada dedo, porque no final do

    dedo sente-se muita dor ao aplicar, e nas outras partes é lenta a reação ao aplicar.

    • A penetração da agulha na pele 2 a 3mm.
    • O ângulo com a pele 30o a 45o .
    • Tempo de permanência da agulha : 10 à 20 min.
    • Acrescentar os pontos básicos e o ponto importante ou o ponto correspondente.
    1. Tonificação ou Sedação pelo magnetismo:

    O magnetismo é o poder de atração dos pólos negativos com o positivos, e sempre indica os pólos N(norte) ao S (sul). 

    d) Tonificação ou Sedação pelo  estimulador elétrico . 

    1. Tonificação ou Sedação pelas placas de metal Prateado e Dourado ).

    Existem dois tipos de ionização do metal : 

    Prateado ( um metal sem cor ) é o caráter Negativo (-).

    Dourado ( um metal com cor ) é o caráter Positivo (+).  

     
     

    IX - Cuidados básicos na utilização da Terapia na Mão. 

    Primeiramente as mãos devem ser limpas com  água corrente ou passar álcool a 70 graus com 2% de iodo. 

    • Cada pessoa deve ter suas próprias agulhas ou utilizar agulhas descartáveis.
    • Antes da aplicação é bom massagear as mãos, podendo utilizar para isso o massageador.
    • O cliente deve se sentir à vontade, sentado ou deitado se for grave.
    • Tempo de duração : no casos leves como dor de cabeça. Aplicar agulhas e depois de  passar  a dor, deixar por mais 5 min.
    • Nos casos graves ou crônicos: aplicação das agulhas deve ser de 20 à 30min.
    • Número de aplicações: Varia de acordo com o desequilíbrio energético da pessoa.
    • Desequilíbrio Energético leve : Uma vez ao dia, podendo equilibrar com 5 aplicações.
    • Desequilíbrio Energético graves: Uma vez ao dia, podendo equilibrar em 6 à 12 meses ou por tempo indeterminado.
    • Para obter melhores resultados é recomendado o uso de vários instrumentos, na seguinte ordem: massageador, Agulhas, plaquetas de Prata ou Ouro, Anel e Moxa.
    • Quando estiver com as agulhas é bom fazer movimentos leves, para ativar a circulação de energia nas mãos.

    Cuidados e Precauções extremas quanto ao uso,  em situações abaixo:

    • Se o cliente estiver em jejum ou com muita fome.
    • Se o cliente tiver perdido significativa quantidade de sangue por, vômitos, ou eliminação pelo reto.
    • Se o cliente estiver desidratado ou embriagado.
    • Se o cliente estiver exausto pela viagem ou por outro motivo.
    • Se a pressão for instável, alta ou baixa demais.
    • Se o cliente for extremamente fraco.
    • Se o pulso do cliente não puder ser sentido quer pela carótida ou pelas artérias radiais.
    • Se for extremamente alérgico ou reumático.
    • Se o micro meridiano estiver infectado por doença epidêmica ou necessitar de cirurgia.
    • Se o cliente estiver  tendo um ataque.
    • Se o cliente tiver febre ou calafrio extremos.
    • Se o cliente estiver emocionalmente  hiper estimulado, nervoso, alegre, triste, bravo ou assustado.

    Em caso de cliente entrar em choque. 

    1. Tirar as Agulhas ou outros instrumentos.
    2. Repousar com respiração profunda.
    3. Aplicar a Agulha nos pontos A8,12 e 16.
    4. Picar no ponto J1.
    5. Ou aplicar a Agulha nos pontos B24, I2, A33 e E2.
    6. Em casos graves : deve picar a ponta dos 10  dedos.
    7. Aplique Agulha nos pontos da receita de Jeong-Bang do coração na mão direita e Jeong-Bang do rim na mão esquerda.
    8. Após recuperação deverá descansar, comer e  aplicar moxabustão nos pontos A1,3 e 12.

     

    X -  Alguns  Métodos para observar o desequilíbrio do organismo (da energia ). 

    1. A temperatura das mãos e dos pés.

    Se a temperatura das mãos estiverem normal, quer dizer que a circulação do corpo permanece estável. Quando ocorre dos pés e mãos estarem frios, são sinais e sintomas de que o estado do equilíbrio não se encontra normal, necessitando de cuidados. Através do controle da temperatura das mãos e pés podemos concluir a normalidade do corpo humano.

    2) A aorta abdominal (que é  uma veia grossa que se localiza acima e abaixo da corrente umbilical ) deve pulsar suavemente.

    Quando o seu funcionamento ocorre normalmente, a circulação do sangue e a pulsação transcorrem  normalmente . Porém, quando se encontra lesada, com pulsações intensas ou fracas seu funcionamento é prejudicado. Na Terapia Oriental a pulsação da aorta é observada para verificar a normalidade da saúde.

    Quando a pulsação é intensa, o organismo não se encontra normal, dificultando a circulação do sangue.

    1. Aparelho digestivo deve estar funcionando normalmente sem dores.

    Se ao pressionar o estômago, ocasionar dores agudas e apresentar tensões, como uma massa dura, são sinais de que o organismo não está bem.

    1. As pulsações dos seis pontos ( em cada braço existem três pontos) devem pulsar suavemente e igualmente. São os pontos geralmente usados para tomar pulso, o equilíbrio na Terapia  Oriental.
    2. O abdômen, não deve apresentar reação de dor ao ser apalpado .

    A pele do abdômen deve estar mole, assim como intestino, e também a sua temperatura deve estar sempre morna. Se sentir tensão ou uma contração do músculo, e dores ao ser pressionado com as mãos, conclui-se que o organismo está com alguns órgãos e vísceras em desequilíbrio. 

    1. Coluna Vertebral.

    A coluna vertebral que sustenta o corpo humano, é a proteção para sistema nervoso, órgãos e vísceras. Por isso se houver algum problema, poderá causar outros males. 

    Verificação:

    1. Verificar alinhamento da coluna.
    2. Verificar saliência da coluna.
    3. Verificar a sensibilidade da coluna.
    4. Verificar a reentrância da coluna.
    5. Apalpar sutilmente sobre a coluna observando a fisionomia do cliente.
    6. Apalpar sutilmente sobre a lateral da coluna observando a fisionomia do cliente.
    7. Perguntar ao cliente.
    1. Pulsação.

    Para ter saúde, o estado do cérebro  deve estar estável. O estado instável do cérebro é causado pelo descontrole das funções de todo o organismo.

    Na artéria carótida deve haver 4 carótidas . O volume de sangue nestas 4 carótidas devem estar em equilíbrio, se houver desequilíbrio, existira algum desequilíbrio energético .

    Na Terapia para descobrir em que estado se encontra a circulação no cérebro é preciso tomar a pulsação de Yin/Yang. 

    Posição para tomar a pulsação de Yin/Yang: 

    Pulsação de Yin – É tomada no ponto  ( Pu9 ).

    Pulsação de Yang – Localizar o gogó ( pomo de Adão ). Do lado do gogó localiza-se um ponto chamado de  (IG18) que varia de 1,5 à 3,0 tsun de pessoa para pessoa. Neste ponto toma-se a pulsação de Yang. 

    1. A pulsação deve ser tomada da seguinte maneira : comparar a pulsação do punho esquerdo com a pulsação do lado esquerdo do pescoço, e a pulsação do punho direito com a pulsação do lado direito do pescoço.
    2. Comparar as pulsações do pescoço e do pulso   (Pu9) e  (IG18) : Qual das duas será mais grossa ?

    Deve comparar só o volume de sangue entre duas artérias dos pontos  (Pu9 ) e ( IG18 ), sem relação com a força (forte ou fraca ) e a suavidade ou dureza. 
     
     

    XI ) Medidas utilizadas para localizar os pontos. 

    Na mão existem 345 pontos definidos em 14 micro-meridianos. Para saber  a localização exata, utiliza-se Tsun-bun.

    Tsun é uma unidade de medida oriental.

    Bun é 1/10 do Tsun.

    Com exceção a mão deformada. 

    1) Dorso da  Mão. 

    No comprimento.

    1. O dorso da mão mede 6 tsun mais 7 Bun do ponto B1 ao B27 ( que localiza-se na raiz da unha do dedo médio).
    2. Do ponto B1 a primeira falange do dedo médio B14 mede 3 tsun.
    3. O comprimento da primeira articulação ( do ponto B14 ao B19 ) é de 2  tsun.
    4. O comprimento da Segunda articulação ( do ponto B19 ao B24 ) é de 1 tsun mais 4 Bun.
    5. Do ponto B24 ao B27 ( localizado na raiz da unha do dedo médio ) mede 3 Bun.

    Na  largura: 

    1. Do ponto de separação do dedo polegar com o dorso da mão ao extremo (em direção ao dedo mínimo ), mede 4 tsun.
    2. A largura da primeira articulação do dedo médio é de 8 Bun.

    2) Palma da Mão.

    No Comprimento. 

    1. Do ponto A1 ao ponto localizado no extremo do dedo médio A33  mede 7 tsun mais 8 Bun.
    2. Do ponto A1 ao A16 mede 4 tsun mais 2 Bun.
    3. Do ponto A16 ao A20 mede 1 tsun.
    4. Do ponto A20 ao A24 mede 1 tsun mais 1 Bun.
    5. Do ponto A24 ao A33 mede 1 tsun mais 5 Bun.

    Na Largura.

    1. Do ponto A12 ao extremo da palma da mão ( em direção ao dedo polegar ) mede 1 tsun mais 5 Bun.
    2. Do ponto A8 ao extremo da palma da mão ( em direção ao dedo mínimo ) mede 4 tsun mais 2 Bun.
    3. A largura da falange do dedo médio é 8 Bun.

    Obs.: Deve usar  a própria mão da pessoa que for tratar.

    XII – Dicas em casos de Emergência. 

    1. Em casos leves.

    As mãos frias significam má circulação sangüínea, gerando o aumento da quantidade de sangue que flui para cabeça, causando tontura ou desmaio.  

    Quando ocorrer um choque, intoxicação por gás, má digestão aguda (forte) e desmaio pela pressão alta do sangue, as mãos ficarão muito frias. 

    Por isso deve abaixar a pressão alta da cabeça, picando a ponta do dedo médio da mão . 

    No caso de sintomas acima serem leves, podem picar apenas o ponto A33, e nos pontos A8,12,16,E8 e I2 aplicar agulhas ou massageador.

     

    2) Em casos graves.

    Em casos graves deve picar a ponta dos dez dedos das mãos e (em alguns casos deve picar a ponta dos dedos dos pés ) todos os dias até o restabelecimento.

    E em caso de problemas respiratórios utilizar pontos A8, 12, 16, 18, 20, 22, 24, 28, 33, E8 e I2 para normalizar a respiração.

    RESULTADOS

     

    Resultados são muito bons, centenas ou melhor milhares.

    Exemplo da Coréia de onde surgiu a técnica, o governo adotou como receita caseira, se não tivesse resultado, já mais, iria adotar o método para diminuir pessoas em hospitais públicos .

    CONCLUSÃO
     

    E  um método de tratamento muito bom que não podemos deixar de aprender.

    Que tem um resultado muito bom no equilíbrio dos Órgãos e Vísceras e suas funções.

    Excelente em tratamentos preventivos.

    E muito fácil de aprender.

    Muito fácil de aplicar também.

    Autor: : Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108
    Última atualização: 14/06/2013 14:52


    Terapia em Técnicas Tradicionais - Acupuntura Sistêmica

    Terapia em Técnicas Tradicionais

    (Acupuntura Sistêmica) 
     
     

    Song Un Kim
    Terapeuta Holístico - CRT 23108

    Resumo 

    A necessidade da acupuntura nas diversas culturas: Oriental e Ocidental. 

    Os orientais (Coreanos, Japoneses e Chineses) encaram acupuntura na sua cultura tradicional, com muita naturalidade, pois faz parte do costume e folclore trazidos por gerações e gerações através de milhares de anos.

    Os coreanos atualmente estão perdendo um pouco desta tradição por avanços tecnológicos, capitalismo e da influência americanas, muitas já estão substituindo o tratamento de acupuntura, chás e ervas por remédios alopáticos que é muito mais cômodo.

    Os ocidentais estão fazendo o caminho inverso, pois estão cansados de consumir tantos remédios com contra indicações. E as pessoas estão procurando as terapias alternativas que não tem contra indicação, ou melhor, que não prejudica outros órgãos.

    A alopatia cada vez mais está se subdividindo e não se preocupando com a pessoa como um todo, tratando o problema e não a causa. Por esse motivo as pessoas estão preferindo terapias orientais como acupuntura que procura equilibrar os sistemas orgânicos, fortalecendo os mecanismos de defesa naturais do cliente e proporcionando o equilíbrio harmônico na sua totalidade.    

     
     
     
     
     

    Introdução 

    A necessidade da Acupuntura nas diversas culturas: Oriental e Ocidental, foi tentar mostrar aos congressistas, a visão e a experiências adquiridas ao longo dos trinta e seis anos de atividades relacionados a arte marcial Hapki-do que utiliza os pontos de Acupuntura e terapia corporal para aplicar os seus golpes.

    Viajando por vários paises, pode realizar vários cursos de acupuntura e terapia corporal com grandes Mestres internacionais nas Artes de Hapki-do.

    Observando e aprendendo várias técnicas utilizadas por estes mestres.

    E também pelo fato de estar engajado em vários trabalhos sociais há muito tempo e com mais de 9000 clientes na carteira e trabalhando em varias entidades como Delegacia Geral, Delegacia da Mulher, Receita Federal, APROFEM (Sindicato dos Funcionários e professores Municipais de São Paulo) e Academia Kim. Observei que podemos ajudar na qualidade de vida e diminuindo sofrimentos físicos e emocionais do homem contemporâneo.  
     
     

    Material e Metodologia 

    No ocidente acupuntura foi introduzida para tratamentos de alívio da dor, e depois verificou se que também podia auxiliar em vários tratamentos como: no alivio de enjôos e queimações em gestantes, aliviar as cólicas ou gases provocados pelos intestinos, agora se usa acupuntura para quase todos os tipos de problemas causados por desarmonia do corpo humano.    

    A TTC - Terapia Tradicional Chinesa procura equilibrar os sistemas orgânicos internos, fortalecendo os mecanismos de defesa interna, permitindo que o corpo equilibre a si próprio. Diferente da medicina ocidental que tende a tratar os sintomas e não as causas.

    Na TTC é tudo baseado nos conceitos do KI, Yin e Yang e dos Cinco Movimentos.

    Para que haja harmonia e equilíbrio entre corpo e mente e preciso que tenha fluxo do KI e da inter-relação entre Yin e Yang gerados nos Cinco Movimentos. Quando essa harmonia for interrompida, haverá desarmonia do corpo e mente, causando má funcionamento do corpo humano.

    Os fatores que levam o corpo e a mente em desarmonia são: rompimentos ou mau fluxo de energia KI, diminuição de energia da defesa, presença da energia perversa, qualidade da energia da respiração, Vento, Frio, Calor, Umidade e Secura.

    O mecanismo de ação da acupuntura nos seres humanos, em que a dor e aliviada, observam-se aumento de Beta-Endorfina no líquido cefalorraquidiano (LCR), conforme relatado por Clement-Jones em 1980. Estudo realizado em ratos observou se liberação de substâncias semelhantes a metencefalina, parecido com substancia liberado no estimulo da acupuntura.

    E muito importante ressaltar que grande parte dos pontos de acupuntura esta localizados sobre ou muito próximo das terminações nervosas, nervos, vasos sangüíneos, tendões, periósteos e cápsulas articulares, assim possibilitando acesso direto ao sistema nervoso central.

    Foi observado que os pontos de acupuntura, ou melhor, a região da acupuntura há uma grande diferença potencial elétrico, elevada condutância elétrica e diminuição da resistência sobre a pele. Por esse motivo utiliza-se muito estimulo elétrico para realizar tratamentos de acupuntura, na sedação e tonificação.

    Cabe ao terapeuta, utilizar através de várias técnicas como: Moxa, Ventosa, Laser, Eletro-Acupuntura, Acupuntura Auricular, Quiro-Acupuntura, Acupuntura Constitucional, Acupuntura Craniana, Acupuntura Facial, Massagem Tui-ná, Shiatsu, Do-In, e muitas outras para promover o fluxo do Ki e do equilíbrio entre Yin e Yang e transformações gerados pelos Cinco Movimentos.

    ENERGIA

     

          Tchi       Ki ou Qi 

          China      Korea / Japão 
     

                                  Yeng Tchi   Ar 

          Energia   Kou Tchi    Alimentos 

                                  Yuen Tchi   Ancestral 
     
     

          Rim  Morada da energia vital (ancestral ). 
     

     ENERGIA 

    Energia chamado pelos Chineses de TCHI, pelos Coreanos de KI e pelos Japoneses de QI. 

    Jing (essência), KI (energia), XUE (sangue) e JINYE (líquidos orgânicos). 

    Jing, Ki, Xue e Jinye constituem as substâncias básicas do corpo e também a base material para as atividades fisiológicas de Zang-Fu (órgãos e vísceras internos).  

    Jing (Essência)

    Significa energia ancestral (Essência), e a morada da energia ancestral são os Rins (armazenam a Essência). 

    Ki (energia) 

    O Ki (energia) e uma substância essencial que faz parte do corpo e que pode produzir funções distintas tais como Yin Ki (Ki nutritivo), Ki (ar) de respiração, e outro lado, referem-se às atividades funcionais de Zang-Fu e dos tecidos, por exemplo, o Ki dos Zang-Fu, o Ki dos canais, etc. As energias Yuan Ki, Zhong Ki, Yin Ki, Wei Ki, etc. são diferentes na origem, na distribuição e nas características funcionais.

    Yuan Ki (verdadeiro) 

    Ki original ou Ki verdadeiro. O Yuan Ki é considerado o mais importante e o mais fundamental entre o Ki do corpo e é formado pelo Ki essencial, pelo Ki produzido dos alimentos pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas e pelo ar límpido da natureza aspirado pelo Pulmão. O Yuan Ki exerce a função de estimular e de impulsionar as atividades funcionais dos diversos Zang-Fu dos tecidos do corpo, razão pela qual pode-se considerá-lo como uma força motriz do corpo.  

    Zhong Ki (principal) 

    Zhong significa “grande ou principal” por isso, Zhong Ki também é chamado “Daqi” (Ki grande). O Zhong Ki está integrado pelo Ki de matérias essenciais, da água e dos alimentos; o ar límpido aspirado pelo Pulmão acumula-se no tórax, entra no Coração e nos vasos sangüíneos para impulsionar a circulação do Sangue e ocorre por todo o corpo. Zhong Ki constitui a força motora que promove a respiração do Pulmão e da circulação do Sangue do Coração.  

    Yong Ki (nutrição) 

    “Yong” significa nutrição. O Yong Ki é produzido a partir das matérias essenciais da Água e dos alimentos transformados pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas e constitui a parte mais substancial do Ki da água e dos alimentos.  

    Wei Ki (defensivo) 

    É o Ki defensivo ou protetor. Wei Ki é produzido principalmente pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas dos alimentos. A insuficiência de Ki do Estômago e do Baço/ Pâncreas leva, com freqüência, à insuficiência de Yang e como conseqüência, o cliente tem temor ao frio, os membros frios e facilidade em apresentar secreção pulmonar. Os movimentos de Ki constituem uma manifestação da vida e do corpo, e uma vez parado esse movimento, termina a vida.

    O subir, descer, entrar e sair do Ki manifeste-se corretamente nas atividades funcionais dos diferentes Zang-Fu, assim como nas relações de coordenação entre Zang-Fu. O Estômago domina a recepção, por isso o Ki do Estômago desce e o Baço/Pâncreas encarrega-se da transformação e transporte, por isso o Ki do Baço/Pâncreas sobe; os Rins encarregam-se de distribuir a Água elevando o límpido e descendo o turvo; o Pulmão controla a expiração e os Rins, a recepção do ar; o Fogo do Coração abaixa, enquanto a Água dos Rins sobe; assim como o Fígado domina a drenagem. Qualquer transtorno na circulação de Qi, tais como alterações na subida e descida, obstáculos na entrada e na saída, podem afetar as atividades funcionais normais dos Zang-Fu. O corpo mantém a temperatura normal e realiza diversas atividades com o aquecimento pelo Qi. O transporte e a transformação das matérias dos alimentos pelo Estômago e pelo Baco/Pâncreas, a produção de Yong (Qi nutritivo), Wei (Qi defensivo), Qi (Emergia), Xue (Sangue), Jing (Qi essencial) e os líquidos orgânicos; a distribuição dos líquidos orgânicos pelo Triplo Aquecedor e a excreção de urina da Bexiga são realizadas sob a ação de Qi.

     

    Xue (Qi nutritivo) 

    A principal fonte do Sangue é o Yong Qi (Qi nutritivo) gerado por matérias substanciais da Água e dos alimentos digeridos pelo Estômago e pelo Baço/pâncreas. O Yin Qi é à base do Sangue e os líquidos também fazem parte do Sangue. O Sangue origina-se primeiro das Essências inatas; depois do nascimento, tem como fonte, o Qi e Energia essencial adquirida da Água e dos alimentos.

    A circulação do Sangue depende do impulso do Qi do Coração e do Qi do Pulmão e depende também da função de regularização e de drenagem do Fígado e do controle do Qi do Baço/Pâncreas. Por isso, a deficiência do Baço/Pâncreas faz com que o Sangue perca o autocontrole produzindo-se a hemorragia crônica; a deficiência do Baço/Pâncreas leva à disfunção, de transporte e de transformação levando à insuficiência de Sangue nutritivo. A estagnação de Qi do Fígado causa a estagnação do Qi e a estase do Sangue; deficiência de Qi do Pulmão e do Coração faz com que o Sangue circule sem força, provocando a estase de Sangue do Coração. 

    Jinye (líquidos orgânicos) 

    Os líquidos orgânicos têm por função umedecer e nutrir os Zang-Fu, tecidos e constituem um dos elementos importantes para a formação do Sangue.

    Os líquidos orgânicos formam-se da Água e dos alimentos, através da função do Estômago e das funções de transformação e de transporte do Baço/Pâncreas, os Jinye são enviados para o Pulmão e, através da sua função de difusão, são distribuídos pelas vias do Triplo Aquecedor para todo o corpo, chegando externamente até a pele e internamente, filtrando nos Zang-Fu, a fim de umedecer e nutrir aos órgãos e tecidos. A insuficiência dos líquidos nos órgãos internos produz também sintomas de secura, tais como: tosse seca por secura no pulmão, sede devido à secura no estômago, constipação por causa da secura no intestino grosso, etc. Os transtornos na distribuição e na excreção podem causar retenção de água, sintomas como abundância de Mucosidade, edema, etc. 

    ACUPUNTURA 
     

    A acupuntura e a técnica mais antiga que existe, parti do conceito de que o desequilíbrio se deve à má distribuição de energia pelo corpo, sendo assim aplicam-se algumas agulhas para ativar alguns pontos de acupuntura para equilibrar yin e yang dos órgãos e vísceras.

    Cada Órgãos e Vísceras têm uma função energética diferente da função alopática.

    Na Antigüidade, os chineses haviam comprovado, que um órgão do corpo humano, alterado em seu funcionamento, deixavam sensíveis, certos pontos de revestimento cutâneo. A localização desses pontos (situados nos mesmos lugares em todas as pessoas) variava de acordo com o órgão afetado. Concluíram assim que cada órgão correspondia pontos específicos, demonstraram então que uma ação sobre esses pontos repercute sobre o órgão correspondente, produzindo um alívio.

    Esses pontos constituem uma espécie de cadeia, como se uns fossem a continuação de outros. Unindo-os por traços imaginários obtêm-se linhas longitudinais denominadas passagem, canais ou meridianos.

    Os meridianos estão relacionados aos órgãos diretamente. Inserindo uma agulha em um determinado ponto de um meridiano, tem a sensação de que algo esta transitando entre eles, os chineses chamam de Qi, que significa energia.

    Restaurar o equilíbrio energético

     

    A energia circula através do organismo, meridiano a meridiano, de forma regular, distribuindo-se harmoniosamente e segue o seguinte percurso diário: das 3 às 5h, passa pelo meridiano dos pulmões (P); das 5 às 7h, do intestino grosso (IG); das 7 às 9h, do estômago (E); das 9 às 11h, do baço pâncreas (BP); das 11 às 13h, do coração (C); das 13 às 15h, do intestino delgado (ID); das 15 às 17h, da bexiga (B); das 17 às 19h, dos rins (R); das 19 às 21h, da circulação-sexualidade (CS); das 21 às 23h, do triplo-aquecedor (TA); das 23 à 1h, da vesícula biliar (VB); da 1 às 3h, do fígado (F).

    Os desequilíbrios são conseqüências naturais da má distribuição de energia. Alguns sintomas da falta dessa energia são: sensação de vazio, fraqueza, insatisfação, insegurança, desânimo, frio, suor, agressividade, agitação dor, calor, e outros...

    A acupuntura tem por objetivo reequilibrar a circulação de energia no organismo, tornando-o harmônico, pois constitui no princípio básico da ordem universal. A saúde é o resultado do equilíbrio dessas duas forças (Yin (negativo) e Yang (positivo), que ativam os corpos).

    O Yin e Yang expressam-se em todo e qualquer nível de existência, com alternância de cada força.

    Alguns elementos Yang são: a luz, o calor, o verão, o vermelho, o homem, a atividade, o sistema nervoso simpático, as partes superficiais do corpo. O elemento Yin é: o escuro, o frio, o inverno, o azul, a mulher, o sistema nervoso parassimpático, as partes profundas do corpo e outros.

    O intestino delgado, o intestino grosso, a vesícula, o estômago, a bexiga e o triplo-aquecedor são órgãos de Yang. O coração, os pulmões, o fígado, o baço, os rins e a circulação-sexualidade são órgãos Yin.

    Alguns físicos descobriram que a teoria oriental de que não existe distinção entre matéria e energia está certa, elas são consideradas dois pólos de uma mesma unidade.

    Para análise, uma técnica peculiar.

     

    Yin e Yang são duas forças que condicionam a vida de cada indivíduo e o seu estado de saúde, a pergunta que se faz ao especialista de acupuntura é: qual órgão esta deficiente e qual órgão apresentam um excesso de vitalidade? Dá-se, então o analise, na qual, usam-se alguns métodos: ver o cliente escutá-lo, perguntar, apalpar seu corpo nos pontos ou LO (pontos de alarme) e leitura pelo pulso, todos eles são importantes.

    O analise do pulso é realizado na artéria radial do punho. E requer silencio e tranqüilidade. Os três dedos têm que se manter como um arco, com as pontas bem alinhadas e se examina o pulso com a polpa dos dedos. A distancia dos dedos depende da estatura do cliente: É dividida em três zonas, cada qual com uma posição superficial e outra profunda.

    Coloque levemente a polpa de um dedo sobre a artéria radial, em cada uma das três posições, é possível perceber que a sensação obtida difere em cada local – com exceção de pessoa em perfeito estado de saúde (se a pressão for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensação ou percepção torna-se diversa). Se os pulsos da primeira posição apresentar vibrações mais fortes do que os da terceira, quer dizer que o Yang esta mais poderoso do que Yin, e vice-versa.

    Na mão esquerda, com pressão superficial, faz-se a análise do intestino delgado, da vesícula e da bexiga; com pressão profunda faz-se análise do coração, fígado e rins. Na mão direita, com pressão superficial o intestino grosso o estômago e o triplo-aquecedor, com pressão profunda o pulmão, baço/pâncreas e a circulação-sexualmente.

    As pulsações podem ser classificadas em: a) alteração de freqüências b) ritmos c) superficial ou profunda; d) lisa ou grossa; e) cheias ou vazia; f) longa ou curta e etc.

    Tanto para se realizar um tratamento ou realizar uma simples análise, é imprescindível o conhecimento dos meridianos, da origem de seus pontos principais e das leis que regem esta forma de terapia.

    Existem doze meridianos que estão relacionados a doze órgãos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou mais desses órgãos. Assim sendo, esses doze órgãos – ou funções corporais são considerados primários, e os outros secundários.

    Os meridianos são bilaterais, um em cada lado do corpo, sendo classificados como profundos e superficiais, de Yin e de Yang. Os meridianos profundos de Yin são os do coração, da circulação-sexualidade e dos pulmões. Meridianos superficiais de Yang: do intestino delgado, do triplo-aquecedor e do intestino grosso. Meridianos inferiores de Yin (de dentro para fora): do baço/pâncreas do fígado e dos rins. 

    Conclusões 

    Posso afirmar que acupuntura pode ajudar muita gente a equilibrar a sua energia interna, e melhorar a qualidade de vida com tratamento de acupuntura.

    Excelente em tratamentos preventivos.

    Excelente para tratamento da dor e da sua causa.

    Se a eficácia do tratamento não fosse comprovada, os clientes não me procurariam ao longo dos 36 anos praticamente no mesmo local, tratando varias gerações da mesma família.

    Podemos provar realizando alguns golpes nos pontos de acupuntura, verificando aumento da sensibilidade e diminuição da resistência do local (sem machucar, claro).

    Podemos pressionar alguns pontos para mostrar anestesia do local, para tirar a dor, ou melhor, a hiper sensibilidade do local. 
     
     
       

    Referências bibliográficas 

    Yamamura, Y. Acupuntura Tradicional: A arte de inserir.

          2ª ed. Roca, São Paulo, 2001. 

    Ross, J. Zang Fu: Órgãos e Vísceras da Medicina Tradicional Chinesa.

          Roca, São Paulo, 1994. 

    Maciocia, G. A pratica da Medicina Chinesa: Tratamento com Acupuntura e Ervas Chinesas.

          Roca, São Paulo, 1996. 

    Spyros, Alexandros. Fitoterapia Chinesa e Plantas Brasileiras.

          Ícone, São Paulo, 1995.  

    Maike, Sonia. Fundamentos Essenciais da Acupuntura Chinesa.

          Ícone, São Paulo, 1995. 

    Yamanaka, M. Acupuntura em dermatologia.

          LMP, São Paulo, 2005. 

    Xi Wenbu, Tratado de Medicina Chinesa.

          Roca, São Paulo, 1993. 

    Focks, C. Atlas de Acupuntura.

          Manole, São Paulo, 2005. 

    Jae-Nam, M. Ho Shin Môo Yea.

          World Hapki-do HeadQuarters, Seul, Korea,1986. 

    Jae-Nam, M. Self Defence Martial Art.

          World Hapki-do HeadQuarters, Seul, Korea,1987. 

    Won, Seo. Quiro Acupuntura.

          Ícone, São Paulo, 2000. 

    Wood e Becker. Massagem de Beard.

          Manole, São Paulo, 1990.

    Souza, Matheus. Magneto Terapia.

          Ibraqui, São Paulo, 1999.

    Autor: : Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108
    Última atualização: 04/07/2011 14:11


    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico

    Índice

    Resumo

    Introdução.

    Material e Metodologia

    Acupuntura

    Discussão.

    Conclusão.

    Bibliografia. 
     

    Resumo 

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia. 

      Hapki-do e uma luta Arte Marcial Milenar Coreana que utiliza pontos de Acupuntura para neutralizar os seus oponentes, também utiliza os mesmos pontos para tratar o desequilíbrio da energia utilizando vários métodos como: Acupuntura Sistêmica, Acupuntura Auricular, Quiro-Acupuntura, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida), Moxa, Ventosa  e Terapia  Corporal como massagem.

    E uma luta muito violenta e ao mesmo tempo muito delicada porque se atingir algum ponto de acupuntura com certa violência pode paralisar ou até causar traumas irreversíveis.

    Os Coreanos encaram o Hapki-do e acupuntura na sua cultura tradicional, com muita naturalidade, pois faz parte do costume e folclore trazidos por gerações e gerações através de milhares de anos.

    Quando alguém se machucava ou tinha algum problema de saúde, eles procuravam ajuda aos mestres de Artes Marciais, principalmente de Hapki-do. 

     
     

    Introdução 

    A Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia.

    O tema escolhido para holísticas 2009 foi demonstrar na pratica a relação de Hapki-do com as terapias orientais como Acupunturas, Terapia Corporal, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida).

    Realizei vários cursos de acupuntura e massagem com grandes Mestres internacionais nas Artes de Hapki-do.

    Pode observar e aprender várias técnicas de manobras e alongamentos de Quiropraxia utilizadas por eles nos atletas em campeonatos. 

    E também pelo fato de estar engajado em vários trabalhos sociais há muito tempo e com mais de 9000 clientes na carteira e trabalhando em varias entidades como Delegacia Geral, Delegacia da Mulher, Receita Federal, APROFEM (Sindicato dos Funcionários e professores Municipais de São Paulo),e neste ano começou a ser preparados em Hapki-do as Forças Armadas Brasileiras e Academia Kim. Observei que podemos ajudar na qualidade de vida e diminuindo sofrimentos físicos e emocionais.  
     

    Material e Metodologia 

     

    Há aproximadamente 4.500 anos, quando as pessoas começavam a viver em grupos, já  existiam sinais de defesa instintiva necessária para a sobrevivência, ir, defender e contra-atacar para proteger a si próprio e aos outros. Isso pode ser constatado pelos sinais deixados em cavernas da China e da Coréia.

    Antigamente, a região da Coréia era dividida em três partes, entre elas a civilização SIN-LA que era a mais adiantada das três, por isso, foi lá onde começou uma infiltração cultural de origem Budista.

    O SIN-LA era liderado pelo general KIM YU SIN que formou um grupo chamado HWA RANG-DO, que tinha por finalidade unir as três partes.

    O HWA RANG-DO era um grupo de jovens doutrinistas que praticavam certo tipo de defesa, fanaticamente, com a finalidade de conseguir essa união e tinham como lema: 

    -Amar a Pátria;

    -Confraternização mútua;

    -Não recuar um só passo na luta;

    -Respeitar os pais e

    -Ajudar os fracos. 

    Com essa filosofia nasceu o HAPKI-DO que foi responsável pelo engrandecimento da civilização de SIN-LA durante todos os anos de sua existência.

    Começa aí  o Império Kório (Coréia). Naquela época, se criavam e praticavam vários tipos de lutas que eram ensinadas nos exércitos, entre elas:

    YU-SUL (tipo de Judô)

    SU-BAK (tipo de Sumo)

    HAPKI-DO (que já na época, defendia-se de todas as lutas)

    Os nossos trajes atuais de lutas, são cópias fiéis dos trajes daquela época. Hoje, as faixas representam graus de hierarquia, porém, naquela época, representavam as várias classes sociais. 

    O Hapki-do foi escolhidos pelo próprio Imperador para fazer parte do treinamento de sua guarda de honra. 

    Foi escolhido o HAPKI-DO, porque era a única luta que possuía 25 tipos de técnicas e defendia terceiros. Enfim, era e ainda é a luta mais completa.

    Passados mais de 500 anos, o general LEE SUNG KIE fundou o Império YI DO tomando o lugar do Império KORIO. Mandou então matar todos os praticantes de defesa pessoal. Em conseqüência disso, os praticantes dessas lutas foram se esconder nas montanhas, alguns escapando, outros morrendo. Mas o HAPKI-DO continuou. 

    HAPKI-DO;

    KUM-DO (esgrima);

    YO-DO (tipo de Judô) e

    TEA KIUM (tipo de Karatê)

    Depois da Primeira Guerra Mundial, foi criada a R.O.K (Republic of  KOREA), na qual foi adotado o HAPKI-DO para o treino da guarda pessoal do Presidente da República.

    Após a Segunda Guerra Mundial, o HAPKI-DO que até então era uma luta reservada para a presidência e para os nobres, passou a ser conhecida pelo povo. 

    O HAPKI-DO possui cerca de 3.876 golpes  incluindo chutes, saltos, socos, torções, balões, defesa contra faca, manejo de bastões, espadas, etc. 

          Hierarquia das Faixas 

          8º  ao 7º Gub - Faixa Amarela

          6º  ao 4º Gub - Faixa Azul

          3º  ao 1º Gub - Faixa Vermelha

          1º  Dan - Faixa Preta

     

    O HAPKI-DO inspira-se em certos princípios que são rigorosamente respeitados por seus adeptos. Por isso, é a luta mais popular da Coréia.

     

    O HAPKI-DO, hoje, é praticado em quase todo o mundo. Foi difundido no Brasil após o ano de 1.970, pelo Grão Mestre PARK SUNG JAE que ensinou, em princípio, quase 200 homens do Exército Brasileiro foi incentivado pelo Coronel Paulo da Silva Freitas, sendo logo depois de condecorado patrono do HAPKI-DO no Brasil. O Grão Mestre PARK SUNG JAE é Secretário Geral da Confederação Internacional e comanda uma rede de academias no Brasil.

    Está  academia é a mais antiga em funcionamento, com 31 anos de existência, e é administrados pelo mestre Song Un Kim 8o Dan, Bi-Campeão Mundial, Medalha de Ouro na Korea em 1990 e Medalha de Ouro e Prata no México 1993. Atualmente administra cursos de Acupuntura e massagens em diversos locais. 

    Hapki-do não é  apenas mais outra arte marcial ou uma mera combinação de outras artes ou técnicas de lutas. Porém, antes de entender o que é Hapki-do, faz-se necessário entender o que é o "Hap Ki". Hap ki significa uma combinação harmoniosa de (KI) "energia vital interior", não apenas a sua energia, mas a de seus colegas de treino, ou mesmo seu oponente. 
     
    Quando observamos o KI universal, vemos o que conhecemos por energia Yin e Yang; pois é algo que a natureza cria, o fluxo do Yin e Yang, etc. Numa alternância infinita entre os dois.

    Este "KI" gerado é um mistério da natureza que o homem tenta usar a seu favor, a força natural do HAP KI. O Hapki-do envolve estratégias usando o principio do "Hap Ki" na execução de seus movimentos.  
    O "KI" sempre flui em círculos. Hapki-do envolve todos os seus movimentos com fluxo circulares, sem uso de força ou de técnicas traumáticas, que gerem conflitos ou confrontos diretos, sem harmonia. O universo se move circularmente, e no mesmo contexto o Hapki-do usa os movimentos circulares sem o uso da força como base para todas suas técnicas. Quando trazemos nosso oponente para dentro de nosso círculo imaginário (próximo a nós) ou o "adaptamos" a nosso próprio círculo de alcance, teremos o controle total sobre nossos oponentes.  
    Estes movimentos tampouco são violentos ou lineares; eles são certamente muito suaves gentis e sempre circulares. Assim, quando se faz e se torna o centro produzindo um fluxo como um redemoinho de água, como se originando de dentro (do centro) de um furacão, a energia perfeita dos movimentos faz com que alcancemos uma paz profunda interior indescritível.  
    O Hapki-do possui muitas torções, chaves estranguladoras, socos, perfurações, que são usadas para controlar o oponente, bem como uma vastidão de chutes e técnicas de bater (traumatizantes). Muitas escolas de Hapki-do ensinam técnicas com armas brancas para os alunos mais graduados, como bastões longos, médios e curtos, facas, faixas, panos, nunchacos, cordas, leques, lanças, e vários tipos de espadas.  
    Os movimentos do Hapki-do seguem alguns princípios naturais, que quando praticados com empenho e dedicação levam o praticante a atingir a perfeição dos mesmos. Estes movimentos fazem a grande diferença entre o Hapki-do e as outras artes marciais.

     

    Hapki-do se faz necessária compressão de três palavras distintas:

     

    Hap - Combinar, Unir, Coordenar, Para Harmonizar.

    Ki - Força Interior, Energia Vital, Força, Energia Dinâmica.

    Do - O Caminho, O Sistema, O Método.

    O currículo abaixo é  o atual, ensinado pelo Hapki-do:

    1. Ho Shin Do Bup (técnicas básicas de defesa pessoal) 
    2. Moo Ye Do Bup (técnicas com movimentos estritamente circulares) 
    3. Su Jok Do Bup (técnicas traumatizantes) 
    4. Kyuk Ki Do Bup (técnicas de combate com oponentes) 
    5. Ki Hap Do Bup (técnicas de concentração e energização espirituais) 
    6. Byung Sool Do Bup (técnicas com armamentos)  
    7. Su Chim Do Bup (Manipulação e uso de pontos de pressão) 
    8. Hwan Sang Do Bup (Técnicas de visualização de movimentos)

    Os modos do HAPKIDO e a forma como ele se apresenta parecem ser de outro mundo, e muitas de suas técnicas são estranhos, para todas as artes marciais. 

    Hoje em dia existem varias academias no Brasil, e o Hapki-do continua se expandindo.

      

    "É  melhor praticar uma técnica milhares de vezes, do que aprender um milhão de técnicas e praticá-las apenas uma vez." - Grão Mestre MYUNG Jae Nam

     

    Acupuntura
     

    A acupuntura e a técnica mais antiga que existe, parti do conceito de que o desequilíbrio se deve à má distribuição de energia pelo corpo, sendo assim aplicam-se algumas agulhas para ativar alguns pontos de acupuntura para equilibrar yin e yang dos órgãos e vísceras.

    Cada Órgãos e Vísceras têm uma função energética diferente da função alopática.

    Na Antigüidade, os chineses haviam comprovado que um órgão do corpo humano, alterado em seu funcionamento, deixava sensíveis, certos pontos de revestimento cutâneo. A localização desses pontos (situados nos mesmos lugares em todas as pessoas) variava de acordo com o órgão afetado. Concluíram assim que cada órgão correspondia pontos específicos, demonstraram então que uma ação sobre esses pontos repercute sobre o órgão correspondente, produzindo um alívio.

    Esses pontos constituem uma espécie de cadeia, como se uns fossem a continuação de outros. Unindo-os por traços imaginários obtêm-se linhas longitudinais denominadas passagem, canais ou meridianos.

    Os meridianos estão relacionados aos órgãos diretamente. Inserindo uma agulha em um determinado ponto de um meridiano, tem a sensação de que algo esta transitando entre eles, os chineses chamam de Qi, que significa energia.

    Restaurar o equilíbrio energético 

    A energia circula através do organismo, meridiano a meridiano, de forma regular, distribuindo-se harmoniosamente e segue o seguinte percurso diário: das 3 às 5h, passa pelo meridiano dos pulmões (P); das 5 às 7h, do intestino grosso (IG); das 7 às 9h, do estômago (E); das 9 às 11h, do baço pâncreas (BP); das 11 às 13h, do coração (C); das 13 às 15h, do intestino delgado (ID); das 15 às 17h, da bexiga (B); das 17 às 19h, dos rins (R); das 19 às 21h, da circulação-sexualidade (CS); das 21 às 23h, do triplo-aquecedor (TA); das 23 à 1h, da vesícula biliar (VB); da 1 às 3h, do fígado (F).

    Os desequilíbrios são conseqüências naturais da má distribuição de energia. Alguns sintomas da falta dessa energia são: sensação de vazio, fraqueza, insatisfação, insegurança, desânimo, frio, suor, agressividade, agitação dor, calor, e outros...

    A acupuntura tem por objetivo reequilibrar a circulação de energia no organismo, tornando-o harmônico, pois constitui no princípio básico da ordem universal. A saúde é o resultado do equilíbrio dessas duas forças (Yin (negativo) e Yang (positivo), que ativam os corpos).

    O Yin e Yang expressam-se em todo e qualquer nível de existência, com alternância de cada força.

    Alguns elementos Yang são: a luz, o calor, o verão, o vermelho, o homem, a atividade, o sistema nervoso simpático, as partes superficiais do corpo. O elemento Yin é: o escuro, o frio, o inverno, o azul, a mulher, o sistema nervoso parassimpático, as partes profundas do corpo e outros.

    O intestino delgado, o intestino grosso, a vesícula, o estômago, a bexiga e o triplo-aquecedor são órgãos de Yang. O coração, os pulmões, o fígado, o baço, os rins e a circulação-sexualidade são órgãos Yin.

    Alguns físicos descobriram que a teoria oriental de que não existe distinção entre matéria e energia está certa, elas são consideradas dois pólos de uma mesma unidade.

    Para análise, uma técnica peculiar

     Yin e Yang são duas forças que condicionam a vida de cada indivíduo e o seu estado de saúde, a pergunta que se faz ao especialista de acupuntura é: qual órgão esta deficiente e qual órgão apresentam um excesso de vitalidade? Dá-se, então o analise, na qual, usam-se alguns métodos: ver o cliente escutá-lo, perguntar, apalpar seu corpo nos pontos  ou LO (pontos de alarme) e leitura pelo pulso, todos eles são importantes.

    O analise do pulso é realizado na artéria radial do punho. E requer silencio e tranqüilidade. Os três dedos têm que se manter como um arco, com as pontas bem alinhadas e se examina o pulso com a polpa dos dedos. A distancia dos dedos depende da estatura do cliente: É dividida em três zonas, cada qual com uma posição superficial e outra profunda.

    Coloque levemente a polpa de um dedo sobre a artéria radial, em cada uma das três posições, é possível perceber que a sensação obtida difere em cada local – com exceção de pessoa em perfeito estado de saúde (se a pressão for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensação ou percepção torna-se diversa). Se os pulsos da primeira posição apresentar vibrações mais fortes do que os da terceira, quer dizer que o Yang esta mais poderoso do que Yin, e vice-versa.

    Na mão  esquerda, com pressão superficial, faz-se a análise do intestino delgado, da vesícula e da bexiga; com pressão profunda faz-se análise do coração, fígado e rins. Na mão direita, com pressão superficial o intestino grosso o estômago e o triplo-aquecedor, com pressão profunda o pulmão, baço/pâncreas e a circulação-sexualmente.

    As pulsações podem ser classificadas em: a) alteração de freqüências b) ritmos c) superficial ou profunda; d) lisa ou grossa; e) cheias ou vazia; f) longa ou curta e etc.

    Tanto para se realizar um tratamento ou realizar uma simples análise, é  imprescindível o conhecimento dos meridianos, da origem de seus pontos principais e das leis que regem esta forma de terapia.

    Existem doze meridianos que estão relacionados a doze órgãos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou mais desses órgãos. Assim sendo, esses doze órgãos – ou funções corporais são considerados primários, e os outros secundários.

    Os meridianos são bilaterais, um em cada lado do corpo, sendo classificados como profundos e superficiais, de Yin e de Yang. Os meridianos profundos de Yin são os do coração, da circulação-sexualidade e dos pulmões. Meridianos superficiais de Yang: do intestino delgado, do triplo-aquecedor e do intestino grosso. Meridianos inferiores de Yin (de dentro para fora): do baço/pâncreas do fígado e dos rins. 

     
     

    Discussão 

     

    Hapki-do como é uma arte marcial muito antiga que tem mais de 3500 anos de existência, não se sabe realmente quem foi o mentor da arte. Existem varias teorias. 

    Hoje em dia, vários mestres, modificaram a arte tradicional de hapki-do para falar que e o mentor, e alguns modificaram até o nome e outros colocaram outro nome para falar que e um estilo diferente de Hapki-do.  

    Mas no fundo aqueles que realmente conhecem a Arte Marcial Hapki-do eles trabalham com acupuntura e terapia corporal (obs. "massagem" é termo inadequado à legislação brasileira e mercado).  

    São aqueles que só usam o nome Hapki-do para se promover, não sabe nem onde fica um ponto de acupuntura.   
     

    Conclusões 

     

    Posso afirmar que acupuntura e Quiropraxia têm relação direta com Hapki-do para equilibrar a sua energia interna e para imobilizar e neutralizar os seus oponentes, fazendo gerar muita dor e sofrimento utilizando compressão nos pontos de acupuntura e alterando a sua função biomecânica da coluna.

    Hapki-do e excelente em tratamentos preventivos para alongamento das articulações e melhorando sistema cardiorrespiratório.

    Excelente para tratamento da dor e da sua causa.

    Podemos provar realizando alguns golpes nos pontos de acupuntura, verificando aumento da sensibilidade e diminuição da resistência do local (sem machucar, claro).

    Podemos pressionar alguns pontos para mostrar anestesia do local, para tirar a dor, ou melhor, a hiper sensibilidade do local.

    O hapki-do e uma luta Arte Marcial Coreana que usa pontos de Acupuntura para Neutralizar oponentes e também serve para equilibrar a desarmonia da energia utilizando os mesmos pontos de Acupuntura.

    Por isso Hapki-do e utilizado na Coréia em forças armadas, Policia, Guarda Costa e quando se fala em proteger  alguma pessoa ou alguma coisa e utilizado Hapki-do. 
     

    Referências bibliográficas 

     

    Hapki-do: Hoo sin sool.

    Seul,Korea 1987. 

    Hapki-Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    Self Defence Martial Art.

    Seul,Korea 1987 

    Hoo sin Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    General Description of Hapki-do.

    Seul, Korea 1986. 

    Autor: : Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Psicoterapia » Sexologia

    SAHAJÔLI - Energia Sexual e Qualidade de Vida

    SAHAJÔLI

    Energia Sexual e Qualidade de Vida


    Jussara Hadadd Aguiar Duarte

    Terapeuta Holística

    CRT 39518




    Propositura de palestra apresentando alternativas de terapia com o foco na sexualidade feminina através da técnica do Sahajôli, associando a utilização dos Florais de Bach e a aplicação da Reflexoterapia Podal









    Rio de Janeiro

    2007




    SUMÁRIO


    AGRADECIMENTOS 4

    INTRODUÇÃO 5

    RESUMO 6

    SAHAJÔLI 8

    Origem 8

    Preconização 8

    Indicações 9

    Benefícios 9

    SAHAJÔLI COMO TERAPIA HOLÍSTICA 11

    A Filosofia Comportamental e a Qualidade de Vida 11

    Associação dos Florais de Bach 11

    Associação com a Reflexoterapia Podal 13

    A MULHER 14

    O movimento feminista 14

    A redescoberta do prazer 14

    O reencontro com o poder da Deusa 15

    ENERGIA SEXUAL 16

    Ativação dos Chakras 16

    Energia Kundalini 16

    Energia Vital 17

    Sexo Tântrico 17

    Tao do Amor e do Sexo 18

    SEXUALIDADE 19

    Individualidade 19

    Casamento 19

    Família 20

    Mundo 20

    Os Homens 21

    EXERCÍCIOS 22

    Contrações 22

    Consciência Corporal 22

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 23



    AGRADECIMENTOS


    A minha família, berço de toda a minha proposta de evolução e aos desafios que me foram impostos através das dificuldades e das pedras, cuidadosamente, colocadas no meu caminho.




    INTRODUÇÃO


    A energia sexual é um rico tesouro de alegria, felicidade e amor. Ela é uma ferramenta para criar e manter o nível ideal de saúde e vitalidade, transmutando uma vida medíocre em uma vida genial, transformando uma vida infeliz e estressada em uma vida plena de sucessos e realizações.

    As vibrações da mente são facilmente aumentadas e ativadas por diferentes tipos de estímulos. A mente responde facilmente ao amor, à amizade profunda e a musica, bem como ao medo, à inveja, às drogas, ao álcool e coisas do gênero. Um estímulo muito intenso, porém, é o desejo de expressar a energia sexual. Quando combinada ao amor, a energia sexual é uma das mais poderosas; mas ela só permanece uma virtude na medida em que é utilizada com discernimento, sabedoria, compaixão e compreensão. Ao entender essa verdade, a pessoa assume a responsabilidade de usar positiva e amorosamente a energia “extra” que ganhou. Esse é um bom meio de criarmos uma vida rica e plena.


    RESUMO


    Esclarecer pessoas de todos os níveis sociais, idades e crenças religiosas, sobre a importância que uma sexualidade bem resolvida tem para o aumento da qualidade de vida.

    Apontar as maneiras de associar ao Sahajôli as Terapias com Florais de Bach e com a Reflexoterapia Podal, através da análise atenciosa do perfil emocional da Cliente.

    Informar melhor sobre a preciosa técnica do Sahajôli, valorizando sua origem sob a ótica do Tantra Yoga, e das Filosofias Orientais Milenares comprovadamente capazes de trazer para o indivíduo conforto espiritual, equilíbrio emocional e felicidade através do autoconhecimento.

    Resgatar o real valor do Sahajôli, retirando-o cada dia mais dos circuitos da pornografia, onde esteve por muitos anos, escondido e sendo muito mal utilizado.

    Ressaltar a importância de se autoconhecer, de conhecer o próprio corpo, de sentir prazer, de reconhecer que o sexo, principalmente o feito com amor, está ligado à divindade e, através dessas riquezas, combater os estados de tristeza que vêm se tornando cada dia mais freqüentes nas mulheres, nos casais, nas famílias e no mundo.

    Criar, nos Terapeutas Holísticos, a consciência para a atenção sobre a sexualidade de seus Clientes como fator significativo de desequilíbrio energético. O tempo em que a sexualidade era tratada com hipocrisia, em que ela propositalmente era deixada de lado, porque era “feio” ou pecado tocar neste assunto, acabou. Duraram uns dois mil anos, mas acabou! E porque não os Terapeutas Holísticos, detentores de tanta sabedoria, serem os orientadores e os conselheiros de seus Clientes sobre esta valiosa alternativa, na interminável busca do ser humano pela paz interior e pela alegria de viver?


    SAHAJÔLI

    Origem


    Nascida no Oriente há mais de três mil anos, advinda do Tantra Yoga, com o nome clássico de Sahajôli, a técnica era passada sabiamente de mãe para filha gerações após gerações para amenizar diversos males que acometiam as mulheres daquele lugar pelos motivos que serão apresentados nos tópicos indicações e benefícios. O termo Pompoar como ficou mais conhecida, vem do Tamil, língua falada na região do Siri Lanka, sul da Índia e foi atribuída à técnica quando descoberta pelas mulheres que queriam impressionar os homens e lucrar com isso. Em sânscrito, Pompoar significa “sugar’”. Sahajôli por sua vez significa o controle absoluto dos músculos da vagina e região pélvica.

    Preconização


    O ginecologista americano Dr. Arnold Kegel, por volta de 1949, instituiu os exercícios de contração vaginal para suas Clientes que constantemente apresentavam queixas de incontinência urinária no pós-parto e frigidez sexual com quadros de depressão. Infelizmente, o Dr. Kegel não fez alusão ao Sahajôli nem ao Pompoarismo. O método apresentou excelentes resultados e foi inserido na cadeira de ginecologia da faculdade de medicina, mas não se escuta falar de ginecologistas que ensinem os exercícios em consultório. Atualmente, os graduados em Fisioterapia e especializados em Uroginecologia usam o método para tratar de seus pacientes incontinentes. Os terapeutas holísticos e psicólogos mais antenados o usam para trazer à tona a vivacidade das suas clientes.

    Indicações

    • Desequilíbrios energéticos

    • Relações sexuais anorgásmicas

    • Insegurança

    • Baixa auto estima

    • Flacidez Vaginal

    • Incontinência Urinária

    • Ameaça de prolapso genital


    Benefícios


    A mulher se sente mais segura em qualquer tempo da vida se ela, no âmbito sexual, aplicar o Sahajôli a sua rotina de vida. Simples de praticar, seus exercícios promovem verdadeiros milagres. Sozinha ou acompanhada ela será uma mulher mais bem humorada, decidida e equilibrada. As que de alguma forma têm algum bloqueio decorrente de repressão ou de trauma, encontram, no Sahajôli, a necessidade de cuidar do próprio corpo, em especial da região pélvica onde está concentrada grande parte de sua energia e poder. Cabe dizer que a mulher atenta aos cuidados com esta região, sobretudo no aspecto físico, se torna uma mulher segura, com auto-estima elevada, com menos risco de ter que enfrentar as crises conjugais, o abandono e as doenças oriundas da atrofia desta musculatura, como por exemplo a constrangedora incontinência urinária, que compromete sobremaneira sua vida social, levando-a ao isolamento e à infelicidade. Cabe, ainda, citar os casos de prolapso genital (queda de órgãos como a bexiga e o útero) que as leva para a mesa de cirurgia, o que poderia ser evitado se uma técnica comportamental como a do Sahajôli, fosse aplicada como proposta preventiva e até corretiva. Se alguém tem de alertá-las para isso por que não nós, os Terapeutas Holísticos? Afinal, nem só de medicamentos e cirurgias são constituídos os recursos para cuidar do corpo das pessoas e... “Mente sã em corpo são”!


    SAHAJÔLI COMO TERAPIA HOLÍSTICA


    A Filosofia Comportamental e a Qualidade de Vida


    Muitos pesquisadores afirmam que medidas comportamentais podem aumentar a auto-estima das pessoas e melhorar sua qualidade de vida. Os orientais praticam isto há milênios. EDUCAÇÂO! POSTURA! CONDUTA! Neste caso, a educação voltada para atenção com a sexualidade! O combate à promiscuidade é uma das propostas da terapia, porque pior que não fazer é fazer mal feito, catalisando energias negativas. Há que se atentar quanto a isto.



    Associação dos Florais de Bach


    A Cliente chega ao nosso consultório, disfarçada de mulher feliz e realizada. Já no final da primeira sessão, após o questionário de rotina, se encontra a vontade para relatar pequenos fatos de sua intimidade. A partir do segundo encontro, já bem confiante e esperançosa na proposta da terapia, desabafa sobre sua infância, sua criação, seus bloqueios, suas culpas e medos. O terapeuta atencioso conhecedor da Terapia com os Florais de Bach, vai saber aplicar as essências certas para cada tipo de emoção que a Cliente apresentar.


    Ex: A Srtª A.V.S., 21 anos, recém casada tinha total dificuldade em aceitar a penetração do pênis do seu marido. Caso clássico de Síndrome de Vaginismo.

    Após atenciosa análise de seu comportamento, descobrimos que A. trazia, desde a infância, conceitos plantados por sua avó de que as mulheres haviam sido criadas por Deus para trazer vidas ao mundo e que “aquela” parte do corpo, se não fosse usada somente com esta finalidade, estaria sujeita a doenças com dores insuportáveis. Sua avó desencarnou quando A. tinha 14 anos e a fez prometer que se casaria virgem e que seria uma esposa recatada.

    Aplicamos os exercícios de contrações e relaxamento da musculatura circunvaginal, aconselhamos e, em seguida, indicamos a utilização dos Florais de Bach com a seguinte composição em uma primeira tentativa:


    Influências do passado - Walnut

    Culpa - Pine

    Medo - Mimulus

    Insegurança - Larch


    Acertamos e mantivemos a composição por um mês. Após alteração no seu quadro emocional, iniciamos o Treinamento com os Acessórios, que ela sozinha tinha que introduzir na vagina com a proposta de romper o elo com a repressão imposta pela avó. O marido ajudou, a terapia foi eficaz. Hoje, aos 23 anos já tem o primeiro filho e se diz feliz no casamento, bem resolvida com a sexualidade e o prazer. Ainda usamos por dois meses o Impatiens, pois as novas propostas a deixavam um pouco ansiosa. Controlamos.






    Associação com a Reflexoterapia Podal


    Mulheres experientes e bem resolvidas também se deparam com dificuldades relacionadas ao sexo. Estresse, ansiedade, tristeza, ou seja, desequilíbrios de ordem energética, causados na maioria das vezes pelos atropelos da vida moderna, se refletem nelas com a falta de libido e a anorgasmia que se transforma em um círculo vicioso.

    Nestes casos, além do Treinamento com o Sahajôli, aplicamos algumas sessões de Reflexoterapia Podal, com ênfase nos pontos reflexos onde estão instalados os bloqueios de energia sexual. Após o desbloqueio do meridiano, que está localizado em ambos os pés, no lado externo, a meio caminho entre o osso do tornozelo e a parte de traz do calcanhar elas, se sentem mais calmas e equilibradas e serão capazes de se entregar novamente aos momentos de prazer e de usar esta energia para se manterem em ótimo estado de equilíbrio.

    É bom lembrar que este é um erro muito freqüente, quando as pessoas estão desequilibradas, numa ação inconsciente e na maioria das vezes arquetipada, (eu sofro então eu não me permito a felicidade em sacrifício assim como santa fulana de tal), se condenam à falta do prazer. Deveria ser exatamente o contrário: no lugar da punição, lançar mão da recarga da energia através de um mecanismo tão simples como o Sahajôli. Quando este tipo de pessoa vive sozinha, o mal já é enorme e piora quando ela tem um companheiro e o condena à solidão e à abstinência sexual. Neste caso, existe o grande risco de serem dois a contaminar o mundo com a tristeza e o mal humor.


    A MULHER

    O movimento feminista


    Após séculos relegada ao desprezo e taxada como louca fútil e inútil, a mulher, vem há quase cem anos lutando para rever seus direitos, impor sua inteligência e seu real valor que foram, através dos interesses de algumas religiões e igrejas, suplantados e fantasiosamente sobrepostos pelo poder dos homens. Foi plantado o mito da insuficiência feminina.


    A redescoberta do prazer


    Sufocada em conceitos que realçavam a culpa e o pecado, a mulher passou, por séculos, reprimindo o prazer sexual. Nem mesmo com seus maridos lhe era permitida nenhuma manifestação de prazer. Não era permitido que ela sentisse desejo e orgasmo. Isso não era coisa de mulher honesta. Rebaixada a simples serva dos senhores, cabia à mulher, até bem pouco tempo, somente a tarefa de procriar e gerar herdeiros para os seus senhores. Mantida em cativeiro domiciliar e sem direito à verdadeira felicidade, vendo-se constantemente traída e maltratada, desenvolvia a histeria e lotava os hospícios, consumia todo estoque de barbitúricos das farmácias, embriagava-se e cometia suicídio. Tudo isso até bem pouco tempo atrás.






    O reencontro com o poder da Deusa


    Tanto na Índia como na China e em grande parte do Oriente, a mulher sempre encarnou a Deusa. No inicio do século passado, as mulheres apesar de terem exagerado um pouco dentro do movimento feminista o que as levou a perder também parte de sua feminilidade, resgataram o direito à informação e, hoje, buscando em culturas como as orientais milenares, começam a terem reveladas suas origens de força e inteligência, fato que a própria ciência, vem constatando. A mulher é supraconsciente, tem o poder de gerar a vida, detém a sabedoria, a calma, o amor e a intuição. Sendo assim, faz-se crer que mais alguns poucos ajustes entre o que já foram, e onde estão agora, em bem pouco tempo terão readquirido o poder que ficou perdido entre os conceitos que foram impostos.


    ENERGIA SEXUAL


    Ativação dos Chakras


    Com os exercícios de contração da musculatura pélvica e circunvaginal, o Chakra Sacral é ativado instantaneamente. Em sânscrito, o segundo Chakra é Svadhisthana, que significa “doçura”. Esse é um nome apropriado para a doçura do desejo, do prazer e da sexualidade. O segundo Chakra incorpora a natureza do “dois” e rege a polaridade, instigando movimento no corpo e na psique que começa o processo de ascensão da Kundalini enrolada ao subir através dos Chakras. Encontrar o “outro”, cria desejo e o desejo nos faz mover, alcançar, crescer e mudar.


    Energia Kundalini


    Kundalini é um conceito com freqüência citado em relação aos Chakras. Na mitologia, Kundalini é uma Deusa Serpente que dorme na base da coluna vertebral, enrolada 3 vezes e meia ao redor do primeiro Chakra, aguardando a expansão. Acordada, dentre as várias formas, pela atividade sexual, pode se transformar em rica fonte de energia. De forma geral não é aconselhável que se invoque a Kundalini sem um instrutor ou um sistema de apoio que possa ajudá-lo a processar as mudanças que ela pode trazer. Ela é, porém, uma força de equilibrio, e nos é muito benéfica quando conseguimos nos render a ela com graça.




    Energia Vital


    O corpo é um campo de energia dinâmico. Os chineses descobriram que essa energia - C’hi - circula ao longo de 12 meridianos que existem dentro do corpo. A teoria de que alguma forma de energia anima o corpo agora está sendo mais amplamente reconhecida. Os Indianos também descobriram que esta energia, chamada Prana, percorre os Chakras e nos leva a um estado de iluminação. Nossa

    energia vital é mantida em nível estável por mais tempo e assim garantimos a longevidade.


    Sexo Tântrico


    Surgida na Índia, há 5 mil anos, o Tantra é uma filosofia matriarcal, onde a mulher é considerada uma divindade. Em sânscrito, Tantra significa "o que conduz ao conhecimento". O sexo Tantrico é uma forma de adiar ao máximo o orgasmo, para obter prazer prolongado. Segundo os praticantes, este é um processo que vai elevar o nível do sexo, segurando o orgasmo cada vez mais. Toda a energia retida, quando liberada, se transformará num êxtase total. O tantrico transcende a união sexual e a transpõe para o plano cósmico. Para o tantra, qualquer união sexual é sagrada.









    Tao do Amor e do Sexo


    Um dos valores mais importantes do mundo é dos relacionamentos. Estabelecer relacionamentos harmoniosos em todos os aspectos da vida é meta da prática taoísta. O Universo, a Natureza e o mundo em que vivemos operam por meio de relações, conexões e intercâmbios sociais. Estabelecer relacionamentos harmoniosos e equilibrados é o processo do Tao. É o equilíbrio de todos os opostos aparentes, masculino e feminino, luz e escuridão, repouso e atividade, eletricidade e magnetismo. É importante compreender a diferença entre a energia sexual masculina (yang) e a energia sexual feminina (Yin). Os taoistas entendiam que homens e mulheres são destinados ao equilíbrio, como duas metades opostas de um todo universal. Isso quer dizer que cada um de nós precisa respeitar as diferenças e compreender que é natural sentir-se diferente e ser diferente. Sem essa percepção, o homem e a mulher estarão sempre em desacordo. Se esquecermos essa verdade, será fácil nos irritarmos com o sexo oposto e nos sentirmos frustrados. Entretanto, quando respeitamos essa diferença, o amor floresce como um jardim bem adubado.


    SEXUALIDADE


    Individualidade


    Desde que a pessoa não tenha sublimado em si o sentimento de amor carnal em decorrência de uma opção religiosa, ou de um alto nível de intelectualização ou então em favor de um parceiro há quem muito amou e dividiu com ele os melhores momentos de sua vida, mas que agora, devido a uma enfermidade qualquer não pode mais compartilhar com ela momentos de intimidade sexual, enfim, desde que tenha optado por uma vida assexuada, toda pessoa que goza de boa saúde física e mental deve estar atenta as suas necessidades sexuais. Para tanto, mesmo estando sozinha, não deve abrir mão do prazer sexual. A masturbação, tratada erroneamente sob a ótica do preconceito, é um excelente recurso para os que estão momentaneamente sem parceiros. E mais, é um santo remédio para evitar que as pessoas carentes demais se atirem nos braços de outros, muitas vezes mal intencionados e pior, irresponsáveis, doentes e transmissores potenciais do vírus da Aids e das DST’s.



    Casamento


    Casais com sexualidade mal resolvida, mal discutida, mal cuidada e mal usada, vivem amargurados, mal humorados e têm muita dificuldade em atribuir os dias mal vividos juntos, ao sexo mal feito. Culpam a situação financeira, os filhos, os sogros, os patrões, Deus e o mundo. Não investem em carinho, em perdão, em diálogo e em informação. Ao invés de buscarem recarregar suas energias no encontro sexual que um dia os motivou a união conjugal, passam a dormir de costas um para o outro, sem se beijarem, se abraçarem e sem nem mesmo manifestarem verbalmente o sentimento que os une. Casais que se amam fortemente estão se separando por não conseguirem se comunicar sexualmente. Buscam em relações fugazes o que na realidade gostariam de viver em casa. Stress, ansiedade, competividade, egoísmo e exagero de vaidade são fatores a serem combatidos com seriedade.


    Família


    Os casais que vivem em harmonia sexual, têm mais facilidade para conduzirem famílias felizes e filhos sorridentes e bem educados. É claro, que outros valores, são muito importantes também, porém estes casais, por causa da troca das energias sexuais, são capazes de se comunicarem através do olhar, não brigam, conservam um clima de paixão no seu cotidiano e em sua casa flui uma atmosfera de paz e de equilíbrio. Não permitem que suas neuroses e psicoses ou mesmo problemas educacionais ponham em risco os seus relacionamentos. Casais assim, buscam resolver as diferenças que pesam e incomodam o parceiro temendo perde-lo e o prazer que sentem em sua companhia. Assim sendo, tudo em volta se beneficia.


    Mundo


    O mundo melhor que todos almejamos, começa dentro dos lares. As pessoas realizadas, bem humoradas, bem dispostas e que pensam positivamente, são as responsáveis pela parcela do mundo bom para viver com a harmonia que tanto procuramos.


    Os Homens


    É importante citar, que muito embora meu trabalho se restrinja as mulheres, existem técnicas similares dedicadas aos homens e capazes de promover neles os mesmos benefícios. Cabe ao terapeuta definir o seu publico e oferecer a ele a preocupação com sua sexualidade e alternativas eficazes como a técnica do Sahajôli. Os homens da mesma forma que as mulheres têm sofrido muito em decorrência destes desajustes.


    EXERCÍCIOS


    Contrações


    Os exercícios do Sahajôli são muito simples. São feitos através de contagem de tempo e quantidade de repetições. Não exige privacidade, o que facilita a execução em qualquer lugar, desde, é claro, que a mulher já esteja bem familiarizada com eles. Podem ser feitos também com o auxilio de acessórios como as Ben Wa, o Vibrador e os Cones Vaginais, mas para tanto ela precisa estar um pouco mais orientada e o acompanhamento do terapeuta é fundamental. A avaliação é totalmente verbal sem nenhum contato físico.


    Consciência Corporal


    Através de concentração e respiração adequadas, a mulher passa a conhecer melhor o seu corpo, a região pélvica, os músculos a serem fortalecidos e passa ainda a dominá-los. Assim, através da sua vontade, pode utilizar-se deste rico recurso para obtenção de maior prazer sexual e saúde genital e mental.


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS



    A Experiência Junguiana.

    Hall, James - S.Paulo – Ed.Cultrix.


    Mulheres que correm com os lobos

    Estes, Clarissa Pendula- S. Paulo – Ed. Racco.


    Um Guia Passo a Passo Para a Reflexologia

    Dougans, Inge e Ellis, Suzanne – S.Paulo – Ed. Pensamento/Cultrix


    Reflexologia – Como Restabelecer o Equilíbrio Energético

    Kunz, Kevin e Bárbara –S.Paulo – Ed. Pensamento.


    Reflexologia Sexual

    Chia, Mantak e Wei, W.U. – S.Paulo - Ed. Cultrix.


    A Cintura Pélvica

    Lee – S.Paulo – Ed. Manole


    Fisioterapia em Uroginecologia

    Moreno, Adriana L. – S.Paulo – Ed. Manole.


    Benefícios Terapêuticos da Acupressura

    F.M.Houston, D.C.,D.D.,PhD. – S.Paulo – Ed. Pensamento


    A Terapia Sexual – Vol.III

    Gillan, Patrícia e Richard – Portugal – Ed. Persona.


    Tantra – O Culto da Feminilidade

    Van Lysebeth, André – Ed. Summus.


    O Homem Moderno

    Brewer, Sarah – S.Paulo – Ed. Manole.


    O Tao do Amor e do Sexo

    Chang, Jolan - . RJ – Ed. Nordica

    Autor: : Jussara Hadadd Aguiar Duarte - Terapeuta Holística - CRT 39518
    Última atualização: 13/05/2007 20:08


    Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade-Desmistificando a Kundalini

     Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade - Desmistificando a Kundalini

    Mitiyo Oshiro Takemoto
    Terapeuta Holística
    CRT – 38660


    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2008

    Sumário

    Introdução ............................................................................... iv

    Sahajoli e Seus Benefícios.........................................................v

    - História.......................................................................................v

    - Cultura Ocidente e Oriente........................................................ vi

    Sexo.......................................................................................... vi

    Dois Cérebros........................................................................... vii

    Três Veículos.............................................................................vii

    Cérebro......................................................................................vii

    Órgãos do Corpo.......................................................................viii

    Órgãos Sexuais..........................................................................viii

    Os Três Tan Tiens.....................................................................viii

    Tantra.........................................................................................ix

    Vantagens da Pratica Sexual......................................................x

    - Os órgãos sexuais e o Cérebro..................................................x

    Rejuvenescimento (dentro das técnicas Taoistas)......................x.

    - A importância da Saliva...........................................................xi

    - Esperma....................................................................................xi

    Kundalini....................................................................................xii

    Sexualidade.................................................................................xii

    Reeducação Sexual.....................................................................xiii

    - Filosofia do Chi........................................................................xiii

    - Chacras, Tantrismo, Budismo e Hinduísmo..............................xiii

    O Cultivo da Energia Sexual e Espiritual..................................xiv

    Os Órgão Sexuais e o Cérebro...................................................xiv

    Material e Metodologia..............................................................xiv

    Discussão....................................................................................xv

    Conclusão...................................................................................xv

    Bibliografia................................................................................xvi


    Introdução

    SEXUALIDADE, ENERGIA E RELACIONAMENTOS.

    A relação entre homens e mulheres tem desconcertado e confundido filósofos, cientistas e pensadores ao longo dos tempos. A sexualidade é uma “doença” que abarca as páginas da história de todas as sociedades. É um ritual que tem absorvido as atividades humanas através das eras e que ainda constitui um dilema para as culturas atuais. Diante de algo que existe há tanto tempo e que faz parte da vida de toda criatura ao longo da história, poderíamos pensar que a raça humana já fosse especialista no tema da sexualidade. Entretanto, ainda hoje, os relacionamentos sexuais continuam ofuscando e confundindo profundamente o espírito das pessoas. Por um lado, criam paixão e amor, acendem o romance e o prazer, despertam as chamas do desejo que tornam a vida digna de ser vivida, mas, por outro lado, a sexualidade é também uma fonte de destruição e negatividade, a causa de infinitos problemas na sociedade. Os taoistas não vêem o sexo ou a energia sexual como uma questão moral. Para eles é mais uma questão de saúde. Assim que você começar a entender sua energia, como ela é e para que realmente existe, você terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhar com ela e como interagir com as pessoas ao seu redor, especialmente com o sexo oposto. A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidos nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultuando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente. A saúde sexual depende intrinsecamente da energia sexual, é a energia mais potente que existe, pois é uma energia criativa, a energia criativa é a pura energia da vida, a sexualidade se manifesta o tempo todo no universo, desde a natureza, plantas, flores, animais e nós humanos, ela flui no universo o tempo todo, ela é um dom que recebemos e que tem que ser utilizada, a natureza deu e a natureza cobra, a pessoa que não sente atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa dos bloqueios energéticos. Sobre a energia sexual se envolve vários assuntos, um deles é a energia da Kundalini.

    Sahajoli e Seus Bebefícios

    O Sahajoli se resume basicamente em exercícios para fortalecer os músculos vaginais e região pélvica. Em primeiro lugar estaremos passando as técnicas de como proceder esse exercício. Em primeiro lugar trabalha-se o fortalecimento de todo assoalho pélvico (vagina, uretra e anus) e é chamado de Uddiana Banda, ou seja, com essa pratica trabalha-se todos os esfíncter, anal, vaginal e uretra através das contrações dos anéis da vagina, anus e uretra. Na segunda fase desse exercício aprende-se a sugar e não apenas apertar para cima os músculos e esfíncter. Conforme ofortalecimento de todo assoalho pélvico, estaremos alcançando o sahajoli, vajroli e amaroli, pois a energia flui até chegar no bindu (comparada a energia do orgasmo). Exercícios para os homens(aqui a intenção é preservar o bindu, ou seja preservar o semen, pois com a ejaculação perde-se a energia e acelera o envelhecimento). Bindu é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico, é um fio que liga o cérebro, medula e órgãos sexuais.

    HISTÓRIA

    Sahajoli é uma arte milenar das mulheres orientais. Antigamente o Sahajoli era praticado naturalmente. Os pais orientavam seus filhos naturalmente com relação a este legado, através do sistema Paran Paran; quer dizer oralmente, nada de leituras ou escritas. Entre os nobres: o pai da jovem contratava uma orientadora, mestra na arte de amar, com a finalidade de preparar a jovem moça Shakti “Deusa do Amor” com intenção de entregar ao pretendente Shiva “Deus do Amor”. Assim se formava um casamento perfeito, inabalável. Com a invasão dos ingleses, devido ao moralismo vitoriano, eles foram proibidos de praticar e caiu no esquecimento.

    Há aproximadamente dois séculos, as prostitutas orientais, as gueixas, se apoderaram dessa técnica para obter mais lucro, ganhar mais clientes. Na China, os Ensinamentos Sexuais da Tigresa Branca, Segredos das Mestras Taoistas –Hsi Lai – ainda existe em grupo secreto, um treinamento concentrado de três anos, com a finalidade de educar e reeducar no “refinamento” aperfeiçoamento para a “imortalidade” sexual e espiritual (valorização da mulher). Esse sistema é compatível com o Tantra.

    No ocidente, o sahajoli feminino se tornou conhecido através do Dr. Kegel, médico americano que popularizou os exercícios de contração vaginal, trazendo muitos benefícios à saúde e sexualidade da mulher. Tomemos como exemplo a cura de muitos casos de incontinência urinária, queda de útero e bexiga. Assim como mulheres antes consideradas frígidas, após aprenderem as técnicas conseguem prazer e orgasmo.

    As praticantes de sahajoli, tem uma aparência mais jovem em conseqüência do reequilíbrio hormonal obtido através destes exercícios. Um famoso mestre de yoga da Bélgica, André Lysebeth diz em seu livro que uma praticante desta técnica ancestral será mais apreciada do que qualquer outra mulher, e não será trocada nem por uma bela rainha.

    O sahajoli entre as mulheres está rapidamente se tornando popular em nosso país para a felicidade de muitos casais que hoje desfrutam deste criativo e saudável em suas relações sexuais.

    O sahajoli masculino, isto é, os movimentos com a musculatura do pubococcigeo no homem, além da movimentação voluntária do esfíncter anal e períneo chamados de exercícios do mulabhanda no yoga, incluindo também os vários tipos de movimentos pélvicos e penianos, que praticados pelos homens, melhora a circulação da áreas pélvica, aumentando consequentemente a potência e o prazer do praticante.

    Os homens que praticam possuem vitalidade e potência sexual até a longevidade, pois em várias regiões do Oriente estes exercícios são utilizados naturalmente no dia-a-dia. Esse conhecimento provém de ensinamentos legados de seus antepassados.

    São homens que realmente fazem amor por horas seguidas, dando mais prazer as suas companheiras. Este conhecimento é fundamental para a prática do sexo Tântrico. A saúde sexual eleva a totalidade do indivíduo (auto estima).

    CULTURA: OCIDENTE E ORIENTE

    Cultura Ocidental: é patriarcal (machista, possessivo, ciúmes, violência, muita dor, remorso, guerra). A mulher não tinha o direito de ter prazer sexual. Os inquisidores da igreja condenavam severamente.

    Cultura Oriental: é matriarcal (paz, amor, compreensão, respeito, não ciúmes). Culto a mulher, a mulher (divindade).

    SEXO

    Dakshina marga – perda do Bindú (ejaculação) é ocidental, primitivo, inferior, meramente físico e mecânico. Resultado: fadiga, cansaço.

    O sexo é feio, vergonha, dão nomes ou apelidos feios aos órgãos genitais: cheios de preconceitos e proibições. Hoje o sexo é liberado sem freios!? Vama marga – manter o Bindú (orgasmo), é oriental, superior, evoluído – é um fenômeno físico-psíquico-emocional. Resultado: saúde e vitalidade, devido a Energia da Kundalini (Energia Vital). Ativa todos os órgãos internos e os chacras, do primeiro até o sétimo chacra. Nesse caso podemos dizer que atingiu o nirvana (iluminação-conceito taoista). Os orientais dão nomes poéticos aos órgãos genitais como: Flor, Rosa, Margarida, Orquídea, Girassol, etc.

    2 CÉREBROS: primeiro cérebro cabeça e segundo cérebro intestino

    Relação Intestino e o Cérebro.

    A ciência e as pesquisas médicas têm demonstrado através de estudos recentes a importância do sistema gastrintestinal e mais especificamente do intestino, para a manutenção da saúde e do bem estar. O intestino passou a ser reconhecido como um ''órgão inteligente'' por sua capacidade de selecionar entre o que comemos, o que nos é ou não útil, e por ser o único órgão do corpo humano capaz de executar funções independentemente do Sistema Nervoso Central, chegando a ser recentemente denominado por especialistas como um ''segundo cérebro''.

    O livro do Dr. Michel Gerson, o “Segundo Cérebro”, menciona que os intestinos possuem uma rica rede neuronal, cerca de 100 milhões de neurônios (semelhante à medula espinhal) que elaboram neurotransmissores. As últimas pesquisas demonstraram que quarenta hormônios e vinte neurotransmissores são secretados também pelo eixo-cérebro-intestinal, ou seja, pelo cérebro e intestino simultaneamente, e que 80% do nosso potencial imunológico esta presente neste órgão. Com isso ao regular todo o nosso organismo os intestinos funcionam como órgãos inteligentes.

    Para que o corpo entre em equilíbrio é importante que haja uma consciência entre a conexão desses dois cérebros, para fazer circular a energia “yin e yang.”

    TRÊS VEÍCULOS OU TRÊS MENTES

    Mente, órgãos e órgãos sexuais.

    Parece que algumas pessoas estão desligadas de si mesmas e dos seus órgãos sexuais. A mente e os órgãos estão, portanto, separados. O taoísmo acredita que a mente, o corpo e o espírito devem trabalhar juntos. Os resultados dependem da assimilação de cada aluno. No Tao, aprendemos a criar um Tempo Sagrado dentro de nós. Com a técnica simples de sorrir em todos os órgãos, podemos integrar o nosso corpo, a nossa mente e o nosso espírito.

    Eles não ficam mais separados. A prática sexual conecta a mente com os órgãos sexuais e o cérebro. Forma uma ponte de ligação entre essas nossas partes e cria-se a sinergia.

    CÉREBRO

    O Cérebro pode acessar e gerar as forças superiores, mas não é fácil armazenar essa energia no próprio cérebro. Precisamos treinar o cérebro para aumentar a sua capacidade e a sua destreza em armazenar a energia. A energia do cérebro, quando aumentada até um determinado nível, podepermitir um maior numero de sinapses e ajudar a converter proteínas em células cerebrais. O Tao acredita que, com o treinamento e a pratica é possível aprender a aumentar o numero de células cerebrais e nervosas, assim como aumentar o numero de sinapses no sistema nervoso central.

    ORGÃOS DO CORPO

    Os órgãos também podem gerar energia, mas muito menos do que os órgãos sexuais e o cérebro. Eles também têm uma capacidade muito maior de armazenar e transformar energia.

    ORGÃOS SEXUAIS

    O Tao descobriu que os órgãos sexuais são os únicos órgãos que podem gerar uma quantidade significativa de energia (força vital ou kundalini).

    OS TRES TAN TIENS

    Eles também podem armazenar energia, transformá-la e fornecê-la para o cérebro, a coluna vertebral, os órgãos sexuais e os outros órgãos.

    Três mentes ou três Tan Tiens conectados significa força “YI”.

    Na pratica do Tao, armazenamos a energia nos três tan tiens, que são os reservatórios de energia dentro de nós. O Tan Tien superior (Bindú) localiza-se no cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) e, quando esta cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. Aqui armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. Todos os Tan Tiens apresentam uma face yin e outra yang. Na natureza, Yin e Yang estão presentes em todas as coisas. Pelo por do sol, o dia (Yang) se converte em noite (Yin). É muito importante sentir os aspectos de Yin dentro de Yang e de Yang dentro de Yin (nascer e por do sol). Um aspecto não existe sem o outro, pois são aspectos inseparáveis da mesma força.

    O centro Tan Tien do coração, entre os dois mamilos é o Tan Tien médio. Ele é associado ao elemento fogo. Ainda assim, dentro do fogo sempre existe água. O espírito original (Shen) é armazenado aqui (glândulas monada e timo).

    O baixo ventre a altura do umbigo é o universo, ou oceano, vazio. Queremos sentir um universo de energia no Tan Tien inferior. Dentro desse universo ou oceano, existe um fogo como um vulcão sob o oceano: “fogo sob a água” (glândulas gônadas).

    Os três Tan Tiens referem-se a esses três reservatórios de energia dentro do corpo. Esses reservatórios são lugares onde podemos armazenar transformar e coletar a energia. Os reservatórios são a fonte de energia que flui através do corpo. Os meridianos são os rios de energia alimentados por esses reservatórios.

    TANTRA (Há muita especulação em torno do Tantra)

    Definição: É uma filosofia comportamental naturalista. É basicamente o sexo, espiritualidade e Yoga. É um instrumento de elevação que leva a espiritualidade. O Tantra pede dedicação, concentração, disciplina. O Tantra organizou os rituais da Magna Mater, transformando-os em um método de emancipação que busca na psique humanda a manifestação da Shakti, a energia primordial que move o Cosmos. Este movimento teve uma forte influencia sobre a religião, a ética, a arte e a literatura indiana, havendo ressurgido com inusitada força entre 400 e 600 d.C, quando chegou a transformar-se em uma moda que acabou por influenciar os modos de pensar e agir da sociedade indiana medieval. Aqui ela se afirma, populariza e estende ainda mais, dando origem a um grande numero de correntes e manifestações filosóficas, religiosas, mágicas e artísticas algumas antagônicas. “Não se trata de uma religião nova senão de uma nova caracterização de fatos que pertence ao hinduísmo comum, mas que as vezes só se apresenta precisamente em suas formas tantricas encontra-se a marca do Tantrismo na mitologia e cosmogonia, mas, principalmente, no ritual.

    O ritual trântrico propõe um caminho chamado Caminho do Vale, que é o mais fácil, pouco movimentado e baseado no relaxamento físico e mental. Ele nos abre para um mundo de sensações e experiências desconhecidas, gera uma plenitude prolongada e a integração total entre dois seres.

    Para o Tantra o corpo é mais do que um maravilhoso instrumento ou admirável mecânica biológica: ele é divino. O Tantra nesse trabalho proposto é chamado de Tantra Branco, focado no casal e não na poligamia.

    Exercício trantrico: o mula bandha

    Este exercício também pode ser praticado por homens e por mulheres. Deitada (o), sentada (o) ou em pé coloque seu pensamento na região anal. Respire com tranqüilidade. Depois de alguns minutos tentando manter a concentração, contraia delicadamente o primeiro esfíncter do ânus, o mais externo. Depois, apertando um pouco mais, dirija sua concentração para o segundo anel muscular, enfim, contraia o eretor do ânus, levando assim os dois esfíncteres anais e períneo para dentro e para cima. Lenta e gradualmente, distinguem-se bem estes três níveis, mesmo na primeira tentativa. Depois, aperte com toda a força que puder até fazer vibrar toda região anal e períneo. Mantenha esta contração ao máximo, retendo o fôlego, por no mínimo 6 segundos. Depois relaxe, mantendo a concentração. Repita no mínimo 5 vezes seguidas.

    VANTAGENS DA PRÁTICA SEXUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    Os Órgãos Sexuais e o Cérebro

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas:”faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”(Bindú).

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Outras vantagens conseguidas através dos exercícios de sahajoli são a parada da incontinência urinária através do fortalecimento do assoalho pélvico, retardamento da ejaculação (ejaculação precoce), anorgasmia (dificuldade ou não chegar ao orgasmo).

    Pompoarismo Tantra Yoga = exercício dos músculos vaginais e do assoalho pélvico (pubococcigeo):

    • Previne desequilíbrios pelo fato de deixar os tecidos da região mais fortes e lubrificadas.

    • - Evita a queda do útero, da bexiga e incontinência urinária, previne contra hérnia, hemorróida

    e varizes.

    - Auxilia a gestante no parto normal e na recuperação pós parto.

    - Elimina a cólica menstrual, auxilia no tratamento de bloqueios, impotência, frigidez e vaginismo.

    - Ativa a circulação do sangue, harmoniza os chacras e equilibra a energia Yin e Yang.

    - Ajuda no equilíbrio da produção hormonal (rejuvenesce).

    • Mais mobilidade dos quadris e das areas pélvicas, melhora a performance da mulher no ato sexual devido ao aumento da libido.

      REJUVENESCIMENTO (DENTRO DAS TÉCNICAS TAOISTAS)

    Os antigos taoistas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres que existem dentro do corpo e que estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo, como o digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em estado ótimo de saúde é muito importante que os músculos esfíncteres se contraiam simultaneamente, estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Quando existe um desequilíbrio de energia sexual, ela é revelada nas características externas da face. Quando os músculos esfíncteres estão em desequilíbrio, os órgãos se esgotam. Essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual, pois são eles que suprem de energia o centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas gerais do corpo.

    Postura dos Três Tan Tiens e no sistema dos 7 chacras para a saúde e manutenção da coluna.

    A IMPORTÂNCIA DA SALIVA

    A saliva marca a primeira fase do desenvolvimento libidinal; para o taoista, a produção de grandes quantidades de saliva assinala as energias restaurativas do nosso corpo. Os taoistas estavam certos nesse pressuposto porque a saliva estimula e é parte do sistema imunológico. Os taoistas vão muito mais longe a seus louvores e na aplicação da saliva. Ao ser refinada, a saliva se torna muito espessa e embranquece, parecendo-se muito com o próprio sêmem. Sabe-se que os taoistas subsistem com esta saliva refinada por longos períodos, vivendo de “ar e orvalho”, respiração e saliva, como costumavam dizer. Eles alegaram que era um catalisador para se atingir a imortalidade.

    Exercícios para ativar as glândulas salivares (importante para a manutenção da saúde geral).

    Os três nós

    - Três Tan Tiens – sorriso interior

    desatar os três Granthis (nó)

    Muladhara – Anahata – Ajna

    ESPERMA

    As células do esperma são da maior importância, pois elas carregam os elementos restauradores. Segundo a bioquímica, o sêmem é quase inteiramente proteína pura, com enormes quantidades de fósforo, cálcio e vitamina C. Ele contém ainda propriedades antibióticas. De modo geral, o sêmem contém muito dos micronutrientes necessários para a saúde do organismo humano, especialmente a pele e cabelo. É muito eficaz para ajudar na restauração da juventude da mulher.

    Para os antigos taoistas, o sêmem e o sangue pareciam ser a mesma coisa: o sêmem era uma destilação do sangue. Um texto remoto alegava que quarenta e nove gotas de sangue equivaliam a uma gota de sêmem. Por esta razão, os taoistas procuravam preservar o seu sêmem, pois assim estariam preservando a própria essência da vida. Levando-se em conta os ingredientes do sêmem, esse antigo diagnóstico intuitivo não está muito longe do que a bioquímica também descobriu sobre o sêmem.

    KUNDALINI

    A energia da felicidade latente dentro da espinha dorsal, até ser ativada pelas práticas tântricas. Geralmente ela é representada como uma serpente encolhida que se move ao longo da coluna. A energia da kundalini poderá ser ativada através de exercícios tântricos e energia sexual.

    Essa é uma energia que deve ser ativada com conhecimento e orientação, levando sempre em consideração o limite de cada ser. A energia nuca morre, ela se transforma.

    SEXUALIDADE

    A energia sexual provém da melhor energia do corpo, porque ele está envolvido no processo de fornecer energia ao centro sexual. Portanto, o centro sexual é a condensação de toda energia do corpo e é essa a razão pela qual a saúde do centro sexual é necessária para a nossa saúde mental, emocional e física.

    A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Ela é a água da vida, que reabastece os jardins do templo humano. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidas nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultivando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente.

    O polo que juntamente com o clitóris proporciona intensa satisfação sexual na mulher é um ponto profundo localizado próximo ao útero na parede anterior da vagina, possui uma textura diferente dos outros tecidos vaginais e fica intumescida na excitação feminina. Esta área ficou conhecida como o Ponto G depois que o médico alemão Dr. Ernest Granferg revelou este ponto em que havendo uma excitação adequada pode aumentar o prazer e levar ao orgasmo feminino.

    O tamanho e a consistência do Ponto G variam de mulher para mulher. É melhor que a mulher sozinha descubra o seu próprio Ponto G e as maneiras e ritmos de manipular este local que lhe proporcionem prazer, dando-lhe mais autoconfiança quando estiver acompanhada do seu parceiro. A harmonia entre o casal é de extrema importância para este momento que desenvolverá uma conexão íntima e mais afetuosa entre o casal.

    Localização do Ponto G na prática para mulheres.

    REEDUCAÇÃO SEXUAL

    Desenvolver um curso no sentido de orientar homens, mulheres e adolescentes para uma prática sexual saudável, com a finalidade de preservar a família e a harmonia nos relacionamentos.

    FILOSOFIA DO CHI (DEDICADO À EVOLUÇÃO INTEGRAL DO SER HUMANO

    ATRAVÉS DA CONSCIÊNCIA)

    O equilíbrio desta energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

    A força vital é uma forma sutil de energia eletromagnética uma realidade fisiológica do organismo. As técnicas de toque físico e não físico, são usadas para mandar energia através de todo organismo “abrindo” pontos bloqueados.

    Lowen elaborou uma síntese dos conhecimentos sobre as energias do corpo e as reuniu na bioenergética, que tem como finalidade liberar as emoções acumuladas por meio de práticas.

    As atividades que tencionam as pessoas acabam por bloquear o feixo energético interior, provocando diretamente enfermidades e ou até contribuindo para formá-las. É aí que pode ser utilizada a bioenergética.

    Em 1990 Lowen publica espiritualidade do corpo. Após alcançar um extremo de polaridade, radicalizando a postura de que todo o problema era defeso contra a sexualidade, ele pôde seguir adiante em sua exploração e introduzir na Terapia um outro eixo deste pólo, a espiritualidade.

    Em 1992 Lowen colocou que o objetivo da terapia passava a ser para ele, auto-percepção, auto expressão, ou seja, conhecer-se, expressar sua verdade e ser dono de si mesmo. Passou a colocar o ego saudável como objeto principal da terapia, e a manifestação da sexualidade como uma das formas de expressão desse ego saudável.

    Chacras,Tantrismo,Budismo e Hinduismo

    A principal diferença repousa na maneira diferente de tratar os mesmos fatos fundamentais. O sistema hindu enfatiza mais o aspecto estático dos centros e suas ligações com a natureza elementar:...isso porque os chacras de um conteúdo objetivo na forma de sílabas-semente permanentemente fixas (símbolos estáticos).

    O sistema budista preocupa-se menos com o aspecto estático-objetivo dos chacras, e mais com o que flui através deles, com suas funções dinâmicas, ou seja, com a transformação da corrente de energias cósmicas ou naturais em possibilidades espirituais.

    A concepção dos chacras apresentada por DVK se assemelha ao dinamismo do sistema budista. Sistema + Movimento: é sentido e percebido = emoção-psíquico-físico-espírito.

    Sincronizadores das energias emocionais, mentais e etéricas, corpo-espírito-mente.

    O sétimo chacra: coronário-o maior é a sede dominante e faz a conexão direta com o primeiro chacra-kundalini.

    O CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL E ESPIRITUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    OS ÓRGÃOS SEXUAIS E O CÉREBRO

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas: “faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”.(Bindú)

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Material e Metodologia

    Sobre os tópicos citados, e os referentes autores os quais menciono, é de grande valia ressaltar a interligação entre o sexo e a espiritualidade, estão relacionadas à saúde física, um não está desvinculado do outro.

    A importância dos chacras e a energia que flui em todo corpo seguindo uma vida sexual saudável, junto com os exercícios citados como o sahajoli é de extrema importância para a melhora constante de todo o corpo, não é apenas sexual, mas a energia que flui dos exercícios são ligados a saúde física levando ao desenvolvimento e crescimento espiritual, esse crescimento está nas técnicas tantricas e nas explicações sobre os chacras e a energia da Kundalini.

    Discussão

    Os autores mencionados em grande maioria cita a energia dos chácras como centro de energia, no livro de Hiroshi Motoyama relata sobre o Tantra Yoga, Kundalini , e a teoria dos chacras e os meridianos da acupuntura, o autor cita que existe a possibilidade da energia dos chacras serem comparados aos meridianos na acupuntura, e em outro ponto de vista a autora relata que a função dos chacras estão mais ligados a fatores emocionais. Acredito que os trabalhos dos autores citados são complementares, pois dizer algo sobre energia pode ser complicado, porque esbarramos no campo dos estudos. É através dos exercícios que se pode dizer mais sobre a energia que flui, pois não se trata necessariamente de uma ciência comprovada, ela não é vista, mas sim sentida. Sobre esses relatos complementares cheguei à conclusão que não existe a sexualidade desligada da espiritualidade, pois, através dos mesmos canais energéticos fluem as mesmas energias.

    Através desta visão a energia sexual é uma questão de saúde, pois ela é potente por ser uma energia vital e manifestada o tempo todo no universo. A pessoa que bloqueia esta energia desenvolve desequilíbrios.

    Através dos exercícios do Sahajoli trazemos benefícios à saúde, curando muitos casos de incontinência urinária, queda de útero, bexiga, ejaculação precoce, entre outros, sendo assim poderosa técnica para manter a saúde física de forma geral.

    Conclusão

    Conclui em meu trabalho e exercícios que realizei em meu próprio corpo, mais os relatos de alunos que também citaram suas experiências, onde através dos mesmos canais energéticos, flui a energia ligada ao sexo e a espiritualidade, sendo assim, quando se tem uma experiência sexual, as energias do orgasmo se reflete em todos os demais chacras, do primeiro ao sétimo chacra podendo ser comparada a iluminação ou nirvana da espiritualidade.

    A energia do primeiro chacra, chamado de Kundalini, é ativada através da atividade sexual, fantasias sexuais e dos exercícios do Sahajoli, criando uma potente energia que quando despertada passa do primeiro chacra e sobe para os demais, levando a ascensão espiritual.

    A finalidade do trabalho é também fortalecer a relação entre homens e mulheres dentro da monogamia através dos exercícios tantricos.

    A saúde está ligada ao fortalecimento do assoalho pélvico, onde se preserva a energia de todos os órgãos do corpo, não apenas os órgãos sexuais, pois se a base está flácida, todos os demais órgãos tendem a cair, assim, quanto mais os exercícios forem feitos, mais saúde de forma geral se tem e é por isso que os taoista entendiam que aproveitando a energia sexual o ser humano conseguiria manter por mais tempo a saúde, a juventude, a longevidade sexual e imortalidade espiritual.

    Conhecendo a energia do corpo, fica simples pensar e discutir sobre a sexualidade, e saber que através do conhecimento do nosso corpo e da energia que flui através dele, é possível chegar à saúde plena tanto física quanto psíquica, pois nossas ações e pensamentos são frutos da energia que circula em nossos corpos.

    Bibliografia

    Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    A cura pela meditação

    Cristina Cairo, Ed. Mercuryo

    Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    Os ensinamentos sexuais da Tigresa Branca – Segredos dos Mestres Taoistas

    Hsi lai, Ed. Aquariana

    Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Energia Sexual e Yoga

    Elisabeth brunton, Ed. Pensamento

    A deusa Durga

    Cláudio Duarte, Ed, Sexto Sentido

    A Espiritualidade nas Empresas

    Marilu Mastinelli, Ed. Sexto Sentido

    Teoria dos Chacras, Hiroshi Motoyama, Ed Pensamento

    Site Pesquisado : http://www.yogalotus.com.br/vamamarga.htm

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 20/05/2008 11:03


    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

     

    Mitiyo Oshiro Takemoto CRT  38660 - Terapeuta Holística

      

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

      

    Sumário

     

    • Introdução ................................................................................................................... iv
    • Apelo aos cientistas........................................................................................................iv
    • Expansão.........................................................................................................................v
    • Cultivo da Energia Sexual.............................................................................................. v
    • Energia Sexual.............................................................................................................. vi
    • Chacras ponte para a consciência superior................................................................... vi

    - Chacra Básico..............................................................................................................vi

    - Conscientização..........................................................................................................vii

    -Os três Nadis principais...............................................................................................vii

    • Os Três Tan Tiens (três mentes ou três veículos) ........................................................vii
    • Dois Cérebros (relação intestino e cérebro).................................................................viii
    • Os Três Granthis (três nós)..........................................................................................viii
    • Desmistificando a Kundalini.......................................................................................viii
    • Bindú..............................................................................................................................ix
    • Pulmões – Relação pulmões e coração...........................................................................x
    • Rins – Relação órgãos sexuais e os rins..........................................................................x
    • Rejuvenescimento – dentro das técnicas taoístas...........................................................xi

    - Exercitando os músculos esfíncteres...........................................................................xi

    • Massagem.....................................................................................................................xii
    • I Ching – O mandamento Divino – A lei do Universo................................................xiii
    • Budismo.......................................................................................................................xiii
    • Material e Metodologia................................................................................................xiii
    • Discussão.....................................................................................................................xiii
    • Conclusão.....................................................................................................................xiv
    • Bibliografia...................................................................................................................xv

     

      

    INTRODUÇÃO

    Estarei relatando sobre um tema que coliga a sexualidade e a espiritualidade, assim estarei desmistificando a Kundalini.

    A filosofia do Chi faz parte da cultura chinesa há milhares de anos, sendo que a palavra Chi possui muitas traduções como: Ki, energia, ar, prana, respiração, força vital, essência vital, fogo central, bioenergia, calor interno entre outros. É a vida doando força que cria movimento e sustenta o universo. O Chi que faz os planetas, os sóis e as estrelas girarem uns ao redor dos outros. É o movimento dos átomos em todos os corpos físicos, ele que faz a semente crescer e se tornar uma vigorosa árvore, é o que faz o feto se desenvolver e tornar-se um ser humano adulto.

    O Chi é o que anima todas as coisas vivas, nutrindo os ciclos da vida. O Princípio do Yin e Yang (o símbolo Tai Chi); o Tai significa grande – e o Chi significa Energia, Grande Energia. A Kundalini , DNA, Bindú e I Ching todos estão ligados a ele.

    O mundo pulsa, expande e explode! É o macrocosmo na dança do Yin e Yang, gerando vida e movimento.

    O nosso corpo, sagrado microcosmo, é uma partícula do macrocosmo, tendo os mesmos elementos como: terra, água, fogo, ar e éter, que estão ligados aos nossos sete chacras, o nosso ser.

    Assim descreverei sobre as forças da criação, a importância da energia sexual como ela esta ligada a espiritualidade, o como se nutre adequadamente essas energias.

    A importância enorme entre a energia sexual e a saúde que estão absolutamente interligados, e que sem essa energia não existe força criativa.

    Um apelo à humanidade – Dedicado à evolução integral do ser humano. O Equilíbrio dessa energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

     

    APELO AOS CIENTISTAS

    Atualmente, a Kundalini está sendo discutida em todas as sociedades, em todas as línguas e países do mundo. Especialmente os jovem cientistas devem dedicar-se ao reconhecimento e à compreensão dos efeitos da Kundalini em si próprios e nas outras pessoas. Os médicos e os cientistas precisam formar uma ponte entre a dimensão subjetiva interior da consciência espiritual e a dimensão empírica da ciência como fizeram Einstein, Itzhak Bentov e o Dr. Motoyama. Esse é o momento para avançar audaciosamente e investigar, de forma cientifica, a experiência da Kundalini. Seu despertar é tanto um evento psicofisiológico como uma realidade espiritual. O estudo de seu amplo potencial é a mais nova fronteira da ciência. Imagine os importantes benefícios obtidos no tratamento de moléstias, quando se revelar cientificamente que determinados sons e formas (mantras e yantras) podem ativar os sistemas fisiológico e físico do organismo.

    Experiências científicas para a avaliação e determinação dos efeitos das praticas do tantra e da ioga contribuirão imensamente para acelerar a evolução do homem. Tenho absoluta convicção e confiança nos extraordinários efeitos da ioga para curar o corpo doente do homem, aprimorar sua personalidade e transformar seu nível de percepção consciente. Dr. Motoyama transpôs as divergências e demonstrou a realidade cientifica da Kundalini e o conseqüente benefício para a humanidade.

    A ioga apresentar-se-á como uma grande força mundial e alterará o curso dos acontecimentos do mundo.

    Hari Om Tat Sat.

    Swami Satyananda saraswati,

    Fundador, Bihar School of Yoga,

    Monghyr (Bihar), India

    30 de Julho de 1981

     

    EXPANSÃO

    Quando, no momento da criação, nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia: uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina. Os chineses deram a essas energias primárias, a denominação de Yin e Yang, há uns milhares de anos. Do jogo dessas duas forças surgiu a criação: o Yin feminino é fecundado continuamente pelo sêmen masculino do Yang, dando origem à vida em suas infindáveis e múltiplas formas. No plano físico do homem, esse jogo de forças se manifesta como sexualidade. Através dela, o homem esta ligado ao ato incessante de criação da vida.

     

    CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL

    No momento um óvulo Yin da mulher é fecundado pelo espermatozóide Yang do homem, imediatamente se divide em duas células básicas, uma célula Yin e uma célula Yang, logo a seguir, essas duas células se dividem em mais duas, Yin e Yang e assim sucessivamente elas vão se dividindo e se multiplicando, gerando órgãos Yin e Yang que vão dar forma à estrutura do embrião, que se transforma em feto.

    A energia sexual é a união primordial das forças Yin e Yang que impulsiona o universo, pois sem essa energia não estaríamos aqui.

     

    ENERGIA SEXUAL

    Os taoístas não vêem o sexo e a energia sexual sob uma questão moral, para eles é mais uma questão de saúde.

    A energia sexual, é a energia mais potente que existe, é a energia criativa, ou seja, a pura energia da vida.

    A sexualidade se manifesta no universo o tempo todo, através da natureza, dos animais e nos humanos. Ela é um dom que recebemos e tem que ser utilizada, assim como a natureza deu, ela cobra.

    A pessoa que não tem atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa de bloqueios energéticos.

    A energia sexual é uma força criativa que se move pelo corpo, alimentando as emoções, os pensamentos e criando o impulso do desejo. Ela não é benéfica somente para o corpo, é também o combustível das emoções e do espírito, é o alimento para todo o nosso ser: o corpo, a mente e o espírito, pois eles devem trabalhar juntos, como diziam os sábios taoístas.

    Assim que você começar a entender a sua energia, como ela é, e para o que realmente existe, terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhá-la e como interagir com as pessoas ao seu redor, principalmente com o sexo oposto.

    A energia sexual envolve vários assuntos, como a Kundalini, Bindú, DNA, Yoga, Tantra, Sahajoli, Pompoarismo, dois cérebros e Três Tan Tiens.

     

    CHACRAS – PONTE PARA A CONSCIÊNCIA SUPERIOR

    Os chacras são uma ponte amorosa de conhecimento e percepção e através deles é possível conhecer realmente a origem do Karma.

    Os sete chacras humanos (sete flores de loutus – sete virtudes); muladhara, suvadhistana, manipura, anahata, vishudh, ajna e sahasrara (em sânscrito). Sete chacras animais – sete pecados; atala, vitala, sutala, rasatala, talatala, hahatala e patala. Dentro de cada um de nós existe: um ser animal, um ser humano e um ser divino. Essas são as três dimensões da nossa existência.

    • Chacra básico – é a base de todos os chacras, é o alicerce do mundo e de tudo, é onde reside a energia mais poderosa e que dá o impulso para o nível superior, para todos os caminhos do conhecimento, é a energia da Kundalini, ela possibilita a evolução “iluminação”. É a força motriz que evolui verdadeiramente: seja física, inteligência, emoção, paixão, sexualidade, espiritualidade, clarividência, clariaudiência, paranormalidade, entre outros.

    O crescimento espiritual e os chacras: É muito difícil alcançar a evolução espiritual, abrir o horizonte e ir além da fronteira, obtendo um conhecimento profundo da natureza sem despertar os chacras e a Kundalini.

    • Conscientização (considerações gerais). O amor é como a terra, quanto mais você semeia, mais trabalho dá, então faça um esforço, trabalhe esse amor em seu próprio benefício, dando mais amor para você mesmo.
    • Os três Nadis principais e o sistema nervoso – Os Nadis principais são: sushumma, pingala e ida. A Kundalini quando é despertada sobe pelo mesmo caminho dos três Nadis principais.

    O Sistema nervoso e o endócrino comandam toda atividade do corpo. O sistema nervoso impulsiona o movimento e a ação através das secreções ou hormônios. As forças elétricas (chacras) ou vitais é que dão vida a esse sistema.

     

    OS TRÊS TAN TIENS (TRÊS MENTES OU TRÊS VEÍCULOS)

    O universo é quase todo baseado no três: três Tan Tiens, são três grandes centros reservatórios de energia que circulam dentro e fora do corpo através dos chacras.

    Os três Tan Tiens conectados significam ou representam a força “YI”: o corpo, a mente e o espírito devem trabalhar juntos, é a bioeletromagnética. Nos últimos 5000 anos os taoístas, tem utilizado essa energia bioeletromagnética para melhorar o seu modo de vida e para estabelecer uma relação com o universo.

    “Bioeletromagnetismo” é o termo ocidental para a força vital. Bio é vida, Eletro é a energia Yang do céu existente em todos os planetas e estrelas, magnetismo é a energia Yin da terra ou a força gravitacional existente em todas as estrelas e planetas.

    Três Tan Tiens – O primeiro Tan Tien é a cabeça, o centro de observação e quanto maior a energia maior é a capacidade cerebral.

    O segundo Tan Tien – É o centro da consciência, onde está o coração. O coração tem memória, guarda sensações, sentimentos e emoções. Ele pode registrar um acontecimento com todos os detalhes e se lembrar depois porque tem o seu próprio cérebro. O Dr. Pearseal, escreveu no seu livro que as pessoas que fizeram transplante cardíaco, acabam na verdade adquirindo as emoções do doador. Essas pessoas realmente sentem tudo que o doador sentiu, um dos casos foi de uma garota que foi brutalmente assassinada e não se sabia quem havia matado. No entanto o coração estava em perfeito estado e foi transplantado em outra garota. Depois disso a garota começou a ter pesadelos nos quais alguém a matava, ela foi levada ao psiquiatra que acabou entrando em contato com a policia. A garota deu a descrição exata do assassino e chegaram a fazer o retrato falado perfeitamente dele. Com essas informações a polícia foi capaz de prender o assassino.

    O terceiro Tan Tien  É a base da percepção, é o segundo cérebro, o centro sexual, é bastante sensível, e quando a cabeça fica fraca por stress, neurose ou medo, pode enfraquecer o centro sexual “a perda do bindú”, por que a cabeça e o centro sexual se comunicam intimamente entre si. Portanto, quando enfraquece a cabeça de cima enfraquece a cabeça de baixo.

     

    DOIS CÉREBROS (RELAÇÃO INTESTINO E CÉREBRO)

    Para a manutenção da saúde geral é necessário um bom funcionamento gastrintestinal. O intestino é reconhecido como “um órgão inteligente”, pela capacidade de selecionar alimentos, ou seja, ele aproveita o que é útil para o organismo. Ele possui os mesmos neurônios da célula do cérebro e por esse motivo é chamado de o segundo cérebro. O segundo cérebro é muito sensível.

    Os taoístas já tinham esse conhecimento há mais de 4700 anos.

     

    OS TRES GRANTHIS (TRÊS NÓS)

    Todos nos temos nós em níveis leve, médio ou forte e eles estão nos três Tan Tiens “três centros de energia”, muladhara, anahata e ajna, ou seja, corpo, mente e espírito. Esses nós podem ser desatados pelo sistema taoísta, a psicoterapia e a yoga terapia.

     

    DESMISTIFICANDO A KUNDALINI

     

    KUNDALINI – A FORÇA SAGRADA – FORÇA IGNEA – FOGO SERPENTINO é bastante poderosa e muito temida devido a falta de informação (conhecimento). A energia da kundalini é a energia cósmica, ela vem do sol oculto penetra na terra e aí nós absorvemos. Ela não é apenas sexual, é também emocional e espiritual. Esta energia cósmica ao ser despertada e ativada, sai do chacra raiz, através dos três nadis principais, o sushumna, ida e pingala, sobe pela medula queimando resíduos etéricos como um fogo líquido serpentino, ascendendo e ativando cada chacra em seu trajeto ou subida. Ela tem conexão direta com a espiritualidade (bindú).

    O poder da kundalini propicia o progresso do discípulo desabrochando nele vários dons: clarividência, clariaudiência, vitalidade criadora e geradora.

    Quando esta energia está desenvolvida ativa a espiritualidade e intensifica a inteligência e estimula a afeição desinteressada, desde que esta ativação se faça com a vitória do espírito sobre a matéria, pois ela tem ligação com o karma (destino).

    Neste trabalho a kundalini está focada na energia sexual e espiritual, que é a energia da felicidade (doçura) latente na espinha dorsal. Em geral, ela está enrolada e adormecida no final da base da coluna e é representada como uma serpente que se move ao longo da mesma.

    Quando ela é ativada sexualmente (orgasmo), sobe pela coluna ativando todos os chacras e órgãos até o bindú (energia sexual – iluminação – nirvana – êxtase).

    Esse fogo serpentino é bastante poderoso, no entanto instável (vulnerável), por esse motivo ela é considerada perigosa, mas, se praticarmos o sexo de maneira saudável, com muito amor, paixão, respeito, sinceridade e uma entrega total (cumplicidade entre dois seres), teremos a doce energia da kundalini circulando dentro de nós.

     

    BINDÚ

    “Gota ou marca”. O bindú pode ser interpretado como: néctar ou essência, intocado ou Portal do Brama, e é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico. É o fio que liga o cérebro a medula e os órgãos sexuais.

    Localização: cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) – está na região do chacra lalana e vishudh, e quando está cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. É aqui que armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática – hormônios sexuais; a energia sexual revitaliza o cérebro.

    O bindú circula dentro do canal principal, o sushumna, cuja substância é de três gunas (três qualidades) e encontra-se no centro da coluna vertebral. Dentro do sushumna existe um canal chamado vajra e dentro dele um outro canal chamado chitrini, e o bindú está encovado no chitrini, e seu interior alonga-se desde o pênis até a cabeça (bindú). No interior do vajra está o chitrini, que é sutil, brilhante e tão fino como o fio da teia de aranha, e ele atravessa todos os chacras que estão localizados na coluna vertebral, ele é a inteligência pura. Dentro do chitrini encontra-se o nadi brama (bindú), e é tão bonito como um reflexo de luz, tão fino como um filamento de lótus e brilha nas mentes dos sábios. É extremamente sutil, ativador do conhecimento absoluto, concretizador de todas as glórias e a sua natureza é a consciência pura. O Portal de Brama brilha em sua abertura, e esse lugar é a entrada para a região espargida por ambrósia, conhecida como Ponto Essencial; trata-se da abertura do sushumna (também envolve os dois chacras inferiores).

    Bindú Visargha quer dizer literalmente “queda da gota”, mas visto que “gota” se refere ao néctar, esta frase fica mais significativa como sendo “a sede do néctar”.

    O bindú deve ser mantido no nível mais alto, que é “o domicílio do néctar”, pois quando ele cai ao nível mais baixo vai para o centro sexual, onde se transforma em esperma.

    Segundo a tradição, o bindú localiza-se perto do topo do cérebro na direção da parte posterior da cabeça, e nesse local existe uma ligeira depressão, onde se concentra uma pequena quantidade de secreção líquida. Dentro desta depressão existe uma elevação mínima, que é a localização exata do bindú na estrutura física. Os nervos cranianos partem deste ponto, inclusive os nervos ligados ao sistema óptico. O processo pelo qual o néctar é segregado pelo bindú é estocado no chacra lalana no orifício nasal, é purificado pelo chacra vishudh. O vajra faz parte da conexão Kundalini e Bindú. É através do sahajoli (pompoarismo) que o bindú é mantido no nível mais alto.

     

    PULMÕES – RELAÇÃO PULMÕES E CORAÇÃO

    Os pulmões e o coração são inseparáveis.

    A função dos pulmões é oxigenar e eliminar as toxinas das células dentro do sangue.

    O coração recolhe o sangue do corpo e envia para os pulmões, e recebe o sangue oxigenado de volta devolvendo para o corpo. Recolhe novamente e envia para os pulmões. Esse processo se repete o tempo todo. Enquanto existir vida, o coração e os pulmões não param e não descansam, a única maneira de ajudar nesse processo é fazer o exercício de respiração correto. “O coração é o presidente e os pulmões são os ministros”.

    O ar ou prana contém nutriente (vitalizante) e é o nosso primeiro e último alimento, nos pulmões cabem de três a quatro litros de ar, e quando fazemos uma respiração superficial, apenas chegam a meio litro e isso acaba causando stress e tensão. Lembre-se que os pulmões são a bomba enquanto o coração é a válvula e não o contrário como muitos afirmam. Se ficarmos cinco minutos sem respirar morremos.

    Para fazer a respiração correta é necessário aprender a técnica de respiração de três Tan Tiens.

     

    RINS – RELAÇÃO ORGÃOS SEXUAIS E OS RINS

    Os rins têm a função de filtrar o sangue, enquanto os pulmões limpam as toxinas das células. A energia ancestral está nos rins, ele é “o repositório do vigor sexual”, por isso é necessário dar uma atenção especial a esses órgãos.

    Segundo a medicina chinesa esse órgão é o que regula a função sexual.

    Os testículos e ovários têm ligação direta com os rins e as glândulas supra renais, portanto é importante fortalecê-los se quisermos aumentar a potência e longevidade sexual, lembrando sempre que a energia sexual é a energia mais potente que existe “energia vital”. Ela não é apenas sexual é também o combustível que circula pelo corpo, alimentando as emoções os pensamentos e criando o impulso do desejo. A energia sexual é a energia criativa, ela é a pura energia da vida. 

     

    REJUVENESCIMENTO – DENTRO DAS TÉCNICAS TAOÍSTAS

    Os antigos taoístas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres internos, que são: a boca, os olhos, as narinas, o ânus, os genitais e o períneo. Eles estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo: como digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em perfeita saúde, é muito importante que esses músculos se contraiam simultaneamente estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Os taoístas descobriram os segredos dos músculos esfíncteres observando os bebês e as crianças e uma de suas metas das pratica taoísta é tornar-se tão vibrante, vigoroso e vivificante como uma criança.

    Por meio de exercícios específicos desses músculos reconduzem nosso corpo à harmonia com o Tao, assim vamos poder resgatar a juventude.

    Esses exercícios fazem parte do sahajoli. Trata-se do chacra básico e da importância do fortalecimento da base em todos os sentidos, pois ele é o chacra da Kundalini.

    Vamos poder comprovar o efeito da técnica imediatamente após o primeiro exercício. Será possível sentir a energia vital, essa vibração vivificante que tínhamos na infância.

    Observe um bebê mamando: enquanto sua boca suga ritmadamente, os olhos se contraem em uníssono, o ânus e o trato urinário se contraem e relaxam em harmonia com a boca, enquanto as mãozinhas se abrem e fecham em sincronia com a sucção exercida pela boca. Esse movimento sincronizado bombeia a energia por todo corpo.

    Consequentemente, quando nós adultos temos contrações e relaxamentos harmoniosos dos músculos esfíncteres, nosso corpo fica pleno de energia e saudável. Por outro lado, quando esse ritmo está desequilibrado, por stress, doença ou tensão, a energia do corpo se esgota.

    Todos os músculos esfíncteres do corpo se refletem uns nos outros, e a reflexologia sexual, revela essa íntima conexão. Os músculos esfíncteres do rosto revelam os músculos esfíncteres do trato urogenital, do ânus e do períneo e quando existe um desequilíbrio de energia sexual ela é revelada nas características externas da face. Além disso, esses músculos influenciam diretamente na saúde dos órgãos internos e essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas do corpo.

    • Exercitando os músculos esfíncteres.

    Contrair a boca e sugue as bochechas para dentro da boca, criando uma sucção na boca. É algo semelhante a brincar de fazer “boca de peixe”. Contraia e relaxe por, no mínimo 9-36 vezes, sinta a conexão entre a boca e o resto do corpo. Perceba a conexão entre a boca e os músculos esfíncteres inferiores, ânus, períneo e base do pênis / parte inferior da vagina.

    Piscar os olhos rapidamente e olhar ao seu redor. Exercitar os músculos esfíncteres ao redor dos olhos melhora a visão e mantém a umidade deles. Também é um ótimo exercício para despertar o corpo, pois estimula o sistema nervoso.

    Pisque os olhos durante, 30-60 segundos. Estimular esses músculos em volta dos olhos ajuda a abrir o diafragma urogenital.

    Contrair o ânus: contraia e relaxe o ânus. Sinta a energia dos centros inferiores correndo pelo seu corpo. Pela contração do ânus, fortalecemos a conexão entre todos os músculos esfíncteres do corpo.

    Contrair o períneo e a vagina: contraia e relaxe os músculos da vagina e períneo. Trata-se do mesmo músculo que é usado para interromper o fluxo da urina esse músculo, tal como o ânus é à base do centro sexual. Fortalecendo o períneo e a vagina, a mulher torna-se capaz de conter a energia sexual em vez de deixá-la escorrer para fora do corpo. O fortalecimento do períneo é o primeiro passo de muitas outras práticas taoístas, como o “impulso orgástico ascendente” e o “poderoso bloqueio”. Você pode contrair e relaxar o períneo a vagina e o ânus ao mesmo tempo, para criar mais força no diafragma urogenital.

    Contrair os olhos, a boca, o ânus e a glândula prostática é um exercício que ativa o centro cerebral. Quando um homem contrai a glândula prostática é ativada a glândula pineal, a glândula prostática tem uma conexão estreita com a glândula pineal que é considerada um segundo órgão sexual. É como dizem “o maior órgão sexual é a cabeça”.

     

     TERAPIA CORPORAL 

     

    A terapia pelo toque (obs.. "massagem" é um termo inadequado em relação à legislação e mercado brasileiros) relaxante é benéfica porque ela libera as tensões reprimidas causadas pelo stress, e estabelece comunicação entre o corpo e a mente. Ela vem sendo usada a milhares de anos como meio de alcançar a saúde o relaxamento e a longevidade. A massagem é de extrema importância, pois aumenta a circulação, elimina as tensões musculares e gera energia positiva. Dê muito carinho e amor para o seu coração, ele merece ser recompensado e a massagem ajuda o coração a relaxar, descansar, devido à melhora na circulação do sangue. A massagem Tuiná é muito especial e ela pode ser aplicada ou recebida por qualquer pessoa.

    A auto "massagem" nos rins, estimula e energiza os mesmos e é de vital importância para manter a saúde deles.

     

     

    I CHING  O MANDAMENTO DIVINO, A LEI DO UNIVERSO

     

    O tratado das mutações (natureza). O equilíbrio dinâmico dos cinco elementos faz parte do

    I Ching, os 64 hexagramas do I Ching e as 64 possíveis combinações de proteínas do código genético do DNA.

    I Ching, Tao e Budhi caminham juntos, são inseparáveis.

     

    BUDISMO

    A semente, a mãe do budismo é o hinduísmo.

    • Os três veículos do budismo.

    Primeiro veículo (primeiro TT) Hinayna, é o budismo da inocência, pureza, espiritual (jejum absoluto).

    Segundo veículo (segundo TT) Mahayana, o budismo da comunicação, expansão (jejum moderado).

    Terceiro veículo (terceiro TT), Trantrayana (vajrayana), o budismo da sexualidade. Tantra-Yoga e Kundalini-Yoga fazem parte do vajrayana, sahajoli.

    O busdismo de três veículos (três TTs) é o verdadeiro, completo e integral (é a mãe natureza).

    A mãe natureza é muito sábia, se ele é agredida ela devolve com violência, basta observar o planeta terra.

     

    MATERIAL E METODOLOGIA

     

    Foram usados livros para consultas, assisti palestras e workshops voltados à holística, estudos sobre filosofia taoísta, budista, I Ching (naureza), templos e igrejas.

    A soma de alguns conhecimentos próprio e alheios, as vivencias com alunos, colegas e professores, orientadores e amigos e também profissionais ligados a medicina ortodoxa.

     

    DISCUSSÃO

    A importância de olhar para o passado, observar o presente (refletir e filosofar) para poder projetar o futuro (novos horizontes) assim que se alcança a própria evolução.

    Apesar de me sentir às vezes leiga sobre o assunto e ser uma autodidata, usei muito e ainda uso o I Ching, e esse livro ajuda no meu caminho de evolução e no caminho de quem o utilizar. O I Ching foi baseado no principio do Yin e Yang (o Tai Chi, a grande energia).

    O Dr. Motoyama teve sua experiência pessoal com a kundalili, porém para isso usou o acetismo aquático todos os dias (banho de água gelada) por um longo período de tempo e com a prática conseguiu a levitação (o corpo já conseguia e se desligava do chão).

    Baseada em minhas experiências vivenciei as duas faces da energia da kundalini, percebi que quando ela está fluindo corretamente não existe desgaste físico ou mental, em caso dela não estar fluindo de forma positiva, ela desequilibra o corpo e a mente.

     

    CONCLUSÃO

    Conclui que os segredos de quem nós somos está nos chacras (kundalini) eles falam, eles sentem e pensam.Tudo está aqui no Tai Chi (grande energia) é o início de tudo, o começo da evolução humana. Cheguei à conclusão que todas as pessoas deveriam conhecer os chacras com profundidade para conhecer verdadeiramente a si mesmo e consequentemente conhecerá o próximo.

    O princípio do Yin e Yang está em tudo e em todo o universo porque sem essa energia, nada existiria no caso do nosso corpo essa energia flui através de nossa kundalini.

    Acredito que o conhecimento compartilhado é conhecimento em dobro, por isso compartilho.

      

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

    • Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    • Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    • Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    • Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    • Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Série Manu – Apostila número 2, segunda edição

    • Super Interessante – Edição 235 – Jan/2007
    • Curso de fundamento de I Ching – O Tratado das Mutações, apostila da Sociedade Taoísta do Brasil.

     

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - CRT 38660 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal Indiana

    Terapia Corporal Indiana

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque

     

    Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

    3. Princípio filosófico de origem.

    4. Noções básicas sobre os Chakras, Nadis.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

                  Tudo que desejamos no plano físico é possível de realizar se obtiver consciência de que a capacidade de criação é natural ao Ser Humano.

                  Devido às condições de preconceitos sociais, culturais e até mesmo religiosos, o ser perde essa capacidade de sentir e criar e passa a crê que tudo depende do mundo externo, das pessoas e quem sabe se DEUS permitir. Se sentindo vazio e frustrado.

                  A terapia corporal por si só já é um agente de carinho, permitindo que a pessoa se preencha deixando de está carente de algo que ela própria não sabe explicar. Apenas que é bom.

                  Agora imagine uma técnica que além de tocar o físico, possa tocar também o corpo energético, fortalecendo e sobrepondo a mente que boicota, para simplesmente Ser o que tem de Ser, na sua verdadeira forma de Natureza interna e individual.

                  Atingir verdadeiramente a sua essência através do toque (deeksha), insuflado através dos mantras e naturalmente o realinhamento dos chakras acontece.

                  A Terapia Corporal Indiana proporciona o realinhamento dos centros energéticos (chakra) e das emoções e conseqüentemente descongestiona o fluxo emocional negativo registrado na capa corporal.  Portanto além de extremo relaxamento, produz equilíbrio e auto estima, revigorando o desejo de ser feliz.

                 

                 

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

      

    Terapia Corporal Indiana Tântrica

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

     

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque.

     

                  Insuflar energia no corpo, limpando os elementos astrais com a identificação do toque.

                  A Terapia Corporal Indiana é uma técnica codificada através de preâmbulos advindos do livro denominado de tantra ensinando princípio comportamental de vida, onde o objetivo principal é um processo de higienização da mente, do corpo físico e do corpo emocional através de fórmula ritualística; incluindo o comportamento sexual ritualístico e metafísico. O toque é a parte principal do ritual maithuna (ato sexual metafísico). Sendo que os contextos deste toque (deekshas) foram transformados em uma técnica de Terapia Corporal sensibilizatória com o intuito de promover equilíbrio energético através do mantra, aroma, pranáyáma e manobras sutis corporal de forma circular para reconectar e polarizar a energia da pessoa que está para receber o deeksha (toque) levando a mesma ao conhecimento do seu EU INTERIOR.

                  Foi desenvolvida com a finalidade de integrar os sete corpos básicos, alinhando-os e purificando-os para que exerçam sua função da auto liberação da consciência. Em outras palavras, a Terapia Corporal Indiana Tântrica proporciona um encontro entre os elementos constitutivos do homem e os elementos essenciais do Ser.

                  O homem é terrestre, telúrico, corporal, o qual se expressa através de uma personalidade social, e sétuplo, testemunho incogniscível do Cosmos e do Ser-persona, onde está o Purusha.

                  O Purusha é o verdadeiro ser interior. Aquele que está acima e dentro do corpo, do etérico, do emocional, do mental, do intuitivo e dentro do espiritual. Domina todo ele, passivamente, aglutinando-os, mas não interferindo; organizando-os de modo não-perceptível.

                  Ao conjunto dos corpos sutis, tais como: emocional, telúrico, mental, intuicional e espiritual, dão-se o nome de psicocorpo (koshas). De modo geral, podemos chamá-lo de corpo psíquico, embora o termo não condiga com a totalidade do significado.

                  Esse corpo pode sofrer mudanças tanto benéficas quanto maléficas, dependendo de como nos comunicamos com ele. Ele sente os reveses do meio ambiente na forma de stress emocional, mental e sexual, influindo diretamente no corpo físico a nível neurológico e muscular, cristalizando-se numa gama imensa de reflexos.

                  Num esquema simples, poderíamos dizer que ao aplicarmos as manobras da terapia corporal no corpo físico, atuaremos também no psíquico. Esse procedimento se movimenta em ondas, do físico para o energético e para o emocional, do emocional para o mental, do mental para o intuitivo. Daí em diante então poderá se manifestar o Purusha. O ponto principal de atuação nesse corpo psíquico é através da respiração e dos mantras que será insuflando durante o toque físico usando como ponto principal os chakras para aportar o fluxo de energia emanada durante o procedimento de aplicação.

                  A Terapia Corporal Indiana surgiu do principio filosófico tântrico derivado da técnica do maithuna (ato sexual metafísico) que em sua primeira importância é adquirir sabedoria deixando de ser um ato sexual carnal para algo absolutamente transcendental.

                  A técnica desta terapia corporal consiste em deixar o ser humano mais sensibilizado e com a sua libido mais ordenada, podendo transmutar esta energia no dia-a-dia em forma pensamento, em forma trabalho ou em forma de expressão harmoniosa.                                                        

     

    3. PRINCÍPIO FILOSÓFICO DE ORIGEM

     

                  Tantra é um termo masculino, como em geral acontece nas palavras terminadas em "a" no idioma sânscrito. Tantra origina-se das palavras TANOTI (expansão) e TRAYATI (consciência), evocando a possibilidade de crescimento da consciência através do Sadhana (prática). A palavra também pode significar "livros". Livros onde são ensinados exercícios, história, ciência, filosofia, atitudes de higiene física e mental, bem como, modo de vida, sexualidade e atuação social. Todo tratado sistemático concernente à prática que leva à "expansão do ser" está representado pela raiz TAN (de estirar ou estender) e o sufixo TRA (instrumentalidade). Obtêm então a palavra TAN-TRA, ou seja, literalmente, "instrumento de expansão" do campo de consciência comum, para alcançar a supra consciência, raiz do Ser e receptáculo dos poderes desconhecidos que o tantra pode despertar e utilizar.

                  No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas. Já conheciam a atração interplanetária, a luz e sua velocidade, extensa teoria a respeito do calor, da gravitação, dos Nakshastras (casas lunares), bem como o ano lunar e solar. Enquanto as outras culturas do mundo ainda engatinhavam, na Índia se desenvolvia a ciência do som (sphotavada).

                  Toda a sistemática do Tantra se desenvolve principalmente através dos Tatwas (elementos: terra, fogo, água, ar e éter) que derivam a força de consciência macrocósmica. A Terapia Corporal Indiana Tântrica se desenvolve através de elementos físicos para dar ordem a elementos mais sutis. O resultado será de uma consciência pura, da energia de ação, energia de conhecimento. Traduzindo; É a recepção do ato de consagração, absorvido pelo o fluxo de energia desprendido da entoação dos mantras e, portanto serem o verdadeiro deeksha (toque divino).

                  O Nyasa (identificação): neste caso tem uma série de características especiais. Entre elas:

    a) identificação com várias partes do corpo físico.

    b) identificação com várias partes dos corpos sutis.

    c) identificação visual (auditiva externa ou interna) dos vários sons primordiais (bija-mantras ou mantra semente).

    d) identificação interior com as deidades evocadas.             

                  Por isso a Terapia Corporal Indiana é muito sutil e transcendental, a importância dela jamais será no corpo físico e sim no corpo sutil (espiritual ou energético). Depois de algumas sessões a pessoa que esta recebendo a energia passa ser um verdadeiro iniciado, mudando completamente seu padrão vibratório energético.

                  Num período muito curto ele perceberá que suas ações já não serão mais a mesma, ou seja, o ponto foco de clareza de um objeto emocional ou racional à sua frente passa ser dominável. Não sendo mais um grande obstáculo de 10 metros de altura, simplesmente é um obstáculo, mas, com 2 metros, ou seja, é possível pensar como transpô-lo.

                  Vamos relembrar ou conhecer os chakras que é a ponte principal para a passagem de energia aplicada nesta técnica.

       

    4. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE OS CHAKRAS

     

                  Chakras são centros energéticos que  trabalham em sintonia entre si e com todo nosso corpo físico e psíquico, estando inter-relacionados com os sistemas parassimpático, simpático e sistema nervoso autônomo. Sua função é vitalizar, equilibrar e interagir com o corpo físico e o corpo psíquico, trazendo o desenvolvimento para a consciência.

                  Chakra é a denominação sânscrita dada aos centros de força existentes nos corpos energético do homem; também são chamados de lótus ou rodas. O seu fluxo de movimento caminha por canais sutis denominados de nadis e seus canais principais são Sushumna, Ida, Pingala,

     

    • O chakra básico - Muladhara  Energia vital

                  Assenta o mundo dos instintos - consciente.

                  Consciência física. Posse Material

                  Discernimento espiritual

     

    • O chakra energético - Svaddhisthana  Fé - Confiança

                  É a entrada no inconsciente - novo nascimento se assim podemos dizer.

                  Impulso sexual e de luta.

                  Transmutação, Criação de uma nova personalidade

     

    • O chakra plexo solar - Manipura  Conhecimento

                  Assenta as emoções – paixões e o inferno produzido por si próprio.
                  Vida emocional instintiva e desejo de realização espiritual.

     

    • O chakra cardíaco - Anahata  Sentimentos

                  Começo do self - pensamento e valores.

                  Autoconsciência vital – Vida Afetiva – Amor Universal

     

    • O chakra laríngeo - Vishuddha  Percepção e purificação.

                  Reconhecimento da independência da psique - pensamento abstrato – conceitos -               produtos da imaginação.

                  Expressão psicológica – Inspiração e expressão criadora.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra frontal - Ajña  Conhecimento interior

                  União do self no todo, não no ego.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra coronário  Sahasrara  Sabedoria

                  É o suporte de o próprio SER.

                  Energia anímica - vontade

                  Realização espiritual.

     

    Veja abaixo  as funções, cores e  localização de cada chakra.

     

    1. Muladhara Chakra – (sico)

                  Este é o chakra que nos conecta as energias de terra, que nos enraíza. É a sede da Kundalini.

    Localização: Entre o ânus e os genitais, base da coluna vertebral.

    Glândula: Gônadas  Excitam a esfera dos sentimentos e desenvolve os instintos fundamentais

    Hiperfunção: Exagerados sentimentos altruístas e, ao mesmo tempo, egoístas. Forte vontade. Tendência à posse e ao domínio. Otimismo, expansão e iniciativa.

    Hipofunção: Timidez. Depressão. Apatia. Pouco rendimento qualitativo.

    Propósitos: Sentimentos sinestésicos, movimento.

    Lição espiritual: Interagir com o  mundo material.

    Giro: no sentido horário no homem – anti-horário na mulher

    Em desequilíbrio: Irritação, raiva, medo de viver, apego excessivo e baixo estima.

    Em equilíbrio: Confiança na vida, segurança pessoal, satisfação, estabilidade, força e coragem interior e auto-estima.

    Informações armazenadas no chakra: Convicções familiares, superstições, lealdade, instintos, prazer físico, dor, toque.

     

     

    2. Svaddhisthana Chakra –  (Energético)

                  É o centro de energia vital

    Localização: Quatro dedos abaixo do umbigo.

    Glândula: Supra Renal: Espírito de luta. Capacidade de reação. Energia das reações psíquicas.

    Hiperfunção: irrascibilidade, agressividade, espírito belicoso, ressentimento, inadaptabilidade, exaltação psíquica.

    Hipofunção: Exagerada sensibilidade a dor, perseverante, serio e trabalhador, mas dominado pela a tristeza e pela a depressão, neurastenia, submissão, abatimento.

    Giro: sentido horário na mulher e anti-horário no homem

    Lição espiritual: Manifestação, aprender a "deixar fluir".

    Em desequilíbrio: - Ciúme, possessividade, instintos reprimidos, tensão, tristeza.

    Em equilíbrio: Fluidez natural da vida em todos os sentidos: corpo e mente, entusiasmo, ações produtivas, franqueza, naturalidade.

    Informações armazenadas no chakra: Dualidade, magnetismo, controlando padrões, sentimentos emocionais (alegria, raiva, medo).

     

    3. Manipura Chakra - (Plexo solar)

                  Este é o chakra do centro do poder pessoal.

    Localização: Em média cinco dedos acima do umbigo (mas precisamente no centro do estômago).

    Glândula: Pâncreas

    Hiperfunção: apatia temperamental, lentidão psíquica.

    Hipofunção: depressão do tônus psíquico, excitabilidade, irrascibilidade.

    Propósitos: Entendimento emocional

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aceitação de seu lugar no fluxo de vida (amor-próprio).

    Em desequilíbrio: Tendência a moldar tudo sob seu próprio ponto de vista, egoísmo, inquietação, insatisfação, descontrole, nervosismo, ansiedade, falta de concentração, medo de novas experiências e medo de rejeição.

    Em equilíbrio: Auto estima, sensação de paz e harmonia, aceitação da vida e do próprio crescimento, autoconfiança, valorização das riquezas interiores e exteriores.

    Informações armazenadas no chakra do plexo solar: Poder pessoal, personalidade, consciência de o próprio ser dentro do universo (senso de pertencer).

     

     

    4.  Anahata Chakra –  (Chakra cardíaco).

                  Este  chakra é o centro da essência divina, do amor universal, inclusive é o que equilibra ou desequilibra os três primeiros com os três últimos chakras.

    Localização: No centro do peito.

    Glândula: Timo

    Hiperfunção: Emotividade excessiva, abulia, timidez, grande imaginação evocativa. Fator predisponente à preservação moral e sexual.

    Hipofunção: Apatia, debilidade mental.

    Giro: horário para a mulher e anti horário para a mulher.

    Propósitos: Abnegação, amor universal, perdão e paz.

    Lição espiritual: Perdão, amor incondicional, deixar fluir, confiança, compaixão.

    Em desequilíbrio: Doação excessiva de si, desespero, ódio, inveja, medo, ciúme, raiva, depressão, angustia, indiferença, brutalidade e frieza.

    Em equilíbrio: Amor, compaixão, confiança, inspiração, esperança, generosidade, solicitude, calma, alegria, equilíbrio.

    Informações armazenadas no chakra do coração - conexões com aqueles que amamos e o amor incondicional.

     

    5. Vishuddha Chakra – (Chakra laríngeo)

                  Este  chakra é a fonte da expressão e comunicação criativa.

    Localização: na garganta aproximadamente um dedo abaixo do pomo de Adão.

    Glândula: Tireóide

    Hiperfunção: Irreflexão, inconstância, impulsividade, inquietude, imaginação muito viva, insônia.

    Hipofunção: Apatia, lentidão nos processos psíquicos, inteligência atrasada, depressão, linguagem deficiente, muito sono.

    Propósitos: Aprender a  assumir responsabilidade pelas suas próprias necessidades, ressonância do ser, comunicação e expressão.

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aprender a render-se à vontade divina, fé, verdade sobre a  decepção.

    Em desequilíbrio: Dificuldade de se mostrar e expressar-se, tomar decisões. Insegurança, crítica, timidez, medo da opinião alheia e falta de autoridade.

    Em equilíbrio: Livre expressão de pensamentos, conhecimentos e sentimentos; criatividade na comunicação, voz potente e clara, eloqüência, capacidade de ouvir com atenção e com o coração honestidade interior, fé, vontade, sensação de total integridade.

    Informações armazenadas no chakra da garganta: Autoconhecimento, verdade, atitudes, audição, gosto, cheiro.

     

    6. Ajnã Chakra – (Terceiro olho)

                  Este  chakra é  o centro dos poderes psíquicos.

    Localização: No meio da testa, entre as sobrancelhas.

    Glândula: Hipófise

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e combatividade, tendência ao domínio, ao abuso. Crítica e rebelião, insônia

    Hipofunção: Vontade fraca, timidez, sugestionabilidade, atraso intelectual, dificuldade em manterá atenção, muito sono.

    Giro: sentido horário e sentido anti-horário.

    Propósito: Intuição e autoconhecimento.

    Lição espiritual: Entendimento, não identificação, mente aberta.

    Em desequilíbrio: Rigidez mental, racionalidade excessiva, vaidade em relação a própria inteligência, medo da verdade, confusão, fixação em determinadas idéias.

    Em equilíbrio: Agilidade mental, visualização desenvolvida, transcendência, abertura da intuição e visão interior, discernimento, inteligência emocional, conceito de realidade, capacidade de ver além das formas físicas.

    Informações armazenadas no chakra do terceiro olho: Ver com clareza e sabedoria, sabedoria, intuição, intelecto.

     

    7. Sahasrara Chakra – (Chakra da coroa)

                  Este é o chakra que nos conecta com a energia divina.

    Localização: No topo da cabeça

    Glândula: Pineal

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e compatibilidade, tendência ao domínio, ao abuso.

    Hipofunção: Atraso intelectual

    Propósitos: Sabedoria intuitiva, conexão para a espiritualidade, integração com o todo.

    Giro: sentido anti-horário nas mulheres e sentido horário nos homens.

    Lição espiritual: Espiritualidade, viver o momento.

    Em desequilíbrio: Falta de propósito, perda da identidade, medo de estar só, sentimento de separação do próprio "eu" transmitindo bloqueio aos demais chakras.

    Em equilíbrio: Descoberta do divino, facilidade para acessar diretamente o conhecimento superior a partir da conexão com o "eu universal", confiança, abnegação, humanitarismo, habilidade para ver o todo no fluxo de vida, devoção, inspiração, valores, éticas. Irradiação da vida com total plenitude e pureza.

    Informações armazenadas no chakra da coroa: Integração e conceito do todo.

     

     

     

    4. a) KUNDALINI - Fogo Serpentino

                  É energia ígnea, serpentina reside no chakra básico (Muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes:

     

    1. ANIMA (exigüidade). Esta é a faculdade que permiti identificar-se com a essência da menor parte do universo e do que ele mesmo é constituído. Permite ver o infinitamente grande (Mahima) ou, ao contrário, o infinitamente pequeno (Anima).


    2. MAHIMA (magnitude). Este é o poder de aumentar de volume, quer dizer, de alargar o círculo de sua consciência e de alcançar a plenitude do conhecimento do infinitamente grande.

     

    3. GARIMA (gravitação). Isto é relativo ao peso e à massa, e se aplica à lei de gravitação que é um dos aspectos da lei de atração. Este fenômeno é à busca dos yogues, ou seja, o estado de Samadhi.


    4. LAGHIMA (levitação). Esta é a possibilidade que tem o adepto de tornar-se mais leve que o ar, afastando a força de atração da Terra, e de desligar-se dele.


    5. PRAPTI (realizar o objetivo). Aquele que possui este poder tem a capacidade de atingir seus fins projetando sua consciência em todos os lugares que ele julga necessários, quer estejam sobre o plano físico ou sobre o plano cósmico. Este poder foi sempre muito utilizado pelos místicos do mundo inteiro. Prapti desenvolve também a clarividência, clariaudiência e telepatia.


    6. PRAKAMYA (a vontade irresistível). Este poder confere ao adepto a possibilidade de realizar todos os seus desejos pela força da vontade divina, quando esta vontade substitui, em parte, a vontade pessoal e seus desejos estão em perfeita harmonia com o plano divino.


    7. VASITVA (o poder de comandar). É o poder de tornar-se mestre das forças elementares da natureza, utilizando o poder do som criador ou mantra. Pela palavra sagrada, as vibrações são produzidas no éter e as diversas formas podem ser produzidas. Ato utilizado em grande feito de magia.


    8. ISATVA (o poder criador). Isatva se refere ao poder que tem o adepto de dispor dos elementos em suas cinco formas e de ressuscitar a vida no plano físico.

     

                  Estes elementos mencionados no item acima são de caráter de curiosidade e conhecimento. Estes aspectos devem se desenvolver através de prática específica para o desenvolvimento das energias de cada chakra.

                  A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

     

    5. OS ELEMENTOS E SEU SENTIDO OCULTO

     

                  “Saiba, que o Fogo (energia) é o primeiro tattwa; o Ar o segundo; a Água o terceiro; a Terra o quarto e o Éter o quinto.

                  “O primeiro tattwa é a panacéia que dá energia vital às criaturas e acaba com sua tristeza. O segundo provém de uma aldeia, o ar da floresta: ele desce da Água, é belo é delicioso e dispensa o poder de gerar. O quarto, pouco custoso, é produzido pela terra, dá a vida às criaturas e é a base da vida nos três reinos. O último tattwa, ó deusa, proporciona grandes alegrias; origem de todas as criaturas, sem começo e nem fim, ele é a raiz do universo. Assim falou Sadashiva de bom augúrio.”

     

    DEFINIR TATTWAS

                  É difícil definir os tattwas ou elementos, por serem ao mesmo tempo concretos e sutis, apesar de incomparáveis. De modo geral, os elementos não são objetos tangíveis, e sim, um conjunto de leis e força que condicionam um estado particular à matéria, estabelecendo-lhes propriedades específicas.

                  O elemento Terra (Priti), basta erguer a cabeça para o céu estrelado para se dar conta de que o universo é, principalmente, vazio. Entretanto, aqui e ali, a matéria cósmica torna-se densa, em vez de se distribuir uniformemente nesse vazio intergaláctico.

                  Partindo da definição de um elemento, todas as leis e todas as prodigiosas energias cósmicas que concorrem para essa densificação constituem o elemento Terra. Assim, nossa terra, simplesmente não passa de uma manifestação localizada do elemento Terra. O Sol e todos os corpos celestes são também manifestação do Elemento Terra, o mais elementar (evidentemente), pois estamos sentados sobre ele. De fato, cada átomo de cada objeto percebido é matéria cósmica densificada e faz parte de um corpo celeste incandescente. Nosso corpo é literalmente, sol resfriado, condensado.

                  O Elemento “Água” (Api) é aquele que mantém a matéria em estado líquido, a água é o fluido mais comum em nosso planeta, é o seu protótipo. Evidentemente mas que interesse há nisso? O interesse é enorme, pois esses fluidos são captadores dos ritos cósmicos, que, por sua vez, dirige todo o nosso biorritmo. O mais evidente desses ritmos é o das marés, que diuturnamente misturam os oceanos em respostas à atração lunar, mas também a solar e as marés sobre todos os líquidos do universo, não somente os de nosso planeta. Mas também, esses ritmos cósmicos não afetam só os oceanos; há uma mini maré num copo d’água, numa gota d’água: E, como no corpo 85 % é constituído de água, todo o biorritmo é a eles submetido.

                  Assim, por intermédio dos fluidos corporais, na morna intimidade dos tecidos, em cada célula, a lua e todos os corpos celestes regulam o imperceptível baile de ritmos vitais.

                  O “AR” (VAYU), embora saibamos é matéria em estado gasoso. Para o tantra, os gases veiculam energias cósmicas sutis.

                  Há milênios os tântricos sabem que o ar não é um gás inerte. Que ele “capta e transporta uma energia impalpável denominado ‘PRANA”, variável de acordo com a estação e o lugar. Eles sabem que nossa vitalidade depende dele e que “sua natureza é a do relâmpago”, intuição extraordinária, por isso é literalmente verdade.

                  Recentemente, a ciência (a biologia, em particular) se preocupava acima de tudo com a composição molecular do ar: azoto, oxigênio, gazes raros, e negligenciava sua ionização. Atualmente, sabemos que os átomos de oxigênio do ar podem ser ionizados, ou seja, ter um minúsculo “pacote” de energia excedente, portanto, disponível. Conforme a proporção de átomos de oxigênio assim ionizados, o ar pode ter propriedades vitais bem diferentes e, sabendo disso, os yogues inventaram técnicas especificas que permitem captar, acumular, controlar o Prana e aumentar nossa vitalidade.

                  O aspecto prático desse elemento está ligado às fontes de nossa vitalidade, aparece, por exemplo, na forma de Office sckiness, o “mal dos escritórios”, que ataca aqueles que vivem fechados nesses edifícios onde predomina o ar condicionado. De acordo com a teoria yogue, o “mal dos escritórios” se explica facilmente: um ar assim, sem prana, necessariamente mina a vitalidade e provoca diversos desequilíbrios. Após tê-lo ignorado ou desconhecido por muito tampo, começam pouco a pouco perceber isso, mas os orgulhosos edifícios de janelas trancadas ai estão e ficarão por muito tempo. Aqueles que são obrigados a viver neles restam o recurso de compensar esse déficit dedicando alguns minutos por dia aos exercícios de pranáyáma.

                  O ELEMENTO “FOGO” (TEJAS) é a matéria em estado “radiante”, por exemplo, a radiação do sol e das estrelas, mas também do fogo comum. Sem o elemento Fogo, nosso planeta seria gelado, pois o Sol não poderia irradiar seu calor até nós através da imensidão espacial, e nós ignoraríamos sua existência e das estrelas.

                  O elemento “Éter” (akasha) É o elemento alquímico que resistiu por mais tempo ao ataque da ciência. De fato, era axiomático considerar o vazio universal cheio de uma substância tênue ao extremo, que não oferecia nenhuma resistência à propagação das ondas e partículas de alta energia: parecia impensável quê o que quer que fosse pudesse ir propagando-se no nada. Tudo foi abalado em 1880, por causa dos resultados negativos das experiências de Michelson que queria comprovar a evidência do éter graças ao interferômetro ultra-sensível por ele inventado.

                  Para o Tantra, o elemento Éter - Akasha, E “nosso éter, ou seja, a matéria no estado mais sutil concebível, mais alguma coisa cientificamente indefinível (eu até diria “provisoriamente”), que eu chamaria, na falta de coisa melhor, de espaço dinâmico. Para o senso, ingênuo, o espaço é um grande buraco, inerte, no qual o Bom Deus concebeu o Universo. Certamente, não é essa visão da ciência, que, no entanto, não está muito melhor, pois ignora totalmente a natureza do espaço, alias, como também, a do tempo.

     

    6. Segredos dos cinco Pranas

     

                  Para que haja mudanças reais é necessário alterar a energia que cria. Este fato é verdadeiro na prática do Yoga. Para causar mudanças positiva no corpo e na mente devemos compreender a energia com qual se trabalha. A esta energia denomina-se de Prana significando a energia primordial. É traduzida a força vital, embora seja muito mais que isto.

                  Certamente o universo inteiro é uma manifestação do Prana, que é o poder criativo original. 

                  Em um nível cósmico há dois aspectos básicos de Prana.

                  O primeiro é o aspecto é a energia de Consciência pura que transcende toda a criação. O segundo ou o Prana manifesto é à força da criação própria. O Prana eleva-se a qualidade (guna) dos rajas, a força ativa da natureza (Prakriti). A natureza ela mesma consiste em três gunas: sattwa ou harmonia, que causam a mente, o rajas ou o movimento, que causa o prana, e tamas ou inércia que causam o corpo.

                  Certamente poder-se-ia discutir que Prakriti ou a natureza são primeiramente Prana ou rajas. A natureza é uma energia ou um Shakti ativo. De acordo com a tração ou a atração do Self mais elevado ou da consciência pura (Purusha) esta energia torna-se sattwica. Pela inércia da ignorância esta energia torna-se tamásica.

     

     

                  Relativo à nossa existência física, Prana ou a energia vital são uma modificação do elemento do ar, primeiramente o oxigênio que nós respiramos que permite que vivamos. Contudo enquanto o ar origina no éter ou no espaço. Prana levanta-se no espaço e remanesce-se conectada próxima a ele. Onde quer que nós criemos o espaço a energia ou Prana devem levantar-se automaticamente.

                  O elemento do ar relaciona-se ao sentido de toque. O ar em um nível sutil é toque. Com o toque nós sentimos vivos e podemos transmitir nossa vida-força a outra. Contudo enquanto o ar se levanta no espaço, assim que toca levanta-se do som, que é a qualidade do sentido que corresponde ao elemento do éter. Através do som nós elevamos e sentimos nossas conexões mais longas com a vida ao todo.

                  Ser do ser humano consiste em cinco koshas ou copos sutis:

    1) Kosha de Annamaya  alimento (Anna) - exame - os cinco elementos

    2) Kosha de Pranamaya - respiração  vital (Prana) - os cinco pranas

    3) Kosha de Manomaya - impressões  mente (Mano) exterior - os cinco tipos de impressões sensoriais

    4) Kosha de Vijnanamaya - idéias - inteligência - atividade mental dirigida – Conhecimento (Vijna).

    5) Kosha de Anandamaya - experiências - mente mais profunda - mente da memória, a subliminal e a superconsciencia – felicidade (Ananda).

     

    Pranamaya Kosha:

                  O Pranamaya Kosha é a esfera de nossas energias vitais da vida. Representa os três koshas – corpo mental (mente exterior, inteligência e mente interna) É atingível através da meditação dinâmica e as cinco impressões sensoriais.

    O melhor termo para o Pranamaya Kosha é provavelmente “corpo vital” para usar um termo do Yoga integral de Shri Aurobindo. O Pranamaya Kosha consiste em nossos impulsos vitais da sobrevivência, da reprodução, do movimento e da self-expressão, principalmente sendo conectado aos cinco órgãos do motor (excretor, urinário, genitais, os pés, as mãos, e órgão vocal).    

                  Uma pessoa com uma natureza vital forte se tornará proeminente na vida e pode imprimir sua personalidade no mundo. Aqueles com uma energia vital fraca o poder realizar-se muita tardia e ou de pouco efeito em cima da vida, geralmente estando em uma posição subordinada.

    O Pranamaya, entretanto, é importante para o trajeto espiritual é muito diferente do vital egoístico ou desejo orientado. Deriva sua força para as praticas espirituais que necessita de determinação e do poder pessoal. Na mitologia Hindu este Prana mais elevado é simbolizado pelo Sita-Rama, pode tornar-se tão grande ou pequeno como deseja, pode superar todos os inimigos e obstáculos, e realiza milagres com a energia vital, a curiosidade e o entusiasmo na vida junto com um controle dos sentidos e dos impulsos vitais realizam com aspiração elevadas.

     

    Os cinco Pranas

    O Pranamaya Kosha é composto dos cinco Pranas. O Prana preliminar divide-se em cinco tipos de acordo com seus movimento e sentido. Esta é a base da terapia ayurvédica e do o pensamento de hindu.

     

    Prana

    Prana, literalmente “o ar que move para diante, governa a recepção de todos os fluxos vitais: a ação de comer o alimento, de beber da água,  da respiração, à recepção de impressões sensoriais e de experiências mentais. É propulsor na natureza, ajustando coisas no movimento e guiando-as. Fornece a energia básica que nos dirige na vida.

     Apana

     

    Apana, literalmente o “ar que se afasta,” move-se para baixo e para fora e governam-se todos os caminhos da excreção e da reprodução (que tem também um movimento descendente). Governa o a eliminação do bolo fecal, da urina, expele o sêmen, líquido menstrual e o feto, e o dióxido de carbono através da respiração. Em um nível mais profundo governa a expressão das experiências sensoriais, emocionais e mentais negativas. É base de nossa função imune em todos os níveis.

     

    Udana

    Udana, literalmente “o ar ascendente,” os movimentos para cima e os movimentos qualitativo ou transformativo da vida-energia. Governa o crescimento do corpo, da habilidade de estar, do discurso, do esforço, do entusiasmo e da vontade. É nossa energia positiva principal na vida com que nós podemos desenvolver nossos corpos diferentes e evoluir na consciência.

     

    Samana

    Samana, literalmente “o ar balançando,” movimentos da periferia ao centro, com uma ação de discernindo. Ajuda na digestão em todos os níveis. Trabalha no intervalo gastrointestinal para digerir o alimento, nos pulmões para digerir o ar ou absorver o oxigênio, e na mente para homogeneizar e digerir experiências, seja sensorial, emocional ou mental.

     

    Vyana

    Vyana, literalmente “o ar circulante externo,” move-se do centro para a periferia. Governa a circulação em todos os níveis. Move o alimento, a água e o oxigênio durante todo o corpo, e mantém nossas emoções e pensamentos que circulam na mente, dando o movimento e fornecendo a força. Ao circular assim ajuda a todos os outros Pranas em seu movimento.

     

                  Os cinco Pranas são as energias que se distribui dentro dos tattwas em diversos níveis.

    Prana Vayu governa o movimento da energia da cabeça para baixo que é o centro Prânico no corpo físico.

    Apana Vayu governa o movimento da energia para baixo ao chakra da raiz. Samana Vayu governa o movimento da energia da parte traseira inteira do corpo. Vyana Vayu governa o movimento da energia para fora do corpo inteiro. Udana governa o movimento da energia do até a cabeça

                  O Prana governa a entrada das substâncias. Samana governa sua digestão. Vyana governa a circulação dos nutrientes. Udana governa a liberação da energia positiva. Apana governa a eliminação.

                  Isto é bem como o funcionamento da engrenagem de uma máquina. O Prana traz o combustível, Samana converte este combustível em energia, Vyana circula a energia aos vários locais da engrenagem. Apana libera os detritos ou produtos do processo da conversão. Udana governa a energia positiva criada no processo e determina o trabalho que a máquina pode fazer.

                  A chave à saúde e ao bem estar é manter nosso Pranas na harmonia. Quando um Prana se torna inaceitável o outro tendem a tornar-se desequilibrado também porque todos são ligados um no outro. Geralmente Prana e Udana trabalham o oposto da Apana como as forças da energização contra aquelas da eliminação. Similarmente Vyana e Samana são opostos como a expansão e a contração.

     

    Como o Prana cria o corpo físico?

                  Sem Prana o corpo físico não é mais do que uma protuberância de massa, gelatinosa com vários membros e órgãos. Ele circunda pelas os canais ou Nadis, através de que pode operar e energizar a matéria bruta em vários tecidos e órgãos.

     

    Prana Vayu cria as aberturas e os canais na cabeça e no cérebro para baixo ao coração. Há sete aberturas na cabeça, os dois olhos, as duas orelhas, as duas narinas e a boca. Estes são chamados de sete Pranas ou sete Rishis no pensamento Védico.

     

    Udana Vayu ajuda o Prana a criar as aberturas na parte superior do corpo, particularmente a boca e órgãos vocais. A boca, apesar de tudo, é a abertura principal na cabeça e no corpo inteiro. Poder-se-ia dizer que o corpo físico inteiro é uma extensão da boca, que é o órgão principal da atividade, de comer e de expressão físicas.

     

    Apana Vayu cria as aberturas na parte mais inferior do corpo, as dos sistemas urinário, genitais e excretores.

     

    Samana Vayu cria as aberturas na parte média do corpo, aquelas do sistema digestivo, centrado no plexo. Abre para fora os canais dos intestinos e dos órgãos, como o fígado e o pâncreas.

     

    Vyana Vayu cria os canais que vão às peças periféricas do corpo, dos braços e dos pés. Cria as veias e as artérias e também os músculos, os nervos, as junções e os ossos.

     

    Em resumo, Samana Vayu cria o tronco do corpo (que é dominado pelo intervalo gastrointestinal), quando Vyana Vayu cria os membros. Prana e Udana criam as aberturas superiores ou os orifícios corporais, enquanto Apana criar canais externos.

     

    Prana, entretanto existe não apenas no nível físico. O plexo é o centro vital principal para o corpo físico. O coração é o centro principal para o Pranamaya Kosha. A cabeça é o centro principal para o Kosha  Manomaya.

     

    Prana e a respiração

    Respirar é a principal função da atividade de Pranica no corpo. O Prana governa a inalação. Samana governa a absorção do oxigênio que ocorre principalmente durante a retenção da respiração. Vyana governa sua circulação. Apana governa a exalação e a liberação do dióxido de carbono. Udana governa a exalação e a liberação da energia positiva através da respiração, incluindo os sentimentos que alteram o movimento da respiração.

     

    Prana e a mente

    A mente tem também suas energias Pranica. Isto se deriva do alimento, da respiração e das impressões externas. Prana governa a entrada de impressões sensoriais. Samana governa a digestão mental. Vyana governa a circulação mental. Apana governa a eliminação de idéias tóxicas e de emoções negativas. Udana governa a energia, a força e o entusiasmo mentais positivos.

     

    Em um nível psicológico, Prana governa nossa receptividade às fontes positivas do relacionamento, do sentimento e do conhecimento com a mente e os sentidos. Quando desequilibrado os desejos cria instabilidade emocional. Tornamo-nos insatisfeito e geralmente fora do contrapeso.

     

    Apana em um nível psicológico governa nossa habilidade de eliminar pensamentos e emoções negativos. Quando desequilibrados gera-se depressões e nós começamos a sentir a obstrução com experiência desagradáveis que nos direciona para baixo na vida, fazendo-nos temíveis, suprimido e fraco.

     

    Samana Vayu dá-nos o sentimento e o contentamento na mente. Quando desequilibrado Nos agarramos às coisas e tornamo-nos possessivos em nosso comportamento.

     

    Vyana Vayu dá-nos o movimento livre e a independência na mente. Quando desequilibrado causa a desolamento, e alienação Nós somos incapazes de unir-se com os outros ou de permanecer conectados aqui e agora.

     

    Udana dá-nos a alegria e o entusiasmo e as ajudas nossos potenciais espirituais e criativos mais elevados. Quando desequilibrados causa o orgulho e o arrogância. Nós tornamo-nos infundados, tentando ir à elevação e perder a trilha de nossas raizes.

     

    Pranáyáma

                  É uma técnica de exercícios de respiração, No Yoga Sutras, as práticas do pranáyáma e do ásana são consideradas as mais elevadas das disciplinas de purificação da mente e do corpo.

                  As práticas produzem a sensação física de real calor, chamado tapas, ou o fogo interno de purificação. Este calor é parte importante no processo de purificação das nadis. No pranáyáma é focalizada a atenção na respiração e é conseqüentemente muito importante manter uma mente alerta, para os processos que estão sendo observados que são muito sutis. O único processo dinâmico do corpo é o ato de respirar. O Prana somente incorpora o corpo ao momento em que há uma mudança positiva na mente. Naturalmente, nosso estado da mente não se altera com cada respiração, a mudança ocorre sobre um período de tempo longo. Agora se praticar o pranáyáma você observará uma mudança da mente, pois significa que direcionou o prana através dos exercícios então as mudanças da mente podem ser observadas primeiramente em nossos relacionamentos com as pessoas.

     

    5. MÉTODO

                  A terapia corporal Indiana é aplicada da seguinte forma:

                  É necessário preparar o cliente como em qualquer outra técnica de terapia corporal, como quiropraxia no intuito de realinhamento vertebral para que se possa aplicar este método. É de suma importância que as vértebras estejam realinhadas, pois ela será o canal de passagem energético do trabalho sutil e de insuflação de energia.

                  A técnica da Terapia Corporal Indiana consiste em colocar o cliente confortavelmente na posição de decúbito frontal, com música suave, incenso e aroma no ambiente, luzes de tons azuis ou violáceas, para permitir a conexão de relaxamento. O terapeuta se colocará numa posição centrada de respiração rítmica procurando ao toque identificar a respiração do cliente, induzindo-o a um estado de respiração lenta e continuada até que a sintonia do cliente e do terapeuta esteja fluente. Depois deste momento as manobras são aplicadas em movimentos circulares dos pés em direção ao topo da cabeça e no momento em que for mudar a mão na posição do corpo, manter sempre a mão esquerda posicionada ao corpo do cliente para que ele não se sinta abandonado. Os movimentos são estritamente leves, apenas para que a energia possa fluir livremente pelos os canais sutis denominado de nadis. Feito isto sem perder o contato com o cliente, virá-lo para a posição em decúbito dorsal, trazendo a energia da mesma forma circulante em direção aos pés. As manobras poderão ser servidas de um óleo aromático constituído de rosa, sândalo e jasmim com o intuito de proporcionar a sutilização energética preparando a pessoa para a recepção do mantra que será entoada a seguir.

                  Terminando as manobras o terapeuta se sentará ao lado do corpo do cliente sem perder o contato e com toques com as pontas dos dedos indicador e médio unido um ao outro sempre tocando o centro de cada chakra, insuflando os bijas mantras (semente dos chakra) até que venha se posicionar sentada em frente ao topo da cabeça do recebendo. Onde serão insuflados mantras dos elementos com a função de consagrar, ou seja, o cliente estará recebendo um deeksha (um fluxo energético divino de iniciação), findando esta etapa deverá induzir o cliente em relaxamento falado com música de fundo sempre levando a se reconhecer como ser perfeito.

     

    CONCLUSÃO

                  Esta terapia corporal não tem intenção de debelar desequilíbrios físicos e sim desequilíbrios energéticos que na verdade onde se concentra a verdadeira dificuldade do ser humano. Apos receber o deeksha da maneira corrente o cliente terá sido codificado no seu corpo espiritual e sempre será levado a ponto do seu equilíbrio, mesmo que nunca mais receba esta técnica. Mas para que isto ocorra serão necessários à aplicação de pelo menos 10 sessões para que o realinhamento dos chakras ocorra. Estamos acostumados com vicissitudes da vida, portanto enquanto não é absorvida a energia o chakra não se equilibra por isso a necessidade de repetições.

     

    BIBLIOGRAFIA

      

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

    Em relação a Terapia Corporal Indiana – trabalho idealizado após curso com o Prof. Levi Leonel em 1983 – Rio de Janeiro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Vivência Tântrica

    Vivência Tântrica

    Ao encontro do coração e da prosperidade, assim como o equilíbrio da sexualidade e o fluxo da sensibilidade

     

     Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Libido?

    3.  Conhecimento sobre os elementos que se atinge no desenvolvimento do vivenciar.

    4. O que é Vivência tântrica.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

      

    I- INTRODUÇÃO

                 

                  A insatisfação por não produzir. O vazio por não saber amar ou não ser amado. O desejo que algo externo resolva a vida. Tudo se transforma em couraças. Onde o EU se esconde em manifestações de medo, timidez, agressividade, hipersensibilidade, improdutividade, egocentrismo. Ou ainda – “Eu sou o único” – “Sou o melhor” – “Sou eu que resolvo as coisas, ninguém faz melhor que eu” – “Eu sou festeiro e popular”. Esta última manifestação certamente é a pior forma de manifestar as couraças. Porque em algum momento do seu dia, vai se sentir exausto triste e solitário. “Não aceito falar de mim”, “Não vou transparecer o que sinto nunca, imagine!”

                  “Nunca deixo saber o que sinto e penso, não quero que invada a minha individualidade!”

                  Na verdade todas essas manifestações ou “qualidades” são fugas de si ou do mundo. É a dificuldade de apalpar a si mesmo, de si amar. Se você não se ama, não pode saber amar.

                  Se você não se equilibrar não pode perceber rapidamente e sensivelmente a forma de ensinar a se equilibrar.

                  Para o principio tântrico o equilíbrio e o desequilíbrio é um leela (jogo) uma dança no fluxo cósmico.

                  Se você simplesmente dançar o leela acontece. Você vira a água nas tempestades. O vento no vendaval. A chama na fogueira.

    De forma lúdica e sincrônica vivencia tudo aquilo que é natural em si. Você não pensa mais. Apenas sente ou simplesmente é.

                  O EU SOU ou SO HAM passa a fazer parte em cada inspiração e expiração. Inspirar e expirar constantemente em sincronia com o que deseja fará com que se conclua. Basta ensinar a mente a simplesmente ser e não mais comandar.

                  Descodificar a mente para que ela entre no leela cósmico é simples. É necessário dar à ela aquilo que não é metódico.

                  Há de convir que desde 3 ou 4 anos da idade cronológica que sua mente aprende apenas a se defender de que:

    “ “Isso não pode” - “Isso não deve” - “Seja homem” - “Seja educado no sentido formal” -”Seja rico para ser homem de bem” - Ou, pior ainda: “Quem ficou rico é inescrupuloso” ”.

                  Para as mulheres: “Olha todos os homens são iguais” - “Homens não prestam”

                  Para os homens: “Cuidado mulher é um bicho” – “Mulher é interesseira”

    Em relação ao sexo então:

    Mulheres: ”Sexo é proibido” – “Não seja sensual é feio” –

    Homens: “Para ser homem precisa ser garanhão, se não deixará de ser homem”. Para as pessoas que estão na faixa entre 40 a 60 anos cronológicos é o sentimento que impera e comanda o mental, agindo de forma inconsciente e produzindo resultados negativos. E ai o insucesso é fatal em quase todos os planos da vida.

    Enfim, infindáveis fórmulas chavões para o insucesso, o desamor, a timidez e a má relação consigo próprio. A mente codifica e lidera a frente da real sensação, desviando do verdadeiro caminho individual de simplesmente ser Natural – Integro e amável e feliz.

                  Vivenciar as emoções aparentes e sentir o coração é um caminho lúdico e sensorial, produzindo a capacidade de aumentar o fluxo da intuição, aumentar o fluxo do sentir.

                  Para isso basta utilizar-se das técnicas que o tantra propicia. Que álias, no ocidente muito bem elaborado através do contato popular com o OSHO.

                  Eu me permeio através do Tantra matriarcal e antigo onde o fluxo feminino (Shakti) que é responsável pelo o espírito das realizações natural. Simplesmente SER e Vivenciar pelo o fluxo da libido.

     

    2  - O QUE É LIBIDO?

                  Vamos conhecer a real conotação da libido em relação à parafernália tântrica, tão confundida e mal interpretada pelo o ser ocidental e os ditos “tântricos”

                  Fala-se em libido, entende-se sexo. Sexo é o significado principal e final apenas para aqueles que ainda não a entendeu ou para aquele que não sabe direcioná-lo e assim utilizar-se desta força encantadora e mágica.

                  Libido é a mola propulsora para tudo que se pensa em sentir e fazer.

                  A libido é uma energia pura incandescente no ser humano manifestada através do ato de sentir prazer.

                  O prazer de comer em equilibro = saborear.

    Mas em desequilíbrio entra em compulsão do comer porque essa forma de sentir é fálica.

                  Libido organizada faz fluir o trabalho = Prazer - produz êxtase.

                  Libido desorganizada = O trabalho não flui - não há energia propulsora.

                  O prazer de amar ao tocar o filho, o coração treme. Porque o amor é puro e transcendente. A libido ai está presente no sentir, pois provoca êxtase, felicidade.

                  O prazer de amar o sexo oposto, todos que se apaixonaram conhecem a libido se manifestando e é a forma que todos a identificamos.

                  Mas libido é o calor na pele, sem está calor. É o arrepio de uma caricia. É o ouriçar dos pelos quando se emociona. É a alegria nos olhos. É ainda a lágrima nos olhos quando se ri gostoso. É ouvir uma música e se arrepiar. É perceber o nascer de uma flor e se sentir emocionado. É ver uma criança nascer e se emocionar.

                  Quantos já desconhecem estas sensações? Se não sentem e não percebem isso, não pode mesmo perceber que a libido está além do tesão pelo o sexo oposto.

                  Alias se não sentem isso, já não consegue mais sentir Excitação pelo o sexo oposto. Acabou a excitação por si.

                  Vivenciar significa buscar isso dentro de si e por si mesmo.

                  Perceber que ao respirar, a pele se manifesta, Ao dançar o corpo arrepia, apenas no sentir da música e bailar suas emoções numa dança de sensações, sem pensar. Somente sentir e reaprender a amar-se.

                  A Libido movimenta a vida, a alegria, rejuvenesce e vitaliza.

                  Onde está a libido?

                  O tempo inteiro em você mesmo, basta um respirar profundo e ela se manifesta.

                  Basta um carinho do sexo oposto e ela se manifesta – Conhecido por todos, não é mesmo?!

                  Mas, se a música certa tocar também se manifestará. Quem aprende a conectar a libido, não ficará mais triste além do necessário. Porque saberá a medida exata do sentir.

                  Aprendemos que as pessoas importantes na vida são nossas: meus filhos, meu homem ou minha mulher, minha amiga (o), etc. Puro exercício de ego.

                  A libido direcionada de forma harmoniosa você saberá que deve apenas sentir e vivenciar. E que o conjunto de relações pessoais e interpessoais são feitas para interagir e não para possuir.

                  Porque a única posse que de verdade temos é o “EU” esse sim possuirá os efeitos de tudo que permeia a vida. E a forma de manifestação no físico do EU é através do permear da libido que é energia pura e criadora.

                  Criadora da prosperidade na forma plena da palavra.

                  Esse é o verdadeiro passo para a abundância. E o verdadeiro “Tesão” pela a vida. Sem medo, sem pré-conceito, sem negações. Simplesmente viver poeticamente a vida.

    Eu acredito piamente que o Ser passa pela a terra com a única função de vivenciar e sentir a abundância no leela (jogo ou dança) cósmico e na terra. Aprender lidar significa adquirir o nirvana. Ou seja, transcender a consciência através do coração.

                  Abundância está em todos sem distinção de raça ou credo. É para todos aqueles que se permite.

                 

    3- Conhecimento sobre os elementos que se desenvolve na prática vivencial.

     

    ANÁLISE SINTETIZADA DOS CORPOS HUMANOS.

                                                           

    1- CORPO - Anna Kosha (corpo ilusório de alimento).

                  É o nosso corpo físico grosseiro, constituído dos cinco órgãos dos sentidos: ouvido (som), pele (tato), olhos (visão), língua (paladar), nariz (olfato) e dos cinco agentes da ação: boca, genitais, mãos, pés e orelhas. Sua capa muscular, os nervos e ligamentos, bem como a sua estrutura óssea armazenam as tensões vindas dos corpos superiores, sobrecarregando alguns órgãos que sobrecarregam outros, numa cadeia de sintomas às vezes complexos. O corpo físico reage aos claramente através de movimentos, exercícios, danças e toques. Seu centro-realimentação está nas gônadas, portanto na área sexual, e seu estágio é o do mineral, dentro da natureza, como um todo, e seu oposto complementar é o olfato (narinas). Seu elemento é a Terra (ossos, dentes e unhas).                                                                                                                                                                                         

    2 - CORPO - Prana Maya Kosha (energético etérico)

                  É um corpo constituído de prana etérico, comanda os órgãos dos sentidos e contém os cinco sentidos sutis: éter, ar, fogo, água, terra aspecto prânico, energético. Alguns autores dizem que existem 300.000 canais que transportam prana, outros 72.000 que formaria o corpo etérico visível facilmente. Sua emanação energética vem das supra-renais próximos ao umbigo, e seu aspecto sutil, invisível, se relaciona também com os minerais. O corpo energético reage ao respiratório em geral, aumentando consideravelmente seu brilho externo ao corpo, com um pequeno número de exercícios de respiração. Esse corpo transmite as sensações dos corpos sutis para o físico, formando uma ponte de ligação entre as emoções e os músculos e nervos. Seu oposto complementar é a língua e o paladar. Seu elemento é a água.

     

    3 - CORPO - Kama Maya Kosha (desejo)

                  É o nosso corpo das emoções telúricas. O ponto central do corpo astral está no estômago (plexo solar) e sua irradiação sutil está relacionada com a vontade (volição) e com o desejo. Sua manifestação mais clara é o instinto, a reação reflexa, ou seja, é o órgão que se manifesta com um emocional expansivo e forte. “Ele irradia “nosso estado de espírito e é afetado pelo que vemos” o que os olhos não veem, o estômago não sente”. Está intimamente ligado com o pâncreas diretamente o sentido da visão. Seu elemento é o fogo e atua na combustão dos alimentos e reage ao desejo e à vontade.

     

    4 - CORPO - Ananda Maya Kosha (felicidade)

                  É localizado no centro cardíaco e é o nosso corpo das emoções afetivas e amorosas. É grandemente estimulado pelos vegetais superiores como legumes, verduras e frutas. O sentido do tato está intrinsecamente relacionado com o coração e se expressa de modo claro nas relações de empatia com outro. Seu elemento é o ar reage aos sentimentos em geral.

     

    5 - CORPO - Manas Maya Kosha (conhecimento)

                  O Manas (mente) se manifesta como intelecção e memória sendo essa a função desse corpo. Seu elemento é o éter que está relacionado com os ouvidos.

    É um corpo que se manifesta no nível da garganta em seu aspecto mais sensorial a reage aos Mantras de “H” aspirados, como no Inglês de horse. Seu corpo é de manifestação sonora e, portanto, o som faz vibrar em ondas que vão do mental ao intuicional.

     

    6 - CORPO - Jñana Maya Kosha (sabedoria)

                  Este corpo se manifesta como sabedoria pura, percepção clarividente. Ele reage à ação contemplativa, após as vibrações da mente cessar. Reage ainda aos Bija-Mantra, e especificamente, aos sons nasalizados. É a sabedoria após o conhecimento.

     

    7- CORPO - Buddhi Maya Kosha (corpo ilusório feito de intuição)

                  É o mais próximo da mônada espiritual humana. Não tem som específico, nem reage ao toque, mas como é um arquétipo humano reage aos símbolos inconscientes tais como, os Mandalas ou Yantras e os Mula-Mantra, tais como o “OM”.

     

                                              OS SETE PLANOS e as suas cores

    Podemos entrar em contato com cada plano vibrando na sua cor correspondente.

    FÍSICO

    1- PLANO - FILOSÓFICO - LIGADO AO CORPO FÍSICO - (MINERAL)

                  É o plano mais denso que trata do material, do físico, é onde o indivíduo se relaciona com o outro através de atitude e postura física. Através desse plano, aprendemos a constituição do homem centenário, do macrocosmo e do microcosmo sempre por meios dos estudos ou da filosofia esotérica começando a compreender a história da evolução do homem.

    COR AZUL - Representa a espiritualidade, a energia cósmica, dependendo da intensidade do azul ele sugere crescimento e evolução espiritual - mais intenso = a necessidade de contemplação serena, menos intenso = verificar os sentimentos descontrolados.

      

    2  - PLANO - ARTÍSTICO - LIGADO AO CORPO ENERGÉTICO - VEGETAL

                  É o plano onde começamos a perceber a energia vital, através de meditação das nossas próprias atitudes e organização dando-nos conta do mundo que nos rodeia. Por esse plano começamos a trabalhar o mundo das cores do som, da harmonia, do ritmo, e como eles afetam nosso corpo energético.

    COR AMARELA - Muito positivo, significa sabedoria, representa um guia interior ou o nosso lado superior (eu) concretizando os nossos ideais, indica clareza e luz.

    COR LARANJA - Maior energia, entusiasmo, juventude, alegria, favorece empreendimentos.

     

    3 - PLANO - POLÍTICO - LIGADO AO CORPO EMOCIONAL - ANIMAL

                  É neste plano que começa a evolução do homem, é através da razão que controlamos as nossas emoções, quanto menos oscilarmos o nosso corpo emocional, mais nos tornou estáticos. Não ser instável é ser um verdadeiro político e manipulador da energia da vontade. É através de leis e regras interiores que o mental controla o emocional e podemos através desse plano criar novas atitudes, nova cultura, nova civilização.

    COR ROSA - Simboliza o amor, a afeição sem paixão (amor universal) significa proteção, traz insegurança, suavidade das emoções.

     

    4 - PLANO - EDUCACIONAL - LIGADO AO MENTAL CONCRETO (HOMINAL)

                  É o plano da meditação, e onde também atua a evolução do homem, este plano está muito ligado ao plano político. É onde educamos nossas energias através da meditação das próprias atitudes e organizações. Através desse plano estamos ligados a ciência da iniciação.

                  O resultado do estudo e prática dessa ciência produz o verdadeiro homem consciente.

    COR BRANCA - Simboliza a pureza da inocência e ingenuidade, é a cor da juventude, a pureza do coração e a simplicidade, traz a facilidade da transmutação de energia, equilibra as energias negativas. 

    MENTAL

    5 - PLANO - CIENTÍFICO - LIGADO AO MENTAL ABSTRATO.

                  Este plano faz parte do plano mental que é ligado ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados a seres superiores que nos enviam através de canais, todas as técnicas da ciência para que possamos atuar com mais perfeição em nossas vidas.

                  Conseguimos compreender a ciência de vida e espaço (onde o outro começa e você termina), ou seja, mais sensibilidade, termos condição de entender as leis ocultas do cosmos, a lei da evolução e do Karma. É nesses planos que poderemos ajudar o outro com a ciência da sabedoria.

    COR VERDE - Simboliza vida, fertilidade e criatividade, afinidade, diplomacia e adaptabilidade, regeneração.

      

    6 - PLANO - INTUITIVO - LIGADO AO CORPO DA INTUIÇÃO

                  Neste plano nós seremos mestres de nós mesmo, será o fim dos falsos mestres e profetas.

                  Dentro deste plano teremos o contato com a hierarquia oculta, e a cooperação desses seres dentro do nosso trabalho de evolução pessoal. Teremos também total controle de nosso ego.              É neste plano que teremos o conhecimento da Nova Era.

    COR VERMELHA - Simboliza a energia ativa em grande quantidade, fluxo da vida, vitalidade, traz o impulso da vida, a vontade de vencer, o poder.

      

    7 - PLANO - INTEGRAÇÃO - LIGADO A CENTELHA DIVINA

                  Neste plano teremos total controle das leis do físico. Sendo assim poderemos ter maior domínio sobre nós mesmos em relação ao relacionamento entre matéria e espírito, alma e personalidade. Seremos mais honestos com nós mesmos e assim estaremos mais harmonizados com o universo. A nossa canalização estará aberta com total integração com o cosmos.

    COR VIOLETA - E a cor ligada a espiritualidade, traz o conhecimento e a magia, representa a consciência cósmica, representa a evolução interior com pleno conhecimento da realidade traz a sensibilidade e individualidade

     

    KARMA

    Karma é a lei de causa e efeito. Qualquer atitude tomada ou pensada cria uma reação na vida física ou na vida astral.

     

    TIPOS DE KARMA

    1 - Karma Individual - É quando você é totalmente responsável pelos seus próprios atos.

     

    2 - Karma Familiar - quando os atos interferem nas atitudes das pessoas da sua família negativamente ou positivamente.

     

    3 - Karma Coletivo - quando seus atos estão ligados a comunidade que você se relaciona.

     

    4 - Karma Racial - parte da sua opção, que você teve antes de nascer, em ser branco, negro, vermelho, ou amarelo.

     

    5 - Karma Nacional - Você nasce no país que melhor se adapta a sua missão, para que sua vida possa fluir melhor.

     

    6 - Karma Mundial - Nós optamos nascer nesse planeta porque nosso padrão de consciência é o mesmo dentro da evolução desse sistema, e nossas atitudes particulares pode modificar uma atitude um planeta inteiro.

     

    7 - Karma Universal - É quando nós já conseguimos obter uma consciência cósmica e nossas atitudes são todas voltadas pela Paz Universal.

     

    SENSO DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada ação temos um grau de responsabilidade a cumprir.

                  Responsabilidade - É a habilidade de dar uma resposta a si mesmo. A partir de agora seja responsável por si só. Voltando-se para dentro e repensando os seus atos.

                  Para cada ação existe uma reação e você é o centro de sua vida. Tomar consciência do seu poder e criar as situações que vivem, é ser 100% responsável por si mesmo.

     

    TIPOS DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada plano temos um tipo de responsabilidade a cumprir.

    1 - Paciência: É a habilidade de suportar as primeiras mudanças do ego que causam ilusoriamente dor e sofrimento.

     

    2 - PERSEVERANÇA - É a habilidade de se conservar firme e constante, permanecer sem mudar ou sem variar em cada atitude tomada mediante a um objetivo.

     

    3 - SEGURANÇA - É a habilidade de estar confiante em si mesmo e na vida.

                 

    4 - GENEROSIDADE - É a habilidade de ir ao encontro das necessidades dos outros sem desperdício de tempo e matéria, é a disposição para compartilhar.

     

    5 - TOLERÂNCIA - É a habilidade de compreender os motivos e pontos de vistas dos outros tão precisamente quanto possível, é o poder da supervisão.

     

    6 - SENSIBILIDADE - É a habilidade de sentir as próprias necessidades e a dos outros, é uma grande virtude e desenvolve independência e desperta confiança em si mesmo.

     

    7 - HUMILDADE - É a habilidade de se contrapor ao seu ego e vaidade e aparentar o que você é na realidade.

      

    DHARMA - O CAMINHO PESSOAL

                  Alguma de nossas emoções advém de registros/código, que chamamos cósmicos, e têm um princípio básico de inconsciência, e podemos colocar nessa lista as pulsões sexuais como uma necessidade imanente nos seres vivos de proliferação da espécie. O desejo sexual então, é o impulso genésico do ser vivo e é esse mesmo impulso que leva o homem e mulheres a se unirem na intenção inconsciente de procriarem, e estes impulsos acrescidos das intenções emocionais, também delineiam o caminho de uma pessoa (Dharma).

                  Dizemos então, que todos estão onde devemos estar, onde precisamos estar, onde merecemos estar, pois nossa intencionalidade e nosso adhikara (índole, temperamento, caráter, dom inato) nos colocaram ali; havendo consciência do modo pelo qual trabalhamos nossas intenções, nos iluminamos e podemos traçar, então, qualquer caminho.

                  O Dharma é o caminho, é o destino e é também o caminhante. O Dharma será concebido por aquele que se concentra no agora, aqui, usufruindo do ato de caminhar como a única meta, conquistando serenidade. Este caminhante saberá que não há nada a ser feito no futuro, um destino pré-existente a ele que deverá ser cumprido. Há sim, uma fatalidade das emoções, aquelas mesmas emoções que atraem certas desgraças pessoais, inexoravelmente; essas emoções que é traduzida como intencionalidade.

                  Intencionalidade do ser humano depende de um fator muito importante, melhor dizendo, imprescindível, que é a relação com o outro indivíduo, outra sensação, outro desejo. Sem a reciprocidade de intenções inexistiram as relações interpessoais e, portanto, não haveria a possibilidade de crescimento pessoal e muito menos de estudo das próprias emoções e sensações. Seria impossível a percepção sequer da existência da intencionalidade.

     

    O CORPO É O INCONSCIENTE HUMANO

                  Todo ser humano é uma soma de adhikara mais comportamento personalizado. O Adhikara e a personalidade “marcam” o corpo de acordo com suas características, somando a esta herança genética, que engendra o corpo junto com aquelas emoções e impulso do caráter. Dessa interação nascem corpos saudáveis ou não.

                  A saúde ou doença são balizamentos que o corpo cria para regrar a senda de seu habitante. Ele tem o código do adhikara de uma pessoa e sempre que essa pessoa mente para si mesma ou trai suas emoções profundas ou frusta-se consigo mesma, sem estarem conscientes desse fato, males físicos sobrevêm e tensões energéticas, nervosas e glandulares avassalam suas estruturas. Neste sentido dizemos que a doença é um bem maior, na medida em que ela tem a função de avisar, através do corpo, sobre a condição da emoção.

                  O ser humano é dotado de seis diferentes consciências para se manifestar no seu ambiente vital, no seu eco sistema.

                  Infraconsciência - é a consciência genésica, sexual, procriadora, mantenedora da espécie humana. Trata-se da atração magnética onipresente na vida das pessoas, traduzidas simplesmente em atração sexual entre os seres. Os principais pontos de tensão da infraconsciência são:

    a) Impulsos genésicos, geradores, procriadores;

    b) Rege todos os órgãos do sentido.

    c) A expressão mais sutil em termos de fluidos corporais tais como sangue, linfa, hormônios, líquidos sinuviais, liquor espinhal.

    d) A infraconsciência está ligada ao reino mineral e vegetal.

                  A natureza por si só é regida pela a força que se traduz na fórmula vive melhor quem melhor pode viver e no estigma da força e esperteza. Por isso os homens competem em seu dia-a-dia chegando as raias da morte, porque ainda contém o código de defesa da vida contra o agressor. As pessoas ainda se sentem mortalmente feridas ao perder um lugar na fila, ou o troco a menos na padaria, etc. Essa agressividade ainda pode ser canalizada pelo processo civilizatório por simples falta de tempo. Algo nas pessoas as faz defender o que é delas às tapas, mesmo que seja apenas algumas moedas, transformando isso tudo em neuroses.

     

    Subconsciência é responsável pela nossa contínua experimentação das nuanças do corpo energético que tem sua base no Chakra energético (Svaddhisthana). Veja as várias partes do indivíduo que são regidas por esta mente.

    a) - Motricidade corporal: função motriz dos nervos e órgãos.

    b) - Aprendizado reflexo de atividades automatizava;

    c) - Está também ligado ao mundo mineral e vegetal;

    d) - Seu centro físico são as supra-renais.

    h) - Os órgãos dos sentidos.

                  A subconsciência está ligada ao movimento corporal em si mesmo. Podemos exemplificar dizendo que uma criança aprenderá a andar sem ter uma imagem para se basear. Mas não falará uma língua a não ser que possa ouvi-la. São funções de diferentes consciências. A motricidade faz parte do código da subconsciência; o impulso de andar é infraconsciencial, mas a energia para criar o movimento e do subconsciente.

                  O subconsciente está para a sensibilidade vegetal, ou seja, não permanece “estático” como o reino mineral, sob os influxos de tempos muito mais longos que as medidas de tempo do reino vegetal. Além disso, podemos dizer que o vegetal contém e organiza o mineral em seqüências sensíveis que contém os sentidos do tato, algo praticamente inexistente no reino mineral bruto. Portanto a sensibilidade táctil é uma capacidade muito afeita ao chakra energético, que seria a sede do subconsciente.

                  A subconsciência é energia prânica, que em termos gerais pode ser manipulada e automatizada, em última análise, a força do “campo de energia” Esse deposito de energia (prana, Ki, Chi, orgônio), é uma inesgotável fonte de poder que é usada também para proceder as transformações, magnética através das mãos. Esse “órgão” energético está para o tato nos vegetais e tanto na visão como audição nos seres humanos, embora sua maior regência seja a sensibilidade tátil.

                  Os desequilíbrios psíquicos do subconsciente - Todas as perdas de motricidade por traumas emocionais, medo, sustos, são relacionadas com essa mente. Os delírios generalizantes estão relacionados com perda mineral (coloca os pés no chão) e hipersensibilidade nervosa. Convém dizer então que toda a rede nervosa, que vai do cérebro à superfície da pele é a manifestação física da rede Pranica (ou nadis), os condutos do Vayu pelo o corpo. Isso equivale a dizer que as repetições de gestos do modo distorcidos e até esquizofrênico em vários graus e perda de consciência espacial por envelhecimento.

     

    O INCONSCIENTE

                  No inconsciente fica a sede das emoções e intenções do indivíduo. Provavelmente neste ponto, na altura do estômago, diafragma e tórax, fica os códigos do Adhikara aquele elemento sutil de discernimento do temperamento e da alma de uma pessoa. Além disso, podemos alinhar as seguintes organizações psíquicas que o inconsciente promove:

    a) Todo o processo onírico (sonhos), vigília;

    b) Emoções impulsivas raivas e pânicos;

    c) Emoções de vontade, desejos;

    d) O condicionamento social;

    e) Psicose em geral;

    f) Chakra solar e cardíaco;

    g) Reações vegeto /animais.

    h) Os órgãos em que atuam as energias inconscientes: fígado, baço, vesícula, pâncreas, estômago, duodeno, coração, pulmões, timo.

                  O inconsciente está relacionado ao que chamamos corpo astral, portanto, invertendo, podemos dizer que o corpo astral é o corpo inconsciêncial. Nesta mente ocorrem os sonhos e os transportes para fora do corpo, tanto inconscientes como conscientes; as várias mensagens através dos sonhos são regidas por essa região corporal.

                  As preferências, os medos, as raivas, prepotências, orgulhos, inseguranças, estão para esses chakras; o chakra cardíaco e os órgãos pulmões e coração viabilizam na emoção os impulsos e desejos, e no organismo prânico as energias dos cinco pranas que ficam então, vinculados ao inconsciente e de certo modo direcionados pelas emoções.

                  As emoções são as impulsionadoras dos Vayu pela corrente nervosa eletro-magnético, corrente essa ligada aos rins e supra-renais. A hipertensão arterial é uma dessas confluências de tensão emocional inconsciente e bloqueio energético (prânico) subconsciente não raramente com a infraconsciência.

                  O inconsciente é responsável pela automatização das sensações, ou seja, essa mente cuida para que o indivíduo tenha uma espécie de condicionamento, para dar a resposta emocional esperada de um indivíduo social.

                  Por isso dizemos que são chakras dos reflexos condicionado social, onde as pessoas agem sentindo certas emoções reais.

                  Nossas mentes podem assinalar o reflexo condicionado do amor “que tem de ser de tal modo”, para corresponder as necessidades do processo civilizatório.

                  Grande parte do amor que o indivíduo sente, na verdade está relacionado apenas com as condições necessárias para sobrevivência, seja moral (religião, justiça social), ou afetiva (matrimônio, filiação, economia). O amor verdadeiro não viria, então, mesclado de nenhuma necessidade ou receio, por isso não se condiciona a nenhum modelo político, cultural ou econômico. Esse amor é quase impossível, porque é absolutamente revolucionário e incompreensível para as forças do ego inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Neuroses e psicoses do inconsciente - relacionados entre homens e mulheres, afetivo/sexuais, são extremamente bem assentadas no plano inconsciente. É nessa mente que a pessoa, por condicionamento sócio-econômico-cultural, força a si mesma a fazer certas ligações afetivas, amorosas, filiais, paternais, maternais, fraternais, sem estarem sendo honestas consigo mesmas e com o outro. São as relações constituídas de fachadas tão bem arquitetadas, que a mãe e o pai, se sentem responsáveis até a própria morte, por passarem essas “verdades” aos filhos.

    - Neurose de eficiência num trabalho, escolhido por modelos financeiros e não emocionais.

    - Conflitos entre os objetivos da pessoa e os objetivos das organizações/ emprego, nação, etc.

    - Excesso de objetivos, objetivos inalcançáveis, objetivos imprecisos, competição. Atingir certos objetivos e ficar na incerteza de que fez o melhor possível.

    - Casamentos que não satisfazem necessidades inconscientes, mas permanecem sendo mantidos por condicionamento amorosos sociais.

    - Angustia de ter uma família ideal, sonho do paraíso social.

     

    CONSCIÊNCIA

                  É uma parte que responde e processa o resultado das aquisições das outras mentes ou consciências e das 10 percepções humanas. Percebe-se então que os sentidos dão informações que a consciência usa para sua própria ampliação e percepção; a consciência não está em nenhum momento separado das 3 primeiras emissões mentais.

                  A consciência está para a intelectualidade e a razão; vamos ver como se desenvolvem suas várias atuações:

    a) A mente consciente atém-se aos resultados das outras 5 mentes racionalizando-os e arquivando-os para uso em momento oportuno.

    b) - Está dirigido para a intelecção, o entendimento;

    c) - É analítica, faz aferição.

    d) - Situa-se no chakra laringe.

    e) - Os órgãos regidos pelo chakra laríngeo (cognição) são: tireóide, cordas vocais, cérebro, laringe, úvula, dentes.

                  Através da mente consciente analisamos e entendemos certas ações que podemos automatizar com o sub e o inconsciente desde que a emoção se satisfaça plenamente com a mudança. A emoção aqui lembrada se refere às sensações do adhikara, que jamais se acalmam se não foram satisfeitas. A partir de então passam a ser subconscientes e inconscientes.

                  A consciência trabalha com duas memórias simultâneas. A primeira é ativa, portanto útil e fluida, pronta para uso imediato e faz parte daquele conjunto de lembranças que uma pessoa tem e que foi tocada pela emoção profunda, despertando interesse em guardá-la como algo prazeroso ou o mínimo necessário para o seu processo de vida.

                  A segunda memória é passiva, contendo dados inúteis para o indivíduo, na medida em que dificilmente serão evocadas por não terem tocado com profundidade a emoção.

                  Sendo assim, quase nunca vêm à tona do consciente porque nem sequer foram adquiridas e armazenadas sob a influência e a força do interesse emocional genuíno, íntimo, agradável.

                  Esta última só passará a ser uma memória atualizável se o indivíduo, por uma situação qualquer, tiver na emoção essa necessidade, e somente depois de uma seqüência de lembranças muito bem relacionadas entre si que leve a pessoa a emocionar-se com aquele dado quase morto.

                  Por isso dizemos que a memória é emocional, a emoção é que se lembra e não o cérebro. O cérebro é frio, é cálculo puro. O coração sente através das emoções que “viu” no banco de recordações.

                  A memória depende do que o indivíduo gosta, pretende, intencional, anseia, necessita, portanto, depende das emoções.

                  Uma pessoa perde a memória e às vezes fica tentando recuperar lembranças que nunca foram verdadeiramente importantes, e há casos onde seria interessante não relembrar. O terapeuta deverá conduzir tais clientes a entender a verdade da emoção a respeito do que tenta recuperar na memória.

                  A memória é emocional e só se manifesta plenamente na medida em que o indivíduo tenha se emocionado com os fatos a serem gravados nela, a ponto de impressionarem o inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Mudando radicalmente de enfoque, podemos afirmar que um ato executado com real prazer desmorona toda a inverdade das emoções e, por conseguinte, ativa a memória, excepcionalmente. Memória é consciência; é resultado de verdadeira emoção de prazer no momento de captar a informação a ser arquivada.

     

    SUPRACONSCIÊNCIA

                  A supra-consciência está relacionada com a Buddhi, que é o Juiz Interno uma espécie  de juiz de todas as ações internas (intenções) corroborando tudo que “ouve” ou “sente” com o verdadeiro caráter (adhikara) do indivíduo (Jiva). Não se trata “superego” social de acordo com o modelo freudiano, e sim, de um superego muito sutil, que conhece todas as necessidades do caráter daquele ser. Como é uma parte da pessoa, ele cria os conflitos pela simples presença da emoção, do dia-a-dia, que não corresponde de verdade aos legítimos e íntimos anseios daquele ser. Vejamos em itens qual é seu alcance.

    a) A supra-consciência é a Buddhi (vide em filosofia mais detalhes sobre sua atuação);

    b) Trata-se da qualidade de compreensão (entendimento foi estudado em consciente);

    c) Testemunho absolutamente imparcial consigo próprio;

    d) Intuição pura, sutil, espiritual; juízo do ego.

    e) localiza-se no chakra ajña; hipofísico, hipofisiário, 3- olho;

    g) Seu guna é sattva - padma, de cor amarela, dourada ou rosa;

    h) compadecimento e percepções espirituais.

                  As percepções da supra-consciência assemelham-se a um “advogado do diabo”, porque ao fazer o julgamento das emoções, e do quanto elas são honestas com o adhikara, o resultado sempre será ananda (felicidade), se coincidirem exatamente. No entanto o que se observa comumente é o acontecimento do klesha (dores); um estado de desequilíbrio que sobrevém às pessoas por estar realizando seu adhikara.

                  A supra-consciência é camada de mestre interno por algumas seitas e grupos filosófico. Por motivos que se perdem no tempo, é chamada de anjo-da-guarda, um “ser” interno, protetor e evanescente, invisível e perceptível ao mesmo tempo; às nomenclaturas adotadas para explicá-la, a supra consciência é divina, deificada; está acima da mente consciente e é imparcial.

                 

    MAHACONSCIÊNCIA

                                A mahaconsciência é a consciência de unidade com o todo e tudo, e tem nomes diferentes em culturas diferentes; é a Consciência Crística entre os cristãos, a consciência búdica entre os budistas, Purusha no Samkhya.

                  Essa consciência Shiváica, ao ser percebido, dá a sabedoria total. Quando ela se manifesta o Dharma e o karma é absolutamente resolvido, tornam-se um só. Vejamos os itens a seguir:

    a) - O Mahaconsciência é Shiva/Purusha;

    b) - Com sua manifestação ocorre a plenitude do adhikara;

    c) - Dharma e karma tornam-se um só;

    d) - Quietude existencial;

    f) - Ação pura, sem rajas;

    g) - Rajas e tamas ficam iluminadas;

    h) - Há predominância do sattva shukla, branco.

                  No mahaconsciência há a predominância do guna sattva de cor branca, relacionada com a imparcialidade, desapaixonamento e desinteresse pelos movimentos da matéria; é pura seidade, pureza, quietude, plenitude e consciência.

     

    O que é vivência tântrica?

     

    Vivência tântrica é uma forma lúdica de sentir e perceber as emoções e, portanto, é uma técnica de terapia corporal feita através da indução em movimento com a intenção de que ocorram desbloqueios em nossas couraças que são causadas por desequilíbrios emocionais advindas do campo da sexualidade, ou seja. Quando você pensa em sexo o que ele representa para você? Apenas uma satisfação biológica indispensável. Apenas feito por amor. Apenas feito para procriação. Apenas feito por fazer. Ou ele nem se quer existe em sua vida, ou está existindo somente em suas fantasias.

    Você já percebeu até aqui que uma vez que a Libido organizada – a sua vida poderá ficar equilibrada. Como?

    Tomando consciência de que você em primeiro lugar não é feito somente de carne e osso, e sim de um corpo espiritual, um corpo mental, um corpo emocional e que todos residem num espaço físico denominado de corpo humano. E que este corpo físico é a resposta de tudo que você sente, pensa e vê ao seu redor. Já percebeu também até aqui que não provemos a nossa vida em todos os sentidos, porque não provemos uma boa sexualidade.

    Aqueles que não estão provendo a vida transportam para a sexualidade a impotência do prover, como impotência sexual. E as mulheres resultam na frigidez. E ou o oposto.

    Este fluxo nos diz como devemos delegar a nossa libido, mas os conceitos sociais, profissionais, nos fazem interpretar de forma enganosa, deixando assim de perceber a essência da vida que deriva de uma sexualidade plena e saudável. Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira tranqüila. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significa estarmos sensual e sensorial. Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

    MÉTODO

     

    O Vivenciar não há como explicar tecnicamente, mas se desenvolve através do fluxo de um grupo ou de um momento individual.

    Cada grupo vivencial é uma energia única.

    I – passo: O trabalho normalmente se inicia com uma meditação dinâmica que flui através de respirações alteradas e acopladas ao movimento proporcionado pelo o som de uma musica dinâmica, que produzirá limpezas das emoções contidas no emocional.

    II – passo: Indução de uma técnica que proporcione novas emoções promovendo um renascimento.

    III – técnica indutiva para reconhecimento do Eu, e as mais comuns são Ekagrata - visualizações, através de um espelho, visualizar Mandala, ou simplesmente no olho do outro. Permitindo identificar as emoções que estão inseridas no contexto do EU e do outro. Formando um reconhecimento, identificação e sintonia com o próprio Ego.

    IV – passo. É induzido a um tipo de técnica que envolva toques no contexto de técnicas corporais. Para que desperte o fluxo original da libido.

    V – Finalização do sistema vivencial em grupo.

     

    Conclusões

                  Se utilizar de método vivencial como foi possível perceber até então é uma forma de brincar com a mente fazendo-a a ficar em segundo plano. E simplesmente sentir e permear a vida através do leela cósmico.

                  Se permitir ser feliz. Aprender a usar as ferramentas corpóreas e que divinamente nos foi concedido. Tomar conscienciência de que somos além de ossos, veias, sangue, músculos, órgãos, etc. Que as sensações e intuições são as ferramentas reais e mais importantes que induzem ao coração e expande a consciência para Ser e está Feliz.

     

    Bibliografia.

    Eu até então desconheço bibliografia sobre sistema vivencial tântrico.

    Aqui está um trabalho desenvolvido através da minha experiência em vivenciar e transmitir vivências.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 22/07/2009 13:53


    Quem Sou Eu - Kundalini- a origem sexual da espiritualidade

    QUEM SOU EU?

    Kundalini- a origem sexual da espiritualidade

    Mensagem do TAO sobre a energia sexual 

    São Paulo, 25  de  Maio   2011. 


    Mitiyo OshiroTakemoto  CRT: 38660  Terapeuta  Holistica

    SINTE-Sindicato Dos Terapeutas-  Holistico - 2011 

    SUMÁRIO

    • Introdução...........................................................................IV
    • História................................................................................V
    • Metafisica............................................................................V
    • Filosofia do chi....................................................................V
    • 3 grandes fragmentos..........................................................V

    -     Capitalismo e monopólio ...................................................V

    • Bioenergia ..........................................................................V
    • Prâna: filosofia da respiração.............................................VI
    • 7 chacras ............................................................................VI
    • Corpo etèrico .....................................................................VI
    • Corpo keterico .................................................................VIII
    • Kundalini o poder ígneo ..................................................VIII
    • Bindu .................................................................................IX
    • Budismo para leigos ..........................................................IX
    • Bioeletromagnética e religião ............................................X
    • I ching .................................................................................X
    • Karma - destino e livre arbítrio    ..................................... XI
    • 5 religiões básicas do mundo ............................................XI
    • Quem escreveu a Bíblia? .................................................XII
    • Material e Metodologia ..................................................XIII
    • Discussão .......................................................................XIV
    • Conclusão .........................................................................XV
    • Bibliografia .....................................................................XVI

    Introdução

    Tao que revela a sabedoria oriental, a ciência do futuro a revelação à natureza, autoconhecimento, transformação, o gostar do próprio eu.

    Quase todos se ocupam, num determinado momento da vida, com as perguntas: "QUEM SOU EU?",  "QUE FORÇA AGE DENTRO DE MIM?", "QUE FACULDADES AINDA SE ESCONDEM NO MEU INTERIOR?", "COMO POSSO USUFRUIR TODO MEU POTENCIAL DE SORTE E CRIATIVIDADE". "Acreditamos que nenhum outro campo científico pode responder a essas perguntas tão amplamente, como a ciência dos centros energéticos do homem".

    Ao compreender a tarefa e a função dos chacras em toda a sua extensão, forma-se uma imagem do ser humano que, na sua possível perfeição, é tão fascinante e sublime a ponto de mais uma vez nos determos para admirar a maravilha da criação.

    O homem vive hoje num profundo descontentamento no que tange a sua própria existência.

    Durante longos anos, ocupou-se com a exploração impensada de tudo que seus sentidos, captavam do mundo externo. Alicerçou seu conceito de segurança, poder e felicidade no resultado das suas conquistas materiais. Enquanto se manteve ocupado, perseguindo o tal objetivo alimentando-se mentalmente de todas as informações necessárias para conseguir seu intento. Desenvolveu-se brilhantemente no campo da ciência e da tecnologia, mas não percebeu que seu ser nutria-se concomitantemente de toda espécie de emoção, gerada pela própria ação antética e objetivada. Assustando consigo mesmo inicialmente pela forma adotada, depois pelo conteúdo raivoso, atormentado e triste, lançou-se num processo incansável de questionamentos acerca da própria natureza e seu relacionamento com o universo.

    Deixando escapar sua energia cósmica entre os dedos levando-os a sua desgraça. 

    HISTÓRIA 

    Metafisica

    Ciência geral dos princípios e causas: conhecimento, sabedoria, força moral "elevação espiritual que conduz ao DEUS CRIADOR". 

    Filosofia do Chi

    Teoria do yin e yang "sublime unidade" o ser absoluto a consciência de DEUS a energia que rege (comanda) o vasto universo. Yin e yang se manifesta no mundo inteiro o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nascimento, vida e morte: a dança cósmica do Universo: no plano físico do homem, essa dança se manifesta como sexualidade. Através dela, o homem está  ligado ao ato incessante de criação da vida. Dizem que hoje, a cada 8 segundos nascem 34 crianças. Podemos observar esse processo nos animais e nas plantas. 

    3 Grandes fragmentos - capitalismo e monopólio

    Quando construirmos uma ponte entre as três grandes medicinas: ayuvedica (chacra e kundalini), chinesa (taoista, bioeletromagnética), ocidental (medicina atual, que se deve ao Leonardo Da Vinci a proeza).

    Este termo "a união faz a força" não cabe dentro dessas medicinas, pois elas trabalham separadas seguindo caminhos paralelos. Hoje tais medicinas estão monopolizadas e comercializadas, seguindo interesses alheios perdendo seu verdadeiro conteúdo.

    Prejudicando o curado e o curador.  

    Bioenergia

    Reconhecida pela medicina oficial em 1990. Passou a constar no conselho de especialidades medicas da Associação Brasileira de Medicina, deixando assim a fazer parte das terapias alternativas fragmentando-se, adotaremos então a bioeltromagnética que é, mais adequada para a holística. 

    Prâna - filosofia da respiração

    Prâna, chi, ki e a própria filosofia como diziam os sábios taoista; vivendo de ar e orvalho respiração e saliva. No ar contem os elementos que nutre a vida, a inteligência, a força física e sustenta um mundo (pensamento) que traz conhecimento, intenção e sabedoria que leva a "iluminação".

    Sublime unidade yin e yang que impulsiona o universo, o Prâna representa a fonte primaria de todas as formas de energia "absoluta". 

    7 Chacras                                                                                 

    Como ponte para a consciência interior. Autoconhecimento. Relacionados a órgão, ele tem a importância decisiva para a nossa vida mental e espiritual. Atuam diretamente sobre as emoções, disposição e alegria de viver. Quando seu fluxo é  bloqueado, surgem as doenças físicas, a má concentração de energia e alimentação são verdadeiros ladrões dos sete centros energéticos. Os chacras regem a força vital "prâna" e espiritual "kundalini", que se manifesta de modos diferentes e existem sete chacras abaixo (atala, vitala, rasatala, mahatala, hahatala, sutala e patala) sete acima estamos longe dessa compreensão que é obtido por meio do desenvolvimento e purificação da consciência.

    Corpo Etérico                                                                                                                                        A maioria das pessoas considera o mundo material, como também o corpo físico como a racional. Caso seja um desses que só podem aceitar como realidade o corpo material, pense uma única realidade, pois são perceptíveis pelos sentidos físicos e compreendido pelo intelecto vez o que acontece, por ventura com a energia, força vital que anima um corpo físico e lhe oferece sensibilidade e capacidade de expressão depois da morte deste corpo. Segundo uma lei da física a energia nunca se perde, mas se transforma. A força que está "em ação" por traz dos aspectos matérias do corpo, com suas funções e habilidades, é constituída de um complexo sistema de energia, sem o qual o corpo não poderia existir. Esse sistema compõe-se de três elementos básicos: físico mais denso, etérico denso e o keterico subtil.

    Muitos esclarecidos em outros pontos energéticos, não conseguem perceber o campo ou corpo etérico, essa percepção extra-sensorial não se abre magicamente e como todos são filtrados através da mente determina o GRAU  DO OBSERVADOR, por isso é considerado pelos espíritas um produto semi-material, onde existem manifestações ectoplasmáticas atuação fundamental das incorporações, certas situações pode se ver ao olho nu. A Aura  Etérica  uma luz em volta dos corpos como uma onda de calor sob a terra, além disso, existe uma sutil teia delicada que atua como barreira entre o corpo etérico e astral protegendo o individuo, prematura abertura de comunicação entre esses dois mundos.

    Os diferentes planos de consciência o ser humano é divino e é constituído por hierarquia de energia subtil (leve e sublime), para facilitar nosso entendimento somos seres holísticos fracionados como:

    Corpos "inferiores", o corpo etérico é o corpo mais denso depois do corpo físico que modela e consolida a matéria física dos tecidos do corpo, que só existe graças ao campo vital e permite o físico viver porque é este que vitaliza com a energia do prâna.

    Corpo emocional a energia suave que reflete emoções e os desejos das pessoas colocando em contato com o meio do universo.

    Corpo mental (ou causal) governa nossa faculdade de raciocínio, pensamentos intuitivo do nosso ser, transição entre a matéria e espirito em forma de crenças ou pensamentos limitativos.

    Corpo astral passagem entre os dois corpos "personalidade e celestial", energia que vibram a partir do corpo astral influenciando as portas do plano celeste e terrestre. Podemos dizer assim; a energia que circula entre a terra e o céu  ( bioeletromagnetica).

    Corpos "Superiores" 

    Corpo celeste permite sentir as vibrações do plano e comunicar com seus guias de luz.

    Corpo divino, de luz o mais leve concede a licença a alma a se comunicar com a fonte (ojás).

    Corpo supra-astral concede e encerra a qualidade mais alta do amor incondicional, da compaixão e do desprendimento. A estrutura do corpo eterico tem a função mais importante de transferência da energia vital do campo universal para o campo individual (físico), o corpo etérico não carrega a consciência, ele atua como ELO entre os veículos físicos, emocional e mental intercalando-se e constituído juntos o EU;( o corpo etérico pesa 21 grama, na morte do corpo físico perde-se  21 gramas)

    Porém esta teia numa única camada de átomos etéricos que separam os chacras situados ao longo do corpo na verdade é um dispositivo de proteção, se danificado pode trazer transtorno mental e físico.

    Tendo em vista suas funções etericas (pela teosofia)

    Receptor do prâna rede de finos canais o qual é parte do elo magnético que une os corpos físico e astral, cortando ao retirar-se o corpo etérico do físico denso no momento da morte.

    Assimilador do prâna circula três vezes por todo o triângulo (três centros principais) antes de ser transmitido ao corpo eterico e deste ao corpo denso, se o homem estiver sã a emanação será intensificada pela vibração (frequência), caso contrária o processo será lenta, essas emanações saem finalmente do sistema etérico, irradiando-se pela superfície a essência sai levando a qualidade individual.

    Transmissor do prâna e absorvido por tudo que evolui dentro do circulo, consiste em vitalizar o veiculo de expressão material física de qualquer dos sete (chacras) homens celestiais, consiste em liberar a vida dos veículos que a confiam o altar terreno o lugar onde nasce o espirito.  

    O Corpo Ketérico

    Vimos acima que a relação entre os dois corpos ou energia poderia ser vista e sentida. No keterico está além das nossas faculdades, o nosso grau de evolução e consciência precisa estar bem apurado, sete nível acima do plano espiritual, nós sentimos próximo do criador, os campos emitindo uma aura dourada reluzente pulsante.

    Ketérico é o último nível áurico do plano espiritual. Contém o plano da vida e é o último nível diretamente relacionado com esta encarnação. 

    Kundalini o poder Ígneo

    De encontro ao Bindu, a grande força magnética, o princípio universal da vida que existe em toda a matéria também chamado "fogo serpentino" é vida que flui através dos centros vitais ou chacras.

    Principio ativo que tanto pode criar ou destruir especialmente no ser humano, ela estabelece laços entre os corpos físicos e astrais e vise e versa á medida que a evolução prossegue esses laços, são vivificados pela vontade que libera e guia essa energia. Embora de maneira meio desordenada por isso o correto deve ser orientado por um mestre eminente. Kundalini a origem sexual da espiritualidade para a teoria da evolução GOPI KRISHNA -  um filósofo iogue hindu pioneiro da união entre a filósofa oriental e a ciência ocidental - kundalini é um termo chave, pois é a base para o acesso a um estado superior de consciência tal que, se atingido por amplas massas da população representaria uma nova espécie da humanidade.

    É uma das forças emanantes do sol, inteiramente independente e distinta de fohat e prâna, e que, no estado atual dos nossos conhecimentos, acreditamos que seremos convertidos a qualquer dessas duas energias percorrendo o corpo as curvas de uma serpente; "Mãe do Mundo" é um nome bastante apropriado, porque e por ela que podem ser vivificados, com sete nós, que naturalmente representa os sete chacras ou centro de força e parece apresentar sete camadas ou graus de potência. Esta força se encaminhou assim no corpo astral, a faculdade de sentir, de ser impressionado por toda a espécie de influencias, porém sem lhe dar ainda a compreensão precisa ou inexplicável.

    O mecanismo que nos dá  a consciência do que se passa no astral é interessante e merece ser bem compreendido, mas para obter esses resultados, o fogo serpentino passa de chacra em chacra, em certa ordem e maneiras variáveis por isso essa energia sobe de formato espiral na intenção de encontrar seu objetivo; como o dia percorre para o encontro da noite. Assim é a kundalini que sobe com força e grau para o encontro do bindu, o feito é inexplicável o mais alto graal (santo) da plenitude. 

    Bindu

    Portal do brahama é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico. É o fio que liga o cérebro a medula e aos órgãos sexuais e quando cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta, aqui que armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente ligada ao útero e a glândula prostática - hormônios sexuais a energia sexual revitaliza o cérebro.

    O bindú circula dentro do canal principal o sushumna, quando é mantido no alto o homem mantem-se revitalizado e mais jovem, assim que desce veem a perda de energia causando o envelhecimento físico e mental. 

    Budismo para Leigos

    De todas as ramificações existentes, podemos distinguir três grandes correntes, chamados "os três veículos" (três mentes ou três Tan Tiens).

    1º Veículo -  Hinayana do hinduísmo uma das várias ramificações é o hara krishna: difundido principalmente no Ceilão, Bermânia, Tailândia e Indonésia.

    2º veículo- - Mahayana, impôs-se, sobretudo na China, Coréia e Japão.

    3ºVeículo-Tantrayana budismo da sexualidade "Kundalini". Atualmente está sendo divulgado também no Japão.

    obs: O Buda original está dentro de você, budismo não é religião: é filosofia da vida, é ciência.  

    Bioeletromagnética e Religião 

    Raich foi em direção ao corpo, ao biológico, á ciência literalmente palpável e visível e encontrou o espirito, a religião, o transcendente. Se os conceitos de bioenergia parecem estar como um peixe fora d'água no campo da ciência, na religião oriental pisa-se em terreno familiar. Para o hinduísmo, budismo e taoísmo o conceito de uma energia vital que flui ao longo do corpo, cujo bloqueio leva a sintomas e doenças físicas e mentais, é algo aceito há milhares de anos porque está, dentro da Bioeletromagnética, a força "Yi" (três  tan tiens -  três mentes ou três veículos) a energia sexual é Ching, a energia vital Chi e a espiritual e Shen. Essas circulam dentro dos três tan tiens  é o equilíbrio dentre o céu e a terra

    (o homem - bioeletromagnetica). Assim podemos entender porque o budismo de três veículos é integral. 

    I Ching

    Assim como a água nutre a vida, o conhecimento pode nutrir nossa consciência. O I Ching é  como um poço. Dele podemos extrair uma saberia profunda e autêntica, oculta no mistério sutil que sustenta o universo. Como filosofia, é  um espelho fiel da imensa realidade que nos abraça. Como oraculo é  uma lente poderosa que revela a unidade harmônica entre a compreensão e o incompreensível. Beber de sua água é experimentar o sabor indescritível de uma consciência ampla e abrangente que enxerga, nos movimentos do mundo, os mecanismos da nossa própria natureza. Combinando filosofia e oraculo, sabedoria e mistério, o estudo do I Ching é  fundamental para todo aquele que busca uma observação mais ampla e profunda dos mecanismos do universo, da vida e de si próprio.

    O I Ching pede: comprometimento com responsabilidade, lealdade ética moral e espiritualidade (sinceridade).

    "É aquela pessoa que faz e cuida de suas coisas e deveres com sinceridade no coração".

    Nesse estagio de evolução (revolução humana) poderemos pensar em paz mundial.

    É o que desejamos profundamente...

    E a mãe natureza pede urgência! .     

    Karma - Destino e Livre Arbítrio

    No taoísmo, acreditamos que nossa vida é resultado de nossas ações, ou seja, acreditamos que as ações passadas e presentes geram o futuro cenário de nossas vidas. A isso chamamos de Pequeno Destino.

    A partir de um instante qualquer, o futuro pode ser modificado como consequência de ações, mais conscientes, tarefa pessoal e intransferível, que não significa que não possamos ser ajudado. Mas, significa que, mesmo com ajuda externa, sem uma forte vontade e esforço pessoal não conseguimos progredir, melhorar, crescer.

    O destino não e algo pré-estabelecido pela vontade de DEUS se o fosse, este não seria DEUS, seria apenas uma consciência repleta de desejos, intenções e expectativas de retornos pessoais. A consciência universal (DEUS) é livre: não tem apegos e não faz julgamentos. É natural e espontânea. Não reconhece bem ou mal como antagônicos, mas complementares, em que o bom é  o resultado do equilíbrio e da harmonia entre forças aparentemente opostas. Esta consciência segue naturalmente o grande fluxo da imensa dança cósmica. Ela é a própria dança cósmica, é o próprio universo a isso chamamos Grande Destino: funciona como enorme pátio de fundo para o pequeno destino. Em termo pratico, o grande destino seria o conjunto das circunstâncias maiores do momento que vivemos capazes de definir a resposta não intencionada do universo ás nossas ações pessoais e coletivas.

    Deste modo, nossos méritos e punições são grandes por nós como consequência natural de nossas ações.       

    5 Religiões Básica do Mundo

    Histórias cheias de Fé.

    A sabedoria dos tempos tem sido preservada de muitos modos, mas nenhuma com mais apelo do que as simples alegorias chamadas Parábolas. Estas cinco histórias(descrita abaixo) se apresentam tão ativas hoje como no dia em que foram contadas pela primeira vez. Elas captam a essência de cinco religiões: budismo, judaísmo, confucionismo, islamismo e cristianismo.

    Budismo - O grão de mostarda; nascimento, vida e morte: a lei dos 7 chacras - "7 flores de lótus": Sutra de Lótus,(a revelação do Buda Sakyamuni)

    Judaísmo - A Parábola e a verdade.

    Confucionismo- O diplomata e o Rei-Espiritualidade - Conduta.

    Islamismo- O escravo e o filosofo.

    Cristianismo- A mensagem de João: Amai-vos uns aos outros, agora e sempre.

    Atenção: Os chineses taoístas usam muitos termos ou expressões como: filosofia, contos, fábulas, lendas, aforismo, metaforísmo, subjetivo, analogia; que confunde o raciocínio das pessoas, principalmente dos ocidentais, mas ai é que está o segredo para adquirir o conhecimento e saberia: "filosofia - pensar"

    Aprender sem pensar é  inútil

    Pensar sem aprender é  perigoso

    Kung Fú Tsé CONFÚCIO 

    Quem escreveu a Bíblia?

    A história de DEUS foi escrita pelos homens. Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos?

    As respostas são recentes - e vão mudar sua maneira de ver as escrituras.

    Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.c, uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, maquina e folha de papiro (planta importada do Egito e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que havia sido escrito).

    Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes outras pessoas continuaram reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best-seller de todos os tempos: a BÍBLIA. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo do Islã, mudou a história da arte- sem a bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci -  e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu?. Quem era e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo e quem ditou a voz e o estilo de DEUS?.  O que está na bíblia que deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados?. A resposta tradicional você já deve conhecer, segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso. A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidencias concretas da maioria deles, a chave para encontra-los está na própria Bíblia.

    Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Alias o termo "Bíblia", que usamos no singular, vem do plural grego ta bíblia ta hagia -"os livros sagrados". A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os cinco primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.c. Os Salmos seria obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel. E assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso. As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã. Que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo Canaã não foi um Estado, mas uma terra  sem fronteira habitada por diversos povos- os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, suas culturas e seus escritos foram fortemente influenciados por vizinhos cananeus, que viviam ali desde o ano.

    5.000 a.c e eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado. 

    Material e Metodologia

    Foram usados livros para consulta, acesso a home Page, assistir palestras voltadas á holística, estudos em grupos. Este trabalho foi realizado pela equipe na comunidade de estudos em grupo, com ajuda dos meus discípulos e alunos no curso de vivencia visando a consciência do corpo e da mente, fundamental nas práticas de exercícios taoista. Sendo que, um exercício e outro a meditação e muito importante no ganho de consciência do corpo, da mente e do espírito. Dentro do trabalho, trocamos idéias e compartilhamos conhecimentos vivenciados inclusive a experiência do despertar da kundalini: síndrome da kundalini" .

    Compartilhar:

    A beleza uma ação sempre gera uma reação; o esforço de uma ação.

    Os anos haverão de passar, mas a arte de compartilhar torna a todos mais humanos, que constrói ponte para o caminho do tão; que cuida da terra estagnada, colhendo o reconhecimento e sabedoria assim se alcança a iluminação.

    3 caminho do tao, dizem que existe três caminhos para a iluminação:1 é o da prece e da adoração, chega-se lá ,mas nunca se sabe  quando, por que ou como. 2 é o da boas ações e do serviço aos outros: mas tampouco se sabe quando ,por que ou como se chega lá. 3 é o caminho do Tao, que é um caminho de conhecimento e sabedoria. Você sabe quando, porque e como se chega lá, porque se trata de um processo alquímico no nível molecular,  que trabalho com a forma mais elevada de energia do corpo (a energia sexual) e que se torna claro  à medida que você pratica. Você sabe quando deve ser duro como a pedra e quando ser suave como a água. Isso é sabedoria, isso é o Tao.

    A soma de alguns conhecimentos próprios e alheios, as vivencias, orientadores, amigos e também profissional ligado à medicina. 

    Discussão

    Esta obra é a sequência (é continuação) das proposituras anteriores: sexualidade e espiritualidade/2008 - o principio do Yin e o Yang/2009.

    Selecionei o tema em questão, pelo caminho mais simples e eficaz para o aprendizado: o caminho do tao (filosofia do Chi) para o publico geral.

    Focado na energia fundamental, a energia sexual que vem do absoluto "o nada - o inacessível". Explicação do absoluto o nada: O ser sem forma: surgiu o Yin e o Yang (dualidade) a sublime unidade que impregnou o vasto universo; o Sois, Planetas, Luas, Estrelas, Microcosmos, etc...

    A energia sexual Yin e Yang: uma força fecundante masculina Yang, e uma força receptora feminina Yin (a energia é criativa, a união primordial das forças Yin e Yang que impulsiona o universo). Sem essa energia não estaríamos aqui, ou não existiríamos, viemos do nada, ao nada voltaremos "Tao Budh" sobre a kundalini atualmente muitas pessoas ouvem falar da kundalini; isso significa que a humanidade esta á caminho da evolução espiritual "pode ser comparado a kundalini que sobe para evoluir alcançando o bindu Brahma".

    Recebi uma mensagem do pássaro voador sobre a kundalini e compreendi que, grandeza da potencia que representa realmente ela; é perigosíssima, mas nem por isso podemos ignorá-la, precisamos mais do que nunca estar-mos preparados para o encontro, não para enfrentá-la, mas para recebê-la amorosamente com muita serenidade do Tão e alcançarmos a iluminação.

    Agradecimentos ao Sinte pela inestimável oportunidade que me proporciona. Gostaria de agradecer ao senhor Henrique Vieira Filho, a quem admiro pela sua inteligência e compreensão.

    Muito obrigada, Mitiyo              


    Conclusão

    Descobrir que os segredos de quem nós somos estão nos chacras (kundalini). Eles falam, eles sentem e pensam. Tudo estar na bioeletromagnética e quando adotamos esses conhecimentos e inserimos a filosofia do tao, entre este a kundalini. E a expansão da consciência, ai atraímos para nós, e não precisamos dizer ou perguntar:" QUEM SOU EU OU O QUE SOMOS".

    O Drº Motoyama expressa isso da seguinte forma: e faz um apelo; a ioga apresentar-se-á como uma grande força mundial e alterará o curso dos acontecimentos do mundo. Atualmente a kundalini está sendo discutida em todas as sociedades, em todas as línguas e países do mundo. Especialmente os jovens cientistas devem dedicar-se ao reconhecimento e á compreensão dos efeitos da kundalini - em si próprio e nas outras pessoas. Os médicos e os cientistas precisam formar uma ponte entre a dimensão subjetiva interior da consciência espiritual e a dimensão empírica da ciência como fizeram: Einstein. Ytzhak, Bentov e o dr Motoyama. Esse é o momento para avançar audaciosamente e investigar, de forma científica, a experiência da kundalini. Seu despertar é tanto, um evento psicofisiológico como uma realidade espiritual. O estudo do seu amplo potencial é a mais nova fronteira da ciência. Imaginem o s importantes benefícios obtidos no tratamento de moléstias, quando se revelar cientificamente que determinados sons e formas (mantras e yantras) podem ativar os sistemas fisiológicos e físicos do organismo.

    Experiência cientifica para a avaliação e determinação dos efeitos práticos do tantra e da ioga contribuirá imensamente para acelerar a evolução do homem. Tendo absoluta convicção e confiança nos extraordinários efeitos da ioga para curar o corpo doente do homem, aprimorar sua personalidade e transformar seu nível de percepção consciente. O Drº Motoyama transpõe a divergência e demostrou a realidade cientifica da kundalini e o consequente benefício para a humanidadeO Gopi Krishna relata que no futuro próximo, surgira indivíduos (sem diploma) com grau de clarividência além do normal.   

    Bibliografia

    Sexualidade e Espiritualidade - Mitiyo O Takemoto - Sinte; sindicato dos terapeutas.

    Sexo - Mandak Chia e Wu Wei - ed - Cultrix

    Chi Nei Tsang - Mantak Chia: ed  Cultrix

    Chi Nei Tsang ll - Mantak chia -  ed Cultrix

    Tao yin- Mantak Chia - ed Cultrix

    Automassagem - Mantak Chia ed Cultrix

    Segredos Taoista do amor- Mantak Chia e Michel Winn - ed Roca

    O orgasmo múltiplo do homem - Mantak Chia e Douglas Abrans Araya - ed objetivo

    Quem escreveu a bíblia -  texto: Jose Francisco Botelho: revista Super dez/2008

    Chacras- os centros energéticos da saúde plena: física, mental, emocional e espiritual-

    rev. Claudia /2006

    O duplo etérico - major Arthur E. Powel - ed. Pensamento

    O despertar da kundalini - Gopi krishna - ed. pensamento

    A origem sexual da espiritualidade - texto; John Wite

    Revista da sociedade taoista do brasil: ano I -  n°1- primavera 2005

    Bioenergia - curso básico - Maria Divina de Jesus

    Budismo para leigos -  Dummies - Londaw - Bodian - ed - a alta Books

    Bioenergia - apostilas nível I e II - Texto: Alberto Cabral Fusaro- Centro de estudofilosóficos laboratório Evolutivo

    Site:

    www.google.com.br

    www.gigabusca.com.br

    www.cefle.or.br- webite- info@cefle.org.br.

    Autor: : Mitiyo OshiroTakemoto - CRT 38660 - Terapeuta Holistica
    Última atualização: 03/06/2011 10:10


    “Ciência” Da Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto 2.doc

    CIÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE

    Introdução à Filosofia Oriental - O Tao como caminho

    São Paulo, 30 maio de 2012

    Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas – Holística – 2012

    SUMÁRIO

    1. Introdução ....................................................................................... III

    1. Missão por uma causa nobre.......................................................... .III

    1. Dores – Holoyoga: a terapia filosófica - autoconhecimento............. IV

    1. A Terapia Holística – terapia do ser total ................................... IV

    1. Rejuvenescimento - autoestima........................................................ IV

    1. Postura e elegância: cultura ancestral ............................................... V

    1. Tao .....................................................................................................V

    1. Mensagem do Tao ..............................................................................V

    1. Alquimia ...........................................................................................VI

    1. O estudo do Yin e do Yang ..............................................................VII

    1. Criação ............................................................................................VII

    1. Mutabilidade ..................................................................................VIII

    1. O principio do Yin e do Yang ...........................................................IX

    1. Os samurais ........................................................................................X

    1. Esotérico-Yin e Exotérico Yang .......................................................XI

    1. O mundo “Terra Yin” e o outro mundo “Céu Yang” ........................XII

    1. O mundo após a morte ......................................................................XII

    1. Material e metodologia .................................................................... XIV

    1. Discussão ..........................................................................................XIV

    1. Conclusão .........................................................................................XIV

    1. Bibliografia ....................................................................................... XV

    Introdução

    O homem evoluiu vertiginosamente na ciência do capitalismo, o ‘Ter’. Assim 1% escraviza 99% da população. Negligenciou-se na ciência da espiritualidade.

    Infelizmente a humanidade se perdeu no tempo, a capacidade de enxergar a verdadeira mediunidade (conhecimento e sabedoria) a verdadeira ‘Iluminação’, sendo que é perfeitamente possível, qualquer ser pode acessar a sua mediunidade que está adormecida no inconsciente é a kundalini adormecida, que pode ser despertada. Mas antes é preciso fazer o treinamento moral orientado por um mestre elevado.

    O I Ching sempre me diz: “A simplicidade diante de Deus não é uma vergonha”. Sou muito simples e com muita dificuldade em expressar os meus pensamentos em palavras escritas ou verbalmente, e tenho muita consciência de que acabo deixando muitas coisas ou assuntos no ar. Por isso peço encarecidamente que, tenham muita paciência e compreensão.

    Ter paciência e compreensão também é uma virtude, porque as pessoas aprendem a pensar sobre qualquer motivo ou assunto, e é assim que se aprende a filosofar. Hoje entendo perfeitamente que simplicidade é o propósito Tao (natureza).

    A natureza é muito simples, ela ensina tudo, olhem mais para a natureza (Yin e Yang) com muito amor, paciência e compreensão. Eles ensinam tudo.

    O meu objetivo maior é trabalhar sobre o legado que se deteriorou, pois o I Ching sempre me orientou nesse sentido. O intuito maior é ajudar os seres humanos em sua evolução pessoal e espiritual na simplicidade do Tao.

    O Tao ensina tudo através do Yin e do Yang (A sublime unidade). O que será levado em consideração é o autoconhecimento elevando a autoestima, afeto e compreensão, eliminando os conceitos que anuviam a mente que cria a prisão mental, da qual a sua essência fica ‘engaiolada’.

    Com a eliminação dos conceitos, crenças e dos paradigmas que não funcionam o ser liberta a sua essência adquirindo vida. A vida é construir situações que desejam vivenciar e não viver as situações aleatórias e desagradáveis que são atraídos inconscientemente. O que será ensinado são os caminhos necessários para a evolução pessoal, respeitando a capacidade de cada ser que será despertado de forma necessária: suave, médio ou intenso, de acordo com a necessidade de cada um naturalmente, desde que esteja aberto e disposto para a transformação e a libertação do ser.

    Missão: Por uma causa nobre

    Na comunidade todos são livres para participar de forma que sejam espontâneos. O trabalho será organizado de maneira que todos participem, formando uma equipe de boa vontade. Uma equipe é mais que um grupo de pessoas, é uma união de todas em torno de um objetivo, é o sincronismo de todos que leva a resultados notáveis.

    Vou dizer mais uma vez: “Compartilhar é necessário para evoluir todos juntos e compartilhar a alegria de viver. Compartilhar a felicidade é felicidade em dobro, compartilhar a dor é sofrimento pela metade, compartilhar o conhecimento é conhecimento redobrado. Isso é sabedoria, isso é Tao”.

    “Ser nobre não é ser melhor do que um milhão de pessoas, a verdadeira nobreza é ser melhor do que foi no passado.”

    Provérbio Hindu

    Dores – Holoyoga: a terapia filosófica – autoconhecimento

    Holoyogaterapia como auto-cura.

    Fundamento: Filosofia do Chi

    Todos nós somos autocuradores por natureza, existimos por causa do alimento material e da combinação exclusiva das forças que nos cercam (o Tai ChiYin Yang). A necessidade diária de calorias gira em torno de 6 mil unidades, basicamente obtemos 2 mil calorias dos alimentos que vem da terra. As outras 4 mil calorias saem das forças ao nosso redor, acima e abaixo de nós. Essas forças que nos cercam são a eletricidade, o magnetismo, a energia das partículas cósmicas, a luz, a cor, o som e o calor que são alimentos da nossa alma “o corpo etérico”. Se não soubermos como absorver e transformar esse alimento cósmico, precisamos depender dos outros para nos abastecer. Então precisamos consultar um padre, um monge ou uma pessoa santa para nos dar o nosso alimento espiritual diário.

    Os taoístas descobriram que podemos aprender a absorver essas energias circundantes e universais através da pele e dos principais centros de energia. Para nos projetarmos na imensidão das galáxias e do universo e reunir reservas ilimitadas de Chi cósmico para melhorar a saúde, devemos dar os primeiros passos dessa jornada dentro de nós mesmos. Para “sair” precisamos primeiro ”entrar”.

    Terapia Holística – Terapia do ser total

    “O homem deve harmonizar o espírito e o corpo.”

    Hipócrates

    É incontestável que o homem por sua própria iniciativa volte-se agora para terapia natural, desiludido não pelos resultados, mas pelos métodos muitas vezes brutais, das medicinas oficiais.

    A terapia natural mergulha suas raízes na noite dos tempos e das civilizações: terapia indiana, ayur-védica, tradicional, chinesa, hipocrática, egípcia e etc..

    Um fator comum se levanta no meio desses métodos de saúde: a concepção de que o espírito e o corpo, a energia e a matéria estão em conexão intima e influem naturalmente um sobre o outro (mente sã e corpo são). Assim toda terapeuta deve agir de modo a harmonizar a mente e o corpo no verdadeiro trabalho psicossomático que Hipócrates descrevia da seguinte forma: “Preservar o doente do perigo e da injustiça”.

    Milhões de anos atrás da descoberta de Einstein a respeito da relatividade, o homem já sabia a integração da energia da matéria. Todas as tradições antigas e as medicinas naturais mais recentes reconhecem uma força ativa de ligação entre o pensamento e o corpo: a energia vital, a harmonização pela energia da natureza.

    Rejuvenescimento – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Rejuvenescer ganhando um corpo vibrante de energia.

    Fortalecer o corpo físico é importante, mas se quisermos realmente rejuvenescer, é necessário também fortalecer o corpo etérico, o ser. Exercitar e fortalecer os intrincados músculos esfíncteres internos M.E.1. São 6 diafragmas que se ligam com os 6 chacras, assim fortalecendo órgãos e endócrinos, como também o sistema nervoso. Isso se deve a ativação da energia vital, trazendo a melhora do reflexo dos sentidos e da lucidez.

    Postura e Elegância – cultura ancestral – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Correção da postura para a saúde e manutenção da coluna, também rejuvenesce e enaltece, pois com a postura correta a pessoa fica elegante, se sente autoconfiante e eleva a autoestima.

    Tao

    O mundo pulsa, expande e explode. A dança cósmica do Yin e do Yang impulsiona o universo transformando, evoluindo e iluminando.

    Mensagem do TaoTao filosófico

    Desembaraçando os fios de seda emaranhados, juntando-os em meadas, assim se desvenda os mistérios e segredos orientais da antiguidade.

    “O antigo será de novo útil.” Lao Tse.

    O Tao como base das doutrinas filosóficas mentais e, hoje também, ocidentais é palavra chinesa que significa caminho, via; isto é, a sobreposição do feminino e do masculino, chamado Yin e Yang. O Tao não significa uma soma de um e outro, mas tais forças existem concomitante e sincronicamente. O Tao, como caminho e como fusão de tais elementos é o sentido de ordem, é um princípio organizador. É a reunião do caos e das polaridades. É gás dispersivo, conseqüente aos movimentos de fricção se transforma em gás de combustão do próprio movimento deixando um rastro. Ao seguir o Tao vocês seguem esse rastro, os movimentos, os fluxos da vida e do caminho até que, perdendo a polaridade, vocês se transformam no próprio caminho, no Tao.

    O Tao condena a idolatria e diz: “O mestre Tao não tem nome, ele é oculto, vive no anonimato meditando (filosofando), praticando, aprendendo, orientando e semeando o bem, o cultivo da serenidade, meditando entre o céu e a terra.”.

    O homem recebeu do céu uma natureza essencialmente boa para guiá-lo em todos os seus movimentos. Entregando-se a esse principio divino dentro de si, o homem alcança uma inocência incontaminada. Ela o conduz ao bem com certeza instintiva e livre de intenções ulteriores de recompensa ou vantagem, essa certeza instintiva traz supremo sucesso e favorece através da perseverança. Nem tudo que é instintivo é também natural, nesse sentido mais elevado da palavra, mas somente o que é correto, aquilo que corresponde à vontade dos céus. Uma forma de agir instintiva e irrefletida, que não possua retidão, só poderá causar infortúnio.

    Confúcio comentava a respeito: “Aonde irá àquele que se afasta da inocência? A vontade e as bênçãos dos céus, não acompanham seus atos.” – conceito do I Ching.

    O céu é puro, mas a terra é impura, o homem está entre o céu e a terra, entre o puro e o impuro. Certo ditado antigo diz o seguinte: “O Tao não possui qualquer forma; no entanto, confere vida ao céu e à terra. O Tao é destituído de emoções; no entanto, move o sol e a lua. O Tao é destituído de nome; no entanto, nutre todas as coisas da natureza.” O Tao possui tanto aspectos puros quanto impuros. Às vezes permanece imóvel, às vezes move-se. O céu é puro e a terra impura, todas as coisas percorrem o seu respectivo curso. A origem da pureza reside na impureza. Por esse motivo nos remetemos à meditação “reflexão”. O movimento é a fundação de quietude. Se as pessoas puderem constantemente permanecer puras e imóveis, então ficaremos no estado de serenidade.

    O espírito tende para a pureza, a mente para a quietude, mas é contrariada pelo desejo de equilibrar-se. Se fores capaz de controlar, então a mente permanecerá imperturbável e puro. Aqueles que estão impossibilitados de atingir o Tao são aqueles destituídos de clareza mental e que ainda se acham escravos das emoções.

    Suportar a quietude gradualmente entrarás no verdadeiro caminho denominado Tao, não existe nada para ser atingido, mas sim para sentir. Lao Tse dizia: “Aqueles que são honrados não tem porque discutir. Os que não são preferem se entregar a discussões.”.

    Aqueles que possuem elevadas virtudes não necessitam de virtude. Quando a mente permanece selvagem o espírito torna-se distraído devido a existência da ansiedade e do estresse, o corpo e a mente são afligidos por tensões.

    Se viveres na decepção e na ansiedade afundará no oceano do sofrimento e sempre vaguearás para fora do verdadeiro caminho. Se fores capaz de perceber intuitivamente, viverás o caminho natural, se intuitivamente entenderes o Tao, sempre será puro e imóvel. Todas as meditações que fazemos são essencialmente internas, você fecha seus olhos e imaginam todas essas coisas (tais como o sofrimento dos seres e o desejo de que sejam felizes); Mas não pense que isto vai simplesmente perder-se no espaço e não vai produzir nada. Ao imaginar certas coisas você faz com que elas se tornem realidade, se você todos os dias fica irritado, não se surpreenda se continuar ficando irritado se você mantém pensamentos de irritação em sua mente, “Eu detesto ele, eu detesto ele.”, não se surpreenda se um dia acabar por dar um soco no nariz dele, porque o que o corpo e a fala fazem é simplesmente seguir aquilo que a mente está fazendo, porque eles se iniciam na mente. Refletir, pensar, oração mental, examinar atentamente, ponderar, considerar, reconsiderar, isso é meditar.

    Como qualquer outra coisa, você tem que treinar antes de agir, não é possível simplesmente entrar em um carro e sair dirigindo, é necessário treinar primeiro. Antes de tocar piano você tem que treinar e treinar. Você tem que treinar-se no desenvolvimento do amor e da compaixão e tudo isso, por fim, o tornará apto a espontaneamente expressa-los em corpo e fala, isso é algo razoável.

    Alquimia - Adquirir conhecimento e sabedoria aprendendo a filosofar.

    Para refletir, filosofar, pensar: “Aprender sem pensar é inútil. Pensar sem aprender é perigoso.” Confúcio (Kung Fu Tse).

    Filosofia do Chi: metafísica, física moderna, física quântica é a ciência geral dos primeiros princípios e das primeiras causas, conhecimento, sabedoria, força moral, (elevação espiritual) que leva próximo a Deus; conhecimento de verdades morais, conhecimento absoluto que procura a intuição direta das coisas; conhecimento racional único possível de alcançar a essência das coisas, modo de pensamento intermediário entre teológico e o positivo; método de abordar os fenômenos da natureza; aprofundar, refletir, filosofar, raciocinar, pensar e discernir, é a adequação entre o ser e a inteligência, ou seja, espírito de reflexão de crítica e de superação.

    O estudo do Yin e do Yang

    A fertilidade da natureza é uma forma de expressão e um espelho do movimento contínuo de criação que se processa incessantemente em todos os níveis de vida no Universo.

    Criação – Yin e Yang – Co-criação

    No momento da criação, da unidade nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia; uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina “o nascimento do Tao”. Os chineses deram a essas forças primárias a alguns milhares de anos a denominação de Yin e Yang, do jogo dessas energias surgiu a criação.

    O Yin feminino é fecundado continuamente pela força masculina do Yang dando origem a vida e a morte, em suas infindáveis e múltiplas formas: físico, pensamento, idéias, atos, intenções, emoções, formas, momentos, tempo, espaço e etc.. É a energia que nunca morre, ela se transforma infinitamente, que também pode ser comparado com o nosso “cérebro macaco”, que nunca para de pensar.

    As forças do Yin e do Yang se manifestam no universo inteiro como polaridade, tudo para poder existir, tem um pólo contrário, “o nosso cérebro também é assim”. Um pólo só subsiste pelo outro pólo, se uma polaridade desaparece, a outra também desaparece.

    Essa regra fundamental é aplicável a tudo. Assim, só podemos exalar quando inalamos, se deixarmos de exalar também deixamos de inalar. O interior condiciona o exterior, o dia condiciona a noite, a luz condiciona a sombra, o nascimento, à morte, a mulher, o homem, etc., no que as duas polaridades são sempre intercambiáveis, cada pólo necessita para seu complemento, um pólo contrário. O Yin e Yang simbolizam de modo evidente o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nesse sentido, o Yin representa um lado da totalidade, o feminino, expansivo, intuitivo, passivo e inconsciente, e o Yang representa o lado masculino, concentrador, racional, ativo, e consciente. Isso, contudo não envolve nenhuma avaliação no sentido de “melhor”, o equilíbrio que existe no universo que nos envolve é o resultado dos relacionamentos entre os pares contrários. Como tudo no universo se encontra num fluxo constante de movimento, tanto o Yin como o Yang já estão presentes de forma latente no pólo contrário, isso é simbolizado pelo ponto branco, no Yin preto, e pelo ponto preto, no Yang branco. Cada um dos dois pólos já encerra em si, em forma de semente o pólo contrário, e é apenas uma questão de tempo para que uma polaridade se transforme na outra. Em alguns planos, esta transformação ocorre numa fração de segundo, como por exemplo, na esfera atômica.

    No ser humano essa mudança de polaridade do masculino para o feminino ou vice-versa, é possível através de várias encarnações. O dia e a noite necessita em média doze horas para essa mudança e o exalar e o inalar precisam apenas de alguns segundos.

    Todas as coisas chegam e afastam, se movimentam e se alteram com base no intercâmbio e na ação recíproca dessas forças básicas do universo. Entretanto, somente os dois ciclos resultam na respectiva unidade perfeita.

    Também a relação entre a mulher e o homem é baseada nessa regra, dois pólos se empenham em formar uma unidade, atraindo-se como os dois pólos de um imã. Quando é atingida a união das forças opostas há um intercâmbio entre elas, esse fenômeno também se aplica na direção da rotação dos chacras.

    Na homossexualidade, vê-se, por exemplo, uma polaridade energética oposta a normal, a questão da homossexualidade hermafrodita e andrógena, também faz parte da natureza (química). Tudo pode transformar ou voltar transformando.

    Entre os mundos visíveis e invisíveis dentro do universo, existem duas forças ou essências primárias: Yin - a obscuridade, e o Yang - a claridade. A força Yin tem poder de concentração, recolhimento, de se tornar mais pesada, mais densa, é o processo de materialização. Como todas as matérias físicas, por ser mais pesada, torna-se mais lenta, receptiva e quieta.

    A força Yang tem poder de expansão, de diluição de se tornar mais leve, mais dilatada e flutuante, é a antítese da materialização, e por ser leve e flutuante Yang simboliza a inquietação e o movimento.

    Yang tem tendência ascendente: Up, alegria, euforia, ansiedade.

    Yin tem tendência descendente: Down, depressão, tristeza, apatia.

    O dinamismo de Yang lembra o fogo: seu movimento é para cima, sua qualidade energética é de diluição e expansão. O dinamismo de Yin é como a água: dirige-se para baixo, sua qualidade energética é de concentração ou coagulação; pode-se ainda relacionar a energia Yin com as matérias mais densas de cosmo (planetas), e a Yang com as matérias sutis do cosmo (as luzes das estrelas).

    Às mulheres é atribuído o símbolo Yin pela quietude do feminino, e aos homens o símbolo Yang, pela inquietação do masculino. Percebe-se, entretanto, que nem o homem nem a mulher são inteiramente Yin ou Yang, a mulher, apesar de ser respectiva (Yin), é normalmente mais suave e leve (Yang), o homem, apesar de ser impulsivo (Yang), é mais rígido e tenso (Yin).

    O símbolo Tai Chi mostra que no interior de Yang existe um núcleo Yang. Os núcleos representam o centro ou essência, que é a camada mais profunda do ser, sendo o restante, camadas periféricas. A mulher é Yin, mas dentro dela ainda existe o aspecto Yang, e vice-versa para homem. Os nossos órgãos também se movimentam dessa maneira. Os núcleos representam os centros de gravidade do Yin e do Yang, para que a unidade seja mantida é necessário que o Yang tenha um núcleo Yin, assim como que o Yin tenha um núcleo Yang.

    Centro de gravidade Yang, núcleo Yin, centro de gravidade Yin, núcleo Yang. As energias Yin e Yang se manifestam simultaneamente no Universo. Pode-se ter como exemplo, o sol do nosso sistema solar, que irradia luz para todas as direções e ao mesmo tempo retém todos os planetas em torno de si; essa irradiação é Yang e a retenção é Yin. Do centro a periferia, ou seja, do Um ao infinito é o processo Yang; da periferia ao centro, isto é, do infinito ao Um, é o processo Yin. Já pensaram sobre o Buraco Negro?

    Mutabilidade

    Os movimentos da natureza são a alternância do Yin e do Yang. Essa alternância no I Ching chama-se mutabilidade. Como a maioria dos estudos místicos, o I Ching dedica uma boa parte a questão do destino, compreender o destino é compreender o sentido da vida dentro do tempo e do espaço. Segundo o I Ching, o destino é feito de alternância. Tudo que tiver ascensão terá queda. Todos os que viverem lado Yang conscientemente viverão o lado Yin inconscientemente. Os que estão conscientes no lado Yin tem seu inconsciente no lado Yang.

    A alternância do Yin e do Yang no destino é um processo natural e inevitável, assim como a vida e a morte. Os momentos do destino são momentos sucessivos, não há bem nem mal, são apenas momentos feitos de uma contínua mutação, em que passado e futuro projetam-se infinitamente.

    O princípio do Yin e do YangTai Chi, a sublime Unidade (código de Deus)

    Diagrama do Tai Chi. Em chinês, esse conhecido símbolo que representa a integração Yin -, e Yang +.

    Yin e Yang é, na filosofia chinesa, uma representação do princípio da dualidade de Yin e Yang. O conceito tem sua origem no tao, base da filosofia e metafísica da cultura chinesa.

    Princípios complementares

    Segundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    - Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente.

    - Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio.

    Também é identificado como o tigre e o dragão representando os opostos.

    Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidades são não definições, mas analogias que exemplificam a expressão de cada um deles no mundo fenomênico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação.

    Os exemplos não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios. Assim, referir-se a Yang como positivo apenas indica que ele é positivo quando comparado com Yin, que será negativa. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a prótons e elétrons: os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.

    O diagrama do Tai Chi simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. Yang (branco) e Yin (preto) integrados num movimento contínuo de geração mútua representam a interação destas forças.

    A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe contém tanto o princípio Yin quanto o Yang. O símbolo Tai Chi expressa esse conceito: O Yin da origem ao Yang e o Yang da origem ao Yin.

    Desde os primeiros tempos, os dois pólos arquetípicos da natureza foram representados pelo claro e pelo escuro, pelo inflexível e pelo dócil, pelo acima e pelo abaixo. O Yang, o poder criador era associado ao céu e ao Sol, enquanto o Yin corresponde a terra, ao receptivo, à Lua, o céu está cima e esta cheio de movimento.

    A terra – na antiga concepção geocêntrica – está em baixo e em repouso, dessa forma, Yin passou a simbolizar o repouso, e Yang, o movimento. No reino do pensamento, Yin é a mente intuitiva, complexa, ao passo que Yang, é o intelecto, racional e claro. Yin é a tranqüilidade contemplativa do sábio, Yang a vigorosa ação criativa do rei.

    A base da teoria de Yin e Yang é a harmonia e o equilíbrio. As forças complementares de Yin e Yang são o pilar central em todo o pensamento chinês. Considera-se que estas forças afetam tudo no universo, incluindo a nós mesmos. Tradicionalmente, o Yin é o feminino, o escuro, o passivo, o frio e o negativo, e o Yang é o masculino, o claro, o ativo, o quente e o positivo. Outro modo mais simples de considerar o Yin e o Yang é que há dois lados em tudo – felicidade e tristeza, cansaço e vigor, frio e quente e demais opostos.

    Yin e Yang são os opostos que criam o todo. Cada um deles não pode existir sem o outro e nada é completamente um ou o outro, em nenhum momento.

    Há graus variados de cada um deles dentro de tudo e de todos nós. O símbolo do Tai Chi ilustra como o Yin e Yang, fluem de um para outro com um pouco de Yin sempre dentro do Yang e um pouco de Yang sempre dentro do Yin.

    No mundo, o sol e o fogo são Yang, enquanto a terra e a água são Yin. A vida só é possível por causa da interação entre estas forças. As duas forças são necessárias para a existência da vida. Veja a relação abaixo para entender a relação entre Yin e Yang.

    Forças Yin: Feminino; Escuro; Lua; Água; Passivo; Descendente; Contração; Frio; Inverno; Interior; Pesado; Osso; Frente; Interior do corpo.

    Forças Yang: Masculino; Claro; Sol; Fogo; Ativo; Ascendente; Expansão; Quente; Verão; Exterior; Leve; Pele; Dorso; Externo do corpo.

    O corpo, a mente e as emoções estão sujeitos às influências de Yin e Yang. Quando as duas forças adversárias estão em equilíbrio nos sentimos bem, mas se uma força dominar a outra se provoca um desequilíbrio que pode resultar em doença.

    A acupuntura é uma terapia de natureza Yang porque atua do exterior para o interior. Por outro lado, as terapias herbáceas e nutricionais são terapias de natureza Yin, porque atuam do interior ao longo do corpo. Muitos dos órgãos principais do corpo são classificados em pares de Yin-Yang, que trocam influências saudáveis e insalubres.

    O Chi é a energia essencial que constitui a base de todas as terapias holística: I Ching, Reiki, da acupuntura, moxa, feng shui, tai chi chuan, cromoterapia, cristalterapia, enfim, uma infinidade. Pode se ouvir o som da energia pelas mãos, pode se ouvir também o som inaudível denominado seis sons do Lao Tse. Tudo isso é possível devido a existência dos chacras em nosso corpo. As cores do arco-íris, 7 notas musicais também são atraídas pelos 7 chacras (7 níveis de energia – Aura pessoal).

    Duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    Yang: O princípio ativo, diurno, luminoso, quente, masculino.

    Yin: O princípio passivo, noturno, escuro, frio, feminino.

    Os Samurais

    Os samurais não estudavam somente os ensinamentos das escolas do Budismo esotérico, mas também estudavam música, a doutrina de Confúcio e muitos outros ramos do conhecimento, como, por exemplo, a teoria do equilíbrio do Yin e do Yang. Na cosmologia chinesa, esses são os dois pólos fundamentais do universo, respectivamente o princípio negativo e o principio positivo. Os japoneses chamam os de In e Yo.

    Todos esses estudos desempenhavam um papel na vida do guerreiro. A teoria do Yin e do Yang era usada, por exemplo, quando ele queria construir uma casa ou, se fosse rico e poderoso, fundar um castelo. Numa ocasião dessas, ele estudaria o equilíbrio entre o Yin e o Yang para determinar a melhor localização e orientação para o edifício. Sabia que, por mais esforço que empenhasse na fortificação, isso de nada valeria se os arredores não fossem condizentes com o seu objetivo.

    Seguindo a tradição chinesa, os guerreiros do Japão ocupavam-se não só da interação entre os dois pólos fundamentais do universo como também dos cinco elementos que se combinam de infinitas maneiras para criar tudo o que existe no mundo.

    Os nomes dos dias da semana correspondem aos princípios do Yin e Yang. O primeiro dia da semana é o dia do sol; o segundo, o dia da lua; e os outros cinco dias recebem os nomes dos cinco elementos físicos, determinados pelo estudo dos princípios positivo e negativo, estudo esse que foi feito na Ásia, nos tempos antigos. Os nomes dos dias são os nomes dos cinco elementos fogo, água, madeira, metal e terra. Segundo os princípios do Yin e do Yang esses cinco elementos podem dispor-se de duas maneiras. A primeira é uma ordem na qual geram um ao outro, uma ordem harmônica; a segunda é uma ordem na qual os elementos se dispõem de acordo com suas rivalidades. Nesta segunda ordem, os diversos elementos inevitavelmente destroem uns aos outros.

    No relacionamento harmonioso entre os cinco elementos, a madeira produz fogo, que por sua vez transforma a madeira em cinza, ou seja, produz terra. A terra gera o metal; o metal gera a água e a água gera a madeira.

    A segunda ordem, baseada no conceito da rivalidade dos elementos, começa com a madeira. Esta quebra a terra; a terra absorve ou impõe limites à água; a água apaga o fogo; o fogo derrete o metal e o metal corta a madeira. O estudo das forças positiva e negativa no universo; o estudo do Budismo dos encantamentos e magias, chamado mikkyo; o estudo dos cinco elementos; e os estudos das fórmulas mágicas – todos esses estudos foram reunidos e desempenhavam um papel na formação dos homens de guerra e generais militares do passado. Esses estudos constituíam a base do currículo deles.

    O verdadeiro conteúdo do que tradicionalmente se chama de ‘artes marciais’ não são simplesmente as técnicas de matar. Há muito mais coisas envolvidas. O fundador da Shinto Ryu, Choisai Sensei, propôs estudos que conduzissem ao desenvolvimento da harmonia e de uma coexistência essencialmente pacífica entre o homem e a natureza e entre o homem e seus semelhantes. É nisso que ele pensava quando disse que as artes marciais devem ser as artes da paz.

    Os melhores guerreiros e generais do passado conheciam, além da arte de matar outros seres humanos, uma larga variedade de outras artes. Sem o seu conteúdo filosófico, as artes marciais não seriam nada além da aquisição de uma força bruta semelhante à dos animais.

    Esotérico – Yin e Exotérico - Yang

    O esotérico – Yin é espiritual, procura o divino, o eu verdadeiro (o ser) dentro de si, se interiorizando e sentindo a presença do mesmo. Esse ser se conecta com Deus através do canal chamado Chitrini: o fio de luz oculto. (oriental – Yin).

    “O exotérico – Yang é a religião “religarê”, procura o Deus Cristo, os Budas, os Santos e anjos, distante exterior” que estão no céu. (ocidental – Yang).

    O mundo “terra-yin” e o outro mundo “céu-yang

    “De onde vim e para onde vou quando morrer?” Essa é uma pergunta vital que reside em algum recanto da nossa mente, mas para a qual pouquíssimas pessoas podem dar uma resposta clara. A razão disso é que, para dar a resposta, é necessário um esclarecimento sobre a relação entre este mundo e o outro mundo. Do modo como as coisas estão agora, infelizmente, não há suficiente acúmulo de conhecimento sobre o assunto nem uma metodologia estabelecida que possam dar uma explicação.

    As únicas pistas que podemos encontrar por menores que sejam vêm das atividades dos médiuns que têm aparecido na Terra de tempos em tempos. No entanto, existem muitos tipos de médiuns e, embora alguns mereçam confiança, a grande maioria ainda tem uma personalidade ligeiramente desequilibrada, motivo pelo qual as pessoas deste mundo não conseguem acreditar em suas revelações. Por exemplo, um médium pode afirmar ter falado com um determinado espírito, que lhe preveniu sobre certo acontecimento. No entanto, não há nenhuma maneira de se provar isso, o que provoca incerteza e faz com que seja muito difícil confiar na palavra do médium. O mesmo acontece quando se trata de uma explicação deste mundo e do outro. A raiz da incerteza encontra-se em nossa incapacidade de reproduzir as experiências do médium.

    Se todos nós pudéssemos compartilhar as mesmas experiências mediúnicas, ninguém duvidaria da existência do outro mundo. Mas, infelizmente, essa habilidade limita-se apenas a poucas pessoas especiais. Como resultado, a maioria das pessoas não sabe da existência do outro mundo. Pessoas de senso comum não querem aceitar a existência do outro mundo ou da relação entre ele e o mundo no qual vivemos atualmente.

    Estamos sempre refletindo sobre o sentido da vida e nos perguntando qual a razão de existirmos. Essas questões de vital importância não podem ser compreendidas até que façamos uma idéia do tipo de existência que representamos na vastidão do universo. Se, como acreditam os materialistas, a vida começa de súbito no útero materno, continua por sessenta ou setenta anos, e acaba, sendo o corpo consumido no crematório, então devemos viver simplesmente de acordo com isso. Se, porém, como aceitam os religiosos, existe outro mundo do qual nossa alma vem para nascer neste mundo e viver por várias décadas, antes de se graduar e voltar para o outro mundo, onde se empenhará para melhorar ainda mais, então precisamos de uma visão diferente da vida.

    Se compararmos a vida à educação, os materialistas, para os quais vivemos apenas uma vez, equivalem àqueles que dizem que a educação está completa após poucos anos de estudo obrigatório. Eles vêem a vida pela limitada perspectiva dessa educação fundamental. Por outro lado, aqueles que acreditam que o mundo espiritual existe e que os seres humanos vivem eternamente, passando pelos ciclos de reencarnação, podem ver a vida como um aprendizado contínuo, terminado o ensino fundamental, há o ensino médio, a universidade, a pós-graduação e, além disso, mais uma infinidade de coisas a aprender.

    Quando analisamos esses dois exemplos, torna-se óbvio que é apenas pela perspectiva da “educação” eterna que os seres humanos podem progredir.

    Aqueles que acreditam que sua vida representa uma única e breve permanência no mundo, como um fósforo que se inflama e queima até ser consumido, dificilmente descobrirão a importância ou o significado do tempo que passam aqui. Esses se dedicarão ao prazer, ao materialismo e à decadência, pensando apenas em si mesmos. Se eles acreditam que só viverão algumas décadas, é de se esperar que achem que vão sair perdendo se não aproveitarem a vida ao máximo. De modo diferente, porém, as pessoas que acreditam na vida eterna sabem que os serviços prestados a outros certamente voltarão para eles algum dia como fortalecimento para a alma. Dessa maneira vê-se que ter a perspectiva deste e do outro mundo é vital, quando refletirmos sobre a nossa visão da vida, seus propósitos e missão. Sem isso, é impossível compreender o verdadeiro sentido da vida e dos seres humanos.

    O mundo após a morte

    Nós nos referimos ao lugar para onde as pessoas vão depois de separadas do corpo físico como o “outro mundo”, mas como é esse lugar? Que tipo de mundo nos espera depois da morte? Como não sabem o que as esperam, as pessoas ficam ansiosas e temerosas, expressando seu apego à vida terrena com as palavras “Não quero morrer”.

    Seja o que for que as pessoas possam sentir, acredito que o medo delas é baseado na ignorância com respeito ao mundo após a morte. O fato de o estudo do outro mundo nunca ter sido aceito como uma ciência acaba deixando as pessoas confusas. É por essa razão que precisamos conhecer o mapa “guia” para conhecer o outro mundo. Navegar sem mapa pode ser uma experiência terrível, mas com o mapa certo, pode se fazer uma viagem tranqüila. Se soubermos de onde viemos e para onde estamos indo, que continente é nosso destino, se conseguirmos entender os mapas, podemos fazer uma viagem segura. A duração de nossa vida não é algo que possa ser contado em décadas. Não se trata meramente da vida do nosso corpo, mas de algo que existe neste mundo e continua no mundo além deste. Contudo, mesmo em face disso, ninguém quer aceitar a morte. Pacientes internados em hospitais dizem que não querem morrer e os médicos fazem tudo o que podem para que sobrevivam. Mas, se pudesse assistir a tudo isso do outro mundo, veríamos que, quando uma pessoa se aproxima da morte, seu espírito guardião, seus espíritos e os anjos estão ao seu lado, já começaram a se preparar para orientá-la.

    Quando a morte finalmente chega, o espírito sai do corpo. No entanto, a princípio, a pessoa não percebe o que está acontecendo e sente-se como se fosse duas: uma está deitada na cama “o corpo físico perecível” e a outra podem mover-se livremente “é o corpo etérico eterno”. Quando o espírito liberto tenta se comunicar com as pessoas à sua volta, vê que elas o ignoram completamente. Ao mesmo tempo, ele descobre que pode atravessar paredes e outros objetos materiais, algo que inicialmente acha muito assustador. Ainda acredita que é o corpo na cama e continua a adejar sobre ele. Você pode imaginar o choque que ele leva quando vê o próprio corpo sendo levado para o crematório. Não sabendo o que fazer, o espírito permanece nas proximidades do crematório. Ninguém nunca lhe disse que tipo de vida o aguarda e, de modo bastante compreensível, ele se sente muito inseguro.

    É nesse momento que seu espírito guardião aparece e começa a explicar o que o espera. No entanto, tendo vivido neste mundo durante décadas, o espírito tem dificuldade para compreender a explicação e, apesar de todos os esforços de seu guardião, não se deixa convencer facilmente. Assim, muitas vezes permanece na Terra por várias semanas, ouvindo as orientações de seu espírito guardião. Como sugerem os serviços fúnebres budistas, realizados no sétimo e no quadragésimo nono dia depois da morte, o espírito geralmente tem permissão para permanecer na terra entre vinte e trinta dias após a morte. Durante esse período, ele recebe instruções do guardião ou dos espíritos, até estar preparado para retornar ao mundo celestial.

    Existem, porém, aquele cujo apego a este mundo é grande demais. São apegados, por exemplo, aos filhos, aos pais, à esposa, ao marido e até a sua terra, casa, riquezas ou negócios. Esses se tornam o que chamam de “espíritos presos à terra”, condenados a vagar por este mundo. São o que as pessoas conhecem como fantasmas, seres que permanecem inconscientes de sua existência como espíritos.

    Material e Metodologia

    Esta propositura tem como apoio, o tema Sexualidade e Espiritualidade, que tem como base, o 3º Caminho do Tao, cujo fundamento é a energia criativa (Yin e Yang). Somado a minha experiência sobre o despertar da Kundalini observei atentamente a natureza ao meu redor, elucidando dúvidas a respeito do tema.

    Paralelamente procurei descobrir através de exercícios práticos e vivência, explorando o universo dos sentidos na tentativa de apurar a capacidade de auto-percepção, baseada no sentir para ver a energia fluir, circular por dentro e fora de todo o corpo. Constatei que energia é questão de sintonia.

    Discussão

    De repente, percebi que eu estava filosofando o tempo todo, e descobri que tenho mediunidade, o que sempre neguei. No entanto, reconhecer a sua própria mediunidade é fantástico; Pensando bem, na minha adolescência, curei uma pessoa por puro amor e compaixão, que por acaso, é meu irmão.

    Hoje entendo porque precisamos nos dedicar muito no treinamento do amor e da compaixão ao próximo. Para ser um bom médium curador de verdade, é necessário o aperfeiçoamento moral, ética, cívica e espiritualidade sob a Luz da Doutrina dos Chacras assim elevando a Kundalini (despertar). “Não deve ser despertada prematuramente.”.

    Conclusão

    O Dr. Motoyama pede apelo aos cientistas e médicos jovens que pesquisem e aprofundem no estudo da Kundalini, no entanto, eu acredito que o estudo terá mais eficiência na holística, pois isso só é possível no sentir, ela é percebida na mediunidade., intuitivamente. Quanto mais o médium aprofunda no conhecimento, mais a Kundalini eleva o médium, elevando a sabedoria e espiritualidade, “Iluminação”.

    Cheguei a conclusão de que mais do que nunca precisamos nos dedicar no estudo da Kundalini dentro da holística. Espero poder orientar as pessoas com o apoio do Sr. Henrique Vieira Filho.

    Deixo aqui, meus agradecimentos por mais esta oportunidade, muito obrigada.

    Mitiyo

    Bibliografia

    1. Sexualidade e Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto – Terapeuta Holística CRT: 38660

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    www.sinte.com.brcontato@sinte.com.br

    1. Dharma Chacra – ensinamento do correto coração

    Apostilas – Mitiyo Oshiro Takemoto

    mitimoto@ig.com.br

    1. Revista da Sociedade Taoísta do Brasil – O caminho da transformação interior

    1. As Leis da Eternidade – Ryuho Okawa

    Ed. Cultrix

    1. Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Sharamom / Bodo J. Baginski – Ed. Pensamento

    1. Cura cósmica 1- Mantak Chia – Ed. Cutrix

    1. Internet – www.cefle.org.br

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 31/07/2012 14:51


    Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

    Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2012

     

    Sumário

     

    Resumo

    I - Introdução

    II - Material e Metodologia

    II.I - Definições

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

     

    Resumo

     

    Esta propositura disserta sobra a importância para o Terapeuta Holístico em compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, bem como ressalta que, conforme as técnicas adotadas pelo profissional (especialmente, a terapia corporal, a terapia tântrica e o trabalho com dependentes químicos), as consequências podem ser ainda mais complexas.

     

    Introdução

     

    Ainda que ocorra em inúmeros relacionamentos (professores & alunos, médicos & pacientes, líderes & colaboradores, sacerdotes & devotos, mestres & discípulos, etc, etc...), devemos à Psicanálise a teorização desse fenômeno, que a detectou na dinâmica entre Terapeuta & Cliente.

     

    Sua conceituação passou por várias revisões e complementações através dos anos.

     

    Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão.

     

    Assim sendo, sobre o Terapeuta, o Cliente “projeta” muitas figuras de seu mundo interno (reprimido e inconsciente) e cada vez que se refere a pessoas de seu passado ou do seu presente, pode estar também falando também do Terapeuta, que nesse momento, por diversos motivos, aparentemente se transforma nessa pessoa: ora, aparenta ser ameaçador, ora objeto de amor, tais como pai ou mãe, ou qualquer outro ser significativo da sua vida com as características do que dela foi registrado no inconsciente.

     

    Conjuntamente ou após superadas as resistências iniciais do Cliente (exemplos: será que isto vai me ajudar?; é só falando que vou conseguir resolver meus problemas?; não será que ele ou ela é muito jovem (ou muito velho) para me entender?) aí, sim, começa o processo transferencial e, geralmente, o analisando vê seu analista já como um pai (ora severo, ora indulgente, ora omisso), ou como uma mãe com suas (ora protetora, ora severa , ora negligente...).

     

    O Cliente, ao projetar no Terapeuta tais personagens de sua história, vive esses momentos com intensa realidade, se irrita ou busca mais carinho e proteção.

     

    Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

     

    O Terapeuta é um ser humano, com seus próprios problemas, conflitos e caraterísticas de personalidade.

     

    Cada um de nós tem sua própria história, seus conflitos infantis, e sua conduta (mais ou menos também conflitiva ) e sua forma particular de interpretação, ou seja, como todo ser humano, igualmente vulnerável, sensível, vaidoso, ambicioso, invejoso, que ama e odeia, que ainda que capacitado para sua prática terapêutica, também sente, segundo as circunstâncias, carinho, afeto, rejeição, tédio, frente ao que seu Cliente fala, relata, apresenta, projeta nele/nela (transferência), e se irrita, fica entediado, sente empatia e segundo o material da temática tratada, se angustia e sofre.

     

    O Profissional, é claro, tem obrigação técnica e ética de estar treinado para tudo isso, porém não poucas vezes tem que pensar e repensar numa interpretação, talvez produto de seus próprios conflitos e personalidade, ou procurar supervisar esse caso ou situação.

     

    Isto é a Contratransferência, importante elemento do tratamento, que quando não bem conhecido ou ignorado, pode levar a graves erros terapêuticos. Também quando bem interpretado, pode se tornar um valioso instrumento para compreender melhor o que está acontecendo numa situação ou em um tratamento.

     

    Devemos lembrar que assim como existem transferências resistenciais, amor de transferência, idealização do profissional e outras nuances, estas são próprias deste tipo de tratamento, e também existem nos Terapeutas, que tem o recurso de se corrigir procurando ajuda de seus colegas, supervisão e até uma outra análise a mais.

     

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao Profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

     

    É fundamental para o Terapeuta Holístico compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, pois ocorrerão independente de quais técnicas sejam adotadas nos atendimentos.

     

    Outrossim, em algumas vertentes terapêuticas, as consequências podem ser ainda mais complexas, como é o caso da terapia corporal, da terapia tântrica e do trabalho com dependentes químicos.

     

     

     

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

            

            ACONSELHAMENTO processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.         

             BIOENERGÉTICA — Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.        

    CALATONIA — técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.       

            CATARSEextravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

             CLIENTEusuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.         

     

            DEPENDÊNCIA QUÍMICA (Síndrome da Dependência Química, Drogadição)considerada uma DOENÇA e, como tal, somente pode ser diagnostica e tratada por médicos, em especial, os psiquiatras. Caracteriza-se pelo consumo freqüente, compulsivo e descontrolado de substâncias, visando aliviar sintomas de mal estar e desconforto físico e mental, reconhecidamente acompanhados por síndrome de abstinência, problemas psíquicos e sociais. Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)... Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

       NARCÓTICOS ANÔNIMOS (N.A.)grupos de ajuda para drogaditos, onde não se objetiva, em si, uma proposta de terapia; outrossim, oferecem um plano eficiente para a recuperação diária, por meio de uma série de atividades pessoais conhecidas como Doze Passos (adaptados dos Alcoólicos Anônimos). Algo enfático no programa é o chamado despertar espiritual, ressaltado como valor prático e não sua importância filosófica ou metafísica. Encoraja cada membro a cultivar um entendimento pessoal, religioso ou não, de um despertar espiritual. Nas reuniões, cada membro partilha experiências pessoais com os outros participantes buscando ajuda, simplesmente como pessoas que tiveram problemas similares e encontraram uma solução. Narcóticos Anônimos não têm terapeutas, não oferece moradia, não encaminha o dependente para clínicas ou para serviços médicos. A coisa mais próxima do que eles chamam de conselheiro do programa de NA é o padrinho ou madrinha, um membro experiente que oferece ajuda informal aos membros mais recentes. No grupo, a recaída é vista como uma parte necessária no processo de adicção/recuperação para muitos indivíduos.

             PSICANÁLISE — método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

     

            PSICOTERAPIA HOLÍSTICA — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

     

            PSICOTERAPIA PSICODINÂMICA — com embasamento teórico similar ao da Psicanálise, uma das diferenciações é que o terapeuta participa mais ativamente, valendo-se de um amplo repertório de intervenções para promover conversações que conduzam a novos insights e catalizar mudanças, tais como:

    Questionar o Cliente, pedir-lhe dados precisos, ampliações e aclarações do relato; explorar em detalhe suas respostas;

    Proporcionar informações, em especial, sobre os procedimentos que constituem a psicoterapia;

    Confirmar ou retificar os conceitos do Cliente sobre sua situação ou sobre a realidade externa;

    Clarificar, reformular o relato do cliente, de modo a que certos conteúdos e relações do mesmo adquiram maior relevo;

    Recapitular, resumir pontos essenciais surgidos no processo exploratório de cada sessão e do conjunto do tratamento;

    Assinalar relações entre dados, os temas, as suas seqüências, e capacidades manifestas e latentes do Cliente (ou seja, conscientes e inconscientes);

    Interpretar o significado dos comportamentos, motivações e finalidades latentes, em particular os conflituosos;

    Sugerir atitudes determinadas, mudanças a título de experiência, ou novas medidas terapêuticas, quando se mostrar necessário.

     

             RELAXAMENTO vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

     

            RESISTÊNCIA atitudes e verbalizações do Cliente, as quais, fazem oposição ao acesso de seu inconsciente, ou impede o retorno do material reprimido. Por extensão, Freud falou de resistência à psicanálise, para designar uma atitude de oposição às suas descobertas, na medida em que elas revelam os desejos inconscientes e infligem ao homem um "vexame psicológico" ao contrariar os seus valores (ideal de ego). Os conceitos de defesa e resistência se confundem e se sobrepõem às vezes, pois uma grande parte da resistência é derivada da defesa (recalques, sintomas derivados da deformação e ganhos primários e secundários de manter o estado atual - gerando a resistência contra à mudança).

     

    Uma das classificações mais adotadas quanto às Resistências:

     

    De 1o. nível: tentam impedir qualquer acesso ao inconsciente:

     

             Acting Out - Agressividade ao receber uma pergunta do terapeuta, negando-se a responder de forma incisiva.

             Fugir do consultório - sair mais cedo, faltas às consultas, ao perceber que terá que falar de algo que não deseja enfrentar.

             Benefícios diretos e indireto sem manter o quadro atual.       Exemplo: receber carinho e atenção.

           “Amnésia” - esquecimento do tema que foi levantado pelo terapeuta.

      Reação Terapêutica Negativa - piora ao invés de melhora no quadro, uma vez que o Cliente não se permite abandonar a culpa.

     

    De 2o. nível: após a quebra (acesso ao conteúdo do inconsciente), elas surgem por contra-investimento do Cliente, impedindo o retorno do conteúdo reprimido:

             Formação Reativa - atos extremados de contra-investimento: puritanismo, pudor exagerado, “condenando” o conteúdo antes aflorado.

     

             Idealização - exaltação de pessoas, engrandecendo suas virtudes, para proteger o material reprimido que encobre as deficiências que todos notam, menos aquele que idealiza, como a mãe que protege o filho desajustado.
            Atuação - representação auto-ilusória, negando suas emoções, desejos e lembranças. Exemplos: _ Nunca sentiria raiva, sou uma pessoa evoluída !

     

             Intelectualização - justificativas racionalizadas que encobrem o desejo reprimido, para explicar por que tomou ou deixou de tomar, esta ou aquela atitude.

     

            TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)resulta da combinação  de um conjunto de técnicas objetivando a modificação de aspectos do pensamento (cognição) e do comportamento do indivíduo e, conseqüentemente, também dos sentimentos em relação aos outros e a si próprio. Trata-se de um modelo de interação psicoeducativa, no qual o terapeuta ocupa uma função muito mais diretiva e educacional que nas terapias baseadas no conhecimento psicanalítico.

     

    Principais procedimentos na TCC:

     

    Análise comportamental: registro dos pensamentos e comportamentos em associação com eventos desencadeantes;

    Aproximação gradual: organização de tarefas na forma de etapas a serem cumpridas;

    Formato experimental: o incentivo a experimentar mudanças.

    O pensamento mal-adaptativo é identificado;

    O pensamento é contestado;

    Formas alternativas de pensar são trabalhadas;

    São experimentadas novas formas de enfrentar situações.

    Treinamento de relaxamento, para evitar a reação ansiosa;

    Exposição, principalmente nos transtornos fóbicos, com o que se busca a dessensibilização;

    Prevenção de resposta, principalmente nos rituais obsessivos, busca a supressão do ritual através do enfrentamento;

    Parada do pensamento, que a utilização de um estímulo que ajude a interromper o pensamento obsessivo;

    Treinamento de assertividade, utilizado especialmente para superar fobias sociais, com o objetivo de aumentar a confiança do cliente;

    Autocontrole, que inclui o uso de automonitorização e o auto-reforço;

    Manejo de contingências, ou seja, identificar e controlar comportamentos indesejáveis (por exemplo, explosões de raiva) e recompensar mudanças positivas;

    Terapia de aversão, que é baseada no reforço negativo.

    TERAPIA CORPORAL uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

     

    TERAPIA EM GRUPOas psicoterapias de grupo podem ser realizadas segundo uma orientação psicanalítica (psicoterapia analítica de grupo), segundo as técnicas psicodramática, transpessoal, gestáltica, TCC, ou outras. Estes grupos terapêuticos são geralmente heterogêneos, ou seja, formados por pessoas de diferentes origens e com diversos problemas. Há grupos que são homogêneos, formados por pessoas com problemas semelhantes, como os dependentes químicos; neste caso, a TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) é a mais comumente utilizada.

    Por fim, existem as terapias que atendem a pessoas do mesmo grupo familiar, e que podem ser conjugais ou familiares. Estas também podem ser realizadas segundo várias orientações, inclusive a psicodinâmica. Entretanto, o modelo que foi desenvolvido especificamente para o atendimento de casais e famílias é o da terapia sistêmica.

     

            TERAPIA SISTÊMICA  — mais uma vertente de Terapia Em Grupo, focada mais para família e casais, indicada numa gama de situações em que os problemas são mais “relacionais” do que propriamente “psíquicos”, especialmente em situações de conflitos conjugais, geracionais, e resultantes de mudanças no ciclo de vida da família (nascimento, adolescência, separação, morte, doença grave, etc.).

            TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.         

     

             TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.         

     

             TERAPIA REICHIANA desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

     

    TERAPIA TÂNTRICAA Terapia Tântrica tem sua origem no conceito filosófico do Tantra. Diferenciando-se das técnicas tradicionais de terapias corporais. A técnica é direcionada a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido.

    Tem por objetivo:

    · Trazer consciência corporal.

    · Despertar regiões sensoriais adormecidas.

    · Conectar a respiração e a voz às sensações.

    · Mudar os padrões energéticos, aumentando a quantidade de fluxo de energia.

    · Liberar traumas e paradigmas.

    · Mudar conceitos e idéias pré-estabelecidos que não permitam ampliar as possibilidades de prazer e êxtase.

    · Desenvolver novas ferramentas de comunicação e expressão do afeto.

    · Devolver a auto-estima e o amor por si mesmo.

     

            

             TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

              

    III - Resultados

     

    Constatou-se um risco maior de complicações decorrentes do fenômeno transferência/contratransferência quando se trabalha com técnicas que envolvem o contato físico direto, bem como aquelas linhas terapêuticas focadas no problema com drogas, em especial, quanto o profissional passou pela mesma situação de vida.

     

    Por sua forte corrente teórica psicanalítica, as técnicas corporais das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética, estudam a transferência / contratransferência, e, ainda que mais suscetíveis a este fenômeno (em comparaçao à Psicanálise “clássica”...), tradicionalmente saem-se bem nesse processo.

     

    O mesmo não ocorre com os Terapeutas que atuam com manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, lamentavelmente, não costumam ter em sua pauta de estudos, sequer conhecimentos rudimentares de Psicoterapia, ficando sujeitos aos “apaixonamentos” e “ódios” transferencias, já que desconhecem a teoria e, consequentemente, não os identificam, nem desenvolvem defesas, e, menos ainda, conseguem extrair um uso terapêutico destas ocorrências.

     

    O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras e igualmente deixam de incluir o estudo do Aconselhamento e Psicoterapia. Comumente, estes profissionais tem sua origem justamente na superação pessoal de terem enfrentado a dependência química e, ao focarem seu público alvo justamente nos drogaditos, estão perante seus “fantasmas” interiores em tempo integral. Em tese, estão mais aptos do que qualquer outro profissional a compreender e vincular-se com o Cliente drogadito; por outro lado, vivenciam grande sofrimento ao contratransferir, por exemplo, perante cada “recaída” da pessoa atendida, além de tender a “nublar” a percepção da história de vida do Cliente, projetando a sua própria. Ainda assim, apesar de todos os inconvenientes acima descritos, grupos como o N.A. Narcóticos Anônimos são os que obtém melhores resultados terapêuticos (do ponto de vista da sociedade...) nesta pauta.

     

    Outro fenômeno recente é o aumento de profissionais que se auto-identificam como Terapeutas Tântricos. Tradicionalmente, o ensino e a prática tântrica era destinada a casais e, ainda que terapêutica, não era considerada uma terapia em si. Atualmente, existir um casal deixou de ser pré-requisito, passando um ou mais profissionais a somar os papéis de orientador e de parceiro no contato físico, em graus menores e maiores de intimidade, via de regra, sem incluir o coito em si.

     

    Ainda que sem fundamento teórico psicanalítico, os que realmente estudaram os fundamentos da Terapia Tradicional Indiana (Ayuervedica) possuem uma versão “energética” da teoria da transferência/contratransferência, estando cientes da inevitável troca que ocorre entre Cliente e Terapeuta, especialmente ao mobilizarem a libido (energia kundalini) e, tanto desenvolvem “defesas” dessa influenciação, como igualmente possuem técnicas capazes de aplicar terapeuticamente a energia, em prol do equilíbrio e autoconhecimento.

     

    Lamentavelmente, a nova geração de profissionais desta linha não foi preparada com tais conhecimentos milenares e, menos ainda, tiveram um embasamento em Psicoterapia. Perante este perfil, constata-se uma Clientela extremamente “flutuante”, que não parece criar um vínculo terapêutico duradouro, ao mesmo tempo em que profissionais abruptamente abandonam esta linha de atendimento, por não ter condições emocionais / energéticas de lidar com as inevitáveis (e, para a maioria, sequer estudadas...) transferências / contratransferências.

     

     

    IV - Discussão

     

    Grandes gênios da humanidade, como Freud, Jung e Ferenczi, que tanto contribuíram para o entendimento da psique, em seus atendimentos terapêuticos iniciais, sucumbiram aos ódios e amores, envolveram-se passionalmente com seus Clientes, sofreram com isso e causaram sérios prejuízos emocionais a estas pessoas e às de seus círculos. Pioneiros, desconheciam o fenômeno da transferência / contratransferência e só se deram conta ao sentirem em si e em sua Cllientela, as consequências de ignorar.

     

    Se intelectos privilegiados como os acima citados foram surpreendidos, imagine indivíduos comuns, como o somos nós, a grande maioria dos Terapeutas...

     

    A diferença é que, aqueles, por serem pioneiros, atuavam em território desconhecido, enquanto que nós, em pleno século 21, temos total acesso aos ensinamentos oriundos daqueles e de outros mestres, cabendo-nos a obrigação de conhecer, estudar e compreender as bases da Psicoterapia.

     

    Situações transferênciais ocorrem em todas as terapias, inclusive, as  que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade.

     

    O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

     

    Trabalhar a resistência à terapia e estar aberto a espelhar os papéis transferenciais (tais como pai, mãe, cônjuge, etc...), aparentemente, são mais facilmente aceitos pelo Terapeuta.

     

    Já o caminho oposto, a contratransferência, é mais “temida”, visto que não raro, escapa à percepção consciente do profissional, durante o atendimento, sendo melhor compreendida, sob supervisão de terceiros.

     

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

     

    Nem a clássica e esteriotipada postura do analista “distante”, protegido pelo distanciamento do divã foi capaz de impedir sua ocorrência. Hoje em dia, sabemos que a contratranferência é inevitável e, portanto, deve ser aceita, estudada, compreendida e utilizada como instrumento de autoconhecimento e de aperfeiçoamento, inclusive, de nossos atendimentos.

     

    Assim sendo, ainda que envolva (em tese...), riscos de intensificar a TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, não há sentido para a Terapia Holística abrir mão dos recursos das técnicas em que ocorram contato direto com o Cliente.

     

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos, cabendo integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

     

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

     

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

     

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar.

     

    Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge.

     

    É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor.

     

    Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

     

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

     

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

     

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente.

     

    Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

     

    Outrossim, este limite torna-se extremamente tênue quando de trata da Terapia Tântrica. O toque, ao buscar o livre fluxo energético, ao atenuar as couraças, ao mobilizar a libido, comumente conduz a sensações de prazer orgásticas (às vezes, literalmente...). Em tese, na hipótese de estar ocorrendo a transferência da figura paterna ou materna, pode equivaler a concretizar o complexo de Édipo / Electra e gerar as mesmas consequências emocionais de um “incesto”. O alto risco desta estratégia poderia resultar em grandes ganhos terapêuticos em alguns raros casos de exceção, mas, via de regra, o mais provável é uma grande desestabilização emocional tanto do Cliente, quanto do Terapeuta.

     

    Felizmente, não tenho ciência de muitos casos onde o Cliente tenha experienciado a hipótese acima. Por ser uma proposta muito recente (ao menos, no atual formato de atendimento...), boa parte dos que procuram esta linha terapêutica, o fazem por curiosidade temporária, sequer chegando a criar um vínculo analítico com o profissional, resultando em poucas oportunidades de continuidade da proposta terapêutica.

     

    Por outro lado, a fartura de reportagens sobre o tema, a oportunidade (consciente ou não...) de rendimentos maiores, resultou no aumento da procura por formação em Terapia Tântrica, e na diminuição do número de horas/aulas necessárias, antes de iniciar-se atendimentos profissionais. Paralelamente, da mesma forma que ocorreu com a “massagem”, houve e continua havendo uma grande migração de profissionais do sexo, quer por realmente desejarem mudar de ramo de atuação, quer por buscarem adaptar as técnicas à profissão que já exercem.

     

    O alto custo dos cursos e atividades complementares propostos por inúmeros dos atuais mestres da Terapia Tântrica, favorece a precipitação de novos profissionais no mercado, atendendo prematuramente, para conseguir custear os aperfeiçoamentos, supervisões e locações das salas de atendimento, submetendo-se a uma Clientela movida em sua maioria pela curiosidade, ao invés de um real anseio por terapia. Boa parte dos colegas que conheci, atuantes de coração aberto e lotadas das melhores intenções, abruptamente abandonaram a proposta, tamanha foi a exigência emocional e energética de atuar nesta linha. A tese que levanto é que foram vítimas de sonegação de conhecimento; lhes foram negadas as informações e práticas de equilíbrio energético e ficaram totalmente de fora de suas formações, nem mesmo os mais rudimentares embasamentos da Psicoterapia, quanto mais, os fenômenos transferenciais.

     

    Outro grupo profundamente bem intencionado, mas extremanente órfão de embasamento psicanalítico é o dos autodenominados Terapeutas Em Dependência Química.

    Pertinente observar que, a drogadição é considerada uma DOENÇA e, como tal, do ponto de vista extritamente legal, só pode ser diagnosticada e tratada por médicos. Na prática, o tratamento oficialmente adotado é o de um trabalho multidisciplinar (médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais...), em estabelecimentos especializados, nos quais médicos psiquiatras diagnosticam e avaliam a necessidade ou não de internação (se voluntária, basta o aval do laudo psiquiátrico; se involuntária, além deste, igualmente é necessária uma ordem judicial).

     

    Outrossim, os organismos que melhores resultados obtém, não funcionam no formato acima descrito, mas sim, atuam como organizações não-governamentais, onde não se assume papéis de médicos, nem psicólgos, nem de terapeutas, mas sim, de iguais, todos unidos pelo anonimato e por terem passado por experiências semelhantes. Este é o caso do N.A. - Narcóticos Anônimos, os quais, sem pretensões terapêuticas e de forma gratuita, cada membro apoia ao outro, e estabelecem metas a serem cumpridas, os assim chamados Doze Passos. Justamente o passo final é o de ajudar a todos quanto possíveis, a igualmente conseguir contornar o problema da dependência química.

     

    Um formato “híbrido” dos dois acima, vem se proliferando na sociedade. Grupos bem intencionados, mas, comumente, ignorantes quanto à legislação que rege o tema, montam comunidades terapêuticas que se propõem a acolher e tratar, de forma remunerada, indivíduos com problemas relacionados ao abuso de drogas. Praticam uma somatória de técnicas comportamentais, mescladas com os ensinamentos dos Doze Passos. Boa parte das próprias pessoas tratadas, ao atingir o passo final, encontram-se na obrigação moral de ajudar aos demais e, ao mesmo tempo, necessitam de um papel produtivo e remunerado na sociedade, resultando numa demanda (rapidamente atendida...) por cursos de formação de “terapeutas em dependência química” (comumente ministrados em entidades religiosas e/ou nas próprias comunidades em que antes se trataram). Assim sendo, não raro por necessidades econômicas, passam a atender, de forma remunerada, aos colegas que estão passando pelos mesmos problemas que vivenciaram. Ou seja, dia após dia, Cliente após Cliente, todos são “espelhos” a recordar, o tempo todo, os traumas pelos quais o novo Terapeuta tão recentemente passou.

     

    Por um lado, é reconhecido pela imensa maioria dos grandes nomes da Psicoterapia, a grande dificuldade do drogadito em transferir, fenômeno essencial para a evolução da terapia. A interpretação psicanalítica tradicional mais aceita é a de não ter conseguido introjetar uma figura materna, a qual substituiu pelo prazer das drogas. Ora, não havendo uma imagem maternal a projetar no analista, não raro igualmente transferem para estes a relação com as drogas, não estabelecendo vínculo afetivo, mas podendo criar uma “dependência”, muitas vezes extrapolando limites, procurando o terapeuta de forma desordenada, sempre que sentir necessidade, tal qual o faria, com as drogas.

     

    O distanciamento profissional da postura psicanalítica clássica mostra-se pouco efeciente no trato com o drogadito. Por outro lado, alguém que passou exatamente pelos mesmos problemas consegue estabelecer um vínculo mais eficiente. Por este ângulo, a figura de um “Terapeuta Em Dependência Química” parece muito bem vinda a somar. Outrossim, ainda que bem intencionados, os cursos pouco somam de conhecimentos complementares, além dos Doze Passos, resultando em um profissional pouco mais preparado do que os gratuitos “padrinhos” no Narcóticos Anônimos.

     

    Sem embasamento sobre TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, este profissional sofre intensamente a cada recaída de seus Clientes, pois reverbera em suas próprias histórias de recaídas, sentirá compaixão além da terapia, capaz de amparar em sua casa, tal qual gostaria que tivesse acontecido, quanto aconteceu consigo; odiará o mal que o Cliente faz para si mesmo e para os outros, tanto quanto odeia o que ele próprio fez em igual situação...

     

    Em um limbo intermediário, não é mais o gratuito e voluntário padrinho do N.A., nem igualmente atingiu o estágio de um Terapeuta profissional, visto que lhe foi sonegado o ensino das técnicas e a necessária supervisão.

     

    Urge uma formação mais ampla para estes profissionais, em especial, as Terapias Cognitivas Comportamentais, muito úteis para cuidar dos momentos iniciais e de crise, que bem poderiam ser estendidas para Terapias Psicodinâmicas. Até mesmo a própria limitação de percepção tem que ser ampliada; uma vez superada a urgência e necessidade de retirar o Cliente de seu risco de morte, uma vez obtido o equilíbrio inicial, poderá exercer a TERAPIA HOLÍSTICA, em sim, na qual, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

     

     

    V - Conclusões

     

    É essencial o estudo e a compreensão da transferência e contratransferência, independente de quais técnicas serão exercidas.

     

    Outrossim, tanto o contato físico (técnicas corporais e tântricas), quanto a identificação quase que absoluta do histórico de vida do Terapeuta e do Cliente (dependente recuperado tratando de drogadito), intensificam a relação transferencial.

     

    A amplificação do inevitável fenômeno da transferência e contratransferência, se bem trabalhada, acelera o ritmo da terapia, mas igualmente aumentam o grau de responsabilidade e exigência técnica.

     

    O que se constata na sociedade é um crescente número de indivíduos muito bem intencionados, ansiosos em atender terapeuticamente, mas que são lançados prematuramente no mercado de trabalho, privados de conhecimentos essenciais.

     

    Os cursos tem a obrigação de incluir em suas grades curriculares os embasamentos da Psicoterapia, visto que o Aconselhamento é parte integrante da Terapia Holística e conhecer os fundamentos da Psicanálise, tais como a resistência e os fenômenos transferenciais, mais do que enriquecer a Terapia Holística, é essencial para o bem estar tanto dos Clientes, quanto dos Profissionais.

     

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em constante reciclagem de aprendizado e em contínua terapia e supervisão.

     

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS deve exercer seu papel de gerenciador do conhecimento coletivo e disponibilizar a todos os colegas a oportunidade de aperfeiçoamento profissional, para o bem tanto dos Terapeutas Holísticos, quanto de seus Clientes.

     

    VI - Referências bibliográficas

     

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul - vol.25  suppl.1 Porto Alegre Apr. 2003 - Psicodinâmica do adolescente envolvido com drogas

    CORDIOLLI A.V. Como atuam as psicoterapias. In: Psicoterapias: abordagens atuais, Porto Alegre, Artmed, 1998(pág. 34-45).

    FREUD, Sigmund (1905). Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

    FREUD, Sigmund (1930). Mal-estar na cultura. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

    FREUD, Sigmund (1915). “Observações sobre o amor transferencial”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XII, p. 175-190.

    FREUD, Sigmund (1921).“Psicanálise e telepatia”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XVIII, p. 187-204.

    FREUD, Sigmund (1937).“Análise terminável e interminável”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XXIII, p. 225-270.

    FREUD, S.& FERENCZI, S. (1908-1911) Correspondência. Rio de Janeiro: Imago, 1994.

    JONES, E. (1979) Vida e Obra de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Zahar Editores S.A.

    LA PLANCHE, Jean e PONTALIS, J.B..Vocabulário de Psicanálise. 3ª edição, São Paulo, Ed. Martins Fontes, 1998.

    SILVA, Cláudio Jerônimo da. SERRA, Ana Maria. Terapias Cognitiva e Cognitivo-Comportamental em dependência química. In: Rer. Bras. Psiquiatr. 2004, nº 26 (Supl-I), p. 33-39.

    MARTINS, Ana Carolina Borges Leão - Contratransferência e desejo do analista: a transmissão de um sintoma analítico

    SAFOUAN, M. (1985) Jacques Lacan e a questão da formação dos analistas. Porto Alegre: Artes Médicas.

    SOFOUAN, M. (1991) A Transferência e o Desejo do Analista. Campinas: Papirus.

     

    SANTOS, Marinalva Batista Dos - A transferência e a contratransferência no espaço terapêutico

     

     

     

    VII - Anexos e Apêndices

     

    VII.I

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

     

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

     

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de algumas premissas da Psicanálise:

                             

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho                         

     

    Estruturas da Psique:

     

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

     

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

     

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

     

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;

    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;

    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

     

    VII.II

    Freud, Nossas Bisavós E Os Vibradores

    Orgasmo - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

    As milenares Técnicas Tântricas aliam-se ao centenário Orgasmo eletromecânico e a curiosa origem dos vibradores no Século 19 como tratamento para todos os males da mulher, atualmente resgatado como instrumento terapêutico nas versões modernas da milenar arte tântrica.

    Quando iniciei-me no universo "alternativo", há algumas décadas, o Tantra era quase exclusivo aos pares formados entre os próprios terapeutas, como meio para equilibrar os centros energéticos e atingir a transcendência, tendo a sexualidade e amor como instrumentos. Eventualmente, era ofertada como terapia para casais, com estes participando de cursos onde aprendiam a teoria e prática tântricas.

    Já nos últimos cinco anos, surgiu uma nova turma de "gurus do sexo", propondo outras formas de dispor do tantrismo como terapia. Polêmicas à parte, no formato adotado por estes grupos neo-tântricos, já não é mais pré-requisito o casal, sendo que, no caso do Cliente procurar a terapia individual, caberá aos profissionais fazerem o papel complementar, seja o masculino, ou o feminino. Por meio do toque, respiração e movimentos, propõe-se a ativação da energia da líbido, harmonizando e redistribuindo por todo o ser. O orgasmo, ainda que não seja a finalidade, é comum ocorrer neste processo. Neste contexto tão diferente do que era há algumas décadas, deparamos também com o uso de luvas de borracha (assepsia e tentativa de minimizar a erotização do toque por parte dos profissionais) e, no caso da clientela feminina, o acréscimo de um recurso eletromecânico: os vibradores...

     

    Por sinal, esta metodologia vem obtendo grande atenção da imprensa, como as recentes matérias nas revistas Nova e Trip. Em primeira impressão, parece uma "modernização" da técnica, porém, a verdade é que nada mais é do que a volta a uma prática muito comum no final do Século 19 e primeiras décadas do 20, justificada por milenares interpretações machistas atribuídas a Hipócrates. Este chamava de histeria, aos sintomas físicos sem causa aparente, condição que considerava tipicamente feminina, razão pela qual, pressupunha que a origem do problema deveria estar no útero, ao qual atribuiam o estado de "ardente"...

    Eis que no puritano universo ocidental nos idos de 1850, uma "epidemia" do gênero tomou conta das recatadas damas da sociedade e, o único tratamento conhecido para a "histeria" era o toque clitoriano, que era realizado pelos médicos, em seus consultórios. A manipulação era continuada até que a Cliente atingisse o "paroxismo histérico", que era considerado um espécie de "ataque de histeria" obtido em ambiente controlado. Em decorrência disto, os sintomas físicos desapareciam e os maridos ficavam satisfeitos em constatar esposas mais calmas e felizes. Ou seja, pareciam desconhecer o que era um ORGASMO feminino, mas, pelo menos, já usufruiam de seus benefícios para o equilíbrio somatopsíquico...

     

    Eis que aqui, já podemos justificar a presença de Freud no título deste artigo, pois, foi justamente trocando informações com seus colegas que trabalhavam nesta linha de terapia, que firmou sua convicção de que problemas ligados à sexualidade eram a origem e a chave para solucionar inúmeros distúrbios. A Psicanálise trabalhou esta hipótese e, nesta linha, ninguém ousou mais que seu discípulo dissidente, Wilhelm Reich, que publicou os inúmeros benefícios do "clímax" sexual, em sua obra: "A Função Do Orgasmo".

     

    A procura por esta terapia "miraculosa" era tamanha que os consultórios não davam conta de atender, já que dependiam da destreza manual dos profissionais, que começavam a sofrer danos por esforços repetitivos.

     

    Como alternativa, experimentava-se os jatos de água, mas, como podemos constatar pela figura ao lado, no formato que adotaram, não era prático, nem eficiente.

     

     

    Eis que em 1880, o doutor Joseph Mortimer Granville, patenteia o primeiro vibrador eletromecânico, de fabricação encomendada com seu relojoeiro.Rapidamente, a idéia foi aperfeiçoada por várias empresas, até conseguirem tamanhos portáteis e baixo custo, o que possibilitou que todo lar pudesse ter ao menos um equipamento para o tratamento da "histeria" sem mais depender de ir a consultórios médicos.

     

    A popularidade era grande e com as bençãos da sociedade machista, que bem ignorava as demais potencialidades deste instrumento terapêutico.

    Propaganda de época

     

    Propagandas em revistas, jornais e cartazes, não raro, anunciavam os equipamentos como "a maior descoberta médica de todos os tempos", capazes de proporcionar "paroxismos histéricos" de alta intensidade, eficentes para tratar de todas as mazelas femininas.

     

    Seja a bateria, ou a manivela e até por ar comprimido, há grandes chances de nossas bisavós (isso se o leitor for da mesma faixa etária que eu, claro...) terem usufruído das maravilhosas invenções terapêuticas, porém, é bem provável que nossas avós e mães não tenham tido a mesma oportunidade, pois, a partir de 1920, com o advento dos filmes pornográficos, finalmente a sociedade machista e puritana tomou conhecimento dos potenciais usos destes equipamentos. Assim sendo, de terapia doméstica indispensável em qualquer lar que se preze, os vibradores passaram a ser enquadrados como inadequados às "mulheres de bem".

     

    Os fabricantes não se deram por vencidos, e buscaram outras formas de divulgar de forma mais discreta, a disponibilidade para compra. Desde anúncios em que as figuras estavam aplicando os vibradores na... têmpora (!), até literalmente vendidos disfarçados em caixas que anunciavam aspiradores de pó, e outros ofertados como aparelhos de "múltiplas utilidades", onde os motores serviam, em primeira análise, como batedeiras de bolo, mas, que possuiam acessórios que, uma vez conectados, possibilitavam utilidades bem diferentes. Apesar desta estratégia, é fato que entre as décadas posteriores a 1940, a popularidade dos vibradores desapareceu, vindo a ressurgir, nos anos 70 em diante, assumindo seu caráter de instrumento voltado ao prazer feminino.

     

    Assim sendo, como a Terapia Holística tem por tradição resgatar terapêuticas milenares ou, ao menos, seculares, até que não é de estranharmos que a linha tântrica traga de volta, mais uma antiga prática do tempo de nossas bisavós, ou seja, o vibrador, como uma panacéia universal...

     

    Na certeza de que o tema é muito polêmico e que ainda carece de normas técnicas específicas, que só poderão ser criadas após amplo debate entre os profissionais, aliados à análise jurídica da questão, que fique este artigo, como uma forma bem-humorada e curiosa de trazer o assunto para discussão.

     

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br

     

    Texto extraído de:

    http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/tradicionais/69-sexualidade-tantrico/197-vibrador-tantrico#ixzz23jhKUtNR 

    Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

     

    VII.III

     

    Os Doze Passos de Narcóticos Anônimos

       

    Os Doze Passos de NA tem como objetivo convidar os nossos membros a empenharem-se numa viagem de recuperação, e servir como meio para se alcançar uma compreensão pessoal dos príncipios espirituais de cada passo e a forma como os experimentos nas nossas vidas acreditamos que os passos estão apresentados de uma forma que abrange a diversidade da nossa irmandade e reflecte o despertar espiritual descrito no nosso 12º passo..

     

    OS DOZE PASSOS

     

    PRIMEIRO PASSO:

    Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.

     

    SEGUNDO PASSO:

    Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.

     

    TERCEIRO PASSO:

    Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós o compreendíamos.

     

    QUARTO PASSO:

    Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.

     

    QUINTO PASSO:

    Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.

     

    SEXTO PASSO:

    Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

     

    SÉTIMO PASSO:

    Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.

     

    OITAVO PASSO:

    Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.

     

    NONO PASSO:

    Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse prejudicá-las ou a outras.

     

    DÉCIMO PASSO:

    Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

     

    DÉCIMO PRIMEIRO PASSO:

    Procuramos, através de prece e meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.

     

    DÉCIMO SEGUNDO PASSO:

    Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.

     

    Fonte: http://www.na.org.br/

     

     

    VII.IV

     

    Drogas: Êxtase e Dependência

    Êxtase e Dependência - Modelo: Pollyana - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

    Antes de aprofundar a questão, apresento meu posicionamento neste tema tão polêmico: creio que tudo o que se busca por meio das drogas, pode ser obtido por alternativas menos drásticas, tais como técnicas especiais de respiração, posturais, corporais e de induções vivenciais, que igualmente produzem estados alterados de consciência, sem os riscos inerentes de exposição a produtos cujos efeitos a curto e longo prazo ainda não são bem conhecidos.

    Milenarmente, todas as culturas praticaram rituais religiosos que se propunham a alterar as percepções da realidade, comumente associando ritmos musicais repetitivos, em alto som, regado a bebidas de teor alcoólico (vinhos, aguardentes, fermentados...) e danças, com a variante de ingestão de vegetais com poderes alucinógenos, muitas vezes restritas aos sacerdotes, em outras, compartilhado com toda a tribo. Tal somatória resulta na dissolução dos padrões rígidos da personalidade, permitindo contato direto ao conteúdo inconsciente. Os objetivos eram transcendentes, uma jornada "espiritual", "sagrada".

     

    Modernamente, a tradição ressurgiu nos festivais "hippies", inclusive, mantendo-se a busca pela transcendência. Nos dias de hoje, temos as festas denominadas "raves", outrossim, sem um objetivo "espiritual" no contexto. Seja como for, o que se constata é um "padrão" que faz parte da história da humanidade e, certamente, merece ser analisado mais profundamente.

     

    Em nossos consultórios, ainda que parte integrante do contexto coletivo/social, o mais comum é que a questão das drogas chegue até nós, de forma individualizada, ou seja trazida pelo Cliente. A ausência de julgamento, seja positivo, ou negativo, é exigência fundamental em nosso trabalho e o foco é a PESSOA, em seu TODO. Ou seja, o uso das drogas seria mais um dos tópicos a serem trabalhados, visto que é inseparável dos demais. Devemos, em conjunto com o Cliente, descobrir as motivações, conscientes e inconscientes, que levaram a este padrão de comportamento. Seria uma busca religiosa ? Estaria abafando pensamentos, sentimentos, desejos, lembranças ? Auto-estima em baixa sendo compensada via comportamentos tidos como moda ? Enfim, infindáveis hipóteses e cada caso é um caso, cada momento é único. Só o transcorrer da terapia pode trazer mais clareza sobre o que ocorre. E, paralelamente à análise, a inclusão de técnicas vivenciais, alternando relaxamento, hipnose, técnicas corporais de toque, respiratórias, renascimento, em suma, uma vasta gama de opções terapêuticas capazes de produzir estados alterados de consciência, sem uso de "aditivos".

     

    Os produtos consumidos nos dias de hoje, "refinados" quimicamente em laboratórios, certamente são muito mais danosos do que as poções milenares, que eram praticamente em estado natural. Daí que na sociedade moderna surge a alcunha de "dependente químico", aquele indivíduo que perde o controle sobre o uso da substância, associado com sintomas de abstinência e tolerância, evitadas com o uso constante e cada vez maior, privilegiando o consumo a outras coisas que antes valorizava. Dentre os colegas de profissão, existe um grupo crescente que foca seu atendimento a este tipo de situação, quase como uma "especialidade", correndo o risco de perder o enfoque holístico e, o que é ainda mais grave, inadvertidamente ferindo a legislação, com o risco de prisão, sendo irrelevante à justiça humana se suas intenções eram nobres ou não.

     

    O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras.

     

    Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)...

     

    Ou seja, ainda que não trabalhe com internações, quem definir seu trabalho desta forma, corre o sério risco de enquadrar-se em exercício ilegal de medicina...

     

    Extremamente preocupante é o fator "internação", muitas vezes propagandeada com mais um serviço prestado por estes colegas... Isto se deve porque, em várias escolas, fazem interpretações distorcidas, tentando justificar este procedimento, citando legislação que nem sequer mais existe (como é o caso da Lei nº 6.368, que foi REVOGADA pela Lei nº 11.343, de 23/09/2006) ou da Lei nº 10.216, cujo objetivo (dentro outros...) é justamente PROTEGER o cidadão para IMPEDIR que ele seja internado involuntariamente !!! Ou seja, é exatamente o OPOSTO da interpretação que os cursos vem divulgando !!!

     

    Nós sabemos que erram na boa fé, porém, nenhuma autoridade policial e/ou judicial aceitaria tal alegação... Conforme claramente expressa a lei, toda internação, até mesmo as voluntárias, dependem de um laudo MÉDICO PSIQUIÁTRICO; sem isso, estarão ferindo os direitos da pessoa em questão, além de cometer crimes de sequestro e cárcere privado, dentre outros possíveis enquadramentos...  

     

    Mesmo de posse do laudo médico, ainda assim, o estabelecimento precisará prestar "serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros"; sem tais requisitos, jamais a instituição poderá sequer candidatar-se a esse papel.

     

    Sabemos que muitos colegas trabalham como aprenderam nestas escolas, contudo, verdade seja dita, infelizmente tais cursos, ainda que talvez bem intencionados, ensinam de forma totalmente equivocada no que diz respeito a adequar-se às leis em vigor.... Urge uma adequação radical na forma de se expressar e modo de trabalhar, pois, a continuar no formato atual, é questão de tempo para muitos colegas serem presos e processados.

     

    Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br

    (11) 3171-1913

     

     

    Texto extraído de: http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/psicoterapia/aconselhamento/232-drogas-dependencia-quimica#ixzz23olhqDgL 

    Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    Autor: : Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico
    Última atualização: 17/08/2012 17:42


    Consciência da filosofia e metafísica da saúde

     

    Filosofia em Ação


    Quem sou eu? “Segredo?”


    Consciência da filosofia e metafísica da saúde


    São Paulo, 31 de Maio de 2013


    Mitiyo Oshiro Takemoto

    Terapeuta Holística

    CRT 38660

     

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas – Holístico 2013


     


    Sumário

    Introdução...................................................................................................................................I

    Prefácio.......................................................................................................................................II

    Filosofia......................................................................................................................................III

    Alquimia.....................................................................................................................................III

    Tao.............................................................................................................................................IV

    Holoyoga – reflexologia.............................................................................................................V

    Reflexão.....................................................................................................................................VI

    Evolução....................................................................................................................................VI

    Despertar...................................................................................................................................VII

    O estudo da Kundalini...............................................................................................................VII

    Energia sexual Kundalini............................................................................................................VII

    Evolução humana......................................................................................................................VIII

    O que são 7 chacras?.................................................................................................................VIII

    O que é Corpo Etérico?...............................................................................................................X

    O que é Corpo Espiritual?...........................................................................................................XI

    Material e Metodologia..............................................................................................................XII

    Discussão....................................................................................................................................XII

    Conclusão...................................................................................................................................XII

    Bibliografia.................................................................................................................................XIII


     


    Introdução

    Pensamos ser inadiável o desenvolvimento do Ser consciente. Os seres humanos, diferentemente dos seres animais, possuem um potencial criativo. Adaptamos- nos às modificações impostas pelo tempo, pela tecnologia, pelos novos modelos sociais. Mas existem características espirituais básicas que nunca sofreram modificações, assim como as forças que movimentam o Ser humano, continuam sendo as mesmas, impulsos emocionais básicos e intensos e a busca pelo conforto e segurança. Há ainda outros objetivos comuns a todo ser humano, que muitas vezes assolam a humanidade com guerras e desordens psico-sociais que também parecem não sofrer alterações, como a busca pelo poder, a exaltação do status social, o poder monetário entre outros... Todo esse desequilíbrio evolutivo vem se retratando na mente humana ao longo de muitas décadas, e porque não falar séculos, criando uma humanidade egoísta e violenta às defesas de suas aquisições. O ser humano não evolui internamente, não é capaz de controlar suas emoções, de corrigir pequenas falhas de conduta, de se auto-domar em certos aspectos, mas isso por pura falta de consciência. Consciência que não é pensamento, mas percepção. Transmitimos aos nossos filhos, e recebemos também de nossos antepassados essa cultura equivocada que faz com que as pessoas fiquem alienadas em relação às suas possibilidades. Se emanamos amor, recebemos amor. Se emanamos respeito e aceitação, é isso que receberemos, respeito e aceitação. Se emanamos ódio, geramos a condição de receber ódio. Como temos a tendência a ser impulsivos, ansiosos e até descontrolados, costumamos reagir ao ódio com mais ódio, criando um ambiente tomado pelo ódio num ciclo difícil de ser quebrado, mas sempre reagimos ao amor com mais amor. O mesmo acontece com a energia. O campo energético pessoal reflete nossos padrões mentais, o que somos por dentro costumamos demonstrar por fora. Em forma de ação ou pensamento. A nossa energia é capaz de influenciar todos os que estão a nossa volta. Ao tomarmos conhecimento da capacidade que temos de controlar esta energia, ganhamos controle sobre inúmeras capacidades. Aquele que se guia pelo amor e pela índole sempre dinamiza o que aprende, transformando em experiência evolutiva toda e qualquer situação.

    I


     


    Prefácio

    Bem vindos ao Mundo mágico. O meu intuito é apresentar aos interessados no conhecimento do oculto que se refere a fenômenos conexos, transmitindo à humanidade o poder sutil e sublime da Kundalini. Esse conhecimento está disperso e fragmentado em grande número de livros e artigos de vários autores. O universo místico que existe na consciência do homem, mas que está adormecido no inconsciente, desde os tempos imemoráveis. Sendo que, no meu caso, o despertar aconteceu quando iniciei a investigação da energia sexual. Posso afirmar com certeza, que é realmente fantástico, que significa evolução espiritual e humana dentro da pessoa. A Kundalini sobe da base da coluna vertebral dentro da medula até chegar no crânio, o centro de energia espiritual Shen – o Bindu-Brahma. Atualmente, muitos místicos, eruditos, médiuns e cientistas que se dedicam no estudo, têm os impulsos mais evidentes que é o próprio impulso da Kundalini – a indomável. Eles persistem em investigar, muitas vezes mesmo contra os deboches incrédulos e contra o sarcasmo de incorrigíveis céticos, nos quais o impulso por várias causas que serão discutidas em detalhes mais esclarecedores, em outra ocasião. Uma mulher frígida olha com desdém para a natureza apaixonada de uma amiga e muitas vezes se considera superior a ela, esquecendo sua própria carência. Portanto, os que, como a mulher frígida, se orgulham de sua inflexível atitude “resistente”, a despeito de convincente testemunho em contrário, revelam um desinteresse muito grande pelo tema, que é tão fundamental para despertar o que está no inconsciente: trazer o inconsciente ao consciente e ampliar a visão mental. Essas pessoas são incapazes de perceber a própria deficiência, como Bernard Russel, que ao ser posto diante da ponderável evidência oferecida pela pesquisa, para algum tipo de sobrevivência, observou que, embora a evidência psíquica fosse bastante forte, a evidência biológica contra a sobrevivência ainda era mais forte. Sendo que, o tema em questão é essencial e fundamental para explorar a dimensão do corpo, da alma e do espírito, pois a nossa inteligência não tem limite, não tem fronteira, e tem a capacidade de transcender o eu, o outro, a parede, o horizonte e expandir para o universo e chegar mais próximo de Deus. “Fazer do raso o profundo, do incompreensível o compreensível, do incogniscível o congniscível.” – I CHING. Palavras de advertência: com certeza, não se deve evocar a Kundalini propositadamente, inadvertidamente, sem o aprimoramento espiritual, em hipótese alguma, no entanto, em algumas pessoas, ela desperta espontaneamente. O aluno deverá ser orientado com o Dharma do Coração. Dharma quer dizer “Ensino Correto”, dentro do ensinamento apropriado.

    II


     


    Filosofia

    Afinal, o que é filosofia? Em nosso contexto diário e para muitas pessoas, a Filosofia acabou se tornando sinônimo de algo distante e sem muita utilidade. No entanto, foi por intermédio dela em que as grandes mentes chegaram a um passo significativo na história humana. Ela é uma ferramenta única e capaz de nos conduzir as respostas para tudo aquilo que buscamos. A etimologia da palavra “Filos” indica buscador, ao passo que “Sophia” representa a sabedoria. Assim, o filósofo – isto é, o buscador da sabedoria – é um indivíduo que procura se contextuar no Universo e perante suas Leis, visando resgatar o conhecimento sobre quem de fato somos, de onde viemos, para onde vamos e para que serve a vida e todas as coisas que nos cercam. É através da Filosofia que podemos sair da imensa crise social e moral em que estamos inseridos: os preceitos filosóficos possibilitam ao homem deixar de agir sobre os efeitos e passar a agir sobre as causas das questões que tem levado a sociedade ao sofrimento a ao desespero. A violência, a corrupção, a depressão, a solidão, a dor da perda de uma forma geral como diversos outros malefícios não são as causas, mas sim efeitos de nossa incapacidade de amar e agir de maneira moralmente correta. Por isso, afirmamos que Filosofia tem a função de nos conduzir, sobretudo ao resgate de nossa autoestima, além de nos recolocar socialmente como homens livres e independentes. *Texto extraído do Jornal Filosófico

    Alquimia

    A Alquimia busca entender a natureza em todas as suas formas, de maneira holística, amparada na sabedoria dos grandes conhecimentos antigos. É muito importante esclarecer e desmitificar o conceito de Alquimia. A palavra alquimia (AL KHEMY), de origem árabe significa “a química”. É a mais antiga das ciências e influenciou todas as demais pois pertence a raiz de todas. Combina elementos da química, antropologia, astrologia, magia, filosofia, metalurgia, matemática, misticismo e religião, mas sob uma ótica própria. Na antiguidade se tem registro de sua existência entre os babilônios, egípcios, chineses e os indianos, assim como na idade média, onde sua prática era realizada sob o mais absoluto dos segredos, pois era considerada como uma ciência oculta, sendo perseguidos pela Santa Inquisição da Igreja Católica. Com isso, os grandes personagens do pensamento hermético anotavam suas investigações em códigos e as chaves decifradoras só eram conhecidas pelos iniciados. Em seus laboratórios os alquimistas atribuíam propriedades que transcendiam ao comum, relativas às plantas, letras, pedras, figuras geométricas e números, para satisfazer o seu principal objetivo que é compreender a natureza e reproduzir seus fenômenos para conseguir uma ascensão a um estado superior de consciência de si próprio e de quem o procura. Para eles, transformar metal em ouro ou criar o elixir da longa vida eram coisas pequenas diante da compreensão do que somos, pois essa arte hermética era a busca maior do entendimento da natureza plena e holística onde o ser humano está inserido. O estudante de alquimia é um buscador que corre atrás de se conhecer. Hoje, assim como

    antigamente, na realização dos experimentos e por meio de constantes leituras e releituras, o Alquimista nas várias etapas da transformação no seu laboratório ou consultório vai gradativamente

    III


     


    transformando a própria consciência que é o ouro espiritual, a perfeição dentro de si mesmo. Porém é importante trazer esses conceitos filosóficos para o lado prático da vida, estamos encarnados em um corpo, no planeta terra, tridimensional, sofrendo influência do meio e do inconsciente coletivo da nossa época. Desta forma, o alquimista que hoje está representado muitas vezes pelo médico, ou terapeuta holístico, deve observar no dia a dia, de forma mais aprimorada, a natureza e suas manifestações, ficando atento as transformações e aos ciclos astrológicos – sol, lua e planeta – e terrestres – semear ou colher. Sabendo interpretá-las, ele poderá ajudar melhor a quem o procura, maximizando seus efeitos para saúde e bem estar.

    (autor desconhecido)

    Tao

    O Tao como base das doutrinas filosóficas mentais e também ocidentais é palavra chinesa que significa caminho, via, isto é a sobreposição do feminino e do masculino chamado Yin e Yang. O Tao não significa a soma de um e outro, mas tais forças existem concomitantemente e sincronicamente. O Tao como caminho e como fusão de tais elementos é o sentido de ordem, é um princípio organizador. É a reunião do caos e das polaridades. É gás dispersivo, consequente aos movimentos de fricção, se transforma em gás de combustão do próprio movimento deixando um rastro. Ao seguir o Tao vocês seguem este rastro, os movimentos, o fluxo da vida e do caminho até que, perdendo a polaridade, vocês se transformam no próprio caminho, no Tao. O Tao condena a idolatria e diz: “O mestre Tao não tem nome, ele é oculto, vive no anonimato meditando (filosofando), praticando, aprendendo, orientando e semeando o bem, o cultivo, a serenidade, meditando entre o céu e a terra.” O homem recebeu do céu uma natureza essencialmente boa para guiá-lo em todos os seus movimentos. Entregando-se a esse princípio divino dentro de si, o homem alcança uma inocência incontaminada. Ela o conduz ao bem com certeza instintiva e livre de intenções ulteriores de recompensa ou vantagem, essa certeza instintiva trás supremo sucesso e favorece através da perseverança. Nem tudo que é instintivo é também natural, nesse sentido mais elevado da palavra, mas somente o que é correto, aquilo que corresponde à vontade dos céus. Uma forma de agir instintiva e irrefletida, que não possua retidão, só poderia causar infortúnio. Confúcio comentava a respeito: “Aonde irá aquele que se afasta da inocência? A vontade e as bênçãos dos céus, não acompanham seus ato.” I Ching O céu é puro, e a terra é impura, o homem está entre o céu e a terra, entre o puro e o impuro. Certo ditado antigo diz o seguinte: “O Tao não possui qualquer forma; no entanto confere vida ao céu e a terra. O Tao é destituído de emoções; no entanto, move o sol e a lua. O Tao é destituído de nome; no entanto nutre todas as coisas da natureza.” O Tao possui tanto aspectos puros como impuros. Às vezes permanece imóvel, às vezes move-se. O céu é puro e a terra impura, todas as coisas percorrendo seu respectivo curso. A origem da pureza reside na impureza. Por esse motivo nos remetemos à meditação, reflexão. O movimento é a fundação da quietude. Se as pessoas puderem constantemente permanecer puras e imóveis, então ficaremos no estado de serenidade.

    IV


     


    O espírito tende para a pureza, a mente para a quietude, mas é contrariado pelo desejo de equilibrar- se. Se fores capaz de controlar, então a mente permanecerá imperturbável e pura. Aqueles que estão impossibilitados de atingir o Tao são destituídos de clareza mental e que ainda se acham escravos das emoções. Suportar a quietude gradualmente entrará no verdadeiro caminho denominado Tao, não existe nada para ser atingido, mas sim para sentir. Lao Tsé dizia: “Aqueles que são honrados não tem porque discutir. Os que não são preferem se entregar as discussões.” Aqueles que possuem elevadas virtudes não necessitam de virtude. Quando a mente permanece selvagem o espírito torna-se distraído devido à existência da ansiedade e do estresse, o corpo e a mente são afligidos por tensões. Se viveres na decepção e na ansiedade afundará no oceano do sofrimento e sempre vaguearás para fora do verdadeiro caminho. Se fores capaz de perceber intuitivamente viverás o caminho natural, se intuitivamente entenderes o Tao, sempre será puro e imóvel. Todas as meditações que fazemos são essencialmente internas, você fecha os olhos e imagina todas essas coisas (tais como sofrimento dos seres e o desejo de que sejam felizes). Mas não pense que isto vai simplesmente perder-se no espaço e não vai produzir nada. Ao imaginar certas coisas você faz com que elas se tornem realidade, se você todos os dias fica irritado, não se surpreenda se continuar ficando irritado se você mantém pensamento de irritação em sua mente. “Eu detesto ele, eu detesto ele”, não se surpreenda se você der um soco na cara dele, porque o que corpo e a fala fazem é simplesmente seguir aquilo que a mente está fazendo porque eles se iniciam na sua mente. Refletir, pensar, oração mental, examinar atentamente, ponderar, considerar, reconsiderar, isso é meditar. Como qualquer coisa, você tem que treinar antes de agir, não é possível simplesmente entrar em um carro e sair dirigindo, é necessário treinar primeiro. Antes de tocar piano você tem que treinar e treinar. Você tem que treinar-se no desenvolvimento do amor e da compaixão e tudo isso, por fim, o tornará apto a espontaneamente expressá-los em corpo e fala. Isto é algo razoável. Mencius comentava a respeito: Para verificar se alguém é um homem superior ou inferior, só precisamos observar a que parte de si ele atribui uma especial importância. O corpo tem partes superiores e inferiores; importantes e secundárias. “Não devemos sacrificar o superior em favor do inferior e nem devemos sacrificar o inferior em favor do superior, devemos sim, manter o equilíbrio.”

    Holoyoga – Reflexologia – Autocura Fundamento: Tantrayana, o Veículo de Diamante

    Tantrayana: 2 cérebros, o equilíbrio dinâmico do Yin e Yang. Holoyogaterapia é uma prática simultânea do Tantra, Yoga e Budh: os 3 Tan Tiens, a consciência da filosofia e metafísica do Tao-Yin; conscientização do corpo, da mente e do espírito, pois dentro de cada um de nós existe: um ser animal (corpo), um ser humano (mente) e um ser divino (espírito). Essas são as 3 dimensões da nossa existência. Daí a explicação sobre os 3 Tan Tiens, 3 mentes ou 3 veículos (Bioeletromagnética): a força vital.

    V


     


    Reflexão

    Para refletir, filosofar: “Aprender sem pensar é inútil. Pensar sem aprender é perigoso.” (Kung Fu Tsé (Confúcio). Filosofia e metafísica: ciência geral dos primeiros princípios e das primeiras causas, conhecimento, sabedoria, força moral, (elevação espiritual) que leva ao Deus: conhecimento de verdades morais, conhecimento absoluto que procura a intuição direta das coisas; conhecimento racional único possível de alcançar a essência das coisas, modo de pensamento intermediário entre teológico e positivo; método de abordar os fenômenos da natureza, aprofundar, refletir, raciocinar, pensar e discernir, é a adequação entre o ser e a inteligência, ou seja, espírito de crítica e de superação. Nas palavras e atos do passado jaz oculto um tesouro que o homem pode utilizar para fortalecer e elevar seu próprio caráter. O estudo do passado não deve se limitar a um mero conhecimento da história, mas deve, através da aplicação desse conhecimento, procurar dar atualidade ao passado. Desembaraçando os fios de seda emaranhados, juntando-os em meadas, assim se desvenda os mistérios e segredos orientais da antiguidade. “O antigo será de novo útil.” I Ching – Lao Tsé

    Evolução

    A evolução da Kundalini: a fonte da força, fonte do gênio a partir do seu repositório nos órgãos reprodutores, uma fina corrente de energia vivente filtra-se para dentro do cérebro, como lubrificante para o processo evolutivo. A medida que a energia se move para cima, vai passando pelos vários chacras ao longo da medula espinhal até chegar ao chacra capital localizado no cérebro, a pessoa sente uma luz entre branca e dourada no interior do cérebro. Dizem que o fenômeno desperta requintadas sensações que se assemelham ao orgasmo, mas ultrapassam em muitas ordens de magnitude. Tais sensações são mais intensamente percebidas logo acima do palato no cérebro médio no arco descendente paralelo à curva palatal, o canal encurvado através do qual o bioplasma passa para dentro do cérebro. A Kundalini está em ação o tempo todo e em forma de energia “torrente”. Essa torrente ascensional que é uma reconceituação do que FREUD aparentemente quis dizer com a expressão “sublimação da libido” – explica a fonte da criatividade do artista ou do intelectual. Para muito além destes há aqueles raros a quem Gopi Krishna chama “espécimes acabados do homem perfeito do futuro” tais como BUDA, CRISTO e VYASA, a consciência dos seres evoluídos . Drogas como cigarros, álcool, entorpecentes, paixão, emoção, pela comida, pelo ambiente, pelo modo de vida, ambição, pela conduta e pelo comportamento e; de fato por todos os milhares de tipos de influência, desde o mais forte ao mais leve, que dão forma à vida desde o nascimento até a morte. Assim a necessidade de uma vida moral equilibrada é baseada no imperativo biológico. O desvio da Kundalini é a causa do surgimento dos gênios maus da história, como HITLER. Neste caso a Kundalini esteve em ação desde o nascimento, tal como nos gênios. A vida destas pessoas superdotadas é geralmente tão cheia de dificuldades que a energia Kundalini pode tornar-se maligna se as qualidades mais sutis necessárias a estabilidades psíquicas não se tornarem parte integrante da sua formação: a falta desses traços mais sutis constitui uma barreira interna que impede o acesso aos níveis mais elevados da consciência.

    VI


     


    Despertar

    O meu objetivo maior é trabalhar sobre o legado que se deteriorou, pois o I CHING sempre me orientou nesse sentido. O intuito aqui é ajudar os seres humanos em sua evolução pessoal e espiritual na simplicidade do TAO (natureza). O Tao ensina tudo sabiamente através do Yin e Yang. Yi e Yang é a base da filosofia e metafísica chinesa. Tudo se aprende intuitivamente. O que será levado em consideração é o autoconhecimento elevando a auto-estima, afeto e compreensão, eliminando os conceitos que anuviam a mente que cria a prisão mental da qual sua essência fica engaiolada. Com a eliminação dos conceitos, crenças e paradigmas que não funcionam, o Ser liberta a sua essência adquirindo a vida. A vida é construir situações que desejam vivência e não viver as situações desagradáveis que são atraídas inconscientemente. O que será ensinado serão os caminhos necessários para a evolução pessoal respeitando a capacidade de cada Ser que será despertada de forma necessária, suave, média ou intensa, de acordo com a necessidade de cada um, naturalmente, desde que esteja aberto e disposto para a transformação e a libertação do Ser.

    O estudo da Kundalini

    Todos são livres para participar de forma que sejam espontâneos. O trabalho será organizado de maneira que todos participem formando uma equipe de boa vontade. Uma equipe é mais que um grupo de pessoas, é a soma de “energia-pensamento”, uma união de todos em torno de um objetivo, é o sincronismo de todos que leva a resultados notáveis. Todas as pessoas tem algum tipo de conhecimento para ensinar, vamos ensinar, vamos aprender, transformar, evoluir e vamos compartilhar a alegria de viver na jornada da evolução humana. Compartilhar a felicidade é felicidade em dobro, compartilhar a dor é dor pela metade, compartilhar o conhecimento é conhecimento redobrado. O mundo é reflexo de nossas ações. Os anos haverão de passar, mas a arte de compartilhar nunca será em vão. Essa é a beleza de uma ação que sempre gera uma reação e conquista um mundo melhor. Missão: por uma causa nobre, trabalho sobre o legado que se deteriorou. Nobreza: ser nobre não é ser melhor do que um milhão de pessoas, a verdadeira nobreza é ser melhor do que foi no passado. – Provérbio Hindu Objetivo: resgatar o elo perdido: esta sublime ciência (essência) que ficou no esquecimento, no decorrer de milênios, sem que e humanidade a percebesse.

    Energia sexual - Kundalini

    A energia sexual é a união primordial das forças yin e yang que impulsiona o universo. Sem essa energia, nenhum de nós estaria aqui, ou simplesmente não existiríamos. Kundalini – a Fonte da Juventude – fonte da energia vital. Gopi Krishna, conhecedor da filosofia clássica iogue, acredita na existência de uma poderosa ligação biológica entre o sexo e a consciência superior, ligação que é a força motivadora subjacente a todos os fenômenos espirituais e

    VII


     


    paranormais já testemunhadas na história. O sistema reprodutivo é o mecanismo pelo qual se processa a evolução. Esse conceito, entretanto, não está limitado à literatura indiana. Foi descrito nos antigos registros do Tibet, do Egito, da Suméria, da China, da Grécia e outras culturas e tradições, incluindo o cristianismo primitivo. A serpente: símbolo da energia vital. A fonte do “poder da serpente” é o prana-chi – yin e yang, a energia cósmica primal que está fora do espectro eletromagnético e das outras formas de energia conhecida na ciência oficial do Ocidente.

    Evolução humana

    Quase todos se ocupam, num determinado momento da vida com as perguntas: “quem sou eu:”, “que forças agem dentro de mim:”, “que faculdades ainda se escondem no meu interior:” e “como posso usufruir todo o meu potencial de sorte e criatividade:”. Acreditamos que nenhum outro campo científico pode responder a essa pergunta tão amplamente como a ciência dos centros energéticos do homem. Ao compreender as tarefas e as funções dos chacras em toda a sua extensão, forma-se uma imagem do ser humano que, na sua possível perfeição é tão fascinante e sublime a ponto de mais uma vez determos para admirar a maravilha da criação. Para trabalhar eficientemente com os chacras, não é necessário que você seja clarividente, intuitivo ou sensitivo. Todavia, notará que, com essa ação, sua sensibilidade com relação aos planos etéricos aumentará substancialmente. Desenvolvendo-se também a compreensão dos relacionamentos, que unem muitos fragmentos do conhecimento e da experiência num todo harmônico, de modo inteligível.

    O que são os 7 Chacras

    Chacras: são o prisma sob influxo do Sol que se divide em raios coloridos. O prisma do corpo-mente- espírito humano. São o arco-íris. Um arco. A ponte entre o Céu e a Terra. São a expressão da força mental em saída e todas as possibilidades de poder mental manifestado! São canais que se alimentam por ambos os pólos: pelo polo sul ou pelo chakra base com o alimento feminino da Terra, da Mãe Divina: pelo polo norte ou chacra coronário, com o alimento masculino do Céu, da mente do Pai ou do Um, e pelos lados com todas as forças possíveis e existentes. Através do chacra do plexo solar, o corpo absorve energias vitais do SOL e, através do chacra básico, energias vitais da terra. Ele armazena essas energias e as leva, através dos chacras e nádis em fluxos vitais ininterruptos, ao corpo físico. Essas duas formas de energia cuidam do espírito vital nas células corporais. Quando a “FOME DE ENERGIA” do organismo é saciada, a energia excessiva é irradiada para fora, pelo corpo etérico através dos chacras e dos poros. Ela sai dos poros em forma de fios retos, com cerca de 5 cm, formando a aura etérica, que em regra é percebida pelos clarividentes como a primeira parte setorial da aura total. Esses raios cobrem o corpo físico como um manto de proteção, impedindo que micróbios patogênicos e corpos estranhos se infiltrem no corpo, e irradiam, simultaneamente, um fluxo constante de energia vital no meio ambiente.

    VIII

    É um sistema pelo qual o ser humano se relaciona com os seres vivos que habitam o meio ambiente.  

    São os centros de energia psicofísica (energia pensante) que se localizam ao longo da coluna

    vertebral e se relacionam com os órgãos e endócrinos, através do sistema nervoso, que possibilita a

    transformação da energia psicofísica em energia espiritual.

    Conhecer e assimilar os chacras é constatar o sistema humano de integração global, a integração de

    diversos planos e vibrações dentro do corpo. Os chacras tem a forma de disco circular, símbolo da

    perfeição e do sol (LUZ DE DEUS) que hospedam a espiritualidade, a qual tem valor ascensional,

    também indica proteção a cerca espiritual que envolve a alma humana, e que na essência exprima a

    totalidade de um círculo solar e ainda a luz do sol que cerca a vida e circula por ela em várias esferas

    que também são rodeadas.

    Observa-se que a nossa galáxia é espiralar, o nosso corpo também é em espiral, o planeta também, é

    só observar o movimento da natureza, no pensamento e no movimento em que a pessoa entra em

    sintonia e se envolve com seus chacras, a energia prana-pensante psicofísica, já entra em ação a

    favor. Isso quer dizer que Kundalini já entrou em ação a favor dos chacras impulsionando-os para

    cima revitalizando-os.

    A Kundalini é feita de vontade-ação, confiança que hospeda o pensamento de Deus e tem o valor

    ascensional e se sobrepõem ao processo de conquista progressiva no sentido de transformação e

    evolução espiritual. Kundalini é a alegria serena que governa o nosso interior através dos chacras e é

    a lei mística maravilhosa que eleva ao estado de graça, inteligência emocional, consciência sutil que

    ensina o homem a compreender o conhecimento e a viver com sabedoria em harmonia com a

    natureza, equilibrando o corpo, a mente e o espírito feito de confiança. Prana-yin yang, a fina

    essência biológica, inteligência, consciência, o meio de nutrir equipamento receptivo da nossa

    consciência, que é o sistema nervoso, o nosso contato com a consciência universal. Durante o

    processo de ascensão da Kundalini, o sistema nervoso inteiro atravessa uma transformação

    microbiológica que atinge especial         

     

    esgotado em seus recursos.  

    Os escritos de GOPI visam uma nova estrutura da sociedade humana a uma nova ordem política e

    social que habilite a totalidade da raça humana a devotar-se ao desenvolvimento de seus poderes e

    possibilidades latentes. O antigo conceito IOGUE vem sendo pesquisado cientificamente com base

    nas ciências fisiológicas da medicina que teve inicio na INDIA sob o apoio do governo. Hoje acontece

    em vários países do mundo, envolvendo religião, psicologia, psicanálise, teologia e outros.  

    Teoricamente a Kundalini tem o mesmo conteúdo do DNA, e pode nos revelar muitos segredos

    ocultos desde a antiguidade, que remonta os 25 mil anos.

     

     

    O que é corpo etérico?

     

    Corpo Etérico: é o que abriga o EU verdadeiro, o SER (Kundalini)

    A maioria das pessoas considera o mundo material, e com isso também o corpo físico e

    compreendidos pelo intelecto racional. Os clarividentes como Tao e Budh; todavia, veem uma grande

    variedade de estruturas de energia, de movimentos energéticos, de formas e cores, que são

    perceptíveis dentro e em volta do corpo físico do homem.

    Caso você também seja um desses que só podem aceitar como realidade o corpo material, pense

    uma vez o que acontece, porventura, com a energia, com a força vital, que anima um corpo físico e

    lhe confere sensibilidade e capacidade de expressão depois da morte desse corpo. Segundo uma lei

    da Física, a energia nunca se perde, mas se transforma. A força que está em ação por trás dos

    aspectos materiais do corpo, com suas funções e habilidades, é constituída de um complexo sistema

    de energia, sem o qual o corpo físico não poderia existir.

    Esse sistema compõe-se de três elementos básicos:

    1)  Os corpos etéricos ou energéticos: o que constitui a aura humana

    2)  Os chacras, ou centros de energia: guiados por Kundalini e Bindu  

    3)  Os nádis, ou canais de energia: transmite energia psíquico-físico dentro e fora do corpo

    através dos chacras via sistema nervoso.

    O corpo etérico tem aproximadamente a mesma dimensão e configuração que o corpo físico. Daí a

    denominação “duplo etérico” ou “corpo físico interior”. Ele é o portador das forças

    do corpo físico, bem como da força vital e criadora, e de todas as sensações físicas.

    O corpo etérico é formado de novo a cada reencarnação do ser humano e se dissolve três a cinco dias

    depois da morte.

    O corpo físico pode pesar muitos e muitos quilos, mas o duplo etérico pesa em geral 21 gramas –

    todas as pessoas “perdem” 21 gramas imedia e após o decesso.

    A Kundalini carrega os corpos astral, mental e causal que continuam existindo depois da morte e se

     

             

     

    matéria física dos tecidos do corpo, que

     

             

     

    Discussão

     

    Kundalini adormecida – uma nova orientação é necessária à ciência.

    O despertar acontece muito naturalmente, quando o aluno faz contato com os seus próprios chacras,

    naturalmente devendo ser bem orientado e  assimilado com muita seriedade, sob a orientação prévia

    de um mestre.

    Quando o aluno assimila e assume os seus próprios chacras sob orientação do Yin e do Yang dentro

    dos chacras, a Kundalini é acionada para dinamizar os chacras assim ligando o Yin e Yang, ou seja, o

    crânio e o sacro dinamizando o corpo, a mente e o espírito. Isso se aprende com as práticas do Tao-

    Yin. O aluno adquire uma consciência integral, antes nunca vivenciando.

    Percebe-se  que o tema em questão são os fragmentos dos 3 corpos. Juntar esses fragmentos

    (“quebra-cabeça”) significa assimilar o eu integralmente. Dessa maneira, se fortalece

    das práticas meditativas: a filosofia e metafísica em questão. Não existe maneira de aprender

    didaticamente. Esse ensinamento se assimila no sistema param param, como já foi dito

    anteriormente. Se aprende e assimila entre diálogos, repetidas vezes entre o mestre e o discípulo,

    passo a passo intuitivamente, analogicamente e teologicamente, pois envolve alguns segredos. O

    aluno vai perceber quando assimila o Tao. Leva algum tempo mas se tiver paciência, muita paciência,

    vale muito a pena, certeza.

     

     

    Conclusão

     

    Chegar no estágio de desenvolvimento pessoal em que me encontro foi graças à compreensão e

    apoio constante do Sr. Henrique Vieira Filho, que é uma pessoa de visão mais ampla e é isso que me

    dá coragem, pois preciso de muita coragem, a Kundalini é uma verdadeira prova de fogo. Ela recebeu

    vários nomes

     

             

     

    Bibliografia    

     

    Chakras que Falam! 
    Sonia Szeligowsk Ramos - Ed. Arcobaleno
    Chakras – Mandalas de Vitalidade e Poder
    Shalila Sharamon. Bodo J. Bainski - Ed. Pensamento
    Teoria dos Chacras – Ponte para a Consciência Superior
    Hiroshi Motoyama - Ed. Pensamentos


    O Duplo Etérico
    Major Arthur E. Powell - Ed. Pensamento


    Tao Yin
    Mantak Chia - Ed. Cultrix


    Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico
    Mantak Chia - Ed. Cultrix


    Reflexologia Sexual
    Mantakchia - Ed. Cultrix


    Chakras – Centros de Energia de Transformação
    Harish Johari - Ed. Pensamentos
    Dicionário ilustrado da Língua Portuguesa
    Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas
    Planeta Extra – Hathayoga
    Eduardo araia - 1ª edição: Dezembro/83; 2ª edição: Outubro/87
    Internet
    XIII

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT. 38660
    Última atualização: 13/06/2013 13:11


    KUNDALINÍ – FORÇA E CONSCIÊNCIA

    KUNDALINÍ – FORÇA E CONSCIÊNCIA

     

    A consciência de si

    Autora: Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270

     

      

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2013.

     

    SUMÁRIO

    O que é o Tantra?

    Kundalini

    Granthis - Os três nós psíquicos

    Como usufruir do Tantra

    Conclusão

    Bibliografia

     

    Introdução

     

    O TANTRA é sentir, fluir e expandir.

    O sentir não há como explicar, somente vivenciar.

    O fluir se percebe enquanto se vivencia.

    E o expandir é o resultado do vivenciar e sentir...

    Somos produtos de uma sociedade contida daqueles que precisa: sentir o toque e se expandir, ao usar a fala se entende, ao ouvir aprende-se a perceber.  
    O Tantra também é uma filosofia comportamental de vida que aplicado no cotidiano fará com que as percepções fiquem mais proeminentes.

    Isso se aprende teoricamente através dos cursos.

    Aprender a fluir acontece através da psicoterapia, ferramenta que vai auxiliar você ir de encontro ao seu EU e retirar os paradigmas que impede de simplesmente sentir e Ser.  
    Vivenciar significa aprender está aqui e agora feliz consigo mesmo.

    O Tantra não é religião, não é sexo, não  é yoga. Em seus sutras (livros) encontrou-se varias estruturas comportamentais, cientificais, terapêuticas e principalmente ritualística. Com reverencias aos fluxos dévicos, pois se acreditava que cada ser existente tem uma proteção divina um deva (deus) ou um devi (deusa) que são representados pelos yantras – formas geométricas utilizadas nos ritos e os mantras – cantos vibracional de energia qualitativamente divina. Dando assim um panteão de deidades. Reverenciado através de puja – oferenda. Onde se deu a origem ao hinduismo. 
     

    O que é o Tantra?

    Tantra é um principio filosofal comportamental de vida. A palavra Tantra significa Livros – teia – união – mas especificamente expansão. Ela é derivada das palavras Tanoti – expansão – trayati – consciência – Portanto podemos deduzir que Tantra = Expansão de consciência.

    Tantra tem um principio filosofal comportamental e matriarcal. Surgiu por volta de 12000 anos na civilização dravídiana anterior a invasão dos arianos. Que por questões políticas deixa de ser matriarcal para ser patriarcal. Mas sua origem se espalha influenciando e ou formando varias outras civilizações.

    O Samkhya que é um sistema inventarista – é a parte cientifica do tantra que deu origem aos vedas e daí então a terapia ayurvédica. Aqui não há reverencia alguma aos deuses. Apenas a observação da mente, dando origem ao yoga.

    Ainda dentro do Samkhya ele conduz em um formato de enumerar situações de acordo com a natureza de cada fato denominado prakriti (natureza). Influenciando hoje as terapias psíquicas – como a psicanálise ou o coaching. Que é através do pensamento vibrar em sintonia positiva.

    O fundamento do Tantra é dirimido através do prana – ar vital – E daí então acontecem os pránáyama – exercícios respiratórios. Assim como a observação natural do homem em postura denominado de mudrá. Que deu origem aos asanas e ou ao Yoga.

    Hoje no ocidente somos altamente influenciados pelo o sistema tântrico. E podemos fazer uso das técnicas tântricas em vários formatos que em seu conjunto vai proporcionar um caminho para o coração e o Despertar do Eu que é a lembrança de um primeiro momento existencial enquanto.Fagulha divina.

    Os textos tântricos estão entre os mais antigos do hinduísmo e do budismo. Existem Tantras hindus e budistas se auto-influenciando e os textos mais recentes refere-se ao Tantra sob o nome de Artha Veda. Os Tantras em sua origem foram manuscritos em sânscrito. Ainda guardam as diferentes épocas, lugar, cultura e religião. Tomam a forma de enciclopédia de rituais e de filosofia tântrica. Sofreram com o correr dos séculos, várias adições. Os textos mais antigos foram compilados por volta do ano 600 dessa era.

    No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas.

    O Tantra floresceu no Vale do Rio Índio, em Mohenjo-Daro. Era a cultura Harappa, da qual se encontra vestígio raro, porém importantíssimos do ponto de vista histórico. A descoberta do Vale do Rio Indo esclareceu que essa cultura foi, possivelmente, a mais antiga do planeta. Os vários objetos já mostravam figuras esculpidas ou desenhadas com formas e imagens que evocavam práticas tântricas, tais como os Ásanas (posições físicas utilizadas para desenvolver a Kundalini).

      Essas filosofias conscientizam o homem de suas energias latentes e de relação com o cosmos (a natureza). Aquele que vê a natureza apenas como vida que existe no planeta Terra está tão equivocado quanto aquele que o vê como um universo cósmico repleto de planetas, sóis e nuvens de gases. Os dois vêem o cosmo de um modo míope e incompleto.

    O mesmo erro está expresso nas ciências que estudam o homem como um ser que possui corpo, consciência e subconsciência, acabam esquecendo que o ser humano é constituído de órgão que lhe permitem ultrapassar a mente inconsciente e a mente consciente; que seu corpo é constituído de sensibilidades que ultrapassam necessariamente o intelecto e, até mesmo, a intuição.

    Convém acrescentar que o homem pensado e conhecido pelo hindú é  possuidor de um corpo de sensações, extraordinariamente complexo, do qual não temos equivalente no pensamento ocidental.

    É justamente nesse ponto que queremos insistir: no conhecimento desse homem absolutamente insólito, desconhecido da filosofia e ciência ocidentais, onde o Tantra assenta sua sabedoria. É mostrar que, aquele que vê as coisas de um ponto de vista egoísta, centralizado em seu meio limitado jamais terá consciência das energias que o animam. É a negação do cosmos, é o absurdo da condição humana não ligada ao seu princípio (Dharma). Daí percebe-se que, para se aprofundar a questão homem / natureza é importante conhecer o Tantra.

    Como já  vimos anteriormente, Tantra significa expansão da Consciência, modos de vida, sexualidade e atitude social. No sentido mais amplo da palavra expressa uma filosofia de vida, uma cultura, bem como a preparação para a ação meditativa interior.

    A transcendência dos princípios Shiva e Shakti leva ao ponto central, que é a própria Shakti kundaliní indiferenciada a resposta de tudo. Essas especulações do tantra deram origem aos inúmeros cultos às divindades femininas (devís) que hoje existem no contexto do hinduísmo.

    A característica comportamental do tantra está centrada na transgressão de valores morais e sociais (desconstrução de estereótipos e clichês culturais e psicológicos) arraigados na cultura dominante indiana. Os textos, lendas e símbolos tântricos expressam vozes que contestam as estruturas rígidas patriarcais nas quais estão construídas as concepções de diferenças de casta, o papel social e familiar submisso da mulher, a ortodoxia e poder sacerdotal, a utilização depreciativa do corpo e da sexualidade e as normas e formas de se buscar o divino que excluem as “minorias” (castas inferiores, mulheres e etc.).

    O tantra também desenvolveu técnicas (vidhis) e práticas (sádhanas) psicológicas e corporais que visa proporcionar vivência real e sensorial aos seguidores de seus princípios. Nas práticas tantricas encontra-se complexas metodologias que tem como objetivo a tomada de consciência e o domínio do corpo, da mente e das emoções; a manipulação das energias físicas e psíquicas humanas em prol do desenvolvimento de poderes para-normais (siddhis) e a utilização desses no processo mundano e espiritual; a união dos opostos e a transcendência da dualidade na imersão na Ultima Realidade.

     

     

    NADIS – condutos energéticos

     

    O nadi palavra derivado da raiz sânscrita nala (motion.). O nadi é energia em movimento. Em vários pontos focais dentro do corpo prânico, redes de nadis se cruzam para formar chakras.

      São vários canis com nomes diferentes de acordo com suas funções. Nadikas são nadis pequeno e nadichakras são gânglios ou plexos em todos os três corpos.  
     Diz-se no Varahopanisad que o nadis penetram o corpo através da sola dos pés até a coroa da cabeça. Neles é o prana, o sopro da vida e o Atma que permanece produzindo a morada de Shakti, criadora dos mundos animados e inanimados.

    Todos nadis são originários de um dos dois centros, o Kandasthana - um pouco abaixo do umbigo, e do Coração.

    Doze dedos acima do ânus e na altura dos órgãos genitais e logo abaixo do umbigo, existe um canal em forma de ovo chamado kanda distribuindo canais de passagem de energias, que totalizam 101 nadis espalhado por todo o corpo, cada uma se ramificando em outro 101 que totalizam 72.000. Se movem em todas as direções e tomam inúmeras funções.

    A Siva Samhita menciona 350.000 nadis, dos quais 14 são indicados para ser importante.

    Os mais importantes são o Sushumna, Ida, Pingala, Gandhara, Hastajihva, Kuku, Sarasvati, Pusha, Sankhini, Payaswini, Varuni, Alambhusha, Vishvodhara, Yasasvíni.  Sushumna domina a todos os demais.

     

     

    IDA, PINGALA, SUSHUMNA - Para que se possa ter uma noção desses três nadis ao longo da coluna vertebral, tomemos uma série de números "8" e os coloquemos em posição horizontal, empilhando-os ao longo da coluna vertebral; teremos então uma figura semelhante às serpentes a figura acima. O nadi brota pela esquerda é Ida; o da direita Pingala; não estão dispostos de forma paralela, eles entrecruzam-se como pode observar na figura acima. No centro corre um canal: é o nadi Sushumna. Ao longo da coluna vai formando uma série de confluências, das quais a mais importante é a existente no chakra frontal, onde desembocam Ida e Pingala estando sempre ativos, mas o Sushumna permanece inativa, devido o prana circular através dele. No interior do Sushumna acham-se três outros nadis o Vajna, Chitrini, dentro do qual se encontra o Brahma nadi, ao longo do qual se elevará a energia Kundalini através da coluna no corpo físico.

    NADI = NATUREZA - "Cada nadi tem uma natureza quíntupla e encerra cinco fibras de energia estreitamente ligadas no interior de uma camada que os recobre. Estes filamentos de energia são unidos uns aos outros em relações transversais" É preciso, entretanto notar que cinco tipos de energia formam uma unidade e que, tomados em seu conjunto eles formam o próprio corpo etérico. É através destes cinco canais que correm os cinco pranas maiores, vitalizando assim todo o organismo humano. Não existe uma só parte do corpo que não possua uma rede de nadis subjacente à sua forma.

    Essa confluência pode entrar em congestionamentos gerando desequilíbrios e desencadeando “doenças” decorrente de bloqueios ou restrições ao funcionamento do sistema de nadis. A maioria das pessoas vê o corpo humano como uma série de camadas progressivamente, cada vez mais sutis e semelhante ao de uma cebola; mas a verdade é exatamente o oposto disso. Cada um dos corpos penetra no anterior até o centro do corpo físico, ou seja, todos se interpenetram. É isso que faz com que o sistema de nadis possa existir nos corpos físico e energético simultaneamente.

    Existem seis nadis do lado direito do corpo, seis do lado esquerdo e dois no eixo central. São, portanto, quatorze no total iniciando no Muladhara chakra.

    O corpo funciona segundo uma polaridade básica: feminino / masculino - receptividade / atividade.

    Todas as tradições reconheceram a existência dessa polaridade fundamental na vida e no corpo. Os sábios védicos, metaforicamente usaram as figuras do Sol e da Lua para representar o lado ativo e o lado passivo da criação. É auxiliado nesse trabalho pelos nadis solar e lunar, respectivamente Pingala e Ida.

    Todos os métodos yogues, como o pranayama e os ásanas, trabalham com esses três nadis. O Kundalini Yoga trabalha primeiro com os nadis da direita e da esquerda e depois com o nadi central, mediante o desenvolvimento do udana vayu – o vento ascendente –, que deve resultar na ativação da Prana Shakti, ou energia prânica primordial. O equilíbrio de ojas e tejas no corpo e na mente colabora para isso. É a união de tejas e ojas quem ativa a energia da Kundalini (Prana Shakti). Ela sobe então até ao topo da cabeça. Existe um nadi que cumpre especificamente essa função que é o Brahmi nadi.

     

    Os Nadis Centrais

    1. Sushumna – Corre do chakra da raiz ao sétimo chakra onde termina a parte superior da cabeça. Facilita o fluir ascendente do prana puro que nutre o corpo inteiro. Este nadi trabalha principalmente através de Prana Vayu.

     

    2. Alambusha – vai do começo do Sushumna até o ânus. É a via de saída pela qual o prana impuro e eliminado do corpo. Alambusha nadi começa na fonte do Sushumna. Ele termina no reto onde descarrega apana a partir do corpo. Está relacionada com a raiz do primeiro chakra e o Apana Prana

     

    Os Nadis da Direita

    3. Kuhu - Vai da base da coluna até o segundo chakra e depois se dirige até a extremidade do pênis ou da vagina. Leva o prana aos sistemas reprodutivo e urinário.

    Kuhu nadi fornece prana para o sistema reprodutivo e do trato urinário. Ele sobe da base da coluna vertebral para o segundo chakra. Lá se ramifica para acabar na ponta dos órgãos reprodutores. Este nadi funciona em conjunto com o segundo chakra e Apana Prana.

    O Nadi Kuhu por exemplo, faz acontecer a ejaculação juntamente com a Nadi Chitrini. O domínio desta nadi é o principal objetivo do exercício Vajroli, permitindo que o aspirante masculino eleve o fluido seminal do segundo chakra para o Chakra Soma dentro do Chakra Sahasrara, juntamente com o fluido vaginal de sua contraparte feminina. É essa prática que muitas vezes é conhecido como sexo tântrico, que criou um monte de atração para Tantra no Ocidente.

    4. Varuna - vai da base da coluna até o quarto chakra, e divide-se para espalhar o prana pelo corpo todo. Diz-se que existe em toda parte. Varuna nadi fornece prana para todo o corpo através do sistema circulatório, pulmões e pele. Levanta-se a partir do chakra do primeiro chakra ao quarto chakra. A abertura para este nadi é a pele inteira. Ele trabalha em conjunto com o quarto chakra e Vyana Prana.

     

    5. Yashasvati - vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo, e dirige para o braço direito e a perna direita. Leva o prana aos membros e permite a movimentação destes. Yashasvati nadi sobe do primeiro chakra para o terceiro onde se ramifica fora e corre para a palma da mão direita e sola do pé direito. Ele designa ramos de energia para fora que termina na ponta dos dedos das mãos e dos pés com as suas terminações principais ocorrendo no dedo polegar. Vyana Prana e terceiro chakra trabalham em conjunto com este nadi.

     

    6. Pusha – vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se ao olho direito, alimentando-o de prana. Pusha Nadi ramifica a partir do sexto chakra e termina no olho direito. Este nadi está relacionado com o Prana Vayu e o terceiro chakra.

     

    7. Payasvini - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se ao ouvido direito, alimentando-o de prana. Payasvini Nadi fora do sexto chakra para fornecer prana para a orelha direita onde termina. Payasvini está relacionado com o chakra da garganta.

     

    8. Pingala - vai da base da coluna ate o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se à narina direita, alimentando-a de prana. Nadi Pingala sobe do primeiro chakra para o sexto chakra onde se ramifica fora e termina na passagem nasal direita. Este nadi estimula toda a nadis no lado direito do corpo, e está relacionado com o primeiro chakra.

     

    Os Nadis da Esquerda

    9. Visvodhara – vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo de onde se dirige até à região do estômago, alimentando-a de prana.. Este nadi está relacionado com o Prana Samana e a terceiro chakra. O nadi Visvodhara controla o funcionamento do sistema digestório.

     
    10. Hastijihva
     – vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo, de onde se dirige ao braço esquerdo e a perna esquerda. Leva o prana aos membros e permite a movimentação destes. Hastijihva nadi, ramifica-se do terceiro chakra e corre para o a parte esquerda do pé e palma da mão com o término na ponta do polegar.

     

    11. Saraswati - vai da base da coluna até o quinto chakra, na garganta, de onde se dirige à língua e à boca, alimentando-as de prana. Saraswati nadi fornece prana para a língua e boca. Ele se ramifica do quinto chakra e termina na ponta da língua. Saraswati nadi trabalha em conjunto com o quinto chakra e Prana Udana.

     

    12. Gandhari - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, de onde se dirige ao olho esquerdo, alimentando-o de prana. Gandhari nadi fornece prana para o olho esquerdo, onde ele termina. Ele se ramifica do sexto chakra e como o nadi Pusha relaciona-se com o terceiro chakra.

     

    13. Shankhini - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, de onde se dirige ao ouvido esquerdo, alimentando-o de prana. Shankini fora do sexto chakra e energiza a orelha esquerda onde termina. Este nadi está relacionado com o quinto chakra.

     

    14. Ida - Começa no chakra raiz onde ele sobe para o sexto. Aqui ele se ramifica para proporcionar prana e terminam na narina esquerda. Este nadi estimula todos os nadis no lado esquerdo e está relacionada com o chakra raiz. Vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se a narina direita alimentando-a de prana.

    Oito das 14 nadis se movimentam o fluxo da energia em pares.

    Ida e o Pingala conduzem o prana para dentro e para fora das passagens nasais e controlam o sentido do olfato.

    Shankhini e o Payasvini controlam os ouvidos e o sentido da audição.

    Gandhari e o Pusha controlam os olhos e o sentido da visão.

    Hastijihva e o Yashasvati controlam a atividade motora dos membros e, portanto, o movimento.

    Os outros seis nadis controlam os outros sentidos e atividades motoras.

    Saraswati controla o paladar e a língua;

    Visvodhara controla o sistema digestório e a capacidade de digerir;

    Kuhu controla os sistemas reprodutor e urinário;

    Varuna controla a respiração, a circulação, a pele e o sentido do tato;

    Alambusha controla a atividade de eliminação.

    Sushumna controla o sistema nervoso e o corpo inteiro; contém em si todos os outros nadis, pois é o pilar axial do corpo subtil (os corpos etérico, astral e mental do sistema ocidental).

     

     

    KUNDALINI - A energia vital básica reside no centro básico (muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes através da alquimia agregada nas forças dos demais  Tatwas. Api – sentimento – terra – Pritivi – matéria – Vayu – Ar – Conhecimento e Akasha – Espírito Divino e depois retornando a sua origem na Terra. Proporcionando o grande mistério do que está em cima é o mesmo que está em baixo. 

    A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

    O Tantra Sadhana (prática), atuando como uma verdadeira Psicologia Energética do Yoga,  utiliza-se do instrumental: asanas, pranayamas, kriyas, bandhas, mudras, meditações etc. para sustentar o equilíbrio psíquico, emocional e energético - e conseqüentemente o equilíbrio da personalidade - de modo a proporcionar a experiência da Unidade. E para tal, trabalha com a administração da complexa fisiologia energética e das técnicas que citamos acima.

    Um dos elementos interessantes desta fisiologia (e desta filosofia) é  o conceito dos Granthis, os nós psico / emocionais / energéticos que estão posicionados ao longo da Sushumna Nadi (o conduto central de energia que se localiza como contraparte sutil da coluna vertebral).

    O Sushumna nadi  simboliza a consciência da Unidade (energia Kundalini) e os Granthis simboliza o fluxo do universo em forma do Fogo Sagrado. Os sistemas de corpos energéticos com seus núcleos de boicotes, limitações, sabotagens, apegos e falsas crenças e identificações que devem ser transmutados e re-significados ao longo de nossa jornada para a consciência da Unidade.

     

    Granthis - Os três nós psíquicos

     

    Os Granthis  são os obstáculos gerados através do psíquico / emocional / energéticos que cada um deve passar ao longo da sua trajetória rumo ao autoconhecimento.

    Ao mesmo tempo expressam as defesas e bloqueios que construímos. 
    Os samsaras (impressões psico-emocionais, que vão gerar vasanas, que são as crenças, tendências e padrões) – outro nome para os Corpos Energéticos - vai, de acordo com sua “temática”, funcionar como manutenção dos Granthis.

    É interessante procurar notar no trabalho de canalização de Corpos Energéticos, quais conteúdos estão relacionados e com que Granthis ?

    De onde se originam os padrões que estão sendo manifestados e expressos pelo canalizador?

     

    VRTTIS DOS CHAKRAS

    Os antigos yogues se dedicavam a ouvir os sons emitidos pelas pétalas durante suas meditações e descobriram 49 sons. A partir dos sons das pétalas, surgiram as 49 sílabas que compõem o alfabeto sânscrito.

    Mas afinal o que são estas pétalas? São sub vórtices dos Chakras chamados em sânscrito de Vrttis. São os vórtices da mente. Os yogues descobriram que cada vrtti emana uma determinada energia psíquica e podemos dizer que a combinação dos aspectos dos 50 vórtices compõe os bilhões de personalidades humanas que existem.

    De acordo com as escrituras do Tantra, as faculdades mentais (vrttis) são de cinco tipos, e podem causar ou não sofrimento. São os seguintes:

    Pramana: Correto conhecimento com base na percepção direta ou em escrituras;

    Vipariaya: opinião errônea após estudo, ou seja, interpretação ou avaliação errada e ou distorcida, quando o conhecimento de alguma coisa não é baseado em sua forma verdadeira;

    Vikalpa: ilusão ou fantasia, que repousa meramente em expressão verbal ou imaginação;

    Nidra: sono profundo sem sonhos,

    Smrti: memória, retenções de impressões do passado.

    A harmonização dos vórtices é uma tarefa árdua e até pra muitas vidas em algumas pessoas e à medida que o homem evolui espiritualmente eles passam a funcionar de uma maneira tal que nossos sentimentos e emoções não nos dominam mais.

    Quando um determinado vrtti de um Chakra é perturbado por reações psíquico emocional, mental ou até mesmo espiritual é estimulado e torna-se desequilibrado e este padrão energético flui através dos milhares de canais energéticos, os chamados Nadis de nosso corpo sutil, perturbando a tranqüilidade de nossa mente.

    Como os Chakras estão ligados a uma determinada glândula, o hormônio relacionado a ela é super ou sub estimulado, modulando sua produção e provocando sintomas físicos e emocionais perceptíveis.

    Podemos começar agora a concluir que estes vórtices de energias chamados Vrttis “são” a mente de registros passados e que podem ser também considerados como centros de consciência. Sendo assim, torna-se evidente que nossa mente não se localiza em nosso cérebro e em nenhuma estrutura física. Portanto, a mente está distribuída nos 50 aspectos existentes nestes seis Chakras sendo que o cérebro teria apenas uma função semelhante a um terminal de computador dando-nos a ilusão de que nossa consciência se localiza em um determinado local de nosso corpo: para os ocidentais espiritualistas entre as sobrancelhas, mas para os povos do oriente, mas especificamente tântrico, no coração.

    Passaremos a descrever as diversas qualidades psíquicas ligadas aos Vrttis de cada Chakra.

     

     

     

    Métodos para equilíbrio Nadis e fluidez da Kundaliní.

    Como já  mencionado todo desequilíbrio, e ou doença é o resultado do congestionamento ou restrições no sistema dos Nadi. O tato ou pranáyáma são os principais meio de restaurar o funcionamento adequado de qualquer área trabalhando através do sistema dos nadis.

    O quatorze nadis principal nasce no primeiro chakra. As Nadis Central é que facilita o fluir do percurso pela a coluna, fluindo seis de cada lado, ou seja, esquerdo e direito do corpo. O nadis no lado esquerdo está relacionado com o feminino - passivo -Tamásico. O lado direito, lhes confere a qualidade masculina - ativa - Rajásico e a Central nadis são Sáttvico de natureza.

    O Prana flui e alternam entre os dois lados do nosso corpo ao longo do dia. O lado direito é geralmente ativo durante duas horas, seguida por um breve intervalo de ambos os lados da atividade, e, em seguida, desloca para o lado esquerdo, durante duas horas. Isto pode ser observado pelo o ar que flui através das narinas. Se o ar é em primeiro lugar que flui acontece é da narina esquerda, este lado está predominante. Quando o ar flui através da narina direita, então o lado direito predomina. Quando o ar flui igualmente por ambas as narinas, o prana esta ativa nos canais centrais. Tome nota da narina que predomina quando você está energizado, sonolento, calmo e pacífico. Além disso, observe a narina que predomina quando você está deprimido ou irritado.

    Praticar a respiração com a narina alternado vai ajudar a manter o equilíbrio entre os dois lados do seu corpo e irá manter o equilíbrio correto das Gunas.

     

    Como Tratar os Nadis

    Tratando o sistema de nadis, empregamos um meio direto para a harmonização dos humores (dosha). Pelo uso consciente dos nadis na automassagem e tornando possível uma rotina diária para movimentar de forma pacifica os sentidos e a atividade motora prevenindo desequilibrios.

     

    Auto -Tratamentos

    1. Sushumna – Aplicar óleo quente ao topo da cabeça com movimentos circulares leves no sentido horário (óleo de Brahmi – espécie de centelha asiática).

     
    2. Alambusha – Lavar o ânus diariamente e aplicar óleo de gergelim.

     
    3. Kuhu – aplique óleo de gergelim nos órgãos genitais e região

     
    4. Varuna – Todas as técnicas de massagem contribuem para o tratamento deste nadi. A massagem com óleo é a mais eficaz para o tratamento da pele enquanto órgão do sentido do tato. A quantidade e o tipo de óleo dependem da constituição (prakruti - doshas).

     
    5. Yashasvati – Aplicar óleo quente nas palmas das mãos e nas solas dos pés diariamente. Use o óleo de acordo com a prakruti.

     
    6. Pusha – Umedecer um pouco algodão em chá de camomila, e coloque-o sobre olhos  e em seguida fazer uma leve massagem sobre eles..

     
    7. Payasvini – molhar o dedo no óleo e aplicar com cuidado dentro do ouvido. Massagear a orelha toda também é bom.

     
    8. Pingala – Use um conta-gotas para pingar duas gotas de óleo dentro na narina (óleo de Brahmi ou de gergelim). Ou então, aplique um pouco de óleo e fazer uma leve pressão ao lado da narina.

     
    9. Visvodhara – Fazer uma massagem de óleo quente na região do abdômen. Usar o óleo de acordo com a prakruti da pessoa.

     
    10. Hastijihva – Aplicar o óleo quente nas palmas das mãos e nas solas dos pés diariamente. Usar o óleo de acordo com a prakruti da pessoa.

     
    11. Saraswati – Aplicar um pouco de óleo na região da garganta e da mandíbula. Fazer uma massagem leve nas laterais da garganta e nos músculos do maxilar serve para tratar este nadi, bem como a massagem na parte de trás do pescoço.

     
    12. Gandhari – o mesmo que Pusha.

     

    13. Shankhini – o mesmo que Payasvini.

     
    14. Ida – o mesmo que Pingala.

     

    Um dos métodos mais importantes de tratamento dos nadis é a rotina diária de manutenção.

    Essa rotina diz respeito principalmente à higiene e ao correto uso dos sentidos. A sobrecarga dos sentidos é uma das principais causas de doenças.

    Os óleos naturais, extraídos a frio, contêm quantidades elevadíssimas de vitaminas, minerais e nutrientes. A pele é um órgão de assimilação e está relacionada ao sentido do tato. O óleo nutre o corpo inteiro por meio do sistema de nadis regido por Varuna nadi, um sistema complexo de canais minúsculos que se espalham pelo corpo inteiro.

    Como as narinas são os pontos finais de Ida e Pingala (e estes são os auxílios que apoiam todos os outros nadis), elas são o ponto mais importante do corpo para o tratamento. A limpeza e a nutrição diária das vias nasais é muito importante nos regimes de saúde da Yoga e do Ayurveda. Depois da limpeza que é feita com a cabeça inclinada para trás e para os lados, para lavar as narinas com água morna salgada utilizando um lota, as vias nasais podem ser nutridas com óleo. Pingar as gotas diretamente no nariz. Quando esse processo é feito diariamente, o cérebro fica nutrido e o dosha permanece equilibrado. Um conta-gotas e um pequeno frasco de óleo de gergelim são os instrumentos necessários para conter o humor.

    As outras formas de nutrição são o silêncio, o contato direto com a natureza, o amor, alimentos saudáveis ingeridos em quantidades moderadas e a meditação.

    Embora seja geralmente aceite que o Ida termina na narina esquerda e Pingala na narina direita (tanto assim que é aconselhado para respirar alternadamente em cada narina para purificar nadis, há duas interpretações tradicional é que eles são amarrados como um arco duplo, o Ida totalmente à esquerda, o Pingala completamente à direita, e Sushumna apoiando os chakras no centro. Uma interpretação rival, e que se tornou muito popular no Ocidente, é que o Ida e Pingala o suplente, atravessando a Sushumna o em vários pontos, dando assim origem à imagem do Cauduceus. Veja a imagem a seguir, mostrando os nadis e os chacras equiparado com os cinco elementos.

     

    acima, estilizado diagrama "cauduceus" mostrando o Ida a (azul), o Pingala (laranja), e os nadis Sushumna, os seis chakras (excluindo o Sushumna) e as associações elementares de cada chakra.

     
     
    Supõem-se que o prana (ativo) circule dentro Pingala, enquanto apana (passivo) circula dentro de Ida. Kundalini quando desperta circula dentro de Sushumna. O nadi Ida controla todos os processos mentais enquanto o nadi Pingala controla todos os processos vitais. Alguns autores associam os nadis Ida e Pingala aos sistemas nervosos simpático e parassimpático. 
     Acredita-se que estes nadis tenham uma função extra-sensorial, e estão associados às respostas empáticas e instintivas.

    As técnicas de respiração ritmada supostamente influenciam as correntes energéticas que circulam nesses nadis. De acordo com esta interpretação (que é a interpretação do Yoga) as técnicas de respiração servem para purificar e desenvolver estas duas correntes energéticas e preparam para exercícios respiratórios superiores cujo objetivo é o despertar de kundalini.

     

    Para que buscar pelo o Tantra?

    Buscar pelo o Tantra é o caminho que permite resgatar o poder de força e equilíbrio. É a ferramenta que conduz ao coração. Ou seja, o aprendizado de se amar, de sentir e de se permitir ter e fazer o que deseja. Sem dogmas e paradigmas.

    O Tantra permite co-criar sensações e realizações de vida. Através do realinhamento do poder de criar – feminino – shakti e de realizar – masculino – shiva inerente a cada pessoa – ou seja, permite acessar a sua verdadeira essência.

     

    Quais as formas que se pode buscar pelo o Tantra?

    Hoje o Tantra é divulgado como terapias tântricas e aproveito para desmistificar ou até mesmo esclarecer que quando se pensa em Tantra se traduz sexo e ou pornografia, divulgada pelos que exploram comercialmente o rotulo Tantra.

    Mas o Tantra é a tarefa de aprender a sentir e vivenciar terapeuticamente é possível através de meditações dinâmicas denominadas de vivências.

    Vivencias são métodos de conduzir um movimento através de uma melodia compactuada pela a sensibilidade do terapeuta em reconhecer através da nota os elementos que nela se forma, exemplo – terra, água, ar, fogo. A melodia é conduzida numa seqüência que produz o movimento de forma coreografada e conduz o participante a quebrar o fluxo ativo da mente de pensar para o sentir, mudando assunto o padrão comportamental da mente e concebendo o sentir formatando um equilíbrio automático.

     

    Vivência tântrica.

    Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira harmoniosa. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significaria estarmos sensual e sensorial?

    Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência, aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

     

    Individualmente

    Através do realinhamento de chakra – Deeksha – iniciação – com mantras que são palavras entoadas que produzem comandos de força no cérebro atuando em pontos específicos do corpo que leva ao despertar do inconsciente e forma assim uma mensagem de revitalização e capacidade de poder.

     

    Através da massagem tântrica – pertence ao rito do maithuna – metafísica do sexo e que foi retirada do rito com a função terapêutica a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido. 
     A pessoa ao ser massageado tem a sensação de carinho e de amor. Não há dores, desconforto, nem torções.

    A massagem tântrica pode ser comparada com o som de instrumento de cordas. Onde o terapeuta transporta através das pontas dos dedos e das palmas das mãos um fluxo continuo e suave de toques sobre a pele provocando a eletricidade do corpo denominada de libido. O toque é feito de forma harmonioso, sutil e amoroso.

    Esse processo de prazer ao ser canalizado durante a massagem permitir equilibrar os hormônios e revitaliza os órgãos genitais internos e externos.  Favorecendo a potência nos homens e preconizando ao orgasmo seco. 
     Para as mulheres proporcionarão a facilidade do sentir orgasmos, corrigindo disfunções como TPM, frigidez, timidez e valorização de si mesma como mulher deixando-a mais feminina e sensual. Os homens concebem em si a capacidade de fluir o fluxo de intuição, sensibilizando as emoções, promovendo a dose necessária para fluir no pulso dos negócios e da afetividade.

     

     

    Conclusão

    Tantra é um caminho de conexão ao Divino - uma das trilha para o sagrado, o poder latente da certeza em ser pleno e único.

    Tantra é a transformação de energia. Vivenciar a trama da vida. É Tantra o despertar para o prazer num todo.

    O Tantra não pede ao Sádhaka (praticante) que pare de agir, mas sim que a ação seja transformada em consciência interior. Não se trata de uma mudança radical de vida e sim de uma conscientização dos desejos, sentimentos e situações. Não apenas de conhecer o desconhecido, mas o de realizar o já conhecido.

    O Tantra torna o ser humano mais sensível ao seu momento histórico, revitaliza suas energias físicas e unifica suas paixões.

    Procure conhecer a filosofia do Tantra sem os olhos da religião = hinduismo e sem os olhos do sexo, como assim tem sido entendido.

    A libido é uma energia existente em todos os seres vivos e que permeia o fluir do fazer e concretizar. É a energia que permeia as paixões e o desejo. Mas é a porta para transcender a consciência O tantra diz fique aqui agora e vivencie .É assim para tudo na vida!!

    Você não pode viver o amanhã sem viver o Hoje!

    Portanto sorria, dance, vibre, celebre, isto é Tantra.

     

     

    Bibliografia

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

     

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:35


    NTSV - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias

    NTSV - Conceitos Gerais

    Prefácio

    Perante uma sociedade cada vez mais exigente quanto à Qualidade e uma legislação cada vez mais complexa, a Auto-Regulamentação da Terapia Holística, tema desta obra, faz do Tutorial Terapia Holística o guia vital para o correto exercício profissional.

    Somando-se as variadas denominações individuais ou regionais, tais como acupunturistas, terapeutas florais, psicanalistas, fitoterapeutas, terapeutas em estética, cromoterapeutas, terapeutas corporais, quiropraxistas, terapeutas ortomoleculares, radiestesistas, reikianos, etc., o Brasil conta com cerca de 150 mil profissionais atuantes na Terapia Holística. A adesão voluntária à auto-regulamentação privilegiou 12 mil destes com CRT – Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado, importante diferencial de mercado que atesta sua capacitação e os transforma nos mais prestigiados perante uma clientela crescente em todo o mundo. Sem nenhuma Lei sequer que os obrigue, quem se candidata à obtenção de CRT está compromissado estatutariamente à ética e à excelência técnica.

    Para que a Terapia Holística consolide sua vocação como A Profissão do Século 21, inaugura-se uma nova era com a Certificação de Conformidade Técnica, a qual identifica os profissionais que assumirem publicamente o cumprimento das NTSVs – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias. Mais do que nortear o Terapeuta Holístico para qualidade técnica total, as NTSVs igualmente harmonizam quanto aos interesses dos clientes e da sociedade brasileira como um todo.

    Transparência, credibilidade, ética, comprometimento, satisfação do cliente, adequação e valorização do profissional, estas são as propostas da Auto-Regulamentação da Terapia Holística.

    Atuando como Referencial de Excelência da Terapia Holística, a Auto-Regulamentação promoverá a tão esperada separação do jóio e do trigo, sem perseguir a nada, nem a ninguém, mas VALORIZANDO a quem as cumpre. A sociedade conscientizada e os bons profissionais agradecem.

    CRT - Conselho de Auto-Regulamentação da Terapia Holística
    AL SANTOS, 211 CJ 1403 - SÃO PAULO -SP - CEP 01419-000
    DDG 0800 011 7810
    www.crt.org.br - contato@crt.org.br


     

    Apresentação

    Paradoxalmente, o Tutorial Terapia Holística, que é o livro da Auto-Regulamentação da Terapia Holística é a postura OFICIAL do Terapeuta Holístico brasileiro porque foi produzido pela única entidade nacional reconhecida pela sociedade e pelo governo federal em nossa profissão: o SINTE – Sindicato dos Terapeutas. Até mesmo a capa, que ostenta a Certidão do Ministério do Trabalho que reconhece o SINTE como o único órgão nacional representativo da profissão no Brasil é um reforço ao paradoxo: por que uma entidade reconhecida, ao invés de buscar a obrigatoriedade da adesão, ao contrário, faz questão de deixar claro que a filiação é espontânea e voluntária? Simples: a história provou ser esta a proposta mais eficiente. Nem a ditadura do Estado, com suas leis questionáveis a tentar regulamentar tão somente umas poucas profissões, nem a utopia de liberdade total, nossa opção é o caminho da meio, ou seja, a Auto-Regulamentação, que atinge agora o seu auge, com as Normas Voluntárias.

    As NTSVs – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística coroam o amadurecimento da profissão no Brasil, fruto de nove anos de trabalho em prol da auto-regulamentação e da valorização dos Terapeutas Holísticos compromissados com a ética e a excelência técnica.

    Um dos principais objetivos de toda Norma Técnica é atuar como referencial, conscientizando a sociedade sobre como identificar a qualidade de um serviço ou produto. Via de regra, o esforço para a Normalização nasce de organismos não-governamentais tais como ISO (International Organization for Standardization), IEC (International Electrotechnical Comission), ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas), CMN (Comitê Mercosul de Normalização) e são voluntárias. Algumas destas Normas assumem tamanha importância e credibilidade que os governos acabam por adotá-las, tornando-as obrigatórias, como muitas das sancionadas via INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e CONMETRO (Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).

    Para maior credibilidade, é fundamental que a entidade normalizadora seja neutra, capaz de conciliar as informações técnicas profissionais com a defesa dos direitos do consumidor e apresentar as Normas dentro da formatação padrão internacional. As NTSVs para a Terapia Holística foram desenvolvidas pelo Conselho Nacional de Auto-Regulamentação e Normalização Voluntária, que primou por sua adequação.

    Outro fator primordial é facilitar à sociedade a identificação dos produtos e serviços em conformidade com as Normas específicas, beneficiando ao mesmo tempo aos consumidores com os parâmetros para decisão e aos próprios fornecedores pelo acréscimo de seu diferencial de mercado e a possibilidade de utilizar novas estratégias de marketing. Certificações, Selos de Qualidade e Marcas de Conformidade são as estratégias mais utilizadas, que possibilitam rápida identificação visual pelo cliente, conduzindo-o à escolha dos produtos e serviços que cumprem as Normas Técnicas. Para a Terapia Holística, a sociedade identifica a conformidade graças à apresentação destes diferenciais: o uso do número de CRT – Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado e, agora, dos Símbolos Oficiais de nossa profissão, em cartões de visita e publicidade, além dos Certificados de Conformidade Técnica em Terapia Holística, inclusive os específicos para cada técnica, a serem fixados em local visível nos consultórios.

    O Certificado torna público que o profissional está ciente e compromissado ao cumprimento dos requisitos das NTSVs e que de livre vontade se coloca à disposição do SINTE para averiguação da manutenção conformidade, firmando um contrato ético entre as partes.

    As Normas apresentadas neste livro seguem a estética internacionalmente estabelecida, o que faz com que alguns de seus artigos se repitam ou se assemelhem para cada técnica abordada. Optou-se, por racionalização de espaço, por apresentar à parte e em uma única vez o NTSV - Prefácio, que integra todas as Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, em seu ítem 2. Seguindo o mesmo objetivo, unificou-se todos os Anexos Informativos num único capítulo, pois, a rigor, não fazem parte integrante das Normas, outrossim, a análise dos mesmos é igualmente importante, pois somam artigos, pareceres, legislação e respostas às questões mais frequentes, subsídios estes fundamentais para a compreensão do contexto que gerou a elaboração das Normas.

     


     

    Introdução

    Coube a mim a honra e a responsabilidade de constar como autor, porém seria correto dizer que esta obra foi escrita pelas mãos de milhares de Terapeutas Holísticos e seus clientes, cujas experiências registrei e traduzi nas informações técnicas que orientaram a elaboração deste livro.

    Praticada há milhares de anos, somando as tradições das mais variadas culturas, nossa profissão assumiu diferentes nomes a cada época e região, porém, sem jamais abrir mão de sua abordagem holística. No Brasil, durante o regime ditatorial, quer fosse por puro preconceito ideológico, quer fosse para reserva de mercado de grupos corporativistas ligados ao poder, nossa área foi duramente perseguida e forçada à clandestinidade. Mesmo após o retorno da democracia, os traumas deste período ainda se fizeram presentes, ainda mais porque os perseguidores continuam até os dias de hoje ocupando posições privilegiadas justamente nos órgãos responsáveis pela fiscalização da saúde e muitas das injustas leis sancionadas naquele período continuam em vigor até hoje. Impossibilitados de mandar as forças armadas acabarem com tudo, os mesmos grupos corporativistas passaram a utilizar outro instrumento eficiente: a distorcida interpretação das leis. Curiosamente, eram justamente os bons profissionais que sofriam as maiores perseguições, acusados de exercício ilegal de profissão, curandeirismo, charlatanismo e similares. Se Freud tivesse trabalhado no Brasil antes de 1997, correria o risco de prisão de um a seis meses, mais multa, pois interpretação de sonhos era Contravenção Penal! Um fato que ainda surpreende o Terapeuta Holístico é como pode um profissional ser acusado, processado e até condenado, sem ter um só cliente insatisfeito, ou seja, sem “vítimas”. Acontece para enquadrar-se em muitas das infrações previstas em nossa abundante legislação isto não é impedimento algum. Como inexiste um dano real, os grupos corporativistas se apegam a pequenos, porém, importantes detalhes, tais como uma inadequação de termos empregados num simples cartão de visita ou propaganda, a ausência de quitação de um imposto, que se transformam em verdadeiras armadilhas capazes de gerar anos de investigações policiais e de processos judiciais. Você escreveu aqui “cura” prânica, então está praticando curandeirismo! Ah, você tem diploma ? Então, é charlatanismo. Fez “doutorado” no exterior ? Aí já é falsidade ideológica, exercício ilegal de profissão e falsificação de documentos. Surrealismo ? Antes fosse, pois todos os grande nomes de nossa profissão passaram por tais constrangimentos.

    A fundação do SINTE – Sindicato do Terapeutas, em 1992, foi o marco definitivo de que a profissão amadureceu e de que os tempos estavam mudando... para melhor! Com o reconhecimento como sindicato nacional pelo governo federal, boa parte dos municípios criou códigos de registro para os Terapeutas Holísticos autônomos, a somar às opções de firma individual e empresa. A filiação ao SINTE, o registro municipal e a GRCS específica criaram aquilo que os grupos contrários mais temiam e ainda temem: a comprovação Oficial de tempo de exercício da atividade, criando os requisitos para Direito Adquirido ao livre exercício profissional.

    O CRT – Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado é outra importante conquista: absolutamente sem nenhuma legislação que obrigue quem quer que seja a tê-lo, este documento tornou-se um diferencial cada vez mais requisitado pela “Lei de Mercado”. A auto-regulamentação da Terapia Holística conquistou o respeito da sociedade e, em especial, dos meios de comunicação, que cada vez mais colocam em evidência nossa profissão.

    As estatísticas comprovam a crescente demanda em nossa área: nos EUA, o número de consultas com Terapeutas Holísticos já é 30% maior do que as com Médicos. A disputa por este mercado vem fazendo com que outras profissões que antes desdenhavam completamente nossas técnicas, passassem não só a incorporá-las, como, a tentar monopolizá-las como exclusividade! E, para tornar ainda mais complexa a questão, uma quantidade crescente de profissionais não tão bem preparados foram igualmente atraídos a atuar em nosso setor, fazendo surgir a pergunta:

    — Como separar o joio do trigo ?

    Muito simples: sem perseguir nada, nem a ninguém. Muito mais eficiente e correto é valorizar o bom profissional , orientá-lo quanto à legislação e às boas práticas e tornar pública a sua qualificação graças ao CRT, os Símbolos da Terapia Holística e à Certificação Técnica.

    Alguns colegas teimam em emprestar expressões e trajes oriundos de outras profissões da saúde, em total contramão às exigências de mercado. Nossos clientes potenciais nos procuram justamente pelo nosso DIFERENCIAL, pois quando desejam encontrar alguém trajando branco, pedindo exames e falando de doenças, eles tem 220 mil médicos brasileiros à sua disposição, inclusive, gratuitamente, nos postos de saúde pública.

    É fundamental que assumamos nossa IDENTIDADE como Terapeutas Holísticos e isto inclui vocabulário próprio e focar nosso trabalho para o Autoconhecimento e Qualidade de Vida.

    A terminologia das NTSVs pode parecer hermética a uma primeira leitura, assim como algumas de suas exigências poderiam até ser consideradas excesso de zelo, outrossim, o bom profissional rapidamente se adequa a elas, incorporando-as em seu dia-a-dia e evitando inúmeras controvérsias. As Normas não são perfeitas, nem definitivas, estarão em constante evolução e ampliação, graças à colaboração de cada um de nós. A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001
    Terapeuta Holístico

     


     

    Histórico

    A Terapia Holística (claro, trajando outra nomenclatura) existe há milhares de anos, herança dos sacerdotes e pajés, figuras chaves em todas as tradições culturais. Igualmente sob outros nomes, o Paradigma Holístico era absoluto em todas as sociedades primordiais, onde qualquer acontecimento era reconhecido como parte de um plano maior, intimamente relacionado a tudo no Universo. Como em uma espiral ascendente, a humanidade parece revisitar certos temas de épocas em épocas, renomeando ao que já existia, emprestando-lhes novas roupagens e enquadrando-os aos “novos” tempos. Da década de 60 para cá, uma contínua e crescente revalorização literalmente tornou a Terapia Holística A Profissão do Século 21! Gratificante e remunerado acima da maioria das profissões, tornar-se Terapeuta Holístico vem atraindo cada vez mais a dedicação de sinceras vocações e, em contra-partida, de alguns deslumbrados de plantão.

    A profissão de Terapeuta Holístico é LÍCITA, ou seja, inexiste Lei que a preveja, limite ou impeça o seu LIVRE exercício. Entretanto, ela não é REGULAMENTADA, ou seja, não existe Lei ou Decreto Federal específicos sobre o tema. A ausência de Regulamentação pelo governo para muitas profissões tem sido altamente benéficas, para outras, nem tanto, pois a colocam como alvo de polêmicas e perseguições. A correta interpretação da Constituição Federal garante que a ausência de regulamentação por Lei Federal torna LIVRE o exercício profissional. A CBO - Classificação Brasileira de Ocupações registra mais de 30.000 profissões e destas, cerca de 0,3 % possuem Lei regulamentando. Ou seja, via de regra, a esmagadora maioria das profissões brasileiras são desregulamentadas, cabendo à “lei de mercado” a seleção dos trabalhadores, daí a grande importância da Auto-Regulamentação, das Normas Técnicas Voluntárias, Certificados de Conformidade e do CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado, cuja adesão espontânea por parte do profissional, possibilita ao público interessado selecioná-los como seus escolhidos.

    Se utilizarmos critérios bastante generosos e considerarmos como “regulamentadas” qualquer profissão que tenha sido abordada nominalmente em pelo menos uma Lei ou Decreto Federal, teremos a seguinte listagem: Administrador, Advogado, Aeronauta, Aeroviário, Agente Autônomo de Investimento, Agrimensor, Agrônomo, Ambulante, Árbitro de Futebol, Analistas Clínico-laboratoriais, Arquiteto, Arquivista, Arrumador, Artista, Assistente Social, Atleta de Futebol, Atuário, Bancário, Bibliotecário, Biólogo, Biomédico, Cabineiro de Elevador (Ascensorista), Cartorário, Carregador e Transportador de Bagagens, Conferente de Carga e Descarga, Consertador de Carga e Descarga, Contabilista, Corretor de Fundos Públicos, Corretor de Imóveis, Corretor de Navios, Corretor de Seguros, Despachante Aduaneiro, Desportista, Economista, Economista Doméstico, Empregados de Carros-Restaurantes das Estradas de Ferro, Empregado Doméstico, Empregados Vendedores, Viajantes ou Pracistas, Enfermeiro, Engenheiro, Estatístico, Farmacêutico, Ferroviário, Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional, Fonoaudiólogo, Garimpeiro, Geógrafo, Geólogo, Guardador e Lavador de Veículos, Guia de Turismo, Intérprete (Tradutor Público), Jornalista Profissional, Leiloeiro, Mãe Social, Massagista, Médico, Médico-veterinário, Meteorologista, Museólogo, Músico, Nutricionista, Odontologista, Orientador Educacional, Padeiro, Petroquímico, Professor, Profissional de Educação Física, Propagandista e Vendedor de Produtos Farmacêuticos, Protético, Psicólogo, Publicitário, Químico, Radialista, Radiologista, Relações Públicas, Representantes Comerciais Autônomos, Secretário, Sociólogo, Técnico Agrícola, Técnico de Arquivo, Técnico em Prótese Dentária, Técnico em Radiologia, Técnico Industrial, Telefonista, Transportador Autônomo Rodoviário de Bens, Treinador de Futebol, Vendedor, Veterinários, Vigias Portuários, Vigilante, Zelador, Zootecnista.

    Se por um lado, isto pode parecer um privilégio, na prática, nem sempre, pois muitas destas leis foram promulgadas para impor ainda mais deveres e até mesmo, para formalizar que certos grupos tenham menos direitos que os demais! É o caso, por exemplo, dos Massagistas, cuja legislação era tão somente para impor sobre estes a hegemonia dos médicos, pois sem receita destes, massagens passaram a ser proibidas e o caso dos Empregados Domésticos, que tiveram a formalização de que direitos básicos para os demais trabalhadores, para esta categoria são “opcionais”... Uma leitura crítica da legislação regulamentadora de profissões pode levar à conclusão de que em sua maioria seria simplesmente redundante (é o caso da Mãe Social, cuja lei se limita a proporcionar-lhes tão somente aquilo que leis mais abrangentes já garantiram...), ou impraticável (novamente, a da Massagem, que exige do profissional um diploma registrado no “Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina”), ou, ainda simplesmente, burocratizadora, exigindo registros em Sindicatos, Ministério do Trabalho ou seus prepostos (como são exigidos dos jornalistas, secretárias, artistas...) e até na Polícia Federal (vigilantes particulares).

    Privilegiadas, talvez, sejam as poucas as quais tiveram órgãos representativos criados pela legislação brasileira; existe somente 25 Conselhos Profissionais outorgados pelo governo, a maioria contando com centanas de milhares de profissionais que obrigatoriamente (por força de Lei) pagam suas anuidades, gerando receitas garantidas fabulosas para cada grupo e isto já ocorrendo por décadas e décadas seguidas, tendendo a perpetuar-se pela eternidade (ou até algum governo ter a coragem de por fim a este ciclo).

    Curiosamente, nem mesmo tamanhos recursos foram capazes de resolver todos os problemas destas profissões, que hoje se encontram questionando a qualidade de seus recém-formados e a falta de mercado de trabalho, que tem levado seus representados a uma baixa média de remuneração e à perda de prestígio social.

    Para qualquer cidadão, deve parecer um mistério impenetrável o motivo que leva um governo a ocupar-se em criar uma Lei Federal definindo o que é e quem pode exercer a função de “Guardador e Lavador de Veículos” (“flanelinhas”...) e ignorar solenemente uma atividade voltada à saúde (Terapia Holística, por exemplo), que, em tese, exige maior responsabilidade social. O fato é que, leis que regulamentam profissões, na prática, são consideradas muito mais como tendo sua elaboração motivada pela criação de reservas de mercado e poder para pequenos grupos, do que no bem-estar da sociedade como um todo. Na Idade Média, com o advento das primeiras escolas médicas, a igreja estabeleceu que todo aquele que “curasse” mas não tivesse cursado uma escola oficial, obrigatoriamente seria um bruxo e condenado pela Inquisição. O legislador realmente acreditava nisso, ou estava a garantir uma exclusividade para os filhos de abastados patrocinadores do poder? Claro, nenhum pobre teria acesso a tais escolas, menos ainda se fosse... mulher. Como ousa uma pessoa do povo obter conhecimento diretamente da fonte, a Mãe Natureza, enquanto ricos precisavam investir fortunas em tempo e professores? Como poderiam simples plantas disponíveis a todos, resolver vários problemas, se os doutores da ciência precisavam de laboratórios e fórmulas sofisticadas para chegar a alguma solução? A fogueira resolvia estas questões... A espiral ascendente do primeiro parágrafo também se aplica ao negativo: as acusações de “bruxaria” se renomearam nos dias atuais para “curandeirismo” e a tradição de reservar mercado pelo abuso de interpretação e deturpações das Leis, ainda é utilizada por alguns grupos radicais.

    Os textos a seguir, selecionados de artigos publicados no jornal O Estado de São Paulo pelo sociólogo José Pastore (disponíveis para reprodução no site www.josepastore.com.br) expressam a opinião de um dos maiores estudiosos sobre o tema:

    “... A regulamentação das profissões é o caminho que os grupos interessados seguem para fazer reservas no mercado de trabalho. Essa regulamentação é conseguida e garantida por leis, decretos-leis, decretos, instruções normativas, portarias e resoluções emanadas dos poderes públicos e dos conselhos profissionais...

    ... O que me intriga, no Brasil, é a presença da regulamentação e a ausência do credenciamento. Entre nós, a garantia da reserva do mercado é mais importante do que a competência na profissão.

    Por quê há tanta regulamentação? Nesse processo, tem destaque o interesse dos que, no fundo, querem regulamentar uma profissão para poder organizar os conselhos profissionais e, através deles, recolher polpudas contribuições. Há conselhos que cobram R$ 400,00 por ano de uma categoria que possui 500 mil profissionais! Convenhamos, R$ 2 bilhões anuais, “tax free”, é uma receita razoável...

    ... A reserva de mercados de trabalho é um assunto velho. Na Idade Média, as corporações de ofícios tornaram-se a principal maneira de organizar o trabalho dos ceramistas, marceneiros, ferreiros, pedreiros, escultores, etc. Elas se atribuíam o direito de definir as profissões, cobrar taxas e aplicar multas — tudo aprovado pelo Estado.

    Você vê alguma semelhança entre as corporações medievais e os conselhos profissionais atuais? Na França e Inglaterra, as taxas das corporações eram comodamente cobradas pelos coletores de impostos do Poder Real. Você já notou, por acaso, a presença do brasão das Armas República estampado na guia de recolhimento dos conselhos profissionais?

    As corporações medievais obtiveram do Estado o poder de estabelecer seus próprios tribunais para julgar e punir. Você já observou que os conselhos profissionais, através de julgamento próprio, podem até cassar o seu diploma? A receita das corporações medievais eram usadas para cobrir as despesas de hospitalização e funeral dos associados, as pensões das viúvas e, ... como ninguém é de ferro... para pagar as festas e cerimônias levadas a efeito pelas corporações...

    ...Ademais, os limites da reserva de mercado determinados por esses institutos, são obscuros. Por exemplo, as “atividades privativas” do psicólogo invadem o terreno do assistente social; as dos contadores se chocam com as dos economistas; as dos nutricionistas se sobrepõem às dos economistas domésticos, e assim por diante...

    .... Com raras exceções, a regulamentação das profissões no Brasil está confundindo a necessidade por qualidade com os interesses de cartorários. Está na hora de se repensar o assunto. Os conselhos e os mecanismos de fiscalização das profissões podem e devem prestar uma grande colaboração à sociedade na medida em que se dedicarem a cuidar da qualidade dos profissionais e proteger os consumidores...”

    A comprovada ineficácia dos governos em todo o mundo em impor este tipo de leis relativas a profissões, conduziu a sociedade moderna a evoluir para uma interferência cada vez menor do Estado em seu funcionamento: eis a razão pela qual a AUTO-REGULAMENTAÇÃO é a palavra de ordem, no Brasil e em todo o mundo.

    A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.

    As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia suas regras à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às normas internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela “lei de mercado”.

    Justamente por não haver lei específica sobre Terapia Holística, estamos em contínua campanha de esclarecimento junto aos meios de comunicação, sempre recomendando a que o público seja exigente e que considere os seguintes ítens para realizar uma boa escolha:

    • O profissional ideal apresenta seu número de CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado em seus cartões de visita, publicidade e impressos. Justamente por não haver lei que obrigue a conquistá-lo, o CRT funciona como um Selo de Qualidade a comprovar que este profissional espontaneamente se filiou aos órgãos representativos da profissão, comprometendo-se a cumprir as Normas Voluntárias estabelecidas.

    • O Terapeuta Holístico “top de linha” possui Certificado de Conformidade Técnica em Terapia Holística e igualmente para as principais técnicas em que atue, comprovando que está atualizado e espontaneamente compromissado ao cumprimento das Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, que primam pela adequação qualitativa do livre exercício da profissão.

    • O Certificado de Residência em Terapia Holística no Serviço Público de Saúde demonstra que o profissional é participante ativo nas causas sociais promovidas por seus órgãos de classe, doando seu tempo e trabalho às comunidades dos municípios conveniados.

    Através do SINTE - Sindicato dos Terapeutas, por Discagem Direta Gratuita - DDG 0800-117810, indicamos profissionais competentes em qualquer lugar do Brasil. O mesmo pode ser feito pela Internet: www.sinte.com.br, havendo uma média de milhares de solicitações/mês, graças ao grande volume de reportagens.

    Muitas vezes o SINTE é visto como um órgão por demais exigente, outrossim, aqueles que nos acompanham a longo tempo sabem que se o fazemos é para melhorar cada vez mais o nível do Terapeuta Holístico brasileiro, bem como a prevenir caso a caso, orientando em como adequar o bom trabalho já realizado às armadilhas da complexa legislação que rege o trabalho no Brasil. A Terapia Holística é uma profissão como outra qualquer, com seus direitos e deveres, que incluem os registros como autônomos e/ou empresas, pagamento de taxas e impostos aos órgãos públicos, além de, é claro, imposto de renda, para citarmos somente os ítens óbvios. Nestes mais de dez anos de atuação, gerenciamos todas as informações oriundas de norte a sul, os acertos e os desacertos de cada colega, a jurisprudência, as “armadilhas” da inadequação de termos, produtos e até registros em códigos errados, enfim, as experiências de vida de milhares profissionais, sintetizadas nas Normas, Pareceres e artigos contidos neste livro.

    O Século 21 consolidará o amadurecimento da Terapia Holística, pois a União de todos junto ao SINTE - Sindicato dos Terapeutas conduziu ao fim das perseguições injustificadas. As orientações contidas na Auto-Regulamentação da Terapia Holística, sendo corretamente seguidas, conduzirá cada profissional a uma maximização do reconhecimento perante a clientela potencial, bem como a uma maior tranquilidade perante o poder público, que saberá reconhecer um profissional sério e espontaneamente cumpridor das Normas.

    A você, Terapeuta Holístico profissional, nossos parabéns e a certeza de que sempre pode contar conosco.

    Autor: : CRT - Conselho de Auto-Regulamentação da Terapia Holística
    Última atualização: 15/10/2020 15:14


    NTSV — TH 001 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos

    NTSV — TH 001
    Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TH 001
    Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       É essencial para toda profissão estabelecida a existência de um Código de Ética a apresentar os princípios fundamentais que norteiam as boas práticas. Esta Norma ratifica o Código de Ética já em vigor na Terapia Holística, tão somente adequando-o à formatação normativa, tornando ainda mais transparente sua essência de adesão espontânea e voluntária.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloCódigo de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos

    4.2 ObjetivoDefinir os princípios fundamentais quanta à ética de atendimento ao cliente, relacionamento com as demais profissões e publicidade.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Produtos e equipamentos
    Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos reconhecidos pelo SINTE — Sindicato dos Terapeutas, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto e/ou equipamento. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois os produtos jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: produtos preparados nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruir o cliente, que irá adquiri-los diretamente.

    5.3.4 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos

    5.3.4.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS5.3.4.1.1 O Terapeuta Holístico
    I — Trabalhará para a promoção do bem-estar do indivíduo, da coletividade e do meio ambiente, segundo o paradigma holístico; II — Manterá constante desenvolvimento pessoal, científico, técnico, ético e filosófico, através de supervisão, terapia e/ou psicoterapia, cursos e similares, estando a par dos estudos e pesquisas mais atuais na área, bem como dos trabalhos milenares e tradicionais, além de ser estudioso das ciências afins; III — Usará em seus trabalhos, métodos os mais naturais e brandos possíveis, buscando catalizar o auto-equilíbrio da pessoa atendida, despertando-lhe os seus próprios recursos harmonizantes; IV — Orientar-se-á, no exercício de sua profissão, pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 10/12/1948 pela Assembléia Geral Das Nações Unidas.
    5.3.4.2 DIREITOS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO5.3.4.2.1 — Exercer a profissão de Terapeuta Holístico sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo, nacionalidade, cor, opção sexual, idade, condição social, opinião política ou situações afins;
    5.3.4.2.2 — Utilizar-se de técnicas que não se lhe sejam vedadas ou proibidas por lei federal, podendo, inclusive, fazer uso de instrumentos e equipamentos não agressivos, bem como produtos cuja comercialização seja livre, além de orientar a pessoa atendida através de aconselhamento profissional;
    5.3.4.2.3 — Recusar a realização de trabalhos terapêuticos que, embora sejam permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência;
    5.3.4.2.4 — Suspender e/ou recusar atendimentos, individual ou coletivamente, se o local não oferecer condições adequadas, ou se não houver remuneração condigna, ou, ainda, se ocorrerem fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com a pessoa a ser atendida, impedindo o pleno exercício profissional;
    5.3.4.3 RESPONSABILIDADES GERAIS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO5.3.4.3.1 — São deveres do Terapeuta Holístico:
    §1 — Assumir apenas trabalhos para os quais esteja apto, pessoal, técnica e legalmente; §2 — Prestar serviços terapêuticos somente se: em condições de trabalho adequadas, de acordo com os princípios e técnicas reconhecidos ou pelas Tradições Milenares, ou pela prática, ou pela ciência e, sobretudo, pela ética; §3 — Zelar pela dignidade da categoria, recusando e denunciando situações onde a pessoa atendida esteja sendo prejudicada; §4 — Participar de movimentos que visem promover a categoria e o paradigma holístico em geral; §5 — Estar devidamente registrado para o exercício de sua atividade profissional, quer seja como autônomo ou como pessoa jurídica; §6 — Manter-se em dia com as obrigações definidas pelo SINTE;
    5.3.4.3.2 — Ao Terapeuta Holístico é vedado:
    §1 — Usar títulos e especialidades profissionais que não possua; §2 — Efetuar procedimentos terapêuticos sem o esclarecimento e conhecimento prévio da pessoa atendida ou de seu responsável legal; §3 — Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais; §4 — Aproveitar-se de situações decorrentes do atendimento terapêutico para obter vantagens física, emocional, financeira, política ou religiosa; §5 — Exercer técnicas de aconselhamento profissional, caso ele próprio há mais de 03 meses não esteja se submetendo a tratamento terapêutico e/ou psicoterápico de manutenção; §6 — Reduzir o tempo de cada sessão a fim de aumentar o número de atendimentos; §7 — Permitir que a pessoa atendida, durante a sessão, fique sem o acompanhamento de corpo presente de um profissional qualificado, em especial se estiver recebendo aplicação ou sob efeito de quaisquer técnicas terapêuticas;
    5.3.4.4 DAS RELAÇÕES COM OUTROS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS E OUTRAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS
    O Terapeuta Holístico:
    5.3.4.4.1 — Não será conivente com erros, faltas éticas, crimes ou contravenções penais praticadas por outros na prestação de serviços profissionais;
    5.3.4.4.2 — Não intervirá na prestação de serviços de outro Terapeuta Holístico, salvo se: a pedido do próprio profissional; quando comunicado por qualquer uma das partes da interrupção voluntária do atendimento; quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada; em situações emergenciais, devendo comunicar o fato imediatamente ao outro Terapeuta Holístico; e, em situações descritas no 5.3.4.3.1, §3, dando ciência do ocorrido;
    5.3.4.4.3 — No relacionamento com profissionais de outra áreas, trabalhará dentro dos limites das atividades que lhe são reservadas pela legislação e reconhecerá os casos que necessitem também dos demais campos de especialização profissional, encaminhando-os às pessoas habilitadas para a tais funções;
    5.3.4.5 DO SIGILO PROFISSIONAL5.3.4.5.1 — O sigilo protegerá a pessoa atendida em tudo aquilo que o Terapeuta Holístico venha a tomar conhecimento como decorrência do exercício de sua atividade profissional;
    5.3.4.5.2 — O menor impúbere ou interdito estará igualmente protegido, devendo ser comunicado aos responsáveis apenas o estritamente necessário para promover medidas em seu benefício;
    5.3.4.5.3 — Com autorização da pessoa atendida, o Terapeuta Holístico poderá repassar dados a outro profissional, desde que o recebedor esteja igualmente obrigado a preservar o sigilo por Código de Ética e que, sob nenhuma forma, permita a estranhos o acesso às informações;
    5.3.4.5.4 — O Terapeuta Holístico tem o dever de garantir, em seus atendimentos, condições adequadas à segurança da pessoa atendida, bem como à privacidade que garanta o sigilo profissional;
    5.3.4.5.5 — Em caso de falecimento do Terapeuta Holístico, este órgão, ao tomar conhecimento do fato, providenciará a incineração de seu arquivo confidencial;
    5.3.4.5.6 — A quebra do sigilo só será admissível se tratar-se de fato delituoso e a gravidade de suas consequências para o próprio atendido ou para terceiros justificar a denúncia do fato; ainda assim, o acontecido será julgado por Comissão de Ética a ser designada.
    5.3.4.6 DA COMUNICAÇÃO AO PÚBLICO, DA DIVULGAÇÃO DE PESQUISAS E ESTUDOS E DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL
    5.3.4.6.1 — Ao Terapeuta Holístico, na realização de seus estudos e pesquisas, bem como no ensino e treinamento, é vedado:
    §1 — Interferir na vida dos sujeitos, sem o consentimento dos mesmos, além de informá-los sobre as possíveis consequências de tais atividades; §2 — Promover experiências que envolvam qualquer espécie de risco ou prejuizo a seres humanos, animais ou meio ambiente; §3 — Negar o livre acesso das pessoas envolvidas aos resultados das pesquisas ou estudos, se estas assim o desejarem; §4 — Deixar de citar as fontes consultadas ou de mencionar as contribuições prestadas por assistentes, colaboradores ou outros autores, bem como utilizar-se de informações particulares ainda não publicadas, sem autorização expressa do autor.
    5.3.4.6.2 — Em todas as comunicações e/ou divulgações públicas, o Terapeuta Holístico omitirá ou alterará dados que possam conduzir à identificação da pessoa ou instituição envolvida, exceto se houver interesse manifesto das mesmas e autorização expressa.
    5.3.4.6.3 — O Terapeuta Holístico ao promover publicamente seus serviços:
    §1 — Informará com exatidão o número de registro; §2 — Não poderá utilizar o preço de serviço como forma de propaganda; §3 — Não proporá atividades que impliquem invasão ou desrespeito a outras áreas profissionais; §4 — Em hipótese alguma fará previsão taxativa de resultados ou se utilizará de conteúdos falsos ou sensacionalistas; §5 — Não fará uso de expressões, palavreado técnico, roupagens ou quaisquer artifícios que possam induzir o público a acreditar que pertencem a outra categoria profissional que não seja a de Terapeuta Holístico
    5.3.4.7 DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS5.3.4.7.1 — Os honorários serão fixados com dignidade e com o devido cuidado, para que correspondam a uma justa retribuição aos serviços prestados, lembrando que o Terapeuta Holístico para manter a qualidade de seu trabalho precisa de recursos financeiros para investir em supervisão, cursos, estudos, terapia e/ou psicoterapia o que, indiretamente, implica em benefício da pessoa atendida;
    § Único — Se o Terapeuta Holístico reduzindo o valor de seus honorários, deixar de cumprir qualquer recomendação do Código de Ética, em especial o item II dos Princípios Fundamentais e os §6 e§7 do 5.3.4.3.2, diminuindo, assim, o padrão de qualidade exigido, estará exercendo concorrência desleal;
    5.3.4.7.2 — A fim de tornar a profissão de Terapeuta Holístico reconhecida pela confiança e aprovação da sociedade, os honorários poderão ser adaptados às condições financeiras do atendido, tomando este ciência da excessão feita e comunicando-se o fato a este órgão, para que não se caracterize como concorrência desleal;
    5.3.4.8 DA OBSERVÂNCIA, APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA5.3.4.8.1 — Esta entidade assessorará os Terapeutas Holísticos na aplicação deste Código e sua observância, além de acatar denúncias de quaisquer procedências, instaurando investigação sigilosa (só terão amplo acesso aos dados as partes diretamente interessadas, ou seja, denunciante e denunciado, ou seus representantes);
    5.3.4.8.2 — As infrações ao Código de Ética acarretarão penalidades várias obedecendo critérios estabelecidos pelo SINTE, além da suspensão e até mesmo da perda de seu registro;
    5.3.4.8.3 — Competirá a esta entidade firmar jurisprudência quanto aos casos o omissos e fazê-la incorpor a este Código o qual poderá ser alterado mediante proposta da Diretoria e desde que aprovada em reunião oficial;

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos
    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 17:26


    NTSV - TH 002 BRT — BLOCO DE RECOMENDAÇÃO TERAPÊUTICA

    NTSV — TH 002
    BRT — BLOCO DE RECOMENDAÇÃO TERAPÊUTICA

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TH 002
    BRT — BLOCO DE RECOMENDAÇÃO TERAPÊUTICA

    2. PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   É fato que os Terapeutas Holísticos, para melhor esclarecer aos seus clientes, tem por hábito fornecer informações por escrito e é essencial que, em hipótese nenhuma, suas recomendações sejam confundidas com "bloco de receituário" e que seja igualmente claro para quem fizer a leitura de que o texto é de autoria de um Terapeuta Holístico e não a um membro de quaisquer outras profissões relativas à saúde. Daí a relevância de uma NTSV específica para o "Bloco de Recomendação Terapêutica", aperfeiçoando o Modelo já em vigor na Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloBRT — BLOCO DE RECOMENDAÇÃO TERAPÊUTICA

    4.2 ObjetivoDefinir o Modelo de BRT adequado à Terapia Holística, bem como definir o que é correto de ser nele escrito pelo TH.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e AbreviaturasTH — Terapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Produtos e equipamentosOpção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos reconhecidos pelo SINTE — Sindicato dos Terapeutas, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto e/ou equipamento. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois os produtos jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: produtos preparados nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruir o cliente, que irá adquiri-los diretamente.
    5.3.4 Modelo de BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica

    5.3.4.1 Objetivando que, em hipótese nenhuma, o BRT seja confundido com "bloco de receituário" e que seja igualmente claro para quem fizer a leitura de que o BRT pertence a um Terapeuta Holístico e não a um membro de quaisquer outras profissões relativas à saúde, deverá constar em seu cabeçalho a inscrição "Bloco de Recomendação Terapêutica", havendo, logo abaixo, o nome completo do profissional, seguido de seu número de CRT e a denominação "Terapeuta Holístico".
    5.3.4.2 Para melhor adequar-se, o Terapeuta Holístico deverá requisitar junto ao SINTE um modelo de BRT para servir de base à impressão gráfica, bem como, apresentar posteriormente para apreciação uma página impressa de seu próprio bloco.
    5.3.4.3 O modelo de BRT poderá ser alterado por Parecer do SINTE, em especial no referente ao acréscimo de frases de cunho educativo e/ou esclarecedor para o cliente.
    5.3.4.4 Enquanto Terapeuta Holístico, o profissional poderá fazer uso do BRT somente para: 1) clarificar conceitos relativos à Terapia, 2) definição de horários de atendimento e formas de remuneração, 3) recomendação de produtos naturalistas cuja comercialização seja livre, ou seja, que não necessitem de receita médica para a sua aquisição, 4) recomendação de hábitos e atividades saudáveis que independam de avaliação médica para a sua realização, 5) atestar a presença de seus clientes às sessões.
    5.3.4.5 Para caracterizar que as recomendações constantes no BRT foram realmente emitidas pelo próprio Terapeuta Holístico especificado no cabeçalho, ao término do texto deverá ser aplicado carimbo ou outro recurso de impressão equivalente onde conste, no mínimo, nome completo, número de CRT e a denominação "Terapeuta Holístico", acrescida da assinatura de próprio punho.
    5.3.4.6 É terminantemente vedado ao Terapeuta Holístico acrescer ao impresso do BRT: 1) técnicas terapêuticas para as quais não esteja escrito junto ao SINTE, 2) nomes de entidades que não sejam registradas no SINTE, 3) frases cujo conteúdo agrida aos ditames do Código de Ética.

    5.3.5 Constatação de Conformidade — O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    brt.jpg

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 17:25


    NTSV — TH 003 FC — FICHA DE CLIENTE

    NTSV — TH 003
    FC — FICHA DE CLIENTE

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária
    para a Terapia Holística
    NTSV — TH 003 — FC — FICHA DE CLIENTE

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
        Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   É fato que os Terapeutas Holísticos, para melhor esclarecer aos seus clientes, tem por hábito fornecer informações por escrito e é essencial que, em hipótese nenhuma, suas recomendações sejam confundidas com "bloco de receituário" e que seja igualmente claro para quem fizer a leitura de que o texto é de autoria de um Terapeuta Holístico e não a um membro de quaisquer outras profissões relativas à saúde. Daí a relevância de uma NTSV específica para o "Bloco de Recomendação Terapêutica", aperfeiçoando o Modelo já em vigor na Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloFC — FICHA DE CLIENTE

    4.2 ObjetivoDefinir o Modelo de FC adequado à Terapia Holística, bem como definir o que é correto de ser nele escrito pelo TH.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e AbreviaturasTH — Terapeuta Holístico
    FC _ Ficha de Cliente
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Produtos e equipamentos
    Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos reconhecidos pelo SINTE — Sindicato dos Terapeutas, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto e/ou equipamento. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois os produtos jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: produtos preparados nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruir o cliente, que irá adquiri-los diretamente.
    5.3.4 Modelo de FC — Ficha de Cliente

    5.3.4.1 Objetivando que, em hipótese nenhuma, a FC seja confundida com "ficha médica" e que seja igualmente claro para quem fizer a leitura de que a FC é para uso de um Terapeuta Holístico e não a um membro de quaisquer outras profissões relativas à saúde, deverá constar em seu cabeçalho a inscrição "Terapia Holística _ Ficha de Cliente", havendo, logo abaixo, o nome completo do profissional, seguido de seu número de CRT e a denominação "Terapeuta Holístico".
    5.3.4.2 Para melhor adequar-se, o Terapeuta Holístico deverá requisitar junto ao SINTE um modelo de FC para servir de base à impressão gráfica, bem como, apresentar posteriormente para apreciação uma página impressa de seu próprio bloco.
    5.3.4.3 É terminantemente vedado ao Terapeuta Holístico acrescer ao impresso do FC: 1) nomes técnicas terapêuticas para as quais não esteja escrito junto ao SINTE, 2) nomes de entidades que não sejam registradas no SINTE, 3) frases cujo conteúdo agrida aos ditames do Código de Ética, 4) símbolos iguais ou assemelhados aos utilizados por outras profissões relativas à saúde.
    5.3.4.4 O Terapeuta Holístico poderá fazer uso da FC para: 1) registrar dados cadastrais do cliente, 2) registrar horários de atendimento e formas de remuneração, 3) listar suas recomendações terapêuticas, constando produtos naturalistas cuja comercialização seja livre, ou seja, que não necessitem de receita médica para a sua aquisição e de hábitos e atividades saudáveis sugeridas que independam de avaliação médica para a sua realização, 4) suas avaliações do caso, observando-se a adequação de termos à Terapia Holística.
    5.3.4.5 No uso da FC é vedado ao Terapeuta Holístico fazer qualquer menção a exames laboratoriais, e/ou remédios que necessitem receita médica, e/ou doenças, exceto se constar claramente o nome do médico responsável pela prescrição e diagnóstico.

    5.3.5 Sigilo profissional e FC

    5.3.5.1 — O sigilo da FC protegerá a pessoa atendida em tudo aquilo que o Terapeuta Holístico venha a tomar conhecimento como decorrência do exercício de sua atividade profissional;
    5.3.5.2 — O menor impúbere ou interdito estará igualmente protegido, devendo ser comunicado aos responsáveis apenas o estritamente necessário para promover medidas em seu benefício;
    5.3.5.3 — Com autorização da pessoa atendida, o Terapeuta Holístico poderá repassar dados da FC a outro profissional, desde que o recebedor esteja igualmente obrigado a preservar o sigilo por Código de Ética e que, sob nenhuma forma, permita a estranhos o acesso às informações;
    5.3.5.4 — O Terapeuta Holístico tem o dever de garantir, em seus atendimentos, condições adequadas à segurança da pessoa atendida, bem como à privacidade que garanta o sigilo profissional, em especial, a FC;
    5.3.5.5 — Em caso de falecimento do Terapeuta Holístico, este órgão, ao tomar conhecimento do fato, providenciará a incineração de seu arquivo confidencial com suas FC;
    5.3.5.6 — A quebra do sigilo das FC só será admissível se tratar-se de fato delituoso e a gravidade de suas consequências para o próprio atendido ou para terceiros justificar a denúncia do fato; ainda assim, o acontecido será julgado por Comissão de Ética a ser designada.

    5.3.6 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    fc_1.gif

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 17:28


    NTSV - TH 004 STH - SÍMBOLOS DA TERAPIA HOLÍSTICA

    NTSV - TH 004
    STH - SÍMBOLOS DA TERAPIA HOLÍSTICA

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV - TH 004
    STH - SÍMBOLOS DA TERAPIA HOLÍSTICA

    2. PREFÁCIO
      
    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela “lei de mercado”.
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   O símbolo da Terapia Holística tem que ser absolutamente distinto das demais áreas da saúde (afinal, o DIFERENCIAL é nosso maior fator de crescimento) e expressar arquetipicamente a abordagem TOTAL do ser humano, com harmonia e qualidade. As profissões em geral, usam símbolos genéricos, evitando desta forma, quaisquer conotações religiosas, ou o risco de privilegiar mais a um grupo do que a outro. O movimento Holístico extrapola o campo terapêutico, tendo sido adotado no ramo empresarial, na educação, na economia e em todos os setores do conhecimento humano, fazendo surgir sincronisticamente em todo o mundo o concenso de utilizar o símbolo matemático do INFINITO como emblema universal do paradigma holístico. Neutro e ao mesmo tempo, expressando com perfeição o conceito da abordagem sistêmica/integral, é o melhor “logotipo” possível para o Holus (do grego = totalidade). Em sintonia com esta tendência mundial, a Terapia Holística assume este como seu símbolo universal. Daí a relevância de uma NTSV específica para esta finalidade.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloSÍMBOLOS DA TERAPIA HOLÍSTICA

    4.2 Objetivo
    Definir os Modelo de Símbolos adequados à Terapia Holística, bem como o correto uso em divulgação do TH.

    4.3 Referências NormativasNTSV - TH 001 - Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV - TH 002 - BRT - Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV - TH 003 - FC - Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 CLIENTE - usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e AbreviaturasTH - Terapeuta Holístico;
    NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária
    STH - Símbolos da Terapia Holística

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio:

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica - (neste ítem, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 - Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 - Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 - Notório Saber: monografia sobre Terapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 - Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Modelos de Símbolos da Terapia Holística

    5.3.3.1 Objetivando que, em hipótese nenhuma, os símbolos da Terapia Holística sejam confundidos com os das demais profissões e que seja igualmente claro para quem observar as divulgações de nossos filiados que tais logotipos descrevem a um Terapeuta Holístico e não a um membro de quaisquer outras profissões relativas à saúde, poderá constar em suas publicidades, homepages, cartões de visita e BRT, o símbolo matemático de Infinito, havendo, logo abaixo, a denominação “Terapeuta Holístico”, seguida da adjetivação ou “Credenciado” para quem possui CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado, ou “Certificado”, exclusivo para o TH que tiver obtido Certificado de Conformidade Técnica ou de Residência em Terapia Holística.
    5.3.3.2 Para melhor adequar-se, o Terapeuta Holístico deverá requisitar junto ao SINTE os modelos de símbolos da Terapia Holística para servir de base à impressão gráfica, bem como, apresentar posteriormente para apreciação seu material impresso.
    5.3.3.3  É terminantemente vedado ao Terapeuta Holístico acrescer aos Símbolos da Terapia Holística: 1) símbolos iguais ao assemelhados aos de outras profissões; 2) outros elementos gráficos não aprovados pelo SINTE, 3) frases cujo conteúdo agrida aos ditames do Código de Ética.

    5.3.4 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE - Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos
    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

     

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 24/11/2021 14:40


    NTSV — ACUP 001 Terapia em Técnicas Tradicionais

    NTSV — ACUP 001
    Terapia em Técnicas Tradicionais
    Boas Práticas em Acupuntura e Adequação de Material

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — ACUP 001
    Terapia em Técnicas Tradicionais — Boas Práticas em Acupuntura e Adequação de Material

    2. PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais.  Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Acupuntura conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais quanto à adequação do material utilizado, bem como a correta forma de descarte dos resíduos.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloTerapia em Técnicas Tradicionais — Boas Práticas em Acupuntura e Adequação de Material

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação do material utilizado, bem como a correta forma de descarte dos resíduos.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA EM TÉCNICAS TRADICIONAIS — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sob a visão cosmológica das filosofias milenares, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos, carências de determinadas elementos e tendências de somatização. Comumente é implícita uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; atua terapeuticamente fazendo uso das técnicas tradicionais às culturas milenares, tais como, a chinesa (acupuntura, moxabustão, tai-chi-chuan, chi kung, ventosaterapia, fitoterapia chinesa, tui na, dentre outras), a indiana (terapia ayurveda, terapia samkhya, shantala, yogaterapia, dentre outras), a egípcia (aromaterapia, mantraterapia, dentre outras), a japonesa (shiatsu, artes marciais, meditação, dentre outras), a judáica (terapia cabalista), a africana (fitoterapia, arteterapia, mantraterapia, dentre outras), a árabe (dança do ventre, fitoterapia, dentre outras) e a indígena (xamanismo, fitoterapia, arteterapia, dentre outras).
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACUPUNTURA- técnica milenar que se utiliza de estímulos em pontos do corpo capazes de despertar recursos de harmonização psicofísica. Tradicionalmente são aplicadas agulhas para a estimulação, modernamente substituídas por estímulos luminosos (Cromopuntura e Laserterapia), Magnéticos (ímãs) ou sonoros (Audiopuntura), dentre outros.
    5.1.5 CROMOPUNTURA — variação da Cromoterapia, com a aplicação de luzes coloridas ou laser em pontos de Acupuntura, em substituição às agulhas.
    5.1.6 SOFTLASERTERAPIA — estímulos luminosos via laser (tipo especial de luz, monocromática e de grande coerência), quer como Cromoterapia, quer como um substituto às agulhas de Acupuntura (Cromopuntura).
    5.1.7 ACONSELHAMENTO — processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TTC — Terapia Tradicional Chinesa;
    ACUP — Acupuntura;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Tradicional Chinesa aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 A seleção dos pontos a serem estimulados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar os desequilíbrios energéticos dos meridianos, fazendo uso de:

    5.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação de pontos com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.2 — Pulsologia e/ou de testes de toque (pontos de alarme) e/ou equipamentos de mensuração dos meridianos (por exemplo, Método Ryodoraku).
    5.3.3.3 — O TH deve fazer uso de seus conhecimentos técnicos para minimizar a quantidade de pontos a serem estimulados, jamais ultrapassando o limite de oito por sessão.

    5.3.4 Agulhas de ACUP — adequação

    5.3.4.1 Opção 1: Aquisição de agulhas de Acupuntura DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, as agulhas serão doadas, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir agulhas ou não).
    5.3.4.2 Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.5 — Descarte das Agulhas de ACUP

    5.3.5.1 As agulhas de ACUP obrigatoriamente serão sempre DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, e, mesmo cientes de que inexiste caso registrado de contaminação por este tipo de agulha (por ser maciça, não retem sangue), ainda assim terá tratamento semelhante aos resíduos infectantes perfurantes ou cortantes.
    5.3.5.2 As agulhas de ACUP serão descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante, os quais, após serem devidamente lacrados, deverão ser acondicionados em sacos plásticos individualizados, branco leitosos e identificados pela simbologia de substância infectante.

    5.3.5.2.1 Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.
    5.3.5.2.2 O armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final.
    5.3.5.2.3 Nos municípios onde existir coleta especializada gratuita, o TH deve se inscrever, apresentando para tanto cópia de CCM (Inscrição Municipal como autônomo) e do CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado.

    5.3.5.3 As agulhas de ACUP igualmente podem ser eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    5.3.6 Demais formas de estímulo terapêutico

    5.3.6.1 Softlaserterapia: limitada à potência de miliwats, aplicações inferiores a 60s por ponto;
    5.3.6.2 Cromopuntura: limitada à potência de saída de 3 wats, aplicações inferiores a 60s por ponto;
    5.3.6.3 Magnetos: ímãs, descartáveis e de uso único, de no mámo 3 mm, emborrachados, fixados aos pontos com fita microporo, respeitando-se a polaridade norte (sedação) ou sul (tonificação) para obtenção do efeito desejado;
    5.3.6.4 Esferas metálicas: neutras (aço) ou banhadas a ouro ou prata, descartáveis e de uso único, fixadas aos pontos com fita microporo, respeitando-se a polaridade prata (sedação), ouro (tonificação) ou aço (neutro) para obtenção do efeito desejado;
    5.3.6.5 Sementes: em geral, de mostarda, descartáveis e de uso único, fixadas aos pontos com fita microporo, devendo ser massageadas para obtenção do efeito desejado;
    5.3.6.6 Toque: massagear com os dedos ou bastonete não perfurante durante um a dois minutos diários em cada ponto selecionado;
    5.3.6.7 Moxabustão: aplicação do calor nos pontos a serem estimulados, observando-se para jamais queimar o cliente;
    5.3.6.8 Equipamentos de eletro-estimulação: serão objeto de NTSV específica.

    5.3.7 Idade mínima do cliente — 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.8 Constatação de Conformidade — O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos
    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 17:37


    NTSV — CT 001 Cromoterapia — Boas Práticas e Adequação de Equipamentos

    NTSV — CT 001
    Cromoterapia — Boas Práticas e Adequação de Equipamentos

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — CT 001
    Cromoterapia — Boas Práticas e Adequação de Equipamentos

    2. PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Cromoterapia conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística, bem como a adequação de equipamentos.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Cromoterapia — Boas Práticas e Adequação de Equipamentos

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação de materiais e equipamentos, forma padrão de aplicação.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 CROMOTERAPEUTA — realiza testes para avaliar a carência das propriedades terapêuticas de determinadas cores, fazendo uso da paranormalidade com aparelhos radiestésicos, de tabelas de tradição milenar de correlação das cores com os distúrbios, da pulsologia e de testes musculares e promove a aplicação das cores corretas para cada caso. Realiza consultoria junto a empresas para o correto uso das cores ambientes, maximizando os resultados pretendidos em cada setor; faz uso de cores adeqüadas como estímulos para a harmonização, sob as mais diversas formas, dentre elas, mentalização, pintura ambiente, roupas, alimentos, cristais e pedras coloridas, águas sobre a influência da cor dos vasilhames, além das tradicionais lâmpadas coloridas, hoje em dia, substituídas por fibras óticas especiais, para "banhar" com cores o corpo todo ou a região problemática, havendo uma tendência atual a aplicar-se em regiões energéticas chaves chamadas de "chacras" ou em pontos de acupuntura (cromopuntura);
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THC — Cromoterapeuta;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Cromoterapia aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 BASTÕES CROMÁTICOS — acompanham as características e forma do Bastão de Atlante, sendo apresentados com opções de voltagem e intensidade de luz (watts), com adaptação de ponta de cristal de quartzo, a fim de potencializar o resultado, tornando os tempos de aplicação mais rápidos; as cores são inseridas em local apropriado, e devem ser preferencialmente de material gelatinoso, para não distorcer a tonalidade da cor a ser aplicada.
    5.3.4 LANTERNAS CROMOTERÁPICAS — sem ponta de cristal, podendo se apresentarem com lâminas coloridas simples ou múltiplas ( filtros dinamizados ). As cores são adaptadas uma a uma na frente da laterna.
    5.3.5 APARELHO CROMÁTICO COM FIBRA ÓTICA — baseado no Bastão Cromático, com lâmpada alógena, proporcionando pureza de cor, nos diversos tons desejados através de botões que alteram os filtros coloridos, com timer, proporcionando maior rapidez e precisão nos tempos de projeção da luz, utilizando cabo de fibra ótica.
    5.3.6 POTÊNCIA — para o trabalho de projeção das cores no corpo físico e campo eletromagnético o importante é a frequência e comprimento de onda, por isso é inadequada a alta intensidade luminosa, que é tão somente um artifício cosmético questionável; uma lâmpada de 2,8 watts (20 miliamperes) é o suficiente para obter-se os resultados esperados numa aplicação localizada; considerando-se o resultado que desejado e as condições do local de atendimento, notamos que quanto maior a intensidade luminosa (aumento de watts), maior será o aumento de temperatura local, o que ou auxiliará ou prejudicará o resultado final, justamente pelo desconforto calórico.
    5.3.7 ADEQUAÇÃO DAS CORES — as cores utilizadas são as do espectro solar: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta, que atuam através dos campos energéticos, os quais transmutam em comandos que catalizam a tendência natural ao auto-equilíbrio.
    5.3.8 TEMPO DE PROJEÇÃO DA LUZ — sobre o corpo físico em tratamentos localizados:

    5.3.8.1 — Bastões e aparelhos com foco: até 6 meses de idade — 5 segundos; 6 meses a 1 e 1/2 anos — 10 segundos; 1 e 1/2 anos até 7 anos -15 segundos; 7 até 10 anos: 20 segundos; acima de10 anos: 30 segundos;
    5.3.8.2 — Aparelhos com ponta de cristal de quartzo: reduzí-los pela metade o tempo da tabela anterior.

    5.3.9 INTERVALOS ENTRE CADA SESSÃO (APLICAÇÃO)

    5.3.9.1 — Tratamento intensivo-emergencial: até de 3 em 3 horas; Tratamento normal: até de 10 em 10 dias; Tratamento de manutenção: de 30/30 dias, 60/60 dias, 90/90 dias, podendo até de 120/120 dias;
    5.3.9.2 — Excepcionalmente, há casos de aplicações diárias para resultados mais rápidos que deverão ser estudados criteriosamente pelo terapeuta.

    5.3.10 DISTÂNCIA ENTRE APARELHO E O CLIENTE: Regra geral de 15 a 20 centímetros, tanto na aplicação básica como na localizada.
    5.3.11 TRAJETOS DE APLICAÇÃO DA LUZ

    5.3.11.1 BÁSICA — Atuando no campo eletromagnético e servirá para equilíbrio energético/emocional;
    5.3.11.2 LOCALIZADA -Atuando diretamente nas áreas defasadas e que somatizaram distúrbios orgânicos/emocionais/psíquicos.

    5.3.12 Idade mínima do cliente — 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.13 Constatação de Conformidade — O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 17:38


    NTSV — FT 001 Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    2. PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   A Fitoterapia conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante ao uso terapêutico das plantas.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 ObjetivoDefinir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 FITOTERAPEUTA — Realiza testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios, da pulsologia e de testes musculares, propondo o uso dos vegetais corretos para cada caso; faz uso das propriedades terapêuticas das ervas sob diversas formas, tais como chás, banhos, compressas, óleos, extratos, inalações, dentre outras, visando não só despertar a capacidade de auto-equilíbrio, como, também, suprir a necessidade de certas substâncias e energias sutis que atuarão como princípios energoativos para a harmonização psicofísica.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THF — Fitoterapeuta;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Fitoterapia aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 — Fitoterápicos — aquisição e indicação

    5.3.3.1 — Opção 1: aquisição dos fitoterápicos pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os fitoterápicos serão doados, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.3.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar fitoterápicos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.3.3 — A seleção dos fitoterápicos a serem recomendados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de:

    5.3.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.3.2 — Pulsologia e/ou de testes musculares (como por exemplo, o Omura Test).

    5.3.4 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 28/01/2009 12:41


    NTSV — PH 001 Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão

    NTSV — PH 001
    Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — PH 001
    Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    2. PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   A Terapia de Regressão conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia de Regressão.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia de Regressão — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 TERAPIA DE REGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de Regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.
    5.1.5 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.6 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.7 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.8 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.9 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.10 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THP — Psicoterapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;
    TR — Terapia de Regressão

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Psicoterapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Procedimento em primeira consulta

    5.3.3.1 — Avaliar pré-requisitos e contra-indicações:

    5.3.3.1.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.1.2 — Contra-indicações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

    5.3.3.2 — Explicar o processo de Regressão com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial:

    5.3.3.2.1 Quanto à duração e continuidade do trabalho;
    5.3.3.2.2 Que a TR é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

    5.3.4 Procedimento para as demais sessões:

    5.3.4.1 Após a 2a consulta já pode ser praticada a TR.
    5.3.4.2 Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao TH avaliar exceções.
    5.3.4.3 Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de Regressão, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 17:42


    NTSV — QUI 001 Quiropraxia — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    NTSV — QUI 001
    Quiropraxia — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — QUI 001
    Quiropraxia — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Corporal conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloQuiropraxia — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    4.2 Objetivo
    Definir boas práticas, adequação de terminologia e exame de conformidade

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.5 QUIROPRAXISTA — Definição baseada na CBO

    5.1.5.1 Código CBO: 0-79.45 Título: Quiropraxista
    5.1.5.2 Sinônimos: Quiroprático
    5.1.5.3 Descrição Resumida: Realiza, através do emprego das mãos, análises de apalpação dinâmica ou estática, identificando desalinhamentos, restrições de movimentos e sinais de alterações estruturais, realizando tratamento terapêutico, para aliviar ou devolver ao Cliente melhores condições de conforto e alívio dos sintomas reclamados:
    5.1.5.4 Descrição Detalhada: identifica as subluxações (desalinhamentos e restrições de movimentos) nas articulações do corpo humano, localizando sinais de alterações térmicas, edemas, massas, espasmo muscular, atrofia, textura dos tecidos e estruturas ósseas assimétricas, para avaliar a possibilidade dos sintomas referidos poderem ser solucionados ou aliviados pelos métodos naturais que emprega; realiza tratamento terapêutico através de manipulações e ajustes específicos, a fim de integrar a estrutura a um pleno fluxo nervoso e permitir ao organismo expressar o máximo de saúde possível.

    5.1.6 QUIROPRAXISTA — Realiza, através do emprego das mãos, análises de apalpação dinâmica ou estática, identificando desalinhamentos, restrições de movimentos e sinais de alterações estruturais, realizando ação terapêutica, para aliviar ou devolver ao cliente melhores condições de conforto e alivio. Identifica as subluxações (desalinhamentos e restrições de movimentos) nas articulações do corpo humano, localizando sinais de alterações térmicas, edemas, massas, espasmo muscular, atrofia, textura dos tecidos e estruturas ósseas assimétricas, para avaliar a possibilidade dos sinais referidos poderem ser solucionados ou aliviados pelos métodos naturais que emprega; realiza ação terapêutica através de manipulações e ajustes específicos, a fim de integrar a estrutura a um pleno fluxo nervoso e permitir ao organismo expressar o máximo de saúde possível.
    5.1.7 SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL — complexo de mudanças histológicas e/ou estruturais e/ou funcionais que comprometem a integridade neural e que interfere na função dos órgãos e na saúde em geral.
    5.1.8 AJUSTE QUIROPRÁTICO — ajuste osteo-articular realizado pelo Quiropraxista que libera as estruturas nervosas de pinçamentos ou irritações; livre para funcionar corretamente, o sistema nervoso pode fazer restabelecer e condição de saúde deste organismo.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    QUI — Quiropraxia;
    THQ — Quiroprático ou Quiropraxista
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Quiropraxia aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3
    Boas práticas em QUI

    5.3.3.1 — Explicar o processo de QUI com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o TH detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as manobras quiropáticas aplicáveis ao caso;
    5.3.3.2 — O TH deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;
    5.3.3.3 — Via de regra, não se realizam ajustes quiropráticos diretamente em locais doloridos, devendo o TH proporcionar conforto ao seu cliente com técnicas paralelas, até obter-se uma avaliação completa do caso;

    5.3.4 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 02/07/2008 14:43


    NTSV — RT 001 Reflexoterapia — Boas Práticas em Auriculoterapia e Adequação de Material

    NTSV — RT 001
    Reflexoterapia — Boas Práticas em Auriculoterapia e Adequação de Material

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — RT 001
    Reflexoterapia — Boas Práticas em Auriculoterapia e Adequação de Material

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   A Auriculoterapia conta com grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais quanto à adequação do material utilizado, bem como a correta forma de descarte dos resíduos.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloReflexoterapia — Boas Práticas em Auriculoterapia e Adequação de Material

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação do material utilizado, bem como a correta forma de descarte dos resíduos e boas práticas quanto à técnica.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 REFLEXOTERAPEUTA — promove a avaliação do cliente por meio da análise de uma zona corpórea reflexológica (exemplos mais comuns, os pés, as mãos e as orelhas), por via táctil e visual e/ou por aparatos eletrônicos específicos. Cada zona observada corresponde reflexologicamente a uma região biopsíquica e o seu estudo possibilita a detecção de distúrbios energéticos, carências de determinadas elementos e tendências de somatização; de posse da análise, o reflexoterapeuta seleciona qual o melhor método terapêutico, tais como acupuntura, massoterapia, fitoterapia, dentre muitos outros, observando-se os progressos por meio de periódicas análises reflexológicas. Realiza a harmonização dos distúrbios energéticos e catalisa os processos de autoconhecimento promovendo estímulos reflexológicos por meio do toque ou da aplicação de agulhas, imãs e cores. Também podem ser consideradas formas de reflexologia a auriculoterapia, a iridologia, a acupuntura, e certas técnicas de massoterapia.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACUPUNTURA- técnica milenar que se utiliza de estímulos em pontos do corpo capazes de despertar recursos de harmonização psicofísica. Tradicionalmente são aplicadas agulhas para a estimulação, modernamente substituídas por estímulos luminosos (Cromopuntura e Laserterapia), Magnéticos (ímãs) ou sonoros (Audiopuntura), dentre outros.
    5.1.5 CROMOPUNTURA: variação da Cromoterapia, com a aplicação de luzes coloridas ou laser em pontos de Acupuntura, em substituição às agulhas.
    5.1.6 SOFTLASERTERAPIA: estímulos luminosos via laser (tipo especial de luz, monocromática e de grande coerência), quer como Cromoterapia, quer como um substituto às agulhas de Acupuntura (Cromopuntura).
    5.1.7 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.8 AURICULOTERAPIA: técnica de análise e tratamento reflexológico por meio de estímulos no pavilhão auricular. Tida erroneamente como uma variante da Acupuntura onde os estímulos são aplicados em pontos na orelha, na verdade é uma ciência mais próxima da Reflexologia. Muito popular devido ao seu alto grau de eficiência e segurança, possui variantes como a Calatonia Auricular onde a meta é o despertar maior da autoconsciência.
    5.1.9 CALATONIA: técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em TH.
    5.1.10 CALATONIA AURICULAR: técnica que associa os benefícios e recursos da Auriculoterapia com os da Calatonia.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    AURIC — Auriculoterapia;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Auriculoterapia aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 — A seleção dos pontos a serem estimulados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar os desequilíbrios energéticos dos meridianos, fazendo uso de:

    5.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação de pontos com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.2 — Pulsologia de Nogier (VAS — Sinal Autônomo Vascular) e/ou equipamentos de localização de pontos auriculares;
    5.3.3.3 — O TH deve fazer uso de seus conhecimentos técnicos para minimizar a quantidade de pontos a serem estimulados, jamais ultrapassando o limite de cinco por sessão.

    5.3.4 Agulhas de AURIC — adequação

    5.3.4.1 Opção 1: Aquisição de agulhas de AURIC DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, as agulhas serão doadas, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir agulhas ou não).

    5.3.4.1.1 Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.4.2 — As agulhas de AURIC adequadas são as DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, do tipo percevejo, com base circular de 3mm, com penetração máxima de 1,5 mm, fixadas aos pontos com fita microporo, a permanecerem na aurícula por prazo não superior a 15 dias.
    5.3.4.3 — Excepcionalmente pode-se fazer uso de agulhas de Acupuntura sistêmica 0,25 mm X 30 mm, DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, para estímulo durante a permanência do cliente na sessão, respeitando-se a penetração máxima de 1,5 mm nos pontos.

    5.3.5 — Descarte das Agulhas de AURIC

    5.3.5.1 As agulhas de AURIC obrigatoriamente serão sempre DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, e, mesmo cientes de que inexiste caso registrado de contaminação por este tipo de agulha (por ser maciça, não retem sangue), ainda assim terá tratamento semelhante aos resíduos infectantes perfurantes ou cortantes.
    5.3.5.2 As agulhas de AURIC serão descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante, os quais, após serem devidamente lacrados, deverão ser acondicionados em sacos plásticos individualizados, branco leitosos e identificados pela simbologia de substância infectante.

    5.3.5.2.1 Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.
    5.3.5.2.2 O armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final.
    5.3.5.2.3 Nos municípios onde existir coleta especializada gratuita, o TH deve se inscrever, apresentando para tanto cópia de CCM (Inscrição Municipal como autônomo) e do CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado.

    5.3.5.3 As agulhas de AURIC igualmente podem ser eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    5.3.6 Demais formas de estímulo terapêutico

    5.3.6.1 Softlaserterapia: limitada à potência de miliwats, aplicações inferiores a 60s por ponto;
    5.3.6.2 Cromopuntura: limitada à potência de saída de 3 wats, aplicações inferiores a 60s por ponto;
    5.3.6.3 Magnetos: ímãs, descartáveis e de uso único, de no máximo 3 mm, emborrachados, fixados aos pontos com fita microporo, respeitando-se a polaridade norte (sedação) ou sul (tonificação) para obtenção do efeito desejado;
    5.3.6.4 Esferas metálicas: neutras (aço) ou banhadas a ouro ou prata, descartáveis e de uso único, fixadas aos pontos com fita microporo, respeitando-se a polaridade prata (sedação), ouro (tonificação) ou aço (neutro) para obtenção do efeito desejado;
    5.3.6.5 Sementes: em geral, de mostarda, descartáveis e de uso único, fixadas aos pontos com fita microporo, devendo ser massageadas para obtenção do efeito desejado.
    5.3.6.6 Toque: massagear com os dedos ou bastonete não perfurante durante um a dois minutos diários em cada ponto selecionado ou na aurícula toda, vigorosamente, dedicando tempo maior às regiões mais sensíveis.
    5.3.6.7 Equipamentos de eletro-estimulação: serão objeto de NTSV específica.

    5.3.7 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.8 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 17:56


    NTSV — TC 001 Terapia Corporal — Boas Práticas Para Utilização

    NTSV — TC 001
    Terapia Corporal — Boas Práticas Para Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TC 001
    Terapia Corporal — Boas Práticas Para Utilização

    2. PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Corporal conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia Corporal — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização e de relacionamento com o cliente.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 BIOENERGÉTICA: Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.
    5.1.5 CALATONIA: técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em TH.
    5.1.6 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.7 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.8 LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.
    5.1.9 TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.
    5.1.10 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.11 JIM SHIN JYUTSU: técnica originada da tradição oral japonesa cuja proposta é proporcionar autoconhecimento, revitalização e harmonização por meio de toques sutis com as pontas dos dedos em pontos específicos do corpo.
    5.1.12 MASSOTERAPIA: toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.
    5.1.13 REFLEXOTERAPIA: avaliação e tratamento onde o corpo está em seus mínimos detalhes representado numa zona específica de uma de suas partes, como por exemplo, nos pés, nas mãos e nas orelhas, sendo o trabalho feita por meio do toque ou da aplicação de estímulos, tais como agulhas, imãs e cores.
    5.1.14 TERAPIA REICHIANA: desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na TH. Reich, Wilheim: psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TC — Terapia Corporal;
    THCORP — Terapeuta Corporal
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Corporal aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TC:

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente para TC: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TC com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o TH detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    5.3.3.3 — O TH deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    5.3.3.3.1 — O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do cliente para com o TH;
    5.3.3.3.2 — O cliente deve ser inquerido pelo TH quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    5.3.3.4 A TC aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao TH aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.5 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.6 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 17:59


    NTSV — TE 001 Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    NTSV — TE 001
    Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TE 001
    Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Estética conta com grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização, bem como a qual legislação se aplica. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    4.2 Objetivo
    Definir boas práticas, adequação de terminologia e de materiais

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TO 001 — Terapia Ortomolecular — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.5 TERAPEUTA EM ESTÉTICA — promove a avaliação das queixas estéticas do cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, massoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TE — Terapia Estética
    THE — Terapeuta em Estética
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Estética aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TE

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TE com dNTSV — estetica.sdwetalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o TH detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    5.3.3.3 — O TH deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    5.3.3.3.1 — O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do cliente para com o TH;
    5.3.3.3.2 — O cliente deve ser inquerido pelo TH quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    5.3.3.4 A TE aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao TH aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.4 Produtos para Estética, Ortomoleculares e assemelhados — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.4.3 Agulhas de TE — adequação

    5.3.4.3.1 Opção 1: Aquisição de agulhas de DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do TH, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, as agulhas serão doadas, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir agulhas ou não).
    5.3.4.3.2 Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.4.4 — Descarte das Agulhas de TE

    5.3.4.4.1 As agulhas de TE obrigatoriamente serão sempre DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, e, mesmo cientes de que inexiste caso registrado de contaminação por este tipo de agulha (por ser maciça, não retem sangue), ainda assim terá tratamento semelhante aos resíduos infectantes perfurantes ou cortantes.
    5.3.4.4.2 As agulhas de TE serão descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante, os quais, após serem devidamente lacrados, deverão ser acondicionados em sacos plásticos individualizados, branco leitosos e identificados pela simbologia de substância infectante.
    5.3.4.4.3 Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.
    5.3.4.4.4 O armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final.
    5.3.4.4.5 Nos municípios onde existir coleta especializada gratuita, o TH deve se inscrever, apresentando para tanto cópia de CCM (Inscrição Municipal como autônomo) e do CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado.
    5.3.4.4.6 As agulhas de TE igualmente podem ser eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 18:00


    NTSV — TF 001 Terapia Floral — Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    NTSV — TF 001
    Terapia Floral — Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TF 001 — Terapia Floral — Boas Práticas
    para Preparação e Utilização

    2. PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Floral conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloTerapia Floral — Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA FLORAL — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; faz uso de compostos energéticos denominados de "essências florais", cuja proposta é predominantemente preventiva e que atuam através das questões psíquicas, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção específica. O uso contínuo da terapia floral leva a uma maior compreensão das emoções, permitindo o aflorar de um material psíquico mais profundo, ampliando, assim, o autoconhecimento, o que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações. É normalmente associada a outras técnicas terapêuticas, em especial, o aconselhamento, possibilitando mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TF — Terapia Floral;
    THF — Terapeuta Floral;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Floral aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Kit de Florais de Bach originais — "Bach Flowers Remedies", Mount Vernon, UK
    Opção 1: aquisição de Kit pelo próprio TH em estabelecimentos reconhecidos pelo SINTE — Sindicato dos Terapeutas, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois as essências florais preparadas jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: preparo nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruir o cliente.
    5.3.4 Frasco de tratamento — vidro âmbar de 30 ml, com cânula de vidro e conta gotas, esterilizado. Admite-se a utilização para trabalhos comunitários gratuitos, frasco plástico gotejador de 30 ml, esterelizado.
    5.3.5 Conservante: Conhaque tipo Brandy
    5.3.6 Creme base para uso externo: o mais natural possível sem gordura animal. Colocar 02 gotas de cada essência escolhida (04 gotas para o Rescue Remedy).
    5.3.7 Preparação e utilização: Acrescentar de 06 a 09 ml de brandy como conservante, completar com água mineral sem gás. Colocar 02 gotas de cada essência escolhida (04 gotas para o Rescue Remedy). Tomar 04 gotas, diretamente na língua, no mínimo 04 vezes ao dia. Limitar a escolha dos Florais de Bach a um máximo de 06. Pode-se utilizar também um copo com água mineral: acrescentar 02 gotas de cada essência escolhida (04 gotas para o Rescue Remedy), apropriado para momentos de emergência; tomar pequenos goles de 05 em 05 minutos.
    5.3.8 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.9 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos
    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 12:51


    NTSV — TF 002 Terapia Floral — Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    NTSV — TF 002
    Terapia Floral — Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TF 002
    Terapia Floral — Boas Práticas para Preparação e Utilização

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
      
    Terapia Floral conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia Floral — Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA FLORAL — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; faz uso de compostos energéticos denominados de "essências florais".
    5.1.3 TERAPIA FLORAL — proposta predominantemente preventiva que utiliza de essências extraídas das flores, cujos princípios ativos são eletromagnéticos que atuam através das questões psíquicas, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção específica. O uso contínuo da terapia floral leva a uma maior compreensão das emoções, permitindo o aflorar de um material psíquico mais profundo, ampliando, assim, o autoconhecimento, o que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações. É normalmente associada a outras técnicas terapêuticas, em especial, o aconselhamento, possibilitando mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais.
    5.1.4 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TF — Terapia Floral;
    THF — Terapeuta Floral;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Floral aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Essências Florais — aquisição
    Opção 1: aquisição pelo próprio THR em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois as essências florais preparadas jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: preparo nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruir o cliente.
    5.3.4 Para a maioria dos Sistemas Florais, como regras gerais

    5.3.4.1 Frasco de tratamento — vidro âmbar de 30 ml, com cânula de vidro e conta gotas, esterilizado. Admite-se a utilização para trabalhos comunitários gratuitos, frasco plástico gotejador de 30 ml, esterelizado.
    5.3.4.2 Conservante: Conhaque tipo Brandy
    5.3.4.3 Preparação e utilização: Acrescentar de 06 a 09 ml de brandy como conservante, completar com água mineral sem gás.
    5.3.4.4 Colocar 02 gotas de cada essência escolhida (04 gotas para o Rescue Remedy do Sistema Bach e equivalentes dos demais sistemas).

    5.3.4.4.1 Tomar 04 gotas, diretamente na língua, no mínimo 04 vezes ao dia. Limitar a escolha a um máximo de 06 essências. Pode-se utilizar também um copo com água mineral: acrescentar 02 gotas de cada essência escolhida (04 gotas para o Rescue Remedy do Sistema Bach e equivalentes dos demais sistema), apropriado para momentos de emergência; tomar pequenos goles de 05 em 05 minutos.

    5.3.5 Sistemas Florais que diferem das regras gerais

    5.3.5.1 Sistema Florais Brasileiros de Joel Aleixo — Florais Básicos:

    5.3.5.1.1 Colocar 06 gotas de cada essência escolhida dos Florais Básicos
    5.3.5.1.2 Tomar 06 gotas, sublingual, no mínimo 03 vezes ao dia. Limitar a um máximo de 06 essências quando a seleção for feita pelo próprio THF e utilizar 03 essências quando for aplicada a sincronicidade como método de escolha.

    5.3.5.2 Sistema Florais Australianos

    5.3.5.2.1 Colocar 07 gotas de cada essência escolhida em vidro âmbar de 15 ml, com conta gotas, contendo ¾ água mineral e ¼ de brandy como conservante.
    5.3.5.2.2 Tomar 07 gotas, sublingual, pela manhã e à noite. Limitar a um máximo de 05 essências. Pode-se utilizar também um copo com água mineral: acrescentar 07 gotas da fórmula já pronta.

    5.3.6 Fitoflorais: Serão objeto de NTSV específica.

    5.3.7 Boas práticas em TF

    5.3.7.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.7.2 — Explicar o processo de TF com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vinculação religiosa ou de credo ao trabalho.
    5.3.7.3 —O THF avaliará a personalidade, sintomas, comportamento do cliente e em especial, o quadro emocional, correlacionando às propriedades terapêuticas das essências florais a serem selecionadas, catalisando uma maior compreensão e o aflorar de um material psíquico mais profundo, ampliando, assim, o autoconhecimento, o que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações.

    5.3.7.3.1 —O Aconselhamento é parte integrante da TF.

    5.3.7.4 —A seleção das essências florais a serem recomendadas caso a caso deve basear-se na análise do quadro emocional do cliente fazendo uso de:

    5.3.7.4.1 — Tabelas de correlação entre as essências florais e os distúrbios energéticos, emoções, sintomas e tipologia;
    5.3.7.4.2 — Pulsologia e/ou de testes musculares (como por exemplo, o Omura Test);
    5.3.7.4.3 — Sincronicidade como método de escolha das essências, cabendo ao THF a avaliação racional da seleção para detectar a ocorrência, ou não, do efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.

    5.3.8 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos
    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 12:52


    NTSV — TO 001 Terapia Ortomolecular — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    NTSV — TO 001
    Terapia Ortomolecular — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TO 001
    Terapia Ortomolecular — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   A Terapia Ortomolecular conta com grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização, bem como a qual legislação se aplica. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia Ortomolecular — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização dos produtos em consultórios de Terapia Holística

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.5 TERAPEUTA EM ESTÉTICA — promove a avaliação das queixas estéticas do cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, massoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.
    5.1.6 ALIMENTOTERAPIA — O uso selecionado de alimentos ou da combinação correta destes com o objetivo de manter ou restaurar a qualidade de vida.
    5.1.7 ORTOMOLECULAR — Termo cunhado por Linus Pauling em 1960; tem o objetivo de manter ou restaurar o equilíbrio mediante a variação de nutrientes no organismo, que normalmente existem no corpo e onde desempenham funções essenciais. A palavra orto, derivada do grego, significa correto ou adequado. Na prática, seria a correção das moléculas do organismo, que faz uso de produtos industrializados, tais como vitaminas e oligoelementos para manter ou restaurar o equilíbrio.
    5.1.8 OLIGOTERAPIA — inicialmente estudada pelos franceses Menetrier e Bertrand no final do século passado e início deste, consiste numa linha terapêutica através de minerais (Manganês, Cobre, Zinco, Magnésio etc.) em doses muito pequenas (oligoelementos), da ordem de microgramas, por absorção sublingual ou pela pele, que atuarão não por ação ponderal ou por reposição de carências, mas sim, por uma ação de retorno a homeostase (equilíbrio) dos sistemas catalíticos ou enzimáticos nos quais esses minerais estão envolvidos.
    5.1.9 DIÁTESE — Palavra de origem grega, significa "disposição"; na Oligoterapia, o cliente de acordo com sua personalidade, sintomas e comportamento, enquadra-se em relação a 04 diáteses básicas (terrenos de pré-disposição) às quais correspondem oligoelementos catalisadores.
    5.1.10 TERAPEUTA ORTOMOLECULAR — Através da avaliação da personalidade, sintomas e comportamento do cliente, o Terapeuta Ortomolecular correlaciona à carência de determinadas propriedades terapêuticas dos nutrientes, as quais serão supridas através de catalisadores, vitaminas, minerais, aminoácidos e oligoelementos a serem obtidos através da alimentação e/ou produtos de venda livre, catalisando a tendência natural ao auto-equilíbrio.

    5.2 Símbolos e AbreviaturasTH — Terapeuta Holístico;
    TO — Terapia Ortomolecular
    THO — Terapeuta Ortomolecular
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Ortomolecular aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Produtos Ortomoleculares e assemelhados — aquisição e indicação

    5.3.3.1 Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.3.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    5.3.4 — Boas Práticas em TO

    5.3.4.1 — O THO avaliará a personalidade, sintomas e comportamento do cliente, correlacionando à carência de determinadas propriedades terapêuticas dos nutrientes, as quais serão supridas através de catalisadores, vitaminas, minerais, aminoácidos e oligoelementos a serem obtidos através da alimentação e/ou produtos de venda livre, catalisando a tendência natural ao auto-equilíbrio. A seleção dos elementos a serem recomendados caso a caso deve basear-se em testes para avaliar as necessidades do cliente fazendo uso de:

    5.3.4.1.1 — Tabelas de correlação dos elementos com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia, tais como a dos Cinco Movimentos Chineses e/ou a das Diáteses de Menétriér;
    5.3.4.1.2 — Pulsologia e/ou de testes musculares (como por exemplo, o Omura Test);
    5.3.4.1.3 — Aparelho de biorressonância tipo VEGATEST e similares.

    5.3.4.2 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos
    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 12:52


    NTSV — TS 001 Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    NTSV — TS 001
    Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TS 001
    Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   A Terapia em Sincronicidade conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE — Boas Práticas

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE — distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear. De posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.
    5.1.3 CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro TH, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 ARQUÉTIPO: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.
    5.1.14 SÍMBOLO: é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Muitas vezes representado na forma de imagens ou sons, funciona como uma forma de linguagem do inconsciente, expressa nos sonhos, nas artes, nos exercícios de imaginação ativa, dentre outras situações. Pode ter um significado individual ou coletivo.
    5.1.15 TERAPIA EM SINCRONICIDADE: sistema que utiliza métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo ou organização, catalisando o cliente ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas) e na habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais, além de promover a harmonização de ambientes.
    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TS — Terapia em Sincronicidade;
    THS — Terapeuta em Sincronicidade;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TS

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TS com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vinculação religiosa ou de credo ao trabalho.

    5.3.3.2.1 — Esclarecer que os símbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.) jamais determinam as características e acontecimentos sócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regerem sincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos de referência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos.
    5.3.3.2.2 — Tornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsões taxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposições com maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um período ou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões.
    5.3.3.2.3 — Fazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, que ao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração de letras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso de pedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-se com as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim, considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativos envolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    5.3.3.3 — O THS tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver sua intuição e pensamentp não-linear, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de interferências estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.

    5.3.3.3.4 — O THS avalia o cliente e/ou do ambiente, interpretando os símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo, identificando quais as potencialidades e predisposições a serem adequadamente trabalhadas por aconselhamento e demais técnicas pertinentes.
    5.3.3.3.5 — O THS ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:

    5.3.3.3.5.1 — Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE — Sindicato dos Terapeutas.
    5.3.3.3.5.2 — Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
    5.3.3.3.5.3 — Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.

    5.3.3.3.6 — Cabe ao THS a avaliação racional da análise sincronística obtida para detectar o efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.

    5.3.4 Produtos para TS — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio THS em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 12:52


    NTSV — TS 002 Terapia em Sincronicidade - Radiestesia e Radiônica Boas Práticas

    NTSV — TS 002
    Terapia em Sincronicidade - Radiestesia e Radiônica Boas Práticas

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV - TS 002 - Terapia em Sincronicidade - Radiestesia e Radiônica - Boas Práticas

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   A Radiestesia e a Radiônica contam com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia em Sincronicidade – modalidades Radiestesia e Radiônica.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE - Radiestesia e Radiônica - Boas Práticas

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TH 004 — STH - Símbolos da Terapia Holística
    NTSV — TS 001 — Terapia em Sincronicidade - Boas Práticas

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO,

    em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE - distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes;
    5.1.3 CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal - "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 JUNG - CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 RADIESTESIA: (Radium = radiação; Aesthesis = sensibilidade) - técnica de anamnese paranormal, onde se utiliza de instrumentos tais como um pêndulo e suas variantes para amplificar os movimentos inconscientes do THR perante perguntas, regiões do corpo examinado ou de ambientes, até mesmo, à distância, por fotos, objetos ou mapas. Pela interpretação do movimento do instrumento, avalia-se os desequilíbrios energéticos do cliente ou do local, os quais serão harmonizados pelas mais variadas técnicas pertinentes à Terapia Holística, especialmente, a Radiônica.
    5.1.14 RADIÔNICA: utiliza-se da energia das formas, tais como pirâmides, cristais, "pilhas" feitas pela sobreposição de diversos materiais (madeiras, metais, etc.), visando o equilíbrio energético do cliente ou local..
    5.1.15 RADIESTESISTA: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente utilizando da Radistesia, sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Pela interpretação do movimento do instrumento, avalia-se os desequilíbrios energéticos do cliente ou do local, os quais serão harmonizados fazendo-se uso das mais variadas técnicas pertinentes à Terapia Holística, especialmente, a Radiônica.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas

    TH - Terapeuta Holístico;
    TS – Terapia em Sincronicidade;
    TR – Terapia em Radiestesia
    THR – Terapeuta em Radiestesia ou Radiestesista
    RD – Radiestesia
    RDN - Radiônica
    NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária;

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado

    5.3.2 Qualificação Técnica

    5.3.2.1 -

    5.3.2.2

    5.3.2.3

    5.3.2.4

    - Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.
    - Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
    - Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou

    5.3.3 Boas práticas em TR:

    5.3.3.1 - Idade mínima do cliente:

    5.3.3.2

    5.3.3.3

    5.3.3.4

    5.3.3.5

    5.3.3.5.1

    5.3.3.5.2

    5.3.3.5.3

    – Cabe ao THR a avaliação racional da análise radiestésica obtida para detectar a ocorrência, ou não, do efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.
    – Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
    – Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE – Sindicato dos Terapeutas.
    – O THR ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:
    – O THR avalia os desequilíbrios energéticos do cliente ou do local, interpretando segundo sua convenção pré-definida, seus movimentos inconscientes que se manifestam perante a pesquisa, os quais são amplificados pelo uso de instrumentos.
    – O THR tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver seu sentido radiestésico, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de emissões estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.
    - Explicar o processo de TR com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vínculação religiosa ou de credo ao trabalho.

    Opção 1: aquisição pelo próprio THR em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).

    Opção 2

    5.3.4.2 -

    O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    : o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT - Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.5 Adequação de Intrumentos, gráficos e assemelhados para TR:

    5.3.5.1

    5.3.6 Constatação de Conformidade:

    O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE - Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.
    Serão objeto de NTSV específica.
    18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    - (neste ítem, preencher no mínimo um dos requisitos):
    - O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 12:52


    NTSV — TS 003 Terapia em Sincronicidade — REIKI — Boas Práticas

    NTSV — TS 003
    Terapia em Sincronicidade — REIKI — Boas Práticas

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TS 003
    Terapia em Sincronicidade — REIKI — Boas Práticas

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   O REIKI conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais e de ensino que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia em Sincronicidade — REIKI.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    REIKI — Boas Práticas Para Utilização e Ensino

    4.2 ObjetivoDefinir a adequação padrão de utilização e ensino

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TS 001 — Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE — distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes;
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 MIKAO USUI: redescobridor e organizador do REIKI, tornando-se o sensei (professor) nesta arte através de estudos e, em especial, por um evento transpessoal no qual obteve por insight o conhecimento necessário ao REIKI.
    5.1.14 REIKI: (jap REI = Universal; KI = Energia Vital) é a terapêutica da ativação, do direcionamento e da aplicação da Energia Vital Universal, para promover o equilíbrio energético, prevenção das disfunções e para proporcionar maior qualidade de vida. Termo de uso exclusivo aos que se iniciaram segundo os preceitos estabelecidos por Mikao Usui e seus discípulos.
    5.1.15 REIKIANO ou TERAPEUTA REIKI: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente utilizando o REIKI, sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Da mesma forma, para o REIKI é desnecessária qualquer anamnese prévia do quadro do cliente, pois sua forma de aplicação independe desta informação. Este profissional faz uso terapêutico da Energia Vital Universal com a proposta de harmonização e ampliação da qualidade de vida, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. De acordo com a qualificação técnica estabelecida em 5.3.2.1.
    5.1.16 MESTRE: (lat magistru) O mesmo que professor, instrutor; aquele que é versado e/ou ensina uma arte ou profissão. Na Terapia Holística, a expressão mestre tem o mesmo sentido técnico que a palavra recebe nas demais profissões, tais como "mestre-de-obras", "mestre-cuca" e similares.

    5.1.16.1 MESTRE REIKI: instrutor habilitado para ministrar cursos livres sobre Terapia REIKI e iniciar novos profissionais, de acordo com a qualificação técnica estabelecida em 5.3.2.2.
    5.1.16.2 MESTRE REIKI INDEPENDENTE:aquele que, estando igualmente de acordo com a qualificação técnica estabelecida em 5.3.2.2 optou por não manter-se filiado a nenhuma associação de REIKI.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TS — Terapia em Sincronicidade;
    TRK — Terapia REIKI
    THRK — Terapeuta Reikiano
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Para aplicação da TRK:

    5.3.2.1.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.1.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.1.3 — Notório Saber: monografia sobre REIKI aprovado pelo SINTE, acrescido de Certificados de Reiki Nível I e II, expedidos por mestres que comprovem documentalmente sua linhagem; e/ou
    5.3.2.1.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.2.2 — Para ministrar cursos livres sobre TRK e iniciar novos profissionais:

    5.3.2.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.2.3 — Notório Saber: monografia sobre REIKI aprovado pelo SINTE, acrescido de Certificados de Reiki Nível III, expedidos por mestres que comprovem documentalmente sua linhagem; e/ou
    5.3.2.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TRK

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TRK com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vínculação religiosa ou de credo ao trabalho; o cliente deve ser inquerido sobre sua preferência quanto ao tratamento ser com ou sem toque, música, aromas e similares, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso, devendo o TH adaptar-se aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    5.3.4 — Boas práticas em cursos livres de TRK

    5.3.4.1 — Idade mínima do aluno para cursos livres sobre TRK: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos alunos menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o Mestre avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do aluno.
    5.3.4.2 — A passagem pelos vários Níveis de REIKI aflora à consciência potencialidades e material psíquico reprimidos, bem como catalisa a manifestação das emoções e processos a serem trabalhados terapeuticamente, daí ser essencial ao Mestre aplicar ênfase ao Aconselhamento para que seus alunos elaborem o conteúdo vivenciado durante o processo de iniciação, conduzindo este ao autoconhecimento.
    5.3.4.3 — O curso livre deve fornecer material didático impresso individual, inclusive com os símbolos do REIKI e a identificação da(s) linhagem(s) das quais o aluno passa a fazer parte.
    5.3.4.4 — Intervalo mínimo de tempo entre o aprendizado de cada nível de REIKI: 3 meses;; excepcionalmente poderão ser aceitos alunos em intervalos menores, devendo o Mestre avaliar rigorosamente as condições do candidato, o qual deve assinar sua ciência do caráter de exceção a que está se submetendo.
    5.3.4.5 — O curso livre deve ter a relação aluno/mestre/estabelecimento de ensino regido por contrato que estabeleça os critérios de avaliação a aprovação do candidato, as condições e formas de pagamento, bem como sobre o Certificado ao qual o formando terá direito.

    5.3.5 — Honorários Profissionais

    5.3.5.1 — Os honorários serão fixados com dignidade e com o devido cuidado, para que correspondam a uma justa retribuição aos serviços prestados, lembrando que o Terapeuta Holístico para manter a qualidade de seu trabalho precisa de recursos financeiros para investir em supervisão, cursos, estudos, terapia e/ou psicoterapia.
    5.3.5.2 — A fim de tornar a TRK e seu ensino reconhecidos pela confiança e aprovação da sociedade, os honorários e valores de cursos livres poderão ser adaptados às condições financeiras dos interessados, a critério do Reikiano e/ou Mestre.
    5.3.5.3 — Se o TH reduzindo o valor de seus honorários, deixar de cumprir qualquer recomendação do Código de Ética, em especial o item II dos Princípios Fundamentais e os §6 e§7 do 5.3.4.3.2, diminuindo, assim, o padrão de qualidade exigido, estará exercendo concorrência desleal.

    5.3.6 — Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos
    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 12:52


    Anexos Informativos

    Anexos Informativos

    A PRÁTICA DO V.A.S.É de fundamental importância, pois sem o conhecimento da pulsologia de Nogier, é impraticável a Auriculoterapia e, menos ainda, a Calatonia Auricular. Você pode fazer auto-avaliação e aplicação, mas é mais fácil noutra pessoa. Toque a artéria radial (parte interna do braço, lado do polegar, junto ao pulso) com dois ou três dedos (os franceses preferem fazer o toque usando somente o polegar). É o local tradicional para se tomar o pulso, mas pode-se fazer uso do pedial ou o do pescoço. Não é preciso, nem recomendável, apertar em demasia. Vá aproximando um ou mais dedos de sua outra mão, apontando-os próximos à testa (da pessoa em que se está buscando captar o V.A.S.), mais particularmente entre as sombrancelhas. Note que, a uma determinada distância, ou, até mesmo ao toque, ocorrerá uma alteração no pulso captado, como se fosse um "tranco" ou uma sumida repentina da pulsação, que demora cerca de um segundo. Repita o processo uma ou duas vezes e note que a sensação no pulso se repete. Este é o V.A.S., "Sinal Autônomo Vascular". Os biofótons de seus dedos ao entrarem no campo biofotônico próximo à testa funcionam como um estímulo ressonante, o qual faz com que um fluxo de sangue maior passe, sendo percebida a "onda", ou no momento em que ela chega (sensação de "tranco", de aumento, não no número de batidas cardíacas, mas da intensidade da percepção das mesmas) ou quando ela acabou de passar (impressão de "queda" da intensidade da pulsação). Treine várias vezes até acostumar-se com a sensação. Tome a pulsação novamente e aproxime bastante ou, até mesmo, encoste na orelha uma ponta fina de aço, tipo uma agulha ou bastonete e "passeie" com ele por todo o pavilhão. Note que ao passar por algumas regiões específicas, ocorre o V.A.S.. Normalmente, encontrará cinco ou seis regiões/pontos e estes correspondem a zonas desequilibradas. Com o auxílio dos mapas auriculares (fim do livro), em especial o da Fase 01 (feto invertido), você poderá saber exatamente a parte do corpo afetada, de acordo com a localização dos desequilíbrios que repercutiram na orelha. Fora isso, usando Os Cinco Movimentos Chineses e baseando-se em seus dados estatísticos, já se pode traçar hipóteses sobre quais as questões psíquicas que estão por trás.

    ABERTURA DE ESCOLA DE CURSOS LIVRESTanto para atender como consultório, quanto para ministrar cursos, a solução mais rápida é a abertura de Firma Individual. Como as condições de abertura variam em cada cidade, será fundamental encontrar um Contador experiente em sua própria região. Ao preencher a Declaração de Firma Individual, tome cuidado para escolher um Nome Comercial que não pareça com nome de "farmácia" ou de "consultório médico". Use, por exemplo, Centro de Terapia Holística M.E." No campo Objeto/Atividade Econômica, preencham com o máximo de detalhes, por exemplo: "PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, ORIENTAÇÃO E CURSOS LIVRES EM TERAPIA HOLÍSTICA,TAIS COMO: TERAPIA FLORAL, CORPORAL, dentre outras." Se a empresa pretende crescer, ou ter vários sócios, talvez o ideal seja abrir uma Sociedade Civil Com Fins Lucrativos. Neste caso, é preciso ter pelo menos um sócio e registrarem o Contrato Social, tirar CGC junto à Receita Federal, o DIF — Documento de Identificação Fiscal junto à Secretaria de Fazenda e Planejamento. A Razão Social seria, por exemplo, "Centro de Terapia Holística S/C Ltda.", Tipo de Contribuinte: Sociedade Por Quota de Resp. Limitada, poderia ter, também, Nome Fantasia; Código de Atividade Econômica — ISS: o nº varia para cada região. O Alvará de Funcionamento deverá ser obtido junto à Divisão Regional de Licenciamento / Serviço de Licenciamento de Atividades Econômicas. Não se preocupe: para um Contador experiente isto será fácil.
    O SINTE lhe dará toda a orientação necessária para que possa trabalhar dentro da legalidade.

    MODELO DE CONTRATO ESCOLA/ALUNO
    CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EDUCACIONAIS
    REQUERIMENTO DE INSCRIÇÃO NO CURSO LIVRE DE XXXXXXXXXXXXXXXXXX

    Eu, ________________________________________ venho requerer junto ao XXXXXXX (nome da escola, como consta no CGC) minha inscrição no CURSO LIVRE DE XXXXXXX(nome do curso) turma de _________________________, estando de acordo com as normas abaixo:
    CLÁUSULA I
    O CURSO LIVRE DE XXXXXXXXXXXX tem uma duração de XXX horas/aula teóricas e práticas.
    § 1º -O sistema de avaliação se faz com provas periódicas, devendo o aluno atingir no mínimo 75 pontos num total de 100 pontos para ser aprovado na matéria, além de frequência mínima de 75%. Caso contrário, deverá repetir a disciplina na turma seguinte;
    § 2º -As avaliações poderão ser objetivas ou dissertativas, de acordo com o critério estipulado pelo professor e coordenação do curso. São feitas também, provas práticas nas disciplinas que as exigem. A nota final do aluno é uma média da prova teórica, prova prática (se houver) e avaliação do desempenho do aluno em sala de aula. Após a conclusão de cada disciplina, o aluno aprovado receberá um certificado, com o objetivo de fazer estágios e começar a praticar a técnica, ainda com supervisão da escola e professores;
    § 3º — As aulas serão ministradas nos locais em que o XXXXXXXXXXXX indicar, tendo em vista a natureza do conteúdo e da técnica pedagógica que se fizerem nelas;
    § 4º — Este curso enquadra-se na categoria de CURSOS LIVRES, não estando, pois sob a tutela do MEC (Ministério da Educação), não sendo reconhecido por este, inexistindo tal obrigatoriedade nesta classificação.
    CLÁUSULA II
    Cada TURMA do Curso obedecerá o calendário anexo, o qual faz parte integrante desde Contrato.
    CLÁUSULA III
    No ato da inscrição deverá ser paga a primeira mensalidade (de um total de XXXXX) no valor de R$ XXX,00 (XXX reais) cada, sendo as demais subsequentes de igual valor, e entregue junto à Secretaria do Curso os seguintes documentos:
    1) Comprovante de conclusão do Segundo Grau ou equivalente;
    2) Comprovante de filiação ao SINTE (cópia do CRT);
    2ª) Os não filiados providenciarão a mesma junto à Secretaria do Curso, no ato da inscrição, preenchendo a Proposta Oficial de Filiação, com o pagamento da primeira parcela, recebendo, posteriormente instruções para quitação das outras 2 parcelas mensais e da GRCS. à Proposta deve ser acrescidos os seguintes ítens:
    1 Cópia do RG;
    1 Cópia do CPF/CIC;
    1 Comprovante de Residência (exemplos: cópia de conta de luz, telefone, água, onde conste seu endereço);
    3 Fotos 3x4.
    CLÁUSULA IV
    O aluno que desejar dispensa de alguma disciplina deverá apresentar o diploma de conclusão da mesma em escola reconhecida pelo MEC ou pelo SINTE e conforme o caso a ser estudado pela diretoria do XXXXXXXXXX e deverá se submeter a uma prova, onde deverá ser aprovado segundo os critérios descritos na Cláusula I.
    CLÁUSULA V
    § 1º — O pagamento do Curso será dividido em XX (XX) parcelas mensais iguais no valor de R$ XXX,00 (XXXX reais) cada, pagas na rede bancária ou na secretaria do curso, com vencimento no dia 10 (dez) de cada mês acarretando multa de 2% no caso de atraso não justificado. O reajuste das mensalidades, se houver, obedecerá às normas determinadas pelo governo para as escolas. O material básico deverá ser adquirido pelo aluno na secretaria da escola, no início de cada Turma.
    § 2º — O presente contrato tem duração até o final do Curso contratado e poderá ser rescindido pelo aluno, devendo este comunicar-se com a Secretaria para assinar sua desistência, que somente poderá ser formalizada mediante a comprovação dos pagamentos devidos, sendo o aluno obrigado a pagar o valor da mensalidade em que ocorreu o evento, além de outros débitos eventualmente existentes; o XXXXXXXXXXXX também pode rescindir este contrato, em caso de inadimplência, sendo o aluno obrigado a pagar o valor da mensalidade em que ocorreu o evento, além de outros débitos eventualmente existente.
    CLÁUSULA VI
    No final do curso, o aluno aprovado em todas as disciplinas do currículo e em dia com suas mensalidades, receberá o diploma do Curso Livre:
    TERAPEUTA EM XXXXXXXXXXXXX,
    certificado este APOIADO/AVALIADO/RECONHECIDO como comprovante de capacitação técnica para obtenção de CRT definitivo junto ao SINTE — SINDICATO DOS TERAPEUTAS e o exercício profissional será segundo as normas vigentes.
    , de de 2000.
    Nome completo e assinatura do Aluno
    Testemunha 1                                  Testemunha 2

    ACUPUNTURA — TÉCNICA DE LIVRE EXERCÍCIOÉ de conhecimento público que, na metade última do ano de 1995, fazendo-se valer de uma simples resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) sobre a Acupuntura (a qual não poderia jamais pretender ingerir sobre outras categorias profissionais que não fosse a classe médica), alguns médicos se dirigiram aos meios de comunicação dizendo-se representantes do CFM, e, iniciaram uma campanha difamatória, tentaram prejudicar seriamente os Acupunturistas, induzindo a perseguições indevidas dos órgãos públicos tais como Centros de Vigilância Sanitária, Secretarias de Saúde e Prefeituras de alguns pontos do território nacional, as quais, foram levadas ao erro, pois trataram as simples entrevistas nos meios de comunicação como se fossem leis. Na verdade, um Conselho profissional pode criar regras tão somente para seus próprios membros, ou seja, o Conselho de Medicina poderia criar regras para os médicos exercerem acupuntura, mas não tem direito legal de criar regras para os fisioterapeutas, nutricionistas, biomédicos, terapeutas holísticos, nenhuma outra profissão que não a própria... Assim sendo, tentaram lesar o Acupunturista em seus direitos constitucionais, em especial o ARTIGO 05 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL que lhe garante livre exercício deste ofício. Os membros dignos da classe médica, ou seja, a sua grande maioria, estão de pleno acordo com a nossa posição e nos opoiam, pois sabem que é moralmente insustentável que apenas os médicos possam exercer a Acupuntura, já que tal matéria nem sequer é estudada nos cursos de medicina.
    Esta temática já foi objeto de avaliação recente em vários colegiados, sendo unânime a conclusão de que PRATICAR ACUPUNTURA NÃO É ATO MÉDICO. Já houve tentativa anterior de monopolizar a técnica para a classe médica, isto em 1993, por parte, inclusive, de alguns indivíduos que novamente nos dias de hoje procuram o mesmo objetivo. Tal absurdo partiu de alguns membros da Secretaria de Vigilância Sanitária (Brasília) que emitiu um "Relatório Final e Recomendações/ Seminário Sobre O Exercício Da Acupuntura No Brasil", onde extrapolando as suas atribuições, procuravam, numa atitude corporativista, monopolizar a Acupuntura como exclusividade médica. TODOS OS CONSELHOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE ASSINARAM DOCUMENTO DIRIGIDO AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DA SAÚDE ONDE DISCORDAM DO RELATÓRIO E CONCLUEM SOBRE A ACUPUNTURA: " A MESMA NÃO É UMA PRÁTICA MÉDICA MAS, SIM, E TÃO SOMENTE UMA METODOLOGIA TERAPÊUTICA APLICÁVEL EM QUALQUER CAMPO DO SABER NA SAÚDE". E mais, afirmam OFICIALMENTE ser a Acupuntura: "Em se tratando de uma Metodologia Terapêutica Milenar montada em bases Filosóficas dispares de qualquer formação acadêmica, em qualquer área profissional do campo da Saúde no país"; "Estas bases Filosóficas que movimentaram os Métodos e as Técnicas de Acupuntura são distintos dos princípios de diagnóstico e metodologia terapêuticas que movimentam academicamente as práticas de Saúde do mundo ocidental"; " Para a Acupuntura não há exigência de pré-qualificação no campo da medicina tanto no Brasil como no exterior. A mesma não é uma prática médica mas, sim, e tão somente uma Metodologia Terapêutica aplicável em qualquer campo do Saber na Saúde". Acrescentam ainda, de forma muito justa e honesta: "O Seminário contou apenas com a participação restrita e não representativa das profissões de Saúde, haja visto não terem sido convidados outros profissionais e mesmo autodidatas, que sempre demonstraram grau de responsabilidade com a questão da Acupuntura em nosso país". Relembrando: assinam este documento os representante oficiais dos Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Conselho Federal de Nutricionistas, Conselho Federal de Biologia, Conselho Federal de Odontologia, Conselho Federal de Farmácia, Conselho Federal de Biomedicina, Conselho Federal de Psicologia, Conselho Federal de Enfermagem, Conselho Federal de Medicina Veterinária, Conselho Federal de Serviço Social, Conselho Federal de Fonoaudiologia e, até mesmo, o próprio Conselho Federal de Medicina. Documento de teor semelhante é a Recomendação 27/93 da Comissão Técnica de Atuação Profissional na Área de Saúde, do Ministério da Saúde, afirmando: "Que no documento conclusivo do Seminário de Acupuntura transparece, fortemente, a vontade da criação de reserva mercantil para o exercício de tal atividade desconsiderando o aprofundamento necessário das discussões científicas e acadêmicas que envolvem a matéria".
    Convém lembrar que só uma lei federal pode restringir as práticas da Acupuntura para os filiados ao SINTE e só há um simples e único projeto que tenta enquadrá-la como prática médica. Todos os existentes visavam incluí-la como uma técnica distinta da classe médica. Como exemplos, podemos citar o próprio projeto desenvolvido pelo Conselho Federal de Terapia que propõe a criação da profissão de Terapeuta Holístico, que foi apresentado pelo ilustre Deputado José de Abreu, além dos anteriores do então senador Valmir Campelo que propunha a profissão de Terapeuta em Medicina Natural (projeto de Lei do Senado número 306, de 1991), além do PLC 67/95, e, o projeto mais explícito sobre Acupuntura, de autoria do então senador, e ex-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, que dispõe sobre o exercício da profissão de Técnico em Acupuntura. Muito nos gratifica saber que o próprio Presidente da República concorda com nosso ponto de vista.
    Igualmente interessante é a jurisprudência sobre as técnicas naturalistas serem ou não atividades lícitas e se são ou não ato médico: TODOS os pareceres concluiram ser LIVRE o exercício profissional. Tanto isso é verdade que o CFM abriu mão de seu direito de se manifestar na ocasião em que o Sr. Dr. Waldir Paiva Mesquita, M. D. Presidente do Conselho Federal de Medicina, recebeu a Notificação nossa remetida via Cartório do 2º Ofício de Brasília, onde interpelamos: "Pretende o CFM, de acordo com as suas resoluções, impedir o terapeuta "não-médico" de exercer a acupuntura?". Esta Notificação, somada a outras ações de nossa entidade pôs fim a uma série de informações incorretas sobre o exercício da Acupuntura, conquistando o máximo de tranquilidade para nossos filiados.
    Curiosamente, após tanta polêmica, conforme noticiado no próprio Jornal do CFM (Ago/Set/96), acabou não sendo validada a "especialidade médica de acupuntura", pois, "... situações como a da Associação Médica Brasileira de Acupuntura, que foi reconhecida pelo CFM mas não integra a AMB, não podendo, portando, conceder título de especialista" (o grifo é nosso).

    COBRANÇA DE HONORÁRIOS EM CASO DE FALTA DO CLIENTESe o atendimento deixar de ocorrer por indisponibilidade do Terapeuta Holístico, certamente deixará de ser cobrado, podendo, de comum acordo entre o profissional e o cliente, sua remarcação. Outrossim, quando o cliente é quem falta, inexiste um padrão absoluto. Na linha psicanalítica, a cobrança é usual, inclusive para desestimular a ocorrência de faltas por resistência consciente ou não ao momento terapêutico. Em outras abordagens, tais como Terapia em Estética, comumente propõe-se o reagendamento da falta.
    É ética a opção profissional de fazer valer seu direito à remuneração pelo horário disponibilizado na agenda ao seu cliente, mesmo em caso de falta deste, desde que esta postura esteja prévia e claramente estabelecida no acordo verbal entre ambos e, preferencialmente, em contrato escrito e assinado. Uma alternativa à formalidade contratual seria uma folha de seu BRT estipulando as datas e horários de atendimento e honorários estabelecidos, e/ou como recibo de pagamento, onde poderá constar por escrito a política que regerá a forma de remuneração à relação profissional contratada. Ou, ainda, seu folheto de propaganda pode conter a definição de Terapia Holística (igual ao estabelecido nas NTSVs), as técnicas que utilizará e uma "observação" quanto às regras em caso de não comparecimento do cliente.
    Exemplos:
    Rígido:
    "Serão devidos os honorários por cada agendamento, independentemente do comparecimento do cliente".
    Flexível:
    "Serão devidos os honorários em caso de falta do cliente não comunicada com antecedência mínima de 24 horas".
    Caso a postura seja absolutamente liberal, com o cliente podendo faltar e reagendar à vontade, torna-se desnecessária qualquer formalização escrita.
    Qualquer que seja a postura do Terapeuta Holístico quanto a esta questão, ela tem que ser bem esclarecida junto ao cliente desde o primeiro momento, evitando com esta atitude possíveis desgastes na relação entre ambos. O Terapeuta Holístico filiado pode nos remeter para apreciação uma página impressa de seu próprio modelo de contrato adaptado à sua forma de trabalhar, sendo que retornaremos um parecer sobre sua adequação ou não orientações para correção, se for este o caso.

    COMO ESTIMULAR TERAPEUTICAMENTE OS PONTOS SELECIONADOSExiste uma grande variedade de tipos de estimulação. Assim sendo, limitarei o texto àquelas que sejam eficientes e, ao mesmo tempo, ausentes de risco em sua forma de aplicação.
    I — PARA QUEM NÃO POSSUI APARELHAGEM ELETRÔNICA
    Pode-se massagear com os dedos ou com um bastonete. Outra alternativa é a colocação por sobre os pontos de pequeninas esferas de aço, que já vem, inclusive, com fita adesiva apropriada, ou, ainda, de micro-agulhas descartáveis, vendidas nas casas especilizadas, ou, ainda, de pequeninas sementes que marcarão os pontos a serem massageados.
    Quando se tem o domínio da técnica do V.A.S., há um ganho em sofisticação e em resultados. Utilize-a não só para a escolha correta dos pontos, como para se testar qual será a melhor estimulação. Pode-se usar, por exemplo, pequenas esferas de ouro ou prata por sobre os pontos, ao invés das de aço (estímulo neutro) descritas acima. Para se saber qual das duas opções é a mais adeqüada, basta aproximá-las, uma a uma, até encostar em cada ponto. A opção que for a mais necessária dará a reação maior de V.A.S.. O mesmo pode ser feito em relação aos ímãs, no referente à escolha de Polo Norte ou Sul (existem uns, pequenos, que podem ser grudados aos pontos por fita "microporo" e outros, maiores, para serem aproximados e tocarem, massagendo o local).
    Quando o estímulo for massagem ou do tipo que não fica grudado à orelha (aproximação de ímãs, cristais coloridos e similares), basta fazê-lo por um ou dois minutos, diariamente, mas sempre realizando uma nova pesquisa para avaliar quais pontos ainda estão "abertos" para tratamento. Por sua vez, se a estimulação ficar fixada aos pontos com fita adesiva (agulhas, pequenas esferas e ímãs), deixe-a por uma semana, após a qual devem ser retiradas as estimulações e uma nova seleção de pontos deve ser feita (nem sempre corresponderá aos mesmos da semana anterior ou à mesma localização), com retomada da estimulação. E, assim, sucessivamente, a cada semana que passar…
    II- PARA QUEM POSSUI APARELHAGEM ELETRÔNICAMuitas dos aparatos eletrônicos existentes no mercado brasileiro possuem a capacidade de realizar a localização auricular dos pontos desequilibrados e de estimulá-los das mais variadas maneiras. Conforme a marca, entretanto, terá que adquirir mais de um para poder realizar ambas as funções. Se possuirem diferentes opções de regulagem, teste-as uma a uma aplicando-as nos pontos selecionados e verifique qual provocou uma reação mais nítida de V.A.S.. Uma vez descoberta a regulagem ideal, aplique-a por 01 a 02 minutos em cada ponto. Por exemplos: a) Um aparelho que permita a aplicação de variadas cores. Qual surtirá maior efeito? Teste-as, uma a uma, e a que possibilitar o V.A.S. mais nítido é a ideal. b) Equipamento que possua várias regulagens rítmicas, tipo 01, 2.5, 05, 10, 20, 40, 80, 160 hertz, quer seja de estímulo elétrico ou luminoso (laser, biorressonância, etc.). Proceda da mesma maneira que na explicação anterior.
    Não importa qual o tipo de estimulação que seu aparelho faça (inclusive, para aplicações fora do pavilhão auricular, ou seja, em qualquer parte do corpo), o V.A.S. otimizará a aplicação, pois graças a ele sempre se obtém a regulagem exata e, por ressonância, despertará todos os recursos internos disponíveis para a auto-harmonia.

    CURSOS DE TERAPIA HOLÍSTICA VINCULADOS A INSTITUIÇÕES DE ENSINO ESTRANGEIRAS E/OU VINCULADOS A EXPRESSÕES DO TIPO
    "PÓS-GRADUAÇÃO", "UNIVERSIDADE LIVRE", "OPEN UNIVERSITY", "FACULDADE LIVRE", "FORMAÇÃO DE NÍVEL SUPERIOR", "3º GRAU", "DOUTORADO", "MESTRADO" E SIMILARES

    Historicamente, é pública e notória a dificuldade prática em validar no Brasil diplomas emitidos por instituições de ensino estrangeiras, em qualquer campo do saber e, no caso específico da Terapia Holística (em suas mais diversas modalidades), simplesmente não possuem validade nacional, inexistindo nenhuma Lei onde se possa reivindicar esta possibilidade.
    Quanto ao chamado MERCOSUL, a possibilidade de reconhecimento se dá tão somente aos diplomas de 1º e 2º graus, desde que não sejam profissionalizantes (DECRETO LEGISLATIVO 101 DE 03/07/1995 — DOU 05/07/1995 — Aprova o Texto do Protocolo sobre Integração Educativa e Reconhecimento de Certificados, Títulos e Estudos de Nível Primário e Médio Não-Técnico, Concluído em Buenos Aires, no Âmbito Mercosul, e Assinado pelo Brasil em 5 de agosto de 1994). Ou seja, diplomas de curso superior expedidos nos demais países do Mercosul, não serão reconhecidos no Brasil.
    Quaisquer controvérsias nestas questões foram esclarecidas pelo recente DECRETO Nº 3.007, DE 30 DE MARÇO DE 1999, assinado pelo PRESIDENTE DA REPÚBLICA, o qual Revoga o Decreto nº 80.419, de 27 de setembro de 1977, que dispõe sobre a execução da Convenção Regional sobre o Reconhecimento de Estudos, Títulos e Diplomas de Ensino Superior na América Latina e no Caribe.
    Em suma, os diplomas superiores não serão reconhecidos no Brasil, tanto dos países integrantes do Mercosul, quanto das demais nações da América Latina e Caribe.
    Nossa busca na Legislação Brasileira, da mesma forma, conclui inexistir qualquer texto legal que ampare a hipótese de serem reconhecidos diplomas emitidos em instituições de ensino Norte Americanas, Européias, Asiáticas ou da Oceania, em especial, voltados à Terapia Holística.
    Outra Parecer muito solicitado é o que trata da inadequação das expressões "Pós-graduação", "Universidade LIVRE", "Open University", "Faculdade LIVRE", "Formação de Nível Superior", "3o grau", "Doutorado", "Mestrado" e similares, quando aplicadas aos cursos brasileiros voltados à nossa profissão. Todas as instituições que fizeram uso deste tipo de marketing sofreram processos e acusações por propaganda enganosa. é verdade que em alguns casos, o limite entre o correto e o ilegal (ou imoral) é tênue; em outros casos, não, o limite é claríssimo. Mas, à parte as questões legais, há um princípio maior para todos. é o princípio da ÉTICA. Para evitar controvérsias, é recomendável que a instituição de ensino abra mão deste tipo questionável de propaganda. Para emitir certificados, é importante que se possua uma empresa, que deverá ter claro nas cláusulas contratuais que se trata de um "Instituto de Cursos Livres em Terapia Holística", sempre frizando bem a expressão LIVRE. Em todo o material didático é bom constar: "estes cursos enquadram-se na categoria "livres", estando fora da jurisdição do Ministério da Educação". Da mesma forma, é imprescindível a existência de um Contrato assinado entre a Instituição de Ensino e o Aluno, onde fique muito claro os direitos e deveres de ambas as partes, em especial no referente a formas de pagamento, critérios de avaliação, sempre referindo-se de forma clara e objetiva que se trata de um CURSO LIVRE.
    Inexiste, no Brasil, títulos de "doutorado" ou "mestrado" reconhecidos em nossa área, pois tais títulos exigem, primeiro, que o profissional seja graduado (tenha diploma de curso superior reconhecido pelo MEC), segundo, que conclua uma Pós-Graduação Stric Sensu, o que em muito difere da chamada Pós-Graduação Lato Sensu, que é tão somente mais um curso livre, ou seja, sem reconhecimento do Ministério da Educação, cuja exigência INTERNA da instituição que ensina é que os alunos já sejam graduados. Quando uma Pós-Graduação é reconhecida pelo Ministério da Educação ela se denomina Pós-Graduação Strict Sensu, cujo objetivo é formar Mestres e/ou Doutores e não existe nenhuma em nossa área profissional.
    Os cursos que não se adaptarem aos critérios acima descritos não poderão contar com a aprovação do SINTE, que recomenda explicitamente aos alunos interessados em aprimorar seu aprendizado na Terapia Holística, que não se iludam com promessas de títulos, mas que definam suas escolhas baseados no critério que realmente interessa: a qualidade técnica e ética do curso e de seus instrutores.

    DIFERENÇAS ENTRE CURSOS LIVRES, CURSOS RECONHECIDOS PELO MEC (OU SEUS PREPOSTOS) E CURSOS RECONHECIDOS PELOS CONSELHOS PROFISSIONAIS
    Para que um curso possa ser reconhecido pelo MEC, necessário se faz a pré-existência de um currículo mínimo aprovado pelo mesmo. Por exemplo: tramita no MEC a criação da Habilitação de Técnico em Terapia Holística, com proposta de currículo mínimo apresentada pela nossa organização. Uma vez aprovado, qualquer escola regularmente constituída, cujos cursos sigam este padrão, poderão ter seus cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação. O mesmo pode ser feito via Conselhos Estaduais de Educação, só que, nestes casos, a validade do diploma seria apenas regional. O fato de haver ou não cursos reconhecidos não é pré-requisito para se regulamentar uma profissão. Da mesma forma que ser possuidor de diploma com a chancela do MEC não basta para garantir, necessariamente, seu direito ao exercício profissional: na prática, o essencial é que o mesmo seja aceito pelo respectivo CONSELHO PROFISSIONAL. Observem o caso dos diplomados nos cursos de Reabilitação Corporal Modalidade Fisioterapia: mesmo reconhecidos pelo MEC, tais cursos não foram reconhecidos como capacitadores ao exercício profissional pelo Conselho de Fisioterapia, o qual, por não outorgar aos formandos seus "CRs" (a carteira de CREFITO), impediu-lhes o exercício da profissão.
    CURSOS "LIVRES", sem que isto constitua um demérito, são aqueles que não estão sujeitos à tutela do MEC. Este é o caso, por exemplo, da grande maioria dos cursos de computação, dos cursos de língua estrangeira e da área da Terapia Holística. Para valorizarem seus alunos, necessitam ter boa credibilidade entre os profissionais e conquistar mercado de trabalho para seus formandos. Uma das formas de atingir-se tais objetivos é o estabelecimento de convênios de apoio mútuo e reconhecimento junto aos órgãos de classe. Por exemplo: por meio de uma Resolução publicada no Diário Oficial, o Conselho Federal de Enfermagem permitiu aos seus membros o exercício de terapias "alternativas", desde que registrassem junto ao referido Conselho seus diplomas de cursos "livres" com determinada carga horária. Da mesma forma, a nossa organização reconhece, como comprovação de capacitação profissional, os formandos de cursos livres nas técnicas abrangidas pela Terapia Holística que sejam conveniados e que cumpram uma série de requisitos qualitativos.

    É VEDADO AO TERAPEUTA HOLÍSTICO INTERVIR EM OUTROS TRATAMENTOSCaso a pessoa atendida já esteja sob tratamento de saúde com outros profissionais, este não deve ser interrompido, pois a Terapia Holística é sem contra-indicações e casa bem com qualquer outra forma de tratamento. Caso a pessoa atendida esteja tomando algum medicamento, a decisão de suspender ou continuar a usá-lo compete exclusivamente ao próprio médico que o receitou e não ao Terapeuta Holístico. Este, simplesmente, poderá recomendar o acréscimo de algum produto natural como complementação ao seu trabalho.

    EMISSÃO DE CERTIFICADOS — EMPRESA DE CURSOS LIVRESPara emitir certificados, é recomendável que possua uma empresa, que deverá ter claro nas cláusulas contratuais que se trata de um "Instituto de Cursos Livres em Terapia Holística", sempre frizando bem a expressão LIVRE, única tábua de salvação nos prováveis processos que sofrerá. Sim, pois todo mundo que fez uso do marketing "Pós-graduação", "Universidade LIVRE", "Faculdade LIVRE" sofreu processos, tanto de seus próprios alunos, quanto de invejosos de plantão, que fazem denúncias junto ao Ministério Público e DECON. Desculpe a dureza de minhas palavras, mas prevenir e alertar é uma de nossas obrigações. Muito cuidado ao apresentar-se como tendo feito "mestrado" em nossa área, pois tal título exige, primeiro, que você seja graduado (tenha diploma de curso superior reconhecido pelo MEC), segundo que, o único curso nesta linha que existiu era tão somente mais um curso LIVRE. A tradução de Pós-Graduação Lato Sensu é tão somente mais um curso livre, ou seja, sem reconhecimento do Ministério da Educação, cuja exigência INTERNA da instituição que ensina é que os alunos já sejam graduados. Quando uma Pós-Graduação é reconhecida pelo Ministério da Educação ela se denomina Pós-Graduação Strict Sensu, cujo objetivo é formara Mestres e/ou Doutores e não existe nenhuma em nossa área profissional. Em todo o seu material didático é bom constar: "este cursos enquadram-se na categoria "livres", estando fora da jurisdição do Ministério da Educação".

    ESCLARECIMENTOS SOBRE HIPNOSE — TÉCNICA DE LIVRE EXERCÍCIOCom referência a legislação comumente citada por nossos filiados como forma de defesa do uso da Hipnose, na verdade, sob o ponto de vista extritamente jurídico, em nada auxiliam, pelo contrário, alguma vezes até depõem contra. A seguir, transcrevemos os trechos mais significativos, com breves comentários:

    DECRETO — 051009 de 22/07/1961

    SITUAÇÃO: REVOGADA
    ORIGEM: PODER EXECUTIVO
    FONTE:
    PUBLICAÇÃO DOFC 22 07 1961 PÁG 006542 COL 3 Diário Oficial da União
    RETIFICAÇÃO DOFC 24 07 1961 PÁG 006667 COL 3 Diário Oficial da União
    EMENTA:
    PROÍBE ESPETÁCULOS OU NÚMEROS ISOLADOS DE HIPNOTISMO E LETARGIA, DE QUALQUER TIPO OU FORMA, EM CLUBES, AUDITÓRIOS, PALCOS OU ESTÚDIOS DE RÁDIO E DE TELEVISÃO, E DA OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
    INDEXAÇÃO:
    PROIBIÇÃO, EXPLORAÇÃO, ESPETÁCULO, HIPNOTISMO, AUDITÓRIO, INSTITUIÇÃO RECREATIVA, RÁDIO, TELEVISÃO.
    Comentário nosso: este Decreto, que proibia o uso da Hipnose em espetáculos, era desfavorável à nossa causa, mas isto agora é irrelevante, por ter sido REVOGADO, ou seja, não está mais em vigor.
    LEI 5.081 DE 24/08/1966 — DOU DE 26/08/1966
    Regula o Exercício da Odontologia.ART.6 — Compete ao cirurgião-dentista:
    I — praticar todos os atos pertinentes à Odontologia, decorrentes de conhecimentos adquiridos em curso regular ou em cursos de pós-graduação;
    II — prescrever e aplicar especialidades farmacêuticas de uso interno e externo, indicadas em Odontologia;
    III — atestar, no setor de sua atividade profissional, estados mórbidos e outros, inclusive, para justificação de faltas ao emprego;
    * Inciso III com redação dada pela Lei número 6.215 de 30/06/1975.
    IV — proceder à perícia odontolegal em foro civil, criminal, trabalhista e em sede administrativa;
    V — aplicar anestesia local e truncular;
    VI — empregar a analgesia e hipnose, desde que comprovadamente habilitado, quando constituírem meios eficazes para o tratamento.
    VII — manter, anexo ao consultório, laboratório de prótese, aparelhagem e instalação adequadas para pesquisas e análises clínicas, relacionadas com os casos específicos de sua especialidade, bem como aparelhos de Raios X, para diagnóstico, e aparelhagem de fisioterapia;
    VIII — prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de acidentes graves que comprometam a vida e a saúde do paciente;
    IX — utilizar, no exercício da função de perito-odontólogo, em casos de necropsia, as vias de acesso do pescoço e da cabeça.
    Comentário nosso: Esta Lei autoriza ao odontólogo o uso da Hipnose em analgesia, desde que devidamente habilitado, sem entretando, definir qual seria esta "habilitação". Em suma: em nada auxilia e em nada atrapalha o exercício profissional da Hipnose pelos Terapeutas Holísticos.
    LEI 4119 DE 27/08/1962
    DOU 05/09/1962
    Dispõe sobre os Cursos de Formação em Psicologia e Regulamenta a Profissão de Psicólogo.
    CAPÍTULO I — Dos Cursos
    ART. 1 — A formação em psicologia far-se-á nas Faculdades de Filosofia, em cursos de bacharelado, licenciado e Psicólogo.
    ART. 4 (vetado).
    § 1 — (Vetado).
    § 2 — (Vetado).
    § 3 — (Vetado).
    § 4 — (Vetado).
    § 5 — (Vetado).
    § 6 — (Vetado).
    § 7 — (Vetado).

    Comentário nosso: esta Lei tem sido comumente citada por nossos filiados, em especial o seu artigo 4, mas, na verdade, este ARTIGO foi VETADO em todos os seus ítens, ou seja é irrelevante e até mesmo, inconveniente, fazer referência a um texto legal que foi descartado. Em suma: em nada auxilia e em nada atrapalha o exercício profissional da Hipnose pelo Terapeutas Holísticos.
    De forma resumida, podemos afirmar, categoricamente, que inexiste quaisquer textos legais que proibam a Hipnose, ou que monopolizem seu uso para uma só profissão, ou seja, a HIPNOSE é DE USO LEGAL E LIVRE EM QUALQUER PROFISSÃO.

    FITOTERÁPICOS, ESSÊNCIAS FLORAIS, LINHA ORTOMOLECULAR E ASSEMELHADOS, PRODUTOS DE VENDA LIVRE, RESOLUÇÃO DO CFM, FÓRMULAS MAGISTRAIS, LEGISLAÇÃO SOBRE O TEMA
    A Ortomolecular é uma técnica de LIVRE EXERCÍCIO, justamente por inexistir LEI FEDERAL que a regulamente. Simples pareceres do Conselho de Medicina não possuem valor legal, outrossim, a vigilância sanitária prefere ignorar este fato e baseia-se neles como se fossem textos sagrados...
    Na verdade, quanto à Ortomolecular, longe de estimulá-la, o Conselho de Medicina tão somente tolerou sua prática, com várias restrições, pois tornou proibida aos médicos, segundo a Resolução 1.500 do CFM, a divulgação da "medicina" ortomolecular como terapia de antienvelhecimento, anticâncer, antiaterosclerose ou voltada para patologias crônicas degenerativas, proibindo também a análise de fios de cabelo para caracterizar desequilíbrios bioquímicos.
    Perante o Direito, ninguém poderá ser impedido de exercer a Ortomolecular pura e simplesmente, pois só existe crime se houver uma lei anterior que a preveja e, neste caso, inexiste. Outrossim, conforme o uso que dela for feito, pode ser enquadrado como exercício ilegal de medicina, este sim, crime previsto em lei. Por exemplo: se pela iridologia, pulsologia, etc, detectar uma "desarmonia da energia de fígado", tudo bem, mas se disser que detectou uma "hepatite", fica caracterizada a prática ilegal de medicina, pois tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de DOENÇAS é uma prerrogativa EXCLUSIVA da classe médica. Pelo mesmo raciocício, o TH pode tratar a "desarmonia energética do fígado", mas jamais poderá alegar que trata qualquer forma de "doença". Cada vez que um profissional de destaca, fica alvo crescente de perseguições e, como via de regra, inexiste um cliente sequer que tenha sido lesado, os detratores terão que se apegar ao famoso "pêlo-em-ovo", comumente encontrado nas expressões infelizes empregadas em cartões de visita, propagandas e registros profissionais como autônomo e/ou empresa nos códigos errados. Jamais use termos como "receituário", vejam com atenção nosso modelo de BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica. O uso do título de "Dr", na prática, ao invés de valorizar o TH, tão somente reforçará os argumentos de acusação, que farão uso disto para alegar que é uma tentativa de falsear sua formação, tentando se fazer passar por médico. Na interpretação das "autoridades" legalmente constituídas, ter consultório e permitir ser chamado de "dr" sem ser médico, é processo na certa, em especial se usar roupas brancas.
    Em 1999, em resposta a Consulta 6114/99 da Associação Médica Homeopática Brasileira, que questionava ter ou não o farmacêutico direito a prescrever fórmulas homeopáticas, magistrais e similares, uma médica conselheira promulgou o que eles chamaram de Parecer "Jurídico" onde alegavam que só médicos poderiam prescrever quaisquer receitas e caberia tão somente ao farmacêutico aviá-las. Cópia disto foi veiculada às farmácias, as quais simplesmente acataram e, por analogia, se nem aos próprios farmacêuticos eles permitem, menos ainda aos demais profissionais...

    DECRETO Nº 74.170, DE 10 DE JUNHO DE 1974.

    Regulamenta a Lei número 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos
    CAPITULO VI
    Do Receituário
    Art 35. Somente será aviada a receita:
    l — que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legivel, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais;
    ll — que contiver o nome e o endereço residencial do paciente e, expressamente, o modo de usar a medidação;
    lll — que contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do consultório ou, endereço e o número de incrição no respectivo Conselho Profissional.
    Parágrafo único. O receituário de medicamentos entorpecentes ou a estes equiparados e os demais sob regime especial de controle de acordo com a sua classificação obedecerá às disposições de legislação federal específica.
    Na prática, o Terapeuta Holístico só pode recomendar produtos de VENDA LIVRE, ou seja, que não necessitem de receita médica. Uma vez que inexiste LEI que defina este tema, qualquer órgão público baseia-se na Portaria No 2 / 1995 da Vigilância Sanitária:
    Portaria nº 2, de 24 de janeiro de 1995.
    O Secretário de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições, e:
    CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar o cumprimento dos arts. 52 e 53 da Medida Provisória Nº 731/94, que dispõe sobre o Plano Real, o Sistema Monetário e dá outras providências;
    CONSIDERANDO a necessidade de aprimorar a relação de produtos de venda sem prescrição médica, constantes da Portaria 02/DIMED, de 08/09/93;
    CONSIDERANDO a revisão da referida Portaria feita pela Comissão Técnica de Assessoramento em Assuntos de Medicamentos e Correlatos CRAME, resolve:
    Art. 1º — Considerar como medicamentos de venda, sem exigência de prescrição médica, os produtos abrangidos nos grupos terapêuticos especificados na relação anexa.
    Art. 2º — Para efeito de enquadramento na categoria de venda livre, de que trata esta Portaria será considerada a indicação principal do medicamento, constante do respectivo registro ou licença.
    Art. 3º — Ficam excluídos da categoria de venda livre, os medicamentos apresentados de forma farmacêutica para uso injetável, mesmo que integrantes dos grupos terapêuticos constantes da relação anexa a esta Portaria, os quais só poderão ser vendidos sob prescrição médica.
    Parágrafo Único. Da mesma forma, ficam excluídos da categoria, os produtos novos, de uso sistêmico, os quais durante o primeiro período de validade de licença correspondente, só poderão ser vendidos mediante prescrição médica.
    Art. 4º — Estabelecer o prazo de 30 (trinta) dias, a contar a data de publicação da presente Portaria, para apresentação de possíveis questionamentos, devidamente fundamentados, visando o seu aperfeiçoamento.
    Parágrafo Único. Determinar que as propostas, sugestões e questionamentos com vistas ao aperfeiçoamento dos textos, ora apresentados, sejam formalmente enviados para: Dr. João Batista Calixto, Secretário Executivo da Comissão Técnica de Assessoramento em Assuntos de Medicamentos e Correlatos CRAME, Universidade Federal de Santa Catarina UFSC, Rua Ferreira Lima, 72 CEP 88015-420 Florianópolis SC, Fax Nº 0482 224164.
    Art. 5º — Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
    Elisaldo A. Carlini

    ANEXO
    MEDICAMENTOS DE VENDA SEM EXIGÊNCIA DE PRESCRIÇÃO MÉDICA

    I. Profiláticos da cárie.
    II. Anti-sépticos bucais.
    III. Soluções isosmóticas, de cloreto de sódio, para uso oftálmico.
    IV. Produtos para uso oftálmico, com ação emoliente ou protetora. Soluções isosmóticas de cloreto de sódio.
    V. Antiácidos simples, antiácidos com antifiséticos ou carminativos( ANTIFLATULENTOS). Antifiséticos simples e carminativos.
    VI. Colagogos e coleréticos.
    VII. Laxantes suavizantes e emolientes. Laxantes incrementadores do bolo intestinal.
    VIII. Absorventes intestinais.
    IX. Digestivos contendo exclusivamente enzimas.
    X. Suplementos dietéticos com vitaminas. Suplementos dietéticos protéicos. Produtos para dietas especiais.
    XI. Tônicos e reconstituintes para uso oral.
    XII. Vitamina B1. Vitamina B6. Vitamina C. Associações de Vitamina B1 com até três Vitaminas do Complexo B. Complexo B. Associações do Complexo B com até outras três Vitaminas. Polivitamínicos com cinco ou mais Vitaminas. Polivitamínicos com minerais.
    XIII. Hidratantes eletrolíticos orais.
    XIV. Preparações contendo ferro.
    XV. Emolientes e protetores da pele e mucosas. Ceratolíticos e ceratoplásticos. Agentes cicatrizantes, adstringentes e rubefacientes. Anti-sépticos e desinfetantes.
    XVI. Analgésicos não narcóticos.
    XVII. Balsâmicos e mucolíticos. Ungüentos percutâneos. Inalantes tradicionais.
    XVIII. Antiinflamatórios não esteroidais de uso tópico.
    XIX. Produtos fitoterápicos.

    Como se pode observar, o mais próximo da Terapia Holística que se encaixa na categoria "livre", seriam: Suplementos dietéticos com vitaminas, Suplementos dietéticos protéicos, Produtos para dietas especiais, Vitamina B1, Vitamina B6, Vitamina C, Associações de Vitamina B1 com até três Vitaminas do Complexo B, Complexo B, Associações do Complexo B com até outras três Vitaminas, Polivitamínicos com cinco ou mais Vitaminas, Polivitamínicos com minerais, Hidratantes eletrolíticos orais e Preparações contendo ferro. Até mesmo os fitoterápicos, classificados OFICIALMENTE como sendo de VENDA LIVRE, vem sofrendo controvérsias devido a uma nova Resolução — RDC n.º 17 / 2000, da Vigilância Sanitária e que dispõe sobre o registro de "medicamentos" fitoterápicos, afirma em seu item "7.3 Conforme a indicação terapêutica, o medicamento fitoterápico deverá ser vendido somente sob prescrição médica".
    O que podemos concluir disto tudo? Que, na prática, tudo o que se referir a "doença" ("diagnóstico de" e "tratamento de") é monopólio médico (por isso, Terapeuta Holístico trata do "todo", jamais da "doença") e que produtos de VENDA LIVRE são somente aqueles previamente concebidos e manipulados, vendidos prontos já com indústria e técnicos responsáveis (químico e farmacêutico) definidos na embalagem, bem como estampado o registro no Ministério da Saúde ou da Agricultura (conforme o caso...) ou, ainda, a Portaria publicada em Diário Oficial isentando do registro.
    Exemplo em Ortomolecular: o Terapeuta Holístico certamente pode fazer uso do BRT e recomendar "Gel Terreno Anérgico" HeloCatal (que já vem de fábrica com Cu-Au-Ag, com registro no MS, empresa responsável, etc.). Porém, se mandar aviar uma "receita" de "base suave de gel + glicerina bi-destilada, renovitase, Cu-Au-Ag", o pedido será recusado. Ou seja, é o mesmíssimo produto final, outrossim, o primeiro já vem de fábrica pré-concebido e com a responsabilidade técnica bem definida na embalagem... A farmácia necessita passar adiante a RESPONSABILIDADE pelo preparado, isentando o farmacêutico de "culpa" em caso de algum problema posterior e isto só possível quando a receita a ser aviada vier de um médico (que "tudo pode" na legislação brasileira...) ou se o produto que comercializam for de uma empresa regularmente constituída com as devidas licenças e registros sobre o que fabrica.
    Gostaríamos nós de dizer que o Terapeuta Holístico "tudo pode" como o médico, mas se o fizéssemos estaríamos faltando com a verdade. Preferimos "assustar" alertando sobre os riscos que correm e preveni-los, evitando que tenha que passar pelos mesmos problemas que outros profissionais menos informados tiveram que enfrentar. Para sua prórpia tranquilidade, recomendamos que todo Terapeuta Holístico encare como um desafio a mais e adapte seu modo de trabalhar para que utilize tão somente produtos de "venda livre", ou seja, industrializados com formulações pré-concebidas.

    INADEQUAÇÃO DO TERMO "PACIENTE" NA TERAPIA HOLÍSTICADo ponto de vista técnico "paciente" designa pessoa que se submete a uma cirurgia ou está hospitalizada. Na Terapia Holística, o recomendável é "cliente", pois por definição traduz-se no indíviduo que confie seus interesses habitualmente a uma mesma pessoa.

    INADEQUAÇÃO DOS TERMOS "DOUTOR", "DOENTE", "DIAGNÓSTICO", "RECEITA" E "CURA" NA TERAPIA HOLÍSTICAA profissão que os Terapeutas Holísticos abraçaram requer o dobro de cuidados das demais, inclusive no referente ao modo de se expressar, tanto verbalmente, quanto por escrito.
    Se um bacharel em Direito ou um médico, sem nunca terem feito doutorado, são chamados de "doutor", ninguém se sente lesado. Se um Terapeuta Holístico aceitar ser tratado como "doutor", em pouco tempo é acusado de falsidade ideológica... Assim sendo, um Terapeuta Holístico jamais "receita", mas sim, "recomenda"; ele nunca "diagnostica", ele "avalia", "analisa"; jamais "doenças", mas sim, "disfunções", "desequilíbrios energéticos", "predisposições". Da mesma forma, jamais usa "medicamentos" (que pressupõe, pela própria gênese da palavra, a existência de um "médico"), recomenda, isto sim, "remédios", "essências", "extratos".
    IMPORTANTE: jamais o Terapeuta deve alegar ter recomendado algum produto para tratar alguma "doença" (doença é monopólio médico), deve, isto sim, afirmar que o "recomendou" para "harmonizar, equilibrar, etc." os "desequilíbrios energéticos, as disfunções, etc.".
    Outra área polêmica é a dos Oráculos (Astrologia, Tarot, Runas, I Ching, etc.), pois, qualquer uso profissional feito fora de um conteúdo terapêutico, até a bem pouco tempo, poderia ser considerado "charlatanismo" ou "curandeirismo", crime este até a pouco tempo, passível de prisão. Exemplo: há muitas diferenças entre uma simples "leitora de sorte" e uma Terapeuta que use tais técnicas dentro de um enfoque psicoterapêutico junguiano...
    Dentro desta temática, devemos aproveitar para alertar aos profissionais que, no Brasil, não devemos usar a expressão "Cura Prânica", pois a palavra "cura" em nosso país é por muitos considerada crime, havendo, no Código Penal, descrições detalhadas de procedimentos como "imposição de mãos". Ou seja, se uma pessoa má intencionada quiser prejudicar aqueles que definam seus trabalhos como "cura prânica", bastará ir à delegacia de polícia mais próxima e registrar queixa. Assim sendo, orientamos aos nossos filiados adotarem as expressões "Terapia Prânica" para evitarem problemas. Melhor ainda será se fizer uso de nosso título genérico, que é o de Terapeuta Holístico, que, do ponto de vista legal, pode ser exercida por qualquer pessoa.
    Já houve inúmeras tentativas de prejudicar os profissionais destas áreas, o que culmina com ações nossas junto às Promotorias de Justiça e Defesa do Consumidor — Ministério Público, onde anexamos dezenas de documentos comprobatórios da existência e licissitude das entidades e das técnicas que representamos. Desse modo, sempre temos conseguido defender aos nossos filiados.

    INADEQUAÇÃO DOS TERMOS "MASSAGEM" E "MASSAGISTA" NA TERAPIA HOLÍSTICASe o profissional faz uso de técnicas corporais, jamais deverá chamar este trabalho de "massagem", não só pelo sentido pejorativo que a confusão com prostituição trouxe à palavra, como, também, pelo fato de que estaria sendo enquadrado dentro de alguns requisitos impossíveis de serem cumpridos, pois estaria sujeito às seguintes diretrizes, dentre outras:

    DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942

    Regula a Propaganda de Médico, Cirurgiões Dentistas, Parteiras, Massagistas, Enfermeiros, de Casas de Saúde e de Estabelecimentos Congêneres, e a de Preparados Farmacêuticos
    Das Parteiras, dos Massagistas e Enfermeiros (artigos 2 e 3)
    ART.2 — é proibido às parteiras, aos massagistas e aos enfermeiros fazer referências a tratamentos de doenças ou de estado mórbido de qualquer espécie.
    ART.3 — As parteiras, os massagistas e os enfermeiros estão obrigados a mencionar em seus anúncios o nome, título profissional e local onde são encontrados.
    LEI 3.968 DE 05/10/1961
    Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Massagista, e dá outras Providências.
    ART.1 — O exercício da profissão de Massagista só é permitido a quem possua certificado de habilitação expedido e registrado pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina após aprovação, em exame, perante o mesmo órgão.
    ART.2 — O massagista devidamente habilitado, poderá manter gabinete em seu próprio nome, obedecidas as seguintes normas:
    1 — a aplicação da massagem dependerá de prescrição médica, registrada a receita em livro competente e arquivada no gabinete;
    2 — somente em casos de urgência, em que não seja encontrado o médico para a prescrição de que trata o item anterior, poderá ser esta dispensada;
    3 — será, somente, permitida a aplicação de massagem manual sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou fisioterápica;
    4 — a propaganda dependerá de prévia aprovação da autoridade sanitária fiscalizadora.

    Como podem perceber, será muito melhor nominar seus trabalhos como "Terapia Corporal", evitando, assim, se enquadrarem nas leis acima citadas, as quais só podem ter sido criadas para coibir a prática da Massagem. Ultimamente, a expressão "massoterapia" igualmente passou a ser sinônimo de prostituição, além de que, no Paraná, os órgãos públicos identificam como sinônimo de "massagem" e passaram a exigir daqueles que alegam trabalhar com esta técnica, o cumprimento das legislações impraticáveis (DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942 e LEI 3.968 DE 05/10/1961). Portanto, a melhor solução é o termo "Terapia Corporal" e aproveitar a oportunidade para que os cursos se aperfeiçõem para fazer justiça a este nome e acrescentem ensinamentos de Reich e Lowen (psicanálise/vegetoterapia e bioenergética) às já consagradas manobras corporais orientais e ocidentais.

    INADEQUAÇÃO DOS TERMOS "MEDICINA" E "MÉDICO" NA TERAPIA HOLÍSTICAOutro tema importante a abordar é o perigo de usar expressões definidas por lei. Por exemplo: as palavras "medicina" e "médico". Muitos Terapeutas Holísticos, formados em outros países, de forma ingênua, fazem uso das mesmas expressões utilizadas em outras línguas, tais como "médico naturista", "medicina tradicional chinesa", ignorando serem estas expressões definidas e limitadas por Lei Federal, podendo serem acusados de exercício ilegal de medicina.

    INADEQUAÇÃO DOS TERMOS "NUTRIÇÃO" E "NUTRICIONISMO" NA TERAPIA HOLÍSTICACerta vez, inadvertidamente, fizeram uso na propaganda de uma conceituada profissional da área de trofoterapia ("trofo" = comida) naturalista, da expressão "formada em nutricionismo pela antidieta", referindo-se a um de seus inúmeros diplomas estrangeiros. No Brasil, porém, as palavras "nutricionismo" e "dieta", são termos definidos por Lei e privativos dos Nutricionistas, que a denunciaram à Delegacia do Consumidor, acusando-a de "exercício ilegal de profissão"...

    INADEQUAÇÃO DOS TERMOS "PSICOLOGIA" E "PSICÓLOGO" NA TERAPIA HOLÍSTICAÉ importante a abordar é o perigo de usar expressões definidas por lei. Por exemplo: as palavras "psicologia" e "psicólogo". Muitos Terapeutas Holísticos, formados em outros países, de forma ingênua, fazem uso das mesmas expressões utilizadas em outras línguas, tais como "psicólogo oriental", "psicologia indiana", ignorando serem estas expressões definidas e limitadas por Lei Federal, podendo serem acusados de exercício ilegal de profissão, pois tais expressões são prerrogativas de quem estiver devidamente inscrito junto ao CRP (Conselho Regional de Psicologia).

    INCONVENIÊNCIA DOS TERMOS "ESTETICISTA" E "ESTÉTICA" NA TERAPIA HOLÍSTICADa mesma forma que alertamos sobre as inconveniências das expressões "massagem" e "massagista", igual perigo correm as ESTETICISTAS, cujas atividades estão enquadradas e definidas em inúmeros textos da Vigilância Sanitária, bem como em determinadas Leis Estaduais, que lhes fazem exigências quase que impossíveis de serem cumpridas. Pensando justamente no bem estar destes profissionais é que firmou-se convênio com o CIDESCO — Comitê Internacional de Estética e Cosmetologia, lançando a auto-regulamentação do Terapeuta em Estética, categoria que após o cumprimento de certos requisitos éticos e qualitativos, passa a contar com o aval e apoio de ambas estas entidades, o que já está lhes proporcionando um diferencial de aceitação no mercado, destacando-os junto à concorrência, além de protegerem-se dessa polêmica legislação que possibilita tantas perseguições à Estética no Brasil.

    INCONVENIÊNCIA DOS TERMOS "NATURISTA" E "NATURALISTA" NA TERAPIA HOLÍSTICAUm enorme número de reportagens popularizou a expressão "naturismo" como sinônimo de "nudismo", o que torna o uso desta palavra, no mínimo, estranha, quando aplicada a um consultório. Além da consagração pela mídia como sendo sempre referente ao nudismo, o "naturismo" também é uma expressão definida em Projeto de Lei, de autoria de Fernando Gabeira, onde igualmente se consolida, desta vez de modo "oficial", a palavra como sinônimo de "nudismo". Holístico, por sua vez, vindo do grego holos, que significa totalidade, torna muito mais ampla a gama de possibilidades de atuação do profissional.

    INSCRIÇÃO COMO TERAPEUTA HOLÍSTICO AUTÔNOMO — ABERTURA DE FIRMA INDIVIDUAL — CRIAÇÃO DO CÓDIGO ESPECÍFICO EM SEU MUNICÍPIO
    Todo profissional que estabelece consultório necessita, sim, de inscrição como autônomo e/ou empresa e/ou firma individual e consideramos que esta é essencial para a segurança dos próprios filiados. Quem trabalha sem registro, é "clandestino" e, como tal, fica à total mercê e sem defesa perante qualquer tipo de fiscalização, além de desperdiçar a oportunidade de ter mais um documento oficial que ateste seu tempo de exercício profissional, fator que conta muito se tiver que brigar judicialmente pelo seus direitos ao exercício da Terapia Holística.
    Municípios de todo o Brasil, de forma majoritária, acatam a inscrição como Terapeuta Holístico autônomo, pois, afinal, são mais impostos entrando nos cofres públicos.
    Algumas cidades ainda não possuem este código e é impossível obrigar uma Prefeitura a criar um código específico para Terapeuta Holístico, ficando a cargo do bom-senso. Neste caso, a melhor e mais rápida alternativa é a abertura de Firma Individual (código — 85.16-2 Outras atividades relacionadas com a atenção à saúde), uma saída eficiente e barata.
    Como as condições de abertura variam em cada cidade, será fundamental encontrar um Contador experiente em sua própria região. Ao preencher a Declaração de Firma Individual, tome cuidado para escolher um Nome Comercial que não pareça com nome de "farmácia" ou de "consultório médico". Usem, por exemplo, "FULANO DE TAL — Terapia Holística M.E." No campo Objeto/Atividade Econômica, preencham com o máximo de detalhes, por exemplo: "PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E ORIENTAÇÃO EM TERAPIA HOLÍSTICA,TAIS COMO: ACUPUNTURA, SHIATSU, MASSOTERAPIA E SIMILARES." Observação: as técnicas citadas são meramente ilustrativas; cada um pode adaptar esta lista com as técnicas que realmente use ou pretenda vir a usar. Se a empresa pretende crescer, talvez o ideal seja abrir uma Sociedade Civil Com Fins Lucrativos. Neste caso, é preciso ter pelo menos um sócio e registrarem o Contrato Social, tirar CGC junto à Receita Federal, o DIF — Documento de Identificação Fiscal junto à Secretaria de Fazenda e Planejamento. A Razão Social seria, por exemplo, "Centro de Atendimento de Terapia Holística FULANO DE TAL S/C Ltda.", Tipo de Contribuinte: Sociedade Por Quota de Resp. Limitada, poderia ter, também, Nome Fantasia; Código de Atividade Econômica — ISS: o nº varia para cada região. O Alvará de Funcionamento deverá ser obtido junto à Divisão Regional de Licenciamento / Serviço de Licenciamento de Atividades Econômicas. Não se preocupe: para um Contador experiente isto será fácil.
    MUITA ATENÇÃO: é questionável se o Terapeuta Holístico precisa de alvará da Vigilância Sanitária para trabalhar, da mesma forma que psicólogos e psicanalistas, que são dispensados. Entretanto, a Vigilância Sanitária em todo o país é extremamente rigorosa. Portanto, se estiverem pretendendo atender como Terapeutas e vender os produtos que recomendam, não convém: a Vigilância Sanitária considera anti-ético este tipo de atitude e tudo fará para fechar o local. Por este mesmo motivo é que um médico não pode ser dono de farmácia: para não ser "tentado" a receitar cada vez mais medicamentos, já que teria lucro nas vendas dos mesmos... É claro que, algumas pessoas, fazem uso de artifícios, tipo o médico tem seu consultório montado num local e a esposa tem uma farmácia, montada em outro e ele recomenda aos seus pacientes que comprem lá. Convenhamos, é um assunto muito polêmico, razão pela qual não recomendamos a ninguém que monte seu consultório junto com seu ponto de venda de produtos naturalistas.

    JURISPRUDÊNCIA: ACUPUNTURA NÃO CARACTERIZA EXERCÍCIO ILEGAL DE MEDICINAÉ de conhecimento público que, na metade última do ano de 1995, fazendo-se valer de uma simples resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) sobre a Acupuntura (a qual não poderia jamais pretender ingerir sobre outras categorias profissionais que não fosse a classe médica), alguns médicos se dirigiram aos meios de comunicação dizendo-se representantes do CFM, e, iniciaram uma campanha difamatória, tentaram prejudicar seriamente os Acupunturistas, induzindo a perseguições indevidas dos órgãos públicos tais como Centros de Vigilância Sanitária, Secretarias de Saúde e Prefeituras de alguns pontos do território nacional, as quais, foram levadas ao erro, pois trataram as simples entrevistas nos meios de comunicação como se fossem leis. Na verdade, um Conselho profissional pode criar regras tão somente para seus próprios membros, ou seja, o Conselho de Medicina poderia criar regras para os médicos exercerem acupuntura, mas não tem direito legal de criar regras para os fisioterapeutas, nutricionistas, biomédicos, terapeutas holísticos, nenhuma outra profissão que não a própria... Assim sendo, tentaram lesar o Acupunturista em seus direitos constitucionais, em especial o ARTIGO 05 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL que lhe garante livre exercício deste ofício. Os membros dignos da classe médica, ou seja, a sua grande maioria, estão de pleno acordo com a nossa posição e nos opoiam, pois sabem que é moralmente insustentável que apenas os médicos possam exercer a Acupuntura, já que tal matéria nem sequer é estudada nos cursos de medicina.
    Esta temática já foi objeto de avaliação recente em vários colegiados, sendo unânime a conclusão de que PRATICAR ACUPUNTURA NÃO É ATO MÉDICO. Já houve tentativa anterior de monopolizar a técnica para a classe médica, isto em 1993, por parte, inclusive, de alguns indivíduos que novamente nos dias de hoje procuram o mesmo objetivo. Tal absurdo partiu de alguns membros da Secretaria de Vigilância Sanitária (Brasília) que emitiu um "Relatório Final e Recomendações/ Seminário Sobre O Exercício Da Acupuntura No Brasil", onde extrapolando as suas atribuições, procuravam, numa atitude corporativista, monopolizar a Acupuntura como exclusividade médica. TODOS OS CONSELHOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE ASSINARAM DOCUMENTO DIRIGIDO AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DA SAÚDE ONDE DISCORDAM DO RELATÓRIO E CONCLUEM SOBRE A ACUPUNTURA: "A MESMA NÃO É UMA PRÁTICA MÉDICA MAS, SIM, E TÃO SOMENTE UMA METODOLOGIA TERAPÊUTICA APLICÁVEL EM QUALQUER CAMPO DO SABER NA SAÚDE". E mais, afirmam OFICIALMENTE ser a Acupuntura: "Em se tratando de uma Metodologia Terapêutica Milenar montada em bases Filosóficas dispares de qualquer formação acadêmica, em qualquer área profissional do campo da Saúde no país"; "Estas bases Filosóficas que movimentaram os Métodos e as Técnicas de Acupuntura são distintos dos princípios de diagnóstico e metodologia terapêuticas que movimentam academicamente as práticas de Saúde do mundo ocidental"; " Para a Acupuntura não há exigência de pré-qualificação no campo da medicina tanto no Brasil como no exterior. A mesma não é uma prática médica mas, sim, e tão somente uma Metodologia Terapêutica aplicável em qualquer campo do Saber na Saúde". Acrescentam ainda, de forma muito justa e honesta: "O Seminário contou apenas com a participação restrita e não representativa das profissões de Saúde, haja visto não terem sido convidados outros profissionais e mesmo autodidatas, que sempre demonstraram grau de responsabilidade com a questão da Acupuntura em nosso país". Relembrando: assinam este documento os representante oficiais dos Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Conselho Federal de Nutricionistas, Conselho Federal de Biologia, Conselho Federal de Odontologia, Conselho Federal de Farmácia, Conselho Federal de Biomedicina, Conselho Federal de Psicologia, Conselho Federal de Enfermagem, Conselho Federal de Medicina Veterinária, Conselho Federal de Serviço Social, Conselho Federal de Fonoaudiologia e, até mesmo, o próprio Conselho Federal de Medicina. Documento de teor semelhante é a Recomendação 27/93 da Comissão Técnica de Atuação Profissional na Área de Saúde, do Ministério da Saúde, afirmando: "Que no documento conclusivo do Seminário de Acupuntura transparece, fortemente, a vontade da criação de reserva mercantil para o exercício de tal atividade desconsiderando o aprofundamento necessário das discussões científicas e acadêmicas que envolvem a matéria". Convém lembrar que só uma lei federal pode restringir as práticas da Acupuntura para nossos filiados ao e não há um único projeto de lei que seja que tentasse enquadrá-la como monopólio médico. Todos os existentes visavam incluí-la como uma técnica distinta da classe médica. Como exemplos, podemos citar o próprio projeto desenvolvido pelo SINTE, que propõe a regulamentação da profissão de Terapeuta Holístico, que foi apresentado pelo ilustre Deputado José de Abreu, além dos anteriores do então senador Valmir Campelo que propunha a profissão de Terapeuta em Medicina Natural (projeto de Lei do Senado número 306, de 1991), além do PLC 67/95, e, o projeto mais explícito sobre Acupuntura, de autoria do então senador, e ex- PRESIDENTE DA REPÚBLICA, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, que dispõe sobre o exercício da profissão de Técnico em Acupuntura. Muito nos gratifica saber que o próprio Presidente da República concorda com nosso ponto de vista. Igualmente interessante é a jurisprudência sobre as técnicas naturalistas serem ou não atividades lícitas e se são ou não ato médico: TODOS os pareceres concluiram ser LIVRE o exercício profissional. Tanto isso é verdade que o CFM abriu mão de seu direito de se manifestar na ocasião em que o Sr. Dr. Waldir Paiva Mesquita, M. D. Presidente do Conselho Federal de Medicina, recebeu a Notificação do CFT — Conselho Federal de Terapia, remetida via Cartório do 2º Ofício de Brasília, onde interpelamos: "Pretende o CFM, de acordo com as suas resoluções, impedir o terapeuta "não-médico" de exercer a acupuntura?". Esta Notificação, somada a outras ações do CFT pôs fim a uma série de informações incorretas sobre o exercício da Acupuntura, conquistando o máximo de tranquilidade para nossos filiados.
    Curiosamente, após tanta polêmica, conforme noticiado no próprio Jornal do CFM (Ago/Set/96), acabou não sendo validada a "especialidade médica de acupuntura", pois, "... situações como a da Associação Médica Brasileira de Acupuntura, que foi reconhecida pelo CFM mas não integra a AMB, não podendo, portando, conceder título de especialista" (o grifo é nosso).
    Veja o texto A prática de acupuntura não caracteriza exercício ilegal de Medicina na figura a seguir:

    tribunais.jpg

    JUSTIFICATIVA SEMÂNTICA SOBRE QUIROPATIA
    Historicamente em português o primeiro termo a ser usado para definir a profissão foi quiroprática, uma vez que é a tradução literal de chiropractic, palavra que identifica esta atividade nos países de língua inglesa. No entanto, nas línguas latinas quando se associa a palavra prática a uma atividade qualquer, fica a impressão que trata-se de uma profissão adquirida apenas pela prática, que não há necessidade de estudos formais e treinamento específico para sua execução.
    Para evitar esse erro de interpretação, a partir de 1965 logo após a formação do primeiro grupo de profissionais brasileiros decidiu-se adotar a termo quiropatia, por identidade fonética a outras profissões, também na área da saúde, como homeopatia, alopatia, etc.
    A partir de 1992 com a vinda de novos profissionais formados nos EEUU., convencionou-se usar o termo quiropraxia uma vez que estaria mais de acordo com a origem grega do nome que define a profissão.
    Preferimos, no entanto, a grafia quiropatia por um hábito de mais de 30 anos, para designar a profissão, no entanto, o significado das 3 palavras são idênticos:

    profissãoprofissionalpalavras derivadas
    quiropatiaquiropata quiropaticamente, saudações quiropáticas, etc
    quiropráticaquiroprático quiropraticamente, saudações quiropráticas, etc
    quiropraxiaquiropraxista quiropraxicamente, saudações quiropráxicas, etc

    Todas traduzindo o significado do termo original em inglês chiropractic e chiropractor.
    Isto significa que toda vez que usarmos a palavra quiropatia ou um de seus derivados, pode-se substituir por quiroprática ou quiropraxia e seus derivados sem incorrer-se em erro. Todos os links internacionais serão acessados na grafia em inglês chriropractic.

    MANIPULAÇÃO E VENDA DE FITOTERÁPICOS, ESSÊNCIAS FLORAIS, LINHA ORTOMOLECULAR E ASSEMELHADOSA Vigilância Sanitária exige requisitos semelhantes aos de Farmácia sempre que existir a manipulação. Talvez o ideal seja terceirizar e conseguir sensibilizar um laboratório ou farmácia de manipulação para que assumam a responsabilidade na manipulação dos preparados.Quando se tratar da venda e/ou fornecimento tão somente de produtos já previamente manipulados, vendidos já prontos, devidamente industrializados e embalados, com farmacêutico e/ou químico responsável, constando o laboratório e/ou indústria fabricante, com CGC, endereço, acrescido do necessário registro ou no Ministério da Saúde ou no Ministério da Agricultura (em caso de estar dispensado de registro, esta condição terá que vir impressa no rótulo, juntamente com o número da Lei ou Portaria que autoriza a exceção), para estes casos, terá que ser aberto um estabelecimento comercial, com CGC, CCM, Contrato Social, além do alvará de funcionamento, pois não é qualquer local que pode obter a autorização para armazenagem de produtos para consumo. Os fitoterápicos tem como órgão encarregado da questão o Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância Sanitária e, para eles, todos são medicamentos, ou seja, pressupõem a existência de um médico, o qual dará o diagnóstico da doença e receitará o preparado. Este posicionamento, felizmente, fica difícil de ser aplicado, já que, legalmente, a maior parte dos fitoterápicos são de venda livre, ou seja, sem necessidade de receita médica. Assim sendo, na prática, as autuações da Vigilância Sanitária tem priorizado os casos em que o profissional tem seu consultório junto ao ponto de comercialização dos produtos. Ou seja, o profissional vende os próprios produtos que recomenda aos seus clientes. Portanto, se estiverem pretendendo atender profissionalmente e venderem os produtos que recomendam, preparem-se para aborrecimentos: a Vigilância Sanitária considera anti-ético. Por este mesmo motivo é que um médico não pode ser dono de farmácia: para não ser "tentado" a receitar cada vez mais medicamentos, já que teria lucro nas vendas dos mesmos... É claro que, algumas pessoas poderiam fazer uso de artifícios, tipo um médico ter seu consultório montado num local e a esposa ter uma farmácia montada em outro e ele recomendaria aos seus pacientes que comprassem lá... Convenhamos, é um assunto muito polêmico, razão pela qual não se recomenda que sejam montados consultórios junto a pontos de venda de produtos naturalistas... FITOTERÁPICOS, PRODUTOS ORTOMOLECULARES e ESSÊNCIAS FLORAIS, legalmente, por serem de "venda livre", qualquer pessoa, Terapeuta Holístico ou não, pode "recomendá-los" (lembre-se: nunca nomine estes produtos como "medicamentos" e jamais os "prescreva" ou "receite", deve-se, apenas, "recomendá-los"). Na prática, entretanto, todas as "vozes corporativistas" se levantam contra e vão até o fim, mesmo sabendo que irão perder a causa. IMPORTANTE: jamais o Terapeuta Holístico deve alegar ter recomendado algum produto para tratar alguma "doença" (exemplos: varizes, celulite, micose, dermatite, bronquite, enxaqueca, etc., são palavras de uso comum, mas que designam doenças e doença é diagnóstico e monopólio médico), deve, isto sim, afirmar que o "recomendou" para "harmonizar, equilibrar, etc." os "desequilíbrios energético, as disfunções, etc.". Na prática, as autuações da Vigilância Sanitária tem priorizado os casos em que o profissional tem seu consultório junto ao ponto de comercialização dos produtos. Ou seja, o Terapeuta Holístico vende os próprios produtos que recomenda aos seus clientes. Portanto, se estiverem pretendendo atender profissionalmente e venderem os produtos que recomendam, preparem-se para aborrecimentos: a Vigilância Sanitária considera anti-ético. Por este mesmo motivo é que um médico não pode ser dono de farmácia: para não ser "tentado" a receitar cada vez mais medicamentos, já que teria lucro nas vendas dos mesmos... É claro que, algumas pessoas poderiam fazer uso de artifícios, tipo um médico ter seu consultório montado num local e a esposa ter uma farmácia montada em outro e ele recomendaria aos seus pacientes que comprassem lá... Convenhamos, é um assunto muito polêmico, razão pela qual não se recomenda que sejam montados consultórios junto a pontos de venda de produtos naturalistas... O ideal é recomendar seu cliente a comprar os produtos em casas de naturalistas e farmácias (estes sim, os locais habilitados para comercialização e emitir Notas Fiscais pelas vendas), se não tiver como evitar de ter produtos em seu consultório, ter a Nota Fiscal de compra dos mesmos e jamais vendê-los, ou seja, se atende um cliente com florais, produtos ortomoleculares e/ou fitoterápicos, você vai "dar" o produto, jamais vai vendê-los à parte, devendo ter isso em conta ao estabelecer o preço da consulta (importante: um só preço, quer a pessoa vá usar produtos ou não).

    MODELO DE AUTORIZAÇÃO DE ATENDIMENTO COM TH A CLIENTE MENOR DE 18 ANOSA privacidade cliente / terapeuta holístico é justificável, outrossim, se as técnicas que utilizadas possibilitarem, melhor será a presença dos responsáveis durante o atendimento. Em ambos os casos, é correto obter a autorização assinada de pelo menos um dos pais ou responsável, a qual deve ser anexada junto à ficha do cliente. Para tanto, pode-se utilizar uma folha do BRT, com o seguinte texto:

    Eu, Fulano(a) de Tal, pai, mãe ou responsável, autorizo o atendimento com Terapia Holística, com as técnicas XXXXXXXXXXXX, ao(à) menor Fulano(a) de Tal Júnior, com o(a) Terapeuta Holístico Ciclano de Tal — CRT XXXXX
    Local, data e assinatura

    MODELO DE BLOCO DE RECOMENDAÇÃO TERAPÊUTICA — BRTUm fator importante para todo Terapeuta Holístico é distinguir claramente a sua profissão das demais atividades ligadas à saúde. Registramos inúmeros casos onde ocorreram acusações de "exercício ilegal de medicina" e de "estar de posse e fazer uso de Receituário Médico falsificado", pelo simples fato do Terapeuta Holístico fazer uso de um bloco com texto e modelos de impressão completamente desaconselháveis do ponto de vista legal. Abaixo, está o formato recomendado por nossa organização. O BRT serve também para estas circunstâncias: "Declaro, para os devidos fins, que a Sra. Fulana de Tal realiza comigo sessões de Terapia Holística, por tempo indeterminado, ao custo de R$ 50,00 cada". Lembrando que isto só é possível se o colega for registrado como autônomo na Prefeitura e que deve declarar isto em seu imposto de renda. Caso não queira usar seu BRT, pode fazer uso de um recibo vendido em papelarias chamado RPA. O BRT também pode ser utilizado para atestar presença: "Atesto para os devidos fins que Fulano de Tal esteve em consulta na data de XX de XX de 2000, das XXhs às XXhs" — atenção: inexiste lei que obrigue qualquer empresa a reembolsar, a abonar faltas ou atrasos de seus funcionários por estarem em atendimento com Terapia Holística, por isso, cuidado com possíveis usos indevidos de seus atestados de presença.

    MODELO DE FICHA DE CLIENTE — FCUm fator importante para todo Terapeuta Holístico é distinguir claramente a sua profissão das demais atividades ligadas à saúde. Registramos inúmeros casos onde ocorreram acusações de "exercício ilegal de medicina" e de posse e uso de "Prontuário Médico falsificado", pelo simples fato do Terapeuta Holístico fazer uso de uma ficha com texto e modelos de impressão completamente desaconselháveis do ponto de vista legal. Muitos colegas substimam as implicações que podem decorrer do uso de termos inadequados nas fichas de seus clientes, supondo serem estas invioláveis. Entretando há registros de apreensão dos cadastros de clientes de profissionais, sob o pretexto de investigar-se suposto exercício ilegal de profissão, sendo as fichas submetidas à perícia de, é claro, médicos, os quais ao localizarem uma simples menção a um nome de doença, darão seus pareceres confirmando a existência do crime de exercício ilegal de medicina, pois tanto diagnóstico, quanto tratamento de doenças é monopólio médico segundo a legislação vigente. Como Terapeuta Holístico trabalha sobre um paradigma absolutamente distinto, realmente inexiste justificativa para constar este tipo de dados na FC, exceto se estiver explicitado o médico responsável pela informação, comprovando que em momento algum, o Terapeuta Holístico extrapolou as atribuições de sua profissão.

    NORMAS TÉCNICAS SETORIAIS VOLUNTÁRIAS PARA O REIKI: UM GRANDE DESAFIOUma NTSV deve ser redigida isenta de passionalismos, quer seja a favor, quer seja contra, levando em consideração o equilíbrio entre os justos interesses dos profissionais e os do público consumidor de seus serviços. O REIKI vem conquistando um espaço cada vez maior e, em igual proporção, chama a atenção dos não-simpatizantes da Terapia Holística, que sentem seus interesses financeiros, filosóficos e até religiosos supostamente ameaçados. Uma vez que inexiste qualquer possibilidade de lesão física do cliente da TRK, resta aos opositores o caminho do enquadrar seus perseguidos nas "armadilhas" de nossa legislação, cuja interpretação maleável permite a ocorrência de enormes injustiças. Como diz o ditado: "para os amigos, tudo; para os inimigos, a LEI". No Código Penal, se observamos os Artigo 284 (CURANDEIRISMO) — Exercer o curandeirismo: I — Prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância; II — Usando gestos, palavras ou qualquer outro meio; III — Fazendo diagnóstico; e o Artigo 283 (CHARLATANISMO) — Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível. Ou seja, se uma pessoa má intencionada quiser prejudicar aqueles que INADVERTIDAMENTE, utilizem expressões como "cura" ou que utilize símbolos "secretos" do REIKI, bastará ir à delegacia de polícia mais próxima e registrar queixa... Atentem para o detalhe que o delito é caracterizado independentemente da qualidade dos resultados terapêuticos e de ter havido ou não remuneração. A terminologia utilizada nas NTSV pode causar estranheza ao profissional numa primeira observação, porém, cada expressão foi selecionada cuidadosamente com o objetivo de prevenir quanto às "armadilhas" legais ocasionadas por palavras mal aplicadas em publicidade, cartões de visita, páginas na Internet e similares. Ainda na linha de evitar controvérsias jurídicas, é fundamental que os símbolos do REIKI sejam tornados cada vez mais públicos (jamais confundir "sagrado" com "oculto", "secreto"), pois, desta forma, fica descaracterizada qualquer acusação de que esteja sendo utilizado um "meio secreto".
    Devemos, também, reavaliar de forma autocrítica e construtiva, certas suposições transformadas em "fatos" pela paixão. Muito comum é vermos na literatura supostas aprovações oriundas da OMS — Organização Mundial da Saúde em relação ao REIKI e aos Florais de Bach, o que é uma inverdade. O que de fato houve, e isto em 1969, é a Declaração de Alma Ata, onde a OMS definiu que os países membros deveriam fazer uso das terapias "alternativas" (daí que se iniciou este termo "inadequado"...) como complemento, sem, em absoluto, citar nominalmente o REIKI ou as essências florais. Claro que isto em nada diminui a eficácia destas técnicas, que funcionam, quer sejam estimuladas ou não pelos organismos oficiais. Outrossim, tentar apaixonadamente "valorizar" as técnicas, sem confirmar a veracidade do que se divulga, com o tempo acaba surtindo efeito contrário, pois um simples consulta ao site da OMS via Internet põe por terra o que se alegou, o que acaba por afastar as pessoas mais criteriosas. Da mesma forma, "romancear" a biografia dos grandes nomes em cada técnica também se tornou um hábito perigoso. MIKAO USUI foi, sem dúvida, um grande homem e nos legou uma obra significativa, por isso, é desnecessário se deixar levar pela paixão a atribuir-lhe títulos, viagens e diplomas os quais uma simples consulta junto às entidades citadas em suas "biografias" mostra o contrário. E isto pode ser usado contra em debates, reportagens ou, pior, em processos legais. As técnicas funcionam, por isso "florear" suas histórias torna-se desnecessário e até inconveniente. Por exemplo: alegarmos que esta ou aquela técnica são comprovadas pela "ciência". Ora, o que os meios de comunicação e as leis consideram "ciência" é justamente aquela promovida pelos grandes laboratórios e universidades, cujos representantes discordarão veementemente desta afirmação. Deus, amor, ódio existem e jamais podem ser considerados "científicos"; nem por isso se tornam mais ou menos importantes a atuantes. O REIKI nada tem de "científico", do ponto de vista laboratorial; e daí? Todas as técnicas utilizadas na Terapia Holística também estão fora do padrão da "ciência oficial" e nem por isso deixaram de funcionar nos últimos milhares e milhares de anos...
    As NTSVs, repetimos, devem ser isentas de paixão para se adequarem aos padrões internacionais, baseando-se em correlatos de outras profissões, legislação, normas já estabelecidas e no consenso. Por exemplo: para quem é Reikiano pode parecer inconcebível que outra pessoa que não Mikao Usui possa apreender a técnica diretamente, via "insight", sem ser iniciado por um Mestre. Já para quem é "de fora", isto pode parecer perfeitamente possível... Do ponto de vista extritamente legal, é impossível impedir alguém de fazer uso da expressão REIKI em suas atividades profissionais, quer tenha sido iniciado por um Mestre de linhagem comprovada ou não; poderia alegar, inclusive (lembre-se, do ponto de vista da legislação...) que é autodidata... Já que a Lei não impede, somente a ÉTICA pode estabelecer uma solução e é aí que as NTSVs adquirem importância ainda maior. Dizer-se Reikiano sem cumprir os requisitos tradicionais, não é ilegal, mas sem dúvida, é ANTI-ÉTICO. Ou seja, a 1a NTSV — REIKI dá o primeiro passo para definir e esclarecer à sociedade e aos profissionais o que é ser um Terapeuta em Reiki, independente das controvérsias entre as diversas associações estabelecidas de fato ou de direito na área. Com o devido respeito a estas entidades, as quais cumprem importante papel, o fato é que sindicatos são organismos de hierarquia superior, ainda mais no caso do SINTE, que é reconhecido pelo governo como NACIONAL. Justamente por isso é que as associações se filiam ao SINTE, que atua como polo de UNIÃO e de conciliação. O Reiki foi a primeira técnica de aplicação de energia vital a ser apreciada com uma NTSV, devido ao grande número de filiados registrados nesta técnica. Em hipótese alguma, isto pode ser considerado demérito para as demais técnicas energéticas, já existentes ou que venham a ser criadas, as quais, por respeito e ética, certamente terão suas próprias nomenclaturas e regras a ser seguidas, distintas das estabelecidas pelo sistema Usui e que serão objeto de suas respectivas Normas Técnicas futuras.

    O QUE É QUIROPATIACIÊNCIA E ARTE DE RECUPERAR A SAÚDE COM AS MÃOS
    Tratando a causa, não apenas os sintomas...
    A QUIROPATIA é a terapia complementar que mais cresce no mundo hoje. Nos Estados Unidos, os quiropatas (ou chiropractors) são o terceiro maior grupo de profissionais ligados a saúde, ficando abaìxo apenas dos médicos e dos dentistas. A principal! razão deste crescimento é o resultado.
    O tratamento quiropático é seguro, e essencialmente indolor. A QUIROPATlA restabelece a saúde e alivia a dor sem medicamentos ou cirurgias.
    O Gray's Anatomy — um dos mais importantes livros de medicina — (30" edição, página 5) diz: "A finalidade do sistema nervoso é controlar e coordenar a função de todos os tecidos, órgãos e sistemas da corpo". Assim, a base científica da QUIROPATIA está fundamentada no livre funcionamento do sistema nervoso.
    Este é o objetivo principal da QUIROPATIA, eliminar eventuais interferências no sistema nervoso. lsto é feito através do ajuste quiropático feito nas sessões de QUIROPATIA. Ao fazer esse ajuste, o quiropata atua no que chamamos "subluxação vertebral". Em termos simplificados, a subluxação ocorre quando uma determinada articulação não está se movimentando adequadamente e trazendo como consequência uma alteração nas fibras nervosas.
    Cientificamente conceituamos atualmente a subluxação como um "complexo de mudanças histológicas e/ou estruturais e/ou funcionais que comprometem a integridade neural e que interfere na função dos órgãos e na saúde em geral".
    Estes fatos levam freqüentemente as pessoas a pensarem no Quiropata como um especialista em ossos, rnas o quiropata é também, na verdade um especialista do sistema nervoso. O ajuste osteo-articular libera assim as estruturas nervosas de pinçamentos ou irritações. Livre para funcionar corretamente, o sistema nervoso pode fazer restabelecer e condição de saúde deste organismo.

    OS MELHORES ESTÍMULOS PARA A CALATONIA AURICULARDos atuais recursos disponíveis, sem dúvida, os biofótons são os mais capacitados. Para tanto, pode-se usar os próprios dedos (são bons emissores de biofótons), em toques suaves nos pontos detectados ou fazer aplicações por aparelhos que emitam luz visível ou infravermelha, o mais próximo possível do padrão "softlaser" (monocromaticidade, feixe coerente e potência reduzida, não térmica), principalmente os que possibilitam regulagens rítmicas, que são ótimos fatores de ressonância.

    OUTRAS MANEIRAS DE DETECTAR OS DESEQUILÍBRIOSOs assim chamados "pontos de acupuntura" possuem baixa resistência elétrica, o que possibilita a aparelhagens específicas, capazes de injetar uma corrente elétrica sutil, obterem a sua localização exata. Aí é que reside a grande vantagem da Auriculoterapia sobre a Acupuntura convencional: nesta última, os pontos serão localizados, quer sirvam para tratamento, ou não; já no caso da orelha, só existirão pontos se eles estiverem desequilibrados, ou seja, com o correto uso da aparelhagem, ela própria acaba por realizar a avaliação de quais os desequilíbrios existentes. Outros modos de detectar-se os desequilíbrios: procure na orelha regiões descamadas, feridas ou com espinhas, pois isto não ocorre ao acaso. Observe os mapas auriculares e verá que suas localizações correspondem às partes corpóreas afetadas. Mais uma dica: quando houver dor no físico, igualmente haverá na região auricular correspondente. Portanto, basta palpar o pavilhão auricular com o dedo ou com um bastonete que, onde doer, significa que igual sensação está ocorrendo na zona do corpo que lhe é reflexa.

    PROJETOS DE LEI FEDERAL- AFETAM OU NÃO NOSSOS DIREITOS?De tempos em tempos, surgem boatos de que a classe médica passou a monopolizar esta ou aquela técnica. Recentemente, foi a vez da Acupuntura passar pela "boataria", só porque um Projeto de Lei (veja bem: projeto, ou seja, não aprovado...) passou por uma votação em mais uma simples etapa das inúmeras que terá que percorrer por muitos e muitos anos, ainda. Ou seja, nada mudou: você que é filiado ao SINTE é LIVRE para exercer a Terapia Tradicional Chinesa.
    Independente das técnicas que você pratica, é bom que saiba como tramita um Projeto de Lei (para que jamais leve um "susto" com outros boatos). Tomemos como exemplo, o PL 67/95, que trata sobre o exercício da Acupuntura. Primeiramente, em 1991, ele foi apresentado à Câmara Federal pelo Deputado Marcelino Romano Machado, sob o número PL 383/91, e tramitou durante anos e anos pelas mais diversas Comissões (Justiça e Redação, Assuntos Sociais, etc, etc.), onde eram propostas e votadas alterações em seu texto, até, finalmente ser apresentada para apreciação em Plenário, para todos os Deputados, o que só ocorreu quatro anos depois, com a aprovação como sendo uma prática médica. Claro, isto não tem valor prático, pois, o Projeto ainda teria que ser remetido para o Senado e passar pelo mesmo processo (Comissão por Comissão, até ser apresentada em Plenário...). O Senador Valmir Campelo apresentou em 1995 um substitutivo à redação original, tornando-o menos injusto e ganhou novo nome: PL 67/95, reiniciando a maratona de Comissões, durante anos e anos. Recentemente, em abril de 2000, um novo texto foi aprovado numa destas infindáveis etapas, voltando a propor a Acupuntura como exclusividade aos médicos e aos que já a exerçam nos últimos 3 anos. Resultado prático: nenhum, pois ainda terá que ser apresentado em Plenário para todos os Senadores (sabe-se lá quando entrará em pauta, pois nem assuntos absolutamente prioritários para o país são votados, imagine este...) e, se for aprovado, voltará para a Câmara Federal (de onde foi sua origem), reiniciando (de novo!) a maratona de etapas de tramitação pelas Comissões, sofrendo novos substitutivos em sua redação, etc., etc, enfim, anos e anos ainda pela frente. E, mesmo se daqui a inúmeros anos, este Projeto fosse aprovado, ainda restaria a etapa final: a sanção do Presidente da República (detalhe: outro Projeto de Lei anterior sobre Acupuntura, de autoria do próprio Fernando Henrique Cardoso, não passou...).
    Na verdade, a busca desenfreada por uma Lei Federal é fruto da desatualização de muitos de nós, que ainda padecem de resquícios da ditadura militar sofrida recentemente por este país. Para sermos claros, melhor é a inexistência de leis sobre o exercício de nossa profissão, do que uma que seja mal elaborada. A ausência de Lei específica torna a Terapia Holística lícita, ou seja, sem impedimento legal e livre para ser exercida por qualquer cidadão e é justamente isto que permite que você e eu trabalhemos dignamente como Terapeutas Holísticos.
    Sabendo disto tudo, você poderia perguntar, então, para que serve um Projeto de Lei Federal que regulamenta profissão, se tramitam por anos e anos e são sempre arquivados — somente para angariar votos dos eleitores para os políticos? Na verdade, a utilidade é servir de ponto de UNIÃO entre os profissionais, uma "bandeira" a somar a todos em suas justas reivindicações. Neste sentido é que apoiamos o Projeto de Lei 2783/97, que Regulamenta a Terapia Holística, pois este sim, UNE a todos nós, pois SOMA acupunturistas, terapeutas florais, cromoterapeutas, fitoterapeutas, psicanalistas, terapeutas corporais, arteterapeutas, enfim, TODOS sob a mesma e poderosa bandeira: a TERAPIA HOLÍSTICA.
    Já imaginaram se os médicos, ao invés de criarem uma única lei, quisessem uma exclusiva para os ginecologistas, outra só para os pediatras, outra só para os ortopedistas, etc, etc? Estariam até hoje sem conseguir nada. Outro bom exemplo é o dos engenheiros, arquitetos e agrimensores: UNIDOS, conseguiram se regulamentar; se tivessem perdido tempo querendo uma lei só para os engenheiros civis, outra só para os eng. eletrônicos, outra só para os arquitetos, outra só para os agrimensores, etc, etc, também nada teriam conseguido, pois ficariam tão divididos que estariam até hoje sem representatividade.
    Devemos seguir estes exemplos bem-sucedidos e parar com a tentação da dispersão: chega de ilusões com projetos de lei separados, um para acupuntura, outro para massoterapia, outro para estética, outro e mais outro e mais outro, pois assim, a HISTÓRIA provou que nada se consegue.
    Todos vamos permanecer UNIDOS num PROJETO DE LEI UNIFICADO, que é o que regulamenta a TERAPIA HOLÍSTICA.
    E, ao invés de perder-se tempo tomando "sustos" com notícias de projetos e mais projetos de lei federal, que tal todos fazermos algo de realmente útil e obtermos DIREITO ADQUIRIDO ao exercício da Terapia Holística? Como o nome sugere e a História comprova, Lei nova alguma tira o Direito Adquirido, por isso trate de comprovar OFICIALMENTE que exerce o maior número de técnicas possíveis.
    E como comprovar isto OFICIALMENTE? Primeiramente, quanto mais anos você for filiado ao SINTE, maior é a sua comprovação OFICIAL, pois nosso sindicato é o único NACIONAL, reconhecido pelo MINISTÉRIO DO TRABALHO e que tem sob sua jurisdição TODAS as técnicas. Já pensou se você tivesse que se inscrever num sindicato só para acupuntura, noutro só de massagem, noutro só de estética, noutro só de florais, etc, etc.,? Novamente teríamos uma divisão que só enfraqueceria a categoria e, o que é pior, como todo bom profissional trabalha com várias técnicas distintas, não estaria garantido porque teria se filiado a uma entidade muito específica, que abrange uma só ou poucas técnicas... Ao manter-se em dia com seus investimentos junto ao SINTE, você está obtendo comprovação Oficial dos anos que exerce a profissão, proporcionado direito adquirido para todas as técnicas, e eis a grande vantagem da UNIFICAÇÃO de todos nós como Terapeutas Holísticos. Ao registrar-se como autônomo ou como empresa, opte sempre por nominar-se Terapeuta Holístico, ao invés de se "dividir" para uma ou outra técnica: eis mais uma garantia para você, pois quitar impostos comprova seu tempo de exercício profissional. Da mesma forma, ao quitar sua GRCS — Guia de Recolhimento de Contribuição Sindical expedida pelo SINTE, único sindicato em nossa categoria autorizado pelo Ministério do Trabalho a fazê-lo, igualmente se vincula Oficialmente ao governo como Terapeuta Holístico. E eis mais um DOCUMENTO MÁXIMO a comprovar seu direito ao livre exercício da Terapia Holística: a RESIDÊNCIA em Terapia Holística no Serviço Público de Saúde, mais uma exclusividade do SINTE, que conquistou este direito para seus filiados já em 10 Prefeituras (sempre estamos expandindo...): se você pode exercer sua profissão OFICIALMENTE (com Decreto municipal, convênio e contrato assinados) no serviço PÚBLICO de saúde, é claro que você já garantiu para sempre seu direito adquirido a exercer a Terapia Holística em seu consultório particular...
    Você ainda quer SOMAR mais garantias de Direito Adquirido, especificando técnica por técnica que exerce? Também temos a solução: invista em sua Certificação nas Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, que é mais um DOCUMENTO a lhe diferenciar positivamente no mercado de trabalho, além de Oficializar sua capacitação, pois a imensa maioria de nós tem diplomas de cursos livres (por melhor que sejam, não tem chancela do MEC...), ou de escolas estrangeiras (que não são reconhecidos no Brasil...), por isso, eis a grande oportunidade de obter a merecida CERTIFICAÇÃO emitida e referendada por ÓRGÃO OFICIAL: o SINTE, que é reconhecido pelo governo federal (MTb), o que possibilita Fé Pública a todos os documentos que emite.
    Ou seja, para obter DIREITO ADQUIRIDO e nos garantir, independentemente, dos anos e anos sem fim que demora a tramitação de uma Lei Federal, vamos investir na melhor proposta existente, que é a AUTO-REGULAMENTAÇÃO.
    O maior valor de todos nós, Terapeutas Holístico é que, ao contrário de certas profissões, onde tudo é obrigado por lei, nossa adesão é voluntária, espontânea e democrática, onde cada um de nós adere ao cumprimento de nosso Código de Ética e às Normas Técnicas Setoriais Voluntárias por consciência de classe, por maturidade profissional e graças ao apoio maciço da mídia, a sociedade saberá retribuir prestigiando cada dia mais somente aos consultórios de quem possui Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado e, ainda mais, a quem aderir às Normas Técnicas Setoriais Voluntárias.
    A UNIÃO de todos ao SINTE é que transforma a Terapia Holística na profissão do Século 21!

    RADIESTESIA, RADIÔNICA, FENG SHUI E LEGISLAÇÃO BRASILEIRAUma NTSV deve ser redigida isenta de passionalismos, quer seja a favor, quer seja contra, levando em consideração o equilíbrio entre os justos interesses dos profissionais e os do público consumidor de seus serviços. A Radiestesia, a radiônica e o Feng Shui vem conquistando um espaço cada vez maior e, em igual proporção, chama a atenção dos não-simpatizantes da Terapia Holística, que sentem seus interesses financeiros, filosóficos e até religiosos supostamente ameaçados. Uma vez que inexiste qualquer possibilidade de lesão física do cliente da TR, resta aos opositores o caminho do enquadrar seus perseguidos nas armadilhas de nossa legislação, cuja interpretação maleável permite a ocorrência de enormes injustiças. Como diz o ditado: "para os amigos, tudo; para os inimigos, a LEI". No Código Penal, se observamos os Artigo 284 (CURANDEIRISMO)— Exercer o curandeirismo: I — Prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância; II — Usando gestos, palavras ou qualquer outro meio; III — Fazendo diagnóstico; e o Artigo 283 (CHARLATANISMO) — Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível. Ou seja, se uma pessoa má intencionada quiser prejudicar aqueles que INADVERTIDAMENTE, utilizem expressões como "cura" ou que utilize símbolos "secretos" (gráficos radiônicos...), bastará ir à delegacia de polícia mais próxima e registrar queixa... Atentem para o detalhe que o delito é caracterizado independentemente da qualidade dos resultados terapêuticos e de ter havido ou não remuneração. A termilogia utilizada nas NTSV podem causar estranheza ao profissional numa primeira observação, porém, cada expressão foi selecionada cuidadosamente a prevenir as "armadilhas" legais ocasionadas por palavras mal aplicadas em publicidade, cartões de vista, páginas na Internet e similares. Ainda na linha de prevenir controvérsias, é fundamental que os gráficos radiônicos sejam tornados cada vez mais públicos (jamais confundir "sagrado" com "oculto"), pois, desta forma, fica descaracterizada qualquer acusação de que esteja sendo utilizado um "meio secreto".
    Devemos, também, reavaliar de forma autocrítica e construtiva, certas suposições transformadas em "fatos" pela paixão. As técnicas funcionam, por isso "florear" suas histórias torna-se até inconveniente, como, por exemplo, alegarmos que são comprovadas pela "ciência". Ora, o que os meios de comunicação e as leis consideram "ciência" é justamente aquela promovida pelos grandes laboratórios e universidades, discordarão veementemente desta afirmação. Deus, amor, ódio existem e jamais podem ser considerados "científicos"; nem por isso se tornam mais ou menos importantes a atuantes. O Radiestesia e a Radiônica nada tem de "científico"; e daí? Todas as técnicas utilizadas na Terapia Holística também estão fora do padrão da "ciência" e nem por isso deixaram de funcionar nos últimos milhares e milhares de anos... Dentre as abordagens mais respeitadas, há de se destacar a Teoria da Sincronicidade Junguiana, fundamental para o entendimento das mais variadas técnicas que utilizamos em nossos consultórios.
    As NTSVs, repetimos, devem ser isentas de paixão para se adequarem aos padrões internacionais, baseando-se em correlatos de outras profissões, legislação, normas já estabelecidas e no consenso.

    INADEQUAÇÃO QUANTO AO USO DE ROUPAS BRANCASInexiste qualquer Lei que proiba o branco, ou que o torne exclusivo de uma só profissão: açougueiros, vendedores de picolé, pais e mães-de-santo, etc. muita gente o usa.
    Outrossim, o bom-senso nos leva a desaconselhar o seu uso, tendo em vista ser muito tênue a linha que separa o gosto pessoal pelo branco com a acusação de falsidade ideológica e de exercício ilegal de medicina. A recomendação expressa é higiêne, bom gosto ao se vestir e abolir o branco, cor, aliás, que nem os médicos mais estão usando: suja muito.

    SIMPLIFICANDO A SELEÇÃO DOS PONTOSConforme dito anteriormente, dificilmente se encontrará mais que uns 05 pontos a serem equilibrados. Se possui conhecimentos maiores de anatomia, estará bem servido pelos mapas auriculares da escola francesa. Se a sua formação tender mais para a "anatomia energética", um bom procedimento é fazer a pesquisa nos órgãos equivalentes aos Cinco Movimentos Chineses: coração e intestino delgado (Fogo), baço-pâncreas e estômago (Terra), pulmão e intestino grosso (Metal), rim e bexiga (Água) e fígado e vesícula bilear (Madeira). Em minha prática de consultório, opto por esta segunda alternativa, acrescida de uma pesquisa de pontos na região correspondente à coluna e em outras relativas às queixas do cliente ou suspeitas devido aos sintomas apresentados.

    TERAPEUTA EM ESTÉTICA E A LEI 9474/96 — SPCONSIDERANDO a definição de Terapeuta em Estética estabelecida nas NTSV, CONSIDERANDO os estudos realizados no referente à devida interpretação da Lei nº 9.474, de 30 de dezembro de 1996, promulgada pelo Governador do Estado de São Paulo, que "estabelece normas relativas às condições de funcionamento de clínicas, estabelecimentos e congêneres especializados no trato da obesidade e estabelecimento", CONSIDERANDO a necessidade de orientar, no referente à Terapia Holística, as repartições federais, estaduais e municipais na concessão de registros ou licenças para funcionamento ou renovação de atividades, bem como aos órgãos ligados à saúde, e, à sociedade em geral, resolve: Art. 1º — Tornar público, inclusive, para fins de direito, que o profissional possuidor de CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado, que seja reconhecido pelo SINTE como Terapeuta em Estética, não se enquadra na Lei nº 9.474, de 30 de dezembro de 1996, promulgada pelo Governador do Estado de São Paulo; Art. 2º — A retrocitada Lei não se aplica aos Terapeutas em Estética que possuam CRT, tento em vista que, na abordagem holística em que trabalham, não cabe a possibilidade de se enquadrarem como especialistas no trato de obesidade e emagrecimento.

    TERAPEUTA EM ESTÉTICA, TERAPEUTA ORTOMOLECULAR E A PORTARIA CVS-15/99 — SPComo é de costume, mais uma Portaria da Vigilância Sanitária idealizada por e para uma única classe profissional, a qual parte do pressuposto que todo estabelecimento que utilize estética e/ou ortomolecular tem um médico responsável. CONSIDERANDO que somente o governo federal, por meio de processo legislativo (Câmara Federal, Senado e Presidência da República) pode estabelecer regras para o exercício de profissões, é de pressupor que a CVS não pretende ultrapassar seus limites legais e tentar definir qual profissão pode ou não utilizar a estética e/ou a ortomolecular, no que se conclui que todo estabelecimento não-médico está fora do enquadramento da CVS — 15/99. Qualquer tentativa de se obrigar um consultório de um Terapeuta Holístico (claro, que atue dentro dos limites definidas nas NTSVs...) em mudar de categoria e contratar um médico responsável deve ser objeto de contestação, inclusive judicialmente.

    TERAPIA EM SINCRONICIDADE E LEGISLAÇÃO BRASILEIRAUma NTSV deve ser redigida isenta de passionalismos, quer seja a favor, quer seja contra, levando em consideração o equilíbrio entre os justos interesses dos profissionais e os do público consumidor de seus serviços. Astrologia, Numerologia, I Ching, Taro, Radiestesia, Feng Shui, toda a gama de técnicas que atuem sobre a sincronicidade vem conquistando um espaço cada vez maior e, em igual proporção, chama a atenção dos não-simpatizantes da Terapia Holística, que sentem seus interesses financeiros, filosóficos e até religiosos supostamente ameaçados. Uma vez que inexiste qualquer possibilidade de lesão física do cliente da TS, resta aos opositores o caminho do enquadrar seus perseguidos nas armadilhas de nossa legislação, cuja interpretação maleável permite a ocorrência de enormes injustiças. Como diz o ditado: "para os amigos, tudo; para os inimigos, a LEI". Até a bem pouco tempo, existia a ameaça do Art. 27 do Decreto-Lei 3.688 — Lei das Contravenções Penais: "Explorar a credulidade pública mediante sortilégios, predição do futuro, explanação do sonho ou práticas congêneres: pena de prisão simples de um a seis meses e multa". Atentem para o detalhe que o delito é caracterizado independentemente da qualidade dos resultados e de ter havido ou não remuneração... Ou seja, se uma pessoa má intencionada quisesse prejudicar aqueles que utilizassem astrologia, taro, quiromância análise de sonhos e similares, bastaria ir à delegacia de polícia mais próxima e registrar queixa... Um trabalho conjunto e silencioso de vários grupos, dos quais fazemos parte, pelas mãos do então Deputado Federal Almino Afonso, obteve sanção do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso para a Lei 9521/97, revogando o absurdo Art. 27 da Lei das Contravenções Penais.
    Vários outros Artigos de Lei merecem igualmente serem revogados ou revistos, porém, como continuam em vigor, devemos redobrar nossas atenções. No Código Penal, se observamos o Artigo 284 (CURANDEIRISMO) — Exercer o curandeirismo: I — Prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância; II — Usando gestos, palavras ou qualquer outro meio; III — Fazendo diagnóstico; e o Artigo 283 (CHARLATANISMO) — Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível. Ou seja, se alguém quiser prejudicar aqueles que INADVERTIDAMENTE, utilizem expressões como "cura" ou que utilize símbolos "secretos" (gráficos radiônicos, mapas astrológicos, cabalísticos, etc...), basta registrar queixa em qualquer delegacia...
    A termilogia utilizada nas NTSV podem causar estranheza ao profissional numa primeira observação, porém, cada expressão foi selecionada cuidadosamente a prevenir as "armadilhas" legais ocasionadas por palavras mal aplicadas em publicidade, cartões de vista, páginas na Internet e similares.
    Devemos, também, reavaliar de forma autocrítica e construtiva, certas suposições transformadas em "fatos" pela paixão. As técnicas funcionam, por isso "florear" suas histórias torna-se até inconveniente, como, por exemplo, alegarmos que são comprovadas pela "ciência". Ora, o que os meios de comunicação e as leis consideram "ciência" é justamente aquela promovida pelos grandes laboratórios e universidades, discordarão veementemente desta afirmação. Deus, amor, ódio existem e jamais podem ser considerados "científicos"; nem por isso se tornam mais ou menos importantes a atuantes. A Terapia Em Sincronicidade nada tem de "científico"; e daí? Todas as técnicas utilizadas na Terapia Holística também estão fora do padrão da "ciência" e nem por isso deixaram de funcionar nos últimos milhares e milhares de anos... Dentre as abordagens mais respeitadas, há de se destacar a Teoria da Sincronicidade Junguiana, fundamental para o entendimento das mais variadas técnicas que utilizamos em nossos consultórios.
    As NTSVs, repetimos, devem ser isentas de paixão para se adequarem aos padrões internacionais, baseando-se em correlatos de outras profissões, legislação, normas já estabelecidas e no consenso.

    TVP — TERAPIA DE VIDAS PASSADAS: INTERFERÊNCIA DO TERAPEUTA HOLÍSTICO NA FILOSOFIA OU RELIGIÃO DO CLIENTE?A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o TH impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo cliente e TH, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    USO DOS TERMOS "PSICANÁLISE" E "PSICOTERAPIA" NA TERAPIA HOLÍSTICAIndependentemente das definições de dicionário, somente as expressões abordadas em Lei Federal tem restrição de uso. A princípio, o Terapeuta Holístico pode, livremente, fazer uso das expressões "psicanálise" e "psicoterapia", pois nenhuma delas é limitada ou definida como exclusiva para uma só profissão por Lei Federal, podendo ser utilizada por qualquer pessoa. Outrossim, desaconselhamos o uso da expressão "psicoterapia", precedida da palavra "instituto", pois os Institutos de Psicoterapia se enquadram no DECRETO 20.931 DE 11/01/1932, que Regula e Fiscaliza o Exercício da Medicina, da Odontologia, da Medicina Veterinária e das Profissões de Farmacêutico, Parteira e Enfermeira, no Brasil, e Estabelece Penas, no "ART.24 — Os institutos hospitalares de qualquer natureza, públicos ou particulares, os laboratórios de análises e pesquisas clínicas, os laboratórios de soros, vacinas e outros produtos biológicos, os gabinetes de raios X e os institutos de psicoterapia, fisioterapia e os estabelecimentos de duchas ou banhos medicinais, só poderão funcionar sob responsabilidade e direção técnica de médicos ou farmacêuticos, nos casos compatíveis com esta profissão, sendo indispensável para o seu funcionamento, licença da autoridade sanitária", ou seja, se nominar seu estalecimento como sendo um Instituto de Psicoterapia, terá que ter médico responsável e alvará da vigilância sanitária. Outrossim, se você for autônomo e utilizar a expressão "psicoterapeuta", ou disser que pratica "psicoterapia", inexistirá impedimento legal.
    Já os termos "psicanálise" e "psicanalistas" são absolutamente livres para serem utilizados pelos Terapeutas Holísticos, pois o único texto legal em que se aborda a técnica é quanto ao Imposto de Renda retido na fonte: DECRETO 1.041 DE 11/01/1994, que Aprova o Regulamento para a Cobrança e Fiscalização do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza, no ART.663 — Estão sujeitas à incidência do imposto na fonte, à alíquota de seis por cento, as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional (Decretos-lei números 2.030/83, ART.2, e 2.065/83, ART.1, III, e Lei número 7.450/85, ART.52).

    § 1 — Compreendem-se nas disposições deste artigo os serviços a seguir indicados:
    01 a 31.................omissis.........................
    32. psicologia e psicanálise;
    33 a 40.................omissis.........................
    § 2 — O imposto incide independentemente da qualificação profissional dos sócios da beneficiária e do fato desta auferir receitas de quaisquer outras atividades, seja qual for o valor dos serviços em relação à receita bruta.

    UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS TIPO RYODORAKU, VEGATESTE, RADIÔNICOS, DE ESTÉTICA, IRIDOLÓGICOS E SIMILARESInexiste qualquer impedimento legal ao uso deste tipo de equipamentos, desde que, é claro, jamais seja utilizado para diagnóstico ou tratamento de doenças, ou seja, só o use para avaliar e tratar desequilíbrios energéticos. Da mesma forma, jamais os usem com ou para testar produtos que necessitem de receita médica, utilize-os apenas para produtos de venda livre. Estes cuidados básicos ajudam, mas não garantem que não terá dor-de-cabeça. Afinal, pela legislação brasileira, todo tipo de aparelho destinado à saúde tem que ter registro no Ministério da Saúde, ou uma certidão do mesmo, dispensando-o deste registro. Simplesmente, nenhum equipamento de nossa área conseguiu vencer esta etapa burocrática.

    UTILIZAÇÃO DE MEDIDORES DE PRESSÃO ARTERIALÉ uma prerrogativa exclusiva do Médico, pois a informação se a pressão está alta ou baixa é utilizada comumente para diagnósticos de doenças. Até mesmo farmacêuticos já foram processados por exercício ilegal de medicina pelo simples fato de terem medido a pressão de seus clientes. Quem atua em nossa área profissional deve ter o dobro de cuidados, daí a inconveniência de realizar medições de pressão no atendimento de consultório, pois este simples ato pode ser usado contra você.

    COMO CONTACTAR O SINTE?Atendimento ao público:
    Al. Santos, 211 — cj. 1403 — CEP 01419-000 — São Paulo — SP
    próximo ao Metrô Brigadeiro,
    1ª paralela à Av. Paulista — 2ª a 6ª feira, das 9h00 às 18h00.
    (Discagem Direta Gratuita): 0800-117810
    TRONCO-CHAVE: (11) 3171-1913
    Internet: www.sinte.com.br
    E-mail: contato@sinte.com.br

    A esmagadora maioria das situações pode e deve ser resolvida diretamente com nossas atendentes. É bom lembrar que elas são seres humanos, merecem o carinho e respeito de todos nós e são justamente elas que estão preparadas e treinadas para triar os atendimentos e dar-lhes o encaminhamento correto.
    Diretoria é sempre a última instância, jamais a primeira, em qualquer organização. A inversão desta ordem tornaria impossível atender aos nossos milhares de associados em termos de prioridades de interesse GERAL.
    Todos são bem-vindos a visitar nossa sede. Existe, também, inúmeros meios de contato eficientes e mais rápidos do que pessoalmente e que solucionam a grande maioria das situações.
    A aproximação entre a Direção e os associados é fundamental, devendo ser adequada às dimensões continentais de nosso país e do grande número de filiados (felizmente, cada vez maior), em equilíbrio com a racionalização da verba limitada. Não há como ser íntimo de milhares de associados distribuídos por todo o Brasil, razão pela qual a Diretoria se torna disponível de forma cada vez mais eletrônica: e-mails, faxs, boletins, televisão, salas de bate-papo em nosso site, cartas, teleconferência (com auditórios da EMBRATEL disponíveis nas capitais, além de poder ser captado por parabólicas) e, pessoalmente, nas Residências em Terapia Holística nos Serviços Públicos de Saúde, nos Congressos, nas Cerimônias de Entrega de CRT e similares, ou, ainda, com hora marcada, em reuniões (desde que o tema seja pertinente, claro).

    COMO SOLICITAR A FILIAÇÃO AO SINTE
    O interessado entra em contato ou pelos telefones DDG 0800-117810, ou (11) 3171-1913, ou pela Internet em www.sinte.com.br e basta passar seus dados cadastrais para nossos atendentes. No menor espaço de tempo possível, estaremos enviando Proposta Oficial via correio, juntamente com boletos bancários referentes ao valor do investimento na filiação.
    Outra opção vantajosa é a quitação via cartão de crédito, que pode ser feita, também pelos telefones acima. Se preferir, venha conhecer nossa sede principal à Al. Santos, 211 — cj. 1403 — CEP 01419-000 — São Paulo — SP, onde poderá acelerar a tramitação, preenchendo na mesma hora sua Proposta Oficial de filiação e obtendo, além das opções que quitação acima, mais duas: o cheque convencional e o cheque eletrônico, ou seja, diretamente com seu cartão magnético do banco, podendo pré-datar a compensação.

    OBRIGATORIEDADE DO CRTO fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Identidade Profissional de Terapeuta Holístico estão sendo impressas nas próprias gráficas oficiais da Casa da Moeda, dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. E é justamente toda esta segurança e "status" é que retransmitimos aos nossos filiados, proporcionando tranquilidade e uma clientela maior. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois bastará telefonar gratuitamente de qualquer lugar do Brasil para 0800-117810, ou por carta, fax, internet e as nossas atendentes indicarão os filiados qualificados com CRT mais próximos da região do interessado.

    O QUE É PRECISO PARA OBTER O CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado PROVISÓRIO (VALIDADE DE 6 MESES)?Ser filiado ao SINTE, ter quitado integralmente as parcelas do investimento anual e remeter-nos via correio (SEDEX), ou entregar diretamente em nossa sede:
    Cópia simples do RG,
    Cópia simples do CPF/CIC
    03 Fotos 3x4 RECENTES (menos de 01 ano)
    Cópia simples da GRCS — Guia de Recolhimento de Contribuição Sindical quitada, que é um Imposto Anual que o identifica como Terapeuta Holístico junto ao Ministério do Trabalho — você recebe esta Guia juntamente com sua Proposta Oficial de filiação.
    Observação: se entregou este material diretamente em nossa sede, exija RECIBO/PROTOCOLO junto aos nossos atendentes e guarde-o; se nos remeteu via SEDEX, convém telefonar-nos em 01 semana para obter a confirmação de nosso recebimento. Prazo máximo para receber seu CRT provisório (após chegada da documentação em nossa sede): 15 dias. Caso não tenha recebido neste prazo, favor entrar em contato conosco.

    O QUE É PRECISO PARA OBTER O CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado DEFINITIVO (VALIDADE 2 ANOS)?Ser filiado ao SINTE, ter quitado integralmente as parcelas do investimento anual, ter CRT provisório e remeter-nos via correio (SEDEX), ou entregar diretamente em nossa sede:
    Atestado de Antecedentes (obtido gratuitamente em qualquer Delegacia ou junto a despachantes);
    Atestado de Saúde Física e Mental (obtido junto a qualquer médico, gratuitamente em Postos de Saúde Pública ou junto a consultórios particulares);
    Qualificação Técnica (neste item escolha somente uma das opções)
    3.1 — Monografia sobre as técnicas exercidas: Texto como se fosse uma apostila de um curso, ensinado ao leitor o que é e como exercer corretamente cada uma das técnicas que utiliza, incluindo descrição de casos reais (mantendo o anonimato dos envolvidos) e formas de tratamento; ou
    3.2 — Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo registrado na Prefeitura ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CGC e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão; ou
    3.3 — Três declarações de pessoas diferentes com firma reconhecida em cartório, de sua atuação há mais de 4 anos (modelo a seguir):

    DECLARAÇÃO
    NOME DO DECLARANTE, RG TAL, CPF TAL declaro sob as penas de lei que, NOME DO TERAPEUTA, atua na área de Terapia Holística há mais de 4 anos. E por ser verdade firmo a presente.
    LOCAL/DATA
    ASSINATURA COM FIRMA RECONHECIDA

    3.4 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE.
    3.5 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE
    Registro profissional específico na área da Terapia Holística, ou como empregado e/ou autônomo e/ou empresa valendo como prova respectivamente, carteira de trabalho assinada, inscrição na Prefeitura, ou CGC e Estatuto/Contrato Social atualizados: Em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CGC e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.
    Taxa de Transferência a ser pago em boleto enviado próximo a data da emissão da Carteira Definitiva, no valor de R$ 25,00.
    ESTES ITENS DEVEM SER PROVIDENCIADOS ATÉ O MÊS INDICADO NA VALIDADE DA SUA CARTEIRA. EM CASO DE DÚVIDA ENTRE EM CONTATO CONOSCO,
    ESTAMOS À SUA DISPOSIÇÃO.
    Observações:
    Se entregou este material diretamente em nossa sede, exija RECIBO/PROTOCOLO junto aos nossos atendentes e guarde-o; se nos remeteu via SEDEX, convém telefonar-nos em 01 semana para obter a confirmação de nosso recebimento.
    Prazo máximo para receber seu o COMUNICADO de que o CRT definitivo (a contar após chegada da documentação em nossa sede) está pronto: 15 dias. Caso não tenha recebido nenhum COMUNICADO neste prazo, favor entrar em contato conosco.
    O COMUNICADO será preferencialmente via telefone e, em caso de desencontro, por carta, fax ou e-mail, ocasião em que será combinado se o filiado tem possibilidade ou preferência de efetivar a assinatura e datiloscopia do documento pessoalmente em nossa sede, ou se opta por realizar a tramitação via correio.

    O QUE É CERTIFICADO DE CONFORMIDADE TÉCNICA EM TERAPIA HOLÍSTICA?Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, a atividade de Certificação desenvolveu-se bastante nos últimos anos no mundo. É reconhecida como um instrumento indispensável para elevar o nível de qualidade dos produtos, serviços e empresas num país.
    A certificação consiste na emissão de Marcas e Certificados de Conformidade para as empresas, consultórios e profissionais que demonstram que um produto, serviço, ou sistema de gestão atende às Normas aplicáveis, sejam nacionais, estrangeiras ou internacionais. Uma reivindicação antiga de nossos associados era ter Certificados que possam ser "colocados em parede", atestando publicamente sua capacitação profissional, valorizando, assim, o consultório de nossos filiados. Pois bem, assim surgiu o CERTIFICADO DE CONFORMIDADE TÉCNICA EM TERAPIA HOLÍSTICA, atestando que o filiado que o possui está comprometido com o cumprimento das Normas desenvolvidas para o correto exercício da Terapia Holística.
    Os maiores nomes da Terapia Holística e cada um de nós irá colaborar com a elaboração das Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para cada técnica terapêutica e serão expedidos Certificados de Conformidade diferentes para cada setor.

    PRÉ-REQUISITOS PARA OBTENÇÃO DO CERTIFICADO DE NORMAS TÉCNICASSer filiado ao SINTE nas técnicas em que deseja obter a Certificação e possuir CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado.
    A Certificação de Conformidade Técnica em Terapia Holística deverá ser obtida primeiramente, sendo pré-requisito para conquistar as demais certificações específicas para cada técnica.

    MODELOS DE SÍMBOLOS DA TERAPIA HOLÍSTICAO símbolo da Terapia Holística tem que ser absolutamente distinto das demais áreas da saúde (afinal, o DIFERENCIAL é nosso maior fator de crescimento) e expressar arquetipicamente possa abordagem TOTAL do ser humano, com har e qualidade. As profissões em geral, usam símbolos genéricos, evitando desta forma, quaisquer conotações religiosas, ou o risco de privilegiar mais a um grupo do que a outro. A Medicina, por exemplo, usa o caduceu de Mercúrio, da mitologia grego-romana e justamente por isso, é desaconselhável que o símbolo da Terapia Holística lhe seja assemelhado. Outra boa opção de neutralidade é o uso de letras gregas, como a Psicologia, que usa a marca “psi”. No início, o SINTE usou a mesma linha de raciocínio,adotando as letras alfa e ômega (princípio e fim) para simbolizar a abordagem integral de nossa profissão. Outrossim, a experiência nos alertou quanto a uma possível interpretação errônea que lhe emprestasse uma conotação bíblica/religiosa. Adotar opções como Yin-Yang ou Ôm também seria destacar a corrente chinesa/japonesa, na primeira alternativa, ou a indiana, na segunda, o que foge do princípio da neutralidade que deve orientar a toda marca profissional. O movimento Holístico extrapola o campo terapêutico, tendo sido adotado no ramo empresarial, na educação, na economia e em todos os setores do conhecimento humano, fazendo surgir sincronisticamente em todo o mundo o concenso de utilizar o símbolo matemático do INFINITO como emblema universal do paradigma holístico. Neutro e ao mesmo tempo, expressando com perfeição o conceito da abordagem sistêmica/integral, é o melhor “logotipo” possível para o Holus (do grego = totalidade). Em sintonia com esta tendência mundial, a Terapia Holística assume seu símbolo universal e contou com a participação dos filiados nesta nova etapa de elaboração. Versão oficial do símbolo da Terapia Holística:

    O que é preciso para atuar profissionalmente como Terapeuta Holístico?Habilitar-se para trabalhar como Terapeuta Holística e filiar-se à nossa organização são atos totalmente distintos e independentes, já que absolutamente ninguém é obrigado a se filiar à nossa organização nem a nenhuma outra para poder exercer a profissão; é uma questão de consciência de classe de cada um; quem vier de livre e espontânea vontade, será bem-vindo. Se desejar emitir RPA (Recibo de Prestação de Serviços Autônomos, à venda em qualquer papelaria) basta inscrever-se na Secretaria da Fazenda do município em que irá trabalhar como Terapeuta Holística autônoma, obtendo seu CCM (Cadastro de Contribuinte Municipal) e quitar seu ISS (Imposto Sobre Serviço, via de regra, um valor fixo sobre lucro presumido próximo a um salário mínimo) e, é claro, seu IR. Se fizer questão de Nota Fiscal, neste caso precisará obter Personalidade Jurídica como empresa prestadora de serviços, podendo o ser tanto como FIRMA INDIVIDUAL, quanto como SOCIEDADE CIVIL COM FINS LUCRATIVOS, registrando o ato de criação no cartório de títulos e documentos e obter seu CNPJ (antigo CGC) junto à Receita Federal. Claro, também terá que pagar ISS e IR, além dos demais impostos pertinentes, caso venha a ter funcionários. Tudo isto é relativamente simples para qualquer contador profissional de seu município, que pode resolver a questão em um ou dois meses.

    PARECER DA CASA DOS MUNÍCIPIOS EM RELAÇÃO À VIGILÃNCIA SANITÁRIA

    Ofício nº 762/97
    Porto Alegre, 07 de maio de 1997.

    Senhor Prefeito:
    Acusamos o recebimento de correspondência endereçada a esta Delegações, firmada pelo Dr. Robison Fabiano da Silva Jahn, da Procuradoria Jurídica desse Município de Cachoeira do Sul, contendo solicitação de "informações acerca do exercício da profissão de Parapsicólogo e Terapeuta Holístico, para efeito de licença para localização e funcionamento. Tendo em vista que se trata se profisão ainda não regulamentada, mas que tem seu exercício permitido em todo o país, inclusive em nosso Estado, como demonstram os documentos juntados nesta ocasião."
    Anexo à correspondência encontram-se inúmeros documentos, entre os quais a Ficha de cadastro de contribuinte TL/ISS, da Secretaria da Fazenda, da qual consta indeferimento da outorga de licença para o exercício da atividade e, Parecer exarado pelo Serviço de Vigilância Sanitária Municipal indeferitório da outorga do Alvará Sanitário, sob o fundamento de que "o solicitante não apresenta titulação para a atividade em questão, conforme parecer do Conselho Regional de Psicologia – 7ª Região."
    Em atenção à consulta passamos a tecer as seguintes considerações sobre o tema:
    A exigência do Alvará de Licença para Localização e Funcionamento de Estabelecimento Comercial ou Industrial ou de Prestação de Serviços decorre do Poder de Polícia de que é detentor o Município, no ordenamento e disciplina da organização da vida urbana.
    Assim, quando o Município fornece ou expede o "Alvará de Licença", não tem por fim licenciar o exercício de quaisquer atividades, mas, exclusivamente, autorizar a localização do estabelecimento em função da legislação disciplinadora do zoneamento do uso do solo urbano.
    A SUA SENHORIA
    O SR. TAUSIK PADULO NETO
    …A administração municipal não pode estabelecer qualquer empecilho, seja por lei, seja por norma administrativa, ao exercício da atividade considerada em si mesma, pois tal conduta resultaria em cerceamento do direito assegurado constitucionalmente a todos os cidadãos ao "livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer" (art 5º, XIII, CF). A lei a que se refere o texto constitucional, é a que disciplina o exercício e controle das profissões, cabendo ao órgão controlador fiscalizar a situação particular do prestador da atividade em função das exigências legais aplicáveis, caso a caso.
    De sorte que o Alvará de Licença para Localização do Estabelecimento traduz, tão somente, a atividade típica administrativa fundada no poder de polícia cujo escopo é evitar que o ramo de negócios a ser desenvolvido seja incompatível com a previsão de uso para determinada zona da cidade. Nada mais. Uma vez atendidas as exigências da legislação edilícia municipal relativas à localização do estabelecimento, usos conforme a edificação, não pode o Município impedir que o interessado se isntale com o ramo de atividades pretendida, e nem subsumir-se na pessoa de direito a quem a lei comete competência para fiscalizar o exercício da profissão.
    Ademais disso salienta-se que a atual Constituição Federal, ao dispor sobre os princípios gerais da atividade econômica, no art. 170, preceitua:
    "Art. 170 — A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
    IV — LIVRE CONCORRÊNCIA
    Parágrafo único — É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei" (grifou-se).
    Da análise do dispositivo legal resulta bem claro que a todos é assegurada a garantia da livre iniciativa em qualquer atividade, observado, ainda, o princípio da livre concorrência, independente de autorização de órgão públicos, federais, estaduais ou municipais.
    Em determinadas circunstâncias em caráter facultativo, não compulsório, poderá a Administração comunicar, por correspondência, usual às entidades interessadas (Conselhos de Fiscalização de Profissões) o ato concessivo de Licença para a prática de determinada atividade, a fim de que, sendo o caso, exerçam àquelas entidades a fiscalização, por competência legal, do exercício da atividade licenciada.
    Quanto ao Alvará Sanitário, certamente decorre ele de atividade administrativa calcada no poder de polícia sanitária que "abrange tudo quanto possa interessar à salubridade pública", como afirma Hely Lopes Meirelles, em sua consultada obra DIREITO MUNICIPAL BRASILEIRO, 4ª ed. Ed. Rev. Trib pag 395. Ao dissertar sobre o assunto, o renomado Autor citado destaca a missão do Poder Público na defesa e preservação contra doenças e moléstias de toda a espécie, de consições de habitabilidade, de alimentação, de assistência médica e hospitalar, de higiene pública, em última análise do asseio da cidade e do abastecimento saudável de sua população.
    O poder de polícia necessário à fiscalização sanitária das coisas e locais, públicos ou particulares, que devam manter-se higienizados, em benefício da salubridade pública, coletiva, é que poderá impor sanções cabíveis, na forma regulamentar, inclusive pela não concessão ou cassação do Alvará Sanitário, quando, comprovadamente, em ação fiscal, ficar evidenciado descumprimento às normas sanitárias preconizadas no Município por pessoas físicas ou jurídicas, responsáveis pela prática de atividades comerciais, industriais ou de prestação de serviços no território municipal.
    Na espécie, como o despacho indeferitório da concessão do Alvará de Licença e Localização não se encontra devidamente fundamentado, impossibilitando-nos a análise das razões fático-jurídicas que justificam o indeferimento, recomendamos revisão do ato administrativo com atenção às considerações acima expressadas, em acordo com o ordenamento constitucional vigente. Igual recomendação para o ato indeferitório do Alvará Sanitário, cuja fundamentação ajude à questões alheias ao objeto da fiscalização sanitária a ser desenvolvida no Município, segundo a lei instituidora.
    Cordialmente,
    OSCAR BRENO STAHNKE
    DIRETOR

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 12:53


    Listagem Atualizada de Fitoterápicos que só podem ser indicados por médicos

    LISTAGEM ATUALIZADA DE FITOTERÁPICOS QUE SÓ PODEM SER INDICADOS POR MÉDICOS

     

    De acordo com a RESOLUÇÃO-RE Nº 89, DE 16 DE MARÇO DE 2004, expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária

    Arctostaphylos uva-ursi Spreng

    Centella asiatica (L.) Urban, Hydrocotile asiatica L

    Cimicifuga racemosa (L.) Nutt.(Cimicífuga)

    Echinacea purpurea Moench (Equinácea)

    Ginkgo biloba L

    Hypericum perforatum L

    Piper methysticum Forst. f.

    Serenoa repens

    Tanacetum parthenium

    Valeriana officinalis

    Hamamelis virginiana

    (Hamamelis): Venda sob prescrição médica
    (Valeriana): Venda sob prescrição médica
    Sch. Bip. (Tanaceto): Venda sob prescrição médica
    (Bartram) J.K. Small 25 (Saw palmetto): Venda sob prescrição médica
    (Kava-kava): Venda sob prescrição médica
    . (Hipérico): Venda sob prescrição médica
    . (Ginkgo): Venda sob prescrição médica
    : Venda sob prescrição médica
    : Venda sob prescrição médica
    . (Centela, Gotu kola ): Venda sob prescrição médica
    (Uva-ursi): Venda sob prescrição médica


    Até alguns anos, praticamente todos os fitoterápicos eram OFICIALMENTE classificados como sendo de VENDA LIVRE, conforme o DECRETO Nº 74.170, DE 10 DE JUNHO DE 1974, em seu ANEXO: MEDICAMENTOS DE VENDA SEM EXIGÊNCIA DE PRESCRIÇÃO MÉDICA, ítem XIX. Produtos fitoterápicos (ver página 20, Anexos Informativos – Tutorial Terapia Holística).

    Ou seja, enquanto os mandatários das leis e normas brasileiras consideravam as plantas como sendo apenas "placebos", ou, quando muito, chás a serem consumidos por seus sabores, qualquer profissional poderia indicar os benefícios terapêuticos dos fitoterápicos. Por esta mesma classificação (venda livre), as empresas que industrializavam as ervas mantinham preços bastante acessíveis, diferentemente do que praticavam com produtos cuja rotulagem indicavam a necessidade de "receita médica", status este que possibilitava a comercialização por valores bem mais elevados... Muitos colegas, com certeza já tiveram a oportunidade de comparar produtos compostos pela mesmíssima planta, serem vendidos por preços díspares, ou MUITO mais baratos, ou MUITO mais caros, conforme estejam classificados como "chá", ou rotulados com "tarja vermelha"...

    O fator econômico certamente foi um dos estímulos a que as plantas passassem a ser objetos de "estudos científicos" e que, grandes indústrias, repentinamente, considerassem "provados laboratorialmente" os efeitos terapêuticos de certas ervas sobre determinadas "doenças"... Ora, como no Brasil, a legislação e a jurisprudência são claras quanto ao fato de que, tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de DOENÇAS é um MONOPÓLIO da classe MÉDICA, consequentemente, a cada fitoterápico que mudava sua classificação para "medicamento", automaticamente significaria que sua venda deixou de ser livre, passando a necessitar de RECEITA MÉDICA...

    Restringindo ainda mais o quadro, em comum acordo entre o Conselho de Medicina e o de Farmácia (firmado em 1999), os farmacêuticos passaram a recusar e a denunciar como "exercício ilegal de medicina", qualquer fórmulação a ser manipulada e que origine de profissional NÃO-médico. Exceção feita à Terapia Floral, a qual, FELIZMENTE, é tida como NÃO-científica e enquanto assim permanecer classificada, MUITO MELHOR, pois continuará de uso LIVRE.

    Nossa organização sempre trabalhou e continuará trabalhando para que acabe essa injusta tendência a tornar produtos e serviços em "monopólios médicos", contudo, a própria ingenuidade dos Fitoterapeutas em muito favorece a que esse quadro contrário cresça cada vez mais. Uma simples visita às livrarias nos leva a constatar que a esmagadora maioria dos livros sobre fitoterápicos associa as plantas a "doenças de A a Z" !!! Ora, além disso ter levado seus autores a serem processados por "exercício ilegal de medicina", tais obras são fartamente usadas nos tribunais como "provas" para acusar os fitoterapeutas, além de terem sido fonte de consulta justamente para que, cada vez mais e mais plantas venham a ser classificadas como sendo de uso exclusivo para a classe médica... Disso tudo, resulta a listagem anexa, de fitoterápicos "PROIBIDOS a não-médicos", que certamente tomará de surpresa muitos de nossos colegas.

    A única maneira de revertermos esta situação é a RE-educação de nós mesmos, passando o Terapeuta Holístico a valorizar a NOSSA própria profissão e parar definitivamente de "emprestar" de outras áreas, suas formas de pensar e de se expressar.

    Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

    Cabe a nós, defensores e praticantes da TERAPIA HOLÍSTICA resgatar a ARTE da fitoterapia e com isso, garantir que JAMAIS venha a tornar-se monopólio de profissão alguma. O que sempre foi de uso LIVRE assim merece continuar...

    E, paralelamente, estarmos sempre atentos ao cumprimento das leis e resoluções do governo, pois, por mais que restrinjam os meios, todo bom Terapeuta Holístico sempre encontrará um novo instrumento de atuação, capaz de ampliar a QUALIDADE DE VIDA de nossos Clientes.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 16/07/2007 11:16


    Acupuntura: Decisões Judiciais Ajudam ou Atrapalham ?

    Acupuntura: Decisões Judiciais Ajudam ou Atrapalham ?
    Na notícia anterior, observamos a vitória inicial de mais um colega Acupunturista, contra os abusos de certos grupos monopolistas.

    É preciso muito cuidado ao levar um caso isolado às esferas judiciais, pois isto pode tanto ajudar, quanto prejudicar a profissão em si, pois se individualmente perder o caso, corre-se o risco de que a TODOS os demais colegas também se apliquem decisões semelhantes...

    Claro, o colega de Santa Catarina merece os parabéns por esta vitória inicial, cabendo-lhe preparar o espírito para os recursos judiciais e extra-judiciais aos quais os radicais grupos que buscam monopolizar a Acupuntura irão acionar...Todo mundo sabe que sempre pode contar com o SINTE para defender causas justas.

    A jurisprudência (casos julgados...) quanto ao exercício da Acupuntura sempre foram a favor da LIBERDADE, sendo seu uso LIVRE a todas as profissões.

    Uma das mais antigas é a divulgada em nosso Tutorial Terapia Holística, relativa ao nosso colega Annibale Longhi, que foi um dos mártires da causa, ao defender seu caso até as últimas consequências.
    o mais importante caso julgado (pelo fato de ser uma causa COLETIVA e abrangendo não só a Acupuntura, mas sim, TODAS as técnicas de nossa profissão), foi justamente a vitória obtida pelo SINTE junto à 8a Vara Federal, o­nde TODAS as alegações do Conselho de Medicina, de Psicologia, de Fisioterapia, de Odontologia, de Fonoaudiologia, de Farmácia, de Nutricionismo e de Biologia foram JULGADAS TOTALMENTE IMPROCEDENTES.

    O bom senso, a ética e a busca pela conciliação, nos leva a jamais "alardear aos 4 ventos" tamanhas vitórias, pois isso só criaria situações de "revides" e incentivaria ainda mais a animozidade entre as entidades representativas das profissões.

    A proposta do SINTE é justamente que todas as diversas profissões possam trabalhar LIVREMENTE E EM PAZ, cabendo aos CLIENTES realizarem suas escolhas, sem que nenhuma instituição seja "dona" das técnicas e, muito menos, da VERDADE.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 16/07/2007 11:19


    Acupuntor não pode ser acusado de exercício ilegal da Medicina

    Notícia publicada em http://www.procon.rs.gov.br/procon_nova/noticia_view.php?id_noticia=380 
    ...
    "
    Acupuntor não pode ser acusado de exercício ilegal da MedicinaJF-SC

    O acupuntor Marcelo Fabian Oliva e o Centro Integrado de Estudos e Pesquisas do Homem (CIEPH), de Santo Amaro da Imperatriz (SC), não podem ser acusados de exercício ilegal da Medicina pela prática da acupuntura. A decisão é do juiz Jurandi Borges Pinheiro, da 6ª Vara Federal de Florianópolis, em ação ajuizada contra o Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina (Cremesc), a Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura e a Sociedade Médica de Acupuntura de Santa Catarina.

    O juiz também determinou ao Cremesc e às duas sociedades que "não publiquem anúncios afirmando que a acupuntura só pode ser exercida por médico, sob pena de multa de R$ 50 mil por inserção". Pinheiro entendeu que, enquanto o exercício da acupuntura não for regulamentado por lei, o “Conselho Federal de Medicina não pode fazê-lo através de resolução, sob pena de violação da competência privativa da União para legislar sobre as condições para o exercício das profissões”.

    Além disso, o magistrado apontou que a acupuntura é classificada como profissão de nível técnico na Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo essa classificação, é atribuição do acupuntor realizar “prognósticos energéticos por meio de métodos da medicina tradicional chinesa para harmonização energética, fisiológica e psico-orgânica”.

    Argentino radicado em Santa Catarina, Oliva processou o Cremesc e as associações, para que não fosse mais acusado de exercício ilegal da Medicina e para que não fossem mais divulgados anúncios com a afirmação de que a acupuntura é atividade privativa dos médicos. O acupuntor também pediu que lhe fosse assegurado o direito de resposta às acusações já divulgadas e a condenação dos réus por danos morais.

    Os dois últimos pedidos foram negados pelo magistrado, para quem a divulgação de comunicados – afirmando que a acupuntura praticada por não médicos representa risco à saúde – “não constitui fato apto à configuração de dano moral, porquanto dentro dos limites razoáveis de defesa da suposta prerrogativa médica”. Finalmente, Pinheiro considerou que, “com a postulação de indenização, resta inviabilizado o direito de resposta”.

    Cabe recurso ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Proc. nº 2003.72.00.003442-0)
    "
    ...

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 16/07/2007 11:20


    Acupuntura - Fiscalização

    Fiscalização

    Acupuntura

    É de conhecimento público que, na metade última do ano de 1995, fazendo-se valer de uma simples resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) sobre a Acupuntura (a qual não poderia jamais pretender ingerir sobre outras categorias profissionais que não fosse a classe médica), alguns médicos se dirigiram aos meios de comunicação dizendo-se representantes do CFM, e, iniciaram uma campanha difamatória, tentaram prejudicar seriamente os Acupunturistas, induzindo a perseguições indevidas dos órgãos públicos tais como Centros de Vigilância Sanitária, Secretarias de Saúde e Prefeituras de alguns pontos do território nacional, as quais, foram levadas ao erro, pois trataram as simples entrevistas nos meios de comunicação como se fossem leis. Na verdade, um Conselho profissional pode criar regras tão somente para seus próprios membros, ou seja, o Conselho de Medicina poderia criar regras para os médicos exercerem acupuntura, mas não tem direito legal de criar regras para os fisioterapeutas, nutricionistas, biomédicos, terapeutas holísticos, nenhuma outra profissão que não a própria... Assim sendo, tentaram lesar o Acupunturista em seus direitos constitucionais, em especial o ARTIGO 05 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL que lhe garante livre exercício deste ofício. Os membros dignos da classe médica, ou seja, a sua grande maioria, estão de pleno acordo com a nossa posição e nos opoiam, pois sabem que é moralmente insustentável que apenas os médicos possam exercer a Acupuntura, já que tal matéria nem sequer é estudada nos cursos de medicina.

    Esta temática já foi objeto de avaliação recente em vários colegiados, sendo unânime a conclusão de que PRATICAR ACUPUNTURA NÃO É ATO MÉDICO. Já houve tentativa anterior de monopolizar a técnica para a classe médica, isto em 1993, por parte, inclusive, de alguns indivíduos que novamente nos dias de hoje procuram o mesmo objetivo. Tal absurdo partiu de alguns membros da Secretaria de Vigilância Sanitária (Brasília) que emitiu um "Relatório Final e Recomendações/ Seminário Sobre O Exercício Da Acupuntura No Brasil", onde extrapolando as suas atribuições, procuravam, numa atitude corporativista, monopolizar a Acupuntura como exclusividade médica. TODOS OS CONSELHOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE ASSINARAM DOCUMENTO DIRIGIDO AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DA SAÚDE ONDE DISCORDAM DO RELATÓRIO E CONCLUEM SOBRE A ACUPUNTURA: " A MESMA NÃO É UMA PRÁTICA MÉDICA MAS, SIM, E TÃO SOMENTE UMA METODOLOGIA TERAPÊUTICA APLICÁVEL EM QUALQUER CAMPO DO SABER NA SAÚDE". E mais, afirmam OFICIALMENTE ser a Acupuntura: "Em se tratando de uma Metodologia Terapêutica Milenar montada em bases Filosóficas dispares de qualquer formação acadêmica, em qualquer área profissional do campo da Saúde no país"; "Estas bases Filosóficas que movimentaram os Métodos e as Técnicas de Acupuntura são distintos dos princípios de diagnóstico e metodologia terapêuticas que movimentam academicamente as práticas de Saúde do mundo ocidental"; " Para a Acupuntura não há exigência de pré-qualificação no campo da medicina tanto no Brasil como no exterior. A mesma não é uma prática médica mas, sim, e tão somente uma Metodologia Terapêutica aplicável em qualquer campo do Saber na Saúde". Acrescentam ainda, de forma muito justa e honesta: "O Seminário contou apenas com a participação restrita e não representativa das profissões de Saúde, haja visto não terem sido convidados outros profissionais e mesmo autodidatas, que sempre demonstraram grau de responsabilidade com a questão da Acupuntura em nosso país". Relembrando: assinam este documento os representante oficiais dos Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Conselho Federal de Nutricionistas, Conselho Federal de Biologia, Conselho Federal de Odontologia, Conselho Federal de Farmácia, Conselho Federal de Biomedicina, Conselho Federal de Psicologia, Conselho Federal de Enfermagem, Conselho Federal de Medicina Veterinária, Conselho Federal de Serviço Social, Conselho Federal de Fonoaudiologia e, até mesmo, o próprio Conselho Federal de Medicina. Documento de teor semelhante é a Recomendação 27/93 da Comissão Técnica de Atuação Profissional na Área de Saúde, do Ministério da Saúde, afirmando: "Que no documento conclusivo do Seminário de Acupuntura transparece, fortemente, a vontade da criação de reserva mercantil para o exercício de tal atividade desconsiderando o aprofundamento necessário das discussões científicas e acadêmicas que envolvem a matéria".

    Convém lembrar que só uma lei federal pode restringir as práticas da Acupuntura para os filiados ao Conselho Federal de Terapia e não há notícia de um único projeto que seja que tentasse enquadrá-la como prática médica. Todos os existentes visavam incluí-la como uma técnica distinta da classe médica. Como exemplos, podemos citar o próprio projeto desenvolvido pelo Conselho Federal de Terapia que propõe a criação da profissão de Terapeuta Holístico, que foi apresentado pelo ilustre Deputado José de Abreu, além dos anteriores do então senador Valmir Campelo que propunha a profissão de Terapeuta em Medicina Natural (projeto de Lei do Senado número 306, de 1991), além do PLC 67/95, e, o projeto mais explícito sobre Acupuntura, de autoria do então senador, e ex-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, que dispõe sobre o exercício da profissão de Técnico em Acupuntura. Muito nos gratifica saber que o próprio ex-Presidente da República concorda com nosso ponto de vista.

    Igualmente interessante é a jurisprudência sobre as técnicas naturalistas serem ou não atividades lícitas e se são ou não ato médico: TODOS os pareceres concluiram ser LIVRE o exercício profissional. Tanto isso é verdade que o CFM abriu mão de seu direito de se manifestar na ocasião em que o Sr. Dr. Waldir Paiva Mesquita, M. D. Presidente do Conselho Federal de Medicina, recebeu a Notificação do CFT - Conselho Federal de Terapia, remetida via Cartório do 2º Ofício de Brasília, onde interpelamos: "Pretende o CFM, de acordo com as suas resoluções, impedir o terapeuta "não-médico" de exercer a acupuntura ?". Esta Notificação, somada a outras ações do CFT pôs fim a uma série de informações incorretas sobre o exercício da Acupuntura, conquistando o máximo de tranquilidade para nossos filiados.

    Curiosamente, após tanta polêmica, conforme noticiado no próprio Jornal do CFM (Ago/Set/96), acabou não sendo validada a "especialidade médica de acupuntura", pois, "... situações como a da Associação Médica Brasileira de Acupuntura, que foi reconhecida pelo CFM mas não integra a AMB, não podendo, portando, conceder título de especialista" (o grifo é nosso).

    Veja o texto A prática de acupuntura não caracteriza exercício ilegal de Medicina na figura abaixo:

    tribunais.jpg

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 16/07/2007 11:27


    Iridologia: Novos Rumos A Seguir

    Iridologia: Novos Rumos A Seguir


    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    III - Resultados

    IV - Discussão

            Ciência Versus Iridologia

    Inadequações de Termos e Métodos: Legislação e Jurisprudência Versus Iridologia

    Problemas e Soluções

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

     

     Resumo


    Um breve relato sobre as origens da Iridologia, até os dias atuais, dissertando seus principais problemas em relação à legislação, à ciência, ao foco de aplicação e mercado potencial, propondo-se como solução, o desenvolvimento de uma NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária específica, a ser embasada pelos dados conclusivos que serão gerados por uma ampla pesquisa nacional, denominada Projeto Iridologia, coordenado pelo SINTE - Sindicato dos Terapeutas.

     

    I - Introdução

     

    A Reflexologia pela Íris ressurgiu à pauta trazida por médicos do Século 19, época esta em que os exames laboratoriais não gozavam do mesmo grau de precisão de nossos dias. Atualmente, insistir no argumento de que a Iridologia pode detectar enfermidades de forma mais eficaz que as análises clínicas convencionais, além de pretencioso, afronta diretamente a visão da dita "ciência oficial" e, como esta é apoiada pelos órgãos de governo e da imprensa, esse é um confronto que em nada ajuda ao desenvolvimento da técnica em questão.

    Paralelamente à questão tecnologia, existe as polêmicas judiciais, não raro colocando o Iridólogo frente a acusações de exercício ilegal de medicina (apesar desta técnica ser proibida aos médicos, pelo Conselho de Medicina...).

     

    A Iridologia necessita ser redefinida quanto à sua proposta e formato de trabalho, adequando-se à legislação e valorizando seus diferenciais em relação à medicina, abraçando sua verdadeira vocação que é a Terapia Holística.

     

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS é o representante OFICIAL da Iridologia em nosso país e único organismo com experiência e aptidão para desenvolver e implantar uma NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Holística específica para a Iridologia.

     

    Para que a Norma Técnica reflita as necessidades do setor, será embasada no Projeto Iridologia, onde profissionais de todo o Brasil, oriundos das mais diversas escolas diferentes de Iridologia, participarão de uma pesquisa, analisando centenas de imagens de iris de voluntários mantidos no anonimato. As análises serão transformadas em dados estatísticos e confrontados às informações coletadas diretamente às pessoas que forneceram as imagens, com o objetivo de identificar quais correntes iridológicas apresentaram melhor nível de acerto, bem como em quais tópicos a técnica, como um todo, obteve melhor desempenho.

     

    O Projeto Iridologia inicia durante o Holística 2009, onde tanto os profissionais, quanto os voluntários firmarão Termo De Compromisso e terá continuidade pelos meses seguintes, com os resultados previstos para divulgação oficial durante o Holística 2010.

     

    Sob orientação da futura Norma Técnica, os iridólogos de todo o Brasil terão os parâmetros de que precisam para trabalhar com eficiência e dignidade, minimizando os riscos de confronto com outras profissões, além de focar naquilo que a Iridologia comprovar maior eficácia.

     

    II - Material e Metodologia

     

    Durante o Holística 2009 (4, 5 e 6 de setembro de 2009) serão coletadas imagens das íris (sempre com o mesmo tipo de equipamento e condições...) de 50 a 100 voluntários, os quais, permanecendo anônimos, terão as fotos analisadas por PROFISSIONAIS (ou seja, Iridólogos compromissados com CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado) das mais variadas correntes e escolas iridológicas. 

     

    Todos os participantes firmarão TERMO DE COMPROMISSO, autorizando a divulgação das imagens e análises, seja por meio eletrônico, impresso ou vídeo, mantendo-se o anonimato quanto à autoria de cada análise ou a quem pertence cada imagem.

     

    As partes serão mantidas em contato por meio eletrônico (e-mail) e as imagens e respectivas análises serão disponibilizadas em site na internet, sendo acessível por senha individual, tanto para os Iridólogos participantes visualizarem as imagens e postarem suas interpretações, quanto para os voluntários conhecerem as avaliações e tecerem suas considerações.


    As análises serão confrontadas com o quadro real coletado de cada voluntário, resultando em informações estatísticas de grau de acerto e/ou erro para cada "escola" de Iridologia e para a técnica em si, como um todo.

    Destes estudos e pesquisas, serão publicados tanto o livro Projeto Iridologia, quanto a  NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Holística - IRID 01 especificamente desenvolvida para a Iridologia.

    Em retribuição à colaboração, os Iridólogos participantes constarão na co-autoria dos trabalhos e os voluntários, além de receberem gratuitamente todas as análises, caso desejem, também constarão nos agradecimentos.

     

    III - Resultados

     

    Este tópico permanece em aberto, pois só poderá ser preenchido mediante a coleta de dados obtidos via Projeto Iridologia, que se inicia em setembro deste ano, no Holística 2009, sendo o término previsto para o mesmo mês e evento, em 2010.

     

    IV - Discussão

     

    A Iridologia é uma das técnicas mais fascinantes e igualmente polêmicas da Terapia Holística. 


    À tradição milenar de "os olhos como espelhos d'alma", em que as terapias ancestrais observavam formato, grau de opacidade e coloração como indícios de saúde (ou falta dela...), modernamente surgiram (e continuam a surgir...) novas "escolas" de Iridologia, que se propõem a analisar a imagem da iris até mesmo ao nível microscópico, coletando dados que, pela "ciência oficial" só seriam possíveis via exames laboratoriais convencionais, ou, indo além dos aspectos físicos, onde raios da iris seriam capazes de desvendar até características psíquicas inconscientes.

    A evolução dos equipamentos iridológicos, que da simples inspeção visual, passando por lupas, até o grau atual de captação de imagens digitais (hoje em dia, a custo bem acessível...) contribuiu para a disseminação da técnica, despertando cada vez mais adeptos apaixonados, bem como ferrenhos críticos igualmente exaltados. Tamanho passionalismo resulta em exageros, que ora substimam, ora superestimam as reais possibilidades práticas da Iridologia.

    A premissa de que qualquer parte do corpo pode refletir o estado geral do indivíduo é milenarmente conhecida e utilizada nas mais variadas culturas. Porém, especificamente a Reflexologia pela íris, ao menos na forma em que é atualmente praticada, é relativamente recente, daí o fato de que muito ainda está por ser discutido. Atribui-se ao húngaro Ignatz von Peczely a "paternidade" da Iridologia, que no século XIX, associou estados mórbidos a sinais apresentados na íris, tendo desenvolvido os primeiros mapeamentos conhecidos, publicando em 1881, o estudo "Discoveries In The Field Of Natural Science And Medicine: Instruction In The Study Of Diagnoses From The Eye" (Descobertas No Campo das ciências Naturais e da Medicina: Instrução no Estudo de Diagnóstico Pelo Olho). Sob esta origem pesa uma estória, sabidamente um mito, em que, quando criança, acidentalmente quebrou a pata de uma ave, observando o surgimento imediato de um sinal na íris do animal, o qual foi desaparecendo paralelamente ao restabelecimento do pássaro. Este que deveria ser apenas um conto lúdico a ilustrar, metaforicamente, os primórdios da técnica, lamentavelmente é propagado como se verídico fosse, o que em nada contribui para a credibilidade da técnica.

    Muitos novos autores publicaram tratados sobre a Iridologia, cada qual com variantes quanto ao mapeamento reflexológico da íris. A maior parte dos profissionais brasileiros adotou a cartografia proposta pelo quiropraxista americano Bernard Jensen.

    Pertinente observar que a Iridologia não é uma terapia em si, mas sim, uma técnica de avaliação. Na hora de trabalhar o Cliente, o Iridólogo terá que aplicar OUTRAS técnicas, estas sim, terapêuticas, para efetivar seu atendimento; as mais usuais seriam a Fitoterapia, a Terapia Floral, a Ortomolecular e a Acupuntura. 

        Ciência Versus Iridologia

    Muitos opositores de nossa profissão profetizaram que a Iridologia estava sepultada em definitivo com o advento da Biometria. Esta técnica realiza medições relacionadas às características particulares de cada indivíduo, sendo utilizada em processos de reconhecimento de identidade. A opção mais conhecida é a utilização da impressão digital, que é um atributo individual único e que se mantém inalterado pelo tempo. Atualmente, existem diversas opções de identificação, como por exemplos, reconhecimento de faces, de voz, de retina, da geometria da mão, e, o que mais vem ao caso, o reconhecimento de íris. Considerando que a Iridologia parte do princípio de que a iris se modifica acompanhando o estado do Cliente, ao passo que a Biometria parte da idéia oposta de que a imagem se mantém imutável, a tal ponto que permite identificar um indivíduo, uma hipótese parece excluir a outra... Ainda mais com a popularização da Biometria pela íris, a tal ponto de já existir no mercado até mesmo celulares com esta capacidade.



     






    Imagens obtidas da monografia "Biometria - Reconhecimento de Iris", de Priscila Pecchio Belmont Albuquerque, Universidade Federal do RJ, em http://www.gta.ufrj.br/grad/07_2/priscila/index.html

    Outrossim, uma breve análise comparativa nos mostra que não são propostas excludentes entre si. Para a Biometria  importa os padrões de limites em relação da íris para com a esclerótica, para com a pupila, além de ponto médio em relação à pupila e os limites impostos pelas pálpebras do globo ocular. Tais proporções, segundo a Biometria, são únicos para cada indivíduo e imutáveis. Já os aspectos que são considerados na Iridologia, que por premissa tem que ser mutáveis acompanhando o estado do Cliente, tais como os raios, "desenhos", pontos, "buracos" ou mudanças de cores, etc, são descartados pela Biometria, considerados "ruídos" e desconsiderados na leitura da imagem.

    Se por um lado, está superada a hipótese de conflito entre Iridologia e Biometria, por outro, a tese de que serviria para diagnóstico de doenças (importante: pela legislação, tanto o diagnóstico, quanto tratamento de doenças é monopólio MÉDICO...) foi rejeitada em todos os testes até então realizados e impressos em conceituadas publicações voltadas à ciência.

    Em 1979, o JAMA - The Journal Of The American Medical Association (Jornal da Associação Médica Americana) publica o estudo "An Evaluation of Iridology" (Uma Avaliação de Iridologia),
    conduzido pelo doutor em medicina, Allie Simon (dentre outros...), no qual cerca de 150 voluntários foram analisados por iridólogos ilibados, dentre eles, o famoso Bernard Jensen (quiropraxista que popularizou a Iridologia nos EUA), resultando em diagnósticos incorretos na grande maioria dos casos e praticamente não houve concordância entre os próprios profissionais entre si, quanto às suas conclusões.

    Quadro semelhante foi obtido em "A Study Of The Validity Of Iris Diagnosis" (Um Estudo Da Validade Da Iris Diagnose), publicado em 1981, no "Australian Journal of Optometry" (Jornal Australiano de Optometria). Em 1988, o Departamento de Epidemiologia e Saúde Investigação, Universidade de Limburg, Maastricht, Holanda, submeteu os mais consagrados iridólogos do pais a descobrir problemas de vesícula examinando imagens de iris de voluntários, concluindo que pela ineficácia do método, publicando o estudo "Looking for Gall Bladder Disease In The Patient's Iris" (Procurando Doença Na Vesícula Biliar Por Meio da Íris do Paciente), no BMJ - British Medical Journal (Jornal Médico Britânico).

     

    Em meados do ano 2000, o doutor em medicina, E. Ernst, do Departamento de Medicina Complementar, da Universidade de Exeter, Inglaterra, publica um artigo denominado "Iridology - Not Useful and Potentially Harmful" (Iridologia - Inútil E Potencialmente Nociva), onde afirma ter analisado cerca de 80 estudos, originados de diversos países, somando milhares fotos de íris analisadas por centenas de profissionais, sem acerto significativo quanto ao quadro clínico, além de evidentes discordâncias das análises obtidas pelo irídólogos entre si. Conclui afirmando que tanto os profissionais, quanto os Clientes devem ser desencorajados em valer-se da técnica.

     

    Pertinente observarmos, que, na ânsia em combater a Iridologia, as próprias publicações admitem ainda que os estudos analisados não seguiram metodologia cientìfica. Ora, assim sendo, não deveriam ser acatados como definitivos, quer concluíssem a favor, quer contra a técnica !

     

        Inadequações de Termos e Métodos: Legislação e Jurisprudência Versus Iridologia

     

    A Iridologia é uma TÉCNICA e, como tal, poderia ser exercida por várias profissões distintas, cada qual respeitando os seus limites de atribuições. Por exemplos: Iridologia em animais, só pode o veterinário ... para avaliação dentária , só o odontólogo.... para DOENÇAS, só os médicos... para avaliação energética e psíquica, os Terapeutas Holísticos...

     

    Lamentavelmente, a maior parte dos cursos de Iridologia insistem em manter-se inadequados quanto ao modo em que ensinam a trabalhar, ferindo frontalmente a legislação brasileira. 

    Tanto diagnosticar, quanto tratar DOENÇA é exclusividade médica. Assim sendo, quando os cursos de Iridologia ensinam a descobrir "doenças" pela iris, automaticamente estão ensinando a serem presos por exercício ilegal de medicina. Da mesma forma, escolher fitoterápicos, oligoelementos, vitaminas, etc, basendo-se no quadro de "doenças", novamente está caracterizado o exercício ilegal de medicina... TUDO deveria basear-se em questões "energéticas" (meridianos, chacras, etc...) e psíquicas, pois, com isso, evitariam as controvérsias judiciais. Outro erro comum é mandar aviar formulações: excetuando-se o caso da terapia floral, TODA formulação é considerada monopólio médico, inclusive, quanto a produtos ortomoleculares. 

    SE a avaliação iridológica focasse naquilo que ela realmente deveria, ou seja, ser uma reflexologia do estado QUALITATIVO do Cliente, nenhum problema haveria; já ao extrapolar sua utilização e desandar a se propor a obter informações QUANTITATIVAS  que nem sequer refinados exames laboratoriais conseguiriam e a estabelecer patologias, aí é franca invasão de profissão alheia à nossa, ou seja, exercício ilegal de medicina.

     

    No mais, pertinente observar que médicos são PROIBIDOS de exercer iridologia, não por nós, mas por seu próprio conselho fiscalizador, que considera a técnica como charlatanismo.

     

    Há determinadas providências e atitudes que cada profissional pode fazer para reduzir os riscos processuais. Primeiramente, jamais vender produto algum: é unânime de que tal procedimento é anti-ético e considerado ilegal para a maioria dos juristas, que aplicam por analogia as mesmas leis que proíbem aos médicos se associarem a farmácias. 

     

    Mais cômodo e seguro é orientar o Cliente adquirir por conta própria nas boas casas do ramo. Para o caso de uso em aplicações de consultório, atente que o valor pelo atendimento deve ser sempre igual, usando ou não os produtos, pois, se houver acréscimo, caracterizará a "venda" do que está sendo utilizado. 

     

    Para poder ter algum produto guardado para uso, tem que manter a NOTA FISCAL (não mero recibo...) em que conste claramente os dados identificatórios da empresa responsável; desta forma, compartilha a sua responsabilidade. Jamais manter "estoque" (mais de um kit, por exemplo...) no consultório, pois é indício de que estaria revendendo. 

     

      Problemas e Soluções

     

    A Iridologia herdou uma postura médica, focando na avaliação de "doenças", atitude esta que a coloca em franca desvantagem em relação à oficial eficiência dos atuais exames laboratoriais, além de implicar em enorme probabilidade de culminar em processos judiciais e corporativos: se for exercida por médicos, além de passível de punição por seu próprio órgão fiscalizador, já que o Conselho de Medicina proíbe aos médicos exercerem Iridologia, igualmente pode resultar em processo penal por charlatanismo; se for exercida por não-médico, ao associar a prática com "doenças", de pronto funciona como confissão de crime de exercício ilegal de medicina (tanto diagnóstico, quanto tratamento de "doenças" é monopólio médico), quanto de curandeirismo. 

     

    Como agravante de indícios de ilícito penal, muitos colegas insistem em se uniformizar de roupas brancas (para a maioria das autoridades brasileiras, significa estar "trajado de médico"...) e em se apresentar com títulos de "doutorado" e/ou "médico" obtidos em cursos estrangeiros que nada valem em nosso país, acrescentando "falsidade ideológica" às acusações já mencionadas.


    O estudo da jurisprudência (casos julgados em tribunais) realizado pelo SINTE - Sindicato dos Terapeutas aponta que o fator de maior peso é o hábito, infelizmente ainda arraigado entre os Iridólogos, de vender aos Clientes os próprios produtos que recomendam. Qualquer autoridade oficial, desde fiscais fazendários e sanitários, passando por delegados e juízes, são unânimes em concluir que tal atitude é mais do que antiética, sendo igualmente ilegal, estimulando a que apliquem todos os enquadramentos legais possíveis para coibir a popularmente conhecida prática da "empurroterapia", o que, por sinal, também é péssima propaganda, pois de pronto afasta a Clientela mais esclarecida, que certamente interpreta como suspeita e  enxerga um óbvio conflito de interesses em tal situação.

     

    O caminho para a revitalização e segurança legal da Iridologia, é assumir a vocação para a Terapia Holística, descartando a "herança médica" do Século 19 e tal qual as demais Reflexologias (podal, quiro e auricular, dentre outras...), reformular sua proposta, terminologia e postura, abolindo a associação com "doenças" e descobrir novos potenciais de aplicação, tais como avaliações energéticas, psíquicas e predisposições funcionais.

     

    Para tal, o único órgão oficial e de postura neutra capaz de conciliar, sem favoritismos, as mais diversas correntes da Iridologia é o SINTE, em especial, por sua já consagrada experiência em desenvolver padrões de trabalho adequados à legislação e mercado brasileiros, sintetizando na forma de NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária específica para esta técnica. Eis a razão pela qual coordena o Projeto Iridologia, aqui descrito, que certamente é a maior e mais importante pesquisa a ser realizada, que resultará em novos rumos, acrescentando mais um capítulo essencial na História da Iridologia mundial.

     

      

    V - Conclusões

     

    Este tópico permanece em aberto, pois só poderá ser concluído mediante a coleta e interpretação de dados obtidos via Projeto Iridologia, que se inicia em setembro deste ano, no Holística 2009, sendo o término previsto para o mesmo mês e evento, em 2010.

     

    VI - Referências bibliográficas

     

    Allie Simon, An Evaluation of Iridology", JAMA - The Journal Of The American Medical Association

    Cockburn DM., A Study Of The Validity Of Iris Diagnosis, Australian Journal of Optometry, 1981

    Knipschild P.,  Looking for Gall Bladder Disease In The Patient's Iris, British Medical Journal, 1988

    E. Ernst, Iridology - Not Useful and Potentially Harmful, Archives of Ophthalmology, American Medical Association, 2000

    Albuquerque, Priscila Pecchio Belmont, Biometria - Reconhecimento de Iris, Universidade Federal do RJ, 2007

    Bourdiol, René J., Traité D'Irido-Diagnostic, Maisonneuve, 1975

    Vieira Filho, Henrique - Tutorial Terapia Holística - Sintebooks

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Eventos » Proposituras de Palestras » Holística 2006

    Aula de Terapia Floral de Bach - Comunidade de Estudos Avançados

    Aula de Terapia Floral de Bach - Comunidade de Estudos Avançados
    Henrique Vieira Filho
    CRT 21001
    Terapeuta Holístico

    Resumo

    De modo prático e objetivo, abordaremos a Terapia das Essências Florais de Bach sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade.

    As incríveis "coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como Floral torna o aprendizado lúdico e prático.

     

    Introdução

    Esta abordagem da Terapia Floral propõe-se a preencher uma lacuna deixada perante a dificuldade de explicar "cientificamente" a atuação das essências florais, aplicando a Teoria Junguiana da Sincronicidade para teorizar sobre o porque cada determinada flor atua para determinada emoção especificamente.

    Por exemplo: por que a essência floral Mimulus atua nas fobias e não em outro tipo de emoção? Por que o Holly intervém em casos de raiva, em vez de tristeza? Munidos basicamente de explicações generalizadas, e não relativas a cada floral em particular, o público tinha que se contentar com uma resposta do tipo: "porque foi assim que Bach intuiu", quase um "porque sim!".

    Sabendo de antemão que os métodos de pesquisa científica ortodoxos em pouco elucidariam essas questões, procurei e encontrei as respostas na Sincronicidade (teoria junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos). Fazendo um levantamento sobre os deuses e lendas ligados a cada uma das plantas de o­nde se extraem as essências florais de Bach, descobri as "grandes coincidências" entre essas histórias e o momento emocional no qual o floral está apto a atuar. Fora isso, as características de comportamento de cada planta (o modo como cresce, seus terrenos preferidos, suas cores, etc.) correspondem exatamente ao tipo de pessoa à qual a sua essência floral poderá ajudar. E, por mais estranho que pareça a quem não está familiarizado com a idéia da sincronicidade, até mesmo a etimologia dos nomes das plantas já nos esclarecem para que elas servem. Somando-se a isso, pesquisei o uso fitoterápico tradicional desses vegetais, em especial sob o enfoque milenar chinês dos Cinco Movimentos e constatei que, além de seu uso para o equilíbrio de determinados sintomas físicos, tais plantas já eram usadas, sob a forma de chás, para as mesmas emoções para as quais Bach intuiu suas essências. Tais informações tornam esta obra útil tanto àqueles que estão se iniciando no estudo da terapêutica floral como, também, aos mais experientes, inclusive aos pesquisadores de novas essências florais, os quais têm agora mais um fio de meada a ser pesquisado, ou seja, a teoria da sincronicidade de C. G. Jung.

    Material e Metodologia

    As essências florais não são nem alopatia, nem homeopatia, nem fitoterapia. São compostos energéticos cujos princípios ativos não são químicos, mas eletromagnéticos. Sua proposta é predominantemente preventiva e atuam através das questões emocionais. Criado pelo inglês Edward Bach no início deste século, o novo sistema tinha por princípio "... tratar a personalidade e não a enfermidade..." Devido a traumas e repressões, conscientes ou inconscientes, passamos a negar certos desejos, emoções e acontecimentos, tentando mantê-los longe da lembrança, criando máscaras ou véus que encobrem o verdadeiro "eu". Tais atitudes, a princípio, são uma boa defesa, pois diminuem momentaneamente o sofrimento emocional.

    Entretanto, se tentarmos manter indefinidamente bloqueado o acesso a determinados fatores psíquicos que nos são dolorosos, arcaremos com um alto preço: a somatização, ou seja, passaremos para o corpo tudo aquilo que tentamos esconder do nosso consciente.

    Desse modo, as chamadas "enfermidades" não são vistas como um mal em si, nem como meros acasos, mas sim como verdadeiros avisos que inconscientemente passamos para nós mesmos de que algo falta ser compreendido.

    Enquanto não resolvermos este algo, não será possível reverter verdadeiramente o desequilíbrio. Sem que haja a ampliação da consciência, todo e qualquer tratamento, por melhor que pareça, será um mero paliativo, mascarando e retardando os sintomas ou, ainda, simplesmente desviando a manifestação da desarmonia para outra parte do corpo. A Terapia Floral é totalmente centrada no indivíduo, sendo a sua atuação voltada para as emoções conscientes ou que estejam muito à superfície, ou seja, bastante evidentes. Trata, assim, a terapia floral, de nossos véus, de nossas máscaras, nossas Personas.

    Para a ciência convencional, um remédio só é eficaz se tiver sua ação terapêutica explicada pelas substâncias nele contidas. Ao fazer-se uma análise química de uma essência floral, lá só encontraremos água e conhaque, o que não poderia explicar a sua ação terapêutica. A partir daí, acusa-se a técnica floral de ser apenas um placebo, ou seja, funciona apenas se quem a usa sente-se sugestionado pelo seu suposto efeito benéfico.

    Segundo estatísticas da própria ciência, o chamado efeito placebo (auto-sugestão) só funciona em 30% das pessoas. Na prática, as essências florais têm efeito nítido em quase todos os casos, ultrapassando em muito a estatística esperada caso fosse apenas auto-sugestão. Essa hipótese dilui-se cada vez mais ao observamos os ótimos resultados em indivíduos com deficiências mentais, inconscientes e, até mesmo, em animais e plantas. A verdade é que a Química não é a ciência adequada para analisar o floral. Melhor seria se fosse a Física, pois o poder de atuação das essências não é químico, mas talvez, eletromagnético.

    Edward Bach abandonou os métodos científicos e descobriu para que servia cada flor graças à paranormalidade. Tomando contato com as plantas e intuindo em quais emoções elas atuariam, elegeu as suas 38 essências florais. Elas são extraídas por métodos simples e naturais. As plantas devem nascer espontaneamente, ou seja, não são cultivadas. No auge de sua vitalidade, a flor é colhida e mergulhada em recipiente com água da própria região. A seguir, fica exposta por algumas horas ao sol ou, em alguns casos, passa por uma leve fervura. Todas as flores assim colhidas são, então, engarrafadas e conservadas em conhaque. Cada uma delas adequa-se a uma situação emocional arquetípica, como o medo, a raiva, a tristeza, etc. Em alguns casos, há diferenças mais ou menos sutis de indicação entre uma essência e outra. É o caso, por exemplo, entre o Mimulus, essência para medos concretos, bem definidos, fobias, timidez, e o Aspen, também para medos, só que vagos, desconhecidos, pressagiosos. Sabendo-se para o que cada um dos florais é indicado, faz-se uma avaliação do quadro emocional consciente e escolhem-se de uma a no máximo seis essências colocadas, geralmente, num vidro âmbar de 30 ml com um terço de conservante, preferencialmente conhaque. Na falta deste, podese empregar vinagre. Completa-se o volume do frasco com água mineral. O conservante pode estar ausente, desde que não se permita a estagnação da água. De cada floral escolhido são utilizadas apenas 2 gotas, exceção feita ao Rescue Remedy, do qual se usam 4 gotas, pois, na verdade, não é bem uma essência, mas uma mistura de flores. Tomam-se 4 gotas da fórmula diretamente na língua, no mínimo de 4 ou 6 vezes ao dia, podendo-se reforçar o efeito tomando-se 1 gota por minuto em momentos agudos até que ocorra a melhora. Podese usar externamente misturando-se 4 gotas à água de banho e compressas, ou, ainda, em óleos de massagem e cremes. O chamado Creme de Bach, que já vem com as essências Rescue Remedy e Crab Apple, é vendido pronto para uso.

    O uso contínuo dos florais levará a pessoa a uma melhor compreensão de suas emoções, e permitirá o aflorar de um material psíquico mais profundo. Amplia-se, assim, o autoconhecimento, numa espécie de "psicoterapia líquida" que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações. Ao ocorrer uma alteração no quadro emocional, muda-se também uma ou mais das essências escolhidas para que haja uma adequação para o novo momento. Geralmente, isso ocorre num intervalo de uma a quatro semanas, o que exige uma constante auto-avaliação.

    No caso de se estar sob orientação profissional, deve-se retornar ao menos uma vez por semana para novas consultas.

     

    Sabendo de antemão que os métodos de pesquisa ortodoxos em pouco elucidariam essas questões, encontrei as respostas na Sincronicidade (teoria junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos).

    Fazendo um levantamento sobre os deuses e lendas ligados a cada uma das plantas de o­nde se extraem as essências florais de Bach, descobri as "grandes coincidências" entre essas histórias e o momento emocional no qual o floral está apto a atuar. Fora isso, as características de comportamento de cada planta (o modo como cresce, seus terrenos preferidos, suas cores, etc.) correspondem exatamente ao tipo de pessoa à qual a sua essência floral poderá ajudar. E, por mais estranho que pareça a quem não está familiarizado com a idéia da sincronicidade, até mesmo a etimologia dos nomes das plantas já nos esclarecem para que elas servem.

    Somando-se a isso, pesquisei o uso fitoterápico tradicional desses vegetais, em especial sob o enfoque milenar chinês dos Cinco Movimentos e constatei que, além de seu uso ara o equilíbrio de determinados sintomas físicos, tais plantas já eram usadas, sob a forma de chás, para as mesmas emoções para as quais Bach intuiu suas essências. Tais informações tornam esta obra útil tanto àqueles que estão se iniciando no estudo da terapêutica floral como, também, aos mais experientes, inclusive aos pesquisadores de novas essências florais, os quais têm agora mais um fio de meada a ser pesquisado, ou seja, a teoria da sincronicidade de C. G. Jung.

    Um Pouco de Jung

    Precisaremos, neste ponto, elucidar alguns termos básicos utilizados na terapêutica junguiana.

    Arquétipos, por exemplo, representam um conceito tão difícil de explicar como o Tao, ou Deus, pois são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva). Tais motivos foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, constatamos seus efeitos quando se manifestam na consciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, como Símbolos, melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido. Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contatada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifesta na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ou molde-informação de um cristal. Ao formar-se, o cristal obedece a um padrão de forma predeterminado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma.

    Mesmo assim, ele predetermina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém, que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas. É muito mais um desejo, que, como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez existiu um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse. O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias e moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    Símbolo é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Vários significados são atribuídos a cada flor individualmente, mas, no geral, as flores simbolizam o princípio passivo, o feminino por excelência. Corresponde ao yin chinês. O cálice da flor é o receptáculo da atividade celeste (yang), que como uma taça, é capaz de receber a chuva e o orvalho, símbolos de tudo o que vem dos céus e nos influencia. Para o Taoísmo, em especial noTratado da Flor de Ouro, a flor é o símbolo da conquista de um estado espiritual elevado. A floração é o resultado da alquimia interior, é o retorno ao Centro Espiritual (alma), também conhecido por estado primordial. Para os antigos celtas, a flor é o símbolo da instabilidade essencial de toda a criatura, voltada a uma perpétua evolução e, em especial, simboliza o caráter fugitivo da beleza. Este sentido se reforça pela figura lendária chinesa de Lan Tsai Ho, que carregava uma cesta de flores para melhor estabelecer o contraste entre sua própria imortalidade e a efêmera duração da beleza e dos prazeres. Ainda entre os antigos chineses, a flor é um dos símbolos do chamado Movimento Madeira, vinculado à primavera e à expansão. Assim sendo, é de se supor que a Flor, como representação do Yin, seja capaz de nos levar, por similaridade, a travar contato com outros símbolos femininos, além de nos tornar receptivos à ação de seu complemento, o Yang. A profundeza de nosso ser, nosso inconsciente e todo o material psíquico reprimido e por conseqüência corporificado, são classificados numa visão milenar como Yin. Na terapia junguiana, essa porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra (Yin). Seu par complementar é a Persona, classificada como Yang. É a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. O uso das essências florais yin atuará diretamente em seu oposto, yang, assim como o negativo atrai o positivo. Sua atuação será, portanto, em nossas Personas, nossos aspectos conscientes, e nos véus com que nos apresentamos perante o mundo. Esse contato com a Sombra trará à luz a consciência, ou seja, o material psíquico reprimido que a constitui. A Flor, como símbolo do receptáculo do que vem dos céus, explica por que as essências florais nos levam a receber as intuições e insights provenientes de nosso Céu Interior que é nossa essência divina. Torna-se também mais nítida a lembrança dos Sonhos, verdadeiro manancial de informações sobre nossa essência e elo de ligação entre o inconsciente e o consciente. As flores, representação de tudo o que é transitório e efêmero, levam-nos rapidamente a uma mudança de um quadro emocional para outro. Por também simbolizar o Movimento Madeira chinês, cuja orientação é a de expansão e de aflorar de nosso ser, de nossos sentimentos, as essências florais nos levam a tomar contato com as informações sobre nosso eu, juntamente com a sua carga emocional correspondente. A informação fria e simples, a compreensão puramente racional de alguma realidade psíquica dificilmente terá força suficiente para mudar nossas vidas. Entretanto, se a informação vier acrescida de emoção (do latim e-xmovere = mover para fora), aí sim haverá potência para movernos, mobilizarnos para uma expansão pessoal.

    Instâncias Psíquicas e Constelação Arquetípica

    Instâncias Psíquicas são como "indivíduos dentro do indivíduo". São Complexos, isto é, grupos emocionalmente carregados de imagens ou idéias comandados por uma imagem arquetípica aos quais Jung atribuiu a formação de parte da estrutura psíquica funcional. Exemplos de instâncias psíquicas: Sombra, aquilo que somos, mas ignoramos ser; Persona, aquilo que somos em função dos outros; Anima, nossa porção feminina; Animus, nosso lado masculino; Plenitude, o que somos, porém, ainda não realizado; Self, o que somos como aspiração da totalidade.

    Eis alguns exemplos de arquétipos: Deus representa o imutável, o imortal, o poderoso, a fonte de toda a energia de realização; o Mal, força que se opõe à realização, o adversário; a Grande Mãe, a geradora, o mutável, o móvel, a permanência na transformação; o Ancião Sábio, o saber ancestral que não foi alcançado pela aprendizagem, mas pela revelação; Incesto, tendência a voltar às origens, às aspirações regressivas; Mercúrio, a sabedoria que está por aflorar; Morte e Ressurreição, transformação; Ciclos, tudo se repete e está governado por ritmos; Paraíso Perdido, estado de plenitude e felicidade absolutas perdido devido ao pecado; Criação do Mundo, o mundo foi criado no passado por obra divina; Criança, permanência do indivíduo em estados infantis; Salvador, anseio da humanidade por uma redenção através de um ser superior que nos restaure o paraíso perdido; Unidade, complexo psíquico inconsciente de retornar à unidade perdida; Hermafrodita, união dos contrários num novo nível de consciência; Dualidade, representa o que está em movimento, capaz de gerar vida nova; Pedra Filosofal, a transformação alquímica do sujeito, sua aspiração à imortalidade e sabedoria; Batismo, uma nova oportunidade de realizar-se; purificação; Fim-do-Mundo, a transformação por meio de um holocausto; Afrodite, esquema do amor sensual e da inconstância; Herói, o indivíduo escolhido para uma missão transcendente.

    Florais de Bach e suas Imagens Arquetípicas Associadas: serão abordadas cada uma das essências florais de Bach, em ordem alfabética, sendo sempre destacados os aspectos históricos, as lendas, tradições culturais e até mesmo os nomes científicos e populares, cores e formatos das plantas, comprovando o quanto estes aspectos são significativos por estarem em Sincronicidade com as funções terapêuticas de cada floral, constituindo-se em uma considerável fonte de informações. Na verdade, este mesmo método descritivo foi a solução encontrada pelas culturas milenares de preservarem e difundirem seus conhecimentos sobre as plantas, transmitindo sua sabedoria, geração após geração, da forma mais lúdica possível e que neste livro nos auxiliam a gravar a aplicação prática de cada essência, pela associação imediata que fazemos, já que as imagens arquetípicas são parte de nosso inconsciente coletivo.

    Incluiu-se, também, ao final de cada explanação, o uso fitoterápico tradicional correspondente às plantas utilizadas por Bach para suas essências florais. Interessante destacar que sob a forma de chás, compressas e similares, essas plantas já eram utilizadas para inúmeros fins terapêuticos, inclusive, pela Terapia Tradicional Chinesa, cujo raciocínio através de cores, sabores e aromas determinam a utilidade de cada planta. Como poderão constatar, já era de conhecimento universal a utilidade das plantas selecionadas por Bach, cabendo a este o grande mérito de codificar um método prático e natural de extrair e utilizar suas propriedades terapêuticas, aliás de modo semelhante ao aplicado por algumas tribos indígenas brasileiras, que utilizam folhas e flores mergulhadas em cumbucas com água, expostas sob o sol, para preparar suas poções.

     

    Agrimony

    Agrimônia, Agrimonia eupatoria

    Seu nome vem do latim acre ou agri que significa ácido, azedo, camponês, rude, violento. Possui a mesma raiz de agredir, agressão. Eupatoria, do grego eupatórion e do latim eupatorium, tem a ver com eupatia (resignação, paciência). Esta nominação se deve ao rei Mitridates Eupátor, que introduziu oficialmente o uso terapêutico dessa planta. Seu sobrenome significa "de bom nascimento, de pai ilustre". Isto traz uma situação de convivência de opostos no nome dessa planta que encontra sincronicidade com a utilização de seu floral, útil para aqueles que disfarçam seus tormentos sob a forma de bom humor, dissimulação, muitas vezes necessitando de estímulos excitantes variados, tais como festas, bebidas, tóxicos, etc., para que consigam dissimular seu verdadeiro estado. Sua cor verde, representativa da bílis, da raiva e do Movimento chinês Madeira (associado à extroversão), é tão forte que, na antiguidade, seu pigmento era usado para tingir lãs e peles, disfarçando a verdadeira natureza da roupa. O tipo Agrimony de Bach atua de forma semelhante, uma vez que dissimula aquilo que realmente sente, ao manter na superfície uma aparência de que está tudo bem. Costuma nascer à beira de estradas e possui frutos que, tal qual a Bardana, com a qual é comumente confundida, tem muitos ganchos que aderem às roupas dos transeuntes. Isso reflete, mais uma vez, as características de personalidade às quais o seu floral se adequa. Trata-se da pessoa muito sociável e que evita ficar só, para que não tenha chance de pensar profundamente em si mesmo e assim contatar seus tormentos interiores. Citada nos escritos de Plinio e Dioscórides ("EupatoriadosGregos"), essa planta era dedicada a Atenas (Minerva), deusa da vitória pela sabedoria e pela verdade. Nascida de uma machadada na fronte de Zeus (Júpiter), essa deusa simboliza o resultado da intervenção social na consciência individual, "...a síntese pela reflexão... a inteligência socializada...". Em seu escudo está a cabeça da Medusa, espelho da verdade, que mostra aos seus adversários as suas verdadeiras imagens. Mais uma sincronicidade com o tipo Agrimony de Bach, que tem que enxergar a sua verdadeira face, tomar contato com a sua realidade interior, digeri-la, assimilá-la e aprender a usar seu potencial não só em superficialidades, mas também nas profundidades de si mesmo para a expansão do verdadeiro eu. O sabor ácidofrio da Agrimônia faz com que atue nos distúrbios Terrayang, ou seja, problemas com o peso, dificuldades de digestão dos alimentos e das idéias, pensamentos superficiais e levianos, especialmente se estimulados com sabor docequente, tais como álcool e guloseimas; Metal-yang, distúrbios intestinais comuns em quem prende as suas raivas e tormentos e prende igualmente a evacuação, tornando-se enfezado, que literalmente significa "cheio de fezes"; e Madeira-yang, distúrbios de fígado e vesícula; exteriorização de superficialidades, problemas de visão, comuns em quem não quer "enxergar a realidade", além de afecções da garganta (somatização daqueles que têm muitas questões "entaladas na garganta").

    Aspen

    Choupo, Álamo, Faia preta,

    Populus tremula, Populus nigra

    Originário da Europa e Ásia, no Brasil é cultivado na região Sul o choupobranco, Populus alba, da mesma família e de propriedades terapêuticas semelhantes. As folhas dessa árvore tremem à menor brisa, assim como as da Bétula, Betula alba, como se um temor secreto as ameaçasse. Dai sua essência floral ser indicada para os que padecem de medos inexplicáveis e vagos, paranormais, pressagiosos.

    Uma antiga tradição diz que não se deve revelar um segredo perto do choupo ou da bétula, pois com o sussurrar de suas folhas eles contarão para o vento, que rapidamente espalhará a notícia. Tais plantas são, por isso, dedicadas a Hermes (Mercúrio), mensageiro dos deuses, em especial os do inferno.

    Como mediador entre as divindades e os homens, esse personagem mitológico simboliza a capacidade de acesso aos nossos infernos e céus interiores para que obtenhamos respostas àquilo que desconhecemos. Hermes é, portanto, o deus do hermetismo, do mistério e da arte de decifrá-lo.

    Com suas sandálias aladas que lhe concediam grande mobilidade, era o deus das viagens, sendo que suas imagens eram comuns nas encruzilhadas dos caminhos para afastar os fantasmas e os perigos. Temos aqui imensas sincronicidades com o floral Aspen, capaz de levar quem o toma a afastar seus fantasmas e medos desconhecidos, trazendo mensagens do "eu superior" para que decifre a origem de seus temores, compreendao-s, aprenda a transcendêlos e a transformálos em ensinamentos e força. Isso é ratificado pelas lendas que dizem ter a cruz de Cristo sido feita da madeira do choupo plantado no paraíso por Seth sobre o túmulo de Adão. Dizse que, após a crucificação, "episódio de fé, coragem e ressurreição", espalharam-se fragmentos da cruz por todo o universo, multiplicando os milagres a ponto de ressuscitarem os mortos. Na Alemanha, a árvore da cruz tem suas raízes no inferno e a rama no trono de

    Deus. Nas lendas orientais, as árvores das quais são feitas as cruzes servem como escada para os homens chegarem até Deus.

    A cruz é "... o cordão umbilical jamais cortado com o cosmo, o intermediário, o mediador, reunião permanente do universo e comunicação terra-céu, de cima para baixo e de baixo para cima... é a grande via de comunicação...". Tudo isso força ainda mais o aspecto mercuriano do choupo e de seu floral como via de acesso sadio ao inconsciente para despertar a força interior. Entre os antigos chineses, medo e força são como dois lados da mesma moeda, aspectos yin e yang do Movimento Água, de caráter descendente, ligado ao aprofundamento, à sobrevivência, à direção Norte e ao frio. Essa árvore, além de ter folhas sensíveis à menor brisa, possui uma madeira que se toma oca com o tempo. Esse "vazio interior" é indispensável para se ouvir o próprio Eu de o­nde surge a verdadeira força. Pode-se ver isso por suas raízes, que penetram profundamente nos rochedos, e em sua adaptabilidade ao clima frio e à região Norte. Outra conexão com a dualidade medo/força do Álamo é o fato de ser essa planta dedicada a Hércules. Quando Hércules desceu aos Infernos, fez para si uma coroa com seus ramos. O lado das folhas voltado para si permaneceu claro, enquanto que o outro tomou a cor sombria da fumaça, simbolizando a dualidade de todo ser. Curiosamente, essa árvore vive nos lugares úmidos, mas com ela se fazem fósforos (água/fogo). Vários personagens míticos foram transformados em Álamos: as Helíades, por confiarem ao irmão Faetonte a condução da carruagem solar; uma Hespéride, por ter perdido os pomos do Jardim Sagrado; Leuce, transformado por Hades, colocandoo à porta dos infernos para ter perto de si o mortal que amava. Simbolizando os Infernos, a dor, as lágrimas, essa árvore funerária representa as forças regressivas da natureza. A pessoa Aspen precisa aprender a descer aos seus Infernos para descobrir os seus medos e transmutá-los em força hercúlea. Os sabores predominantemente amargo-frio (cascas e folhas) e picante-frio (seiva) dessa planta que contém tanino e salicina, equilibram os problemas Fogoyang (febre, excitação insensata); Terra-yang (excitação psíquica, insensatez); Água-yang (problemas ósseos, delírios) e Águayin (desmineralização, delírio melancólico, medos insensatos).

    Beech

    Faia, Fagus sylvatica

    Árvore européia da família das Fagáceas, a mesma do carvalho e do castanheiro. Pode viver até três séculos formando bosquetes violentamente agitados pelos ventos. O poeta Virgílio, no primeiro verso das Bucólicas, descreve Títiro compondo árias sob a sombra de uma grande Faia. Na verdade, sua sombra é fatal para toda a vegetação herbácea, em especial para a Anemona pulsatilla, que corresponde às pessoas chorosas, dóceis e frágeis. Tais características fazem do seu floral ideal para pessoas arrogantes e excessivamente críticas, que aniquilam os mais frágeis com suas reações intolerantes, assim como a faia que se agita violentamente acaba com a vegetação que lhe está à volta, como se só fossem dignos de

    existir aqueles que lhe sejam semelhantes. Suas flores lembram uma coroa, enfatizando o seu ego e seu nome, cuja raiz phagus (latim) ou phagein (grego), significa comer. É a mesma raiz de fagócitos, célula orgânica capaz de envolver e aniquilar micróbios e partículas, e de fagedênico, aquele que corrói as carnes.

    Isso salienta a predisposição desse tipo de pessoa para julgar e condenar aos que a cercam, assim como fazem os fagócitos.

    Os sabores amargofrio e ácidofrio dessa planta que contém tanino fazemna atuar nos distúrbios Fogoyang (febre, mania, agressividade); Terra-yang (tensão, perda do apetite, pensamentos exaltados, espírito crítico); Madeira-yang (reações alérgicas, agressividade), daí suas propriedades adstringentes, anti-sépticas, aperientes e febrífugas. O uso de seu floral leva a pessoa a atuar como a Faia dos versos do poeta, a qual, em vez de criticar os que estão sob si, inspira-os e os protege com a sua força.

     

    Centaury

    Centáurea Menor, Fel-da-Terra,

    Centaurium umbeliatum, Erytroea centaurium

    Também conhecida como ErvadeQuíron, pois era essa planta que o mais sábio dos centauros utilizava para cuidar das feridas de Hércules. Além de cicatrizante, é febrífuga, aperiente e estimulante hepático. Sua flor rosapálido (Erytroea vem do grego erythrós = rubor, vermelho, vinho, sangue) possui cinco pétalas, cujo simbolismo é o da força de vontade superior, o que se realça pelo fato de ser tal planta a que recuperava o poder do herói Hércules. Seu sabor amargo-quente regulariza os distúrbios Madeira-yin (deficiência imunitária, falta de de sejo sexual, inibição); Terrayin (fadiga, obnubilação intelectual) e Metal-yin (febre, dificuldade de movimentar os membros, prostração, tristeza), despertando as defesas, a força de vontade e o poder de raciocínio. Com a flor dessa planta se faz a essência floral Centaury, que serve para aqueles que têm pouca vontade própria e se deixam explorar pelos outros.

    Cerato

    Cerato, Ceratostigma willmottianna

    Planta de origem tibetana, foi levada para a Inglaterra, tendo sido encontrada por Bach em seu próprio jardim. Suas flores azuladas e lilases formam pequenos cones voltados para todas as direções, como querendo "dar ouvidos" a todos. Proveniente do Tibete, terra dona de uma tradicional sabedoria posta à prova pela dominação estrangeira da China, o Cerato torna-se ainda mais alienígena na Europa, o­nde parece duvidar de sua própria capacidade, daí a postura de suas flores, como a querer "ouvir conselhos". Seu floral está em sincronicidade com todos os que têm falta de confiança na própria opinião e se apegam a doutrinas populares, a conselhos e opiniões alheias. A palavra Ceratostigma significa cera ou ungüento feito de cera e outros ingredientes; e estigma, parte da planta adaptada para receber o pólen fecundante. O nome certamente se deve à sua capacidade de fornecer às abelhas os ingredientes para a fabricação do mel e da cera, os quais têm o simbolismo de alimento da imortalidade, da doçura e, em especial, do conhecimento e da sabedoria, tendo dado o dom da poesia a Píndaro e o da ciência a Pitágoras. A Igreja primitiva usava cera para simbolizar a carne de Cristo e com ela modelava pequenos cordeiros que eram distribuídos aos comungantes. A Eucaristia é um rito ligado à operação alquímica da coagulatio, que é a incorporação, por parte do ego, de uma relação com o Self arquétipo do que somos como aspiração da totalidade. A conexão com a coagulatio, processo de transformação das coisas em terra, ou seja, coagulação, concretização de um conteúdo psíquico numa forma localizada particular, se reforça pela doçura do mel e da cera, que incitam o desejo, outro agente desta mesma operação alquímica do elemento Terra ocidental. Pelo sabor doce é feita a inclusão da cera também no Movimento Terra chinês, que significa o centro, o equilíbrio, a sabedoria. Tais simbolismos tornam claro que o floral Cerato leva quem o toma a entrar em contato com o seu "eu superior", despertando a sabedoria interior. Outro significado do vocábulo cerato é córnea, daí as palavras ceratite: inflamação da córnea e ceratocone: deformidade da córnea em forma de cone, cujo significado é ligado ao do olho, símbolo universal da sabedoria e percepção intelectual, ratificando ainda mais a vocação da essência da flor do Cerato. Não há registro nos tratados tibetanos do uso terapêutico do Cerato, mas, devido às suas características específicas de sabor doce-quente, opõe-se aos distúrbios Terra-yin (problemas intestinais, obnubilação intelectual); Fogo-yin (abatimento, timidez, confusão mental, estado estuporoso) e Madeira-yin (inibição da acuidade visual e das decisões, queda da autoconfiança). Possui ainda efeitos tônico-cardíacos, regularizadores, laxativos e estimulantes imunitários.

     

    Cherry plum

    Cerejeira, Prunus cerasifera

    A floração da Cerejeira é um dos espetáculos naturais mais apreciados no Japão. A flor de sakura é o símbolo do ideal cavalheiresco. Efêmera e frágil, que o vento não tarda a levar, é também o emblema adotado pelos samurais para exemplificar a devoção de suas vidas. A cereja em si simboliza o ideal guerreiro e a sua busca da transcendência, pois é preciso romper a polpa vermelha para se alcançar a semente, ou seja, sacrificar o sangue e a carne, a fim de alcançar a pedra angular da pessoa humana. Seus sabores que variam do ácido-frio (adstringente) ao doce-frio (laxativo) cuidam do excesso de ácido

    úrico, problemas do fígado e vias urinárias, além de atuar nas questões Madeira-yang (exteriorização das emoções, fúria, etc.); Terra-yang (muitos pensamentos) e Água-yang (tendências passionais). Com a flor da cerejeira se faz a essência floral Chery plum, a qual, por manter o guerreiro voltado para a busca espiritual, é ideal para aqueles que têm medo de soltar-se, de perder a cabeça e tomar atitudes das quais possam se arrepender.

    Chestnut bud

    Botão do Castanheirodaíndia, Aesculus hippocastanum

    Na China antiga, o Castanheiro correspondia ao outono e ao Oeste, sendo plantado sempre voltado para essa direção. Simbolizava a própria Previdência, pois seu fruto serve de alimentos durante o inverno. Aliás, Aesculus pode significar "bom para sustento", ou ainda, carvalho, ou, indo mais além, Esculápio (do latim Aesculopiu e do grego Asklepiôs, que recebeu a terapêutica do centauro Quíron). Hippocastanum seria castanha de cavalo, pois acreditavase que esta planta tratasse qualquer distúrbio dos cavalos. Símbolo inseparável do de cavaleiro com o qual muitas vezes se alterna ou se funde, como nos centauros, o cavalo representa o psiquismo inconsciente, das sombras e da luz, transportando o homem aos mistérios inacessíveis à razão. Os sabores amargo-fresco e picante-fresco das castanhas e ácido-fresco e amargo-fresco das cascas possuem um tropismo para os distúrbios Terra-yang (distúrbios de aprendizado, problemas com circulação) e Madeira-yang (problemas com circulação e de próstata, ansiedade). Do botão da flor do castanheiro se extrai a essência floral Chestnut bud; originas e de um broto "inexperiente", que ainda não desabrochou, um Asclépio ainda aluno que irá aprender a ser previdente como o castanheiro maduro. Esse floral é indicado para quem não aprende com as experiências da vida e repete sempre os mesmos erros.

     

    Chicory

    Chicória, Chicorium intyhus

    Esta hortaliça envolve com suas folhas os pequenos ramos e brotos, sufocando-os e atrapalhando o seu desenvolvimento. Age igualmente com as suas flores azuis, abraçando-as como que querendo-as só para si. Se o seu eixo central fordobrado, os brotos e as flores desabrocham e mostram o seu verdadeiro potencial. Seus sabores amargo-quente com tropismo Terra e amargo-frio com tropismo Água são normalmente utilizados como aperientes, tônicos, diuréticos, remineralizantes, antifebris, harmonizadores do fígado. As flores são utilizadas em casos de irritação dos olhos. Suas propriedades amargo-quente aumentam a excitação e trazem mais vida. Combatem problemas Fogo-yin, como a melancolia e diminuem os distúrbios Terra-yin, como a obsessão e as preocupações excessivas. Suas substâncias amargo-frio com tropismo Água, diminuem os distúrbios Águayang, como o abuso da autoridade. De sua flor extrai-se a essência floral Chicory ideal para os chantagistas emocionais.

     

    Clematis

    Clematite, Vinha branca, Barbadevelho

    Obs.: existem outras plantas conhecidas por esse mesmo nome, como a Tillandsia recurvata, Clematis vitalba (classificação de Lineo) ou ainda, Coco do levante/Coca do levante, Anamirta cocolus (classificação de Martius)

    Trepadeira da família das Ranunculáceas e do gênero Clematis, equivale aos nossos Cipó Una (Clematis dioica variação brasiliana), Cipó do Reino (Clematis campestris) e BarbaBranca (Clematis hilani), pouco citados na literatura fitoterápica por serem narcóticos, venenosos e alucinógenos. Seus frutos não devem ser comidos e suas partes não servem para se fazer chás. A não ser para um cuidadoso uso externo eu não a recomendo, a não ser sob a forma de florais. Talvez por seus efeitos alucinógenos é que, na Europa, a Clematis também é conhecida como Traveller's joy (alegria do viajante). Por tais características, não é de se admirar que sua essência floral sirva, justamente, para aqueles que estão distraídos, desinteressados do presente, fugindo dele por meio de devaneios e "sonhando" acordados. Seu formato de cipó (trepadeira) evoca o simbolismo da ligação primitiva entre o Céu e a Terra, além do amor, pela dualidade com a árvore à qual se enrosca e se atrela. Isso faz com que "aterrisse" o tipo Clematis, fazendo-o descer dos céus "por o­nde está divagando e atrelandoo ao chão", à realidade, dando-lhe ground. Aliás, clematite vem do latim clematite e do grego klematitis, que significa madeira de sarmento, ou seja, rastejante, trepadeira, seca, que serve para o fogo (rastejante: perto do chão, da realidade; fogo: que sobe). A ambivalência se reforça pelos seus frutos que são como vinhas silvestres e

    evocam a porção selvagem do simbolismo do vinho, capaz de promover a iniciação e o conhecimento, mas que, como todo ritual Dionisíaco (Baco), por causa da embriaguez, pode dificultar o posterior recontato com a realidade num ego frágil. Devido aos seus sabores picante e azedo-quente, atua nos distúrbios Fogo-yin (desmotivação, confusão mental); Água-yin (problemas ósseos e de urina, sonolência, falta de "pés-no-chão"); Metal-yin (dificuldade de movimento, distração, introspecção); Terra-yin (tédio, distração, dificuldade de concentração) e Madeira-yin (problemas de vesícula, fraqueza, diminuição da acuidade visual e auditiva, inibição da musculatura e das decisões). Observação: as mesmas propriedades terapêuticas são encontradas no Alecrim (Rosmarinus officinalis) sem a inconveniência da toxidade. De sua flor se extrai a essência Rosmarinus do sistema dos Florais de Minas e que equivale ao Clematis de Bach.

     

    Crab apple

    Macieira, Malus pumila

    Na cultura cristã, por sua forma esférica, a Maçã representa os desejos terrestres e a complacência em relação a eles. A proibição imposta por Jeová alertava o homem contra a predominância desses impulsos, devendo escolher entre os desejos terrestres e a espiritualidade. Ao comer do fruto, o casal primordial sentiu vergonha do próprio corpo. A idéia da maçã como "fruto proibido", coloca a essência floral da macieira em sincronicidade com os que se sentem sujos e impuros, despertando assim o sentido mais elevado da fruta, que é o símbolo do conhecimento representado pelo pentagrama forma do pelo desenho de suas sementes ao ser partida ao meio. O sabor doce-frio dessa fruta a torna apta a tratar das questões Terra-yang (problemas de peso e de digestão, manias e melancolia); Metal-yang (problemas respiratórios e de pele, tristeza e conduta anti-social). Há ainda o seu lado ácido-quente que atua no Fogoyin (debilidade cerebral, autoculpabilidade e melancolia) e Metal-yin (manchas na pele, estado melancólico). A maçã é tradicionalmente usada como um poderoso depurativo, além de digestivo, daí a essência floral de suas flores (Crab apple) ser considerada o "depurador" do sistema Bach, ou seja, um depurativo para o físico e o psíquico que ajuda a "digerir" as próprias impurezas.

     

    Elm

    Olmo, Ulmeiro,

    Ulmus procera, Ulmus campestris

    O nome desta planta, Ulmus, contém raiz semelhante a úlmico e ulmina, que fazem referência a certos tipos de ácidos extraídos de vegetais. Procera significa alto, importante. As essências florais extraídas dessa bela árvore, largamente utiliza da na antiguidade por suas propriedades terapêuticas e por sua boa madeira, são ideais para aqueles que, como essa árvore, são normalmente fortes e úteis, bastante responsáveis, até mesmo desempenhando papéis de interesse coletivo, mas que estão passando por uma fase de desânimo e crêem ter assumido uma tarefa além de suas forças. O floral Elm auxilia a quem o toma a lidar melhor com as responsabilidades excessivas. Podemos evocar, ainda, a semelhança da palavra olmo e elm com helm (do inglês) e elmo, símbolo da invulnerabilidade, da potência e da invisibilidade, o que está em sincronicidade com a personalidade Elm, altamente altruísta (o que projeta em sua sombra a contrapartida de que se acha invulnerável, poderoso, podendo dar, mas não necessitando receber). Sente-se como que realmente possuidor do elmo presenteado pelos deuses, que o torna apto a vencer todas as tarefas, protegendo-o, mas que, em seu outro sentido, também recobre sua cabeça, como que escondendo algo, impedindo-o de contatar os desejos profundos de seu eu que lhe pede moderação. Tal a própria árvore Olmo, cujas flores desabrocham antes das folhas, invertendo o processo natural que lhe traria mais energia (respiração e fotossíntese), a pessoa Elm também exagera na sua obra, ignorando a natural necessidade de repor suas energias, ficando sem fôlego em situações inconvenientes. Seus sabores ácido-quente e amargo-quente fazem com que combata as perturbações Metal-yin (problemas de pele, estados melancólicos); Água-yin (problemas ósseos, falta de desejo sexual, sensação de fraqueza) e Fogo-yin (atonia, inibição, tristeza). É adstringente, diurética e tônica. Outra curiosidade do Olmo é que seu fruto substitui o lúpulo na fabricação da cerveja; o mesmo se dá com uma planta comum em território brasileiro de nome assemelhado, a Olmeira, ou Ulmárea (Spirae ulmaria), uma rosácea conhecida também como rainha-dos-prados. Essa bebida era destinada à classe guerreira e simbolizava a soberania. Seu uso se dava nos ritos de passagem, da fermentação, que leva o iniciado à incursão interior para a autodescoberta e o despertar de suas forças. Isso reforça a sincronicidade com o caráter realizador do tipo Elm.

    Gentian

    Genciana amarela,

    Gentianeila amareila, Gentiana lútea

    Esta planta deve seu nome a Genzio, rei da Ilíria (180 a.C.), que ressaltou suas propriedades terapêuticas. Destaca-se pela sua cor intensamente amarela, luz de ouro, do sol e dos deuses, símbolo da eternidade e da vitalidade. Para os antigos chineses, do negro é que nasce o amarelo, que representa o equilíbrio, a terra fértil, o imperador e o centro, tal como o Sol é o centro de nosso sistema. A Genciana seca no inverno e renasce na primavera, ressuscitando de sua morte aparente graças ao contato com o seu sol interior, expresso em sua cor amarela e em seu sabor tônico amargo-quente (Fogo-yang), tornando-a ideal no combate às perturbações Metalyin (problemas ósseos e respiratórios, melancolia, tristeza), Terra-yin (falta de apetite e de forças, manias e melancolia), Água-yin (problemas ósseos e tristeza). Por analogia da cor sabe-se de seus efeitos no corpo amarelo (estrutura formada no ovário o­nde se desprende o óvulo; gera vários hormônios que preparam o útero para a gravidez), daí seu uso contra esterilidade (distúrbio Terra-yin). Por todas essas características, o floral Gentian é indicado para quem está sofrendo uma tristeza por causa conhecida, levando a pessoa a um renascimento de sua situação invernal, contatando a primavera interior, reavivando-se sob o sol amarelo.

     

    Gorse

    Tojo, Ulex europaeus

    Planta espinhosa da família das Leguminosas, sub-família das Papilionáceas. Cresce em terreno seco e pedregoso e, mesmo no inverno, quando a escuridão é mais longa e o clima mais frio, o Tojo ostenta suas flores que se assemelham a uma chuva dourada de vida e esperança em meio a um quadro desanimador. Seu floral Gorse, portanto, é indicado para os queestão sem esperança, despertando-lhes ânimo e força. As Papilionáceas têm na corola de suas flores um aspecto que lembra uma borboleta (do latim papilio), cuja simbologia, entre outras, é ligada à idéia de ressurreição devido à metamorfose da crisálida. Outra característica do Tojo são os espinhos, lembrando o despertar das defesas, o reagir. A coroa de espinhos de Cristo significa, ao mesmo tempo, as dificuldades e a irradiação de seu potencial, sendo muitas vezes esses espinhos representados envoltos por luminosidade. O Tojo é aparentado do nosso feijão (Phaseolus vulgaris, mesma família e subfamília), o qual é dotado de grande valor nutritivo. Seu sabor doce-frio atua nas questões Terra-yang (problemas digestivos e do pâncreas, manias e melancolia); Fogo-yang (angústia, mania de perseguição) e Água-yang (dores ósseas e musculares, insônia).

    Heather

    Urze, Caliuna vulgaris

    Urze é um nome comum a várias plantas da família das Ericácias, da qual a mais conhecida é a azálea (Rododendron indicum). Do inglês Heath, urzal, charneca, dá-nos a entender que seu terreno preferido é o charco rústico, já seco e ácido. Em francês, Bruyêre, lembra bruyant barulhento. O floral Heather auxilia àqueles que não são de escolher muito bem suas companhias e os locais que freqüentam, pois são

    como crianças carentes. Para elas, qualquer um é bem-vindo. Também não são discretos, já que buscam as atenções só para si. São muito faladores e ("barulhentos"). Egocêntricos, não conseguem suportar a solidão. A planta possui flores cor-de-rosa ou brancas, sendo cada ramo uma verdadeira comunidade de incontáveis flores em forma de pequenos sinos. As pessoas Heather, assim como as flores da Urze, são muito sociáveis, mas querem monopolizar a atenção: "Só faltam colocar um sino no pescoço". Quando equilibradas, passam a ser uma companhia agradável, aprendem a conviver em harmonia com os outros. Em vez de falarem apenas de si, tornam-se bons ouvintes, o que, aliás, tem a ver com o simbolismo do sino, que é o mesmo do ouvido, aquele que percebe o som primordial. Seu badalo evoca a posição de tudo o que está suspenso entre o céu e a terra, por isso estabelece uma comunicação entre os dois trazendo a harmonia. Análoga à Urze, existe a flor de Galanto (Campânula branca), símbolo do consolo e da esperança, já que floresce no fim do inverno anunciando com seus sinetes a primavera. Seus sabores são ácido-frio (ácido cítrico e fumárico), adstringente e doce-quente (amido), o que lhe dá um caráter energético ambíguo. Atua em distúrbio Água-yin (problemas ósseos, dores lombares, melancolia) e Água-yang (problemas urinários, excitação sexual permanente).

     

    Holly

    Azevinho,

    Mirto espinhoso, Ilex aquifólium

    São chamados de azevinho tanto a Ilex quanto o visco ou agárico (Viscum album), uma parasita chamada de aquilo que trata-tudo, planta sagrada, em especial para os gauleses, não só pelas propriedades análogas, como pelo seu uso nas festas natalinas européias, o­nde ambas, entrelaçadas, ornamentam as comemorações.

    O nome do azevinho em inglês lembra holy, sagrado, ratificando a sua conexão com o Natal. É pois símbolo do amor universal, o que torna a sua essência floral Holly ideal para lidar com as emoções violentas, tais como ódio, inveja, ciúme, etc. O azevinho parece sempre verde, cor da bílis, da vesícula e do fígado no simbolismo chinês, o­nde pertence ao Movimento Madeira, associado à expansão, à extroversão, à raiva. O verde é, entretanto, o mediador entre o calor e o frio, tranqüilizador, refrescante e humano, primaveril, o despertar da vida. Seus frutos fortemente vermelhos, por um lado, reforçam a impressão de excitabilidade, de perigo (Movimento Fogo chinês). Por outro lado, lembram a cor do sangue, da vida. As características agressivas se reforçam por serem suas folhas fortemente denteado-espinhentas, terrívelmente agressivas e cortantes. Entretanto, com a idade elas se tornam macias e ovais, "perdendo os seus dentes". Aliás, seu crescimento é muito lento, paciente, chegando até aos 10 metros de altura e 300 anos de idade. Já suas flores são brancas, cor da morte e renascimento, de passagem, ora ausência de cores, ora a sua somatória. Para os chineses e para os astecas, o branco é a cor do Oeste, do outono, o­nde desaparece o sol, do início da morte e da introspecção. Há o simbolismo positivo também: para os chineses, o branco, relacionado ao Movimento Metal, pode também representar a alegria serena, a paz, a previdência e para outros povos, há conexão com a pureza. O seu sabor é amargo-frio, contém tanino e ilicina, o que lhe dá o poder de atuar nas questões Fogo-yang (tensão, febre, problemas intestinais).

    Vale lembrar que um dos sinônimos de raivoso é enfezado, ou seja, literalmente "cheio de fezes". Assim sendo, a "soltar os intestinos" pode ser entre outras coisas, uma explosão de raiva.

    Há ainda as questões Madeira-yang (tremores, irritabilidade) e Terra-yang (problemas estomacais, super-excitação psíquica, perda do senso moral). Para vários autores, não há nada melhor que o azevinho para tratar as dores do estômago e dos intestinos, por mais fortes que sejam.

     

    Honeysuckle

    Madressilva, Lonicera caprifohum, Lonicera periclymenum

    Seus nomes, tanto em inglês, honey (= doçura) / suckle (=amamentar), quanto nas línguas latinas (madressilva no português; madreselva no espanhol; madreselva no italiano, significa "mãe selva"; e no francês, chêvre-feuille, "mãe cabra") enfatizam a idéia do doce amamentar, evocando uma regressão infantil a um passado gostoso e seguro no colo materno da "mãe positiva". O maternal é reforçado pelo caprifolium (cabra/folha). Na Índia, a cabra é Prakriti, a mãe do mundo. Foi com leite da cabra Amaltéia (ama de deus) que Zeus, quando criança, se alimentou. Em todas as tradições, é símbolo da ama-de-leite e da iniciadora (associada à manifestação divina). Por outro lado, há uma conotação de impulsos imprevisíveis (os pulos da cabra) e caprichosos (a palavra capricho vem de capri, cabra).

    A madressilva exala um aroma agradável que durante o dia atrai os beija-flores, símbolo das relações entre o céu e a terra e da alma que se liberta. À noite, atrai as mariposas, símbolo da inconstância, "... como as mariposas se precipitam para a sua morte na chama brilhante, assim os homens correm para a sua perdição..." (BhagavadGita). Já periclymenum vem do grego perikleio e significa agarro-me, pois a madressilva é uma trepadeira que se agarra muito fortemente à sua árvore.

    Assim sendo, a essência floral Honeysukle se destina aos que se mantêm ausentes do presente e se apegam nostalgicamente ao passado. A madressilva ajuda a pessoa a ter um relacionamento maior com o presente, ao mesmo tempo que preserva a beleza e o aprendizado do passado. Seus sabores salgado, doce e ácido, todos quentes, como ácido salicílico e mucilagem, tornam possível trabalhar distúrbios Água-yin (problemas articulares e das vias urinárias, falta de desejo sexual, tristeza, saudosismo); Fogo-yin (opressão do coração, friagem, melancolia) e Terra-yin (febre intermitente, insociabilidade, idéias fixas). É ainda um bom anti-séptico, adstringente,diurético e sudorífero.

     

     

    Hornbeam

    Carpa, Carpinus betulus

    Em inglês, horn significa chifre e beam, irradiar, sorrir, direcionar. Em francês, charme quer dizer encanto, carisma. O simbolismo dos chifres e dos raios tem muita similaridade e são utilizados indistintamente nas obras de arte da antiguidade como indicadores de força e de poder irradiante. Para Jung, é ao mesmo tempo masculino, pelo seu poder de penetração, e feminino, porque possui uma abertura. E preciso reunir esses dois princípios para se atingir a harmonia. Os chifres da planta Carpa estão voltados para baixo, meio desanimados, de cabeça baixa. O seu floral, Hornbeam é ideal para o cansaço com a rotina, recuperando a força e a motivação. Já o nome Carpa é o mesmo do peixe que é tido como o único que, ao contrário dos outros, quando vai ser retalhado, fica imóvel "... assim deve agir o homem ideal perante o inevitável...". Na França, a carpa representa a discrição, a mudez. Por outro lado, na China e, em particular, no Japão, esse peixe é símbolo da perseverança e da coragem, pois, em época de procriação, sobe os rios nadando contra a correnteza, vencendo até as cachoeiras. Portudo isso esse floral reaviva as energias de quem o toma, pois não estavam ausentes como se nota pela simbologia do poder dos chifres e a coragem das carpas. Havia, isto sim, uma desmotivação (chifres voltados para baixo, carpas fora do período de acasalar) e precisavam apenas de unia quebra da rotina (época de procriar para as carpas) para despertar a vivacidade (os raios/chifres irradiando horn + beam). Seu sabor picante-quente atua nas questões Metal-yin (problemas respiratórios, melancolia, desmotivação, prostração); Terra-yin (corrimento nasal, obnubilação intelectual) e Água-yin (problemas respiratórios,

    distúrbio nos meridianos do pulmão e do rim, cansaço, inapetência sexual).

     

    Impatiens

    Impaciência, Impatiens glandulifera

    Planta similar ao BeijodeFrade (Impatiens balsamina).

    Seu floral, conforme o seu próprio nome, é indicado para aquele que é impaciente, irritável, perfeccionista, muito rápido e que, por isso mesmo, tem dificuldades em lidar com os outros, não suportando a sua lentidão. A Impatiens tem suas sementes armazenadas em cápsulas que, quando maduras, permanecem em constante tensão prestes a se romper ao menor toque, lançando longe as sementes. Além do mais, mal brota da terra e já está florindo prematuramente. Nem por isso essa planta deixou de participar da harmonia da Natureza.

    Por meio de seu floral, podemos, literalmente, beber da sabedoria desse vegetal. Seu sabor doce-frio, mucilaginoso, permite-lhe enfrentar os problemas Madeira-yang (insônia, irritação, agressividade); Fogo-yang (palpitações, angústia) e Metal-yang (tosse, garganta dolorida, insônia, agitação).

     

    Larch

    Lariça,

    Pinheiro lariço, Larix decídua

    Árvore européia da família das Coníferas que chega a atingir 30 metros. Decídua é o revestimento do útero que é desprendido após um período menstrual ou depois do parto. É também tudo aquilo que cai, caidiço, caduco. O Lariço ganhou esse sobrenome por suas pinhas que caem. Começam aí as sincronicidades do floral Larch com aqueles que se sentem "descartáveis", "caídos". É ideal para quem nutre sentimentos de inferioridade e se acha incapaz. Na verdade, o tipo Larch, em seu íntimo, é até mais capaz do que a maioria, mas não consegue se perceber assim. Do mesmo modo, o Lariço, externamente, apresenta uma casca cinzenta, sem vida, mas, por dentro, é de coloração vermelha, símbolo de força e vida.

    Inclusive, é de seu interior que advém suas maiores propriedades terapêuticas. Trata-se da substância resinosa conhecida como terebentina-de-veneza que entra na composição de vários remédios. Como toda conífera, o Lariço é símbolo da imortalidade. Na Sibéria, é considerada a Árvore do Mundo, da qual descendem o Sol e a Lua, figurados por pássaros de ouro e de prata. Possui folhas em forma de agulhas, dispostas como uma "cabeleira despenteada" de o­nde brotam as pinhas. Se, por um lado, o "despenteado" traz um ar de quem está se desprezando, por outro, as agulhas e as pinhas também são símbolos de força, de poder e de renascimento. Seus sabores amargo e picante-quente atuam nos estados desequilibrados de Metal-yin (problemas respiratórios e de garganta, prostração, melancolia, baixa-estima) e Água-yin (problemas nas vias urinárias, inapetência sexual, tristeza, desânimo).

     

    Mimulus

    Mímulo, Mimosa, Mimulus guttatus

    Plantada família das Escrofulariáceas, a mesma do Berro ou Escrofulária ou Erva-das-Escaldadelas (Scrophularia nodosa e aquática) e da Boca-de-Leão (Antirrhinum majus). Há, ainda, um paralelismo com certas plantas de nome assemelhado: Mimosops (Gutapercha), da família das Sapotáceas, espécie das gutiferáceas, que, assim como o Mímulo, fornece um tipo de goma-guta (guttatus). Há também a Acácia, da família das Leguminosas mimosídeas. Na maçonaria, o­nde às vezes os estudiosos também a confundem com a acácia, a Mimosa é o emblema da segurança e da certeza, no sentido de que a morte não é uma destruição total, mas sim uma metamorfose do ser. Em certas cerimônias, o Iniciado ao sair de sua tumba ou retiro é como a larva que se arrasta na obscuridade e se transforma na borboleta multicor que se lança à luz e ao sol, representados pela Mimosa de flores amarelas cor de ouro, símbolo de magnificência e potência com as quais o Iniciado é recebido. O Mimulus é uma planta delicada que, apesar de sua aparente fragilidade, cresce à margem dos rios, fincando firmemente suas raízes no cascalho e enfrentando as correntezas. Por isso, o "símbolo", a energia de sua essência "impressa" na água desperta em quem a usa a capacidade de lidar melhor com suas fobias, trazendo coragem para enfrentar os medos concretos. O tipo Mimulus é frágil, delicado, sendo por vezes tímido. Os nomes das plantas aparentadas à mimosa fornecem mais subsídios: berro, escaldadela e escrofulária. O primeiro, expressa medo; o segundo, lembra "gato escaldado tem medo de água fria" e o último, designa um tumor, uma ferida, reforçando a idéia de medo ante alguma ameaça de ser ferido. Os sabores doce-quente e ácido-frio das escrofulariáceas equilibram os distúrbios Água-yin (problemas ósseos e dos rins, fobias), Madeira-yin (problemas celulares, insegurança, timidez) e Madeira-yang (problemas circulatórios, manias).

    Mustard

    Mostardeirabranca, Sinapsis arvensis, Brassica Alba

    Planta herbácea de até 60 cm de altura, possui flores branco-amareladas e sementes brancas ou amareladas com sabor agradável semelhante a nozes, mas inodoras, usadas para conservar carnes e pescados. A mostarda em pó é feita da misturadas sementes moídas da espécie branca e da negra (Brassica nigra, de sabor mais picante), às quais se acrescenta curcuma ou açafrão para que adquira a cor amarelo-brilhante característica. Os antigos gregos faziam a mostarda misturando as sementes com suco de uva. No Novo Testamento está escrito "o reino do Céu é como o grão de mostarda com que se semeia os campos. É a menor das sementes, mas se transforma na maior hortaliça e em seus ramos se aninham as aves do céu...". A semente da mostardeira destaca o simbolismo do grão que morre e se multiplica, representando as vicissitudes da vegetação, sendo comumente citada nos Hinos Homéricos. Destaca-se dos ritos da vegetação para significar a alternância da vida e da morte, pois com a morte da semente é que nasce a planta; da vida no mundo subterrâneo (semente sob a terra) e da vida à luz do dia (planta); do não-manifesto à manifestação. Toda vegetação está submetida à lei das mortes e renascimentos: "...se o grão não morre...", ciclo associado a Deméter (Cibele). Essa alternância entre o não-manifesto, subterrâneo, escuro, morte (grão semeado), e o manifesto, aéreo, claro, vida (o vegetal que nasce da morte da semente, mas que gerará novos grãos, reiniciando o ciclo), está em sincronicidade com o floral Mustard, que atua naqueles que sofrem tristezas cíclicas, sem causa aparente. O floral leva até eles o reino dos céus e traz para a superfície o conhecimento do real motivo da depressão, conectando-o consciente com o inconsciente. Isso se reforça pelo nome Sinapsis, que se deve pela maneira como suas flores estão "soldadas", ou conectadas entre si que é semelhante a sinapse, junção entre as células nervosas que formam uma cadeia de comunicação. Genericamente, significa conectar, reunir, soldar. Seu sabor picante-quente é estimulante de todas as funções do corpo, trazendo um bem-estar geral. Equilibra Metal-yin e Água-yin (intestinos soltos, prostração, melancolia).

     

    Oak

    Carvalho, Quercus robus

    Com tamanho de até 40 metros, esse tipo de árvore chega até os 2.000 anos de idade. Carvalho é nome genérico de mais de 200 espécies de Fagáceas. Na antiguidade, os homens valorosos eram coroados com ramos de carvalho. Sob suas sombras, fazia-se justiça. Árvore sagrada em numerosas tradições, atrai os raios e simboliza a majestade. Havia o carvalho de Zeus, na Grécia, de Júpiter, em Roma, de Ramowe, na Prússia, de Perun, entre os eslavos. É sinônimo de força tanto moral, quanto física, daí seu sobrenome robus (robusto, forte). De sua madeira era feita a clava de Hércules (Heracles). É o eixo do mundo entre os celtas, os gregos e os iacutos siberianos, o que o torna instrumento de comunicação entre o Céu e a Terra. Sob seus pés, Abraão recebeu as revelações de Jeová. Ulisses, na Odisséia, consulta duas vezes a "... folhagem divina do grande carvalho de Zeus...". O Velocino de Ouro estava suspenso em um carvalho, daí outro de seus simbolismos, o de templo. Plínio, "o Velho", etimologicamente errado, mas sincronisticamente correto, traduzia druidas como homens de carvalho, devido à analogia com o grego drus (carvalho). Os druidas, em sua função sacerdotal, têm direito à sabedoria e à força. Por tudo isso, a essência floral Oak é ideal para aquele lutador que não se dá conta de estar indo além do limite saudável para as suas forças, assim como o carvalho, que pela sua robustez, acaba atraindo os raios. Seus sabores ácido e picante-quentes o habilitam a tratar das questões Terra-yin (intestinos soltos e com sangramento, problemas digestivos e de pele, obnubilação intelectual) e Metal-yin (problemas respiratórios crônicos, corrimentos, incontinência; uso externo, nas quedas de cabelo; prostração, melancolia).

    Olive

    Oliveira, Olea europoea

    Apesar de seu sobrenome, a origem dessa árvore, que mede entre 2 e 10 metros e atinge até 100 anos, é asiática.

    Sua simbologia refere-se à paz, vitória, recompensa, purificação e força. A mitologia conta que a primeira Oliveira nasceu de uma briga entre Poseidon, deus das terras e águas agitadas, dos abalos e tempestades, e Atena, deusa à qual é consagrada. No Hino Homérico a Deméter (Cibele), deusa dos ciclos, morte e ressurreição, ela é divinizada. Em Roma, além de Minerva (Atena), as Oliveiras eram ligadas a Júpiter (Zeus). Na China, acreditava-se que sua madeira poderia neutralizar venenos de cobra. No Japão, é a árvore da vitória, símbolo da amabilidade e do sucesso. Nas tradições judias e cristãs, representa a paz após um grande tormento. Foi um ramo de Oliveira que a pomba trouxe a Noé depois do dilúvio e foi no

    morro das Oliveiras que Cristo ascendeu aos céus, após os três dias de sepulcro/inferno e de sua estada na terra. Por isso, a essência floral Olive é adequada àqueles que sofrem esgotamento extremo, físico e mental, especialmente depois de um longo período de tensão. No Islã, a Oliveira é a árvore central, o eixo do mundo. Diz-se que, por ser sagrada, um dos nomes de Deus está debaixo de cada uma de suas folhas. Por fornecer o óleo que queima nas lâmpadas, há a analogia com a luz, como expressa este versículo do Alcorão "...a luz de Deus é como um nicho o­nde se encontra uma lâmpada, que está dentro de um vidro; este contém um astro de grande brilho; ela mantém sua luz com a ajuda de uma árvore abençoada, a oliveira, cujo óleo ilumina, ou pouco falta para isso, sem que o fogo o alcance...". Da mesma forma, a pessoa tipo Olive deve aprender a ser como o azeite da oliveira e não se deixar consumir totalmente para que possa encontrar e espalhar a sua luz. Tem sabores amargo-fresco (folhas) com tropismo Terra-yang (problemas de pâncreas e de sangue, insônia) e picante-quente (azeite) com atuação Água-yin (problemas ósseos e de garganta, inapetência sexual e melancolia) e Terra-yin (fadiga, melancolia).

     

    Pine

    Pinheiro, Pinus sylvestris

    No Oriente, o Pinheiro é símbolo da imortalidade devido à resistência de sua folhagem e incorruptibilidade de sua resina. Os imortais taoístas comiam seus grãos, agulhas e resina, alimentação que dispensava qualquer outra, tornando o corpo ligeiro e capaz de voar. Segundo o pesquisador de religiões chinesas, Henry Macero,"... as flores de pinheiro, do Céu da Pureza de Jade, dão o brilho de ouro a quem as come...". Céu, ouro, jade, são símbolos máximos do Yang, ou seja, força. Esses símbolos as seguravam ao defunto um novo nascimento, daí terem ornadas as suas vestes, corpos e túmulos com ouro e jade. No Japão, os Pinheiros são usados para a construção dos templos xintoístas, sendo, ainda, símbolos de uma força inquebrantável, forjada no decorrer de difíceis combates cotidianos. Representam os homens que souberam conservar intactos seus pensamentos, apesar das críticas que os cercavam, assim como o pinheiro sai vencedor dos ataques dos ventos e tempestades. O floral Pine serve para os que têm sentimentos de culpa, para que estes, assim como o Pinheiro, que não se curva aos ventos, também não se curvem facilmente às críticas e autocríticas, trazendo-lhes força e permitindo que renasçam. O renascimento/ressurreição é reservado aos puros, os sem culpa, os perdoados. Tal fenômeno é simbolizado pela pinha, a qual aparece nas mãos de Dioniso (Baco), que morria devorado pelos Titãs e ressuscitava. O Pinheiro também é dedicado a Deméter (Cibele), sendo que o abatiam e o enrolavam como a um cadáver, representando Átis (esposo da deusa) morto. O dia seguinte era de tristeza e de jejum por sua morte. Depois disso, passavam dos gritos de desespero para um júbilo delirante com banquetes fartos e alegria pelo retorno à vida do deus. Mais modernamente, essa árvore simboliza o período natalino, sendo usada nas comemorações do aniversário de Cristo, aquele que assumiu todas as culpas, perdoou e ressuscitou. Quanto à palavra pinheiro, que vem do latim pinu, e daí seu sinônimo, pino, teve seu sentido popularizado a partir do significado que lhe atribuíram astrólogos e astrônomos, por conta de sua verticalidade e aprumo, espiga com notável rapidez, levando nossos olhos ao céu, chegou a designar o ponto mais alto a que o sol pode chegar em sua marcha: o auge, o zênite, o cume...". Dai surgiram expressões como "pôr a pino", "empinar-se", sendo usado o termo pino na literatura como"... o perfeito equilíbrio moral, o aprumo do homem altivo de antes quebrar que torcer...". Seus sabores amargo e picante quentes são eficazes nas questões Metal-yin (problemas das vias respiratórias, tristeza, baixa-estima, culpa); Água-yin (problemas urinários, inapetência sexual, melancolia, tristeza, timidez) e Fogo-yin (tontura, sentimentos de culpa), graças às suas essências terebintina, pinina e cânfora, de características anti-sépticas e balsâmicas.

     

    Red Chestnut

    Castanheiro vermelho, Aesculus carnea

    Na China antiga, o Castanheiro correspondia ao outono e ao Oeste, sendo plantado sempre voltado para essa direção.

    Simboliza a própria Previdência, pois seu fruto serve de alimento durante o inverno. Aliás, Aesculus pode significar "bom para sustento", ou ainda, "carvalho", ou, indo mais além, Esculápio (do latim Aesculapiu e do grego Asklepiôs, que recebeu a terapia do centauro Quíron). Carnea é relativo à carne, polpa dos frutos, em "oposição ao espírito". Seu sobrenome atribui-lhe características diferentes dos outros castanheiros, graças à cor que se situa entre o ruivo e o negro (castanho-escuro), que é a mesma da gleba, da argila e do solo terrestre. Suas flores são avermelhadas e sua casca puxando para o castanho/carne. Essa coloração, na Roma antiga e na Igreja Católica, é símbolo de humildade (húmus, terra) e pobreza. Na Irlanda, é substituto do negro, com simbolismo infernal e militar. Relaciona-se com os excrementos, com o complexo anal e o sadismo. Essas observações freudianas são reforçadas pelas camisas pardas dos nazistas. O Asclépio (Esculápio, AEsculapiu) não é mais o aprendiz de Quíron, como no Chestnut bud, pois a carnea, cor da vida e do sangue, mostra que ele já faz uso do sangue corrido das

    veias da Górgona. O sangue do lado esquerdo era venenoso, o do lado direito, benéfico, e sua tarefa era saber fazer uma correta dosagem. As Górgonas eram três, Medusa, Euríale e Esteno. Simbolizavam as forças pervertidas de três impulsos: sociabilidade, sexualidade e espiritualidade. Essa perversão ocorre no tipo Red chestnut, que na ânsia de querer proteger os entes queridos, tais como filhos, cônjuges e amigos, acaba se desgastando pela preocupação com eles, chegando, ainda, a sufocá-los com tantos cuidados. Essa situação, bem como a carnea, lembra cuidados maternais, sendo a mãe a responsável

    pela encarnação de seus filhos, assim como a Virgem gerou a Encarnação do Verbo. Além disso, a cor carnea (castanho-escuro) é a cor da terra, que em si é Mãe. Nenhuma religião exaltou tanto a carne quanto a Católica, quer no sentido negativo (adversário do espírito, mortificação, virgindade, etc.), quer no positivo (fiel companheira do espírito, Verbo encarnado, ressurreição da carne, dentre outros exemplos). A carne assume também o valor de intimidade, não apenas corporal, mas, também, espiritual: "Carne da minha carne, sangue do meu sangue". Devido à superioridade relativa da mãe como fonte, ela pode voltar-se contra o consciente nascido dela e destruílo, assumindo o papel de devoradora absorvida pelo ciclo cego da criação. Do mesmo modo, o tipo Red chestnut é poderoso e cheio de energia, atributos usados nos cuidados maternais dos que lhe são próximos, carne de sua carne, sobre os quais imagina e projeta sempre o pior (características da sombria cor castanho-escuro). Podemos exemplificar com aquela mãe descontente com a gravidez ou com o resultado desta e que, inconscientemente, deseja a morte do filho, mas que é incapaz de aceitar a existência desse tipo de impulso. Passa então a compensar o filho com super-proteção, a qual, por um lado, afasta as "suspeitas de seu desejo secreto" e, por outro lado, o concretiza, castrando e sufocando a cria. Tal pessoa, típica Red chestnut, precisa olhar a Górgona Medusa que lhe mostrará a própria culpa, dando-lhe chance de reverter a perversão de seus impulsos, fazendo de si uma previdente como o castanheiro maduro, que alimenta e conforta no inverno/inferno, em vez de sufocar a carne de sua carne. Os sabores amargo-fresco e picante-fresco das castanhas e ácido-fresco e amargo-morno das cascas possuem um tropismo para os distúrbios Terra-yin (problemas circulatórios, obsessão) e Madeira-yang (problemas circulatórios e da próstata, insônia, ansiedade).

     

    Rock rose

    Rosa rupestre, Helianthemum nummularium

    Arbusto que cresce em terrenos rochosos (rupestres), cujo nome científico vem de sol (do grego hélio, sol e anthemon, flor, aquilo que cresce) e sobrenome relativo a medalhas, moedas, cambista, banqueiro (do latim nummularium). Possui flores cor amarelo-brilhante como moedas de ouro. A característica mais chamativa dessa planta é a sua predileção pelas rochas, cujo simbolismo mais evidente é o da imobilidade, no seu aspecto yin. Na sua fase yang, são móveis como as Cianéias (Rochas Azuis) ou Simplégadas, que se entrechocavam formando uma passagem intransponível entre o Mediterrâneo e o mar Negro, esmagando os navios que ousassem navegar entre sua massa ameaçadora. Os Argonautas enviaram uma pomba, que, ao passar, fazendo o rochedo fechar, perdeu penas de sua cauda.

    Ao abrirem-se as rochas, a embarcação passou rapidamente, danificando apenas a traseira, assim vencendo as Cianéias que ficaram para sempre imóveis. Rochas e recifes móveis entram na simbologia do aterrorizante, e assim como as Simplégadas, representam o medo do fracasso e da agressão, que, assim como na lenda, podem ser superados pela coragem e aceitação antecipada do risco de ali "deixar penas", tal como dizem os franceses, "laisser dês plumes", ao término de operações perigosas. Dos simbolismos yin e yang da rocha é que vem a sincronicidade com a utilização do floral Rock rose: para a "paralisia" devido a medos extremos e ao pânico. O medo faz parte do aspecto yin do movimento chinês Água, que tem a força e a coragem como sua contrapartida yang. Do mesmo modo, no Antigo Testamento, a rocha também é símbolo da força de Jeová e da solidez da sua Aliança. Há, ainda, um caso interessante dos dois célebres rochedos ligados por uma corda na baía de Ise, que são como um casal de o­nde surge a vida, pois é do meio das duas rochas que surge o sol nascente. Isso corresponde à cor da flor da Rosa rupestre, flor de ouro, que para os chineses representa o resultado de uma alquimia interior, o elixir da vida. Seus sabores doce e picante quentes possuem atuação nos distúrbios Águayin (tontura, imobilidade, inconsciência, medo); Metal-yin (febre, imobilidade dos membros superiores, prostração) e Fogo-yin (tontura, imobilidade, tristeza).

     

    Rock water

    Água da fonte, Água do riacho de Mount Vernon

    Na visão cosmo-psicossomática dos Cinco Movimentos Chineses, tudo é interrelacionado. Do movimento Metal/Rocha, cuja característica é de introspecção, de rigidez, é que nasce o Movimento Água, de maleabilidade penetrante, aprofundamento, sobrevivência, mergulho no inconsciente: do metal derretido vem o líquido, ou, numa visão mais natural, da rocha nasce a fonte de água, a qual, usufruindo de sua adaptabilidade e fluidez, segue seu curso moldando-se flexivelmente ao terreno. A água da fonte que nasce da rocha/monte primaveril (Mount Vernon) é ideal aos que são rígidos consigo mesmos e fazem uma auto-exigência excessiva, querendo ser exemplos. O tipo Rock water tem que ser menos rígido (rocha) consigo mesmo, mergulhar dentro de seu inconsciente e descobrir o que realmente gostaria de fazer e, como a água, maleavelmente, com suas próprias características, lidar com qualquer terreno (água mole em pedra dura, tanto bate até que fura). O simbolismo básico da fonte é o da longevidade, pois, assim como as suas águas, sempre cambiantes, sempre frescas, representa não a imortalidade, mas a juventude sempre renovada, ensinando a quem dela bebe a sempre renovar-se e a não se ater a nenhum padrão rígido e imutável. Nas lendas, é nas fontes que nascem as ervas terapêuticas ou nelas são mergulhadas. A água de fonte tem sabor neutro, sendo denominada doce-frio, atuando nas questões Terra-yang (problemas de peso, tensão, rigidez) e Metal-yang (intestinos "presos", rigidez).

     

    Scleranthus

    Escleranto, Craveiro, Scleranthus annuus

    Do grego sklerás (duro, seco, rígido) e ánthos (flor) e do latim annuu (anual, que dura um ano). Planta que atinge no máximo 70 cm, com caules emaranhados e preferência por solos arenosos e cascalhentos.

    Todas as flores se originam de folhas profundamente modificadas. No caso da Escleranto, parecem ter ficado indecisas entre continuarem sendo folhas ou se transformarem em flores, pois são verdes e duras. Aí começa a sincronicidade com o floral Scleranthus que atua em quem está indeciso entre duas coisas, em ambivalências. O verde, cor pouco comum para uma flor, situado entre o amarelo e o azul, é o resultado de interferências cromáticas. Simbolicamente, entra com o vermelho num jogo de alternâncias. E a cor do valor médio, mediadora do calor e do frio, alto e baixo, eqüidistante entre o azul celeste e o vermelho infernal. O verde dos brotos primaveris se opõe ao verde dos mofos e da putrefação. Cor da vegetação e, por conseqüência, dos cultos a Deméter (Cibele), símbolo das alternâncias e dos ciclos. Como mediadora, a flor verde do Escleranto, cor do equilíbrio, ajudará a quem tomar de seu floral a se acalmar e a tomar decisões equilibradas. Não há informações sobre as propriedades terapêuticas dessa planta.

     

    Star-of-Bethlehem

    Leitedegalinha,

    Ornithogalum umbeliatum

    Planta que atinge até 30 cm, possui folhas delgadas e flores brancas com listras verdes. É da família das Liliáceas, a mesma do alho, da cebola e do lírio. Seu nome científico relaciona-se com "galo", "do grego árnis ave e do latim gallu" e "pára-sol", "do latim umbelia", provavelmente pelo fato dessa flor só desabrochar em épocas de sol brilhante (assim como o galo canta para o sol nascente) e pelo seu formato de guarda-sol. Quanto ao nome popular em línguas latinas, o "leite" se deve à sua seiva leitosa. Já em inglês, "Estrela-de-Belém", é devido às suas flores de seis pontas, tal como a "estrela" que precedeu o nascimento do Cristo. Aliás, este foi um fenômeno simbólico e não físico, concessão da Igreja nascente ao pensamento astrológico da época e se inclui entre os fenômenos cósmicos extraordinários que precedem ao nascimento de todos os chamados Filhos de Deus, inclusive Buda. Por exemplo, os nascimentos de Agni, filho de Maya, a mãe-virgem, e de Twâstri, o carpinteiro, depositado entre a Vaca mística e o jumento, era anunciado pela estrela SaVaNaORaHa. As seis pontas atribuídas à Estrela-de-Belém têm um paralelo no Selo de Salomão (Estrela de Davi ou Escudo de Davi, na forma de um hexágono estrelado) formado por dois triângulos sobrepostos representando os quatro elementos e suas combinações. Simbolizam a síntese dos opostos e a expressão da unidade cósmica, assim como a sua complexidade. A estrela, intimamente ligada ao céu, evoca os mistérios do sono e da noite. Para resplandecer com seu brilho pessoal, o homem deve situar-se nos grandes ritmos cósmicos e harmonizar-se com eles. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, as estrelas obedecem e anunciam as vontades de Deus. De um modo geral, estrelas cadentes são prenúncios de grandes catástrofes. O floral Star-of-Bethlehem atua naqueles que passaram por grandes choques, auxiliando-os a superar o acontecido, bem como suas seqüelas, anunciando o nascer da esperança, assim como a Estrela-de-Belém sinaliza o nascimento do Cristo e o galo anuncia o nascimento do Sol após o período de trevas.

    De modo geral, o galo é um símbolo solar que afasta as influências maléficas, à exceção do Tibete, o­nde é totalmente nefasto e representa o apego e o desejo. Eram sacrificados em muitos ritos, inclusive em homenagem a Asclépio (Esculápio), um herói terapeuta; analogamente, atribuía-se essa mesma característica ao galo. Também é atributo de Apolo, o herói do dia que nasce. É um animal psicopompo (condutor de almas), em especial a fêmea, a galinha, morta para facilitar o contato com os espíritos. Contrapondo-se à simbologia solar do galo, está o leite da seiva dessa planta, que é lunar e feminino por

    excelência, representante da abundância, da imortalidade, do conhecimento, da pureza e das palavras inteligíveis de Deus, trazendo um amparo maternal ao sofredor tipo Star-of-Bethlehem.

    As flores da Leite-de-galinha, muito assemelhadas às do Lírio, também emprestam deste a simbologia de entrega à vontade de Deus, que cuida das necessidades dos eleitos. Completamente nas mãos da natureza, estão melhor vestidos do que Salomão em toda a sua glória. Seus sabores amargo e picante quentes com tropismo Metal-yin (constipação, tosse com catarro, tristeza, prostração) e Água-yin (dores de cabeça, inapetência sexual, urinas raras, desânimo) parecem reunir qualidades tanto do alho quanto da cebola.

     

    Sweet chestnut

    Castanheiro doce, Castanea sativa

    Na China antiga, o Castanheiro correspondia ao outono e ao Oeste, sendo plantado sempre voltado para essa direção.

    Simboliza a própria Previdência, pois seu fruto serve de alimento durante o inverno. Aliás, Aesculus pode significar "bom para sustento", ou ainda, "carvalho", ou, indo mais além, Esculápio (do latim AEsculapiu e do grego Asklepiôs, que recebeu a terapêutica do centauro Quíron). Sativa significa semeado, cultivado (do latim cativo). Originária da Ásia, essa árvore que cresce até 20 metros sempre foi muito utilizada na agricultura devido às suas castanhas que, na Idade Média, eram base da alimentação de vários povos europeus, em especial no inverno, que é quando seus frutos amadurecem, justamente na época do ano mais difícil de se sobreviver. Um dos símbolos da agricultura é a cornucópia, que representa a abundância, chifre da cabra Amaltéia ou de Aquelôo, repleto de frutos deliciosos. As flores do Castanheiro formam espigas branco-amareladas em formato de chifres voltados para cima. Os chifres são indicadores de força, de poder irradiante. Para Jung, é ao mesmo tempo masculino pelo seu poder de penetração, e feminino por possuir uma abertura, sendo preciso reunir esses dois princípios para se atingir a harmonia. A designação de Castanheiro doce evoca o simbolismo do mel, alimento da imortalidade, sendo incluído no Movimento Terra chinês, que significa o centro, o equilíbrio. O Castanheiro só floresce muito depois das outras árvores, como que esperando a situação atingir o seu limite máximo para só então desabrochar. Dá o seu fruto no auge dos momentos invernais, servindo de conforto e alimento nos momentos mais difíceis. Assim sendo, seu floral Sweet chestnut é indicado aos que estão sob angústia extrema, passando por situações limítrofes, estando no limite de suas resistências. Seu sabor doce-morno faz com que atue nos distúrbios Terra-yin (dificuldades digestivas, falta de energia, obnubilação intelectual); Metal-yin (problemas respiratórios, desencorajamento, tristeza) e Água-yin (problemas ósseos, inapetência sexual, prostração).

     

    Vervain

    Verbena, verbena officinalis

    Da família das Verbenáceas, é uma planta silvestre que atinge até 80 cm. Possui folhas denteadas e pequeninas flores cor de malva. Seu sobrenome, officinalis (latim), refere-se ao seu caráter utilitário. Seu primeiro nome vem do latim verbena, que significa ramos de loureiro, de mirto, de oliveira e de outros usados para a confecção de coroas para sacrifício, tanto para os sacerdotes, quanto para as vítimas. Ramo sagrado dos feciais, sacerdotes romanos encarregados de examinar as causas bélicas e tratados. Também é o nome dado às festividades que duravam até o amanhecer, hora ideal para a colheita da planta, de o­nde vem a frase castelhana coger aí verbena, que significa madrugar muito. Ai já se iniciam as sincronicidades com a pessoa tipo Vervain. São fanáticos, capazes dos maiores sacrifícios e esforços em prol de seus ideais. Ainda sobre a palavra Verbena, há similitudes com verbo (palavra), verberar (do

    latim verberare, que significa maltratar com palavras, censurar, de o­nde vem o verbo castelhano verbenear, de mesmo sentido) e verve (energia, força). Os indivíduos que se encaixam nesse floral são dotados de muita energia e força, fazendo uso insistente da palavra para expressar e defender suas idéias. São, geralmente, pessoas engajadas em causas públicas. Força é o que não falta a essa planta, sendo que um de seus nomes populares é ErvadeFerro, devido à incrível resistência de suas hastes. O seu caráter "insistente" aparece nas flores, que não se contentam em desabrochar em determinada época, sendo que a floração persiste por meses. O aspecto "político" da Verbena se deve não só ao fato de que era usada

    nas coroas pelos sacerdotes que avaliavam a guerra e a paz, como, também, porque seus ramos eram usados até a Idade Média para assinarem-se os tratados, sendo considerada uma planta sagrada. Desse modo, o floral Vervain é adequado aos fanáticos e entusiastas que se desgastam defendendo seus ideais. Os significados dos vários nomes populares, em diversas línguas, bem como as analogias sonoras com outras palavras, embora nem sempre etimologicamente corretas, estão sincronisticamente bastante associadas às utilizações terapêuticas dessa planta. No Brasil, diversas plantas Verbenáceas são chamadas de Camaradinhas, lembrando certos estereótipos de simpatizantes esquerdistas, sempre engajados em alguma causa e tentando conquistar novos adeptos. Na verdade, esse nome deriva de Camará ou Cambará, do tupi caá (folha) + mbará (de várias cores). O fanatismo do Vervain se deve ao fato de ser

    um tipo de pessoa dotada de muita energia, mas apegada rigidamente às doutrinas que segue, precisando aprender a não se apegar tanto à forma, mas sim à essência de seus ideais. Daqui pode-se fazer nova analogia com mais um dos nomes da planta: Jurujuba, do tupi juru + juba (macaco amarelo). Isto nos remete ao simbolismo do macaco, ágil, imitativo, que é a consciência do mundo terreno. Há a lenda do macaco taoísta, companheiro de Hiuantsang na busca dos livros sagrados do Budismo. Ao receber papéis em branco, reclama: "... depois de todo o trabalho que tivemos para vir da China até aqui, deram-nos cópias em branco das Escrituras. Em que isto poderá ser bom? Não precisa gritar disse o Buda sorrindo. Para dizer a verdade, os pergaminhos em branco é que são as verdadeiras Escrituras. Mas, como são demasiado tolos, nada há a fazer além de dar-lhes cópias com alguma coisa escrita...". Na França, a Verbena possui vários nomes: Erva-das-Feiticeiras, Ervas-dos-Encantamentos, Erva-de-Venus. Isto se deve às suas propriedades terapêuticas contra convulsões e favoráveis à mulher, aumentando a secreção de leite, mantenedora do tônus uterino nas parturientes e afrodisíaco, de Afrodite/Venus, deusa cujo reino é da ternura e da carícia, do prazer e da felicidade, com a qual muito tem a aprender as pessoas Vervain. Os sabores amargo-quente e ácido-frio da Verbena fazem com que atue tanto em questões Terra-yin (problemas de peso, dores lombares, de cabeça, inquietação, idéias fixas, obsessões), quanto Terra-yang (problemas digestivos, dor facial, dores de cabeça, contusões, problemas de pele, febres intermitentes, dor ciática _ tão comum em quem se nega prazeres, excitação psíquica, nervosismo).

     

    Vine

    Videira, vitis vinifera

    Trepadeira de até 15 m com flores pequenas e verdes que nos dá a uva e o vinho, daí o vinifera (que produz vinho). Seu nome é ligado à idéia de vida (Vitis vinifera), sendo que o signo sumeriano para vida era uma folha de parreira. Nas regiões da antiga Israel, a Videira era árvore sagrada e o vinho, a bebida dos deuses. Isso se estendeu ao Antigo Testamento, o­nde aparece positivamente: "...um dos bens mais preciosos do homem... uma boa esposa é para o marido como uma videira fecunda... a sabedoria é como uma videira de belas parras...". Posteriormente, o Messias é comparado à Videira. Jesus afirmava que para os homens serem a Videira de Deus, teriam que permanecer nele, caso contrário seriam como galhos secos para o fogo. Em muitas culturas, a mesma palavra que significava Videira designava o enviado celeste e os seres dos mundos superiores. O Cristo é a Videira e o seu sangue, o vinho, bebida símbolo da juventude e do conhecimento, que devido à sua cor "...feita de vermelho e branco, é o casamento da terra com o ar da sabedoria e da paixão...". Os ensinamentos divinos são como o vinho, devido à sua aptidão de restituir o vigor. Noé, após o dilúvio, foi o primeiro a plantar a Videira. Aliás, dilúvio e embriaguez, conseqüência da ingestão demasiada do vinho, são símbolos da solutio (transformação do sólido em água, da matéria diferenciada para o seu estado original, dissolução dos aspectos fixos e estáticos da personalidade em uma nova forma regenerada), um dos principais procedimentos da alquimia. O mito de Dioniso (Baco) é um forte indicador de solutio, deus dos mistérios da vida e da morte, do renascimento. Seu sangue era o vinho, ora das alegrias profanas, ora da embriaguez mística, "... que transforma o que é terrestre e vegetativo em espírito livre de todos os laços...". Filho de Sêmele (Terra-Mãe) e de Zeus (deus do céu), Dioniso foi retirado do ventre de sua mãe fulminada e terminou a gestação na coxa de seu pai, vindo daí a sua força excepcional. Senhor da libertação, da supressão das proibições e das catarses, representa uma submersão do consciente no magma do inconsciente, levando ao paroxismo (maior intensidade de uma atividade) aquilo de que se quer livrar a alma, revelando a pessoa a si mesma. Numa das histórias ligadas ao seu mito, disfarçou-se de sacerdote de seu próprio culto e foi levado à presença de Penteu, o soberano ditador de Tebas, que tentava acabar com as bacanais das mulheres. Colocando uma máscara sobre a razão de Penteu, fez-lhe revelar o seu desejo de assistir às cerimônias. Dioniso disfarçou o rei como mulher, conduziu-o e, fazendo dobrar um pinheiro, fez com que subisse e voltou a levantar a árvore, quando só então Penteu percebeu estar diante do próprio deus. Tomado de pavor, viu a aproximação das mulheres, as quais derrubaram o pinheiro e fizeram o rei em pedaços. Sua cabeça foi arrancada por Agave, sua mãe, líder das demais mulheres. Após um silêncio total, os membros foram recompostos por Dioniso e o rei de Tebas teve, assim, a sua iniciação, sendo revelado a si mesmo. A partir desse episódio, Penteu tornou-se um soberano digno e um verdadeiro líder. Por essa típica operação de solutio é que deveriam passar as pessoas tipo Vine, que são dominadoras, ditadoras, inflexíveis e ambiciosas. O floral Vine funciona como o vinho da embriaguez divina ou o sangue de Cristo, que possibilita a transmutação do outrora ditador num líder sábio e compreensivo, capaz de direcionar a sua autoridade nata em beneficio dos demais.

    Tais pessoas passam a exercitar as características harmoniza das da Videira, que é sinônimo de vida, de enviado celeste. Os sabores ácido e amargo frescos de seus taninos têm tropismo Madeira-yang (problemas ginecológicos e de circulação, irritação nos olhos, insônia, irritabilidade) e Fogo-yang (sangramentos, hipertensão, problemas circulatórios na face, agressividade, extravagância, altivez).

     

    Walnut

    Nogueira, Juglans regia

    Árvore da família das Juglandáceas, atinge até 25 m e vive por até 900 anos. Possui flores esverdeadas. Seu nome latino "Juglans" significa noz e provém de jovis glans (jovis, joviale, relativo a Júpiter; glans, glande, fruto do carvalho e outras árvores, cabeça). Ou seja, cabeça de Júpiter, devido à semelhança da noz com o cérebro. Seu sobrenome, regia, reforça ainda mais seu aspecto jupiteriano, pois seu significado latino é realeza. Correspondente ao Zeus grego, Júpiter é o presidente do conselho dos deuses, de quem emana toda a autoridade. "Seguro de seu direito e de seu poder de decisão, não busca nem diálogo, nem persuasão: troveja..." Do mesmo modo, o floral Walnut estimula a quem o toma a não se deixar levar pelos outros, protegendo da influência alheia, auxiliando e estimulando em fases de mudança ou de decisão. O formato da noz lembra o córtex, o­nde, segundo autores não holísticos, é nesta porção anterior do cérebro que se processam as decisões. Devido a essa semelhança, de acordo com a Doutrina das Assinaturas de Paracelso, a noz deveria atuar nos distúrbios cerebrais. Tal afirmação é repetidamente desmentida pelos autores atuais de livros fitoterápicos, pretensiosamente científicos. A verdade é que eles estão desatualizados. Já se verificou ser a noz rica em 5 hidroxitriptamina (5HT), ou seja, serotonina, presente essencialmente no cérebro e que transmite impulsos entre células nervosas. A

    Nogueira, nas tradições gregas, está associada ao dom da profecia, sendo ela a transformação de Ártemis (Diana), que possui a clarividência e que, apesar de essencialmente protetora dos partos e da vida feminina em geral, sabe ser terrível. De fato, as folhas da Nogueira aplicadas externamente são úteis às inflamações genitais femininas. Aliás, uma das versões da expulsão de Adão e Eva diz que eles usaram tais folhas "... para esconder suas vergonhas...". Eva teria carregado do Paraíso uma grande provisão delas, pois pressentia que lhes seriam úteis. Essa versão do mito, o­nde as folhas da Nogueira aparecem como auxiliares na ocasião da expulsão, confirma o caráter do floral Walnut como protetor e auxiliar nas fases de grandes mudanças. Há, ainda, uma lenda o­nde o famoso rei grego Mitridates imunizou-se contra venenos protegendo-se mediante o uso de nozes. A própria casca da noz é uma proteção, já que lembra um escudo ou um elmo e a carapaça das tartarugas. Animal de simbolismo bastante complexo, é lembrado aqui como um contraveneno, sendo citado por Plínio como "... um remédio salutar contra os envenenamentos, com poderes para afastar as manobras mágicas...". O floral Walnut, por proteger contra as influências externas, também é útil nos casos de paranormalidade, o­nde o individuo se sente sugestionado por energias que não sejam as suas. Os sabores ácido e amargo-quentes da Nogueira são eficientes nos distúrbios Terra-yin (falta de energia, insônia, obnubilação intelectual, indecisão); Metal-yin (problemas de pele e de respiração, intestinos "soltos" e com sangramento, tristeza, prostração) e Água-yin (dores de cabeça, diurese excessiva, problemas ósseos, deficiência imunitária, inibição, fraqueza de vontade, medo).

     

    Water violet

    Violeta D'Água, Hottonia palustris

    Planta da família das Primuláceas (Primaveras) que se desenvolve em águas estagnadas, charcos e fossos, daí o seu sobrenome latino, que significa "que vive em pântanos". Quanto ao primeiro nome, de origem não identificada, é provavelmente uma homenagem ao seu descobridor. Suas flores de cor violeta e com centros amarelos crescem num talo sem folhas, pois estas permanecem sob a água. A cor violeta é símbolo da temperança, feita de uma proporção eqüitativa de azul e vermelho, "... da ação refletida e da lucidez, do equilíbrio entre o céu e a terra, os sentidos e o espírito, a paixão e a inteligência, o amor e a

    sabedoria...". A cor violeta está oculta no arcano XIV do Tarô, A Temperança, o­nde um anjo segura dois vasos, um azul, outro vermelho, promovendo a troca de seus fluídos numa transfusão espiritual, quer seja a influenciação de homem para homem pela persuasão, quer seja a transmigração das almas no

    mistério da reencarnação, ou no mínimo, do segredo e da transformação. Cristo é normalmente representado com uma túnica violeta durante a Paixão, quando ele assume plenamente a encarnação, ao esposar em si mesmo o Homem, filho da terra, o qual irá redimir, pelo sacrifício, o imperecível Espírito celeste. Pela mesma razão, os corais das igrejas vestem violeta às Sextas Feiras Santas. Antes do Renascimento, este era também o motivo pelo qual se escreviam livros, salmos, evangeliários e breviários em pergaminhos violetas com letras douradas: ".. a revelação, representada pelo ouro, e a Paixão de Nosso Senhor representada pela cor violeta...". E, pois, uma cor do luto e do semi-luto, da morte não como estado, mas como passagem. Assim como Cristo, Apolo,jovem, sábio e belo, símbolo da espiritualização progressiva pelo desenvolvimento da consciência, tem o seu manto violeta. Mas esta também é a cor da obediência e da submissão, representado pelo costume de se prender ao pescoço das crianças uma pedra violeta"... não só para protegêlas das enfermidades, como para torná-las dóceis e obedientes...". Daí ser essa a cor das roupas dos bispos, que têm que temperar o ardor de suas paixões. Já no Oriente, o violeta é a passagem do ativo para o passivo, uma sutilização do vermelho. Os coitos rituais tântricos eram realizados sob luz violácea, pois "...a luz violeta ativa as glândulas sexuais da mulher e a vermelha, as dos homens...". As características da Violeta D Água, que se desenvolve sobre as águas pantanosas, lembra muito a da flor de Lótus: "... como um lótus puro não é maculado pelas águas, eu não sou maculada pelo mundo...". Essa característica é típica da pessoa Water violet, que não muito raro pode se deixar levar pelo sentimento de superioridade, pelo orgulho, colocando-se num pedestal e se distanciando dos demais. Seu floral predispõe a quem com ele sintoniza a ser como a Lótus da literatura japonesa: "...tão pura no meio de águas sujas, uma imagem da moralidade, que pode permanecer pura e intacta no meio da sociedade e de suas vilanias, sem que seja preciso que se retire para o deserto...". Assim como o Cristo, o individuo Water Violet deve vestir a túnica violeta, assumir a sua condição de encarnado e participar das coisas do mundo, da Paixão, e partilhar suas qualidades com os outros. O sabor amargo-frio da Violeta D Água e de outras plantas da família das Primuláceas (Prímula, Pão-e-Queijo) possui tropismo Fogo-yang (coração acelerado, angústia, insônia, dores de cabeça, febres, vertigens, exaltação moral, orgulho).

     

    White chestnut

    Castanheirodaíndia branco, Aesculus hyppocastanum

    Na China antiga, o Castanheiro correspondia ao outono e ao Oeste, sendo plantado sempre voltado para essa direção. Simboliza a Previdência, pois seu fruto serve de alimento durante o inverno. Aliás, Aesculus pode significar "bom para sustento", ou ainda, "carvalho", ou, indo mais além, Esculápio (do latim AEsculapiu e do grego Asklepiós, que recebeu a terapêutica do centauro Quíron). Hippocastanum seria castanha de cavalo. Acreditavase que essa planta tratasse qualquer distúrbio dos cavalos, símbolo inseparável do de cavaleiro, com o qual muitas vezes se alterna ou se funde, como nos centauros. O cavalo representa o psiquismo inconsciente, das sombras e da luz, transportando o homem aos mistérios inacessíveis à razão. Diferentemente do floral Chestnut bud, agora não é utilizado um botão a desabrochar. O White chestnut é extraído das maduras flores brancas e cremosas, salpicadas de pontos amarelos. Agora o Esculápio já e um deus e o cavalo deve ser entendido no seu lado luminoso, branco. Esta cor, ora a ausência das cores, ora a somatória delas, quando associada ao cavalo pode significar às vezes a brancura lunar, pálida, fria, fantasmagórica, anunciadora das catástrofes, como a do cavalo do Apocalipse. Outras vezes, o branco pode ser solar, ofuscante, representando aí a beleza vencedora, o domínio do espírito sobre os sentidos, montaria dos deuses, dos heróis, dos santos e dos avatares, tal como Pégaso. A princípio, a identificação com o cavalo faz do homem um monstro centauro, apegado aos instintos animais. Entretanto, se isto se dá com um cavalo branco e alado, representa a imaginação criadora e sua elevação real. Belerofonte, herói-relâmpago, guiado por Pégaso, triunfa sobre a Quimera, símbolo dos desejos que a frustração exaspera e transforma em fonte de padecimento. Segundo Paul Diel, a Quimera é uma deformação psíquica, caracterizada por uma imaginação fértil e pensamentos incontroláveis; "... exprime o perigo da exaltação imaginativa". Do mesmo modo, o tipo White chestnut está sempre atormentado por um diálogo interno torturante, o qual não consegue controlar e que atrapalha seus afazeres, seu descanso, e que leva a uma grande tensão mental. Na definição de Mechthild Scheffer, ele "...quer compreender tudo o que aparece, e, então, vêse incapaz de integrar coisa alguma...,'. Isso poderia ser chamado de complexo de Prometeu, cujo nome significa "o pensamento que prevê". Sua saga só se completa com a morte de Quíron, o centauro, ligado à simbologia do castanheiro não só pelo aspecto cavalo, como por ser o mentor de Esculápio. Ele abre mão da sua imortalidade em favor de Prometeu, para que possa morrer e fazer cessar os seus tormentos, o que corresponde à sublimação do desejo. Os pensamentos que ocupam insistentemente o individuo White chestnut o impedem de tomar contato com a orientação do Self, o seu "Eu Superior". Mais sincronicidades temos nos chamados cavalos dos cultos afros, que se vestem de branco, e, temporariamente, inibem os pensamentos do ego, permitindo a manifestação direta do inconsciente. O zazen é uma técnica de medi

    tação que consiste num treino de desapego. Devese permitir que os pensamentos passem livremente sem que se prenda a atenção a nenhum deles. Essa "limpeza" possibilita o acesso a informações do inconsciente. Na China, essa técnica foi propagada por Matso, que significa "cavalo novo, potro". Os sa

    bores amargofresco e picantefresco das castanhas e ácido-fresco e amargo-fresco das cascas possuem um tropismo para os distúrbios Terrayang (distúrbios de aprendizado, problemas com circulação nas pernas) e Madeira-yang (problemas de circulação e da próstata, ansiedade, dores de cabeça havia a

    "simpatia" de carregar três castanhas por três dias para este fim).

     

    Wild oat

    Aveia silvestre, Bromus ramosus

    Gramínea com semelhanças com a Avena, do latim, aveia ou flauta; sativa, do latim, cultivado; de nome Bromus do grego brámos, ou do latim bromos, aveia, flauta dos poetas; ou dos gregos, broma, o que se come e brómios, vinho, barulhento, sobrenome de Baco/Dioniso que se deve ou a sua ama Bromé, que significa "alimento", ou por causa do barulho dos bêbados ou dos raios durante seu nascimento; ramosus, do latim, "ramoso" e que, pelo inglês, Wild oat, significa "aveia brava".

    Na verdade, tudo indica que se trata da Aveia do Mato (Avena quadridentadela; seu sobrenome se deve ao fato de que suas flores, dispostas em pequenas espigas, são envolvidas por quatro folhas que dão um aspecto cônico à inflorescência). Alcança até 1 m de altura com colmos retos que são os caules das gramíneas, geralmente não ramificados, sendo que esta Aveia é exceção, daí o seu "sobrenome". Os ramos sempre foram usados para homenagear o vencedor, sendo que essa vitória é interior. Na arte medieval, às vezes o ramo era atributo da lógica, às vezes da castidade, outras, do renascimento primaveril. Já o ramo de ouro, especificamente, é o símbolo da "...luz que permite que as sombrias cavernas dos infernos sejam exploradas sem perigo e sem que se perca nelas a alma, significando força, sabedoria e conhecimento...". Outra característica morfológica da Aveia é o ser cheia de nós, cujas significações variam bastante de uma cultura para outra. Por um lado, é constrangimento, complicação, enroscamento, por outro representa a ligação, a união com o Princípio, assim como os nós dos bambus chineses, que marcam uma hierarquia vertical de estados no eixo Céu-Terra, tais como os chacras tântricos. Em psicoterapia, o nó designa tudo o que possui as características de limitação e bloqueio. O indivíduo Wild oat tem dificuldade para decidir quais são suas metas, inclusive por ter muitas vocações e opções, sendo que esse estado de indefinição do rumo a tomar, do que fazer, leva a um estado de insatisfação. Ele precisa desfazer os nós que bloqueiam o acesso ao inconsciente, e, protegido pelos ramos, penetrar em seus infernos e descobrir o que o está impedindo de perceber a sua verdadeira vocação há muito já definida pelo seu próprio Eu Superior, o Self. Um outro significado para Avena e Bromus é flauta, instrumento da música celeste como qual se afina aquele que é conduzido por Deus. Também é com ela que o flautista de Hamelin conduz as crianças à caverna da montanha, que representa a volta ao estado edênico, o retorno ao útero para um novo nascimento. De certa forma, o tipo Wild oat, por suas características de indefinição, de dificuldade de ajuste e insatisfação, está passando por uma "...puberdade mental atrasada...". O floral, tal como já sugeria o ramo, e agora, a flauta de Hamelin, permite a entrada segura e conduz à caverna, símbolo de máxima complexidade, mas que poderia ser definida como "... lugar do processo de interiorização psicológica, segundo o qual o indivíduo se torna ele mesmo e consegue chegar à maturidade... assimilar todo o mundo coletivo que nele se imprime, com risco de perturbálo e integrar essas contribuições às suas próprias forças, de modo a formar sua própria personalidade, adaptada ao mundo ambiente...". Na caverna também eram iniciados os seguidores de Baco/Dioniso, cujo nome de sua ama Bromé também é o da Aveia. Foi através de uma caverna que Ceres/Deméter desceu aos infernos em busca de sua filha. Graças a Ceres é que a humanidade recebeu e aprendeu a cultivar os cereais, dentre os quais a Aveia. As espigas dos grãos de todos os cereais representam a chegada da maturidade. É o desabrochar de todas as potencialidades do ser. Muito usada como forragens para animais, mais modernamente a Aveia é considerada um alimento ("Bromus") básico na infância/ puberdade, para que a criança se desenvolva para a vida adulta. Seus sabores amargo e doce quentes a tornam ativa nos distúrbios Metal-yin (insônia por tristeza, fraqueza mental, perda de peso); Água-yin (desmineralização, inapetência sexual e esterilidade, inibição, confusão mental) e Terra-yin (falta de apetite, problemas de pâncreas, obnubilação intelectual).

     

    Wild rose

    Roseira silvestre ou Rosadecão, Rosa canina

    Ancestral das roseiras cultivadas, esta planta cuja espécie tem mais de 35 milhões de anos, é um arbusto que atinge até 3m de altura com ramos fortes e espinhos bastante robustos, daí o seu nome, devido à semelhança destes com os dentes do cão. Possui flores brancas ou rosáceas, com cinco pétalas e formato de coração. A Rosa simboliza um renascimento místico por sua relação com o sangue derramado. Para o cristianismo, ora ela é a taça com que se recolhe o sangue do Messias, ora é a transfiguração desse sangue, podendo ser ainda o signo de suas chagas, ou até o seu Sagrado Coração. Nos campos de batalha em que caíram numerosos heróis, dentre eles Adonis, seu sangue fez brotar roseiras. Este último

    era protegido de Afrodite que, ao socorrê-lo, picou-se num espinho tingindo de vermelho as rosas que antes eram brancas.

    Assim sendo, sempre que uma vida não esgotou todas as suas possibilidades, sendo interrompida bruscamente, tenta prolongar-se sob uma outra forma, em geral, a Rosa. Normalmente colocada sobre as tumbas, é símbolo da regeneração, de vida nova, inclusive pelo seu parentesco semântico com o latim ros, que significa "chuva, orvalho", imagens da redenção. O individuo tipo Wild rose, muitas vezes em tenra idade, viu-se ferido e impossibilitado de reagir Foi levado a conformar-se com as situações, tornando-se fatalista, resignado e apático. Seu floral evoca a sincronicidade com a simbologia de renascimento da Rosa, da continuidade de vida do herói morto, do amor crístico, de redenção. Não

    podemos nos esquecer das características selvagens da Rosa-de-cão, que possui frutos avermelhados, cor de sangue, de vida, e, em especial, de seus espinhos, símbolos de defesa, de ataque, de reação, que são como dentes caninos que representam não só a agressividade, como também força, resistência e perseverança. É símbolo da assimilação, da tomada de posse, já que é o moinho que esmaga para fornecer alimento ao desejo, que pode ser tanto a satisfação das ambições terrenas, quanto a obtenção dos alimentos celestes. Em ambos os casos, conduz à vida, que é o que parece faltar ao tipo apático Wild rose. Não é à toa que a Rosa é uma das flores preferidas dos alquimistas, cujos trabalhos comumente se intitulam Roseiras dos Filósofos. A rosa branca, por exemplo, é o objetivo da pequena obra (a obra em branco, em busca do luminoso) e, quando vermelha, é referente à grande obra (fusão das obras em branco e em negro, do metal em brasa, cor de sangue, de carne, encarnado, vivo). Seus sabores, de relativa toxidade, doce-quente das folhas e flores, e ácido-quente dos frutos, faz com que atue nas questões Água-yin (urinas raras, constipação, falta de energia, problemas ósseis, vertigens, prostração, apatia), Fogo-yin (inflamações, corrimentos, tristeza, desânimo) e Madeira-yin (problemas imunitários e de respiração, resignação).

     

    Willow

    Salgueiro amarelo, tipo de Chorão,Salix vitelina

    Seu nome latino Salix significa "salgueiro", deriva de "sal" e vitelina quer dizer "da cor da gema do ovo", em referência à tonalidade amarelada dessa árvore. É aparentada do Chorão (Salix babylonica), cujos ramos muito compridos e pêndulos quase chegando ao chão, comumente à beira de lagos, passam a imagem de alguém triste, caído, chorando, daí a maior sincronicidade com o floral WilIow, indicado para as tristezas e amarguras, para aqueles ressentidos, que culpam a tudo e a todos, menos a si próprios. Muitas vezes relacionado com a morte, por outro lado, o Salgueiro é símbolo da Lei Divina: os galhos cortados e plantados sobrevivem, permanecendo a árvore indivisa. Essa planta mesmo que quase totalmente podada, faz brotar de suas feridas novos e vivazes ramos. Quando há cicatrizes em seus troncos, estas se aprofundam cada vez mais, e de suas aberturas brotam outras plantas e nelas pássaros fazem seus ninhos. Por ser eternamente verde, São Bernardo a relacionava com a Virgem Maria. No Oriente, a Cidade dos Salgueiros é a morada da imortalidade. A sepultura dos personagens míticos costumava ser sob a sombra de Salgueiros, sob os quais também meditavam os sábios. Essa árvore, então, era símbolo de passagem para a imortalidade. Na Rússia, entretanto, diz-se que"... aquele que planta um salgueiro prepara a enxada para o seu túmulo...", não ficando claro se isto era num sentido positivo. Há um Salmo o­nde, às margens do rio da Babilônia, as personagens sentaram e choraram sob um Salgueiro, pendurando nele suas citaras, para não terem como alegrar àqueles que os mantinham cativos: "... como poderíamos nós cantar as canções do Eterno em terra estranha?..." Desse modo, somente o Salgueiro é que foi digno de conservar a música, o símbolo da alegria humana. De suas madeiras são comumente feitos instrumentos musicais em certas regiões. E é justamente essa alegria de viver, de regenerar-se por mais podado e ferido que se esteja que o floral WilIow pretende resgatar em quem o toma. De sabores amargo-fresco e salgad-omomo (tanino e salicina), seu tropismo é de ação Madeira-yang (dores musculares, problemas digestivos, angústia, excitação); Água-yin (dor de dentes, problemas ósseos, prostração); Fogo-yang (febres, choques emocionais); Metal-yin (intestinos "soltos", tristeza).

     

    Rescue Remedy

    Fórmula já pronta, criada pelo próprio Bach, usada em situações emergenciais para uma melhora no quadro geral. É muito utilizada quando não se sabe o que recomendar, ou, ainda, na impossibilidade de fazerse uma avaliação do estado emocional da pessoa, quer seja pela urgência da situação, quer seja pela falta de dados. É composta por Cherry plum, para os que temem perder o autocontrole; Clematis, para os que estão ausentes do presente; Impatiens, para a ansiedade, agitação, impaciência; Rock rose, ideal para estados de pânico e Star-of-Bethlehem, para choques e suas seqüelas. Edward Bach julgou tão bem combinadas essas essências entre si, que passou a considerá-las quase que como um 39º floral. Tanto é que no kit de florais de Bach, além dos 38 florais individuais, há 2 vidros de Rescue Remedy preparados na forma de essências que podem ser diluídas em água e ser consideradas uma fórmula, ou, ainda, contadas como se fossem uma única essência e serem mistura das com até cinco outras mais.

    A idéia de um remédio de espectro de atuação tão amplo que servisse para todas as situações faznos lembrar da panacéia universal, do grego panákeia, "remédio para todos os males"; ou o elixir da imortalidade, símbolo de um estado de consciência transformado, ligado ao conhecimento da perenidade. Em seu aspecto negativo, há o elixir do esquecimento, usado em muitas lendas para levar os heróis a não mais se lembrarem de suas amadas e lhes aplacar a emoção. Do mesmo modo, vejo o Rescue Remedy como um grande auxiliar doméstico para abranger o sofrimento, mas não tão eficaz para um uso profissional, uma vez que, apesar do bem-estar que essa fórmula pronta proporciona, o ideal é avaliar caso a caso e elaborar uma fórmula específica para cada momento e para cada indivíduo, além do acompanhamento terapêutico em si.

     

    Creme de Bach

    Fórmula pronta para uso, contendo Rescue Remedy e Crab apple (depurativo psicofísico) diluídos em creme de composição a mais natural e neutra possível. Mais uma "panacéia", ou seja, possui um amplo espectro de atuação. É aplicada externamente nos locais afetados, tanto em situações agudas, picadas, contusões, queimaduras, dores, etc.), quanto crônicas (problemas de pele e de circulação, etc.). À semelhança do Rescue Remedy, o Creme de Bach é muito eficaz, mas não deixa de ser uma fórmula preconcebida e generalizada. Sob o aspecto terapêutico profundo, o ideal é uma composição totalmente individualizada, adaptada a cada caso, da qual se usam duas gotas de suas essências, ou, se estiver preparada para uso oral, ou seja, adicionada à água e conhaque, tomam-se quatro de suas gotas que são misturadas ao creme ou óleo, além de um uso eficiente diretamente na água para banho ou em compressas. Tudo isso como um complemento à ingestão da fórmula via oral, a qual não é substituída pelo simples uso externo do floral.

    Depois de muitos testes e experiências bem-sucedidas, fiquei plenamente convencido da eficácia da terapêutica floral e, na década de 80, introduzia na minha prática de consultório. Naquela época, não havia no Brasil muita literatura específica disponível e a maioria das pessoas nem sequer ouvira falar sobre florais. Assim como eu, outros profissionais, isoladamente, foram direta ou indiretamente divulgando o assunto, não só pelos bons resultados obtidos junto aos clientes, como pelos cursos ministrados. Isso não passou despercebido dos meios de comunicação que, graças às suas reportagens, popularizaram de tal maneira o assunto que hoje em dia podese dizer que a terapia floral é a técnica holística mais adotada no nosso país. Para suprir o anseio de conhecimento que se criou, muitos trabalhos foram traduzidos e publicados, e vários autores nacionais contribuíram significativamente com suas obras.

    A abordagem aqui apresentada propõe-se a preencher uma lacuna deixada pelas outras publicações, as quais, perante a dificuldade de explicar "cientificamente" a atuação das essências florais, optaram por se abster de teorizar sobre o porque determinada flor atua para determinada emoção especificamente. Por exemplo: por que a essência floral Mimulus atua nas fobias e não em outro tipo de emoção? Por que o Holly intervém em casos de raiva, em vez de tristeza? Munidos basicamente de explicações generalizadas, e não relativas a cada floral em particular, o público leitor tinha que se contentar com uma resposta do tipo: "porque foi assim que Bach intuiu", quase um "porque sim!". Sabendo de antemão que os métodos de pesquisa científica ortodoxos em pouco elucidariam essas questões, procurei e encontrei as respostas na Sincronicidade (teoria junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos). Fazendo um levantamento sobre os deuses e lendas ligados a cada uma das plantas de o­nde se extraem as essências florais de Bach, descobri as "grandes coincidências" entre essas histórias e o momento emocional no qual o floral está apto a atuar. Fora isso, as características de comportamento de cada planta (o modo como cresce, seus terrenos preferidos, suas cores, etc.) correspondem exatamente ao tipo de pessoa à qual a sua essência floral poderá ajudar. E, por mais estranho que pareça a quem não está familiarizado com a idéia da sincronicidade, até mesmo a etimologia dos nomes das plantas já nos esclarecem para que elas servem. Somando-se a isso, pesquisei o uso fitoterápico tradicional desses vegetais, em especial sob o enfoque milenar chinês dos Cinco Movimentos e constatei que, além de seu uso para o equilíbrio de determinados sintomas físicos, tais plantas já eram usadas, sob a forma de chás, para as mesmas emoções para as quais Bach intuiu suas essências. Tais informações tornam esta obra útil tanto àqueles que estão se iniciando no estudo da terapêutica floral como, também, aos mais experientes, inclusive aos pesquisadores de novas essências florais, os quais têm agora mais um fio de meada a ser pesquisado, ou seja, a teoria da sincronicidade de C. G. Jung.

    Os antigos Terapeutas Holísticos, assim como Bach, não cultivavam suas plantas terapêuticas, pois sabiam que se o vegetal escolhia espontaneamente seu local de nascimento é porque aquele solo era o ideal para proporcionarlhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeitos. As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério.

    As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda do que suas análises químicas atuais, e têm muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de personalidade de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa ela auxiliaria por ressonância, independentemente de seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais na Terapia Floral. Já os antigos chineses, além dessas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificandoa dentro dos Cinco Movimentos (importante: para compreender a seqüência a seguir, ler apêndice no final do livro) e, por conseqüência, sabiam de antemão para que serviriam. Comparados entre si, os cinco sabores são: amargo evacuante, purgativo e endurecedor; doce ou insípido diurético, sudorífero, dissipante, relaxante; picante,sudorífero, dissipante, dispersante; salgado evacuante, purgativo, suavizante e ácido-azedo evacuante, purgativo e retrátil. A essas propriedades iniciais, podemos acrescentar quatro tipos de energia: fria, quente, fresca e morna. Além disso, há quatro densidades diferentes de energia que darão o sentido da ação terapêutica: ascendentes (yang-alto), expansivas (yang-exterior), obtidas pelas ervas yang, descendentes (yin-baixo) e introspectivas (yin -interior), obtidas pelas ervas yin.

    Em cada meridiano existe uma raiz yin e outra yang. A função yang da Madeira caracteriza-se pelo movimento, o que é estimulado pelo sabor ácido. Entretanto, a absorção excessiva do ácido, que por vocação é yin e retrátil, levaria ao efeito contrário, de paralisia, estimulando a raiz yin da Madeira. A função yang do Metal é retrair, secar, condensar; já sua função yin é dissipar e umedecer. O picante, por sua vocação yin, se absorvido em excesso, estimulará a função yin do Metal. A função yang do Fogo caracterizase pela ascensão e crescimento, enquanto que seu lado yin é endurecedor. O amargo, por sua tendência yang, favorecerá a função de ascensão. A função yin da Terra é estruturar, modelar, controlar instintos e emoções, umedecer, enquanto a yang pode levar à rigidez.

    Por sua tendência yin, o doce favorecerá a raiz yin da Terra (observação: o doce industrializado é quente, portanto, yang, com efeito contrário ao doce natural). A função yin da Água é amolecer, abrandar, enquanto que seu lado yang é o de endurecer. A tendência do salgado é favorecer a raiz yin da Água. Simplificando, as plantas seriam classificadas pelo sabor + energia quente ou fria (yang ou yin), o que possibilita incontáveis combinações de efeitos terapêuticos, graças, ainda, às leis de Geração e de Dominância.

    Conclusões

    A partir do momento em que se aceitar abertamente que existem outras formas de abordagem lógica, além das experiências convencionais de laboratório, muitos preconceitos irão por terra e diversas práticas ditas "alternativas" passarão a ser "oficiais". A teoria da Sincronicidade de C.G. Jung vem se mostrando um excelente instrumento em relação às pesquisas das essências florais, fornecendo uma linha de raciocínio que serve não só para as já consagradas essências florais de Bach, como para todas as outras e, até mesmo, para a fitoterapia. Desse modo, não precisaremos contar apenas com pessoas raras como Edward Bach, pois essa forma de abordagem não requer dotes paranormais. Basta, é claro, estudo e dedicação.

     

     

    Referências bibliográficas

    BACH, Edward - Os Remédios Florais do Dr. Bach. S. Paulo, Pensamento, 1990.

    CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

    ESPECHE, Bárbara e Eduardo Grecco - Jung y Flores de Bach -Arquetipos e Flores. Ediciones Continente.

    FAUBERT, Gabriel - La Chronobiologie chinoise. Paris, Éditions Albin Michel S.A., 1987.

    GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

    HALL, James A. -A Experiência Junguiana. 5. Paulo, Cultrix, 1989.

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    HIRSCH, SONIA – Manual do Herói – Gráfica e Editora Prensa, 1990.

    HUSSON, A. - Versão e comentários - Huang Di Nei Jing Su Wen. Paris, Ed. A.S.M.A.E

    JACOBI, Jolande - Complexo -Arquétipo - Símbolo. 5. Paulo, Cultrix, 1986.

    JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. 5. Paulo, Vozes, 1991.

    LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. 5. Paulo, Cultrix, 1992.

    MACHADO, José Pedro Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa, Editorial Confluência Ltda., 1967.

    MARQUES, Breno e Ednamara B. V Os Remédios Florais de Minas. Luz Azul Cultural, 1992.

    MARKEY; Christopher- Yin-Yang. 5. Paulo, Cultrix, 1987.

    MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

    MIYUKI, Mokusen - Versão e comentários - A Doutrina da Flor de Ouro. 5. Paulo, Pensamento, 1990.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Psychologie: pour une approche nouvelle dela Psycho-somatique. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Phytothérapie. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    SCHEFFER, Mechthild - Terapia Floral do Dr. Bach. São Paulo, Pensamento, 1991.

    TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado. São Paulo, Lumina Editorial, 1998.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Florais de Bach – Uma Visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica – Incluindo NTSV – TF 001 – Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Floral – 4a Edição - Editora Pensamento, 1994.

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. 5. Paulo, Cultrix, 1990

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 06/05/2008 13:58


    Aula de Holopuntura - Comunidade de Estudos Avançados

    Aula de Holopuntura - Comunidade de Estudos Avançados

    Henrique Vieira Filho
    CRT 21001
    Terapeuta Holístico

    Resumo:

    Holopuntura é uma nova (re)visão sobre as milenares técnicas da Acupuntura, Auriculoterapia e Reflexoterapia.

    A premissa central é que podemos aplicar estímulos em micro-regiões (pontos) e com isso obter reações globais, despertando os próprios recursos naturais de auto-harmonização.

    Introdução:

    Holopuntura: A Quintessência da União de Técnicas

    Com a Pulsologia de Nogier (muito prática e de rápido aprendizado) ou analisando a reação do cliente ao toque em pontos-chaves, de pronto obtém-se a avaliação de quais seriam os desequilíbrios e quais as micro-regiões a serem estimuladas para despertar em nossos Clientes todos os seus recursos de Auto-Harmonização.

    À disposição, uma vasta gama de opções de estímulos distintos, tais como o toque, imãs, cores, sons e até as famosas agulhas, dentre outras. O trabalho pode ser realizado tomando-se regiões corpóreas (orelhas, pés, pontos de acupuntura) que atuam como um microcosmo da pessoa atendida, um "espelho" de mão-dupla, que tanto reflete o estado global de harmonia, quanto intervém terapeuticamente, mediante estimulação. O mapeamento das zonas reflexológicas foi quintessenciado ao máximo, devido ao resgate da milenar abordagem dos Cinco Movimentos Chineses, que traduz o trabalho em uma síntese quase que poética e de fácil compreensão.

    Material e Metodologia

    PULSOLOGIA DE NOGIER e REFLEXOTERAPIAS

    Resumidamente, a Pulsologia de Nogier começou com o próprio, que é conhecido como o Pai da Auriculoterapia, que é a opção de Reflexoterapia mais estudada..

    Por ter o hábito de tomar o pulso de seus clientes, Nogier, durante seus trabalhos de auriculoterapia, percebeu certos "sinais", como se fossem "trancos" ou súbitas "sumidas" da pulsação.

    E que isso ocorria justamente quando estava com algum estímulo (por exemplo, uma ponta metálica...), passando por sobre uma região reflexa desequilibrada.

    É como se uma "onda" passasse por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso.

    É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida, como puderam constatar em nossa aula presencial, durante o Holística 2004.

    Atentem que não altera a QUANTIDADE de batidas cardíacas, mas sim, a INTENSIDADE com que a percebemos, como se uma "onda" passando por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso. É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida.

    É importante que TREINEM BASTANTE, de preferência, com várias pessoas diferentes, pois "localizar" o pulso varia bastante em cada caso. Para os casos difíceis, apliquem a tática de fazer toques circulares na região entre as sobrancelhas, que de pronto, a percepção do pulso se torna muito mais nítido. Um detalhe que pode fazer a diferença: TIREM OS METAIS DOS DEDOS E PULSOS: relógios, anéis, pulseiras, etc, em algumas pessoas simplesmente some com o Sinal de Nogier. Em muitos casos, pode-se até sentir a pulsação, mas nada de perceber o Sinal de Nogier... Se for esse o caso, experimente tirar os metais próximos, tanto do cliente, quanto os seus.

    A Pulsologia de Nogier, todos teremos a oportunidade de constatar, é MUITO útil para a prática das reflexoterapias.

    REFLEXOTERAPIAS

    Diferentemente da visão da acupuntura pelo corpo, cujos pontos existem o tempo todo, quer estejam "abertos" para tratamento, ou não... nas zonas reflexológicas só surgem pontos SE e SOMENTE SE, estiverem refletindo um desequilíbrio energético.

    Notem bem o diferencial: se localizamos pontos pelo corpo (acupuntura sistêmica...), isso em nada define o nosso trabalho.

    Contudo, se localizamos pontos nas zonas reflexas, automaticamente temos e AO MESMO TEMPO, tanto a noção de qual é esse desequilíbrio (devido à sua correspondência nos mapas reflexológicos), como, também, detectamos o local exato que está aberto a ser estimulado terapeuticamente.

    E COMO localizar estes pontos ? Bom, temos duas opções: 1) aparelhagem eletrônica de boa qualidade e bem regulada; 2) PULSOLOGIA DE NOGIER.

    Muitas pessoas até gostam de aparelhinhos fazendo "bip", mas, com toda sinceridade, a pulsologia de Nogier é muito mais precisa... Além de mais precisa, é bem mais simples: basta tomar o pulso e uma ponta metálica para servir de "antena" a ser passada sobre as regiões reflexas.

    Inclusive, para quem gosta de agulhas, esta ponta metálica pode ser justamente a ponta de uma micro-agulha auricular, a ser aproximada por uma pinça...

    Com um pouco de prática, a detecção do ponto e a aplicação da micro-agulha se torna um procedimento rápido e preciso.

    Não gosta de agulhas ? Ótimo: temos muitos outros estímulos eficientes.

    Imãs (lado norte e lado sul), esferas "ouro" e "prata", cromopuntura (aplicação de cores nos pontos...), softlaser, toque terapêutico nos pontos (ou com dedo, ou com pontas, tipo "apalpador de pressão" com mola...), etc, etc...

    A Pulsologia de Nogier também nos socorre quando for o caso de escolher qual é o estímulo adequado. Por exemplos:

    Lado norte ou lado sul, do imã ? Esfera ouro, ou esfera prata ? Polo positivo ou negativo ? Qual das cores aplico no ponto ? Qual das regulagens em hertz eu aplico ?

    Basta testar cada opção que deseja aplicar, por sobre cada ponto localizado e verificar qual faz com que o pulso reaja nitidamente...

    Por esse mesmo método, pode-se testar inclusive, fitoterápicos.

    Paul Nogier, por ser médico e absolutamente contrário a que não-médicos utilizem auriculoterapia, passou a testar medicamentos através da pulsologia e da aproximação destes dos pontos auriculares.

    Como somos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, o que NÓS testamos são os fitoterápicos.

    Digamos que já detectamos na orelha, os pontos/ desequilíbrios (via de regra, de uns 3 a no máximo, 5...).

    E que estamos em dúvida entre algumas opções de fitoterápicos que podemos recomendar...

    Se estiverem em forma "picada", podemos pinçar um pouco e aproximar desses pontos identificados, para perceber a reação do pulso.

    Notarão que alguns em nada alteram; outros, até somem com o pulso e, de repente, um deles torna a pulsação "limpa", nítida, forte, reagindo com "tranco" à aproximação.

    Pronto: terá detectado qual(is) é (são) o(s) fitoterápico(s) adequado(s) ao momento do cliente.

    Muitas vezes, a combinação de uma ou mais amostras juntas pode melhorar a reação ao pulso, muitas vezes, não, até se anulam, indicando que é melhor optar por chás separados...

    CLARO: se forem ter amostras de fitoterápicos em seus consultórios, OBRIGATORIAMENTE tem que ser de origem definida, ou seja, com NOTA FISCAL DE COMPRA, e rotulagem contendo laboratório e farmacêutico responsável. E, NUNCA, JAMAIS, NEM EM SONHO, vendam estes produtos. E, obviamente, só podem ser recomendados produtos de VENDA LIVRE, ou seja, sem necessidade de receita MÉDICA.

    AURICULOTERAPIA

    Chamamos de Auriculoterapia à técnica de análise e tratamento reflexológico por meio de estímulos no pavilhão auricular.

    Sua origem data de milênios, tendo sido encontradas pinturas egípcias descrevendo o seu uso; Hipócrates, considerado o pai da medicina ocidental, detalhou seu uso para dores de dente, faciais e ciáticas. analgesia para nevralgias odontológicas, faciais e ciáticas.

    Caído em esquecimento até os meados de 1951, quando o francês Paul F. M. Nogier iniciou suas pesquisas, dando tamanho grau de desenvolvimento à técnica, que passou a ser considerado o "pai da Auriculoterapia".

    Acupunturista e quiropraxista, ele notou que diversas pessoas que sofriam de dor ciática tiveram seus sofrimentos cessados com cauterizações na orelha feitas pela "leiga" madame Barrin. Esses resultados empolgaram Nogier, passando ele a observar que na orelha há regiões doloridas espontaneamente ou ao toque, sempre que no corpo também houver dor. Verificando a ocorrência dessas regiões, culminou por observar que elas pareciam desenhar uma forma fetal invertida no pavilhão auricular. Com o correr das pesquisas, foi-se mapeando a que zona corporal correspondia cada porção da orelha, tendo sido publicadas na década de 50, as suas conclusões iniciais e seus tratamentos por estímulos de agulhas na aurícula, com grande repercussão entre os acupunturistas, pois estes já estavam acustumados a esse tipo de instrumento. Tal sucesso chegou até a China, que rapidamente levantou um mapeamento auricular, inundando a Europa com suas orelhas de plástico e "posters" de "auriculo-acupuntura". Tudo isso contribuiu para que se confundisse a Acupuntura* com essa "nova" técnica, mas as diferenças são gritantes: enquanto para primeira, os pontos existem o tempo todo, quer sirvam para tratamento ou não, na orelha eles não existem, a princípio, só vindo a surgir em correspondência a um desequilíbrio no corpo, facilitando ao máximo o diagnóstico, tornando praticamente impossível de se errar. Outro fator de distinção e, provavelmente, a maior descoberta de Paul Nogier, foi a técnica de diagnóstico pelo pulso, específica para a Auriculoterapia. Enquanto na pulsologia chinesa tomam-se ambos os pulsos simultaneamente e por meio de extrema sensibilidade, distinguem-se informações sobre a condição energética de cada órgão-meridiano, na técnica de Nogier, basta tomar-se um dos pulsos e com uma ponta de metal ou de aparelhagem eletrônica, "passeia-se" por todas as regiões reflexas auriculares e, o­nde houver desequilíbrio, haverá uma alteração no pulso, que inicialmente chamou-se R.A.C. (reflexo aurículo cardíaco) e hoje em dia se conhece como R.A.N. (reflexo arterial de Nogier) ou V.A.S. (sinal autônomo vascular).

    No Brasil, a esmagadora maioria dos que trabalham com a Terapia auricular desconhece quase que totalmente o trabalho francês; quando muito, estão a par do primeiro livro publicado de Nogier, o qual já há muito está desatualizado, com suas "receitinhas" de pontos específicos para cada tipo de tratamento. Em compensação, os brasileiros desenbvolveram uma abordagem somatopsíquica do tratamento auricular, a que denomino Calatonia Auricular, bem como o teste de fitoterápicos pela orelha e, ainda, o uso das freqüências de ressonância para a estética, além de desenvolver a Ressonância Biofotônica ou Biorressonância o­nde os estímulos são dados por meio de luzes comuns (não laser) e ritmos, trabalhos estes, nacionais e pioneiros...

    PONTOS DE ALARME SISTÊMICOS

    As tradições milenares chinesas trouxeram aos nossos dias a teoria dos, assim traduzidos, "meridianos", que são caminhos de energia que circulam junto ao corpo e que refletem nosso estado holístico (físico, emocional, social, etc, etc...). Em tese, são infinitos... Contudo, como nosso objetivo é ser pratico, trabalharemos com 12 principais.

    Em termos de 5 Movimentos Chineses, temos os meridianos FOGO: coração, intestino delgado, circulação e sexo, triplo aquecedor...

    Eles são responsáveis pela "temperatura" de nossas emoções, entre outras coisas.

    Como meridianos TERRA, temos o do baço-pâncreas e do estômago.

    Respondem pela nossa reflexão, pelos pensamentos...

    Já os meridianos MADEIRA são os do Fígado e da Vesícula Biliar.

    Atuam na exterização das emoções, especialmente, a raiva...

    Temos os meridianos METAL: Pulmão e Intestino Grosso.

    Agem na interiorização de nossas emoções, tanto na serenidade, quanto na tristeza, baixa-estima...

    E Rim e Bexiga, como meridianos do movimento ÁGUA.

    Assim como as águas se adaptam ao meio e buscam aprofundar, assim estes meridianos lidam com aquilo que nos é de importância vital, tal como medo, sobrevivência, sexo...

    Atentem que os nomes dos meridianos, em sua versão ocidental, correspondem aos nomes de certos órgãos e vísceras. Mas, a verdade é que não correspondem APENAS a estes órgãos, mas sim, a inúmeras funções que a ciência jamais atribuiria a estas "partes".

    Por exemplo: a raiva, na visão dos 5 movimentos, tem relação com o meridiano de fígado... Mas, certamente que a ciência jamais vai associar raiva com o órgão fígado...

    Felizmente, não temos que dar satisfações aos cientistas e podemos nos valer de mais de 5 mil anos de tradições...

    Mas, em termos PRÁTICOS, como saber quais meridianos estão carentes de equilíbrio ?

    Bom, como somos Terapeutas Holísticos, JAMAIS nos valeremos de "tabelinhas doenças-pontos-de-acupuntura"...

    Isso é coisa de médico... Os médicos é que precisam fazer exames de laboratórios, descobrir qual a doença e seguir uma tabelinha de pontos, da mesma forma que seguem tabelas de correlação medicamento-doença...

    Aliás, sempre é bom frizar: pela LEI, doença é monopólio médico...

    Por isso que nós, TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, tratamos das PESSOAS (jamais de "doenças"...) e de seus desequilíbrios "energéticos"...

    COMO saber qual(is) meridiano(s) precisa(m) de tratamento ?

    Muito simples: basta "perguntar" aos próprios meridianos !

    E para fazer isto, basta tocar em determinados pontos, os chamos PONTOS DE ALARME, e saber do cliente se os mesmos estão (ou não...) doloridos ao toque...

    Claro, todo ponto de alarme é relativamente dolorido... Mas, na prática, notarão 1 ou 2 que estarão MUITO sensíveis...

    Ou seja, como trabalharemos com 12 meridianos, teremos 12 pontos de alarme a tocar, durante a avaliação...

    Acreditem, quando tiverem prática, esse é um procedimento de 1 a 2 minutos...

    Uma vez detectado QUAL o ponto de alarme mais sensível, trabalharemos em seu meridiano correspondente...

    Para tanto, temos que localizar em seu trajeto, qual o ponto que está aberto a receber estímulos...

    E, para sabermos isso, bastará tocarmos por seu trajeto, até detectarmos com o ponto que estiver mais sensível ao toque...

    Ou seja, de novo, "perguntamos" ao meridiano...

    Uma vez localizado (são bi-laterais, um de cada lado do corpo, simetricamente...), basta estimular por cerca de 1 minuto...

    Para estimular, pode-se fazer uso do toque (apertar com os polegares e circular sobre o ponto...), pode-se aplicar agulhas, imãs, cores, enfim, uma infinidade de estímulos possíveis, todos igualmente eficientes.

    Uma vez feito o estímulo, basta voltar a tocar no ponto de alarme correspondente e terão uma "surpresa": ele não está mais sensível ao toque !!

    Ou, se ainda estiver, é muito pouco...

    Pode-se "reforçar" a aplicação, atuando agora no meridianos que estava em "2o lugar" em sensibilidade ao toque em seu ponto de alarme...

    Ou seja, da mesma forma: toque pelo trajeto do meridiano, até localizar um ponto sensível, que será justamente o que necessita de estimulação.

    E pode voltar a conferir nos pontos de alarme que estarão todos "normais", sem a sensibilidade de antes em relação ao toque !

    Ou seja, esse método substitui tanto a pulsologia chinesa (que só seria necessária se você fosse tratar o imperador, pois este não pode ser tocado...) e também elimina a necessidade de "tabelinhas de pontos"...

    E nem terão que trabalhar em muitas regiões: os pontos de alarme, ficam todos na parte frontal do corpo... E os pontos dos 5 movimentos, estão localizados entre os dedos das mãos até o cotovelo, e dos dedos dos pés, até o joelhos...

    Como puderam observar, os pontos de alarme tendem a ser sobre os órgãos dos quais recebem o nome ocidental...

    É o caso do estômago, baço-pâncreas, fígado, rim, intestinos grosso e delgado...

    O QUANTO de pressão aplicar para testar seu grau de sensibilidade, aí é questão de prática...

    Há clientes que um toque muito leve já basta para conseguir testar os pontos... Outros, necessitam de maior pressão, pois tem menor sensibilidade...

    Na verdade, os colegas terão que praticar bastante... Essa é a única forma de aprenderem de verdade...

    Recapitulando: iremos tocar os pontos de alarme e perguntar ao cliente qual(is) está(ão) mais sensível(is).

    Sugiro, por uma questão de praticidade, que testem "de cima para baixo"...

    Ou seja: pontos de alarme dos meridianos do Pulmão, Vesícula Biliar, Coração, Fígado, Baço-Pâncreas, Rins, Estômago, Intestino Grosso, Triplo Aquecedor, Intestino Delgado, Bexiga e Circulação e Sexo..

    Uma vez detectado QUAL o ponto de alarme mais sensível, irão (bilateralmente...) pesquisar pelo toque, o caminho do meridiano correspondente.

    Basta seguir pelos trajetos dos 5 movimentos chineses, ou seja, será dos dedos em direção ao cotovelo (se for meridianos que passam pelos braços...), ou até os joelhos (se forem meridianos que passam pelas pernas...).

    Uma vez detectado, pelo toque, qual o ponto mais sensível no trajeto do meridiano, bastará estimulá-lo, por exemplo, tocando com a ponta do polegar (simultaneamente, pois são 2 pontos simétricos, bi-laterais...). Estimulem os pontos, quer seja com os dedos, ou com agulhas, ou com imãs, ou com cores, ou com diapasões, ou com cristais, etc, etc,... durante cerca de 1 minuto e voltem a testar o mesmo ponto de alarme correspondente.

    Via de regra, 1 minuto basta para equilibrar, o que pode ser constatado voltando a tocar no ponto de alarme correspondente, que estará agora, sem a mesma sensibilidade (dor...) quando tocado.

    Caso ainda persista a sensação dolorosa no ponto de alarme, repita a operação também no trajeto do meridiano "2o colocado", quanto à dor no ponto de alarme...

    Caso ele não esteja mais dolorido, a aplicação já pode considerar-se encerrada. Caso ainda esteja, repita a mesma operação, ou, passe para o "2o colocado" dentre os meridianos cujos pontos de alarme correspondente estavam mais sensíveis ao toque.

    Comparativamente às correntes teóricas que baseiam-se em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a pontos específicos para estimular, a Holopuntura mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da auto-consciência. Do ponto de vista legal, a Holopuntura igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com Acupuntura e Reflexoterapias em formato absolutamente diferente da aobordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    Discussão

    A Holopuntura beneficia o Cliente com perceptíveis resultados. E igualmente privilegia o Terapeuta Holístico que a ela se dedica, graças à eliminação da artificial e desnecessária complexidade que vem sendo impingida atualmente às técnicas, resgatando a simplicidade e naturalidade de suas essências fundamentais.

    Como podem notar, com a Holopuntura, caso estivéssemos trabalhando com agulhas, bastaria 2 agulhas (1 ponto de cada lado do corpo...), ou, quanto muito, 4 agulhas ( 2 pontos, que como são bilaterais, traduzem-se em 2 pontos de cada lado, totalizando, 4...)

    Esse festival moderno atual de transformar os clientes em "alfineteiros", enfiando um monte de agulhas, com toda a sinceridade, é absolutamente desnecessário...

    Usam muitas agulhas, pois não tem a técnica de "perguntar" aos pontos de alarme... Como não fazem isso, acabam "somando" um monte de "tabelinhas de pontos", resultando em um MONTÃO de agulhadas...

    Se bem feito, até dá resultado... Só que podemos trabalhar de forma MUITO mais sutil, como esta que estamos propondo aqui, na Holopuntura.

    Eu trabalho faz mais de 20 anos assim e garanto que funciona bem.

    Contudo, jamais acreditem em mim, pois o certo é que VOCÊS MESMOS TESTEM e tirem suas próprias conclusões...

    Recordando: a técnica que acabaram de ver, simplesmente elimina aquela história de "tabelinha de sintomas X pontos pré-definidos".

    Ao invez de ficarmos "adivinhando" o­nde estão os desequlíbrios simplesmente nos baseando em tabelas de sintomas, nós vamos, LITERALMENTE, colocar a mão na massa.

    Com a ponta dos dedos, tocaremos cada um dos pontos de alarme demonstrados.

    À semelhança do que observamos via reflexoterapia auricular, notaremos poucos desequilíbrios.

    Comumente, nosso cliente relatará cerca de 2 ou 3 pontos de alarme sensíveis ao toque.

    Nos ocuparemos, primeiramente, daquele meridiano cujo ponto de alarme tenha sido o de maior sensibilidade (dolorido).

    Seguiremos seu trajeto, também com os dedos, mas somente no trecho relativo aos 5 Movimentos Chineses.

    E, novamente, perguntaremos ao cliente para que nos avise qual é o "ponto" mais sensível ao toque.

    Obs: estes pontos são BILATERAIS, ou seja, são em pares, estando um de cada lado do corpo, simetricamente...

    Justamente nestes é que nos ateremos, estimulando-os, bilateralmente, por cerca de um minuto.

    Isso pode ser feito com o próprio toque/pressão da ponta dos dedos, ou, aplicando-se outras formas de estímulos, desde agulhas (acupuntura), até cores (cromopuntura), imãs (magnetoterapia), etc, etc.

    Uma vez terminado o estímulo, volte a testar o ponto de alarme respectivo e notará que a sensibilidade ao toque sumiu... Ou diminuiu muito !

    Caso ainda persista, parta para o "2o colocado" de sua lista de pontos de alarme sensíveis, pesquisando em seu meridiano respectivo e estimulando o ponto que detectar mais sensível.

    Volte a testar os pontos de alarme e notará que a sensibilidade exarcebada de antes, não mais existe.

    Pronto ! Uma bem sucedida estimulação terapêutica.

    Nas reflexoterapias, não há pontos pré-existentes... Os mapas apontam para zonas, regiões, que estatisticamente, são associadas a centros de energia e/ou caminhos de energia (meridianos).

    Os pontos só surgem SE e somente se, estiverem espelhando um desequilíbrio.

    Desta forma, a escolha dos pontos a serem estimulados, jamais se dá simplesmente pelos sintomas descritos pelo cliente, mas sim, pela reação dos pontos à pulsologia de Nogier e/ou sensibilidade (dolorida...) ao toque do TH...

    Tudo bem que a Holopuntura também dedica parte de suas variantes aos pontos "fixos" e pré-existentes espalhados pelo corpo,seguindo as tradições milenares chinesas quanto aos meridianos.

    Ainda assim, atentem que a técnica foi revisitada e ganhou muito mais dinamismo e, ao mesmo tempo, simplicidade.

    Afinal, ao invés de nos prendermos a "tabelinhas", literalmente o Cliente é quem nos dirá quais pontos denotam desequilíbrio, de acordo com a sensibilidade destes ao toque, nos chamados pontos de alarme.

    Isto feito, novamente o Cliente é quem nos dirá quais pontos estimular, de acordo com a sensibilidade ao toque do TH, que tateia o caminho dos 5 Movimentos, sobre o meridiano que corresponde ao ponto de alarme que refletiu desequilíbrio.

    Conclusões

    A Holopuntura possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares da Terapia Tradicional Chinesa (Acupuntura) e das Reflexoterapias (Auriculoterapia inclusa). O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a detecção dos desequilíbrios e respectivas micro-regiões a serem estimuladas, graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento. A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    Referências bibliográficas:

    CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

    FAUBERT, Gabriel - La Chronobiologie chinoise. Paris, Éditions Albin Michel S.A., 1987.

    GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

    HALL, James A. - A Experiência Junguiana. São Paulo, Cultrix, 1989.

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    HIRSCH, SONIA – Manual do Herói – Gráfica e Editora Prensa, 1990.

    HUSSON, A. - Versão e comentários - Huang Di Nei Jing Su Wen. Paris, Ed. A.S.M.A.E

    JACOBI, Jolande - Complexo -Arquétipo - Símbolo. São Paulo, Cultrix, 1986.

    JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. São Paulo, Vozes, 1991.

    LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. São Paulo, Cultrix, 1992.

    MARKEY; Christopher- Yin-Yang. S. Paulo, Cultrix, 1987.

    MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

    MIYUKI, Mokusen - Versão e comentários - A Doutrina da Flor de Ouro. 5. Paulo, Pensamento, 1990.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Psychologie: pour une approche nouvelle dela Psycho-somatique. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Phytothérapie. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    SANTOS, José Francisco dos – Auriculoterapia e Cinco Elementos. São Paulo, Ícone, 2003.

    TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado. São Paulo, Lumina Editorial, 1998.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. São Paulo, Cultrix, 1990.

    OS CINCO MOVIMENTOS CHINESES

    Toda a terapêutica chinesa baseia-se nos mesmos princípios do Taoísmo e do I Ching, cujo conhecimento toma-se indispensável para que se compreendam as regras da acupuntura, da fitoterapia e de outras tantas técnicas, orientais ou não.

    O Tao não pode ser definido, só podendo ser compreendido através de percepção direta, pois está além do alcance do racional. Tudo o que for escrito sobre ele não é o Tao verdadeiro, mas, mesmo assim, torna-se necessária a tentativa frustrada de explicá-lo. O termo apareceu primeiramente no Tao Te King (O Livro do Tao e Sua Virtude), de Lao Tsé:"... o Tao é Todo em tudo. Princípio e fim de toda a -existência, está em nós, assim como estamos nele... olhando, não é visto: é nomeado o Invisível; escutando, não é ouvido: é nomeado o Inaudível; tocando, não é sentido: é nomeado o Impalpável... pode-se dizer que é Forma sem forma; Figura sem figura. É o Indeterminado. Indo ao seu encontro, não se vê sua face; seguindo-o, não se vêem suas costas. O Tao é eterno, não tem nome...

    Por ser "Todo em tudo", o Tao é indivisível e seu movimento é que nos ilude de que existem objetos separados e distintos uns dos outros. Compreendendo o movimento do Tao, os sábios distinguiram duas categorias básicas a que nomearam Yin e Yang, movimentos opostos, mas que não existem um sem o outro e mais ainda: um nasce do outro e vice-versa, em eterna mutação. Originariamente, o termo Yin designava o lado escuro da montanha e Yang, o lado iluminado pelo sol. Conforme este se desloca, gradativamente, o lado escuro se ilumina, e o claro enegrece, ou seja, Yang se transforma em Yin e Yin em Yang, mostrando a relatividade dessas palavras. Desse modo, nada é só Yin ou só Yang, a não ser quando comparados entre si. Por exemplo: o positivo é Yin e Yang. O negativo também é Yin e Yang; entretanto, quando comparados entre si, podemos dizer que o positivo é Yang, e o negativo é Yin, relativamente. Observem o símbolo do Tao: cada lado vai crescendo e quando atinge o seu auge, dá nascimento ao seu oposto, o qual igualmente cresce e ao atingir o seu auge, também dá nascimento ao seu contrário. Na Natureza, tudo obedece a esse ciclo. Isso fica muito claro se observarmos o dia e a noite. A zero hora, inicia-se o clarear, com o sol atingindo o pico às 12 horas, quando começa a anoitecer, com a escuridão máxima às 24 horas, quando, então, recomeça a clarear, e assim infinitamente. Ou seja, dia e noite, que na visão ocidental são opostos, para o Taoísmo, além de não poderem existir um sem o outro, ainda um se transforma no outro. Masculino não existe sem o feminino e um se transforma no outro e vice-versa, o bem não existe sem o mal, um se transforma no outro e vice-versa. A Física chegou à mesma conclusão. Energia e matéria, antes opostos irreconciliáveis e distintos entre si, hoje são vistos como não existentes isoladamente e em constante transformação uma na outra. O mesmo se deu com a teoria que levou Niels Borh a ganhar o prêmio Nobel da Física. Seu conceito de complementaridade considera a representação tanto como partícula quanto como o­nda (dois "opostos"), duas descrições complementares da mesma realidade, sendo cada uma delas parcialmente correta e ambas necessárias para se obter uma descrição integral da realidade atômica. Tanto ele sabia da verdadeira origem de sua teoria que, ao escolher um brasão de armas para a sua família, adotou o símbolo do Yin-Yang, com a inscrição: "Os Opostos São Complementares."

    Em suma, tudo pode ser resumido aos movimentos do Tao: Yin e Yang. Entretanto, essa simplificação quase que absoluta da realidade precisou ser mais elaborada para facilitar o trato com a multiplicidade aparente das coisas, surgindo, assim, variados "tipos" de Yin-Yang. Um, cujo movimento é ascendente, ganhou o nome de Fogo (as chamas sempre sobem); outro, descendente, ao qual chamou-se Água (os líquidos dirigem-se normalmente para baixo); ainda outro, centrífugo (de expansão, do centro para a periferia), denominou-se Madeira (as plantas crescem e se expandem). Já um movimento centrípeto (de contração, da periferia para o centro), é Metal ou Rocha (ambos são densos, contraídos). Por último, um equilíbrio de direções, a Terra (sólida, estável, equilibrada). São os chamados Cinco Movimentos, em geral traduzidos erroneamente como "cinco elementos". Se conhecessem o Tao, saberiam que ele é indivisível, não podendo, pois, ter "elementos" (partes isoladas). Classificando-se todas as coisas nesses cinco símbolos, podemos inter-relacioná-las de um modo bastante dinâmico e preciso. Por exemplo, tudo o que é ascendente ou lembre fogo, classifica-se como tal: meridianos do Coração, Intestino Delgado, Circulação e Sexo, Triplo Aquecedor (com seus respectivos horários de pico energético), excitação (muito fogo), apatia (pouco fogo), o vermelho (cor de fogo), o sabor amargo, o cheiro de queimado, calor, verão, a direção Sul, a nota musical Lá, o tato, etc. A mesma coisa se dá com os outros Movimentos. Várias conexões ligam-nos entre si, das quais se destacam a Lei da Geração, ou Mãe e Filho: da Água nasce a Madeira, ou seja, a primeira é mãe da segunda; a Madeira alimenta o Fogo, que gera a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, da qual se extrai a Água (o metal pode se liquefazer ou da rocha brotar uma fonte de água) e a Lei da Dominância ou Dominante e Dominado: a Água domina o Fogo, pois o apaga, este derrete o Metal, que corta a Madeira (ou, ainda: na Rocha não nascem as plantas), esta consome a Terra, a qual, por sua vez, absorve a Água.

    Graças a essas relações, muitas hipóteses terapêuticas podem ser traçadas. Exemplos: conforme a hora em que os sintomas se manifestam com mais intensidade, já se sabe qual Movimento pode estar desequilibrado. Se o mal-estar se der entre 5 e 7 horas, horário do meridiano do Pulmão, deve haver um desequilíbrio energético Metal. A atração ou repulsão demasiada por um sabor, cor, nota musical, estação do ano, etc., já designa uma desarmonia no respectivo Movimento. A recusa ou, ao contrário, o desejo de doce, pode significar problema de Terra. Adorar o azul, ou o preto, distúrbio Água, e assim por diante. Como no Taoísmo, o físico, o psíquico e o Cosmos formam uma unidade, isto nos leva à suposição de quais seriam as emoções por trás de cada sintoma. Se alguém tem desequilíbrios Água, tais como queda de cabelo, dor ciática, ossatura, etc., é porque suas questões íntimas relacionadas com o medo, ou com a força, ou com a libido, não estão totalmente resolvidas. Aliás, quanto mais inconscientes tentamos manter uma emoção, mais ela somatiza. A Lei da Geração, por sua vez, nos mostra como a Mãe pode passar um desequilíbrio para o Filho, ou vice-versa. Um problema de Pulmão pode prejudicar o seu Filho, o Rim. Pela Lei da Dominância, o Dominante pode agredir o Dominado. O Pulmão pode agredir o Fígado: o Metal domina a Madeira. Quanto às emoções: do medo ou da força (Água), nasce a raiva ou a extroversão (Madeira), que dão origem à excitação ou apatia (Fogo), que levam à reflexão, ou às dúvidas, ou à insatisfação (Terra), gerando tristeza, introversão ou alegria serena (Metal), as quais fecham o circuito da Lei da Geração, sendo mães das emoções Água. Pela Lei da Dominância, o medo ou a força (Água) podem apagar a excitação e a apatia (Fogo), as quais derretem a tristeza e a alegria serena (Metal) que cortam a extroversão e a raiva (Madeira), que consomem as dúvidas, a insatisfação e a reflexão (Terra), que absorvem as emoções Água, fechando, assim, o pentagrama.

    A observação do sentido e da direção dos Movimentos nos conduz à terapêutica. Exemplos: alguém com tensões musculares (insuficiência de movimento de expansão, Madeira) pode ser tratado por estímulos Terra, cuja estabilidade e neutralidade acalmariam o seu Dominante (Madeira). Assim sendo, usaríamos ou o sabor doce (ervas ou alimentos), ou a cor amarela (cromoterapia), ou o perfume adocicado (aromaterapia), ou a nota Mi (musicoterapia), ou os pontos de acupuntura Terra, etc. Não usaríamos, porém, estímulos Metal, pois o seu sentido é de contração, o que pioraria os sintomas. Para casos de raiva (Madeira, movimento expansivo), ou outro, de tristeza (Metal, movimento de interiorização), poderiam ser trabalhados alguns tipos de estímulos Fogo (ele consumiria a sua Mãe, a Madeira, e derreteria o seu Dominado, o Metal, equilibrando a situação, levando-os para cima).

    Obviamente, a prática é muito mais complexa do que o pouco que foi passado neste texto, mas a observação atenta do mapa dos Cinco Movimentos poderá fornecer ao leitor explicações para várias situações físicas e psíquicas, comprovando a eficácia e a beleza desta que foi a primeira abordagem psicossomática de que se tem notícia.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 06/05/2008 14:02


    Aula de Fitoterapia - Comunidade de Estudos Avançados

    Aula de Fitoterapia - Comunidade de Estudos Avançados

    Henrique Vieira Filho
    CRT 21001
    Terapeuta Holístico

    Resumo

    De modo prático e objetivo, abordaremos a Fitoterapia sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade. As incríveis "coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como fitoterápico torna o aprendizado lúdico e prático.

    Focando em uma pequena variedade de plantas, todas de venda livre e facilmente encontradas na natureza e nas casas do ramo, esta abordagem utiliza da teoria do Cinco Movimentos Chineses, bem como da Pulsologia de Nogier a dos Pontos de Alarme dos Meridinos para a correta seleção de fitoterápicos para cada momento de nossos clientes.

    Introdução

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos Chineses, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam.

    Ao invés de nos atermos a tabelas de correlação entre sintomas e plantas, esta abordagem propõe quitessenciar a adequação a cada caso, passando as plantas a serem selecionadas com o auxílio da Pulsologia de Nogier e/ou a reação ao toque nos Pontos de Alarme, mediante aproximação de amostras dos fitoterápicos.

    Sabendo de antemão que os métodos de pesquisa ortodoxos em pouco elucidariam as milenares aplicações terapêuticas dos vegetais, encontrei as respostas na Sincronicidade (teoria junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos) e na teoria dos Cinco Movimentos Chineses. Quintessenciado a adequação da escolha de fitoterápicos para cada caso, aplicamos testes pela Pulsologia de Nogier e pela reação dos Pontos de Alarme dos Meridianos.

    Fazendo um levantamento sobre os deuses e lendas ligados a cada uma das plantas, descobri as "grandes coincidências" entre essas histórias e o momento do Cliente no qual o fitoterápico apto a atuar. Fora isso, as características de comportamento de cada planta (o modo como cresce, seus terrenos preferidos, suas cores, etc.) correspondem exatamente ao tipo de pessoa à qual a sua composição poderá ajudar. E, por mais estranho que pareça a quem não está familiarizado com a idéia da sincronicidade, até mesmo a etimologia dos nomes das plantas já nos esclarecem para que elas servem.

    Somando-se a isso, pesquisei o uso fitoterápico tradicional, em especial sob o enfoque milenar chinês dos Cinco Movimentos e constatei que, além de seu uso para o equilíbrio de determinados sintomas físicos e para as emoções.

    Um Pouco de Jung

    Precisaremos, neste ponto, elucidar alguns termos básicos utilizados na terapêutica junguiana.

    Arquétipos, por exemplo, representam um conceito tão difícil de explicar como o Tao, ou Deus, pois são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva). Tais motivos foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, constatamos seus efeitos quando se manifestam na consciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, como Símbolos, melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido. Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contatada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifesta na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ou molde-informação de um cristal. Ao formar-se, o cristal obedece a um padrão de forma predeterminado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma.

    Mesmo assim, ele predetermina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém, que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas. É muito mais um desejo, que, como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez existiu um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse. O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias e moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    Símbolo é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Vários significados são atribuídos a cada flor individualmente, mas, no geral, as flores simbolizam o princípio passivo, o feminino por excelência. Corresponde ao yin chinês. O cálice da flor é o receptáculo da atividade celeste (yang), que como uma taça, é capaz de receber a chuva e o orvalho, símbolos de tudo o que vem dos céus e nos influencia. Para o Taoísmo, em especial noTratado da Flor de Ouro, a flor é o símbolo da conquista de um estado espiritual elevado. A floração é o resultado da alquimia interior, é o retorno ao Centro Espiritual (alma), também conhecido por estado primordial. Para os antigos celtas, a flor é o símbolo da instabilidade essencial de toda a criatura, voltada a uma perpétua evolução e, em especial, simboliza o caráter fugitivo da beleza. Este sentido se reforça pela figura lendária chinesa de Lan Tsai Ho, que carregava uma cesta de flores para melhor estabelecer o contraste entre sua própria imortalidade e a efêmera duração da beleza e dos prazeres. Ainda entre os antigos chineses, a flor é um dos símbolos do chamado Movimento Madeira, vinculado à primavera e à expansão. Assim sendo, é de se supor que a Flor, como representação do Yin, seja capaz de nos levar, por similaridade, a travar contato com outros símbolos femininos, além de nos tornar receptivos à ação de seu complemento, o Yang. A profundeza de nosso ser, nosso inconsciente e todo o material psíquico reprimido e por conseqüência corporificado, são classificados numa visão milenar como Yin. Na terapia junguiana, essa porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra (Yin). Seu par complementar é a Persona, classificada como Yang. É a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. O uso das essências florais yin atuará diretamente em seu oposto, yang, assim como o negativo atrai o positivo. Sua atuação será, portanto, em nossas Personas, nossos aspectos conscientes, e nos véus com que nos apresentamos perante o mundo. Esse contato com a Sombra trará à luz a consciência, ou seja, o material psíquico reprimido que a constitui. A Flor, como símbolo do receptáculo do que vem dos céus, explica por que as essências florais nos levam a receber as intuições e insights provenientes de nosso Céu Interior que é nossa essência divina. Torna-se também mais nítida a lembrança dos Sonhos, verdadeiro manancial de informações sobre nossa essência e elo de ligação entre o inconsciente e o consciente. As flores, representação de tudo o que é transitório e efêmero, levam-nos rapidamente a uma mudança de um quadro emocional para outro. Por também simbolizar o Movimento Madeira chinês, cuja orientação é a de expansão e de aflorar de nosso ser, de nossos sentimentos, as essências florais nos levam a tomar contato com as informações sobre nosso eu, juntamente com a sua carga emocional correspondente. A informação fria e simples, a compreensão puramente racional de alguma realidade psíquica dificilmente terá força suficiente para mudar nossas vidas. Entretanto, se a informação vier acrescida de emoção (do latim e-xmovere = mover para fora), aí sim haverá potência para movernos, mobilizarnos para uma expansão pessoal.

    Instâncias Psíquicas e Constelação Arquetípica

    Instâncias Psíquicas são como "indivíduos dentro do indivíduo". São Complexos, isto é, grupos emocionalmente carregados de imagens ou idéias comandados por uma imagem arquetípica aos quais Jung atribuiu a formação de parte da estrutura psíquica funcional. Exemplos de instâncias psíquicas: Sombra, aquilo que somos, mas ignoramos ser; Persona, aquilo que somos em função dos outros; Anima, nossa porção feminina; Animus, nosso lado masculino; Plenitude, o que somos, porém, ainda não realizado; Self, o que somos como aspiração da totalidade.

    Eis alguns exemplos de arquétipos: Deus representa o imutável, o imortal, o poderoso, a fonte de toda a energia de realização; o Mal, força que se opõe à realização, o adversário; a Grande Mãe, a geradora, o mutável, o móvel, a permanência na transformação; o Ancião Sábio, o saber ancestral que não foi alcançado pela aprendizagem, mas pela revelação; Incesto, tendência a voltar às origens, às aspirações regressivas; Mercúrio, a sabedoria que está por aflorar; Morte e Ressurreição, transformação; Ciclos, tudo se repete e está governado por ritmos; Paraíso Perdido, estado de plenitude e felicidade absolutas perdido devido ao pecado; Criação do Mundo, o mundo foi criado no passado por obra divina; Criança, permanência do indivíduo em estados infantis; Salvador, anseio da humanidade por uma redenção através de um ser superior que nos restaure o paraíso perdido; Unidade, complexo psíquico inconsciente de retornar à unidade perdida; Hermafrodita, união dos contrários num novo nível de consciência; Dualidade, representa o que está em movimento, capaz de gerar vida nova; Pedra Filosofal, a transformação alquímica do sujeito, sua aspiração à imortalidade e sabedoria; Batismo, uma nova oportunidade de realizar-se; purificação; Fim-do-Mundo, a transformação por meio de um holocausto; Afrodite, esquema do amor sensual e da inconstância; Herói, o indivíduo escolhido para uma missão transcendente.

    PULSOLOGIA DE NOGIER

    Resumidamente, a Pulsologia de Nogier começou com o próprio, que é conhecido como o Pai da Auriculoterapia, que é a opção de Reflexoterapia mais estudada..

    Por ter o hábito de tomar o pulso de seus clientes, Nogier, durante seus trabalhos de auriculoterapia, percebeu certos "sinais", como se fossem "trancos" ou súbitas "sumidas" da pulsação.

    E que isso ocorria justamente quando estava com algum estímulo (por exemplo, uma ponta metálica...), passando por sobre uma região reflexa desequilibrada.

    É como se uma "onda" passasse por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso.

    É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida, como puderam constatar em nossa aula presencial, durante o Holística 2004.

    Atentem que não altera a QUANTIDADE de batidas cardíacas, mas sim, a INTENSIDADE com que a percebemos, como se uma "onda" passando por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso. É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida.

    É importante que TREINEM BASTANTE, de preferência, com várias pessoas diferentes, pois "localizar" o pulso varia bastante em cada caso. Para os casos difíceis, apliquem a tática de fazer toques circulares na região entre as sobrancelhas, que de pronto, a percepção do pulso se torna muito mais nítido. Um detalhe que pode fazer a diferença: TIREM OS METAIS DOS DEDOS E PULSOS: relógios, anéis, pulseiras, etc, em algumas pessoas simplesmente some com o Sinal de Nogier. Em muitos casos, pode-se até sentir a pulsação, mas nada de perceber o Sinal de Nogier... Se for esse o caso, experimente tirar os metais próximos, tanto do cliente, quanto os seus.

    A Pulsologia de Nogier, todos teremos a oportunidade de constatar, é MUITO útil para a seleção de fitoterápicos. Basta testar cada opção de plantas que pré-selecionou ao caso, por sobre cada ponto localizado e verificar qual faz com que o pulso reaja nitidamente...

    Paul Nogier, por ser médico e absolutamente contrário a que não-médicos utilizem auriculoterapia, passou a testar medicamentos através da pulsologia e da aproximação destes dos pontos auriculares.

    Como somos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, o que NÓS testamos são os fitoterápicos.

    Digamos que já detectamos na orelha, os pontos/ desequilíbrios (via de regra, de uns 3 a no máximo, 5...). E que estamos em dúvida entre algumas opções de fitoterápicos que podemos recomendar...

    Se estiverem em forma "picada", podemos pinçar um pouco e aproximar desses pontos identificados, para perceber a reação do pulso.

    Notarão que alguns em nada alteram; outros, até somem com o pulso e, de repente, um deles torna a pulsação "limpa", nítida, forte, reagindo com "tranco" à aproximação.

    Pronto: terá detectado qual(is) é (são) o(s) fitoterápico(s) adequado(s) ao momento do cliente.

    Muitas vezes, a combinação de uma ou mais amostras juntas pode melhorar a reação ao pulso, muitas vezes, não, até se anulam, indicando que é melhor optar por chás separados...

    CLARO: se forem ter amostras de fitoterápicos em seus consultórios, OBRIGATORIAMENTE tem que ser de origem definida, ou seja, com NOTA FISCAL DE COMPRA, e rotulagem contendo laboratório e farmacêutico responsável. E, NUNCA, JAMAIS, NEM EM SONHO, vendam estes produtos. E, obviamente, só podem ser recomendados produtos de VENDA LIVRE, ou seja, sem necessidade de receita MÉDICA.

    PONTOS DE ALARME SISTÊMICOS

    As tradições milenares chinesas trouxeram aos nossos dias a teoria dos, assim traduzidos, "meridianos", que são caminhos de energia que circulam junto ao corpo e que refletem nosso estado holístico (físico, emocional, social, etc, etc...). Em tese, são infinitos... Contudo, como nosso objetivo é ser pratico, trabalharemos com 12 principais.

    Em termos de 5 Movimentos Chineses, temos os meridianos FOGO: coração, intestino delgado, circulação e sexo, triplo aquecedor...

    Eles são responsáveis pela "temperatura" de nossas emoções, entre outras coisas.

    Como meridianos TERRA, temos o do baço-pâncreas e do estômago.

    Respondem pela nossa reflexão, pelos pensamentos...

    Já os meridianos MADEIRA são os do Fígado e da Vesícula Biliar.

    Atuam na exterização das emoções, especialmente, a raiva...

    Temos os meridianos METAL: Pulmão e Intestino Grosso.

    Agem na interiorização de nossas emoções, tanto na serenidade, quanto na tristeza, baixa-estima...

    E Rim e Bexiga, como meridianos do movimento ÁGUA.

    Assim como as águas se adaptam ao meio e buscam aprofundar, assim estes meridianos lidam com aquilo que nos é de importância vital, tal como medo, sobrevivência, sexo...

    Atentem que os nomes dos meridianos, em sua versão ocidental, correspondem aos nomes de certos órgãos e vísceras. Mas, a verdade é que não correspondem APENAS a estes órgãos, mas sim, a inúmeras funções que a ciência jamais atribuiria a estas "partes".

    Por exemplo: a raiva, na visão dos 5 movimentos, tem relação com o meridiano de fígado... Mas, certamente que a ciência jamais vai associar raiva com o órgão fígado...

    Felizmente, não temos que dar satisfações aos cientistas e podemos nos valer de mais de 5 mil anos de tradições...

    Mas, em termos PRÁTICOS, como saber quais meridianos estão carentes de equilíbrio ?

    Bom, como somos Terapeutas Holísticos, JAMAIS nos valeremos de "tabelinhas doenças-pontos-de-acupuntura"...

    Isso é coisa de médico... Os médicos é que precisam fazer exames de laboratórios, descobrir qual a doença e seguir uma tabelinha de pontos, da mesma forma que seguem tabelas de correlação medicamento-doença...

    Aliás, sempre é bom frizar: pela LEI, doença é monopólio médico...

    Por isso que nós, TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, tratamos das PESSOAS (jamais de "doenças"...) e de seus desequilíbrios "energéticos"...

    COMO saber qual(is) meridiano(s) precisa(m) de tratamento ?

    Muito simples: basta "perguntar" aos próprios meridianos !

    E para fazer isto, basta tocar em determinados pontos, os chamos PONTOS DE ALARME, e saber do cliente se os mesmos estão (ou não...) doloridos ao toque...

    Claro, todo ponto de alarme é relativamente dolorido... Mas, na prática, notarão 1 ou 2 que estarão MUITO sensíveis...

    Ou seja, como trabalharemos com 12 meridianos, teremos 12 pontos de alarme a tocar, durante a avaliação...

    Acreditem, quando tiverem prática, esse é um procedimento de 1 a 2 minutos...

    Uma vez detectado QUAL o ponto de alarme mais sensível, teremos condições de realizar testes para a escolha de fitoterápicos. Coloque em contato com a pele do Cliente (pode ser na mão, por exemplo...), cada opção de plantas que pré-selecionou ao caso e verifique novamente o ponto de alarme, tocando-o.

    Notarão que alguns fitoterápicos em nada alteram a sensibilidade do ponto de alarme; outros, até somem com a dor ao toque. Pronto: terá detectado qual(is) é (são) o(s) fitoterápico(s) adequado(s) ao momento do cliente. Muitas vezes, a combinação de uma ou mais amostras juntas pode melhorar a reação ao pulso, muitas vezes, não, até se anulam, indicando que é melhor optar por chás separados...

    Observarão que, enquanto o cliente estiver em contato com o fitoterápico mais adequado ao seu momento, o ponto de alarme não está mais sensível ao toque !! Ou, se ainda estiver, é muito pouco...

    Pode-se "reforçar" a conclusão, testando a sensibilidade ao toque no ponto de alarme que estava em "2o lugar"...

    Fitoterapia em Cinco Movimentos Chineses

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos e, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam.

    Comparados entre si, os "cinco sabores" são: amargo - evacuante e purgativo - "endurecedor"; doce ou insípido - diurético, sudorífico, dissipante, relaxante; picante - sudorífico, dissipante, dispersante; salgado - ecacuante, purgativo, "suavisante" e ácido - evacuante, purgativo e retrátil. A estas propriedades iniciais, podemos acrescentar quatro tipos de "energia": fria, quente, fresca e morna. Além disto, há quatro "densidades" diferentes de "energia" que darão o "sentido" da ação terapêutica: ascendente (yang - alto), expansivas (yang - exteriot) - obtidas pelas ervas yang e descendentes (yin - baixo) e introspectivas (yin - interior) - obtidos pelas ervas yin.

    Em cada meridiano existe uma raíz yin e outra yang. A função yang da Madeira mobiliza e põe em movimento, o que é estimulado pelo sabor ácido; entretanto, a absorção excessiva do ácido, que, por vocação é yin e retrátil, levaria ao efeito contrário, uma "paralisia", estimulando a raiz yin da Madeira. A função yang do Metal é retrair, secar, condensar, secar; já sua função yin é dissipar e humidecer; o picante, por sua vocação yin, se absorvido em excesso estimulará a função yin do Metal. A função yang do Fogo é ascensão e crescimento, enquanto que seu lado yin é endurecer; o amargo, por sua tendência yang, favorecerá a função de ascensão. A função yin da Terra é estruturar, modelar, controlar instintos e emoções, humidecer, enquanto a yang pode levar a idéias fixas, rigidez; por sua tendência yin, o doce favorecerá a raíz yin da Terra (observação: o doce industrializado é "quente", portanto, yang, com efeito contrário ao doce natural). A função yin da Água é amolecer, abrandar, enquanto que seu lado yang é o de endurecer; a tendência do salgado é favorecer a raiz yin da Água.

    Simplificando, as plantas seriam classificadas pelo sabor + energia quente ou fria (yang ou yin), o que possibilita incontáveis combinações de efeitos terapêuticos, graças, ainda, às leis de Geração e de Dominância.

    Discussão

    Este método tem se mostrado imbatível na prática de consultório. Como ninguém é exatamente igual a outro, não é adeqüado a escolha das ervas baseando-se apenas nas estatíticas sobre a utilidade de cada uma delas.

    Usando-se a pulsologia, resgatamos a capacidade inconsciente que há em cada um de saber exatamente aquilo de que necessita, tal qual faz o animal quando está na selva. Se, infelizmente, o humano moderno não percebe conscientemente quando está diante do que lhe é remédio ou veneno, o pulso, entretanto, ainda reage perante esta escolha e nós podemos nos valer deste recurso para ter a convicção de estarmos escolhendo as melhores ervas para aquele indivíduo, naquele momento...

    Segundo diversas culturas milenares, as ervas são símbolos de tudo o que é harmonizante e vivificante, restauram a saúde, a virilidade, a fecundidade, o parto e a riqueza. Foram os deuses quem descobriram suas propriedades terapêuticas, o que ilustra a crença universal que o equilíbrio só pode vir de uma dádiva divina, como tudo o que é ligado à vida. Para os cristãos, as ervas deviam a sua eficácia por terem sido encontradas pela primeira vez no monte do Calvário.

    A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam, também, as forças ígneas da terra. Enquanto manifestação de vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadoras de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica. Por acumularem estas forças, os antigos sempre viram nos vegetais propriedades saudáveis ou venenosas, daí o seu emprego também na magia. Quase todas as divindades femininas grego-romanas protegem a vegetação: Deméter (deusa das alternâncias entre a vida e a morte, bem como das terras cultivadas), Afrodite (Vênus, deusa da fecundidade), Artemis (Diana, selvagem deusa da natureza), além de algumas entidades masculinas como Ares (Marte, que simboliza a força bruta, é, também, protetor das colheitas, um dos deveres do guerreiro) e Dioniso (Baco, símbolo das forças de dissolução da pesonalidade, deus da fecundidade, da vegetação, das vinhas). No sincretismo afro-brasileiro, Ossâim é o responsável pelas ervas terapêuticas e sagradas, sendo seus iniciados conhecedores de suas serventias, bem como das palavras ritualísticas necessárias para libertar o axé (poder potencial) de cada planta. Aqueles que trabalhavam com as ervas em quase todas as culturas viam as plantas como símbolos vivos de entidades invisíveis, tais como deuses, elementais e espíritos, os quais deveriam ser evocados ou aplacados com o uso de palavras mágicas ou sacrifícios. O respeito à natureza os levava a não cultivar suas ervas, mas sim ir ao encontro das que nasceram espontaneamente na mata. Ainda hoje, os adeptos de Ossâim (orixá do sincretismo afrobrasileiro) costumam deixar uma vela verde em troca das plantas que colhem, ou uma das folhas colhidas, para manter inalterado o equilíbrio do local.

    É anterior à humanidade o uso terapêutico das plantas, pois os animais, instintivamente, sabem quais e quanto das ervas devem comer para melhorarem de seus distúrbios. O ser humano, cada vez mais se isolando da Natureza, foi perdendo esta capacidade de percepção. Mas, em algumas culturas, como as orientais e a indígena, mantiveram-se as tradições da utilidade atribuída a cada planta, muitas vezes transmitidas oralmente por milênios, havendo, ainda, tratados escritos em civilizações mais sofisticadas, como era o caso da chinesa e da egípcia.

    Os antigos Terapeutas Holísticos não cultivavam suas plantas medicinais, pois sabiam que se o vegetal espontaneamente escolhesse seu local de nascimento é porque aquele solo é o ideal, capaz de proporcionar-lhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeito terapêutico. Na China Milenar, um dos critérios de avaliação da serventia de uma planta era a observação de seus sabores, cores, formatos, época de floração e de suas características de "personalidade". Analisemos uma planta por critérios subjetivos: o Dente-de-Leão vem conseguindo se desenvolver espontaneamente nas grandes cidades como São Paulo, apesar da poluição e das condições nada naturais deste ambiente. Nem por isso a planta deixou de participar da harmonia da Natureza, sendo, pois, indicada para toda pessoa que esteja "estressada", com dificuldades de sobrevivência, esgotada e intoxicada, a qual poderá, literalmente, "beber" da sabedoria deste vegetal e sobreviver nesta "selva de pedra".

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos e, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam.

    A ciência dita oficial sempre trabalhou contra a credibilidade da Fitoterapia. Até mesmo quando aprova os efeitos terapêuticos de uma planta, acaba por prejudicar a técnica. Um bom exemplo disso é que, até alguns anos, praticamente todos os fitoterápicos eram OFICIALMENTE classificados como sendo de VENDA LIVRE, em nosso país. Ou seja, enquanto os mandatários das leis e normas brasileiras consideravam as plantas como sendo apenas "placebos", ou, quando muito, chás a serem consumidos por seus sabores, qualquer profissional poderia indicar os benefícios terapêuticos dos fitoterápicos. Por esta mesma classificação (venda livre), as empresas que industrializavam as ervas mantinham preços bastante acessíveis, diferentemente do que praticavam com produtos cuja rotulagem indicavam a necessidade de "receita médica", status este que possibilitava a comercialização por valores bem mais elevados... Muitos colegas, com certeza já tiveram a oportunidade de comparar produtos compostos pela mesmíssima planta, serem vendidos por preços díspares, ou MUITO mais baratos, ou MUITO mais caros, conforme estejam classificados como "chá", ou rotulados com "tarja vermelha"...

    O fator econômico certamente foi um dos estímulos a que as plantas passassem a ser objetos de "estudos científicos" e que, grandes indústrias, repentinamente, considerassem "provados laboratorialmente" os efeitos terapêuticos de certas ervas sobre determinadas "doenças"... Ora, como no Brasil, a legislação e a jurisprudência são claras quanto ao fato de que, tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de DOENÇAS é um MONOPÓLIO da classe MÉDICA, consequentemente, a cada fitoterápico que mudava sua classificação para "medicamento", automaticamente significaria que sua venda deixou de ser livre, passando a necessitar de RECEITA MÉDICA...

    Restringindo ainda mais o quadro, em comum acordo entre o Conselho de Medicina e o de Farmácia (firmado em 1999), os farmacêuticos passaram a recusar e a denunciar como "exercício ilegal de medicina", qualquer fórmulação a ser manipulada e que origine de profissional NÃO-médico. Exceção feita à Terapia Floral, a qual, FELIZMENTE, é tida como NÃO-científica e enquanto assim permanecer classificada, MUITO MELHOR, pois continuará de uso LIVRE.

    A injusta tendência a tornar produtos e serviços em "monopólios médicos" conta com a própria ingenuidade dos Fitoterapeutas. Uma simples visita às livrarias nos leva a constatar que a esmagadora maioria dos livros sobre fitoterápicos associa as plantas a "doenças de A a Z" !!! Ora, além disso ter levado seus autores a serem processados por "exercício ilegal de medicina", tais obras são fartamente usadas nos tribunais como "provas" para acusar os fitoterapeutas, além de terem sido fonte de consulta justamente para que, cada vez mais e mais plantas venham a ser classificadas como sendo de uso exclusivo para a classe médica... Disso tudo, resulta a listagem anexa, de fitoterápicos "PROIBIDOS a não-médicos", que certamente tomará de surpresa muitos de nossos colegas.

    A única maneira de revertermos esta situação é a RE-educação de nós mesmos, passando o Terapeuta Holístico a valorizar a NOSSA própria profissão e parar definitivamente de "emprestar" de outras áreas, suas formas de pensar e de se expressar.

    Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

    Cabe a nós, defensores e praticantes da TERAPIA HOLÍSTICA resgatar a ARTE da fitoterapia e com isso, garantir que JAMAIS venha a tornar-se monopólio de profissão alguma. O que sempre foi de uso LIVRE assim merece continuar...

    E, paralelamente, estarmos sempre atentos ao cumprimento das leis e resoluções do governo, pois, por mais que restrinjam os meios, todo bom Terapeuta Holístico sempre encontrará um novo instrumento de atuação, capaz de ampliar a QUALIDADE DE VIDA de nossos Clientes.

    Comparativamente às correntes teóricas que baseiam-se em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a fitoterápicos, a escolha pela Pulsologia e Pontos de Alarme mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da auto-consciência. Do ponto de vista legal, esta abordagem da Fitoterapia igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com as plantas em formato absolutamente diferente da abordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    Conclusões

    A Fitoterapia em Cinco Movimentos possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares. O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a seleção das plantas graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento. A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    Referências bibliográficas

    BROSSE, JACQUES – As Plantas e Sua Magia – S. Paulo, Roccko, 1984

    CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

    ESPECHE, Bárbara e Eduardo Grecco - Jung y Flores de Bach -Arquetipos e Flores. Ediciones Continente.

    FAUBERT, Gabriel - La Chronobiologie chinoise. Paris, Éditions Albin Michel S.A., 1987.

    GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

    HALL, James A. - A Experiência Junguiana. S. Paulo, Cultrix, 1989.

    HIRSCH, SONIA – Manual do Herói – Gráfica e Editora Prensa, 1990.

    HUSSON, A. - Versão e comentários - Huang Di Nei Jing Su Wen. Paris, Ed. A.S.M.A.E

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    JACOBI, Jolande - Complexo -Arquétipo - Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1986.

    JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. 5. Paulo, Vozes, 1991.

    LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. 5. Paulo, Cultrix, 1992.

    MACHADO, José Pedro Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa, Editorial Confluência Ltda., 1967.

    MARKEY; Christopher- Yin-Yang. 5. Paulo, Cultrix, 1987.

    MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

    MELLIE UYLDERT – A Magia das Plantas - S. Paulo, Pensamento, 1994.

    MIYUKI, Mokusen - Versão e comentários - A Doutrina da Flor de Ouro. S. Paulo, Pensamento, 1990.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Psychologie: pour une approche nouvelle dela Psycho-somatique. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Phytothérapie. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

    TOMPKINS, PETER e BIRD, CHRISTOPHER - A Vida Secreta das Plantas. Editora Exped, 2004.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado. São Paulo, Lumina Editorial, 1998.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Florais de Bach – Uma Visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica – Incluindo NTSV – TF 001 – Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Floral – 4a Edição - Editora Pensamento, 1994.

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1990.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 28/01/2009 12:24


    Conhecendo seu Cliente através da análise dos 12 Temperamentos Humanos

    Conhecendo seu Cliente através da análise dos 12 Temperamentos Humanos


    Rosemi Fernandes
    Terapeuta Holística CRT 21007

    Introdução:

    ( Empédocles Ver anexo complementares)

    em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa

    força capaz de mover o mundo."

    Mahatma Gandhi

    Entretanto os 12 temperamentos humanos podem influenciar nosso modus vivendi modo de viver) quer seja de ordem energética, mental , física ou emocional. Portanto a partir de agora saberemos como utiliza-lo em nos mesmos , como também na prática de consultório. (

    internamente quando deparam-se com problemas, embora sua forma de manifestar a raiva seja evidente ,e na maioria acabam relevando seu lado misericordioso , mas antes disso o processo é longo , por isso sua tendência é terem problemas no fígado.

    2.4.1PERFIL :

    Por ter uma natureza indecisa e introvertida, desenvolve a desconfiança para tudo e para todos. Tem fortes tendências para o comodismo e conformismo, mas quando " cutucado " monstra seu lado conservador e rígido.

    São passivos por natureza, procuram usar a calma e submissão como arma, no entanto são de confiança, pois tem dificuldades de lidar com a ansiedade. Apreciam a leitura ,artes, estudo e pesquisa ,desde que exija , bastante profundidade , alías, a complexidade é o objeto em tudo que faz.

    3.1.1EVIDÊNCIA : Qualidade daquilo que é evidente, que é incontestável, que todos vêem ou podem ver e verificar. (Dicionário Michaelis) . Em outras palavras , a primeira regra é não admitir nada como verdadeira se não a reconhecemos como tal, evitar toda "precipitação" e toda "prevenção" (preconceitos) e só ter por verdadeiro o que for claro e distinto.

    3.1.2ANÁLISE: Exame ou estudo da natureza de uma coisa complexa ou determinação de suas feições essenciais, por esse método; (Dicionário Michaelis)

    Para Edward Bach, assim como as tradicões milenares , corpo-mente-universo são, na verdade, uma só unidade , não havendo sentido , pois , tentar-se a aborda-lós separadamente.

    Há de analisar o individuo, ou seja Não-Divisível (in= não; dividuo = divisivel) pelo todo

    3.1.3 SÍNTESE: Generalização, agrupamento de fatos particulares em um todo que os abrange e os resume. 3 Resumo Método de demonstração que parte do simples para o composto, das causas para os efeitos, das partes para o todo, e, em matéria de raciocínio, do princípio para as conseqüências.(Dicionário Michaelis)

    Tatear o terreno começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer para, aos poucos, ascender, como que por meio de degraus, aos mais complexos.

    3.1.4 AGRUPAMENTOS Para Descartes , esta última regra é a fundamental , ou seja os DESMEMBRAMENTOS Ver: Desmembrar: Dividir(-se), separar(-se) de um todo uma ou mais partes (Dicionário Michaelis)

    Seguindo a visão Holística podemos alterar o termo Desmembrar por agrupar . Reunir os elementos mais destacados dentro do contexto geral, fazendo as devidas comparações com o temperamento original.

    3.2 QUADRO DE TENDÊNCIAS

    SANGUINEO

    Ar

    Libra-Aquário-gêmeos

    Hominal

    Pulmão

    Alegria/Tristeza

    Para cumprir corretamente com as quatro etapas da análise, podemos começar utilizando uma quadro de tendências dos quatro elementos, seguindo a observância do YIN/YANG.

    Colérico ( Fogo)

    Sanguineo (Ar)

    YIN

    YANG

    YIN

    YANG

    Força de Vontade

    Não ouvi

    Sociabilidade

    Conversa Fútil

    Planejamento

    Orgulho

    Comunicação

    superficial

    Coragem

    Agressividade

    Otimismo

    Dispersão

    Firmeza

    Convencimento

    Interesse

    Falta de atenção

    Determinação

    Teimosia

    Sensibilidade

    Esquecimento

    Melancólico (Terra)

    Fleumático (Água)

    YIN

    YANG

    YIN

    YANG

    Compreensão

    Buscar culpado

    Fidelidade

    Ritmo lento

    Seriedade

    Não arrisca

    Equilibrio

    Falta de reação

    Concentração

    Negativismo

    Organização

    Egoísmo

    Analista

    Achar dificuldades

    Confiança

    Insegurança

    Indução/ Dedução

    Nervosismo

    Valorização

    Monotonia

    Temperamento

    Regência

    Signo

    Reino

    Físico

    Tendência

    COLÉRICO

    Fogo

    Sagitário-Leão-Aries

    Animal

    Coração

    Ira / Apatia

    SANGUINEO

    Ar

    Libra-Aquário-gêmeos

    Hominal

    Pulmão

    Alegria/Tristeza

    MELANCÓLICO

    Terra

    Capricornio-Touro-Virgem

    Mineral

    Fígado

    extroversão/Raiva

    FLEUMÁTICO

    Água

    Cancer- escorpião-peixes

    Vegetal

    Rins

    Medo/Força

    4.0 RESULTADOS

    "controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido

    Vejamos quais emoções e tendências poderemos detectar no Colérico

    Vejamos quais emoções e tendências poderemos detectar no Melancólico:

    4.2.3 Fundamentos Terapêuticos:

    O cliente pode possuir um temperamento MELANCÓLICO ( Terra ) , entretanto em algum momento da sua vida pode ser um Melancólico com falta de Fogo (mãe dominante) ou excesso de Água(dominado).Cabe ao profissional através da análise do quadro de tendências, detectar quais procedimentos terapêuticos serão necessários .

    ( ver instrumento metodológico)

    4.3 Exemplo Sanguineo

    Vejamos quais emoções e tendências poderemos detectar no Sanguineo :

    4.3.2 RECOMENDAÇÃO : Prática terapêutica aplicada conforme o caso. Como tem forte tendências para flutuar , o sanguineo deve praticar exercicios que a ajudem a " aterrar" ou seja atividades dinamicas ,(dança sagrada, dança do ventre, artes marciais . Para manter-se equilibrado pode praticar meditação ou yoga.

    4.3.3 FUNDAMENTOS TERAPÊUTICOS

    O cliente pode possuir um temperamento SANGUINEO (Ar- ver metal ) , entretanto em algum momento da sua vida pode ser um sanguineo com falta de terra (mãe dominante) ou excesso de Fogo(dominado).Cabe ao profissional através da análise do quadro de tendências, detectar quais procedimentos terapêuticos serão necessários .

    ( ver instrumento metodológico) 

     

    "o bem e o mal não existem, é o pensamento que os cria".

    Shakespeare

     

    Enquanto as demais querem amor (ou sexo), mas nem sempre sonham com casamento, o fleumático parece ter errado de século. Sua visão extremamente idealizada dos relacionamentos faz com que ela veja em cada homem um príncipe encantado em potencial. É sensível e emotivo, é adaptável, como o meio líquido, e não gosta de demonstrar sentimentos. De tão apegado à rotina, porém, sente dificuldade em aceitar mudanças e tende à estagnação, até emocionalmente, como acontece com as águas represadas. No Trabalho é confiável e independente, contudo sofre com a falta de reconhecimento.

    FLEUMÁTICO

    Água

    Cancer- escorpião-peixes

    Vegetal

    Rins

    Medo/Força

     

    4.4.1 OPOSTOS COMPLEMENTARES ; Medo/Força

     

    4.4.3 FUNDAMENTOS TERAPÊUTICOS

    O cliente pode possuir um temperamento FLEUMÁTICO (água) , entretanto em algum momento da sua vida pode ser um Fleumático com falta de terra (mãe dominante) ou excesso de Fogo(dominado).Cabe ao profissional através da análise do quadro de tendências, detectar quais procedimentos terapêuticos serão necessários .

    ( ver instrumento metodológico)

    4.5 FALTA E EXCESSOS - TIM

    Tabela Instrumento Metodologico

     

     

     

    5.0 CONCLUSÃO

     

     

    BIBIOGRAFIA

     

    VIEIRA Filho, HENRIQUE - Florais de Bach - Uma Visão Mitológica Etimológica e Arquetípica - Editora Pensamento - São Paulo - 1994 .

    VIEIRA Filho, HENRIQUE - O Microcosmos Sagrado : o segredo da flor de ouro para saúde e auto-conhecimento - Lumina Editorial - São Paulo - 1998

    http://bonsfluidos.abril.com.br - 2004

    http://www2.brasil-rotario.com.br/revista/acervo/2003.htm

     

    DESCARTES,Rene Discurso do Método -site

    e o caráter, do ponto da psicologia corporal. Site

     

    ANEXOS COMPLEMENTARES

    http://portodoceu.terra.com.br/estudo/elementos-cid.asp

     

    Pontos abordados na palestra A NATUREZA DOS 4 ELEMENTOS E OS 5 MOVIMENTOS CHINESES

    da mera condição humana. Ademais, nem Hipócrates nem os chineses deixaram de frisar: Os elementos estão também dentro de nós, pois somos nós a natureza, e nosso comportamento pode ser classificado conforme suas qualidades intrínsecas.

    Também para os chineses era evidente a relação entre as estações e os elementos, ainda que o problema fosse fazer caber 5 elementos em 4 estações. Bem, a sabedoria oriental logo encontrou uma simples e perfeita solução para o dilema, e ainda associou a cada um dos elementos um órgão e uma víscera, um animal, uma cor, um sabor, uma nota musical, um temperamento etc.., assinalando assim que tudo na natureza encontra-se de certa maneira entrelaçado. Isto é, cada uma das partes do Universo reflete o todo absoluto.

    Sejam quatro ou cinco os elementos concebidos, o principal está em sua função, que é a mesma para estas diferentes tradições. Eles resgatam uma verdade que paira acima dos limites entre Ocidente e Oriente, já que não nos deixa esquecer de que o Cosmos, além de íntegro e perfeito, permite-nos a transcendência, a relação com instâncias que se situam além de nossa consciência,

    Guardadas as diferenças entre as duas concepções, a grega e a taoísta, o que de semelhante há entre elas é que tanto Ocidente quanto Oriente valem-se dos elementos quando querem representar o todo integrado em que se traduz a natureza. Se os cinco elementos dos chineses permitem a ligação entre o Céu e a Terra (o divino e o humano), os gregos, por sua vez se inspiraram nas quatro estações climáticas como forma de expressar a perfeição divina, já que o conjunto de seus quatro elementos nos confere a sensação de algo completo, cujo transcorrer é cíclico, permitindo-nos a cada ano observar o Cosmos desfilando à nossa volta.

    Segundo Paulo Urban Artigo A Natureza dos Elementos Publicado na Revista Planeta nº 335 / agosto 2000

    Esses princípios ou elementos, que Empédocles denominou raízes (rizomata) de todas as coisas (fr. 6, v. 1), são eternos, indestrutíveis e sempre idênticos a eles mesmos (fr. 17, 32 sg.). Eles são, portanto, o que sempre foram e permanecerão para sempre o que são. Aristóteles, outro filósofo que também influenciou as teorias da astrologia, os caracteriza como eternamente subsistentes e não engendrados. Todas as coisas e todos os corpos nascem e perecem por causa da união ou da separação deles; e as qualidades de cada objeto se fundamentam na proporção em que cada um dos elementos entra na sua composição. Assim, os elementos não são corpos, mas os princípios substanciais a partir dos quais todos os corpos são formados. É bom não se confundir com o fato deles serem designados com nomes que são ao mesmo tempo o de certos corpos, pois os elementos, pelo que dissemos até agora não podem ser identificados com eles de jeito nenhum. Todos os corpos, quaisquer que sejam, se originam de uma mistura composta de todos desses elementos e se diferenciam uns dos outros pela predominância de um ou outro deles.

    A escolha de terra, água, ar e fogo como elementos básicos de toda a matéria não é realmente tão estranha como possa parecer à primeira vista. Obviamente, eles são análogos aos sólidos, líquidos, gases e ao próprio fogo ¾ uma classificação que decorre naturalmente, quando consideramos o mundo material. Também não devemos imaginar que os elementos de Empédocles sejam a água, a terra, o ar e o fogo comuns, que conhecemos tão bem. Na vida real, somente encontramos os elementos em combinação. O líquido que conhecemos como água, de acordo com a teoria, contém uma preponderância da água elementar, como também pequenas quantidades dos três outros elementos. A verdadeira água elementar é meramente a essência da água ¾ algo que nunca poderemos perceber.

    Empédocles

    De acordo com Empédocles (cerca de 450 a.C.), existem quatro componentes básicos de todas as coisas ar, fogo, terra e água. Cada um desses elementos (não com o significado de elemento que temos hoje) é inalterável, e todas as substâncias os contêm, em proporções variáveis. Uma substância se modifica quando as proporções dos seus elementos componentes se modificam.

    CORRESPONDÊNCIA DOS ELEMENTOS -

    URBAN , Paulo - Artigo A Natureza dos Elementos Publicado na Revista Planeta nº 335 / agosto 2000

    ISASA, E,Michael - Como lidar com o medo - Editora Acropole - xxx

    http://www.centroreichiano.com.br

    VOLPI, J. H. Particularidades sobre o temperamento, a personalidade

    http://www.mundodosfilosofos.com.br/descartes.htm

    MARTINS, L. A. P. . Aristóteles e A Geração Espontânea. Cadernos de História e Filosofia das Ciências, Campinas, v. 2, n. 2, p. 213-237, 1990. .

    NUTTIN, J. A estrutura da personalidade. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1969.

    FERNANDES Filho J. Persona. Revista Brasil Rotário. Rio de Janeiro, 1992. disponível em

    Wilson F. D. Weigl Artigo publicado no site

    REICH, W. Análise do caráter. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

    GOLDBERG, G Jane - O Papel Positivo das Emoções Negativas nos Relacionamentos, - Mercurio 2000

    MASSIMI, Marina - Revista Virtual Cictsul - Teoria dos Temperamentos - Gráfica 2000 - Lisboa

    Conforme demonstrado em nosso tema central " Análise dos Temperamentos " , podemos concluir que os temperamentos influenciam muito na formação da personalidade ambiental além disso , somos os seres dominantes da nossa vida , por isso co determinação podemos nos ajudar e ajudar as pessoas a nossa volta se tornarem pessoas melhores.

    a) Hereditários: são os fatores que estão determinados desde a concepção do bebê. É a estatura, cor dos olhos, da pele, temperamento, reflexos musculares e vários outros. É aquilo que o bebê recebe de herança genética de seus pais.

    b)Ambientais: São aqueles que também exercem uma grande influência porque dizem respeito à cultura, hábitos familiares, grupos sociais, escola, responsabilidade, moral e ética, etc. São experiências vividas pela criança que irão lhe dar suporte e contribuir para a formação de sua personalidade.

    A gênese e estrutura dos temperamentos humanos consiste na somatização da personalidade e caracter . Segundo VOLPI, J. H. (Particularidades sobre o temperamento, a personalidade

    e o caráter, do ponto da psicologia corporal.) podemos classificá-los de duas formas :

    Segundo Vieria Filho (Florais de Bach) .. tudo pode ser resumido aos movimentos do Tao: Yin e Yang. Entretanto, essa simplificação quase que absoluta da realidade precisou ser mais elaborada para facilitar o trato com a multiplicidade aparente das coisas, surgindo, assim, variados "tipos" de Yin-Yang. Um, cujo movimento é ascendente, ganhou o nome de Fogo (as chamas sempre sobem); outro, descendente, ao qual chamou-se Água (os líquidos dirigem-se normalmente para baixo); ainda outro, centrífugo (de expansão, do centro para a periferia), denominou-se Madeira (as plantas crescem e se expandem). Já um movimento centrípeto (de contração, da periferia para o centro), é Metal ou Rocha (ambos são densos, contraídos). Por último, um equilíbrio de direções, a Terra (sólida, estável, equilibrada). São os chamados Cinco Movimentos, em geral traduzidos erroneamente como "cinco elementos". Se conhecessem o Tao, saberiam que ele é indivisível, não podendo, pois, ter "elementos" (partes isoladas). Classificando-se todas as coisas nesses cinco símbolos, podemos inter-relacioná-las de um modo bastante dinâmico e preciso. Por exemplo, tudo o que é ascendente ou lembre fogo, classifica-se como tal: meridianos do Coração, Intestino Delgado, Circulação e Sexo, Triplo Aquecedor (com seus respectivos horários de pico energético), excitação (muito fogo), apatia (pouco fogo), o vermelho (cor de fogo), o sabor amargo, o cheiro de queimado, calor, verão, a direção Sul, a nota musical Lá, o tato, etc. A mesma coisa se dá com os outros Movimentos. Várias conexões ligam-nos entre si, das quais se destacam a Lei da Geração, ou Mãe e Filho: da Água nasce a Madeira, ou seja, a primeira é mãe da segunda; a Madeira alimenta o Fogo, que gera a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, da qual se extrai a Água (o metal pode se liquefazer ou da rocha brotar uma fonte de água) e a Lei da Dominância ou Dominante e Dominado: a Água domina o Fogo, pois o apaga, este derrete o Metal, que corta a Madeira (ou, ainda: na Rocha não nascem as plantas), esta consome a Terra, a qual, por sua vez, absorve a Água.

    É preciso alimentar nosso elemento predominante e cultivar características dos outros três. Para alcançar o bem-estar físico, mental e emocional, o ideal é que os quatro temperamentos estejam em equilíbrio - como acontece na natureza. Nossas emoções e nossa personalidade são influenciadas pela presença de fogo, terra, água e ar, em diferentes proporções.

    FALTA

    Como se reflete nas pessoas

    EQUILIBRIO

    FALTA DE MADEIRA

    As pessoas se tornam ansiosas e indecisas

    Técnicas recomendadas = TH TC - TF - terra + água

    EXCESSO DE MADEIRA

    As pessoas se tornam teimosas e obstinadas

    Neutralizar o excesso com elemento Metal ou desgastar com Fogo

    Técnicas recomendadas

    TH / TF /FT / TC

    FALTA DE FOGO

    Pessoas que "engolem" tudo, inclusive a raiva

    Deve-se aumentar o elemento Fogo ou acrescentar Madeira

    TF / TH / TS

    EXCESSO DE FOGO

    Pessoas intolerantes e sempre insatisfeitas e que discutem muito

    Neutralizar o excesso com o elemento Água ou reduzindo o Fogo com a Terra.

    Técnicas recomendadas

    TF / TH / TC

    FALTA DE TERRA

    As pessoas se tornam extremamente egoístas com tendências a serem oportunistas.

    Acrescentar mais Terra ou acrescentar o Fogo que a alimenta

    Técnicas recomendadas

    TH/ TF / TS

    EXCESSO DE TERRA

    As pessoas se anulam em favor dos outros e levam tudo muito a sério

    Neutralizar com Madeira ou acrescentar Metal

    Técnicas recomendadas

    TC / TH / TF

    FALTA DE METAL

    As pessoas se tornam muito tímidas e falam pouco

    Acrescentar mas Metal ou Terra

    Técnicas recomendadas

    TF

    EXCESSO METAL

    As pessoas falam demais e são hiper-ativas

    Acrescentar Fogo ou reduzir com Água

    Técnicas recomendadas

    TC / FT / TS

    EXCESSO DA ÁGUA

    As pessoas absorvem tarefas demais mas nunca consegue resolve-las, nem conseguem se encontrar

    Acrescentar Madeira que absorverá o excesso da Água sem consumi-la

    Técnicas recomendadas

    TF

    FALTA DA ÁGUA

    Pessoas limitadas, com pensamentos confusos

    Acrescentar o elemento Metal

    Técnicas recomendadas

    TF / TH

     

     

     

     

     

    4.4.2 RECOMENDAÇÃO: Prática terapêutica aplicada conforme o caso. Para o flemáutico a recomendação seria realizara trabalhos manuais, como jardinagem e argila . Para despertar seu lado Yang, sobretudo no seu elemento faltante ( fogo) deve realizar atividades livres ( Corridas , Tai -chi-chuam ) desde que sejam diurnas ao sol.

    Força : Observe que na medida que o medo cresce , outra força vai crescendo e se manifestando. Entre duas ordens opostas e contraditórias, a pessoa acredita muito mais do que na outra. E, nesses casos, com certeza, se coloca mais emoção, muito mais energia, no pensamento negativo " de que algo pode dar errado" . Todo pensamento de medo tem uma força magnética que atrai a realidade, como também a polaridade contrária

    O medo é uma interrupção súbita do processo de racionalização. Dessa forma, o medo não é ruim, ruim é a reação que geramos ante ele, porque não temos sido educados de forma correta para encará-lo. Segundo a Lei da Dominância, o medo ou a força (Água) podem apagar a excitação e a apatia (Fogo), as quais derretem a tristeza e a alegria serena (Metal) que cortam a extroversão e a raiva (Madeira)., que consomem as dúvidas , a insatisfação e a reflexão ( Terra) , que absorvem as emoções Água, fechando, assim , o pentagrama .

    4.3.1 OPOSTOS COMPLEMENTARES : Alegria/Tristeza

    Quer algo mais YIN/YANG do que a alegria e a tristeza? , o sanguineo é assim , manifesta com clareza estas duas emoções , mesmo porque, para ele são os sentimentos mais significativos, ou pelo menos os mais destacados. Segundo a Lei da Dominância, o medo ou a força (Água) podem apagar a excitação e a apatia (Fogo), as quais derretem a tristeza e a alegria serena (Metal) que cortam a extroversão e a raiva (Madeira)., que consomem as dúvidas , a insatisfação e a reflexão ( Terra) , que absorvem as emoções Água, fechando, assim , o pentagrama

    Sanguineo: Representa o equilíbrio razão- emoção e não por coincidência é a grande confidente e conselheira das demais. Tem talento para profissiões relacionadas à comunicação, mas poderia se destacar em qualquer área que demostre dinamismo . Casualmente pessoas sanguineas tem obsessão por algum megaconsumo (roupas, sapatos etc..). Nas relações afetivas pode passar por uma ´serie de idas e vindas com o(a) pareceiro(a), ou passa longos anos apaixonado por uma única pessoa,estando ou não se relacionando com a mesma.

    )

    Um dia sem uma risada é um dia perdido

    (Charles Spencer Chaplin

    (sangue movimento - inquieto como o ar)

    4.2.2 RECOMENDAÇÃO : Prática terapêutica aplicada conforme o caso , além de exercícios aeróbicos, que faça tirar os pés do chão, assim despertará seu lado yin. Jardinagem e pintura são aconselháveis para cultivar seu lado yang .

    É o tipo racional cujas observações nunca são feitas através de lentes românticas. Prática, e com fortes tendências a serem bem sucedidos profissionalmente. Gostam de conforto e bens materiais A seriedade com que conduz suas metas e a profundidade de seu pensamento, levam o melancólico a conquistar facilmente a confiança dos outros. Mas, para alcançar o sucesso, precisa fortalecer a vontade. Seu coração é cheio de compaixão e interesse pela dor alheia.

    4.1.3 FUNDAMENTOS TERAPÊUTICOS

    O cliente pode possuir um temperamento COLÉRICO ( Fogo) , entretanto em algum momento da sua vida pode ser um Colérico em falta de Terra(mãe dominante) ou excesso de madeira(dominado) . Cabe ao profissional através da análise do quadro de tendências, detectar quais procedimentos terapêuticos serão necessários . ( ver instrumento metodológico)

    4.2 Exemplo Melancólico

    (bile negra (mela), terrosa)

    "Ora, não se irrite!" Pois é, falar é fácil...

    Mas quem não consegue seguir esse conselho?

    Não importa: Também a irritação e a raiva têm sua utilidade.

    Basta que a gente aprenda a lidar com elas.

    por Thomas Hülshoff

    4.1.2RECOMENDAÇÃO : Prática terapêutica aplicada conforme o caso . .Para despertar seu lado YIN o colérico pode sintonizar com seu elemento faltante, a água, através de práticas que envolva piscina ou mar, watsu seria um bom conselho. Para acalmar seu lado Yang pode praticar as artes marciais que envolvem a luta com oponentes, e assim terá a oportunidade de extravasar energias contidas.

    4.1.1 OPOSTOS COMPLEMENTARES: Ira/Apatia

    As crises de Ira acontecem de forma inesperada, habitualmente, tem por alvo pessoas do convívio mais íntimo, como os pais, irmãos, familiares, amigos, namoradas, cônjuges, etc.

    A ira é uma emoção hostil contra determinada causa. Ainda que seu primeiro impulso dure apenas uns poucos segundos, este estado pode perdurar por mais tempo e reavivar a emoção a qualquer momento. Embora a percebamos como desagradável, a ira em si - se bem vivida - pode ser divertida também. A Ira é capaz de denunciar involuntariamente nosso estado emocional. Compõe-se de um franzir do rosto, de uma ruga de ira ou raiva na fronte e da contração do músculo da testa. Essa mímica faz com que os olhos se apertem, protegendo-os da incidência excessiva de luz. No plano mental usamos "proteção para os olhos", tornando-nos como cegos para uma possível solução do conflito. A Ira pode apresentar emoções reprimidas pelo desejo de simpatia e empatia, pelo medo da punição ou pelo sentimento de culpa.

    Apatia: Apatia: Estado de indiferença por falta de sensibilidade, de sentimentos; indiferença.

    . 3 Teol Indiferença total em relação às coisas terrestres. 4 Filos Ausência de afetose paixões (dicionário Michaelis) .

    É liberal, tem facilidade para lidar com pessoas do mesmo sexo , apesar de muitas vezes optar pela " máscara" .. ousadia e dinâmismo fazem parte de sua vida .Encara a vida com paixão. Com humor oscilante, tende a ser explosivo e autoritário e a não aceitar bem as críticas. Sempre aberto ao mundo exterior, sente dificuldade em se interiorizar e compreender as próprias emoções.

    (ardente como uma chama)

    4.1 Exemplo Colérico

    Vamos exemplificar a personalidade do analisado conforme características do temperamento Após o reconhecimento, adquire-se a possibilidade de harmonizar tendências unilaterais e cultivar o equilíbrio necessário a uma vida mais saudável .

    Através do Mapa dos 12 temperamentos , é possível obter um resultados mais significativos através da analise terapêutica.

    Podemos utilizar um mapa simples , mas que contém informações e características de cada elemento. Seguindo as quatro referências , é possível que em algum momento as tendências não sejam equilibradas , isto quer dizer que existe algo mais a ser investigado . Por exemplo : uma pessoa pode ser Sanguinea e ao invés de manifestar no lado positivo o Otimismo , pode desenvolver a qualidade analítica do Melancólico. Para isto precisamos sempre ir mais fundo, ou seja , quando estiver na terceira regra SINTESE, precisará descobrir , quais foram as resistências para que o individuo analisado pudesse ter desenvolvido uma qualidade que não é natural daquele elemento .

    Segundo filósofo Rene Descartes("Discurso sobre o Método*) podemos exemplificar MÉTODO, utilizando para isto quatro referências para análise:

    3.0 METODOLOGIA

    Regência Água - Fleumáticos (Peixes , cancer , escorpião) Pessoas com pouca energia e pouca excitação, por isso são chamados de " os desconfiados , adoram ser investigadores por natureza , sempre colocam um toque de mistério e sedução nas coisas que fazem , por isso sabem lidar muito bem com a comunicação tanto para o bem quanto para o mal. Para eles nosso recado seria a força da palavra.

    2.4

    Melancólicos ( touro, virgem capricornio) Pessoas com muita energia e pouca excitação, ou seja , são os idealistas ,perfeccionistas e de modo geral são muito inteligentes , pois buscam tudo na concentração lógica e rápida , principalmente quando realizam atividades com pouca movimentação . Não sabem lidar com as dores e se magoam quando algo não atende suas expectativas , por isso sofrem

    2.3 Regência Terra -

    2.3.1 PERFIL: São sensíveis e percebem com facilidade o que ocorre a sua volta, extremamente criativos e imaginativos, são aquelas pessoas que gostam de resolver e saber de tudo , gerando com isso um tempero forte de crítica , com a esperança de receber aplausos por suas conquistas.

    Por outro lado, tende a ser pessimista e ansioso , é do tipo que as coisas " são para o­ntem " mas em seu estado culminante de melancolismo , tedem a dissipar as energias, e não gostam de correr riscos , gostam de estar bem como " pé no chão " em tudo que fazem.

    Sanguineos (Gêmeos , Aquário, Libra ) Pessoas com pouca energia e muita excitação , vivem intensamente o presente ativo , e precisam controlar a ansiedade quanto ao futuro, são regidos pela alegria, entretanto são ótimos para ocultar sentimentos, pois preferem usar a simpatia ao desgaste.

    2.2 Regência Ar -

    2.2.1PERFIL : Possui habilidade para as relações humanas, é amigo e sempre demonstra confiança, tem facilidade para trabalhar em equipe, como também em atividades livres.

    O Sanguineo precisa aprender a não acreditar em tudo que dizem , apenas para se passar como bonzinho. Também tem tendências ao exagero e a acreditar nas próprias fantasias. Seu ponto mais vulnerável é a indisciplinada.

    - Coléricos (Aries, Leão , Sagitário ) Pessoas com muita energia e muita excitação, são muito preocupados com futuro são intensos nos amores , empregos , plano de carreira e estudos. Sua regência é elemento fogo, portanto seu ponto fraco é o coração tanto no sentido emocional quanto físico.

    2.1 Regência Fogo

    2.1.1PERFIL: Destaque-se pelo entusiasmo e dinamismo. Normalmente assumem cargos de responsabilidade pois são lideres. O colérico não tem medo de assumir riscos e de enfrentar desafios, além disso possui muita energia , são perseverantes e determinados.

    O Colérico precisa aprender doutrinar seu lado agitado e impulsivo, tendendo ao egoísmo e arrogância. Quando sofre alguma perda de energia demonstra insensibilidade e indiferença, e não gosta de admitir erros.

    Podemos definir estes sentimentos como manifestação das muitas faces ocultas, que residem dentro de cada ser humano, e estas sensações podem ou não aparecer o percurso de vida, na verdade o veículo é um só , ou seja somos produtos do meio e podemos ser felizes ou infelizes de acordo com que recebemos, mas ainda cabe a cada um a responsabilidade de assumir o " livre-arbitrio ".

    O poder do pensamento , já faz parte do cotidiano de um profissional. Periodicamente assistimos no consultório relatos de clientes que manifestam sentimentos de culpa ou orgulho , mas quase sempre as pessoas manifestam serem " vítimas " , o que esta perfeitamente claro é que ao longo do tempo estas pessoas acabam carregando este estigma o que gera os desequilibrios.

    O primeiro passo para atrair boas oportunidades , saúde perfeita , equilibrio em todos os setores da nossa vida é possuir um estado mental saudável . Seria correto vigiar nossos pensamentos o tempo todo , e evitar alimentar pensamentos negativos, até como forma de auto-sobrevivência.

    De acordo com estes estudos a predominância de um destes fatores influeciam diretamente ao temperamento da pessoa. Todavia sabemos que a personalidade humana é sujeita a outras e múltiplas influências. Com efeito, se é verdade que temperamento, fatores astrais e climáticos, alimentação e tipo de atividade, influenciam-se reciprocamente e modificam o estado subjetivo e orgânico da pessoa, é evidente que o conhecimento e uma boa combinação de tais fatores, que certamente contribuirão para o bem estar individual e social.

    Por sua vez, haveria uma correspondência entre os quatro componentes , aos quatro elementos físicos constitutivos da realidade (fogo, água, ar, terra), as estações do ano (verão, inverno, primavera, outono), as idades da vida (maturidade, velhice, juventude, envelhecer), as horas do dia (o meio dia, a noite, a manhã, o entardecer),

    O conhecimento da personalidade humana é elaborado com base na tradicional teoria dos temperamentos. Esta teoria originou-se na interseção entre filosofia natural e a doutrina filosófica Fundamentava-se numa classificação quaternária do cosmos, que estabelecia quatro tipos de temperamentos, conforme à predominância no organismo de um entre os quatro componentes que são fatores responsáveis pelos desequilibrios ou equilibrio do individuo que determinam a compleição do mesmo: Colerico (ardente como uma chama), Fleumatico ( adaptável como a água - flegma, em grego), Sanguineo (sangue movimento - inquieto como o ar) Melancólico (bile negra (mela), terrosa)

    Nós somos o que pensamos". Nos lembra o "penso, logo existo"

    (Cogito, ergo sum- René Descartes)

    Analisando uma pessoa pelo seu biotipo e temperamento , perceberemos que o caminho para chegar a um tratamento de sucesso, é perceber o cliente durante a consulta seguindo o principio do todo. Ou seja o ser humano possui inúmeros componentes , para análise além do próprio físico . Utilizando o quadro de tendências dos 12 temperamentos, o profissional terá mais um recurso para o sucesso.

    O que objetiva os 12 temperamentos humanos é mostrar que existem biotipos das personalidades que se dividem em 4 grupos ( Colérico, Sanguineo, Melancólico e Fleumático ) De posse do quadro de tendências é possível que um profissional ao analisar seu cliente consiga perceber algumas similaridades entres pessoas com regências nos 4 elementos da natureza (Fogo, Ar, Terra e Água). Além dos recursos " clássicos " utilizados pelo Terapeuta Holístico através da análise do biótipo, chakras, observação da pele, cabelos, pulsologia , postura dentre outros , podemos também utilizar outra ferramenta , que seria o estudo do mapa de tendências.

    Com base no conhecimento Holístico, podemos afirmar que o individuo é influenciado pela natureza , modo de vida , terapia em sincronicidade ( Astrologia, numerologia, Taro , etc,), como também nas regências determinadas pelos 5 movimentos chineses. Exemplo disso é o estudo do biotipo utilizado a milhares de anos pelo indianos , através da Terapia Ayurveda (ayur = vida e veda = conhecimento) que revela o que a pessoa é através do seu biotipo(doshas) .

    Em geral todos nós temos tendências a desenvolver características de acordo com nosso tipo físico , temperamento, signos , local de nascimento , como o meio em que vivemos , incluindo criação e estudo .

    Resumo:

    Anexos Complementares pág. 15

    BIBIOGRAFIA pág. 14

    5.0 CONCLUSÃO pág. 13

    4.5 Tabela de Falta e Excessos pág. 12

    4.4. Exemplo de Fleumático ( adaptável como a água - flegma, em grego) pág. 11

    4.4.1 Opostos complementares

    4.4.2 Recomendação

    4.4.3 Fundamentos Terapêuticos

    4.3 Exemplo Sanguineo (sangue movimento - inquieto como o ar) pág. 10

    4.3.1 Opostos complementares

    4.3.2 Recomendação

    4.3.3 Fundamentos Terapêuticos

    4.2 Exemplo Melancólico (bile negra (mela), terrosa) pág. 09

    4.2.1 Opostos complementares

    4.2.2 Recomendação

    4.23 Fundamentos Terapêuticos

    4.0 RESULTADOS pág. 08

    4.1 Exemplo Colérico (ardente como uma chama) pág. 08

    4.1.1 Opostos complementares

    4.1.2 Recomendação

    4.1.3 Fundamentos Terapêuticos

    3.2 Quadro de Tendências pág.07

    3.3. Aplicando o Método

    3.0 METODOLOGIA pág. 06

    3.1.1 Evidência

    3.1.2 Análise

    3.1.3 Síntese

    3.1.4 Agrupamentos

    2.0 Material pág. 05

    2.1 Regência Fogo -Coléricos

    2.2 Regência Ar - Sanguineo

    2.3 Regência Terra - Melancólico

    2.4 Regência Água - Fleumáticos

    1 Introdução pág. 04

    Resumo pág. 03

    MELANCÓLICO

    Terra

    Capricornio-Touro-Virgem

    Mineral

    Fígado

    extroversão/Raiva

    COLÉRICO

    Fogo

    Sagitário-Leão-Aries

    Animal

    Coração

    Ira / Apatia

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 16:16


    TERAPIA CORPORAL DESCOMPLICADA




     

     

     

    TERAPIA CORPORAL DESCOMPLICADA

     

     

     

    Seiiti Arata

    Terapeuta Holístico – CRT 31513

     

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2006

     

     

    São Paulo - SP

    2006

     

     

    SUMÁRIO

     

     

     

    PREFÁCIO 04

     

    RESUMO 05

     

    CAPÍTULO 1 . . . . . . . . 06

    Alguns conceitos da TTC Terapia Tradicional Chinesa . . . 06

    Conceitos sobre polaridade (Yin e Yang) . . . . 06

    Estado energético do corpo . . . . . . 07

    Estado emocional do ser humano . . . . . 09

    Estado físico do ser humano . . . . . . 10

    Mudança de estados a que estamos sujeitos no dia a dia . . 10

    Fadiga que pode atingir qualquer organismo . . . . 10

    Meridianos de energia segundo a TTC . . . . 11

    Homeostase 12

     

    CAPÍTULO 2 . . . . . . . . 13

    Alguns conceitos sobre o corpo humano . . . . . 13

    Corpo . . . . . . . . . 13

    Coluna vertebral . . . . . . . 14

    Sistemas do corpo humano . . . . . . 14

    Órgãos do corpo humano . . . . . . 15

     

    CAPÍTULO 3 . . . . . . . . 15

    Condições de vitalidade e de energia do corpo . . . . 15

    Sinais de desequilíbrio . . . . . . . 15

    Energia . . . . . . . . . 15

    Fontes de energia . . . . . . . 15

    Estado de equilíbrio . . . . . . . 15

    Reequilíbrio . . . . . . . . 16

    Estilo de vida . . . . . . . . 16

     

    CAPÍTULO 4 . . . . . . . . 16

    Cuidados preventivos . . . . . . . 16

    Recuperação do equilíbrio e harmonia . . . . 17

     

    CAPÍTULO 5 . . . . . . . . 17

    Técnicas propostas . . . . . . . . 17

    Quiropraxia . . . . . . . . 17

    Acupuntura . . . . . . . . 17

    Ciclo KO . . . . . . . . . 18

    Acupressão . . . . . . . . 19

    Acupressura . . . . . . . . 19

    Reflexologia . . . . . . . . 19

     

    CAPÍTULO 6 . . . . . . . . 20

    Experiências resultados e propositura da técnica . . . 20

     

    CAPÍTULO 7 . . . . . . . . 20

    Tratamento: início da sessão. . . . . . . 20

    Tratamento: procedimento passo a passo . . . . . 20

     

    CAPÍTULO 8 . . . . . . . . 26

    Aplicação prática . . . . . . . . 26

     

    CAPÍTULO 9 . . . . . . . . 26

    Comentários gerais . . . . . . . . 26

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . 27

     

     

     

    PREFÁCIO

     

     

     

    Aos meus 22 anos, apesar da idade, submeti-me a um tratamento que na época era indicado preferencialmente para crianças, livrando-me de um antigo problema de estrabismo, o que causou surpresa à previsão de minha médica, Dra Maria Cecília S. Lapa, a quem aproveito para registrar os meus agradecimentos, pela paciência e dedicação. Fiquei totalmente recuperado. – Sem cirurgia!

     

    Sofri muito também por um problema de estômago por aproximadamente uns trinta anos. Hoje, dificilmente tenho qualquer tipo de incômodo; exceto quando utilizo açúcar branco, o que além de dispensável, não é recomendável em nossos dias. Conheço muitas pessoas que por problemas semelhantes acabaram em uma mesa de cirurgia, tratando suas úlceras estomacais.

     

    Há uns vinte anos, estive na iminência de uma outra situação de cirurgia. Desta vez relacionada a uma hérnia de disco ou coisa semelhante. Não nego ter passado por períodos de extrema preocupação. Cheguei até mesmo a pensar em cadeira de rodas. Tinha que andar gatinhando em minha casa, pois não conseguia me levantar. Estava literalmente “travado”.

     

    De lá para cá, felizmente, já participei de dezenas de corridas de rua, incluindo quatro delas consecutivas: 1997, 1998, 1999 e 2000 na tradicional corrida de São Silvestre. Guardo com muita alegria todas as medalhas conquistadas. Hoje, com meus 57 anos, ainda jogo e com muito vigor o meu futebol de salão semanal. Continuo treinando corridas quando tenho tempo e disposição. - A minha coluna está ótima graças aos métodos naturais aos quais me submeti.

     

    Por outro lado, já passei também por duas cirurgias: uma para a retirada das amídalas e outra devido a uma sinusite. Hoje, não tenho certeza de que eram, na época, realmente imprescindíveis.

     

    Assim, fui me conscientizando, a cada dia, quanto à importância na escolha dentre os diversos tratamentos existentes. A experiência tem demonstrado, inclusive, que não se deve partir para o primeiro diagnóstico apresentado, sob pena de tornarem os problemas ainda mais complicados.

     

    Passei a ter um interesse cada vez maior pelo estudo de tratamentos naturais e que, hoje, chamam por aí, de tratamentos “alternativos”. - Alternativos a que, se foram os que surgiram muito antes?

     

    Em que pese às tentativas que visam desqualificação desses tratamentos, a nossa sociedade está atualmente mais bem informada. Pode-se notar uma nítida revalorização dos conhecimentos milenares oriundos das antigas civilizações e que são capazes de proporcionar, o bem estar e harmonia à nossa população, que hoje dispõe de tanta modernidade, mas que veio acompanhada também de tantos problemas.

     

    Neste sentido, entendo que os tratamentos milenares e entre eles a TTC – Terapia Tradicional Chinesa ainda tem muito a ensinar.

    RESUMO

     

     

    Após dedicação e estudo de várias técnicas de tratamento natural, num processo que tem sido para mim, muito dinâmico, passei a ter preferência por métodos que visassem ao tratamento das queixas mais corriqueiras do nosso cotidiano.

     

    O aprendizado e conhecimento, os quais procurei inicialmente com a intenção de tratar alguns de meus problemas, foram se tornando muito úteis para orientação de outras pessoas.

     

    Nas situações de emergência, comecei a praticar nos meus colegas e amigos os tratamentos terapêuticos que tinha aprendido. Os resultados foram tão bons que eles começaram a me procurar com maior freqüência.

     

    Bastante motivado, continuei investindo em diversos cursos, incluindo o de Naturoterapia Aplicada onde pude ampliar bastante a visão sobre os tratamentos naturais e a importância dos mesmos.

     

    Hoje, o método que utilizo toma como base a premissa de que a maioria dos problemas está relacionada à coluna vertebral, onde está alojada a medula espinhal que é uma verdadeira extensão do cérebro. Todo os órgãos do corpo humano, de certo modo, interligam-se da medula ao cérebro, através de um complexo sistema nervoso, que ao que tudo indica, parece ser o principal responsável pelas boas condições funcionais dos mesmos.

     

    Seguindo a filosofia da TTC, - tanto a acupressão, como shiatsu, acupressura, acupuntura bem como a reflexologia têm proporcionado resultados incontestáveis às pessoas tratadas.

     

    Tenho tido ótimos resultados mesmo em problemas muito antigos, existentes há várias décadas. Aplico os conceitos de desbloqueio de energia dos meridianos. Assim procedendo, a energia restaurada dos tecidos (músculos, nervos, articulação, etc.) surge em poucos minutos. É uma experiência marcante que impressiona e gratifica.

     

    Já atendi centenas de pessoas até hoje. Tive, portanto, o privilégio de passar por indescritíveis sensações de alegria ao ajudar tanta gente e que nunca vou esquecer.

     

    Fui me convencendo a cada dia, que deveria compartilhar estas experiências vividas.

     

    Foi então que em oportuna coincidência, deparei-me com as portas do SINTE abertas democraticamente aos seus associados. Decidi então, candidatar-me como eventual palestrante no próximo Congresso HOLÍSTICA 2006.

     

    A verdadeira motivação foi a oportunidade em poder apresentar uma proposta de curso que fosse realmente de fácil aprendizagem e, portanto, ao alcance de todos.

    Ainda mais que o principal instrumento de trabalho é aquele que está sempre conosco: as nossas mãos! - CUIDE BEM DELAS, PARA CUIDAR DOS OUTROS !

     

    O autor.

     

    CAPÍTULO 1

    Alguns conceitos da TTC –Terapia Tradicional Chinesa

     

    Conceitos sobre polaridade (Yin e Yang)

    A filosofia do Yin e Yang está profundamente impregnada da terapia tradicional de vários tipos, não só da chinesa. Ela forma a base do pensamento da terapia tradicional indiana, japonesa, hunan e tribal. Um conhecimento profundo das forças bipolares do Yin e do Yang pode explicar muitas coisas sobre o próprio cosmos, bem como sobre o corpo humano (JOHN R CROSS, 2002).

     

    Ao que tudo indica, todo exagero é prejudicial. Incluem-se até mesmo as coisas que são consideradas como muito boas, na vida. Tudo precisa estar dentro de certos limites; deve ser contrabalançado, harmonioso e equilibrado ao longo dos tempos como se fosse uma onda, com seus altos e baixos dentro de uma freqüência própria.

     

    A maioria dos fenômenos conhecidos é de natureza cíclica; ocorrendo dentro de um determinado período. Os astros seguem órbitas cujos movimentos são repetitivos. Assim também são as estações do ano, o ciclo lunar, o movimento de rotação da Terra, etc... Todas as fases destes ciclos são consideradas igualmente importantes embora, muitas delas não pareçam tão óbvias.

     

    Até os fenômenos climáticos mais inóspitos que parecem ser tão negativos, e que também ocorrem numa certa periodicidade atingindo a natureza, agem como um tipo de filtro. Promovem a depuração, no sentido de dar maior qualidade ao ambiente, fortalecendo as espécies sobreviventes ao teste, o que os tornam positivos ao final do processo.

     

    As palavras Yin e Yang representam conceitos de complementaridade, significam polaridades opostas, e são de importância essencial à natureza como um todo. São palavras que expressam a contrariedade, mas promovem o equilíbrio. Nada deve ser puramente Yin. A coexistência com uma fração mínima de Yang ou vice-versa é fundamental.

     

     

     

     

    Pakua ou mônada chinesa

     

     

    A figura em forma de um círculo com uma parte escura e outra clara apresenta o símbolo conhecido como pakua ou mônada chinesa. A parte branca representa o Yang e a parte escura o Yin. Na parte Yang existe uma parte pequena de Yin e igualmente, na parte Yin existe também uma pequena parte de Yang. É uma figura muito simples, mas que parece ser a base para compreensão e ensinamentos infindáveis.

    Todo subconjunto harmonioso o Yin e Yang se apresentam de forma equilibrada.

     

    Na concepção Oriental, “um mal-estar” é a conseqüência do desequilíbrio entre o Yin e o Yang que resultará em uma preponderância entre o Yin e o Yang, determinando as características “do problema” que pode ser provocada por um somatório de agentes internos e externos que afetam a Energia Antipatogênica (Zheng Qi) do indivíduo, arrastando-o ao processo patológico que descreverá um circuito de acordo com a constituição orgânica de cada um (MARTINS, EDNÉA I.S. – LEONELLI, LUIZ B., p. 1, 2002)

     

     

     

     

     

     

     

     

    Seguem alguns exemplos de polaridade: frio-calor; escuro-claro; trabalho-descanso; baixo-alto; comprido-curto; barulho-silêncio; rápido-lento; doce-azedo; quieto-agitado; forte-fraco; grande-pequeno; liso-áspero; gelado-quente; largo-estreito; masculino-feminino; hipertensão-hipotensão; mobilidade-rigidez, órgãos ocos-órgãos densos; etc...

     

     

    Estado energético do corpo

    Depende da quantidade de energia disponível no momento. É como a quantidade de combustível existente no tanque de um veículo. No caso de um maratonista, seria a capacidade do seu organismo (nível de glicogênio), num momento da prova, capacitando-o a concluir ou não o percurso dentro do seu ritmo. Por motivos diversos, tal estado de energia ora encontra-se alto e outras vezes baixo, num mesmo indivíduo.

     

    Com muita freqüência, este estado energético sofre alterações e muitas vezes de forma imprevisível. Assim sendo, um sentimento de cansaço pode aparecer repentinamente. Nem sempre é causado apenas por deficiências nutricionais. Pode manifestar-se como uma mudança funcional do organismo, sendo também capaz de reverter-se no momento seguinte.

     

    Alguns indivíduos apresentam-se com um padrão de energia bastante elevado em relação aos demais, porém até mesmo eles estão suscetíveis a variações súbitas.

     

     

     

    Radiação Cósmica

     

     

     

    Espaço Interplanetário

     

     

     

     

    Ionosfera

     

     

     

    + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +

     

    _ _ _ _ _ _ _ _

    Atmosfosfera íons negativos

     

    íons positivos

    + + + + + + +

     

     

     

     

     

    ~50 km

    ~350.000 V

     

     

     

     

     

     

    cargas negativas

     

     

    _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

     

    Terra

     

     

    Como a crosta terrestre é carregada com cargas negativas, acaba atraindo uma camada de íons positivos próximos à superfície. Dessa forma, um indivíduo ereto, está com sua parte inferior (pés) dentro de uma camada carregada com íons positivos, que atraem para baixo os íons negativos existentes em seu corpo e que repelem os íons positivos para a extremidade oposta, ou seja: sobrecarregando assim a região da cabeça. Esta sobrecarga pode causar diversos distúrbios e desconfortos ou até mesmo dores ao indivíduo.

     

    íons positivos

     

    íons negativos

     

    h

     

    + +

    + +

     

     

     

    _ _

    _ _

     

     

     

     

    O corpo humano se vê percorrido permanentemente por uma corrente elétrica de potencial entre 170 a 220 volts. Quando deitado, o equilíbrio do campo magnético modifica-se totalmente: os pontos do corpo são submetidos tão somente a uma débil excitação (BUENO, M. p. 58, 1995).

     

    Constata-se que o corpo humano é submetido a influências elétricas, em função das condições de radiação cósmica, solar, pressões atmosféricas, campo eletromagnético, campos eletrostático, iônico e outros, sofrendo grandes mudanças que acabam por alterar o bem estar geral do indivíduo.

     

    O equilíbrio iônico (entre cargas positivas (+) e negativas (-) resultará como a chave do correto funcionamento orgânico, celular, circulatório, bacteriano ou microbiano (BUENO, MARIANO, p.62, 1995).

     

     

     

     

     

     

    Estes fatores, evidentemente são importantes e podem afetar o organismo de forma significativa, contribuindo também em maior ou menor grau para as condições do seu estado energético final, modificando sua capacidade em reagir às solicitações e estímulos de diversas naturezas.

     

    Recuperar a harmonia do indivíduo significa devolver-lhe o estado inicial de bem estar, sob os mais diversos aspectos de sua vida.

     

    Com relação aos agentes que causam distúrbios de origem elétrico-magnético-iônico-radiativo, provocados pelo nosso ambiente cotidiano, não serão abordados neste trabalho, mas apenas as propostas ao indivíduo, na busca de solução para seus problemas ajudando-o a reencontrar as suas condições normais de bem estar.

     

    É inegável observar também que, para avaliação do ser humano, tem sido tendência à utilização cada vez maior de aparelhos eletro-eletrônicos como instrumento de trabalho como: eletrocardiograma, eletro-encefalograma, ressonância magnética etc...

     

    Sendo assim, pode-se afirmar que para a verificação do nosso bem estar geral, é possível que seremos tratados cada vez mais como se faz com os aparelhos eletrônicos usuais, pelo simples fato de que somos uma complexa máquina de natureza eletro-eletrônica, e como tal, requer “manutenção” periódica, para seu bom funcionamento.

     

    Mesmo quando se fala em alimentação de qualidade, utiliza-se com muita freqüência a palavra “caloria ou quilocaloria (kcal)” para quantificação da energia ingerida e processada pelo sistema digestivo. Esta unidade de medida expressa a quantidade de energia que tem capacidade de ser transformada em trabalho; ou seja: para funcionar uma máquina: – a máquina humana. Até para pequenos movimentos como um piscar de olhos, requer uma certa quantidade de energia e, portanto, de caloria!

     

    Por essa razão é que os nutricionistas recomendam dimensionar o controle alimentar ao estilo de vida de cada um, devendo se ajustar ao provável gasto calórico diário do indivíduo, como medida preventiva contra o processo de obesidade. As calorias ingeridas, não queimadas e não eliminadas, podem se acumular em forma de depósito de energia, em forma de gordura. – A grande vilã em nossos dias!

     

     

     

    Estado emocional do ser humano

    Normalmente as pessoas não conseguem manter o mesmo estado emocional ao longo do tempo. Por isso costumam se lamentar, quanto ao seu próprio estado emocional.

     

    Quais seriam as verdadeiras causas de tais alterações? O que se passa, no interior de cada indivíduo? Seria possível livrá-lo destas instabilidades, evitando com isso tantos problemas durante a vida cotidiana? Que energia é essa que causa tantas mudanças comportamentais e sentimentais no ser humano?

     

    Algumas perturbações do meio ambiente podem provocar alterações ao seu padrão emocional, mesmo que inconscientemente. Quando isso acontece, o seu comportamento poderá sofrer grandes influências e eventualmente trazer sérios prejuízos.

     

    Estas alterações podem ter também como causa o próprio indivíduo, devido ao seu processo mental: voluntário ou não. A estes casos que são considerados como verdadeiras atitudes de desequilíbrio mental, demanda-se cuidados especiais, para se evitar o seu agravamento.

     

    Algumas reações comportamentais costumam ocorrer muito depois do agente causador, dificultando sobremaneira a sua inter-relação. É como se existisse um tempo de maturação do estímulo responsável, o qual não tratado de forma adequada poderá resultar em reações desagradáveis.

    Nestes casos, recomenda-se procurar, o quanto antes, soluções que resultem na melhor saída, buscando o que for favorável para o resgate e manutenção das boas condições que visem o equilíbrio emocional do indivíduo.

     

    Dentro da TTC, seguindo os conceitos de harmonia entre Yin e Yang, o ideal é que o indivíduo esteja bem situado dentro da faixa compreendida entre os extremos opostos: calmo e nervoso. Que correspondem aos estados: Yin e Yang, respectivamente.

     

     

    Estado físico do ser humano

    A disposição física também não é sempre a mesma. Ela é afetada por várias causas, as quais muitas delas são mais bem conhecidas, como por exemplo: alimentação, qualidade do sono, preocupação, treinamento, ou distúrbios de quaisquer natureza.

     

    Entretanto, sem uma causa aparentemente perceptível, o organismo humano pode sofrer alterações no seu padrão de capacidade física, diante de uma solicitação externa. Existem até gráficos (biorritmos) que apontam tais tendências de comportamento. Mas não é apenas isso que acontece no organismo.

     

    Muitas vezes o corpo humano é acometido por certo tipo de cansaço e até de dores, sem uma causa aparente. O que geralmente não se apercebem é que, antes dessa fase de dores, algumas manifestações já estavam presentes sob forma de debilidade ou limitação física. Apenas não tinham sido notadas devido à sua natureza extremamente sutil.

     

     

    Mudança de estados a que estamos sujeitos no dia a dia

    Sabe-se que é perfeitamente possível alterar o estado emocional de qualquer pessoa através de algum tipo de estímulo sensorial, quer seja visual, auditivo ou outros. Basta que se consiga alterar os pensamentos predominantes do indivíduo, desestabilizando-o. Pode-se também, em sentido inverso, auxiliá-lo a resgatar sua harmonia original.

     

    Se uma pessoa que alegremente se preparava para iniciar um passeio agradável pelo bosque, ficar sabendo que o seu melhor amigo está sofrendo muito, sendo isso verdadeiro ou não, poderá sofrer um desmoronamento em seu estado emocional, físico e energético, o que provavelmente fará com que desista do seu passeio.

     

    O contrário também é verdadeiro. Uma súbita notícia boa: verídica ou não, tem o poder de incrementar bons estados tanto emocionais como físicos.

     

     

    Fadiga que pode atingir qualquer organismo

    A fadiga pode ser tanto física, mental, energética, bem como emocional. Em geral é causada por solicitação contínua; ou seja: sem intervalo de descanso necessário. Fadiga é um tipo de estágio de cansaço que já ultrapassou o limite da recuperação espontânea, requerendo cuidados especiais para sua reabilitação plena.

    Quando a fadiga atinge um nível mais avançado, tornando-se crônica, a recuperação torna-se mais lenta e difícil, mas raramente impossível.

    Uma fadiga muscular crônica poderá resultar em incapacidade quase total da região afetada.

     

    Um indivíduo diante da falência em algumas de suas funções sendo ela: física, emocional ou energética pode entrar em uma espiral descencional incluindo outros estados inerentes à sua personalidade.

     

     

    Meridianos de energia segundo a TTC

    São linhas invisíveis que percorrem o corpo interligando diversos pontos conhecidos há milhares de anos e utilizados em acupuntura, para recuperar o estado de equilíbrio de energias da pessoa tratada, devolvendo-lhe o bem estar e harmonia.

     

    Existem vários meridianos de energia conhecidos e reconhecidos pela TTC há dezenas de milhares de anos. A ciência moderna cada vez mais dotada de aparelhos de alta tecnologia vem confirmando a maioria de seus pontos, medindo-se a condutibilidade elétrica dos mesmos.

    Energia Yin

     

     

     

     

    Elevando-se da terra para o céu pela

     

     

     

    frente

    do corpo

    Energia Yang

     

     

     


    Descendo do céu para a terra pelo

     

     

     

    dorso

    do corpo

     

    MERIDIANOS PRINCIPAIS

    SÍMBOLO

    Nº PONTOS

    1) Meridiano dos pulmões

    P

    11

    2) Meridiano do intestino grosso

    IG

    20

    3) Meridiano do Estômago

    E

    45

    4) Meridiano do Baço-Pâncreas

    BP

    21

    5) Meridiano do Coração

    C

    9

    6) Meridiano do Intestino Delgado

    ID

    19

    7) Meridiano da Bexiga

    B

    67

    8) Meridiano dos Rins

    R

    27

    9) Meridiano da Circulação-Sexo

    CS

    9

    10) Meridiano do Triplo Aquecedor

    TA

    23

    11) Meridiano da Vesícula Biliar

    VB

    44

    12) Meridiano do Fígado

    F

    14

     

    MERIDIANOS EXTRAS

    SÍMBOLO

    Nº PONTOS

    1) Meridiano do Vaso da Concepção

    VC

    24

    2) Meridiano do Vaso Governador

    VG

    28

     

     

    Homeostase

    Em uma linguagem simplificada, pode-se descrever homeostase como o estado de equilíbrio do organismo, sob diversos pontos de vista.

     

    Na TTC, buscar a homeostase significa equilibrar os respectivos pontos de maneira que não fiquem nem com excesso e nem com escassez de energia. A falta de homeostase pode resultar em cansaço, desconforto, dores, e incapacidades afetando a qualidade de vida dos indivíduos.

     

    Ao toque através dos dedos, a homeostase pode ser sentida através do aumento da temperatura, tornando-se perceptível aos seus praticantes. Alguns pontos começam a pulsar, revelando-se o estado de homeostase alcançado.

     

    Em geral, quando se consegue atingir a homeostase entre dois pontos, diz-se que foi alcançado o estado de equilíbrio entre tais pontos. Quando a homeostase ocorre em pontos notáveis e propostos por diversas técnicas, o indivíduo que está sendo tratado passa a se sentir melhor. Esta melhora poderá ser um sensível conforto, diminuição da dor ou até mesmo uma recuperação completa em relação ao seu problema.

     

    Segundo a TTC, dependendo do estilo de vida de cada indivíduo e de suas características próprias, alguns dos pontos pertencentes aos meridianos poderão ficar com excesso e outros com falta de energia. Esses pontos desequilibrados poderão acarretar em maior ou menor fluidez, ou até mesmo bloqueio da circulação de energia através dos seus respectivos meridianos.

     

    As técnicas para desbloquear tais pontos visam resgatar o fluxo natural da energia devolvendo assim a harmonia e bem estar ao indivíduo, sem auxílio de quaisquer substâncias externas adicionais.

     

    Técnicas como a acupuntura, shiatsu, acupressão, acupressura, do-in e reflexologia são muito utilizadas para se atingir a homeostase. A maioria delas trabalham com os tais meridianos de energia e os seus resultados chegam a serem impressionantes, quando bem aplicados.

     

     

     

    CAPÍTULO 2

    Alguns conceitos sobre o corpo humano

     

    Corpo

    Para qualquer técnica de terapia corporal, é necessário conhecimento do corpo humano que, para nossas finalidades, é dividido em: cabeça, tronco e membros. O principal órgão do corpo é o cérebro que fica protegido no interior da caixa craniana que tem como uma verdadeira extensão: a medula, que fica protegida pela coluna vertebral. Todas as partes do corpo estão interligadas ao cérebro através de um complexo sistema nervoso.

     

     

     

    Atlas Visuais – O corpo humano – Editora Ática – 9a ed.

     

     

    Coluna vertebral

    É uma estrutura composta de vários ossos empilhados, tendo entre a maioria deles, um elemento cartilaginoso chamado disco intervertebral que serve para facilitar os movimentos de flexão, extensão, rotação e amortecimento.

     

    Uma rede complexa de nervos se interliga com a medula, através dos orifícios existentes entre as vértebras. Estes nervos estão ligados aos mais diversos órgãos de nosso corpo, levando e trazendo informações vitais, em conexão direta com o cérebro.

     

    Por esta razão, é muito importante que tais nervos estejam totalmente desbloqueados, pois, em caso contrário, poderão prejudicar este importante sistema de comunicação e manutenção de todo o corpo.

     

    Atlas Visuais – Anatomia Humana – Editora Ática – 1a. edição – 5a. impressão.

     

    Sistemas do corpo humano

    O corpo humano é constituído de diversos sistemas. De forma simplificada, o sistema estrutural compreende os ossos, nervos músculos, cartilagem, etc... O sistema respiratório compreende as narinas, traquéia, pulmão, brônquios, bronquíolos e os alvéolos. O sistema circulatório compreende o coração, artérias, veias e capilares. O sistema digestivo compreende a boca, esôfago, estômago, duodeno, intestinos, reto e ânus. O sistema glandular compreende o hipotálamo, hipófise, tireóide, adrenais, testículos, ovários e outros. O sistema linfático compreende toda a rede de linfas. O sistema imunológico compreende tudo que age em defesa do corpo.

     

    Todos os sistemas têm importância vital para o bom funcionamento do corpo.

     

    Órgãos do corpo humano

    São todos os constituintes do corpo humano. Uns são mais conhecidos e outros menos. Mas todos têm grande importância para o perfeito funcionamento do todo.

     

     

     

     

     

     

    CAPÍTULO 3

    Condições de vitalidade e de energia do corpo

     

    Sinais de desequilíbrio

    As pessoas precisam conhecer melhor o seu corpo. Precisam conhecer os seus sinais, principalmente quando algo não está indo muito bem. A dor é um sinal de alerta, mas muito antes da dor, o organismo costuma dar outros sinais que devem ser percebidos e tratados antes que se transforme em algo mais grave.

     

    Deve-se prestar atenção ao estado de humor, qualidade do sono, disposição, força física, nível de resistência, manifestação de algum tipo de disfunção e assim por diante.

     

     

    Energia

    Inicialmente é muito difícil para alguns, imaginar energia relacionada com o corpo humano, pois é costume relacionar energia apenas a equipamentos elétricos e eletrônicos.

     

    Mas o que se procura ressaltar neste caso é a energia sob seu mais primário significado, que é a capacidade de poder realizar alguma tarefa ou fazer alguma coisa.

     

     

    Fontes de energia

    Antes de se falar em fontes, deve-se definir melhor as diversas formas de energia relacionadas ao corpo humano, tendo ou não familiaridade com elas.

    A energia pode ser apresentada sob forma de luz, calor, som, vibração, combustível, cor, cheiro etc... São diferenciadas apenas pelas suas freqüências de vibração.

     

    Pode-se dizer que o que dá energia ao corpo humano é a sua alimentação. Melhor dizendo, seria o fornecimento adequado de nutrientes. Não se deve esquecer, porém, que alguns fatores podem alterar o estado de energia, apenas ao atuar sobre seus pensamentos.

     

     

    Estado de equilíbrio do indivíduo

    Costuma-se dizer que um corpo está em seu estado de equilíbrio, quando está mais próximo de seu estado de harmonia; ou seja: está se sentindo bem na maior parte de sua funcionalidade, tanto do ponto de vista físico como emocional.

     

    Reequilíbrio

    Significa recuperação do equilíbrio, que por algum motivo tinha sido perdido, causando uma série de prejuízos ao bom funcionamento do corpo. Ao se recuperar o equilíbrio, consegue-se o retorno às condições de normalidade ao indivíduo.

     

     

    Estilo de vida

    É importante a análise do estilo de vida, considerando-se desde as atividades cotidianas tanto do trabalho como do lazer, tipo de alimentação, hábitos sociais bem como familiar, sentido filosófico e espiritual e outros.

     

    Deve-se considerar tudo que afeta de forma habitual o indivíduo. Nos dias de hoje, todo ser humano está imerso num mundo muito diferente do que correspondia há algumas gerações. As novas tecnologias vieram para ficar. Proporcionam uma série de vantagens à sociedade moderna e também alguns problemas funcionais desagradáveis.

     

    Muitos dos ambientes de trabalho, embora sejam essenciais ao cidadão, freqüentemente são também demasiadamente agressivos ao seu corpo, trazendo-lhe diversas complicações e desconfortos que poderão se agravar, caso não sejam detectados em tempo e adotadas medidas adequadas. Nem mesmo a legislação ou a eficiência na aplicação das leis têm sido suficientes por se tratarem de processos bastante dinâmicos.

     

    Dessa forma, torna-se importante investir na conscientização do ser humano, para que ele tenha condições de se defender dos agentes agressivos, ou então saber qual o tratamento ideal para cada caso, evitando-se métodos demasiadamente agressivos e desnecessários.

     

     

     

     

    CAPÍTULO 4

    Cuidados preventivos

     

    Ultimamente, a conscientização quanto à importância sobre os cuidados preventivos para a manutenção do corpo ganha adeptos, na busca da melhor qualidade de vida. É muito mais interessante preservar as boas condições físicas do que buscar soluções após manifestações dos respectivos distúrbios.

     

    Os trabalhadores expostos a radiações nocivas precisam ter a consciência de como se defender, ou de adotar períodos de descanso em sua atividade de trabalho, possibilitando ao organismo a sua necessária recuperação. Devem-se estudar também os problemas de posturas, adaptando adequadamente o indivíduo para realização de suas tarefas, levando-se em consideração a mesa, cadeira e outros acessórios, igualmente importantes.

     

    Em caso de manifestação de desconfortos de quaisquer naturezas, é importante que haja consciência sobre o agente causador e iniciar rapidamente o tratamento procurando os melhores serviços profissionais disponíveis.

     

    Recuperação do equilíbrio e harmonia

    Na maioria dos casos, a recuperação é muito boa, especialmente se as providências forem tomadas no início do processo. Mesmo em estados avançados de diversos tipos de problemas, existem incríveis relatos de casos de recuperação, até mesmo quando os mesmos já se encontravam em estados muito crônicos.

     

     

    CAPÍTULO 5

    Técnicas propostas

     

    Quiropraxia

    Segundo defensores desta técnica, cada vez mais aceita pela sociedade, é fundamental que o sistema estrutural do corpo humano composto de um complexo conjunto de ossos, nervos e músculos esteja dentro de certas condições de harmonia. Dessa forma não impedem a eficiente comunicação entre o cérebro e demais partes do corpo.

     

    95% de todas as perturbações (“problemas”) do corpo humano são causadas pela compressão ou pinçamento de um nervo no orifício de conjunção, quando há deslocamento de uma vértebra ou disco na coluna vertebral” – Janse, Housser and Wells, - Theoretical basis of chiropractic (CASTRO, p.49,1999).

     

     

     

     

     

     

     

    Assim, através de procedimentos especiais executam-se ajustes para liberação dos processos de sub-luxação, independentemente de quais tenham sido suas causas. Estes movimentos chamados de manobras obedecem a determinadas regras tanto no que se refere à força, direção bem como velocidade e limites de amplitude dos mesmos.

     

    Existem manobras para correção e ajustes de toda a coluna, incluindo a cervical, a torácica, a lombar, a sacral e o cóccix.

     

    No Brasil, a Quiropraxia foi introduzida em 1922, pelos norte-americanos: Dr William F. Fipps, D.C., o qual foi sucedido após 1945, pelo Dr. Henry Wilson Young, D.C., ambos estabelecidos na cidade de São Paulo, constituindo-se nos pioneiros da introdução desta filosofia, arte e ciência em nosso país (SOUZA M. MATHEUS).

     

    ... a quiropraxia é agora reconhecida como a fonte principal de um dos poucos tratamentos recomendados por diretrizes baseadas em evidências nacionais para o tratamento de dor nas costas, a manipulação da coluna vertebral”- Departamento Americano de Serviços Humanos e Saúde, 1997 (DAVID A. CHAPMAN-SMITH).

     

     

     

     

     

     

     

    Esta técnica é muito utilizada nos EUA, e hoje algumas universidades de nível médio e superior no Brasil incluem em seu currículo normal visando à formação desta nova modalidade profissional denominada: quiropraxista, ou quiroprático.

     

    Acupuntura

    Esta terapia já é bastante conhecida há muitos anos e recentemente, foi reconhecida inclusive pela área médica, sendo cada vez mais recomendada para diversos tipos de problemas.

     

    Consiste na aplicação de finíssimas agulhas em pontos pertencentes a determinados meridianos, tendo cada aplicação a sua finalidade.

     

    Geralmente são propostas diversas sessões, visando obter o resultado almejado. Quando aplicado por profissionais experientes, os resultados são melhores. Há necessidade de conhecimento dos conceitos da TTC, da Teoria dos Cinco Elementos (ciclo ko), assim como a filosofia de equilíbrio entre Yin e Yang.

     

    CICLO KO

     

     

    MADEIRA

     

    TERRA

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    ÁGUA

     

     

     

    Acupressão

    Esta terapia segue à semelhança da acupuntura, os meridianos de energia propostos pela TTC. Ao invés da aplicação de agulhas nos respectivos pontos, estas são substituídas por pressões aplicadas através dos dedos do terapeuta especializado.

     

    Estas pressões variam em intensidade e tempo de aplicação, para cada caso tratado. Originalmente surgiu a técnica do shiatsu, que consiste de uma técnica japonesa, que num determinado momento, passou a ter maior aceitação no Ocidente do que na própria terra de origem. Atualmente, porém, o shiatsu está sendo muito praticado no Japão, tendo a cada dia novos seguidores.

     

    Como uma espécie de ocidentalização do shiatsu, mais recentemente, surgiu a proposta da acupressão que introduziu novas técnicas onde são propostos certos tipos de equilíbrio entre diversos pontos, com a finalidade de se obter a homeostase.

     

    Existem diversos planos para tratamento dos problemas mais corriqueiros da vida cotidiana moderna.

     

    Os pontos de acupressão mais influentes no sistema de energia dos meridianos são os pontos de comando, que são pontos que ficam entre o cotovelo e os dedos das mãos, e o joelho e os dedos dos pés (CROSS JOHN R, p.14, 2002).

     

     

     

     

     

     

    Acupressura

    É uma técnica onde à semelhança da acupressão, utilizam-se os dedos para pressionar diretamente diversos pontos pertencentes aos meridianos já mencionados. Diferencia-se pela recomendação quanto ao sentido dos movimentos que devem considerar os dos respectivos meridianos. A intensidade, bem como sua freqüência de aplicação num intervalo de tempo: é considerado muito importante nesta técnica.

     

    Inclui também, em suas propostas de tratamento, a reflexoterapia através das aurículas. Mesmo nesta auriculoterapia, enfatizam-se além dos pontos, a direção e o sentido dos estímulos a serem aplicados.

     

    É de fácil aplicação, sendo os seus resultados muito bons, mesmo que o praticante não tenha tanta experiência.

     

    ... irá reconhecer o valor da acupressura em casos como os seguintes:

    • aliviar problemas relacionadas a funções orgânicas e incômodos constantes,

    • atenuar a dor até a chegada de um médico ou entrada em um hospital,

    • prevenir contra uma recaída após um problema de saúde recente,

    • aprimorar a forma física (BAHR FRANK, p.11, 2004).

     

     

     

     

     

     

     

     

    Reflexologia

    Técnica conhecida há muitos anos, apesar de sua aparente simplicidade, necessita que seja aplicada com muito cuidado e zelo para a obtenção de seus resultados. A mais conhecida é a praticada através dos pés (podal). Existem outras teorias pertencentes a reflexologia que envolvem as aurículas, as mãos, e o crânio.

     

    Reflexologia é um tratamento muito antigo, cuja finalidade é a ativação dos poderes de “auto-recuperação” inatos do corpo. As técnicas de aplicação da pressão são praticadas há milhares de anos em muitas culturas diferentes (BROWN DENISE W., p.8, 2001).

     

     

     

    CAPÍTULO 6

    Experiências, resultados e propositura da técnica.

     

    Pelos resultados obtidos, será proposta a utilização conjunta de diversas técnicas corporais, seguindo a filosofia das mesmas. O profissional precisa estar em boas condições gerais para a realização de um trabalho de qualidade. Sendo a tranqüilidade, a concentração e serenidade, requisitos de grande relevância e que são transmitidos a quem recebe o tratamento. O terapeuta deve ter suficiente amadurecimento e humildade para aceitar os resultados naturais de seu trabalho, independentemente de suas vontades. Nunca deverá se esquecer de que: - tudo acontecerá no seu devido tempo.

     

     

     

     

     

     

    CAPÍTULO 7

    Tratamento: início da sessão

     

    Após saudações de praxe, é importante que o terapeuta procure a melhor sintonia com a pessoa a ser tratada. Pergunte a ela como está se sentindo, quando é que tudo começou, quais as especialidades a que tem recorrido até aquele momento e em seguida poderá propor algo do tipo:

     

     

    1. Veremos o que vamos conseguir hoje!

    2. Sou um terapeuta holístico. Trabalho com várias técnicas e procuraremos descobrir a melhor para o nosso caso. Em geral, os resultados têm sido muito bons.

    3. Gostaria que fosse me relatando o que estiver sentindo durante a sessão. Interrompa a qualquer momento que quiser. Isso é muito importante para as etapas seguintes. As pessoas são diferentes e assim sendo, requerem tratamentos diferenciados.

    4. Ao longo da sessão procurarei explicar o que estará acontecendo de modo que possamos, juntos, ob ter o melhor resultado possível.

    5. Os pontos a serem trabalhados normalmente estarão muito sensíveis. Porém, o cliente não precisará se submeter a dores e desconfortos, além do que considerar suportável.

    6. Vamos começar a trabalhar?

     

     

     

     

    Tratamento: procedimentos passo a passo

    (Figuras: Atlas de Acupuntura Tradicional Chinesa – Prof. Cláudio Lopes – Mr Ma.)

     

      1. Iniciar pela aplicação da reflexologia na região plantar dos pés através do meridiano dos rins (R1). Na seqüência, estimular os pontos VB41, F3, Be62, BP4 e R6. Experiências têm sido também muito boas quando aplicados através da reflexoterapia auricular.

    R1 VB41

    B62 F3

    BP4 R6

     

      1. Após a preparação do cliente, já na fase inicial do tratamento, alguns movimentos de ajustes da articulação, semelhantes aos da quiropraxia e reflexologia somada à técnica de acupressão têm se mostrado muito eficientes, no sentido de se aliviar problemas ou até mesmo eliminá-los completamente, mesmo antes de término da sessão, que em geral leva em torno de 50 minutos.

     

      1. Os movimentos de ajustes, através dos pés, podem aliviar e muito os problemas relacionados a um dos principais nervos dos membros inferiores como o ciático e o femoral que atingem grande parcela da população ao longo da vida.

     

    Além da queixa relacionada aos nervos, muitos problemas como dores nos joelhos, e em outras partes das pernas e pés são aliviados durante o tratamento, incluindo incômodos que possam atingir os artelhos e região plantar do pé.

     

      1. Dando seqüência ao tratamento, passar à fase de aplicação da acupressão ao longo de alguns pontos clássicos pertencentes aos meridianos dos rins e da bexiga, ao longo da perna, especialmente os pontos: R3, R7, Be60, Be57, Be40, E38, E36 e VB34.

    R3, R7 B57,B60

     

    B40 E38

     

    E36 VB34

     

     

      1. A primeira parte da sessão de tratamento termina com a aplicação do ponto localizados na região dos glúteos, denominado "namikoshi” em referência a uma grande autoridade na terapia denominada shiatsu (Tooru Namikoshi), E31 e VB30.

    Namikoshi E31 VB30

     

      1. Após um pequeno intervalo, solicitar ao cliente para se auto-avaliar. Na maioria das vezes, dizem estar se sentindo muito melhor. O que é um bom indício.

     

    - Depois de alguns minutos, poderá passar à fase de ajuste da coluna cervical.

     

      1. Antes da manobra semelhante à proposta pela quiropraxia, visando à liberação de eventuais vértebras cervicais que possam estar sob o efeito de fixação, recomenda-se aplicar acupressão na região do pescoço e ombros, especialmente os pontos VB20, VB12, Be10, TA15, e IG15. O relaxamento é muito importante nesta fase.

     

    Be10, VB20 VB12, B10

     

    IG15 TA15

     

      1. A manobra das vértebras cervicais pode ser feita com o cliente deitado sobre a maca, assim como sentado ou mesmo de pé. Dependerá da melhor adaptação do praticante. Cada método apresenta suas peculiaridades próprias a serem escolhidas pelo profissional. A cada cliente pode ser escolhida a posição ideal.

     

    - É muito importante avaliar a faixa limite para cada manobra.

     

    - O movimento deverá ser rápido, firme, seguro e sincronizado. A manobra deve ser executada com muito cuidado, especialmente nas crianças e idosos.

     

    - Não se recomenda manipular pessoas que passaram por cirurgias na coluna, ou que estejam sentindo fortes dores na região do pescoço.

     

    - Os ajustes bem aplicados nunca deverão ser forçados, ou causar receios.

     

    - Em caso de re-aplicação, é melhor aguardar alguns instantes.

    - A prioridade deverá ser sempre a segurança e jamais a pressa.

     

     

      1. Encerrada a fase de alinhamento da cervical, recomenda-se promover um bom relaxamento dos braços aplicando-se a acupressão ou acupressura, de modo a proporcionar o máximo de bem estar e liberação das articulações, que também irão proporcionar um sensível conforto na região cervical, recém manipulada.

     

      1. Promover mais uma pausa no tratamento, solicitando ao cliente uma auto-avaliação por completo, adotando movimentos como alguns passos, flexão, extensão, torção, balançar dos braços e pernas. Geralmente o cliente sentirá sensível melhora em relação ao início do tratamento.

     

      1. Após uns 5 minutos de pausa, poderá ser iniciada a última fase que corresponde ao ajuste da coluna torácica ou também chamada de dorsal.

     

    - Manter o cliente deitado e de bruços sobre uma maca resistente e com pouca flexibilidade, com um leve apoio para o rosto. É uma posição relativamente desconfortável, mas que será necessária apenas por pouco tempo.

     

    - Com os braços estendidos ao lado do corpo, o cliente é instruído a se concentrar de modo a assumir o mesmo ritmo do terapeuta para a fase de ajuste das vértebras, começando pela região próxima à lombar, indo até a região próxima à cervical.

     

    - O movimento deverá ser firme de cima para baixo e levemente para a direção da cabeça, no momento de maior relaxamento e de máxima expiração. O objetivo é corrigir as cifoses e as lordoses naturais.

    (De um modo geral a coluna apresenta curvaturas chamadas de lordoses e cifoses que devem ser harmoniosas proporcionando uma postura leve e elegante).

     

    - Os movimentos de ajustes apesar de firmes, deverão ter intensidade apropriada, que dependerá da estrutura física da pessoa tratada. Esta não poderá se queixar de qualquer tipo de desconforto ou dor. O ajuste é rápido, firme, seguro não devendo proporcionar preocupação ao cliente, que preferencialmente deverá se manter o mais relaxado possível até o final dos procedimentos desta última fase.

     

    - Alguns ajustes podem resultar em ruídos audíveis. São pequenas bolsas de ar que se desfazem causando uma vibração percebida como som e não, como muitos pensam, atrito ósseo.(M DE SOUZA, MATHEUS p.21, 2002.

     

    - Aplicar o processo por duas vezes, e sempre após a concordância do cliente.

     

      1. Alguns segundos, após, terminada esta fase, o cliente deve ficar de pé (lentamente), devido à desconfortável posição em que ficou por alguns minutos. Recomenda-se prestar auxílio durante esta fase até se levantar completamente.

      2. Concluída esta manobra, raramente precisa ser repetida.

     

      1. Há casos em que é recomendável voltar novamente à posição de bruços, para conclusão do processo de acupressão ao longo da parte posterior da perna, iniciando pelos tornozelos, chegando até a parte superior da coxa, próximo às nádegas, concluindo por forte, mas controlada pressão sobre os dois pontos “namikoshi”.

     

      1. Assim procedendo, tratamento está definitivamente concluído, encerrando-se a sessão daquele dia.

     

      1. Resta apenas conferir o resultado do tratamento aplicado nesta sessão ocasião em que se programa ou não as sessões seguintes, o que geralmente depende da gravidade do problema, capacidade de recuperação individual, eficiência da terapia aplicada bem como necessidade para melhoria ou garantia dos resultados.

     

    - É oportuno registrar que partes dos problemas podem voltar dentro de uns dias. Entretanto, o benefício do tratamento que efetivamente permanece é muito mais animador, o que dá sustentação à proposta apresentada.

     

      1. Por este motivo, sempre é aconselhável programar uma sessão adicional, mesmo que os sintomas tenham desaparecido totalmente ao final da sessão de tratamento. Deve-se explicar ao cliente quanto a este aspecto, esclarecendo-lhe que cada sessão de tratamento tem como meta acrescentar melhorias à etapa anterior.

     

    - Dessa forma, praticamente tem ficado ao critério dos clientes a decisão pela interrupção do tratamento, o que acontecerá no momento em que o mesmo estiver se sentindo completamente bem.

     

    - Por esta razão, tem sido bastante freqüente que várias vezes acabam nos causando surpresas, pelo repentino cancelamento, do tratamento anteriormente agendado.

     

    - Neste caso, deve-se interpretar que o tratamento aplicado acabou sendo mais eficiente do que esperado.

     

    - Com a prática, aumenta-se a eficácia do tratamento. Ou seja: com mais simplicidade, conseguirá atingir o resultado almejado o que certamente convergirá no sentido do interesse do indivíduo que busca o tratamento, na qualidade de cliente.

     

     

     

     

     

     

     

    CAPÍTULO 8

     

    Aplicação prática

    Alguns voluntários presentes na platéia serão convidados a se submeterem ao tratamento proposto e logo em seguida prestarão seus depoimentos quanto aos resultados obtidos. Nesta etapa, será aplicado um procedimento simplificado, estimulando-se apenas os principais pontos, em razão da escassez de tempo. Serão dedicados entre 3 a 5 minutos em cada um.

     

    Para esta fase serão convidadas pessoas que estejam sentindo algum tipo de incômodo corriqueiros como: problemas no pescoço, ombros, costas, braços, coluna lombar, nervo ciático, joelho, cefaléia, dor facial, cansaço visual, etc...

     

    Havendo disponibilidade de tempo, algum voluntário será convidado a aplicar, pela primeira vez, a técnica proposta, cujo resultado será avaliado pelo depoimento da pessoa tratada.

     

     

     

     

    CAPÍTULO 9

    Comentários gerais

    Assuntos abertos relativos ao tema e previsto em aproximadamente 5 a 10 minutos.

     

     

     

     

     

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

     

     

    CASTRO ELZA A. Quiroprática – Um manual de ajustes do esqueleto, p.49, 1999. Ed. Ícone.

     

    BUENO MARIANO – O grande livro da casa saudável, p.56; 58, 1995. Ed. ROCA LTDA.

     

    BAHR FRANK – O livro de “kura” pela acupressura, p.80, 2004. Ed. NOVA ERA.

     

    MARTINS E. I. SOUZA, LEONELLI L. B. – A prática do Shiatsu na visão tradicionalista chinesa, 2002.Ed. ROCA LTDA.

     

    CROSS JOHN R. – Acupressão: Aplicações clínicas em “queixas” musculoesqueléticas, p.7; 27, 2002. Ed Manole.

     

    BROWN D. WHICHELLO - Reflexologia: Introdução Prática, p. 38; 68, 2001. Ed. Manole.

     

    SOUZA M. MATHEUS – Quiropraxia: Quiroprática – p. 6, 21, 2002. Ed. IBRAQUI.

     

     

     

     

     

     





     

     

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

    Autor: : SINTE
    Última atualização: 01/11/2016 11:49


    TAC - TERAPIA ANALÍTICA DO CONSTITUCIONAL

    TAC - TERAPIA ANALÍTICA DO CONSTITUCIONAL




     

    Antonio Carlos Nascimento
    Terapeuta Holístico - CRT 40715

     

     

     

    Dedicatória

    A todos os colegas terapeutas por essa nossa nobre e árdua missão !

     

    I was angry with my foe

    I hid my wrath, my wrath did grow.

    I was angry with my friend,

    I told my wrath, my wrath did end.

     

    Eu estava furioso com meu inimigo,

    Escondi minha cólera, a cólera cresceu.

    Eu estava furioso com meu amigo,

    Revelei minha cólera, a cólera morreu.

     

    Willian Blake

     

     

     

    Terapia Analítica do Constitucional

     

    Definição :

     

    A Terapia Analítica do Constitucional TAC , é uma forma de terapia que objetiva fundamentalmente o tratamento da ansiedade, pela análise do cliente, fundamentada na sua maneira de ser dentro do desequilíbrio característico de cada indivíduo, denominado de constitucional.(1)

     

     

     

    Da terapia :

     

    Deve-se ter uma formação tal, devidamente preparado para aprender a ouvir o cliente sem esboçar qualquer tipo de reação ou expressão, permitindo que sua conduta inspire o máximo de confiança, destituído de todas formas de preconceito, prepotência ou arrogância.

     

     

     

    A análise :

     

    Deve ser conduzida de forma a permitir que o individuo expresse sua ansiedade através de sessões seqüenciais, onde posicionamo-nos apenas como um ouvinte, evitando induzi-lo a respostas, mas a falar de si, sem interferir, apenas anotando e observando-o.(2)

     

     

     

    O constitucional :

     

    Existe em todos nós uma maneira característica de desequilibrarmo-nos. A expressão dessa característica pode ser avaliada segundo os mais variados critérios. O constitucional a que nos referimos, situa-se na avaliação do nível mental dos indivíduos, seu dinamismo mórbido, sua constituição física, sua herança genética, dentro do que se denomina de terreno (3) do organismo vivo, considerado como um sistema complexo na qual a anatomia , a fisiologia , o psiquismo, os antecedentes hereditários e adquiridos, as influencias do meio, se apresentam essencialmente como os aspectos analíticos de um todo indivisível.

     

     

    Indicações :

     

    A TAC é uma forma terapêutica de suporte a todo tipo de desequilíbrio, considerando-se ser a ansiedade o sintoma mais primitivo da espécie e como base de sustentação a todas as formas de sintomas.

    Esta indicada segundo o princípio de que não existem desequilíbrios iguais (4 ), assim como também não existem dois seres iguais, apesar de muitos serem semelhantes entre si.

     

     

    As limitações :

     

    Nessa relação com o indivíduo, o fundamento da terapia se faz ao permiti-lo falar de si, sem constrangimento, e nesse ouvir, criar um elo de fraternidade que servirá de apoio ao tratamento ou a outras formas de tratamentos que se fizerem indicadas, respeitando-se sempre as nossas limitações e do próprio cliente.

     

     

    A conduta :

     

    A TAC não é psicanálise nem psicoterapia, não usa nenhuma forma de aconselhamento e atua de tal maneira a levar o cliente a reconhecer o seu ‘ eu ‘,

    levando-o gradativamente à conscientização de suas características pessoais , na sua maneira peculiar de reagir , suas variantes sintomáticas, reconhecendo que seu comportamento muito está em função do desequilíbrio energético, que alterado destrói sua auto-estima, descontrola seu comportamento, extrapola sua vontade, altera seus valores, rouba sua saúde e sua chance de ser feliz !

     

     

    Os fundamentos :

    1. A maioria das pessoas mentiria para ter sucesso

    2. É mais seguro não confiar em ninguém

    3. Ninguém se importa com o que acontece com você

    4. A maioria das pessoas no fundo não gosta de sair de seu caminho para ajudar aos outros

    5. A maioria das pessoas é honesta principalmente pelo medo de serem apanhadas

    A técnica :

     

    Sob o ponto de vista ortodoxo, a ansiedade possui uma gama de interpretações que vai desde estudos filosóficos, científicos e religiosos (5) , passando por Freud, Hahnemann, Eistein entre muitos outros, todavia para essa terapia o que interessa é o fato de que neste universo amplo desta e outras civilizações, não temos a quem recorrer para falar de nossas ansiedades, com confiança, capaz de ouvir as nossas dificuldades e nos trazer alento.

    Mesmo quando estamos diante de assistências as mais especializadas, sempre sentimos falta de alguém capaz de nos ouvir, destituído de julgamentos ou represálias , mostrando que mesmo os pais ou irmãos fraternos, ninguém gosta de ouvir nossas lamentações.

    É aí que o terapeuta holístico encontra o seu espaço, com uma visão abrangente, destituído de interpretações, ou explicações, mas somente imbuído de estar ali ao lado dessa pessoa como um fator de extensão de suas ansiedades, e capaz de sem nenhuma reação aceitar todas as suas lucubrações, apenas considerando referências que durante as assentadas são anotadas e fundamentadas no dinamismo mórbido que é inerente a cada pessoa e que se mantém sempre

    repetitivo, caracterizando-se uma forma de ser e de reagir que permanece por toda uma existência , incapazes de serem removidos .

     

    Quando uma pessoa nasce ela já traz em sua maneira de ser características pessoais que o individualizam e que formam o seu bojo de comportamento, ou

    seja, o seu sósia , aquilo que a mamãe identifica como seu filho, diferenciado dos demais : - “ ele sempre foi assim “ !

     

    As variantes da ansiedade sempre foram motivos de muito estudo por parte dos intelectuais e dos sistemas, cada uma delas, com suas explicações e divisões didáticas, fundamentadas nas suas formas de tratamento e as mais variadas interpretações de sua origem.

     

    Para os transtornos derivados da ansiedade não se encontram causas físicas ou alterações cerebrais estruturais claramente definidas.

     

     

    O ponto de vista holístico :

     

    Não podemos persistir no erro de que as emoções sejam meras reações neurofisiológias, mas alterações muito mais profundas, à nível do mecanismo básico de todo ser humano :

     

     

    A Energia Vital (6)

     

     

     

     

    Todas as coisas se compõem de energias, inclusive o corpo humano. Todavia este possui uma forma de energia, que se manifesta sob a forma de matéria, matéria viva sólida.

     

    A energia vital não é a vida, mas a energia necessária na sua manutenção e integração das várias unidades biologias que compõe o organismo. É ela também que determina as funções celulares, coordenadas pela memória genética.

     

     

    Quando o homem vivia em equilíbrio energético, e através da palavra, adquiriu uma diferenciação dos outros seres viventes, e cometeu uma primeira infração, quando tentou sobressair-se do sistema, tomou conhecimento do bem e do mal, tomou também conhecimento da sua existência e conseqüentemente da morte.

     

    vii

    Isso lhe gerou um primeiro sintoma de desconforto mental, pois de que valeria viver em equilíbrio se um dia morreria.

    Um tipo de sintoma primário, o mais próximo possível da energia vital, capaz de provocar um transtorno, que doravante agregado ao ser , passou a ser transmitido a todas as gerações , como um sintoma não só impossível de ser removido , como também passou a ser a base de todas outras alterações, aos quais todos nós estamos sujeitos : A ansiedade !

    A ansiedade é uma manifestação de desconforto mental, mãe da angustia, filha do medo, irmã das preocupações e parceira das contrariedades.

     

    As religiões, as ciências e as filosofias, cada uma delas tem suas explicações para a morte, mas nenhuma delas, nos dá a segurança necessária, para vencermos definitivamente a ansiedade da morte.

     

    Os medos , as preocupações , a insegurança, a falta de confiança , os sentimentos, a tristeza, a auto censura, as emoções, nossas sensibilidades, e muito outros, derivam desse sintoma básico, levando-nos a um desequilíbrio orgânico.

    Falando praticamente, é muitas vezes perigoso eliminar os sintomas desse desequilíbrio, enquanto a própria ansiedade não for esclarecida.

     

    A íntima relação com o cliente, com seus vários tratamentos e seus insucessos, permite uma compreensão profunda, onde um alívio mental certamente se dará, e aos poucos, o próprio indivíduo adquire e transmite caminhos que o levarão em busca de um reencontro energético equilibrado.

     

    Dentro de uma realidade, é obvio, pois podemos eliminar todos os sintomas de uma pessoa, menos a ansiedade, pois se isso possível fosse, não morreríamos mais, nos tornaríamos eternos!

     

    Para tanto devemos ter uma vivência ilibada, sem substratos sociais, um comportamento estritamente profissional, incapaz de participar de polêmicas ou pareceres de qualquer ordem, que criam divergências, ou emitir opiniões pessoais, que constrange o cliente e quebra a confiança no sigilo.

     

    Ninguém muda, todos nascemos prontos, com um constitucional que será por toda a nossa existência a nossa marca pessoal de nossa maneira de reagir, pelo nosso temperamento, nosso comportamento, e por mais que queiramos ser como querem, no íntimo não somos nunca o que queríamos ser.

     

    Aí nascem os conflitos e perante essa abordagem, em quem colocam em nós uma confiança acima da confiança jamais depositada em qualquer outro semelhante,

    está o sucesso desta terapia.

     

     

    A abordagem dessa terapia :

     

    Cada sessão deve durar aproximadamente 40 minutos, e deve ser programada num mínimo de 6, até um sem limite. Isso determina a forma da terapia , sujeita às variações de cada caso, com retornos programados de tal forma que os horário e os dias estejam de acordo com as possibilidades de cada cliente.

    Na nossa formação, além de um mínimo de 6 sessões, inclui-se um complemento de 6 horas de aulas teóricas sobre o chamado constitucional.

     

    Numa primeira entrevista deve-se demonstrar serenidade, e destituído de qualquer pressa, levantar os dados biográficos completos do indivíduo, antecedentes pessoais , história pregressa, tratamentos anteriores desde sua infância até os dias atuais , rever sua criação e o convívio de sua criação, deixá-lo falar de sua infância e de seus familiares, anotando qualquer referência que demonstre ressentimentos, frustrações, dificuldades, mas também prazeres e saudades.

     

     

    Os clientes muitas das vezes na sua ânsia de respostas aos seus conflitos, fazem mais perguntas que falar de si, o que compete ao terapeuta ordenar as terapias subseqüentes, fazendo-os compreender que é no andamento do processo que irão aflorar os sintomas mais profundos dos quais por conseguinte a melhora de sua ansiedade.

     

    Outros há que são tímidos e calados, e estimulá-los a falar de si , exige um processo de reflexão induzida , sempre fundamentada em mais ouvir.Nada se pergunta e nada se responde, aguardando-se tranqüilamente o tempo passar e convida o cliente a uma próxima sessão, sem constrangimento, dizendo um mínimo de que há muita paz no silêncio.

     

    Os 13 constitucionais mais conhecidos,( 7 )

    em seu conjunto de sintomas dos indivíduos

    semelhantes entre si, e da forma mais abrangente possível,

    representativo de 95 % das manifestações , com seus

    sintomas correlativos :

    Constitucional do sol ( 8 ) e outros na seqüência :

     

     

     

    1* - “ sol “ : TEMOR A SOLIDÃO

    todavia, desejo freqüente de ficar só !

    sente-se melhor quando só,

    porém sabendo que há alguém por perto !

    FALTA DE CONFIANÇA EM SI MESMO

    que é o núcleo da personalidade,

    ocultando-se detrás de uma

    TIMIDEZ

    ou mesmo,

    INDECIZÃO

    ou pelo contrário, através de um

    um mecanismo de defesa do

    “ EU “ ,

    por uma expressão de

    ORGULHO ou

    SOBERBA,

    ou mesmo

    DESPREZO pelos demais,

    chegando mesmo à um caráter

    IMPERIOSO DITATORIAL OU

    DOMINADOR !

     

     

     

    2 * - “ serpente “ : CIÚMES TÃO ABSURDOS ,

    que são inaguentáveis.

    LOQUACIDADE - FALA ALTO

    FAZ DISCURSO,

    MUDA RAPIDAMENTE DE TEMA

    mas pode ser

    LENTO ERRÁTICO

    ANSIEDADE PELO FUTURO

    AFECÇÕES RELIGIOSAS

    MENTALMENTE PIOR PELA MANHÃ

    DELÍRIO

    ABANDONADO TRISTE IRRITADO

    ASSUSTADIÇO

    HILARIEDADE

     

     

    3 * - “ fogo “ : INTENSA INQUIETUDE

    GRANDE DESASSOSSEGO

    MENTALMENTE INQUIETO

    ANSIEDADE MARCADÍSSIMA

    SENTIMENTOS DE CULPA

    REPROVA-SE

    ALBERGA RESSENTIMENTOS

    TERRÍVEL TEMOR DE MORRER

    DESESPERO

    ÁVARO

    ciumento e covarde

    NÃO TOLERA COISAS FORA DO SEU

    lugar habitual

     

     

    4 * - “ fósforo “ : MEDO DE MORRER

    MEDO DE FICAR SÓ

    DE TORMENTAS

    GRANDE DESEJO DE COMPANHIA

    APATIA

    indiferença a tudo

    CUSTA A ENTENDER CONCENTAR-SE

    AS VEZES CLARIDADE MENTAL

    percepção

    SENSAÇÃO DE VAZIO NA CABEÇA

     

     

     

    5 * - “ gelo “ : ABOLIÇÃO DA CAPACIDADE DE

    SENTIR AMOR

    INDIFERENÇA aos seus seres queridos

    AVERSÃO AO ESPOSO

    AVERSÃO às suas ocupações

    VIVE APARTADA DA FAMÍLIA

    SENTE-SE MELHOR SÓ

    AVERSÃO À COMPANHIA

    EVITA VER GENTE todavia,

    TEM MEDO DA SOLIDÃO COMPLETA

    GRANDE TISTEZA

    CANSADA DA VIDA

    ALEGRE NAS TORMENTAS

    IRRITAVEL À CONTADIÇÃO não a

    tolera PIORA PELO CONSOLO

     

     

     

    6 * - “ terra “ : CHEIO DE MEDOS

    de morrer

    de ser observado

    do escuro

    de perder a razão

    da solidão

    da pobreza

    OBSTINADO

    MUITO SENSÍVEL aos

    relatos tristes

    às más notícias

    ALUCINAÇÕES

    vê caras horríveis

    imagens que o assustam

    que vão assassiná-lo

    que alguém caminha ao seu lado

     

     

     

     

    7 * - “ mercúrio “ : POUCA MEMÓRIA

    ESQUECIDO

    CONFUSO se perde pelas ruas

    NÃO RECONHECE SEUS PARENTES

    CANSADO DA VIDA que o atormenta

    sobretudo a noite

    TENDÊNCIA AO SUICÍDIO porém

    medo de suicidar-se

    SENTIMENTOS DE CULPA

    deseja morrer

    TENDÊNCIA DESTRUTIVA

    DESCONFIADO

    DIZ ESTAR BEM quando está mal

     

     

    8 * - “ enxofre “ : INDOLENTE

    AVERSÃO AO TRABALHO

    ABSOLUTAMENTE EGOÍSTA

    ARROGANTE SOBERBO

    INDIFERÊNÇA A COISAS EXTERNAS

    E AOS PRAZERES

    DESORDENADO SUJO não se preocupa

    COM SUA APARÊNCIA PESSOAL

    TEORIZANTE

    TENDÊNCIA AO ENCOSTO

    FELICIDADE ALOCADA

     

    9 * - “ rosa “ : AGRADÁVEL

    ESPECIALÍSSIMO MODO DE SER

    SUAVE DÓCIL APRAZÍVEL

    CHORA FACILMENTE

    NÃO PODE DAR SEUS SINTOMAS

    sem chorar

    MELHORA PELO CONSOLO

    CONDÓI-SE PELO SOFRIMENTO

    de animais e pessoas

    SUMAMENTE TÍMIDO

    ESCONDE-SE INDECISO COVARDE

    SENSAÇÃO DE SER ABANDONADO

    CHEIO DE MEDOS escuro,

    fantasmas,crepúsculo , multidões

     

    xiii

    10 * “ água “ : HIPERSENSÍVEL A FATORES

    de toda ordem,

    SUMAMENTE IRRITÁVEL

    COLÉRICO VIOLENTO

    ALBERGA RESSENTIMENTOS

    DISCUTIDOR

    OBSTINADO

    MAL HUMORADO

    INSOLENTE

    IRRITA-SE QUANDO LHE FAZEM

    perguntas

    DISPOSTO À IRA AO RANCOR

    ao engano

    NOXAS EMOCIONAIS

    TRANSTORNOS POR INDIGNAÇÃO

    SUA AGRESSIVIDADE

    transcende a si mesmo

    GOLPEANDO BLASFEMANDO

    REPROVANDO

     

     

     

     

    11 * “ platina “ : ALTIVO

    ARROGANTE

    ARROGÂNCIA RELIGIOSA

    HOMOSSEXUALIDADE

    DEPRECIATIVO COM TUDO

    EGOLATRIA

    CHEIA DE ILUSÕES às pessoas

    LASCÍVIA

    DESPREZA ( MULHERES) contra

    vontade

     

     

     

     

     

     

     

    12 * “ preto “ : AFECÇÕES DE ORIGEM

    EMOCIONAL

    TRANSTORNOS POR PENAS

    AMORES MORTIFICAÇÃO

    TRISTEZA SILENCIOSA

    CANSADA DA VIDA aborrecida

    descontente inconsolável

    PROFUNDOS RESSENTIMENTOS

    IDÉIA FIXA chora ao recordar

    AVERSÃO À COMPANHIA

    SENTE-SE MELHOR SÓ

    CHORO FÁCIL sem causa

    NÃO TOLERA O CONSOLO

    MALICIOSO VINGATIVO

     

    13 * “ lua “ : CARECE DE CONFIANÇA

    em si mesmo

    É PULSILÂNIME APOCADO

    dócil frouxo submisso

    TIMIDEZ

    TEMOR AO FRACASSO

    falta-lhe força – firmeza

    nem sempre tolera o consolo

    CONSCIENCIOSO

    detalhista

     

     

     

     

     

     

    Alguns casos documentados :

     

     

     

    São clientes que retornam esporadicamente, fazem seus relatos por escrito, para manterem um elo com o tratamento, ou por residirem longe da base.

     

    Alguns deles com até 5 anos de terapia, outros já no início sentem-se bem em escrevendo seus pensamentos.

     

     

     

    VEJAMOS ALGUNS DESSES RELATOS :

     

     

     

    1)

    ...“ No outro dia ligo para minha mãe

    e para minha irmã e as duas falam

    que estão com um forte pressentimento,

    de uma notícia muito ruim na família

    e isto aumenta a minha angústia,

    mas aumenta também a minha fé... “

     

    2)

    ...“ eu tomei a seguinte decisão, se todos

    estes sentimentos, tivessem o poder

    de me transformar eu preferiria morrer,

    pois não queria me transformar numa

    pessoa orgulhosa, pois sabia que teria

    quem eu quisesse , pensei muito e joguei

    todas essas energias, esta paixão, para

    conquistar algo que eu nunca havia tido

    e me apaixonei, ... “

     

    3)

    ... “ Todo final de semana é a mesma porcaria

    é só incomodação, vergonha, eu cheia de

    chamar a atenção de um homem barbado,

    para se controlar na bebida.

    Acordei de um sonho, com uma grande

    culpa, como se eu tivesse participado de

    uma tentativa de suicídio, de uma mulher

    muito querida por todos. Que estava

    internada em uma clínica, não sei se era

    de saúde ou de embelezamento, enfim eu

    teria feito algo ... “

     

    4)

    ... “ E a derrubada da muralha !

    Havia uma muralha. E foi preciso quase

    toda uma existência para que afinal viesse

    a ser derrubada.

    Para tanto foi preciso ainda que Deus me

    colocasse a pessoa certa num instante

    desesperador... “ xvi

     

     

     

    Conclusões :

     

    Não levantamos hipóteses iniciais, nem enveredamos por argumentações comprovadoras de teses em sentido estrito, porem os resultados são conclusivos,

    a Terapia Analítica do Constitucional TAC , traz uma oportunidade única ao nosso trabalho , tendo em vista a valorização da mais moderna e completa abordagem no tratamento da ansiedade, que é a visão holística.

     

     

    Referências :

     

     

     

    1) - RISQUEZ, Fernando : “ Tratamiento Constitucional de las Enfermidades Mentales “.

    México, Ed. Fênix, pp 119.132. 1964

    2) - HAHNEMANN, Samuel : “ Organon da Arte de Curar “.

    São Paulo, 2ª. Edição da A.P.H. ¶ 87 . 1981

    3) - ST. PASTEUR, José Barros : “ Medicina Del Terreno “ .

    Caracas, Universidad Central , Ediciones Biblioteca. 1977

    4) - HIPÓCRATES : “ Oeuvres Completes D’ Hippocrates “ .

    Paris, Littre . 1839

    5) - KURT, Goldstein : “ The Organism, a Holistic Approad to Biology “

    New York, American Book Co. 1939

    6) - SAKURAZAWA, Nyoiti : “ La Philosophie de la Medicine d’Extreme Orient “ .

    Paris , Ed.. J Vrin . 1959

    7) - VIJNOVSKY , Bernardo : “ Sintomas – Clave “ .

    Buenos Aires, Editorial Albatros. 1978

    8) - NASCIMENTO, A.C. : “ Psicobiopatografia Dinâmica “ .

    Blumenau SC , Edição do CPBESC. 1982

    9 - NASCIMENTO, A. C. : “ Constitucional do Autor “.

    Blumenau SC , Cartório Braga, Reg. Livro 8-38-NOT. 6.781 FLS 026 - 20 out. 1982

     

     

     

     

     








     

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

     

    Autor: : SINTE
    Última atualização: 01/11/2016 11:49


    Terapia dos Números






    Rosemi Fernnades
    Terapeuta Holística - CRT 21001


    Terapia dos Números
    Como eles podem ajudar você e as pessoas a sua volta

    Uma ferramenta para despertar potenciais presentes em todos os seres humanos

    Numerologia

    Em ocultismo, estudo do significado dos números e da

    sua influência no caráter e destino dos homens.

    DICMaxi Michaelis – Moderno Dicionário da Lingua Portuguesa

    SUMÁRIO

    RESUMO pág. 04

    INTRODUÇÃO pág. 05

    2.0MATERIAL E METODOLOGIA pág. 06

    2.1 Número da Alma pág. 07

    2.2 Número da Personalidade pág. 07

    2.3 Número geral pág. 07

    3.0 RESULTADOS (preparando o Mapa) pág 08

    3.1 Vogais – Número da Alma - pág 08

    3.1.2 Interpretação – pág 08

    -

    3.2 Consoantes – Números da Personalidade – pág . 09

    3.2.1 Interpretação - pág. 01

    3.2.2 Análise – Soma Geral – Alma e Personalidade pág. 09

    4.0 Número do Destino e Tendências para vida pessoal e profissional pág. 10

    4.1 O Que significa número do Destino ? pág. 10

    4.2 Interpretação – Números do Destinos págs. 10 – 11

    5.0 Número Geral – pág. 12

    6.0 DISCUSSÃO 14

    6.1 Tabela de Tendências pág. 15

    6.2 Exemplo prático pág. 16

    7.0 CONCLUSÃO pág. 17

    BIBLIOGRAFIA pág. 18

    ANEXOS COMPLEMENTARES pág. 19 -20

    Resumo :

    A Numerologia pode ser definida com uma técnica de análise da personalidade em seus potencias e sutilezas, através da transformação de letras em números, como também a análise da data de nascimento. O objetivo é trazer a tona aspectos interiores não explorados utilizando para isso o estímulo a intuição . De posse da análise do mapa numerológico, leva-se em conta mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, vida social , relacionamentos , relações familiares, além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive profissionais.

    O nome e a data de nascimento de uma pessoa, estão em evidência por toda a vida , vibrando no inconsciente , como se fosse um código de presença. As letras do alfabeto , como também as datas importantes, são chaves que abrem uma porta, para um território pouco explorado.

    Segundo a numerologia , cada número ou valor numérico possui uma vibração particular , sendo que a soma correta das letras, correspondem ao interior e exterior do indivíduo ,e indicaria tendências de acontecimentos ou melhorias em qualquer setor , quer sejam profissionais ou pessoais.

    A numerologia é uma técnica pertencente a Sincronicidade , conforme consta no Manual Oficial do Terapeuta Holístico 'pág. 133 e 135 NTSV- TS 001, 2 e 3,

    Terapia em Sincronicidade pág 135 5.1.10: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".

    Arquetipo pág. 135 e 136 : 5.1.13 são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). ......Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos.... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    Introdução

    Ao longo da minha vida profissional, ouvi uma quantidade enorme de perguntas relacionadas à Terapia Holística em especial a Terapia em Sincronicidade utilizando a Numerologia . Não importando o grau de instrução, idade, sexo, condição social ou profissional, as questões levantadas quase sempre estavam relacionadas ao nome e se este poderia ou não trazer sorte a pessoa.

    Na verdade desde a antiguidade, a humanidade procura respostas para todas as coisas, principalmente na existência do mundo, alguns buscam suas repostas na religião, na história, outros na ciência, a verdade o que podemos afirmar com clareza é que existe o livre arbítrio e deste todos fazem suas escolhas, e usam suas crenças como meio de vida, ou como justificativa de que sempre existe algo mais.

    A minha proposta é apresentar esta técnica , conhecida como numerologia, respeitando a individualidade de cada pessoa, acrescentando mais um degrau na evolução pessoal. Segundo o filósofo grego Pitágoras considerado por alguns numerólogos o pai da numerologia, apesar de não haver qualquer relação entre o mapa numerológico atual e o filósofo grego, acreditava-se que tudo no universo tinha relação com os números.

    Apesar de tantos estudiosos envolvidos, na verdade a numerologia nunca precisou de grandes práticas, tampouco foi ligada a religião, mediunidade ou magias. Qualquer pessoacom conhecimento matemático e interesse pode utilizar a técnica . A prática pode ser realizada por Terapeutas Holísticos,neste caso a técnica pode ser facilmente adaptada na sessão de aconselhamento , que pode ocorrer nas primeiras consultas, a vantagem é que a numerologia vem ganhando cada vez mais espaço no mundo, como também gerado bastante influência na sociedade já que é um assunto comum na midia escrita e televisiva, por isso grande parte dos clientes já ouviram falar ou leram algo sobre a numerologia.

    A influência dos números em nossas vidas , nada mais é, do que a necessidade dos seres humanos em recorrer aos símbolos para se conhecerem , mas o que se evidencia é a real necessidade de encontrar um caminho melhor , de encontrar a chamada felicidade .

    Muitos acreditam que a mudança do nome acrescentando ou retirando alguma letra , a pessoa encontrará um novo amor, plano de carreira , saúde , enfim tudo que o ser humano quer conseguir na tragetória de vida. Na verdade tudo esta em nossas mentes, e para concretizar nossos objetivos é necessário se conhecer , por isso a numerologia pode ser um dos caminhos para a descoberta .






    MATERIAL E METODOLOGIA


    Não se sabe o período da descoberta da Numerologia, mas várias civilizações já faziam uso dos mapas numerológicos, desde fenícios, babilônios, egípcios, gregos, romanos, chineses e árabes . Entretanto meu estudo se fundamentou nos Caldeus (novos babilônicos) reconstruíram a Babilônia, mas sua dominação durou pouco: em 539 a.C. foram vencidos pelos persas de Ciro, o Grande, que libertou os judeus do cativeiro da Babilônia. (ver anexos) As idéias e crenças dos caldeus resistiram ao tempo, às perseguições religiosas que aconteceram na Europa durante a Inquisição, e chegariam até os nossos dias. Na verdade pouco se sabe sobre as práticas do povo Celta , contudo existiram e por não possuirem nenhum elemento de estudo para enender a numerologia , eles acreditavam como explicavam a organização do universo através das reações climáticas e dos movimentos da natureza.

    Pitágoras na sua ápoca apesar de não ter participado da estrutura da numerologia moderna, teve um papel fundamental estabelecendo a ligação da metafísica do número como arquétipo(*), símbolo essencial da Vida.

    A diferença fundamental entre os dois métodos esta nos primeiros estudos , enquanto os Caldeus se inspiram na natureza , filósosos dentre eles Pitagoras iniciaram suas pesquisas em uma lei quantitativa, através de pesquisas com a música. Estudaram a relação entre os tons musicais de uma corda vibrante e seu tamanho, revelando sons gerados nos intervalos de oitava, quarta e quinta notas expressos em termos de razões numéricas. Estudaram também os sons gerados em jarros com diferentes níveis de água.

    Além do filósofo Pitágoras podemos citar Platão (a quem devemos a maioria dos dados sobre os ensinamentos pitágoricos, já que o mestre nada deixou por escrito), Aristóteles, Nicômaco, Fludd, Hermes Trimesgistus, Nostradamus, Cornelius Agrippa, Cagliostro, Eliphas Levi.Para os filósofos que se interessaram por esta técnica, conhecer as leis da natureza seria conhecer a alma do universo, construído segundo leis da harmonia e do equilibrio. Esta alma, à qual o corpo do universo obedece e uma estrutura interna regida por certa idéia numeral, ou seja ,percebia-se que tudo no planeta era regido por números.

    Com o desenvolvimento dos mapas, os numerólogos realizavam seu trabalho obedecendo as leis da matemática ou a natureza , e para os mais desafiadores era possível trabalhar com as duas vertentes.

    Por isso que podemos explicar que a Terapia dos Números ou Numerologia objetiva acelerar o processo de auto-conhecimento . Muitas outras técnicas da Terapia Holística contribuem para este aprimoramento e em conjunto podem trabalhar o indíviduo como um todo. Mas quando se trata em equilibrar o ser humano podemos oferecer as pessoas a nossa volta todas a possibilidades chegando a resultados surprendentes quer seja através da numerologia , (sincronicidade) terapia Floral , aconselhamento , aromaterapia, dentre outras que buscam um só resultado : Qualidade de Vida e despertando dentre de cada um capacidade de se conhecer e viver melhor.



    (*) arquétipo : ver resumo


    Paradoxalmente entre duas linhas tanto o alfabeto grego, bem como o hebraico, tem os mesmos símbolos para seus números bem como para seus algarismos, ou seja, alfa vem a ser ao mesmo tempo uma letra e um numeral. Esta idéia é parte da numerologia, quando associamos a letra A ao número 1, a letra B ao número 2, e por aí vai. (ver tabela abaixo) Mas isto se aplica, como citado também ao alfabeto hebraico, e daí vem a gematria, uma disciplina da cabala que é a origem da tese numerológica, mas não de sua técnica - o que seria assunto para outra palestra. Apesar das duas vertentes terem suas mentiras e verdades , o ideal é fazer o estudo seguindo a lógica , ou seja , seguir uma tabela de correspondência coerente, como fez Pitagoras.

    O que a numerologia precisa é de pesquisa séria, para que possamos estar constantemente ajustando e aperfeiçoando o conhecimento, para que ela de fato cumpra seu papel, que é o de orientar e ajudar no autoconhecimento, e não trazer fórmulas "mágicas" ou soluções instantâneas.

    Portanto, não existe uma "numerologia pitagórica". Existe simplesmente a Terapia dos Números, a qual trata do aspecto metafísico dos números. Na qual você pode acrescentar pesquisas dos povos antigos , mas sempre visando a melhoria do seu cliente e se adaptando a realidade de cada pessoa .

    Para se ter uma noção confiável de cada pessoa podemos dividir os cálculos em três partes :

    2.1 NÚMERO DA ALMA

    A soma das vogais do nome equivale aos aspectos interiores , ou seja o que esta gravado em seu íntimo , abragendo aspectos emocionais e de comportamento. Pode ser estendido para relação com a família, amigos e parceiros.

    2.2 NÚMERO DA PERSONALIDADE :

    A soma da consoantes corresponde aos aspectos externos , ou seja como as pessoas a sua volta indentificam sua personalidade e sua interação com a sociedade É a primeira impressão que a pessoa causa, aquilo que os outros vêem no indivíduo ao ter contato social pela primeira vez, ou ainda aquilo que se ouve falar da pessoa, a marca que ela deixa no imaginário de quem a observa. Não que a opinião pública deva ser o fator principal , para melhoria dos aspectos de equilibrio , mas sim o ponto entre o consulente com o analisado.

    2.3 NÚMERO GERAL :

    A totalidade da personalidade da pessoa, o resultado da combinação entre o que a pessoa é na intimidade e em público, o produto desta mistura podemos traduzir o número geral da pessoa .






    3.0 RESULTADOS - PREPARANDO O MAPA

    Primeiro passo é escrever o nome completo da pessoa , empresa ou coisa analizada.

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    A

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    K

    L

    M

    N

    O

    P

    Q

    R

    S

    T

    U

    V

    W

    X

    Y

    Z

    Existem também os números mestres que são 11 , 22 e 33 obtidos ao final do estudo , ou seja a soma da data do nascimento mais a soma dos números do nome completo que se totalizam .

    3.1 AS VOGAIS ( números da alma) refletem o interior da pessoa, já que seu som é formado no interior do aparelho fonador. Ao pronunciarmos os sons de A, E, I, O e U, podemos fazê-lo com a boca quase fechada, sem sons formados pelo impacto dos lábios. Ou seja, sons que não se formam no exterior da boca. Desta forma, a letra W será considerada vogal em Wellington, mas será, uma consoante em Wanda. Da mesma forma, J é consoante para Juarez, mas é vogal para Johann (J tem, neste caso, som de I). Por isso muita atenção nos calculos , estabelecendo as diferenças entre vogais e consoantes.

    3.1.2 NÚMEROS DA ALMA – Interpretação de cada número

    Número 1 - Independente, individualista, tende a comandar as relações.

    Número 2 - Dependente, sensível, tende a ser conduzido e a se adaptar.

    Número 3 - Alegre, criativo e de temperamento infantil para bem e mal.

    Número 4 - Confiável, previsível; busca relações estáveis e sólidas, mantém tradições.

    Número 5 - Sensual, imprevisível, busca novidade e aventura, reage às tradições.

    Número 6 - Valoriza a família, emotivo, ciumento, apaixonado e parcial.

    Número 7 - Valoriza o intelecto, racional, precisa de certo isolamento, busca o equilibrio.

    Número 8 - Pragmático, justo, objetivo, parece dominar, mas é ultra-sensível.

    Número 9 - Energia extrema, ânsia, precisa de movimento e grandiosidade.

    Número 11 - Voltado ao transcendental, precisa se sentir compreendido, o que é raro.

    Número 22 - Voltado à realização do impossível, emocionalmente delicado apesar de resistente.





    3.2 – AS CONSOANTES : Atenção aos sons das vogais e consoantes para seguir o cálculo correto, e não surgindo erros na interpretação final .

    3.2.1 NÚMEROS DA PERSONALIDADE - Interpretação de cada número

    Número 1 - Parece um pouco arrogante, pose de líder, o que direciona

    Número 2 - Posiciona-se com discrição, reflete o ambiente em que se encontra

    Número 3 - Muito comunicativo e simpático, às vezes um tanto exibido

    Número 4 - Transmite confiança e seriedade à primeira vista

    Número 5 - Parece rebelde, irônico, atraente, provocativo

    Número 6 - Transmite familiaridade e hospitalidade

    Número 7 - Parece frio e distante, transmite inteligência

    Número 8 - Desenvolvido senso de justiça e objetividade que transparece logo

    Número 9 - Pode parecer ansioso e impaciente, mas se dá bem com todo tipo de pessoa

    Número 11 - Transmite um ar de mistério e parece inatingível ou incompreensível

    Número 22 - Dá a impressão de ser alguém pronto para as mais difíceis empreitadas


    3.2.2 SOMA GERAL – ALMA/PERSONALIDADE - Interpretação de cada número

    Número 1 - Aquele que guia os outros e os representa

    Número 2 - Aquele que colabora e facilita

    Número 3 - Aquele que é ligado a comunicação e as relações

    Número 4 - Aquele que se responsabiliza e cumpre metas

    Número 5 - Aquele que rompe e se necessário estabelece as regras e as questiona.

    Número 6 - Aquele que mantém as tradições e a família

    Número 7 - Aquele que analisa de maneira científica e busca os detalhes

    Número 8 - Aquele que faz justiça e promove a prosperidade

    Número 9 - Aquele que ultrapassa e expande os limites

    Número 11 - Aquele que não se encaixa em nenhum grupo específico

    Número 22 - Aquele que tenda realizar o impossível


    4 .0 -NÚMERO DO DESTINO -Tendências para vida pessoal e profissional

    Cálculo feito através da data de nascimento seria a soma do dia , mês e ano do nascimento .Utilizaremos como EXEMPLO o dia do Terapeuta Holístico mais ano de fundação do Sindicato : 08/09/1992 = 8 + 9 + 1 + 9 + 9 + 2 = 38 = 11

    4.1 O QUE SIGNIFICA NÚMERO DO DESTINO ?

    Segundo consta no dicionário Michaelis , DESTINO significa “ Encadeamento de fatos supostamente fatais; fatalidade. 2 Circunstância de ser favorável ou adversa às pessoas ou coisas esta suposta maneira de ocorrerem os fatos.”

    Na verdade destino é determinado pela providência ou pelas leis naturais, entretanto no estudo de numerologia seria a soma da data do nascimento , pois esta normalmente não é escolhida, pois acontece , então poderíamos supor que cada um tem um destino específico, respeitando , além da data em si , o meio que vive , criação , fatores externos , local de nascimento, etc...

    A análise funciona fundamentamente levando-se em conta o tipo de vida que a pessoa vive, a atmosfera externa (profissão, relacionamentos) o tipo de fatos e seres que naturalmente fazem parte da vida de um indivíduo.

    4.2 – INTERPRETAÇÃO NÚMERO DE DESTINO


    Destino Um

    Iindependencia e seu ponto original e que deseja ter sempre liberdade de ação. Percebe com facilidade novas idéias quando elas aparecem. Aprende com facilidade, tem coragem para levar adiante suas metas. É um líder, inspira os outros com seu entusiasmo e busca constantemente soluções construtivas para vencer os obstáculos. Dominio , controle , mas muitas vezes pode parecer rude e imapaciente.

    Destino 2

    Seu ponto mais marcante é observação , quanto mais detalhes melhor . Possui muita imaginação e tem o dom da harmonia. É o ser pensante , dficilmente toma decisões rápidas , precisa analisar todos os lados antes de tomar qualquer decisão. Excelente conselheiro(a) faz papel de mediador nos conflitos, conseguindo sempre algum acordo. O aprendizado do número dois é tomar decisões rápidas , precisa aprender a lidar com calma , pois tem dificuldades de concentração. E acima de tudo , por mais bem-intencionadas que as pessoas possam ser , saiba separar o Jóio do trigo e separar o que é real do falso, em outras palavras , aprenda não acreditar em tudo que falam.

    Destino 3

    Sua essência é a comunicação e a criatividade . Terá boas habilidades com as mãos artes, escrita . Para desenvolver seus dons deverá aprender lidar com a auto-crítica , para que possa concluir suas metas. Viagens , bons amigos e conquistas no âmbito profissional são prováveis na vida de um número 3


    Destino 4
    O quatro frequentemente sabe ficar com o pés no chão ao tomar decisões práticas , entretanto por possuir o senso de organização , pode se tornar perfeccionista , por outro lado sae ser condescendente ois possui o espirito da justiça . Apesar do número Quatro aprender a lidar com as emoções , familia e carreira , seu trabalho será sua meta de vida, tanto profissional como cultural.

    Destino 5
    O cinco gosta de viver tansformações , mudanças é algo comum .Possui energia e disposição e tem coragem e muita agilidade mental. Sabe encontrar soluçõepara os problemas. Aprende muito pela experiência de vida, porém tem dificuldades de conviver com a solidão ,precisa ter sempre pessoas as sua volta, mesmo que estejam de boca fechada . Deve tomar cuidados com a impulsividade , ponto fraco do número cinco , ou seja : " quem come rápido , come cru ....."

    Destino 6
    Apaziguador(a) , gosta do mundo azul , ou seja quer o bem estar de todos e do planeta. possui sensibilidade para música e para artes. è o tipo de pessoa emocional , ou seja sente verdadeiramente as alegrias e deficiencias das pessoas, se preocupa e as vezes comete o exagero de " comprar o problemas dos outros " O amor é sua fonte divina , sendo amistoso e cordial com a familia . Busca harmonia em todas as coisas , e consegue ver beleza até mesmo onde não existe , ou seja o número 6 é o enterno Otimista . deve tomar cuidado para não criar expecttivas nas pessoas , pois gera frustução e tristeza.

    Destino 7
    Cultura e aprendizado são os pontos marcantes do número 7 . Possui o dom das palavras, entende seu poder e influência. O conhecimento faz parte da sua natureza, você é muito mental e bastante introspectiva(o). Por ser extremanente analitico, gsta de ir a fundo em tudo . Apesar de parecer fria sente muita compaixão pelos outros. Seu lado místico ou espiritual logo será aflorado , visto que tem interesse pelo oculto. Seu desafio será a paciência , pois sentirá muitas vezes que o " um ser imcompreendido" , por isso suas relações afetivas terão que ser conqusitadas com carinho: " não fique na toca , mostre sempre seus talentos "

    Destino 8

    O oito conhece o caminho da prosperidade , no entanto na busca desenfreida pelo material , acaba esquecendo os outros pontos de equilibrio. Possui muita força de vontade e energia para o trabalho Tem coragem , independencia e sabedoria, conforto, segurança e prosperidade são essenciais para sua felicidade. Seu aprendizado será encontrar o equilíbrio entre o material e o espiritual. Apesar dos desafios e conquistas materiais , precisará arpender a lidar com as reclamações: " conhece o ditado " Deus dá o frio , conforme o cobertor " ....

    Destino 9

    O Nove é número do ser Humanitário, possui sentimentos de amor universal consolidados em sua alma Procura comprender todas as pessoas e ajuda-los sempre que pode. Por ser idealista quer trasnformar o mundo para algo melhor. Se interessa pelo oculto e pelo mistério, e por isso sempre acha que descobriu a chave para salvação do planeta . É aquele que (acha) tem a resposa para tudo , se não conseguir satisfazer a pessoa na hora , saiba que saberá contornar tudo, pois usa as palavras que comevem o coração de qualquer pessoa. O desafio do Nove é aprender a lidar com suas próprias emoções



    5 .0 NÚMERO GERAL Soma do estudo do nome completo ( alma + personalidade ) ersultado deste soma-se com o número do destino ( nascimento)

    5.1 INTERPRETAÇÃO GERAL

    O número 1

    É o gerador, a explosão inicial, a agressividade. Simboliza a liderança, a iniciativa - a força em seu estado inicial.


    O número 2

    Enquanto o 1 é ação pura, o 2 raciocina sobre o que está ocorrendo. É a consciência, a profundidade, a sabedoria. Em seus aspectos negativos, o dualismo, a incerteza, a timidez. Simboliza a arbitragem, o tato, a diplomacia, a paciência, a escolha elaborada, a busca de detalhes, a seleção.

    O número 3

    É a manifestação, o Verbo. Depois de passar por um processo de seleção no 2, e de simplesmente explodir no 1, surge a necessidade de criar, de expressar-se, de transformar-se em explosão criativa, mas organizada a partir do 2. Simboliza a criatividade, as artes, a invenção, a imaginação, os contatos, a auto-expressão.

    O número 4

    É o momento do repouso, buscando a organização. Até então, houve a explosão (1), a seleção consciente (2) e a criatividade (3). O Homem sente necessidade de organizar-se, de buscar as próprias forças naturais: é o momento 4. Simboliza a organização, o sistema, o método, o trabalho, a limitação.

    O número 5

    Depois desses quatro momentos iniciais, há a necessidade de ousar, aventurar-se, tomar contato com outras realidades, de explorar mais a própria natureza e a natureza que nos cerca. É o momento 5. Simboliza a versatilidade, a impulsividade, a busca, os cinco sentidos, o destemor.

    O número 6

    Após a aventura, o descanso. A necessidade de um lar, uma família, uma comunidade. E, dentro desses limites, a busca da harmonia e da beleza. É o momento 6. Simboliza a harmonia, a beleza estática, o prazer gregário, a família, a comunidade, o civismo, o serviço.


    O número 7

    Mas somente a plenitude organizada não basta. Pressente-se que há algo mais e a necessidade de buscar, transcender-se, ir além do rotineiro, do predisposto. É o momento 7. Simboliza a busca interior, o despertar dos sentidos internos, a espiritualidade, a necessidade de estudo , especialização e pesquisa, a ânsia de ir buscar em todas as fontes, as viagens psíquicas.

    O número 8

    Súbito, percebemo-nos em um mundo materialista, exigente, competitivo, injusto. E sentimos necessidade de equilíbrio e de justiça. Somente a transcendência não basta; a pura espiritualidade não sustenta o corpo físico. É necessário buscar o lado material ao mesmo tempo em que desenvolvemos o lado espiritual. Com justiça e equilíbrio. É o momento 8. Simboliza o equilíbrio, a justiça, a auto-exigência.

    O número 9

    Depois de realizar esses oito primeiros momentos, o Homem ainda sente que lhe falta alguma coisa. Ele conseguiu, mas, e os outros? Olha em volta e vê pessoas necessitando de todo o tipo de auxílio. Vê injustiças, desequilíbrios sociais, desordem, infelicidade. Então, o Homem propõe-se a doar-se aos outros, compreendê-los e amá-los. É o momento 9. Simboliza a compreensão, doação, impessoalidade, completação.

    O número mestre 11

    É o 1 que vê a si mesmo e deseja melhorar. Não quer ser apenas mera explosão, mas inspiração. Simboliza aquele que se coloca em evidência, mas desejando, com essa atitude, melhorar a si e aos que o cercam- através da inspiração, da determinação e da força interior manifestada.

    O número mestre 22

    É o 4 não circunscrito aos seus limites. Simboliza o mestre construtor. É prático, mas, ao mesmo tempo, idealista. Procura expansão e novos caminhos, inspirando os outros a fazer o mesmo - porque sabe aliar idealismo sem devaneios a praticidade sem autolimitação.










    6.0 DISCUSSÃO

    Existem hoje diferentes estudos e interpretações dos mapas numerológicos , como também posturas distintas entre autores de livros , instrutores da técnica, pesquisadores antigos e modernos . Mas o que se evindencia de fato é que praticamente todos seguem a tabela pitagórica (abaixo) que podemos entender da seguinte forma , quanto mais integração na análise do mapa , maiores serão os resultados , e maior srão as chances de ajudar as pessoas a descoberta de seus potencias.

    Outra ferramenta de entendimento da técnica estaria um pouco atrás , propriamente entre os séculos III e IV antes de Cristo, os judeus da Caldéia, não só acreditavam como explicavam a organização do universo em planos de Criação formadores de 10 (dez) esferas.

    A primeira delas seria a Unidade, o princípio de todas as coisas.

    A segunda, a dualidade. Da união de ambas, surgiram todas as outras.

    O número 3 (três), seria a Água.

    O número 4, o Fogo.

    O 5 (cinco), 6 (seis), 7 (sete) e 8 (oito) representariam os Pontos Cardeais.

    O 9 (nove) e 10 (dez), os dois pólos da Terra.

    Já naquela época o homem estava convencido de que os números têm existência real e são dotados de um poder capaz de influenciar no destino dos homens e de todas as coisas vivas.

    Dentro da visão Holística , é inadimissivel supor que a numerologia possa analisar uma pessoa tomando como base aspectos negativos ou destruitivos , o máximo que podemos admitir são os VíCIOS , ou seja condutas inadequadas que no decorrer da vida a pessoa acostumou-se com atitudes de pensamentos .

    Aristóteles(*) distingue vícios e virtudes pelo critério do excesso, da falta e da moderação: um vício é um sentimento ou uma conduta excessivos, ou, ao contrário, deficientes; uma virtude, um sentimento ou uma conduta moderados.










    6.1 TABELA DE TENDÊNCIAS



    Número

    VIRTUDE

    EXCESSO

    DEFICIÊNCIA

    1

    Coragem

    Temeridade

    Covardia

    2

    Prudência

    Ambição

    Preguiça

    3

    Prodigalidade

    Esbanjamento

    Avareza

    4

    Equilibrio

    Zombaria

    Rusticidade

    5

    Gentileza

    Irritabildiade

    Indiferença

    6

    Justiça

    Inveja

    Malevolência

    7

    Respeito próprio

    Vaidade

    Modéstia

    8

    Magnificência

    Vulgaridade

    Vileza

    9

    Temperança

    Libertinagem

    Insensibilidade

    11

    Amizade

    Condescendência

    Enfado

    22

    Veracidade

    Orgulho

    Descrédito próprio


    Nas três aspectos de Virtude , Excesso e Deficiência , notamos uma concordância quanto à idéia de que, por natureza, somos seres passionais, cheios de apetites, impulsos e desejos cegos, desenfreados e desmedidos, cabendo à razão (seja como inteligência, no intelectualismo, seja como vontade, no voluntarismo) estabelecer limites e controles para paixões e desejos.


    Tudo é dependente de tudo mais, tudo é conectado, nada é

    separado. Portanto, tudo está indo pelo único caminho que

    pode ir. Se as pessoas fossem diferentes, tudo seria diferente.

    Elas são o que elas são, portanto tudo é como é."

    -- G. I. Gurdjjeff



    6.2 EXEMPLO

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS -VOGAIS

    A - 1 vez

    E - 3vezes

    I – 3 vezes

    O –2 vezes

    U – 1vezes

    1(A) x 3

    5 (E) x 3

    9(I) x 3

    6(O) x 2

    4(U) x 1

    3

    15

    27

    12

    4

    3 + 6 + 9 + 3 + 4 = 25

    6.2.1Aspectos Interiores ( NÚMERO DA ALMA) : 25 = 2+ 5 = 7
    Número 7 - Valoriza o intelecto, racional, precisa de certo isolamento, busca o equilibrio.


    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS - CONSOANTES

    S- 4 vezes

    N-2 vezes

    T-4 vezes

    D-2 vezes

    C-1 vez

    R-1 vez

    P-1 vez

    1(S) x 4

    5(N) x 2

    2(T) x 4

    4(D) x 2

    3(C) x 1

    9(R) x 1

    7(P) x 1

    4

    10

    8

    8

    3

    9

    8

    4 + 1 + 8 + 8 + 3 + 9 + 8 = 41

    6.2.2 Aspectos Exteriores ( NÚMERO DA PERSONALIDAE) : 41 = 4 + 1 = 5
    Número 5 - Parece rebelde, irônico, atraente, provocativo


    6.2.3 – NÚMERO GERAL – ANALISADO ( Alma + Personalidade ): 7 + 5 = 12 = 3

    Número 3 - Aquele que é ligado a comunicação e as relações

    6.2.4 DESTINO - ANALISADO ( Data de Nascimento) : 08/09/1992

    8 + 9 + 1 + 9 + 9 + 2 = 38 =11

    É o 1 que vê a si mesmo e deseja melhorar. Não quer ser apenas mera explosão, mas inspiração. Simboliza aquele que se coloca em evidência, mas desejando, com essa atitude, melhorar a si e aos que o cercam- através da inspiração, da determinação e da força interior manifestada.

    6.3.4 NÚMERO DO SINDICATO ( Geral + Destino) = 11 + 3 = 14 = 5

    Número 5 - Aquele que rompe e se necessário estabelece as regras e as questiona.




    7.0 CONCLUSÃO

    Quando compreendemos e aplicamos corretamente o código das letras e dos números, nos introduzimos numa relação direta e estreita com a inteligência subjacente do universo", afirmam Faith Javane e Dusti Bunker em seu livro La Clave Secreta de los Números (Martinez Roca).

    Povos antigos já cultuavam a Numerologia como forma de autoconhecimento. Nos dias de hoje, constantemente, nos deparamos com os números. Fazendo compras , lidando com dinheiro, vencendo distâncias, telefonando, andamos de elevador. Todo o Universo está regido por números, conseqüentemente, as nossas vidas também.

    Durante a nossa existência obtemos informações sobre nós e como estamos nos saindo por aqui. Quer seja através de um bom livro, um filme, um bate-papo entre amigos, uma voz interna que muitas vezes denominamos de "palpite", um processo psicoterapeutico (o de terapia de vidas passadas é um deles), um mapa astral, um jogo de tarot, uma escolha religiosa, enfim, qualquer coisa que nos chame a atenção. A Numerologia é uma dessas formas.

    O objetivo da Numerologia é o de lançar luz sobre muitas facetas do comportamento humano. A ciência dos números é uma ferramenta prática que ajudará a lidar com seus problemas relativos a amor, ao sexo, ao casamento, a carreira e ao dinheiro. Mais importante ainda, você poderá adquirir conhecimentos a respeito do seu futuro, e terá mais facilidade para orientar suas energias no sentido de realizar o seu potencial. A partir de hoje, você saberá a força do seu nome, a vibração que você transmite e recebe ao conhecer esta ciência maravilhosa e a harmonia e equilíbrio que os números trazem no dia a dia.

    Ela nos traz informações sobre nós e por que aqui viemos. Um nome é um mantra, uma evocação. Pronunciar uma palavra é invocar um pensamento. Somos feitos de pensamentos, palavras e obras, e baseada nesse conceito, a Numerologia visa aprimorar a(s) vida(s) , procurando afinar as vibrações entre seu nome e data de nascimento.

    Finalmente , para que possamos lidar bem com nosso nome , não é necessário nenhuma alteração, pois nada pode ser mais depreciativo quanto ao verdadeiro potencial da numerologia que a idéia segundo a qual mudar de nome, ou uma letra do mesmo, vá operar mudanças (em geral milagrosas) na personalidade e no destino de alguém. Isto é tapar o sol com a peneira, criar castelos de areia que são facilmente destruídos ao menor sinal de vento ou tempestade. É óbvio que a numerologia não serve para operar milagres, e que a mera modificação do nome não causa efeito algum, positivo ou negativo, na vida de ninguém.

    Desta forma, a crença na mudança de nome como fator de melhoramento pessoal é exatamente isto: uma crença. E a crença é vizinha da superstição, e irmã da auto-indulgência. Po isso se quer orientar uma pessoa ou mesmo para seu uso pessoal a mudança pode ser feita através da assinatura , que para um Terapeuta Holístico , soará como obvio ;

    Assinaturas finalizadas para baixo , cortando , aglomerados de letras , ponto no final , são indicativos de como a pessoa se sente em relação a sua vida , ou seja o interior que se manifesta . A orientação mais adequada para uma pessoa esta fundamentada meramente em sua crença no processo, não o processo em si. Em outras palavras, pode ser uma ferramenta para que a pessoa analisada possa descobrir seus potencias, através do simbolismo cultivado diariamente.



    BIBLIOGRAFIA

    VIEIRA Filho, HENRIQUE – Tutorial – Terapia Holística – Edição 2002 – Sinte-Sindicato dos Terapeutas

    JUNG, C.G. - O homem e seus símbolos, Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1993, 12.Edição

    JUNG, C.G - Tipos Psicológicos - Zahar Editores - RJ - 1980

    HEYSS, Johann Que E Numerologia, O 2004 Editora: BEST SELLER

    WESTCOTT, W. WYNN – Os Números Ed. Pensamento - 1987

    CHAUI, Marilena -Convite à Filosofia - Ed. Ática, São Paulo, 2000.

    ARISTOTELES, Problemata, vol.3, (org. P. Louis), Paris, Les Belles Lettres, 1994.

    LIBERATO Aparecida , JUNQUEIRA Beto - Poder Que Vem Do Seu Nome SEXTANTE Edição: 2005

    HITCHCOCK, Helyn - A MAGIA DOS NÚMEROS AO SEU ALCANCE - Pensamento. 1997

    Brignol, Fausto Texto extraído do site www.numero-logos.s2w.com.br - 2006

    MASSIMI, Marina - Revista Virtual Cictsul - Teoria dos Temperamentos - Gráfica 2000 – Lisboa site www. triplov.com /atalaia

    CAMILO, Denise – CAMPELO Francisco- site : www.visãoholistica.com.br /Editoria: José Ramos dos Santos – 2006







    ANEXOS COMPLEMENTARES

    EXTRAIDO DO SITE : www.vestibular1.com.br

    POVOS MESOPOTÂMICOS

    Mesopotâmia é uma palavra de origem grega que significa “entre rios”. Na Antigüidade, deu-se o nome de Mesopotâmia à região compreendida entre os rios Tigre e Eufrades, que nascem nas montanhas da Turquia e desembocam no Golfo Pérsico. De maneira geral, a antiga Mesopotâmia corresponde ao atual Iraque.

    A Mesopotâmia apresentava duas regiões bastantes diferenciadas: uma montanhosa e árida localizada no norte, e outra localizada no sul, onde as cheias periódicas dos rios Tigre e Eufrades fertilizavam os vales, possibilitando o desenvolvimento da agricultura.

    Na Mesopotâmia estabeleceram-se vários povos que deram origem a grandes civilizações: sumérios, amoritas, assírios e caldeus.

    CALDEUS: O Novo Império Babilônico

    Com os caldeus, A Babilônia recuperou seu resplendor. No reinado de Nabucodonosor, o Novo Império Babilônico atingiuseu apogeu. Suas terras se estendiam por quase todo o Oriente Médio, limitando-se com o Egito.

    A Babilônia enriqueceu-se e embelezou-se com grandes obras publicas, como os até hoje famosos jardins suspensos construídos por Nabucodonosor, tornando-se a mais notável cidade do Oriente .

    Em 539 a.C. a Babilônia foi conquistado pelos exércitos dos persas. A vitória foi facilitada pelo apoio dos sacerdotes e comerciantes babilônicos, que se aliaram aos invasores em troca da manutenção de seus privilégios.

    SOCIEDADE E ECONOMIA

    Independentemente dos povos que ocuparam a Mesopotâmia, podemos generalizar e dividir a sociedade, nos diferentes, em: classes privilegiadas (sacerdotes, nobres, militares e comerciantes) e não-privilegiadas (artesãos, camponeses e escravos).

    No topo dessa organização socialestava o rei, considerado como representante de um determinado deus na Terra.

    As classes privilegiadas os altos cargos públicos e monopolizavam o poder, a riqueza e o saber. Viviam ricamente da exploração do trabalho das massas não-privilegiadas.

    Na Mesopotâmia as terras cultiváveis pertenciam aos deuses; por isso a maior parte delas era propriedade dos templos e dos governantes.

    Essas terras eram entregue aos camponeses para o cultivo de cevada, trigo, legumes, árvores frutíferas como a macieira, o pessegueiro, a ameixeira, a pereira e, principalmente, a tamareira. Pelo direito de cultivar o solo os camponeses eram obrigados a entregar aos sacerdotes parte do que produziam.

    Como grandes proprietários e grandes exploradores do trabalho dos camponeses, artesãos e escravos, os sacerdotes acumulavam grandes fortunas.

    Além de serem explorados em sua mão-de-obra pela elite latifundiária, os camponeses e os escravos eram obrigados a trabalhar coletivamente na construção de obras hidráulicas e de obras públicas.

    CULTURA

    1.2 Artes, Escrita e Ciências

    A principal arte da antiga Mesopotâmia foi, sem dúvida, a arquitetura, principalmente voltada para a construção de templos e palácios.

    Os templos, chamados zigurates, possuiam na parte superior uma torre piramidal de base retangular, composta de vários pisos superiores. Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre, que tanto podia ser um santuário como um local de observação de astros.

    A pintura e a escultura eram artes decorativas. Retratavam principalmente temas religiosos e guerreiros e embelezavam o interior dos templos e palácios, com destaque para baixos-relevos para assírios.

    Os mesopotâmicos utilizavam a escrita cuneiforme criada pelos sumérios. Essa escrita, como as demais, é uma extraordinária fonte histórica, pois, através da leitura das plaquetas que chegaram até nós, podemos conhecer parte das leis, da literatura, das criações científicas, das práticas comerciais e religiosas e do comportamento social dos povos que viveram entre os rios Tigre e Eufrades.

    Os babilônicos acreditavam na existência de uma relação entre os astros e o destino dos homens, e, por isso mesmo, a astronomia era sua ciência predileta. Eles foram os primeiros a fazer a distição entre planetas e estrelas, a observar várias fases da Lua, os eclipses e etc. Criaram os sígnos do zodíaco, dividiram o ano em 12 meses, a semana em 7 dias e o dia em 12 horas duplas.

    Foram também os principais responsáveis pelo desenvolvimento da matemática.

      14









    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 16:33


    Do culto do pênis fóssil ao rito da cópula do Sol com o útero úmido da Terra

    Do culto do pênis fóssil ao rito da cópula do Sol com o útero úmido da Terra




     

    Fernanda Carlos Borges
    Terapeuta Holística
    CRT 21058

     

     

     

    creio que nossa cultura religiosa ainda venha a vencer no mundo moderno a gélida concepção calvinista, que faz da América do Norte uma terra inumana, que expulsa Carlitos e cultiva McCarty2

     ANDRADE. 1995 pg.163

         Um dos motivos da ruptura entre Reich e Freud foi a militância política de Reich, que acreditava que o capitalismo patriarcal estava comprometido com o sofrimento psíquico das pessoas. Uma transformação individual exigiria uma transformação social. Esta transformação remeteria ao modo de vida de algumas culturas pré-patriarcais, apoiadas em outras instituições sobre o corpo.

         Reich (1977) fez uma declaração significativa: “Freud concordava comigo com relação a princípios. Mas quando se chegou a casos concretos, tais como atacar a atitude compulsiva da família, a organização da família, ele insurgiu-se contra mim (...) ele não aceitava o que a saúde sexual implicava, o ataque a certas instituições que se lhe opunham” (pg.86).

         Do mesmo modo, lembra que “Freud era muito favorável à nova legislação da Rússia, apesar de um pouco hesitante quanto às facilidades de divórcio e aos seus efeitos sobre a família. Era bem claro para mim que ele se sentia constrangido a esse respeito. Ele queria libertar-se do seu próprio casamento. Mas não conseguia (...) Freud era uma mistura curiosa de espírito aberto e de um senhor professor de 1886” (pg.44).

         Surpreendentemente, a Filosofia da Devoração de Oswald de Andrade tem muita afinidade com o pensamento de Reich, embora não haja nenhuma evidência de que Oswald o tenha lido. A aproximar os dois pode ajudar a situar o trabalho reichiano por aqui, entre nossas forças culturais, históricas e utópicas.

         Para Oswald, as forças culturais que nos envolvem correspondem ao futuro para o qual apontam as aspirações da humanidade desde as primeiras utopias que antecederam ao Renascimento.

         Este futuro não é capitalista.

         Para Oswald de Andrade (1992), nossa vocação histórica está apoiada em vestígios de uma weltanschauung das culturas pré-patriarcais, que deve ser recuperada.  Muitas destas culturas eram antropófagas, entre elas os tupi-guaranis, nação indígena guerreira que ocupava a maior parte do território que viria a ser o território brasileiro.

         Não se trata de uma volta ao passado, tal como ele foi com os seus rituais antropofágicos, e sim do fato de que “a antropofagia fazia lembrar que a vida é devoração opondo-se a todas as ilusões salvacionistas” (pg.231). A ilusão salvacionista é característica da cultura messiânica, que se confunde com o patriarcado e com a história.

         Sua característica é a centralização do poder e o dualismo hierarquizado: o senhor é diferente e superior ao escravo; a mente é diferente e superior ao corpo; o espírito é diferente e superior à matéria; o homem é diferente e superior à mulher; o intelecto é diferente e superior aos sentidos; o adulto é diferente e superior à criança; o bem é diferente e superior ao mal; etc.

         Neste dualismo, a parte inferior deve ser dominada ou eliminada, não tem direito à autonomia, sua diferença é medida ou pela insuficiência: a mulher é “não homem”; ou pela oposição: a mulher é “contra o homem”.  

         Numa cultura antropófaga, tal como Oswald a entendeu, a diferença é afirmada na sua autonomia: o inimigo pode ser atacado enquanto é uma ameaça, mas também deve ser comido, porque tem um valor próprio. Bastante diferente da concepção desenvolvida no messianismo ou impérios despóticos salvacionistas, pois “nestas circunstâncias, o inimigo deixava de ser visto como o objeto de saque do guerreiro vitorioso para ser tido como o ímpio, cuja só existência já ofendia a Deus” (RIBEIRO. 2000 pg.99).

         Portanto, a questão básica trazida por Oswald de Andrade é uma questão de natureza ética.

         A síntese destas culturas, antropófaga e messiânica, consistirá na recuperação de valores matriarcais com um alto nível de desenvolvimento tecnológico, que ele chama de retorno do primitivo tecnizado, ou matriarcado tecnológico: “de Morus a Campanella até os nossos dias, a humanidade insiste, sem saber, em se matriarcalizar. Todas as chamadas lutas pela liberdade não passam senão de episódios da guerra contra o regime da desigualdade e da herança, imposto pelo Direito Romano e sagrado pelo Cristianismo” (ANDRADE. 1995 pg.200). Edgar Morin (1973) observa: “pode ver-se que e a evolução do homem não está necessariamente ligada à história, e pode-se, portanto, imaginar a possibilidade de uma evolução meta histórica, quer dizer, de uma evolução que se efetuasse, certamente com desordem, com incerteza e com ruído, mas sem furor” (pg.186). 

         Atlan (1992) fez uma crítica a Edgar Morin a respeito da minimização do papel do pai como característica da sociedade pós-histórica, que implicaria no equívoco da diminuição da complexidade. O aparecimento do pai na vida da criança humana interrompeu sua relação unívoca com a sociedade, instalando a oposição e a contradição, porque dois indivíduos antagônicos passam a representá-la. A família aumentou as possibilidades de combinações nas relações sociais, tanto da ordem dos acontecimentos quanto da representação. O Pai é decisivo na internalização da independência/autonomia como fundamento constitutivo do indivíduo, decisivo, portanto, para o desenvolvimento da complexidade (pg.179).

         Mas o retorno ao matriarcado não corresponde necessariamente ao retorno a uma sociedade com baixo nível de complexidade, o retorno de um matriarcado tecnológico aceita a presença do Pai, mesmo fora do patriarcado. O desenvolvimento da tecnologia tem correspondência com o desenvolvimento do nosso sistema sensório-motor, desde as primeiras machadinhas e cestos até o computador.

         O sistema de equilíbrio pode ser identificado com o pai, ele é o fundamento básico da Lei: porque nenhuma ação pode fugir das condições do equilíbrio do corpo, e o corpo sempre é um corpo situado. As leis do sistema de equilíbrio são radicalmente existenciais, nele se elaboram e sustentam as posições, as atitudes e modo de interação com o mundo.

         É o Pai “que garante a adequação do meu equilíbrio a cada instante (...) ele me protege e defende, me permite lutar para conseguir aquilo de que necessito, fugir do que me ameaça, fluir no que me apraz. Este é o ‘pai bom’; há o mau também. A fim de me manter ereto e carregar continuamente meus 70 quilos, faço bastante força, sinto-me oprimido e cansado, despendendo muita energia, sinto bem meus limites e servidões” (GAIARSA. 1988 pg.127).

         Portanto, a idéia de um matriarcado tecnológico adquire uma força simbólica inusitada.

         A extrema verticalidade, que caracterizou o patriarcado, levou ao desenvolvimento de uma tecnologia comprometida com um ideal transcendental dominador, que vem submetendo a Terra Mãe até a eminência da catástrofe ecológica, da destruição da terra e da auto-destruição humana. A civilização messiânica submeteu a mãe ao pai, Eros a Tanatos, a vida singular à máquina universalizada – cristo pregado na cruz!

         O Pai foi aprisionado aos sistemas sistemáticos de reprodução em série.

         A Mãe está ligada à terra e à gravidade, como percebe Gaiarsa (1988): “a terra pode nos aparecer ou ser apreendida como ‘mãe boa’ enquanto nos apóia, carrega, suporta e agüenta; é então útero e colo. Mas enquanto trabalhamos para permanecer em pé contra ela, então ela é ‘mãe má’ que nos ‘atrai para baixo’ , para a queda, a decadência, a desistência, a degradação” (pg.127). É o acerto entre o Pai e da Mãe a garantia da harmonia do movimento e do acerto das nossas ações, porque “o pai é o centro de impulso, a mãe é o centro de gravidade – ou de inércia” (pg.127).

         O retorno do matriarcado tecnológico pode ser antevisto no que Edgar Morin (1973) chamou de mitos anunciadores da hipercomplexidade: democracia, socialismo, comunismo e anarquia, “que se referem todas ao mesmo sistema ideal: sistema fundado sobre a intercomunicação, e não sobre a coerção, sistema policêntrico e não monocêntrico, sistema baseado na participação criativa de todos, sistema fracamente hierarquizado, sistema que aumente as suas possibilidades organizadoras, inventivas, com a diminuição das suas restrições” (pg.187). É possível dizer que estes mitos anunciadores estão comprometidos com a síntese de um grande movimento dialético, já antecipado por Oswald de Andrade (1995) como uma vocação da cultura brasileira no destino do mundo. A tese corresponde às antigas sociedades pré-históricas matriarcais e a antítese corresponde ao desenvolvimento histórico do patriarcado.

         Estaríamos vivendo um tempo em que “o homem, animal fideísta, o animal que crê e obedece, chegou ao termo do seu estado de negatividade, à portas de ouro de uma nova idade do ócio” (pg.144), que ele chama de retorno do primitivo tecnizado, ou matriarcado tecnológico.

    Então, qual é a nossa posição?

     

         Roberto Gomes (2001) acredita que no Brasil se desenvolveu a idéia de que um “espírito aberto” é aquele capaz de assimilar “o melhor” de cada teoria. A influência do ecletismo teria levado à dissolvência de posições, indiferenciação e esterilidade intelectual.

    Ele repara que, mesmo que se queira aproveitar ‘o melhor’ de cada teoria, é preciso estabelecer quais critérios para fazê-lo, para escolher este ‘melhor’. E este critério não estaria claro.

         Oswald de Andrade desenvolveu estes critérios, que favorecem a elaboração de uma posição capaz de sustentar um pensar e um modo de vida inclusivo, diferente da exclusividade messiânica. Os critérios da devoração são influenciados pela seguinte posição inspirada na vida indígena:

    • a perspectiva de um sistema social sem a exploração de classes;
    • a superação do sistema patriarcal através do retorno ao matriarcado num elevado nível de complexidade;
    • o desenvolvimento tecnológico a partir desta perspectiva; a percepção do inimigo como ameaça, não como “o mal em si” ou a “insuficiência do bem”, um inimigo valoroso;
    • a identidade entre espírito e matéria; um ateísmo com deus através da aceitação da experiência órfica;
    • a consciência da vida como devoração, da transformação inevitável de todas as coisas;
    • uma atenção especial destinada às crianças, como forças renovadoras; a totemização do tabu: a transformação das forças desfavoráveis (desconhecidas ou novas) em forças favoráveis;
    • a superação da visão de mundo messiânica.

     

         Estes critérios são diferentes daqueles que norteiam a sociedade norte-americana, cuja ética protestante apóia a moderna concepção de dignidade pelo trabalho. A concepção moderna de trabalho entende que o trabalho iguala todos os homens.

         Esta concepção sustentou o desenvolvimento de um homem cujo “caráter racional (consciente, metódico, sóbrio, desperto, vigilante, calmo, tranqüilo, constante e incansável) da ação instrumental agora transvalorada, interpretada em sua eficácia como sinal em si de que a bênção de deus está bem ali, no trabalho diurno e intramundano de crescente domínio técnico do mundo natural, ação racional com relação a fins que entretanto agora vale por si mesma, já que transfigurada semanticamente no registro do dever, da obediência, da conformidade a um mandamento exarado pelo deus todo-poderoso e todo-transcendente” (PIERUCCI. 2003, pg.205) – este é o protestante.

         Essa ética está ligada com o princípio norte americano de self-reliance, que entende que cada indivíduo tem controle absoluto de seu próprio destino, é livre e mestre de si mesmo.

         Para Oswald de Andrade (1992), “o engano do homem é esquematizar a sua própria natureza e criar necessariamente um conflito entre o que ele é (natureza) e o que deseja ser (esquema idealista da própria natureza)” (pg.276). Entre nós há um outro ideal de homem: o Homem Cordial, concepção que ele encontrou em Sérgio Buarque e desenvolveu a seu modo.

         O homem cordial não se apóia na autonomia radical, para ele, “a vida em sociedade é uma verdadeira libertação do pavor que ele sente em viver consigo mesmo, em apoiar-se em si próprio em todas as circunstâncias da existência. Sua maneira de expansão para com os outros reduz o indivíduo cada vez mais à sua parcela social, periférica que no homem brasileiro – como bom americano – tende a ser o que mais importa. Ela é antes um viver nos outros” (ANDRADE. 1995 pg.158).

         Como alternativa ao homem auto-suficiente e polido, identificou Homem Cordial, descendente do antropófago, cuja afetividade não se submete à polidez e seus princípios universalizantes. A guerra contra a Holanda, no século XVII, pode ser entendida como uma guerra de potência mítica, uma luta entre o homem cordial, filho da Grande Mãe, contra o homem polido, filho de uma filosofia funcionalista apoiada na introspecção e na subjetividade forte, cujo estilo comunicativo é a coerção, cuja missão é a expansão da verdade revelada pelo Pai Todo Poderoso, “não se tratava somente de uma guerra tipo marxista entre o monopólio e livre comercio. Não se tratava de interesses dinásticos ou políticos. Tratava-se apenas da primeira luta titânica, no mundo moderno, entre o ócio e o negócio. E o ócio venceu!” (ANDRADE. 1992 pg.199).

         A idéia de igualdade através do trabalho se desenvolveu contra a diferença de classe que permitia a alguns poucos o direito ao ócio: os sacerdotes e os aristocratas.

         As raízes deste direito se estendem até os impérios despóticos salvacionistas, “nestas grandes metrópoles cosmopolitas, as camadas diferenciadas de intelectuais – quase sempre sacerdotes – acrescentam à cultura societária, já bipartida num patrimônio rural e outro citadino, um conteúdo novo, de caráter erudito, mais especulativo e já capaz de desenvolver um corpo de conhecimentos explícitos distinto do saber vulgar” (RIBEIRO. 2000 pg.82), que opera como uma força aliciadora, igualando as diferenças através da imposição da verdade divina da qual eram portadores.

         A idéia moderna de que “o trabalho dignifica o homem” se coloca conta este privilégio do ócio. Então, conquistado o direito ideológico à igualdade através do trabalho, o próximo passo é a superação da sociedade do negócio, e um direcionamento para a democratização do ócio.

         Esta concepção de trabalho, portanto, move-se dialeticamente em direção ao seu oposto, ao direito ao ócio a todos: “dialeticamente, por caminhos opostos, o que a humanidade tem procurado, seja pela apropriação direta dos bens da terra, seja pela amargurada e lenta marcha técnica e pela conquista desses bens através da luta de classes, o que ele deseja é não trabalhar. Ao contrário do que dizem as religiões do castigo e as cosmologias utilitárias” (OSWALD. 1992 pg.281).

         A vontade de democratização do ócio é o motor da concepção da dignidade através do trabalho. No entanto a Reforma Protestante relacionou o negócio relacionou a revolução do trabalho à doutrina da eleição, e o sucesso no negócio à benção concedida ao povo eleito. É assim que ele acredita que o cristianismo brasileiro, com característica inclusiva, pagã e ecumênica, pode ajudar a fazer frente à eleição capitalista do negócio: “o Brasil compusera-se de raças matriarcais que não estavam distantes das concepções libertárias de Platão e dos sonhos de Morus e de Campanella. Era o ócio em face do negócio. O ócio vencia a áspera e longa conquista flamenga, baseada no primeiro lucro e na ascensão inicial da burguesia. O Deus bíblico, cioso, branco e exclusivista era batido, no seu culto, reformado pela severidade e pelo arbítrio, por uma massa órfica, híbrida e mulata a quem a roupeta jesuítica dera as procissões fetichistas, as litanias doces como o açúcar pernambucano e os milagres prometidos” (ANDRADE. 1992 pg.194)..

         Estamos vendo a expansão de novas religiões que vendem, acima e antes de tudo, o sucesso nos negócios, e se colocam diretamente contra outras tradições religiosas. Um dos livros de divulgação de uma destas religiões, nascida no Brasil, escrito pelo bispo fundador, chega ao absurdo de dizer que o Brasil não vai para frente porque é dominado pelos demônios (!), demônios que movem as religiões afro-brasileiras, indígenas, católica (já que esta sincretizou-se com os demônios!), orientais (budismo, hinduísmo) e espiritismo. Diz ele, portanto, que é preciso expulsar os demônios para que o Brasil se desenvolva. E fundamenta o argumento lembrando o que para ele é óbvio: os países ricos são os países protestantes que expulsaram os demônios!

         A idéia absurda de que nossa cultura popular impede que o Brasil se desenvolva vem conquistando milhares de fiéis, e está nos discursos mais simplistas, como o deste bispo, até em discursos mais sofisticados, que a entendem como um entrave ao desenvolvimento.

         Portanto, não será nesta tradição religiosa que se verá a condição de desenvolvimento de uma idade do ócio, de um ócio democrático e socializado. O sucesso do modelo protestante norte-americano deve ser considerado do ponto de vista da adequação ao sistema capitalista, “temos que aceitar a superioridade inconteste do calvinismo baseado na desigualdade como alentador da técnica e do progresso. Mas, hoje, conquistados como estão os valores produzidos pela mecanização, chegou a hora de revisar e procurar novos horizontes” (ANDRADE. 1995 pg.165).

         Trata-se, portanto, de uma diferença filosófica, uma diferente aspiração social.

         As transformações da concepção de trabalho desenvolvidas na Europa coincidem com a descoberta das Américas e das sociedades indígenas, e propõe que foi a descoberta destas sociedades que inspirou as utopias que alimentaram o desenvolvimento da modernidade: “sem nós, a Europa não teria sequer sua pobre declaração dos direitos do homem” (ANDRADE. 1995 pg.48). Os índios teriam inspirado pensadores modernos, como Montaigne e Rousseau, e ainda as primeiras utopias que moveram a humanidade européia numa aspiração à vida indígena, portanto, “o caminho percorrido pelas Utopias renascentistas conduz a dois pontos altos – o ódio ao ócio, evidentemente ao ócio de classe que produziram as longas e pesadas desigualdades medievais; e a exaltação da comunhão dos bens. O ócio da selva coloca-se assim face aos ócios de privilégio” (ANDRADE. 1992 pg.176).

         A economia do haver é característica do desenvolvimento do patriarcado, este corresponde ao desenvolvimento histórico de acumulação e centralização do poder, seja material ou espiritual. A nova idade do ócio corresponderá a uma economia do ser em um matriarcado tecnológico. Ele acredita que o desenvolvimento tecnológico, que recebeu força da necessidade de acumulação patriarcal e de defesa dos bens acumulados, bem como da expansão e domínio necessários à manutenção o poder centralizador, poderá dialeticamente substituir o trabalho escravo, favorecendo um novo processo social. E, como o modelo patriarcal foi caracterizado pelo aumento de complexidade social e necessidade crescente de controle, a magia foi substituída pela persuasão ao ordinário, especialmente através da determinação moral. Portanto será significativo quando Oswald de Andrade propõe o humor “contra todas as catequeses”.

    A consciência participativa

     

         O movimento dialético leva para o ócio e para uma religiosidade mais próxima da magia, do extraordinário - a superação do ordinário. Oawal repara que “em Pernambuco, foram as ladainhas que derrotaram a iluminação interior e a ascese” (ANDRADE. 1992, pg.198) dos holandeses protestantes, guerreiros temidos por toda Europa e vencidos aqui.

          Embora não trabalhe com a separação entre espírito e matéria, Oswald de Andrade  não se converte exatamente num materialista, mas num mágico que reconhece o sentimento órfico, sobre o qual é possível sustentar um ateísmo com Deus.

          Ele acredita que “o século XIX não estava preparado para o estudo do problema de Deus. Nele, Marx, Nietzsche e Freud, forças gigantescas para a chave dos problemas históricos e humanos, eram bebês de mama. (...) O que persiste no fundo é o sentimento do sagrado que se oculta no homem, preso ao instinto da vida e ao medo da morte” (pg.184).

         Reich (1977) também concorda com a existência do sentimento órfico, conhecido como sentimento oceânico, do qual Freud dizia ser um sentimento regressivo, de fuga, de retorno ao útero: “Freud era um intelectual. Ele acreditava no papel Todo-Poderoso da mente, isto é, do intelecto sobre as emoções (...). Mas tal atitude entrou em conflito com o rumo que tomaram os trabalhos sobre genitalidade, em que as emoções estão implicadas, a ‘corrente’, as emoções no corpo. Freud rejeitou a existência das chamadas ‘ozeanische Gefühle’. Não acreditava em tal coisa, nunca entendi bem porquê. É tão óbvio que as ‘ozeanische Gefühle’, a sensação de unidade entre indivíduo e a Primavera e Deus, ou o que as pessoas chamam de Deus, e a Natureza, é um elemento básico em todas as religiões, em todo o sentimento religioso, na medida em que não for doentio ou deturpado. Freud rejeitou isso, lamento dizê-lo, tive a sensação que ao dominar a sua própria vivacidade, a sua própria vivacidade biológica, ele tinha que se coarctar a si próprio, sublimar, viver de um modo que não gostava, renunciar” (REICH pg.93).

         A “consciência participativa” corresponde a uma compreensão do homem imerso na natureza, não numa natureza máquina, mas numa natureza cheia de forças, de invenções e de vontades, que o ato mágico é capaz de conquistar, mas jamais dominar. Esta idéia é diferente daquela de Freud (1996), que acredita que “estamos então preparados pra descobrir que o homem primitivo transpunha as condições estruturais de sua mente para o mundo externo; e podemos tentar inverter o processo e colocar de volta na mente humana aquilo que o animismo acredita ser a natureza das coisas” (pg. 115).

         Ao contrário disso, a idéia de uma consciência participativa dá um passo na direção da uma participação radical, que entende que as condições estruturais da mente não estão nem no mundo externo (fora), nem de volta para a mente humana (dentro).

         Oswald de Andrade (1995) acredita que, entre nós, brasileiros órficos, há uma tendência para a inclusão, que ele chama de vocação para a Alteridade, característica que herdamos da cultura antropófaga: “poder-se chamar de alteridade o sentimento do outro, isto é, de ver-se o outro em si, de constatar-se em si o desastre, a mortificação e a alegria do outro. A alteridade é no Brasil um dos sinais remanescentes da cultura matriarcal” (pg.157).

         Uma variação reichiana sobre a alteridade pode ser encontrada em Gaiarsa (1988), para quem existem pelo menos dois tipos de teoria psicológica: as exclusivas e as inclusivas. A exclusiva é “caracteristicamente analítica, redutiva, científica e lógica. Sua vantagem instintiva consiste em eliminar o mais poderoso inesperado do  mundo subjetivo: o outro” (pg.154), as teorias “inclusivas, são sintéticas, construtivas, com muito de intuição afetivamente condicionada, e uma capacidade grande de compreender (isto é, envolver, acolher) o indivíduo” (pg.154). As teorias exclusivas estão a serviço do controle e do medo, familiares ao messianismo; e as inclusivas estão a serviço da convivência e da amizade, frutos do amor - mais próximas da alteridade.

    Do Tabu ao Totem

     

         Oswald de Andrade (1995) foi bastante influenciado por Freud, repara que “do mau acolhimento dado aos direitos do instinto submetidos que estavam às disposições disciplinares da Moral de Escravos passou-se a uma fase psicanalítica em que se procurou legalizar o homem natural que resistia, por meio das neuroses e estados de ficção, às injunções seculares do socratismo ocidental” (pg.142).

         No entanto, entende que Freud não conseguiu se libertar do patriarcado, embora tenha entendido profundamente o seu psiquismo, “evidentemente, o criador da psicanálise não deu atenção especial à revolução do patriarcado” (pg.144) e, por isso, entendeu a psique patriarcal como uma psique universal, com a qual compreendeu as operações primitivas, como a totêmica.

         Para Oswald, a totemização primitiva carrega uma intuição sábia, entende os conflitos do indivíduo não estão limitados ao drama íntimo e familiar, são entendidos como questões do corpo, da natureza, da comunidade e da cultura. É uma operação que tem um caráter mágico, pois corresponde à “consciência participante”.

         Não entende a instituição totêmica como característica de um desenvolvimento primitivo que naturalmente seria superado, como em Freud (1969), para quem há relação entre “as fases de desenvolvimento da visão humana do universo e as fases do desenvolvimento libidinal do indivíduo. À fase animista corresponderia a narcisista, tanto cronologicamente quanto em seu conteúdo; à fase religiosa corresponderia a fase de escolha de objeto, cuja característica é a ligação da criança com os pais; enquanto que a fase científica encontraria uma contrapartida exata na fase em que o indivíduo alcança a maturidade, renuncia ao princípio do prazer, ajusta-se à realidade e volta-se para o mundo externo em busca do objeto de seus desejos”(pg.113).

            Este paralelo do desenvolvimento histórico com o desenvolvimento individual mostra uma influência do positivismo no pensamento de Freud, característico do ambiente científico do seu tempo, que já não está presente no pensamento de Oswald.

            Freud desenvolve os fundamentos da psicanálise através da análise das culturas totêmicas primitivas e das suas instituições apoiadas no tabu. Propõe que as sociedades totêmicas e seus tabus correspondem a modos de resolver conflitos e ambigüidades, típicos do estado de consciência mais primitivo, como a criança e o neurótico: “a atitude emocional ambivalente, que até hoje caracteriza o complexo-pai em nossos filhos e com tanta freqüência persiste na vida adulta, parece estender-se ao animal totêmico em sua capacidade de substituto do pai” (pg.169).

            Equipara as soluções das culturas totêmicas aos processos neuróticos modernos, ambos valorizam excessivamente os atos psíquicos, como no caso da obsessiva que evita certos movimentos para evitar a morte do marido, exprimindo no mesmo ato seus sentimentos ambíguos: a vontade de matá-lo e a inibição. Freud (1969) acredita que “nem os tabus nem as proibições morais são psicologicamente supérfluos, mas, pelo contrário, explicam-se e justificam-se pela existência de uma atitude ambivalente para com o desejo de matar” (pg.92), por exemplo. Ele entende que “a base do tabu é uma ação proibida, para cuja realização existe forte inclinação do inconsciente” (pg. 52). Para Freud, o tabu corresponde a um desejo proibido, portanto ao desconhecido oculto, e os rituais ajudam a minimizar os conflitos decorrentes da ambivalência emocional.

         Para Oswald, as culturas totêmicas encontraram uma solução mais acertada do que, simplesmente, um modo de resolver conflitos e ambiguidades num estado primitivo que deveria, com o amadurecimento, ser vivido com mais consciência entre os indivíduos. Observa que a instituição totêmica tem a sabedoria de entender como problemas sociais os problemas afetivos particulares, ao atribuir a filiação ao Totem. Isso diminui o peso sobre os pais individuais, pois os conflitos deixam de ser exclusividade da esfera doméstica e são encarados explicitamente no seu caráter coletivo, hoje é possível dizer: político e cultural.

         Ele ainda sugere que o Tabu seja entendido não somente como o desconhecido que se oculta, mas como o desconhecido envolvido com a novidade.

         Freud trabalha sempre com a idéia de recalque e sublimação, é ela que faz a diferença com relação a Oswald de Andrade, que enfatiza mais a novidade e a invenção. O pensamento de Oswald é mais familiar ao de Reich, que também não aceita a concepção de cultura e sublimação proposta por Freud.

         Oswald (1995) observa que “a operação metafísica que se liga ao rito antropofágico é a da transformação do tabu em totem. Do valor oposto ao valor favorável. A vida é devoração pura. Nesse devorar que ameaça a cada minuto a existência humana, cabe ao homem totemizar o tabu. Que é o tabu senão o intocável, o limite?” (pg.101). O grande tabu, em última instância, é Deus: o limite máximo, o mistério, o inacessível e, por isso, o grande inimigo. O tabu pode ser entendido como um limite que exige uma solução, e não como uma proibição do erro e do engano através da adesão a uma verdade.

         Este processo abre mão da expectativa básica do messianismo: alcançar finalmente a estabilidade, a ordem, a permanência definitiva. A concepção de Deus como o inimigo impede a dissolução das posições, ao contrário: exige resistência, posição, atitude, comunicação.

         O principal tabu seria o tabu do incesto, que para Freud (1969) é constitutivo na mente humana, do qual emerge o sentido da Lei. Oswald está mais para Darcy Ribeiro (2000), para quem “as instituições do tabu do incesto e da exogamia, atuando como vinculadores de diversos grupos sociais, contribuíram para aglutiná-los em unidades tribais cooperativas ou, ao menos, não necessariamente hostis” (pg.40), nos primeiros agrupamentos humanos que apenas começavam o desenvolvimento da agricultura.

         A atribuição de filiação ao totem favorecia, através da exogamia, um tipo de percepção inclusiva. Não era, portanto, coercitiva e salvacionista.

    O corpo como totem

     

         O messianismo trabalha com a idéia de implantar a verdade transcendental para corrigir os erros do corpo, numa condução em série dos movimentos. A idéia de que a vida é devoração, o­nde tudo está transformando, possibilita a emergência de ações alternativas à inibida, sem recorrer à substituição.

         Os processos biomecânicos estão comprometidos com uma inibição inevitável e indispensável para a manutenção contínua do equilíbrio, tanto do próprio sistema biomecânico quanto das forças do ambiente. Não pode ser confundido com o impedimento de um movimento e uma substituição motora ideal para a ação reprimida, como no messianismo. Este, sob forma do cristianismo e do racionalismo cartesiano, atribui a uma deliberação auto-suficiente do sujeito a responsabilidade por questões de equilíbrio, “a todo instante atribuímos aos afetos ou ao outro, a culpa de nos fazer cair ou a função de nos manter de pé ou vice versa” (GAIARSA. 1988 pg. 110).

         A cultura messiânica não elabora a ambiguidade, porque as forças proibidas não podem ser integradas, já que são associadas ao ímpio.

         Mas toda ação reprimida se transforma numa pré-disposição para aquela ação: para segurar um soco as pessoas apertam as mãos. Está comprometida com um sentimento de divisão: uma força do bem, que segura, e uma força do mal, que está pronta para agir.

         Os processos de equilíbrio do corpo, na medida em que assimilam as forças novas e ameaçadores transformando-as em impulso para a continuidade do movimento, fazem aceitar uma sabedoria criativa das forças da natureza e não do transcendente dono de todas as respostas e soluções.

         As forças auto-organizadoras da postura não expulsam, nem explicam e nem convertem o mal. Elas assimilam a força do desconhecido, transformando-o em força renovadora. O sistema de equilíbrio é devorador. Este processo pode ser entendido como um processo totêmico: o corpo como totem, capaz de transformar o desconhecido e a adversidade, que podem derrubar, em força favorável ao movimento renovador.

         A postura como totem, especialmente a atitude sustentada na postura.

         A forma do corpo como um totem vivo, comunicativo e mutante.

         É possível entender de um modo neo-reichiano o valor ético atribuído por Oswald de Andrade ao rito, mais do que à moral: Gaiarsa (1988) reparou que as posições rituais são todas simétricas. A simetria do corpo desfaz inclinações, tendências, intenções. Está ligada, portanto, aos símbolos de aceitação. A simetria contínua só pode ser obtida através da assimilação, nunca através da rejeição.

         Este é um princípio da weltanschauung antropofágica de Oswald de Andrade.

         A simetria perfeita só pode ser obtida momentaneamente em situações rituais, assim o rito renova o cotidiano através da experiência extraordinária. Não se trata de uma simetria atribuída a uma instância transcendental para sempre fixada. Mobilizado pela assimetria necessária ao movimento, o corpo descobre as condições de equilíbrio a cada instante.

         Isso é bastante diferente da expansão estadunidense contemporânea, que fixou inclinações, tendências e intenções numa assimetria concebida como “simetria perfeita” para reprodução em série, que só pode sustentar a eliminação do “eixo do mal” pelo “eixo do bem”.

         Importa ressaltar ainda que a possibilidade de desenvolvimento de respostas biomecânicas antropófagas criativas a favor da vida depende do desenvolvimento de uma boa educação somato-sensorial. Reich, inspirado nos Trobriandeses, já havia levantado a hipótese de que em sociedades o­nde as crianças recebem uma boa educação, sem maus tratos físicos e com boas condições lúdicas, são sociedades não violentas e sem as angústias causadas pelas instituições patriarcais.

         Oswald de Andrade também reparou na importância do desenvolvimento sexual na transformação cultural propõe “contra a realidade social, vestida e opressora, cadastrada por Freud – a realidade sem complexos, sem loucura, sem prostituição nem penitenciárias do matriarcado de Pindorama” (ANDRADE. 1995, pg.50) .

    Parúsia aqui. E vingança aqui.

                              ANDRADE. 1992, pg.197

     

         Oswald de Andrade (1995) chama a atenção para o termo Parúsia: “um termo que julgo extremamente ligado às utopias. É o termo Parúsia – destinado a indicar a volta do Deus vingador para repor as coisas em seus eixos numa situação social errada” (pg.205). A idéia que carrega este termo é diferente das idéias otimistas, cujo processo só se justifica com vistas a um fim, o­nde, finalmente, os conflitos estariam resolvidos. Ele acredita que “o paganismo tupi e africano subsiste como religião natural na alma dos convertidos, de cujo substrato inconsciente faz parte o antigo direito de vingança na sociedade tribal tupi” (pg.17).

         A vingança aqui deve ser compreendida como uma estratégia diferente da idéia de derrotar ou o mal (o Diabo), assim como de suprir a insuficiência do bem (a ignorância), pela persuasão ou pela punição, características do patriarcado messiânico. Gaiarsa (1988) desenvolve uma idéia sobre a concepção do Messias que pode ser aproximada da concepção de Parúsia, quando compara o sistema de equilíbrio com o Messias, que renasce a cada instante para recolocar as coisas – o corpo - nos eixos.

         Então repara que “o problema com o Messias está mais na capacidade de responder a ele, e não em esperá-lo. Na verdade nem sequer responder é necessário; basta perceber o que acontece e seguir. Antes de começarmos a pensar numa situação nova já tomamos posição diante e dentro dela.(...) basta saber como estamos e logo saberemos o que pretendemos, qual a nossa intenção” (pg. 170). É preciso permitir que o Messias recoloque as coisas nos eixos, a cada passo, mas, para isso, é preciso aceitar que elas estão em movimento, em transformação.

         Para Oswald (1992), “o homem possui uma dimensão religiosa, ligada aos seus instintos e desenvolvida pelos seus reflexos. Dimensão essa que talvez constitua uma das bases do próprio marxismo ateu. A ausência do objeto Deus não priva de existir uma transferência de sentimentos profundos e intraduzíveis para o culto aos pró-homens” (pg.234). Morin (1995) desenvolve uma idéia afim, quando diz que “no seio da crueldade do mundo, e assumindo essa crueldade, as forças de união, de comunicação, de auto-eco-organização da vida, por muito fracas que sejam, foram capazes de se difundir nos oceanos, de se estender pelos continentes, de se lançar nos ares (...) O prosseguimento do esforço cósmico desesperado que, no humano, toma a forma de uma resistência à crueldade do mundo, é a isso que chamarei de esperança” (pg.230).

         A relação que faz destas forças com o sentimento de esperança é próxima daquela do Messias que recoloca as coisas nos eixos: a sociedade ou o corpo. Mesmo porque os eixos em torno dos quais as forças do corpo se organizam não são fixos e nem definitivos.

         As forças de agregação da postura e do movimento assumem a crueldade do mundo para resistir à destruição, o corpo precisa elaborar as forças que o afetam e ameaçam para permitir que o Messias renasça a cada instante, corrigindo os descompassos.

          O messianismo entende o homem como um ser incompleto, cuja falta o move em direção à completude, seja ela de verdade, de justiça, de beleza, enfim. Carrega a idéia de que o “pedaço” que falta está em algum lugar escondido, e pode ser descoberto com a ajuda de alguém que detém a chave para o acesso. Pode ser o sacerdote, o cientista, o filósofo ou o psicólogo, por exemplo.

         Mas fala do antropófago é: “só me interesso pelo que não é meu. Lei do homem. Lei do Antropófago” (ANDRADE. 1995 pg.47). Esse interesse não é mobilizado pelo sentimento de falta, já que não se trata de uma unidade a ser conquistada. Este homem não pretende combater o mal nem converter o ignorante, que são os maiores empecilhos para a completude. Mas vai exercer sua vingança, apropriando-se do poder do inimigo, que não é nada que lhe falta, mas que pode lhe fortalecer.

         Esta concepção de vingança se sustenta no sistema de equilíbrio, pois “sobre nossas qualidades mecânicas de equilíbrio instável (mas sempre ativo), se instala a astúcia das respostas vivas. Na luta, as boas atitudes se defesa são sempre, ao mesmo tempo, base para um ataque; a posição de proteger-se de golpes que vêm de fora se transforma, num instante, em base para um contra golpe. E a expressão ataque ou fuga (fight–or-flight) caracteriza esse fato” (GAIARSA. 1984 pg.117). Toda força exercida sobre o corpo provoca um movimento que a absorve, devolvendo-a, de um certo modo, ao mundo.

         Mas pode-se resistir àquilo que afeta o corpo de um modo messiânico, e entender essa força como uma força do mal que impede a perpetuação do esquema idealizado perpetuado na forma do corpo. Gaiarsa (1884) entende que, “como expressão sóciopsicológica da tenacidade automática de nosso parar de pé, e de nossa inconsciência com relação a este fato, sofremos do pior de todos os arcaísmos: a culpa é sua (ou você devia). (...) Como o erro é só seu, SÓ VOCÊ tem que fazer (ou desfazer) isto ou aquilo. Eu PERMANEÇO COMO ESTOU/SOU, meu EU permanece como está (é) – não me movo e não saio do lugar (mantenho a minha posição)” (pg.111).

         Este é um processo messiânico.

         Este movimento é característico de todas as religiões apoiadas na luta do bem contra o mal, num mal objetivado, exterior, com relação ao qual deve-se manter puro, e para tanto deve-se reproduzir modelos de comportamento universalmente válidos.

         As forças persuasivas da sociedade de consumo desempenham esse papel de reprodução em série, mesmo que esta série seja “o interesse pelo seu estilo”, trabalham com padrões de comportamentos/movimentos para serem consumidos e repetidos. São forças descontextualizadoras. Daí a importância da percepção da situação, que envolve uma história, mas não fixa o passado.

         A concepção de vingança desenvolvida por Oswald de Andrade não pode ser confundida com a vingança que Moisés lançou sobre o povo que conduzia pelo deserto, quando desceu do monte e os encontrou afastados de Jeová, e determinou aos que permaneciam fiéis a matarem com as próprias mãos, cada um seu próprio pai, irmãos e filhos infiéis, pela honra de Deus (MILES. 1997). É uma vingança exclusiva, que não aceita o contato com o ímpio.

         A ética da vingança de Oswald de Andrade (1995) enfatiza o direito de defesa e a compreensão, que “compreende a vida como devoração e a simboliza no rito antropofágico, que é comunhão” (pg.159).

    O Sol e o corpo nas terras de Pindorama

     

         A crise da filosofia messiânica está relacionada com a crise da energia fóssil, carvão mineral e petróleo, que sustenta o movimento civilizatório contemporâneo. Esta crise energética tem duas causas, a escassez da fonte e o efeito nocivo sobre a ecologia, como o efeito estufa e a chuva ácida.

         Isso aponta para a necessidade de desenvolvimento de um novo sistema energético.

    Uma destas alternativas energéticas limpas, ambientalmente, vem sendo desenvolvida com base em vegetai: a biomassa. A biomassa é a energia dos trópicos, porque é a energia do Sol. No Brasil, o reator energético que é o Sol trabalha continuamente.

         O Brasil é a terra da energia viva.

         Somos “filhos do Sol, Mãe dos viventes. Encontrados e amados ferozmente, com toda a hipocrisia da saudade, pelos imigrados, pelos traficados e pelos touristes. No país da cobra grande” (ANDRADE. 1995, pg. 47).

         O problema da energia reforça a questão a respeito de estar no Brasil para ser brasileiro. A grande maioria dos intelectuais brasileiros não dá a devida importância para esta questão energética, que é a questão que move importantes acontecimentos do mundo hoje, como a invasão do Iraque e as ações difamatórias da grande mídia sobre a Venezuela, ambos entre os primeiros produtores de petróleo do mundo, por exemplo.

         Vasconcellos (2002) reparou que, “em repetidas conversas com os cientistas da escola da biomassa, um assunto vem sempre à tona: os motivos da cegueira dos intelectuais e das universidades em relação às causas e aos caminhos da superação do colapso energético-ecológico com o fim dos combustíveis fósseis e a biosfera ameaçada (...) Trata-se do terrível fenômeno, que envolve a percepção do tempo e do espaço, da alienação concernente à natureza em que se vive, e que afeta absolutamente todos” (pg.123).

         A crise energética do combustível fóssil e a alternativa da biomassa, oferecida pelos trópicos, reforçam a importância de se perceber em para o desenvolvimento do sentido de ser: estar no Brasil para ser brasileiro. Esta má localização compromete a produção intelectual comprometida com os paradigmas dos países do hemisfério norte e dos Estados Unidos. Importa, portanto, perceber as forças envolvidas na relação do nosso corpo com o nosso ambiente, a fim de favorecer que uma motricidade própria elabore uma cultura singular, tropical.

         A identificação psicomotora com a cultura da energia fóssil corresponde a uma alienação do espaço e do tempo, dificulta o desenvolvimento de uma boa localização e confunde nossa percepção. Vasconcellos (2002) diz que a filosofia da biomassa “é o encontro da razão com a natureza, as quais quase sempre estiveram dissociadas na cultura brasileira” (pg.109).

         Durante muito tempo, a filosofia desenvolvida no Brasil foi uma espécie de “filosofia de gabinete”, aprisionada nas leituras filosóficas oficiais e “obrigatórias”, portanto afastada das questões que emergiam nas ruas através dos conflitos culturais. Oswald de Andrade (1995) propõe, no manifesto da Poesia Pau Brasil: “contra o gabinetismo, a prática culta da Vida” (pg. 42), entendendo que a vida culta não equivale aos ideais exclusivos da civilização e sua estratégia persuasiva.

         A cultura da biomassa também pede o desenvolvimento de uma tecnologia própria, de uma tecnologia situada. A tecnologia da energia fóssil é tratada como um valor universal, assim como as demais construções do processo civilizatório. Este pedestal universal, no qual é colocada a tecnologia da energia fóssil, descamba para numa apologia da industrialização e para a idiotização do ethos rural. É preciso reverter este processo que faz da natureza tropical um tabu: um bem proibido ou não desejado.

         A transformação desse tabu em totem depende da percepção da relação entre corpo e ambiente e do comprometimento dessa relação na emergência cultural. A totemização do tabu, a natureza dos trópicos, será efetivada através do desenvolvimento tecnológico capaz de transformar suas forças adversas em força favorável. Trata-se, portanto, da tecnologia como totem!

         A universalização da tecnologia lembra Jesus e a Cruz.

         O culto cristão ao cristo crucificado.

         A Cruz, tecnologia universalizada que limita as possibilidades articulares e comunicativas do corpo e da vida: Jesus. Isso tem correspondência com a “didática da cruz. Por o­nde tudo começa entre nós. A geopolítica de Cristo: do velho mundo para o novo mundo (...) O povo brasileiro é impensável sem a cruz trazida pelos colonizadores, portanto é dentro da esfera cristocêntrica – e não fora dela – que se deve buscar a solução para o enigma da polis brasileira” (VASCONCELLOS. 2001 pg.53).

         Um Cristo despregado da cruz, capaz de se mover, é um cristo situado, capaz de colocar a cruz (a tecnologia) a favor da vida.

         O totem substitui o pai. O lugar do pai entre nós está ocupado pelo explorador do hemisfério norte que impõe seu falo fóssil sobre a terra mal percebida.  

         O retorno do primitivo tecnizado tem em vista a “energia –mãe, a biomassa vegetal é o útero úmido da terra, verde e ensolarada cuja recusa pelos brasileiros revela o mecanismo psicológico masoquista de origem colonial. O patriarcalismo oligárquico e misógeno – em vez do útero materno primordial – prefere cortejar o pênis fóssil importado, com sinais de impotência e infecundidade, enfim, uma energia de hidrocarbonetos que não é capaz de produzir o gozo, resultando daí uma triste grei de eunucos e histéricos. Essa é a conseqüência, no plano cultural, das resistências psicossexuais a energia da biomassa, que poderia ser o fruto amoroso da cópula entre o sol e a água doce dos trópicos, isto é, a medida da felicidade do povo brasileiro” (VASCONCELLOS. 2002 pg.127).

         É preciso que a tecnologia entre nós se desenvolva da relação com a Grande Mãe, e de uma razão situada descubra sua razão de ser. A tecnologia como totem, singularizada pela força de Eros (corpo) e da Grande Mãe (natureza).

         Portanto, a ênfase na mãe não implica numa simplificação ingênua e ideológica.

         O matriarcado tecnologizado responde por um processo pós-histórico, pós-patriarcal e pós-messiânico, com diversidade crescente de restrições e soluções e aumento de complexidade. Mesmo porque “o problema da mecanização do trabalho e o mito da máquina, muito antes de existirem como problema social, existiam como problema subjetivo, organizando e governando a maior parte das relações interpessoais e o funcionamento da sociedade” (GAIARSA. 1995 pg.174). Trata-se de uma noção de trabalho que se realiza continuamente no nosso sistema sensório-motor, transformando a natureza em atitudes, posições e cultura. Mesmo Marx reparou que “o trabalho é o pai, mas a mãe é a terra”.

         Caso pareça estranho relacionar a utopia da biomassa com o enforque reichiano “corporal”, vale lembrar que o desenvolvimento das utopias modernas está relacionado com o entusiasmo dos europeus descobridores com a natureza e com o corpo, inspirados na vida dos povos indígenas descobertos pelo colonizador, “as utopias são uma conseqüência da descoberta do Novo Mundo e, sobretudo, da descoberta do novo homem, do homem diferente encontrado nas terras da América” (ANDRADE. 1995 pg.163), um homem pelado que aceitava que era um corpo.

         O português que aqui chegou vinha da Europa inquisidora, cujas principais vítimas foram as mulheres, e desenvolveu com a máxima radicalidade a idéia de que o corpo é pecaminoso e o transcendente, a salvação. O seguinte trecho foi retirado de O Martelo das Feiticeiras, escrito pelos principais teóricos da inquisição, Heinrich Kramer e James Sprenger (2004), prefaciado pelo papa Inocêncio VII e publicado em 1484: “com relação ao encantamento dos seres humanos por meio de Íncubos e Súcubos, convém notar que tal pode ocorrer de três modos. Primeiro, como no caso das próprias bruxas, quando as mulheres se prostituem voluntariamente e se entregam aos Íncubos. Segundo, quando os homens mantém relações com Súcubos; embora não pareça que os homens forniquem com o mesmo grau de culpabilidade; porque, sendo intelectualmente mais fortes que as mulheres, são mais capazes de abominar tais atos” (pg.322).

         A inferioridade e a periculosidade das mulheres é desenvolvida sistematicamente ao longo do livro, como nesse outro trecho: “essa perfídia é mais encontrada entre as mulheres do que em homens, conforme nos ensina a experiência, para os ainda mais curiosos a respeito da razão desse fenômeno, acrescentamos o que já foi mencionado: por serem mais fracas de mente e de corpo, não surpreende que se entreguem com mais freqüência aos atos de bruxaria (...) a razão natural é que a mulher é muito mais carnal do que o homem, o que se evidencia pelas suas muitas abominações carnais ” (pg.116).

         Sua religião entendia que o mal deveria ser mais do que evitado, mas eliminado, pois “não há remédio contra tais práticas, a menos que os juizes erradiquem todas as bruxas ou, pelo menos, as castiguem como exemplo para todas as outras que, por ventura, desejem imitá-las” (pg.322). O que resultou disso é que milhares de mulheres foram assassinadas (a estimativa é em torno de cem mil), constituindo pelo menos 85% das execuções, como mostrou Rose Marie Muraro no prefácio da tradução para o português (2004). Foi essa visão anti corpo e anti mulher que chegou até nós através dos homens que viajavam nas caravelas.

         A demonização do corpo do povo brasileiro que prossegue até hoje, entendido como preguiçoso, luxuriento e ingovernável, favorece ideologicamente a apropriação dos nossos recursos energéticos pelo o colonialismo do século XXI.

         Por isso importa atrelar a energia dos trópicos à reforma agrária, através do apoio e do favorecimento da ocupação brasileira e descentralizada do território nacional, “a biomassa pode ser produzida na área rural com os dois recursos mais abundantes e estratégicos que temos: o homem desempregado e a terra improdutiva” (VASCONCELLOS. 2002 pg.15).

         Esta relação que vem sendo desenvolvida até aqui permite propor que faz parte do posicionamento reichiano apoiar os movimentos de trabalhadores rurais sem terra. Para entender a psique brasileira e favorecer a relação do trabalho clínico com as redes sociais, é importante perceber que “somos a utopia realizada, bem ou mal, em face do utilitarismo mercenário e mecânico do Norte. (...) O que precisamos é nos identificar e consolidar nossos perdidos contornos psíquicos, morais e históricos” (ANDRADE. 1995, pg.166).

         O corpo é comprometido com os processos naturais, culturais e sociais, através de relações dialéticas complexas. O sistema de equilíbrio do qual emerge as ações humanas é organizado em pares de partes e forças antagônicas, com possibilidade de combinações múltiplas e inusitadas, sintetiza continuamente o desequilíbrio provocado por cada contato, movimento e relação.

         A síntese nunca é definitiva, portanto nenhuma ideologia é suficiente, pois, a cada passo, novas exigências emergem. Nosso sistema biomecânico é gerador de utopias, movido para o futuro, o messias vingador que recoloca continuamente as coisas nos eixos. Pode-se compreender Oswald quando diz: “contra a memória fonte de costume. A experiência pessoal renovada” (ANDRADE. 1995 pg.51).  

    A magia dos fios do corpo 

         Trata-se de uma utopia que concebe a possibilidade de um sistema social descentralizador, diferente da concepção centralizadora da moral sacerdotal. Lembra mais a concepção mágica ligada à tessitura de fios, bastante arcaica e relacionada com forças femininas.

         É bom lembrar que faz parte da recuperação da percepção mágica o caráter inventivo, criativo e tecnológico da ciência. A ciência como manipuladora de forças, e não como porta-voz de verdades. A percepção mágica da metáfora da trama e dos fios se aproxima muito da concepção de corpo como rede móvel de vetores de força: “os milhares de tensores musculares envolvidos nos movimentos dos músculos funcionam como um tear que tecem as forças do mundo ou forças do corpo” (GAIARSA. 1988 pg.227).  

         A idéia de corpo como trama de forças ligadas à tessitura do mundo ajuda a compreender um sistema que não seja organizado através da hierarquia forte, do movimento persuasivo e exemplar. Heráclito já dizia que “é cansativo servir e obedecer aos mesmos senhores” (fgto.84). Trata-se da consciência da participação, atenta às soluções cooperativas e emergentes, através da comunicação e da alteridade, contra a submissão a uma dominação sacerdotal.

         A trama evoca uma questão espacial, diz respeito à localização: o­nde começa um movimento? Heráclito diz que “assim como a aranha, instalada no centro de sua teia, sente quando uma mosca rompe algum fio da teia e por isso corre rapidamente, quase aflita pelo rompimento do fio, assim alma do homem, ferida alguma parte do corpo, apressadamente acode, quase indignada pela lesão do corpo, ao qual está ligada firme e harmoniosamente” (fgto.67).

         As forças musculares que organizam, sustentam e movem o corpo podem ser entendidas como uma teia feita de vetores de força: “a mais perfeita representação gráfica do termo ‘sentido’ que eu conheço é o vetor. Das imagens concretas, a mais bela é a flecha, da qual deriva o vetor. A mais abstrata representação de ‘sentido’, creio que se liga à sensação de um tensor muscular ou à resultante – virtual, mas atuante – de um conjunto deles. Creio, ademais, que em ausência dessa sensação não nos é dado pensar um significado” (GAIARSA. 1988 pg.43).

         Pode-se imaginar uma teia corpo-cultura tecida por estes vetores de força, uma teia móvel, o­nde o sentido é continuamente mantido e transformado, e cada um de nós sintetiza de algum modo singular estas forças, mobilizando-as.

         As questões aqui levantadas tratam da necessidade de nos percebermos, brasileiros reichianos, a partir da nossa posição original dentro da rede da natureza e da cultura humana. Uma posição que favoreça o desenvolvimento das utopias levantadas por Reich, tão familiares as que Oswald de Andrade identificou entre nós. Sustentam a esperança na superação do capitalismo e da exploração do corpo do outro na direção de uma nova sociedade, mais fraterna e complexa: o matriarcado de Pindorama. 

         Oswald de Andrade (1992) disse (em 1945!) que “a antropofagia ainda balbucia, mas propõe-se a depor no tumulto dramático de hoje. Ela leva às suas conclusões o que há de vivo no existencialismo e no marxismo. De um velho caderno que tem cerca de vinte anos tiro a seguinte: pela primeira vez o homem do equador vai falar!” (pg.105).  


     


     

    Referências Bibliográficas 

    ANDRADE, Oswald. A Utopia Antropofágica. São Paulo: Globo, 1995 (Obras Completas de Oswald de Andrade).

    _________________. Estética e Política. São Paulo: Globo, 1992 (Obras Completas de Oswald de Andrade).

    ATLAN, Henry. Entre o Cristal e a Fumaça. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1992.

    BORGES, Fernanda C. A Filosofia, o Filósofo e o Movimento como Criação Contínua. Dissertação de Mestrado, apresentada no programa de Pós Graduação em Ciências Da  Motricidade, UNESP – Rio Claro, 1996.

    CALLIGARIS, Contardo. Hello Brasil. São Paulo: Editora Escuta, 2000.

    DELEUZE, Gilles. GUATTARI, Félix. Diferença e Repetição. São Paulo: Ed. Graal, 1998.

    FREUD. Sigmund. Totem e Tabu e outros trabalhos. Edição Standart Brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Volume XIII. Rio de Janeiro: Imago Editora ltda, 1969.

    GAIARSA, J.A. “A Estátua e a Bailarina”. Ed. Ícone, São Paulo, 1988.

    ____________ “Couraça Muscular do caráter”. Ed. Ágora, São Paulo, 1984.

    ____________ “O espelho Mágico”. Ed. Summus, São Paulo, 1984.

    ____________ “Poder e Prazer”. Ed. Ágora, São Paulo, 1986.

    ____________ “Respiração, Angústia e Renascimento”. Ed. Ícone,  São Paulo, 1994.

    GOMES, Roberto. A Crítica da razão Tupiniquim. Curitiba: Criar Edições, 2001.

    HIGGINS, M. E RAPHAEL, C. Reich Fala de Freud. Lisboa: Moraes Editores, 1977.

    JAMESON, Fredric. Pós-modernismo. A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio. São Paulo: Ática, 1997.

    JOHNSTONE, Maxine Sheets. The Roots of Thinking. Philadelphia: Temple University Press, 1990.

    MILES, Jack. Deus – uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

    MORIN, Edgar. Os Meus Demônios. Portugal: Publicações Europa América, 1995.

    PIERUCCI., Antônio Flávio. O Desencantamento do Mundo. São Paulo: USP, Curso em Pós Graduação em Sociologia: Editora 34, 2003.

    REGA, Lourenço S. Dando um Jeito no Jeitinho. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2000.

    REICH, Wilhelm. Análise do Caráter. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

    ______________ A Função do Orgasmo. São Paulo: Circulo do Livro, cortesia da Editora Brasiliense, 1975.

    ______________ O Assassinato de Cristo. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

    RIBEIRO, Darcy. O Processo Civilizatório. São Paulo: Companhia das Letras; Publifolha, 2000 (Grandes Nomes do Pensamento Brasileiro).

    VASCONCELLOS. Gilberto Felisberto. Biomassa: a eterna energia do futuro. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2002.

    ________________________________. Glauber Pátria Rocha Livre. São Paulo: SENAC, pg.2001. 

     

     

     








     

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

     

    Autor: : SINTE
    Última atualização: 01/11/2016 11:49


    HOLOPUNTURA UNIDA À RADIESTESIA E RADIÔNICA

    HOLOPUNTURA UNIDA À RADIESTESIA E RADIÔNICA




     

     NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRATERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758

     

     

     

    “O sol brilha através do vidro e o fogo irradia calor através das paredes de um forno, contudo nem o sol passa pelo vidro nem o fogo pelo forno; assim, também, o corpo humano pode agir à distância, sem sair do lugar em que se encontra”.

    (Paracelso)

     

     

     

    A meus clientes que, sem as suas presenças,

    eu não poderia ter trilhado esse caminho de terapeuta.

     

     

    AGRADECIMENTOS

     

    A Deus e às minhas filhas, Janira e Niara, que me animam com sua força; à minha mãe que, com seu jeito de ser, também me impulsiona para frente.

     

    RESUMO

     

    A HOLOPUNTURA deve ser aplicada a clientes presentes no consultório e o estímulo deve ser também aplicado “in loco” e considerando que muitos não se adaptam ao toque físico e outros querem ser consultados à distância, resolvi com os recursos da Radiestesia e Radiônica, traçar novas metas, abrir novos caminhos e partir para a experimentação com o uso do grafite, gráficos, pêndulo e desenhos dos pontos de alarme e dos meridianos estudados e também a observação e teste da aurícula para a descoberta dos pontos sensíveis referentes aos Cinco Movimentos Chineses, os quais se pressionados e neste estudo se coloridos, muito ajudam na harmonização total da pessoa. Com a Radiestesia unida à Holopuntura, há uma otimização para o equilíbrio holístico do ser como tal.

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO............................................................................................................7

    1 MATERIAL E METODOLOGIA..........................................................................8

    1.1 Material empregado..............................................................................................8

    1.2 Métodos................................................................................................................8

    1.3 Atendimento presencial........................................................................................8

    1.4 Atendimento à distância......................................................................................13

     

    2 EM DIREÇÃO À SIMPLICIDADE ESSENCIAL..............................................16

    3 O CONFLITO ENTRE ENERGIAS E FORÇAS...............................................18

    4 RESULTADOS.......................................................................................................20

    5 DISCUSSÃO...........................................................................................................21

    CONCLUSÃO............................................................................................................22

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................23

     

    INTRODUÇÃO

     

    A HOLOPUNTURA, como já pudemos constatar, é de suma importância para a pessoa como um todo devido aos desbloqueios e conseqüente harmonização. A Holopuntura aliada à Radiestesia e Radiônica tem sua importância aumentada consideravelmente, visto que pode ser aplicada a pessoas enfermas, pessoas distantes e pessoas com mentalidade menos compreensivas que são avessas ao toque físico. A única condição para a sua aplicação é o consentimento, a aceitação, o querer da pessoa em questão.

    A questão fundamental é, naturalmente, a seguinte: como isso funciona? E a resposta é: ninguém sabe realmente a despeito do fato de uma grande quantidade de pessoas ter passado horas incontáveis teorizando sobre os mecanismos desse fenômeno. Como não sabemos ao certo, vale a pena teorizar e tentar chegar a uma hipótese de trabalho. Na Radiônica, temos o campo da consciência contendo o cliente como uma unidade de consciência e o terapeuta como outra. Normalmente, é o cliente quem desencadeia o processo ao se dirigir ao terapeuta solicitando ajuda via telefone ou e-mail, estabelecendo assim um primeiro contato, uma linha. O terapeuta pode, pois usar essa linha ou esse elo para obter informações relativas às várias estruturas, tanto sutis quanto físicas. Isto é feito através de uma série de perguntas, mentalmente colocadas, e eu sustento que a pergunta (na medida em que é um pensamento) reage imediatamente sobre o campo do cliente e, caso encontre neste a sua contrapartida, suscita um retorno de energia ao longo da linha e assim o terapeuta registra em seu pêndulo uma reação positiva. Se não há, pelo contrário, resposta alguma por parte do cliente, tampouco haverá retorno e, por conseguinte, reação sobre o pêndulo. Há, alguma vez a ocorrência de erro, em que o terapeuta não detecta o que o cliente emite, isto pode vir a ocorrer facilmente se o terapeuta não se concentra em seu trabalho com o relaxamento e a clareza de raciocínio que a situação exige. Com a mente distraída e distante, os resultados serão inevitavelmente ruins. Instrumentos Radiônicos corretamente desenhados e métodos simples também contribuem para que se obtenha um alto grau de eficácia.

    Abordaremos os métodos e técnicas a serem seguidos para que haja um desempenho a contento e, por conseguinte uma harmonização pessoal sincronizada de uma pessoa com o mundo.

    Uma pessoa harmonizada gera harmonia em torno de si, irradia boas energias e, portanto, seu lar, seu local de trabalho e onde quer que esteja, essas boas energias se expandem causando a todos os presentes uma agradável sensação de bem-estar.

     

     

     

    1 - MATERIAL E METODOLOGIA

     

    1.1 Material empregado

    • Ficha de cliente com os pontos de alarme e meridianos desenhados como a FC fornecida pelo SINTE;

    • Ficha de cliente com a aurícula e pontos dos Cinco Movimentos Chineses como a que o SINTE forneceu;

    • Pêndulo neutro;

    • Grafite ou lápis preto comum;

    • Gráficos de radiônica: TRIGONO, TURBILHÃO, NOVE CÍRCULOS, LOSANGO, DIAFRAGMA ou outros(VIDE ANEXO 1)

     

    1.2 Métodos

    O atendimento é dividido em:

    1ª- Atendimento presencial;

    2ª- Atendimento à distância.

     

    1.3 Atendimento presencial

    Quando a pessoa está presente em seu consultório:

    • Pede-se que o cliente retire de si os metais que sempre carrega, como pulseiras, anéis e outros;

    • Começa-se a escutar durante vinte minutos mais ou menos o que o cliente está a dizer, quais as suas reclamações específicas e gerais, o que mais o incomoda e inclusive como se sente em relação aos demais;

    • Passa-se a examinar no corpo do cliente quais os Pontos de Alarme mais sensíveis e a que meridianos correspondem, e se há um ponto mais sensível no trajeto do meridiano e trabalhar este ponto via toque com os dedos por cerca de um minuto, após o qual, faz-se novo teste e já deve ter cessado a dor nos Pontos de Alarme;

    • Pegar o grafite ou lápis e assinalar no desenho da Ficha de Cliente este ponto. Colorir esta região com o lápis tendo a intenção de otimizar o desbloqueio do ponto assinalado. A seguir pergunta-se ao pêndulo quantas voltas ou quantos minutos deve-se rodar este pêndulo sobre o desenho a fim de que os resultados sejam melhores;

    • Obtida a resposta deve-se rodar o pêndulo sobre o desenho quantas vezes ou quantos minutos foi determinado;

    • Pegar uma borracha branca comum e desmanchar tudo que se coloriu;

    • Passar o lápis de leve no trajeto do meridiano todo;

    • Perguntar ao pêndulo se foi suficiente o número de voltas ou minutos;

    • Resposta afirmativa;

    • Seguir o atendimento;

    • Com a Pulsologia de Nogier, localizamos na orelha, pontos nas regiões dos meridianos desarmonizados e trabalhados via aplicação colorida do grafite no desenho da aurícula com a rotação do pêndulo tantas voltas ou quantos minutos forem necessários e depois nova análise dos pontos via reação ao pulso;

    • Apagar o colorido do desenho e tornar a desenhar os pontos trabalhados, inclusive com atenção para qual dos Cinco Movimentos Chineses estava mais sensível para, se preciso, voltar o colorido e a rotação do pêndulo, assinalada antes com um X a parte sensível.

    A parte emocional da pessoa também deve ser tratada, e para melhor compreendê-la, não basta só escutá-la, é preciso colocar o desenho (depois de colorido e desmanchado o grafite e assinalado o ponto sensível) no gráfico da Radiônica que for adequado para ela e pendular em cima o tempo necessário para uma melhor harmonização. Passar ao ACONSELHAMENTO como aprendido.

    Estudando os Cinco Movimentos Chineses:

    O tao é o tudo, é o TODO, todos e tudo estão inseridos nele, o YIN escuro acaba quando começa o YANG claro que se insere no YIN que também está contido no YANG. É um vir a ser contínuo como prega a filosofia, o SER se inclui no não-ser que por sua vez, é. É a mutação universal e esta mutação de acordo com seu movimento foi “batizada”, isto é, ganhou nome para ficar mais fácil reconhecê-la; assim, se o movimento sobe, ganhou o nome de FOGO, outro que desce é a ÁGUA, o centrífugo, expandindo-se do centro para a periferia é a MADEIRA, o movimento centrípeto, contraindo-se da periferia para o centro é Metal ou Rocha, que são densos, contraídos. O último é o movimento de equilíbrio de direções, a Terra que é sólida, estável, equilibrada. São os Cinco MOVIMENTOS nos quais todas as coisas estão inter-relacionadas de um modo bastante dinâmico e preciso.

    Os Cinco Movimentos estão ligados entre si, têm conexões a primeira é a Lei da Geração, ou Mãe e Filho: da Água nasce a Madeira, ou seja, a água é mãe da madeira que alimenta o fogo que gera a terra, que são as cinzas de onde brota o Metal ou Rocha, da qual a Água aparece mediante o veio que nasce da rocha ou o metal se liquefazendo. E a LEI DA DOMINÂNCIA ou DOMINANTE e DOMINADO: a Água domina o Fogo, pois o apaga, este derrete o Metal, que corta a MADEIRA, ou ainda na ROCHA não nascem as plantas, esta consome a TERRA, a qual por sua vez, absorve a ÁGUA.

    De acordo com essas relações muitas hipóteses terapêuticas podem ser traçadas. Em primeiro lugar, através do pêndulo detecto em qual faixa de onda a pessoa vibra:

     

    VERMELHO

    Tem muita energia física, ama a vida, é alegre, extrovertido, tem coragem, paixão, generosidade e força pioneira.

    Seu lado negativo é: cólera, frustração, tensão nervosa, agressivo, egoísmo, domínio e sensualidade obsessiva. Isto demonstra sensibilidade do movimento FOGO, o que é fatalmente demonstrado nos Pontos de Alarme, geralmente sensibilidade nos meridianos do coração e intestino delgado, na aurícula, pontos sensíveis do coração e rins.

    Tratamento: colorir com grafite o desenho do Meridiano do Coração, dos rins porque o FOGO é apagado pela ÁGUA e muito aconselhamento visando dominar o fogo interior que incendeia ocasionando muita raiva e explosão, transformando tudo em água que acalma, apaga o fogo.

     

    ALARANJADO

    Quem vibra nesta faixa tem equilíbrio físico/mental, é mais tolerante e compreensivo, persegue a harmonia e a paz, explodindo raramente, é líder e tem controle sexual.

    Negativo: é muito apressado, por isso até não raciocina direito, é crítico, indeciso para suas coisas e gosta de mandar nos outros, tem momentos de timidez e exigências desmedidas.

    Esta é a pessoa que demonstra sensibilidade ora no movimento FOGO, ora no movimento TERRA, tendo geralmente sensibilidade no meridiano do triplo aquecedor e circulação e sexo.

    Procede-se o colorido com o grafite nos meridianos sensíveis e pontos sensíveis e mais no desenho da aurícula colorir com o grafite nos locais dos movimentos indicados. Apagar o colorido, colocar no gráfico adequado e pendular em cima por tempo determinado pelo pêndulo.

     

    AMARELO

    Quem vibra nesta faixa é mais dominado pelo intelecto, pois tem uma mente sutil, agudo discernimento, sensibilidade, dom da palavra, otimismo, comunicação, criatividade e popularidade.

    Negativo: inconstância, compulsão, superficialidade, despeito, inveja, egoísmo, ciúme, falta de concentração e sensacionalismo.

    Geralmente os Pontos de Alarme mais sensíveis são os do baço-pâncreas e do estômago e os pontos doloridos estão nos meridianos correspondentes. Também na aurícula os pontos detectados pela Pulsologia de Nogier ou pela Radiestesia são os do movimento TERRA.

    São pessoas emocionalmente insatisfeitas que querem aparecer a todo custo quando vibrando na faixa negativa e como duvidam de tudo deixam de usar sua criatividade interior para resolver problemas da vida. O aconselhamento deve ser neste sentido de tirar de dentro de si, novos caminhos, novo jeito de caminhar, mudanças para melhor, mais otimismo.

    O procedimento para equilíbrio nos meridianos é sempre o mesmo: colorir com o grafite o desenho dos meridianos e nos pontos assinalados e mais na aurícula os pontos do movimento TERRA, depois de desmanchar o colorido, passa-se o lápis no desenho do meridiano em questão, coloca-se o desenho no gráfico adequado e pendula em cima por tempo determinado pelo pêndulo ou deixa-se o pêndulo sobre o desenho que ele vai rodar quanto tempo for suficiente.

     

    VERDE

    Os que vibram na faixa verde são pessoas que têm a força vital da terra, muita determinação, eficiência, paciência, equilíbrio, confiança, versatilidade, gostam de ajudar, cultivam a esperança e amizade.

    Negativo: muitas vezes o desejo de segurança dão-lhes uma visão mais estreita e uma busca desenfreada pelo poder, superioridade, descontentamento, inveja, ciúme danoso e crueldade.

    Os Pontos de Alarme mais sensíveis são os referentes aos Meridianos do Fígado e Vesícula Biliar, sempre deixam que a raiva os incomode a ponto de serem alguns, pessoas azedas e com respostas ácidas, mas depois de equilibrados estes pontos nos meridianos do fígado e vesícula biliar e também no desenho da aurícula, os locais do movimento MADEIRA mais os pontos sensíveis, com o grafite, desmanchando depois com a borracha e colocando-se os desenhos nos gráficos e pendulando em cima por tempo e hora determinados pelo pêndulo, muitas vezes transformam-se e passam para o lado vibratório verde positivo tornando-se extrovertidos e tendo outra visão dos fatos. O aconselhamento é muito importante para esta transmutação. Há os casos em que a pessoa está com o Meridiano Madeira sensível e também o Meridiano do Intestino Grosso sensível. As raivas provocam diarréia ou prisão de ventre. Então é necessário equilibrar o Movimento Metal que está desequilibrado.

     

    AZUL

    Quem vibra na faixa AZUL tem dentro de si a essência espiritual do cosmos. São pessoas concentradas, porém, alegres, percepção, versatilidade, espiritualidade, tranqüilidade, firmeza, confiança, paranormalidade, dom da expressão, mente aguda, fé, amor.

    Negativo: alguma preguiça, inércia, apatia, fraqueza, inconstância, impaciência, auto-indulgência, crítica, superstição e capricho.

    Analisando os Pontos de Alarme constatamos sensibilidades nos meridianos dos rins e bexiga. São pessoas que têm muito medo, vivem vendo fantasmas, gostam muito de se vestir de preto, reclamam que o cabelo cai, dor na perna até o calcanhar, sentem muito frio, são duras até consigo mesmas. Na aurícula detectamos pontos sensíveis dos rins e bexiga, sendo o movimento ÁGUA o que mais precisa de equilíbrio. Com o grafite no desenho foi feito o desbloqueio da energia e depois de desmanchado o colorido, o desenho é colocado no gráfico certo e pendular em cima por tempo certo. Após este procedimento e com o aconselhamento vimos a pessoa colocar mais sol em sua vida com um aspecto mais alegre.

     

    ANIL

    Aquele que vibra nesta faixa tem a intuição bem desenvolvida com a percepção aguda, tem idealismo, tolerância, coragem, nobreza, é determinado e luta pela união familiar, justiça. Gosta de arte.

    Negativo: dispersa muita energia, é muito austero, às vezes cínico e intolerante, inconveniente, rígido.

    Os Pontos de Alarme mais sensíveis são os do pulmão e intestino grosso e os meridianos correspondentes têm pontos doloridos detectados pelo pêndulo no desenho. Muitas vezes tem doenças de pele por causa da não eliminação, devido ao intestino preso, daí ficam melancólicos e arrumam um sentimento de culpa por causa de um fato qualquer e ficam tristes. Na aurícula os pontos localizados são referentes ao movimento METAL, pontos do intestino grosso.

    Através do colorido com grafite no desenho da aurícula e também no meridiano correspondente e a seguir desmanchar com a borracha, passar o lápis por cima, colocar o desenho no gráfico da Radiônica escolhido, pendular por cima o tempo suficiente, a pessoa passa para uma fase mais alegre de sua vida, sua pele melhora e a melancolia sede lugar a animação. O aconselhamento deve visar melhor integração com o movimento FOGO através de alimentação mais colorida como frutas tropicais para conservar o humor mais alegre e melhor trânsito intestinal.

     

    VIOLETA

    É raro encontrar uma pessoa que vibra nesta faixa, porque quem chega aqui tem bastante equilíbrio espiritual, mente inspirada, compreensão, percepção, é iluminada, gosta de artes, gentileza e sabedoria. É mais fácil encontrar quem vibra no negativo desta faixa.

    Negativo: arrogância, orgulho, dominação, isolamento, fanatismo, misticismo exagerado e fuga para a fantasia.

    Na análise dos Pontos de Alarme se encontra desequilíbrio no Meridiano do Pulmão, sendo o local do ponto assinalado na Ficha do Cliente e na aurícula também foi localizado ponto na altura do movimento METAL. Para se obter o equilíbrio energético é necessário colorir os meridianos no desenho e nos pontos do movimento METAL na aurícula, com grafite, desmanchar com a borracha, ter a intenção de equilibrá-lo e em seguida colocar os desenhos nos gráfico da Radiônica escolhidos e pendular por cima por tempo determinado pelo pêndulo, ou segurar o pêndulo acima do desenho no gráfico que ele roda sozinho o tempo necessário para o equilíbrio energético. Quem vibra na faixa violeta também necessita de verde em sua alimentação porque está faltando extroversão, primavera em sua vida. O aconselhamento é muito importante porque sendo encontrados mais violetas negativos do que positivos vemos muitos arrogantes e fanáticos e que precisam ser iluminados pelas luzes da CROMOTERAPIA também além dos desbloqueios de seus pontos sensíveis.

    Pendular muitos minutos e muito tempo nos gráficos da Radiônica também muito contribui para a harmonização.

     

    1.4 Atendimento à distância

    Muitos homens de ciência e extraordinária capacidade intelectual, entre os quais figuras do porte de NEWTON, LEIBNIZ, CIARKE e KANT, discutiram os prós e os contras da ação à distância, mas a crença neste fenômeno e a sua demonstração fazem parte do folclore e da terapia popular desde o alvorecer da PRÉ-HISTÓRIA. O fato singular de que uma pessoa possa exercer influência sobre outra à distância, constitui um dos princípios fundamentais de todas as formas primitivas de harmonização sendo que os xamãs seja entre os esquimós, os índios americanos ou africanos, testemunham este fato.

    Nas sociedades tribais, a ação à distância é assinalada pelas tradições britânica e européia. Em muitos condados ingleses, os lavradores costumam dar mais atenção ao objeto que feriu a pata de seus cavalos do que à própria área atingida. Conta-se que Sir Kenelm Digby, o célebre autor de POWDER OF SYMPATHY, tratou, certa vez, de um homem que fora gravemente ferido num duelo, tomando um pedaço de pano embebido em seu sangue e juntando-o a uma solução de polvilho, e, em conseqüência disso, a dor passou e o homem sentiu-se recuperado. Mais tarde, quando Sir Kenelm Digby retirou o pano da solução, o homem voltou a sentir uma dor lancinante no local do ferimento, e então despachou um criado para avisar-lhe que ele estava certo de que o tratamento fora interrompido e, assim, rogava-lhe retomá-lo o mais depressa possível. Ao que tudo indica, esta forma de tratamento era bastante comum, pois Francis Bacon escreve que se tinha observado muitas vezes que o ferimento desaparecida quando se passava o bálsamo sobre a arma que o havia causado.

    Hoje, os parapsicólogos de todo o mundo debruçam-se sobre essa espécie de fenômeno. Durante a década de sessenta, surgiram evidências de que a Rússia estava investindo seriamente em pesquisas científicas a fim de determinar que fatores se achavam implicados na ação e influência à distância. O Capitão Edgar MITCHELL tornou públicas as experiências telepáticas por ele realizadas durante seu histórico vôo à Lua. Assim, um domínio que até bem pouco tempo era considerado de competência exclusiva do feiticeiro, encontra-se agora submetido a minuciosos exames por parte da ciência institucional.

    Muito antes, em 1869, um terapeuta francês de nome DUSARD descobriu que podia fazer adormecer uma pessoa por intermédio de sugestões mentais à distância, e em 1878, um outro terapeuta francês, chamado HÉRICOURT fez experiências semelhantes com um de seus clientes e descobriu que podia ditar-lhe que deixasse a sua casa e caminhasse por certas ruas até um local determinado, sem que ele soubesse o que estava fazendo.

    A partir destes exemplos, torna-se claro que a mente pode exercer influência à distância. Do ponto de vista da Radiônica, interessa particularmente o fato de que os indivíduos, nas experiências dos soviéticos, sabiam quando estavam sendo influenciados e por quem. Os clientes submetidos a tratamentos Radiônicos, algumas vezes registram o momento em que “entram em sintonia”, sendo que um terapeuta hindu, o Dr. A. K. BHT-TACHARYYA, contava que alguns clientes seus no Canadá percebiam de imediato que as suas fotografias estavam sendo irradiadas pelas radiações de pedras preciosas a partir de sua casa localizada em NAIHATI, BENGALA, e podiam identificar a freqüência correta de transmissão. O símbolo de uma linha que liga o receptor e o emissor traz à mente a teoria KAHUNA sobre a linha AKA, de que se serviam os curandeiros polinésios a fim de exercer influência à distância sobre as pessoas. Nós, os TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, creio, que empregamos linhas ou cadeias energéticas semelhantes constituídas por substâncias astrais, mentais e etéricas, quando submetemos um cliente a um tratamento Radiônico.

    Se por outro lado as “palavras” e o tratamento não forem bem ministrados, advirá um resultado negativo. Existe um axioma esotérico que afirma que “A ENERGIA ACOMPANHA O PENSAMENTO”. Em “LETTERS TO A DISCIPLE”, Eugene Cosgrove levanta a seguinte questão: Qual o fundamento técnico para a afirmação de que: “a energia acompanha o pensamento”? E ele nos responde: Qualquer vibração desencadeada a partir de um plano ou nível superior de atividade, é registrada por todo o mecanismo. O dispositivo de resposta reage em uníssono e simultaneamente. Quando o pensamento é expedido em relação a uma pessoa, a mente dessa pessoa responde através de uma ação vibratória colateral. Um efeito similar é produzido sobre o corpo emocional. O corpo etérico reage a este efeito e a esta resposta reage o cérebro, vibrando em harmonia com o mecanismo etérico. É a resposta cerebral que estimula a atividade de todo o sistema nervoso. Assim, o impulso originário do EGO cumpre a sua função de energizar todo o veículo físico.

    Para compreender essas palavras é preciso compreender como a anatomia sutil reage ao impulso do pensamento. Um dado relevante é o fato de que, para operar qualquer transformação real em um ser, o impulso deve proceder do plano situado acima.

    Lembramos aqui a classificação por nós adotada de que o homem é composto de sete corpos: 1- Físico denso; 2- Etérico; 3- Emocional ou astral; 4- Mental; 5- Causal intuitivo; 6- Búdico ou espiritual; 7- Monádico.

    Assim, os problemas de natureza ASTRAL ou EMOCIONAL devem ser abordados a partir do plano MENTAL, e se 90 a 95% de todos os desequilíbrios energéticos são registrados nos planos astral e etérico, isso vale para a grande maioria dos casos com que se depara qualquer terapeuta em sua lida cotidiana. Grande parte do que se denomina hoje em dia “desequilíbrio mental” não passa, na realidade, de perturbações do mecanismo astral; o corpo mental do homem não funcionou ainda suficientemente, nem com a potência requerida, para chegar a causar propriamente algum desequilíbrio em si mesmo. Isto, além do mais, está de acordo com os ensinamentos da Antiga Sabedoria.

    Sejam quais forem os mecanismos de ação e da influência à distância, o fato é que o fenômeno é utilizado com êxito na Radiônica para prover o equilíbrio dos campos do homem, dos animais e da terra. Seria conveniente saber o que extamente ocorre, mas por enquanto, pelo menos, nós podemos partilhar da mesma certeza a que chegou o Dr. George Laurence, após ter aplicado durante muitos anos os seus princípios para o desenvolvimento e a prática da terapia psiônica: “sem sombra de dúvida, a coisa funciona”.

    Trabalha-se na harmonização do cliente à distância colocando um retrato do mesmo para ser estudado, ou um papel com o nome, data de nascimento para ele ser localizado no espaço, pelo pêndulo, daí parte-se para verificar qual a cor de sua aura da personalidade, quais os desequilíbrios encontrados nos pontos de alarme sensíveis, auriculoterapia e procede-se como já apresentado anteriormente: colorindo com grafite os desenhos dos meridianos e locais de algum ou alguns dos Cinco Movimentos Chineses na aurícula.

    2 - EM DIREÇÃO À SIMPLICIDADE ESSENCIAL

     

    Segundo Hans Hofmann, no seu livro Search for the Real, “a faculdade de simplificar significa eliminar o desnecessário a fim de que o necessário possa se exprimir”.

    A Radiesteia oferece um meio de detectar causas de desequilíbrios que teriam passado despercebidas aos exames médicos e clínicos convencionais. Além dessa vantagem óbvia, ela propõe também uma outra abordagem do tratamento, podendo vir a suplementar a ação propriamente física dos agentes terapêuticos normalmente empregados, bem como visar especificamente à eliminação das causas ocultas que tão freqüentemente acontecem nos casos crônicos.

    A Radiônica é, hoje, no melhor dos casos, uma técnica de harmonização natural e atrai os que pensam nesta faixa. Mas há os que fazem muita confusão e afastam os estudantes sérios. Se ela estivesse junto com a medicina ortodoxa, não teria tido contribuições espúrias e assim seria uma disciplina clínica e científica, mas também se assim fosse, os leigos seriam excluídos o que seria ruim.

    A radiônica ao contrário lida essencialmente com fatores subjetivos inclusive tratamento à distância e muitas vezes misturam crenças e superstição o que interfere no tratamento e nos procedimentos do conhecimento e do tratamento. Muitos radiestesistas usam crenças e práticas que por serem tão estranhas afastam pessoas, se esquecem da essência. Pêndulos personalizados, cultos agrupados a um líder impregnado de mistério, tudo precisa ser pesquisado para se ter só a parte científica em ação. Le Shan definiu como “comportamentos idiossincráticos” os que se verificavam em um ou vários radiestesistas que tinham práticas misteriosas, crenças e confusões e “comportamentos comunais” seriam todos que estudavam seriamente a radiônica.

    Na Radiônica, a instrumentação, os pêndulos, os detectores do tipo forquilhas de detecção, os métodos de diagnóstico e tratamentos baseados na anatomia física e sutil constituiriam fatores comunais, ao passo que os frascos de mel na mesa, os rótulos mágicos, “o meu guru diz que eu não devo tratar do chackra da cabeça”, ou “não dará certo se o mestre não fizer uma simpatia para os instrumentos” expressam realidades que se pode taxar de idiossincráticas e, em última instância, prejudiciais à imagem da radiônica. Se o investigador sério se dispuser a identificar todas essas ninharias e enxergá-las tais como realmente são, encontrará sob elas uma via para a harmonização digna de consideração.

    Muitos terapeutas afirmam não ter tempo para se dedicar a radiônica e desconhecem que, se bem treinados, ganhariam muito tempo.

    Há terapeutas que gastam muito tempo com “comportamentos idiossincráticos” e o desempenho eficaz fica prejudicado. É preciso questionar como o tempo está sendo gasto. Muitos jovens querem se dedicar à radiônica, mas se confundem com tantas informações que lhes chegam de uma maneira meio complicada que logo desistem.

    David Tansley chegou à conclusão e eu aprovo que há uma necessidade de simplificação absoluta. Malcolm Era diz que é necessário chegar “a simplicidade essencial”, sendo que sempre foi seu objetivo simplificar os seus métodos e aumentar a sua eficácia.

    Com base na experiência, somos levados a crer que, se a radiônica visa despertar o interesse do profissional ligado à saúde ou do Terapeuta Holístico, ela deverá ter os seguintes preceitos:

    1. As técnicas de diagnóstico e terapia devem ser simples, além de compreensíveis, abrangendo a totalidade do homem em seus aspectos físico e sutil;

    2. O instrumental da radiônica deve ser de concepção e execução simples e compacta e estar em conformidade com os princípios dos campos de energia nos quais ele se destina a trabalhar;

    3. A condução do conhecimento e do tratamento, bem como a operação dos instrumentos, devem estar isentas de quaisquer projeções idiossincráticas;

    4. O praticante deve possuir larga experiência tanto das ciências físicas como das espirituais, pois ambas são necessárias para a modalidade de harmonização em questão.

    Se estes requisitos forem satisfeitos qualquer pessoa interessada, quer seja estudante ou terapeuta, assimilará a radiônica e com um estudo sério muito sucesso obterá.

    O método de radiônica aplicado na HOLOPUNTURA tem sido testado por mim, estudado, pesquisado e com ajuda das cores e grafite, tenho tido ótimos resultados.

    Com poucos aparelhos: só o AURAMITTER, PÊNDULO, GRÁFICOS e DESENHOS, tudo simplificado ao máximo, temos alcançado harmonizações precisas e duradouras que, muitas vezes, até nos surpreendem.

     

     

     

     

     

     

     

     

    3 - O CONFLITO ENTRE ENERGIAS E FORÇAS

     

    A Terapia Holística afirma que os vírus e bactérias só fazem mal ao corpo porque o corpo já está sem energia vital suficiente para reagir, por isso é necessário analisar as causas básicas por trás de qualquer quadro de sintomas. Em muitos casos, a causa se encontra nos níveis sutis e somente pode ser interpretada em termos de desequilíbrio de energia que transtorna os diversos campos ou corpos do cliente. Mas, estamos lidando com fatores subjetivos que não se deixam comprovar cientificamente, e não obstante, o tratamento baseado nestes descobertos é muito eficaz. É muito natural que o corpo físico com seus inúmeros sintomas apareçam primeiro na nossa observação, mas é preciso compreender que o corpo físico e o corpo etérico são só espelhos dos problemas que estão nos níveis astral ou emocional e mental da consciência, portanto, o que se chama “desequilíbrio” não é física só podendo ser compreendida em termos de energias e forças.

    Segundo Alice Bailey, em seu livro ESOTERIC HEALING “Nada há que não seja energia, pois Deus é vida. Duas energias (a do espírito e a da matéria) encontram-se no homem, mas outras cinco também se manifestam (a da alma, a do corpo mental, a do corpo astral e a do corpo físico-etérico que somam quatro. A quinta é a energia que compreende a totalidade do eu inferior). A cada uma corresponde um ponto central de contato. O conflito dessas energias com as forças e das forças entre si produz os desequilíbrios corporais do homem. Quando estão muito exacerbadas procuram alívio na morte. As duas, as cinco e, portanto, as sete, mais aquela por elas produzida, possuem o segredo. Esta é a quinta lei da cura dentro dos limites do mundo da forma”.

    Edward Bach afirma: “O desequilíbrio resulta, essencialmente entre o conflito da alma e a mente, e jamais será erradicada senão por esforços mentais e espirituais”. E diz também: “É quando nossas personalidades são desviadas do caminho ditado pela alma, quer em virtude dos nossos desejos terrenos, quer em virtude da persuasão exercida por outrem, que surge um conflito”.

    Em essência, o que o Dr. Bach e Alice Bailey afirmam é que, quando o fluxo de energia da alma se depara com os campos de força de nossos vários corpos (que em si mesmos contêm outras reservas de forças que nós rotulamos através das palavras medo, ressentimento, ódio, ciúme, orgulho), todos eles localizados nos corpos astral e mental, ou com miasmas, toxinas e outros poluentes do corpo etérico, temos uma situação que gera tensão, na medida em que a energia da alma colide com o foco de força em qualquer corpo. A tensão gera os desequilíbrios que, em ultima instância precipita-se sobre o plano físico sob a forma de lesões orgânicas ou distúrbios psicológicos. Se a energia da alma fluir livremente através da personalidade e se expressar em forma de amor, paz e harmonia no plano físico, não haverá desequilíbrio algum.

    Na terapia oriental, particularmente na acupuntura, a prática é inteiramente fundamentada nas forças primordiais do Yin e do Yang. O equilibro destes opostos no interior dos sistemas de energia do homem proporciona a saúde, ao passo que o excesso ou a falta de uma ou outra das forças exprime-se sob a forma de desequilíbrios energéticos. A saúde se manifesta quando se verifica uma unidade de propósitos entre a alma e a personalidade, a qual já evoluiu para um estado de capitulação ao desígnio superior.

    Com a vida moderna, noites mal dormidas, alimentos errados, a correria de um lado para outro, pílulas anticoncepcionais, partos induzidos, cesarianas à vontade, são quebrados ciclos importantes do equilíbrio do homem e esta quebra da lei dos ciclos predispõe o homem para os desequilíbrios cria conflitos de energia em seu organismo, abrindo as portas para as infecções. Se o homem conservasse a pureza de pensamento, veria que a sua vida decorre ciclicamente de modo natural e nada haveria e, seu corpo mental que pudesse proporcionar um foco para que os traços de desequilíbrio se originassem à sua volta.

    A integridade do corpo etérico é mantida e intensificada por uma dieta natural, à base de alimentação integral, ar puro, sol, o uso do mel como adoçante, exercícios, uma postura de relaxamento, o uso criterioso da água tanto interna como externamente, e um ritmo harmonioso de respiração. Distúrbios emocionais e mentais debilitarão o corpo, o uso de drogas dá aos nadis um aspecto um tanto semelhante ao das cordas frouxas de uma raquete de tênis e nunca se deve esquecer que o corpo etérico responde de imediato ao pensamento.

    Muitos já estão se conscientizando dos efeitos colaterais de fórmulas indicadas e vacinas e também há uma nova consciência que as pessoas manifestam com relação a vitaminas, alimentos naturais não-industrializados e práticas alternativas de saúde, isto é muito bom para o corpo etérico fortalecendo e aumentando a ENERGIA VITAL como um todo.

     

     

     

     

     

     

     

     

    4 - RESULTADOS

     

    Ch’i Po diz: “Quando a mente das pessoas é fechada e a sabedoria não é aceita, elas permanecem atadaso deseqiulíbrio. Contudo, seus sentimentos e desejos devem ser investigados e conhecidos, seus anseios e opiniões devem ser seguidos; torna-se evidente, então, que aqueles que obtiverem vitalidade e energia medram em prosperidade, ao passo que perecem aqueles que perderam sua vitalidade e energia”.

    Estas intervenções energéticas atuam diretamente na parte sutil da pessoa, na área emocional, mental, energética e daí baixam para o físico, melhorando suas queixas, conseguindo que elas vejam a vida com melhores olhos, sem tanta reclamação e mudando o modo de pensar. Matematicamente falando, é este o resultado que se consegue:

    • Os VERMELHOS têm melhoria de 60 a 70% no quadro geral;

    • Os ALARANJADOS melhoram 70 a 80%;

    • Os AMARELOS melhoram 70 a 80%;

    • Os VERDES melhoram 80 a 95%;

    • Os AZUIS melhoram 70 a 80%;

    • Os ANIS melhoram 80 A 95%;

    • Os VIOLETAS melhoram 70 a 80%;

    100% do equilíbrio energético ainda não foi alcançado.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    5 - DISCUSSÃO

     

    O equilibro total inclui: ESPIRITUAL, EMOCIONAL, MENTAL, ENERGÉTICO e FÍSICO, este é 100% e ainda não consegui que meus clientes o alcançassem, creio que seja impossível, porque sendo a vida dinâmica, nada pára, vão acontecendo fatos que levam a novos desequilíbrios enquanto se está tratando alguns, por isso creio ser o ideal inatingível, talvez eu esteja enganada, mas creio que sobre o passado podemos trabalhar tentando eliminar os bloqueios energéticos passados até por outras gerações de antecessores, o presente também é desafiador e melhorado, mas quem geralmente não chega nem a 90% são aqueles que se fixam nas probabilidades: “Pode acontecer algo” e estes são os mais difíceis de equilibrar. Também quem não perdoa, não esquece o passado, este fica sempre bloqueado, seu tratamento não surte muito efeito, são alguns VERMELHOS, de coração fechado, que se queimam no próprio fogo, não deixam a Água maleável penetrar de jeito nenhum, ficam com seu vulcão interior exacerbado e recusam ajuda, o grafite atua pouco, porque o pensamento deles faz uma barreira impedindo a onda magnética de penetrar.

    Se a força da vida circula por nós em toda a sua plenitude, por que então haveria ela de se manifestar como desequilíbrio nos indivíduos em toda parte do mundo? Muito simples, porque no trajeto rumo à sua expressão ela se vê ante bloqueios que a impregnam com padrões de distorção, nós não nos achamos contentes, em muitos casos não somos capazes ainda de deixar a Mente Universal expressar o seu propósito através da nossa pessoa. Temos os nossos próprios desígnios, a nossa personalidade precisa se afirmar e lutar com a vida, ao invés de permitir que a vida se expresse dócil e efetivamente. É isto que o Dr. Bach denomina o conflito entre a Alma e a Mente, e ele tem razão, pois ensinamentos antigos afirmam que a mente inferior é o assassino do que é real. Mas, a mente inferior age até que o seu eu inferior se torne uma unidade integrada e plenamente ativa, o que será de utilidade para a alma em seu plano projetado. Os desequilíbrios e os sofrimentos não passam, afinal de contas, de efeitos secundários que são deixados de lado quando a personalidade finalmente capitula perante a alma e o cimo da montanha é alcançado.

    Os VERDES que geralmente têm muito desequilíbrio MADEIRA são mais fáceis de equilibrar se lhe desbloquearmos os pontos dos meridianos do fígado e da vesícula biliar e lhe damos estímulos TERRA com reflexões sobre suas dúvidas e insatisfações, alimentação colorida amarelo como melões, laranjas e verduras que têm flores amarelas como serralha e brócolis.

    Há os que se equilibram muito e os que se equilibram pouco.

    CONCLUSÕES

     

    Esta pesquisa que fiz durante dez meses sobre a HOLOPUNTURA aliada à RADIESTESIA e RADIÔNICA, foi para mim muito importante porque me possibilitou concluir que não só os clientes presentes no consultório podem ser tratados, mas também aqueles que se encontram a alguns metros ou muitos quilômetros de distância, isto é bom porque veio coroar com êxito relativamente alto de bons resultados e firmou para mim a máxima de que “a distância não importa quando se trabalha com Radiestesia e Radiônica”, as ondas magnéticas atuam mesmo em qualquer lugar.

    E mais interessante ainda foi constatar que o desenho é. É a pessoa em questão, ele não representa a pessoa, ele é a pessoa. Isto é pouco compreensível para os que estão chegando agora na Terapia Holística e também é um perigo para os que confundem as coisas, podem pensar que é magia, vodu... Mas não, é simplesmente a combinação do pensamento direcionado, intencionado com as ondas magnéticas que carregam aquela intenção e agem no corpo à distância. “O grafite conduz energia”. Li isto em um livro antigo de Radiestesia e fui experimentar. É verdade.

    É lógico que há um caminho muito vasto ainda a percorrer, mas as pesquisas e experimentações continuam e como cheguei a conclusões positivas nos vários tratamentos dos meus clientes, não podia segurar só para mim este novo jeito de trabalhar, porque sou partidária da premissa: “Conhecimento partilhado é conhecimento multiplicado”. Outros terapeutas terão novas experiências e experimentações e os clientes estão aí, com suas dificuldades e desequilíbrios; é preciso que nós unamos nossos conhecimentos para chegar à otimização dos resultados.

     

    Tenho consciência de que o ideal – 100% equilibrado, inclusive nós mesmos, isto é inatingível, visto todos termos limitações, mas nada nos impede de perseverar e quem persevera chega a excelentes resultados, pessoas falando sempre: “Estou muito melhor”; “Quase sempre não tenho mais queixas”, ou outros que simplesmente somem, ficaram contentes com o que sentiram e nada falam.

    Chamo a este trabalho de INTERVENÇÃO ENERGÉTICA e como é uma entrada na ENERGIA, na AURA do outro com sua permissão, é claro.

     

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

    SHARP, Damian. O que é astrologia chinesa. Rio de Janeiro: Nova Era, 2003.

     

     

    SIQUEIRA, Renato Guedes. Cinestesia do saber. 2.ed. São Paulo: Roka, 1998.

     

     

    TANSLEY, V. David. Dimensões da Radiônica. 10.ed. São Paulo: Pensamento, 1995.

     

     

    VIEIRA FILHO, Henrique. Holopuntura a quintessência da união de técnicas. SINTE – Sindicato dos Terapeutas, 2005.

     

     

     








     

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

     

    Autor: : SINTE
    Última atualização: 01/11/2016 11:49


    QuiroAcupuntura - Acupuntura Nas Mãos

    QuiroAcupuntura - Acupuntura Nas Mãos




     

    Song Un Kim
    Terapeuta Holístico
    CRT 23108

     


     

    RESUMO


    Quiro-Acupuntura ou Acupuntura na mão.

    È uma técnica de acupuntura que utiliza somente as mãos para equilibrar a energia do corpo.
    O Quiro Acupuntura e considerada uma reflexologia, como a Orelha, sola dos Pés, Olhos e etc..

    È uma técnica que muito simples de aprender e praticar, porque nos temos as duas mãos na nossa frente .

    Na Coréia esta acupuntura na mão, esta sendo divulgado em massa, por meio de comunicação popular como na TV, Jornal, Revistas e etc.

    Uma boa parte da população coreana já se auto trata com acupuntura na mão como se fosse receita caseira.

    Quero transmitir um pouco do meu conhecimento aos terapeutas para conseguir se auto tratar.( e a única técnica que não depende de ninguém para se tratar ) e não tem contra indicação.

    Qualquer pessoa tem a capacidade de localizar um ponto correspondente numa mão, observando simplesmente um mapa da mão.

    Basta pressionar ou esfregar o ponto ou a região, de maior sensibilidade podemos equilibrar a energia do local alterado.

     

    ÍNDICE

    I- Prólogo.

    II- Histórico.

    III- As Três teorias da Acupuntura na mão.

    1- Reflexos dos órgãos e Vísceras na Palma da Mão.

    2- Reflexos dos órgãos e Vísceras no Dorso da Mão.

    3- Lateralidade do Corpo em Relação a Palma da Mão.

    4- Lateralidade do Corpo em Relação ao Dorso da Mão.

    IV- Material Utilizados no Tratamentos.

    1- Agulhas.

    2- Aplicadores de Agulhas.

    3- Moxa.

    4- Aparelho de Alumínio .

    5- Anel.

    6- Aparelho de eletro-Acupuntura.

    7- Plaquetas de alumínio ou ouro.

    V- Terapia da Correspondência.

    1- Dor na testa.

    2- Dor de cabeça lateral.

    3- Olho.

    4- Nariz.

    5- Boca.

    6- Dor na mandíbula.

    7- Distúrbios na bochecha.

    8- Dor na laringe.

    9- Brônquios.

    10- Dor na parte da fonte.

    11- Dor de ouvido.

    12- Dor na lateral da occipital.

    13- Dor na occipital.

    14- Dor na cervical.

    15- Dor na escápula, escápula superior e coluna torácica.

    16- Dores na cervical, torácica, lombar, cóccix.

    17- Dores na Escápula e no Osso da Bacia.

    18- Dores ao lado da coluna lombar.

    19- Pontos correspondentes dos Meridianos IG5, TA4 e ID5.

    20- Pontos correspondentes dos Meridianos P9, CS7, C7.

    21- Pontos correspondentes dos Meridianos E41(T), VB40 (fonte) e B60( fogo ).

    22- Pontos correspondentes dos Meridianos F4 (metal), BP5(S), e R3 (fonte e terra).

     

    VI- Teoria dos 5 dedos ( 5 elementos ).

    VII- Teoria dos 14 micro meridianos .

    1- Relação da Nomenclatura do Quiro-Acupuntura com a Sistêmica.

    2- Meridianos na Palma da Mão.

    3- Meridianos no Dorso da Mão.

    4- Meridiano do Vaso Concepção ( A ).

    5- Meridiano do Vaso Governador ( B ).

    6- Meridiano do Pulmão ( C ).

    7- Meridiano do Int. Grosso ( D ).

    8- Meridiano do Estômago ( E ).

    9- Meridiano do Baço Pâncreas ( F ).

    10- Meridiano do Coração ( G ).

    11- Meridiano do Int. Delgado ( H ).

    12- Meridiano da Bexiga ( I ).

    13- Meridiano do Rim ( J ).

    14- Meridiano do Pericárdio ( K ).

    15- Meridiano do Triplo Aquecedor ( L ).

    16- Meridiano do Vesícula Biliar ( M ).

    17- Meridiano do Fígado ( N ).

    VIII) Recursos para aplicar sobre o Micro Meridianos.

    1. Aplicação Simples.
    2. Aplicação com Tonificação e Sedação.
      1. Recurso de Tonificação ou Sedação.
    1. Tonificação ou Sedação pela agulha.
    2. Tonificação ou Sedação pelo Magnetismo.
    3. Tonificação ou Sedação pelo estimulador elétrico.



    IX) Cuidados básicos na utilização da Terapia na Mão.

    X) Alguns métodos para observar o desequilíbrio do organismo (da energia).

    1. A temperatura das mãos e dos pés.
    2. A aorta abdominal (que é uma veia grossa que se localiza acima e abaixo da corrente umbilical) deve pulsar suavemente.
    3. Aparelho digestivo deve estar funcionando normalmente sem dores.
    4. As pulsações dos seis pontos (em cada braço existem três pontos) devem pulsar suavemente e igual.
    5. O abdômen, não deve apresentar reação de dor ao ser apalpado.
    6. Coluna vertebral.
    7. Pulsação.

    XI) Medidas utilizadas para localizar os pontos.

    1. Dorso da mão.
    2. Palma da mão.

    XII) Dicas em casos de Emergência.

    1. Em casos leves.
    2. Em casos graves.



    I - Prólogo

    O segredo do equilíbrio do organismo está na suas mãos. A mão é um corpo humano em miniatura, pois existem todos os pontos correspondentes do corpo humano na mão.

    Através da mão podemos tratar todos os tipos de desarmonia da energia do corpo humano promovendo o equilíbrio.

    Essa terapia de tratamento pelas mãos, nos chamamos de Quiro-Acupuntura ( acupuntura somente nas mãos).

    Características do Quiro-Acupuntura :

    - Esta nova técnica e de fácil aplicação (somente na mão) .

    - Aplicação das agulhas são indolores e menos agressivos se comparados á acupuntura tradicional, e são aplicados superficialmente na palma ou dorso da mão.

    - Ë uma terapia muito fácil de ser ensinada e aprendida.

    - Não tem contra indicação.

    - Não existem restrições quanto ao local de atendimento ou a hora de aplicação.

    - Não há efeitos danosos quando aplicados em pontos errados.

    - Excelentes resultados na harmonização das energias dos órgãos e vísceras.

    - Muito utilizados em prevenção do desequilíbrio energético.

    - É uma técnica que pode ser utilizados como receita caseira. Porque é muito fácil de ser manuseadas como receita de bolo.

    - Os fundamentos dessa teoria coincide com os da Acupuntura Sistêmica, isto é , teoria dos Yin e Yang, dos Cinco Elementos , Zang-Fu (Órgãos e Vísceras) e dos meridianos .

     

    II - Histórico

    Quiro acupuntura surgiu na Korea em agosto de 1971, através do Tae Woo Yoo ( presidente da academia Sooji - medicina da Korea ), que defendeu a tese em 31/12/75.

    Fundador e Instrutor do Instituto de Sooji - Chim da Korea do Sul.

    Quiro Acupuntura estuda o desequilíbrio energético do corpo humano através das mãos. É um novo tipo de acupuntura, que pode promover o equilíbrio energético através da inserção de agulhas nas mãos.

    A Mão é um corpo humano reduzido, os problemas existentes no organismo se refletem nas mãos, sendo assim é possível tratar e promover o equilíbrio energético através da reflexologia das mãos.

     

    Primeiro Ponto descoberto em 1971, M5 = VB 20 ( sistêmica ).

    Desde então, com as intensificações e aperfeiçoamento dos estudos chegou a conclusão das três teorias.

    1a Teoria : Teoria da correspondência da mão com o corpo humano.

    ( mão é um corpo humano reduzido )

    2 a Teoria : Teoria dos 14 micro-meridianos da Mão, com 345 pontos.

    3 a Teoria : Teoria dos Dedos das Mãos ( 5 elementos ).


    III - AS TEORIAS DA TERAPIA NA MÃO.

    1- Reflexos dos órgãos e Vísceras na Palma da Mão.
    2-Reflexos dos Órgãos e Vísceras no Dorso da Mão
    3-Lateralidade do Corpo em Relação a Palma da Mão.
    4-Lateralidade do Corpo em Relação ao Dorso da Mão.

    IV- Materiais utilizados no tratamento.

    1- Agulhas de 2 cm com 13 mm de cabo e 7 mm de agulha.

    Aplicação de agulha e feita através de um aplicador . Agulha e colocado no aplicador e aplica de forma suave sem fazer força, e a penetração é de 1 à 2 mm sobre a superfície da pele.

    Duração de aplicação de 20 à 30 min.

    2- Aplicadores de agulha.

    3- Moxa .

    Moxa é feita de uma erva chamada de Artemísia, e serve para promover equilíbrio energético do organismo através do calor.

    4- Aparelho de alumínio .

    5- Anel

    6- Aparelho de Eletro-Acupuntura.

    7- Plaquetas de alumínio ou ouro.

    São pequenas placas prateadas e douradas, variando de tamanho e quantidade de pontas.

    V- Terapia da correspondência.

    1-Dor na testa.

    2-Dor de cabeça lateral.

    3-Olho.

    4- Nariz.

    5- Boca.

    6- Dor na Mandíbula.

    7- Distúrbios na bochecha.

    8- Dor na Laringe.

    9- Brônquios.

    10- Dor na parte da fonte.

    11- Dor de Ouvido.

    12- Dor na Lateral da Occipital.

    13- Dor Na Occipital.

    14- Dor na Cervical.

    15- Dores na Escapula, Escapula superior e coluna torácica.

    16- Dores na Cervical, Torácica, Lombar e Cóccix.

    17- Dores na Escápula e no Ilíaco ( Osso da Bacia ).

    18- Dores ao lado da Coluna Lombar.

    19- Pontos correspondentes dos Meridianos IG5, TA4 e ID5.

    20- Pontos correspondentes dos Meridianos P9, CS7 e C7.

    21- Pontos correspondentes dos Meridianos E41(T),VB40 (Fonte)e B60.

     

    22- Pontos Correspondentes dos Meridianos F4 (Metal), BP5 ( S ) e R3 )

    VI ) Teoria dos 5 dedos ( 5 elementos).

    Cada dedo representa um órgão e uma víscera.

    Dedo polegar: Fígado / Vesícula Biliar ( Estômago e Int.Grosso ).

    Dedo indicador: Coração / Int.Delgado ( Bexiga e Int.Grosso ).

    Dedo médio : Baço Pâncreas / Estômago (Bexiga e Vesícula Biliar).

    Dedo anular : Pulmão / Int.Grosso ( Útero e Intestino Delgado ).

    Dedo mínimo : Rim /Bexiga ( estômago, Útero e Int.Delgado).

    VII - Teoria dos 14 micro meridianos

    Na mão existem 14 micro meridianos. A qual utilizamos para promover equilíbrio de energia do órgão ou víscera.

    1- Relação da Nomenclatura do Quiro-Acupuntura com a Sistêmica.

    Sistêmica Quiro-Acupuntura

    VC -----------------A Meridiano Vaso Concepção

    VG -----------------B Meridiano Vaso Governador

    P -----------------C Meridiano do Pulmão

    IG -----------------D Meridiano do Intestino Grosso

    E -----------------E Meridiano do Estômago

    BP -----------------F Meridiano do Baço / Pâncreas

    C -----------------G Meridiano do Coração

    ID -----------------H Meridiano do Intestino Delgado

    B -----------------I Meridiano do Bexiga

    R -----------------J Meridiano do Rim

    CS -----------------K Meridiano do Pericárdio

    TA -----------------L Meridiano do Triplo Aquecedor

    VB -----------------M Meridiano do Vesícula Biliar

    F -----------------N Meridiano do Fígado





    2- Meridianos na palma da Mão.

    3-Meridianos no Dorso da Mão

    4- Meridiano do Vaso Concepção ( A ).

    ( A ) nasce no ponto A1 e passa pelo centro da palma da mão, e termina no ponto A33 situado na extremidade do dedo médio.

    5-Meridiano do Vaso Governador ( B ).

    ( B ) nasce no ponto B1 e passa no centro do dorso da mão, e termina no ponto B27.

    6- Meridiano do Pulmão ( C ).

    ( C ) nasce no A12 (Jung wan ) e passa pelo C1 até C13 ao longo das bordas do dedo indicador e anular.

    7- Meridiano do Int. Grosso ( D ).( D ) nasce no ponto D1 do lado da raiz da unha do dedo indicador e anular, passando até D12,dirigindo-se para cima e centralmente em ambos os lados do dedo médio até D22 o qual está localizado ao lado do A28.

    8- Meridiano do Estômago ( E ).

    ( E ) nasce no ponto de A28 desenvolve-se até E2 quando passa a fluir próximo à lateral do ( A ) até a primeira articulação, quando flui pela palma, passando a correr distalmente ao longo dos dedos polegar e mínimo nos lados distantes do dedo médio.

    9- Meridiano do Baço/ Pâncreas ( F ).

    ( F ) nasce no ponto F1, que está localizado na ponta do polegar e do mínimo e flui ao longo da linha central de cada dedo até ponto F22.

    10- Meridiano do Coração ( G ).

    ( G ) nasce no ponto A16 e desenvolve-se no ponto G1, e sobe até G15 ao longo dos dedos indicador e anular, nos lados distantes do dedo médio.

    11- Meridiano do Int. Delgado ( H ).

    ( H ) nasce no ponto H1 e passa ao longo das linhas centrais do dorso dos dedos indicador e anular até H11, quando mudam de direção subindo pelos lados do dedo médio até H14.

    12- Meridiano de Bexiga ( I ).

    ( I ) nasce no ponto I1 que fica ao lado do B27, dirigindo-se à linha ao lado do (B ) até I24 , espalha em duas ramificações para fluir pela linha central do dorso do polegar e do mínimo.

    13- Meridiano do Rim ( J ).

    ( J ) nasce ponto J1 na parte externa da raiz da unha do polegar e anular, Flui ao longo da linha vermelha/ branca até J16, e vai lateralmente ao ( A ) até terceira articulação do dedo médio.

     

    14- Meridiano do Pericárdio ( K ).

    ( K ) nasce no ponto A18, e flui pelo A16, e é gerado no ponto K1, localizado próximo das linhas da primeira articulação dos dedos indicador e anular na palma da mão. E flui até um ponto final das unhas dos dedos indicador e anular.

     

    15- Meridiano do Triplo-Aquecedor ( L ).

    ( L ) nasce no ponto L1, na linha posterior interna dos dedos indicador e anular do dedo médio, flui ao longo do indicador e do anular, vira e sobe até aos lados do dedo médio.

    16- Meridiano do Vesícula Biliar ( M ).

    ( M ) nasce no ponto M1, que está localizado na lateral do ponto A33, flui para baixo na direção do dorso do dedo médio, e no dorso da mão gira, orientando-se para cima e nos lados do polegar e do mínimo próximo ao dedo médio.

    17- Meridiano do Fígado ( N ).

    ( N ) nasce no ponto N1, que está localizado próximo à unha do polegar e do mínimo no lado do dedo médio, flui pela palma, reverte sua direção e sobe até os lados do dedo médio.

    VIII ) Recursos para aplicar sobre o Micro-Meridianos.

    1) Aplicação Simples.

    É aplicar simplesmente no ponto sobre o Micro-Meridianos, sem técnica de Tonificação ou Sedação.

    A aplicação simples não regula voluntariamente a função do órgão, mas ele somente estimula o micro-meridiano.

    Aplicação da Agulha é 1mm verticalmente sobre a pele. Se cair algumas agulhas não haverá problemas, porque várias agulhas caem em várias direções. É também não ocorrerá tonificação ou sedação. Ocorre sim o funcionamento pelas características do próprio ponto.

    Por isso no caso da aplicação simples deve estudar em conteúdo o seguinte:

    Ex.: Para indigestão, no caso simples, é eficaz aplicar apenas no ponto A12. E no caso pior, é eficaz aplicar no ponto A12 e mais quatro ponto da periferia na distância de 1 cm acima e abaixo e a direita e esquerda do ponto A12. E no caso crônico , deve ser aplicado sobre o micro meridiano. A aplicação sobre o micro meridiano, em qualquer ponto será eficaz.

    2) Aplicação com tonificação e sedação.

    A excelência da Terapia é conseguir certamente o funcionamento da tonificação e sedação do micro meridiano, para excesso ou deficiência de energia do órgão ou víscera. É a tonificação ou sedação que regulam voluntariamente a função dos órgãos e vísceras se existir problemas. Quando existe problema na função do órgão estará em estado de excitação, excesso de energia, e a víscera correspondente estará em debilidade ( 5 elementos ).Neste momento podemos trabalhar em órgão correspondente para promover o equilíbrio .

     

    Ex.: Quando existe Dor no ponto (Es25) do lado esquerdo ,pelo diagnóstico descobrimos que existe a síndrome de excesso de energia do int.grosso / deficiência da energia do pulmão. Aplicar pela tonificação do

    C (Pulmão) micro meridiano do lado esquerdo sumirá ou diminuirá [ porque a tonificação no C (Pulmão) micro meridiano dará o efeito de sedação no D (int.grosso) micro meridiano ].

    Aplicar novamente pela sedação do C(Pulmão) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, a Dor do ponto (Es25) do lado esquerdo reaparecerá. Neste momento aplicar pela sedação do D(Int.Grosso) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, também a dor do ponto (Es25) sumirá ou diminuirá. Outra vez aplicaria pela tonificação do D (Int.Grosso) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, Também a dor do ponto (Es25) reaparecerá.

    Assim, a tonificação ou sedação tem a característica para regular voluntariamente a função do órgão. Isto aparece certamente só no micro meridiano da Terapia .

    1. Recurso de tonificação ou sedação :

    Tonificação ou Sedação da Terapia usa se a lei de YUNG SU BO SA

    (o fluxo do micro meridiano é somente em uma direção, isto é do menor para os maiores números).

    YUNG: é a técnica de Sedação que supre o fluxo do micro meridiano pela aplicação contrária a direção do fluxo micro meridiano .

    SU: é a técnica de Tonificação que supre o fluxo do micro meridiano pela aplicação na mesma direção do fluido do micro meridiano.

    BO: é uma palavra coreana que significa a Tonificação.

    SA : é uma palavra coreana que significa a Sedação.

    1. Tonificação ou sedação pela agulha:

     

    A eficácia da tonificação ou da sedação pela agulha é bom para qualquer ponto sobre o micro meridiano dos quatro dedos, à exceção do dedo médio.

    Especialmente a melhor maneira para tonificar ou sedar é no intervalo da Segunda articulação e da terceira articulação de cada dedo, porque no final do

    dedo sente-se muita dor ao aplicar, e nas outras partes é lenta a reação ao aplicar.

    • A penetração da agulha na pele 2 a 3mm.
    • O ângulo com a pele 30o a 45o .
    • Tempo de permanência da agulha : 10 à 20 min.
    • Acrescentar os pontos básicos e o ponto importante ou o ponto correspondente.

    1. Tonificação ou Sedação pelo magnetismo:

    O magnetismo é o poder de atração dos pólos negativos com o positivos, e sempre indica os pólos N(norte) ao S (sul).

    d) Tonificação ou Sedação pelo estimulador elétrico .

    1. Tonificação ou Sedação pelas placas de metal Prateado e Dourado ).

    Existem dois tipos de ionização do metal :

    Prateado ( um metal sem cor ) é o caráter Negativo (-).

    Dourado ( um metal com cor ) é o caráter Positivo (+).

    IX - Cuidados básicos na utilização da Terapia na Mão.

    Primeiramente as mãos devem ser limpas com água corrente ou passar álcool a 70 graus com 2% de iodo.

    • Cada pessoa deve ter suas próprias agulhas ou utilizar agulhas descartáveis.
    • Antes da aplicação é bom massagear as mãos, podendo utilizar para isso o massageador.
    • O cliente deve se sentir à vontade, sentado ou deitado se for grave.
    • Tempo de duração : no casos leves como dor de cabeça. Aplicar agulhas e depois de passar a dor, deixar por mais 5 min.
    • Nos casos graves ou crônicos: aplicação das agulhas deve ser de 20 à 30min.
    • Número de aplicações: Varia de acordo com o desequilíbrio energético da pessoa.
    • Desequilíbrio Energético leve : Uma vez ao dia, podendo equilibrar com 5 aplicações.
    • Desequilíbrio Energético graves: Uma vez ao dia, podendo equilibrar em 6 à 12 meses ou por tempo indeterminado.
    • Para obter melhores resultados é recomendado o uso de vários instrumentos, na seguinte ordem: massageador, Agulhas, plaquetas de Prata ou Ouro, Anel e Moxa.
    • Quando estiver com as agulhas é bom fazer movimentos leves, para ativar a circulação de energia nas mãos.

    Cuidados e Precauções extremas quanto ao uso, em situações abaixo:


    • Se o cliente estiver em jejum ou com muita fome.
    • Se o cliente tiver perdido significativa quantidade de sangue por, vômitos, ou eliminação pelo reto.
    • Se o cliente estiver desidratado ou embriagado.
    • Se o cliente estiver exausto pela viagem ou por outro motivo.
    • Se a pressão for instável, alta ou baixa demais.
    • Se o cliente for extremamente fraco.
    • Se o pulso do cliente não puder ser sentido quer pela carótida ou pelas artérias radiais.
    • Se for extremamente alérgico ou reumático.
    • Se o micro meridiano estiver infectado por doença epidêmica ou necessitar de cirurgia.
    • Se o cliente estiver tendo um ataque.
    • Se o cliente tiver febre ou calafrio extremos.
    • Se o cliente estiver emocionalmente hiper estimulado, nervoso, alegre, triste, bravo ou assustado.

    Em caso de cliente entrar em choque.

    1. Tirar as Agulhas ou outros instrumentos.
    2. Repousar com respiração profunda.
    3. Aplicar a Agulha nos pontos A8,12 e 16.
    4. Picar no ponto J1.
    5. Ou aplicar a Agulha nos pontos B24, I2, A33 e E2.
    6. Em casos graves : deve picar a ponta dos 10 dedos.
    7. Aplique Agulha nos pontos da receita de Jeong-Bang do coração na mão direita e Jeong-Bang do rim na mão esquerda.
    8. Após recuperação deverá descansar, comer e aplicar moxabustão nos pontos A1,3 e 12.

     

    X - Alguns Métodos para observar o desequilíbrio do organismo (da energia ).

    1. A temperatura das mãos e dos pés.

    Se a temperatura das mãos estiverem normal, quer dizer que a circulação do corpo permanece estável. Quando ocorre dos pés e mãos estarem frios, são sinais e sintomas de que o estado do equilíbrio não se encontra normal, necessitando de cuidados. Através do controle da temperatura das mãos e pés podemos concluir a normalidade do corpo humano.

    2) A aorta abdominal (que é uma veia grossa que se localiza acima e abaixo da corrente umbilical ) deve pulsar suavemente.

    Quando o seu funcionamento ocorre normalmente, a circulação do sangue e a pulsação transcorrem normalmente . Porém, quando se encontra lesada, com pulsações intensas ou fracas seu funcionamento é prejudicado. Na Terapia Oriental a pulsação da aorta é observada para verificar a normalidade da saúde.

    Quando a pulsação é intensa, o organismo não se encontra normal, dificultando a circulação do sangue.

    1. Aparelho digestivo deve estar funcionando normalmente sem dores.

    Se ao pressionar o estômago, ocasionar dores agudas e apresentar tensões, como uma massa dura, são sinais de que o organismo não está bem.

    1. As pulsações dos seis pontos ( em cada braço existem três pontos) devem pulsar suavemente e igualmente. São os pontos geralmente usados para tomar pulso, o equilíbrio na Terapia Oriental.

    1. O abdômen, não deve apresentar reação de dor ao ser apalpado .

    A pele do abdômen deve estar mole, assim como intestino, e também a sua temperatura deve estar sempre morna. Se sentir tensão ou uma contração do músculo, e dores ao ser pressionado com as mãos, conclui-se que o organismo está com alguns órgãos e vísceras em desequilíbrio.

    1. Coluna Vertebral.

    A coluna vertebral que sustenta o corpo humano, é a proteção para sistema nervoso, órgãos e vísceras. Por isso se houver algum problema, poderá causar outros males.

    Verificação:

    1. Verificar alinhamento da coluna.
    2. Verificar saliência da coluna.
    3. Verificar a sensibilidade da coluna.
    4. Verificar a reentrância da coluna.
    5. Apalpar sutilmente sobre a coluna observando a fisionomia do cliente.
    6. Apalpar sutilmente sobre a lateral da coluna observando a fisionomia do cliente.
    7. Perguntar ao cliente.

    1. Pulsação.

    Para ter saúde, o estado do cérebro deve estar estável. O estado instável do cérebro é causado pelo descontrole das funções de todo o organismo.

    Na artéria carótida deve haver 4 carótidas . O volume de sangue nestas 4 carótidas devem estar em equilíbrio, se houver desequilíbrio, existira algum desequilíbrio energético .

    Na Terapia para descobrir em que estado se encontra a circulação no cérebro é preciso tomar a pulsação de Yin/Yang.

    Posição para tomar a pulsação de Yin/Yang:

    Pulsação de Yin – É tomada no ponto ( Pu9 ).

    Pulsação de Yang – Localizar o gogó ( pomo de Adão ). Do lado do gogó localiza-se um ponto chamado de (IG18) que varia de 1,5 à 3,0 tsun de pessoa para pessoa. Neste ponto toma-se a pulsação de Yang.

    1. A pulsação deve ser tomada da seguinte maneira : comparar a pulsação do punho esquerdo com a pulsação do lado esquerdo do pescoço, e a pulsação do punho direito com a pulsação do lado direito do pescoço.
    2. Comparar as pulsações do pescoço e do pulso (Pu9) e (IG18) : Qual das duas será mais grossa ?

    Deve comparar só o volume de sangue entre duas artérias dos pontos (Pu9 ) e ( IG18 ), sem relação com a força (forte ou fraca ) e a suavidade ou dureza.

    XI ) Medidas utilizadas para localizar os pontos.

    Na mão existem 345 pontos definidos em 14 micro-meridianos. Para saber a localização exata, utiliza-se Tsun-bun.

    Tsun é uma unidade de medida oriental.

    Bun é 1/10 do Tsun.

    Com exceção a mão deformada.

    1) Dorso da Mão.

    No comprimento.

    1. O dorso da mão mede 6 tsun mais 7 Bun do ponto B1 ao B27 ( que localiza-se na raiz da unha do dedo médio).
    2. Do ponto B1 a primeira falange do dedo médio B14 mede 3 tsun.
    3. O comprimento da primeira articulação ( do ponto B14 ao B19 ) é de 2 tsun.
    4. O comprimento da Segunda articulação ( do ponto B19 ao B24 ) é de 1 tsun mais 4 Bun.
    5. Do ponto B24 ao B27 ( localizado na raiz da unha do dedo médio ) mede 3 Bun.

    Na largura:

    1. Do ponto de separação do dedo polegar com o dorso da mão ao extremo (em direção ao dedo mínimo ), mede 4 tsun.
    2. A largura da primeira articulação do dedo médio é de 8 Bun.

    2) Palma da Mão.


    No Comprimento.

    1. Do ponto A1 ao ponto localizado no extremo do dedo médio A33 mede 7 tsunmais 8 Bun.
    2. Do ponto A1 ao A16 mede 4 tsun mais 2 Bun.
    3. Do ponto A16 ao A20 mede 1 tsun.
    4. Do ponto A20 ao A24 mede 1 tsun mais 1 Bun.
    5. Do ponto A24 ao A33 mede 1 tsun mais 5 Bun.

    Na Largura.

    1. Do ponto A12 ao extremo da palma da mão ( em direção ao dedo polegar ) mede 1 tsun mais 5 Bun.
    2. Do ponto A8 ao extremo da palma da mão ( em direção ao dedo mínimo ) mede 4 tsun mais 2 Bun.
    3. A largura da falange do dedo médio é 8 Bun.

    Obs.: Deve usar a própria mão da pessoa que for tratar.

    XII – Dicas em casos de Emergência.

    1. Em casos leves.

    As mãos frias significam má circulação sangüínea, gerando o aumento da quantidade de sangue que flui para cabeça, causando tontura ou desmaio.

    Quando ocorrer um choque, intoxicação por gás, má digestão aguda (forte) e desmaio pela pressão alta do sangue, as mãos ficarão muito frias.

    Por isso deve abaixar a pressão alta da cabeça, picando a ponta do dedo médio da mão .

    No caso de sintomas acima serem leves, podem picar apenas o ponto A33, e nos pontos A8,12,16,E8 e I2 aplicar agulhas ou massageador.

     

    2) Em casos graves.

    Em casos graves deve picar a ponta dos dez dedos das mãos e (em alguns casos deve picar a ponta dos dedos dos pés ) todos os dias até o restabelecimento.

    E em caso de problemas respiratórios utilizar pontos A8, 12, 16, 18, 20, 22, 24, 28, 33, E8 e I2 para normalizar a respiração.

    RESULTADOS


    Resultados são muito bons, centenas ou melhor milhares.

    Exemplo da Coréia de o­nde surgiu a técnica, o governo adotou como receita caseira, se não tivesse resultado, já mais, iria adotar o método para diminuir pessoas em hospitais públicos .

    CONCLUSÃO

    E um método de tratamento muito bom que não podemos deixar de aprender.

    Que tem um resultado muito bom no equilíbrio dos Órgãos e Vísceras e suas funções.

    Excelente em tratamentos preventivos.

     


     








     

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados

    Autor: : SINTE
    Última atualização: 01/11/2016 11:49


    OS PRINCÍPIOS DO REIKI

    OS PRINCÍPIOS DO REIKI




     

    EULALIA FERNANDES

    Terapeuta Holística - CRT 32899

     

     

     

         “Quando a mente muda, o corpo não tem outra escolha senão mudar.” (Chopra, 2003, 213) 
     

    SUMÁRIO 
     
     
     

       RESUMO          05 

    1. INTRODUÇÃO        06
    2. MATERIAL E METODOLOGIA      06

    2.1. Instrumental teórico e dados      07

    2.2. Fundamentação teórica       07

    2.2.1. Aspectos gerais sobre a terapia holística e os

                      princípios do Reiki       07

             2.2.2. Os princípios do Reiki – uma visão sócio-histórica   08

    2.2.3. Os princípios do Reiki – uma visão filosófica   09

    2.2.4. Os princípios do Reiki  e a terapia holística   10

    2.3. Fundamentos da prática terapêutica     11

           2.3.1. Os centros energéticos, a mente e os princípios do Reiki 11

           2.3.2. Ikaru na – não se zangue      12

           2.3.3. Shinpai suna – não se preocupe     13

           2.3.4. Kansha shite – seja grato      15

           2.3.5. Gyo wo hage me – trabalhe com dedicação   15

           2.3.6. Hito ni shinsetsu ni – Seja gentil com os outros   16

    1. RESULTADOS        17
    2. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS     18
    3. CONCLUSÕES        18
    4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS     19

     

    RESUMO: 

         A apresentação enfoca os cinco princípios do Reiki, uma filosofia que tem por objetivo atuar sobre a qualidade de vida.

         A metodologia de apresentação após um breve percurso histórico, enfoca cada um dos princípios em pauta e as práticas terapêuticas que podem ser desenvolvidas a partir desse conhecimento, mostrando sua atuação nos centros energéticos e meridianos.

         As conclusões apontam para quanto o conhecimento e a vivência dos princípios do Reiki podem ajudar na manutenção do equilíbrio energético tanto do terapeuta como de seus clientes. Visam também mostrar como o Reiki teve desdobramentos importantes no decorrer das últimas décadas e ressaltam sua contribuição no rol das terapias holísticas.


     

    INTRODUÇÃO

         Uma das bases do trabalho apresentado pela terapia holística é a de focar o indivíduo como o grande responsável por sua saúde e sua harmonia interior. Para o ocidental, no entanto, esta visão terapêutica é, muitas vezes, dificultada pela própria cultura que nos ensina a buscar o equilíbrio fora de nós mesmos: “o cristão subordina-se à pessoa divina e superior, à espera de sua graça” (Jung, 2001, 66). A cultura oriental, ao contrário, busca a força interior: “o oriental sabe que a redenção depende de sua própria obra” (idem, ibidem). A terapia holística baseia-se na filosofia oriental, como uma de suas principais referências, investindo na premissa de que cabe a cada um investir no seu próprio ponto de equilíbrio. Ao terapeuta, cabe propiciar, indicar ou facilitar o encontro do caminho ou dos caminhos que levem seu cliente a esse auto-conhecimento.  Ao afirmar, portanto, que a terapia holística busca entender, restaurar ou preservar a saúde e a qualidade de vida, estamos, na verdade, considerando que cabe ao terapeuta holístico contribuir para incentivar e facilitar a busca desse caminho por seus clientes.

          Pautando-se nestas diretrizes e sem a intenção de substituir métodos tradicionais, este artigo propõe apresentar uma contribuição significativa para a construção do conhecimento de princípios que sustentam a filosofia do Reiki1, fundamental para a manutenção do equilíbrio do próprio terapeuta e de sua orientação em relação a seus clientes.

          Para descrevermos estes princípios, dividimos a palestra em itens que obedecem aos pressupostos ditados pelas diretrizes das normas técnicas de apresentação, subdividindo, quando necessário, em subitens que componham melhor a distribuição de seu conteúdo. Assim, o primeiro capítulo é composto por esta introdução; o segundo capítulo versa sobre o material e a metodologia adotados para o desenvolvimento do tema, apresentando 3 subdivisões: instrumental teórico e dados, fundamentação teórica e fundamentos da prática terapêutica; o terceiro capítulo apresenta resultados de estudos já realizados na prática terapêutica; o quarto capítulo discute resultados; o quinto apresenta as conclusões e, finalmente, no sexto, são feitas as referências bibliográficas. Não há apêndice ou anexos. 

    1. MATERIAL E METODOLOGIA

          A metodologia da apresentação se subdivide em instrumental teórico e dados, fundamentação teórica e fundamentos da prática terapêutica para o exercício do Reiki. 

       2.1. Instrumental teórico e dados 

         As fontes consultadas foram eminentemente provenientes dos cursos de mestrado em Reiki e de livros que tratam de assuntos ligados à terapia holística, de modo geral. Os textos se fundamentaram essencialmente nos autores Chopra (2003), Harman et Sahtouris (2003), Jung et Wilhelm (2001), LeShan (1994),  Lübeck et alii (2003 e 2004), Petter (1998, 2002), Petter et alii (2003), Sheldrake (in: Ebert et alii, 2002), cujas referências encontram-se nas referências bibliográficas.

         Os estudos que exemplificam a prática terapêutica foram realizados pela observação direta em clientes que cederam os direitos de descrição, pelo levantamento de dados e pela análise dos resultados.  

       2.2. Fundamentação teórica 

             2.2.1. Aspectos gerais sobre a terapia holística e os princípios do Reiki

         Os princípios do Reiki constituem, na verdade, a base de uma filosofia de vida. O objetivo é alcançar o bem-estar do corpo, da mente e do espírito através do exercício do pensamento sobre o estado de consciência. São cinco afirmações que serão comentadas em item posterior. O que importa, neste item, é mostrar como as técnicas de busca de recuperação ou manutenção da qualidade de vida, sob o enfoque em que se pauta este artigo, podem ser vitalizadas pela atuação de um comportamento mental que busca o equilíbrio interior, principal responsável pela saúde do corpo e do espírito. Sob este aspecto, o exercício voltado para a mentalização e atuação dos princípios do Reiki se enquadra perfeitamente nos princípios que regem a terapia holística: a busca de uma mente saudável para refletir-se na saúde do indivíduo, em geral.

         Vários autores insistem em dar à mente e ao pensamento a responsabilidade por muitos de nossos desequilíbrios. Chopra (2003, 104) afirma que “nosso organismo é apenas o lugar que nossas memórias chamam de lar”. Afirma ainda o autor que o pensamento reflete-se em nossa imagem física:

                         ...”os cientistas viram que cada acontecimento distinto no universo da mente – como a sensação de dor ou de uma intensa lembrança – desencadeia novo modelo químico do cérebro, não apenas em um ponto, mas em muitos. A imagem se modifica a cada pensamento e, se fosse possível ampliar a imagem para o corpo todo, não restaria dúvida: ele também se modifica ao mesmo tempo, graças às cascatas de neurotransmissores e moléculas mensageiras afins. Como se pode ver agora, nosso corpo é a imagem física, em 3D, do que estamos pensando” (Chopra, 2003, 84).

         Segundo o mesmo autor, que é terapeuta e filósofo ayurveda, a terapia ayurvédica mostra os mapas anatômicos não como órgãos internos, mas como o diagrama do fluido da mente enquanto cria o corpo. Afirma, ainda, que os antigos terapeutas da Índia, que também eram grandes sábios, viam o corpo como resultado da consciência e os tratamentos transcendiam o mal físico, pois buscavam o âmago da mente (id. ib., 16).

         Assim, os conceitos apresentados atualmente pela terapia holística eram conhecidos há séculos e se perderam ou não chegaram a compor o pensamento ocidental. Felizmente, estão sendo resgatados e valorizados e começam a caracterizar também o pensamento contemporâneo. Chopra (id. ib., 101-2) cita experimentos realizados pela chamada ciência moderna ocidental:

                         ...”pesquisadores descobriram recentemente que um neurotransmissor chamado imipramina é anormalmente produzido no cérebro de pessoas deprimidas. Enquanto localizavam a distribuição dos receptores de imipramina, eles se surpreenderam ao encontrá-los não apenas nas células cerebrais como nas da pele. Por que a pele criaria receptores para uma ‘molécula mental’? o que esses receptores da pele teriam a ver com a depressão? Uma resposta plausível é que a pessoa fica deprimida por inteiro – está com o cérebro triste, a pele triste, o fígado triste e assim por diante”.

         Diante dessas constatações, acreditamos que uma terapia pautada numa atuação dos princípios do Reiki em muito poderá contribuir para a saúde e a qualidade de vida. 

             2.2.2. Os princípios do Reiki – uma visão sócio-histórica

         Cinco princípios constituem a base filosófica do Reiki. Sobre sua história discorreremos brevemente, a seguir, pois há muitas informações ligadas diretamente à descoberta do Reiki e sua atuação terapêutica.

         Muitas lendas e histórias foram divulgadas em torno de Mikao Usui, o fundador do Reiki. Até bem pouco tempo acreditava-se que os princípios tinham sido inventados por ele para dar uma filosofia de vida aos seus seguidores. Apenas na década de 90, com as novas pesquisas sobre a história do Reiki e a descoberta de um memorial ao lado do túmulo de Mikao Usui é que foi possível saber que Mikao Usui incorporou à filosofia do Reiki os cinco princípios implantados no Japão pelo Imperador da época, conhecido como Imperador Meiji ou da Época Meiji (1863-1912). Foi através da tradução do memorial, escrito por um discípulo direto de Mikao Usui que descobrimos terem sido estes princípios adotados pelo fundador do Reiki e não inventados por ele.

         Estas descobertas nos incentivaram a realizar algumas pesquisas históricas e oferecemos, aqui, informações interessantes sobre a formação de Mikao Usui. Acreditamos que possamos elucidar, através desses dados, o percurso histórico do nascimento do Reiki e, principalmente, de seus princípios.

         No século XIX o Japão era dominado pela aristocracia feudal que se sustentava através de guerreiros profissionais – os samurais. Neste período o imperador exercia um poder apenas formal, vivendo na cidade de Kyoto. Com a abertura dos portos ao comércio mundial, forçada pelo ocidente, em 1854, o Japão começou a passar por profundas transformações econômicas, militares, técnicas e científicas. Isto ativou o sentido de nacionalismo do povo japonês e a oposição ao feudalismo, responsável pela permissão da intromissão do ocidente nas tradições e costumes do povo. As idéias contrárias aos senhores feudais deram força ao Imperador da época, que pôde enfrentar e vencer os poderes locais e promover a centralização política iniciando uma nova era, intitulada por ele de Era Meiji, que significa “era da administração clara” (Mei Ji Ji Dai - apud Tibana, 2006). Logo Mutsu Ito, o Imperador Meiji (ou da Época Meiji), procurou resultados rápidos, incentivou o sentimento de nacionalismo, fortaleceu a tendência à industrialização do país, bem como da produção agrícola com nova tecnologia. Do mesmo modo, incentivou jovens promissores a estudarem na Europa e nos EUA, buscando novos conhecimentos para trazerem para sua pátria. Dessa forma, procurava uma forma de garantir o conhecimento do ocidente incorporado à cultura do país e não a incorporação da cultura ocidental como um todo. No memorial de Mikao Usui consta que ele estudou na Europa e nos EUA e que não tinha recursos próprios para isso. Como era jovem exatamente neste período (nasceu dois anos depois do início da Era Meiji), é bastante provável que tenha sido detentor dessas bolsas de estudos e voltado a seu país para participar ativamente dos ideais do novo pensamento japonês. Monge muito estudioso e sábio, Mikao Usui dedicou-se profundamente a suas pesquisas, descobrindo e aperfeiçoando o método Reiki, segundo ele “um método para libertar o corpo e a mente” (Petter, 2002, 20 – entrevista feita ao próprio Mikao Usui, entre 1922 e 1926, descoberta na década de 90). Do mesmo modo, difundiu os cinco princípios ditados pelo Imperador, incorporando-os à filosofia do Reiki.  

             2.2.3. Os princípios do Reiki – uma visão filosófica

         Consta no memorial de Mikao Usui que o Imperador Meiji (ou da época Meiji) deu ao povo cinco princípios como meta para alcançar a saúde e a felicidade. Provavelmente, sua intenção era a de unir o povo em torno de um pensamento filosófico comum, o que fortaleceria o sentimento de nacionalidade. O fato é que estes princípios são regras básicas da saúde do corpo e do espírito e Mikao Usui os incorporou a seu próprio aperfeiçoamento, bem como se dedicou a difundi-los entre os seguidores do Reiki. Estava, assim, ajudando as metas políticas e sociais da época em que viveu e, ao mesmo tempo, propiciou a todos os seguidores do Reiki fundamentos que atuam diretamente sobre a restauração e a manutenção da qualidade de vida do corpo, da mente e do espírito.

         Nas palavras de Mikao Usui, os princípios do Reiki são:

         “Método para convidar a felicidade, o remédio maravilhoso para todos os desequilíbrios do corpo e da alma: só por hoje 1. não se zangue; 2. não se preocupe; 3. seja grato; 4. trabalhe com afinco; 5. seja gentil com os outros. De manhã e à noite, sente-se na posição gassho e repita estas palavras em voz alta e em seu coração, para melhorar o corpo e a alma. Método de Reiki Usui, o fundador Mikao Usui.” (Petter, 2002, 36 e 2003, 94).

         Estava, assim, introduzida uma filosofia de vida aos seguidores do Reiki, uma forma de incorporar um estado de espírito ao convívio cotidiano. 

             2.2.4. Os princípios do Reiki e a terapia holística

         Apesar das evidências cada vez maiores de que a mente comanda nosso equilíbrio interior, a consciência continua sendo uma energia pouco valorizada pela maioria das pessoas e também pela ciência ocidental, de modo geral (Chopra, 2003, 29). De qualquer modo, nota-se uma mudança, ainda que gradual do pensamento científico a esse respeito. Assim, por um lado, a ciência busca rever seus princípios fundadores, ao mesmo tempo que, com o fortalecimento cada vez maior da terapia holística como um modo de buscar a saúde e preservar a qualidade de vida, práticas como a meditação, respiração consciente e mentalizações têm, finalmente, ocupado um espaço importante nos tratamentos terapêuticos tanto holísticos, como da medicina tradicional.

         Assim, os princípios do Reiki que inicialmente foram divulgados no ocidente como sendo uma prática para os seguidores do Reiki, passam a se apresentar como mais um instrumento terapêutico para o cliente. Conscientizá-lo de que a prática dos princípios poderá ajudá-lo em sua busca de aperfeiçoamento é introduzir mais um recurso terapêutico que o Reiki pode proporcionar.  

       2.3. Fundamentos da prática terapêutica

         A prática terapêutica que propomos neste artigo tem como ponto de referência, no que se refere à atuação terapêutica fundamentada no Reiki, os estudos que se baseiam nos principais centros energéticos (chakras e meridianos), como vias de tratamento visando à harmonia e ao equilíbrio interiores.

         Assim, levando em consideração os fundamentos teóricos sobre os quais discorremos nos itens anteriores, a composição do tema gira em torno de um pilar de três bases: os centros energéticos, a mente e os princípios do Reiki. 

           2.3.1. Os centros energéticos, a mente e os princípios do Reiki

         A exposição sobre a importância da mente como elemento de vital importância para a saúde do corpo e do espírito, nos levou a aplicar, neste artigo, os princípios filosóficos do Reiki na prática terapêutica. Os centros energéticos (chakras e meridianos) são vias importantes de acesso do Reiki nos canais do nosso corpo energético. Assim, utilizando os princípios do Reiki, como uma forma mental de harmonização e equilíbrio, podemos levar o cliente a uma postura de colaboração ativa, complementar às sessões de Reiki, ao mesmo tempo que o terapeuta atuará nos centros energéticos responsáveis por esses desequilíbrios.

         Jung (2001, 16) afirma que “as pessoas estão cansadas da especialização científica e do intelectualismo racional. Elas querem ouvir a verdade que não limite, mas amplie; que não obscureça, mas ilumine; que não escorra como água, mas que penetre até os ossos.”

         Observamos, em nossa prática terapêutica, que a apresentação de princípios que tocam diretamente a mente e o espírito de nossos clientes surte efeito pontual e familiar. Não apontamos falhas do sistema nervoso, do coração, do fígado, do pulmão, mas mostramos aos clientes como ele atua através de suas próprias emoções prejudicando sua qualidade de vida. Em seguida, mostramos caminhos de luz, de vida, de harmonização e equilíbrio; princípios que, eles sabem, podem reger uma orquestra de sintonia com o bem-estar interior. Ao mesmo tempo que lhes mostramos os princípios do Reiki, indicamos formas de trabalharem com eles, facilitando, através da sessão terapêutica, o desabrochar de seu desenvolvimento.

         Evidentemente, não apresentamos todos os princípios de uma só vez, mas atuamos de modo a ressaltar, inicialmente, os pontos fracos que se apresentam. Um cliente é, geralmente, mais intolerante, outro sente mais dificuldades com o trabalho e assim por diante. Atuamos inicialmente nas maiores dificuldades e, com o tempo, o cliente está exercitando os cinco princípios como meta de vida. Ao constatar que a lembrança desses procedimentos pode auxiliá-lo, muitos clientes passam a exercitá-los e passam a trazer, eles próprios, o resultado de seus esforços. Esta é a meta.

         Os itens, a seguir, cuidam de descrever os princípios do Reiki, o trabalho mental que pode ser sugerido ao cliente e as práticas terapêuticas recomendadas para atuar, em cada caso.

         Os princípios serão apresentados em romaji (que representam a pronúncia japonesa escrita em caracteres latinos) e traduzidos para o português. Isto porque, para o reikiano, a pronúncia em japonês conserva a energia do mantra em sua origem.

         Na prática terapêutica, durante a sessão, freqüentemente, pronunciamos os princípios em japonês, como mantras, para atuar mais diretamente nos estados emocionais do cliente.

           

           2.3.2. Ikaru na – não se zangue 

         Sentimentos como a raiva têm sido considerados entre os mais maléficos à saúde e ao bem-estar do ser humano. Tem sido, no entanto, um dos sentimentos mais cultivados por nossa espécie e é, provavelmente, uma dos mais difíceis de ser combatido.

         Ninguém consegue sentir-se feliz enquanto prova o sentimento da raiva, mas é difícil evitá-la quando nossa vontade não é satisfeita. A irritação, a raiva, o ódio geralmente são respostas emocionais imediatas a nossos desejos não satisfeitos, necessidades não atendidas, ambições não conquistadas.

         O exercício do cliente em relação a este sentimento consiste em orientá-lo a aprender a transformar essa energia, trabalhando-a de modo construtivo. Consiste em liberar as emoções, sem reprimir a raiva (pois apenas conseguiria bloquear a energia e não liberá-la), mas buscar transformá-la em sentimentos mais atenuantes como tolerância, paciência, compreensão dos fatos, aceitar as limitações do outro e cultivar sensações amorosas. A melhor via de reequilíbrio pode ser conseguida não pela repressão da raiva (que seria uma via impossível), mas por conseguir transformar esse sentimento em amor. Como afirma Chopra (2003, 233), “a essência da compaixão está em reconhecer como é difícil para alguém ser bom. Perdoar uma pessoa é deixá-la ser livre, mesmo quando ela abusa dessa liberdade além da exasperação”. Embora se apresente como uma tarefa hercúlea para quem cultiva esse sentimento por algum motivo, é bom lembrar que Shakespeare dizia que “guardar um ressentimento é como tomar um veneno e esperar que a outra pessoa morra.” De fato, sentir raiva faz mais mal a quem a sente do que ao destinatário deste sentimento.

         Para ilustrar como este sentimento pode ser contornado, citamos uma lenda japonesa, conhecida como sabedoria popular: conta-se queum velho e respeitadíssimo samurai vivia tranqüilo em uma pequena aldeia. Um dia, apareceu um novo samurai na região, buscando encontrar o velho sábio. Queria glória e fama e resolveu desafiar o velho para um duelo. O velho samurai aceitou e marcaram para o nascer do sol do dia seguinte. Os discípulos do velho samurai ficaram preocupadíssimos, pois seu mestre, com certeza não estava mais em condições de luta. No dia seguinte, a aldeia se reuniu para ver o encontro dos dois samurais. Como reza a tradição, o desafiante precisa desonrar o desafiado para motivar a luta. Assim, o novo samurai ofendeu o velho, que não reagiu. Indignado, o novo samurai começou a aumentar o conteúdo de suas ofensas e fez isso durante horas, sem conseguir qualquer reação do velho. Enfurecido, o novo samurai chamou o velho de covarde e se retirou. Ninguém entendeu a postura do velho sábio e lhe perguntaram por que agira assim. O velho respondeu: “quando alguém bate a sua porta com um presente e não encontra você em casa, com quem fica o presente?” Responderam os discípulos: “Com quem o levou”. Disse o velho: “Assim, também, ocorre com a injúria... eu não estava ‘aqui’ para recebê-la.”

         O terapeuta pode trabalhar com seu cliente, usando este conto como exemplo, ou mesmo frases como a de Shakespeare, citada no texto.

         Os centros energéticos de aplicação para o tratamento de sentimentos como a raiva são o chakra cardíaco e o meridiano do coração. Embora o chakra bloqueado seja, principalmente, o básico, segundo os princípios do Reiki, cuida-se da raiva e do ressentimento energizando a sede do amor. As aplicações de Reiki podem ser feitas neste centro energético, com os símbolos do poder, o emocional e da distância (para cuidar de ressentimentos passados, por exemplo). Para os terapeutas formados em Karuna Reiki®, utiliza-se o símbolo do centro cardíaco. No Gendai Reiki, usa-se a técnica Bushu-Chiryo-Ho, também no centro cardíaco e, nas costas, a sugestão é de aplicação da técnica Ketsueki-Kokan-Ho para liberação das energias e melhorar a qualidade energética da circulação sanguínea. 

           2.3.3. Shinpai suna – não se preocupe

         Como indica a própria etimologia da palavra, preocupar-se é antecipar uma ocupação. Em outros termos, sentir ou viver por antecipação. É verdade que não devemos ser imprevidentes, ocupar-nos exclusivamente com o dia de hoje, irresponsavelmente. Preocuparmo-nos, no entanto, geralmente traz-nos desequilíbrios emocionais desnecessários. Muitas vezes, a causa de nossas preocupações é inconsistente. Ocupamos nossas mentes com fatos ou medos do que pode ocorrer em relação a um determinado assunto e, muitas vezes, nossa preocupação é em vão. Costumo dizer que quem se preocupa sofre sempre duas vezes: a primeira por antecipar o sofrimento e, a segunda, por encará-lo, de fato, quando ocorre ou, então, por preocupar-se antecipadamente e, depois, se o fato não ocorrer, sofrer por ter sofrido por antecipação desnecessariamente.

         Chopra (2003, 102) cita pesquisas nas quais pesquisadores examinaram pessoas que se queixavam de aflição. Descobriram que elas apresentavam alto e anormal nível de substâncias químicas (epinefrina e norepinefrina) em seus cérebros e glândulas supra-renais. Além disso, foram encontradas, também, grandes concentrações das mesmas substâncias nas plaquetas do sangue, o que demonstrava que elas teriam ‘células sangüíneas aflitas’. Assim, as constatações apresentadas pelo autor, corrobora a idéia de quanto podem ser prejudiciais pensamentos recursivos.

         Do mesmo modo, o autor fala de emoções positivas:

                       “no mesmo instante em que você pensa ‘sou feliz’, um mensageiro químico transforma a sua emoção, que não tem nenhuma existência sólida no mundo material, numa partícula de matéria tão perfeitamente afinada a seu desejo que todas as células de seu corpo literalmente ficam sabendo dessa felicidade e a compartilham” (Chopra, 2003, 148).

         Assim, o estado mental de evitar sustentar pensamentos recursivos e, ao contrário, ter uma postura mais confiante diante da vida, sem dúvida é uma estratégia de buscar saúde e bem-estar, prevenindo desequilíbrios energéticos muitas vezes importantes.

         A sugestão para transformar o hábito da preocupação em outro hábito saudável é preenchermos este espaço mental com ocupações. Não equivale a fugir do problema, mas tomar todas as providências necessárias e tratar, então sim, de fazer outras coisas. Quem sempre se ocupa com afazeres e pensamentos saudáveis não tem muito tempo para adoecer, sentir-se deprimido, abatido, desequilibrado. De modo geral, são pessoas que sabem melhor enfrentar e solucionar seus problemas quando, realmente, eles aparecem.

         A preocupação obstrui o chakra umbilical, o principal chakra que se responsabiliza por nossa alegria de viver. Atua também sobre o chakra frontal.

         A sugestão terapêutica, além do aconselhamento para que o cliente comece a trabalhar mentalmente este princípio, é utilizar o mantra nas aplicações de Reiki. As posições que podem ser visadas com maior atenção são o chakra umbilical e o frontal, com o símbolo emocional e o da distância (caso se trate de preocupações trazidas do passado). Para os terapeutas que se utilizam das técnicas do Karuna Reiki®, o símbolo da paz e da tranqüilidade é o mais adequado e deve ser aplicado diretamente no chakra frontal. Se as preocupações estiverem ligadas a problemas de relacionamento, o símbolo do chakra cardíaco é conveniente. Este mesmo símbolo pode ser usado no sentido de desenvolvimento de bons hábitos, no caso, disciplina mental. O símbolo do mestre de Karuna pode ser aplicado no final da sessão, no chakra coronário. Para os praticantes de Gendai Reiki, Koki-Ho e Gyoshi-Ho podem ser aplicadas diretamente no chakra frontal. 

           2.3.4. Kansha shite – seja grato 

         A gratidão deve ser cultivada em todos os sentidos, pois nos coloca em contato direto com o sentimento de bem-aventurança, o que é ideal para a paz interior. O exercício que este princípio nos propõe é o de desenvolvermos o sentimento de gratidão por tudo o que somos e temos, em vez de lamentarmos sempre pelo que nos falta.

         Segundo os costumes japoneses, se, um dia, você só tem arroz para comer e agradece por esta dádiva, provavelmente conseguirá, em breve, também peixe como alimento; se, ao contrário, amaldiçoa por só ter esse alimento, é provável que, em breve, não tenha nada para comer. Para eles, o princípio da gratidão gera o princípio da abundância.

         Harman (2003, 180) evoca o princípio da gratidão como sendo a manifestação de um estado de prece:

                      “Se eu realmente sou um co-criador do Universo, então o poder da oração de gratidão é óbvio. Isso não significa apenas que por me concentrar no que é belo, bom e verdadeiro e cultivar um sentimento íntimo de gratidão profundo eu mudo a maneira como vejo o mundo. Eu realmente mudo o mundo! Esse pode ser o tipo mais eficaz de serviço que posso prestar.”

         As sedes do sentimento da gratidão, em termos energéticos, são o chakra cardíaco e o meridiano do coração. Além de usar o aconselhamento para motivar o cliente a exercitar o princípio da gratidão, mostrando a importância de seu “estar” no mundo e dos motivos de seu aprendizado, sugerimos uma atuação direta através da aplicação de Reiki no chakra cardíaco. Para os terapeutas de Karuna Reiki®, o símbolo ideal é o desse mesmo centro energético, ligado às situações de desenvolvimento de bons hábitos e também por ser um bom símbolo de conexão com o Eu Superior. O símbolo do mestre em Karuna também pode ser aplicado no encerramento da sessão, com esta finalidade. Para os praticantes de Gendai Reiki, aconselhamos Koki-Ho e Gyoshi-Ho, diretamente no coração. 

           2.3.5. Gyo wo hage me – trabalhe com dedicação

         Nosso trabalho afeta diretamente o meio que nos cerca em termos de produtividade. Por mais solitário que seja, o trabalho é, ou pretende ser, uma contribuição ao bem social ou, pelo menos, atinge de alguma forma a sociedade a que pertencemos.

         O desafio que este princípio sugere consiste no exercício de uma boa relação com o trabalho. Sermos aplicados no trabalho implica sermos honestos na postura diante de nós mesmos e de nossas atividades. A meta é mantermos seriedade, correção e atitude de lealdade diante do próprio trabalho e das pessoas ligadas a ele.

         Praticamente todos os centros energéticos estão comprometidos na manifestação desse exercício, pois o trabalho afeta vários aspectos de nossa vida emocional. Destacamos, no entanto, o plexo solar, o umbilical e o básico, bem como os meridianos do estômago e do fígado. Em caso de preocupações excessivas e pensamentos compulsivos, também apontamos, como centro de referência, o chakra frontal. Além de usar o aconselhamento para motivar o cliente a relacionar-se melhor com o trabalho, mostrando a importância que o trabalho tem e como atua diretamente em vários centros emocionais, sugerimos uma atuação direta principalmente no plexo solar, tendo os chakras umbilical e básico como pontos de apoio. Os símbolos do Reiki aconselhados são o símbolo do poder e o emocional. Para os praticantes de Karuna Reiki® sugerimos o símbolo responsável pelo desenvolvimento de bons hábitos e de relacionamentos (habitualmente usado no chakra cardíaco, neste caso, dirigido diretamente ao plexo solar) e o símbolo do chakra frontal, na fronte, no caso de preocupações excessivas e insônia. Para os terapeutas que se utilizam da técnica de Gendai Reiki, sugerimos ensinar ao cliente o exercício Joshin-kokyuu-ho (respiração) para trabalhar a renovação energética atuando diretamente no tanden. Caso o cliente esteja com o frontal bloqueado, sugerimos Koki-Ho e Gyoshi-Ho diretamente no local. Aconselhamos o término da sessão com Ketsueki-Kokan-Ho para restauração do equilíbrio energético. Os mestres de Karuna Reiki® podem acrescentar o símbolo do mestre, no chakra coronário, como último procedimento. 

         2.3.6. Hito ni shinsetsu ni – Seja gentil com os outros

         Ser gentil com os outros implica ser gentil com todos os seres vivos, ou seja, todas as formas de vida que se apresentam na natureza.

         Sahtouris (2003, 189) observa que

                         se concordarmos em considerar o comportamento humano ético como aquilo em que acreditamos sinceramente, que pode nos manter saudáveis para nós mesmos, para a nossa família, para a nossa espécie e saudáveis ou pelo menos inofensivos para as outras espécies, para o ambiente e para o nosso planeta, então teremos uma bússola.”

         Ainda afirma a autora:

                         “Cuidar dos nossos próprios interesses requer que conheçamos os interesses de todo o nosso ambiente, que significa todo o nosso planeta vivo. As nossas escolhas livres, para atender aos nossos próprios interesses de longo prazo, têm de atender também aos das outras espécies, pois o comportamento ético natural é o que contribui para a saúde de todo o sistema (Terra)” (id.ib., 188)

         Cuidar para que o respeito se estabeleça e se restabeleça é fator de primordial importância para o reequilíbrio de nosso planeta. A postura pessoal incide no respeito a nós mesmos e a todas as espécies vivas, ao nosso planeta como um todo. A gentileza é uma postura que pontua a sede do respeito, da consciência de si mesmo e do outro e deve se estender a todo o ambiente que nos cerca. Este procedimento gera uma energia de força e de amor que reverte para o bem de todo o ambiente e de nós mesmos.

         No sentido mais sublime oriental, a gentileza é a manifestação mais concreta do amor e frequentemente é descrita até suas últimas conseqüências, como conta a história do sadhu indiano e do escorpião: um homem se depara com um sadhu debruçado numa valeta estendendo a mão para salvar um escorpião que começava a se afogar, mas é picado por ele. Novamente, o escorpião volta para a água e novamente é salvo, custando ao sadhu, nova picada. O homem vê isto acontecer várias vezes e não se contém, dirigindo-se ao velho sábio: “por que você continua a tentar salvá-lo e a se deixar picar?” Responde o sadhu: “nada posso fazer... é de sua natureza picar e é de minha natureza salvar” (Chopra, 2003, 233-234). A gentileza demonstrada pelo velho sadhu serve-nos como uma metáfora de comportamento. Se conseguirmos neutralidade suficiente para mantermos uma postura de gentileza, não nos deixaremos influenciar pelo ambiente que nos cerca, quando ele se mostrar hostil.

         Há uma unidade natural do homem com a natureza e o Cosmos, pois todos somos frutos de uma mesma fonte criadora. Em última instância, todos somos irmãos. Somente no amor universal encontramos a verdadeira paz. Assim, o exercício que este princípio nos apresenta é a manifestação do respeito, da consideração e da bondade por todos os seres. O caminho da sabedoria nos propõe o amor incondicional. O centro energético e o meridiano do coração são a sede dessa manifestação.

         Além do aconselhamento que estimule a prática da gentileza, o terapeuta reikiano poderá aplicar Reiki diretamente no chakra cardíaco, utilizando o símbolo do poder e o emocional. Para os praticantes de Karuna Reiki®, aconselhamos o símbolo que atua no equilíbrio dos relacionamentos e que desenvolve bons hábitos, aplicado também no coração. Em Gendai Reiki, destacamos a técnica Bushu-Chiryo-Ho diretamente no cardíaco. 

         3. RESULTADOS

         Com a prática dos princípios nos procedimentos terapêuticos temos tido condições de levar o cliente a perceber que, como afirma Chopra (2003, 85) “nosso corpo é suficientemente fluido para espelhar qualquer evento mental. Nada se move sem movimentar o todo”.

         De fato, com o decorrer das sessões, o cliente tem percebido o quanto a forma de dirigir seus pensamentos pode interferir no seu cotidiano. Os princípios do Reiki são apresentados como uma forma de resgatar esse tipo de consciência, bem como levá-lo a acreditar que sua saúde depende em muito de seu estado mental. 

    1. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

         Tendo em vista que o artigo aqui apresentado dispõe teoricamente práticas de atuação terapêutica, apenas podemos assegurar que, em nossa atuação junto aos clientes, os princípios do Reiki tomam posição de destaque na etapa de aconselhamento que precede a sessão. Isto quer dizer que, após ouvir as impressões do cliente a respeito de seu estado desde o último encontro, procuramos resgatar os pontos fracos apresentados em nível emocional e pontuar, sempre que emergente, a filosofia apresentada pelos cinco princípios e mostrar como sua atuação pode ser benéfica para cuidar, restaurar e manter estados emocionais mais saudáveis. Geralmente, um dos cinco princípios serve de apoio para responder terapeuticamente às queixas apresentadas em cada sessão e motivar o cliente a exercitar-se frequentemente. Quando o faz, alcança excelentes resultados.

         Muitos casos terapêuticos estão cadastrados através de fichas de acompanhamento e os clientes permitem o exame dos procedimentos, desde que conservado o anonimato. Podem ser relatados com minúcias, caso seja do interesse do leitor. 

    1. CONCLUSÕES

                     “Antes, a ciência declarava que somos máquinas físicas que, de alguma forma, aprenderam a pensar. Agora, desponta a idéia de que somos pensamentos que aprenderam a criar uma máquina física” (Chopra, 2003, 91).

         Mais do que isso, desponta a questão da interação entre a Ciência e a Espiritualidade. Muitos autores modernos têm-se dedicado a estas questões, colocando em cheque os princípios e conceitos dessas duas formas de descrever as questões que permeiam a saúde do corpo e da mente. Coube à terapia holística assumir muitas dessas questões e hoje a Ciência começa a rever suas posturas diante da necessidade de uma abertura a esse debate. Como assinala Sheldrake,

                         “À medida que a ciência se liberar desse mecanismo estreito que tem sido sua camisa-de-força por tanto tempo, aproximando-se de uma visão holística da natureza, haverá muito mais possibilidades de interação fértil entre a ciência e a espiritualidade”. (Sheldrake, in Ebert, 2002, 66).

         Nestas conclusões, inserimos este tema de debate como estímulo ao leitor em suas próprias constatações, apontando, assim, caminhos para o desenvolvimento posterior do tema.

         Encerramos este artigo com a convicção de que a terapia proposta pela atuação da inclusão dos princípios do Reiki na prática terapêutica envolve o cliente e o coloca como co-autor de sua própria busca de auto-realização, restauração e manutenção de seu equilíbrio energético. Assim, o terapeuta cumpre seu papel como facilitador da busca de auto-conhecimento e, em vez de atuar apenas como interventor de procedimentos, torna-se caminho e instrumento de auto-realização de seu cliente. Os princípios lembram uma filosofia interior, um comportamento ético de vida, que gera saúde do corpo e do espírito, trazendo o que, em tese, o ser humano tem como o maior objetivo, embora nem sempre de forma consciente: Estar e Ser no mundo, pleno em sua essência, desenvolver-se espiritualmente. Que mais não seja, a meta do terapeuta é apontar o caminho e deixar que cada cliente, na medida de suas próprias convicções, busque e alcance os níveis de equilíbrio que lhe são permitidos de acordo com suas próprias escolhas interiores. Isto é, em suma, encontrar o caminho da busca interior, o caminho da Espiritualidade, que compõe, em síntese, a completude do ser humano. 

    1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    CHOPRA, D. A cura quântica; o poder da mente e da consciência na busca da saúde integral. São Paulo, Best Seller, 2003.

    HARMAN, W.W. ET SAHTOURIS, E. Biologia revisada. São Paulo, Cultrix, 2003.

    JUNG, C. et WILHELM, R. O segredo da flor de ouro. Petrópolis, Vozes, 2001.

    LeSHAN, L. O médium, o místico e o físico; por uma teoria geral da paranormalidade. São Paulo, Summus, 1994.

    LÜBECK,W, PETTER,F. A. et RAND, W. L. El espiritu de Reiki. Buenos Aires, Uriel, 2003.

    PETTER, F. A. Fuego Reiki. Buenos Aires, Uriel, 1998.

    PETTER, F. A. Reiki: o legado do Dr. Mikao Usui. São Paulo, Ground, 2002.

    PETTER, F.A., YAMAGUCHI, T. et HAYASHI, C. The Hayashi Reiki Manual. Twin Lakes, Lotus Press, 2003.

    PETTER, F. A. Curso para  mestres de Reiki. Anotações de aula. Buenos Aires, 2004

    SHELDRAKE, R. Do envelhecimento celular à física dos anjos: uma conversa com Rupert Sheldrake. In: EBERT, J.D. et alii. O fim da divindade mecânica; conversas sobre ciência e espiritualidade, o fim de uma era. Brasília, Ed. Teosófica, 2002.

    TIBANA, P. et TIBANA, R. Entrevista sobre traduções de palavras japonesas e sobre a Era Meiji, 2006.

    VINCENTINO, C. História Geral. São Paulo, Scipione, 1997.

    YOSHIOKA, H. Entrevista sobre a história do Japão, 2006.

     

     

     








     

    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

     

    Autor: : SINTE
    Última atualização: 01/11/2016 11:48


    ACONSELHAMENTO NA TERAPIA HOLÍSTICA Maximizando seu atendimento com a inclusão da Psicoterapia

    ACONSELHAMENTO NA TERAPIA HOLÍSTICAMaximizando seu atendimento com a inclusão da Psicoterapia

     Henrique Vieira Filho
    Terapeuta Holístico – CRT 21001

    A Psicoterapia é parte integrante do atendimento na Terapia Holística e um de seus maiores diferenciais em relação a outras profissões correlatas. Uma das formas mais práticas e eficientes de introduzir a proposta em consultórios é a implementação de técnicas básicas de Aconselhamento. Diferente do que popularmente se entende como “dar conselhos”, a conversação terapêutica aplica muito do saber ouvir, pontuando tópicos relevantes com perguntas pertinentes e convites à reflexão. A receptividade sem julgamentos e empatia que se desenvolve entre Terapeuta Holístico e Cliente conduz a uma relação terapêutica mais eficaz e mutuamente gratificante, implementando o autoconhecimento e, com este, a maximização da Qualidade de Vida, que é o objetivo maior de nosso trabalho.

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras. Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem “científica-reducionista-elitista” cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem “empírica-holística-acessível” de nossos ancestrais xamãnicos. A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do “cientificismo”, mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes. Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a “alma”, desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder do Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas.

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em uma revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Para o resgate da abordagem Holística, havemos de compensar a ênfase de décadas aos aspectos físicos-objetivos, revitalizando as terapêuticas focadas ao psíquico-subjetivo-transcendente.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Psicoterapia no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém iniciarmos pelo básico, ou seja, o ACONSELHAMENTO, nome moderno que se dá àquilo que tão bem já praticavam nossos antecessores sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.

    Material e Metodologia:

    1. Definição

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    Na cultura anglo-saxônica, o termo Aconselhamento ("counseling") é utilizado para designar um conjunto de práticas que são tão diversas quanto as que configuram as práticas de: orientar, ajudar, informar, amparar, tratar. H.B e A.C. English definem o aconselhamento como "uma relação na qual uma pessoa tenta ajudar uma outra a compreender e a resolver problemas aos quais ela tem que enfrentar ".

    Um tema que concerne à filosofia do aconselhamento, predomina em toda a literatura anglo-saxônica: a crença na dignidade e no valor do indivíduo pelo reconhecimento de sua liberdade em determinar seus próprios valores e objetivos e no seu direito de seguir seu estilo de vida.

    O indivíduo tem um valor em si, independentemente do que pode realizar. Muitas vezes, a pessoa não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. O aconselhamento visa ajudá-la a desenvolver sua singularidade e a acentuar sua individualidade. Mais que uma filosofia que poderia ser interpretada, à primeira vista, como uma forma de individualismo selvagem, todos os grandes textos do aconselhamento fazem referência à responsabilidade da pessoa diante dela mesma, do outro e do mundo em torno dela. O individuo não é nem bom, nem ruim por natureza ou por hereditariedade. Ele possui um potencial de evolução e de mudança. O(A) aconselhador(a) deve considerar o sentido e os valores que o Cliente atribui à vida, às suas próprias atitudes e comportamentos porque quando uma mudança se impõe no contexto de vida, isto pode se chocar com as opções filosóficas da pessoa em questão e ser em si uma causa de dificuldade (ex. : mudança de atitude diante do trabalho, da família, da sexualidade, da morte,…).

    Segundo Catherine Tourette-Turgis, "o princípio de coerência do aconselhamento reside fundamentalmente no fato de que muitas situações da vida são, elas mesmas, causas de sofrimentos psíquicos e sociais, necessitando uma conceitualização e que dispositivos de apoio sejam colocados à disposição das pessoas que as vivem ".

    Para ela, "o aconselhamento é uma forma de "psicoterapia situacionista", isto é, a situação é causa do sintoma e não o inverso. O aconselhamento, forma de acompanhamento psicoterápico e social, designa uma situação na qual duas pessoas estabelecem uma relação, uma fazendo explicitamente apelo à outra através de um pedido (verbalizado) com objetivo de tratar, resolver, assumir um ou mais problemas que lhe dizem respeito… A expressão "acompanhamento psicoterápico" seria insuficiente na medida em que os campos de aplicação do aconselhamento designam muitas vezes realidades sociais produtoras em si mesmas de um conjunto de distúrbios ou de dificuldades para os indivíduos".

    Neste sentido, o aconselhamento responde às necessidades de pessoas que procuram ajuda de uma outra para resolver, em um tempo relativamente breve, problemas que não são oriundos necessariamente de questões profundas (do ponto de vista psicoterápico). Estes problemas podem estar ligados, na verdade, aos empecilhos ou a um contexto específico com o qual elas precisam se adaptar ou aos quais elas devem sobreviver e pelos quais, na maior parte do tempo, a sociedade não as preparou (ex.: traumatismos de guerra, prevenção da aids, desemprego, …) ou não assegura as funções de apoio adequadas em tempo real, ou seja, de imediato.

    Existem pontos comuns no desenvolvimento do aconselhamento que podem ser resumidos pela importância dada:

    Aos métodos ativos na relação de ajuda;

    À crença no potencial de um indivíduo ou de um grupo;

    À crença na transformação em um curto espaço de tempo;

    Ao estabelecimento de uma relação aonde a autoridade é substituída pela empatia;

    A um ambiente facilitador de mudança e de evolução pessoal.

    2. Bases do aconselhamento: ATITUDES

    2.1 ESCUTAR

    A escuta, no aconselhamento, se diferencia daquela que nós experimentamos cotidianamente. Significa uma forma de engajamento em relação ao outro, implicando estar sensível e atento a este.

    Escutar não se resume ao fato de captar os conteúdos e os sentimentos que o Cliente expõe. Da mesma maneira, a escuta não é um processo terapêutico em si e não é suficiente para completar o desenvolvimento e realizar mudanças.

    A escuta é a competência de base indispensável ao exercício de outras capacidades, como a de reformular os conteúdos de uma entrevista, sentimentos e emoções expressas.

    O que é a escuta ?

    A escuta em aconselhamento, é uma prática que induz imediatamente a um certo tipo de relação entre o(a) aconselhador(a) e o Cliente. Tal experiência de escuta é frequentemente a primeira vivida pelo o aconselhado. Na verdade, ele se sente escutado sem os filtros habituais constituídos pelo julgamento, pela opinião ativa da vida social ordinária, pela avaliação e o análise em certos métodos convencionais.

    Os níveis de escuta:

    1 - O primeiro nível concerne o que é dito na relação. No entanto, se ficarmos neste nível, a relação não se desenvolve muito e o Terapeuta Holístico fica em posição “de escutar uma história”.

    2 - O segundo nível, definido por certos autores como uma “atenção flutuante”, concerne não somente o que é dito mas também o que existe “além das palavras”. O Terapeuta Holístico fica atento às palavras, mas também aos aspectos não-verbais (expressão do rosto, gestos, movimentos dos olhos…) e para-lingüísticos (volume, tom, rapidez…) utilizados pelo Cliente.

    3 - Além destes dois níveis de escuta, o(a) aconselhador(a) deve também estar atento ao que ele pensa, às suas próprias emoções, às suas próprias sensações corporais. Pois estes indícios podem lhe servir de indicadores do que se passa na relação e o Terapeuta Holístico pode utilizá-los como uma espécie de “caixa de ressonância” do desenvolvimento da relação.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Eu sou capaz de escutar o que a pessoa quer me dizer sem me sentir em perigo ?

    Por que sinto certas dificuldades ao escutar pessoas que provocam em mim sentimentos excessivos e pertubam minha escuta ?

    Até onde eu posso escutar alguém mantendo-me neutro ?

    Reflexões:

    Frequentemente é dificil escutar o outro porque evito escutar o que se passa em mim mesmo.

    As mensagens contraditórias da minha comunicação podem parasitar minha escuta.

    2.2 ACEITAR

    A aceitação é uma atitude fundamental no aconselhamento. Comunicar sua aceitação implica que todas as atitudes e os comportamentos verbais e não verbais do profissional indicam à pessoa que alguém está tentando compreendê-la, aceitá-la completamente.

    A aceitação é, algumas vezes, mais importante que a compreensão. A pessoa tem antes de tudo a necessidade de ser aceita como ela é, como se sente, como diz que se sente antes de poder explorar a mudança. Frequentemente, no momento de um evento desequilibrante, a pessoa descobre que a aceitação que acreditava ter conquistada, de tal ou tal pessoa à sua volta, na verdade, não era real. Por exemplo, as pessoas soropositivas viram-se, quase sempre, confrontadas com o luto do amor incondicional dos seus. A confrontação de uma deficiência, em função das angústias que ela suscita, reduz a capacidade de aceitação de pessoas que estão em volta e que têm dificuldades de se confrontar ao sofrimento da pessoa, mantendo-se distantes.

    Como manifestar seu grau de aceitação ?

    Ajudando a pessoa a restaurar a auto-imagem e a auto-estima,

    Ajudando a pessoa a desenvolver uma maior aceitação de si mesma (frequentemente as pessoas são muito severas com elas mesmas: por exemplo, elas não se autorizam ao repouso, elas se sentem culpadas de estarem com problemas…).

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Sou capaz de aceitar totalmente a personalidade do outro, em uma relação de Conselho?

    Por que, algumas vezes, aceito certos comportamentos de uma pessoa e desaprovo totalmente outros ?

    Como posso comunicar minha aceitação em relação aos sentimentos do outro ?

    Se eu desaprovo uma pessoa, o que faço ?

    Reflexões:

    Posso me sentir ameaçado (a) por certos comportamentos de uma pessoa: é importante que eu aceite meus próprios sentimentos em relação à esta para em seguida desenvolver minha aceitação em relação a ela.

    2.3 AUSÊNCIA DE JULGAMENTO

    O julgamento é um obstáculo na progressão da relação de ajuda. Ele bloqueia a capacidade do outro de se responsabilizar, já que o mantêm na dependência deste. A relação de Conselho deve se estabelecer sem julgamento de valor.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Eu posso reduzir o receio que a pessoa tem de ser julgada ?

    Até onde posso trabalhar minha falta de julgamento ?

    Por que o julgamento positivo pode ser tão ameaçador quanto o julgamento negativo ?

    Reflexões:

    É difícil liberar uma pessoa do seu próprio receio de ser julgada pelos outros.

    Um julgamento positivo significa que nós avaliamos as capacidades e o valor da pessoa; ela pode deduzir que poderíamos, da mesma maneira, atribuir-lhe um valor negativo.

    2.4 EMPATIA

    A empatia é uma forma de compreensão definida como a capacidade de perceber e de compreender os sentimentos de uma outra pessoa.

    Diferentemente da simpatia ou da antipatia, a empatia é um processo no qual o profissional tenta fazer a abstração de seu próprio universo de referência, mas sem perder o contato com ele, para se centralizar na maneira como a pessoa percebe sua própria realidade. A empatia se resume em uma questão a ser colocada regularmente:

    O que se passa, neste instante, com a pessoa que está diante de mim ?

    Numerosos trabalhos afirmam que a empatia é fundamental na entrevista e que a qualidade desta está diretamente ligada à experiência do(a) aconselhado(a) e a qualidade do laço terapêutico, independentemente da teoria à qual o Terapeuta Holístico se identifica. Outros estudos (Mitchell, Bozarth, Krauff et Sloan por exemplo) demonstram bem sua importância, mas não a consideram como determinante.

    A adoção desta atitude é dificil em certas situações graves que nos forçam naturalmente a nos sentirmos, ao mesmo tempo, afetados, impotentes e que mobilizam em nós, sentimentos como o da injustiça ou o da inquietude. No entanto, uma pessoa confrontada com uma situação dificil precisa em primeiro lugar de alguém presente ao seu lado que a ajude à enfrentar o que ela está vivendo e não uma pessoa que reaja por ela. Pela compreensão empática, o conselheiro ajuda a pessoa à entrar em contato com seus próprios sentimentos e a descobrir o que estes significam.

    Como manifestar sua empatia ?

    Verbalizando o que é percebido na pessoa como emoção dominante,

    Pedindo-lhe para nos dizer o que precisaria mais neste momento,

    Tentando compreender o ponto de vista da pessoa e o reformulando sem tentar transformá-lo (é por ela mesma que a pessoa, em um segundo momento, modificará seu ponto de vista da situação).

    Os efeitos da empatia na relação de cuidados:

    Aumento do nível de auto-estima: “é possível então compreender o que eu sinto sem me dizer que eu estou errada de pensar assim”;

    Melhora da qualidade da comunicação: “ele não me responde dizendo que ele também pode morrer a qualquer momento, basta por o pé na rua”;

    Abertura à possibilidade da expressão de emoções profundas: “é verdade que atrás desta raiva se encontram todos os meus medos”.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Posso entrar no mundo íntimo de uma outra pessoa e conseguir compreender o que ela sente e o que ela percebe ?

    Posso me sentir suficientemente próximo de uma outra pessoa me sentindo ao mesmo tempo diferente e perder toda vontade de julgá-la e de avaliá-la ?

    Reflexões:

    Pode ser difícil para mim, dizer a alguém como eu a compreendo.

    O mínimo de compreensão reformulada, mesmo incompleta, ajuda consideravelmente o outro a avançar na compreensão dele mesmo.

    2.5 CONGRUÊNCIA

    A congruência pode ser definida como: “o estado de espírito” do profissional de aconselhamento quando suas intervenções durante a entrevista são coerentes com as emoções e as reflexões suscitadas nele pelo Cliente.

    Supõe, da parte do(a) aconselhador(a), disponibilidade com relação às emoções e aceitação destas. Na verdade, Carl Rogers desenvolve a hipótese que “a mudança da pessoa é facilitada quando o terapeuta é o que é”; quando seus contatos com o cliente são autênticos, sem máscara nem fachada, onde se expressa abertamente os sentimentos e atitudes que invadem seu interior neste momento preciso.

    A congruência do Terapeuta Holístico vai, de uma certa maneira, autorizar a do cliente. O profissional oferece um espelho de possíveis efeitos que podem provocar a atitude e o comportamento do Cliente numa relação interpessoal onde a integridade e o profissionalismo do(a) aconselhador(a) dão uma garantia que este (a) não está colocando na relação suas próprias neuroses. Muitas vezes, isto favorece ao Cliente,entrar em contato com seus próprios sentimentos.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Será que me expresso de maneira a comunicar ao outro a minha imagem ?

    Como posso distingüir minhas proprias reações das dos outros ?

    Como posso permitir a uma outra pessoa que ela possa perceber o que eu sou e me aceitar como tal ?

    Reflexões:

    Se posso me mostrar tal como sou, se posso reconhecer e aceitar meus próprios sentimentos, posso então favorecer, ao outro, o crescimento e o seu desenvolvimento.

    Se posso permitir que o outro descubra certos aspectos de minha personalidade, que ele de toda maneira se apercebeu, ele poderá se aceitar melhor.

    3. Bases do aconselhamento: TÉCNICAS

    3.1 Questão aberta

    Esta é uma técnica muitas vezes usada para recolher informações ou esclarecimentos sobre um ponto preciso. Em princípio, as questões utilizadas pelo(a)s aconselhadore(a)s são "questões abertas” necessitando de uma resposta mais longa que um simples "sim" ou "não".

    As questões abertas encorajam os Clientes a compartilhar seus pontos de vista com o(a) aconselhador(a). Responsabilizam o aconselhado, durante a entrevista e lhe permitem explorar por ele mesmo as atitudes, os sentimentos, os valores e os comportamentos sem ser influenciado pelo universo de referência do(a) aconselhador(a).

    O(A) aconselhador(a), através de suas perguntas deve, essencialmente, ser guiado(a) pelo desejo de compreender e ajudar e não pelo único desejo de ser informado(a). A maneira de questionar é determinante, a forma e o tom devem ser o mais distante possível de toda forma parecendo ou lembrando uma inquisição ou um interrogatório.

    Como fazer ?

    A melhor maneira de praticar uma técnica de Questão aberta é a de focalizar as expressões que são “lugar comum” e que aparecem durante a entrevista considerando que tudo deve ser sujeito de descrição. Por exemplo, uma frase simples como : "estou triste ", é uma expressão "lugar comum " que necessita de ser descrita de maneira mais detalhada porque cada pessoa tem sua própria definição da tristeza. É possível então, por uma simples questão aberta, tentar focalizar mais precisamente o que a pessoa sente realmente (Seria possível me dizer o que sente exatamente quando está triste ? No que pensa nestes momentos ? etc.).

    3.2 Reformulação dos conteúdos

    A reformulação do conteúdo nos permite verificar se compreendemos bem o que a pessoa queria nos dizer, o que permite re-focalizar a entrevista quando esta parece tomar várias direções ao mesmo tempo. A capacidade de reformar o que o outro acabou de expressar constitui o primeiro nível na aprendizagem da escuta.

    A reformulação tem os seguintes objetivos :

    Permitir ao profissional verificar seu nível de percepção, para estar certo que ele compreende bem o que a pessoa está lhe descrevendo;

    Fazer a pessoa entender que ela está realmente sendo escutada;

    Concretizar as observações e os comentários da pessoa retomando o que ela disse de uma maneira mais concisa.

    3.3 Esclarecimento (Clarificação)

    O “esclarecimento” consiste em tornar mais claro certos aspectos evocados durante a entrevista.

    Tem como objetivo aumentar a capacidade de análise e de verbalização do cliente no que concerne as situações, eventos ou sentimentos.

    Exemplo :

    "Você disse que estava decepcionado. Como assim, decepcionado ?"

    3.4 Focalização

    A “focalização” tem como objetivo estimular o processo exploratório e de facilitar a resolução de problemas.

    As funções da focalização :

    Desencadear a expressão de uma emoção mais profunda;

    Encontrar a origem de um sentimento;

    Permitir a pessoa de se reapropriar de seu problema;

    Facilitar a resolução de problemas.

    Exemplos de perguntas facilitando a focalização :

    Poderia tentar me dizer ou imaginar de quem tem raiva ?

    O que tem vontade de dizer para esta pessoa ? Se ela estivesse aqui conosco, o que lhe diria ?

    Como poderia lhe dizer o que sente ?

    Como pensa que as pessoas a sua volta vão reagir ?

    O que deduz disto tudo ?

    O que vai fazer de tudo que acabou de aprender de si mesmo ?

    Como vê a solução do seu problema ?

    O que esta solução supõe ?

    Como se sente diante deste novo problema ?

    3.5 Confrontação

    A confrontação consiste em fazer com que a pessoa descubra seu grau de implicação ou de contradição em uma situação e tem como objetivo ajudar e esclarecer.

    A confrontação exige do profissional uma grande confiança na sua capacidade de ajudar e também da pessoa ou do grupo de progredir. A confrontação é uma potente “alavanca” propulsora do crescimento das pessoas e do grupo.

    Exemplo:

    “A senhora me diz se sentir livre para tomar esta decisão mas antes estava dizendo que com ela nunca se sentiu realmente à vontade. Será que poderíamos voltar a este sentimento e examinar os meios que tem para tomar esta decisão ?”

    3.6 Os silêncios

    O aparecimento de momentos silenciosos é em geral favorável ao processo do aconselhamento, com a exceção daqueles que acontecem no momento das primeiras entrevistas e que podem revelar o medo e o desconforto do Cliente ou do(a) aconselhador(a), ligados ao encontro.

    A maior parte do(a)s aconselhadore(a)s ficam em silêncio quando este vem do Cliente e intervem em função do lugar deste na entrevista e do que eles percebem como sendo uma necessidade do outro. O silêncio favorece o começo da relação da pessoa com ela mesma. Será um momento de elaboração importante se puder ser vivido na presença de uma outra pessoa.

    Ele favorece a autoconscientização e faz descobrir uma outra forma de presença no mundo.

    Tipos de silêncio :

    A pausa depois da expressão de um sentimento;

    A passagem de um tema a um outro;

    A pausa contemplativa;

    A pausa dolorosa;

    De timidez;

    A necessidade de apoio;

    Depois da descoberta.

    3.7 Técnica do reflexo

    A técnica do reflexo dos sentimentos é uma tentativa de compreensão do ponto de vista do Cliente. Consiste em comunicar ao este o que se percebe de suas emoções e sentimentos no momento presente ou o que diz ter vivenciado durante as situações evocadas durante a entrevista. Isto necessita que aquele que pratica esta técnica se concentre não somente no que a pessoa diz, mas também na maneira como ela diz.

    O "reflexo" dos sentimentos é um meio e não um fim. Esta técnica não serve apenas para trazer à tona o que foi vivenciado mas, também, para evidenciar um certo número de problemas. O papel do profissional de aconselhamento consiste em funcionar como um espelho. Esta atitude aumenta a capacidade de compreensão do cliente sobre si mesmo.

    Existem númerosos casos de má utilização desta técnica. A mais comum delas consiste em acreditar que a expressão e a identificação dos sentimentos e emoções possuem, por elas mesmas, um valor terapêutico, as vezes mesmo, de transformá-la em técnica principal. No aconselhamento as coisas não funcionam assim, e a eficácia da técnica do reflexo reside essencialmente no fato de que a expressão dos sentimentos é um meio e não um fim. É importante que o Cliente se dê conta por ele mesmo (para conduzir sua vida), não só do interesse que pode existir no fato de expressar seus sentimentos, em certas situações, mas, também no interesse que pode existir no fato de conhecer e confiar nestes quando está diante das pessoas e das situações.

    A expressão dos sentimentos negativos ou hostis em uma relação e em um clima de aceitação tem habitualmente o efeito de desarmar os "acting out" (forte transferência, não devidamente analisada, que se traduz em ações reflexas por parte do Cliente). Sentir-se compreendido e aceito é um elemento importante em aconselhamento mas, em hipótese alguma, o trabalho do(a) aconselhador(a) deve ser reduzido a esta técnica.

    O trabalho de formulação é muito importante, porque ele ajuda as pessoas a descobrir e ter confiança no que sentem e vivenciam.

    Funções do reflexo:

    Permitir a pessoa a se abrir ao que um determinado sentimento ou emoção lhe indica (por exemplo: o medo indica a existência de ameaça; a tristeza indica a existência de uma “ferida”, a raiva pode indicar a existência de um empecilho);

    Ajudar a pessoa a reconhecer o sentimento expresso;

    Verificar que houve uma boa compreensão;

    Permitir que a pessoa tenha acesso (em seguida) a uma emoção subentendida.

    4. Indo Além do Aconselhamento: Outras Técnicas Psicoterápicas

    Uma vez bem compreendido e exercitado o Aconselhamento, estará facilitado o caminho para a inclusão de outras formas de Psicoterapia. Na sequência, abordaremos duas opções complementares:

    4.1 Análise de Sonhos

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ...”o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro”... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as “chaves” transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado “o sono sagrado”, onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de “sonho acordado”, muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão “científico”. Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, “a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma”. Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma “auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material “espontâneo” que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a “dramatização”, onde a pessoa “encarna”, um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura “incorporada”. Outra ferramenta de interpretação é a “ampliação” do sonho, onde se é estimulado para “prolongar” o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de “ampliação” é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que “ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico”. O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.

    4.2 Vivências

    Do mesmo modo como “evocamos” os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Um “massoterapeuta” convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma “lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais “pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram “especializações” funcionais, “desenhando-se” no holograma certos “caminhos” bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa “tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. “Mapeando” esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos “meridianos” de Acupuntura, na China milenar, e os “chacras” na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a “circulação” energética, induzimos à “circulação” das informações psíquicas, ocorrendo os chamados “insights” (“flashs”, lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que “digerir”, compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro “equilíbrio energético”. O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

    Resultados:

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade.

    Discussão:

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a “imitar” o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE – Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de ministrar aulas pelo método EAD – Ensino à Distância, propiciando aprendizado independente da localidade em que o interessado estiver.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.

    Conclusões:

    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    O Aconselhamento, cujo aprendizado é relativamente simples e intuitivo, em especial para quem exerce outras formas de Terapia, é de fácil integração às demais técnicas já adotadas em consultório. Tamanhos são os ganhos tanto para a Clientela, quanto ao Terapeuta Holístico, ampliando exponencialmente o leque de atuação, que este é um caminho obrigatório a qualquer profissional que deseje maximizar seus potenciais e sua realização na carreira.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Reichiana e Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui regressão, progressão, vivências, etc...).

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.

    Referências bibliográficas:

    "Counseling, Santé et Développement” em www.counselingvih.org;

    “O Processo de Aconselhamento” – Paterson / Einsenberg – Martins Fontes 1988;

    “Tutorial Terapia Holística” - SINTEbooks

    Anexos e Apêndices:

    PLANILHA - RESUMO: ACONSELHAMENTO
    ATITUDES
    EscutarReceptividade total ao que o Cliente transmite verbalmente e corporalmente
    AceitarAceitação do Cliente como ele é, como diz que se sente, contribuindo com sua auto-estima
    Ausência de JulgamentoJamais julgar, nem a favor, nem contra
    EmpatiaCompreender o ponto de vista do Cliente sem tentar transformá-lo
    CongruênciaSinceridade e coerência na relação com o Cliente
    TÉCNICAS
    Questão abertaIdentificar expressões tipo "lugar comum" e estimular ao Cliente que aprofunde o tema, focalizando mais especificamente o que realmente sente.
    Reformulação dos conteúdosVerbalizar, resumidamente, as observações e os comentários do Cliente, retomando o que ele disse de uma maneira mais concisa, para melhor compreensão e também para que fique claro que realmente o está escutando.
    ClarificaçãoRetomar certos tópicos da consulta, solicitando ao Cliente que os esclareça mais profundamente, objetivando ampliar a capacidade do mesmo em compreender tais situações, eventos, emoções.
    FocalizaçãoFocar a conversação sobre um único tópico em destaque, estimulando o Cliente a contatar mais profundamente a emoção e as origens do problema
    ConfrontaçãoPontuar, sem julgar, algumas contradições nos relatos do Cliente, ajudando-o a repensar o assunto.
    SilênciosDetectar e respeitar as pausas do Cliente que se originam depois da expressão de emoções, de insights, de auto-reflexão, permanecendo receptivo
    EspelhamentoDemonstrar sua compreensão do ponto de vista do Cliente, comunicando-o quanto às emoções detectadas no atendimento, fazendo-se de "espelho", facilitando-lhe a sua capacidade de auto-compreensão.

    1)

    Terapia Holística: Ciência ou Arte ?

    Yin, Yang... Ciência, Arte...

    Aparentes opostos, com certeza, complementares,

    ambas somam as faces da moeda do Conhecimento.

    ...

    O conhecimento humano poderia ser dividido entre o conhecimento organizado e o conhecimento ingênuo. O conhecimento ingênuo nada mais seria do que um conhecer intuitivo que pode ter algum grau de reflexão, mas de que certo modo só pertence àquele ser que o percebeu e que sobre ele refletiu. É uma forma de conhecimento muito pessoal. Já o conhecimento organizado nos propicia o surgimento da própria civilização. Esse é o conhecimento registrado, que pode ser transmitido para outras pessoas sem a presença daquele que o desenvolveu, e que se despessoaliza no sentido de criar uma cultura, que pode se realimentar para criar conhecimentos novos, e mais sofisticados.

    Dentro do conhecimento organizado podemos encontrar uma nova subdivisão: ciência e arte.

    ...

    Textos extraídos de www.ricardohage.com/artigos/estetica.pdf

    A Ciência aplica a lógica formal e metodologia, resulta de uma atitude consciente em direção ao entendimento e um esforço fundamental de comprovação, objetivando a intervenção no que se conveniou chamar de realidade. Já a Arte, atua sobre uma lógica subjetiva, isenta de compromissos com a verificação e nasce de uma atitude inconsciente do ser humano, que no geral quer deixar sua marca nessa mesma realidade.

    Com o advento da Modernidade, a sociedade ocidental pautou-se por uma crescente racionalização, assumindo a Ciência como o fundamento geral de nossa orientação no mundo. Nossa civilização passou por uma ditadura religiosa, onde os dogmas da Igreja constituiam a verdade inquestionável, para um atual estado de ditadura científica, na qual confundem aquilo que a Ciência não consegue explicar, como sendo algo impossível de existir.

    A Terapia Holística, que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, possui sua própria lógica singular, muito mais para a subjetividade da Arte, do que para a objetividade da Ciência. Os resultados obtidos pelos Terapeutas Holísticos não cabem nos moldes da pesquisa científica tida como “oficial”, resultando daí, ter sua validade e eficácia injustamente questionadas. Na Idade Média, milhares de nossos antecessores tiveram que negar suas práticas, ocultar seus conhecimentos, esconder suas poções, enfim, renunciar às suas essências (em vários sentidos...) para escapar das fogueiras da Inquisição. Ainda traumatizados com a perseguição histórica, nos tempos modernos, novamente renegam suas origens, tentando sobreviver à inquisição do que se convencionou chamar Ciência. Submetendo-se ao julgo de seus atuais algozes, a Terapia Holística perdeu parte de sua identidade, abrindo mão de seu linguajar, de seus fundamentos, gerando um sincretismo que não surtiu o efeito desejado. Incabíveis em tubos de ensaio, ao tentar “discursar em língua estrangeira” (“cientificês”...), a maior parte das técnicas terapêuticas milenares soaram ainda mais estranhas aos donos da verdade oficial e aí sim foram condenadas, de vez, às fogueiras purificadoras dos dogmas de laboratório. Algumas técnicas tiveram destino ainda mais cruel: tanto abriram mão de suas origens, tanto se adaptaram, que correm o risco de se transformar em “monstros transgênicos”, produtos artificiais adequados aos padrões de consumo “oficial”. A Terapia Tradicional Chinesa, por exemplo, se perder sua alma, transformará seus praticantes em meros espetadores de agulhas, máquinas automáticas de aplicações de tabelas... Já a Fitoterapia, se perder suas “raízes”, será mais um serviçal da indústria de patentes, do que ao bem-estar de seus adeptos.

    Yin e Yang... noite e dia... ciência e arte... faces alternantes de um mesmo fenômeno. Em algum momento no tempo, a Terapia Holística será Ciência, também. No presente, há que ser percebida, compreendida e aceita como ARTE, pois esta é a faceta que agora se mostra. E se valoriza ! Afinal, enquanto a Ciência é inconstante e temporal (o que é fato científico hoje, pode ser a falácia teórica, amanhã...), a Arte é eterna... Resgatemos a auto-estima de nossa profissão, nossa herança milenar e assumamos que

    A Terapia Holística é a ARTE da Qualidade de Vida !


    2)

    A História da Terapia Holística

    Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos

    (paráfrase sobre texto de 1986, do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico – de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico – de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por “sincronicidades”, por “sinais”, cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este “status”, o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os “iniciados” compreendiam as “instruções” incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História “ocidentalizada” registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem “científica”, ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro “médico”, já que estabeleceu “doenças” como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo “desmembramento de seus componentes”. Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de “doenças” que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e

    descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA, de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica - Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este “movimento separatista elitizado”, continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem “científica” e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o “consolo espiritual” da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência “exata”...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a “desumanização” do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte –-importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva – da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas – a história, a filosofia, a literatura e a psicologia – não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de “A (re)humanização da medicina”, de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada “Revolução Aquariana”. Movimentos “hippies”, de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura “científica”, onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais “científico”. Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas “traduzidas” para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.






    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico – CRT 21001
    Última atualização: 13/05/2008 15:06


    Orientações Gerais - Holística 2006

    Orientações Gerais - Holística 2006






    O Mais Importante Evento da Terapia Holística
    8, 9 e 10 de setembroRENAISSANCE SÃO PAULO HOTEL
    *****
    Alameda Santos 2233
    São Paulo - SP - Brasil

    (Metrô Consolação)


    Hospedagem e Alimentação:

    Claro, não estão inclusos no valor da inscrição, cabendo a cada congressista providenciar como melhor lhe convier. No local do evento (localiza-se a 1 quadra da Av Paulista, próximo ao Metrô Consolação) existe estacionamento pago e a região é servida de muitos hotéis, restaurantes e condução

    Nossa entidade foca os recursos administrativos na qualidade do evento em si, pois se dedicarmos esforços para criar convênios para todos as infinitas variantes de hospedagem, estaríamos tão somente nos desviando do objetivo principal, que é a realização de um excelente congresso.

    Afinal, justamente para podermos premiar com enormes vantagens, aos colegas que confiam de antemão no padrão de qualidade do SINTE, e inscrevem-se de pronto ao evento, é que temos que racionalizar a relação custo/benefício, focando nossos esforços na qualidade técnica do Holística, sem dispersão de recursos organizando hospedagem e transporte, já que estes ítens são comumente disponibilizados via agências de viagens de sua preferência, que costumam ofertar bons descontos para pacotes que somem passagem mais hotéis.

    A própria internet fornece as indicações, podendo utilizar os serviços do
    www.buscape.com.br e até definir a faixa de valores para diárias.

    O
    RENAISSANCE SÃO PAULO HOTEL no qual ocorrerá evento, é um hotel 5 estrelas, ou seja, o valor das diárias é compatível ao seu alto padrão.
    Em caso de interesse, a hospedagem no Hotel, deve ser tratada diretamente com este, o que pode ser feito pelo site
    http://www.marriottbrasil.com/SAOBR , ou pelo 0800-703-1512, lembrando de identificar-se como filiados, para garantir a tabela acima de descontos especiais para quem vier ao evento Holística.

    A hospedagem mais em conta que existe na região (alguns quarteirões de distância do evento), é a que segue, porém, é uma hospedaria sem classificação em "estrelas":

    Hotel Real Paulista (aproximadamente R$ 40,00 a diária)
    Pça Osvaldo Cruz, 37 - São Paulo - SP
    (11) 3884-3766 // (11) 3884-0564
    Em frente à Av Paulista e Shopping Paulista

    Existe, ainda, mais algumas opções na região, dentre as quais:

    Hotel F1 (aproximadamente R$ 65,00 a diária)
    Rua Vergueiro, 1571 - Paraíso
    Tel: (11) 5085-5699
    http://www.accorhotels.com/accorhotels/fichehotel/pt/for/3531/fiche_hotel.shtml


    Este Hotel oferta condições especiais aos filiados do SINTE, para hospedagem durante o Holística 2006 (utilizar código: Holística):Century Paulista Plaza
    Rua Teixeira da Silva , 647 - Paraíso - São Paulo - SP
    Tel: (11) 3884-9977
    www.centuryflat.com.br vendas@centuryflat.com.br

    APARTAMENTO SINGLE:
    Pacote de 3 dias: valor da diária R$ 71,00 + 5% x 3 diária = R$ 213,00 + 5%.
    Fora do pacote : valor da diária R$ 84,00 + 5%.
    APARTAMENTO DUPLO:
    Pacote de 3 dias: valor da diária R$ 87,00 + 5% x 3 diárias = R$ 261,00 + 5%.
    Fora do pacote : valor da diária R$ 96,00 + 5%



    Observações gerais - Holística 2006

    1. Os crachás são individuais, cabendo a cada Congressista retirar o seu junto aos receptivos. São de uso visível obrigatório dentro das dependências do evento, permitindo só ao seu portador o acesso ao Congresso; a ausência do mesmo implica em não mais poder frequentar os auditórios. Os crachás são de propriedade da organização do evento, podendo ser retidos em caso de uso indevido,a critério dos organizadores.

    2. Lembre-se de portar seu crachá TODOS OS DIAS do evento, pois ele é sua única garantia de ingresso.

    3. Cada crachá será entregue em mãos diretamente ao PARTICIPANTE, mediante apresentação de documento de identificação, que deverá também ser mostrado sempre que solicitado, não sendo aceito que terceiros retirem em nome dos inscritos.

    4. É vedada a presença nos auditórios de acompanhantes (cônjuges, crianças, namorados, colegas, intérpretes, etc), ouvintes e similares, mesmo na hipótese de existir lugares vagos. Em respeito aos colegas, mantenha celulares, pagers e similares desligados.

    5. Os Certificados de Participação serão entregues em mãos no ato da retirada do crachá, diretamente ao congressista, não sendo aceito que terceiros o retirem em nome do inscrito.

    6. Em hipótese alguma serão aceitas inscrições durante o evento.

    7. Em caso de falta imprevista do palestrante, o mesmo será substituído por outro apto a dissertar sobre o mesmo tema ou similar. A sequência da grade de palestras também está sujeita a alterações por motivos de força maior.

    8. No local existe estacionamento pago e a região e servida de hotéis, restaurantes e condução. Não nos responsabilizamos por indicações.

    9. Pedimos atenção especial aos seus pertences de mão, observando que não há local em nossos receptivos para guarda dos mesmos.

    10. Para participar das Vivências, recomendamos o uso de roupas leves e confortáveis que permitam flexibilidade de movimentos.

    11. Em caso de não comparecimento o PARTICIPANTE perde o direito aos materiais entregues no CONGRESSO, inclusive o Certificado de Participação.

    12. As perguntas aos palestrantes somente serão aceitas se forem pertinentes ao tema e por escrito, em papéis apropriados a serem fornecidos pela organização do evento. Devem conter a identificação de quem pergunta, incluindo número de CRT, bem como e-mail e telefone para retorno. Devido à racionalizasão do tempo, não há garantia que serão respondidas durante o evento, podendo ser feitas posteriormente.

    Programação:

    A Grade de Programação está em formação, em obediência à própria votação do público em www.sinte.com.br .

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 16:49


    SITE EXPOSITORES

    SITE EXPOSITORES




     

     

    ALFABETO - DURAN COM. LIVROS
    www.editoraalfabeto.com.br

    ACCUSHOP COMERCIAL LTDA
    www.accushop.com.br

    DELTA LIGHT EQUIPAMENTOS ELETRONICOS
    www.deltalight.com.br

    INTUIÇÃO AROMATERAPIA
    www.aromaesaude.com.br

    RASATRON EQUIP. TECNOLOGIA – HOKEN COMPANY
    www.hoken.com.br

    BEM QUERER COMERCIO DE PRESENTES FINOS
    www.bemquerer.art.br

    ARADOURADA RECORDS
    www.aradourada.com.br

    NOVA CIÊNCIA - TMS MICROSISTEMAS COMERCIO E INDUSTRIA LTDA
    www.novaciencia.com.br

    PORTTALE DISTRIBUIDORA LTDA
    www.porttale.com.br

    MASTER VIEW COMERCIAL E SERVIÇOS LTDA
    www.masterview.com.br

    CPD CONSULTING S/C LTDA – CLARO
    www.cpdconsulting.com.br

    LIVROTECA - Sinte - Sindicato dos Terapeutas
    www.livroteca.com.br

     

    Autor: : SINTE
    Última atualização: 01/11/2016 11:47


    Eventos » Holística

    O que é o Holística

    O Holística, inicialmente conhecido como Terapêutica, aconteceu primeiramente em grande estilo no Hotel Maksoud Plaza em São Paulo em 1997 e passou a ser conhecido como Holística somente em 2003 onde passou a dar ênfase para as Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística. Renovou os palestrantes com profissionais da área que encaminham seus conhecimentos por material com formato ABNT.
    Acontece anualmente desde 1997 e mesmo durante o período da pandemia de Coranavírus, aconteceu em formato online, o que ganhou uma grande aceitação e acontece novamente em 2024 nesses formato, após um retorno presencial.

    Para saber mais, acesse www.crt.org.br/holistica

     

    Autor: : CRT
    Última atualização: 04/04/2024 13:31


    Eventos » Proposituras de Palestras » Holística 2007

    Aula de Psicoterapia - Comunidade de Estudos Avnçados em Terapia Holística PSICOTERAPIA NA ABORDAGEM HOLÍSTICA - Associando técnicas milenares à psicanálise moderna

    PSICOTERAPIA NA ABORDAGEM HOLÍSTICA

    Associando técnicas milenares à psicanálise moderna

    Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico – CRT 21001

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    Resumo:

    A Psicoterapia é parte integrante do atendimento na Terapia Holística e um de seus maiores diferenciais em relação a outras profissões correlatas. Em publicação recente, já destacamos que uma das formas mais práticas e eficientes de introduzir a proposta em consultórios é a implementação de técnicas básicas de Aconselhamento. Outrossim, para este momento, a proposta é a de incrementar a idéia inicial, somando a esta outras formas de abordagens psicoterápicas, em especial, algumas correntes básicas da psicanálise.

    Na transcrição, incluiremos paralelismos entre as idéias de Freud, Reich e Jung e as tradições terapêuticas milenares, mostrando que existe compatibilidade entre todos, passíveis de serem sintetizadas em procedimentos de consultório dos Terapeutas Holísticos.

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras. Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem “científica-reducionista-elitista” cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem “empírica-holística-acessível” de nossos ancestrais xamãnicos. A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do “cientificismo”, mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes. Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a “alma”, desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

    No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se “dissolvem espontaneamente” no decorrer destes procedimentos (método catártico).

    A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

    Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte “inacessível” de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( “eu”) e Censor (“juiz” do Ego, o Ego “Idealizado”).

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

    Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Psicoterapia no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, nome moderno que se dá àquilo que tão bem já praticavam nossos antecessores sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.

    Material e Metodologia:

    1. Definições

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

    ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao “molde-informação” de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um “Ancião Sábio”, que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

    LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

    TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    2. Procedimentos

    ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

    Na sequência, abordaremos algumas opções complementares:

    Análise de Sonhos:

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ...”o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro”... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as “chaves” transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado “o sono sagrado”, onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de “sonho acordado”, muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão “científico”. Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, “a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma”. Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma “auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material “espontâneo” que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a “dramatização”, onde a pessoa “encarna”, um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura “incorporada”. Outra ferramenta de interpretação é a “ampliação” do sonho, onde se é estimulado para “prolongar” o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de “ampliação” é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que “ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico”. O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.

    Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

    Do mesmo modo como “evocamos” os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma “lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais “pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram “especializações” funcionais, “desenhando-se” no holograma certos “caminhos” bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa “tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. “Mapeando” esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos “meridianos” de Acupuntura, na China milenar, e os “chacras” na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a “circulação” energética, induzimos à “circulação” das informações psíquicas, ocorrendo os chamados “insights” (“flashs”, lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que “digerir”, compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro “equilíbrio energético”. O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

    Resultados:

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade.

    Discussão:

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a “imitar” o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE – Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.

    Conclusões:

    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    O Aconselhamento, cujo aprendizado é relativamente simples e intuitivo, em especial para quem exerce outras formas de Terapia, é de fácil integração às demais técnicas já adotadas em consultório. Tamanhos são os ganhos tanto para a Clientela, quanto ao Terapeuta Holístico, ampliando exponencialmente o leque de atuação, que este é um caminho obrigatório a qualquer profissional que deseje maximizar seus potenciais e sua realização na carreira.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Reichiana e Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui regressão, progressão, vivências, etc...). A própra tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.

    Referências bibliográficas:

    O Corpo Fala” - Pierre Weil e Roland Tompakow – Editora Vozes;

    "Counseling, Santé et Développement” em www.counselingvih.org;

    Florais de Bach – Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica” - Henrique Vieira Filho – Editora Pensamento;

    Jung e Reich – O Corpo Como Sombra” - Jonh P. Conger – Summus Editorial;

    O Microcosmo Sagrado” - 2a Edição - Henrique Vieira Filho – SinteBooks;

    Orgônio, Reich e Eros” - W. Edward Mann – Summus Editorial;

    O Processo de Aconselhamento” – Paterson / Einsenberg – Martins Fontes 1988;

    Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung” - Reis, Magalhães e Gonçalves – EPU – Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

    Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks.

    Anexos e Apêndices:

    1)

    Terapia Holística: Ciência ou Arte ?

    Yin, Yang... Ciência, Arte...

    Aparentes opostos, com certeza, complementares,

    ambas somam as faces da moeda do Conhecimento.

    ...

    O conhecimento humano poderia ser dividido entre o conhecimento organizado e o conhecimento ingênuo. O conhecimento ingênuo nada mais seria do que um conhecer intuitivo que pode ter algum grau de reflexão, mas de que certo modo só pertence àquele ser que o percebeu e que sobre ele refletiu. É uma forma de conhecimento muito pessoal. Já o conhecimento organizado nos propicia o surgimento da própria civilização. Esse é o conhecimento registrado, que pode ser transmitido para outras pessoas sem a presença daquele que o desenvolveu, e que se despessoaliza no sentido de criar uma cultura, que pode se realimentar para criar conhecimentos novos, e mais sofisticados.

    Dentro do conhecimento organizado podemos encontrar uma nova subdivisão: ciência e arte.

    ...

    Textos extraídos de www.ricardohage.com/artigos/estetica.pdf

    A Ciência aplica a lógica formal e metodologia, resulta de uma atitude consciente em direção ao entendimento e um esforço fundamental de comprovação, objetivando a intervenção no que se conveniou chamar de realidade. Já a Arte, atua sobre uma lógica subjetiva, isenta de compromissos com a verificação e nasce de uma atitude inconsciente do ser humano, que no geral quer deixar sua marca nessa mesma realidade.

    Com o advento da Modernidade, a sociedade ocidental pautou-se por uma crescente racionalização, assumindo a Ciência como o fundamento geral de nossa orientação no mundo. Nossa civilização passou por uma ditadura religiosa, onde os dogmas da Igreja constituiam a verdade inquestionável, para um atual estado de ditadura científica, na qual confundem aquilo que a Ciência não consegue explicar, como sendo algo impossível de existir.

    A Terapia Holística, que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, possui sua própria lógica singular, muito mais para a subjetividade da Arte, do que para a objetividade da Ciência. Os resultados obtidos pelos Terapeutas Holísticos não cabem nos moldes da pesquisa científica tida como “oficial”, resultando daí, ter sua validade e eficácia injustamente questionadas. Na Idade Média, milhares de nossos antecessores tiveram que negar suas práticas, ocultar seus conhecimentos, esconder suas poções, enfim, renunciar às suas essências (em vários sentidos...) para escapar das fogueiras da Inquisição. Ainda traumatizados com a perseguição histórica, nos tempos modernos, novamente renegam suas origens, tentando sobreviver à inquisição do que se convencionou chamar Ciência. Submetendo-se ao julgo de seus atuais algozes, a Terapia Holística perdeu parte de sua identidade, abrindo mão de seu linguajar, de seus fundamentos, gerando um sincretismo que não surtiu o efeito desejado. Incabíveis em tubos de ensaio, ao tentar “discursar em língua estrangeira” (“cientificês”...), a maior parte das técnicas terapêuticas milenares soaram ainda mais estranhas aos donos da verdade oficial e aí sim foram condenadas, de vez, às fogueiras purificadoras dos dogmas de laboratório. Algumas técnicas tiveram destino ainda mais cruel: tanto abriram mão de suas origens, tanto se adaptaram, que correm o risco de se transformar em “monstros transgênicos”, produtos artificiais adequados aos padrões de consumo “oficial”. A Terapia Tradicional Chinesa, por exemplo, se perder sua alma, transformará seus praticantes em meros espetadores de agulhas, máquinas automáticas de aplicações de tabelas... Já a Fitoterapia, se perder suas “raízes”, será mais um serviçal da indústria de patentes, do que ao bem-estar de seus adeptos.

    Yin e Yang... noite e dia... ciência e arte... faces alternantes de um mesmo fenômeno. Em algum momento no tempo, a Terapia Holística será Ciência, também. No presente, há que ser percebida, compreendida e aceita como ARTE, pois esta é a faceta que agora se mostra. E se valoriza ! Afinal, enquanto a Ciência é inconstante e temporal (o que é fato científico hoje, pode ser a falácia teórica, amanhã...), a Arte é eterna... Resgatemos a auto-estima de nossa profissão, nossa herança milenar e assumamos que

    A Terapia Holística é a ARTE da Qualidade de Vida !

    2)

    A História da Terapia Holística

    Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos”

    (paráfrase sobre texto de 1986,

    do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico – de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico – de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por “sincronicidades”, por “sinais”, cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este “status”, o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os “iniciados” compreendiam as “instruções” incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História “ocidentalizada” registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem “científica”, ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro “médico”, já que estabeleceu “doenças” como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo “desmembramento de seus componentes”. Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de “doenças” que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

    trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,

    de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente

    do Departamento de Clínica Médica

    Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este “movimento separatista elitizado”, continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem “científica” e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o “consolo espiritual” da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência “exata”...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a “desumanização” do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte –-importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva – da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas – a história, a filosofia, a literatura e a psicologia – não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de “A (re)humanização da medicina”,

    de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

    e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada “Revolução Aquariana”. Movimentos “hippies”, de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura “científica”, onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais “científico”. Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas “traduzidas” para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 06/05/2008 14:13


    RADIESTESIA - O poder vibratório de todo o que existe

    RADIESTESIA

    O poder vibratório de todo o que existe

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    EPÍGRAFE

    A radiestesia é a energia vibratória a disposição de Ser Humano”

    Nelson Zuniga

    DEDICATÓRIA

    A minha Família

    AGRADECIMENTOS

    Ao SINTE – Sindicato dos Terapeutas, Presidente e Equipe, Clientes e Amigos.

    SUMÁRIO

    1 Resumo 2

    2 Introdução 2

    3 Material e Metodologia 3

    4 Resultados 8

    5 Discussão 9

    6 Conclusões 10

    7 Bibliografias 11

    RESUMO

    Radiestesia

    Ser Terapeuta Holístico Radiestesista: E um ser que lida com o universo energético utilizando a Radiestesia e Radiônica. Pode transformar energias vibratórias, espiritualidade, emoções, pensamentos, e através do livre arbítrio do cliente, equilibrar os Cinco Corpos e os sete Centros de Energia, ambientes, tudo o que se consiga imaginar.

    Podemos ajudar alguém, mas sempre com a autorização energética do necessitado, se este estiver à distância.

    Na Radiestesia não há limites de tempo nem de espaço, as energias são detectadas instantaneamente independente de distâncias e dimensões.

    O verdadeiro Terapeuta Holístico conhece todas as energias, normalmente conheceu muitas linhas de pensamento e em todas elas encontrou diferentes pontos de vista. Trabalhar as energias elimina e quando necessário, neutralizar as vibrações desnecessárias e crescer para cumprir a missão de vida, no universo holístico do ser humano.

    Introdução

    De alguns profissionais que conheci tenho excelentes lembranças, devido no só, ao alto grau de cultura e competência, mas sim por eles serem flexíveis no entendimento de que os seres humanos têm cinco corpos (físico, mental, emocional, espiritual e energético). Também concordamos com o paradigma holístico que quando estes cinco corpos estão em equilíbrio a qualidade de vida e melhor.

    A Radiestesia pode ter um papel fundamental para a prevenção antes mesmo que os problemas se manifestem, esta técnica de reconhecimento vibratório se complementa com a de indução energética chamada de Radiônica. O radiestesista experiente se transforma com o tempo em um “Pendulo Radiônico” sem a necessidade de instrumentos.

    As NTSV Terapia em Sincronicidade – Radiestesia e radiônica. TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE – distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares. Faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares além da discussão interativa com o cliente, acrescido de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração de realidade e/ou preocupação com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.

    RADIESTESIA: Técnica de anamnese paranormal, onde se utiliza de instrumentos tais como um pêndulo e suas variantes para amplificar os movimentos inconscientes perante perguntas, meridianos ou ambientes, até mesmo a distância, por fotos, objetos ou mapas. Pela interpretação do movimento do instrumento, avalia-se os desequilíbrios energéticos do cliente ou do local, os quais serão harmonizados pelas mais variadas técnicas pertinentes à Terapia Holística, especialmente a Radiônica.

    Material e metodologia

    A Importância da radiestesia na Terapia Holística conclui que: a vibração para encontrar o equilíbrio perfeito, tanto para um ser ou um ambiente, está no corpo energético.

    Esta energia começa a ser trabalhada pelo ser humano desde os primórdios dos tempos, com a finalidade de encontrar água no subsolo, utilizando-se de uma forquilha (graveto em forma de Y) que passou de geração em geração agregando múltiplas variantes até o dia de hoje.

    Uma grande maioria de seres humanos cria defesas psíquicas contra os medos, sonhos que assolam o desenvolvimento, alguns levamos tão a serio que terminamos usando essas técnicas para ajudar os outros, nesse momento desenvolvemos a paranormalidade.

    Aprendizado

    Cada terapeuta, trilha seu próprio Sendero. Mas mesmo assim precisamos dos ensinamentos de outros que aprenderam, vivenciaram, estudaram ou nasceram com esses dons.

    A compreensão da necessidade de estudar, praticar e aprender nós leva a reconhecer nossas próprias limitações, é neste momento, que iniciamos o caminho dos mestres. Assim reconhecemos os símbolos e as cores da consciência muitas vezes representada por animais, flores, frutos, paisagens, elementos da natureza, as características e a densidade ou a leveza desses elementos sinalizarão o crescimento.

    O Terapeuta Holístico Radiestesista, vê e enxerga onde não há nada para enxergar, escuta o silêncio dos seres e das coisas, apalpa as energias, quando dorme viaja para outra dimensão e não tem medo da morte física porque já descobriu que é um ser eterno. Com esta descoberta consegue passar sabedoria e serenidade aos seus clientes.

    O caminho do Terapeuta Holístico não separa o Pensamento da Emoção, ao contrário as une com Atitude e Ação.

    Em Radiestesia, podemos adquirir a essência da lição em seu primeiro dia e desenvolver um processo de aprendizado onde cada dia deverá agregar valor ao anterior além de ativar a percepção e a criatividade, mantendo o interesse e a descoberta em cada conhecimento adquirido.

    Consultando os Gráficos

    Assuma uma posição de serenidade e neutralidade para não interferir nós resultados.

    Acalme suas emoções.

    Crie uma aura de proteção para você.

    Peça autorização as energias do ser humano consultado.

    Coloque o testemunho, nome, foto, objeto ou pensamento que represente o motivo da consulta.

    Deixe o Pêndulo reconhecer a missão que lhe foi encomendada e aguarde a comunicação.

    Analise o resultado, sinta-o, aconselhe ou coloque-o em prática.

    Tenha paz, persistência, perseverança e paciência.

    Sucesso nestas descobertas...

    Antes de começar na quietude da sua preparação profissional, equilibre seus Centros de Energia e seus Cinco Corpos. Após os atendimentos e importante que você terapeuta se harmonize novamente.

    Pêndulo

    As oscilações radiestésicas podem ser falseadas pela absorção de energias ou pela auto-sugestão do radiestesista.

    Oscilações unindo dois pontos denotam sintonia, comunhão, harmonia vibratória entre seres vivos ou objetos.

    Rotações horárias revelam afirmação, sintonia.

    Rotações anti-horárias indicam negação.

    Oscilações separando denotam desarmonia.

    Oscilações unindo denotam harmonia, sintonia, comunicação.

    Nunca pergunte quando fulano vai morrer. Jamais! Mesmo que lê seja solicitado, ou pago generosamente.

    Use sempre a energia de uma pedra na mesa e lave-a ao terminar cada sessão.

    Preste atenção na inversão de polaridade dos ciclos da vida.

    Quando consultar alguém sem o seu conhecimento, peça a autorização com o pêndulo à energia vibratória do consultado. O pendulo dirá com oscilações negativas ou positivas se pode interagir nesse momento. Esta situação e comum no espaço holístico devido a que muitas pessoas solicitam ajuda para seus entes queridos, que se encontram longe e precisando de harmonização na profissão, vida ou relacionamento.

    Orientação geográfica tem uma relativa importância facilitando o diálogo entre cliente e terapeuta: Cliente de frente para o Sul. Terapeuta de Frente para o norte.

    A cor necessária pela Radiestesia

    A influência das cores é primordial para o desenvolvimento do ser humano e o meio em que vive e trabalha.

    Numa rosa cromática, encontre com o pêndulo às três cores essenciais, use-as e adquira equilíbrio na sua vida.

    As cores que precisamos, costumam ser transitórias de acordo com as emoções do momento, atuando diretamente nos centros de energias das pessoas ou objetos.

    Comida, roupa, mentalização, são alternativas para absorver cor.

    Centros de Energia

    Os sete centros de energia determinam o estado geral do ser humano, bicho ou planta de estimação e ambientes, assim temos:

    • Básico: localizado no púbis e rege a produtividade, remove obstáculos, busca alimento para o corpo, para a mente e o coração. É o Centro de Energia da sobrevivência. Absorve mal e bons fluídos, desenvolve a conexão com a terra.

    • Umbilical: Ligado à procriação, a desejos e fantasias, criatividade e perpetuação, desenvolve a flexibilidade da água.

    • Plexo Solar: Sede das emoções, ligado as atividades intelectuais, desenvolve o elemento fogo.

    • Coração: Ligado ao auto-conhecimento, afeto, auto-estima, amor, equipe, arte, família, beleza, leveza e desenvolve o elemento do pensamento: o Ar.

    • Garganta: Ligado a contato profundo consigo mesmo, assim como a comunicação com os outros seres, intenções e metas aqui são alcançadas. Desenvolve o som.

    • Frontal: Ligado à intuição, clarividência, telepatia, visualiza estratégias, desenvolve o Ser Holístico.

    • Aura: Ligado a iluminação, ao espiritual, ao equilíbrio, mestria, serenidade, identidade e missão. Desenvolve o Eu Interior.

    • Cinco Corpos

    • Físico, vibrações do corpo.

    • Mental, pensamentos, comunicação, conceitos, idéias.

    • Emocional, gostos, valores, crenças, biografia, experiências.

    • Espiritual, aura, dimensões.

    • Energético, Ligação com a espiritualidade.

    Mantra pessoal pelas notas musicais usando o Pêndulo

    Com o Pêndulo conheça os três sons básicos que formam a essência do ser humano ou de ambiente. É de vital importância porque como seres rítmicos, temos que estar sintonizados com a vibração do todo. O universo nos mostra que foi criado à partir de uma grande explosão que gerou ondas rítmicas que influenciam todo o que existe visível e invisível. A galáxia tem o sol e a própria freqüência, os planetas, a lua, as mares, até chegar a nós mesmos: rítmo para respirar, para o coração pulsar, para comer, para dormir...

    O mantra pessoal nos dá a oportunidade para ajustar nosso micro-universo com o macro-universo.

    A vibração energética da terra equivale ao estado de freqüência alfa do ser humano entre 08 e 13 impulsos por segundo, medição feita pelo cientista Hans Berger em 1929.

    O mantra pessoal é uma chave única que abre e fecha as portas energéticas da sua casa (corpo), por isso permita-se cantar, assobiar ou simplesmente escutar ou dançar. Use e abuse de sua melodia, energia única do universo. Ao exemplo das cores, dos florais, os sons mudam quando equilibrado o corpo vibratório.

    As forças energéticas geradas pelas notas musicais, trarão equilíbrio aos centros de energia restaurando-os, posteriormente, com o pêndulo, verifique se o objetivo foi alcançado, harmonizando a aura da qualidade de vida, profissão e relacionamentos. Desta maneira seu código musical restabelecerá seu equilíbrio.

    Os Cinco Movimentos usando o Pêndulo

    No pôster “Os Cinco Movimentos”, com os dedos do cliente encostado na borda do desenho, fotografia ou nome, verifique com o Pêndulo, qual movimento está desequilibrado. Na própria ficha do cliente faça um gráfico (positivo __1 à 10 ______ Ideal ______ 1 à 10 Negativo). Tanto o excesso como a falta de energia, trazem desequilíbrios aos Cinco Movimentos que estão ligados ao Doze Meridianos e aos Sete Centros de Energia.

    Assim podemos criar várias pesquisas e as recomendações: Número próprio, Meridianos, Chás, Florais, Fitoterápicos.

    O passo seguinte é aprimorar a energia da Radiestesia e da Radiônica, e interferir diretamente nesse universo Energético.

    Auto-equilíbrio, Equilíbrio à distância, Relacionamentos, Profissão, Bens, Qualidade de vida, Prevenção, são algumas das tantas virtudes da Radiestesia.

    Resultados

    A Radiestesia vê além das aparências, a gaveta do criado mudo, o abrigo da pia, a bolsa, o porta-malas do carro, o guarda-roupas, a fachada, o telhado, o teto, o piso, a despensa, o porta-ferramenta, o jardim, eles são a extensão de seu corpo, eles falam de você. Assim como a profissão fala de virtudes e valores escolhidos por você.

    O verdadeiro terapeuta enxerga o cliente através da postura do corpo, da vestimenta, da caneta, do celular, do carro, do trabalho, da casa, da família, enfim, todo o universo desse ser humano, e somente conhecendo esse todo, é que trará verdadeiros resultados.

    Por isso, para a Radiestesia, os cinco corpos e os sete centros de energia (chakras) são de extrema importância. Como falar do ar se nunca prendeu a respiração? Como falar de amor, quem nunca amou? Como falar da água quem não conhece seus estados, a falta ou a abundância?

    Ser Radiestesista e Terapeuta Holístico é testar, vivenciar e aprovar toda técnica, com respeito ao livre arbítrio dos outros.

    Caso da cliente Holly (nome fictício)

    Acompanho o crescimento de uma cliente há mais de dez anos, muito bem equilibrada e resolvida. Vi seu desenvolvimento e maturidade, desde a adolescência, faculdade, casamento, filhos, mudança de estado.

    O relacionamento cliente-terapeuta, se sucedeu mais como uma manutenção, em esporádicas viagens ao meu espaço, ou atendimento via telefone, em datas como aniversários dela, do marido, do casamento, véspera de carnaval, semana santa, Natal e finados e quando faz investimentos importantes.

    Tudo corria muito bem no casamento, saúde da família, desenvolvimento profissional, felizes pela compra da sonhada casa própria com varanda colorida de flores, cachorro e gansos...

    Até que algumas semanas, curtindo esse crescimento e aproveitando o aniversário de casamento, comemoram com alguns amigos em bonita e agradável festa.

    Após alguns dias, começaram a ter calafrios, mau humor, ansiedade, impaciência, sonhos terríveis ao ponto de se agredirem, verbal e fisicamente, sendo que isso nunca antes tinha acontecido. Eu que pessoalmente faço a harmonização do casal e tinha aprovado a planta da residência como energeticamente limpa em seus sete pontos de energia, e em cada m2 e em todo seu perímetro.

    O que poderia ter acontecido? Com o Pêndulo descobri energia desarmônica emanada por algum objeto na sala. Foi fácil chegar a um cálice de prata presenteado com carinho e sem segundas intenções por um casal de amigos.

    Após limpar o cálice à distância, pedi que o embrulhasse em um saco preto de plástico e o colocasse fora da casa por alguns dias. Pedi também que agradecesse o presente e averiguasse a procedência (ele tinha sido comprado num antiquário da cidade), peça maravilhosa, mas seus donos, espiritualmente continuavam apegados a ele.

    Após encaminhamento para o Portal da Luz dessas energias, o casal decidiu revender ao antiquário. Tudo voltou ao normal, e uma coisa é certa, eles não gostam mais de antiguidades...

    Discussão

    Profissão, Relacionamentos, Qualidade de Vida.

    Profissão, Relacionamento e Qualidade de Vida, são os temas mais preocupantes desde o início da humanidade.

    A Profissão está ligada ao “ter”, as posses que sustentam a si mesmo e as que podem ser oferecidas à uma pessoa amada.

    O Relacionamento está ligado ao “ser”, a índole espiritual hereditária dos pais e criadores, do meio ambiente onde se desenvolveram os próprios valores e virtudes, e, que mesmo enraizados no mais profundo da alma, podem ser modificados.

    A Qualidade de Vida, “estar” esta ligada ao medo de perdê-la, portanto para não perdê-la ou para restaurá-la, deve ser entregue aos profissionais competentes dessa área.

    Cabe ao Terapeuta Holístico e ao Radiestesia, analisar o efeito vibratório da Qualidade de Vida e verificar quais são os padrões de pensamento que criaram um determinado efeito físico e, uma vez descoberto, sintonizar um pensamento padrão positivo e repetitivo que aliviará o sofrimento dos corpos emocional, espiritual e energético primeiramente.

    Estes três verbos “Ter” “Ser” “Estar” estarão relacionadas a todos os consulentes, que buscam solucionar os desequilíbrios em qualquer Centro de Energia ou nos Cinco Corpos.

    Para distinguir a força energética predominante na situação consultada torna-se necessário o uso do Pêndulo Radiestésico, que com a experiência passa a ser um excelente instrumento, até o terapeuta se transformar num Pêndulo Humano, capaz de ver, sentir, ouvir a comunicação implícita não verbal do consulente. De posse desta condição poderá alterar ondas vibratórias de restauração equilíbrio energético.

    Conclusões

    Não há um pêndulo que se adapte a qualquer radiestesista. É como os cristais, cada um encontra sintonia com um próprio. Seja artesanal, de fabricantes excelsos, uma simples gargantilha, um feito por você mesmo. O principal é que você seja o pêndulo, lembrando que o instrumento é uma ferramenta importante, mas que sua consciência está por trás dele.

    O Pêndulo e uma antena intuitiva, e você é o receptor e o emissor, evite usar esta virtude como muleta.

    Alguns clientes consultam para decidir a escolha de seus colaboradores, mesmo eles tendo decidido a níveis acadêmicos muito eficientes. O valor agregado a esta decisão são as energias vibratórias das inteligências espirituais e energéticas, que vão interagir com a energia do ambiente de trabalho, empreendedores e colaboradores, lembrando que uma pessoa, família ou uma empresa podem ser eficientes ou excelentes. A eficiente usa apenas a inteligência racional e a Excelentes todas as inteligências em suas devidas porcentagens para não esquecer os resultados.

    Referência bibliográfica

    • Experiência auto-didata à partir do sete anos.

    • O poder dos Pêndulos Ed. Book Plus – J. Polansky 1980 Nevada EEUU

    • Além do Poder dos Pêndulos – Greg Nielsen Ed. Record 1988 RJ

    • O Tao da Física Ed. Fritjof Capra EEUU

    • O Caminho do Mago Ed. Rocco Deepak Chopra 1997 RJ

    • Dinâmica da Cromoterapia Ed.Linha Gráfica – René Nunes 1993 Brasília

    • A Paz Começa com Você – Ed. Gente – Ken O´Donnell 1991 SP

    • Quem tem medo da Obsessão? - Ed. São João - Richard Simonetti – 1993 SP

    • Cure Seu Corpo Ed. Best Seller - Louise L. Hay 2005 RJ

    Autor: : Nelson Nibaldo Flores Zuniga -Terapeuta Holístico- CRT 34429
    Última atualização: 20/05/2008 13:35


    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS - Terapia de Vidas passadas

    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS ”

    Terapia de Vidas passadas”

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    Santos, 30 de Abril de 2007

    EPÍGRAFE

    A Regressão de Memórias e Terapia de Vidas Passadas interagem sobre os cinco corpos”

    Nelson Zuniga

    DEDICATÓRIA

    A minha Família

    AGRADECIMENTOS

    Ao SINTE – Sindicato dos Terapeutas, Presidente e Equipe, Clientes e Amigos.

    SUMÁRIO

    1 Resumo 2

    2 Introdução 3

    3 Material e Metodologia 5

    4 Resultados 12

    5 Discussão 13

    6 Conclusões 14

    7 Bibliografias 15

    RESUMO

    Para fazer uma Regressão de Memórias com qualidade, segurança e benefícios reais, é importante cuidar primeiro do equilíbrio dos cinco corpos e dos sete Centros de Energia.

    Os desequilíbrios energéticos começam atingir os corpos, físico, mental, emocional, espiritual ou da identidade e vibratório. Atuar neste quadro em qualquer uma das suas etapas é realmente um milagre, que todos os seres humanos temos capacidade de realizar desde que seja com conhecimento e responsabilidade.

    O Ser Humano como órgão universal, recebe e emite vibrações a cada instante, se comunicando com o Eu superior e com universo que o criou. Muitas vezes não entende a linguagem sutil pelo excesso de racionalidade e pouco desenvolvimento emocional e espiritual, sem contar com as dificuldades que temos para administrar veículo físico e menos ainda o corpo vibratório. Para suprir estas dificuldades a Radiestesia e a Radiônica são técnicas muito efetivas.

    Todo ser humano deve aprender a utilizar o Pensamento, Sentimento e Ação, e ter flexibilidade para desenvolvê-los de forma correta, separadas e unidas ao mesmo tempo e no momento certo.

    O Ser Humano é um micro-universo que emite vibrações do seu equilíbrio e quando este é alterado, podemos e devemos saber interpretar estes sinais. Quando começamos a nos afastar da natureza para morar em centros urbanos, nossa percepção foi se limitando aos ruídos da cidade, ao excesso de raciocínio que separou a arte do pensamento e a Filosofia da Ciência.

    Hoje, torna-se necessário, saber ouvir, ver, apalpar, perceber e interpretar como faziam nossos ancestrais xamãs do Brasil, da Europa, Norte América, América do Sul, África, China, Japão, Coréia. Em cada vila do planeta sempre existiu um “Terapeuta Holístico” com diferentes nomes, mas, excelentes observadores do próprio universo.

    A observação dos cinco sentidos, dos cinco corpos, dos sete Centros de Energia traz ao momento atual a experiência daqueles sábios versados ou autodidatas, que faziam desde um simples chá, até uma viagem xamânica, psico-viajando pelo universo.

    O primeiro resgate que faremos é a observação do Manual do Terapeuta Holístico Pagina 66- 5.1.4 “TERAPIA DE REGRESSÃO”: “Técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência, desse modo, induzir “insight” sobre a infância, a vida intra-uterina e até mesmo transpessoais (informações além da personalidade) , com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados pela Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo esta parte, fundamental e integrante da terapia”.

    Para realizar a Regressão de Memórias e Terapias de Vidas Passadas devem-se ter algumas condições básicas importantes para um bom resultado, e não seja frustrante para o cliente e terapeuta:

    1. Terapeuta bem equilibrado com profundo conhecimento das emoções humanas.

    2. Estar preparado para manifestações mediúnicas e incorporação espiritual.

    3. Fazer o resgate biográfico do cliente e trabalhá-lo terapeuticamente.

    4. Dominar o equilíbrio dos sete Centros de Energia.

    5. Saber lidar com os Cinco Corpos.

    6. Conhecer as técnicas de indução, neste caso, Estado Alfa.

    7. Dominar a Radiestesia e a Radiônica.

    8. Dominar a Holopuntura e os Florais de Bach.

    9. Ser um bom interpretador de símbolos e um sábio conselheiro.

    DANÇA DO UNIVERSO: Os movimentos de inspiração e expiração somados aos rítmos dos “Cinco Movimentos Chineses” desenvolvem a harmonia de todos os corpos (físico, mental, emocional, espiritual) o que trás à nossa consciência, de que somos cópia do universo energético, tornando-nos assim... Eternos.

    INTRODUÇÃO

    A Regressão de Memórias como técnica se conecta com todas as técnicas da Terapia Holística por isso aqui veremos a importância que fazem parte da experiência pessoal e profissional para ajudar o Ser Humano que precisa desta terapia.

    A vida é um processo que tem início, meio e fim, já as experiências emocionais, espirituais e energéticas são eternas, apenas procurando um veículo físico para aprender. A Regressão de Memórias e Terapia de Vidas Passadas atua em todo o processo, mas na minha experiência as faixas etárias médias de 21 a 42 anos e de 42 a 63 são as que mais se destacam, sendo a primeira, voltada para os pontos que se referem as conquistas e luta; a segunda faixa etária preocupada mais com a consolidação do já conquistado e a preservação do equilíbrio mental, físico, emocional, espiritual e energético.

    A Regressão de Memórias vê o ser humano como uma réplica do universo, organismo com vida própria, dependentes entre si, que conservam a natureza primordial que o criou, onde a energia deve estar sempre em equilíbrio.

    Precauções ao usar a técnica

    A Regressão é um método de terapia que permite trazer alívio aos desequilíbrios apresentados por nossos clientes. Não é recomendado para mulheres grávidas, pessoas que por recomendação médica estejam sendo tratados por problemas cerebrais e para menores de 12 anos. Para menores de 18 anos veja: O Manual Oficial do Terapeuta Holístico, pág 188 modelo de autorização de atendimento com Terapia Holística a cliente menor de 18 anos .

    Para o cliente em estado alfa, em processo de regressão, jamais se deve dar ordens e nunca se deve insistir em sugestões que causem medo ou desespero.

    Evite pedir tomar atitudes que estão além da capacidade emocional e física.

    Nunca use frases negativas e evite falar a palavra não.

    Use a frase “você sabe” somente para coisas positivas.

    Níveis de regressão:

    1. Lampejos ocasionais.

    2. Observar sem participar.

    3. Ouvem-se sons, experimentam-se emoções de maneira desconexa.

    4. Envolve-se tendo consciência da vida atual.

    5. Envolve-se inconsciente de todo resto.

    Cuidados paralelos que podem influenciar:

    • Distúrbios cerebrais.

    • Memória familiar ou racial.

    • Memória oculta de livros, filmes, lendas etc.

    • Inconsciente coletivo.

    • Possessão de espíritos.

    • Sugestão.

    • Leitura mediúnica do local.

    Causas possíveis em vidas passadas:

    • Ansiedade, medo relativos a animais.

    • Prisão ou liberdade.

    • Fome ou fartura.

    • Sexualidade.

    • Emoção.

    • Vícios.

    • Qualidade de Vida

    Terapia Holística” Nas minhas pesquisas encontrei uma forte ligação com todas as técnicas existentes cadastradas no SINTE: As técnicas trazem uma resposta energética muito poderosa porque reconstroem o sistema em desequilíbrio e o fortalece contra a perda de energia gerada por energias internas ou externas. Este conhecimento aliado às informações geradas na sessão é uma fonte rica em informação verbal e não verbal do Cliente.

    O objetivo desta proposta é transformar meus pensamentos e práticas terapêuticas em algo simples sem tabus nem hermetismo, porque considero que o hermético não deixou desenvolver mais rapidamente a humanidade.

    Assim como nós podemos equilibrar pessoas, podemos encontrar esse equilíbrio no universo desbloqueando tensões ou adquirindo energia. Assim identificamos nossas fraquezas e virtudes, reconhecendo a bagagem que transportamos na nossa mochila, limpando e tornando mais leve o caminhar para ultrapassar barreiras e desvios que atrasam nosso aprendizado, principalmente ao adquirir luz interior, superar nossos medos e só quando superamos os próprios medos, é que nos tornamos verdadeiramente terapeutas. Lembrando uma milenar frase “Só se pode dar o que se tem”.

    • Sonhar faz parte de alguns seres vivos, segundo pesquisas do instituto do sonho, é uma atividade cerebral que se desenvolve no período da gestação aproximadamente à partir da vigésima oitava semana. Este treinamento involuntário, mais tarde desperta o interesse por interpretar os símbolos que apareceram nos sonhos e também a curiosidade de ver o futuro.

    • Sabemos que o futuro é o resultado matemático de ( pa + pr = f ) passado mais presente é igual ao futuro, então modificar o futuro alterando o presente, o que me leva a pensar que posso sonhar com várias possibilidades exemplo: “sonho minha empresa desenvolvendo a mesma atividade daqui a cinco anos” “Sonho ela fazendo parcerias com outras empresas” “Sonho sendo uni e polivalente, especializando-se em consultoria”.

    • Aqui que começa a Progressão de Memórias.

    MATERIAL E METODOLOGIA

    • Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000

    • Curso de Holopuntura 2004

    • Ver Bibliografia

    Anthropós, “homem” , sophia, “sabedoria”, significa, “ Sabedoria a respeito do homem ”

    Elaborada pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner (1861-1925), procura satisfazer a busca de conhecimento do homem moderno a respeito de si mesmo e de suas relações com todo o Universo, respondendo de forma adequada a seu nível de consciência, as antigas e recorrentes perguntas do ser humano : Quem sou? De onde venho? Aonde vou? Qual é o sentido de minha existência?

    5.1.2 TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE – distingui-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao auto-conhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incrementando a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.

    Ver: Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000 e

    Referências normativas NTSV TH 001 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.

    Hoje, acredito que estamos no limiar da história tendo a oportunidade de aprender e de usar a sabedoria em nossas vidas. O que antes eram disciplinas ocultas, agora torna-se disponível através dos veículos de comunicação. Esta é uma grande responsabilidade porque nos abre as portas para tornar-nos consciências elevadas sem esquecer que quanto mais elevação encontramos, criamos mais profundezas a serem desvendadas.

    A Regressão de Memórias como terapia holística, vê o ser como um todo único sem focalizar um elemento determinado e sim uma disfunção, enxerga o cerne sadio para restaurar-lo de possíveis disfunções.

    Como terapia em Regressão de Memórias, é uma técnica absolutamente segura, sendo o objetivo terapêutico: trazer equilíbrio. Isso nos permite ir além do problema detectado, que é chegar a causa de determinado desequilíbrio, e nesse momento é que conseguimos estabilizar o processo com resultados positivos e duradouros.

    O desequilíbrio do estresse e a perda da qualidade de vida trouxeram efeitos nocivos ao ser humano. Mas, como viver nesse mundo moderno e voltado para o desenvolvimento do futuro? Meu pensamento é que não devemos esquecer nossa natureza cósmica que foi criada a partir de luz, energia e os quatro elementos ou cinco movimentos devidamente harmonizados. Tomando exemplo das quatro estações temos o inverno, em que a semente fica no invólucro guardando energia para a chegada da primavera, pedindo para cair em um solo fértil, frutificando no verão e se preparando no outono para uma nova missão.

    Aprender a meditar no meio do estresse tornou-se obrigatório: isso mesmo, essa é minha proposta, que para viver neste mundo atual temos que aprender a meditar no meio da pressão, da correria, das contas a pagar, das greves, nas ruas, da ausência do silêncio. Como fazer isso? Indo em busca da nossa natureza interior, cinco minutos de contato verdadeiro com nosso eu interior nos trás o equilíbrio necessário para cada período do dia, a auto-regressão, projeção, viagem astral, nos permitem este milagre.

    Alfa-terapia

    Na Alfa-terapia O pensar, faz parte do método e do processo correto. O sentir busca encontrar a qualidade de vida e o agir consiste em aplicar a técnica correta de regressão.

    A alfa-terapia é um estado intermediário entre sono e vigília, portanto não é preciso dormir para entrar em alfa.

    A mente permanece consciente e em alerta, o cliente tem discernimento para analisar todas as ordens que recebe durante a regressão.

    Os valores e as virtudes do cliente são preservados porque a mente só aceita ordens que não interfiram em sua moral.

    O nível alfa vai de 08 a 13 ciclos por segundo, na pesquisa do Dr. Hans Berger em 1929. É um estágio de sonolência e consciência passiva, calma e de humor agradável onde é mais produtivo trabalhar por símbolos.

    Influências de Vidas Passadas

    Segundo o Cabalista Rav Philip S. Berg o mapa astral contém uma posição que revela os segredos de nossas vidas passadas: o Nodo Lunar, ou ponto de correção (pagamento) Essa possição engloba dois aspectos diametralmente opostos que a astrologia convencional chama de “Nodo Sul e Nodo Norte”. O ponto de correção traz a luz às barreiras que ficaram profundamente enterradas dentro de nós ao longo dos tempos. Assim nosso atual signo, tem um oposto e um ascendente anterior que se não ficaram bem resolvidos, interferem descaracterizando o atual.

    Eu acredito que o propósito do Ser Humano é o crescimento e como parâmetro podemos colocar que conseguimos avançar em busca do Divino na medida em que passamos por todos os Símbolos do Zodíaco onde devemos aprender os extremos e o meio. Com a Radiestesia e Radiônica tenho comprovado isso, sem haver uma ordem lógica e seqüencial, isso significa que temos doze macro-encarnações e entre elas, algumas sem relevância o que nos obriga a crescer em busca da luz.

    Técnicas de regressão

    As técnicas para induzir são variadas sendo as mais comuns:

    Imaginação ativa: O terapeuta baseado no estudo astrológico, na biografia, lesões, emocionais ou físicas, medos, erros ou acertos e sonhos do cliente, cria a cena até que se torne real e o vai conduzindo em diversas ações. Esta técnica é usada quando se torna difícil a primeira regressão porque atinge varias profundidades de regressão.

    Criação mental orientada: O cliente será conduzido a uma viagem que o levará a uma imagem de uma vida passada, perguntado “que tipo de roupa está usando?” “que emoções está sentindo?” o controle da visão permanece com o cliente orientado quando necessário pelo terapeuta. A reentrada na vida atual pode ser marcante ou simples e exige muito tato do terapeuta.

    Técnica Christos: O relaxamento profundo é induzido esfregando-se os pés e a testa. É uma técnica mais demorada onde a tela mental é criada pelo cliente que se apega a essa visão, tornando mais difícil o trabalho do terapeuta.

    Viagens Xamânica: O Xamã ou terapeuta treinado conduzirá o cliente sendo seu guia. Nas culturas nativas costuma-se usar ervas chás para facilitar a mudança de consciência, sons, tambores e cantos, bem como, movimentos ritmados também podem ser utilizados.

    Restauração da alma: Este é um processo semelhante ao da viagem xamânica ou da criação mental orientada “um pedaço da alma” é visto como se estivesse preso a outras vidas ou experiências da infância, cliente e terapeuta viajam até onde esse pedaço da alma está preso, para libertá-lo e reintegrá-lo a vida atual. O valor terapêutico é profundo e o resultado vai depender da capacidade de ambos (cliente e terapeuta).

    Memória distante: O profissional irá sintonizar vidas passadas importantes, passando ao cliente o insight captado. O terapeuta também pode utilizar energia para retirar obsessores que perturbaram a vida do cliente em memória distante e passaram para uma nova encarnação. Quando isto acontece os caminhos do cliente se abrem numa forma significativa, além de tirar uma mochila pesada de índole espiritual.

    Regressão de Memórias

    No capítulo anterior fiz referência a alguns ítens do “Manual Oficial do Terapeuta Holístico” para fundamentar a importância “física” Regressão de memórias e Terapia de Vidas Passadas junto ao desenvolvimento de outras técnicas inclusive a “para-normalidade” e a Sincronicidade.

    Como estas se conectam? Para interligar estes elementos é necessário formar o mapa energético do Ser Humano verbal e não verbal, introduzindo resultado das pesquisas relacionando-a com os estudos realizados, experiência, intuição, bom senso, etc.

    Seria pretensão minha, achar que estou descobrindo algo novo nestas ciências de mais de 5000 anos. O valor que estou agregando a regressão de memórias é que posso combinar estes conhecimentos à partir do aconselhamento das atitudes e das emoções, da sincronicidade, com os “Florais de Bach” “Memória Corporal” “Centros de Energia” “Cinco Movimentos”. Tudo isto detectado na comunicação verbal, postural, energética, que se manifesta de diferentes formas em consultório, é, importante também acrescentar que estes elementos ajudam a formar o mapa energético e poderemos corrigir quando necessário o desequilíbrio encontrado.

    REGRESSÃO PONTOS DE ALARME E CENTROS DE ENERGIA

    Muitas vezes o cliente chega manifestando que deseja fazer uma regressão, mas, que tem alguns desconfortos.

    Os Centros de Energia relatam o que acontece no corpo, na mente e na alma antes de se manifestarem nos Pontos de Alarme dos Meridianos e se ramificam por toda a árvore meridiana, por isso a importância de desenvolver diferentes técnicas terapêuticas para detectar os níveis de equilíbrio do cliente.

    Vou pular o básico dos Centros de Energia, porque é algo elementar que todo terapeuta deveria manipular, além de ser altamente divulgado em todos os canais de comunicação.

    Como todos sabem, eles são como portas que se abrem e fecham de acordo com o mecanismo físico, mental, emocional, espiritual e energético. No aprendizado de vida todo ser humano em base ao paradigma da polaridade ( negativo – equilibrado – positivo) desenvolve um sistema de armazenamento único de informações, onde a realidade, experiências e sonhos deixam gravada a biografia.

    Os Centros de Energia e os Doze Meridianos formam uma rede de comunicação energética permeando todos os corpos, e necessita de constante manutenção. Por isso que uma única técnica, não corrige o problema, só o ameniza.

    Assim lembramos que os Centros de Energia da Base, Umbigo e Plexo Solar são os detentores básicos da vida que alimentam a vontade do indivíduo.

    O Centro de Energia do Coração é um desbravador, transforma energias pessoais em sonhos, e a vontade de amar e ser amado até os limites do universo. Ele representa o equilíbrio entre os três Centros de Energia básicos e três Centros de Energia superiores.

    Os três Centros de Energia superiores Garganta, Fronte e Coroa, são o contato vibracional entre terra e universo. Se os básicos se resumem a ação, o coração ao sentimento, os superiores, tem a função do pensamento racional e a ligação com o Divino.

    Na regressão, a sincronia das energias nos ensinam com estas estão agindo e circulando ao longo do ser humano, o enrijecimento muscular reflete excesso de energia meridiana, da mesma forma a flacidez ou fraqueza, significa a perda de energia e normalmente esta começa a ser exaurida pelos chakras.

    Observe sempre o equilíbrio do corpo, alinhamento dos ombros, dos pés, mediana do corpo conservando o eixo central, curvatura da coluna e cabeça, a influência meridiana e dos centros de energia estão ligados diretamente a postura.

    Porque algumas pessoas têm dificuldade para atingir uma regressão? A resposta é simples, falta equilíbrio. Como fazemos a correção? Detectando a disfunção e posteriormente, harmonizamos e equilibramos com as técnicas necessárias.

    Como Terapeuta Hoilístico tenho a obrigação de pesquisar quais são os conflitos emocionais que incidem no cliente antes de fazer a rgressão.

    ANTES DA REGRESSÃO VER: MEMÓRIA CORPORAL E PONTOS DE ALARME

    Segundo Roger Woolger. Other Lives (Outra forma de viver), Other Selves (Outra maneira de ser seguro de si). Bantam, NY, 1988, todo ser vivo tem memória corporal. Incorporada às células do corpo.

    Meridiano do Pulmão: Região do peito:

    Tristeza, sufocamento, perda, medo, culpa, abafamento.

    Meridiano do coração: Região do coração:

    Frieza do coração, bloqueio emocional, ferimentos antigos.

    Meridiano da Vesícula Biliar: Lateral das costelas:

    Raiva, impotência. Afeta também o Meridiano do Fígado

    Meridiano do Fígado: A vida não é agradável o bastante, amargor, não é justo. Afeta também o meridiano do Baço Pâncreas.

    Meridiano do Estômago: Região do Estômago:

    Medo, amargor, terror. O que vai acontecer? “Não consigo digerir isso”

    Meridiano do Baço-Pâncreas: Região da cintura:

    Insegurança, falta de apoio, medo, vergonha, inflexibilidade.

    Meridiano dos Rins: Região dos Rins:

    Medo, vão me pegar, terrível ansiedade.

    Meridiano do Intestino Grosso: Região umbilical:

    Nunca será o bastante, não desista, não demonstre medo, seja forte.

    Meridiano do Triplo Aquecedor: Região abaixo do umbigo:

    Não quero fazer isso, sinto-me preso.

    Meridiano do Intestino Delgado:

    Meridiano da Bexiga:

    Meridiano da Circulação e sexo: Região da pélvis:

    Medo, rigidez, confusão, vergonha, pudor excessivo. “Não devo sentir isso” Não devo fazer isso” “Sexo é ruim” “Isso vai me matar” “Preciso fugir” “Corre-corre” “falta de conteúdo espiritual” -

    Podemos encontrar mais informação na “TERAPIA REICHIANA: desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalizadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilhelm: psiquiatra, discípulo dissidente Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que a cada tipo de trauma é “gravado” na musculatura de partes específicas do corpo, criando “couraças” musculares de caráter, causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de “orgone”. Manual Oficial do Terapeuta Holístico – pág 91 - 5.1.14.

    CENTROS DE ENERGIA

    Chakras Positivo Negativo

    Aura = Servir Obsessão, fobia, histeria, irracionalidade, possessão

    Fronte = Liderar Arrogância, ganância, vícios, alienação, introspecção, manipulação

    Garganta = Criar Apatia, desespero, fracasso, submissão, auto-reprovação, limitações

    Coração = Amar Desilusão, falta de fé, o desconhecido, sensibilidade, pânico

    Plexo = Saber Ansiedade, mentiras, indecisão, preconceito, desconfiança, negligência

    Umbigo = Ter Ciúme, inveja, solidão, vingança, Rejeição, fome, pobreza, ressentimento

    Base = Ser Raiva, dor, violência, culpa, vergonha, impaciência

    O estudo das influências negativas foram extraídas do livro “A Busca do Equilíbrio” de Rita J. McMamara Ed. Ground SP 1989

    Os Centros de Energia (Chakras) são energias sutís do animal instintivo que existe no âmago do ser humano, mais, as impurezas energéticas da terra, às intenções primárias: como medo, raiva, tristeza, culpa, afeto, alegria. Tudo isto enraizado em perfeita harmonia, como uma árvore que cresce em busca das energias sutis do Universo, fazendo um contato Divino, para manter o equilíbrio.

    Esta energia que flui no ser humano tem recebido diferentes nomes de acordo aos seus pesquisadores, nós estaremos focalizando do ponto de vista de “Terapias Energéticas” onde nos deparamos com “Energias” ainda ausentes dos aparelhos científicos de medição. Mas muito presente nos resultados de consultórios de centenas de “Terapeutas Holísticos”

    Os Centros de Energia irradiam seu equilíbrio em duas dimensões: Física e Espiritual, e esta energia quando desequilibrada afeta os pontos de Acupuntura os quais aparecem como “alertas” com o início de uma somatização.

    Por isso eu penso que antes de realizar uma Regressão em Cliente, os Centros de Energia deste, devem ser “Energizados, Equilibrados e Fechados”.

    (ENERGIZAR, é literalmente, transferir energia universal para o cliente.

    EQUILIBRAR é garantir que os opostos não lutem entre si e mantenham as oscilações de acordo com as necessidades do cliente.

    FECHAR, é bom lembrar que os Centros de Energia são abertos do Básico para o Coronário, e devem ser fechados do Coronário para o Básico, não deixando assim portas abertas.

    Rever estes conceitos me coloca frente aos meus próprios conflitos, identificar meus padrões e sempre me surpreendo de não me conhecer totalmente, todo o aprendizado desde a minha gestação até este momento tem deixado registrado cada segundo em meu reservatório físico, mental, emocional, espiritual e energético. É um grande desafio se defrontar a si mesmo e transmutar os medos, crescer, olhar que nesta caminhada não estamos só, e que fomos criados para cumprir a missão individual escolhida por cada um. Agradecer, a natureza sempre foi generosa conosco.

    RESULTADO 1

    REGRESSÃO E DINHEIRO: Não é a primeira vez que um caso de bens materiais e dinheiro se resolvem na Regressão de Memórias. O causo de hoje, começa com uma criança cujo pai viciado em jogo prega o que não faz e uma mãe que vê o dinheiro como algo sujo pelos muitos altos e baixos financeiros que afetam a família e por conseqüência o consulente.

    Posteriormente, esta criança é colocada num colégio religioso extremamente tradicional, onde lhe é ensinado numa forma preconceituosa, que um camelo pode passar pelo olho de uma agulha mais não um rico.

    Anos mais tarde esta criança vira adolescente, se forma, inicia sua vida adulta e com sacrifício, luta e perseverança constrói seu primeiro patrimônio material. Feliz pela sua conquista decide fazer uma festa e, entre seus amigos e colaboradores uma amiga fala o seguinte para ele “parabéns, agora você é um homem rico”. Alguns meses depois desse acontecimento, nosso cliente arranja um sócio que em pouco tempo rouba tudo dele...

    A pesar da perda, nosso novo pobre não se abalou, e com paciência, persistência e perseverança após alguns anos consegue colocar sua nova marca, entre as bem sucedidas empresas.

    Estava tudo tranqüilo, quando pelas necessidades naturais da vida, começa a sentir o vazio da sua casa e em seu coração. Então, se casa com uma mulher inteligente e bonita com quem forma um lar tranqüilo e sereno, com crianças alegrando a vida da família.

    Todo crescimento profissional e material exige uma rede de contatos e relacionamentos e aproveitando mais um ano de sucesso decide fazer um churrasco de confraternização... Um dos convidados que não pode comparecer manda a seguinte mensagem para ele “Obrigado pelo convite, parabéns pelo sucesso da sua empresa e a riqueza da família que você tem...”

    Seis meses depois, sem motivo aparente ele trai a esposa, e em um divórcio litigioso, ela; leva a riqueza da felicidade familiar e grande parte da riqueza material, restando para ele a falência da empresa.

    Foi na construção do terceiro empreendimento, que ele veio nos consultar para fazer uma Regressão de Memórias e Terapia de Vidas Passadas, pois, um amigo dele o convenceu que existia alguma coisa errada em encarnação anterior.

    Começamos a regressão, partindo do momento atual até o instante em que o cliente, em estado alfa, manifestou o alto grau de influência do pai que “ganhava mais sempre perdia” e da influência religiosa ancorada nas raízes da alma dele, trazendo uma relação dolorosa com a riqueza material e emocional.

    Estas ancoras de auto-sabotagens que eram levantadas quando se sentia rico. A força poderosa do inconsciente soprava na consciência “Você não é merecedor” “o dinheiro é sujo” “Você não vai para o céu” “Tudo o que se ganha, se perde” “Pode passar um camelo...”.

    Descoberta a causa veio à solução, que para nosso cliente foi um milagre terapêutico que o ajudou a construir seu terceiro patrimônio material, hoje com uma crescente empresa e um amoroso relacionamento que ele tem certeza que é o definitivo, porque fez as pazes com a riqueza material, emocional e espiritual.

    Segue...

    Este relato mostra que nem sempre os problemas estão em Vidas Passadas, e sim no aprendizado emocional adquirido.

    DISCUSSÃO

    Como terapeuta é necessário estar em constante equilíbrio tendo o caminho das percepções abertas, especialmente os canais de comunicação: auditivo, visual e do tato. A forma de falar, a entoação da voz o rítmo da fala, a maneira de olhar, a postura do corpo, dos ombros, das mãos, dos pés. Só um aperto de mão já fala muito do nosso cliente.

    Com a Regressão de Memórias temos uma técnica altamente assertiva combinada com a Terapia de Vidas Passadas, Neurolinguística e Aconselhamento, resolvendo muitos desequilíbrios no ato.

    Encontrado algum desconforto vivido temos que transmutar o impacto negativo em conforto, verificando essa mudança. Terapias Vibratórias como Cor, Cristais, Reiki, Radiônica. Sem esquecer a análise do conflito emocional que deu origem ao desequilíbrio, trabalhando em conjunto um Floral de Bach de acordo com os sentimentos manifestados.

    Já falamos que somos cópia do universo. Cliente e Terapeuta são dois universos onde alguns rítmos devem estar sincronizados: respiração, postura, atitude mental entre outras, trazendo o Cliente para a descoberta da paz do Terapeuta. Para isso, pode ser utilizado até um simples exercício de respiração ou mentalização positiva.

    Deu para perceber que não adianta, nos orgulharmos de ser um excelente Terapeuta em uma única técnica. Para cumprir nossa missão terapêutica temos que ser excelente em uma técnica e ótimo em várias outras, por isso que nosso aprendizado é contínuo, porque na medida em que ampliamos nosso conhecimento e luz, proporcionalmente ampliamos as dimensões do desconhecido.

    CONCLUSÕES

    A Regressão de Memórias, Viagens Astrais, Terapia de Vidas Passadas são técnicas eficientes confiáveis que nas mãos de um bom profissional operam milagres para seus clientes.

    Todos os dias quando acordamos, estamos por alguns segundos ou minutos em estado alfa e não aproveitamos essa virtude, assim como cada noite, pode escrever para conduzir os sonhos para trabalhá-los, durante o estado alfa ou em estado de vigília. Deixe sempre lápis e papel no criado mudo ou um pequeno gravador.

    Você pode lembrar da sua gestação? Do seu nascimento? Dos primeiros dentes? De quando parou de mamar? Dos seus primeiros passos? De quando tiraram sua chupeta? Você lembra quando falou pela primeira vez Eu quero? Como foi o primeiro dia na escola? Essa e outras centenas de perguntas precisam ser respondidas para aquietar a alma em cada setênio, porque você pode não lembrar, mas tenha certeza que elas estão escritas na história da alma e a Regressão de Memórias resgata os textos e os desenhos perdidos.

    Centenas de terapeutas dão o melhor de si para cumprir os sonhos profissionais, e os sonhos de seus clientes. Por isso a importância de ser sindicalizado no SINTE Sindicato dos Terapeutas do Brasil. Praticar as NTSV Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, é muito importante, estar sempre atualizado no CEA Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística ou AED ensino a Distância via internet, que o SINTE tem a disposição dos associados.

    Esta palestra não poderia ser realizada sem o incentivo natural do seu Presidente e Equipe.

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga

    Terapeuta Holístico

    CRT 34429

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    • Astrologia Cabalística – Rav. Philip S Berg edi. Imago – 2000 RJ

    • Terapia de vidas Passadas – Judy Hall – Ed. Avatar -1996 SP

    • Viagens Astrais – Dharma Latzang – Ed. Traço – 1993 SP

    • Psiconavegação – John Perkins – Ed. Gente – 1990 SP

    • Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística – Curso de Holopuntura 2004

    • O melhor da Terapia Holística – Aut. SINTE Edição colecionador Ciência ou Arte: 2004

    • Sincronicidade – C.G. Jung – Ed Vozes 11ª edição – 2002 RJ

    • Os Cinco Movimentos – Pôster - Autor Henrique Vieira Filho – 2004 SP

    • Holopuntura – TCC Nelson Zuniga SINTE – 2004 SP

    • Fitoterapia – TCC Nelson Zuniga SINTE – 2005 SP

    • O Corpo Fala – Editora Vozes – Aut. Pierre Weil e Rland Tompakow – 1986-2002 SP

    Autor: : Nelson Nibaldo Flores Zuniga - Terapeuta Holístico - CRT 34429
    Última atualização: 13/05/2007 19:43


    TERAPIA ESTÉTICA - Manifestando a essência interior através da Leitura Corporal

    TERAPIA ESTÉTICA

    Manifestando a essência interior através da

    Leitura Corporal

    Incluindo textos NTSV TE 001

    Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Estética


    Rosemi Fernandes - Terapeuta Holística - CRT 21007

    SÃO PAULO

    2007

    TERAPIA ESTÉTICA

    Manifestando a essência interior através da

    leitura Corporal

    Incluindo NTSV TE 001

    Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Estética

    Rosemi Fernandes

    Terapeuta Holística - CRT 21007

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    HOLÍSTICA 2007

    Através da leitura corporal e da compreensão

    da história individual, devemos

    perceber como um ser humano vive, age, sente,

    se defende, seu estar no mundo.

    Exercitando a percepção interna e de

    identificação de si,

    trazendo aqueles temas

    para o aqui e agora, procurando que

    o corpo volte a ter

    sua espontaneidade original perdida,

    com suas expressões adequadas

    de sentimentos, de pensamentos

    através da fala e de

    movimentos através da ação.

    (Catanhede, Solange – mimeo 1994 RJ )

    SUMÁRIO

    RESUMO pág. 05

    1. INTRODUÇÃO pág. 06

    2. MATERIAL pág.

      2.1 Mental – Emocional – Instintivo – Físico - Energético

      2.1.1 Mental

      2.1.2 Emocional

      2.1.3 Instintivo

      2.1.4 Físico

      2.1.5 Energético pág.07

      2.2 Prática Terapêutica : Utilizando os Recursos da análise geral e leitura corporal pág. 08

      2.2.1 Evidência

      2.2.2 Análise

      2.2.3 Síntese

      2.3 .Leitura Facial com enfoque nos 3 pilares pág. 09

      2.3.1 Intelecto/Mental pág. 10

      1º Pilar - Testa e Sobrancelhas

      2.3.2 Emoções pág. 10

      2º Pilar – Olhos, Nariz e Orelhas

      2.3.3 Instinto

      3º Pilar – Queixo pág. 10

      2.4. Leitura do Corpo com enfoque no FACIAL (1) Algumas disfunções pág. 10

      2.5. Leitura do Corpo com enfoque no CORPORAL (2) exemplos mais comuns pág. 11

      2.5.1 Manias – Alguns exemplos pág. 11

    3. METODOLOGIA

      3.1. AGRUPAMENTOS pág. 12

      3.1.2 Técnicas Terapêuticas mais utilizadas pág. 12, 13 e 14

    4. RESULTADOS pág. 14

    5. DISCUSSÃO pág. 15

    6.CONCLUSÃO pág. 15

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS pág. 16


    RESUMO

    TERAPEUTA EM ESTÉTICA — promove a avaliação das queixas estéticas do cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    (Autor:Henrique Vieira Filho - livro: Tutorial Terapia Holística NTSV TE 001- def., 5.1.5 pag.5)

    A Estética busca oferecer às pessoas, caminhos para um corpo belo e rosto perfeito, paralelamente o mercado dispõe de um leque de opções tais como cosméticos, exercícios corporais ,orientações alimentares, e um desfile interminável de produtos e serviços, para que as pessoas dentro de sua escolha, encontre a felicidade pessoal, a auto-estima e os valores estampadas no externo. Claro, que são ferramentas importantíssimas e algumas funcionais, contudo o objetivo deste trabalho é apresentar a Terapia Estética, como um conceito muito mais abrangente do que os aspectos exteriores, pois abordaremos as manifestações inestéticas do corpo físico que atuam como sinalizadoras no processo de auto conhecimento.

    Na verdade o corpo é reflexo de tudo que a própria pessoa vive, já viveu, ou vislumbra em viver. Todo tipo de sofrimento, dor, angústia, decepções, ou mesmo experiências contrarias, tais como êxtase, empolgação, prazer e alegria, não são obras do acaso, nem previsões do destino, mas apenas efeitos das escolhas humanas. Ao criarmos nossa realidade dentro das opções existentes, também exteriorizamos nossos defeitos e qualidades. Apesar de tudo cabe a cada um o livre-arbítrio para incrementar ainda mais a beleza interna, e automaticamente evidenciar a beleza externa. A Terapia Estética contribui como ferramenta eficaz no processo de descoberta da auto-estima valorizando ainda mais a BELEZA.


    1 - INTRODUÇÃO

    Os Terapeutas em Estética vivenciam quase as mesmas situações no dia-dia, as questões levantadas sempre são relacionadas ao físico. As pessoas se apresentavam como um "pacote" se preocupando com o volume, tamanho, e defeitos, e nunca ao conteúdo. E este será nosso desafio, mostrar de forma simples, que somos espelhos daquilo que sentimos, vivemos e pensamos.

    A indústria da beleza exerce um forte apelo nos dias de hoje, mas o ser humano é vaidoso desde que o mundo é mundo. Na Grécia, arqueólogos encontraram pentes, porta-pintura para o rosto que já eram utilizados desde o Egito Antigo. Em muitas tribos da África, as mulheres usam argolas de cobre para tracionar o pescoço, logo quanto maior o alongamento mais bela e mais desejada se tornam. Na renascença (início idade média séc XIV), por exemplo, o ideal de beleza era de mulheres roliças, mas no decorrer do tempo o padrão de beleza mudou para mulheres esquálidas, tipo tábua, e para atingir o modelo exigido as pessoas começaram a recorrer a todo tipo

    de ajuda. Com isso foi sendo deixando de lado os motivos pelos quais a mudança seria benéfica por : preciso agradar ao mundo, a sociedade, o parceiro(a), os amigos ... etc. Apesar de todos esses conceitos estarem ligados à preocupação com o físico tais como: tamanho da barriga, largura do quadril, cintura, coxas, etc..o que esta faltando é o amor próprio sem medo da rejeição, muito menos tornando-se escravos da beleza, e enterrando assim a essência que todos nós possuímos.

    "Parece que em todos os séculos se falou da Beleza da proporção, mas que

    segundo as épocas, apesar dos princípios aritméticos e geométricos

    declarados, o sentido dessa proporção foi mudando'', Umberto Eco

    A pedra fundamental para se criar a Beleza, não esta no padrão enganoso de felicidade que tem como pano de fundo a coleção de mitos e ilusões fabricada pela indústria do belo, na tentativa enfurecida de mostrar que ter beleza é ter corpo e rosto perfeitos. Beleza Estética é um estado interior de satisfação pessoal e emocional, algo como aceitar-se plenamente, valorizando também as potencialidade interiores que com certeza serão afloradas de dentro para fora.



    2 -MATERIAL

    Em respeito ao trabalho clássico utilizado pelos Terapeutas em Estética, notamos que muitas destas técnicas , em geral se perdem no meio de tantos recursos que podem culminar em resultados negativos, positivos ou sem nenhuma alteração. Quase sempre isto deve-se não ao " tipo " de tratamento que deveria ser realizado, mas sim ao " tipo" de cliente, analisando principalmente qual seu momento de vida. Muitas outras técnicas da Terapia Holística contribuem para este aprimoramento e em conjunto podem trabalhar o indivíduo como um todo. Mas quando se trata em equilibrar o ser humano podemos oferecer as pessoas ótimas possibilidades, chegando a resultados surpreendentes. De certa forma podemos contribuir com as melhorias despertando dentro de cada um, a capacidade de se conhecer e viver melhor.

    Para escolha correta das técnicas é importante que na abordagem inicial, ou seja na primeira consulta haja o apontamento detalhado do modo de vida do indivíduo, tomando com base os cinco princípios de avaliação. Para melhor compreensão citaremos os cinco corpos e que propõe cada um:

    2.1 Mental – Emocional – Instintivo – Físico - Energético

      2.1.1 Mental corresponde ao racional humano, ele que move nossa sobrevivência. O primeiro passo para atrair boas oportunidades , saúde perfeita , equilíbrio em todos os setores da nossa vida é possuir um estado mental saudável.

      2.1.2 Emocional com a predominância do desequilíbrio emocional quer seja menor ou maior, sabemos que sua influência esta diretamente ligado ao temperamento da pessoa. Todavia sabemos que a personalidade humana é sujeita a outras e múltiplas influências, e são pontos relevantes que devem ser apontados já na primeira consulta.

      2.1.3 Instintivo: Podemos traduzir com o sendo a parte mais animal do seres humanos, da qual são aguçados as vontades como conforto, boa comida, um bom local para descansar , sexo regular, e beleza fisica.

      2.1.4 Físico Com base no conhecimento Holístico, podemos afirmar que o individuo é influenciado pela natureza , modo de vida .Na verdade muito de nossas cargas mentais e emocionais são descarregadas no externo, como um efeito sincrônico, para que percebamos os sinais internos, estes sinais podem vir através de problemas estéticos, ou ainda problemas que afetam nossa saúde diretamente.

      2.1.5 Energético podemos afirmar que o estado energético das pessoas pode influenciar a carreira, relacionamentos afetivos, vida social e até da modalidade esportiva. Conhecê-los é essencial para sabermos quem e como somos, o porquê de nossos hábitos e atitudes e o modo como agimos.

    A leitura corporal traduz a desarmonia facial ou corporal, que normalmente é reforçado por atitudes e pensamentos errôneos feitos por nos mesmos, daí aparecem os problemas estéticos. Como também pode revelar características tais como: caráter, intenções boas ou más, medos, inseguranças e muito mais. Podemos desvendar isso, observando o desenho do corpo das pessoas. É claro que não basta saber analisá-lo, pois estamos sujeitos á leis universais e precisamos respeitá-las. De posse da análise dos 5 métodos(corpos) somado à avaliação da Leitura do Corpo, poderemos traçar um tratamento geral através de várias técnicas no universo Holístico.

    2.2 Prática Terapêutica : Utilizando os recursos da análise geral e leitura corporal

    Em geral todos nós temos tendências a desenvolver características de acordo com nosso tipo físico, temperamento, signos, local de nascimento, como o meio em que vivemos, incluindo criação e estudo. Para ilustrar melhor, um dos métodos muito interessantes de introduzir na prática terapêutica e analise individual seria o uso do estudo dos 12 temperamentos humanos ( Acesse o site www.sinte.com.brEvento Holística/ palestra 2006 – Conhecendo seu cliente através dos 12 temperamentos humanos . Os 12 temperamentos tem como base as características da personalidade individual). Baseado em cada perfil poderemos afirmar que existem tendências que influenciam carreira, parceiro(a) vida social dentro outros. Conhecê-los é essencial para sabermos quem e como somos, o porquê de nossos hábitos e atitudes e o modo como agimos.

    Levamos em conta a Leitura do Corpo e qual a disfunção FACIAL (1) e CORPORAL(2) que a pessoa está manifestando, somando também as características que reune os CINCO corpos(citado anterioremente). Para sintetizar seguiremos algumas regras básicas:

    2.2.1 EVIDÊNCIA : Qualidade daquilo que é evidente, que é incontestável, que todos vêem ou podem ver e verificar. (Dicionário Michaelis). Evidência seria obtermos as informações seguindo o quadro abaixo.

    Corpo

    Temperamento

    Regência

    Signos

    Reino

    Físico

    Tendência

    Mental

    Sanguineo

    Ar

    Libra

    Aquário

    gêmeos

    Hominal

    Pulmão

    Alegria/Tristeza

    Emocional

    Fleumático

    Água

    Cancer escorpião

    peixes

    Vegetal

    Rins

    Medo/Força

    Instintivo

    Melancólico

    Terra

    Capricornio-Touro

    Virgem

    Mineral

    Fígado

    extroversão/Raiva

    Energético

    Colérico

    Fogo

    Sagitário

    Leão

    Aries

    Animal

    Coração

    Ira / Apatia

    Físico

    Todos

    2.2.2 ANÁLISE: Há de analisar o individuo, ou seja Não-Divisível (in= não; dividuo = divisivel) pelo todo

    O trabalho não se resume à análise da linguagem do corpo, na verdade a conversa é fundamental e, para acertar, temos que saber o que a pessoa quer expressar com o seu visual, quem ela tem que convencer, ou para que ? Por isso é preciso saber um pouco da vida, sua profissão, etc. Temos que ajudar a pessoa a refletir sobre quem ela é e o que quer passar. A Terapia Estética aflora à consciência reprimida, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento (ver3.1.2) para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao auto-conhecimento.

    2.2.3 SÍNTESE: Generalização, agrupamento de fatos particulares em um todo que os abrange e os resume. 3 Resumo Método de demonstração que parte do simples para o composto, das causas para os efeitos, das partes para o todo, e, em matéria de raciocínio, do princípio para as conseqüências.( Dicionário Michaelis)

    1. Leitura do Corpo com enfoque na disfunção FACIAL (1)

    Usaremos na Síntese os "sinais" que o corpo manifesta através dos aspectos Facias e Corporais do individuo.

    Neste capítulo serão obedecidas os termos mais adequados sugeridos NTSV

    Pela legislação, tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de "doença" é MONOPÓLIO médico. Assim sendo, ao afirmar, por exemplo, que Estética facial trata cloasma (que é uma doença...), ou em estética Corporal trataria "obesidade" que também do ponto de vista legal, estaria assinando uma confissão de crime de exercício ilegal de medicina. Para evitar isto, vamos abolir tais termos por " queixas mais comuns" sendo que as palavras empregadas pelo Terapeuta em Estética seriam na ordem dos desequilíbrios, disfunções( ver na íntegra -NTSV — TE 001Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais)

    Muitos pesquisadores apresentaram seus métodos e conceitos que pudessem ajudar na compreensão da comunicação do corpo. Na verdade a chamada comunicação não-verbal sempre demonstrou grande fascinação, porém alguns preferiram enganosas declarações sobre a linguagem do corpo, relatando que algumas disfunções poderia estar relacionado à religião, ou misticismo à genética etc... Por outro lado sabe-se que nosso corpo pode apresentar alterações conforme o clima, estado emocional ou mental que podem ocorrer em determinados momentos da vida de cada um. Na teoria Junguiana existe a possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".

    Para melhor compreensão da Leitura Facial, utilizaremos os recursos dos 3 pilares, que seriam:

    • 2.3.1 INTELECTO / METAL

      1º Pilar - Testa e Sobrancelhas

    • 2.3.2 EMOÇÕES

      2º Pilar – Olhos, Nariz e Orelhas

    • 2.3.3 INSTINTO

      3º Pilar – Queixo

    Testa é um ponto bastante interessante de ser observado, sendo mais desenvolvida, ou não, com saliência superior ou inferior, pode indicar qual é o plano que domina a pessoa:

    2 exemplos dentre os vários que serão abordados:

    • Testa Redonda, bem feita: Indica bondade

    • Testa Larga, alta, saliente: Denota inteligência, pessoas de raciocínio lógico, bom-senso

    Sombrancelhas : Ponto onde se localiza o 6º Chakra – Terceiro olho ( Ajna ),no meio das sombrancelhas , e segundo o hinduísmo, é neste ponto que são captados, armazenados e direcionada a energia.

    2 exemplos dentre os vários que serão abordados:

    • Fortes: Lógica forte, bondade, humanitarismo

    • Fracas e finas: Necessitam de proteção, buscam apoio no outro

    Olhos: É através dos olhos que entra a luz solar que clareia a inteligência e alimenta o Espírito.

    2 exemplos dentre os vários que serão abordados:

    • Grandes : Calma, energia e sabedoria

    • Pequenos: Sinceridade, dedicação, interiorização

    Nariz: Uma das coisas mais importantes que possuímos é a capacidade de respirar, por isso o nariz que o veículo de condução do oxigênio, também simboliza as situações boas ou más que permitimos adentrar em nosso sistema.

    1 exemplo dentre os que serão abordados:

    • Adunco: abas muito abertas: revela certo egocentrismo e prepotência.

    Faces: Regiões frias como Antártica, as pessoas têm os traços do rosto rígidos. Esta seria uma das características que servem às suas necessidades de sobrevivência - como: caçar e enfrentar tempestades de neves .

    Orelha: A orelha traduz um simbolismo especial para humanidade, citaremos como exemplo o Hinduismo da qual mostra a Divindade Ganesha (ou Ganesh), em que a imagem da divindade monstra suas orelhas grandes que simboliza o ouvir mais . Segundo a mesma tradição, a própria criação é "aquilo que pode ser ouvido" e o AUM, som primordial, que a tudo originou, estaria encerrado numa concha, a qual é repetida no ouvido humano, cuja forma de labirinto lembra uma mandala, usada em todas as culturas para induzir à meditação

    1 exemplo dentre os que serão abordados

    • Grandes: representam a sabedoria, a capacidade de ouvir

    Queixo Representa o lado forte e enérgico, busca assim expressar a força interior do espírito, e como utilizar esta força para o trabalho, e sustento financeiro.

    1 exemplo dentre os que serão abordados

    • Prognata Quem tem essa parte do rosto projetada para a frente tende a falar tudo o que quer ou lhe vem à cabeça, e se não o fizer ter várias sinais externos.

    - 2.4. Leitura do Corpo com enfoque na disfunção FACIAL (1) Algumas disfunções

    Alguns exemplos dentre os vários que serão abordados:

    Sinais de expressão conhecidos também como "pés de galinha" . São as marcas da vida, como ela interage com os acontecimentos passados, até que ponto esta disposto(a) a deixar "pra lá " certas atitudes, achando que as respostas está no outro.

    Papadinha localizado embaixo do queixo. São pessoas que não aceitam críticas.

    Espinhas pontinhos doloridos podem ser avermelhados ou com pontos brancos na superfície. São pessoas que crêem na feiúra, culpa, ódio de si.

    Cravinhos – pontinhos escuros. Indica que a pessoa precisa resolver pendências.

    2.5. Leitura do Corpo com enfoque na disfunção CORPORAL(2

    Algumas disfunções

    Alguns exemplos dentre os vários que serão abordados:

    Seios grandes: Mãezona, essa é a principal característica das donas de seios avantajados. Esse tipo de mulher gosta de proteger e acolher os que a cercam.

    Cintura: Se for fina, mostra a flexibilidade e a facilidade que a mulher tem para lidar com diferentes situações, daí o termo " jogo de cintura ".

    Distúrbios circulatórios : É o fluir das coisas da vida e revela que o fluxo das vontades e dos pensamentos está paralisado. A pessoa se sente presa a determinada situação e frustrada com sua vida, mas não tem coragem de mudar por acredita que deve aceitar as coisas como elas são.

    Casca de laranja (conhecida popularmente como Celulite) O mal é definido como o resultado do acúmulo de toxinas no organismo. Entretanto na visão holística acredita-se que essas toxinas são provenientes da retenção de sentimentos como mágoas, nervosismo e raiva. Seria uma forma de a mulher se punir por não ter coragem de assumir o que quer.

    2.5.1 Leitura do Corpo com enfoque nas MANIASAlguns exemplos

    Alguns exemplos dentre os vários que serão abordados

    Roer Unhas: Ressentimento e mágoa de pais ausentes ou repressores

    Tiques Nervosos: Desconfiança

    Coceira : Rejeição, preocupação ou pode ser um incômodo momentâneo pela fala, pensamento ou ação.

    3 METODOLOGIA

    No decorrer de nossas vidas, atravessamos muitas experiências que podem ser aflorados através de problemas estéticos. Exemplo: uma pessoa pode ser Energética com tendência a ira/apatia e apresentar problemas manchas no queixo que normalmente é uma tendência de uma pessoa instintiva(terra) , que poderia ser por exemplo , contudo naquele momento os sinais no queixo do elemento Fogo(energética), estão indicando um pouco mais de cuidados com sentimentos de extroversão/Raiva que é justamente a tendência de pessoas regidas pelo elemento Terra

      3.1. AGRUPAMENTOS Para Descartes, esta última regra é a fundamental, ou seja os DESMEMBRAMENTOS Ver: Desmembrar: Dividir(-se), separar(-se) de um todo uma ou mais partes (Dicionário Michaelis) Seguindo a visão Holística podemos alterar o termo Desmembrar por agrupar . Reunir os elementos mais destacados dentro do contexto geral, fazendo as devidas comparações com o temperamento original, e elaborar um roteiro de técnicas terapêuticas mais adequadas a cada caso.

    Existem várias técnicas no universo da Estética que podem servir como ferramentas poderosas aos tratamentos, citaremos a seguir os exemplos mais comuns.

    3.1.2 Técnicas Terapêuticas mais utilizadas

    Introdução básica às técnicas terapêuticas mais usadas no Brasil e no mundo; o uso integrado de várias técnicas no atendimento individual, em grupo , auxiliando-o na escolha das mais adeqüadas para cada caso, bem como a trabalhar com várias delas integradas num mesmo objetivo final.

    Aconselhamento- processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida.

    Abordagem Holística do Cliente – A abordagem do cliente nas diferentes linhas terapêuticas; a concepção holográfica do complexo corpo/mente/universo.E nesta fase que podemos usar a analise dos 12 temperamentos, que servirá como caminho inicial, para ajudar o cliente a manifestar o que realmente precisa com o tratamento estético

    Técnicas Terapêuticas mais utilizadas - introdução básica às técnicas terapêuticas mais usadas no Brasil e no mundo; o uso integrado de várias técnicas no atendimento individual, em grupo , auxiliando-o na escolha das mais adeqüadas para cada caso, bem como a trabalhar com várias delas integradas num mesmo objetivo final.

    Terapia Corporal: toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In e Drenagem.

    Calatonia: técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em TH.

    Vivências realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    Relaxamento vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a manobras corporais, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    Reflexoterapia: avaliação e tratamento onde o corpo está em seus mínimos detalhes representado numa zona específica de uma de suas partes, como por exemplo, nos pés, nas mãos e nas orelhas, sendo o trabalho feita por meio do toque ou da aplicação de estímulos, tais como agulhas, imãs e cores.

    Terapia Reichiana: desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na TH. Reich, Wilheim: psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    Terapia Floral: padrões de energias sutis extraídas de flores especiais, gravadas e conservadas numa mistura líquida de água e conhaque (às vezes, vinagre), sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção específica, tais como medo, angústia, tristeza, etc. Não é nem homeopatia, nem alopatia, constituindo-se, pois, num sistema à parte.

    Aparelhagem Eletrônica Muitas dos aparatos eletrônicos existentes no mercado brasileiro possuem a capacidade de realizar a os pontos desequilibrados e de estimulá-los das mais variadas maneiras.

    Utilização de Equipamentos de Estética e Similares Inexiste qualquer impedimento legal ao uso deste tipo de equipamentos, desde que, é claro, jamais seja utilizado para diagnóstico ou tratamento de doenças, ou seja, só o use para avaliar e tratar desequilíbrios energéticos. Da mesma forma, jamais os usem com ou para testar produtos que necessitem de receita médica, utilize-os apenas para produtos de venda livre. Estes cuidados básicos ajudam, mas não garantem que não terá dor-de-cabeça. Afinal, pela legislação brasileira, todo tipo de aparelho destinado à saúde tem que ter registro no Ministério da Saúde, ou uma certidão do mesmo, dispensando-o deste registro. Simplesmente, nenhum equipamento de nossa área conseguiu vencer esta etapa burocrática.

    Produtos : Na Terapia em Estética é permitida o uso de cosméticos, cremes desde que sejam de Venda Livre (sem necessidade de receita médica) e que já venham de fábrica previamente formulados, com a empresa e farmacêutico ou químico responsável estampados na rotulagem. Existem máscaras coloridas, ótimas para serem utilizadas também como técnica de Cromoterapia.

    Alguns exemplos de cores e seus respectivos significados:

    A máscara pode ser na cor, ou através da luz direta

    Cromoterapia: uso de cores adeqüadas como estímulos para a harmonização, sob as mais diversas formas, dentre elas, mentalização, pintura ambiente, roupas, alimentos, cristais e pedras coloridas, águas sobre a influência da cor dos vasilhames, além das conhecidas lâmpadas coloridas, hoje em dia, substituídas por fibras óticas especiais, para "banhar" com cores o corpo todo ou a região problemática, havendo uma tendência atual a aplicar-se em regiões energéticas chaves chamadas de "Chacras"* ou em pontos de Acupuntura* (Cromopuntura*).

    Quando usados como máscaras:

    MASCARA LARANJA Essa cor é ideal para as pessoas que estão se sentindo desencorajadas, apáticas, fechadas e tristes .(exemplo de desequilibrio: marcas de expressão)

    MÁSCARA VERDE pessoas que precisam controlar suas emoções e para um julgamento claro sobre si mesmas.(exemplo de desequilibrio: Espinhas)

    4. RESULTADOS

    Seguindo a premissa que nosso corpo mantém uma linguagem especial conosco e com o meio, e que tudo é que o reflexo daquilo que sentimos. Basicamente demostramos um método de analise através de várias técnicas Holisticas, como também citamos alguns exemplos da leitura co corpo. Na verdade o conjunto destes dois elementos é que nos mostrará como traçar um tratamento coerente, tanto os tratamentos e recursos utilizados na estética, como também ajudar o cliente a se conhecer.

    5. DISCUSSÃO: Quando analisamos os movimentos do corpo ou o funcionamento de cada órgão percebemos que carregamos diferentes sentimentos para diferentes movimentos : o desejo de mover qualquer parte do corpo é movido por um instinto. Mas existem desejos inconscientes que também fazem com que o cérebro impulsione energia para mover ou imobilizar partes do corpo. Tudo deve ser observado e estudado com cautela. Sabemos que existem autores sérios que relatam o tema de forma saudável e objetiva, entretanto ainda existem pessoas que persistem na teoria que o corpo pode estar ligado a " carmas de vidas passadas, mistiscismo, uso continuo de remédios etc... O importante é desconfiar e praticar a técnica com fundamentação e seriedade.

    6.CONCLUSÃO

    A Leitura Corporal surgiu como forma de alcançar qualidade de vida a partir da tradução dos sentimentos e dos sinais emitidos pelo corpo. As manifestações do corpo físico exercem o papel de sinalizadoras no processo de auto-conhecimento. De acordo com a proposta da Leitura Corporal, as mensagens emitidas pelo corpo, quando compreendidas, nos indicam quais caminhos devem ser percorridos para que as experiências e todo o percurso seguido pelo indivíduo indiquem, e localizem, aquilo que não está adequado e deve ser revisto. Aquilo que falta ,que não satisfaz as bem como as necessidades internas do ser humano.

    Tudo o que é vivido pelo indivíduo como por exemplo: emoções, comportamentos, é descrito e sinalizado e armazenado pelo corpo, se algo não corresponder à proposta harmônica ele enviara sinais, através de algum desequilíbrio, que não deve ser visto como fraqueza ou punição, mas a oportunidade de identificar o que precisa ser reavaliado e melhorado. O formato do corpo revela características e traços de personalidade, identificando como cada um lida com suas emoções. O tamanho dos quadris, glúteos, ombros, peito entre outros problemas estéticos, demonstram como está o interior do ser humano e seus conflitos mais íntimos.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

    Vieira Filho, Henrique - Tutorial –Terapia Holística –Edição 2002 –SINTE-Sindicato dos Terapeutas

    Vieira Filho, Henrique - Microcosmo Sagrado - Lumina Editorial, 1998

    JUNG, C.G. Fundamentos de psicologia analítica 11 ed. - Petrópolis, RJ - Editora Vozes - 2003 - 177 p.

    WEIL, Pierre & Tompakow, Roland. O Corpo Fala.- a Linguagem Silenciosa da Comunicação Não-Verbal" (Ed. Vozes)Petrópolis, Editora Vozes, 1988, 19ª edição, pg 7

    Cairo Cristina a Linguagem do Corpo Aprenda a ouvi-lo para uma vida saudável - editora Mercúrio 1999

    Clayton, Peter Linguagem do Corpo no Trabalho Editora: Larousse Brasil 2006

    Eco Umberto Arte e beleza na estética medieval Editorial Presença,2000

    Autor: : Rosemi Fernandes - Terapeuta Holística - CRT 21007
    Última atualização: 13/05/2007 19:59


    SAHAJÔLI - Energia Sexual e Qualidade de Vida

    SAHAJÔLI

    Energia Sexual e Qualidade de Vida


    Jussara Hadadd Aguiar Duarte

    Terapeuta Holística

    CRT 39518




    Propositura de palestra apresentando alternativas de terapia com o foco na sexualidade feminina através da técnica do Sahajôli, associando a utilização dos Florais de Bach e a aplicação da Reflexoterapia Podal









    Rio de Janeiro

    2007




    SUMÁRIO


    AGRADECIMENTOS 4

    INTRODUÇÃO 5

    RESUMO 6

    SAHAJÔLI 8

    Origem 8

    Preconização 8

    Indicações 9

    Benefícios 9

    SAHAJÔLI COMO TERAPIA HOLÍSTICA 11

    A Filosofia Comportamental e a Qualidade de Vida 11

    Associação dos Florais de Bach 11

    Associação com a Reflexoterapia Podal 13

    A MULHER 14

    O movimento feminista 14

    A redescoberta do prazer 14

    O reencontro com o poder da Deusa 15

    ENERGIA SEXUAL 16

    Ativação dos Chakras 16

    Energia Kundalini 16

    Energia Vital 17

    Sexo Tântrico 17

    Tao do Amor e do Sexo 18

    SEXUALIDADE 19

    Individualidade 19

    Casamento 19

    Família 20

    Mundo 20

    Os Homens 21

    EXERCÍCIOS 22

    Contrações 22

    Consciência Corporal 22

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 23



    AGRADECIMENTOS


    A minha família, berço de toda a minha proposta de evolução e aos desafios que me foram impostos através das dificuldades e das pedras, cuidadosamente, colocadas no meu caminho.




    INTRODUÇÃO


    A energia sexual é um rico tesouro de alegria, felicidade e amor. Ela é uma ferramenta para criar e manter o nível ideal de saúde e vitalidade, transmutando uma vida medíocre em uma vida genial, transformando uma vida infeliz e estressada em uma vida plena de sucessos e realizações.

    As vibrações da mente são facilmente aumentadas e ativadas por diferentes tipos de estímulos. A mente responde facilmente ao amor, à amizade profunda e a musica, bem como ao medo, à inveja, às drogas, ao álcool e coisas do gênero. Um estímulo muito intenso, porém, é o desejo de expressar a energia sexual. Quando combinada ao amor, a energia sexual é uma das mais poderosas; mas ela só permanece uma virtude na medida em que é utilizada com discernimento, sabedoria, compaixão e compreensão. Ao entender essa verdade, a pessoa assume a responsabilidade de usar positiva e amorosamente a energia “extra” que ganhou. Esse é um bom meio de criarmos uma vida rica e plena.


    RESUMO


    Esclarecer pessoas de todos os níveis sociais, idades e crenças religiosas, sobre a importância que uma sexualidade bem resolvida tem para o aumento da qualidade de vida.

    Apontar as maneiras de associar ao Sahajôli as Terapias com Florais de Bach e com a Reflexoterapia Podal, através da análise atenciosa do perfil emocional da Cliente.

    Informar melhor sobre a preciosa técnica do Sahajôli, valorizando sua origem sob a ótica do Tantra Yoga, e das Filosofias Orientais Milenares comprovadamente capazes de trazer para o indivíduo conforto espiritual, equilíbrio emocional e felicidade através do autoconhecimento.

    Resgatar o real valor do Sahajôli, retirando-o cada dia mais dos circuitos da pornografia, onde esteve por muitos anos, escondido e sendo muito mal utilizado.

    Ressaltar a importância de se autoconhecer, de conhecer o próprio corpo, de sentir prazer, de reconhecer que o sexo, principalmente o feito com amor, está ligado à divindade e, através dessas riquezas, combater os estados de tristeza que vêm se tornando cada dia mais freqüentes nas mulheres, nos casais, nas famílias e no mundo.

    Criar, nos Terapeutas Holísticos, a consciência para a atenção sobre a sexualidade de seus Clientes como fator significativo de desequilíbrio energético. O tempo em que a sexualidade era tratada com hipocrisia, em que ela propositalmente era deixada de lado, porque era “feio” ou pecado tocar neste assunto, acabou. Duraram uns dois mil anos, mas acabou! E porque não os Terapeutas Holísticos, detentores de tanta sabedoria, serem os orientadores e os conselheiros de seus Clientes sobre esta valiosa alternativa, na interminável busca do ser humano pela paz interior e pela alegria de viver?


    SAHAJÔLI

    Origem


    Nascida no Oriente há mais de três mil anos, advinda do Tantra Yoga, com o nome clássico de Sahajôli, a técnica era passada sabiamente de mãe para filha gerações após gerações para amenizar diversos males que acometiam as mulheres daquele lugar pelos motivos que serão apresentados nos tópicos indicações e benefícios. O termo Pompoar como ficou mais conhecida, vem do Tamil, língua falada na região do Siri Lanka, sul da Índia e foi atribuída à técnica quando descoberta pelas mulheres que queriam impressionar os homens e lucrar com isso. Em sânscrito, Pompoar significa “sugar’”. Sahajôli por sua vez significa o controle absoluto dos músculos da vagina e região pélvica.

    Preconização


    O ginecologista americano Dr. Arnold Kegel, por volta de 1949, instituiu os exercícios de contração vaginal para suas Clientes que constantemente apresentavam queixas de incontinência urinária no pós-parto e frigidez sexual com quadros de depressão. Infelizmente, o Dr. Kegel não fez alusão ao Sahajôli nem ao Pompoarismo. O método apresentou excelentes resultados e foi inserido na cadeira de ginecologia da faculdade de medicina, mas não se escuta falar de ginecologistas que ensinem os exercícios em consultório. Atualmente, os graduados em Fisioterapia e especializados em Uroginecologia usam o método para tratar de seus pacientes incontinentes. Os terapeutas holísticos e psicólogos mais antenados o usam para trazer à tona a vivacidade das suas clientes.

    Indicações

    • Desequilíbrios energéticos

    • Relações sexuais anorgásmicas

    • Insegurança

    • Baixa auto estima

    • Flacidez Vaginal

    • Incontinência Urinária

    • Ameaça de prolapso genital


    Benefícios


    A mulher se sente mais segura em qualquer tempo da vida se ela, no âmbito sexual, aplicar o Sahajôli a sua rotina de vida. Simples de praticar, seus exercícios promovem verdadeiros milagres. Sozinha ou acompanhada ela será uma mulher mais bem humorada, decidida e equilibrada. As que de alguma forma têm algum bloqueio decorrente de repressão ou de trauma, encontram, no Sahajôli, a necessidade de cuidar do próprio corpo, em especial da região pélvica onde está concentrada grande parte de sua energia e poder. Cabe dizer que a mulher atenta aos cuidados com esta região, sobretudo no aspecto físico, se torna uma mulher segura, com auto-estima elevada, com menos risco de ter que enfrentar as crises conjugais, o abandono e as doenças oriundas da atrofia desta musculatura, como por exemplo a constrangedora incontinência urinária, que compromete sobremaneira sua vida social, levando-a ao isolamento e à infelicidade. Cabe, ainda, citar os casos de prolapso genital (queda de órgãos como a bexiga e o útero) que as leva para a mesa de cirurgia, o que poderia ser evitado se uma técnica comportamental como a do Sahajôli, fosse aplicada como proposta preventiva e até corretiva. Se alguém tem de alertá-las para isso por que não nós, os Terapeutas Holísticos? Afinal, nem só de medicamentos e cirurgias são constituídos os recursos para cuidar do corpo das pessoas e... “Mente sã em corpo são”!


    SAHAJÔLI COMO TERAPIA HOLÍSTICA


    A Filosofia Comportamental e a Qualidade de Vida


    Muitos pesquisadores afirmam que medidas comportamentais podem aumentar a auto-estima das pessoas e melhorar sua qualidade de vida. Os orientais praticam isto há milênios. EDUCAÇÂO! POSTURA! CONDUTA! Neste caso, a educação voltada para atenção com a sexualidade! O combate à promiscuidade é uma das propostas da terapia, porque pior que não fazer é fazer mal feito, catalisando energias negativas. Há que se atentar quanto a isto.



    Associação dos Florais de Bach


    A Cliente chega ao nosso consultório, disfarçada de mulher feliz e realizada. Já no final da primeira sessão, após o questionário de rotina, se encontra a vontade para relatar pequenos fatos de sua intimidade. A partir do segundo encontro, já bem confiante e esperançosa na proposta da terapia, desabafa sobre sua infância, sua criação, seus bloqueios, suas culpas e medos. O terapeuta atencioso conhecedor da Terapia com os Florais de Bach, vai saber aplicar as essências certas para cada tipo de emoção que a Cliente apresentar.


    Ex: A Srtª A.V.S., 21 anos, recém casada tinha total dificuldade em aceitar a penetração do pênis do seu marido. Caso clássico de Síndrome de Vaginismo.

    Após atenciosa análise de seu comportamento, descobrimos que A. trazia, desde a infância, conceitos plantados por sua avó de que as mulheres haviam sido criadas por Deus para trazer vidas ao mundo e que “aquela” parte do corpo, se não fosse usada somente com esta finalidade, estaria sujeita a doenças com dores insuportáveis. Sua avó desencarnou quando A. tinha 14 anos e a fez prometer que se casaria virgem e que seria uma esposa recatada.

    Aplicamos os exercícios de contrações e relaxamento da musculatura circunvaginal, aconselhamos e, em seguida, indicamos a utilização dos Florais de Bach com a seguinte composição em uma primeira tentativa:


    Influências do passado - Walnut

    Culpa - Pine

    Medo - Mimulus

    Insegurança - Larch


    Acertamos e mantivemos a composição por um mês. Após alteração no seu quadro emocional, iniciamos o Treinamento com os Acessórios, que ela sozinha tinha que introduzir na vagina com a proposta de romper o elo com a repressão imposta pela avó. O marido ajudou, a terapia foi eficaz. Hoje, aos 23 anos já tem o primeiro filho e se diz feliz no casamento, bem resolvida com a sexualidade e o prazer. Ainda usamos por dois meses o Impatiens, pois as novas propostas a deixavam um pouco ansiosa. Controlamos.






    Associação com a Reflexoterapia Podal


    Mulheres experientes e bem resolvidas também se deparam com dificuldades relacionadas ao sexo. Estresse, ansiedade, tristeza, ou seja, desequilíbrios de ordem energética, causados na maioria das vezes pelos atropelos da vida moderna, se refletem nelas com a falta de libido e a anorgasmia que se transforma em um círculo vicioso.

    Nestes casos, além do Treinamento com o Sahajôli, aplicamos algumas sessões de Reflexoterapia Podal, com ênfase nos pontos reflexos onde estão instalados os bloqueios de energia sexual. Após o desbloqueio do meridiano, que está localizado em ambos os pés, no lado externo, a meio caminho entre o osso do tornozelo e a parte de traz do calcanhar elas, se sentem mais calmas e equilibradas e serão capazes de se entregar novamente aos momentos de prazer e de usar esta energia para se manterem em ótimo estado de equilíbrio.

    É bom lembrar que este é um erro muito freqüente, quando as pessoas estão desequilibradas, numa ação inconsciente e na maioria das vezes arquetipada, (eu sofro então eu não me permito a felicidade em sacrifício assim como santa fulana de tal), se condenam à falta do prazer. Deveria ser exatamente o contrário: no lugar da punição, lançar mão da recarga da energia através de um mecanismo tão simples como o Sahajôli. Quando este tipo de pessoa vive sozinha, o mal já é enorme e piora quando ela tem um companheiro e o condena à solidão e à abstinência sexual. Neste caso, existe o grande risco de serem dois a contaminar o mundo com a tristeza e o mal humor.


    A MULHER

    O movimento feminista


    Após séculos relegada ao desprezo e taxada como louca fútil e inútil, a mulher, vem há quase cem anos lutando para rever seus direitos, impor sua inteligência e seu real valor que foram, através dos interesses de algumas religiões e igrejas, suplantados e fantasiosamente sobrepostos pelo poder dos homens. Foi plantado o mito da insuficiência feminina.


    A redescoberta do prazer


    Sufocada em conceitos que realçavam a culpa e o pecado, a mulher passou, por séculos, reprimindo o prazer sexual. Nem mesmo com seus maridos lhe era permitida nenhuma manifestação de prazer. Não era permitido que ela sentisse desejo e orgasmo. Isso não era coisa de mulher honesta. Rebaixada a simples serva dos senhores, cabia à mulher, até bem pouco tempo, somente a tarefa de procriar e gerar herdeiros para os seus senhores. Mantida em cativeiro domiciliar e sem direito à verdadeira felicidade, vendo-se constantemente traída e maltratada, desenvolvia a histeria e lotava os hospícios, consumia todo estoque de barbitúricos das farmácias, embriagava-se e cometia suicídio. Tudo isso até bem pouco tempo atrás.






    O reencontro com o poder da Deusa


    Tanto na Índia como na China e em grande parte do Oriente, a mulher sempre encarnou a Deusa. No inicio do século passado, as mulheres apesar de terem exagerado um pouco dentro do movimento feminista o que as levou a perder também parte de sua feminilidade, resgataram o direito à informação e, hoje, buscando em culturas como as orientais milenares, começam a terem reveladas suas origens de força e inteligência, fato que a própria ciência, vem constatando. A mulher é supraconsciente, tem o poder de gerar a vida, detém a sabedoria, a calma, o amor e a intuição. Sendo assim, faz-se crer que mais alguns poucos ajustes entre o que já foram, e onde estão agora, em bem pouco tempo terão readquirido o poder que ficou perdido entre os conceitos que foram impostos.


    ENERGIA SEXUAL


    Ativação dos Chakras


    Com os exercícios de contração da musculatura pélvica e circunvaginal, o Chakra Sacral é ativado instantaneamente. Em sânscrito, o segundo Chakra é Svadhisthana, que significa “doçura”. Esse é um nome apropriado para a doçura do desejo, do prazer e da sexualidade. O segundo Chakra incorpora a natureza do “dois” e rege a polaridade, instigando movimento no corpo e na psique que começa o processo de ascensão da Kundalini enrolada ao subir através dos Chakras. Encontrar o “outro”, cria desejo e o desejo nos faz mover, alcançar, crescer e mudar.


    Energia Kundalini


    Kundalini é um conceito com freqüência citado em relação aos Chakras. Na mitologia, Kundalini é uma Deusa Serpente que dorme na base da coluna vertebral, enrolada 3 vezes e meia ao redor do primeiro Chakra, aguardando a expansão. Acordada, dentre as várias formas, pela atividade sexual, pode se transformar em rica fonte de energia. De forma geral não é aconselhável que se invoque a Kundalini sem um instrutor ou um sistema de apoio que possa ajudá-lo a processar as mudanças que ela pode trazer. Ela é, porém, uma força de equilibrio, e nos é muito benéfica quando conseguimos nos render a ela com graça.




    Energia Vital


    O corpo é um campo de energia dinâmico. Os chineses descobriram que essa energia - C’hi - circula ao longo de 12 meridianos que existem dentro do corpo. A teoria de que alguma forma de energia anima o corpo agora está sendo mais amplamente reconhecida. Os Indianos também descobriram que esta energia, chamada Prana, percorre os Chakras e nos leva a um estado de iluminação. Nossa

    energia vital é mantida em nível estável por mais tempo e assim garantimos a longevidade.


    Sexo Tântrico


    Surgida na Índia, há 5 mil anos, o Tantra é uma filosofia matriarcal, onde a mulher é considerada uma divindade. Em sânscrito, Tantra significa "o que conduz ao conhecimento". O sexo Tantrico é uma forma de adiar ao máximo o orgasmo, para obter prazer prolongado. Segundo os praticantes, este é um processo que vai elevar o nível do sexo, segurando o orgasmo cada vez mais. Toda a energia retida, quando liberada, se transformará num êxtase total. O tantrico transcende a união sexual e a transpõe para o plano cósmico. Para o tantra, qualquer união sexual é sagrada.









    Tao do Amor e do Sexo


    Um dos valores mais importantes do mundo é dos relacionamentos. Estabelecer relacionamentos harmoniosos em todos os aspectos da vida é meta da prática taoísta. O Universo, a Natureza e o mundo em que vivemos operam por meio de relações, conexões e intercâmbios sociais. Estabelecer relacionamentos harmoniosos e equilibrados é o processo do Tao. É o equilíbrio de todos os opostos aparentes, masculino e feminino, luz e escuridão, repouso e atividade, eletricidade e magnetismo. É importante compreender a diferença entre a energia sexual masculina (yang) e a energia sexual feminina (Yin). Os taoistas entendiam que homens e mulheres são destinados ao equilíbrio, como duas metades opostas de um todo universal. Isso quer dizer que cada um de nós precisa respeitar as diferenças e compreender que é natural sentir-se diferente e ser diferente. Sem essa percepção, o homem e a mulher estarão sempre em desacordo. Se esquecermos essa verdade, será fácil nos irritarmos com o sexo oposto e nos sentirmos frustrados. Entretanto, quando respeitamos essa diferença, o amor floresce como um jardim bem adubado.


    SEXUALIDADE


    Individualidade


    Desde que a pessoa não tenha sublimado em si o sentimento de amor carnal em decorrência de uma opção religiosa, ou de um alto nível de intelectualização ou então em favor de um parceiro há quem muito amou e dividiu com ele os melhores momentos de sua vida, mas que agora, devido a uma enfermidade qualquer não pode mais compartilhar com ela momentos de intimidade sexual, enfim, desde que tenha optado por uma vida assexuada, toda pessoa que goza de boa saúde física e mental deve estar atenta as suas necessidades sexuais. Para tanto, mesmo estando sozinha, não deve abrir mão do prazer sexual. A masturbação, tratada erroneamente sob a ótica do preconceito, é um excelente recurso para os que estão momentaneamente sem parceiros. E mais, é um santo remédio para evitar que as pessoas carentes demais se atirem nos braços de outros, muitas vezes mal intencionados e pior, irresponsáveis, doentes e transmissores potenciais do vírus da Aids e das DST’s.



    Casamento


    Casais com sexualidade mal resolvida, mal discutida, mal cuidada e mal usada, vivem amargurados, mal humorados e têm muita dificuldade em atribuir os dias mal vividos juntos, ao sexo mal feito. Culpam a situação financeira, os filhos, os sogros, os patrões, Deus e o mundo. Não investem em carinho, em perdão, em diálogo e em informação. Ao invés de buscarem recarregar suas energias no encontro sexual que um dia os motivou a união conjugal, passam a dormir de costas um para o outro, sem se beijarem, se abraçarem e sem nem mesmo manifestarem verbalmente o sentimento que os une. Casais que se amam fortemente estão se separando por não conseguirem se comunicar sexualmente. Buscam em relações fugazes o que na realidade gostariam de viver em casa. Stress, ansiedade, competividade, egoísmo e exagero de vaidade são fatores a serem combatidos com seriedade.


    Família


    Os casais que vivem em harmonia sexual, têm mais facilidade para conduzirem famílias felizes e filhos sorridentes e bem educados. É claro, que outros valores, são muito importantes também, porém estes casais, por causa da troca das energias sexuais, são capazes de se comunicarem através do olhar, não brigam, conservam um clima de paixão no seu cotidiano e em sua casa flui uma atmosfera de paz e de equilíbrio. Não permitem que suas neuroses e psicoses ou mesmo problemas educacionais ponham em risco os seus relacionamentos. Casais assim, buscam resolver as diferenças que pesam e incomodam o parceiro temendo perde-lo e o prazer que sentem em sua companhia. Assim sendo, tudo em volta se beneficia.


    Mundo


    O mundo melhor que todos almejamos, começa dentro dos lares. As pessoas realizadas, bem humoradas, bem dispostas e que pensam positivamente, são as responsáveis pela parcela do mundo bom para viver com a harmonia que tanto procuramos.


    Os Homens


    É importante citar, que muito embora meu trabalho se restrinja as mulheres, existem técnicas similares dedicadas aos homens e capazes de promover neles os mesmos benefícios. Cabe ao terapeuta definir o seu publico e oferecer a ele a preocupação com sua sexualidade e alternativas eficazes como a técnica do Sahajôli. Os homens da mesma forma que as mulheres têm sofrido muito em decorrência destes desajustes.


    EXERCÍCIOS


    Contrações


    Os exercícios do Sahajôli são muito simples. São feitos através de contagem de tempo e quantidade de repetições. Não exige privacidade, o que facilita a execução em qualquer lugar, desde, é claro, que a mulher já esteja bem familiarizada com eles. Podem ser feitos também com o auxilio de acessórios como as Ben Wa, o Vibrador e os Cones Vaginais, mas para tanto ela precisa estar um pouco mais orientada e o acompanhamento do terapeuta é fundamental. A avaliação é totalmente verbal sem nenhum contato físico.


    Consciência Corporal


    Através de concentração e respiração adequadas, a mulher passa a conhecer melhor o seu corpo, a região pélvica, os músculos a serem fortalecidos e passa ainda a dominá-los. Assim, através da sua vontade, pode utilizar-se deste rico recurso para obtenção de maior prazer sexual e saúde genital e mental.


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS



    A Experiência Junguiana.

    Hall, James - S.Paulo – Ed.Cultrix.


    Mulheres que correm com os lobos

    Estes, Clarissa Pendula- S. Paulo – Ed. Racco.


    Um Guia Passo a Passo Para a Reflexologia

    Dougans, Inge e Ellis, Suzanne – S.Paulo – Ed. Pensamento/Cultrix


    Reflexologia – Como Restabelecer o Equilíbrio Energético

    Kunz, Kevin e Bárbara –S.Paulo – Ed. Pensamento.


    Reflexologia Sexual

    Chia, Mantak e Wei, W.U. – S.Paulo - Ed. Cultrix.


    A Cintura Pélvica

    Lee – S.Paulo – Ed. Manole


    Fisioterapia em Uroginecologia

    Moreno, Adriana L. – S.Paulo – Ed. Manole.


    Benefícios Terapêuticos da Acupressura

    F.M.Houston, D.C.,D.D.,PhD. – S.Paulo – Ed. Pensamento


    A Terapia Sexual – Vol.III

    Gillan, Patrícia e Richard – Portugal – Ed. Persona.


    Tantra – O Culto da Feminilidade

    Van Lysebeth, André – Ed. Summus.


    O Homem Moderno

    Brewer, Sarah – S.Paulo – Ed. Manole.


    O Tao do Amor e do Sexo

    Chang, Jolan - . RJ – Ed. Nordica

    Autor: : Jussara Hadadd Aguiar Duarte - Terapeuta Holística - CRT 39518
    Última atualização: 13/05/2007 20:08


    TERAPIA ENERGÉTICA INSTANTÂNEA

    TERAPIA  ENERGÉTICA 

    INSTANTÂNEA 
     
     

    Seiiti Arata - Terapeuta Holístico – CRT 31513 
     

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2007 
     

    São Paulo - SP

    2007 

     

    SUMÁRIO 

    INTRODUÇÃO         4 

    CAPÍTULO 1         5

    Corpo humano multidimensional       5

    Sombra: um corpo reflexo        6

    Corpo físico: sombra do Corpo Emocional      6 

    CAPÍTULO 2         8

    Energia          8

    Energia condensada         9

    Energia Sutil          9 

    CAPÍTULO 3         10

    As sete camadas energéticas de um indivíduo     10

    Corpo Físico (1): Energia Condensada      10

    Corpo Etérico/Duplo Etérico (2): Camada energética de conexão   10

    Corpo Astral/Emocional (3): compõe o caráter     10

    Corpo Mental Instintivo (4): herança genética     11

    Corpo Mental Cósmico (5): define a individualidade única    11

    Corpo Mental Intelectual (6): adquirida pelas experiências e livre arbítrio  11

    Corpo Espiritual (7): conectado com energias mais sutis do Universo  13

    Outras dimensões mais sutis e elevadas      13 

    CAPÍTULO 4         14

    Tratamento Energético através da camada energética (duplo etérico)  14

    Importância das boas condições da camada que conecta ao corpo físico  14

    Terapia Energética Instantânea        15

    Vantagens do tratamento emergencial        15 

    CAPÍTULO 5         16

    Inter-relação entre corpos energéticos        16

    Corpo Emocional como reflexo do Corpo Mental     16

    Necessidade do aperfeiçoamento Espiritual      17 

    CAPÍTULO 6          18

    Primeiros Socorros/Pronto atendimento por tratamentos energéticos   18

    Trabalhando com o Corpo Etérico e seus resultados no Corpo Físico  18

    Tratamento emergencial de cinco minutos, tirando da crise aguda   18

    Tratamentos posteriores ao emergencial      18 

    CAPÍTULO 7         19

    O que pode ser tratado pela Terapia Energética Instantânea    19

    1. Cabeça         19
    2. Garganta         19
    3. Pescoço (cervical)        19
    4. Ombros         20
    5. Braços, antebraços, mãos e dedos      21
    6. Costas (dorsal)        21
    7. Costas (lombar)        22
    8. Ciático          23
    9. Joelho          23
    10. Pernas          24
    11. Tornozelo, pé e artelhos       24
    12. Aparelho digestivo        24
    13. Aparelho respiratório        25
    14. Tosse          26
     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS      26 
     

    INTRODUÇÃO 

     

    Em muitos anos de dedicação ao estudo de terapias holísticas, sempre me perguntei:

    “Qual é o meio mais rápido e eficiente de tratar problemas de saúde que pedem uma solução urgente?”. 

    O Programa Terapia Energética Instantânea ensina as técnicas práticas necessárias para superar os obstáculos nos tratamentos energéticos emergenciais, direcionando o terapeuta no caminho do sucesso imediato em diversos problemas de saúde. 

    Demorei anos para adquirir novas descobertas e técnicas de ponta e as reunir em um programa conciso que amplifica o sucesso do trabalho de terapia. 

    Apresento aqui um procedimento que pode ser aplicado instantaneamente em qualquer situação (consultório, estabelecimentos comerciais, casa de amigos e mesmo em espaços de lazer em que um imprevisto pode ocorrer, como em um barco em alto-mar, um acampamento, uma praia distante, uma festa de aniversário... enfim, qualquer situação em que não é possível ou conveniente levar a pessoa imediatamente a um consultório). 

    O Programa que é aqui apresentado está estruturado para equipar o terapeuta com os elementos essenciais para torná-lo capaz de prestar atendimento a qualquer hora, independentemente de instrumentos que não sejam sua mente e suas próprias mãos. 

    Meu estudo em diversas áreas da terapia holística permite afirmar que desconheço qualquer programa de resultados tão efetivos com técnicas práticas que podem ser utilizadas imediatamente. O Programa Terapia Energética Instantânea amplifica seu conhecimento, habilidade e recursos para qualquer situação. 

    O método está dividido em duas partes que são rapidamente apresentadas: a primeira é uma introdução conceitual que desenvolve a base fundamental de trabalho. A segunda parte é a aplicação prática para os problemas de saúde mais corriqueiros. 

    Antes de começarmos a parte conceitual, vou fazer algumas perguntas: 

    E se eu dissesse que centenas de milhões de pessoas passam por um desequilíbrio energético de alguma natureza a cada dia? 

    E se eu dissesse que a maioria delas não tem a menor idéia do que está acontecendo com seus corpos? 

    E se eu dissesse ainda que a grande maioria dos tratamentos holísticos podem ser classificados como tratamentos energéticos, objetivando alcançar o equilíbrio do sistema de energia das pessoas tratadas? 

    Que, em última instância, tudo é energia? 

    Sim, eu estou falando do conceito de energia e a sua relação com a matéria, que será abordada no Capítulo 2.

     

    CAPÍTULO 1 
     

    Corpo humano multidimensional 

    Para se buscar uma melhoria na qualidade de vida não basta zelar apenas pelo corpo físico. O que denominamos corpo físico e que está compreendido internamente à pele(*), não é tudo que somos e sim apenas uma de nossas manifestações. Os demais corpos envolvem o corpo físico se apresentam em forma de camadas energéticas sutis. 

    (*) Até para se definir o que é internamente à pele necessita de reflexão:

    Tomemos como exemplo o nosso roto: - com a boca fechada é fácil imaginarmos a parte externa e a interna. Entretanto, mantendo-se a boca aberta, uma formiguinha que caminha por sobre a parte externa de nossa face, pode perfeitamente entrar e caminhar por todo o céu da boca que era considerada como nossa parte interna (boca fechada). 

    Se ao invés da formiguinha, imaginarmos o ar que respiramos, que está em contato com o nosso corpo físico através de nossa pele, pode penetrar o nosso corpo através das vias respiratórias e chegar aos órgãos que chamamos de internos, tal qual a formiguinha. E o oxigênio que é um dos componentes do ar, chega a todas as nossas células. 

    Então, que parte do nosso corpo é considerado interno ou externo em relação ao ar? E se analisarmos a nossa pele cheia de poros, que nada mais são do que nossas aberturas?

    Se pudéssemos enxergar o nosso corpo como um conjunto de partículas atômicas, teríamos a exata noção de que somos um corpo de vazio! E para que este nosso vazio esteja em harmonia dependemos de uma coisa chamada de homeostase energética. 

    Uma observação mais atenta ao corpo físico nos possibilita avaliar como as demais camadas mais externas estão, pois o corpo físico é apenas o reflexo das influências das outras camadas mais externas. Quando um corpo físico está enfraquecido e com disfunção acentuada é porque as outras camadas já se encontram muito comprometidas. 

    Um exemplo bastante comum é o que se passa com o estômago que se debilita por problemas emocionais, causando grandes distúrbios. Não basta tomar medidas apenas fisiológicas como cicatrização de algumas feridas eventualmente detectadas, pois são apenas sintomas e não as causas. Deve-se trabalhar buscando o fortalecimento da camada emocional. 

    Por exemplo: quem fica excessivamente irritado por problemas de trânsito congestionado dispara um turbilhão de desordens internas envolvendo hormônios, enzimas e outros agentes prejudiciais ao bom funcionamento energético do organismo. O que se faz necessário é criar um mecanismo para neutralização das emoções nocivas ao corpo, pois o problema que atacou o estômago é apenas o reflexo do distúrbio emocional.

    Mas como fazer com que o indivíduo não reaja com tanta cólera diante de um fato cada vez mais corriqueiro? – Há que se tratar o seu corpo mental, pois a camada emocional é simplesmente um reflexo da camada pertencente ao corpo mental. Assim, para se tratar o estômago irritado, há que se tratar a parte mental do indivíduo. 

    O corpo mental tem basicamente três compartimentos, que dentre diversas nomenclaturas: o instintivo, o cósmico e o intelectual. Entretanto, só é possível atuar apenas no último, e que depende do livre arbítrio. Há necessidade de uma verdadeira reprogramação da mente implementando mecanismos que propiciem resultados de reações favoráveis para o corpo físico. No caso exemplificado, há que se substituir o programa: (“o trânsito me deixa nervoso!”) por outra programação mais inteligente: (“hoje em dia, nem ligo para os problemas de trânsito!”).    – Pronto. Está resolvida a questão crucial. 

    Esta camada de mente intelectual precisa ser continuamente fortalecida. Pois, analogamente a uma musculatura, o desuso “atrofia” seu desempenho. O enfraquecimento desta mente intelectual permitirá a predominância das outras duas mentes: a instintiva e a cósmica, e que são mobilizadas predominantemente por impulso. 
     

    Sombra: um corpo reflexo 

    É importante para melhor compreensão do tema proposto observar-se o comportamento de uma sombra. Na maioria das vezes nem prestamos tanta atenção.  A sombra é uma figura bidimensional, mesmo que o corpo que a projeta seja tridimensional. Para que possamos alterar o desenho formado pela sombra, não adianta tentar qualquer coisa com a mesma e, sim, alterar o corpo que está projetando aquela sombra.  

    Da mesma forma podemos fazer analogia com nosso corpo físico, como se fosse sombra de um corpo com mais dimensões. Temos que mudar o que está projetando a correspondente imagem refletida e que possa estar nos afetando desfavoravelmente. 
     

    Corpo físico: sombra do Corpo Emocional 

    Assim como o Corpo Físico é sombra do Corpo Emocional, este é também sombra do Corpo Mental e que, também é sombra do Corpo Espiritual ou outros mais sutis. Existem literaturas que afirmam existir mais de vinte camadas energéticas, mas se pudermos administrar as sete dimensões mencionadas anteriormente já será um grande passo. 
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

    CAPÍTULO 2 

    As ciências modernas estão somando ao antigo conceito newtoniano (de Isaac Newton) a visão einsteiniana (de Albert Einstein), tornando-se muito mais eficazes. 

    A rigor, se considerarmos a composição de nossos corpos físicos, todos sabemos que predominantemente somos mais água do que outra coisa. Estima-se que em peso somos aproximadamente setenta por cento constituídos por água (H2O). São dois átomos de hidrogênio que se agrupam com um átomo de oxigênio através de forças de atração entre partículas. 

    Conforme modelo clássico, ambos os elementos hidrogênio e oxigênio são constituídos de certo número de prótons, nêutrons e elétrons, e as diferenças de quantidades destas partículas é que os diferenciam. Tanto num como noutro, em sua constituição, o que predomina é o vazio, pois a sua massa é uma insignificante partícula (aglomerado de prótons e nêutrons) que fica no centro de uma nuvem formada pela vibração de elétrons e de massa desprezível. 

    O modelo é muito semelhante ao de outros grandes corpos onde predomina o vazio, como o Sistema Solar, outros eventuais sistemas semelhantes ao que habitamos: a Via Láctea, a nossa Galáxia e outras eventuais Galáxias, que possivelmente devem existir. Como o que predomina é o vazio, podemos admitir que tudo que se conhece, provavelmente seria apenas uma manifestação energética. 

    Assim, o nosso corpo físico passou a ser denominado de energia condensada, embora não seja tão condensada assim, visto que somos do ponto de vista de matéria: um grande vazio. As outras formas de energia são denominadas sutis, por serem menos condensadas. 

    Einstein formulou a equação E=m.c2 (Energia é igual à massa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado). Então, pode-se afirmar também que m=E/c2 (Massa é igual à energia dividida pelo quadrado da velocidade da luz). Portanto, o que estamos acostumados a chamar de uma quantidade de massa nada mais é do que a manifestação de uma quantidade de energia dividida por um número muito grande. 

    A partir desta nova visão propiciada pela genialidade de Einstein, e da física quântica, hoje, podemos entender com clareza, os fenômenos que afetam os nossos corpos. 
     

    Energia 

    Não há como se fugir do conceito de energia envolvendo as minúsculas partículas atômicas assim como suas sub-partículas carregadas ou não energeticamente como prótons, elétrons, nêutrons, pósitrons e outras. 

    Assim como o Sistema Solar com o Sol ao centro e todos os seus planetas orbitando à sua volta ser predominantemente um grande vazio, assim o é a Via Láctea, a Galáxia, e o Universo. Assim também é o nosso corpo físico por ser constituído de partículas atômicas, igualmente, com predominância de vazio. Portanto, somos também basicamente energia! 

    Corpos energéticos produzem campos energéticos, assim como uma corrente elétrica produz campo magnético e que é conhecido há muitos anos pela física clássica e mensurável por magnetômetros de precisão.

     
     
     
     
     
     

    Energia condensada 

    A designação energia condensada refere-se ao corpo que chamamos de físico, onde podemos perceber através dos nossos órgãos sensoriais: visão, audição tato, paladar e olfato. A maioria das pessoas tem menor percepção das demais camadas. Por esta razão chamamos de corpos sutis, embora tenham importância fundamental nas boas condições ou não do nosso corpo físico e, portanto da qualidade de vida. 
     

    Energia Sutil 

    Todas as outras seis camadas são consideradas sutis. Estes outros corpos acabam compondo a personalidade do indivíduo tanto emocional como fisicamente, na medida em que as influências chegam a ele. 

    Também entre os animais, inclusive de uma recente ninhada, é possível se perceber as tendências de comportamento individual. Uns são mais dóceis e outros mais agressivos por sua própria natureza. Até mesmo os mais calmos, se submetidos a tratamentos violentos, poderão se tornar bastantes agressivos e perigosos pelo simples efeito das experiências a que forem submetidos. Por esta razão é importante tratá-los adequadamente.

    O que impele um ser a atitudes de impulso não é exclusivamente a força de seu instinto, mas, também a sua experiência de vida. Estas influências também podem ser chamadas de energias sutis e que acabam integrando às suas características comportamentais podendo ser as responsáveis principais por atitudes efetivas. 

    Quando se faz referência a um indivíduo quanto às suas características físicas, estas podem ser facilmente percebidas pelos nossos órgãos sensoriais. Entretanto as características sutis requerem maior observação e tempo de convivência para percebê-las devidamente. Mesmo assim, elas certamente irão compor a personalidade final e descrição de uma pessoa. 

    Por esta razão é importante uma análise completa, incluindo também as camadas sutis. Elas são responsáveis pelo estado geral de um indivíduo bem como de seu comportamento predominante. 

    Decepções e desilusões muitas vezes se devem ao total desconhecimento da existência de de certas forças sutis existentes e ocultas que se manifestam de forma inesperada.  
    CAPÍTULO 3
     
     

    As sete camadas energéticas de um indivíduo 

    Dentre as diversas nomenclaturas existentes, pode-se enumerar as seguintes camadas:

    Corpo Físico (1), Corpo Etérico (2), Corpo Emocional (3), Corpo Mental Instintivo (4), Corpo Mental Cósmico (5), corpo Mental Intelectual (6) e Corpo Espiritual (7). 
     

    Corpo Físico (1): Energia Condensada 

    O corpo físico que é chamado de corpo de energia condensada, como já foi mencionado é constituído predominantemente de água: H2O, que nada mais é do que dois átomos de hidrogênio (H) unidos a um átomo de oxigênio (O), que corresponde em peso aproximadamente 65 a 70 por cento do peso total. Analogamente, existem na composição corporal, outros elementos químicos como: carbono (C), nitrogênio (N), fósforo (P), manganês (Mn), magnésio (Mg), potássio (K) e uma infinidade de outros elementos químicos. Todos eles formados de partículas atômicas, e, portanto, de energia. 
     

    Corpo Etérico/Duplo Etérico (2): Camada energética de conexão 

    Uma camada de alguns centímetros envolve o Corpo Físico conectando-o de forma mais ou menos eficiente com as outras camadas sutis. 

    Existem portais por onde a se processam mais efetivamente as entradas e saídas de energias. São os conhecidos chakras, pontos de acupuntura, incluindo-se toda rede de meridianos, que propiciam a troca de energias do Corpo Físico com tudo à sua volta, incluindo as suas camadas energéticas mais sutis. 

    A deficiência nesta troca de energias por problemas devidos a bloqueios, congestão ou dificuldades de fluidez, pode acabar resultando em algum desequilíbrio do organismo. Em tais casos, pode-se recorrer a uma das diversas técnicas de tratamento energético conhecidas da terapia holística de modo a se restaurar, novamente, a homeostase. Portanto, esta camada energética é de fundamental importância, neste processo de recuperação do estado de bem-estar. 
     

    Corpo Astral/Emocional (3): Compõe o caráter 

    É o que pode ser considerado como a envoltória que fica logo além do Corpo Etérico. É tão relevante que as pessoas nos definem através dele, por caracterizar as nossas reações e atitudes diante dos fatos do dia a dia. É por isso que ouvimos falar coisa do tipo: “É uma mulher bonita, porém insuportável!”; ou: “Ela é bem jovem, entretanto, nunca vi pessoa tão madura e emocionalmente controlada!”.  

    As nossas reações, provocadas pela camada emocional, passam a fazer parte de nossa identidade e têm o poder de nos causar grandes benefícios ou até mesmo grandes prejuízos. 

    Portanto, ao descobrirmos quaisquer de nossas tendências a atidudes que possam nos prejudicar, devemos procurar soluções para neutralizar tais impulsos. É o que fazemos durante toda a nossa vida, num constante processo de amadurecimento: detectando problemas, mudando o que for possível, re-avaliando e promovendo constantes ajustes para melhoria. 
     

    Corpo Mental Instintivo (4): Herança genética 

    É o nome dado ao corpo energético onde estão as nossas heranças genéticas. Assim como é comum nascermos com algumas características físicas semelhantes aos nossos antepassados, como cor de cabelo, formato do nariz, jeito de andar, herdamos também algumas características emocionais de nossos ancestrais. 

    Esta herança genética, dificilmente poderá ser mudada. Ela está gravada na nossa mente inconsciente. O que está ao nosso alcance é administrá-la, não deixando que ela se aflore livremente, a ponto de nos causar prejuízos. 
     

    Corpo Mental Cósmico (5): Define a individualidade 

    É o que nos foi destinado desde a hora da concepção até o nascimento. É a característica pessoal que nos identifica e que resultou de uma situação muitíssimo especial, como a influência dos nossos progenitores na hora da fecundação, localização dos astros e outros fatores que nem conhecemos devidamente. Quando elas são boas apresentam-se em forma de talentos, dons e outras qualidades admiradas e invejadas. Quando são más, representam os defeitos de nossas personalidades como tendência à tristeza, maldade, espírito vingativo, sadismo e outros. Nem mesmo os gêmeos são indivíduos idênticos. 
     

    Corpo Mental Intelectual (6): Adquirida pelas experiências e livre arbítrio 

    É o Corpo Energético que está ao nosso alcance. Pode ser desenvolvida seguindo apenas as ordens do livre arbítrio, perseverança e dedicação. Somam-se também as experiências do dia a dia, quer sejam intencionais ou involuntárias. Dependem dos livros que lemos, filmes que assistimos, nossa convivência com outras pessoas, fatos, acidentes, sonhos, imaginação, crenças e outras influências. 

    A grande vantagem é que esta Mente pode ser aprimorada ilimitadamente. Ela pode crescer tanto, a ponto de predominar sobre as outras duas. Pode tornar-se tão poderosa e ocupar quase a totalidade da nossa mente, de forma que as outras duas podem parecer inexistentes.  

    Porém, esta mente requer cuidados especiais: ela precisa ser incrementada continuamente sob risco de perder a força e ser dominada pelas outras duas: a Instintiva e a Cósmica. E se isto acontecer, o Corpo Emocional poderá ser o resultado de puro impulso. Tanto para o bem como para o mal na condição de risco total. 

    A necessidade de se desenvolver continuamente a Mente Intelectual que é a racional e inteligente pode ser comparada ao condicionamento físico de um atleta, que para manutenção do seu desempenho adquirido ao longo de tantos anos, há que se praticar continuamente. Mas, para se aumentarem as condições, há que se dedicar sempre um pouco mais. Por outro lado, o descuido e a inatividade causarão grandes perdas.

     

    Corpo Espiritual (7): Conectado com as energias mais sutis do Universo 

    Este corpo é o principal responsável pela paz interior. De nada adiantará um copo plasticamente perfeito, e cheio de energia muscular, se o indivíduo é freqüentemente acometido por uma apatia advinda dos processos mentais espirituais. Dificilmente poderá sentir a felicidade em sua plenitude. Ao contrário – poderá tornar-se extremamente infeliz e debilitado.  

    Por esta razão é que na Terapia Holística o objetivo é a promoção do equilíbrio: do corpo-mente-espírito. 

    Dentre os sete corpos, este é o mais importante e deve ser continuamente aprimorado.  

    É muito comum observarmos através das diversas mídias, o colossal investimento no sentido da promoção do corpo físico perfeito e mais longevo. Por mais que a modernidade desenvolva recursos espetaculares, jamais atingirão à imortalidade do corpo físico.  

    Pessoas que percebem cedo esta realidade vivem mais tranqüilas, em paz e, portanto, mais felizes. 

    Segundo Richard Gerber: o corpo físico (F), corpo etérico (E), corpo astral (A), corpo mental instintivo (M1), corpo mental Intelectual (M2), corpo mental espiritual (M3) e corpo espiritual (S) constituem as sete camadas energéticas. (p.126 op. cit).

     
     
     
     
     
     
     

    Outras dimensões mais sutis e elevadas 

    Existem literaturas que afirmam a existência de mais de vinte camadas energéticas e, portanto, igual número de corpos energéticos. Neste caso, o que mencionamos como o sétimo corpo, será apenas o reflexo do oitavo corpo, certamente mais sutil. Mas para efeito desta matéria, aqueles que levarem em conta os sete corpos mencionados e trabalharem adequadamente, obterão resultados compensadores. 

    Mas, afinal, como podemos definir saúde? 

    Neste trabalho proponho que consideremos a saúde ideal: não somente como a ausência de sintomas de mau funcionamento orgânico, mas também como um estado de plena paz e felicidade que sente o indivíduo, propiciando-lhe suficiente e espontânea disposição para praticar, compartilhar, entender e perdoar – num estado de contínua doação, como a razão de sua existência, enquanto se processa o seu contínuo aperfeiçoamento espiritual, evitando causar danos ao seu meio ambiente. 

     

    CAPÍTULO 4 
     

    Tratamento Energético através da camada energética (duplo etérico) 

    Vários tratamentos podem ser denominados energéticos e trabalham no sentido do aumento da eficiência dos fluxos energéticos que chegam e saem do Corpo Físico. 

    O corpo etérico é também chamado de corpo bioplasmático ou corpo de energia. Bio significa vida e plasma pode ser entendido como o quarto estado da matéria, que vem se somar aos: sólidos, líquidos e gasosos. Plasma é o gás ionizado. Está carregado de partículas eletrizadas: tanto positiva como negativamente. Não deve ser confundido com o plasma sangüíneo. 

    Corpo bioplasmático pode ser entendido como um corpo de energia viva que é composto por matéria sutil e invisível chamado também de matéria etérica. É através deste corpo que a energia vital como: prana, ki, ch´i, pneuma, mana, ruah e outras são absorvidas e distribuídas por todo o corpo físico e que podemos sentir através dos nossos cinco sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar. 

    A energia vital pode ser absorvida através do ar, solo, água, luz solar, e dos alimentos. Andar descalço propicia receber prana do solo. Se o piso for natural como terra ou grama, a absorção é mais eficiente.

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

    Todos os tratamentos corporais que visam incrementar a melhora neste sentido podem se considerados como energéticos como: Acupuntura, Shiatsu, Do In, Seitai, Tuiná, Acupressão, Acupressura, Auriculoterapia, Reflexoterapia, Reiki, Método Prânico, Toque Quântico, Polaridade, Florais, Homeopatia, Colorpuntura, e outros. 
     

    Importância das boas condições da camada que conecta ao corpo físico 

    A camada que constitui o Corpo Etérico é também chamada camada energética e funciona como um tipo de agasalho, que ajuda ou dificulta a troca do Corpo Físico com outros Corpos à sua volta. Pode ser comparado aos diversos materiais que existem para se fabricar um fio condutor. Existem uns que são mais condutores e outros que são menos condutores. Existem também materiais que são considerados isolantes, pois, dificultam a passagem da energia. Analogamente existem camadas que sob o ponto de vista energético funcionam conectando ou isolando o corpo físico. 

    Terapia Energética Instantânea 
     

    Desenvolvida pelo autor deste trabalho, é o resultado da conjunção de diversas técnicas e experiências de tratamento com as mãos, é natural, não invasiva e praticamente sem contra indicações. 

    A concentração mental durante a aplicação desta técnica é muito importante. Da mesma forma, a respiração deve ser cadenciada profunda, e ritmada.  

    Não há problema em se manter o diálogo com a pessoa tratada, perguntando, na medida em que acontece o tratamento, como ela está se sentindo, promovendo desta forma, a melhor conexão físico-mental, para harmonização da energia vital da mesma. Neste momento acontece uma verdadeira sintonia de energias etéricas de ambos. 
     

    Vantagens do tratamento emergencial 

    Em muitas circunstâncias, estamos sem as condições mínimas de uma clínica para um tratamento holístico normal. Entretanto, estamos diante de uma pessoa que está em condições precárias precisando de um atendimento mesmo que simplificado e emergencial. 

    Para atendimentos emergenciais a Terapia Energética instantânea é um método interessante, eficaz e imediato podendo promover bem-estar num intervalo de três a cinco minutos. 

    Os resultados alcançados têm sido espetaculares. A maioria das pessoas tratadas sente-se bastante recuperada, recompensada e agradecida, podendo retornar imediatamente às suas atividades normais.  

    Este pronto atendimento que, inicialmente, partia de mim a iniciativa de sua aplicação, hoje em dia, as coisas mudaram. – As pessoas é que me procuram freqüentemente, dada à facilidade e simplicidade de sua aplicação. Posso dizer que se tornou um verdadeiro serviço de emergência, o que, aliás, sempre tenho feito com muita satisfação. 

    Assim, quero compartilhar com todos os interessados, o que resolvi chamar de TERAPIA ENERGÉTICA INSTANTÂNEA. 

    A aplicação dos procedimentos desta terapia energética instantânea serve para diminuir ou eliminar dores generalizadas, problema na coluna, problemas respiratórios, garganta inflamada, dificuldade digestiva e outras disfunções mais corriqueiras.

     

    CAPÍTULO 5 
     

    Inter-relação entre corpos energéticos 

    A obra do Mestre Stephen Co e Dr. Eric B. Robins com John Merryman: YOUR HANDS CAN HEAL YOU (suas mão podem tratá-lo) aborda técnicas energéticas de tratamento pelo método Prânico para aumentar a vitalidade e acelerar a recuperação de problemas mais comum de saúde. 

    Seguem abaixo algumas afirmações dos autores;

     
     
     
     
     
     
     
     

    Na página 48 consta:

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

    Corpo Emocional como reflexo do Corpo Mental

    Segundo Mestre Stephen Co e Dr. Eric B. Robins com John Merryman existem seis passos para a promoção da melhoria na qualidade da saúde que são:

     
     
     
     
     
     
     
     
     

     

    Necessidade do aperfeiçoamento Espiritual

    De acordo com Richard Gerber, M.D. através de sua obra: Medicina Vibracional, p. 135: 

     
     
     
     
     
     
     
     
     

    Na mesma obra consta um interessante conceito para reflexão:

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

     

    CAPÍTULO 6 
     

    Atendimentos rápidos através de tratamentos energéticos 

    Todas as pessoas podem necessitar de serviços, repentinamente, devido a distúrbios ou súbitos sintomas de mal-estar. É sempre providencial haver qualquer tipo de serviços que prontamente, possam minimizar o sofrimento. 

    Neste sentido, o presente trabalho propõe tratamentos holísticos, empregando métodos naturais e que são praticados há milhares de anos pelas antigas civilizações. 
     

    Trabalhando com o Corpo Etérico e seus resultados no Corpo Físico 

    Nos tratamentos executados na hora, os estímulos deverão ser aplicados no corpo físico onde estão localizados os portais, pontos principais de energias e seus respectivos meridianos, incluindo os chakras, mini-chakras e pontos gatilho, para desobstrução energética. 

    Ao se desobstruir os meridianos de energia: será resgatada a conexão do corpo físico com o corpo etérico que é a camada energética que envolve o corpo. Os pontos com acúmulo de energia que se encontram em excesso serão equilibrados com o espalhamento para as áreas menos energizadas, até que se atinja novamente o estado de homeostase, que é o equilíbrio. 
     

    Tratamento emergencial de cinco minutos, tirando da crise aguda. 

    São procedimentos basicamente executados com as mãos. Os métodos aplicados são os conhecidos como quiropraxia, reflexologia, shiatsu, acupressão, acupressura, do-in, toque quântico, polaridade, tratamento prânico e outros. 

    Pessoas presentes no auditório que queiram experimentar a Terapia Energética Instantânea poderão se apresentar voluntariamente. Receberão uma aplicação de 3 a 5 minutos e no minuto seguinte poderão prestar seus depoimentos à platéia dizendo se melhoraram e quanto melhoraram percentualmente. 
     

    Tratamentos posteriores ao emergencial 

    Após o atendimento emergencial proposto, com o indivíduo efetivamente fora da crise aguda e dores insuportáveis, será possível que o mesmo retorne às suas atividades rotineiras, e em boas condições para decidir pelos tratamentos posteriores sejam eles preferencialmente naturais ou até mesmo os ortodóxicos. 

    Em muitos casos de aplicação do programa de Terapia Energética Instantânea nem foram necessários outros tratamentos posteriores, dada a eficácia do método.  
    CAPÍTULO 7
     
     

    O que pode ser tratado pela Terapia Energética Instantânea 

    A seguir, serão apresentados sucintamente os principais procedimentos para os distúrbios mais comuns na rotina diária. 
     
     

    1. Cabeça

      Para dores de cabeça relacionadas à tensão, excesso de trabalho em posição sentada, e que alivia com determinadas posições da mesma, provavelmente se deve a problemas de excesso de energias. 

      Para destros: De frente para o ombro esquerdo da pessoa a ser tratada, colocar a mão esquerda frontal à testa para fins de apoio e com a mão direita segurando com o polegar e o indicador: pressionar os pontos   VB20,    B10, e    VG15,  por aproximadamente 10 a 15 segundos cada um deles. 
       

     

    1. Garganta

      No caso de garganta inflamada, pressionar suavemente os pontos      E9,      E10,

         VC23 com o indicador e o polegar, em forma de pinça por aproximadamente10 segundos em cada um dos pontos. Enquanto uma das mãos pressiona, a outra em forma espalmada, apóia-se na região da nuca, de forma a manter o local tratado entre as mãos. O calor promovido pela mão passiva ajuda na recuperação. 

    1. Pescoço (coluna cervical)

      Para desconfortos na região do pescoço, na região da cervical, deve-se iniciar pela sedação dos pontos   VB21,   IG16,    ID12,    ID15 e   TA15, através de pressionar por aproximadamente 5 a 10 segundos, cada ponto. Logo em seguida toma-se o depoimento da pessoa tratada e que já deve confirmar uma certa melhoria na região tratada.

                                                                               

     
     
     
     
     
     
     


      Em seguida, um pequeno movimento para liberação das vértebras cervicais eventualmente presas, podendo ser executado com a pessoa sentada, de pé ou deitada. Este procedimento deve ser feito com muito cuidado, especialmente em pessoas idosas, crianças ou nos casos da existência de muita dor. 
       
       

    1. Ombros

      Quando os ombros estão doloridos, deve-se trabalhar os seguintes pontos:    VB21,

         IG16,   ID15 e   TA15 mencionados anteriormente, acrescentando-se também os pontos:    TA13,    TA14,    ID9,    ID10,    ID11,    ID12 e    ID13,    P1,    P2 e   

         C1. Deve-se aplicar pressão digital por aproximadamente 5 a 10 segundos em cada ponto.


      Terminada a sessão de pressionamento, deve-se segurar o braço esquerdo com a mão esquerda e com o polegar, pressionar os pontos   IG10 e   IG11 com o polegar da mão direita por 5 segundos. Em seguida, pressionar os pontos    BP20 e    BP21. 

    1. Braços, antebraços, mãos e dedos.

      Aplicar pressão nos pontos IG10, IG11, P2,  TA4,   TA5,  ID7 e   ID8 por 3 segundos de forma gradual, até o limite suportável da dor por uns 5 segundos. 

      Aplicar puxões dos dedos, começando pelo polegar, indicador, médio anular e mínimo, de forma a soltar as articulações. A intensidade da manipulação deve sempre levar em conta a estrutura da pessoa tratada. No caso de crianças e idosos, o cuidado deve ser maior.

      Balançar e vibrar o braço de forma a promover total relaxamento do mesmo, com a soltura das articulações.


    1. Costas (coluna dorsal)

      Com a pessoa de bruços, com o rosto virado para um dos lados, mantendo os braços ao lado do corpo e em máximo relaxamento, alinhar e ajustar as vértebras começando da região lombar para a região cervical. Os movimentos devem ser cadenciados e com força controlada e adequada a cada situação específica que deve levar em conta a resistência, idade, e outros fatores importantes de cada um. 

      Após alinhamento, promover pressões nos pontos ao longo da coluna principalmente seguindo o meridiano da bexiga entre os pontos 11 a 23 e também entre os pontos 36 a. Esta pressão pode ser feita com o dedo indicador, respeitando-se, sempre, o limite da condição da dor. 
       

    1. Costas (coluna lombar)

      Para tratamento das costas no trecho da coluna lombar, deve-se primeiramente trabalhar os pés, especialmente o Ponto R1,   B62,   B60,   B40 e    B57 por 5 segundos, aproximadamente.

    Em seguida, os pontos 23 a 30 do meridiano da bexiga devem ser pressionados por 3 segundos, em ambos os lados da coluna. 

       
       
       

    1. Ciático

      A inflamação do nervo ciático pode ser tratada, primeiramente seguindo os procedimentos para tratamento da coluna lombar. Em seguida deve ser complementado com pressionamento dos pontos     BP6,     BP7,     BP9,     BP10,

          VB37, e    VB38.

    1. Joelho

      Para tratamento do joelho, podem ser aplicados, inicialmente, os procedimentos para a coluna lombar, nervo ciático e em seguida trabalhar os pontos:    R10,   BP9

         BP10,   F7,    F8,   F9,    E34,   E35,   E36 e     E37. Além destes, se necessário podem ser trabalhados os pontos   VB34,   VB35, e   VB36.  Em todos os pontos a pressão deve ser até o limite da dor e por 3 segundos. 


    1. Pernas

      Adotar os procedimentos para tratamento da coluna lombar e em seguida aplicar os pontos reflexos dos pés tanto da sola (Reflexologia convencional) como do dorso (TRV – Terapia Reflexológica Vertical.) Deve-se trabalhar também os tornozelos, liberando a articulação aplicando a quiropraxia. 
       
       

    1. Tornozelo, pé e artelhos.


     
     

      Diversos pontos precisam ser estimulados, sendo o R1 um dos mais importantes.

      Os demais pontos do meridiano do rim devem ser pressionados: R2, R3, R4, R5, R6. Em seguida, o pé deve ser tracionado através de puxões e balanços, com a pessoa tratada sentada em uma cadeira fixa. 
       

    1. Aparelho digestivo

      Os pontos E21, E22, E23 e E24 devem ser pressionados por 3 segundos.

      Deve-se verificar o alinhamento da coluna dorsal, especialmente entre a quinta e a oitava vértebra dorsal. A manobra pode ser executada com a pessoa deitada em uma superfície firme estando de bruços durante o tratamento. 
       
       

                            É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 
       
       
       

    1. Aparelho respiratório

      Os pontos   IG20 e o   E2 devem ser pressionados delicadamente por 10 segundos, orientando a pessoa a permanecer relaxada e com respiração tranqüila. A desobstrução das narinas acontece quase de imediato. 

                                É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    1. Tosse

      Quando possível, as C6, C7, D1, D2 e D3 devem ser ajustadas.

      Uma aplicação de acupressura nos pontos VG14, R27, VC20, VC17, P9 e E36 ritmadas de 30 movimentos em um intervalo de 10 segundos em cada um dos pontos costuma dar resultados espetaculares.

      
     
     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
     
     

    CHOA KOK SUI – Miracles Through Pranic Healing (Milagres do “tratamento” prânico) – 1998. Ed. PENSAMENTO. 

    EDNÉA I.S.MARTINS e LUIZ.B.LEONELLI – A prática do Shiatsu – 2002. Ed. ROCA. 

    FRANK BAHAR – Akupressur (O livro de “tratamento” pela Acupressura) – 2004. Ed. NOVA ERA. 

    LYNE BOOTH – Reflexologia Vertical – 2000. Ed. PENSAMENTO. 

    RICHAR GERBER – Vibracional Medicine – New Choices for Healing Ourselves (Medicina Vibracional – Uma Medicina para o Futuro) – 1999. Ed. CULTRIX. 

    RICHARD GERBER – Vibracional Medicine for the 21st Century (Um Guia Prático de Medicina Vibracional). 2000. Ed. CULTRIX. 

    STEPHEN CO e ERIC B. ROBINS com JOHN MERRYMAN – Your Hands Can Heal You (Suas mãos podem “tratá-lo”) – 2002. Ed. PENSAMENTO. 
     

    Autor: : Seiiti Arata - Terapeuta Holístico – CRT 31513
    Última atualização: 13/05/2007 20:16


    O Tarô Terapêutico e sua relação com os Florais de St. Germain

    O Tarô Terapêutico e sua relação com os Florais de St. Germain


    Andrea Rodrigues Teixeira - Terapeuta Holística - CRT 41933



    A grande invocação
    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra


    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra


    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem.


    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal.


    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.


    Dedicatória
    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes, que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.

    Dedico também a Aparecida Dutra Azevedo, por ser minha terapeuta e mentora dos meus processos emocionais e espirituais.


    Agradecimentos
    Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem a oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

    Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

    Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

    Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.


    Sumário

    1. Introdução..............................................................................................................8

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo..............................................................................8

    1.2.O método freudiano da associação livre................................................................9

    1.3.. Tarô – história e apresentação...........................................................................10

    1.4. Os Florais de Saint. Germain..............................................................................11

    2. Material e metodologia................................................................................................12

    2.1. O método do tarô terapêutico............................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................13

    4. Discussão.....................................................................................................................25

    5. Conclusão....................................................................................................................27

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................28

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................29



    Resumo

    O presente trabalho visa demonstrar, de maneira teórica, a relação que existe entre a aplicação terapêutica dos Florais de Saint Germain, sintonizados por Neide Margonari no Brasil, e as cartas do tarô com uma abordagem junguiana, utilizadas dentro de seu fundamento terapêutico.

    Este importante meio de demonstração dos arquétipos mundiais, presentes em todas as culturas e religiões de diferentes maneiras, pode ser útil e ajudar a esclarecer processos inconscientes que, na sua maioria, não conseguem ser facilmente acessados pelos clientes em terapia. Da mesma maneira, os florais podem ajudar na cura dos diagnósticos proporcionados pelo tarô, num processo terapêutico complementar e que pode apresentar resultados mais eficazes e rápidos dentro da terapia.

    Assim, este trabalho faz esta relação direta entre os dois conhecimentos, demonstrando, no final, que os dois tem mais em comum do que se possa imaginar num primeiro momento.


    1. Introdução


    1.1. Jung e o inconsciente coletivo


    A psicologia analítica, desenvolvida por Carl Gustav Jung, é a que mais pode contribuir para a orientação teórica deste trabalho. Isso porque Jung estudou, inclusive, os arcanos do tarô e várias outras formas dos chamados eventos extrafísicos, ou seja, casos que não podem ser comprovados pela ciência tradicional e que não são aceitos pela mesma, sendo consideradas mitos ou inverdades. De fato, os eventos analisados por Jung, como o tarô, a sincronicidade e tantos outros, não poderiam ser comprovados pela ciência empírica, cega as manifestações energéticas do homem e que não o considera como um todo, ou seja, como um ser holístico.

    Isto posto, vamos analisar, primeiramente a noção básica da psicologia analítica, o conceito de personalidade total (Self). Segundo este conceito, a psicologia humana se desenvolve de duas maneiras concomitantes. Primeiramente uma psique extraconsciente cujos conteúdos são pessoais. E, paralelamente, uma psique cujos conteúdos são impessoais e coletivos, o chamado inconsciente coletivo. (Magalhães, 1984).

    Por inconsciente coletivo podemos compreender uma psique mais profunda, comum a todos os humanos e sem distinção de cultura, raça ou religião. Essa psique seria formada por padrões de estruturação da personalidade nas diferentes fases da vida (infância, adolescência, relação conjugal e profissional, velhice, preparação para morte) chamados de arquétipos. (Magalhães, 1984). A explicação dos arquétipos seria a do “modo como os pássaros fazem o ninho, por exemplo, é um código inato, assim como certos fenômenos simbióticos entre insetos e plantas. Da mesma maneira o homem nasce com certo funcionamento, certo padrão que a torna especificamente humano. Este padrão está expresso nas imagens arquetípicas, ou formas arquetípicas”.

    ( Evans apud Magalhães, 1984).


    A noção de arquétipo, postulando a existência de uma base psíquica comum a todos os humanos, permite compreender por que em lugares e épocas diferentes aparecem temas idênticos, nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de modo geral – seja nos sonhos das pessoas normais, seja no delírio dos loucos”. (Silveira apud Magalhães, 1984).

    Jung ainda coloca os arquétipos como imagens “primordiais” (Burckhardt apud Jung, 1987), ou seja, uma aptidão da mente humana de manter as imagens como elas eram nos primórdios da humanidade.

    Essa hereditariedade explica o fenômeno, no fundo surpreendente, de alguns temas e motivos de lendas se repetirem no mundo inteiro e em formas idênticas...” (Jung, 1987).


    Uma outra noção junguiana muito importante no presente trabalho é a teoria da sincronicidade, desenvolvida pelo autor. Segundo ele, a sincronicidade é a “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos” (Jung, 1971). Porém, estes fatos não são somente uma coincidência estatisticamente comprovada, mas uma manifestação do psiquismo da pessoa com a qual ocorre o fato, a sincronicidades. Jung começou a pensar nisso quando, ouvindo o sonho de uma paciente sobre um besouro, viu o mesmo besouro entrar pela janela de seu consultório. De fato, a possibilidade matemática disto acontecer com eles (médico e paciente) era remotíssima, apesar de possível, o que o fez acreditar que algo no inconsciente coletivo fazia com que os acontecimentos certos aparecessem para determinada pessoa, como um modo de mensagem que deveria ser decifrada como algo importante e que trouxesse desenvolvimento e evolução ao ser em questão. Assim “o fato psíquico modifica ou elimina os princípios da explicação física do mundo está ligado à afetividade do sujeito da experimentação” (Jung, 1971). Ou seja, os fatores da psique humana são capazes de modificar os conteúdos do mundo físico, fazendo com que ocorram as chamadas sincronicidades. A sincronicidade é, portanto, “uma percepção de uma simultaneidade de acontecimentos internos e externos, não necessariamente no mesmo momento – daí serem sincronísticos e não sincrônicos.” (Guimarães, 2004).


    1.2. O método freudiano da associação livre


    Freud, considerado o pai da psicanálise, cunhou o termo associação livre como método eficaz dentro do seu trabalho terapêutico. Por associação livre podemos entender:


    Método que consiste em exprimir indiscriminadamente todos os pensamentos que ocorrem ao espírito, quer a partir de um elemento dado (palavra, número, imagem de um sonho, qualquer representação), quer de forma espontânea.” (Laplanche e Pontalis, 2001).


    Assim, todos os pensamentos que ocorrem ao paciente no momento da sessão são importantes e interessantes no processo da terapia. É como uma porta que se abre no inconsciente e “escolhe” os assuntos ou associações que determinado indivíduo faz em alusão a alguma coisa. Podemos, com isso, pesquisar farto material sobre o assunto em questão e o que poderia parecer mero acaso de fala passa a se tonar material para o trabalho de conscientização.


    1.3. Tarô – história e apresentação


    Vejamos, primeiramente, o que Banzhaf nos diz sobre o tarô:


    “O tarô é um oráculo de cartas que, em sua estrutura atual, é conhecida desde o século XVI. Consiste em 78 cartas, divididas em dois grupos principais: as 22 cartas chamadas Arcanos Maiores (do latim arcanum, que significa “segredo”) e as 56 cartas chamadas Arcanos Menores. Os Arcanos Maiores apresentam figuras ou “personagens” individuais e inconfundíveis, numerados em seqüência clara. Já os Arcanos Menores são precursores do atual baralho de jogo, pois se dividem em quatro séries de naipes” (Banzhaf, 2001).


    Para o presente trabalho vamos considerar somente os Arcanos Maiores do tarô.

    “Erupções dramáticas deste gênero usualmente significam que aspectos negligenciados de nós mesmos buscam reconhecimento.” (Nichols, 1980). Assim, o tarô utiliza-se dos arquétipos do inconsciente coletivo para nos mostrar, por meio de importantes mensagens, aspectos nossos abandonados ou deixados de lado por alguma motivação consciente ou não. A sincronicidade entra na escolha de cada uma das cartas pelo consulente ou pelo tarôlogo. Assim, não é a toa que uma determinada carta é puxada quando o consulente concentra-se em um determinado aspecto de sua vida. O tarô responderá de acordo com a energia psíquica que aquela pessoa desprende no momento da jogada.

    Veja bem, não se trata de uma mágica barata. É toda uma teoria psicológica que respalda os indícios de que as figuras que aparecem no tarô representam de alguma maneira aspectos de nosso inconsciente coletivo. Assim, as cartas podem ser utilizadas por qualquer pessoa, a qualquer tempo. São atemporais como o é o próprio inconsciente, onde não se separa presente, passado ou futuro. Os eventos apresentados nas cartas do tarô podem tanto vir de eventos futuros (aparecendo como previsões) como de eventos passados ou presentes, exatamente pela atemporalidade do aspecto inconsciente. O importante é saber que esses aspectos, quando solicitados pelo consulente no momento da consulta de tarô, aparecerão de acordo com a sua importância na vida psíquica da pessoa, ou de aspectos escondidos que precisam vir à tona (ou seja, eventos inconscientes que precisam ser conscientizados) de coisas que já aconteceram, como de eventos que tem um potencial para acontecerem no futuro e que, de alguma maneira, ainda poderão ser modificados. Por isso que não podemos falar em destino como uma tabula rasa escrita por alguma outra força que não esteja em nós mesmos, mas sim como uma possibilidade dentro dos eventos da vida da pessoa que serão levados a cabo de acordo com cada uma de suas escolhas.

    Assim, os arquétipos representarão o encenar de uma peça que já acontece há muitos séculos, desde os primórdios da civilização, mesmo que mude seu cenário. Por isso a grande quantidade de diferentes modelos de tarô, de diferentes épocas, religiões e conceitos. O aspecto principal é que as figuras não mudam, os arquétipos são apresentados sob diferentes roupagens, mas sempre serão os mesmos.


    1.4. Os Florais de Saint Germain


    Os Florais de St. Germain foram sintonizados pela terapeuta Neide Margonari, a partir de seu chamamento pessoal em 1990. Eles abrangem 79 essências retiradas de flores presentes na Mata Atlântica, nativa da costa brasileira. Conta também com uma fórmula chamada de Fórmula Emergencial. Esta Fórmula Emergencial é usada na maioria dos casos para uma limpeza prévia da aura do paciente e, em alguns casos emergenciais como choques, perdas e o momento de uma notícia que abale a estrutura emocional e espiritual do paciente.

    Na sua maioria, dos Florais de St. Germain são utilizados para o tratamento de doenças nos campos físico, emocional e espiritual, como obsessores e vampirismo psíquico. Por esse motivo, estes foram os florais escolhidos para realizar o trabalho terapêutico dentro da clínica, pois trata o homem como um ser holístico, com todas as suas faces e necessidades específicas.

    A seguir, apresenta-se uma tabela de todas as essências florais de St.Germain e sua utilização clínica.






    2. Material e metodologia


    2.1. O método do tarô terapêutico


    O método do tarô terapêutico é de uso e aplicação simples, mas com grande poder de síntese do processo principal pelo qual a pessoa está passando. Separam-se os 22 arcanos maiores do tarô e é pedido que o consulente embaralhe as cartas concentrando-se, principalmente, no motivo real de seus problemas atuais. O consulente também pode se concentrar em um problema específico. Logo após, o terapeuta abre o baralho à sua frente, de maneira que todas as cartas fiquem viradas para baixo e seja possível puxar qualquer uma delas. Ainda concentrado, o consulente precisa puxar uma única carta, que será o motivo da meditação durante todo o restante da sessão. O terapeuta precisa explicar o máximo sobre a carta em questão e pedir que o consulente faça suas associações com os problemas pelos quais está passando ou conte uma história do que acha que está acontecendo na figura. Assim que terminar o processo, o terapeuta já saberá em quais aspectos da carta é preciso atuar e quais os florais que representam esses aspectos.

    Para cada uma das cartas do tarô, com cada uma de suas representações arquetípicas, é possível relacionar um ou mais florais. Cada floral vai trabalhar um aspecto diretivo da carta em questão, por isso que é necessário o tempo de associação livre entre o terapeuta e o cliente. Neste período, é necessário descobrir porque aquela carta especificamente está entrando na vida do cliente e como as mudanças desses aspectos poderão ser mudados. Os florais servirão como o remédio para a alma, mas o processo de cura vai começar já com o uso da associação livre.

    Assim, como cada arquétipo trabalha determinados aspectos da psique humana e os florais de St. Germain também, foi possível fazer a associação dos aspectos presentes nos arcanos do tarô (arquétipos) e as soluções apresentadas por cada um dos florais. Assim, dependendo de cada aspecto que seja encontrado na elaboração terapêutica do tarô é possível receitar determinado floral, respeitando a sua aplicação para aquele determinado caso. Nos resultados, apresentam-se as relações possíveis entre cada arcano arquetípico e o uso dos Florais de St. Germain.





    3. Resultados


    A seguir, apresentam-se as relações entre os florais, as cartas do tarô e as possíveis associações terapêuticas:


    O Louco“O louco é o andarilho, enérgico, ubíquo e imoral” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa a pessoa que precisa soltar-se mais, precisa esquecer o passado, as mágoas e impulsionar em direção à vida e ao futuro. Pode representar pessoas que tem um louco dentro de si, mas tornaram-se metódicas e enfadonhas, atingindo um alto grau de depressão ou desespero sem motivo. Pode evocar estados de síndrome do pânico, onde toda a energia represada precisa ser solta de alguma maneira. Também evoca a energia presa que gera estados de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na divindade), Algodão (desbloqueia a ligação com a intuição e com o instinto), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Gerânio (depressão, ansiedade e medos infundados), Bom dia (dificuldade de enfrentar a vida), Dulcis (estagnados na sua jornada), Embaúba (mágoa profundas), Ipê roxo (fortalecimento do Self), Panicum (Síndrome do pânico), Piper (se sentem travados, hábitos obsessivos), Saint Germain (insanidade, desligamento com o Eu interior), Verbena (rigidez mental), Anis (pessoas que não se entregam pra viver sua vida na plenitude), Coronarium (Trabalha os estados de mania, paranóia, insanidade, demência e loucura), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Lírio Real (ser livre em qualquer situação), Ameixa (perda do controle mental), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes inúteis), Madressilva (aprisionadas ao passado) e Pinheiro Libertação (Liberta aspectos aprisionados na alma).


    O Mago “O mago é capaz de realizar sua mágica diante de nós, bastando para isso que assistamos às suas representações.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa o adolescente, que acaba de começar a sua jornada ou alguém que acaba de começar uma coisa nova. Pessoas muito ligadas com o superficial, identificadas quase que totalmente com o ego, que precisam do outro para se sentir queridas, amadas ou reconhecidas. Falta de reconhecimento da realidade, pessoas muito iludidas ou presas a fantasias.

    Florais relacionados: Aloe (Independência e autoconfiança), Gerânio (desligado da realidade), Erianthum (egoísmo, autocentramento e superficialidade), Capim Seda (pessoas que se deixam levar pela energia dos outros), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Gloxínea (novos começos), Amygdalus (presa no mundo das ilusões), Grandflora (algozes e sádicas), Helicônia (Aprisionadas nas malhas da ilusão das glorias da ascensão social), Limão (de índole mentirosa), Purpureum (manipuladores), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Bambusa (desviaram-se do seu caminho por influência dos outros), Indica (revela o oculto, o que está por traz das aparências), Myrtus (para pessoas presas no mental do outro), Triunfo (só dar valor às aparências), Vitória (autenticidade), Pau Brasil (energia para despertar nossos talentos latentes, nossa real vocação) e Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real).



    A Sacerdotisa“Dela é o reino da profunda experiência interior; dela não é o mundo do conhecimento exterior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa a pessoa que não consegue se ligar à sua espiritualidade por não estar ligada ao seu lado feminino. São mulheres com dificuldades no feminino sagrado e homens que não conseguem acessar sua porção mulher, gerando machismo e falta de respeito pelo feminino. Mulheres que perderam a intuição por conta do mundo competitivo em que vivemos e do acúmulo de tarefas. Pessoas que, em geral, precisam refazer seu contato com o seu espírito. Mulheres com forte TPM por conta desse distanciamento.

    Florais relacionados: Abundância (amor incondicional), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Luz (emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Cidreira (pessoas sobrecarregadas), Gloxínea (baixa auto-estima e acumulo de afazeres), Patiens (desenvolvimento da paciência, flexibilidade e tolerância), Pectus (padrões de submissão), Purpureum (TPM e acúmulo de líquidos), Indica (desperta a intuição), Rosa Rosa (amor incondicional), Vitória (sentimento de inadequação), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Lótus do Egito (expansão da consciência e da espiritualidade) e Cocos (personalidade capacho).


    A Imperatriz “É, portanto, a Imperatriz quem faz às vezes de ponte entre o Mundo Mãe de inspiração e o Mundo Pai de lógica e laboratórios...” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa travada no seu processo criativo por afastamento do seu lado feminino. Falta de inspiração para mudar o que precisa ser mudado. Excesso de “amor”, relacionamentos destrutivos e sufocantes. Falta de fertilidade e de prosperidade. Excesso de dramaticidade do real. Pessoa ciumenta e invejosa.

    Florais relacionados: Abundância (amor incondicional), Algodão (bloqueio no ouvir e ver internos), Aloe (acessar a independência e a autoconfiança), Capim Seda (desbloqueio do fluxo natural), Erianthum (não se aprofundam na vida e nos relacionamentos), Leucantha (conexão com a grande Mãe interna), Limão (personalidade invejosa), Perpétua (perdas afetivas), Pepo (dificuldade de perceber e despertar para as situações da vida), Abricó (dificuldade de concretizar), Boa Sorte (remove os obstáculos para prosperar), Indica (intuição), Monterey (culpa consciente ou inconsciente), Rosa Rosa (amor incondicional), Fórmula Leucantha ( rejeição da gravidez) e Poaia Rosa (amor incondicional e espiritual).


    O Imperador – “Aqui começa o mundo patriarcal da palavra criativa, que inicia o domínio masculino do espírito sobre a natureza.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de senso prático. Excesso de ilusões e fantasias. Falta de concretude. Problemas com figuras de poder, como chefes. Racionalizar demais como mecanismo de defesa. Falta do princípio da ação, pessoa acomodada. Falta contato com a realidade, vive no mundo mental, das idéias sem concretizar nada. Problemas em se destacarem do todo e em encontrar soluções na vida profissional.

    Florais relacionados: Abundância (expansão da consciência), Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor, útil para governantes e políticos), Aloe (verdades que o inconsciente sabe mas a pessoa não quer enxergar), Amygdalus (pessoas presas no mundo da ilusão), Bom dia (depressão camuflada), Cidreira (ansiedade), Embaúba (vistos como preguiçosos e passivos por questões internas), Erianthum (mau humor, ira e teimosia), Gerânio (postura mental negativa, desligadas da realidade), Grandflora (pais que batem nos filhos), Pectus (energia para enfrentar), Pepo (dificuldade de perceber e despertar para as situações da vida), Sapientum (impotência sexual), Verbena (rigidez mental), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Chapéu de Sol (útil aos que começam a se destacar), Cocos (se sente fraco e sem fibra diante de certas situações), Mimozinha (dificuldade de se articular nas situações), Monterey (complexo de inferioridade), Vitória (trabalha a autenticidade), Aveia Selvagem (poder sobre suas próprias decisões), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Pau Brasil (nossa real vocação).


    O Sumo Sacerdote – “... a personificação exteriorizada da luta do homem pela conexão com a divindade – da sua dedicação à busca do significado, que coloca o homem acima dos animais” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Perda da ponte entre Deus e o homem. Crenças infundadas. Necessidade do outro para ver suas próprias questões. Projeção. Inveja. Falta de consciência do seu poder espiritual. Complexo de herói. Afastamento da parte sagrada do Self. Fanatismo religioso.

    Florais relacionados: Allium (Proteção espiritual), Capim Seda (se deixam influenciar pela energia dos outros), Erbum (sincronismo entre alma e corpo), Gloxínea (baixa auto-estima), Helicônia (padrões voltado ao externo), Limão (personalidade invejosa), Pepo (muito apegadas a bens materiais), Purpureum (manipuladores), Saint Germain (desligamento com o Eu Superior), Scorpius (pessoas críticas e provocadoras), Tuia (culpa inconsciente do “pecado”), Verbena (idéia fixa e falta de flexibilidade), Wedélia (desligamento do Eu Superior), Mangífera (perderam a fé), Cocos (personalidade capacho), Laurus Nobilis (romper ligações com crenças religiosas), Rosa Rosa (perda da fé), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Poaia Rosa (sincronicidade da nova ordem planetária).


    O Enamorado – “Podemos ver nesse moço a personificação do jovem e vigoroso ego, pronto para enfrentar a vida e seus problemas sem a ajuda de ninguém.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Fragilidade do ego. Fraqueza para tomar decisões. Excesso de indecisão. Processo de fuga dos conflitos. Excesso de fantasia como fuga da realidade. Não consegue se conectar com a mãe interna, não cortou o cordão umbilical da mãe real. Dependência emocional. Imaturidade.

    Florais relacionados: Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor), Aloe (inadequação e negação de si mesmo), Amygdalus (controle das emoções pela compreensão da mente), Bom dia (dificuldade para enfrentar a vida), Curculigum (dificuldades de impor limites), Leucantha (acessar a Mãe interna/ personalidades indecisas, confusas e dependentes), Pectus (energia para enfrentar), Perpétua (perdas efetivas), Sapientum (útil para pessoas imaturas), Thea (útil em situações de mudanças e conflitos), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Anis (não se soltam para viver a vida em plenitude), Carrapichão (combate o vampirismo), Grevílea (invadidos no seu espaço pelo outro), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Lírio da Paz (proteção dos envolvimentos que nos prejudicam), Lírio Real (ser livre), Aveia Selvagem (pessoas muito indecisas), Lótus/ Magnólia (perceber o que é nosso e o que é do outro) e Pau Brasil (útil para adolescentes que estão procurando os seus caminhos).


    O Carro – “ A jornada exterior não é apenas um símbolo da jornada interior, mas também o veículo para o nosso autodescobrimento” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Inflação do ego. Falta de equilíbrio e discernimento. Ter energia, mas não ter objetivos claros. Instabilidade emocional. Somatização de doenças por conta do emocional. Estados de mania e ansiedade. A pessoa que “coloca o carro na frente dos bois”. Medos infundados. Estagnação. Medo de tomar as rédeas e de dirigir.

    Florais relacionados: Algodão (remoção de energias negativas n corpo físico), Allium (devolve a calma e o discernimento), Amygdalus (controle dos desejos), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Cidreira (ansiedade), Dulcis (se sentem estagnados em sua jornada), Erbum (ritmo das pessoas rápidas demais), Erianthum (egoísmo), Focum (medo de dirigir), Gerânio (ansiedade e medos infundados), Helicônia (vaidade e exibicionismo), Pectus (energia para enfrentar), Perpétua (saudades de quem partiu por viagem), Piper (para quem se sente travado), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Boa Sorte (proteção), Cocos (estado de resignação), Coronarium (mania, agitação interna), Ameixa (perda do controle mental), Lótus do Egito (harmonia e enlevo da alma sem o envolvimento do Ego), Lótus/Magnólia (proteção) e Sergipe (abertura e amplitude da mente).


    A Justiça – “O equilíbrio é a base da Grande Obra” (Aforismo alquímico apud Nichols, 1980)

    No processo terapêutico: Estado de regressão infantil. Pessoa que usa a raiva contra os outros e comete crimes. Auto-culpa acentuada. Falta de equilíbrio mental. Mudanças repentinas de humor. Em casos mais graves Transtorno Bipolar (estados alternados de mania e depressão). Falta de responsabilidade. Sentimento de injustiça.

    Florais relacionados: Allium (discernimento), Curculigum (conflitos e culpas internas), Embaúba (sentimento de injustiça), Gloxínea (confusão de desordem interna), Grandflora (pessoas algozes e sádicas), Patiens (disciplina interna e organização mental), Purpureum (Limpeza dos corpos inferiores), Saint Germain (Estado de insanidade), Sapientum (energia da sabedoria), Unitatum (criança interior ferida), Varus (culpa), Coronarium (mania, paranóia), Indica (revela o que já sabíamos inconscientemente), Grevílea (transmutação dos sentimentos de raiva), Monterey (culpas conscientes ou inconscientes), Arnica Silvestre (pessoas injustiçadas), Myrtus (presas no mental do outro) e Ameixa (perda do controle mental).


    O Eremita – “... o frade aqui retratado personifica uma sabedoria que não se encontra em livros”. (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Sentir solidão por distância do si mesmo (vazio da alma). Fanatismo religioso. Depressão. Projeção em figuras místicas ou religiosas. Falta de sabedoria com as experiências. Retirar-se da vida por vontade própria. Falta de senso de observação e dificuldade de introspeção. Pessoa espiritualmente atacada. Superficialidade. Desligamento do Eu Superior.

    Florais relacionados: Algodão (bloqueio no ouvir e ver interno), Allium (proteção contra vampirismo astral), Begônia (acessar seu oráculo interno), Bom dia (dificuldade de enfrentar a vida), Capim Seda (pessoas que se deixam influenciar pela energia dos outros), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados), Erianthum (superficialidade), Gerânio (depressão), Helicônia (padrões voltados ao externo), Incensum (elevação do nível vibratório), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (liberta o corpo da vítima de trabalhos de magia), Sorgo (vazio da alma), Thea (útil na meditação), Wedélia (desligamento do Eu Superior), Abricó (sentimento de solidão), Bambusa (desviaram-se do seu caminho por influencia dos outros), Boa Sorte (proteção), Carrapichão (vampirismo por sondas astrais), Indica (revela o que está por traz das aparências), Lírio da Paz (proteção dos envolvimentos que nos prejudicam), Myrtus (presas no mental do outro, seitas), Rosa Rosa (perda da fé), Triunfo (só dão valor as aparências), Vitória (ilumina o lado obscuro da alma), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Lótus do Egito (harmonia e enlevo da alma sem o envolvimento do ego), Lótus/Magnólia (proteção, perceber o que nosso o que é do outro), Pinheiro Libertação (campos profundos da alma) e Poaia Rosa (alinhamento rítmico das nossas atividades no cotidiano com as energias mais aceleradas do plano espiritual).


    A Roda da Fortuna – “... estamos presos no intérmino girar predestinado da Roda da Fortuna? Ou essa carta nos oferece outras mensagens, mais cheias de esperança?” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Estagnação. Envolver-se demais com os problemas externos desconsiderando a sua essência. Não aceitação dos fatos da vida como naturais e excesso de sofrimento por isso. Pessoa dramática e vitimesca. Pessoa que não consegue acessar transformações e mudanças necessárias à evolução humana e espiritual. Pessoa presa ao passado, que espera que sempre as coisas se repitam. Não consegue mudar o comportamento e, consequentemente, não consegue mudar as coisas. Precisa entender a relação entre seu interno e seu externo.

    Florais relacionados: Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Seda (desfazer o bloqueio energético do fluxo natural), Dulcis (se sentem estagnados em sua jornada), Erbum (pessoas que sofreram os revezes da vida), Erianthum (não se aprofundam na vida e nos relacionamentos), Pectus (abandonar padrões repetitivos de submissão e resignação), Piper (para quem se sente travado), Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real), Anis (pessoas que não se soltam para viver a vida na sua plenitude), Boa Deusa (aos que levaram rasteira da vida), Lírio Real (ser livre), Alcachofra (traz abertura e receptividade), Canela (ampla visão das questões da vida), Flor branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada) e Populus Panicum (sentimento de insegurança com relação à própria vida e compreensão dos acontecimentos e o caminho certo a seguir).


    A Força – “As energias outrora empenhadas na adaptação exterior começarão agora a preocupar-se mais com o crescimento interior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Lado emocional exacerbado. Ser dominado pelas emoções. Falta de controle da raiva e do ódio. Violência. Doenças psicossomáticas. A pessoa não consegue aceitar as suas emoções e elas acabam o engolindo. Fraqueza física e emocional. Sexualidade desequilibrada. Indecisão quanto à própria identidade sexual.

    Florais relacionados: Aloe (pessoas fragilizadas e vulneráveis), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Capim Luz (remover emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Embaúba (vistos como preguiçosos e passivos – quando isso é gerado pela sensação de fraqueza), Erianthum (mau humor e ira), Focum (traumas violentos), Gloxínea (sentem-se inúteis e incapazes), Limão (pessoa de personalidade destrutiva), Melissa (distúrbios de ordem nervosa), Saint Germain (conflito com a identidade sexual), Sapientum (impotência sexual ou sexualidade exacerbada), Tuia (falta de controle dos impulsos sexuais) e Cocos (para quem se sente fraco, sem fibra).


    O Enforcado – “Com as mãos amarradas atrás das costas, o Enforcado se acha tão indefeso quanto um nabo. Está nas mãos do Destino” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de coragem para abandonar o velho e conquistar o novo. Acomodação extrema. Necessidade de se voltar para dentro para voltar como uma pessoa renascida. Deixar-se nas mãos do Destino.

    Florais relacionados: Aloe (sentem-se desprezados e traídos), Arnica Silvestre (ferimentos e traumas morais e físicos), Bom dia (dificuldade de levantar pela manhã), Embaúba (preguiça e passividade), Gloxínea (novos começos), Ipê Roxo (situação sem saída de grandes traumas e estresse), Pectus (energia para enfrentar), Piper (estagnação), Unitatum (carregam a sensação constante de traição), Boa Deusa (traições), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado/ posturas condicionadas e ultrapassadas), Lírio Real (liberta), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes e velhas cargas mentais e emocionais), Madressilva (aprisionados ao passado) e Pinheiro Libertação (liberta aspectos aprisionados na alma).


    A Morte – “Na natureza nada se perde. O rei está morto. Viva o rei” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Apego. Dificuldade de aceitar as mudanças. Pessoas arraigadas às velhas formas e velhas crenças. Apego a pessoas ou situações. Carregar um cadáver que não tem mais utilidade.

    Florais relacionados: Capim Luz (dissolver emoções difíceis do inconsciente), Focum (remove traumas violentos dessa vida e de vidas passadas), Gerânio (ancoragem no momento presente), Gloxínea (novos começos), Alcachofra (força para perceber as posturas arraigadas que nos prendem ao passado), Helicônia (medo de perder o que não tem), Perpétua (perdas afetivas e perdas de pessoas queridas irreparáveis), Verbena (rigidez mental), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes e velhas cargas mentais e emocionais) e Madressilva (para os que estão aprisionados ao passado).


    A Temperança – “O tema dessa carta associa a temperança à Aquário, o carregador da água, o décimo primeiro signo do zodíaco.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de equilíbrio das emoções. Pessoa muito fria ou muito calorosa. Problemas em deixar fluir a vida e resolver, de forma natural, os seus conflitos. Pessoa não consegue ver a saída porque não analisa todas as partes do problema. Problemas circulatórios. Falta de confiança no fluxo da vida. Impaciência.

    Florais relacionados: Abundância (confiar no Universo), Capim Seda (desfazer o bloqueio energético do fluxo natural), Amygdalus (controle das emoções pela compreensão da mente), Erbum (ritmo das pessoas rápidas ou lentas demais), Ipê Roxo (situações sem saída), Melissa (energia da alegria, felicidade e vontade de ser melhor), Patiens (desenvolvimento da paciência), Sapientum (energia de sabedoria), Sorgo (entrega e confiança), Anis (pessoas que não se entregam para viver a vida em plenitude), Mangífera (para os que perderam a fé), Mimozinha (dificuldade de se articular nas situações), Aveia Selvagem (falta de discernimento) e Canela (ampla visão das questões da vida).


    O Diabo – “Chegou o momento de enfrentar o Diabo” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A não aceitação dos aspectos negativos do Ego como a arrogância, a inveja, a ganância, faz com que acabemos escravos deles. Ser escravizado por sua própria sombra por medo de enfrentá-la. Pode tornar-se uma pessoa malévola para si mesmo, descuidando de si por sentir-se culpado e gerar doenças e tragédias. Abertura de mediunidade não trabalhada, que leva a problemas espirituais. Falta de proteção. Promiscuidade e mau uso da sexualidade.

    Florais relacionados: Algodão (remove energias negativas, dissolve rombos na aura), Allium (desobsessão, proteção e desafaz encantamentos), Aloe (verdades que o inconsciente sabe, mas que não quer enxergar), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Arnica Silvestre (costura rombos na aura), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados), Erianthum (egoísmo, autocentramento e superficialidade), Grandflora (pessoas algozes e sádicas), Helicônia (personalidades narcisistas, vaidade e exibicionismo), Incensum (elevação do nível vibratório), Limão (personalidade amarga, de índole mentirosa, destrutiva e invejosa), Pepo (pessoas muito apegadas aos bens materiais), Purpureum (limpeza dos corpos inferiores, ladrões, manipuladores), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (desmanchar trabalhos de magia negra), Scorpius (personalidade índole escorpião), Tuia (personalidade promíscua, sem pudor), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Carrapichão (vampirismo), Triunfo (pessoas que estão no negativo, só dão valor às aparências), Pinheiro Libertação (Liberta aspectos aprisionados da alma) e Poaia Rosa (amor incondicional).


    A Torre – “Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Preso a padrões mentais destrutivos e antigos. Não consegue se jogar de sua prisão inconsciente. Preso a crenças antigas ou a situações desagradáveis. Pode representar uma pessoa que passou por uma destruição (como tragédias e problemas de saúde) e não consegue se reestruturar do trauma. Falta de fé na intervenção divina e em si mesmo. Falta de autoconfiança.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na Divindade e no Universo), Aloe (acessar a independência e a autoconfiança), Arnica Silvestre (ferimentos e traumas morais e físicos), Curculigum (separação, rupturas amorosas ou grandes traumas por morte de pessoa próxima), Focum (remove traumas violentos), Ipê Roxo (situações sem saída de grandes traumas e estresse), Pectus (energia para enfrentar e interromper padrões repetitivos de submissão e resignação), Perpétua (perdas efetivas e perdas de pessoas queridas irreparáveis), Boa Deusa (aos que levaram rasteira da vida), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Mangífera (para os que perderam a fé e a esperança por situações de grande sofrimento), Rosa Rosa (perda da fé) e Flor Branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada).


    A Estrela – “Não usando nenhuma proteção ou máscara, releva a sua natureza básica” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Espiritualidade usada para ter poder. Egoísmo. Inflação do ego. Arrogância e falta de preocupação com o outro. Falha nos projetos. Estagnação dos projetos de vida. Confunde aquilo que se é na essência com a sua máscara. Falta de contato consigo mesmo.

    Florais relacionados: Algodão (remoção dos bloqueios causados por forças psíquicas astrais), Allium (anula mal olhado), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados, se sentem estagnados na sua jornada), Erianthum (longe do propósito da sua essência), Incensum (elevação do nível vibratório), Limão (carregam o sentimento de amargura por causa dos outros), Piper (para os que se sentem travados), São Miguel (desmanchar trabalhos de magia negra), Verbena (Presunçosos, idealistas, intolerantes, arrogantes), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Aveia Selvagem (contato interno com as energias superiores), Flor Branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Poaia Rosa (sincronicidade).


    A Lua – “... o próprio herói está ausente” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Loucura, depressão profunda. Não consegue enxergar as saídas para nenhum problema. Estado catatônico. Se perder o contato com a consciência, estados psicóticos. Mediunidade se confunde com problemas psiquiátricos. Perda do limite entre a razão e a loucura. Tendência a vícios. Baixa auto-estima. Síndrome do pânico.

    Florais relacionados: Algodão (remove energias negativas, limpeza de vícios ou abusos do corpo físico), Aloe (baixa auto-estima, angústia), Embaúba (feridas crônicas), Gerânio (depressão, ansiedade e medos infundados), Gloxínea (baixa auto-estima), Ipê Roxo (situações sem saída de grandes traumas e estresse), Panicum (síndrome do pânico), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (desmanchar trabalhos), Thea (combate a depressão), Abricó (sentimento de solidão), Carrapichão (vampirismo por sondas astrais), Coronarium (mania, paranóia, insanidade, demência e loucura), Triunfo (pessoas que estão no negativo), Lótus/Magnólia (floral de proteção) e Pinheiro Libertação (liberta os aspectos aprisionados da alma).


    O Sol – “... onde a vida não é mais um desafio a ser vencido, mas uma experiência a ser desfrutada.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Tristeza, aprisionamento do ego, falta de auto-estima e de autoconfiança. Pessoa não consegue ser feliz com o que tem, não consegue ver as pequenas alegrias da vida. Mau humor. Hipocrisia. Critica demasiada. Orgulho. Vaidade.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na Divindade), Aloe (sentimento de desvalorização, inadequação e negação de si mesmo), Capim Seda (desbloqueio do fluxo natural), Cidreira (preocupação, pensamentos obsessivos), Gloxínea (Sentem-se inúteis e incapazes), Helicônia (para personalidades narcisistas, vaidade, exibicionismo), Ipê Roxo (esperança dos sonhos realizados), Melissa (desesperança), Scorpius (pessoas críticas e provocadoras), Sorgo (entrega e confiança), Unitatum (criança interior ferida), Wedélia (ganância), Anis (pessoas que não se soltam), Boa Sorte (remove obstáculos para prosperar), Chapéu de Sol (pessoas invejadas), Lírio Real (ser livre), Mangífera (perderam a fé e a esperança) e Canela (ampla visão das questões da vida).


    O Julgamento – “O Julgamento dramatiza o momento da ressurreição espiritual de diversas maneiras.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Desequilíbrio. Ficar preso na experiência em si e não na sua análise. Resistência a mudanças. Depressão, tristeza e falta de discernimento e senso crítico. Racionalizar demais as emoções ou dramatizar demasiado. Dificuldade de impor limite e dizer não. Culpas.

    Florais relacionados: Amygdalus (pessoas presas no mundo da ilusão), Curculigum (dificuldade de impor limites e dizer não), Dulcis (estagnados na jornada), Embaúba (sentimento de injustiça), Gerânio (desligada da realidade, depressão), Patiens (suportar situações de grande pressão), Sorgo (perdão), Grevílea (transmutação dos sentimentos) e Monterey (culpa).


    O Mundo – “Chegamos à culminação da longa jornada” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de elementos no ego. Fracassos acumulados. Pessoa que não consegue concluir o que começou, pois sente que se perdeu. Sensação de estar perdido, de ter esquecido algo no meio do caminho. Problemas de memória. Falta de conscientização. Coloca a culpa de tudo nos outros e não assume a sua responsabilidade. Idealização demasiada das pessoas e das situações.

    Florais relacionados: Algodão (enxergar a realidade ao nosso redor), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Luz (remover emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Dulcis (tônico espiritual), Gerânio (ancoragem no momento presente), Gloxínea (medo de errar), Goiaba (medo da perda de controle), Melissa (desesperança, ansiedade e tristeza), Sapientum (acessar a sabedoria de vidas passadas), Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Boa Sorte (abre caminhos), Coronarium (dificuldade de aprendizado, ativa a memória), Alcachofra (transformações na consciência), Ameixa (perturbação interior), Lótus do Egito (expansão da consciência), Sergipe (abertura, amplitude da mente) e Poaia Rosa (sincronicidade com a nova ordem planetária).


    1. Discussão


    Podemos perceber que a descrição dos arquétipos apresentados por Nichols guarda sempre uma relação com os florais apresentados por Neide Margonari. Os arquétipos se repetem como disse Jung, em todas as manifestações culturais globais o que nos faz perceber que, do ponto de vista terapêutico, tanto o tarô quanto os florais possuem a mesma função, só que utilizam métodos diferenciados de execução. Ambos pretendem melhorar o estado global do ser humano, do ponto de vista “biopsicoespiritosocial”. Ambos empenham-se em descobrir e corrigir as facetas mais instintivas do homem, bem como suas manifestações psicológicas de maneira geral.

    Podemos perceber, também, que um mesmo floral pode ser usado em diferentes situações. A Fórmula Emergencial, por exemplo, serve para qualquer uma das situações, sendo usada conjuntamente com outras fórmulas, se esse for o caso. Cabe ao terapeuta entender quais os florais que mais se adequam a situação em que o cliente está exposto, mesmo que isso signifique uma fórmula com vários florais, já que os Florais de St. Germain não estabelecem um número limite de uso.

    A Fórmula Emergencial não foi mencionada especificamente por poder fazer parte de qualquer um dos diagnósticos fornecidos pelo tarô, como um floral de limpeza e fortificação de todos os corpos para receber o tratamento. Neide Margonari recomenda que ele seja usado durante uma ou duas semanas antes do início de um tratamento, seja ele qual for, ou concomitante à fórmula proposta. Assim, ele serve como um bálsamo até mesmo para esperar que o terapeuta tenha mais elementos para diagnosticar a situação.

    Os arquétipos universais do tarô trabalham de maneira a despertar no cliente elucubrações sobre o tema proposto. Abrem os caminhos da consciência para elucidação de seus mais íntimos e inacabados processos terapêuticos e nos fazem meditar à medida que aprendemos a usar todos os nossos potenciais.

    Por outro lado, os florais agem no nível inconsciente diretamente, num caminho que não nos parece oferecer placas de sinalização. De maneira geral, o cliente toma o floral sem nem mesmo saber as razões claras e conscientes para aquilo. Porém, ele age nos níveis mais profundos dos corpos sutis e da alma.

    Assim, enquanto o tarô trabalha de fora para dentro, através da conscientização, os florais trabalham de dentro para fora. É inevitável que se encontrem no meio do caminho da cura do paciente e potencialize um ao outro.

    Ainda é possível pensar num diagnóstico casado, com mais de uma carta do tarô, onde a possibilidade de interpretação e de precisão ficaria ainda maior. Assim, é possível utilizar duas ou três cartas, principalmente quando o diagnóstico parece difícil de ser acessado por uma limitação do cliente ou, por vezes, do próprio terapeuta. Seria interessante utilizar essa técnica e procurar os florais que se repetem no diagnóstico como os mais importantes para a elaboração da fórmula.

    Nota-se também que cada uma das cartas tem mais de uma possibilidade de interpretação. Esse aspecto deve ser levado em conta e procurar encontrar o exato ponto de confluência entre a carta e a história relatada pelo cliente. Assim, pode-se precisar o diagnóstico sem margens de erros. Por vezes, pode ser necessária mais de uma sessão para que o processo de associação livre fique claro e livre de interferências.



    1. Conclusão



    Fica esclarecido, assim, de que forma a união das duas técnicas terapêuticas, tarô e florais, e quando o tarô também se propõe a isso e não a mero objeto divinatório, potencializa a cura do paciente tornando-a mais eficaz e mais rápida. Os dois caminhos (interno para o externo, e externo para o interno) estão sendo trabalhados. Enquanto o cliente toma o seu floral, sabe os motivos e os processos que o estão levando a tomá-lo e cria a consciência necessária para que seus corpos sutis também possam aceitar as mudanças propostas.

    De fato, tanto as relações entre os florais e o tarô, quando as maneiras como essa relação pode ser usada na terapia ainda não estão finalizadas. Ainda podemos perceber que existe muito a estudar e pesquisar sobre o tema, inclusive com o relato direto de casos e comprovações. Este trabalho apenas se propôs a demonstrar as coincidências teóricas que podem ser levadas a cabo ao longo de um processo terapêutico. Este trabalho foi o início de uma jornada arquetípica para, uma vez mais, desenvolver técnicas que ajudem as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida e, em muitos casos, estabelecer a cura de suas feridas emocionais mais profundas. Tanto na evolução da humanidade, num contexto geral, como dos seres humanos, no contexto individual.

























    1. Referências bibliográficas




    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994.


    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo. Editora Madras.2004.


    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004.


    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964


    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999.


    JUNG.C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.


    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.


    MARGONARI.N. Florais de Saint Germain – os doze raios divinos. 2ª edição.São Paulo. Edições Florais de Saint Germain. 1999


    MARGONARI.N. Os florais de saint Germain – repertório- dicionário – atuação dos 12 raios divinos. 4ª edição. São Paulo. Edições Florais de Saint Germain.s/d.


    NICHOLS, S. Jung e o Tarô: Uma jornada arquetípica. Edição 9.São Paulo.Cultrix.2000


    PIERI.P.F. Dicionário Junguiano.. 1ª edição. São Paulo. Editora Vozes. Paulus Editora. 1998.


    RAPPAPORT, C.R. Teorias da personalidade em Freud, Reich e Jung. 1ª edição. São Paulo. EPU. 1984.










    1. Anexos e Apêndices


    Tabela 1 – Significado arquetípico das cartas do tarô


    Arcano

    Nomenclatura

    Significado

    0

    O Louco

    É a carta que não tem número. Liga o mundo real ao mundo espiritual .O inconsciente na sua forma mais pura, lado instintivo. Por saber usar esse lado instintivo, é ele que impulsiona nossas vidas para frente.

    1

    O Mago

    Inicio do processo de individuação proposto por Jung. Começo do pé na realidade da vida. Pode ser tanto mágico criador como embusteiro. Energias domesticadas, elementos para começar no caminho da vida. Porém, pode criar ainda as ilusões, aparência da realidade. Sugere ação.

    2

    A Sacerdotisa

    Representa o princípio feminino da divindade, o yin primário e as deusas femininas. Receptividade. Passividade. Contenção e tradição. Persistência, amor e paciência feminina. Experiência interior. Espiritualização.

    3

    A Imperatriz

    O princípio feminino no sentido Terra, Mãe, mundano. Capacidade criativa. Poder do amor. Sociabilidade e socialização. Ação e conclusão. Criação. Capacidade intuitiva. Inspiração.

    4

    O Imperador

    Princípio masculino yang. Racionalidade. Princípio da realidade. Ação. Consciência. Responsabilidade. Figuras masculinas de poder (pai, chefe). Mente.

    5

    O Sumo Sacerdote

    Liga o mundo interno e externo de maneira mais consciente. União do masculino e do feminino sagrado. Ponte entre o homem e Deus. Contato do homem com o seu espírito. Consciência do poder espiritual. Principio masculino e racional da espiritualidade.

    6

    O Enamorado

    Conflito. Princípio da realidade. Consciência. Desejos antagônicos. Romper o cordão umbilical. Encontrar a força dentro de si. Dúvidas. Ligar a vida espiritual e emocional. Conflito como fonte de crescimento e evolução.

    7

    O Carro

    A viagem pela vida. Autodescobrimento através das vivências e experiências. Ação. O próprio corpo do consulente. Estabilidade. Proteção.

    8

    A Justiça

    Dualidade humana. Inocência e culpa. Equilíbrio. Responsabilidade gerada pelo conhecimento. Fim das ilusões e da inconsciência. Poder de discriminação entre o certo e o errado. Necessidade de pesar as coisas. Opostos trabalhando juntos.

    9

    O Eremitha

    Necessidade de solidão e meditação. Encontrar os significados interiores. Espiritualização. Observação. Sabedoria. Aspectos ligados à mediunidade.

    10

    A Roda da Fortuna

    O dentro e o fora. O eterno girar da vida e dos acontecimentos. Dentro é a essência e fora o acontecer. Equilíbrio quando no meio da roda, olhando a situação de dentro e deixando com que as coisas aconteçam. Mudanças. Nascimento e morte. Uso do instinto e do mental como forma de equilíbrio.

    11

    A Força

    Força do instinto. Domínio das emoções através da anima (força feminina). Domínio do nosso lado animal. Sexualidade equilibrada. Emoções equilibradas. Força interior.

    12

    O Enforcado

    Período de transição. Abandono de velhas atitudes e se deparar com o novo. Necessidade de coragem e sacrifício. Acomodação. Traição das velhas tradições.

    13

    A Morte

    Transformações, mudanças repentinas. As grandes fases de mudanças. Morte do velho para renascer o novo. Período de desapego. Revitalização. Renovação.

    14

    A Temperança

    Temperar as emoções. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Emoções profundas e desafios da alma. Dissolução das velhas formas e o desatamento de nos rígidos. Situações de conflito em que se deve ser os dois lados da moeda.

    15

    O Diabo

    Estagnação. Energias negativas circundando a questão. Nossa sombra, nosso lado negro e cruel. Arrogância, orgulho, inveja, cobiça. Magia negra.

    16

    A Torre

    Destruição das velhas crenças e das velhas formas de viver. Quando não é mais possível, pela própria ordem natural das coisas e do Universo, manter uma situação que não está de acordo. Pode representar a ira e a intervenção divina.

    17

    A Estrela

    Auto-aceitação da sua natureza básica. Ligação com a alma e não somente com o Ego. Entendimento. Compreensão do todo. Intuição e luz. Espiritualidade. O pessoal e o transpessoal.

    18

    A Lua

    Aquilo que está escondido na noite do inconsciente. Depressão. Fuga da realidade para o mundo interior. Mediunidade. Desolamento. Infertilidade. Mergulho no deserto do inconsciente.

    19

    O Sol

    Alegria. Consciência. Auto-estima elevada. Sensação de liberdade. Inocência infantil. Prosperidade. Proximidade com a nossa natureza e aceitação desta.

    20

    O Julgamento

    Finalização de processo. Separar o joio do trigo para um novo recomeço futuro. Análise profunda das situações da vida. Equilíbrio entre a razão e a emoção, sensação e intuição. Aceitação das mudanças.

    21

    O Mundo

    Eu como centro do equilíbrio psíquico. Interação dos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água). Integração dos aspectos femininos e masculinos, negativos e positivos do ego. O ego está completo e se sentindo pleno de sentido. Vitória. Triunfo.

    Fonte: “Jung e o Tarô – uma jornada arquetípica” – Sallie Nichols – Ed.Cultrix

    Autor: : Andrea Rodrigues Teixeira - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 13/05/2007 20:24


    HARMONIZAÇÃO TOTAL ATRAVÉS DA RADIESTESIA E RADIÔNICA TENDO EM VISTA O PERFIL INDIVIDUAL DO CLIENTE DETERMINADO PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES

    HARMONIZAÇÃO TOTAL ATRAVÉS DA RADIESTESIA E RADIÔNICA TENDO EM VISTA O PERFIL INDIVIDUAL DO CLIENTE DETERMINADO PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES


    NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA
    TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758

    “A vibração de todos os corpos físicos da Terra e de todas as outras manifestações da Energia, considerada a partir do plano terrestre é, em termos magnéticos, essencialmente a mesma, porém, a FORÇA VITAL, ou VIDA INDIVIDUAL, ou Energia Irradiante, considerada a partir do plano do éter, é completamente diferente”.

    (Drª Ruth Drown, D. C.)


    A todos que gostam de pesquisar, experimentar, e experienciar coisas novas e que ajudam a construir um mundo melhor.


    AGRADECIMENTOS

    A Deus e às minhas filhas, Janira e Niara; à minha mãe, Ruth e meus clientes que, de um jeito ou outro, sempre me desafiam para crescer.

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO.............................................................................................................7

    1 MATERIAL E METODOLOGIA...........................................................................8

    1.1 Material empregado...............................................................................................8

    1.2 Métodos.................................................................................................................8

    1.3 Descobrindo seu perfil e de seu cliente...............................................................10

    1.4 Como os Cinco Movimentos influenciam a personalidade.................................11

    2 VALORIZAÇÃO DA CAPACIDADE RADIESTÉSICA NO MUNDO MODERNO.................................................................................................................13

    3 COMPATIBILIDADE ENTRE OS PERFIS INDIVIDUAIS ESTABELECIDOS PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES..................................................................................................................16

    4 RESULTADOS........................................................................................................19

    5 DISCUSSÃO............................................................................................................20

    CONCLUSÃO.............................................................................................................22

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................23


    RESUMO

    A TERAPIA HOLÍSTICA visa a harmonização do cliente em seus vários “corpos”: físico, mental, emocional, energético e espiritual e para se chegar a isto, é necessário que se tenha uma visão individualizada do ser como criatura única, porém, inserida na totalidade dos seres viventes e neste estudo unimos os conhecimentos da Radiestesia e Radiônica com a individualidade detectada pelas irradiações emanadas da classificação quanto aos Cinco Movimentos Chineses e com este conjunto o equilíbrio almejado fica menos difícil de ser alcançado.


    INTRODUÇÃO

    HARMONIZAÇÃO TOTAL é o fim primeiro e último de nosso trabalho, nosso objetivo a ser incansavelmente procurado, mesmo sabendo que a totalidade é utópica, não podemos nos cansar nem mesmo desistir, por isso, neste estudo usamos dos métodos da Radiestesia e Radiônica para, de acordo com as radiações da pessoa, quer seja ele mesmo, o terapeuta, quer seja o cliente, traçar o perfil individual e em conseqüência uma melhor direção para o objetivo proposto.

    A física (atômica – molecular – nuclear) nos prova que de cada corpo emanam radiações, cujas ondas são tanto mais curtas, quanto maior for a sua temperatura.

    Como a radiestesia se ocupa essencialmente da captação das emanações dos corpos, aqui neste estudo nós nos ocuparemos das radiações físicas, do órgão ou dos órgãos predominantes de cada corpo a fim de se determinar a qual movimento pertence e como fazer para harmonizá-lo.

    Toda atividade mental emite irradiações com as mais variadas ondas, já comprovadas pela medicina através do eletroencefalograma. Tanto é verdade que a morte clínica só é aceita quando for comprovada a ausência de qualquer radiação mental.

    Outra comprovação das ondas mentais são as emanações neuroenergéticas da nossa mente, que provocam a variada fenomenologia psicocinética já largamente comprovada pela Parapsicologia. O nosso sistema nervoso é continuamente estimulado pela mais variada gama de radiações que nos rodeiam e que, pelos nervos aferentes são imperceptivelmente conduzidas ao cérebro. Essas ondas comumente passam despercebidas, mas, no momento em que nossa mente se coloca em sintonia com elas, o nosso cérebro, através dos nervos eferentes, pode transferir essas captações ao pêndulo ou varinha imprimindo-lhes variados movimentos que transistorizam as mensagens do inconsciente para o nível consciente.

    Desse modo, podemos conhecer realidades que, de outro modo, seriam difíceis ou até impossíveis de ser conhecidas como sejam a predominância de um tipo de perfil ou compatibilidade energética de um casal, como estudaremos aqui.

    1 - MATERIAL E METODOLOGIA

    1.1 Material empregado

    • MAPA DOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES como o fornecido pelo SINTE;

    • Pêndulo neutro;

    • Ficha de cliente;

    • Gráficos de radiônica (ANEXOS): DIAFRAGMA II, PANTÁCULO, ESCUDO PROTETOR; ESTRELA (PENTAGRAMA), TURBILHÂO C/ SOL.

    1.2 Métodos

    1.2.1 Estudo da pessoa presente.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente.

    1.2.1 Estudo da pessoa presente

    • Pede-se que a pessoa coloque longe de si os metais usados, como pulseiras, celular e outros;

    • Escuta-se por cerca de 20 minutos o que o cliente tem a dizer, quais suas reclamações específicas e gerais, o que mais o incomoda e o modo como os demais ou o incomoda ou o agrada;

    • Pega-se o pêndulo já regulado na cor da aura da personalidade do cliente e começa-se a passá-lo a uma distância de mais ou menos quinze centímetros do corpo na altura do coração, pulmões, baço e pâncreas, rins e fígado. No local onde houver predominância da energia individualizada, o pêndulo oscilará em rotações afirmativas seguindo sentido horário;

    • Obtida a resposta afirmativa, anota-se na ficha do cliente o nome do Movimento ao qual o cliente pertence;

    • Segue-se o atendimento perguntando ao cliente as questões relativas ao seu perfil individual-movimento;

    • Pergunta-se ao pêndulo quantas voltas ou quantos minutos são necessários para se restabelecer a harmonia naquele Movimento;

    • Coloca-se um gráfico da Rodiônica sobre o local do perfil individual-movimento e roda-se sobre ele o pêndulo tantas vezes ou tantos minutos necessários;

    • Em 100% dos casos estudados, o que foi estabelecido pelo pêndulo é o seguinte:

    - Perfil individual-movimento Fogo = Gráfico DIAFRAGMA II;

    - Perfil individual–movimento Terra = Gráfico PANTÁCULO;

    - Perfil individual-movimento Metal = Gráfico ESCUDO PROTETOR;

    - Perfil individual-movimento Água = Gráfico ESTRELA (PENTAGRAMA);

    - Perfil individual-movimento Madeira = Gráfico TURBILHÃO C/ SOL.

    • Pergunta-se ao pêndulo se são necessárias outras sessões, caso positivo, informa-se ao cliente;

    • Cuidar da parte emocional com rotações do pêndulo na cabeça e ACONSELHAMENTO adequado.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente

    A radioatividade, nascida do estudo do (elemento químico) radium, autoriza a hipótese de que todos os corpos emitem radiações.

    Muitos estudiosos como o Abade Bouly e outros radiestesistas em suas experiências captaram as radiações de seres infinitamente pequenos como os microrganismos dentro de um organismo. Estas radiações são de uma sutileza grande.

    Ninguém conseguiu até hoje um aparelho que fosse capaz de barrar a penetração das ondas radiestésicas. Graças a Deus não somos capazes de captar conscientemente essas ondas, senão ficaríamos insanos.

    A maioria das ondas passa despercebidas, a menos que tenhamos um aparelho para captá-las como rádio, celular, televisão e aqui no nosso estudo, um pêndulo.

    Chamamos de TELERRADIESTESIA a arte que nos permite, aplicando a ciência, perceber e captar as radiações dos corpos e das matérias a distâncias pequenas ou grandes, utilizando mapas, croquis, fotos, etc.

    Mesmo dentro da Radiestesia, há os céticos que duvidam desta captação.

    O retrato ou foto é uma transmissão vibratória da luz, vinda do corpo fotografado diretamente no filme que captou, condensou e transmitiu as vibrações emitidas pelo corpo.

    Para as vibrações ou radiações que expelem os corpos, não há obstáculos nem distâncias. O tempo e o espaço não existem e como a força de penetração é muito grande, abre passagens e segue adiante.

    Estas radiações são perfeitamente percebidas quando o radiestesista regula e acorda o seu sistema receptor (sistema nervoso) com o comprimento das ondas que a foto ou mapa emite.

    Não há uma explicação formal e científica que possa satisfazer, mas sua exatidão é certa.

    Essas emissões de radiações embora já existissem desde a origem do mundo, somente no século XX, foi possível organizar uma disciplina para estudá-las cientificamente.

    Os animais, sendo animais, não precisaram esperar até o século passado para detectá-las e tirar proveito delas para a sua vida. O sistema nervoso da abelha, organizado para vibrar a uma freqüência determinada, desde sempre soube sentir as flores melíferas a uma grande distância, e captar radiações características da colméia materna.

    Foi demonstrado que as flores melíferas têm exatamente a mesma freqüência vibratória da abelha. Maravilhas do instinto e, sobretudo, maravilhas do Criador.

    Não há dúvida nenhuma que o instinto guia os animais com mais segurança que a inteligência humana, mas é certo também que o cérebro humano tem mais capacidade do que qualquer animal.

    Os animais só detectam as ondas que lhes são essenciais para a vida e para preservar a espécie, e nosso cérebro é como um receptor que detecta e amplia qualquer tipo de onda.

    Detectar uma radiação é por o cérebro em ressonância com um comprimento de onda, escolhido propositalmente, em vista de algum interesse.

    É necessário encontrar um meio de sintonizar somente as ondas do objeto que nos interessa e deixar de lado todas as outras radiações, estabelecendo assim a seleção.

    Cuida-se da pessoa ausente como se cuida da presente, só diferenciando ser a foto ou figura e não o corpo material.

    1.3 Descobrindo seu perfil e de seu cliente

    Para que possamos descobrir nosso perfil quanto aos Cinco Movimentos Chineses, é necessário o seguinte procedimento: esfrega-se as mãos para estabelecer um curto circuito, capaz de nos desimpregnar das radiações estranhas.

    Coloca-se o pêndulo em contato com a terra para haver uma limpeza, em seguida, com a mão direita segurando o fio sintonizado em sua cor da aura da personalidade, passa-se o pêndulo a uns 10 ou 15 cm distante do próprio corpo no local dos órgãos dos cinco movimentos, ou seja: 1) coração; 2) baço/pâncreas; 3) pulmão; 4) fígado; 5) rins. Onde o pêndulo girar em sentido horário é ali seu movimento predominante. Em resumo: o pêndulo gira no sentido horário, quando o nosso cérebro, por efeito da ressonância, sintoniza com as emissões radiestésicas do órgão pesquisado.

    Quanto a seu cliente, o procedimento é o mesmo, isto é, pesquisando com o pêndulo sobre o corpo do cliente em pé (se puder) a uns 10 ou 15 cm de distância do corpo e sobre qual órgão dos Cinco Movimentos o pêndulo girar em sentido horário, é ali o órgão predominante, isto é, o perfil do cliente estabelecido por um dos Cinco Movimentos Chineses.

    Pode-se também fazer uma análise do cliente ausente com algum testemunho do mesmo. Exemplo: um retrato, pedaço de unha, de cabelo ou saliva. Quando não se tem um testemunho concreto, pode-se criar um testemunho, colocando o nome, e se possível a data de nascimento na ficha e esta ficaria caracterizada como sendo a representação do cliente, ou pode-se desenhar um boneco na ficha e ir passando o lápis nos pontos dos órgãos dos Cinco Movimentos com a mão esquerda e com a direita segurando firmemente o pêndulo, sobre qual parte do corpo o pêndulo girar é ali o órgão predominante e em conseqüência seu perfil quanto aos Cinco Movimentos Chineses.

    1.3.1 Alimentação adequada

    Cada perfil de cliente frente a um dos Cinco Movimentos Chineses tem uma relação de alimentos que lhes são adequados tomando-se como base a alimentação mais natural possível, sendo os mais aconselhados:

    Perfil individual-movimento FOGO: alimentação verde e branca, como verduras e frutas para aquietar o fogo, favorecendo maior equilíbrio.

    Perfil individual-movimento TERRA: alimentação de legumes e frutas azul e violeta para favorecer a integração com outros movimentos.

    Perfil individual-movimento METAL: alimentação mais forte com a cor vermelha e alaranjada podendo até ser carne magra e frutas alaranjadas.

    Perfil individual-movimento ÁGUA: alimentação amarela e alaranjada como frutas e legumes destas cores.

    Perfil individual-movimento MADEIRA: alimentação branca como peixe, frutas de polpa branca e o verde.

    O verde é adequado a todos os perfis porque promove por si só o equilíbrio no organismo. Estas sugestões são só dos mais sintonizados alimentos, sabendo que a alimentação desordenada leva ao caos.

    1.4 Como os Cinco Movimentos influenciam a personalidade

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO FOGO

    Pessoas nascidas sob a influência deste movimento são líderes naturais, carismáticas e dinâmicas no falar e no agir. Aventureiros, ambiciosos, impulsivos e sem medo dos riscos, eles possuem enorme capacidade para inspirar os outros a atingir seus objetivos. Sua grande energia e ambição, entretanto, podem também trabalhar contra eles, que correm o risco de se tornar egoístas, desconsiderados e inquietos quando não são capazes de obter o que desejam.

    O calor e o brilho do movimento FOGO atraem naturalmente as pessoas até eles, mas isso também pode ser destrutivo quando não mantido sob controle.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO TERRA

    Os que se enquadram neste movimento são conhecidos por sua natureza pragmática e conservadora. São prudentes com suas finanças, planejadores e administradores eficientes. Confiáveis e metódicos, não são dados a exageros e embelezamentos e podem apresentar as coisas da forma simples como elas são, ou pelo menos como eles as vêem. No lado negativo, podem sofrer de uma certa falta de imaginação e espírito de aventura e podem se tornar muito críticos e excessivamente preocupados em proteger seus próprios interesses.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO METAL

    Os que são controlados pelo Metal são ambiciosos, orientados para o sucesso, determinados e perseverantes. Resolutos e sem hesitação na conduta e na expressão, eles são guiados por sentimentos poderosos e podem, às vezes, ser irracionalmente teimosos e inflexíveis. Têm forte perspicácia financeira (Metal é o elemento associado ao dinheiro) e irão usá-la para aumentar seu apetite por luxo e poder. Voluntariosos e dogmáticos, eles precisam aprender o valor da conciliação e deixar de insistir rigidamente em sempre ter as coisas feitas a sua maneira.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO ÁGUA

    Os regidos pela Água são fluidos como ela. Elas (as águas) mais penetram do que dominam, e, como um rio ou regato, são capazes de se desviar de quaisquer obstáculos em seu caminho através de sua calma e indomável perseverança. São habilidosos, comunicadores, capazes de transmitir idéias e influenciar os outros. Em seu estado negativo, podem ser muito conciliadores e passivos, e se apoiar demais no apoio dos outros. Para obter sucesso, eles devem aprender a ser mais afirmativos e usar ativamente seus poderes de persuasão para transformar seus sonhos e visões em realidade.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO MADEIRA

    Daqueles nascidos sob a influência do movimento Madeira diz-se que possuem elevados padrões morais e defendem o crescimento consistente e a renovação. São extremamente autoconfiantes e progressistas, com habilidades executivas que os capacitam a assumir empreitadas cooperativas de grande porte. Por causa de sua generosidade e de sua capacidade inata e solidária de compreensão dos outros, são capazes de produzir apoio moral e financeiro para todos os empreendimentos com que se comprometam. Sua maior desvantagem é uma tendência entusiástica e excessivamente confiante para assumir mais do que o recomendável e, portanto, correr o risco de nada conquistar.

    2 - VALORIZAÇÃO DA CAPACIDADE RADIESTÉSICA NO MUNDO MODERNO

    A princípio, quando começamos a praticar a Radiestesia, muitas vezes, nos sentimos temerosos face a algumas incompreensões encontradas em certas pessoas, mas todos os dias precisamos refletir sobre a importância de que nós nos coliguemos principalmente no SINTE para praticar e promover a Radiestesia e Radiônica nestes tempos pós-modernos.

    Estou convicta de que temos uma grande contribuição a fazer, uma contribuição muito mais formidável do que supomos ou imaginamos, na medida em que nos achamos de posse de uma chave fundamental que poderia descerrar muitas das portas dos problemas aparentemente insolúveis colocados pelos tempos atuais, principalmente o da poluição em escala mundial sob suas diversas formas.

    Esta chave é a Faculdade Radiestésica, o desenvolvimento de suas plenas potencialidades e a sua utilização e aplicação à prática, que ultrapassam de muito a tradicional prospecção de água, minérios e petróleo.

    O fenômeno da rabdomancia é bastante antigo, os homens já dominavam estes conhecimentos como os antigos egípcios para as fundações de suas construções e templos, mas só em 1240 surgiu a primeira referência ao fenômeno em documentos europeus, sendo que a primeira referência na Inglaterra data de 1638, num livro escrito em latim, por Robert Feudd, intitulado Philosophic Moysaiko, seguido no ano seguinte por um certo Gabriel Platts que escreveu acerca do “Descobrimento de um Tesouro Subterrâneo”. Escreve ele que amarrou uma vírgula DIVINA numa varinha e foi descendo o morro até a planície e esta o guiou a um filão de minério de chumbo. Alguns atribuíram esta faculdade não explicada racionalmente a Deus, outras pessoas ao Demônio, ou espíritos.

    A partir daí, foi-se desenvolvendo os estudos e, em 1897, o Prof. William Barret publicou um documento acerca das ATAS DA SOCIEDADE DE INVESTIGAÇÕES PSÍQUICAS sobre uma pesquisa feita com várias pessoas com a Varinha Mágica ou Vírgula Divina e mostras estatísticas de descobertas de águas e minérios. Esta pesquisa e outras mais tarde foram juntadas sob a forma de livro, publicado em 1926 com o título de THE DIVINING ROD.

    EM 1933 organizou-se uma sociedade na Inglaterra, a BRITISH SOCIETY OF DOWSERS, com o objetivo de “incentivar o estudo de todos os aspectos relacionados à percepção da radiação pelo organismo humano com ou sem o concurso de instrumentos”.

    Esta sociedade não se limitou a descobertas de água e minérios, sendo muito mais abrangentes seus objetivos: “radiações”.

    Na sociedade, alguns defendiam ser as radiações aspectos físicos, outros psíquicos.

    Mr. Maby, defensor dos aspectos físicos, publicou em 1949 um livro THE PHYSICS OF THE DIVINING ROD. O lado supra-sensível ainda não era compreendido, nem usado, muito embora eles já se encontrassem acessíveis.

    Estes aspectos se fossem só físicos, seriam fatalmente superados pelos modernos aparelhos. Mas até 1953 não houve muito progresso.

    Nesta época, Rudolf Steiner diz ser a rabdomancia uma “ciência espiritual” e em uma conferência, exortou os rabdomancistas a deixarem de lado a inércia e a preguiça e partirem para a ajuda na resolução dos problemas cruciais da humanidade.

    Na França, a radiestesia já vinha sendo praticada com êxito por muitos sacerdotes como os abades BOULEY e MERMET e técnicos renomados como TURRENE, LESOURD, BOVIS e muitos outros.

    Nos anos 50 e 60, os estudos foram muito desenvolvidos e Dr. George Laurence reuniu as pesquisas da Medicina Psiônica (pesquisa científica e taxonomia), pesquisas de MacDONAGH, Teoria de Doença Crônica de Hahnemann, pesquisas de DNA e RNA e alguns aspectos de ciência espiritual de Steiner, tudo subordinado ao funcionamento da faculdade radiestésica. Em 1969, a PSIONIC MEDICAL SOCIETY, formada tanto por médicos quanto por leigos, estudava não só os sintomas, mas procurava descobrir as causas das doenças e tratá-las com remédios homeopáticos determinados pela radiestesia e, utilizando o pêndulo, gráfico de diagnóstico e mostras efetivas promovia precisão e, portanto, sucesso no tratamento.

    Dr. Albert Abrams, da América, impulsionou também os estudos com a criação da “CAIXA” depois desenvolvido por Drown e De La Warr, os quais deram origem à Radiônica e à Radiestesia instrumental. A Associação Radiônica fundada em 1943 com o objetivo de “incentivar a pesquisa científica e difundir os seus resultados” não foi compreendida por causa de alguns que queriam explicá-la com base na física convencional e como estavam envolvidos com um grande número de instrumentos, confundiram muita coisa e omitiram outras.

    Mas, gradualmente o papel da faculdade radiestésica foi sendo reconhecido e a rabdomancia foi se dividindo em duas formas: Radiestesia e Radiônica.

    A Radiestesia aumenta o nível da consciência, amplia os nossos conhecimentos e a nossa compreensão. Está situada no meio caminho entre os nossos sentidos físicos comuns destinados à apreensão do mundo material e os sentidos ocultos a serem futuramente desenvolvidos, e que um dia nos tornarão capazes de apreender diretamente o mundo supra-sensível. Esta faculdade opera a partir de vários níveis especialmente do subconsciente.

    Desde esta data, 1955 a 1972 e até hoje, estão sendo feitos muitos estudos para ajudar com a sensibilidade do operador a melhorar as soluções para problemas graves, como:

    1. Procura de água, petróleo e depósitos minerais;

    2. Exploração arqueológica – pesquisas históricas;

    3. Arquitetura e cuidar das radiações nocivas do subsolo;

    4. Infração da lei em casos criminais e civis;

    5. Na agricultura e horticultura;

    6. Testes de personalidade – aptidões, potencialidades, distúrbios;

    7. Medicina e veterinária – aumentar a vitalidade, força e resistência dos animais domésticos e de criação;

    8. Homeopatia – solução para indicação, seleção e preparação de potência dos remédios;

    9. Dilema moderno - problema da poluição e contaminação do meio ambiente, tão disseminados que podem até contaminar a estrutura helicoidal do DNA e RNA. É preciso usar de abordagens “transcientíficas” como já afirmou o Dr. Weinberg (EUA);

    10. Método de perguntas e respostas - o intelecto, para a formulação das questões e a avaliação das respostas e a intuição, através do uso da faculdade radiestésica, para se chegar à verdade. É a ponte entre dois mundos – o sensível e o supra-sensível. P & R.

    Cuidado com as perguntas e respostas, é preciso ser claro, objetivo e dar o melhor de si para ter as respostas certas e estabelecer esta ponte entre dois mundos – o sensível e o supra-sensível.

    O ideal é formular a pergunta num enunciado correto e preciso e, sem perder o fio da meada, fazê-la seguir por outras exatamente complementares. Há de se desenvolver um raciocínio rápido e ágil, porém, ao mesmo tempo equilibrado e sob o controle da razão altamente informada.

    3 - COMPATIBILIDADE ENTRE OS PERFIS INDIVIDUAIS ESTABELECIDOS PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES

    Muitas pessoas nos perguntam sobre seus relacionamentos amorosos. Se Fulana combina com Cicrano, a toda hora somos questionados. Não podemos responder evasiva nem superficialmente, haja vista que estamos lidando com pessoas, importantes na construção do mundo melhor sempre almejado.


    Quando alguém me pergunta sobre isso, faço o seguinte preenchimento da ficha:



    Vamos dar um exemplo de duas pessoas que querem ser analisadas: para se preencher esta ficha procede-se às seguintes perguntas:

    1. NOME DOS ANALISADOS. Ex: Maria e João;

    2. DATA DA ANÁLISE – é muito importante colocar a data, porque sendo a vida dinâmica e sempre em evolução, as idéias podem partir para outra direção, a vontade pode mudar e o que é hoje pode não ser, em um tempo próximo ou longo;

    3. O perfil individual quanto aos Cinco Movimentos Chineses também é importante classificar, porque a Lei de Geração “Mãe e Filho” e a Lei da Dominação “Dominante e Dominado” também influenciam o relacionamento;

    4. FÍSICO – neste momento Maria e João são “fisicamente” compatíveis? Explicando o que quer dizer fisicamente: as vibrações do corpo, caminham em determinado nível ou entram em conflito em determinado nível. Popularmente fala-se em “questão de pele” ou “química entre ambos”.

    Se a resposta for sim, pega-se um lápis e coloca-o sobre os números abaixo da ficha com a mão esquerda, e na direita o pêndulo e pergunta-se: O nível de compatibilidade física entre Maria e João hoje é de 5,6,7,8,9 ou 10? Começar com 5 quando souber que há algum tipo de harmonia física.

    Aqui foi recebida uma resposta afirmativa no 8. Anotar este número no traço depois do segundo físico.

    1. EMOCIONAL – neste momento Maria e João são emocionalmente compatíveis? Emocionalmente aqui quer dizer: gostos individuais, emoções, experiências, etc. Desta vez, o pêndulo não girou de imediato. Finalmente, depois de mais ou menos trinta segundos, o pêndulo começou a girar, quase de modo relutante, no sentido horário, uma resposta afirmativa.

    Continuar usando a escala 0-10 como antes. Desta vez, no entanto, começou com o número 4 e não foi preciso ir em frente. O pêndulo deu uma resposta afirmativa imediata. Anotar o nº 4 no traço depois do segundo emocional.

    1. ENERGÉTICO – Se quando os dois estão juntos, sentem-se alegres, felizes, risonhos ou tristes, exauridos, cansados e indiferentes.

    A resposta sobre a compatibilidade energética foi sim/8. Anotar no traço.

    1. MENTAL – a compatibilidade mental está relacionada com os pensamentos, a razão, a comunicação, os sistemas de mundo, conceitos e idéias.

    Um grande fazendeiro criador de gado, quase nunca tem compatibilidade mental com uma defensora de árvores, ativista da ecologia. Seus pontos de vista são opostos.

    A resposta para a compatibilidade mental aqui neste caso foi 7. Anotar no traço.

    1. ESPIRITUAL – o nível espiritual é uma faixa de alta freqüência da consciência. Não é um dogma religioso. É a vivência consciente de freqüências, forças e campos em muitas dimensões. Duas pessoas podem ter maneiras muito semelhantes ou diferentes de vivenciar as realidades espirituais. É o NÍVEL DE SER da pessoa. Neste caso, a resposta afirmativa se deu no nº 8.

    AVALIAÇÃO: olhando os resultados vemos que: físico – 8; emocional – 4; energético – 8; mental – 7; espiritual – 8.

    SUBTOTAL = 35

    Olhando este quadro preenchido, vemos que as respostas foram afirmativas e bem altas, exceto o EMOCIONAL, que precisa melhorar mais do que os outros, e a análise final é que, sendo o total 35 multiplica-se por 2 = 70. 70% é a compatibilidade entre ambos hoje, 100% é a compatibilidade total muito difícil de ser atingida.

    Avaliação dos relacionamentos:

    90% a 100% – superior

    75% a 89% – excelente

    50% a 74% – bom

    26% a 49% – regular

    Abaixo de 25% – ruim

    Este teste deve ser feito de vez em quando, durante o relacionamento, para avaliar o que se precisa melhorar, quais as falhas detectadas e sempre colocar a data. No entanto, o teste não é o relacionamento em si.

    “Todos os relacionamentos são dinâmicos, não estáticos. Vivemos num universo energético. Os relacionamentos liberam e geram energia”.

    Em um determinado momento, uma relação superior em todos os sentidos pode se tornar temporariamente ruim, se surgir um conflito espontâneo. Por outro lado, um relacionamento ruim pode, em determinados momentos, tornar-se excelente ou até mesmo superior.


    4 - RESULTADOS

    Para se trabalhar com o pêndulo, é necessário ter concentração mental não deixando nada externo provocar distração, sentar-se com os pés firmemente plantados sobre o piso, não devendo se tocarem as mãos, uma na outra, também as pernas não devem tocar-se uma na outra, o local deve ser sossegado, com o mínimo de equipamento elétrico na área. Então, pode-se ter bons resultados.

    Vejamos:

    Num universo de 100 clientes encontrei:

      • 40 pertencem ao Movimento Madeira;

      • 30 pertencem ao Movimento Água;

      • 15 pertencem ao Movimento Fogo;

      • 15 pertencem ao Movimento Terra;

      • 0 pertence ao Movimento Metal.

    Relacionamentos mais compatíveis encontrados na análise de 100 casais:

    MADEIRA X MADEIRA – 90%

    MADEIRA X ÁGUA – 60%

    MADEIRA X FOGO – 50%

    MADEIRA X TERRA – 40%

    MADEIRA X METAL – NÃO ENCONTREI

    FOGO X FOGO – 50%

    FOGO X ÁGUA – 20%

    FOGO X TERRA – 50%

    FOGO X MADEIRA – 50%

    FOGO X METAL – NÃO ENCONTREI

    TERRA X TERRA – 80%

    TERRA X FOGO – 50%

    TERRA X MADEIRA – 40%

    TERRA E ÁGUA – 60%

    TERRA X METAL – NÃO ENCONTREI

    ÁGUA X ÁGUA – 90%

    ÁGUA X MADEIRA – 60%

    ÁGUA X FOGO – 20%

    ÁGUA X TERRA – 60%

    ÁGUA X METAL – NÃO ENCONTREI

    Esta estatística foi determinada do seguinte modo:

    Total geral: 100 casais. Destes, encontrei 10 casais Madeira X Madeira; a compatibilidade média entre eles é 90%. Encontrei 8 casais Fogo X Terra; a compatibilidade média entre eles é 50% e assim por diante.

    Há também o que logicamente pertence a um determinado perfil-individual-movimento e não combina em nada (0% de compatibilidade) com outro de determinado movimento.

    5 - DISCUSSÃO

    À primeira vista, a ciência material e a ciência espiritual podem parecer estranhos parceiros, e, no entanto, os conhecimentos holísticos proporcionam um profundo entendimento de aspectos materiais.

    Neste nosso estudo, o que almejamos é a HARMONIA.

    HARMONIA INDIVIDUAL – determinando qual o perfil-individual-movimento e quais suas sensibilidades maiores e mais claramente detectáveis. O modo de cuidar destas, aqui nós propomos o rodar do pêndulo. Primeiro, roda-se em sentido anti-horário para tirar as energias estagnadas no local e a seguir roda-se o pêndulo no sentido horário, tendo colocado no local um gráfico da Radiônica (ANEXOS) – tantas voltas ou tantos minutos previamente determinado pelo pêndulo.

    Essas emissões radiônicas conseguem restaurar a harmonia do padrão vibratório dos tecidos dos diversos corpos, porque chegam ao local sensível com um padrão vibratório maior do que o encontrado ali, então, ocasiona assim a renovação e conseqüente expulsão das desarmonias existentes.

    HARMONIA DO CASAL – quando se vai testar duas pessoas, antes de preencher a ficha de compatibilidade, é necessário dispor a mente em um estado de neutralidade. Cancelar todas as opiniões prévias. Respirar de modo suave, lento e profundo algumas vezes, procurar sentir-se relaxado e tranqüilo. Segurar o pêndulo sobre os dois nomes do início da ficha e perguntar: “São estas duas pessoas compatíveis?”. Quando as duas pessoas são realmente compatíveis, você obtém voltas perfeitas do pêndulo no sentido positivo – horário. Se incompatíveis, o movimento será no sentido contrário. E você poderá medir o grau de compatibilidade preenchendo o restante da ficha.

    Algumas vezes, quando você testa duas pessoas, você não obtém um movimento circular. O movimento é irregular, saltitante, errático, espasmódico, dançante. Se você é realmente sensível você sente o braço até entorpecido, mas não há nada de errado com você. Você está em contato com dois campos de força incrivelmente desarmoniosos entre si. É desastroso até estas duas pessoas ficarem juntas numa sala, e um relacionamento romântico entre elas? Desastre total. É muito triste ver pessoas casadas, levando o relacionamento adiante só por razões práticas, legais, religiosas, financeiras e outras.

    Quando a atração é só física, o certo é se dar este momento de paixão que se esvai rápido e não fica nada.

    O relacionamento para ser duradouro precisa ser e estar em bons números dos vários níveis: físico, emocional, energético, mental e espiritual.

    A vontade, o escolher, é muito maior do que a energia vibracional, assim algumas pessoas escolhem ficar com o par errado por razões para elas relevantes e ficam infelizes espalhando más energias onde vão e estão.

    Para se viver de acordo com o Universo Energético e estar em sincronia com ele, é preciso coragem, determinação e ação, o que, muitas vezes, sendo difícil, muitos não o fazem.

    CONCLUSÃO

    Todo pensamento humano é passível de erro e inverdade, somente unidos ao Espírito da Verdade, podemos nos preservar, nestes tempos materialistas de falsidade e pensamento destrutivo.

    Aos olhos do mundo científico, a Radiestesia é algo sem a menor importância, se comparada às investigações nucleares, astrofísicas ou atômicas, mas quando corretamente entendida, ela nos ensina os mistérios tanto deste mundo quanto do mundo invisível. Ela pode nos revelar a verdade, na medida em que nossas mentes finitas sejam capazes de compreendê-la.

    Creio que cabe à Radiestesia e à Radiônica o privilégio de fazer uma contribuição bastante especial e, em certo sentido, única, para a integração da ciência material e espiritual e a busca de uma nova visão e boas perspectivas para a melhoria do mundo em nossa época.

    Gosto muito de estudar as pessoas que encaro cada uma como um universo dentro do grande Universo, neste pequeno universo tem todas as informações do grande Universo. É o micro dentro do macro, sendo que no micro consta tudo do macro, por isso considero desafiador o harmonizar, o sintonizar de ondas, o “estar bem” na linguagem simples.

    Sempre busco este ideal, talvez utópico, porém, quando recebo informações de melhorias desta ou daquela pessoa, de vida conjugal ativada e estimulada deste ou daquele casal, sinto-me recompensada por todo trabalho e dedicação aos estudos.

    Todo aquele que passa a se ocupar da Radiestesia e Radiônica, está se empenhando numa jornada que o conduzirá do mundo da forma física até as esferas transcendentes e, finalmente, à prática do verdadeiro equilíbrio espiritual. A prática da Radiestesia e da Radiônica apura, afia e prepara a mente de modo a torná-la um canal absolutamente livre para o trânsito das energias puras do universo e, sendo uma abordagem mental de harmonização, esta acontece tanto no sujeito que a pratica, quanto no praticando ou cliente, que pode estar presente ou ausente a alguns ou muitos quilômetros de distância.

    É muito bom participar da Terapia Holística que tem esta visão da pessoa como ser físico, emocional, energético, mental e espiritual, porque, assim, se restabelece o que Deus sempre quis: a união de um com o TODO nesta mesma abordagem pluralista do Universo, “que todos sejam um”.

    Agradeço a Deus por isso.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

    ARESI, Albino. Radiestesia Hidromineral e Medicinal. 1. ed. São Paulo: Editora Mens Sana,1982.

    ATTESHLIS, Dr. Stylianos. Os ensinamentos esotéricos – uma abordagem cristã da verdade. 1. ed. São Paulo: Editora Ground, 1994.

    JAGOT, Paul Clement. A influência à distância – curso prático de telepsiquia – 9. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1999.

    MENDONÇA, Sávio. A Arte de curar pela Radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 1980.

    NIELSEN, Greg. Além do poder dos pêndulos - O ingresso no mundo de energia – 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1998.

    NIELSEN, Greg ; POLANSKY, Joseph. O poder dos pêndulos.13. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1999.

    SAEVARIUS, Dr. E. Manual teórico e prático de Radiestesia. 14. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    SHARP, Damian. O que é Astrologia chinesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 2003.

    TANSLEY, David V. Dimensões da radiônica - Novas técnicas de cura - 10. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1995.

    VIEIRA, Henrique Filho. O Microcosmo Sagrado. 1. ed. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

    COMPATIBILIDADE DE RELACIONAMENTO

    Data: ____/____/____

    Mulher: ______________________________ Homem:____________________________

    Perfil individual quanto aos Cinco Movimentos Chineses

    _____________________________ __________________________________

    _______________

    _______________

    _______________

    _______________

    _______________

    SUBTOTAL X 2

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    TOTAL =

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 TOTAL =

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758
    Última atualização: 20/05/2008 13:33


    Quiro Acupuntura - Acupuntura na Mão

    Quiro Acupuntura 

    (Acupuntura na Mão) 

    Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108 

     

    RESUMO

    Quiro-Acupuntura ou Acupuntura na mão.

    É uma técnica de acupuntura que utiliza somente as mãos para equilibrar a energia do corpo.
    O Quiro Acupuntura e considerada uma reflexologia, como a Orelha, sola dos Pés, Olhos e etc..

    È uma técnica que muito simples de aprender e praticar, porque nos temos as duas mãos na nossa frente .

    Na Coréia esta acupuntura na mão, esta sendo divulgado em massa, por meio de comunicação popular como na TV, Jornal, Revistas e etc.

    Uma boa parte da população coreana já se auto trata com acupuntura na mão como se fosse receita caseira.

    Quero transmitir um pouco do meu conhecimento aos terapeutas para conseguir se auto tratar.( e a única técnica que não depende de ninguém para se tratar ) e não tem contra indicação.

    Qualquer pessoa tem a capacidade de localizar um ponto correspondente numa mão, observando simplesmente um mapa da mão.

    Basta pressionar ou esfregar o ponto ou a região, de maior sensibilidade podemos equilibrar a energia do local alterado.

       ÍNDICE 

          I- Prólogo. 

          II- Histórico. 

          III- As Três teorias da Acupuntura na mão. 

          1- Reflexos dos órgãos e Vísceras na Palma da Mão.

          2- Reflexos dos órgãos e Vísceras no Dorso da Mão.

          3- Lateralidade do Corpo em Relação a Palma da Mão.

          4- Lateralidade do Corpo em Relação ao Dorso da Mão. 

          IV- Material Utilizados no Tratamentos. 

          1- Agulhas.

          2- Aplicadores de Agulhas.

          3- Moxa.

          4- Aparelho de Alumínio .

          5- Anel.

          6- Aparelho de eletro-Acupuntura.

          7- Plaquetas de alumínio ou ouro. 
     

          V- Terapia da Correspondência. 

          1- Dor na testa.

          2- Dor de cabeça lateral.

          3- Olho.

          4- Nariz.

          5- Boca.

          6- Dor na mandíbula.

          7- Distúrbios na bochecha.

          8- Dor na laringe.

          9- Brônquios.

          10- Dor na parte da fonte.

          11- Dor de ouvido.

          12- Dor na lateral da occipital.

          13- Dor na occipital.

          14- Dor na cervical.

          15- Dor na escápula, escápula superior e coluna torácica.

          16- Dores na cervical, torácica, lombar, cóccix.

          17- Dores na Escápula e no Osso da Bacia.

          18- Dores ao lado da coluna lombar.

          19- Pontos correspondentes dos Meridianos IG5, TA4 e ID5.

          20- Pontos correspondentes dos Meridianos P9, CS7, C7.

          21- Pontos correspondentes dos Meridianos E41(T), VB40 (fonte) e                                                                B60( fogo ).

          22- Pontos correspondentes dos Meridianos F4 (metal), BP5(S), e R3 (fonte e terra).

     

          VI- Teoria dos 5 dedos ( 5 elementos ). 

          VII- Teoria dos 14  micro meridianos . 

          1- Relação da Nomenclatura do Quiro-Acupuntura com a Sistêmica.

          2- Meridianos na Palma da Mão.

          3- Meridianos no Dorso da Mão.

          4- Meridiano do Vaso Concepção ( A ).

          5- Meridiano do Vaso Governador ( B ).

          6- Meridiano do Pulmão ( C ).

          7- Meridiano do Int. Grosso ( D ).

          8- Meridiano do Estômago ( E  ).

          9- Meridiano do Baço Pâncreas ( F ).

          10- Meridiano do Coração ( G ).

          11- Meridiano do Int. Delgado ( H ).

          12- Meridiano da Bexiga ( I ).

          13- Meridiano do Rim ( J ).

          14- Meridiano do Pericárdio ( K ).

          15- Meridiano do Triplo Aquecedor  ( L ).

          16- Meridiano do Vesícula Biliar (  M ).

          17- Meridiano do Fígado ( N ). 
     

         VIII) Recursos para aplicar sobre o Micro Meridianos. 

    1. Aplicação Simples.
    2. Aplicação com Tonificação  e Sedação.
      1. Recurso de Tonificação ou Sedação.
    1. Tonificação ou Sedação pela agulha.
    2. Tonificação ou Sedação pelo Magnetismo.
    3. Tonificação ou Sedação pelo estimulador elétrico.

     
     
     
     
     

      IX) Cuidados básicos na utilização da Terapia na Mão. 

         X) Alguns métodos para observar o desequilíbrio do organismo (da energia). 

    1. A temperatura das mãos e dos pés.
    2. A aorta abdominal (que é uma veia grossa que se localiza acima e abaixo da corrente umbilical) deve pulsar suavemente.
    3. Aparelho digestivo deve estar funcionando normalmente sem dores.
    4. As pulsações dos seis pontos (em cada braço existem três pontos) devem pulsar suavemente e igual.
    5. O abdômen, não deve apresentar reação de dor ao ser apalpado.
    6. Coluna vertebral.
    7. Pulsação.

       XI) Medidas utilizadas para localizar os pontos. 

    1. Dorso da mão.
    2. Palma da mão.

       XII) Dicas em casos de Emergência. 

    1. Em casos leves.
    2. Em casos graves.
     

    I - Prólogo 

          O segredo do equilíbrio do organismo está na suas mãos. A mão é um corpo humano em miniatura, pois existem todos os pontos correspondentes do corpo humano  na mão.

          Através da mão podemos tratar todos os tipos de desarmonia da energia do corpo humano promovendo o equilíbrio.

          Essa terapia de tratamento pelas mãos, nos chamamos de Quiro-Acupuntura ( acupuntura somente nas mãos). 

          Características do Quiro-Acupuntura 

          - Esta nova técnica e de fácil aplicação (somente na mão) .

         - Aplicação das agulhas são indolores e menos agressivos se comparados á acupuntura tradicional, e são aplicados superficialmente na palma ou dorso da mão.

          - Ë uma terapia muito fácil de ser ensinada e aprendida.

          - Não tem contra indicação.

          - Não existem restrições quanto ao local de atendimento ou a hora de aplicação.

          - Não há efeitos danosos quando aplicados em pontos errados.

          - Excelentes resultados na harmonização das energias dos órgãos e vísceras.

          -  Muito utilizados em prevenção do desequilíbrio energético.

          - É uma técnica que pode ser utilizados como receita caseira. Porque é muito fácil de ser manuseadas como receita de bolo.

         - Os fundamentos dessa teoria coincide com os da Acupuntura Sistêmica, isto é , teoria dos Yin e Yang, dos Cinco Elementos , Zang-Fu (Órgãos e Vísceras) e dos meridianos . 
     


    II - Histórico 

          Quiro acupuntura surgiu na Korea em agosto de 1971, através do Tae Woo Yoo ( presidente da academia Sooji - medicina da Korea ), que defendeu a tese em 31/12/75.

          Fundador e Instrutor do Instituto de Sooji - Chim da Korea do Sul.

          Quiro Acupuntura estuda o desequilíbrio energético do corpo humano através das mãos. É um novo tipo de acupuntura, que pode promover o equilíbrio energético através da inserção de agulhas nas mãos.

          A Mão é um corpo humano reduzido, os problemas existentes no organismo se refletem nas mãos, sendo assim é possível tratar e promover o equilíbrio energético através da  reflexologia das mãos. 

     

          Primeiro Ponto descoberto em 1971, M5 = VB 20 ( sistêmica ). 

          Desde então, com as intensificações e aperfeiçoamento dos estudos chegou a conclusão das três teorias. 

    1a Teoria : Teoria da correspondência da mão com o corpo humano.

                  ( mão é um corpo humano reduzido ) 

    2 a Teoria : Teoria dos 14  micro-meridianos da Mão, com 345 pontos. 

    3 a Teoria : Teoria dos Dedos das Mãos ( 5 elementos ). 

     

    III - AS TEORIAS DA TERAPIA NA MÃO. 

          1 - Reflexos dos órgãos e Vísceras na Palma da Mão. 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.2 -Reflexos dos Órgãos e Vísceras no Dorso da Mão 

    3-Lateralidade do Corpo em Relação a Palma da Mão. 

    4-Lateralidade do Corpo em Relação ao Dorso da Mão. 
     

    IV- Materiais utilizados no tratamento. 

    1- Agulhas de 2 cm com 13 mm de cabo e 7 mm de agulha. 

    Aplicação de agulha e feita através de um aplicador . Agulha e colocado no aplicador e aplica de forma suave sem fazer força, e a penetração é de 1 à 2 mm sobre a superfície da pele.

    Duração de aplicação de 20 à 30 min. 

    2- Aplicadores de agulha. 

    3- Moxa . 

    Moxa é feita de uma erva chamada de Artemísia, e serve para promover equilíbrio energético do organismo através do calor.  

    4- Aparelho de alumínio . 

    5- Anel   

    6- Aparelho de Eletro-Acupuntura. 

    7- Plaquetas de alumínio ou ouro. 

    São pequenas placas prateadas e douradas, variando de tamanho e quantidade de pontas.  
     

    V- Terapia da correspondência. 

     

    1-Dor na testa. 

    2-Dor de cabeça lateral. 

    3-Olho. 

    4- Nariz. 

    5- Boca. 

    6- Dor na Mandíbula. 

    7- Distúrbios na bochecha. 

    8- Dor na Laringe. 

    9- Brônquios. 

    10- Dor na parte da fonte. 

    11- Dor de Ouvido. 

    12- Dor na Lateral da Occipital. 

    13- Dor Na Occipital. 

    14- Dor na Cervical. 

    15- Dores na Escapula, Escapula superior e coluna torácica. 

    16- Dores na Cervical, Torácica, Lombar e Cóccix. 

    17- Dores na Escápula e no Ilíaco ( Osso da Bacia ). 

    18- Dores ao lado da Coluna Lombar. 

    19- Pontos correspondentes dos Meridianos  IG5, TA4 e ID5. 

    20- Pontos correspondentes dos Meridianos  P9, CS7 e C7. 

    21- Pontos correspondentes dos Meridianos E41(T),VB40 (Fonte)e B60.

                 

    22- Pontos Correspondentes dos Meridianos F4 (Metal), BP5 ( S ) e R3  )       

    VI ) Teoria dos 5 dedos ( 5 elementos). 

    Cada dedo representa um órgão e uma víscera. 

    Dedo polegar: Fígado / Vesícula Biliar ( Estômago e  Int.Grosso ).

    Dedo indicador: Coração / Int.Delgado ( Bexiga e Int.Grosso ).

    Dedo médio : Baço Pâncreas / Estômago (Bexiga e Vesícula Biliar).

    Dedo anular : Pulmão / Int.Grosso ( Útero e Intestino Delgado ).

    Dedo mínimo : Rim /Bexiga ( estômago, Útero e Int.Delgado). 

          É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

     
     
     
     
     

    VII - Teoria  dos 14  micro meridianos  

    Na mão existem 14 micro meridianos. A qual utilizamos para promover equilíbrio de energia  do órgão ou víscera. 

    1- Relação da Nomenclatura do Quiro-Acupuntura com a Sistêmica. 

           Sistêmica            Quiro-Acupuntura 
     

          VC -----------------A   Meridiano Vaso Concepção  

          VG -----------------B   Meridiano Vaso Governador 

          P    -----------------C   Meridiano do Pulmão 

          IG  -----------------D  Meridiano do Intestino Grosso  

          E    -----------------E   Meridiano do Estômago 

          BP  -----------------F   Meridiano do Baço / Pâncreas  

          C    -----------------G   Meridiano do Coração  

          ID  -----------------H   Meridiano do Intestino Delgado 

          B    -----------------I    Meridiano do Bexiga 

          R    -----------------J    Meridiano do Rim  

          CS  -----------------K   Meridiano do Pericárdio  

          TA -----------------L    Meridiano do Triplo Aquecedor  

          VB -----------------M   Meridiano do Vesícula Biliar  

          F    -----------------N    Meridiano do Fígado  

     
     
     
     
     

    2- Meridianos na palma da Mão. 

    3-Meridianos no Dorso da Mão 

    4- Meridiano do Vaso Concepção ( A ). 

    ( A ) nasce no ponto A1 e passa pelo centro da palma da mão, e termina no ponto A33 situado na extremidade do dedo médio.  
     

    5-Meridiano do Vaso Governador ( B  ). 

    ( B ) nasce no ponto B1 e passa no centro do dorso da mão, e termina no ponto B27. 

    6- Meridiano do Pulmão ( C  ). 

    ( C ) nasce no A12 (Jung wan ) e passa pelo C1 até C13 ao longo das bordas do dedo indicador e anular. 

    7- Meridiano do Int. Grosso ( D ).( D ) nasce no ponto D1 do lado da raiz da unha do dedo indicador e anular, passando até D12,dirigindo-se para cima e centralmente em ambos os lados do dedo médio até D22 o qual está localizado ao lado do A28. 

    8- Meridiano do Estômago ( E  ). 

    ( E ) nasce no ponto de A28 desenvolve-se até E2 quando passa a fluir  próximo à lateral do ( A ) até a primeira articulação, quando flui pela palma, passando a correr distalmente ao longo dos dedos polegar e mínimo nos lados distantes do dedo médio. 

    9- Meridiano do Baço/ Pâncreas ( F  ). 

    ( F ) nasce no ponto F1, que está localizado na ponta do polegar e do mínimo e flui ao longo da linha central de cada dedo até ponto F22. 

    10- Meridiano do Coração ( G ). 

    ( G ) nasce no ponto A16 e desenvolve-se no ponto G1, e sobe até G15 ao longo dos dedos indicador e anular, nos lados distantes do dedo médio. 

    11- Meridiano  do Int. Delgado ( H ). 

    ( H ) nasce no ponto H1 e passa ao longo das linhas centrais do dorso dos dedos indicador e anular até H11, quando mudam de direção subindo pelos lados do dedo médio até H14. 

    12- Meridiano de Bexiga ( I ). 

    ( I ) nasce no ponto I1 que fica ao lado do B27, dirigindo-se à linha ao lado do (B ) até I24 , espalha em duas ramificações para fluir pela linha central do dorso do polegar e do mínimo. 

    13- Meridiano do Rim ( J  ). 

    ( J ) nasce ponto J1 na parte externa da raiz da unha do polegar e anular, Flui ao longo da linha vermelha/ branca  até J16, e vai lateralmente ao ( A )   até terceira articulação do dedo médio.

                                                                                                     

    14- Meridiano do Pericárdio ( K ). 

    ( K ) nasce no ponto A18, e flui pelo A16, e é gerado no ponto K1, localizado próximo das linhas da primeira articulação dos dedos indicador e anular na palma da mão. E flui até um ponto final das unhas dos dedos indicador e anular.

            

    15- Meridiano do Triplo-Aquecedor ( L ). 

    ( L ) nasce no ponto L1, na linha posterior interna dos dedos indicador e anular do dedo médio, flui ao longo do indicador e do anular, vira e sobe até aos lados do dedo médio. 

    16- Meridiano do Vesícula Biliar ( M ). 

    ( M ) nasce no ponto M1, que está localizado na lateral do ponto A33, flui para baixo na direção do dorso do dedo médio, e no dorso da mão gira, orientando-se para cima e nos lados do polegar e do mínimo próximo ao dedo médio. 

    17- Meridiano do Fígado ( N ). 

    ( N ) nasce no ponto N1, que está localizado próximo à unha do polegar e do mínimo no lado do dedo médio, flui pela palma, reverte sua direção e sobe até os lados do dedo médio.               

    VIII ) Recursos para aplicar sobre o  Micro-Meridianos. 

    1) Aplicação Simples. 

    É aplicar simplesmente no ponto sobre o Micro-Meridianos, sem técnica de Tonificação ou Sedação.

    A aplicação simples não regula voluntariamente a função do órgão, mas ele somente estimula o micro-meridiano.

    Aplicação da Agulha é 1mm verticalmente sobre a pele. Se cair algumas agulhas não haverá problemas, porque várias agulhas caem em várias direções. É  também não ocorrerá tonificação ou sedação. Ocorre sim o funcionamento pelas características do próprio ponto.

    Por isso no caso da aplicação simples deve estudar em conteúdo o seguinte:

    Ex.: Para indigestão, no caso simples, é eficaz aplicar apenas no ponto A12. E no caso pior, é eficaz aplicar no ponto A12 e mais quatro ponto da periferia na distância de 1 cm acima e abaixo e a direita e esquerda do ponto A12. E no caso crônico , deve ser aplicado sobre o micro meridiano. A aplicação sobre o micro meridiano, em qualquer ponto será eficaz. 

    2) Aplicação com tonificação e sedação. 

    A excelência da Terapia é conseguir certamente o funcionamento da tonificação e sedação  do micro meridiano, para excesso ou deficiência de energia do órgão ou víscera. É a tonificação ou sedação que regulam voluntariamente a função dos órgãos e vísceras se existir problemas. Quando existe problema na função do órgão estará em estado de excitação, excesso de energia, e a víscera correspondente estará em debilidade ( 5 elementos ).Neste momento podemos trabalhar em órgão correspondente para promover o equilíbrio .

                         

    Ex.: Quando existe Dor no ponto (Es25) do lado esquerdo ,pelo diagnóstico descobrimos que existe a síndrome de excesso de energia do int.grosso / deficiência da energia do pulmão. Aplicar pela tonificação do

    C (Pulmão)  micro meridiano do lado esquerdo sumirá ou diminuirá [ porque a tonificação no C (Pulmão) micro meridiano dará o efeito de sedação no D (int.grosso) micro meridiano ].

    Aplicar novamente pela sedação do C(Pulmão) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, a Dor do ponto (Es25) do lado esquerdo reaparecerá. Neste momento aplicar pela sedação do D(Int.Grosso) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, também a dor do ponto (Es25) sumirá ou diminuirá. Outra vez aplicaria pela tonificação do D (Int.Grosso) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, Também a dor do ponto (Es25) reaparecerá.

    Assim, a tonificação ou sedação tem a característica para regular voluntariamente a função do órgão. Isto aparece certamente só no micro meridiano da Terapia . 

    1. Recurso de tonificação ou sedação :

    Tonificação ou Sedação  da Terapia usa se a lei de YUNG SU BO SA

    (o fluxo do micro meridiano é somente em uma direção, isto é do menor para os maiores números).

    YUNG: é a técnica de Sedação que supre o fluxo do micro meridiano pela aplicação contrária a direção do fluxo micro meridiano .

    SU: é a técnica de  Tonificação que supre o fluxo do micro meridiano pela aplicação na mesma direção do fluido do micro meridiano.

    BO: é uma palavra coreana que significa a Tonificação.

    SA : é uma palavra coreana que significa a Sedação. 

    1. Tonificação ou sedação pela agulha:

     

    A eficácia da tonificação ou da sedação pela agulha é bom para qualquer ponto sobre o micro meridiano dos quatro dedos, à exceção do dedo médio.

    Especialmente a melhor maneira para tonificar ou sedar é no intervalo da Segunda articulação e da terceira articulação de cada dedo, porque no final do

    dedo sente-se muita dor ao aplicar, e nas outras partes é lenta a reação ao aplicar.

    • A penetração da agulha na pele 2 a 3mm.
    • O ângulo com a pele 30o a 45o .
    • Tempo de permanência da agulha : 10 à 20 min.
    • Acrescentar os pontos básicos e o ponto importante ou o ponto correspondente.
    1. Tonificação ou Sedação pelo magnetismo:

    O magnetismo é o poder de atração dos pólos negativos com o positivos, e sempre indica os pólos N(norte) ao S (sul). 

    d) Tonificação ou Sedação pelo  estimulador elétrico . 

    1. Tonificação ou Sedação pelas placas de metal Prateado e Dourado ).

    Existem dois tipos de ionização do metal : 

    Prateado ( um metal sem cor ) é o caráter Negativo (-).

    Dourado ( um metal com cor ) é o caráter Positivo (+).  

     
     

    IX - Cuidados básicos na utilização da Terapia na Mão. 

    Primeiramente as mãos devem ser limpas com  água corrente ou passar álcool a 70 graus com 2% de iodo. 

    • Cada pessoa deve ter suas próprias agulhas ou utilizar agulhas descartáveis.
    • Antes da aplicação é bom massagear as mãos, podendo utilizar para isso o massageador.
    • O cliente deve se sentir à vontade, sentado ou deitado se for grave.
    • Tempo de duração : no casos leves como dor de cabeça. Aplicar agulhas e depois de  passar  a dor, deixar por mais 5 min.
    • Nos casos graves ou crônicos: aplicação das agulhas deve ser de 20 à 30min.
    • Número de aplicações: Varia de acordo com o desequilíbrio energético da pessoa.
    • Desequilíbrio Energético leve : Uma vez ao dia, podendo equilibrar com 5 aplicações.
    • Desequilíbrio Energético graves: Uma vez ao dia, podendo equilibrar em 6 à 12 meses ou por tempo indeterminado.
    • Para obter melhores resultados é recomendado o uso de vários instrumentos, na seguinte ordem: massageador, Agulhas, plaquetas de Prata ou Ouro, Anel e Moxa.
    • Quando estiver com as agulhas é bom fazer movimentos leves, para ativar a circulação de energia nas mãos.

    Cuidados e Precauções extremas quanto ao uso,  em situações abaixo:

    • Se o cliente estiver em jejum ou com muita fome.
    • Se o cliente tiver perdido significativa quantidade de sangue por, vômitos, ou eliminação pelo reto.
    • Se o cliente estiver desidratado ou embriagado.
    • Se o cliente estiver exausto pela viagem ou por outro motivo.
    • Se a pressão for instável, alta ou baixa demais.
    • Se o cliente for extremamente fraco.
    • Se o pulso do cliente não puder ser sentido quer pela carótida ou pelas artérias radiais.
    • Se for extremamente alérgico ou reumático.
    • Se o micro meridiano estiver infectado por doença epidêmica ou necessitar de cirurgia.
    • Se o cliente estiver  tendo um ataque.
    • Se o cliente tiver febre ou calafrio extremos.
    • Se o cliente estiver emocionalmente  hiper estimulado, nervoso, alegre, triste, bravo ou assustado.

    Em caso de cliente entrar em choque. 

    1. Tirar as Agulhas ou outros instrumentos.
    2. Repousar com respiração profunda.
    3. Aplicar a Agulha nos pontos A8,12 e 16.
    4. Picar no ponto J1.
    5. Ou aplicar a Agulha nos pontos B24, I2, A33 e E2.
    6. Em casos graves : deve picar a ponta dos 10  dedos.
    7. Aplique Agulha nos pontos da receita de Jeong-Bang do coração na mão direita e Jeong-Bang do rim na mão esquerda.
    8. Após recuperação deverá descansar, comer e  aplicar moxabustão nos pontos A1,3 e 12.

     

    X -  Alguns  Métodos para observar o desequilíbrio do organismo (da energia ). 

    1. A temperatura das mãos e dos pés.

    Se a temperatura das mãos estiverem normal, quer dizer que a circulação do corpo permanece estável. Quando ocorre dos pés e mãos estarem frios, são sinais e sintomas de que o estado do equilíbrio não se encontra normal, necessitando de cuidados. Através do controle da temperatura das mãos e pés podemos concluir a normalidade do corpo humano.

    2) A aorta abdominal (que é  uma veia grossa que se localiza acima e abaixo da corrente umbilical ) deve pulsar suavemente.

    Quando o seu funcionamento ocorre normalmente, a circulação do sangue e a pulsação transcorrem  normalmente . Porém, quando se encontra lesada, com pulsações intensas ou fracas seu funcionamento é prejudicado. Na Terapia Oriental a pulsação da aorta é observada para verificar a normalidade da saúde.

    Quando a pulsação é intensa, o organismo não se encontra normal, dificultando a circulação do sangue.

    1. Aparelho digestivo deve estar funcionando normalmente sem dores.

    Se ao pressionar o estômago, ocasionar dores agudas e apresentar tensões, como uma massa dura, são sinais de que o organismo não está bem.

    1. As pulsações dos seis pontos ( em cada braço existem três pontos) devem pulsar suavemente e igualmente. São os pontos geralmente usados para tomar pulso, o equilíbrio na Terapia  Oriental.
    2. O abdômen, não deve apresentar reação de dor ao ser apalpado .

    A pele do abdômen deve estar mole, assim como intestino, e também a sua temperatura deve estar sempre morna. Se sentir tensão ou uma contração do músculo, e dores ao ser pressionado com as mãos, conclui-se que o organismo está com alguns órgãos e vísceras em desequilíbrio. 

    1. Coluna Vertebral.

    A coluna vertebral que sustenta o corpo humano, é a proteção para sistema nervoso, órgãos e vísceras. Por isso se houver algum problema, poderá causar outros males. 

    Verificação:

    1. Verificar alinhamento da coluna.
    2. Verificar saliência da coluna.
    3. Verificar a sensibilidade da coluna.
    4. Verificar a reentrância da coluna.
    5. Apalpar sutilmente sobre a coluna observando a fisionomia do cliente.
    6. Apalpar sutilmente sobre a lateral da coluna observando a fisionomia do cliente.
    7. Perguntar ao cliente.
    1. Pulsação.

    Para ter saúde, o estado do cérebro  deve estar estável. O estado instável do cérebro é causado pelo descontrole das funções de todo o organismo.

    Na artéria carótida deve haver 4 carótidas . O volume de sangue nestas 4 carótidas devem estar em equilíbrio, se houver desequilíbrio, existira algum desequilíbrio energético .

    Na Terapia para descobrir em que estado se encontra a circulação no cérebro é preciso tomar a pulsação de Yin/Yang. 

    Posição para tomar a pulsação de Yin/Yang: 

    Pulsação de Yin – É tomada no ponto  ( Pu9 ).

    Pulsação de Yang – Localizar o gogó ( pomo de Adão ). Do lado do gogó localiza-se um ponto chamado de  (IG18) que varia de 1,5 à 3,0 tsun de pessoa para pessoa. Neste ponto toma-se a pulsação de Yang. 

    1. A pulsação deve ser tomada da seguinte maneira : comparar a pulsação do punho esquerdo com a pulsação do lado esquerdo do pescoço, e a pulsação do punho direito com a pulsação do lado direito do pescoço.
    2. Comparar as pulsações do pescoço e do pulso   (Pu9) e  (IG18) : Qual das duas será mais grossa ?

    Deve comparar só o volume de sangue entre duas artérias dos pontos  (Pu9 ) e ( IG18 ), sem relação com a força (forte ou fraca ) e a suavidade ou dureza. 
     
     

    XI ) Medidas utilizadas para localizar os pontos. 

    Na mão existem 345 pontos definidos em 14 micro-meridianos. Para saber  a localização exata, utiliza-se Tsun-bun.

    Tsun é uma unidade de medida oriental.

    Bun é 1/10 do Tsun.

    Com exceção a mão deformada. 

    1) Dorso da  Mão. 

    No comprimento.

    1. O dorso da mão mede 6 tsun mais 7 Bun do ponto B1 ao B27 ( que localiza-se na raiz da unha do dedo médio).
    2. Do ponto B1 a primeira falange do dedo médio B14 mede 3 tsun.
    3. O comprimento da primeira articulação ( do ponto B14 ao B19 ) é de 2  tsun.
    4. O comprimento da Segunda articulação ( do ponto B19 ao B24 ) é de 1 tsun mais 4 Bun.
    5. Do ponto B24 ao B27 ( localizado na raiz da unha do dedo médio ) mede 3 Bun.

    Na  largura: 

    1. Do ponto de separação do dedo polegar com o dorso da mão ao extremo (em direção ao dedo mínimo ), mede 4 tsun.
    2. A largura da primeira articulação do dedo médio é de 8 Bun.

    2) Palma da Mão.

    No Comprimento. 

    1. Do ponto A1 ao ponto localizado no extremo do dedo médio A33  mede 7 tsun mais 8 Bun.
    2. Do ponto A1 ao A16 mede 4 tsun mais 2 Bun.
    3. Do ponto A16 ao A20 mede 1 tsun.
    4. Do ponto A20 ao A24 mede 1 tsun mais 1 Bun.
    5. Do ponto A24 ao A33 mede 1 tsun mais 5 Bun.

    Na Largura.

    1. Do ponto A12 ao extremo da palma da mão ( em direção ao dedo polegar ) mede 1 tsun mais 5 Bun.
    2. Do ponto A8 ao extremo da palma da mão ( em direção ao dedo mínimo ) mede 4 tsun mais 2 Bun.
    3. A largura da falange do dedo médio é 8 Bun.

    Obs.: Deve usar  a própria mão da pessoa que for tratar.

    XII – Dicas em casos de Emergência. 

    1. Em casos leves.

    As mãos frias significam má circulação sangüínea, gerando o aumento da quantidade de sangue que flui para cabeça, causando tontura ou desmaio.  

    Quando ocorrer um choque, intoxicação por gás, má digestão aguda (forte) e desmaio pela pressão alta do sangue, as mãos ficarão muito frias. 

    Por isso deve abaixar a pressão alta da cabeça, picando a ponta do dedo médio da mão . 

    No caso de sintomas acima serem leves, podem picar apenas o ponto A33, e nos pontos A8,12,16,E8 e I2 aplicar agulhas ou massageador.

     

    2) Em casos graves.

    Em casos graves deve picar a ponta dos dez dedos das mãos e (em alguns casos deve picar a ponta dos dedos dos pés ) todos os dias até o restabelecimento.

    E em caso de problemas respiratórios utilizar pontos A8, 12, 16, 18, 20, 22, 24, 28, 33, E8 e I2 para normalizar a respiração.

    RESULTADOS

     

    Resultados são muito bons, centenas ou melhor milhares.

    Exemplo da Coréia de onde surgiu a técnica, o governo adotou como receita caseira, se não tivesse resultado, já mais, iria adotar o método para diminuir pessoas em hospitais públicos .

    CONCLUSÃO
     

    E  um método de tratamento muito bom que não podemos deixar de aprender.

    Que tem um resultado muito bom no equilíbrio dos Órgãos e Vísceras e suas funções.

    Excelente em tratamentos preventivos.

    E muito fácil de aprender.

    Muito fácil de aplicar também.

    Autor: : Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108
    Última atualização: 14/06/2013 14:52


    Psicoterapia

    Aula de Psicoterapia - Comunidade de Estudos Avnçados em Terapia Holística PSICOTERAPIA NA ABORDAGEM HOLÍSTICA - Associando técnicas milenares à psicanálise moderna

    PSICOTERAPIA NA ABORDAGEM HOLÍSTICA

    Associando técnicas milenares à psicanálise moderna

    Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico – CRT 21001

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    Resumo:

    A Psicoterapia é parte integrante do atendimento na Terapia Holística e um de seus maiores diferenciais em relação a outras profissões correlatas. Em publicação recente, já destacamos que uma das formas mais práticas e eficientes de introduzir a proposta em consultórios é a implementação de técnicas básicas de Aconselhamento. Outrossim, para este momento, a proposta é a de incrementar a idéia inicial, somando a esta outras formas de abordagens psicoterápicas, em especial, algumas correntes básicas da psicanálise.

    Na transcrição, incluiremos paralelismos entre as idéias de Freud, Reich e Jung e as tradições terapêuticas milenares, mostrando que existe compatibilidade entre todos, passíveis de serem sintetizadas em procedimentos de consultório dos Terapeutas Holísticos.

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras. Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem “científica-reducionista-elitista” cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem “empírica-holística-acessível” de nossos ancestrais xamãnicos. A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do “cientificismo”, mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes. Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a “alma”, desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

    No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se “dissolvem espontaneamente” no decorrer destes procedimentos (método catártico).

    A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

    Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte “inacessível” de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( “eu”) e Censor (“juiz” do Ego, o Ego “Idealizado”).

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

    Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Psicoterapia no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, nome moderno que se dá àquilo que tão bem já praticavam nossos antecessores sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.

    Material e Metodologia:

    1. Definições

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

    ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao “molde-informação” de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um “Ancião Sábio”, que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

    LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

    TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    2. Procedimentos

    ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

    Na sequência, abordaremos algumas opções complementares:

    Análise de Sonhos:

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ...”o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro”... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as “chaves” transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado “o sono sagrado”, onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de “sonho acordado”, muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão “científico”. Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, “a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma”. Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma “auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material “espontâneo” que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a “dramatização”, onde a pessoa “encarna”, um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura “incorporada”. Outra ferramenta de interpretação é a “ampliação” do sonho, onde se é estimulado para “prolongar” o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de “ampliação” é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que “ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico”. O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.

    Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

    Do mesmo modo como “evocamos” os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma “lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais “pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram “especializações” funcionais, “desenhando-se” no holograma certos “caminhos” bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa “tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. “Mapeando” esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos “meridianos” de Acupuntura, na China milenar, e os “chacras” na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a “circulação” energética, induzimos à “circulação” das informações psíquicas, ocorrendo os chamados “insights” (“flashs”, lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que “digerir”, compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro “equilíbrio energético”. O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

    Resultados:

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade.

    Discussão:

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a “imitar” o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE – Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.

    Conclusões:

    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    O Aconselhamento, cujo aprendizado é relativamente simples e intuitivo, em especial para quem exerce outras formas de Terapia, é de fácil integração às demais técnicas já adotadas em consultório. Tamanhos são os ganhos tanto para a Clientela, quanto ao Terapeuta Holístico, ampliando exponencialmente o leque de atuação, que este é um caminho obrigatório a qualquer profissional que deseje maximizar seus potenciais e sua realização na carreira.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Reichiana e Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui regressão, progressão, vivências, etc...). A própra tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.

    Referências bibliográficas:

    O Corpo Fala” - Pierre Weil e Roland Tompakow – Editora Vozes;

    "Counseling, Santé et Développement” em www.counselingvih.org;

    Florais de Bach – Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica” - Henrique Vieira Filho – Editora Pensamento;

    Jung e Reich – O Corpo Como Sombra” - Jonh P. Conger – Summus Editorial;

    O Microcosmo Sagrado” - 2a Edição - Henrique Vieira Filho – SinteBooks;

    Orgônio, Reich e Eros” - W. Edward Mann – Summus Editorial;

    O Processo de Aconselhamento” – Paterson / Einsenberg – Martins Fontes 1988;

    Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung” - Reis, Magalhães e Gonçalves – EPU – Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

    Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks.

    Anexos e Apêndices:

    1)

    Terapia Holística: Ciência ou Arte ?

    Yin, Yang... Ciência, Arte...

    Aparentes opostos, com certeza, complementares,

    ambas somam as faces da moeda do Conhecimento.

    ...

    O conhecimento humano poderia ser dividido entre o conhecimento organizado e o conhecimento ingênuo. O conhecimento ingênuo nada mais seria do que um conhecer intuitivo que pode ter algum grau de reflexão, mas de que certo modo só pertence àquele ser que o percebeu e que sobre ele refletiu. É uma forma de conhecimento muito pessoal. Já o conhecimento organizado nos propicia o surgimento da própria civilização. Esse é o conhecimento registrado, que pode ser transmitido para outras pessoas sem a presença daquele que o desenvolveu, e que se despessoaliza no sentido de criar uma cultura, que pode se realimentar para criar conhecimentos novos, e mais sofisticados.

    Dentro do conhecimento organizado podemos encontrar uma nova subdivisão: ciência e arte.

    ...

    Textos extraídos de www.ricardohage.com/artigos/estetica.pdf

    A Ciência aplica a lógica formal e metodologia, resulta de uma atitude consciente em direção ao entendimento e um esforço fundamental de comprovação, objetivando a intervenção no que se conveniou chamar de realidade. Já a Arte, atua sobre uma lógica subjetiva, isenta de compromissos com a verificação e nasce de uma atitude inconsciente do ser humano, que no geral quer deixar sua marca nessa mesma realidade.

    Com o advento da Modernidade, a sociedade ocidental pautou-se por uma crescente racionalização, assumindo a Ciência como o fundamento geral de nossa orientação no mundo. Nossa civilização passou por uma ditadura religiosa, onde os dogmas da Igreja constituiam a verdade inquestionável, para um atual estado de ditadura científica, na qual confundem aquilo que a Ciência não consegue explicar, como sendo algo impossível de existir.

    A Terapia Holística, que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, possui sua própria lógica singular, muito mais para a subjetividade da Arte, do que para a objetividade da Ciência. Os resultados obtidos pelos Terapeutas Holísticos não cabem nos moldes da pesquisa científica tida como “oficial”, resultando daí, ter sua validade e eficácia injustamente questionadas. Na Idade Média, milhares de nossos antecessores tiveram que negar suas práticas, ocultar seus conhecimentos, esconder suas poções, enfim, renunciar às suas essências (em vários sentidos...) para escapar das fogueiras da Inquisição. Ainda traumatizados com a perseguição histórica, nos tempos modernos, novamente renegam suas origens, tentando sobreviver à inquisição do que se convencionou chamar Ciência. Submetendo-se ao julgo de seus atuais algozes, a Terapia Holística perdeu parte de sua identidade, abrindo mão de seu linguajar, de seus fundamentos, gerando um sincretismo que não surtiu o efeito desejado. Incabíveis em tubos de ensaio, ao tentar “discursar em língua estrangeira” (“cientificês”...), a maior parte das técnicas terapêuticas milenares soaram ainda mais estranhas aos donos da verdade oficial e aí sim foram condenadas, de vez, às fogueiras purificadoras dos dogmas de laboratório. Algumas técnicas tiveram destino ainda mais cruel: tanto abriram mão de suas origens, tanto se adaptaram, que correm o risco de se transformar em “monstros transgênicos”, produtos artificiais adequados aos padrões de consumo “oficial”. A Terapia Tradicional Chinesa, por exemplo, se perder sua alma, transformará seus praticantes em meros espetadores de agulhas, máquinas automáticas de aplicações de tabelas... Já a Fitoterapia, se perder suas “raízes”, será mais um serviçal da indústria de patentes, do que ao bem-estar de seus adeptos.

    Yin e Yang... noite e dia... ciência e arte... faces alternantes de um mesmo fenômeno. Em algum momento no tempo, a Terapia Holística será Ciência, também. No presente, há que ser percebida, compreendida e aceita como ARTE, pois esta é a faceta que agora se mostra. E se valoriza ! Afinal, enquanto a Ciência é inconstante e temporal (o que é fato científico hoje, pode ser a falácia teórica, amanhã...), a Arte é eterna... Resgatemos a auto-estima de nossa profissão, nossa herança milenar e assumamos que

    A Terapia Holística é a ARTE da Qualidade de Vida !

    2)

    A História da Terapia Holística

    Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos”

    (paráfrase sobre texto de 1986,

    do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico – de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico – de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por “sincronicidades”, por “sinais”, cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este “status”, o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os “iniciados” compreendiam as “instruções” incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História “ocidentalizada” registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem “científica”, ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro “médico”, já que estabeleceu “doenças” como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo “desmembramento de seus componentes”. Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de “doenças” que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

    trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,

    de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente

    do Departamento de Clínica Médica

    Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este “movimento separatista elitizado”, continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem “científica” e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o “consolo espiritual” da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência “exata”...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a “desumanização” do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte –-importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva – da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas – a história, a filosofia, a literatura e a psicologia – não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de “A (re)humanização da medicina”,

    de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

    e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada “Revolução Aquariana”. Movimentos “hippies”, de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura “científica”, onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais “científico”. Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas “traduzidas” para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 06/05/2008 14:13


    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS - Terapia de Vidas passadas

    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS ”

    Terapia de Vidas passadas”

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    Santos, 30 de Abril de 2007

    EPÍGRAFE

    A Regressão de Memórias e Terapia de Vidas Passadas interagem sobre os cinco corpos”

    Nelson Zuniga

    DEDICATÓRIA

    A minha Família

    AGRADECIMENTOS

    Ao SINTE – Sindicato dos Terapeutas, Presidente e Equipe, Clientes e Amigos.

    SUMÁRIO

    1 Resumo 2

    2 Introdução 3

    3 Material e Metodologia 5

    4 Resultados 12

    5 Discussão 13

    6 Conclusões 14

    7 Bibliografias 15

    RESUMO

    Para fazer uma Regressão de Memórias com qualidade, segurança e benefícios reais, é importante cuidar primeiro do equilíbrio dos cinco corpos e dos sete Centros de Energia.

    Os desequilíbrios energéticos começam atingir os corpos, físico, mental, emocional, espiritual ou da identidade e vibratório. Atuar neste quadro em qualquer uma das suas etapas é realmente um milagre, que todos os seres humanos temos capacidade de realizar desde que seja com conhecimento e responsabilidade.

    O Ser Humano como órgão universal, recebe e emite vibrações a cada instante, se comunicando com o Eu superior e com universo que o criou. Muitas vezes não entende a linguagem sutil pelo excesso de racionalidade e pouco desenvolvimento emocional e espiritual, sem contar com as dificuldades que temos para administrar veículo físico e menos ainda o corpo vibratório. Para suprir estas dificuldades a Radiestesia e a Radiônica são técnicas muito efetivas.

    Todo ser humano deve aprender a utilizar o Pensamento, Sentimento e Ação, e ter flexibilidade para desenvolvê-los de forma correta, separadas e unidas ao mesmo tempo e no momento certo.

    O Ser Humano é um micro-universo que emite vibrações do seu equilíbrio e quando este é alterado, podemos e devemos saber interpretar estes sinais. Quando começamos a nos afastar da natureza para morar em centros urbanos, nossa percepção foi se limitando aos ruídos da cidade, ao excesso de raciocínio que separou a arte do pensamento e a Filosofia da Ciência.

    Hoje, torna-se necessário, saber ouvir, ver, apalpar, perceber e interpretar como faziam nossos ancestrais xamãs do Brasil, da Europa, Norte América, América do Sul, África, China, Japão, Coréia. Em cada vila do planeta sempre existiu um “Terapeuta Holístico” com diferentes nomes, mas, excelentes observadores do próprio universo.

    A observação dos cinco sentidos, dos cinco corpos, dos sete Centros de Energia traz ao momento atual a experiência daqueles sábios versados ou autodidatas, que faziam desde um simples chá, até uma viagem xamânica, psico-viajando pelo universo.

    O primeiro resgate que faremos é a observação do Manual do Terapeuta Holístico Pagina 66- 5.1.4 “TERAPIA DE REGRESSÃO”: “Técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência, desse modo, induzir “insight” sobre a infância, a vida intra-uterina e até mesmo transpessoais (informações além da personalidade) , com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados pela Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo esta parte, fundamental e integrante da terapia”.

    Para realizar a Regressão de Memórias e Terapias de Vidas Passadas devem-se ter algumas condições básicas importantes para um bom resultado, e não seja frustrante para o cliente e terapeuta:

    1. Terapeuta bem equilibrado com profundo conhecimento das emoções humanas.

    2. Estar preparado para manifestações mediúnicas e incorporação espiritual.

    3. Fazer o resgate biográfico do cliente e trabalhá-lo terapeuticamente.

    4. Dominar o equilíbrio dos sete Centros de Energia.

    5. Saber lidar com os Cinco Corpos.

    6. Conhecer as técnicas de indução, neste caso, Estado Alfa.

    7. Dominar a Radiestesia e a Radiônica.

    8. Dominar a Holopuntura e os Florais de Bach.

    9. Ser um bom interpretador de símbolos e um sábio conselheiro.

    DANÇA DO UNIVERSO: Os movimentos de inspiração e expiração somados aos rítmos dos “Cinco Movimentos Chineses” desenvolvem a harmonia de todos os corpos (físico, mental, emocional, espiritual) o que trás à nossa consciência, de que somos cópia do universo energético, tornando-nos assim... Eternos.

    INTRODUÇÃO

    A Regressão de Memórias como técnica se conecta com todas as técnicas da Terapia Holística por isso aqui veremos a importância que fazem parte da experiência pessoal e profissional para ajudar o Ser Humano que precisa desta terapia.

    A vida é um processo que tem início, meio e fim, já as experiências emocionais, espirituais e energéticas são eternas, apenas procurando um veículo físico para aprender. A Regressão de Memórias e Terapia de Vidas Passadas atua em todo o processo, mas na minha experiência as faixas etárias médias de 21 a 42 anos e de 42 a 63 são as que mais se destacam, sendo a primeira, voltada para os pontos que se referem as conquistas e luta; a segunda faixa etária preocupada mais com a consolidação do já conquistado e a preservação do equilíbrio mental, físico, emocional, espiritual e energético.

    A Regressão de Memórias vê o ser humano como uma réplica do universo, organismo com vida própria, dependentes entre si, que conservam a natureza primordial que o criou, onde a energia deve estar sempre em equilíbrio.

    Precauções ao usar a técnica

    A Regressão é um método de terapia que permite trazer alívio aos desequilíbrios apresentados por nossos clientes. Não é recomendado para mulheres grávidas, pessoas que por recomendação médica estejam sendo tratados por problemas cerebrais e para menores de 12 anos. Para menores de 18 anos veja: O Manual Oficial do Terapeuta Holístico, pág 188 modelo de autorização de atendimento com Terapia Holística a cliente menor de 18 anos .

    Para o cliente em estado alfa, em processo de regressão, jamais se deve dar ordens e nunca se deve insistir em sugestões que causem medo ou desespero.

    Evite pedir tomar atitudes que estão além da capacidade emocional e física.

    Nunca use frases negativas e evite falar a palavra não.

    Use a frase “você sabe” somente para coisas positivas.

    Níveis de regressão:

    1. Lampejos ocasionais.

    2. Observar sem participar.

    3. Ouvem-se sons, experimentam-se emoções de maneira desconexa.

    4. Envolve-se tendo consciência da vida atual.

    5. Envolve-se inconsciente de todo resto.

    Cuidados paralelos que podem influenciar:

    • Distúrbios cerebrais.

    • Memória familiar ou racial.

    • Memória oculta de livros, filmes, lendas etc.

    • Inconsciente coletivo.

    • Possessão de espíritos.

    • Sugestão.

    • Leitura mediúnica do local.

    Causas possíveis em vidas passadas:

    • Ansiedade, medo relativos a animais.

    • Prisão ou liberdade.

    • Fome ou fartura.

    • Sexualidade.

    • Emoção.

    • Vícios.

    • Qualidade de Vida

    Terapia Holística” Nas minhas pesquisas encontrei uma forte ligação com todas as técnicas existentes cadastradas no SINTE: As técnicas trazem uma resposta energética muito poderosa porque reconstroem o sistema em desequilíbrio e o fortalece contra a perda de energia gerada por energias internas ou externas. Este conhecimento aliado às informações geradas na sessão é uma fonte rica em informação verbal e não verbal do Cliente.

    O objetivo desta proposta é transformar meus pensamentos e práticas terapêuticas em algo simples sem tabus nem hermetismo, porque considero que o hermético não deixou desenvolver mais rapidamente a humanidade.

    Assim como nós podemos equilibrar pessoas, podemos encontrar esse equilíbrio no universo desbloqueando tensões ou adquirindo energia. Assim identificamos nossas fraquezas e virtudes, reconhecendo a bagagem que transportamos na nossa mochila, limpando e tornando mais leve o caminhar para ultrapassar barreiras e desvios que atrasam nosso aprendizado, principalmente ao adquirir luz interior, superar nossos medos e só quando superamos os próprios medos, é que nos tornamos verdadeiramente terapeutas. Lembrando uma milenar frase “Só se pode dar o que se tem”.

    • Sonhar faz parte de alguns seres vivos, segundo pesquisas do instituto do sonho, é uma atividade cerebral que se desenvolve no período da gestação aproximadamente à partir da vigésima oitava semana. Este treinamento involuntário, mais tarde desperta o interesse por interpretar os símbolos que apareceram nos sonhos e também a curiosidade de ver o futuro.

    • Sabemos que o futuro é o resultado matemático de ( pa + pr = f ) passado mais presente é igual ao futuro, então modificar o futuro alterando o presente, o que me leva a pensar que posso sonhar com várias possibilidades exemplo: “sonho minha empresa desenvolvendo a mesma atividade daqui a cinco anos” “Sonho ela fazendo parcerias com outras empresas” “Sonho sendo uni e polivalente, especializando-se em consultoria”.

    • Aqui que começa a Progressão de Memórias.

    MATERIAL E METODOLOGIA

    • Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000

    • Curso de Holopuntura 2004

    • Ver Bibliografia

    Anthropós, “homem” , sophia, “sabedoria”, significa, “ Sabedoria a respeito do homem ”

    Elaborada pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner (1861-1925), procura satisfazer a busca de conhecimento do homem moderno a respeito de si mesmo e de suas relações com todo o Universo, respondendo de forma adequada a seu nível de consciência, as antigas e recorrentes perguntas do ser humano : Quem sou? De onde venho? Aonde vou? Qual é o sentido de minha existência?

    5.1.2 TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE – distingui-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao auto-conhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incrementando a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.

    Ver: Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000 e

    Referências normativas NTSV TH 001 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.

    Hoje, acredito que estamos no limiar da história tendo a oportunidade de aprender e de usar a sabedoria em nossas vidas. O que antes eram disciplinas ocultas, agora torna-se disponível através dos veículos de comunicação. Esta é uma grande responsabilidade porque nos abre as portas para tornar-nos consciências elevadas sem esquecer que quanto mais elevação encontramos, criamos mais profundezas a serem desvendadas.

    A Regressão de Memórias como terapia holística, vê o ser como um todo único sem focalizar um elemento determinado e sim uma disfunção, enxerga o cerne sadio para restaurar-lo de possíveis disfunções.

    Como terapia em Regressão de Memórias, é uma técnica absolutamente segura, sendo o objetivo terapêutico: trazer equilíbrio. Isso nos permite ir além do problema detectado, que é chegar a causa de determinado desequilíbrio, e nesse momento é que conseguimos estabilizar o processo com resultados positivos e duradouros.

    O desequilíbrio do estresse e a perda da qualidade de vida trouxeram efeitos nocivos ao ser humano. Mas, como viver nesse mundo moderno e voltado para o desenvolvimento do futuro? Meu pensamento é que não devemos esquecer nossa natureza cósmica que foi criada a partir de luz, energia e os quatro elementos ou cinco movimentos devidamente harmonizados. Tomando exemplo das quatro estações temos o inverno, em que a semente fica no invólucro guardando energia para a chegada da primavera, pedindo para cair em um solo fértil, frutificando no verão e se preparando no outono para uma nova missão.

    Aprender a meditar no meio do estresse tornou-se obrigatório: isso mesmo, essa é minha proposta, que para viver neste mundo atual temos que aprender a meditar no meio da pressão, da correria, das contas a pagar, das greves, nas ruas, da ausência do silêncio. Como fazer isso? Indo em busca da nossa natureza interior, cinco minutos de contato verdadeiro com nosso eu interior nos trás o equilíbrio necessário para cada período do dia, a auto-regressão, projeção, viagem astral, nos permitem este milagre.

    Alfa-terapia

    Na Alfa-terapia O pensar, faz parte do método e do processo correto. O sentir busca encontrar a qualidade de vida e o agir consiste em aplicar a técnica correta de regressão.

    A alfa-terapia é um estado intermediário entre sono e vigília, portanto não é preciso dormir para entrar em alfa.

    A mente permanece consciente e em alerta, o cliente tem discernimento para analisar todas as ordens que recebe durante a regressão.

    Os valores e as virtudes do cliente são preservados porque a mente só aceita ordens que não interfiram em sua moral.

    O nível alfa vai de 08 a 13 ciclos por segundo, na pesquisa do Dr. Hans Berger em 1929. É um estágio de sonolência e consciência passiva, calma e de humor agradável onde é mais produtivo trabalhar por símbolos.

    Influências de Vidas Passadas

    Segundo o Cabalista Rav Philip S. Berg o mapa astral contém uma posição que revela os segredos de nossas vidas passadas: o Nodo Lunar, ou ponto de correção (pagamento) Essa possição engloba dois aspectos diametralmente opostos que a astrologia convencional chama de “Nodo Sul e Nodo Norte”. O ponto de correção traz a luz às barreiras que ficaram profundamente enterradas dentro de nós ao longo dos tempos. Assim nosso atual signo, tem um oposto e um ascendente anterior que se não ficaram bem resolvidos, interferem descaracterizando o atual.

    Eu acredito que o propósito do Ser Humano é o crescimento e como parâmetro podemos colocar que conseguimos avançar em busca do Divino na medida em que passamos por todos os Símbolos do Zodíaco onde devemos aprender os extremos e o meio. Com a Radiestesia e Radiônica tenho comprovado isso, sem haver uma ordem lógica e seqüencial, isso significa que temos doze macro-encarnações e entre elas, algumas sem relevância o que nos obriga a crescer em busca da luz.

    Técnicas de regressão

    As técnicas para induzir são variadas sendo as mais comuns:

    Imaginação ativa: O terapeuta baseado no estudo astrológico, na biografia, lesões, emocionais ou físicas, medos, erros ou acertos e sonhos do cliente, cria a cena até que se torne real e o vai conduzindo em diversas ações. Esta técnica é usada quando se torna difícil a primeira regressão porque atinge varias profundidades de regressão.

    Criação mental orientada: O cliente será conduzido a uma viagem que o levará a uma imagem de uma vida passada, perguntado “que tipo de roupa está usando?” “que emoções está sentindo?” o controle da visão permanece com o cliente orientado quando necessário pelo terapeuta. A reentrada na vida atual pode ser marcante ou simples e exige muito tato do terapeuta.

    Técnica Christos: O relaxamento profundo é induzido esfregando-se os pés e a testa. É uma técnica mais demorada onde a tela mental é criada pelo cliente que se apega a essa visão, tornando mais difícil o trabalho do terapeuta.

    Viagens Xamânica: O Xamã ou terapeuta treinado conduzirá o cliente sendo seu guia. Nas culturas nativas costuma-se usar ervas chás para facilitar a mudança de consciência, sons, tambores e cantos, bem como, movimentos ritmados também podem ser utilizados.

    Restauração da alma: Este é um processo semelhante ao da viagem xamânica ou da criação mental orientada “um pedaço da alma” é visto como se estivesse preso a outras vidas ou experiências da infância, cliente e terapeuta viajam até onde esse pedaço da alma está preso, para libertá-lo e reintegrá-lo a vida atual. O valor terapêutico é profundo e o resultado vai depender da capacidade de ambos (cliente e terapeuta).

    Memória distante: O profissional irá sintonizar vidas passadas importantes, passando ao cliente o insight captado. O terapeuta também pode utilizar energia para retirar obsessores que perturbaram a vida do cliente em memória distante e passaram para uma nova encarnação. Quando isto acontece os caminhos do cliente se abrem numa forma significativa, além de tirar uma mochila pesada de índole espiritual.

    Regressão de Memórias

    No capítulo anterior fiz referência a alguns ítens do “Manual Oficial do Terapeuta Holístico” para fundamentar a importância “física” Regressão de memórias e Terapia de Vidas Passadas junto ao desenvolvimento de outras técnicas inclusive a “para-normalidade” e a Sincronicidade.

    Como estas se conectam? Para interligar estes elementos é necessário formar o mapa energético do Ser Humano verbal e não verbal, introduzindo resultado das pesquisas relacionando-a com os estudos realizados, experiência, intuição, bom senso, etc.

    Seria pretensão minha, achar que estou descobrindo algo novo nestas ciências de mais de 5000 anos. O valor que estou agregando a regressão de memórias é que posso combinar estes conhecimentos à partir do aconselhamento das atitudes e das emoções, da sincronicidade, com os “Florais de Bach” “Memória Corporal” “Centros de Energia” “Cinco Movimentos”. Tudo isto detectado na comunicação verbal, postural, energética, que se manifesta de diferentes formas em consultório, é, importante também acrescentar que estes elementos ajudam a formar o mapa energético e poderemos corrigir quando necessário o desequilíbrio encontrado.

    REGRESSÃO PONTOS DE ALARME E CENTROS DE ENERGIA

    Muitas vezes o cliente chega manifestando que deseja fazer uma regressão, mas, que tem alguns desconfortos.

    Os Centros de Energia relatam o que acontece no corpo, na mente e na alma antes de se manifestarem nos Pontos de Alarme dos Meridianos e se ramificam por toda a árvore meridiana, por isso a importância de desenvolver diferentes técnicas terapêuticas para detectar os níveis de equilíbrio do cliente.

    Vou pular o básico dos Centros de Energia, porque é algo elementar que todo terapeuta deveria manipular, além de ser altamente divulgado em todos os canais de comunicação.

    Como todos sabem, eles são como portas que se abrem e fecham de acordo com o mecanismo físico, mental, emocional, espiritual e energético. No aprendizado de vida todo ser humano em base ao paradigma da polaridade ( negativo – equilibrado – positivo) desenvolve um sistema de armazenamento único de informações, onde a realidade, experiências e sonhos deixam gravada a biografia.

    Os Centros de Energia e os Doze Meridianos formam uma rede de comunicação energética permeando todos os corpos, e necessita de constante manutenção. Por isso que uma única técnica, não corrige o problema, só o ameniza.

    Assim lembramos que os Centros de Energia da Base, Umbigo e Plexo Solar são os detentores básicos da vida que alimentam a vontade do indivíduo.

    O Centro de Energia do Coração é um desbravador, transforma energias pessoais em sonhos, e a vontade de amar e ser amado até os limites do universo. Ele representa o equilíbrio entre os três Centros de Energia básicos e três Centros de Energia superiores.

    Os três Centros de Energia superiores Garganta, Fronte e Coroa, são o contato vibracional entre terra e universo. Se os básicos se resumem a ação, o coração ao sentimento, os superiores, tem a função do pensamento racional e a ligação com o Divino.

    Na regressão, a sincronia das energias nos ensinam com estas estão agindo e circulando ao longo do ser humano, o enrijecimento muscular reflete excesso de energia meridiana, da mesma forma a flacidez ou fraqueza, significa a perda de energia e normalmente esta começa a ser exaurida pelos chakras.

    Observe sempre o equilíbrio do corpo, alinhamento dos ombros, dos pés, mediana do corpo conservando o eixo central, curvatura da coluna e cabeça, a influência meridiana e dos centros de energia estão ligados diretamente a postura.

    Porque algumas pessoas têm dificuldade para atingir uma regressão? A resposta é simples, falta equilíbrio. Como fazemos a correção? Detectando a disfunção e posteriormente, harmonizamos e equilibramos com as técnicas necessárias.

    Como Terapeuta Hoilístico tenho a obrigação de pesquisar quais são os conflitos emocionais que incidem no cliente antes de fazer a rgressão.

    ANTES DA REGRESSÃO VER: MEMÓRIA CORPORAL E PONTOS DE ALARME

    Segundo Roger Woolger. Other Lives (Outra forma de viver), Other Selves (Outra maneira de ser seguro de si). Bantam, NY, 1988, todo ser vivo tem memória corporal. Incorporada às células do corpo.

    Meridiano do Pulmão: Região do peito:

    Tristeza, sufocamento, perda, medo, culpa, abafamento.

    Meridiano do coração: Região do coração:

    Frieza do coração, bloqueio emocional, ferimentos antigos.

    Meridiano da Vesícula Biliar: Lateral das costelas:

    Raiva, impotência. Afeta também o Meridiano do Fígado

    Meridiano do Fígado: A vida não é agradável o bastante, amargor, não é justo. Afeta também o meridiano do Baço Pâncreas.

    Meridiano do Estômago: Região do Estômago:

    Medo, amargor, terror. O que vai acontecer? “Não consigo digerir isso”

    Meridiano do Baço-Pâncreas: Região da cintura:

    Insegurança, falta de apoio, medo, vergonha, inflexibilidade.

    Meridiano dos Rins: Região dos Rins:

    Medo, vão me pegar, terrível ansiedade.

    Meridiano do Intestino Grosso: Região umbilical:

    Nunca será o bastante, não desista, não demonstre medo, seja forte.

    Meridiano do Triplo Aquecedor: Região abaixo do umbigo:

    Não quero fazer isso, sinto-me preso.

    Meridiano do Intestino Delgado:

    Meridiano da Bexiga:

    Meridiano da Circulação e sexo: Região da pélvis:

    Medo, rigidez, confusão, vergonha, pudor excessivo. “Não devo sentir isso” Não devo fazer isso” “Sexo é ruim” “Isso vai me matar” “Preciso fugir” “Corre-corre” “falta de conteúdo espiritual” -

    Podemos encontrar mais informação na “TERAPIA REICHIANA: desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalizadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilhelm: psiquiatra, discípulo dissidente Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que a cada tipo de trauma é “gravado” na musculatura de partes específicas do corpo, criando “couraças” musculares de caráter, causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de “orgone”. Manual Oficial do Terapeuta Holístico – pág 91 - 5.1.14.

    CENTROS DE ENERGIA

    Chakras Positivo Negativo

    Aura = Servir Obsessão, fobia, histeria, irracionalidade, possessão

    Fronte = Liderar Arrogância, ganância, vícios, alienação, introspecção, manipulação

    Garganta = Criar Apatia, desespero, fracasso, submissão, auto-reprovação, limitações

    Coração = Amar Desilusão, falta de fé, o desconhecido, sensibilidade, pânico

    Plexo = Saber Ansiedade, mentiras, indecisão, preconceito, desconfiança, negligência

    Umbigo = Ter Ciúme, inveja, solidão, vingança, Rejeição, fome, pobreza, ressentimento

    Base = Ser Raiva, dor, violência, culpa, vergonha, impaciência

    O estudo das influências negativas foram extraídas do livro “A Busca do Equilíbrio” de Rita J. McMamara Ed. Ground SP 1989

    Os Centros de Energia (Chakras) são energias sutís do animal instintivo que existe no âmago do ser humano, mais, as impurezas energéticas da terra, às intenções primárias: como medo, raiva, tristeza, culpa, afeto, alegria. Tudo isto enraizado em perfeita harmonia, como uma árvore que cresce em busca das energias sutis do Universo, fazendo um contato Divino, para manter o equilíbrio.

    Esta energia que flui no ser humano tem recebido diferentes nomes de acordo aos seus pesquisadores, nós estaremos focalizando do ponto de vista de “Terapias Energéticas” onde nos deparamos com “Energias” ainda ausentes dos aparelhos científicos de medição. Mas muito presente nos resultados de consultórios de centenas de “Terapeutas Holísticos”

    Os Centros de Energia irradiam seu equilíbrio em duas dimensões: Física e Espiritual, e esta energia quando desequilibrada afeta os pontos de Acupuntura os quais aparecem como “alertas” com o início de uma somatização.

    Por isso eu penso que antes de realizar uma Regressão em Cliente, os Centros de Energia deste, devem ser “Energizados, Equilibrados e Fechados”.

    (ENERGIZAR, é literalmente, transferir energia universal para o cliente.

    EQUILIBRAR é garantir que os opostos não lutem entre si e mantenham as oscilações de acordo com as necessidades do cliente.

    FECHAR, é bom lembrar que os Centros de Energia são abertos do Básico para o Coronário, e devem ser fechados do Coronário para o Básico, não deixando assim portas abertas.

    Rever estes conceitos me coloca frente aos meus próprios conflitos, identificar meus padrões e sempre me surpreendo de não me conhecer totalmente, todo o aprendizado desde a minha gestação até este momento tem deixado registrado cada segundo em meu reservatório físico, mental, emocional, espiritual e energético. É um grande desafio se defrontar a si mesmo e transmutar os medos, crescer, olhar que nesta caminhada não estamos só, e que fomos criados para cumprir a missão individual escolhida por cada um. Agradecer, a natureza sempre foi generosa conosco.

    RESULTADO 1

    REGRESSÃO E DINHEIRO: Não é a primeira vez que um caso de bens materiais e dinheiro se resolvem na Regressão de Memórias. O causo de hoje, começa com uma criança cujo pai viciado em jogo prega o que não faz e uma mãe que vê o dinheiro como algo sujo pelos muitos altos e baixos financeiros que afetam a família e por conseqüência o consulente.

    Posteriormente, esta criança é colocada num colégio religioso extremamente tradicional, onde lhe é ensinado numa forma preconceituosa, que um camelo pode passar pelo olho de uma agulha mais não um rico.

    Anos mais tarde esta criança vira adolescente, se forma, inicia sua vida adulta e com sacrifício, luta e perseverança constrói seu primeiro patrimônio material. Feliz pela sua conquista decide fazer uma festa e, entre seus amigos e colaboradores uma amiga fala o seguinte para ele “parabéns, agora você é um homem rico”. Alguns meses depois desse acontecimento, nosso cliente arranja um sócio que em pouco tempo rouba tudo dele...

    A pesar da perda, nosso novo pobre não se abalou, e com paciência, persistência e perseverança após alguns anos consegue colocar sua nova marca, entre as bem sucedidas empresas.

    Estava tudo tranqüilo, quando pelas necessidades naturais da vida, começa a sentir o vazio da sua casa e em seu coração. Então, se casa com uma mulher inteligente e bonita com quem forma um lar tranqüilo e sereno, com crianças alegrando a vida da família.

    Todo crescimento profissional e material exige uma rede de contatos e relacionamentos e aproveitando mais um ano de sucesso decide fazer um churrasco de confraternização... Um dos convidados que não pode comparecer manda a seguinte mensagem para ele “Obrigado pelo convite, parabéns pelo sucesso da sua empresa e a riqueza da família que você tem...”

    Seis meses depois, sem motivo aparente ele trai a esposa, e em um divórcio litigioso, ela; leva a riqueza da felicidade familiar e grande parte da riqueza material, restando para ele a falência da empresa.

    Foi na construção do terceiro empreendimento, que ele veio nos consultar para fazer uma Regressão de Memórias e Terapia de Vidas Passadas, pois, um amigo dele o convenceu que existia alguma coisa errada em encarnação anterior.

    Começamos a regressão, partindo do momento atual até o instante em que o cliente, em estado alfa, manifestou o alto grau de influência do pai que “ganhava mais sempre perdia” e da influência religiosa ancorada nas raízes da alma dele, trazendo uma relação dolorosa com a riqueza material e emocional.

    Estas ancoras de auto-sabotagens que eram levantadas quando se sentia rico. A força poderosa do inconsciente soprava na consciência “Você não é merecedor” “o dinheiro é sujo” “Você não vai para o céu” “Tudo o que se ganha, se perde” “Pode passar um camelo...”.

    Descoberta a causa veio à solução, que para nosso cliente foi um milagre terapêutico que o ajudou a construir seu terceiro patrimônio material, hoje com uma crescente empresa e um amoroso relacionamento que ele tem certeza que é o definitivo, porque fez as pazes com a riqueza material, emocional e espiritual.

    Segue...

    Este relato mostra que nem sempre os problemas estão em Vidas Passadas, e sim no aprendizado emocional adquirido.

    DISCUSSÃO

    Como terapeuta é necessário estar em constante equilíbrio tendo o caminho das percepções abertas, especialmente os canais de comunicação: auditivo, visual e do tato. A forma de falar, a entoação da voz o rítmo da fala, a maneira de olhar, a postura do corpo, dos ombros, das mãos, dos pés. Só um aperto de mão já fala muito do nosso cliente.

    Com a Regressão de Memórias temos uma técnica altamente assertiva combinada com a Terapia de Vidas Passadas, Neurolinguística e Aconselhamento, resolvendo muitos desequilíbrios no ato.

    Encontrado algum desconforto vivido temos que transmutar o impacto negativo em conforto, verificando essa mudança. Terapias Vibratórias como Cor, Cristais, Reiki, Radiônica. Sem esquecer a análise do conflito emocional que deu origem ao desequilíbrio, trabalhando em conjunto um Floral de Bach de acordo com os sentimentos manifestados.

    Já falamos que somos cópia do universo. Cliente e Terapeuta são dois universos onde alguns rítmos devem estar sincronizados: respiração, postura, atitude mental entre outras, trazendo o Cliente para a descoberta da paz do Terapeuta. Para isso, pode ser utilizado até um simples exercício de respiração ou mentalização positiva.

    Deu para perceber que não adianta, nos orgulharmos de ser um excelente Terapeuta em uma única técnica. Para cumprir nossa missão terapêutica temos que ser excelente em uma técnica e ótimo em várias outras, por isso que nosso aprendizado é contínuo, porque na medida em que ampliamos nosso conhecimento e luz, proporcionalmente ampliamos as dimensões do desconhecido.

    CONCLUSÕES

    A Regressão de Memórias, Viagens Astrais, Terapia de Vidas Passadas são técnicas eficientes confiáveis que nas mãos de um bom profissional operam milagres para seus clientes.

    Todos os dias quando acordamos, estamos por alguns segundos ou minutos em estado alfa e não aproveitamos essa virtude, assim como cada noite, pode escrever para conduzir os sonhos para trabalhá-los, durante o estado alfa ou em estado de vigília. Deixe sempre lápis e papel no criado mudo ou um pequeno gravador.

    Você pode lembrar da sua gestação? Do seu nascimento? Dos primeiros dentes? De quando parou de mamar? Dos seus primeiros passos? De quando tiraram sua chupeta? Você lembra quando falou pela primeira vez Eu quero? Como foi o primeiro dia na escola? Essa e outras centenas de perguntas precisam ser respondidas para aquietar a alma em cada setênio, porque você pode não lembrar, mas tenha certeza que elas estão escritas na história da alma e a Regressão de Memórias resgata os textos e os desenhos perdidos.

    Centenas de terapeutas dão o melhor de si para cumprir os sonhos profissionais, e os sonhos de seus clientes. Por isso a importância de ser sindicalizado no SINTE Sindicato dos Terapeutas do Brasil. Praticar as NTSV Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, é muito importante, estar sempre atualizado no CEA Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística ou AED ensino a Distância via internet, que o SINTE tem a disposição dos associados.

    Esta palestra não poderia ser realizada sem o incentivo natural do seu Presidente e Equipe.

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga

    Terapeuta Holístico

    CRT 34429

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    • Astrologia Cabalística – Rav. Philip S Berg edi. Imago – 2000 RJ

    • Terapia de vidas Passadas – Judy Hall – Ed. Avatar -1996 SP

    • Viagens Astrais – Dharma Latzang – Ed. Traço – 1993 SP

    • Psiconavegação – John Perkins – Ed. Gente – 1990 SP

    • Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística – Curso de Holopuntura 2004

    • O melhor da Terapia Holística – Aut. SINTE Edição colecionador Ciência ou Arte: 2004

    • Sincronicidade – C.G. Jung – Ed Vozes 11ª edição – 2002 RJ

    • Os Cinco Movimentos – Pôster - Autor Henrique Vieira Filho – 2004 SP

    • Holopuntura – TCC Nelson Zuniga SINTE – 2004 SP

    • Fitoterapia – TCC Nelson Zuniga SINTE – 2005 SP

    • O Corpo Fala – Editora Vozes – Aut. Pierre Weil e Rland Tompakow – 1986-2002 SP

    Autor: : Nelson Nibaldo Flores Zuniga - Terapeuta Holístico - CRT 34429
    Última atualização: 13/05/2007 19:43


    NTSV — PH 001 Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão

    NTSV — PH 001
    Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — PH 001
    Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    2. PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   A Terapia de Regressão conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia de Regressão.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia de Regressão — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 TERAPIA DE REGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de Regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.
    5.1.5 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.6 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.7 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.8 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.9 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.10 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THP — Psicoterapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;
    TR — Terapia de Regressão

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Psicoterapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Procedimento em primeira consulta

    5.3.3.1 — Avaliar pré-requisitos e contra-indicações:

    5.3.3.1.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.1.2 — Contra-indicações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

    5.3.3.2 — Explicar o processo de Regressão com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial:

    5.3.3.2.1 Quanto à duração e continuidade do trabalho;
    5.3.3.2.2 Que a TR é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

    5.3.4 Procedimento para as demais sessões:

    5.3.4.1 Após a 2a consulta já pode ser praticada a TR.
    5.3.4.2 Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao TH avaliar exceções.
    5.3.4.3 Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de Regressão, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 17:42


    ACONSELHAMENTO NA TERAPIA HOLÍSTICA Maximizando seu atendimento com a inclusão da Psicoterapia

    ACONSELHAMENTO NA TERAPIA HOLÍSTICAMaximizando seu atendimento com a inclusão da Psicoterapia

     Henrique Vieira Filho
    Terapeuta Holístico – CRT 21001

    A Psicoterapia é parte integrante do atendimento na Terapia Holística e um de seus maiores diferenciais em relação a outras profissões correlatas. Uma das formas mais práticas e eficientes de introduzir a proposta em consultórios é a implementação de técnicas básicas de Aconselhamento. Diferente do que popularmente se entende como “dar conselhos”, a conversação terapêutica aplica muito do saber ouvir, pontuando tópicos relevantes com perguntas pertinentes e convites à reflexão. A receptividade sem julgamentos e empatia que se desenvolve entre Terapeuta Holístico e Cliente conduz a uma relação terapêutica mais eficaz e mutuamente gratificante, implementando o autoconhecimento e, com este, a maximização da Qualidade de Vida, que é o objetivo maior de nosso trabalho.

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras. Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem “científica-reducionista-elitista” cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem “empírica-holística-acessível” de nossos ancestrais xamãnicos. A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do “cientificismo”, mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes. Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a “alma”, desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder do Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas.

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em uma revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Para o resgate da abordagem Holística, havemos de compensar a ênfase de décadas aos aspectos físicos-objetivos, revitalizando as terapêuticas focadas ao psíquico-subjetivo-transcendente.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Psicoterapia no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém iniciarmos pelo básico, ou seja, o ACONSELHAMENTO, nome moderno que se dá àquilo que tão bem já praticavam nossos antecessores sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.

    Material e Metodologia:

    1. Definição

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    Na cultura anglo-saxônica, o termo Aconselhamento ("counseling") é utilizado para designar um conjunto de práticas que são tão diversas quanto as que configuram as práticas de: orientar, ajudar, informar, amparar, tratar. H.B e A.C. English definem o aconselhamento como "uma relação na qual uma pessoa tenta ajudar uma outra a compreender e a resolver problemas aos quais ela tem que enfrentar ".

    Um tema que concerne à filosofia do aconselhamento, predomina em toda a literatura anglo-saxônica: a crença na dignidade e no valor do indivíduo pelo reconhecimento de sua liberdade em determinar seus próprios valores e objetivos e no seu direito de seguir seu estilo de vida.

    O indivíduo tem um valor em si, independentemente do que pode realizar. Muitas vezes, a pessoa não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. O aconselhamento visa ajudá-la a desenvolver sua singularidade e a acentuar sua individualidade. Mais que uma filosofia que poderia ser interpretada, à primeira vista, como uma forma de individualismo selvagem, todos os grandes textos do aconselhamento fazem referência à responsabilidade da pessoa diante dela mesma, do outro e do mundo em torno dela. O individuo não é nem bom, nem ruim por natureza ou por hereditariedade. Ele possui um potencial de evolução e de mudança. O(A) aconselhador(a) deve considerar o sentido e os valores que o Cliente atribui à vida, às suas próprias atitudes e comportamentos porque quando uma mudança se impõe no contexto de vida, isto pode se chocar com as opções filosóficas da pessoa em questão e ser em si uma causa de dificuldade (ex. : mudança de atitude diante do trabalho, da família, da sexualidade, da morte,…).

    Segundo Catherine Tourette-Turgis, "o princípio de coerência do aconselhamento reside fundamentalmente no fato de que muitas situações da vida são, elas mesmas, causas de sofrimentos psíquicos e sociais, necessitando uma conceitualização e que dispositivos de apoio sejam colocados à disposição das pessoas que as vivem ".

    Para ela, "o aconselhamento é uma forma de "psicoterapia situacionista", isto é, a situação é causa do sintoma e não o inverso. O aconselhamento, forma de acompanhamento psicoterápico e social, designa uma situação na qual duas pessoas estabelecem uma relação, uma fazendo explicitamente apelo à outra através de um pedido (verbalizado) com objetivo de tratar, resolver, assumir um ou mais problemas que lhe dizem respeito… A expressão "acompanhamento psicoterápico" seria insuficiente na medida em que os campos de aplicação do aconselhamento designam muitas vezes realidades sociais produtoras em si mesmas de um conjunto de distúrbios ou de dificuldades para os indivíduos".

    Neste sentido, o aconselhamento responde às necessidades de pessoas que procuram ajuda de uma outra para resolver, em um tempo relativamente breve, problemas que não são oriundos necessariamente de questões profundas (do ponto de vista psicoterápico). Estes problemas podem estar ligados, na verdade, aos empecilhos ou a um contexto específico com o qual elas precisam se adaptar ou aos quais elas devem sobreviver e pelos quais, na maior parte do tempo, a sociedade não as preparou (ex.: traumatismos de guerra, prevenção da aids, desemprego, …) ou não assegura as funções de apoio adequadas em tempo real, ou seja, de imediato.

    Existem pontos comuns no desenvolvimento do aconselhamento que podem ser resumidos pela importância dada:

    Aos métodos ativos na relação de ajuda;

    À crença no potencial de um indivíduo ou de um grupo;

    À crença na transformação em um curto espaço de tempo;

    Ao estabelecimento de uma relação aonde a autoridade é substituída pela empatia;

    A um ambiente facilitador de mudança e de evolução pessoal.

    2. Bases do aconselhamento: ATITUDES

    2.1 ESCUTAR

    A escuta, no aconselhamento, se diferencia daquela que nós experimentamos cotidianamente. Significa uma forma de engajamento em relação ao outro, implicando estar sensível e atento a este.

    Escutar não se resume ao fato de captar os conteúdos e os sentimentos que o Cliente expõe. Da mesma maneira, a escuta não é um processo terapêutico em si e não é suficiente para completar o desenvolvimento e realizar mudanças.

    A escuta é a competência de base indispensável ao exercício de outras capacidades, como a de reformular os conteúdos de uma entrevista, sentimentos e emoções expressas.

    O que é a escuta ?

    A escuta em aconselhamento, é uma prática que induz imediatamente a um certo tipo de relação entre o(a) aconselhador(a) e o Cliente. Tal experiência de escuta é frequentemente a primeira vivida pelo o aconselhado. Na verdade, ele se sente escutado sem os filtros habituais constituídos pelo julgamento, pela opinião ativa da vida social ordinária, pela avaliação e o análise em certos métodos convencionais.

    Os níveis de escuta:

    1 - O primeiro nível concerne o que é dito na relação. No entanto, se ficarmos neste nível, a relação não se desenvolve muito e o Terapeuta Holístico fica em posição “de escutar uma história”.

    2 - O segundo nível, definido por certos autores como uma “atenção flutuante”, concerne não somente o que é dito mas também o que existe “além das palavras”. O Terapeuta Holístico fica atento às palavras, mas também aos aspectos não-verbais (expressão do rosto, gestos, movimentos dos olhos…) e para-lingüísticos (volume, tom, rapidez…) utilizados pelo Cliente.

    3 - Além destes dois níveis de escuta, o(a) aconselhador(a) deve também estar atento ao que ele pensa, às suas próprias emoções, às suas próprias sensações corporais. Pois estes indícios podem lhe servir de indicadores do que se passa na relação e o Terapeuta Holístico pode utilizá-los como uma espécie de “caixa de ressonância” do desenvolvimento da relação.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Eu sou capaz de escutar o que a pessoa quer me dizer sem me sentir em perigo ?

    Por que sinto certas dificuldades ao escutar pessoas que provocam em mim sentimentos excessivos e pertubam minha escuta ?

    Até onde eu posso escutar alguém mantendo-me neutro ?

    Reflexões:

    Frequentemente é dificil escutar o outro porque evito escutar o que se passa em mim mesmo.

    As mensagens contraditórias da minha comunicação podem parasitar minha escuta.

    2.2 ACEITAR

    A aceitação é uma atitude fundamental no aconselhamento. Comunicar sua aceitação implica que todas as atitudes e os comportamentos verbais e não verbais do profissional indicam à pessoa que alguém está tentando compreendê-la, aceitá-la completamente.

    A aceitação é, algumas vezes, mais importante que a compreensão. A pessoa tem antes de tudo a necessidade de ser aceita como ela é, como se sente, como diz que se sente antes de poder explorar a mudança. Frequentemente, no momento de um evento desequilibrante, a pessoa descobre que a aceitação que acreditava ter conquistada, de tal ou tal pessoa à sua volta, na verdade, não era real. Por exemplo, as pessoas soropositivas viram-se, quase sempre, confrontadas com o luto do amor incondicional dos seus. A confrontação de uma deficiência, em função das angústias que ela suscita, reduz a capacidade de aceitação de pessoas que estão em volta e que têm dificuldades de se confrontar ao sofrimento da pessoa, mantendo-se distantes.

    Como manifestar seu grau de aceitação ?

    Ajudando a pessoa a restaurar a auto-imagem e a auto-estima,

    Ajudando a pessoa a desenvolver uma maior aceitação de si mesma (frequentemente as pessoas são muito severas com elas mesmas: por exemplo, elas não se autorizam ao repouso, elas se sentem culpadas de estarem com problemas…).

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Sou capaz de aceitar totalmente a personalidade do outro, em uma relação de Conselho?

    Por que, algumas vezes, aceito certos comportamentos de uma pessoa e desaprovo totalmente outros ?

    Como posso comunicar minha aceitação em relação aos sentimentos do outro ?

    Se eu desaprovo uma pessoa, o que faço ?

    Reflexões:

    Posso me sentir ameaçado (a) por certos comportamentos de uma pessoa: é importante que eu aceite meus próprios sentimentos em relação à esta para em seguida desenvolver minha aceitação em relação a ela.

    2.3 AUSÊNCIA DE JULGAMENTO

    O julgamento é um obstáculo na progressão da relação de ajuda. Ele bloqueia a capacidade do outro de se responsabilizar, já que o mantêm na dependência deste. A relação de Conselho deve se estabelecer sem julgamento de valor.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Eu posso reduzir o receio que a pessoa tem de ser julgada ?

    Até onde posso trabalhar minha falta de julgamento ?

    Por que o julgamento positivo pode ser tão ameaçador quanto o julgamento negativo ?

    Reflexões:

    É difícil liberar uma pessoa do seu próprio receio de ser julgada pelos outros.

    Um julgamento positivo significa que nós avaliamos as capacidades e o valor da pessoa; ela pode deduzir que poderíamos, da mesma maneira, atribuir-lhe um valor negativo.

    2.4 EMPATIA

    A empatia é uma forma de compreensão definida como a capacidade de perceber e de compreender os sentimentos de uma outra pessoa.

    Diferentemente da simpatia ou da antipatia, a empatia é um processo no qual o profissional tenta fazer a abstração de seu próprio universo de referência, mas sem perder o contato com ele, para se centralizar na maneira como a pessoa percebe sua própria realidade. A empatia se resume em uma questão a ser colocada regularmente:

    O que se passa, neste instante, com a pessoa que está diante de mim ?

    Numerosos trabalhos afirmam que a empatia é fundamental na entrevista e que a qualidade desta está diretamente ligada à experiência do(a) aconselhado(a) e a qualidade do laço terapêutico, independentemente da teoria à qual o Terapeuta Holístico se identifica. Outros estudos (Mitchell, Bozarth, Krauff et Sloan por exemplo) demonstram bem sua importância, mas não a consideram como determinante.

    A adoção desta atitude é dificil em certas situações graves que nos forçam naturalmente a nos sentirmos, ao mesmo tempo, afetados, impotentes e que mobilizam em nós, sentimentos como o da injustiça ou o da inquietude. No entanto, uma pessoa confrontada com uma situação dificil precisa em primeiro lugar de alguém presente ao seu lado que a ajude à enfrentar o que ela está vivendo e não uma pessoa que reaja por ela. Pela compreensão empática, o conselheiro ajuda a pessoa à entrar em contato com seus próprios sentimentos e a descobrir o que estes significam.

    Como manifestar sua empatia ?

    Verbalizando o que é percebido na pessoa como emoção dominante,

    Pedindo-lhe para nos dizer o que precisaria mais neste momento,

    Tentando compreender o ponto de vista da pessoa e o reformulando sem tentar transformá-lo (é por ela mesma que a pessoa, em um segundo momento, modificará seu ponto de vista da situação).

    Os efeitos da empatia na relação de cuidados:

    Aumento do nível de auto-estima: “é possível então compreender o que eu sinto sem me dizer que eu estou errada de pensar assim”;

    Melhora da qualidade da comunicação: “ele não me responde dizendo que ele também pode morrer a qualquer momento, basta por o pé na rua”;

    Abertura à possibilidade da expressão de emoções profundas: “é verdade que atrás desta raiva se encontram todos os meus medos”.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Posso entrar no mundo íntimo de uma outra pessoa e conseguir compreender o que ela sente e o que ela percebe ?

    Posso me sentir suficientemente próximo de uma outra pessoa me sentindo ao mesmo tempo diferente e perder toda vontade de julgá-la e de avaliá-la ?

    Reflexões:

    Pode ser difícil para mim, dizer a alguém como eu a compreendo.

    O mínimo de compreensão reformulada, mesmo incompleta, ajuda consideravelmente o outro a avançar na compreensão dele mesmo.

    2.5 CONGRUÊNCIA

    A congruência pode ser definida como: “o estado de espírito” do profissional de aconselhamento quando suas intervenções durante a entrevista são coerentes com as emoções e as reflexões suscitadas nele pelo Cliente.

    Supõe, da parte do(a) aconselhador(a), disponibilidade com relação às emoções e aceitação destas. Na verdade, Carl Rogers desenvolve a hipótese que “a mudança da pessoa é facilitada quando o terapeuta é o que é”; quando seus contatos com o cliente são autênticos, sem máscara nem fachada, onde se expressa abertamente os sentimentos e atitudes que invadem seu interior neste momento preciso.

    A congruência do Terapeuta Holístico vai, de uma certa maneira, autorizar a do cliente. O profissional oferece um espelho de possíveis efeitos que podem provocar a atitude e o comportamento do Cliente numa relação interpessoal onde a integridade e o profissionalismo do(a) aconselhador(a) dão uma garantia que este (a) não está colocando na relação suas próprias neuroses. Muitas vezes, isto favorece ao Cliente,entrar em contato com seus próprios sentimentos.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Será que me expresso de maneira a comunicar ao outro a minha imagem ?

    Como posso distingüir minhas proprias reações das dos outros ?

    Como posso permitir a uma outra pessoa que ela possa perceber o que eu sou e me aceitar como tal ?

    Reflexões:

    Se posso me mostrar tal como sou, se posso reconhecer e aceitar meus próprios sentimentos, posso então favorecer, ao outro, o crescimento e o seu desenvolvimento.

    Se posso permitir que o outro descubra certos aspectos de minha personalidade, que ele de toda maneira se apercebeu, ele poderá se aceitar melhor.

    3. Bases do aconselhamento: TÉCNICAS

    3.1 Questão aberta

    Esta é uma técnica muitas vezes usada para recolher informações ou esclarecimentos sobre um ponto preciso. Em princípio, as questões utilizadas pelo(a)s aconselhadore(a)s são "questões abertas” necessitando de uma resposta mais longa que um simples "sim" ou "não".

    As questões abertas encorajam os Clientes a compartilhar seus pontos de vista com o(a) aconselhador(a). Responsabilizam o aconselhado, durante a entrevista e lhe permitem explorar por ele mesmo as atitudes, os sentimentos, os valores e os comportamentos sem ser influenciado pelo universo de referência do(a) aconselhador(a).

    O(A) aconselhador(a), através de suas perguntas deve, essencialmente, ser guiado(a) pelo desejo de compreender e ajudar e não pelo único desejo de ser informado(a). A maneira de questionar é determinante, a forma e o tom devem ser o mais distante possível de toda forma parecendo ou lembrando uma inquisição ou um interrogatório.

    Como fazer ?

    A melhor maneira de praticar uma técnica de Questão aberta é a de focalizar as expressões que são “lugar comum” e que aparecem durante a entrevista considerando que tudo deve ser sujeito de descrição. Por exemplo, uma frase simples como : "estou triste ", é uma expressão "lugar comum " que necessita de ser descrita de maneira mais detalhada porque cada pessoa tem sua própria definição da tristeza. É possível então, por uma simples questão aberta, tentar focalizar mais precisamente o que a pessoa sente realmente (Seria possível me dizer o que sente exatamente quando está triste ? No que pensa nestes momentos ? etc.).

    3.2 Reformulação dos conteúdos

    A reformulação do conteúdo nos permite verificar se compreendemos bem o que a pessoa queria nos dizer, o que permite re-focalizar a entrevista quando esta parece tomar várias direções ao mesmo tempo. A capacidade de reformar o que o outro acabou de expressar constitui o primeiro nível na aprendizagem da escuta.

    A reformulação tem os seguintes objetivos :

    Permitir ao profissional verificar seu nível de percepção, para estar certo que ele compreende bem o que a pessoa está lhe descrevendo;

    Fazer a pessoa entender que ela está realmente sendo escutada;

    Concretizar as observações e os comentários da pessoa retomando o que ela disse de uma maneira mais concisa.

    3.3 Esclarecimento (Clarificação)

    O “esclarecimento” consiste em tornar mais claro certos aspectos evocados durante a entrevista.

    Tem como objetivo aumentar a capacidade de análise e de verbalização do cliente no que concerne as situações, eventos ou sentimentos.

    Exemplo :

    "Você disse que estava decepcionado. Como assim, decepcionado ?"

    3.4 Focalização

    A “focalização” tem como objetivo estimular o processo exploratório e de facilitar a resolução de problemas.

    As funções da focalização :

    Desencadear a expressão de uma emoção mais profunda;

    Encontrar a origem de um sentimento;

    Permitir a pessoa de se reapropriar de seu problema;

    Facilitar a resolução de problemas.

    Exemplos de perguntas facilitando a focalização :

    Poderia tentar me dizer ou imaginar de quem tem raiva ?

    O que tem vontade de dizer para esta pessoa ? Se ela estivesse aqui conosco, o que lhe diria ?

    Como poderia lhe dizer o que sente ?

    Como pensa que as pessoas a sua volta vão reagir ?

    O que deduz disto tudo ?

    O que vai fazer de tudo que acabou de aprender de si mesmo ?

    Como vê a solução do seu problema ?

    O que esta solução supõe ?

    Como se sente diante deste novo problema ?

    3.5 Confrontação

    A confrontação consiste em fazer com que a pessoa descubra seu grau de implicação ou de contradição em uma situação e tem como objetivo ajudar e esclarecer.

    A confrontação exige do profissional uma grande confiança na sua capacidade de ajudar e também da pessoa ou do grupo de progredir. A confrontação é uma potente “alavanca” propulsora do crescimento das pessoas e do grupo.

    Exemplo:

    “A senhora me diz se sentir livre para tomar esta decisão mas antes estava dizendo que com ela nunca se sentiu realmente à vontade. Será que poderíamos voltar a este sentimento e examinar os meios que tem para tomar esta decisão ?”

    3.6 Os silêncios

    O aparecimento de momentos silenciosos é em geral favorável ao processo do aconselhamento, com a exceção daqueles que acontecem no momento das primeiras entrevistas e que podem revelar o medo e o desconforto do Cliente ou do(a) aconselhador(a), ligados ao encontro.

    A maior parte do(a)s aconselhadore(a)s ficam em silêncio quando este vem do Cliente e intervem em função do lugar deste na entrevista e do que eles percebem como sendo uma necessidade do outro. O silêncio favorece o começo da relação da pessoa com ela mesma. Será um momento de elaboração importante se puder ser vivido na presença de uma outra pessoa.

    Ele favorece a autoconscientização e faz descobrir uma outra forma de presença no mundo.

    Tipos de silêncio :

    A pausa depois da expressão de um sentimento;

    A passagem de um tema a um outro;

    A pausa contemplativa;

    A pausa dolorosa;

    De timidez;

    A necessidade de apoio;

    Depois da descoberta.

    3.7 Técnica do reflexo

    A técnica do reflexo dos sentimentos é uma tentativa de compreensão do ponto de vista do Cliente. Consiste em comunicar ao este o que se percebe de suas emoções e sentimentos no momento presente ou o que diz ter vivenciado durante as situações evocadas durante a entrevista. Isto necessita que aquele que pratica esta técnica se concentre não somente no que a pessoa diz, mas também na maneira como ela diz.

    O "reflexo" dos sentimentos é um meio e não um fim. Esta técnica não serve apenas para trazer à tona o que foi vivenciado mas, também, para evidenciar um certo número de problemas. O papel do profissional de aconselhamento consiste em funcionar como um espelho. Esta atitude aumenta a capacidade de compreensão do cliente sobre si mesmo.

    Existem númerosos casos de má utilização desta técnica. A mais comum delas consiste em acreditar que a expressão e a identificação dos sentimentos e emoções possuem, por elas mesmas, um valor terapêutico, as vezes mesmo, de transformá-la em técnica principal. No aconselhamento as coisas não funcionam assim, e a eficácia da técnica do reflexo reside essencialmente no fato de que a expressão dos sentimentos é um meio e não um fim. É importante que o Cliente se dê conta por ele mesmo (para conduzir sua vida), não só do interesse que pode existir no fato de expressar seus sentimentos, em certas situações, mas, também no interesse que pode existir no fato de conhecer e confiar nestes quando está diante das pessoas e das situações.

    A expressão dos sentimentos negativos ou hostis em uma relação e em um clima de aceitação tem habitualmente o efeito de desarmar os "acting out" (forte transferência, não devidamente analisada, que se traduz em ações reflexas por parte do Cliente). Sentir-se compreendido e aceito é um elemento importante em aconselhamento mas, em hipótese alguma, o trabalho do(a) aconselhador(a) deve ser reduzido a esta técnica.

    O trabalho de formulação é muito importante, porque ele ajuda as pessoas a descobrir e ter confiança no que sentem e vivenciam.

    Funções do reflexo:

    Permitir a pessoa a se abrir ao que um determinado sentimento ou emoção lhe indica (por exemplo: o medo indica a existência de ameaça; a tristeza indica a existência de uma “ferida”, a raiva pode indicar a existência de um empecilho);

    Ajudar a pessoa a reconhecer o sentimento expresso;

    Verificar que houve uma boa compreensão;

    Permitir que a pessoa tenha acesso (em seguida) a uma emoção subentendida.

    4. Indo Além do Aconselhamento: Outras Técnicas Psicoterápicas

    Uma vez bem compreendido e exercitado o Aconselhamento, estará facilitado o caminho para a inclusão de outras formas de Psicoterapia. Na sequência, abordaremos duas opções complementares:

    4.1 Análise de Sonhos

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ...”o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro”... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as “chaves” transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado “o sono sagrado”, onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de “sonho acordado”, muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão “científico”. Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, “a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma”. Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma “auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material “espontâneo” que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a “dramatização”, onde a pessoa “encarna”, um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura “incorporada”. Outra ferramenta de interpretação é a “ampliação” do sonho, onde se é estimulado para “prolongar” o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de “ampliação” é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que “ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico”. O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.

    4.2 Vivências

    Do mesmo modo como “evocamos” os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Um “massoterapeuta” convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma “lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais “pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram “especializações” funcionais, “desenhando-se” no holograma certos “caminhos” bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa “tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. “Mapeando” esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos “meridianos” de Acupuntura, na China milenar, e os “chacras” na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a “circulação” energética, induzimos à “circulação” das informações psíquicas, ocorrendo os chamados “insights” (“flashs”, lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que “digerir”, compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro “equilíbrio energético”. O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

    Resultados:

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade.

    Discussão:

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a “imitar” o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE – Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de ministrar aulas pelo método EAD – Ensino à Distância, propiciando aprendizado independente da localidade em que o interessado estiver.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.

    Conclusões:

    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    O Aconselhamento, cujo aprendizado é relativamente simples e intuitivo, em especial para quem exerce outras formas de Terapia, é de fácil integração às demais técnicas já adotadas em consultório. Tamanhos são os ganhos tanto para a Clientela, quanto ao Terapeuta Holístico, ampliando exponencialmente o leque de atuação, que este é um caminho obrigatório a qualquer profissional que deseje maximizar seus potenciais e sua realização na carreira.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Reichiana e Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui regressão, progressão, vivências, etc...).

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.

    Referências bibliográficas:

    "Counseling, Santé et Développement” em www.counselingvih.org;

    “O Processo de Aconselhamento” – Paterson / Einsenberg – Martins Fontes 1988;

    “Tutorial Terapia Holística” - SINTEbooks

    Anexos e Apêndices:

    PLANILHA - RESUMO: ACONSELHAMENTO
    ATITUDES
    EscutarReceptividade total ao que o Cliente transmite verbalmente e corporalmente
    AceitarAceitação do Cliente como ele é, como diz que se sente, contribuindo com sua auto-estima
    Ausência de JulgamentoJamais julgar, nem a favor, nem contra
    EmpatiaCompreender o ponto de vista do Cliente sem tentar transformá-lo
    CongruênciaSinceridade e coerência na relação com o Cliente
    TÉCNICAS
    Questão abertaIdentificar expressões tipo "lugar comum" e estimular ao Cliente que aprofunde o tema, focalizando mais especificamente o que realmente sente.
    Reformulação dos conteúdosVerbalizar, resumidamente, as observações e os comentários do Cliente, retomando o que ele disse de uma maneira mais concisa, para melhor compreensão e também para que fique claro que realmente o está escutando.
    ClarificaçãoRetomar certos tópicos da consulta, solicitando ao Cliente que os esclareça mais profundamente, objetivando ampliar a capacidade do mesmo em compreender tais situações, eventos, emoções.
    FocalizaçãoFocar a conversação sobre um único tópico em destaque, estimulando o Cliente a contatar mais profundamente a emoção e as origens do problema
    ConfrontaçãoPontuar, sem julgar, algumas contradições nos relatos do Cliente, ajudando-o a repensar o assunto.
    SilênciosDetectar e respeitar as pausas do Cliente que se originam depois da expressão de emoções, de insights, de auto-reflexão, permanecendo receptivo
    EspelhamentoDemonstrar sua compreensão do ponto de vista do Cliente, comunicando-o quanto às emoções detectadas no atendimento, fazendo-se de "espelho", facilitando-lhe a sua capacidade de auto-compreensão.

    1)

    Terapia Holística: Ciência ou Arte ?

    Yin, Yang... Ciência, Arte...

    Aparentes opostos, com certeza, complementares,

    ambas somam as faces da moeda do Conhecimento.

    ...

    O conhecimento humano poderia ser dividido entre o conhecimento organizado e o conhecimento ingênuo. O conhecimento ingênuo nada mais seria do que um conhecer intuitivo que pode ter algum grau de reflexão, mas de que certo modo só pertence àquele ser que o percebeu e que sobre ele refletiu. É uma forma de conhecimento muito pessoal. Já o conhecimento organizado nos propicia o surgimento da própria civilização. Esse é o conhecimento registrado, que pode ser transmitido para outras pessoas sem a presença daquele que o desenvolveu, e que se despessoaliza no sentido de criar uma cultura, que pode se realimentar para criar conhecimentos novos, e mais sofisticados.

    Dentro do conhecimento organizado podemos encontrar uma nova subdivisão: ciência e arte.

    ...

    Textos extraídos de www.ricardohage.com/artigos/estetica.pdf

    A Ciência aplica a lógica formal e metodologia, resulta de uma atitude consciente em direção ao entendimento e um esforço fundamental de comprovação, objetivando a intervenção no que se conveniou chamar de realidade. Já a Arte, atua sobre uma lógica subjetiva, isenta de compromissos com a verificação e nasce de uma atitude inconsciente do ser humano, que no geral quer deixar sua marca nessa mesma realidade.

    Com o advento da Modernidade, a sociedade ocidental pautou-se por uma crescente racionalização, assumindo a Ciência como o fundamento geral de nossa orientação no mundo. Nossa civilização passou por uma ditadura religiosa, onde os dogmas da Igreja constituiam a verdade inquestionável, para um atual estado de ditadura científica, na qual confundem aquilo que a Ciência não consegue explicar, como sendo algo impossível de existir.

    A Terapia Holística, que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, possui sua própria lógica singular, muito mais para a subjetividade da Arte, do que para a objetividade da Ciência. Os resultados obtidos pelos Terapeutas Holísticos não cabem nos moldes da pesquisa científica tida como “oficial”, resultando daí, ter sua validade e eficácia injustamente questionadas. Na Idade Média, milhares de nossos antecessores tiveram que negar suas práticas, ocultar seus conhecimentos, esconder suas poções, enfim, renunciar às suas essências (em vários sentidos...) para escapar das fogueiras da Inquisição. Ainda traumatizados com a perseguição histórica, nos tempos modernos, novamente renegam suas origens, tentando sobreviver à inquisição do que se convencionou chamar Ciência. Submetendo-se ao julgo de seus atuais algozes, a Terapia Holística perdeu parte de sua identidade, abrindo mão de seu linguajar, de seus fundamentos, gerando um sincretismo que não surtiu o efeito desejado. Incabíveis em tubos de ensaio, ao tentar “discursar em língua estrangeira” (“cientificês”...), a maior parte das técnicas terapêuticas milenares soaram ainda mais estranhas aos donos da verdade oficial e aí sim foram condenadas, de vez, às fogueiras purificadoras dos dogmas de laboratório. Algumas técnicas tiveram destino ainda mais cruel: tanto abriram mão de suas origens, tanto se adaptaram, que correm o risco de se transformar em “monstros transgênicos”, produtos artificiais adequados aos padrões de consumo “oficial”. A Terapia Tradicional Chinesa, por exemplo, se perder sua alma, transformará seus praticantes em meros espetadores de agulhas, máquinas automáticas de aplicações de tabelas... Já a Fitoterapia, se perder suas “raízes”, será mais um serviçal da indústria de patentes, do que ao bem-estar de seus adeptos.

    Yin e Yang... noite e dia... ciência e arte... faces alternantes de um mesmo fenômeno. Em algum momento no tempo, a Terapia Holística será Ciência, também. No presente, há que ser percebida, compreendida e aceita como ARTE, pois esta é a faceta que agora se mostra. E se valoriza ! Afinal, enquanto a Ciência é inconstante e temporal (o que é fato científico hoje, pode ser a falácia teórica, amanhã...), a Arte é eterna... Resgatemos a auto-estima de nossa profissão, nossa herança milenar e assumamos que

    A Terapia Holística é a ARTE da Qualidade de Vida !


    2)

    A História da Terapia Holística

    Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos

    (paráfrase sobre texto de 1986, do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico – de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico – de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por “sincronicidades”, por “sinais”, cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este “status”, o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os “iniciados” compreendiam as “instruções” incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História “ocidentalizada” registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem “científica”, ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro “médico”, já que estabeleceu “doenças” como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo “desmembramento de seus componentes”. Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de “doenças” que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e

    descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA, de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica - Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este “movimento separatista elitizado”, continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem “científica” e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o “consolo espiritual” da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência “exata”...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a “desumanização” do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte –-importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva – da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas – a história, a filosofia, a literatura e a psicologia – não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de “A (re)humanização da medicina”, de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada “Revolução Aquariana”. Movimentos “hippies”, de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura “científica”, onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais “científico”. Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas “traduzidas” para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.






    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico – CRT 21001
    Última atualização: 13/05/2008 15:06


    Regressão e Progressão: Espelhando o Presente, Desvendando o Inconsciente Holística 2005

    Regressão e Progressão: Espelhando o Presente, Desvendando o Inconsciente
    Holística 2005

    Henrique Vieira Filho
    CRT 21001
    Terapeuta Holístico

    Resumo

    Por meio de relaxamento associado a induções verbais, conduz-se o Cliente a exercícios de imaginação no qual projete-se em diferentes contextos no tempo e espaço, proporcionando catarses emocionais que resultam em alívios, simultaneamente ao contato com novos insights, que traduzem-se em maior compreensão do presente.

    Introdução

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    Material e Metodologia

    Definições:

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

    Procedimento em primeira consulta:

    Avaliar pré-requisitos e inadequações:

    Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.

    Inadequações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

    Explicar o processo em detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial: quanto à duração e continuidade do trabalho; que é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

    Procedimento para as demais sessões:

    Após a 2a consulta já pode ser praticadas as técnicas específicas da Terapia de Regressão e Progressão.

    Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao Terapeuta Holístico avaliar exceções.

    Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o Cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo, conduzindo este ao autoconhecimento.

    O estado de relaxamento é fator determinante a facilitar os demais procedimentos e pode ser induzido por diversos meios, tais como a música, sugestões verbais, terapia corporal, etc, ou mesmo a somatória destes recursos. Fisica e mentalmente relaxado, o Cliente está mais propício ao livro fluxo de associação de idéias, pensamentos e imaginação.

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.


    Resultados

    Superando-se os preconceitos, curiosidades e até temores, propagados popularmente sobre tais técnicas, a Regressão induzida mostrou-se mais rápida em trazer à consciência as possíveis origens dos traumas, quando comparada à associação livre freudiana, além de produzir catarses muito mais intensas.

    A Progressão mostrou-se ferramenta eficaz em maximizar a capacidade dos Clientes em tomar decisões, possibilitanto viagens imaginativas sobre variadas "linhas do tempo" alternativas, geradas a partir das diversas opções de ação cogitadas. Em muitos casos, as "previsões" projetadas no futuro imaginário produziram insights que geraram soluções não cogitadas a princípio pelos Clientes.

    Discussão

    Experiências de Freud são utilizadas como argumentos contra e também a favor das técnicas regressivas. Nos primórdios da Psicanálise, aplicou-se a hipnose para induzir os clientes a revivenciar momentos traumáticos, sob o pressuposto de que tal catarse produziria a superação dos efeitos do trauma. De fato, bons resultados foram obtidos; contudo, Freud optou por abrir mão dos métodos hipnóticos, substituindo-os pelo divã, para que o Cliente, em uma posição confortável, fizesse um esforço para lembrar os traumas que estariam na origem de seus problemas. Com o Cliente relaxado, Freud conduzia uma livre associação de idéias, através da qual terminava por encontrar lembranças "recalcadas" e que eram, em tese, a causa de seus distúrbios.

    Assim sendo, de acordo com a conveniência de quem historeia, utilizam o Pai da Psicanálise tanto para argumentar que as técnicas regressivas por indução verbal "direta" estariam ultrapassadas, quanto para alegar que ele era adepto e que teria continuado, caso conhecesse outras formas diferentes da hipnose para atingir o objetivo.

    De fato, a "aura mística" associada ao hipnotismo pode ter sido um dos fatores que mais contribuiram a que Freud o abandonasse, já que anseiava a que a Psicanálise fosse aceita nos meios "científicos"...

    A partir dos anos 70, com o movimento de contra-cultura, a revalorização das filosofias orientais, o crescente interesse pelo esoterismo, gerou-se tamanho movimento (a chamada "revolução aquariana"...) que igualmente repercutiu na Terapia Holística, com a integração de "novas" técnicas nascidas da adaptação miscigenada de rituais religiosos de rememorização de "vidas passadas", com as pesquisas investigativas de casos sugestivos de reencarnações e a retomada das primeiras linhas da psicanálise, o que incluia até a hipnose regressiva.

    Alvos de grande curiosidade por parte do público e veículos de comunicação, a popularização da proposta gerou várias correntes divergentes, muitas das quais "pecaram" ao permitir que a crença religiosa/filosófica de seus defensores influenciasse diretamente na interpretação dos conteúdos vivenciados.

    Uma das linhas mais conhecidas, é a chamada TVP – Terapia de Vidas Passadas, a qual, já a partir do nome, demonstra que o profissional assume equivocadamente para si próprio, o papel que só compete à religião/filosofia particular de cada Cliente, ou seja, definir que existe reencarnação... Na prática, tal posicionamento em nada beneficiou aos resultados terapêuticos, além de ferir, desnecessariamente, a crença de muitas pessoas, que de pronto se afastam desta forma de terapia. Outro fator que diminui a eficácia da proposta foi a tendência de muitos dos praticante da técnica em contentar-se apenas com a catarse, pressupondo que o alívio decorrente do "descarrego" das emoções reprimidas era o fim em si da terapia, quando na verdade, está mais para o primeiro passo, visto que sobre o material aflorado, muito há o que se compreender e utilizar como fonte para autoconhecimento e, especialmente, em como transmutar a vivência em conteúdo útil ao PRESENTE.

    Em muitas vertentes dessa linha terapêutica, os resultados pareciem afastar ainda mais os Clientes de confrontar com seus reais traumas, servindo equivocadamente para justificá-los e até reforçá-los, passando a ser interpretados como inevitáveis e consequências de "lei da causa e efeito".

    Um exemplo baseado em caso real: " _ Meu relacionamento com meu marido é muito ruím, mas tenho que me conformar, pois em outra vida, eu o prejudiquei terrivelmente e agora, é minha vez de sofrer as consequências"... Tal dedução seria bastante razoável se originada na religião; contudo, ela foi gerida em consultório terapêutico, por meio de técnicas regressivas... Por meio desta "racionalização", a pessoa em questão procurou tornar "o inaceitável mais aceitável". Enquanto obstáculo ao crescimento, a Racionalização dificulta à pessoa aceitar a realidade e de trabalhar com as forças motivadoras genuínas, o que poderia reverter o sofrimento em que vive.

    "Racionalização é o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que causa angústia. Usa-se a Racionalização para justificar comportamentos quando, na realidade, as razões para esses atos não são recomendáveis".

    Nada justifica, no contexto terapêutico, de buscar-se especificamente em "vidas passadas" as respostas aos problemas do presente; pode sim, ser uma alternativa, mas jamais a opção única... Se a vivência, espontaneamente, traduzir-se em "insights" transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), tais como experienciar personagens e até épocas distintas da que se tem consciência, é natural e certamente trará ricos materiais a serem trabalhados em terapia. Porém, induzir especificamente a "viagens" antes do período da concepção (claro, salvo honradas exceções...), pode ser fruto de entusiamo exarcebado pela própria filosofia/religião, ou, até mesmo, simples concessões à curiosidade, nem sempre sadia...

    Muito mais ético e adequado é que o Terapeuta Holístico trabalhe o conteúdo aflorado, da mesma forma que trabalharia ossonhos (a psicanálise Junguiana, os pós-junguianos e a Psicoterapia Transpessoal fornecem excelentes subsídios para esta finalidade) e essa premissa é aplicável tanto para conteúdo transpessoal, quanto para visualizações de momentos traumáticos situados na vida "atual". Esta postura permite ao profissional trabalhar, independentemente de ser o material aflorado, um FATO em si, ou uma visão simbólica projetada, o nírica. Compete EXCLUSIVAMENTE ao Cliente ter para si, se o que vivenciou realmente ocorreu, ou não; se é "vida passada", ou não; e até mesmo manter-se "neutro" quanto a quaisquer destas hipóteses. O que realmente importa é obter-se um aprendizado APLICÁVEL em seu presente, que amplie seu autoconhecimento e, consequentemente, sua Qualidade de Vida.

    A análise trabalha com a realidade que o Cliente "sente" e traz nas sessões. Se ele experiencia uma dor referente a um "fato" da infância, porém essa história nunca ocorreu explicitamente, para a terapia de regressão é pouco relevante, pois, o que conta é que existe um "registro" disso e que gera sequelas ainda atuantes no presente do Cliente. Esse "fato" assume importância real e precisa ser trabalhado nas sessões, independente de sua veracidade ou não. O mesmo raciocínio se aplica ao conteúdo transpessoal: se o Cliente vivenciar a si mesmo como "outra pessoa", quem sabe até em "outras épocas", independentemente de crenças pessoais, a terapia sempre trabalhará o conteúdo como sendo uma projeção.

    "Projeção: O ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio, é denominado projeção. É um mecanismo de defesa através do qual os aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo. A pessoa com Projeção pode, então, lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou estar consciente do fato de que a idéia ou comportamento temido é dela mesma".

    Um exemplo, baseado em caso divulgado em um programa televisivo de grande popularidade: a pessoa sofria de fortes dores de cabeça; participou de uma terapia regressiva e viu-se na Idade Média, em uma masmorra, sendo torturada com uma morsa que gradativamente lhe apertava o crânio. Após a cartarse, com a explosão de emoções que a vivência ocasionou, as dores cessaram. Cliente e profissional satisfeitos, deram por encerrada a terapia... Uma crítica construtiva cabe a este procedimento, pois ao invés de contentar-se com a simples remissão do sintoma da dor, poderiam ter sido mais ambiciosos na proposta terapêutica e investigar mais profundamente a questão. Independente de ser ou não "vida passada", a dor está no presente... e isto significa que ela AINDA está em uma "câmara de tortura"... seria sua vida familiar ? seu trabalho ? tudo isso junto ? outra hipótese não tão previsível ? Toda a história aflorada por meio da vivência poderia (deveria...) ser aprofundada, o que pode ser trabalhado com técnicas de associação de idéias, que pode ser realizada na versão "clássica" e/ou sob relaxamento, retomar a vivência e aprofundar-se gradativamente, em sessões seguintes.

    "Associações de Idéias: são um Processo intelectivo segundo o qual a mente humana, a partir de uma idéia inicial (indutora), é imediatamente levada a suscitar uma outra, isto em razão de alguma "conexão natural" existente entre ambas. A idéia indutora pode ser representada no caso, tanto por uma palavra, como por um objeto, uma imagem, ou mesmo uma emoção (da qual o sujeito toma consciência) cujo simples aparecimento na mente é suficiente para despertar uma segunda idéia, e esta uma terceira, e assim por diante, num processo praticamente sem limite e no qual, conforme a expressão popular, uma coisa puxa a outra."

    Toda a discussão aqui exposta sobre a Regressão é igualmente aplicável para a Progressão. Da mesma forma que espelhamos nosso presente imaginativamente em tempo passado, igualmente podemos projetar para o futuro. Este procedimento é particularmente útil a auxiliar o Cliente na tomada de decisões presentes, já que possibilita ao mesmo, criar mentalmente as possíveis consequências de suas atitudes atuais.

    Temática amplamente explorada na ficção científica, é como se existisse incontáveis futuros alternativos, "linhas do tempo", nas quais o indivíduo transitaria consequentemente às escolhas e atitudes do presente.

    Em minha prática de consultório, o exercício imaginativo em direção a um futuro hipotético inicia-se sobre uma premissa, comumente, as possíveis consequências geradas a partir de uma escolha presente. Por exemplos: mudar ou não de emprego, casar ou não, separar ou manter o casamento, opções de carreira, dentre as mais comuns ansiedades trazidas em consultório... A proposta é possibilitar ao Cliente, "vivenciar" o que seu inconsciente projeta para o futuro, de acordo com cada escolha possível. Continuando os exemplos: uma projeção de como será o seu dia-a-dia daqui a 1, 2, 3, 4, 5 anos, continuando no emprego atual... Depois, o mesmo exercício imaginativo futuro, perante a opção de demitir-se no presente... O mesmo procedimento nas progressões: casado... ou descasado... E assim, caso a caso.

    Algumas idiossincrasias observados nos procedimentos que envolvem a Progressão:

    Ao contrário do que ocorre em exercício imaginativos em direção ao passado, o nde espontaneamente surgem vivências passíveis de interpretação (critério exclusivo do Cliente...) como "vidas passadas", nunca encontrei um caso em que alguém experienciasse uma situação de "vidas futuras"...

    Clientes praticantes de técnicas de mentalização consciente para "programar seu futuro", comumente se surpreendem com grandes discrepâncias entre o ideal que conscientemente planejam e aqueles traduzidos pelo inconsciente, nas vivências progressivas; por sinal, via de regra, estes é que se "concretizam" na prática...

    Conclusões

    A vinculação desnecessária ao misticismo e religiosidade é um obstáculo ao desenvolvimento das técnicas vivenciais. O Terapeuta Holístico, ao abster-se de posicionamento pessoal, mantendo a neutralidade necessária e respeitando o direito do Cliente em considerar o material aflorado como fato, ou como exercício de imaginação, tem na Regressão e Progressão uma excelente ferramenta terapêutica, capaz de acelerar o processo de autoconhecimento e em transmutar os desconfortos em mais Qualidade de Vida para os Clientes.

    Referências bibliográficas

    CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

    GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

    HALL, James A. - A Experiência Junguiana. S. Paulo, Cultrix, 1989.

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    JACOBI, Jolande - Complexo - Arquétipo - Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1986.

    JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. 5. Paulo, Vozes, 1991.

    LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. 5. Paulo, Cultrix, 1992.

    MACHADO, José Pedro Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa, Editorial Confluência Ltda., 1967.

    MARKEY, Christopher - Yin-Yang. 5. Paulo, Cultrix, 1987.

    MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

    NETHERTON, Morris e SHIFFRIN Nancy – Vidas Passadas em Terapia. São Paulo, ARAI-JU, 1984.

    PINCHERLE, Lívio Túlio; LIRA, Alberto e outros – Psicoterapias e Estados de Transe. São Paulo, Summus Editorial, 1985.

    TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Florais de Bach – Uma Visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica – Incluindo NTSV – TF 001 – Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Floral – 4a Edição - Editora Pensamento, 1994.

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1990.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 26/01/2009 15:31


    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS E TERAPIA DE VIVÊNCIAS PASSADAS

    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS E TERAPIA DE VIVÊNCIAS PASSADAS

    VIDA – TRABALHO - RELACIONAMENTO

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    www.zuniga.terapiaholistica.net 

    Apresentação

    Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas são técnicas que em Terapia Holística contribuem para descobrir as origens vivenciadas dos problemas ou da felicidade.

    Descobrir as vivências passadas recentes, adolescência, enquanto criança ou na gestação é o que chamamos de Regressão de Memórias, e caberá ao cliente a interpretação segundo as próprias crenças e religiosidade. O Terapeuta Holístico assume a condição de moderador baseado na experiência, sabedoria e conhecimento permitindo assim fluir o livre arbítrio do cliente.

     

    Só que para fazer estas viagens é necessário encontrar a paz, diminuir o estresse, desenvolver harmonia. Fortalecer a auto-estima e o auto-respeito.

    A Terapia de Vivências Passadas tem início quando já foram superadas as etapas anteriores e é, neste momento, que esta técnica traz resultados para a melhoria da qualidade de vida, profissão ou relacionamento.

    A Hipnose e o estado Alfa são necessários para entrar num processo de sono e vigília, onde cliente e terapeuta interagem neste estado.

    Conta muito à experiência e o domínio absoluto de várias técnicas em terapia holística, para aconselhar as infinitas situações que aparecem.

    A Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Hipnose, Meditação e Viagens Astrais; estão envolvidas pelo medo, falta de informação correta e muitas vezes pela banalização destas excelentes ferramentas.

    A Radiestesia e Radiônica têm a função de detectar energias, amplificá-las, neutralizá-las ou corrigi-las, se necessário.

    O ser humano como um ser simbólico, utiliza muitas figuras, como linguagem universal para se comunicar. Estas aparecem no cotidiano através da sincronicidade, dos sonhos ou induzidos.

    Temos que cuidar com carinho do corpo físico, sem esquecer do corpo mental, emocional, identidade/espiritual e energético.

    O maior desafio dos seres humanos que confiam nesta arte, é harmonizar a própria vida, a profissão e seus relacionamentos.

    A união da Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Radiestesia e Radiônica e Análise Simbólica, resultaram numa terapia individual e única com excelentes resultados a curto prazo, ganhando a confiança e a fidelidade do cliente que retorna para lapidações, harmonização, energização de seus cinco corpos, profissão ou relacionamentos.

    É cada vez maior o número de pessoas que desejam conhecer suas próprias vivências, para entender de onde vem, onde está e qual e a razão da sua existência. 

    Todo ser humano se preocupa com o equilíbrio da sua vida física, que fica relegada ao temperamento hereditário, aprendizado, meio ambiente, relacionamento, religiosidade, identidade e a própria individualidade. 

    Este conjunto de energias e aprendizados influencia diretamente a profissão, determinantes de fracasso ou de sucesso. 

    Os relacionamentos não estão separados das energias anteriores e será resultado de apatia, tristeza ou de alegria. 

    Este desafio nos leva a refletir sobre o momento atual da humanidade e das nossas atitudes para com o indivíduo, comunidade e meio ambiente. Estes espelhos do universo refletem com intensidade o equivalente nas manifestações físicas e psíquicas do planeta, mas para consertar este, temos primeiro que consertar a nós mesmos. 

    Introdução 

    Memórias: (Faculdade de reter idéias, impressões e conhecimentos adquiridos, lembranças, recordações, reminiscência. Vivência: Existência, vida, modo hábitos de vida, sentir. Dicionário de Português – Edições poliglota). A retenção de impressões se processa em vários níveis que o Ser Humano costuma ver como um só e integral. Em termos holísticos separamos em Cinco Corpos, Cinco Movimentos, Quatro Elementos, Sete Chakras para depois uni-los. 

    A Regressão de Memórias vai interagir nessas experiências adquiridas conscientes ou não, com a finalidade se assim o cliente permitir, redirecionar a ação vibratória registrada em reminiscências ou vivências. 

    Estas vibrações determinarão influências marcantes no desempenho de vida, trabalho e principalmente no relacionamento. 

    Os Cinco Corpos, Dentro de todo ser humano existem um historiador e um poeta, (razão & emoção) que relatam sua vida com detalhes e acontecimentos que até então não faziam sentido encobrindo muitas vezes a possibilidade de abrir caminhos. Para explicar melhor esta proposta, falarei em termos de energia emanada, recebida e impregnada em cada corpo. 

    Corpo Físico, ele reflete o mapa atual e de vidas passadas, naturalmente tentaremos buscar uma definição racional para determinado problema com profissionais competentes, mas na impossibilidade de respostas, recorreremos a perguntas energéticas. 

    Perguntas energéticas são detectadas com alto índice de acertos, através da Radiestesia e Radiônica que desenvolverá gráficos especialmente criados para cada tipo de questionamento. Neste corpo com seus cinco sentidos, são vivenciadas todas as experiências de aprendizado. 

    Corpo Mental, a energia do pensamento uma fonte poderosa de radiação energética que destrói, neutraliza ou constrói. Algumas pessoas têm uma defesa natural e outras precisam desenvolver estes escudos invisíveis muito necessários para o crescimento e desenvolvimento do ser humano. 

    Corpo Emocional, ele é o centro de equilíbrio dos cinco corpos, nele atuam as energias herdadas de todos os ancestrais diretos, do meio ambiente, relacionamentos e as negociações com a vida. 

    Corpo da Identidade ou Espiritual, este corpo pode ser visto por várias facetas: como Corpo da Identidade fica issento de crença e religiosidade usando a capacidade e o livre arbítrio para direcionar sua vida. Já do ponto de vista espiritual são inúmeras as opções, uma delas são as energias de aprendizado astrológico, dando em cada um a oportunidade de interpretar se assim o desejar e fazer sentido para efetuar mudanças, desenvolvimento e crescimento. 

    Corpo Energético, este corpo intangível cresce e desenvolve com as energias de equilíbrio de todos os outros corpos de acordo a qualidade e quantidade de energia recebida. 

    Este corpo quando energizado corretamente tem um crescimento tal que pode se desdobrar dando vida a um novo corpo de energia. 

    Influências possíveis ancoradas nos cinco corpos 

    Memórias de medo: Alguns clientes consultam por causa dos medos de nadar, e tremem com água acima do joelho, isto é comum e primeiro devemos descobrir como foi a interação com o precioso líquido, também alguns adultos manipulam pelo temor as crianças para que não cheguem perto de  águas perigosas, ancorando na memória da vivência, ações que não fazem parte das próprias experiências, assim se desdobram inúmeras situações a serem vivenciadas e transformadas a partir do cliente.

    Memórias com animais peçonhentos: Hoje sabemos que qualquer inseto por simples que seja tem a capacidade de afetar-nos seriamente, então é natural a aversão a barata, pernilongo, mosca, escorpião, borboleta, etc. Em Terapia de Vivências Passadas, encontramos, pessoas que tiveram vivências dramáticas lutando pela vida, e quando isso acontece o cliente consegue discernir corretamente sobre o acontecido solucionando essa âncora energética.  

    Memórias de altura: Quem não se lembra de ver ou ser levado sentado de cavalinho nos ombros do pai ou da mãe, é uma sensação gostosa e agradável. O sentido de altura para outras pessoas está relacionado à insegurança, quedas reais já acontecidas e, que se encontram fixadas na memória de alguns dos cinco corpos. 

    Memória alimentar: Uma cliente sadia com apetite insaciável, numa vivência sente a dor da inanição, pedindo a vida, que nunca mais a deixe passar fome, o fato de ela conhecer essa parte traumática, a fez compreender que nesta vida, isso seria impossível de acontecer por ser atualmente dona de um bem sucedido mercado de alimentos. 

    Memória de vícios: Aqui se entrelaçam vários fatores, o que torna a mais difícil das terapias, envolvendo os Sete Chakras, Cinco Movimentos, Cinco Corpos e os Quatro elementos. Os desequilíbrios em cada uma destas técnicas promoverão sensação energética da enbriaguês ou do estado alterado de consciência de forma artificial induzindo a fuga. 

    Memória de vida: Experiências traumáticas e ferimentos em vidas passadas são a causa de inúmeras emoções não compreendidas na atualidade de muitas pessoas. Estas experiências ancoradas na emoção se manifestam na maioria dos casos indiretamente, exemplo: um cliente canhoto que foi obrigado pelos pais a fazer tudo como se fosse destro. Em Terapia de Vivência Passada, havia perdido a mão direita e, esta descoberta o libertou para ser ele mesmo nesta vida. 

    Memória profissional: As profissões e atividades exercidas pelo homem ou pela mulher no passado têm uma relação com pensamentos, sentimentos e atitudes de vivências passadas, conectando-se a vivência atual. Exemplo: numa Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas a pessoa vivenceu um padre que foi queimado numa fogueira junto a pessoas que ajudou e que foram julgadas como praticantes de bruxaria. Esta vivência desenvolveu outras atitudes de crescimento e desenvolvimento a este profissional que exerce a profissão de Terapeuta Holístico. 

    Memória de relacionamentos: Relacionamentos oh, os relacionamentos! Auto sentencias: Te amarei por toda uma eternidade. Nunca mais amarei ninguém. Homem presta. Nenhuma mulher merece meu amor. Você não presta (será que os outros prestam? Então vou buscar nos outros) Por isso, que quando se fala, vê, ouve e sente uma sentença, se deve ter muito cuidado em aceitá-la ou não, exemplo: se eu falo "vocês sabem? Estou feliz, em paz, e sentindo-me realizado ao preparar esta palestra" a frase "vocês sabem?" obriga ao interlocutor a puxar o arquivo saber a questão, neste caso o arquivo solicitado é de conteúdo positivo e você aceita. Caso contrário, numa mensagem negativa, fale "Eu não sei!". 

    Na memória dos relacionamentos, geralmente se culpa o outro e dificilmente se pega um espelho para se ver a si mesmo. Isto faz parte de uma das terapias que está baseada naquele conto oriental: (quando era jovem queria mudar os outros, quando fiquei adulto quis mudar as pessoas que me rodeavam, e agora que estou velho apenas desejo mudar a mim mesmo... É por onde deveria ter começado). 

    Material e Metodologia – Definições 

    Hipnose: Estado semelhante ao sono profundo e no qual  a pessoa age por sugestão (Dicionário de Português, Edições Poliglota – Melhoramento 2005). Como podemos perceber o livre arbítrio do cliente neste estado fica comprometido, isso não significa que não será utilizada esta técnica importante quando há reminiscências muito fortes, vai depender da flexibilidade do terapeuta. Assim direcionamos a pressão que essas lembranças exercem nas lembranças físicas e psíquicas.

    Diminuir o estresse com o alinhamento dos Chakras: Alinhar, equilibrar e proteger os Chakras traz o benefício da redução do estresse. Se mentalizar o campo energético de cada um, de maneira ascendente e depois descendente irradiando energia para todos os meridianos e cinco corpos, teremos alcançado o primeiro passo para entrar em estado Alfa ou de relaxamento.

    Vivemos num palco de muitos egos o que intoxica a clareza de pensamentos e o descanso, para fazer esta harmonização devemos pelo menos dormir bem, momento em que corpo mente e energias se expandem permitindo a limpeza e recuperação energética.

    Sono e vigília: Costumo chamá-la de Terapia Alfa, porque permite interagir num diálogo único com a vivência do cliente. Neste roteiro individual existem interações com o universo, pessoas e consigo mesmo, tudo registrado e emergindo, porque para os registros energéticos não existe tempo nem espaço. 

    Regressão de Memórias: Nas memórias da vida atual se acumulam inúmeras situações a partir da gestação, algumas serão recordadas outras não, sendo estas últimas as mais difíceis de descobrir até pelo mecanismo de defesa natural que temos. Assim o cliente descobrirá experiências vivenciadas na gestação, nascimento e desenvolvimento tendo uma nova compreensão da vida. 

    Terapia de Vivências Passadas: Como podemos perceber para se chegar com qualidade e excelência a uma Terapia de Vivências Passadas, existem uns passos preliminares que requerem responsabilidade, experiência, pesquisa e profissionalismo. Acessar vivências passadas é fazer contato com o campo energético palco de um conjunto de aprendizados. 

    Vivências com interferência astrológica: Perceberemos que a biografia energética é proporcional ao aprendizado.  Doze influências testarão as evoluções de cada ser humano ligadas às características negativas e positivas de cada símbolo astrológico. A virtude da astrologia e que nos mostra várias personalidades das quais podemos aprender.

     

    As vinte e quatro energias contidas nos doze signos zodiacais têm um significado de força, influência ou uma virtude para fazer opções.   

    Resultados 

    O primeiro resultado acontece na interação cliente terapeuta, o cliente desenvolve a capacidade de analisar seus problemas e resolver-los tomando rédeas ou o timão da própria vida. O terapeuta aprende com cada ser humano que passa por seu consultório podendo algumas vezes ser histórias parecidas, mas nunca iguais.

    Os resultados espontâneos e descritos por algúns clientes foram: aprendizado do relaxamento porque encontraram paz, diminuíram o estresse encontrando harmonia, neste estado veio à meditação que é a musculação dos sete chakras, dos cinco corpos aprendendo a se elevar e voltar fortalecidos dessa experiência. 

    A limpeza energética feita através da radiestesia e a radiônica foi sentida como "tirar um peço da mochila". A regressão de memórias colocou novamente frente a "situações mal resolvidas ou de vivências felizes" podendo alterá-las ou degustá-las. 

    Já a terapia de vivências passadas, permitiu a interação de vidas anteriores com o desenvolvimento atual, fazendo cair fichas decisivas para abertura de caminhos para a vida, profissão e relacionamento. 

    Maria  

    Trinta e quatro anos, bonita, inteligente, mestra e doutora, casa própria, carro do ano, feliz física e profissionalmente... Triste em relacionamentos. 

    Após o relaxamento, meditação e purificação aúrica, descobrimos a forte influência da mãe com quem morava e que exercia uma forte influência sobre sua vida, além de menosprezar os homens porque ela teve poucos momentos de felicidade. 

    Recomendei alguns Florais de Bach e na interação ela tomou a decisão de ter seu próprio apartamento e uma vida própria, coisa que aconteceu em poucas semanas, foi quando decidimos que era momento de uma Terapia de Vivências Passadas, Maria vivenciou no ano 500 dC maltrato por vários homens, posteriormente na Europa pós queda da bastilha, traída e abandonada "jurando que nunca mais amaria um homem na sua vida". Como estava sofrendo muito durante a regressão, lembrei a ela que isso é uma vivência, podendo agora apenas observar para tomar decisões. 

    A "magia" da Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas e que podemos rever cenas, neutralizá-las e modificá-las linguisticamente, assim como o juramento que Maria fizera nessa vivência. 

    Os dois eventos vivenciados e relatados por Maria tiveram uma forte influência energética que provocava o afastamento dos seus relacionamentos. 

    Após esta vivência, passaram três meses de ausência ao consultório. Até que uma quarta feira ela retornou sem marcar hora, fiquei feliz de ver que o visual circunspeto de doutora, tinha dado passo ao visual da moda e escutei algo que já esperava e disse textualmente: "Encontrei o lírio que o senhor falou" (o lírio é a carta 30 do tarô de Lenormand, carta que previa junto com outras, essa mudança e o encontro de uma pessoa transparente e de boas intenções, se ela mudasse o script da vida atual). Hoje Maria e seu lírio vêm regularmente para harmonização individual e do casal. Tenho certeza que a próxima vivência da vida de Maria será a maternidade de uma Menina...

    Discussão 

    A Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Hipnose, Meditação e Viagens Astrais; estão envolvidas pelo medo, falta de informação correta e muitas vezes pela banalização destas ferramentas. 

    Só vivenciando uma regressão de memórias e terapia de Vivências passadas, para poder dar uma definição correta dos estados de consciência descobertos e às conexões com as situações que nos interessam, trazendo soluções para os mais diversos problemas. 

    A Regressão de Memórias atua sobre o processo de gestação e o momento atual, focando principalmente o aprendizado corporal, mental, emocional, identidade/espiritual e energético. 

    A Terapia de Vivências Passadas é um complemento necessário quando os caminhos parecem que se fecharão na vida. Os insight e as vivências que aparecem fazem sentido para receber uma chave para fechar e abrir portas do livre arbítrio.

    A Hipnose adotada neste trabalho é uma técnica que permite baixar a freqüência energética do cliente que o leva a um estado de sono e vigília, conhecida também como estado alfa. O curioso é que alguns clientes fazem questão de serem hipnotizados passando pelo processo de hipnose total, preferindo posteriormente a alfa-terapia.

    A Meditação é uma parte importante deste trabalho que busca atingir não só o cliente, mas também o ser humano que está ávido de paz. Falar de meditação é falar de respiração, processo a ser reaprendido para equilibrar os cinco corpos.

    A boa respiração permite equilibrar cada meridiano, corpo, chakra, jogando fora ressentimento, sapos engolidos, etc. Incorpora equilíbrio no pensamento, sentimento e atitudes.

    As Viagens Astrais, esta ferramenta de planejamento só vai servir se soubermos aproveitar os ensinamentos do passado no presente, para projetá-los no futuro para não recriar os erros do passado e viajar até os níveis das conseqüências. 

    Este conjunto de técnicas que fazem parte da busca de conhecimento do ser humano atual, de si mesmo e sua íntima relação com o meio ambiente e as percepções a respeito de seu papel no universo e o sentido da própria existência. 

    Marcas físicas, intelectuais, morais, espirituais e energéticas. 

    Gestação e nascimento é um processo energético para o ser que está sendo concebido, porque implica diretamente rejeição ou amor, estas duas vivências podem marcantes para o ser em desenvolvimento, aparecendo mais tarde na vida adulta.

    Abandonar o estado de aconchego do útero vai ser um passo importante para as situações futuras, e de mudanças ao longo da vida.

    Aprender a andar e falar por volta de um ano, possivelmente terá uma conexão profunda com a comunicação, cair e se levantar na vida. 

    (Segundo Bernard Lievegoed em seu livro desvendando o crescimento editora Antroposófica. Refere-se a crises no encontro do eu, quando ao redor dos três anos e meio a criança deixa de falar o nenê não quer... fala até ríspido, Eu não quero). O entendimento e a compreensão deste momento são muito importantes, ela apenas está descobrindo que é, um ser único que precisa ser respeitado.  

    Mesmo que a modernidade inclua as crianças no aprendizado com uma tenra idade, existe uma crise aos sete anos, onde percebemos pela primeira vez, que o mundo belo, às vezes se transforma em feio.

    As imagens guardadas desta passagem aparecem com o peso de situações análogas no futuro, nem sempre compreendidas como remanescente de memórias ou de vivências. 

    Na medida em que as crianças crescem aparecem os medos próprios, e os condicionados pelos adultos, controlando mais pelo medo, que pelo amor, os limites e os desafios para a vida podem ser colocados a partir da amamentação, para não ter que fazer correções quando adulto.

    Nessa caminhada, nos defrontamos com a sexualidade, para algumas pessoas algo pecaminoso, para outras, parte integrante no desenvolvimento do ser humano, esta situação trará importantes informações para o cliente adulto em crise. 

    Como podemos ver nesta discussão, os cinco corpos atuam com catalisadores de memórias e de vivências que liberam informações sem serem solicitadas, assim teremos, marcas físicas, intelectuais, morais, espirituais e energéticas. 

    Conclusões 

    Os processos de aprendizado

    Efeito quebra-cabeça: os processos de aprendizado são reconhecidos apenas pelo caminho da instrução de maneira racional, com conceitos oferecidos e com aplicação prática valorizando o pensar, é um “quebra-cabeça” bem montado, só que quando falta uma peça esse ser humano entra em crise. 

    Efeito Mosaico: Já no processo de aprendizado misto Racional e Vivencial uma grande parte da humanidade vê, escuta e sente as virtudes dos conceitos extraídos tanto pela experimentação autodidata e o descobrimento de novos caminhos. Aqui já não se é mais um quebra cabeças, se é um mosaico onde mesmo faltando alguma peça se produz um a organização natural e criativa, como na natureza. 

    A instrução, experimentação e os estímulos recebidos pelos Sete Chakras, Cinco Corpos e Cinco Sentidos vão trazer um padrão de resposta, podendo ser um comportamento externo ou uma representação interna da vida, profissão ou relacionamento. 

    As vivências marcantes na vida dependerão da intensidade e do local atingido em uma das tantas memórias e o momento específico de uma forte emoção. 

    O procedimento para minimizar as condições adversas através da Terapia de Vivências Passadas, será encontrar as âncoras que seguram seu veículo físico ao navegar livremente pelo oceano da vida. 

    Sonhar? Pensar? Sentir? Agir? Fantasiar? Realidade? Este trabalho tenta desmistificar a Regressão de Memórias e a Terapia de Vivências Passadas, mostrando que o processo começa na boa respiração, passa pelo relaxamento evoluindo para a meditação, chega à auto-hipnose descobrindo o estado alfa para finalmente chegar a uma regressão de memórias e terapia de Vivências Passadas, sendo assim uma viagem com muitas escalas.

    Crises ao longo da vida, As primeiras situações de aprendizado vivencial começam em como fomos recebidos ao descobrir o estado de embaraço (espanhol) gravidez (português), notamos que as duas palavras denotam (momentos difíceis) dando início a uma série de crises que se manifestarão ao longo da vida, que nos obrigam sadiamente a crescer. 

    Crises de adotar um veículo físico, talvez sejam a primeira decisão do corpo energético ou da identidade para lapidar as pendências deixadas em vivências anteriores ou pela hierarquia ancestral (pai/mãe, avós, visavôs, tataravôs, tetravôs, etc.)

    Crise da gestação, como foi recebida? Qual foi à primeira emoção da mãe, pai, parentes, amigos. A memória energética guardou tudo isso e pode estar influenciando a vida de um ser agora.

    Crise do nascimento, do ponto de vista energético e holístico, deve-se procurar que o parto seja o mais normal possível. Na vida, o parto estará simbolizando os constantes processos de mudanças que vivenciamos e devemos fazê-los com segurança, flexibilidade e amor. 

    Crise do aleitamento, além da alimentação física e protetora que os médicos recomendam, está o sentido energético da troca de carinho importante para no futuro como auto-estima, confiança, busca e desafios. 

    Crises do andar, falar, pensar, este momento é tão importante devido a influência que terá ao longo da vida. (Bernard Lievegoed em seu livro desvendando o crescimento diz: Durante este aprendizado da posição ereta se desenvolve a capacidade exclusivamente humana "a fala") Em termo energético a criança começa abrir as janelas para o mundo físico e do pensamento com alguns toques de emoção, se ela aprender a respirar corretamente encontrará maior equilíbrio em pensamento, sentimento e ação. 

    Crise do "Eu", muito adulto não entende quando uma criança troca a fala, a nenê, o nenê e de repente fala "eu não quero" sendo muitas vezes repreendida como desafiadora ou mal criada. Esta atitude inibe o ser humano futuro que tem que se colocar todos os dias como um indivíduo com pensamentos, sentimentos e atitudes próprias.

    Crise do primeiro momento só, é um aprendizado único que deve ser compartilhado e bem direcionado para evitar os extremos. Este momento é o descobrimento do espaço próprio, auto-respeito e auto-aprendizado. Quando insinuo relembrar de um momento só, feliz e com tranqüilidade, algumas pessoas tem uma grande dificuldade de lembrar e é comum escutar que receberam muitas críticas por desejar se isolar. 

    Crise dos medos, estes aparecem colocados por adultos nas crianças no tempo que gostam de escutar contos e estórias. Outros medos são colocados para controlar, manipular, chantagear emocionalmente, ficando na memória energética e aparecendo como símbolos esmaecidos em momentos importantes na vida, profissão ou relacionamentos. 

    Crise da sexualidade, a puberdade é interferida pelo fator do equilíbrio emocional, dos pais, protetores ou educadores, espiritualidade, meio ambiente, cultura social. Ao aparecimento da puberdade as mensagens emitidas e recebidas farão parte dessa vida, as virtudes de uma terapia serão que essas vivências podem ser reescritas pela própria pessoa. 

    Crise da maioridade dos corpos, esta fase une os cinco corpos em um só querendo ser único, sair de casa, perder os medos e ser ele mesmo, questionar as pessoas e o mundo em que vive. As conseqüências disso incomodam as mentes já pré-estabelecidas e que querem sossego, esquecendo que já passaram por essa fase. 

    Crises da escolha, exatas ou humanas? Todas as crises anteriores afetarão neste momento, mesmo em famílias herdeiras de profissões, sem contar com a influência e direcionamento de vivências passadas. 

    Crise das forças, "o céu é o limite" nesta fase de vida, esportes radicais, baladas, velocidade, sons, experimentação do proibido, uma grande maioria adere a esta situação que não mede conseqüências que afetarão o futuro próximo. 

    Crises Crística, símbolo do sofrimento que leva muitas pessoas a um estado de tristeza profunda, que pode ser facilmente cuidado com Florais de Bach e aconselhamento.

    Crise de olhar para traz, chega um momento na vida de muitas pessoas quando olham para traz, sentem insatisfação, tristeza, desassossego. Outras pessoas relatam que se sentem como se estivessem num porão, num túnel ou numa noite sem fim, enquanto outras recebem este momento como mais um desafio. E o momento para algumas pessoas de entrar em contato com as vivências ancoradas.

    Crise da segunda oportunidade, Analisando o processo de vida do homem observamos que muitos símbolos que apareceram à partir do nascimento até o final da adolescência, se repetem até duas vezes no decorrer da vida adulta. Estes símbolos revestidos como perdas ou ganhos em qualidade de vida, aprendizado/profissão, relacionamentos afetivos. 

    Crise do corpo físico mental, nesta fase o medo de perder o equilíbrio físico, esquecer, ser esquecido ou ignorado, produz um estresse físico e mental que leva a uma longa peregrinação por consultórios de todo tipo. Em Regressão e aconselhamento a estas pessoas lhes é mostrado a progressão baseada num planejamento de vida racional/mental, certificando-se de unir o que já foi plantado, somado com as sementes atuais. Esta adição mostrará o que vai ser colhido no futuro. O livre arbítrio nunca teve tanta importância neste momento de vida, porque pode ter protelado a metade da vida seus sonhos e fantasias e passar o resto da vida se queixando e culpando os outros. 

    Crise da morte e das perdas, provavelmente esta é a ultima crise do ser humano na caminhada física que é inevitável. Atua próximo ou depois da aposentadoria e é como um livro que tem inicio meio e fim. Alguns ficam escrevendo sempre primeiros capítulos, outros se acomodam nas páginas intermediarias e uns poucos sabem ou aprendem a finalizar o livro da própria vida com sabedoria, serenidade e dignidade. (a sabedoria oriental se refere a quatro grandes momentos da vida. Dos 0 aos 21 anos é o momento de Aprender. Dos 21 anos aos 42 anos é o momento de Lutar. Dos 42 aos 63 é o momento de se tornar Sábio. Dos 63 em diante, é o momento de Ser Sábio). 

    Anexos 

    "TERAPIA DE REGRESSÃO”

    Técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência, desse modo, induzir "insight" sobre a infância, a vida intra-uterina e até mesmo transpessoais (informações alem da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados pela Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou. Até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo esta parte fundamental e integrante da terapia.  

    “TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE”

    Distingui-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tart, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrecidos de aconselhamento,levando ao auto-conhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incrementando a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes. 

    “TERAPEUTA FLORAL”

    Procede ao estudo e a análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja proposta é predominantemente preventiva e que atuam através das questões psíquicas, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção específica. O uso contínuo da terapia floral leva a uma maior compreensão das emoções, permitindo o aflorar de um material psíquico mais profundo, ampliando, assim, o auto-conhecimento, o que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações. É normalmente associada a outras técnicas terapêuticas, em especial, o aconselhamento, possibilitando mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou a preocupação com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. 

    “PARAPSICOLOGIA”

    Estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicados pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamado fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente, (viagem astral), regressão e vivências passadas, “poltergeist” possessão e similares.

    Referencias bibliográficas 

    Brian Weiss

    • Muitas Vidas Muitos Mestres
    • Meditando com Brian Weiss
    • A cura através da Terapia de Vidas Passadas
    • Editora Sextante - 2000

     

    Bernard Lievegoed

    • Desvendando o Crescimento – Fases evolutivas da infância e da adolescência
    • Editora Antroposófica - 2000

     

    Judy Hall

    • Terapia de Vidas Passadas
    • Editora Avatar - 1998

     

    James Van Praagh

    • Em Busca do Perdão
    • Editora Sextante - 2000

     

    Louise L. Hay

    • Cure seu Corpo
    • Editora Best Seller - 2005

     

    Ghanshyam Singh Bipla, Colkete Hemlin

    • Magnetoterapia
    • Editora Pensamento - 1999

     

    Clássicos de bolso.

    • Rei Édipo, Sófocles. Antígone
    • Ediouro, 1993

     

    Fátima Ferreira Duque

    • Florais de Bach na Astrologia
    • Editora Madras – 2004

     

    Joaquim Gervásio de Figueiredo

    • Dicionário de Maçonaria
    • Editora Pensamento
     

    NTSV Normas Técnicas Setoriais Voluntárias

    • Auto-Regulamento que pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da disciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras, éticas e técnicas de atuação

     

    Nelson Zuniga

    • Palestras proferidas e artigos publicados no SINTE, LEVEN entre outras.
     
     

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    13 de Março de 2008

    www.zuniga.terapiaholistica.net

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/05/2008 13:30


    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA PARA GRUPOS EM CONJUNTO COM A FILOSOFIA E ARTETERAPIA

    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA PARA GRUPOS EM CONJUNTO COM A FILOSOFIA E ARTETERAPIA

    Muriaé(MG)

    Abril de 2008

    NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA

    TERAPEUTA HOLÍSTICA CRT 30758

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2008

    Dedico a todos que, querendo mudar sua vida, mudam seu modo de pensar, reagindo a não pensar de acordo com seu modo de viver.

    AGRADECIMENTOS

    A Deus que me segura a mão e me impulsiona para a frente.

    Ao SINTE que, democraticamente, deixa que todos se manifestem oportunamente.

    A maior descoberta de minha geração é que os seres humanos podem alterar sua vida alterando suas atitudes”.

    (WILLIAM JAMES)

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO...........................................................................................................

    7

    1 MATERIAL E METODOLOGIA..........................................................................

    1.1 Material empregado.............................................................................................

    1.2 Métodos................................................................................................................

    2 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E FILOSOFIA....................................................

    2.1 Crenças sobre Crenças..........................................................................................

    2.2 O que nos faz pensar?...........................................................................................

    2.3 Pensa que algo não está funcionando bem?.........................................................

    2.4 Quando o passar pela vida é um passo na vida.....................................................

    3 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E ARTETERAPIA.........................

    4 INTERAÇÃO ENTRE PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, FILOSOFIA E ARTETERAPIA..........................................................................................................

    5 RESULTADOS.........................................................................................................

    6 DISCUSSÃO.............................................................................................................

    CONCLUSÃO.............................................................................................................

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................

    9

    9

    9

    7

    13

    14

    1517

    18

    19

    20

    20

    21

    22

    RESUMO

    A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA tem como objetivo uma maximização da qualidade de vida do cliente, através do autoconhecimento e, para isso, utiliza-se de técnicas, sendo a mais básica o aconselhamento. Aconselhamento que, antes de ser “dar conselhos”, é saber ouvir, é convite à reflexão, é conversa terapêutica que ouve sem julgar, pontua tópicos relevantes conduzindo a uma empatia entre terapeuta holístico e cliente a fim de conseguir resultados satisfatórios que irão influenciar beneficamente a vida do cliente. Aqui neste estudo incluímos a FILOSOFIA, com sua análise das palavras e textos, com a ARTETERAPIA que, de maneira lúdica, complementa o trabalho para o fim proposto com muito sucesso.

    INTRODUÇÃO

    A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA visa o AUTOCONHECIMENTO para uma melhor adequação da pessoa no momento em que está vivendo, no seu meio, com seus semelhantes, mudando para melhor suas atitudes para alcançar a HARMONIZAÇÃO TOTAL, ou seja, visa a harmonização de seus cinco corpos: físico, emocional, mental, energético e espiritual.

    Para que este AUTOCONHECIMENTO seja mais explícito, é necessária alguma forma de expressão que pode ser corporal, como gestos, mudanças faciais, ou palavras. As palavras são a maneira mais corriqueira da pessoa se expressar, sendo que, em todas as situações da vida, busca-se questionar o porquê, desenvolvendo-se assim uma completa resposta. O questionamento é infindo.

    Há também outra forma de expressar-se que é através da ARTE e no trabalho realizado há o enfoque da ARTETERAPIA sob a forma de PINTURAS COM TÉCNICAS CRIATIVAS, sem compromisso com Escolas de Arte, apenas como um meio de deixar o inconsciente se manifestar e agir.

    Neste “Conhecer-te a ti mesmo”, do mestre Sócrates, a Filosofia aplicada a todos os mortais pode muito ajudar. A Filosofia aqui entendida é como um bom senso em grau mais adiantado.

    Nós, os terapeutas, pretendemos que nossos clientes mudem suas atitudes perante os fatos passados ou presentes para que os mesmos não se transformem em desequilíbrios permanentes, mas sim em simples “mal-estares” que podem ser sanados e, portanto, deixem de fazer sofrer.

    Todas as pessoas passam por experiências na vida que causam profunda impressão. Se são más experiências como, assalto, estupro, surra, acidente de carro, ataque de um animal raivoso, participação em combates, ou outra situação ameaçadora, e isso lhe deixou lembranças amargas que teimam em permanecer atuando no seu presente, o fato torna-se muito incômodo e precisa ser sanado.

    As lembranças do passado e os sentimentos a respeito dessas lembranças, as perguntas sobre ele e o desejo de entendê-lo são trabalhados nessa experiência para uma preservação de uma vida melhor.

    O passado de cada indivíduo é constituído de inúmeros acontecimentos e muitos se lamentam por terem, ou não, feito determinadas coisas, mas todos conseguem recordar coisas agradáveis e desagradáveis que aconteceram. Quem se sente incomodado com o passado possui algum mal-estar, mas não necessariamente um desequilíbrio. Tratar o desequilíbrio como se fosse um mal-estar é um tipo de erro, tratar o mal-estar como se fosse desequilíbrio é outro. Onde está a diferença? Nem sempre é fácil detectá-la. Em primeiro lugar, há de se equilibrar o físico com as técnicas disponíveis. E, enquanto não lhe provém o contrário, a pessoa está bem, estável, funcional e saudável.

    Nos últimos anos, a suposição de inocência e sanidade foram desgastados por forças políticas, sociais e comerciais que têm trabalhado arduamente para diminuir as liberdades fundamentais da pessoa. Por exemplo: há algum tipo de coisa acontecendo em sua vida? Tem que se levantar cedo para ir trabalhar toda manhã? Tem reuniões marcadas, agendas lotadas, prazos a cumprir? Está cursando algo? Passando por um período difícil, como separação ou mudança de emprego? Tem filhos adolescentes? Ainda tenta entender a violência? Se algum desses tópicos traz à pessoa alguma preocupação, então é provável que esta pense que é um desequilibrado, precise de tratamentos para melhorar.

    Nós, os PSICOTERAPEUTAS HOLÍSTICOS dizemos que ocupar-se com os acontecimentos importantes da vida é perfeitamente natural. Preparar os caminhos a serem trilhados para a solução de cada tópico em cada situação e momento da vida, é envolver-se no processo e fazer o melhor. Quando essas ocupações começam a ficar demasiadas, ou seja, começam a causar angústias, então, é hora de agir com A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA EM GRUPO, usando a FILOSOFIA e a ARTETERAPIA para sanar o mal-estar específico.

    Todos os acontecimentos da vida não são desequilíbrios, são oportunidades para melhorar os tratamentos dos desafios normais da vida, são talvez algum mal-estar que pode ser sanado com inteligência e reflexão.

    Examinar o modo de pensar e de viver. Entender a situação e aplicar os princípios que melhor guiarão cada um em sua vida. Isso tudo feito em grupo gera um bem-estar nas pessoas que irá irradiar para sua família e, conseqüentemente, para a comunidade.

    1 MATERIAL E METODOLOGIA

    1.1 Material empregado:

    • Apostila;

    • Tinta guache (caixa com seis cores);

    • Tinta relevo preta e dourada;

    • Pincéis variados pequenos;

    • Cartolinas cortadas em forma de retângulo;

    • Ficha de cliente;

    • Caderno de capa dura para anotar presença;

    • Lápis, borracha

    1.2 Métodos:

    1.2.1 Estudo da apostila;

    1.2.2 Estudo das palavras selecionadas;

    1.2.3 Confecção do quadro com pinturas criativas

    1.2.1 Estudo da apostila

    As apostilas usadas para estudo dos nossos “ENCONTROS PSICOTERÁPICOS”, ou “ENCONTROS ALTO-ASTRAIS”, possuem mensagens positivas, que visam ao exame minucioso, a atenção focalizada, a consideração que cada pessoa direciona para um aspecto de sua vida para apreciar, avaliar, decidir e, por fim, agir.

    São vários “Encontros”, um a cada 15 dias. Em cada um deles a pessoa recebe duas folhas da Apostila para ser estudada naquele dia. Se a pessoa não faltar a nenhum encontro, terá a apostila completa. Se faltar, ficam faltando aquelas páginas que só serão conseguidas se ela mesma pedir a algum colega para copiar, ou seja, não há o fornecimento a quem falta.

    PRIMEIRA APOSTILA: ASPECTOS GERAIS DA BUSCA DO AUTOCONHECIMENTO

    1. Vontade;

    2. Busca da felicidade;

    3. Caminhos a seguir: Auto-estima; O relaxamento, A visualização, Ver o outro lado do acontecido; Sorriso curador; Participação e doação; Seu meio ambiente; Ressaltar as qualidades; Importância da linguagem;

    4. Fases da vida;

    5. Vencendo o medo;

    6. Crenças;

    7. Perdão e bênção;

    8. Estresse;

    9. Alimentação saudável;

    10. Jogar fora;

    11. Repousar;

    12. Respirar;

    13. Relaxamento mental

    1.2.2 Estudo das palavras selecionadas

    Cada participante do grupo recebe um papel azul (meia folha A4) para que ele escreva: – no primeiro encontro, a letra A mais bonita que ele puder fazer. Separando a metade do papel com um traço, coloca-se numa parte o sinal + (positivo) e na outra parte o sinal – (negativo), e escreve-se algumas palavras começadas com A no lado positivo, palavras que cada parcicipante quer acrescentar e cultivar em sua vida.

    Geralmente, aparecem: AMOR, AMIZADE, ATENÇÃO, AFETO, ALIMENTOS, ALTRUÍSMO, AJUDAR, ATIVAR, ANIMAR, etc. Deve-se sublinhar a palavra para ele (participante) mais importante. Na segunda coluna deve-se escrever as palavras negativas começadas com A que a pessoa quer tirar de sua vida. Costumam aparecer: ANSIEDADE; ANIQUILAR, ANGÚSTIA, AZIA, etc. Cada encontro ocorre o mesmo procedimento com as letras posteriores, seguindo o alfabeto.

    Depois de escritas as palavras e reservada a mais importante, passa-se para outro momento da reunião, onde há a elaboração do quadro individual, realizado com o emprego prático de pinturas criativas.

    1.2.3 Confecção do quadro com pinturas criativas

    Cada pessoa recebe uma cartolina retangular branca de 15 x 20 cm. São várias técnicas criativas de decoração. Como nosso idioma é proveniente do latim e grego, nossas técnicas de pintura são denominadas em “latim” para homenagear nossa língua mãe e também reavivar nossa cultura. São palavras simples e fáceis de entender.

    As instruções sobre as pinturas, se seguidas passo a passo têm um excelente resultado e confirmam o poeta popular que diz existir um artista em cada um de nós. O importante é a conscientização do valor individual, da capacidade de produzir coisas lindas que encantam, e descobrir coisas novas que contribuem para a construção de um mundo melhor.

    Técnicas realizadas na confecção dos quadros:

    1. LAUTUS LIGNUM – Pátina lixada;

    2. ROTAE RURSUS – Rodar outra vez;

    3. SPUMARE – Esponjado;

    4. SPARGERE – Espalhar – escorrer;

    5. IMMERGE LIQUOR – Imersão em água;

    6. CIRCUNDARE – Semicírculos;

    7. IMMISCERE PRIUS – Misturar antes, granitado;

    8. LONGUS PINUS – Xadrez;

    9. PELLIS APPLICARE – Papel amassado;

    10. VASIS DECORIS – Tipo vaso de cimento;

    11. TINGERE SUTOR – Com tinta de sapateiro;

    12. AURUM – Dourado;

    13. ELEVARE EFECTUS – Estuque levantado;

    14. FORMAE VASTA – Com stencil;

    15. SACCUS RUPTUS – Plástico;

    16. FUNDERE COLORIS – Furta-cor;

    17. CORIUM VETUS – Cobre velho;

    18. REGIONIS AUREUS ET PULLUM – Relevo dourado e preto;

    19. MARMOREUM – Marmorização;

    20. PICTUM VETERIS – Pintura envelhecida;

    21. SPLENDIDUS PURPUREUM – Metalização;

    22. MOLES FIDELIS – Massa firma decapê;

    23. SAPIS RENOVARE – Saber renovar satinê;

    24. CINGERE – Cercar – rolo papel H;

    25. BASIS FLORIS – Flor como base;

    26. EXPINGERE LAMINAE Nº 01 – Estamparia em lata;

    Em cada encontro é aplicada uma técnica diferente conforme acima. Em seguida, escreve-se a palavra considerada mais importante pela pessoa e reservada anteriormente com letra dourada ou preta, como por exemplo, AMOR (no primeiro encontro) e, a partir daí, cada pessoa mostra seu quadro para os demais, fala as palavras que escreveu e o porquê de tê-las escrito. Essa demonstração funciona terapeuticamente porque a pessoa só fala e reflete sobre o que é importante em sua vida, ali na hora, todos gostam muito, prestam atenção e sentem-se participantes da história do outro.

    2 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E FILOSOFIA

    Cada pessoa precisa de ajuda em muitas situações da vida. Se apresenta algum determinado desequilíbrio sério no corpo, procura um profissional competente naquela área e este a ajuda, mas se apresenta um mal-estar, é necessário um aconselhamento correto e eficaz, tarefa essa do PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO.

    O Psicoterapeuta Holístico não é, necessariamente, um filósofo, mas a Filosofia pode ajudar muito alguém se tornar um excelente Psicoterapeuta Holístico. Aprimorar o ponto de vista para transformar o mal-estar em bem-estar, entender, de modo filosófico as circunstâncias da vida, é como encontrar o olho do furacão: fica-se num estado calmo e tranqüilo, ainda que muita coisa possa rodopiar à sua volta.

    Um mal-estar, quando não transformado em bem-estar, pode acabar originando um desequilíbrio em fase avançada. É muito mais fácil tratar um mal-estar com boas idéias antes que ele cresça. Um estado persistente de mal-estar pode influenciar ou estragar os pensamentos, as palavras e atos, mas pode afetar também, negativamente, o bem-estar emocional e físico. Um dilema moral não resolvido, uma injustiça não sanada ou um objetivo não atingido são fontes de mal-estar, se não forem examinados filosoficamente.

    Ao se lidar com todos os desafios normais do cotidiano, precisa-se de uma filosofia de vida. A vida com todas as dificuldades e tribulações, pode provocar um mal-estar, que é um desconforto na consciência, e não uma disfunção do corpo. O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO, com ajuda da FILOSOFIA, é o profissional adequado para ajudar a pessoa que apresenta mal-estar . Examinar o medo de pensar e de viver. Entender a situação e aplicar os princípios que o guiarão nessa fase. É o que se chama “FILOSOFIA APLICADA”. O nome que Aristóteles atribuía a esta análise era PHRONESIS, ou sabedoria prática.

    Nem sempre é possível mudar as circunstâncias da vida, mas sempre se pode mudar a maneira como são interpretadas. O modo como cada pessoa encara essas circunstâncias é a filosofia de vida individual. Realiza-se, portanto, as seguintes questões aos participantes dos grupos de ENCONTROS PSICOTERÁPICOS: sua filosofia de vida funciona a seu favor, contra você ou não funciona? Se já funciona, ótimo, mas pode-se melhorar. Se funciona contra você, é hora de revê-la e fazer algo para que ela funcione a seu favor. Se não funciona, é perda de tempo e urge consertá-la e colocá-la em funcionamento.

    Em alguma situação da vida, a pessoa precisa de vários profissionais. Por exemplo, se ela estiver passando por uma partilha de herança, são vários os profissionais envolvidos: advogados, contadores, psicólogos, mediadores e um o PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO, que seja também orientador filosófico para que a pessoa siga bem a vida e não perca tempo e dinheiro.

    O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO, com base na filosofia, tem uma grande facilidade de dialogar eficazmente com seus clientes sobre questões de significado, propósito e valor na experiência de vida.

    2.1 CRENÇAS SOBRE CRENÇAS:

    O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO FILOSÓFICO interessa-se profundamente pelos sistemas de crenças. Muitos filósofos, de Platão a William James, notaram o papel fundamental de nossas crenças para o bem ou para o mal em nosso dia-a-dia. Hobbes observou que o mundo humano é governado pela opinião. As opiniões são apenas crenças prematuras sobre questões que atraem nossa atenção imediata. O exame filosófico de um sistema de crenças envolve tentar compreender não só em que as pessoas acreditam, mas também como passaram a acreditar naquilo, que razões têm para acreditar no que acreditam, como suas crenças afetam seu modo de viver e até que ponto suas crenças são fontes de bem-estar, de mal-estar ou de desequilíbrio.

    É sempre espantoso nas crenças humanas ver que se alguém acredita em alguma coisa, outra pessoa acredita em algo diametralmente oposto. Isso leva a ações humanas contraditórias e incompatíveis. Por exemplo: homens-bomba que se explodem, explodindo várias pessoas juntas, causando grande estrago. Para muitos são terroristas violentos que afrontam a humanidade e a civilização. Para outras são pessoas mártires, heróis e guerreiros.

    O nosso objetivo da PSICOTERAPIA HOLÍSTICA FILOSÓFICA é ajudar a pessoa a efetuar pacificamente uma mudança pessoal, mudando a filosofia pessoal, sem guerra nem violência. Outro exemplo: um governo invade um país, supostamente para combater um terrorismo, causando mais terrorismo ainda. Com estes exemplos extremos ou violentos, vemos não só o papel fundamental das crenças que governam a conduta na vida, mas também como as crenças sobre as crenças dos outros governam de forma fundamental a conduta na vida. Compreender tudo isso é uma tarefa filosófica.

    Compreender como as crenças e as crenças sobre crenças que podem tornar melhor ou pior a vida humana também é uma tarefa filosófica. Aquele que defende o relativismo moral acredita que tanto o terrorista suicida está certo em se matar, como também está correto tal governo invadir um país para combater o terrorismo causando mais terrorismo, pois o relativismo moral defende a tese de que tudo está certo sob tal ponto de vista, sob tal ótica. Isso proporciona grandes discussões e desentendimentos mundiais. O que falta é uma bússola moral, entre outras ferramentas filosóficas necessárias para examinar e compreender os sistemas de crenças. Toda crença é válida desde que não prejudique de forma nenhuma a outrem.

    Se uma pessoa tem liberdade para ter suas crenças, não pode tolher a liberdade de outros terem suas próprias crenças, nem matá-los por isso. Nossas crenças não podem trazer sofrimento. Todo sofrimento sai fora da sincronia universal. Antigamente os chamados “sofistas” eram defensores de todo e qualquer ponto de vista, não importando se eram bons ou causadores de sofrimento. Hoje, os “advogados” são treinados para serem defensores e muitas vezes o que defendem é causador de sofrimento.

    O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO FILOSÓFICO deve estar interessado no que os seus clientes acreditam. Se suas crenças fazem com que sintam mal-estar e se estão carentes de orientação filosófica para lidar positivamente com isto, estão fadados a sofrer sem necessidade e, talvez, espalhar seu mal-estar destrutivamente entre outras pessoas, como algum contágio virulento da mente.

    Algumas crenças provocam mais mal-estar do que outras e algumas são mais prejudiciais do que outras. Isso não é relativismo moral. Há muitas maneiras de causar danos a si e aos outros, e causar dano é mau. Isso é absoluto. Há também muitos modos de ajudar a si e aos outros, e ajudar é bom. Isso também é absoluto. Se vai preferir ajudar a si mesmo e aos outros, cabe à própria pessoa decidir. Isso é relativo.

    2.2 O QUE NOS FAZ PENSAR?

    Para os neurocientistas o que nos faz pensar é o cérebro e ponto final. Será que se entendermos o cérebro, entenderemos o pensamento?

    Se pararmos para pensar sobre o pensamento veremos que nada sabemos sobre ele: tem cor? É grande? Tem forma? Massa? E os pensamentos que chamamos de lembranças, como se mantêm? Como conseguimos acessá-los?

    Como não se tem resposta para essas e outras perguntas, conclui-se daí que o cérebro não é o pensamento. Cada pensamento ativa alguns circuitos cerebrais. Uma fotografia do cérebro não é uma fotografia da mente porque a mente não é algo físico. Não há como tirar fotografia de volições, intenções, atitudes, crenças, alegrias ou tristezas, possivelmente, porque estas se originam na mente e só se espelham no cérebro. Mesmo que a mente nasça do cérebro, as mentes têm propriedades que independem dos cérebros. É a vontade de cada pessoa, ou seja, a focalização de sua consciência, que determina, em parte, o seu estado cerebral.

    O que faz pensar não é o cérebro, mais do que isso, é a consciência. As mentes são fontes locais de consciência. O pensamento é a irradiação da mente.

    A consciência é a fonte que permite pensar e também consome muito alimento mental. Ingere todo tipo de ração, algumas mais tóxicas que as outras: intenções, volições, revelações, preconceitos, razões, paixões. O alimento melhor para a mente é a filosofia, pensamento de primeira ao contrário do pensamento estragado.

    A vida é um veículo. O cérebro é o motor do veículo. Se o motor funciona direito (e os outros sistemas estão bem), o veículo pode se mover. Depois vêm outras questões: para onde irá? Depressa ou devagar? Quem vai com você? Para que essas questões tenham significado, é necessário um motorista. Esse motorista é a mente. Sem mente, o veículo, sem motorista, de sua vida, não vai a lugar nenhum. Mas, com a mente ao volante, o veículo pode levar cada um a lugares lindos. É a viagem de uma vida.

    2.3 PENSA QUE ALGO NÃO ESTÁ FUNCIONANDO BEM?

    São somente duas coisas que podem fazer uma pessoa pensar que algo não está bem: desequilíbrio em fase avançada e mal-estar. Se fisicamente, algum desequilíbrio em fase avançada o ataca, como a dengue, por exemplo, pode-se ter sintomas desconfortáveis, como febre ou dor no corpo, então, os sintomas estão avisando que há algo errado, e procurando ajuda adequada, há o restabelecimento do equilíbrio. O aviso do desconforto é, portanto, benéfico pois alerta que algo não está indo bem.

    A moral filosófica desse estudo é que a dor e o desconforto não são sempre, necessariamente, ruins. E o prazer não é sempre, necessariamente, uma coisa boa. As dores são boas quando são sintomas a avisar que algo não vai bem. Do mesmo modo os prazeres são ruins quando deixam de avisar que há algo errado que exige atenção, como, por exemplo, o vício da bebida. Bebe-se e sente-se bem, solto, alegre. Mas, é provável que sempre se vai beber mais e quando notar já está com um problema grave, sem solução.

    O desequilíbrio em fase avançada traz consigo um conjunto de sintomas que faz uma pessoa se sentir diferente do normal, é uma situação interna. O mal-estar é diferente. Tem sempre uma origem externa. Os cinco sentidos que geralmente todos têm, podem cada um fazer com que nossa atenção se fixe em um estímulo que seja perturbador. Por exemplo, se um indivíduo caminhando por seu bairro, vê um catador de papel recolhendo o material no lixo, uma moça de cabelo vermelho cheia de piercing no corpo, um senhor idoso de mãos dadas com uma mulher muito enfeitada, percebe que estas pessoas não representam perigo, nem ameaça pessoal, mas, ao avistá-las, o indivíduo apresenta um mal-estar. Por quê? Porque as imagens vistas nesse momento se chocam com alguma noção preconcebida; sobre reciclagem (pode-se não estar fazendo sua parte, separando o lixo), jovens na moda pós-moderna e preconceito sobre o idoso (muitos acham que idoso não pode namorar, acha que o outro quer é aproveitar a parte financeira daquele).

    Há três maneiras de lidar com esse problema: em primeiro lugar, pode-se tentar tirar essas pessoas do bairro, da linha de visão, o que vai causar inúmeros problemas. Em segundo lugar, pode-se tentar convencê-los a ser como antigamente: confuso ao jogar as coisas no lixo sem separar, com idéias antiquadas quanto à moda e intransigente quanto à terceira idade. Isso, sem dúvida, é um grande desperdício de tempo. Em terceiro lugar, pode-se perguntar exatamente quais as crenças que fazem estes estímulos visuais gerarem mal-estar. Já que essas pessoas referidas não são prejudiciais, seria mais fácil e melhor modificar os preconceitos, para aceitar as diferenças individuais e seguir em frente. Esse procedimento se aplica aos outros sentidos: audição, olfato, paladar e tato. Se não causa danos o estímulo, o mal-estar, resulta de conceitos anteriores sobre ele. Se quer tirar o mal-estar e sentir conforto, deve tirar os preconceitos.

    Há milhares de prazeres e dores na nossa caminhada: bem-estar, mal-estar e desequilíbrios. A norma da vida é o bem-estar, embora haja disfunções que precisam ser sanadas e quando o são, volta novamente a sensação do bem-estar.

    As duas únicas razões para supor que há algo errado são os desequilíbrios e o mal-estar, que podem dar origem a dois tipos de avisos: dor e sofrimento. Muitos desequilíbrios não causam dor imediata, por isso, ficam incubadas, daí a melhor solução é a prevenção. Se seu corpo sente uma dor incomum, isso deve ser pesquisado, mas se está sentindo sofrimento, é preciso pesquisar o que está desencadeando o desequilíbrio energético individual. Pode-se culpar os outros por seu mal-estar, mas seu sofrimento é só seu. E se é só seu, pode-se deixar de tê-lo.

    Se uma pessoa sofre de tristeza profunda, esta pode ser causada por um problema químico no cérebro, este não transmite sinais de dor e pode haver sofrimento da mente. Há muitas dores que são criações da mente. Exemplo disso são os amputados que, mesmo faltando alguma parte do corpo, sentem dor e coceira nesses membros perdidos.

    Nossa principal tarefa é entender os tipos de sofrimentos criados pelas crenças, pelos preconceitos e hábitos da própria pessoa e que, portanto, podem ser aliviados pela modificação das crenças, pelo enfrentar dos preconceitos e pela alteração dos hábitos. A isso chamamos de prática filosófica.

    Não se deve buscar o sofrimento para, depois de cessá-lo, ficar tudo melhor. Mas, se já está sofrendo e busca compreender as verdadeiras causas de seu sofrimento, talvez descubra ser, a própria pessoa, a verdadeira causa. Se esse for o caso, e para muita gente é, então a pessoa escolhe sofrer, e assim tem o poder de reduzir ou eliminar o sofrimento escolhendo não sofrer.

    Nós, os PSICOTERAPEUTAS HOLÍSTICOS FILOSÓFICOS temos que analisar se a pessoa estiver escolhendo sofrer, usar os métodos para ele parar de fazer essa escolha, parar de agir errado consigo mesmo. Sempre é possível mudar algo na vida.

    2.4 QUANDO O PASSAR PELA VIDA É UM PASSO NA VIDA

    Para muitos, pensar na vida é algo simples. Pensar sobre os acontecimentos passados, presentes e futuros. Imaginar outros passos a dar em outra direção, em outros passos, que poderiam ter sido dados. Julga-se que isto seja pensar na vida. Mas, pensar na vida não é algo assim tão simples.

    Segundo Platão, o homem vive preso a uma falsa imagem do real. Para ele, não se contempla em geral à própria realidade, mas apenas às imagens, que estão para o real como a sombra de um objeto para o próprio objeto. Caracterizando este fato, ele criou a alegoria da caverna: os homens vivem acorrentados, numa caverna, votados para o seu interior; a luz que nela chega projeta sobre as suas paredes e interiores, sombra dos objetos reais, assim, vê-se as sombras projetadas e julga-se que estas sombras são a realidade; de fato, estas sombras têm alguma coisa de forma real, mas são uma imagem pálida e imprecisa da realidade, e não a sua visão efetiva e direta.

    Para Platão, o conhecimento sensível está para o conhecimento intelectual, assim como a sombra está para o objeto de que ela é uma imprecisa projeção. Para ele, a missão do filósofo é libertar dessa visão subalterna, para que eles pudessem contemplar a verdadeira realidade. Esta análise de Platão continua válida na sua essência.

    A missão fundamental do filósofo é aqui junto com o PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO que juntos formam um só, no agir e no modo de pensar, consiste em libertar o homem de um tipo de visão espontânea e superficial para conduzi-lo a um outro tipo de visão do mundo. Não se pode refletir convenientemente sobre os problemas que afligem a existência humana se não pudermos ultrapassar uma visão imaginativa da vida por uma visão conceitual.

    Esta distinção entre imagem e conceito é fundamental. Sair do plano confuso em que se desenrola espontaneamente o conhecimento humano é, antes de tudo, ter consciência da distinção que existe entre o conhecimento – imagem e o conhecimento – conceito. Após haver o domínio sobre um conhecimento restrito ao processo imaginativo, e sobre o conhecimento que se processa no plano conceitual.

    Bérgson fala do “eu de superfície” e “eu profundo”. “Eu de superfície” é a reação automática diante de estímulos de acordo com interesses práticos e “eu profundo” é a participação nos acontecimentos com o agir da personalidade individual e escolhas realizada.

    O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO FILOSÓFICO busca com a escolha de palavras pelo próprio cliente, sua classificação e opção por melhores diretrizes para a vida, saindo do plano automático para o verdadeiro conceito.

    3 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E ARTETERAPIA

    Nesse mundo pós-moderno, as pessoas usam, geralmente, critérios para realizar os juízos de valor, de acordo com a produtividade e a utilidade.

    A noção do útil, como um valor por excelência, passou a fazer parte de uma consciência coletiva por duas razões: uma, de ordem prática e outra, de ordem teórica. Na ordem prática, o advento levou a primeiro plano o problema da produção e com isso difundiu uma mentalidade utilitarista que levou a que se julgasse o homem pelo que ele é capaz de produzir e não pelo que ele é. Na ordem teórica, o pragmatismo doutrinário firmou-se na concepção de que seria válido apenas o que favorecesse o progresso da vida humana. Tais fatores, de natureza prática e teórica, fundiram-se numa concepção que marcou a mentalidade humana, voltada para o culto do útil.

    Mas, o produzir simplesmente por produzir sem saber qual fim atingir, não satisfaz a pessoa que, por isso, se angustia. É preciso levar em conta o plano do útil que é a produção, mas também o plano do inútil que se localiza na esfera do não-prático da vida humana.

    Vamos encarar o mundo das crianças. Na infância tudo é lúdico, tudo é um jogo para exercitar o desenvolvimento do seu ser. A criança não é pragmática, ela pergunta “porque” e não “para que”. Os adultos, querendo saber para que tal comportamento vão conduzindo-as aos interesses práticos.

    O mundo da criança se prolonga na existência dos artistas. O mundo da arte não tem “para que”. O mundo da arte exprime um anseio de expressão, uma comunicação de sensibilidade, um traço de simpatia, pelo desejo de exprimir uma visão original, que nada tem a ver com o rotineiro ou o prático da vida comum. O artista vê na sua obra, o que ninguém antes vira. O artista revela uma visão nova, desperta os homens automatizados da visão rotineira de tudo, promove a liberdade de expressão, mantendo a consciência do homem sempre ativa e atuante.

    As categorias da vida artística não são do domínio do útil: a graça, o belo, o grandioso, o sublime, e outras, são a contribuição do não prático, no mundo das artes para uma vida humana mais humana.

    Nesse nosso trabalho, enquanto as pessoas pintam, elas vão deixando fluir o artista que está em cada uma delas e, através das técnicas aprendidas, são produzidos lindos quadros pequenos, é verdade, mas que conseguem expressar seu ponto de vista e quiçá modificá-los. Desse modo, a ARTETERAPIA funciona como coadjuvante nesse processo de equilíbrio.

    4 INTERAÇÃO ENTRE PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, FILOSOFIA E ARTETERAPIA

    Há uma interação muito proveitosa entre essas maneiras de equilibrar a pessoa, elas se completam. A filosofia continua a experiência artística. A filosofia procura alcançar um tipo de saber desinteressado, o que significa um tipo de saber que não está comprometido com nenhuma aplicação prática imediata.

    É verdade que o homem tem o direito de conhecer para atender à solução das dificuldades de ordem prática que surgem em sua vida; mas, não é só isso, pois ele se engrandece na medida em que se dispõe à investigação das explicações mais profundas, movidas pelo desejo de encontrar uma resposta que satisfaça a sua disposição inata de perguntar. Através dessa satisfação de compreender ele já demonstra alegria interior, a conciliação dele com ele mesmo, a harmonia brota no interior de seu próprio ser.

    Através das pinturas, das palavras escolhidas, da reflexão sobre elas, o destaque da palavra mais importante, do que aquela palavra significa para ele, as cores, tudo, fazem com que ele se sinta não apenas um instrumento ou uma engrenagem da máquina da natureza, mas sim um ser ciente e consciente, um ser no mundo, um ser diante do mundo, um ser capaz de testemunhar e contemplar a existência do mundo.

    Em grupo ele se expressa melhor, aproveita da experiência do outro e soma coisas boas à sua vida.

    5 RESULTADOS

    Nesse nosso trabalho de unir a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA COM FILOSOFIA e ARTETERAPIA para fins de harmonização da pessoa humana como um todo, em grupo, nos utilizamos da especulação intelectual como forma de desenvolver a inteligência na perfeição de si mesmo.

    Há três anos que realizo o “ENCONTRO ALTO ASTRAL” aqui no meu atendimento, na FUNDARTE – Fundação de Cultura e Arte de Muriaé - que é um Órgão da Prefeitura que já me emprestou uma sala completa várias vezes e também em uma Casa de Cursos anexa da Paróquia que sempre me concede o espaço físico para a realização dos ENCONTROS com os participantes convidados, preferencialmente meus clientes mais desequilibrados . Uns aceitam e ficam fãs ardorosos. Outros vêm uma, duas, ou até quatro vezes ou cinco, outros não aparecem e nem falam do convite. Eis a estatística do resultado:

    Em 100 convidados a participar:

    • 10 continuam desde o primeiro encontro até hoje, gostam muito, já melhoraram muito sua vida de um modo geral e, mais especificamente, no emocional e profissional, pois já se descobriram capazes. Cinco mudaram de emprego e estão se saindo bem na vida;

    • 15 vieram cinco vezes e melhoraram bastante com maior conscientização de suas capacidades e descobertas de novas potencialidades;

    • 30 participaram quatro vezes, melhoraram alguma coisa, acharam que estava bom e só;

    • 25 compareceram duas vezes, se encantaram momentaneamente, voltaram, começaram a melhorar e sumiram;

    • 20 vieram só uma vez, assustaram tanto com a solicitação para que pusessem a cabeça a funcionar e refletir sobre as palavras em suas vidas, não quiseram melhorar e desapareceram.

    6 DISCUSSÃO

    Nesse nosso trabalho de desenvolvimento da PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para grupos em conjunto com a FILOSOFIA E ARTETERAPIA destacamos o estudo do significado das palavras para os componentes do grupo e este significado quando discutido torna-se muito mais atuante e possível de assimilação e, muitas vezes, de mudanças benéficas que trarão maior bem-estar.

    As pessoas vivem muito apressadas e orientadas sempre para a satisfação das necessidades da vida humana. Só querem fazer o que é útil. O útil está dirigido a atender a uma necessidade e, por isso, de um modo geral, representa um condicionamento à sobrevivência. Mas o homem e a mulher não precisam só sobreviver, porque assim seriam como os vegetais. É preciso conceber a vida humana em termos de liberdade, que é a emancipação do útil. Não desprezar o útil, mas dar lugar também ao não-útil, portanto, inútil: a vida lúdica, a vida estética, a vida especulativa, a vida moral, a vida religiosa são expressões dessa experiência não prática, dessa existência não-útil e, portanto, inútil.

    “Útil” significa tudo aquilo que tem um fim noutro, e não em si mesmo. Exemplo: uma caneta é útil porque o seu fim é escrever. O “útil” não tem valor em si mesmo, mas só tem valor por aquilo a que serve. O “Inútil” sempre é usado de modo pejorativo, o que não serve, não tem finalidade. No entanto, usado no sentido certo, o INÚTIL significa aquilo que “tem um fim em si mesmo”, define a vida humana na ordem da perfeição e da liberdade.

    A atividade lúdica é uma manifestação da infância, mas da infância de todas as idades. A pessoa humana necessita para o seu equilíbrio total de momentos de desligamento da perspectiva prática da vida. Por isso, em grupos e pintando quadros com técnicas de pintura criativa, as pessoas se desligando da vida útil por duas horas consecutivas e refletindo sobre o significado para elas das palavras usadas no encontro, vão se soltando, se deixando conhecer e participando do grupo. Isso gera um bem-estar incrível nelas que, sentindo-se bem, se dominam mais e ficam mais harmonizadas e felizes.

    CONCLUSÃO

    Participar do ENCONTRO PSICOTERÁPICO ou ENCONTRO ALTO ASTRAL é recuperar a própria vitalidade energética, se estiver aberto para receber as boas energias. Todos emitem conceitos e opiniões sobre as palavras em suas próprias vidas, vão fazer interação uns com os outros e assimilar força, encorajamento, compaixão, esperança e amor, através do contato real.

    Desejamos um desenvolvimento da vida humana marcada pelo progresso, sem dúvida alguma, porém, não concordamos com a redução do conceito de progresso ao puro desenvolvimento técnico e ao aperfeiçoamento dos instrumentos de proteção.

    O que se procura é um maior bem-estar da pessoa humana, externamente pelo conforto e internamente a possibilidade de um desenvolvimento mais completo voltado para o “útil”, mas também para o “inútil” significando aqui um caminho de maior aperfeiçoamento pessoal. Só o útil não soluciona o problema do homem em toda a sua complexidade, nem atende suas aspirações mais profundas. Urge que se recupere a noção de outros valores que, ao lado do útil, contribuirá para uma melhor qualidade de vida.

    Viver se exprime como consciência pelo fato de ligar o passado e o futuro na permanente renovação dos atos de escolha.

    O grupo exprimindo seus conceitos, suas idéias, seus motivos pelas escolhas feitas, vão se desenvolvendo amizades, interações, convivências que geram melhorias pessoais e, conseqüentemente, no seu lar, no seu ambiente de trabalho e na sociedade.

    Pensar a vida não é pensá-la em termos de caminho que percorremos, porque viver não é passar, mas é ser. O que importa é saber como participamos da vida, como sentimos a vida, o que construímos de nosso próprio ser no nosso próprio modo de ser.

    A vida, em cada encontro do grupo, é repensada, analisada e melhorada para o equilíbrio do hoje, tendo em vista o bem-estar do amanhã.

    É muito gratificante trabalhar com cada um e com o grupo em geral porque fica claro que, juntos, somos mais fortes, mais audazes, mais eficazes.

    Caminhar na vida é construir paulatinamente o seu próprio ser.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

    FILHO, H.V. Auto-Regulamentação da Terapia Holística. São Paulo: Sinte Books, 2001

    FILHO, H.V. Marketing para consultórios. 2.ed. São Paulo: Sinte, 2004

    FILHO, H.V. Tutorial da Terapia Holística. 3.ed. São Paulo: Sinte, 2004

    HOR, A. Universo, como tudo começou. São Paulo: Produção Editorial, 2002

    MARINOFF, L. Pergunte a Platão. 3.ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 2005

    MENDONÇA, E.P. O mundo precisa de Filosofia. 3.ed. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1973

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA CRT 30758
    Última atualização: 16/06/2008 19:17


    O atendimento virtual e o uso dos Florais de Bach: um estudo de caso

    Nota da organização: o trabalho a seguir trata-se do primeiro estudo de atendimento à distância com Terapia Holística. Não é intenção do SINTE, nem da autora do trabalho, passar a impressão de que este formato substitua o contato pessoal entre Cliente e Terapeuta Holístico em ambiente de consultório.

    O atendimento virtual e o uso dos Florais de Bach: um estudo de caso 

    Andrea Pavlovitsch

    Terapeuta Holística -

    Disciplina: Terapia Floral de Bach

    Orientador: Henrique Vieira Filho – CRT 21001 
     
     
     
     
     
     

    São Paulo

    2008 
     
     
     

    Epígrafe
    A grande invocação
     
     

    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra 

    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra 

    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem. 

    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal. 

    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra. 


     Dedicatória 

    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.  

    Dedico a meus amigos e colaboradores. 
      

    Agradecimentos 

          Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem à oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

          Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

          Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

          Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.  
     
     
     
     
    Sumário

     
     
     
     
    1. Introdução..............................................................................................................8

       1.1 A história da internet              ...............................................................................8

       1.2 Internet inserida na cultura atual          .................................................................9

       1.3 Os Florais de Bach e seu uso terapêutico.............................................................10

          2. Material e metodologia...........................................................................................12

          2.1. Material ...............................................................................................................12

          2.2 . Método...............................................................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................14

    4. Discussão.....................................................................................................................18

    5. Conclusão....................................................................................................................19

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................20

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................21 
     
     
     
     
     
     
     Resumo

     

    O presente trabalho visa demostrar um caso de uso dos Florais de Bach e a eventual resposta da cliente ao seu uso associado ao aconselhamento terapêutico. A diferença, porém, é que, neste caso, foi usada a via virtual de comunicação, ou seja, uma cliente de uma outra cidade, não a da terapeuta, e que realizava sessões através do uso de um comunicador MSN Messenger, na rede mundial de computadores.

    O objetivo do trabalho é demostrar como o uso da internet pode ser benéfico ou não para um novo tipo de atendimento, utilizando as novas ferramentas. Quais são as vantagens e desvantagens deste novo meio de comunicação e as facilidade e dificuldade encontradas durante o caminho.  
     
     

    1. Introdução

    1.1. A história da internet

     

    A internet surgiu, inicialmente, como um rede de proteção de dados nos EUA na época da Guerra Fria, na década de 60. Temendo um ataque inimigo, o Departamento de Defesa Americano criou um sistema de dados que poderiam ser configurados num local e visto em outro, mesmo a dezenas de quilômetros de distancia, num sistema chamado de chaveamento de pacotes. Depois do fim da Guerra Fria entre as duas grandes potencias mundiais da época (Estados Unidos e União Soviética) algumas universidades receberam a incumbência de desenvolver os sistemas utilizados, dado origem, então, a internet: 

      A mesma lógica se deu com a Internet. Jovens da contracultura, ideologicamente engajados ou não em uma utopia de difusão da informação, contribuíram decisivamente para a formação da Internet como hoje é conhecida. A tal ponto que o sociólogo espanhol e estudioso da rede, Manuel Castells, afirmou em seu livro "A Galáxia da Internet" (2003) que "A Internet é, acima de tudo, uma criação cultural". (Wikipédia) 

    Já nos anos 80, o interesse pela rede mundial de computadores era tamanha que ela passou a despertar mais e mais interesses dos pesquisadores. "Em 1989 a contribuição do cientista Sir Tim Berners-Lee do CERN, Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares) muda definitivamente a face da Internet" (Wikipédia). Estava então criada a Word Wide Web (a famosa www) um sistema que inicialmente interligava sistemas de pesquisas científicas e acadêmicas, interligando universidades. Depois dos anos 90 porém, com a divulgação da internet para o grande público, este passou a ser o sistema que gerencia todo e qualquer conteúdo deixado na internet, que deve ser acessado diretamente de um computador através de um navegador.

    No Brasil a internet passou a vigorar da maneira como conhecemos a partir de 1995, quando o governo abriu os sistemas, antes restritos as pesquisas e universidades, para a comercialização.  
     
     
     

    1.2. Internet inserida na cultura atual 

    Segundo levantamento feito pelo IBOPE sobre o número de usuários de internet no Brasil, em 2001 haviam 9,8 milhões de internautas , o que perfaz 5,7% da população brasileira. Já em 2007 este número já chega a 21,5 milhões de indivíduos, ou seja, 14% da população, o que nos mostra a rapidez com que este meio ingressou na vida dos brasileiros. Além disso, o Brasil é considerado o país com maior tempo médio de navegação residencial por internauta . Isso entre os 10 países monitorados pela Nielsen/Netratings. Ele está à frente da França, EUA, Alemanha e Reino Unido. O crescimento da internet nos lares brasileiros cresce ao assombroso ritmo de 45,5% ao ano.

    Várias são as pesquisas indicando o crescimento da importância da internet na vida dos brasileiros. O Brasil é, por exemplo, o maior usurário mundial do site de relacionamento ORKUT, merecendo até mesmo uma versão em português (o site foi criado pelo turco Orkut Büyükkökten) já nos primeiros meses de sua existência. A internet é utilizada também  para fazer compras (gerando R$ 7,5 bilhões em vendas em 2004), fazer boletins de ocorrência (de 2000 a 2004 haviam sido registrados 432.177 mil boletins), pesquisas, educação a distancia (até mesmo de cursos universitários), procura de vagas para emprego e toda sorte de divulgações e publicidades. Hoje, é considerada ferramenta essencial para publicitários, havendo mesmo propagandas televisivas que fazem alusão aos sites de internet. A maior parte ainda dos usuários é da classe A e B, mas este quadro está mudando com a popularização dos preços dos equipamentos (computadores) e barateamento do custo do acesso mensal devido a grande oferta, dando maior possibilidade a classe C.

    Diante deste quadro é impossível negar a sua importância e importância da cultura que se gera em volta desta ferramenta. Jovens e crianças hoje utilizam a internet como algo essencial em suas vidas, marcando encontros com os amigos, paquerando ou apenas jogando no computador. É quase impossível encontrar um jovem que não tenha um endereço de e-mail (endereço de correspondência eletrônica) e até mesmo os adultos e a terceira idade estão aprendendo a utilizar a ferramenta para trabalho, diversão ou mesmo economia na hora de falar com parentes distantes. Aliás, a Internet rompe distancias e limites que antes eram colocados para as pessoas além de protege-las de um mundo cada vez mais violento e perigoso. É possível conversar com qualquer pessoa ao redor do mundo, apenas pagando uma taxa local de ligação (através de programas como Skipe) ou conversar através dos chamados "Messengers", ferramentas altamente populares que permite a conversação online de pessoa em diferentes pontos do planeta. Além disso, a cultura ficou muito mais acessível. Se antes era impossível ter acesso aos números do IBOPE, por exemplo, (que só eram liberados para os que encomendavam as pesquisas), hoje é possível encontrar números com apenas alguns cliques. Artistas estão colocando seus trabalhos (fotografia, designer, vídeos, músicas) na internet e tornando-se populares sem nem mesmo bater na porta de uma gravadora. É possível saber as notícias no exato momento em que elas acontecem e até mesmo a televisão teve que adaptar seu conteúdo à internet. Hoje a interatividade é crucial para o bom funcionamento de uma emissora de TV, gerando programas em que o telespectador pode participar ativamente, no momento do programa, através de e-mail ou de votos (no caso do Big Brother Brasil ou do extinto Você Decide, ambos da Rede Globo de televisão).

    Mas a internet também pode ser uma ferramenta maléfica, dependendo de por quem for usada. É cada vez maior o número de pedófilos que acessam a rede atrás do sustento dos seus problemas psicológicos, gerando fotos de crianças e adolescentes nus ou maltratados.  Também cresce o numero de golpes pela internet, como falsificação de e-mail, senhas e até mesmo desvios bancários. Mas, como toda a mera ferramenta, a internet está somente espelhando o próprio comportamento social vigente, com suas parte positivas e negativas.

    Mas o que podemos afirmar com certeza é que todo este contexto mudou a cabeça, a cultura das pessoas. Hoje se pensa diferente do que antes, e é possível expressar a sua opinião através de blogs (diários virtuais), ou mostrar sua família e amigos pelos fotologs (álbuns de fotos digitais) 

    1.3. Os Florais de Bach e seu uso terapêutico 

    Os Florais de Bach foram criados pelo inglês Edward Bach, no início do século XX. Ele utilizou o princípio das essências vibracionais das flores para "...tratar a personalidade e não a enfermidade..." (Vieira Filho, 1994).  O médico Dr. Bach acreditava que os "males do espírito" ou melhor dizendo os desequilíbrios psicoemocionais poderiam ser tratados através do uso das flores e isso geraria uma maior sensação de bem estar ao indivíduo.  

        " Devido a traumas e repressões, conscientes ou inconscientes, passamos a negar certos desejos, emoções e acontecimentos, tentando mante-los longe da lembrança, criando máscaras ou véus que encobrem o verdadeiro "eu" . (...) Desse modo, as chamadas "enfermidades" não são vistas como um mal em si, nem como meros acasos, mas sim como verdadeiros avisos que inconscientemente passamos para nós mesmo de que algo falta ser compreendido" (Vieira Filho, 1994) 
         

    Assim, o uso dos florais ajuda o indivíduo a encontrar um estado de equilíbrio dentro de determinado problema que ele apresenta para o terapeuta. Se ele estiver com medo, por exemplo, pode-se indicar um floral que trabalhe esse medo e, mais tarde, ele poderá entender as origens deste medo. Assim, a psique humana pode ser compreendida como um sistema de camadas onde cada emoção trabalhada dá vazão a uma nova emoção que necessitará dos devidos cuidados e é nesta senda que atua o terapeuta holístico floral.

    O terapeuta holístico é alguém que trabalha para a manutenção ou restabelecimento da harmonia do sistema integrado de uma pessoa. Cada emoção de um indivíduo poderá atingir outros níveis, como uma somatização no nível físico, por exemplo, gerando desconforto e perigos para a vida em alguns casos. Para a ciência convencional, como a psicologia e a medicina, o uso de florais não é indicado, pois não possui uma "validação científica". De fato, os florais não atuam na matéria em que os cientistas convencionais estão acostumados a mexer, e sim numa mais profunda e mais sutil, chamada energia. Assim, a energia da flor consegue adentrar o misterioso universo das emoções e, através de sua interação (por serem da mesma natureza) promover o restabelecimento do equilíbrio daquele sistema.

    O Dr. Bach elegeu 38 essências florais que dão conta da grande maioria das emoções humanas como o medo, angústia, timidez e fobias.  
     
     
     

    2. Material e metodologia

     

      1. Material
     

    Para os atendimentos foram utilizados recursos virtuais. O programa mais utilizado foi o MSN Messenger, um comunicador que permite a conversação online de duas pessoas através de texto e uma conexão do PC com a rede mundial de computadores (internet). Foi proposto que utilizássemos também o Skipe e a câmera de vídeo (webcam - que chegou a ser utilizada em algumas sessões). O Skipe é um programa que permite a conversação (por voz) de duas pessoas, mas este recurso foi recusado pela cliente, por desconhecimento.

     

      1. Metodologia
     

    As sessões foram feitas uma vez por semana, sempre no mesmo horário, e durante uma hora.

    Após as sessões de aconselhamento eram indicadas as essências florais, de acordo com o que havia sido trabalhado na sessão. As essências foram ministradas para serem tomadas 4 vezes ao dia, diretamente sob a língua, 4 gotas de cada vez. O máximo de essências utilizadas em cada fórmula eram em número de 6, como reza a correta utilização dos Florais e mantidos em frascos com 30% de brandy, para a perfeita manutenção da fórmula.

    S. me ligou numa tarde depois de eu colocar um pequeno anúncio no meu  site angariando pessoas  que quisessem participar de um estudo sobre o uso da internet e os florais de Bach. Ela tem 40 anos, é carioca de nascença, e estava já de malas prontas para se mudar para outro local dali a um ano. Estava muito confusa com a sua vida e apresentava diversos comportamentos que queria trabalhar com o uso de florais. Parecia bastante ansiosa ao telefone e pediu que começássemos o quanto antes. Pedi que ela me desse certeza que de poderia contar com ela por 1 ano em sessões de 1 hora, 1 vez por semana, pelo menos, e ela aceitou prontamente.. 
     
     
     
     
     

    Dados da cliente

    Nome: S.

    Local de residência: Rio de Janeiro

    Sexo: feminino 
    Idade: 40 anos

    Estado Civil: casada

    Escolaridade: formação superior completa em Direito

    Filhos: 3 filhos

    Comportamento que queria modificar: problemas com a auto-imagem 
     
     

    3. Resultados 

    A primeira sessão foi marcada pelo MSN para dali a uma semana. Disse a ela que gostaria de pudéssemos conversar pelo Skype  (descrito acima) mas ela desconhecia o sistema. Utilizamos portanto o MSN, que não permite a visualização da cliente (tanto o tom de voz quando os movimentos corporais), apenas contando com os relatos escritos pela cliente.

    Logo na primeira sessão S. contou que sentia-se angustiada com o problema de excesso de peso, querendo muito voltar a velha forma de antes de uma esterectomia por conta de um cisto no ovário. Também tinha uma doença chama hipoglicemia reativa. Havia feito um trabalho de leitura corporal e tinha sérios  problemas com a sua imagem. A princípio percebi pelo seu relato que parecia um pouco cismada com datas e números, e me dizia todas as datas, de tudo o que havia acontecido em sua vida, de maneira ansiosa. A conversa foi extremamente rica em informações. Ela não parecia ter nenhuma dificuldade para confiar em mim e para me contar sobre aquilo que mais a afligia. Contou alguma particularidades interessante e que me fizeram pensar em atitudes um pouco obsessivas, como a pesagem diária, a leitura de rótulos de comida no supermercado e confessou somente comprar as coisas em pares (se comprava um par de sapatos, tinha que levar outro). Ela estava há meses sem comprar nenhuma roupa e começava a se sentir fora dos padrões, por não poder sair por conta das roupas. Isso parecia mais um desculpa para os seus problemas do que realmente uma motivação. As que ganhava de presente da mãe e das irmãs e as que eventualmente comprava eram de tamanhos menores ao seu e eram mantidas dentro das sacolas, dentro dos armários. Neste primeiro momento, a orientação dos florais foi justamente em cima destes pensamentos obsessivos. Foram indicados: Cherry Plum (para o medo de perder o controle); Cerato (para a sensível falta de auto- confiança); White Chestnut (para o trabalho dos pensamentos obsessivos); Larch (para trabalhar a baixa auto-estima) e Crab Apple (sensação de impureza). De fato, estes florais fizeram  parte de grande parte do tratamento de S. 

    Logo na primeira semana S. relatou estar se sentindo melhor e mais determinada em seus objetivos de perder peso. Pela primeira vez percebeu que a visão que tinha de si mesma tinha a ver com seu estado emocional, quando se olhou num espelho, depois de uma briga com o marido e se sentiu "horrorosa" (como ela descrevia a si mesma até então). Disse que queria se ver livre daquela sensação de desconforto com relação a si mesma  "Eu gostaria de viver esta emoção... esta sou eu... esta é a minha imagem... com defeitos e qualidades... esta sou eu... e não algo repugnante... entende?" (SIC). Aqui ainda haviam problemas, mas os florais e os aconselhamentos começavam a surtir efeito, ao menos fazendo com que ela se desse conta dos seus verdadeiros problemas. A primeira camada da cebola, estava tirada.

    Começamos então a trabalhar o fato dela não querer nem ao menos comprar coisas que servissem nela. O trabalho foi feito como um princípio da aceitação da sua imagem corporal e eventualmente, o aumento de sua auto-estima. Na 6º sessão ela havia saído para compra-las, mas ainda não se sentia confortável. Ficou magoada com a mãe, por um comentário inoportuno, que acabou fazendo com que ela desistisse do seu intento. Continuei trabalhando isso e utilizando os mesmo florais de base, somente mudando alguns que apareciam na sessão como algo realmente importante, como a não aceitação da opinião do outros (onde eu utilizava a essência Beech), a culpa pelo excesso de peso (Pine) e Willow quando essas mágoas pareciam ser realmente profundas em sua alma. Percebi a ela era muito preocupada com a opinião dos outros e que era extremamente controladora. Algo nela achava que não poderia se ausentar nem mesmo para fazer seus tão amados exercícios físicos. Trabalhamos isso com o Cherry Plum.

    Na sessão 8 ela chegou dizendo que "...essa semana exerci o descontrole" (SIC). Quando perguntei o que significava ela disse que havia saído para fazer seus exercícios e não havia nem levado o celular. Ela dizia morrer de medo que alguém precisasse dela e ela estivesse incomunicável e entrava em desespero que estava sem seu celular. Isso, para ela, significou uma espécie de libertação do seu papel de mãe e esposa dedicadas, coisas que ela vinha demonstrando nas sessões estar precisando muito. Diz ter se sentido livre, dona da própria vida e aliviada. De fato, nas sessões posteriores, mostrou-se bem mais leve com relação a seu controle sobre os filhos e sobre o marido e o Cherry Plum foi suspenso. Depois deste episódio de libertação, ela pareceu também querer se libertar da terapeuta, não aparecendo por duas sessões nos horários marcados no MSN. Mandou e-mails posteriores, dizendo que havia tinha algum tipo de problema. E reapareceu na sessão posterior.

    Quando voltou disse que as duas semanas que havia faltado foram boas e que havia abandonado a idéia fixa de emagrecer. Ela chegou a comentar, no início das sessões, que não dormia pensando em perder peso e isso não acontecia mais. Continuava com uma reeducação alimentar e exercícios, mas não tinha mais tantas características obsessivas com relação a perda de peso. Também havia, finalmente, feito compras de tecidos que, depois, transformou em vestidos estampados. Fez o seguinte comentário :  "A Luísa (filha) até me repreendeu semana passada. Cruzes mãe...você gosta de roupas de cores! Horrível!!! Parece até que quando você nasceu disseram: a ordem é: APAREÇA!"(SIC). Nesta fala dela podemos perceber que ela estava realmente começando a reconhecer seus gostos, mas ainda tinha medo dos comentários dos outros. Com esta frase ela começou a perceber que gosta de cores, mas que, mesmo quando magra o guarda-roupas dela era mais discreto. Peguei a deixa e fui tentando fazê-la entender o quanto ela se reprimia enquanto mulher e o quanto negava a sua natureza mais exuberante e menos "menina de família". Logo em seguida disse que não se importava com o comentário da filha e que, realmente, gostava mais de cores. Aqui ela se lembrou da repressão que sofria na infância por ser uma mulher grande e que aparecia. Com havia muitas mulheres na sua família, e ela sempre apareceu mais por ser "maior" e mais "falantes" a mãe e as irmãs pareciam reprimi-la, fazendo com que ela também se reprimisse. Lembrou de um episódio em que vestiu uma roupa para uma apresentação de balé "... fiquei linda, já tinha corpo de mulher aos 14 anos, mas minha mãe me mandou tirar aquilo e minhas irmãs riam de mim" (SIC). No final da sessão concluiu que era mesmo exibida e gostava mesmo era de aparecer. Aqui foi introduzido o Rock Water, para que ela pudesse combater esta auto-repressão. Na sessão 12 ela voltou a vender produtos da Natura (que sua filha estava vendendo para ela) e disse que estava sentindo-se como nova. Explicou, em pormenores, como ela realizava as vendas, que era muito boa nisso que queria montar uma pequena loja quando se mudasse para a sua nova cidade. Aqui, todos os florais anteriores foram suspensos e utilizei o Impatiens, pois se mostrava muito ansiosa com as mudanças que estavam por vir.

    A partir deste ponto ela já não apresentava mais as características obsessivas. O fato de poder ter encontrado a si mesma de uma maneira mais completa, e conseguir aceitar algumas coisas em si, como a sua exuberância feminina,por exemplo, fizeram com que ela conseguisse concentrar-se na sua vida como um todo. Malhava alguns dias por semana, passou a respeitar mais os seus horários (mesmo quando os filhos ou o marido a solicitavam fora de hora), e passou a se arrumar mais, maquiando-se para sair como, havia dito ela,não fazia há muito tempo. Fez compras numa loja mesmo e não se sentiu mal por experimentar vestidos e até se assustou  com o fato da loja ter roupas para "o seu tamanho". Comprava mais bijuterias e até mesmo peças que, acreditava, eram só do gosto dela. Ela chegou a tirar do armários as roupas que não serviam mais, e tirou das sacolas os vestidos que ainda estavam guardados. "Quero usar tudo o que tenho direito" (SIC), dizia animada.

    A partir deste ponto, porém, começou a faltar nas sessões. Dizia sentir-se bem e precisar de tempo para organizar a mudança. Sumiu do MSN e não respondia a maioria dos meus e-mail perguntando como ela estava. Aos que respondia, dizia estar muito bem. Assim, dei como encerrado o caso, por abandono da terapia.  
     

    1. Discussão
     

    De fato, poucas vezes (a não ser no final do tratamento, quando finalmente se mudou para Belém) ela faltou às sessões e apresentou uma melhorar rápida e significativa já nas primeiras semanas como descrito acima.

    O principal objetivo dela, que era se livrar do problema de auto-imagem, se não resolvido foi ao menos diminuído. Ela começou a se olhar no espelho e, nas sessões pelo MSN, conseguiu resgatar pontos da sua história onde tudo havia começado. As repressões do inconsciente, lentamente vieram a tona e ela conseguiu mudar o seu comportamento tão logo percebia os sentimentos diferentes que isso gerava. Claro que é impossível relatar todo o tratamento, mas ela parece ter conseguido excelentes resultados.

    No meu entendimento, se a internet dificultou, também facilitou o processo. Se por um lado eu, como terapeuta, não tinha acesso a sua voz ou a suas expressões não-verbais, por outro lado tinha outros materiais para analisar. Começando pela própria linguagem que o MSN proporciona, com emoticons (desenhos que representam estados de espírito da pessoa) e frases de efeito. Quando ela queria enfatizar algo ela utilizava letras maiúsculas, muitas reticências, desenhos e palavras cheias de sílabas como "Maraaaaaaaaaaavilhoso" (SIC), por exemplo. Estes são recursos que as pessoas acostumadas ao MSN conhecem e que podem identificar mesmo sem a voz ou a expressão facial da pessoa do outro lado.

    Do mesmo modo, talvez S. não tivesse conseguido contar tantas coisas, tão rápido, a um terapeuta convencional. Coisas que ela dizia sem vergonha, justamente porque eu estava no outro lado de um computador e ela não temia represálias ou caras repreendedoras. As minhas expressões de eventuais julgamentos, por exemplo, poderiam não ser entendidas por ela e, assim, ela pode se expressar mais, contar mais e ser mais ela mesma.

    Os resultados mais concretos foram medidos com a própria mudança de comportamento da cliente e com tudo aquilo que ela trazia que havia feito durante a semana. De fato, vi uma foto dela quando começou o tratamento (morena) e depois no final (quando havia pintado os cabelos de loiro). Ela estava com uma fisionomia diferente, parecendo mais tranqüila. Mas isso pode somente ser uma inferência pelos resultados apresentados. 
     
     

    1. Conclusão
     

    A internet é, de fato, uma nova ferramenta. E como nova ainda precisa de novas maneiras de adaptação. Se podemos utilizá-la para tantas coisas, porque não para o atendimento terapêutico? Isso se mostrou possível neste caso, mas ainda noto a necessidade de mais estudos e talvez do desenvolvimento ou utilização de outras ferramentas que parecem importantes. O uso de vídeo, por exemplo, com certeza enriqueceria o tratamento, fazendo que com que quase fosse o mesmo que o real. Senti falta de "sentir", como terapeuta, a voz e as expressões faciais.

    A meu ver, de qualquer maneira, o tratamento com S. denotou resultados positivos e acredito mais rápidos em comparação com as sessões de aconselhamento e florais mais convencionais. Mas ainda seriam necessárias mais pesquisas para saber se isso aconteceu com uma cliente específica ou aconteceria a qualquer pessoa. De qualquer maneira, com certeza, foi uma experiência válida e enriquecedora.  
     
     
      

    1. Referências bibliográficas
     
     
     

    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000. 

    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994. 

    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo.  Editora Madras.2004. 

    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000. 

    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004. 

    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964 

    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999. 

    JUNG.C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001. 

    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.  

    FILHO. H. V. Florais de Bach: uma visão mitológica, etimológica e arquetípica. 4º edição. São Paulo. Ed. Pensamento. 2004. 

    WIKIPÉDIA – A história da internet.(http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Internet) 

    ABRANET  História da Internet  (http://www.abranet.org.br/historiadainternet/ocomeco.htm) 

    REDE NACIONAL DE ENSINO E PESQUISA. A Internet no Brasil

    (http://www.rnp.br/noticias/imprensa/2001/not-imp-010310.html) 

    ANA CARMEM Números na internet no Brasil batem record

    (http://www.anacarmen.com/blog/2008/03/26/numeros-da-internet-no-brasil-batem-recorde/) 

    FOLHA DE S. PAULO - Confira um raio x da internet no brasil

    (http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u18521.shtml) 

    BLOG NONATO - Orkut e sua história

    (http://blognonato.com/2007/07/25/orkut-e-sua-historia/) 
     

    1. Anexos e Apêndices
     
    Emoções PresentesPalavras-chavesEssências
    MEDO Pânico ROCK ROSE
    De coisas, de situações concretasMIMULUS
    De perder o controleCHERRY PLUM
    Inexplicável ASPEN
    Temem pelos outros RED CHESNUT
    INCERTEZAFalta de auto-confiançaCERATO
    Indecisão entre duas coisasSCHLERANTUS
    Desânimo, tristeza por fato acontecidoGENTIAN
    Sem esperança, desistênciaGORSE
    Cansaço com a rotinaHORNBEAN
    Indecisão geralWILD OAT
    DESCONEXÃO AO PRESENTEDistraçãoCLEMATIS
    NostalgiaHONEYSUCKLE
    ApatiaWILD ROSE
    Esgotamento físico e mentalOLIVE
    Pensamentos ObsessivosWHITE CHESTNUT
    Tristeza cíclica de origem incertaMUSTARD
    Dificuldade de aprendizadoCHESTNUT BUD
    SOLIDÃOReservados, isoladosWATER VIOLET
    Ansiedade, impaciênciaIMPATIENS
    Não suportam a solidão, carentesHEATHER
    INFLUÊNCIAS EXTERNASFuga dos ProblemasAGRIMONY
    SubmissãoCENTAURY
    Protege das influênciasWALNUT
    Inveja, Ciúme, Suspeita, RaivaHOLLY
    ABATIMENTOBaixa-estimaLARCH
    CulpaPINE
    Excesso de ResponsabilidadeELM
    Angústia ExtremaSWEET CHESTNUT
    Traumas, choquesSTAR OF BETHLEHEM
    Ressentimento, mágoaWILLOW
    Excedem os limites da resistênciaOAK
    Sensação de impurezaCRAB APPLE
    (PRE) OCUPAÇÃO COM OS OUTROSPossessividade, chantagem emocionalCHICORY
    Fanatismo, idealismo excessivoVERVAIN
    AutoritarismoVINE
    Intolerância, crítica excessivaBEECH
    Auto-repressãoROCK WATER
     
    Fonte: Sinte – Comunidade de Estudos Avançados – Florais de BachHenrique Vieira Filho 
    CRT 21001 
    Terapeuta Holístico

    CRT 41933

    Autor: : Andrea Pavlovitsch - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 06/05/2008 13:14


    O Tarô Terapêutico e a Jornada Arquetípica

     O Tarô Terapêutico e a Jornada Arquetípica

    Andrea Pavlovitsch
    Terapeuta Holística - CRT 41933

     São Paulo

    2008

     

    Epígrafe

    A grande invocação

    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra

    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra

    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem.

    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal.

    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.

     

    Dedicatória

    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes, que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.

     

    Agradecimentos

    Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem a oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

    Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

    Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

    Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.

     

    Sumário

    1. Introdução..............................................................................................................8

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo..............................................................................8

    1.2.. Tarô – história e apresentação...........................................................................10

    2. Material e metodologia................................................................................................12

    2.1. O método do tarô terapêutico............................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................13

    4. Discussão.....................................................................................................................25

    5. Conclusão....................................................................................................................27

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................28

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................29

     

    Resumo

     

    O presente trabalho visa demonstrar, de maneira teórica, a orientação que o tarô, enquanto instrumento terapêutico de leitura do inconsciente, pode nos fornecer numa consulta de qualquer tipo.

    Todas as pessoas estão sempre passando por ciclos em suas vidas. Estes ciclos são parte da própria evolução humana. Jung chamou essa jornada de “Jornada Arquetípica”, ou seja, cada pessoa está passando, em determinado momento, por um dos arquétipos representados no tarô.

    Neste trabalho faremos uma breve análise de cada um dos arcanos maiores do tarô e como eles podem nos fornecer pistas importantes sobre o momento em que se encontrar, na senda da evolução, cada um dos nossos clientes, para que possamos fazer um trabalho mais específico com cada um, e conseguir melhores resultados ao final do tratamento, tratando o ser humano como um ser holístico, e biopsicosocial e espiritual.

    1. Introdução

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo

    A Psicoterapia analítica, desenvolvida por Carl Gustav Jung, é a que mais pode contribuir para a orientação teórica deste trabalho. Isso porque Jung estudou, inclusive, os arcanos do tarô e várias outras formas dos chamados eventos extrafísicos, ou seja, casos que não podem ser comprovados pela ciência tradicional e que não são aceitos pela mesma, sendo consideradas mitos ou inverdades. De fato, os eventos analisados por Jung, como o tarô, a sincronicidade e tantos outros, não poderiam ser comprovados pela ciência empírica, cega as manifestações energéticas do homem e que não o considera como um todo, ou seja, como um ser holístico.

    Isto posto, vamos analisar, primeiramente a noção básica da Psicoterapia analítica, o conceito de personalidade total (Self). Segundo este conceito, a Psicoterapia humana se desenvolve de duas maneiras concomitantes. Primeiramente uma psique extraconsciente cujos conteúdos são pessoais. E, paralelamente, uma psique cujos conteúdos são impessoais e coletivos, o chamado inconsciente coletivo. (Magalhães, 1984).

    Por inconsciente coletivo podemos compreender uma psique mais profunda, comum a todos os humanos e sem distinção de cultura, raça ou religião. Essa psique seria formada por padrões de estruturação da personalidade nas diferentes fases da vida (infância, adolescência, relação conjugal e profissional, velhice, preparação para morte) chamados de arquétipos. (Magalhães, 1984). A explicação dos arquétipos seria a do “modo como os pássaros fazem o ninho, por exemplo, é um código inato, assim como certos fenômenos simbióticos entre insetos e plantas. Da mesma maneira o homem nasce com certo funcionamento, certo padrão que a torna especificamente humano. Este padrão está expresso nas imagens arquetípicas, ou formas arquetípicas”.( Evans apud Magalhães, 1984).

    A noção de arquétipo, postulando a existência de uma base psíquica comum a todos os humanos, permite compreender por que em lugares e épocas diferentes aparecem temas idênticos, nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de modo geral – seja nos sonhos das pessoas normais, seja no delírio dos loucos”. (Silveira apud Magalhães, 1984).

    Jung ainda coloca os arquétipos como imagens “primordiais” (Burckhardt apud Jung, 1987), ou seja, uma aptidão da mente humana de manter as imagens como elas eram nos primórdios da humanidade.

    Essa hereditariedade explica o fenômeno, no fundo surpreendente, de alguns temas e motivos de lendas se repetirem no mundo inteiro e em formas idênticas...” (Jung, 1987).

    Uma outra noção junguiana muito importante no presente trabalho é a teoria da sincronicidade, desenvolvida pelo autor. Segundo ele, a sincronicidade é a “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos” (Jung, 1971). Porém, estes fatos não são somente uma coincidência estatisticamente comprovada, mas uma manifestação do psiquismo da pessoa com a qual ocorre o fato, a sincronicidade. Jung começou a pensar nisso quando, ouvindo o sonho de uma paciente sobre um besouro, viu o mesmo besouro entrar pela janela de seu consultório. De fato, a possibilidade matemática disto acontecer com eles (médico e paciente) era remotíssima, apesar de possível, o que o fez acreditar que algo no inconsciente coletivo fazia com que os acontecimentos certos aparecessem para determinada pessoa, como um modo de mensagem que deveria ser decifrada como algo importante e que trouxesse desenvolvimento e evolução ao ser em questão. Assim “o fato psíquico modifica ou elimina os princípios da explicação física do mundo está ligado à afetividade do sujeito da experimentação” (Jung, 1971). Ou seja, os fatores da psique humana são capazes de modificar os conteúdos do mundo físico, fazendo com que ocorram as chamadas sincronicidades. A sincronicidade é, portanto, “uma percepção de uma simultaneidade de acontecimentos internos e externos, não necessariamente no mesmo momento – daí serem sincronísticos e não sincrônicos.” (Guimarães, 2004).

    1.2. Tarô – história e apresentação

    Vejamos, primeiramente, o que Banzhaf nos diz sobre o tarô:

    “O tarô é um oráculo de cartas que, em sua estrutura atual, é conhecida desde o século XVI. Consiste em 78 cartas, divididas em dois grupos principais: as 22 cartas chamadas Arcanos Maiores (do latim arcanum, que significa “segredo”) e as 56 cartas chamadas Arcanos Menores. Os Arcanos Maiores apresentam figuras ou “personagens” individuais e inconfundíveis, numerados em seqüência clara. Já os Arcanos Menores são precursores do atual baralho de jogo, pois se dividem em quatro séries de naipes” (Banzhaf, 2001).

    Para o presente trabalho vamos considerar somente os Arcanos Maiores do tarô.

    “Erupções dramáticas deste gênero usualmente significam que aspectos negligenciados de nós mesmos buscam reconhecimento.” (Nichols, 1980). Assim, o tarô utiliza-se dos arquétipos do inconsciente coletivo para nos mostrar, por meio de importantes mensagens, aspectos nossos abandonados ou deixados de lado por alguma motivação consciente ou não. A sincronicidade entra na escolha de cada uma das cartas escolhidas pelo consulente ou pelo tarôlogo. Assim, não é a toa que uma determinada carta é puxada quando o consulente concentra-se em um determinado aspecto de sua vida. O tarô responderá de acordo com a energia psíquica que aquela pessoa desprende no momento da jogada.

    Veja bem, não se trata de uma mágica barata. É toda uma teoria psicológica que respalda os indícios de que as figuras que aparecem no tarô representam de alguma maneira aspectos de nosso inconsciente coletivo. Assim, as cartas podem ser utilizadas por qualquer pessoa, a qualquer tempo. São atemporais como o é o próprio inconsciente, onde não se separa presente, passado ou futuro. Os eventos apresentados nas cartas do tarô podem tanto vir de eventos futuros (aparecendo como previsões) como de eventos passados ou presentes, exatamente pela atemporalidade do aspecto inconsciente. O importante é saber que esses aspectos, quando solicitados pelo consulente no momento da consulta de tarô, aparecerão de acordo com a sua importância na vida psíquica da pessoa, ou de aspectos escondidos que precisam vir à tona (ou seja, eventos inconscientes que precisam ser conscientizados) de coisas que já aconteceram, como de eventos que tem um potencial para acontecerem no futuro e que, de alguma maneira, ainda poderão ser modificados. Por isso que não podemos falar em destino como uma tabula rasa escrita por alguma outra força que não esteja em nós mesmos, mas sim como uma possibilidade dentro dos eventos da vida da pessoa que serão levados a cabo de acordo com cada uma de suas escolhas.

    Assim, os arquétipos representarão o encenar de uma peça que já acontece há muitos séculos, desde os primórdios da civilização, mesmo que mude seu cenário. Por isso a grande quantidade de diferentes modelos de tarô, de diferentes épocas, religiões e conceitos. O aspecto principal é que as figuras não mudam, os arquétipos são apresentados sob diferentes roupagens, mas sempre serão os mesmos.

     

    2. Material e metodologia

    2.1. O método do tarô terapêutico

    O método do tarô terapêutico é de uso e aplicação simples, mas com grande poder de síntese do processo principal pelo qual a pessoa está passando. Separam-se os 22 arcanos maiores do tarô e é pedido que o consulente embaralhe as cartas concentrando-se, principalmente, no motivo real de seus problemas atuais. O consulente também pode se concentrar em um problema específico. Logo após, o terapeuta abre o baralho à sua frente, de maneira que todas as cartas fiquem viradas para baixo e seja possível puxar qualquer uma delas. Ainda concentrado, o consulente precisa puxar uma única carta, que será o motivo da meditação durante todo o restante da sessão. O terapeuta precisa explicar o máximo sobre a carta em questão e pedir que o consulente faça suas associações com os problemas pelos quais está passando ou conte uma história do que acha que está acontecendo na figura. Assim que terminar o processo, o terapeuta já saberá em quais aspectos da carta é preciso atuar .

     

    3. Resultados

    A seguir, apresentam-se as cartas do tarô e as possíveis associações terapêuticas:

    O Louco“O louco é o andarilho, enérgico, ubíquo e imoral” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa imatura, criança, dependente ou infantil. Não quer se responsabilizar pela sua própria vida ou precisa parar de procurar um “papai” que lhe resolva os problemas. Parar de culpar os outros pelas nossas responsabilidades.

    Representa a pessoa que precisa soltar-se mais, soltar a sua criança interior e impulsionar em direção à vida e ao futuro. Pode representar pessoas que tem um louco dentro de si, mas tornaram-se metódicas e enfadonhas, atingindo um alto grau de depressão ou desespero sem motivo. Pode evocar estados de síndrome do pânico, onde toda a energia represada precisa ser solta de alguma maneira. Também evoca a energia presa que gera estados de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

     

    O Mago “O mago é capaz de realizar sua mágica diante de nós, bastando para isso que assistamos às suas representações.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Aqui está uma pessoa que se esconde no seu lado ativo, masculino e faz, faz, faz para não parar e olhar para si. Não suporta o silencio e precisa sempre de estímulos ou tarefas.

    Pessoas muito ligadas com o superficial, identificadas quase que totalmente com o ego, que precisam do outro para se sentir queridas, amadas ou reconhecidas. Falta de reconhecimento da realidade, pessoas muito iludidas ou presas a fantasias. Precisa aprender a se conhecer, a olhar mais para si mesmo independente do que estão ou não fazendo.

     

    A Sacerdotisa“Dela é o reino da profunda experiência interior; dela não é o mundo do conhecimento exterior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A pessoa que precisa acalmar-se, olhar para si mesma e escutar a voz do coração. Tem dificuldades com a sua ternura, em demonstrar sentimentos, sendo introspectiva, tímida e desconfiada.

    Representa a pessoa que não consegue se ligar à sua espiritualidade por não estar ligada ao seu lado feminino ou tem uma máscara de espiritualidade para não mostrar seus verdadeiros sentimentos. São mulheres com dificuldades no feminino sagrado e homens que não conseguem acessar sua porção mulher, gerando machismo e falta de respeito pelo feminino. Mulheres que perderam a intuição por conta do mundo competitivo em que vivemos e do acúmulo de tarefas. Pessoas que, em geral, precisam refazer seu contato com o seu espírito. Mulheres com forte TPM por conta desse distanciamento.

     

    A Imperatriz “É, portanto, a Imperatriz quem faz às vezes de ponte entre o Mundo Mãe de inspiração e o Mundo Pai de lógica e laboratórios...” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: É aquela pessoa que cuida de todo mundo, menos dela. Uma pessoa que se trava em detrimentos do que os outros vão pensar ou sentir por ela. A mãe superprotetora ou a filha problemática e dependente entram neste arquétipo também.

    Pessoa travada no seu processo criativo por afastamento do seu lado feminino. Falta de inspiração para mudar o que precisa ser mudado. Excesso de “amor”, relacionamentos destrutivos e sufocantes. Falta de fertilidade e de prosperidade. Excesso de dramaticidade do real. Precisa se dar permissão para viver mais as coisas boas da vida e cuida de si como cuida dos outros.


     

    O Imperador – “Aqui começa o mundo patriarcal da palavra criativa, que inicia o domínio masculino do espírito sobre a natureza.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa que dedicada demais a tudo o que é prático e racional, justamente por saber que isso lhe falta de maneira natural. Pessoa controladora (de si e dos outros) ou, se for para o outro lado, revoltada com todas as figura de poder.

    Falta de senso prático. Excesso de ilusões e fantasias. Falta de concretude. Problemas com figuras de poder, como chefes. Racionalizar demais como mecanismo de defesa. Falta do princípio da ação, pessoa acomodada. Falta contato com a realidade, vive no mundo mental, das idéias sem concretizar nada. Problemas em se destacarem do todo e em encontrar soluções na vida profissional. Saber que é o senhor de si, seu próprio imperador, e necessita incorporar o arquétipo para ser mais si mesmo.

    O Sumo Sacerdote – “... a personificação exteriorizada da luta do homem pela conexão com a divindade – da sua dedicação à busca do significado, que coloca o homem acima dos animais” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa que está distante de si e sempre precisa do outro (que acredita ser mais inteligente) para resolver as suas questões internas. Pode identificar pessoas que precisam sempre de um mestre, um guru ou qualquer coisa assim para chegar a Deus.

    Perda da ponte entre Deus e o homem. Crenças infundadas. Necessidade do outro para ver suas próprias questões. Projeção. Inveja. Falta de consciência do seu poder espiritual. Complexo de herói. Afastamento da parte sagrada do Self. Fanatismo religioso. Precisa aprender a ser o seu próprio mestre interior e confiar nas coisas que faz e diz, sem deixar suas decisões nas mãos de outras pessoas. Sair do mental e entrar mais no sentir.


     

    O Enamorado – “Podemos ver nesse moço a personificação do jovem e vigoroso ego, pronto para enfrentar a vida e seus problemas sem a ajuda de ninguém.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Fragilidade do ego. Fraqueza para tomar decisões. Excesso de indecisão. Processo de fuga dos conflitos. Excesso de fantasia como fuga da realidade. Não consegue se conectar com a mãe interna, não cortou o cordão umbilical da mãe real. Dependência emocional. Imaturidade. Enfrenta uma dualidade, utilizando fatores internos para não assumir a responsabilidade por si. Deixar sua indecisão e escolher seguir a sua alma, escolhendo o que precisa para crescer.

    O Carro – “ A jornada exterior não é apenas um símbolo da jornada interior, mas também o veículo para o nosso autodescobrimento” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Inflação do ego. Falta de equilíbrio e discernimento. Ter energia, mas não ter objetivos claros. Instabilidade emocional. Somatização de doenças por conta do emocional. Estados de mania e ansiedade. A pessoa que “coloca o carro na frente dos bois”. Medos infundados. Estagnação. Medo de tomar as rédeas e de dirigir.

    A pessoa completou um ciclo de sua vida e está sentindo necessidade de mudanças, principalmente a procura da sua independência e autonomia. Pode se apresentar como excessivamente independente, auto-suficiente e desapegado, ou o contrário. Nos dois casos denota a sua fraqueza e carencia afetiva. Deve realizar essa mudança profunda, esquecer o passado e ouvir mais o coração.

     

    A Justiça – “O equilíbrio é a base da Grande Obra” (Aforismo alquímico apud Nichols, 1980)

    No processo terapêutico: Estado de regressão infantil, pois tenta passar o tempo todo uma idéia de pessoa perfeita, somente para agradar aos outros. Pessoa que usa a raiva contra os outros e comete crimes. Auto-culpa acentuada. Falta de equilíbrio mental. Mudanças repentinas de humor. Falta de responsabilidade no sentido de não entender que o Universo nos manda o que precisamos. Sentimento de injustiça ou de ser o seu próprio juiz, julgando a si e aos outros com destreza, denotando seu ego rígido. Pode significar o momento em que a pessoa percebe que não pode mais ficar nesta posição agradadora o tempo todo.

     

     

    O Eremita – “... o frade aqui retratado personifica uma sabedoria que não se encontra em livros”. (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Sentir solidão por distância do si mesmo (vazio da alma). Fanatismo religioso. Tristeza profunda. Falta de sabedoria com as experiências. Retirar-se da vida por vontade própria. Falta de senso de observação e dificuldade de introspeção. Pessoa espiritualmente atacada. Superficialidade. Desligamento do Eu Superior. Pessoa tímida e compulsivamente introvertida, sexualmente imaturo por negar sua natureza instintiva. Precisa voltar a si mesmo estando alerta pra seus impulsos internos. Perceber que as circunstancias não são o problema e encontrar sua alma.

     

    A Roda da Fortuna – “... estamos presos no intérmino girar predestinado da Roda da Fortuna? Ou essa carta nos oferece outras mensagens, mais cheias de esperança?” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Estagnação. Envolver-se demais com os problemas externos desconsiderando a sua essência. Não aceitação dos fatos da vida como naturais e excesso de sofrimento por isso. Pessoa dramática e vitimesca. Pessoa que não consegue acessar transformações e mudanças necessárias à evolução humana e espiritual. Pessoa presa ao passado, que espera que sempre as coisas se repitam. Não consegue mudar o comportamento e, consequentemente, não consegue mudar as coisas. Precisa entender a relação entre seu interno e seu externo.

     

    A Força – “As energias outrora empenhadas na adaptação exterior começarão agora a preocupar-se mais com o crescimento interior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Lado emocional exacerbado. Ser dominado pelas emoções. Falta de controle da raiva e do ódio. Violência. Doenças psicossomáticas. A pessoa não consegue aceitar as suas emoções e elas acabam o engolindo. Fraqueza física e emocional. Sexualidade desequilibrada. Indecisão quanto à própria identidade sexual.

     

    O Enforcado – “Com as mãos amarradas atrás das costas, o Enforcado se acha tão indefeso quanto um nabo. Está nas mãos do Destino” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de coragem para abandonar o velho e conquistar o novo. Acomodação extrema. Necessidade de se voltar para dentro para voltar como uma pessoa renascida. Deixar-se nas mãos do Destino.

     

    A Morte – “Na natureza nada se perde. O rei está morto. Viva o rei” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Apego. Dificuldade de aceitar as mudanças. Pessoas arraigadas às velhas formas e velhas crenças. Apego a pessoas ou situações. Carregar um cadáver que não tem mais utilidade.

     

    A Temperança – “O tema dessa carta associa a temperança à Aquário, o carregador da água, o décimo primeiro signo do zodíaco.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de equilíbrio das emoções. Pessoa muito fria ou muito calorosa. Problemas em deixar fluir a vida e resolver, de forma natural, os seus conflitos. Pessoa não consegue ver a saída porque não analisa todas as partes do problema. Problemas circulatórios. Falta de confiança no fluxo da vida. Impaciência.

     

    O Diabo – “Chegou o momento de enfrentar o Diabo” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A não aceitação dos aspectos negativos do Ego como a arrogância, a inveja, a ganância, faz com que acabemos escravos deles. Ser escravizado por sua própria sombra por medo de enfrentá-la. Pode tornar-se uma pessoa malévola para si mesmo, descuidando de si por sentir-se culpado e gerar doenças e tragédias. Abertura de mediunidade não trabalhada, que leva a problemas espirituais. Falta de proteção. Promiscuidade e mau uso da sexualidade.

     

    A Torre – “Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Preso a padrões mentais destrutivos e antigos. Não consegue se jogar de sua prisão inconsciente. Preso a crenças antigas ou a situações desagradáveis. Pode representar uma pessoa que passou por uma destruição (como tragédias e problemas de saúde) e não consegue se reestruturar do trauma. Falta de fé na intervenção divina e em si mesmo. Falta de autoconfiança.

     

    A Estrela – “Não usando nenhuma proteção ou máscara, releva a sua natureza básica” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Espiritualidade usada para ter poder. Egoísmo. Inflação do ego. Arrogância e falta de preocupação com o outro. Falha nos projetos. Estagnação dos projetos de vida. Confunde aquilo que se é na essência com a sua máscara. Falta de contato consigo mesmo.

     

    A Lua – “... o próprio herói está ausente” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Loucura, depressão profunda. Não consegue enxergar as saídas para nenhum problema. Estado catatônico. Se perder o contato com a consciência, estados psicóticos. Mediunidade se confunde com problemas psiquiátricos. Perda do limite entre a razão e a loucura. Tendência a vícios. Baixa auto-estima. Síndrome do pânico.

     

    O Sol – “... onde a vida não é mais um desafio a ser vencido, mas uma experiência a ser desfrutada.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Tristeza, aprisionamento do ego, falta de auto-estima e de autoconfiança. Pessoa não consegue ser feliz com o que tem, não consegue ver as pequenas alegrias da vida. Mau humor. Hipocrisia. Critica demasiada. Orgulho. Vaidade.

     

    O Julgamento – “O Julgamento dramatiza o momento da ressurreição espiritual de diversas maneiras.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Desequilíbrio. Ficar preso na experiência em si e não na sua análise. Resistência a mudanças. Depressão, tristeza e falta de discernimento e senso crítico. Racionalizar demais as emoções ou dramatizar demasiado. Dificuldade de impor limite e dizer não. Culpas.

    O Mundo – “Chegamos à culminação da longa jornada” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de elementos no ego. Fracassos acumulados. Pessoa que não consegue concluir o que começou, pois sente que se perdeu. Sensação de estar perdido, de ter esquecido algo no meio do caminho. Problemas de memória. Falta de conscientização. Coloca a culpa de tudo nos outros e não assume a sua responsabilidade. Idealização demasiada das pessoas e das situações.

     


     

    1. Discussão

    Notamos que o tarô há muito deixou de ser um instrumento apenas usado por “curandeiros” ou até mesmo charlatãs para tirar dinheiro das pessoas em praça pública. Não que isso, infelizmente, não exista, assim como existem as sombras de todas as profissões. O tarô é apresentado aqui como mais uma ferramenta de entendimento do ser humano, de análise profunda de sua psiquê de que como isso tudo poderá ajudar o cliente a encontra um ponto dentro de si mesmo que o ajude a encontrar seu equilíbrio.

    Hoje sabemos das relações entre o psíquico e o físico, por exemplo. Com certeza, um desequilíbrio psicológico ou energético, ou até mesmo uma maneira errônea de encarar determinadas fases naturais da vida, poderiam acarretar qualquer um destes problemas físicos. Assim, quando quer profissional terapeuta holístico identifica um desequilíbrio pode, ao mesmo tempo, identificar um padrão psicológico que precisa ser mexido e mudado pela pessoa, para que o completo restabelecimento do cliente aconteça. Aqui, o tarô poderia fornecer o momento arquetípico do cliente e auxiliar no uso de quaisquer outras técnicas, já que sua função é somente “retirar” da inconsciência aquilo que lhe é necessário saber.

    Nota-se também que cada uma das cartas tem mais de uma possibilidade de interpretação. Esse aspecto deve ser levado em conta e procurar encontrar o exato ponto de confluência entre a carta e a história relatada pelo cliente. Assim, pode-se precisar a avaliação sem margens de erros. Por vezes, pode ser necessária mais de uma sessão para que o processo de associação livre fique claro e livre de interferências.

     

     

    1. Conclusão

    Fica esclarecido neste trabalho como o tarô pode ajudar em qualquer processo de mudança e de melhora que o cliente esteja passando, tanto para orientação da técnica a ser utilizada a seguir, quando do tempo arquetípico em si.

    De fato estes estudos e a maneira como ele pode ser usado dentro da sessão terapeutica ainda não estão finalizadas. Ainda podemos perceber que existe muito a estudar e pesquisar sobre o tema, inclusive com o relato direto de casos e comprovações. Este trabalho apenas se propôs a demonstrar as coincidências teóricas que podem ser levadas a cabo ao longo de um processo terapêutico. Este trabalho foi o início de uma jornada arquetípica para, uma vez mais, desenvolver técnicas que ajudem as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida e, em muitos casos, estabelecer a harmonização de suas feridas emocionais mais profundas. Tanto na evolução da humanidade, num contexto geral, como dos seres humanos, no contexto individual.

     

    1. Referências bibliográficas

    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

     

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994.

    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo. Editora Madras.2004.

    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004.

    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964

    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999.

    JUNG.C.G. Psicoterapia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.

    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.

    NICHOLS, S. Jung e o Tarô: Uma jornada arquetípica. Edição 9.São Paulo.Cultrix.2000

    PIERI.P.F. Dicionário Junguiano.. 1ª edição. São Paulo. Editora Vozes. Paulus Editora. 1998.

    PRAMAD,V. Curso de tarô e seu uso terapêutico. 3º edição. São Paulo. Madras. 2008

    RAPPAPORT, C.R. Teorias da personalidade em Freud, Reich e Jung. 1ª edição. São Paulo. EPU. 1984.

     

     

    1. Anexos e Apêndices

    Tabela 1 – Significado arquetípico das cartas do tarô

    Arcano

    Nomenclatura

    Significado

    0

    O Louco

    É a carta que não tem número. Liga o mundo real ao mundo espiritual .O inconsciente na sua forma mais pura, lado instintivo. Por saber usar esse lado instintivo, é ele que impulsiona nossas vidas para frente.

    1

    O Mago

    Inicio do processo de individuação proposto por Jung. Começo do pé na realidade da vida. Pode ser tanto mágico criador como embusteiro. Energias domesticadas, elementos para começar no caminho da vida. Porém, pode criar ainda as ilusões, aparência da realidade. Sugere ação.

    2

    A Sacerdotisa

    Representa o princípio feminino da divindade, o yin primário e as deusas femininas. Receptividade. Passividade. Contenção e tradição. Persistência, amor e paciência feminina. Experiência interior. Espiritualização.

    3

    A Imperatriz

    O princípio feminino no sentido Terra, Mãe, mundano. Capacidade criativa. Poder do amor. Sociabilidade e socialização. Ação e conclusão. Criação. Capacidade intuitiva. Inspiração.

    4

    O Imperador

    Princípio masculino yang. Racionalidade. Princípio da realidade. Ação. Consciência. Responsabilidade. Figuras masculinas de poder (pai, chefe). Mente.

    5

    O Sumo Sacerdote

    Liga o mundo interno e externo de maneira mais consciente. União do masculino e do feminino sagrado. Ponte entre o homem e Deus. Contato do homem com o seu espírito. Consciência do poder espiritual. Principio masculino e racional da espiritualidade.

    6

    O Enamorado

    Conflito. Princípio da realidade. Consciência. Desejos antagônicos. Romper o cordão umbilical. Encontrar a força dentro de si. Dúvidas. Ligar a vida espiritual e emocional. Conflito como fonte de crescimento e evolução.

    7

    O Carro

    A viagem pela vida. Autodescobrimento através das vivências e experiências. Ação. O próprio corpo do consulente. Estabilidade. Proteção.

    8

    A Justiça

    Dualidade humana. Inocência e culpa. Equilíbrio. Responsabilidade gerada pelo conhecimento. Fim das ilusões e da inconsciência. Poder de discriminação entre o certo e o errado. Necessidade de pesar as coisas. Opostos trabalhando juntos.

    9

    O Eremitha

    Necessidade de solidão e meditação. Encontrar os significados interiores. Espiritualização. Observação. Sabedoria. Aspectos ligados à mediunidade.

    10

    A Roda da Fortuna

    O dentro e o fora. O eterno girar da vida e dos acontecimentos. Dentro é a essência e fora o acontecer. Equilíbrio quando no meio da roda, olhando a situação de dentro e deixando com que as coisas aconteçam. Mudanças. Nascimento e morte. Uso do instinto e do mental como forma de equilíbrio.

    11

    A Força

    Força do instinto. Domínio das emoções através da anima (força feminina). Domínio do nosso lado animal. Sexualidade equilibrada. Emoções equilibradas. Força interior.

    12

    O Enforcado

    Período de transição. Abandono de velhas atitudes e se deparar com o novo. Necessidade de coragem e sacrifício. Acomodação. Traição das velhas tradições.

    13

    A Morte

    Transformações, mudanças repentinas. As grandes fases de mudanças. Morte do velho para renascer o novo. Período de desapego. Revitalização. Renovação.

    14

    A Temperança

    Temperar as emoções. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Emoções profundas e desafios da alma. Dissolução das velhas formas e o desatamento de nos rígidos. Situações de conflito em que se deve ser os dois lados da moeda.

    15

    O Diabo

    Estagnação. Energias negativas circundando a questão. Nossa sombra, nosso lado negro e cruel. Arrogância, orgulho, inveja, cobiça. Magia negra.

    16

    A Torre

    Destruição das velhas crenças e das velhas formas de viver. Quando não é mais possível, pela própria ordem natural das coisas e do Universo, manter uma situação que não está de acordo. Pode representar a ira e a intervenção divina.

    17

    A Estrela

    Auto-aceitação da sua natureza básica. Ligação com a alma e não somente com o Ego. Entendimento. Compreensão do todo. Intuição e luz. Espiritualidade. O pessoal e o transpessoal.

    18

    A Lua

    Aquilo que está escondido na noite do inconsciente. Depressão. Fuga da realidade para o mundo interior. Mediunidade. Desolamento. Infertilidade. Mergulho no deserto do inconsciente.

    19

    O Sol

    Alegria. Consciência. Auto-estima elevada. Sensação de liberdade. Inocência infantil. Prosperidade. Proximidade com a nossa natureza e aceitação desta.

    20

    O Julgamento

    Finalização de processo. Separar o joio do trigo para um novo recomeço futuro. Análise profunda das situações da vida. Equilíbrio entre a razão e a emoção, sensação e intuição. Aceitação das mudanças.

    21

    O Mundo

    Eu como centro do equilíbrio psíquico. Interação dos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água). Integração dos aspectos femininos e masculinos, negativos e positivos do ego. O ego está completo e se sentindo pleno de sentido. Vitória. Triunfo.

    Fonte: “Jung e o Tarô – uma jornada arquetípica” – Sallie Nichols – Ed.Cultrix

    Autor: : Andrea Pavlovitsch - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 06/05/2008 13:38


    A ANÁLISE DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA

    TCC- TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

    A ANÁLISE DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA. 
     
     

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS-.

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM TERAPIA HOLÍSTICA.

    SÃO PAULO - SP.                      

    DISCIPLINA: PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    AUTOR:  

    RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD

                 Terapeuta Holístico

                      

    ORIENTADOR:        HENRIQUE VIEIRA FILHO

                                            Terapeuta Holístico - CRT 21001 
     

    BELO HORIZONTE – MG, 29 DE  MAIO 2008. 
     
     
     

                                                                          Dedicatória: 
     

                                                                         “Para a minha Mãe

                                                                          Therezinha Lima Haddad

                                                                          e para o meu Pai Omar Haddad,

                                                                          que me acompanham lá do céu ”. 
     
     
     
                                        

                                           Agradecimento: 

                     Ao SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS-

                                          COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM TERAPIA HOLÍSTICA, pelo incentivo vibrante e pela oportunidade,         para apresentar a presente MONOGRAFIA na disciplina                  PSICOTERAPIA HOLÍSTICA. 
     
     
      

      SUMÁRIOPáginas
      RESUMO.           6
      CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.           6
      CAPÍTULO 2. MATERIAL.           7
      CAPÍTULO 3. METODOLOGIA.           8
      3.1 O Corpo Físico           8
      3.2 O Que Ensina Anaxágoras           8
      3.3 O Que Ensina Demócrito           8
      3.4 A Organização de Direção de Sentido e Funções do Corpo Físico           8
      3.5 Revelação da Imagem Holística do Corpo Físico           9
      3.6 Imagem do Corpo Físico de Frente           9
      3.7 Imagem do Corpo Físico de Perfil          10
      3.8 Imagem do Corpo Físico de Costas         10
      3.9 As Proporções do Corpo Físico          11
      3.10 A Psicognomia          12
      3.11 A Fisiognomonia          12
      3.12 Segmentos Básicos dos Membros Superiores          14
      3.13 Principais Funções das Áreas dos Segmentos Superiores          14
      3.14 Segmentos Básicos dos Membros Inferiores          14
      3.15 Principais Funções das Áreas dos Segmentos Inferiores          14
      3.16 Interpretação das Imagens dos Membros Superior e Inferior          15
      3.17 Critérios para Interpretação das Imagens          15
      3.18 Distribuição das Imagens na folha          16
      3.19 Interpretação da Posição das Imagens na folha16
      3.20 Interpretação dos Tipos de Traços das Imagens23
      3.21 As formas da Imagem Holística32
      CAPÍTULO 4. RESULTADOS.36
      CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.37
      CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.37
      CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.39
      ANEXOS E APÊNDICE.39
     
     

                                                     RESUMO.                                                                    .

    Apresento para a psicoterapia holística as vantagens da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente. A Análise da Imagem Holística de um Cliente, ou de vários Clientes, pode dar, na verdade; informações, sugestões e pistas, e representa para o psicoterapeuta holístico uma ferramenta similar à das imagens computadorizadas com o grande diferencial que a imagem é feita pelo próprio Cliente, ou seja, seu próprio negativo! A base para a aplicação da técnica reside na interpretação da imagem do corpo físico do cliente de frente, de perfil e de costas, na distribuição das imagens, nos tipos de traços e nas formas das imagens. Para permitir a pesquisa e a prática de outros psicoterapeutas holísticos, apresento também, em síntese, uma Análise Holística.

    CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.

    1.1 O presente trabalho não tem propriamente a pretensão de ser uma tese que esgote o tema num sentido acadêmico, mas aponta uma direção de pesquisa, que séria e sistematicamente aprofundada, atrairia uma maior atenção do psicoterapeuta holístico para o estudo da técnica da Análise da Imagem feita pelo próprio Cliente. É de curial sabença que corpo físico é marcado pela experiência da vida através de registros que tanto são de origem genética quanto cultural, resultando numa gama de detalhes que nele estão armazenados e que podem ser revelados através da Análise da sua Imagem Holística.

    1.2 A Imagem Holística do Cliente é a revelação da disposição da mente através do contorno do corpo físico interpretada sempre numa ótica terapêutica.

    1.3 A Imagem Holística do Cliente surge pela representação do contorno do corpo físico através do modo de tracejar essencialmente psicomotor, orientando a revelação de uma realidade visual, imediatamente legível pelo psicoterapeuta holístico.

    1.4 A Análise preliminar nasce da percepção, do tempo de observação e da maneira de como o psicoterapeuta holístico consegue sair do movimento de julgamento, para simplesmente enxergar o que, naquele momento, o conjunto de Imagem Holística está mostrando.

    1.5 A técnica se desdobra na Interpretação da Distribuição das Imagens, Interpretação dos Traços e Interpretação das Formas das Imagens, o que pode ser aplicado em separado, ou no conjunto do seu desdobramento. Conduz para a identificação rápida e segura dos desequilíbrios que o Cliente poderá estar vivendo no momento, fornecendo ainda subsídios importantes para a solução do problema, quando não a própria solução.

    1.6 Por outro lado, as técnicas aplicáveis à análise específica de aproximadamente 205 formas de imagens de segmentos corporais não fazem parte integrante da presente Monografia.

    1.7 A técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente, fornece um material riquíssimo sendo também um poderosíssimo instrumento para a identificação do desequilíbrio energético apresentado pelo Cliente. Colhe informações que abrangem várias técnicas, suplementando as dificuldades da observação em entender as muitas facetas do Cliente. A técnica de Análise da Imagem Holística do Cliente possibilita maior entendimento do que aprendemos sobre pessoas - dentre elas, nós mesmos-, possibilita identificar comportamentos que de outro modo talvez não fossem observados, revelando com objetividade, segurança e realismo, o que talvez só fôssemos perceber após vários atendimentos, reduz e controla os erros de observação. E o melhor! Está ao alcance de quantos a queiram utilizar.

    1.8 A psicoterapia holística através da técnica da Análise da Imagem do Cliente, não é, em nenhum momento, a de enfatizar o que está ruim, e sim a de revelar aquilo que está bom.

    CAPÍTULO 2. MATERIAL.

    2.1 A presente Monografia tem como referência os resultados dos atendimentos realizados e o Curso de Leitura Corporal concluído pelo autor e ministrado no período de fevereiro de 2001 a dezembro de 2007 no Núcleo de Terapia Corporal Ltda, com sede na rua Assunção 40, bairro Sion - Belo Horizonte-MG, site www.leituracorporal.com.br. Fundamenta-se em uma sistematizada apertada síntese do conteúdo programático da disciplina Interpretação do Desenho. O curso de Leitura Corporal descreve e detalha a função emocional de cada segmento e estrutura corporal e revela as associações entre o que manifesta o corpo físico e os processos psíquicos e sensoriais do Ser Humano. Afirma que o corpo vive, registra, reage e revela a história pessoal. Relaciona as formas, as funcionalidades do corpo, os traços fisignomônicos, as posturas, as sensações e sintomas, os conteúdos mentais, emocionais, sensoriais e às particularidades comportamentais, estabelecendo uma conexão entre a linguagem do corpo, as disfunções orgânicas, os desequilíbrios e o autoconhecimento.

    2.2 O Núcleo de Terapia Corporal Ltda, fundado em 1988, tem como alicerce a relação Corpo Físico / Corpo Emocional. É constituído por profissionais de saúde- terapeutas, fisioterapeutas, massoterapeutas, médicos e psicólogos-. 
     

    CAPÍTULO 3. METODOLOGIA. 

    3.1 O CORPO FÍSICO. 

    A primeira coisa que podemos distinguir nitidamente no “Corpo Físico” é que tudo  se encontra encerrado em órgãos, sistemas e estruturas oferecendo  a este a maior proteção possível contra o mundo exterior, porém se reconhecendo que é efêmero e destrutível.

    É composto das mesmas forças e da mesma matéria do mundo aparentemente inerte ao nosso redor. Jamais poderia existir se não fosse continuadamente compenetrado e reconstituído pela matéria e pela força do mundo físico.

    O QUE ENSINA ANAXÁGORAS.    500 – 418 a. C 
     

    Uma infinidade de qualidades se encontra em todo o corpo, em toda extensão finita dada, tão grande ou pequena que se queira, e assim não se pode conceber nenhuma separação, tudo está sempre misturado a tudo”.

    3.3 O QUE ENSINA DEMÓCRITO.   460 – 370 a. C 
     

    “A alma está intimamente ligada ao cérebro. Não podemos possuir qualquer forma de consciência quando o cérebro degenera e morre”. 

                          3.4 A ORGANIZAÇÃO DE DIREÇÃO DE SENTIDO E FUNÇÕES DO CORPO FÍSICO. 

    1. SUPERIOR.     Expressão.

    2. INFERIOR.            Equilíbrio.

    3. ANTERIOR.           Comportamentos externos.

    4. POSTERIOR.          Comportamentais internos.

    5. CEFÁLICA.          Controle e coordenação.

    6. MEDIAL.                  Movimento para a exposição e fechamento.

    7. LATERAL.               Competência.

    8. PROXIMAL.             Impulso.

    9. DISTAL.                  Realização. 
     
     

                       3.5 REVELAÇÃO DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CORPO FÍSICO.

     

                       

    . As imagens podem ser reveladas em três folhas de papel tamanho A 4 (210 x 297 mm) 75 g / m2, branca, sendo o contorno da Imagem do corpo físico executado com um lápis de cor preto número 2. As três folhas e o lápis são entregues pelo psicoterapeuta ao Cliente.

    . Seis minutos são o tempo aproximado para a execução do contorno da Imagem do corpo físico de frente, de perfil e de costas.

    .O Cliente entrega suas imagens ao psicoterapeuta holístico que procederá a interpretação das especificações, da distribuição das Imagens, dos traços e das formas. 

                                3.6 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE FRENTE.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de frente expressa como o Cliente se mostra. 

                                 ESPECIFICAÇÃO GERAL DA IMAGEM.

    1. Contorno completo do corpo físico.

    2. Formatação do pé com o dorso, artelhos e arcos medial e lateral.

    3. Pernas, coxas e joelhos.

    4. Distinção entre a pelve, a coxa e o abdome.

    5. Tronco, mamas, mamilo, umbigo e genitália.

    6. Membro superior constituído por dedos, corpo da mão, punho, antebraço, cotovelo, braço e axila.

    7. Pescoço com identificação dos limites da fossa supraclavicular e formatação dos ombros.

    8.Cabeça e cabelos. Face com dois olhos, duas sobrancelhas, nariz, boca e orelha (s).

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

          b) A imagem é entregue ao psicoterapeuta holístico. 

                         3.7 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE PERFIL.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de perfil revela como o Cliente exerce o estado entre o que está e o que é. 

                                   ESPECIFICAÇÃO DA IMAGEM. 

    1. Corpo do pé evidenciando os artelhos distais, calcanhar e tornozelo.

    2. Face lateral da perna, do joelho,  da coxa e do quadril.

    3. Face lateral do tronco, com pelos menos uma mama e mamilo.

    4. Marcação de pelo menos um membro inferior.

    5. Face lateral do pescoço e perfil da cabeça. No perfil da cabeça deverá ter a definição do nariz, da boca, de pelo menos um olho, uma sobrancelha, uma orelha, e marcação dos cabelos.

    6. Contorno da face lateral do tronco.

    7. Encaixe no ombro de pelo menos um membro inferior constituído de dedos, corpo da mão, punho, antebraço, cotovelo e braço.

    8. Face lateral do pescoço com marcação da “saboneteira”.

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

                   b) A imagem permanece com o psicoterapeuta holístico.

                                 3.8 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE COSTAS.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de costas é a revelação daquilo que naquele momento, é o tema predominante na vida do Cliente.   

                                         ESPECIFICAÇÃO DA IMAGEM.

    1. Marcação e definição do corpo do pé para frente com diferenciação dos artelhos das extremidades e calcanhar.

    2. Definição da face posterior do tornozelo e da perna.

    3. Definição da  face posterior do joelho e da passagem da coxa para a nádega.

    4. Dorso evidenciando existência da coluna.

    5. Definição do pescoço e segmento cefálico com contorno completo.

    6. Marcação de cabelos e orelha (s).

    7. Dedos, corpo da mão, punhos, antebraços, cotovelos  braços, preferencialmente ligados no ombro.

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

                  b) A imagem permanece com o psicoterapeuta holístico.

                  c)A coluna espinal pode está evidenciada por uma linha ou pelo adentramento da face da lateral do tronco. 

    3.9 AS PROPORÇÕES DO CORPO FÍSICO.

    De início, foi no próprio corpo que os seres humanos colheram suas unidades de medida. Buscando em si mesmos referências para descrever as grandezas, utilizaram a distância do cotovelo à ponta do dedo médio, a largura do próprio palmo e a extensão do seu pé. Os dedos, logo tomados como unidades de contagem iriam até dar base a todo um sistema, o decimal. Alguns destes antigos padrões continuam em uso, como o pé e a polegada; ainda se ouve falar em rede de pesca com malha de três dedos, covas de sete palmos de altura ou mãos de milho e de feijão.

    Essa observação das dimensões parece ter surgido na idade da Pedra, há 40 mil anos, quando o homem riscou na rocha o contorno da sua mão, o seu ”negativo” criando a primeira Imagem!

    O mesmo respeito às medidas anatômicas iria transparecer em inúmeros povos da antiguidade, notadamente na escultura-arte que os egípcios ainda submeteriam a mais uma disciplina, a da simetria.

    Marcus Vitruvius Pollo, comumente conhecido como Vitruvius [Vitrúviu], arquiteto e engenheiro romano que trabalhou no primeiro século antes da nossa era, afirma que a simetria é a concordância justa entre as partes da própria obra e a relação entre os diferentes elementos e todo o esquema geral de acordo com uma determinada parte escolhida como padrão.

    Assim, no corpo humano, Vitrúviu demonstra a harmonia simétrica que existe entre o antebraço, o pé, a palma da mão, o dedo e outras partes menores. Compara essas partes as partes de um edifício, continuando a antiga tradição do edifício sagrado visto em termos do corpo humano e, assim, em termos do microcosmo. 
     
     
     

     

                                                 3.10 A PSICOGNOMIA.

    1. A Psicognomia é a ciência que trata dos sinais reveladores crânio faciais e gráficos.

    2. Os cientistas que mais se distinguiram em Psicognomia nos séculos XVIII e XIX e mais contribuíram para desenvolver e encaminhar essa ciência, tornando-a menos arbitrária e mais compreensiva, foram Lavater e Gall.

    3. Instintivamente se procura sondar e penetrar os segredos alheios e saber o que está no invólucro do Ser Humano. O importante é saber se essa intuição tem base ou não na realidade dos fatos, o que é admissível e provável, e o que não é.

    4. Quais os dados certos, científicos, que sobre isso a Psicognomia fornece? Já chegou ela a estabelecer normas e leis suficientes para orientar nesse terreno escuro e tão heterogêneo, e resolver os problemas corriqueiros? Paulo Bouts e Camilo Bouts  a afirmam no livro A PSICOGNOMIA,  Editora Vera Cruz Ltda, quinta edição, ano 1943.

     

                                              3.11 A FISIOGNOMONIA.

    1. A Fisiognomonia não se refere apenas a certas partes, formas e traços da fisionomia humana, mas ao corpo físico inteiro, à sua estrutura, porte etc. Nesta Monografia, para os efeitos de pesquisa de outros psicoterapeutas holísticos, apresentamos uma apertada síntese do tracejo de fisiognomonia de segmentos específicos do corpo físico.

    2. Hipócrates foi fisionomista, assim como os sacerdotes do odismo.

    3. Na escola de Pitágoras não era admitido aluno que não fosse primeiro examinado na cabeça sobre as suas aptidões para os estudos.

    4. Porta, da escola de Aristóteles, fixou em particular, com curiosos desenhos, os caracteres físicos que tornam os homens semelhantes a animais. 
     
     
     
     
     

     
     

          

      FORMAS DA CABEÇAPREDOMÍNIO
      1.CABEÇA ANTERIORIZADAPENSAMENTO LÓGICO
      2.CABEÇA POSTERIORIZADASENTE DEPOIS PENSA
      3.CABEÇA PARA DIREITAFORMAL E RIGOROSO
      4.CABEÇA PARA A ESQUERDAVISÃO LÚDICA DA VIDA
      5.CABEÇA PEQUENA/TRONCO AGIGANTADOVIVE MOMENTO FÓBICO
      6.CABEÇA GIGANTE/TRONCO PEQUENONÃO TEM OPINIÃO PRÓPRIA
      7.CABEÇA SEXTAVADAPRECISA ACHAR UM CAMINHO
      8.CABEÇA OVÓIDEPENSA NO MÍNIMO E NO MÁXIMO
      9.CABEÇA QUADRANGULARVIVE DENTRO DAS REGRAS
      10.CABEÇA TRIANGULADASENTIMENTO DE SER A REFERÊNCIA
      11.CABEÇA AMORFADIFICULDADE DE SE RECONHECER
      12.CABEÇA DE BOLANÃO SE ARRISCA
      13.CABEÇA SOLTAVIVENDO A VIDA DE OUTRA PESSOA
      14.CABEÇA RETANGULARDESFOCADO DO COMPROMISSO
     

    1. A cabeça pode ter uma ou outra conformação geral, ser alta ou baixa, comprida ou curta. Além disso, cada cabeça traz altos e baixos, relevos, concavidades e certas protuberâncias significativas.

    2. Muito mais prático e igualmente científico é a avaliação das conformações mais visíveis da cabeça, ou das grandes linhas do perfil. Para isso, só é preciso ter o senso das proporções normais.

    3. O desiderato aqui, foi apenas oferecer base suplementar para a arte prática de conhecer o Ser Humano.

     
     
     

    FORMAS DO TRONCOPREDOMÍNIO
    1-TRONCO QUADRADOMANTÉM SEGREDO ATÉ A CONCLUSÃO
    2-TRONCO RETANGULAROBSERVADOR DE CONVENIÊNCIAS
    3-TRONCO BARRILMANTÉM SEGREDO POR CONVENIÊNCIA
    4-TRONCO REDONDOMUITA ANSIEDADE E EUFORIA
    5-TRONCO TRIANGULARCENTRADO EM SI
    6-TRONCO VIOLÃOSUPERFICIAL
    7-TRONCO EM AMPULHETARESOLUÇÃO DOS MEDOS
    8-TRONCO TIPO SUPER HOMEMDIFICULDADE DOMÉSTICA
     

    1. A interpretação da Imagem do tronco é possível quando revelada sem roupa.

    2. O tronco é constituído do tórax, do abdome e da pelve. O abdome é dividido em duas partes: o próprio abdome e o “baixo ventre”.

    3. O desiderato aqui, foi apenas oferecer base suplementar para a arte prática de conhecer o Ser Humano.

    3.12 SEGMENTOS BÁSICOS DOS MEMBROS SUPERIORES. 

    Os membros superiores são constituídos pela articulação gleno-umeral, braço, cotovelo, antebraço, punho, mão e dedos, e estão ligados ao tronco pela cintura escapular. A cintura escapular é constituída pela articulação gleno-umeral, escápula e clavícula. 

        3.13 PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS AÇÕES DOS SEGMENTOS SUPERIORES. 
     
     

    Articulação gleno-umeral.                                        Criação.

    Braço.                                                                         Organização.

    Cotovelo.                                          Questionamento.

    Antebraço.                               Planejamento.

    Punho.                                     Impulso.

    Mão e dedos.                          Realização. 
     
     

               3.14 SEGMENTOS BÁSICOS DOS MEMBROS INFERIORES. 
     

    Os membros inferiores são constituídos pela articulação coxofemoral, pela coxa, pelo joelho, pela patela, pela perna, pelo tornozelo, pelo pé e artelho. São ligados ao tronco pelos ossos do quadril. 

       3.15 PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS AÇÕES DOS SEGMENTOS INFERIORES. 
     
     

    Articulação coxofemoral.      Criação.

    Coxa.                                       Organização.

    Joelho.                                   Valorização pessoal.

    Patela.          Velocidade de flexão da perna.

    Perna.                                      Planejamento.

    Tornozelo.                               Coordenação.

    Pé e artelho.                            Sustentação.  
     

     

    I1 BRAÇO MAIOR QUE O ANTEBRAÇO.

    Organiza aceleradamente com a ansiedade de ver pronto e não se satisfaz com o que realizou.

    I2 ANTEBRAÇO MAIOR QUE O BRAÇO.

    Planeja lentamente e é movido pelo instinto, fica satisfeito independentemente de concluir.

    I3.  SOMENTE BRAÇO.

    Organiza com cautela com o compromisso de concluir.

    I1 COXA MENOR QUE A PERNA.

    Organiza aceleradamente com a ansiedade de ver pronto e não se satisfaz com o que realizou.

    I2 COXA MAIOR QUE A PERNA.

    Planeja lentamente e é movido pelo instinto, fica satisfeito independentemente de concluir.

    I3 SOMENTE A COXA.

    Organiza com cautela com o compromisso de concluir. 

                        3.17 CRITÉRIOS PARA INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS. 

    A interpretação básica das Imagens deve ser feita inicialmente através da percepção e observação no tempo aproximado de seis minutos.

    O psicoterapeuta holístico deve colocar as três Imagens à sua frente e observá-las.

    Após interpretação básica, o psicoterapeuta holístico deve seguir os seguintes procedimentos:

    1. Entender que as Imagens são reveladas na folha de forma similar a uma fotografia, ou seja, a Imagem no lado esquerdo da folha revela o lado direito do Cliente e vice-versa.

    2.Procurar entender como o Cliente poderá estar naquele momento.

    3.Não perder de vista os detalhes.

    4.Não julgar.

    5.Lembrar ao Cliente as funções dos segmentos corporais que não foram revelados nas Imagens e ajudá-lo a  compreender  por que as funções daqueles segmentos podem não estar sendo utilizadas por ele.

    5.O psicoterapeuta holístico poderá solicitar novas Imagens do Cliente no intervalo de aproximadamente dois meses.

                    3.18 DISTRIBUIÇÃO DA POSIÇÃO DAS IMAGENS NA FOLHA.

     
     

    Na observação da distribuição da posição das Imagens, o psicoterapeuta holístico poderá perceber como o Cliente exerce sua expressão. A expectativa é de uma Imagem em cada folha. Ao dobrar uma folha nos sentidos horizontal e vertical serão evidenciados:

    1. Parte superior e Parte inferior.

    3. Parte Esquerda (que revela a Imagem do lado direito do Cliente).       “D

    4. Parte Direita      (que revela a Imagem do lado esquerdo do Cliente).  “E

    5. Centro.

                3.19  INTERPRETAÇÃO DA POSIÇÃO DAS IMAGENS NA FOLHA.

    O psicoterapeuta holístico deve verificar o predomínio da posição da distribuição das Imagens, a característica principal, refletir sobre a ementa e pontuação da análise holística. Exemplos mais significativos da distribuição e da posição das Imagens:

             POSIÇÃO DAS IMAGENS EM UMA MESMA FOLHA    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL
    1. UMA IMAGEM NA PARTE SUPERIOR LIRISMO
    2. UMA IMAGEM NA PARTE INFERIOR LÓGICO   
    3. UMA IMAGEM QUE REVELA A ESQUERDA REFERÊNCIA DE MÃE
    4. UMA IMAGEM QUE REVELA A DIREITA REFERENCIA DE  PAI
    5. UMA IMAGEM CENTRADA INDEPENDÊNCIA
    6. UMA IMAGEM COM TAMANHO MAIOR QUE 2/3 DA FOLHA COMPETÊNCIA
    7. UMA IMAGEM COM TAMANHO MENOR QUE 2/3 DA FOLHA MENOS VALIA
    8. DUAS IMAGENS EM UM LADO  ATENTO
    9. DUAS IMAGENS EM DOIS LADOS  FALA , MAS NÃO AGE
    10. TRÊS IMAGENS NA PARTE SUPERIOR OU INFERIORINDEFINIDO 
    11. TRÊS IMAGENS NA VERTICALDISCIPLINADO E ÉTICO
    12. TRÊS IMAGENS NA HORIZONTAL INSEGURO
    13. TRÊS IMAGENS DE TAMANHOS DIFERENTES NA VERTICALJUSTIFICAÇÃO
    14. TRÊS IMAGENS DIFERENTES EM APROXIMADAMENTE 1/3 DA FOLHA RECEIO À MUDANÇAS
    15. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA VERTICAL LIBERDADE CONDICIONAL
    16. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA HORIZONTAL DERROTADO
    17. QUATRO IMAGENS NA HORIZONTAL FLEXIBILIDADE
    18. QUATRO IMAGENS NA VERTICAL AUTOPERCEPÇÃO 
     

                                    1. UMA IMAGEM NA PARTE SUPERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:       LIRISMO.

    EMENTA: Cliente estruturado em cima de valores filosóficos e religiosos, com significativa capacidade perceptiva.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com facilidade para lidar com linguagem filosófica, emocional e do próprio comportamento.

    2. Cliente que se constrói e se localiza com entusiasmo.

    3. Cliente que se estrutura basicamente a partir dos sonhos.

    4. Cliente com valores éticos muito fortes.

                                     2. UMA IMAGEM NA PARTE INFERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:        LÓGICO.

    EMENTA: Cliente que precisa de comprovações, que cria seus princípios, suas verdades e seus próprios conceitos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quanto mais baixa estiver à imagem na folha mais indicada é a conversa em cima de conceitos, de valores, de pensamentos e de conclusões.

    2. Cliente com dificuldade para aceitar a linguagem da religiosidade.

    3. Cliente que quer saber quanto tempo vai durar seu tratamento e exige resposta.

    4. Cliente que se constrói em cima de fatos reais e de experiências comprovadas.

    5. Cliente com dificuldades de acreditar em projeções.

    3. UMA IMAGEM QUE REVELA A ESQUERDA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                REFERÊNCIA DE MÃE.

    EMENTA: Cliente com predomínio da história evolutiva e da autopriorização, com prevalência da afetividade.

    ANÁLISE HOLÍSTICA

    1. Cliente que não gosta de ter nada no seu entorno. O Cliente somente encontra solução se tirar tudo da sua volta e se concentrar em si.

    2. No caso de trabalho em grupo, o trabalho desse Cliente não será produtivo.

    4. Cliente que faz tudo em nome do amor ou tudo em nome da raiva, porém tudo é justificado no sentimento vivido em relação à situação.

    4. UMA IMAGEM QUE REVELA A DIREITA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:              REFERÊNCIA DE PAI.

    EMENTA: Cliente com dificuldade de encontrar seu caminho se não tiver a referência do outro.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O jeito do Cliente em lidar com a vida é semelhante ao jeito do seu pai.

    2. Cliente com a preocupação de está adequado e ajustado ao social.

    3. A imagem à esquerda da folha revela o lado direito do corpo físico.

    5. UMA IMAGEM CENTRADA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                    INDEPENDÊNCIA.

    EMENTA: Cliente com o conceito de que a expressão é uma liberdade, é uma autoria, e um direito somente seus.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente independente dos problemas e das dificuldades que possa ter.

    2. Cliente que tem ou experimenta um conceito.

    3. Cliente que pode ter o conceito de que a expressão, a mostra, e a representação é um direito somente seu.

    4. Cliente que reconhece o seu direito a espaço e manifestação dos seus conteúdos.

    6. UMA IMAGEM COM TAMANHO MAIOR QUE 2/3 DA FOLHA.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            COMPETÊNCIA.

    EMENTA: Cliente com tendência a ser capaz de tudo, muito exigente consigo e que vive dentro da regra da obrigatoriedade de alcançar o máximo. Sua palavra de ordem é, competência!

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A energia de competência que circula pelo corpo físico é ordenada e distribuída a partir da sua face lateral, de uma forma especial a face lateral do tronco. 

    7. UMA IMAGEM COM TAMANHO MENOR QUE 2/3 DA FOLHA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                                MENOS VALIA.

    EMENTA: Cliente que sub-estima o valor próprio. Não se permite ocupar com intensidade todo o lugar que lhe é devido.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A menos valia é o espelho da timidez.

    2. Áreas nobres para a terapia corporal:

    2.1Tornozelos, joelhos, posterior do corpo, polegares, queixo, orelhas, sobrancelhas, planta do pé, calcâneo, e 3º quadrante do couro cabeludo. 

    8. DUAS IMAGENS EM UM MESMO LADO. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                  ATENTO.

    EMENTA: Cliente que tem necessidade de aguardar que alguém lhe dê a palavra para se manifestar e que necessita de muito tempo para poder falar e se realizar. Cliente que observa o tempo todo.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A expressão do cliente  é determinada e medida pelo externo.

    2. A maneira de interpretar suas experiências  deixa o Cliente na crença de que ele precisa aguardar autorização para poder dizer, para se manifestar, para se revelar.

    3. Cliente que quando consegue dizer, sua ânsia de falar é  grande e  não dá espaço para perguntas porque  acredita que não vai ser autorizado a falar de novo.

    4. Cliente que revela ser atento, quieto e silencioso.

    5. Cliente que se for chefe vai mandar e desmandar e tomar conta de tudo o que estiver acontecendo.

    6. Cliente que se tiver pouco tempo para falar não conseguirá mostrar o seu resumo em menos de uma hora.

    7. Cliente com tendência ao medo da reação de quem o ouve.

    8. Cliente muito atento. Armar-se muito facilmente de defesas frente ao que observa e no ambiente  nada lhe passa desapercebido.

    9. Cliente que tem dificuldades de escutar.

    9. DUAS IMAGENS EM DOIS LADOS. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                  FALA, MAS NÃO AGE.

    EMENTA: Cliente que explica, sugere, indica, promove e dirige, mas não age. Realiza-se imaginando, porém com ótima organização mental.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que desenvolveu mais a expressão  de explicar, sugerir, indicar,  promover,  e dirigir do que a manifestação da ação organizada.

    2. O Cliente fala mais do que age e se projeta imaginando o fazer, ou seja, se realiza com a projeção do imaginário.

    3. No comportamento social do Cliente também poderá existir dificuldade para o processo de integração e sua atuação é extraordinariamente desorganizada.

    10. TRÊS IMAGENS NA PARTE SUPERIOR OU INFERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL :                        INDEFINIDO.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente não está conseguindo aproveitar livremente a ocupação dos espaços que lhe são de direito.

    2. O Cliente não consegue definir ou a redefinir os papeis e as funções de permissão ou reformular o seu estar nas situações que  enfrenta.

    11. TRÊS IMAGENS NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:       DISCIPLINADO E ÉTICO.

    EMENTA: Cliente com o compromisso de manter-se dentro e segundo o meio em que vive, organizando-se através de ensaios, demonstrando disciplina e ética naquilo que lhe foi determinado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que vive a necessidade de uma pessoa que aprendeu e que assumiu como comportamento a postura que lhe foi autorizada.

    2. Cliente com dificuldade para se mover ou aceitar mudança.

    3. Cliente que vive  aprisionamento ao que foi previamente determinado.

    4. Cliente com tendência a ser obediente e eficiente.

    5. Cliente que é competente  sob comando.

    6. Pensando ou ensaiando formato o Cliente  dá vazão à energia.

    7. O movimento da troca com esse Cliente pode ser pequeno.

    8. Cliente que só de dizer para o psicoterapeuta holístico que está vivendo algo, sai do consultório e sente que está tudo solucionado.

    9. Cliente com tendência a possibilidade de programar tempo.

    12. TRÊS IMAGENS NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                                INSEGURO.

    EMENTA: Cliente com dificuldade para experimentar seu direito a manifestação à expressão, ao seu querer, e aos seus movimentos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que não faz diferenciação muita definida entre o que é dele e o que é do outro.

    2. Cliente com a mesma característica encontrada no o traço fraco, ou seja, a insegurança.

    3. Cliente que tem o maior respeito pelo externo e a virtude da obediência.

    4. Cliente que vive uma certa dificuldade que pode variar até ao estado de fobia frente à possibilidade de mudança.

    5. O nível de igualdade que o Cliente coloca nas coisas é grande.

    6. Cliente que não é apegado, que não é pegajoso, mas é misturado.

    14. TRÊS IMAGENS DE TAMANHOS DIFERENTES, NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            JUSTIFICAÇÃO.

    EMENTA: Cliente com a crença de que uma vez assumido um perfil ou um papel, não terá condições nem será apto a nenhuma outra atividade.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com comportamento autolimitante.

    2. Cliente que determina a sua impossibilidade de variar e justifica tudo a ferro e fogo.

    15. TRÊS IMANGENS DIFERENTES EM APROXIMADAMENTE 1/3 DA FOLHA.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                              RECEIO A MUDANÇAS.

    EMENTA: Cliente que se mantém no lugar em que foi colocado e que receia o retorno a quaisquer movimentos de mudança.  

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que tem medo de mudar pela insegurança em relação aos resultados.

    2. Cliente que tem medo de ser rejeitado.

    3. Cliente que vive grande dificuldade e grande limitação para exercer a segurança em relação ao seu lugar, ao seu papel, à sua importância.

    4. É o Cliente que pode provocar confusão se mudar de atividade e de hábitos.

    16. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA VERTICAL.

     

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:           LIBERDADE CONDICIONAL.

    EMENTA: Cliente que está se mantendo aprisionado, sem condições de projetar, ou está se sentindo chantageado ou ameaçado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente  com tendência  à queixas sobre fibromialgia, artrite e  artrose.

    2. A situação do Cliente poderá estar se deteriorando mas não sabe como, nem procura os recursos para se livrar.

    3. Cliente sabe o que não pode fazer.

    4. Cliente que poderá ter na face lateral da perna um  fluxo em turbulência.

    17. TRÊS IMAGENS ”JOGO DE VELHAS” NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                 DERROTADO.

    EMENTA: Cliente que está alimentando um sentimento de derrota ou com o “tapete puxado”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com a grande virtude da paciência.

    2. Cliente dominado pelo sentimento de derrota, sente que perdeu o seu chão ou que foi enganado.

    3. O sentimento de derrota também pode ser manifestado pelas  sobrancelhas caídas, ou seja, baixas.

    18. QUATRO IMAGENS NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            FLEXIBILIDADE.

    EMENTA: Cliente com a expressão que o faz acreditar que precisa se ajustar a cada ambiente. Cliente “camaleão”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com o compromisso de manter-se com mil faces.

    2. Cliente que segue o lema “em Roma como os romanos”.

    19. QUATRO IMAGENS NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                        AUTOPERCEPÇÃO.

    EMENTA: Cliente com dificuldade de reconhecimento das suas experiências.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com uma capacidade invejável de autopercepção e de nomeação dos seus sentimentos.

    2. Cliente que estabelece as nuances do seu sentimento mas não sabe descrevê-los.

                     3.20 INTERPRETAÇÃO DOS TIPOS DE TRAÇOS DAS IMAGENS.

    O tracejar é que revela as imagens; seu caráter sério tem como contrapartida o acesso ao universo do Cliente e, através da sua interpretação, o psicoterapeuta holístico consegue também “pistas” das principais tendências do predomínio comportamental do Cliente nos quais limitar-nos-emos a indicar os mais significativos:

                             TIPOS DE TRAÇOS DAS IMAGENS                     PREDOMÍNIO
    1. TRAÇO GROSSOSABER O QUE QUER
    2. TRAÇO FORTERIGORISMO
    3. TRAÇO FINOVACILANTE
    4. TRAÇO FRACOINSEGURANÇA
    5. TRAÇO COM ENCAPSULAMENTOCAUTELOSO
    6. TRAÇO DESCONTÍNUONÃO ÉTICO
    7. TRAÇO CONTÍNUODEPENDE DO OUTRO
    8. TRAÇO UNIFORMEINFLEXIBILIDADE
    9.TRAÇO EM GOMOSPERSISTÊNCIA
    10.TRAÇO PONTILHADO NÃO EXPERIMENTAR
    11.TRAÇO EM ONDASAUTO-EXIGÊNCIA PENOSA
    12.TRAÇO COM CONVEXIDADESUPERFICIALIDADE
    13.TRAÇO COM CONCAVIDADEEXPERIMENTO LIVRE
    14.TRAÇO COM PRESENÇA DE UM  XCÉLULA MÃE
    15.TRAÇO EM FÍSTULADESEQUILÍBRIO DE ENERGIA
    16.TRAÇO SOBREPOSTOLIBERDADE E VALORIZAÇÃO DO SOCIAL
    17.TRAÇO EM “PALITINHO”RECONSTRUÇÃO

    1. TRAÇO GROSSO.

    PREDOMÍNIO:                                                                          SABER O QUE QUER.

    EMENTA: Cliente que está seguindo o que já conhece e que não se prende a estatuto, seita ou pensamento filosófico.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que acredita que já chegou ao máximo e que não pode mais passar disso.

    2. O Cliente está vindo no cumprimento de uma metodologia que deu certo.

    3. Quem no corpo físico trabalha a liberdade para o desdobramento das possibilidades é o terço central de todas as estruturas longas ou sejam:

    3.1 O terço central da coxa, das pernas, dos braços, dos antebraços e da lateral de tronco.  

    2. TRAÇO FORTE.

    PREDOMÍNIO:                                                                            RIGORISMO.

    EMENTA: O traço é vincado e bem evidenciado. O Cliente é auto-exigente no compromisso de cumprir o estabelecido e rigoroso com os princípios éticos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Na interpretação do traço forte o psicoterapeuta holístico observa  que o Cliente se exige muito e que tem o compromisso muito severo consigo.

    2. A autocrítica, a auto-exigência e o compromisso de realizar, são funções do couro cabeludo, que mostra o potencial. Também é uma função do pé que mostra a firmeza, a segurança e capacidade de se sustentação.

    3. O psicoterapeuta holístico tem a definição do traço forte quando todo o traço da imagem é vincado e bem evidenciado.

    4. O Cliente de traço todo forte faz revisão tendo em vista que cada um dos seus movimentos precisa estar de acordo com o programa por ele próprio estabelecido com uma quantidade grande de quesitos, de exigências, e de detalhes.

    5. As estruturas mais sensíveis no Cliente que  faz o traço todo forte são as falanges distais dos dedos e dos artelhos. As falanges distais dos dedos e dos artelhos estabelecem e lançam na ação os impulsos da confiança na qualidade do que se faz e na possibilidade de retornos com o que se fez.

    6. De uma forma especial, as unhas vibram o sentimento de confiança do que se é capaz de realizar e, se aquilo que será feito, trará retornos. 
     

    3. TRAÇO FINO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                          VACILANTE.

    EMENTA: Cliente que está no desuso da habilidade de criar para si formatos modelos e caminhos e precisa ser elogiado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O  propósito do psicoterapeuta holístico deverá se voltar para motivar no Cliente o sentimento de autovalor e do direcionamento. É o traço do Cliente sem presença.

    2. O Cliente do traço fino diz que sente conforto na condição de ser conduzido.

    3. O Cliente está aprisionado à forma do outro ou não existe confiança no poder de autodireção.

    5. O Cliente pode fazer abdome protuso.

    6. O Cliente está alimentado pela crença de que a direção externa é melhor.

    7. A terapêutica está no foco da habilidade da autoconfiança, que é uma função  representada no corpo físico pela face medial das pernas, principalmente esquerda,  pelos punhos que ativa a coragem, somados à última falange de dedos e artelhos, que dão confiabilidade no poder de realização.

    8. Alguns Clientes sentem dor na área subdiafragmática.

    4. TRAÇO FRACO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                   INSEGURANÇA.

    EMENTA: Cliente com a insegurança para conquistar para si o direito de ser parte, de estar presente, de conquistar o direito de poder e de ocupar um lugar conscientemente.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. No atendimento do Cliente de traço fraco o psicoterapeuta holístico  deve procurar  somente evidenciar as qualidades.

    2. Quando há predomínio do traço fraco o sentimento vivido pelo Cliente é de que ele sempre tem que pedir “licença” para tudo.

    3. Na terapêutica corporal para o traço fraco são importantes os seguintes segmentos: os joelhos, o queixo, a face posterior de todo o corpo, os mamilos, as sobrancelhas e as extremidades distais. 
     

    5. TRAÇO COM ENCAPSULAMENTO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                        CAUTELOSO.

    EMENTA: O encapsulamento é evidenciado pela duplicidade do traço no contorno do corpo físico e o espaço entre os dois traços. 

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Sempre que o encapsulamento é revelado a terapêutica deve ser dirigida para a conquista da naturalidade e da espontaneidade.

    2. O segmento nobre de desenvolvimento da espontaneidade e da naturalidade é a face posterior da coxa, associado à face anterior e face posterior dos ombros.

    3. O Cliente tem a necessidade de se manter com muita cautela e o tempo todo com muita defesa.

    4. O segmento que processa o mecanismo básico de defesa é a nádega. Na mesma proporção que existe o encapsulamento, existem camadas de tensão nas nádegas. 

    6. TRAÇO DESCONTÍNUO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                          NÃO ÉTICO.

    EMENTA:O traço descontínuo é identificado por ser feito com espaços intermitentes.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O traço descontínuo evidencia que não é mais necessário estar fazendo no esforço do cumprimento.

    2. O traço descontínuo revela que existe o sentimento de não direito e de não cumprimento da ética.

    3. No corpo físico dois segmentos são extremamente importantes: os joelhos em todas as suas faces, principalmente a face lateral que processa os fluxos que alimentam o sentido da exclusividade e o mamilo, que é o segmento ativador da personificação.

    4. O Cliente pode ter o sentimento de  não saber ao certo como se manifesta e de não conseguir ficar liberto para se distanciar daquilo que está estabelecido. Faz pose para ficar seguro e fala que está tudo bem para não denunciar o desconforto que tem. 
     

    7. TRAÇO CONTÍNUO.

    PREDOMÍNIO:                                                                        DEPENDE DO OUTRO.

    EMENTA: Traço contínuo é aquele onde não existe espaço entre o traço. Cliente educado e treinado, mas que está pedindo ajuda para ser liberado do seu compromisso de sempre fazer segundo o que ele projeta que o outro espera.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. É o Cliente que tem o compromisso de fazer o que ele acha que o outro quer que ele faça.

    2. O Cliente que tem dentro de si o compromisso e a fidelidade àquilo que imaginou ser expectativa do outro.

    3. Cliente prestador de serviços somente para o outro.

    4. O traço contínuo orienta ao psicoterapeuta holístico de que o Cliente precisa de  estímulo para conseguir exercer com  tranqüilidade a ação de autofavorecimento.

    5. O cliente está pedindo liberdade para fazer segundo a sua maneira em benefício de si mesmo ou a partir das próprias convicções para favorecer-se também.

    8. TRAÇO UNIFORME.

    PREDOMÍNIO:                                                                               INFLEXIBILIDADE.

    EMENTA: No traço uniforme o Cliente não tira o lápis do papel, a imagem tem o tipo da figura do desenho infantil denominado “biscoito”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A terapêutica do traço uniforme exige concentração para a liberação das áreas da pelve, notadamente a coxofemoral, a região axilar, a “saboneteira” e a face lateral do pescoço.

    2. O Cliente deve ser esclarecido que não há mais a necessidade de se fixar na crença de se manter segundo o habitual.

    3. A terapêutica é de exercitar a criatividade, o questionamento, e ajudar o Cliente a ganhar movimento de pelve e de coxofemoral para se libertar da rigidez dos jeitos e maneiras pré-estabelecidas. 
     
     
     

    9. TRAÇO EM GOMOS.

    PREDOMÍNIO:                                                                                    PERSISTÊNCIA.

    EMENTA: O tracejo em gomos é feito na forma da figura do desenho conhecido como “Popaye”. Em geral a cabeça é mais ovóide, ou o quadril está para um lado e a cabeça para o outro. O Cliente que “malha” apresenta essa formatação.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente tem um intenso alcance de valores, de regras, de princípios, de conceitos que o fazem cumpridor fiel daquilo que é estabelecido como convenção, moda, religião, política, etc.

    2. O tracejo em de gomos, fecha nas articulações. O Cliente não questiona e por isso não é uma referência.

    3. O Cliente tende a querer ficar atrás de alguma coisa e somente mostrar a cara.

    4. O Cliente experimenta o compromisso de se manter fixado nos comportamentos vividos.

    5. O Cliente é um protótipo da virtude da determinação e da capacidade de ser persistente. Quanto mais obstáculo mais tesão para fazer.

    6. O Cliente tem dificuldade em variar a forma de agir e de se apresentar.

    10. TRAÇO PONTILHADO.

    PREDOMÍNIO:                                                                         NÃO EXPERIMENTAR.

    EMENTA: O traço é definido por pontos ou pequenos traços de contorno. A característica básica desse Cliente é de passar por cima, abandonar e não experimentar.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com tendência de não ir até o estágio de satisfação.

    2. Cliente com dificuldade de continuar. As coisas são passadas, sobrepostas, abandonadas, largadas, dadas como prontas antes que ele experimente o sentimento de realização.

    3. Existe uma manifestação que fala e trata da mesma coisa do traço pontilhado, são as desordens venosas como as varizes, as telangiectasias e as flebites.

    4. O Cliente tem a sensação de ter os seus ombros quadrados e grandes, mesmo que sejam caídos.

    5. A terapêutica é descobrir o jeito próprio de fazer e o  estilo pessoal. 
     

    11. TRAÇO EM ONDAS.

    PREDOMÍNIO:                                                               AUTO-EXIGÊNCIA PENOSA.

    EMENTA: Tracejo revelado nos segmentos corporais em ondas.  Cliente que está exigindo-se além das suas possibilidades e faz avaliação severa de si mesmo. A Imagem também poderá revelar ombro elevado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que está pedindo para sair do processo de autocrítica e de avaliação severa de si mesmo.

    2. O Cliente está num momento de auto-exigência penosa. Está se cobrando como um comandante severo.

    3. A terapêutica é trabalhar a vibração da amorosidade consigo e a liberdade de fazer pelo prazer de fazer ou simplesmente para experimentar.

    4. No corpo físico quem vibra a intensidade da obrigatoriedade, são as fibras superiores do músculo trapézio.  

    12. TRAÇO COM CONVEXIDADE.

    PREDOMÍNIO:                                                                           SUPERFICIALIDADE.

    EMENTA: Tracejo onde anatomicamente não existe o abaulamento. Cliente com muita análise e pouca ação, muito conceito e pouco saber. 

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A convexidade define com clareza que o Cliente não exerce a liberdade de fluência.

    2. Na região da convexidade existe fluidez profunda, mas falta fluidez na superfície. Isso significa que existe o exercício do pensar, do ponderar, do avaliar, do levantar hipóteses. 
     
     
     
     
     
     
     

    13. TRAÇO COM CONCAVIDADE.

    PREDOMÍNIO:                                                                        EXPERIMENTO LIVRE.

    EMENTA: Tracejo adentrado num lugar onde anatomicamente o adentramento não existe.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente necessita de ativar a espontaneidade que é processada na face posterior da coxa e no terço central da anterior do ombro.
     

    14. TRAÇO COM PRESENÇA DE UM X.

    PREDOMÍNIO:                                                                                      CÉLULA MÃE.

    EMENTA: Cliente com predomínio do desequilíbrio na área marcada pelo X.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O X na Imagem é  sinônimo de célula mãe do momento.

    2. O psicoterapeuta holístico percebe a marcação do X quando é revelada a sobreposição de traço. É muito fácil de ver, mas aparece X em qualquer tipo de tracejado.

    3. Toda vez que for revelado o X, está localizada a célula mãe do problema.

    4. O X  é revelado em aproximadamente 90% das Imagens e é possível ter mais de um X na mesma Imagem. Aproximadamente 60% das vezes se identifica mais de um X.

    5. A célula mãe revela porque o Cliente está vivendo o conflito, agora.

    5.1 Exemplos: revelou um X no segundo dedo. O segundo dedo é sinônimo de assertividade e fígado.

    5.2 A célula mãe está revelada no nariz. Então o desequilíbrio pode ser conseqüência das dificuldades de envolvimento que nesse momento o cliente está vivendo. 
     
     
     
     
     

    15. TRAÇO EM FÍSTULA.

    PREDOMÍNIO:                                                          DESEQUILÍBRIO DE ENERGIA.

    EMENTA: É parte de um traço descontínuo com aberturas. Para ser definido como fístula, o traço tem que ser bem caracterizado com uma abertura para dentro e uma abertura para fora.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A fístula revela que não está havendo renovação adequada na energia naquele órgão.

    2. Nenhuma área fistulada  faz desequilíbrios imediatos não ser que na mesma área estiver revelada a presença de vários X sobrepostos.

    3. Ao identificar a fístula, o psicoterapeuta holístico poderá localizar o(s) órgão(s) que correspondem àquele segmento.

    3.1 Por exemplo: fístula na articulação coxofemoral. Os órgãos diretamente relacionados são: os da reprodução e a tireóide.

    16. TRAÇO SOBREPOSTO.

    PREDOMÍNIO:                                     LIBERDADE E VALORIZAÇÃO DO SOCIAL.

    EMENTA: São vários traços fazendo o mesmo contorno sem fechamento. Cliente que experimenta uma grande preocupação em relação à observação do externo, às maneiras habituais e àquilo que socialmente é aceito.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A terapêutica é  trabalhar o mamilo. A existência da sobreposição informa que o Cliente deve reconhecer e praticar as próprias características.

    2. O objetivo da terapêutica é ajudar o Cliente a permitir e equilibrar os seus esforços para a autoqualificação.

    2. O Cliente é muito criativo mas precisa ganhar autorização para se autoqualificar, tanto no sentido de capacitação e de habilidade quanto de objetivos.

    3. O Cliente com  múltiplos traços memoriza qualificações, nomes , adjetivos e vive segundo aquilo que marcou como sendo a opinião externa em relação si.

    4. Quando é revelada a multiplicidade de traço na lateral do quadril esquerdo pode-se dizer que o Cliente é egoísta, mas se inclui pouco nas coisas.

    5. O Cliente pode também ser rotulado pelo psicoterapeuta holístico como  “entrão” e  muito atrevido,  desse modo, o Cliente poderá iniciar sua autoqualificação.

    6. O Cliente com o tracejo em duplicidade é cheio de pré-conceitos em relação a si mesmo porque ouviu, porque assimilou, etc. 
     

    17. TRAÇO EM “PALITINHO”. 

    PREDOMÍNIO:                                                                            RECONSTRUÇÃO.

    EMENTA: Cliente que busca a validação de seus potenciais. As áreas principais para a terapêutica são a do couro cabeludo. 
     

     
     
     

    A simples observação de um grupamento de Imagens do corpo físico, evidencia  imediatas variações entre os componentes do grupo. Denominamos estas variações, que se apresentam externamente, de “as formas das Imagens Holísticas”. Daí dizer-se que a forma, na interpretação das Imagens Holísticas, é uma constante.

    Quando da interpretação das Imagens isoladas, ou em conjunto, o psicoterapeuta holístico não deve esperar encontrar sempre a mesma forma.

    Às formas, deve-se acrescentar aquelas decorrentes da idade, do sexo, da raça, do tipo constitucional e da evolução. Estes são, em conjunto, o que denominamos de fatores das formas gerais. A forma poderá ser revelada na Imagem completa do corpo físico de frente, de perfil, de costas ou somente em segmento específico. 

                             

                      AS FORMAS DAS IMAGENS HOLÍSTICA                   PREDOMÍNIO
      1. FORMA QUADRADAINFLEXIBILIDADE
      2. FORMA TRIANGULADASABE O QUE SENTE E O QUE QUER
      3. FORMA RETANGULARREVISÃO
      4. FORMA REDONDAPOLARIDADE DO EXCESSO
      5. FORMA COMPARTIMENTADACAUTELA
      6. FORMAÇÃO DE BOLSAPERSISTÊNCIA
      7. FORMA DE SEGMENTO COBERTOJEITO PRÓPRIO 
      8. FORMA COM MARCAÇÃO DAS ARTICULAÇÕESMUITA PONDERAÇÃO E POUCA AÇÃO
     
     
     
     
     

    1. FORMA QUADRADA.

    PREDOMÍNIO:                                                                               INFLEXIBILIDADE.

    EMENTA: Cliente que está pedindo pela conquista da flexibilidade. A imagem é quadrada do pescoço até o pé, somente a cabeça é redonda.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Algumas possibilidades da forma quadrada:

    I.Tronco quadrado e os membros não quadrados;

    II.Tronco não quadrado com o membro quadrado;

    III.Um único membro quadrado.

    2. É bastante possível que o psicoterapeuta holístico encontre os desequilíbrios que são habituais ao uso excessivo da intelectualidade e da razão.

    3. Os principais desequilíbrios residem nas articulações e nos músculos.

    4. Outras queixas bastante possíveis:

    4.1 Disfunções renais;

    4.2 Desequilíbrios funcionais dos intestinos;

    4.3 Dor de cabeça.

    5. Essas manifestações contam do processo de utilização preponderantemente da ação que pensa, arquiteta, organiza e age segundo as atitudes organizadas.

    2. FORMA TRIANGULADA.

    PREDOMÍNIO:                                              SABE O QUE SENTE E O QUE QUER.

    EMENTA: Cliente com imensa capacidade de saber o que sente e o que quer.  

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O psicoterapeuta holístico deve o mais rapidamente possível  observar a articulação coxofemoral.

    2. Qualquer trabalho em direção à articulação coxofemoral é um grande auxílio  para a forma triangulada.

    3. O psicoterapeuta holístico deve recomendar ao Cliente a dançar, fazer exercícios de alongamento e de práticas de criatividade. 
     
     
     
     
     

    3. FORMA RETANGULAR.

    PREDOMÍNIO:                                                                                              REVISÃO.

    EMENTA: Cliente com o comportamento de fazer movimentos de ir, de voltar, de conferir, de fazer muitas vezes.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quando predomina a forma retangular o corpo físico está pedindo duas coisas:

    1.1 Primeira: para que se desenvolva mais a ação que complementa;

    1.2 Segunda: ajuda para manter o propósito de realização até o final.

    2. O movimento de fazer e refazer predispõe o abandono de idéias. O Cliente faz e refaz e sempre deixa coisas para acontecer.

    3. A complementação é o pensamento a ser adquirido e a habilidade para permanecer até o final, que pode até ser um  grande desafio. O Cliente nem sempre termina, mas começa e retoma do início de novo para conferência.

    4. A força de objetivação das mamas também estabelece a vontade de completar.

    5. Não muito raramente, na forma retangular, em mulheres, existe sofrimento mamário.

    6. Nos homens essa manifestação se faz mais ao nível prostático.

     

    4. FORMA REDONDA.      

    PREDOMÍNIO:                                                              POLARIDADE DO EXCESSO.

     
     
     

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Se o Cliente está no nível da polaridade do excesso, pode projetar a forma redonda, mas o seu comportamento é o da forma quadrada.

    2. Quando a imagem revela a forma redonda significa que existe a possibilidade de presença marcante da atitude boazinha, compreensiva, servil, disponível.

    3. É importante pesquisar o nível de frustração, de decepção e de carência que esse Cliente armazena.

    4. Quando se cede mais do que se deve, acontecem no corpo físico as disfunções intestinais, principalmente aquelas que fazem as fezes mais líquidas.

    5. Quase todas as Imagens redondas revelam o experimento do estado de carência. Há uma lista de carência de retornos, mas o Cliente não as reconhece.

    6. A terapêutica corporal a ser trabalhada é a região zigomática que é a área nobre do estado de carência, em conjunto com a face medial dos joelhos.

    7. No corpo físico, os músculos adutores e abdutores dos artelhos e dos dedos, a patela, a articulação gleno-umeral e a face anterior dos joelhos, são os segmentos nobres da terapêutica para a forma redonda.

    5. FORMA COMPARTIMENTADA.

    PREDOMÍNIO:                                                                                             CAUTELA.

    EMENTA: Tracejo onde os segmentos corporais estão separados uns dos outros.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A Imagem revela o pedido do Cliente: sair do movimento de fazer uma parte, analisar tudo, verificar as possibilidades, fazer mais uma parte, parar e verifica novamente.

    2. Cliente com atitude muito cautelosa onde tudo é avaliado, ponderado, observado detalhe por detalhe, pensadas todas as possibilidades e soluções, antes da execução.

    6. FORMAÇÃO DE BOLSAS EM SEGMENTOS.

    PREDOMÍNIO:                                                                                   PERSISTÊNCIA.

    EMENTA: O tracejo da formação da bolsa em segmentos é contínuo, com um espaço, ou seja, um traço é acompanhado por outro traço, no início, no meio e no fim.   

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A imagem da formação de bolsas em segmentos está revelando que é necessário para o Cliente, organizar, planejar e finalizar o projeto. A presença da bolsa também informa que o Cliente está vivendo sentimento de certeza.

    2. O psicoterapeuta holístico observa se o Cliente quer ou não quer continuar com uma determinada atividade, verificando se na imagem das costas existe a presença de bolsa. Revelou a bolsa na referida Imagem o psicoterapeuta pode assumir que o jeito que o Cliente está fazendo é o certo então, que persista. 

    7. FORMA DE SEGMENTO COBERTO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                  JEITO PRÓPRIO.

    EMENTA: Segmento coberto é o tracejado semelhante a cobertura com uma capa. Também é considerado segmento coberto quando um segmento está sobrepondo o outro.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quando a Imagem revela segmento coberto o pedido é para executar do jeito próprio, pois será mais satisfatório, mais produtivo e mais realizador.

    2. O corpo físico está sinalizando que função do segmento coberto está sendo exercida segundo o manual, ou a prescrição externa, e que aquela forma de execução não é satisfatória para o Cliente.

    8. FORMA COM MARCAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES.

    PREDOMÍNIO:                                           MUITA PONDERAÇÃO E POUCA AÇÃO.

    EMENTA: O tracejo é evidenciado pela marcação nas articulações.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A imagem revela que o Cliente pondera muito e executa pouco.

    2. A imagem revelada mesmo que com roupa com as articulações marcadas, evidencia que o psicoterapeuta holístico está diante de um Cliente absolutamente sensível, mas com a postura de racional e lógico. 

    CAPÍTULO 4. RESULTADOS. 

    4.1 A utilização prática da interpretação da Imagem Holística do Cliente como técnica suplementar da psicoterapia holística revela rapidamente a forma em que os desequilíbrios se manifestam.

    4.2 Os sinais e os sintomas percebidos e verbalizados pelo psicoterapeuta holístico, progressivamente, levam o Cliente, a desenvolver o autoconhecimento e a rápida aceitação das demais técnicas psicoterapeuticas, validando e aceitando os processos de transformação  que são orientados por suas principais queixas. 
     
     
     
     

    CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.

    5.1 Vimos neste trabalho a técnica para a Análise de dezoito exemplos de Distribuição das Imagens na Folha, dezessete Tipos de Traços, oito Formas geométricas de Imagens, dezoito formas da cabeça, oito formas do tronco e dos segmentos básicos dos membros superiores e inferiores, todos referentes ao corpo físico e de usos possíveis como técnica suplementar na psicoterapia holística.

    5.2 Vimos também através da análise holística, que são muitas as informações úteis e vitais que podem ser extraídas da Análise da Imagem do próprio Cliente.

    5.3 Está evidenciado na ampla bibliografia existente que trata entre outros, de sistemas de tipologia, representações simbólicas, filosóficas e até religiosas, o desiderato em classificar as pessoas por seus comportamentos e atitudes.

    5.4 A comparação da linha seguida por esta Monografia com a bibliografia existente poderia ser fundamentada no princípio orientador da técnica ora apresentada que leva também em considerações os aspectos sócio-somato-psíquicos, em que as interações das estruturas física, dinâmico funcional e psíquicas correspondentes, podem ser reveladas.

    5.5 Por outro lado, a bibliografia especializada não apresenta nenhuma técnica suplementar a ser aplicada na psicoterapia holística, e, desse modo, não há razões para discordar dos diversos autores que já publicaram seus livros com objetivos específicos, merecem aplausos! Deixamos para os psicoterapeutas holísticos e para a Comunidade de Estudos Avançados em Psicoterapia Holpistica, se for o caso, a ampla discussão sobre a presente Monografia.

    CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.

    6.1 Considerem este trabalho como resultados da intervenção de vários atendimentos, de estudos e pesquisas realizados pelo autor. É uma opção que abrange a complexidade dos contornos e dos estados humanos em conjugação com o somático, dos pontos de vista objetivo, subjetivo e psíquico, através da composição de um modelo lógico, ou seja, a estrutura que viabiliza a Análise da Imagem Holística do Cliente. Esse modelo em progressão, sendo aperfeiçoado com observações constantes, trará cada vez mais nitidez e exatidão, eliminando omissões e equívocos grosseiros, expondo, ao final, através da observação, os meandros corretos das relações mente-corpo físico. 
     

    6.2 O desiderato do autor em apresentar especificidades da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente é para que a mesma seja amplamente discutida, testada, validada e, finalmente, que os terapeutas holísticos, a utilizem como um equipamento suplementar do seu atendimento. Neste modelo não há irracionalismos. A Análise da Imagem Holística do Cliente acontece à luz do que todos nos sabemos, e sabemos mais do que se pode imaginar superficialmente, ou já detemos informações em um nível para justificar a aplicação da técnica ora apresentada.

    6.3 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A psicoterapia holística impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno e que o cultivo de comportamentos que satisfazem mais aos outros do que a si mesmo exige a inibição de vontades e necessidades, limita a expressão, a criatividade, e estimula o predomínio da racionalidade.

    6.4 Através da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente, o psicoterapeuta holístico poderá determinar outros procedimentos para sua estratégia, bem como as diretrizes eficazes para a terapêutica holística aplicável, pois em se tratando de uma queixa qualquer, o pensamento abstrato do psicoterapeuta holístico nunca deixa de inquirir repetidamente sobre a causa.

    6.5 Aquele que desejar firmar os pés nas técnicas básicas de Aconselhamento, deve ter bem claro, mediante profunda reflexão, que a inquirição sobre a origem da causa da queixa do Cliente deve cessar em algum ponto, pois ao ultrapassá-lo, estará praticando um mero jogo de pensamento.

    6.5.1 Ao observarmos os “sulcos” em uma pista de pouso, poderíamos inquirir a origem desses sulcos e como resposta teríamos que provêm das rodas de aeronave. Podemos continuar a perguntar: por que foram os sulcos traçados pela aeronave? Sendo respondido: porque a aeronave passou pela pista de pouso. Podemos continuar a perguntar: por que passou pela pista de pouso? Recebendo a resposta: porque transportava pessoas e cargas. Com estas perguntas chega-se finalmente, a saber, quais motivos dos sulcos na pista de pouso. E se não pararmos no fato, perderemos o verdadeiro fio do assunto e permaneceremos num mero jogo de perguntas. A técnica da Análise da Imagem Holística de Cliente fornece condições para uma avaliação rápida e segura de desequilíbrios energéticos e às vezes revela simples indicações para serem ser verificadas ou pesquisadas em detalhes, mas que nem por isso são menos valiosas. 

    CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESTRITAS. 

    AMORIM ANTONIO. “Noções de Anatomia e Bioquímica”, 2a edição Belo Horizonte – MG, Editora da SPOB- Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil, 2002;

    AUBENQUE PIERRE, BERNHARDT JENA, CHÂTELET FRANÇOIS. “História da Filosofia, Idéias e Doutrinas”, 1a edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora Zahar Editores, 1973;

    BOUTS PAULO & BOUTS CAMILO “Psicognomia”, 5a edição Rio de Janeiro-RJ e São Paulo-SP , Editora Vera Cruz Ltda 1943;

    MEDEIROS BAUZER ETEL. “Medidas Psico e Lógicas: Introdução a Psicometria”. 1a edição Rio de Janeiro -RJ, Editora Ediouro, 1999;

    PENNICK NIGEK. “Geometria Sagrada”, 15a edição, São Paulo-SP, Editora Pensamento -Cultrix Ltda, 1980;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “O Microcosmo Sagrado, 2a edição , SinteBooks, 2006;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Psicoterapia Holística, 1a edição, SinteBooks, 2007. 

    REFERÊNCIA DE FORMAÇÃO ACADÊMICA PARA A MONOGRAFIA.

    Curso de Leitura Corporal, Núcleo de Terapia Corporal Ltda,sito à rua Assunção, 40 Sion Belo Horizonte-MG, site www.leituracorporal.com.br .

                                      DISCIPLINASCARGA HORÁRIA PERÍODO
    Curso Básico120 h/aFev/01 a Jun/02
    Anatomia Humana Básica36  h/aMar/02 a Jun/02
    Chakras120 h/aAgo/02 a Dez/03
    Fisiologia40  h/aAgo/03 a Dez/03
    Fisiognomonia120 h/aFev/04 a Jun/05
    Estudo da Pele  40 h/aAgo/05 a Fev/06
    Interpretação do Desenho152 h/aMar/06 a Dez/07
            628 h/a 
     

    ANEXOS E APÊNDICES. Não apresentamos.

                       CRT 38326 

    Autor: : RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD - Terapeuta Holístico - CRT 38326
    Última atualização: 03/06/2008 15:02


    BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS


    BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA


    Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099

    Orientador: Henrique Vieira Filho




    Trabalho apresentado ao SINTE pela aluna Débora Monteiro Morales como requisito para conclusão do curso de Estudos Avançados Psicoterapia Holística, sob a orientação de Henrique Vieira Filho.







    Canoas, setembro de 2008.



    AGRADECIMENTOS

    Ao universo, que me proporcionou esta viajem que é viver e experimentar seus sabores e dissabores, mas experimentar, sentir, respirar,estar, enfim viver.

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO..............................................................................................................3

    RESUMO......................................................................................................................3

    MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................4

    DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.......................................4

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA...........................................................6

    Bioenergética e Terapia Vibracional............................................................10

    Alexander Lowen e Bioenergética................................................................11


    RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE.....................................13


    DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO................................................16


    DISCUSSÃO E CONCLUSÃO...................................................................................18


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................19

















    RESUMO

    Através deste trabalho discorro sobre psicoterapia holística e a sua inter-relação com a bioenergética. Pois a observação das características físicas de um cliente pode demonstrar informações de grande valia para o psicoterapeuta holístico. Para tanto foi feita uma correlação das características filosóficas da Terapia Tradicional Chinesa e a Bioenergética, terapia ocidental de Alexander Lowen.

    Com o objetivo de relacionar seus pontos em comum e desenvolver uma visão interativa entre as duas filosofias.

    INTRODUÇÃO

    O ato de buscar algo é a base para a experiência de prazer e representa uma expansão de todo o organismo, como um fluxo de sentimentos e energia que vai até a periferia do corpo.Na psicoterapia holística são tratadas as couraças desenvolvidas pelo fechamento, retraimento e retenção que são experiências de desprazer, podendo provocar dor ou ansiedade, que seriam o resultado de uma pressão criada pela energia de um impulso bloqueado. Se a musculatura contém o impulso, ocorre contração e dor; se a musculatura não dá conta de conter a excitação do impulso, ocorre ansiedade (LOWEN, 1982).

    Em similaridade ao enfoque bioenergético, os fundamentos da Terapia Oriental Chinesa se voltam para a manutenção ou a reintegração do fluxo natural de energia do indivíduo, tentando ingressar a pessoa em sua força interior e na convicção de suas atitudes. Resgatando ao corpo o equilíbrio que conduz a beleza natural de cada pessoa.

    Dentre as técnicas utilizadas nas terapias orientais destacam-se o recondicionamento físico para melhorar o fluir de energia do corpo energético e suprir o corpo físico, melhorando sua integridade e defesa natural; e o toque, que pode ser feito através de reflexologia, shiatsu, acupuntura entre outros.

    Diante de um processo de desequilíbrio, momentâneo ou prolongado, o fluxo vital é reduzido e a rede meridiana transmite as informações disponíveis para todo o sistema (CHUNCAI, 1999).

    Como já se pode observar o princípio de livre fluir energético e a inter-relação corpo-mente, são à base de ambas as abordagens.


    MATERIAL E MÉTODOS

    A presente monografia tem como referência revisões bibliográficas de livros relacionados à Psicoterapia Holística, Terapia Milenar Chinesa, Bioenergética, e Terapia Vibracional. Dessa maneira foi traçado um comparativo entre as Filosofias Milenares Chinesas e a Psicoterapia Bioenergética Ocidental, o que revela uma grande similaridade entre ambas, tornando o trabalho do Psicoterapeuta Holístico mais abrangente tanto na linguagem oriental como ocidental. Pois em ambas o fluxo livre de energia é o sinônimo de qualidade de vida.


    Capitulo 1

    DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.

    “Formou o senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se uma alma vivente.” (Gênesis 2:7).


    Segundo Lowen (1977), a bioenergética procura entender o caráter do indivíduo pelo corpo e seus processos energéticos, sendo estes, a produção de energia pela respiração e pelo metabolismo, e a descarga de energia no movimento. Na terapia bioenergética, combinam-se os trabalhos corporais e mentais, com o objetivo de equilibrar as funções energéticas do indivíduo. Os trabalhos corporais utilizados pela bioenergética podem ser manipulatórios (massagens, toques) ou exercícios específicos, para diminuir tensões musculares e facilitar a respiração.

    A bioenergética é o estudo da personalidade humana em termos de processos energéticos do corpo. Pois a energia está envolvida em todas as coisas, tanto vivas quanto inertes (BRENNAN, 2006).

    Sentimentos armazenados, conflitos vivenciados e as perdas sofridas juntamente com a qualidade das relações afetivas, determinam a constituição de um indivíduo. Dessa forma a história de vida está gravada em cada corpo o qual necessita liberar medos e tensões para tomar consciência de emoções contidas, construindo um sentir e agir livre e verdadeiro (MONARI, 2002).

    As diversas culturas e religiões sempre desenvolveram técnicas com energia e suas relações com o corpo humano, animais, plantas e fenômenos naturais. Muito comum encontrar a figura dos xamãs que manipulavam as forças invisíveis com seus rituais, bem como os sacerdotes que eram mestres da ciência oculta, profundos conhecedores e manipuladores da energia sutil. Além disso, em diversos países do mundo antigo, os magos e feiticeiros sempre estiveram presentes, trabalhando com essas técnicas (HARTMAN, 2006).

    Por volta de 320 a.C, o povo chinês desenvolveu as bases da sua medicina tradicional, onde o ser é tratado com a visão energética (KIDSON, 2006).

    Na tradição hindu, a energia sutil é amplamente conhecida pelos yogues e seus discípulos com o nome de prana. Através de exercícios respiratórios, meditação, exercícios de concentração, posturas psicofísicas (asãnas), os yogues alcançam um profundo estado de paz e equilíbrio (JOHARI, 2007). Convém salientar os fenômenos e curas promovidas por Jesus e seus apóstolos, com a imposição das mãos e o emprego das palavras, são manifestações das energias sutis, potencializadas por esses grandes seres em favor dos necessitados. Isto mostra que Jesus possuía um potencial energético bastante equilibrado, a ponto de contagiar a todos apenas com sua presença.

    Mais adiante, na Europa do século XVIII, a ciência moderna começava a se destacar, surgindo uma distinção entre razão e misticismo. Neste periodo, Franz Anton Mesmer, postulou a existência de um magnetismo animal. Através da manipulação deste magnetismo promoveu diversas recuperações do equilíbrio energético. Na ciência do século XIX, surgem duas teorias que contribuíram para o entendimento da bioenergia: a teoria da libido de Freud, e a teoria do orgônio de Wihelm Reich. A psicanálise mostrou que as energias emocionais quando reprimidas (em desarmonia) causam doenças. Reich por sua vez, tinha plena convicção da existência de uma energia primordial responsável pela matéria viva (LOWEN, 1982). Desta forma começou a trabalhar diretamente com o corpo, utilizando uma técnica que visava especificamente aprofundar e liberar a respiração, a fim de melhorar e intensificar a experiência emocional (LOWEN,1982).

    Mais tarde, Alexander Lowen e John Pierrakos, alunos de Reich, ampliaram esse método transformando-o no que se conhece atualmente como Bioenergética. Juntos começaram a explorar possibilidades diferentes de trabalhos envolvendo o corpo no processo terapêutico. Buscando liberar as tensões, criaram as posturas em pé para promover vibrações, e desta descoberta nasceu o conceito de grounding (LOWEN, 1982).

    Após algumas experiências, utilizadas entre eles e com clientes, perceberam que era possível utilizar em conjunto o grounding, a respiração e as vibrações involuntárias, associadas ao som e aos toques sobre a musculatura tensa, para promover a ligação energética e emocional entre sentimentos do coração, sentimentos sexuais e a consciência (LOWEN, 1977). Eles partiram dos movimentos voluntários para despertar os involuntários e assim desencadear os sentimentos inconscientes enraizados na memória corporal. Embasando esta técnica na compreensão da profundidade de conflitos interiores perceberam a importância das vivências afetivas, onde estão às bases do aprendizado, quando são estabelecidos em primeira mão sentimentos, expressões e relações com o outro (LOWEN, 1982).


    Capitulo 2

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

    “É essencial compreender que o homem tem dois aspectos: um espiritual e um físico... Sob a orientação do nosso Eu espiritual, nossa vida Imortal, o homem veio ao mundo para adquirir conhecimento e experiência e para se aperfeiçoar como ser físico. O corpo físico sozinho, sem comunhão com o espiritual, é uma concha vazia, uma rolha sobre as ondas, mas quando há união à vida é uma alegria, uma aventura de interesse absorvente, uma jornada cheia de felicidade, saúde e conhecimento”. (BACH, 1930)

    Segundo Edward Bach (1930) a desarmonia do Eu Espiritual pode produzir uma série de problemas no corpo, pois ele é uma simples reprodução da condição mental de um indivíduo. Assim sendo, a pessoa é vista como uma unidade psicossomática, onde defesas psicológicas usadas para lidar com a dor e o estresse, tais como racionalizações, negação e supressões também estão ancoradas no corpo. Estes aparecem como padrões musculares que inibem a expressão. Tais padrões tornam-se inconscientes e passam a fazer parte da própria identidade da pessoa, impedindo que ela consiga se modificar, mesmo que entenda a natureza do problema.

    Os processos energéticos do corpo estão relacionados ao estado de vitalidade do organismo. Isto ocorre por falta de pressão interna ou de circulação da energia que fica estagnada (LOWEN, 1982). O decréscimo de energia restringe a mobilidade e a capacidade para ação espontânea e natural, com graça e emoção. A compensação do organismo encouraçado é o movimento mecânico, programado, sem sentimento. É um padrão de comportamento limitador, geralmente criado na infância para garantir a sobrevivência (LOWEN, 1982). Segundo as terapias orientais existe uma energia vital que passa a existir no momento em que a vida humana é gerada, no instante onde um óvulo se une a um espermatozóide e só nessa situação o homem é único. A partir daí, pelas sucessivas divisões celulares leva a formação do complexo humano, e a energia vital está com o seu fluxo contínuo. Apesar disto, tudo que o envolve é energia. O ponto inicial desse fluxo de energia no ser humano é o ponto umbilical, meio por onde o feto respira e se alimenta (BRENNAN, 2006).

    Assim, os seres humanos são microcosmos dentro do macrocosmo universal, os princípios do fluxo de energia do Universo são os mesmos que dos seres humanos, onde se mantêm em um estado de equilíbrio dinâmico entre pólos de natureza oposta, complementar, cuja essência é chamada de Yin e Yang (MACIOCIA, 2007).

    Dessa forma se enfatiza o retorno ao fluxo de energia que se iniciou no útero, é um método pelo qual o adulto recobre o equilíbrio original, onde as duas energias, Yin e Yang, são reequilibradas constantemente (PENNA, 2004).

    O Yin, elemento feminino, a terra, a mãe, a lua e o yang, elemento masculino, o pai, o sol, o céu. Mesclados, proporcionam um fluxo morno na circulação micro cósmica, desde quando feto (PENNA,2004).

    À medida que o bebê cresce, a sua energia vai se estabelecendo em partes quentes e frias. Quando chega a idade adulta, o Yang sobe para a parte superior do corpo e o Yin desce para a inferior, porém as tensões físicas e mentais da vida acabam bloqueando progressivamente as rotas de energia, bem como congestionando os centros energéticos, deixando de nutrir os órgãos internos de energia vital, provocando desequilíbrios emocionais, doenças, velhice e morte prematuras (PENNA, 2004).

    Conforme Zhou Chuncai (1999), o corpo somente estará saudável se funcionar segundo as interações correspondentes aos cinco elementos, Qualquer ruptura nestas interações resulta em desequilíbrio. Dessa maneira, “a primavera é cálida: o Qi do fígado começa a crescer. O verão é quente: o Qi do coração começa a crescer, O outono é seco: o Qi dos pulmões declina. O inverno é frio o Qi dos rins se oculta.”

    Em um corpo saudável, a energia circula constantemente em si onde todo o processo se auto-regula. Contudo, em um corpo com bloqueios energéticos, ocorrem desequilíbrios neste fluxo, gerando áreas ou órgãos com carência de Qi, ou "vazio”, e áreas ou órgãos com acúmulo ou bloqueio de Qi, ou plenitude.

    Portanto é possível pensar no corpo humano como um campo de contínua movimentação de energia, que circula entre as células, os tecidos, os músculos e os órgãos internos, mantendo a homeostase energética entre:

    • Wei Qi: energia de defesa, proveniente da união da energia celeste com a terrestre e responsável por toda defesa e resistência contra as energias perversas (fatores de adoecimento); Circula fora e dentro dos Canais de Energia Principais dependendo do horário.

    • Rong Qi (Yong Qi): energia nutritiva, proveniente da essência dos alimentos e responsável por toda a nutrição energética das estruturas do corpo; circula nos Canais de Energia.

    • Zhong Qi: formação semelhante ao Wei Qi, é responsável pela dinâmica cardiorespiratória e pela respiração celular.


    "O Qi gera o corpo humano assim como a água se transforma em gelo. Conforme a água se congela gerando o gelo, assim o Qi se condensa para formar o corpo humano. Quando o gelo derrete, ele se transforma em água. Quando uma pessoa morre, se transforma em espírito (Shen) novamente. Chama-se espírito, assim como o gelo derretido passa a ser chamado de água" (CHONG).


    A Qi circula e nutre todo o corpo através dos meridianos os quais formam uma rede entrelaçada de trilhas interconectadas que ligam os órgãos, a pele, os tecidos, os músculos e os ossos, unificando o corpo. O Qi que circula entre os canais tem natureza mais Yang na defesa externa do corpo, ou mais Yin, na nutrição interna do corpo (MANN, 1994).

    Estes canais estão ligados mais profundamente aos órgãos (Zang) e vísceras (Fu) e se externam em ramificações mais superficiais na pele, voltando a se aprofundar em seguida, da mesma forma que outras estruturas do corpo humano, como o sistema nervoso e o sistema circulatório. Esta rede é formada por meridianos principais (12), extras (8), distintos (12) e outras ramificações e canais secundários (MACIÓCIA, 2007).

    Cada um dos doze órgãos e vísceras que compõem a visão chinesa do corpo humano é ligado a um meridiano ou canal de energia principal, cujo nome corresponde ao órgão ou víscera ao qual afeta. A cada órgão (Zang) se corresponde uma víscera (Fu) e a energia de um afeta diretamente a energia do outro (MACIOCIA, 2007).

    Conforme o conceito bioenergético de instinto, Lowen (1982) salienta que o impulso é um movimento energético do centro para a periferia do organismo, onde afeta a relação deste com o mundo exterior. Desta maneira surgem dois propósitos, a função de carga, relacionada com a ingestão de alimentos, respiração e excitação sexual; e a função de descarga energética tais como a descarga sexual e a reprodução.

    Assim como na terapia oriental o corpo humano se divide em yin e yang, para Lowen (1982), a diferenciação da estrutura corporal em termos de carga e descarga é estendida aos membros. No entanto, a metade superior do corpo volta-se a função de carga energética, e a descarga energética se relaciona com a porção inferior do corpo, assumindo a responsabilidade de locomover o organismo no espaço.

    Aplicando isto a bioenergética observa-se que pensamentos e sentimentos são condicionados por fatores energéticos carga, descarga, pulsação, intensidade, grounding, centramento. Se a energia é retida, ela se transforma e gera pensamentos, sentimentos e atos literalmente distorcidos, onde esta distorção fica também visível no corpo (LOWEN, 1982).

    Portanto, estar plenamente vivo fundamenta-se no estado vibratório do sistema, sendo percebido na expansão/contração pulsátil do organismo, inclusive no sistema vegetativo, respiratório, circulatório e digestivo. A atitude vibratória é responsável por ações espontâneas, liberação emocional e funcionamento interno harmônico.



    Bioenergética e Terapia Vibracional


    A vibração é uma reação à liberação da sobrecarga de energia retida em determinadas partes do corpo, através dos exercícios. Na bioenergética considera-se um corpo sadio, quando está em constante estado de vibração, sentindo-se ligada ao contexto do todo (BRENNAN, 2006).

    Terapia Vibracional é um termo genérico que designa todas as terapias que visam atuar no campo de energia de um outro ser com o objetivo de recompor seu equilíbrio (HARTMEN, 2006).

    A Terapia Vibracional, através da bioenergética, ajuda a pessoa a reconhecer e tomar consciência das emoções e pensamentos indesejáveis que possam estar prejudicando seu desenvolvimento pessoal, sua saúde e sua vida, ajudando o indivíduo a perceber o sentido de seu sofrimento, a causa de seus sintomas e os caminhos que deve escolher ou evitar, para reconquistar o equilíbrio energético e bem-estar (MONARI, 2002).

    Sendo assim é possível perceber que alterações energéticas físicas ou psíquicas não ocorrem por acaso, mas surgem de conflitos internos, falhas e dificuldades de vencer o orgulho, a crueldade, o egoísmo, o ódio, a ignorância, a cobiça, traumas, medos, mágoas e a instabilidade entre outros fatores.


    “A inadequação do indivíduo perante Si Mesmo (a recusa em ouvir sua voz interior e a falta de auto conhecimento) e, por conseqüência perante o Universo, resulta em desarmonia psíquica, física e social, pois estas três não existem isoladamente. Um é conseqüência do outro, formando um continuum. Do mesmo modo, mas percebido no sentido inverso, uma desarmonia sociofisicopsíquica afastaria o ser de si mesmo.” (VIEIRA, 1994).


    Com esta proposta terapêutica profunda, é possível ajudar o indivíduo a erradicar o estado mental negativo causador do sofrimento, desabrochando nele sua virtude oposta privilegiando a dimensão extra-corpórea do ser humano. Essa dimensão, aliada ao instinto e ao intelecto faz parte da mente humana, capaz de perceber e comandar o próprio corpo, já que está ligada a ele por um complexo circuito de emoções (BRENNAN, 2006).

    Devido a repressões e traumas, inconscientes ou conscientes o indivíduo passa a negar alguns desejos, acontecimentos e emoções, a fim de mantê-los longe das lembranças, criando couraças para esconder seu verdadeiro ‘eu’. Inicialmente estas atitudes atuam como mecanismo de defesa, contudo, ao manter bloqueado o acesso a determinados fatores psíquicos que sejam dolorosos, é refletido no corpo tudo aquilo que foi escondido. Um verdadeiro alerta de que algo precisa ser compreendido (LOWEN, 1982).

    Na terapêutica vibracional as pessoas começam a obter um novo enfoque sobre as circunstâncias do sofrimento em que se encontram, dando a elas a possibilidade de reverterem o processo, com muito mais clareza, compreensão e tranqüilidade. Tratando as máscaras abre-se a mente para um novo horizonte (BACH, 1910).

    Alexander Lowen e Bioenergética


    A partir de Reich as abordagens corporais ocupam um espaço significativo no campo psicoterápico, passando inclusive a serem consideradas cientificamente. A terapia Bioenergética configura-se como uma das primeiras abordagens deste movimento, iniciando-se em 1953, por Alexander Lowen, discípulo de Reich.

    A base teórica da bioenergética é a, consideração da história analítica, o processo de desenvolvimento psicossexual e a dinâmica familiar como fatores fundamentais na formação da personalidade. Além disso, Lowen (1982) considera que o contexto social exerce influência na personalidade do indivíduo. O método terapêutico utiliza também da análise, dos conceitos de resistência, transferência e contratransferência, bem como a associação livre,e a interpretação dos sonhos.

    Através da sua própria experiência como cliente de Reich e, posteriormente, do seu colega John Pierrakos, e do seu trabalho com os seus clientes, Lowen pode perceber que analisar o modo habitual de uma pessoa ser e comportar-se merece tanta atenção quanto à importância dada ao trabalho com tensões musculares. Daí iniciou um estudo sobre os tipos de caráter, relacionando as dinâmicas físicas e psicológicas dos padrões do comportamento. Concluiu que ‘a vida de um indivíduo é a vida de seu corpo’(LOWEN, 1982).

    Durante o desenvolvimento da estrutura egóica, a criança está vulnerável a três tipos fortes de distúrbios, cada um deles deixará uma marca peculiar em sua personalidade:


    a)A privação resulta na oralidade;

    b)A repressão leva ao masoquismo;

    c)A frustração à rigidez.

    Lowen aperfeiçoou a teoria da análise do caráter e classificou os tipos de caráter em: esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido (fálico-narcisista para os homens e histérico para as mulheres).

    Não existe um caráter puro, a maioria das pessoas revela uma combinação razoável de traços de caráter. Não raro, elas exibem uma mistura caracterológica que dificulta o diagnóstico.

    A realidade adulta exige que o indivíduo funcione adequadamente em seu trabalho, em suas relações afetivas e com a sexualidade. Essa exigência, entretanto, nem sempre é atendida. A existência do caráter dificulta a plenitude do funcionamento das potencialidades humanas. Dependendo da severidade do trauma infantil, a experiência fica limitada e empobrecida (LOWEN, 1984).

    Lowen postula a busca de um caráter genital, que em oposição aos caracteres neuróticos, viabilizaram essa plenitude.


    Caráter neurótico

    *Há uma congestão da libido com inadequada satisfação;

    *Repressão libidinal / formação de sintomas – fobias;

    *Transferência adulta;

    *Fixação sexual infantil;

    *Conflito ID x superego;

    *Ilusões;

    * Energia represada;

    *Ódio, mágoa;

    *Trabalho compulsivo;

    *Insatisfação orgástica.


    Caráter genital


    *Alternância entre tensão e satisfação libidinal;

    *Potência orgástica, capacidade de entrega e prazer;

    *Sublimação do desejo edípico;

    *Vida sexual saudável;

    *Satisfação adequada dos impulsos;

    *Ego real próximo do ego ideal;

    *Fluidez energética - Amor, ternura;

    *Adequação entre carga e descarga;

    *Satisfação orgástica, prazer.

    Atingir o caráter genital é a meta de todo ser humano. Ser feliz, amar e se sentir adequado.


    Capítulo 3


    RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE


    RESPIRAÇÃO


    A respiração é uma das funções mais enfatizadas pela Bioenergética.


    “A respiração correta envolve todos os músculos da cabeça, pescoço, tórax e do abdômen, além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da capacidade de realizar bem esses movimentos de sucção com o corpo inteiro... A respiração fornece o oxigênio para o processo metabólico, mantém literalmente a chama da vida... Através da respiração harmonizamos-nos com a atmosfera. Em todas as filosofias orientais e místicas, a respiração guarda o segredo da bênção maior” (LOWEN, 1984).


    A saúde vibrante está diretamente relacionada à boa respiração, visto que é o oxigênio que produz a energia, pois a respiração completa possibilita maior contato com os sentimentos, aprisionados no corpo, é importante que, no processo terapêutico, a atenção esteja voltada à respiração espontânea do cliente, o que pode facilitar uma leitura mais eficaz dos seus conteúdos internos.

    Os exercícios respiratórios têm a função de fazer o indivíduo perceber como é o seu padrão respiratório.


    Couraças


    Couraça é uma espécie de armadura de tensão que impede o fluxo energético e biológico. Ela se forma como uma defesa contra os perigos do mundo externo e interno. A criança chega ao mundo livre e solta, mas é totalmente dependente de outros que não a compreendem, assim começam os primeiros traumas, as primeiras impressões se formam, e vão definindo o caráter. Há um grande medo do desconhecido e já não é possível sentir-se uno, integrado a tudo e a todos. O ponto crucial a ser retido, aprisionado, parece ser o terror de se render à convulsão orgástica, na qual o homem se funde por completo com a natureza.

    A couraça muscular do caráter é a soma das não liberdades da pessoa, resumo de tudo que pretendeu fazer e lhe foi proibido, de tudo que ela não pretendia e lhe foi imposto.

    A couraça impede a pulsação e a vibração do corpo. A energia não flui facilmente e posteriormente todo o corpo fica tenso, envelhece e adoece. O indivíduo fica impossibilitado de sentir e de se expressar livremente. O homem torna-se semelhante a uma pedra fria e imóvel.

    O homem orgástico é totalmente livre de couraças, é um canal aberto para a energia é um ser pleno e vibrante é pura potência. O Poder é fruto do ego do sentir-se diferenciado; a potência é a capacidade total do homem, e a capacidade de um não limita a de outro, é possível a todos manifestar essa potência total.


    Grounding

    Na bioenergética, grounding significa, fazer a pessoa entrar em contato com o chão...Estabelecer um contato adequado com o chão, local onde se pisa.” (LOWEN, 1982)


    Apesar de estar com os pés no chão, a pessoa com desequilíbrio energético não possui um contato sensitivo com o mesmo. O grounding possibilita a liberação do acúmulo de energia, da pessoa para o chão.

        1. É uma postura corporal básica da abordagem bioenergética e deve estar presente em todos os exercícios. O grounding deve ser construído com a pessoa em pé, com uma distância de aproximadamente 30 cm entre os pés, os artelhos virados ligeiramente para dentro, joelhos flexionados, coluna ereta, e respiração profunda.

    Estresse


    Uma das causas mais comuns dos distúrbios energéticos é o estresse – o efeito das pressões cotidianas sobre o corpo, ao lado de outras influências negativas, como a poluição, os aditivos e agrotóxicos nos alimentos e a vida urbana. Todas as pessoas são afetadas pelo estresse em diferentes níveis e, como conseqüência, muitas desenvolvem diversos problemas físicos, entre os quais dor de cabeça e enxaqueca, tensão na nuca, dor nas costas, distúrbios digestivos, debilidades do sistema nervoso, pressão alta, doenças na pele e constantes gripes e resfriados.

    O estresse é o resultado de uma reação do organismo quando estimulado por fatores externos desfavoráveis. Neste momento ocorre uma descarga de adrenalina no organismo, onde os órgãos que mais sentem são os aparelhos, circulatório e respiratório.

    No aparelho circulatório a adrenalina promove a aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia) e uma diminuição do tamanho dos vasos sangüíneos periféricos. Dessa maneira, o sangue circula mais rapidamente para uma melhor oxigenação, principalmente, dos músculos e do cérebro já que ficou pouco sangue na periferia, o que também diminui sangramentos em caso de ferimentos superficiais.

    No aparelho respiratório, a adrenalina promove a dilatação dos brônquios (bronco dilatação) e induz o aumento dos movimentos respiratórios (taquipnéia) para que haja maior capitação de oxigênio, que vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulatório, também devidamente preparado pela adrenalina.

    Quando o perigo passa, o organismo pára com a grande produção de adrenalina e tudo volta ao normal. Atualmente as situações de estresse estão sempre ao redor o que desencadeia na constituição orgânica, níveis de estresse muito acima do tolerável.

    Embora as terapias complementares não possam prevenir o estresse que ocorre na vida cotidiana, elas podem ajudar a lidar melhor com ele. Um dos importantes benefícios é o relaxamento. O tratamento aborda o corpo como um todo, não um grupo de sintomas, e pode ajudar tanto físico quanto mentalmente. Dessa forma ajuda-se o corpo a desenvolver maior resistência física para sustentar sensações.




    Capítulo 4


    DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLISTICO


    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquico. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.”


    As terapias complementares partem da observação, de uma experimentação extraordinária e de milênios de prática, elaborando um sistema que tem o mérito de ser aplicável e de funcionar na prática. Essa cuidadosa observação levou à elaboração de um sistema sociossomatopsíquico (VIEIRA, 2006).

    Na visão holística adotada pela terapia tradicional chinesa, por exemplo, os pensamentos e as emoções influenciam diretamente a força vital, aumentando, ou estagnando o fluxo de energia pelo corpo, onde o psiquismo não pode ser separado dos órgãos e vice-versa, pois as perturbações psíquicas, relativas às emoções, podem perturbar diretamente os órgãos e as alterações orgânicas podem agir sobre o psiquismo (PENNA, 2004).

    A psicoterapia holistica trabalha com as cinco emoções (alegria, tristeza, reflexão, cólera e medo), sendo o estado de equilíbrio energético dependente da harmonia entre elas, dessa forma alterações emocionais levam aos quadros de excesso ou deficiência (MACIOCIA, 2007).

    Dentro deste contexto, tanto a Bioenergética de Lowen, quanto as Terapias Milenares partem do conceito da existência de uma energia única que une o corpo e o espírito constituindo um dos fundamentos de terapias orientais como a Yoga, o Tai-chi-chuan e a Acupuntura.

    A Bioenergética dá muita importância ao crescimento pessoal aprofundando o auto conhecimento, desenvolvendo uma atitude positiva em relação ao próprio corpo, assim como os exercícios orientais, com uma característica profilática tanto para a mente como para o corpo.

    A maior similaridade entre as técnicas utilizadas em Psicoterapia Holística e Bioenergética de Lowen está na respiração, onde reter ar nos pulmões causa tensões, diminuindo o livre fluxo de energia, convém salientar que bioenergética é uma das técnicas empregada em psicoterapia holística.

    Em técnicas de exercícios corporais como o Tai Chi Chuan, não interromper o fluxo é um ato de coragem, sentir plenamente e agüentar firme, onde o gesto deve fluir, bem como a respiração, pois um interage com o outro (WONG, 2001).

    Ao aconselhar para que o indivíduo sinta sua respiração surge a descoberta para si mesmo sentimentos escondidos pela racionalidade. Dessa maneira restauram o equilíbrio psicossomático; relativo simultaneamente aos domínios psíquico e orgânico, pela liberação, ativação, sedação ou desbloqueios dos fluxos energéticos (LOWEM, 1982).


    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.”


    Na Terapia Holística, o trabalho terapêutico da respiração é uma maneira de ligar a pessoa com seus sentimentos trazendo consciência sobre a escolha de caminhos na vida; Pois, ajudam o praticante a dar fluxo as suas forças internas, a saber, a imaginação, o sentimento, o pensamento e ação (SEVERINO, 1988).

    Segundo as terapias orientais, existe um elo com o conceito da existência de uma energia única que une corpo, mente e espírito. Neste entendimento podem-se citar as seguintes terapias: Ayurvédica (yoga, meditação e massagens), Acupuntura (Tschen Tschiu), Tai Chi Chuan , Tui Na, Chi Nei Tsang , Shiatsu, Do in, Jin Shin Jyutsu, Cromoterapia, Reiki. Todas estas terapias orientais tratam desequilíbrios energéticos, relacionando o espírito individual, consciência individual e cósmica, energia e matéria (LANDMAN, 2005).


    DISCUSSÃO E CONCLUSÃO


    Após verificar quais emoções estão reprimidas ou excessivas, o Psicoterapeuta Holístico volta sua atenção para os fundamentos dos Cinco Movimentos da Terapia Chinesa, representados pelos elementos Água, Terra, Fogo, Madeira e Metal. Dessa maneira pode interpretar dentre outras coisas, as disfunções do funcionamento orgânico e o psiquismo.

    Cada um dos elementos supracitados possui um órgão e uma víscera correspondentes denominados Zangfu, os quais podem estar em equilíbrio, excesso ou deficiência energética, servindo de informação para o tratamento mais adequado no momento.

    Dessa maneira podemos destacar as seguintes características, conforme a tipologia de cada um:

    Água: em equilíbrio tem vontade firme, auto-respeito, persistência diante de dificuldades sem correr riscos desnecessários.

    Em excesso o indivíduo se torna muito ativo, ambicioso, imprudente, com medo de perder o controle procurando segurança através do domínio e poder sobre tudo e todos.

    Na deficiência, apresenta pouca energia, medo, desiste facilmente e sem perseverança.

    Terra: em equilíbrio apresenta calma e ordem, pensamento lógico, personalidade estável com capacidade de apoiar ou cuidar sem interferir na vida de outrem.

    Em excesso torna-se dominador da vida alheia, com personalidade possessiva, intrometido.

    Na deficiência demonstra muita preocupação, excesso de pensamentos, sem ação, sem importar-se consigo nem com os outros.

    Fogo: em equilíbrio, irradia o sentimento de amor, calmo, tranqüilo, alegre, comunicativo, sóbrio.

    Em excesso fica excitado, inquieto, maníaco, irresponsável e verborrágico.

    Na deficiência, apresenta tristeza, melancolia, solidão, sente-se indigno de ser amado, falta de interesse pala vida, pessoas ou atividades sociais.

    Madeira: em equilíbrio apresenta uma visão clara de seu caminho, confiante, intuitivo, independente e forte.

    No excesso torna-se impaciente, intolerante irritável, frustrado e agressivo.

    Na deficiência, é uma pessoa insegura, tímida, sempre atormentada por dúvidas, com personalidade fraca.

    Metal: equilibrado participa ativamente da vida com sabedoria, sem medo de se envolver.

    Em excesso egocêntrico, negativo, carrega suas mágoas para outros relacionamentos.

    Em deficiência, não cria laços duradouros, tão pouco novos relacionamentos, vive do passado e não participa da vida.

    Na Bioenergética a avaliação do indivíduo é feita através de seu caráter que pode ser esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido tal quais as características psicológicas dos cinco elementos, a saber: esquizóide–metal, oral-fogo, psicopata-terra, masoquista-madeira e rígido-água.

    Segundo Mann, (1994) o fluxo de prazer parte do coração em direção aos pontos de contato com o mundo: olhos, boca, pele, mãos, pés e genitália. O sentimento de alegria, que brota de dentro, só é experimentado quando há energia e vida na barriga, ou seja, na pelve. A terapia vai ajudar a integrar a compreensão da cabeça, o afeto do coração e a sexualidade do corpo.

    Como podemos ver os desequilíbrios energéticos levam as disfunções emocionais, que por sua vez desencadeiam desarmonia anatômica, gerados por restrições comportamentais sejam bloqueios, atitudes repetitivas, limitantes ou padrões afetivos insalubres.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

    ANN, Brennan B. Mãos de Luz. São Paulo: Pensamento, 2006.

    CHUNCAI, Zhou. Clássico de Medicina do Imperador Amarelo. São Paulo: Roca, 1999.

    CONEZA, Elizabeth. Florais de Bach: Os remédios da alma. São Paulo: ALFABETO. 2006.

    DAHLKE, R. A Doença Como Símbolo. São Paulo: Cultrix, 2006.

    DETHLEFSEN, T. e Dahlke R. A Doença Como Caminho. São Paulo: Pensamento,

    2007.

    FELICIANO, Alberto; CAMPADELLO, Píer. Reflexologia Energética: Massagem para os pés. Madras.

    HUNG, Dr. Cho Ta. - Exercícios chineses para a saúde – a antiga arte do Tsa Fu Pei, Pensamento, São Paulo, 1985.


    LANDMAN L. Exercícios Chineses de Saúde para Pessoas Idosas. Andrei, 2005.

    LOWEN, A. O Corpo em terapia: a abordagem bioenergética. São Paulo: Summus, 1977.

    LOWEN, Alexander. Bioenergética. São Paulo: Summus, 1982.

    LOWEN, A. Prazer: uma abordagem criativa da vida. São Paulo: Sumus, 1984.


    MONARI, Carmem. Participando da Vida com os Florais de Bach. São Paulo: Roca, 2002.

    NISHI, Katsuzo.A Medicina Nishi.São Paulo:IBRASA,1988.

    POIAN, Carmen da. Formas do vazio: desafios ao sujeito contemporâneo. São Paulo: Via Lettera, 2001.

    REQUENA, Y. Acupuntura e Psicologia. São Paulo: Andrei, 1990.

    SEVERINO, Roque Enrique. Tai-Chi Chuan:Por uma vida longa e saudável.São Paulo: Ícone,1988.

    VACCHIANO, A. Shiatsu Facial: A arte do rejuvenescimento. São Paulo: Ground, 2000.

    VIEIRA, H. Florais de Bach: Uma visão Mitológiaca, Etimológica e Arquetípica.São Paulo: Pensamento,2006.

    KIDSON. R. Acupuntura para todos.Rio de Janeiro:Nova Era 2006.

    WONG K. Kit. O Livro Completo do Tai Chi Chuan. 1 º Ed. Pensamento- Cultrix – 2001.


    Autor: : Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099
    Última atualização: 29/12/2008 12:58


    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

    CURSO DE PSICOTERAPIA


    ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO

    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    Dourados, MS 04.05.2008


    TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

    CURSO DE PSICOTERAPIA




    ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO - TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 42753



    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    DOCENTE: HENRIQUE VIEIRA FILHO - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 21001




    SINDICATO DOS TERAPEUTAS (SINTE)

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS (CEA)





    Dourados, MS 04.05.2008

    EPÍGRAFE



































    “O principal objetivo da terapia não é transportar o cliente para um impossível estado de felicidade, mas sim de ajudá-lo adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento. A vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor.”

    Carl Jung






























































    Dedico este meu trabalho a todos os meus clientes, que depositaram em mim sua confiança para ajudá-los, o que me possibilitou evoluir como profissional.

    AGRADECIMENTO
































    Agradeço a Jeová meu Deus por me ter dado a vida cheia de encantos e a capacidade de aprendizado me fazendo cada vez mais valorizar a vida e por colocar pessoas no meu caminho que de uma forma ou de outra me ajudam a crescer.

    A minha família linda e essencial, sempre presente na minha vida, me fazendo sentir o que é o verdadeiro amor, meu esposo João Paulo que me encoraja me apóia a cada palavra, me ajuda a rir das situações difíceis, me ajuda a ver que a vida é para aqueles que têm coragem, pelo seu amor incondicional e por seus esforços imensos em me ajudar pra que conquiste meus sonhos.

    Aos meus filhos Natasha e Kevin, os quais amo de todo o meu coração que me apóiam e me incentivaram dando-me combustível para seguir em frente.

    A minha irmã Juliana que foi o motivo que me inspirou na escolha e no interesse por psicoterapia.

    Ao meu orientador docente Henrique Vieira Filho, por me ensinar como o conhecimento sobre o ser humano é complexo, assim como as estratégias para ajudá-lo em sua existência, me ensinando a dar os primeiros passos e as diversas teorias e técnicas psicológicas que buscam dar conta desse desafio e tarefa que é ajudar outros a lidar com sua vida. Obrigada pela destreza com que ministrou esse conhecimento.

    Ao SINTE através da CEA- Comunidade de Estudos Avançados que me proporcionou ter acesso a esse conhecimento, e aos autores citados na bibliografia que me ajudaram a enriquecer meu conhecimento.

    SUMÁRIO


    Epígrafe 02

    Dedicatória 03

    Agradecimento 04

    Sumario 05

    Resumo 06

    Introdução 07

      1. Definição de Psicoterapia 07

      2. Objetivo e aplicação da terapia holística 07

      3. Os florais de Bach e seu uso terapêutico 07

      4. Uma compreensão dos florais de Bach a luz da física moderna 08

      5. Classificação das essências dos florais de Bach 08

    1. Material 09

    2. Metodologia 10

    3.1 Atendimentos de casos 11

    1. Resultados 26

    2. Discussão 29

    3. Conclusão 30

    4. Referências Bibliográficas 32

    5. Anexos 33

    6. Apêndice 33















    RESUMO


    Este trabalho se propõe a aplicação das teorias aprendidas no curso de psicoterapia ministrado pelo docente Henrique Vieira Filho através da Comunidade de Estudos Avançados (CEA), com descrição e analise de atendimento em psicoterapia a meus clientes sob enfoque holístico de restaurar e preservar a saúde e a qualidade de vida como necessidade primordial de não apenas acrescentar mais anos à vida, mas de acrescentar mais vida aos anos associando o uso dos Florais de Bach ao aconselhamento terapêutico, procedemos o acompanhamento do cliente em seu processo de vida, onde foram trabalhadas transformações profundas da personalidade, reconhecimento de padrões de comportamento, de como age, de como se relaciona, como pensa, como se sente, e descobrir caminhos para mudança desses padrões.
























    INTRODUÇÃO


      1. DEFINIÇÃO DE PSICOTERAPIA

    Psicoterapia é parte integrante do atendimento na terapia holística, pois se propõe a implementar técnicas básicas de aconselhamento, somando a estas outras formas de abordagens psicoterapicas em especial algumas correntes básicas da Psicanálise Freud, Reich, Jung associadas as tradições terapêuticas milenares.


      1. OBJETIVO E APLICAÇÃO DA PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    O objetivo é permitir transformações profundas na personalidade, sendo que hoje não é possível falar de equilíbrio e saúde sem uma consideração pela dimensão psicológica e emocional.

    Diante da evidência psicossomática da natureza humana, a psicoterapia holística ocupa um lugar fundamental na área de saúde por trazer uma visão integrada do homem, pois leva em conta as dimensões orgânicas, psíquicas e sociais como conjuntamente participantes da existência humana e seus problemas e educando para a vida quando as pessoas se vêem inaptas para lidar com suas dificuldades e ajudando-as a encontrar caminhos internos para solucioná-los.

    Diversos estudos têm demonstrado que desequilíbrios existenciais não tratados adequadamente, somatizados produzirão desordens orgânicas e psíquicas.

    A aplicação da psicoterapia holística tem reduzido tanto o uso de medicamentos quanto de internações. Mostrando-se vantajosa economicamente tanto para as pessoas quanto para o país.


    1.3 OS FLORAIS DE BACH E SEU USO TERAPÊUTICO

    Problemas de saúde freqüentemente têm sua origem na mente, sentimentos que foram persistentemente reprimidos irão emergir primeiro como conflitos mentais e depois somatizados como problemas orgânicos.

    Dr. Eduard Bach, médico inglês, depois de obter êxito como médico bacteriologista, resolve morar no campo e lá descobriu que tinha sensibilidade para sentir as energias transmitidas pelas plantas através do toque ou por colocar na boca as gotas de orvalho que repousava sobre elas.

    Constatou que algumas plantas tinham a capacidade de provocar sentimentos negativos ou de anulá-los.

    Entre 1930 e 1934 o Dr. Bach identificou 38 flores silvestres que compõem o sistema floral de Bach. O Dr. Bach dizia “o medicamento tem que atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, corrigindo o desequilibro emocional no campo energético”.

    Agindo no campo mais sutil da pessoa a terapia floral tem seu efeito reconhecido em 1976 pela Organização Mundial da Saúde, constituindo-se em grande ajuda para a humanidade nestes momentos de transição, auxiliando a harmonização dos corpos (elétricos, mental e emocional) e facilitando o livre fluxo das energias superiores da personalidade. Lembrando ainda a vocação preventiva, podemos afirmar que se os usássemos constantemente, mantendo sempre ativa a nossa busca de autoconhecimento e travando contato cada vez maior com nosso material psíquico reprimido, não precisaríamos somatizar, ou seja, adoecer.


      1. UMA COMPREENSÃO DOS FLORAIS DE BACH À LUZ DA FÍSICA MODERNA.

    Todo ser vivo tende a vibrar, a pulsar em determinadas freqüências preferenciais (numero de vezes por segundo).

    Se fornecermos freqüência num ritmo semelhante a esse que pulsamos seu aproveitamento será maximizado. Esse perfeito entrosamento entre a emissão e a capacidade do receptor é o fenômeno da ressonância.

    Analogicamente, a situação emocional consciente faz com que nossas energias vibrem em determinadas freqüências especiais.

    Cada floral tem seu padrão vibracional, quando corretamente escolhida, a formula floral ira sintonizar a capacidade de recepção de quem a usa, ocorrendo a ressonância, fato capaz de despertar intensas reações. Caso a formula não esteja adequada às emoções consciente do usuário não ocorrerá a sintonia, nem reações.


      1. CLASSIFICAÇÃO DAS ESSÊNCIAS FLORAIS DE BACH

    As 38 essências agrupadas em 07 categorias definidas por Eduard Bach da seguinte forma:


    EMOÇÕES PRESENTES

    PALAVRAS-CHAVES

    ESSÊNCIAS


    MEDO

    Pânico

    ROCK ROSE

    De coisas, de situações concretas

    MIMULUS

    De perder o controle

    CHERRY PLUM

    Inexplicável

    ASPEN

    Temem pelos outros

    RED CHESNUT

    INCERTEZA

    Falta de autoconfiança

    CERATO

    Indecisão entre duas coisas

    SCHLERANTUS

    Desanimo tristeza por fato acontecido

    GENTIAN

    Sem esperança, desistência

    GORSE

    Cansaço com a rotina

    HORNBEAN

    Indecisão geral

    WILD OAT

    DESCONEXÃO AO PRESENTE

    Distração

    CLEMATIS

    Nostalgia

    HONEYSUCKLE

    Apatia

    WILD ROSE

    Esgotamento físico e mental

    OLIVE

    Pensamentos obsessivos

    WHITE CHESTNUT

    Tristeza cíclica de origem incerta

    MUSTARD

    Dificuldade de aprendizado

    CHESTNUT BUD

    SOLIDÃO

    Reservados, isolados

    WATER VIOLET

    Ansiedade, impaciência

    IMPATIENS

    Não suportam a solidão, carentes

    HEATHER

    INFLUÊNCIAS EXTERNAS

    Fuga dos problemas

    AGRINONY

    Submissão

    CENTAURY

    Protege das influências

    WALNUT

    Inveja, ciúme, suspeita, raiva

    HOLLY

    ABATIMENTO

    Baixa-estima

    LARCH

    Culpa

    PINE

    Excesso de responsabilidade

    ELM

    Angústia extrema

    SWEET CHESTNUT

    Traumas, choques

    STAR OF BETHLEHEM

    Ressentimento, mágoa

    WILLOW

    Excedem os limites da resistência

    OAK

    Sensação de impureza

    CRAB APLLE

    (PRE) OCUPAÇÃO COM OS OUTROS

    Possessividade, chantagem emocional

    CHICORY

    Fanatismo, idealismo excessivo

    VERVAIN

    Autoritarismo

    VINE

    Intolerância, crítica excessiva

    BEECH

    Auto-repressão

    ROCK WATER


    Deve-se selecionar no máximo 06 essências que melhor descrevam o exato momento emocional do cliente. Tomar 04 gotas, direto na língua, 04 vezes ao dia.


    MATERIAL:

    A abordagem de atendimento aos clientes foi feita sobre o paradigma holístico dentro das correntes básicas da psicanálise – aconselhamento, vivências, relaxamento, terapia floral, terapia reichiana, com o uso de aparelhos para trabalhar “couraças musculares do caráter” para restabelecer o fluxo energético do organismo, sempre avaliando os clientes do ponto de vista de desequilíbrios energéticos, respeitando tanto a legislação brasileira quanto as Normas Técnicas Setoriais Voluntárias do SINTE.


    METODOLOGIA


    Técnicas Terapêuticas - fez-se uso de técnicas terapêuticas diversificadas no atendimento individual procedendo à escolha das mais adequadas, todas com o objetivo final de ajudar o cliente a equilibrar-se.

    Aconselhamento - processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holística e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em varias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida.

    Vivências – realizadas em sessões individuais, ou em grupo, utiliza-se tanto da terapia corporal, quanto do relaxamento como introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem tratados na terapia holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo na solução de questões de saúde. Realizamos sessões individuais.

    Relaxamento – vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles as manobras corporais, a musicoterapia, a cromoterapia, cristaloterapia, a acupuntura e a sugestão verbal, exercícios respiratórios e aparelhos vibracionais. Utilizamos à sugestão verbal, exercícios respiratórios e aparelhos vibracionais.

    Terapia Reichiana – Welhelm Reich – dissidente de Freud – “corporificou” o inconsciente identificando-o como uma bioenergia circulante por ele denominada “orgone”, onde a negação de emoções, impulsos, desejos, bloqueia o livre fluxo da bioenergia pela musculatura corporal quer pela tensão excessiva, quer pela ausência de tônus em ambas as situações prejudicando o livre fluxo energético.

    Através de terapias de toque nas zonas musculares especificas “couraças” provocando a circulação bioenergia é um dos principais fatores catalisadores de aflorar ao natural do psíquico inconsciente o qual será trabalhado verbalmente pelo Terapeuta Holístico. Utilizamos aparelhos vibracionais.

    Terapia Floral – Faz uso de compostos energéticos denominados “essências florais”, totalmente centrada no individuo, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção especifica, trazendo uma maior compreensão das emoções, permitindo aflorar material psíquico profundo, ampliando o autoconhecimento podendo resultar em reversão das somatizações.

    Aparelhagem Eletrônica – esse tipo de terapia permite identificar pontos de desequilíbrios energéticos e de estimulá-los das mais diferentes maneiras, sendo o uso desses aparelhos, restritos para a avaliação e tratamento de desequilíbrios energéticos, devendo-se ter o cuidado de usar aparelhos devidos e certificado pelo Ministério da Saúde, ou com certificado de isenção do mesmo, dispensado de registro.

    Durante todo curso de psicoterapia nós terapeutas fomos preparados para uma profunda compreensão das técnicas e fomos introduzidos no trabalho prático através do orientador/supervisor/docente/TH Henrique Vieira Filho - CRT nº 21001, com atendimento supervisionado com objetivo de nos dar segurança, autoconfiança no exercício profissional. A partir do momento que passei a aplicar as técnicas terapêuticas aprendidas, uma riqueza de material aflorou do inconsciente, possibilitando-me exercitar o conhecimento aprendido.

    Cada cliente que atendi, trouxe sua carga de conflito, com seus desafios e estados emocionais diferentes, onde ganhei confiança aplicando o conteúdo aprendido em beneficio dos clientes quando se busca melhorar a qualidade de vida, tendo como meta harmonizar corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma, como terapeuta holística estando atenta a qualquer material psíquico ou linguagem corporal como “linguagem a ser decifrada e compreendida”.


    ATENDIMENTO DE CASOS


    Cliente n°1 – A.R.M. – 48 anos, sexo masculino, cético, pessimista, apático, individuo com muitas duvidas, apresenta esgotamento físico e mental, não se ajusta aos relacionamentos amorosos, queixa-se de diversos problemas físicos, trazendo diagnóstico médico de problemas alérgicos respiratórios e persistentes problemas renais, fazendo uso de medicamento de uso continuo.


    Cliente n° 2 – I.F.C.L. – 42 anos, sexo feminino, dona de casa, esta cliente traz história de vida marcada por violência, criada por pai alcoólatra, com primeiro casamento fracassado também por alcoolismo e violência do ex-marido.

    A cliente apresenta pesada carga de mágoa, rancor, crítica, intolerância, autoritária, extremamente possessiva com os filhos, muito ciumenta com o marido, chantageando emocionalmente os familiares com reações exageradas e quadro de doenças (dor de cabeça, depressão) trazendo diagnóstico de seu médico de hipertensão e problemas cardíacos, fazendo uso de medicação de uso continuo.


    Cliente n°3 – E.S.R.C. – 39 anos, sexo feminino, traz um histórico de infância pobre com vida muito difícil, casamento fracassado, preocupação excessiva com a aparência fazendo dietas mirabolantes para manter a forma, descreve diversos problemas de saúde diagnosticados por médicos de ordem física, queixando de não estar obtendo resultados esperados; ansiosa, amarga, depressiva, achando que a vida esta sendo injusta com ela, faz uso de medicação de uso continuo para coluna e insônia.

    Nos três casos citados notam-se aspectos emocionais muito fortes na causa dos desequilíbrios, onde procedi esclarecimentos sobre as possibilidades oferecidas pela Terapia Holística e os benefícios que poderiam obter, esclarecendo-os de acordo com as NTSVs – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias e de acordo com legislação vigente em nossos país, que o campo de atuação seria a nível de desequilíbrios energéticos, microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma, onde toda qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser e usaríamos recursos facilitadores associado ao aconselhamento, terapia floral e aparelho de biorressonância como técnicas de auxilio não só para fazer aflorar com maior fluidez e rapidez processos psicossomáticos, como possibilitar o auto-equilibrio no menor tempo possível.

    Todos foram orientados a não alterarem seus tratamentos, sem a orientação e parecer dos profissionais da área médica que os acompanham. Os atendimentos se deram com agendamentos antecipados de forma semanal com dia e hora marcados com duração de 01 hora de cada sessão.

    De acordo com os NTSVs TH 003 na ficha de cada cliente foram feitas anotações com descrição do atendimento e técnicas aplicadas e indicações terapêuticas para a semana; e no Bloco de Recomendação Terapêutica (BRT) de acordo com as NTSVs TH 002 eram feitas anotações como: data da próxima sessão; indicação dos florais de Bach pertinentes aos desequilíbrios emocionais compreendidos e devidamente avaliados que o cliente trouxe a superfície durante a sessão para serem melhorados e frase para meditar, que representam bem o momento que estão vivenciando para servir de ponto de partida para o aconselhamento da próxima semana bem como a que estivessem atentos a sonhos para pontuarmos posteriormente.

    No caso do cliente nº1 o relato será descrito passo a passo da forma como o atendimento terapêutico se procedeu.


    No caso do cliente nº 1 A.R. M de 48 anos sexo masculino esse cliente traz como característica acentuada o ceticismo duvidando de toda a informação. Apresenta diversas somatizações, focado em descrever os sintomas físicos que sente. A esse cliente se fez necessário esclarecer por mais de uma vez, devido à insistente descrição de sintomas físicos que terapeuta trabalha desequilíbrios e que tratamento de doença é prerrogativa médica, informei-lhe o que a terapia holística poderia fazer por ele.

    Iniciamos os trabalhos via aconselhamento atenta a qualquer sinal que pudéssemos pontuar, encontrei muita resistência à medida que tentava aprofundar no emocional, tendo o cliente dificuldade em falar da infância, afirmando não ter boas lembranças, tendo passado por várias internações com crises respiratórias, sua mãe não lhe permitia brincar e viu toda a sua infância passando da janela, olhando os primos e irmãos brincar no quintal. Percebo que as lembranças da infância evocam no cliente um misto de sentimentos de raiva, rancor e mágoa pela mãe, que ainda hoje afirma ele não deixou de ser exagerada.

    Depois da devidas anotações na Ficha do Cliente de acordo com as NTSVs, passei para o BRT – Bloco de Recomendação Terapêutica onde anotei os seguintes dados: data da próxima sessão com a seguinte frase para meditar: ”A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional” e os seguintes florais para ajudá-lo no momento:

    - Agrimony: para seus pensamentos dolorosos e amainar sua inquietação interior;

    - Heather: para mudar o foco totalmente voltado para si, do tipo criança carente,

    - Gentian: para ajudá-lo com seu ceticismo, pessimismo e duvidas;

    - Gorse: para trabalhar sua resignação seu sentimento do tipo: ”será que adianta mesmo alguma mudança a essa altura”

    - Walnut: para propiciar ao cliente se deixar influenciar considerado o “floral da ruptura” para torná-lo aberto a novos começos na vida;

    - Will Rose: para melhorar sua apatia, indiferença e capitulação interior;

    Bem como a que estivesse atento a possíveis sonhos para pontuarmos posteriormente.

    No atendimento posterior alem da costumeira postura resistente, o cliente apresenta-se “fechado” com braços e pernas cruzados, e ainda muito focado nos sintomas físicos. No aconselhamento aprofundando no emocional o cliente traz o relato de um sonho persistente que ele descreve como pesadelo e com um elemento de repetição, pois sempre acorda muito assustado de tão real que lhe parecem às cenas. Sempre se encontra preso em um lugar onde não consegue fugir (carro, casa, buraco, jaula etc..) aparece muito fogo, grita buscando ajuda e ninguém escuta, e quando tudo vai ser tomado pelo fogo e ele vai morrer queimado, acorda sufocado com medo, diz que houve época que esse sonho se repetia com muita freqüência e variações e que hoje de vez em quando ainda sonha; e que me relatou em virtude da anotação no BRT a que prestasse atenção aos sonhos, indagando curioso seu significado?

    Expliquei-lhe que o sonho é parte natural do psiquismo, e a partir de FREUD a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão científico, para ele o sonho é a expressão ou a realização de um desejo reprimido. Já para JUNG dissidente de FREUD trata-se de uma compensação da visão limitada do ego, assim o sonho seria um processo psíquico regulador, semelhante a fenômenos compensatórios do funcionamento corporal

    A interpretação dos sonhos, bem como decifrar seus símbolos, cabe ao sonhador e quando tratados com a devida atenção ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor, levando a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações, leva a constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego).

    Uma condição básica para nós Terapeutas trabalharmos sonhos é não avaliá-los isoladamente, se faz necessário conhecer vários sonhos da pessoa ocorridos tanto em datas próximas como em outras épocas, a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e da situação e como reage ao sonho. Fazendo uso de técnicas como de livre associação ou de ampliação o terapeuta usará esses recursos para tentar ajudar o cliente a esclarecer seu sonho.

    Após esclarecimentos via aconselhamento foi sugerido ao cliente vivência em psicoterapia de Regressão onde obtive relaxamento via aparelhos e exercícios respiratórios como facilitador para fazer fluir material reprimido e por indução verbal conduzi a vivência como descrita abaixo:

    Maneira como foi feita a indução verbal.

    O cliente foi levado ao estado de relaxamento por indução verbal dentro de um padrão de neutralidade em conformidade com as NTSVs: Feche os olhos e ao comando da minha voz procure relaxar seu corpo. Com um tom suave de voz disse: Respire profundamente, encha os pulmões de ar o máximo que conseguir e agora vai soltando lentamente bem devagar. Repita o exercício, respire profundamente e solte bem devagar, respirando e relaxando, respirando e relaxando profundamente, procure não pensar em nada enquanto respira; respire profundamente e solte o ar lentamente botando para fora tudo que o incomoda, tudo que o preocupa, relaxando, relaxando, você se sente profundamente relaxado, livre, relaxado. Busque este estado de espírito relaxado. Você se sente leve, não tem preocupações, não tem compromisso, não tem nada para fazer apenas relaxar, sem nenhuma responsabilidade você se sente livre para fazer o que quiser. A única coisa que você quer fazer é relaxar. Você relaxa os pés, as pernas, relaxa o quadril, o tórax, os ombros os braços e continua relaxando, relaxando, respirando profundamente soltando o ar e à medida que o ar sai; sai também todo o peso que sente nos ombros, tudo que a sobrecarrega você está leve, flutuando como uma pluma, para lá e para cá leve, relaxe as mãos o pescoço e a cabeça, todo o seu corpo flutua no ar. Gostaria que libertasse sua imaginação e sem apego a nenhum pensamento, sem deixar que nada o incomode, deixasse sua imaginação fluir livre, você se sente leve, solto, sua mente não pensa em nada, sem nenhuma preocupação se é verdade ou não sem nenhum apego se é real ou não, sua imaginação é livre para pensar no que quiser e você se sente leve, livre, solto; e agora nesse estado tranqüilo gostaria que me respondesse a primeira coisa que lhe vem a mente......

    A partir daí iniciamos a vivência em psicoterapia de Regressão com perguntas num ritmo acelerado para não permitir racionalização, desprezando aquelas onde não se obtêm a reposta de imediato.

    . . .Agora neste estado tranqüilo, vamos voltar ao sonho que você teve: você toma contato com o seu sonho, você sempre se encontra aprisionado em algum ambiente, você grita pede ajuda tudo esta sendo tomado pelo fogo você quer sair, mas não consegue. Agora me responda a 1ª. Coisa que lhe vir à mente. Na sua vida o que representa esse ambiente fechado onde você é prisioneiro?Uma situação onde quero fugir. Respire bem fundo e solte o ar bem devagar. Agora me diga Fugir de que?___ de quem você foge? Não sei. No seu sonho você grita e pede ajuda, a quem você pede ajuda? _____ Na sua vida quem poderia te ajudar? Ninguém. No sonho você diz que grita muito, Porque você grita? Tenho medo. Do que tem medo?______Respire bem fundo bem devagar, respire e expire solte lentamente o ar; continue respirando profundamente e expire, a medida que o ar sai você coloca para fora todo esse medo que está sentido, você não sente mais esse medo. Diga-me medo de que? De morrer. E porque você tem medo de morrer? Não sei o que vem depois. Respire e expire bote para fora esse medo, quando o ar sai esse medo vai embora. Respirando e expirando profundamente você vai tomando contato com seu sonho. No seu sonho sempre aparece o elemento fogo, O que é esse fogo que aparece no seu sonho? _____No seu dia a dia o que representa esse fogo? Punição. O que você fez que merece ser punido? Maldade. Porque você se acha mal? Prejudiquei alguém. Tomando contato novamente com você mesmo com sua respiração, quando o ar sai tira toda essa sensação de peso, tudo que te incomoda, põe para fora, quando o ar entra você se restabelece se enche de energia boa positiva, agora Por que você prejudicou essa pessoa? Me ameaçava. Que tipo de ameaça fazia?____. Se essa ameaça assumisse forma que forma teria? Vingança. Vingança do que, de quem? De mim. Continue respirando e expirando profundamente, repita, respirando e expirando, agora por que queria vingar de você? Tive um caso com a mulher dele. E como resolveu essa situação? Me vinguei primeiro. Como? Quê forma assumiu sua vingança? Alguém fez por mim. Não tive outra saída. Estava me chantageando, me dizia que ia matar meu filho. A partir daí aflorou uma explosão de emoções não conseguindo mais manter-se relaxado. Ao mesmo tempo em que racionalizava fazia transferência e mostrava-se apavorado não acreditando ter deixado aflorar essa informação. Confortando-o, acolhi seus sentimentos prestando-lhe amparo tranqüilizando-o encerramos a vivência onde passamos a explorar o material que aflorou via aconselhamento onde ele só queria saber como eu tinha conseguido fazê-lo confessar algo que guardava consigo há anos. Ninguém, e frisava mais ninguém mesmo sabe disso e frisava; Eu era a única pessoa que sabia de tal coisa, já havia passado por diversos tratamentos de depressão e feito tratamento com psicólogos com psiquiatras e repetia ninguém conseguiu arrancar isso dele, mostrava-se muito preocupado, dizendo não acreditar que havia me dito aquilo. Tranqüilizei-o da proteção e sigilo de tudo, conseguí mostra-lhe que tal cartase seria positiva terapeuticamente falando; só o fato de ter conseguido expor isso iria fazê-lo experimentar uma sensação de alívio e bem estar, além de que carregar aquele peso sozinho estava muito difícil comprometendo a sua qualidade de vida e via aconselhamento traduzimos o conteúdo vivenciado para o presente ampliando seu autoconhecimento para proporcionar-lhe mais qualidade de vida.

    NO seu BRT escrevi data da próxima sessão e frase para meditar: ”Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala o corpo fala” –(Jung) e para esse momento do cliente indiquei os seguintes florais:

    - White Chestnud: para pensamentos girando na cabeça, para poder se livrar deles

    - Sweet Chestnut: para amenizar seu desespero interior, para superar seu limite;

    - Agrimony: amenizar pensamentos dolorosos, para a inquietação interior por traz de uma fachada de alegria e despreocupação

    - Beech: para melhorar sua capacidade de compreensão

    - Mimulus: para vencer seus medos concretos e amenizar seus temores;

    -Star Of Bethlehem: para traumas emocionais e físicos ainda não trabalhados, “o confortador da alma”.

    Na continuação do atendimento esse cliente admite ter obtido certo alívio, diz sentir-se mais leve, sem aquele peso nos ombros, mas apresenta-se apreensivo, reservado ansioso, com medo, mostra um espírito resignado pela apatia e por sua falta de decisão diante da vida se sentido travado ou paralisado pelo sentimento de culpa que carrega. Achei oportuno na vivência usar a Progressão “avançá-lo no tempo” para ajudá-lo com as repercussões que sua falta de decisão pode gerar como ferramenta para maximizar a capacidade de tomada de decisão através de viagem imaginativa possibilitar gerar opções de ação não cogitadas, com o intuito de produzir insights que possam gerar solução por ele ainda não imaginadas.

    O cliente foi colocado em estado de relaxamento com a ajuda de aparelhos, exercícios respiratórios e quando se encontrava devidamente relaxado iniciamos a vivência por indução verbal, dentro de um padrão de neutralidade em conformidade com as NTSVs e com tom de voz bem suave iniciamos a retomada do mesmo sonho: Gostaria que fechasse os olhos e tomasse contato com o seu sonho, você preso num ambiente fechado, do qual não consegue sair, você grita pede ajuda, você quer sair, tudo esta sendo tomado pelo fogo. Agora me diga a 1ª. Coisa que lhe vier à mente. Porque você está preso nesse ambiente?___ Quem te colocou lá?___ Sem se preocupar com a lógica, se é real ou não. Na sua vida você é prisioneiro de que? De mim mesmo. Que sentimento lhe vem quando está preso no ambiente? Medo, muito medo. Medo de que? De morrer queimado vivo. O que na sua vida te causa medo?____ Se esse medo tivesse forma qual seria? Ser punido, descoberto, humilhado. Tomando contato com sua respiração, quando o ar entra você se renova quando o ar sai você se sente leve, tranqüilo, você desfruta de uma sensação gostosa de segurança de alívio, quando o ar sai você bota para fora todo esse medo esse peso que tem carregado nas costas, você se sente leve, sua vida esta mais leve você não carrega mais peso algum, experimente essa nova sensação, desfrute essa tranqüilidade, nada mais te perturba, nem seus pensamentos, nem suas lembranças, nada mais te incomoda, experimente isso, você está livre, livre, sinta essa tranqüilidade e desfrutando dessa leveza e dessa tranqüilidade, deixe sua mente viajar nesse mundo maravilhoso, onde nada pode te abalar e me diga a 1ª. Coisa que lhe vier à mente. O que é preciso para você usufruir desse futuro gostoso? ____ Responda o que lhe vier à mente? Esforço. Hoje o que lhe incomoda, ou melhor, que lhe impede de usufruir esse futuro gostoso? Remorso. Se esse remorso assumisse uma forma que forma teria? Culpa, sinto muita culpa. O que é preciso para você deixar de sentir tanta culpa, tanto remorso?___ O que fazer para resolver isso? Buscar ajuda. Onde acha que pode encontrar essa ajuda? Não sei, acho, aqui. O que você espera encontrar aqui?___ O que você precisa? Não sei; sentir menos culpa. Tomando contato com sua respiração quando o ar entra você sente revigorado, forte, quando o ar sai, sai junto esse sentimento de culpa, mande para longe essa culpa, agora você não se sente mais culpado, pois você estava apenas se defendendo, quando o ar sai carrega para fora para bem longe de você essa culpa, sai também essa sensação de angustia e você se sente leve, desfrute dessa sensação de leveza, diga: Ah! Que alivio! Continue buscando dentro de você esta sensação gostosa de alivio, de tranqüilidade, como exercício de imaginação crie essa imagem dentro de você. Você se sente forte, sem culpa, sem angústia, se veja nessa situação, crie o estado de espírito que você deseja ter, mande seus problemas para bem longe de você, agora você não tem mais problemas, resolveu tudo e nesse estado mental gostoso me diga O que é preciso para você conquistar tudo isso?___ Que atitude você pode tomar pra conquistar isso?___ Busque dentro de você; O que você pode fazer? Esforço. Para atingir isso o que falta? Controlar o que sinto. Como você pode controlar a situação?___ Diga o que lhe vier à mente, diga: Quais as vantagens de controlar as emoções? Segurança. E a desvantagem de não controlar as emoções? Depressão. Como você pode conciliar o lado bom e o lado ruim das emoções? Ter autocontrole. O que está faltando para atingir esse autocontrole? Trabalhar minhas emoções. Agora que você buscou dentro de você o que fazer, em alguns instantes você estará totalmente refeito, procure atuar no seu dia a dia, para alcançar esta paz interior, deseje no fundo do seu coração, pense nisso; seus pensamentos tem ondas e sinais magnéticos poderosos concentre-se nesse futuro maravilhoso que você quer conquistar emita para o universo essas ondas positivas, crie na sua mente sinta a sensação de estar nesse lugar que você quer, esteja lá mentalmente várias vezes, seus pensamentos tem a capacidade de materializar aquilo que você sente, para mudar a sua realidade comece a mudar o seu pensamento, e a partir de agora irá monitorar seus pensamentos, só terá pensamentos bons, positivos e neste estado de consciência você vai abrir os olhos lentamente, espreguiçar, solte o ar Ah... Que alívio, diga isso: Ah! Que alívio! fique a vontade. Pontuaremos algumas considerações no aconselhamento:

    No aconselhamento fizemos algumas pontuações dessa vivência: Você está na busca de harmonia para a sua vida, todo o material psíquico que mantemos bloqueados do nosso consciente somatiza, quanto maior esforço para reprimir certas lembranças, maior será o grau de somatizações, lembra da sua grande lista de sintomas físicos, isso se reverte em doenças, quanto mais liberação desse material psíquico reprimido maior será o seu equilíbrio energético. Quando se bloqueia quer de maneira consciente quer inconscientes as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio e à medida que você começa a digerir compreender e assimilar esse material que aflorou você conquistará seu equilíbrio energético e mais qualidade de vida.

    NO BRT escrevi: próxima sessão, frase “O que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino” Carl G. Jung e florais para a semana;

    - Pine: para continuarmos a trabalhar seu sentimento de culpa;

    - Scleranthus: para sua instabilidade emocional, melhorar sua indecisão;

    - Larch: para melhorar sua expectativa de fracasso por falta de confiança em si mesmo;

    - Star of Bethlehem: para continuar trabalhando seu trauma emocional e confortá-lo.

    - Rock Water: para torná-lo mais flexível em sua opinião menos rígido e intransigente ao ponto de reprimir necessidades vitais

    - Wild Oat: para dar mais clareza aos seus objetivos, amenizar sua insatisfação interior, e encontrar sua missão na vida

    Dando continuidade ao tratamento psicoterápico como Terapeuta havia necessidade de verificar através de processo interativo o que o cliente havia conseguido atingir a nível de autoconhecimento com relação a comportamento, elaboração de realidade, incremento na capacidade de maximizar oportunidades e minimizar condições adversas além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões.

    Descrição do atendimento: Começamos o aconselhamento com o cliente admitindo ter experimentado melhora, diz ter passado bem a semana se expressa mais confiante, mais sorridente, dormindo melhor, sente-se menos ansioso e expressando a necessidade de continuar a fazer mudança e gostaria de continuar com a psicoterapia, por isso acordamos mais sessões semanais com dia e horas marcados antecipadamente e devidamente agendados.

    Iniciamos a conversação nos atendo ainda ao material que aflorou. Hoje ainda iremos nos ater aquele seu sonho: sobre os elementos persistentes como o fato de sempre estar aprisionado num local e existir muito fogo a sua volta. Baseado em tudo que já conversamos poderia dizer que mensagem seu inconsciente tenta transmitir para você?_____ Na sua vida o que existe que te soa como prisão? Fica em silencio, pensando. De que se sente prisioneiro? Reflete. Você pensa em que? Prisioneiro de que? Do meu sofrimento, porque não posso dividir isso com ninguém. Não pode ou não quer? Sorriu é acho que não quero. E o elemento fogo a que pode ser relacionado? Alguns dizem que o inferno é aqui mesmo, eu tenho vivido um verdadeiro inferno tenho me torturado durante esses últimos anos. Quanto tempo? Mais ou menos 14 anos. Você é religioso? De freqüentar a igreja não, mas acredito em Deus. E no simbolismo religioso do inferno de fogo, literal como lugar de tormento acredita nisso? Acho que sim pelo menos é o que todos dizem. Todos quem? O padre na igreja, minha mãe, cresci ouvindo isso e as pessoas. Padre sua mãe e pessoas são apenas alguns não todos e você? Esse fogo do seu sonho, esse medo de morrer queimado no sonho pode estar relacionado com o medo de uma punição depois da morte? Sorriu sem graça e embaraçado confessou que isso o atormentava, concluindo que ninguém sabe ao certo o que acontece depois da morte. E esse seu tormento durante 14 anos, isso já não é uma punição? Você mesmo vem se punindo? Acho que sim. Na sua maneira de ver; Deus só pune ele não perdoa?___ O que é o perdão para você? Não sei explicar bem em palavras, perdão é quando a gente esquece se alguém fez mal pra gente. Como você vê esse assunto Deus não te perdoou? Sorriu e disse não ter certeza do que Deus leva em conta para perdoar, mas tem certeza que ele perdoa, mas ele também pune, a gente tem que pagar o que fez não é assim que funciona? Não sei, Preciso saber como isso funciona na sua cabeça. Só saberia se estivesse no mesmo tipo de situação que você se encontra, estou apenas tentando andar do seu lado para te ajudar a encontrar o caminho. A solução esta dentro de você estou tentando te ajudar a encontrá-la. E arrependimento? O que é pra você? É acordar todo o dia e desejar que nada daquilo tivesse acontecido. Existe possibilidade de mudar o que está feito? Não. Então esse tipo de pensamento é improdutivo. Como poderia resolver isso? Não sei. Sua formação religiosa poderia estar te influenciando em todo o seu sofrimento e em como tem se sentido? Acho que sim. Como pode resolver isso? Não sei. Já cogitou se aprofundar nessa questão para encontrar resposta? Já sei tudo o que vai ser dito. Por exemplo, acreditaria nessas mesmas coisas se tivesse nascido em outra parte do mundo? Não entendi muito bem. Quero dizer que seu sofrimento não existiria se você acreditasse em outros símbolos religiosos, por exemplo, se tivesse nascido num país mulçumano e não cristão? Apenas sorriu e acrescentou acho que sim. Notou como uma mesma situação pode constituir problema para uma pessoa e para outra não, muito depende de seus símbolos culturais, das suas crenças, da visão e do enfoque que se dá a vida. Existem outras possibilidades, a busca do conhecimento pode clarear pontos antes obscuros e levar a conexões não pensadas. Acredita na lei da gravidade? Sim. Esta não é a única lei que rege o universo. Existe uma lei chamada de Lei da Atração, nesta lei você atrai o que você pensa como se fosse um imã. Atraímos o que pensamos e nos tornamos o que pensamos. Isso nos leva a necessidade de monitorarmos o que pensamos e o que sentimos. Depressão, raiva, culpa, são sentimentos ruins te colocam numa freqüência ruim, geram más vibrações. Alegria, gratidão amor são sentimentos bons, geram freqüência boa celebram bons sentimentos, atrai bons fluidos. Nossos sentimentos produzem mecanismos de retorno, bons ou ruins depende de nós. De maneira que para sermos saudáveis no pleno sentido hoje temos não só de cuidar o que comemos, mas também o que pensamos.

    Se quiser mudar sua realidade tem de começar pelos seus pensamentos e “se fizer as coisas sempre do mesmo jeito, obterá sempre os mesmos resultados”.

    NO BRT escrevi: Data do retorno;

    Frase para meditar: “Na vida somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos”. Eduardo Galeno

    No caso do cliente nº1 a descrição do relato se deu quase passo a passo para dar a noção de como foi conduzido o procedimento terapêutico, agora a descrição dos clientes nº2 e 3 procederei de uma forma mais concisa, mas que se leve em conta que o procedimento terapêutico ocorreu da mesma forma que o descrito do cliente nº 1.

    No caso da Cliente n° 02 – 42 anos, dona de casa, com história de vida marcada por violência do pai alcoólatra, com frustração amorosa no primeiro casamento com crises depressivas de isolamento no quarto, preocupação excessiva com limpeza, querendo no momento controlar a vida do filho mais velho que saiu de casa buscando mais liberdade, iniciei o trabalho associando ao aconselhamento terapia corporal de relaxamento com o uso de aparelho eletrônico de massagem dando ao usuário os efeitos de vibração, compreensão, punção e rolos promovendo relaxamento de nervos e músculos regenerando musculatura cansada e aliviando tensão de uma vida estressante e por aparelho sincronizador e transferidor de ondas magnéticas (bioconversor de energia). Operação também denominada completar o ciclo do KI com a aplicação de ondas por ressonância propiciando o despertar dos recursos internos disponíveis para auto-harmonia. Para esse momento da cliente foram sugeridos os seguintes florais em seu BRT:

    - Beech: para a sua atitude excessivamente critica e intolerante, e para a sua pouca capacidade de compreensão.

    - Chicory: para personalidade possessiva que interfere demais na vida dos outros e pensa que pode manipular os outros;

    - Crab Apple: para pessoa que tem desejo exagerado de ordem, para a sua mania de limpeza;

    - Holly: pessoa emocionalmente irritada. Ciúme e suspeita, temperamento violento, sentimento de ódio, inveja.

    - Impatiens: pessoa impaciente, facilmente irritável, tem reações exageradas;

    - Vine: quer impor a sua vontade, pessoa ambiciosa e dominadora, “pequeno tirano”.

    Alem dos florais, sugeri que a cliente levasse pra meditar a seguinte frase: “Os problemas que criamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento que estávamos quando os criamos” (Albert Einstein).

    Nos atendimentos subseqüentes desta cliente o aconselhamento como forma de interação cliente/terapeuta, propiciou autoconhecimento e mudanças de comportamento, incrementando sua capacidade de tomada de decisões e realinhamento de comportamento e postura, alem de dar a ela possibilidade de “extrapolar emoções” – com momentos emocionantes e enriquecedores para seu processo terapêutico, com emoções e sentimentos reprimidos não compreendidos por décadas aflorando e vindo à tona de forma a serem trabalhados.

    Durante todo o processo terapêutico, afloraram várias situações que foram trabalhadas, mas relatarei apenas aquelas que achei ser o ponto onde a cliente teria que tomar consciência do que lhe ocorria, visto que se mostrava determinada e irredutível em agredir a avó do filho mais velho, fruto do seu primeiro casamento, acreditando ela que se a avó não o tivesse acolhido, sem alternativa, o filho teria voltado pra casa e também por considerar uma afronta o apoio da avó ao relacionamento amoroso que foi o verdadeiro motivo que levou o filho a sair de casa, devido à cliente não aceitar a futura nora.

    Com essas emoções conturbadas vinda a tona via aconselhamento, como profissional teria que propiciar a essa cliente durante a vivência o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva capaz de orientá-la para uma percepção maior desses sentimentos negativos que foram aflorados, que essas emoções conturbadas fossem compreendidas dando-lhe a oportunidade de fazer uma leitura correta do que estava acontecendo à sua volta naquele momento.

    Usando de “reflexo”, pude transmitir-lhe o que percebia em seus sentimentos mais profundos, funcionando como um espelho, a confrontei com o que esses sentimentos de raiva e medo estavam lhe indicando. Não houve reconhecimento do sentimento de medo, a cliente reconheceu apenas o de raiva.

    Questionei seu medo:

    - Poderia estar relacionado como sentimento de “ninho vazio”? Aceitava o fato que filhos crescem e casam? Sentia-se preparada para o papel de sogra? E para o papel de avó? Que tipo de sogra queria ser? Poderia estes sentimentos negativos estar relacionados com o fato de não se sentir preparada para essa nova fase da vida?

    Sua expressão facial diante de tais questionamentos deu-me a compreensão de ter despertado na cliente, a consciência de que não estava fazendo a leitura correta dos seus sentimentos e a partir desse momento ela passou a ter elementos para reformular novas possibilidades, de acolher com maior compreensão esses sentimentos e a aprender a lidar melhor com eles.

    Como terapeuta queria me assegurar de produzir nessa cliente a compreensão necessária da repercussão futura que suas ações poderiam produzir (como sua determinação de agredir), ou seja, as possíveis conseqüências geradas a partir de uma escolha presente. Dentro de um padrão de neutralidade de acordo com as NTSVs a cliente foi induzida a projetar-se no futuro através da técnica de Progressão com a finalidade de maximizar sua capacidade para a tomada de decisões através de viagem imaginativa produzir insights que a possibilitasse gerar opções de ações ainda não cogitadas e produzir soluções ainda não imaginadas.

    É com a intenção de obter esses resultados que o terapeuta se utiliza desse recurso, esperando através de previsões projetadas, fazer aflorar material que possa ser trabalhado em vivências futuras ou produzir lampejos de uma consciência maior do que a cliente possua para o momento.

    Na sua ficha de cliente foram anotados os procedimentos adotados e no BRT anotei próxima sessão, frase para meditar: ”Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantamos” (provérbio chinês) e os seguintes florais de Bach para este momento específico:

    - Walnut: para que a cliente se deixasse influenciar e se tornasse mais suscetível às mudanças e por ser o “floral da ruptura” propiciar melhoras para essa fase decisiva e propiciar novos começos na vida;

    - Willow: para liberá-la do sentimento vitima;

    - Beech: para facilitar a cliente se livrar de atitude excessivamente crítica e intolerante, e de melhorar sua capacidade de compreensão;

    - Cherry Plum: para evitar explosão temperamental descontrolada;

    - Chicory: para a personalidade possessiva que interfere demais na vida dos outros;

    - Holly: para amenizar a irritabilidade.

    E que estivesse atenta a possíveis sonhos para pontuações posteriores.



    No caso da cliente n°3 - E.R.S.V. 39 anos, com histórico de infância pobre, casamento falido, preocupação excessiva com a aparência.

    Esta cliente busca ajuda num momento muito difícil, sente-se mal casada, mas não tem coragem para tomar nenhuma atitude, traz várias somatizações traduzidas na descrição de diversos sintomas e problemas de saúde, trazendo um perfil sofredor, achando que a vida tem sido injusta com ela, medo de passar fome, preocupação excessiva em ser produtiva, cobrando o mesmo comportamento do marido, não relaxa nunca.

    Durante o aconselhamento que propicia uma interação na relação terapeuta/cliente, alem das inúmeras somatizações que a cliente apresenta, aparece forte bloqueio da infância e parte da puberdade, não se lembrando de nada, tendo apenas alguns flashes desse período.

    O material psíquico que tentamos manter longe da nossa consciência corporifica somatiza, quanto maior o esforço desprendido para negar lembranças ou desejos, maior será o grau de somatizações, sendo esta a profunda e verdadeira causa de enfermidades.

    A única maneira de alguns se harmonizarem é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações.

    Portanto para este caso iniciei o aconselhamento e sugeri vivência que proporcionasse “ex movere”, ou seja, mover para fora esse material reprimido da cliente, fazendo-a digerir, compreender e assimilar o material aflorado como um caminho onde a qualidade de vida pode ser ampliada e melhorada.

    Tendo o estado de relaxamento como fator determinante e facilitador em deixar física e mentalmente relaxada a cliente a fim de propiciar um fluxo mais livre para a associação de idéias, pensamentos e imaginação, usamos aparelhos de massagem e de biorressonância para melhorar o fluxo do KI, exercícios respiratórios e indução verbal.

    O terapeuta ao usar o recurso técnico da Regressão espera conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e fazer aflorar emoções reprimidas, lembranças traumáticas, ou sonhos para serem trabalhados na terapia holística. Na vivência dentro de um padrão de neutralidade de acordo com as NTSVs, e com tom de voz suave a cliente foi projetada no tempo e no espaço, retrocedendo-a a esse período que não se lembrava no intuito de produzir cartases emocionais que resultassem em alívio e simultaneamente ao contato com novos insights que se traduzissem numa maior compreensão do presente.

    Esse procedimento produziu uma cartase, expurgou sentimentos reprimidos que foram exteriorizados pela cliente através de uma “explosão de emoções” com sentimentos de tristeza e pesar, trazendo a consciência um estupro e muito choro, sendo essa explosão de sentimentos devidamente acolhidos por mim terapeuta.

    Via aconselhamento este estupro foi racionalizado com a cliente relatando que em tratamento numa sessão de massagem para a coluna, terminou numa relação sexual de maneira forçada com o profissional, dizendo-se jovem imatura e pressionada a não relatar a ninguém, descobriu uma gestação já por volta do terceiro mês, que levando ao conhecimento dele foi convencida a fazer o aborto para se livrar do problema, tratando-se de um menino que ela enterrou sozinha no meio da noite no jardim, causando-lhe essa lembrança uma dor imensurável e arrependimento ao ponto de se achar punida por Deus por não poder ter mais filhos. Esse fato segundo ela destruiu-lhe a vida e num processo claro de transferência deslocou fortes sentimentos de revolta para esta terapeuta responsabilizando-me por ter trazido à tona lembranças com as quais não conseguiria conviver.

    Racionalização é o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude ou ação, idéia ou sentimento que causa angustia. Usa-se a racionalização para justificar comportamento quando, na realidade, as razões para este ato não são recomendáveis.

    Transferência ocorre quando o cliente na vivência transfere fortes sentimentos deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico são elementos reprimidos que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro profissional/cliente sem que este tenha consciência do fenômeno em questão.

    Todo o material aflorado foi trabalhado na continuidade do processo terapêutico via aconselhamento, traduzindo o conteúdo vivenciado para o presente da cliente, ampliando seu autoconhecimento, sua capacidade de ser bem sucedida em elaborar novas possibilidades para sua vida dando-lhe subsídios para maximizar capacidades e minimizar adversidades. No BRT anotei data da próxima sessão e frase para meditar: ”O pessimista queixa-se do vento. O otimista espera que ele mude. O realista ajusta as velas e segue em frente”. Willian Georg Ward. Para este momento específico da cliente usei os seguintes Florais para trabalhar seus sentimentos e emoções:

    - Agrimony: para seus pensamentos dolorosos e inquietação interior;

    - Pine: para possibilitar lidar melhor com seu sentimento de culpa;

    - Star of Bethlehem: “o confortador da alma” para traumas emocionais ainda não trabalhados;

    - Walnut; “floral da ruptura” para propiciar a essa cliente um novo começo rompendo com o padrão passado e estabelecendo um novo começo;

    - White Chestnud: depois da cartase onde a cliente trouxe à tona a causa do seu sofrimento dizia: “como vou lidar com isso agora” esse floral ajudaria para esses pensamentos não ficarem girando em circulo na cabeça, para poder livrar-se deles;

    - Wilow: para trabalhar sentimento de vítima.


    RESULTADOS

    Todos os clientes trazem fortes aspectos emocionais como pano de fundo na causa dos desequilíbrios, os trabalhos realizados com Psicoterapia permitiram a todos os clientes entrarem em contato com seu lado obscuro, com material inconsciente e reprimido, seus traumas, seus medos, desejos; e os Florais de Bach permitiram que prestassem mais atenção a suas emoções funcionando como catalisador-facilitador propiciando ao atendimento Psicoterápico uma resposta mais dinâmica para chegarem ao autoconhecimento.

    Em todos os casos avaliados me surpreendi com algumas respostas obtidas com os Florais acerca de emoções específicas que precisávamos trabalhar.

    Avaliando sob enfoque quantitativo os resultados obtidos cheguei à seguinte conclusão sobre cada cliente:

    Cliente nº 1 – Esse cliente trouxe como característica acentuado ceticismo e apatia agravados por introspecção e timidez parecendo ter desistido de dar qualquer sentido mais significativo à vida, do tipo que “vivo por viver” sendo necessário transpor essas barreiras para colocá-lo em contato consigo mesmo, com seus sentimentos e emoções. Os florais deram a esse cliente condições propícias a uma melhor compreensão lhe ampliando a consciência, trabalhando suas características acentuadas de personalidade atuando num nível que só o aconselhamento não me permitiria chegar.

    Com o Wild Rose- sua desmotivação, sua resignação e desinteresse pela vida foram trabalhados, motivando-o para encontrar novos interesses pela vida apesar dê; o Willow - ajudou-o a deixar de ser ressentido a não fazer tanto o papel de vítima tornando-o menos negativo frente às circunstâncias da vida a se aceitar melhor, desenvolver responsabilidade pessoal e pensamento construtivo, Hearth – ajudou com a sua introspecção ao não dirigir o assunto apenas para si, direcionou-lhe a aprender a ouvir, escutar o que os outros falam aprendendo dessa forma a comunicar-se melhor, Gorse – liberou-o do sentimento “será que adianta mesmo” e ajudou-o com sua desesperança maximizando sua capacidade de se aceitar. Outros sentimentos e emoções aflorados e compreendidos foram trabalhados com os florais de modo que lhe permitiram ganhar uma compreensão melhor da forma como se sentia. Suas somatizações praticamente desapareceram bem como seu perfil de só falar de doença se tornando uma pessoa mais suave e leve recentemente passou quando saiu de férias e alegre me comunicou sua primeira viagem ao exterior, dizendo achar que merecia se dar esse presente.

    Cliente nº2 – Essa cliente chegou carregada de mágoa, ódio, intolerância, extremamente crítica, autoritária, ciumenta e a aplicação dos Florais funcionou como facilitador para a cliente entender suas emoções.

    Quando a cliente se mostrou determinada em agredir a ex-sogra e na vivência aplicamos técnica de Progressão onde projetamos possível conseqüência gerada a partir da presente atitude aliada aos Florais de Bach proporcionou a essa cliente uma visão ampliada da que possuía para o momento, podendo ela através do Chicory amenizar sua personalidade possessiva que interfere na vida dos outros, Beech melhorou sua intolerância com a maneira de ser dos outros, Walnut a tornou mais maleável, suscetível á mudança, e romper com o padrão de comportamento anterior, o Holly a tornou mais serena e o Cherry Plum trouxe-lhe coragem, força, espontaneidade, e devolveu-lhe serenidade paz, apesar das adversidades internas e externas dando-lhe grande capacidade de desenvolvimento, produzindo grandes avanços de comportamento propiciando a ela a oportunidade de fazer uma leitura correta do que estava acontecendo ao seu redor ao ponto de retornar para sessões posteriores com uma tomada de consciência adquirida ampliada, com mudanças no padrão de comportamento tendo o autoconhecimento lhe proporcionado sintonizar suas emoções e sentimentos com o seu momento de vida presente.

    A cliente apresentou evolução nos seus relacionamentos familiares, sua expressão facial se tornar mais amena à medida que trabalhava seus sentimentos profundos, mostrou o desejo de continuar em terapia pelo menos uma vez por mês, segundo ela para uma revisão para verificar se continuaria no rumo certo, admitindo dificuldade em mudar algumas características de sua formação que estavam profundamente arraigadas na sua personalidade, e que não acha fácil mudar de uma hora para outra; em sessões posteriores quando solicitei que fizesse algo capaz de surpreender quem a conhecia e até ela mesma confessou-me um dialogo interessante que teve com a futura nora quando a convidou para um final de semana julgando ter sido um bom começo e que havia conseguido surpreender o filho e o marido que não esperavam tal atitude dela, e que não foi tão difícil quanto havia imaginado, que ela própria também havia se surpreendido. Nota-se um esforço consciente da cliente para compreender seus sentimentos e emoções, o autoconhecimento adquirido a tornou menos ebulitiva, amenizou sua personalidade violenta e irracional, mas não ao ponto de levá-la ao equilíbrio

    Cliente nº3 - Esta cliente se apresentou ansiosa, auto-estima baixa, amarga, exigente, depressiva achando que a vida é injusta, fazendo inúmeras somatizações, trabalhamos bloqueios apresentados proporcionando a ela mover para fora esse material reprimido, quando conseguimos essa cliente passou a apresentar processos de transferência e racionalização muito fortes, que funcionaram como obstáculo ao crescimento, pois dificultaram aceitar a realidade, requerendo esforço e habilidade para conseguir levar essa cliente a mudar o padrão e estabelecer forças motivadoras reais e genuínas, onde ela pudesse reverter o sofrimento em algo mais suave e ameno, aceitar suas ações passadas e obter um aprendizado aplicável ao seu presente, que ampliasse seu autoconhecimento e sua qualidade de vida. A aplicação do floral Agrimony ajudou-na a aplacar seus sentimentos dolorosos e sua inquietação interior, o Pine proporcionou que lidasse melhor com sua culpa, o Willow: liberou-a do sentimento de vitima do destino, amenizou sua amargura e ressentimento, o Star of Bethlehem: produziu conforto a sua alma trabalhou seu trauma emocional dando-lhe uma compreensão e aceitação melhor de suas atitudes anteriores, agora quando acrescentado White Chestnud para aqueles que sofrem de pensamentos indesejáveis e persistentes, este floral devolveu-lhe a calma e um espírito mais equilibrado por trazer-lhe clareza ao pensamento e silêncio interior calando a voz interna que a acusava aplacando em muito a sua dor. À medida que houve uma compreensão melhor de suas ações passadas, esta cliente experimentou mudanças no enfoque que dava a vida, melhorou sua auto-estima a medida que aplacou seu sentimento de culpa, passou a sentir-se mais digna como ser humana, no decorrer do processo terapêutico o autoconhecimento proporcionou uma diminuição das suas somatizações e mudou o padrão de comportamento de vitima, passando adquirir mais firmeza e equilíbrio, reconhecendo melhor suas limitações e suas potencialidades, passou por uma cirurgia de vesícula, mas seu estado geral de saúde melhorou, por problemas financeiros mudou-se para outra cidade, por isso descontinuou a terapia, mas mostrava-se satisfeita com os resultados obtidos segundo ela “viver ficou mais leve”. Embora não se consiga resolver todos os problemas existenciais de um cliente num curto espaço de tempo, pode se considerar positivo o resultado alcançado no sentido que ajudamos a cliente a achar o começo do fio da meada, a continuidade do processo e a dinâmica foram colocados a disposição dela de maneira clara que a partir de agora sabe qual o caminho aonde buscar ajuda quando necessitar.


    DISCUSSÃO

    Os trabalhos realizados com Psicoterapia, associados aos Florais de Bach permitiram aos meus clientes se enxergarem de uma forma diferente a que estavam habituados.

    Percebi que a Psicoterapia permite resultados positivos nas patologias que tem componente emocional envolvido.

    Todo o indivíduo tem um valor em si, independente do que realiza ou visualiza o que acontece é que na maioria das vezes a pessoa não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. E grande parte dos conflitos que carregamos são criados e produzidos na infância; no nosso trajeto de aprendizado geramos insatisfações amarguras, cultivamos descrenças, medos, reprimimos emoções, como conseqüência dum processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de expressão e manifestação foi podada por adultos que nos orientavam e por padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por cobranças, pelo constante apontar de defeitos e falhas, todas essas limitações impostas a nós nesse estágio inicial de aprendizado e pelo fato de ainda estarmos em formação com o passar do tempo esses sentimentos vão se solidificando gerando bloqueios que se tornam como adubo deixando o solo fértil para as somatizações

    Nosso corpo/mente e energia se mantêm em constante interação com a mente/energia do universo. Em nosso corpo físico cada célula dá algo apóia as outras e é apoiada. Esse fluxo dinâmico de “dar e receber” é a essência de toda célula; o mesmo processo se faz necessário entre as pessoas, é essencial para que a vida continue e as sociedades cresçam e se aperfeiçoem e perdurem . Quando há uma distorção nas relações, nesse padrão de troca de “dar e receber” o ser humano gera conflitos que complicarão seus relacionamentos. O que se recebe em maior ou menos medida costuma ser diretamente proporcional ao que se dá. O aconselhamento me propiciou como terapeuta trabalhar as causas do sofrimento, dar aos clientes a oportunidade de enxergar os valores que estão atribuindo as suas vidas, de ajudá-los a desenvolver sua singularidade e acentuar sua individualidade, a assumir sua responsabilidade diante de si mesmos, dos outros e do mundo em torno de si e também me deu a oportunidade de colocar à disposição do cliente vários dispositivos de apoio para seus conflitos.

    Em todos os casos houve benefício da ação sutil e transformadora dos florais pertinentes aos desequilíbrios emocionais compreendidos e devidamente avaliados que os clientes trouxeram a superfície para serem trabalhados durante a terapia permitiram maior rapidez e fluidez aos processos psicossomáticos e a liberação desse material reprimido empreendendo ao processo psicoterápico um dinamismo que não seria obtido se aplicasse apenas aconselhamento.

    Quando consciente ou inconscientemente tentamos manter longe da lembrança fatores psíquicos que nos são dolorosos criamos bloqueios que serão revertidos em somatizações, tal atitude, embora a principio pareça um bom mecanismo de defesa em diminuir momentaneamente o sofrimento emocional, entretanto manter esse material reprimido infinitamente bloqueado gera desequilíbrios que não serão resolvidos sem que haja uma ampliação da consciência; todo e qualquer tratamento será paliativo desviando a manifestação da desarmonia para outra parte do corpo, e a terapia floral dá conta do desafio de atuar nos véus que criamos, nas nossas máscaras, nossa persona, existindo florais específicos para cada característica de personalidade consciente, no caso as preocupações e a mágoa, que formam como que um véu que encobre ainda emoções menos aceitas, à medida que aplicamos o floral adequado, aquele véu se desfaz gradativamente aceitando esta emoção, resgatando sua energia para ser transmutada em alguma ação produtiva.

    Assim sucessivamente a cada novo véu que aflora uma nova formula sempre se adaptando a nova emoção trazendo consigo sempre novo material psíquico reprimido tudo isso acontecendo num ritmo que varia de um individuo para o outro, mas sempre num processo mais rápido que a terapia puramente verbal.


    CONCLUSÃO

    O ser humano em sua incessante busca por entendimento dos fenômenos da vida física tem procurado entender e explicar o sofrimento e a dor como regra geral percebendo as doenças como algo a ser eliminado a qualquer custo.

    No entanto ao eliminarmos pura e simplesmente o sofrimento físico, sem levarmos em conta o significado simbólico e existencial dos sintomas é como se não recebêssemos uma importante mensagem enviada pelo nosso inconsciente, como algo positivo para o desenvolvimento emocional e espiritual do indivíduo. Jung nos revela que durante o desenvolvimento do indivíduo tudo aquilo a respeito de nós mesmos que preferimos não manter na consciência torna-se aspectos “sombrios” de nossa personalidade.

    Embora “ocultos na sombra” esses aspectos renegados de nossa consciência procurarão todas as formas possíveis de se expressarem e serem aceitos e integrados na personalidade.

    O surgimento da física quântica abriu as portas para um entendimento diferente da realidade em que vivemos, demonstrando ao nível das partículas que tudo o que nos rodeia, tudo aquilo que temos como real “concreto” é na verdade energia. De acordo com o entendimento que mesmo matéria densa é energia, aquilo que nos define como seres humanos passam a ser entendido não só através de padrões genético-constitucionais e padrões incorporados através das experiências adquiridas, mas também por uma série multidimensional de sistema de energia sutil que se influenciam mutuamente, e que se convencionou chamar de campos energéticos ou campos áuricos.

    Os limites da Medicina e da Psicologia têm sido desafiados ao longo das ultimas décadas, pelo surgimento de novos modelos explicativos da realidade que nos rodeia e que faz parte do objeto de estudos das Terapias chamadas Alternativas e Holísticas servindo esse modelo explicativo como base para práticas energéticas milenares realizadas no mundo oriental e que começaram a ser mais difundidas nas sociedades ocidentais ao longo das ultimas décadas. Estamos diante de um novo modelo explicativo onde o ser humano não é somente percebido como uma “sofisticada máquina biológica”, um conjunto de células, tecidos e órgãos, mas um ser constituído por múltiplos sistemas energéticos que se influenciam reciprocamente. O ser humano das Terapias Holísticas é um ser humano composto de realidades multidimensionais e energéticas que nossos olhos não podem ver, mas que nem por isso deixam de existir. O estado de saúde e o surgimento dos sintomas de doenças passam a ser entendidos através de uma compreensão mais profunda do quanto nosso corpo físico, nossos pensamentos e emoções afetam esses padrões energéticos e vice-versa, e os desequilíbrios nesse delicado sistema vibratório ou energético é que levam ao surgimento dos mais diversos sintomas físicos, emocionais e mentais e para que a saúde possa ser restaurada, é necessário levar em conta que não somos feitos só de corpo físico, mas de corpos energéticos sobrepostos à estes.

    Portanto conclui que a aplicação das técnicas terapêuticas aprendidas no curso de Psicoterapia aliadas a estímulos dos campos energéticos quer seja através da Terapia Floral ou Terapia corporal deram conta do desafio de causar transformações profundas tanto da personalidade como do padrão de comportamento propiciando aos meus clientes alcançar melhoras na qualidade de vida, a cada atendimento se tornava perceptível transmutações no comportamento através da ampliação da consciência tornando a reversão dos desequilíbrios possível e diminuindo as somatizações.

    Pude perceber como Terapeuta que a aplicação dos Florais de Bach junto com estímulos no campo energético através de aparelhos vibracionais acelera o aflorar de material psíquico reprimido num ritmo bem mais rápido do que a psicoterapia puramente verbal, isso ficou claro no cliente nº1, quando afirmou que havia feito diversos tratamentos terapêuticos, mas nenhum havia conseguido fazer aflorar seu material reprimido, e na cliente nº3 onde o relaxamente desarmou o mecanismo de defesa que mantinha, permitindo o “ex movere” do material reprimido que fluísse livremente, em ambos os casos possibilitou uma dinâmica que até então eu como terapeuta não havia conseguido, resultando em grandes benefícios de alívio para os clientes.

    Esses métodos dão ao Terapeuta Holístico a possibilidade de trabalhar resgatando técnicas milenares de outrora e ao mesmo tempo dá conta do desafio de possibilitar um exercício profissional que atenda as exigências do Código de Ética, das NTSVs, da Legislação Brasileira, trabalhando “desequilíbrio”.


    REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


    1. BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    1. FILHO. H.V. Psicoterapia Holística. 1ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2007.

    2. FILHO. H.V. Tutorial Terapia Holística. 3ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2004.

    3. FILHO. H.V. Florais de Bach: uma visão mitológica, etimológica e arquetípica. 4ª edição. São Paulo. Editora Pensamento. 2004.

    4. FILHO. H.V. O Microcosmo Sagrado O Segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento. 2ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2006.

    5. JUNG. C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.

    6. JUNG. C.G. O homem e seus símbolos. 22ª edição. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964.

    7. JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    8. JUNG. C.G. A pratica da psicoterapia. 9ª edição.

    9. WEIL. PIERRE. Holística: uma nova visão e abordagem do real. São Paulo. Palas Athenas. 1999.








    ANEXOS E APÊNDICE


    1 CODIGO DE ÉTICA – TH 001

    2 NTSV - PH 001 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA


    1 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL – TH 001


    1. SUMÁRIO

    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TH 001.

    Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.


    2. PREFÁCIO  

    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
      Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado”.
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.


    3. INTRODUÇÃO

     É essencial para toda profissão estabelecida à existência de um Código de Ética a apresentar os princípios fundamentais que norteiam as boas práticas. Esta Norma ratifica o Código de Ética já em vigor na Terapia Holística, tão somente adequando-o à formatação normativa, tornando ainda mais transparente sua essência de adesão espontânea e voluntária.


    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos

    4.2 Objetivo definir os princípios fundamentais quanta à ética de atendimento ao cliente, relacionamento com as demais profissões e publicidade.

    4.3 Referências Normativas

    NTSV — TH 002;

    BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica;

    NTSV — TH 003;

    FC — Ficha de Cliente.


    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilibrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a proposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.


    5.2 Símbolos e Abreviaturas

    TH — Terapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.


    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato de o Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.


    5.3.3 Produtos e equipamentos

    Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos reconhecidos pelo SINTE — Sindicato dos Terapeutas, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto e/ou equipamento. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta, pois os produtos jamais serão cobrados à parte (um só preço quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: produtos preparados nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruir o cliente, que irá adquiri-los diretamente.

    5.3.4 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos


    5.3.4.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS.

    O Terapeuta Holístico

    I — Trabalhará para a promoção do bem-estar do indivíduo, da coletividade e do meio ambiente, segundo o paradigma holístico; II — Manterá constante desenvolvimento pessoal, científico, técnico, ético e filosófico, através de supervisão, terapia e/ou psicoterapia, cursos e similares, estando a par dos estudos e pesquisas mais atuais na área, bem como dos trabalhos milenares e tradicionais, além de ser estudioso das ciências afins; III — Usará em seus trabalhos, métodos os mais naturais e brandos possíveis, buscando catalizar o auto-equilíbrio da pessoa atendida, despertando-lhe os seus próprios recursos harmonizantes; IV — Orientar-se-á, no exercício de sua profissão, pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 10/12/1948 pela Assembléia Geral Das Nações Unidas.
    5.3.4.2 DIREITOS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO

    5.3.4.2.1 — Exercer a profissão de Terapeuta Holístico sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo, nacionalidade, cor, opção sexual, idade, condição social, opinião política ou situações afins;
    5.3.4.2.2 — Utilizar-se de técnicas que não se lhe sejam vedadas ou proibidas por lei federal, podendo, inclusive, fazer uso de instrumentos e equipamentos não agressivos, bem como produtos cuja comercialização seja livre, além de orientar a pessoa atendida através de aconselhamento profissional;
    5.3.4.2.3 — Recusar a realização de trabalhos terapêuticos que, embora sejam permitidos por lei, seja contrário aos ditames de sua consciência;
    5.3.4.2.4 — Suspender e/ou recusar atendimentos, individual ou coletivamente, se o local não oferecer condições adequadas, ou se não houver remuneração condigna, ou, ainda, se ocorrerem fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com a pessoa a ser atendida, impedindo o pleno exercício profissional;


    5.3.4.3 RESPONSABILIDADES GERAIS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO

    5.3.4.3.1 São deveres do Terapeuta Holístico:

    §1 — Assumir apenas trabalhos para os quais esteja apto, pessoal, técnica e legalmente; §2 — Prestar serviços terapêuticos somente se: em condições de trabalho adequadas, de acordo com os princípios e técnicas reconhecidos ou pelas Tradições Milenares, ou pela prática, ou pela ciência e, sobretudo, pela ética; §3 — Zelar pela dignidade da categoria, recusando e denunciando situações onde a pessoa atendida esteja sendo prejudicada; §4 — Participar de movimentos que visem promover a categoria e o paradigma holístico em geral; §5 — Estar devidamente registrado para o exercício de sua atividade profissional quer seja como autônomo ou como pessoa jurídica; §6 — Manter-se em dia com as obrigações definidas pelo SINTE;


    5.3.4.3.2 — Ao Terapeuta Holístico é vedado:

    §1 — Usar títulos e especialidades profissionais que não possua; §2 — Efetuar procedimentos terapêuticos sem o esclarecimento e conhecimento prévio da pessoa atendida ou de seu responsável legal; §3 — Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais; §4 — Aproveitar-se de situações decorrentes do atendimento terapêutico para obter vantagens física, emocional, financeira, política ou religiosa; §5 — Exercer técnicas de aconselhamento profissional, caso ele próprio há mais de 03 meses não esteja se submetendo a tratamento terapêutico e/ou psicoterápico de manutenção; §6 — Reduzir o tempo de cada sessão a fim de aumentar o número de atendimentos; §7 — Permitir que a pessoa atendida, durante a sessão, fique sem o acompanhamento de corpo presente de um profissional qualificado, em especial se estiver recebendo aplicação ou sob efeito de quaisquer técnicas terapêuticas;


    5.3.4.4 DAS RELAÇÕES COM OUTROS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS E OUTRAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS

    O Terapeuta Holístico:

    5.3.4.4.1 — Não será conivente com erros, faltas éticas, crimes ou contravenções penais praticadas por outros na prestação de serviços profissionais;

    5.3.4.4.2 — Não intervirá na prestação de serviços de outro Terapeuta Holístico, salvo se: a pedido do próprio profissional; quando comunicado por qualquer uma das partes da interrupção voluntária do atendimento; quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada; em situações emergenciais, devendo comunicar o fato imediatamente ao outro Terapeuta Holístico; e, em situações descritas no §3, dando ciência do ocorrido;
    5.3.4.4.3 — No relacionamento com profissionais de outra áreas, trabalhará dentro dos limites das atividades que lhe são reservadas pela legislação e reconhecerá os casos que necessitem também dos demais campos de especialização profissional, encaminhando-os às pessoas habilitadas para a tais funções;


    5.3.4.5 DO SIGILO PROFISSIONAL

    5.3.4.5.1 — O sigilo protegerá a pessoa atendida em tudo àquilo que o Terapeuta Holístico venha a tomar conhecimento como decorrência do exercício de sua atividade profissional;
    5.3.4.5.2 — O menor impúbere ou interdito estará igualmente protegido, devendo ser comunicado aos responsáveis apenas o estritamente necessário para promover medidas em seu benefício;
    5.3.4.5.3 — Com autorização da pessoa atendida, o Terapeuta Holístico poderá repassar dados a outro profissional, desde que o recebedor esteja igualmente obrigado a preservar o sigilo por Código de Ética e que, sob nenhuma forma, permita a estranhos o acesso às informações;
    5.3.4.5.4 — O Terapeuta Holístico tem o dever de garantir, em seus atendimentos, condições adequadas à segurança da pessoa atendida, bem como à privacidade que garanta o sigilo profissional;
    5.3.4.5.5 — Em caso de falecimento do Terapeuta Holístico, este órgão, ao tomar conhecimento do fato, providenciará a incineração de seu arquivo confidencial;
    5.3.4.5.6 — A quebra do sigilo só será admissível se tratar-se de fato delituoso e a gravidade de suas conseqüências para o próprio atendido ou para terceiros justificar a denúncia do fato; ainda assim, o acontecido será julgado por Comissão de Ética a ser designada.


    5.3.4.6 DA COMUNICAÇÃO AO PÚBLICO, DA DIVULGAÇÃO DE PESQUISAS E ESTUDOS E DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL
    5.3.4.6.1 - Ao Terapeuta Holístico, na realização de seus estudos e pesquisas, bem como no ensino e treinamento, é vedado:
    §1 — Interferir na vida dos sujeitos, sem o consentimento dos mesmos, além de informá-los sobre as possíveis conseqüências de tais atividades; §2 — Promover experiências que envolvam qualquer espécie de risco ou prejuízo a seres humanos, animais ou meio ambiente; §3 — Negar o livre acesso das pessoas envolvidas aos resultados das pesquisas ou estudos, se estas assim o desejarem; §4 — Deixar de citar as fontes consultadas ou de mencionar as contribuições prestadas por assistentes, colaboradores ou outros autores, bem como utilizar-se de informações particulares ainda não publicadas, sem autorização expressa do autor.
    5.3.4.6.2 — Em todas as comunicações e/ou divulgações públicas, o Terapeuta Holístico omitirá ou alterará dados que possam conduzir à identificação da pessoa ou instituição envolvida, exceto se houver interesse manifesto das mesmas e autorização expressa.
    5.3.4.6.3 — O Terapeuta Holístico ao promover publicamente seus serviços:
    §1 — Informará com exatidão o número de registro; §2 — Não poderá utilizar o preço de serviço como forma de propaganda; §3 — Não proporá atividades que impliquem invasão ou desrespeito a outras áreas profissionais; §4 — Em hipótese alguma fará previsão taxativa de resultados ou se utilizará de conteúdos falsos ou sensacionalistas; §5 — Não fará uso de expressões, palavreado técnico, roupagens ou quaisquer artifícios que possam induzir o público a acreditar que pertence a outra categoria profissional que não seja a de Terapeuta Holístico


    5.3.4.7 DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS

    5.3.4.7.1 — Os honorários serão fixados com dignidade e com o devido cuidado, para que corresponda a uma justa retribuição aos serviços prestados, lembrando que o Terapeuta Holístico para manter a qualidade de seu trabalho precisa de recursos financeiros para investir em supervisão, cursos, estudos, terapia e/ou psicoterapia o que, indiretamente, implica em benefício da pessoa atendida;
    § Único — Se o Terapeuta Holístico reduzindo o valor de seus honorários, deixar de cumprir qualquer recomendação do Código de Ética, em especial o item II dos Princípios Fundamentais e os §6 e§7 do 5.3.4.3.2, diminuindo, assim, o padrão de qualidade exigido, estará exercendo concorrência desleal;
    5.3.4.7.2 — A fim de tornar a profissão de Terapeuta Holístico reconhecida pela confiança e aprovação da sociedade, os honorários poderão ser adaptados às condições financeiras do atendido, tomando este ciência da excessão feita e comunicando-se o fato a este órgão, para que não se caracterize como concorrência desleal;


    5.3.4.8 DA OBSERVÂNCIA, APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA.

    5.3.4.8.1 — Esta entidade assessorará os Terapeutas Holísticos na aplicação deste Código e sua observância, além de acatar denúncias de quaisquer procedências, instaurando investigação sigilosa (só terão amplo acesso aos dados as partes diretamente interessadas, ou seja, denunciante e denunciado, ou seus representantes);
    5.3.4.8.2 — As infrações ao Código de Ética acarretarão penalidades várias obedecendo critérios estabelecidos pelo SINTE, além da suspensão e até mesmo da perda de seu registro;
    5.3.4.8.3 — Competirá a esta entidade firmar jurisprudência quanto aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código o qual poderá ser alterado mediante proposta da Diretoria e desde que aprovada em reunião oficial;


    5.3.5 Constatação de Conformidade:

    O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos

    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    Vide Capítulo Anexos Informativos.



    2 NTSV - PH 001 PSICOTERAPIA


    NTSV — PH 001 Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão

    NTSV — PH 001.Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão.
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização


    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — PH 001
    Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização


    2. PREFÁCIO  

    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
     A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém que passa a ser favorecido pela "lei de mercado”.
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.


    3. INTRODUÇÃO  

    A Terapia de Regressão conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia de Regressão.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título Terapia de Regressão — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.


    4.3 Referências Normativas

    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato- psíquico. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avaliam os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.


    5.1.2 PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato- psíquico. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.


    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a posposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.


    5.1.4 TERAPIA DE REGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de Regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.


    5.1.5 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.


    5.1.6 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.


    5.1.7 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.


    5.1.8 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.


    5.1.9 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    5.1.10 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.


    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THP — Psicoterapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;
    TR — Terapia de Regressão


    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.


    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou

    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Psicoterapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Procedimento em primeira consulta

    5.3.3.1 — Avaliar pré-requisitos e contra-indicações:

    5.3.3.1.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permanecer guardada junto à ficha do cliente.

    5.3.3.1.2 — Contra-indicações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

    5.3.3.2 — Explicar o processo de Regressão com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial:

    5.3.3.2.1 Quanto à duração e continuidade do trabalho;

    5.3.3.2.2 Que a TR é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

    5.3.4 Procedimento para as demais sessões:

    5.3.4.1 Após a 2a consulta já pode ser praticada a TR.
    5.3.4.2 Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao TH avaliar exceções.

    5.3.4.3 Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de Regressão, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.


    Autor: : ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO - TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 42753
    Última atualização: 29/12/2008 13:12


    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

     

    Mitiyo Oshiro Takemoto CRT  38660 - Terapeuta Holística

      

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

      

    Sumário

     

    • Introdução ................................................................................................................... iv
    • Apelo aos cientistas........................................................................................................iv
    • Expansão.........................................................................................................................v
    • Cultivo da Energia Sexual.............................................................................................. v
    • Energia Sexual.............................................................................................................. vi
    • Chacras ponte para a consciência superior................................................................... vi

    - Chacra Básico..............................................................................................................vi

    - Conscientização..........................................................................................................vii

    -Os três Nadis principais...............................................................................................vii

    • Os Três Tan Tiens (três mentes ou três veículos) ........................................................vii
    • Dois Cérebros (relação intestino e cérebro).................................................................viii
    • Os Três Granthis (três nós)..........................................................................................viii
    • Desmistificando a Kundalini.......................................................................................viii
    • Bindú..............................................................................................................................ix
    • Pulmões – Relação pulmões e coração...........................................................................x
    • Rins – Relação órgãos sexuais e os rins..........................................................................x
    • Rejuvenescimento – dentro das técnicas taoístas...........................................................xi

    - Exercitando os músculos esfíncteres...........................................................................xi

    • Massagem.....................................................................................................................xii
    • I Ching – O mandamento Divino – A lei do Universo................................................xiii
    • Budismo.......................................................................................................................xiii
    • Material e Metodologia................................................................................................xiii
    • Discussão.....................................................................................................................xiii
    • Conclusão.....................................................................................................................xiv
    • Bibliografia...................................................................................................................xv

     

      

    INTRODUÇÃO

    Estarei relatando sobre um tema que coliga a sexualidade e a espiritualidade, assim estarei desmistificando a Kundalini.

    A filosofia do Chi faz parte da cultura chinesa há milhares de anos, sendo que a palavra Chi possui muitas traduções como: Ki, energia, ar, prana, respiração, força vital, essência vital, fogo central, bioenergia, calor interno entre outros. É a vida doando força que cria movimento e sustenta o universo. O Chi que faz os planetas, os sóis e as estrelas girarem uns ao redor dos outros. É o movimento dos átomos em todos os corpos físicos, ele que faz a semente crescer e se tornar uma vigorosa árvore, é o que faz o feto se desenvolver e tornar-se um ser humano adulto.

    O Chi é o que anima todas as coisas vivas, nutrindo os ciclos da vida. O Princípio do Yin e Yang (o símbolo Tai Chi); o Tai significa grande – e o Chi significa Energia, Grande Energia. A Kundalini , DNA, Bindú e I Ching todos estão ligados a ele.

    O mundo pulsa, expande e explode! É o macrocosmo na dança do Yin e Yang, gerando vida e movimento.

    O nosso corpo, sagrado microcosmo, é uma partícula do macrocosmo, tendo os mesmos elementos como: terra, água, fogo, ar e éter, que estão ligados aos nossos sete chacras, o nosso ser.

    Assim descreverei sobre as forças da criação, a importância da energia sexual como ela esta ligada a espiritualidade, o como se nutre adequadamente essas energias.

    A importância enorme entre a energia sexual e a saúde que estão absolutamente interligados, e que sem essa energia não existe força criativa.

    Um apelo à humanidade – Dedicado à evolução integral do ser humano. O Equilíbrio dessa energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

     

    APELO AOS CIENTISTAS

    Atualmente, a Kundalini está sendo discutida em todas as sociedades, em todas as línguas e países do mundo. Especialmente os jovem cientistas devem dedicar-se ao reconhecimento e à compreensão dos efeitos da Kundalini em si próprios e nas outras pessoas. Os médicos e os cientistas precisam formar uma ponte entre a dimensão subjetiva interior da consciência espiritual e a dimensão empírica da ciência como fizeram Einstein, Itzhak Bentov e o Dr. Motoyama. Esse é o momento para avançar audaciosamente e investigar, de forma cientifica, a experiência da Kundalini. Seu despertar é tanto um evento psicofisiológico como uma realidade espiritual. O estudo de seu amplo potencial é a mais nova fronteira da ciência. Imagine os importantes benefícios obtidos no tratamento de moléstias, quando se revelar cientificamente que determinados sons e formas (mantras e yantras) podem ativar os sistemas fisiológico e físico do organismo.

    Experiências científicas para a avaliação e determinação dos efeitos das praticas do tantra e da ioga contribuirão imensamente para acelerar a evolução do homem. Tenho absoluta convicção e confiança nos extraordinários efeitos da ioga para curar o corpo doente do homem, aprimorar sua personalidade e transformar seu nível de percepção consciente. Dr. Motoyama transpôs as divergências e demonstrou a realidade cientifica da Kundalini e o conseqüente benefício para a humanidade.

    A ioga apresentar-se-á como uma grande força mundial e alterará o curso dos acontecimentos do mundo.

    Hari Om Tat Sat.

    Swami Satyananda saraswati,

    Fundador, Bihar School of Yoga,

    Monghyr (Bihar), India

    30 de Julho de 1981

     

    EXPANSÃO

    Quando, no momento da criação, nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia: uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina. Os chineses deram a essas energias primárias, a denominação de Yin e Yang, há uns milhares de anos. Do jogo dessas duas forças surgiu a criação: o Yin feminino é fecundado continuamente pelo sêmen masculino do Yang, dando origem à vida em suas infindáveis e múltiplas formas. No plano físico do homem, esse jogo de forças se manifesta como sexualidade. Através dela, o homem esta ligado ao ato incessante de criação da vida.

     

    CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL

    No momento um óvulo Yin da mulher é fecundado pelo espermatozóide Yang do homem, imediatamente se divide em duas células básicas, uma célula Yin e uma célula Yang, logo a seguir, essas duas células se dividem em mais duas, Yin e Yang e assim sucessivamente elas vão se dividindo e se multiplicando, gerando órgãos Yin e Yang que vão dar forma à estrutura do embrião, que se transforma em feto.

    A energia sexual é a união primordial das forças Yin e Yang que impulsiona o universo, pois sem essa energia não estaríamos aqui.

     

    ENERGIA SEXUAL

    Os taoístas não vêem o sexo e a energia sexual sob uma questão moral, para eles é mais uma questão de saúde.

    A energia sexual, é a energia mais potente que existe, é a energia criativa, ou seja, a pura energia da vida.

    A sexualidade se manifesta no universo o tempo todo, através da natureza, dos animais e nos humanos. Ela é um dom que recebemos e tem que ser utilizada, assim como a natureza deu, ela cobra.

    A pessoa que não tem atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa de bloqueios energéticos.

    A energia sexual é uma força criativa que se move pelo corpo, alimentando as emoções, os pensamentos e criando o impulso do desejo. Ela não é benéfica somente para o corpo, é também o combustível das emoções e do espírito, é o alimento para todo o nosso ser: o corpo, a mente e o espírito, pois eles devem trabalhar juntos, como diziam os sábios taoístas.

    Assim que você começar a entender a sua energia, como ela é, e para o que realmente existe, terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhá-la e como interagir com as pessoas ao seu redor, principalmente com o sexo oposto.

    A energia sexual envolve vários assuntos, como a Kundalini, Bindú, DNA, Yoga, Tantra, Sahajoli, Pompoarismo, dois cérebros e Três Tan Tiens.

     

    CHACRAS – PONTE PARA A CONSCIÊNCIA SUPERIOR

    Os chacras são uma ponte amorosa de conhecimento e percepção e através deles é possível conhecer realmente a origem do Karma.

    Os sete chacras humanos (sete flores de loutus – sete virtudes); muladhara, suvadhistana, manipura, anahata, vishudh, ajna e sahasrara (em sânscrito). Sete chacras animais – sete pecados; atala, vitala, sutala, rasatala, talatala, hahatala e patala. Dentro de cada um de nós existe: um ser animal, um ser humano e um ser divino. Essas são as três dimensões da nossa existência.

    • Chacra básico – é a base de todos os chacras, é o alicerce do mundo e de tudo, é onde reside a energia mais poderosa e que dá o impulso para o nível superior, para todos os caminhos do conhecimento, é a energia da Kundalini, ela possibilita a evolução “iluminação”. É a força motriz que evolui verdadeiramente: seja física, inteligência, emoção, paixão, sexualidade, espiritualidade, clarividência, clariaudiência, paranormalidade, entre outros.

    O crescimento espiritual e os chacras: É muito difícil alcançar a evolução espiritual, abrir o horizonte e ir além da fronteira, obtendo um conhecimento profundo da natureza sem despertar os chacras e a Kundalini.

    • Conscientização (considerações gerais). O amor é como a terra, quanto mais você semeia, mais trabalho dá, então faça um esforço, trabalhe esse amor em seu próprio benefício, dando mais amor para você mesmo.
    • Os três Nadis principais e o sistema nervoso – Os Nadis principais são: sushumma, pingala e ida. A Kundalini quando é despertada sobe pelo mesmo caminho dos três Nadis principais.

    O Sistema nervoso e o endócrino comandam toda atividade do corpo. O sistema nervoso impulsiona o movimento e a ação através das secreções ou hormônios. As forças elétricas (chacras) ou vitais é que dão vida a esse sistema.

     

    OS TRÊS TAN TIENS (TRÊS MENTES OU TRÊS VEÍCULOS)

    O universo é quase todo baseado no três: três Tan Tiens, são três grandes centros reservatórios de energia que circulam dentro e fora do corpo através dos chacras.

    Os três Tan Tiens conectados significam ou representam a força “YI”: o corpo, a mente e o espírito devem trabalhar juntos, é a bioeletromagnética. Nos últimos 5000 anos os taoístas, tem utilizado essa energia bioeletromagnética para melhorar o seu modo de vida e para estabelecer uma relação com o universo.

    “Bioeletromagnetismo” é o termo ocidental para a força vital. Bio é vida, Eletro é a energia Yang do céu existente em todos os planetas e estrelas, magnetismo é a energia Yin da terra ou a força gravitacional existente em todas as estrelas e planetas.

    Três Tan Tiens – O primeiro Tan Tien é a cabeça, o centro de observação e quanto maior a energia maior é a capacidade cerebral.

    O segundo Tan Tien – É o centro da consciência, onde está o coração. O coração tem memória, guarda sensações, sentimentos e emoções. Ele pode registrar um acontecimento com todos os detalhes e se lembrar depois porque tem o seu próprio cérebro. O Dr. Pearseal, escreveu no seu livro que as pessoas que fizeram transplante cardíaco, acabam na verdade adquirindo as emoções do doador. Essas pessoas realmente sentem tudo que o doador sentiu, um dos casos foi de uma garota que foi brutalmente assassinada e não se sabia quem havia matado. No entanto o coração estava em perfeito estado e foi transplantado em outra garota. Depois disso a garota começou a ter pesadelos nos quais alguém a matava, ela foi levada ao psiquiatra que acabou entrando em contato com a policia. A garota deu a descrição exata do assassino e chegaram a fazer o retrato falado perfeitamente dele. Com essas informações a polícia foi capaz de prender o assassino.

    O terceiro Tan Tien  É a base da percepção, é o segundo cérebro, o centro sexual, é bastante sensível, e quando a cabeça fica fraca por stress, neurose ou medo, pode enfraquecer o centro sexual “a perda do bindú”, por que a cabeça e o centro sexual se comunicam intimamente entre si. Portanto, quando enfraquece a cabeça de cima enfraquece a cabeça de baixo.

     

    DOIS CÉREBROS (RELAÇÃO INTESTINO E CÉREBRO)

    Para a manutenção da saúde geral é necessário um bom funcionamento gastrintestinal. O intestino é reconhecido como “um órgão inteligente”, pela capacidade de selecionar alimentos, ou seja, ele aproveita o que é útil para o organismo. Ele possui os mesmos neurônios da célula do cérebro e por esse motivo é chamado de o segundo cérebro. O segundo cérebro é muito sensível.

    Os taoístas já tinham esse conhecimento há mais de 4700 anos.

     

    OS TRES GRANTHIS (TRÊS NÓS)

    Todos nos temos nós em níveis leve, médio ou forte e eles estão nos três Tan Tiens “três centros de energia”, muladhara, anahata e ajna, ou seja, corpo, mente e espírito. Esses nós podem ser desatados pelo sistema taoísta, a psicoterapia e a yoga terapia.

     

    DESMISTIFICANDO A KUNDALINI

     

    KUNDALINI – A FORÇA SAGRADA – FORÇA IGNEA – FOGO SERPENTINO é bastante poderosa e muito temida devido a falta de informação (conhecimento). A energia da kundalini é a energia cósmica, ela vem do sol oculto penetra na terra e aí nós absorvemos. Ela não é apenas sexual, é também emocional e espiritual. Esta energia cósmica ao ser despertada e ativada, sai do chacra raiz, através dos três nadis principais, o sushumna, ida e pingala, sobe pela medula queimando resíduos etéricos como um fogo líquido serpentino, ascendendo e ativando cada chacra em seu trajeto ou subida. Ela tem conexão direta com a espiritualidade (bindú).

    O poder da kundalini propicia o progresso do discípulo desabrochando nele vários dons: clarividência, clariaudiência, vitalidade criadora e geradora.

    Quando esta energia está desenvolvida ativa a espiritualidade e intensifica a inteligência e estimula a afeição desinteressada, desde que esta ativação se faça com a vitória do espírito sobre a matéria, pois ela tem ligação com o karma (destino).

    Neste trabalho a kundalini está focada na energia sexual e espiritual, que é a energia da felicidade (doçura) latente na espinha dorsal. Em geral, ela está enrolada e adormecida no final da base da coluna e é representada como uma serpente que se move ao longo da mesma.

    Quando ela é ativada sexualmente (orgasmo), sobe pela coluna ativando todos os chacras e órgãos até o bindú (energia sexual – iluminação – nirvana – êxtase).

    Esse fogo serpentino é bastante poderoso, no entanto instável (vulnerável), por esse motivo ela é considerada perigosa, mas, se praticarmos o sexo de maneira saudável, com muito amor, paixão, respeito, sinceridade e uma entrega total (cumplicidade entre dois seres), teremos a doce energia da kundalini circulando dentro de nós.

     

    BINDÚ

    “Gota ou marca”. O bindú pode ser interpretado como: néctar ou essência, intocado ou Portal do Brama, e é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico. É o fio que liga o cérebro a medula e os órgãos sexuais.

    Localização: cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) – está na região do chacra lalana e vishudh, e quando está cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. É aqui que armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática – hormônios sexuais; a energia sexual revitaliza o cérebro.

    O bindú circula dentro do canal principal, o sushumna, cuja substância é de três gunas (três qualidades) e encontra-se no centro da coluna vertebral. Dentro do sushumna existe um canal chamado vajra e dentro dele um outro canal chamado chitrini, e o bindú está encovado no chitrini, e seu interior alonga-se desde o pênis até a cabeça (bindú). No interior do vajra está o chitrini, que é sutil, brilhante e tão fino como o fio da teia de aranha, e ele atravessa todos os chacras que estão localizados na coluna vertebral, ele é a inteligência pura. Dentro do chitrini encontra-se o nadi brama (bindú), e é tão bonito como um reflexo de luz, tão fino como um filamento de lótus e brilha nas mentes dos sábios. É extremamente sutil, ativador do conhecimento absoluto, concretizador de todas as glórias e a sua natureza é a consciência pura. O Portal de Brama brilha em sua abertura, e esse lugar é a entrada para a região espargida por ambrósia, conhecida como Ponto Essencial; trata-se da abertura do sushumna (também envolve os dois chacras inferiores).

    Bindú Visargha quer dizer literalmente “queda da gota”, mas visto que “gota” se refere ao néctar, esta frase fica mais significativa como sendo “a sede do néctar”.

    O bindú deve ser mantido no nível mais alto, que é “o domicílio do néctar”, pois quando ele cai ao nível mais baixo vai para o centro sexual, onde se transforma em esperma.

    Segundo a tradição, o bindú localiza-se perto do topo do cérebro na direção da parte posterior da cabeça, e nesse local existe uma ligeira depressão, onde se concentra uma pequena quantidade de secreção líquida. Dentro desta depressão existe uma elevação mínima, que é a localização exata do bindú na estrutura física. Os nervos cranianos partem deste ponto, inclusive os nervos ligados ao sistema óptico. O processo pelo qual o néctar é segregado pelo bindú é estocado no chacra lalana no orifício nasal, é purificado pelo chacra vishudh. O vajra faz parte da conexão Kundalini e Bindú. É através do sahajoli (pompoarismo) que o bindú é mantido no nível mais alto.

     

    PULMÕES – RELAÇÃO PULMÕES E CORAÇÃO

    Os pulmões e o coração são inseparáveis.

    A função dos pulmões é oxigenar e eliminar as toxinas das células dentro do sangue.

    O coração recolhe o sangue do corpo e envia para os pulmões, e recebe o sangue oxigenado de volta devolvendo para o corpo. Recolhe novamente e envia para os pulmões. Esse processo se repete o tempo todo. Enquanto existir vida, o coração e os pulmões não param e não descansam, a única maneira de ajudar nesse processo é fazer o exercício de respiração correto. “O coração é o presidente e os pulmões são os ministros”.

    O ar ou prana contém nutriente (vitalizante) e é o nosso primeiro e último alimento, nos pulmões cabem de três a quatro litros de ar, e quando fazemos uma respiração superficial, apenas chegam a meio litro e isso acaba causando stress e tensão. Lembre-se que os pulmões são a bomba enquanto o coração é a válvula e não o contrário como muitos afirmam. Se ficarmos cinco minutos sem respirar morremos.

    Para fazer a respiração correta é necessário aprender a técnica de respiração de três Tan Tiens.

     

    RINS – RELAÇÃO ORGÃOS SEXUAIS E OS RINS

    Os rins têm a função de filtrar o sangue, enquanto os pulmões limpam as toxinas das células. A energia ancestral está nos rins, ele é “o repositório do vigor sexual”, por isso é necessário dar uma atenção especial a esses órgãos.

    Segundo a medicina chinesa esse órgão é o que regula a função sexual.

    Os testículos e ovários têm ligação direta com os rins e as glândulas supra renais, portanto é importante fortalecê-los se quisermos aumentar a potência e longevidade sexual, lembrando sempre que a energia sexual é a energia mais potente que existe “energia vital”. Ela não é apenas sexual é também o combustível que circula pelo corpo, alimentando as emoções os pensamentos e criando o impulso do desejo. A energia sexual é a energia criativa, ela é a pura energia da vida. 

     

    REJUVENESCIMENTO – DENTRO DAS TÉCNICAS TAOÍSTAS

    Os antigos taoístas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres internos, que são: a boca, os olhos, as narinas, o ânus, os genitais e o períneo. Eles estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo: como digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em perfeita saúde, é muito importante que esses músculos se contraiam simultaneamente estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Os taoístas descobriram os segredos dos músculos esfíncteres observando os bebês e as crianças e uma de suas metas das pratica taoísta é tornar-se tão vibrante, vigoroso e vivificante como uma criança.

    Por meio de exercícios específicos desses músculos reconduzem nosso corpo à harmonia com o Tao, assim vamos poder resgatar a juventude.

    Esses exercícios fazem parte do sahajoli. Trata-se do chacra básico e da importância do fortalecimento da base em todos os sentidos, pois ele é o chacra da Kundalini.

    Vamos poder comprovar o efeito da técnica imediatamente após o primeiro exercício. Será possível sentir a energia vital, essa vibração vivificante que tínhamos na infância.

    Observe um bebê mamando: enquanto sua boca suga ritmadamente, os olhos se contraem em uníssono, o ânus e o trato urinário se contraem e relaxam em harmonia com a boca, enquanto as mãozinhas se abrem e fecham em sincronia com a sucção exercida pela boca. Esse movimento sincronizado bombeia a energia por todo corpo.

    Consequentemente, quando nós adultos temos contrações e relaxamentos harmoniosos dos músculos esfíncteres, nosso corpo fica pleno de energia e saudável. Por outro lado, quando esse ritmo está desequilibrado, por stress, doença ou tensão, a energia do corpo se esgota.

    Todos os músculos esfíncteres do corpo se refletem uns nos outros, e a reflexologia sexual, revela essa íntima conexão. Os músculos esfíncteres do rosto revelam os músculos esfíncteres do trato urogenital, do ânus e do períneo e quando existe um desequilíbrio de energia sexual ela é revelada nas características externas da face. Além disso, esses músculos influenciam diretamente na saúde dos órgãos internos e essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas do corpo.

    • Exercitando os músculos esfíncteres.

    Contrair a boca e sugue as bochechas para dentro da boca, criando uma sucção na boca. É algo semelhante a brincar de fazer “boca de peixe”. Contraia e relaxe por, no mínimo 9-36 vezes, sinta a conexão entre a boca e o resto do corpo. Perceba a conexão entre a boca e os músculos esfíncteres inferiores, ânus, períneo e base do pênis / parte inferior da vagina.

    Piscar os olhos rapidamente e olhar ao seu redor. Exercitar os músculos esfíncteres ao redor dos olhos melhora a visão e mantém a umidade deles. Também é um ótimo exercício para despertar o corpo, pois estimula o sistema nervoso.

    Pisque os olhos durante, 30-60 segundos. Estimular esses músculos em volta dos olhos ajuda a abrir o diafragma urogenital.

    Contrair o ânus: contraia e relaxe o ânus. Sinta a energia dos centros inferiores correndo pelo seu corpo. Pela contração do ânus, fortalecemos a conexão entre todos os músculos esfíncteres do corpo.

    Contrair o períneo e a vagina: contraia e relaxe os músculos da vagina e períneo. Trata-se do mesmo músculo que é usado para interromper o fluxo da urina esse músculo, tal como o ânus é à base do centro sexual. Fortalecendo o períneo e a vagina, a mulher torna-se capaz de conter a energia sexual em vez de deixá-la escorrer para fora do corpo. O fortalecimento do períneo é o primeiro passo de muitas outras práticas taoístas, como o “impulso orgástico ascendente” e o “poderoso bloqueio”. Você pode contrair e relaxar o períneo a vagina e o ânus ao mesmo tempo, para criar mais força no diafragma urogenital.

    Contrair os olhos, a boca, o ânus e a glândula prostática é um exercício que ativa o centro cerebral. Quando um homem contrai a glândula prostática é ativada a glândula pineal, a glândula prostática tem uma conexão estreita com a glândula pineal que é considerada um segundo órgão sexual. É como dizem “o maior órgão sexual é a cabeça”.

     

     TERAPIA CORPORAL 

     

    A terapia pelo toque (obs.. "massagem" é um termo inadequado em relação à legislação e mercado brasileiros) relaxante é benéfica porque ela libera as tensões reprimidas causadas pelo stress, e estabelece comunicação entre o corpo e a mente. Ela vem sendo usada a milhares de anos como meio de alcançar a saúde o relaxamento e a longevidade. A massagem é de extrema importância, pois aumenta a circulação, elimina as tensões musculares e gera energia positiva. Dê muito carinho e amor para o seu coração, ele merece ser recompensado e a massagem ajuda o coração a relaxar, descansar, devido à melhora na circulação do sangue. A massagem Tuiná é muito especial e ela pode ser aplicada ou recebida por qualquer pessoa.

    A auto "massagem" nos rins, estimula e energiza os mesmos e é de vital importância para manter a saúde deles.

     

     

    I CHING  O MANDAMENTO DIVINO, A LEI DO UNIVERSO

     

    O tratado das mutações (natureza). O equilíbrio dinâmico dos cinco elementos faz parte do

    I Ching, os 64 hexagramas do I Ching e as 64 possíveis combinações de proteínas do código genético do DNA.

    I Ching, Tao e Budhi caminham juntos, são inseparáveis.

     

    BUDISMO

    A semente, a mãe do budismo é o hinduísmo.

    • Os três veículos do budismo.

    Primeiro veículo (primeiro TT) Hinayna, é o budismo da inocência, pureza, espiritual (jejum absoluto).

    Segundo veículo (segundo TT) Mahayana, o budismo da comunicação, expansão (jejum moderado).

    Terceiro veículo (terceiro TT), Trantrayana (vajrayana), o budismo da sexualidade. Tantra-Yoga e Kundalini-Yoga fazem parte do vajrayana, sahajoli.

    O busdismo de três veículos (três TTs) é o verdadeiro, completo e integral (é a mãe natureza).

    A mãe natureza é muito sábia, se ele é agredida ela devolve com violência, basta observar o planeta terra.

     

    MATERIAL E METODOLOGIA

     

    Foram usados livros para consultas, assisti palestras e workshops voltados à holística, estudos sobre filosofia taoísta, budista, I Ching (naureza), templos e igrejas.

    A soma de alguns conhecimentos próprio e alheios, as vivencias com alunos, colegas e professores, orientadores e amigos e também profissionais ligados a medicina ortodoxa.

     

    DISCUSSÃO

    A importância de olhar para o passado, observar o presente (refletir e filosofar) para poder projetar o futuro (novos horizontes) assim que se alcança a própria evolução.

    Apesar de me sentir às vezes leiga sobre o assunto e ser uma autodidata, usei muito e ainda uso o I Ching, e esse livro ajuda no meu caminho de evolução e no caminho de quem o utilizar. O I Ching foi baseado no principio do Yin e Yang (o Tai Chi, a grande energia).

    O Dr. Motoyama teve sua experiência pessoal com a kundalili, porém para isso usou o acetismo aquático todos os dias (banho de água gelada) por um longo período de tempo e com a prática conseguiu a levitação (o corpo já conseguia e se desligava do chão).

    Baseada em minhas experiências vivenciei as duas faces da energia da kundalini, percebi que quando ela está fluindo corretamente não existe desgaste físico ou mental, em caso dela não estar fluindo de forma positiva, ela desequilibra o corpo e a mente.

     

    CONCLUSÃO

    Conclui que os segredos de quem nós somos está nos chacras (kundalini) eles falam, eles sentem e pensam.Tudo está aqui no Tai Chi (grande energia) é o início de tudo, o começo da evolução humana. Cheguei à conclusão que todas as pessoas deveriam conhecer os chacras com profundidade para conhecer verdadeiramente a si mesmo e consequentemente conhecerá o próximo.

    O princípio do Yin e Yang está em tudo e em todo o universo porque sem essa energia, nada existiria no caso do nosso corpo essa energia flui através de nossa kundalini.

    Acredito que o conhecimento compartilhado é conhecimento em dobro, por isso compartilho.

      

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

    • Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    • Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    • Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    • Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    • Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Série Manu – Apostila número 2, segunda edição

    • Super Interessante – Edição 235 – Jan/2007
    • Curso de fundamento de I Ching – O Tratado das Mutações, apostila da Sociedade Taoísta do Brasil.

     

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - CRT 38660 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal Indiana

    Terapia Corporal Indiana

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque

     

    Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

    3. Princípio filosófico de origem.

    4. Noções básicas sobre os Chakras, Nadis.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

                  Tudo que desejamos no plano físico é possível de realizar se obtiver consciência de que a capacidade de criação é natural ao Ser Humano.

                  Devido às condições de preconceitos sociais, culturais e até mesmo religiosos, o ser perde essa capacidade de sentir e criar e passa a crê que tudo depende do mundo externo, das pessoas e quem sabe se DEUS permitir. Se sentindo vazio e frustrado.

                  A terapia corporal por si só já é um agente de carinho, permitindo que a pessoa se preencha deixando de está carente de algo que ela própria não sabe explicar. Apenas que é bom.

                  Agora imagine uma técnica que além de tocar o físico, possa tocar também o corpo energético, fortalecendo e sobrepondo a mente que boicota, para simplesmente Ser o que tem de Ser, na sua verdadeira forma de Natureza interna e individual.

                  Atingir verdadeiramente a sua essência através do toque (deeksha), insuflado através dos mantras e naturalmente o realinhamento dos chakras acontece.

                  A Terapia Corporal Indiana proporciona o realinhamento dos centros energéticos (chakra) e das emoções e conseqüentemente descongestiona o fluxo emocional negativo registrado na capa corporal.  Portanto além de extremo relaxamento, produz equilíbrio e auto estima, revigorando o desejo de ser feliz.

                 

                 

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

      

    Terapia Corporal Indiana Tântrica

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

     

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque.

     

                  Insuflar energia no corpo, limpando os elementos astrais com a identificação do toque.

                  A Terapia Corporal Indiana é uma técnica codificada através de preâmbulos advindos do livro denominado de tantra ensinando princípio comportamental de vida, onde o objetivo principal é um processo de higienização da mente, do corpo físico e do corpo emocional através de fórmula ritualística; incluindo o comportamento sexual ritualístico e metafísico. O toque é a parte principal do ritual maithuna (ato sexual metafísico). Sendo que os contextos deste toque (deekshas) foram transformados em uma técnica de Terapia Corporal sensibilizatória com o intuito de promover equilíbrio energético através do mantra, aroma, pranáyáma e manobras sutis corporal de forma circular para reconectar e polarizar a energia da pessoa que está para receber o deeksha (toque) levando a mesma ao conhecimento do seu EU INTERIOR.

                  Foi desenvolvida com a finalidade de integrar os sete corpos básicos, alinhando-os e purificando-os para que exerçam sua função da auto liberação da consciência. Em outras palavras, a Terapia Corporal Indiana Tântrica proporciona um encontro entre os elementos constitutivos do homem e os elementos essenciais do Ser.

                  O homem é terrestre, telúrico, corporal, o qual se expressa através de uma personalidade social, e sétuplo, testemunho incogniscível do Cosmos e do Ser-persona, onde está o Purusha.

                  O Purusha é o verdadeiro ser interior. Aquele que está acima e dentro do corpo, do etérico, do emocional, do mental, do intuitivo e dentro do espiritual. Domina todo ele, passivamente, aglutinando-os, mas não interferindo; organizando-os de modo não-perceptível.

                  Ao conjunto dos corpos sutis, tais como: emocional, telúrico, mental, intuicional e espiritual, dão-se o nome de psicocorpo (koshas). De modo geral, podemos chamá-lo de corpo psíquico, embora o termo não condiga com a totalidade do significado.

                  Esse corpo pode sofrer mudanças tanto benéficas quanto maléficas, dependendo de como nos comunicamos com ele. Ele sente os reveses do meio ambiente na forma de stress emocional, mental e sexual, influindo diretamente no corpo físico a nível neurológico e muscular, cristalizando-se numa gama imensa de reflexos.

                  Num esquema simples, poderíamos dizer que ao aplicarmos as manobras da terapia corporal no corpo físico, atuaremos também no psíquico. Esse procedimento se movimenta em ondas, do físico para o energético e para o emocional, do emocional para o mental, do mental para o intuitivo. Daí em diante então poderá se manifestar o Purusha. O ponto principal de atuação nesse corpo psíquico é através da respiração e dos mantras que será insuflando durante o toque físico usando como ponto principal os chakras para aportar o fluxo de energia emanada durante o procedimento de aplicação.

                  A Terapia Corporal Indiana surgiu do principio filosófico tântrico derivado da técnica do maithuna (ato sexual metafísico) que em sua primeira importância é adquirir sabedoria deixando de ser um ato sexual carnal para algo absolutamente transcendental.

                  A técnica desta terapia corporal consiste em deixar o ser humano mais sensibilizado e com a sua libido mais ordenada, podendo transmutar esta energia no dia-a-dia em forma pensamento, em forma trabalho ou em forma de expressão harmoniosa.                                                        

     

    3. PRINCÍPIO FILOSÓFICO DE ORIGEM

     

                  Tantra é um termo masculino, como em geral acontece nas palavras terminadas em "a" no idioma sânscrito. Tantra origina-se das palavras TANOTI (expansão) e TRAYATI (consciência), evocando a possibilidade de crescimento da consciência através do Sadhana (prática). A palavra também pode significar "livros". Livros onde são ensinados exercícios, história, ciência, filosofia, atitudes de higiene física e mental, bem como, modo de vida, sexualidade e atuação social. Todo tratado sistemático concernente à prática que leva à "expansão do ser" está representado pela raiz TAN (de estirar ou estender) e o sufixo TRA (instrumentalidade). Obtêm então a palavra TAN-TRA, ou seja, literalmente, "instrumento de expansão" do campo de consciência comum, para alcançar a supra consciência, raiz do Ser e receptáculo dos poderes desconhecidos que o tantra pode despertar e utilizar.

                  No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas. Já conheciam a atração interplanetária, a luz e sua velocidade, extensa teoria a respeito do calor, da gravitação, dos Nakshastras (casas lunares), bem como o ano lunar e solar. Enquanto as outras culturas do mundo ainda engatinhavam, na Índia se desenvolvia a ciência do som (sphotavada).

                  Toda a sistemática do Tantra se desenvolve principalmente através dos Tatwas (elementos: terra, fogo, água, ar e éter) que derivam a força de consciência macrocósmica. A Terapia Corporal Indiana Tântrica se desenvolve através de elementos físicos para dar ordem a elementos mais sutis. O resultado será de uma consciência pura, da energia de ação, energia de conhecimento. Traduzindo; É a recepção do ato de consagração, absorvido pelo o fluxo de energia desprendido da entoação dos mantras e, portanto serem o verdadeiro deeksha (toque divino).

                  O Nyasa (identificação): neste caso tem uma série de características especiais. Entre elas:

    a) identificação com várias partes do corpo físico.

    b) identificação com várias partes dos corpos sutis.

    c) identificação visual (auditiva externa ou interna) dos vários sons primordiais (bija-mantras ou mantra semente).

    d) identificação interior com as deidades evocadas.             

                  Por isso a Terapia Corporal Indiana é muito sutil e transcendental, a importância dela jamais será no corpo físico e sim no corpo sutil (espiritual ou energético). Depois de algumas sessões a pessoa que esta recebendo a energia passa ser um verdadeiro iniciado, mudando completamente seu padrão vibratório energético.

                  Num período muito curto ele perceberá que suas ações já não serão mais a mesma, ou seja, o ponto foco de clareza de um objeto emocional ou racional à sua frente passa ser dominável. Não sendo mais um grande obstáculo de 10 metros de altura, simplesmente é um obstáculo, mas, com 2 metros, ou seja, é possível pensar como transpô-lo.

                  Vamos relembrar ou conhecer os chakras que é a ponte principal para a passagem de energia aplicada nesta técnica.

       

    4. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE OS CHAKRAS

     

                  Chakras são centros energéticos que  trabalham em sintonia entre si e com todo nosso corpo físico e psíquico, estando inter-relacionados com os sistemas parassimpático, simpático e sistema nervoso autônomo. Sua função é vitalizar, equilibrar e interagir com o corpo físico e o corpo psíquico, trazendo o desenvolvimento para a consciência.

                  Chakra é a denominação sânscrita dada aos centros de força existentes nos corpos energético do homem; também são chamados de lótus ou rodas. O seu fluxo de movimento caminha por canais sutis denominados de nadis e seus canais principais são Sushumna, Ida, Pingala,

     

    • O chakra básico - Muladhara  Energia vital

                  Assenta o mundo dos instintos - consciente.

                  Consciência física. Posse Material

                  Discernimento espiritual

     

    • O chakra energético - Svaddhisthana  Fé - Confiança

                  É a entrada no inconsciente - novo nascimento se assim podemos dizer.

                  Impulso sexual e de luta.

                  Transmutação, Criação de uma nova personalidade

     

    • O chakra plexo solar - Manipura  Conhecimento

                  Assenta as emoções – paixões e o inferno produzido por si próprio.
                  Vida emocional instintiva e desejo de realização espiritual.

     

    • O chakra cardíaco - Anahata  Sentimentos

                  Começo do self - pensamento e valores.

                  Autoconsciência vital – Vida Afetiva – Amor Universal

     

    • O chakra laríngeo - Vishuddha  Percepção e purificação.

                  Reconhecimento da independência da psique - pensamento abstrato – conceitos -               produtos da imaginação.

                  Expressão psicológica – Inspiração e expressão criadora.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra frontal - Ajña  Conhecimento interior

                  União do self no todo, não no ego.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra coronário  Sahasrara  Sabedoria

                  É o suporte de o próprio SER.

                  Energia anímica - vontade

                  Realização espiritual.

     

    Veja abaixo  as funções, cores e  localização de cada chakra.

     

    1. Muladhara Chakra – (sico)

                  Este é o chakra que nos conecta as energias de terra, que nos enraíza. É a sede da Kundalini.

    Localização: Entre o ânus e os genitais, base da coluna vertebral.

    Glândula: Gônadas  Excitam a esfera dos sentimentos e desenvolve os instintos fundamentais

    Hiperfunção: Exagerados sentimentos altruístas e, ao mesmo tempo, egoístas. Forte vontade. Tendência à posse e ao domínio. Otimismo, expansão e iniciativa.

    Hipofunção: Timidez. Depressão. Apatia. Pouco rendimento qualitativo.

    Propósitos: Sentimentos sinestésicos, movimento.

    Lição espiritual: Interagir com o  mundo material.

    Giro: no sentido horário no homem – anti-horário na mulher

    Em desequilíbrio: Irritação, raiva, medo de viver, apego excessivo e baixo estima.

    Em equilíbrio: Confiança na vida, segurança pessoal, satisfação, estabilidade, força e coragem interior e auto-estima.

    Informações armazenadas no chakra: Convicções familiares, superstições, lealdade, instintos, prazer físico, dor, toque.

     

     

    2. Svaddhisthana Chakra –  (Energético)

                  É o centro de energia vital

    Localização: Quatro dedos abaixo do umbigo.

    Glândula: Supra Renal: Espírito de luta. Capacidade de reação. Energia das reações psíquicas.

    Hiperfunção: irrascibilidade, agressividade, espírito belicoso, ressentimento, inadaptabilidade, exaltação psíquica.

    Hipofunção: Exagerada sensibilidade a dor, perseverante, serio e trabalhador, mas dominado pela a tristeza e pela a depressão, neurastenia, submissão, abatimento.

    Giro: sentido horário na mulher e anti-horário no homem

    Lição espiritual: Manifestação, aprender a "deixar fluir".

    Em desequilíbrio: - Ciúme, possessividade, instintos reprimidos, tensão, tristeza.

    Em equilíbrio: Fluidez natural da vida em todos os sentidos: corpo e mente, entusiasmo, ações produtivas, franqueza, naturalidade.

    Informações armazenadas no chakra: Dualidade, magnetismo, controlando padrões, sentimentos emocionais (alegria, raiva, medo).

     

    3. Manipura Chakra - (Plexo solar)

                  Este é o chakra do centro do poder pessoal.

    Localização: Em média cinco dedos acima do umbigo (mas precisamente no centro do estômago).

    Glândula: Pâncreas

    Hiperfunção: apatia temperamental, lentidão psíquica.

    Hipofunção: depressão do tônus psíquico, excitabilidade, irrascibilidade.

    Propósitos: Entendimento emocional

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aceitação de seu lugar no fluxo de vida (amor-próprio).

    Em desequilíbrio: Tendência a moldar tudo sob seu próprio ponto de vista, egoísmo, inquietação, insatisfação, descontrole, nervosismo, ansiedade, falta de concentração, medo de novas experiências e medo de rejeição.

    Em equilíbrio: Auto estima, sensação de paz e harmonia, aceitação da vida e do próprio crescimento, autoconfiança, valorização das riquezas interiores e exteriores.

    Informações armazenadas no chakra do plexo solar: Poder pessoal, personalidade, consciência de o próprio ser dentro do universo (senso de pertencer).

     

     

    4.  Anahata Chakra –  (Chakra cardíaco).

                  Este  chakra é o centro da essência divina, do amor universal, inclusive é o que equilibra ou desequilibra os três primeiros com os três últimos chakras.

    Localização: No centro do peito.

    Glândula: Timo

    Hiperfunção: Emotividade excessiva, abulia, timidez, grande imaginação evocativa. Fator predisponente à preservação moral e sexual.

    Hipofunção: Apatia, debilidade mental.

    Giro: horário para a mulher e anti horário para a mulher.

    Propósitos: Abnegação, amor universal, perdão e paz.

    Lição espiritual: Perdão, amor incondicional, deixar fluir, confiança, compaixão.

    Em desequilíbrio: Doação excessiva de si, desespero, ódio, inveja, medo, ciúme, raiva, depressão, angustia, indiferença, brutalidade e frieza.

    Em equilíbrio: Amor, compaixão, confiança, inspiração, esperança, generosidade, solicitude, calma, alegria, equilíbrio.

    Informações armazenadas no chakra do coração - conexões com aqueles que amamos e o amor incondicional.

     

    5. Vishuddha Chakra – (Chakra laríngeo)

                  Este  chakra é a fonte da expressão e comunicação criativa.

    Localização: na garganta aproximadamente um dedo abaixo do pomo de Adão.

    Glândula: Tireóide

    Hiperfunção: Irreflexão, inconstância, impulsividade, inquietude, imaginação muito viva, insônia.

    Hipofunção: Apatia, lentidão nos processos psíquicos, inteligência atrasada, depressão, linguagem deficiente, muito sono.

    Propósitos: Aprender a  assumir responsabilidade pelas suas próprias necessidades, ressonância do ser, comunicação e expressão.

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aprender a render-se à vontade divina, fé, verdade sobre a  decepção.

    Em desequilíbrio: Dificuldade de se mostrar e expressar-se, tomar decisões. Insegurança, crítica, timidez, medo da opinião alheia e falta de autoridade.

    Em equilíbrio: Livre expressão de pensamentos, conhecimentos e sentimentos; criatividade na comunicação, voz potente e clara, eloqüência, capacidade de ouvir com atenção e com o coração honestidade interior, fé, vontade, sensação de total integridade.

    Informações armazenadas no chakra da garganta: Autoconhecimento, verdade, atitudes, audição, gosto, cheiro.

     

    6. Ajnã Chakra – (Terceiro olho)

                  Este  chakra é  o centro dos poderes psíquicos.

    Localização: No meio da testa, entre as sobrancelhas.

    Glândula: Hipófise

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e combatividade, tendência ao domínio, ao abuso. Crítica e rebelião, insônia

    Hipofunção: Vontade fraca, timidez, sugestionabilidade, atraso intelectual, dificuldade em manterá atenção, muito sono.

    Giro: sentido horário e sentido anti-horário.

    Propósito: Intuição e autoconhecimento.

    Lição espiritual: Entendimento, não identificação, mente aberta.

    Em desequilíbrio: Rigidez mental, racionalidade excessiva, vaidade em relação a própria inteligência, medo da verdade, confusão, fixação em determinadas idéias.

    Em equilíbrio: Agilidade mental, visualização desenvolvida, transcendência, abertura da intuição e visão interior, discernimento, inteligência emocional, conceito de realidade, capacidade de ver além das formas físicas.

    Informações armazenadas no chakra do terceiro olho: Ver com clareza e sabedoria, sabedoria, intuição, intelecto.

     

    7. Sahasrara Chakra – (Chakra da coroa)

                  Este é o chakra que nos conecta com a energia divina.

    Localização: No topo da cabeça

    Glândula: Pineal

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e compatibilidade, tendência ao domínio, ao abuso.

    Hipofunção: Atraso intelectual

    Propósitos: Sabedoria intuitiva, conexão para a espiritualidade, integração com o todo.

    Giro: sentido anti-horário nas mulheres e sentido horário nos homens.

    Lição espiritual: Espiritualidade, viver o momento.

    Em desequilíbrio: Falta de propósito, perda da identidade, medo de estar só, sentimento de separação do próprio "eu" transmitindo bloqueio aos demais chakras.

    Em equilíbrio: Descoberta do divino, facilidade para acessar diretamente o conhecimento superior a partir da conexão com o "eu universal", confiança, abnegação, humanitarismo, habilidade para ver o todo no fluxo de vida, devoção, inspiração, valores, éticas. Irradiação da vida com total plenitude e pureza.

    Informações armazenadas no chakra da coroa: Integração e conceito do todo.

     

     

     

    4. a) KUNDALINI - Fogo Serpentino

                  É energia ígnea, serpentina reside no chakra básico (Muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes:

     

    1. ANIMA (exigüidade). Esta é a faculdade que permiti identificar-se com a essência da menor parte do universo e do que ele mesmo é constituído. Permite ver o infinitamente grande (Mahima) ou, ao contrário, o infinitamente pequeno (Anima).


    2. MAHIMA (magnitude). Este é o poder de aumentar de volume, quer dizer, de alargar o círculo de sua consciência e de alcançar a plenitude do conhecimento do infinitamente grande.

     

    3. GARIMA (gravitação). Isto é relativo ao peso e à massa, e se aplica à lei de gravitação que é um dos aspectos da lei de atração. Este fenômeno é à busca dos yogues, ou seja, o estado de Samadhi.


    4. LAGHIMA (levitação). Esta é a possibilidade que tem o adepto de tornar-se mais leve que o ar, afastando a força de atração da Terra, e de desligar-se dele.


    5. PRAPTI (realizar o objetivo). Aquele que possui este poder tem a capacidade de atingir seus fins projetando sua consciência em todos os lugares que ele julga necessários, quer estejam sobre o plano físico ou sobre o plano cósmico. Este poder foi sempre muito utilizado pelos místicos do mundo inteiro. Prapti desenvolve também a clarividência, clariaudiência e telepatia.


    6. PRAKAMYA (a vontade irresistível). Este poder confere ao adepto a possibilidade de realizar todos os seus desejos pela força da vontade divina, quando esta vontade substitui, em parte, a vontade pessoal e seus desejos estão em perfeita harmonia com o plano divino.


    7. VASITVA (o poder de comandar). É o poder de tornar-se mestre das forças elementares da natureza, utilizando o poder do som criador ou mantra. Pela palavra sagrada, as vibrações são produzidas no éter e as diversas formas podem ser produzidas. Ato utilizado em grande feito de magia.


    8. ISATVA (o poder criador). Isatva se refere ao poder que tem o adepto de dispor dos elementos em suas cinco formas e de ressuscitar a vida no plano físico.

     

                  Estes elementos mencionados no item acima são de caráter de curiosidade e conhecimento. Estes aspectos devem se desenvolver através de prática específica para o desenvolvimento das energias de cada chakra.

                  A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

     

    5. OS ELEMENTOS E SEU SENTIDO OCULTO

     

                  “Saiba, que o Fogo (energia) é o primeiro tattwa; o Ar o segundo; a Água o terceiro; a Terra o quarto e o Éter o quinto.

                  “O primeiro tattwa é a panacéia que dá energia vital às criaturas e acaba com sua tristeza. O segundo provém de uma aldeia, o ar da floresta: ele desce da Água, é belo é delicioso e dispensa o poder de gerar. O quarto, pouco custoso, é produzido pela terra, dá a vida às criaturas e é a base da vida nos três reinos. O último tattwa, ó deusa, proporciona grandes alegrias; origem de todas as criaturas, sem começo e nem fim, ele é a raiz do universo. Assim falou Sadashiva de bom augúrio.”

     

    DEFINIR TATTWAS

                  É difícil definir os tattwas ou elementos, por serem ao mesmo tempo concretos e sutis, apesar de incomparáveis. De modo geral, os elementos não são objetos tangíveis, e sim, um conjunto de leis e força que condicionam um estado particular à matéria, estabelecendo-lhes propriedades específicas.

                  O elemento Terra (Priti), basta erguer a cabeça para o céu estrelado para se dar conta de que o universo é, principalmente, vazio. Entretanto, aqui e ali, a matéria cósmica torna-se densa, em vez de se distribuir uniformemente nesse vazio intergaláctico.

                  Partindo da definição de um elemento, todas as leis e todas as prodigiosas energias cósmicas que concorrem para essa densificação constituem o elemento Terra. Assim, nossa terra, simplesmente não passa de uma manifestação localizada do elemento Terra. O Sol e todos os corpos celestes são também manifestação do Elemento Terra, o mais elementar (evidentemente), pois estamos sentados sobre ele. De fato, cada átomo de cada objeto percebido é matéria cósmica densificada e faz parte de um corpo celeste incandescente. Nosso corpo é literalmente, sol resfriado, condensado.

                  O Elemento “Água” (Api) é aquele que mantém a matéria em estado líquido, a água é o fluido mais comum em nosso planeta, é o seu protótipo. Evidentemente mas que interesse há nisso? O interesse é enorme, pois esses fluidos são captadores dos ritos cósmicos, que, por sua vez, dirige todo o nosso biorritmo. O mais evidente desses ritmos é o das marés, que diuturnamente misturam os oceanos em respostas à atração lunar, mas também a solar e as marés sobre todos os líquidos do universo, não somente os de nosso planeta. Mas também, esses ritmos cósmicos não afetam só os oceanos; há uma mini maré num copo d’água, numa gota d’água: E, como no corpo 85 % é constituído de água, todo o biorritmo é a eles submetido.

                  Assim, por intermédio dos fluidos corporais, na morna intimidade dos tecidos, em cada célula, a lua e todos os corpos celestes regulam o imperceptível baile de ritmos vitais.

                  O “AR” (VAYU), embora saibamos é matéria em estado gasoso. Para o tantra, os gases veiculam energias cósmicas sutis.

                  Há milênios os tântricos sabem que o ar não é um gás inerte. Que ele “capta e transporta uma energia impalpável denominado ‘PRANA”, variável de acordo com a estação e o lugar. Eles sabem que nossa vitalidade depende dele e que “sua natureza é a do relâmpago”, intuição extraordinária, por isso é literalmente verdade.

                  Recentemente, a ciência (a biologia, em particular) se preocupava acima de tudo com a composição molecular do ar: azoto, oxigênio, gazes raros, e negligenciava sua ionização. Atualmente, sabemos que os átomos de oxigênio do ar podem ser ionizados, ou seja, ter um minúsculo “pacote” de energia excedente, portanto, disponível. Conforme a proporção de átomos de oxigênio assim ionizados, o ar pode ter propriedades vitais bem diferentes e, sabendo disso, os yogues inventaram técnicas especificas que permitem captar, acumular, controlar o Prana e aumentar nossa vitalidade.

                  O aspecto prático desse elemento está ligado às fontes de nossa vitalidade, aparece, por exemplo, na forma de Office sckiness, o “mal dos escritórios”, que ataca aqueles que vivem fechados nesses edifícios onde predomina o ar condicionado. De acordo com a teoria yogue, o “mal dos escritórios” se explica facilmente: um ar assim, sem prana, necessariamente mina a vitalidade e provoca diversos desequilíbrios. Após tê-lo ignorado ou desconhecido por muito tampo, começam pouco a pouco perceber isso, mas os orgulhosos edifícios de janelas trancadas ai estão e ficarão por muito tempo. Aqueles que são obrigados a viver neles restam o recurso de compensar esse déficit dedicando alguns minutos por dia aos exercícios de pranáyáma.

                  O ELEMENTO “FOGO” (TEJAS) é a matéria em estado “radiante”, por exemplo, a radiação do sol e das estrelas, mas também do fogo comum. Sem o elemento Fogo, nosso planeta seria gelado, pois o Sol não poderia irradiar seu calor até nós através da imensidão espacial, e nós ignoraríamos sua existência e das estrelas.

                  O elemento “Éter” (akasha) É o elemento alquímico que resistiu por mais tempo ao ataque da ciência. De fato, era axiomático considerar o vazio universal cheio de uma substância tênue ao extremo, que não oferecia nenhuma resistência à propagação das ondas e partículas de alta energia: parecia impensável quê o que quer que fosse pudesse ir propagando-se no nada. Tudo foi abalado em 1880, por causa dos resultados negativos das experiências de Michelson que queria comprovar a evidência do éter graças ao interferômetro ultra-sensível por ele inventado.

                  Para o Tantra, o elemento Éter - Akasha, E “nosso éter, ou seja, a matéria no estado mais sutil concebível, mais alguma coisa cientificamente indefinível (eu até diria “provisoriamente”), que eu chamaria, na falta de coisa melhor, de espaço dinâmico. Para o senso, ingênuo, o espaço é um grande buraco, inerte, no qual o Bom Deus concebeu o Universo. Certamente, não é essa visão da ciência, que, no entanto, não está muito melhor, pois ignora totalmente a natureza do espaço, alias, como também, a do tempo.

     

    6. Segredos dos cinco Pranas

     

                  Para que haja mudanças reais é necessário alterar a energia que cria. Este fato é verdadeiro na prática do Yoga. Para causar mudanças positiva no corpo e na mente devemos compreender a energia com qual se trabalha. A esta energia denomina-se de Prana significando a energia primordial. É traduzida a força vital, embora seja muito mais que isto.

                  Certamente o universo inteiro é uma manifestação do Prana, que é o poder criativo original. 

                  Em um nível cósmico há dois aspectos básicos de Prana.

                  O primeiro é o aspecto é a energia de Consciência pura que transcende toda a criação. O segundo ou o Prana manifesto é à força da criação própria. O Prana eleva-se a qualidade (guna) dos rajas, a força ativa da natureza (Prakriti). A natureza ela mesma consiste em três gunas: sattwa ou harmonia, que causam a mente, o rajas ou o movimento, que causa o prana, e tamas ou inércia que causam o corpo.

                  Certamente poder-se-ia discutir que Prakriti ou a natureza são primeiramente Prana ou rajas. A natureza é uma energia ou um Shakti ativo. De acordo com a tração ou a atração do Self mais elevado ou da consciência pura (Purusha) esta energia torna-se sattwica. Pela inércia da ignorância esta energia torna-se tamásica.

     

     

                  Relativo à nossa existência física, Prana ou a energia vital são uma modificação do elemento do ar, primeiramente o oxigênio que nós respiramos que permite que vivamos. Contudo enquanto o ar origina no éter ou no espaço. Prana levanta-se no espaço e remanesce-se conectada próxima a ele. Onde quer que nós criemos o espaço a energia ou Prana devem levantar-se automaticamente.

                  O elemento do ar relaciona-se ao sentido de toque. O ar em um nível sutil é toque. Com o toque nós sentimos vivos e podemos transmitir nossa vida-força a outra. Contudo enquanto o ar se levanta no espaço, assim que toca levanta-se do som, que é a qualidade do sentido que corresponde ao elemento do éter. Através do som nós elevamos e sentimos nossas conexões mais longas com a vida ao todo.

                  Ser do ser humano consiste em cinco koshas ou copos sutis:

    1) Kosha de Annamaya  alimento (Anna) - exame - os cinco elementos

    2) Kosha de Pranamaya - respiração  vital (Prana) - os cinco pranas

    3) Kosha de Manomaya - impressões  mente (Mano) exterior - os cinco tipos de impressões sensoriais

    4) Kosha de Vijnanamaya - idéias - inteligência - atividade mental dirigida – Conhecimento (Vijna).

    5) Kosha de Anandamaya - experiências - mente mais profunda - mente da memória, a subliminal e a superconsciencia – felicidade (Ananda).

     

    Pranamaya Kosha:

                  O Pranamaya Kosha é a esfera de nossas energias vitais da vida. Representa os três koshas – corpo mental (mente exterior, inteligência e mente interna) É atingível através da meditação dinâmica e as cinco impressões sensoriais.

    O melhor termo para o Pranamaya Kosha é provavelmente “corpo vital” para usar um termo do Yoga integral de Shri Aurobindo. O Pranamaya Kosha consiste em nossos impulsos vitais da sobrevivência, da reprodução, do movimento e da self-expressão, principalmente sendo conectado aos cinco órgãos do motor (excretor, urinário, genitais, os pés, as mãos, e órgão vocal).    

                  Uma pessoa com uma natureza vital forte se tornará proeminente na vida e pode imprimir sua personalidade no mundo. Aqueles com uma energia vital fraca o poder realizar-se muita tardia e ou de pouco efeito em cima da vida, geralmente estando em uma posição subordinada.

    O Pranamaya, entretanto, é importante para o trajeto espiritual é muito diferente do vital egoístico ou desejo orientado. Deriva sua força para as praticas espirituais que necessita de determinação e do poder pessoal. Na mitologia Hindu este Prana mais elevado é simbolizado pelo Sita-Rama, pode tornar-se tão grande ou pequeno como deseja, pode superar todos os inimigos e obstáculos, e realiza milagres com a energia vital, a curiosidade e o entusiasmo na vida junto com um controle dos sentidos e dos impulsos vitais realizam com aspiração elevadas.

     

    Os cinco Pranas

    O Pranamaya Kosha é composto dos cinco Pranas. O Prana preliminar divide-se em cinco tipos de acordo com seus movimento e sentido. Esta é a base da terapia ayurvédica e do o pensamento de hindu.

     

    Prana

    Prana, literalmente “o ar que move para diante, governa a recepção de todos os fluxos vitais: a ação de comer o alimento, de beber da água,  da respiração, à recepção de impressões sensoriais e de experiências mentais. É propulsor na natureza, ajustando coisas no movimento e guiando-as. Fornece a energia básica que nos dirige na vida.

     Apana

     

    Apana, literalmente o “ar que se afasta,” move-se para baixo e para fora e governam-se todos os caminhos da excreção e da reprodução (que tem também um movimento descendente). Governa o a eliminação do bolo fecal, da urina, expele o sêmen, líquido menstrual e o feto, e o dióxido de carbono através da respiração. Em um nível mais profundo governa a expressão das experiências sensoriais, emocionais e mentais negativas. É base de nossa função imune em todos os níveis.

     

    Udana

    Udana, literalmente “o ar ascendente,” os movimentos para cima e os movimentos qualitativo ou transformativo da vida-energia. Governa o crescimento do corpo, da habilidade de estar, do discurso, do esforço, do entusiasmo e da vontade. É nossa energia positiva principal na vida com que nós podemos desenvolver nossos corpos diferentes e evoluir na consciência.

     

    Samana

    Samana, literalmente “o ar balançando,” movimentos da periferia ao centro, com uma ação de discernindo. Ajuda na digestão em todos os níveis. Trabalha no intervalo gastrointestinal para digerir o alimento, nos pulmões para digerir o ar ou absorver o oxigênio, e na mente para homogeneizar e digerir experiências, seja sensorial, emocional ou mental.

     

    Vyana

    Vyana, literalmente “o ar circulante externo,” move-se do centro para a periferia. Governa a circulação em todos os níveis. Move o alimento, a água e o oxigênio durante todo o corpo, e mantém nossas emoções e pensamentos que circulam na mente, dando o movimento e fornecendo a força. Ao circular assim ajuda a todos os outros Pranas em seu movimento.

     

                  Os cinco Pranas são as energias que se distribui dentro dos tattwas em diversos níveis.

    Prana Vayu governa o movimento da energia da cabeça para baixo que é o centro Prânico no corpo físico.

    Apana Vayu governa o movimento da energia para baixo ao chakra da raiz. Samana Vayu governa o movimento da energia da parte traseira inteira do corpo. Vyana Vayu governa o movimento da energia para fora do corpo inteiro. Udana governa o movimento da energia do até a cabeça

                  O Prana governa a entrada das substâncias. Samana governa sua digestão. Vyana governa a circulação dos nutrientes. Udana governa a liberação da energia positiva. Apana governa a eliminação.

                  Isto é bem como o funcionamento da engrenagem de uma máquina. O Prana traz o combustível, Samana converte este combustível em energia, Vyana circula a energia aos vários locais da engrenagem. Apana libera os detritos ou produtos do processo da conversão. Udana governa a energia positiva criada no processo e determina o trabalho que a máquina pode fazer.

                  A chave à saúde e ao bem estar é manter nosso Pranas na harmonia. Quando um Prana se torna inaceitável o outro tendem a tornar-se desequilibrado também porque todos são ligados um no outro. Geralmente Prana e Udana trabalham o oposto da Apana como as forças da energização contra aquelas da eliminação. Similarmente Vyana e Samana são opostos como a expansão e a contração.

     

    Como o Prana cria o corpo físico?

                  Sem Prana o corpo físico não é mais do que uma protuberância de massa, gelatinosa com vários membros e órgãos. Ele circunda pelas os canais ou Nadis, através de que pode operar e energizar a matéria bruta em vários tecidos e órgãos.

     

    Prana Vayu cria as aberturas e os canais na cabeça e no cérebro para baixo ao coração. Há sete aberturas na cabeça, os dois olhos, as duas orelhas, as duas narinas e a boca. Estes são chamados de sete Pranas ou sete Rishis no pensamento Védico.

     

    Udana Vayu ajuda o Prana a criar as aberturas na parte superior do corpo, particularmente a boca e órgãos vocais. A boca, apesar de tudo, é a abertura principal na cabeça e no corpo inteiro. Poder-se-ia dizer que o corpo físico inteiro é uma extensão da boca, que é o órgão principal da atividade, de comer e de expressão físicas.

     

    Apana Vayu cria as aberturas na parte mais inferior do corpo, as dos sistemas urinário, genitais e excretores.

     

    Samana Vayu cria as aberturas na parte média do corpo, aquelas do sistema digestivo, centrado no plexo. Abre para fora os canais dos intestinos e dos órgãos, como o fígado e o pâncreas.

     

    Vyana Vayu cria os canais que vão às peças periféricas do corpo, dos braços e dos pés. Cria as veias e as artérias e também os músculos, os nervos, as junções e os ossos.

     

    Em resumo, Samana Vayu cria o tronco do corpo (que é dominado pelo intervalo gastrointestinal), quando Vyana Vayu cria os membros. Prana e Udana criam as aberturas superiores ou os orifícios corporais, enquanto Apana criar canais externos.

     

    Prana, entretanto existe não apenas no nível físico. O plexo é o centro vital principal para o corpo físico. O coração é o centro principal para o Pranamaya Kosha. A cabeça é o centro principal para o Kosha  Manomaya.

     

    Prana e a respiração

    Respirar é a principal função da atividade de Pranica no corpo. O Prana governa a inalação. Samana governa a absorção do oxigênio que ocorre principalmente durante a retenção da respiração. Vyana governa sua circulação. Apana governa a exalação e a liberação do dióxido de carbono. Udana governa a exalação e a liberação da energia positiva através da respiração, incluindo os sentimentos que alteram o movimento da respiração.

     

    Prana e a mente

    A mente tem também suas energias Pranica. Isto se deriva do alimento, da respiração e das impressões externas. Prana governa a entrada de impressões sensoriais. Samana governa a digestão mental. Vyana governa a circulação mental. Apana governa a eliminação de idéias tóxicas e de emoções negativas. Udana governa a energia, a força e o entusiasmo mentais positivos.

     

    Em um nível psicológico, Prana governa nossa receptividade às fontes positivas do relacionamento, do sentimento e do conhecimento com a mente e os sentidos. Quando desequilibrado os desejos cria instabilidade emocional. Tornamo-nos insatisfeito e geralmente fora do contrapeso.

     

    Apana em um nível psicológico governa nossa habilidade de eliminar pensamentos e emoções negativos. Quando desequilibrados gera-se depressões e nós começamos a sentir a obstrução com experiência desagradáveis que nos direciona para baixo na vida, fazendo-nos temíveis, suprimido e fraco.

     

    Samana Vayu dá-nos o sentimento e o contentamento na mente. Quando desequilibrado Nos agarramos às coisas e tornamo-nos possessivos em nosso comportamento.

     

    Vyana Vayu dá-nos o movimento livre e a independência na mente. Quando desequilibrado causa a desolamento, e alienação Nós somos incapazes de unir-se com os outros ou de permanecer conectados aqui e agora.

     

    Udana dá-nos a alegria e o entusiasmo e as ajudas nossos potenciais espirituais e criativos mais elevados. Quando desequilibrados causa o orgulho e o arrogância. Nós tornamo-nos infundados, tentando ir à elevação e perder a trilha de nossas raizes.

     

    Pranáyáma

                  É uma técnica de exercícios de respiração, No Yoga Sutras, as práticas do pranáyáma e do ásana são consideradas as mais elevadas das disciplinas de purificação da mente e do corpo.

                  As práticas produzem a sensação física de real calor, chamado tapas, ou o fogo interno de purificação. Este calor é parte importante no processo de purificação das nadis. No pranáyáma é focalizada a atenção na respiração e é conseqüentemente muito importante manter uma mente alerta, para os processos que estão sendo observados que são muito sutis. O único processo dinâmico do corpo é o ato de respirar. O Prana somente incorpora o corpo ao momento em que há uma mudança positiva na mente. Naturalmente, nosso estado da mente não se altera com cada respiração, a mudança ocorre sobre um período de tempo longo. Agora se praticar o pranáyáma você observará uma mudança da mente, pois significa que direcionou o prana através dos exercícios então as mudanças da mente podem ser observadas primeiramente em nossos relacionamentos com as pessoas.

     

    5. MÉTODO

                  A terapia corporal Indiana é aplicada da seguinte forma:

                  É necessário preparar o cliente como em qualquer outra técnica de terapia corporal, como quiropraxia no intuito de realinhamento vertebral para que se possa aplicar este método. É de suma importância que as vértebras estejam realinhadas, pois ela será o canal de passagem energético do trabalho sutil e de insuflação de energia.

                  A técnica da Terapia Corporal Indiana consiste em colocar o cliente confortavelmente na posição de decúbito frontal, com música suave, incenso e aroma no ambiente, luzes de tons azuis ou violáceas, para permitir a conexão de relaxamento. O terapeuta se colocará numa posição centrada de respiração rítmica procurando ao toque identificar a respiração do cliente, induzindo-o a um estado de respiração lenta e continuada até que a sintonia do cliente e do terapeuta esteja fluente. Depois deste momento as manobras são aplicadas em movimentos circulares dos pés em direção ao topo da cabeça e no momento em que for mudar a mão na posição do corpo, manter sempre a mão esquerda posicionada ao corpo do cliente para que ele não se sinta abandonado. Os movimentos são estritamente leves, apenas para que a energia possa fluir livremente pelos os canais sutis denominado de nadis. Feito isto sem perder o contato com o cliente, virá-lo para a posição em decúbito dorsal, trazendo a energia da mesma forma circulante em direção aos pés. As manobras poderão ser servidas de um óleo aromático constituído de rosa, sândalo e jasmim com o intuito de proporcionar a sutilização energética preparando a pessoa para a recepção do mantra que será entoada a seguir.

                  Terminando as manobras o terapeuta se sentará ao lado do corpo do cliente sem perder o contato e com toques com as pontas dos dedos indicador e médio unido um ao outro sempre tocando o centro de cada chakra, insuflando os bijas mantras (semente dos chakra) até que venha se posicionar sentada em frente ao topo da cabeça do recebendo. Onde serão insuflados mantras dos elementos com a função de consagrar, ou seja, o cliente estará recebendo um deeksha (um fluxo energético divino de iniciação), findando esta etapa deverá induzir o cliente em relaxamento falado com música de fundo sempre levando a se reconhecer como ser perfeito.

     

    CONCLUSÃO

                  Esta terapia corporal não tem intenção de debelar desequilíbrios físicos e sim desequilíbrios energéticos que na verdade onde se concentra a verdadeira dificuldade do ser humano. Apos receber o deeksha da maneira corrente o cliente terá sido codificado no seu corpo espiritual e sempre será levado a ponto do seu equilíbrio, mesmo que nunca mais receba esta técnica. Mas para que isto ocorra serão necessários à aplicação de pelo menos 10 sessões para que o realinhamento dos chakras ocorra. Estamos acostumados com vicissitudes da vida, portanto enquanto não é absorvida a energia o chakra não se equilibra por isso a necessidade de repetições.

     

    BIBLIOGRAFIA

      

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

    Em relação a Terapia Corporal Indiana – trabalho idealizado após curso com o Prof. Levi Leonel em 1983 – Rio de Janeiro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Vivência Tântrica

    Vivência Tântrica

    Ao encontro do coração e da prosperidade, assim como o equilíbrio da sexualidade e o fluxo da sensibilidade

     

     Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Libido?

    3.  Conhecimento sobre os elementos que se atinge no desenvolvimento do vivenciar.

    4. O que é Vivência tântrica.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

      

    I- INTRODUÇÃO

                 

                  A insatisfação por não produzir. O vazio por não saber amar ou não ser amado. O desejo que algo externo resolva a vida. Tudo se transforma em couraças. Onde o EU se esconde em manifestações de medo, timidez, agressividade, hipersensibilidade, improdutividade, egocentrismo. Ou ainda – “Eu sou o único” – “Sou o melhor” – “Sou eu que resolvo as coisas, ninguém faz melhor que eu” – “Eu sou festeiro e popular”. Esta última manifestação certamente é a pior forma de manifestar as couraças. Porque em algum momento do seu dia, vai se sentir exausto triste e solitário. “Não aceito falar de mim”, “Não vou transparecer o que sinto nunca, imagine!”

                  “Nunca deixo saber o que sinto e penso, não quero que invada a minha individualidade!”

                  Na verdade todas essas manifestações ou “qualidades” são fugas de si ou do mundo. É a dificuldade de apalpar a si mesmo, de si amar. Se você não se ama, não pode saber amar.

                  Se você não se equilibrar não pode perceber rapidamente e sensivelmente a forma de ensinar a se equilibrar.

                  Para o principio tântrico o equilíbrio e o desequilíbrio é um leela (jogo) uma dança no fluxo cósmico.

                  Se você simplesmente dançar o leela acontece. Você vira a água nas tempestades. O vento no vendaval. A chama na fogueira.

    De forma lúdica e sincrônica vivencia tudo aquilo que é natural em si. Você não pensa mais. Apenas sente ou simplesmente é.

                  O EU SOU ou SO HAM passa a fazer parte em cada inspiração e expiração. Inspirar e expirar constantemente em sincronia com o que deseja fará com que se conclua. Basta ensinar a mente a simplesmente ser e não mais comandar.

                  Descodificar a mente para que ela entre no leela cósmico é simples. É necessário dar à ela aquilo que não é metódico.

                  Há de convir que desde 3 ou 4 anos da idade cronológica que sua mente aprende apenas a se defender de que:

    “ “Isso não pode” - “Isso não deve” - “Seja homem” - “Seja educado no sentido formal” -”Seja rico para ser homem de bem” - Ou, pior ainda: “Quem ficou rico é inescrupuloso” ”.

                  Para as mulheres: “Olha todos os homens são iguais” - “Homens não prestam”

                  Para os homens: “Cuidado mulher é um bicho” – “Mulher é interesseira”

    Em relação ao sexo então:

    Mulheres: ”Sexo é proibido” – “Não seja sensual é feio” –

    Homens: “Para ser homem precisa ser garanhão, se não deixará de ser homem”. Para as pessoas que estão na faixa entre 40 a 60 anos cronológicos é o sentimento que impera e comanda o mental, agindo de forma inconsciente e produzindo resultados negativos. E ai o insucesso é fatal em quase todos os planos da vida.

    Enfim, infindáveis fórmulas chavões para o insucesso, o desamor, a timidez e a má relação consigo próprio. A mente codifica e lidera a frente da real sensação, desviando do verdadeiro caminho individual de simplesmente ser Natural – Integro e amável e feliz.

                  Vivenciar as emoções aparentes e sentir o coração é um caminho lúdico e sensorial, produzindo a capacidade de aumentar o fluxo da intuição, aumentar o fluxo do sentir.

                  Para isso basta utilizar-se das técnicas que o tantra propicia. Que álias, no ocidente muito bem elaborado através do contato popular com o OSHO.

                  Eu me permeio através do Tantra matriarcal e antigo onde o fluxo feminino (Shakti) que é responsável pelo o espírito das realizações natural. Simplesmente SER e Vivenciar pelo o fluxo da libido.

     

    2  - O QUE É LIBIDO?

                  Vamos conhecer a real conotação da libido em relação à parafernália tântrica, tão confundida e mal interpretada pelo o ser ocidental e os ditos “tântricos”

                  Fala-se em libido, entende-se sexo. Sexo é o significado principal e final apenas para aqueles que ainda não a entendeu ou para aquele que não sabe direcioná-lo e assim utilizar-se desta força encantadora e mágica.

                  Libido é a mola propulsora para tudo que se pensa em sentir e fazer.

                  A libido é uma energia pura incandescente no ser humano manifestada através do ato de sentir prazer.

                  O prazer de comer em equilibro = saborear.

    Mas em desequilíbrio entra em compulsão do comer porque essa forma de sentir é fálica.

                  Libido organizada faz fluir o trabalho = Prazer - produz êxtase.

                  Libido desorganizada = O trabalho não flui - não há energia propulsora.

                  O prazer de amar ao tocar o filho, o coração treme. Porque o amor é puro e transcendente. A libido ai está presente no sentir, pois provoca êxtase, felicidade.

                  O prazer de amar o sexo oposto, todos que se apaixonaram conhecem a libido se manifestando e é a forma que todos a identificamos.

                  Mas libido é o calor na pele, sem está calor. É o arrepio de uma caricia. É o ouriçar dos pelos quando se emociona. É a alegria nos olhos. É ainda a lágrima nos olhos quando se ri gostoso. É ouvir uma música e se arrepiar. É perceber o nascer de uma flor e se sentir emocionado. É ver uma criança nascer e se emocionar.

                  Quantos já desconhecem estas sensações? Se não sentem e não percebem isso, não pode mesmo perceber que a libido está além do tesão pelo o sexo oposto.

                  Alias se não sentem isso, já não consegue mais sentir Excitação pelo o sexo oposto. Acabou a excitação por si.

                  Vivenciar significa buscar isso dentro de si e por si mesmo.

                  Perceber que ao respirar, a pele se manifesta, Ao dançar o corpo arrepia, apenas no sentir da música e bailar suas emoções numa dança de sensações, sem pensar. Somente sentir e reaprender a amar-se.

                  A Libido movimenta a vida, a alegria, rejuvenesce e vitaliza.

                  Onde está a libido?

                  O tempo inteiro em você mesmo, basta um respirar profundo e ela se manifesta.

                  Basta um carinho do sexo oposto e ela se manifesta – Conhecido por todos, não é mesmo?!

                  Mas, se a música certa tocar também se manifestará. Quem aprende a conectar a libido, não ficará mais triste além do necessário. Porque saberá a medida exata do sentir.

                  Aprendemos que as pessoas importantes na vida são nossas: meus filhos, meu homem ou minha mulher, minha amiga (o), etc. Puro exercício de ego.

                  A libido direcionada de forma harmoniosa você saberá que deve apenas sentir e vivenciar. E que o conjunto de relações pessoais e interpessoais são feitas para interagir e não para possuir.

                  Porque a única posse que de verdade temos é o “EU” esse sim possuirá os efeitos de tudo que permeia a vida. E a forma de manifestação no físico do EU é através do permear da libido que é energia pura e criadora.

                  Criadora da prosperidade na forma plena da palavra.

                  Esse é o verdadeiro passo para a abundância. E o verdadeiro “Tesão” pela a vida. Sem medo, sem pré-conceito, sem negações. Simplesmente viver poeticamente a vida.

    Eu acredito piamente que o Ser passa pela a terra com a única função de vivenciar e sentir a abundância no leela (jogo ou dança) cósmico e na terra. Aprender lidar significa adquirir o nirvana. Ou seja, transcender a consciência através do coração.

                  Abundância está em todos sem distinção de raça ou credo. É para todos aqueles que se permite.

                 

    3- Conhecimento sobre os elementos que se desenvolve na prática vivencial.

     

    ANÁLISE SINTETIZADA DOS CORPOS HUMANOS.

                                                           

    1- CORPO - Anna Kosha (corpo ilusório de alimento).

                  É o nosso corpo físico grosseiro, constituído dos cinco órgãos dos sentidos: ouvido (som), pele (tato), olhos (visão), língua (paladar), nariz (olfato) e dos cinco agentes da ação: boca, genitais, mãos, pés e orelhas. Sua capa muscular, os nervos e ligamentos, bem como a sua estrutura óssea armazenam as tensões vindas dos corpos superiores, sobrecarregando alguns órgãos que sobrecarregam outros, numa cadeia de sintomas às vezes complexos. O corpo físico reage aos claramente através de movimentos, exercícios, danças e toques. Seu centro-realimentação está nas gônadas, portanto na área sexual, e seu estágio é o do mineral, dentro da natureza, como um todo, e seu oposto complementar é o olfato (narinas). Seu elemento é a Terra (ossos, dentes e unhas).                                                                                                                                                                                         

    2 - CORPO - Prana Maya Kosha (energético etérico)

                  É um corpo constituído de prana etérico, comanda os órgãos dos sentidos e contém os cinco sentidos sutis: éter, ar, fogo, água, terra aspecto prânico, energético. Alguns autores dizem que existem 300.000 canais que transportam prana, outros 72.000 que formaria o corpo etérico visível facilmente. Sua emanação energética vem das supra-renais próximos ao umbigo, e seu aspecto sutil, invisível, se relaciona também com os minerais. O corpo energético reage ao respiratório em geral, aumentando consideravelmente seu brilho externo ao corpo, com um pequeno número de exercícios de respiração. Esse corpo transmite as sensações dos corpos sutis para o físico, formando uma ponte de ligação entre as emoções e os músculos e nervos. Seu oposto complementar é a língua e o paladar. Seu elemento é a água.

     

    3 - CORPO - Kama Maya Kosha (desejo)

                  É o nosso corpo das emoções telúricas. O ponto central do corpo astral está no estômago (plexo solar) e sua irradiação sutil está relacionada com a vontade (volição) e com o desejo. Sua manifestação mais clara é o instinto, a reação reflexa, ou seja, é o órgão que se manifesta com um emocional expansivo e forte. “Ele irradia “nosso estado de espírito e é afetado pelo que vemos” o que os olhos não veem, o estômago não sente”. Está intimamente ligado com o pâncreas diretamente o sentido da visão. Seu elemento é o fogo e atua na combustão dos alimentos e reage ao desejo e à vontade.

     

    4 - CORPO - Ananda Maya Kosha (felicidade)

                  É localizado no centro cardíaco e é o nosso corpo das emoções afetivas e amorosas. É grandemente estimulado pelos vegetais superiores como legumes, verduras e frutas. O sentido do tato está intrinsecamente relacionado com o coração e se expressa de modo claro nas relações de empatia com outro. Seu elemento é o ar reage aos sentimentos em geral.

     

    5 - CORPO - Manas Maya Kosha (conhecimento)

                  O Manas (mente) se manifesta como intelecção e memória sendo essa a função desse corpo. Seu elemento é o éter que está relacionado com os ouvidos.

    É um corpo que se manifesta no nível da garganta em seu aspecto mais sensorial a reage aos Mantras de “H” aspirados, como no Inglês de horse. Seu corpo é de manifestação sonora e, portanto, o som faz vibrar em ondas que vão do mental ao intuicional.

     

    6 - CORPO - Jñana Maya Kosha (sabedoria)

                  Este corpo se manifesta como sabedoria pura, percepção clarividente. Ele reage à ação contemplativa, após as vibrações da mente cessar. Reage ainda aos Bija-Mantra, e especificamente, aos sons nasalizados. É a sabedoria após o conhecimento.

     

    7- CORPO - Buddhi Maya Kosha (corpo ilusório feito de intuição)

                  É o mais próximo da mônada espiritual humana. Não tem som específico, nem reage ao toque, mas como é um arquétipo humano reage aos símbolos inconscientes tais como, os Mandalas ou Yantras e os Mula-Mantra, tais como o “OM”.

     

                                              OS SETE PLANOS e as suas cores

    Podemos entrar em contato com cada plano vibrando na sua cor correspondente.

    FÍSICO

    1- PLANO - FILOSÓFICO - LIGADO AO CORPO FÍSICO - (MINERAL)

                  É o plano mais denso que trata do material, do físico, é onde o indivíduo se relaciona com o outro através de atitude e postura física. Através desse plano, aprendemos a constituição do homem centenário, do macrocosmo e do microcosmo sempre por meios dos estudos ou da filosofia esotérica começando a compreender a história da evolução do homem.

    COR AZUL - Representa a espiritualidade, a energia cósmica, dependendo da intensidade do azul ele sugere crescimento e evolução espiritual - mais intenso = a necessidade de contemplação serena, menos intenso = verificar os sentimentos descontrolados.

      

    2  - PLANO - ARTÍSTICO - LIGADO AO CORPO ENERGÉTICO - VEGETAL

                  É o plano onde começamos a perceber a energia vital, através de meditação das nossas próprias atitudes e organização dando-nos conta do mundo que nos rodeia. Por esse plano começamos a trabalhar o mundo das cores do som, da harmonia, do ritmo, e como eles afetam nosso corpo energético.

    COR AMARELA - Muito positivo, significa sabedoria, representa um guia interior ou o nosso lado superior (eu) concretizando os nossos ideais, indica clareza e luz.

    COR LARANJA - Maior energia, entusiasmo, juventude, alegria, favorece empreendimentos.

     

    3 - PLANO - POLÍTICO - LIGADO AO CORPO EMOCIONAL - ANIMAL

                  É neste plano que começa a evolução do homem, é através da razão que controlamos as nossas emoções, quanto menos oscilarmos o nosso corpo emocional, mais nos tornou estáticos. Não ser instável é ser um verdadeiro político e manipulador da energia da vontade. É através de leis e regras interiores que o mental controla o emocional e podemos através desse plano criar novas atitudes, nova cultura, nova civilização.

    COR ROSA - Simboliza o amor, a afeição sem paixão (amor universal) significa proteção, traz insegurança, suavidade das emoções.

     

    4 - PLANO - EDUCACIONAL - LIGADO AO MENTAL CONCRETO (HOMINAL)

                  É o plano da meditação, e onde também atua a evolução do homem, este plano está muito ligado ao plano político. É onde educamos nossas energias através da meditação das próprias atitudes e organizações. Através desse plano estamos ligados a ciência da iniciação.

                  O resultado do estudo e prática dessa ciência produz o verdadeiro homem consciente.

    COR BRANCA - Simboliza a pureza da inocência e ingenuidade, é a cor da juventude, a pureza do coração e a simplicidade, traz a facilidade da transmutação de energia, equilibra as energias negativas. 

    MENTAL

    5 - PLANO - CIENTÍFICO - LIGADO AO MENTAL ABSTRATO.

                  Este plano faz parte do plano mental que é ligado ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados a seres superiores que nos enviam através de canais, todas as técnicas da ciência para que possamos atuar com mais perfeição em nossas vidas.

                  Conseguimos compreender a ciência de vida e espaço (onde o outro começa e você termina), ou seja, mais sensibilidade, termos condição de entender as leis ocultas do cosmos, a lei da evolução e do Karma. É nesses planos que poderemos ajudar o outro com a ciência da sabedoria.

    COR VERDE - Simboliza vida, fertilidade e criatividade, afinidade, diplomacia e adaptabilidade, regeneração.

      

    6 - PLANO - INTUITIVO - LIGADO AO CORPO DA INTUIÇÃO

                  Neste plano nós seremos mestres de nós mesmo, será o fim dos falsos mestres e profetas.

                  Dentro deste plano teremos o contato com a hierarquia oculta, e a cooperação desses seres dentro do nosso trabalho de evolução pessoal. Teremos também total controle de nosso ego.              É neste plano que teremos o conhecimento da Nova Era.

    COR VERMELHA - Simboliza a energia ativa em grande quantidade, fluxo da vida, vitalidade, traz o impulso da vida, a vontade de vencer, o poder.

      

    7 - PLANO - INTEGRAÇÃO - LIGADO A CENTELHA DIVINA

                  Neste plano teremos total controle das leis do físico. Sendo assim poderemos ter maior domínio sobre nós mesmos em relação ao relacionamento entre matéria e espírito, alma e personalidade. Seremos mais honestos com nós mesmos e assim estaremos mais harmonizados com o universo. A nossa canalização estará aberta com total integração com o cosmos.

    COR VIOLETA - E a cor ligada a espiritualidade, traz o conhecimento e a magia, representa a consciência cósmica, representa a evolução interior com pleno conhecimento da realidade traz a sensibilidade e individualidade

     

    KARMA

    Karma é a lei de causa e efeito. Qualquer atitude tomada ou pensada cria uma reação na vida física ou na vida astral.

     

    TIPOS DE KARMA

    1 - Karma Individual - É quando você é totalmente responsável pelos seus próprios atos.

     

    2 - Karma Familiar - quando os atos interferem nas atitudes das pessoas da sua família negativamente ou positivamente.

     

    3 - Karma Coletivo - quando seus atos estão ligados a comunidade que você se relaciona.

     

    4 - Karma Racial - parte da sua opção, que você teve antes de nascer, em ser branco, negro, vermelho, ou amarelo.

     

    5 - Karma Nacional - Você nasce no país que melhor se adapta a sua missão, para que sua vida possa fluir melhor.

     

    6 - Karma Mundial - Nós optamos nascer nesse planeta porque nosso padrão de consciência é o mesmo dentro da evolução desse sistema, e nossas atitudes particulares pode modificar uma atitude um planeta inteiro.

     

    7 - Karma Universal - É quando nós já conseguimos obter uma consciência cósmica e nossas atitudes são todas voltadas pela Paz Universal.

     

    SENSO DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada ação temos um grau de responsabilidade a cumprir.

                  Responsabilidade - É a habilidade de dar uma resposta a si mesmo. A partir de agora seja responsável por si só. Voltando-se para dentro e repensando os seus atos.

                  Para cada ação existe uma reação e você é o centro de sua vida. Tomar consciência do seu poder e criar as situações que vivem, é ser 100% responsável por si mesmo.

     

    TIPOS DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada plano temos um tipo de responsabilidade a cumprir.

    1 - Paciência: É a habilidade de suportar as primeiras mudanças do ego que causam ilusoriamente dor e sofrimento.

     

    2 - PERSEVERANÇA - É a habilidade de se conservar firme e constante, permanecer sem mudar ou sem variar em cada atitude tomada mediante a um objetivo.

     

    3 - SEGURANÇA - É a habilidade de estar confiante em si mesmo e na vida.

                 

    4 - GENEROSIDADE - É a habilidade de ir ao encontro das necessidades dos outros sem desperdício de tempo e matéria, é a disposição para compartilhar.

     

    5 - TOLERÂNCIA - É a habilidade de compreender os motivos e pontos de vistas dos outros tão precisamente quanto possível, é o poder da supervisão.

     

    6 - SENSIBILIDADE - É a habilidade de sentir as próprias necessidades e a dos outros, é uma grande virtude e desenvolve independência e desperta confiança em si mesmo.

     

    7 - HUMILDADE - É a habilidade de se contrapor ao seu ego e vaidade e aparentar o que você é na realidade.

      

    DHARMA - O CAMINHO PESSOAL

                  Alguma de nossas emoções advém de registros/código, que chamamos cósmicos, e têm um princípio básico de inconsciência, e podemos colocar nessa lista as pulsões sexuais como uma necessidade imanente nos seres vivos de proliferação da espécie. O desejo sexual então, é o impulso genésico do ser vivo e é esse mesmo impulso que leva o homem e mulheres a se unirem na intenção inconsciente de procriarem, e estes impulsos acrescidos das intenções emocionais, também delineiam o caminho de uma pessoa (Dharma).

                  Dizemos então, que todos estão onde devemos estar, onde precisamos estar, onde merecemos estar, pois nossa intencionalidade e nosso adhikara (índole, temperamento, caráter, dom inato) nos colocaram ali; havendo consciência do modo pelo qual trabalhamos nossas intenções, nos iluminamos e podemos traçar, então, qualquer caminho.

                  O Dharma é o caminho, é o destino e é também o caminhante. O Dharma será concebido por aquele que se concentra no agora, aqui, usufruindo do ato de caminhar como a única meta, conquistando serenidade. Este caminhante saberá que não há nada a ser feito no futuro, um destino pré-existente a ele que deverá ser cumprido. Há sim, uma fatalidade das emoções, aquelas mesmas emoções que atraem certas desgraças pessoais, inexoravelmente; essas emoções que é traduzida como intencionalidade.

                  Intencionalidade do ser humano depende de um fator muito importante, melhor dizendo, imprescindível, que é a relação com o outro indivíduo, outra sensação, outro desejo. Sem a reciprocidade de intenções inexistiram as relações interpessoais e, portanto, não haveria a possibilidade de crescimento pessoal e muito menos de estudo das próprias emoções e sensações. Seria impossível a percepção sequer da existência da intencionalidade.

     

    O CORPO É O INCONSCIENTE HUMANO

                  Todo ser humano é uma soma de adhikara mais comportamento personalizado. O Adhikara e a personalidade “marcam” o corpo de acordo com suas características, somando a esta herança genética, que engendra o corpo junto com aquelas emoções e impulso do caráter. Dessa interação nascem corpos saudáveis ou não.

                  A saúde ou doença são balizamentos que o corpo cria para regrar a senda de seu habitante. Ele tem o código do adhikara de uma pessoa e sempre que essa pessoa mente para si mesma ou trai suas emoções profundas ou frusta-se consigo mesma, sem estarem conscientes desse fato, males físicos sobrevêm e tensões energéticas, nervosas e glandulares avassalam suas estruturas. Neste sentido dizemos que a doença é um bem maior, na medida em que ela tem a função de avisar, através do corpo, sobre a condição da emoção.

                  O ser humano é dotado de seis diferentes consciências para se manifestar no seu ambiente vital, no seu eco sistema.

                  Infraconsciência - é a consciência genésica, sexual, procriadora, mantenedora da espécie humana. Trata-se da atração magnética onipresente na vida das pessoas, traduzidas simplesmente em atração sexual entre os seres. Os principais pontos de tensão da infraconsciência são:

    a) Impulsos genésicos, geradores, procriadores;

    b) Rege todos os órgãos do sentido.

    c) A expressão mais sutil em termos de fluidos corporais tais como sangue, linfa, hormônios, líquidos sinuviais, liquor espinhal.

    d) A infraconsciência está ligada ao reino mineral e vegetal.

                  A natureza por si só é regida pela a força que se traduz na fórmula vive melhor quem melhor pode viver e no estigma da força e esperteza. Por isso os homens competem em seu dia-a-dia chegando as raias da morte, porque ainda contém o código de defesa da vida contra o agressor. As pessoas ainda se sentem mortalmente feridas ao perder um lugar na fila, ou o troco a menos na padaria, etc. Essa agressividade ainda pode ser canalizada pelo processo civilizatório por simples falta de tempo. Algo nas pessoas as faz defender o que é delas às tapas, mesmo que seja apenas algumas moedas, transformando isso tudo em neuroses.

     

    Subconsciência é responsável pela nossa contínua experimentação das nuanças do corpo energético que tem sua base no Chakra energético (Svaddhisthana). Veja as várias partes do indivíduo que são regidas por esta mente.

    a) - Motricidade corporal: função motriz dos nervos e órgãos.

    b) - Aprendizado reflexo de atividades automatizava;

    c) - Está também ligado ao mundo mineral e vegetal;

    d) - Seu centro físico são as supra-renais.

    h) - Os órgãos dos sentidos.

                  A subconsciência está ligada ao movimento corporal em si mesmo. Podemos exemplificar dizendo que uma criança aprenderá a andar sem ter uma imagem para se basear. Mas não falará uma língua a não ser que possa ouvi-la. São funções de diferentes consciências. A motricidade faz parte do código da subconsciência; o impulso de andar é infraconsciencial, mas a energia para criar o movimento e do subconsciente.

                  O subconsciente está para a sensibilidade vegetal, ou seja, não permanece “estático” como o reino mineral, sob os influxos de tempos muito mais longos que as medidas de tempo do reino vegetal. Além disso, podemos dizer que o vegetal contém e organiza o mineral em seqüências sensíveis que contém os sentidos do tato, algo praticamente inexistente no reino mineral bruto. Portanto a sensibilidade táctil é uma capacidade muito afeita ao chakra energético, que seria a sede do subconsciente.

                  A subconsciência é energia prânica, que em termos gerais pode ser manipulada e automatizada, em última análise, a força do “campo de energia” Esse deposito de energia (prana, Ki, Chi, orgônio), é uma inesgotável fonte de poder que é usada também para proceder as transformações, magnética através das mãos. Esse “órgão” energético está para o tato nos vegetais e tanto na visão como audição nos seres humanos, embora sua maior regência seja a sensibilidade tátil.

                  Os desequilíbrios psíquicos do subconsciente - Todas as perdas de motricidade por traumas emocionais, medo, sustos, são relacionadas com essa mente. Os delírios generalizantes estão relacionados com perda mineral (coloca os pés no chão) e hipersensibilidade nervosa. Convém dizer então que toda a rede nervosa, que vai do cérebro à superfície da pele é a manifestação física da rede Pranica (ou nadis), os condutos do Vayu pelo o corpo. Isso equivale a dizer que as repetições de gestos do modo distorcidos e até esquizofrênico em vários graus e perda de consciência espacial por envelhecimento.

     

    O INCONSCIENTE

                  No inconsciente fica a sede das emoções e intenções do indivíduo. Provavelmente neste ponto, na altura do estômago, diafragma e tórax, fica os códigos do Adhikara aquele elemento sutil de discernimento do temperamento e da alma de uma pessoa. Além disso, podemos alinhar as seguintes organizações psíquicas que o inconsciente promove:

    a) Todo o processo onírico (sonhos), vigília;

    b) Emoções impulsivas raivas e pânicos;

    c) Emoções de vontade, desejos;

    d) O condicionamento social;

    e) Psicose em geral;

    f) Chakra solar e cardíaco;

    g) Reações vegeto /animais.

    h) Os órgãos em que atuam as energias inconscientes: fígado, baço, vesícula, pâncreas, estômago, duodeno, coração, pulmões, timo.

                  O inconsciente está relacionado ao que chamamos corpo astral, portanto, invertendo, podemos dizer que o corpo astral é o corpo inconsciêncial. Nesta mente ocorrem os sonhos e os transportes para fora do corpo, tanto inconscientes como conscientes; as várias mensagens através dos sonhos são regidas por essa região corporal.

                  As preferências, os medos, as raivas, prepotências, orgulhos, inseguranças, estão para esses chakras; o chakra cardíaco e os órgãos pulmões e coração viabilizam na emoção os impulsos e desejos, e no organismo prânico as energias dos cinco pranas que ficam então, vinculados ao inconsciente e de certo modo direcionados pelas emoções.

                  As emoções são as impulsionadoras dos Vayu pela corrente nervosa eletro-magnético, corrente essa ligada aos rins e supra-renais. A hipertensão arterial é uma dessas confluências de tensão emocional inconsciente e bloqueio energético (prânico) subconsciente não raramente com a infraconsciência.

                  O inconsciente é responsável pela automatização das sensações, ou seja, essa mente cuida para que o indivíduo tenha uma espécie de condicionamento, para dar a resposta emocional esperada de um indivíduo social.

                  Por isso dizemos que são chakras dos reflexos condicionado social, onde as pessoas agem sentindo certas emoções reais.

                  Nossas mentes podem assinalar o reflexo condicionado do amor “que tem de ser de tal modo”, para corresponder as necessidades do processo civilizatório.

                  Grande parte do amor que o indivíduo sente, na verdade está relacionado apenas com as condições necessárias para sobrevivência, seja moral (religião, justiça social), ou afetiva (matrimônio, filiação, economia). O amor verdadeiro não viria, então, mesclado de nenhuma necessidade ou receio, por isso não se condiciona a nenhum modelo político, cultural ou econômico. Esse amor é quase impossível, porque é absolutamente revolucionário e incompreensível para as forças do ego inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Neuroses e psicoses do inconsciente - relacionados entre homens e mulheres, afetivo/sexuais, são extremamente bem assentadas no plano inconsciente. É nessa mente que a pessoa, por condicionamento sócio-econômico-cultural, força a si mesma a fazer certas ligações afetivas, amorosas, filiais, paternais, maternais, fraternais, sem estarem sendo honestas consigo mesmas e com o outro. São as relações constituídas de fachadas tão bem arquitetadas, que a mãe e o pai, se sentem responsáveis até a própria morte, por passarem essas “verdades” aos filhos.

    - Neurose de eficiência num trabalho, escolhido por modelos financeiros e não emocionais.

    - Conflitos entre os objetivos da pessoa e os objetivos das organizações/ emprego, nação, etc.

    - Excesso de objetivos, objetivos inalcançáveis, objetivos imprecisos, competição. Atingir certos objetivos e ficar na incerteza de que fez o melhor possível.

    - Casamentos que não satisfazem necessidades inconscientes, mas permanecem sendo mantidos por condicionamento amorosos sociais.

    - Angustia de ter uma família ideal, sonho do paraíso social.

     

    CONSCIÊNCIA

                  É uma parte que responde e processa o resultado das aquisições das outras mentes ou consciências e das 10 percepções humanas. Percebe-se então que os sentidos dão informações que a consciência usa para sua própria ampliação e percepção; a consciência não está em nenhum momento separado das 3 primeiras emissões mentais.

                  A consciência está para a intelectualidade e a razão; vamos ver como se desenvolvem suas várias atuações:

    a) A mente consciente atém-se aos resultados das outras 5 mentes racionalizando-os e arquivando-os para uso em momento oportuno.

    b) - Está dirigido para a intelecção, o entendimento;

    c) - É analítica, faz aferição.

    d) - Situa-se no chakra laringe.

    e) - Os órgãos regidos pelo chakra laríngeo (cognição) são: tireóide, cordas vocais, cérebro, laringe, úvula, dentes.

                  Através da mente consciente analisamos e entendemos certas ações que podemos automatizar com o sub e o inconsciente desde que a emoção se satisfaça plenamente com a mudança. A emoção aqui lembrada se refere às sensações do adhikara, que jamais se acalmam se não foram satisfeitas. A partir de então passam a ser subconscientes e inconscientes.

                  A consciência trabalha com duas memórias simultâneas. A primeira é ativa, portanto útil e fluida, pronta para uso imediato e faz parte daquele conjunto de lembranças que uma pessoa tem e que foi tocada pela emoção profunda, despertando interesse em guardá-la como algo prazeroso ou o mínimo necessário para o seu processo de vida.

                  A segunda memória é passiva, contendo dados inúteis para o indivíduo, na medida em que dificilmente serão evocadas por não terem tocado com profundidade a emoção.

                  Sendo assim, quase nunca vêm à tona do consciente porque nem sequer foram adquiridas e armazenadas sob a influência e a força do interesse emocional genuíno, íntimo, agradável.

                  Esta última só passará a ser uma memória atualizável se o indivíduo, por uma situação qualquer, tiver na emoção essa necessidade, e somente depois de uma seqüência de lembranças muito bem relacionadas entre si que leve a pessoa a emocionar-se com aquele dado quase morto.

                  Por isso dizemos que a memória é emocional, a emoção é que se lembra e não o cérebro. O cérebro é frio, é cálculo puro. O coração sente através das emoções que “viu” no banco de recordações.

                  A memória depende do que o indivíduo gosta, pretende, intencional, anseia, necessita, portanto, depende das emoções.

                  Uma pessoa perde a memória e às vezes fica tentando recuperar lembranças que nunca foram verdadeiramente importantes, e há casos onde seria interessante não relembrar. O terapeuta deverá conduzir tais clientes a entender a verdade da emoção a respeito do que tenta recuperar na memória.

                  A memória é emocional e só se manifesta plenamente na medida em que o indivíduo tenha se emocionado com os fatos a serem gravados nela, a ponto de impressionarem o inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Mudando radicalmente de enfoque, podemos afirmar que um ato executado com real prazer desmorona toda a inverdade das emoções e, por conseguinte, ativa a memória, excepcionalmente. Memória é consciência; é resultado de verdadeira emoção de prazer no momento de captar a informação a ser arquivada.

     

    SUPRACONSCIÊNCIA

                  A supra-consciência está relacionada com a Buddhi, que é o Juiz Interno uma espécie  de juiz de todas as ações internas (intenções) corroborando tudo que “ouve” ou “sente” com o verdadeiro caráter (adhikara) do indivíduo (Jiva). Não se trata “superego” social de acordo com o modelo freudiano, e sim, de um superego muito sutil, que conhece todas as necessidades do caráter daquele ser. Como é uma parte da pessoa, ele cria os conflitos pela simples presença da emoção, do dia-a-dia, que não corresponde de verdade aos legítimos e íntimos anseios daquele ser. Vejamos em itens qual é seu alcance.

    a) A supra-consciência é a Buddhi (vide em filosofia mais detalhes sobre sua atuação);

    b) Trata-se da qualidade de compreensão (entendimento foi estudado em consciente);

    c) Testemunho absolutamente imparcial consigo próprio;

    d) Intuição pura, sutil, espiritual; juízo do ego.

    e) localiza-se no chakra ajña; hipofísico, hipofisiário, 3- olho;

    g) Seu guna é sattva - padma, de cor amarela, dourada ou rosa;

    h) compadecimento e percepções espirituais.

                  As percepções da supra-consciência assemelham-se a um “advogado do diabo”, porque ao fazer o julgamento das emoções, e do quanto elas são honestas com o adhikara, o resultado sempre será ananda (felicidade), se coincidirem exatamente. No entanto o que se observa comumente é o acontecimento do klesha (dores); um estado de desequilíbrio que sobrevém às pessoas por estar realizando seu adhikara.

                  A supra-consciência é camada de mestre interno por algumas seitas e grupos filosófico. Por motivos que se perdem no tempo, é chamada de anjo-da-guarda, um “ser” interno, protetor e evanescente, invisível e perceptível ao mesmo tempo; às nomenclaturas adotadas para explicá-la, a supra consciência é divina, deificada; está acima da mente consciente e é imparcial.

                 

    MAHACONSCIÊNCIA

                                A mahaconsciência é a consciência de unidade com o todo e tudo, e tem nomes diferentes em culturas diferentes; é a Consciência Crística entre os cristãos, a consciência búdica entre os budistas, Purusha no Samkhya.

                  Essa consciência Shiváica, ao ser percebido, dá a sabedoria total. Quando ela se manifesta o Dharma e o karma é absolutamente resolvido, tornam-se um só. Vejamos os itens a seguir:

    a) - O Mahaconsciência é Shiva/Purusha;

    b) - Com sua manifestação ocorre a plenitude do adhikara;

    c) - Dharma e karma tornam-se um só;

    d) - Quietude existencial;

    f) - Ação pura, sem rajas;

    g) - Rajas e tamas ficam iluminadas;

    h) - Há predominância do sattva shukla, branco.

                  No mahaconsciência há a predominância do guna sattva de cor branca, relacionada com a imparcialidade, desapaixonamento e desinteresse pelos movimentos da matéria; é pura seidade, pureza, quietude, plenitude e consciência.

     

    O que é vivência tântrica?

     

    Vivência tântrica é uma forma lúdica de sentir e perceber as emoções e, portanto, é uma técnica de terapia corporal feita através da indução em movimento com a intenção de que ocorram desbloqueios em nossas couraças que são causadas por desequilíbrios emocionais advindas do campo da sexualidade, ou seja. Quando você pensa em sexo o que ele representa para você? Apenas uma satisfação biológica indispensável. Apenas feito por amor. Apenas feito para procriação. Apenas feito por fazer. Ou ele nem se quer existe em sua vida, ou está existindo somente em suas fantasias.

    Você já percebeu até aqui que uma vez que a Libido organizada – a sua vida poderá ficar equilibrada. Como?

    Tomando consciência de que você em primeiro lugar não é feito somente de carne e osso, e sim de um corpo espiritual, um corpo mental, um corpo emocional e que todos residem num espaço físico denominado de corpo humano. E que este corpo físico é a resposta de tudo que você sente, pensa e vê ao seu redor. Já percebeu também até aqui que não provemos a nossa vida em todos os sentidos, porque não provemos uma boa sexualidade.

    Aqueles que não estão provendo a vida transportam para a sexualidade a impotência do prover, como impotência sexual. E as mulheres resultam na frigidez. E ou o oposto.

    Este fluxo nos diz como devemos delegar a nossa libido, mas os conceitos sociais, profissionais, nos fazem interpretar de forma enganosa, deixando assim de perceber a essência da vida que deriva de uma sexualidade plena e saudável. Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira tranqüila. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significa estarmos sensual e sensorial. Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

    MÉTODO

     

    O Vivenciar não há como explicar tecnicamente, mas se desenvolve através do fluxo de um grupo ou de um momento individual.

    Cada grupo vivencial é uma energia única.

    I – passo: O trabalho normalmente se inicia com uma meditação dinâmica que flui através de respirações alteradas e acopladas ao movimento proporcionado pelo o som de uma musica dinâmica, que produzirá limpezas das emoções contidas no emocional.

    II – passo: Indução de uma técnica que proporcione novas emoções promovendo um renascimento.

    III – técnica indutiva para reconhecimento do Eu, e as mais comuns são Ekagrata - visualizações, através de um espelho, visualizar Mandala, ou simplesmente no olho do outro. Permitindo identificar as emoções que estão inseridas no contexto do EU e do outro. Formando um reconhecimento, identificação e sintonia com o próprio Ego.

    IV – passo. É induzido a um tipo de técnica que envolva toques no contexto de técnicas corporais. Para que desperte o fluxo original da libido.

    V – Finalização do sistema vivencial em grupo.

     

    Conclusões

                  Se utilizar de método vivencial como foi possível perceber até então é uma forma de brincar com a mente fazendo-a a ficar em segundo plano. E simplesmente sentir e permear a vida através do leela cósmico.

                  Se permitir ser feliz. Aprender a usar as ferramentas corpóreas e que divinamente nos foi concedido. Tomar conscienciência de que somos além de ossos, veias, sangue, músculos, órgãos, etc. Que as sensações e intuições são as ferramentas reais e mais importantes que induzem ao coração e expande a consciência para Ser e está Feliz.

     

    Bibliografia.

    Eu até então desconheço bibliografia sobre sistema vivencial tântrico.

    Aqui está um trabalho desenvolvido através da minha experiência em vivenciar e transmitir vivências.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 22/07/2009 13:53


    Yôga dos Números: Numeronataraja

    Yôga dos Números: Numeronataraja

     

        Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009


    PREFÁCIO 

          Inspirei-me na Numerologia Tântrica conjugado ao Yoga e o Shivanataraja para desenvolver e codificar a NUMERONATARAJA ou Yoga dos Números, uma forma de através do sádhana (prática) e dos Mudras (gestos reflexológicos) vi uma nova perspectiva de utilizar e sedimentar o padrão vibratório dos números em forma prática e vivencial.

          É a oportunidade de destravar e reconhecer essas energias latentes na força humana e que de certa forma completamente desconhecida. Palpáveis mas não conscientes.

          A data nascimento é o dia mais auspicioso de um Ser vivente, onde emana toda a sua força e traduzindo o seu trilhar pela a face da terra à evolução do SER Espiritual.

          É a prática da renegociação continua; é a maneira que nos damos forma ao nosso espaço físico e psicológico com a finalidade de entendermos o karma (efeito) e o Dharma (ação ou lei) divino; E esta negociação ocorre sempre com relação a outros seres humanos e nunca a nós mesmo.

          Trabalhar uma pessoa ou em grupo (de estudo, cliente ou familiar), a Numeronataraja é uma perspectiva de mudança que facilita a viagem da alma.

          O trabalho prático da Numeronataraja é eclético, podendo inclusive ser associada às várias outras disciplinas de acordo com o contexto particular do trabalho que está sendo apresentado. É também um método a ser acrescentado aos terapeutas corporais e psicoterapeutas de trabalhar com o cliente de uma maneira improvisada, desde que cada situação possa convidar para uma aproximação original.

          Através dos números captados na data de nascimento nós podemos perceber os vários mapas do tempo e do espaço existente em cada um, e desta forma obter um sentido de proporção mais desobstruído.

          Esta cosmologia do tempo e do espaço fornece as janelas através da qual o relacionamento entre a vida pessoal específica e os princípios universais governado pode se encontrar em uma harmonia criativa.

          A prática da Numeronataraja ou Yoga dos Números requer em executar os exercícios cadenciados em forma de dança cósmica percebendo as sensações por ela emanada, a fluidez da intuição informal, a clareza da idéias se formando sob a natureza da viagem proporcionada pelas as forças vibratórias dadas nas influências pessoais.

          O fantástico neste método é o fato de combinar a data de nascimento com a energia produzida pela prática do Numeronataraja que é uma verdadeira dança cósmica e pela potencialidade da mente neutra que vêm do ato de  medir o sentir e produzir a ação de sentir com os princípios universais se manifestando ao longo da prática e da não prática (não prática é quando não se está em Numeronataraja e sim no leela(dança) da vida). As ações pessoais são a resposta desta sincronicidade com o padrão vibratório da força universal maior e dévico. De uma outra perspectiva é o universo, ou coletivo, que a alma expressa, e sua consistência abstrata na diversidade das manifestações múltiplas. Chegar neste estado, do fluxo intuitivo e espontâneo ao fluxo cósmico em situações intima da vida, requer o relacionamento direto à mente.

          O corpo e a mente transformam-se em instrumentos saudáveis da alma, codificada através dos gestos reflexológico feitos como corpo e ou com as mãos (Mudrá). Simbolizando um reconhecimento de si com o cosmo naquele momento e tornando-se o receptáculo de energia vibratória reservada numa sintonia, que ao executar o Mudra em princípio de dança tornará neste momento aberto e receptivo a vibração emanante.

          A seguir conheceremos cada etapa por onde me inspirei a criação do  NUMEROTARAJA OU  YOGA DOS NÚMEROS. 

    MUDRA

          O Termo Mudra significa gesto, selo, contração, fecho, lembrando sempre que tais gestos são executados com fins perfeitamente terapêuticos. Embora dentro da Numeronataraja eles tomem um caráter de dança cósmica (meditacional). Sua maior contribuição será na formação de uma consciência corporal plena, definindo muito bem os limites atuais do corpo do praticante proporcionando um estado de contemplação, ou seja, um estado lúdico onde a alma emocional envolve-se com o objeto da contemplação (corpo) produzido pelo o gesto (Mudra); permanecendo em concentração (dharana) em si mesmo; abstraindo-se (pratyahara) dos movimentos emocionais do medo, insegurança, ansiedades, angústias e outras sensações que retiram a pessoa de seu centro. 

    Mitologia

    O Rig Veda cita 33 deuses dos quais se destacam cinco:

    Indra: O rei dos deuses, o governador do céu, representando o poder do raio e da energia.

    Agni: o Fogo, considerado o mensageiro dos deuses. No ritual ele depura a oferenda e a leva em forma sutil a Deus. É a conexão entre homens e deuses. É também a luz para a mente ver e compreender a verdade.

    Surya: o Sol. É dito que ele é a alma suprema dos Vedas e deve ser adorado por todos que desejam a liberação da ignorância.

    Vayu: é o deus do Vento, do Ar e do Prana. Divide seu poder com Indra, o Senhor do Céu. É invisível e habita em nossos corpos na forma dos cinco ares vitais (Prana, Apana, Samana, Vyana e Udana).

    Varuna: uma das mais antigas deidades védicas, associado à Água, aos Rios e aos Oceanos. Seu poder é ilimitado, assim como seu conhecimento. Inspeciona todo o mundo, sendo o Senhor das leis morais.

          No início dos tempos tudo estava em repouso e equilíbrio total e só Brahma existia.

          Houve então a primeira vibração, Om, o Som Primordial e a partir dele todo o universo foi criado.

          A partir daí surge à trindade hindu, formada por Brahma, Vishnu e Shiva que correspondem aos 3 gunas e as características de toda a criação.

          Brahma representa Rajas, o movimento, responsável pela criação.

          Vishnu representa Sattva, o poder de existência, preservação e proteção.

          Shiva representa Tamas, o poder de dissolução do universo.

          Aqui para o nosso contexto destaco Shiva devido à inspiração produzida por Shivanataraja. 

    image imagem retirada do site www.indiavilas.com com a perfeita representatividade da mitologia de Shiva. 

          Shiva é um Deva que além de representar a preservação e a proteção. Para que isso aconteça se manifesta como o renovador ou o Transformador.

          Uma das duas principais linhas gerais do Hinduísmo é chamada de Shivaísmo em referência a Shiva.

          Na tradição hindu, Shiva é o destruidor. Na verdade ele destrói para construir algo novo, assim, prefiro chamá-lo de "renovador" ou "transformador".  Suas primeiras representações surgem no neolítico (4.000 a.C.) na forma de Pashupati, o Senhor dos Animais. A criação do Yoga é atribuída a ele e o Yoga é uma prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, está intimamente ligado ao deus da transformação. Shiva é a deidade suprema (Mahadeva). O pacificador (Shankara) e o benevolente onde reside toda a alegria.

          O tridente que aparece nas ilustrações de Shiva é denominado Trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades da matéria: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio).

          A Naja é a mais mortal das serpentes. Usa uma serpente em volta da cintura e do pescoço, simboliza que Shiva dominou a morte e tornou-se imortal. Na tradição do Yoga clássico, ela também representa Kundaliní, a energia de fogo que reside adormecida na base da coluna. Quando se desperta essa energia, ela sobe pela coluna, ativando os centros de energia (chakras) e produzindo a iluminação (Samadhi), um estado de consciência expandida.

          No topo da cabeça de Shiva se vê um jorro d’água. Na verdade é o rio Ganges ou Ganga que nasce dos cabelos de Shiva. Há uma lenda que diz que Ganga era um rio muito violento e não podia descer a Terra, pois a destruiria com a força do impacto. Então, os homens pediram a Shiva que ajudasse e ele permitiu que o rio caísse primeiro sobre sua cabeça, amortecendo o impacto e depois mais tranquilo corresse pela Terra.

          Outro símbolo é o lingham. Ele representa o pênis, o instrumento da criação e da força vital, a energia masculina que está presente na origem do universo. Está associado ao poder criador de Shiva. A palavra "lingham" significa "emblema, distintivo, signo".

          O lingham é o emblema de Shiva. Na Índia, reverenciar o lingham é o mesmo que reverenciar a Shiva. Ele pode ser feito em qualquer material, embora o preferido seja o de pedra negra. Na falta de uma escultura, se constrói um lingham com a areia da praia ou argila do leito do rio; ou simplesmente se coloca em pé uma pedra ovalada.

          É comum nos templos pendurar acima do lingham uma vasilha com um pequeno orifício no fundo. A água é derramada constantemente sobre ele numa forma de reverência. A base do lingham representa a yoní, o genital feminino, mostrando que a criação se dá com a união do masculino e feminino.

          O tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do universo, o universo brota da sílaba OM. “No princípio era o Verbo (a sílaba, o som). E o Verbo era a criação. Tudo foi feito por Ele (o Verbo) e sem Ele nada se fez."

          É com o som do Damaru (tambor) que Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança. Às vezes, ele deixa de tocar por um instante para ajustar o som do tambor ou para achar um ritmo melhor e, então, todo o universo se desfaz e só reaparece quando a música recomeça.

          Shiva está intimamente associado ao elemento fogo representando a transformação. Nada que tenha passado pelo fogo, permanecerá o mesmo: o alimento vai ao fogo e se transforma; a água evapora; os corpos cremados viram cinzas. Assim, Shiva nos convida a nos transformarmos através do fogo ou do sadhana (prática). O calor físico e psíquico que essa prática produz nos auxilia a transcender nossos próprios limites.

          Nandi é o touro branco que acompanha Shiva, sua montaria e seu mais fiel servo. O touro está associado às forças telúricas e à virilidade. Também representa a força física e a violência. Montar o touro branco significa dominar a violência e controlar sua própria força.

          A palavra "Nandi" significa "aquele que dá a alegria". Na representatividade da devoção sempre se encontra esta figura diante dos templos dedicados a Shiva. Ele está deitado, guardando o portão principal.

          LUA CRESCENTE que muda de fase constantemente representa a ciclocidade da natureza e a renovação contínua a qual todos estamos sujeitos. Ela também representa as emoções e nossos humores que são regidos por esse astro. Usar o símbolo da lua crescente nos cabelos simboliza que Shiva está além das emoções. Ele não é mais manipulado por seus humores como são os humanos está acima das variações e mudanças, ou melhor, não se importa com as mudanças, pois sabe que elas fazem parte do mundo manifesto. Os mestres hindus que se iluminaram afirmam que as transformações pelas quais passamos durante os ciclos de nascimento e morte, o final de uma relação, mudança de emprego, etc. não afetam nosso ser verdadeiro e, portanto, não deveríamos nos preocupar tanto com elas. Simplesmente perceber e viver as transformações. 

    NATARAJA

    image

          Neste aspecto, Shiva aparece como o Rei Raja ou o Dançarino. Ele dança dentro de um círculo de fogo, símbolo da renovação e, através de sua dança o Nataraja acontece à criação, a conservação e destruição do universo.  Ela representa o eterno movimento do universo que foi impulsionado pelo ritmo do tambor e da dança. Apesar de seus movimentos serem dinâmicos, como mostram seus cabelos esvoaçantes, Shiva Nataraja permanece com seus olhos parados, olhando internamente, em atitude meditativa. Ele não se envolve com a dança do universo, pois sabe que ela não é permanente. Como um yogue que se fixa em sua própria natureza, seu ser interior, que é perene. Em uma das mãos, ele segura o Damaru, o tambor em forma de ampulheta com o qual marca o ritmo cósmico e o fluir do tempo. Na outra, traz uma chama, símbolo da transformação e da destruição de tudo que é ilusório. As outras mãos estão em gestos (mudra) específicos. À direita, cuja palma está à mostra, representa um gesto de proteção e benção (abhaya mudra). A esquerda representa a tromba de um elefante, aquele que destrói os obstáculos.

          Nataraja pisa com seu pé direito sobre as costas de um anão. Ele é o demônio da ignorância interior, a ignorância que nos impede de perceber nosso verdadeiro eu. O pedestal da estátua é uma flor de lótus, símbolo do mundo manifestado.

          A imagem toda nos diz: "Vá além do mundo das aparências, vença a ignorância interior e torne-se Shiva, o meditador, aquele que enxerga a verdade através do olho que tudo vê (terceiro olho, Ajnã Chakra)." 

    Devis ou deusasAfter digging a pit, he should recite the Mahishamardini (vidya) 800,000 times, then offering 1,000 times in the cremation ground.

          São as deusas, as mães divinas, aquela que resplandece.

          Nos Vedas eram apresentadas como energia ou poder do criador, a Shakti.

          Nos Puranas aparecem como devis.

          Representando a sabedoria do universo, o aspecto protetor, maternal do Absoluto.

          Apresentam-se de 5 formas diferentes: Parvati, Durga, Kali, Lakshmi e Sarasvati. 

    Parvati

          É a Mãe do Universo e consorte ou esposa de Shiva. Simboliza a disciplina, a renúncia, o esforço que leva o devoto ao Conhecimento. 

    Durga

          Representa o aspecto feroz de Parvati. Montada em um leão ou tigre.

          Tem 12 ou 18 braços e em cada mão tem armas dadas pelos deuses.

          Seu objetivo é ser implacável com os demônios que representam nosso ego e nossa ignorância.

          Ela nos mostra que devemos ser decididos na destruição de tudo que nos impede de percebermos nossa verdadeira natureza divina. 

    Kalí

          Aspecto mais feroz ainda de Parvati. Tem língua roxa, não usa roupa e seu corpo é coberto pelos longos cabelos negros. Usa um colar de caveira, tem quatro braços e leva em cada mão armas de destruição e uma cabeça sangrando. É a devoradora do tempo. 

    Lakshmi

          Ela é muito popular na Índia, sendo considerada a mais próxima dos seres humanos. Quer o bem estar de todos sem se preocupar com suas ações ou seu passado.

          Surgiu das águas cósmicas, da eternidade.

          É a consorte ou esposa de Vishnu.

          Simboliza a riqueza material e espiritual, representando o nosso universo ilusório.

          Usa um sári vermelho, que simboliza rajas, a ação para manter a vida, tem muitas jóias e moedas de ouro, que representam a riqueza e a prosperidade.

          É apresentada sobre um lótus, símbolo do conhecimento. 

    Sarasvati

          Esta associada à fertilidade, a purificação, a fala, a linguagem e a palavra.

          É considerada a personificação de todos os conhecimentos, artes, ciências e letras. Sem ela Brahma, seu consorte, não poderia ter criado o mundo.

          Usa um sári branco (a pureza do conhecimento), está sentada em um lótus branco (o conhecimento) ou numa pedra (a base sólida na busca do conhecimento). Possui sempre ao seu lado um cisne (discernimento) ou um pavão (silêncio necessário para escutar, refletir e meditar).

    Possuí quatro braços e em cada mão um japa-mala (colar) indicando disciplina da meditação, Vija (o som, o chamado à busca do Conhecimento) e os Vedas (o ensinamento). 
     
     

    NUMEROLOGIA TÂNTRICA

          A Numerologia tântrica é diferente da numerologia pitagórica. Ela é baseada apenas na data de nascimento. Conhecida também como Karam Krya. Os cálculos apresentam caminhos para acessar o crescimento espiritual, que desenvolvido através de uma prática esse processo se acelera e se torna a ponte vibracional para o Eu. 

    Nos cálculos da Numerologia tântrica toma-se conhecimento dos Objetivos que se deve  trabalhar através de uma prática. 

    Desdobrar o potencial do indivíduo inerente ao conceito da integridade e os processos da vida que implicam também num relacionamento entre o corpo e a mente e a habilidades para controlar o processo energético da vida (o respirar, uso da voz, as artes, a meditação consciente, exercício, etc..) 

    Compreensão - encontrar uma cosmologia pessoal que ajude criar e manter um sentido saudável da perspectiva realística da terra comum a tudo. 

    Comportamento - uma mudança significativa na vontade e na compreensão influenciado no sono, no meio social, no modo psicológico, ou seja, a mudança consciente do comportamento pode trazer aproximadamente uma mudança e uma compreensão melhor das pessoas e de outros. 

    Consciência - de ego em relação ao mundo, ou seja, uma independência que provocará freqüentemente mudanças espontâneas. Consciência também tende a provocar uma redefinição da responsabilidade e a capacidade de um indivíduo para responder ao mundo.

          Portanto a numerologia Tântrica é um método para estudar o processo do passado, presente e futuro.

          Segundo o Yogui Bhajan ele explica que os seres humanos são formados por dez corpos espirituais, cada um deles corresponde a uma característica de cada guru os Shiks, cultura da qual provem esta numerologia.

          A numerologia tântrica é uma ferramenta para enriquecer a vida e ajudar a conectar com o espírito. Não é uma forma de "adivinhação" e nem conta o futuro. A numerologia tântrica utiliza de dez energias ou corpos, que são a representação de aspectos diferentes manifestado da psique. Oito destes corpos correspondem aos Chakras.  

               Uma vez identificado os equilíbrios e desequilíbrios dentro desses dez corpos de cada individuo, poderá começar então a aplicar técnicas que vão equilibrá-lo com mais facilidade. É melhor quando for utilizar-se pessoalmente da numerologia tântrica ter orientação de outro profissional, porque mesmo sendo conhecedor você poderá se negar a enxergar a realidade. 
     
    Os dez corpos espirituais são: 

    1. O Corpo da Alma. 

          Este é primeiro corpo e também corresponde ao primeiro chakra que fica situado no períneo entre o ânus e o genital.  Este corpo se conecta com a infinidade interna e permite que o ego interno flua livremente por você.  

          Se este corpo for fraco, poderá sofrer grande insegurança. Os órgãos associados com este corpo são o estômago, baço e pâncreas. Se tiver domínio deste corpo será calmo e criativo.  

    2.  Mente Negativa  

          O segundo corpo corresponde adequadamente ao segundo chakra que se localiza acima do púbis. A mente negativa necessariamente não é uma mente ruim. Simplesmente é a mente protetora, é ele que coordena o caminhar.  Porém, esta mente também pode impedir de fluir. É o corpo que alimenta a independência do ego, podendo se tornar em ego-destrutivo.  Por causa da correlação do segundo corpo com o chakra energético a pessoa pode ficar muito dependente do sexo ou pode levar o oposto e pode temer qualquer contato sexual. Quando a mente negativa for saudável, você tem grande orientação interna e está confortável em sua própria pele.

     
    3.  A Mente Positiva  

          O terceiro corpo fica situado no centro de umbigo e corresponde ao terceiro chakra. Este é o centro de energia do corpo. Quando for equilibrado, é forte e projeta autoridade. Transmitirá otimismo, porém, se este corpo estiver desequilibrado pode se tornar muito obcecado com o próprio poder e pode levar a autoridade a um nível perigoso. Também pode ficar muito intolerante com outros e por outro lado, você pode ter medo assumir responsabilidade. Fisicamente, as manifestações somatizadas se manifestarão no fígado, bexiga  e nos pés. 

     

    4. A Mente Neutra.  

          A Mente Neutra corresponde ao centro de coração, chakra cardíaco. Este é o aspecto da sua mente de qual você queira se projetar. Combinam os benefícios de ambas as mentes positivas e negativas. Quando esta mente for equilibrada, a pessoa poderá resolver qualquer situação. Poderá depressa ter acesso todas as partes de uma situação e depressa se conduzir à escolha correta. Porém, se esta mente for fraca, poderá resultar em fechamento para amar e freqüentemente terá dificuldades para resolver as situações. Os órgãos que correspondem são o coração, pulmões e intestino grosso.

     

    5. O Corpo Físico.  

          O quinto corpo é extremamente importante, é nele que está a absorção de todos os corpos.  Muitas pessoas focalizam muito no espiritual e ignoram os corpos físicos.  Mas se você só trabalha sua mente e sua alma, seu corpo físico ficará desequilibrado.  O físico é da mesma maneira importante como o espiritual e o mental.  Nós viemos todos vestidos desta forma para este plano da existência por alguma razão.  É importante aceitar este “presente” e desenvolver este potencial em plenitude. 

    O quinto corpo corresponde ao quinto chakra, ou seja, o laríngeo, portanto algumas pessoas experimentam dificuldades com esta região por não estar corretamente equilibrado.  Porém, quando equilibrado, você será um orador eloqüente e verdadeiro.  Você poderá compartilhar seu conhecimento facilmente com outros porque você não terá nenhum medo deste plano físico. 

    6. Arco de luz 

    Homens e mulheres têm uma linha de arco, uma linha de energia, indo de em orelha para o outro sobre a cabeça.  Este é seu “halo” como mostrado nas imagens de santos e anjos.  

    Estas linhas de arco é o equilíbrio entre as dimensões físicas e as dimensões cósmicas.  Este corpo regula seu sistema nervoso e equilibra suas glândulas.  Corresponde a sua glândula pituitária que fica situado entre suas sobrancelhas.   Este é o terceiro olho. A glândula pituitária é a glândula mestre.  Quando esta glândula está funcionando corretamente a pessoa terá a intuição para se proteger e radiará como uma pessoa que é centrada e calma. Se estiver desequilibrada sofrerá de variação de humor contínuo.    

    7. A Aura  

    Embora aura fique situada “fora” do corpo cercando como um campo magnético, ela  corresponde ao 7º chakra que é o topo da cabeça.  É a glândula pineal.   É dito que a glândula de pineal deixa de segregar seus fluidos depois da puberdade e que então conduz ao processo de envelhecimento.  Há muitas atividades que podem estimular esta glândula para segregar uma vez mais e, portanto retarda o envelhecimento precoce.  

    Este chakra é conhecido como o coronário “mil pétalas” ele proporciona para a pessoa segurança e o poder para ser misericordiosos.  

    Se a aura for forte a pessoa terá uma presença positiva e você sentirá contido dentro de seu próprio corpo. Pessoas que têm uma aura desequilibrada poderão se sentir ameaçado por outras auras mais forte ou eles podem ser vampiros de energia.

      

    8. O Corpo de Prânico  

    O corpo corresponde ao Prana é a vida-força, é o que o mantém vivo.  Se o ser vivente deixar de respirar, deixa de viver.  Se o prana for baixo numa pessoa ela não estará usando o seu diafragma de maneira correta. Sem oxigênio esse corpo poderá experimentar fadiga, ficará defensivo e amedrontado do mundo.  Por conseqüência disto este corpo não receberá bastante oxigênio e o coração será enfraquecido. 

    Quando este corpo for equilibrado terá a certeza de estar vivo e pleno de criação.  Respirar profundamente permite que todo o fluxo prânico energize o sistema.  Este corpo, quando equilibrado, também alinha o negativo, positivo e a mentes neutras.

     

    9. O Corpo Sutil  

    O corpo sutil dá o poder para ver além das ilusões de vida e ego.  Quando dominamos este corpo, nada na vida é um mistério e você se ajusta a qualquer situação com facilidade. Porém, se estiver fora de equilíbrio, você pode ser absorvido facilmente pelo maya (ilusão) deste mundo e a pessoa poderá ser enganado facilmente, ou por ela mesma ou através de outros tirando vantagem de si mesmo.  Este corpo pode sentir inquieto com a falta da paz para fluir facilmente de uma situação a outra.    
     

    10. O Corpo Brilhante  

    O corpo brilhante é extremamente importante.  Coincide com a aura e proporciona energia fora do corpo.  

    Quando esta esfera é centrada a pessoa irradia coragem e realeza. Os outros respeitarão e quererão estar na presença de uma pessoa assim em sua presença.  Esta pessoa afrontará todo desafio e excede expectativas.  

    Porém, ao contrário de um corpo brilhante equilibrado é alguém que não só não satisfaz as expectativas. Como pode temer responsabilidade e então escolhe não reconhecer seu próprio brilho e graça porque teme que nunca satisfará para a expectativa de alguém qualquer que seja.

     

    11. CORPO RADIANTE

          Embora haja só Dez Corpos no ponto de vista Numerológico, há uma Décima primeira incorporação. Este é o centro de comando que dirige todos os outros aspectos.  A pessoa com o número 11 no quadro leva um presente extremo com eles.  Este é o presente de infinidade e conclusão.   Eles têm a habilidade nesta vida de dominar completamente o físico e o reino espiritual.  Eles também têm a capacidade para chamar qualquer um dos 10 corpos para trabalhar para eles em qualquer determinado momento.  Porém, é importante saber que todos os outros aspectos devem ser desenvolvidos para que esta 11ª incorporação se manifeste.  Se a pessoa tiver este número em seu quadro, necessariamente não significa que o conhecimento do universo visivelmente e imediatamente dela.  Ainda terá que levar o tempo para se reconhecer e brando nas emoções e ai sim perceber. Este corpo em desequilíbrio representa o ego exaltado.

    Portanto, o décimo primeiro corpo representa a harmonia interior dos outros dez corpos.   
     

          A Numerologia tântrica nos facilita o conhecimento dos caminhos que temos de percorrer em nossa missão e na vida presente.

    Obs. Os números na numerologia tântrica diferem da numerologia pitagórica.  Os valores são interpretados somente até o ONZE, se o número for maior então deverá ser reduzido a um só numero. Por exemplo: 11+12+1952 = 22 = 4.

          É extraído da data de nascimento que é o presente herdado divinamente.

          Tomaremos aqui no que consiste a Numerologia Tântrica sem adentrar no fluxo interpretativo que não vem ao contexto geral deste trabalho neste momento.

       

    CHAVE:

     

    1 - O número da ALMA =  Dia de nascimento.

    2 – O número do KARMA = Personalidade =  Mês de nascimento.

    3 – O número do PRESENTE =  A soma dos dois últimos dígitos do ano de nascimento.

    4 - O número do DESTINO = última vida = A soma do ano de nascimento.

    5 - O número do trajeto de VIDA= A MISSÃO = A soma do dia, mês e ano de nascimento. 

     

    OS NÚMEROS:

    1. O número da ALMA:

          É extraído do da soma do dia de nascimento

          O número da alma indica seu relacionamento com sua própria alma, com seu self interno e a fonte de sua criatividade. Este é o número do trabalho interno.

          É a conexão com o coração e não com a cabeça e fonte de energia criativa.  Uma vez você conectado com o corpo desta posição, você nunca se sentirá abandonado ou separado do divino.  Porém, a maioria das pessoas está desconectada necessitando cuidar deste aspecto e normalmente precisa desenvolver o corpo nesta posição, portanto não se preocupe isto é extremamente comum!  

     
    2. O número de KARMA - PERSONALIDADE

          A soma do número do mês marca o número do karma. Exemplo: se você nasceu em junho, seu karma é 6, se você nasceu em dezembro, seu karma é (1+2 =) 3. Com exceção dos meses outubro = 10 e novembro = 11 que não se reduz. 

          O karma nos mostra a relação existente com o mundo externo, vem ser nossa personalidade. É a posição que expressa os conflitos que você enfrentará nesta vida, é a indicação de seus pontos fracos e desafios que você terá que superar. O número do Karma determina a relação que teremos com o mundo externo e como vamos tratá-los. Indica seu relacionamento com o outro. Indica a forma de comunicação e a área principal de limitação que necessita o trabalho. 
     

    3. O número do PRESENTE

          É extraído da soma dos dois últimos dígitos do ano que você nasceu: 1951 = 5+1 = 6; 1960 = 6+0 = 6

          Este é o número que indicará a qualidade espiritual que nos foi dado nesta vida por isso é denominado de presente divino vem do reflexo das virtudes que obtivemos em outra vida, mas normalmente os presentes vêm com uma enorme responsabilidade, como por exemplo: ter que desfazer do próprio ego e se focalizar em projetas luz e amar os outros. Para se fazer uso corretamente do presente terá que gozar de um grau de consciência elevado. Podemos também entender como talentos naturais.   

    4. O número do DESTINO

          É obtido através da  soma dos quatro dígitos do ano de nascimento.

    Exemplo: 1951 = 1+9+5+1=16 (1+6 =) 7; 1982 = 1+9+8+2=20 (2+0) 2 

          O número do destino indica as habilidades que foram desenvolvidas em outra vida podendo ser desenvolvido de forma positiva ou não. Indica como OUTRO nos vê. Normalmente não percebemos como somos para o outro causando aqueles conflitos que não entendemos por que.

     
    5. O número do TRAJETO

    QUINTO ASPECTO é a MISSÃO   

          É obtido por meio da soma total da data de nascimento.    

          Exemplo: 12 de maio de 1951 = 1+2+5+1+9+5+1 = 24 (2+4) = 6   

    18 de fevereiro de 1953 = 1+8+2+1+9+5+3 = 29 (2+9) = 11   

          O estado de paz e harmonia permanente só é adquirido quando nós tivermos a certeza absoluta que nós estamos completos e estamos desenvolvendo nossa missão.    

          Se uma pessoa pode harmonizar cada um dos números dela ou aspectos, mas não está completando a missão, não ESTARÁ satisfeita internamente. O quinto aspecto é seu caminho de perfeição. É seu número que guia permanentemente presente em sua vida.    

          Primeiro você deverá transformar os primeiros quatro aspectos para se dedicar a sua missão para que possa cumpri-la na terra. Quando você estiver enviando luz aos outros neste mundo ai então, você dominou este reino verdadeiramente. 

        

    NUMEROLOGÍA REFLEXIVO

          Quando alma e karma são os mesmos números. Por exemplo, 10 de outubro (10 dos 10). Esta pessoa é um espelho, ela é como você vê por dentro e por fora.     

          Pessoas que possuem esta forma de número costumam ter dificuldades para aceitar e entender o outro, desde que eles não concebem que aquela diferença pode existir entre alma e personalidade (karma).   

          Eles são Tudo ou qualquer coisa, desde que eles estejam bem em ambos os corpos ou terrível em ambos.    

        

    NUMEROLOGÍA DHARMICA.   

          É determinado quando o número do terceiro aspecto (presente de Deus) se repete no número da alma, da personalidade, da missão ou das últimas vidas.   

          Este tipo de numerologia é um Dharma ou abençoando, como é um presente de DIVINO, sempre é positivo, estarão reforçando o aspecto que é semelhante a ele.    

        

    NUMEROLOGIA COM PROBLEMAS EM ÚLTIMAS VIDAS.   

          É determinado quando um número se repete por várias dentro da carta natal em qualquer um dos aspectos.   

          Significa que aquela pessoa não pôde polir aquela virtude ou força.    

          Em algum ponto falhou, então terão que começar um ciclo novo de encarnações até alcançar isto.  

     

    MÉTODO

     

          O NUMERONATARAJA ou Yoga dos números é a codificação do padrão vibratório dos números em aspecto vivencial formatado em sinais corporais denominados mudrás (gesto reflexológico). Que permite gerar força de impacto pelo o movimento causado pela a coreografia que os movimentos de ação (o mudra) juntamente com o fluxo da consciência gera assim um movimento, uma dança que vibra nos corpos harmonizando e percebendo o fluxo através do prana que é fluido automaticamente, mudando a forma de pensamento e de sensação. Produzindo o eixo para entrar em meditação dinâmica e a consciência de si mesmo. A prática consiste na habilidade de coreografar os movimentos de forma natural e automaticamente onde se concentra os bloqueios a atenção para produzir a performance fará com a energia flua e a execução se torna perfeita pelo o fato do sentir e não do racionalizar.

          Enquanto os movimentos ocorrem é feitos fechos (bandhas) impulsionando a energia prana para que flua pelo os canais das nadis e glândulas, exercitando e aflorando a energia de cada chakra que naturalmente equilibrará os corpos. Mudando toda a vibração comportamental energético, emocional, mental e físico. Proporcionando a ponte do religar-se e reconhecimento do EU.

          É uma prática que pode ser executada em grupos ou de forma individual, mas sempre acompanhado de instrução de um terapeuta já conhecedor da técnica e que possa fazer as devidas correções.

    Sejam elas virtuais ou pessoalmente. Até que isso seja natural na pessoa e daí sim poderá executar a qualquer momento que desejar ir para o seu interior e responder questões  que o próprio SER já sabe a resposta. 

     

    Funções terapêuticas

          Proporcionará o equilíbrio de todos os corpos simultaneamente e na sequência necessária individual, mesmo que executado em grupo. 

    Funções estéticas

          O Numeronataraja não é preocupado com esta função.  Mas naturalmente a execução continua colocará as glândulas endócrinas em equilíbrio e consequetemente altera o padrão físico do praticante, melhorando o aspecto físico. No mínimo proporcionará maior brilho e vivacidade do aspecto físico aumentando a estima.  

    Funções lúdicas

          Obviamente o Numeronataraja propõe o prazer, o êxtase de só está, só fazer, usufruindo da prática ludicamente. Sem o ludismo, a alegria de brincar ou dançar não existe. A prática (sadhana) é uma celebração de vida. A celebração leva o ser em contato com o Seu EU Divino e natural.  

    Funções da sexualidade.

          Sexualidade é a propriedade que tem o ser humano de sentir e perseguir o prazer. É a vontade de reunir-se a outra energia que o complemente ou que o realize. O Numeronataraja proporciona a possibilidade de o praticante entrar em contato com seus vários pontos de tensão energética, que o impede de exercer sua sexualidade plenamente. 

    Funções arquetípicas ou simbólicas de uma egrégora.

          Cada exercício é simbólico, significa algo para a consciência e para o inconsciente coletivo. O Mudrá é sempre um gesto que simboliza força, energia sabedoria, consciência ou simplesmente percepção metafísica. O gesto (Mudra) leva uma pessoa a entrar em contato com uma egrégora especifica. 

    KOSHA MUDRAS – São os gestos feitos com o corpo todo. Após executá-los e coreografá-los corretamente os gestos com as mãos podem ser acrescentado transformando numa dança cósmica e passando a ter a vibração do Numeronataraja ou Yoga dos números.

          Cada exercício foi similarmente inspirados em ásana ou Mudras já existente, trazendo em seu contexto a vibração da energia que cada número  em equilíbrio produz. Portanto é a verdadeira fidelidade personificada da vibração que movimentarão fluxo do corpo.  

     

    Conclusão.

          Este é mais um trabalho inspirado nas observações dos clientes em consultórios, cursos e vivencias que necessitam de um caminho mais sutil para acessarem o caminho de parar a mente de turbilhonar e ensinar o fluxo da emoção a simplesmente está consigo mesmo.

          Apesar de inserir em seu contexto o movimento da dança, é absolutamente forte e sensível, belo e sensual.

          Qualquer pessoa pode lançar mão deste método, pois é apenas um exercício codificado que gera o compromisso consigo mesmo de trilhar um autoconhecimento, sem exigir excelentes performances físicas. Podendo ser executado por qualquer pessoa que apenas deseja aprender o SENTIR. 
      

    BIBLIOGRAFIA.

    Do Numeronataraja não há ainda, pois espero que esta sinopse se torne uma no futuro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    BA ZI - PILARES DO DESTINO - Astrologia Chinesa

    BA ZI - PILARES DO DESTINO 

     Astrologia Chinesa

     

     Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística 
    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS –  Holística 2009

     

     

      “Para alcançar o conhecimento, acrescente coisas todos os dias. Para alcançar a sabedoria, remova coisas todos os dias.” (Lao Tse) 
     

    Dedicatória 

    Dedico este trabalho àquela força que impulsiona, preenche e domina, de muitos nomes e que poucos entendem, para uns força Maior, para outros DEUS.

     

    Agradecimentos 
     Meus agradecimentos ao meu marido Alexandre de Oliveira Baptista pelo apoio e incentivo, à minha irmã pelo incentivo e por acreditar em mim, à minha filha Sarah, pela paciência, aos meus gurus e mestres, pelas informações e desfechos.

      

    Sumário:

    1 – Qi

    2 – Wu Xing - 5 transformações do Qi

    3 - 10 Troncos Celestes e 12 ramos terrestres

    4 - 60 binômios

    5 - Estações energéticas

    6 -Constituição energética dos meses

    7 -Cálculo do Acerto da Hora

    8 - Cálculo dos 4 pilares do destino

    9 - os 10 deuses

    10 - combinação de tronco

    11 -relacionamento entre os 12 ramos

    12 - Deuses e demônios.

    13- Resultados

    14- conclusões

    15 – Referências Bibliográficas

     

    Resumo  
     

    Nesta palestra serão pinceladas o que são os 4 pilares do destino, como calculá-los e quais os benefícios que este sistema poderá proporcionar tanto aos pacientes, clientes, enfim a comunidade a ser atendida, quanto aos terapeutas em geral que terão uma ferramenta a mais no tratamento dos diversos sintomas de desequilíbrio energético e físico que poderão ser lidos pelos 4 pilares do destino.

    Mais uma vez temos a certeza de que o bem-estar físico de uma pessoa é a soma de diversos elementos energéticos que se inter-relacionam e dão uma resposta positiva. Quando não há o bem estar, concluímos que há um desequilíbrio entre esses elementos, com os 4 pilares do destino é possível ler este momento energético de cada pessoa. 
      

    Introdução 

    Os Quatro Pilares mostram os prós e os contras da sua constituição energética, a força ou fraqueza dos meridianos de energia e o seu reflexo no corpo, alertando-o de tendências e doenças em potencial. Ele pode lhe indicar como buscar o equilíbrio dos 5 elementos por meio de atividades, hobbies, atitudes, esportes, alimentos, relacionamentos e terapias, que vão incorporar ao seu sistema os elementos que você tanto precisa para em equilíbrio e saudável. Daí a importância em compreender sua constituição e saber por qual momento energético você está passando, por qual momento energético o universo está passando. Nada pode ser feito em relação ao curso do universo, mas você pode fazer muito por você respeitando a sua constituição e o que ela pode ou não lhe propiciar, o que faz bem ao seu organismo e à sua vida como um todo.  

     

    1 - O Qi (Chi) 

    Conhecido como muitos nomes, pode-se resumir como um tipo de energia que permeia e nutre todos os fenômenos do mundo físico e extra-físico. É a vitalidade energéticas responsável por todas as manifestações de vida no universo. É dispersado pelo vento e retido pela água. Na matéria é o que edifica e coordena as moléculas.

    O Qi em movimento é a interação perpétua entre o yin e yang. Contínuo processo de transformação. Somos todos produtos do Qi e estamos sujeitos a sua influência.

    A Trindade chinesa é formada por:

    - Qi cósmico (Tian Qi)

    É o Qi que vem em direção à Terra, provém do Sol, Lua, planetas, estrelas e galáxias. Pode afetar o Qi Terrestre e até cancelar seu efeito.

    - Qi humano (Ren Qi)

    Determinado na primeira respiração do indivíduo. Qi forte que interage com o Qi da terra e Qi cósmico.

    - Qi da terra (Di Qi)

    Qi que viaja pelo solo (sobre e sob) se manifesta nas mudanças da topografia, vales, picos e montanhas, desertos, planícies, florestas e cachoeiras.

    Para tudo é importante encontrar uma forma de combinar essa trindade em tudo o que fazemos. 

     

    2 - WU XING – CINCO TRANSFORMAÇÕES DO QI 

    Compreender como o Wu Xing flui é desvendar a linguagem da natureza.

    Os 5 elementos estão ligados entre si, não devemos analisá-los isoladamente. Na visão ocidental temos 4 elementos (Fogo, ar, água e terra) e a relação entre eles é estática. Já na visão chinesa temos 5 elementos e a relação entre eles é uma constante transformação. 

    Temos Três relações básicas entre os elementos: 

    1 – Ciclo de Geração

    Aqui um elemento gera o outro de forma cíclica. 

    - Madeira gera fogo: Madeira alimenta o fogo.

    - Fogo gera Terra: Quando a madeira queima gera cinzas e essas cinzas geram a terra.

    - Terra gera Metal: A Terra produz o metal sob alta pressão e por um longo período de tempo.

    - Metal gera Água: Metal, sob influência do fogo, derreterá e fluirá de forma líquida.

    - Água gera Madeira: A água é alimento para as plantas. 

    2 – Ciclo de controle

    Aqui um elemento controla o outro energeticamente. 

    - Madeira controla a Terra: raízes penetram na terra e se alimentam dela.

    - Fogo controla o Metal: Fogo amolece ou derrete o Metal.

    - Terra controla a Água: Terra controla o curso da água, a suja.

    - Água controla o Fogo: Água esfria ou extingue o Fogo. 

    3 – Ciclo de Domínio

    Aqui o elemento dominado reage contra o dominador. 

    - Madeira prejudica o Metal: Madeira pode esfacelar ou até mesmo quebrar o Metal e cega seu corte.

    - Metal prejudica o Fogo: Metal pode extinguir ou sufocar o Fogo.

    - Fogo prejudica a Água: Fogo evapora a Água.

    - Água prejudica a Terra: Água pode lavar a Terra.

    - Terra prejudica a Madeira: Terra alterará o caminho e forma das raízes. 

    Existem outras relações possíveis entre os cinco Elementos: 

    4 – Ciclo de Desgaste

    Aqui o elemento gerado desgasta ou enfraquece o elemento gerador.

    - Madeira desgasta a água: raízes chupam a água para as folhas que podem esconder ou guardar a água.

    - Água desgasta o Metal: Água pode enferrujar o metal.

    - Metal desgasta a Terra: Metal pode envenenar a Terra.

    - Terra desgasta o Fogo: Terra pode extinguir ou sufocar o fogo.

    - Fogo desgasta a Madeira: Fogo consome a madeira. 

    5 – Ciclo Fortalecedor

    Aqui dois elementos iguais fortalecem um ao outro. 

    Os 5 elementos alimentam um ao outro, ao mesmo tempo em que controlam uns aos outros, gerando uma relação de interdependência e um equilíbrio dinâmico onde: 

    - A Água alimenta a Madeira ao mesmo tempo em que apaga o Fogo e é bloqueada pela Terra.

    - A Madeira alimenta o Fogo ao mesmo tempo que suga a energia da Terra e é podada pelo Metal.

    - O Fogo alimenta a Terra ao mesmo tempo em que derrete o Metal e é apagado pela Água.

    - A Terra alimenta o Metal ao mesmo tempo em que retém a Água e é sugada pela Madeira.

    - O Metal alimenta a Água ao mesmo tempo em que corta a Madeira e é derretido pelo Fogo. 

    As Cinco Transformações tem sua fundamentação em realidades astronômicas (Periélio e Afélio), não em leis do Meio ambiente. 

     

    3 - OS 10 TRONCOS CELESTES 

    Os 10 Troncos nada mais são do que os 5 elementos em suas polaridades Yin e Yang. Desenham assim o padrão do movimento do Qi Celeste. 

    1 Madeira Yang, em chinês JIA

    2 Madeira Yin, em chinês YI

    3 Fogo Yang, em chinês BING

    4 Fogo Yin, em chinês DING

    5 Terra Yang, em chinês WU

    6 Terra Yin, em chinês JI

    7 Metal Yang, em chinês GENG

    8 Metal Yin, em chinês XIN

    9 Água Yang, em chinês REN

    10 Água Yin, em chinês GUI 

    Os troncos sempre são numerados em números arábicos. 

     

    OS 12 RAMOS TERRESTRES 

    Os 12 ramos desenham o padrão do movimento do Qi terrestre. Os ramos terrestres são numerados em algarismos romanos para não confundir com os Troncos Celestes. A associação dos ramos aos 12 animais foi feita através da lenda de que ao entrar em Nirvana Buda reuniu o reino animal. Por alguma razão somente 12 animais compareceram. Como recompensa, Buda nomeou os anos de acordo com a chegada de cada animal. Como o rato chegou primeiro, ficou com o primeiro ano, o búfalo com o segundo e assim sucessivamente. Claro que esta é somente uma lenda, ninguém sabe ao certo o porque dessa associação.

    O fato é que os ramos são tão antigos quanto os troncos celestes, que davam seus nomes aos dias da semana, logo os chineses começaram a usar os nomes dos ramos terrestres para os meses. São eles: 

      1. Rato (Zi)
      2. Búfalo (Chou)
      3. Tigre (Yin)
      4. Coelho (Mao)
      5. Dragão (Chen)
      6. Serpente (Si)
      7. Cavalo (Wu)
      8. Cabra (Wei)
      9. Macaco (Shen)
      10. Galo (You)
      11. Cachorro (Xu)
      12. Javali (Hai)
     

     

    O CICLO SEXAGENÁRIO DOS TRONCOS E RAMOS 

    O encontro entre o Qi Celeste e o Qi Terrestre. Esse sistema de combinações é chamado de Ghanzi = Gan (Tronco) + Zhi (ramo). Ao combinarmos 10 Troncos com 12 ramos, matematicamente teríamos 120 combinações, mas isso não ocorre, porque os troncos formam dois grupos de 5, um dos 5 elementos na polaridade yin e os outros cinco na polaridade yang. Isso resulta em 5 x 12 = 60 combinações, que chamaremos de 60 binômios (alguns métodos chamas de 60 imagens ou 60 dragões).

    M+

    F+

    T+

    Me+

    A+

     
     
    Combina com
    Rato

    Tigre

    Dragão

    Cavalo

    Macaco

    Cachorro

      M-

    F-

    T-

    Me-

    A-

     
     
    Combina com
    Búfalo

    Coelho

    Serpente

    Cabra

    Galo

    Javali

     

    Logo, o binômio 1 é Rato de Madeira Yang (Jia Zi). Os anos são denominados pela combinação referente àquele ano, por exemplo 2004 – Macaco de Madeira Yang (Jia Shen). 

    Essas combinações são usadas para meses, dias e horas. Isso pode parecer complicado, mas cada data traz informações importantes sobre a interação do Qi. Essa é a base de qualquer análise, seja para a astrologia Chinesa como para o Feng shui. 

     

    4 - OS 60 BINÔMIOS 

    A Análise dos 60 binômios é feita por meio da leitura vertical entre os elementos que compõe a estrutura de um binômio. Compreendendo a estrutura analisamos a força, o elemento predominante e a imagem gerada. Esse método é usado na análise de 4 pilares do destino, onde as imagens formadas indicam qual a missão a cumprir nessa vida (binômio do ano de nascimento) associada à imagem do binômio do dia de nascimento. Este método é usado para verificar se a pessoa está indo de encontro ao seu destino ou lutando contra ele. 

    Tabela 7.4 

     

    5 - AS ESTAÇÕES ENERGÉTICAS 

    Algo que causa discussão entre os praticantes de Feng shui é a diferença entre os hemisférios Norte e Sul, nos cálculos e aplicações das técnicas tradicionais.

    Um dos argumentos apresentados pelos que defendem a inversão dos cálculos é o clima.

    Na realidade, quando nos referimos a estação em termos de Feng Shui e Astrologia chinesa, não estamos nos referindo à estação climática, mas aos ciclos cósmicos. Chamemos então de estações climáticas as 4 estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno. E chamemos de Estações Energéticas as 4 fases identificadas na relação Terra e Sol.

    Como a cosmologia chinesa engloba 5 elementos e cada um desses 5 elementos rege a uma Quinta parte do ano, logo 365 dias / 5 = 73, cada elemento rege 73 dias no ano.

    Cada uma das 4 estações (energéticas) do ano tem predomínio de um elemento:

    Primavera – Madeira

    Verão – Fogo

    Outono – Metal

    Inverno - Água 

    A primavera energética corresponde aos signos de Tigre, Coelho e Dragão e também ao início do ano chinês que ocorre no mês do Tigre. Porque no mês do Tigre se o primeiro animal é o rato? Simpples, porque cada animal tem uma energia específica e a do rato é Água e água corresponde ao inverno energético, no mês seguinte que é o Búfalo esta água entra em declínio, para no mês do Tigre a Madeira brotar após o inverno. 

    O Verão energético corresponde aos meses de Serpente, Cavalo e Cabra.

    O Outono energético corresponde aos meses de Macaco, Galo e Cachorro.

    O Inverno energético corresponde aos meses de Javali, Rato e Búfalo. 

    Cada animal (ramo) corresponde a um mês solar, que inicia sempre quando o Sol atinge o 15° de cada um dos signos solares ocidentais. Reparemos que o Rato corresponde ao ápice do Inverno energético, o coelho ao ápice da Primavera energética, o cavalo ao ápice do verão energético e o galo ao ápice do outono energético. 

    Como já devem ter reparado há 4 estações no ano e existem 5 elementos, não há uma estação associada ao elemento terra. Isso porque a Terra rege os 18 últimos dias de cada estação.

    Lembremos da divisão:

    365 dias do ano / 5 elementos = 73 dias para cada elemento.

    Os 73 dias atribuídos ao elemento terra, se subdividem-se em 4 estações o que gera aproximadamente 18 dias em cada uma das 4 estações. Os dias do elemento terra é chamado de entre-estações.

    Por isso os meses Dragão, Cabra, Cachorro e Búfalo são divididos em 2 partes. Os primeiros 12 dias são regidos pelo elemento predominante na estação. Os últimos 18 dias são regidos pela terra, sendo chamados de Entre-estações e marcam a transição de uma estação a outra. 

    AS FASES DO CIRCUITO SEM FIM 

    Os doze meses do ano, doze animais associados às estações energéticas, mostra que para filosofia Chinesa, o ciclo da vida se divide em doze partes: 

    1. Nascimento
    2. Crescimento – primeiro banho
    3. Adolescência
    4. Diploma – Exame
    5. Apogeu da Carreira
    6. Declínio
    7. Doença
    8. Morte
    9. Enterro – Armazenagem
    10. Desaparecimento total
    11. Embrião
    12. Desenvolvimento do embrião
     

    Este mesmo ciclo rege toda a vida no Universo.

    A energia nasce (fase 1), passa por duas fases de desenvolvimento onde ainda é frágil (fases 2 e 3), chega à fase 4, onde se prepara para atingir o ápice, chega ao ápice na fase 5, e como tudo que chega ao apogeu inicia o declínio na fase 6, adoece na fase 7, chegando à morte na fase 8.

    Após a morte, a vida e o ciclo de nergia não terminam. A fase 9 representa a armazenagem da energia, a aglutinação da energia para ser devolvida ao cosmo, a fase 10 representa a diluição da energia na energia cósmica, a fase 11 o embrião, a fase 12 representa o desenvolvimento da energia embrionária. As fases 9, 10, 11 e 12 são consideradas momentos em que a energia está desaparecida, ou seja, não está presente da forma como a conhecemos. 

    Logo, podemos marcar as fases do circuito sem fim para cada um dos elementos: 

    MADEIRA 

    Sabemos que o ápice da madeira é o mês do Coelho, fase 5, se numerarmos os meses seguintes dentro do ciclo temos: 

    6, Dragão

    7, Serpente

    8, Cavalo

    9, Cabra

    10, Macaco

    11, Galo

    12, Cachorro

    1, Javali

    2, Rato

    3, Búfalo

    4, Tigre

    Isso quer dizer que a Madeira nasce no Javali, está frágil no Rato e no Búfalo. Passa pelo pré apogeu no Tigre, tem o apogeu no Coelho, declínio no Dragão, está doente na Serpente, morta no Cavalo, armazenada na Cabra, desaparecida no Macaco, Galo e Cachorro. 

    Seguindo este mesmo raciocínio para cada um dos outros elementos, teremos cada um dos elementos em uma fase diferente do circuito sem fim a cada mês, conforme tabela abaixo:

     

     

    6 - ANÁLISE DA  CONSTITUIÇÃO ENERGÉTICA DOS MESES CHINESES 

     

    No mês do Rato temos:

    Agua na fase 5 – ápice;

    Madeira na fase 2 – recém-nascida

    Fogo na fase 11 – embrionária

    Metal na fase 8 – morto 

    Já no mês do Javali, temos:

    Água na fase 4 – pré-apogeu

    Madeira na fase 1 – nascimento da Madeira

    Fogo na fase 10 – desaparecido

    Metal na fase 7 – doente. 

    Todo animal que inicia o mês tem resquício de terra da entre-estação, mas o Javali é um exceção, pois a Água na fase 4 é Yang no Javali e a terra que viria do cachorro não consegue se fixar exatamente por isso. 

    As fases mais energéticas são: 

    5 – apogeu

    1 – nascimento

    9 – armazenagem da energia

    4 – pré-apogeu, fase de ascensão

    6 – apogeu iniciando declínio 

    Essas são as únicas fases capazes de se combinarem na formação da energia do momento.

    Logo cada mês tem uma constituição dos 5 elementos cada um deles em uma determinada fase, quando estão nas fases 2,3,7,8,10,11 e 12, os elementos dessas fases são chamados de inoportunos, pois não possuem força suficiente para se manifestar. 

    Considerando esses fatos, notamos que no mês do rato o único elemento com força para se sobressair é a água. O mês do rato é um mês puramente água, em fase 5 (apogeu). 

    No mês do Javali, os únicos elementos com força para se sobressair são água (fase 4) e madeira (fase1). 

    Vemos que o ramo, animal, nada mais é do que o nome dado a uma composição energética de força do ciclo sem fim, com uns elementos fortes para se fazerem visíveis e outros não tão fortes assim. 

    Das fases mais energéticas 3 delas são particularmente importantes:

    A fase 1 – nascimento

    A fase 5 – apogeu

    A fase 9 – armazenagem 

    É como se essas 3 fases da energia representassem o ciclo de vida da energia, por formarem um ângulo de 120° entre si, formam uma combinação de triangulação. 

    Por exemplo na triangulação da água temos:

    O macaco, fase 1 do nascimento da água.

    O rato, fase 5 do apogeu da água.

    O dragão, fase 9 da armazenagem da água. 

    E isso ocorre com os outros 4 elementos. 

     

    7 - CÁLCULO DO ACERTO DE HORA 

    Tendo por base o meridiano 0° de longitude que passa na Inglaterra e é conhecido como meridiano de Greenwich, os meridianos localizados à direita são Leste e à esquerda de Greenwich, Oeste. Cada meridiano ocupa 15°. O Brasil tem como meridiano oficial o 45° Oeste. Logo, estamos a 3 meridianos de diferença do meridiano 0°. A cada meridiano somam-se horas ou subtraem-se horas. À Oeste, subtraem-se horas e à Leste, somam-se horas.

    A hora real não corresponde à hora local, mesmo porque não são todas as cidades brasileiras que estão localizadas no meridiano 45°. Assim temos que todas as cidades localizadas em longitudes maiores que 45° subtraem-se horas ou minutos do horário local, já quando possuem longitude menores que 45°, somamos horas ou minutos na hora local. 

    Exemplo: Uma pessoa nasceu às 19h28min em Campinas, esta cidade está a 47°03´00´´, para saber a hora real neste caso devemos subtrair de 45°. 

    Longitude oficial do Brasil 45°00´00´´

    Longitude de Campinas 47°03´00´´

    Subtraindo-se temos  - 2°03´ 

    15° equivalem a 60 minutos

    1° equivale a aproximadamente 4 minutos 

    -2°03´ X 4 = -8 minutos e 12 segundos 

    Agora basta subtrairmos da hora informada os minutos e segundos encontrados na conta para obtermos a hora real. 

    19h28´00´´

    00h08´12´´

    --------------

    19h19´48´´ 

    Depois de encontrada a hora real, procuramos na tabela abaixo para sabermos a hora chinesa:

    1 – Rato – das 23h às 01 h.

    2 – Búfalo – das 01 h às 03 h

    3 – Tigre - das 03 h às 05 h

    4 – Coelho - das 05 h às 07 h

    5 – Dragão - das 07 h às 09 h

    6 – Serpente - das 09 h às 11 h

    7 – Cavalo - das 11 h às 13 h

    8 – Cabra - das 13 h às 15 h

    9 – Macaco - das 15 h às 17 h

    10 – Galo - das 17 h às 19 h

    11 – Cachorro - das 19 h às 21 h

    12 – Javali - das 21 h às 23 h 

    No exemplo que fizemos a hora, 19:19:48 é a do cachorro.

    Devemos nos preocupar em fazer o acerto de hora nos casos em que as pessoas nasceram nos horários limítrofes, caso contrário não haverá mudanças na constituição energética do pilar da hora.

    Antes de iniciar os cálculos é importante verificar se houve ou não horário de verão no ano em questão, dentro do período de Nascimento da pessoa, caso positivo, subtraímos uma hora do horário de nascimento.

    Período Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Abrangência
    1931-1932 03             Todo o Território
    1932-1933 03             Todo o Território
    1949-1950     01       16 Todo o Território
    1950-1951     01   28     Todo o Território
    1951-1952     01   28     Todo o Território
    1952-1953     01   28     Todo o Território
    1963-1964 23         01   Todo o Território
    1965       31   31   Todo o Território
    1965-1966   30       31   Todo o Território
    1966-1967   01       01   Todo o Território
    1967-1968   01       01   Todo o Território
    1985-1986   02       15   Todo o Território
    1986-1987 25       14     Todo o Território
    1987-1988 25       07     Todo o Território
    1988-1989 16     29       S/SE/CO/NE/Tocantins
    1989-1990 15       11     S/SE/CO/MT/Bahia
    1990-1991 21       17     S/SE/CO/Bahia
    1991-1992 20       09     S/SE/CO/Bahia
    1992-1993 25     31       S/SE/CO/Bahia
    1993-1994 17       20     S/SE/CO/Bahia/AM
    1994-1995 16       19     S/SE/CO/Bahia
    1995-1996 15       11     S/SE/CO/BA/TO/AL/SE
    1996-1997 06       16     S/SE/CO/Bahia/TO
    1997-1998 06         01   S/SE/CO/Bahia/TO
    1998-1999 11       21     S/SE/CO/Bahia/TO
    1999-2000 03       27     S/SE/CO/NE/TO/RR
    2000-2001 08       18     S/SE/CO/Bahia/TO
    2001-2002 14       17     S/SE/CO/NE/TO
    2002-2003   02     16     S/SE/CO/NE/TO
    2003-2004 19       14     S/SE/CO/NE/TO
     

     

    8 - QUATRO PILARES DO DESTINO 

    Os 4 pilares do destino é uma forma de ler a interação da energia do universo. Cada instante é diferente do instante anterior, e há um Qi (energia) dominante. No momento da primeira respiração este Qi impregna a pessoa e terá um efeito sobre a vida da pessoa, sua personalidade, seus gostos e seu destino. Essa primeira energia é determinante na vida da pessoa, por isso usa-se o diagrama de nascimento, através do calendário solar, existem astrólogos que fazem pelo calendário lunar. 

    O mapa é lido da direita para a esquerda, e a profundidade segue essa ordem também, do mais superficial ao mais profundo. 

    Hora Dia Mês Ano
    O íntimo

    A sexualidade

    Os subalternos

    Os relacionamentos

    As parcerias

    O marido

    Os parceiros

     
    Os pais

    O meio-social

     
    O mundo

    A Conjuntura

     

    PARA CALCULAR OS 4 PILARES 

    Escreva dia, mês, ano, hora e local de nascimento.

    Exemplo: 11/04/65 às 11:45 hs em São Paulo SP

    - Verificamos a Tebela de horário de verão e vimos que neste período não teve horário de verão.

    - Encontremos a hora real, como é São Paulo SP, basta subtrairmos 6 minutos do horário, e temos 11:39 hs. 

    1° Pilar do Ano 

    Procuramos no calendário dos 10.000 anos ou na tabela fornecida o animal e elemento do ano de nascimento.

    Ano 65 – Serpente de Madeira Yin 

    2° Pilar do Mês 

    Este pilar além de nos mostrar os pais, o meio social, nos mostra parte de nossa personalidade externa que pode ser enriquecida pela cultura e meio social.

    No exemplo dado, é o 3° mês – Dragão de Metal Yang 

    3° Pilar do Dia 

    Antigamente era comum definir traços essenciais da personalidade de uma pessoa pelo pilar do dia, por isso esse pilar é o mais afetado pelo elemento sorte e pela referência das Xius, (estrelas fixas).

    Para calcular este pilar basta sabermos qual o binômio do dia primeiro de janeiro, depois é só contar quantos dias se passaram do dia primeiro de janeiro ao dia de interesse. No caso, o binômio do dia primeiro de janeiro de 1965 é 1. Logo do dia primeiro de Janeiro ao dia 11 de abril de 1965 passaram-se 101 dias, este é o número de série do nascimento.

    Ainda nos falta uma informação: a que número do ciclo de 60 binômios corresponde cada início do ano ocidental. Para isso segue a tabela com o número do binômio corresponde ao primeiro de janeiro de cada ano. Os anos em negrito são anos bissextos, aos quais deve-se acrescentar 1 à soma, caso a pessoa tenha nascido após 28 de Fevereiro. 

    Tabela 12.2 

    Vamos calcular o nosso exemplo, 11/04/1965

    11/04 – 101° dia do ano

    65 – em primeiro de Janeiro, 51.

    101+51 = 152 / 60 = 2 resto 32 (O que nos interessa é o resto)

    Binômio 32 = Cabra de Madeira Yin 

    Tabela 12.3 

    Cada binômio é associado a uma imagem, que muda a tônica da interpretação do mapa, por isso é importante o seu conhecimento. Mas este é um conhecimento para um curso mais avançado, onde é possível detalhar o significado de cada uma das imagens. 

    No calendário dos 10.000 anos já temos estas contas todas prontas, basta procurar ano, dia e mês desejados. 

    4° Pilar da Hora 

    Neste pilar nos diz se o recém-nascido é ou não bem vindo na família, e a hora corresponde a parte mais íntima do ser de alguém, pode ser associado ao subconsciente. É a parte mais inviolável da personalidade. 

    A hora chinesa equivale a 2 horas, a primeira parte da hora é a parte yang e a segunda é a parte yin. A hora real é a que vai ser utilizada, pois é a hora que de acordo com o local vai acentuar a qualidade Yin e Yang do mapa. 

    COMO ESTABELECER O TRONCO CELESTE (ELEMENTO) DO PILAR DA HORA 

    Para saber qual deve ser o elemento associado à hora chinesa, cruzamos o ramo terrestre (animal) da hora real, com o Tronco Celeste (elemento) do dia de nascimento. 

    Por exemplo, Se o dia é Madeira Yang Rato

    Hora: 19:19:48 – Décima primeira hora, que é a do Cachorro

    Encontramos Madeira Yang, por isso, Cachorro de Madeira Yang 

    Veja abaixo: 

    Tabela 12.5 

     

    9 - OS DEZ DEUSES 

    Cada elemento no mapa tem um significado. O ponto de partida para a análise é o Tronco Celeste do dia e sua relação com os outros elementos que serão denominados de Deuses. O Tronco Celeste (Elemento) do pilar do dia é chamado de “EU” ou “MESTRE DO DIA”.

    No Universo somos movimento, geramos algo.

    Pois bem, o “EU” gera algo e esse algo é chamado de PRODUÇÃO.

    Temos que a Produção é gerada pelo emento do “EU”, se tiver mesma polaridade é considerada Produção Justa e se tiver polaridade contrária é considerada Produção Injusta.

    A Produção gera RIQUEZA, se esta tiver polaridade igual ao “EU” é Riqueza Injusta, polaridade diferente é Riqueza Justa.

    A Riqueza gera PODER, se este tiver polaridade igual ao “EU” é Poder Injusto e diferente é Poder Justo.

    O Poder gera SUSTENTAÇÃO, se tiver mesma polaridade do “EU” é Sustentação Injusta e diferente é Sustentação Justa.

    Podem existir elementos IGUAIS ao “EU”, que serão chamados de PARALELOS, tendo a mesma polaridade do “EU” serão Paralelos Justos e com polaridades diferentes serão Paralelos Injustos. 

    Tabela 13.1 

    PODER 

    Poder Justo (Zheng Guan)

    Controle apropriado. O poder num mapa masculino representa a ambição e num mapa feminino representa o marido. Quando Yin e Yang se encontram nesta relação, mesmo se um controla o outro, é uma relação harmônica, é um controle com amor, como numa relação entre pais e filhos. Porém quando há um excesso de poder, mesmo se poder justo, pode se transformar num controle doentio e sua natureza de benéfica, passa a ser ruim, como no poder injusto. A ambição aqui é nobre, a pessoa se compara a ela mesma, quer se superar, e não aos outros. 

    Poder Injusto (Pian Guan)

    Controle excessivo, desmedido

    Dois elementos iguais se repelem, há uma batalha, é como um tirano ou um governo ditador, o poder injusto é considerado um deus prejudicial. Se existe produção e essa produção consegue controlar esse poder, ele não consegue fazer mal, mas se não há produção o poder injusto passa a se chamar 7 demônios, e pode ser comparado à indisciplina, revolta, excesso de ambição, e com os fins justificando os meios. 

    São pessoas realizadoras de grandes feitos, mas com muito poder injusto a pessoa não tem medida, a ambição está descontrolada, não sabe quando parar. 

    Se o Poder Injusto não tem raiz, a pessoa pode ser a melhor, mas não consegue se manter, ou a pessoa pensa que é a melhor e quando descobre que não é pode se deixar abater seriamente, chegando ao suicídio. 

    SUSTENTAÇÃO 

    Sustentação Justa (Zheng Yin)

    Ajuda, apoio na medida certa.

    Amor, recursos, alento, possibilidade, apoio, suporte e conhecimento.

    É como uma mãe que educa, sustenta e dá segurança ao seu filho, sendo bem dosado, é considerado um bom deus. Não é desfavorável à produção. 

    Sustentação Injusta (Pian Yin)

    Excesso de zelo, vira mimo.

    É eficaz somente quando o “EU” é fraco, mas pode ser desfavorável à produção, já que a Sustentação controla a produção. É como uma mãe que não educa, deixando os filhos fazerem o que querem, mima demais, sustenta depois de adulto, etc. 

    Em geral, Sustentação injusta é exagerada. Muita sustentação faz com que a pessoa ache que pode tudo, que não precisa de ninguém, SOMENTE poder ser favorável se o “EU” for muito frágil. 

    RIQUEZA 

    Riqueza Justa (Zheng Cai)

    Num mapa masculino é a esposa. A Riqueza é boa para um “eu” forte, que pode controlá-la e tem energia de sobra para controlar suas oportunidades de ganho, já para um “eu” fraco é ruim, pois a riqueza sem controle passa a ser um prejuízo.

    Riqueza com produção é dinheiro ganho com talento. Não importa muito se existe ou não produção, se o “eu” for forte e a riqueza estiver presente, pode tirar partido, não importando se é justa ou injusta. 

    Riqueza Injusta (Pian Cai)

    Tanto a Riqueza Justa ou Injusta pode ser bom, desde que o “eu” seja forte, como dito anteriormente. 

    PRODUÇÃO 

    Produção Justa (Shi Shen)

    Carisma, atitude, aparência, o que mostra aos outros. Se o “eu” for forte ele se alia a produção e usam a energia para uma boa causa e ajudam a manter o equilíbrio energético da pessoa. A produção justa é utilizada para gerar riqueza e para controlar os 7 demônios (poder Injusto), mas não pode ser útil a não ser a um “eu” forte. 

    Produção Injusta (Shang Guan)

    Estratégia, talento, sabedoria, a produção controla o poder, ou seja, usando a produção você pode diminuir o controle dos outros sobre você.

    Se o “eu” é frágil, ele é esgotado pela energia da produção. A produção injusta também pode gerar riqueza para controlar os sete demônios, mas sua capacidade de produzir e gerar não é tão boa.

    Para drenar a energia do “eu”, a produção injusta é mais eficaz do que a produção justa.

    A Produção Injusta denota um comportamento diferente, bizarro, muitos artistas são assim, e as pessoas com muita produção injusta podem agir de modo diferente ou serem mal compreendidas. 

    PARALELO 

    Paralelo Justo

    Podem ser amigos ou concorrentes.

    Se o “eu” é frágil tanto o paralelo justo como o injusto o auxiliam, os dois lhe ajudam a resistir ao poder e protegem o seu “eu” de ser drenado pela produção. Se o “eu” for forte, os dois trazem riqueza ao seu “eu” e drenam o poder. 

    Paralelo Injusto

    Concorrente, inimigo que leva a riqueza, já que o paralelo controla a riqueza. A diferença é que o paralelo justo é puro e bom, e o injusto é mal e impuro. 

    Num âmbito geral, o paralelo para um “eu” forte indicam concorrentes e para um “eu” fraco indicam amigos que o apóiam e ajudam no trabalho. 

     

    10 - COMBINAÇÃO DE TRONCO 

    Esta combinação somente é válida se ocorrer entre pilares adjacentes. São simpatias entre os troncos celestes:

    1 Madeira + se dá bem com 6 Terra –

    2 Madeira - se dá bem com 7 Metal +

    3 Fogo + se dá bem com 8 Metal –

    4 Fogo - se dá bem com 9 Água +

    5 Terra + se dá bem com 10 Água – 

    Essas combinações presentes no mapa, podem gerar outro elemento que irão substituir os elementos combinados. 

    Como a seguir, com exceção do pilar do dia, que tem regras diferenciadas. 

    AS CINCO COMBINAÇÕES 

    M+ e T- pode gerar T

    M- e Me+ pode gerar Me

    F+ e Me- pode gerar A

    F- e A+ pode gerar M

    T+ e A- pode gerar F 

    Se no mapa existe essa combinação entre os pilares adjacentes, forma um elo muito forte entre os elementos envolvidos e o deus que cada elemento representa nesta combinação. 

    Exemplo: Mulher nascida em: 05/04/1965 às 11 hrs. Em Juiz de Fora 

    Hora dia Mês Ano
    Me+ T- Me+ M-
    Cavalo Búfalo Dragão Serpente
    F- T- T+ F+
    T- A- M- T+
      Me- A- Me+
     

    Aqui a combinação se dá entre a M- do tronco do ano com o Me+ do tronco do mês.

    O Metal nesse mapa representa a produção e a Madeira o poder. Indica que existe uma ligação estreita entre esses dois aspectos da vida dessa pessoa. 

    Para saber se essa ligação vai ou não gerar a transformação, é preciso olhar se o produto da combinação está ou não presente no pilar do mês. Caso esteja presente, o elemento transformado adquire a polaridade Yin ou Yang do elemento no pilar do mês. 

    Em nosso exemplo a combinação M- com Me+, poderia gerar mais Me, mas observamos que no pilar do mês não há mais Me, além do que está no Tronco fazendo a ligação. Logo, esta combinação não gera o elemento produto que seria Me, a transformação não acontece e os elementos permanecem como estão. 

    Existem outros tipos de combinação que precisam ser citadas: 

    A COMBINAÇÃO DO CIÚME

    Hora Dia Mês
    A- T+ A-
     

    Como o mapa é lido da direita para a esquerda a combinação que ocorre é a Mês + dia. Aqui o Tronco do Dia representa o “EU” e se combina com a A- do Mês, mas existe uma tendência, uma intenção de se combinar com a hora. Se fosse um mapa masculino, o “eu” terra faz com que a Riqueza seja a água, e a riqueza representa as mulheres de sua vida, é como se o homem estivesse entre o amor de duas mulheres, ou que ama duas mulheres, a esposa e a amante. No caso duas mulheres disputassem ele. 

    A COMBINAÇÃO DA CONCORRÊNCIA 

    Dia Mês Ano
    T+ A- T+
     

    Aqui o homem em questão se apaixona por uma mulher já comprometida com outro homem. Neste caso existe a competição mas o “eu” sai perdedor, pois quem combina com a A- do Mês é a T+ do ano. A competição com paralelo mostra que perde a Riqueza para um concorrente ou amigo. 

    Se a competição se faz por poder, cada vez que a pessoa batalha por promoção, o poder é perdido. Essa é uma combinação estruturalmente ruim. 

    COMBINAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO ENVOLVENDO O “EU” 

    Há regras a ser seguidas para saber se há ou não transformação:

    - O elemento transformado tem que estar oportuno no mapa, isso quer dizer estar presente como raiz no pilar do mês.

    - O mapa não deve ter paralelos, o pilar do dia não deve ter raízes.

    - O elemento que controla o elemento transformado não pode estar presente como Tronco ou Raiz maior no mapa e nem no mês.

    - O elemento transformado deve ter paralelos e sustentação.

    - O binômio gerado da transformação tem que ser válido (se o ramo é yin, o elemento tem que ter polaridade yin). 

    Para que uma transformação Terra aconteça existem 2 regras:

    - O mês de nascimento tem que ser Búfalo, Dragão, Cabra ou Cachorro, ou ainda é aceitável os meses tigre, serpente, cavalo e macaco, por possuírem em sua formação o elemento terra.

    - Não pode ter Madeira como Tronco ou raiz maior, com exceção do tigre, que em alguns casos é aceitável. 

    Exemplo: 

    Hora Dia Mês Ano
      M+ T-  
     

    Como a terra do mês envolvida na combinação é yin, o ramo do mês deve ser yin também para que a combinação aconteça, além de ter terra em sua formação energética. 

    Búfalo Dragão Cabra Cachorro Tigre Serpente Cavalo Macaco
    Yin Yang Yin Yang Yang Yin Yang Yang
     

    Dos animais que possuem terra em sua formação, somente Búfalo, Cabra e Serpente são ramos yin. 

    Búfalo Cabra Serpente
    T- T- F+
    A- F- T+
    Me- M- Me+
     

    Como a Madeira não poderá estar presente no mês de nascimento, a transformação só ocorrerá se o mês for Búfalo ou Serpente, caso contrário, a combinação existe mas não gera Terra. 

     

    11 - A RELAÇÃO ENERGÉTICA ENTRE OS DOZE RAMOS TERRESTRES 

    - Combinação Triangular

    Os 12 ramos terrestres dependendo de sua configuração energética podem ter entre si uma simpatia ou antipatia. Como já disse anteriormente os animais que estão nas fases 1, nascimento, 5 apogeu e 9 armazenagem de cada um dos 4 elementos, possuem entre si uma estreita ligação, chamada combinação triangular.

    Num mapa este fato é lido pelos animais presentes. Eles são aliados da mesma energia e não precisam estar em pilares adjacentes. Se o ramo da fase 5 está presente, a pessoa pode ter somente mais um ramo da fase 1 ou 9 de determinada energia, para ter uma semi-combinação. Quando o ramo faltante chega com o pilar de sorte ou influência do ramo anual, a combinação está completa e ativa, e o elemento referente a esta combinação terá um peso enorme no mapa, que nada destrói essa combinação e a semi-combinação também é igualmente forte. Mesmo que um conflito chegue não destruirá esta combinação. 

    Triangulação da Água – Macaco (fase 1), Rato (fase 5) e Dragão (fase 9)

    Triangulação da Madeira – Javali (fase 1), Coelho (fase 5) e Cabra (fase 9)

    Triangulação do Fogo – Tigre (fase 1), Cavalo (fase 5) e Cachorro (fase 9)

    Triangulação do Metal – Serpente (fase 1), Galo (fase 5) e Búfalo (fase 9) 

    - Combinação de direção

    Quando nos pilares aparecerem os ramos referentes às direções norte, sul, leste e oeste, temos a combinação direcional, que podem ser: 

    Norte – Javali, Rato e Búfalo.

    Sul – Serpente, Cavalo e Cabra

    Leste – Tigre, Coelho e Dragão

    Oeste – Macaco, Galo e Cachorro 

    Da mesma forma que a triangulação, esta combinação é igualmente forte e inquebrável por conflitos ou qualquer influência entre os ramos e troncos. Mesmo se houver meia-combinação de direção ela tem força e como na triangular, pode ser completada com a chegada do ramo faltante pelo pilar de sorte ou influência anual, potencializando o elemento presente. 

    - Combinação entre os Ramos (animais) – pilares adjacentes

    Aqui  somente dois animais se combinam como um casamento entre os ramos, mas um impede o outro de agir, como alguém que impede alguma coisa, tanto boa quanto ruim. Esta combinação é boa se ocorre entre dois elementos desfavoráveis no mapa, pois ambos ficam impedidos de agir. Somente é válida a combinação entre pilares adjacentes. 

    - Conflitos entre os ramos (animais)

    No caso de um combate entre os ramos, não basta saber as raízes dos animais, mas quando este combate se passa. Por exemplo, um conflito entre rato e cavalo no inverno, o vencedor é o rato, pois a raiz maior do rato é A e a água é forte no inverno.

    De qualquer modo o vencedor ganha, mas se debilita.

    No caso de um conflito entre dois ramos terra, o qi da terra desaparece e o elemento que vem à tona é o que está armazenado.

    Se num mapa o elemento terra é ruim, é bom que haja este conflito entre a terra, assim ela desaparece e dá lugar a novos elementos.

    Quando o conflito não é entre pilares adjacentes, há uma intenção de conflito que não se concretiza por conta do pilar que os separa. 

    - conflito de Troncos 

    A+ X F+

    A- X F-

    Me+ X M+

    Me- X M- 

    Os conflitos entre os elementos de mesma polaridade são muito mais fortes do que os de elementos de polaridades diferentes. Isso gera uma segunda complicação que são binômios de estrutura frágil. 

    Como o rato e o cavalo estão em conflito, os elementos associados a eles também estão. 

    - Lesões entre os ramos 

    Lesão é uma briga gratuita. Por exemplo, o rato é casado com o búfalo, e como a cabra tem conflito com o búfalo, ela passa a não gostar do rato também.

    A Lesão tem um peso menor na análise.

     

    12- Deuses e Demônios

    Tronco do dia Nobre Celeste Lu (prosperi-dade) Espada Inteligência Carruagem de Ouro Flor erótica
    M+ Búfalo, Cabra Tigre Coelho Serpente Dragão Cavalo
    M- Rato, Macaco Coelho Tigre Cavalo Serpente Cavalo
    F+ Javali, Galo Serpente Cavalo Macaco Cabra Tigre
    F- Javali, Galo Cavalo Serpente Galo Macaco Cabra
    T+ Búfalo, Cabra Serpente Cavalo Macaco Cabra Dragão
    T- Rato, Macaco Cavalo Serpente Galo Macaco Dragão
    Me+ Búfalo, Cabra Macaco Galo Javali Cachorro Cachorro
    Me- Cavalo, Tigre Galo Macaco Rato Javali Galo
    A+ Coelho, Serpente Javali Rato Tigre Búfalo Rato
    A- Coelho, Serpente Rato Javali Coelho Tigre Macaco
     

    Verifica-se pelo “eu”, qual é o ramo e procura-se nesta lista. 

    Nobre Celeste: Benéfico para quem possui, ele mostra de onde vem a ajuda quando a pessoa está em dificuldade.

    - Se posicionado no pilar do ano a ajuda vem de longe ou pode ser de uma mudança.

    - Se posicionado no pilar do mês a ajuda vem dos pais.

    - Se posicionado no pilar do dia a ajuda vem do casamento, do parceiro e se há dificuldades no casamento sempre alguém ajuda.

    - Se posicionado no pilar da hora a ajuda vem dos filhos ou de alguém que está sob seu comando, subalternos.

    Se não aparece no mapa, pode ser que venha com os pilares de sorte, se isso ocorre, a ajuda dura enquanto o pilar de sorte durar. 

    Prosperidade: Para um pilar forte, traz prosperidade, já num pilar fraco é ruim. 

    Espada: Boa para dinheiro num mapa fraco, traz problemas físicos num mapa forte. É associada à violência e agressividade. Bom para quem trabalha com concorrência. 

    Inteligência: Boa para exames e estudos em geral num mapa forte, num mapa fraco é debilitador. 

    Carruagem de Ouro: Indica status. 

    Flor Erótica – a Bela flor de Pêssego vermelha: Indica pessoas sexualmente atrativas e com fortes impulsos sexuais, numerosos relacionamentos. Charmosa, convincente. Pode ser um demônio, por indicar falta de disciplina sexual. Se o elemento for favorável será um deus, caso contrário um demônio. Se vier com os pilares de sorte, no período a pessoa estará mais sedutora. 

    Ramo do dia Estrela do General Cobertura Elegante Cavalo do Correio Flor de Pêssego Roubo Morte
    Macaco

    Rato

    Dragão

     
    Rato
     
    Dragão
     
    Tigre
     
    Galo
     
    Serpente
     
    Javali
    Javali

    Coelho

    Cabra

     
    Coelho
     
    Cabra
     
    Serpente
     
    Rato
     
    Macaco
     
    Tigre
    Tigre

    Cavalo

    Cachorro

     
    Cavalo
     
    Cachorro
     
    Macaco
     
    Coelho
     
    Javali
     
    Serpente
    Serpente

    Galo

    Búfalo

     
    Galo
     
    Búfalo
     
    Javali
     
    Cavalo
     
    Tigre
     
    Macaco
     

    Verificar o ramo (animal) do dia.

    Estrela do General: Possibilidade de carreira política ou militar, indica facilidade de comando.

    Cobertura Elegante: Traz tendência artística, filosófica e religiosa, leva as pessoas a viver num mundo irreal, tendências escapistas e elucubração.

    Cavalo do Correio: Mostra viagens e mudanças freqüentes se for favorável, pode mostrar também negócios no exterior. Pode trazer aventuras em viagens, facilidade de meditação, projeção astral, etc.

    Flor de Pêssego: Se está posicionada no pilar do ano ou mês, é a flor de pêssego interna, mostra bom relacionamento entre parceiros, marido e esposa. Pode ser ativada a partir do braço do ano para melhorar os relacionamentos.

    Se posicionada na hora, chamada flor de pêssego externa, mostra relacionamento extraconjugal.

    Roubo: Traz algo negativo, não necessariamente o roubo, mas ser enganado se for ruim no mapa, caso contrário a pessoa tende a enganar e trapacear.

    Morte: Não indica forçosamente morte, nem acidente, indica grande capacidade de planejamento. Se desfavorável traz processos advindos do parceiro. 

    Ramo do dia Solitária Abandono
    Javali

    Rato

    Búfalo

     
    Tigre
     
    Cachorro
    Tigre

    Coelho

    Dragão

     
    Serpente
     
    Búfalo
    Serpente

    Cavalo

    Cabra

     
    Macaco
     
    Dragão
    Macaco

    Galo

    Cachorro

     
    Javali
     
    Cabra
     

    Tanto a Estrela solitária quanto a Estrela do Abandono querem dizer a mesma coisa. 

    Prejudica os relacionamentos, pode indicar infortúnios em relação à família, como separação, viuvez ou abandono. 

     

     

    13- Resultados

    Os Quatro Pilares do Destino podem ser utilizados por acupuntores para encontrar os melhores horários de tratamento para seus clientes. Conhecer os horários de abertura dos vasos maravilhosos, fazer recomendações de alimentação, terapias auxiliares e hobbies para seus pacientes, assim como escolher o tratamento adequado não só ao paciente, como ao momento.

    Terapeutas podem conhecer melhor previamente a reação de seus pacientes ao tratamento empregado e entender por que um tipo de tratamento funciona maravilhosamente em algumas pessoas e não em outras.

    Terapeutas florais podem usar os Quatro Pilares do destino para entender melhor os bloqueios de seus pacientes. Por meio dos 5 elementos, podem escolher com melhor precisão a essência indicada à pessoa ou a influência momentânea pela qual ela está passando, sem depender apenas da narrativa de seus problemas por parte da pessoa tratada. Se você trabalha com saúde integral, Quatro Pilares do Destino é uma ferramenta perfeita para lhe dar as informações não só sobre a pessoa, seus problemas, suas fases de vida, mas também, e mais importante do que isso, lhe permite avaliar as fases pelas quais ela está passando, passou e passará, indicando o que fazer em cada uma delas.

    Diversos sistemas astrológicos podem lhe dar informações comportamentais, de temperamento, falar de fases, mas os Quatro Pilares vão muito além disso, uma vez que indica ao mesmo tempo o problema e a solução. Essa parte do tema é  sub-dividida em módulos, que incluem cálculo, análise estrutural de relacionamento, de saúde, de alimentação, de potencial de trabalho, análise de fases, influências periódicas, recomendações de equilíbrio, etc. 

     

    14- Conclusões

    É um vasto conhecimento na arte astrológica chinesa, englobando vários aspectos da sabedoria chinesa, como meridianos de energia e chacras, e até mesmo podendo indicar uma alimentação que os 4 pilares do destino é muito mais fundamentada que a Astrologia Ocidental.

     

    15- Referências Bibliográficas 

    Sacramento, Silvia –  Instituto Ming Tang, Curso de Ba Zi

                      Anotações em aula, também foram consultadas.

    Autor: : Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    As Convergências Entre As Modernas Técnicas Psicopedagógicas Da Escola Humanista E A Terapia Holística

     As Convergências Entre As Modernas Técnicas Psicopedagógicas Da Escola Humanista E A Terapia Holística

     

    Sidney Rosa Nascimento Junior - Terapeuta Holístico - CRT 44269

    SINTE - Sindicato dos Terapeutas - Holística 2009

     

    DEDICATÓRIA

      

    A todas as pessoas crentes em sua missão como construtora da paz e de um mundo mais humano e feliz, aquelas e aqueles que já perceberam que, na medida em que cada um melhora, o mundo também se torna melhor.

       

    AGRADECIMENTOS 

     

    À Comunidade de Terapia Holística e toda equipe de SINTE, diretores, docentes e colaboradores que possibilitaram a realização e divulgação deste trabalho. 

    Aos pesquisadores e pesquisadoras que acreditam e acreditaram na pessoa humana e na capacidade de cada um de se transformar e de gerar ambientes mais humanos com paz e prosperidade e ousaram publicar suas descobertas

    Aos mestres Carl Rogers e André Rochais que ousaram pesquisar e acreditar na natureza positiva do ser humano, mesmo na contramão das críticas e dos paradigmas dos donos daverdade.

     A Maria de Lourdes Sávio, que me recebeu e me incentivou em um momento especial e me fez acreditar estar caminhando no rumo certo da minha missão, como profeta do desabrochar da Vida em Plenitude.

     

    O ser humano traz no coração a certeza de que todas as pessoas são semelhantes... Tudo está aí neste subsolo da Humanidade, neste subsolo de homens e de mulheres deste planeta; tudo está aí para forjar um mundo mais humano (ANDRÉ ROCHAIS, 1980).

     

    SUMÁRIO

    RESUMO
    INTRODUÇÃO
    1 - Justificativa
    2 - Objetivo Geral
    3 - Objetivos Específicos
    4 - Questão Norteadora 
    CAPÍTULO I – METODOLOGIA 
    ANTECEDENTES DA PSICOPEDAGOGIA HUMANISTA
    1 - Por que psicopedagogia?
    2 - Por que humanista?
    3 - Conceito de Pessoa 
    CAPÍTULO II – A PESQUISA HUMANISTA
    1 – Contribuição de Carl Rogers
    2 - Contribuição de André Rochais 
    3 – Contribuições de Sávio e outros
    4 – As principais linhas humanistas
    CAPÍTULO III – DISCUSSÃO
    CONCLUSÕES
    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    RESUMO

     

     

    NASCIMENTO JUNIOR Sidney R. As Convergências entre as Modernas Técnicas Psicopedagógicas da Escola Humanista e a Terapia Holística. Brasília, Distrito Federal, 2009. Dissertação (Curso de Capacitação de instrutores EAD). SINTE – Sindicato dos Terapeutas.

     

    Este trabalho tem por objetivo demonstrar as diversas convergências existentes entre as descobertas e técnicas Escola da pisicopedagogia Humanista e a Terapia Holística, dentro de um universo multifocal da pessoa. No Capítulo I é feita uma abordagem genérica a respeito da pesquisa realizada pelos autores descobridores e expoentes da pisicopedagogia humanista, com foco na pessoa como um ser integral. O Capítulo II se dedica a um resumo da fundamentação da pesquisa e dos esforços contemporâneos, consubstanciados através de publicações que retratam iniciativas, dificuldades e conquistas a respeito da educação e da terapia humanista. O Capítulo III traz uma síntese da pesquisa com conclusões do autor, nesse vasto território da pisicopedagogia humanista, tanto no nível do crescimento pessoal, como no trabalho junto a clientes.

    Palavra-chave: Psicopedagogia humanista. Atividade centrada na Pessoa. Vida em Plenitude.

     

    INTRODUÇÃO

     

                  O objetivo deste trabalho é o de traçar um paralelo entre as descobertas da psicopedagogia humanista e a terapia holística. Há uma incrível convergência entre elas, como serádemonstrado, tomando-se por base o ensinamento e as descobertas dos mestres humanistas Carl Rogers (1961) e André Rochais (1985).. Como se sabe, a pesquisa humanista tem comobase a “Abordagem Centrada na Pessoa” e na “Escuta Ativa”.

    O aprendizado e o crescimento se baseiam no “Aprender Fazendo” e no “Aprender a Apreender”.

    Em resumo, pode-se dizer que esse trabalho é uma arte, que trata cada pessoa como única e integral e cujo resultado só se obtém pela prática, a semelhança de um esporte (só se aprende a nadar, nadando), como diz o próprio Rogers: “Para mim as descobertas são a suprema autoridade, reafirmada mais tarde por Rochais, nessa mesma linha, quando diz: “Meu grande mestre é aquilo que é real”.

    Isso significa dizer que não há uma regra fixa, cada caso sempre será uma nova realidade e caberá à própria pessoa descobrir o que lhe vai bem ou o que está menos bem ou o que precisa ser mudado.

    A figura do terapeuta, então, não será de um conselheiro e sim de uma espécie de farol capaz de iluminar os caminhos disponíveis e a ajudar no discernimento para onde seguir.

    Por se tratar de uma escola novíssima, se contada pelo tempo da ciência, é possível que nem todos a conhecem ou estão prontos a vivenciá-la, já que para isso é exigida uma verdadeira mudança cultural na forma de se ver a sim mesmo e a pessoa humana como ser único e ao mesmo tempo relacionado com diversos elementos e circunstâncias.

    É verdade que esta visão holística do indivíduo já é praticada pela comunidade do SINTE, entretanto, esse trabalho sugere uma navegação para águas mais profundas, sendo desejável a libertação de velhos paradigmas e das velhas amarras de grades de leitura e de eventuais discriminações, mesmo que inconscientes, com uma  irrestrita na capacidade de cada um crescer, enquanto existir vida.

     

    1.1  Justificativa

    O primeiro contato do autor com a linha humanista se deu no início da década de setenta, quando se encantou pelas descobertas de Rogers no livro “Tornar-se Pessoa” (ROGERS, Carl R. – On Beioming a Person, 1961). Logo percebeu uma tendência de outros pesquisadores e pedagogos em abarcar essas descobertas, tendo no Brasil, o pedagogo e filósofo Paulo Freire como seu principal seguidor e, em cuja estrutura, criou seu próprio método de alfabetização de adultos. Na década seguinte o autor se tornou amigo de um canadense e de uma brasileira que lhe apresentaram as pesquisas do psicopedagogo francês “André Rochais” e o seu fabuloso método denominado Personalidade e Relações Humanas - PRH. Outras referências a respeito desse método lhe foram chegando até que lhe foi possível iniciar seu aprendizado e formação, tanto pessoal, como em nível de relação de ajuda, fato tão marcante que se tornou uma das diversas referências de transformação da própria vida.  A partir de então pode resgatar a si mesmo, crescer na relação de casal, com os filhos e com a família mais próxima. Diante desse resultado tão eficaz e promissor não seria justo guardar só para si, já que poderá ser útil a outras pessoas, especialmente à comunidade do SINTE.

    1.2 – OBJETIVO GERAL

    Demonstrar as semelhanças entre as terapias humanistas e holísticas. Verificar quais as vantagens da influência da pisicopedagogia humanista, como contribuição ao trabalho profissional de cada um.

    1.3 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

    • Apresentar, em linhas gerais, a base da psicopedagogia humanista;
    • Descrever o método desenvolvido e atualmente aplicado por PRH – Personalidade e Relações Humanas.;
    • Apresentar fatores relevantes, resultante da prática humanista.

    1.4  Questão Norteadora

    Possibilitar aos colegas da comunidade holística um contato maior com a escola humanista, ainda embrionária em nosso país e cujos fundamentos poderão ser muito úteis no trabalho pessoal e profissional do dia a dia.

    CAPÍTULO I - METODOLOGIA

    ANTECEDENTES DA PSICOPEDAGOGIA HUMANISTA

    1 - Por que psicopedagogia?

    Na prática humanista há um redirecionamento da terapia convencional (diretiva) e focada no trauma, para uma postura de confiança na pessoa e na sua capacidade de crescimento e de autogestão da própria vida. Baseia-se na escuta ativa, sem grades de leitura ou preocupação com diagnósticos.

                                Sem querer fazer qualquer vínculo religioso, é interessante lembrar que Tereza d’Ávila, considerada doutora da Igreja Católica, já dizia no início do século XVI que:quando algo em nós está funcionando mal é porque alguma virtude está precisando crescer”.

    Uma das principais descobertas de Rogers é a de que toda pessoa tem um núcleo essencialmente positivo ao qual chamou de “Self”. Dessa premissa partiram todas as suas teses, tendo como objetivo final levar a pessoa “ser o que realmente se é ROGERS, Carl R. – On Beioming a Person, 1961, pag. 37 e 146.

    Ao contrário do desejo de muitos, que querem se livrar dos incômodos buscando uma solução psicoterapêutica como se busca uma cirurgia capaz de arrancar o mal pela raiz e, num passe de mágica voltar para casa completamente curados, na visão humanista, tal como na terapia holística, a pessoa é vista como um todo e o seu universo interior é único, portanto, não há soluções milagrosas ou rotulagem com diagnósticos tópicos.

    Com esse foco, caberá só à própria, descobrir as causas (ou holisticamente, canalizar energias) e ganhar estatura emocional suficiente para então, ancorada em um porto seguro em si mesma, livrar-se dos funcionamentos indesejáveis.

    Isso significa primeiramente que ela deve crescer em suas capacidades de gerir a própria vida, tomando posse de sua real identidade interior, formada pelas potencialidades, habilidades e capacidade de discernimento, livre e inteligente de si mesma.

    Numa segunda fase, que se inicia de modo natural em decorrência do crescimento interior, é necessária uma re-ordenação da própria vida e uma re-educação interior compatível com sua estatura adulta e com maturidade.

    Não é vazio o ditado popularizado no meio humanístico de que o princípio básico da loucura é querer que amanhã seja diferente, fazendo hoje as mesmas coisas de ontem.

    É preciso haver uma quebra de muitos paradigmas, dogmas e princípios, talvez fundamentais para sobreviver no passado e hoje imprestáveis como um mero depósito de esqueletosfossilizados, atrapalhando as tomadas de boas decisões, principalmente quando se procura explicações ou justificativas no entorno humano ou material, para justificar o presente.

    Somente depois dessas fases é que pode se dar início a cura interior, muitas vezes, sem esforço, numa conseqüência eficaz do crescimento e da reordenação da sua vida.

    O processo se assemelha à cura de um ferimento na pele, no qual as novas células surgem de dentro para fora até a completa cicatrização. Muitas vezes, tal qual na terapia, uma intervenção externa, querendo fazer o caminho inverso, pode até agravar mais a ferida e atrasar ou dificultar sua cura.

    É bem verdade que nem tudo será curado e poderão ficar seqüelas, aí sim entrará um processo de cura, mas apenas naquilo que impede a pessoa de viver em plenitude e ser si mesma.

    Em resumo, pode-se afirmar que antes da cura é necessário todo um processo de crescimento e de re-educação.

    Por isso, se convencionou o termo psicopedagogia, resultante da pedagogia intrinsecamente ligada à psicologia, visando o crescimento, a reeducação e a cura.

    2 – Por que humanista?

    O termo humanista foi introduzido na psicanálise na metade do século passado, tendo como principal patrocinador o psicólogo americano Abraham Maslow (1950). Entretanto, ele mesmo disse que a linha da psicanálise humanista não tem um líder isolado por ser fruto de uma descoberta universal.

    Para não entrar numa exaustiva explanação teórica, é possível extrair para este trabalho alguns conceitos básicos do humanismo, assim resumido:

    1. Todo ser humano é capaz de decidir por si mesmo como conduzir adequadamente a sua própria vida, sem necessidade de paradigmas, rótulos ou intervenções externas;
    2. Quando isso não acontece, é porque o poder e a capacidade interior de ser si mesmo estão adormecidos ou inibidos. Maslow afirmava que:

    “O homem seria um ser com poderes e capacidades amortecidos, inibidos. Adoecemos, não só por termos aspectos patológicos, mas muitas vezes, por bloquearmos elementos saudáveis. A impossibilidade de manifestarmos nossa criatividade e de atualizarmos nosso potencial como seres humanos realizados traria comoconseqüência a neurose”;

    Pouco tempo depois, André Rochais também afirmaria algo semelhante, confirmando essa linha de descobertas:

    “Dormimos sobre tesouros, sobre poços de energia, sobre um vulcão de criatividade, sobre reservas incríveis de amor verdadeiro”.

    1. Cada pessoa é única e possui identidade própria, entretanto há características universais comuns ao ser humano. O olhar humanista é o respeitoso ao direito de cada um ser diferente, dentro de uma unidade humana na diversidade de características individuais.

    Em resumo, a visão humanista não segue a linha do pensamento dedutivo, com base em paradigmas, conceitos e princípios, ao contrário, ela é indutiva a partir das realidades interiores da pessoa, direcionando a ela todo foco de atenção, para ajudá-la, por si mesma canalizar suas próprias energias para o escopo da sua razão de vida. 

    3 - Conceito de Pessoa:

    Para alguns antropólogos, cuja tese foi abraçada pelo teólogo brasileiro Leonardo Boff, a humanidade surgiu junto com a formação da pessoa, colocando-se como marco inicial o momento em que o indivíduo deixou de utilizar o bando como objeto de ajuda para facilitar a caça e passou a repartir, sem disputa, os resultados obtidos.

    Surgiu daí a refeição coletiva com base na empatia e nos laços interpessoais. Até hoje, em praticamente todas as culturas, a refeição é considerada sagrada e símbolo da acolhida hospitaleira e amiga.

    Tem-se, então, que a base da pessoa está nas relações interpessoais, exemplificando: quando se diz mãe, implicitamente se estabelece uma relação com a existência de filho ou filha, bem como de um pai. Não poderia haver mãe sem filho.

    O mesmo não se dá com as coisas, por mais cadeiras que possamos colocar em torno de uma mesa, jamais haverá uma família e cada objeto existe por si mesmo.

    Alguém poderia levantar a hipótese de que no mundo animal também existem mãe e filhotes. Trata-se, entretanto, de linguagem figurada, porque não há os laços de afetividade e de amor gratuito. A relação no reino animal é gerada pelo instinto natural de conservação da espécie e não com o ingrediente da personalidade, como nos seres humanos.

    Também, no mundo moderno, pode ocorrer a contrapartida da coisificação da pessoa, transformando a relação humana numa mera relação parasítica, tratando-a como objeto, que dura enquanto houver jeito de tirar proveito, como, por exemplo, chupar uma laranja, acabou o suco, joga-se o bagaço fora.

    A relação da qual se trata na formação da pessoa tem fundamento na afetividade e no sentido de pertença, seja a pertença ao menor dos grupos ou à própria caravana humana.

    Esta pertença e empatia fizeram que o ser humano cuidasse até de seus mortos, velando e sepultando-os com dignidade. É um sentimento profundo e universal, recentemente, num desastre aéreo com um vôo intercontinental, a preocupação dos familiares era a de encontrar os seus mortos para poder prestar as últimas homenagens.

    Em resumo: tornar-se pessoa é implicitamente tomar posse de suas relações e desenvolver empaticamente a afetividade. Portanto, para a psicopedagogia humanista, de modo semelhante à visão holística, a pessoa não pode ser segmentada, há toda uma universalidade de valores interiores e um ambiente relacional a ser considerado. 

     

    CAPÍTULO II - A PESQUISA HUMANISTA

         

     

    1 – A Contribuição de Carl Rogers:

    Rogers é considerado um dos principais expoentes da terapia ou da pedagogia humanista, por duas razões básicas:

    - foi o primeiro a romper com a psicologia tradicional e demonstrar cientificamente a descoberta da pessoa como inata na gestão da própria vida, sem necessidade de qualquer ação diretiva externa;

    - criou a técnica da Abordagem Centrada na Pessoa, hoje seguida por diversos pedagogos e terapeutas.

    A pesquisa de Rogers sobreveio a um processo meticuloso de investigação científica levado a cabo por ele, ao longo de sua atuação profissional e concluiu que toda pessoa humana tem uma natureza essencialmente positiva, ao contrário da idéia reinante de que todo ser humano possuía uma neurose básica, defendendo que, na verdade, o núcleo básico da personalidade humana era tendente à saúde, ao bem-estar.

    Definiu esse núcleo de energias e potencialidades como “Self” e que a ação do terapeuta consiste em ajudar o cliente liberar e canalizar essas forças para o seu benefício e crescimentocomo pessoa.

    Andres_Rochais_100x141        André Rochais

    (1921 a 1990)

     

    2 – A Contribuição de André Rochais:

    Muito embora, seu nome e seu meticuloso trabalho, especialmente no Brasil, sejam pouco conhecidos, André Rochais foi, sem a menor sombra de dúvidas, o maior patrono da escola humanista, o qual, influenciado e encantado pelas descobertas de Rogers, prosseguiu com as pesquisas na mesma linha e criou o método denominado “PRH – Personalidade e Relações Humanas”, hoje divulgado por PRH Internacional.

     

    Rochais, como pedagogo, logo percebeu que a integralização da personalidade se passava pela autodescoberta da identidade interior (o self de Rogers), para tanto deveria haver um aprendizado sobre si mesmo, cabendo a pessoa desvendar os obstáculos que a impedem de ser ela mesma.

    Seu propósito ia mais além, haveria de existir um método, de tal modo simples, que fosse acessível a qualquer pessoa, independente de credo, de condições sociais ou intelectuais, enfim, algo que fosse universalmente capaz de ajudar qualquer indivíduo e de fácil aplicação e aceitação.

    Ele mesmo diz que para seguir suas intuições profundas seria necessário afastar-se um pouco dos grandes mestres de pedagogia e da psicanálise e assim dar mais volume as suas luzes interiores para permitir traduzi-las em atos concretos.

    Com essa visão ele traçou um gráfico das engrenagens da personalidade ao qual denominou “Esquema da Pessoa”, inicialmente, com três instâncias, depois de simplificado e depurado, em 1985 assim definiu: o Ser, a Sensibilidade e o Eu-cerebral.  

     

    O Ser: Para Rochais o Ser, à semelhança de Rogers, é essencialmente positivo e é o local da identidade profunda da pessoa, onde estão todas suas potencialidades, já despertadas ou não.

    O Eu-cerebral: lugar onde funcionam a inteligência, a vontade e a liberdade.

    A Sensibilidade: região que faz a interface entre todas as instâncias e é uma espécie de gravador das emoções vividas. Através do corpo se comunica com o mundo exterior: ambientehumano e ambiente material.

    O corpo, no seu modo de ver, tem uma dimensão especial, o próprio esquema da pessoa foi desenhado tendo por base as hipotéticas regiões nas quais a pessoa parece viver esses funcionamentos.

    O método de Rochais se baseia na “Escuta Ativa” e no “Aprender Fazendo”. A escuta ativa é condição presente em todos os trabalhos, especialmente na terapia, a qual ele denomina “Relação de Ajuda”. O aprender fazendo se realiza através de cursos formativos em pequenos grupos (máximo de 16 pessoas) e se prossegue na formação metódica de observação de si mesmo no dia a dia. Todos esses trabalhos têm como base a análise escrita, motivada de acordo com o tipo de curso a ser realizado ou pelo trabalho da ajuda individual.

    Os resultados obtidos são surpreendentes. Atualmente foi divulgado um compêndio com a narrativa de diversos “cases”, ocorridos em vários países, com o título “Pour que la Vie Reprenne ses Droits”, 2003, (ainda, sem tradução para o Português).

    O maior segredo do sucesso do método é deslocar a pessoa do tradicional funcionamento intelectual, onde impera e lógica, o saber, a imaginação e o fundamentalismo, em qualquer dimensão ou campo que seja, para sua vocação inata e alicerçada naquilo que a faz ficar segura de si.

    Para tanto, Rochais observou que há três núcleos de consciências que regem a tomada de decisões da pessoa da mais simples à mais complexa:

    • Consciência-socializada: é adquirida através da influência dos ambientes vividos (costumes familiares, religiosidade, hábitos, regras e outros.). É uma forma da pessoa se adequar as exigências dos diversos grupos para ser aceita e reconhecida por eles. É considerada como a consciência infantil, porque é formada desde a infância, quando se exige que a pessoa viva presa aos outros e às regras, impostas de fora para dentro;
    • Consciência-cerebral: é a formada por princípios interiores e crenças pessoais. Ela surge principalmente na adolescência, quando a pessoa inicia um processo de contra-dependência familiar.

    Por isso é considerada a consciência do adolescente, também aprisiona a pessoa aos seus próprios conceitos, tais como: “eu sou assim mesmo e não mudo”, “não levo desaforo para casa” e outros;

    • Consciência-profunda: é construída pela autonomia, leva a um constante discernimento entre o que bem ou ao que é menos ruim para o momento. É chamada a consciência da maturidade. As decisões baseadas neste nível de consciência produzem segurança e paz.

    No pensamento de Rochais, tanto as instâncias da pessoa como os diversos tipos de consciências, funcionam em conjunto, ora predominando um, ora outro, dependendo da cultura, das circunstâncias e do vivido de cada um. Entretanto, a pessoa funciona em unidade, cabendo ao ajudante e ao método proposto ajustar e alinhar em trilhos essas instâncias numa direção de crescimento e de autenticidade.

    Para Rochais, a pessoa só encontrará a plenitude quando viver de acordo com o seu Ser e guiado pela sua Consciência profunda. 

    3  A Contribuição de Sávio e outros:

    Maria de Lourdes Sávio, psicóloga e religiosa, foi discípula de Rochais e o acompanhou de perto nas suas pesquisas. Para ela são mantidas as instâncias da pessoa tal como definidas por Rochais. Entretanto, como religiosa que é, incrementou uma visão transcendente.

    Para Sávio toda pessoa tem uma abertura natural à transcendência, não importa a denominação a dada, cada qual tem um modo de viver uma espiritualidade intrínseca.

    Não há como frear essa abertura ao Absoluto, a não ser substituindo-o por bezerros de ouro.

    A conotação do bezerro está ligada a imaturidade, o bezerro depende é totalmente dependente para sobreviver.

    Remetendo-se à uma visão cristã, considerando que a pessoa foi criada a imagem e semelhança de Deus, há uma unidade trina internamente.

    O Pai que tem a liberdade de criar, a inteligência de como fazer e a vontade de colocar em prática. O Verbo que pratica a ação, sente, se alegra e sofre, interage com o ambiente, traz para si as marcas, os estigmas do passado vivido, sente no próprio corpo a fragilidade humana. O Espírito que aponta caminhos, que desvenda virtudes, contempla e conduz à felicidade e a paz.

    4 – As principais linhas humanistas:

    Há duas principais correntes na linha humanista: a de Carl Rogers e a de André Rochais, com bases semelhantes, entretanto com métodos diferenciados.

    Tanto numa como na outra é necessária uma nova visão da pessoa, como um ser integral (visão holística), uma abordagem multifocal, sempre centrada na pessoal e fundamentalmente uma mudança cultural radical do saber para o sentir.

    ROGERS foi quem desenvolveu a Pedagogia da Relação de Ajuda com a lógica da Terapia Centrada na Pessoa. A ajuda na concepção rogeriana é concebida como uma relação na qual pelo menos uma das partes procura promover na outra o crescimento, o desenvolvimento, a maturidade, um melhor funcionamento e uma maior capacidade de enfrentar a vida, ao reconhecer seus recursos internos. O que implica ver na pessoa suas potencialidades para se desenvolver e encontrar os meios para resolver seus problemas com autonomia.

    Para Rochais a pessoa é construída pela solidez de seu Ser. Cabe ao ajudante fazê-la tomar posse do que reconhece e, ao mesmo tempo, ajudá-la a descobrir as potencialidades emergentes. A terapia ou a psicopedagogia (semântica melhor adotada por se centrar na re-educação e não nas neuroses) humanista se apresenta como um imenso campo aberto à pesquisa. O remédio acertado para um pode servir como veneno para outros, já que ninguém é igual ninguém e não existem pessoas incompletas ou segmentadas.

      

    CAPÍTULO III - DISCUSSÃO

     

    Como foi dito no início, a diferença entre pessoa e coisas é que tornar-se pessoa, significa, em suma, viver bem suas relações: a relação consigo mesma, as relações transcendentes e as relações com o entorno humano e material.

    Se não há pessoa sem relações humanas, essas são a base da pessoa. São as relações vividas com o entorno humano e material que geram os comportamentos do presente, sejam os bons funcionamentos ou os que prejudicam o crescimento e as relações interpessoais ou com o entorno material ou transcendente.

    Sem prejuízo da abordagem das demais instâncias (O Intelecto ou Eu-cerebral e a Sensibilidade), com foco na aproximação do Ser (ou Eu-essencial ou Eu-profundo), no qual se aloja as principais dimensões: as relações, a identidade profunda e a abertura à transcendência, pode-se representar graficamente o funcionamento ideal da pessoa com um triângulo eqüilátero, como na figura abaixo:

    • O equilíbrio é obtido quando há harmonia no crescimento das arestas;
    • A base da personalidade é estabelecida pelo modo de se relacionar com o entorno humano e material;
    • A verdadeira identidade, formada pelas potencialidades, habilidades e seus limites, caracteriza cada Ser como único; e
    • A relação com a transcendência, independente de qualquer crença, estabelece a direção do crescimento e o “eu mais o além de mim” e um agir essencial que dá sentido à vida.

     

    Quando não se obtém essa harmonia ou quando a leitura realizada pelas outras instâncias distorce essa realidade interior, podem-se ocorrer várias hipóteses de funcionamentos desajustados, dentre as quais, selecionamos as mais extremadas:

      1. Crescimento das relações sem a contrapartida da identidade e da abertura à transcendência:

    Nesse caso pela falta de crescimento da real identidade de si a pessoa pode sentir uma baixa auto-estima e um embotamento da verdadeira transcendência, direcionando sua vida em função dos outros, chagando até a poder viver uma fusão com alguém ou alguma instituição.


      1. Crescimento da imagem de si em detrimento das relações e da abertura à transcendência:

     

    Nesse caso não há um crescimento da identidade profunda, devido à falta de ingredientes essenciais como o amor gratuito, a empatia e outros. Por isso o crescimento foi representado por uma linha pontilhada. A conseqüência dessa supervalorização de si é um egoísmo exacerbado, pouco se importando com as relações ou com a abertura à transcendência. São pessoas de difícil relacionamento e podem viver compensações para suprir as carências afetivas ou cair na depressão ou outras crises geradas por contínuas frustrações.

     

     

      1. Apego demasiado à transcendência em detrimento das relações e da identidade profunda:

     

     

    Como no caso anterior não houve uma harmonia no crescimento e sim um apego demasiado a algo transcendente, por isso está representado com linha pontilhada. A conseqüência disso pode ser um fanatismo de qualquer ordem ou um fundamentalismo sem lógica. Os outros ou o crescimento pessoal ficam relativizados.

     

    É uma árdua caminhada, não é fácil sair da robotização de que fomos levados a ser. Basta alguém importante apertar o botão “liga” e, provavelmente, lá estaremos agindo como máquina programada para repetir funcionamentos.

     

     

    CONCLUSÕES

    O trabalho, dentro de uma proposta humanista, tem um pano de fundo de ajuste à realidade. No Brasil se vive praticamente uma cultura de subsistência, diferente da realidade de outros países economicamente mais desenvolvidos.

    Nesse contexto cultural é comum se relegar os cuidados profiláticos pessoais ou de grupos a um segundo plano, especialmente os voltados ao crescimento pessoal (priorizando-se a intelectualidade) e a ajuda psicopedagógicas, esta não raramente, confundida com fraqueza de caráter ou insanidade mental.

    Toda mudança cultural necessita de um processo, geralmente demorado e com um dinamismo próprio. Por isso, é muito comum a procura da ajuda com a intenção de buscar milagres imediatos, como se o terapeuta tivesse um bisturi capaz de extirpar as dores produzidas pela vida, o que não é possível na visão humanista. O trabalho é sempre desafiante e longo e dependente da colaboração do cliente.

    Caso contrário, a ajuda torna-se um mero local de desabafo ou de explanação de bravatas, sem qualquer resultado prático.

    Pelo que foi visto a psicoterapia humanista tem muitas convergências com a terapia holística e vem para somar sem qualquer concorrência ou competição, haja vista a possibilidade de se trabalhar simultaneamente.

    Alias, a terapia ou psicopedagogia humanista, no plano de fundo, está mais próxima da Holística do que da psicoterapia convencional.

    Dentre as principais convergências, pode-se elencar:

    1. Uma visão holística da pessoa;
    2. A pessoa como ser único, com identidade própria;
    3. O corpo como expressão da sensibilidade, local onde se manifestam as tensões e conflitos;
    4. A canalização de energias para a vida em plenitude, desbloqueando e revelando suas fontes.

     

    BIBLIOGRAFIA:

    ROGERS, Carl R. – On Becoming a Person, 1961 – pag. 37 e 146;

    ROCHAIS, Andre – La Personne et sa Croissance – Fundaments Antropologiques de Formation PRH – Publicado por PRH Internacional, 1997;

    SÁVIO, Maria de Lourdes – Encontros Vida em Plenitude – Apresentação do Esquema da personalidade – 2ª Edição, 1990;

    Diversos Autores  Pour que la Vie Reprenne ses Droits – Analyse de Cheminements de Croissance, 1ª Edição, 2003;

    MEDNICOFF, Elizabeth - www.novoequilibrio.com.br – 2009;

    WIKIPÉDIA - pt.wikipedia.org  Carl Rogers  Maslow – 2009.

                                             

    Autor: : Sidney Rosa Nascimento Junior - Terapeuta Holístico - CRT 44269
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    A Abordagem Holística Através da Estética

    A Abordagem Holística Através da Estética

     

    Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    Sumário

    Resumo
    Introdução
    Material e Metodologia
    Resultados
    Discussão
    Conclusões
    Referências Bibliográficas
    Anexos e Apêndices

    Resumo

    A maximização de resultados em atendimentos de Estética por meio da abordagem Holística, incluindo aos equipamentos e produtos esteticistas o trabalho paralelo e simultâneo com aconselhamento psicoterápico, terapia floral, cromoterapia, sugestões alimentares e posturais, além de técnicas respiratórias e de conscientização sobre si mesmo.

    Introdução

    A indústria da Estética e Beleza, por meio de campanhas de marketing que incluem assessoria de imprensa e participação ativa em congressos, promovem a idéia de que os bons resultados advém de equipamentos eletrônicos e produtos cosméticos cada vez mais custosos e sofisticados. Contrariando esta hipótese, minha experiência pessoal conduziu meu trabalho de forma a valorizar mais ao PROFISSIONAL, devolvendo aparelhos e cosméticos ao papel de coadjuvantes.  Enfatizando a conversação, ao mesmo tempo em que suprindo a Clientela com orientaçãos posturais, formas de respiração, consciência corporal e chegando até a sugestões alimentares, o que se obtém é a excelência de resultados, indo além dos que se conseguiria se simplesmente seguisse os procedimentos estéticos propostos pelas empresas, escolas e congressos voltados à Estética convencional.

    Material e Metodologia

    A idade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o profissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do Cliente.

    O profissional deve explicar seu modo de trabalhar em detalhes e certificar-se de que seu Cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso.

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o profissional, que também deve inquerir quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Estética aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao profissional aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo, conduzindo este ao autoconhecimento.

    Os produtos para estética devem ser adquiridos em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto, sendo vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não). Outra opção é o Cliente adquirir diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo. O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o profissional deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    Caso trabalhe com agulhas de Terapia em Estética, devem ser DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, sendo descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante. Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.O  armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final, por coleta especializada oficial ou eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    O Terapeuta Em Estética promove a avaliação das queixas estéticas do Cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    Resultados

    A forma convencional de trabalho Esteticista, limitada a aplicações de aparelhagens e produtos, obtém os resultados estéticos propostos em menos de 50% dos casos, além de baixo índice de fidelização da Clientela, já que não há conscientização dos benefícios de um trabalho continuado. Já a abordagem holística aplicada à Estética atinge as metas de beleza em mais de 90% dos casos, além de elevado índice de fidelização e de expectativa de continuidade e retorno, já que a Clientela se conscientiza de que o a proposta de trabalho pode e deve extrapolar as queixas iniciais, antes focadas na aparência exterior.

    Discussão

    É inegável a importância de bons produtos e equipamentos no trabalho de todo Esteticista. O que convém questionar é a supervalorização destes ítens acessórios, em detrimento do profissional em si. A predominância de revistas e congressos especializados em beleza que são patrocinados e organizados justamente pelos fabricantes de cosméticos e aparelhagens resulta em apresentações de trabalhos que tendem mais à propaganda destes ítens, do que a valorizar a capacitação técnica do profissional da Estética. Daí ser muito importante iniciativas como a do SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS que desenvolve Congressos como o Holística, onde todo profissional tem condições de apresentar proposituras de palestras sem preocupar-se com intervenções de patrocinadores ou expositores. A imparcialidade do SINTE também é construtiva a que o Terapeuta Em Estética tenha seu merecido reconhecimento junto aos demais colegas que também compõem o rol da Terapia Holística. Verdade seja dita: alguns colegas, ainda desinformados, são preconceituosos em supor que focar na beleza como "portal de entrada" à terapia profunda possa ser uma postura "superficial"... Porém, existe uma outra perspectiva a ser considerada. A mídia em geral pressiona por padrões estéticos cada vez mais pré-definidos e globalizados e, para o bem ou para o mal, cria uma grande demanda por profissionais que atuem dentro do enfoque da beleza. Não raro, esta Clientela potencial nem sequer procuraria um consultório SE não fossem as questões estéticas; uma vez tomando contato com o amplo leque de abordagens e técnicas da Terapia Holística e, desde que, é claro, suas aspirações estéticas iniciais tenham sido atendidas, é grande a oportunidade de que se abra à possibilidade de dispor-se a ampliar a terapia para os demais aspectos de sua vida.

    A Terapia Holística parte da premissa que tudo está interligado em um só contínuo, razão pela qual, o Cliente sempre deve ser considerado em sua totalidade. Porém, comumente cada técnica de nossa profissão privilegia uma "porta de entrada". Por exemplo, mesmo sendo inseparáveis (na verdade, uma só unidade...), a Terapia Corporal utiliza o físico para igualmente ingerir no psíquico, enquanto a Psicoterapia atua no psiquismo e, paralelamente, obter resultados corporais. Cada técnica elege uma via de acesso específica para trabalhar, cabendo ao profissional escolher aquela com a qual o Cliente está mais receptivo. Existe uma grande parcela da sociedade justamente receptiva a ser abordada pela "porta" da Estética, razão pela qual é importante que os profissionais igualmente se disponham a conhecer e atuar com mais esta linha técnica.

    Conclusões

    Minha experiência profissional me leva a concluir que a beleza duradoura e verdadeira surge "de dentro para fora", como consequência natural da harmonização. Paralelamente, propiciar resultados estéticos exteriores igualmente induz a um incremento na auto-estima, predispondo a Clientela ao bem-estar e a investir de forma mais intensa em sua Qualidade de Vida.

    Em nossa profissão, o Cliente tem que ser considerado em sua totalidade e desta, a BELEZA é parte integrante, tornando a Estética mais um caminho igualmente válido e eficaz para a abordagem Holística em nossos consultórios.

    Referências Bibliográficas

    Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    Anexos e Apêndices

     

    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Estética conta com grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização, bem como a qual legislação se aplica. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    4.2 Objetivo
    Definir boas práticas, adequação de terminologia e de materiais

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TO 001 — Terapia Ortomolecular — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.5 TERAPEUTA EM ESTÉTICA — promove a avaliação das queixas estéticas do cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, massoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TE — Terapia Estética
    THE — Terapeuta em Estética
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Estética aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TE

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TE com dNTSV — estetica.sdwetalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o TH detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    5.3.3.3 — O TH deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    5.3.3.3.1 — O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do cliente para com o TH;
    5.3.3.3.2 — O cliente deve ser inquerido pelo TH quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    5.3.3.4 A TE aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao TH aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.4 Produtos para Estética, Ortomoleculares e assemelhados — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.4.3 Agulhas de TE — adequação

    5.3.4.3.1 Opção 1: Aquisição de agulhas de DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do TH, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, as agulhas serão doadas, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir agulhas ou não).
    5.3.4.3.2 Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.4.4 — Descarte das Agulhas de TE

    5.3.4.4.1 As agulhas de TE obrigatoriamente serão sempre DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, e, mesmo cientes de que inexiste caso registrado de contaminação por este tipo de agulha (por ser maciça, não retem sangue), ainda assim terá tratamento semelhante aos resíduos infectantes perfurantes ou cortantes.
    5.3.4.4.2 As agulhas de TE serão descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante, os quais, após serem devidamente lacrados, deverão ser acondicionados em sacos plásticos individualizados, branco leitosos e identificados pela simbologia de substância infectante.
    5.3.4.4.3 Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.
    5.3.4.4.4 O armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final.
    5.3.4.4.5 Nos municípios onde existir coleta especializada gratuita, o TH deve se inscrever, apresentando para tanto cópia de CCM (Inscrição Municipal como autônomo) e do CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado.
    5.3.4.4.6 As agulhas de TE igualmente podem ser eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    Autor: : Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    II.I - Definições

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

    VII.I - Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    VII.II - Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística
    VII.III -
    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Resumo

    Esta propositura disserta sobra a integração das técnicas corporais orientais seculares com as modernas e ocidentais abordagens psicanalísticas reichianas e derivadas, resultando em uma Terapia Corporal de abordagem holística. Resgata a importância do tocar e ser tocado como instrumento de catarse terapêutica e de harmonização psicofísica, resultando em ampliação da qualidade de vida e autoconhecimento, tanto para o Cliente, quanto para o profissional.

    Introdução

    Muito se aborda a globalização e o acesso universal a informações em todos os campos de conhecimento, incluindo a Terapia Holística. Porém, mesmo no Brasil, de ampla tradição de sincretismo e fusão das mais variadas vertentes de pensamento, ainda deparamos com um separatismo entre as técnicas corporais orientais e ocidentais, bem como uma distância entre o discurso de paradigma holístico e uma real aplicação deste conceito, a tal ponto de ainda encontrarmos profissionais que iludem-se de atuar em questões físicas e outros, em aspectos psíquicos, como se tais existissem de forma isolada...

    São inegáveis as qualidades técnicas das manobras corporais tradicionais, tais como o shiatsu, tuina, anma, sparsha, dentre outras, assim como é fundamental a contribuição da psicanálise quanto aos aspectos inconscientes de nossa personalidade serem corporificados. Contudo, ambas as vertentes ainda não convergiram, resultando em "massagistas" (termo totalmente inadequado à legislação brasileira...) que desconhecem o fato de seu trabalho pode resultar em catarses, como também em profissionais da vegetoterapia e bioenergética propondo técnicas de toque, respiratórias e posturais que já estariam eficientemente supridas nas já seculares técnicas corporais, como as já citadas, bem como as oriundas do yôga e tai-chi-chuan.

    Cabe ao Brasil eliminar a iniciativa em superar desinformações, preconceitos e vaidades, promovendo a integração entre todas estas linhas complementares de tratamento, formando Terapeutas Corporais que honrem a sabedoria milenar, da mesma forma que abraçam a modernidade psicanalítica, fazendo justiça a que mais esta modalidade terapêutica seja integrante da Terapia Holística, atendendo a Clientela ciente de que físico-psíquico-social-transcendente é uma só unidade indissociável.

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

    ACONSELHAMENTO — processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.

    BIOENERGÉTICA —Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.
    CALATONIA —técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.

    CATARSE extravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    ID é a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego.

    INSIGHT "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    LEITURA CORPORAL — método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    PERSONA — é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

    RELAXAMENTO — vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    TERAPIA CORPORAL — uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

    TERAPIA REICHIANA — desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    VIVÊNCIAS — realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal:

    Idade mínima do cliente para Terapia Corporal: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    Explicar o processo de Terapia Corporal com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    O Terapeuta Holístico deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico;

    O Cliente deve ser inquerido pelo Terapeuta Holístico quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Corporal aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    III - Resultados

    Constatou-se ganhos significativos oriundos do sincretismo entre as abordagens ocidentais modernas e orientais milenares da Terapia Corporal. As manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, mostraram-se mais adaptáveis a cada Cliente, em comparação às mais recentes, oriundas das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética. Em contraponto, a proposta analítica destas últimas são indispensáveis à interpretação emocional refletida via corpo, já que essa capacidade fora perdida no decorrer do tempo, no que se refere ao ensino e prática das técnicas orientais, na forma como nos chegam atualmente.

    Clientes originados de queixas físicas apresentam resultados mais rápidos e eficazes quando a Terapia Corporal aflora as emoções reprimidas simultaneamente ao trabalho de toque. É perceptível ao tato do profissional, o relaxamento nas áreas antes tensas, imediatamente à manifestação da emoção e/ou lembrança que emerge sincronisticanente ao contato físico com a zona reflexa e/ou diretamente sobre a região corpórea. Da mesma forma, regiões sem tônus de pronto manifestam retorno da tonicidade, assim que afloram os sentimentos e lembranças induzidos pelo toque de volta à consciência. Quadros de dores e de dificuldade de movimentos apresentam reversão drástica, ainda que temporária, imediatamente à catarse emocional desencadeada pelo toque e indução verbal.

    Ratificando o acima descrito, quadro similar ocorre com a Clientela de queixas emocionais, onde o trabalho de toque serve tanto para detectar quais regiões corpóreas estão refletindo o quadro psíquico, quanto para aflorar à consciência as emoções reprimidas, bem como lembranças de situações traumáticas.

    Em ambas as situações, a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, incluindo o ACONSELHAMENTO, desempenha papel fundamental em facilitar ao Cliente a compreender o conteúdo aflorado, o que se mostra fundamental para que o quadro queixoso anterior não reincida. A catarse emocional por si só, apresenta resultado temporário, com imediata melhoria do quadro geral, porém, com retorno do estado original poucos dias após. A durabilidade do resultado é mantida quando o Cliente é simultaneamente amparado com técnicas de foco psicoterápico.

    A inclusão do contato físico na relação CLIENTE e TERAPEUTA HOLÍSTICO acelera o ritmo e intensifica a terapia, traduzindo-se em resultados de espectro mais amplo e, uma aumento da frequência e intensidade nas transferências e contra-transferências, exigindo grande preparo do profissional.

    IV - Discussão

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos.

    Modernas ideologias, governos ditatoriais e o cientificismo mecanicista influenciaram uma ruptura no paradigma holístico terapêutico. Seja por necessidade de sobrevivência às perseguições, seja em concessões e adaptações para tentar enquadrar nos limites do "científico", fato é que ao século 20, terapias como shiatsu, tuiná, anma, seitai e similares, chegaram até nós amputadas de sua original tradição sistêmica, passando a tratar o "corpo" como se fosse uma "máquina", composta de "partes" a serem manipuladas pelo toque para que "funcionem" melhor... A excelência técnica das manobras corporais se manteve, porém, perdeu-se a "alma" em algum momento de sua história.

    A partir da década de 70, com o movimento da contracultura, "revolução aquariana", ecologia e retomada do paradigma holístico, as abordagens corporais se permitiram a reintegração com os conceitos de "energia", reassumindo a interação com meridianos (canais de circulação energética da acupuntura - terapia tradicional chinesa), chacras (ou chakras, vórtices de energia estudados na ayurvédica - terapia tradicional indiana) e "corpos sutis" (matrizes energéticas paralelas ao corpo material, conceito este comum a todas as culturas milenares). Ao mesmo tempo, readmitiu-se que a terapia pelo toque igualmente atua nas emoções, porém, sem aprofundar na questão, deixando de integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

    Desenvolvendo-se de forma complementar, contamos com a Psicánalise, pela qual Freud demonstra a grande atuação das questões psíquicas nas somatizações, sendo até possível a reversão destas, como decorrência da análise, ao resgatar do inconsciente, os traumas, lembranças, emoções reprimidas e integrá-las ao consciente.

    Quer seja por preocupar-se em manter-se dentro de uma certo paralelo com a metodologia científica (isolar-se do "objeto" estudado...), quer seja para evitar maiores controvérsias e envolvimentos, TOCAR o Cliente era algo fora de discussão, até a dissidência de Wilhelm Reich, que “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”).

    A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante).

    Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento, também conhecido como Couraças Musculares do Caráter, aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bioenergia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas.

    A linha reichiana "clássica", a Vegetoterapia, segue um padrão relativamente rígido e pré-fixado para a sequência de desbloqueio das couraças, enquanto que as chamadas correntes neoreichianas, como a Bioenergética (que tem Alexander Lowen como seu expoente...) são mais flexíveis quanto à ordem e formas de trabalhar os bloqueios, utilizando-se, além do toque, técnicas respiratórias e posturais, que contém muitos paralelos ao Yôga e Tai-Chi-Chuan...

    Estas últimas vertentes, de origens ocidentais e modernas, em contraponto com as demais linhas aqui inicialmentes descritas, milenares e orientais, permaneceram distanciadas, uma corrente desconhecendo totalmente a outra. Não raro deparamos com reichianos que desconhecem chacras e shiatsuterapeutas que nem sequer imaginam que desbloqueiam "couraças do caráter"...

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar. Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge. É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor. Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA. É consenso que a maioria dos Terapeutas possui profundas feridas narcisísticas em aberto, as quais tentamos cicatrizar ao dar atenção aos Clientes, da forma que jamais tivemos... Não raro, tivemos que amadurecer cedo, quando deveríamos ter tido a permissão de ser crianças e nossos cuidados com os outros é a sublimação do ressentimento de que nosso amor não bastava para sermos correspondidos pelos pais, pois só sendo "produtivos" e "perfeitos" para sermos amados. Por isso, oculta-se no TOCAR em nossos Clientes, o desejo de acolhimento e amor.

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente. Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em contínua terapia e supervisão, inclusive, em grupos de discussão, pois o que se constata na prática é que, independente do quão experiente seja um analista, quando está em momento de contratransferência, sua visão do caso fica prejudicada, enquanto que para os demais colegas, que não estão emocionalmente envolvidos na situação, muito mais facilmente detectam o que está ocorrendo.

    V - Conclusões

    O contato físico intensifica o ritmo da terapia e igualmente aumenta o grau de responsabilidade e exigência técnica, o que é plenamente compensado pela excelência de resultados e gratificação profissional.

    Não há mais justificativa, em nosso atual tempo de acesso globalizado às mais variadas correntes terapêuticas, à ilusão de abordar o psicofísico como se fosse "partes separadas".

    A fusão entre as manobras orientais já tradicionais e a conscientização do efeito psíquico do toque reavivada pelas correntes psicoterápicas reichianas e neo-reichianas, resulta em uma terapia mais profunda e abrangente do que a simples soma das partes.

    Tanto as reclamações de origem física, quanto as de foco emocionais são atendidas na mesma proposta de trabalho, em conformidade com o paradigma holístico, ampliando o leque de oportunidades em atender quantitativa e qualitativamente à Clientela potencial.

    A ampliação da transferência e contratransferência pelo fator do tocar e ser tocado, obriga o Terapeuta Holístico a manter-se em contínua terapia e supervisão, resultando num indivíduo mais equilibrado e autoconsciente e, como tal, um profissional mais eficiente e um ser humano mais feliz.

    VI - Referências bibliográficas

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    VII - Anexos e Apêndices

    VII.I

    Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

     

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

     

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

     

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

     

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

     

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

     

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

     

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça"

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

     

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

     

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

     

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

     

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

     

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contratransferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Imaginem uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Se não estiver atenta à possibilidade de contra-transferência, é capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

     

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

    VII.II -


    Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística

    Se o profissional faz uso de técnicas corporais, jamais deverá chamar este trabalho de "massagem", não só pelo sentido pejorativo que a confusão com prostituição trouxe à palavra, como, também , pelo fato de que estaria sendo enquadrado dentro de alguns requisitos impossíveis de serem cumpridos, pois estaria sujeito às seguintes diretrizes, dentre outras:

    DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942
    Regula a Propaganda de Médico, Cirurgiões Dentistas, Parteiras, Massagistas, Enfermeiros, de Casas de Saúde e de Estabelecimentos Congêneres, e a de Preparados Farmacêuticos
    Das Parteiras, dos Massagistas e Enfermeiros (artigos 2 e 3)
    ART.2 - é proibido às parteiras, aos massagistas e aos enfermeiros fazer referências a tratamentos de doenças ou de estado mórbido de qualquer espécie.
    ART.3 - As parteiras, os massagistas e os enfermeiros estão obrigados a mencionar em seus anúncios o nome, título profissional e local o nde são encontrados.


    LEI 3.968 DE 05/10/1961
    Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Massagista, e dá outras Providências.
    ART.1 - O exercício da profissão de Massagista só é permitido a quem possua certificado de habilitação expedido e registrado pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina após aprovação, em exame, perante o mesmo órgão.
    ART.2 - O massagista devidamente habilitado, poderá manter gabinete em seu próprio nome, obedecidas as seguintes normas:
    1 - a aplicação da massagem dependerá de prescrição médica, registrada a receita em livro competente e arquivada no gabinete;
    2 - somente em casos de urgência, em que não seja encontrado o médico para a prescrição de que trata o item anterior, poderá ser esta dispensada;
    3 - será, somente, permitida a aplicação de massagem manual sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou fisioterápica;
    4 - a propaganda dependerá de prévia aprovação da autoridade sanitária fiscalizadora.

    Como podem perceber, será muito melhor nominar seus trabalhos como "Terapia Corporal", evitando, assim, se enquadrarem nas leis acima citadas, as quais só podem ter sido criadas para coibir a prática da Massagem.

    Já há anos o SINTE recomenda abolir o termo "massagem" (tanto por ser associada popularmente à prostituição, como por enquadrar-se em legislação impossível de ser cumprida) , que deve ser substituída por "Massoterapia", ou, melhor ainda "Terapia Corporal".

    Ultimamente, a expressão "massoterapia" igualmente passou a ser sinônimo de prostituição, além de que, no Paraná, os órgãos públicos identificam como sinônimo de "massagem" e passaram a exigir daqueles que alegam trabalhar com esta técnica, o cumprimento das legislações impraticáveis (DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942 e LEI 3.968 DE 05/10/1961).

    Portanto, a melhor solução é o termo "Terapia Corporal" e aproveitar a oportunidade para que os cursos se aperfeiçõem para fazer justiça a este nome e acrescentem ensinamentos de Reich e Lowen (psicanálise/vegetoterapia e bioenergética) às já consagradas manobras corporais orientais e ocidentais.

    VII.III -

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho

    Estruturas da Psique:

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.


    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.


    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.


    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;
    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;
    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.


    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.


    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.


    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/07/2009 16:24


    I Ching - O Software Do EU

     I Ching - O Software Do EU

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

     

    Sumário


    Resumo

    Introdução

    Material e Metodologia

    Resultados

    Discussão

    Conclusões

    Referências Bibliográficas

    Anexos e Apêndices

     

     

    Resumo

    Este trabalho aborda a utilização do I Ching como instrumento auxiliar à Psicoterapia Holística, análogo às técnicas de associação "livre" e de interpretação de sonhos. 

    Igualmente discursa sobre sobre a sincronicidade (coincidências emocionalmente significativas) entre os símbolos gerados aleatoriamente (hexagramas) e o inconsciente do Cliente, como forma de propiciar "insights" e catarses durante a interpretação conjunta dos textos e imagens milenares.

    E, a título lúdico, apresenta o I Ching como o antecessor do código binário utilizado na moderna computação, tendo as linhas, ora Yin, ora Yang, o mesmo papel dos numerais zero e um, a compor todo o Universo de possibilidades, sintetizadas em 64 situações arquetípicas com as quais todo indivíduo inconscientemente se percebe refletido.

     
     Introdução

    Milenarmenteutilizado como forma de meditação pelos estudiosos e como oráculo pelosleigos, o I Ching foi apresentando ao século 20 como viável instrumentoterapêutico, graças à pública simpatia de Carl Gustav Jung,um dos maiores nomes da Psicanálise, por este instrumento, demonstradaem seu prefácio à obra "I Ching - O Livro Das Mutações", de RichardWilhelm, principal responsável em introduzir o sistema ao Ocidente.

    Também na lista de célebres admiradores do I Ching, contamos com Gottfried Wilheim Leibniz,que assumiu a grande similaridade com o sistema binário (a basematemática da linguagem de computação...) por ele desenvolvido, assimcomo Niels Bohr, umdos pais da física quântica, que reconheceu as semelhanças entre suaciência das partículas e as mutações descritas neste que é consideradoo livro mais antigo do mundo (cerca de 5 mil anos), além do polêmicocientista biomolecular Johnson F. Yan, que demonstrou a curiosasemelhança entre a matemática do DNA e a do I Ching, popularizado emsua obra "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" e, claro, o mais reverenciadofilósofo chinês, cujo nome latinizado é Confúcio, a quem se atribuivários textos interpretativos aos hexagramas.

    OI Ching atua como "espelho" onde refletimos nosso próprio inconscientee sua eficácia neste sentindo é tamanha, a tal ponto de renomadosmatemáticos, físicos, biólogos, filósofos e, mais diretamenterelacionado à nossa proposta, psicanalistas, enxergarem a si e a seustrabalhos espelhados nos símbolos antigos. 

    Da mesma forma, o Terapeuta Holístico podefazer uso deste instrumento, tanto para acessar seu próprioinconsciente e maximizar-se como pessoa e profissional, quanto comométodo lúdico de contornar a resistência racional dos Clientes emaflorar materiais psíquicos não conscientes, bem como clarificar oentendimento do momento. 

     

    Material e Metodologia

    Aidade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmentepoderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houverautorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e oprofissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional docandidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha doCliente.

    O profissional que atua com o I Ching é um TERAPEUTA HOLÍSTICO, Modalidade: Terapia Em Sincronicidade,que distingue-se dos demais por atuar junto ao seu cliente sem aobrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumassituações nem sequer é necessária a presença do mesmo. 

    Esteprofissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidadejunguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, taiscomo radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, IChing, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliaçãodo quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição eo pensamento não-linear. 

    Deposse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas comoreiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além dadiscussão interativa com o cliente de aspectos levantados ouastrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodostradicionais de "previsão", acrescidos de aconselhamento, levando aoautoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns:comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma,incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida(aumento máximo das oportunidades e minimização das condiçõesadversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões,inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além departiculares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada dedecisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promovera harmonização energética de ambientes.

    OTerapeuta Holístico deve explicar o processo de Terapia emSincronicidade com detalhes e certificar-se de que seu clientecompreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexistevinculação religiosa ou de credo ao trabalho. Deve esclarecer que ossímbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.)jamais determinam as características e acontecimentossócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regeremsincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos dereferência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos. 

    Necessitatornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsõestaxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposiçõescom maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um períodoou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões. 

    Pertinentefazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, queao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração deletras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso depedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-secom as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim,considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativosenvolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    Oconsultório deve estar aparelhado para proporcionar temperaturaambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena,minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente paracom o profissional.

    OTerapeuta Holístico, por meio de variadas técnicas (relaxamento viatoque ou induzido verbalmente, musicoterapia, aromaterapia,cromoterapia e similares), deve propiciar ao Cliente um estado deserenidade, condição ideal para melhor aproveitamento da sessão em queincluir o I Ching. Opensamento deve focar em uma pergunta objetiva sobre a situação quedesejam aprofundar em terapia. Isto feito, opta por um método de geraraleatoriamente o hexagrama que servirá de "espelho" arquetípico onde oconsulente refletirá a si mesmo. 

    Ohexagrama, como o nome sugere, é composto por seis linhas, cada qualpodendo ser classificada como yin (representada graficamente por umalinha interrompida: _ _ ), ou yang (representada por uma linha contínua: ___ ),sendo unidas umas sobre as outras, de baixo para cima. Originalmenterealizado por varetas de milefólio, o "sorteio" popularizou-se via usode três moedas de duas faces distintas, arbitrando-se o valor numérico2 (dois) para o lado par e 3 (três) para o ímpar. A soma das trêsmoedas sendo par, está pré-definida como sendo uma linha yin ( _ _ ) e,caso ímpar, resulta em linha yang ( __ ), sendo repetido o procedimento até obter as 6 linhas que comporão o hexagrama. 

    Com o auxílio da literatura sobre o I Ching (recomendamos o excelente "I Ching: o Livro das Mutações",de Richard Wilhelm, impresso pela Editora Pensamento-Cultrix), queincluem uma tabela como a seguinte, identifica-se o númerocorrespondente ao hexagrama obtido e consulta-se os textos relacionados.

     

    Trigrama
    superior
     
    ----------------
    Trigrama inferior 
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Trigramme zhèn du Yi Jing 
    Chên, o Incitar

    Trovão
    Trigramme kǎn du Yi Jing 
    K´an, o Abismal

    Água
    Trigramme gèn du Yi Jing 
    Kên, a Quietude
    Montanha
    Trigramme kūn du Yi Jing 
    K´un, o Receptivo

    Terra
    Trigramme xùn du Yi Jing 
    Sun, a Suavidade

    Vento
    Trigramme lí du Yi Jing 
    Li, o Aderir

    Fogo
    Trigramme duì du Yi Jing 
    Tui, a Alegria

    Lago
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Hexagramme 1 du Yi Jing
    1
    Hexagramme 34 du Yi Jing
    34
    Hexagramme 5 du Yi Jing
    5
    Hexagramme 26 du Yi Jing
    26
    Hexagramme 11 du Yi Jing
    11
    Hexagramme 9 du Yi Jing
    09
    Hexagramme 14 du Yi Jing
    14
    Hexagramme 43 du Yi Jing
    43
    Trigramme zhèn du Yi Jing Chên, o Incitar
    Trovão
    Hexagramme 25 du Yi Jing
    25
    Hexagramme 51 du Yi Jing
    51
    Hexagramme 3 du Yi Jing
    3
    Hexagramme 27 du Yi Jing
    27
    Hexagramme 24 du Yi Jing
    24
    Hexagramme 42 du Yi Jing
    42
    Hexagramme 21 du Yi Jing
    21
    Hexagramme 17 du Yi Jing
    17
    Trigramme kǎn du Yi Jing K´an, o Abisma
    Água
    Hexagramme 6 du Yi Jing
    6
    Hexagramme 40 du Yi Jing
    40
    Hexagramme 29 du Yi Jing
    29
    Hexagramme 4 du Yi Jing
    4
    Hexagramme 7 du Yi Jing
    7
    Hexagramme 59 du Yi Jing
    59
    Hexagramme 64 du Yi Jing
    64
    Hexagramme 47 du Yi Jing
    47
    Trigramme gèn du Yi Jing Kên, a Quietude
    Montanha
    Hexagramme 33 du Yi Jing
    33
    Hexagramme 62 du Yi Jing
    62
    Hexagramme 39 du Yi Jing
    39
    Hexagramme 52 du Yi Jing
    52
    Hexagramme 15 du Yi Jing
    15
    Hexagramme 53 du Yi Jing
    53
    Hexagramme 56 du Yi Jing
    56
    Hexagramme 31 du Yi Jing
    31
    Trigramme kūn du Yi Jing K´un, o Receptivo
    Terra
    Hexagramme 12 du Yi Jing
    12
    Hexagramme 16 du Yi Jing
    16
    Hexagramme 8 du Yi Jing
    8
    Hexagramme 23 du Yi Jing
    23
    Hexagramme 2 du Yi Jing
    2
    Hexagramme 20 du Yi Jing
    20
    Hexagramme 35 du Yi Jing
    35
    Hexagramme 45 du Yi Jing
    45
    Trigramme xùn du Yi Jing Sun, a Suavidade
    Vento
    Hexagramme 44 du Yi Jing
    44
    Hexagramme 32 du Yi Jing
    32
    Hexagramme 48 du Yi Jing
    48
    Hexagramme 18 du Yi Jing
    18
    Hexagramme 46 du Yi Jing
    46
    Hexagramme 57 du Yi Jing
    57
    Hexagramme 50 du Yi Jing
    50
    Hexagramme 28 du Yi Jing
    28
    Trigramme lí du Yi Jing Li, o Aderir
    Fogo
    Hexagramme 13 du Yi Jing
    13
    Hexagramme 55 du Yi Jing
    55
    Hexagramme 63 du Yi Jing
    63
    Hexagramme 22 du Yi Jing
    22
    Hexagramme 36 du Yi Jing
    36
    Hexagramme 37 du Yi Jing
    37
    Hexagramme 30 du Yi Jing
    30
    Hexagramme 49 du Yi Jing
    49
    Trigramme duì du Yi Jing Tui, a Alegria
    Lago
    Hexagramme 10 du Yi Jing
    10
    Hexagramme 54 du Yi Jing
    54
    Hexagramme 60 du Yi Jing
    60
    Hexagramme 41 du Yi Jing
    41
    Hexagramme 19 du Yi Jing
    19
    Hexagramme 61 du Yi Jing
    61
    Hexagramme 38 du Yi Jing
    38
    Hexagramme 58 du Yi Jing
    58


    Comumente,o nome dos trigramas (hexagramas são compostos por dois trigramas), bemcomo do hexagrama em si, por si só, induzem a imagens mentais desituações análogas na natureza, provocando respostas emocionais. Nolivro recomendado existe também descrições e comentários, quanto àslinhas, aos trigramas e ao hexagrama em si, tanto de origem milenar,quanto do próprio autor e a e leitura dos mesmos frequentemente causa"insights", onde o consulente percebe coincidências significativasentre o descrito e a resposta que procura.

    Portradição, as linhas que resultem das três moedas com a mesma face (3"caras", ou 3 "coroas"), ou, no caso de outro sistema de sorteio, omaior número par possível (seis), ou maior número ímpar possível(nove), por si só seriam objeto de atenção especial, existendo textosespecíficos a serem lidos e interpretados, para cada linha nestasituação, que são chamadas de "linhas móveis". 

    A"mobilidade" sugerida implica que, estando na soma numérica máxima dacondição par (yin) ou ímpar (yang), as linhas nestas condições estãoprestes a se transformar em seu oposto ( de _ _ passaria para __ evice-versa...), obtendo-se assim, um novo hexagrama, desta vezrelacionado a uma situação futura, que seria decorrência natural datransmutação no tempo, do quadro apresentado inicialmente, que é focadono momento presente. Novamente, a consulta à tabela acima, levaria aostextos correspondentes, que acrescentariam mais subsídios para oconsulente espelhar-se e obter conclusões.

    Atualmente,existe muitos softwares capazes de realizar o sorteio do hexagrama, bemcomo já localizar os textos correspondentes ao mesmo. O próprio SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS vem desenvolvendo uma versão online, para uso de seus associados.

    OTerapeuta Holístico traz à pauta terapêutica as sincronicidadespercebidas pelo Cliente em relação à sessão com o I Ching, tal comofaria nas técnicas de interpretação de sonhos e de associações"livres", realizando uma discussão interativa sobre os aspectoslevantados, auxiliando o consulente a reconhecer conteúdos psíquicosseus que projetou durante o exercício lúdico de interpretação dohexagrama. 

     

    Resultados

    Ométodo mostrou-se eficaz como forma de acesso ao inconsciente,contornando as defesas racionais que comumente bloqueiam o aflorar dematerial psíquico, bem como foi particularmente útil com Clientes quetenham resistência maior perante as alternativas mais usuais deampliação da consciência, tais como análise de sonhos e associaçõeslivres. A interpretação e discussão de hexagramas obtidos possibilitauma sequência de pautas a serem trabalhadas em sessões continuadas,funcionando como fio de meada eficiente para a evolução dos processosde autoconhecimento almejados na terapia.


    Discussão 

    Boaparte do esforço terapêutico se dá no sentido de acessar o conteúdopsíquico inconsciente do Cliente, trazendo-o à consciência e auxiliar àmaior compreensão e assimilação, resultando em autoconhecimento e, porconsequência, uma melhoria na Qualidade de Vida

    Quantomais objetivo e racional for o método adotado para este fim, tanto maisfácil será para que as defesas e a resistência à terapia criemobstáculos ao aflorar de material reprimido. É válido, pois, que seutilize igualmente técnicas de cunho subjetivo, capazes de contornar aresistência do racional e possibilitar que, de forma indireta, semanifestem aspectos psíquicos, projetados em algo externo ao que sejacomumente associado com o "eu". O analista atento será capaz deidentificar as projeções e colher subsídios para a evolução da terapia.A Psicanálise clássica tira bom proveito da técnica de associaçãolivre, na qual o Cliente, ao entregar-se ao "jogo" de expressar tudoque lhe vier à mente, sem censura e da forma mais espontânea eimpensada, frequentemente traz à tona informações reprimidas sobre simesmo, sem se dar conta de imediato, contornando desta forma, aresistência natural que impede o aflorar destes conteúdos. Ainterpretação de sonhos segue este mesmo caminho, pois, nosso racionalnão se dá conta, a princípio, de que ao falar do que aconteceu nouniverso onírico, estamos, na verdade, contando sobre nós mesmos. OPsicodrama, a Arteterapia, igualmente possibilitam "palco" e "tela"onde o Cliente interpreta e pinta a si mesmo, sem se dar conta imediatado processo, evitando dessa forma que as defesas racionais bloqueiem oeclodir do material psíquico.

    Dentro desta mesma linha, os métodos que utilizam o conceito junguiano de SINCRONICIDADE, tais como Astrologia, Numerologia, Tarô e, mais particularmente ao caso, o I Ching,funcionam perfeitamente como formas de acessar o inconsciente e detrazer à tona material antes reprimido, no decorrer do exercício deinterpretação.

    Aindaque de origem milenar e oriental, o I Ching, quanto à forma, está emparalelo com as mais modernas e ocidentais concepções. O conceito de umuniverso em contínua mutação possui evidentes analogias com a visão domicroscosmo das partículas, antes tida como imutáveis, e que agora sãoconcebidas como transmutáveis umas nas outras, na visão da físicaquântica. 

    Jáa incrível coincidência entre a matemática do DNA e as suas 64possíveis combinações e igual número e forma de hexagramas do I Ching,novamente colocam o secular sistema em sintonia com os nossos tempos.

    Maispróxima ao cotidiano de todos, a computação, onipresente na vidamoderna, simplesmente se baseia na mesma matemática que o I Ching: TUDOé sintetizável e expresso sob  combinações de tão somente duasvariáveis opostas e complementares: "0" (desligado, negativo) e "1"(ligado, positivo), ou seja, yin ( _ _ ) e yang ( __ ) !

    Veja a palavra ALEGRIA, escrita em linguagem de computação: 

     

    01000001011011000110010101100111011100100110100101100001

     

    E a mesma expressão, sintetizada em um hexagrama:

     

    _  _  0
    ___  1
    ___  1
    _  _  0
    ___  1
    ___  1

    Damesma forma como a linguagem "pura" do computador nos é incompreensívele precisamos de sistemas operacionais (DOS, Windows, Linux...) quefaçam a tradução, bem como de "softwares" (aplicativos) para tarefasespecíficas, igualmente o entendimento direto de um hexagrama nosescapa e necessitamos de "traduções" desta linguagem primordial,servindo para tal, os textos de autores seculares e modernos, que nostrazem suas interpretações quanto às linhas, trigramas e hexagramas.

    Assimcomo o computador, tão somente variando entre zero e um, nos dá acessoa textos, imagens, sons, vídeos, cores, igualmente o I Ching,alternando entre yin e yang, resulta em combinações que evocam em cadaum de nós, situações típicas pelas quais todos passamos em algummomento, mais precisamente, 64 circunstâncias "universais", ARQUETÍPICAS, tão antigas e primordiais que fazem parte do INCONSCIENTE COLETIVO e, como tal, automaticamente evocam nossa empatia. 

    Cadahexagrama é um espelho no qual refletimos uma faceta de nós mesmos.Neste quesito, até o mais cético e racional dos indivíduos éperfeitamente capaz de compreender e aceitar. O que realmente causaadmiração a quem pratica e suspeição em quem nunca experienciou ofenômeno, é que o signo gerado ao "acaso" pelas variáveis do yin eyang, resulta em algo mais do que uma "tela" em que projetamos aspectosinconsciente de nosso psiquismo... Até mesmo um "observador externo" aoevento percebe evidentes coincidências entre a pergunta original e osímbolo resultante pelo método do I Ching. Não existe uma relaçãocausal, mas, subjetivamente, emocionalmente, é sentido que é ocorrecontinuadamente coincidências significativas, ou seja, SINCRONICIDADES entre o momento vivenciado pelo consulente e a interpretação clássica do hexagrama resultante.

     

    Nestetrabalho aqui apresentado, teceu-se várias metáforas relacionando osistema com "telas" onde o Cliente pinta a si mesmo; neste ponto datese, convém ampliarmos a analogia, considerando cada hexagrama comouma obra-prima retratada há milhares de anos, cuja interpretação já foiobjeto de dedicação de inúmeros especialistas no decorrer dos tempos. AMona Lisa, de Da Vinci, é coletivamente conhecida por seu sorrisoenigmático. Individualmente, pode ocorrer de alguém olhar ao quadro econsiderar a mulher retratada como estando, por exemplo, triste. Nestasituação hipotética, há grandes chances da pessoa estar PROJETANDO suatristeza como se fosse algo externo a si, defensivamente atribuindo suaemoção não compreendida para a tela. Claro que, em terapia, a situaçãodescrita, por si só, teria proporcionado um bom subsídio... 

    Já no contexto terapêutico em que se emprega o I Ching, o procedimento terá que ser complementado. Quando um profissional, um Terapeuta Holístico,se propõe a incluir esta técnica a disposição de seus Clientes, há deestudar as interpretações clássicas de cada hexagrama, pois,partindo-se do pressuposto da SINCRONICIDADE, ainda que sejafundamental tudo o que o consulente projetar de si sobre os símbolos,também será importante o arquétipo, quanto ao seu consensointerpretativo clássico, cabendo levantar a hipótese de o indivíduoenquadrar-se no contexto e estar resistindo inconscientemente emconstatar. 

    Aindano campo metafórico, algo como um espelho refletindo uma pessoa magra(dentro de parâmetros de interpretação padronizados pela sociedade..),que vê a si como estando acima do peso, pois, devido a educaçãorecebida, traumas, etc..., desenvolveu uma auto-imagem de inadequação.Caberia ao Terapeuta Holístico constatar a provável disparidade eincluir na pauta das sessões uma forma de auxiliar o Cliente em rever aimagem que fixou sobre si mesmo. Também no espelhamento frente a umhexagrama, o profissional deve observar se há discrepânciasignificativa entre a interpretação pessoal do consulente e a versãoclássica e se é caso de propor e proporcionar oportunidade dereavaliação de sua percepção do momento.

    O I Ching, quanto empregado no âmbito terapêutico, tem claro enfoque de que está sendo acessado o INCONSCIENTE,não apenas o coletivo, mas essencialmente o INDIVIDUAL, cabendo aoTerapeuta Holístico catalizar a interpretação do Cliente quanto aoshexagramas, inclusive, suprindo-o de informações quanto à visãoclássica de seus significados, mantendo-se atento a identificar oconteúdo psíquico que se apresentar refletido, para que possa, nomomento oportuno, reapresentar à pauta das sessões.


    Conclusões

    Boaparte da Clientela da Terapia Holística possui curiosidade e aceitaçãoquanto a técnicas que envolvam a Sincronicidade, como é o caso do I Ching, especialmentedestacado graças à simpatia pública de grandes pensadores, e, ainda quemilenar, mantendo-se em surpreendente atualidade quanto ao linguajarmatemático em que se estrutura, similar ao dos computadores, que estãocada vez mais inseridos no dia-a-dia de nossa vida moderna.

    Aampliação do autoconhecimento é premissa para toda Terapia, o que exigedos profissionais o conhecimento e aplicação de técnicas que propiciemacesso ao inconsciente de cada Cliente, trazendo à consciênciaconteúdos psíquicos para serem compreendidos e integrados. Os sistemas("mecanismos"...) de defesa criam a natural e esperada resistência aeste processo de aflorar do psiquismo, cabendo ao analista encontrarformas de contornar e abrandar esta reação contrária, elegendo qual atécnica adotar, para cada indivíduo e a cada momento. 

    Somando-seà milenar análise dos sonhos, às técnicas vivenciais de catarse, àserena e freudiana associação livre de idéias, dentre inúmeros outrosinstrumentos, este trabalho apresenta o uso do I Ching como mais umeficaz e lúdico sistema a ser aplicado nos consultórios.

    OPsicanalista Carl G. Jung o considerou um guia para o inconsciente. Jáesta dissertação, de forma bem-humorada quanto à sua analogia com osmodernos sistemas de informática, acrescenta que o I Ching é umverdadeiro "software" do Eu.

     

    Referências Bibliográficas

    "I Ching: o Livro das Mutações" - Richard Wilhelm - Editora Pensamento-Cultrix

    “Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" - Johnson F. Yan - Madras

    "I Ching - O Livro Do Yin E Do Yang" - Cyrille Javary -Editora Pensamento-Cultrix

    "O Tao Da Física: Um Paralelo Entre A Física Moderna E O Misticismo Oriental" - Fritjof Capra - Editora Pensamento-Cultrix

     

    Anexos e Apêndices

     

    Coincidência entre os estudos do DNA e do I Ching

    Quadro-resumo das semelhanças

    DNA I Ching
    O DNA encerra todos os processos vitais de todos os seres vivos, determinados por uma estrutura com formação precisa. O I Ching engloba todos os processos existenciais dos seres vivos, através de uma estrutura com formação precisa.
    A base do DNA é constituída pela polaridade da dupla hélice, sendo a manifestação fundamental da vida. A base do I Ching é constituída pela polaridade Yin-Yang, manifestação fundamental do princípio universal.
    Quatro moléculas compõem a hélice dupla do DNA: adenina, timina, citosina e guanina; elas se interligam aos pares. Quatro símbolos são utilizados para compor uma codificação: yang-repouso, yang-móvel, yin-repouso e yin-móvel; eles se interligam aos pares.
    Três destas moléculas formam uma palavra-código para a síntese da proteína. Três destes símbolos formam um trigrama, que é a imagem fundamental a formar os hexagramas.
    Cada palavra é constituída de três letras dentre quatro possíveis. Cada trigrama é constituída de três símbolos dentre quatro possíveis.
    A direção de leitura das palavras-código é estritamente determinada. A direção de leitura dos trigramas é estritamente determinada.
    Duas das tríades denominam-se "início" e "fim". Marcam o começo e o término de uma frase-código. Dois dos hexagramas denominam-se "Antes do Fim" e "Após o Fim". Marcam fim e início de uma situação vivencial.
    A programação da identidade genética é determinada por um código de 64 palavras. Os hexagramas são as identidades de interpretação e formam um conjunto de 64 condições.
    Uma ou diversas tríades programam a construção de cada um dos vinte aminoácidos; seqüências bem determinadas dessas tríades elaboram a forma e construção de todos os seres vivos, dento de um contexto evolutivo. Uma ou diversas tríades formam hexagramas que fornecem imagens vívidas e precisas de estados dinâmicos da vivência; seqüências bem determinadas dessas tríades determinam uma programação de destino, dentro de um contexto evolutivo.

    Fonte: http://www.mlopes.eng.br/iching/dna2.htm


     

    NTSV — TS 001-Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    1. SUMÁRIO


    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TS 001 - Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

     

    2. PREFÁCIO


      Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas= regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais;setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias= sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõeuma atitude voluntária dos profissionais a partir de umaconscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerápontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, taiscomo Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética,Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força deLei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião dafiliação espontânea de cada membro junto à entidadeauto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissõesregulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido atémesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, asentidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sançõesestatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quandomuito, excluir um membro do quadro social.
       As entidadesAuto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos àsociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aosserviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internasda organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado públicoatravés de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicase Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo semobrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencialmuito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei demercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada veztem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostracrescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total oudo total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos AnexosInformativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídiospara melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV,além de facilitar a co


    3. INTRODUÇÃO 

     

    ATerapia em Sincronicidade conta com uma vasta bibliografia e grandeaceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentesquanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípiosbásicos para as boas práticas profissionais que nortearão aauto-regulamentação da Terapia Holística.

     

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

     

    4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE — Boas Práticas

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

     

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

     

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 
    TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear. De posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.
    5.1.3 
    CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 
    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 
    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 
    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 
    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 
    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 
    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro TH, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 
    SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 
    JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 
    TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 
    ARQUÉTIPO: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.
    5.1.14 
    SÍMBOLO: é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Muitas vezes representado na forma de imagens ou sons, funciona como uma forma de linguagem do inconsciente, expressa nos sonhos, nas artes, nos exercícios de imaginação ativa, dentre outras situações. Pode ter um significado individual ou coletivo.
    5.1.15 
    TERAPIA EM SINCRONICIDADE: sistema que utiliza métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo ou organização, catalisando o cliente ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas) e na habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais, além de promover a harmonização de ambientes.
    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas


    TH — Terapeuta Holístico;
    TS — Terapia em Sincronicidade;
    THS — Terapeuta em Sincronicidade;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TS

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TS com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vinculação religiosa ou de credo ao trabalho.

    5.3.3.2.1 — Esclarecer que os símbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.) jamais determinam as características e acontecimentos sócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regerem sincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos de referência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos.
    5.3.3.2.2 — Tornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsões taxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposições com maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um período ou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões.
    5.3.3.2.3 — Fazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, que ao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração de letras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso de pedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-se com as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim, considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativos envolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    5.3.3.3 — O THS tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver sua intuição e pensamento não-linear, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de interferências estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.

    5.3.3.3.4 — O THS avalia o cliente e/ou do ambiente, interpretando os símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo, identificando quais as potencialidades e predisposições a serem adequadamente trabalhadas por aconselhamento e demais técnicas pertinentes.
    5.3.3.3.5 — O THS ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:

    5.3.3.3.5.1 — Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE — Sindicato dos Terapeutas.
    5.3.3.3.5.2 — Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
    .

    5.3.3.3.6 — Cabe ao THS a avaliação racional da análise sincronística obtida para detectar o efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.

    5.3.4 Produtos para TS — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio THS em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 29/09/2009 11:45


    O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    Ana Luiza Iughetti Feres

    Terapeuta Holística

    CRT 42969

    Propositura de Palestra para

    Holística 2011

    Ribeirão Preto

    2011

    RESUMO

    A análise dos mitos é fundamental na Psicoterapia proposta por Jung. Os símbolos do inconsciente coletivo que os mitos trazem nos permitem perceber outras dimensões do nosso próprio inconsciente e caminhar no processo terapêutico. O mito de sísifo nos ajuda a refletir sobre vários aspectos específicos da sociedade contemporânea e sofrimentos humanos atemporais como a dicotomia vida e morte, o trabalho interior e a religiosidade; trazendo vários "insights" para o processo terapêutico.

     

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução
    1. O Mito de Sísifo
    1. Conceitos de Psicologia Analítica
    1. Imagem Mitológica de Sísifo e o Homem Contemporâneo
    1. Considerações Finais
    1. Referências Bibliográficas

     

    1. INTRODUÇÃO

    De que nos fala o Mito de Sísifo? Da morte? Do trabalho? Da disputa entre humanos e deuses? Do castigo dos deuses? Que relação podemos fazer entre o que nos fala esse mito e os processos psíquicos do homem contemporâneo?

    A Psicologia profunda de C.G.Jung descobriu que há uma relação muito próxima entre os processos psicológicos do homem moderno e a imensa gama de conhecimento que nos foi deixado como herança pelos povos antigos e que podemos conhecer através da mitologia.

    Para Jung, o mito é um estágio intermediário entre a cognição inconsciente e consciente, como uma ponte necessária e facilitadora. É como um "tradutor" dos Arquétipos - que formam o psiquismo humano - decodificando-os a partir das mais diversas mitologias do mundo. Podem-se estabelecer muitos paralelos entre os mitos e o que está acontecendo na psique e na vida de uma pessoa ou sociedade.

    Esse é o objetivo dessa palestra: entender o Mito de Sísifo à luz da Psicologia Junguiana, para que possamos ampliar e aprofundar a compreensão desse mito, analisando suas possíveis implicações na psique do homem contemporâneo.

     

    1. O MITO DE SÍSIFO

    Segundo Brandão (1996), Sísifo era originário da cidade grega de Corinto, um rei que desafiou os deuses e até mesmo a morte. Diz que Zeus observou a filha Egina do deus do rio, Asopo e a raptou. Quando seu pai quis saber sobre o ocorrido, ninguém queria falar com medo da reação de Zeus.

    Mas Sísifo percebeu ali uma grande oportunidade e não pensou em deixá-la passar. A cidade de Corinto tinha na época um problema bem sério, não havia em seu perímetro uma fonte de água doce. O povo precisava ir buscar água em lugares distantes para satisfazer suas necessidades. Sísifo conversou com o deus do rio e fez um acordo, dava informações em troca de água. O deus concordou e uma fonte nasceu dentro da cidade de Corinto.

    Asopo foi atrás de Zeus e este teve de devolver-lhe a filha que havia roubado. Zeus sabia quem ousou dar as informações e chamou seu irmão, Hades, o senhor do inferno e este mandou a morte, Tânatos, para buscar Sísifo.

    A morte com missão precisa apareceu no mundo dos vivos. Geralmente recebida com grande espanto e terror pelas pessoas, ficou surpresa quando o esperto Sísifo a convidou para sentar-se em sua mesa para comer e beber. Foi uma boa conversa com piadas e descontração. Então, Sísifo ofereceu a ela um par de algemas que havia feito. Como já havia confiança e boa vontade entre eles, a morte colocou as algemas no pulso. Só depois de certo tempo é que ficou claro que ela, a morte havia ficado prisioneira de Sísifo.  

    Um fato desses abala o Universo todo. Nada e nem ninguém morria, pessoas, plantas ou animais. Com a morte no cativeiro haveria muitos efeitos colaterais: como superpopulação e aqueles que estavam doentes permaneceriam assim sem esperança de alivio. A vida sem a presença da morte faz pouco ou nenhum sentido. Até o tempo e a evolução param. Nem a guerra faz sentido, pois os soldados mortos em luta se levantam para agir de novo. Isto também enfureceu o deus da guerra Ares. A morte é um dos poucos controles que os deuses têm sobre os humanos.

    Zeus, que é o senhor do Olimpo, percebeu a confusão que Sísifo havia arrumado e mandou o próprio Ares para buscá-lo e levá-lo para o inferno. Desta vez a missão foi cumprida com sucesso.  Ares libertou a morte e levou a alma de Sísifo. Mas as coisas não acabaram nisso. Sísifo ainda tinha outros truques para executar.

    Ele havia instruído sua esposa para não enterrar seu corpo e nem fazer os rituais fúnebres exigidos pelos deuses. Chegando na terra dos mortos, Sísifo foi reclamar que seu cadáver não havia sido devidamente enterrado. Pediu permissão para voltar para a Terra e castigar sua esposa por causa do desrespeito aos deuses. Hades concedeu a ele três dias para ir e retornar aos infernos. Mas quando chegou na superfície ficou evidente que não tinha nenhuma intenção de retornar novamente. Mais uma vez ele se saiu bem no confronto com os deuses.

    Para resolver o problema de modo definitivo, Zeus mandou Hermes, o mensageiro dos deuses e aquele que acompanha as almas dos mortos até o outro mundo. Hermes capturou a alma de Sísifo e a levou para Hades, depois enterrou seu cadáver com os rituais necessários, exigidos pelos deuses e encerrou o assunto. No inferno o astuto Sísifo recebeu o seu castigo: devia rolar por toda a eternidade uma pedra montanha acima para ver em seguida a mesma voltar ao ponto de origem e ele ter que repetir todo o ciclo novamente.

    1. CONCEITOS DE PSICOTERAPIA ANALITICA

    O Ego: O centro da consciência. 

    Para Jung o ego é um complexo - o principal -, formado a partir dos registros da memória e das sensações corporais, tendo base somática. O ego não é equivalente à totalidade da consciência, é apenas o seu centro, sendo que todos os acontecimentos da vida precisam entrar em contato com ele para se tornar conscientes - pensamento, emoções, idéias, experiências, etc.  

    O ego tem diversas funções, como promover a adaptação da pessoa às exigências da vida, fazer diferenciação de conteúdos conscientes e inconscientes e mediar prazer e realidade. Ele organiza os conteúdos da vida psíquica, avalia, critica e raciocina em busca de soluções para os problemas que a pessoa enfrenta.

    Uma consideração importante sobre a consciência é que não pode haver elemento consciente que não tenha o ego como ponto de referência. Assim, o que não se relacionar com o ego não atingirá a consciência. A partir desse dado, podemos definir a consciência com a relação dos fatos psíquicos com o ego. (JUNG, 2001, p. 7)

    A consciência do ego tem uma importante característica de seletividade, o que equivale a dizer que certos conteúdos tornam-se conscientes e outros não. Esses conteúdos eliminados vão aos poucos formando o que conhecemos como inconsciente pessoal ou a sombra do próprio ego, onde mesmo potenciais criativos podem ficar reprimidos.

    O ego, em seu processo adaptativo, vai precisar formar algumas defesas, sendo algumas úteis e necessárias, outras neuróticas, e outras ainda, psicóticas e psicopatológicas. O ego é um complexo funcional no campo da consciência que é variável de indivíduo para indivíduo, variando em extensão e profundidade.

    A consciência, na opinião de Jung, não é algo fixo e imutável. Ela sofre modificações constantes e evolui ao longo do tempo. Após a estruturação do ego, este precisa se defrontar com o inconsciente para continuar evoluindo. É preciso que o ego consiga estabelecer contato com o inconsciente e consiga também assimilar seus conteúdos para não sofrer a estagnação.

    Complexos

    Todas as experiências modificam a bioquímica celular. A cada nova vivência, ficam marcas na memória celular. É nossa capacidade de ser afetado (afetividade) de modo variado e diferenciado pelas coisas que nos cercam que faz com que não sejamos robôs.

    Quando entramos em contato com algo que nos afeta é que esse algo passa a ter significado. E a repetição de experiências que têm valor fundamental e vão se associando por semelhança e analogia em torno de uma experiência centralizadora, é que dá origem aos complexos.

    Complexo é então um conjunto de experiências capazes de nos afetar em torno de uma experiência centralizadora. É a unidade funcional básica da psique. Ou seja, conteúdos com forte carga emocional e energética porque estão associados, por semelhança e analogia, às experiências centralizadoras. É o que mobiliza a nossa energia psíquica.

    Os complexos contaminam todas as nossas percepções das coisas e por isso as experiências da infância são tão importantes, porque formam as primeiras memórias celulares ou os primeiros complexos. Em função dos complexos, só ouvimos o que queremos e sentimos o que podemos. Somos uma rede de complexos que são acionados por vários mecanismos possíveis

    Inconsciente Coletivo e Arquétipos

    Diferente de Freud que considerava que o inconsciente era formado a partir de conteúdos reprimidos somente, portanto individuais, Jung descobriu que há camadas na psique que nunca foram conscientes e nem se formaram de conteúdos das experiências pessoais reprimidas.

    Essa dimensão do inconsciente, que Jung chamou de Inconsciente Coletivo, não diria respeito aos conteúdos individuais reprimidos do sujeito em questão, mas sim a símbolos comuns a toda a humanidade, disponíveis para todos. Esse inconsciente forma a base do nosso psiquismo e é formado pelos Arquétipos.

    Arquétipos são imagens primordiais carregadas de energia que advém das experiências coletivas que reforçam, a todo o momento, essa carga energética, que fica à disposição da humanidade, para ser acessada, na forma de imagens primordiais, a cada necessidade adaptativa. É a nossa matriz, fonte geradora de material para a consciência. Esta matriz produz um conjunto enorme de fenômenos, como sonhos, visões, os chamados acontecimentos espíritas e afins. As imagens arquetípicas são o suporte energético para o funcionamento adequado da consciência. Para que o ego seja revigorado sempre, precisa do contato constante com sua usina de força.

    Dei o nome de arquétipos a esses padrões, valendo-me de uma expressão de Santo Agostinho: Arquétipo significa um "Typos" (impressão, merca-impressão), um agrupamento definido de caracteres arcaicos, que, em forma e significado, encerra motivos mitológicos, os quais surgem em forma pura nos contos de fadas, nos mitos, nas lendas e no folclore. (JUNG, 2001, p.34, grifos do autor)

    Jung, ao longo de sua vida, deixou muitos estudos a respeito dessa camada mais profunda do psiquismo humano, como a alquimia, os contos de fada, a gnose, as religiões comparadas e a mitologia.

    Através do conceito de arquétipo e do inconsciente coletivo foi possível para a psicologia abrir caminho para a compreensão de rico material pertencente aos mitos e ajudar o homem moderno na compreensão de todas as dimensões de si.

    A função transcendente e a dinâmica psíquica

    Esta é a função que, segundo Jung, no processo de desenvolvimento do ego vai ligar a vida consciente ao inconsciente de modo construtivo e cooperador. O Ego e o Self - centro da psique - de modo geral não estão em harmonia, podendo até mesmo estar em oposição.

    Como o inconsciente se comporta de modo compensatório ou complementar em relação à consciência, e vice-versa, para a Psicologia Analítica a transcendência de uma atitude a outra ocorre a partir da busca de significado e finalidade dos conteúdos que o inconsciente está trazendo.

    Jung entendia a dinâmica da psique, dentro do conceito da complementariedade - não há opostos com começo e fim e sim um continuum de experiências entre os opostos que vão se modificando e afetando todo o tempo.

    É esse jogo de forças que vai produzir os símbolos. Símbolo = aquilo que une. Nossos símbolos individuais - nossos sonhos, nossas marcas, emoções e sentimentos, nossa forma de funcionar no mundo - é o que une a nossa expressão consciente ao nosso inconsciente mais profundo, tendo no processo de individuação seu ponto máximo.

    Energia Psíquica para Jung, diferente de Freud, não se limita à energia sexual, mas diz respeito à energia vital. Energia não é algo que se define, apenas sabemos a sua manifestação. Energia que vem de ergos = que produz trabalho, modificação.

    Nas palavras de Grinberg (1997, p.9) "Assim como calor, luz e eletricidade são manifestações diferentes da energia física, fome, sexo e agressividade seriam expressões variadas da energia psíquica."

    A dinâmica psíquica se estabelece num jogo de forças entre o consciente e o inconsciente. Quando uma imagem surge na consciência tem uma força, resultado energético que tem a capacidade de nos afetar. E a consciência vai lidar com essa imagem de diferentes maneiras: projeção, repressão, assimilação ou integração.

    Sacrifício

    No processo de evolução psicológico chega um momento que o sacrifício se impõe de modo natural, sendo que o ego deve abrir mão do que está sendo solicitado, pois do contrário vem a estagnação.

    Para a Psicologia, este termo descreve o sacrifício da energia psíquica que está organizada numa dada direção. O modelo na civilização cristã ocidental é o sacrifício de Cristo na Cruz, para transcender o mundo e alcançar a ressurreição, cumprindo, assim a vontade de Deus. Este pode ser vivido como um momento de grande tensão e pavor, como ficou gravado na história cristã.

    Na relação Ego-Self, chega-se a um desses momentos em que ao ego é solicitado algo muito parecido. O ego pode não estar preparado para essa situação e entrar em conflito e sofrimento. Esses são os momentos de transição de uma situação ou estado a outro.

    O próprio Jung é exemplo disso, quando, para continuar avançando no que acreditava, precisou sacrificar sua amizade com Freud, carreira universitária e de médico no hospital psiquiátrico. Vem disso a perda do rumo da vida, a desorientação, a falta de solo firme que o ego está acostumado. O ego precisa renunciar livremente sem ter garantias do que vai receber e quais os novos rumos a vida terá.

    O sacrifício equivale a uma morte simbólica e, portanto, a um renascimento.

    Sombra

    Para Magaldi, "a sombra representa na psicologia junguiana os aspectos inconsciente de si mesmo, bons e maus, que por algum motivo e ego não consegue integrar." (2009)

    Podemos dizer que a sombra é a parte do Self que foi rejeitada pelo ego consciente. A sombra compõe-se de vários aspectos, indo desde a sombra pessoal, familiar, social em suas muitas facetas, até o arquétipo da sombra. Este último apresenta dificuldades bem maiores de conscientização, devido estar muito longe da experiência comum. Sua vivência pode levar ao estado de possessão, como na história de Fausto ou no confronto entre Cristo e o diabo, como nos conta o novo testamento.

    A sombra também funciona como o elemento provocador, irritante, perturbador. Aquele que desaloja a pessoa de seu estado de inércia psíquica para movimentá-la em outra direção, mesmo que seja contra a sua vontade. Às vezes ameaça a consciência de regressão e desintegração.

    Em geral, como há pouca consciência de sua constante presença, ela é encontrada em projeção. Este mecanismo parece ser o mais eficaz para localizá-la. Nos sonhos aparece como pessoas do mesmo sexo e nos mitos, ela é o vilão que combate o herói. A sombra possui enorme quantidade de energia que quando aceita, passa a ser útil ao ego, tirando o mesmo de suas limitações e bloqueios.

    Individuação

    Processo de desenvolvimento psicológico através do qual o indivíduo vai se aproximando cada vez mais de sua singularidade e totalidade. Para Jung, há no ser humano uma tendência, um impulso ou instinto, de tornar- se um ser cada vez mais completo do que se é no momento.

    O ego não é a totalidade da psique. Há um centro maior que abarca o ego e está muito além dele. O ego é o representante do Self (Ser Total), mas este é sempre percebido por cada um de nós como maior do que aquele. Porque temos uma disposição inata para a transcendência. Transcender nossa condição humana de existir. Existir = ex-estar = "condenados ao futuro" na expressão de Heiddeger. Estamos sempre diferentes a cada momento, sendo projetados, ou seja, somos sempre um projeto de ser, uma promessa de ser e essa é a angústia vital do ser humano. Tudo com uma única certeza, a da morte.

    É o ego que faz o processo de individuação. Precisa desapegar do corpo e se entregar à Alma. Desde que nascemos buscamos nos adaptar ao ambiente, às regras, à família e à sociedade, como forma de sobreviver e ser amado, mas essa adaptação pode nos afastar de nosso verdadeiro eu, nossa Alma inata que viemos realizar.

    Se não houver o confronto entre o Self e o ego, não há oportunidade para nascer o novo ego, mais integrado ao Self. O analista vai ajudar a integrar as partes, sair do conflito, na sua função de cura vai ajudar a encontrar o caminho para integrar as partes dissociadas. Esse é o início do processo de individuação.

    A individuação é um processo que permeia toda a vida humana. É o potencial latente a ser trabalhado, vivido. Segundo Jung "Só aquilo que somos tem o poder de curar-nos" (JUNG, 2007, §258)

    O processo de individuação, portanto, consiste em integrar nossas partes dissociadas, inconscientes, ao ego, consciência, para realizar o nosso Self, Si-Mesmo. Individuar é realizar o ser único que somos, nos diferenciando cada vez mais do comportamento em massa.

    Assim, individuação não é um ego bem adaptado, que vive profundamente o mundo racional e que contribui para que o indivíduo leve vantagens materiais sobre os demais. A individuação vai desnudar o self dos vários invólucros da persona e das imagens primordiais que tanto interferem em nossa vida. Então, individuar-se não nos exclui do mundo, mas aproxima o mundo de nós. (MAGALDI, 2009)

    Para Jung, nesse processo, a religiosidade é uma dimensão do homem que não pode ser negada. Jung coloca a religiosidade como uma função natural, inerente à psique, encontrada em todos os povos conhecidos.

    A psicologia junguiana põe em relevo a presença, no âmago da psique, do arquétipo de Deus ("indistinguível do arquétipo do Self"), sem pretender jamais afirmar nem negar a existência de Deus como ser em si mesmo. (SILVEIRA, 1997, p.133)

    Jung usa a palavra religião no sentido do religio = re e ligare. Ou seja, religar os aspectos conscientes (ego) às profundezas do inconsciente (Self), individuar-se.

    Entre todos os meus doentes na segunda metade da vida, isto é, tendo mais de 35 anos, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse constituído pela questão de sua atitude religiosa. Todos, em última instância, estavam doentes por ter perdido aquilo que uma religião viva sempre deu em todos os tempos a seus adeptos, e nenhum curou-se realmente sem recobrar a atitude religiosa que lhe fosse própria. Isto está claro, não depende absolutamente de adesão a um credo particular ou de tornar-se membro de uma igreja. (JUNG apud SILVEIRA, 1997, p.125-126)

    1. IMAGEM MITOLÓGICA DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    Se tentarmos ver em Sísifo um modelo de homem, ele então será alguém tão convencido de sua força, de sua inteligência e de suas capacidades criativas que se considerará imortal. Morte, mudança, renúncia, reveses, nada disso existe para ele. (KAST, 1997)

    A morte é um controle poderoso que os deuses têm sobre os seres humanos. Seus mistérios nunca foram revelados a nenhum mortal que se tenha noticia. E Sísifo ousou desafiar a morte e o poder dos deuses.

    O castigo que Sísifo recebeu - ficar rolando a pedra cume acima da montanha infinitamente, apenas para vê-la rolar montanha abaixo justo antes de alcançar o cume - foi em decorrência de ter trapaceados os deuses, fugindo da morte. Os truques de Sísifo estavam alterando a ordem estabelecida das coisas, da vida e da morte.

    Vida e Morte. A dicotomia da existência que impulsiona, dá esperança, força para a realização. Vida e Morte, dois lados da mesma moeda; continuidade sem fim? Quando Sísifo desafia Zeus conseguindo a fonte de água para Corinto, está presente essa dicotomia também. Poder do Homem x Poder de Deus. Esse mundo e o outro mundo.  

    Não podemos ver o mesmo comportamento no homem contemporâneo que desafia a morte com seus avanços tecnológicos, a medicina e suas técnicas de rejuvenescimento? Escravos da juventude e da saúde, com pânico da morte. Não querem morrer, querem vencer os deuses. Mas quando não há a perspectiva da morte, será a vida uma eterna repetição infinita?

    Por outro lado, é a repetição de experiências, padrões de comportamento e situações, que permite a tomada de consciência e por conseqüência, mudança e evolução. Mas a repetição, paralisia no mesmo lugar, é uma forma de morte, pois sem possibilidade de mudança, conclusão de ciclos, não há vida.

    Portanto, se vida é transformação, Sísifo está morto no seu esforço repetitivo? Mas ele pode ter se vingado mais uma vez porque a cada vez que Sísifo levanta a pedra montanha acima, uma nova esperança renasce de que novo fim aconteça.

    Aqui aparece uma nova dicotomia que o mito traz - como saber até quando lutar, persistir, roubar um pouco mais de vida da morte e quando reconhecer que é sensato entregar-se, admitir a derrota, largar a pedra e seguir adiante.

    Quantos na nossa sociedade sentem-se sobrecarregados com a quantidade ou qualidade do trabalho; trabalho não prazeroso na maioria das vezes e não tem coragem de largar a pedra e começar uma nova história? Ficar preso numa mesma luta constante, num mesmo objetivo, com a energia focada em uma única direção - seja o trabalho, ou qualquer outro pilar da vida - leva a uma morte em vida.

    Talvez o modo como a maioria das pessoas vivencia a si mesmo atualmente, sem refletir e questionar a possibilidade de mudar, seja de fato um trabalho de Sísifo. Quando o homem contemporâneo foca no trabalho sua energia total, acreditando que do dinheiro daí advindo, virá a realização, a felicidade, ignorando outras necessidades de realização individual, coletiva e espiritual, pode ficar reduzido ao vazio da repetição infinita.

    Assim o homem da sociedade capitalista é visto como alguém que se coisifica pela moral utilitarista, tendo como meta a redução da capacidade do homem produtor, suprimindo as alegrias e a paixão, condenando-o ao papel de máquina entregue ao trabalho contínuo sem trégua nem piedade. (MAGALDI, 2009).

    Mas devemos olhar para o trabalho de Sísifo não apenas como o trabalho externo, mas como o trabalho interno, necessário ao homem para evoluir, integrar-se, individuar-se. No processo terapêutico, por exemplo, há uma repetição criativa de situações, pois a evolução é uma espiral que parece sempre voltar ao mesmo ponto. Mas a cada nova experiência, fica diferente a manifestação, o sentimento, a neurose.

    Se Sísifo simboliza o ego e seu trabalho de criar mais e mais consciência, os deuses simbolizam o inconsciente coletivo e neste caso uma reação compensatória destrutiva, o que indica que a atitude da consciência é inadequada, para lidar com a situação.

    Sísifo tinha uma relação conturbada com os deuses, de disputa constante, não dimensionando adequadamente as forças que estavam em jogo. Em terapia, ao longo do processo de individuação, quando o ego está isolado ou com uma relação destrutiva com o inconsciente, ele não consegue perceber que está em desvantagem frente à psique objetiva.

    Com suas atitudes e comportamentos não adaptados, Sísifo se expôs à ira e vingança dos deuses - ou a uma reação destrutiva do inconsciente. O que fez teve conseqüências não só pessoais, mas também para todos. Sísifo não foi capaz de aceitar os desígnios dos deuses, seu destino. Tentou mudar a ordem da criação e a realidade humana.

    Jung ressalta quando de seu confronto com o inconsciente o quanto é importante para o ego aceitar seu destino. No processo de individuação chega-se a um momento crucial, que é o momento do sacrifício. Ao ego é solicitado algo do qual não quer abrir mão. É uma situação angustiante. Há uma luta interna muito grande para abrir mão de coisas consideradas preciosas. Mas se isso não for feito, a evolução não avança.

    O objetivo do confronto com o inconsciente é criar a função transcendente que vai unir os dois lados em conflito, procurando chegar a uma cooperação construtiva.

    No mito de Sísifo parece-nos que isso não foi possível. A relação entre ele e os deuses era de disputa, de tentar vencer o inconsciente através de truques e artimanhas bem simplistas.

    1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

    O homem contemporâneo carece de lentes para auxiliá-lo a enxergar os deuses que o rodeiam, e aqui deuses são manifestações arquetípicas com conteúdos energéticos de pólos opostos, que podem ativar a sombra ou trazer a luz para mostrar o caminho da individuação.

    A função transcendente nesse caso pode se manifestar como um obstáculo que paralisa o ego temporariamente de seguir o caminho, até então apresentado como único possível.

    Sísifo recebeu esses "obstáculos" como desafios e seu ego obsessivo fez com que ele canalizasse a energia para superá-los ao invés de tentar entendê-los como possibilidade de integrar seus conteúdos inconscientes.

    Os deuses contemporâneos se apresentam nos menores detalhes, nos processos de sedução que se desdobram em assedio moral, na carreira meteórica que pode trazer um câncer consigo, na desumanização das relações, eliminando todas as possibilidades de respeito. No mito de Sísifo, os deuses Tânatos, Ares, Hades e Hermes se apresentam aparentemente como os obstáculos a serem vencidos, porém na realidade eles representam a oportunidade de redenção se observados de forma intuitiva.

    1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    BIERLEIN, J. F. Mitos Paralelos. Ed. Ediouro, 2003.

    BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega, Ed. Vozes, 1996.

    BRENNAN, Anne e BREWI, Janice. Arquétipos Junguianos, A espiritualidade na meia-idade. Ed. Madras, 2004.

    GRINBERG, Luiz Paulo. Jung, o homem criativo. FTD, 1997

    JUNG, Carl Gustav. O Eu e o Inconsciente in Obras Completas, Vol. VII/2. Ed. Vozes, 16ª Ed., 2002

    JUNG, Carl Gustav. Fundamentos da Psicologia Analítica in Obras Completas, Vol. XVIII/1, Ed. Vozes. 10ª Ed. 2001

    JUNG, Carl Gustav. (Org.) O Homem e seus Símbolos. Ed. Nova Fronteira, 1977.

    JUNG, Carl Gustav. Memórias, Sonhos e Reflexões. Ed. Nova Fronteira, 1975.

    JUNG, Carl Gustav. Símbolos da Transformação. Ed. Vozes, 1975.

    KAST, Verena. Sísifo. A Mesma Pedra-Um Novo caminho. Ed. Cultrix, 10ª Ed., 1997

    MAGALDI, Waldemar. Dinheiro, Saúde e Sagrado. Eleva Cultural, 2ª Ed., 2009

    SILVEIRA, Nise da. Jung, vida & obra. Paz e Terra, 18ª Ed. 1997.

    Autor: : Ana Luiza Iughetti Feres - Terapeuta Holística - CRT 42969
    Última atualização: 02/06/2011 15:05


    Meditando - Cidade de Santos / SP

    MEDITANDO SANTOS

    2

    Meditando Santos







    MEDITANDO SANTOS



    Nelson Zuniga

    MODIFIC ADO 25/05/10

    MEDITANDO SANTOS

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    Consultor de Projeto Pessoal

    Profissão – Vida – Relacionamento

    Av. Pres. Wilson, 246 Cj. 320

    José Menino – Santos – SP – 11065-201

    (13) 3014-9467 – 9771- 0820 – WWW.zuniga.terapiaholistica.net



    Certificado e Credenciado

    SINTE – Sindicato Nacional dos Terapeutas

    Reconhecido pelo Ministério do Trabalho

    Nº 46.000.003.516/93 e Nº46.000.002.902/97

    Alameda Santos, 211 – Conj. 1403 – Cerqueira Cesar

    São Paulo – SP – 01419-000

    0800-117810 – WWW.sinte.com.br





    APRESENTAÇÃO

    Estamos num momento de incríveis transformações e sempre quando as mudanças verdadeiras aconteceram na história, estiveram acompanhadas de dois fenômenos – pressões suficientemente grandes e mudança de valores nos seres humanos.”

    Ken O´Donnell

    Início da apresentação do livro “Empresas e Pessoas” autor Nelson Zuniga - Editora Casa do EDITOR – São Paulo 2000.



    De todas as correntes meditativas a que mais fez sentido para mim foi a encontrada na organização internacional não governamental, sem fins lucrativos e com status consultivo no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas – UNICEF, com escolas em 75 países, durante os últimos 73 anos, oferecendo uma educação para a revalorização do ser humano – BRAHMA KUMARIS dirigida por Ken O´Donnell Coordenador da Organização Brahma Kumaris para América do Sul.



















    Minhas palavras ecoam como sementes em solo fértil...

     





    APRESENTAÇÃO



    Era primavera de 1951, uma brisa fria e suave banhava meu rosto, que espaventava meus cabelos compridos e brincava entre meus dedos, meus braços se abriam e se fechavam lentamente, como abraçando os álamos e os eucaliptos, que refletiam os raios de sol do amanhecer, meu avô comandava com voz suave e calma, as vezes ele se confundia com as árvores, parecia fazer parte delas. Eu tinha três anos quando aprendi esta rotina matinal.

    Após abraçar a natureza nos sentávamos comodamente na fria terra, num tapete multicolorido individual de crochê pela minha feito pela minha avó. Ele mandava fechar os olhos e nos concentrar no rio Maipo que descia turbulento da cordilheira dos Andes onde os salmões lutavam contra a correnteza para cumprir sua nobre missão... Depois nos pedia para focalizarmos no rio Mapocho que após ter recolhido o esgoto da cidade de Santiago e passado pelas areias e pedras vulcânicas de Peñaflor chegava purificado e manso a nossa terra... Entre os dois rios existia uma vertente de água ainda mais pura onde nossos corpos mental, emocional e espiritual se banhavam... É um momento mágico que sempre revivo por que me trás equilíbrio, serenidade, vitalidade e amor...

    Ele contava que esses exercícios começaram a ser feitos a mais de 6000 anos seja como culto a natureza, para perdoar ou para cultuar a qualidade de vida de cada um, até encontrar Deus, assim ganhou inúmeros nomes e tendências sem perder a simplicidade da comunicação externa e interna.

    Esta meditação pode ser associada às sabedorias hinduístas, budistas, cristã, judaica, xamânicas com todos seus valores e virtudes. Elas coincidem na simplicidade, nos compassos da natureza e na captação de energia cósmica.

    Nelson Zuniga











    EPIGRAFE



    Meditando Santos é um reconhecimento aos valores e virtudes que esta cidade brinda todos os dias, aos que nela nos acalentamos.

    Nos momentos atuais em que dominar a emoção se torna uma luta diária, observe, medite, vibre sentimentos de paz e prosperidade para que o universo ecoe em seus cinco corpos da mesma maneira.

    Vista da janela do Espaço Holístico do Nelson Zuniga

    Escrever e fotografar estes momentos de inspiração se iniciaram com uma caminhada pela orla, às árvores Chapéu de Sol resplandeciam as cores cálidas do outono contrastando com as de verde pastel que ainda se agarravam ao verão e o por de sol brincava de desenhar na água sua mensagem. No céu o algodão doce da alma interpretava a despedida e o mar num ritmo aconchegante convidava a areia para namorar.





    Já viu, ouviu e sentiu a beleza da ilha Urubuqueçaba?

    A ilha Urubuqueçaba flutuava entre mosaicos e serpentinas douradas do sol, que entornava o cálice do entardecer, as aves garis da praia se agrupavam para o descanso e os insetos noturnos da ilha cantavam timidamente para a lua que nascia poderosa na ponta da praia.

    De repente o ruído do trânsito da avenida e o vociferar da ciclovia denunciavam as emoções que atuavam atrás de cada volante, provavelmente só alguns afortunados perceberam o presente da natureza e se desvencilharam mesmo que por um instante das responsabilidades e objetivos rotineiros.

    O mar começava a se fundir com o céu, entanto as estrelas espiavam timidamente minha observação.



    Então concluí que se uma porcentagem maior de essas pessoas decidirem, pelo livre arbítrio, encontrar esses momentos de paz, beleza e sabedoria, equilibraria o pensamento, sentimentos e atitudes, contribuindo para ser uma cidade melhor do que já é. Foi com este sentimento que comecei a teclar Meditando Santos.



    As aves garis cumpriam sua nobre missão



    Desejo transmitir imagens que enriqueçam os sentidos, para que cada um desenhe a própria biografia, escolha seu próprio lugar para meditar, com a certeza que é uma experiência única, onde cada um pode melhora-lha e agregar-lhe valor.

    Também desejo falar de projetos de desenvolvimento comuns ao homem e a mulher, do ponto de vista do ser humano que busca respostas para vida, profissão e relacionamentos.

    A prática da meditação da luz e vida ao intelecto, fertiliza com a água da sabedoria o discernimento, fazendo florescer a beleza e a verdade suprema.















    DEDICATÓRIA





    À cidade de Santos

    Pequeno ponto na terra

    Um grande Oasis para o coração.



    Nelson Zuniga











    Editoras:





    SINTE contato@sinte.com.br– 0800-117810 – (11) 3171-1913









    EDITORA:

    Rua,

    CEP

    Telefone:

    Copyright:

    Editor: SINTE

    Revisão: SINTE

    Editoração: SINTE

    Impressão: SINTE

    Catalogação: 1 Meditação. 2 Sabedoria. Auto-ajuda.

    Autor: Nelson Zuniga

    Capa:

    Fotos: Nelson Zuniga (Kodak Easy Share CX 7300 3.2 mega pixels)











    SUMARIO





    RESUMO Pg. 11



    MATERIAL METODOLOGIA Pg. 26



    RESULTADO Pg. 52



    AGORA VOÇÊ Pg. 57



    TRÊS EXPERIÊNCIAS Pg. 65



    CONCLUSÕES Pg. 72



    BIBLIOGRAFIA Pg. 75



















    RESUMO

    Desenvolver a observação e meditar no meio do caos e do estresse tornou-se uma necessidade na vida atual, as pressões são muitas, contas para pagar, ausência de silêncio, responsabilidades com a carreira, relacionamentos, qualidade de vida.

    Neste desafio proponho adquirir primeiramente a observação, e abrir os caminhos para meditação de uma forma tranqüila, descontraída, simples más com a responsabilidade de se conhecer e se amar.

    Meditando Santos é um reconhecimento aos valores e virtudes que esta cidade brinda todos os dias, aos que nela nos acalentamos e aos que vem procurar um cálice de paz e harmonia neste Oasis.



    Se o alvorecer é uma criança, o dia um adulto, eu já sou o crepúsculo?

    Aprender a se concentrar e meditar é um fluxo de crescimento, um estado de ser sem associações emocionais. Segundo os dicionários, meditar é o processo de pensar sobre ou a respeito de algo. Então isto apenas é um pensamento focalizado para o entendimento, programação ou planejamento, sendo assim e uma concentração do que desejo, como, onde, quando, para quê, custos e resultados.

    Meditação é uma virtude que o ser humano tem a disposição de graça é um estado de espírito, de ser, onde se vive com perguntas e não com respostas deixando de ser uma atividade lógica para transformar-se numa virtude natural além dos cinco sentidos.

    Meditar e um estilo de vida que pode ser vivenciado até no meio do caos dos grandes centros urbanos, Santos facilita este desenvolvimento pelos contrastes geográficos, porte e constante crescimento, preparando-se para as gerações atuais e futuras, desenvolvendo infra-estrutura viária, ferroviária, aérea, fluvial, imobiliária, educacional, hospitalar devido ao crescimento normal e ao início da exploração das jazidas marinas de petróleo e gás.



    Se o passado ficou para trás e o futuro não me pertence, o que faço com o presente?



    Fico preocupado com a infra-estrutura do desenvolvimento humano da nossa cidade, para não repetir erros biográficos de municípios que em seu crescimento deixaram proliferar as ervas daninha do crime e a explosão demográfica desenfreada agredindo a natureza local.

    A cidade de Santos tem uma egrégora saudável de virtudes e valores principalmente no jardim litorâneo.

    Faço uma metáfora comparando Santos ao um Ser Humano que consta com cinco corpos em um só.

    O corpo físico da cidade estruturado com os quatro elementos e fronteiriça de cidades amigas. Corpo que lida com alimentação, digestão, interação, tempo e espaço, elo de comunicação atlântica e continental.

    O corpo mental do município do qual todos os cidadãos que aqui moramos fazemos parte, representados por uma equipe pensante e atuante administrando passado e presente, para desenvolver o futuro.

    O corpo emocional da cidade e o centro de todos os corpos, vulnerável a credos, dogmas, políticas, uma fonte de inteligência com vida própria que em breve triplicará sua população e conseqüentemente, os anseios de uma população que pensa, sente e realiza.



    A solidão não necessariamente e dolorida, ela pode ser integradora...



    As grandes cidades não devem ser medidas pelo tamanho, e sim pelo equilíbrio emocional de seus cidadãos, berço de pessoas ilustres que influenciam indivíduos, classe e sociedade.

    O corpo espiritual da cidade desejando encontrar um sentido filosófico no momento de miscigenação de virtudes e valores.

    Por último, o corpo de energia santista inerente a individualidade desta maravilhosa e única cidade e inerente a cada um dos seus componentes. Este já e um passo para nos preparar para essa nova etapa, encontrando equilíbrio emocional através da observação e da meditação.



    Quanto mais aumenta a luz, mais aumenta a escuridão.



    No início da minha carreira como terapeuta holístico, meditava muito para entender a dificuldade que muitos seres humanos têm em provocarem mudanças necessárias para melhorar a própria vida.

    Quando as mudanças ocorrem, elas são provocadas por perdas materiais, de relacionamento ou de saúde, essa observação me levou ao cenário das emoções e como atores de um grande palco algumas pessoas assumem um único personagem do qual se orgulham sem se colocar por um instante no lugar da platéia, isso e egoísmo, o que fez que concluir que, mudança e sinônimo de dor por opção.

    Já os mais flexíveis e que desempenham múltiplos personagens sem serem mascarados tem um acesso maior a felicidade. Mesmo sendo cansativo interpretar vários papeis, vemos alguns bem sucedidos como o pai ou mãe que desempenham sua função profissional, se socializam, brincam com filhos e amigos, fazem trabalhos comunitários, cozinham, concertam, amam, arregaçam as mangas, são discípulos e mestres, estes poucos personagens em uma só pessoa tem a virtude de interpretar a vida, e certamente estão mais perto da paz, catalisar estas atitudes exige constantemente momentos de observação e meditação.

    Como toda ação se precisa de uma dose de sacrifício para que a meditação ilumine mais de uma interpretação e de início a compor outras melodias, é necessário provocar alterações no roteiro e ter a humildade de compartilhar conhecimento com os outros, até reunir conhecimentos suficientes para continuar desenvolvendo.

    A necessidade da mudança faz desenvolver qualidades humanas tidas por alguns apenas como símbolos inalcançáveis, e quando esta ocorre fica maravilhado com seu desempenho e qualidade adquirida.



    Neste palco todos somos atores, quem ou que, você representa?

    Somar qualidades ao longo da vida e como colecionar máscaras que usamos de acordo com a situação. Estas mascaras são facilmente decifradas quando somos alfabetizados na leitura corporal e facial o que nos leva a perguntarmos constantemente, que papel estou representando na minha profissão, relacionamentos e para meu espelho?

    E bom meditar e crescer, é bom também quando sem exageros e convencimentos nos sentimos diferentes dos outros e desejamos aproveitar essa diferencia em prol de um objetivo maior.

    O desafio é desmistificar a meditação e contribuir para que cada um identifique um objetivo na vida num curto espaço de tempo na milenar busca do perfeito relacionamento, sucesso profissional e a sensação de liberdade.

    Quando o raciocínio nos mostra a fragilidade dos nossos sonhos, surgem às alternativas de continuar sofrendo ou lutar por uma esperança.

    Quem medita é tido como um ser diferente considerado estranho, esquisito que na maioria das vezes enxerga além do óbvio. Meditar pode ser um dos tantos caminhos que trás crescimento, aprendizado mesmo não conseguindo nas primeiras tentativas.



    Será que preferimos imitar que libertar a criatividade na meditação?



    Tomar a direção desejada na vida requer ousadia, criatividade para corrigir erros e não repeti-los, segurar o leme com as mãos do coração.

    Se aventurar no mar da vida significa deixar um estaleiro confortável, isso pode significar uma perda, ou a possibilidade que depois da travessia descobrir um lugar melhor. Se não tentar nunca saberemos a resposta.

    E um momento na vida que as perdas trazem ensinamentos ao ponto de lidar com a própria segurança e ter coragem quando desafiado pelo universo a fazer uso do livre arbítrio, todos nós, sem exceção, temos defeitos e virtudes a serem recriados ou melhorados, independente da personalidade ou jeito de ser.

    Meditar não é sinônimo de solidão e sim a associação devida ao desenvolvimento da luz interior, o que nos deixa introvertido, esta postura incondicional provoca a sensação de bem estar inclusive nas pessoas com quem dialogamos.

    Meditar é provocar uma transformação no sentido da vida em constante mutação. Segundo a antroposofia estas alterações ocorrem a cada sete anos que quando compreendidas levam a sabedoria.



    Porque se a terra é tão pequena a distância entre as pessoas e tão grande?



    Com certeza você percebeu que algumas pessoas e cidades conseguem as coisas sem esforço aparente, pois é, isso e um processo de postura perante a vida, assim como quem gosta da profissão e a exerce com carinho nunca trabalha, ganha, se divertindo deixa fluir as tarefas e encara os problemas como desafio.

    Não se trata de bairrismo e sim de aceitar a alma da cidade composta por todos nós, caiçaras, santistas, migrantes e emigrantes.

    Porque indivíduos e cidades conseguem prosperar? Na minha observação; estas pessoas sabem brincar com o pensamento, sentimentos e atitudes, o seja: Se estão planejando ou resolvendo processos pessoais ou profissionais em primeiro lugar está o pensamento. Se estiver fazendo amor com a pessoa amada o pensamento, cede espaço ao sentimento, por último, numa emergência a atitude instintiva se equilibra as duas anteriores.



    Você já fez um luau na praia?

    Para desenvolver a meditação é conveniente administrar três verbos pensar, sentir e agir de acordo a cada situação tornando-nos mais perceptivos e assertivos.

    Como já disse, meditar não é pensar, raciocinar, conduzir cultural ou educacionalmente. A meditação é uma atitude não pensadora do ser humano independente de inicio, meio ou fim, e, apenas entra em contato com a sabedoria universal.

    Os mais ansiosos e impacientes me perguntam se ervas, cactos, cipós etc. ajudam entrar no processo de meditação. Eu respondo com outra pergunta, “você aceita fazer hipnose em estado alfa?”. Quando aceita a resposta vem da própria pessoa que consegue respostas internas sem necessidade de alucinógenos.

    Pular etapas de aprendizado sempre tem um custo material ou emocional, e como entrar num jogo sem a devida preparação.

    A meditação e um ritmo harmônico transitando pelas dimensões sutis, por isso que tentar formatar a meditação e transformá-la em planejamento a torna um critério lógico, isso não e meditação, neste caso e apenas uma concentração para relaxamento dos corpos mental e físico.



    Meditar desenvolve em você a sabedoria e a serenidade?

    A concentração como método escolar, profissional ou para a vida diária e uma necessidade, inclusive para estar escrevendo este livro, porem não estou meditando, a concentração me ajuda a planejar etapas para atingir os seus pensamentos, para que a meditação faça sentido na sua vida.

    Vivemos num caos relativamente organizado, porém altamente estressante isso nos leva a criar mecanismos de defesa que chamamos de concentração, relaxamento ou meditação, já é um bom começo para entrar num universo tão poderoso que melhora a qualidade de vida.

    Vejo por meu filho, como ele desenvolve a concentração para alcançar seus objetivos, curtir as próprias experiências ou as emprestadas da TV, internet, filmes, livros, academia e faculdade, com isso ele desenvolve a concentração em determinado tema para enriquecer o corpo mental, físico e emocional.

    Neste passeio pelos cinco corpos que vão do intangível até o físico, ele se projeta em cada um trazendo ricos aprendizados para o presente e o futuro. São as aventuras e as experiências da mente e da identidade, passo importante para a meditação e para entrar em contato com a própria alma.



    Você sabe decidir misturando pensamento, sentimento e atitudes?

    Quando falo em meditar sobre o corpo sutil, identidade e/ou espírito não estou falando de religião e sim de transitar através das dimensões como um livre pensador, respeitando minha formação religiosa e a dos demais.

    Meditar é portanto, um verbo que devemos evitar associá-lo a método, planejamento e concentração. Simplesmente é uma descoberta única de cada indivíduo, que quando retorna desse êxtase, trás uma rica bagagem sensorial, o verdadeiro reconhecimento do eu na sua transcendência.

    Na vivência da meditação, devemos deixar fluir o corpo energético deixando o espírito bandeirante facilitar o avanço, nesse momento lutamos com o lado instintivo voltado para o verbo ter.

    Valorizamos um xamã, yoge ou monges porque temos a certeza que podemos aliar a sabedoria deles, aos tempos atuais na profissão, vida e relacionamentos.

    Neste impasse modernista o desafio é unir três verbos básicos do ser humano, o “Ter” voltado para as necessidades do corpo físico e mental, o “Ser” para aquietar o corpo da identidade e/ou espiritual e como resultado o equilíbrio do “Estar” do corpo energético, para encontrar o estado de êxtase do corpo emocional.



    Você observou as mudanças da árvore Chapéu de Sol nas quatro estações?

    Meditar é um estilo de vida que vivencia inicialmente estes três verbos, esta virtude começa a fechar portas do passado e abrir as portas do presente desconhecendo fronteiras.

    Trata-se de descobrir a existência de que o relógio do coração e tão ou mais importante que o relógio digital, onde se superam frustrações adquiridas da profissão, vida ou relacionamento. O estado de espírito e/ou identidade da meditação propicia o encontro dos ritmos dos corpos numa espiral que une duas dimensões.

    A beleza terrena de um nascer ou por de sol, desabrochar de uma semente, a mágica da gestação de uma borboleta, a gravidez de uma mãe e o nascimento de uma criança, fazem parte das vivências tanto quanto a morte, tudo é uma grande orquestra, um grande cenário onde aprendemos a dança da vida, e sendo participes dessas dimensões, entramos no salão da felicidade.

    As crianças têm muitos dons, alguns que admiro é a curiosidade, a procura, as perguntas, a ousadia e a contemplação. Algumas pessoas inibem ou ridicularizam castrando estas virtudes pelo medo o a ridicularização, estas atitudes ficam escondidas, mas, latentes no adulto, concertar estas pequenas grandes feridas e primordial, porque elas afetam a concentração e a meditação.



    O nascer e o por do sol, são ritmos como as quatro estações, semanas, meses, anos, qual e seu ritmo.

    A velocidade atual da vida vem causando muito estresse, cansaço e tensões que provocam crises emocionais, com efeito, em todos os corpos, energético, espiritual, emocional, mental e físico, por isso antes de uma sadia concentração deve-se acalmar os corpos com a meditação.

    O processo de meditação e uma arte, e como tal e aconselhável aprender a misturar as cores e os sons energéticos, refinar experiências e a sensibilidade, assim adquirimos poderes mágicos que transformam a escultura emocional.

    Estas experiências trazem uma sensação de poder sofisticado, acalmando as perturbadoras energias diárias geradas por uma parte das pessoas classe ou sociedade.

    Alguns meios de comunicação para prender a atenção apelam para a anti-concentração e anti-meditação, usando sutis métodos diretos e apelativos e/ou neurolinguísticos. Em compensação outros além de informar contribuem para enriquecer as virtudes e valores do ser humano. Desejo esclarecer que este comentário não e uma fuga, toda informação e necessária, somente devemos aprender a filtrar o que é bom para nós.

    Independente das necessidades individuais todo ser humano tem a obrigatoriedade de observar os próprios pensamentos, como eles nascem e se desenvolvem, conteúdo básico para ter uma boa qualidade de vida, uma profissão e um bom relacionamento.



    Você caminhou em silencio do Emissário até a Ponta da Praia e viceversa?

    Estas virtudes podem ser alcançadas individualmente, apenas precisa de tempo e dedicação deixando por alguns minutos a TV, Note Book, Celular, Ipod e etc.. Apenas sentem-se tranquilamente, independentemente de postura xamânica, oriental ou ocidental mantendo ereta a coluna cervical, dorsal e lombar, para que as energias dos cinco corpos fluam se harmonizando. O fato de cruzar as pernas e os dedos das mãos além de propiciar a interação energética com o universo tem a simbologia da proteção, já que durante a meditação abrimos as portas dos centros de energia (ou chakras) ficando propensos a energias intrusas.

    Tenha ou adote seu espaço na sua casa, apartamento, praça, jardim da orla ou na areia, aprenda a ficar a sós na multidão, observe a quietude dos movimentos, dissipe a profusão de pensamentos, experimente a leveza do ser, separando-se suavemente da necessidade do ter, abrindo caminho para a serenidade do estar.

    Esta simples técnica requer persistência, perseverança, paciência, disciplina e autocontrole. Ser um auto-observador e aquilatar paulatinamente os lampejos de sabedoria que apareceram.

    O equilíbrio do ser e do ter trará benefícios nas atividades diárias, transformando residência em lar, trabalho em virtude e o desequilíbrio físico em qualidade de vida.

    Começamos a meditar quando percebemos que o corpo mental se desequilibra, perdemos a sensibilidade e diminuímos o sorriso.



    Qual e sua prancha para surfar na vida?

    Meditar quando observamos tudo com uma finalidade, assim como a musculação e para aprimorar o corpo físico, a concentração e para resolver conflitos, a meditação e para fortalecer o corpo da identidade e/ou espiritual.

    Percebemos que aquilo que muitos acham tolo, esconde valores incalculáveis assim como extasiar-se perante uma flor, no suave planar de um urubu ou no travesso voar de um beija flor.

    Perdemos a inocência indígena, a flexibilidade da natureza é a sabedoria de um nascer e por de sol, extasiarmos perante uma obra de arte. Ainda temos tempo de recuperar estas virtudes que nos torna realmente seres humanos.



    Você perceve que seu futuro e a soma do passado mais o presente?



    Recuperar a criatividade e a espontaneidade perdida no processo mecanicista, virtual e atacadista que inibe e condiciona as percepções e nosso desafio.

    Apesar que a beleza da ação e da flexibilidade foi relevada a alguns esportes olímpicos onde simplesmente assistimos, podemos sem ser atletas, leves e flexíveis, lembrando que a vida é uma pista, um palco, onde todos temos direito a um podium, onde também temos deveres para alcançar nossas próprias conquistas, participar da vida onde tudo é ritmo, e como atores desse grande picadeiro, nos direciona para aprender a meditar em todas as circunstancias.

    MATERIAL E METODOLOGIA

    Portanto meditar no caos ou na tranqüilidade é uma questão de adaptação, o importante é vislumbrar que temos saída para ansiedade e a impaciência atual.

    E comum aparecerem neste momento emoções adormecidas como, ressentimento, ciúme, raiva culpa, angustia, auto-rigidez moral, impaciência, ansiedade, apego a momentos passados que não deixam viver o presente, sobrecarga de responsabilidades, baixa auto-estima, egoísmo, medos, tortura mental como as mais comuns.



    Percebeu que o terço é a forma cristã de meditar?

    Quando o ser observador emerge e se mantém constante, o sono e a vigília se tornam agradáveis. As pessoas próximas muitas vezes pensam que estamos lentos, mas nessa lentidão nossa percepção trabalha em sincronicidade com os cinco corpos, melhorando o desempenho profissional, harmonizando as interações individuais e sociais. E comum escutar, “como você consegue fazer tantas coisas num dia só?”

    A modernidade tem muitos valores, neste caso apenas inibiu as percepções que os bons caçadores e pescadores têm naturalmente, atenção, percepção, observação e sensibilidade.

    Neste estado de observação entre sono e vigília encontramos uma sensação de felicidade, é a ternura do coração aflorando e fluindo através do corpo mental.

    O processo de meditação é assim, antes dele a praia, a orla derramavam uma palheta de cores, depois da descoberta o espiral perceptivo se torna uma virtude constante.

    Como podemos observar uma vez incorporado o estado meditativo de maneira constante começam a surgir insights, visões aliadas a própria criatividade, trazendo muitas vezes insegurança por perceber coisas que antes duvidava e agora se tornam naturais.



    Já meditou na pedra da feiticeira na vizinha praia de itararé em São Vicente?

    Freud e Jung cogitaram que: “toda experiência e conhecimento da humanidade fazem parte da consciência individual” meditando essas experiências que aparecem de diferentes formas, como lampejos simbólicos ou arquetípicos do passado, no presente ou do futuro.

    Para que serve meditar? muitos se perguntam e aos poucos vão percebendo que resolver problemas se torna mais fácil porque desenvolve a intuição e a leitura energética, deixando preparado para enfrentar qualquer tipo de situação.

    Este orgasmo energético que nada tem a ver com a sensualidade, é uma experiência única, iluminando, abrindo caminhos, libertando novos pensamentos, sentimentos e atitudes, o seja adquirimos novos poderes.

    MEDITANDO OS CINCO CORPOS

    Acomode-se num lugar escolhido por você com a coluna vertical a terra. Determine que os ruídos externos não interfiram na sua tranqüilidade. Deixe a meditação seguir seu fluxo natural como a água que desce de uma vertente. Olhe sem ver. Aos poucos a profusão de pensamentos diminui, preparando-o para a jornada meditativa.

    MEDITANDO COM O CORPO ENERGÉTICO

    Concentro-me no corpo de energia que eu sou. Um ser divino. Filho da luz eterna que ilumina todas as vestes que adquiri na jornada do ego. Volto a ser um ser de luz para iluminar minha jornada e a dos outros seres que encontrar no meu caminho.

    MEDITANDO COM O CORPO ESPIRITUAL

    Concentro-me no corpo espiritual. Identidade da alma do aprendizado. Identidade do nascimento como pedra. Identidade do nascimento como planta. Identidade do nascimento como animal. Identidade de todos meus nascimentos como ser humano.

    MEDITANDO COM O CORPO EMOCIONAL

    Concentro-me no corpo emocional. Centro dos cinco corpos. Aqui aparecem todas as minhas máscaras. Vou destruindo uma a uma, não sim antes ter interpretado e aprendido com suas mensagens.

    MEDITANDO COM O CORPO MENTAL

    Dirijo minha atenção a minha cabeça, receptáculo de todos os meus pensamentos, sentimentos e atitudes. Concentro-me na minha testa e na minha energia racional. Transmuto meus pensamentos densos em luz. Sinto a liberdade pacífica e a pureza do meu ser. Estes pensamentos fazem aflorar as lembranças de quem realmente eu sou e qual é a fonte da minha criação.

    MEDITANDO COM O CORPO FÍSICO

    Concentro-me nos meus olhos, ouvidos, nariz e boca. Reconheço-me como um ser crítico e da paz. Através dos sentidos encontro minha qualidade de vida.

    Concentro-me no meu pescoço. Elo do universo dos pensamentos, das percepções com o mundo das ações e da comunicação.

    Meu coração diminui o ritmo para que uma experiência de tranqüilidade faça contato com as qualidades mais elevadas do meu ser.

    Meu estômago usina do corpo físico me pede leveza para sustentar o ser. Que se manifesta puro. Radiante. Pleno. Superando todas as energias conflitantes.

    O umbigo, ligação com todos meus ancestrais, mostra-me a experiências de todos os lares que recebi. Posso visitar-lhos, levar a minha paz e o silêncio luminoso e purificador e trazer amor, proteção e paz.

    Concentro-me no meu púbis, símbolo da continuidade e também dos instintos. Agora calmo e em harmonia, estou em paz com a energia eterna que realmente eu sou...



    Você enxerga os símbolos que a natureza nos brinda?

    Meditar não é fazer voto de castidade, a sensualidade é fazer amor com quem se ama deve ser uma constante troca de fantasias, carinho e diálogo, especialmente quando se conjugam os cinco corpos do casal.

    O que deve ser evitado é a sensualidade ligada ao ego e a lascívia, recipientes de ousadia que cegam e trocam uma tranqüilidade e felicidade constante, por um momento de paixão.

    A energia que irradiamos, a capacidade de ver e enxergar o mundo, a sensação de felicidade nos faz sentirmos importantes e poderosos nos diferenciando num grupo de pessoas ou numa equipe.

    Meditar como podemos observar é extremamente difícil, mas também extremamente fácil se mantermos humildes e flexíveis.

    Temos hoje um amplo leque de opões místicas, com soluções fáceis que logo desmotivam os seus seguidores.



    Já sentiu o êxtase e a felicidade de meditar no nascer e no por de sol?

    Não importa qual é a sua opção, o que você merece ter, e que, a ética, virtudes e valores pregados sejam praticados por todos os componentes dessas entidades.

    Não é necessário esperar a senilidade para se tornar Sábio, isto acontece naturalmente com algumas pessoas, diz a sabedoria milenar: ”quando se enturva a visão se começa a enxergar com a alma”.

    Se acalmar o corpo físico, mental e emocional estamos aptos para entrar numa vivência autobiográfica, espiritual e/ou energética. Estas experiências são relatadas em todos os livros sagrados que buscam a iluminação.

    Ao nos desfazer dos algozes físicos, mentais, emocionais, estamos livres para conectarmos com o universo.

    Comece a observar a mar, areia, céu, rochedos, ilhas, jardins, morros, olhe sem ver, sinta sem tocar, escute sem ouvir e aos poucos se sentirá ritmicamente integrado nessa paisagem escutando o maravilhoso silêncio de seu corpo espiritual.

    Cuidado. Quando começar a encontrar a luz da sabedoria dentro de você, mais escuridão e ignorância o acometeram.

    O ritmo existencial se torna tão obvio que se no nos contatamos com pessoas sintonizadas nessas vibrações se corre o sério perigo de ficar só.






    Que buscas no horizonte que não está dentro de ti?

    Estou fazendo terrorismo, lembrando a forma coercitiva com que algumas gerações fomos punidas. A minha experiência pessoal e profissional mostra que quando ensino tudo o que sei, sou obrigado a aprender mais. E quando aumenta a escuridão, nosso coração tem um lampião abrindo caminho na densidade. O perigo de ficar só se esvanece, porque se e convidado para palestras, cursos, escrever artigos que geram conhecidos e amigos em progressão geométrica, e a família se orgulha de ser partícipe dessa sabedoria.

    A meditação permeia os cinco corpos, cabendo um quinto ao corpo mental que deixa espaço para os outros e assim sucessivamente, esse processo transforma toda a perspectiva das percepções, facilitando a transformação de cada um.



    Um quadro vivo em constante mudança de autor conhecido...



    Agora esse 20% de atividade mental da passagem a desintoxicação emocional, ambas embriagadas pelo cálice obsessivo da atividade física e mental.

    A mudança num ser que encontrou a meditação mexe com a atividade postural devido a que a expressão interna reflete no comportamento espontâneo.

    A meditação como qualidade de vida trás organização em todas as atividades humanas impulsionando-o e motivando-o, vivenciando várias vidas em um instante.

    Ao entrar em contato com o campo áurico temos que repor o colorido anímico da alma.

    Como um prisma que recebe luz pura e desdobra a riqueza cromática em todas as criações existentes na terra, e maravilhar-se com a florada colorida da primavera, o arco Iris no arrebentamento das ondas, ou nos diamantes do orvalho matinal.



    Viver em harmonia, relaxar, sonhar, liberar a criatividade, recuperar o sorriso da criança interior, compreender a razão da existência e a simplicidade de ser. Escrever a autobiografia mostrara a importância simbólica de cada evento, descobrindo o significado sagrado da vida.



    O paradoxo é que para entrar na meditação temos que acalmar a mente, momento em que desenvolvemos a inteligência porque nos conectamos energeticamente com todo o universo. A mente tem um papel preponderante no processo de aprendizado e desenvolvimento do individuo questionando carma, darma, ancestralidade e o livre arbítrio que possuímos.



    O processo de aprendizado e de instrução tradicional oferece conceitos de maneira racional, que é como montar um quebra cabeças, mas, quando faltam peças se entra em colapso ou se abre espaço ao processo criativo. Já o processo de aprendizado vivencial ou auto-didático funciona como se fosse um mosaico, mesmo faltando peças, se produz uma organização natural e criativa, como na natureza, este processo de experimentação, faz reviver a criança descobridora adormecida em nós. Se unir os dois processos atingimos um maior desenvolvimento.

    Este procedimento nos ajudará a minimizar as condições adversas, levantar âncoras para navegar livres pelo oceano da meditação.

    Esta proposta tenta desmistificar a concentração e a meditação, mostrando que tudo começa com a respiração.

    Tomando como base as pesquisas do terapeuta americano Leonard Orr, criador do Rebirthing (Renascimento) em suas palestras e vídeos didáticos, adaptei eles para nossa realidade:

    Quando inspiramos e expiramos com a língua entre os dentes, ritmicamente pelas narinas e colocamos a cada 7 uma respiração profunda, estamos aliviando ressentimento, raiva, culpa”.



    Você faria a travessia com Cristóvão Colombo ou Pedro Álvares Cabral?

    Quando inspiramos e expiramos normal e ritmicamente pelas narinas e colocamos a cada 14 uma respiração profunda, estamos equilibrando a consciência e a observação”.

    Quando inspiramos e expiramos silenciosa e ritmicamente pelas narinas e colocamos a cada 21 uma respiração profunda, estamos entrando num processo de meditação”.

    Crises ou desafios que interferem na concentração e na meditação

    E comum nas palestras pessoas manifestarem que tem dificuldade para se concentrar e meditar.

    Trazendo a experiência de consultório, da Hipnose, Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, além das pesquisas nos livros de Bernard Lievegoed, na publicação em 1948 “Desvendando o Crescimento” e posteriormente em 1976 “Fases da Vida”.

    Este autor pesquisou as crises e o desenvolvimento da individualidade e como estas situações interferem a partir dos vinte e um anos da vida.



    Você meditou até enxergar seu colorido anímico?



    Ao compreender, aceitar ou transmutar, experiências adquiridas desde a gestação até os vinte e um anos, abrimos caminhos para muitos aprendizados, assim aprendemos a restaurar e administrar as crises energéticas que aparecem naturalmente ao longo da vida.

    Desafio da adoção do veículo físico:

    O corpo espiritual e/ou identidade tomou a decisão de pilotar o veículo físico, assumir esse comando significa deixar o conforto intangível, preparando-se para entrar no universo das ações, momento que acontece com o primeiro respirar, onde se fundem identidade, espírito e matéria. Dependendo da tendência filosófica para alguns será o DNA, para outros pagamento e aprendizado da energia e do espírito, carma ou darma.

    Desafio da gestação:

    Este momento tem uma relevância energética no ser humano devido a que em muitos os casos não compreendemos durante o crescimento e o desenvolvimento o sentimento da rejeição. Provavelmente originado no momento de nossa mãe e pai receber a noticia da gestação, prefiro esta palavra por ter uma conotação mais positiva que gravidez.

    E muito importante se perguntar numa auto-regressão: Qual foi a primeira emoção da minha mãe? Pai? Parentes? Amigos? E muito provável que a memória energética tenha registrado essas emoções e estejam influenciando os momentos atuais. O primeiro passo e agradecer porque graças a dois impulsos estamos aqui, o segundo, se ouve alguma reação negativa perdoe e o terceiro é reconhecer que nós somos artífices do próprio destino e temos a oportunidade de melhorá-lo.

    Desafio do nascimento:

    Do ponto de vista holístico deve-se procurar que o parto seja o mais normal possível. No fluxo da vida, o parto estará simbolizando os constantes processos de mudanças, que deverão ser conduzidos com segurança, flexibilidade e amor.

    A troca energética de carinho no aleitamento e no desmame fortalece a confiança, auto-estima, procura e desafios. “Esta confiança será revista no momento de colocar a coluna ereta, capacidade exclusivamente humana e que da inicio a fala”.

    Em termos energéticos abrimos as janelas para o mundo físico, do pensamento com alguns toques de emoção, o momento certo para aprender a respirar equilibradamente.

    Uma pequena crise acontece ao redor dos três anos quando a criança troca “o nenê não quer” pelo “Eu não quero” atitude que para muitos adultos, e desafiadora, ou mal-criada. Quando inibida afeta no futuro, o equilíbrio do pensar, sentir e agir.

    Um momento rico e agradável lembrado por alguns clientes quando criança é o de ficar só, curtindo as próprias fantasias. Momento único que deve ser compreendido e respeitado, o descobrir do espaço individual cria auto-respeito, auto-estima e auto-aprendizado, estas pessoas criaram condições favoráveis para a meditação.



    Você vê no fundo a silueta da terra grávida?



    Não posso deixar de falar dos medos adquiridos na fase do aprendizado e que inevitavelmente aparecerá quanto adulto, disfarçada de insegurança, ansiedade, dependência, entre os mais comuns.

    Estes medos vão desde as estórias, até os temores convenientes para os adultos para controlar, manipular ou chantagear emocionalmente.

    Os medos da dor, morte, pobreza, solidão, abandono, medos de arriscar, errar, de ser enganado, medo de hospital, dentista, injeção, medos de cobrança ou até medo de rir para depois não chorar.

    Este conjunto de emoções fica guardado na memória, aparecendo como símbolos esmaecidos em momentos importantes na vida, profissão ou relacionamentos, desencadeando energias poderosas que interferem na busca da serenidade.

    O medo também ativa os mecanismos de defesa para a luta ou para a fuga, perdendo o controle do medo aparece a raiva, herança do instinto animal.

    Podemos meditar se alguma célula guarda medo, raiva, sapos engolidos? Desde a mais tenra idade acumulamos essas e muitas outras emoções, saber lidar com cada uma dela e a arte de se lapidar.

    Existem muitos tipos de medos que com Florais de Bach são tratados com ótimos resultados. Medos Reais (Mimulus), o medo em seu estilo mais puro (Rock Rose), medo de perder o poder (Cherry Plum), medo invisível (Aspen), medo da solidão ou de perder os outros (Red Chestnut). A natureza nos fornece uma palheta para pintar a bela aquarela da nossa vida.



    Desafio da socialização:



    Pode ser isto resultado de uma explosão ou a obra de um arquiteto?

    Na teoria de Lievegoed isto ocorreria aos sete anos, sistema mantido ainda nas escolas Waldorf respeitando o desenvolvimento biológico da natureza. Esta socialização está ocorrendo cada vez mais cedo devido ao desabrochar da mulher profissional e ao desequilíbrio familiar, que coloca as crianças em guardarias infantis.

    O fator econômico e a falta de escolas apropriadas que vão além do conteúdo básico, dificulta a interação com a natureza e o desenvolvimento da criatividade.

    Desafio da adolescência:

    Mensagens emitidas e recebidas serão marcantes porem não necessariamente definitivas, elas podem ser reescrita pela própria pessoa.

    A fase adolescente num ser humano, segundo Rudolf Steiner, é considerada entre os 14 e 21 anos, época da puberdade e sexualidade madura, momentos de muita energia e de crises, que devem ser canalizada para o desenvolvimento. De certa maneira, nesta fase vivemos um sonho que é desvendado pelo arquétipo de Adão e Eva, que por ter comido a maçã da árvore do conhecimento, teremos que dar a luz com dores e ganhar a vida com sacrifícios.



    Quando jovem surfei no mar será que hoje aprenderei a surfar nas palavras?

    Nesta idade vivenciamos uma profunda separação da sexualidade. Questionamos tudo, pais, Deus, sexo, entidades. Nesse questionamento, uma saudade enorme toma conta da nossa identidade, ficamos mais instintivos e discordando do pensamento, sentimento e atitudes. Assumimos pensamentos filosóficos que nos levam ao extremos: grande socialização ou isolamento.

    Aparecem muitos sentimentalismos junto a uma vontade excessiva que em algumas oportunidades se direcionam para agressividade competitiva, esta identidade deseja viver todos os “esportes e pensamentos radicais” buscando respostas para aquilo que nos incomoda e não compreendemos.

    É um momento precioso onde nos deparamos com o espelho do tempo nos perguntando: “De onde viemos? Onde estamos? E qual e a razão da nossa existência?”. Criamos dúvidas a respeito dos nossos próprios pensamentos, e nos perguntamos: Estas são minhas idéias, minhas escolhas ou a dos meus pais? Demoramos muito tempo em compreender que nossa individualidade e independência, estarão sempre atreladas às nossas raízes.

    Viramos um pêndulo, desejamos liberdade, identidade própria, criticamos, invocamos autenticidade das autoridades mais próximas, e só quando perdemos esse vinculo e que percebemos quão importante é para nosso destino.



    As pontes dos canais na areia unem a razão e a emoção?

    A profissão nesta idade varia muito hoje devido ao grande crescimento populacional e a migração por falta de recursos, assim temos vidas direcionadas para a sobrevivência sendo-lhes cortada a possibilidade de estudar e desenvolver assumindo profissões sem escolha, fazendo trabalhos de rotina atrofiando a criatividade.

    Mesmo assim num outro grupo de pessoas decorrem as seguintes perguntas: ciências exatas ou humanas, engenharia ou medicina, jornalismo ou administração? Uma grande parte não acha respostas no processo atual onde as profissões estão muito diversificadas. E neste ponto onde nascem os líderes, na falta e no excesso, são poucos, independente de condição social, ter-se iniciado no campo de trabalho ainda criança ou vindo de uma família economicamente equilibrada. Tais líderes começam organizando jogos de futebol, festas, se candidatam a cargos nas escolas ou entidades de classe, são convidados para passar conhecimento ou dar aulas, participam de jogos federativos, se interessam e participam de movimentos políticos ou beneficentes.

    É, um momento de grande afirmação, impõe seus pontos de vista muitas vezes pelo tom alto da voz.

    Nesta fase, veículo físico e piloto espiritual se condensam formando a maturidade, o final desta fase liberta o EU e a identidade da alma individual.

    Desafio da maioridade:

    Nesta fase se unem os cinco corpos em um só, desejamos sair de casa querendo ser únicos, perdemos os medos e desejamos sermos nós mesmos, questionamos tudo e todos. Isto incomoda mentes pré-estabelecidas e que desejam sossego, esquecendo que já passaram por isso.

    Dos 21 aos 28 anos passamos por grandes alterações emocionais, além da impaciência e ansiedade, com tendência a ver o lado negativo das coisas esquecendo que das nuvens escuras vertem gotas de água pura e fertilizante.

    Para alguns um bloqueio ou “o céu é o limite”, para outros o equilíbrio, desejamos mostrar ao universo adulto que podemos atuar juntos e nos defrontamos com bloqueios e limites, que são espelhamentos do aprendizado ocorrido no corpo físico entre a gestação e os sete anos, repetindo nesta fase no nível comportamental.

    E uma fase em que alguns canalizam a energia para construir o futuro e outros para experimentar o perigo, sempre será uma escolha que terá como norte as virtudes e os valores adquiridos até os quatorze anos. Isto deixa em evidência a importância da família equilibrada.

    Iniciar uma carreira, ser trainne, entrar em contato com os micro e macro processos de uma empresa, vista muitas vezes apenas na teoria ou num organograma caduco educacional. Também se defrontando com múltiplas funções carregadas de egos, e um grande desafio para quem deseja deixar de ser adolescente.

    O ideal nesta fase e vivenciar várias áreas para sentir com qual há uma maior interação, isto lembra o milenar ditado ”quem ama o que faz, jamais trabalhará” A função deve ser vivenciada, pensada, sentida, quando isto ocorre, teremos um profissional cooperativo, participativo e que sabe agir em equipe.



    Se você sabe de onde vem, onde está então, qual e a razão da sua existência?

    Vivenciar os processos do planejamento com o que, como, quando, onde, para que, custo e resultados ajudam no amadurecimento. É uma fase em que desejamos ser avaliados e acompanhados para ver resultados.

    Assumimos a primeira atividade que nos colocará numa função desenvolvendo a responsabilidade até encontrar uma especialização.

    A liderança que aconteceu na fase adolescente se espelha com uma tendência a ter pessoas e processos sob controle excessivo, ficando desgostosos quando é dado um retorno crítico, mesmo este sendo positivo.

    Nesta fase trabalhar em equipe se torna exaustivo, porque buscamos holofotes numa reunião e não aceitamos discordância do nosso ponto de vista, nos tornando cegos e surdos perante opiniões dos outros, em certa medida mais uma vez e uma batalha de egos.

    Nesta fase temos um certificado importante em baixo do braço e nos mandam cuidar de tarefas sem relevância, como cuidar de um arquivo morto, padrão arcaico ainda usado em muitas grandes empresas, cerceando todas nossas expectativas, evite desesperar-se, é um momento de sabedoria para desenvolver habilidades técnicas.









    É uma fase centaurica em que as mulheres são amazonas e os homens cavaleiros, os instintos se sobrepõem muitas vezes ao intelecto, causando confusão principalmente na vida profissional.

    Numa organização temos desempenho bom nos processos e nas normas, tendo uma visão limitada da própria área de atuação, ainda não conseguimos ver o todo e a empresa como um ente vivo. Esta dificuldade faz que trabalhemos bem a meio e curto prazo.

    Nesta fase nos e imposto, ou nos impomos, 90% de trabalho e 10% de inspiração, este fluxo reflete a fase dos quatorze anos, e por este motivo que muitos talentos se perdem nesta faixa etária. Por isso e necessário equilibrar este ser humano nesta fase, seja com Florais de Bach, Regressão de Memórias, Radiestesia, Radiônica, Alinhamento dos Centros de Energia (chakras), Cinco Corpos, etc.

    Assim vamos gradualmente saindo da adolescência para entrar no universo adulto, e uma fase emotiva que próximo dos vinte e oito anos perde a intensidade e começa a viver a vida com mais seriedade.

    Alguns profissionais continuarão desenvolvendo a inteligência racional, chegando a altos cargos, mas, o corpo emocional congelara na fase adolescente. E óbvio que estes profissionais, necessitem alinhar os cinco corpos e inteligências, sem privá-los da sua criatividade para encontrar equilíbrio na profissão, vida e relacionamento.

    Desafio Crístico:

    Crise coletiva adquirida em dois mil anos da repetição do sofrimento, morte e renascimento de Jesus, símbolo que leva a muitas pessoas a um estado de tristeza profunda, acreditando inconscientemente que por volta dos trinta e três anos passará por essas fases simbólicas.



    Tomás de Aquino escreveu “Todos os seres vivos tem alma”

    Acredito que nós, não viemos para sofrer e sim para desenvolver o corpo energético e espiritual, através dos corpos emocional, mental e físico, e quando encontrado este equilíbrio, é o que chamo de felicidade o resto será, alegria temporária ou euforia.

    Desafio do olhar para traz com autenticidade:

    Aproximadamente dos trinta e cinco aos quarenta e dois anos, chega um momento na vida de muitas pessoas, que quando olham para traz, sentem insatisfação, tristeza, desassossego ou alegria, outras como se tiverem entrado num porão num túnel ou numa noite sem fim. Outras como uma oportunidade ou desafio, rico momento para entrar no estaleiro e remover vivências ancoradas sentindo satisfação do que construíram. Questionamento de papeis, valores e virtudes, pela segunda vez na vida se pergunta quem é, quais são os meus limites, qual e a razão da existência?



    No mar da experiência fazemos muitos cruzeiros, quantos você fez?



    Analisamos o processo de vida e verificamos que muitos símbolos da infância e da adolescência aparecem fragmentados, revestidos como perdas e ganhos na profissão, vida e relacionamentos.

    Olhar para traz com trinta e cinco anos nos leva inevitavelmente a olhar para frente, e de repente nos vemos com setenta anos desejando ser melhor que nossos progenitores ou protetores, isto nos leva a uma nova missão.

    Desafio anatômico:

    Nesta fase a perda da fertilidade e o arredondamento do corpo desenvolvem o medo de perder o equilíbrio físico, ser esquecido ou ignorado, é uma fase que precisamos muito do amor e de carinho, e é quando mais falta. Nessa carência começamos uma longa peregrinação por consultórios de todo tipo sem perceber que a solução muitas vezes está dentro de nós.



    Você nada para o passado ou para o futuro?

    O livre arbítrio nunca teve tanta importância neste momento de vida porque pode ter protelado realidades, sonhos e fantasias e não deseja passar o resto da vida se queixando ou culpando os outros.

    E um momento de rever nossa carta de navegação, fazer uma retrospectiva de memórias, recolhermos as redes e separar o que desejamos é realmente preciso para continuar nossa navegação, ou é hora de trocar as velas, lubrificar o motor, limpar o porão dos sentimentos e supri-los de sabedoria. Se bem planejada esta etapa, teremos águas favoráveis neste cruzeiro da nossa vida.



    Desafio do fim:

    A crise das perdas e da morte provavelmente a última do ser humano nesta caminhada física que e inevitável após a aposentadoria, pode ser escrita como um romance que teve início, meio e ao pesar das provações da vida pode ter final feliz, sereno, sábio e digno.

    A sabedoria oriental se refere a quatro grandes momentos da vida: “Os primeiros vinte e um anos são de aprendizado, dos vinte e um aos quarenta e dois anos são de luta, dos quarenta e dois aos sessenta e três anos são de sabedoria e dos sessenta e três anos em diante é o momento de ser sábio”.



    O que você fará com o aprendizado a luta e a sabedoria?



    Para ter uma meditação bem sucedida devemos entender, superar e harmonizar nossas crises ao longo da vida.

    Existem muitos métodos de meditação vindo de varias tradições holística, tratados como ciência ou arte, todos eles estão certos, a minha intenção é desmistificar a prática para transformá-la numa experiência pessoal simples, onde ator e palco se confundem criando uma natureza viva e de acordo a nossa realidade.

    Par compreender a liberdade que a meditação fornece, devemos entender a natureza dos nossos algozes, cortando um a um até alcançar o lampião que ilumina o caminho, assim podemos iluminar nosso recanto e acolher outros que precisem. E um longo e seguro caminho tal vez o mais curto, já que em seis mil anos muitos ainda não compreendemos que para dar luz temos que estar iluminados.

    Para encontrar a meditação temos que ser livres, transitar pelas dimensões, administrar o tempo e o espaço, nos conhecermos para afastar os condicionamentos.



    Qual é a sua estratégia, fugir, atacar, defender ou dialogar?

    Sabemos que toda ação leva a uma reação, de acordo com este postulado, se queremos operar uma mudança perante a vida esta deve ser por inteiro, vir meditar em Santos não e garantia de meditar, isto acontecerá quando a viagem seja ao interior de nos mesmos.

    A globalização tem dado mostra de que pelo mesmo que sofre um indiano, chinês, japonês, sofre um europeu, americano ou brasileiro e assim sucessivamente, as mesmas virtudes que os fazem felizes acontecem para cada ser humano, independente do ponto em que desenvolva sua vida. Em todos os lugares deverá enfrentar os pensamentos, as emoções e atitudes negativas e positivas.

    Mudar trezentos milhões de habitantes tem que começar com um único passo e esse passo é o individual.

    E evidente que lidamos com uma infra-estrutura gigantesca que necessita de muitos cérebros para fazer a nação desenvolver e fornecer trabalho, educação e saúde para os trezentos milhões de habitantes do Brasil.

    A riqueza deve ser desenvolvida em equilíbrio com a emoção, só assim seremos uma grande cidade, um grande estado, um grande país e um grande cidadão.



    Esta fonte nos faz lembrar que dentro de todos nós existe um príncipe e uma princesa



    Fomos desenvolvidos numa sociedade autoritária e somente podíamos pensar, agir e obedecer às autoridades. Quem discordava acabava como Hipácia, Joana D´Arc, Galileu Galilei, mesmo isso tendo acabado há muito tempo o estigma da castração da liberdade, ainda assombra o ser humano do século XXI.

    A sociedade brasileira busca pessoas sensíveis que meditem e que busquem o equilíbrio de pensamento, sentimento e atitudes, percebe-se a necessidade de mudar, mas como fazer essa mudança?

    Caímos na realidade de que é uma decisão pessoal única, transmutar a psique para entrar em contato dimensional com a morte e com vida. Ao perder o medo da morte entramos em contato com nossa imortalidade, o corpo energético. Descobrimos essa verdade através do corpo espiritual que se manifesta na descoberta da meditação falando se é alucinação ou verdade o que sentimos.

    Então compreendemos os acordes do silencio porque entramos em contato com nossa música interior, para alguns nos tornamos calados, para nós a comunicação só quando é necessária, o excesso de retórica inibe a liberdade da meditação que é a liberdade de todos os corpos.



    Você consegue ver a energia da natureza numa flor artificial?



    Temos que desenvolver o corpo mental para crescer materialmente e aprender a desligá-lo para viajar leve nas dimensões sutis. E muito comum escutar no meio científico que usamos no máximo 10% do potencial cerebral e nem sempre de forma correta, também muitos autores pesquisaram os sonhos o que cabe a nós neste momento e vislumbrar através dos sonhos um universo de criatividade e possibilidades, se não tem confiança de compartilhar esses insights, desenhe ou escreva-los em seu caderno de papel ou eletrônico, comunique-se consigo mesmo.

    Todas as pessoas têm capacidade de meditar, porque adquirimos esse dom no útero materno dos sete aos nove messes, então começar a meditar e relembrar o estado flutuante da em que a única ligação com a terra era o cordão umbilical, esta descoberta é um controle interno que nos permite ligar e desligar o momento em que desejamos concentramos ou meditar.



    Qual é o limite de uma cidade?

    Na radiestesia e na radiônica o terapeuta projeta ou colhe as energias geradas sejam estas índole material ou não. Nosso cérebro e como um aparelho radiestésico e radiônico, ele pode se concentrar, meditar, procurar vivências passadas e baseadas no histórico de vida (passado mais presente) para se projetar no futuro.

    RESULTADO

    Na prática eu descobri a meditação no Chile exatamente em dois lugares, meu pai levava a passear na cordilheira dos Andes num lugar chamado “El cajón Del Maipo” provavelmente útero de um vulcão extinto, lugar de ecos, lembro-me que a primeira vez ele pediu para meu irmão e eu gritarmos, meu irmão recebeu os parabéns e eu emiti um palavrão que recebi de volta muitas vezes, fui obrigado a pedir desculpas a natureza e escolher uma nova palavra e assim a natureza fez as passes comigo, não sem antes sentar, para escutar o silêncio, até hoje me emociono com esse instante e viajo no tempo e no espaço.

    Ainda sinto a brisa gelada, algumas rochas cobertas ainda de gelo nesse inicio de primavera e o rio Maipo descendo caudaloso na distância a procura da mar. O céu azul, as montanhas cinza harmonizavam com as cumulus douradas pelo sol, ainda sinto ecoar o silêncio dessas meditações.

    De posse desse aprendizado somei os ensinamentos do meu avô que debruçado no torno, fabricava a partir de um pedaço de aço um pendulô radiestésico e posteriormente um de madeira. Só soube no meu aniversário que esses pêndulos eram para mim, para ser iniciado no universo das energias.

    Minha avó não parava de trabalhar, e quando isso acontecia, ela sentava no pasto para admirar simplesmente uma flor, um álamo, uma fruta, eu perguntava o que você esta fazendo avó, ela olhava para mim e com um tenro sorriso falava: “estou compartilhando energias com minhas amigas.” e após eu perguntar o que ela queria dizer com aquilo, ela me respondia: “Observa esta simples margarida, olha sem ver, sem se fixar em nenhum único ponto, fique extasiado com a sua beleza, logo fará parte dela e quando voltar sentirá por muito tempo a sua presença. Isso aconteceu muitas vezes, com flores, frutos, insetos, peixes, aves, animais, pessoas, até que um dia observando os albricoques amadurecendo.” Então passou a mão na minha testa e disse: “Feche as pálpebras e mantenha os olhos fechados. Sorria suavemente. Mantenha esse sorriso. Sinta a presença tranqüila da natureza. Imagine-se sendo parte deste universo.” A partir desse dia, eu sempre pedia a minha avó, para brincar de imaginar.



    Você se imaginou de aqui a dez anos?

    Quando iniciei meu relacionamento com Daisy, minha esposa, ela tinha medo de altura e de água acima da panturrilha, coloquei em prática principalmente meu aprendizado vivencial para superar esses dois medos da seguinte maneira: Induzindo-a, sugestionando-a e se projetando na situação, para depois realiza-la.

    Tive que trabalhar com clareza e simplicidade os desequilíbrios encontrados no corpo espiritual, emocional e mental.

    Acredito que o equilíbrio do universo está na polaridade do colorido anímico e áurico e no controle das emoções principalmente os medos, assim a preparei para aceitar ser induzida a essas duas experiências a seguir.

    A preparação para uma meditação, regressão de memórias ou terapia de vivências passadas, tem como autor a sabedoria milenar praticada e baseada nos centro de energia ou nas linhas energéticas chamadas de Meridianos que adaptei com as experiências em consultório ao longo destas mais de três décadas aqui no Brasil.

    Mergulhar numa piscina, rio, mar tem seus riscos, e foi precisamente nesses riscos que aprendi a ter o controle da respiração. Vocês senão desejarem não precisarão se arriscar. Na vida lidamos com muitas escolhas e esta e uma delas, encontre um lugar só seu, mesmo que seja no meio da multidão.



    Você se imaginou mais inteligente e criativo?



    Olhe ao seu redor veja as coisas positivas, escute os sons, neutralize os ruídos, sinta as energias dos seus pés, tornozelos, batata da perna, joelhos, púbis, quadril, cintura, estomago, peito, pescoço, cóccix, coluna lombar, torácica, cervical, ouvidos, narinas, boca, olhos, testa e topo da cabeça.

    Concentre-se na sua respiração, inspirando e expirando pausadamente pelo nariz e vá oxigenando e se concentrando com uma sensação de bem estar a partir do topo da cabeça até chegar onde começou. Seus pés.

    Imagine você mais inteligente e criativa. Você esta equilibrando razão e emoção. Você é mais corajosa e segura a partir deste momento. Você observa do alto com naturalidade. Os elevadores e os aviões são veículos de transporte seguros, você se sente bem neles. Estamos chegando do topo do edifício Itália, você pede o chá e se extasia com o entardecer. Você degusta os doces e salgados enquanto admira a paisagem. Você pensa, sente e age com segurança quando abro a porta do terraço, para admirar a cidade de São Paulo. O entardecer de cores cálidas e a brisa fresca, brincam com teus cabelos ao nos aproximar da varanda. Você está perto do céu, segura. Escuta o pulsar vivo da cidade como uma música aos seus ouvidos e sente a paz nas alturas. Agora. Você vai embora tranqüila porque viu, escutou e sentiu as alturas.



    Já experimentou olhar para o céu quando pinta uma tristeza?



    Nessa mesma semana, às dezesseis horas estávamos no primeiro lance de elevador do edifício Itália, ao ir para o segundo e último lance, o aperto forte no meu braço e os pés grudados no chão denunciaram a insegurança, suavizada calmamente com a lembrança da visualização, e foi exatamente o que aconteceu.

    Depois dessa experiência, o chá nas alturas se tornou para ela o lugar preferido, para mim um lugar romântico e a certeza de que foi uma indução meditativa e terapêutica.

    Vista da janela do consultório que convida a meditar

    Com o aprender a nadar foi uma experiência similar, seguida do exercício da respiração veio à interação com a água.

    A água foi seu primeiro lar, sinta-se bem quando entra nela. Você tem coragem de brincar e nadar com segurança na água. Permita sentir a água nos seus tornozelos. Nas batatas das pernas. Deixe a água relaxar as coxas, elas merecem sentir o carinho da água. Assim permita modelar o quadril. Suavemente você permite que chegue a seu umbigo e cintura sentindo-se muito bem. Agora se abaixe lentamente para sentir a água no plexo, peito e costas é uma agradável sensação. Abaixe-se um pouco mais e sinta a água massagear sua garganta. Sinta-se água, comunique-se com esse universo. Agora veja, sinta e escute a agradável e segura experiência da gestação mergulhando suavemente a cabeça na água. Repita essa ação e depois saia lentamente deixando escorrer a água desde sua cabeça aos pés.

    Depois dessa experiência decidimos morar na beira do mar. Estas e muitas outras experiências fazem parte de planejamento de vida, observação e meditação.





    Uma onda solitária não faz a maré, mas faz parte do oceano.

















    AGORA VOCÊ

    Quando se realiza esta experiência a sós e muito importante determinar o tempo, não porque seja perigoso e sim pela administração do tempo, lembrando que parte do equilíbrio de encontra na antiga proposta da ONU oito horas de trabalho, oito de descanso e oito de qualidade de vida.

    Procure um local que seduza você respire o aroma, veja a beleza que exala, ouça seu coração entrando em sintonia com o ritmo da terra, e seduzido sinta o doce aconchego cuidando de você.

    Vai se libertando da atenção neste momento e naturalmente apenas observe...

    Nessa neutralidade você vai ficando distante do mundo material e muito próximo do seu universo interior.



    • Imagine-se parte do universo da observação.

    • Feche os olhos, calmamente e permaneça assim.

    • Determine que após 7, 14 ou 21 minutos, você voltará ao normal sentindo-se muito bem em seu corpo energético, espiritual, emocional, mental e físico (passo obrigatório).

    • Imagine as cortinas de seus olhos fechadas e caindo suavemente.

    • Sorria suavemente.

    • Imagine as cortinas fechando totalmente seus olhos.

    • Imagine que as cortinas colam.

    • Imagine que as cortinas colaram, formando uma só.

    • Determine que você não consegue mais abri-las.

    • Imagine que você deseja abrir as cortinas.

    • Determine que ao tentar abrir mais elas se fecharão.

    • Tente abrir as cortinas, não para mostrar para mim e sim para você.

    • Quanto mais tentar você descobrira um novo universo.

    • Agora perceba a tranqüilidade e a paz.

    • Determine que ruído, luminosidade e desconforto não incomodam.

    • Você agora está atentamente ouvindo a sua voz interior.



    Depois se possível faça um histórico destas experiências biográficas. Algumas falarão de locais, pessoas. Outras de Fé ou Vontade Divina, independente do visualizado, ouvido ou sentido, o que importa e que nos ajudam no discernimento e nos protegem em momentos de decisão, abrindo os canais intuitivos e trazendo ordem e união a nossos cinco corpos que em equilíbrio encontram a solução dos conflitos.

    O pensamento, os sentimentos levam a uma ação com a qualidade da discrição do universo, percepção, envolvimento, determinação leva a dirigir próprio destino que trás o sucesso desejado. E necessário determinação, destemor, iniciativa. Estas ferramentas você as encontra na visualização criativa e na meditação.

    Está em todos os livros sagrados a necessidade do Amor Divino pelo ser humano, ao qual nos rendemos incondicionalmente para encontrar a harmonia e adoração que existe fora e dentro de nós.

    A beleza externa em equilíbrio com a beleza interna trazendo tolerância entre os diferentes para construir uma união divina através da comunicação, do tato sutil da diplomacia que multiplica a abundância e o humanitarismo.

    Todas as coisas estão ligadas para encontrar a felicidade Divina.



    Você prefere pérolas, ametistas, prata, ouro ou água, terra, ar e sol?

    A cura de muitas coisas está na ciência, mas também na verdade, na concentração, na meditação, porque não no Olho Divino que tudo vê? A riqueza material é tão importante quanto à espiritual, quando consagramos este equilíbrio com dedicação encontramos a prosperidade.

    Para isso temos que nos libertar das correntes emocionais, tabus, dogmas, e transmutados, buscar o significado da palavra misericórdia, perdão, pode ser um passo para encontrar a pureza a liberdade na meditação.

    Existe um poder em visualizar e invocar o cerimonial meditativo que nos dá a oportunidade de desenvolver a compaixão e a justiça no ritmo da natureza.



    Você sabe conjugar os verbos ter, ser e estar?

    Para encontrar harmonia precisamos ter equilíbrio, união, confiança de estar no mundo e não apenas pertencer a ele, isso envolve Fé que trás segurança e cria bases sólidas de uma poderosa estrutura intangível que existe dentro de nós e que precisa de constante proteção Divina.

    Para uma boa meditação temos que ter uma meta e desenvolver uma ação, que pode começar com amar a vida ao ar livre e sentindo-se livre, isso trás felicidade que trás sucesso no aqui agora. A vitória se consegue com realização e com propósitos, mas também com entusiasmo e alegria e essas realizações são eternas.

    Desenvolver a sabedoria e desenvolver o entendimento, complementos da iluminação. Quando compreendemos nossa consciência, liberamos nossas percepções, aparece em forma mágica à prosperidade e a paz, construída com conhecimento, intuição e o equilíbrio que nos levam a vitória.



    Já adotou uma arvore?

    A criatividade se encontra na pureza das ações o que nos transforma em artistas de nós mesmos, pincelados de conceitos que giram em torno do eixo das virtudes e valores em que acreditamos, a realização da meditação requer paciência para restaurar as cicatrizes da alma e ascender numa ressurreição.

    A Paz está ligada a devoção, a leveza e a graça que cura as cicatrizes das guerras externas e internas, é como trazer o Divino no plano físico e focados no amor, desapego, ter a humildade e desprendimento de prestar nossos serviços a uma causa nobre, sem significar rendição e sim desapego.



    Clareza para ver, sentir e ouvir a luz é vivificar dignamente todas as percepções com discernimento, lucidez, charme e cortesia.

    O equilíbrio entre ter, ser e estar começa pelo financeiro o desejo de abundância, que contrasta em ter o suficiente.

    O ter tem que trazer paz, sem deixar de buscar a pureza e a essência energética das coisas, ser criativo, justo é ter coragem, traz prosperidade, assim o suprimento divino bem em harmonia para todos nossos corpos.



    Como usa seu navegador GPS da vida?

    Ao voltar de uma meditação podemos ter a benção do rejuvenescimento, da melhora da qualidade de vida, o equilíbrio a vitalidade do nosso eixo, assim podemos contemplar e brincar com a felicidade e com um renascimento divino.

    Transmutar pensamentos, sentimentos e atitudes como, tristeza, angustia e solidão são alguns dos maiores desafios para um terapeuta holístico, que apela para retomar o dialogo perdido entre razão e emoção interna e externamente.



    Não vou entrar no mérito de analisar as milenares correntes de meditação as quais respeito e tive meu aprendizado. A minha humilde intenção é tornar viável para a grande maioria, uma filosofia única de meditação que se possa adaptar a qualquer cidade, assim além de ter Meditando Santos. Podemos ter: Meditando São Paulo, Ribeirão Preto, Meditando Rio, Meditando Belo Horizonte, conservando a autoria escrita, mas mudando a autoria das fotos da cidade que adotar esta meditação.



    Você se da um tempo antes de iniciar a próxima viagem?

    Quando vejo os navios na enseada aguardando a entrada, percebo que alguns navegam ágeis e leves, outros pesados pelas cargas e as aderências do tempo, precisando ir para o estaleiro retirar as incrustações do casco.

    Nos seres humanos não somos diferentes aos navios, temos essas aderências muitas vezes herdadas outras vivências, ou adquiridas por teimosia, egoísmo, intolerância, orgulho, autoritarismo ou pelo desenfreado desejo de ter.

    Os cinco corpos são catalisadores de memórias e vivências que liberam muitas vezes, informações sem serem solicitadas.

    O estaleiro mais próximo de nos, esta na observação e meditação, retirar a casca densa de pensamentos e emoções, apaziguando a mente para conectar com outras dimensões.



    MEDITANDO A DOIS

    Um casal pode meditar;

    Se olhando sem ver;

    Se acariciando sem se tocar;

    Se comunicando sem se falar;

    Se amando sem sofrer...





    Porque coletamos conchas?





    QUATRO EXPERIENCIAS

    FLOR DE LÓTUS

    Flor de Lótus telefonou num dia chuvoso próximo do dia das mães confidenciando que sentia falta das filhas, que trabalhavam no continente asiático e gostaria que elas voltassem em harmonia encontrando aqui a realização dos próprios sonhos.

    Ela e o marido se davam muito bem, tinham o suficiente para ter uma agradável qualidade de vida, mas não dava para restaurar a grande e antiga propriedade com o dinheiro das duas aposentadorias.

    Quando Flor de Lótus entrou no espaço, minha leitura visual identificou harmonia nos gestos, que destoavam da ansiedade misturada de tristeza e solidão.

    Ela relatou em uma hora com detalhes a vida desde as primeiras lembranças até o momento atual, percebendo que existiam alguns momentos desse relato, algumas atitudes não resolvidas e que precisavam ser vivenciadas novamente para entende-lhas ou corrigi-lhas, sugeri a Meditação ou a Regressão de Memórias.

    Após harmonizar os cinco corpos e diminuir a ansiedade lhe perguntei se podia induzi-lha a um estado Alfa para contatar as vivências apontadas. O resultado foi perfeito porque vivencio o carinho dos pais desde a gestação ate a chegada dos outros irmãos, emoções que faziam falta para compreender o momento atual.

    Mesmo assim como as filhas tinham o direito de comandar suas vidas, ela tinha direito aos próprios sonhos. Pedi para ela declamar os versos de Jalil Gibran.

    Tuas filhas não são tuas filhas, são filhas da vida, desejosas de si mesmas, elas não vem de ti, se não através de ti e ainda que estejam contigo elas não te pertencem. Podes dar-lhes teu amor, mas não teus pensamentos, pois elas têm seus próprios pensamentos. Podes aconchegar seus corpos, mas não suas almas, porque elas vivem na casa do amanhã. Podes esforçar-te em ser como elas, mas não procures fazer-lhas semelhantes a ti, porque a vida não retrocede nem se detém no ontem. Tu és o arco do qual tuas filhas como flechas vivas foram lançadas. Deixa que a inclinação da tua mão seja para a felicidade”

    Na segunda consulta era para iniciar a Concentração e a Meditação, ela estava mais tranqüila e falei das virtudes dos desejos individuais, lembrando a milenar frase “Cuidado com o que pensas e desejas que isso acontecerá”.

    Pedi para inspirar e expirar suavemente pelo nariz em intervalos de vinte e um, sendo a última uma profunda inspiração e expiração. A “Melodia dos Pássaros da Azul Music” criou uma aura de calma no ambiente, Flor de Lótus se acomodou na poltrona na posição de seu nome e por muito tempo ficou nesse estado. Quando voltou da meditação seu rosto estava rejuvenescido sorridente, o olhar de quem está amando e sendo amado.

    Então perguntei: Como foi a Meditação? A resposta veio calma, com lágrimas e expressão de felicidade. No inicio me concentrei no meu aniversário com todas as filhas ao meu redor. Depois parecia que elas realmente estavam aqui no natal trocando presentes. Num momento estava trocando de residência e reformando com muito carinho cada detalhe da minha casa. Depois vi meus netos filhas e genros com uma sensação de missão cumprida.

    Flor de Lótus mesmo aposentada trabalha na área que sempre sonhou e suas filhas retornaram e trabalham aqui no Brasil. Vendeu a casa grande e comprou uma menor que é colorida pelas filhas e netos quase todos os finais de semanas.



    PRENDA

    Num congresso latino-americano de Relações Humanas troquei cartão de visita com Prenda, ela falou que desejava definir os rumos da sua vida e que gostaria de marcar uma consulta, mas o grande problema era a distancia, ela relatou que tinha na casa de seus pais um lugar só dela e que através do viva voz seguiria minhas orientações, assim que todos os contatos são sempre pelo telefone.

    Na primeira consulta, Prenda desejava fazer acontecer todos seus projetos de vida, o planejamento mostrou uma grande qualidade profissional, mas ancorados por motivos desconhecidos, desenvolvendo frustração e impaciência. Os relacionamentos eram com homens errados e a qualidade de vida a puxava para a vida noturna.

    O primeiro passo que preparei para Prenda foi induzi-la a fazer um fluxo racional com respeito às três coisas mais importantes da sua vida. Profissão, Relacionamento e Qualidade de Vida, baseado na técnica de planejamento 7 w e 1 H “O que, como, quando, onde, para que, custo, benefícios”.

    No contato seguinte, pedi para se concentrar na profissão e medita-se a respeito dela. Durante concentração e meditação interrompidos por um insight, contou a respeito das constantes mudanças de domicílio durante a infância e adolescência.

    Essas memórias trouxeram luzes para compreender que seus projetos extracurriculares, escolas foram muitas vezes truncados pela mudança, que seus relacionamentos não podiam ser duradouros porque logo estaria em outra cidade ou país, assim desistira de encontrar o príncipe encantado. Sem curtir a inveja, ela percebia que suas amigas usavam uma peneira mais fina para seus relacionamentos.

    O ressentimento e uma tristeza profunda afloraram nela, os Florais de Bach, Willow e Mustard contribuíram para compreender seu desenvolvimento e a fuga da qualidade de vida, era o início de mais uma mudança desta vez por decisão própria.

    Após alguns meses o trabalho se tornava agradável e com perspectivas, os relacionamentos começavam a dar indícios de melhora, a vida noturna foi trocada pela academia.

    A palavra empreendedora, empresária ecoava tão bem com Prenda que foi absorvendo a essência até montar sua própria empresa, conseqüência disso neutralizou os relacionamentos e a academia ficando viciada em trabalho, com os melhores resultados no nicho de mercado e importantes clientes.

    Com a chegada dos trinta e cinco anos veio o momento que todo ser humano passa. Ela olhou para o passado e percebeu que o profissional e a qualidade de vida estavam resolvidos, mas não o relacionamento.

    A mudança no relacionamento aconteceu resgatando o planejamento da primeira consulta, trabalhando sonhos e anseios, hábitos e costumes, analisando a repetição de erros e as experiências que cada pessoa deixou.

    Os lugares freqüentados começaram a ser pelo meio econômico/social e onde tinha maior porcentagem de solteiros e de idades compatíveis.

    Levou algum tempo para Prenda encontrar alguém, eu ainda continuo atendendo-a pelo telefone, com a diferença que, além dela, atendo também, seu sapo encantado que esconde um príncipe dentro de si.





    CHARLES

    Charles procurou-me para compreender o que acontecia com ele e suas empresas. Dono de uma rede comercial estabilizada e tradicional no mercado me relatou o seguinte: Deleguei a cada gerente e funcionário, participação nos resultados da loja, não demorei em ver o crescimento, comemoramos fizemos discursos.

    Após um par de anos, algumas lojas lentamente foram se definhando e por isso que estou aqui, desejo uma orientação holística a pesar de intuir o que está acontecendo.

    Através da radiestesia as respostas sim ou não para as perguntas concretas que Charles fazia, foram objetivas. Era necessário chamar uma consultoria para elaborar um relatório explicando o porquê cinqüenta por cento das lojas davam lucro e as outras davam perdas.

    Era uma dolorosa traição feita por aqueles que receberam confiança, ajuda, uma remuneração justa e mais uma boa porcentagem pelo esforço. Este desfecho no intimo de Charles já era esperado, em instantes sentia pena, vergonha do ser humano, raiva e perda da fé.

    Focalizei as lojas que deram certo e que por trás delas, tinham Seres Humanos íntegros, honestos, participativos para mostrar que não tudo estava perdido.

    O processo de Meditação veio fácil para quem tem um alto poder de concentração, ele visitou varias correntes meditativas, e um mágico aposentado que demonstrou que toda moeda tem duas fases inclusive o ser humano, a questão e apenas uma simples escolha.

    Charles tinha iniciado a fase da vida que vai dos cinqüenta e seis aos sessenta e três anos, deixava a fase moral e entrara na fase mística que busca fazer o bem, ele sentia que uma energia inteligente lhe estava dando impulso para uma nova missão.

    Hoje ele tem as lojas que consegue administrar, premiou ainda mais os que se destacaram na honestidade, e quando precisa de um novo colaborador após ser escolhido pela área de recrutamento, fazemos juntos, uma análise radiestésica.

    Há pouco tempo Charles ficou feliz quando a Meditação lhe trouxe uma serenidade nunca antes experimentada o que o fez hoje, desenvolver o aconselhamento, a mestria e se tornar-se sábio.





























    MARCIO

    Marcio veio por indicação, passando por um desemprego e tentando criar uma fonte de renda autônoma na área operacional, o quadro era desesperador ao ponto de criar uma grande tristeza na esposa a qual fugia dormindo, sem perspectivas o único que tinha nas mãos era experiência e desejo de vencer, foi uma façanha para ele ficar duas horas conversando comigo.

    Além de alinhar os cinco corpos e purificar os centros de energia eu dei a seguinte tarefa: Deixar de procurar emprego e montar sua empresa... a resposta foi imediata, “Como?”

    Então senta nesta poltrona se concentra em qual seria o primeiro passo e me diga. Ter um cliente. Qual seria o segundo passo? Entregar um orçamento. Se aprovado? Financiar o material necessário e fazer o serviço. Depois? Separar o dinheiro do financiamento, administrar o restante e procurar mais clientes.

    Nesse instante era impossível para ele meditar assim que utilizei a visualização e a criatividade.

    Marcio pensa no dinheiro que você me pagará pela consulta, você deseja que esse dinheiro seja mais umas notas perdidas na tua busca? De maneira Nem uma! Então se concentre de aqui há dois meses, será Natal! Tem uma mesa farta e você agradece junto com tua família pelo teu empreendedorismo. Agora visualiza onde será teu primeiro cliente. Fecha contrato, recebe adiantamento. Você trabalhando. Terminando o contrato e recebendo o restante.

    Passaram duas semanas e Marcio apareceu contando que foi onde visualizou seus trabalhos, mas eles indicaram outro lugar que já contratou os serviços de Marcio. Por ser um serviço muito grande procurou terceirizar o que o dono não aprovou, mas sugeriu uma parceria para tocar o serviço.

    Até o Natal, Marcio veio quatro vezes e após o ano novo, veio para agradecer. Eu não fiz nada além de despertar e conduzir teu deus interior. Senta e medita qual serão os passos para este ano, mês a mês na profissão, relacionamento e qualidade de vida. Depois escreve tudo isso e assina, não para mim e sim para teu deus interior acompanhar e cobrar.

    Foram muitos encontros de meditação até hoje, e todos trouxeram crescimento e desenvolvimento, Marcio se transformou num administrador autodidata e hoje tem duas empresas, sua esposa com algumas consultas superou a tristeza profunda e hoje cuida da área administrativa, mudaram de casa e vivem felizes, aparecem sempre por aqui, para fazer uma manutenção emocional e meditar.























    CONCLUSÕES

    Para trabalhar o corpo mental precisamos de técnicas ou métodos seja pela pedagogia ou como um ser autodidata. Agora para descansar, deixar a mente inerte e viajar nos pensamentos, sonhos ou simplesmente deixar de pensar não precisa de processos encadeados.

    Quando encontramos o silencio nos encantamos com sua beleza é como olhar numa tela em branco e vislumbrar as infinitas pinturas que nela podemos desenhar.

    Quando criamos formas de engessar domesticar a concentração e a meditação, esquecemos que somos energia pura, e como tal nos movimentamos no universo do livre arbítrio para uma finalidade divina.

    Vivemos num mundo físico, mas também num universo de energias, funcionamos recebendo e emitindo vibrações, podemos neutraliza-las ou potencializa-las. Por isso que somos semelhantes, mas diferentes nas emissões energéticas.

    Numa meditação podemos entrar em contatos multifacetados que vão das vertentes do intelecto até os oceanos da luz, quando não conhecemos achamos que é uma utopia e condicionamos a energia criativa. Até que num momento como um relâmpago súbito, contatamos um universo sem fronteiras.

    Se tudo é energia, podemos diferenciá-la em energia densa que está relacionada a matéria e a sutil ligada a energia divina e a sustentabilidade do ser.

    Ao separarmos das densidades, entramos num estado livre da consciência que nos permite descobrir a essência do ser.

    Vivendo nessa nova dimensão silenciosa, nos comunicamos apenas quando é necessário e as palavras se tornam vazias quando não são sustentadas na sabedoria.

    Os instintos conversam com a essência, hereditariedade entanto a meditação interage com os corpos energético, espiritual e emocional, este desenvolvimento é o grande desafio. Ação e inatividade fazem parte da nossa existência e ambas se complementam tanto para o crescimento racional como para o existencial.

    Tanto a identidade ou espiritualidade devem desenvolver em conjunto com o universo das ações. No mundo material usamos a lanterna do conhecimento para avançar na escuridão da ignorância, e no universo da meditação existe luz própria que uma vez ligada se alimenta da própria luz.

    A utopia da liberdade e compreendida através da liberdade energética dos cinco corpos ofertada pelo universo para todos, portanto a meditação e como o pão que alimenta a alma.

    Qualquer começo gera medos, então comece hoje, porque o tempo e o espaço não existe no amanhã, o amanhã nós, seres humanos que o criamos. Há muitos anos eu dei esse primeiro passo quando escrevi o poema:

    Versos do silencio”

    Quero descer ao vale do silêncio.

    Para escutar-lo.

    Buscar nas profundezas da alma.

    Meu grito afogado.

    E o que encontro são os sons e os perfumes das flores.

    E um campo iluminado.

    O analise do poema durante a meditação desvendou o primeiro passo.

    Quero descer ao vale do silêncio” aparentemente é um sentimento de solidão própria da adolescência, que desejava entender com palavras aquilo que não entendia, porque a solidão e o silêncio durante a meditação é um momento sublime.

    Buscar nas profundezas da alma... meu grito afogado.”

    Eu me revelando contra os dogmas, medos, técnicas e métodos que reprimiam meu crescimento e desenvolvimento emocional e meditativo.

    E o que encontro são os sons e os perfumes das flores... e um campo iluminado”

    Realmente escutar o silêncio foi uma vivência divina, enxergar o vazio, glorificou a palheta da criatividade trazendo-me iluminação.

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico





    Não se pode ensinar tudo à alguém, pode-se apenas ajudá-lo a encontrar por si mesmo”

    Galileu Galilei



    BIBLIOGRAFIA

    • Uma boa noite de sono – Autor, Deepak Chopra – Ed. Sextante – 2006

    • A paz começa com você – Ken O´Donnell –Ded. Gente – 1991

    • A última fronteira - Ken O´Donnell –Ded. Gente – 1993

    • Brahma Kumaris – www.bkwsu.org/brasil -2010

    • Espelhos do tempo – Brian Weiss – Ed. Sextante – 2000

    • Viagens astrais – Dharma Latzang – Ed. Traço – 1993

    • Terapia de vivências passadas – Judy Hall – Ed. Avatar – 1998

    • Sincronicidade – C.G. Jung – Ed. Vozes – 1971

    • Astrologia cabalística – Rav Philip S. Berg – Ed. Imago – 2001

    • Leitura Facial – Simon G. Brwn – Ed. Manole – 2001

    • Inteligência emocional – Daniel Goleman – Ed. Objetiva – 1995

    • Florais de Bach – Elizabeth Coneza – Ed. Alfabeto – 2006

    • Desvendando o crescimento – Bernard Lievegoed – Ed. Antroposófica – 1986

    • Fases da vida – Bernard Lievegoed – Ed. Antroposófica – 1987

    •  


    Todos os dias retorno a minha janela, mas nunca a paisagem é a mesma...



    Nelson Zuniga – CRT 34429 – Terapeuta Holístico

    Autor: : Nelson Zuniga - Terapeuta Holístico - CRT 34429
    Última atualização: 07/06/2011 14:20


    A Dança-Terapia em Cinco Movimentos

    A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística

    Propositura de Palestra: 

    Palestrante:

    José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43 913

    Arte-Terapia EMANUEL 

    Rua 15 de Novembro, 910, Sala "A" 

    Palotina, PR 

    CEP: 85950 000 

    Autor: José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913

    Titulo: "A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística"

    Local: Sala de Arte-Terapia Emanuel, Rua 15 de Novembro, 910, Sala: A  -Centro-

    Palotina, Paraná, CEP: 85950-000 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

    "Temos que nos unir na dança, para aprender a cantar a musica da VIDA"

    Augusto Cury. 

    "A Dança-Terapia, é a arte para o movimento, criatividade para a mente. Tudo isso se mistura e entrelaça. Criando uma tensão similar ao beijo entre a beleza e a feiúra. Barrando os preconceitos da sociedade" (Tomado do pensamento da mestra em Dança-Terapia a espanhola, Maité León) 

    "O ser Humano é um nu de relações"

    Leonardo Boff 

    Dedicatória: "Minha modesta homenagem a todas as pessoas que acreditaram na minha proposta e até hoje embarcam neste navegar pelas águas transparentes da nossa lagoa imaginaria"

    José. 

    SUMÁRIO: 

    1. Introdução ao método.
    2. Breve resenha histórica da Dança-Terapia.
    3. Breve resenha histórica da Dança-Terapia na minha vida profissional no Brasil e sua relação com a Psicoterapia Holística.
    4. Os cinco movimentos chineses e sua relação com a Dança-Terapia.
    5. O texto das músicas e sua relação com o histórico emocional do cliente.
    6. A Psicoterapia Holística fonte de diagnóstico e prognostico do emocional do cliente segundo o paradigma Vigostkyano.
    7. Os ritmos latinos: samba, salsa, tango, bolero e sua relação com os nossos arquétipos. Nossos ancestrais africanos.
    8. O Método, alguns exemplos.
    9. Conclusões.
    10. Bibliografia.

    TERMOS:

    1. TH, Terapeuta Holístico.

    1. DTH, Dança Terapia Holística.

    1. SH, Psicoterapia Holística


    RESUMO: A DTH em cinco movimentos é uma terapia complementar que auxilia o TH que desenvolve as técnicas da SH (Aconselhamento) a resolver e canalizar conflitos emocionais de seus clientes que não foram tirados para fora na catarse, por diferentes tipos de bloqueios que o cliente enfrenta no momento da SH e que tem muito a ver com seu estado emocional no momento em que foi a plicada a técnica como exemplo: "A Vivência", fatores ambientais, de saúde, barreiras etc. A DTH se enriquecem com a pantomima, o balé clássico, as danças modernas e contemporâneas, assim como as do folclore das diferentes culturas com seus movimentos: condensados, leves e quebrados como catalisadores de emoções reprimidas. Nossa cultura ocidental não pode perder de vista os arquétipos trazidos pelos africanos que fazem parte dos campos energéticos do continente junto aos da Antiga Grécia e toda a mistura cultural e a miscigenação que nossos países latino-americanos sofrem, assim como nossas culturas aborígenes que tem uma riqueza enorme de imagens arquetípicas, por esses fatos históricos a DTH trabalha os ritmos latinos e caribenhos assim como os nordestinos e os movimentos de nossos orixás que na rumba, conga, guaguancó, salsa e etc. estão muito presentes.

    Não podemos perder a perspectiva que os orixás têm a mesma condição arquetípica que os deuses politeístas gregos eles se debatem entre o HERÓI E A VÍTIMA da mesma maneira, só mudando a embalagem e estes orixás estão cheios de erotismo e sensualidade. Por isso o DTH associa o rimo a cor dos meridianos em dependência da sua intensidade. A salsa com o movimento fogo e cor vermelha que o TH já trabalha com o cliente na sessão de cromoterapia. Outro fator importante é o envolvimento com o texto já que cada movimento terá uma justificativa em relação com a mensagem que o conteúdo poético da música nos passa como, por exemplo, a música: Vitoriosa, de Ivan Lins, muito apropriada para resolver conflitos relacionados com a sexualidade. A DTH é uma terapia de grupo que permite a  

    abordagem indireta do conflito que muitas vezes o cliente na sala não que falar ou simplesmente não faz o INSIGHT pela própria resistência. É de fácil aceitação pelos clientes e traz muito bem estar psicofísico para eles, por isso sua condição holística. 

    ESCLARECIMENTO: Sempre vou falar de clientes no termo feminino já que até hoje só e tido esta experiência em mulheres, meu sonho e formar uma turma de homens, mas eu estou no Sul onde o machismo é muito forte e só consegui reunir turmas de DTH de casais que seria outro trabalho a abordar no futuro. Meus clientes homens só fazem TH ou recebem a técnica da psicanálise. 

    1 - INTRODUÇÂO: 

    "A DTH em Cinco Movimentos" é uma terapia alternativa que auxilia o trabalho do TH, como outro canal para complementar e comprometer aqueles aspectos emocionais do cliente que no consultório não ficaram resolvidos. Comprometendo o corpo em conjunção com a alma, assumindo a emoção como um todo indivisível o cliente por meio dos movimentos condensados, quebrados e leves, assim como pela mímica em sintonia com a música e seguindo o texto do compositor, sua compreensão e expressão do conteúdo mediante o corpo tiram para fora emoções reprimidas e passa por estados catárticos sem sofrer, além de que compartilha com o grupo assumindo-se como ele é na totalidade em outra dimensão cósmica. A DTH em Cinco Movimentos é além de preventiva para doenças da terceira idade como o Mal do Alzheimer.

     

    2 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA: 

    Após da caída do franquismo na Espanha, o terapeutas e pedagogos assim como todas as pessoas de boa vontade, saíram na rua com os síndromes de down e todo tipo de deficientes físicos e mentais como uma forma de dizer ao mundo que todos tem o direito a expressão na diversidade. As teorias de Vigostky e seus postulados cognitivos (entre eles o mais significativo o referente a ZDP Zona de Desenvolvimento Proximal) trouxeram uma forma nova de intervenção terapêutica, novos paradigmas desafiarem os profissionais da saúde entre eles, os terapeutas, que tiverem que ser mais criativos e abrir-se as novas formas que os novos tempos exigiam. E foram os terapeutas que tiverem um destaque no campo da dança-terapia e a sua relação entre: "Texto - compreensão - movimento - expressão" O nome da técnica na Europa e em Cuba países que destacam  até hoje na sua aplicação é: PSICOBALLET. Podem ser encontrado nos livros ou na internet. Sua pioneira e promotora até hoje a Sra. Maité León. 

    3 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA NA MINHA VIDA PROFISSIONAL NO BRASIL E A SUA RELAÇÃO COM A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA.    

    O Psicobalé entrou na minha vida profissional depois da queda dos muros de Berlin, no princípio dos anos 90 que comecei trabalhar como terapeuta na ONG Cáritas Internacional trabalhando a técnica com crianças portadoras da Síndrome de Down e, logo depois, já com deficientes cognitivos e físicos assim como pessoas da terceira idade que na época pelas limitações econômicas que enfrentava o governo de Cuba, não conseguia oferecer mais de graça a população este serviço e uma grande quantidade de profissionais capacitados para esses fins terapêuticos tinham escolhido o exílio (o pais enfrentou o maior déficit de profissionais da sua historia naquela época). Isso me permitiu até capacitar-me e sair fora do pais para me profissionalizar e trabalhar para a ONG.

    No ano 2004 quando cheguei ao Brasil com quarenta e seis anos e, quase trinta de experiência profissional tive que buscar uma maneira de sobreviver e ajudar a minha Sra. na construção do novo projeto de vida (O casamento). E, encontrei no PSICOBALÈ uma forma de trabalhar honradamente e tornar-me conhecido como profissional sem agredir aos outros terapeutas que não conheciam esta técnica.

    Tive como primeiro desafio, que mudar o nome por PSICODANÇA, que após de entrar nos terapeutas holísticos no ano 2008, definitivamente leva o nome de (DTH) DANÇA-TERAPIA HOLÌSTICA. Como uma forma de cumprir com as NTSV, já que alguns psicólogos mal intencionados se sentiam invadidos pelo prefixo (psico-). Foi então, que decidi montar minha própria sala seguindo as regras de marketing aprendidas no curso de Psicoterapia Holística da Turma de 2008, a qual pertencia, de como montar um consultório seguindo a NTSV. Foi no ano 2008 em que comecei a relacionar o corpo com a mente já que por vir de uma ditadura onde trabalhei quase trinta anos eu mesmo, como terapeuta tinha meus próprios preconceitos.

    Ter o Consultório junto com a sala de Psicoterapia Holística me proporcionou uma melhor pratica e interação com as técnicas numa retroalimentação dialética e uma dinâmica de trabalho que até hoje no ano 2011 continuo com resultados, muito mais obtive a perseverança das clientes. E, até não fiquei tão preso na psicanálise como  

    uma técnica a aplicar. Comprovei na pratica que muitos clientes aplicando a técnica: Aconselhamentos caminhavam mais de presa na sua evolução emocional e pessoal já que a DTH complementava a parte do toque que não tinham no consultório, toque em coletivo que me deixava mais leve e confiado que aquele que poderia ter sozinho no consultório com o cliente. Já que na DTH o toque e direcionado pelo terapeuta entre eles e faz parte da coreografia, entrando na vida daquelas, mais fechadas de uma maneira natural. 

    4 - OS CINCO MOVIMENTOS CHINESES E SUA RELAÇÃO COM A DTH. 

    O cliente durante as sessões de PH através da técnica de Aconselhamento vai conhecendo e se familiarizando com as cores dos CINCO MOVIMENTOS CHINESES. Além de que minha abordagem é de ordem integrativa, não descarto nada sempre que me seja útil, e não transgrida as NTSV. Meus clientes na sua maioria tiveram algumas vezes sessões de cromoterapia e o bastão cromático, que os ajudou a encontrar a nível consciente as cores na sua imaginação. Por isso na hora da DTH os ajudou a encontrar as cores pelo conteúdo da musica, ou seja, a mensagem do texto assim como pela sua estrutura melódica.

    1- A musica: Camarada água do grupo Teatro Mágico, é bem explícita no meridiano que aborda e a cor azul já que o cliente e que sempre todos nós associamos o azul-água, embora que no momento coreográfico e a mímica dos movimentos tenha alguns bem condensados.

    2- A música: Pássaro de Fogo da Paula Fernandez, pelo conteúdo da música já a palavra FOGO explicitamente leva ao cliente a cor vermelha e durante toda a dança se imaginam vestidas de vermelho.

    3A música: VITORIOSA de Ivan Lins, é mais branco, mais para dentro, centrípeta, por isso se associa ao metal, muito apropriada para trabalhar frigidez e anorgasmia. O MOVIMENTO metal leva a se relacionar a cliente com a introdução do falo como fonte de prazer, é um ato de VITÓRIA é a heroína que consegue satisfazer ao macho. 

    Estes três exemplos ilustram um pouco, como abordo os movimentos chineses e as cores além de que após das vivencias para tirar as clientes do sofrimento já tenho trabalhado com todas elas uma Lagoa de águas transparentes imaginária, que todas têm, e uma ave que representam como gaivotas, cisnes, beija flor. Então essa lagoa contém as cinco cores dos movimentos e seus significados e no momento de voltar a realidade ou de sair do momento catártico o TH coloca a música e faz lembrar a lagoa imaginaria e coloca o elemento que a cliente precisa mais, por exemplo si a cliente esta precisando de equilibro o TH enfatiza em que ela observe os girassóis pela cor amarela (nossa terra que foi feita em prefeito equilibro) A música da LAGOA e trabalhada na DTH com movimentos muito leves e condensados, como não tem texto o TH direciona este exercício corporal a relaxar o corpo. A música: Ar de João Sebastião Bach numa versão que inclui sons das aves e da natureza, numa versão do grupo Café Do Mar (grupo de musica contemporâneo eletroacústica que revive a música erudita dos grandes clássicos da humanidade)  

     

    5 - O TEXTO DAS MÚSICAS E SUA RELAÇÃO COM O HISTÓRICO-EMOCIONAL DAS CLIENTES.

    Já tenho abordado que minhas clientes me oferecem muito material emocional para trabalhar na DTH no momento da VIVÊNCIA, assim como nas sessões da psicanálise, nos momentos de resistência. Esse material é guardado e na hora de montar o roteiro das músicas para trabalhar na DTH, eu tenho em cada sessão a oportunidade de trabalhar de oito a nove músicas e algumas vão direcionadas a uma cliente em específico numa abordagem indireta de seu conflito. O exemplo da música Sonho impossível de Maria Betânia pode ilustrar já que o conteúdo do texto vai direcionado a resgatar a possibilidade de voltar a sonhar até com o impossível e uma delas pode ter me falado na TH que queria já se entregar e renunciar a seus objetivos ou pelo contrário em sua linguagem não estava explícito e sim na sua fase o simplesmente se fecha a progredir. 

    6 - A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA FONTE DE ANAMNESE E PROGNÓSTICOS DO EMOCIONAL DO CLIENTE SEGUINDO O PARADIGAMA VIGOSTKYANO. 

    O paradigma vigostkyano: de diagnóstico - intervenção - prognóstico, oferece ao TH uma dinâmica de trabalho muito rica. Seu descobrimento da Zona de Desenvolvimento Próximo na área da pedagogia deixou aos terapeutas muito mais otimistas e hoje além de que o Império Socialista Russo não existe mai, não podemos esquecer e deixar de valorizar as descobertas deles na sua urgência de construir um mundo melhor e mais participativo. Todos nossos clientes têm essa zona já que é uma descoberta reconhecida pela OMS. Ter conhecimento dela e de suas infinitas possibilidades permitem ao terapeuta enriquecer sua intervenção com o cliente e muito mais, reduzir o tempo de intervenção, obtendo resultados mais imediatos que sei bem, o cliente se recupera mais rápido e, é um cliente que perdemos e nos indicará outros já que pela minha experiência pessoal nossos melhores marqueteiros são nossos próprios clientes. Eu tenho o costume de chamar: Marketing de boca a boca. Para a DTH a descoberta da ZDP de Vigostky é muito importante no sentido de que as pessoas que chegam a nossos consultórios são muito carentes e bem muito contaminadas cheias de limitações que elas mesmas colocaram em sua cabeça é uma barreira contra a qual temos que lutar no dia a dia já que DTH pela complexidade que vão alcançando os movimentos e por ser uma terapia de grupo onde a cliente pode se frustrar pelos progressos das outras e não compreender suas limitações e se desenvolver no grupo com elas, sofrem o perigo de desistir. 

    7 - OS RITMOS LATINOS E CARIBENHOS: SALSA, SAMBA, BOLERO, RUMBA, GUAGUANCÓ E SUA RELAÇÃO COM OS NOSSOS ARQUÉTIPOS. NOSSOS ANCESTRAIS AFRICANOS. 

    Quando eu falo do Brasil estou me referindo ao marco estreito da cidade de Palotina onde moro faz oito anos, aqui desempenhei minhas experiências profissionais. Por "isso sempre nas palestras e no meu livro em português uso o termo "Impressão" O seja, "Impressão diagnóstica, cultural, social etc."

    Na cidade onde moro nos seus ancestrais culturais predominam as culturas: alemã e italiana, falar de arquétipo no sentido clássico junguiano não é tão compreensível  e  

    de fácil aceitação. Mas, quando a gente fala dos ancestrais do povo de Bahia o nordestino, é outro o assunto (Os ancestrais africanos). Um empobrecimento da visão cósmica de Deus e sua presença, essa "Energia de fundo" (Que muito bem aborda Boff na sua literatura teológica e latino-americana) Que nos capacita para acolher a Deus em todas as coisas, é muito limitada e empobrecida pela falta de cultura e o fanatismo religioso de alguns que querem cosificar a DEUS. Além de que no ano 2004 alguns pseudo-terapeutas holísticos tinham deixado a cidade no espanto (todo ao contrário que logo após conheci no SINTE)

    Nessa realidade tive que colocar os ritmos latinos que eram aqueles que conheciam para começar meus projetos e tornar conhecido meu trabalho, era minhas ferramentas terapêuticas de como me projetar profissionalmente nessa área. Tudo começou com a músicaSimbalaiê da cantora Maria Gadú e os movimentos de braços semelhante Yemaya (o uso do port de bras e suas ondulações) Uma coincidência significativa já que Filipo Taiglione o mestre do balé quando desenvolveu este movimento nas suas bailarinas não tinha conhecimento das danças africanas (ele era Frances e não viajou a África). Todo muito bem explicado pelo Jung nos seus estudos da sincronicidade.

    Então tive que explicar para elas conceitos como politeísmo e revelar que as danças caribenhas dançadas durante quase três anos vinham dessa cultura que elas rejeitavam por se sentir traindo sua religião: conga, rumba, guaguancó não são outra coisa que a imitação dos movimentos do Deus Xangó. Estes bailes nascidos em Cuba se espalharam muito rápido pelos países do Caribe e deram origem ao "Ritmo Salsa" hoje dançado no mundo e que até um Congresso Internacional anualmente se celebra em São Paulo.

    Explicar a elas a história da musica Simbalaiê foi muito significativo já que a maioria após da experiência tiveram muitos insight e após de voltar das vivências conseguiam ver o mar, os barquinhos, os pescadores,... E saíram da técnica muito, mas relaxadas e tirando um maior proveito depois na DTH no momento de dançar a música.

    Ao respeito de Simbalaiê:  

    "Shimbalaiê é uma canção da cantora Maria Gadú do seu álbum homônimo. Lançada como primeiro single, em agosto, a canção foi incluída na trilha sonora da novela Viver a Vida e, a partir daí, se tornou um sucesso pelo Brasil inteiro.

    A canção foi sua primeira composição, composta aos 10 anos de idade, que segundo a cantora, foi feita no momento do pôr do sol em uma praia quando ela estava sozinha olhando o feito e sem o violão. Afirmando que "Shimbalaiê" foi uma espécie de susto e que não gostava tanto de escrever (em forma de composição), assim Maria Gadú só voltou a compor 9 anos depois.

    -"Eu só  estava descrevendo uma paisagem."

    A cantora afirma que a palavra não tem nenhum significado, mas na verdade a expressão deriva de um dialeto africano.

    Existem várias formas de se escrever, no entanto, a forma correta é Ximbhalaijè, que poderia ser traduzida assim: Ximbha (natureza, meio ambiente) - Laijè (alma, deus, espírito)".

    Nossa condição de Holísticos tem também que priorizar a parte CULTURAL l do cliente algo a sugerir nas NTSV porque o brasileiro não tem hábitos de leitura e o país tem o lugar 53 em desenvolvimineto educacional mundial, então a ignorância pode conspirar contra as interpretações de nosssas técnicas. Nesse sentido temos que ficar bem de plantão para ter sempre uma resposta convincente na ponta da língua. 

    8 - O MÉTODO E, ALGUNS EXEMPLOS: 

    No meu canal: Z1957A, em Youtube se podem encontrar alguns exemplos das DTH (com músicas com texto e sem texto compreensível ou não). Quando trabalho música em espanhol antes dou uma folha com a tradução do texto ao português para que elas tenham idéia da mímica a imitar como neste primeiro exemplo de uma das músicas que além de ser interpretada em espanhol me tem acompanhado sempre e com muita aceitação: 

    1. O despertar música da cantora e compositora Liuba Maria Hevia (cubana)

    http://www.youtube.com/watch?v=L1BwHBRE2X4 

    Muito importante esclarecer que o uso da bola de pilates só esta em função da dança, não como meio de treinamento físico e assim respeitar as NTSV. 

    1. Uma salsa: A do biquíni vermelho, a compreensão do texto não é o que importa, é o movimento fogo (cor vermelho) e o trabalho da lateralidade direita e esquerda com a bolinha que tem na mão em função do equilibro. Estes exercícios vão direcionados a prevenir o MAL do Alsaimer.

    http://www.youtube.com/watch?v=xfpd12XCzGs 

    1. Felicidade musica que seus movimentos e compreensão do texto viraram uma coreografia para torcer pela Copa do Mundo com o predomino da cor verde (o movimento madeira) mostra como elas se expandem fazendo uso do espaço e dos movimentos circulares.

    http://www.youtube.com/watch?v=JD3JfqiNW6Q 

    1. Música: Quero-te, um texto poético do Mario Benedetti, um dos poetas uruguaios mais conhecidos na contemporaneidade o texto foi musicado por Alberto Fávero e o interprete é o cantor Jairo (ambos argentinos). Os movimentos direcionados ao movimento metal (cor branca). Condensados, leves, em movimentos circulares mais avançados enfrentando o desafio de dos círculos já que o texto expressa a unidade e a solidariedade em grupo, cotovelo com cotovelo para ser, muito mais que dois!

    http://www.youtube.com/watch?v=PbXxIFe84Us 

     

    9 - CONCLUSÕES: 

    A DTH em Cinco Movimentos é uma terapia alternativa de grupo que auxilia o trabalho do TH como complemento de seu trabalho no consultório. Insere ao cliente num grupo e trabalha a socialização e os laços interpessoais. A diferença de outras técnicas corporais aplicadas no Brasil a DTH em Cinco Movimentos compromete a área cognitiva da personalidade além da afetiva porque se trabalha a compreensão dos textos músicas desenvolvendo e ativando os processos do pensamento: análise, síntese, comparação, generalização e abstração. Por isso é preventiva na ordem de doenças mentais futuras a da própria terceira idade dependendo da faixa etária do cliente, doenças como o Mal do Alzheimer, isquemias, paralises cerebrais e faciais etc. Dos grupos de DTH se formou um subgrupo de Dança Contemporânea da Terceira Idade: EMANUEL. Temos participado de quatro festivais nacionais e três internacionais e durante meu intercâmbio com outros terapeutas que aplicam a técnica não descobri nenhum que na sua abordagem trabalhe as áreas cognitivas da personalidade. Nosso grupo já tem dez prêmios (seis primeiros lugares, três internacionais e três no Brasil, e quatro segundos lugares três no Brasil e um internacional). 

    10 - BIBLIOGRAFIA: 

    * Boff, Leonardo. - O terapeuta do deserto.

    -O tempo da transcendência. Editoras Vozes

    * Vieira Filho, Henrique. O corpo como portal do conhecimento. Conferências tomadas do curso de Holística Turma 2008: Terapia Holística, Marketing assim como as NTSV. CONAN, Conselho Nacional de Auto-Regulamento e Normalização Voluntaria, São Paulo - SP - Brasil

    * L.S. Vigostky. Pensamento e Linguagem. Editorial Povo e Educação, Cuba.

    * Reich fala de Freud, Editora Moraes.

    * Guerra Ramiro. Eros baila: Dança e sexualidade. A Havana, Editorial Letras Cubanas

    Autor: : José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913
    Última atualização: 03/06/2011 07:49


    COACHING HOLÍSTICO

    COACHING HOLÍSTICO 

    Um método de encadear resultados positivos para liderar a vida em qualquer âmbito desejável.  


    Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270

    Personal colching Holístico

    www.celicoutinho.com.br

    Terapeuta Tântrica

    www.celishakti.com.br

    E-mail: contato@celicoutinho.com.br 

     

    Índice

    Prefacio...................................................01 

    PRINCIPIOS DO CONCEITO DE FORMAÇÃO DO COACHING HOLÍSTICO

    O que é Samkhya?..............................................06

    COACHING - MITOS E VERDADES..................07 

    Conclusão.................................................09

    Bibliografia................................................11 


    Prefácio

    Primeiramente deixo claro que a intenção aqui não é inovar. E sim trazer ao conhecimento algo que já tomou um rumo de sucesso.

    Basta utilizar um pouco do seu tempo para navegar na Internet e logo se percebe que ha tempos outros orientadores, consultores e ou terapeutas já desenvolve um trabalho particularmente próprio de coaching.

    Ouvimos já um tempo o termo coaching, amplamente divulgado e a impressão que temos que sua origem é completamente moderna e pertencente basicamente ao nosso século.

    Mesmo na estória do coaching percebemos que seu inicio acontece baseado no conceito filosofal da Grécia, com o principio de orientar no esporte, o esportista que precisa ter o incentivo de que ele é ganhador, único em sua modalidade.  E assim transformar pequenos homens em grandes nomes do esporte, já nos tempos modernos americano.

    E com a modernização global o coaching ganha um corpo metodológico para auxiliar nas grandes empresas a formação de líder de equipe a serem prósperos em suas idéias, ganhando ranks em marketing, vendas e estratégias administrativas.

    Mas o homem não é só corpo mental, é também um corpo emocional, e espiritual, amplamente fáceis de formar uma estratégia de expansão dos conhecimentos, realização dos desejos e metas a cumprir em vida.

    Se formos buscar de fato uma origem pode-se facilmente perceber, que dá Grécia se pularmos um pouco, mais vamos cair nos princípios filosofais da índia antiga, e seguindo de encontro com o Samkhya que deu origem a uma metodologia de estudo comportamental do homem enumerando as formas de entendimento de como o Ser humano pode processar suas emoções, mente para evoluir como um ser livre de amarras negativas.

    É do Samkhya que acontece a origem de duas vertentes muito importante no mundo holístico hoje em dia, ou seja, o Yoga e o Tantra. Formando assim um um mundo denominado de holística.

    A holística não é uma ciência e nem uma filosofia. Não  é uma religião nem uma disciplina mística. Também não constitui um paradigma científico. É tão somente uma visão de mundo que vem se contrapor à visão dualista e mecanicista que despojou o ser humano da sua unidade, ao longo desses séculos de civilizações tecnológicas e racionalismo exacerbado.

    A holística basicamente é uma atitude diante da realidade, uma forma de ver e compreender o mundo, um espaço onde são permitidos um intercâmbio dinâmico entre Ciência, Arte Filosófica e as Tradições Espirituais, sendo exatamente esse intercâmbio que se propõem como uma das mais criativas formas de enfrentamento dos desafios deste final de século.

    Sendo uma atitude diante da vida uma forma de compreender e de estar no mundo, o pensamento holístico permeia todos os níveis de atuação do indivíduo.

    Inicio então aqui a intenção de promover com essas linhas um caminho para nós terapeutas holísticos, para um caminhar de prosperidade e crescimento, não somente como uma profissão complementar a qualquer outra renda que  tenhamos e sim um movimento de energia motora de que escolhemos como profissão de onde  somos únicos capazes de gerir uma ferramenta, não somente para os nossos clientes equilibrarem e se libertarem de doenças físicas, mas certamente buscar empreendedorismos seja lá no que foi escolhido.

    Li um artigo esses dias onde um terapeuta criticava as pessoas que dizem que a movimentação holística não dá mais para o sustento.

    E ele observa que muitos terapeutas se fundem em descredibilidade por não acreditar naquilo que de fato escolheu e dando razões para fracassos como, agora é final de ano e não é mais possível seguir. Bom, agora o ano começa apenas depois do carnaval.

    O aspecto astrológico inerentes agora é impossível fluir em produtividade.

    È de fato as intempéries existem, e não trilhamos nela com sucesso se acreditarmos que nosso sucesso está no mundo lá fora.

    Mas se soubermos o caminho da ação e da reação de nós mesmo, trilhar um caminho pra a prosperidade, certamente é bem mais agradável e palpável. E esta é a proposta do Coaching Holístico.

    Enumerar uma série de questões para os objetivos pessoais serem colocados em prática. 

    PRINCIPIOS DO CONCEITO DE FORMAÇÃO DO COACHING HOLÍSTICO 

    O que é Samkhya

    Samkhya é considerado como o mais antigo dos sistemas filosófico ortodoxo indiano .Sua filosofia considera o universo como constituído de duas realidades eternas:  Purusha (consciência) e Prakriti (corpo físico), é, portanto, fortemente dualistas  caracterizada por uma cosmovisão que vê o universo como uma mistura evolução de dualidades distinta (claro / escuro, masculino / feminino, etc.).

    Shamkhya advém do idioma sânscrito, um dos ramos do grande tronco lingüístico e cultural Indo-Ária, tendo parentesco com o latim, o árabe e mais uma dúzia de línguas indianas. Apesar desta influência o sânscrito é uma língua morta, sendo usada em situações ritualísticas, pujas com mantras.

    Samkhya, então literalmente, significa "descrição enumerativa", inventário, enumeração, sendo uma palavra adotada por kapila, um literato indiano por volta de 27 séculos atrás. Para descrever a estrutura do cosmo e do homem, bem como as relações entre pessoas e do individuo como o cosmo, no sentido da natureza.

    Devido às dificuldades com os estudos e registros históricos daqueles séculos, não se sabe ao certo se Kapila foi realmente um personagem histórico ou uma criação folclórica; não se sabe também a data de seu nascimento (talvez 750 a. C), se foi contemporâneo depois de Buda (200 anos depois), se viveu no século II a.C ou II d.C

    Metafisicamente, Samkhya mantém uma dualidade radical entre o espírito / consciência (Purusha) e matéria (Prakriti). Todos os eventos físicos são considerados manifestações da evolução da Prakriti,  ou natureza primária (do qual todos os corpos físicos são derivados). Cada ser ciente é um Purusha, e é ilimitado e irrestrito ao seu corpo

    O espírito em si é apenas uma testemunha da evolução. A evolução obedece a relações de causa e efeito, com a natureza primordial em si ser a causa material de toda a criação física. A teoria da causa e efeito da Samkhya é chamado Satkaarya Vaada, e afirma que nada pode ser criado a partir ou destruídas em nada - toda evolução é simplesmente a transformação da natureza primordial de uma forma para outra.

    Toda a matéria tem três gunas (qualidades)  ou atributos fundamentais - sattva (atributo criativo), rajas (atributo preservacionista) e tamas (atributo destrutiva). A evolução da questão ocorre quando a relação de forças entre as mudanças de atributos. A evolução cessa quando o espírito percebe que é diferente da natureza primária e, portanto, não pode evoluir. Isso destrói o propósito da evolução, impedindo assim Prakriti de evoluir para Purusha.

    O Purusha (almas) é consciente e livre de todas as qualidades. Eles são os espectadores silenciosos de prakriti (matéria ou a natureza), que é composto de três gunas (disposições), satva rajas e tamas (atividade estabilidade e estagnação). Quando o equilíbrio dos gunas se movimenta, a ordem mundial evolui. Este movimento causa um desequilíbrio natural, ou seja, um distúrbio é devido à proximidade de Purusha e Prakriti. Libertação (kaivalya), então, consiste na realização da diferença entre os dois.

    Esta era uma filosofia dualista. Mas há diferenças entre o Samkhya e as formas ocidentais de dualismo. No Ocidente, a distinção fundamental é entre a mente e o corpo. No Samkhya, no entanto, é entre o (purusha) e da matéria, e este último incorpora o que os ocidentais normalmente se referem como "mente". Isso significa que o Self como o Samkhya entende que é mais transcendente do que "mente". 

    COACHING - MITOS E VERDADES

    Ser Coach é ter paixão em ajudar as pessoas a alcançar as suas metas, sonhos e objetivos mais rápidos.

    COACH é uma palavra de origem inglesa antiga, por volta de meados de 1500, que significa um veiculo para transportar pessoas de um lugar para outro.  
    O nome Coach é muito usado nos esporte, para denominar o treinador ou o técnico. Timothy Gallwey, quando escreveu "O JOGO INTERIOR DE TÊNIS" deu uma nova concepção na maneira de ensinar o Tênis e colaborou muito no processo de coaching que hoje conhecemos.

    Segundo o I.C.I. (Integrated Coaching Institute), Coaching é um processo focado em ações do coachee (cliente), para a realização de suas metas e desejos.  Ações no sentido de desenvolvimento e / ou aprimoramento de suas próprias competências, equipando-o com as ferramentas, conhecimentos e oportunidades para se expandir.

    O processo de Coaching não diz às pessoas o que fazer para se tornarem melhores, as apóia e a avalia, o que e como estão fazendo de modo a responsabilizarem-se pela própria vida, caminhando em busca de seus próprios objetivos. 
    Podemos também dizer que o Coach é o profissional que auxilia as pessoas a estruturar-se e realizar o seu sonho.

    Segundo Leonardo Wolk, "Coaching é a Arte de Soprar Brasas". 

    O coach, portanto é o profissional que conduz o processo de desenvolvimento. 

    Coaching é o nome do processo (literalmente treinamento em inglês). 

    Coachee é o nome que se dá ao cliente que contrata o coach. 

    O que é Coaching?

    É uma nova disciplina que nos leva à realização de permitir um desenvolvimento pessoal e profissional forte. É um conjunto de perguntas é a partir da aceitação dos outros e não julgar, com o objetivo de descobrir quem você é e ajudá-lo a alcançá-lo. .

    É uma formulação que ajuda você a pensar diferente. É uma nova maneira de ver as coisas que lhe permite operar de forma eficaz e responsável para seus objetivos, aumentando a imagem que você tem de si mesmo, melhorar as comunicações, aprofundar suas relações e mantê-las.

    Qual situação te leva a utilizar-se do coaching:

    - Quando você tem uma meta ou um objetivo e não sabe especificar.  

    - Quando você quiser encontrar um propósito na sua vida e nada faz sentido  

    Quando você responder não a uma das seguintes questões:  


    - Você gosta do que faz? 


    - Você está animado sobre o seu futuro? 


    - É esta a vida que você escolhe? 


    - Você acha sentido no que você faz? 


    - Você está satisfeito com seus relacionamentos? 


    - Usa bem seu tempo livre?


    Portanto o Coaching te chama para a ação ao invés de levá-lo aos seus pensamentos. 


    Coaching aponta para o que você quer e é possível que você  em vez de se concentrar no que aconteceu com você. 



    Um plano para o seu futuro  em sua vida pessoal

    Você tem um sonho difícil de realizar? 


    Você está sempre envolvido em problemas em seus relacionamentos? 


    Você se sente preso ou contido em qualquer área da sua vida? 


    Gostaria de ter mais tempo para si? 


    Em sua vida profissional

    Gostaria de ter mais sucesso? 


    Você reconhece que você poderia melhorar a comunicação? 


    Necessidade de organizar melhor o seu trabalho e sua mesa? 


    Você muitas vezes falta o tempo? 


    Gostaria de promover o seu crescimento, mas você não tem idéia por onde começar? 


    Você gostaria de aumentar sua renda ou lucro em seu negócio?


    Você toma altos níveis de stress? 

    Operação de Sessões de Coaching 

    A duração do processo de coaching é uma função do número de sessões e a freqüência dos mesmos, e duas questões dependem de você.

    Sobre a freqüência, nota que não fará mais do que uma sessão por semana e raramente perduram para além das próximas 4 a 6 semanas. Em geral, cada sessão dura aproximadamente uma hora e será individual.  

    Conclusão  

    O Coaching Holístico

    Coaching não é  terapia.

    A terapia é uma solução para entender o passado, reavaliar os erros para preparar-se para o presente.

    O Coaching concentra-se no presente e no futuro. Ou seja, independente de qualquer fato, dos sucessos e dos insucessos, o que e como fazer daqui pra frente, para continuar a escalada.

    A Terapia é um recurso para lidar com as dificuldades da existência, sob aspectos psicoemocionais em situações como crises pessoais, conflitos conjugais e familiares, transtornos psicopatológicos, distúrbios psicossomáticos, crises existenciais e problemas nas transições entre as fases da vida, etc. A terapia, diferentemente do coaching, adota uma abordagem holística que envolve processos de ordem psíquica, orgânica e social oferecendo recursos direcionados para atender na orientação de pessoas em situações de desestruturação e crise, quando o mesmo se sente inapto para lidar com as dificuldades em sua vida.

    O Coaching holístico vai lhe propor um caminho do momento do aqui e agora através de seus próprios recursos naturais.

    Serão utilizados de ferramentas de métodos vivenciais para auxiliar ao encontro de respostas que o processo vai lhe conduzir, para melhor absorção.   

    "Se, por um dia apenas, ou mesmo algumas horas e não raro por apenas alguns minutos, você se permitir mudar, um pouco que seja, seu ângulo de visão e abordar as questões existenciais de uma posição outra, além daquela que está habituado a vivenciar, isto operará milagres em sua saúde e no meio ambiente"       Levi Leonel 

    BIBLIOGRAFIA

    Pesquizas feitas pela a Internet.

    Livro - Energia Vital - Editora Roka - Autor - Levi Leonel

    Título: Coaching: Desenvolvendo Excelência Pessoal e Profissional;

    Autor: James Flaherty;

    Editora: Qualitymark;

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 03/06/2011 10:18


    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista

    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA

    Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista


    Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico - CRT 21001

     


    Resumo:

    Milernarmente, os SONHOS são uma forma de contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso os indivíduos recorriam aos Xamãs, ao Sacerdotes, antecessores dos Terapeutas Holísticos, para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, inclusive, divinatórias, por meio de rituais sagrados.

    No ocidente moderno, sua importância foi negligenciada, até o advento da PSICANÁLISE, reencontrando nas teorias de Freud e Jung a sua função de eficaz meio de acesso ao conteúdo inconsciente, aplicando-se a associação livre como um dos instrumentos a trabalhar o conteúdo onírico.

    A TERAPIA HOLÍSTICA une o antigo e o novo em suas melhores qualidades, aproveitando tanto os sonhos espontaneamente recordados, quanto os induzidos via técnicas de relaxamento, toque e exercícios de imaginação ativa.

     

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras.

    Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem "científica-reducionista-elitista" cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem "empírica-holística-acessível" de nossos ancestrais xamãnicos.

    A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do "cientificismo", mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes.

    Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a "alma", desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

    No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se "dissolvem espontaneamente" no decorrer destes procedimentos (método catártico).

    A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

    Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte "inacessível" de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( "eu") e Censor ("juiz" do Ego, o Ego "Idealizado").

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO.

    Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

    Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Especificamente sobre os SONHOS, porém, a Terapia Reichiana pouco abordou, sendo enfatizada a observação do CORPO como o revelador dos aspectos visíveis do mundo inconsciente. Já Freud, autoproclama seu livro A Interpretação dos Sonhos como sua obra mais importante. Por sua vez, a Psicanálise Junguiana seria inimaginável sem a análise do universo onírico dos Clientes.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Interpretação dos Sonhos no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, bem como as técnicas de indução ao "sonho acordado" que já praticavam nossos antecessores, os sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.


    Material e Metodologia:

     

    1. Definições

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

    ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO - procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE - usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal - "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

    LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

    TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    SONHO: Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente. Para as culturas milenares, é o contato com o transcendente, de caráter orientativo e divinatório, com acesso ao divino e até ao mundo dos mortos.


    2. Procedimentos


    ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

     

    Análise de Sonhos:

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ..."o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro"... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as "chaves" transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado "o sono sagrado", onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de "sonho acordado", muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão "científico". Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, "a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma". Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma "auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material "espontâneo" que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a "dramatização", onde a pessoa "encarna", um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura "incorporada". Outra ferramenta de interpretação é a "ampliação" do sonho, onde se é estimulado para "prolongar" o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de "ampliação" é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que "ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico". O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.


    Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

    Do mesmo modo como "evocamos" os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma "lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais "pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram "especializações" funcionais, "desenhando-se" no holograma certos "caminhos" bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa "tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. "Mapeando" esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos "meridianos" de Acupuntura, na China milenar, e os "chacras" na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a "circulação" energética, induzimos à "circulação" das informações psíquicas, ocorrendo os chamados "insights" ("flashs", lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que "digerir", compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro "equilíbrio energético". O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

     

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

     

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

     

    Resultados:

     

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade. Especificamente quanto às vivências oníricas e análises dos SONHOS, foram objetos de grande atenção, ocupando boa parte dos atendimentos, tornando-se o fator mais significativo na produção de INSIGHTS percebidos como de grande importância emocional e motivacional na vida dos Clientes.


    Discussão:

     

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a "imitar" o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE - Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.


    Conclusões:


    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    A análise dos SONHOS, sejam os espontaneamente lembrados, sejam os induzidos por técnicas vivenciais se traduziram nos momentos mais surpreendentes e reveladores destes meus quase 25 anos de Terapia.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui a interpretação dos sonhos, regressão, progressão, vivências, etc...). A própria tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.


    Referências bibliográficas:


    "O Corpo Fala" - Pierre Weil e Roland Tompakow - Editora Vozes;

    "Counseling, Santé et Développement" em www.counselingvih.org;

    "Florais de Bach - Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica" - Henrique Vieira Filho - Editora Pensamento;

    "Jung e Reich - O Corpo Como Sombra" - Jonh P. Conger - Summus Editorial;

    "O Microcosmo Sagrado" - 2a Edição - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Orgônio, Reich e Eros" - W. Edward Mann - Summus Editorial;

    "O Processo de Aconselhamento" - Paterson / Einsenberg - Martins Fontes 1988;

    "Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung" - Reis, Magalhães e Gonçalves - EPU - Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

    "Tutorial Terapia Holística" - Henrique Vieira Filho - SinteBooks.

    "Interpretação dos Sonhos: Ed. Comemorativa - 100 Anos" - Sigmudn Freud - Editora: Imago;

    "Psicoterapia Holística" - - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    Anexos e Apêndices:

     

    1) Textos selecionados da obra "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    O sonho só é estudado aqui como veí­culo e criador de símbolos. Manifesta tam­bém a natureza complexa, representativa, emotiva, vetorial do símbolo, assim como as dificuldades de uma interpretação justa. A maior parte dos elementos deste verbete são aplicáveis ao conjunto dos símbolos, e u cada um em particular, pois todo símbolo participa do sonho e vice-versa.

    A parcela de sonho

    Segundo as mais recentes pesquisas científicas, um homem de 60 anos teria sonha­do, dormindo, um mínimo de cinco anos. Se o sono ocupa um terço da vida, aproxi­madamente 25% do sono é atravessado por sonhos: o sonho noturno ocupa, portanto, um duodécimo da existência entre a maioria dos homens. Que dizer do sonho acordado e do devaneio diurno que se acrescentam a esta parcela já impressionante!

    Sobre o sonho, Frédéric Gaussen disse muito bem: símbolo da aventura indivi­dual, tão profundamente alojado na intimi­dade da consciência que se subtrai a seu próprio criador, o sonho nos aparece como a expressão mais secreta e mais impudica de nós mesmos. Ao menos duas horas por noite vivemos neste mundo onírico dos símbolos. Que fonte de conhecimentos so­bre nós próprios e sobre a humanidade, se pudéssemos sempre recordá-los e interpre­tá-los! A interpretação dos sonhos, disse Freud, é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma. Também as chaves dos sonhos se multiplicaram desde a antiguidade. Hoje em dia, a psicanálise as substituiu.

    O fenômeno do sonho

    As idéias sobre o sonho, como sobre o símbolo, evoluíram muito e não temos por que fazer o histórico dessa evolução. Mas mesmo hoje em dia, os especialistas ainda estão divididos a respeito. Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente; para J. Sutter, esta é a menos interpretativa das defini­ções, o sonho é um fenômeno psicológico que se produz durante o sono, constituído por uma série de imagens cujo desenrolamento representa um drama mais ou meios concatenado.

    O sonho se subtrai, portanto, à vontade e à responsabilidade do homem, em virtude de sua dramaturgia noturna ser espontânea e incontrolada. É por isso que o homem vive o drama sonhado, como se ele existisse realmente fora de sua imaginação. A consciência das realidades se obli­tera, o sentimento de identidade se aliena e se dissolve. Tchuang-tcheu não sabe mais se foi Tcheu que sonhou que era uma bor­boleta ou se foi a borboleta que sonhou que era Tcheu. Se um artesão, escreve Pas­cal, tivesse certeza de sonhar todas as noi­tes, durante doze horas que era o rei, creio que seria tão feliz quanto um rei que so­nhasse todas as noite, durante doze horas, que era um artesão. Sintetizando o pensa­mento de Jung, Roland Cahen escreve: O sonho é a expressão desta atividade men­tal que está viva em nós, que pensa, sente, experimenta, especula, à margem de nossa atividade diurna, e em todos os níveis, do plano mais biológico ao plano mais espi­ritual do ser, sem que o saibamos. Mani­festando uma corrente psíquica subjacente e as necessidades de um programa vital inscrito no mais profundo do ser, o sonho exprime as aspirações profundas do indi­víduo e, portanto, será para nós uma fonte infinitamente preciosa de informações de toda ordem.

    Classificação dos sonhos

    O Egito antigo atribuía aos sonhos um valor sobretudo premonitório: O deus criou os sonhos para indicar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o fututro, diz um livro de sabedoria. Sacerdotes-leitores, escribas sagrados ou onirólogos interpretavam nos templos os símbolos dos sonhos, segundo chaves transmitidas de era em era. A oniromancia, ou a divinação por meio dos sonhos, era prati­cada em todos os lugares.

    Para os negritos das ilhas Andamã, os sonhos são produzidos pela alma, que é considerada como a parte maléfica do ser. Sai pelo nariz e realiza fora do corpo as proezas de que o homem toma consciência em sonho.

    Para todos os índios da América do Nor­te, o sonho é o signo final e decisivo da experiência. Os sonhos estão na origem das liturgias; estabelecem a escolha dos sacer­dotes e conferem a qualidade de xamã; é deles que provêm a ciência médica, o nome que se dará às crianças, e os tabus; eles ordenam as guerras, as caçadas, as conde­nações à morte e a ajuda a ser ministrada; só eles compreendem a obscuridade escatológica. Enfim o sonho... confirma a tradição: é o selo da legalidade k da autori­dade.

    Para os bantus do Kasai (bacia congolesa), certos sonhos são produzidos pelas almas que se separam do corpo durante o sono e vão conversar com as almas dos mortos. Esses sonhos têm um caráter premonitório referente à pessoa, ou então podem consistir em verdadeiras men­sagens dos mortos aos vivos, que interes­sam a toda a comunidade.

    (Sobre o papel dos sonhos e sobre sua interpretação nas civilizações orientais, po­de-se consultar a erudita obra coletiva SOUS; e sobre exemplos de sonhos histó­ricos célebres, religiosos, políticos e cultu­rais).

    Os exemplos de sonhos são inumeráveis; tentou-se diversas vezes classificá-los. As pesquisas analíticas, etnológicas e parapsicológicas dividiram os sonhos noturnos, para facilitar o estudo, em um certo núme­ro de categorias:

    1.  o sonho profético ou didático, aviso mais ou menos disfarçado sobre um acon­tecimento crítico, passado, presente ou fu­turo; sua origem é freqüentemente atribuí­da a uma força celeste;

    2.  o  sonho  iniciatório  do  xamã  ou do budista tibetano de Bardo-Todol, carregado de eficácia mágica e destinado a introduzir o homem num outro mundo por meio de um conhecimento e de uma viagem imagi­nários;

    3.  o sonho telepático, que estabelece co­municação com o pensamento e os senti­mentos de pessoas ou de grupos distantes;

    4.  o sonho visionário, que transporta ao que H.  Corbin chama  de  o  mundo  das imagens, e que pressupõe no ser humano, num  certo  nível  de  consciência,  poderes que nossa civilização ocidental talvez tenha atrofiado ou paralisado, poderes sobre os quais H. Corbin encontra testemunhos en­tre os místicos iranianos; trata-se aqui, não de presságio, nem de viagem, mas de visão;

    5.  o sonho pressentimento, que pressente e privilegia uma possibilidade entre mil...

    6.  o sonho mitológico, que reproduz al­gum grande arquétipo e reflete uma angús­tia fundamental e universal.

     

    Guardadas todas as proporções, o sonho acordado pode ser comparado ao sonho no­turno, tanto pelos símbolos que coloca em ação, como pelas funções psíquicas que é capaz de cumprir. Maria Zambrano mostra, ao mesmo tempo, seu risco e suas vanta­gens: Na vigília, o sonho apodera-se imperceptivelmente da pessoa e engendra um certo esquecimento, ou antes Uma lembran­ça cujo contorno se transfere a um plano da consciência que não pode acolhê-lo. O sonho torna-se então germe de obsessão, de mudança da realidade. Ao contrário, se é transferido a um plano adequado da consciência, ao lugar onde a consciência e a alma entram em simbiose, torna-se forma de criação, tanto no processo da vida pes­soal, como na realização de uma obra.

    A prática psicoterápica do sonho acor­dado engendrou a onirotécnica. Derivada dos trabalhos de Galton e Binet, das expe­riências de Desoille, de Guillerez e de Caslant, desenvolvida e aperfeiçoada por Frétigny e Virei até o onirodrama, esta técnica consiste num devaneio dirigido, a partir de uma imagem ou de um tema sugerido pelo intérprete e geralmente tirados dos símbo­los de ascensão e queda. Ela utiliza a fa­culdade que o homem possui, quando co­locado em estado de hipovigília de viver um universo arcaico de cuja existência nem suspeita quando acordado e do qual o so­nho noturno dá apenas uma ideia muito infiel e desalinhavada.

    A técnica comporta um primeiro tempo de relaxamento cientificamente conduzido, devendo chegar à aparição de ondas eletroencefalográficas alfa. O sujeito recebe a instrução de verbalizar simultaneamente as imagens que lhe aparecerem e os estados que experimenta. A experiência mostra que estes estados são vividos, isto ê, que o su­jeito tem um Eu Corpóreo Imaginário e que age num mundo visionário sobre o qual projeta as estruturas de seu Eu arcaico. Se, neste ponto da experiência, o ope­rador propõe uma imagem indutora ou su­gere uma ação imaginária, o sujeito vai integrar a sugestão no universo em que vive e desenvolver as suas conseqüências, segundo o modo simbólico próprio a este universo. Por este meio e alguns outros, vê-se surgir, no sujeito menos predisposto à fantasia ou à compreensão poética, seqüências de imagens e situações que po­dem ser, em todos os pontos, sobrepostas aos dados da mitologia ou da psicossociologia dos estados mais primitivos da huma­nidade.

    Funções do sonho

    O sonho é tão necessário ao equilíbrio biológico e mental como o sono, o oxigênio e uma alimentação sadia. Alternativamen­te relaxamento e tensão do psiquismo, ele cumpre uma função vital; a morte ou a demência podem ser o resultado de uma falta total de sonhos. Serve de exutório a impulsos reprimidos durante o dia, faz emergir problemas a serem resolvidos, e, ao representá-los, sugere soluções. Sua fun­ção seletiva, como a da memória, alivia a vida consciente. Mas desempenha ainda um papel de uma profundidade bem diferente.

    O sonho é um dos melhores agentes de informação sobre o estado psíquico de quem sonha. Fornece-lhe, num símbolo vivo, um quadro de sua situação existen­cial presente: ele é para quem sonha uma imagem freqüentemente insuspeitada de si mesmo; é um revelador do ego e do self. Mas ao mesmo tempo os dissimula, exata-mente como um símbolo, sob imagens de seres distintos do sujeito. Os processos de identificação não são controláveis no so­nho. O sujeito se projeta na imagem de um outro ser: aliena-se, identificando-se com o outro. Pode ser representado com traços que não têm aparentemente nada em co­mum com ele, homem ou mulher, animal ou planta, veículo ou planeta etc. Um dos papéis da análise onírica ou simbólica é desvendar essas identificações e descobrir suas causas e fins; tem como finalidade res­tituir a pessoa à sua identidade própria, descobrindo o sentido de suas alienações.

    O papel do sonho, talvez o mais funda­mental, é estabelecer no psiquismo de uma pessoa uma espécie de equilíbrio compen­sador. Ele assegura uma auto-regulação psicobiológica. A carência de sonhos cria de­sequilíbrios mentais, assim como a carência de proteínas animais provoca perturbações fisiológicas. Esta função biológica do so­nho, confirmada pelas mais recentes expe­riências científicas, não deixa de ter conseqüências sobre a própria interpretação, que pode então evocar a lei das relações complementares. O intérprete procurará com efeito a relação de complementação entre a situação consciente vivida, objetiva, do sonhador e as imagens de seu sonho. Porque existe, escreve Roland Cahen, uma relação de contrapeso (de balança) real­mente dinâmica, entre o consciente e o in­consciente, manifestada na atualidade de sua movimentação pelo sonho. . . Os de­sejos, as angústias, as defesas, as aspirações (e as frustrações) do consciente encontra­rão nas imagens oníricas bem compreendi­das uma compensação salutar e, conseqüentemente, correções essenciais. O drama onírico pode conceder o que a vida exterior recusa e revelar o es­tado de satisfação ou insatisfação em que se encontra a capacidade energética (libi­do) do sujeito. Mas, às vezes, a distância entre o sonho e a realidade é tal que adqui­re um caráter patológico e deixa transpa­recer na própria libido um descomedimen­to que nada consegue compensar. Deve-se observar que nos casos normais a compen­sação se produzia, nas perspectivas de Freud, segundo uma linha horizontal, isto é, no mesmo nível da sexualidade, en­quanto, segundo Jung, todo equilíbrio psi­cológico do ser se faz, entre seus planos conscientes e seus planos inconscientes, na dimensão da verticalidade, tal como, num veleiro, o equilíbrio entre a vela e a quilha. No mesmo sentido, para o Dr. Guillerey, toda perturbação psíquica cor­respondia a uma atividade superior entra­vada, e o apelo do herói, no sentido bergsoniano do termo, cumpriria uma função não apenas moral, mas terapêutica, de sal­vamento.

    O sonho, enfim, acelera os processos de individualização que regem a evolução de ascensão e integração do homem. Em seu nível, já tem uma função totalizadora. A análise, como veremos, permitirá que entre em comunicação quase regular com a cons­ciência e desempenhe então um papel de criador de integração em todos os níveis. Não apenas exprimirá a totalidade do ser, mas contribuirá para formá-la.

    Análise do sonho

    A análise dos símbolos oníricos baseia-se em triplo exame: o do conteúdo do sonho (as imagens e sua dramaturgia); o da es­trutura do sonho (em diversas imagens, um conjunto formal de relações de um certo tipo); o do sentido do sonho (sua orienta­ção, sua finalidade, sua intenção). Os prin­cípios de interpretação da análise se apli­cariam aliás a todos os símbolos e não só aos dos sonhos, e, em especial, aos que se exprimem nas mitologias. O sonho pode ser concebido como uma mitologia perso­nalizada.

    O conteúdo do sonho, isto é, a fantas­magoria puramente descritiva, procede do cinco tipos de operações espontâneas: uma elaboração dos dados do inconsciente para transformá-lo cm imagens efetivas; uma condensação de múltiplos elementos numa imagem ou numa seqüência de imagens; um deslocamento ou uma transferência da afetividade para estas imagens de substituição, por meio de identificação, repressão ou sublimação; uma dramatização des­te conjunto de imagens e cargas afetivas numa fatia de vida mais ou menos intensa; enfim, uma simbolização que oculta sob as imagens do sonho realidades diferentes das que são diretamente representadas. No meio dessas formas disfarçadas por tantas operações inconscientes, a análise onírica deverá pesquisar o conteúdo latente dessas expressões psíquicas, que encobrem opres­sões, necessidades e pulsões, ambivalências, conflitos ou aspirações que se escondem nas profundezas da alma. O conteúdo do sonho compreende não apenas as representações e sua dinâmica, mas também sua totalidade, isto é, a carga emotiva e ansiosa que as afeta.

    Fantasmagorias diversas podem encobrir estruturas idênticas, isto é, conjuntos ar­ranjados e articulados segundo o mesmo esquema profundo; inversamente, imagens semelhantes podem aparecer em estruturas diferentes. Numerosos confrontos de ima­gens e de situações sonhadas testemunha­ram uma espécie de temática constante, isto é, um conjunto de esquemas eidolomotores, onde séries de imagens diferentes revelam uma mesma orientação, mesmos sentimentos, mesmas preocupações, bem tomo a existência de uma rede de comuni­cação interna de uma mesma estrutura en­tre os diversos níveis e as diversas pulsões do psiquismo. É possível assim julgar-se o conteúdo latente do sonho. Roger Bastide anota no seu diário: Começo a me tornar africano. Esta noite sonhei com Ogum (deus ioruba do ferro e dos ferreiros). . . um psicanalista teria todas as condições de me mostrar que não fiz mais que trocar de símbolo, que Ogum desempenha exata-mente o mesmo papel nas minhas noites africanas que aquele outro personagem de meus sonhos da Europa. Sob a diversidade dos conteúdos, seria exatamente a mesma estrutura fundamental que apareceria a um analista. Deixaremos pois de lado a materialidade das imagens dos sonhos para ir buscar us estruturas que as enformam. Freud pensava que todos os sonhos de uma mesma noite pertencem a  um mesmo conjunto.

    Esta estrutura do sonho é concebida ge­ralmente como um drama em quatro atos, no qual atua um aparato imaginário que pode variar consideravelmente, embora y quadro subjacente permaneça o menino Roland Cahen resume assim esses quatro atos:

    1.  sua exposição e suas personagens, seu lugar geográfico, sua época, seus cenários;

    2.  a ação que aí se anuncia e se desen­volve;

    3.  a peripécia do drama;

    4.  este drama evolui para seu término, sua solução, sua lyse, repouso, indicação ou conclusão.

    O que complica ainda essa estrutura é que ela deve ser explorada em diferentes níveis, que não deixam de ter interferên­cias entre si. A nível profundo, serão en­contrados problemas metafísicos, que sim­bolizam mais ou menos diretamente us angustiantes questões da ontogênese ou do vida depois da morte. No plano médio, as preocupações sexuais exprimem-se no meio dos símbolos que, de um modo geral, a individualização da adolescência gera. A nível superficial, aparecerão sob uma for­ma simbólica, mais ou menos inacabada, aliás, as preocupações do indivíduo isolado pela complexidade da civilização e equivocando-se sobre as causas de suas dificul­dades de adaptação.

    No meio de todos esses mundos de sím­bolos que, assim classificados, se articulam segundo uma analogia bastante límpida, alguns eixos privilegiados se desenham, por outro lado, com bastante clareza, tais co­mo: a relação quase constante entre a ascensão e a luz (Caslant-Desoille); entre a integração e o calor (Frétigny-Virel). Deve-se notar também as grandes direções analógicas da centralização (Godel), da direita e da esquerda. Essas redes de coordenadas e outras que têm um valor puramente ex­perimental formariam um código de esquemas eidolomotores, graças ao qual se poderia explorar o simbolismo onírico de um modo relativamente científico.

    Enfim, todo sonho possui um sentido. Esse sentido pode ser buscado lá atrás, na causa do sonho: é o método freudiano, etiológico e retrospectivo. Ou adiante: é o método junguiano, Ideológico ou prospec­tivo. Os sonhos, diz Jung, são amiúde an­tecipações que perdem todo o seu sentido se examinadas de um ponto de vista pura­mente causal.

    O sonho, como todo processo vivo, é não somente uma seqüência causal mas também um processo orientado para um fim. ... pode-se pois exigir do sonho - que é uma autodescrição do processo da vida psíquica - indicações sobre as causas objetivas da vida psíquica e sobre as ten­dências objetivas desta. Em lugar de se situar sob a dependência de um consciente que a precede, como acon­tece com a função compensadora, a função prospectiva do sonho se apresenta, ao contrário, sob a forma de uma antecipação, nascida no inconsciente, da atividade cons­ciente futura; ela evoca um esboço prepa­ratório, um bosquejo de grandes linhas, um projeto de plano executivo. Mas essa orientação para um fim é expressa sob a forma de símbolos, e não com a clareza descritiva de um filme de aventuras ou de um encadeamento conceitual.

    Comparando o sonho às construções ima­ginárias feitas em estado de vigília, Edgar Morin estima que: todo sonho é uma rea­lização irreal, mas aspira à realização prá­tica. É por isso que as utopias sociais pre­figuram as sociedades futuras, as alquimias prefiguram as químicas, as asas de Ícaro prefiguram as asas do avião. Cada sonho, dirá Adler, tende a criar o ambiente mais favorável a um objetivo dis­tante. Esta finalidade do sonho é distinta do sonho premonitório dos Antigos: ela não anuncia um acontecimento futuro, re­vela e libera uma energia que tende a criar o acontecimento. É a grande diferença entre o profético e o que se pode prever, entre o divinatório e o operacional. O sonho é uma preparação para a vida (Moeder); o futuro é conquistado em sonhos, antes de ser conquistado nas experiências (de Becker, a propósito de Gaston Bachelard). O sonho é o prelúdio da vida ativa.

    Interpretação

    - O sonhador está no âmago de seu so­nho. Não se deve esperar deste verbete uma chave dos sonhos. Toda esta reunião de símbolos, sejam eles astecas, bantos ou chineses, pôde servir à interpretação dos sonhos. Mas por mais útil que seja, não seria suficiente. O sonho anima e combina imagens carregadas de afetividade: sua lin­guagem é exatamente a dos símbolos. Mas a arte de interpretá-los não depende apenas de regras, procedimentos ou significações codificados e aplicados mecanicamente. É necessária uma compreensão ao mesmo tempo íntima e ampla. O sonhador que possuir este livro poderá ler, nos verbetes que correspondem às imagens de seus so­nhos, os valores simbólicos que são ligados a essas imagens. Nos sonhos, esses valores são fundamentalmente os mesmos que apa­recem nas artes plásticas, na literatura ou nos mitos; como em toda parte, porém, estão em simbiose com outros e especial­mente com um meio psíquico, pessoal e social, portador também de símbolos. É a síntese de todos esses elementos que, a par­tir das luzes dispersadas aqui e ali neste livro, conduzirá o leitor a uma justa in­terpretação de sua experiência e, em geral, de sua vida a nível do imaginário ou da construção de imagens. A verdadeira cha­ve dos sonhos está no molde dos símbolos, percebidos ou despercebidos, mas sempre vivazes no inconsciente. É através de si mesmo que o leitor compreenderá o senti­do dos símbolos evocados neste livro, assim como também o sentido dos sonhos. Ê preciso não esquecer, escreve C. G. Jung, que se sonha em primeiro lugar, e quase exclusivamente, consigo mesmo e através de si mesmo. O célebre analista opõe jus­tamente à interpretação dos sonhos no pla­no do objeto, que seria causal e mecânica, a interpretação no plano do sujeito. Esta estabelece uma relação entre a psicologia do próprio sonhador e cada elemento do sonho, como por exemplo cada uma das pessoas atuantes que nele figuram. Cada uma é como que um símbolo do sujeito. O primeiro tipo de interpretação é analí­tico: decompõe o conteúdo do sonho em sua trama complexa de reminiscências, de lembranças que são o eco de condições ex­teriores. A interpretação do segundo tipo é, ao contrário, sintética: na medida em que separa das causas contingentes os complexos de reminiscências e os apresenta co­mo tendências ou componentes do sujeito, ao qual, por proceder desse modo, os in­tegra de novo. Nesse caso, todos os conteúdos do sonho são considerados como símbolos de conteúdos subjetivos. Poder-se-ia dizer de toda percepção aprofundada e vivida de um valor simbó­lico - que só se realiza evidentemente no plano do sujeito - o que Jung diz do sonhou se acaso nosso sonho reproduz algumas representações, essas são antes de tudo nossas representações, para cuja ela­boração a totalidade de nosso ser contri­buiu; são fatores subjetivos que no sonho (como na percepção do símbolo) se agru­pam de tal ou tal modo, exprimindo tal ou tal sentido, não por motivos exteriores (apenas), mas pelos movimentos mais sutis de nossa alma. Toda esta gênese é essen­cialmente subjetiva, e o sonho é o teatro onde o sonhador é ao mesmo tempo o ator, a cena, o ponto, o diretor, o autor, o pú­blico e o crítico. O sonho do homem é uma manifestação -cósmica e às vezes uma teofania, como um sonho da natureza no homem e um sonho dele so­bre a natureza (Raymond de Becker), ou, segundo os Antigos, um signo de Deus nele e um sinal dele a Deus. As pulsações vin­das dos três níveis do universo e do Ser se conjugam no sonho.

    - O sonhador está no âmago da histó­ria. A interpretação dos símbolos oníricos exige que cada um dos três elementos da análise seja remetido a um contexto, escla­recido por associações espontâneas e, se possível, ampliado, como se fosse uma am­pliação fotográfica.

    A primeira regra, a do contexto, coloca-nos de sobreaviso contra a interpretação de um sonho isolado. Se convém escutar o relato de um sonho, feito com toda a precisão desejável, não é menos necessário conhecer vários sonhos do mesmo sujeito, sonhos ocorridos numa data próxima, de­pois em datas diversas e em lugares di­versos; um sonho faz parte de todo um conjunto imaginativo, é apenas uma cena num grande drama de cem atos diversos. Não se trata de confundir ou sobrepor essas cenas, mas de julgar suas articula­ções. Este contexto implica igualmente o conhecimento do próprio sonhador, de sua própria história, de sua consciência, da idéia que tem de si mesmo e de sua situa­ção. Porque sua vida imaginária é, ...ela própria, parte de um conjunto, que é a vida total da pessoa em sociedade. Esta exigência leva igualmente a se pesquisar os í m b lentes em que o sujeito age c que rea­gem sobre ele. Apesar de sua aparência desalinhavada, o sonho inscreve-se numa continuidade. A interpretação dos símbo­los, noturnos ou diurnos, é uma cadeia sem fim de relações. A inteligência do imaginário não é um simples caso de imagi­nação.

    -  O recurso às associações. A associação acrescenta ao estudo do contexto, de certo modo objetivo, o do contexto subjetivo. O sonhador é convidado a exprimir espontaneamente tudo o que as imagens, u» cores, os gestos, as palavras de seu sonho, tomadas isoladamente ou em grupo, evo­cam nele. É uma ocasião em que ele pode manifestar laços que estavam apenas laten­tes, laços emotivos ou imaginativos insuspeitados.   Essas   associações   são   capitais para   a  interpretação   dos   símbolos,   mas são freqüentemente frágeis, artificiais, mais ou menos desejadas, deformantes e aberrantes, em suma, necessitam de muita cau­tela.

    -  Os bastidores do sonho. A ampliação consiste em  dar  ao  sonho  analisado  seu máximo de ressonância. Chega-se a isso por associações espontâneas do sujeito, ou ins­tando-se para que ele prolongue, continue a cena do sonho, como faria a partir de um dado  vivido no estado de  vigília. A ampliação voluntária pode ser do tipo acor­dado, com um mínimo de controle, ou do tipo do sonho conscientemente dirigido. P, possível, certamente, que ela provoque uma ruptura   de   sentido;   mas   freqüentemente também esclarecerá o sentido do sonho e suas ambigüidades, assim como  as linhas prolongadas   de   um   triângulo   miniatura mostram melhor  o  seu  desenho e como uma projeção ampliada revela melhor um cristal de neve ou os veios de um mármo­re. Se essa ampliação da linha do sonho, feita pelo sujeito, ainda não é o suficiente para decifrar os símbolos, existe uma outra ampliação na qual o intérprete toma a ini­ciativa, recorrendo com uma prudente cir­cunspecção ao imenso tesouro das diversas ciências humanas. Estes paralelos históricos, sociológicos, mitológicos, etnológicos, tirados tanto do folclore como da história das religiões, permitem relacionar o conteúdo do sonho, privado de associações, ao patrimônio psíquico e humano geral. Este tipo de  ampliação é característico da escola de Jung e, manipulado com uma sábia reserva, decifrou mais de um enigma. Num ensaio de socio­logia do sonho, Roger Bastide mostra bem este arraigamento social do imaginário: Etnólogos mostraram claramente o que se poderia chamar de os bastidores dos so­nhos: o sonhador vai procurar todos os aparatos de seus sonhos na vasta panóplia de representações coletivas que sua civili­zação lhe fornece, o que faz com que a porta esteja sempre aberta entre as duas metades da vida do homem, que mudan­ças incessantes se efetuem entre o sonho c o mito, entre as ficções individuais e as restrições sociais, que o cultural penetre no psíquico e que o psíquico se inscreva no cultural.

    Sonho e símbolo, princípios de integração

    A interpretação do sonho, como a decriptação do símbolo, não são apenas res­postas a uma curiosidade do espírito. Ele­vam a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Só por esta qualificação, e no plano do psiquismo mais normal, a análise onírica ou simbólica é uma das vias de integração da personali­dade. O homem mais bem esclarecido e equilibrado tende a substituir o homem despedaçado entre seus desejos, suas aspi­rações e suas dúvidas, e que não se com­preende a si próprio. O professor C. A. Meier, que Roland Cahen cita, diz com razão: a síntese da atividade psíquica cons­ciente e da atividade psíquica inconsciente constitui a própria essência do trabalho mental criador.


    2)A História da Terapia Holística

    "Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos"

    (paráfrase sobre texto de 1986,

    do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico - de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico - de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por "sincronicidades", por "sinais", cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este "status", o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os "iniciados" compreendiam as "instruções" incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História "ocidentalizada" registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem "científica", ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro "médico", já que estabeleceu "doenças" como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo "desmembramento de seus componentes". Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de "doenças" que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

    trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este "movimento separatista elitizado", continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem "científica" e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o "consolo espiritual" da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência "exata"...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a "desumanização" do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte --importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva - da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas - a história, a filosofia, a literatura e a psicologia - não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de "A (re)humanização da medicina",

    de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

    e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada "Revolução Aquariana". Movimentos "hippies", de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura "científica", onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais "científico". Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas "traduzidas" para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.


    3) Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Jung, Freud e o Cálice Terapêutico - Ilustração de Henrique Vieira Filho

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje... A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:
    *
    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho



    Estruturas da Psique:
    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente: CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento; PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência; INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo. As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada. Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia. A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos. M

    uitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras. Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo. A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições.

    Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística. Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas. Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas". De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente. Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.
    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva.

    Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação (assista a vídeo-aula sobre Psicoterapia Junguiana em Vídeo Aula - Introdução à Psicoterapia ).

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta...

    Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves. Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos. A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos... A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora "explicações", "boas razões", para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa. A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava. A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça". 5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes. A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...". 6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema. A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...". 7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico... A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...". 8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida... A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão. Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento. Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br (11) 3171-1193

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 07/06/2011 10:44


    OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS

    OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS  


      Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989 

    EPÍGRAFE  

    "Navegar é preciso, viver não é preciso"

                                   Fernando Pessoa. 

    "Viajar é preciso, viver não é preciso" 

                      DEDICATÓRIA 

            Dedico este trabalho a minha filha Giulia Beatriz Torres Marquezini, principal personagem de minha Lenda Pessoal. 

    AGRADECIMENTOS 

    Agradeço a Deus, aos meus mentores espirituais, aos ciganos: Rosa e Simão, a todos de minha família cármica e aos clientes e amigos que fazem parte da Teia de Minha Vida.  

    Agradeço a amigos Mestres de meu caminho como Facelucia Barros Côrtes de Souza sempre disposta a me ajudar nas bifurcações e nas certezas da minha Trilha da Vida. 

    SUMÁRIO                                                                      

    1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. pg.8 

    1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia.....................................................pg.9 

    1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e

    Intervenção Sincronística..............................................................................................pg.12 

    1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de

    Autoconhecimento..........................................................................................................pg.13 

    2. METODOLOGIA...............................................................................................pg.14 

    3. DISCUSSÕES ...........................................................................................................pg.15 

    4. RESULTADOS .................................................................................................pg.16 

    5. CONCLUSÃO..................................................................................................pg.17 

    6. REFERÊNCIAS ...............................................................................................pg.18 

    RESUMO 

    Novo método de mudanças pessoais e empresariais é proposto utilizando práticas terapêutica sincronistas. O método está fundamentado, neste trabalho, através das teorias de Carl Gustav Jung, da Física Quântica da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia, nas discussões de Fritjof Capra, mas está baseado, também, no empirismo e na instrumentação do Tarô como oráculo. A metodologia consiste em utilizar consultas, cursos, visitações e viagens dos arquétipos, de forma integrada e natural que facilitem o autoconhecimento. Espera-se como resultado um processo de aprendizagem e autoconhecimento com interesses objetivando aprender a aprender e no aprender a ensinar através de momentos lúdicos, elevando a consciência de grupo e disseminar o respeito para com o objeto de visitação.  


    PALAVRAS CHAVE 

    Sincronicidade. Inconsciente Coletivo. Arquétipos. Insights. Física Quântica. Teoria dos Sistemas. Holismo. Ecologia. Tarô. Viagens. 

                                                                                                                                          8

    1. INTRODUÇÃO 

    Este trabalho visa apresentar uma nova metodologia baseada em conhecimento prático em Tarô Mitológico, roteiros turísticos e culturais com fundamentação teórica em Filosofia, Psicologia e Física, Holismo e Ecologia, para o autoconhecimento pessoal e empresarial, conforme descrito a seguir.

    Ele se baseia, sobretudo, nas práticas aleatórias ou induzidas realizadas, ao longo de 17 anos, utilizando como instrumentos de autoconhecimento, o Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua e os roteiros turísticos e culturais: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru - Formação da Cidade do Salvador.

    No primeiro item serão apresentadas as práticas fundamentadas em conceitos da Teoria da Sincronicidade e também dos conceitos de Inconsciente Coletivo, Arquétipos e Insights de Carl Gustav Jung, da Física Quântica, da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia na visão de Fritjof Capra, que serão discutidas, traçando um estudo cronológico de tendências dos pensamentos filosóficos e científicos.

    Em segundo item será avaliado o Tarô, seus arquétipos, a simbologia e a os fenômenos sincronísticos, aliados a uma breve avaliação de marcos históricos e religiosos que validam a importância dos deslocamentos (passeios e viagem), como componentes de autoconhecimento.

    A metodologia é a práxis do autoconhecimento e desenvolvimento de pessoas e empresas, onde serão associados os conceitos do primeiro capítulo e "arquetipizados" os atores, conteúdos, integrados aos lugares visitados. Os resultados são baseados nesta prática dos conceitos discutidos.

    A idéia é contribuir para visão holística do mundo contemporâneo e tornar esta prática reconhecida no sistema das terapias da sincronicidade. 

    1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria Dos Sistemas, Holismo e Ecologia. 

    Após o mundo mágico dos tempos antigos, a filosofia aristotélica e teologia cristã que marcaram o período medieval, as teorias cartesianas e mecanicistas, trouxeram, sob a ótica das ciências, a individualização, a separatividade e a redução do sujeito, como sintetizado abaixo:

                "Nos séculos XVI e XVII a visão de mundo medieval, baseada na filosofia aristotélica e na teologia cristâ, mudou radicalmente. A noção de um universo orgânico, vivo e espiritual foi substituída pela noção do mundo como uma máquina, e a máquina do mundo tornou-se a metáfora dominante da era moderna. Essa mudança radical foi realizada pelas novas descobertas em física, astronomia e matemática, conhecidas como Revolução Científica e associadas aos nomes de Copérnico, Galileu, Descartes, Bacon e Newton. Galileu Galilei expulsou a qualidade da ciência, restringindo esta última ao estudo dos fenômenos que podiam ser medidos e quantificados." (CAPRA, Teia da Vida, 1996). 

    Com a Revolução Científica a qualidade desaparece da análise, os fenômenos passam a ser medidos e quantificados. Os cincos sentidos, a estética, a ética, a alma, a consciência e o espírito são extintos (LAING apud CAPRA, 1996). O pensamento analítico de Descartés, com os fenômenos sendo analisados em partes para se chegar ao todo, impera.

    Com a chegada do século XVIII e os diversos fracassos científicos, a busca é pela sobrevivência do cartesianismo, porém ao final daquele século e inicio do século XIX a arte, literatura e filosofia se contrapõem as ciências e retornam a idéia da terra como um ser vivo e provocam mudanças significativas, através de poetas, como o inglês romântico William Blake que, entre seus pensamentos, está a da falência do mecanicismo e reducionismo científicos, como se pode ver no verso: "Possa Deus nos proteger da visão unilateral e do sono de Newton". (BLAKE apud de Capra, 1996)

    Goethe, poeta romântico alemão, analisa uma "ordem móvel" da natureza e da forma das relações do todo, que segundo Capra (1996) vai ser a linha de frente da concepção sistêmica.

    Porém em meados do século XIX há um retrocesso e as explicações físicas, biológicas e químicas da vida passam a ser o centro das discussões. Algumas descobertas e teorias propiciam isto, como por exemplo, a descoberta das células.

    Nessa "gangorra" de conceitos científicos, no inicio do Século XX os biólogos e bioquímicos organicistas voltam a se opor aos mecanicistas, retornam a idéia dos românticos e de Aristóteles e ao conceito de sistemas. As células combinadas levam aos tecidos, órgãos e organismos, que atestam a soma das partes formando o todo.

    A Física apresenta mudanças substanciais, a exemplo de Werner Heisenberg, um dos percussores da Teoria Quântica:

    10

      "O mundo aparece assim, como um complicado tecido de eventos, no qual conexões de diferentes tipos se alternam, se sobrepõem ou se combinam e, por meio disso, determinam a textura do todo." (HEISENBERG, apud CAPRA, 1996).  

    Na Psicologia, os alemães com a Teoria da Gestalt, Max Wertheimer e Wolfgang Kõhler, criam uma terceira forma de pensamento, que nem era o mecanicismo da Revolução Científica e tão pouco o vitalismo dos organicistas com a Teoria das Células, onde a idéia central era de que o todo era mais que a soma das partes.

    Porém, anterior as teorias "gestaltianas", Carl Gustav Jung, médico e psiquiatra, em suas experiências a partir da teoria da Livre Associação de Freud, pai da Psicanálise e de quem foi discípulo, contribuiu com conceitos que mostraram que as coisas tendiam acontecer e serem representadas por símbolos e que havia uma memória mental, além do individuo e que esses optam por acessá-la ou não, como produto do livre arbítrio e de suas intelectualidades.

    Estava criada a Teoria da Sincronicidade "coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos" (JUNG, 2000), observada em acontecimentos sem relação de causa e efeito, um interior e outro exterior ao individuo, que podem se materializar em forma de símbolos e eventos que costumamos chamar de "acaso" ou "coincidências", como por exemplo: desejar algo e recebê-lo de presente.

    A partir do conceito de sincronicidade se pode perceber que para que ocorressem fenômenos sincronísticos era preciso mais do que o desejo individual e assim nascia a Teoria do Inconsciente Coletivo, que pode ser explicado como uma fonte de todo conhecimento que se situa fora da alma humana, um conhecimento absoluto.

    Esse "local coletivo" é como uma memória de "computador", onde estão "salvos" aprendizados, energias e tendências que podem ser acessados através de Arquétipos em situações espontâneas como em crises, sonhos, febres, perturbações, fenômenos de sincronicidade ou situações de indução. Nas formas indutivas, podemos classificar as terapias que utilizam oráculos.

    Esses "acessos" a consciência maior na teoria junguiana, são os "Insights": lembrança simbólica repentinas de uma consciência maior, que podem ser decifradas através da tomada de consciência, quer espontânea ou induzida por técnicas terapêuticas.

    O uso da mitologia nas ciências é baseado nas histórias e nos arquétipos e revelam verdades profundas que muitas vezes não estão evidentes para a consciência, existe independente do mundo e são instrumentos de acesso ao que Freud chamou de Inconsciente e que Jung classificou como interno e externo, recebendo este último o nome de Inconsciente Coletivo.

    As teorias de Jung foram baseadas em várias teorias cientificas como as de Hipócrates: "simpatia de todas as coisas", a "união por um vínculo entre o que chamou de sensível e supra-sensível" de Teofastro, em Zózimo e suas alquimias, entre outros. Porém, serão nas teorias de Schopenhauer e Gottfried Wilhelm Leibniz as mais consideradas por Jung. Com o primeiro dialogou com o que chamou de "simultaneidade significativa" batizando o termo "sincronicidade", já de Leibniz utilizou os conceitos da "realidade através de quatro princípios: espaço, tempo, causalidade e correspondência", só discordando sobre a constância destes fatores, pois para Jung os "eventos sincronísticos" ocorrem irregularmente, de forma esporádica (CAPRIOTTI, 2007).

    A partir do século XX proliferam as teorias chamadas "holísticas" e "sistêmicas" e a ecologia, para dar conta de um mundo repleto de tecnologias e um exemplo do pensamento sistêmico se pode observar no trecho abaixo:

      "Uma visão holística, digamos, de uma bicicleta significa ver a bicicleta como um todo funcional e compreender, em conformidade com isso, as interdependências das  suas partes. Uma visão ecológica da bicicleta inclui isso, mas acrescenta-lhe a percepção de como a bicicleta está encaixada no seu ambiente natural e social - de onde vêm as matérias-primas que entram nela, como foi fabricada, como seu uso afeta o meio ambiente natural e a comunidade pela qual ela é usada, e assim por diante. Essa distinção entre "holístico" e "ecológico" é ainda mais importante quando falamos sobre sistemas vivos, para os quais as conexões com o meio ambiente são muito mais vitais.O sentido em que eu uso o termo "ecológico" está associado com uma escola filosófica específica e, além disso, com um movimento popular global conhecido como "ecologia profunda"

      (CAPRA, A Teia da Vida, 1996). 

    Todos estes conceitos, ciências, terapias têm como objetivo descobrir o objetivo e as melhores formas de relação do homem com a vida e, em resumo, descobrir a felicidade. As técnicas na contemporaneidade são inúmeras. O filósofo brasileiro descendente de libaneses, empresário e faixa preta em artes marciais, Talal Husseini, ao ser entrevistado pelo Jornal a Tarde em Salvador, onde fora lançar seu livro Paz Guerreira - O Caminho das 16 Pétalas, afirma: "Nós perdemos muito tempo porque não desenvolvemos certas faculdades mentais, como concentração, imaginação, memória, discernimento, consciência e atenção." (HUSSEINI, 2011).

    Diante desta análise cronológica, a questão é: no século XXI as ciências e os ideais ecológicos e de sustentabilidade darão conta das almas e dos homens? 

    1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e Intervenção Sincronística. 

    A origem das cartas de Tarô ainda é muito obscura, fazem parte da bibliografia do ocultismo e exercem fascínio nas pessoas há pelo menos 600 anos, visto que alguns pesquisadores dão conta de sua presença na Europa do século XVI.

    Alguns acreditam que tenha surgido no antigo Egito, nas crenças célticas pagãs ou nos ciclos da poesia romântica do Santo Graal na Idade Média da Europa.

    Percussor de nossas atuais cartas de jogar, divididas em naipes: paus, ouros, copas e espadas trazendo ilustrações de figuras e situações que, como no exemplo dos sonhos, representam insights, conteúdos da psique humana, trazem o consciente e inconsciente do sujeito e dá acesso ao que Jung chamou "Inconsciente Coletivo".

    Funciona como um caminho de observação para que venham à tona os aspectos negligenciados do sujeito de análise, utilizando figuras arquetípicas.

    Uma das formas de utilizar as cartas de Tarô como instrumento de autoconhecimento é observar o que Nichols (1980), chamou de Mapa da Jornada dos Arcanos, conjunto de 22 cartas repletas de símbolos, conhecidas como Arcanos Maiores.

    O Louco é um personagem para alguns baralhos sem número, para outros recebe o número 22.  O fato é que funciona como um coringa, representando a força que impulsiona a jornada. A curiosidade é a mola que impulsiona a seguir, um viajante que se lança na estrada, sempre buscando, se aventurando e caminhando. Ele transita entre todos os símbolos das cartas, da primeira carta que recebe o nome de O Mago à vigésima primeira, o Julgamento, no Mapa da Jornada. São representadas estações de amadurecimento do herói, o Louco, e podem ser associadas aos estágios inconscientes aplicados a processos terapêuticos holísticos.

    São 22 estações de aprendizados, chamados de Arcanos maiores, 56 cartas chamadas de Arcanos Menores, explicações, detalhamentos das estações de aprendizado subdivididas em 4 naipes de 14 cartas, agrupadas por área de significação. Paus que representa o aspecto espiritual, Ouros o físico, Copas o emocional e Espadas o mental. Somadas são 78 arcanos.

    Seja no Mapa da Jornada de Sallie Nichols, seja em diversas obras e terapias e vivências de Tarô que sugerem caminhos, viagens e movimento, os arquétipos do Tarô são fortes instrumentos de movimentação interna e se associados a fluxos externos, como deslocamentos, caminhadas, trilhas, peregrinações ou viagens de lazer ou negócios, desde que objetivando os "insights e sincronicidades", podem ser potencializados. 

    13

    1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de Autoconhecimento. 

    Os motivos religiosos figuram como umas das primeiras motivações de deslocamentos dos povos.

    Vários foram os momentos culturais de vulto onde a viagem, o deslocamento é o instrumento de mudança, seja na fuga guiada por Moisés pelo Mar Vermelho ou na saída de Maomé e seu povo de Meca ou nas viagens a Terra Santa e a Roma pelos cristãos ou na contemporaneidade as viagens a Santiago de Compostela pelos místicos e católicos ou a ida a Israel pelas mais diversas religiões cristãs..

    As Cruzadas, as Grandes Navegações, as dominações, as colonizações, a Primeira e Segunda Guerra, mudaram a face da humanidade, as fronteiras e a alma humana.

    Hoje nas práticas turísticas se observa um numero grande de ações religiosas, culturais e místicas como ingrediente, onde se busca o conhecimento do externo tendo como instrumento as viagens, o deslocar-se para retornar a si. Muitos são as trilhas e caminhadas com intenções religiosas ou místicas criadas pelo mundo.

    Paulo Coelho em suas obras trata sempre desta instrumentação para alquimia pessoal e a utiliza para criar seus enredos. Para escrever o Alquimista foi as Pirâmides do Egito e ao Deserto de Saara, o que significa que em nossas trilhas pessoais podemos achar caminhos, criar atalhos, virar esquinas, buscar saídas, encontrar e ser encontrado, escutar o vento, perceber os sinais, acessar as memórias das árvores ou das pedras e viajar em busca do que está dentro de cada um. Enredando a magia dos "insights", dos sinais, das sincronicidades: "- Esta é a magia dos sinais - continuou o rapaz. - Tenho visto como os guias lêem os sinais do deserto, e como a alma da caravana conversa com a alma do deserto." (COELHO., O Alquimista, 1988). 

    2. METODOLOGIA 

    A metodologia utilizada por ser exemplificada com uma visita o Centro Histórico de Salvador, onde ficando-se atentos aos aspectos culturais materializados na arquitetura, no modo de vida dos habitantes locais e ancorados nos personagens da literatura de Jorge Amado, se pode correlacionar tanto o arquétipo do Quincas Berro D' água ou de Tereza Batista, quanto às cartas do Diabo ou da Força no Tarô. O simbolismo do que se deixa levar pelos vícios ou pela luxúria podem desencadear fenômenos sincronísticos que podem levar a compreensão individual e coletiva do visitante.

    Ao se deparar com o passado nas visitas aos engenhos do Recôncavo Baiano é possível ter insghts sobre o dia a dia de e os planejamentos empresariais, bem como sobre formato das relações profissionais.

    Ou então, simplesmente caminhar a beira da praia saudando a "avó Lua", simultaneamente observando como caminhamos em nossa vida, tendo lampejos da forma, as distrações e as inflexibilidades.

    A metodologia utilizada e associar à técnica de jogos e tiragem de cartas dos Arcanos Maiores do Tarô Mitológico as realizações de trilhas urbanas ou não, viagens e caminhadas. Ou simplesmente usar as viagens e visitas como autoconhecimento.  


    3. DISCUSSÕES 

    Ninguém volta de uma viagem igual, seja de férias, a trabalho ou direcionada ao autoconhecimento.

    Há  quem acredite que as viagens, os aeroportos, as rodoviárias e as estradas são palcos onde o fenômeno da sincronicidade, o acesso ao inconsciente coletivo e a ancoração dos arquétipos, encontram terreno fértil. O fato é que quando estamos mais relaxados e em estados de crise ou felicidade estes aprendizados são mais eficazes.

    É evidente que se estivermos mais atentos aos aprendizados que as viagens podem nos proporcionar, ao contrário de quem viaja para fugir da realidade ou em turismo de massa, os aprendizados acontecerão.

                  "Eu acabara de escrever "As Valkirias", e estava no aeroporto de Brasília, esperando a hora de embarcar; para distrair-me, comecei a imaginar que capa deveria colocar neste novo trabalho. O avião atrasou, comecei a passear pelo saguão, e  descobri uma pequena galeria de arte no segundo andar, onde vi um quadro do Arcanjo Miguel, tema central do livro. Bastou ler a assinatura da pintora - Valkiria - para decidir que aquele quadro seria a capa. As coincidências não param ai.  "As Valkirias" foi publicado no dia 3 de agosto de 1992. Na semana seguinte, meu editor recebeu uma carta da pintora: "Faz exatamente um ano - 3 de agosto de 1991 - que terminei uma restauração numa igreja de Goiás.  Fiz sem cobrar nada, apenas por amor.  Neste dia, o padre me chamou e disse: "Deus encontrará uma maneira de lhe pagar.  Em um ano, um trabalho seu será muito conhecido".)COELHO, http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/ - postado em 18/01/10).

    Paulo Coelho e a pintora estavam atentos aos aprendizados e esta experiência nos faz afirmar que podemos usar desses expedientes para o autoconhecimento.

    Os locais e experiências culturais podem desenvolver pessoas e empreendimentos; há sempre um aprendizado ao virar uma esquina e isto não é produto de "acaso" ou mérito do marketing de destinos. Em um universo de tantas ofertas, mesmo que sem se dar conta, qual o aprendizado de ter escolhido Miami ao invés de Machu Picchu. E se ao início, durante e ao término se fizer uma associação às cartas do Tarô, isto se potenciará. 


    4. RESULTADOS  

    Espera-se conduzir o viajante ou visitante a aprender mais ou tanto em uma viagem de trabalho em um centro cosmopolita., quanto ao peregrinar no Caminho de Santiago de Compostela, por um mês, a pé para acessar o autoconhecimento.

    Assim como agendamos um jogo com uma taróloga ou marcamos uma consulta em um psicanalista, após lhes conhecer o oráculo e o método, espera-se poder agendar, propositalmente, uma forma e um destino para nosso aprendizado ou apenas observar viagens necessárias ou escolhidas.

    Assim, viajar pode ser uma experiência muito mais rica, aliando arquétipos do Tarô, as técnicas de terapias da sincronicidade como instrumento de busca de respostas que povoam o mais profundo do viajante, o inconsciente.

    E diante de um mundo contemporâneo onde os bens selecionados pela sociedade, chamada de Sociedade do Espetáculo, segundo Debord (1997), produzem isolamento, as viagens em grupo ou individual por seu componente sistêmico e de inter relações, podem ser profundamente integradoras, conduzindo mais facilmente ao inconsciente coletivo e as sincronicidades.

    Os resultados destas práticas têm sido atestados por clientes que optam pelo Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua, Roteiros: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru e Formação da Cidade do Salvador, que aliam o aprendizado sócio cultural a busca interior induzida ou que relatam suas descobertas aleatórias em viagens de trabalho e lazer, parte de suas agendas. 

    5. CONCLUSÃO 

    Os 17 anos de prática com Tarô Mitológico, fundamentado pelos conceitos e teorias de Jung, aliado ao desenvolvimento de roteiros turísticos históricos sociais e culturais e aos valores tem atingido um objetivo maior que é o desenvolvimento de pessoas e empresas dentro de padrões de qualidade humana, sustentabilidade e ecologia profunda discutidas neste texto com as pesquisas de Capra.

    A missão do programa de consultas, cursos, visitações e viagens é contribuir com a vida no planeta com roteiros e visitas que facilitem os processos de aprendizagens e autoconhecimento, com interesses objetivados no aprender a aprender e no aprender a ensinar, através de momentos lúdicos, eleva a consciência de grupo, dissemina o respeito para com o objeto de visitação, cultura local, meio ambiente e parceiros contidos no programa.

    Esta Prática Terapêutica Holística de Sincronicidade é uma Lenda Pessoal parte do Inconsciente Coletivo, descoberta através de Insights em sincronicidade com crescente sistema de outras Lendas Pessoais e diversas Teias.  

    6. REFERÊNCIAS 

    CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida.S.Paulo: Cutrix, 1996.

    COELHO, Paulo. O Alquimista. S. Paulo: Editora Rocco, 1988.

    _____________. As Valkirias. S. Paulo: Editora Rocco, 1982.

    DEIKE, Begg. Sincronicidade. S. Paulo: Cultrix, 2004.

    DEBORD , Guy. A Sociedade do Espetáculo. S. Paulo: Contraponto Editores, 1997.

    GREENE, Liz e SHARMAN - BURKE, Juliet. O Tarô Mitológico. Uma Abordagem para a Leitura do Tarô. S.Paulo: Siciliano, 1988.

    JUNG, Carl Gustav. Sincronicidade - Um princípio de Conexões. S>Paulo:Vozes,2000.

    JAWORSKI, Joseph. Sincronicidade - O Caminho Interior da Liderança. S.Paulo, Best Seller, 2005.

    MACGREGOR, ROB e Trish. Os 7 Segredos da Sincronicidade. Estrela Polar, 2011.

    NICHOLS, Sallie. Jung e o Tarô - Uma Jornada Arquetípica. S.Paulo: Cutrix, 1980.   

    Entrevista publicada na Revista Muito numero 168 de 19 de junho de 2011 em Salvador/BA de Talal Husseini autor de Paz Guerreira o Caminho das 16 Pétalas. S. Paulo: Edições Nova Acrópole, 2011. 

    http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/. Acesso 20 de junho, 2011.

    Autor: : Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989
    Última atualização: 04/07/2011 14:18


    TERAPIA HOLÍSTICA COM “LIFE COACHING”

    TERAPIA HOLÍSTICA COM “LIFE COACHING

    Escola Humanista

    SIDNEY ROSA NASCIMENTO JUNIOR - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 44269

     Trabalho apresentado ao SINTE  Sindicato dos Terapeutas - Holística 2012

     

     BRASÍLIA – DF

     

    2012

      O ser humano traz no coração a certeza de que todas as pessoas são semelhantes... Tudo está aí neste subsolo da Humanidade, neste subsolo de homens e de mulheres deste planeta; tudo está aí para forjar um mundo mais humano (ANDRÉ ROCHAIS, 1980).

     

     

    2012

    SUMÁRIO

                           Pag.

    RESUMO...................................................................................................          2

    INTRODUÇÃO ..........................................................................................           3

    Objetivo Geral ....................................................................................          4

    CAPÍTULO I – METODOLOGIA ...............................................................          5

    1 - Por que Terapia Holística. ...........................................................          5

    2 - Por que Life Coaching..................................................................          6

    3 – Por que Humanista ......................................................................          7

    CAPÍTULO II – A PESQUISA HUMANISTA..............................................        11

    1 – Contribuição de Carl Rogers.......................................................        11

    2 - Contribuição de André Rochais ..................................................        11

    4 – As Oficinas de Crescimento e Vida.............................................        14

    CAPÍTULO III – RESULTADOS .................................................................        16

    CAPÍTULO IV – DISCUSSÃO ....................................................................        17

    CAPÍTULO V – CONCLUSÕES  ................................................................        19

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................        20

     

     

     

     

     

     

     

     

    RESUMO

    Neste trabalho será apresentada uma síntese das descobertas dos mestres humanistas Carl Rogers (1961) e André Rochais (1985). O Capítulo I é dedicado à conceituação dos termos e processos utilizados. No capítulo II é abordada a narrativa teórica das principais linhas humanistas e da adaptação dessa escola para a realidade brasileira, levando-se em conta os aspectos culturais, econômicos e sociais. No capítulo III são relatados dois casos de sucesso. Num segundo momento será abordada a discussão dessas práticas e a conclusão final.

     

     

    INTRODUÇÃO

    NASCIMENTO JUNIOR Sidney R. A Terapia Holística com “Life Coaching” – Escola Humanista. Brasília, Distrito Federal, 2012. Propositura de palestra para a Holística 2012. SINTE – Sindicato dos Terapeutas.

    O primeiro contato do autor com a linha humanista se deu no início da década de setenta, quando se encantou pelas descobertas de Rogers no livro “Tornar-se Pessoa” (ROGERS, Carl R. – On Beioming a Person, 1961).

    Outros pesquisadores e pedagogos abarcaram essas descobertas. No Brasil, o pedagogo e filósofo Paulo Freire foi um dos principais seguidores.

    Posteriormente, o autor conheceu o fabuloso método denominado Personalidade e Relações Humanas – PRH, fruto das pesquisas do psicopedagogo francês “André Rochais”.

    Sua participação em diversos cursos com esse método produziu resultados surpreendentes. Houve excelente ganho de qualidade de vida e a melhoria das suas relações em todos os setores: casal, família, trabalho, grupos variados e outros.

    Ao sentir em si mesmo esses excelentes resultados, o autor ingressou na Formação Pessoal Metódica – FPM e na Formação para a Relação de Ajuda – FRA. Cursos formativos oferecidos por PRH.

    Por se tratar de formação continuada, prosseguiu e ainda segue se atualizando naquela fonte. Com a formação e a prática como profissional independente na relação de ajuda, criou as Oficinas de Crescimento e Vida – OCV.

     Possuidor da formação em coaching, o autor juntou as novidades e eficácia deste processo com os fundamentos humanistas. As Oficinas de Crescimento e Vida possuem metodologia própria, segundo este embasamento.

    Nestas, além dos cursos oferecidos, há o regular acompanhamento individual ou em grupo específico (casal, família ou trabalho).

    São utilizados os princípios da Psicoterapia Holística, com base nas propostas rogerianas.

    Esse experimento pessoal e profissional dão a segurança e a motivação para a apresentação deste trabalho para a comunidade terapeuta.

     

    OBJETIVO GERAL

    O objetivo deste trabalho é demonstrar para a comunidade terapêutica a eficácia da Terapia Holística com Life Coaching e fundamentos da psicopedagogia humanista.

     

    Palavra-chave: Psicopedagogia Humanista. Atividade centrada na Pessoa. Vida em Plenitude. Life Coaching. Terapia Holística.

     

     

     

    CAPÍTULO I - METODOLOGIA

    Conceituação Metodológica

    1. Por que Terapia Holística?

    As línguas vivas, e o português é uma delas, são evolutivas. Com o passar do tempo, surgem novos vocábulos. Outros vão ampliando seu significado. Um caso típico desta ampliação se deu com a palavra “Terapia”. Segundo o dicionário Houaiss (2009) a palavra “Terapia” significaria: tratamento de doentes[1].

    Entretanto, a evolução das práticas terapêuticas mudou essa definição. Hoje há um consenso definindo “Terapia” como:

    “Toda intervenção que visa tratar problemas somáticos, psíquicos ou psicossomáticos, suas causas e seus sintomas, com o fim de obter um restabelecimento da saúde ou do bem-estar.

    Intervenção, restabelecimento e bem-estar são palavras chaves. Terapia, portanto, já não é de uso exclusivo da área da medicina ou da psicologia. O termo intervenção lhe dá um sentido amplo. Vai além do tratamento de doentes.

    Por exemplo: hidroterapia significa exercício na água orientado por um profissional não médico ou psicólogo. Há outras tantas especialidades semelhantes.

    A expressão “Terapia Holística” refere-se à compreensão da realidade como um todo integrado (Terapia = harmonizar, equilibrar; Holística = do grego holus: totalidade).

    Esta modalidade utiliza uma somatória de técnicas milenares e modernas, sempre suaves e naturais. Proporciona harmonia, autoconhecimento e incrementa a capacidade de a pessoa ser bem-sucedida. Gera mais Qualidade e Bem-Estar na vida[2].

     

    Em síntese, a Terapia Holística utiliza-se de técnicas alternativas, não invasivas. Busca alinhar as energias da pessoa, esta considerada única e, ao mesmo tempo, integrada ao Universo Cósmico. Ela não trata de doenças ou de cura e sim de realinhamento de energias ou aprendizado.

    Obviamente, uma pessoa equilibrada e com bem-estar estará menos sujeita às doenças. Sua energia interior poderá produzir cura natural, como consequência e não como objeto do tratamento da Terapia Holística.

    1. Por que Life Coaching?

    A tradução literal minimiza a abrangência da técnica: Life: vida; Coaching: treinamento (Treinamento para a vida). Trata-se de um processo com o fim específico: alavancar a pessoa para encontrar o máximo de si.

    Por isso, não é fácil definir tal processo. A definição mais aceita para coaching é:

     “Processo de estímulo para que a pessoa se desenvolva e se torne mais efetiva (metodologia personalizada) com foco em ações praticadas para a realização de suas metas e desejos, com base no refinamento e desenvolvimento de suas próprias competências”.

    A palavra “coaching” tem origem na Europa. O Espanhol designa veículos como “coche”. Vem das antigas carruagens.

    A carruagem servia para conduzir a pessoa com rapidez, segurança e com um mínimo gasto de energias. O destino é determinado pelo passageiro e não pelo condutor. Por analogia, o processo é o mesmo oferecido pelos taxis de hoje.

     

    Essa imagem representa razoavelmente o processo de coaching. De modo semelhante, coaching é um processo cujo objetivo é o de conduzir a pessoa até um determinado ponto por ela (pessoa) escolhido.

    No lugar do condutor (cocheiro ou motorista) está o “coach”. Seu papel é o de ajudar, orientar, aconselhar, facilitar, questionar o “coachee”  (pessoa orientada) a chegar eficazmente ao seu destino de crescimento.

    Para isso, o coach e coachee negociam um plano de ação. É comum elaborar também um plano alternativo (plano B). Contudo, caberá sempre ao coachee a escolha e a decisão sobre todo o projeto.

    Durante a elaboração dos planos e do processo de execução, o coach utiliza as chamadas “perguntas poderosas” para ajudar o coachee prosseguir no seu itinerário.

    O projeto deve ter o ponto inicial, a meta a alcançar, os pontos de avaliação e o tempo necessário em cada etapa. Sempre haverá uma avaliação em todos os sentidos (360º) para produzir feedbacks (retorno) ao coachee.

    Existem várias modalidades de coaching. A maioria voltada para atividades empresariais. Recentemente, foi criada a versão para a pessoa e suas relações próximas. Isto é, fora do ambiente de trabalho, sem, contudo, excluí-lo.

    Ou seja, se o processo é eficaz no desenvolvimento da pessoa dentro da empresa, por que não ampliá-lo para a vida cotidiana do indivíduo? O life coaching veio responder este questionamento.

    Assim como nos Coaching tradicional, existem muitass escolas de life coaching. Aqui será abordada a metodologia humanista. A versatilidade da psicopedagogia humanista com a também versatilidade do processo criou uma associação perfeita.

    1. Por que Humanista?

    A respeito da psicopedagogia humanista, a professora Tereza Cristina B. Siqueira assim se expressa:

    “A Psicologia Humanista fundamenta-se nos pressupostos da Fenomenologia e Filosofia Existencial; é centrada na pessoa e não no comportamento, enfatiza a condição de liberdade contra a pretensão determinista. Visa à compreensão e o bem-estar da pessoa não o controle. Segundo esta concepção, a psicologia não seria a ciência do comportamento, seria a ciência da pessoa.

    Caracteriza-se também, por uma contínua crença nas responsabilidades do indivíduo e na sua capacidade de prever que passos o levarão a um confronto mais decisivo com sua realidade[3]”.

    Os principais constituintes deste movimento são: Carl Rogers (1985), Abraham Maslow (1908) e André Rouchais (1990).

    Na prática humanista há um redirecionamento da terapia convencional (diretiva) e focada no trauma, para uma postura de confiança na pessoa e na sua capacidade de crescimento e de autogestão da própria vida. Baseia-se na escuta ativa, sem grades de leitura ou preocupação com diagnósticos.

                    Sem querer fazer qualquer vínculo religioso, é interessante lembrar que Tereza d’Ávila, considerada doutora da Igreja Católica, já dizia no início do século XVI:

    quando algo em nós está funcionando mal é porque alguma virtude está precisando crescer”.

    Uma das principais descobertas de Rogers é a de que toda pessoa tem um núcleo essencialmente positivo ao qual chamou de “Self”. Dessa premissa partiram todas as suas teses, tendo como objetivo final levar a pessoa “ser aquilo que realmente é[4].

    O Self de Rogers

    Núcleo

    Essencialmente

    Positivo

     

                          

     

            

    Tal como na terapia holística, a pessoa é vista como um todo.

    Caberá à própria pessoa encontrar dentro de si as respostas para suas dificuldades. Descobrir as causas (ou holisticamente, canalizar energias). Ganhar estatura emocional.

    Assim, ancorada em um porto seguro em si mesma, livrar-se dos funcionamentos indesejáveis.

    Isso significa primeiramente que ela deve crescer em suas capacidades de gerir a própria vida. Tomar posse de sua real identidade interior, formada por potencialidades, habilidades e capacidade de discernimento, livre e inteligente de si mesma.

    A segunda fase se inicia de modo natural. Decorre do crescimento interior. Nela há uma reordenação da própria vida. Uma reeducação compatível com a nova estatura adquirida.

    É preciso haver uma quebra de muitos paradigmas, dogmas e princípios. Talvez, fundamentais para sobrevivência no passado. Porem, hoje, desnecessários.

    Dificilmente haverá crescimento enquanto a pessoa permanecer presa a essas referências. Foram adquirida e não pertencem à essência da sua natureza. Por isso impedem a pessoa de ser sim mesma. Ela vive uma verdadeira escravidão inconsciente aprisionada por essas regras ou dogmas.

    A pessoa assim possuída fica incapacitada de tomar boas decisões. Escuta o que não é seu (o que foi adquirido). Vive insegura e à mercê da imagem que constrói para “parecer” segundo a exigência do entorno. Ou seja: daquilo que os outros “acham”.

    Diante dessa insegurança de atender os desejos alheios, vive a procura explicações ou justificativas para se defender de eventuais faltas.

    Enfim, para não entrar numa exaustiva explanação teórica, é possível extrair para este trabalho alguns conceitos básicos da psicopedagogia humanista, assim resumidos:

    1. Todo ser humano é capaz de decidir por si mesmo como conduzir adequadamente a sua própria vida, sem necessidade de paradigmas, rótulos ou intervenções externas;
    2. Quando isso não acontece, é porque o poder e a capacidade interior de ser si mesmo estão adormecidos ou inibidos. Maslow afirmava que:

    “O homem seria um ser com poderes e capacidades amortecidos, inibidos. Adoecemos, não só por termos aspectos patológicos, mas muitas vezes, por bloquearmos elementos saudáveis.

    A impossibilidade de manifestarmos nossa criatividade e de atualizarmos nosso potencial como seres humanos realizados traria como consequência a neurose”;

    Pouco tempo depois, André Rochais também afirmaria algo semelhante, confirmando essa linha de descobertas:

    “Dormimos sobre tesouros, sobre poços de energia, sobre um vulcão de criatividade, sobre reservas incríveis de amor verdadeiro”.

    1. Cada pessoa é única e possui identidade própria. Entretanto há características universais comuns ao ser humano. O olhar humanista é respeitoso ao direito de cada um ser diferente. Dentro de uma unidade humana há uma diversidade de características individuais.

    Em resumo, a visão humanista não segue a linha do pensamento dedutivo, com base em paradigmas, conceitos e princípios. Ela é indutiva a partir das realidades interiores da própria pessoa. Direciona a ela todo foco de atenção para ajudá-la, por si mesma, canalizar suas próprias energias para o escopo da sua razão de viver.    

     

     

     

    CAPÍTULO II - A PESQUISA HUMANISTA[5]

            Carl Ransom Rogers

    (1902 a 1987)

     

    1 – Contribuição de Carl Rogers:Rogers é considerado um dos principais expoentes da terapia ou da pedagogia humanista, por duas razões básicas:

    1. Foi o primeiro a romper com a psicologia tradicional;
    2.  Demonstrou cientificamente a descoberta inata na capacidade da pessoa gerir sua da própria vida, sem necessidade de qualquer ação diretiva externa;
    3. Criou a técnica da Abordagem Centrada na Pessoa, hoje seguida por diversos pedagogos e terapeutas.

    A pesquisa de Rogers sobreveio a um processo meticuloso de investigação científica. Concluiu que toda pessoa humana tem uma natureza essencialmente positiva. A ideia dominante era que todo ser humano possuía uma neurose básica. Rogers defende que o núcleo básico da personalidade humana é tendente à saúde, ao bem-estar.

    Definiu esse núcleo de energias e potencialidades como Self. Substantivo que pode ser traduzido para o Português como: “si mesmo”; ”natureza”; “personalidade”; “caráter”...

            André Rochais

    (1921 a 1990)

     

    2 – A Contribuição de André Rochais:Muito embora, seu nome e seu meticuloso trabalho, especialmente no Brasil, sejam pouco conhecidos, André Rochais foi, sem a menor dúvida, o maior patrono da escola humanista.

    Influenciado e encantado pelas descobertas de Rogers, prosseguiu com as pesquisas na mesma linha. Criou o método denominado “PRH – Personalidade e Relações Humanas”. Hoje divulgado por PRH Internacional.

    Rochais percebeu que a integralização da personalidade passava pela autodescoberta da identidade interior (o Self de Rogers).

    Para tanto, deveria haver um aprendizado sobre si mesmo. Caberá à pessoa desvendar os obstáculos que a impedem de ser ela mesma.

    Seu propósito ia mais além. Haveria um método, de tal modo simples, que fosse acessível a qualquer pessoa, independente das condições sociais ou intelectuais. Algo que fosse universalmente capaz de ajudar qualquer indivíduo. De fácil aplicação e aceitação.

    Com essa visão ele traçou um gráfico das engrenagens da personalidade ao qual denominou “Esquema da Pessoa”. Inicialmente, com três instâncias. Depois de simplificado e depurado, em 1985 assim definiu: o Ser, a Sensibilidade e o Eu-cerebral.  

     

     

     

    Os outros                         Entorno                                  Mate        Material                

    A Pessoa e o seu corpo

    Eu Cerebral

     

     

    Sensibilidade

     

    Ser

    Além do Ser

     

     

     

    “Fundaments Antropologiques de Formation PRH” – Publicado por PRH Internacional, 1997, pag. 55)

    O Ser: Para Rochais o Ser, à semelhança de Rogers, é essencialmente positivo e é o local da identidade profunda da pessoa, onde estão todas suas potencialidades, já despertadas ou não.

    O Eu-cerebral: lugar onde funcionam a inteligência, a vontade e a liberdade.

    A Sensibilidade: região que faz a interface entre todas as instâncias. É uma espécie de gravador das emoções vividas. Através do corpo se comunica com o mundo exterior: ambiente humano e ambiente material.

    O corpo, no seu modo de ver, tem uma dimensão especial. O próprio esquema da pessoa foi desenhado tendo por base as hipotéticas regiões nas quais a pessoa parece viver esses funcionamentos.

    Com essa descoberta, Rochais pode elaborar um método bem eficaz para ajudar a pessoa identificar essas instâncias. A finalidade última é fazer cada um chegar até o seu ser (Self de Rogers). Só assim, desvendando seu potencial interior, a pessoa encontrará sua real identidade. Esse lugar fantástico possui todas ferramentas e as condições para progredir.

    O maior segredo do sucesso do método é permitir que a pessoa saia do tradicional funcionamento intelectual,  onde imperam a lógica, o saber, a imaginação e o fundamentalismo, para então, adquirir a capacidade de se escutar em profundidade.

    Assim, a pessoa guiada pelo melhor de si passa a viver com liberdade, segurança e autenticidade.

    Por outro lado, ao experimentar o crescimento, terá maior domínio sobre suas emoções.

    Rochais em sua pesquisa observou que há três núcleos de consciências que regem a tomada de decisões:  

    1. Consciência-socializada: é adquirida através da influência dos ambientes vividos (costumes familiares, religiosidade, hábitos, regras e outros.). É uma forma da pessoa se adequar as exigências dos diversos grupos para ser aceita e reconhecida por eles. É considerada como a consciência infantil, porque é formada desde a infância, quando se exige que a pessoa viva presa aos outros e às regras impostas de fora para dentro;
    2. Consciência-cerebral: é a formada por princípios interiores e crenças pessoais. Ela surge na adolescência, quando a pessoa inicia um processo de contradependência familiar.

    É considerada a consciência do adolescente. Aprisiona a pessoa aos seus próprios conceitos, tais como: “eu sou assim mesmo e não mudo”, “não levo desaforo para casa” e outros;

    1. Consciência-profunda: é construída pela autonomia, leva a um constante discernimento entre o que bom ou ao que bom para o momento. É chamada a consciência da maturidade. As decisões baseadas neste nível de consciência produzem segurança e paz.

    Essa visão é a base do sistema explicativo criado por Rochais: “PRH – Personalidade e Relações Humanas”. São oferecidos cursos, acompanhamento pessoal e grupos de aprofundamento.

    No pensamento de Rochais, tanto as instâncias da pessoa como os diversos tipos de consciências, funcionam em conjunto, ora predominando um, ora outro. Dependem da cultura, das circunstâncias e do vivido de cada um.

    Para Rochais, a pessoa só encontrará a plenitude quando passar viver de acordo com o seu Ser e guiado pela sua Consciência profunda.

    1. - Oficinas de Crescimento e Vida

    As Oficinas de Crescimento e Vida são módulos interativos elaborados numa sequência didaticamente distribuída. Têm por objetivo promover a autodescoberta de cada instância da personalidade, segundo a pesquisa de Rochais. Cada módulo é baseado num tema específico para o crescimento interior.

    Por se tratar de um método de autodescoberta, torna-se praticamente impossível apresentar teoricamente seu conteúdo. São baseados na “Abordagem Centrada na Pessoa” e na “Escuta Ativa”. O aprendizado se baseia no sentir em lugar do saber ou conhecer.

    Sentir não é tão simples. Será preciso mudar do pensamento dedutivo, daquilo que se conhece para o novo, para a construção indutiva – do novo para o aprendizado.

    Uma boa comparação didática dessa mudança é a perícia criminal. O raciocínio dedutivo levaria iniciar os trabalhos arrolando-se os criminosos conhecidos. Uma vez eleito o provável criminoso, se tentará de todas as formas provar sua culpa. Obviamente, o resultado poderá ser desastroso.

    Do outro lado, com o raciocínio indutivo, a pesquisa parte do crime para, através das pistas deixadas, chegar ao verdadeiro autor. Paradoxalmente, nossa cultura utiliza mais o raciocínio dedutivo. Talvez, devido o segundo (indutivo) ser mais exigente.

    A mudança do tipo de raciocínio é o primeiro objetivo dos cursos oferecidos pelas Oficinas de Crescimento e Vida – OCV.

    Além dos módulos já citados, são oferecidas sessões de counseling, com base na psicoterapia holística e no processo de life coaching. 

    A finalidade de todo o processo é proporcionar ao acompanhado (coachee) o acesso e a ordenação das suas instâncias interiores.

    Diferentemente de Rochais, nas Oficinas de Crescimento e Vida, essas instâncias são denominadas: área racional, área emocional e ser ou identidade profunda.

    Sem uma ordenação interior dessas instâncias, há perda desnecessária de energias. Caso fossem comparadas - apenas para efeito didático - com uma bicicleta. Dificilmente o condutor  chegará a algum lugar, se cada roda apontar para direções diferentes.

     

     

     

     

     

    CAPÍTULO III - RESULTADOS

    Os resultados obtidos são surpreendentes. Como forma coletados dois “cases” observados na pesquisa da terapia holística com life coaching:

    1. Maria[6], meia idade, casada, dois filhos, escolaridade superior, condição socioeconômica média: A queixa inicial era o relacionamento com o marido. Reclamava do alcoolismo. Mesmo sóbrio, o marido era mandão, dono da verdade e opressor. Quando bebia, ficava violento. Nas sessões iniciais, falava repetidamente da história de sua infância sofrida com a opressão dos pais. Mediante a pergunta: quando você vai parar de falar dessa menina sofrida do passado e passar para a mulher do presente? Tocada por isso, iniciou o processo de falar de si e da realidade do tempo presente. Foi a porta de entrada para um trabalho promissor. Após encontrar solidez dentro de si e ousar existir, pode mudar o comportamento diante do marido. Depois de uma breve separação, o mesmo procurou ajuda especializada. Hoje vivem razoavelmente em paz.
    2. Silvio: casado, meia idade, cinco filhos, executivo, boa condição social. Queixava do recente estado depressivo em que se encontrava. A anamnese revelou uma pessoa cheia de atividades. Vivia um ativismo crônico. Parecia ter uma imagem supervalorizada de si. Dizia ser só ele capaz de atender todas as demandas. Nada delegava a outros. Durante os acompanhamentos, foi questionado a respeito da dificuldade de delegar e do desperdício de energia verificado. Aprofundando mais, revelou o sentimento de nunca ter sido valorizado pelo pai. Este dava toda atenção ao irmão menor. A linha adotada foi questionar sobre até quando iria mostrar suas inúmeras capacidades para os outros, praticamente mendigando reconhecimento. Auxiliado com o acompanhamento e cursos formativos, identificou esse comportamento desajustado. Pode concluir que vivia uma transferência do pai histórico para outras pessoas importantes da atualidade. A partir desta constatação foi paulatinamente mudando seu comportamento.

    Há muitos outros casos semelhantes, contudo suas descrições se tornariam exaustivas.

     

    CAPÍTULO IV - DISCUSSÃO

    Segundo o que foi apresentado nos capítulos anteriores, para o pensamento humanista, tornar-se pessoa significa, em suma, viver à luz da sua identidade interior (self ou ser).

    Só desse modo, será possível se ordenar interiormente. Uma vez assim ordenado se adquire qualidade de vida e felicidade. A pessoa ajustada passará a:

    1. Viver bem suas relações:
    2. Encontrar e ocupar seu lugar na sociedade;
    3. Agir segundo aquilo que lhe dê satisfação;
    4. Organizar sua vida financeira;
    5. Encontrar alegria, prosperidade e qualidade de vida.

    O maior desafio é o de a pessoa conseguir se libertar do domínio racional e aprender sentir sinais interiores de sua verdadeira identidade. É nela que estão todos os ingredientes, sempre positivos, formando o seu caráter.

    Para alguns poderá parecer utopia. Porém, os expoentes da psicopedagogia humanista encontraram em si mesmo esse lugar. Se assim não o fosse, não poderiam descrevê-lo com tanta precisão e segurança.

    O que mais dificulta o encontro da pessoa com suas riquezas interiores é a resistência produzida pelo medo.  Medo de sofrer, de encontrar coisas ruins, de se desinstalar, do novo...

    Isso ocorre possivelmente porque a pessoa, para sobreviver psicologicamente, teve que se adequar às exigências do meio (família, escola, amigos, trabalho, religião, política, ideologias etc.).

    Assim vivendo aprendeu parecer em vez de ser. A necessidade de ser aceita pelo meio a fez ocultar o melhor de si.

    Rochais fala do efeito cebola. São várias camadas de proteção a serem removidas, até se chegar ao cerne.

    Na pessoa essas camadas seriam as linhas de defesas interiores criadas para agradar ou se defender dos outros.

     

    O objetivo da Terapia Holística com Life Coaching, com base na Psicopedagogia Humanista, é ajudar a pessoa transpor essas linhas de defesa, para então desvendar suas riquezas interiores – sua verdadeira identidade.

     

    CAPÍTULO IV - CONCLUSÕES

     

    Somos seres em construção. Não nascemos prontos. Vimos ao mundo com total dependência dos outros. Para se libertar desta dependência, não basta apenas crescer fisicamente. Precisamos crescer psicologicamente. Tornar-se pessoa autônoma, inteligente de si e feliz. Pelo menos assim deveria ser.

    Entretanto, muitos permanecem emocionalmente infantis. Outros se tornam escravos de paradigmas e de princípios. Revoltam-se com a frustração ou decepção diante dos fracassos.

    A família, a escola e a sociedade estão mais preocupadas com o aprendizado intelectual e o sucesso profissional, do que com a formação do caráter da pessoa. Infelizmente a formação da personalidade tem ficado em segundo plano.

    Como foi demonstrado, a escola humanista veio suprir essa lacuna. Por focar na pessoa e não nos efeitos dos desajustes, têm como finalidade o desvendamento da real identidade e a formação da personalidade.

    Este trabalho não esgotou a riqueza dessa escola e nem era seu objetivo. Contudo, foi lançada uma luz para essas novas descobertas tão pouco conhecidas, entretanto eficazes.

    O caminho está aberto. É lento, exigente e desafiante, mas vale a pena experimentá-lo.

    A Terapia Holística associada ao processo de Life Coaching, com base na escola humanista vem oferecer, ao lado do já consagrado PRH – Personalidade e Relações Humanas – cada um com sua própria metodologia – uma excelente oportunidade para se iniciar nessa caminhada.

     

     

    BIBLIOGRAFIA:

    ROGERS, Carl R. – On Becoming a Person, 1961 – pag. 37 e 146;

    ROCHAIS, Andre – La Personne et sa Croissance – Fundaments Antropologiques de Formation PRH – Publicado por PRH Internacional, 1997;

    Diversos Autores – Pour que la Vie Reprenne ses Droits – Analyse de Cheminements de Croissance, 1ª Edição, 2003;

    MEDNICOFF, Elizabeth - www.novoequilibrio.com.br – 2009;

    WIKIPÉDIA - pt.wikipedia.org – Carl Rogers – Maslow – 2009.

                            


    [1] HOUAISS, Antônio. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro – RJ,– Editora Objetiva, 2009.

    [2] SINTE, Sindicato dos Terapeutas. Holopédia. Glossário, São Paulo – SP – Portal SINTE – 2007.

    [3] SIQUEIRA, Teresa Cristina. Apontamentos sobre Psicologia Humanista. PUC Goiás.

    [4] ROGERS, Carl R. On Beioming a Person, 1961, pag. 37 e 146

    [5] Capítulo atualizado com nova versão dada à apresentação do autor na Holística de 2009.

    [6] Nomes fictícios para preservar as identidades.

    Autor: : SIDNEY ROSA NASCIMENTO JUNIOR - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 44269
    Última atualização: 31/07/2012 11:21


    Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

    Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2012

     

    Sumário

     

    Resumo

    I - Introdução

    II - Material e Metodologia

    II.I - Definições

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

     

    Resumo

     

    Esta propositura disserta sobra a importância para o Terapeuta Holístico em compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, bem como ressalta que, conforme as técnicas adotadas pelo profissional (especialmente, a terapia corporal, a terapia tântrica e o trabalho com dependentes químicos), as consequências podem ser ainda mais complexas.

     

    Introdução

     

    Ainda que ocorra em inúmeros relacionamentos (professores & alunos, médicos & pacientes, líderes & colaboradores, sacerdotes & devotos, mestres & discípulos, etc, etc...), devemos à Psicanálise a teorização desse fenômeno, que a detectou na dinâmica entre Terapeuta & Cliente.

     

    Sua conceituação passou por várias revisões e complementações através dos anos.

     

    Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão.

     

    Assim sendo, sobre o Terapeuta, o Cliente “projeta” muitas figuras de seu mundo interno (reprimido e inconsciente) e cada vez que se refere a pessoas de seu passado ou do seu presente, pode estar também falando também do Terapeuta, que nesse momento, por diversos motivos, aparentemente se transforma nessa pessoa: ora, aparenta ser ameaçador, ora objeto de amor, tais como pai ou mãe, ou qualquer outro ser significativo da sua vida com as características do que dela foi registrado no inconsciente.

     

    Conjuntamente ou após superadas as resistências iniciais do Cliente (exemplos: será que isto vai me ajudar?; é só falando que vou conseguir resolver meus problemas?; não será que ele ou ela é muito jovem (ou muito velho) para me entender?) aí, sim, começa o processo transferencial e, geralmente, o analisando vê seu analista já como um pai (ora severo, ora indulgente, ora omisso), ou como uma mãe com suas (ora protetora, ora severa , ora negligente...).

     

    O Cliente, ao projetar no Terapeuta tais personagens de sua história, vive esses momentos com intensa realidade, se irrita ou busca mais carinho e proteção.

     

    Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

     

    O Terapeuta é um ser humano, com seus próprios problemas, conflitos e caraterísticas de personalidade.

     

    Cada um de nós tem sua própria história, seus conflitos infantis, e sua conduta (mais ou menos também conflitiva ) e sua forma particular de interpretação, ou seja, como todo ser humano, igualmente vulnerável, sensível, vaidoso, ambicioso, invejoso, que ama e odeia, que ainda que capacitado para sua prática terapêutica, também sente, segundo as circunstâncias, carinho, afeto, rejeição, tédio, frente ao que seu Cliente fala, relata, apresenta, projeta nele/nela (transferência), e se irrita, fica entediado, sente empatia e segundo o material da temática tratada, se angustia e sofre.

     

    O Profissional, é claro, tem obrigação técnica e ética de estar treinado para tudo isso, porém não poucas vezes tem que pensar e repensar numa interpretação, talvez produto de seus próprios conflitos e personalidade, ou procurar supervisar esse caso ou situação.

     

    Isto é a Contratransferência, importante elemento do tratamento, que quando não bem conhecido ou ignorado, pode levar a graves erros terapêuticos. Também quando bem interpretado, pode se tornar um valioso instrumento para compreender melhor o que está acontecendo numa situação ou em um tratamento.

     

    Devemos lembrar que assim como existem transferências resistenciais, amor de transferência, idealização do profissional e outras nuances, estas são próprias deste tipo de tratamento, e também existem nos Terapeutas, que tem o recurso de se corrigir procurando ajuda de seus colegas, supervisão e até uma outra análise a mais.

     

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao Profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

     

    É fundamental para o Terapeuta Holístico compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, pois ocorrerão independente de quais técnicas sejam adotadas nos atendimentos.

     

    Outrossim, em algumas vertentes terapêuticas, as consequências podem ser ainda mais complexas, como é o caso da terapia corporal, da terapia tântrica e do trabalho com dependentes químicos.

     

     

     

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

            

            ACONSELHAMENTO processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.         

             BIOENERGÉTICA — Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.        

    CALATONIA — técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.       

            CATARSEextravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

             CLIENTEusuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.         

     

            DEPENDÊNCIA QUÍMICA (Síndrome da Dependência Química, Drogadição)considerada uma DOENÇA e, como tal, somente pode ser diagnostica e tratada por médicos, em especial, os psiquiatras. Caracteriza-se pelo consumo freqüente, compulsivo e descontrolado de substâncias, visando aliviar sintomas de mal estar e desconforto físico e mental, reconhecidamente acompanhados por síndrome de abstinência, problemas psíquicos e sociais. Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)... Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

       NARCÓTICOS ANÔNIMOS (N.A.)grupos de ajuda para drogaditos, onde não se objetiva, em si, uma proposta de terapia; outrossim, oferecem um plano eficiente para a recuperação diária, por meio de uma série de atividades pessoais conhecidas como Doze Passos (adaptados dos Alcoólicos Anônimos). Algo enfático no programa é o chamado despertar espiritual, ressaltado como valor prático e não sua importância filosófica ou metafísica. Encoraja cada membro a cultivar um entendimento pessoal, religioso ou não, de um despertar espiritual. Nas reuniões, cada membro partilha experiências pessoais com os outros participantes buscando ajuda, simplesmente como pessoas que tiveram problemas similares e encontraram uma solução. Narcóticos Anônimos não têm terapeutas, não oferece moradia, não encaminha o dependente para clínicas ou para serviços médicos. A coisa mais próxima do que eles chamam de conselheiro do programa de NA é o padrinho ou madrinha, um membro experiente que oferece ajuda informal aos membros mais recentes. No grupo, a recaída é vista como uma parte necessária no processo de adicção/recuperação para muitos indivíduos.

             PSICANÁLISE — método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

     

            PSICOTERAPIA HOLÍSTICA — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

     

            PSICOTERAPIA PSICODINÂMICA — com embasamento teórico similar ao da Psicanálise, uma das diferenciações é que o terapeuta participa mais ativamente, valendo-se de um amplo repertório de intervenções para promover conversações que conduzam a novos insights e catalizar mudanças, tais como:

    Questionar o Cliente, pedir-lhe dados precisos, ampliações e aclarações do relato; explorar em detalhe suas respostas;

    Proporcionar informações, em especial, sobre os procedimentos que constituem a psicoterapia;

    Confirmar ou retificar os conceitos do Cliente sobre sua situação ou sobre a realidade externa;

    Clarificar, reformular o relato do cliente, de modo a que certos conteúdos e relações do mesmo adquiram maior relevo;

    Recapitular, resumir pontos essenciais surgidos no processo exploratório de cada sessão e do conjunto do tratamento;

    Assinalar relações entre dados, os temas, as suas seqüências, e capacidades manifestas e latentes do Cliente (ou seja, conscientes e inconscientes);

    Interpretar o significado dos comportamentos, motivações e finalidades latentes, em particular os conflituosos;

    Sugerir atitudes determinadas, mudanças a título de experiência, ou novas medidas terapêuticas, quando se mostrar necessário.

     

             RELAXAMENTO vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

     

            RESISTÊNCIA atitudes e verbalizações do Cliente, as quais, fazem oposição ao acesso de seu inconsciente, ou impede o retorno do material reprimido. Por extensão, Freud falou de resistência à psicanálise, para designar uma atitude de oposição às suas descobertas, na medida em que elas revelam os desejos inconscientes e infligem ao homem um "vexame psicológico" ao contrariar os seus valores (ideal de ego). Os conceitos de defesa e resistência se confundem e se sobrepõem às vezes, pois uma grande parte da resistência é derivada da defesa (recalques, sintomas derivados da deformação e ganhos primários e secundários de manter o estado atual - gerando a resistência contra à mudança).

     

    Uma das classificações mais adotadas quanto às Resistências:

     

    De 1o. nível: tentam impedir qualquer acesso ao inconsciente:

     

             Acting Out - Agressividade ao receber uma pergunta do terapeuta, negando-se a responder de forma incisiva.

             Fugir do consultório - sair mais cedo, faltas às consultas, ao perceber que terá que falar de algo que não deseja enfrentar.

             Benefícios diretos e indireto sem manter o quadro atual.       Exemplo: receber carinho e atenção.

           “Amnésia” - esquecimento do tema que foi levantado pelo terapeuta.

      Reação Terapêutica Negativa - piora ao invés de melhora no quadro, uma vez que o Cliente não se permite abandonar a culpa.

     

    De 2o. nível: após a quebra (acesso ao conteúdo do inconsciente), elas surgem por contra-investimento do Cliente, impedindo o retorno do conteúdo reprimido:

             Formação Reativa - atos extremados de contra-investimento: puritanismo, pudor exagerado, “condenando” o conteúdo antes aflorado.

     

             Idealização - exaltação de pessoas, engrandecendo suas virtudes, para proteger o material reprimido que encobre as deficiências que todos notam, menos aquele que idealiza, como a mãe que protege o filho desajustado.
            Atuação - representação auto-ilusória, negando suas emoções, desejos e lembranças. Exemplos: _ Nunca sentiria raiva, sou uma pessoa evoluída !

     

             Intelectualização - justificativas racionalizadas que encobrem o desejo reprimido, para explicar por que tomou ou deixou de tomar, esta ou aquela atitude.

     

            TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)resulta da combinação  de um conjunto de técnicas objetivando a modificação de aspectos do pensamento (cognição) e do comportamento do indivíduo e, conseqüentemente, também dos sentimentos em relação aos outros e a si próprio. Trata-se de um modelo de interação psicoeducativa, no qual o terapeuta ocupa uma função muito mais diretiva e educacional que nas terapias baseadas no conhecimento psicanalítico.

     

    Principais procedimentos na TCC:

     

    Análise comportamental: registro dos pensamentos e comportamentos em associação com eventos desencadeantes;

    Aproximação gradual: organização de tarefas na forma de etapas a serem cumpridas;

    Formato experimental: o incentivo a experimentar mudanças.

    O pensamento mal-adaptativo é identificado;

    O pensamento é contestado;

    Formas alternativas de pensar são trabalhadas;

    São experimentadas novas formas de enfrentar situações.

    Treinamento de relaxamento, para evitar a reação ansiosa;

    Exposição, principalmente nos transtornos fóbicos, com o que se busca a dessensibilização;

    Prevenção de resposta, principalmente nos rituais obsessivos, busca a supressão do ritual através do enfrentamento;

    Parada do pensamento, que a utilização de um estímulo que ajude a interromper o pensamento obsessivo;

    Treinamento de assertividade, utilizado especialmente para superar fobias sociais, com o objetivo de aumentar a confiança do cliente;

    Autocontrole, que inclui o uso de automonitorização e o auto-reforço;

    Manejo de contingências, ou seja, identificar e controlar comportamentos indesejáveis (por exemplo, explosões de raiva) e recompensar mudanças positivas;

    Terapia de aversão, que é baseada no reforço negativo.

    TERAPIA CORPORAL uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

     

    TERAPIA EM GRUPOas psicoterapias de grupo podem ser realizadas segundo uma orientação psicanalítica (psicoterapia analítica de grupo), segundo as técnicas psicodramática, transpessoal, gestáltica, TCC, ou outras. Estes grupos terapêuticos são geralmente heterogêneos, ou seja, formados por pessoas de diferentes origens e com diversos problemas. Há grupos que são homogêneos, formados por pessoas com problemas semelhantes, como os dependentes químicos; neste caso, a TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) é a mais comumente utilizada.

    Por fim, existem as terapias que atendem a pessoas do mesmo grupo familiar, e que podem ser conjugais ou familiares. Estas também podem ser realizadas segundo várias orientações, inclusive a psicodinâmica. Entretanto, o modelo que foi desenvolvido especificamente para o atendimento de casais e famílias é o da terapia sistêmica.

     

            TERAPIA SISTÊMICA  — mais uma vertente de Terapia Em Grupo, focada mais para família e casais, indicada numa gama de situações em que os problemas são mais “relacionais” do que propriamente “psíquicos”, especialmente em situações de conflitos conjugais, geracionais, e resultantes de mudanças no ciclo de vida da família (nascimento, adolescência, separação, morte, doença grave, etc.).

            TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.         

     

             TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.         

     

             TERAPIA REICHIANA desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

     

    TERAPIA TÂNTRICAA Terapia Tântrica tem sua origem no conceito filosófico do Tantra. Diferenciando-se das técnicas tradicionais de terapias corporais. A técnica é direcionada a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido.

    Tem por objetivo:

    · Trazer consciência corporal.

    · Despertar regiões sensoriais adormecidas.

    · Conectar a respiração e a voz às sensações.

    · Mudar os padrões energéticos, aumentando a quantidade de fluxo de energia.

    · Liberar traumas e paradigmas.

    · Mudar conceitos e idéias pré-estabelecidos que não permitam ampliar as possibilidades de prazer e êxtase.

    · Desenvolver novas ferramentas de comunicação e expressão do afeto.

    · Devolver a auto-estima e o amor por si mesmo.

     

            

             TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

              

    III - Resultados

     

    Constatou-se um risco maior de complicações decorrentes do fenômeno transferência/contratransferência quando se trabalha com técnicas que envolvem o contato físico direto, bem como aquelas linhas terapêuticas focadas no problema com drogas, em especial, quanto o profissional passou pela mesma situação de vida.

     

    Por sua forte corrente teórica psicanalítica, as técnicas corporais das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética, estudam a transferência / contratransferência, e, ainda que mais suscetíveis a este fenômeno (em comparaçao à Psicanálise “clássica”...), tradicionalmente saem-se bem nesse processo.

     

    O mesmo não ocorre com os Terapeutas que atuam com manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, lamentavelmente, não costumam ter em sua pauta de estudos, sequer conhecimentos rudimentares de Psicoterapia, ficando sujeitos aos “apaixonamentos” e “ódios” transferencias, já que desconhecem a teoria e, consequentemente, não os identificam, nem desenvolvem defesas, e, menos ainda, conseguem extrair um uso terapêutico destas ocorrências.

     

    O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras e igualmente deixam de incluir o estudo do Aconselhamento e Psicoterapia. Comumente, estes profissionais tem sua origem justamente na superação pessoal de terem enfrentado a dependência química e, ao focarem seu público alvo justamente nos drogaditos, estão perante seus “fantasmas” interiores em tempo integral. Em tese, estão mais aptos do que qualquer outro profissional a compreender e vincular-se com o Cliente drogadito; por outro lado, vivenciam grande sofrimento ao contratransferir, por exemplo, perante cada “recaída” da pessoa atendida, além de tender a “nublar” a percepção da história de vida do Cliente, projetando a sua própria. Ainda assim, apesar de todos os inconvenientes acima descritos, grupos como o N.A. Narcóticos Anônimos são os que obtém melhores resultados terapêuticos (do ponto de vista da sociedade...) nesta pauta.

     

    Outro fenômeno recente é o aumento de profissionais que se auto-identificam como Terapeutas Tântricos. Tradicionalmente, o ensino e a prática tântrica era destinada a casais e, ainda que terapêutica, não era considerada uma terapia em si. Atualmente, existir um casal deixou de ser pré-requisito, passando um ou mais profissionais a somar os papéis de orientador e de parceiro no contato físico, em graus menores e maiores de intimidade, via de regra, sem incluir o coito em si.

     

    Ainda que sem fundamento teórico psicanalítico, os que realmente estudaram os fundamentos da Terapia Tradicional Indiana (Ayuervedica) possuem uma versão “energética” da teoria da transferência/contratransferência, estando cientes da inevitável troca que ocorre entre Cliente e Terapeuta, especialmente ao mobilizarem a libido (energia kundalini) e, tanto desenvolvem “defesas” dessa influenciação, como igualmente possuem técnicas capazes de aplicar terapeuticamente a energia, em prol do equilíbrio e autoconhecimento.

     

    Lamentavelmente, a nova geração de profissionais desta linha não foi preparada com tais conhecimentos milenares e, menos ainda, tiveram um embasamento em Psicoterapia. Perante este perfil, constata-se uma Clientela extremamente “flutuante”, que não parece criar um vínculo terapêutico duradouro, ao mesmo tempo em que profissionais abruptamente abandonam esta linha de atendimento, por não ter condições emocionais / energéticas de lidar com as inevitáveis (e, para a maioria, sequer estudadas...) transferências / contratransferências.

     

     

    IV - Discussão

     

    Grandes gênios da humanidade, como Freud, Jung e Ferenczi, que tanto contribuíram para o entendimento da psique, em seus atendimentos terapêuticos iniciais, sucumbiram aos ódios e amores, envolveram-se passionalmente com seus Clientes, sofreram com isso e causaram sérios prejuízos emocionais a estas pessoas e às de seus círculos. Pioneiros, desconheciam o fenômeno da transferência / contratransferência e só se deram conta ao sentirem em si e em sua Cllientela, as consequências de ignorar.

     

    Se intelectos privilegiados como os acima citados foram surpreendidos, imagine indivíduos comuns, como o somos nós, a grande maioria dos Terapeutas...

     

    A diferença é que, aqueles, por serem pioneiros, atuavam em território desconhecido, enquanto que nós, em pleno século 21, temos total acesso aos ensinamentos oriundos daqueles e de outros mestres, cabendo-nos a obrigação de conhecer, estudar e compreender as bases da Psicoterapia.

     

    Situações transferênciais ocorrem em todas as terapias, inclusive, as  que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade.

     

    O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

     

    Trabalhar a resistência à terapia e estar aberto a espelhar os papéis transferenciais (tais como pai, mãe, cônjuge, etc...), aparentemente, são mais facilmente aceitos pelo Terapeuta.

     

    Já o caminho oposto, a contratransferência, é mais “temida”, visto que não raro, escapa à percepção consciente do profissional, durante o atendimento, sendo melhor compreendida, sob supervisão de terceiros.

     

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

     

    Nem a clássica e esteriotipada postura do analista “distante”, protegido pelo distanciamento do divã foi capaz de impedir sua ocorrência. Hoje em dia, sabemos que a contratranferência é inevitável e, portanto, deve ser aceita, estudada, compreendida e utilizada como instrumento de autoconhecimento e de aperfeiçoamento, inclusive, de nossos atendimentos.

     

    Assim sendo, ainda que envolva (em tese...), riscos de intensificar a TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, não há sentido para a Terapia Holística abrir mão dos recursos das técnicas em que ocorram contato direto com o Cliente.

     

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos, cabendo integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

     

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

     

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

     

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar.

     

    Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge.

     

    É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor.

     

    Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

     

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

     

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

     

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente.

     

    Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

     

    Outrossim, este limite torna-se extremamente tênue quando de trata da Terapia Tântrica. O toque, ao buscar o livre fluxo energético, ao atenuar as couraças, ao mobilizar a libido, comumente conduz a sensações de prazer orgásticas (às vezes, literalmente...). Em tese, na hipótese de estar ocorrendo a transferência da figura paterna ou materna, pode equivaler a concretizar o complexo de Édipo / Electra e gerar as mesmas consequências emocionais de um “incesto”. O alto risco desta estratégia poderia resultar em grandes ganhos terapêuticos em alguns raros casos de exceção, mas, via de regra, o mais provável é uma grande desestabilização emocional tanto do Cliente, quanto do Terapeuta.

     

    Felizmente, não tenho ciência de muitos casos onde o Cliente tenha experienciado a hipótese acima. Por ser uma proposta muito recente (ao menos, no atual formato de atendimento...), boa parte dos que procuram esta linha terapêutica, o fazem por curiosidade temporária, sequer chegando a criar um vínculo analítico com o profissional, resultando em poucas oportunidades de continuidade da proposta terapêutica.

     

    Por outro lado, a fartura de reportagens sobre o tema, a oportunidade (consciente ou não...) de rendimentos maiores, resultou no aumento da procura por formação em Terapia Tântrica, e na diminuição do número de horas/aulas necessárias, antes de iniciar-se atendimentos profissionais. Paralelamente, da mesma forma que ocorreu com a “massagem”, houve e continua havendo uma grande migração de profissionais do sexo, quer por realmente desejarem mudar de ramo de atuação, quer por buscarem adaptar as técnicas à profissão que já exercem.

     

    O alto custo dos cursos e atividades complementares propostos por inúmeros dos atuais mestres da Terapia Tântrica, favorece a precipitação de novos profissionais no mercado, atendendo prematuramente, para conseguir custear os aperfeiçoamentos, supervisões e locações das salas de atendimento, submetendo-se a uma Clientela movida em sua maioria pela curiosidade, ao invés de um real anseio por terapia. Boa parte dos colegas que conheci, atuantes de coração aberto e lotadas das melhores intenções, abruptamente abandonaram a proposta, tamanha foi a exigência emocional e energética de atuar nesta linha. A tese que levanto é que foram vítimas de sonegação de conhecimento; lhes foram negadas as informações e práticas de equilíbrio energético e ficaram totalmente de fora de suas formações, nem mesmo os mais rudimentares embasamentos da Psicoterapia, quanto mais, os fenômenos transferenciais.

     

    Outro grupo profundamente bem intencionado, mas extremanente órfão de embasamento psicanalítico é o dos autodenominados Terapeutas Em Dependência Química.

    Pertinente observar que, a drogadição é considerada uma DOENÇA e, como tal, do ponto de vista extritamente legal, só pode ser diagnosticada e tratada por médicos. Na prática, o tratamento oficialmente adotado é o de um trabalho multidisciplinar (médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais...), em estabelecimentos especializados, nos quais médicos psiquiatras diagnosticam e avaliam a necessidade ou não de internação (se voluntária, basta o aval do laudo psiquiátrico; se involuntária, além deste, igualmente é necessária uma ordem judicial).

     

    Outrossim, os organismos que melhores resultados obtém, não funcionam no formato acima descrito, mas sim, atuam como organizações não-governamentais, onde não se assume papéis de médicos, nem psicólgos, nem de terapeutas, mas sim, de iguais, todos unidos pelo anonimato e por terem passado por experiências semelhantes. Este é o caso do N.A. - Narcóticos Anônimos, os quais, sem pretensões terapêuticas e de forma gratuita, cada membro apoia ao outro, e estabelecem metas a serem cumpridas, os assim chamados Doze Passos. Justamente o passo final é o de ajudar a todos quanto possíveis, a igualmente conseguir contornar o problema da dependência química.

     

    Um formato “híbrido” dos dois acima, vem se proliferando na sociedade. Grupos bem intencionados, mas, comumente, ignorantes quanto à legislação que rege o tema, montam comunidades terapêuticas que se propõem a acolher e tratar, de forma remunerada, indivíduos com problemas relacionados ao abuso de drogas. Praticam uma somatória de técnicas comportamentais, mescladas com os ensinamentos dos Doze Passos. Boa parte das próprias pessoas tratadas, ao atingir o passo final, encontram-se na obrigação moral de ajudar aos demais e, ao mesmo tempo, necessitam de um papel produtivo e remunerado na sociedade, resultando numa demanda (rapidamente atendida...) por cursos de formação de “terapeutas em dependência química” (comumente ministrados em entidades religiosas e/ou nas próprias comunidades em que antes se trataram). Assim sendo, não raro por necessidades econômicas, passam a atender, de forma remunerada, aos colegas que estão passando pelos mesmos problemas que vivenciaram. Ou seja, dia após dia, Cliente após Cliente, todos são “espelhos” a recordar, o tempo todo, os traumas pelos quais o novo Terapeuta tão recentemente passou.

     

    Por um lado, é reconhecido pela imensa maioria dos grandes nomes da Psicoterapia, a grande dificuldade do drogadito em transferir, fenômeno essencial para a evolução da terapia. A interpretação psicanalítica tradicional mais aceita é a de não ter conseguido introjetar uma figura materna, a qual substituiu pelo prazer das drogas. Ora, não havendo uma imagem maternal a projetar no analista, não raro igualmente transferem para estes a relação com as drogas, não estabelecendo vínculo afetivo, mas podendo criar uma “dependência”, muitas vezes extrapolando limites, procurando o terapeuta de forma desordenada, sempre que sentir necessidade, tal qual o faria, com as drogas.

     

    O distanciamento profissional da postura psicanalítica clássica mostra-se pouco efeciente no trato com o drogadito. Por outro lado, alguém que passou exatamente pelos mesmos problemas consegue estabelecer um vínculo mais eficiente. Por este ângulo, a figura de um “Terapeuta Em Dependência Química” parece muito bem vinda a somar. Outrossim, ainda que bem intencionados, os cursos pouco somam de conhecimentos complementares, além dos Doze Passos, resultando em um profissional pouco mais preparado do que os gratuitos “padrinhos” no Narcóticos Anônimos.

     

    Sem embasamento sobre TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, este profissional sofre intensamente a cada recaída de seus Clientes, pois reverbera em suas próprias histórias de recaídas, sentirá compaixão além da terapia, capaz de amparar em sua casa, tal qual gostaria que tivesse acontecido, quanto aconteceu consigo; odiará o mal que o Cliente faz para si mesmo e para os outros, tanto quanto odeia o que ele próprio fez em igual situação...

     

    Em um limbo intermediário, não é mais o gratuito e voluntário padrinho do N.A., nem igualmente atingiu o estágio de um Terapeuta profissional, visto que lhe foi sonegado o ensino das técnicas e a necessária supervisão.

     

    Urge uma formação mais ampla para estes profissionais, em especial, as Terapias Cognitivas Comportamentais, muito úteis para cuidar dos momentos iniciais e de crise, que bem poderiam ser estendidas para Terapias Psicodinâmicas. Até mesmo a própria limitação de percepção tem que ser ampliada; uma vez superada a urgência e necessidade de retirar o Cliente de seu risco de morte, uma vez obtido o equilíbrio inicial, poderá exercer a TERAPIA HOLÍSTICA, em sim, na qual, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

     

     

    V - Conclusões

     

    É essencial o estudo e a compreensão da transferência e contratransferência, independente de quais técnicas serão exercidas.

     

    Outrossim, tanto o contato físico (técnicas corporais e tântricas), quanto a identificação quase que absoluta do histórico de vida do Terapeuta e do Cliente (dependente recuperado tratando de drogadito), intensificam a relação transferencial.

     

    A amplificação do inevitável fenômeno da transferência e contratransferência, se bem trabalhada, acelera o ritmo da terapia, mas igualmente aumentam o grau de responsabilidade e exigência técnica.

     

    O que se constata na sociedade é um crescente número de indivíduos muito bem intencionados, ansiosos em atender terapeuticamente, mas que são lançados prematuramente no mercado de trabalho, privados de conhecimentos essenciais.

     

    Os cursos tem a obrigação de incluir em suas grades curriculares os embasamentos da Psicoterapia, visto que o Aconselhamento é parte integrante da Terapia Holística e conhecer os fundamentos da Psicanálise, tais como a resistência e os fenômenos transferenciais, mais do que enriquecer a Terapia Holística, é essencial para o bem estar tanto dos Clientes, quanto dos Profissionais.

     

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em constante reciclagem de aprendizado e em contínua terapia e supervisão.

     

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS deve exercer seu papel de gerenciador do conhecimento coletivo e disponibilizar a todos os colegas a oportunidade de aperfeiçoamento profissional, para o bem tanto dos Terapeutas Holísticos, quanto de seus Clientes.

     

    VI - Referências bibliográficas

     

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul - vol.25  suppl.1 Porto Alegre Apr. 2003 - Psicodinâmica do adolescente envolvido com drogas

    CORDIOLLI A.V. Como atuam as psicoterapias. In: Psicoterapias: abordagens atuais, Porto Alegre, Artmed, 1998(pág. 34-45).

    FREUD, Sigmund (1905). Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

    FREUD, Sigmund (1930). Mal-estar na cultura. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

    FREUD, Sigmund (1915). “Observações sobre o amor transferencial”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XII, p. 175-190.

    FREUD, Sigmund (1921).“Psicanálise e telepatia”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XVIII, p. 187-204.

    FREUD, Sigmund (1937).“Análise terminável e interminável”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XXIII, p. 225-270.

    FREUD, S.& FERENCZI, S. (1908-1911) Correspondência. Rio de Janeiro: Imago, 1994.

    JONES, E. (1979) Vida e Obra de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Zahar Editores S.A.

    LA PLANCHE, Jean e PONTALIS, J.B..Vocabulário de Psicanálise. 3ª edição, São Paulo, Ed. Martins Fontes, 1998.

    SILVA, Cláudio Jerônimo da. SERRA, Ana Maria. Terapias Cognitiva e Cognitivo-Comportamental em dependência química. In: Rer. Bras. Psiquiatr. 2004, nº 26 (Supl-I), p. 33-39.

    MARTINS, Ana Carolina Borges Leão - Contratransferência e desejo do analista: a transmissão de um sintoma analítico

    SAFOUAN, M. (1985) Jacques Lacan e a questão da formação dos analistas. Porto Alegre: Artes Médicas.

    SOFOUAN, M. (1991) A Transferência e o Desejo do Analista. Campinas: Papirus.

     

    SANTOS, Marinalva Batista Dos - A transferência e a contratransferência no espaço terapêutico

     

     

     

    VII - Anexos e Apêndices

     

    VII.I

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

     

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

     

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de algumas premissas da Psicanálise:

                             

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho                         

     

    Estruturas da Psique:

     

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

     

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

     

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

     

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;

    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;

    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

     

    VII.II

    Freud, Nossas Bisavós E Os Vibradores

    Orgasmo - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

    As milenares Técnicas Tântricas aliam-se ao centenário Orgasmo eletromecânico e a curiosa origem dos vibradores no Século 19 como tratamento para todos os males da mulher, atualmente resgatado como instrumento terapêutico nas versões modernas da milenar arte tântrica.

    Quando iniciei-me no universo "alternativo", há algumas décadas, o Tantra era quase exclusivo aos pares formados entre os próprios terapeutas, como meio para equilibrar os centros energéticos e atingir a transcendência, tendo a sexualidade e amor como instrumentos. Eventualmente, era ofertada como terapia para casais, com estes participando de cursos onde aprendiam a teoria e prática tântricas.

    Já nos últimos cinco anos, surgiu uma nova turma de "gurus do sexo", propondo outras formas de dispor do tantrismo como terapia. Polêmicas à parte, no formato adotado por estes grupos neo-tântricos, já não é mais pré-requisito o casal, sendo que, no caso do Cliente procurar a terapia individual, caberá aos profissionais fazerem o papel complementar, seja o masculino, ou o feminino. Por meio do toque, respiração e movimentos, propõe-se a ativação da energia da líbido, harmonizando e redistribuindo por todo o ser. O orgasmo, ainda que não seja a finalidade, é comum ocorrer neste processo. Neste contexto tão diferente do que era há algumas décadas, deparamos também com o uso de luvas de borracha (assepsia e tentativa de minimizar a erotização do toque por parte dos profissionais) e, no caso da clientela feminina, o acréscimo de um recurso eletromecânico: os vibradores...

     

    Por sinal, esta metodologia vem obtendo grande atenção da imprensa, como as recentes matérias nas revistas Nova e Trip. Em primeira impressão, parece uma "modernização" da técnica, porém, a verdade é que nada mais é do que a volta a uma prática muito comum no final do Século 19 e primeiras décadas do 20, justificada por milenares interpretações machistas atribuídas a Hipócrates. Este chamava de histeria, aos sintomas físicos sem causa aparente, condição que considerava tipicamente feminina, razão pela qual, pressupunha que a origem do problema deveria estar no útero, ao qual atribuiam o estado de "ardente"...

    Eis que no puritano universo ocidental nos idos de 1850, uma "epidemia" do gênero tomou conta das recatadas damas da sociedade e, o único tratamento conhecido para a "histeria" era o toque clitoriano, que era realizado pelos médicos, em seus consultórios. A manipulação era continuada até que a Cliente atingisse o "paroxismo histérico", que era considerado um espécie de "ataque de histeria" obtido em ambiente controlado. Em decorrência disto, os sintomas físicos desapareciam e os maridos ficavam satisfeitos em constatar esposas mais calmas e felizes. Ou seja, pareciam desconhecer o que era um ORGASMO feminino, mas, pelo menos, já usufruiam de seus benefícios para o equilíbrio somatopsíquico...

     

    Eis que aqui, já podemos justificar a presença de Freud no título deste artigo, pois, foi justamente trocando informações com seus colegas que trabalhavam nesta linha de terapia, que firmou sua convicção de que problemas ligados à sexualidade eram a origem e a chave para solucionar inúmeros distúrbios. A Psicanálise trabalhou esta hipótese e, nesta linha, ninguém ousou mais que seu discípulo dissidente, Wilhelm Reich, que publicou os inúmeros benefícios do "clímax" sexual, em sua obra: "A Função Do Orgasmo".

     

    A procura por esta terapia "miraculosa" era tamanha que os consultórios não davam conta de atender, já que dependiam da destreza manual dos profissionais, que começavam a sofrer danos por esforços repetitivos.

     

    Como alternativa, experimentava-se os jatos de água, mas, como podemos constatar pela figura ao lado, no formato que adotaram, não era prático, nem eficiente.

     

     

    Eis que em 1880, o doutor Joseph Mortimer Granville, patenteia o primeiro vibrador eletromecânico, de fabricação encomendada com seu relojoeiro.Rapidamente, a idéia foi aperfeiçoada por várias empresas, até conseguirem tamanhos portáteis e baixo custo, o que possibilitou que todo lar pudesse ter ao menos um equipamento para o tratamento da "histeria" sem mais depender de ir a consultórios médicos.

     

    A popularidade era grande e com as bençãos da sociedade machista, que bem ignorava as demais potencialidades deste instrumento terapêutico.

    Propaganda de época

     

    Propagandas em revistas, jornais e cartazes, não raro, anunciavam os equipamentos como "a maior descoberta médica de todos os tempos", capazes de proporcionar "paroxismos histéricos" de alta intensidade, eficentes para tratar de todas as mazelas femininas.

     

    Seja a bateria, ou a manivela e até por ar comprimido, há grandes chances de nossas bisavós (isso se o leitor for da mesma faixa etária que eu, claro...) terem usufruído das maravilhosas invenções terapêuticas, porém, é bem provável que nossas avós e mães não tenham tido a mesma oportunidade, pois, a partir de 1920, com o advento dos filmes pornográficos, finalmente a sociedade machista e puritana tomou conhecimento dos potenciais usos destes equipamentos. Assim sendo, de terapia doméstica indispensável em qualquer lar que se preze, os vibradores passaram a ser enquadrados como inadequados às "mulheres de bem".

     

    Os fabricantes não se deram por vencidos, e buscaram outras formas de divulgar de forma mais discreta, a disponibilidade para compra. Desde anúncios em que as figuras estavam aplicando os vibradores na... têmpora (!), até literalmente vendidos disfarçados em caixas que anunciavam aspiradores de pó, e outros ofertados como aparelhos de "múltiplas utilidades", onde os motores serviam, em primeira análise, como batedeiras de bolo, mas, que possuiam acessórios que, uma vez conectados, possibilitavam utilidades bem diferentes. Apesar desta estratégia, é fato que entre as décadas posteriores a 1940, a popularidade dos vibradores desapareceu, vindo a ressurgir, nos anos 70 em diante, assumindo seu caráter de instrumento voltado ao prazer feminino.

     

    Assim sendo, como a Terapia Holística tem por tradição resgatar terapêuticas milenares ou, ao menos, seculares, até que não é de estranharmos que a linha tântrica traga de volta, mais uma antiga prática do tempo de nossas bisavós, ou seja, o vibrador, como uma panacéia universal...

     

    Na certeza de que o tema é muito polêmico e que ainda carece de normas técnicas específicas, que só poderão ser criadas após amplo debate entre os profissionais, aliados à análise jurídica da questão, que fique este artigo, como uma forma bem-humorada e curiosa de trazer o assunto para discussão.

     

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br

     

    Texto extraído de:

    http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/tradicionais/69-sexualidade-tantrico/197-vibrador-tantrico#ixzz23jhKUtNR 

    Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

     

    VII.III

     

    Os Doze Passos de Narcóticos Anônimos

       

    Os Doze Passos de NA tem como objetivo convidar os nossos membros a empenharem-se numa viagem de recuperação, e servir como meio para se alcançar uma compreensão pessoal dos príncipios espirituais de cada passo e a forma como os experimentos nas nossas vidas acreditamos que os passos estão apresentados de uma forma que abrange a diversidade da nossa irmandade e reflecte o despertar espiritual descrito no nosso 12º passo..

     

    OS DOZE PASSOS

     

    PRIMEIRO PASSO:

    Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.

     

    SEGUNDO PASSO:

    Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.

     

    TERCEIRO PASSO:

    Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós o compreendíamos.

     

    QUARTO PASSO:

    Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.

     

    QUINTO PASSO:

    Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.

     

    SEXTO PASSO:

    Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

     

    SÉTIMO PASSO:

    Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.

     

    OITAVO PASSO:

    Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.

     

    NONO PASSO:

    Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse prejudicá-las ou a outras.

     

    DÉCIMO PASSO:

    Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

     

    DÉCIMO PRIMEIRO PASSO:

    Procuramos, através de prece e meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.

     

    DÉCIMO SEGUNDO PASSO:

    Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.

     

    Fonte: http://www.na.org.br/

     

     

    VII.IV

     

    Drogas: Êxtase e Dependência

    Êxtase e Dependência - Modelo: Pollyana - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

    Antes de aprofundar a questão, apresento meu posicionamento neste tema tão polêmico: creio que tudo o que se busca por meio das drogas, pode ser obtido por alternativas menos drásticas, tais como técnicas especiais de respiração, posturais, corporais e de induções vivenciais, que igualmente produzem estados alterados de consciência, sem os riscos inerentes de exposição a produtos cujos efeitos a curto e longo prazo ainda não são bem conhecidos.

    Milenarmente, todas as culturas praticaram rituais religiosos que se propunham a alterar as percepções da realidade, comumente associando ritmos musicais repetitivos, em alto som, regado a bebidas de teor alcoólico (vinhos, aguardentes, fermentados...) e danças, com a variante de ingestão de vegetais com poderes alucinógenos, muitas vezes restritas aos sacerdotes, em outras, compartilhado com toda a tribo. Tal somatória resulta na dissolução dos padrões rígidos da personalidade, permitindo contato direto ao conteúdo inconsciente. Os objetivos eram transcendentes, uma jornada "espiritual", "sagrada".

     

    Modernamente, a tradição ressurgiu nos festivais "hippies", inclusive, mantendo-se a busca pela transcendência. Nos dias de hoje, temos as festas denominadas "raves", outrossim, sem um objetivo "espiritual" no contexto. Seja como for, o que se constata é um "padrão" que faz parte da história da humanidade e, certamente, merece ser analisado mais profundamente.

     

    Em nossos consultórios, ainda que parte integrante do contexto coletivo/social, o mais comum é que a questão das drogas chegue até nós, de forma individualizada, ou seja trazida pelo Cliente. A ausência de julgamento, seja positivo, ou negativo, é exigência fundamental em nosso trabalho e o foco é a PESSOA, em seu TODO. Ou seja, o uso das drogas seria mais um dos tópicos a serem trabalhados, visto que é inseparável dos demais. Devemos, em conjunto com o Cliente, descobrir as motivações, conscientes e inconscientes, que levaram a este padrão de comportamento. Seria uma busca religiosa ? Estaria abafando pensamentos, sentimentos, desejos, lembranças ? Auto-estima em baixa sendo compensada via comportamentos tidos como moda ? Enfim, infindáveis hipóteses e cada caso é um caso, cada momento é único. Só o transcorrer da terapia pode trazer mais clareza sobre o que ocorre. E, paralelamente à análise, a inclusão de técnicas vivenciais, alternando relaxamento, hipnose, técnicas corporais de toque, respiratórias, renascimento, em suma, uma vasta gama de opções terapêuticas capazes de produzir estados alterados de consciência, sem uso de "aditivos".

     

    Os produtos consumidos nos dias de hoje, "refinados" quimicamente em laboratórios, certamente são muito mais danosos do que as poções milenares, que eram praticamente em estado natural. Daí que na sociedade moderna surge a alcunha de "dependente químico", aquele indivíduo que perde o controle sobre o uso da substância, associado com sintomas de abstinência e tolerância, evitadas com o uso constante e cada vez maior, privilegiando o consumo a outras coisas que antes valorizava. Dentre os colegas de profissão, existe um grupo crescente que foca seu atendimento a este tipo de situação, quase como uma "especialidade", correndo o risco de perder o enfoque holístico e, o que é ainda mais grave, inadvertidamente ferindo a legislação, com o risco de prisão, sendo irrelevante à justiça humana se suas intenções eram nobres ou não.

     

    O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras.

     

    Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)...

     

    Ou seja, ainda que não trabalhe com internações, quem definir seu trabalho desta forma, corre o sério risco de enquadrar-se em exercício ilegal de medicina...

     

    Extremamente preocupante é o fator "internação", muitas vezes propagandeada com mais um serviço prestado por estes colegas... Isto se deve porque, em várias escolas, fazem interpretações distorcidas, tentando justificar este procedimento, citando legislação que nem sequer mais existe (como é o caso da Lei nº 6.368, que foi REVOGADA pela Lei nº 11.343, de 23/09/2006) ou da Lei nº 10.216, cujo objetivo (dentro outros...) é justamente PROTEGER o cidadão para IMPEDIR que ele seja internado involuntariamente !!! Ou seja, é exatamente o OPOSTO da interpretação que os cursos vem divulgando !!!

     

    Nós sabemos que erram na boa fé, porém, nenhuma autoridade policial e/ou judicial aceitaria tal alegação... Conforme claramente expressa a lei, toda internação, até mesmo as voluntárias, dependem de um laudo MÉDICO PSIQUIÁTRICO; sem isso, estarão ferindo os direitos da pessoa em questão, além de cometer crimes de sequestro e cárcere privado, dentre outros possíveis enquadramentos...  

     

    Mesmo de posse do laudo médico, ainda assim, o estabelecimento precisará prestar "serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros"; sem tais requisitos, jamais a instituição poderá sequer candidatar-se a esse papel.

     

    Sabemos que muitos colegas trabalham como aprenderam nestas escolas, contudo, verdade seja dita, infelizmente tais cursos, ainda que talvez bem intencionados, ensinam de forma totalmente equivocada no que diz respeito a adequar-se às leis em vigor.... Urge uma adequação radical na forma de se expressar e modo de trabalhar, pois, a continuar no formato atual, é questão de tempo para muitos colegas serem presos e processados.

     

    Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br

    (11) 3171-1913

     

     

    Texto extraído de: http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/psicoterapia/aconselhamento/232-drogas-dependencia-quimica#ixzz23olhqDgL 

    Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    Autor: : Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico
    Última atualização: 17/08/2012 17:42


    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para crianças e pré-adolescentes utilizando RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS

    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para crianças e pré-adolescentes utilizando RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    HOLÍSTICA / 2013

     

    “Aqueles que confundem o não-real com o real e o real com o não-real e, por conseguinte, são vítimas de noções errôneas, nunca alcançam a essência da realidade”

                                                 (Buda)

     

     

    Dedico a todos os que gostam de estudar o comportamento infantil, às vezes tão incompreendido e muitas vezes difícil de amar.

     

     

    AGRADECIMENTOS

     

    Agradeço a Deus pela vida, às minhas filhas Janira e Niara por me apoiarem em minhas pesquisas aos meus clientes por consentirem experiências novas e ao SINTE por deixar-me apresentar estas experiências que a todos tem feito bem apresentando resultados positivos.

            

     

     

    SUMARIO

     

    1. INTRODUÇÃO...........................................................................................7

    2. MATERIAL E METODOLOGIA..................................................................8

         2.1 Material empregado............................................................................8

         2.2 Métodos..............................................................................................8

            2.2.1 Estudo da criança presente .........................................................8

            2.2.2 – Estudo da criança ausente .......................................................8

         2.3 Divisão Cronológica e suas características .......................................9

         2.4 Análise dos perfis das crianças ........................................................15

    3. COMO A RADIESTESIA, AS RUNAS, AS FIGURAS GEOMÉTRICAS

    E OS FLORAIS PODEM AJUDAR AS CRIANÇAS NO SEU EQUILÍBRIO ENERGÉTICO..............................................................................................17

        3.1 A Radiestesia ....................................................................................17

        3.2 As Runas............................................................................................18

        3.3 As Figuras Geométricas.....................................................................18

        3.4 Os Florais ..........................................................................................19

    4. RESULTADOS.........................................................................................20

    5. DISCUSSÃO............................................................................................21

    6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................22

     

     

     

     

     

     

    RESUMO

     

    A Psicoterapia Holística tem como objetivo ajudar o cliente a se conhecer melhor e assim sendo tomar outras decisões e escolhas que o possam direcionar melhor na vida para o equilíbrio energético de si mesmo, na família e na sociedade. Muitas vezes na vida dos adultos, as crianças são relegadas a segundo plano em suas necessidades energéticas, daí tornarem-se muito agitadas e aflitas, o que as torna pouco acolhidas. Neste estudo, utilizando Runas, Figuras Geométricas, Florais e a Radiestesia, buscamos o equilíbrio das crianças para que seja mais agradável o convívio com elas e mais interativo o aprendizado, entre nós e elas.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

     

    A Meta principal a ser atingida pelo Terapeuta Holístico é o equilíbrio de seu cliente em todos os níveis, entretanto nota-se que as crianças muito agitadas neste mundo moderno, conseguem desequilibrar os pais que muitas vezes não sabem como proceder para melhorar o comportamento dos filhos, então resolvi estudar o perfil das crianças para ver qual atitude poderíamos tomar para que elas se equilibrassem e não desestabilizar tanto os pais. Daí comecei a ter contato com as crianças, logicamente com a presença ou do pai ou da mãe (ou responsável) junto ao atendimento e através de técnicas como colagens, desenhos, conversas e escritos, pude analisá-las e com a ajuda das Runas, Figuras Geométricas e Florais aliados com a Radiestesia, conseguimos alguns resultados excelentes de melhorias de comportamento e mais atenção para o aprendizado.

            Eu uso alguma técnica para os bebês de 0 a 3 anos, outras técnicas para os de 3 a 7 anos, outras para os de 7 a 10 anos e outras ainda para os de 10 a 12 anos. Para os de 0 a 3 anos são só brinquedos que fazem barulhinhos como chocalho e bichinho de borracha de apertar.

            Para os de 3 a 7 anos é desenhar com lápis e giz de cera, usar tecidos coloridos, papéis de presente, de 7 a 10 anos é colar figuras recortadas e escrever palavras-chave e de 10 a 12 anos é escrever frases que o marcaram e a mensagem que gostaria de receber e de quem.

            Sempre aparecem pais aflitos que não sabem o que fazer para os filhos comerem vegetais, como fazê-los estudar, como fazerem para ter limites. Defendo o método de combater os “nós” que não deixam a energia fluir, defendo o diálogo, defendo o acompanhamento nas atividades, os limites que devem existir e o bom exemplo dos pais e responsáveis, em tudo aplicando a teoria do AMOR RESPONSÁVEL para a construção de um mundo sustentável e bom de se viver para todos.

            Esses “nós” ou bloqueios energéticos que não deixam a energia fluir devem ser combatidos e serem desfeitos o melhor e o mais rapidamente possível.

     

     

    2. MATERIAL E METODOLOGIA

     

    1. - Material empregado

    - Pêndulo neutro

    - Runas de cobre

    - Fichas de cliente

    - Grafites

    - Papel de presente colorido e estampado

    - Brinquedos de borracha e chocalho

    - Lápis e giz de cera

    - Fitas coloridas

    - Papéis A4

    1. - Métodos

    1.2.1- Estudo da criança presente

    1.2.2- Estudo da criança ausente

    2.2.1 – Estudo da criança presente

            De acordo com a idade da criança presente fazemos vários testes para verificar se a idade cronológica corresponde a idade mental ou se está atrasada e porque está atrasada. Qual o ponto que está atrapalhando o desenvolvimento da criança e qual o ponto que está amarrando a energia não deixando ela fluir. Estes testes nos dão a resposta para nós começarmos a agir e acertar.

            Estes “nós” da energia determinam vários tipos de sofrimentos para a criança e a família, o que vem refletir na escola e na sociedade.

     

    2.2.2 – Estudo da criança ausente

            É o estudo que capta as vibrações emanadas pelo inconsciente de uma pessoa e captadas pelo terapeuta, através das ondas radiestésicas através do pêndulo, não tendo barreiras nem distancias porque as ondas circulam livremente e vão carregando as informações.

            Para este captar é necessário informar-se o nome e data de nascimento da criança ou uma foto.

    - Tendo determinado em qual cor vibra a criança já se tem aí uma informação importante principalmente se esta cor for a vermelha. Toda criança que vibra na cor vermelha já trás “nós” que a fazem ser muito agitadas, impacientes e dispersivas.

    - Confeccionar a ficha de cliente da criança com o nome dela, idade, data de nascimento, e nome da mãe e pai ou do responsável.

    - Determinar quais “nós” aquela criança trás já naquela idade, se são vindas do pai ou da mãe.

    - Desenhar uma figura geométrica escolhida pelo pêndulo, sintonizada pela cor individual da criança, e dentro desta figura desenhar uma runa e escrever o nome da criança e os “nós” que precisam ser desfeitos. Este desenho é feito com grafite que é grande transmissor de energia.

    - Comunicar com os pais e aconselhá-los a fazer junto com a criança, se for possível, por um ou dois minutos ou mais, a figura da Runa com o corpo para melhor sintonia com a mesma runa e aumentar a potência de ação.

    - Escolher pelo pêndulo qual floral a criança precisa tomar e informar aos pais

    - Determinar qual cor complementar a criança está precisando mais e incluir esta cor na roupa de cama da criança porque é o local onde ela passa mais tempo.

    - Verificar se está precisando de alguma cor principal na alimentação e incluir esta cor para ajudar o equilíbrio energético.

    - Energizar com o pêndulo o desenho feito na ficha de cliente por quanto tempo for indicado.

     

    1. - Divisão Cronológica e suas características

     

    - De 0 a 1 ano de vida = O recém-nascido desenvolve ao mesmo tempo sua maturação biológica e sua aprendizagem experimental por causa de ter em si o duplo impulso: de suas forças genotípicas e dos estímulos ambientais (externos e internos). Estas duas energias levam a criança a reagir perante estímulos e com o tempo se transformará em “hábito de reação” e lentamente se transformará em ato reflexo, local e automático.

            A criança neste primeiro ano de vida poderá aprender muito mais, se desde a primeira semana de vida nós agirmos mais corretamente com os objetos que a estimulam. Por exemplo, a mãe ao se colocar um “babador” antes de dar o seio para mamar, se faz uma ligeira pressão em seu peito. A criança começa a sugar logo após a pressão no peito porque sente que é hora de mamar. Se antes de dar o mamar se toca um chocalho, a criança quando ouve o chocalho já começa a sugar, sem esperar o contato com a mamadeira. É o reflexo condicionado, alvo de estudo por muito tempo de PAVLOV. Passado o primeiro mês o lactente é agora mais sensível aos estímulos da reação afetuosa que é conseguida com muito mais facilidade.

            A criança vai se desenvolver evolutivamente e este desenvolvimento deve ser o quanto possível, compensado, equilibrado ou harmonizado pela ação corretora da educação, que deverá a todo momento, evitar o excesso de distância ou desnível entre os diversos setores funcionais do sistema nervoso central, nem predomínio da sensibilidade, nem prepotência da motricidade, nem excesso de variedade (instabilidade), nem excesso de rigidez (habituação automatizante). Atendendo uma ou outra de tais modalidades a pessoa não se desenvolve como um todo, podendo ficar ou neurótico, ou apático, ou tímido, ou impulsivo, ou fanático, ou um autômato, qualquer coisa, menos um “verdadeiro HOMEM”.

            Por isso, na educação pós-moderna dar-se tanta importância ao desenvolvimento das aptidões psico-motoras quanto ao das aptidões puramente intelectuais.

    - De 1 a 2 anos = Quando a criança começa a querer sair de seu berço e arrastando-se = “engatinhando-se”, vai de um lado a outro puxando tudo e mexendo em tudo, é preciso ser vigiada sempre para evitar desgostos. É a época da readaptação a outros alimentos porque geralmente para de mamar no peito e começa a comer mais alguma coisa como sopinhas e sucos.

            A criança nesta idade quer “aquisição de poder”, enfiar-se em qualquer lugar, qualquer janela, com sua curiosidade exploradora.

            Esta possibilidade de deslocamento ativa e voluntária aumenta consideravelmente na criança a vivência de sua subjetividade, independência e poder, contribuindo para firmar em si sua noção do EU. O mundo deixa de ser uma sucessão de aparentes fatos para ser mais ordenado e estruturado de impressões estáveis.

            A criança começa a entender o “EU”, o “TU”, mas não sabe o que é o “NÓS”. É egocêntrica, brinca com os outros mas para satisfazer seus interesses. Quer brincar com as partes de seu corpo, o adulto não deixa, então ela adquire uma obscura noção da relatividade e complexidade da conduta social, começa a ter “segredos”, “vida íntima” ou “privada”. Começa a ser pessoa social e deixa de ser pessoa natural.

    - De 2 a 3 anos = Já falando e aprendendo novas palavras, a criança nesta fase já pensa, estabelece relações e vínculos entre o que é real e o imaginário.

            O pensamento mágico encontra-se aos 3 anos no seu apogeu formativo. A criança começa a ter fantasia, isto é, capacidade de combinar suas recordações e de criar elas novos estímulos (internos) para continuar estabelecendo relações ou conexões associativas. É hora de saber que existem dois mundos: o real ou objetivo onde imperam a razão, o dever e o trabalho e o imaginário ou subjetivo onde dominam a Fantasia, o prazer e o brinquedo. Estes dois mundos vão caminhando com a criança ao longo de sua vida e pode chegar até a fase adulta quando ao se deparar com um estado emocional de medo, cólera ou amor, podem misturarem-se as crenças mágicas com os elementos do raciocínio lógico dando origem a confusões mentais e até no modo de agir.

    -  De 3 a 4 anos = Já tem bastante progresso quanto à linguagem e na interpretação de fatos. E vive situações fictícias como se fosse real, porque para ele basta calçar o sapato do pai, para ser o pai, mostrar uma cadeira e contar a história, ela já é o “trono do Rei”. Nesta fase o “todo faz um intercambio com suas partes”. Se ao chamá-la para almoçar, falta a colher, se nega a comer, não porque é birra, mas porque com isto é destruída a imagem configuracional da situação nutritiva, faltou um elemento da série perceptiva que constitui o hábito alimentício, rompeu a umidade da mesma e ela desaparece como tal, criando a consequente reação negativa. A criança é TUDO ou NADA. Ou segue o ritual e come ou faltando um elemento não come. Dá atenção aos detalhes. Com a experiência do dia a dia a criança aprende que as partes não equivalem ao todo não basta calçar o sapato da mãe para ser a mãe.

    Vai se estabelecendo este processo de diferenciação e estruturação hierárquica e só no final do 4° ou 5° ano de vida que a criança vai entender que o TODO contem as partes, porém as partes não são o todo, embora partes dele.

    Até os 3 anos a criança quebra objetos e a partir desta data começa a CONSTRUIR, e esta construção é muitas vezes desenvolvida a partir dos desenhos, dos rabiscos que vão se formando em desenhos.

    - Entre os 4 a 7 anos = São poucas as vezes em que a noção de causalidade chega a estabelecer-se de um modo independente da sucessão temporal. A criança rege-se pelo princípio “depois disso, logo por isso” e esquece que a antecedência da causa é a razão necessária porém não suficiente para sua ação. Ex: primeiro é necessário cair a chuva para fazer a lama e a lama não faz a chuva cair.

            Por causa da dificuldade com que se processa a transição do primeiro realismo infantil cheio de complicadas noções de causas e efeitos, a criança tem pensamentos cheios de paradoxos, ora com precisão e profundidade de raciocínio ora com ausência de lógica e incoerência e tem interpretações diversas da mesma realidade. Neste período de 4 a 7 anos a criança trava contato com a problemática dos chamados “valores” e aplica em sua resolução, inicialmente, os mesmos processos que a levaram a conseguir sua adaptação ao mundo das coisas. Para a criança “BOM” é o que o adulto deixa-a fazer, e “MAU” é o que não pode fazer e se ela fizer terá consequências desagradáveis. Por exemplo: ao se perguntar uma criança de cinco anos se roer as unhas era bom ou mau, ela respondeu sem errar: “é mau” porque não se pode fazer se fizer vão te pegar. “Bom” e “mau” não tem para a criança um valor ético, mas um valor utilitário.

            BOM é o que lhe serve para satisfazer um desejo e proporcionar-lhe um prazer e MAU é o que não lhe serve ou com sua simples presença provoca um desprazer.

            A evolução do conceito de valor verifica-se no sentido de uma progressiva objetivação ou racionalização do mesmo, seja qual for o valor considerado. A criança afirmando que algo é bom ou mau, feio ou lindo, justifica seu juízo de valor em algo além da impressão afetiva, apoia em algo irracional, esta justificativa é incoerente e invariável.

            Na terceira infância já terá a delimitação do valor de justiça e começa a diferenciar o “direito” da “obrigação”.

            No final da infância psíquica, nem sempre coincidente, é claro com a cronológica – que se apresentam os fatores favoráveis do descobrimento do valor da “VERDADE”, isto é, do conhecimento universal e certo que caracteriza a vida científica.

            O desenvolvimento da criança portanto psiquicamente falando vai do egocêntrico até a parte mais social onde desenvolve elementos mais elevados de gratidão, simpatia, compaixão, etc.

            A medida em que a criança vai se sociabilizando saindo de seu ambiente familiar para o ambiente escolar e diferentes ambientes sociais vai começando a delinear o caminho do seu destino se bem que tal caminho ainda modifique muitas vezes o seu curso até se realizar.

            A criança de 4 a 7 anos estruturou definitivamente o mundo objetivo e descobriu a objetividade das coisas.

    - Entre os 7 a 10 anos = É a época do progresso do conhecimento, desenvolvimento intelectual, onde ocorrem muitas idéias já desenvolvendo novas relações de sentido. Por exemplo, já tendo noção de peso, balança, metragem e moeda. Começa a orientar toda a atividade vital por um critério de contabilidade de tempo, de espaço, de distância, de velocidade, de peso, de dinheiro e algumas vezes se desvia para o “colecionismo”. E no mundo pós-moderno a criança quer tudo o que vê com a sua mania de coleção. Isto porque esta atividade intelectual tem mais importância que a atividade motora.

            Nesta fase a criança já começa a deduzir por si mesma sem aceitar tudo que lhe diziam como antes, quando tudo era verdade sem titubear. Nesta fase as relações familiares ficam meio abaladas porque o pré-adolescente certifica-se de que em muitas ocasiões lhe ocultaram a verdade.

            Agora, nesta idade, os adultos, os pais, os ascendentes, são vistos como pessoas comuns, com seus erros e defeitos, então a criança começa a rebelar-se interiormente e só se manifesta exteriormente no menino quando da crise da puberdade, e na criança do sexo feminino só se tornará evidente alguns anos mais tarde, isto é, em plena adolescência, pelo aparecimento de crises injustificadas de mau humor e de choro como também, pelo aumento da irascibilidade e angustia.

            O pré-adolescente começará a pensar no seu destino e ficará inquieto com perguntas como esta: - Quem serei? – Que farei? – Que devo dizer?. E ante dessa fase só se preocupava com as questões: - Que me deixam fazer? O que meus pais querem que eu seja?

            A criança sente necessidade de pensar por si só nesta fase e para de perguntar aos pais e começa a dirigir-se aos seus companheiros de escola para argumentar e discutir suas primeiras opiniões sobre a vida.

            É nesta fase que se observa a duplicidade de atitudes da criança em relação a seus companheiros de idade ou a seus superiores (em poder, mas já não em valor). Tem dificuldade de se abrir apesar de estar participando da escola e da família, quer ter seus segredos e explorar o desconhecido.

            No terreno da conduta moral, a criança de 7 a 10 anos de moral homoniana à fase da moral autônoma. Se até agora, a atitude diante de uma regra era absoluta: submissão ou repulsão, agora ela começa a admitir a relatividade de toda norma, variando de acordo com as circunstâncias oportunas. Exemplificando: nos jogos, quer fazer novas regras, não quer aceitar as infrações que os adultos codificaram.

            Sobre à curiosidade das coisas da vida, estas diferem, conforme sejam as condições de cultura e ambiente. A criança nesta fase de 8 a 10 anos quer saber mais sobre a vida, a morte, os seres, etc, mas acha que os pais já não são fonte suficiente para responder-lhes, então passa a inquirir seus colegas mais adiantados e os serviçais e pessoas nas quais deposita confiança mais do que a seus pais.

            A criança quer alguma precisão nas respostas porque já está com a capacidade de crítica bem acentuada. A esta fase a criança já se considera bem superior intelectualmente e mistura as informações recebidas com a fantasia imaginativa e resíduos de crenças, mágicas, fazem as histórias serem aventuras surpreendentes e misteriosas, o que muito agrada estes pré-adolescentes, os raios, forças misteriosas e conflitos internos dos personagens, que são possantes, mas podem chorar e gostar.

            A partir dos 9 anos o corpo começa a formar-se e os meninos e meninas começam a pesquisar sobre o corpo, o sexo, e interessam muito pelas aulas de ciência onde se estuda o corpo e suas funções. Há o aparecimento das diferenças no modo do menino e da menina ser e de reagir. As meninas temem e admiram os meninos e estes tendem a ter menosprezo e tendência protetora com as meninas. Na adolescência esta tendência se transforma por causa do despontar do desejo sexual, e pode ser uma atitude de timidez ou agressão, não quer que nenhuma menina tente impedi-lo de fazer algo. O menino só é tolerante para com a companheira quando a vê fraca, chorosa, ou submissa. Há vários níveis de amadurecimento, o que deve ser aproveitado nas salas de aulas. Neste período na criança amplia a base de seus contatos sociais, quer ficar com os colegas para estudar e brincar, mas os pais devem ficar vigilantes para com as amizades por causa da atual disseminação das drogas e outros males. Esta constante vigília pode desenvolver no pré-adolescente a ideia de que “os outros” são maus e até fazer diminuir o sentimento de fraternidade universal que deve unir os homens e mulheres do planeta todo. É preciso coerência e muita interpretação dos fatos para que este AMOR AO PRÓXIMO não diminua e o mundo não fique prejudicado.

    - Criança de 10 a 12 anos de idade = A adolescência (do latim “adolescere” que significa crescer) é um breve espaço de tempo entre a segunda infância e a puberdade, que corresponde aproximadamente ao período entre os 11 e 13 anos nas meninas e os 12 e 14 nos meninos. Neste período ocorrem as mudanças em ambos os sexos, alterações de condutas e mudanças morfológicas sensíveis. É o momento do crescimento físico.

            Spranger descreveu 2 problemas essenciais a este período:

    1. Descobrimento do eu e formação de um plano de vida
    2. Independência subjetiva

    Mas, pode-se considerar como próprios desta fase evolutiva, os seguintes fatos:

    1. Alteração do esquema físico e obrigação do reajustamento entre o SER e o PARECER. O crescimento e a aparência criam uma inquietação e preocupação constantes, daí querem sempre estar diante do espelho para ver a transformação de seu corpo que lhe parece diferente todo dia, podendo criar uma certa desorientação e angústia.
    2. Alteração dos sentimentos vitais: Junto com a transformação do corpo há também uma transformação metabólica com o aparecimentos de novos hormônios (as glândulas sexuais ou gônadas), há as mudanças bruscas de humor de alegria à tristeza, entusiasmo e preguiça.
    3. Erotização do campo de consciência e necessidade de achar o complemento: O organismo fica sensibilizado pelos hormônios e acentua-se o masculino e feminino.
    4. O mistério da vida e da morte: Os adolescentes em geral pensam na sua origem e no seu destino, isto é, como terminará sua vida e essas atitudes de filosofias, ocuparão tempo e profundidades diversas e é o tempo de ajudá-los a ter uma orientação religiosa e filosófica para não ficarem sem explicação do inexplicável.
    5. Independência ou detesto psicológico do ambiente familiar: Liberação de tutelas. O jovem deverá passar por uma fase de oposição e negação das sugestões e ordens vindas dos familiares. E se estes não conceder-lhe esta oportunidade de “não concordar com nada” há muita briga inútil dentro de casa e pode complicar pela vida afora. Deixar o jovem ter uma opinião contrária a alguma coisa o deixa mais feliz.
    6. Fixação do papel a representar social e profissional: O adolescente que saber o que vai ser e o que vai fazer, quer fazer planos para a vida e prever e usar seu cérebro para se sair bem de situações imaginadas para ele mesmo e para o que vai ser na sociedade.

     

    2.4 – Análise dos perfis das crianças

    Esta análise é fundamental para ver se as crianças estão na idade cronológica relativa à idade mental.

     

     

    . até 1 ano:

            - Verificar se a criança acompanha o barulho dos chocalhos e se sentem alegria ou choram

    . até 2 anos:

            - Verificar se a criança consegue localizar 2 bolas de cor igual no meio de outras ou se joga tudo fora.

    . até 3 anos:

            - Verificar se a criança consegue reconhecer o retrato de um cãozinho no meio de outro desenho ou se rasga o papel.

    . até 4 anos:

            - Verificar se a criança consegue juntar dois triângulos de tecidos coloridos iguais no meio de outros estampados diferentes ou se amassa tudo e joga fora.

    . até 5 anos:

            - Verificar se a criança consegue colar dois triângulos sobrepostos formando uma estrela ou se irrita e estraga tudo.

    . até 6 anos:

            - Verificar se com giz de cera a criança já faz um desenho de flor ou de casa ou se fica aborrecida e sai correndo.

    . até 7 anos:

            - Verificar se a criança consegue recortar dois presentes (desenhos) do papel de presente, para dar para o pai ou mãe ou se recusa-se a isso.

    . até 8 anos:

            - Verificar se a criança consegue desenhar a família e quem aparece de mais destaque ou se ela não quer desenhar.

    . até 9 anos:

            - Verificar se a criança quer desenhar alguma coisa importante para ela ou não quer desenhar nada.

    . até 10 anos:

            - Pedir para a criança fazer uma margem no papel com uma cor e escrever três palavras ou frases importantes para ela ou se ela se recusa a fazer isto.

    . até 11 anos:

            - Pedir para a criança escrever uma mensagem para seus pais no celular agradecendo-lhes pela vida ou se não quer fazer isso.

     

     

    . até 12 anos:

            - Pedir para a criança escrever o nome de 3 amigos importantes no papel e o que quer desejar para eles ou se recusa a fazer isso.

    . depois de 12 anos:

            - Perguntar qual mensagem gostaria de receber, de quem, por que.

            

    3. COMO A RADIESTESIA, AS RUNAS, AS FIGURAS GEOMÉTRICAS E OS FLORAIS PODEM AJUDAR AS CRIANÇAS NO SEU EQUILÍBRIO ENERGÉTICO.

            

    3.1 – A RADIESTESIA:

            Esta ciência tem seus princípios em base experimental, capaz de ser verificada por pesquisadores em diversas partes do mundo. Mas é também uma ARTE porque é preciso ter treinado bastante a intuição para captar suas mensagens ou radiações. É muito antiga a prática de Radiestesia que surgiu com a técnica da procura de poços d’água e de jazidas subterrâneas por meio da forquilha ou varinha. Passou muito tempo esquecida e ressurgiu para ser estudada com mais atenção.

            A RADIESTESIA  se relaciona com as radiações, que os corpos emitem e que podem ser captados à distância, não havendo empecilhos porque são levados pelas ondas magnéticas e chegam sem alardes.

            O pêndulo é um instrumento simples que na mão do radiestesista capta e amplifica os efeitos das radiações. O pêndulo deve ser neutro. O Radiestesista deve ficar atento para não ser influenciado pela Remanência que é a permanência de radiações no mesmo lugar. Para isso deve “limpar o pendulo” entre um e outro atendimento colocando-o no chão ou lavando-o com água e sabão. Outra influência, a AUTO-SUGESTÃO deve ser também banida, mantendo-se o Radiestesista numa posição de pensamento neutro, só captando radiações.

            Aqui neste nosso estudo, usamos o pêndulo para determinar em qual cor de onda radiestésica o cliente vibra, quais seus “nós” energéticos, qual Runa usar para abrir-lhe os caminhos energéticos, qual Figura Geométrica utilizar para otimizar esta abertura energética e quais Florais, aqui os de Bach podem ser utilizados para haver resultados bons, benéficos e duradouros.

            Ser Radiestesista não é privilégio de alguns geralmente com prática prolongada se desenvolve esta sensibilidade basta ter dedicação, disciplina e estudo. Algumas pessoas têm mais facilidades do que outras, porque são mais intuitivas mas nada como o trabalho consciente e equilibrado para desenvolver esta sensibilidade e assim poder ajudar muitas pessoas.

     

    3.2 – AS RUNAS:

            São símbolos secretos cuja ação é indicar um caminho a seguir ou chamar a atenção para um caminho que se está seguindo e deve ser mudado. Eram muito utilizadas nos povos antigos para se orientarem em viagens e qual direção tomar nas caçadas e na busca de local apropriado para morar.

            As Runas nos dão mensagens energéticas que já estão traçadas em campos de forma no mental Superior.

            Em cada letra Rúnica há um sentido de expressão daquilo que está em harmonia ou em desarmonia com o COSMOS.

            As Runas ajudam a esclarecer e energizar os campos eletromagnéticos.

     

     

    3.3 – AS FIGURAS GEOMÉTRICAS:

            De acordo com Pitágoras “todas as coisas são números”. Para Pitágoras base de todas as estruturas existentes no mundo são os números. E só a geometria estabelece ordem e exatidão em toda criação. Tudo está sob a influência da energia dos números (do latim “fractus” que significa fração da estrutura geométrica).

            A matéria toma forma pela Geométria Fractal, onde as figuras tem um propósito DIVINO, através dos números e figuras geométricas. Todas as formas vão para o infinito, dando uma informação de progressão geométrica e não aritmética.

            Do infinitamente pequeno para dentro do infinitamente grande e vice-versa.

            Os poliedros são formas geométricas que compõe o mundo.

    - ICOSAEDRO – Água – 20 faces

    - OCTAEDRO – Ar – 8 faces

    - ESTRELA TETRAEDRON – Fogo – 4 faces

    - HEXAEDRO – Terra – 6 faces

    - DODECAEDRO – Prana – 20 faces

            Todas as formas geométricas derivam destes poliedros e transmitem muita energia, daí a utilização das figuras geométricas para ajudar na harmonização das crianças aqui estudadas.

     

     

    3.4 – OS FLORAIS (aqui os de Bach)

            Edward Bach nasceu em 24 de Setembro de 1886 na Inglaterra em uma pequena vila chamada Moseley. Desde a infância Bach sempre gostou muito da natureza. Com muita dedicação formou-se médico, bacteriologista, patologista e em Saúde pública. Queria conseguir melhorar a pessoa em todo aspecto: físico, emocional e mental.

            Teve doente e contrariando a previsão médica se curou por causa da vontade firme de viver. Descobriu assim que a parte emocional é importante. Estudou e praticou homeopatia e como gostava de pesquisa, através das plantas e folhas encontrou as flores. Passou a desenvolver suas fórmulas e a experimentar em grupos de pessoas que ele classificava segundo tipos previamente definidos de comportamento. Ele tratava as pessoas com inicialmente três primeiras flores de seu sistema: IMPATIENS, MIMULUS e CLEMATIS.

            A partir de 1930 (43 anos) abandonou a vida de conforto na cidade e foi para o campo para estudar e pesquisar “in loco” as ações das flores no emocional das pessoas. Daí até 1935 Bach descobre as 38 essências do seu sistema. Sempre testava em si mesmo os efeitos das essências. Este trabalho intenso o desgastava muito e se sentia satisfeito com os resultados benefícios de suas essências. Morreu em 27 de novembro de 1936 enquanto dormia.  Realizou um grande sonho: descobriu um método de cura simples e natural, de fácil compreensão e fácil aplicação. E esclareceu para muitos como o estado emocional e mental influencia nos desequilíbrios.

     

     

    4. RESULTADOS

     

    Como hoje as crianças são geralmente muito agitadas e ligadas em tudo o que acontece, os pais muitas vezes têm dificuldades no relacionamento com elas, e trazem-nas para que possamos fazer alguma coisa para ajudá-las a equilibrá-las. Então, comecei a fazer esta formatização no atendimento para eu ter um plano de ação, individualizado porque cada um é diferente do outro mas coletivo porque o procedimento é o mesmo.

    Assim a pesquisa e o tratamento com a RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS deu-nos o seguinte resultado:

    - De 10 crianças tratadas de 0 a 1 ano: Este tratamento fez com que chorassem muito menos, dormissem mais tranquilas e por mais tempo contínuo e expressarem maior alegria rindo mais. Não houve diferença a menor, isto é, todas reagiram positivamente.

    - De 10 crianças tratadas de 1 a 3 anos: Notamos que ficaram estas crianças mais atentas ao que falavam com elas, destruíram bem pouco os brinquedos e dormiram calmas.

    - De 10 crianças tratadas de 4 a 7 anos: Tiveram bastante melhorias no comportamento sem “birras” e entendendo mais as explicações dos pais sobre o que “pode” ou “não pode”. Sono tranquilo.

    - De 10 crianças tratadas de 7 a 10 anos: Sob tratamento constatou-se que conseguiram se concentrar mais nos estudos, tendo melhor aproveitamento escolar e menos desentendimentos com os irmãos, caindo até só para a faixa de 10% que não reagiram positivamente desde o dia do início do estudo.

    - De 10 crianças tratadas de 10 a 12 anos: Notou-se muita melhoria no comportamento passando a ser mais responsável no cumprimento das tarefas da escola e também melhoras na alimentação aceitando mais a comida saudável, principalmente os sucos naturais.

    - De 10 crianças tratadas de 12 anos em diante: Notou-se muitas melhorias no nível de exigência do ter: “quero isto”, “quero aquilo”, isto diminuiu bastante e houve um certo amadurecimento emocional diminuindo muito as notas baixas, aumentando a responsabilidade em estudar.

            Não notamos nada que pudesse contrair este tipo de tratamento porque em todos os casos estudados houve melhorias. Algumas mais significativas que são a maioria, em torno de 70% outras menos em torno de 20% e os que melhoraram pouco foi no nível de 10%.

            Matematicamente falando estes procedimentos aqui apresentados são favoráveis às melhorias no comportamento infantil.

     

    5. CONCLUSÃO

     

    Estudar as crianças é um desafio do qual gosto de participar. A evolução, o crescimento, as mudanças, o modo de ser, tudo é fascinante neste universo infantil.

            A arte de viver envolve a habilidade de integrar a preocupação, o nervosismo da mudança, do desenvolvimento e do renascimento contínuo. O treinamento apropriado, neste sentido, começa nos joelhos da mãe. Uma mãe por demais protetora pode estragar a criança. Uma mãe negligente, cuja principal preocupação é sua felicidade pessoal ou sua posição social, deixa a criança emocionalmente desprovida de recursos para dominar a preocupação, o nervosismo. Este nervosismo deixa de ser um agente nocivo somente quando a criança, em processo de crescimento é adequadamente nutrida pelo amor e orientada a fazer as coisas por si só. Na vida em desenvolvimento de um indivíduo autoconfiante, o nervosismo existente nas situações radicalmente novas torna-se um fator estimulante, inspirando a pessoa até o máximo da sua habilidade.

            A forma de vencer a inércia ou estagnação produzidas pelo nervosismo é entender a significação da mudança como matéria-prima da vida. A vida é criação sempre nova. O que nos faz resistir à mudança é um falso sentimento de segurança.

            O segredo da existência é fluir com o fluxo da transformação e ainda assim permanecer ancorado no eterno. Nossa maior segurança reside na nossa capacidade de nos movermos para a frente com uma visão de novos horizontes, sem deixar-se ser levado para trás. O nervosismo pode ser dominado hoje, não pensando no passado mas tendo em vista o futuro bom e promissor.

            Isto vale também para as crianças que estão crescendo e precisam de ajuda das técnicas dos terapeutas para viver melhor o hoje, desmanchando os “nós” do passado e preparando o progresso para o futuro. Futuro da vida deles mesmos, da sociedade, do país e do mundo. Ajudar as crianças é preparar um MUNDO NOVO cujas idéias de hoje renovadas vão se expandir e irradiar boas energias para a conservação e expansão do Universo.

     

    6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    CHAUDHURI, HARIDAS. Como enfrentar os problemas da vida. São Paulo: Editora Pensamento, 1994.

    LADE, ARNIE. Energia Vital. Novos Conceitos de Cura. São Paulo: Editora Cultrix, 2005.

    LOPEZ, EMILIO MIRA Y. Psicologia Evolutiva da Criança e do Adolescente. Rio de Janeiro: Editora Científica, 2009.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

    VIEIRA FILHO, H. Tutorial Terapia Holística. São Paulo: SINTE – Sindicato dos Terapeutas, 2004.

     

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758
    Última atualização: 12/06/2013 19:41


    A MORTE DA COADJUVANTE E O NASCER DA PROTAGONISTA: O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO UMA PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO ATRAVÉS DA DIALÉTICA ENTRE A TEORIA SISTÊMICA E A LEITURA JUNGUIANA SOBRE OS MITOS

    A MORTE DA COADJUVANTE E O NASCER DA PROTAGONISTA: O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO

    UMA PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO ATRAVÉS DA DIALÉTICA ENTRE A TEORIA SISTÊMICA E A LEITURA JUNGUIANA SOBRE OS MITOS

     

    Ligia Alvares Mata Virgem - Terapeuta Holística - CRT 47968


    Salvador

    2013


     

     

    Trabalho apresentado ao Sindicato dos Terapeutas – SINTE, como resultado para a obtenção da habilitação definitiva de terapeuta holística nas abordagens sistêmica e reiki.

    Salvador

    2013


     


    RESUMO


    Este trabalho apresenta um estudo de caso de aconselhamento terapêutico realizado em um Instituto de Estudos e Intervenções em Psicologia de Salvador e tem como objetivo demonstrar as possibilidades de entrelaçamentos da teoria junguiana e a teoria sistêmica familiar como recursos para o processo de individuação do sujeito. O embasamento teórico abordou os conceitos sobre a teoria geral dos sistemas, elucidando a importância dos processos iniciais de vinculação afetiva constantes na teoria do apego e as configurações dos sistemas parentais na contribuição dos padrões relacionais constituídos, de acordo com o entendimento sobre subsistemas e fronteiras. Além disto, trouxe os recursos lúdicos da prática narrativa sistêmica, pelo manejo clínico da externalização do problema e das interpretações dos mitos pela leitura Junguiana como possibilidades para a amplitude da consciência da cliente. Participou deste trabalho apenas um indivíduo, tendo sido uma pesquisa qualitativa baseada num estudo de caso. Os resultados parciais já alcançados demonstram: a) identificação do estilo de apego na infância; b) reparação do vínculo afetivo com a família de origem; b) nomeação do sentimento responsável pelo sofrimento; c) reconhecimento do comportamento de desejabilidade social como garantidor do sentimento de pertença; d) ampliação de consciência quanto ao papel que exerce na família e estabelecimento das fronteiras relacionais; e) deflagração do sentimento de abandono como sabotador da sua autonomia; f) O contato e escuta da própria intuição como base segura emocional.

    Palavras-chaves: Aconselhamento terapêutico, apego, subsistemas e fronteiras, externalização do problema, mitos.


     


    SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO.................................................................................................3

    2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................4-10

    3. MÉTODO..................................................................................................11-17

    3.1 Participante...........................................................................................11

    3.2 Instrumento...........................................................................................11

    3.3 Procedimento de Coleta e Análise de Dados...................................12

    3.4 Considerações Éticas..........................................................................12

    3.5 Resultados e Discussões...............................................................12-17

    4. Considerações finais...................................................................................18

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................19-20


     


    3

    1. INTRODUÇÃO

    Este trabalho apresenta um estudo de caso de atendimentos terapêuticos que aconteceram em um Instituto de Estudos e Intervenções Psicológicas de Salvador, cujo propósito foi demonstrar a convergência das teorias sistêmica e junguiana na prática clínica para o suporte ao cliente no seu processo de individuação.

    A principal motivação foi ampliar as possibilidades de oferta de recursos indiretos que estimulassem o consulente a iniciar a viagem interna, com menos resistência e abrisse a porta do inconsciente com maior leveza. A utilização de recursos lúdicos permitem acessar a fantasia e o imaginário e desativar os mecanismos de defesas, dando a permissão para a o contato com os conteúdos intrapsíquicos.

    A apresentação deste trabalho está estruturada em:

    1. Introdução – breve apresentação do trabalho, com o objetivo, motivo e

    estrutura. 2. Fundamentação Teórica – demonstrando quais teorias e pensadores

    influenciaram e embasaram o estudo aqui apresentado. 3. Método – relato da pesquisa, instrumento, procedimento de coleta e análise

    de dados, bem como discussões e resultados alcançados. 4. Considerações Finais – conclusão do autor sobre os estudos, análise e

    resultados obtidos.


     


    4

    2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

    Quando ouvimos as histórias sobre as civilizações - mesmo na época da formação de bandos, quando os grupos humanos se organizaram para viver em comunidade - o papel de escuta sempre era exercido por algum membro. Este conselheiro contribuía para o direcionamento das atitudes do grupo, orientando e ajudando aqueles que o consultavam em como lidarem com as relações interpessoais e o mundo em que interagiam, adequando-se ao meio em que conviviam. Eram representados por sábios, profetas, pajés, sacerdotes, gurus, filósofos, entre outros, o que denota que o aconselhamento está presente na vida do homem desde tempos muito remotos (PIÑERO & MESEGUER; 1970 apud FORGHIERI; 2007).

    Segundo Piñero & Meseguer (1970) apud Forghieri (2007), 450 anos A.C. já existia o processo denominado de “cura pela palavra” feita pelo filósofo, Empédocles. Tal filósofo fazia tratamento de doentes através da conversa buscando descobrir quais eram as queixas, se de ordem física ou psicológica. Outros filósofos após Empédocles, como Platão e Aristóteles, além de Hipócrates que era médico, se utilizavam da escuta e da conversa para iniciar tratamentos. Todos estes pensadores contribuíram para a evolução do processo de aconselhamento terapêutico e do estudo sobre as dores da alma.

    Desde então, muitas teorias e pensamentos foram desenvolvidos e o ser humano passou a ser entendido não mais como corpo e alma desconectados, mas como um todo. Este todo é a interação do dualismo – alma e corpo – e é resultado da relação com o contexto em que vive, sendo afetado por ele e também agindo sobre ele (VASCONCELOS, 2002).

    Nesta cronologia do estudo sobre a alma, Carl Jung por volta de 1900 trouxe grandes contribuições para o processo de autoconhecimento do sujeito, a individuação. A prática terapêutica pela teoria Junguiana, pode acontecer com a ajuda de vários recursos associativos e imagéticos, entre eles, as leituras e interpretações dos mitos, uma das ferramentas foco deste trabalho.

    Serbena (2010) explica que a visão de inconsciente para Jung amplia a Freudiana pois:

    “...a visão da psique e do inconsciente modifica, pois ela passa a não ser “uma página em branco” no nascimento e o inconsciente amplia-se incluindo uma camada constituída de estruturas e imagens comuns a toda a humanidade (os arquétipos) que se manifestam nos sonhos, mitos, religiões e contos de fadas”.

    Para Jung (1951; 2000) apud Serbena (2010) a psique é formada por concepções individuais e coletivas, as quais são trazidas dos elementos da família, cultura, etnia e da espécie humana. Estas imagens e símbolos arquetípicos são considerados instintivos e automáticos.


     


    5

    Os símbolos são mediadores dos paradoxos entre os conteúdos da consciência e o inconsciente, manifestados de forma simbólica, a fim de compensar o não trazer de forma explicita e direta tais conflitos. (SERBENA; 2010)

    Tais recursos ajudam ao consulente entrar em contato com os elementos inconscientes, como poderemos ver mais adiante no manejo clínico do caso aqui apresentado através das interpretações sobre os mitos do Barba-Azul e Vasalisa

    Conforme relata Grandesso (2000) apud Vogel (2011), dando prosseguimento ao estudo da alma, na época de 1950 os holofotes da terapia passam a ser direcionados às relações, indo para além do indivíduo. O foco passa a ser o modo relacional que ele estabelece e os vínculos que dele derivavam onde o sintoma passa a ser visto não coo algo do sujeito, mas uma forma disfuncional de comunicação da estrutura familiar (RELVAS, 1999 apud CARVALHAL & SILVA).

    Este passa a ser o fator mais importante para a constituição do sujeito e seu estar no mundo, influenciado, sobretudo, pelo pensamento da teoria geral dos sistemas, criada pelo biólogo Ludwing Bertalanffy por volta de 1930. Vogel (2011) esclarece que esta teoria foi aplicada aos estudos psicológicos com a contribuição de Gregory Betason (antropólogo e biólogo), por volta de 1950, com o surgimento da terapia familiar no período pós-guerra nos Estados Unidos (RELVAS, 1999 apud CARVALHAL & SILVA, 2011).

    Segundo Relvas (2003) apud Carvalhal & Silva (2011), sistema é a relação de pelo menos dois elementos que interagem entre si e entre outros subsistemas. Por exemplo, uma pessoa que se casa está em interação com o companheiro e ao mesmo tempo está em relação com o subsistema da sua família de origem, da família de origem do companheiro, do trabalho, etc., influenciando-os e sendo influenciado por eles.

    Este conceito surge em contraposição à ideia mecanicista de Descartes que defendia a concepção do todo como a soma das partes. Para o pensamento Cartesiano, o sujeito anteriormente exemplificado, seria a soma da pessoa que ela é para a família, com a que ele é para a família do companheiro, no trabalho e assim sucessivamente. Negava-se aí a possibilidade de que parte do que ela é num subsistema também estivesse presente no outro e gerasse um produto destes entrelaçamentos (VASCONCELOS, 2002).

    A partir da teoria geral dos sistemas os estudos sobre a psique e doenças mentais ganharam força para o foco nas relações familiares. Os estudos liderados por John Bowlby, após a Segunda Guerra Mundial - evento que provocou muitas separações de crianças e pais - foi um marco importante para o entendimento acerca das repercussões que a separação ou rejeição da figura materna na primeira infância pode causar ao sujeito, desde danos psíquicos até problemas de ordem psiquiátrica, podendo gerar efeitos até a fase adulta (BOWLBY, 1997; PARKERS, 2009).


     


    6

    Bowlby (1977) apud Parkers (2009) criou a Teoria do Apego, a qual se debruça sobre os aspectos psicológicos que as formações e rompimentos dos vínculos afetivos trazem à vida do indivíduo e as estratégias comportamentais utilizadas no enfrentamento de situações novas ou estressoras.

    Como cita Bowlby (1997) apud PARKERS (2009), tais estratégias estão ligadas aos modelos internos mentais desenvolvidos na infância a partir da resposta do cuidador às necessidades emocionais da criança, denominadas de comportamentos de apego. Com os avanços dos estudos de Bowlby, outros pesquisadores, como Mary Ainsworth e Mary Main, ampliaram a pesquisa contribuindo significativamente para a categorização destes comportamentos a partir da relação entre a díade figura materna e criança. Foram estabelecidos dois estilos comportamentais: Apego Seguro e Apego Inseguro, sendo este subdividido em Ansioso ou Ambivalente; Evitador ou Esquivo e Desorganizado ou Desorientado.

    No Apego Seguro as crianças tem um nível de tolerância aceitável quando em situações de separação do cuidador, demonstrando sentirem falta ao primeiro momento, mas adequando-se à ausência dele após alguns instantes. Costumam explorar o ambiente em que se encontram, até mesmo interagindo com estranhos e ao retorno da figura materna, há boa receptividade e comportamento de busca pelo reencontro (BOWLBY, 1997; PARKERS, 2009).

    A criança com Apego Inseguro pode responder à separação de três formas:

    Ansioso ou ambivalente - Caso a figura de apego seja muito ansiosa e por isto tende a não perceber a real demanda do filho e até mesmo não o estimulando às novas experiências. Isto provoca um comportamento na criança de agarrar-se a ela, resistindo à sua saída e tendo um tempo de sofrimento mais prolongado em comparação às seguras, provocando muita raiva no momento do reencontro (PARKERS, 2009).

    Evitador ou esquivo - as crianças comportam-se ignorando a separação e o retorno da mãe, pois aprenderam com o modelo parental, sua figura de apego, a conter as expressões de afeto e de desejo pela aproximação. Entretanto nos estudos de Ainsworth, foi constatado que estas crianças apresentaram alto nível de estress, com batimentos cardíacos alterados, tanto quando as mães as deixavam até momentos após a sua volta. Tal comportamento confirma que estas crianças são afetadas pela falta de cuidados responsivos da figura materna, mas aprendem a tolhê-los como forma de adequarem-se (PARKERS, 2009).

    Desorganizado ou desorientado - apresenta comportamentos polarizados, estereotipados, podendo chorar desesperadamente, atirar-se no chão, até mesmo se machucando compulsivamente ou fazendo movimentos pendulares e repetitivos. Comporta-se de forma extrema para obter alguma resposta da figura materna, devido a esta não apresentar respostas às demandas da criança. Nas pesquisas de Main e Hesse foram verificadas que a maioria destas mães sofreu de depressão pós-parto por terem vivido situações traumáticas na gravidez ou logo após o


     


    7

    nascimento do filho, tornando-as voltadas para as suas questões internas e “alheias” à criança, portanto, com muito pouco investimento parental afetivo (PARKERS, 2009).

    O estilo de Apego Ansioso ou Ambivalente, sobretudo, pode gerar uma forma relacional paradoxal, onde mais do que o conteúdo da comunicação entre os sujeitos em relação, ou seja, forma como eles estabelecem esta comunicação influencia o seu comportamento. Neste estilo, a demonstração do afeto passa a ser entendida como a antítese dela. Numa situação onde o cuidador ressalta constantemente à criança o quanto ela não é capaz de fazer conquistas independentes, autônomas, sendo sempre necessária a ajuda do adulto; ao mesmo tempo em que parece ser uma forma de proteger o infante, implicitamente pode estar sendo dito “não acredito no desenvolvimento desta capacidade”. Este tipo de atitude remete ao questionamento sobre o porquê o cuidador não vê ou aceita este avanço da criança, ou ainda, o quanto a manutenção da criança-sujeito no lugar de incapaz traz uma funcionalidade ou poder para a figura de apego.

    Por estes questionamentos, Beaston desenvolveu a teoria do duplo vínculo quando estudava em Palo Alto o processo comunicacional e relacional das famílias de veteranos de guerra com esquizofrenia. Ele notou que os feedbacks emitidos pelos cuidadores geravam conflitos internos nos sujeitos com sintomas esquizofrênicos, mas que o foco não estava no portador do sintoma, mas na forma de comunicação padrão da família (VOGEL, 2011).

    Nestes sistemas familiares o terapeuta pode entrar como um elemento morfogenético, isto é, promovendo mudanças significativas no modelo relacional aprendido e estereotipado, uma vez que coloca o sujeito portador do sintoma não mais como o centro das atenções, mas também, implica os demais membros a constante relação terapêutica (PAIXÃO, 1995 apud CARVALHAL & SILVA, 2011). Além disto, permite trazer novas perspectivas; um novo olhar sobre a estrutura e a forma de se comunicarem e se decodificarem, promovendo uma nova dinâmica no sistema familiar, mais adaptativa ao meio (MARUYAMA, 1968 apud VOGEL, 2011).

    O sistema deixa de se retroalimentar com os padrões homeostáticos, ou seja, com as mesmas formas de se comportarem e de se autoregularem que são mantenedores do sintoma. O Terapeuta estimula novas formas de estarem em relação, promovendo novas estratégias de comunicação e, portanto, descobertas de recursos internos até então adormecidos, iniciando o processo de despatologização e de auto-organização funcional (MARVIN & STWART, 2006).

    Para Bloch (1999) apud Carvalhal & Silva (2011), mesmo em atendimentos de terapia individual, os avanços conquistados são ampliados e reverberados no sistema familiar quando o terapeuta propõe tarefas que busquem a interação do sujeito com os familiares. Uma das práticas importantes para isto é o manejo clínico estimulando o indivíduo para o seu processo de diferenciação de self, a busca pela individuação.


     


    8

    A construção da identidade estimula o sujeito a manifestar-se integralmente, com o lado muitas vezes não acolhido pelo sistema familiar por não corresponder às expectativas deste. A segurança e autonomia para defender as suas próprias ideias e manter-se neste lugar, independente de não seguir o fluxo esperado pela família, é uma das principais metas terapêuticas do caso trazido neste trabalho (ANDOLFI, 2002).

    A utilização do mito Barba Azul, pela leitura junguiana, como instrumento auxiliar na prática terapêutica, permite ao cliente fazer conexões com a sua própria estória. Isto facilita o contato do sujeito com a sua realidade, entretanto não tão diretamente, por não estar pronto, às vezes, para encará-lo de forma objetiva.

    Para Estes (1994), tal mito traz a representação arquetípica da jovem ingênua que desconhece os seus conteúdos internos e se expõe ao predador, em prol de apenas se deleitar dos prazeres, negligenciando as profundezas da sua alma. O encontro com Ele é o conflito vivido pelo feminino a caminho da sua libertação, é entrar em contato com a sua agressividade mais crua, porém criativa e fazer dela a sua força impulsionadora para a busca de si mesmo. Sem dúvida deparar-se com Ele é olhar suas questões mais difíceis, sua intransigência, de apenas querer ver o mundo ao seu modo e fazer com que os outros também o façam. Na passagem desta estória, no momento em que a menina começa a enxergar o Barba Azul com barba menos azul, e alguém dócil e sensível pode-se notar o conflito mencionado.

    No decorrer da estória, esta “cegueira” vai ficando insuportável de sustentar, pois a convivência e as circunstâncias da vida vão exigindo da menina novas posturas e novas visões do mundo. Isto fica claro, na parte em que a menina se vê como a responsável pela casa, quando o marido viaja e a deixa como “cuidadora das chaves”. Mesmo com a ressalva feita pelo Barba Azul para que ela não abrisse o aposento da chavinha, a intuição e curiosidade feminina a faz motivar-se junto com as irmãs a testarem todas as chaves até descobrirem a qual quarto ela pertence (ESTES, 1994).

    Estes (1994) ainda comenta que o comportamento de buscar a verdade para si mesma demonstra o seu dom farejador e a necessidade de descobrir-se e fazer por si mesma as suas escolhas. Ao achar a porta que a chavinha encaixava e abri-la, percebe-se nesta metáfora que, uma vez aberta a porta do inconsciente, uma vez tendo entrado em contato com as dores e a angústia da psique, não há mais como sair sem “sequelas”. Ao abrir a porta do quartinho proibido pelo Barba Azul, a menina não consegue mais esconder e esquecer o conteúdo nele existente, pois a chave continuará sangrando até que ela enfrente o seu predador, o seu lado mais sombrio, aquele sabotador e vampiro da sua energia vital.

    O Aconselhamento Terapêutico contribui neste processo de abertura, de contato com o inconsciente, ajudando ao cliente a sustentar este contato e encarar o seu predador. Ao conhecer o “inimigo” é possível desenvolver estratégias de lidar com ele e neutralizar suas forças quando tenta sabotar a busca pela individuação.

    Autor: : Ligia Alvares Mata Virgem - Terapeuta Holística - CRT 47968
    Última atualização: 12/06/2013 22:22


    Glossário » A

    Aconselhamento

    Aconselhamento


    processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta* e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:39


    Acupuntura

    Acupuntura


    técnica milenar que se utiliza de estímulos em pontos do corpo capazes de despertar recursos de harmonização psicofísica. Tradicionalmente são aplicadas agulhas para a estimulação, mas hoje em dia estão sendo substituídas por estímulos luminosos (Cromopuntura* e Laserterapia*) ou sonoros (Audiopuntura*) nos pontos. Ver, também, Auriculoterapia*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:40


    Alimentoterapia

    Alimentoterapia


    o uso selecionado de alimentos ou da combinação correta destes como remédios para os mais diversos desequilíbrios e para a manutenção da saúde.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:40


    Antroposófica (Terapia Antroposófica)

    Antroposófica (Terapia Antroposófica)


    embasada nas teorias do místico Rudolf Steiner, faz uso de Homeopatia, Fitoterapia*, Massoterapia* e outras técnicas.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:41


    Apiterapia

    Apiterapia


    uso terapêutico dos produtos da apicultura (criação de abelhas), tais como mel, própolis, etc.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:42


    Aromaterapia

    Aromaterapia


    uma variante da Fitoterapia*, onde princípios ativos das plantas chamados óleos essenciais são usados como remédios e estímulos para despertar nossos recursos interiores, sendo isto feito por meio da inalação de seus aromas ou por aplicação por óleos de Massoterapia*. Mais raramente, é utilizado, também, via oral.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:43


    Arquétipo

    Arquétipo


    são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos* (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao “molde-informação” de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um “Ancião Sábio”, que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:43


    Artes divinatórias

    Artes divinatórias


    métodos populares de adivinhação, tais como Astrologia, Numerologia, Tarot, I Ching*, Búzios, Runas e similares, podem ser utilizados terapeuticamente como auxiliar na avaliação do quadro do cliente, ou como forma de estimular-lhe a intuição e o pensamento não-linear.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:44


    Artes marciais

    Artes marciais


    disciplinas como Kung-Fu, Judô, Karatê, Tae-kon-do, Tai-chi-chuan*, Capoeira, dentre outras, as quais aliam princípios filosóficos a técnicas respiratórias e movimentos específicos, capazes de promover o equilíbrio psicofísico.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:44


    Arteterapia

    Arteterapia


    uso de técnicas artísticas como pintura, dança, música, teatro, dentre outras, como método terapêutico capaz de promover saúde, criatividade e todo o potencial interior.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:45


    Auriculoterapia

    Auriculoterapia


    tida como uma variante da Acupuntura* onde os estímulos são aplicados em pontos na orelha, na verdade é uma ciência mais próxima da Reflexologia*. Muito popular devido ao seu alto grau de eficiência e segurança, possui variantes como a Calatonia Auricular* onde a meta é o despertar maior da autoconsciência.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:46


    Ayurveda

    Ayurveda


    ver Indiana* (Terapia Indiana).

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:47


    Glossário » B

    Biodança

    Biodança


    ver Arteterapia* e Corporal* (Terapia* Corporal).

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:47


    Bioenergética

    Bioenergética


    Terapia* neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen*. Ver: Corporal* (Terapia* Corporal), Massoterapia* e Reichiana* (Terapia* Reichiana).

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:48


    Biorressonância

    Biorressonância


    ver Ressonância Biofotônica*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:48


    Glossário » C

    Calatonia

    Calatonia


    técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:49


    Calatonia Auricular

    Calatonia Auricular


    técnica que associa os benefícios e recursos da Auriculoterapia* com os da Calatonia*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:49


    Chacras

    Chacras


    centros receptores/emissores de energia segundo diversas correntes de pensamento, em especial, as de origem indiana. Os místicos observam no ser humano os chamados “corpos sutis”, que seriam como que campos de energia à nossa volta, geralmente descritos como em número de sete (pelos antigos hindus) ou cinco (na China milenar), ou mesmo um só (o famoso “perispírito” das teorias clássicas Kardecistas, ou o Corpo Bioplasmático da Parapsicologia), sobrepostos e interpenetrando-se mutuamente, os quais atuam como um prisma, decompondo a luz solar nas cores do arco-iris, que seriam, assim, absorvidas, cada cor por um determinado “corpo sutil”, com a finalidade de suprir nosso ser de energias, que por sua vez seriam utilizadas na manutenção de nossa saúde. A absorção é feita por meio de incontáveis centros receptores/emissores de energia distribuídos por todo o corpo, os "chacras", sendo que cada cultura valorizou diferentemente este aspecto: nas correntes hindus, mesmo sabendo serem infinitos estes centros energéticos, são destacados sete emissores/receptores, cada qual correspondendo a um determinado corpo sutil. Os chineses, por sua vez, valorizaram cinco “chacras”, mas deram destaque predominante a determinados “pontos” chaves de entrada e saída de energia, que hoje chamamos de “pontos de Acupuntura*" , espécies de “minichacras” que interligam infinitos “caminhos” de energia vital que se irradiam por todo o corpo.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:50


    Chinesa (Terapia Chinesa)

    Chinesa (Terapia Chinesa)


    somatória de técnicas originárias da China, tais como Acupuntura*, Massoterapia*, Moxabustão*, Fitoterapia* e Artes Marciais*, dentre as mais usadas.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:52


    Chi-kung

    Chi-kung


    técnica respiratória e movimentos específicos, capazes de promover o equilíbrio psico-físico, geralmente associada à prática do Tai-chi-chuan*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:52


    Cinco Movimentos Chineses

    Cinco Movimentos Chineses


    somatória de técnicas originárias da China, tais como Acupuntura*, Massoterapia*, Moxabustão*, Fitoterapia* e Artes Marciais*, dentre as mais usadas.

    Chi-kung: técnica respiratória e movimentos específicos, capazes de promover o equilíbrio psico-físico, geralmente associada à prática do Tai-chi-chuan*.

    Cinco Movimentos Chineses: Toda a terapêutica chinesa baseia-se nos mesmos princípios do Taoismo e do I Ching e o conhecimento destes torna-se indispensável para que se compreenda as regras da acupuntura, da fitoterapia e de outras tantas técnicas, orientais ou não.
    O Tao não pode ser definido, só podendo ser compreendido através de perceção direta, pois está além do alcance do racional. Tudo o que for escrito sobre ele não é o Tao verdadeiro, mas, mesmo assim, torna-se necessário a tentativa frustrada de explicá-lo... O termo apareceu primeiramente em Tao Te King (O Livro do Tao e Sua Virtude), de Lao Tsé: "... o Tao é Todo em tudo. Princípio e fim de toda a existência, está em nós, assim como estamos nele... olhando, não é visto: é nomeado o Invisível; escutando, não é ouvido: é nomeado o Inaudível; tocando, não é sentido: é nomeado o Impalpável... pode-se dizer que é Forma sem forma; Figura sem figura. é o Indeterminado. Indo ao seu encontro, não se vê sua face; seguindo-o, não se vêem suas costas... o Tao é eterno, não tem nome..." .
    Por ser "Todo em tudo", o Tao é indivisível e seu movimento é que nos ilude de que existem objetos separados e distintos uns dos outros. Compreendendo o movimento do Tao, os sábios distinguiram duas categorias básicas a que nominaram Yin e Yang, movimentos opostos, mas que não existem um sem o outro e mais ainda: um nasce do outro e o outro do um, em eterna mutação. Originariamente, o termo Yin designava o lado escuro da montanha e Yang, o lado iluminado pelo sol; conforme este se desloca, gradativamente, o lado escuro se ilumina, e o claro, enegrece, ou seja, Yang se transforma em Yin e Yin em Yang, mostrando a relatividade destas palavras. Desse modo, nada é só Yin ou só Yang, a não ser quando comparados entre si. Por exemplo: o positivo é Yin e Yang e o negativo, também é Yin e Yang; entretanto, quando comparados entre si, podemos dizer que o positivo é Yang, e o negativo é Yin, relativamente... Observem o símbolo do Tao: cada lado vai crescendo e quando atinge o seu auge, dá nascimento ao seu oposto, o qual, igualmente cresce e ao atingir o seu auge, também dá nascimento ao seu contrário. Na Natureza, tudo obedece a este ciclo, ficando muito claro se observarmos o dia e a noite: à zero hora, inicia-se o clarear, com o sol atingindo o pico às 12:00 horas, começando então a anoitecer, com a escuridão máxima às 24:00 horas, quando então, recomeça a clarear e assim, infinitamente. Ou seja, dia e noite, que na visão ocidental são opostos, para o Taoismo, além de não poderem existir um sem o outro, ainda um se transforma no outro. Masculino não existe sem o feminino e um se transforma no outro e vice-versa, o bem não existe sem o mal, um se transforma no outro e o outro no um... A Física chegou à mesma conclusão: energia e matéria, antes opostos irreconciliáveis e distintos entre si, hoje são vistos como não existentes isoladamente e transformando-se uma na outra. O mesmo se deu com a teoria que levou Niels Bohr a ganhar o prêmio Nobel da Física, devido aos seus conceitos de complementaridade, considerando tanto a representação como partícula, quanto como onda (dois "opostos"), duas descrições complementares da mesma realidade, sendo cada uma delas parcialmente correta e ambas necessárias para se obter uma descrição integral da realidade atômica. Tanto ele sabia da verdadeira origem de sua teoria que, ao escolher um brasão de armas para a sua família, adotou o símbolo do Yin-Yang, com a inscrição: "Os Opostos São Complementares".
    Em suma, tudo pode ser resumido a movimentos do Tao: Yin e Yang. Entretanto, esta simplificação quase que absoluta da realidade precisou ser mais elaborada, para facilitar o trato com a multiplicidade aparente das coisas, surgindo, assim, variados "tipos" de Yin-Yang: um, cujo movimento é ascendente, ganhou o nome de Fogo (as chamas sempre "sobem"), outro, descendente, ao qual chamou-se água (os líquidos dirigem-se normalmente para baixo), ainda outro, centrífugo (de expansão, do centro para a periferia), denominou-se Madeira (as plantas crescem, expandem-se...), já um movimento centrípeto (de contração, da periferia para o centro), é Metal ou Rocha (ambos são "densos", contraídos...) e, por último, um equilíbrio de direções, a Terra (sólida, estável, "equilibrada"); são os chamados Cinco Movimentos, em geral, traduzidos erroneamente como "cinco elementos" - se conhecessem o Tao, saberiam que ele é indivisível, não podendo, pois, ter "elementos" (partes isoladas)... Classificando-se todas as "coisas" nestes cinco símbolos, podemos inter-relacioná-las de um modo bastante dinâmico e preciso. Por exemplo: tudo o que é ascendente ou lembre "fogo", classifica-se como tal - meridianos do Coração, Intestino Delgado, Circulação e Sexo, Triplo Aquecedor (com seus respectivos horários de "pico" energético), excitação (muito "fogo"), apatia (pouco "fogo"), o vermelho (cor de fogo), o sabor amargo, o cheiro de queimado, calor, verão, a direção Sul, a nota musical Lá, o tato, etc. A mesma coisa se dá com os outros Movimentos. Várias conexões ligam-nos entre si, das quais se destacam as Lei da Geração, ou "Mãe e Filho" (da água nasce a Madeira, ou seja, a primeira é "mãe"da segunda, a Madeira alimenta o Fogo, que gera a Terra (cinzas), de onde nasce o Metal ou Rocha, da qual se extrai a água (o metal pode se liquefazer ou da rocha brotar uma fonte de água) e a Lei da Dominância ou "Dominante e Dominado" - a água domina o Fogo, pois o apaga, este derrete o Metal, que corta a Madeira (ou, ainda: na Rocha, não nascem as plantas), esta consome a Terra, a qual, por sua vez, absorve a água...
    Graças a estas relações, muitas hipóteses terapêuticas podem ser traçadas. Exemplos: conforme a hora em que os sintomas se manifestam com mais intensidade, já se sabe qual Movimento está desequilibrado (se passar mal entre 05 e 07 horas - horário do meridiano do Pulmão, deve haver um desequilíbrio energético Metal); a atração ou repulsão demasiada por um sabor, cor, nota musical, estação do ano, etc., já designa uma desarmonia no respectivo Movimento (a recusa ou, ao contrário, desejo de doce, pode significar problema de Terra; adorar o azul, ou o preto, distúrbio água, e assim por diante). Como no Taoismo, físico, psíquico e Cosmos formam uma unidade, leva-nos à suposição de quais seriam as emoções por trás de cada sintoma (se alguém tem desequilíbrios água, tais como: queda de cabelo, ciatalgia, ossatura, etc., é porque suas questões íntimas relacionadas ou com o medo, ou com a força, ou com a líbido, não estão totalmente resolvidas). Aliás, quanto mais inconscientes tentamos manter uma emoção, mais ela somatiza... A Lei da Geração, por sua vez, nos mostra como a "Mãe" pode passar um desequilíbrio para o "Filho", ou vice-versa ( um problema de Pulmão pode prejudicar o seu "Filho", o Rim); pela Lei da Dominância, o "Dominante" pode agredir o "Dominado" ( o Pulmão pode agredir o Fígado - Metal "domina" a Madeira). Quanto, às emoções: do medo ou da força (água), nasce a raiva ou a extroversão (Madeira), que dão origem à excitação ou apatia (Fogo), que levam à reflexão, ou às dúvidas, ou à insatisfação (Terra), gerando tristeza, introversão ou alegria serena (Metal), as quais fecham o circuito da Lei da Geração, sendo "mães" das emoções água; pela Lei da Dominância, o medo ou a força (água) podem "apagar" a excitação e apatia (Fogo), as quais "derretem" a tristeza e a alegria serena (Metal), que "cortam" a extroversão e a raiva (Madeira), que consomem as dúvidas, a insatisfação e a reflexão (Terra), que "absorvem" as emoções água, fechando, assim, o pentagrama...
    A observação do sentido, da direção dos Movimentos nos conduz à terapêutica. Exemplos: alguém com tensões musculares (insuficiência de movimento de expansão, Madeira) pode ser tratado por estímulos Terra, cuja estabilidade e neutralidade acalmariam o seu "Dominante" (Madeira). Assim sendo, usaríamos ou o sabor doce (ervas ou alimentos), ou a cor amarela (cromoterapia), ou o perfume adocicado (aromaterapia), ou a nota Mi (musicoterapia), ou os pontos de acupuntura ‘Terra", etc., mas não usaríamos estímulos Metal, pois o seu sentido é de contração, o que pioraria os sintomas. Para caso de raiva (Madeira, movimento expansivo), ou outro, de tristeza (Metal, movimento de interiorização), poderiam ser trabalhados com alguns tipos de estímulos Fogo (ele consumiria a sua "Mãe" - a Madeira e "derreteria" o seu "Dominado" - o Metal, equilibrando a situação, levando-os para "cima").Obviamente, a prática é muito mais complexa do que o pouco que foi passado neste texto, mas a observação atenta do mapa dos Cinco Movimentos pode levá-lo a ter explicações para várias situações físicas e psíquicas, comprovando a eficácia e a beleza desta que foi a primeira abordagem psicossomática de que se tem notícia...

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:53


    Cinesiologia

    Cinesiologia


    teste pelo toque da resistência de músculos específicos perante o contato com diversos estímulos, tais como alimentos, cores, ervas, etc., para a avaliação das condições psicofisioenergéticas e a seleção do método ideal para tratamento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:53


    Corporal (Leitura Corporal)

    Corporal (Leitura Corporal)


    método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:54


    Corporal (Terapia* Corporal)

    Corporal (Terapia* Corporal)


    uso de técnicas de Massoterapia*, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:54


    Cristaloterapia

    Cristaloterapia


    aplicações de cristais e pedras em centros energéticos específicos, buscando a harmonização global. As pedras são selecionadas, de modo geral, segundo as suas cores, às quais atribuem-se propriedades, ou, ainda, de acordo com sua composição química, na chamada Litoterapia*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:54


    Cromopuntura

    Cromopuntura


    variação da Cromoterapia*, com a aplicação de luzes coloridas ou laser em pontos de Acupuntura*, em substituição às agulhas.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:55


    Cromoterapia

    Cromoterapia


    uso de cores adeqüadas como estímulos para a harmonização, sob as mais diversas formas, dentre elas, mentalização, pintura ambiente, roupas, alimentos, cristais e pedras coloridas, águas sobre a influência da cor dos vasilhames, além das conhecidas lâmpadas coloridas, hoje em dia, substituídas por fibras óticas especiais, para “banhar” com cores o corpo todo ou a região problemática, havendo uma tendência atual a aplicar-se em regiões energéticas chaves chamadas de “Chacras”* ou em pontos de Acupuntura* (Cromopuntura*).

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:55


    CRT

    CRT


    Na Terapia Holística, NINGUÉM é obrigado a ter "CR" algum, e JUSTAMENTE POR ISSO, quando o profissional conquista o seu CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado, de imediato ele passa a ter um diferencial MAIOR de mercado, pois isto comprova publicamente que ele é um profissional consciente e que busca mais do que cumprir "obrigações", e sim, a excelência no atendimento aos seus Clientes.


    CRT é a marca registrada que abrevia CRT - CARTEIRA DE TERAPEUTA HOLÍSTICO CREDENCIADO, a qual atesta a filiação ESPONTÂNEA do profissional ao SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS, o que resulta em compromisso contratual ao cumprimento dos requisitos éticos e qualitativos de seu órgão de classe.



    É justamente toda esta segurança e "status" em ser Terapeuta Holístico Credenciado ao SINTE é que proporciona tranquilidade maior aos Clientes, os quais ainda tem à sua disposição o próprio sindicato para dirimir dúvidas e até para funções de Ouvidoria quanto ao correto e ético desempenho profissional,contatando gratuitamente de qualquer lugar do Brasil para o DDG 0800-117810, ou via eletrônica para contato@sinte.com.br e até por carta para Alameda Santos, 211 cj 1403 - São Paulo - SP - CEP 01419-000.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:56


    Glossário » D

    Dança do Ventre

    Dança do Ventre


    ver Arteterapia* e Corporal* (Terapia* Corporal).

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 14:57


    Do-In

    Do-In


    ver Massoterapia*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:09


    Glossário » E

    Estética, Terapia

    Estética, Terapia


    técnica onde além dos recursos esteticistas convencionais, o profissional faz uso de métodos naturalistas, tais como Acupuntura* (e variações), Fitoterapia*, Massoterapia*, Cromoterapia*, Ressonância Biofotônica*, além de Aconselhamento*, despertando, assim, a beleza interior e exterior.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:10


    Glossário » F

    Fitoterapia

    Fitoterapia


    uso das ervas terapêuticas sob diversas formas, tais como chás, banhos, compressas, óleos, extratos, inalações, etc., visando não só despertar a capacidade de autocura, como, também, suprir a necessidade de certas substâncias e energias sutis que atuarão como princípios ativos para a harmonização psicofísica.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:11


    Floral (Terapia* Floral)

    Floral (Terapia* Floral)


    padrões de energias sutis extraídas de flores especiais, gravadas e conservadas numa mistura líquida de água e conhaque (às vezes, vinagre), sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção específica, tais como medo, angústia, tristeza, etc. Não é nem homeopatia, nem alopatia, constituindo-se, pois, num sistema à parte.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:11


    Glossário » G

    Geoterapia

    Geoterapia

    A Geoterapia utiliza-se de argila, barro, pedras e cristais, como
    ferramentas reequilibrantes. Todos os antigos povos do oriente e do
    ocidente usavam a Geoterapia para amenizar e cuidar de desequilíbrios
    físicos e emocionais.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:14


    Glossário » H

    Hidroterapia

    Hidroterapia


    uso de banhos e imersões com recursos que variam entre duchas, hidromassagem, temperaturas específicas, solução de ervas e sais, além da Cromoterapia*, a qual colorifica a água.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:15


    Hipnose

    Hipnose


    ver Vivências*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:16


    Holística (Terapia* Holística)

    Holística (Terapia* Holística)


    o cliente é abordado integralmente, ou seja, em seus aspectos físicos, psíquicos, ambientais e cósmicos e, para tanto, faz-se uso de uma somatória de Aconselhamento* e Vivências* com técnicas de intervenção corpórea, tais como Massoterapia* , Terapia* Corporal (Corporal*), Acupuntura* e derivadas (Auriculoterapia*, Cromopuntura*, etc.), dentre outras. Definição oficial, outorgada pelo Conselho Federal de Terapia Holística: Terapia Holística é uma proposta predominantemente preventiva, onde o que se busca é o equilíbrio corpóreo/psíquico/social por meio de estímulos os mais naturais possíveis para que sejam despertos os próprios recursos do cliente, almejando a auto-harmonização pela ampliação da consciência.. As funções do Terapeuta Holístico, que podem ser realizadas em consultórios particulares, clínicas em geral, serviços públicos, empresas e, inclusive, a domicílio, consistem em: I - proceder ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, a fim de promover a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando-o ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões; II - Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências; III - promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento, podendo, inclusive, fazer uso de instrumentos e equipamentos não agressivos, além de produtos cuja comercialização seja livre; IV - orientar seus clientes através de aconselhamento profissional; V - promover a otimização da qualidade de vida e a maximização do potencial de cada cliente; VI - exercer o magistério nas disciplinas de formação profissional.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:16


    Holístico (Paradigma)

    Holístico (Paradigma)


    tendência atual de abordagem em diversas áreas do saber, onde a visão de totalidade, de síntese e de interconexão entre todos os ítens se sobrepõe à análise e "dissecação" das "partes". Exemplos: Terapia Holística*, Empresariado Holístico (meio ambiente, qualidade de vida do empregador e do funcionário, lucro, tudo é tido como interdependente e igualmente importante), Educação Holística (as matérias são estudadas interconectadas entre si).

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:17


    Holografia/Holograma

    Holografia/Holograma


    tipo de fotografia especial baseada na luz coerente (laser), inventada por Dennis Gabor (ganhador do Prêmio Nobel). A placa holográfica aparenta ser um padrão incoerente de ondas; entretanto, quando iluminada por um laser adequado, surge como que pairando sobre ela, uma imagem tridimensional do objeto holografado, na qual qualquer "pedaço" do holograma, quando iluminado, é capaz de reproduzir toda a imagem, embora com menos detalhes do que se obteria com o holograma inteiro. A holografia possibilita armazenar uma quantidade extrema de informações, com riqueza tridimensional. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma* Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma* onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra assessível em qualquer parte de nosso ser. Este conceito de inter-relação entre todas as coisas vem revolucionando diversos campos do saber humano, criando o chamado paradigma Holístico*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:17


    Glossário » I

    I Ching

    I Ching


    livro milenar da sabedoria chinesa que procura retratar 64 situações arquetípicas* da vida, suas combinações e como otimizar a passagem por elas. Muito usado como forma de Meditação*, autoconhecimento e Arte Divinatória*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:18


    Indiana (Terapia Indiana)

    Indiana (Terapia Indiana)


    faz uso de AlimentoTerapia*, Yoga*, Fitoterapia*, Cristaloterapia*, Aromaterapia*, Massoterapia*, dentre as principais técnicas.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:18


    Insight

    Insight


    termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal - “lampejos” repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:19


    Iridologia

    Iridologia


    técnica de avaliação por meio da análise da íris, normalmente registrada por fotografia ou por computador. A partir daí, seleciona-se qual o melhor método terapêutico, tais como Alimentoterapia*, Fitoterapia*, etc., observando-se os progressos por meio de periódicas avaliações iridológicas.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:20


    Glossário » J

    Jim Shin Jyutsu

    Jim Shin Jyutsu


    técnica originada da tradição oral japonesa cuja proposta é proporcionar autoconhecimento, revitalização e harmonização por meio de toques sutis com as pontas dos dedos em pontos específicos do corpo.


    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:21


    Jung, C. G.

    Jung, C. G.


    médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade* e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:21


    Glossário » L

    Laserterapia

    Laserterapia


    estímulos luminosos via laser (tipo especial de luz, monocromática e de grande coerência), quer como Cromoterapia*, quer como um substituto às agulhas de Acupuntura* (Cromopuntura*).

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:22


    Litoterapia

    Litoterapia


    ver Cristaloterapia*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:23


    Lowen, Alexander

    Lowen, Alexander


    discípulo de Reich*, desenvolveu a Terapia Corporal* denominada Bioenergética*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:23


    Glossário » M

    Massoterapia

    Magnetoterapia


    uso de imãs como estímulo terapêutico para os mais variados males, quer aplicado em regiões inteiras ou em substituição às agulhas de Acupuntura*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:25


    Mantras

    Mantras


    sons especiais utilizados em diversas correntes espiritualistas, cuja entoação leva o praticante a contactar com diversas qualidades universais, despertando-as em si mesmo.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:25


    Massoterapia

    Massoterapia


    toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In. Ver, também, Calatonia* e Corporal* (Terapia* Corporal).

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:26


    Meridianos (de Acupuntura*)

    Meridianos (de Acupuntura*)



    Meridianos (de Acupuntura*): são canais puramente eletromagnéticos, sem limitações materiais ( embora, algumas vezes, coincidam com a musculatura ), pelos quais se transmitem sinais eletromagnéticos, como os biofótons e também partículas materiais. No campo holográfico de ondas biofotônicas, os meridianos são uma espécie de condutores privilegiados, "trilhas" por meio das quais as informações conseguem ser veiculadas da melhor maneira possível. Nessa rede eletromagnética tridimensional estendida por todo o organismo, os chamados "pontos" de Acupuntura* são como que “nós”, através dos quais, qualquer sinal é levado para todos os seus cantos. Nos meridianos ( canais energéticos ) e seus pontos de intervenção, a informação do todo se encontra estocada e acessível em qualquer um dos "pontos", isoladamente. Assim sendo, quando estimulado, um "ponto" reage sustentado por todos os outros, estando permanentemente interligados, possibilitando, assim, a restauração da saúde de forma global.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:28


    Meditação

    Meditação


    ver Relaxamento*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:28


    Mitologia pessoal

    Mitologia pessoal

    por meio de rituais, sonhos e exercícios de imaginação, esta técnica leva o cliente a descobrir sua história pessoal, libertando-o dos mitos da infância e da sociedade que, até então, inconscientemente influenciavam seus padrões pessoais. Ver, também, Vivências*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:29


    Moxabustão

    Moxabustão


    semelhante à Acupuntura*, só que os pontos são estimulados pelo calor desprendido da queima da erva chamada Artemísia, geralmente sob a forma de bastões ou de pequenos cones.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:30


    Musicoterapia

    Musicoterapia


    uso da música e dos sons para a harmonização, obtendo-se tanto efeitos físicos, quanto psíquicos. Os trabalhos podem ser individuais ou em grupo.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:31


    Glossário » N

    Naturoterapia ou Naturopatia

    Naturoterapia ou Naturopatia


    somatória de técnicas, dentre as quais, as mais comuns são: Alimentoterapia*, Fitoterapia*, Massoterapia*, Iridologia*, Acupuntura*, Auriculoterapia*, etc., buscando-se sempre trabalhar com os métodos mais naturais possíveis.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:31


    Nei Ching

    Nei Ching


    milenar tratado terapêutico chinês que contém toda a base teórica/filosófica de diversas técnicas de tratamento, tais como Acupuntura*, Moxabustão*, Massoterapia*, Fitoterapia*, análise de sonhos, dentre outras.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:32


    Neurolingüística

    Neurolingüística


    tecnologia humana que leva o cliente a reconhecer e otimizar seus processos mentais, promovendo mudanças rápidas no quadro terapêutico.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:33


    Glossário » O

    Oligoterapia

    Oligoterapia


    complementação e variação da Alimentoterapia* e da Fitoterapia*, que faz uso dos Oligoelementos (minerais, tais como: zinco, cobre, etc.), especialmente preparados para absorção

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:34


    Ortomolecular (Terapia Ortomolecular)

    Ortomolecular (Terapia Ortomolecular)


    uma nova versão da Naturopatia* que faz uso de produtos industrializados, tais como vitaminas e oligoelementos para manter ou restaurar a saúde.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:34


    Glossário » P

    Parapsicologia

    Parapsicologia


    linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente (“viagem astral”), regressão a vidas passadas, “poltergeist”, possessão e similares.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:35


    Pulsologia

    Pulsologia


    diagnose por meio da pulsação das condições psico-fisio-energéticas, comumente usada na Acupuntura* (pulsologia chinesa), na Auriculoterapia* e na Ressonância Biofotônica* (V.A.S.* - Sinal Autônomo Vascular), sendo que nesta última, verifica-se, também, as reações do pulso perante o contato com diversos estímulos, tais como alimentos, cores, ervas, etc., para uma melhor avaliação e para a seleção do método ideal para tratamento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:37


    Glossário » Q

    Quiropraxia

    Quiropraxia


    manipulação da coluna via toques rápidos e precisos, obtendo-se, assim, não só a melhoria local, como dos mais variados distúrbios, em especial, os de caráter físico.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:38


    Glossário » R

    Radiestesia

    Radiestesia


    técnica de diagnóstico paranormal, onde se utiliza de instrumentos tais como um pêndulo e suas variantes para amplificar os movimentos inconscientes do profissional perante perguntas, regiões do corpo examinado ou, até mesmo, à distância, por fotos, objetos ou mapa de um local. Pela interpretação do movimento do instrumento, avalia-se os desequilíbrios energéticos do cliente ou do local, os quais serão harmonizados pelas mais variadas técnicas, dentre as quais, “passes magnéticos”, CromoTerapia* e Radiônica*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:39


    Radiônica

    Radiônica


    utiliza-se da energia das formas, tais como pirâmides, cristais, “pilhas” feitas pela sobreposição de diversos materiais (madeiras, metais, etc.), visando o equilíbrio energético do cliente ou local.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:39


    Reflexologia

    Reflexologia


    diagnose e tratamento onde o corpo está em seus mínimos detalhes representada numa zona específica de uma de suas partes, como por exemplo, nos pés, nas mãos e nas orelhas, sendo o trabalho feita por meio Massoterapia* ou da aplicação de estímulos, tais como agulhas, imãs e cores.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:41


    Regressão

    Regressão


    ver Vivências* e Parapsicologia*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:42


    Reich, Wilheim

    Reich, Wilheim


    psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é “gravado” na musculatura de partes específicas do corpo, criando “couraças musculares do carácter”, causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de “orgone”.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:42


    Reichiana (Terapia* Reichiana)

    Reichiana (Terapia* Reichiana)


    desenvolvida por Wilhelm Reich*, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia*.




    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:43


    Reiki

    Reiki


    equilíbrio energético feito por meio de imposição das mãos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:44


    Relaxamento

    Relaxamento


    vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massoterapia*, a Musicoterapia*, a Cromoterapia*, a Cristaloterapia*, a Acupuntura* e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:45


    Ressonância Biofotônica ou Biorressonância

    Ressonância Biofotônica ou Biorressonância


    variante da Laserterapia*, Cromopuntura* e Cromoterapia*, onde os estímulos luminosos são rítmicos e as freqüências são selecionadas pelas reações percebidas no pulso do cliente, maximizando os resultados terapêuticos. Associados a estes recursos, esta técnica utiliza, ainda, aparelhos geradores de campos eletromagnéticos pulsáteis capazes de restabelecer o equilíbrio iônico e freqüencial do ambiente.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:45


    Rolfing

    Rolfing


    sistema de educação corporal e manipulação física desenvolvido por Ida Rolf, que visa a integração estrutural.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:46


    Glossário » S

    Samkhya

    Samkhya


    de origem indiana, visa a promoção da saúde e de um autoencontro por meio de Massoterapia*, Cromoterapia*, Aromaterapia* e reprogramação postural, dentre outras técnicas.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:46


    Shiatsu

    Shiatsu


    ver Massoterapia*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:47


    Símbolo

    Símbolo


    é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Muitas vezes representado na forma de imagens ou sons, funciona como uma forma de linguagem do inconsciente, expressa nos sonhos, nas artes, nos exercícios de imaginação ativa, dentre outras situações. Pode ter um significado individual ou coletivo.Ver Arquétipo*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:47


    Sincronicidade

    Sincronicidade


    teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:48


    Glossário » T

    Terapia prânica

    Terapia prânica


    equilíbrio energético feito por meio de imposição das mãos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:49


    Tai-chi-chuan

    Tai-chi-chuan


    arte marcial chinesa que alia gestos suaves e respirações especiais à filosofia oriental e, desse modo, promover o bem-estar e a manutenção da saúde.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:49


    Taoismo

    Taoismo


    doutrina milenar baseada no Tao Te King (O Livro do Tao e Sua Virtude), de Lao Tsé. Ver Anexo: Os Cinco Movimentos Chineses.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:50


    Terapeuta Holístico

    Terapeuta Holístico


    atua como um catalizador da tendencia natural ao auto-equilíbrio do cliente, facilitando-a por meio de técnicas naturalistas, podendo, inclusive, fazer uso de instrumentos e equipamentos não agressivos, além de produtos cuja comercialização seja livre, bem como orientar seus clientes através de aconselhamento profissional.
    O trabalho é realizado sempre sob o paradigma holístico, ou seja, o cliente é abordado sob todos os seus aspectos e, nesta área, não é comum a existência de “especialistas”, pois o correto é que o Terapeuta Holístico* faça uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e devemos ter à disposição os mais variados métodos, para poder-se optar por aqueles com os quais o cliente tenha afinidade.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:50


    Terapia Antroposófica, Chinesa, Corporal, Floral, Holística, Ortomolecular, etc

    Terapia Antroposófica, Chinesa, Corporal, Floral, Holística, Ortomolecular, etc


    procurar pela palavra que complementa "Terapia". Por exemplos: Terapia* Corporal - pesquise em Corporal*; Ortomolecular - procure em Ortomolecular*; Psicologia Transpessoal - veja em Transpessoal*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:51


    Transpessoal (Terapia* Transpessoal)

    Transpessoal (Terapia* Transpessoal)

    a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu “eu” mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo. Ver, também, Holística*, Aconselhamento* e Vivências*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:51


    Trofoterapia

    Trofoterapia


    Veja Alimentoterapia

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:52


    Tui-na

    Tui-na


    ver Massoterapia*.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:52


    Glossário » V

    Ventosas

    Ventosas


    são estímulos benéficos em regiões chaves do corpo, realizados com a aplicação de campânulas de vidro, as quais, por vácuo, despertarão recursos dormentes e sugarão para a pele as toxinas.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:53


    Vivências

    Vivências


    realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia* Corporal*, quanto do Relaxamento* como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia*), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:54


    Glossário » Y

    Yogaterapia

    Yogaterapia


    uma série de posturas corporais específicas e padrões respiratórios especiais, ministrados geralmente em grupo, para obtenção da harmonia, passando, inclusive, por estados alterados de consciência via meditação. As técnicas mais conhecidas de yoga são as indianas.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 13/06/2007 15:55


    Terapia Corporal » Crânio Sacral

    Terapia Crânio Sacral

    A Terapia Crânio-Sacral é uma técnica corporal em que se aplicam toques suaves para restabelecer um ritmo saudável a um suposto movimento das suturas do crânio e, com isso, maximizar todo o potencial de auto-harmonização do Cliente.

    Existe duas linhas de abordagem da técnica, sendo uma delas derivada da quiropraxia e osteopraxia, cujo enfoque é sistêmico, porém voltado à resolução de queixas físicas, enquanto que a outra, na linha da bioenergética e psicanálise neo-reichiana, onde o foco é a liberação de materiais psíquicos reprimidos, que graças ao toque, se tornariam acessíveis ao consciente, emergindo como lembranças e catarses emocionais.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 25/06/2007 15:19


    Reflexoterapia

    SAHAJÔLI - Energia Sexual e Qualidade de Vida

    SAHAJÔLI

    Energia Sexual e Qualidade de Vida


    Jussara Hadadd Aguiar Duarte

    Terapeuta Holística

    CRT 39518




    Propositura de palestra apresentando alternativas de terapia com o foco na sexualidade feminina através da técnica do Sahajôli, associando a utilização dos Florais de Bach e a aplicação da Reflexoterapia Podal









    Rio de Janeiro

    2007




    SUMÁRIO


    AGRADECIMENTOS 4

    INTRODUÇÃO 5

    RESUMO 6

    SAHAJÔLI 8

    Origem 8

    Preconização 8

    Indicações 9

    Benefícios 9

    SAHAJÔLI COMO TERAPIA HOLÍSTICA 11

    A Filosofia Comportamental e a Qualidade de Vida 11

    Associação dos Florais de Bach 11

    Associação com a Reflexoterapia Podal 13

    A MULHER 14

    O movimento feminista 14

    A redescoberta do prazer 14

    O reencontro com o poder da Deusa 15

    ENERGIA SEXUAL 16

    Ativação dos Chakras 16

    Energia Kundalini 16

    Energia Vital 17

    Sexo Tântrico 17

    Tao do Amor e do Sexo 18

    SEXUALIDADE 19

    Individualidade 19

    Casamento 19

    Família 20

    Mundo 20

    Os Homens 21

    EXERCÍCIOS 22

    Contrações 22

    Consciência Corporal 22

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 23



    AGRADECIMENTOS


    A minha família, berço de toda a minha proposta de evolução e aos desafios que me foram impostos através das dificuldades e das pedras, cuidadosamente, colocadas no meu caminho.




    INTRODUÇÃO


    A energia sexual é um rico tesouro de alegria, felicidade e amor. Ela é uma ferramenta para criar e manter o nível ideal de saúde e vitalidade, transmutando uma vida medíocre em uma vida genial, transformando uma vida infeliz e estressada em uma vida plena de sucessos e realizações.

    As vibrações da mente são facilmente aumentadas e ativadas por diferentes tipos de estímulos. A mente responde facilmente ao amor, à amizade profunda e a musica, bem como ao medo, à inveja, às drogas, ao álcool e coisas do gênero. Um estímulo muito intenso, porém, é o desejo de expressar a energia sexual. Quando combinada ao amor, a energia sexual é uma das mais poderosas; mas ela só permanece uma virtude na medida em que é utilizada com discernimento, sabedoria, compaixão e compreensão. Ao entender essa verdade, a pessoa assume a responsabilidade de usar positiva e amorosamente a energia “extra” que ganhou. Esse é um bom meio de criarmos uma vida rica e plena.


    RESUMO


    Esclarecer pessoas de todos os níveis sociais, idades e crenças religiosas, sobre a importância que uma sexualidade bem resolvida tem para o aumento da qualidade de vida.

    Apontar as maneiras de associar ao Sahajôli as Terapias com Florais de Bach e com a Reflexoterapia Podal, através da análise atenciosa do perfil emocional da Cliente.

    Informar melhor sobre a preciosa técnica do Sahajôli, valorizando sua origem sob a ótica do Tantra Yoga, e das Filosofias Orientais Milenares comprovadamente capazes de trazer para o indivíduo conforto espiritual, equilíbrio emocional e felicidade através do autoconhecimento.

    Resgatar o real valor do Sahajôli, retirando-o cada dia mais dos circuitos da pornografia, onde esteve por muitos anos, escondido e sendo muito mal utilizado.

    Ressaltar a importância de se autoconhecer, de conhecer o próprio corpo, de sentir prazer, de reconhecer que o sexo, principalmente o feito com amor, está ligado à divindade e, através dessas riquezas, combater os estados de tristeza que vêm se tornando cada dia mais freqüentes nas mulheres, nos casais, nas famílias e no mundo.

    Criar, nos Terapeutas Holísticos, a consciência para a atenção sobre a sexualidade de seus Clientes como fator significativo de desequilíbrio energético. O tempo em que a sexualidade era tratada com hipocrisia, em que ela propositalmente era deixada de lado, porque era “feio” ou pecado tocar neste assunto, acabou. Duraram uns dois mil anos, mas acabou! E porque não os Terapeutas Holísticos, detentores de tanta sabedoria, serem os orientadores e os conselheiros de seus Clientes sobre esta valiosa alternativa, na interminável busca do ser humano pela paz interior e pela alegria de viver?


    SAHAJÔLI

    Origem


    Nascida no Oriente há mais de três mil anos, advinda do Tantra Yoga, com o nome clássico de Sahajôli, a técnica era passada sabiamente de mãe para filha gerações após gerações para amenizar diversos males que acometiam as mulheres daquele lugar pelos motivos que serão apresentados nos tópicos indicações e benefícios. O termo Pompoar como ficou mais conhecida, vem do Tamil, língua falada na região do Siri Lanka, sul da Índia e foi atribuída à técnica quando descoberta pelas mulheres que queriam impressionar os homens e lucrar com isso. Em sânscrito, Pompoar significa “sugar’”. Sahajôli por sua vez significa o controle absoluto dos músculos da vagina e região pélvica.

    Preconização


    O ginecologista americano Dr. Arnold Kegel, por volta de 1949, instituiu os exercícios de contração vaginal para suas Clientes que constantemente apresentavam queixas de incontinência urinária no pós-parto e frigidez sexual com quadros de depressão. Infelizmente, o Dr. Kegel não fez alusão ao Sahajôli nem ao Pompoarismo. O método apresentou excelentes resultados e foi inserido na cadeira de ginecologia da faculdade de medicina, mas não se escuta falar de ginecologistas que ensinem os exercícios em consultório. Atualmente, os graduados em Fisioterapia e especializados em Uroginecologia usam o método para tratar de seus pacientes incontinentes. Os terapeutas holísticos e psicólogos mais antenados o usam para trazer à tona a vivacidade das suas clientes.

    Indicações

    • Desequilíbrios energéticos

    • Relações sexuais anorgásmicas

    • Insegurança

    • Baixa auto estima

    • Flacidez Vaginal

    • Incontinência Urinária

    • Ameaça de prolapso genital


    Benefícios


    A mulher se sente mais segura em qualquer tempo da vida se ela, no âmbito sexual, aplicar o Sahajôli a sua rotina de vida. Simples de praticar, seus exercícios promovem verdadeiros milagres. Sozinha ou acompanhada ela será uma mulher mais bem humorada, decidida e equilibrada. As que de alguma forma têm algum bloqueio decorrente de repressão ou de trauma, encontram, no Sahajôli, a necessidade de cuidar do próprio corpo, em especial da região pélvica onde está concentrada grande parte de sua energia e poder. Cabe dizer que a mulher atenta aos cuidados com esta região, sobretudo no aspecto físico, se torna uma mulher segura, com auto-estima elevada, com menos risco de ter que enfrentar as crises conjugais, o abandono e as doenças oriundas da atrofia desta musculatura, como por exemplo a constrangedora incontinência urinária, que compromete sobremaneira sua vida social, levando-a ao isolamento e à infelicidade. Cabe, ainda, citar os casos de prolapso genital (queda de órgãos como a bexiga e o útero) que as leva para a mesa de cirurgia, o que poderia ser evitado se uma técnica comportamental como a do Sahajôli, fosse aplicada como proposta preventiva e até corretiva. Se alguém tem de alertá-las para isso por que não nós, os Terapeutas Holísticos? Afinal, nem só de medicamentos e cirurgias são constituídos os recursos para cuidar do corpo das pessoas e... “Mente sã em corpo são”!


    SAHAJÔLI COMO TERAPIA HOLÍSTICA


    A Filosofia Comportamental e a Qualidade de Vida


    Muitos pesquisadores afirmam que medidas comportamentais podem aumentar a auto-estima das pessoas e melhorar sua qualidade de vida. Os orientais praticam isto há milênios. EDUCAÇÂO! POSTURA! CONDUTA! Neste caso, a educação voltada para atenção com a sexualidade! O combate à promiscuidade é uma das propostas da terapia, porque pior que não fazer é fazer mal feito, catalisando energias negativas. Há que se atentar quanto a isto.



    Associação dos Florais de Bach


    A Cliente chega ao nosso consultório, disfarçada de mulher feliz e realizada. Já no final da primeira sessão, após o questionário de rotina, se encontra a vontade para relatar pequenos fatos de sua intimidade. A partir do segundo encontro, já bem confiante e esperançosa na proposta da terapia, desabafa sobre sua infância, sua criação, seus bloqueios, suas culpas e medos. O terapeuta atencioso conhecedor da Terapia com os Florais de Bach, vai saber aplicar as essências certas para cada tipo de emoção que a Cliente apresentar.


    Ex: A Srtª A.V.S., 21 anos, recém casada tinha total dificuldade em aceitar a penetração do pênis do seu marido. Caso clássico de Síndrome de Vaginismo.

    Após atenciosa análise de seu comportamento, descobrimos que A. trazia, desde a infância, conceitos plantados por sua avó de que as mulheres haviam sido criadas por Deus para trazer vidas ao mundo e que “aquela” parte do corpo, se não fosse usada somente com esta finalidade, estaria sujeita a doenças com dores insuportáveis. Sua avó desencarnou quando A. tinha 14 anos e a fez prometer que se casaria virgem e que seria uma esposa recatada.

    Aplicamos os exercícios de contrações e relaxamento da musculatura circunvaginal, aconselhamos e, em seguida, indicamos a utilização dos Florais de Bach com a seguinte composição em uma primeira tentativa:


    Influências do passado - Walnut

    Culpa - Pine

    Medo - Mimulus

    Insegurança - Larch


    Acertamos e mantivemos a composição por um mês. Após alteração no seu quadro emocional, iniciamos o Treinamento com os Acessórios, que ela sozinha tinha que introduzir na vagina com a proposta de romper o elo com a repressão imposta pela avó. O marido ajudou, a terapia foi eficaz. Hoje, aos 23 anos já tem o primeiro filho e se diz feliz no casamento, bem resolvida com a sexualidade e o prazer. Ainda usamos por dois meses o Impatiens, pois as novas propostas a deixavam um pouco ansiosa. Controlamos.






    Associação com a Reflexoterapia Podal


    Mulheres experientes e bem resolvidas também se deparam com dificuldades relacionadas ao sexo. Estresse, ansiedade, tristeza, ou seja, desequilíbrios de ordem energética, causados na maioria das vezes pelos atropelos da vida moderna, se refletem nelas com a falta de libido e a anorgasmia que se transforma em um círculo vicioso.

    Nestes casos, além do Treinamento com o Sahajôli, aplicamos algumas sessões de Reflexoterapia Podal, com ênfase nos pontos reflexos onde estão instalados os bloqueios de energia sexual. Após o desbloqueio do meridiano, que está localizado em ambos os pés, no lado externo, a meio caminho entre o osso do tornozelo e a parte de traz do calcanhar elas, se sentem mais calmas e equilibradas e serão capazes de se entregar novamente aos momentos de prazer e de usar esta energia para se manterem em ótimo estado de equilíbrio.

    É bom lembrar que este é um erro muito freqüente, quando as pessoas estão desequilibradas, numa ação inconsciente e na maioria das vezes arquetipada, (eu sofro então eu não me permito a felicidade em sacrifício assim como santa fulana de tal), se condenam à falta do prazer. Deveria ser exatamente o contrário: no lugar da punição, lançar mão da recarga da energia através de um mecanismo tão simples como o Sahajôli. Quando este tipo de pessoa vive sozinha, o mal já é enorme e piora quando ela tem um companheiro e o condena à solidão e à abstinência sexual. Neste caso, existe o grande risco de serem dois a contaminar o mundo com a tristeza e o mal humor.


    A MULHER

    O movimento feminista


    Após séculos relegada ao desprezo e taxada como louca fútil e inútil, a mulher, vem há quase cem anos lutando para rever seus direitos, impor sua inteligência e seu real valor que foram, através dos interesses de algumas religiões e igrejas, suplantados e fantasiosamente sobrepostos pelo poder dos homens. Foi plantado o mito da insuficiência feminina.


    A redescoberta do prazer


    Sufocada em conceitos que realçavam a culpa e o pecado, a mulher passou, por séculos, reprimindo o prazer sexual. Nem mesmo com seus maridos lhe era permitida nenhuma manifestação de prazer. Não era permitido que ela sentisse desejo e orgasmo. Isso não era coisa de mulher honesta. Rebaixada a simples serva dos senhores, cabia à mulher, até bem pouco tempo, somente a tarefa de procriar e gerar herdeiros para os seus senhores. Mantida em cativeiro domiciliar e sem direito à verdadeira felicidade, vendo-se constantemente traída e maltratada, desenvolvia a histeria e lotava os hospícios, consumia todo estoque de barbitúricos das farmácias, embriagava-se e cometia suicídio. Tudo isso até bem pouco tempo atrás.






    O reencontro com o poder da Deusa


    Tanto na Índia como na China e em grande parte do Oriente, a mulher sempre encarnou a Deusa. No inicio do século passado, as mulheres apesar de terem exagerado um pouco dentro do movimento feminista o que as levou a perder também parte de sua feminilidade, resgataram o direito à informação e, hoje, buscando em culturas como as orientais milenares, começam a terem reveladas suas origens de força e inteligência, fato que a própria ciência, vem constatando. A mulher é supraconsciente, tem o poder de gerar a vida, detém a sabedoria, a calma, o amor e a intuição. Sendo assim, faz-se crer que mais alguns poucos ajustes entre o que já foram, e onde estão agora, em bem pouco tempo terão readquirido o poder que ficou perdido entre os conceitos que foram impostos.


    ENERGIA SEXUAL


    Ativação dos Chakras


    Com os exercícios de contração da musculatura pélvica e circunvaginal, o Chakra Sacral é ativado instantaneamente. Em sânscrito, o segundo Chakra é Svadhisthana, que significa “doçura”. Esse é um nome apropriado para a doçura do desejo, do prazer e da sexualidade. O segundo Chakra incorpora a natureza do “dois” e rege a polaridade, instigando movimento no corpo e na psique que começa o processo de ascensão da Kundalini enrolada ao subir através dos Chakras. Encontrar o “outro”, cria desejo e o desejo nos faz mover, alcançar, crescer e mudar.


    Energia Kundalini


    Kundalini é um conceito com freqüência citado em relação aos Chakras. Na mitologia, Kundalini é uma Deusa Serpente que dorme na base da coluna vertebral, enrolada 3 vezes e meia ao redor do primeiro Chakra, aguardando a expansão. Acordada, dentre as várias formas, pela atividade sexual, pode se transformar em rica fonte de energia. De forma geral não é aconselhável que se invoque a Kundalini sem um instrutor ou um sistema de apoio que possa ajudá-lo a processar as mudanças que ela pode trazer. Ela é, porém, uma força de equilibrio, e nos é muito benéfica quando conseguimos nos render a ela com graça.




    Energia Vital


    O corpo é um campo de energia dinâmico. Os chineses descobriram que essa energia - C’hi - circula ao longo de 12 meridianos que existem dentro do corpo. A teoria de que alguma forma de energia anima o corpo agora está sendo mais amplamente reconhecida. Os Indianos também descobriram que esta energia, chamada Prana, percorre os Chakras e nos leva a um estado de iluminação. Nossa

    energia vital é mantida em nível estável por mais tempo e assim garantimos a longevidade.


    Sexo Tântrico


    Surgida na Índia, há 5 mil anos, o Tantra é uma filosofia matriarcal, onde a mulher é considerada uma divindade. Em sânscrito, Tantra significa "o que conduz ao conhecimento". O sexo Tantrico é uma forma de adiar ao máximo o orgasmo, para obter prazer prolongado. Segundo os praticantes, este é um processo que vai elevar o nível do sexo, segurando o orgasmo cada vez mais. Toda a energia retida, quando liberada, se transformará num êxtase total. O tantrico transcende a união sexual e a transpõe para o plano cósmico. Para o tantra, qualquer união sexual é sagrada.









    Tao do Amor e do Sexo


    Um dos valores mais importantes do mundo é dos relacionamentos. Estabelecer relacionamentos harmoniosos em todos os aspectos da vida é meta da prática taoísta. O Universo, a Natureza e o mundo em que vivemos operam por meio de relações, conexões e intercâmbios sociais. Estabelecer relacionamentos harmoniosos e equilibrados é o processo do Tao. É o equilíbrio de todos os opostos aparentes, masculino e feminino, luz e escuridão, repouso e atividade, eletricidade e magnetismo. É importante compreender a diferença entre a energia sexual masculina (yang) e a energia sexual feminina (Yin). Os taoistas entendiam que homens e mulheres são destinados ao equilíbrio, como duas metades opostas de um todo universal. Isso quer dizer que cada um de nós precisa respeitar as diferenças e compreender que é natural sentir-se diferente e ser diferente. Sem essa percepção, o homem e a mulher estarão sempre em desacordo. Se esquecermos essa verdade, será fácil nos irritarmos com o sexo oposto e nos sentirmos frustrados. Entretanto, quando respeitamos essa diferença, o amor floresce como um jardim bem adubado.


    SEXUALIDADE


    Individualidade


    Desde que a pessoa não tenha sublimado em si o sentimento de amor carnal em decorrência de uma opção religiosa, ou de um alto nível de intelectualização ou então em favor de um parceiro há quem muito amou e dividiu com ele os melhores momentos de sua vida, mas que agora, devido a uma enfermidade qualquer não pode mais compartilhar com ela momentos de intimidade sexual, enfim, desde que tenha optado por uma vida assexuada, toda pessoa que goza de boa saúde física e mental deve estar atenta as suas necessidades sexuais. Para tanto, mesmo estando sozinha, não deve abrir mão do prazer sexual. A masturbação, tratada erroneamente sob a ótica do preconceito, é um excelente recurso para os que estão momentaneamente sem parceiros. E mais, é um santo remédio para evitar que as pessoas carentes demais se atirem nos braços de outros, muitas vezes mal intencionados e pior, irresponsáveis, doentes e transmissores potenciais do vírus da Aids e das DST’s.



    Casamento


    Casais com sexualidade mal resolvida, mal discutida, mal cuidada e mal usada, vivem amargurados, mal humorados e têm muita dificuldade em atribuir os dias mal vividos juntos, ao sexo mal feito. Culpam a situação financeira, os filhos, os sogros, os patrões, Deus e o mundo. Não investem em carinho, em perdão, em diálogo e em informação. Ao invés de buscarem recarregar suas energias no encontro sexual que um dia os motivou a união conjugal, passam a dormir de costas um para o outro, sem se beijarem, se abraçarem e sem nem mesmo manifestarem verbalmente o sentimento que os une. Casais que se amam fortemente estão se separando por não conseguirem se comunicar sexualmente. Buscam em relações fugazes o que na realidade gostariam de viver em casa. Stress, ansiedade, competividade, egoísmo e exagero de vaidade são fatores a serem combatidos com seriedade.


    Família


    Os casais que vivem em harmonia sexual, têm mais facilidade para conduzirem famílias felizes e filhos sorridentes e bem educados. É claro, que outros valores, são muito importantes também, porém estes casais, por causa da troca das energias sexuais, são capazes de se comunicarem através do olhar, não brigam, conservam um clima de paixão no seu cotidiano e em sua casa flui uma atmosfera de paz e de equilíbrio. Não permitem que suas neuroses e psicoses ou mesmo problemas educacionais ponham em risco os seus relacionamentos. Casais assim, buscam resolver as diferenças que pesam e incomodam o parceiro temendo perde-lo e o prazer que sentem em sua companhia. Assim sendo, tudo em volta se beneficia.


    Mundo


    O mundo melhor que todos almejamos, começa dentro dos lares. As pessoas realizadas, bem humoradas, bem dispostas e que pensam positivamente, são as responsáveis pela parcela do mundo bom para viver com a harmonia que tanto procuramos.


    Os Homens


    É importante citar, que muito embora meu trabalho se restrinja as mulheres, existem técnicas similares dedicadas aos homens e capazes de promover neles os mesmos benefícios. Cabe ao terapeuta definir o seu publico e oferecer a ele a preocupação com sua sexualidade e alternativas eficazes como a técnica do Sahajôli. Os homens da mesma forma que as mulheres têm sofrido muito em decorrência destes desajustes.


    EXERCÍCIOS


    Contrações


    Os exercícios do Sahajôli são muito simples. São feitos através de contagem de tempo e quantidade de repetições. Não exige privacidade, o que facilita a execução em qualquer lugar, desde, é claro, que a mulher já esteja bem familiarizada com eles. Podem ser feitos também com o auxilio de acessórios como as Ben Wa, o Vibrador e os Cones Vaginais, mas para tanto ela precisa estar um pouco mais orientada e o acompanhamento do terapeuta é fundamental. A avaliação é totalmente verbal sem nenhum contato físico.


    Consciência Corporal


    Através de concentração e respiração adequadas, a mulher passa a conhecer melhor o seu corpo, a região pélvica, os músculos a serem fortalecidos e passa ainda a dominá-los. Assim, através da sua vontade, pode utilizar-se deste rico recurso para obtenção de maior prazer sexual e saúde genital e mental.


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS



    A Experiência Junguiana.

    Hall, James - S.Paulo – Ed.Cultrix.


    Mulheres que correm com os lobos

    Estes, Clarissa Pendula- S. Paulo – Ed. Racco.


    Um Guia Passo a Passo Para a Reflexologia

    Dougans, Inge e Ellis, Suzanne – S.Paulo – Ed. Pensamento/Cultrix


    Reflexologia – Como Restabelecer o Equilíbrio Energético

    Kunz, Kevin e Bárbara –S.Paulo – Ed. Pensamento.


    Reflexologia Sexual

    Chia, Mantak e Wei, W.U. – S.Paulo - Ed. Cultrix.


    A Cintura Pélvica

    Lee – S.Paulo – Ed. Manole


    Fisioterapia em Uroginecologia

    Moreno, Adriana L. – S.Paulo – Ed. Manole.


    Benefícios Terapêuticos da Acupressura

    F.M.Houston, D.C.,D.D.,PhD. – S.Paulo – Ed. Pensamento


    A Terapia Sexual – Vol.III

    Gillan, Patrícia e Richard – Portugal – Ed. Persona.


    Tantra – O Culto da Feminilidade

    Van Lysebeth, André – Ed. Summus.


    O Homem Moderno

    Brewer, Sarah – S.Paulo – Ed. Manole.


    O Tao do Amor e do Sexo

    Chang, Jolan - . RJ – Ed. Nordica

    Autor: : Jussara Hadadd Aguiar Duarte - Terapeuta Holística - CRT 39518
    Última atualização: 13/05/2007 20:08


    TERAPIA ENERGÉTICA INSTANTÂNEA

    TERAPIA  ENERGÉTICA 

    INSTANTÂNEA 
     
     

    Seiiti Arata - Terapeuta Holístico – CRT 31513 
     

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2007 
     

    São Paulo - SP

    2007 

     

    SUMÁRIO 

    INTRODUÇÃO         4 

    CAPÍTULO 1         5

    Corpo humano multidimensional       5

    Sombra: um corpo reflexo        6

    Corpo físico: sombra do Corpo Emocional      6 

    CAPÍTULO 2         8

    Energia          8

    Energia condensada         9

    Energia Sutil          9 

    CAPÍTULO 3         10

    As sete camadas energéticas de um indivíduo     10

    Corpo Físico (1): Energia Condensada      10

    Corpo Etérico/Duplo Etérico (2): Camada energética de conexão   10

    Corpo Astral/Emocional (3): compõe o caráter     10

    Corpo Mental Instintivo (4): herança genética     11

    Corpo Mental Cósmico (5): define a individualidade única    11

    Corpo Mental Intelectual (6): adquirida pelas experiências e livre arbítrio  11

    Corpo Espiritual (7): conectado com energias mais sutis do Universo  13

    Outras dimensões mais sutis e elevadas      13 

    CAPÍTULO 4         14

    Tratamento Energético através da camada energética (duplo etérico)  14

    Importância das boas condições da camada que conecta ao corpo físico  14

    Terapia Energética Instantânea        15

    Vantagens do tratamento emergencial        15 

    CAPÍTULO 5         16

    Inter-relação entre corpos energéticos        16

    Corpo Emocional como reflexo do Corpo Mental     16

    Necessidade do aperfeiçoamento Espiritual      17 

    CAPÍTULO 6          18

    Primeiros Socorros/Pronto atendimento por tratamentos energéticos   18

    Trabalhando com o Corpo Etérico e seus resultados no Corpo Físico  18

    Tratamento emergencial de cinco minutos, tirando da crise aguda   18

    Tratamentos posteriores ao emergencial      18 

    CAPÍTULO 7         19

    O que pode ser tratado pela Terapia Energética Instantânea    19

    1. Cabeça         19
    2. Garganta         19
    3. Pescoço (cervical)        19
    4. Ombros         20
    5. Braços, antebraços, mãos e dedos      21
    6. Costas (dorsal)        21
    7. Costas (lombar)        22
    8. Ciático          23
    9. Joelho          23
    10. Pernas          24
    11. Tornozelo, pé e artelhos       24
    12. Aparelho digestivo        24
    13. Aparelho respiratório        25
    14. Tosse          26
     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS      26 
     

    INTRODUÇÃO 

     

    Em muitos anos de dedicação ao estudo de terapias holísticas, sempre me perguntei:

    “Qual é o meio mais rápido e eficiente de tratar problemas de saúde que pedem uma solução urgente?”. 

    O Programa Terapia Energética Instantânea ensina as técnicas práticas necessárias para superar os obstáculos nos tratamentos energéticos emergenciais, direcionando o terapeuta no caminho do sucesso imediato em diversos problemas de saúde. 

    Demorei anos para adquirir novas descobertas e técnicas de ponta e as reunir em um programa conciso que amplifica o sucesso do trabalho de terapia. 

    Apresento aqui um procedimento que pode ser aplicado instantaneamente em qualquer situação (consultório, estabelecimentos comerciais, casa de amigos e mesmo em espaços de lazer em que um imprevisto pode ocorrer, como em um barco em alto-mar, um acampamento, uma praia distante, uma festa de aniversário... enfim, qualquer situação em que não é possível ou conveniente levar a pessoa imediatamente a um consultório). 

    O Programa que é aqui apresentado está estruturado para equipar o terapeuta com os elementos essenciais para torná-lo capaz de prestar atendimento a qualquer hora, independentemente de instrumentos que não sejam sua mente e suas próprias mãos. 

    Meu estudo em diversas áreas da terapia holística permite afirmar que desconheço qualquer programa de resultados tão efetivos com técnicas práticas que podem ser utilizadas imediatamente. O Programa Terapia Energética Instantânea amplifica seu conhecimento, habilidade e recursos para qualquer situação. 

    O método está dividido em duas partes que são rapidamente apresentadas: a primeira é uma introdução conceitual que desenvolve a base fundamental de trabalho. A segunda parte é a aplicação prática para os problemas de saúde mais corriqueiros. 

    Antes de começarmos a parte conceitual, vou fazer algumas perguntas: 

    E se eu dissesse que centenas de milhões de pessoas passam por um desequilíbrio energético de alguma natureza a cada dia? 

    E se eu dissesse que a maioria delas não tem a menor idéia do que está acontecendo com seus corpos? 

    E se eu dissesse ainda que a grande maioria dos tratamentos holísticos podem ser classificados como tratamentos energéticos, objetivando alcançar o equilíbrio do sistema de energia das pessoas tratadas? 

    Que, em última instância, tudo é energia? 

    Sim, eu estou falando do conceito de energia e a sua relação com a matéria, que será abordada no Capítulo 2.

     

    CAPÍTULO 1 
     

    Corpo humano multidimensional 

    Para se buscar uma melhoria na qualidade de vida não basta zelar apenas pelo corpo físico. O que denominamos corpo físico e que está compreendido internamente à pele(*), não é tudo que somos e sim apenas uma de nossas manifestações. Os demais corpos envolvem o corpo físico se apresentam em forma de camadas energéticas sutis. 

    (*) Até para se definir o que é internamente à pele necessita de reflexão:

    Tomemos como exemplo o nosso roto: - com a boca fechada é fácil imaginarmos a parte externa e a interna. Entretanto, mantendo-se a boca aberta, uma formiguinha que caminha por sobre a parte externa de nossa face, pode perfeitamente entrar e caminhar por todo o céu da boca que era considerada como nossa parte interna (boca fechada). 

    Se ao invés da formiguinha, imaginarmos o ar que respiramos, que está em contato com o nosso corpo físico através de nossa pele, pode penetrar o nosso corpo através das vias respiratórias e chegar aos órgãos que chamamos de internos, tal qual a formiguinha. E o oxigênio que é um dos componentes do ar, chega a todas as nossas células. 

    Então, que parte do nosso corpo é considerado interno ou externo em relação ao ar? E se analisarmos a nossa pele cheia de poros, que nada mais são do que nossas aberturas?

    Se pudéssemos enxergar o nosso corpo como um conjunto de partículas atômicas, teríamos a exata noção de que somos um corpo de vazio! E para que este nosso vazio esteja em harmonia dependemos de uma coisa chamada de homeostase energética. 

    Uma observação mais atenta ao corpo físico nos possibilita avaliar como as demais camadas mais externas estão, pois o corpo físico é apenas o reflexo das influências das outras camadas mais externas. Quando um corpo físico está enfraquecido e com disfunção acentuada é porque as outras camadas já se encontram muito comprometidas. 

    Um exemplo bastante comum é o que se passa com o estômago que se debilita por problemas emocionais, causando grandes distúrbios. Não basta tomar medidas apenas fisiológicas como cicatrização de algumas feridas eventualmente detectadas, pois são apenas sintomas e não as causas. Deve-se trabalhar buscando o fortalecimento da camada emocional. 

    Por exemplo: quem fica excessivamente irritado por problemas de trânsito congestionado dispara um turbilhão de desordens internas envolvendo hormônios, enzimas e outros agentes prejudiciais ao bom funcionamento energético do organismo. O que se faz necessário é criar um mecanismo para neutralização das emoções nocivas ao corpo, pois o problema que atacou o estômago é apenas o reflexo do distúrbio emocional.

    Mas como fazer com que o indivíduo não reaja com tanta cólera diante de um fato cada vez mais corriqueiro? – Há que se tratar o seu corpo mental, pois a camada emocional é simplesmente um reflexo da camada pertencente ao corpo mental. Assim, para se tratar o estômago irritado, há que se tratar a parte mental do indivíduo. 

    O corpo mental tem basicamente três compartimentos, que dentre diversas nomenclaturas: o instintivo, o cósmico e o intelectual. Entretanto, só é possível atuar apenas no último, e que depende do livre arbítrio. Há necessidade de uma verdadeira reprogramação da mente implementando mecanismos que propiciem resultados de reações favoráveis para o corpo físico. No caso exemplificado, há que se substituir o programa: (“o trânsito me deixa nervoso!”) por outra programação mais inteligente: (“hoje em dia, nem ligo para os problemas de trânsito!”).    – Pronto. Está resolvida a questão crucial. 

    Esta camada de mente intelectual precisa ser continuamente fortalecida. Pois, analogamente a uma musculatura, o desuso “atrofia” seu desempenho. O enfraquecimento desta mente intelectual permitirá a predominância das outras duas mentes: a instintiva e a cósmica, e que são mobilizadas predominantemente por impulso. 
     

    Sombra: um corpo reflexo 

    É importante para melhor compreensão do tema proposto observar-se o comportamento de uma sombra. Na maioria das vezes nem prestamos tanta atenção.  A sombra é uma figura bidimensional, mesmo que o corpo que a projeta seja tridimensional. Para que possamos alterar o desenho formado pela sombra, não adianta tentar qualquer coisa com a mesma e, sim, alterar o corpo que está projetando aquela sombra.  

    Da mesma forma podemos fazer analogia com nosso corpo físico, como se fosse sombra de um corpo com mais dimensões. Temos que mudar o que está projetando a correspondente imagem refletida e que possa estar nos afetando desfavoravelmente. 
     

    Corpo físico: sombra do Corpo Emocional 

    Assim como o Corpo Físico é sombra do Corpo Emocional, este é também sombra do Corpo Mental e que, também é sombra do Corpo Espiritual ou outros mais sutis. Existem literaturas que afirmam existir mais de vinte camadas energéticas, mas se pudermos administrar as sete dimensões mencionadas anteriormente já será um grande passo. 
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

    CAPÍTULO 2 

    As ciências modernas estão somando ao antigo conceito newtoniano (de Isaac Newton) a visão einsteiniana (de Albert Einstein), tornando-se muito mais eficazes. 

    A rigor, se considerarmos a composição de nossos corpos físicos, todos sabemos que predominantemente somos mais água do que outra coisa. Estima-se que em peso somos aproximadamente setenta por cento constituídos por água (H2O). São dois átomos de hidrogênio que se agrupam com um átomo de oxigênio através de forças de atração entre partículas. 

    Conforme modelo clássico, ambos os elementos hidrogênio e oxigênio são constituídos de certo número de prótons, nêutrons e elétrons, e as diferenças de quantidades destas partículas é que os diferenciam. Tanto num como noutro, em sua constituição, o que predomina é o vazio, pois a sua massa é uma insignificante partícula (aglomerado de prótons e nêutrons) que fica no centro de uma nuvem formada pela vibração de elétrons e de massa desprezível. 

    O modelo é muito semelhante ao de outros grandes corpos onde predomina o vazio, como o Sistema Solar, outros eventuais sistemas semelhantes ao que habitamos: a Via Láctea, a nossa Galáxia e outras eventuais Galáxias, que possivelmente devem existir. Como o que predomina é o vazio, podemos admitir que tudo que se conhece, provavelmente seria apenas uma manifestação energética. 

    Assim, o nosso corpo físico passou a ser denominado de energia condensada, embora não seja tão condensada assim, visto que somos do ponto de vista de matéria: um grande vazio. As outras formas de energia são denominadas sutis, por serem menos condensadas. 

    Einstein formulou a equação E=m.c2 (Energia é igual à massa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado). Então, pode-se afirmar também que m=E/c2 (Massa é igual à energia dividida pelo quadrado da velocidade da luz). Portanto, o que estamos acostumados a chamar de uma quantidade de massa nada mais é do que a manifestação de uma quantidade de energia dividida por um número muito grande. 

    A partir desta nova visão propiciada pela genialidade de Einstein, e da física quântica, hoje, podemos entender com clareza, os fenômenos que afetam os nossos corpos. 
     

    Energia 

    Não há como se fugir do conceito de energia envolvendo as minúsculas partículas atômicas assim como suas sub-partículas carregadas ou não energeticamente como prótons, elétrons, nêutrons, pósitrons e outras. 

    Assim como o Sistema Solar com o Sol ao centro e todos os seus planetas orbitando à sua volta ser predominantemente um grande vazio, assim o é a Via Láctea, a Galáxia, e o Universo. Assim também é o nosso corpo físico por ser constituído de partículas atômicas, igualmente, com predominância de vazio. Portanto, somos também basicamente energia! 

    Corpos energéticos produzem campos energéticos, assim como uma corrente elétrica produz campo magnético e que é conhecido há muitos anos pela física clássica e mensurável por magnetômetros de precisão.

     
     
     
     
     
     

    Energia condensada 

    A designação energia condensada refere-se ao corpo que chamamos de físico, onde podemos perceber através dos nossos órgãos sensoriais: visão, audição tato, paladar e olfato. A maioria das pessoas tem menor percepção das demais camadas. Por esta razão chamamos de corpos sutis, embora tenham importância fundamental nas boas condições ou não do nosso corpo físico e, portanto da qualidade de vida. 
     

    Energia Sutil 

    Todas as outras seis camadas são consideradas sutis. Estes outros corpos acabam compondo a personalidade do indivíduo tanto emocional como fisicamente, na medida em que as influências chegam a ele. 

    Também entre os animais, inclusive de uma recente ninhada, é possível se perceber as tendências de comportamento individual. Uns são mais dóceis e outros mais agressivos por sua própria natureza. Até mesmo os mais calmos, se submetidos a tratamentos violentos, poderão se tornar bastantes agressivos e perigosos pelo simples efeito das experiências a que forem submetidos. Por esta razão é importante tratá-los adequadamente.

    O que impele um ser a atitudes de impulso não é exclusivamente a força de seu instinto, mas, também a sua experiência de vida. Estas influências também podem ser chamadas de energias sutis e que acabam integrando às suas características comportamentais podendo ser as responsáveis principais por atitudes efetivas. 

    Quando se faz referência a um indivíduo quanto às suas características físicas, estas podem ser facilmente percebidas pelos nossos órgãos sensoriais. Entretanto as características sutis requerem maior observação e tempo de convivência para percebê-las devidamente. Mesmo assim, elas certamente irão compor a personalidade final e descrição de uma pessoa. 

    Por esta razão é importante uma análise completa, incluindo também as camadas sutis. Elas são responsáveis pelo estado geral de um indivíduo bem como de seu comportamento predominante. 

    Decepções e desilusões muitas vezes se devem ao total desconhecimento da existência de de certas forças sutis existentes e ocultas que se manifestam de forma inesperada.  
    CAPÍTULO 3
     
     

    As sete camadas energéticas de um indivíduo 

    Dentre as diversas nomenclaturas existentes, pode-se enumerar as seguintes camadas:

    Corpo Físico (1), Corpo Etérico (2), Corpo Emocional (3), Corpo Mental Instintivo (4), Corpo Mental Cósmico (5), corpo Mental Intelectual (6) e Corpo Espiritual (7). 
     

    Corpo Físico (1): Energia Condensada 

    O corpo físico que é chamado de corpo de energia condensada, como já foi mencionado é constituído predominantemente de água: H2O, que nada mais é do que dois átomos de hidrogênio (H) unidos a um átomo de oxigênio (O), que corresponde em peso aproximadamente 65 a 70 por cento do peso total. Analogamente, existem na composição corporal, outros elementos químicos como: carbono (C), nitrogênio (N), fósforo (P), manganês (Mn), magnésio (Mg), potássio (K) e uma infinidade de outros elementos químicos. Todos eles formados de partículas atômicas, e, portanto, de energia. 
     

    Corpo Etérico/Duplo Etérico (2): Camada energética de conexão 

    Uma camada de alguns centímetros envolve o Corpo Físico conectando-o de forma mais ou menos eficiente com as outras camadas sutis. 

    Existem portais por onde a se processam mais efetivamente as entradas e saídas de energias. São os conhecidos chakras, pontos de acupuntura, incluindo-se toda rede de meridianos, que propiciam a troca de energias do Corpo Físico com tudo à sua volta, incluindo as suas camadas energéticas mais sutis. 

    A deficiência nesta troca de energias por problemas devidos a bloqueios, congestão ou dificuldades de fluidez, pode acabar resultando em algum desequilíbrio do organismo. Em tais casos, pode-se recorrer a uma das diversas técnicas de tratamento energético conhecidas da terapia holística de modo a se restaurar, novamente, a homeostase. Portanto, esta camada energética é de fundamental importância, neste processo de recuperação do estado de bem-estar. 
     

    Corpo Astral/Emocional (3): Compõe o caráter 

    É o que pode ser considerado como a envoltória que fica logo além do Corpo Etérico. É tão relevante que as pessoas nos definem através dele, por caracterizar as nossas reações e atitudes diante dos fatos do dia a dia. É por isso que ouvimos falar coisa do tipo: “É uma mulher bonita, porém insuportável!”; ou: “Ela é bem jovem, entretanto, nunca vi pessoa tão madura e emocionalmente controlada!”.  

    As nossas reações, provocadas pela camada emocional, passam a fazer parte de nossa identidade e têm o poder de nos causar grandes benefícios ou até mesmo grandes prejuízos. 

    Portanto, ao descobrirmos quaisquer de nossas tendências a atidudes que possam nos prejudicar, devemos procurar soluções para neutralizar tais impulsos. É o que fazemos durante toda a nossa vida, num constante processo de amadurecimento: detectando problemas, mudando o que for possível, re-avaliando e promovendo constantes ajustes para melhoria. 
     

    Corpo Mental Instintivo (4): Herança genética 

    É o nome dado ao corpo energético onde estão as nossas heranças genéticas. Assim como é comum nascermos com algumas características físicas semelhantes aos nossos antepassados, como cor de cabelo, formato do nariz, jeito de andar, herdamos também algumas características emocionais de nossos ancestrais. 

    Esta herança genética, dificilmente poderá ser mudada. Ela está gravada na nossa mente inconsciente. O que está ao nosso alcance é administrá-la, não deixando que ela se aflore livremente, a ponto de nos causar prejuízos. 
     

    Corpo Mental Cósmico (5): Define a individualidade 

    É o que nos foi destinado desde a hora da concepção até o nascimento. É a característica pessoal que nos identifica e que resultou de uma situação muitíssimo especial, como a influência dos nossos progenitores na hora da fecundação, localização dos astros e outros fatores que nem conhecemos devidamente. Quando elas são boas apresentam-se em forma de talentos, dons e outras qualidades admiradas e invejadas. Quando são más, representam os defeitos de nossas personalidades como tendência à tristeza, maldade, espírito vingativo, sadismo e outros. Nem mesmo os gêmeos são indivíduos idênticos. 
     

    Corpo Mental Intelectual (6): Adquirida pelas experiências e livre arbítrio 

    É o Corpo Energético que está ao nosso alcance. Pode ser desenvolvida seguindo apenas as ordens do livre arbítrio, perseverança e dedicação. Somam-se também as experiências do dia a dia, quer sejam intencionais ou involuntárias. Dependem dos livros que lemos, filmes que assistimos, nossa convivência com outras pessoas, fatos, acidentes, sonhos, imaginação, crenças e outras influências. 

    A grande vantagem é que esta Mente pode ser aprimorada ilimitadamente. Ela pode crescer tanto, a ponto de predominar sobre as outras duas. Pode tornar-se tão poderosa e ocupar quase a totalidade da nossa mente, de forma que as outras duas podem parecer inexistentes.  

    Porém, esta mente requer cuidados especiais: ela precisa ser incrementada continuamente sob risco de perder a força e ser dominada pelas outras duas: a Instintiva e a Cósmica. E se isto acontecer, o Corpo Emocional poderá ser o resultado de puro impulso. Tanto para o bem como para o mal na condição de risco total. 

    A necessidade de se desenvolver continuamente a Mente Intelectual que é a racional e inteligente pode ser comparada ao condicionamento físico de um atleta, que para manutenção do seu desempenho adquirido ao longo de tantos anos, há que se praticar continuamente. Mas, para se aumentarem as condições, há que se dedicar sempre um pouco mais. Por outro lado, o descuido e a inatividade causarão grandes perdas.

     

    Corpo Espiritual (7): Conectado com as energias mais sutis do Universo 

    Este corpo é o principal responsável pela paz interior. De nada adiantará um copo plasticamente perfeito, e cheio de energia muscular, se o indivíduo é freqüentemente acometido por uma apatia advinda dos processos mentais espirituais. Dificilmente poderá sentir a felicidade em sua plenitude. Ao contrário – poderá tornar-se extremamente infeliz e debilitado.  

    Por esta razão é que na Terapia Holística o objetivo é a promoção do equilíbrio: do corpo-mente-espírito. 

    Dentre os sete corpos, este é o mais importante e deve ser continuamente aprimorado.  

    É muito comum observarmos através das diversas mídias, o colossal investimento no sentido da promoção do corpo físico perfeito e mais longevo. Por mais que a modernidade desenvolva recursos espetaculares, jamais atingirão à imortalidade do corpo físico.  

    Pessoas que percebem cedo esta realidade vivem mais tranqüilas, em paz e, portanto, mais felizes. 

    Segundo Richard Gerber: o corpo físico (F), corpo etérico (E), corpo astral (A), corpo mental instintivo (M1), corpo mental Intelectual (M2), corpo mental espiritual (M3) e corpo espiritual (S) constituem as sete camadas energéticas. (p.126 op. cit).

     
     
     
     
     
     
     

    Outras dimensões mais sutis e elevadas 

    Existem literaturas que afirmam a existência de mais de vinte camadas energéticas e, portanto, igual número de corpos energéticos. Neste caso, o que mencionamos como o sétimo corpo, será apenas o reflexo do oitavo corpo, certamente mais sutil. Mas para efeito desta matéria, aqueles que levarem em conta os sete corpos mencionados e trabalharem adequadamente, obterão resultados compensadores. 

    Mas, afinal, como podemos definir saúde? 

    Neste trabalho proponho que consideremos a saúde ideal: não somente como a ausência de sintomas de mau funcionamento orgânico, mas também como um estado de plena paz e felicidade que sente o indivíduo, propiciando-lhe suficiente e espontânea disposição para praticar, compartilhar, entender e perdoar – num estado de contínua doação, como a razão de sua existência, enquanto se processa o seu contínuo aperfeiçoamento espiritual, evitando causar danos ao seu meio ambiente. 

     

    CAPÍTULO 4 
     

    Tratamento Energético através da camada energética (duplo etérico) 

    Vários tratamentos podem ser denominados energéticos e trabalham no sentido do aumento da eficiência dos fluxos energéticos que chegam e saem do Corpo Físico. 

    O corpo etérico é também chamado de corpo bioplasmático ou corpo de energia. Bio significa vida e plasma pode ser entendido como o quarto estado da matéria, que vem se somar aos: sólidos, líquidos e gasosos. Plasma é o gás ionizado. Está carregado de partículas eletrizadas: tanto positiva como negativamente. Não deve ser confundido com o plasma sangüíneo. 

    Corpo bioplasmático pode ser entendido como um corpo de energia viva que é composto por matéria sutil e invisível chamado também de matéria etérica. É através deste corpo que a energia vital como: prana, ki, ch´i, pneuma, mana, ruah e outras são absorvidas e distribuídas por todo o corpo físico e que podemos sentir através dos nossos cinco sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar. 

    A energia vital pode ser absorvida através do ar, solo, água, luz solar, e dos alimentos. Andar descalço propicia receber prana do solo. Se o piso for natural como terra ou grama, a absorção é mais eficiente.

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

    Todos os tratamentos corporais que visam incrementar a melhora neste sentido podem se considerados como energéticos como: Acupuntura, Shiatsu, Do In, Seitai, Tuiná, Acupressão, Acupressura, Auriculoterapia, Reflexoterapia, Reiki, Método Prânico, Toque Quântico, Polaridade, Florais, Homeopatia, Colorpuntura, e outros. 
     

    Importância das boas condições da camada que conecta ao corpo físico 

    A camada que constitui o Corpo Etérico é também chamada camada energética e funciona como um tipo de agasalho, que ajuda ou dificulta a troca do Corpo Físico com outros Corpos à sua volta. Pode ser comparado aos diversos materiais que existem para se fabricar um fio condutor. Existem uns que são mais condutores e outros que são menos condutores. Existem também materiais que são considerados isolantes, pois, dificultam a passagem da energia. Analogamente existem camadas que sob o ponto de vista energético funcionam conectando ou isolando o corpo físico. 

    Terapia Energética Instantânea 
     

    Desenvolvida pelo autor deste trabalho, é o resultado da conjunção de diversas técnicas e experiências de tratamento com as mãos, é natural, não invasiva e praticamente sem contra indicações. 

    A concentração mental durante a aplicação desta técnica é muito importante. Da mesma forma, a respiração deve ser cadenciada profunda, e ritmada.  

    Não há problema em se manter o diálogo com a pessoa tratada, perguntando, na medida em que acontece o tratamento, como ela está se sentindo, promovendo desta forma, a melhor conexão físico-mental, para harmonização da energia vital da mesma. Neste momento acontece uma verdadeira sintonia de energias etéricas de ambos. 
     

    Vantagens do tratamento emergencial 

    Em muitas circunstâncias, estamos sem as condições mínimas de uma clínica para um tratamento holístico normal. Entretanto, estamos diante de uma pessoa que está em condições precárias precisando de um atendimento mesmo que simplificado e emergencial. 

    Para atendimentos emergenciais a Terapia Energética instantânea é um método interessante, eficaz e imediato podendo promover bem-estar num intervalo de três a cinco minutos. 

    Os resultados alcançados têm sido espetaculares. A maioria das pessoas tratadas sente-se bastante recuperada, recompensada e agradecida, podendo retornar imediatamente às suas atividades normais.  

    Este pronto atendimento que, inicialmente, partia de mim a iniciativa de sua aplicação, hoje em dia, as coisas mudaram. – As pessoas é que me procuram freqüentemente, dada à facilidade e simplicidade de sua aplicação. Posso dizer que se tornou um verdadeiro serviço de emergência, o que, aliás, sempre tenho feito com muita satisfação. 

    Assim, quero compartilhar com todos os interessados, o que resolvi chamar de TERAPIA ENERGÉTICA INSTANTÂNEA. 

    A aplicação dos procedimentos desta terapia energética instantânea serve para diminuir ou eliminar dores generalizadas, problema na coluna, problemas respiratórios, garganta inflamada, dificuldade digestiva e outras disfunções mais corriqueiras.

     

    CAPÍTULO 5 
     

    Inter-relação entre corpos energéticos 

    A obra do Mestre Stephen Co e Dr. Eric B. Robins com John Merryman: YOUR HANDS CAN HEAL YOU (suas mão podem tratá-lo) aborda técnicas energéticas de tratamento pelo método Prânico para aumentar a vitalidade e acelerar a recuperação de problemas mais comum de saúde. 

    Seguem abaixo algumas afirmações dos autores;

     
     
     
     
     
     
     
     

    Na página 48 consta:

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

    Corpo Emocional como reflexo do Corpo Mental

    Segundo Mestre Stephen Co e Dr. Eric B. Robins com John Merryman existem seis passos para a promoção da melhoria na qualidade da saúde que são:

     
     
     
     
     
     
     
     
     

     

    Necessidade do aperfeiçoamento Espiritual

    De acordo com Richard Gerber, M.D. através de sua obra: Medicina Vibracional, p. 135: 

     
     
     
     
     
     
     
     
     

    Na mesma obra consta um interessante conceito para reflexão:

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

     

    CAPÍTULO 6 
     

    Atendimentos rápidos através de tratamentos energéticos 

    Todas as pessoas podem necessitar de serviços, repentinamente, devido a distúrbios ou súbitos sintomas de mal-estar. É sempre providencial haver qualquer tipo de serviços que prontamente, possam minimizar o sofrimento. 

    Neste sentido, o presente trabalho propõe tratamentos holísticos, empregando métodos naturais e que são praticados há milhares de anos pelas antigas civilizações. 
     

    Trabalhando com o Corpo Etérico e seus resultados no Corpo Físico 

    Nos tratamentos executados na hora, os estímulos deverão ser aplicados no corpo físico onde estão localizados os portais, pontos principais de energias e seus respectivos meridianos, incluindo os chakras, mini-chakras e pontos gatilho, para desobstrução energética. 

    Ao se desobstruir os meridianos de energia: será resgatada a conexão do corpo físico com o corpo etérico que é a camada energética que envolve o corpo. Os pontos com acúmulo de energia que se encontram em excesso serão equilibrados com o espalhamento para as áreas menos energizadas, até que se atinja novamente o estado de homeostase, que é o equilíbrio. 
     

    Tratamento emergencial de cinco minutos, tirando da crise aguda. 

    São procedimentos basicamente executados com as mãos. Os métodos aplicados são os conhecidos como quiropraxia, reflexologia, shiatsu, acupressão, acupressura, do-in, toque quântico, polaridade, tratamento prânico e outros. 

    Pessoas presentes no auditório que queiram experimentar a Terapia Energética Instantânea poderão se apresentar voluntariamente. Receberão uma aplicação de 3 a 5 minutos e no minuto seguinte poderão prestar seus depoimentos à platéia dizendo se melhoraram e quanto melhoraram percentualmente. 
     

    Tratamentos posteriores ao emergencial 

    Após o atendimento emergencial proposto, com o indivíduo efetivamente fora da crise aguda e dores insuportáveis, será possível que o mesmo retorne às suas atividades rotineiras, e em boas condições para decidir pelos tratamentos posteriores sejam eles preferencialmente naturais ou até mesmo os ortodóxicos. 

    Em muitos casos de aplicação do programa de Terapia Energética Instantânea nem foram necessários outros tratamentos posteriores, dada a eficácia do método.  
    CAPÍTULO 7
     
     

    O que pode ser tratado pela Terapia Energética Instantânea 

    A seguir, serão apresentados sucintamente os principais procedimentos para os distúrbios mais comuns na rotina diária. 
     
     

    1. Cabeça

      Para dores de cabeça relacionadas à tensão, excesso de trabalho em posição sentada, e que alivia com determinadas posições da mesma, provavelmente se deve a problemas de excesso de energias. 

      Para destros: De frente para o ombro esquerdo da pessoa a ser tratada, colocar a mão esquerda frontal à testa para fins de apoio e com a mão direita segurando com o polegar e o indicador: pressionar os pontos   VB20,    B10, e    VG15,  por aproximadamente 10 a 15 segundos cada um deles. 
       

     

    1. Garganta

      No caso de garganta inflamada, pressionar suavemente os pontos      E9,      E10,

         VC23 com o indicador e o polegar, em forma de pinça por aproximadamente10 segundos em cada um dos pontos. Enquanto uma das mãos pressiona, a outra em forma espalmada, apóia-se na região da nuca, de forma a manter o local tratado entre as mãos. O calor promovido pela mão passiva ajuda na recuperação. 

    1. Pescoço (coluna cervical)

      Para desconfortos na região do pescoço, na região da cervical, deve-se iniciar pela sedação dos pontos   VB21,   IG16,    ID12,    ID15 e   TA15, através de pressionar por aproximadamente 5 a 10 segundos, cada ponto. Logo em seguida toma-se o depoimento da pessoa tratada e que já deve confirmar uma certa melhoria na região tratada.

                                                                               

     
     
     
     
     
     
     


      Em seguida, um pequeno movimento para liberação das vértebras cervicais eventualmente presas, podendo ser executado com a pessoa sentada, de pé ou deitada. Este procedimento deve ser feito com muito cuidado, especialmente em pessoas idosas, crianças ou nos casos da existência de muita dor. 
       
       

    1. Ombros

      Quando os ombros estão doloridos, deve-se trabalhar os seguintes pontos:    VB21,

         IG16,   ID15 e   TA15 mencionados anteriormente, acrescentando-se também os pontos:    TA13,    TA14,    ID9,    ID10,    ID11,    ID12 e    ID13,    P1,    P2 e   

         C1. Deve-se aplicar pressão digital por aproximadamente 5 a 10 segundos em cada ponto.


      Terminada a sessão de pressionamento, deve-se segurar o braço esquerdo com a mão esquerda e com o polegar, pressionar os pontos   IG10 e   IG11 com o polegar da mão direita por 5 segundos. Em seguida, pressionar os pontos    BP20 e    BP21. 

    1. Braços, antebraços, mãos e dedos.

      Aplicar pressão nos pontos IG10, IG11, P2,  TA4,   TA5,  ID7 e   ID8 por 3 segundos de forma gradual, até o limite suportável da dor por uns 5 segundos. 

      Aplicar puxões dos dedos, começando pelo polegar, indicador, médio anular e mínimo, de forma a soltar as articulações. A intensidade da manipulação deve sempre levar em conta a estrutura da pessoa tratada. No caso de crianças e idosos, o cuidado deve ser maior.

      Balançar e vibrar o braço de forma a promover total relaxamento do mesmo, com a soltura das articulações.


    1. Costas (coluna dorsal)

      Com a pessoa de bruços, com o rosto virado para um dos lados, mantendo os braços ao lado do corpo e em máximo relaxamento, alinhar e ajustar as vértebras começando da região lombar para a região cervical. Os movimentos devem ser cadenciados e com força controlada e adequada a cada situação específica que deve levar em conta a resistência, idade, e outros fatores importantes de cada um. 

      Após alinhamento, promover pressões nos pontos ao longo da coluna principalmente seguindo o meridiano da bexiga entre os pontos 11 a 23 e também entre os pontos 36 a. Esta pressão pode ser feita com o dedo indicador, respeitando-se, sempre, o limite da condição da dor. 
       

    1. Costas (coluna lombar)

      Para tratamento das costas no trecho da coluna lombar, deve-se primeiramente trabalhar os pés, especialmente o Ponto R1,   B62,   B60,   B40 e    B57 por 5 segundos, aproximadamente.

    Em seguida, os pontos 23 a 30 do meridiano da bexiga devem ser pressionados por 3 segundos, em ambos os lados da coluna. 

       
       
       

    1. Ciático

      A inflamação do nervo ciático pode ser tratada, primeiramente seguindo os procedimentos para tratamento da coluna lombar. Em seguida deve ser complementado com pressionamento dos pontos     BP6,     BP7,     BP9,     BP10,

          VB37, e    VB38.

    1. Joelho

      Para tratamento do joelho, podem ser aplicados, inicialmente, os procedimentos para a coluna lombar, nervo ciático e em seguida trabalhar os pontos:    R10,   BP9

         BP10,   F7,    F8,   F9,    E34,   E35,   E36 e     E37. Além destes, se necessário podem ser trabalhados os pontos   VB34,   VB35, e   VB36.  Em todos os pontos a pressão deve ser até o limite da dor e por 3 segundos. 


    1. Pernas

      Adotar os procedimentos para tratamento da coluna lombar e em seguida aplicar os pontos reflexos dos pés tanto da sola (Reflexologia convencional) como do dorso (TRV – Terapia Reflexológica Vertical.) Deve-se trabalhar também os tornozelos, liberando a articulação aplicando a quiropraxia. 
       
       

    1. Tornozelo, pé e artelhos.


     
     

      Diversos pontos precisam ser estimulados, sendo o R1 um dos mais importantes.

      Os demais pontos do meridiano do rim devem ser pressionados: R2, R3, R4, R5, R6. Em seguida, o pé deve ser tracionado através de puxões e balanços, com a pessoa tratada sentada em uma cadeira fixa. 
       

    1. Aparelho digestivo

      Os pontos E21, E22, E23 e E24 devem ser pressionados por 3 segundos.

      Deve-se verificar o alinhamento da coluna dorsal, especialmente entre a quinta e a oitava vértebra dorsal. A manobra pode ser executada com a pessoa deitada em uma superfície firme estando de bruços durante o tratamento. 
       
       

                            É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 
       
       
       

    1. Aparelho respiratório

      Os pontos   IG20 e o   E2 devem ser pressionados delicadamente por 10 segundos, orientando a pessoa a permanecer relaxada e com respiração tranqüila. A desobstrução das narinas acontece quase de imediato. 

                                É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    1. Tosse

      Quando possível, as C6, C7, D1, D2 e D3 devem ser ajustadas.

      Uma aplicação de acupressura nos pontos VG14, R27, VC20, VC17, P9 e E36 ritmadas de 30 movimentos em um intervalo de 10 segundos em cada um dos pontos costuma dar resultados espetaculares.

      
     
     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
     
     

    CHOA KOK SUI – Miracles Through Pranic Healing (Milagres do “tratamento” prânico) – 1998. Ed. PENSAMENTO. 

    EDNÉA I.S.MARTINS e LUIZ.B.LEONELLI – A prática do Shiatsu – 2002. Ed. ROCA. 

    FRANK BAHAR – Akupressur (O livro de “tratamento” pela Acupressura) – 2004. Ed. NOVA ERA. 

    LYNE BOOTH – Reflexologia Vertical – 2000. Ed. PENSAMENTO. 

    RICHAR GERBER – Vibracional Medicine – New Choices for Healing Ourselves (Medicina Vibracional – Uma Medicina para o Futuro) – 1999. Ed. CULTRIX. 

    RICHARD GERBER – Vibracional Medicine for the 21st Century (Um Guia Prático de Medicina Vibracional). 2000. Ed. CULTRIX. 

    STEPHEN CO e ERIC B. ROBINS com JOHN MERRYMAN – Your Hands Can Heal You (Suas mãos podem “tratá-lo”) – 2002. Ed. PENSAMENTO. 
     

    Autor: : Seiiti Arata - Terapeuta Holístico – CRT 31513
    Última atualização: 13/05/2007 20:16


    NTSV — RT 001 Reflexoterapia — Boas Práticas em Auriculoterapia e Adequação de Material

    NTSV — RT 001
    Reflexoterapia — Boas Práticas em Auriculoterapia e Adequação de Material

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — RT 001
    Reflexoterapia — Boas Práticas em Auriculoterapia e Adequação de Material

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   A Auriculoterapia conta com grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais quanto à adequação do material utilizado, bem como a correta forma de descarte dos resíduos.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloReflexoterapia — Boas Práticas em Auriculoterapia e Adequação de Material

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação do material utilizado, bem como a correta forma de descarte dos resíduos e boas práticas quanto à técnica.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 REFLEXOTERAPEUTA — promove a avaliação do cliente por meio da análise de uma zona corpórea reflexológica (exemplos mais comuns, os pés, as mãos e as orelhas), por via táctil e visual e/ou por aparatos eletrônicos específicos. Cada zona observada corresponde reflexologicamente a uma região biopsíquica e o seu estudo possibilita a detecção de distúrbios energéticos, carências de determinadas elementos e tendências de somatização; de posse da análise, o reflexoterapeuta seleciona qual o melhor método terapêutico, tais como acupuntura, massoterapia, fitoterapia, dentre muitos outros, observando-se os progressos por meio de periódicas análises reflexológicas. Realiza a harmonização dos distúrbios energéticos e catalisa os processos de autoconhecimento promovendo estímulos reflexológicos por meio do toque ou da aplicação de agulhas, imãs e cores. Também podem ser consideradas formas de reflexologia a auriculoterapia, a iridologia, a acupuntura, e certas técnicas de massoterapia.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACUPUNTURA- técnica milenar que se utiliza de estímulos em pontos do corpo capazes de despertar recursos de harmonização psicofísica. Tradicionalmente são aplicadas agulhas para a estimulação, modernamente substituídas por estímulos luminosos (Cromopuntura e Laserterapia), Magnéticos (ímãs) ou sonoros (Audiopuntura), dentre outros.
    5.1.5 CROMOPUNTURA: variação da Cromoterapia, com a aplicação de luzes coloridas ou laser em pontos de Acupuntura, em substituição às agulhas.
    5.1.6 SOFTLASERTERAPIA: estímulos luminosos via laser (tipo especial de luz, monocromática e de grande coerência), quer como Cromoterapia, quer como um substituto às agulhas de Acupuntura (Cromopuntura).
    5.1.7 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.8 AURICULOTERAPIA: técnica de análise e tratamento reflexológico por meio de estímulos no pavilhão auricular. Tida erroneamente como uma variante da Acupuntura onde os estímulos são aplicados em pontos na orelha, na verdade é uma ciência mais próxima da Reflexologia. Muito popular devido ao seu alto grau de eficiência e segurança, possui variantes como a Calatonia Auricular onde a meta é o despertar maior da autoconsciência.
    5.1.9 CALATONIA: técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em TH.
    5.1.10 CALATONIA AURICULAR: técnica que associa os benefícios e recursos da Auriculoterapia com os da Calatonia.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    AURIC — Auriculoterapia;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Auriculoterapia aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 — A seleção dos pontos a serem estimulados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar os desequilíbrios energéticos dos meridianos, fazendo uso de:

    5.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação de pontos com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.2 — Pulsologia de Nogier (VAS — Sinal Autônomo Vascular) e/ou equipamentos de localização de pontos auriculares;
    5.3.3.3 — O TH deve fazer uso de seus conhecimentos técnicos para minimizar a quantidade de pontos a serem estimulados, jamais ultrapassando o limite de cinco por sessão.

    5.3.4 Agulhas de AURIC — adequação

    5.3.4.1 Opção 1: Aquisição de agulhas de AURIC DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, as agulhas serão doadas, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir agulhas ou não).

    5.3.4.1.1 Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.4.2 — As agulhas de AURIC adequadas são as DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, do tipo percevejo, com base circular de 3mm, com penetração máxima de 1,5 mm, fixadas aos pontos com fita microporo, a permanecerem na aurícula por prazo não superior a 15 dias.
    5.3.4.3 — Excepcionalmente pode-se fazer uso de agulhas de Acupuntura sistêmica 0,25 mm X 30 mm, DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, para estímulo durante a permanência do cliente na sessão, respeitando-se a penetração máxima de 1,5 mm nos pontos.

    5.3.5 — Descarte das Agulhas de AURIC

    5.3.5.1 As agulhas de AURIC obrigatoriamente serão sempre DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, e, mesmo cientes de que inexiste caso registrado de contaminação por este tipo de agulha (por ser maciça, não retem sangue), ainda assim terá tratamento semelhante aos resíduos infectantes perfurantes ou cortantes.
    5.3.5.2 As agulhas de AURIC serão descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante, os quais, após serem devidamente lacrados, deverão ser acondicionados em sacos plásticos individualizados, branco leitosos e identificados pela simbologia de substância infectante.

    5.3.5.2.1 Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.
    5.3.5.2.2 O armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final.
    5.3.5.2.3 Nos municípios onde existir coleta especializada gratuita, o TH deve se inscrever, apresentando para tanto cópia de CCM (Inscrição Municipal como autônomo) e do CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado.

    5.3.5.3 As agulhas de AURIC igualmente podem ser eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    5.3.6 Demais formas de estímulo terapêutico

    5.3.6.1 Softlaserterapia: limitada à potência de miliwats, aplicações inferiores a 60s por ponto;
    5.3.6.2 Cromopuntura: limitada à potência de saída de 3 wats, aplicações inferiores a 60s por ponto;
    5.3.6.3 Magnetos: ímãs, descartáveis e de uso único, de no máximo 3 mm, emborrachados, fixados aos pontos com fita microporo, respeitando-se a polaridade norte (sedação) ou sul (tonificação) para obtenção do efeito desejado;
    5.3.6.4 Esferas metálicas: neutras (aço) ou banhadas a ouro ou prata, descartáveis e de uso único, fixadas aos pontos com fita microporo, respeitando-se a polaridade prata (sedação), ouro (tonificação) ou aço (neutro) para obtenção do efeito desejado;
    5.3.6.5 Sementes: em geral, de mostarda, descartáveis e de uso único, fixadas aos pontos com fita microporo, devendo ser massageadas para obtenção do efeito desejado.
    5.3.6.6 Toque: massagear com os dedos ou bastonete não perfurante durante um a dois minutos diários em cada ponto selecionado ou na aurícula toda, vigorosamente, dedicando tempo maior às regiões mais sensíveis.
    5.3.6.7 Equipamentos de eletro-estimulação: serão objeto de NTSV específica.

    5.3.7 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.8 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 17:56


    FITOTERAPIA NA HOLOPUNTURA

     Trabalho de Conclusão de Curso

    Neuza Miranda e Silva Chammas

    Terapeuta Holística

    CRT 36999

    Curso de Fitoterapia

    Docente: Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico

    CRT 21001

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas

    CEA – Comunidade de Estudos Avançados

    Porangaba 2007-04-09

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    PORANGABA – 2007-04-09

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    CEA – COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM

    TERAPIA HOLÍSTICA

    DISCIPLINA – FITOTERAPIA

    ORIENTADOR: HENRIQUE VIEIRA FILHO

    CRT 21001 - TERAPEUTA HOLÍSTICO

    PORANGABA – 2007-04-09

    A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.” Nicolau Copérnico

    DEDICATÓRIA:

    Dedico este trabalho à minha mãezinha

    Carlota,

    minha primeira mestra em

    Terapia Holística.

    PORANGABA – 2007-04-09

    AGRADECIMENTOS

    À MINHA FAMÍLIA

    Georges

    Ana Carla

    Daniela

    Georges Jr

    Marcos Reskalla

    e

    Adilah

    Pela presença constante de cada um deles em minha caminhada.

    AO SINTE

    -Pela preocupação em oferecer o melhor aos Terapeutas Holísticos.

    A HENRIQUE VIEIRA FILHO

    -Pelo seu otimismo, arrojo e coragem de levar adiante um projeto tão nobre e, por despertar nos TH a consciência de um trabalho com ética, dignidade e responsabilidade.

    PORANGABA – 2007-04-09

    SUMÁRIO:

    01 – Resumo.......................................................................................................08

    02 – Introdução...................................................................................................13

    03 – Material e Metodologia................................................................................16

    04 – Resultados...................................................................................................22

    05 – Discussão....................................................................................................28

    06 – Conclusões..................................................................................................30

    07 - Referências Bibliográficas............................................................................32

    08 – Anexos e Apêndices....................................................................................33

    8.1. NTSV – FT 001............................................................................................33

    8.2. A Fitoterapia na História do Brasil................................................................38

    8.3 Listagem atualizada dos Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos................................................................................................................40

    RESUMO

    Este trabalho apresenta um estudo sobre Fitoterapia no atendimento aos meus clientes cotidianos, em meu próprio Espaço de Terapia Holística, sito à Rua Professor Antonio Freire de Souza, nº 231, em Porangaba, SP.

    Iniciei os ensaios de aplicação da Fitoterapia aliada às Técnicas da Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal Manipulativa, logo após o início do curso em junho de 2006 e as intensifiquei logo depois da aula prática, ocorrida no dia 10 de setembro de 2006, durante a realização do Congresso Holístico promovido pelo SINTE.

    O desenvolvimento dos estudos fundamentou-se nas aulas ministradas pelo docente, Terapeuta Holístico Henrique Vieira Filho, no Curso de Fitoterapia, oferecido pela Comunidade de Estudos Avançados, aos TH associados ao SINTE, bem como no embasamento teórico e prático, adquirido no ano anterior, no Curso de Holopuntura e, em leituras complementares, especialmente em obras contidas na bibliografia apresentada e sugerida pelo docente.

    As técnicas começaram a fazer parte de minha vida como Terapeuta Holística e todos os meus clientes se beneficiaram com ela.

    Três clientes especiais foram escolhidos para terem os atendimentos relatados semanalmente, do final do mês de outubro de 2006 ao final de fevereiro de 2007, com o objetivo de recolher subsídios a trabalhos posteriores.

    Estes atendimentos serviram de base para avaliação do meu trabalho, através da supervisão do docente HVF.

    Estando eu dedicando-me à Terapia Corporal Manipulativa há mais de cinco anos, vi nos novos conhecimentos e nas técnicas da Holopuntura uma excelente oportunidade de obter melhores resultados em meu trabalho. Percebi que, especialmente na Avaliação dos Pontos de Alarme, havia uma proximidade muito grande com o que eu já praticava.

    Com o auxílio da Fitoterapia meu trabalho foi ganhando um diferencial muito importante, uma vez que o cliente poderia dar continuidade ao tratamento durante a semana, depois que eu concluísse meu atendimento naquele dia.

    Fui associando a Fitoterapia e a Holopuntura, através da Avaliação dos Pontos de Alarme, à Terapia Corporal Manipulativa, seja ela relaxante ou estimulante.

    Observei que em qualquer outra modalidade de Terapia Corporal, torna-se perfeitamente viável a utilização da Fitoterapia aliada à Holopuntura em benefício do cliente, quando se busca o equilíbrio e melhor qualidade de vida e, principalmente, quando nossa meta é a harmonização corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma.

    Também vi na Pulsologia de Nogier um importante instrumento de avaliação do momento vivenciado por cada um de meus clientes, através da análise da reação de seus pulsos diante de estímulos diferentes.

    Pude perceber como é diferente a reação do Pulso das pessoas aos estímulos feitos com os Fitoterápicos, antes e depois das manobras de uma TC relaxante ou de outra estimulante.

    De modo prático e objetivo, estudamos e aplicamos a Fitoterapia sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade.

    As incríveis “coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como fitoterápico tornou o aprendizado lúdico e prático.

    Focando em uma pequena variedade de plantas, todas de venda livre e facilmente encontradas na natureza e nas casas do ramo, esta abordagem utiliza a Teoria dos Cinco Movimentos Chineses, bem como da Pulsologia de Nogier (orelhas, pés e mãos) e a dos Pontos de Alarme dos Meridianos para a correta seleção de fitoterápicos para cada momento de nossos clientes.

    É isso que relatarei em meu Trabalho de Conclusão de Curso.

    Ele foi elaborado com muito amor, mas com simplicidade, pois a arte da qualidade de vida é algo que nasceu da simplicidade de povos que viviam em contato com as plantas, com o simples, mas puro e belo.

    Nada nele é utópico ou impossível de ser praticado por qualquer pessoa que tenha os conhecimentos necessários a respeito de técnicas de Terapia Corporal e que venha a conhecer a Holopuntura e a Fitoterapia.

    O conhecimento de cada uma das plantas e sua utilidade de acordo com o ponto de vista dos CMC é de suma importância ao TH. Esse embasamento teórico foi oferecido aos discentes durante o curso de Fitoterapia.

    Estas são as cinco plantas que constituem a Fitoteca Essencial:

    Cavalinha – Harmoniza

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Alecrim – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Metal;

    Lavanda – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Terra e Metal;

    Calêndula – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Terra;

    Tomilho – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Metal;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Terra.

    Em nossa Fitoteca Ampliada encontramos outras opções de plantas:

    Angélica – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Artemísia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Bardana – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Terra e Metal;

    Camomila – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Terra;

    Coentro – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Dente-de-Leão: Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água e Madeira;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Hortelã – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Limão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    Malva – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Manjericão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Manjerona – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Melissa – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira, Fogo e Terra;

    Milefólio – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Orégano – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Passiflora – harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água, Madeira e Fogo;

    Sálvia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Tanchagem – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal.

    INTRODUÇÃO

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério.

    As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas.

    Os antigos povos observavam as características de personalidade de cada planta e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos.

    Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais.

    Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a, então, dentro dos Cinco Movimentos Chineses e especificando para que cada uma delas servia.

    Nesta nova maneira de utilizar as plantas como recursos terapêuticos naturais, ao invés de nos atermos a tabelas de correlação entre sintomas e plantas, esta abordagem propõe quintessenciar a adequação a cada caso, passando as plantas a serem selecionadas com o auxílio da Pulsologia de Nogier e/ou a reação ao toque nos Pontos de Alarme, mediante aproximação de amostras dos fitoterápicos.

    Este método tem se mostrado imbatível na prática de consultório. Como ninguém é exatamente igual a outro, não é adequada a escolha das ervas baseando-se apenas nas estatísticas sobre a utilidade de cada uma delas.

    Segundo diversas culturas milenares, as ervas são símbolos de tudo o que é harmonizaste e vivificante, restauram a saúde, a virilidade, a fecundidade, o parto e a riqueza.

    Foram os deuses quem descobriram suas propriedades terapêuticas, o que ilustra a crença universal que o equilíbrio só pode vir de uma dádiva divina, como tudo o que é ligado à vida.

    Para os cristãos, as ervas deviam a sua eficácia por terem sido encontradas pela primeira vez no monte do Calvário.

    A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam, também, as forças ígneas da terra. Enquanto manifestação de vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadoras de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica.

    Por acumularem estas forças, os antigos sempre viram nos vegetais propriedades saudáveis ou venenosas, daí o seu emprego também na magia. Quase todas as divindades femininas grego-romanas protegem a vegetação: Deméter (deusa das alternâncias entre a vida e a morte, bem como das terras cultivadas), Afrodite (Vênus, deusa da fecundidade), Ártemis (Diana, selvagem deusa da natureza), além de algumas entidades masculinas como Ares (Marte, que simboliza a força bruta, é, também, protetor das colheitas, um dos deveres do guerreiro) e Dioniso (Baco, símbolo das forças de dissolução da personalidade, deus da fecundidade, da vegetação, das vinhas).

    No sincretismo afro-brasileiro, Ossâim é o responsável pelas ervas terapêuticas e sagradas, sendo seus iniciados conhecedores de suas serventias, bem como das palavras ritualísticas necessárias para libertar o axé (poder potencial) de cada planta.

    Aqueles que trabalhavam com as ervas em quase todas as culturas viam as plantas como símbolos vivos de entidades invisíveis, tais como deuses, elementais e espíritos, os quais deveriam ser evocados ou aplacados com o uso de palavras mágicas ou sacrifícios.

    O respeito à natureza os levava a não cultivar suas ervas, mas sim ir ao encontro das que nasceram espontaneamente na mata.

    Ainda hoje, os adeptos de Ossâim (orixá do sincretismo afro-brasileiro) costumam deixar uma vela verde, em troca do que retirarem, ou uma das folhas colhidas, para manter inalterado o equilíbrio do local.

    O uso terapêutico das plantas é anterior à humanidade, pois os animais, instintivamente, sabem quais e quanto das ervas devem comer para melhorarem de seus distúrbios.

    O ser humano, cada vez mais isolado da Natureza, foi perdendo esta capacidade de percepção. Mas, em algumas culturas, como as orientais e a indígena, mantiveram-se as tradições da utilidade atribuída a cada planta, muitas vezes transmitidas oralmente por milênios, havendo, ainda, tratados escritos em civilizações mais sofisticadas, como era o caso da chinesa e da egípcia.

    Os antigos Terapeutas Holísticos não cultivavam suas plantas terapêuticas, pois sabiam que se o vegetal espontaneamente escolhesse seu local de nascimento é porque aquele solo é o ideal, capaz de proporcionar-lhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeito terapêutico.

    Na China Milenar, um dos critérios de avaliação da serventia de uma planta era a observação de seus sabores, cores, formatos, época de floração e de suas características de "personalidade".

    Analisemos uma planta por critérios subjetivos: o Dente-de-Leão vem conseguindo se desenvolver espontaneamente nas grandes cidades como São Paulo, apesar da poluição e das condições nada naturais deste ambiente. Nem por isso a planta deixou de participar da harmonia da Natureza, sendo, pois, indicada para toda pessoa que esteja "estressada", com dificuldades de sobrevivência, esgotada e intoxicada, a qual poderá, literalmente, "beber" da sabedoria deste vegetal e sobreviver nesta "selva de pedra".

    METODOLOGIA E MATERIAL

    A Fitoterapia sempre esteve presente em minha vida!

    Filha de pais provenientes da roça e com poucos recursos financeiros para a busca de médicos e de remédios “de farmácia”, nossa cura em situações mais corriqueiras sempre foi providenciada pelo que dispúnhamos no quintal ou nos matos dos arredores de casa. É claro que muitas vezes precisamos dos médicos e dos remédios. Mamãe nunca foi negligente.

    Muitas e muitas vezes os chazinhos constituíam nossos refrescos em dias de calor e nossos aquecedores nos dias e noites gélidos de inverno.

    Tomávamos chá de marcelinha para dor de barriga... Erva de Santa Maria para vermes... Capim cidreira para os nervos... Hortelã para tosse... Erva doce para barriga estufada... Mentruz... Mentrasto... Flor de mamoeiro... Flor de laranjeira... Folha de abacateiro para inchaço nas pernas... Poejo para criança enlombrigada... Alface para insônia... Sabugueiro para botar o sarampo para fora... Arruda para recaída de dieta das mulheres que pariram...

    A lista era enorme! Para tudo mamãe tinha um chazinho abençoado.

    Garrafadas... Mamãe fazia para mulheres com recaída de dietas... Para crianças que tiveram sarampo... Até para os que sofriam de “ataques’”.

    Ela benzia crianças com “quebranto” e adultos com “cobreiro”...

    Dona Carlota era muito querida e muito procurada!

    A qualquer hora em que batessem à sua porta ela estava pronta para ajudar o pobre sofredor!

    Tinha ela dois livros enormes, cheios de figuras coloridas de plantas, verduras, legumes e frutas que me encantavam!

    COME PARA CURAR-TE” e “BEBE PARA CURAR-TE” eram os títulos!

    Passei minha infância e juventude folheando e lendo aquelas maravilhas! Não sei dizer quem eram os autores e nem do paradeiro deles, mas gostaria muito de reavê-los.

    Não foi por acaso que depois de vinte e oito anos de dedicação ao magistério me vi fortemente atraída por algo que já estava em minha vida desde a infância.

    Ao me envolver com a Holopuntura percebi que era uma técnica que estava à disposição de outras modalidades holísticas e a serviço do bem estar de pessoas, tendo como premissa central a possibilidade de aplicação de estímulos em micro regiões (pontos) e com isso obter reações globais, despertando os próprios recursos naturais de auto-harmonização. Desta forma vi a possibilidade de usar a Fitoterapia em conjunto com a Holopuntura.

    Desde o início do Curso de Holopuntura, em junho de 2005, o que mais me empolgou, na técnica, foi a utilização dos Pontos de Alarme, pois eu já tinha familiaridade com eles.

    Ao iniciar o Curso de Fitoterapia constatei que na verdade eu estaria, com ele, ampliando minhas possibilidades de trabalho com os clientes, de uma forma mais eficiente, pois o “novo” dava a possibilidade do cliente continuar equilibrando-se “em casa”, usando os fitoterápicos como um complemento ao tratamento por mim desenvolvido em um pouco mais de uma hora de atendimento.

    No mês de outubro iniciei o atendimento supervisionado a três clientes muito especiais, utilizando os conhecimentos que estava recebendo através do curso. Eles já eram meus clientes em Terapia Corporal, Cromoterapia, Reflexoterapia Podal e Reiki.

    Vi a possibilidade de associar a Fitoterapia como aliada da Holopuntura às minhas técnicas e passei a utilizá-las, dessa forma, com todos os meus clientes, mas escolhendo três para serem meus instrumentos de avaliação através da supervisão de relatórios que deveriam ser encaminhados semanalmente ao docente Henrique Vieira Filho.

    Esses três clientes vivem momentos e situações emocionais totalmente diferentes, cada qual com seu desafio, trazem um baú de bagagem, composta de conflitos, medos, inseguranças e muitos outros sentimentos, bons e ruins.

    Posso descrever desta forma meus clientes especiais:

    Cliente nº. 1 – Mulher, 48 anos, professora readaptada por incompatibilidade profissional, com uma história de vida marcada por muitas discriminações dentro da própria família; uma juventude marcada pela rebeldia e por uma grande frustração amorosa; um passado recente com envolvimentos em drogas e várias crises depressivas; internação em clínica de recuperação de dependentes químicos; grande preocupação com a obesidade, tem mania compulsiva por limpeza e sente-se mal casada, mas não tem coragem de assumir uma separação; recentemente sofreu muito a perda do pai e no momento vive preocupada com o futuro do filho que tem 18 anos. Apresenta vários problemas de saúde física.

    Cliente nº. 2 – Mulher, 57 anos, nível sócio econômico elevado, pessoa com trato social super-refinado; culturalmente uma pessoa muito sofisticada, vive um casamento muito bem estruturado. Emocionalmente trata-se de uma pessoa com uma carga muito pesada de rancores e mágoas trazidas desde a infância; não se relaciona bem com familiares e tem diferenças marcantes com a única filha. Crítica e dominadora, inflexível consigo mesma e com os outros vive crises de afastamento das pessoas e de tristeza porque as pessoas também se afastam dela.

    As duas clientes recebem atendimento médico e trazem um diagnóstico de órgãos afetados, disfunções glandulares e fisiológicas, fazendo uso de medicamentos de uso contínuo.

    Cliente nº. 3 – Mulher, 45 anos, com uma história de vida de muito trabalho ao lado do marido; há dois anos vem sofrendo terrivelmente por conta de um adultério cometido pelo marido e isso gerou muitos problemas emocionais, dores de cabeça e outros sintomas físicos, Não procura acompanhamento médico. Viveu uma fase de busca de uma melhor auto-estima através de cirurgias plásticas, freqüência em academia e por último veio em minha procura. Não utiliza medicamentos rotineiramente.

    Os três foram esclarecidos sobre as várias técnicas de Terapia Holística que utilizo e a respeito dos benefícios que elas podem proporcionar.

    Às duas que estão sendo acompanhadas pelo médico pedi que continuassem a seguir rigorosamente todas as suas orientações e que nada fosse alterado em suas rotinas, sem o parecer do profissional que as acompanha.

    Uma das clientes já vem recebendo a Terapia Corporal há muito tempo com conta de um sério problema na coluna vertebral; uma delas iniciou o tratamento buscando a Drenagem Linfática logo após uma de suas cirurgias e continuou a vir quando percebeu que suas dores de cabeça e a TPM não a incomodavam mais. A outra veio após a leitura de um artigo que escrevi no jornal periódico da cidade e de uma conversa a respeito dos benefícios que ela poderia desfrutar na TH.

    Todas elas procuraram a TH por vontade própria, depois que tomaram conhecimento a melhoria da qualidade de vida e o afastamento dos desconfortos vividos no cotidiano que a TC poderia oferecer.

    Duas delas vieram pensando na Terapia Corporal e até utilizando termo inadequado para nomear o que desejavam, pois viviam com constantes desconfortos musculares e articulares, tensões, inchaços nas pernas, celulite, etc.

    Na verdade também sofriam com dores de cabeça, problemas de pele, queimação no estômago, etc. e buscavam soluções e alívio para algo que os incomodava muito, mas que não sabiam tratar-se de desequilíbrios provocados por emoções negativas que foram acomodando-se em seus músculos, articulações e outras partes do corpo como carapaças protetoras, como escudos, com os quais poderiam se defender, caso as situações voltassem a atacá-los.

    Iniciei o trabalho com as três usando a TC Relaxante e obtive melhoras significativas, mas quando comecei a utilizar as Técnicas da Holopuntura, auxiliada pela Fitoterapia, associadas ao que já vinha desenvolvendo com eles, as mudanças tornaram-se brilhantes aos olhos...

    Passei a fazer, antes de tudo, a Avaliação dos Pontos de Alarme ou então aplicando a Pulsologia de Nogier para ter um ponto de partida na avaliação do momento de cada uma de minhas clientes.

    Tendo a resposta do corpo, dizendo-me o que estava desequilibrado energeticamente, segundo os Cinco Movimentos Chineses, poderia partir para o teste de adequação dos Fitoterápicos, que eram escolhidos mediante as informações recebidas nas aulas do curso.

    A escolha dos Fitoterápicos para o teste de adequação normalmente era feita tendo como base:

    1º.- a nossa Fitoteca Essencial, composta de cinco Fitoterápicos Básicos, cada um deles específico para desequilíbrios YIN e YANG de cada um dos Cinco Movimentos Chineses, a saber: Madeira – Alecrim, Fogo – Lavanda, Terra – Calêndula, Metal – Tomilho, Água – Cavalinha.

    2º.- a nossa Fitoteca Ampliada onde encontramos mais opções de escolhas de ervas que servirão, algumas para desequilíbrios YIN e outras para desequilíbrios YANG.

    O teste de adequação consiste em escolher as plantas que o TH julga adequadas e através de técnicas específicas verificar quais delas são realmente adequadas para aquele exato momento do cliente.

    Este poderá ser feito nos Pontos de Alarme, se a busca do desequilíbrio se baseou na avaliação deles. Neste caso as plantas selecionadas são colocadas, uma a uma, em contato com a mão do cliente e o ponto sensível ao toque novamente é pressionado. A baixa da sensibilidade nos revelará qual a mais adequada para o momento que estamos tratando.

    Se estivermos utilizando a Pulsologia de Nogier, após avaliarmos as regiões reflexológicas (nas orelhas, mãos ou pés) e detectarmos o local que apresentou-se em desequilíbrio, procederemos da mesma forma: podemos colocar, com ajuda de uma pinça, um pontinho de cada planta, uma de cada vez, no local e avaliar o Sinal de Nogier, como reação ao efeito delas.

    Meu trabalho com minhas três clientes consistiu nessas técnicas, sempre complementadas com Terapia Corporal ou com banhos terapêuticos preparados sempre com o Fitoterápico adequado para aquele momento que a cliente vivenciava.

    Nas três clientes os fitoterápicos e minhas próprias mãos foram sempre meus principais instrumentos de estimulação e energização dos locais correspondentes aos meridianos em desequilíbrio.

    Utilizei óleos essenciais, a planta fresca colhida em minha própria horta, cremes e óleos vegetais orgânicos de boa procedência.

    Fazendo uso do BRT recomendei o chá adequado para cada momento delas e orientei-as sobre como preparar e tomar cada um deles.

    Todos os atendimentos a esses clientes foram relatados de forma minuciosa, inclusive com os diálogos estabelecidos no momento da terapia, foram postados no site do SINTE e colocados à disposição, para avaliação e posterior orientação. do nosso orientador/supervisor/docente/TH, Henrique Vieira Filho

    O Aconselhamento, como forma de interação cliente/terapeuta, levando o cliente ao auto conhecimento e a mudança em várias áreas (comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida, além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões) fez parte do processo terapêutico,

    Vi nesta técnica a possibilidade de estabelecimento de um vínculo muito mais forte na relação terapeuta/cliente e vice-versa, além da possibilidade do “extrapolar” das emoções, que normalmente ocorre no decorrer do atendimento.

    Com o aconselhamento obtive momentos muito emocionantes durante os processos terapêuticos, explosão de sentimentos muito fortes guardados pelas clientes.

    Durante todo o tempo em que venho trabalhando como Terapeuta Holística fui integrando ao processo de Terapia Corporal Manipulativa a Reflexoterapia Podal, que considero uma técnica que permite o acesso aos planos físico e espiritual do ser; um meio de prevenção dos desequilíbrios e do reconhecimento precoce dos mesmos. Hoje, após o Curso de Fitoterapia, posso, seguramente, aplicar as ervas, também nos pés dos meus clientes com a certeza de que o efeito será sempre benéfico.

    Ela não apresenta efeitos colaterais e serve-se como excelente técnica quando o cliente chega até nós manifestando timidez ou sentindo-se desconfortável, pelo simples fato de ser tocada.

    Quando você segura os pés de alguém, está segurando a alma dessa pessoa”.

    Com o mapeamento dos pés segundo os Cinco Movimentos Chineses todo o processo de terapia através das zonas reflexológicas podais ganhou um novo sentido, uma nova visão, na hora de exercer as pressões e descobrir desequilíbrios que atingem desastrosamente a harmonia do ser como um todo.

    Com a Pulsologia de Nogier, técnica prática e de fácil aprendizado, aplicada à Fitoterapia, podemos definir os estímulos/vegetais mais adequados para o momento especial do cliente, tomando o pulso e verificando como ele reage a este ou aquele, e decidir sobre qual usar, a fim de obter melhores resultados em matéria de harmonização.

    Basta testar cada opção que deseja aplicar, por sobre cada ponto localizado no percurso dos meridianos selecionados com em desequilíbrio e verificar qual deles faz com que o Sinal de Nogier seja mais nítido, limpo, forte, seja pelos trancos ou pelas sumidas.

    .

    Enfim, a Fitoterapia associada à Holopuntura permite, de várias maneiras, cuidar de gente, isto é, seres onde o TODO deve estar em uníssono com o UNIVERSO, pois que ele mesmo é um Universo em Miniatura.

    RESULTADOS

    Em todas elas pude notar aspectos emocionais muito fortes provocando os desequilíbrios, bloqueando a energia e gerando problemas sérios a serem resolvidos.

    A cliente nº.1 apresenta sinais de enraizamento profundo de suas emoções negativas; sempre conviveu com a baixa auto-estima; sempre se sentiu o patinho feio da casa; sempre foi tratada como a ovelha negra da família. Foi discriminada por colegas e professores, que a chamavam de “louca”. Perdeu o maior amor de sua vida por causa da sogra que não permitiu que o filho continuasse o namoro...

    Necessita de acompanhamento terapêutico constante, pois volta a se desequilibrar com muita facilidade. Apresenta muitos altos e baixos emocionais e isso denota que está muito insegura emocionalmente. Apresenta a fala enrolada e apressada, gagueja muito, apresenta salivação excessiva e sua saliva costuma acumular em forma de espuma nos cantos da boca. Tem um problema nasal que faz que tenha constantemente secreções secas grudadas nas bordas das narinas. Isso a constrange muito e ela vive com o nariz avermelhado, e até ferido, de tanto fazer a higiene do mesmo. Tem complexo do cabelo, da gordura, do marido, de tudo. Sente-se muito infeliz. Vez ou outra ainda extrapola na bebida e depois fica com remorsos. Sente-se vitoriosa apenas no que diz respeito ao filho, que realmente é uma preciosidade nos dias de hoje.

    Não vi nesta cliente resultados totalmente satisfatórios, mas só o fato de ela ter comparecido direitinho às seções de terapia foi ponto muito positivo visto que nunca tinha conseguido ir às seções da psicóloga por três vezes consecutivas.

    Outro ponto positivo foi o de que normalmente ela chegava num estado de humor considerado como ruim, mas ao sair ia toda feliz para casa como se nada tivesse ocorrido antes de vir para cá.

    Ela continuará a terapia.

    A Cliente nº 2 é o típico caso de pessoa que se acha super equilibrada; é a dona da verdade, orgulhosa, prepotente e crítica; apresenta até uma tendência a humilhar as pessoas, principalmente em se tratando de subalternos. Tem seu lado bom e amoroso, mas parece querer sufocá-lo com gestos e atitudes que denotam frieza de sentimentos... Rejeita os presentes que lhe dão se eles não são do seu agrado ou se julga não estarem á sua altura... Despreza as pessoas de uma forma muito vil se estas a contrariam em suas vontades, inclusive a própria filha. Não admite ser contrariada e não cede em suas exigências. Sente-se uma pessoa superior tanto financeiramente como culturalmente. Em cinco anos em que viveu na cidade estabeleceu vínculo de amizade com apenas três pessoas e mesmo assim ainda fazia duras críticas ao comportamento delas. Ninguém a conhecia! Seu relacionamento com as pessoas se limitava ao encontro semanal para as aulas de yoga, conversas ali e nada mais. Saiu do espaço... Não a conheço!

    Consegui ver algumas mudanças em seu comportamento porque a questionei seriamente a respeito de algumas coisas, principalmente no que diz respeito aos ressentimentos em relação à mãe e na disputa que trava constantemente com a filha.

    A cliente mudou para muito longe daqui e não pudemos dar continuidade ao tratamento.

    A cliente nº. 3 chegou até mim numa fase muito difícil de sua vida.

    Estava sentindo-se ferida moralmente com a traição cometida pelo marido, humilhada por ter sido trocada por uma pessoa de baixo nível e de uma feiúra notável! Sentia-se afrontada!!! Não aceitava a atitude de desrespeito do marido para com ela... Ela foi a companheira por trinta anos... A batalhadora... Esteve sempre ao lado dele e de repente é troca por uma porcaria! Começou a sentir fortes dores de cabeça e no corpo todo... Nunca tinha sido mal humorada e agora vivia assim um dia sim e o outro também... Tinha insônias, enjôos, dores de estômago, diarréias, etc... Começou a sentir fome exagerada... Engordou muito! Entrou em pânico! Procurou um cirurgião plástico e fez várias cirurgias, uma depois da outra...Veio me procurar para fazer drenagem linfática após a cirurgia da barriga... Não parou mais.

    Passou por muitas mudanças positivas; começou a ver a vida e as pessoas de uma outra forma. Começou a se auto valorizar não apenas fisicamente, mas como um ser humano com dignidade e valores interiores muito nobres. Ela continua em processo terapêutico.

    Avaliando os resultados dos desequilíbrios, de forma quantitativa, neste período de atendimento para a supervisão cheguei ao seguinte quadro:

    Cliente nº. 1 –

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    2 vezes

    Madeira

    4 vezes

    C

    nenhuma

    ID

    nenhuma

    TA

    1 vez

    CS

    1 vez

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    2 vezes

    Terra

    4 vezes

    P

    4 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    5 vezes

    R

    nenhuma

    B

    3 vezes

    Água

    3 vezes

    Como se pode ver, foi no movimento Metal que ocorreu a maior incidência de desequilíbrios energéticos nesta cliente, mas é preciso considerar que em Madeira e Terra quase houve empate com Metal.

    Avaliando as emoções relacionadas com esses três movimentos em desequilíbrio, podemos constatar que RS apresenta desequilíbrios generalizados, mas nenhum deles chega a ser exagerado.

    O Movimento Fogo manteve-se equilibrado, na maioria das vezes, e isso freou tanto a apatia quanto a euforia das emoções relacionadas com os outros movimentos.

    Uma grande incidência de desequilíbrios ocorreu no Movimento Madeira, onde as emoções negativas são: raiva, irritação, impaciência, além de outras relacionadas.

    Outra incidência significativa ocorreu no Movimento Terra, onde as emoções negativas são: crítica, preocupação e suspeita.

    O que caracteriza o comportamento da cliente realmente são as emoções relacionadas com o movimento Metal: melancolia, tristeza, depressão, sensação de que a vida não vale a pena, sentimento de amor impossível, nostalgia e desânimo: é por aí que os pulmões são feridos. A respiração se torna ineficiente, a troca com o meio exterior é ruim, não desintoxicamos nosso organismo e nem renovamos a carga de oxigênio.

    Em todos os desequilíbrios detectados durante este período de supervisão a cliente foi orientada sobre a utilização dos chás fitoterápicos como forma de harmonizar seus estados emocionais e manutenção de sua qualidade de vida.

    Os resultados foram sempre positivos e ela sempre relatou sobre a melhora que sentia após a ingestão dos mesmos.

    Cliente nº. 2

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    nenhuma

    Madeira

    2 vezes

    C

    2 vezes

    ID

    nenhuma

    TA

    Nenhuma

    CS

    Nenhuma

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    1 vez

    Terra

    3 vezes

    P

    6 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    7 vezes

    R

    3 vezes

    B

    1 vez

    Água

    4 vezes

    Foi gritante a incidência de desequilíbrios no Movimento Metal.

    Apesar de todas as manifestações da cliente de sua prepotência, de sua auto-suficiência, de sua ação dominadora, de sua capacidade de liderança, o quadro mostra que YRCA é uma pessoa com muitos medos e receios, dado o número de desequilíbrios no movimento Água; ao mesmo tempo carrega em seu coração uma carga muito grande de tristeza que pode ser gerada pelo desgaste que ela se auto-aplica por conta de suas mágoas (águas ruins), seus rancores e ressentimentos. Quer amar as pessoas, mas as mágoas são muito grandes... Quer perdoá-las, mas o orgulho não permite que aja assim. Quer se reconciliar com as pessoas que fazem parte de sua história de vida, mas sente medo e desconfia que essas pessoas querem se aproximar dela por mero interesse. Sendo muito apegada aos bens materiais acha que as pessoas aproximam-se dela com o objetivo de tirar vantagens.

    Esses sentimentos estão instalando-se e ela começa a somatizar essas emoções negativas em seu corpo físico.

    Mas é Metal que se encontra mais desequilibrado...

    A cliente mostra-se altiva, mas em suas palavras percebe-se a melancolia, a tristeza, e uma tendência a isolar-se das outras pessoas, fechando-se no seu mundinho pessoal. Está sempre envolto em leituras, artesanato, filmes, arrumação de gavetas, reforma de roupas... Não gosta de se relacionar com outras pessoas.

    As emoções relacionadas com o Movimento Metal são fortes em sua vida, mas ela procura disfarçá-las ou escondê-las através de comportamentos excêntricos.

    De uma maneira geral ela preocupa-se muito com a saúde física e mental.

    Procura os médicos e faz muitos exames com muita freqüência; freqüenta academia, fazendo musculação, curte a natureza, as plantas, as flores, os pássaros e os animais em geral.

    Para YRCA, tomar chá é muito chique e ela fez do ato um momento sofisticado em sua vida.

    Cliente nº. 3

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    1 vez

    VB

    2 vezes

    Madeira

    3 vezes

    C

    3 vezes

    ID

    3 vezes

    Fogo

    -

    TA

    1 vez

    CS

    2 vezes

    Fogo

    9 vezes

    E

    1 vez

    BP

    1 vez

    Terra

    2 vezes

    P

    3 vezes

    IG

    Nenhuma

    Metal

    3 vezes

    R

    nenhuma

    B

    1 vez

    Água

    1 vez

    O movimento Fogo dominou toda a ação e as emoções de SRGM e sofreu a ação de suas emoções.

    O que afeta os processos de Fogo é o excesso de prazeres e alegria, ou, ao contrário, a privação deles.

    A cliente vivenciou situações extremas de excitação e de melancolia. Teve dias em que chegou eufórica de alegria, outros em que veio sentindo raiva, outros chegou com dor de cabeça e muito irritada.

    Apresenta tendência ao cansaço físico e esteve sempre às voltas com dores musculares e articulares.

    Seu estado de humor normalmente apresentou-se bom, apesar das tristezas que apresentou em algumas ocasiões. Também manifestou revolta e esteve com a auto-estima em baixa. É uma pessoa capaz de sair de um “baixo astral” com a mesma rapidez com que entrou, ou então, estar bem e, de repente, sentir-se muito triste. Tem um coração capaz de perdoar e isso favorece seu bom relacionamento com as pessoas em geral e especialmente com a família.

    Relatou que a experiência com os chás foi muito boa e que notou mudanças em vários aspectos de sua vida após a introdução deles.

    Lado a lado com o tratamento Fitoterápico, via chás, elas sempre receberam a Terapia Corporal, na maioria das vezes Relaxante e, nessas oportunidades eu já trabalhava percursos de meridianos em desequilíbrio, buscando pontos doloridos e aplicando estímulos com a planta selecionada como adequada para aquele momento específico de cada uma delas.

    Todas elas desenvolveram o hábito de tomar seus chazinhos.

    Comparativamente às correntes teóricas que se baseiam em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a fitoterápicos, a escolha pela Pulsologia e Pontos de Alarme mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da autoconsciência.

    Do ponto de vista legal, esta abordagem da Fitoterapia igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com as plantas em formato absolutamente diferente da abordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    DISCUSSÃO

    Os trabalhos realizados com a Fitoterapia, aliada à Holopuntura e a Terapia Corporal permitiram que meus clientes entrassem em contato com os medos, traumas e os outros sentimentos que desconheciam serem tão fortes em si mesmos.

    O estímulo fitoterápico em pontos e regiões correspondentes aos bloqueios trouxe uma resposta emocional que lhes permitiu o auto-conhecimento necessário à estruturação de seus desejos.

    Duas delas vieram com baixa auto-estima, com uma grande carência afetiva e com sentimentos negativos corroendo o corpo, a mente e a alma, enquanto uma delas, muito senhora de si, não tinha consciência da bagagem negativa que carregava em seu íntimo.

    A manipulação corporal lhes proporcionou bem estar, sensação de segurança e alívio geral, como se algo tivesse sido arrancado de suas entranhas, libertando-os de correntes que sufocavam.

    A avaliação dos desequilíbrios através da análise dos Pontos de Alarme possibilitou ao TH tomar conhecimento das emoções que bloqueavam as energias e traçar um caminho em direção ao equilíbrio.

    Através da Pulsologia de Nogier também foi possível ter uma visão do que se passava no interior de cada uma delas, associando as emoções regidas por cada um dos Cinco Movimentos Chineses aos desequilíbrios apresentados, como se as olhasse através de um aparelho capaz de mostrá-las em suas intimidades.

    Percebi em meus clientes, e cheguei à conclusão de que nós adultos temos bloqueios nos canais da alegria, geramos insatisfações e amarguras, cultivamos a descrença e os medos, como conseqüência de um processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de “expressão e de manifestação” foi podada pelos adultos que nos orientaram, pelos padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por muitas cobranças e pelo constante apontar de defeitos e falhas.

    Se havia imperfeição simplesmente ela existia porque estávamos em fase de aprendizado e formação, mas não porque estávamos predestinados a ser pequenos e ínfimos.

    É assim que muitos adultos se sentem, gerando bloqueios nos meridianos e desequilíbrios nos movimentos diversos do ciclo natural da vida.

    Uma das causas que podem tê-los conduzido a esse estado de desarmonia, provavelmente seja o fato que não terem tido a oportunidade de traçarem por si mesmos seus destinos, e caminharem sozinhos, experimentando as alegrias e as tristezas da própria escolha.

    Com este Método de Trabalho Terapêutico com os Fitoterápicos o próprio corpo determinará que plantas são as mais adequadas para um momento especial de cada cliente; não precisamos decorar listas de plantas “boas para isto ou para aquilo” como fazia minha mãezinha...

    Caberá ao TH única e exclusivamente buscar onde está o problema e perguntar ao corpo o que ele necessita naquele momento para solucioná-lo.

    Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

    CONCLUSÃO

    No decorrer do curso e, principalmente neste período de prática supervisionada pude perceber o quanto a Fitoterapia aliada à Holopuntura permite ao Terapeuta Holístico ajudar aos seus clientes a se verem como realmente são e nomear seus sentimentos; a dar um mergulho dentro de si mesmo e retornar renovados e conscientes das sombras do seu interior.

    Com a Fitoterapia aliada à Holopuntura o terapeuta Holístico tem oportunidade de caminhar na direção certa, seguindo a sinalização dada pelo próprio corpo do cliente e, desatar os “nós” que atrapalham o livre fluxo das energias.

    A cada novo atendimento vamos percebendo como as pessoas vão se modificando e ainda que os bloqueios se repitam por várias vezes nos mesmos meridianos, a intensidade com que aparecem vai sendo reduzida.

    Os estímulos fitoterápicos aplicados vão possibilitando que as emoções que geram os desequilíbrios venham à tona, em forma de reações diversas, com um único objetivo: a liberação do caminho para a energia vital.

    Trabalhadas em conjunto com manobras da Terapia Corporal, seja ela de que modalidade for, trabalhando músculos e articulações, relaxando, drenando ou estimulando, naturalmente estarão concorrendo para a mobilização dos fluidos do corpo, para a liberação de elementos químicos prejudiciais, acumulados em decorrência dos bloqueios provocados pelas emoções, sejam elas de que natureza for.

    A Fitoterapia aliada à Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal, permitiu que meus clientes se sentissem mais conscientes:

    - RS – começa a tomar as rédeas de sua vida de uma forma mais responsável, assumindo seu corpo como ele é, sendo mais ela mesma, sem se preocupar com o que pensam as outras pessoas, exteriorizando seus sentimentos de forma amena; sabendo viver sem a tutela do pai que sempre lhe deu excesso de apoio.

    - YRCA - compreendeu melhor os fatos ocorridos em sua vida; começou a pensar em perdoar sua mãe e a descer até a filha numa tentativa de harmonizar todos os sentimentos.

    - SRGM – teve oportunidade de encontrar-se de forma profunda com suas verdades, seus sentimentos, suas emoções e luta para conseguir levar a vida de forma mais tranqüila, aceitando as pessoas como elas são.

    Duas delas continuam o processo terapêutico e vindo semanalmente para os atendimentos enquanto outra se mudou de cidade.

    A Fitoterapia em Cinco Movimentos possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares.

    O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a seleção das plantas graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento.

    A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    1-HIRSCH, SONIA

    Manual do Herói

    Gráfica e Editora Prensa - 1990

    2-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    HOLOPUNTURA – A Quintessência da União de Técnicas.

    São Paulo. SINTE – CEA – Vol.1

    3-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Curso de Holopuntura

    São Paulo – SINTE – CEA – 2005

    4-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    O Microcosmo Sagrado: O segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento.

    São Paulo – Lumina Editorial, 1998

    5-WEIL.PIERRE

    HOLÍSTICA: Uma nova visão e abordagem do real.

    São Paulo – Palas Athenas, 1990

    6- VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Fitoteca em cinco Movimentos

    7- Textos Relacionados ao Curso de Fitoterapia, Postados no Site (CEA) pelo docente HVF.

    ANEXOS E APÊNDICES

    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    2.PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3.INTRODUÇÃO   A Fitoterapia conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante ao uso terapêutico das plantas.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 ObjetivoDefinir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob os paradigmas holísticos, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    5.1.2 FITOTERAPEUTA — Realiza testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios, da pulsologia e de testes musculares, propondo o uso dos vegetais corretos para cada caso; faz uso das propriedades terapêuticas das ervas sob diversas formas, tais como chás, banhos, compressas, óleos, extratos, inalações, dentre outras, visando não só despertar a capacidade de auto-equilíbrio, como, também, suprir a necessidade de certas substâncias e energias sutis que atuarão como princípios energoativos para a harmonização psicofísica.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THF — Fitoterapeuta;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.

    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Fitoterapia aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 — Fitoterápicos — aquisição e indicação

    5.3.3.1 — Opção 1: aquisição dos fitoterápicos pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os fitoterápicos serão doados, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.3.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar fitoterápicos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.3.3 — A seleção dos fitoterápicos a serem recomendados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de:

    5.3.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.3.2 — Pulsologia e/ou de testes musculares (como por exemplo, o Omura Test).

    5.3.4 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permanecer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    A Fitoterapia na História do Brasil

    (Texto publicado no informativo Herbarium Saúde, número 29/04)

    O Brasil tem uma das mais ricas biodiversidades do planeta, com milhares de espécies em sua flora.

    Possivelmente, a utilização das plantas – não só como alimento, mas também como fonte terapêutica começou desde que os primeiros habitantes chegaram aqui, há cerca de 12 mil anos, dando origem aos “paleoníndios” amazônicos, dos quais derivaram as principais tribos indígenas do país.

    Pouco, no entanto, se conhece sobre esse período.

    As primeiras informações sobre os hábitos dos indígenas só vieram à luz com o início da colonização portuguesa, a começar pelas observações feitas na ilha de Santa Cruz pelo escrivão Pero Vaz de Caminha, da esquadra de Pedro Álvares Cabral, em sua famosa Carta a El Rei Dom Manuel.

    Um pouco mais tarde, entre 1560 e 1580, o padre José de Anchieta

    detalhou sobre as melhoras plantas comestíveis e medicinais do Brasil em suas cartas ao Superior Geral da Companhia de Jesus.

    Descreveu em detalhes alimentos como o feijão, o trigo, a cevada, o milho, o grão-de-bico, a lentilha, o cará, o palmito e a mandioca, que era o principal alimento dos índios. Anchieta citou também verduras como a taioba-roxa, a mostarda, a alface, a couve, falou das frutas nativas como a banana, o marmelo, a uva, o citrus e o melão, e mostrou a importância que os índios davam às pinhas das araucárias.

    Das plantas medicinais, especificamente, Anchieta falou muito em uma

    erva-boa”, a hortelã-pimenta, que era utilizada pelos índios contra indigestões,

    para aliviar nevralgias e para o reumatismo e as doenças nervosas.

    Exaltou também as qualidades do capim-rei, do ruibarbo do brejo, da ipecacuanha preta, que servia como purgativo; do bálsamo da copaíba, usado para curar feridas, e da cabriúva vermelha.

    Outro fato que chamou a atenção do missionário foi a utilização dos timbós pelos índios, especialmente da espécie Erythrina speciosa.

    O timbó, de acordo com o Aurélio, é uma “designação genérica para leguminosas e sapindáceas que induzem efeitos narcóticos nos peixes, e por isso são usadas para pescar.

    Maceradas, são lançadas na água, e logo os peixes começar a boiar, podendo facilmente ser apanhados à mão. Deixados na água, os peixes se recuperam, podendo ser comidos sem inconvenientes em outra ocasião”.

    Quase tudo que se sabe da flora brasileira foi descoberto por cientistas

    estrangeiros, especialmente os naturalistas, que realizaram grandes expedições cientificas ao Brasil, desde o descobrimento pelos portugueses até o final do século XIX.

    Essas grandes expedições tinham o intuito de conhecer e explorar as riquezas naturais do país, conhecer a geologia e a geografia do Novo Mundo, bem como determinar longitudes e latitudes para a elaboração dos mapas”.

    Listagem atualizada de Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos:

    De acordo com a RESOLUÇÃO-RE Nº 89, DE 16 DE MARÇO DE 2004, expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

    Arctostaphylos uva-ursi Spreng (Uva-ursi): Venda sob prescrição médica

    Centella asiatica (L.) Urban, Hydrocotile asiatica L. (Centela, Gotu kola ): Venda sob prescrição médica

    Cimicifuga racemosa (L.) Nutt.(Cimicífuga): Venda sob prescrição médica

    Echinacea purpurea Moench (Equinácea): Venda sob prescrição médica

    Ginkgo biloba L. (Ginkgo): Venda sob prescrição médica

    Hypericum perforatum L. (Hipérico): Venda sob prescrição médica

    Piper methysticum Forst. f. (Kava-kava): Venda sob prescrição médica

    Serenoa repens (Bartram) J.K. Small 25 (Saw palmetto): Venda sob prescrição médica

    Tanacetum parthenium Sch. Bip. (Tanaceto): Venda sob prescrição médica

    Valeriana officinalis (Valeriana): Venda sob prescrição médica

    Hamamelis virginiana (Hamamelis): Venda sob prescrição médica

    Autor: : NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS - CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA
    Última atualização: 28/01/2009 12:35


    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Simone Kobayashi de NoronhaTerapeuta Holística – CRT 37166

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2008

    Agradeço aos meus colegas, que a cada Congresso que nos encontramos, trocamos experiências e energia, acrescentando apoio e conhecimento na minha trajetória.

    Agradeço ao Sinte, pela dedicação a nós todos, pelo suporte à Terapia Holística, aos Terapeutas Holísticos e a mim; e às pessoas do Sinte, pelo carinho, atenção e cuidado com que nos tratam e atendem.

    Sumário:

    I Resumo

    II Introdução

    III Metodologia

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    V Cristalopuntura

    VI Aplicação Terapêutica

    VII Bibliografia

    I Resumo

    A acupuntura faz parte da terapia tradicional chinesa, uma prática com cerca de cinco mil anos, e consiste na inserção de agulhas metálicas na pele para reequilíbrar a pessoa como um todo - o físico, o mental, o emocional e o energético.

    Mas, nem sempre as pessoas sentem-se confortáveis para fazer acupuntura. Temos outros estímulos (sem ser as agulhas) que podem ajudar nas dificuldades e desequilíbrio encontrados. Dentre esses estímulos podemos utilizar as pedras e cristais, que de uma forma menos física, mas mesmo assim eficiente e rápida ajuda a estabelecer o equilíbrio e o bem-estar.

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    II Introdução

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    III Metodologia

    Descobrindo-se pelos Pontos de Alarme os movimentos em desequilíbrio e os meridianos relacionados, pelo toque no caminho do meridiano, os pontos que estiverem mais doloridos serão os que necessitam ser estimulados. Cabe ao Terapeuta Holístico capacitado, a melhor escolha (entre as pedras e cristais) mais adequadas ao momento do cliente e relacionadas aos 5 Movimentos Chineses ,para ajudar a harmonizar o cliente e equilibrar o seu momento.

    Da mesma forma que a acupuntura tradicional, a Cristalopuntura baseia-se nos 5 Movimentos Chineses e o equilíbrio do corpo físico, mental, emocional e energético através da estimulação de pontos nos meridianos.


    Trabalhar esses processos terapêuticamente é acrescentar a habilidade de lidar com os sentimentos e os desequilíbrios de uma forma mais consciente, leve e saudável.

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    Pedras: popularmente pedra é o nome coletivo para todos os constituintes sólidos da crosta terrestre; agregados naturais de minerais, e ainda podem ser separadas por preciosas e semi-preciosas, ou seja, podem ser caras ou baratas. Mas o valor comercial não é motivo para que sejam divididas assim, já que é uma distinção arbitrária, confusa e desnecessária.

    Cristais: é um corpo uniforme com um retículo geométrico, normalmente apresenta forma limitada externamente por superfícies planas e lisas, e em um arranjo ordenado dos átomos da estrutura de um composto.

    Gemas: designação coletiva para todas as pedras ornamentais. Não há, na verdade, uma linha divisória definida entre pedras mais ou menos valiosas, preciosas ou semi-preciosas. Todas elas são minerais, materiais inorgânicos naturais com uma composição química fixa e estrutura interna regular (com exceção das pérolas, do âmbar e do coral).

    Assim definido, fica mais fácil de explicar a razão de utilizarmos os termos Pedras e Cristais e não o termo gema, pois nós não utilizamos somente as ornamentais e sim toda e qualquer pedra que traga benefícios terapêuticos.

    V Cristalopuntura

    Já sabemos que os cristais funcionam como amplificadores de energia nos processos de equilíbrio e autoconhecimento e a sua força consiste na capacidade de ampliar e direcionar nossos próprios poderes e, por isso, o mais importante ao se lidar com os cristais é que conseguimos sintonizar nossas vibrações com as vibrações dessas pedras.

    Nosso objetivo nesse curso é capacitar as pessoas que Já conhecem a técnica de puntura com a junção de mais uma ferramenta de estímulo, a Cristalopuntura.

    Diferente das agulhas, as pedras e cristais dispõem de uma maior diversidade de sintonia que pode ajudar mais eficazmente na puntura para equilíbrio do cliente.

    Esses são os objetivos da utilização de pedras e cristais como estímulos na Cristalopuntura, iniciar uma busca através de autoconhecimento e nos capacitar, e aos nossos clientes, ao equilíbrio e a superação de obstáculos, alcançando a harmonia e realização interior.

    VI Aplicação Terapêutica

    Precisamos lembrar o que cada uma das pedras e cristais trazem suas características próprias para o trabalho terapêutico. Tendo, então essas características, elas também têm suas relações com os 5 Movimentos Chineses.

    Quero acrescentar que não somente a resposta às pedras e cristais dos Pontos de Alarme ou pontos doloridos nos meridianos são eficazes para a melhor escolha do estímulo, mas um conhecimento das pedras e cristais disponíveis e também um bom “ouvido” do terapeuta e ajudam a pré-selecionar alguns estímulos de referência. Com a prática, o “ouvido” guiará melhor e a resposta dos pontos confirmará ou não às escolhas.

    Pontos de Alarme: Tradição Milenar Chinesa

    A Tradição Milenar Chinesa trouxe até a atualidade como parte de sua sabedoria, a teoria dos meridianos que são caminhos de energia que circulam no nosso corpo e refletem o nosso estado energético nos corpos físico, emocional, mental, etc.

    Aqui, trabalharemos com 12 meridianos considerados principais e seus Pontos de Alarme correspondentes (o material para localização dos pontos de alarme foi disponibilizado em vídeo pelo Sinte – Sindicato dos Terapeutas)

    Para saber quais os meridianos que estão em desequilíbrio energético, vamos tocar os pontos de alarme de cada um desses 12 meridianos principais e perguntar ao próprio cliente quais (por comparação) estão mais doloridos ao toque.

    Para algumas pessoas, todo ponto de alarme é sensível, por isso, sugiro fazer por comparação entre eles e saberemos quais deverão ser trabalhados. Um bom objetivo é achar os que estariam em primeiro e em segundo lugar entre os mais doloridos. Como trabalharemos com os 12 meridianos principais, teremos 12 sequências de toque para avaliar comparativamente.

    Sabendo então, quais os pontos de alarme mais sensíveis (primeiro e segundo lugar), iremos buscar os pontos doloridos nos caminhos dos meridianos correspondentes. Por exemplo, se os Pontos de Alarme mais doloridos foram (1o. Lugar) o do meridiano do Estômago e o (2o. Lugar) o meridiano do Triplo Aquecedor, vamos buscar primeiro os pontos doloridos no caminho do meridiano do estômago e depois os pontos doloridos no caminho do meridiano do triplo aquecedor.

    Agora, como saberemos quais entre tantas pedras e cristais será a mais adequada ao estímulo nos pontos do meridiano do cliente?

    Teremos que pré-selecionar algumas pedras e cristais que tenham afinidade com o MOVIMENTO ao qual o meridiano em desequilíbrio corresponde. Somente a partir daí teremos condições de realizar testes para a escolha do melhor estímulo.

    Coloca-se em contato com a pele do Cliente (no ponto de alarme ou mesmo no próprio ponto dolorido do meridiano) cada opção pré-selecionada e verifica-se qual entre essas pedras a que diminui a a sensação dolorida.

    Pronto! Já temos o ponto a ser estimulado e o estímulo mais adequado ao momento do cliente. Agora basta deixar o estímulo (pode-se fixar pedrinhas ou cristais pequenos com “micropore”) por alguns minutos e começar novamente o processo com o 2o. Meridiano mais dolorido.

    cristalopuntura.gif


    Os Cinco Movimentos Chineses

    A base da filosofia chinesa é o Tao, que é o principio de toda a matéria, sejam as estrelas e os minerais, passando por todos os seres vivos. O Tao não se explica, ele simplesmente É.

    Dentro do conceito do Tao, entende-se que existam duas forcas opostas e complementares, em movimento constante, o yin e o yang. O yin é visto como passivo, feminino, escuro e todos os simbolismos relacionados como: a noite, a lua, a emoção, etc; e o yang como ativo, masculino, claro e também suas outras relações como: o dia, o sol, a razão, etc.

    Essas forcas estão em constante e harmoniosa oposição, mudando, movimentando e se fundindo, sempre buscando o equilíbrio. Desse movimento cria-se energia, que os chineses chamam de “chi”, ou forca vital. O “chi” flui através dos seres e dos ambientes.

    Determinando-se que se o chi está ou não fluindo naturalmente, a pessoa, o ser ou ambiente está ou não equilibrado. Se houver um desequilíbrio entre o yin e o yang o fluxo de energia vital está desarmônico.

    Nada é absolutamente yin ou yang. Um não existe sem o outro e não existe separação. Um contém em si a semente do outro, atraem-se mutualmente e se repelem ao mesmo tempo, em um movimento constante.

    Surge com esse movimento constante outra manifestação do Tao: os Cinco Movimentos. O ascendente, descendente, centrípeto, centrifugo e equilibrante; que chamamos de fogo, água, metal, madeira e terra, respectivamente. Na tradição chinesa tudo que lembre e represente um dos movimentos relaciona-se a ele. Cada um desses movimentos tem suas características próprias que podem ser relacionadas com tudo o que existe, sejam seres vivos, incluindo animais, humanos e plantas, sejam inanimados como as pedras, cristais e ambientes, e ainda, as emoções, sabores, cores, etc.

    Por exemplo, ao movimento centrífugo, como o Movimento Madeira, relaciona-se a expansão e o crescimento, aos meridianos do Fígado e da Vesícula Biliar, sentimento de raiva e extroversão, a cor verde; ao Movimento Fogo, relaciona-se com ascendente, que lembra a excitação (excesso de fogo) e a apatia (falta de fogo), o verão, o calor, os meridianos do coração, intestino delgado, circulação e sexo e triplo aquecedor, a cor vermelha; ao Movimento equilibrante chamado Terra, oque centraliza, controla, equilibra, a cor amarela, os meridianos do estômago e baço-pâncreas; ao movimento centrípeto que relaciona-se com o Metal, lembra o agregar, condensar, o contrair; e assim acontece com todos os movimentos.

    Como fazem parte de um movimento constante, o excesso ou falta de um deles, ou seja, qualquer desequilíbrio acaba afetando o Todo, por meio de suas relações.

    Em suas interações temos a Lei da Geração ou Mãe-Filho: Madeira nutre o Fogo, que forma a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, de onde nasce a Água que nutre a Madeira, que volta ao início do ciclo fechando-o. E a Lei da Dominância ou Dominante-Dominado: a Madeira consome a Terra, que absorve a Água que domina o Fogo, este derrete o Metal ou Rocha, que corta a Madeira.

    Pensando assim, as pedras e cristais por formarem-se na Terra, relacionam-se ao Movimento Metal e tendem para a interiorização, introspecção, mas um olhar mais atento nos faz observar as interações de outros movimentos.

    Assim como cada um dos movimentos contêm dentro de si os outros, os detalhes de cada pedra ou cristal nos guiaria para a relação mais focada com os 5 movimentos, como: a água-marinha, e sua óbvia relação com o movimento ?gua, o quartzo fumê, que tornou-se “fumê” pela exposição prolongada ao calor (Fogo), a ágata com suas camadas concêntricas de expansão (Madeira), e assim com todas as outras pedras, não só observando as características físicas, mas também os simbolismos e associações com os nomes, histórias, usos e costumes relacionados a elas.

    VII Conclusões

    Em todo trabalho de Terapia Holística desenvolvido com aprofundamento, vemos que não existem tabelas a serem seguidas. O melhor meio para se aproveitar de todas as características e possibilidades que as diferentes técnicas nos trazem é o aprofundamento do conhecimento, seja para aprimorar nossa própria busca de equilíbrio e harmonia, e/ou pela melhor relação entre o momento do cliente e a escolha da técnica ou estímulo.

    VII Bibliografia

    Boström, F. - A sabedoria das pedras - Ed. Best Seller, 1994.
    Boström, F. - O Mago dos Cristais - Círculo do Livro, 1994.
    CavalcantE, V. - O equilíbrio da energia está no salto do tigre - Ed. Objetiva, 1998.
    Duncan, A. - ABC dos Cristais - Ed. Nórdica.
    Duncan, A. - Caminho das Pedras - Ed. Nórdica, 1998.
    Noronha, S. - Pedras e Cristais: Em Busca do Equilíbrio - Ed. Sinte, 2006
    Raphael, K. - Transmissões Cristalinas: Uma Síntese de Luz - Ed. Pensamento, 1997.
    Raphael, K. - A Cura pelos Cristais - Ed. Pensamento, 1995.
    Raphael, K. - As Propriedades Curativas dos Cristais e das Pedras Preciosas - Ed. Pensamento, 1996.
    SINTE - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias - www.sinte.com.br
    Schumann, W. - Gemstones of the World - Sterling Publishing, 1997.
    Vieira Filho, H. - Tutorial Terapia Holistica, Sinte, 2004.
    Weil, P. - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real, Ed. Palas Athenas, 1990.

    Autor: : Simone Kobayashi de Noronha - Terapeuta Holística – CRT 37166
    Última atualização: 13/05/2008 14:44


    Iridologia: Novos Rumos A Seguir

    Iridologia: Novos Rumos A Seguir


    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    III - Resultados

    IV - Discussão

            Ciência Versus Iridologia

    Inadequações de Termos e Métodos: Legislação e Jurisprudência Versus Iridologia

    Problemas e Soluções

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

     

     Resumo


    Um breve relato sobre as origens da Iridologia, até os dias atuais, dissertando seus principais problemas em relação à legislação, à ciência, ao foco de aplicação e mercado potencial, propondo-se como solução, o desenvolvimento de uma NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária específica, a ser embasada pelos dados conclusivos que serão gerados por uma ampla pesquisa nacional, denominada Projeto Iridologia, coordenado pelo SINTE - Sindicato dos Terapeutas.

     

    I - Introdução

     

    A Reflexologia pela Íris ressurgiu à pauta trazida por médicos do Século 19, época esta em que os exames laboratoriais não gozavam do mesmo grau de precisão de nossos dias. Atualmente, insistir no argumento de que a Iridologia pode detectar enfermidades de forma mais eficaz que as análises clínicas convencionais, além de pretencioso, afronta diretamente a visão da dita "ciência oficial" e, como esta é apoiada pelos órgãos de governo e da imprensa, esse é um confronto que em nada ajuda ao desenvolvimento da técnica em questão.

    Paralelamente à questão tecnologia, existe as polêmicas judiciais, não raro colocando o Iridólogo frente a acusações de exercício ilegal de medicina (apesar desta técnica ser proibida aos médicos, pelo Conselho de Medicina...).

     

    A Iridologia necessita ser redefinida quanto à sua proposta e formato de trabalho, adequando-se à legislação e valorizando seus diferenciais em relação à medicina, abraçando sua verdadeira vocação que é a Terapia Holística.

     

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS é o representante OFICIAL da Iridologia em nosso país e único organismo com experiência e aptidão para desenvolver e implantar uma NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Holística específica para a Iridologia.

     

    Para que a Norma Técnica reflita as necessidades do setor, será embasada no Projeto Iridologia, onde profissionais de todo o Brasil, oriundos das mais diversas escolas diferentes de Iridologia, participarão de uma pesquisa, analisando centenas de imagens de iris de voluntários mantidos no anonimato. As análises serão transformadas em dados estatísticos e confrontados às informações coletadas diretamente às pessoas que forneceram as imagens, com o objetivo de identificar quais correntes iridológicas apresentaram melhor nível de acerto, bem como em quais tópicos a técnica, como um todo, obteve melhor desempenho.

     

    O Projeto Iridologia inicia durante o Holística 2009, onde tanto os profissionais, quanto os voluntários firmarão Termo De Compromisso e terá continuidade pelos meses seguintes, com os resultados previstos para divulgação oficial durante o Holística 2010.

     

    Sob orientação da futura Norma Técnica, os iridólogos de todo o Brasil terão os parâmetros de que precisam para trabalhar com eficiência e dignidade, minimizando os riscos de confronto com outras profissões, além de focar naquilo que a Iridologia comprovar maior eficácia.

     

    II - Material e Metodologia

     

    Durante o Holística 2009 (4, 5 e 6 de setembro de 2009) serão coletadas imagens das íris (sempre com o mesmo tipo de equipamento e condições...) de 50 a 100 voluntários, os quais, permanecendo anônimos, terão as fotos analisadas por PROFISSIONAIS (ou seja, Iridólogos compromissados com CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado) das mais variadas correntes e escolas iridológicas. 

     

    Todos os participantes firmarão TERMO DE COMPROMISSO, autorizando a divulgação das imagens e análises, seja por meio eletrônico, impresso ou vídeo, mantendo-se o anonimato quanto à autoria de cada análise ou a quem pertence cada imagem.

     

    As partes serão mantidas em contato por meio eletrônico (e-mail) e as imagens e respectivas análises serão disponibilizadas em site na internet, sendo acessível por senha individual, tanto para os Iridólogos participantes visualizarem as imagens e postarem suas interpretações, quanto para os voluntários conhecerem as avaliações e tecerem suas considerações.


    As análises serão confrontadas com o quadro real coletado de cada voluntário, resultando em informações estatísticas de grau de acerto e/ou erro para cada "escola" de Iridologia e para a técnica em si, como um todo.

    Destes estudos e pesquisas, serão publicados tanto o livro Projeto Iridologia, quanto a  NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Holística - IRID 01 especificamente desenvolvida para a Iridologia.

    Em retribuição à colaboração, os Iridólogos participantes constarão na co-autoria dos trabalhos e os voluntários, além de receberem gratuitamente todas as análises, caso desejem, também constarão nos agradecimentos.

     

    III - Resultados

     

    Este tópico permanece em aberto, pois só poderá ser preenchido mediante a coleta de dados obtidos via Projeto Iridologia, que se inicia em setembro deste ano, no Holística 2009, sendo o término previsto para o mesmo mês e evento, em 2010.

     

    IV - Discussão

     

    A Iridologia é uma das técnicas mais fascinantes e igualmente polêmicas da Terapia Holística. 


    À tradição milenar de "os olhos como espelhos d'alma", em que as terapias ancestrais observavam formato, grau de opacidade e coloração como indícios de saúde (ou falta dela...), modernamente surgiram (e continuam a surgir...) novas "escolas" de Iridologia, que se propõem a analisar a imagem da iris até mesmo ao nível microscópico, coletando dados que, pela "ciência oficial" só seriam possíveis via exames laboratoriais convencionais, ou, indo além dos aspectos físicos, onde raios da iris seriam capazes de desvendar até características psíquicas inconscientes.

    A evolução dos equipamentos iridológicos, que da simples inspeção visual, passando por lupas, até o grau atual de captação de imagens digitais (hoje em dia, a custo bem acessível...) contribuiu para a disseminação da técnica, despertando cada vez mais adeptos apaixonados, bem como ferrenhos críticos igualmente exaltados. Tamanho passionalismo resulta em exageros, que ora substimam, ora superestimam as reais possibilidades práticas da Iridologia.

    A premissa de que qualquer parte do corpo pode refletir o estado geral do indivíduo é milenarmente conhecida e utilizada nas mais variadas culturas. Porém, especificamente a Reflexologia pela íris, ao menos na forma em que é atualmente praticada, é relativamente recente, daí o fato de que muito ainda está por ser discutido. Atribui-se ao húngaro Ignatz von Peczely a "paternidade" da Iridologia, que no século XIX, associou estados mórbidos a sinais apresentados na íris, tendo desenvolvido os primeiros mapeamentos conhecidos, publicando em 1881, o estudo "Discoveries In The Field Of Natural Science And Medicine: Instruction In The Study Of Diagnoses From The Eye" (Descobertas No Campo das ciências Naturais e da Medicina: Instrução no Estudo de Diagnóstico Pelo Olho). Sob esta origem pesa uma estória, sabidamente um mito, em que, quando criança, acidentalmente quebrou a pata de uma ave, observando o surgimento imediato de um sinal na íris do animal, o qual foi desaparecendo paralelamente ao restabelecimento do pássaro. Este que deveria ser apenas um conto lúdico a ilustrar, metaforicamente, os primórdios da técnica, lamentavelmente é propagado como se verídico fosse, o que em nada contribui para a credibilidade da técnica.

    Muitos novos autores publicaram tratados sobre a Iridologia, cada qual com variantes quanto ao mapeamento reflexológico da íris. A maior parte dos profissionais brasileiros adotou a cartografia proposta pelo quiropraxista americano Bernard Jensen.

    Pertinente observar que a Iridologia não é uma terapia em si, mas sim, uma técnica de avaliação. Na hora de trabalhar o Cliente, o Iridólogo terá que aplicar OUTRAS técnicas, estas sim, terapêuticas, para efetivar seu atendimento; as mais usuais seriam a Fitoterapia, a Terapia Floral, a Ortomolecular e a Acupuntura. 

        Ciência Versus Iridologia

    Muitos opositores de nossa profissão profetizaram que a Iridologia estava sepultada em definitivo com o advento da Biometria. Esta técnica realiza medições relacionadas às características particulares de cada indivíduo, sendo utilizada em processos de reconhecimento de identidade. A opção mais conhecida é a utilização da impressão digital, que é um atributo individual único e que se mantém inalterado pelo tempo. Atualmente, existem diversas opções de identificação, como por exemplos, reconhecimento de faces, de voz, de retina, da geometria da mão, e, o que mais vem ao caso, o reconhecimento de íris. Considerando que a Iridologia parte do princípio de que a iris se modifica acompanhando o estado do Cliente, ao passo que a Biometria parte da idéia oposta de que a imagem se mantém imutável, a tal ponto que permite identificar um indivíduo, uma hipótese parece excluir a outra... Ainda mais com a popularização da Biometria pela íris, a tal ponto de já existir no mercado até mesmo celulares com esta capacidade.



     






    Imagens obtidas da monografia "Biometria - Reconhecimento de Iris", de Priscila Pecchio Belmont Albuquerque, Universidade Federal do RJ, em http://www.gta.ufrj.br/grad/07_2/priscila/index.html

    Outrossim, uma breve análise comparativa nos mostra que não são propostas excludentes entre si. Para a Biometria  importa os padrões de limites em relação da íris para com a esclerótica, para com a pupila, além de ponto médio em relação à pupila e os limites impostos pelas pálpebras do globo ocular. Tais proporções, segundo a Biometria, são únicos para cada indivíduo e imutáveis. Já os aspectos que são considerados na Iridologia, que por premissa tem que ser mutáveis acompanhando o estado do Cliente, tais como os raios, "desenhos", pontos, "buracos" ou mudanças de cores, etc, são descartados pela Biometria, considerados "ruídos" e desconsiderados na leitura da imagem.

    Se por um lado, está superada a hipótese de conflito entre Iridologia e Biometria, por outro, a tese de que serviria para diagnóstico de doenças (importante: pela legislação, tanto o diagnóstico, quanto tratamento de doenças é monopólio MÉDICO...) foi rejeitada em todos os testes até então realizados e impressos em conceituadas publicações voltadas à ciência.

    Em 1979, o JAMA - The Journal Of The American Medical Association (Jornal da Associação Médica Americana) publica o estudo "An Evaluation of Iridology" (Uma Avaliação de Iridologia),
    conduzido pelo doutor em medicina, Allie Simon (dentre outros...), no qual cerca de 150 voluntários foram analisados por iridólogos ilibados, dentre eles, o famoso Bernard Jensen (quiropraxista que popularizou a Iridologia nos EUA), resultando em diagnósticos incorretos na grande maioria dos casos e praticamente não houve concordância entre os próprios profissionais entre si, quanto às suas conclusões.

    Quadro semelhante foi obtido em "A Study Of The Validity Of Iris Diagnosis" (Um Estudo Da Validade Da Iris Diagnose), publicado em 1981, no "Australian Journal of Optometry" (Jornal Australiano de Optometria). Em 1988, o Departamento de Epidemiologia e Saúde Investigação, Universidade de Limburg, Maastricht, Holanda, submeteu os mais consagrados iridólogos do pais a descobrir problemas de vesícula examinando imagens de iris de voluntários, concluindo que pela ineficácia do método, publicando o estudo "Looking for Gall Bladder Disease In The Patient's Iris" (Procurando Doença Na Vesícula Biliar Por Meio da Íris do Paciente), no BMJ - British Medical Journal (Jornal Médico Britânico).

     

    Em meados do ano 2000, o doutor em medicina, E. Ernst, do Departamento de Medicina Complementar, da Universidade de Exeter, Inglaterra, publica um artigo denominado "Iridology - Not Useful and Potentially Harmful" (Iridologia - Inútil E Potencialmente Nociva), onde afirma ter analisado cerca de 80 estudos, originados de diversos países, somando milhares fotos de íris analisadas por centenas de profissionais, sem acerto significativo quanto ao quadro clínico, além de evidentes discordâncias das análises obtidas pelo irídólogos entre si. Conclui afirmando que tanto os profissionais, quanto os Clientes devem ser desencorajados em valer-se da técnica.

     

    Pertinente observarmos, que, na ânsia em combater a Iridologia, as próprias publicações admitem ainda que os estudos analisados não seguiram metodologia cientìfica. Ora, assim sendo, não deveriam ser acatados como definitivos, quer concluíssem a favor, quer contra a técnica !

     

        Inadequações de Termos e Métodos: Legislação e Jurisprudência Versus Iridologia

     

    A Iridologia é uma TÉCNICA e, como tal, poderia ser exercida por várias profissões distintas, cada qual respeitando os seus limites de atribuições. Por exemplos: Iridologia em animais, só pode o veterinário ... para avaliação dentária , só o odontólogo.... para DOENÇAS, só os médicos... para avaliação energética e psíquica, os Terapeutas Holísticos...

     

    Lamentavelmente, a maior parte dos cursos de Iridologia insistem em manter-se inadequados quanto ao modo em que ensinam a trabalhar, ferindo frontalmente a legislação brasileira. 

    Tanto diagnosticar, quanto tratar DOENÇA é exclusividade médica. Assim sendo, quando os cursos de Iridologia ensinam a descobrir "doenças" pela iris, automaticamente estão ensinando a serem presos por exercício ilegal de medicina. Da mesma forma, escolher fitoterápicos, oligoelementos, vitaminas, etc, basendo-se no quadro de "doenças", novamente está caracterizado o exercício ilegal de medicina... TUDO deveria basear-se em questões "energéticas" (meridianos, chacras, etc...) e psíquicas, pois, com isso, evitariam as controvérsias judiciais. Outro erro comum é mandar aviar formulações: excetuando-se o caso da terapia floral, TODA formulação é considerada monopólio médico, inclusive, quanto a produtos ortomoleculares. 

    SE a avaliação iridológica focasse naquilo que ela realmente deveria, ou seja, ser uma reflexologia do estado QUALITATIVO do Cliente, nenhum problema haveria; já ao extrapolar sua utilização e desandar a se propor a obter informações QUANTITATIVAS  que nem sequer refinados exames laboratoriais conseguiriam e a estabelecer patologias, aí é franca invasão de profissão alheia à nossa, ou seja, exercício ilegal de medicina.

     

    No mais, pertinente observar que médicos são PROIBIDOS de exercer iridologia, não por nós, mas por seu próprio conselho fiscalizador, que considera a técnica como charlatanismo.

     

    Há determinadas providências e atitudes que cada profissional pode fazer para reduzir os riscos processuais. Primeiramente, jamais vender produto algum: é unânime de que tal procedimento é anti-ético e considerado ilegal para a maioria dos juristas, que aplicam por analogia as mesmas leis que proíbem aos médicos se associarem a farmácias. 

     

    Mais cômodo e seguro é orientar o Cliente adquirir por conta própria nas boas casas do ramo. Para o caso de uso em aplicações de consultório, atente que o valor pelo atendimento deve ser sempre igual, usando ou não os produtos, pois, se houver acréscimo, caracterizará a "venda" do que está sendo utilizado. 

     

    Para poder ter algum produto guardado para uso, tem que manter a NOTA FISCAL (não mero recibo...) em que conste claramente os dados identificatórios da empresa responsável; desta forma, compartilha a sua responsabilidade. Jamais manter "estoque" (mais de um kit, por exemplo...) no consultório, pois é indício de que estaria revendendo. 

     

      Problemas e Soluções

     

    A Iridologia herdou uma postura médica, focando na avaliação de "doenças", atitude esta que a coloca em franca desvantagem em relação à oficial eficiência dos atuais exames laboratoriais, além de implicar em enorme probabilidade de culminar em processos judiciais e corporativos: se for exercida por médicos, além de passível de punição por seu próprio órgão fiscalizador, já que o Conselho de Medicina proíbe aos médicos exercerem Iridologia, igualmente pode resultar em processo penal por charlatanismo; se for exercida por não-médico, ao associar a prática com "doenças", de pronto funciona como confissão de crime de exercício ilegal de medicina (tanto diagnóstico, quanto tratamento de "doenças" é monopólio médico), quanto de curandeirismo. 

     

    Como agravante de indícios de ilícito penal, muitos colegas insistem em se uniformizar de roupas brancas (para a maioria das autoridades brasileiras, significa estar "trajado de médico"...) e em se apresentar com títulos de "doutorado" e/ou "médico" obtidos em cursos estrangeiros que nada valem em nosso país, acrescentando "falsidade ideológica" às acusações já mencionadas.


    O estudo da jurisprudência (casos julgados em tribunais) realizado pelo SINTE - Sindicato dos Terapeutas aponta que o fator de maior peso é o hábito, infelizmente ainda arraigado entre os Iridólogos, de vender aos Clientes os próprios produtos que recomendam. Qualquer autoridade oficial, desde fiscais fazendários e sanitários, passando por delegados e juízes, são unânimes em concluir que tal atitude é mais do que antiética, sendo igualmente ilegal, estimulando a que apliquem todos os enquadramentos legais possíveis para coibir a popularmente conhecida prática da "empurroterapia", o que, por sinal, também é péssima propaganda, pois de pronto afasta a Clientela mais esclarecida, que certamente interpreta como suspeita e  enxerga um óbvio conflito de interesses em tal situação.

     

    O caminho para a revitalização e segurança legal da Iridologia, é assumir a vocação para a Terapia Holística, descartando a "herança médica" do Século 19 e tal qual as demais Reflexologias (podal, quiro e auricular, dentre outras...), reformular sua proposta, terminologia e postura, abolindo a associação com "doenças" e descobrir novos potenciais de aplicação, tais como avaliações energéticas, psíquicas e predisposições funcionais.

     

    Para tal, o único órgão oficial e de postura neutra capaz de conciliar, sem favoritismos, as mais diversas correntes da Iridologia é o SINTE, em especial, por sua já consagrada experiência em desenvolver padrões de trabalho adequados à legislação e mercado brasileiros, sintetizando na forma de NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária específica para esta técnica. Eis a razão pela qual coordena o Projeto Iridologia, aqui descrito, que certamente é a maior e mais importante pesquisa a ser realizada, que resultará em novos rumos, acrescentando mais um capítulo essencial na História da Iridologia mundial.

     

      

    V - Conclusões

     

    Este tópico permanece em aberto, pois só poderá ser concluído mediante a coleta e interpretação de dados obtidos via Projeto Iridologia, que se inicia em setembro deste ano, no Holística 2009, sendo o término previsto para o mesmo mês e evento, em 2010.

     

    VI - Referências bibliográficas

     

    Allie Simon, An Evaluation of Iridology", JAMA - The Journal Of The American Medical Association

    Cockburn DM., A Study Of The Validity Of Iris Diagnosis, Australian Journal of Optometry, 1981

    Knipschild P.,  Looking for Gall Bladder Disease In The Patient's Iris, British Medical Journal, 1988

    E. Ernst, Iridology - Not Useful and Potentially Harmful, Archives of Ophthalmology, American Medical Association, 2000

    Albuquerque, Priscila Pecchio Belmont, Biometria - Reconhecimento de Iris, Universidade Federal do RJ, 2007

    Bourdiol, René J., Traité D'Irido-Diagnostic, Maisonneuve, 1975

    Vieira Filho, Henrique - Tutorial Terapia Holística - Sintebooks

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    TCC - Trabalho de Conclusão de Curso

    FITOTERAPIA NA HOLOPUNTURA

     Trabalho de Conclusão de Curso

    Neuza Miranda e Silva Chammas

    Terapeuta Holística

    CRT 36999

    Curso de Fitoterapia

    Docente: Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico

    CRT 21001

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas

    CEA – Comunidade de Estudos Avançados

    Porangaba 2007-04-09

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    PORANGABA – 2007-04-09

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    CEA – COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM

    TERAPIA HOLÍSTICA

    DISCIPLINA – FITOTERAPIA

    ORIENTADOR: HENRIQUE VIEIRA FILHO

    CRT 21001 - TERAPEUTA HOLÍSTICO

    PORANGABA – 2007-04-09

    A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.” Nicolau Copérnico

    DEDICATÓRIA:

    Dedico este trabalho à minha mãezinha

    Carlota,

    minha primeira mestra em

    Terapia Holística.

    PORANGABA – 2007-04-09

    AGRADECIMENTOS

    À MINHA FAMÍLIA

    Georges

    Ana Carla

    Daniela

    Georges Jr

    Marcos Reskalla

    e

    Adilah

    Pela presença constante de cada um deles em minha caminhada.

    AO SINTE

    -Pela preocupação em oferecer o melhor aos Terapeutas Holísticos.

    A HENRIQUE VIEIRA FILHO

    -Pelo seu otimismo, arrojo e coragem de levar adiante um projeto tão nobre e, por despertar nos TH a consciência de um trabalho com ética, dignidade e responsabilidade.

    PORANGABA – 2007-04-09

    SUMÁRIO:

    01 – Resumo.......................................................................................................08

    02 – Introdução...................................................................................................13

    03 – Material e Metodologia................................................................................16

    04 – Resultados...................................................................................................22

    05 – Discussão....................................................................................................28

    06 – Conclusões..................................................................................................30

    07 - Referências Bibliográficas............................................................................32

    08 – Anexos e Apêndices....................................................................................33

    8.1. NTSV – FT 001............................................................................................33

    8.2. A Fitoterapia na História do Brasil................................................................38

    8.3 Listagem atualizada dos Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos................................................................................................................40

    RESUMO

    Este trabalho apresenta um estudo sobre Fitoterapia no atendimento aos meus clientes cotidianos, em meu próprio Espaço de Terapia Holística, sito à Rua Professor Antonio Freire de Souza, nº 231, em Porangaba, SP.

    Iniciei os ensaios de aplicação da Fitoterapia aliada às Técnicas da Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal Manipulativa, logo após o início do curso em junho de 2006 e as intensifiquei logo depois da aula prática, ocorrida no dia 10 de setembro de 2006, durante a realização do Congresso Holístico promovido pelo SINTE.

    O desenvolvimento dos estudos fundamentou-se nas aulas ministradas pelo docente, Terapeuta Holístico Henrique Vieira Filho, no Curso de Fitoterapia, oferecido pela Comunidade de Estudos Avançados, aos TH associados ao SINTE, bem como no embasamento teórico e prático, adquirido no ano anterior, no Curso de Holopuntura e, em leituras complementares, especialmente em obras contidas na bibliografia apresentada e sugerida pelo docente.

    As técnicas começaram a fazer parte de minha vida como Terapeuta Holística e todos os meus clientes se beneficiaram com ela.

    Três clientes especiais foram escolhidos para terem os atendimentos relatados semanalmente, do final do mês de outubro de 2006 ao final de fevereiro de 2007, com o objetivo de recolher subsídios a trabalhos posteriores.

    Estes atendimentos serviram de base para avaliação do meu trabalho, através da supervisão do docente HVF.

    Estando eu dedicando-me à Terapia Corporal Manipulativa há mais de cinco anos, vi nos novos conhecimentos e nas técnicas da Holopuntura uma excelente oportunidade de obter melhores resultados em meu trabalho. Percebi que, especialmente na Avaliação dos Pontos de Alarme, havia uma proximidade muito grande com o que eu já praticava.

    Com o auxílio da Fitoterapia meu trabalho foi ganhando um diferencial muito importante, uma vez que o cliente poderia dar continuidade ao tratamento durante a semana, depois que eu concluísse meu atendimento naquele dia.

    Fui associando a Fitoterapia e a Holopuntura, através da Avaliação dos Pontos de Alarme, à Terapia Corporal Manipulativa, seja ela relaxante ou estimulante.

    Observei que em qualquer outra modalidade de Terapia Corporal, torna-se perfeitamente viável a utilização da Fitoterapia aliada à Holopuntura em benefício do cliente, quando se busca o equilíbrio e melhor qualidade de vida e, principalmente, quando nossa meta é a harmonização corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma.

    Também vi na Pulsologia de Nogier um importante instrumento de avaliação do momento vivenciado por cada um de meus clientes, através da análise da reação de seus pulsos diante de estímulos diferentes.

    Pude perceber como é diferente a reação do Pulso das pessoas aos estímulos feitos com os Fitoterápicos, antes e depois das manobras de uma TC relaxante ou de outra estimulante.

    De modo prático e objetivo, estudamos e aplicamos a Fitoterapia sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade.

    As incríveis “coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como fitoterápico tornou o aprendizado lúdico e prático.

    Focando em uma pequena variedade de plantas, todas de venda livre e facilmente encontradas na natureza e nas casas do ramo, esta abordagem utiliza a Teoria dos Cinco Movimentos Chineses, bem como da Pulsologia de Nogier (orelhas, pés e mãos) e a dos Pontos de Alarme dos Meridianos para a correta seleção de fitoterápicos para cada momento de nossos clientes.

    É isso que relatarei em meu Trabalho de Conclusão de Curso.

    Ele foi elaborado com muito amor, mas com simplicidade, pois a arte da qualidade de vida é algo que nasceu da simplicidade de povos que viviam em contato com as plantas, com o simples, mas puro e belo.

    Nada nele é utópico ou impossível de ser praticado por qualquer pessoa que tenha os conhecimentos necessários a respeito de técnicas de Terapia Corporal e que venha a conhecer a Holopuntura e a Fitoterapia.

    O conhecimento de cada uma das plantas e sua utilidade de acordo com o ponto de vista dos CMC é de suma importância ao TH. Esse embasamento teórico foi oferecido aos discentes durante o curso de Fitoterapia.

    Estas são as cinco plantas que constituem a Fitoteca Essencial:

    Cavalinha – Harmoniza

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Alecrim – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Metal;

    Lavanda – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Terra e Metal;

    Calêndula – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Terra;

    Tomilho – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Metal;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Terra.

    Em nossa Fitoteca Ampliada encontramos outras opções de plantas:

    Angélica – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Artemísia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Bardana – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Terra e Metal;

    Camomila – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Terra;

    Coentro – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Dente-de-Leão: Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água e Madeira;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Hortelã – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Limão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    Malva – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Manjericão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Manjerona – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Melissa – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira, Fogo e Terra;

    Milefólio – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Orégano – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Passiflora – harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água, Madeira e Fogo;

    Sálvia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Tanchagem – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal.

    INTRODUÇÃO

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério.

    As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas.

    Os antigos povos observavam as características de personalidade de cada planta e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos.

    Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais.

    Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a, então, dentro dos Cinco Movimentos Chineses e especificando para que cada uma delas servia.

    Nesta nova maneira de utilizar as plantas como recursos terapêuticos naturais, ao invés de nos atermos a tabelas de correlação entre sintomas e plantas, esta abordagem propõe quintessenciar a adequação a cada caso, passando as plantas a serem selecionadas com o auxílio da Pulsologia de Nogier e/ou a reação ao toque nos Pontos de Alarme, mediante aproximação de amostras dos fitoterápicos.

    Este método tem se mostrado imbatível na prática de consultório. Como ninguém é exatamente igual a outro, não é adequada a escolha das ervas baseando-se apenas nas estatísticas sobre a utilidade de cada uma delas.

    Segundo diversas culturas milenares, as ervas são símbolos de tudo o que é harmonizaste e vivificante, restauram a saúde, a virilidade, a fecundidade, o parto e a riqueza.

    Foram os deuses quem descobriram suas propriedades terapêuticas, o que ilustra a crença universal que o equilíbrio só pode vir de uma dádiva divina, como tudo o que é ligado à vida.

    Para os cristãos, as ervas deviam a sua eficácia por terem sido encontradas pela primeira vez no monte do Calvário.

    A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam, também, as forças ígneas da terra. Enquanto manifestação de vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadoras de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica.

    Por acumularem estas forças, os antigos sempre viram nos vegetais propriedades saudáveis ou venenosas, daí o seu emprego também na magia. Quase todas as divindades femininas grego-romanas protegem a vegetação: Deméter (deusa das alternâncias entre a vida e a morte, bem como das terras cultivadas), Afrodite (Vênus, deusa da fecundidade), Ártemis (Diana, selvagem deusa da natureza), além de algumas entidades masculinas como Ares (Marte, que simboliza a força bruta, é, também, protetor das colheitas, um dos deveres do guerreiro) e Dioniso (Baco, símbolo das forças de dissolução da personalidade, deus da fecundidade, da vegetação, das vinhas).

    No sincretismo afro-brasileiro, Ossâim é o responsável pelas ervas terapêuticas e sagradas, sendo seus iniciados conhecedores de suas serventias, bem como das palavras ritualísticas necessárias para libertar o axé (poder potencial) de cada planta.

    Aqueles que trabalhavam com as ervas em quase todas as culturas viam as plantas como símbolos vivos de entidades invisíveis, tais como deuses, elementais e espíritos, os quais deveriam ser evocados ou aplacados com o uso de palavras mágicas ou sacrifícios.

    O respeito à natureza os levava a não cultivar suas ervas, mas sim ir ao encontro das que nasceram espontaneamente na mata.

    Ainda hoje, os adeptos de Ossâim (orixá do sincretismo afro-brasileiro) costumam deixar uma vela verde, em troca do que retirarem, ou uma das folhas colhidas, para manter inalterado o equilíbrio do local.

    O uso terapêutico das plantas é anterior à humanidade, pois os animais, instintivamente, sabem quais e quanto das ervas devem comer para melhorarem de seus distúrbios.

    O ser humano, cada vez mais isolado da Natureza, foi perdendo esta capacidade de percepção. Mas, em algumas culturas, como as orientais e a indígena, mantiveram-se as tradições da utilidade atribuída a cada planta, muitas vezes transmitidas oralmente por milênios, havendo, ainda, tratados escritos em civilizações mais sofisticadas, como era o caso da chinesa e da egípcia.

    Os antigos Terapeutas Holísticos não cultivavam suas plantas terapêuticas, pois sabiam que se o vegetal espontaneamente escolhesse seu local de nascimento é porque aquele solo é o ideal, capaz de proporcionar-lhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeito terapêutico.

    Na China Milenar, um dos critérios de avaliação da serventia de uma planta era a observação de seus sabores, cores, formatos, época de floração e de suas características de "personalidade".

    Analisemos uma planta por critérios subjetivos: o Dente-de-Leão vem conseguindo se desenvolver espontaneamente nas grandes cidades como São Paulo, apesar da poluição e das condições nada naturais deste ambiente. Nem por isso a planta deixou de participar da harmonia da Natureza, sendo, pois, indicada para toda pessoa que esteja "estressada", com dificuldades de sobrevivência, esgotada e intoxicada, a qual poderá, literalmente, "beber" da sabedoria deste vegetal e sobreviver nesta "selva de pedra".

    METODOLOGIA E MATERIAL

    A Fitoterapia sempre esteve presente em minha vida!

    Filha de pais provenientes da roça e com poucos recursos financeiros para a busca de médicos e de remédios “de farmácia”, nossa cura em situações mais corriqueiras sempre foi providenciada pelo que dispúnhamos no quintal ou nos matos dos arredores de casa. É claro que muitas vezes precisamos dos médicos e dos remédios. Mamãe nunca foi negligente.

    Muitas e muitas vezes os chazinhos constituíam nossos refrescos em dias de calor e nossos aquecedores nos dias e noites gélidos de inverno.

    Tomávamos chá de marcelinha para dor de barriga... Erva de Santa Maria para vermes... Capim cidreira para os nervos... Hortelã para tosse... Erva doce para barriga estufada... Mentruz... Mentrasto... Flor de mamoeiro... Flor de laranjeira... Folha de abacateiro para inchaço nas pernas... Poejo para criança enlombrigada... Alface para insônia... Sabugueiro para botar o sarampo para fora... Arruda para recaída de dieta das mulheres que pariram...

    A lista era enorme! Para tudo mamãe tinha um chazinho abençoado.

    Garrafadas... Mamãe fazia para mulheres com recaída de dietas... Para crianças que tiveram sarampo... Até para os que sofriam de “ataques’”.

    Ela benzia crianças com “quebranto” e adultos com “cobreiro”...

    Dona Carlota era muito querida e muito procurada!

    A qualquer hora em que batessem à sua porta ela estava pronta para ajudar o pobre sofredor!

    Tinha ela dois livros enormes, cheios de figuras coloridas de plantas, verduras, legumes e frutas que me encantavam!

    COME PARA CURAR-TE” e “BEBE PARA CURAR-TE” eram os títulos!

    Passei minha infância e juventude folheando e lendo aquelas maravilhas! Não sei dizer quem eram os autores e nem do paradeiro deles, mas gostaria muito de reavê-los.

    Não foi por acaso que depois de vinte e oito anos de dedicação ao magistério me vi fortemente atraída por algo que já estava em minha vida desde a infância.

    Ao me envolver com a Holopuntura percebi que era uma técnica que estava à disposição de outras modalidades holísticas e a serviço do bem estar de pessoas, tendo como premissa central a possibilidade de aplicação de estímulos em micro regiões (pontos) e com isso obter reações globais, despertando os próprios recursos naturais de auto-harmonização. Desta forma vi a possibilidade de usar a Fitoterapia em conjunto com a Holopuntura.

    Desde o início do Curso de Holopuntura, em junho de 2005, o que mais me empolgou, na técnica, foi a utilização dos Pontos de Alarme, pois eu já tinha familiaridade com eles.

    Ao iniciar o Curso de Fitoterapia constatei que na verdade eu estaria, com ele, ampliando minhas possibilidades de trabalho com os clientes, de uma forma mais eficiente, pois o “novo” dava a possibilidade do cliente continuar equilibrando-se “em casa”, usando os fitoterápicos como um complemento ao tratamento por mim desenvolvido em um pouco mais de uma hora de atendimento.

    No mês de outubro iniciei o atendimento supervisionado a três clientes muito especiais, utilizando os conhecimentos que estava recebendo através do curso. Eles já eram meus clientes em Terapia Corporal, Cromoterapia, Reflexoterapia Podal e Reiki.

    Vi a possibilidade de associar a Fitoterapia como aliada da Holopuntura às minhas técnicas e passei a utilizá-las, dessa forma, com todos os meus clientes, mas escolhendo três para serem meus instrumentos de avaliação através da supervisão de relatórios que deveriam ser encaminhados semanalmente ao docente Henrique Vieira Filho.

    Esses três clientes vivem momentos e situações emocionais totalmente diferentes, cada qual com seu desafio, trazem um baú de bagagem, composta de conflitos, medos, inseguranças e muitos outros sentimentos, bons e ruins.

    Posso descrever desta forma meus clientes especiais:

    Cliente nº. 1 – Mulher, 48 anos, professora readaptada por incompatibilidade profissional, com uma história de vida marcada por muitas discriminações dentro da própria família; uma juventude marcada pela rebeldia e por uma grande frustração amorosa; um passado recente com envolvimentos em drogas e várias crises depressivas; internação em clínica de recuperação de dependentes químicos; grande preocupação com a obesidade, tem mania compulsiva por limpeza e sente-se mal casada, mas não tem coragem de assumir uma separação; recentemente sofreu muito a perda do pai e no momento vive preocupada com o futuro do filho que tem 18 anos. Apresenta vários problemas de saúde física.

    Cliente nº. 2 – Mulher, 57 anos, nível sócio econômico elevado, pessoa com trato social super-refinado; culturalmente uma pessoa muito sofisticada, vive um casamento muito bem estruturado. Emocionalmente trata-se de uma pessoa com uma carga muito pesada de rancores e mágoas trazidas desde a infância; não se relaciona bem com familiares e tem diferenças marcantes com a única filha. Crítica e dominadora, inflexível consigo mesma e com os outros vive crises de afastamento das pessoas e de tristeza porque as pessoas também se afastam dela.

    As duas clientes recebem atendimento médico e trazem um diagnóstico de órgãos afetados, disfunções glandulares e fisiológicas, fazendo uso de medicamentos de uso contínuo.

    Cliente nº. 3 – Mulher, 45 anos, com uma história de vida de muito trabalho ao lado do marido; há dois anos vem sofrendo terrivelmente por conta de um adultério cometido pelo marido e isso gerou muitos problemas emocionais, dores de cabeça e outros sintomas físicos, Não procura acompanhamento médico. Viveu uma fase de busca de uma melhor auto-estima através de cirurgias plásticas, freqüência em academia e por último veio em minha procura. Não utiliza medicamentos rotineiramente.

    Os três foram esclarecidos sobre as várias técnicas de Terapia Holística que utilizo e a respeito dos benefícios que elas podem proporcionar.

    Às duas que estão sendo acompanhadas pelo médico pedi que continuassem a seguir rigorosamente todas as suas orientações e que nada fosse alterado em suas rotinas, sem o parecer do profissional que as acompanha.

    Uma das clientes já vem recebendo a Terapia Corporal há muito tempo com conta de um sério problema na coluna vertebral; uma delas iniciou o tratamento buscando a Drenagem Linfática logo após uma de suas cirurgias e continuou a vir quando percebeu que suas dores de cabeça e a TPM não a incomodavam mais. A outra veio após a leitura de um artigo que escrevi no jornal periódico da cidade e de uma conversa a respeito dos benefícios que ela poderia desfrutar na TH.

    Todas elas procuraram a TH por vontade própria, depois que tomaram conhecimento a melhoria da qualidade de vida e o afastamento dos desconfortos vividos no cotidiano que a TC poderia oferecer.

    Duas delas vieram pensando na Terapia Corporal e até utilizando termo inadequado para nomear o que desejavam, pois viviam com constantes desconfortos musculares e articulares, tensões, inchaços nas pernas, celulite, etc.

    Na verdade também sofriam com dores de cabeça, problemas de pele, queimação no estômago, etc. e buscavam soluções e alívio para algo que os incomodava muito, mas que não sabiam tratar-se de desequilíbrios provocados por emoções negativas que foram acomodando-se em seus músculos, articulações e outras partes do corpo como carapaças protetoras, como escudos, com os quais poderiam se defender, caso as situações voltassem a atacá-los.

    Iniciei o trabalho com as três usando a TC Relaxante e obtive melhoras significativas, mas quando comecei a utilizar as Técnicas da Holopuntura, auxiliada pela Fitoterapia, associadas ao que já vinha desenvolvendo com eles, as mudanças tornaram-se brilhantes aos olhos...

    Passei a fazer, antes de tudo, a Avaliação dos Pontos de Alarme ou então aplicando a Pulsologia de Nogier para ter um ponto de partida na avaliação do momento de cada uma de minhas clientes.

    Tendo a resposta do corpo, dizendo-me o que estava desequilibrado energeticamente, segundo os Cinco Movimentos Chineses, poderia partir para o teste de adequação dos Fitoterápicos, que eram escolhidos mediante as informações recebidas nas aulas do curso.

    A escolha dos Fitoterápicos para o teste de adequação normalmente era feita tendo como base:

    1º.- a nossa Fitoteca Essencial, composta de cinco Fitoterápicos Básicos, cada um deles específico para desequilíbrios YIN e YANG de cada um dos Cinco Movimentos Chineses, a saber: Madeira – Alecrim, Fogo – Lavanda, Terra – Calêndula, Metal – Tomilho, Água – Cavalinha.

    2º.- a nossa Fitoteca Ampliada onde encontramos mais opções de escolhas de ervas que servirão, algumas para desequilíbrios YIN e outras para desequilíbrios YANG.

    O teste de adequação consiste em escolher as plantas que o TH julga adequadas e através de técnicas específicas verificar quais delas são realmente adequadas para aquele exato momento do cliente.

    Este poderá ser feito nos Pontos de Alarme, se a busca do desequilíbrio se baseou na avaliação deles. Neste caso as plantas selecionadas são colocadas, uma a uma, em contato com a mão do cliente e o ponto sensível ao toque novamente é pressionado. A baixa da sensibilidade nos revelará qual a mais adequada para o momento que estamos tratando.

    Se estivermos utilizando a Pulsologia de Nogier, após avaliarmos as regiões reflexológicas (nas orelhas, mãos ou pés) e detectarmos o local que apresentou-se em desequilíbrio, procederemos da mesma forma: podemos colocar, com ajuda de uma pinça, um pontinho de cada planta, uma de cada vez, no local e avaliar o Sinal de Nogier, como reação ao efeito delas.

    Meu trabalho com minhas três clientes consistiu nessas técnicas, sempre complementadas com Terapia Corporal ou com banhos terapêuticos preparados sempre com o Fitoterápico adequado para aquele momento que a cliente vivenciava.

    Nas três clientes os fitoterápicos e minhas próprias mãos foram sempre meus principais instrumentos de estimulação e energização dos locais correspondentes aos meridianos em desequilíbrio.

    Utilizei óleos essenciais, a planta fresca colhida em minha própria horta, cremes e óleos vegetais orgânicos de boa procedência.

    Fazendo uso do BRT recomendei o chá adequado para cada momento delas e orientei-as sobre como preparar e tomar cada um deles.

    Todos os atendimentos a esses clientes foram relatados de forma minuciosa, inclusive com os diálogos estabelecidos no momento da terapia, foram postados no site do SINTE e colocados à disposição, para avaliação e posterior orientação. do nosso orientador/supervisor/docente/TH, Henrique Vieira Filho

    O Aconselhamento, como forma de interação cliente/terapeuta, levando o cliente ao auto conhecimento e a mudança em várias áreas (comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida, além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões) fez parte do processo terapêutico,

    Vi nesta técnica a possibilidade de estabelecimento de um vínculo muito mais forte na relação terapeuta/cliente e vice-versa, além da possibilidade do “extrapolar” das emoções, que normalmente ocorre no decorrer do atendimento.

    Com o aconselhamento obtive momentos muito emocionantes durante os processos terapêuticos, explosão de sentimentos muito fortes guardados pelas clientes.

    Durante todo o tempo em que venho trabalhando como Terapeuta Holística fui integrando ao processo de Terapia Corporal Manipulativa a Reflexoterapia Podal, que considero uma técnica que permite o acesso aos planos físico e espiritual do ser; um meio de prevenção dos desequilíbrios e do reconhecimento precoce dos mesmos. Hoje, após o Curso de Fitoterapia, posso, seguramente, aplicar as ervas, também nos pés dos meus clientes com a certeza de que o efeito será sempre benéfico.

    Ela não apresenta efeitos colaterais e serve-se como excelente técnica quando o cliente chega até nós manifestando timidez ou sentindo-se desconfortável, pelo simples fato de ser tocada.

    Quando você segura os pés de alguém, está segurando a alma dessa pessoa”.

    Com o mapeamento dos pés segundo os Cinco Movimentos Chineses todo o processo de terapia através das zonas reflexológicas podais ganhou um novo sentido, uma nova visão, na hora de exercer as pressões e descobrir desequilíbrios que atingem desastrosamente a harmonia do ser como um todo.

    Com a Pulsologia de Nogier, técnica prática e de fácil aprendizado, aplicada à Fitoterapia, podemos definir os estímulos/vegetais mais adequados para o momento especial do cliente, tomando o pulso e verificando como ele reage a este ou aquele, e decidir sobre qual usar, a fim de obter melhores resultados em matéria de harmonização.

    Basta testar cada opção que deseja aplicar, por sobre cada ponto localizado no percurso dos meridianos selecionados com em desequilíbrio e verificar qual deles faz com que o Sinal de Nogier seja mais nítido, limpo, forte, seja pelos trancos ou pelas sumidas.

    .

    Enfim, a Fitoterapia associada à Holopuntura permite, de várias maneiras, cuidar de gente, isto é, seres onde o TODO deve estar em uníssono com o UNIVERSO, pois que ele mesmo é um Universo em Miniatura.

    RESULTADOS

    Em todas elas pude notar aspectos emocionais muito fortes provocando os desequilíbrios, bloqueando a energia e gerando problemas sérios a serem resolvidos.

    A cliente nº.1 apresenta sinais de enraizamento profundo de suas emoções negativas; sempre conviveu com a baixa auto-estima; sempre se sentiu o patinho feio da casa; sempre foi tratada como a ovelha negra da família. Foi discriminada por colegas e professores, que a chamavam de “louca”. Perdeu o maior amor de sua vida por causa da sogra que não permitiu que o filho continuasse o namoro...

    Necessita de acompanhamento terapêutico constante, pois volta a se desequilibrar com muita facilidade. Apresenta muitos altos e baixos emocionais e isso denota que está muito insegura emocionalmente. Apresenta a fala enrolada e apressada, gagueja muito, apresenta salivação excessiva e sua saliva costuma acumular em forma de espuma nos cantos da boca. Tem um problema nasal que faz que tenha constantemente secreções secas grudadas nas bordas das narinas. Isso a constrange muito e ela vive com o nariz avermelhado, e até ferido, de tanto fazer a higiene do mesmo. Tem complexo do cabelo, da gordura, do marido, de tudo. Sente-se muito infeliz. Vez ou outra ainda extrapola na bebida e depois fica com remorsos. Sente-se vitoriosa apenas no que diz respeito ao filho, que realmente é uma preciosidade nos dias de hoje.

    Não vi nesta cliente resultados totalmente satisfatórios, mas só o fato de ela ter comparecido direitinho às seções de terapia foi ponto muito positivo visto que nunca tinha conseguido ir às seções da psicóloga por três vezes consecutivas.

    Outro ponto positivo foi o de que normalmente ela chegava num estado de humor considerado como ruim, mas ao sair ia toda feliz para casa como se nada tivesse ocorrido antes de vir para cá.

    Ela continuará a terapia.

    A Cliente nº 2 é o típico caso de pessoa que se acha super equilibrada; é a dona da verdade, orgulhosa, prepotente e crítica; apresenta até uma tendência a humilhar as pessoas, principalmente em se tratando de subalternos. Tem seu lado bom e amoroso, mas parece querer sufocá-lo com gestos e atitudes que denotam frieza de sentimentos... Rejeita os presentes que lhe dão se eles não são do seu agrado ou se julga não estarem á sua altura... Despreza as pessoas de uma forma muito vil se estas a contrariam em suas vontades, inclusive a própria filha. Não admite ser contrariada e não cede em suas exigências. Sente-se uma pessoa superior tanto financeiramente como culturalmente. Em cinco anos em que viveu na cidade estabeleceu vínculo de amizade com apenas três pessoas e mesmo assim ainda fazia duras críticas ao comportamento delas. Ninguém a conhecia! Seu relacionamento com as pessoas se limitava ao encontro semanal para as aulas de yoga, conversas ali e nada mais. Saiu do espaço... Não a conheço!

    Consegui ver algumas mudanças em seu comportamento porque a questionei seriamente a respeito de algumas coisas, principalmente no que diz respeito aos ressentimentos em relação à mãe e na disputa que trava constantemente com a filha.

    A cliente mudou para muito longe daqui e não pudemos dar continuidade ao tratamento.

    A cliente nº. 3 chegou até mim numa fase muito difícil de sua vida.

    Estava sentindo-se ferida moralmente com a traição cometida pelo marido, humilhada por ter sido trocada por uma pessoa de baixo nível e de uma feiúra notável! Sentia-se afrontada!!! Não aceitava a atitude de desrespeito do marido para com ela... Ela foi a companheira por trinta anos... A batalhadora... Esteve sempre ao lado dele e de repente é troca por uma porcaria! Começou a sentir fortes dores de cabeça e no corpo todo... Nunca tinha sido mal humorada e agora vivia assim um dia sim e o outro também... Tinha insônias, enjôos, dores de estômago, diarréias, etc... Começou a sentir fome exagerada... Engordou muito! Entrou em pânico! Procurou um cirurgião plástico e fez várias cirurgias, uma depois da outra...Veio me procurar para fazer drenagem linfática após a cirurgia da barriga... Não parou mais.

    Passou por muitas mudanças positivas; começou a ver a vida e as pessoas de uma outra forma. Começou a se auto valorizar não apenas fisicamente, mas como um ser humano com dignidade e valores interiores muito nobres. Ela continua em processo terapêutico.

    Avaliando os resultados dos desequilíbrios, de forma quantitativa, neste período de atendimento para a supervisão cheguei ao seguinte quadro:

    Cliente nº. 1 –

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    2 vezes

    Madeira

    4 vezes

    C

    nenhuma

    ID

    nenhuma

    TA

    1 vez

    CS

    1 vez

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    2 vezes

    Terra

    4 vezes

    P

    4 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    5 vezes

    R

    nenhuma

    B

    3 vezes

    Água

    3 vezes

    Como se pode ver, foi no movimento Metal que ocorreu a maior incidência de desequilíbrios energéticos nesta cliente, mas é preciso considerar que em Madeira e Terra quase houve empate com Metal.

    Avaliando as emoções relacionadas com esses três movimentos em desequilíbrio, podemos constatar que RS apresenta desequilíbrios generalizados, mas nenhum deles chega a ser exagerado.

    O Movimento Fogo manteve-se equilibrado, na maioria das vezes, e isso freou tanto a apatia quanto a euforia das emoções relacionadas com os outros movimentos.

    Uma grande incidência de desequilíbrios ocorreu no Movimento Madeira, onde as emoções negativas são: raiva, irritação, impaciência, além de outras relacionadas.

    Outra incidência significativa ocorreu no Movimento Terra, onde as emoções negativas são: crítica, preocupação e suspeita.

    O que caracteriza o comportamento da cliente realmente são as emoções relacionadas com o movimento Metal: melancolia, tristeza, depressão, sensação de que a vida não vale a pena, sentimento de amor impossível, nostalgia e desânimo: é por aí que os pulmões são feridos. A respiração se torna ineficiente, a troca com o meio exterior é ruim, não desintoxicamos nosso organismo e nem renovamos a carga de oxigênio.

    Em todos os desequilíbrios detectados durante este período de supervisão a cliente foi orientada sobre a utilização dos chás fitoterápicos como forma de harmonizar seus estados emocionais e manutenção de sua qualidade de vida.

    Os resultados foram sempre positivos e ela sempre relatou sobre a melhora que sentia após a ingestão dos mesmos.

    Cliente nº. 2

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    nenhuma

    Madeira

    2 vezes

    C

    2 vezes

    ID

    nenhuma

    TA

    Nenhuma

    CS

    Nenhuma

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    1 vez

    Terra

    3 vezes

    P

    6 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    7 vezes

    R

    3 vezes

    B

    1 vez

    Água

    4 vezes

    Foi gritante a incidência de desequilíbrios no Movimento Metal.

    Apesar de todas as manifestações da cliente de sua prepotência, de sua auto-suficiência, de sua ação dominadora, de sua capacidade de liderança, o quadro mostra que YRCA é uma pessoa com muitos medos e receios, dado o número de desequilíbrios no movimento Água; ao mesmo tempo carrega em seu coração uma carga muito grande de tristeza que pode ser gerada pelo desgaste que ela se auto-aplica por conta de suas mágoas (águas ruins), seus rancores e ressentimentos. Quer amar as pessoas, mas as mágoas são muito grandes... Quer perdoá-las, mas o orgulho não permite que aja assim. Quer se reconciliar com as pessoas que fazem parte de sua história de vida, mas sente medo e desconfia que essas pessoas querem se aproximar dela por mero interesse. Sendo muito apegada aos bens materiais acha que as pessoas aproximam-se dela com o objetivo de tirar vantagens.

    Esses sentimentos estão instalando-se e ela começa a somatizar essas emoções negativas em seu corpo físico.

    Mas é Metal que se encontra mais desequilibrado...

    A cliente mostra-se altiva, mas em suas palavras percebe-se a melancolia, a tristeza, e uma tendência a isolar-se das outras pessoas, fechando-se no seu mundinho pessoal. Está sempre envolto em leituras, artesanato, filmes, arrumação de gavetas, reforma de roupas... Não gosta de se relacionar com outras pessoas.

    As emoções relacionadas com o Movimento Metal são fortes em sua vida, mas ela procura disfarçá-las ou escondê-las através de comportamentos excêntricos.

    De uma maneira geral ela preocupa-se muito com a saúde física e mental.

    Procura os médicos e faz muitos exames com muita freqüência; freqüenta academia, fazendo musculação, curte a natureza, as plantas, as flores, os pássaros e os animais em geral.

    Para YRCA, tomar chá é muito chique e ela fez do ato um momento sofisticado em sua vida.

    Cliente nº. 3

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    1 vez

    VB

    2 vezes

    Madeira

    3 vezes

    C

    3 vezes

    ID

    3 vezes

    Fogo

    -

    TA

    1 vez

    CS

    2 vezes

    Fogo

    9 vezes

    E

    1 vez

    BP

    1 vez

    Terra

    2 vezes

    P

    3 vezes

    IG

    Nenhuma

    Metal

    3 vezes

    R

    nenhuma

    B

    1 vez

    Água

    1 vez

    O movimento Fogo dominou toda a ação e as emoções de SRGM e sofreu a ação de suas emoções.

    O que afeta os processos de Fogo é o excesso de prazeres e alegria, ou, ao contrário, a privação deles.

    A cliente vivenciou situações extremas de excitação e de melancolia. Teve dias em que chegou eufórica de alegria, outros em que veio sentindo raiva, outros chegou com dor de cabeça e muito irritada.

    Apresenta tendência ao cansaço físico e esteve sempre às voltas com dores musculares e articulares.

    Seu estado de humor normalmente apresentou-se bom, apesar das tristezas que apresentou em algumas ocasiões. Também manifestou revolta e esteve com a auto-estima em baixa. É uma pessoa capaz de sair de um “baixo astral” com a mesma rapidez com que entrou, ou então, estar bem e, de repente, sentir-se muito triste. Tem um coração capaz de perdoar e isso favorece seu bom relacionamento com as pessoas em geral e especialmente com a família.

    Relatou que a experiência com os chás foi muito boa e que notou mudanças em vários aspectos de sua vida após a introdução deles.

    Lado a lado com o tratamento Fitoterápico, via chás, elas sempre receberam a Terapia Corporal, na maioria das vezes Relaxante e, nessas oportunidades eu já trabalhava percursos de meridianos em desequilíbrio, buscando pontos doloridos e aplicando estímulos com a planta selecionada como adequada para aquele momento específico de cada uma delas.

    Todas elas desenvolveram o hábito de tomar seus chazinhos.

    Comparativamente às correntes teóricas que se baseiam em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a fitoterápicos, a escolha pela Pulsologia e Pontos de Alarme mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da autoconsciência.

    Do ponto de vista legal, esta abordagem da Fitoterapia igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com as plantas em formato absolutamente diferente da abordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    DISCUSSÃO

    Os trabalhos realizados com a Fitoterapia, aliada à Holopuntura e a Terapia Corporal permitiram que meus clientes entrassem em contato com os medos, traumas e os outros sentimentos que desconheciam serem tão fortes em si mesmos.

    O estímulo fitoterápico em pontos e regiões correspondentes aos bloqueios trouxe uma resposta emocional que lhes permitiu o auto-conhecimento necessário à estruturação de seus desejos.

    Duas delas vieram com baixa auto-estima, com uma grande carência afetiva e com sentimentos negativos corroendo o corpo, a mente e a alma, enquanto uma delas, muito senhora de si, não tinha consciência da bagagem negativa que carregava em seu íntimo.

    A manipulação corporal lhes proporcionou bem estar, sensação de segurança e alívio geral, como se algo tivesse sido arrancado de suas entranhas, libertando-os de correntes que sufocavam.

    A avaliação dos desequilíbrios através da análise dos Pontos de Alarme possibilitou ao TH tomar conhecimento das emoções que bloqueavam as energias e traçar um caminho em direção ao equilíbrio.

    Através da Pulsologia de Nogier também foi possível ter uma visão do que se passava no interior de cada uma delas, associando as emoções regidas por cada um dos Cinco Movimentos Chineses aos desequilíbrios apresentados, como se as olhasse através de um aparelho capaz de mostrá-las em suas intimidades.

    Percebi em meus clientes, e cheguei à conclusão de que nós adultos temos bloqueios nos canais da alegria, geramos insatisfações e amarguras, cultivamos a descrença e os medos, como conseqüência de um processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de “expressão e de manifestação” foi podada pelos adultos que nos orientaram, pelos padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por muitas cobranças e pelo constante apontar de defeitos e falhas.

    Se havia imperfeição simplesmente ela existia porque estávamos em fase de aprendizado e formação, mas não porque estávamos predestinados a ser pequenos e ínfimos.

    É assim que muitos adultos se sentem, gerando bloqueios nos meridianos e desequilíbrios nos movimentos diversos do ciclo natural da vida.

    Uma das causas que podem tê-los conduzido a esse estado de desarmonia, provavelmente seja o fato que não terem tido a oportunidade de traçarem por si mesmos seus destinos, e caminharem sozinhos, experimentando as alegrias e as tristezas da própria escolha.

    Com este Método de Trabalho Terapêutico com os Fitoterápicos o próprio corpo determinará que plantas são as mais adequadas para um momento especial de cada cliente; não precisamos decorar listas de plantas “boas para isto ou para aquilo” como fazia minha mãezinha...

    Caberá ao TH única e exclusivamente buscar onde está o problema e perguntar ao corpo o que ele necessita naquele momento para solucioná-lo.

    Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

    CONCLUSÃO

    No decorrer do curso e, principalmente neste período de prática supervisionada pude perceber o quanto a Fitoterapia aliada à Holopuntura permite ao Terapeuta Holístico ajudar aos seus clientes a se verem como realmente são e nomear seus sentimentos; a dar um mergulho dentro de si mesmo e retornar renovados e conscientes das sombras do seu interior.

    Com a Fitoterapia aliada à Holopuntura o terapeuta Holístico tem oportunidade de caminhar na direção certa, seguindo a sinalização dada pelo próprio corpo do cliente e, desatar os “nós” que atrapalham o livre fluxo das energias.

    A cada novo atendimento vamos percebendo como as pessoas vão se modificando e ainda que os bloqueios se repitam por várias vezes nos mesmos meridianos, a intensidade com que aparecem vai sendo reduzida.

    Os estímulos fitoterápicos aplicados vão possibilitando que as emoções que geram os desequilíbrios venham à tona, em forma de reações diversas, com um único objetivo: a liberação do caminho para a energia vital.

    Trabalhadas em conjunto com manobras da Terapia Corporal, seja ela de que modalidade for, trabalhando músculos e articulações, relaxando, drenando ou estimulando, naturalmente estarão concorrendo para a mobilização dos fluidos do corpo, para a liberação de elementos químicos prejudiciais, acumulados em decorrência dos bloqueios provocados pelas emoções, sejam elas de que natureza for.

    A Fitoterapia aliada à Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal, permitiu que meus clientes se sentissem mais conscientes:

    - RS – começa a tomar as rédeas de sua vida de uma forma mais responsável, assumindo seu corpo como ele é, sendo mais ela mesma, sem se preocupar com o que pensam as outras pessoas, exteriorizando seus sentimentos de forma amena; sabendo viver sem a tutela do pai que sempre lhe deu excesso de apoio.

    - YRCA - compreendeu melhor os fatos ocorridos em sua vida; começou a pensar em perdoar sua mãe e a descer até a filha numa tentativa de harmonizar todos os sentimentos.

    - SRGM – teve oportunidade de encontrar-se de forma profunda com suas verdades, seus sentimentos, suas emoções e luta para conseguir levar a vida de forma mais tranqüila, aceitando as pessoas como elas são.

    Duas delas continuam o processo terapêutico e vindo semanalmente para os atendimentos enquanto outra se mudou de cidade.

    A Fitoterapia em Cinco Movimentos possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares.

    O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a seleção das plantas graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento.

    A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    1-HIRSCH, SONIA

    Manual do Herói

    Gráfica e Editora Prensa - 1990

    2-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    HOLOPUNTURA – A Quintessência da União de Técnicas.

    São Paulo. SINTE – CEA – Vol.1

    3-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Curso de Holopuntura

    São Paulo – SINTE – CEA – 2005

    4-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    O Microcosmo Sagrado: O segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento.

    São Paulo – Lumina Editorial, 1998

    5-WEIL.PIERRE

    HOLÍSTICA: Uma nova visão e abordagem do real.

    São Paulo – Palas Athenas, 1990

    6- VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Fitoteca em cinco Movimentos

    7- Textos Relacionados ao Curso de Fitoterapia, Postados no Site (CEA) pelo docente HVF.

    ANEXOS E APÊNDICES

    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    2.PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3.INTRODUÇÃO   A Fitoterapia conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante ao uso terapêutico das plantas.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 ObjetivoDefinir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob os paradigmas holísticos, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    5.1.2 FITOTERAPEUTA — Realiza testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios, da pulsologia e de testes musculares, propondo o uso dos vegetais corretos para cada caso; faz uso das propriedades terapêuticas das ervas sob diversas formas, tais como chás, banhos, compressas, óleos, extratos, inalações, dentre outras, visando não só despertar a capacidade de auto-equilíbrio, como, também, suprir a necessidade de certas substâncias e energias sutis que atuarão como princípios energoativos para a harmonização psicofísica.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THF — Fitoterapeuta;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.

    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Fitoterapia aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 — Fitoterápicos — aquisição e indicação

    5.3.3.1 — Opção 1: aquisição dos fitoterápicos pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os fitoterápicos serão doados, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.3.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar fitoterápicos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.3.3 — A seleção dos fitoterápicos a serem recomendados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de:

    5.3.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.3.2 — Pulsologia e/ou de testes musculares (como por exemplo, o Omura Test).

    5.3.4 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permanecer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    A Fitoterapia na História do Brasil

    (Texto publicado no informativo Herbarium Saúde, número 29/04)

    O Brasil tem uma das mais ricas biodiversidades do planeta, com milhares de espécies em sua flora.

    Possivelmente, a utilização das plantas – não só como alimento, mas também como fonte terapêutica começou desde que os primeiros habitantes chegaram aqui, há cerca de 12 mil anos, dando origem aos “paleoníndios” amazônicos, dos quais derivaram as principais tribos indígenas do país.

    Pouco, no entanto, se conhece sobre esse período.

    As primeiras informações sobre os hábitos dos indígenas só vieram à luz com o início da colonização portuguesa, a começar pelas observações feitas na ilha de Santa Cruz pelo escrivão Pero Vaz de Caminha, da esquadra de Pedro Álvares Cabral, em sua famosa Carta a El Rei Dom Manuel.

    Um pouco mais tarde, entre 1560 e 1580, o padre José de Anchieta

    detalhou sobre as melhoras plantas comestíveis e medicinais do Brasil em suas cartas ao Superior Geral da Companhia de Jesus.

    Descreveu em detalhes alimentos como o feijão, o trigo, a cevada, o milho, o grão-de-bico, a lentilha, o cará, o palmito e a mandioca, que era o principal alimento dos índios. Anchieta citou também verduras como a taioba-roxa, a mostarda, a alface, a couve, falou das frutas nativas como a banana, o marmelo, a uva, o citrus e o melão, e mostrou a importância que os índios davam às pinhas das araucárias.

    Das plantas medicinais, especificamente, Anchieta falou muito em uma

    erva-boa”, a hortelã-pimenta, que era utilizada pelos índios contra indigestões,

    para aliviar nevralgias e para o reumatismo e as doenças nervosas.

    Exaltou também as qualidades do capim-rei, do ruibarbo do brejo, da ipecacuanha preta, que servia como purgativo; do bálsamo da copaíba, usado para curar feridas, e da cabriúva vermelha.

    Outro fato que chamou a atenção do missionário foi a utilização dos timbós pelos índios, especialmente da espécie Erythrina speciosa.

    O timbó, de acordo com o Aurélio, é uma “designação genérica para leguminosas e sapindáceas que induzem efeitos narcóticos nos peixes, e por isso são usadas para pescar.

    Maceradas, são lançadas na água, e logo os peixes começar a boiar, podendo facilmente ser apanhados à mão. Deixados na água, os peixes se recuperam, podendo ser comidos sem inconvenientes em outra ocasião”.

    Quase tudo que se sabe da flora brasileira foi descoberto por cientistas

    estrangeiros, especialmente os naturalistas, que realizaram grandes expedições cientificas ao Brasil, desde o descobrimento pelos portugueses até o final do século XIX.

    Essas grandes expedições tinham o intuito de conhecer e explorar as riquezas naturais do país, conhecer a geologia e a geografia do Novo Mundo, bem como determinar longitudes e latitudes para a elaboração dos mapas”.

    Listagem atualizada de Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos:

    De acordo com a RESOLUÇÃO-RE Nº 89, DE 16 DE MARÇO DE 2004, expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

    Arctostaphylos uva-ursi Spreng (Uva-ursi): Venda sob prescrição médica

    Centella asiatica (L.) Urban, Hydrocotile asiatica L. (Centela, Gotu kola ): Venda sob prescrição médica

    Cimicifuga racemosa (L.) Nutt.(Cimicífuga): Venda sob prescrição médica

    Echinacea purpurea Moench (Equinácea): Venda sob prescrição médica

    Ginkgo biloba L. (Ginkgo): Venda sob prescrição médica

    Hypericum perforatum L. (Hipérico): Venda sob prescrição médica

    Piper methysticum Forst. f. (Kava-kava): Venda sob prescrição médica

    Serenoa repens (Bartram) J.K. Small 25 (Saw palmetto): Venda sob prescrição médica

    Tanacetum parthenium Sch. Bip. (Tanaceto): Venda sob prescrição médica

    Valeriana officinalis (Valeriana): Venda sob prescrição médica

    Hamamelis virginiana (Hamamelis): Venda sob prescrição médica

    Autor: : NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS - CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA
    Última atualização: 28/01/2009 12:35


    O atendimento virtual e o uso dos Florais de Bach: um estudo de caso

    Nota da organização: o trabalho a seguir trata-se do primeiro estudo de atendimento à distância com Terapia Holística. Não é intenção do SINTE, nem da autora do trabalho, passar a impressão de que este formato substitua o contato pessoal entre Cliente e Terapeuta Holístico em ambiente de consultório.

    O atendimento virtual e o uso dos Florais de Bach: um estudo de caso 

    Andrea Pavlovitsch

    Terapeuta Holística -

    Disciplina: Terapia Floral de Bach

    Orientador: Henrique Vieira Filho – CRT 21001 
     
     
     
     
     
     

    São Paulo

    2008 
     
     
     

    Epígrafe
    A grande invocação
     
     

    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra 

    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra 

    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem. 

    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal. 

    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra. 


     Dedicatória 

    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.  

    Dedico a meus amigos e colaboradores. 
      

    Agradecimentos 

          Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem à oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

          Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

          Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

          Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.  
     
     
     
     
    Sumário

     
     
     
     
    1. Introdução..............................................................................................................8

       1.1 A história da internet              ...............................................................................8

       1.2 Internet inserida na cultura atual          .................................................................9

       1.3 Os Florais de Bach e seu uso terapêutico.............................................................10

          2. Material e metodologia...........................................................................................12

          2.1. Material ...............................................................................................................12

          2.2 . Método...............................................................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................14

    4. Discussão.....................................................................................................................18

    5. Conclusão....................................................................................................................19

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................20

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................21 
     
     
     
     
     
     
     Resumo

     

    O presente trabalho visa demostrar um caso de uso dos Florais de Bach e a eventual resposta da cliente ao seu uso associado ao aconselhamento terapêutico. A diferença, porém, é que, neste caso, foi usada a via virtual de comunicação, ou seja, uma cliente de uma outra cidade, não a da terapeuta, e que realizava sessões através do uso de um comunicador MSN Messenger, na rede mundial de computadores.

    O objetivo do trabalho é demostrar como o uso da internet pode ser benéfico ou não para um novo tipo de atendimento, utilizando as novas ferramentas. Quais são as vantagens e desvantagens deste novo meio de comunicação e as facilidade e dificuldade encontradas durante o caminho.  
     
     

    1. Introdução

    1.1. A história da internet

     

    A internet surgiu, inicialmente, como um rede de proteção de dados nos EUA na época da Guerra Fria, na década de 60. Temendo um ataque inimigo, o Departamento de Defesa Americano criou um sistema de dados que poderiam ser configurados num local e visto em outro, mesmo a dezenas de quilômetros de distancia, num sistema chamado de chaveamento de pacotes. Depois do fim da Guerra Fria entre as duas grandes potencias mundiais da época (Estados Unidos e União Soviética) algumas universidades receberam a incumbência de desenvolver os sistemas utilizados, dado origem, então, a internet: 

      A mesma lógica se deu com a Internet. Jovens da contracultura, ideologicamente engajados ou não em uma utopia de difusão da informação, contribuíram decisivamente para a formação da Internet como hoje é conhecida. A tal ponto que o sociólogo espanhol e estudioso da rede, Manuel Castells, afirmou em seu livro "A Galáxia da Internet" (2003) que "A Internet é, acima de tudo, uma criação cultural". (Wikipédia) 

    Já nos anos 80, o interesse pela rede mundial de computadores era tamanha que ela passou a despertar mais e mais interesses dos pesquisadores. "Em 1989 a contribuição do cientista Sir Tim Berners-Lee do CERN, Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares) muda definitivamente a face da Internet" (Wikipédia). Estava então criada a Word Wide Web (a famosa www) um sistema que inicialmente interligava sistemas de pesquisas científicas e acadêmicas, interligando universidades. Depois dos anos 90 porém, com a divulgação da internet para o grande público, este passou a ser o sistema que gerencia todo e qualquer conteúdo deixado na internet, que deve ser acessado diretamente de um computador através de um navegador.

    No Brasil a internet passou a vigorar da maneira como conhecemos a partir de 1995, quando o governo abriu os sistemas, antes restritos as pesquisas e universidades, para a comercialização.  
     
     
     

    1.2. Internet inserida na cultura atual 

    Segundo levantamento feito pelo IBOPE sobre o número de usuários de internet no Brasil, em 2001 haviam 9,8 milhões de internautas , o que perfaz 5,7% da população brasileira. Já em 2007 este número já chega a 21,5 milhões de indivíduos, ou seja, 14% da população, o que nos mostra a rapidez com que este meio ingressou na vida dos brasileiros. Além disso, o Brasil é considerado o país com maior tempo médio de navegação residencial por internauta . Isso entre os 10 países monitorados pela Nielsen/Netratings. Ele está à frente da França, EUA, Alemanha e Reino Unido. O crescimento da internet nos lares brasileiros cresce ao assombroso ritmo de 45,5% ao ano.

    Várias são as pesquisas indicando o crescimento da importância da internet na vida dos brasileiros. O Brasil é, por exemplo, o maior usurário mundial do site de relacionamento ORKUT, merecendo até mesmo uma versão em português (o site foi criado pelo turco Orkut Büyükkökten) já nos primeiros meses de sua existência. A internet é utilizada também  para fazer compras (gerando R$ 7,5 bilhões em vendas em 2004), fazer boletins de ocorrência (de 2000 a 2004 haviam sido registrados 432.177 mil boletins), pesquisas, educação a distancia (até mesmo de cursos universitários), procura de vagas para emprego e toda sorte de divulgações e publicidades. Hoje, é considerada ferramenta essencial para publicitários, havendo mesmo propagandas televisivas que fazem alusão aos sites de internet. A maior parte ainda dos usuários é da classe A e B, mas este quadro está mudando com a popularização dos preços dos equipamentos (computadores) e barateamento do custo do acesso mensal devido a grande oferta, dando maior possibilidade a classe C.

    Diante deste quadro é impossível negar a sua importância e importância da cultura que se gera em volta desta ferramenta. Jovens e crianças hoje utilizam a internet como algo essencial em suas vidas, marcando encontros com os amigos, paquerando ou apenas jogando no computador. É quase impossível encontrar um jovem que não tenha um endereço de e-mail (endereço de correspondência eletrônica) e até mesmo os adultos e a terceira idade estão aprendendo a utilizar a ferramenta para trabalho, diversão ou mesmo economia na hora de falar com parentes distantes. Aliás, a Internet rompe distancias e limites que antes eram colocados para as pessoas além de protege-las de um mundo cada vez mais violento e perigoso. É possível conversar com qualquer pessoa ao redor do mundo, apenas pagando uma taxa local de ligação (através de programas como Skipe) ou conversar através dos chamados "Messengers", ferramentas altamente populares que permite a conversação online de pessoa em diferentes pontos do planeta. Além disso, a cultura ficou muito mais acessível. Se antes era impossível ter acesso aos números do IBOPE, por exemplo, (que só eram liberados para os que encomendavam as pesquisas), hoje é possível encontrar números com apenas alguns cliques. Artistas estão colocando seus trabalhos (fotografia, designer, vídeos, músicas) na internet e tornando-se populares sem nem mesmo bater na porta de uma gravadora. É possível saber as notícias no exato momento em que elas acontecem e até mesmo a televisão teve que adaptar seu conteúdo à internet. Hoje a interatividade é crucial para o bom funcionamento de uma emissora de TV, gerando programas em que o telespectador pode participar ativamente, no momento do programa, através de e-mail ou de votos (no caso do Big Brother Brasil ou do extinto Você Decide, ambos da Rede Globo de televisão).

    Mas a internet também pode ser uma ferramenta maléfica, dependendo de por quem for usada. É cada vez maior o número de pedófilos que acessam a rede atrás do sustento dos seus problemas psicológicos, gerando fotos de crianças e adolescentes nus ou maltratados.  Também cresce o numero de golpes pela internet, como falsificação de e-mail, senhas e até mesmo desvios bancários. Mas, como toda a mera ferramenta, a internet está somente espelhando o próprio comportamento social vigente, com suas parte positivas e negativas.

    Mas o que podemos afirmar com certeza é que todo este contexto mudou a cabeça, a cultura das pessoas. Hoje se pensa diferente do que antes, e é possível expressar a sua opinião através de blogs (diários virtuais), ou mostrar sua família e amigos pelos fotologs (álbuns de fotos digitais) 

    1.3. Os Florais de Bach e seu uso terapêutico 

    Os Florais de Bach foram criados pelo inglês Edward Bach, no início do século XX. Ele utilizou o princípio das essências vibracionais das flores para "...tratar a personalidade e não a enfermidade..." (Vieira Filho, 1994).  O médico Dr. Bach acreditava que os "males do espírito" ou melhor dizendo os desequilíbrios psicoemocionais poderiam ser tratados através do uso das flores e isso geraria uma maior sensação de bem estar ao indivíduo.  

        " Devido a traumas e repressões, conscientes ou inconscientes, passamos a negar certos desejos, emoções e acontecimentos, tentando mante-los longe da lembrança, criando máscaras ou véus que encobrem o verdadeiro "eu" . (...) Desse modo, as chamadas "enfermidades" não são vistas como um mal em si, nem como meros acasos, mas sim como verdadeiros avisos que inconscientemente passamos para nós mesmo de que algo falta ser compreendido" (Vieira Filho, 1994) 
         

    Assim, o uso dos florais ajuda o indivíduo a encontrar um estado de equilíbrio dentro de determinado problema que ele apresenta para o terapeuta. Se ele estiver com medo, por exemplo, pode-se indicar um floral que trabalhe esse medo e, mais tarde, ele poderá entender as origens deste medo. Assim, a psique humana pode ser compreendida como um sistema de camadas onde cada emoção trabalhada dá vazão a uma nova emoção que necessitará dos devidos cuidados e é nesta senda que atua o terapeuta holístico floral.

    O terapeuta holístico é alguém que trabalha para a manutenção ou restabelecimento da harmonia do sistema integrado de uma pessoa. Cada emoção de um indivíduo poderá atingir outros níveis, como uma somatização no nível físico, por exemplo, gerando desconforto e perigos para a vida em alguns casos. Para a ciência convencional, como a psicologia e a medicina, o uso de florais não é indicado, pois não possui uma "validação científica". De fato, os florais não atuam na matéria em que os cientistas convencionais estão acostumados a mexer, e sim numa mais profunda e mais sutil, chamada energia. Assim, a energia da flor consegue adentrar o misterioso universo das emoções e, através de sua interação (por serem da mesma natureza) promover o restabelecimento do equilíbrio daquele sistema.

    O Dr. Bach elegeu 38 essências florais que dão conta da grande maioria das emoções humanas como o medo, angústia, timidez e fobias.  
     
     
     

    2. Material e metodologia

     

      1. Material
     

    Para os atendimentos foram utilizados recursos virtuais. O programa mais utilizado foi o MSN Messenger, um comunicador que permite a conversação online de duas pessoas através de texto e uma conexão do PC com a rede mundial de computadores (internet). Foi proposto que utilizássemos também o Skipe e a câmera de vídeo (webcam - que chegou a ser utilizada em algumas sessões). O Skipe é um programa que permite a conversação (por voz) de duas pessoas, mas este recurso foi recusado pela cliente, por desconhecimento.

     

      1. Metodologia
     

    As sessões foram feitas uma vez por semana, sempre no mesmo horário, e durante uma hora.

    Após as sessões de aconselhamento eram indicadas as essências florais, de acordo com o que havia sido trabalhado na sessão. As essências foram ministradas para serem tomadas 4 vezes ao dia, diretamente sob a língua, 4 gotas de cada vez. O máximo de essências utilizadas em cada fórmula eram em número de 6, como reza a correta utilização dos Florais e mantidos em frascos com 30% de brandy, para a perfeita manutenção da fórmula.

    S. me ligou numa tarde depois de eu colocar um pequeno anúncio no meu  site angariando pessoas  que quisessem participar de um estudo sobre o uso da internet e os florais de Bach. Ela tem 40 anos, é carioca de nascença, e estava já de malas prontas para se mudar para outro local dali a um ano. Estava muito confusa com a sua vida e apresentava diversos comportamentos que queria trabalhar com o uso de florais. Parecia bastante ansiosa ao telefone e pediu que começássemos o quanto antes. Pedi que ela me desse certeza que de poderia contar com ela por 1 ano em sessões de 1 hora, 1 vez por semana, pelo menos, e ela aceitou prontamente.. 
     
     
     
     
     

    Dados da cliente

    Nome: S.

    Local de residência: Rio de Janeiro

    Sexo: feminino 
    Idade: 40 anos

    Estado Civil: casada

    Escolaridade: formação superior completa em Direito

    Filhos: 3 filhos

    Comportamento que queria modificar: problemas com a auto-imagem 
     
     

    3. Resultados 

    A primeira sessão foi marcada pelo MSN para dali a uma semana. Disse a ela que gostaria de pudéssemos conversar pelo Skype  (descrito acima) mas ela desconhecia o sistema. Utilizamos portanto o MSN, que não permite a visualização da cliente (tanto o tom de voz quando os movimentos corporais), apenas contando com os relatos escritos pela cliente.

    Logo na primeira sessão S. contou que sentia-se angustiada com o problema de excesso de peso, querendo muito voltar a velha forma de antes de uma esterectomia por conta de um cisto no ovário. Também tinha uma doença chama hipoglicemia reativa. Havia feito um trabalho de leitura corporal e tinha sérios  problemas com a sua imagem. A princípio percebi pelo seu relato que parecia um pouco cismada com datas e números, e me dizia todas as datas, de tudo o que havia acontecido em sua vida, de maneira ansiosa. A conversa foi extremamente rica em informações. Ela não parecia ter nenhuma dificuldade para confiar em mim e para me contar sobre aquilo que mais a afligia. Contou alguma particularidades interessante e que me fizeram pensar em atitudes um pouco obsessivas, como a pesagem diária, a leitura de rótulos de comida no supermercado e confessou somente comprar as coisas em pares (se comprava um par de sapatos, tinha que levar outro). Ela estava há meses sem comprar nenhuma roupa e começava a se sentir fora dos padrões, por não poder sair por conta das roupas. Isso parecia mais um desculpa para os seus problemas do que realmente uma motivação. As que ganhava de presente da mãe e das irmãs e as que eventualmente comprava eram de tamanhos menores ao seu e eram mantidas dentro das sacolas, dentro dos armários. Neste primeiro momento, a orientação dos florais foi justamente em cima destes pensamentos obsessivos. Foram indicados: Cherry Plum (para o medo de perder o controle); Cerato (para a sensível falta de auto- confiança); White Chestnut (para o trabalho dos pensamentos obsessivos); Larch (para trabalhar a baixa auto-estima) e Crab Apple (sensação de impureza). De fato, estes florais fizeram  parte de grande parte do tratamento de S. 

    Logo na primeira semana S. relatou estar se sentindo melhor e mais determinada em seus objetivos de perder peso. Pela primeira vez percebeu que a visão que tinha de si mesma tinha a ver com seu estado emocional, quando se olhou num espelho, depois de uma briga com o marido e se sentiu "horrorosa" (como ela descrevia a si mesma até então). Disse que queria se ver livre daquela sensação de desconforto com relação a si mesma  "Eu gostaria de viver esta emoção... esta sou eu... esta é a minha imagem... com defeitos e qualidades... esta sou eu... e não algo repugnante... entende?" (SIC). Aqui ainda haviam problemas, mas os florais e os aconselhamentos começavam a surtir efeito, ao menos fazendo com que ela se desse conta dos seus verdadeiros problemas. A primeira camada da cebola, estava tirada.

    Começamos então a trabalhar o fato dela não querer nem ao menos comprar coisas que servissem nela. O trabalho foi feito como um princípio da aceitação da sua imagem corporal e eventualmente, o aumento de sua auto-estima. Na 6º sessão ela havia saído para compra-las, mas ainda não se sentia confortável. Ficou magoada com a mãe, por um comentário inoportuno, que acabou fazendo com que ela desistisse do seu intento. Continuei trabalhando isso e utilizando os mesmo florais de base, somente mudando alguns que apareciam na sessão como algo realmente importante, como a não aceitação da opinião do outros (onde eu utilizava a essência Beech), a culpa pelo excesso de peso (Pine) e Willow quando essas mágoas pareciam ser realmente profundas em sua alma. Percebi a ela era muito preocupada com a opinião dos outros e que era extremamente controladora. Algo nela achava que não poderia se ausentar nem mesmo para fazer seus tão amados exercícios físicos. Trabalhamos isso com o Cherry Plum.

    Na sessão 8 ela chegou dizendo que "...essa semana exerci o descontrole" (SIC). Quando perguntei o que significava ela disse que havia saído para fazer seus exercícios e não havia nem levado o celular. Ela dizia morrer de medo que alguém precisasse dela e ela estivesse incomunicável e entrava em desespero que estava sem seu celular. Isso, para ela, significou uma espécie de libertação do seu papel de mãe e esposa dedicadas, coisas que ela vinha demonstrando nas sessões estar precisando muito. Diz ter se sentido livre, dona da própria vida e aliviada. De fato, nas sessões posteriores, mostrou-se bem mais leve com relação a seu controle sobre os filhos e sobre o marido e o Cherry Plum foi suspenso. Depois deste episódio de libertação, ela pareceu também querer se libertar da terapeuta, não aparecendo por duas sessões nos horários marcados no MSN. Mandou e-mails posteriores, dizendo que havia tinha algum tipo de problema. E reapareceu na sessão posterior.

    Quando voltou disse que as duas semanas que havia faltado foram boas e que havia abandonado a idéia fixa de emagrecer. Ela chegou a comentar, no início das sessões, que não dormia pensando em perder peso e isso não acontecia mais. Continuava com uma reeducação alimentar e exercícios, mas não tinha mais tantas características obsessivas com relação a perda de peso. Também havia, finalmente, feito compras de tecidos que, depois, transformou em vestidos estampados. Fez o seguinte comentário :  "A Luísa (filha) até me repreendeu semana passada. Cruzes mãe...você gosta de roupas de cores! Horrível!!! Parece até que quando você nasceu disseram: a ordem é: APAREÇA!"(SIC). Nesta fala dela podemos perceber que ela estava realmente começando a reconhecer seus gostos, mas ainda tinha medo dos comentários dos outros. Com esta frase ela começou a perceber que gosta de cores, mas que, mesmo quando magra o guarda-roupas dela era mais discreto. Peguei a deixa e fui tentando fazê-la entender o quanto ela se reprimia enquanto mulher e o quanto negava a sua natureza mais exuberante e menos "menina de família". Logo em seguida disse que não se importava com o comentário da filha e que, realmente, gostava mais de cores. Aqui ela se lembrou da repressão que sofria na infância por ser uma mulher grande e que aparecia. Com havia muitas mulheres na sua família, e ela sempre apareceu mais por ser "maior" e mais "falantes" a mãe e as irmãs pareciam reprimi-la, fazendo com que ela também se reprimisse. Lembrou de um episódio em que vestiu uma roupa para uma apresentação de balé "... fiquei linda, já tinha corpo de mulher aos 14 anos, mas minha mãe me mandou tirar aquilo e minhas irmãs riam de mim" (SIC). No final da sessão concluiu que era mesmo exibida e gostava mesmo era de aparecer. Aqui foi introduzido o Rock Water, para que ela pudesse combater esta auto-repressão. Na sessão 12 ela voltou a vender produtos da Natura (que sua filha estava vendendo para ela) e disse que estava sentindo-se como nova. Explicou, em pormenores, como ela realizava as vendas, que era muito boa nisso que queria montar uma pequena loja quando se mudasse para a sua nova cidade. Aqui, todos os florais anteriores foram suspensos e utilizei o Impatiens, pois se mostrava muito ansiosa com as mudanças que estavam por vir.

    A partir deste ponto ela já não apresentava mais as características obsessivas. O fato de poder ter encontrado a si mesma de uma maneira mais completa, e conseguir aceitar algumas coisas em si, como a sua exuberância feminina,por exemplo, fizeram com que ela conseguisse concentrar-se na sua vida como um todo. Malhava alguns dias por semana, passou a respeitar mais os seus horários (mesmo quando os filhos ou o marido a solicitavam fora de hora), e passou a se arrumar mais, maquiando-se para sair como, havia dito ela,não fazia há muito tempo. Fez compras numa loja mesmo e não se sentiu mal por experimentar vestidos e até se assustou  com o fato da loja ter roupas para "o seu tamanho". Comprava mais bijuterias e até mesmo peças que, acreditava, eram só do gosto dela. Ela chegou a tirar do armários as roupas que não serviam mais, e tirou das sacolas os vestidos que ainda estavam guardados. "Quero usar tudo o que tenho direito" (SIC), dizia animada.

    A partir deste ponto, porém, começou a faltar nas sessões. Dizia sentir-se bem e precisar de tempo para organizar a mudança. Sumiu do MSN e não respondia a maioria dos meus e-mail perguntando como ela estava. Aos que respondia, dizia estar muito bem. Assim, dei como encerrado o caso, por abandono da terapia.  
     

    1. Discussão
     

    De fato, poucas vezes (a não ser no final do tratamento, quando finalmente se mudou para Belém) ela faltou às sessões e apresentou uma melhorar rápida e significativa já nas primeiras semanas como descrito acima.

    O principal objetivo dela, que era se livrar do problema de auto-imagem, se não resolvido foi ao menos diminuído. Ela começou a se olhar no espelho e, nas sessões pelo MSN, conseguiu resgatar pontos da sua história onde tudo havia começado. As repressões do inconsciente, lentamente vieram a tona e ela conseguiu mudar o seu comportamento tão logo percebia os sentimentos diferentes que isso gerava. Claro que é impossível relatar todo o tratamento, mas ela parece ter conseguido excelentes resultados.

    No meu entendimento, se a internet dificultou, também facilitou o processo. Se por um lado eu, como terapeuta, não tinha acesso a sua voz ou a suas expressões não-verbais, por outro lado tinha outros materiais para analisar. Começando pela própria linguagem que o MSN proporciona, com emoticons (desenhos que representam estados de espírito da pessoa) e frases de efeito. Quando ela queria enfatizar algo ela utilizava letras maiúsculas, muitas reticências, desenhos e palavras cheias de sílabas como "Maraaaaaaaaaaavilhoso" (SIC), por exemplo. Estes são recursos que as pessoas acostumadas ao MSN conhecem e que podem identificar mesmo sem a voz ou a expressão facial da pessoa do outro lado.

    Do mesmo modo, talvez S. não tivesse conseguido contar tantas coisas, tão rápido, a um terapeuta convencional. Coisas que ela dizia sem vergonha, justamente porque eu estava no outro lado de um computador e ela não temia represálias ou caras repreendedoras. As minhas expressões de eventuais julgamentos, por exemplo, poderiam não ser entendidas por ela e, assim, ela pode se expressar mais, contar mais e ser mais ela mesma.

    Os resultados mais concretos foram medidos com a própria mudança de comportamento da cliente e com tudo aquilo que ela trazia que havia feito durante a semana. De fato, vi uma foto dela quando começou o tratamento (morena) e depois no final (quando havia pintado os cabelos de loiro). Ela estava com uma fisionomia diferente, parecendo mais tranqüila. Mas isso pode somente ser uma inferência pelos resultados apresentados. 
     
     

    1. Conclusão
     

    A internet é, de fato, uma nova ferramenta. E como nova ainda precisa de novas maneiras de adaptação. Se podemos utilizá-la para tantas coisas, porque não para o atendimento terapêutico? Isso se mostrou possível neste caso, mas ainda noto a necessidade de mais estudos e talvez do desenvolvimento ou utilização de outras ferramentas que parecem importantes. O uso de vídeo, por exemplo, com certeza enriqueceria o tratamento, fazendo que com que quase fosse o mesmo que o real. Senti falta de "sentir", como terapeuta, a voz e as expressões faciais.

    A meu ver, de qualquer maneira, o tratamento com S. denotou resultados positivos e acredito mais rápidos em comparação com as sessões de aconselhamento e florais mais convencionais. Mas ainda seriam necessárias mais pesquisas para saber se isso aconteceu com uma cliente específica ou aconteceria a qualquer pessoa. De qualquer maneira, com certeza, foi uma experiência válida e enriquecedora.  
     
     
      

    1. Referências bibliográficas
     
     
     

    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000. 

    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994. 

    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo.  Editora Madras.2004. 

    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000. 

    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004. 

    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964 

    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999. 

    JUNG.C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001. 

    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.  

    FILHO. H. V. Florais de Bach: uma visão mitológica, etimológica e arquetípica. 4º edição. São Paulo. Ed. Pensamento. 2004. 

    WIKIPÉDIA – A história da internet.(http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Internet) 

    ABRANET  História da Internet  (http://www.abranet.org.br/historiadainternet/ocomeco.htm) 

    REDE NACIONAL DE ENSINO E PESQUISA. A Internet no Brasil

    (http://www.rnp.br/noticias/imprensa/2001/not-imp-010310.html) 

    ANA CARMEM Números na internet no Brasil batem record

    (http://www.anacarmen.com/blog/2008/03/26/numeros-da-internet-no-brasil-batem-recorde/) 

    FOLHA DE S. PAULO - Confira um raio x da internet no brasil

    (http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u18521.shtml) 

    BLOG NONATO - Orkut e sua história

    (http://blognonato.com/2007/07/25/orkut-e-sua-historia/) 
     

    1. Anexos e Apêndices
     
    Emoções PresentesPalavras-chavesEssências
    MEDO Pânico ROCK ROSE
    De coisas, de situações concretasMIMULUS
    De perder o controleCHERRY PLUM
    Inexplicável ASPEN
    Temem pelos outros RED CHESNUT
    INCERTEZAFalta de auto-confiançaCERATO
    Indecisão entre duas coisasSCHLERANTUS
    Desânimo, tristeza por fato acontecidoGENTIAN
    Sem esperança, desistênciaGORSE
    Cansaço com a rotinaHORNBEAN
    Indecisão geralWILD OAT
    DESCONEXÃO AO PRESENTEDistraçãoCLEMATIS
    NostalgiaHONEYSUCKLE
    ApatiaWILD ROSE
    Esgotamento físico e mentalOLIVE
    Pensamentos ObsessivosWHITE CHESTNUT
    Tristeza cíclica de origem incertaMUSTARD
    Dificuldade de aprendizadoCHESTNUT BUD
    SOLIDÃOReservados, isoladosWATER VIOLET
    Ansiedade, impaciênciaIMPATIENS
    Não suportam a solidão, carentesHEATHER
    INFLUÊNCIAS EXTERNASFuga dos ProblemasAGRIMONY
    SubmissãoCENTAURY
    Protege das influênciasWALNUT
    Inveja, Ciúme, Suspeita, RaivaHOLLY
    ABATIMENTOBaixa-estimaLARCH
    CulpaPINE
    Excesso de ResponsabilidadeELM
    Angústia ExtremaSWEET CHESTNUT
    Traumas, choquesSTAR OF BETHLEHEM
    Ressentimento, mágoaWILLOW
    Excedem os limites da resistênciaOAK
    Sensação de impurezaCRAB APPLE
    (PRE) OCUPAÇÃO COM OS OUTROSPossessividade, chantagem emocionalCHICORY
    Fanatismo, idealismo excessivoVERVAIN
    AutoritarismoVINE
    Intolerância, crítica excessivaBEECH
    Auto-repressãoROCK WATER
     
    Fonte: Sinte – Comunidade de Estudos Avançados – Florais de BachHenrique Vieira Filho 
    CRT 21001 
    Terapeuta Holístico

    CRT 41933

    Autor: : Andrea Pavlovitsch - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 06/05/2008 13:14


    A ANÁLISE DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA

    TCC- TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

    A ANÁLISE DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA. 
     
     

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS-.

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM TERAPIA HOLÍSTICA.

    SÃO PAULO - SP.                      

    DISCIPLINA: PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    AUTOR:  

    RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD

                 Terapeuta Holístico

                      

    ORIENTADOR:        HENRIQUE VIEIRA FILHO

                                            Terapeuta Holístico - CRT 21001 
     

    BELO HORIZONTE – MG, 29 DE  MAIO 2008. 
     
     
     

                                                                          Dedicatória: 
     

                                                                         “Para a minha Mãe

                                                                          Therezinha Lima Haddad

                                                                          e para o meu Pai Omar Haddad,

                                                                          que me acompanham lá do céu ”. 
     
     
     
                                        

                                           Agradecimento: 

                     Ao SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS-

                                          COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM TERAPIA HOLÍSTICA, pelo incentivo vibrante e pela oportunidade,         para apresentar a presente MONOGRAFIA na disciplina                  PSICOTERAPIA HOLÍSTICA. 
     
     
      

      SUMÁRIOPáginas
      RESUMO.           6
      CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.           6
      CAPÍTULO 2. MATERIAL.           7
      CAPÍTULO 3. METODOLOGIA.           8
      3.1 O Corpo Físico           8
      3.2 O Que Ensina Anaxágoras           8
      3.3 O Que Ensina Demócrito           8
      3.4 A Organização de Direção de Sentido e Funções do Corpo Físico           8
      3.5 Revelação da Imagem Holística do Corpo Físico           9
      3.6 Imagem do Corpo Físico de Frente           9
      3.7 Imagem do Corpo Físico de Perfil          10
      3.8 Imagem do Corpo Físico de Costas         10
      3.9 As Proporções do Corpo Físico          11
      3.10 A Psicognomia          12
      3.11 A Fisiognomonia          12
      3.12 Segmentos Básicos dos Membros Superiores          14
      3.13 Principais Funções das Áreas dos Segmentos Superiores          14
      3.14 Segmentos Básicos dos Membros Inferiores          14
      3.15 Principais Funções das Áreas dos Segmentos Inferiores          14
      3.16 Interpretação das Imagens dos Membros Superior e Inferior          15
      3.17 Critérios para Interpretação das Imagens          15
      3.18 Distribuição das Imagens na folha          16
      3.19 Interpretação da Posição das Imagens na folha16
      3.20 Interpretação dos Tipos de Traços das Imagens23
      3.21 As formas da Imagem Holística32
      CAPÍTULO 4. RESULTADOS.36
      CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.37
      CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.37
      CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.39
      ANEXOS E APÊNDICE.39
     
     

                                                     RESUMO.                                                                    .

    Apresento para a psicoterapia holística as vantagens da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente. A Análise da Imagem Holística de um Cliente, ou de vários Clientes, pode dar, na verdade; informações, sugestões e pistas, e representa para o psicoterapeuta holístico uma ferramenta similar à das imagens computadorizadas com o grande diferencial que a imagem é feita pelo próprio Cliente, ou seja, seu próprio negativo! A base para a aplicação da técnica reside na interpretação da imagem do corpo físico do cliente de frente, de perfil e de costas, na distribuição das imagens, nos tipos de traços e nas formas das imagens. Para permitir a pesquisa e a prática de outros psicoterapeutas holísticos, apresento também, em síntese, uma Análise Holística.

    CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.

    1.1 O presente trabalho não tem propriamente a pretensão de ser uma tese que esgote o tema num sentido acadêmico, mas aponta uma direção de pesquisa, que séria e sistematicamente aprofundada, atrairia uma maior atenção do psicoterapeuta holístico para o estudo da técnica da Análise da Imagem feita pelo próprio Cliente. É de curial sabença que corpo físico é marcado pela experiência da vida através de registros que tanto são de origem genética quanto cultural, resultando numa gama de detalhes que nele estão armazenados e que podem ser revelados através da Análise da sua Imagem Holística.

    1.2 A Imagem Holística do Cliente é a revelação da disposição da mente através do contorno do corpo físico interpretada sempre numa ótica terapêutica.

    1.3 A Imagem Holística do Cliente surge pela representação do contorno do corpo físico através do modo de tracejar essencialmente psicomotor, orientando a revelação de uma realidade visual, imediatamente legível pelo psicoterapeuta holístico.

    1.4 A Análise preliminar nasce da percepção, do tempo de observação e da maneira de como o psicoterapeuta holístico consegue sair do movimento de julgamento, para simplesmente enxergar o que, naquele momento, o conjunto de Imagem Holística está mostrando.

    1.5 A técnica se desdobra na Interpretação da Distribuição das Imagens, Interpretação dos Traços e Interpretação das Formas das Imagens, o que pode ser aplicado em separado, ou no conjunto do seu desdobramento. Conduz para a identificação rápida e segura dos desequilíbrios que o Cliente poderá estar vivendo no momento, fornecendo ainda subsídios importantes para a solução do problema, quando não a própria solução.

    1.6 Por outro lado, as técnicas aplicáveis à análise específica de aproximadamente 205 formas de imagens de segmentos corporais não fazem parte integrante da presente Monografia.

    1.7 A técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente, fornece um material riquíssimo sendo também um poderosíssimo instrumento para a identificação do desequilíbrio energético apresentado pelo Cliente. Colhe informações que abrangem várias técnicas, suplementando as dificuldades da observação em entender as muitas facetas do Cliente. A técnica de Análise da Imagem Holística do Cliente possibilita maior entendimento do que aprendemos sobre pessoas - dentre elas, nós mesmos-, possibilita identificar comportamentos que de outro modo talvez não fossem observados, revelando com objetividade, segurança e realismo, o que talvez só fôssemos perceber após vários atendimentos, reduz e controla os erros de observação. E o melhor! Está ao alcance de quantos a queiram utilizar.

    1.8 A psicoterapia holística através da técnica da Análise da Imagem do Cliente, não é, em nenhum momento, a de enfatizar o que está ruim, e sim a de revelar aquilo que está bom.

    CAPÍTULO 2. MATERIAL.

    2.1 A presente Monografia tem como referência os resultados dos atendimentos realizados e o Curso de Leitura Corporal concluído pelo autor e ministrado no período de fevereiro de 2001 a dezembro de 2007 no Núcleo de Terapia Corporal Ltda, com sede na rua Assunção 40, bairro Sion - Belo Horizonte-MG, site www.leituracorporal.com.br. Fundamenta-se em uma sistematizada apertada síntese do conteúdo programático da disciplina Interpretação do Desenho. O curso de Leitura Corporal descreve e detalha a função emocional de cada segmento e estrutura corporal e revela as associações entre o que manifesta o corpo físico e os processos psíquicos e sensoriais do Ser Humano. Afirma que o corpo vive, registra, reage e revela a história pessoal. Relaciona as formas, as funcionalidades do corpo, os traços fisignomônicos, as posturas, as sensações e sintomas, os conteúdos mentais, emocionais, sensoriais e às particularidades comportamentais, estabelecendo uma conexão entre a linguagem do corpo, as disfunções orgânicas, os desequilíbrios e o autoconhecimento.

    2.2 O Núcleo de Terapia Corporal Ltda, fundado em 1988, tem como alicerce a relação Corpo Físico / Corpo Emocional. É constituído por profissionais de saúde- terapeutas, fisioterapeutas, massoterapeutas, médicos e psicólogos-. 
     

    CAPÍTULO 3. METODOLOGIA. 

    3.1 O CORPO FÍSICO. 

    A primeira coisa que podemos distinguir nitidamente no “Corpo Físico” é que tudo  se encontra encerrado em órgãos, sistemas e estruturas oferecendo  a este a maior proteção possível contra o mundo exterior, porém se reconhecendo que é efêmero e destrutível.

    É composto das mesmas forças e da mesma matéria do mundo aparentemente inerte ao nosso redor. Jamais poderia existir se não fosse continuadamente compenetrado e reconstituído pela matéria e pela força do mundo físico.

    O QUE ENSINA ANAXÁGORAS.    500 – 418 a. C 
     

    Uma infinidade de qualidades se encontra em todo o corpo, em toda extensão finita dada, tão grande ou pequena que se queira, e assim não se pode conceber nenhuma separação, tudo está sempre misturado a tudo”.

    3.3 O QUE ENSINA DEMÓCRITO.   460 – 370 a. C 
     

    “A alma está intimamente ligada ao cérebro. Não podemos possuir qualquer forma de consciência quando o cérebro degenera e morre”. 

                          3.4 A ORGANIZAÇÃO DE DIREÇÃO DE SENTIDO E FUNÇÕES DO CORPO FÍSICO. 

    1. SUPERIOR.     Expressão.

    2. INFERIOR.            Equilíbrio.

    3. ANTERIOR.           Comportamentos externos.

    4. POSTERIOR.          Comportamentais internos.

    5. CEFÁLICA.          Controle e coordenação.

    6. MEDIAL.                  Movimento para a exposição e fechamento.

    7. LATERAL.               Competência.

    8. PROXIMAL.             Impulso.

    9. DISTAL.                  Realização. 
     
     

                       3.5 REVELAÇÃO DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CORPO FÍSICO.

     

                       

    . As imagens podem ser reveladas em três folhas de papel tamanho A 4 (210 x 297 mm) 75 g / m2, branca, sendo o contorno da Imagem do corpo físico executado com um lápis de cor preto número 2. As três folhas e o lápis são entregues pelo psicoterapeuta ao Cliente.

    . Seis minutos são o tempo aproximado para a execução do contorno da Imagem do corpo físico de frente, de perfil e de costas.

    .O Cliente entrega suas imagens ao psicoterapeuta holístico que procederá a interpretação das especificações, da distribuição das Imagens, dos traços e das formas. 

                                3.6 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE FRENTE.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de frente expressa como o Cliente se mostra. 

                                 ESPECIFICAÇÃO GERAL DA IMAGEM.

    1. Contorno completo do corpo físico.

    2. Formatação do pé com o dorso, artelhos e arcos medial e lateral.

    3. Pernas, coxas e joelhos.

    4. Distinção entre a pelve, a coxa e o abdome.

    5. Tronco, mamas, mamilo, umbigo e genitália.

    6. Membro superior constituído por dedos, corpo da mão, punho, antebraço, cotovelo, braço e axila.

    7. Pescoço com identificação dos limites da fossa supraclavicular e formatação dos ombros.

    8.Cabeça e cabelos. Face com dois olhos, duas sobrancelhas, nariz, boca e orelha (s).

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

          b) A imagem é entregue ao psicoterapeuta holístico. 

                         3.7 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE PERFIL.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de perfil revela como o Cliente exerce o estado entre o que está e o que é. 

                                   ESPECIFICAÇÃO DA IMAGEM. 

    1. Corpo do pé evidenciando os artelhos distais, calcanhar e tornozelo.

    2. Face lateral da perna, do joelho,  da coxa e do quadril.

    3. Face lateral do tronco, com pelos menos uma mama e mamilo.

    4. Marcação de pelo menos um membro inferior.

    5. Face lateral do pescoço e perfil da cabeça. No perfil da cabeça deverá ter a definição do nariz, da boca, de pelo menos um olho, uma sobrancelha, uma orelha, e marcação dos cabelos.

    6. Contorno da face lateral do tronco.

    7. Encaixe no ombro de pelo menos um membro inferior constituído de dedos, corpo da mão, punho, antebraço, cotovelo e braço.

    8. Face lateral do pescoço com marcação da “saboneteira”.

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

                   b) A imagem permanece com o psicoterapeuta holístico.

                                 3.8 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE COSTAS.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de costas é a revelação daquilo que naquele momento, é o tema predominante na vida do Cliente.   

                                         ESPECIFICAÇÃO DA IMAGEM.

    1. Marcação e definição do corpo do pé para frente com diferenciação dos artelhos das extremidades e calcanhar.

    2. Definição da face posterior do tornozelo e da perna.

    3. Definição da  face posterior do joelho e da passagem da coxa para a nádega.

    4. Dorso evidenciando existência da coluna.

    5. Definição do pescoço e segmento cefálico com contorno completo.

    6. Marcação de cabelos e orelha (s).

    7. Dedos, corpo da mão, punhos, antebraços, cotovelos  braços, preferencialmente ligados no ombro.

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

                  b) A imagem permanece com o psicoterapeuta holístico.

                  c)A coluna espinal pode está evidenciada por uma linha ou pelo adentramento da face da lateral do tronco. 

    3.9 AS PROPORÇÕES DO CORPO FÍSICO.

    De início, foi no próprio corpo que os seres humanos colheram suas unidades de medida. Buscando em si mesmos referências para descrever as grandezas, utilizaram a distância do cotovelo à ponta do dedo médio, a largura do próprio palmo e a extensão do seu pé. Os dedos, logo tomados como unidades de contagem iriam até dar base a todo um sistema, o decimal. Alguns destes antigos padrões continuam em uso, como o pé e a polegada; ainda se ouve falar em rede de pesca com malha de três dedos, covas de sete palmos de altura ou mãos de milho e de feijão.

    Essa observação das dimensões parece ter surgido na idade da Pedra, há 40 mil anos, quando o homem riscou na rocha o contorno da sua mão, o seu ”negativo” criando a primeira Imagem!

    O mesmo respeito às medidas anatômicas iria transparecer em inúmeros povos da antiguidade, notadamente na escultura-arte que os egípcios ainda submeteriam a mais uma disciplina, a da simetria.

    Marcus Vitruvius Pollo, comumente conhecido como Vitruvius [Vitrúviu], arquiteto e engenheiro romano que trabalhou no primeiro século antes da nossa era, afirma que a simetria é a concordância justa entre as partes da própria obra e a relação entre os diferentes elementos e todo o esquema geral de acordo com uma determinada parte escolhida como padrão.

    Assim, no corpo humano, Vitrúviu demonstra a harmonia simétrica que existe entre o antebraço, o pé, a palma da mão, o dedo e outras partes menores. Compara essas partes as partes de um edifício, continuando a antiga tradição do edifício sagrado visto em termos do corpo humano e, assim, em termos do microcosmo. 
     
     
     

     

                                                 3.10 A PSICOGNOMIA.

    1. A Psicognomia é a ciência que trata dos sinais reveladores crânio faciais e gráficos.

    2. Os cientistas que mais se distinguiram em Psicognomia nos séculos XVIII e XIX e mais contribuíram para desenvolver e encaminhar essa ciência, tornando-a menos arbitrária e mais compreensiva, foram Lavater e Gall.

    3. Instintivamente se procura sondar e penetrar os segredos alheios e saber o que está no invólucro do Ser Humano. O importante é saber se essa intuição tem base ou não na realidade dos fatos, o que é admissível e provável, e o que não é.

    4. Quais os dados certos, científicos, que sobre isso a Psicognomia fornece? Já chegou ela a estabelecer normas e leis suficientes para orientar nesse terreno escuro e tão heterogêneo, e resolver os problemas corriqueiros? Paulo Bouts e Camilo Bouts  a afirmam no livro A PSICOGNOMIA,  Editora Vera Cruz Ltda, quinta edição, ano 1943.

     

                                              3.11 A FISIOGNOMONIA.

    1. A Fisiognomonia não se refere apenas a certas partes, formas e traços da fisionomia humana, mas ao corpo físico inteiro, à sua estrutura, porte etc. Nesta Monografia, para os efeitos de pesquisa de outros psicoterapeutas holísticos, apresentamos uma apertada síntese do tracejo de fisiognomonia de segmentos específicos do corpo físico.

    2. Hipócrates foi fisionomista, assim como os sacerdotes do odismo.

    3. Na escola de Pitágoras não era admitido aluno que não fosse primeiro examinado na cabeça sobre as suas aptidões para os estudos.

    4. Porta, da escola de Aristóteles, fixou em particular, com curiosos desenhos, os caracteres físicos que tornam os homens semelhantes a animais. 
     
     
     
     
     

     
     

          

      FORMAS DA CABEÇAPREDOMÍNIO
      1.CABEÇA ANTERIORIZADAPENSAMENTO LÓGICO
      2.CABEÇA POSTERIORIZADASENTE DEPOIS PENSA
      3.CABEÇA PARA DIREITAFORMAL E RIGOROSO
      4.CABEÇA PARA A ESQUERDAVISÃO LÚDICA DA VIDA
      5.CABEÇA PEQUENA/TRONCO AGIGANTADOVIVE MOMENTO FÓBICO
      6.CABEÇA GIGANTE/TRONCO PEQUENONÃO TEM OPINIÃO PRÓPRIA
      7.CABEÇA SEXTAVADAPRECISA ACHAR UM CAMINHO
      8.CABEÇA OVÓIDEPENSA NO MÍNIMO E NO MÁXIMO
      9.CABEÇA QUADRANGULARVIVE DENTRO DAS REGRAS
      10.CABEÇA TRIANGULADASENTIMENTO DE SER A REFERÊNCIA
      11.CABEÇA AMORFADIFICULDADE DE SE RECONHECER
      12.CABEÇA DE BOLANÃO SE ARRISCA
      13.CABEÇA SOLTAVIVENDO A VIDA DE OUTRA PESSOA
      14.CABEÇA RETANGULARDESFOCADO DO COMPROMISSO
     

    1. A cabeça pode ter uma ou outra conformação geral, ser alta ou baixa, comprida ou curta. Além disso, cada cabeça traz altos e baixos, relevos, concavidades e certas protuberâncias significativas.

    2. Muito mais prático e igualmente científico é a avaliação das conformações mais visíveis da cabeça, ou das grandes linhas do perfil. Para isso, só é preciso ter o senso das proporções normais.

    3. O desiderato aqui, foi apenas oferecer base suplementar para a arte prática de conhecer o Ser Humano.

     
     
     

    FORMAS DO TRONCOPREDOMÍNIO
    1-TRONCO QUADRADOMANTÉM SEGREDO ATÉ A CONCLUSÃO
    2-TRONCO RETANGULAROBSERVADOR DE CONVENIÊNCIAS
    3-TRONCO BARRILMANTÉM SEGREDO POR CONVENIÊNCIA
    4-TRONCO REDONDOMUITA ANSIEDADE E EUFORIA
    5-TRONCO TRIANGULARCENTRADO EM SI
    6-TRONCO VIOLÃOSUPERFICIAL
    7-TRONCO EM AMPULHETARESOLUÇÃO DOS MEDOS
    8-TRONCO TIPO SUPER HOMEMDIFICULDADE DOMÉSTICA
     

    1. A interpretação da Imagem do tronco é possível quando revelada sem roupa.

    2. O tronco é constituído do tórax, do abdome e da pelve. O abdome é dividido em duas partes: o próprio abdome e o “baixo ventre”.

    3. O desiderato aqui, foi apenas oferecer base suplementar para a arte prática de conhecer o Ser Humano.

    3.12 SEGMENTOS BÁSICOS DOS MEMBROS SUPERIORES. 

    Os membros superiores são constituídos pela articulação gleno-umeral, braço, cotovelo, antebraço, punho, mão e dedos, e estão ligados ao tronco pela cintura escapular. A cintura escapular é constituída pela articulação gleno-umeral, escápula e clavícula. 

        3.13 PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS AÇÕES DOS SEGMENTOS SUPERIORES. 
     
     

    Articulação gleno-umeral.                                        Criação.

    Braço.                                                                         Organização.

    Cotovelo.                                          Questionamento.

    Antebraço.                               Planejamento.

    Punho.                                     Impulso.

    Mão e dedos.                          Realização. 
     
     

               3.14 SEGMENTOS BÁSICOS DOS MEMBROS INFERIORES. 
     

    Os membros inferiores são constituídos pela articulação coxofemoral, pela coxa, pelo joelho, pela patela, pela perna, pelo tornozelo, pelo pé e artelho. São ligados ao tronco pelos ossos do quadril. 

       3.15 PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS AÇÕES DOS SEGMENTOS INFERIORES. 
     
     

    Articulação coxofemoral.      Criação.

    Coxa.                                       Organização.

    Joelho.                                   Valorização pessoal.

    Patela.          Velocidade de flexão da perna.

    Perna.                                      Planejamento.

    Tornozelo.                               Coordenação.

    Pé e artelho.                            Sustentação.  
     

     

    I1 BRAÇO MAIOR QUE O ANTEBRAÇO.

    Organiza aceleradamente com a ansiedade de ver pronto e não se satisfaz com o que realizou.

    I2 ANTEBRAÇO MAIOR QUE O BRAÇO.

    Planeja lentamente e é movido pelo instinto, fica satisfeito independentemente de concluir.

    I3.  SOMENTE BRAÇO.

    Organiza com cautela com o compromisso de concluir.

    I1 COXA MENOR QUE A PERNA.

    Organiza aceleradamente com a ansiedade de ver pronto e não se satisfaz com o que realizou.

    I2 COXA MAIOR QUE A PERNA.

    Planeja lentamente e é movido pelo instinto, fica satisfeito independentemente de concluir.

    I3 SOMENTE A COXA.

    Organiza com cautela com o compromisso de concluir. 

                        3.17 CRITÉRIOS PARA INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS. 

    A interpretação básica das Imagens deve ser feita inicialmente através da percepção e observação no tempo aproximado de seis minutos.

    O psicoterapeuta holístico deve colocar as três Imagens à sua frente e observá-las.

    Após interpretação básica, o psicoterapeuta holístico deve seguir os seguintes procedimentos:

    1. Entender que as Imagens são reveladas na folha de forma similar a uma fotografia, ou seja, a Imagem no lado esquerdo da folha revela o lado direito do Cliente e vice-versa.

    2.Procurar entender como o Cliente poderá estar naquele momento.

    3.Não perder de vista os detalhes.

    4.Não julgar.

    5.Lembrar ao Cliente as funções dos segmentos corporais que não foram revelados nas Imagens e ajudá-lo a  compreender  por que as funções daqueles segmentos podem não estar sendo utilizadas por ele.

    5.O psicoterapeuta holístico poderá solicitar novas Imagens do Cliente no intervalo de aproximadamente dois meses.

                    3.18 DISTRIBUIÇÃO DA POSIÇÃO DAS IMAGENS NA FOLHA.

     
     

    Na observação da distribuição da posição das Imagens, o psicoterapeuta holístico poderá perceber como o Cliente exerce sua expressão. A expectativa é de uma Imagem em cada folha. Ao dobrar uma folha nos sentidos horizontal e vertical serão evidenciados:

    1. Parte superior e Parte inferior.

    3. Parte Esquerda (que revela a Imagem do lado direito do Cliente).       “D

    4. Parte Direita      (que revela a Imagem do lado esquerdo do Cliente).  “E

    5. Centro.

                3.19  INTERPRETAÇÃO DA POSIÇÃO DAS IMAGENS NA FOLHA.

    O psicoterapeuta holístico deve verificar o predomínio da posição da distribuição das Imagens, a característica principal, refletir sobre a ementa e pontuação da análise holística. Exemplos mais significativos da distribuição e da posição das Imagens:

             POSIÇÃO DAS IMAGENS EM UMA MESMA FOLHA    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL
    1. UMA IMAGEM NA PARTE SUPERIOR LIRISMO
    2. UMA IMAGEM NA PARTE INFERIOR LÓGICO   
    3. UMA IMAGEM QUE REVELA A ESQUERDA REFERÊNCIA DE MÃE
    4. UMA IMAGEM QUE REVELA A DIREITA REFERENCIA DE  PAI
    5. UMA IMAGEM CENTRADA INDEPENDÊNCIA
    6. UMA IMAGEM COM TAMANHO MAIOR QUE 2/3 DA FOLHA COMPETÊNCIA
    7. UMA IMAGEM COM TAMANHO MENOR QUE 2/3 DA FOLHA MENOS VALIA
    8. DUAS IMAGENS EM UM LADO  ATENTO
    9. DUAS IMAGENS EM DOIS LADOS  FALA , MAS NÃO AGE
    10. TRÊS IMAGENS NA PARTE SUPERIOR OU INFERIORINDEFINIDO 
    11. TRÊS IMAGENS NA VERTICALDISCIPLINADO E ÉTICO
    12. TRÊS IMAGENS NA HORIZONTAL INSEGURO
    13. TRÊS IMAGENS DE TAMANHOS DIFERENTES NA VERTICALJUSTIFICAÇÃO
    14. TRÊS IMAGENS DIFERENTES EM APROXIMADAMENTE 1/3 DA FOLHA RECEIO À MUDANÇAS
    15. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA VERTICAL LIBERDADE CONDICIONAL
    16. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA HORIZONTAL DERROTADO
    17. QUATRO IMAGENS NA HORIZONTAL FLEXIBILIDADE
    18. QUATRO IMAGENS NA VERTICAL AUTOPERCEPÇÃO 
     

                                    1. UMA IMAGEM NA PARTE SUPERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:       LIRISMO.

    EMENTA: Cliente estruturado em cima de valores filosóficos e religiosos, com significativa capacidade perceptiva.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com facilidade para lidar com linguagem filosófica, emocional e do próprio comportamento.

    2. Cliente que se constrói e se localiza com entusiasmo.

    3. Cliente que se estrutura basicamente a partir dos sonhos.

    4. Cliente com valores éticos muito fortes.

                                     2. UMA IMAGEM NA PARTE INFERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:        LÓGICO.

    EMENTA: Cliente que precisa de comprovações, que cria seus princípios, suas verdades e seus próprios conceitos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quanto mais baixa estiver à imagem na folha mais indicada é a conversa em cima de conceitos, de valores, de pensamentos e de conclusões.

    2. Cliente com dificuldade para aceitar a linguagem da religiosidade.

    3. Cliente que quer saber quanto tempo vai durar seu tratamento e exige resposta.

    4. Cliente que se constrói em cima de fatos reais e de experiências comprovadas.

    5. Cliente com dificuldades de acreditar em projeções.

    3. UMA IMAGEM QUE REVELA A ESQUERDA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                REFERÊNCIA DE MÃE.

    EMENTA: Cliente com predomínio da história evolutiva e da autopriorização, com prevalência da afetividade.

    ANÁLISE HOLÍSTICA

    1. Cliente que não gosta de ter nada no seu entorno. O Cliente somente encontra solução se tirar tudo da sua volta e se concentrar em si.

    2. No caso de trabalho em grupo, o trabalho desse Cliente não será produtivo.

    4. Cliente que faz tudo em nome do amor ou tudo em nome da raiva, porém tudo é justificado no sentimento vivido em relação à situação.

    4. UMA IMAGEM QUE REVELA A DIREITA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:              REFERÊNCIA DE PAI.

    EMENTA: Cliente com dificuldade de encontrar seu caminho se não tiver a referência do outro.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O jeito do Cliente em lidar com a vida é semelhante ao jeito do seu pai.

    2. Cliente com a preocupação de está adequado e ajustado ao social.

    3. A imagem à esquerda da folha revela o lado direito do corpo físico.

    5. UMA IMAGEM CENTRADA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                    INDEPENDÊNCIA.

    EMENTA: Cliente com o conceito de que a expressão é uma liberdade, é uma autoria, e um direito somente seus.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente independente dos problemas e das dificuldades que possa ter.

    2. Cliente que tem ou experimenta um conceito.

    3. Cliente que pode ter o conceito de que a expressão, a mostra, e a representação é um direito somente seu.

    4. Cliente que reconhece o seu direito a espaço e manifestação dos seus conteúdos.

    6. UMA IMAGEM COM TAMANHO MAIOR QUE 2/3 DA FOLHA.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            COMPETÊNCIA.

    EMENTA: Cliente com tendência a ser capaz de tudo, muito exigente consigo e que vive dentro da regra da obrigatoriedade de alcançar o máximo. Sua palavra de ordem é, competência!

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A energia de competência que circula pelo corpo físico é ordenada e distribuída a partir da sua face lateral, de uma forma especial a face lateral do tronco. 

    7. UMA IMAGEM COM TAMANHO MENOR QUE 2/3 DA FOLHA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                                MENOS VALIA.

    EMENTA: Cliente que sub-estima o valor próprio. Não se permite ocupar com intensidade todo o lugar que lhe é devido.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A menos valia é o espelho da timidez.

    2. Áreas nobres para a terapia corporal:

    2.1Tornozelos, joelhos, posterior do corpo, polegares, queixo, orelhas, sobrancelhas, planta do pé, calcâneo, e 3º quadrante do couro cabeludo. 

    8. DUAS IMAGENS EM UM MESMO LADO. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                  ATENTO.

    EMENTA: Cliente que tem necessidade de aguardar que alguém lhe dê a palavra para se manifestar e que necessita de muito tempo para poder falar e se realizar. Cliente que observa o tempo todo.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A expressão do cliente  é determinada e medida pelo externo.

    2. A maneira de interpretar suas experiências  deixa o Cliente na crença de que ele precisa aguardar autorização para poder dizer, para se manifestar, para se revelar.

    3. Cliente que quando consegue dizer, sua ânsia de falar é  grande e  não dá espaço para perguntas porque  acredita que não vai ser autorizado a falar de novo.

    4. Cliente que revela ser atento, quieto e silencioso.

    5. Cliente que se for chefe vai mandar e desmandar e tomar conta de tudo o que estiver acontecendo.

    6. Cliente que se tiver pouco tempo para falar não conseguirá mostrar o seu resumo em menos de uma hora.

    7. Cliente com tendência ao medo da reação de quem o ouve.

    8. Cliente muito atento. Armar-se muito facilmente de defesas frente ao que observa e no ambiente  nada lhe passa desapercebido.

    9. Cliente que tem dificuldades de escutar.

    9. DUAS IMAGENS EM DOIS LADOS. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                  FALA, MAS NÃO AGE.

    EMENTA: Cliente que explica, sugere, indica, promove e dirige, mas não age. Realiza-se imaginando, porém com ótima organização mental.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que desenvolveu mais a expressão  de explicar, sugerir, indicar,  promover,  e dirigir do que a manifestação da ação organizada.

    2. O Cliente fala mais do que age e se projeta imaginando o fazer, ou seja, se realiza com a projeção do imaginário.

    3. No comportamento social do Cliente também poderá existir dificuldade para o processo de integração e sua atuação é extraordinariamente desorganizada.

    10. TRÊS IMAGENS NA PARTE SUPERIOR OU INFERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL :                        INDEFINIDO.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente não está conseguindo aproveitar livremente a ocupação dos espaços que lhe são de direito.

    2. O Cliente não consegue definir ou a redefinir os papeis e as funções de permissão ou reformular o seu estar nas situações que  enfrenta.

    11. TRÊS IMAGENS NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:       DISCIPLINADO E ÉTICO.

    EMENTA: Cliente com o compromisso de manter-se dentro e segundo o meio em que vive, organizando-se através de ensaios, demonstrando disciplina e ética naquilo que lhe foi determinado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que vive a necessidade de uma pessoa que aprendeu e que assumiu como comportamento a postura que lhe foi autorizada.

    2. Cliente com dificuldade para se mover ou aceitar mudança.

    3. Cliente que vive  aprisionamento ao que foi previamente determinado.

    4. Cliente com tendência a ser obediente e eficiente.

    5. Cliente que é competente  sob comando.

    6. Pensando ou ensaiando formato o Cliente  dá vazão à energia.

    7. O movimento da troca com esse Cliente pode ser pequeno.

    8. Cliente que só de dizer para o psicoterapeuta holístico que está vivendo algo, sai do consultório e sente que está tudo solucionado.

    9. Cliente com tendência a possibilidade de programar tempo.

    12. TRÊS IMAGENS NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                                INSEGURO.

    EMENTA: Cliente com dificuldade para experimentar seu direito a manifestação à expressão, ao seu querer, e aos seus movimentos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que não faz diferenciação muita definida entre o que é dele e o que é do outro.

    2. Cliente com a mesma característica encontrada no o traço fraco, ou seja, a insegurança.

    3. Cliente que tem o maior respeito pelo externo e a virtude da obediência.

    4. Cliente que vive uma certa dificuldade que pode variar até ao estado de fobia frente à possibilidade de mudança.

    5. O nível de igualdade que o Cliente coloca nas coisas é grande.

    6. Cliente que não é apegado, que não é pegajoso, mas é misturado.

    14. TRÊS IMAGENS DE TAMANHOS DIFERENTES, NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            JUSTIFICAÇÃO.

    EMENTA: Cliente com a crença de que uma vez assumido um perfil ou um papel, não terá condições nem será apto a nenhuma outra atividade.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com comportamento autolimitante.

    2. Cliente que determina a sua impossibilidade de variar e justifica tudo a ferro e fogo.

    15. TRÊS IMANGENS DIFERENTES EM APROXIMADAMENTE 1/3 DA FOLHA.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                              RECEIO A MUDANÇAS.

    EMENTA: Cliente que se mantém no lugar em que foi colocado e que receia o retorno a quaisquer movimentos de mudança.  

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que tem medo de mudar pela insegurança em relação aos resultados.

    2. Cliente que tem medo de ser rejeitado.

    3. Cliente que vive grande dificuldade e grande limitação para exercer a segurança em relação ao seu lugar, ao seu papel, à sua importância.

    4. É o Cliente que pode provocar confusão se mudar de atividade e de hábitos.

    16. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA VERTICAL.

     

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:           LIBERDADE CONDICIONAL.

    EMENTA: Cliente que está se mantendo aprisionado, sem condições de projetar, ou está se sentindo chantageado ou ameaçado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente  com tendência  à queixas sobre fibromialgia, artrite e  artrose.

    2. A situação do Cliente poderá estar se deteriorando mas não sabe como, nem procura os recursos para se livrar.

    3. Cliente sabe o que não pode fazer.

    4. Cliente que poderá ter na face lateral da perna um  fluxo em turbulência.

    17. TRÊS IMAGENS ”JOGO DE VELHAS” NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                 DERROTADO.

    EMENTA: Cliente que está alimentando um sentimento de derrota ou com o “tapete puxado”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com a grande virtude da paciência.

    2. Cliente dominado pelo sentimento de derrota, sente que perdeu o seu chão ou que foi enganado.

    3. O sentimento de derrota também pode ser manifestado pelas  sobrancelhas caídas, ou seja, baixas.

    18. QUATRO IMAGENS NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            FLEXIBILIDADE.

    EMENTA: Cliente com a expressão que o faz acreditar que precisa se ajustar a cada ambiente. Cliente “camaleão”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com o compromisso de manter-se com mil faces.

    2. Cliente que segue o lema “em Roma como os romanos”.

    19. QUATRO IMAGENS NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                        AUTOPERCEPÇÃO.

    EMENTA: Cliente com dificuldade de reconhecimento das suas experiências.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com uma capacidade invejável de autopercepção e de nomeação dos seus sentimentos.

    2. Cliente que estabelece as nuances do seu sentimento mas não sabe descrevê-los.

                     3.20 INTERPRETAÇÃO DOS TIPOS DE TRAÇOS DAS IMAGENS.

    O tracejar é que revela as imagens; seu caráter sério tem como contrapartida o acesso ao universo do Cliente e, através da sua interpretação, o psicoterapeuta holístico consegue também “pistas” das principais tendências do predomínio comportamental do Cliente nos quais limitar-nos-emos a indicar os mais significativos:

                             TIPOS DE TRAÇOS DAS IMAGENS                     PREDOMÍNIO
    1. TRAÇO GROSSOSABER O QUE QUER
    2. TRAÇO FORTERIGORISMO
    3. TRAÇO FINOVACILANTE
    4. TRAÇO FRACOINSEGURANÇA
    5. TRAÇO COM ENCAPSULAMENTOCAUTELOSO
    6. TRAÇO DESCONTÍNUONÃO ÉTICO
    7. TRAÇO CONTÍNUODEPENDE DO OUTRO
    8. TRAÇO UNIFORMEINFLEXIBILIDADE
    9.TRAÇO EM GOMOSPERSISTÊNCIA
    10.TRAÇO PONTILHADO NÃO EXPERIMENTAR
    11.TRAÇO EM ONDASAUTO-EXIGÊNCIA PENOSA
    12.TRAÇO COM CONVEXIDADESUPERFICIALIDADE
    13.TRAÇO COM CONCAVIDADEEXPERIMENTO LIVRE
    14.TRAÇO COM PRESENÇA DE UM  XCÉLULA MÃE
    15.TRAÇO EM FÍSTULADESEQUILÍBRIO DE ENERGIA
    16.TRAÇO SOBREPOSTOLIBERDADE E VALORIZAÇÃO DO SOCIAL
    17.TRAÇO EM “PALITINHO”RECONSTRUÇÃO

    1. TRAÇO GROSSO.

    PREDOMÍNIO:                                                                          SABER O QUE QUER.

    EMENTA: Cliente que está seguindo o que já conhece e que não se prende a estatuto, seita ou pensamento filosófico.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que acredita que já chegou ao máximo e que não pode mais passar disso.

    2. O Cliente está vindo no cumprimento de uma metodologia que deu certo.

    3. Quem no corpo físico trabalha a liberdade para o desdobramento das possibilidades é o terço central de todas as estruturas longas ou sejam:

    3.1 O terço central da coxa, das pernas, dos braços, dos antebraços e da lateral de tronco.  

    2. TRAÇO FORTE.

    PREDOMÍNIO:                                                                            RIGORISMO.

    EMENTA: O traço é vincado e bem evidenciado. O Cliente é auto-exigente no compromisso de cumprir o estabelecido e rigoroso com os princípios éticos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Na interpretação do traço forte o psicoterapeuta holístico observa  que o Cliente se exige muito e que tem o compromisso muito severo consigo.

    2. A autocrítica, a auto-exigência e o compromisso de realizar, são funções do couro cabeludo, que mostra o potencial. Também é uma função do pé que mostra a firmeza, a segurança e capacidade de se sustentação.

    3. O psicoterapeuta holístico tem a definição do traço forte quando todo o traço da imagem é vincado e bem evidenciado.

    4. O Cliente de traço todo forte faz revisão tendo em vista que cada um dos seus movimentos precisa estar de acordo com o programa por ele próprio estabelecido com uma quantidade grande de quesitos, de exigências, e de detalhes.

    5. As estruturas mais sensíveis no Cliente que  faz o traço todo forte são as falanges distais dos dedos e dos artelhos. As falanges distais dos dedos e dos artelhos estabelecem e lançam na ação os impulsos da confiança na qualidade do que se faz e na possibilidade de retornos com o que se fez.

    6. De uma forma especial, as unhas vibram o sentimento de confiança do que se é capaz de realizar e, se aquilo que será feito, trará retornos. 
     

    3. TRAÇO FINO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                          VACILANTE.

    EMENTA: Cliente que está no desuso da habilidade de criar para si formatos modelos e caminhos e precisa ser elogiado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O  propósito do psicoterapeuta holístico deverá se voltar para motivar no Cliente o sentimento de autovalor e do direcionamento. É o traço do Cliente sem presença.

    2. O Cliente do traço fino diz que sente conforto na condição de ser conduzido.

    3. O Cliente está aprisionado à forma do outro ou não existe confiança no poder de autodireção.

    5. O Cliente pode fazer abdome protuso.

    6. O Cliente está alimentado pela crença de que a direção externa é melhor.

    7. A terapêutica está no foco da habilidade da autoconfiança, que é uma função  representada no corpo físico pela face medial das pernas, principalmente esquerda,  pelos punhos que ativa a coragem, somados à última falange de dedos e artelhos, que dão confiabilidade no poder de realização.

    8. Alguns Clientes sentem dor na área subdiafragmática.

    4. TRAÇO FRACO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                   INSEGURANÇA.

    EMENTA: Cliente com a insegurança para conquistar para si o direito de ser parte, de estar presente, de conquistar o direito de poder e de ocupar um lugar conscientemente.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. No atendimento do Cliente de traço fraco o psicoterapeuta holístico  deve procurar  somente evidenciar as qualidades.

    2. Quando há predomínio do traço fraco o sentimento vivido pelo Cliente é de que ele sempre tem que pedir “licença” para tudo.

    3. Na terapêutica corporal para o traço fraco são importantes os seguintes segmentos: os joelhos, o queixo, a face posterior de todo o corpo, os mamilos, as sobrancelhas e as extremidades distais. 
     

    5. TRAÇO COM ENCAPSULAMENTO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                        CAUTELOSO.

    EMENTA: O encapsulamento é evidenciado pela duplicidade do traço no contorno do corpo físico e o espaço entre os dois traços. 

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Sempre que o encapsulamento é revelado a terapêutica deve ser dirigida para a conquista da naturalidade e da espontaneidade.

    2. O segmento nobre de desenvolvimento da espontaneidade e da naturalidade é a face posterior da coxa, associado à face anterior e face posterior dos ombros.

    3. O Cliente tem a necessidade de se manter com muita cautela e o tempo todo com muita defesa.

    4. O segmento que processa o mecanismo básico de defesa é a nádega. Na mesma proporção que existe o encapsulamento, existem camadas de tensão nas nádegas. 

    6. TRAÇO DESCONTÍNUO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                          NÃO ÉTICO.

    EMENTA:O traço descontínuo é identificado por ser feito com espaços intermitentes.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O traço descontínuo evidencia que não é mais necessário estar fazendo no esforço do cumprimento.

    2. O traço descontínuo revela que existe o sentimento de não direito e de não cumprimento da ética.

    3. No corpo físico dois segmentos são extremamente importantes: os joelhos em todas as suas faces, principalmente a face lateral que processa os fluxos que alimentam o sentido da exclusividade e o mamilo, que é o segmento ativador da personificação.

    4. O Cliente pode ter o sentimento de  não saber ao certo como se manifesta e de não conseguir ficar liberto para se distanciar daquilo que está estabelecido. Faz pose para ficar seguro e fala que está tudo bem para não denunciar o desconforto que tem. 
     

    7. TRAÇO CONTÍNUO.

    PREDOMÍNIO:                                                                        DEPENDE DO OUTRO.

    EMENTA: Traço contínuo é aquele onde não existe espaço entre o traço. Cliente educado e treinado, mas que está pedindo ajuda para ser liberado do seu compromisso de sempre fazer segundo o que ele projeta que o outro espera.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. É o Cliente que tem o compromisso de fazer o que ele acha que o outro quer que ele faça.

    2. O Cliente que tem dentro de si o compromisso e a fidelidade àquilo que imaginou ser expectativa do outro.

    3. Cliente prestador de serviços somente para o outro.

    4. O traço contínuo orienta ao psicoterapeuta holístico de que o Cliente precisa de  estímulo para conseguir exercer com  tranqüilidade a ação de autofavorecimento.

    5. O cliente está pedindo liberdade para fazer segundo a sua maneira em benefício de si mesmo ou a partir das próprias convicções para favorecer-se também.

    8. TRAÇO UNIFORME.

    PREDOMÍNIO:                                                                               INFLEXIBILIDADE.

    EMENTA: No traço uniforme o Cliente não tira o lápis do papel, a imagem tem o tipo da figura do desenho infantil denominado “biscoito”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A terapêutica do traço uniforme exige concentração para a liberação das áreas da pelve, notadamente a coxofemoral, a região axilar, a “saboneteira” e a face lateral do pescoço.

    2. O Cliente deve ser esclarecido que não há mais a necessidade de se fixar na crença de se manter segundo o habitual.

    3. A terapêutica é de exercitar a criatividade, o questionamento, e ajudar o Cliente a ganhar movimento de pelve e de coxofemoral para se libertar da rigidez dos jeitos e maneiras pré-estabelecidas. 
     
     
     

    9. TRAÇO EM GOMOS.

    PREDOMÍNIO:                                                                                    PERSISTÊNCIA.

    EMENTA: O tracejo em gomos é feito na forma da figura do desenho conhecido como “Popaye”. Em geral a cabeça é mais ovóide, ou o quadril está para um lado e a cabeça para o outro. O Cliente que “malha” apresenta essa formatação.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente tem um intenso alcance de valores, de regras, de princípios, de conceitos que o fazem cumpridor fiel daquilo que é estabelecido como convenção, moda, religião, política, etc.

    2. O tracejo em de gomos, fecha nas articulações. O Cliente não questiona e por isso não é uma referência.

    3. O Cliente tende a querer ficar atrás de alguma coisa e somente mostrar a cara.

    4. O Cliente experimenta o compromisso de se manter fixado nos comportamentos vividos.

    5. O Cliente é um protótipo da virtude da determinação e da capacidade de ser persistente. Quanto mais obstáculo mais tesão para fazer.

    6. O Cliente tem dificuldade em variar a forma de agir e de se apresentar.

    10. TRAÇO PONTILHADO.

    PREDOMÍNIO:                                                                         NÃO EXPERIMENTAR.

    EMENTA: O traço é definido por pontos ou pequenos traços de contorno. A característica básica desse Cliente é de passar por cima, abandonar e não experimentar.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com tendência de não ir até o estágio de satisfação.

    2. Cliente com dificuldade de continuar. As coisas são passadas, sobrepostas, abandonadas, largadas, dadas como prontas antes que ele experimente o sentimento de realização.

    3. Existe uma manifestação que fala e trata da mesma coisa do traço pontilhado, são as desordens venosas como as varizes, as telangiectasias e as flebites.

    4. O Cliente tem a sensação de ter os seus ombros quadrados e grandes, mesmo que sejam caídos.

    5. A terapêutica é descobrir o jeito próprio de fazer e o  estilo pessoal. 
     

    11. TRAÇO EM ONDAS.

    PREDOMÍNIO:                                                               AUTO-EXIGÊNCIA PENOSA.

    EMENTA: Tracejo revelado nos segmentos corporais em ondas.  Cliente que está exigindo-se além das suas possibilidades e faz avaliação severa de si mesmo. A Imagem também poderá revelar ombro elevado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que está pedindo para sair do processo de autocrítica e de avaliação severa de si mesmo.

    2. O Cliente está num momento de auto-exigência penosa. Está se cobrando como um comandante severo.

    3. A terapêutica é trabalhar a vibração da amorosidade consigo e a liberdade de fazer pelo prazer de fazer ou simplesmente para experimentar.

    4. No corpo físico quem vibra a intensidade da obrigatoriedade, são as fibras superiores do músculo trapézio.  

    12. TRAÇO COM CONVEXIDADE.

    PREDOMÍNIO:                                                                           SUPERFICIALIDADE.

    EMENTA: Tracejo onde anatomicamente não existe o abaulamento. Cliente com muita análise e pouca ação, muito conceito e pouco saber. 

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A convexidade define com clareza que o Cliente não exerce a liberdade de fluência.

    2. Na região da convexidade existe fluidez profunda, mas falta fluidez na superfície. Isso significa que existe o exercício do pensar, do ponderar, do avaliar, do levantar hipóteses. 
     
     
     
     
     
     
     

    13. TRAÇO COM CONCAVIDADE.

    PREDOMÍNIO:                                                                        EXPERIMENTO LIVRE.

    EMENTA: Tracejo adentrado num lugar onde anatomicamente o adentramento não existe.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente necessita de ativar a espontaneidade que é processada na face posterior da coxa e no terço central da anterior do ombro.
     

    14. TRAÇO COM PRESENÇA DE UM X.

    PREDOMÍNIO:                                                                                      CÉLULA MÃE.

    EMENTA: Cliente com predomínio do desequilíbrio na área marcada pelo X.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O X na Imagem é  sinônimo de célula mãe do momento.

    2. O psicoterapeuta holístico percebe a marcação do X quando é revelada a sobreposição de traço. É muito fácil de ver, mas aparece X em qualquer tipo de tracejado.

    3. Toda vez que for revelado o X, está localizada a célula mãe do problema.

    4. O X  é revelado em aproximadamente 90% das Imagens e é possível ter mais de um X na mesma Imagem. Aproximadamente 60% das vezes se identifica mais de um X.

    5. A célula mãe revela porque o Cliente está vivendo o conflito, agora.

    5.1 Exemplos: revelou um X no segundo dedo. O segundo dedo é sinônimo de assertividade e fígado.

    5.2 A célula mãe está revelada no nariz. Então o desequilíbrio pode ser conseqüência das dificuldades de envolvimento que nesse momento o cliente está vivendo. 
     
     
     
     
     

    15. TRAÇO EM FÍSTULA.

    PREDOMÍNIO:                                                          DESEQUILÍBRIO DE ENERGIA.

    EMENTA: É parte de um traço descontínuo com aberturas. Para ser definido como fístula, o traço tem que ser bem caracterizado com uma abertura para dentro e uma abertura para fora.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A fístula revela que não está havendo renovação adequada na energia naquele órgão.

    2. Nenhuma área fistulada  faz desequilíbrios imediatos não ser que na mesma área estiver revelada a presença de vários X sobrepostos.

    3. Ao identificar a fístula, o psicoterapeuta holístico poderá localizar o(s) órgão(s) que correspondem àquele segmento.

    3.1 Por exemplo: fístula na articulação coxofemoral. Os órgãos diretamente relacionados são: os da reprodução e a tireóide.

    16. TRAÇO SOBREPOSTO.

    PREDOMÍNIO:                                     LIBERDADE E VALORIZAÇÃO DO SOCIAL.

    EMENTA: São vários traços fazendo o mesmo contorno sem fechamento. Cliente que experimenta uma grande preocupação em relação à observação do externo, às maneiras habituais e àquilo que socialmente é aceito.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A terapêutica é  trabalhar o mamilo. A existência da sobreposição informa que o Cliente deve reconhecer e praticar as próprias características.

    2. O objetivo da terapêutica é ajudar o Cliente a permitir e equilibrar os seus esforços para a autoqualificação.

    2. O Cliente é muito criativo mas precisa ganhar autorização para se autoqualificar, tanto no sentido de capacitação e de habilidade quanto de objetivos.

    3. O Cliente com  múltiplos traços memoriza qualificações, nomes , adjetivos e vive segundo aquilo que marcou como sendo a opinião externa em relação si.

    4. Quando é revelada a multiplicidade de traço na lateral do quadril esquerdo pode-se dizer que o Cliente é egoísta, mas se inclui pouco nas coisas.

    5. O Cliente pode também ser rotulado pelo psicoterapeuta holístico como  “entrão” e  muito atrevido,  desse modo, o Cliente poderá iniciar sua autoqualificação.

    6. O Cliente com o tracejo em duplicidade é cheio de pré-conceitos em relação a si mesmo porque ouviu, porque assimilou, etc. 
     

    17. TRAÇO EM “PALITINHO”. 

    PREDOMÍNIO:                                                                            RECONSTRUÇÃO.

    EMENTA: Cliente que busca a validação de seus potenciais. As áreas principais para a terapêutica são a do couro cabeludo. 
     

     
     
     

    A simples observação de um grupamento de Imagens do corpo físico, evidencia  imediatas variações entre os componentes do grupo. Denominamos estas variações, que se apresentam externamente, de “as formas das Imagens Holísticas”. Daí dizer-se que a forma, na interpretação das Imagens Holísticas, é uma constante.

    Quando da interpretação das Imagens isoladas, ou em conjunto, o psicoterapeuta holístico não deve esperar encontrar sempre a mesma forma.

    Às formas, deve-se acrescentar aquelas decorrentes da idade, do sexo, da raça, do tipo constitucional e da evolução. Estes são, em conjunto, o que denominamos de fatores das formas gerais. A forma poderá ser revelada na Imagem completa do corpo físico de frente, de perfil, de costas ou somente em segmento específico. 

                             

                      AS FORMAS DAS IMAGENS HOLÍSTICA                   PREDOMÍNIO
      1. FORMA QUADRADAINFLEXIBILIDADE
      2. FORMA TRIANGULADASABE O QUE SENTE E O QUE QUER
      3. FORMA RETANGULARREVISÃO
      4. FORMA REDONDAPOLARIDADE DO EXCESSO
      5. FORMA COMPARTIMENTADACAUTELA
      6. FORMAÇÃO DE BOLSAPERSISTÊNCIA
      7. FORMA DE SEGMENTO COBERTOJEITO PRÓPRIO 
      8. FORMA COM MARCAÇÃO DAS ARTICULAÇÕESMUITA PONDERAÇÃO E POUCA AÇÃO
     
     
     
     
     

    1. FORMA QUADRADA.

    PREDOMÍNIO:                                                                               INFLEXIBILIDADE.

    EMENTA: Cliente que está pedindo pela conquista da flexibilidade. A imagem é quadrada do pescoço até o pé, somente a cabeça é redonda.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Algumas possibilidades da forma quadrada:

    I.Tronco quadrado e os membros não quadrados;

    II.Tronco não quadrado com o membro quadrado;

    III.Um único membro quadrado.

    2. É bastante possível que o psicoterapeuta holístico encontre os desequilíbrios que são habituais ao uso excessivo da intelectualidade e da razão.

    3. Os principais desequilíbrios residem nas articulações e nos músculos.

    4. Outras queixas bastante possíveis:

    4.1 Disfunções renais;

    4.2 Desequilíbrios funcionais dos intestinos;

    4.3 Dor de cabeça.

    5. Essas manifestações contam do processo de utilização preponderantemente da ação que pensa, arquiteta, organiza e age segundo as atitudes organizadas.

    2. FORMA TRIANGULADA.

    PREDOMÍNIO:                                              SABE O QUE SENTE E O QUE QUER.

    EMENTA: Cliente com imensa capacidade de saber o que sente e o que quer.  

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O psicoterapeuta holístico deve o mais rapidamente possível  observar a articulação coxofemoral.

    2. Qualquer trabalho em direção à articulação coxofemoral é um grande auxílio  para a forma triangulada.

    3. O psicoterapeuta holístico deve recomendar ao Cliente a dançar, fazer exercícios de alongamento e de práticas de criatividade. 
     
     
     
     
     

    3. FORMA RETANGULAR.

    PREDOMÍNIO:                                                                                              REVISÃO.

    EMENTA: Cliente com o comportamento de fazer movimentos de ir, de voltar, de conferir, de fazer muitas vezes.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quando predomina a forma retangular o corpo físico está pedindo duas coisas:

    1.1 Primeira: para que se desenvolva mais a ação que complementa;

    1.2 Segunda: ajuda para manter o propósito de realização até o final.

    2. O movimento de fazer e refazer predispõe o abandono de idéias. O Cliente faz e refaz e sempre deixa coisas para acontecer.

    3. A complementação é o pensamento a ser adquirido e a habilidade para permanecer até o final, que pode até ser um  grande desafio. O Cliente nem sempre termina, mas começa e retoma do início de novo para conferência.

    4. A força de objetivação das mamas também estabelece a vontade de completar.

    5. Não muito raramente, na forma retangular, em mulheres, existe sofrimento mamário.

    6. Nos homens essa manifestação se faz mais ao nível prostático.

     

    4. FORMA REDONDA.      

    PREDOMÍNIO:                                                              POLARIDADE DO EXCESSO.

     
     
     

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Se o Cliente está no nível da polaridade do excesso, pode projetar a forma redonda, mas o seu comportamento é o da forma quadrada.

    2. Quando a imagem revela a forma redonda significa que existe a possibilidade de presença marcante da atitude boazinha, compreensiva, servil, disponível.

    3. É importante pesquisar o nível de frustração, de decepção e de carência que esse Cliente armazena.

    4. Quando se cede mais do que se deve, acontecem no corpo físico as disfunções intestinais, principalmente aquelas que fazem as fezes mais líquidas.

    5. Quase todas as Imagens redondas revelam o experimento do estado de carência. Há uma lista de carência de retornos, mas o Cliente não as reconhece.

    6. A terapêutica corporal a ser trabalhada é a região zigomática que é a área nobre do estado de carência, em conjunto com a face medial dos joelhos.

    7. No corpo físico, os músculos adutores e abdutores dos artelhos e dos dedos, a patela, a articulação gleno-umeral e a face anterior dos joelhos, são os segmentos nobres da terapêutica para a forma redonda.

    5. FORMA COMPARTIMENTADA.

    PREDOMÍNIO:                                                                                             CAUTELA.

    EMENTA: Tracejo onde os segmentos corporais estão separados uns dos outros.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A Imagem revela o pedido do Cliente: sair do movimento de fazer uma parte, analisar tudo, verificar as possibilidades, fazer mais uma parte, parar e verifica novamente.

    2. Cliente com atitude muito cautelosa onde tudo é avaliado, ponderado, observado detalhe por detalhe, pensadas todas as possibilidades e soluções, antes da execução.

    6. FORMAÇÃO DE BOLSAS EM SEGMENTOS.

    PREDOMÍNIO:                                                                                   PERSISTÊNCIA.

    EMENTA: O tracejo da formação da bolsa em segmentos é contínuo, com um espaço, ou seja, um traço é acompanhado por outro traço, no início, no meio e no fim.   

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A imagem da formação de bolsas em segmentos está revelando que é necessário para o Cliente, organizar, planejar e finalizar o projeto. A presença da bolsa também informa que o Cliente está vivendo sentimento de certeza.

    2. O psicoterapeuta holístico observa se o Cliente quer ou não quer continuar com uma determinada atividade, verificando se na imagem das costas existe a presença de bolsa. Revelou a bolsa na referida Imagem o psicoterapeuta pode assumir que o jeito que o Cliente está fazendo é o certo então, que persista. 

    7. FORMA DE SEGMENTO COBERTO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                  JEITO PRÓPRIO.

    EMENTA: Segmento coberto é o tracejado semelhante a cobertura com uma capa. Também é considerado segmento coberto quando um segmento está sobrepondo o outro.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quando a Imagem revela segmento coberto o pedido é para executar do jeito próprio, pois será mais satisfatório, mais produtivo e mais realizador.

    2. O corpo físico está sinalizando que função do segmento coberto está sendo exercida segundo o manual, ou a prescrição externa, e que aquela forma de execução não é satisfatória para o Cliente.

    8. FORMA COM MARCAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES.

    PREDOMÍNIO:                                           MUITA PONDERAÇÃO E POUCA AÇÃO.

    EMENTA: O tracejo é evidenciado pela marcação nas articulações.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A imagem revela que o Cliente pondera muito e executa pouco.

    2. A imagem revelada mesmo que com roupa com as articulações marcadas, evidencia que o psicoterapeuta holístico está diante de um Cliente absolutamente sensível, mas com a postura de racional e lógico. 

    CAPÍTULO 4. RESULTADOS. 

    4.1 A utilização prática da interpretação da Imagem Holística do Cliente como técnica suplementar da psicoterapia holística revela rapidamente a forma em que os desequilíbrios se manifestam.

    4.2 Os sinais e os sintomas percebidos e verbalizados pelo psicoterapeuta holístico, progressivamente, levam o Cliente, a desenvolver o autoconhecimento e a rápida aceitação das demais técnicas psicoterapeuticas, validando e aceitando os processos de transformação  que são orientados por suas principais queixas. 
     
     
     
     

    CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.

    5.1 Vimos neste trabalho a técnica para a Análise de dezoito exemplos de Distribuição das Imagens na Folha, dezessete Tipos de Traços, oito Formas geométricas de Imagens, dezoito formas da cabeça, oito formas do tronco e dos segmentos básicos dos membros superiores e inferiores, todos referentes ao corpo físico e de usos possíveis como técnica suplementar na psicoterapia holística.

    5.2 Vimos também através da análise holística, que são muitas as informações úteis e vitais que podem ser extraídas da Análise da Imagem do próprio Cliente.

    5.3 Está evidenciado na ampla bibliografia existente que trata entre outros, de sistemas de tipologia, representações simbólicas, filosóficas e até religiosas, o desiderato em classificar as pessoas por seus comportamentos e atitudes.

    5.4 A comparação da linha seguida por esta Monografia com a bibliografia existente poderia ser fundamentada no princípio orientador da técnica ora apresentada que leva também em considerações os aspectos sócio-somato-psíquicos, em que as interações das estruturas física, dinâmico funcional e psíquicas correspondentes, podem ser reveladas.

    5.5 Por outro lado, a bibliografia especializada não apresenta nenhuma técnica suplementar a ser aplicada na psicoterapia holística, e, desse modo, não há razões para discordar dos diversos autores que já publicaram seus livros com objetivos específicos, merecem aplausos! Deixamos para os psicoterapeutas holísticos e para a Comunidade de Estudos Avançados em Psicoterapia Holpistica, se for o caso, a ampla discussão sobre a presente Monografia.

    CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.

    6.1 Considerem este trabalho como resultados da intervenção de vários atendimentos, de estudos e pesquisas realizados pelo autor. É uma opção que abrange a complexidade dos contornos e dos estados humanos em conjugação com o somático, dos pontos de vista objetivo, subjetivo e psíquico, através da composição de um modelo lógico, ou seja, a estrutura que viabiliza a Análise da Imagem Holística do Cliente. Esse modelo em progressão, sendo aperfeiçoado com observações constantes, trará cada vez mais nitidez e exatidão, eliminando omissões e equívocos grosseiros, expondo, ao final, através da observação, os meandros corretos das relações mente-corpo físico. 
     

    6.2 O desiderato do autor em apresentar especificidades da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente é para que a mesma seja amplamente discutida, testada, validada e, finalmente, que os terapeutas holísticos, a utilizem como um equipamento suplementar do seu atendimento. Neste modelo não há irracionalismos. A Análise da Imagem Holística do Cliente acontece à luz do que todos nos sabemos, e sabemos mais do que se pode imaginar superficialmente, ou já detemos informações em um nível para justificar a aplicação da técnica ora apresentada.

    6.3 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A psicoterapia holística impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno e que o cultivo de comportamentos que satisfazem mais aos outros do que a si mesmo exige a inibição de vontades e necessidades, limita a expressão, a criatividade, e estimula o predomínio da racionalidade.

    6.4 Através da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente, o psicoterapeuta holístico poderá determinar outros procedimentos para sua estratégia, bem como as diretrizes eficazes para a terapêutica holística aplicável, pois em se tratando de uma queixa qualquer, o pensamento abstrato do psicoterapeuta holístico nunca deixa de inquirir repetidamente sobre a causa.

    6.5 Aquele que desejar firmar os pés nas técnicas básicas de Aconselhamento, deve ter bem claro, mediante profunda reflexão, que a inquirição sobre a origem da causa da queixa do Cliente deve cessar em algum ponto, pois ao ultrapassá-lo, estará praticando um mero jogo de pensamento.

    6.5.1 Ao observarmos os “sulcos” em uma pista de pouso, poderíamos inquirir a origem desses sulcos e como resposta teríamos que provêm das rodas de aeronave. Podemos continuar a perguntar: por que foram os sulcos traçados pela aeronave? Sendo respondido: porque a aeronave passou pela pista de pouso. Podemos continuar a perguntar: por que passou pela pista de pouso? Recebendo a resposta: porque transportava pessoas e cargas. Com estas perguntas chega-se finalmente, a saber, quais motivos dos sulcos na pista de pouso. E se não pararmos no fato, perderemos o verdadeiro fio do assunto e permaneceremos num mero jogo de perguntas. A técnica da Análise da Imagem Holística de Cliente fornece condições para uma avaliação rápida e segura de desequilíbrios energéticos e às vezes revela simples indicações para serem ser verificadas ou pesquisadas em detalhes, mas que nem por isso são menos valiosas. 

    CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESTRITAS. 

    AMORIM ANTONIO. “Noções de Anatomia e Bioquímica”, 2a edição Belo Horizonte – MG, Editora da SPOB- Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil, 2002;

    AUBENQUE PIERRE, BERNHARDT JENA, CHÂTELET FRANÇOIS. “História da Filosofia, Idéias e Doutrinas”, 1a edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora Zahar Editores, 1973;

    BOUTS PAULO & BOUTS CAMILO “Psicognomia”, 5a edição Rio de Janeiro-RJ e São Paulo-SP , Editora Vera Cruz Ltda 1943;

    MEDEIROS BAUZER ETEL. “Medidas Psico e Lógicas: Introdução a Psicometria”. 1a edição Rio de Janeiro -RJ, Editora Ediouro, 1999;

    PENNICK NIGEK. “Geometria Sagrada”, 15a edição, São Paulo-SP, Editora Pensamento -Cultrix Ltda, 1980;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “O Microcosmo Sagrado, 2a edição , SinteBooks, 2006;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Psicoterapia Holística, 1a edição, SinteBooks, 2007. 

    REFERÊNCIA DE FORMAÇÃO ACADÊMICA PARA A MONOGRAFIA.

    Curso de Leitura Corporal, Núcleo de Terapia Corporal Ltda,sito à rua Assunção, 40 Sion Belo Horizonte-MG, site www.leituracorporal.com.br .

                                      DISCIPLINASCARGA HORÁRIA PERÍODO
    Curso Básico120 h/aFev/01 a Jun/02
    Anatomia Humana Básica36  h/aMar/02 a Jun/02
    Chakras120 h/aAgo/02 a Dez/03
    Fisiologia40  h/aAgo/03 a Dez/03
    Fisiognomonia120 h/aFev/04 a Jun/05
    Estudo da Pele  40 h/aAgo/05 a Fev/06
    Interpretação do Desenho152 h/aMar/06 a Dez/07
            628 h/a 
     

    ANEXOS E APÊNDICES. Não apresentamos.

                       CRT 38326 

    Autor: : RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD - Terapeuta Holístico - CRT 38326
    Última atualização: 03/06/2008 15:02


    BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS


    BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA


    Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099

    Orientador: Henrique Vieira Filho




    Trabalho apresentado ao SINTE pela aluna Débora Monteiro Morales como requisito para conclusão do curso de Estudos Avançados Psicoterapia Holística, sob a orientação de Henrique Vieira Filho.







    Canoas, setembro de 2008.



    AGRADECIMENTOS

    Ao universo, que me proporcionou esta viajem que é viver e experimentar seus sabores e dissabores, mas experimentar, sentir, respirar,estar, enfim viver.

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO..............................................................................................................3

    RESUMO......................................................................................................................3

    MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................4

    DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.......................................4

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA...........................................................6

    Bioenergética e Terapia Vibracional............................................................10

    Alexander Lowen e Bioenergética................................................................11


    RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE.....................................13


    DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO................................................16


    DISCUSSÃO E CONCLUSÃO...................................................................................18


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................19

















    RESUMO

    Através deste trabalho discorro sobre psicoterapia holística e a sua inter-relação com a bioenergética. Pois a observação das características físicas de um cliente pode demonstrar informações de grande valia para o psicoterapeuta holístico. Para tanto foi feita uma correlação das características filosóficas da Terapia Tradicional Chinesa e a Bioenergética, terapia ocidental de Alexander Lowen.

    Com o objetivo de relacionar seus pontos em comum e desenvolver uma visão interativa entre as duas filosofias.

    INTRODUÇÃO

    O ato de buscar algo é a base para a experiência de prazer e representa uma expansão de todo o organismo, como um fluxo de sentimentos e energia que vai até a periferia do corpo.Na psicoterapia holística são tratadas as couraças desenvolvidas pelo fechamento, retraimento e retenção que são experiências de desprazer, podendo provocar dor ou ansiedade, que seriam o resultado de uma pressão criada pela energia de um impulso bloqueado. Se a musculatura contém o impulso, ocorre contração e dor; se a musculatura não dá conta de conter a excitação do impulso, ocorre ansiedade (LOWEN, 1982).

    Em similaridade ao enfoque bioenergético, os fundamentos da Terapia Oriental Chinesa se voltam para a manutenção ou a reintegração do fluxo natural de energia do indivíduo, tentando ingressar a pessoa em sua força interior e na convicção de suas atitudes. Resgatando ao corpo o equilíbrio que conduz a beleza natural de cada pessoa.

    Dentre as técnicas utilizadas nas terapias orientais destacam-se o recondicionamento físico para melhorar o fluir de energia do corpo energético e suprir o corpo físico, melhorando sua integridade e defesa natural; e o toque, que pode ser feito através de reflexologia, shiatsu, acupuntura entre outros.

    Diante de um processo de desequilíbrio, momentâneo ou prolongado, o fluxo vital é reduzido e a rede meridiana transmite as informações disponíveis para todo o sistema (CHUNCAI, 1999).

    Como já se pode observar o princípio de livre fluir energético e a inter-relação corpo-mente, são à base de ambas as abordagens.


    MATERIAL E MÉTODOS

    A presente monografia tem como referência revisões bibliográficas de livros relacionados à Psicoterapia Holística, Terapia Milenar Chinesa, Bioenergética, e Terapia Vibracional. Dessa maneira foi traçado um comparativo entre as Filosofias Milenares Chinesas e a Psicoterapia Bioenergética Ocidental, o que revela uma grande similaridade entre ambas, tornando o trabalho do Psicoterapeuta Holístico mais abrangente tanto na linguagem oriental como ocidental. Pois em ambas o fluxo livre de energia é o sinônimo de qualidade de vida.


    Capitulo 1

    DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.

    “Formou o senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se uma alma vivente.” (Gênesis 2:7).


    Segundo Lowen (1977), a bioenergética procura entender o caráter do indivíduo pelo corpo e seus processos energéticos, sendo estes, a produção de energia pela respiração e pelo metabolismo, e a descarga de energia no movimento. Na terapia bioenergética, combinam-se os trabalhos corporais e mentais, com o objetivo de equilibrar as funções energéticas do indivíduo. Os trabalhos corporais utilizados pela bioenergética podem ser manipulatórios (massagens, toques) ou exercícios específicos, para diminuir tensões musculares e facilitar a respiração.

    A bioenergética é o estudo da personalidade humana em termos de processos energéticos do corpo. Pois a energia está envolvida em todas as coisas, tanto vivas quanto inertes (BRENNAN, 2006).

    Sentimentos armazenados, conflitos vivenciados e as perdas sofridas juntamente com a qualidade das relações afetivas, determinam a constituição de um indivíduo. Dessa forma a história de vida está gravada em cada corpo o qual necessita liberar medos e tensões para tomar consciência de emoções contidas, construindo um sentir e agir livre e verdadeiro (MONARI, 2002).

    As diversas culturas e religiões sempre desenvolveram técnicas com energia e suas relações com o corpo humano, animais, plantas e fenômenos naturais. Muito comum encontrar a figura dos xamãs que manipulavam as forças invisíveis com seus rituais, bem como os sacerdotes que eram mestres da ciência oculta, profundos conhecedores e manipuladores da energia sutil. Além disso, em diversos países do mundo antigo, os magos e feiticeiros sempre estiveram presentes, trabalhando com essas técnicas (HARTMAN, 2006).

    Por volta de 320 a.C, o povo chinês desenvolveu as bases da sua medicina tradicional, onde o ser é tratado com a visão energética (KIDSON, 2006).

    Na tradição hindu, a energia sutil é amplamente conhecida pelos yogues e seus discípulos com o nome de prana. Através de exercícios respiratórios, meditação, exercícios de concentração, posturas psicofísicas (asãnas), os yogues alcançam um profundo estado de paz e equilíbrio (JOHARI, 2007). Convém salientar os fenômenos e curas promovidas por Jesus e seus apóstolos, com a imposição das mãos e o emprego das palavras, são manifestações das energias sutis, potencializadas por esses grandes seres em favor dos necessitados. Isto mostra que Jesus possuía um potencial energético bastante equilibrado, a ponto de contagiar a todos apenas com sua presença.

    Mais adiante, na Europa do século XVIII, a ciência moderna começava a se destacar, surgindo uma distinção entre razão e misticismo. Neste periodo, Franz Anton Mesmer, postulou a existência de um magnetismo animal. Através da manipulação deste magnetismo promoveu diversas recuperações do equilíbrio energético. Na ciência do século XIX, surgem duas teorias que contribuíram para o entendimento da bioenergia: a teoria da libido de Freud, e a teoria do orgônio de Wihelm Reich. A psicanálise mostrou que as energias emocionais quando reprimidas (em desarmonia) causam doenças. Reich por sua vez, tinha plena convicção da existência de uma energia primordial responsável pela matéria viva (LOWEN, 1982). Desta forma começou a trabalhar diretamente com o corpo, utilizando uma técnica que visava especificamente aprofundar e liberar a respiração, a fim de melhorar e intensificar a experiência emocional (LOWEN,1982).

    Mais tarde, Alexander Lowen e John Pierrakos, alunos de Reich, ampliaram esse método transformando-o no que se conhece atualmente como Bioenergética. Juntos começaram a explorar possibilidades diferentes de trabalhos envolvendo o corpo no processo terapêutico. Buscando liberar as tensões, criaram as posturas em pé para promover vibrações, e desta descoberta nasceu o conceito de grounding (LOWEN, 1982).

    Após algumas experiências, utilizadas entre eles e com clientes, perceberam que era possível utilizar em conjunto o grounding, a respiração e as vibrações involuntárias, associadas ao som e aos toques sobre a musculatura tensa, para promover a ligação energética e emocional entre sentimentos do coração, sentimentos sexuais e a consciência (LOWEN, 1977). Eles partiram dos movimentos voluntários para despertar os involuntários e assim desencadear os sentimentos inconscientes enraizados na memória corporal. Embasando esta técnica na compreensão da profundidade de conflitos interiores perceberam a importância das vivências afetivas, onde estão às bases do aprendizado, quando são estabelecidos em primeira mão sentimentos, expressões e relações com o outro (LOWEN, 1982).


    Capitulo 2

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

    “É essencial compreender que o homem tem dois aspectos: um espiritual e um físico... Sob a orientação do nosso Eu espiritual, nossa vida Imortal, o homem veio ao mundo para adquirir conhecimento e experiência e para se aperfeiçoar como ser físico. O corpo físico sozinho, sem comunhão com o espiritual, é uma concha vazia, uma rolha sobre as ondas, mas quando há união à vida é uma alegria, uma aventura de interesse absorvente, uma jornada cheia de felicidade, saúde e conhecimento”. (BACH, 1930)

    Segundo Edward Bach (1930) a desarmonia do Eu Espiritual pode produzir uma série de problemas no corpo, pois ele é uma simples reprodução da condição mental de um indivíduo. Assim sendo, a pessoa é vista como uma unidade psicossomática, onde defesas psicológicas usadas para lidar com a dor e o estresse, tais como racionalizações, negação e supressões também estão ancoradas no corpo. Estes aparecem como padrões musculares que inibem a expressão. Tais padrões tornam-se inconscientes e passam a fazer parte da própria identidade da pessoa, impedindo que ela consiga se modificar, mesmo que entenda a natureza do problema.

    Os processos energéticos do corpo estão relacionados ao estado de vitalidade do organismo. Isto ocorre por falta de pressão interna ou de circulação da energia que fica estagnada (LOWEN, 1982). O decréscimo de energia restringe a mobilidade e a capacidade para ação espontânea e natural, com graça e emoção. A compensação do organismo encouraçado é o movimento mecânico, programado, sem sentimento. É um padrão de comportamento limitador, geralmente criado na infância para garantir a sobrevivência (LOWEN, 1982). Segundo as terapias orientais existe uma energia vital que passa a existir no momento em que a vida humana é gerada, no instante onde um óvulo se une a um espermatozóide e só nessa situação o homem é único. A partir daí, pelas sucessivas divisões celulares leva a formação do complexo humano, e a energia vital está com o seu fluxo contínuo. Apesar disto, tudo que o envolve é energia. O ponto inicial desse fluxo de energia no ser humano é o ponto umbilical, meio por onde o feto respira e se alimenta (BRENNAN, 2006).

    Assim, os seres humanos são microcosmos dentro do macrocosmo universal, os princípios do fluxo de energia do Universo são os mesmos que dos seres humanos, onde se mantêm em um estado de equilíbrio dinâmico entre pólos de natureza oposta, complementar, cuja essência é chamada de Yin e Yang (MACIOCIA, 2007).

    Dessa forma se enfatiza o retorno ao fluxo de energia que se iniciou no útero, é um método pelo qual o adulto recobre o equilíbrio original, onde as duas energias, Yin e Yang, são reequilibradas constantemente (PENNA, 2004).

    O Yin, elemento feminino, a terra, a mãe, a lua e o yang, elemento masculino, o pai, o sol, o céu. Mesclados, proporcionam um fluxo morno na circulação micro cósmica, desde quando feto (PENNA,2004).

    À medida que o bebê cresce, a sua energia vai se estabelecendo em partes quentes e frias. Quando chega a idade adulta, o Yang sobe para a parte superior do corpo e o Yin desce para a inferior, porém as tensões físicas e mentais da vida acabam bloqueando progressivamente as rotas de energia, bem como congestionando os centros energéticos, deixando de nutrir os órgãos internos de energia vital, provocando desequilíbrios emocionais, doenças, velhice e morte prematuras (PENNA, 2004).

    Conforme Zhou Chuncai (1999), o corpo somente estará saudável se funcionar segundo as interações correspondentes aos cinco elementos, Qualquer ruptura nestas interações resulta em desequilíbrio. Dessa maneira, “a primavera é cálida: o Qi do fígado começa a crescer. O verão é quente: o Qi do coração começa a crescer, O outono é seco: o Qi dos pulmões declina. O inverno é frio o Qi dos rins se oculta.”

    Em um corpo saudável, a energia circula constantemente em si onde todo o processo se auto-regula. Contudo, em um corpo com bloqueios energéticos, ocorrem desequilíbrios neste fluxo, gerando áreas ou órgãos com carência de Qi, ou "vazio”, e áreas ou órgãos com acúmulo ou bloqueio de Qi, ou plenitude.

    Portanto é possível pensar no corpo humano como um campo de contínua movimentação de energia, que circula entre as células, os tecidos, os músculos e os órgãos internos, mantendo a homeostase energética entre:

    • Wei Qi: energia de defesa, proveniente da união da energia celeste com a terrestre e responsável por toda defesa e resistência contra as energias perversas (fatores de adoecimento); Circula fora e dentro dos Canais de Energia Principais dependendo do horário.

    • Rong Qi (Yong Qi): energia nutritiva, proveniente da essência dos alimentos e responsável por toda a nutrição energética das estruturas do corpo; circula nos Canais de Energia.

    • Zhong Qi: formação semelhante ao Wei Qi, é responsável pela dinâmica cardiorespiratória e pela respiração celular.


    "O Qi gera o corpo humano assim como a água se transforma em gelo. Conforme a água se congela gerando o gelo, assim o Qi se condensa para formar o corpo humano. Quando o gelo derrete, ele se transforma em água. Quando uma pessoa morre, se transforma em espírito (Shen) novamente. Chama-se espírito, assim como o gelo derretido passa a ser chamado de água" (CHONG).


    A Qi circula e nutre todo o corpo através dos meridianos os quais formam uma rede entrelaçada de trilhas interconectadas que ligam os órgãos, a pele, os tecidos, os músculos e os ossos, unificando o corpo. O Qi que circula entre os canais tem natureza mais Yang na defesa externa do corpo, ou mais Yin, na nutrição interna do corpo (MANN, 1994).

    Estes canais estão ligados mais profundamente aos órgãos (Zang) e vísceras (Fu) e se externam em ramificações mais superficiais na pele, voltando a se aprofundar em seguida, da mesma forma que outras estruturas do corpo humano, como o sistema nervoso e o sistema circulatório. Esta rede é formada por meridianos principais (12), extras (8), distintos (12) e outras ramificações e canais secundários (MACIÓCIA, 2007).

    Cada um dos doze órgãos e vísceras que compõem a visão chinesa do corpo humano é ligado a um meridiano ou canal de energia principal, cujo nome corresponde ao órgão ou víscera ao qual afeta. A cada órgão (Zang) se corresponde uma víscera (Fu) e a energia de um afeta diretamente a energia do outro (MACIOCIA, 2007).

    Conforme o conceito bioenergético de instinto, Lowen (1982) salienta que o impulso é um movimento energético do centro para a periferia do organismo, onde afeta a relação deste com o mundo exterior. Desta maneira surgem dois propósitos, a função de carga, relacionada com a ingestão de alimentos, respiração e excitação sexual; e a função de descarga energética tais como a descarga sexual e a reprodução.

    Assim como na terapia oriental o corpo humano se divide em yin e yang, para Lowen (1982), a diferenciação da estrutura corporal em termos de carga e descarga é estendida aos membros. No entanto, a metade superior do corpo volta-se a função de carga energética, e a descarga energética se relaciona com a porção inferior do corpo, assumindo a responsabilidade de locomover o organismo no espaço.

    Aplicando isto a bioenergética observa-se que pensamentos e sentimentos são condicionados por fatores energéticos carga, descarga, pulsação, intensidade, grounding, centramento. Se a energia é retida, ela se transforma e gera pensamentos, sentimentos e atos literalmente distorcidos, onde esta distorção fica também visível no corpo (LOWEN, 1982).

    Portanto, estar plenamente vivo fundamenta-se no estado vibratório do sistema, sendo percebido na expansão/contração pulsátil do organismo, inclusive no sistema vegetativo, respiratório, circulatório e digestivo. A atitude vibratória é responsável por ações espontâneas, liberação emocional e funcionamento interno harmônico.



    Bioenergética e Terapia Vibracional


    A vibração é uma reação à liberação da sobrecarga de energia retida em determinadas partes do corpo, através dos exercícios. Na bioenergética considera-se um corpo sadio, quando está em constante estado de vibração, sentindo-se ligada ao contexto do todo (BRENNAN, 2006).

    Terapia Vibracional é um termo genérico que designa todas as terapias que visam atuar no campo de energia de um outro ser com o objetivo de recompor seu equilíbrio (HARTMEN, 2006).

    A Terapia Vibracional, através da bioenergética, ajuda a pessoa a reconhecer e tomar consciência das emoções e pensamentos indesejáveis que possam estar prejudicando seu desenvolvimento pessoal, sua saúde e sua vida, ajudando o indivíduo a perceber o sentido de seu sofrimento, a causa de seus sintomas e os caminhos que deve escolher ou evitar, para reconquistar o equilíbrio energético e bem-estar (MONARI, 2002).

    Sendo assim é possível perceber que alterações energéticas físicas ou psíquicas não ocorrem por acaso, mas surgem de conflitos internos, falhas e dificuldades de vencer o orgulho, a crueldade, o egoísmo, o ódio, a ignorância, a cobiça, traumas, medos, mágoas e a instabilidade entre outros fatores.


    “A inadequação do indivíduo perante Si Mesmo (a recusa em ouvir sua voz interior e a falta de auto conhecimento) e, por conseqüência perante o Universo, resulta em desarmonia psíquica, física e social, pois estas três não existem isoladamente. Um é conseqüência do outro, formando um continuum. Do mesmo modo, mas percebido no sentido inverso, uma desarmonia sociofisicopsíquica afastaria o ser de si mesmo.” (VIEIRA, 1994).


    Com esta proposta terapêutica profunda, é possível ajudar o indivíduo a erradicar o estado mental negativo causador do sofrimento, desabrochando nele sua virtude oposta privilegiando a dimensão extra-corpórea do ser humano. Essa dimensão, aliada ao instinto e ao intelecto faz parte da mente humana, capaz de perceber e comandar o próprio corpo, já que está ligada a ele por um complexo circuito de emoções (BRENNAN, 2006).

    Devido a repressões e traumas, inconscientes ou conscientes o indivíduo passa a negar alguns desejos, acontecimentos e emoções, a fim de mantê-los longe das lembranças, criando couraças para esconder seu verdadeiro ‘eu’. Inicialmente estas atitudes atuam como mecanismo de defesa, contudo, ao manter bloqueado o acesso a determinados fatores psíquicos que sejam dolorosos, é refletido no corpo tudo aquilo que foi escondido. Um verdadeiro alerta de que algo precisa ser compreendido (LOWEN, 1982).

    Na terapêutica vibracional as pessoas começam a obter um novo enfoque sobre as circunstâncias do sofrimento em que se encontram, dando a elas a possibilidade de reverterem o processo, com muito mais clareza, compreensão e tranqüilidade. Tratando as máscaras abre-se a mente para um novo horizonte (BACH, 1910).

    Alexander Lowen e Bioenergética


    A partir de Reich as abordagens corporais ocupam um espaço significativo no campo psicoterápico, passando inclusive a serem consideradas cientificamente. A terapia Bioenergética configura-se como uma das primeiras abordagens deste movimento, iniciando-se em 1953, por Alexander Lowen, discípulo de Reich.

    A base teórica da bioenergética é a, consideração da história analítica, o processo de desenvolvimento psicossexual e a dinâmica familiar como fatores fundamentais na formação da personalidade. Além disso, Lowen (1982) considera que o contexto social exerce influência na personalidade do indivíduo. O método terapêutico utiliza também da análise, dos conceitos de resistência, transferência e contratransferência, bem como a associação livre,e a interpretação dos sonhos.

    Através da sua própria experiência como cliente de Reich e, posteriormente, do seu colega John Pierrakos, e do seu trabalho com os seus clientes, Lowen pode perceber que analisar o modo habitual de uma pessoa ser e comportar-se merece tanta atenção quanto à importância dada ao trabalho com tensões musculares. Daí iniciou um estudo sobre os tipos de caráter, relacionando as dinâmicas físicas e psicológicas dos padrões do comportamento. Concluiu que ‘a vida de um indivíduo é a vida de seu corpo’(LOWEN, 1982).

    Durante o desenvolvimento da estrutura egóica, a criança está vulnerável a três tipos fortes de distúrbios, cada um deles deixará uma marca peculiar em sua personalidade:


    a)A privação resulta na oralidade;

    b)A repressão leva ao masoquismo;

    c)A frustração à rigidez.

    Lowen aperfeiçoou a teoria da análise do caráter e classificou os tipos de caráter em: esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido (fálico-narcisista para os homens e histérico para as mulheres).

    Não existe um caráter puro, a maioria das pessoas revela uma combinação razoável de traços de caráter. Não raro, elas exibem uma mistura caracterológica que dificulta o diagnóstico.

    A realidade adulta exige que o indivíduo funcione adequadamente em seu trabalho, em suas relações afetivas e com a sexualidade. Essa exigência, entretanto, nem sempre é atendida. A existência do caráter dificulta a plenitude do funcionamento das potencialidades humanas. Dependendo da severidade do trauma infantil, a experiência fica limitada e empobrecida (LOWEN, 1984).

    Lowen postula a busca de um caráter genital, que em oposição aos caracteres neuróticos, viabilizaram essa plenitude.


    Caráter neurótico

    *Há uma congestão da libido com inadequada satisfação;

    *Repressão libidinal / formação de sintomas – fobias;

    *Transferência adulta;

    *Fixação sexual infantil;

    *Conflito ID x superego;

    *Ilusões;

    * Energia represada;

    *Ódio, mágoa;

    *Trabalho compulsivo;

    *Insatisfação orgástica.


    Caráter genital


    *Alternância entre tensão e satisfação libidinal;

    *Potência orgástica, capacidade de entrega e prazer;

    *Sublimação do desejo edípico;

    *Vida sexual saudável;

    *Satisfação adequada dos impulsos;

    *Ego real próximo do ego ideal;

    *Fluidez energética - Amor, ternura;

    *Adequação entre carga e descarga;

    *Satisfação orgástica, prazer.

    Atingir o caráter genital é a meta de todo ser humano. Ser feliz, amar e se sentir adequado.


    Capítulo 3


    RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE


    RESPIRAÇÃO


    A respiração é uma das funções mais enfatizadas pela Bioenergética.


    “A respiração correta envolve todos os músculos da cabeça, pescoço, tórax e do abdômen, além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da capacidade de realizar bem esses movimentos de sucção com o corpo inteiro... A respiração fornece o oxigênio para o processo metabólico, mantém literalmente a chama da vida... Através da respiração harmonizamos-nos com a atmosfera. Em todas as filosofias orientais e místicas, a respiração guarda o segredo da bênção maior” (LOWEN, 1984).


    A saúde vibrante está diretamente relacionada à boa respiração, visto que é o oxigênio que produz a energia, pois a respiração completa possibilita maior contato com os sentimentos, aprisionados no corpo, é importante que, no processo terapêutico, a atenção esteja voltada à respiração espontânea do cliente, o que pode facilitar uma leitura mais eficaz dos seus conteúdos internos.

    Os exercícios respiratórios têm a função de fazer o indivíduo perceber como é o seu padrão respiratório.


    Couraças


    Couraça é uma espécie de armadura de tensão que impede o fluxo energético e biológico. Ela se forma como uma defesa contra os perigos do mundo externo e interno. A criança chega ao mundo livre e solta, mas é totalmente dependente de outros que não a compreendem, assim começam os primeiros traumas, as primeiras impressões se formam, e vão definindo o caráter. Há um grande medo do desconhecido e já não é possível sentir-se uno, integrado a tudo e a todos. O ponto crucial a ser retido, aprisionado, parece ser o terror de se render à convulsão orgástica, na qual o homem se funde por completo com a natureza.

    A couraça muscular do caráter é a soma das não liberdades da pessoa, resumo de tudo que pretendeu fazer e lhe foi proibido, de tudo que ela não pretendia e lhe foi imposto.

    A couraça impede a pulsação e a vibração do corpo. A energia não flui facilmente e posteriormente todo o corpo fica tenso, envelhece e adoece. O indivíduo fica impossibilitado de sentir e de se expressar livremente. O homem torna-se semelhante a uma pedra fria e imóvel.

    O homem orgástico é totalmente livre de couraças, é um canal aberto para a energia é um ser pleno e vibrante é pura potência. O Poder é fruto do ego do sentir-se diferenciado; a potência é a capacidade total do homem, e a capacidade de um não limita a de outro, é possível a todos manifestar essa potência total.


    Grounding

    Na bioenergética, grounding significa, fazer a pessoa entrar em contato com o chão...Estabelecer um contato adequado com o chão, local onde se pisa.” (LOWEN, 1982)


    Apesar de estar com os pés no chão, a pessoa com desequilíbrio energético não possui um contato sensitivo com o mesmo. O grounding possibilita a liberação do acúmulo de energia, da pessoa para o chão.

        1. É uma postura corporal básica da abordagem bioenergética e deve estar presente em todos os exercícios. O grounding deve ser construído com a pessoa em pé, com uma distância de aproximadamente 30 cm entre os pés, os artelhos virados ligeiramente para dentro, joelhos flexionados, coluna ereta, e respiração profunda.

    Estresse


    Uma das causas mais comuns dos distúrbios energéticos é o estresse – o efeito das pressões cotidianas sobre o corpo, ao lado de outras influências negativas, como a poluição, os aditivos e agrotóxicos nos alimentos e a vida urbana. Todas as pessoas são afetadas pelo estresse em diferentes níveis e, como conseqüência, muitas desenvolvem diversos problemas físicos, entre os quais dor de cabeça e enxaqueca, tensão na nuca, dor nas costas, distúrbios digestivos, debilidades do sistema nervoso, pressão alta, doenças na pele e constantes gripes e resfriados.

    O estresse é o resultado de uma reação do organismo quando estimulado por fatores externos desfavoráveis. Neste momento ocorre uma descarga de adrenalina no organismo, onde os órgãos que mais sentem são os aparelhos, circulatório e respiratório.

    No aparelho circulatório a adrenalina promove a aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia) e uma diminuição do tamanho dos vasos sangüíneos periféricos. Dessa maneira, o sangue circula mais rapidamente para uma melhor oxigenação, principalmente, dos músculos e do cérebro já que ficou pouco sangue na periferia, o que também diminui sangramentos em caso de ferimentos superficiais.

    No aparelho respiratório, a adrenalina promove a dilatação dos brônquios (bronco dilatação) e induz o aumento dos movimentos respiratórios (taquipnéia) para que haja maior capitação de oxigênio, que vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulatório, também devidamente preparado pela adrenalina.

    Quando o perigo passa, o organismo pára com a grande produção de adrenalina e tudo volta ao normal. Atualmente as situações de estresse estão sempre ao redor o que desencadeia na constituição orgânica, níveis de estresse muito acima do tolerável.

    Embora as terapias complementares não possam prevenir o estresse que ocorre na vida cotidiana, elas podem ajudar a lidar melhor com ele. Um dos importantes benefícios é o relaxamento. O tratamento aborda o corpo como um todo, não um grupo de sintomas, e pode ajudar tanto físico quanto mentalmente. Dessa forma ajuda-se o corpo a desenvolver maior resistência física para sustentar sensações.




    Capítulo 4


    DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLISTICO


    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquico. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.”


    As terapias complementares partem da observação, de uma experimentação extraordinária e de milênios de prática, elaborando um sistema que tem o mérito de ser aplicável e de funcionar na prática. Essa cuidadosa observação levou à elaboração de um sistema sociossomatopsíquico (VIEIRA, 2006).

    Na visão holística adotada pela terapia tradicional chinesa, por exemplo, os pensamentos e as emoções influenciam diretamente a força vital, aumentando, ou estagnando o fluxo de energia pelo corpo, onde o psiquismo não pode ser separado dos órgãos e vice-versa, pois as perturbações psíquicas, relativas às emoções, podem perturbar diretamente os órgãos e as alterações orgânicas podem agir sobre o psiquismo (PENNA, 2004).

    A psicoterapia holistica trabalha com as cinco emoções (alegria, tristeza, reflexão, cólera e medo), sendo o estado de equilíbrio energético dependente da harmonia entre elas, dessa forma alterações emocionais levam aos quadros de excesso ou deficiência (MACIOCIA, 2007).

    Dentro deste contexto, tanto a Bioenergética de Lowen, quanto as Terapias Milenares partem do conceito da existência de uma energia única que une o corpo e o espírito constituindo um dos fundamentos de terapias orientais como a Yoga, o Tai-chi-chuan e a Acupuntura.

    A Bioenergética dá muita importância ao crescimento pessoal aprofundando o auto conhecimento, desenvolvendo uma atitude positiva em relação ao próprio corpo, assim como os exercícios orientais, com uma característica profilática tanto para a mente como para o corpo.

    A maior similaridade entre as técnicas utilizadas em Psicoterapia Holística e Bioenergética de Lowen está na respiração, onde reter ar nos pulmões causa tensões, diminuindo o livre fluxo de energia, convém salientar que bioenergética é uma das técnicas empregada em psicoterapia holística.

    Em técnicas de exercícios corporais como o Tai Chi Chuan, não interromper o fluxo é um ato de coragem, sentir plenamente e agüentar firme, onde o gesto deve fluir, bem como a respiração, pois um interage com o outro (WONG, 2001).

    Ao aconselhar para que o indivíduo sinta sua respiração surge a descoberta para si mesmo sentimentos escondidos pela racionalidade. Dessa maneira restauram o equilíbrio psicossomático; relativo simultaneamente aos domínios psíquico e orgânico, pela liberação, ativação, sedação ou desbloqueios dos fluxos energéticos (LOWEM, 1982).


    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.”


    Na Terapia Holística, o trabalho terapêutico da respiração é uma maneira de ligar a pessoa com seus sentimentos trazendo consciência sobre a escolha de caminhos na vida; Pois, ajudam o praticante a dar fluxo as suas forças internas, a saber, a imaginação, o sentimento, o pensamento e ação (SEVERINO, 1988).

    Segundo as terapias orientais, existe um elo com o conceito da existência de uma energia única que une corpo, mente e espírito. Neste entendimento podem-se citar as seguintes terapias: Ayurvédica (yoga, meditação e massagens), Acupuntura (Tschen Tschiu), Tai Chi Chuan , Tui Na, Chi Nei Tsang , Shiatsu, Do in, Jin Shin Jyutsu, Cromoterapia, Reiki. Todas estas terapias orientais tratam desequilíbrios energéticos, relacionando o espírito individual, consciência individual e cósmica, energia e matéria (LANDMAN, 2005).


    DISCUSSÃO E CONCLUSÃO


    Após verificar quais emoções estão reprimidas ou excessivas, o Psicoterapeuta Holístico volta sua atenção para os fundamentos dos Cinco Movimentos da Terapia Chinesa, representados pelos elementos Água, Terra, Fogo, Madeira e Metal. Dessa maneira pode interpretar dentre outras coisas, as disfunções do funcionamento orgânico e o psiquismo.

    Cada um dos elementos supracitados possui um órgão e uma víscera correspondentes denominados Zangfu, os quais podem estar em equilíbrio, excesso ou deficiência energética, servindo de informação para o tratamento mais adequado no momento.

    Dessa maneira podemos destacar as seguintes características, conforme a tipologia de cada um:

    Água: em equilíbrio tem vontade firme, auto-respeito, persistência diante de dificuldades sem correr riscos desnecessários.

    Em excesso o indivíduo se torna muito ativo, ambicioso, imprudente, com medo de perder o controle procurando segurança através do domínio e poder sobre tudo e todos.

    Na deficiência, apresenta pouca energia, medo, desiste facilmente e sem perseverança.

    Terra: em equilíbrio apresenta calma e ordem, pensamento lógico, personalidade estável com capacidade de apoiar ou cuidar sem interferir na vida de outrem.

    Em excesso torna-se dominador da vida alheia, com personalidade possessiva, intrometido.

    Na deficiência demonstra muita preocupação, excesso de pensamentos, sem ação, sem importar-se consigo nem com os outros.

    Fogo: em equilíbrio, irradia o sentimento de amor, calmo, tranqüilo, alegre, comunicativo, sóbrio.

    Em excesso fica excitado, inquieto, maníaco, irresponsável e verborrágico.

    Na deficiência, apresenta tristeza, melancolia, solidão, sente-se indigno de ser amado, falta de interesse pala vida, pessoas ou atividades sociais.

    Madeira: em equilíbrio apresenta uma visão clara de seu caminho, confiante, intuitivo, independente e forte.

    No excesso torna-se impaciente, intolerante irritável, frustrado e agressivo.

    Na deficiência, é uma pessoa insegura, tímida, sempre atormentada por dúvidas, com personalidade fraca.

    Metal: equilibrado participa ativamente da vida com sabedoria, sem medo de se envolver.

    Em excesso egocêntrico, negativo, carrega suas mágoas para outros relacionamentos.

    Em deficiência, não cria laços duradouros, tão pouco novos relacionamentos, vive do passado e não participa da vida.

    Na Bioenergética a avaliação do indivíduo é feita através de seu caráter que pode ser esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido tal quais as características psicológicas dos cinco elementos, a saber: esquizóide–metal, oral-fogo, psicopata-terra, masoquista-madeira e rígido-água.

    Segundo Mann, (1994) o fluxo de prazer parte do coração em direção aos pontos de contato com o mundo: olhos, boca, pele, mãos, pés e genitália. O sentimento de alegria, que brota de dentro, só é experimentado quando há energia e vida na barriga, ou seja, na pelve. A terapia vai ajudar a integrar a compreensão da cabeça, o afeto do coração e a sexualidade do corpo.

    Como podemos ver os desequilíbrios energéticos levam as disfunções emocionais, que por sua vez desencadeiam desarmonia anatômica, gerados por restrições comportamentais sejam bloqueios, atitudes repetitivas, limitantes ou padrões afetivos insalubres.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

    ANN, Brennan B. Mãos de Luz. São Paulo: Pensamento, 2006.

    CHUNCAI, Zhou. Clássico de Medicina do Imperador Amarelo. São Paulo: Roca, 1999.

    CONEZA, Elizabeth. Florais de Bach: Os remédios da alma. São Paulo: ALFABETO. 2006.

    DAHLKE, R. A Doença Como Símbolo. São Paulo: Cultrix, 2006.

    DETHLEFSEN, T. e Dahlke R. A Doença Como Caminho. São Paulo: Pensamento,

    2007.

    FELICIANO, Alberto; CAMPADELLO, Píer. Reflexologia Energética: Massagem para os pés. Madras.

    HUNG, Dr. Cho Ta. - Exercícios chineses para a saúde – a antiga arte do Tsa Fu Pei, Pensamento, São Paulo, 1985.


    LANDMAN L. Exercícios Chineses de Saúde para Pessoas Idosas. Andrei, 2005.

    LOWEN, A. O Corpo em terapia: a abordagem bioenergética. São Paulo: Summus, 1977.

    LOWEN, Alexander. Bioenergética. São Paulo: Summus, 1982.

    LOWEN, A. Prazer: uma abordagem criativa da vida. São Paulo: Sumus, 1984.


    MONARI, Carmem. Participando da Vida com os Florais de Bach. São Paulo: Roca, 2002.

    NISHI, Katsuzo.A Medicina Nishi.São Paulo:IBRASA,1988.

    POIAN, Carmen da. Formas do vazio: desafios ao sujeito contemporâneo. São Paulo: Via Lettera, 2001.

    REQUENA, Y. Acupuntura e Psicologia. São Paulo: Andrei, 1990.

    SEVERINO, Roque Enrique. Tai-Chi Chuan:Por uma vida longa e saudável.São Paulo: Ícone,1988.

    VACCHIANO, A. Shiatsu Facial: A arte do rejuvenescimento. São Paulo: Ground, 2000.

    VIEIRA, H. Florais de Bach: Uma visão Mitológiaca, Etimológica e Arquetípica.São Paulo: Pensamento,2006.

    KIDSON. R. Acupuntura para todos.Rio de Janeiro:Nova Era 2006.

    WONG K. Kit. O Livro Completo do Tai Chi Chuan. 1 º Ed. Pensamento- Cultrix – 2001.


    Autor: : Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099
    Última atualização: 29/12/2008 12:58


    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

    CURSO DE PSICOTERAPIA


    ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO

    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    Dourados, MS 04.05.2008


    TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

    CURSO DE PSICOTERAPIA




    ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO - TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 42753



    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    DOCENTE: HENRIQUE VIEIRA FILHO - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 21001




    SINDICATO DOS TERAPEUTAS (SINTE)

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS (CEA)





    Dourados, MS 04.05.2008

    EPÍGRAFE



































    “O principal objetivo da terapia não é transportar o cliente para um impossível estado de felicidade, mas sim de ajudá-lo adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento. A vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor.”

    Carl Jung






























































    Dedico este meu trabalho a todos os meus clientes, que depositaram em mim sua confiança para ajudá-los, o que me possibilitou evoluir como profissional.

    AGRADECIMENTO
































    Agradeço a Jeová meu Deus por me ter dado a vida cheia de encantos e a capacidade de aprendizado me fazendo cada vez mais valorizar a vida e por colocar pessoas no meu caminho que de uma forma ou de outra me ajudam a crescer.

    A minha família linda e essencial, sempre presente na minha vida, me fazendo sentir o que é o verdadeiro amor, meu esposo João Paulo que me encoraja me apóia a cada palavra, me ajuda a rir das situações difíceis, me ajuda a ver que a vida é para aqueles que têm coragem, pelo seu amor incondicional e por seus esforços imensos em me ajudar pra que conquiste meus sonhos.

    Aos meus filhos Natasha e Kevin, os quais amo de todo o meu coração que me apóiam e me incentivaram dando-me combustível para seguir em frente.

    A minha irmã Juliana que foi o motivo que me inspirou na escolha e no interesse por psicoterapia.

    Ao meu orientador docente Henrique Vieira Filho, por me ensinar como o conhecimento sobre o ser humano é complexo, assim como as estratégias para ajudá-lo em sua existência, me ensinando a dar os primeiros passos e as diversas teorias e técnicas psicológicas que buscam dar conta desse desafio e tarefa que é ajudar outros a lidar com sua vida. Obrigada pela destreza com que ministrou esse conhecimento.

    Ao SINTE através da CEA- Comunidade de Estudos Avançados que me proporcionou ter acesso a esse conhecimento, e aos autores citados na bibliografia que me ajudaram a enriquecer meu conhecimento.

    SUMÁRIO


    Epígrafe 02

    Dedicatória 03

    Agradecimento 04

    Sumario 05

    Resumo 06

    Introdução 07

      1. Definição de Psicoterapia 07

      2. Objetivo e aplicação da terapia holística 07

      3. Os florais de Bach e seu uso terapêutico 07

      4. Uma compreensão dos florais de Bach a luz da física moderna 08

      5. Classificação das essências dos florais de Bach 08

    1. Material 09

    2. Metodologia 10

    3.1 Atendimentos de casos 11

    1. Resultados 26

    2. Discussão 29

    3. Conclusão 30

    4. Referências Bibliográficas 32

    5. Anexos 33

    6. Apêndice 33















    RESUMO


    Este trabalho se propõe a aplicação das teorias aprendidas no curso de psicoterapia ministrado pelo docente Henrique Vieira Filho através da Comunidade de Estudos Avançados (CEA), com descrição e analise de atendimento em psicoterapia a meus clientes sob enfoque holístico de restaurar e preservar a saúde e a qualidade de vida como necessidade primordial de não apenas acrescentar mais anos à vida, mas de acrescentar mais vida aos anos associando o uso dos Florais de Bach ao aconselhamento terapêutico, procedemos o acompanhamento do cliente em seu processo de vida, onde foram trabalhadas transformações profundas da personalidade, reconhecimento de padrões de comportamento, de como age, de como se relaciona, como pensa, como se sente, e descobrir caminhos para mudança desses padrões.
























    INTRODUÇÃO


      1. DEFINIÇÃO DE PSICOTERAPIA

    Psicoterapia é parte integrante do atendimento na terapia holística, pois se propõe a implementar técnicas básicas de aconselhamento, somando a estas outras formas de abordagens psicoterapicas em especial algumas correntes básicas da Psicanálise Freud, Reich, Jung associadas as tradições terapêuticas milenares.


      1. OBJETIVO E APLICAÇÃO DA PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    O objetivo é permitir transformações profundas na personalidade, sendo que hoje não é possível falar de equilíbrio e saúde sem uma consideração pela dimensão psicológica e emocional.

    Diante da evidência psicossomática da natureza humana, a psicoterapia holística ocupa um lugar fundamental na área de saúde por trazer uma visão integrada do homem, pois leva em conta as dimensões orgânicas, psíquicas e sociais como conjuntamente participantes da existência humana e seus problemas e educando para a vida quando as pessoas se vêem inaptas para lidar com suas dificuldades e ajudando-as a encontrar caminhos internos para solucioná-los.

    Diversos estudos têm demonstrado que desequilíbrios existenciais não tratados adequadamente, somatizados produzirão desordens orgânicas e psíquicas.

    A aplicação da psicoterapia holística tem reduzido tanto o uso de medicamentos quanto de internações. Mostrando-se vantajosa economicamente tanto para as pessoas quanto para o país.


    1.3 OS FLORAIS DE BACH E SEU USO TERAPÊUTICO

    Problemas de saúde freqüentemente têm sua origem na mente, sentimentos que foram persistentemente reprimidos irão emergir primeiro como conflitos mentais e depois somatizados como problemas orgânicos.

    Dr. Eduard Bach, médico inglês, depois de obter êxito como médico bacteriologista, resolve morar no campo e lá descobriu que tinha sensibilidade para sentir as energias transmitidas pelas plantas através do toque ou por colocar na boca as gotas de orvalho que repousava sobre elas.

    Constatou que algumas plantas tinham a capacidade de provocar sentimentos negativos ou de anulá-los.

    Entre 1930 e 1934 o Dr. Bach identificou 38 flores silvestres que compõem o sistema floral de Bach. O Dr. Bach dizia “o medicamento tem que atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, corrigindo o desequilibro emocional no campo energético”.

    Agindo no campo mais sutil da pessoa a terapia floral tem seu efeito reconhecido em 1976 pela Organização Mundial da Saúde, constituindo-se em grande ajuda para a humanidade nestes momentos de transição, auxiliando a harmonização dos corpos (elétricos, mental e emocional) e facilitando o livre fluxo das energias superiores da personalidade. Lembrando ainda a vocação preventiva, podemos afirmar que se os usássemos constantemente, mantendo sempre ativa a nossa busca de autoconhecimento e travando contato cada vez maior com nosso material psíquico reprimido, não precisaríamos somatizar, ou seja, adoecer.


      1. UMA COMPREENSÃO DOS FLORAIS DE BACH À LUZ DA FÍSICA MODERNA.

    Todo ser vivo tende a vibrar, a pulsar em determinadas freqüências preferenciais (numero de vezes por segundo).

    Se fornecermos freqüência num ritmo semelhante a esse que pulsamos seu aproveitamento será maximizado. Esse perfeito entrosamento entre a emissão e a capacidade do receptor é o fenômeno da ressonância.

    Analogicamente, a situação emocional consciente faz com que nossas energias vibrem em determinadas freqüências especiais.

    Cada floral tem seu padrão vibracional, quando corretamente escolhida, a formula floral ira sintonizar a capacidade de recepção de quem a usa, ocorrendo a ressonância, fato capaz de despertar intensas reações. Caso a formula não esteja adequada às emoções consciente do usuário não ocorrerá a sintonia, nem reações.


      1. CLASSIFICAÇÃO DAS ESSÊNCIAS FLORAIS DE BACH

    As 38 essências agrupadas em 07 categorias definidas por Eduard Bach da seguinte forma:


    EMOÇÕES PRESENTES

    PALAVRAS-CHAVES

    ESSÊNCIAS


    MEDO

    Pânico

    ROCK ROSE

    De coisas, de situações concretas

    MIMULUS

    De perder o controle

    CHERRY PLUM

    Inexplicável

    ASPEN

    Temem pelos outros

    RED CHESNUT

    INCERTEZA

    Falta de autoconfiança

    CERATO

    Indecisão entre duas coisas

    SCHLERANTUS

    Desanimo tristeza por fato acontecido

    GENTIAN

    Sem esperança, desistência

    GORSE

    Cansaço com a rotina

    HORNBEAN

    Indecisão geral

    WILD OAT

    DESCONEXÃO AO PRESENTE

    Distração

    CLEMATIS

    Nostalgia

    HONEYSUCKLE

    Apatia

    WILD ROSE

    Esgotamento físico e mental

    OLIVE

    Pensamentos obsessivos

    WHITE CHESTNUT

    Tristeza cíclica de origem incerta

    MUSTARD

    Dificuldade de aprendizado

    CHESTNUT BUD

    SOLIDÃO

    Reservados, isolados

    WATER VIOLET

    Ansiedade, impaciência

    IMPATIENS

    Não suportam a solidão, carentes

    HEATHER

    INFLUÊNCIAS EXTERNAS

    Fuga dos problemas

    AGRINONY

    Submissão

    CENTAURY

    Protege das influências

    WALNUT

    Inveja, ciúme, suspeita, raiva

    HOLLY

    ABATIMENTO

    Baixa-estima

    LARCH

    Culpa

    PINE

    Excesso de responsabilidade

    ELM

    Angústia extrema

    SWEET CHESTNUT

    Traumas, choques

    STAR OF BETHLEHEM

    Ressentimento, mágoa

    WILLOW

    Excedem os limites da resistência

    OAK

    Sensação de impureza

    CRAB APLLE

    (PRE) OCUPAÇÃO COM OS OUTROS

    Possessividade, chantagem emocional

    CHICORY

    Fanatismo, idealismo excessivo

    VERVAIN

    Autoritarismo

    VINE

    Intolerância, crítica excessiva

    BEECH

    Auto-repressão

    ROCK WATER


    Deve-se selecionar no máximo 06 essências que melhor descrevam o exato momento emocional do cliente. Tomar 04 gotas, direto na língua, 04 vezes ao dia.


    MATERIAL:

    A abordagem de atendimento aos clientes foi feita sobre o paradigma holístico dentro das correntes básicas da psicanálise – aconselhamento, vivências, relaxamento, terapia floral, terapia reichiana, com o uso de aparelhos para trabalhar “couraças musculares do caráter” para restabelecer o fluxo energético do organismo, sempre avaliando os clientes do ponto de vista de desequilíbrios energéticos, respeitando tanto a legislação brasileira quanto as Normas Técnicas Setoriais Voluntárias do SINTE.


    METODOLOGIA


    Técnicas Terapêuticas - fez-se uso de técnicas terapêuticas diversificadas no atendimento individual procedendo à escolha das mais adequadas, todas com o objetivo final de ajudar o cliente a equilibrar-se.

    Aconselhamento - processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holística e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em varias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida.

    Vivências – realizadas em sessões individuais, ou em grupo, utiliza-se tanto da terapia corporal, quanto do relaxamento como introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem tratados na terapia holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo na solução de questões de saúde. Realizamos sessões individuais.

    Relaxamento – vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles as manobras corporais, a musicoterapia, a cromoterapia, cristaloterapia, a acupuntura e a sugestão verbal, exercícios respiratórios e aparelhos vibracionais. Utilizamos à sugestão verbal, exercícios respiratórios e aparelhos vibracionais.

    Terapia Reichiana – Welhelm Reich – dissidente de Freud – “corporificou” o inconsciente identificando-o como uma bioenergia circulante por ele denominada “orgone”, onde a negação de emoções, impulsos, desejos, bloqueia o livre fluxo da bioenergia pela musculatura corporal quer pela tensão excessiva, quer pela ausência de tônus em ambas as situações prejudicando o livre fluxo energético.

    Através de terapias de toque nas zonas musculares especificas “couraças” provocando a circulação bioenergia é um dos principais fatores catalisadores de aflorar ao natural do psíquico inconsciente o qual será trabalhado verbalmente pelo Terapeuta Holístico. Utilizamos aparelhos vibracionais.

    Terapia Floral – Faz uso de compostos energéticos denominados “essências florais”, totalmente centrada no individuo, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção especifica, trazendo uma maior compreensão das emoções, permitindo aflorar material psíquico profundo, ampliando o autoconhecimento podendo resultar em reversão das somatizações.

    Aparelhagem Eletrônica – esse tipo de terapia permite identificar pontos de desequilíbrios energéticos e de estimulá-los das mais diferentes maneiras, sendo o uso desses aparelhos, restritos para a avaliação e tratamento de desequilíbrios energéticos, devendo-se ter o cuidado de usar aparelhos devidos e certificado pelo Ministério da Saúde, ou com certificado de isenção do mesmo, dispensado de registro.

    Durante todo curso de psicoterapia nós terapeutas fomos preparados para uma profunda compreensão das técnicas e fomos introduzidos no trabalho prático através do orientador/supervisor/docente/TH Henrique Vieira Filho - CRT nº 21001, com atendimento supervisionado com objetivo de nos dar segurança, autoconfiança no exercício profissional. A partir do momento que passei a aplicar as técnicas terapêuticas aprendidas, uma riqueza de material aflorou do inconsciente, possibilitando-me exercitar o conhecimento aprendido.

    Cada cliente que atendi, trouxe sua carga de conflito, com seus desafios e estados emocionais diferentes, onde ganhei confiança aplicando o conteúdo aprendido em beneficio dos clientes quando se busca melhorar a qualidade de vida, tendo como meta harmonizar corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma, como terapeuta holística estando atenta a qualquer material psíquico ou linguagem corporal como “linguagem a ser decifrada e compreendida”.


    ATENDIMENTO DE CASOS


    Cliente n°1 – A.R.M. – 48 anos, sexo masculino, cético, pessimista, apático, individuo com muitas duvidas, apresenta esgotamento físico e mental, não se ajusta aos relacionamentos amorosos, queixa-se de diversos problemas físicos, trazendo diagnóstico médico de problemas alérgicos respiratórios e persistentes problemas renais, fazendo uso de medicamento de uso continuo.


    Cliente n° 2 – I.F.C.L. – 42 anos, sexo feminino, dona de casa, esta cliente traz história de vida marcada por violência, criada por pai alcoólatra, com primeiro casamento fracassado também por alcoolismo e violência do ex-marido.

    A cliente apresenta pesada carga de mágoa, rancor, crítica, intolerância, autoritária, extremamente possessiva com os filhos, muito ciumenta com o marido, chantageando emocionalmente os familiares com reações exageradas e quadro de doenças (dor de cabeça, depressão) trazendo diagnóstico de seu médico de hipertensão e problemas cardíacos, fazendo uso de medicação de uso continuo.


    Cliente n°3 – E.S.R.C. – 39 anos, sexo feminino, traz um histórico de infância pobre com vida muito difícil, casamento fracassado, preocupação excessiva com a aparência fazendo dietas mirabolantes para manter a forma, descreve diversos problemas de saúde diagnosticados por médicos de ordem física, queixando de não estar obtendo resultados esperados; ansiosa, amarga, depressiva, achando que a vida esta sendo injusta com ela, faz uso de medicação de uso continuo para coluna e insônia.

    Nos três casos citados notam-se aspectos emocionais muito fortes na causa dos desequilíbrios, onde procedi esclarecimentos sobre as possibilidades oferecidas pela Terapia Holística e os benefícios que poderiam obter, esclarecendo-os de acordo com as NTSVs – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias e de acordo com legislação vigente em nossos país, que o campo de atuação seria a nível de desequilíbrios energéticos, microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma, onde toda qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser e usaríamos recursos facilitadores associado ao aconselhamento, terapia floral e aparelho de biorressonância como técnicas de auxilio não só para fazer aflorar com maior fluidez e rapidez processos psicossomáticos, como possibilitar o auto-equilibrio no menor tempo possível.

    Todos foram orientados a não alterarem seus tratamentos, sem a orientação e parecer dos profissionais da área médica que os acompanham. Os atendimentos se deram com agendamentos antecipados de forma semanal com dia e hora marcados com duração de 01 hora de cada sessão.

    De acordo com os NTSVs TH 003 na ficha de cada cliente foram feitas anotações com descrição do atendimento e técnicas aplicadas e indicações terapêuticas para a semana; e no Bloco de Recomendação Terapêutica (BRT) de acordo com as NTSVs TH 002 eram feitas anotações como: data da próxima sessão; indicação dos florais de Bach pertinentes aos desequilíbrios emocionais compreendidos e devidamente avaliados que o cliente trouxe a superfície durante a sessão para serem melhorados e frase para meditar, que representam bem o momento que estão vivenciando para servir de ponto de partida para o aconselhamento da próxima semana bem como a que estivessem atentos a sonhos para pontuarmos posteriormente.

    No caso do cliente nº1 o relato será descrito passo a passo da forma como o atendimento terapêutico se procedeu.


    No caso do cliente nº 1 A.R. M de 48 anos sexo masculino esse cliente traz como característica acentuada o ceticismo duvidando de toda a informação. Apresenta diversas somatizações, focado em descrever os sintomas físicos que sente. A esse cliente se fez necessário esclarecer por mais de uma vez, devido à insistente descrição de sintomas físicos que terapeuta trabalha desequilíbrios e que tratamento de doença é prerrogativa médica, informei-lhe o que a terapia holística poderia fazer por ele.

    Iniciamos os trabalhos via aconselhamento atenta a qualquer sinal que pudéssemos pontuar, encontrei muita resistência à medida que tentava aprofundar no emocional, tendo o cliente dificuldade em falar da infância, afirmando não ter boas lembranças, tendo passado por várias internações com crises respiratórias, sua mãe não lhe permitia brincar e viu toda a sua infância passando da janela, olhando os primos e irmãos brincar no quintal. Percebo que as lembranças da infância evocam no cliente um misto de sentimentos de raiva, rancor e mágoa pela mãe, que ainda hoje afirma ele não deixou de ser exagerada.

    Depois da devidas anotações na Ficha do Cliente de acordo com as NTSVs, passei para o BRT – Bloco de Recomendação Terapêutica onde anotei os seguintes dados: data da próxima sessão com a seguinte frase para meditar: ”A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional” e os seguintes florais para ajudá-lo no momento:

    - Agrimony: para seus pensamentos dolorosos e amainar sua inquietação interior;

    - Heather: para mudar o foco totalmente voltado para si, do tipo criança carente,

    - Gentian: para ajudá-lo com seu ceticismo, pessimismo e duvidas;

    - Gorse: para trabalhar sua resignação seu sentimento do tipo: ”será que adianta mesmo alguma mudança a essa altura”

    - Walnut: para propiciar ao cliente se deixar influenciar considerado o “floral da ruptura” para torná-lo aberto a novos começos na vida;

    - Will Rose: para melhorar sua apatia, indiferença e capitulação interior;

    Bem como a que estivesse atento a possíveis sonhos para pontuarmos posteriormente.

    No atendimento posterior alem da costumeira postura resistente, o cliente apresenta-se “fechado” com braços e pernas cruzados, e ainda muito focado nos sintomas físicos. No aconselhamento aprofundando no emocional o cliente traz o relato de um sonho persistente que ele descreve como pesadelo e com um elemento de repetição, pois sempre acorda muito assustado de tão real que lhe parecem às cenas. Sempre se encontra preso em um lugar onde não consegue fugir (carro, casa, buraco, jaula etc..) aparece muito fogo, grita buscando ajuda e ninguém escuta, e quando tudo vai ser tomado pelo fogo e ele vai morrer queimado, acorda sufocado com medo, diz que houve época que esse sonho se repetia com muita freqüência e variações e que hoje de vez em quando ainda sonha; e que me relatou em virtude da anotação no BRT a que prestasse atenção aos sonhos, indagando curioso seu significado?

    Expliquei-lhe que o sonho é parte natural do psiquismo, e a partir de FREUD a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão científico, para ele o sonho é a expressão ou a realização de um desejo reprimido. Já para JUNG dissidente de FREUD trata-se de uma compensação da visão limitada do ego, assim o sonho seria um processo psíquico regulador, semelhante a fenômenos compensatórios do funcionamento corporal

    A interpretação dos sonhos, bem como decifrar seus símbolos, cabe ao sonhador e quando tratados com a devida atenção ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor, levando a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações, leva a constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego).

    Uma condição básica para nós Terapeutas trabalharmos sonhos é não avaliá-los isoladamente, se faz necessário conhecer vários sonhos da pessoa ocorridos tanto em datas próximas como em outras épocas, a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e da situação e como reage ao sonho. Fazendo uso de técnicas como de livre associação ou de ampliação o terapeuta usará esses recursos para tentar ajudar o cliente a esclarecer seu sonho.

    Após esclarecimentos via aconselhamento foi sugerido ao cliente vivência em psicoterapia de Regressão onde obtive relaxamento via aparelhos e exercícios respiratórios como facilitador para fazer fluir material reprimido e por indução verbal conduzi a vivência como descrita abaixo:

    Maneira como foi feita a indução verbal.

    O cliente foi levado ao estado de relaxamento por indução verbal dentro de um padrão de neutralidade em conformidade com as NTSVs: Feche os olhos e ao comando da minha voz procure relaxar seu corpo. Com um tom suave de voz disse: Respire profundamente, encha os pulmões de ar o máximo que conseguir e agora vai soltando lentamente bem devagar. Repita o exercício, respire profundamente e solte bem devagar, respirando e relaxando, respirando e relaxando profundamente, procure não pensar em nada enquanto respira; respire profundamente e solte o ar lentamente botando para fora tudo que o incomoda, tudo que o preocupa, relaxando, relaxando, você se sente profundamente relaxado, livre, relaxado. Busque este estado de espírito relaxado. Você se sente leve, não tem preocupações, não tem compromisso, não tem nada para fazer apenas relaxar, sem nenhuma responsabilidade você se sente livre para fazer o que quiser. A única coisa que você quer fazer é relaxar. Você relaxa os pés, as pernas, relaxa o quadril, o tórax, os ombros os braços e continua relaxando, relaxando, respirando profundamente soltando o ar e à medida que o ar sai; sai também todo o peso que sente nos ombros, tudo que a sobrecarrega você está leve, flutuando como uma pluma, para lá e para cá leve, relaxe as mãos o pescoço e a cabeça, todo o seu corpo flutua no ar. Gostaria que libertasse sua imaginação e sem apego a nenhum pensamento, sem deixar que nada o incomode, deixasse sua imaginação fluir livre, você se sente leve, solto, sua mente não pensa em nada, sem nenhuma preocupação se é verdade ou não sem nenhum apego se é real ou não, sua imaginação é livre para pensar no que quiser e você se sente leve, livre, solto; e agora nesse estado tranqüilo gostaria que me respondesse a primeira coisa que lhe vem a mente......

    A partir daí iniciamos a vivência em psicoterapia de Regressão com perguntas num ritmo acelerado para não permitir racionalização, desprezando aquelas onde não se obtêm a reposta de imediato.

    . . .Agora neste estado tranqüilo, vamos voltar ao sonho que você teve: você toma contato com o seu sonho, você sempre se encontra aprisionado em algum ambiente, você grita pede ajuda tudo esta sendo tomado pelo fogo você quer sair, mas não consegue. Agora me responda a 1ª. Coisa que lhe vir à mente. Na sua vida o que representa esse ambiente fechado onde você é prisioneiro?Uma situação onde quero fugir. Respire bem fundo e solte o ar bem devagar. Agora me diga Fugir de que?___ de quem você foge? Não sei. No seu sonho você grita e pede ajuda, a quem você pede ajuda? _____ Na sua vida quem poderia te ajudar? Ninguém. No sonho você diz que grita muito, Porque você grita? Tenho medo. Do que tem medo?______Respire bem fundo bem devagar, respire e expire solte lentamente o ar; continue respirando profundamente e expire, a medida que o ar sai você coloca para fora todo esse medo que está sentido, você não sente mais esse medo. Diga-me medo de que? De morrer. E porque você tem medo de morrer? Não sei o que vem depois. Respire e expire bote para fora esse medo, quando o ar sai esse medo vai embora. Respirando e expirando profundamente você vai tomando contato com seu sonho. No seu sonho sempre aparece o elemento fogo, O que é esse fogo que aparece no seu sonho? _____No seu dia a dia o que representa esse fogo? Punição. O que você fez que merece ser punido? Maldade. Porque você se acha mal? Prejudiquei alguém. Tomando contato novamente com você mesmo com sua respiração, quando o ar sai tira toda essa sensação de peso, tudo que te incomoda, põe para fora, quando o ar entra você se restabelece se enche de energia boa positiva, agora Por que você prejudicou essa pessoa? Me ameaçava. Que tipo de ameaça fazia?____. Se essa ameaça assumisse forma que forma teria? Vingança. Vingança do que, de quem? De mim. Continue respirando e expirando profundamente, repita, respirando e expirando, agora por que queria vingar de você? Tive um caso com a mulher dele. E como resolveu essa situação? Me vinguei primeiro. Como? Quê forma assumiu sua vingança? Alguém fez por mim. Não tive outra saída. Estava me chantageando, me dizia que ia matar meu filho. A partir daí aflorou uma explosão de emoções não conseguindo mais manter-se relaxado. Ao mesmo tempo em que racionalizava fazia transferência e mostrava-se apavorado não acreditando ter deixado aflorar essa informação. Confortando-o, acolhi seus sentimentos prestando-lhe amparo tranqüilizando-o encerramos a vivência onde passamos a explorar o material que aflorou via aconselhamento onde ele só queria saber como eu tinha conseguido fazê-lo confessar algo que guardava consigo há anos. Ninguém, e frisava mais ninguém mesmo sabe disso e frisava; Eu era a única pessoa que sabia de tal coisa, já havia passado por diversos tratamentos de depressão e feito tratamento com psicólogos com psiquiatras e repetia ninguém conseguiu arrancar isso dele, mostrava-se muito preocupado, dizendo não acreditar que havia me dito aquilo. Tranqüilizei-o da proteção e sigilo de tudo, conseguí mostra-lhe que tal cartase seria positiva terapeuticamente falando; só o fato de ter conseguido expor isso iria fazê-lo experimentar uma sensação de alívio e bem estar, além de que carregar aquele peso sozinho estava muito difícil comprometendo a sua qualidade de vida e via aconselhamento traduzimos o conteúdo vivenciado para o presente ampliando seu autoconhecimento para proporcionar-lhe mais qualidade de vida.

    NO seu BRT escrevi data da próxima sessão e frase para meditar: ”Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala o corpo fala” –(Jung) e para esse momento do cliente indiquei os seguintes florais:

    - White Chestnud: para pensamentos girando na cabeça, para poder se livrar deles

    - Sweet Chestnut: para amenizar seu desespero interior, para superar seu limite;

    - Agrimony: amenizar pensamentos dolorosos, para a inquietação interior por traz de uma fachada de alegria e despreocupação

    - Beech: para melhorar sua capacidade de compreensão

    - Mimulus: para vencer seus medos concretos e amenizar seus temores;

    -Star Of Bethlehem: para traumas emocionais e físicos ainda não trabalhados, “o confortador da alma”.

    Na continuação do atendimento esse cliente admite ter obtido certo alívio, diz sentir-se mais leve, sem aquele peso nos ombros, mas apresenta-se apreensivo, reservado ansioso, com medo, mostra um espírito resignado pela apatia e por sua falta de decisão diante da vida se sentido travado ou paralisado pelo sentimento de culpa que carrega. Achei oportuno na vivência usar a Progressão “avançá-lo no tempo” para ajudá-lo com as repercussões que sua falta de decisão pode gerar como ferramenta para maximizar a capacidade de tomada de decisão através de viagem imaginativa possibilitar gerar opções de ação não cogitadas, com o intuito de produzir insights que possam gerar solução por ele ainda não imaginadas.

    O cliente foi colocado em estado de relaxamento com a ajuda de aparelhos, exercícios respiratórios e quando se encontrava devidamente relaxado iniciamos a vivência por indução verbal, dentro de um padrão de neutralidade em conformidade com as NTSVs e com tom de voz bem suave iniciamos a retomada do mesmo sonho: Gostaria que fechasse os olhos e tomasse contato com o seu sonho, você preso num ambiente fechado, do qual não consegue sair, você grita pede ajuda, você quer sair, tudo esta sendo tomado pelo fogo. Agora me diga a 1ª. Coisa que lhe vier à mente. Porque você está preso nesse ambiente?___ Quem te colocou lá?___ Sem se preocupar com a lógica, se é real ou não. Na sua vida você é prisioneiro de que? De mim mesmo. Que sentimento lhe vem quando está preso no ambiente? Medo, muito medo. Medo de que? De morrer queimado vivo. O que na sua vida te causa medo?____ Se esse medo tivesse forma qual seria? Ser punido, descoberto, humilhado. Tomando contato com sua respiração, quando o ar entra você se renova quando o ar sai você se sente leve, tranqüilo, você desfruta de uma sensação gostosa de segurança de alívio, quando o ar sai você bota para fora todo esse medo esse peso que tem carregado nas costas, você se sente leve, sua vida esta mais leve você não carrega mais peso algum, experimente essa nova sensação, desfrute essa tranqüilidade, nada mais te perturba, nem seus pensamentos, nem suas lembranças, nada mais te incomoda, experimente isso, você está livre, livre, sinta essa tranqüilidade e desfrutando dessa leveza e dessa tranqüilidade, deixe sua mente viajar nesse mundo maravilhoso, onde nada pode te abalar e me diga a 1ª. Coisa que lhe vier à mente. O que é preciso para você usufruir desse futuro gostoso? ____ Responda o que lhe vier à mente? Esforço. Hoje o que lhe incomoda, ou melhor, que lhe impede de usufruir esse futuro gostoso? Remorso. Se esse remorso assumisse uma forma que forma teria? Culpa, sinto muita culpa. O que é preciso para você deixar de sentir tanta culpa, tanto remorso?___ O que fazer para resolver isso? Buscar ajuda. Onde acha que pode encontrar essa ajuda? Não sei, acho, aqui. O que você espera encontrar aqui?___ O que você precisa? Não sei; sentir menos culpa. Tomando contato com sua respiração quando o ar entra você sente revigorado, forte, quando o ar sai, sai junto esse sentimento de culpa, mande para longe essa culpa, agora você não se sente mais culpado, pois você estava apenas se defendendo, quando o ar sai carrega para fora para bem longe de você essa culpa, sai também essa sensação de angustia e você se sente leve, desfrute dessa sensação de leveza, diga: Ah! Que alivio! Continue buscando dentro de você esta sensação gostosa de alivio, de tranqüilidade, como exercício de imaginação crie essa imagem dentro de você. Você se sente forte, sem culpa, sem angústia, se veja nessa situação, crie o estado de espírito que você deseja ter, mande seus problemas para bem longe de você, agora você não tem mais problemas, resolveu tudo e nesse estado mental gostoso me diga O que é preciso para você conquistar tudo isso?___ Que atitude você pode tomar pra conquistar isso?___ Busque dentro de você; O que você pode fazer? Esforço. Para atingir isso o que falta? Controlar o que sinto. Como você pode controlar a situação?___ Diga o que lhe vier à mente, diga: Quais as vantagens de controlar as emoções? Segurança. E a desvantagem de não controlar as emoções? Depressão. Como você pode conciliar o lado bom e o lado ruim das emoções? Ter autocontrole. O que está faltando para atingir esse autocontrole? Trabalhar minhas emoções. Agora que você buscou dentro de você o que fazer, em alguns instantes você estará totalmente refeito, procure atuar no seu dia a dia, para alcançar esta paz interior, deseje no fundo do seu coração, pense nisso; seus pensamentos tem ondas e sinais magnéticos poderosos concentre-se nesse futuro maravilhoso que você quer conquistar emita para o universo essas ondas positivas, crie na sua mente sinta a sensação de estar nesse lugar que você quer, esteja lá mentalmente várias vezes, seus pensamentos tem a capacidade de materializar aquilo que você sente, para mudar a sua realidade comece a mudar o seu pensamento, e a partir de agora irá monitorar seus pensamentos, só terá pensamentos bons, positivos e neste estado de consciência você vai abrir os olhos lentamente, espreguiçar, solte o ar Ah... Que alívio, diga isso: Ah! Que alívio! fique a vontade. Pontuaremos algumas considerações no aconselhamento:

    No aconselhamento fizemos algumas pontuações dessa vivência: Você está na busca de harmonia para a sua vida, todo o material psíquico que mantemos bloqueados do nosso consciente somatiza, quanto maior esforço para reprimir certas lembranças, maior será o grau de somatizações, lembra da sua grande lista de sintomas físicos, isso se reverte em doenças, quanto mais liberação desse material psíquico reprimido maior será o seu equilíbrio energético. Quando se bloqueia quer de maneira consciente quer inconscientes as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio e à medida que você começa a digerir compreender e assimilar esse material que aflorou você conquistará seu equilíbrio energético e mais qualidade de vida.

    NO BRT escrevi: próxima sessão, frase “O que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino” Carl G. Jung e florais para a semana;

    - Pine: para continuarmos a trabalhar seu sentimento de culpa;

    - Scleranthus: para sua instabilidade emocional, melhorar sua indecisão;

    - Larch: para melhorar sua expectativa de fracasso por falta de confiança em si mesmo;

    - Star of Bethlehem: para continuar trabalhando seu trauma emocional e confortá-lo.

    - Rock Water: para torná-lo mais flexível em sua opinião menos rígido e intransigente ao ponto de reprimir necessidades vitais

    - Wild Oat: para dar mais clareza aos seus objetivos, amenizar sua insatisfação interior, e encontrar sua missão na vida

    Dando continuidade ao tratamento psicoterápico como Terapeuta havia necessidade de verificar através de processo interativo o que o cliente havia conseguido atingir a nível de autoconhecimento com relação a comportamento, elaboração de realidade, incremento na capacidade de maximizar oportunidades e minimizar condições adversas além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões.

    Descrição do atendimento: Começamos o aconselhamento com o cliente admitindo ter experimentado melhora, diz ter passado bem a semana se expressa mais confiante, mais sorridente, dormindo melhor, sente-se menos ansioso e expressando a necessidade de continuar a fazer mudança e gostaria de continuar com a psicoterapia, por isso acordamos mais sessões semanais com dia e horas marcados antecipadamente e devidamente agendados.

    Iniciamos a conversação nos atendo ainda ao material que aflorou. Hoje ainda iremos nos ater aquele seu sonho: sobre os elementos persistentes como o fato de sempre estar aprisionado num local e existir muito fogo a sua volta. Baseado em tudo que já conversamos poderia dizer que mensagem seu inconsciente tenta transmitir para você?_____ Na sua vida o que existe que te soa como prisão? Fica em silencio, pensando. De que se sente prisioneiro? Reflete. Você pensa em que? Prisioneiro de que? Do meu sofrimento, porque não posso dividir isso com ninguém. Não pode ou não quer? Sorriu é acho que não quero. E o elemento fogo a que pode ser relacionado? Alguns dizem que o inferno é aqui mesmo, eu tenho vivido um verdadeiro inferno tenho me torturado durante esses últimos anos. Quanto tempo? Mais ou menos 14 anos. Você é religioso? De freqüentar a igreja não, mas acredito em Deus. E no simbolismo religioso do inferno de fogo, literal como lugar de tormento acredita nisso? Acho que sim pelo menos é o que todos dizem. Todos quem? O padre na igreja, minha mãe, cresci ouvindo isso e as pessoas. Padre sua mãe e pessoas são apenas alguns não todos e você? Esse fogo do seu sonho, esse medo de morrer queimado no sonho pode estar relacionado com o medo de uma punição depois da morte? Sorriu sem graça e embaraçado confessou que isso o atormentava, concluindo que ninguém sabe ao certo o que acontece depois da morte. E esse seu tormento durante 14 anos, isso já não é uma punição? Você mesmo vem se punindo? Acho que sim. Na sua maneira de ver; Deus só pune ele não perdoa?___ O que é o perdão para você? Não sei explicar bem em palavras, perdão é quando a gente esquece se alguém fez mal pra gente. Como você vê esse assunto Deus não te perdoou? Sorriu e disse não ter certeza do que Deus leva em conta para perdoar, mas tem certeza que ele perdoa, mas ele também pune, a gente tem que pagar o que fez não é assim que funciona? Não sei, Preciso saber como isso funciona na sua cabeça. Só saberia se estivesse no mesmo tipo de situação que você se encontra, estou apenas tentando andar do seu lado para te ajudar a encontrar o caminho. A solução esta dentro de você estou tentando te ajudar a encontrá-la. E arrependimento? O que é pra você? É acordar todo o dia e desejar que nada daquilo tivesse acontecido. Existe possibilidade de mudar o que está feito? Não. Então esse tipo de pensamento é improdutivo. Como poderia resolver isso? Não sei. Sua formação religiosa poderia estar te influenciando em todo o seu sofrimento e em como tem se sentido? Acho que sim. Como pode resolver isso? Não sei. Já cogitou se aprofundar nessa questão para encontrar resposta? Já sei tudo o que vai ser dito. Por exemplo, acreditaria nessas mesmas coisas se tivesse nascido em outra parte do mundo? Não entendi muito bem. Quero dizer que seu sofrimento não existiria se você acreditasse em outros símbolos religiosos, por exemplo, se tivesse nascido num país mulçumano e não cristão? Apenas sorriu e acrescentou acho que sim. Notou como uma mesma situação pode constituir problema para uma pessoa e para outra não, muito depende de seus símbolos culturais, das suas crenças, da visão e do enfoque que se dá a vida. Existem outras possibilidades, a busca do conhecimento pode clarear pontos antes obscuros e levar a conexões não pensadas. Acredita na lei da gravidade? Sim. Esta não é a única lei que rege o universo. Existe uma lei chamada de Lei da Atração, nesta lei você atrai o que você pensa como se fosse um imã. Atraímos o que pensamos e nos tornamos o que pensamos. Isso nos leva a necessidade de monitorarmos o que pensamos e o que sentimos. Depressão, raiva, culpa, são sentimentos ruins te colocam numa freqüência ruim, geram más vibrações. Alegria, gratidão amor são sentimentos bons, geram freqüência boa celebram bons sentimentos, atrai bons fluidos. Nossos sentimentos produzem mecanismos de retorno, bons ou ruins depende de nós. De maneira que para sermos saudáveis no pleno sentido hoje temos não só de cuidar o que comemos, mas também o que pensamos.

    Se quiser mudar sua realidade tem de começar pelos seus pensamentos e “se fizer as coisas sempre do mesmo jeito, obterá sempre os mesmos resultados”.

    NO BRT escrevi: Data do retorno;

    Frase para meditar: “Na vida somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos”. Eduardo Galeno

    No caso do cliente nº1 a descrição do relato se deu quase passo a passo para dar a noção de como foi conduzido o procedimento terapêutico, agora a descrição dos clientes nº2 e 3 procederei de uma forma mais concisa, mas que se leve em conta que o procedimento terapêutico ocorreu da mesma forma que o descrito do cliente nº 1.

    No caso da Cliente n° 02 – 42 anos, dona de casa, com história de vida marcada por violência do pai alcoólatra, com frustração amorosa no primeiro casamento com crises depressivas de isolamento no quarto, preocupação excessiva com limpeza, querendo no momento controlar a vida do filho mais velho que saiu de casa buscando mais liberdade, iniciei o trabalho associando ao aconselhamento terapia corporal de relaxamento com o uso de aparelho eletrônico de massagem dando ao usuário os efeitos de vibração, compreensão, punção e rolos promovendo relaxamento de nervos e músculos regenerando musculatura cansada e aliviando tensão de uma vida estressante e por aparelho sincronizador e transferidor de ondas magnéticas (bioconversor de energia). Operação também denominada completar o ciclo do KI com a aplicação de ondas por ressonância propiciando o despertar dos recursos internos disponíveis para auto-harmonia. Para esse momento da cliente foram sugeridos os seguintes florais em seu BRT:

    - Beech: para a sua atitude excessivamente critica e intolerante, e para a sua pouca capacidade de compreensão.

    - Chicory: para personalidade possessiva que interfere demais na vida dos outros e pensa que pode manipular os outros;

    - Crab Apple: para pessoa que tem desejo exagerado de ordem, para a sua mania de limpeza;

    - Holly: pessoa emocionalmente irritada. Ciúme e suspeita, temperamento violento, sentimento de ódio, inveja.

    - Impatiens: pessoa impaciente, facilmente irritável, tem reações exageradas;

    - Vine: quer impor a sua vontade, pessoa ambiciosa e dominadora, “pequeno tirano”.

    Alem dos florais, sugeri que a cliente levasse pra meditar a seguinte frase: “Os problemas que criamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento que estávamos quando os criamos” (Albert Einstein).

    Nos atendimentos subseqüentes desta cliente o aconselhamento como forma de interação cliente/terapeuta, propiciou autoconhecimento e mudanças de comportamento, incrementando sua capacidade de tomada de decisões e realinhamento de comportamento e postura, alem de dar a ela possibilidade de “extrapolar emoções” – com momentos emocionantes e enriquecedores para seu processo terapêutico, com emoções e sentimentos reprimidos não compreendidos por décadas aflorando e vindo à tona de forma a serem trabalhados.

    Durante todo o processo terapêutico, afloraram várias situações que foram trabalhadas, mas relatarei apenas aquelas que achei ser o ponto onde a cliente teria que tomar consciência do que lhe ocorria, visto que se mostrava determinada e irredutível em agredir a avó do filho mais velho, fruto do seu primeiro casamento, acreditando ela que se a avó não o tivesse acolhido, sem alternativa, o filho teria voltado pra casa e também por considerar uma afronta o apoio da avó ao relacionamento amoroso que foi o verdadeiro motivo que levou o filho a sair de casa, devido à cliente não aceitar a futura nora.

    Com essas emoções conturbadas vinda a tona via aconselhamento, como profissional teria que propiciar a essa cliente durante a vivência o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva capaz de orientá-la para uma percepção maior desses sentimentos negativos que foram aflorados, que essas emoções conturbadas fossem compreendidas dando-lhe a oportunidade de fazer uma leitura correta do que estava acontecendo à sua volta naquele momento.

    Usando de “reflexo”, pude transmitir-lhe o que percebia em seus sentimentos mais profundos, funcionando como um espelho, a confrontei com o que esses sentimentos de raiva e medo estavam lhe indicando. Não houve reconhecimento do sentimento de medo, a cliente reconheceu apenas o de raiva.

    Questionei seu medo:

    - Poderia estar relacionado como sentimento de “ninho vazio”? Aceitava o fato que filhos crescem e casam? Sentia-se preparada para o papel de sogra? E para o papel de avó? Que tipo de sogra queria ser? Poderia estes sentimentos negativos estar relacionados com o fato de não se sentir preparada para essa nova fase da vida?

    Sua expressão facial diante de tais questionamentos deu-me a compreensão de ter despertado na cliente, a consciência de que não estava fazendo a leitura correta dos seus sentimentos e a partir desse momento ela passou a ter elementos para reformular novas possibilidades, de acolher com maior compreensão esses sentimentos e a aprender a lidar melhor com eles.

    Como terapeuta queria me assegurar de produzir nessa cliente a compreensão necessária da repercussão futura que suas ações poderiam produzir (como sua determinação de agredir), ou seja, as possíveis conseqüências geradas a partir de uma escolha presente. Dentro de um padrão de neutralidade de acordo com as NTSVs a cliente foi induzida a projetar-se no futuro através da técnica de Progressão com a finalidade de maximizar sua capacidade para a tomada de decisões através de viagem imaginativa produzir insights que a possibilitasse gerar opções de ações ainda não cogitadas e produzir soluções ainda não imaginadas.

    É com a intenção de obter esses resultados que o terapeuta se utiliza desse recurso, esperando através de previsões projetadas, fazer aflorar material que possa ser trabalhado em vivências futuras ou produzir lampejos de uma consciência maior do que a cliente possua para o momento.

    Na sua ficha de cliente foram anotados os procedimentos adotados e no BRT anotei próxima sessão, frase para meditar: ”Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantamos” (provérbio chinês) e os seguintes florais de Bach para este momento específico:

    - Walnut: para que a cliente se deixasse influenciar e se tornasse mais suscetível às mudanças e por ser o “floral da ruptura” propiciar melhoras para essa fase decisiva e propiciar novos começos na vida;

    - Willow: para liberá-la do sentimento vitima;

    - Beech: para facilitar a cliente se livrar de atitude excessivamente crítica e intolerante, e de melhorar sua capacidade de compreensão;

    - Cherry Plum: para evitar explosão temperamental descontrolada;

    - Chicory: para a personalidade possessiva que interfere demais na vida dos outros;

    - Holly: para amenizar a irritabilidade.

    E que estivesse atenta a possíveis sonhos para pontuações posteriores.



    No caso da cliente n°3 - E.R.S.V. 39 anos, com histórico de infância pobre, casamento falido, preocupação excessiva com a aparência.

    Esta cliente busca ajuda num momento muito difícil, sente-se mal casada, mas não tem coragem para tomar nenhuma atitude, traz várias somatizações traduzidas na descrição de diversos sintomas e problemas de saúde, trazendo um perfil sofredor, achando que a vida tem sido injusta com ela, medo de passar fome, preocupação excessiva em ser produtiva, cobrando o mesmo comportamento do marido, não relaxa nunca.

    Durante o aconselhamento que propicia uma interação na relação terapeuta/cliente, alem das inúmeras somatizações que a cliente apresenta, aparece forte bloqueio da infância e parte da puberdade, não se lembrando de nada, tendo apenas alguns flashes desse período.

    O material psíquico que tentamos manter longe da nossa consciência corporifica somatiza, quanto maior o esforço desprendido para negar lembranças ou desejos, maior será o grau de somatizações, sendo esta a profunda e verdadeira causa de enfermidades.

    A única maneira de alguns se harmonizarem é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações.

    Portanto para este caso iniciei o aconselhamento e sugeri vivência que proporcionasse “ex movere”, ou seja, mover para fora esse material reprimido da cliente, fazendo-a digerir, compreender e assimilar o material aflorado como um caminho onde a qualidade de vida pode ser ampliada e melhorada.

    Tendo o estado de relaxamento como fator determinante e facilitador em deixar física e mentalmente relaxada a cliente a fim de propiciar um fluxo mais livre para a associação de idéias, pensamentos e imaginação, usamos aparelhos de massagem e de biorressonância para melhorar o fluxo do KI, exercícios respiratórios e indução verbal.

    O terapeuta ao usar o recurso técnico da Regressão espera conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e fazer aflorar emoções reprimidas, lembranças traumáticas, ou sonhos para serem trabalhados na terapia holística. Na vivência dentro de um padrão de neutralidade de acordo com as NTSVs, e com tom de voz suave a cliente foi projetada no tempo e no espaço, retrocedendo-a a esse período que não se lembrava no intuito de produzir cartases emocionais que resultassem em alívio e simultaneamente ao contato com novos insights que se traduzissem numa maior compreensão do presente.

    Esse procedimento produziu uma cartase, expurgou sentimentos reprimidos que foram exteriorizados pela cliente através de uma “explosão de emoções” com sentimentos de tristeza e pesar, trazendo a consciência um estupro e muito choro, sendo essa explosão de sentimentos devidamente acolhidos por mim terapeuta.

    Via aconselhamento este estupro foi racionalizado com a cliente relatando que em tratamento numa sessão de massagem para a coluna, terminou numa relação sexual de maneira forçada com o profissional, dizendo-se jovem imatura e pressionada a não relatar a ninguém, descobriu uma gestação já por volta do terceiro mês, que levando ao conhecimento dele foi convencida a fazer o aborto para se livrar do problema, tratando-se de um menino que ela enterrou sozinha no meio da noite no jardim, causando-lhe essa lembrança uma dor imensurável e arrependimento ao ponto de se achar punida por Deus por não poder ter mais filhos. Esse fato segundo ela destruiu-lhe a vida e num processo claro de transferência deslocou fortes sentimentos de revolta para esta terapeuta responsabilizando-me por ter trazido à tona lembranças com as quais não conseguiria conviver.

    Racionalização é o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude ou ação, idéia ou sentimento que causa angustia. Usa-se a racionalização para justificar comportamento quando, na realidade, as razões para este ato não são recomendáveis.

    Transferência ocorre quando o cliente na vivência transfere fortes sentimentos deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico são elementos reprimidos que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro profissional/cliente sem que este tenha consciência do fenômeno em questão.

    Todo o material aflorado foi trabalhado na continuidade do processo terapêutico via aconselhamento, traduzindo o conteúdo vivenciado para o presente da cliente, ampliando seu autoconhecimento, sua capacidade de ser bem sucedida em elaborar novas possibilidades para sua vida dando-lhe subsídios para maximizar capacidades e minimizar adversidades. No BRT anotei data da próxima sessão e frase para meditar: ”O pessimista queixa-se do vento. O otimista espera que ele mude. O realista ajusta as velas e segue em frente”. Willian Georg Ward. Para este momento específico da cliente usei os seguintes Florais para trabalhar seus sentimentos e emoções:

    - Agrimony: para seus pensamentos dolorosos e inquietação interior;

    - Pine: para possibilitar lidar melhor com seu sentimento de culpa;

    - Star of Bethlehem: “o confortador da alma” para traumas emocionais ainda não trabalhados;

    - Walnut; “floral da ruptura” para propiciar a essa cliente um novo começo rompendo com o padrão passado e estabelecendo um novo começo;

    - White Chestnud: depois da cartase onde a cliente trouxe à tona a causa do seu sofrimento dizia: “como vou lidar com isso agora” esse floral ajudaria para esses pensamentos não ficarem girando em circulo na cabeça, para poder livrar-se deles;

    - Wilow: para trabalhar sentimento de vítima.


    RESULTADOS

    Todos os clientes trazem fortes aspectos emocionais como pano de fundo na causa dos desequilíbrios, os trabalhos realizados com Psicoterapia permitiram a todos os clientes entrarem em contato com seu lado obscuro, com material inconsciente e reprimido, seus traumas, seus medos, desejos; e os Florais de Bach permitiram que prestassem mais atenção a suas emoções funcionando como catalisador-facilitador propiciando ao atendimento Psicoterápico uma resposta mais dinâmica para chegarem ao autoconhecimento.

    Em todos os casos avaliados me surpreendi com algumas respostas obtidas com os Florais acerca de emoções específicas que precisávamos trabalhar.

    Avaliando sob enfoque quantitativo os resultados obtidos cheguei à seguinte conclusão sobre cada cliente:

    Cliente nº 1 – Esse cliente trouxe como característica acentuado ceticismo e apatia agravados por introspecção e timidez parecendo ter desistido de dar qualquer sentido mais significativo à vida, do tipo que “vivo por viver” sendo necessário transpor essas barreiras para colocá-lo em contato consigo mesmo, com seus sentimentos e emoções. Os florais deram a esse cliente condições propícias a uma melhor compreensão lhe ampliando a consciência, trabalhando suas características acentuadas de personalidade atuando num nível que só o aconselhamento não me permitiria chegar.

    Com o Wild Rose- sua desmotivação, sua resignação e desinteresse pela vida foram trabalhados, motivando-o para encontrar novos interesses pela vida apesar dê; o Willow - ajudou-o a deixar de ser ressentido a não fazer tanto o papel de vítima tornando-o menos negativo frente às circunstâncias da vida a se aceitar melhor, desenvolver responsabilidade pessoal e pensamento construtivo, Hearth – ajudou com a sua introspecção ao não dirigir o assunto apenas para si, direcionou-lhe a aprender a ouvir, escutar o que os outros falam aprendendo dessa forma a comunicar-se melhor, Gorse – liberou-o do sentimento “será que adianta mesmo” e ajudou-o com sua desesperança maximizando sua capacidade de se aceitar. Outros sentimentos e emoções aflorados e compreendidos foram trabalhados com os florais de modo que lhe permitiram ganhar uma compreensão melhor da forma como se sentia. Suas somatizações praticamente desapareceram bem como seu perfil de só falar de doença se tornando uma pessoa mais suave e leve recentemente passou quando saiu de férias e alegre me comunicou sua primeira viagem ao exterior, dizendo achar que merecia se dar esse presente.

    Cliente nº2 – Essa cliente chegou carregada de mágoa, ódio, intolerância, extremamente crítica, autoritária, ciumenta e a aplicação dos Florais funcionou como facilitador para a cliente entender suas emoções.

    Quando a cliente se mostrou determinada em agredir a ex-sogra e na vivência aplicamos técnica de Progressão onde projetamos possível conseqüência gerada a partir da presente atitude aliada aos Florais de Bach proporcionou a essa cliente uma visão ampliada da que possuía para o momento, podendo ela através do Chicory amenizar sua personalidade possessiva que interfere na vida dos outros, Beech melhorou sua intolerância com a maneira de ser dos outros, Walnut a tornou mais maleável, suscetível á mudança, e romper com o padrão de comportamento anterior, o Holly a tornou mais serena e o Cherry Plum trouxe-lhe coragem, força, espontaneidade, e devolveu-lhe serenidade paz, apesar das adversidades internas e externas dando-lhe grande capacidade de desenvolvimento, produzindo grandes avanços de comportamento propiciando a ela a oportunidade de fazer uma leitura correta do que estava acontecendo ao seu redor ao ponto de retornar para sessões posteriores com uma tomada de consciência adquirida ampliada, com mudanças no padrão de comportamento tendo o autoconhecimento lhe proporcionado sintonizar suas emoções e sentimentos com o seu momento de vida presente.

    A cliente apresentou evolução nos seus relacionamentos familiares, sua expressão facial se tornar mais amena à medida que trabalhava seus sentimentos profundos, mostrou o desejo de continuar em terapia pelo menos uma vez por mês, segundo ela para uma revisão para verificar se continuaria no rumo certo, admitindo dificuldade em mudar algumas características de sua formação que estavam profundamente arraigadas na sua personalidade, e que não acha fácil mudar de uma hora para outra; em sessões posteriores quando solicitei que fizesse algo capaz de surpreender quem a conhecia e até ela mesma confessou-me um dialogo interessante que teve com a futura nora quando a convidou para um final de semana julgando ter sido um bom começo e que havia conseguido surpreender o filho e o marido que não esperavam tal atitude dela, e que não foi tão difícil quanto havia imaginado, que ela própria também havia se surpreendido. Nota-se um esforço consciente da cliente para compreender seus sentimentos e emoções, o autoconhecimento adquirido a tornou menos ebulitiva, amenizou sua personalidade violenta e irracional, mas não ao ponto de levá-la ao equilíbrio

    Cliente nº3 - Esta cliente se apresentou ansiosa, auto-estima baixa, amarga, exigente, depressiva achando que a vida é injusta, fazendo inúmeras somatizações, trabalhamos bloqueios apresentados proporcionando a ela mover para fora esse material reprimido, quando conseguimos essa cliente passou a apresentar processos de transferência e racionalização muito fortes, que funcionaram como obstáculo ao crescimento, pois dificultaram aceitar a realidade, requerendo esforço e habilidade para conseguir levar essa cliente a mudar o padrão e estabelecer forças motivadoras reais e genuínas, onde ela pudesse reverter o sofrimento em algo mais suave e ameno, aceitar suas ações passadas e obter um aprendizado aplicável ao seu presente, que ampliasse seu autoconhecimento e sua qualidade de vida. A aplicação do floral Agrimony ajudou-na a aplacar seus sentimentos dolorosos e sua inquietação interior, o Pine proporcionou que lidasse melhor com sua culpa, o Willow: liberou-a do sentimento de vitima do destino, amenizou sua amargura e ressentimento, o Star of Bethlehem: produziu conforto a sua alma trabalhou seu trauma emocional dando-lhe uma compreensão e aceitação melhor de suas atitudes anteriores, agora quando acrescentado White Chestnud para aqueles que sofrem de pensamentos indesejáveis e persistentes, este floral devolveu-lhe a calma e um espírito mais equilibrado por trazer-lhe clareza ao pensamento e silêncio interior calando a voz interna que a acusava aplacando em muito a sua dor. À medida que houve uma compreensão melhor de suas ações passadas, esta cliente experimentou mudanças no enfoque que dava a vida, melhorou sua auto-estima a medida que aplacou seu sentimento de culpa, passou a sentir-se mais digna como ser humana, no decorrer do processo terapêutico o autoconhecimento proporcionou uma diminuição das suas somatizações e mudou o padrão de comportamento de vitima, passando adquirir mais firmeza e equilíbrio, reconhecendo melhor suas limitações e suas potencialidades, passou por uma cirurgia de vesícula, mas seu estado geral de saúde melhorou, por problemas financeiros mudou-se para outra cidade, por isso descontinuou a terapia, mas mostrava-se satisfeita com os resultados obtidos segundo ela “viver ficou mais leve”. Embora não se consiga resolver todos os problemas existenciais de um cliente num curto espaço de tempo, pode se considerar positivo o resultado alcançado no sentido que ajudamos a cliente a achar o começo do fio da meada, a continuidade do processo e a dinâmica foram colocados a disposição dela de maneira clara que a partir de agora sabe qual o caminho aonde buscar ajuda quando necessitar.


    DISCUSSÃO

    Os trabalhos realizados com Psicoterapia, associados aos Florais de Bach permitiram aos meus clientes se enxergarem de uma forma diferente a que estavam habituados.

    Percebi que a Psicoterapia permite resultados positivos nas patologias que tem componente emocional envolvido.

    Todo o indivíduo tem um valor em si, independente do que realiza ou visualiza o que acontece é que na maioria das vezes a pessoa não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. E grande parte dos conflitos que carregamos são criados e produzidos na infância; no nosso trajeto de aprendizado geramos insatisfações amarguras, cultivamos descrenças, medos, reprimimos emoções, como conseqüência dum processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de expressão e manifestação foi podada por adultos que nos orientavam e por padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por cobranças, pelo constante apontar de defeitos e falhas, todas essas limitações impostas a nós nesse estágio inicial de aprendizado e pelo fato de ainda estarmos em formação com o passar do tempo esses sentimentos vão se solidificando gerando bloqueios que se tornam como adubo deixando o solo fértil para as somatizações

    Nosso corpo/mente e energia se mantêm em constante interação com a mente/energia do universo. Em nosso corpo físico cada célula dá algo apóia as outras e é apoiada. Esse fluxo dinâmico de “dar e receber” é a essência de toda célula; o mesmo processo se faz necessário entre as pessoas, é essencial para que a vida continue e as sociedades cresçam e se aperfeiçoem e perdurem . Quando há uma distorção nas relações, nesse padrão de troca de “dar e receber” o ser humano gera conflitos que complicarão seus relacionamentos. O que se recebe em maior ou menos medida costuma ser diretamente proporcional ao que se dá. O aconselhamento me propiciou como terapeuta trabalhar as causas do sofrimento, dar aos clientes a oportunidade de enxergar os valores que estão atribuindo as suas vidas, de ajudá-los a desenvolver sua singularidade e acentuar sua individualidade, a assumir sua responsabilidade diante de si mesmos, dos outros e do mundo em torno de si e também me deu a oportunidade de colocar à disposição do cliente vários dispositivos de apoio para seus conflitos.

    Em todos os casos houve benefício da ação sutil e transformadora dos florais pertinentes aos desequilíbrios emocionais compreendidos e devidamente avaliados que os clientes trouxeram a superfície para serem trabalhados durante a terapia permitiram maior rapidez e fluidez aos processos psicossomáticos e a liberação desse material reprimido empreendendo ao processo psicoterápico um dinamismo que não seria obtido se aplicasse apenas aconselhamento.

    Quando consciente ou inconscientemente tentamos manter longe da lembrança fatores psíquicos que nos são dolorosos criamos bloqueios que serão revertidos em somatizações, tal atitude, embora a principio pareça um bom mecanismo de defesa em diminuir momentaneamente o sofrimento emocional, entretanto manter esse material reprimido infinitamente bloqueado gera desequilíbrios que não serão resolvidos sem que haja uma ampliação da consciência; todo e qualquer tratamento será paliativo desviando a manifestação da desarmonia para outra parte do corpo, e a terapia floral dá conta do desafio de atuar nos véus que criamos, nas nossas máscaras, nossa persona, existindo florais específicos para cada característica de personalidade consciente, no caso as preocupações e a mágoa, que formam como que um véu que encobre ainda emoções menos aceitas, à medida que aplicamos o floral adequado, aquele véu se desfaz gradativamente aceitando esta emoção, resgatando sua energia para ser transmutada em alguma ação produtiva.

    Assim sucessivamente a cada novo véu que aflora uma nova formula sempre se adaptando a nova emoção trazendo consigo sempre novo material psíquico reprimido tudo isso acontecendo num ritmo que varia de um individuo para o outro, mas sempre num processo mais rápido que a terapia puramente verbal.


    CONCLUSÃO

    O ser humano em sua incessante busca por entendimento dos fenômenos da vida física tem procurado entender e explicar o sofrimento e a dor como regra geral percebendo as doenças como algo a ser eliminado a qualquer custo.

    No entanto ao eliminarmos pura e simplesmente o sofrimento físico, sem levarmos em conta o significado simbólico e existencial dos sintomas é como se não recebêssemos uma importante mensagem enviada pelo nosso inconsciente, como algo positivo para o desenvolvimento emocional e espiritual do indivíduo. Jung nos revela que durante o desenvolvimento do indivíduo tudo aquilo a respeito de nós mesmos que preferimos não manter na consciência torna-se aspectos “sombrios” de nossa personalidade.

    Embora “ocultos na sombra” esses aspectos renegados de nossa consciência procurarão todas as formas possíveis de se expressarem e serem aceitos e integrados na personalidade.

    O surgimento da física quântica abriu as portas para um entendimento diferente da realidade em que vivemos, demonstrando ao nível das partículas que tudo o que nos rodeia, tudo aquilo que temos como real “concreto” é na verdade energia. De acordo com o entendimento que mesmo matéria densa é energia, aquilo que nos define como seres humanos passam a ser entendido não só através de padrões genético-constitucionais e padrões incorporados através das experiências adquiridas, mas também por uma série multidimensional de sistema de energia sutil que se influenciam mutuamente, e que se convencionou chamar de campos energéticos ou campos áuricos.

    Os limites da Medicina e da Psicologia têm sido desafiados ao longo das ultimas décadas, pelo surgimento de novos modelos explicativos da realidade que nos rodeia e que faz parte do objeto de estudos das Terapias chamadas Alternativas e Holísticas servindo esse modelo explicativo como base para práticas energéticas milenares realizadas no mundo oriental e que começaram a ser mais difundidas nas sociedades ocidentais ao longo das ultimas décadas. Estamos diante de um novo modelo explicativo onde o ser humano não é somente percebido como uma “sofisticada máquina biológica”, um conjunto de células, tecidos e órgãos, mas um ser constituído por múltiplos sistemas energéticos que se influenciam reciprocamente. O ser humano das Terapias Holísticas é um ser humano composto de realidades multidimensionais e energéticas que nossos olhos não podem ver, mas que nem por isso deixam de existir. O estado de saúde e o surgimento dos sintomas de doenças passam a ser entendidos através de uma compreensão mais profunda do quanto nosso corpo físico, nossos pensamentos e emoções afetam esses padrões energéticos e vice-versa, e os desequilíbrios nesse delicado sistema vibratório ou energético é que levam ao surgimento dos mais diversos sintomas físicos, emocionais e mentais e para que a saúde possa ser restaurada, é necessário levar em conta que não somos feitos só de corpo físico, mas de corpos energéticos sobrepostos à estes.

    Portanto conclui que a aplicação das técnicas terapêuticas aprendidas no curso de Psicoterapia aliadas a estímulos dos campos energéticos quer seja através da Terapia Floral ou Terapia corporal deram conta do desafio de causar transformações profundas tanto da personalidade como do padrão de comportamento propiciando aos meus clientes alcançar melhoras na qualidade de vida, a cada atendimento se tornava perceptível transmutações no comportamento através da ampliação da consciência tornando a reversão dos desequilíbrios possível e diminuindo as somatizações.

    Pude perceber como Terapeuta que a aplicação dos Florais de Bach junto com estímulos no campo energético através de aparelhos vibracionais acelera o aflorar de material psíquico reprimido num ritmo bem mais rápido do que a psicoterapia puramente verbal, isso ficou claro no cliente nº1, quando afirmou que havia feito diversos tratamentos terapêuticos, mas nenhum havia conseguido fazer aflorar seu material reprimido, e na cliente nº3 onde o relaxamente desarmou o mecanismo de defesa que mantinha, permitindo o “ex movere” do material reprimido que fluísse livremente, em ambos os casos possibilitou uma dinâmica que até então eu como terapeuta não havia conseguido, resultando em grandes benefícios de alívio para os clientes.

    Esses métodos dão ao Terapeuta Holístico a possibilidade de trabalhar resgatando técnicas milenares de outrora e ao mesmo tempo dá conta do desafio de possibilitar um exercício profissional que atenda as exigências do Código de Ética, das NTSVs, da Legislação Brasileira, trabalhando “desequilíbrio”.


    REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


    1. BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    1. FILHO. H.V. Psicoterapia Holística. 1ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2007.

    2. FILHO. H.V. Tutorial Terapia Holística. 3ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2004.

    3. FILHO. H.V. Florais de Bach: uma visão mitológica, etimológica e arquetípica. 4ª edição. São Paulo. Editora Pensamento. 2004.

    4. FILHO. H.V. O Microcosmo Sagrado O Segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento. 2ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2006.

    5. JUNG. C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.

    6. JUNG. C.G. O homem e seus símbolos. 22ª edição. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964.

    7. JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    8. JUNG. C.G. A pratica da psicoterapia. 9ª edição.

    9. WEIL. PIERRE. Holística: uma nova visão e abordagem do real. São Paulo. Palas Athenas. 1999.








    ANEXOS E APÊNDICE


    1 CODIGO DE ÉTICA – TH 001

    2 NTSV - PH 001 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA


    1 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL – TH 001


    1. SUMÁRIO

    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TH 001.

    Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.


    2. PREFÁCIO  

    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
      Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado”.
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.


    3. INTRODUÇÃO

     É essencial para toda profissão estabelecida à existência de um Código de Ética a apresentar os princípios fundamentais que norteiam as boas práticas. Esta Norma ratifica o Código de Ética já em vigor na Terapia Holística, tão somente adequando-o à formatação normativa, tornando ainda mais transparente sua essência de adesão espontânea e voluntária.


    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos

    4.2 Objetivo definir os princípios fundamentais quanta à ética de atendimento ao cliente, relacionamento com as demais profissões e publicidade.

    4.3 Referências Normativas

    NTSV — TH 002;

    BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica;

    NTSV — TH 003;

    FC — Ficha de Cliente.


    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilibrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a proposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.


    5.2 Símbolos e Abreviaturas

    TH — Terapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.


    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato de o Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.


    5.3.3 Produtos e equipamentos

    Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos reconhecidos pelo SINTE — Sindicato dos Terapeutas, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto e/ou equipamento. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta, pois os produtos jamais serão cobrados à parte (um só preço quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: produtos preparados nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruir o cliente, que irá adquiri-los diretamente.

    5.3.4 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos


    5.3.4.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS.

    O Terapeuta Holístico

    I — Trabalhará para a promoção do bem-estar do indivíduo, da coletividade e do meio ambiente, segundo o paradigma holístico; II — Manterá constante desenvolvimento pessoal, científico, técnico, ético e filosófico, através de supervisão, terapia e/ou psicoterapia, cursos e similares, estando a par dos estudos e pesquisas mais atuais na área, bem como dos trabalhos milenares e tradicionais, além de ser estudioso das ciências afins; III — Usará em seus trabalhos, métodos os mais naturais e brandos possíveis, buscando catalizar o auto-equilíbrio da pessoa atendida, despertando-lhe os seus próprios recursos harmonizantes; IV — Orientar-se-á, no exercício de sua profissão, pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 10/12/1948 pela Assembléia Geral Das Nações Unidas.
    5.3.4.2 DIREITOS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO

    5.3.4.2.1 — Exercer a profissão de Terapeuta Holístico sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo, nacionalidade, cor, opção sexual, idade, condição social, opinião política ou situações afins;
    5.3.4.2.2 — Utilizar-se de técnicas que não se lhe sejam vedadas ou proibidas por lei federal, podendo, inclusive, fazer uso de instrumentos e equipamentos não agressivos, bem como produtos cuja comercialização seja livre, além de orientar a pessoa atendida através de aconselhamento profissional;
    5.3.4.2.3 — Recusar a realização de trabalhos terapêuticos que, embora sejam permitidos por lei, seja contrário aos ditames de sua consciência;
    5.3.4.2.4 — Suspender e/ou recusar atendimentos, individual ou coletivamente, se o local não oferecer condições adequadas, ou se não houver remuneração condigna, ou, ainda, se ocorrerem fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com a pessoa a ser atendida, impedindo o pleno exercício profissional;


    5.3.4.3 RESPONSABILIDADES GERAIS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO

    5.3.4.3.1 São deveres do Terapeuta Holístico:

    §1 — Assumir apenas trabalhos para os quais esteja apto, pessoal, técnica e legalmente; §2 — Prestar serviços terapêuticos somente se: em condições de trabalho adequadas, de acordo com os princípios e técnicas reconhecidos ou pelas Tradições Milenares, ou pela prática, ou pela ciência e, sobretudo, pela ética; §3 — Zelar pela dignidade da categoria, recusando e denunciando situações onde a pessoa atendida esteja sendo prejudicada; §4 — Participar de movimentos que visem promover a categoria e o paradigma holístico em geral; §5 — Estar devidamente registrado para o exercício de sua atividade profissional quer seja como autônomo ou como pessoa jurídica; §6 — Manter-se em dia com as obrigações definidas pelo SINTE;


    5.3.4.3.2 — Ao Terapeuta Holístico é vedado:

    §1 — Usar títulos e especialidades profissionais que não possua; §2 — Efetuar procedimentos terapêuticos sem o esclarecimento e conhecimento prévio da pessoa atendida ou de seu responsável legal; §3 — Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais; §4 — Aproveitar-se de situações decorrentes do atendimento terapêutico para obter vantagens física, emocional, financeira, política ou religiosa; §5 — Exercer técnicas de aconselhamento profissional, caso ele próprio há mais de 03 meses não esteja se submetendo a tratamento terapêutico e/ou psicoterápico de manutenção; §6 — Reduzir o tempo de cada sessão a fim de aumentar o número de atendimentos; §7 — Permitir que a pessoa atendida, durante a sessão, fique sem o acompanhamento de corpo presente de um profissional qualificado, em especial se estiver recebendo aplicação ou sob efeito de quaisquer técnicas terapêuticas;


    5.3.4.4 DAS RELAÇÕES COM OUTROS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS E OUTRAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS

    O Terapeuta Holístico:

    5.3.4.4.1 — Não será conivente com erros, faltas éticas, crimes ou contravenções penais praticadas por outros na prestação de serviços profissionais;

    5.3.4.4.2 — Não intervirá na prestação de serviços de outro Terapeuta Holístico, salvo se: a pedido do próprio profissional; quando comunicado por qualquer uma das partes da interrupção voluntária do atendimento; quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada; em situações emergenciais, devendo comunicar o fato imediatamente ao outro Terapeuta Holístico; e, em situações descritas no §3, dando ciência do ocorrido;
    5.3.4.4.3 — No relacionamento com profissionais de outra áreas, trabalhará dentro dos limites das atividades que lhe são reservadas pela legislação e reconhecerá os casos que necessitem também dos demais campos de especialização profissional, encaminhando-os às pessoas habilitadas para a tais funções;


    5.3.4.5 DO SIGILO PROFISSIONAL

    5.3.4.5.1 — O sigilo protegerá a pessoa atendida em tudo àquilo que o Terapeuta Holístico venha a tomar conhecimento como decorrência do exercício de sua atividade profissional;
    5.3.4.5.2 — O menor impúbere ou interdito estará igualmente protegido, devendo ser comunicado aos responsáveis apenas o estritamente necessário para promover medidas em seu benefício;
    5.3.4.5.3 — Com autorização da pessoa atendida, o Terapeuta Holístico poderá repassar dados a outro profissional, desde que o recebedor esteja igualmente obrigado a preservar o sigilo por Código de Ética e que, sob nenhuma forma, permita a estranhos o acesso às informações;
    5.3.4.5.4 — O Terapeuta Holístico tem o dever de garantir, em seus atendimentos, condições adequadas à segurança da pessoa atendida, bem como à privacidade que garanta o sigilo profissional;
    5.3.4.5.5 — Em caso de falecimento do Terapeuta Holístico, este órgão, ao tomar conhecimento do fato, providenciará a incineração de seu arquivo confidencial;
    5.3.4.5.6 — A quebra do sigilo só será admissível se tratar-se de fato delituoso e a gravidade de suas conseqüências para o próprio atendido ou para terceiros justificar a denúncia do fato; ainda assim, o acontecido será julgado por Comissão de Ética a ser designada.


    5.3.4.6 DA COMUNICAÇÃO AO PÚBLICO, DA DIVULGAÇÃO DE PESQUISAS E ESTUDOS E DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL
    5.3.4.6.1 - Ao Terapeuta Holístico, na realização de seus estudos e pesquisas, bem como no ensino e treinamento, é vedado:
    §1 — Interferir na vida dos sujeitos, sem o consentimento dos mesmos, além de informá-los sobre as possíveis conseqüências de tais atividades; §2 — Promover experiências que envolvam qualquer espécie de risco ou prejuízo a seres humanos, animais ou meio ambiente; §3 — Negar o livre acesso das pessoas envolvidas aos resultados das pesquisas ou estudos, se estas assim o desejarem; §4 — Deixar de citar as fontes consultadas ou de mencionar as contribuições prestadas por assistentes, colaboradores ou outros autores, bem como utilizar-se de informações particulares ainda não publicadas, sem autorização expressa do autor.
    5.3.4.6.2 — Em todas as comunicações e/ou divulgações públicas, o Terapeuta Holístico omitirá ou alterará dados que possam conduzir à identificação da pessoa ou instituição envolvida, exceto se houver interesse manifesto das mesmas e autorização expressa.
    5.3.4.6.3 — O Terapeuta Holístico ao promover publicamente seus serviços:
    §1 — Informará com exatidão o número de registro; §2 — Não poderá utilizar o preço de serviço como forma de propaganda; §3 — Não proporá atividades que impliquem invasão ou desrespeito a outras áreas profissionais; §4 — Em hipótese alguma fará previsão taxativa de resultados ou se utilizará de conteúdos falsos ou sensacionalistas; §5 — Não fará uso de expressões, palavreado técnico, roupagens ou quaisquer artifícios que possam induzir o público a acreditar que pertence a outra categoria profissional que não seja a de Terapeuta Holístico


    5.3.4.7 DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS

    5.3.4.7.1 — Os honorários serão fixados com dignidade e com o devido cuidado, para que corresponda a uma justa retribuição aos serviços prestados, lembrando que o Terapeuta Holístico para manter a qualidade de seu trabalho precisa de recursos financeiros para investir em supervisão, cursos, estudos, terapia e/ou psicoterapia o que, indiretamente, implica em benefício da pessoa atendida;
    § Único — Se o Terapeuta Holístico reduzindo o valor de seus honorários, deixar de cumprir qualquer recomendação do Código de Ética, em especial o item II dos Princípios Fundamentais e os §6 e§7 do 5.3.4.3.2, diminuindo, assim, o padrão de qualidade exigido, estará exercendo concorrência desleal;
    5.3.4.7.2 — A fim de tornar a profissão de Terapeuta Holístico reconhecida pela confiança e aprovação da sociedade, os honorários poderão ser adaptados às condições financeiras do atendido, tomando este ciência da excessão feita e comunicando-se o fato a este órgão, para que não se caracterize como concorrência desleal;


    5.3.4.8 DA OBSERVÂNCIA, APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA.

    5.3.4.8.1 — Esta entidade assessorará os Terapeutas Holísticos na aplicação deste Código e sua observância, além de acatar denúncias de quaisquer procedências, instaurando investigação sigilosa (só terão amplo acesso aos dados as partes diretamente interessadas, ou seja, denunciante e denunciado, ou seus representantes);
    5.3.4.8.2 — As infrações ao Código de Ética acarretarão penalidades várias obedecendo critérios estabelecidos pelo SINTE, além da suspensão e até mesmo da perda de seu registro;
    5.3.4.8.3 — Competirá a esta entidade firmar jurisprudência quanto aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código o qual poderá ser alterado mediante proposta da Diretoria e desde que aprovada em reunião oficial;


    5.3.5 Constatação de Conformidade:

    O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos

    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    Vide Capítulo Anexos Informativos.



    2 NTSV - PH 001 PSICOTERAPIA


    NTSV — PH 001 Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão

    NTSV — PH 001.Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão.
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização


    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — PH 001
    Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização


    2. PREFÁCIO  

    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
     A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém que passa a ser favorecido pela "lei de mercado”.
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.


    3. INTRODUÇÃO  

    A Terapia de Regressão conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia de Regressão.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título Terapia de Regressão — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.


    4.3 Referências Normativas

    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato- psíquico. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avaliam os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.


    5.1.2 PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato- psíquico. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.


    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a posposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.


    5.1.4 TERAPIA DE REGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de Regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.


    5.1.5 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.


    5.1.6 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.


    5.1.7 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.


    5.1.8 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.


    5.1.9 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    5.1.10 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.


    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THP — Psicoterapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;
    TR — Terapia de Regressão


    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.


    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou

    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Psicoterapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Procedimento em primeira consulta

    5.3.3.1 — Avaliar pré-requisitos e contra-indicações:

    5.3.3.1.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permanecer guardada junto à ficha do cliente.

    5.3.3.1.2 — Contra-indicações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

    5.3.3.2 — Explicar o processo de Regressão com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial:

    5.3.3.2.1 Quanto à duração e continuidade do trabalho;

    5.3.3.2.2 Que a TR é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

    5.3.4 Procedimento para as demais sessões:

    5.3.4.1 Após a 2a consulta já pode ser praticada a TR.
    5.3.4.2 Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao TH avaliar exceções.

    5.3.4.3 Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de Regressão, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.


    Autor: : ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO - TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 42753
    Última atualização: 29/12/2008 13:12


    As Emoções Na Fitoterapia

    TCC - Trabalho de Conclusão de Cursos

    RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD - Terapeuta Holístico - CRT 38326 

     RESUMO                                                                 .

    Aprendemos a enxergar a natureza das plantas de tal forma, que cada espécie aparece disposta dentro de um organismo global do Reino Vegetal, do mesmo modo como cada órgão humano aparece disposto dentro do organismo do Ser Humano.  A rigor, as plantas, para realmente crescerem, devem ter também uma espécie de sensibilidade. Consideramos também a ciclícidade, que é a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS vão formar o Zodíaco, o que pode ser correlacionado com as nossas emoções (nossas águas). Os Terapeutas Holísticos sabem disto.

    Certamente os estudos da presente Monografia são conhecidos; mas é preciso reconhecê-los a partir dos fundamentos aqui tratados, pois do contrário, nos afastaremos ainda mais da tradição, pelo emprego das novidades.

    CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.

    1.1 O presente trabalho não tem propriamente a pretensão de ser uma tese que esgote o tema num sentido acadêmico, não vamos falar aqui de remédios porque as plantas, a rigor, não conseguem realmente adoecer, tampouco de um processo de cura, e sim de um processo inverso.

    1.2 As plantas não são compreensíveis por si. Ao se tratar de plantas, precisamos, portanto, não somente erguer os olhos para os Elementos: Vegetal, Animal, Mineral e Humano; precisamos também consultar o Universo. Porquanto toda a vida provém do Universo inteiro, e não apenas daquilo que a vida nos entrega.

    1.3 A Natureza é um conjunto, e de todos os lados atuam forças. Quem tiver um sentido aberto para a evidente atuação das forças, esse compreenderá a Natureza. Entretanto, o que é feito hoje? Exatamente o contrário do que realmente se deve fazer para obter tal compreensão. No entanto, quando vierem a encontrar o caminho do Macrocosmo, as pessoas voltarão a compreender algo da Natureza e muitas coisas mais.

    1.4 Também é verdade que nesse sentido, aqui se trata inteira e naturalmente de pontos de vista dirigidos à natureza dos trabalhosFITOTERÁPICOS combinados com a Psicoterapia, e não de quaisquer teorias.

    1.5 Entretanto, não somos infantis para acreditar nas definições da ciência contemporânea que atua na vizinhança imediata das plantas ou no seu ambiente imediato. Todo o céu e suas estrelas, participam da vegetação! Precisamos saber disto.

    1.6 Com certeza as pessoas nem sabem, hoje, como se alimentam o homem e o animal; o que dizer então da planta? As pessoas crêem que a nutrição consiste em o Ser Humano comer as substâncias do seu entorno. Ele as introduz na boca e em seguida elas chegam ao estômago. Ali uma parte é reservada e uma parte vai embora. Depois disso, a primeira é utilizada, indo também embora a seguir. Depois disso é novamente reposto. Atualmente imaginamos a nutrição de um modo totalmente externo.

    1.7 Entretanto, não são com os alimentos absorvidos pelo estômago do Ser Humano que são reconstituídos os ossos, os músculos e os demais tecidos, pois isto só vale claramente para a cabeça humana. A disgetão, absolutamente não se forma pela alimentação recebida pela boca, porém são absorvidas pela respiração e até mesmo pelos órgãos dos sentidos a partir de todos os arredores. No Ser Humano se realiza continuamente um processo pelo qual o que é absorvido pelo estômago flui, por sua vez para baixo, disto constituindo-se os órgãos do sistema digestivo ou os membros.

    1.8 Estes são assuntos que precisarão ser ponderados por inteiro. Por esse motivo temos esta separação entre a teoria e a prática.

    1.9 Por outro lado, ficar satisfeito com a presente Monografia é, naturalmente, uma questão que provavelmente se tornará cada vez mais discutível, embora queiramos fazer tudo para também nos entender-mos em várias discussões a respeito do que houver sido aqui exposto.

    1.10 Quando se tem uma planta crescendo na terra, tomá-la como é, dentro de seus limites estreitos, constitui no momento um disparate, por ser uma planta, em seu crescimento, talvez dependente de incontáveis condições que absolutamente não se manifestam sobre a terra, mas em suas imediações cósmicas.

    1.11 E assim se explica muita coisa, e na vida prática se organiza muita coisa como se tivéssemos a ver somente com as coisas estreitamente limitadas, e não com os efeitos provenientes do mundo inteiro.

    1.12 Hoje em dia as pessoas recebem prescrições de quantos gramas de carne deve comer, quanto de líquido deve beber e etc., – algumas pessoas têm a seu lado uma balança-, pesando tudo o que vai para o seu prato. É evidente que isto é bom. Mas para que isso coincida com a Fisiologia Humana adequada, é preciso saber também que é bom que tais pessoas sintam fome caso ainda não lhe baste o que foi pesado. É bom que o instinto ainda se manifeste.

    1.13 O solo é um órgão real, um órgão que se quisermos, poderemos eventualmente compará-lo ao diafragma humano. Chegamos a essa idéia, dizendo-nos o seguinte: acima do diafragma, se encontram, no Ser Humano, determinados segmentos e órgãos- sobretudo a cabeça e aquilo que abastece o homem de respiração e circulação, e abaixo do diafragma, estão outros órgãos e segmentos.

    1.14 Tudo que está na proximidade imediata da terra – como o ar, os vapores e também o calor, em cujo âmbito estamos, em cujo âmbito nós próprios respiramos, e de onde tudo isso provém, isto é, de onde as plantas recebem, juntamente conosco, esse calor, esse ar exterior e também essa sua água exterior-, corresponde ao que no homem, é a região abdominal.

    1.15 Admita-se que haja uma planta crescendo para o alto a partir da raiz. Na extremidade do caule forma-se o grãozinho de semente. As folhas e as flores se estendem para fora. Ora, vejam: na folha e na flor se encontra aquele lado terrestre no feitio e também no preenchimento com o ELEMENTO TERRA, de forma que o motivo pelo qual uma folha ou um grão intumesce e absorve as substancialidades interiores, e assim por diante, reside no que adicionamos o ELEMENTO TERRA à planta.

    1.16 Observem as verdes folhas vegetais. Elas carregam o aspecto do ELEMENTO TERRA em sua forma, em sua espessura, em sua cor verde. Entretanto não seriam verdes se nelas não vivesse também a força cósmica do Sol. Chegando-se, porém, até a inflorescência colorida, vê-se que nela não vive apenas a força cósmica do Sol, mas também aquele apoio que as forças cósmicas do Sol recebem – pelo menos- dos planetas Marte, Júpiter e Saturno, só quando vemos a vegetação neste contexto é que podemos olhar para a Rosa enxergando em sua cor avermelhada a força de Marte.


    1.17 – Ao observarmos o Girassol Amarelo: é inteiramente correto denominá-lo “Flor do Sol”; ele só é chamado assim por causa de sua forma, sendo que por seu tom amarelo, deveria realmente ser chamado de “Flor de Júpiter”, pois a força de Júpiter, apoiando a força cósmica do Sol, produz nas flores as cores branca e amarela.

    1.18 Quando nos deparamos com uma Tanchagem, ou seja uma chicória selvagem com sua cor azulada, devemos pressentir nessa cor azulada a atuação de Saturno, que apóia a influência do Sol. Temos, portanto, toda possibilidade de ver Marte na inflorescência vermelha, Júpiter na branca e amarela, Saturno na inflorescência azul, enquanto na folha verde vemos o próprio Sol.

    CAPÍTULO 2. MATERIAL.

    2.1 A presente Monografia tem como referência: os resultados de atendimentos realizados; o Curso de FITOTERAPIA Turma 2008 promovido pelo SINTE – Sindicato dos Terapeutas, sito na Alameda Santos 211- conj. 1403- Cerqueira César- São Paulo – Brasil CEP 01419-000, site www.sinte.com.br, e-mail contato@sinte.com.br , através da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística; a formação do autor como Psicoterapeuta Holístico e a sua certificação, entre outros, em: Psicoterapia; Leitura Corporal; Terapia Corporal, Antroposofia; Teosofia, Filosofia; assim como a Monografia A ANÁLISE DA IMAGEM HOLISTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA.

    CAPÍTULO 3. METODOLOGIA.

    3.1 O OXIGÊNIO.

    3.1.1 É pelo processo respiratório que absorvemos o oxigênio. O oxigênio vive, por toda parte, no ar que nos circunda. No ar respiratório, a parte vivente do oxigênio está morta para que não desmaiemos por causa do oxigênio vivo. O oxigênio à nossa volta precisa ser morto. Porém desde o nascimento o oxigênio é o portador da vida, do etérico. Ele também se torna imediatamente portador da vida quando extrapola a esfera de tarefas que lhe é atribuída por precisar envolver-nos, a nós Seres Humanos externamente pelos sentidos.

    3.1.2 Por outro lado, ao penetrar pela respiração em nosso interior, onde pode viver, ele se torna vivo. O oxigênio que circula dentro de nós não é o mesmo que nos envolve externamente. Dentro de nós é um oxigênio vivo. O oxigênio é “irmão” do nitrogênio, do carbono, do hidrogênio e do enxofre. Uma folha, uma flor ou uma raiz são dependentes dessas matérias- não são autônomos-. Só se tornam independentes por um de dois caminhos; ou quando o hidrogênio leva tudo isto para fora, ou então quando o hidrogênio impele para dentro.

    3.2 O MILEFÓLIO.

    3.2.1 Milefólio (Achillea millefolium ou mil - folhas). O Milefólio é uma planta maravilhosa; toda planta o é, mas quando a comparamos com qualquer outra flor, podemos sentir como ela é. Ela contém carbono, nitrogênio e assim por diante. O Milefólio se apresenta na Natureza como se um criador qualquer de plantas tivesse nela um modelo para levar corretamente o enxofre, em proporção adequada, às outras substâncias vegetais. Diríamos que em nenhuma outra planta a Natureza consegue tal perfeição no emprego do enxofre como no Milefólio, e quando se está familiarizado com a atuação do Milefólio no organismo animal e humano, é quando se sabe como esse Milefólio, ao ser introduzido de forma correta no âmbito biológico, consegue efetivamente melhorias em quase tudo.

    3.2.2 O Milefólio não é nocivo, mas pode tornar -se importuno – do mesmo modo como certas pessoas simpáticas atuam na sociedade por mera presença, e não pelo que dizem, assim o Milefólio atua numa região onde cresce em abundância graças a sua presença, e de modo extraordinariamente favorável.

    3.2.3 Com o Milefólio, também se pode fazer o seguinte: tome-se a parte alta das inflorescências, as inflorescências em forma de guarda-chuva. Quando se dispõe de Milefólio natural, pode-se colhê-las o mais fresca possível e em seguida deixá-las apenas secar por um período muito curto. Nem é preciso deixá-las secar muito. Não conseguindo obter o Milefólio fresco, mas apenas o que se pode adquirir nas lojas especializadas, antes de empregá-lo tente espremer o suco das folhas, que pode ser obtido por um cozimento da folhagem seca, e regue-se a inflorescência com um pouco desse suco.

    3.3 A CAMOMILA.

    3.3.1 A Camomila (Chamomilla officinalis). Não se pode dizer que a Camomila se distingue por conter intensamente potassa e cálcio. No entanto, a Camomila elabora adicionalmente o cálcio e, desse modo, aquilo que pode contribuir em essência para excluir da planta aqueles efeitos frutificantes nocivos, mantendo-a em bom estado de saúde; é maravilhoso que a Camomila contenha também um pouco de enxofre, pois precisa elaborar juntamente cálcio.

    3.3.2 É realmente verdadeira a Camomila que se encontra, por aí junto aos trilhos da estrada de ferro.

     

                                                                   3.4 O DENTE- DE LEÃO.                                             .                                                                                             

    O Dente-de-Leão (Taraxacum officinalis), em qualquer região que cresça, é extraordinariamente benfazejo. Porque ele é o mediador do ácido silícico. O Dente-de-Leão; porém deve ser empregado de forma correta quando se quer torná-lo atuante.

                                                         3.5 A CAVALINHA.

    A Cavalinha (Equisetum arvense) exerce indiretamente, notável influência sobre o organismo humano, pela função renal, não ainda sendo possível averiguá-lo em minúcias nem deduzi-lo.

               3.6 OS QUATRO ELEMENTOS NO PENSAMENTO PRÉ-SOCRATICO.

    3.6.1 TALES DE MILETO (?-425 a. C.). Partiu do princípio da unidade de tudo e considerava a ÁGUA o elemento primordial onde tudo se originava.

    3.6.2 ANAXIMANDRO (610-550 a.C.). Diz que não é nenhum elemento determinado, mas “tudo inclui e tudo governa...”.

    3.6.3 DEMÓCRITO (460-370 a.C.). Desenvolveu a teoria sobre a constituição da matéria: ela seria composta por átomos.

    3.6.4 ANAXÁGORAS (500-428 a.C.). Partiu do princípio de que a Natureza era composta por uma infinidade de partículas minúsculas e invisíveis, que chamava sementes. Dizia que na menor das partes existe um pouco de tudo.

    3.6.5 ANAXÍMENES (550-486 a.C.). Dizia que existe como origem de tudo uma realidade, submetida ao julgamento da experiência, ainda que num sentido indeterminado. Este princípio será o AR, elemento invisível e imponderável e, no entanto observável: o AR é a própria vida. ANAXÍMENES explica que a rarefação do AR produz o calor; a condensação o frio; uma condensação cada vez mais forte produz sucessivamente vento, nuvem, chuva, TERRA e rocha.

    3.6.6 EMPÉDOCLES DE ACRAGAS (490-430 a.C.). Diz que não há nada de semelhante a uma unidade primeira, mas em seu lugar, uma pluralidade de elementos primeiros, que chama de “raízes”, “as raízes de tudo”. Em número de quatro, colocadas todas elas sobre o mesmo plano, igualmente vivas e divinas, cada qual inalterável em sua qualidade própria e concebível como conjunto de partículas homogêneas, são elas, o FOGO, a TERRA, o AR, e a ÁGUA. Suscetíveis de se moverem e de se misturarem.

    3.6.7 Os Pensadores Pré-Socráticos são – pelo menos os maiores- iniciadores: no começo histórico da livre reflexão, conservam por isso mesmo um privilégio que poderia ser o de um frescor originário onde seria de boa inspiração ir frequentemente re-temperar, re-visitar e renovar o mais absoluto modernismo.

         3.7 OS QUATRO ELEMENTOS, SUAS QUALIDADES E SUAS EMOÇÕES.

    Consideremos agora o tema da ciclícidade, que é também a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS são chamados de triplicidade e as qualidades também chamadas de gunas, quadruplicidade ou cruzes vão formar o Zodíaco. Sabemos que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos do Zodíaco através dos QUATRO ELEMENTOS e das suas emoções.

                               3.7.1 OS SIGNOS DO ELEMENTO AR.

    Os signos de AR são considerados úmidos e quentes. Então o ELEMENTO AR que é caracterizado pelos signos de Gêmeos, Libra e Aquário tem uma tendência mais jovial, o úmido representa o flexível e o quente é expansivo. Os antigos relacionavam o ELEMENTO AR ao temperamento sanguíneo.

                                 3.7.2 OS SIGNOS DO ELEMENTO FOGO.

    3.7.2.1 Sabemos que o ELEMENTO FOGO é também expansivo, ou seja extrovertido, mas também seco e, portanto, não se dobra, é mais rígido, ele quer dobrar o mundo à sua vontade, se impor ao mundo ao invés de receber dele a sua influência. Desta forma, os signos de Áries, Leão e Sagitário tem fama de ser mais mandões, auto-suficientes ou exagerados na sua auto-afirmação. Os antigos atribuíam ao ELEMENTO FOGO o temperamento colérico.

    3.7.2.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO FOGO: Alecrim; Lavanda; Angélica; Manjerona; Melissa; Milefólio; Passiflora e Salvia., e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO FOGO às emoções de excitação/apatia.

                              3.7.3 OS SIGNOS DO ELEMENTO TERRA.

    3.7.3.1 Os signos de Touro, Virgem e Capricórnio, representam o ELEMENTO TERRA. Como se sabe são secos e frios, o que quer dizer que permanece aquela tendência de se firmar perante o mundo, de dobrar circunstâncias perante a sua própria vontade, mas por outro lado, o frio já tem emoções mais para dentro, mais introspectivas, por isso os antigos relacionavam o ELEMENTO TERRA ao temperamento melancólico.

    3.7.3.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO TERRA: Calêndula; Cavalinha; Lavanda; Tomilho; Angélica; Artemísa; Bardana;Camomila; Coentro; Hortelã; Limão; Malva; Manjericão; Melissa; Salvia e Tanchagem, e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO TERRA à reflexão/dúvida e insatisfação.

                                 3.7.4 OS SIGNOS DO ELEMENTO ÁGUA.

    3.7.4.1 No ELEMENTO ÁGUA, temos o temperamento flegmático, porque apesar de ter emoções intensas, introspectivas ou frias e de ser voltado para dentro de si, é o contrário do expansivo que é quente. Acrescenta-se que o ELEMENTO ÁGUA tem ainda o temperamento úmido, ou seja, que tenta se adaptar. O ELEMENTO ÁGUA tem um certo efeito esponja, ele assimila as demais tendências do ambiente e pode ter pouca defesa. Por isso por exemplo, o Peixe tende ao isolamento, o Escorpião tende a querer se vingar, e o Câncer se escaramuja dentro de casa e com a família, daí o símbolo do caranguejo que carrega a casca e a casa consigo, são temperamentos um pouco mais defensivos e hipersensíveis, são signos que correspondem ao temperamento fleumático dos antigos.

    3.7.4.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO ÁGUA: Alecrim; Cavalinha; Lavanda; Tomilho; Dente-de-Leão; Limão; Milefólio, Passiflora e Sálvia, e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO ÁGUA ao medo/força.

                              3.7.5 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO TERRA.

    3.7.5.1 A partir do conhecimento das quadruplicidades dos ELEMENTOS, temos a capacidade de distinguir claramente qual é a especificidade de cada um dos ELEMENTOS. Por exemplo: vamos observar os signos do ELEMENTO TERRA: Capricórnio, o semeador, que é o mais ativo.

    3.7.5.2 Depois Touro, que é o mais passivo, que sabe esperar, e é o mais perseverante, que mantém posição, que cuida, que protege a vida, que evita que qualquer coisa acidental aconteça, por isso ele não gosta de mudança e não quer correr perigo. Touro protege, como a mãe grávida de nove meses, toma todos os cuidados, porque trará uma vida ao mundo.

    3.7.5.3 Por último encontramos o signo encontramos o signo de Virgem que representa a colheita. Primeiro surge o grão do plantio, que é semeado no período do Capricórnio, germinado no Touro, para ser colhido em Virgem. O signo de Virgem representa a atitude classificadora que discrimina, que separa o grão ruim do bom, ou vai separar o joio do trigo, tendo aí um elemento de discernimento.

    3.7.5.4 O ideal do ELEMENTO TERRA é a busca de segurança no Plano Material.

                            3.7.6 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO ÁGUA,

    3.7.6.1 Com esse entendimento, compreenderemos melhor agora a especificidade dos signos do ELEMENTO ÁGUA, dos quaisCâncer é o que mais tenta realizar externamente o ideal do ELEMENTO ÁGUA que é a buscar a segurança no Plano Emocional.- nossas águas-.

    3.7.6.2 Então, os signos do ELEMENTO ÁGUA buscam segurança das emoções, e isso na forma de ação está mais exteriorizado na família, motivo da fixação do caranguejo ou Câncer, em tomar a iniciativa de criar uma família estável e se dedicar aos filhos, aos pais, toda essa inter-relação familiar. O signo de Câncer rege o estômago e as glândulas mamárias e representa a maternidade e a ação de proteção da família.

    3.7.6.3 O próximo signo do ELEMENTO ÁGUA é o Escorpião, que é um signo de emoções fixas, por isso ele tem a fama de vingativo, porque não quer que as emoções mudem, e qualquer fonte de contrariedade ou perturbação emocional trará uma reação igualmente proporcional.

    Quando se fala de idéia fixa, fala-se de Aquário por que as idéias são representadas pelo ELEMENTO AR. Sabemos que a emoção fixa, quando contrariada, é obsessiva e vingativa, correspondendo ao lado sombrio de Escorpião que tem aquela emoção concentrada em atingir o objetivo, sendo para ele uma questão de tudo ou nada, de vida ou de morte, vai ou racha, que caracteriza o seu lado destemido e determinado, mas também radical.

    3.7.6.4 O último dos signos do ELEMENTO ÁGUA é Peixes – ele é mais transcedentalista, tem menos defesa para este mundo. É um signo mais sonhador que busca a colheita das emoções sublimadas ou na transcendência espiritual.

    3.7.7 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO AR.

    3.7.7.1 O signo de Libra busca expressar os ideais da justiça, da beleza, da harmonia, seja nas atividades artísticas, ou no equilíbrio das Leis.

    3.7.7.2 O signo de Aquário de alguma forma é o signo da fraternidade, da amizade, mas como todos os signos do ELEMENTO AR, é à vezes um pouco distante, preferindo a independência e a liberdade.

    3.7.7.3 O signo de Gêmeos é o que mais dúvidas têm - por ser dominado pela curiosidade. É o signo mais imprevisível e muitas vezes não consegue fazer uma coisa só, e quer fazer duas ao mesmo tempo. Porém Gêmeos tem uma flexibilidade mental extraordinária , uma adaptação para o diálogo e para aprender novos idiomas, que é a sua grande virtude. Na verdade, ele é capaz de dançar duas músicas ao mesmo tempo, e assobiar e chupar cana.

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

                          3.7.8 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO FOGO.


    3.7.8.1 O signo de Áries, vem para decidir, para se impor sobre o ambiente, para nascer, para conquistar seu espaço e sua auto-afirmação. Ele é representado no corpo humano, pela cabeça, que é a primeira parte do corpo que nasce. Vai direto à ação e é impulsivo.

    3.7.8.2 O signo de Leão, não vai tanto à ação, mas manda os outros irem. O signo de Leão é mais comandante, ele senta no trono e indica quem deve fazer o que, organiza a casa, da um urro e “..., cada macaco no seu galho”.

    O signo de Leão estabelece limite nas coisas e impõe disciplina. É também muito presente, com o seu calor humano ele protege as pessoas, por isso representa a função paternal. Às vezes é um pouco interferente porque ele quer dirigir todas as coisas de acordo com a sua vontade, de acordo com as suas normas, por isso pode ser um pouco rígido e teimoso.

    3.7.8.3 O signo de Sagitário, é mais filosófico, é uma mistura de Áries com Leão. Tem a impulsividade de Áries, é rápido como uma flecha para chegar direto ao assunto, por isso é representado por uma flecha. “Sagitta”, em latim, quer dizer “flecha”, “Sagittarius”, o arqueiro.

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

                 3.8 A CARACTERÍSTICA DOS APÓSTOLOS NA ÚLTIMA CEIA.


    3.8.1 OS SIGNOS DAS QUATRO ESTAÇÕES DO ANO E OS APÓSTÓLOS.

    Lembrando-nos das características dos Apóstolos na Última Ceia de Leonardo da Vinci (1452-1519), um afresco, um mural pintado em 1495-9, no refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, que se encontra na cidade de Milão, na Itália, veremos que cada um dos quatro grupos de três Apóstolos, sempre da direita para a esquerda, o primeiro está numa posição inicial, depois o segundo está no meio e o terceiro apóstolo já está no fim da Estação.

    3.8.2 A PRIMEIRA ESTAÇÃO DO ANO. PRIMAVERA.

    Na primeira Estação do Ano está representada a PRIMAVERA, por Áries, Touro e Gêmeos, representados por Simão, Judas Tadeu e Mateus, respectivamente.

    3.8.3 A SEGUNDA ESTAÇÃO DO ANO. VERÃO.

    Temos o VERÃO representado por Câncer, Leão e Virgem, representados, respectivamente, por Felipe, Tiago Menor e São Tomé.

    3.8.4 A TERCEIRA ESTAÇÃO DO ANO. OUTUNO.

    Observamos na seqüência o OUTONO que é representado por Libra, Escorpião e Sagitário, representado por São João, Judas Iscariotes e São Pedro.

    3.8.5 A QUARTA ESTAÇÃO DO ANO. INVERNO.

    O INVERNO, está representado por André, Tiago Maior e Bartolomeu, respectivamente. Bartolomeu é o único Apóstolo que têm os pés na luz.

    3.8.6 Quando entendermos melhor como se aplica o úmido e o seco, o quente e o frio, veremos que aquele centro em torno do qual tudo converge, e que na Última Ceia de Leonardo da Vinci é justamente o ponto equilibrante do quadro, é o Cristo, que na verdade, ele não é nem quente , nem úmido tampouco seco, ele é considerado pelos religiosos o equilíbrio perfeito e imparcial entre todas as tendências.

    3.8.7 O nosso desiderato aqui foi demonstrar aos Terapeutas Holísticos, que de certa maneira, os doze signos representam correlações de polaridades opostas, e que existe toda uma simbologia astrológica, que Carl Gustav Jung (1875-1961) valorizava, ao afirmar:

    “A astrologia merece o reconhecimento da psicologia, porque a astrologia representa a soma de todo o conhecimento psicológico da antiguidade”.(TRES iniciados O CABALION. São Paulo, Editora Pensamento, 1994 p. 24).

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.



    4.1 Os Chakras, também chamados “plexus”, “padmas” ou “lótus”: na teoria hindu, adotada por muito ocultistas ocidentais, são pontos em que se ligam o corpo físico e o corpo astral, ou sutil, e centros de energia física. O ocultismo hindu reconhece 88.000 deles, mas considera apenas trinta suficientemente importantes para ter nome próprio. Há sete Chakras principais próximos ao corpo físico. A palavra Chakra é sânscrita e também significa giro ou roda.

    4.2 Os Chakras são de importância vital, pois é por meio deles que a força vital e as energias entram no corpo físico sendo então direcionadas para qualquer área com desequilibro, e uma vez tenha sido absorvida essa força equilibradora, ela revitaliza a área devolvendo-lhe o estado de equilíbrio.

    4.3 Os religiosos afirmam que em Jesus todos os sete Chakras principais funcionavam perfeitamente, e estavam corretamente despertos e energizados – daí o homem perfeito. Esse é o exemplo pode ser uma promessa válida para cada um e todos nós.

    4.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra FITOTERAPIA EM CINCO MOVIMENTOS à pág. 15, afirma no tópico PONTOS DE ALARME SISTÊMICO que “As tradições milenares chinesas trouxeram aos nossos dias a teoria dos, assim traduzidos “meridianos”, que são caminhos de energia que circulam junto ao corpo e que refletem nosso estado holístico (físico, emocional, social, etc,etc...). Em tese, são infinitos... Contudo, como nosso objetivo é ser prático, trabalharemos com 12 principais”. Neste sentido, somente destacaremos os Chakras relacionados com os doze “medianos”.

    4.5 A parte sacral do segundo Chakra é responsável pelo correto funcionamento dos órgãos reprodutores. O segundo Chakra é chamado de esplênico, conhecido como o energizador, ou vitalizador, pois é por meio dele que muito da energia cósmica flui para o interior do corpo, o pâncreas, a vesícula biliar, o baço e os intestinos, prevenindo o espasmo muscular e a cãibra.

    4.6 O terceiro Chakra é responsável pelos desequilíbrios nervosos, digestivos, vesícula biliar, rins, erupções na pele, etc. O terceiro Chakra é há muito tempo considerado o centro emocional psicossomático onde o medo, o nervosismo e a preocupação, tendem a causar um “frio na boca do estômago”.

    4.7 O quarto Chakra traz a harmonia. A glândula Pituitária é também estimulada a partir daqui. E isso tende a trazer algum controle a todas as glândulas. A circulação também é controlada daqui: o mesmo acontece com o Sistema Nervoso Autônomo. O Nervo Vago funciona em conjunção com a pulsação do coração, e se pulsa demais, isso pode ser trazido sob controle mediante uma pressão gentil com as pontas dos dedos sobre os olhos (pressionando cada olho).



    CAPÍTULO 4. RESULTADOS.


    4.1 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A FITOTERAPIA combinada com as demais técnicas Psicoterapêuticas impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno.

    4.2 Os sinais e os sintomas percebidos e verbalizados pelo Terapeuta Holístico, progressivamente, levam o Cliente, a desenvolver o autoconhecimento e a rápida aceitação das demais técnicas Psicoterapêuticas, validando e aceitando os processos de transformação que são orientados por suas principais queixas.


    CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.


    5.1 Vimos neste trabalho a forma de enxergar a Natureza das plantas, e em apertadas sínteses as vantagens do Milefólio, da Camomila, do Dente-de-Leão e da Cavalinha, todas também de usos possíveis como técnica suplementar na FITOTERAPIA e na Psicoterapia Holística.

    5.2 Vimos também, que nos Pensamentos Pré-Socráticos, notadamente em Empédocles, que concebeu como conjunto de partículas homogêneas o FOGO, a TERRA, o AR e a ÁGUA, colocando-os sobre os mesmo planos igualmente vivos e divinos suas qualidades próprias e inalteráveis.

    5.3 Está evidenciado na ampla bibliografia existente que os Pensamentos Pré-Socráticos também fazem parte integrante dos CINCO MOVIMENTOS CHINESES, no qual se apóia, entre outros, a FITOTERAPIA.

    5.4 Vimos também a idéia da evolução de como os Quatro Elementos vão formar o Zodíaco, sabendo-se que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos através dos Quatro Elementos.

    5.5 Por fim, vimos às relações entre os Chakras e os Meridianos.

    5.6 A comparação da linha seguida por esta Monografia com a bibliografia existente poderia ser fundamentada no princípio orientador da Monografia ora apresentada que leva também em considerações os aspectos sócio-somato-psíquicos, em que as interações das estruturas física, dinâmico funcional e psíquico correspondentes, podem ser reveladas.

    5.7 Por outro lado, a bibliografia especializada é estreitamente limitada no enfoque das técnicas de “como fazer”, “como não fazer” e “para o que serve”, etc. Não menos importante, e talvez melhor do que tudo isso, pôde ser aprendido pelo autor no Curso deFITOTERAPIA turma 2008, objeto da presente Monografia. Porém, não há razões para discordar dos diversos autores que já publicaram seus livros com objetivos específicos, merecem aplausos! Deixamos para os Terapeutas Holísticos e para a Comunidade de Estudos Avançados em Psicoterapia Holística, se for o caso, a ampla discussão sobre a presente Monografia.


    CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.


    6.1 Considerem este trabalho como resultados da intervenção em vários atendimentos, de estudos e pesquisas realizados pelo autor. É uma opção que abrange a complexidade da FITOTERAPIA com os estados humanos em conjugação com o somático, dos pontos de vista objetivo, subjetivo e psíquico,

    6.2 O desiderato do autor em apresentar as especificidades dos Quatro Elementos é para que a mesma seja amplamente discutida, testada, validada e, finalmente, que os Terapeutas Holísticos, a utilizem como um equipamento suplementar do seu atendimento. Neste modelo não há irracionalismos.




    6.3 Observamos sempre fenômenos físicos e químicos ao nosso entorno. Quase tudo que nos cerca é considerado matéria (tudo que tem massa e ocupa lugar no Universo), o ELEMENTO AR, o ELEMENTO ÁGUA, o ELEMENTO TERRA, o ELEMENTO FOGO, os movimentos MADEIRA e METAL, etc. A matéria é formada pelo hidrogênio e pelo oxigênio.

    6.4 Todos os vegetais são seres multicelulares e eucariontes. Também são autótrofos, ou seja, capazes de produzir o seu próprio alimento e o fazem por meio do processo chamado fotossíntese.

    6.5 As plantas possuem um pigmento de cor verde chamado de clorofila. A clorofila ocorre na presença do ELEMENTO ÁGUA e da luz Solar, exigindo também gás carbônico obtido do ELEMENTO AR. Nesse processo, são produzidos açúcar, O ELEMENTO ÁGUA e o oxigênio (ELEMENTO AR), que é lançado de volta à atmosfera. O ELEMENTO ÁGUA quando adicionado ao açúcar produzido na fotosíntesse, é o combustível natural da planta.

    6.6 As folhas são os órgãos responsáveis por importantes funções para a planta que são: a fotossíntese, a respiração e a transpiração. As folhas normalmente apresentam-se em tipos muito variados devido a sua especialização em relação ao meio em que se desenvolvem. No caso de se encontrarem em regiões de baixa umidade e grande luminosidade, como nos desertos, as folhas apresentam-se pequenas e em pouca quantidade, enquanto que nas regiões de alta umidade e pouca luminosidade, como nas florestas, as plantas apresentam folhas grandes e numerosas.

    6.7 Desde o final do século XIX as plantas são classificadas em suas bases reprodutivas, e a presença ou não de sementes nas plantas é parte fundamental dessa distinção. Elas são na verdade, divididas em dois grandes grupos chamados de Criptogramas (Crípto = oculto) que são o grupo de plantas sem sementes e as Fanerógamas (Fânero= aparente), que são as plantas com sementes.

    6.8 Consideramos também o tema da ciclícidade, que é também a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS também chamados de triplicidade e as qualidades também chamadas gunas, quadruplicidade ou cruzes vão formar o Zodíaco. Sabemos que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos do Zodíaco através dos QUATRO ELEMENTOS e das emoções.

    6.9 A partir do conhecimento das quadruplicidades dos ELEMENTOS, temos a capacidade de distinguir claramente qual é a especificidade de cada um Por exemplo: vamos observar os signos do ELEMENTO TERRA: Capricórnio, o semeador, que é o mais ativo. Depois Touro, que é o mais passivo. Por último encontramos o signo de Virgem que representa a colheita.

    6.10 Passamos para os signos do ELEMENTO ÁGUA que buscam segurança das emoções. A fixação do caranguejo ou Câncer, em tomar a iniciativa de criar uma família estável e se dedicar aos filhos. O signo de Escorpião é um signo de emoções fixas e por isso ele tem a fama de vingativo, porque não quer que as emoções mudem, e qualquer fonte de contrariedade ou perturbação emocional trará uma reação igualmente proporcional.

    6.11 O último dos signos do ELEMENTO ÁGUA é Peixes – ele é mais transcendentalista, tem menos defesa para este mundo. É um signo mais sonhador que busca a colheita das emoções sublimadas ou na transcendência espiritual.

    6.12 Re-visitando o ELEMENTO AR, chegamos ao signo de Libra que busca expressar os ideais da justiça, da beleza, da harmonia, seja nas atividades artísticas, ou no equilíbrio das Leis.

    6.13 O signo de Aquário de alguma forma é o signo da fraternidade, da amizade, mas como todos os signos do ELEMENTO AR, é à vezes um pouco distante, preferindo a independência e a liberdade.

    6.14 O signo de Gêmeos é o que mais dúvidas têm - por ser dominado pela curiosidade. É o signo mais imprevisível e muitas vezes não consegue fazer uma coisa só, e quer fazer duas ao mesmo tempo. Porém Gêmeos tem uma flexibilidade mental extraordinária.

    6.15 O primeiro signo signo do ELEMENTO FOGO é Áries, que vem para decidir, para se impor sobre o ambiente, para nascer, para conquistar seu espaço e sua auto-afirmação. Vai direto à ação e é impulsivo.

    6.16 O signo de Leão, não vai tanto à ação, mas manda os outros irem. O signo de Leão é mais comandante, ele senta no trono e indica quem deve fazer o que, organiza a casa, da um urro e “..., cada macaco no seu galho”.

    6.17 O signo de Sagitário, é mais filosófico, é uma mistura de Áries com Leão. Tem a impulsividade do Áries, é rápido como uma flecha para chegar direto ao assunto, por isso é representado por uma flecha. “Sagitta”, em latim, quer dizer “flecha”, “Sagittarius”, o arqueiro.



    6.18 Re-visitamos também os conceitos das QUATRO ESTAÇÕES DO ANO, então, na primeira está representada a PRIMAVERA, com os signos de Áries, Touro e Gêmeos. Na segunda, temos o VERÃO representado por Câncer, Leão e Virgem. Observamos na terceira, o OUTONO que é representado por Libra, Escorpião e Sagitário.  Na quarta, INVERNO que está representado por Capricórnio, Aquário, Peixes.

    6.19 Também destacamos os Chakras relacionados com os doze “medianos”.

    7. Destarte, a Análise acontece à luz do que todos nos sabemos, e sabemos mais do que se pode imaginar superficialmente, ou já detemos informações em um nível para justificar a aplicação parcial ou total da presente Monografia.

    7.2 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A FITOTERAPIA combinada com Psicoterapia Holística, impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno e que o cultivo de comportamentos que satisfazem mais aos outros do que a si mesmo exige a inibição de vontades e necessidades, limita a expressão, a criatividade, e estimula o predomínio da racionalidade.

    7.3 Através da observação da presente Monografia o Terapeuta Holístico poderá determinar outros procedimentos para sua estratégia, bem como as diretrizes eficazes para a terapêutica holística aplicável, pois em se tratando de uma queixa qualquer, o pensamento abstrato do Terapeuta Holístico nunca deixa de inquirir repetidamente sobre a causa.

    7.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra O MICROCOSMO SAGRADO à pág. 16 afirma que “A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam também as forças ígneas da terra.Enquanto manifestações da vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadora de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica”.







    8. Aquele que desejar firmar os pés nas técnicas básicas de ACONSELHAMENTO, deve ter bem claro, mediante profunda reflexão, que a inquirição sobre a origem da causa da queixa do Cliente deve cessar em algum ponto, pois ao ultrapassá-lo, estará praticando um mero jogo de pensamento, por exemplo:


    8.1 Ao observarmos os “sulcos” em uma pista de pouso, poderíamos inquirir a origem desses sulcos e como resposta teríamos que provêm das rodas de aeronave.


    8.2 Podemos continuar a perguntar: por que foram os sulcos traçados pela aeronave? Sendo respondido: porque a aeronave passou pela pista de pouso.


    8.3 Podemos continuar a perguntar: por que passou pela pista de pouso? Recebendo a resposta: porque transportava pessoas e cargas. Com estas perguntas chega-se finalmente, a saber, quais motivos dos sulcos na pista de pouso. E se não pararmos no fato, perderemos o verdadeiro fio do assunto e permaneceremos num mero jogo de perguntas.


    8.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra  PSICOTERAPIA HOLÍSTICA à pág. 6 e 7, define “ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudança em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e a habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote”.


    CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESTRITAS.


    AUBENQUE PIERRE, BERNHARDT JENA, CHÂTELET FRANÇOIS. “História da Filosofia, Idéias e Doutrinas”, 1a edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora Zahar Editores, 1973;

    HADDAD LIMA AMIM RAIMUNDO. A ANÁLISE HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA. HOLOPÉDIA – SINTE – 29/05/2008;

    LINDEMANN RICARDO. A CIÊNCIA DA ASTROLOGIA E AS ESCOLAS DE MISTÉRIOS. 1ª Edição, Brasília-DF, Editora Teosófica, 2007;

    REVISTA THEOSOFIA - JAN/FEV/MAR/2009, Sociedade Teosófica no Brasil –site www.sociedadeteosofica.org.br

    STEINER RUDOLF –FUNDAMENTOS DA AGRICULTURA BIODINÂMICA- 1ª Edição, São Paulo-SP, Editora Antroposófica, 1993.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “O Microcosmo Sagrado, 2a edição, São Paulo-SP , SinteBooks, 2006;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Psicoterapia Holística, 1a edição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2007.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Fitoterapia em Cinco Movimentos, Volume I -1aedição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2005.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Fitoteca Em Cinco Movimentos, 1a edição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2005.

    ANEXOS E APÊNDICES. Não apresentamos.

    Autor: : RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD
    Última atualização: 09/09/2009 14:47


    Terapia Corporal

    NTSV — QUI 001 Quiropraxia — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    NTSV — QUI 001
    Quiropraxia — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — QUI 001
    Quiropraxia — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Corporal conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloQuiropraxia — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    4.2 Objetivo
    Definir boas práticas, adequação de terminologia e exame de conformidade

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.5 QUIROPRAXISTA — Definição baseada na CBO

    5.1.5.1 Código CBO: 0-79.45 Título: Quiropraxista
    5.1.5.2 Sinônimos: Quiroprático
    5.1.5.3 Descrição Resumida: Realiza, através do emprego das mãos, análises de apalpação dinâmica ou estática, identificando desalinhamentos, restrições de movimentos e sinais de alterações estruturais, realizando tratamento terapêutico, para aliviar ou devolver ao Cliente melhores condições de conforto e alívio dos sintomas reclamados:
    5.1.5.4 Descrição Detalhada: identifica as subluxações (desalinhamentos e restrições de movimentos) nas articulações do corpo humano, localizando sinais de alterações térmicas, edemas, massas, espasmo muscular, atrofia, textura dos tecidos e estruturas ósseas assimétricas, para avaliar a possibilidade dos sintomas referidos poderem ser solucionados ou aliviados pelos métodos naturais que emprega; realiza tratamento terapêutico através de manipulações e ajustes específicos, a fim de integrar a estrutura a um pleno fluxo nervoso e permitir ao organismo expressar o máximo de saúde possível.

    5.1.6 QUIROPRAXISTA — Realiza, através do emprego das mãos, análises de apalpação dinâmica ou estática, identificando desalinhamentos, restrições de movimentos e sinais de alterações estruturais, realizando ação terapêutica, para aliviar ou devolver ao cliente melhores condições de conforto e alivio. Identifica as subluxações (desalinhamentos e restrições de movimentos) nas articulações do corpo humano, localizando sinais de alterações térmicas, edemas, massas, espasmo muscular, atrofia, textura dos tecidos e estruturas ósseas assimétricas, para avaliar a possibilidade dos sinais referidos poderem ser solucionados ou aliviados pelos métodos naturais que emprega; realiza ação terapêutica através de manipulações e ajustes específicos, a fim de integrar a estrutura a um pleno fluxo nervoso e permitir ao organismo expressar o máximo de saúde possível.
    5.1.7 SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL — complexo de mudanças histológicas e/ou estruturais e/ou funcionais que comprometem a integridade neural e que interfere na função dos órgãos e na saúde em geral.
    5.1.8 AJUSTE QUIROPRÁTICO — ajuste osteo-articular realizado pelo Quiropraxista que libera as estruturas nervosas de pinçamentos ou irritações; livre para funcionar corretamente, o sistema nervoso pode fazer restabelecer e condição de saúde deste organismo.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    QUI — Quiropraxia;
    THQ — Quiroprático ou Quiropraxista
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Quiropraxia aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3
    Boas práticas em QUI

    5.3.3.1 — Explicar o processo de QUI com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o TH detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as manobras quiropáticas aplicáveis ao caso;
    5.3.3.2 — O TH deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;
    5.3.3.3 — Via de regra, não se realizam ajustes quiropráticos diretamente em locais doloridos, devendo o TH proporcionar conforto ao seu cliente com técnicas paralelas, até obter-se uma avaliação completa do caso;

    5.3.4 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 02/07/2008 14:43


    NTSV — TC 001 Terapia Corporal — Boas Práticas Para Utilização

    NTSV — TC 001
    Terapia Corporal — Boas Práticas Para Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TC 001
    Terapia Corporal — Boas Práticas Para Utilização

    2. PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Corporal conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia Corporal — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização e de relacionamento com o cliente.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 BIOENERGÉTICA: Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.
    5.1.5 CALATONIA: técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em TH.
    5.1.6 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.7 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.8 LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.
    5.1.9 TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.
    5.1.10 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.11 JIM SHIN JYUTSU: técnica originada da tradição oral japonesa cuja proposta é proporcionar autoconhecimento, revitalização e harmonização por meio de toques sutis com as pontas dos dedos em pontos específicos do corpo.
    5.1.12 MASSOTERAPIA: toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.
    5.1.13 REFLEXOTERAPIA: avaliação e tratamento onde o corpo está em seus mínimos detalhes representado numa zona específica de uma de suas partes, como por exemplo, nos pés, nas mãos e nas orelhas, sendo o trabalho feita por meio do toque ou da aplicação de estímulos, tais como agulhas, imãs e cores.
    5.1.14 TERAPIA REICHIANA: desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na TH. Reich, Wilheim: psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TC — Terapia Corporal;
    THCORP — Terapeuta Corporal
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Corporal aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TC:

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente para TC: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TC com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o TH detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    5.3.3.3 — O TH deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    5.3.3.3.1 — O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do cliente para com o TH;
    5.3.3.3.2 — O cliente deve ser inquerido pelo TH quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    5.3.3.4 A TC aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao TH aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.5 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.6 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 17:59


    QUIROPRAXIA: A ARTE DE TRATAR COM AS MÃOS

    QUIROPRAXIA:  A   ARTE  DE  TRATAR COM AS  MÃOS  

    SANDRO PEDROL  

    TERAPEUTA HOLISTICO  

    CRT 39529 
     

    Sumário  

    Resumo

    1 – Introdução

    2 – História da Quiropraxia

    3 – Metodologia

    4 – Resultados

    5 – Discussão

    6 – Conclusão

    7 – Referencia Bibliográfica

    8 – Apêndice e Anexos 
     
     
    Resumo

    Este trabalho sobre a Quiropraxia vem de encontro às minhas crenças e observações da influência da relação mente-corpo e corpo-mente, sendo isto tudo uma só “via” de expressão, mas com muitas formas de abordar esta intrigante relação na visão holística do ser humano, que ao invés de se prender a uma “técnica” para tratar uma pessoa, olha para o momento da pessoa e procura deste ponto, ver o melhor para tratar seus desequilíbrios e distúrbios. Neste sentido a Quiropraxia tem se mostrado uma ferramenta importante para cuidar do ser humano durante a historia, com resultados reconhecidos por vários profissionais ligados a área da saúde e qualidade de vida no mundo todo como este trabalho pretende dissertar.  
     

    1 - Introdução  

    Desde tempos imemoráveis o homem tem utilizado das mãos, um dos métodos mais conhecidos e largamente empregado nas práticas terapêuticas de todas as épocas. E na verdade apenas estamos re-aprendendo o que nos primórdios da historia humana se fazia naturalmente em busca da saúde e equilíbrio do ser.

    A Quiropraxia como método terapêutico tem se mostrado altamente eficaz nos desequilíbrios osteoarticulares, bem como em distúrbios relacionados ao Sistema Nervoso humano e sua relação com as dores nas costas.

    Como se trata de uma técnica com as mãos, a posição do terapeuta em relação a seu cliente, tem uma influencia direta no contato e percepção de ambos nesta forma de tratamento, assim, o conforto ou desconforto de um destes se refletirá na forma desta relação terapêutica.

    Por se tratar de um tratamento holístico devido a sua origem histórica, o terapeuta que se utiliza desta técnica, deve estar bem relacionado com uma visão integral do ser, e não apenas com um distúrbio localizado em determinada área do corpo, pois se assim proceder, estará pecando no sentido de ajudar no restabelecimento da saúde e qualidade de vida de seu cliente.

    Quando todos chegarem a este entendimento, nesta busca incessante de mais saúde e qualidade de vida para o ser humano, podemos afirmar que realmente teremos chegado a um consenso comum de todos os profissionais que cuidam de pessoas, que o maior bem é fazer o bem e nunca causar dano, tanto no aspecto físico quanto nas emoções humanas, e a Quiropraxia pode ser uma grande aliada neste sentido.    
     

    2 – História da Quiropraxia

    Na narrativa histórica milenar notamos que a Quiropraxia era cuidadosamente, Hebreus, Persas, Chineses, Babilônicos e Gregos (1) (2), os quais tinham algum conhecimento desta arte, ainda que praticada de forma incipiente e não mediante protocolos reconhecidamente científicos. Os Gregos, Romanos e os Árabes identificaram os princípios básicos e fundamentais, e descreveram e registraram os valiosos e sábios conhecimentos adquiridos, lançando os fundamentos desta ciência para o mundo.

    Deste modo, verificamos que a Quiropraxia é uma herança e uma verdade científica desenvolvida durante muitos séculos.

    Para Hipócrates, a arte e a ciência da Quiropraxia confirmam a verdadeiramente ciência. Ele, repetidamente advertida que "é mais importante conhecer a natureza da coluna vertebral, o que deve ser um propósito natural, ... obtendo-se o conhecimento indispensável para diagnosticar as muitas enfermidades". E, prosseguia, dizendo: "... a negligência para com a coluna vertebral, quando a vértebra está descolada, resulta em sérias e permanentes complicações".

    DANIEL DAVID PALMER (3), considerado o PAI da Quiropraxia, um professor Canadense, desenvolveu esse conhecimentos e criou a moderna Quiropraxia nos Estados Unidos da América, em 1895, tendo publicado "THE SCIENCE AND ART OF CHIROPRACTIC", obra referencial para aquela que viria a ser uma das profissões mais almejada e promissora na área da saúde.

    Passados mais de 100 de anos da revelação da Quiropraxia para o mundo, o legado de PALMER chega ao século XXI, representado por escolas e universidades, centros quiropráxicos e profissionais especializados, modernas indústrias de equipamentos e produtos complementares, editoras e milhões de pessoas que se beneficiam diariamente dos procedimentos concebidos por aquele que, para alguns de sua época, não passava de um louco ou visionário. Felizmente, a história nos garante que sempre haverá um amanhã.

    No Brasil, a Quiropraxia foi introduzida em 1922 pelos norte-americanos, Dr. Willian F. Fipps, D.C., o qual foi sucedido após 1945, pelo Dr. Henry Wilson Young, D.C., ambos estabelecidos na cidade de São Paulo, constituindo-se nos pioneiros da introdução desta filosofia, arte e ciência em nosso país.

    Já em 1958, por inspiração e iniciativa de Dr. Henry Wilson Young, foi firmado um convênio entre a Associação de Renovação Biológica (ARB), de Curitiba, PR, e a University of Natural Healing Arts, de Denver, CO, EUA, tendo início o primeiro curso de Quiropraxia no Brasil. 
     
     

    Lamentavelmente em face das dificuldades políticas havidas no início dos anos 60 em nosso país, o curso foi encerrado após a formação e graduação da primeira e única turma de Quiropraxistas, representada por 28 profissionais que receberam o título de Quiropraxistas, dentre os quais se destacava o jovem M. Matheus de Souza, sendo o único profissional remanescente em atuação, desta histórica turma. Repetindo a saga de PALMER, MATHEUS revelou-se um dos mais dedicados estudiosos e competentes profissionais, assumindo naturalmente a condição de líder e maior expoente da Quiropraxia no Brasil nos tempos difíceis que se seguiram.

    Atualmente porem no Brasil, graças a abertura de muitas portas, dentre a que mais se destaca o SINTE (SINDICATO DOS TERAPEUTAS) por expandir este conhecimento, muitas outras formas de abordagem da Quiropraxia tem se tornado conhecidas e reconhecidas.  

    3 – Metodologia

    A Quiropraxia apresenta aspectos singulares de sua abordagem na ênfase no tratamento do complexo das subluxações relacionados às manifestações de dor e desequilíbrios musculares, revelando o seu sinergismo aplicado à prática terapêutica.

    Esta técnica tem como base o uso das mãos (4) em movimentos semelhantes a “trancos”, em regiões articulares que se apresentam com “hipo-mobilidade” isto é, sem a amplitude total de seu movimento normal, assim afetando negativamente toda a estrutura osteoarticular, levando aos mais diversos estados de desequilíbrios físicos e emocionais, bem como nas diversas formas de dores.   

    Na área da saúde pode-se dizer que a principal referência sobre os diferentes aspectos de biomecânica, desequilíbrios musculares, avaliação e tratamentos dos distúrbios relacionados às dores, desta nobre filosofia que fundamentada a ciência da arte de tratar com as mãos, concebida nos tempos modernos por PALMER e sustentada no Brasil por MATHEUS e muitos outros profissionais respeitados.

    Historicamente, em português, o primeiro termo a ser usado para definir a profissão foi Quiroprática, uma vez que é a tradução literal de Chiropractic, palavra que identifica essa atividade nos países de língua inglesa e cujos fundamentos nos serviram de base e inspiração para o desenvolvimento desta atividade no Brasil. No entanto, nas línguas latinas quando se associa a palavra prática a uma atividade qualquer, parece tratar-se de uma profissão adquirida apenas pela prática, não havendo necessidade de estudos formais nem de treinamento específico para exercê-la.

    Para evitar esse equívoco, a partir de 1965 decidiu-se adotar o termo Quiropatia por identidade ou afinidade fonética a outras profissões, também na área da saúde, como Homeopatia, Alopatia, Osteopatia, Isopatia, etc.

    Com a vinda de novos profissionais dos EUA a partir de 1992, convencionou-se usar o termo QUIROPRAXIA uma vez que estaria mais de acordo com a origem grega do nome. Isto significa que em português possuímos três grafias com o mesmo significado.

    O princípio básico é o de que um procedimento deve ser reproduzível por qualquer indivíduo que tenha sido treinado e desenvolvido experiência nesse procedimento. Parece que a Quiropraxia, às vezes, trabalha com "padrões de energia" muito sutis do corpo. 

    Parece também que alguns indivíduos podem empregar técnicas terapêuticas aparentes, obtendo resultados que não são conseguidos por outros, embora tais procedimentos possam ser válidos para aquele indivíduo em particular, não podem ser ensinados a outros que não tenham as mesmas habilidades e matrizes mentais. Isto nos leva a classificar as técnicas terapêuticas em duas categorias básicas:

    Aquelas que funcionam para qualquer indivíduo treinado na atividade; e

    Aquelas que operam no princípio das matrizes mentais e dependem de imagens mentais poderosas, entrando no domínio das técnicas somático emocionais, na qual o princípio poderoso do “toque” pode produzir resultados positivos em vários estados de “dor”. 

    A Quiropraxia registra de modo definitivo que o código genético representa o projeto individual de cada ser vivo e possui também, todas as informações necessárias para manter a plenitude de manifestação durante um determinado espaço de tempo, significando, portanto, que cada organismo tem um potencial de recuperação extraordinário que se expressa através de um pleno fluxo de informações e que no ser humano, transmitam preferencialmente pelo Sistema Nervoso em cada célula do corpo. Esse potencial simplesmente espera pelas mãos, coração e mente do quiropraxista, para torná-lo ativo e propiciar a recuperação possível, tornando a vida digna de ser vivida, pois é a herança natural do homem viver em plenitude. Beneficiando a todo aquele que procurar um Quiropraxista com expectativa e confiar no corpo deste profissional, os seus cuidados; e beneficiando ao cliente, os conhecimentos adquiridos nos cursos, atuando com certeza dos resultados e por que deve ser feito com sucesso e profissionalismo.

    Aplicar os procedimentos da Quiropraxia significa liberar entradas e saídas do fluxo interno de informação no organismo, a fim de reduzir a entropia e incrementar as capacidades de manutenção do equilíbrio orgânico, resultando na recuperação ou manutenção da saúde, que equivale a um nível adequado de informação. Repetindo, saúde equivale a um nível adequado de informação, entropia mínima. 

    O corpo humano é dotado de certas qualidades inerentes, naturais, que visam propiciar a proteção, manutenção e recuperação da saúde individual, em conformidade com um projeto superior, onde o ser tem a capacidade de auto equilíbrio desde o momento da fecundação.

    Destas qualidades, a função normal do sistema nervoso, transmissor e receptor desta ressonância genética, é principal força integrante. A partir disso, conclui-se que, quando a transmissão e expressão normal da energia nervosa recebem qualquer tipo de interferência, em especial nas articulações, seja no esqueleto axial (coluna vertebral) ou no apendicular (demais articulações), podem se desenvolver processos negativos e distúrbios gerais na saúde do ser humano.

    O sistema nervoso, portanto, é o agente que libera entradas e saídas do fluxo de informação no organismo, para a manutenção do equilíbrio orgânico.

    A ciência quiropráxica preocupa-se com o relacionamento no corpo entre a estrutura (sistema músculo-esqueletal), comandada principalmente pelo sistema nervoso, visto que esse relacionamento pode afetar a comunicação necessária para a manifestação, preservação e recuperação da saúde.

    A Quiropraxia é a disciplina, dentro das artes naturais ligadas à saúde, que se preocupa com a terapêutica dos distúrbios funcionais, de dor e outros efeitos neurofisiológicos relacionados com a estática e a dinâmica do sistema neuro-músculo-esqueletal, relacionados a todas as articulações axiais, apendiculares e crânios-faciais.

    A aplicação desta ciência e arte quiropráxica, refere-se a qualquer serviço prestado por um quiropraxista, para exercer a profissão, cujo objetivo é recuperar e manter a saúde de maneira natural. 
     
     

    4 – Resultados

    - Um estudo do estado da Flórida, analisando 10.652 casos de compensação empregatícia por falta ao trabalho, em 1988, foi conduzido pelo pesquisador Wolk e relatado pela Fundação para a Educação e Pesquisa em Quiropraxia. De acordo com Wolk, pessoas com problemas da coluna, tratados por quiropraxistas em vez de médicos ou osteopatas, tinham menos probabilidade de desenvolver lesões compensáveis (lesões resultantes em tempo de trabalho perdido e, portanto, demandando compensação) e também menores chances de hospitalização. Os autores explicaram que os quiropraxistas são mais eficazes ao tratar lesões da coluna lombar porque "o tratamento quiroprático, ao proporcionar maior ajuda ao cliente, no início do quadro, pode produzir resultados terapêuticos mais imediatos, permitindo, assim, reduzir o tempo de trabalho perdido" (Wolk e Steve, 1988).

    - Bronfort (1999) conduziu a revisão de literatura concernente à eficácia do tratamento quiroprático em casos de dor lombar. O autor encontrou "evidência de eficácia a curto prazo para a terapia manipulativa da coluna no tratamento da dor aguda da coluna lombar". Além disso, o autor descobriu que a combinação da manipulação e mobilização da coluna é mais eficaz no tratamento das dores lombares, quando "comparada a placebo e terapias comumente usadas, tais como o tratamento médico em geral".

    - Em um estudo conduzido pelo Ministério da Saúde de Ontário, o autor Manga e cols. (1993) relatou que a manipulação da coluna é o tratamento mais eficaz para as dores lombares e que a manipulação da coluna é "mais segura do que o tratamento médico para a dor da coluna lombar".

    - Vários estudos (Howe, Newcombe e Wade, 1983; Verhoef, Page e Wadell, 1997) concluíram que a manipulação da coluna melhora a mobilidade cervical e diminui a dor. Do mesmo modo, Verhoef, Page e Wadell ( 1997) concluíram que "pessoas apresentando queixas de dor lombar e/ou cervical têm comprovado o tratamento quiroprático como um meio eficaz de resolver ou melhorar a dor e as deficiências funcionais".

    - Em 1998, Hack e cols. relataram uma nova descoberta anatômica: pontes de tecido conectivo estabelecem uma ligação direta entre músculos cervicais e a membrana protetora do cérebro e da medula espinhal. Essa descoberta sugere uma provável conexão do tipo causa e efeito entre dores de cabeça e disfunção da coluna cervical. Os autores levantaram a hipótese de que o tratamento quiroprático de dores de cabeça, originadas por tensão muscular, é eficaz porque ele pode "diminuir a tensão muscular e, portanto, reduzir ou eliminar a dor, ao diminuir as forças potenciais exercidas na dura-máter, via conexão entre músculos e a dura-máter".  
     

    5 – Discussão

    Se realmente está se tornando claro que o tratamento quiroprático é superior aos tratamentos convencionais, aqui cabe uma pergunta, até que ponto?! Segundo o pensamento de “especialistas” até mesmo intervenções cirúrgicas tem se mostrado limitadas no alívio das “dores” da pessoa relacionadas ao sistema neuro-muscular e osteoarticular, assim a Quiropraxia tem uma vasta vantagem para a saúde e qualidade de vida da pessoa, sem os inconvenientes e altos riscos de uma intervenção cirúrgica invasiva ou tratamentos medicamentosos paliativos, com efeitos colaterais danosos á saúde.  
     

    6 – Conclusão

    De acordo com a exposição feita neste documento, embora as palavras apenas mostrem apenas uma “realidade parcial” do papel da QUIROPRAXIA durante a historia e desenvolvimento humano, ficam claros os aspectos positivos da aplicação desta, que por se tratar de uma técnica simples que visa o restabelecimento do equilíbrio natural da estrutura biomecânica do ser humano, onde até mesmo pesquisas denominadas “cientificas” mostram estes mesmos resultados em muitos distúrbios e desequilíbrios biomecânicos, são óbvias e visíveis como as pessoas que sofrem e convivem com a dor, são as maiores beneficiadas com o uso da Quiropraxia.

    Mesmo no campo “extra cientifico” estes resultados positivos são bem mais aparentes, pois muitos Terapeutas tem testemunhado em sua prática clinica diária que sua “prática com as mãos”, ou seja a Quiropraxia, tem ajudado a muitas pessoas a alcançar mais saúde e qualidade de vida em seu dia-a-dia.

    Sendo este o objetivo mor das terapias denominadas holísticas, pode-se afirmar e confirmar que a Quiropraxia tende a se tornar uma técnica cada vez mais reconhecida e utilizada por pessoas de todas as idades.

    Ao mesmo tempo, procurar dar atenção a desequilíbrios energéticos segundo a visão chinesa dos cinco movimentos aliada a Quiropraxia, resultados se mostram ainda mais positivos e com uma visão mais integral do ser, em todos os aspectos, muito além do mero físico da visão ortodoxo-cartesiana, com um maior vislumbre do vitalismo que rege o todo em suas várias e infinitas combinações 
     

    7 – Referencia Bibliográfica

    Bronfort, Gert. 1999. "Spinal Manipulation: Current State of Research and Its Indications." Neurologic Clinics of North America 17, no. 1: 91-111.

    Hack, D.G., G. Dunn et al. 1998. "The Anatomist's New Tools." 1998 Medical and Health Annual. Chicago: Encyclopaedia Brittanica, Inc.

    Howe, D.H., R.G. Newcombe and M.T. Wade, 1983. "Manipulation of the Cervical Spine-A Pilot Study." Journal of the Royal College of General Practitioners 33:574-579.

    Manga, Pran, Doug Angus, Costa Papadopoulos and William Swan. 1993. The Effectiveness and Cost-Effectiveness of Chiropractic Management of Low-Back Pain. Ottawa University. 
     
    Manga, Pran and Doug Angus. 1998. Enhanced Chiropractic Coverage under OHIP as a Means of Reducing Health Care Costs, Attaining Better Health Outcomes and Achieving Equitable Access to Health Services.

    Mitchell, Barry S., B. Kim Humphreys and Elizaben O'Sullivan. 1998. "Attachments of the Ligamentum Nuchae to Cervical Posterior Spinal Dura and the Lateral Part of the Occipital Bone." Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics 21, no. 3: 145-48.

    Mosley, Carrie D., Ilama G. Cohen and Roy M. Arnold, 1996. "Cost-Effectiveness of Chiropractic Care in a Managed Care Setting." American Journal of Managed Care 2, no. 3: 280-282.

    Ruggieri, Juan. SITE: www.quiropraxiasemdor.com/quiropraxia.htm

    Wolk, Steve. 1988 "An Analysis of Workers' Compensation Medical Claims for Back-Related Injuries." ACA Journal of Chiropractic (July): 50-59.

    Wolk, Steve. 1988 "An Analysis of Workers' Compensation Medical Claims for Back-Related Injuries." ACA Journal of Chiropractic (July): 50-59. 

    Greenman, Philip. 1996 “Principios da Medicina Manual (2ª edição)”. Ed. Manole. Pág. 543-544. 
     
     
     
     

    8 – Apêndice e Anexos 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (1) – Este pictograma representa Asclépio “o Curador” acompanhado por "Hegeia", a deusa da Saúde, realizando uma manipulação na coluna vertebral. (Este pictograma foi encontrado numa escavação na entrada do Santuario de Asclépio em Pireas e está exposto no museu de Pireas na Grécia). 
     
     

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (2) – Forma de Quiropraxia praticada na China antiga.  
     

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (3) – DANIEL DAVID PALMER  
     
     

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (4) – O uso das mãos durante as sessões de Quiropraxia. 

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 18/02/2008 17:24


    Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade-Desmistificando a Kundalini

     Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade - Desmistificando a Kundalini

    Mitiyo Oshiro Takemoto
    Terapeuta Holística
    CRT – 38660


    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2008

    Sumário

    Introdução ............................................................................... iv

    Sahajoli e Seus Benefícios.........................................................v

    - História.......................................................................................v

    - Cultura Ocidente e Oriente........................................................ vi

    Sexo.......................................................................................... vi

    Dois Cérebros........................................................................... vii

    Três Veículos.............................................................................vii

    Cérebro......................................................................................vii

    Órgãos do Corpo.......................................................................viii

    Órgãos Sexuais..........................................................................viii

    Os Três Tan Tiens.....................................................................viii

    Tantra.........................................................................................ix

    Vantagens da Pratica Sexual......................................................x

    - Os órgãos sexuais e o Cérebro..................................................x

    Rejuvenescimento (dentro das técnicas Taoistas)......................x.

    - A importância da Saliva...........................................................xi

    - Esperma....................................................................................xi

    Kundalini....................................................................................xii

    Sexualidade.................................................................................xii

    Reeducação Sexual.....................................................................xiii

    - Filosofia do Chi........................................................................xiii

    - Chacras, Tantrismo, Budismo e Hinduísmo..............................xiii

    O Cultivo da Energia Sexual e Espiritual..................................xiv

    Os Órgão Sexuais e o Cérebro...................................................xiv

    Material e Metodologia..............................................................xiv

    Discussão....................................................................................xv

    Conclusão...................................................................................xv

    Bibliografia................................................................................xvi


    Introdução

    SEXUALIDADE, ENERGIA E RELACIONAMENTOS.

    A relação entre homens e mulheres tem desconcertado e confundido filósofos, cientistas e pensadores ao longo dos tempos. A sexualidade é uma “doença” que abarca as páginas da história de todas as sociedades. É um ritual que tem absorvido as atividades humanas através das eras e que ainda constitui um dilema para as culturas atuais. Diante de algo que existe há tanto tempo e que faz parte da vida de toda criatura ao longo da história, poderíamos pensar que a raça humana já fosse especialista no tema da sexualidade. Entretanto, ainda hoje, os relacionamentos sexuais continuam ofuscando e confundindo profundamente o espírito das pessoas. Por um lado, criam paixão e amor, acendem o romance e o prazer, despertam as chamas do desejo que tornam a vida digna de ser vivida, mas, por outro lado, a sexualidade é também uma fonte de destruição e negatividade, a causa de infinitos problemas na sociedade. Os taoistas não vêem o sexo ou a energia sexual como uma questão moral. Para eles é mais uma questão de saúde. Assim que você começar a entender sua energia, como ela é e para que realmente existe, você terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhar com ela e como interagir com as pessoas ao seu redor, especialmente com o sexo oposto. A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidos nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultuando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente. A saúde sexual depende intrinsecamente da energia sexual, é a energia mais potente que existe, pois é uma energia criativa, a energia criativa é a pura energia da vida, a sexualidade se manifesta o tempo todo no universo, desde a natureza, plantas, flores, animais e nós humanos, ela flui no universo o tempo todo, ela é um dom que recebemos e que tem que ser utilizada, a natureza deu e a natureza cobra, a pessoa que não sente atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa dos bloqueios energéticos. Sobre a energia sexual se envolve vários assuntos, um deles é a energia da Kundalini.

    Sahajoli e Seus Bebefícios

    O Sahajoli se resume basicamente em exercícios para fortalecer os músculos vaginais e região pélvica. Em primeiro lugar estaremos passando as técnicas de como proceder esse exercício. Em primeiro lugar trabalha-se o fortalecimento de todo assoalho pélvico (vagina, uretra e anus) e é chamado de Uddiana Banda, ou seja, com essa pratica trabalha-se todos os esfíncter, anal, vaginal e uretra através das contrações dos anéis da vagina, anus e uretra. Na segunda fase desse exercício aprende-se a sugar e não apenas apertar para cima os músculos e esfíncter. Conforme ofortalecimento de todo assoalho pélvico, estaremos alcançando o sahajoli, vajroli e amaroli, pois a energia flui até chegar no bindu (comparada a energia do orgasmo). Exercícios para os homens(aqui a intenção é preservar o bindu, ou seja preservar o semen, pois com a ejaculação perde-se a energia e acelera o envelhecimento). Bindu é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico, é um fio que liga o cérebro, medula e órgãos sexuais.

    HISTÓRIA

    Sahajoli é uma arte milenar das mulheres orientais. Antigamente o Sahajoli era praticado naturalmente. Os pais orientavam seus filhos naturalmente com relação a este legado, através do sistema Paran Paran; quer dizer oralmente, nada de leituras ou escritas. Entre os nobres: o pai da jovem contratava uma orientadora, mestra na arte de amar, com a finalidade de preparar a jovem moça Shakti “Deusa do Amor” com intenção de entregar ao pretendente Shiva “Deus do Amor”. Assim se formava um casamento perfeito, inabalável. Com a invasão dos ingleses, devido ao moralismo vitoriano, eles foram proibidos de praticar e caiu no esquecimento.

    Há aproximadamente dois séculos, as prostitutas orientais, as gueixas, se apoderaram dessa técnica para obter mais lucro, ganhar mais clientes. Na China, os Ensinamentos Sexuais da Tigresa Branca, Segredos das Mestras Taoistas –Hsi Lai – ainda existe em grupo secreto, um treinamento concentrado de três anos, com a finalidade de educar e reeducar no “refinamento” aperfeiçoamento para a “imortalidade” sexual e espiritual (valorização da mulher). Esse sistema é compatível com o Tantra.

    No ocidente, o sahajoli feminino se tornou conhecido através do Dr. Kegel, médico americano que popularizou os exercícios de contração vaginal, trazendo muitos benefícios à saúde e sexualidade da mulher. Tomemos como exemplo a cura de muitos casos de incontinência urinária, queda de útero e bexiga. Assim como mulheres antes consideradas frígidas, após aprenderem as técnicas conseguem prazer e orgasmo.

    As praticantes de sahajoli, tem uma aparência mais jovem em conseqüência do reequilíbrio hormonal obtido através destes exercícios. Um famoso mestre de yoga da Bélgica, André Lysebeth diz em seu livro que uma praticante desta técnica ancestral será mais apreciada do que qualquer outra mulher, e não será trocada nem por uma bela rainha.

    O sahajoli entre as mulheres está rapidamente se tornando popular em nosso país para a felicidade de muitos casais que hoje desfrutam deste criativo e saudável em suas relações sexuais.

    O sahajoli masculino, isto é, os movimentos com a musculatura do pubococcigeo no homem, além da movimentação voluntária do esfíncter anal e períneo chamados de exercícios do mulabhanda no yoga, incluindo também os vários tipos de movimentos pélvicos e penianos, que praticados pelos homens, melhora a circulação da áreas pélvica, aumentando consequentemente a potência e o prazer do praticante.

    Os homens que praticam possuem vitalidade e potência sexual até a longevidade, pois em várias regiões do Oriente estes exercícios são utilizados naturalmente no dia-a-dia. Esse conhecimento provém de ensinamentos legados de seus antepassados.

    São homens que realmente fazem amor por horas seguidas, dando mais prazer as suas companheiras. Este conhecimento é fundamental para a prática do sexo Tântrico. A saúde sexual eleva a totalidade do indivíduo (auto estima).

    CULTURA: OCIDENTE E ORIENTE

    Cultura Ocidental: é patriarcal (machista, possessivo, ciúmes, violência, muita dor, remorso, guerra). A mulher não tinha o direito de ter prazer sexual. Os inquisidores da igreja condenavam severamente.

    Cultura Oriental: é matriarcal (paz, amor, compreensão, respeito, não ciúmes). Culto a mulher, a mulher (divindade).

    SEXO

    Dakshina marga – perda do Bindú (ejaculação) é ocidental, primitivo, inferior, meramente físico e mecânico. Resultado: fadiga, cansaço.

    O sexo é feio, vergonha, dão nomes ou apelidos feios aos órgãos genitais: cheios de preconceitos e proibições. Hoje o sexo é liberado sem freios!? Vama marga – manter o Bindú (orgasmo), é oriental, superior, evoluído – é um fenômeno físico-psíquico-emocional. Resultado: saúde e vitalidade, devido a Energia da Kundalini (Energia Vital). Ativa todos os órgãos internos e os chacras, do primeiro até o sétimo chacra. Nesse caso podemos dizer que atingiu o nirvana (iluminação-conceito taoista). Os orientais dão nomes poéticos aos órgãos genitais como: Flor, Rosa, Margarida, Orquídea, Girassol, etc.

    2 CÉREBROS: primeiro cérebro cabeça e segundo cérebro intestino

    Relação Intestino e o Cérebro.

    A ciência e as pesquisas médicas têm demonstrado através de estudos recentes a importância do sistema gastrintestinal e mais especificamente do intestino, para a manutenção da saúde e do bem estar. O intestino passou a ser reconhecido como um ''órgão inteligente'' por sua capacidade de selecionar entre o que comemos, o que nos é ou não útil, e por ser o único órgão do corpo humano capaz de executar funções independentemente do Sistema Nervoso Central, chegando a ser recentemente denominado por especialistas como um ''segundo cérebro''.

    O livro do Dr. Michel Gerson, o “Segundo Cérebro”, menciona que os intestinos possuem uma rica rede neuronal, cerca de 100 milhões de neurônios (semelhante à medula espinhal) que elaboram neurotransmissores. As últimas pesquisas demonstraram que quarenta hormônios e vinte neurotransmissores são secretados também pelo eixo-cérebro-intestinal, ou seja, pelo cérebro e intestino simultaneamente, e que 80% do nosso potencial imunológico esta presente neste órgão. Com isso ao regular todo o nosso organismo os intestinos funcionam como órgãos inteligentes.

    Para que o corpo entre em equilíbrio é importante que haja uma consciência entre a conexão desses dois cérebros, para fazer circular a energia “yin e yang.”

    TRÊS VEÍCULOS OU TRÊS MENTES

    Mente, órgãos e órgãos sexuais.

    Parece que algumas pessoas estão desligadas de si mesmas e dos seus órgãos sexuais. A mente e os órgãos estão, portanto, separados. O taoísmo acredita que a mente, o corpo e o espírito devem trabalhar juntos. Os resultados dependem da assimilação de cada aluno. No Tao, aprendemos a criar um Tempo Sagrado dentro de nós. Com a técnica simples de sorrir em todos os órgãos, podemos integrar o nosso corpo, a nossa mente e o nosso espírito.

    Eles não ficam mais separados. A prática sexual conecta a mente com os órgãos sexuais e o cérebro. Forma uma ponte de ligação entre essas nossas partes e cria-se a sinergia.

    CÉREBRO

    O Cérebro pode acessar e gerar as forças superiores, mas não é fácil armazenar essa energia no próprio cérebro. Precisamos treinar o cérebro para aumentar a sua capacidade e a sua destreza em armazenar a energia. A energia do cérebro, quando aumentada até um determinado nível, podepermitir um maior numero de sinapses e ajudar a converter proteínas em células cerebrais. O Tao acredita que, com o treinamento e a pratica é possível aprender a aumentar o numero de células cerebrais e nervosas, assim como aumentar o numero de sinapses no sistema nervoso central.

    ORGÃOS DO CORPO

    Os órgãos também podem gerar energia, mas muito menos do que os órgãos sexuais e o cérebro. Eles também têm uma capacidade muito maior de armazenar e transformar energia.

    ORGÃOS SEXUAIS

    O Tao descobriu que os órgãos sexuais são os únicos órgãos que podem gerar uma quantidade significativa de energia (força vital ou kundalini).

    OS TRES TAN TIENS

    Eles também podem armazenar energia, transformá-la e fornecê-la para o cérebro, a coluna vertebral, os órgãos sexuais e os outros órgãos.

    Três mentes ou três Tan Tiens conectados significa força “YI”.

    Na pratica do Tao, armazenamos a energia nos três tan tiens, que são os reservatórios de energia dentro de nós. O Tan Tien superior (Bindú) localiza-se no cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) e, quando esta cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. Aqui armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. Todos os Tan Tiens apresentam uma face yin e outra yang. Na natureza, Yin e Yang estão presentes em todas as coisas. Pelo por do sol, o dia (Yang) se converte em noite (Yin). É muito importante sentir os aspectos de Yin dentro de Yang e de Yang dentro de Yin (nascer e por do sol). Um aspecto não existe sem o outro, pois são aspectos inseparáveis da mesma força.

    O centro Tan Tien do coração, entre os dois mamilos é o Tan Tien médio. Ele é associado ao elemento fogo. Ainda assim, dentro do fogo sempre existe água. O espírito original (Shen) é armazenado aqui (glândulas monada e timo).

    O baixo ventre a altura do umbigo é o universo, ou oceano, vazio. Queremos sentir um universo de energia no Tan Tien inferior. Dentro desse universo ou oceano, existe um fogo como um vulcão sob o oceano: “fogo sob a água” (glândulas gônadas).

    Os três Tan Tiens referem-se a esses três reservatórios de energia dentro do corpo. Esses reservatórios são lugares onde podemos armazenar transformar e coletar a energia. Os reservatórios são a fonte de energia que flui através do corpo. Os meridianos são os rios de energia alimentados por esses reservatórios.

    TANTRA (Há muita especulação em torno do Tantra)

    Definição: É uma filosofia comportamental naturalista. É basicamente o sexo, espiritualidade e Yoga. É um instrumento de elevação que leva a espiritualidade. O Tantra pede dedicação, concentração, disciplina. O Tantra organizou os rituais da Magna Mater, transformando-os em um método de emancipação que busca na psique humanda a manifestação da Shakti, a energia primordial que move o Cosmos. Este movimento teve uma forte influencia sobre a religião, a ética, a arte e a literatura indiana, havendo ressurgido com inusitada força entre 400 e 600 d.C, quando chegou a transformar-se em uma moda que acabou por influenciar os modos de pensar e agir da sociedade indiana medieval. Aqui ela se afirma, populariza e estende ainda mais, dando origem a um grande numero de correntes e manifestações filosóficas, religiosas, mágicas e artísticas algumas antagônicas. “Não se trata de uma religião nova senão de uma nova caracterização de fatos que pertence ao hinduísmo comum, mas que as vezes só se apresenta precisamente em suas formas tantricas encontra-se a marca do Tantrismo na mitologia e cosmogonia, mas, principalmente, no ritual.

    O ritual trântrico propõe um caminho chamado Caminho do Vale, que é o mais fácil, pouco movimentado e baseado no relaxamento físico e mental. Ele nos abre para um mundo de sensações e experiências desconhecidas, gera uma plenitude prolongada e a integração total entre dois seres.

    Para o Tantra o corpo é mais do que um maravilhoso instrumento ou admirável mecânica biológica: ele é divino. O Tantra nesse trabalho proposto é chamado de Tantra Branco, focado no casal e não na poligamia.

    Exercício trantrico: o mula bandha

    Este exercício também pode ser praticado por homens e por mulheres. Deitada (o), sentada (o) ou em pé coloque seu pensamento na região anal. Respire com tranqüilidade. Depois de alguns minutos tentando manter a concentração, contraia delicadamente o primeiro esfíncter do ânus, o mais externo. Depois, apertando um pouco mais, dirija sua concentração para o segundo anel muscular, enfim, contraia o eretor do ânus, levando assim os dois esfíncteres anais e períneo para dentro e para cima. Lenta e gradualmente, distinguem-se bem estes três níveis, mesmo na primeira tentativa. Depois, aperte com toda a força que puder até fazer vibrar toda região anal e períneo. Mantenha esta contração ao máximo, retendo o fôlego, por no mínimo 6 segundos. Depois relaxe, mantendo a concentração. Repita no mínimo 5 vezes seguidas.

    VANTAGENS DA PRÁTICA SEXUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    Os Órgãos Sexuais e o Cérebro

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas:”faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”(Bindú).

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Outras vantagens conseguidas através dos exercícios de sahajoli são a parada da incontinência urinária através do fortalecimento do assoalho pélvico, retardamento da ejaculação (ejaculação precoce), anorgasmia (dificuldade ou não chegar ao orgasmo).

    Pompoarismo Tantra Yoga = exercício dos músculos vaginais e do assoalho pélvico (pubococcigeo):

    • Previne desequilíbrios pelo fato de deixar os tecidos da região mais fortes e lubrificadas.

    • - Evita a queda do útero, da bexiga e incontinência urinária, previne contra hérnia, hemorróida

    e varizes.

    - Auxilia a gestante no parto normal e na recuperação pós parto.

    - Elimina a cólica menstrual, auxilia no tratamento de bloqueios, impotência, frigidez e vaginismo.

    - Ativa a circulação do sangue, harmoniza os chacras e equilibra a energia Yin e Yang.

    - Ajuda no equilíbrio da produção hormonal (rejuvenesce).

    • Mais mobilidade dos quadris e das areas pélvicas, melhora a performance da mulher no ato sexual devido ao aumento da libido.

      REJUVENESCIMENTO (DENTRO DAS TÉCNICAS TAOISTAS)

    Os antigos taoistas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres que existem dentro do corpo e que estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo, como o digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em estado ótimo de saúde é muito importante que os músculos esfíncteres se contraiam simultaneamente, estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Quando existe um desequilíbrio de energia sexual, ela é revelada nas características externas da face. Quando os músculos esfíncteres estão em desequilíbrio, os órgãos se esgotam. Essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual, pois são eles que suprem de energia o centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas gerais do corpo.

    Postura dos Três Tan Tiens e no sistema dos 7 chacras para a saúde e manutenção da coluna.

    A IMPORTÂNCIA DA SALIVA

    A saliva marca a primeira fase do desenvolvimento libidinal; para o taoista, a produção de grandes quantidades de saliva assinala as energias restaurativas do nosso corpo. Os taoistas estavam certos nesse pressuposto porque a saliva estimula e é parte do sistema imunológico. Os taoistas vão muito mais longe a seus louvores e na aplicação da saliva. Ao ser refinada, a saliva se torna muito espessa e embranquece, parecendo-se muito com o próprio sêmem. Sabe-se que os taoistas subsistem com esta saliva refinada por longos períodos, vivendo de “ar e orvalho”, respiração e saliva, como costumavam dizer. Eles alegaram que era um catalisador para se atingir a imortalidade.

    Exercícios para ativar as glândulas salivares (importante para a manutenção da saúde geral).

    Os três nós

    - Três Tan Tiens – sorriso interior

    desatar os três Granthis (nó)

    Muladhara – Anahata – Ajna

    ESPERMA

    As células do esperma são da maior importância, pois elas carregam os elementos restauradores. Segundo a bioquímica, o sêmem é quase inteiramente proteína pura, com enormes quantidades de fósforo, cálcio e vitamina C. Ele contém ainda propriedades antibióticas. De modo geral, o sêmem contém muito dos micronutrientes necessários para a saúde do organismo humano, especialmente a pele e cabelo. É muito eficaz para ajudar na restauração da juventude da mulher.

    Para os antigos taoistas, o sêmem e o sangue pareciam ser a mesma coisa: o sêmem era uma destilação do sangue. Um texto remoto alegava que quarenta e nove gotas de sangue equivaliam a uma gota de sêmem. Por esta razão, os taoistas procuravam preservar o seu sêmem, pois assim estariam preservando a própria essência da vida. Levando-se em conta os ingredientes do sêmem, esse antigo diagnóstico intuitivo não está muito longe do que a bioquímica também descobriu sobre o sêmem.

    KUNDALINI

    A energia da felicidade latente dentro da espinha dorsal, até ser ativada pelas práticas tântricas. Geralmente ela é representada como uma serpente encolhida que se move ao longo da coluna. A energia da kundalini poderá ser ativada através de exercícios tântricos e energia sexual.

    Essa é uma energia que deve ser ativada com conhecimento e orientação, levando sempre em consideração o limite de cada ser. A energia nuca morre, ela se transforma.

    SEXUALIDADE

    A energia sexual provém da melhor energia do corpo, porque ele está envolvido no processo de fornecer energia ao centro sexual. Portanto, o centro sexual é a condensação de toda energia do corpo e é essa a razão pela qual a saúde do centro sexual é necessária para a nossa saúde mental, emocional e física.

    A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Ela é a água da vida, que reabastece os jardins do templo humano. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidas nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultivando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente.

    O polo que juntamente com o clitóris proporciona intensa satisfação sexual na mulher é um ponto profundo localizado próximo ao útero na parede anterior da vagina, possui uma textura diferente dos outros tecidos vaginais e fica intumescida na excitação feminina. Esta área ficou conhecida como o Ponto G depois que o médico alemão Dr. Ernest Granferg revelou este ponto em que havendo uma excitação adequada pode aumentar o prazer e levar ao orgasmo feminino.

    O tamanho e a consistência do Ponto G variam de mulher para mulher. É melhor que a mulher sozinha descubra o seu próprio Ponto G e as maneiras e ritmos de manipular este local que lhe proporcionem prazer, dando-lhe mais autoconfiança quando estiver acompanhada do seu parceiro. A harmonia entre o casal é de extrema importância para este momento que desenvolverá uma conexão íntima e mais afetuosa entre o casal.

    Localização do Ponto G na prática para mulheres.

    REEDUCAÇÃO SEXUAL

    Desenvolver um curso no sentido de orientar homens, mulheres e adolescentes para uma prática sexual saudável, com a finalidade de preservar a família e a harmonia nos relacionamentos.

    FILOSOFIA DO CHI (DEDICADO À EVOLUÇÃO INTEGRAL DO SER HUMANO

    ATRAVÉS DA CONSCIÊNCIA)

    O equilíbrio desta energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

    A força vital é uma forma sutil de energia eletromagnética uma realidade fisiológica do organismo. As técnicas de toque físico e não físico, são usadas para mandar energia através de todo organismo “abrindo” pontos bloqueados.

    Lowen elaborou uma síntese dos conhecimentos sobre as energias do corpo e as reuniu na bioenergética, que tem como finalidade liberar as emoções acumuladas por meio de práticas.

    As atividades que tencionam as pessoas acabam por bloquear o feixo energético interior, provocando diretamente enfermidades e ou até contribuindo para formá-las. É aí que pode ser utilizada a bioenergética.

    Em 1990 Lowen publica espiritualidade do corpo. Após alcançar um extremo de polaridade, radicalizando a postura de que todo o problema era defeso contra a sexualidade, ele pôde seguir adiante em sua exploração e introduzir na Terapia um outro eixo deste pólo, a espiritualidade.

    Em 1992 Lowen colocou que o objetivo da terapia passava a ser para ele, auto-percepção, auto expressão, ou seja, conhecer-se, expressar sua verdade e ser dono de si mesmo. Passou a colocar o ego saudável como objeto principal da terapia, e a manifestação da sexualidade como uma das formas de expressão desse ego saudável.

    Chacras,Tantrismo,Budismo e Hinduismo

    A principal diferença repousa na maneira diferente de tratar os mesmos fatos fundamentais. O sistema hindu enfatiza mais o aspecto estático dos centros e suas ligações com a natureza elementar:...isso porque os chacras de um conteúdo objetivo na forma de sílabas-semente permanentemente fixas (símbolos estáticos).

    O sistema budista preocupa-se menos com o aspecto estático-objetivo dos chacras, e mais com o que flui através deles, com suas funções dinâmicas, ou seja, com a transformação da corrente de energias cósmicas ou naturais em possibilidades espirituais.

    A concepção dos chacras apresentada por DVK se assemelha ao dinamismo do sistema budista. Sistema + Movimento: é sentido e percebido = emoção-psíquico-físico-espírito.

    Sincronizadores das energias emocionais, mentais e etéricas, corpo-espírito-mente.

    O sétimo chacra: coronário-o maior é a sede dominante e faz a conexão direta com o primeiro chacra-kundalini.

    O CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL E ESPIRITUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    OS ÓRGÃOS SEXUAIS E O CÉREBRO

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas: “faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”.(Bindú)

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Material e Metodologia

    Sobre os tópicos citados, e os referentes autores os quais menciono, é de grande valia ressaltar a interligação entre o sexo e a espiritualidade, estão relacionadas à saúde física, um não está desvinculado do outro.

    A importância dos chacras e a energia que flui em todo corpo seguindo uma vida sexual saudável, junto com os exercícios citados como o sahajoli é de extrema importância para a melhora constante de todo o corpo, não é apenas sexual, mas a energia que flui dos exercícios são ligados a saúde física levando ao desenvolvimento e crescimento espiritual, esse crescimento está nas técnicas tantricas e nas explicações sobre os chacras e a energia da Kundalini.

    Discussão

    Os autores mencionados em grande maioria cita a energia dos chácras como centro de energia, no livro de Hiroshi Motoyama relata sobre o Tantra Yoga, Kundalini , e a teoria dos chacras e os meridianos da acupuntura, o autor cita que existe a possibilidade da energia dos chacras serem comparados aos meridianos na acupuntura, e em outro ponto de vista a autora relata que a função dos chacras estão mais ligados a fatores emocionais. Acredito que os trabalhos dos autores citados são complementares, pois dizer algo sobre energia pode ser complicado, porque esbarramos no campo dos estudos. É através dos exercícios que se pode dizer mais sobre a energia que flui, pois não se trata necessariamente de uma ciência comprovada, ela não é vista, mas sim sentida. Sobre esses relatos complementares cheguei à conclusão que não existe a sexualidade desligada da espiritualidade, pois, através dos mesmos canais energéticos fluem as mesmas energias.

    Através desta visão a energia sexual é uma questão de saúde, pois ela é potente por ser uma energia vital e manifestada o tempo todo no universo. A pessoa que bloqueia esta energia desenvolve desequilíbrios.

    Através dos exercícios do Sahajoli trazemos benefícios à saúde, curando muitos casos de incontinência urinária, queda de útero, bexiga, ejaculação precoce, entre outros, sendo assim poderosa técnica para manter a saúde física de forma geral.

    Conclusão

    Conclui em meu trabalho e exercícios que realizei em meu próprio corpo, mais os relatos de alunos que também citaram suas experiências, onde através dos mesmos canais energéticos, flui a energia ligada ao sexo e a espiritualidade, sendo assim, quando se tem uma experiência sexual, as energias do orgasmo se reflete em todos os demais chacras, do primeiro ao sétimo chacra podendo ser comparada a iluminação ou nirvana da espiritualidade.

    A energia do primeiro chacra, chamado de Kundalini, é ativada através da atividade sexual, fantasias sexuais e dos exercícios do Sahajoli, criando uma potente energia que quando despertada passa do primeiro chacra e sobe para os demais, levando a ascensão espiritual.

    A finalidade do trabalho é também fortalecer a relação entre homens e mulheres dentro da monogamia através dos exercícios tantricos.

    A saúde está ligada ao fortalecimento do assoalho pélvico, onde se preserva a energia de todos os órgãos do corpo, não apenas os órgãos sexuais, pois se a base está flácida, todos os demais órgãos tendem a cair, assim, quanto mais os exercícios forem feitos, mais saúde de forma geral se tem e é por isso que os taoista entendiam que aproveitando a energia sexual o ser humano conseguiria manter por mais tempo a saúde, a juventude, a longevidade sexual e imortalidade espiritual.

    Conhecendo a energia do corpo, fica simples pensar e discutir sobre a sexualidade, e saber que através do conhecimento do nosso corpo e da energia que flui através dele, é possível chegar à saúde plena tanto física quanto psíquica, pois nossas ações e pensamentos são frutos da energia que circula em nossos corpos.

    Bibliografia

    Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    A cura pela meditação

    Cristina Cairo, Ed. Mercuryo

    Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    Os ensinamentos sexuais da Tigresa Branca – Segredos dos Mestres Taoistas

    Hsi lai, Ed. Aquariana

    Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Energia Sexual e Yoga

    Elisabeth brunton, Ed. Pensamento

    A deusa Durga

    Cláudio Duarte, Ed, Sexto Sentido

    A Espiritualidade nas Empresas

    Marilu Mastinelli, Ed. Sexto Sentido

    Teoria dos Chacras, Hiroshi Motoyama, Ed Pensamento

    Site Pesquisado : http://www.yogalotus.com.br/vamamarga.htm

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 20/05/2008 11:03


    A ANÁLISE DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA

    TCC- TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

    A ANÁLISE DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA. 
     
     

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS-.

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM TERAPIA HOLÍSTICA.

    SÃO PAULO - SP.                      

    DISCIPLINA: PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    AUTOR:  

    RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD

                 Terapeuta Holístico

                      

    ORIENTADOR:        HENRIQUE VIEIRA FILHO

                                            Terapeuta Holístico - CRT 21001 
     

    BELO HORIZONTE – MG, 29 DE  MAIO 2008. 
     
     
     

                                                                          Dedicatória: 
     

                                                                         “Para a minha Mãe

                                                                          Therezinha Lima Haddad

                                                                          e para o meu Pai Omar Haddad,

                                                                          que me acompanham lá do céu ”. 
     
     
     
                                        

                                           Agradecimento: 

                     Ao SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS-

                                          COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM TERAPIA HOLÍSTICA, pelo incentivo vibrante e pela oportunidade,         para apresentar a presente MONOGRAFIA na disciplina                  PSICOTERAPIA HOLÍSTICA. 
     
     
      

      SUMÁRIOPáginas
      RESUMO.           6
      CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.           6
      CAPÍTULO 2. MATERIAL.           7
      CAPÍTULO 3. METODOLOGIA.           8
      3.1 O Corpo Físico           8
      3.2 O Que Ensina Anaxágoras           8
      3.3 O Que Ensina Demócrito           8
      3.4 A Organização de Direção de Sentido e Funções do Corpo Físico           8
      3.5 Revelação da Imagem Holística do Corpo Físico           9
      3.6 Imagem do Corpo Físico de Frente           9
      3.7 Imagem do Corpo Físico de Perfil          10
      3.8 Imagem do Corpo Físico de Costas         10
      3.9 As Proporções do Corpo Físico          11
      3.10 A Psicognomia          12
      3.11 A Fisiognomonia          12
      3.12 Segmentos Básicos dos Membros Superiores          14
      3.13 Principais Funções das Áreas dos Segmentos Superiores          14
      3.14 Segmentos Básicos dos Membros Inferiores          14
      3.15 Principais Funções das Áreas dos Segmentos Inferiores          14
      3.16 Interpretação das Imagens dos Membros Superior e Inferior          15
      3.17 Critérios para Interpretação das Imagens          15
      3.18 Distribuição das Imagens na folha          16
      3.19 Interpretação da Posição das Imagens na folha16
      3.20 Interpretação dos Tipos de Traços das Imagens23
      3.21 As formas da Imagem Holística32
      CAPÍTULO 4. RESULTADOS.36
      CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.37
      CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.37
      CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.39
      ANEXOS E APÊNDICE.39
     
     

                                                     RESUMO.                                                                    .

    Apresento para a psicoterapia holística as vantagens da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente. A Análise da Imagem Holística de um Cliente, ou de vários Clientes, pode dar, na verdade; informações, sugestões e pistas, e representa para o psicoterapeuta holístico uma ferramenta similar à das imagens computadorizadas com o grande diferencial que a imagem é feita pelo próprio Cliente, ou seja, seu próprio negativo! A base para a aplicação da técnica reside na interpretação da imagem do corpo físico do cliente de frente, de perfil e de costas, na distribuição das imagens, nos tipos de traços e nas formas das imagens. Para permitir a pesquisa e a prática de outros psicoterapeutas holísticos, apresento também, em síntese, uma Análise Holística.

    CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.

    1.1 O presente trabalho não tem propriamente a pretensão de ser uma tese que esgote o tema num sentido acadêmico, mas aponta uma direção de pesquisa, que séria e sistematicamente aprofundada, atrairia uma maior atenção do psicoterapeuta holístico para o estudo da técnica da Análise da Imagem feita pelo próprio Cliente. É de curial sabença que corpo físico é marcado pela experiência da vida através de registros que tanto são de origem genética quanto cultural, resultando numa gama de detalhes que nele estão armazenados e que podem ser revelados através da Análise da sua Imagem Holística.

    1.2 A Imagem Holística do Cliente é a revelação da disposição da mente através do contorno do corpo físico interpretada sempre numa ótica terapêutica.

    1.3 A Imagem Holística do Cliente surge pela representação do contorno do corpo físico através do modo de tracejar essencialmente psicomotor, orientando a revelação de uma realidade visual, imediatamente legível pelo psicoterapeuta holístico.

    1.4 A Análise preliminar nasce da percepção, do tempo de observação e da maneira de como o psicoterapeuta holístico consegue sair do movimento de julgamento, para simplesmente enxergar o que, naquele momento, o conjunto de Imagem Holística está mostrando.

    1.5 A técnica se desdobra na Interpretação da Distribuição das Imagens, Interpretação dos Traços e Interpretação das Formas das Imagens, o que pode ser aplicado em separado, ou no conjunto do seu desdobramento. Conduz para a identificação rápida e segura dos desequilíbrios que o Cliente poderá estar vivendo no momento, fornecendo ainda subsídios importantes para a solução do problema, quando não a própria solução.

    1.6 Por outro lado, as técnicas aplicáveis à análise específica de aproximadamente 205 formas de imagens de segmentos corporais não fazem parte integrante da presente Monografia.

    1.7 A técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente, fornece um material riquíssimo sendo também um poderosíssimo instrumento para a identificação do desequilíbrio energético apresentado pelo Cliente. Colhe informações que abrangem várias técnicas, suplementando as dificuldades da observação em entender as muitas facetas do Cliente. A técnica de Análise da Imagem Holística do Cliente possibilita maior entendimento do que aprendemos sobre pessoas - dentre elas, nós mesmos-, possibilita identificar comportamentos que de outro modo talvez não fossem observados, revelando com objetividade, segurança e realismo, o que talvez só fôssemos perceber após vários atendimentos, reduz e controla os erros de observação. E o melhor! Está ao alcance de quantos a queiram utilizar.

    1.8 A psicoterapia holística através da técnica da Análise da Imagem do Cliente, não é, em nenhum momento, a de enfatizar o que está ruim, e sim a de revelar aquilo que está bom.

    CAPÍTULO 2. MATERIAL.

    2.1 A presente Monografia tem como referência os resultados dos atendimentos realizados e o Curso de Leitura Corporal concluído pelo autor e ministrado no período de fevereiro de 2001 a dezembro de 2007 no Núcleo de Terapia Corporal Ltda, com sede na rua Assunção 40, bairro Sion - Belo Horizonte-MG, site www.leituracorporal.com.br. Fundamenta-se em uma sistematizada apertada síntese do conteúdo programático da disciplina Interpretação do Desenho. O curso de Leitura Corporal descreve e detalha a função emocional de cada segmento e estrutura corporal e revela as associações entre o que manifesta o corpo físico e os processos psíquicos e sensoriais do Ser Humano. Afirma que o corpo vive, registra, reage e revela a história pessoal. Relaciona as formas, as funcionalidades do corpo, os traços fisignomônicos, as posturas, as sensações e sintomas, os conteúdos mentais, emocionais, sensoriais e às particularidades comportamentais, estabelecendo uma conexão entre a linguagem do corpo, as disfunções orgânicas, os desequilíbrios e o autoconhecimento.

    2.2 O Núcleo de Terapia Corporal Ltda, fundado em 1988, tem como alicerce a relação Corpo Físico / Corpo Emocional. É constituído por profissionais de saúde- terapeutas, fisioterapeutas, massoterapeutas, médicos e psicólogos-. 
     

    CAPÍTULO 3. METODOLOGIA. 

    3.1 O CORPO FÍSICO. 

    A primeira coisa que podemos distinguir nitidamente no “Corpo Físico” é que tudo  se encontra encerrado em órgãos, sistemas e estruturas oferecendo  a este a maior proteção possível contra o mundo exterior, porém se reconhecendo que é efêmero e destrutível.

    É composto das mesmas forças e da mesma matéria do mundo aparentemente inerte ao nosso redor. Jamais poderia existir se não fosse continuadamente compenetrado e reconstituído pela matéria e pela força do mundo físico.

    O QUE ENSINA ANAXÁGORAS.    500 – 418 a. C 
     

    Uma infinidade de qualidades se encontra em todo o corpo, em toda extensão finita dada, tão grande ou pequena que se queira, e assim não se pode conceber nenhuma separação, tudo está sempre misturado a tudo”.

    3.3 O QUE ENSINA DEMÓCRITO.   460 – 370 a. C 
     

    “A alma está intimamente ligada ao cérebro. Não podemos possuir qualquer forma de consciência quando o cérebro degenera e morre”. 

                          3.4 A ORGANIZAÇÃO DE DIREÇÃO DE SENTIDO E FUNÇÕES DO CORPO FÍSICO. 

    1. SUPERIOR.     Expressão.

    2. INFERIOR.            Equilíbrio.

    3. ANTERIOR.           Comportamentos externos.

    4. POSTERIOR.          Comportamentais internos.

    5. CEFÁLICA.          Controle e coordenação.

    6. MEDIAL.                  Movimento para a exposição e fechamento.

    7. LATERAL.               Competência.

    8. PROXIMAL.             Impulso.

    9. DISTAL.                  Realização. 
     
     

                       3.5 REVELAÇÃO DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CORPO FÍSICO.

     

                       

    . As imagens podem ser reveladas em três folhas de papel tamanho A 4 (210 x 297 mm) 75 g / m2, branca, sendo o contorno da Imagem do corpo físico executado com um lápis de cor preto número 2. As três folhas e o lápis são entregues pelo psicoterapeuta ao Cliente.

    . Seis minutos são o tempo aproximado para a execução do contorno da Imagem do corpo físico de frente, de perfil e de costas.

    .O Cliente entrega suas imagens ao psicoterapeuta holístico que procederá a interpretação das especificações, da distribuição das Imagens, dos traços e das formas. 

                                3.6 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE FRENTE.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de frente expressa como o Cliente se mostra. 

                                 ESPECIFICAÇÃO GERAL DA IMAGEM.

    1. Contorno completo do corpo físico.

    2. Formatação do pé com o dorso, artelhos e arcos medial e lateral.

    3. Pernas, coxas e joelhos.

    4. Distinção entre a pelve, a coxa e o abdome.

    5. Tronco, mamas, mamilo, umbigo e genitália.

    6. Membro superior constituído por dedos, corpo da mão, punho, antebraço, cotovelo, braço e axila.

    7. Pescoço com identificação dos limites da fossa supraclavicular e formatação dos ombros.

    8.Cabeça e cabelos. Face com dois olhos, duas sobrancelhas, nariz, boca e orelha (s).

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

          b) A imagem é entregue ao psicoterapeuta holístico. 

                         3.7 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE PERFIL.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de perfil revela como o Cliente exerce o estado entre o que está e o que é. 

                                   ESPECIFICAÇÃO DA IMAGEM. 

    1. Corpo do pé evidenciando os artelhos distais, calcanhar e tornozelo.

    2. Face lateral da perna, do joelho,  da coxa e do quadril.

    3. Face lateral do tronco, com pelos menos uma mama e mamilo.

    4. Marcação de pelo menos um membro inferior.

    5. Face lateral do pescoço e perfil da cabeça. No perfil da cabeça deverá ter a definição do nariz, da boca, de pelo menos um olho, uma sobrancelha, uma orelha, e marcação dos cabelos.

    6. Contorno da face lateral do tronco.

    7. Encaixe no ombro de pelo menos um membro inferior constituído de dedos, corpo da mão, punho, antebraço, cotovelo e braço.

    8. Face lateral do pescoço com marcação da “saboneteira”.

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

                   b) A imagem permanece com o psicoterapeuta holístico.

                                 3.8 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE COSTAS.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de costas é a revelação daquilo que naquele momento, é o tema predominante na vida do Cliente.   

                                         ESPECIFICAÇÃO DA IMAGEM.

    1. Marcação e definição do corpo do pé para frente com diferenciação dos artelhos das extremidades e calcanhar.

    2. Definição da face posterior do tornozelo e da perna.

    3. Definição da  face posterior do joelho e da passagem da coxa para a nádega.

    4. Dorso evidenciando existência da coluna.

    5. Definição do pescoço e segmento cefálico com contorno completo.

    6. Marcação de cabelos e orelha (s).

    7. Dedos, corpo da mão, punhos, antebraços, cotovelos  braços, preferencialmente ligados no ombro.

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

                  b) A imagem permanece com o psicoterapeuta holístico.

                  c)A coluna espinal pode está evidenciada por uma linha ou pelo adentramento da face da lateral do tronco. 

    3.9 AS PROPORÇÕES DO CORPO FÍSICO.

    De início, foi no próprio corpo que os seres humanos colheram suas unidades de medida. Buscando em si mesmos referências para descrever as grandezas, utilizaram a distância do cotovelo à ponta do dedo médio, a largura do próprio palmo e a extensão do seu pé. Os dedos, logo tomados como unidades de contagem iriam até dar base a todo um sistema, o decimal. Alguns destes antigos padrões continuam em uso, como o pé e a polegada; ainda se ouve falar em rede de pesca com malha de três dedos, covas de sete palmos de altura ou mãos de milho e de feijão.

    Essa observação das dimensões parece ter surgido na idade da Pedra, há 40 mil anos, quando o homem riscou na rocha o contorno da sua mão, o seu ”negativo” criando a primeira Imagem!

    O mesmo respeito às medidas anatômicas iria transparecer em inúmeros povos da antiguidade, notadamente na escultura-arte que os egípcios ainda submeteriam a mais uma disciplina, a da simetria.

    Marcus Vitruvius Pollo, comumente conhecido como Vitruvius [Vitrúviu], arquiteto e engenheiro romano que trabalhou no primeiro século antes da nossa era, afirma que a simetria é a concordância justa entre as partes da própria obra e a relação entre os diferentes elementos e todo o esquema geral de acordo com uma determinada parte escolhida como padrão.

    Assim, no corpo humano, Vitrúviu demonstra a harmonia simétrica que existe entre o antebraço, o pé, a palma da mão, o dedo e outras partes menores. Compara essas partes as partes de um edifício, continuando a antiga tradição do edifício sagrado visto em termos do corpo humano e, assim, em termos do microcosmo. 
     
     
     

     

                                                 3.10 A PSICOGNOMIA.

    1. A Psicognomia é a ciência que trata dos sinais reveladores crânio faciais e gráficos.

    2. Os cientistas que mais se distinguiram em Psicognomia nos séculos XVIII e XIX e mais contribuíram para desenvolver e encaminhar essa ciência, tornando-a menos arbitrária e mais compreensiva, foram Lavater e Gall.

    3. Instintivamente se procura sondar e penetrar os segredos alheios e saber o que está no invólucro do Ser Humano. O importante é saber se essa intuição tem base ou não na realidade dos fatos, o que é admissível e provável, e o que não é.

    4. Quais os dados certos, científicos, que sobre isso a Psicognomia fornece? Já chegou ela a estabelecer normas e leis suficientes para orientar nesse terreno escuro e tão heterogêneo, e resolver os problemas corriqueiros? Paulo Bouts e Camilo Bouts  a afirmam no livro A PSICOGNOMIA,  Editora Vera Cruz Ltda, quinta edição, ano 1943.

     

                                              3.11 A FISIOGNOMONIA.

    1. A Fisiognomonia não se refere apenas a certas partes, formas e traços da fisionomia humana, mas ao corpo físico inteiro, à sua estrutura, porte etc. Nesta Monografia, para os efeitos de pesquisa de outros psicoterapeutas holísticos, apresentamos uma apertada síntese do tracejo de fisiognomonia de segmentos específicos do corpo físico.

    2. Hipócrates foi fisionomista, assim como os sacerdotes do odismo.

    3. Na escola de Pitágoras não era admitido aluno que não fosse primeiro examinado na cabeça sobre as suas aptidões para os estudos.

    4. Porta, da escola de Aristóteles, fixou em particular, com curiosos desenhos, os caracteres físicos que tornam os homens semelhantes a animais. 
     
     
     
     
     

     
     

          

      FORMAS DA CABEÇAPREDOMÍNIO
      1.CABEÇA ANTERIORIZADAPENSAMENTO LÓGICO
      2.CABEÇA POSTERIORIZADASENTE DEPOIS PENSA
      3.CABEÇA PARA DIREITAFORMAL E RIGOROSO
      4.CABEÇA PARA A ESQUERDAVISÃO LÚDICA DA VIDA
      5.CABEÇA PEQUENA/TRONCO AGIGANTADOVIVE MOMENTO FÓBICO
      6.CABEÇA GIGANTE/TRONCO PEQUENONÃO TEM OPINIÃO PRÓPRIA
      7.CABEÇA SEXTAVADAPRECISA ACHAR UM CAMINHO
      8.CABEÇA OVÓIDEPENSA NO MÍNIMO E NO MÁXIMO
      9.CABEÇA QUADRANGULARVIVE DENTRO DAS REGRAS
      10.CABEÇA TRIANGULADASENTIMENTO DE SER A REFERÊNCIA
      11.CABEÇA AMORFADIFICULDADE DE SE RECONHECER
      12.CABEÇA DE BOLANÃO SE ARRISCA
      13.CABEÇA SOLTAVIVENDO A VIDA DE OUTRA PESSOA
      14.CABEÇA RETANGULARDESFOCADO DO COMPROMISSO
     

    1. A cabeça pode ter uma ou outra conformação geral, ser alta ou baixa, comprida ou curta. Além disso, cada cabeça traz altos e baixos, relevos, concavidades e certas protuberâncias significativas.

    2. Muito mais prático e igualmente científico é a avaliação das conformações mais visíveis da cabeça, ou das grandes linhas do perfil. Para isso, só é preciso ter o senso das proporções normais.

    3. O desiderato aqui, foi apenas oferecer base suplementar para a arte prática de conhecer o Ser Humano.

     
     
     

    FORMAS DO TRONCOPREDOMÍNIO
    1-TRONCO QUADRADOMANTÉM SEGREDO ATÉ A CONCLUSÃO
    2-TRONCO RETANGULAROBSERVADOR DE CONVENIÊNCIAS
    3-TRONCO BARRILMANTÉM SEGREDO POR CONVENIÊNCIA
    4-TRONCO REDONDOMUITA ANSIEDADE E EUFORIA
    5-TRONCO TRIANGULARCENTRADO EM SI
    6-TRONCO VIOLÃOSUPERFICIAL
    7-TRONCO EM AMPULHETARESOLUÇÃO DOS MEDOS
    8-TRONCO TIPO SUPER HOMEMDIFICULDADE DOMÉSTICA
     

    1. A interpretação da Imagem do tronco é possível quando revelada sem roupa.

    2. O tronco é constituído do tórax, do abdome e da pelve. O abdome é dividido em duas partes: o próprio abdome e o “baixo ventre”.

    3. O desiderato aqui, foi apenas oferecer base suplementar para a arte prática de conhecer o Ser Humano.

    3.12 SEGMENTOS BÁSICOS DOS MEMBROS SUPERIORES. 

    Os membros superiores são constituídos pela articulação gleno-umeral, braço, cotovelo, antebraço, punho, mão e dedos, e estão ligados ao tronco pela cintura escapular. A cintura escapular é constituída pela articulação gleno-umeral, escápula e clavícula. 

        3.13 PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS AÇÕES DOS SEGMENTOS SUPERIORES. 
     
     

    Articulação gleno-umeral.                                        Criação.

    Braço.                                                                         Organização.

    Cotovelo.                                          Questionamento.

    Antebraço.                               Planejamento.

    Punho.                                     Impulso.

    Mão e dedos.                          Realização. 
     
     

               3.14 SEGMENTOS BÁSICOS DOS MEMBROS INFERIORES. 
     

    Os membros inferiores são constituídos pela articulação coxofemoral, pela coxa, pelo joelho, pela patela, pela perna, pelo tornozelo, pelo pé e artelho. São ligados ao tronco pelos ossos do quadril. 

       3.15 PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS AÇÕES DOS SEGMENTOS INFERIORES. 
     
     

    Articulação coxofemoral.      Criação.

    Coxa.                                       Organização.

    Joelho.                                   Valorização pessoal.

    Patela.          Velocidade de flexão da perna.

    Perna.                                      Planejamento.

    Tornozelo.                               Coordenação.

    Pé e artelho.                            Sustentação.  
     

     

    I1 BRAÇO MAIOR QUE O ANTEBRAÇO.

    Organiza aceleradamente com a ansiedade de ver pronto e não se satisfaz com o que realizou.

    I2 ANTEBRAÇO MAIOR QUE O BRAÇO.

    Planeja lentamente e é movido pelo instinto, fica satisfeito independentemente de concluir.

    I3.  SOMENTE BRAÇO.

    Organiza com cautela com o compromisso de concluir.

    I1 COXA MENOR QUE A PERNA.

    Organiza aceleradamente com a ansiedade de ver pronto e não se satisfaz com o que realizou.

    I2 COXA MAIOR QUE A PERNA.

    Planeja lentamente e é movido pelo instinto, fica satisfeito independentemente de concluir.

    I3 SOMENTE A COXA.

    Organiza com cautela com o compromisso de concluir. 

                        3.17 CRITÉRIOS PARA INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS. 

    A interpretação básica das Imagens deve ser feita inicialmente através da percepção e observação no tempo aproximado de seis minutos.

    O psicoterapeuta holístico deve colocar as três Imagens à sua frente e observá-las.

    Após interpretação básica, o psicoterapeuta holístico deve seguir os seguintes procedimentos:

    1. Entender que as Imagens são reveladas na folha de forma similar a uma fotografia, ou seja, a Imagem no lado esquerdo da folha revela o lado direito do Cliente e vice-versa.

    2.Procurar entender como o Cliente poderá estar naquele momento.

    3.Não perder de vista os detalhes.

    4.Não julgar.

    5.Lembrar ao Cliente as funções dos segmentos corporais que não foram revelados nas Imagens e ajudá-lo a  compreender  por que as funções daqueles segmentos podem não estar sendo utilizadas por ele.

    5.O psicoterapeuta holístico poderá solicitar novas Imagens do Cliente no intervalo de aproximadamente dois meses.

                    3.18 DISTRIBUIÇÃO DA POSIÇÃO DAS IMAGENS NA FOLHA.

     
     

    Na observação da distribuição da posição das Imagens, o psicoterapeuta holístico poderá perceber como o Cliente exerce sua expressão. A expectativa é de uma Imagem em cada folha. Ao dobrar uma folha nos sentidos horizontal e vertical serão evidenciados:

    1. Parte superior e Parte inferior.

    3. Parte Esquerda (que revela a Imagem do lado direito do Cliente).       “D

    4. Parte Direita      (que revela a Imagem do lado esquerdo do Cliente).  “E

    5. Centro.

                3.19  INTERPRETAÇÃO DA POSIÇÃO DAS IMAGENS NA FOLHA.

    O psicoterapeuta holístico deve verificar o predomínio da posição da distribuição das Imagens, a característica principal, refletir sobre a ementa e pontuação da análise holística. Exemplos mais significativos da distribuição e da posição das Imagens:

             POSIÇÃO DAS IMAGENS EM UMA MESMA FOLHA    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL
    1. UMA IMAGEM NA PARTE SUPERIOR LIRISMO
    2. UMA IMAGEM NA PARTE INFERIOR LÓGICO   
    3. UMA IMAGEM QUE REVELA A ESQUERDA REFERÊNCIA DE MÃE
    4. UMA IMAGEM QUE REVELA A DIREITA REFERENCIA DE  PAI
    5. UMA IMAGEM CENTRADA INDEPENDÊNCIA
    6. UMA IMAGEM COM TAMANHO MAIOR QUE 2/3 DA FOLHA COMPETÊNCIA
    7. UMA IMAGEM COM TAMANHO MENOR QUE 2/3 DA FOLHA MENOS VALIA
    8. DUAS IMAGENS EM UM LADO  ATENTO
    9. DUAS IMAGENS EM DOIS LADOS  FALA , MAS NÃO AGE
    10. TRÊS IMAGENS NA PARTE SUPERIOR OU INFERIORINDEFINIDO 
    11. TRÊS IMAGENS NA VERTICALDISCIPLINADO E ÉTICO
    12. TRÊS IMAGENS NA HORIZONTAL INSEGURO
    13. TRÊS IMAGENS DE TAMANHOS DIFERENTES NA VERTICALJUSTIFICAÇÃO
    14. TRÊS IMAGENS DIFERENTES EM APROXIMADAMENTE 1/3 DA FOLHA RECEIO À MUDANÇAS
    15. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA VERTICAL LIBERDADE CONDICIONAL
    16. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA HORIZONTAL DERROTADO
    17. QUATRO IMAGENS NA HORIZONTAL FLEXIBILIDADE
    18. QUATRO IMAGENS NA VERTICAL AUTOPERCEPÇÃO 
     

                                    1. UMA IMAGEM NA PARTE SUPERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:       LIRISMO.

    EMENTA: Cliente estruturado em cima de valores filosóficos e religiosos, com significativa capacidade perceptiva.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com facilidade para lidar com linguagem filosófica, emocional e do próprio comportamento.

    2. Cliente que se constrói e se localiza com entusiasmo.

    3. Cliente que se estrutura basicamente a partir dos sonhos.

    4. Cliente com valores éticos muito fortes.

                                     2. UMA IMAGEM NA PARTE INFERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:        LÓGICO.

    EMENTA: Cliente que precisa de comprovações, que cria seus princípios, suas verdades e seus próprios conceitos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quanto mais baixa estiver à imagem na folha mais indicada é a conversa em cima de conceitos, de valores, de pensamentos e de conclusões.

    2. Cliente com dificuldade para aceitar a linguagem da religiosidade.

    3. Cliente que quer saber quanto tempo vai durar seu tratamento e exige resposta.

    4. Cliente que se constrói em cima de fatos reais e de experiências comprovadas.

    5. Cliente com dificuldades de acreditar em projeções.

    3. UMA IMAGEM QUE REVELA A ESQUERDA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                REFERÊNCIA DE MÃE.

    EMENTA: Cliente com predomínio da história evolutiva e da autopriorização, com prevalência da afetividade.

    ANÁLISE HOLÍSTICA

    1. Cliente que não gosta de ter nada no seu entorno. O Cliente somente encontra solução se tirar tudo da sua volta e se concentrar em si.

    2. No caso de trabalho em grupo, o trabalho desse Cliente não será produtivo.

    4. Cliente que faz tudo em nome do amor ou tudo em nome da raiva, porém tudo é justificado no sentimento vivido em relação à situação.

    4. UMA IMAGEM QUE REVELA A DIREITA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:              REFERÊNCIA DE PAI.

    EMENTA: Cliente com dificuldade de encontrar seu caminho se não tiver a referência do outro.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O jeito do Cliente em lidar com a vida é semelhante ao jeito do seu pai.

    2. Cliente com a preocupação de está adequado e ajustado ao social.

    3. A imagem à esquerda da folha revela o lado direito do corpo físico.

    5. UMA IMAGEM CENTRADA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                    INDEPENDÊNCIA.

    EMENTA: Cliente com o conceito de que a expressão é uma liberdade, é uma autoria, e um direito somente seus.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente independente dos problemas e das dificuldades que possa ter.

    2. Cliente que tem ou experimenta um conceito.

    3. Cliente que pode ter o conceito de que a expressão, a mostra, e a representação é um direito somente seu.

    4. Cliente que reconhece o seu direito a espaço e manifestação dos seus conteúdos.

    6. UMA IMAGEM COM TAMANHO MAIOR QUE 2/3 DA FOLHA.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            COMPETÊNCIA.

    EMENTA: Cliente com tendência a ser capaz de tudo, muito exigente consigo e que vive dentro da regra da obrigatoriedade de alcançar o máximo. Sua palavra de ordem é, competência!

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A energia de competência que circula pelo corpo físico é ordenada e distribuída a partir da sua face lateral, de uma forma especial a face lateral do tronco. 

    7. UMA IMAGEM COM TAMANHO MENOR QUE 2/3 DA FOLHA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                                MENOS VALIA.

    EMENTA: Cliente que sub-estima o valor próprio. Não se permite ocupar com intensidade todo o lugar que lhe é devido.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A menos valia é o espelho da timidez.

    2. Áreas nobres para a terapia corporal:

    2.1Tornozelos, joelhos, posterior do corpo, polegares, queixo, orelhas, sobrancelhas, planta do pé, calcâneo, e 3º quadrante do couro cabeludo. 

    8. DUAS IMAGENS EM UM MESMO LADO. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                  ATENTO.

    EMENTA: Cliente que tem necessidade de aguardar que alguém lhe dê a palavra para se manifestar e que necessita de muito tempo para poder falar e se realizar. Cliente que observa o tempo todo.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A expressão do cliente  é determinada e medida pelo externo.

    2. A maneira de interpretar suas experiências  deixa o Cliente na crença de que ele precisa aguardar autorização para poder dizer, para se manifestar, para se revelar.

    3. Cliente que quando consegue dizer, sua ânsia de falar é  grande e  não dá espaço para perguntas porque  acredita que não vai ser autorizado a falar de novo.

    4. Cliente que revela ser atento, quieto e silencioso.

    5. Cliente que se for chefe vai mandar e desmandar e tomar conta de tudo o que estiver acontecendo.

    6. Cliente que se tiver pouco tempo para falar não conseguirá mostrar o seu resumo em menos de uma hora.

    7. Cliente com tendência ao medo da reação de quem o ouve.

    8. Cliente muito atento. Armar-se muito facilmente de defesas frente ao que observa e no ambiente  nada lhe passa desapercebido.

    9. Cliente que tem dificuldades de escutar.

    9. DUAS IMAGENS EM DOIS LADOS. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                  FALA, MAS NÃO AGE.

    EMENTA: Cliente que explica, sugere, indica, promove e dirige, mas não age. Realiza-se imaginando, porém com ótima organização mental.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que desenvolveu mais a expressão  de explicar, sugerir, indicar,  promover,  e dirigir do que a manifestação da ação organizada.

    2. O Cliente fala mais do que age e se projeta imaginando o fazer, ou seja, se realiza com a projeção do imaginário.

    3. No comportamento social do Cliente também poderá existir dificuldade para o processo de integração e sua atuação é extraordinariamente desorganizada.

    10. TRÊS IMAGENS NA PARTE SUPERIOR OU INFERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL :                        INDEFINIDO.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente não está conseguindo aproveitar livremente a ocupação dos espaços que lhe são de direito.

    2. O Cliente não consegue definir ou a redefinir os papeis e as funções de permissão ou reformular o seu estar nas situações que  enfrenta.

    11. TRÊS IMAGENS NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:       DISCIPLINADO E ÉTICO.

    EMENTA: Cliente com o compromisso de manter-se dentro e segundo o meio em que vive, organizando-se através de ensaios, demonstrando disciplina e ética naquilo que lhe foi determinado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que vive a necessidade de uma pessoa que aprendeu e que assumiu como comportamento a postura que lhe foi autorizada.

    2. Cliente com dificuldade para se mover ou aceitar mudança.

    3. Cliente que vive  aprisionamento ao que foi previamente determinado.

    4. Cliente com tendência a ser obediente e eficiente.

    5. Cliente que é competente  sob comando.

    6. Pensando ou ensaiando formato o Cliente  dá vazão à energia.

    7. O movimento da troca com esse Cliente pode ser pequeno.

    8. Cliente que só de dizer para o psicoterapeuta holístico que está vivendo algo, sai do consultório e sente que está tudo solucionado.

    9. Cliente com tendência a possibilidade de programar tempo.

    12. TRÊS IMAGENS NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                                INSEGURO.

    EMENTA: Cliente com dificuldade para experimentar seu direito a manifestação à expressão, ao seu querer, e aos seus movimentos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que não faz diferenciação muita definida entre o que é dele e o que é do outro.

    2. Cliente com a mesma característica encontrada no o traço fraco, ou seja, a insegurança.

    3. Cliente que tem o maior respeito pelo externo e a virtude da obediência.

    4. Cliente que vive uma certa dificuldade que pode variar até ao estado de fobia frente à possibilidade de mudança.

    5. O nível de igualdade que o Cliente coloca nas coisas é grande.

    6. Cliente que não é apegado, que não é pegajoso, mas é misturado.

    14. TRÊS IMAGENS DE TAMANHOS DIFERENTES, NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            JUSTIFICAÇÃO.

    EMENTA: Cliente com a crença de que uma vez assumido um perfil ou um papel, não terá condições nem será apto a nenhuma outra atividade.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com comportamento autolimitante.

    2. Cliente que determina a sua impossibilidade de variar e justifica tudo a ferro e fogo.

    15. TRÊS IMANGENS DIFERENTES EM APROXIMADAMENTE 1/3 DA FOLHA.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                              RECEIO A MUDANÇAS.

    EMENTA: Cliente que se mantém no lugar em que foi colocado e que receia o retorno a quaisquer movimentos de mudança.  

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que tem medo de mudar pela insegurança em relação aos resultados.

    2. Cliente que tem medo de ser rejeitado.

    3. Cliente que vive grande dificuldade e grande limitação para exercer a segurança em relação ao seu lugar, ao seu papel, à sua importância.

    4. É o Cliente que pode provocar confusão se mudar de atividade e de hábitos.

    16. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA VERTICAL.

     

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:           LIBERDADE CONDICIONAL.

    EMENTA: Cliente que está se mantendo aprisionado, sem condições de projetar, ou está se sentindo chantageado ou ameaçado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente  com tendência  à queixas sobre fibromialgia, artrite e  artrose.

    2. A situação do Cliente poderá estar se deteriorando mas não sabe como, nem procura os recursos para se livrar.

    3. Cliente sabe o que não pode fazer.

    4. Cliente que poderá ter na face lateral da perna um  fluxo em turbulência.

    17. TRÊS IMAGENS ”JOGO DE VELHAS” NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                 DERROTADO.

    EMENTA: Cliente que está alimentando um sentimento de derrota ou com o “tapete puxado”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com a grande virtude da paciência.

    2. Cliente dominado pelo sentimento de derrota, sente que perdeu o seu chão ou que foi enganado.

    3. O sentimento de derrota também pode ser manifestado pelas  sobrancelhas caídas, ou seja, baixas.

    18. QUATRO IMAGENS NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            FLEXIBILIDADE.

    EMENTA: Cliente com a expressão que o faz acreditar que precisa se ajustar a cada ambiente. Cliente “camaleão”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com o compromisso de manter-se com mil faces.

    2. Cliente que segue o lema “em Roma como os romanos”.

    19. QUATRO IMAGENS NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                        AUTOPERCEPÇÃO.

    EMENTA: Cliente com dificuldade de reconhecimento das suas experiências.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com uma capacidade invejável de autopercepção e de nomeação dos seus sentimentos.

    2. Cliente que estabelece as nuances do seu sentimento mas não sabe descrevê-los.

                     3.20 INTERPRETAÇÃO DOS TIPOS DE TRAÇOS DAS IMAGENS.

    O tracejar é que revela as imagens; seu caráter sério tem como contrapartida o acesso ao universo do Cliente e, através da sua interpretação, o psicoterapeuta holístico consegue também “pistas” das principais tendências do predomínio comportamental do Cliente nos quais limitar-nos-emos a indicar os mais significativos:

                             TIPOS DE TRAÇOS DAS IMAGENS                     PREDOMÍNIO
    1. TRAÇO GROSSOSABER O QUE QUER
    2. TRAÇO FORTERIGORISMO
    3. TRAÇO FINOVACILANTE
    4. TRAÇO FRACOINSEGURANÇA
    5. TRAÇO COM ENCAPSULAMENTOCAUTELOSO
    6. TRAÇO DESCONTÍNUONÃO ÉTICO
    7. TRAÇO CONTÍNUODEPENDE DO OUTRO
    8. TRAÇO UNIFORMEINFLEXIBILIDADE
    9.TRAÇO EM GOMOSPERSISTÊNCIA
    10.TRAÇO PONTILHADO NÃO EXPERIMENTAR
    11.TRAÇO EM ONDASAUTO-EXIGÊNCIA PENOSA
    12.TRAÇO COM CONVEXIDADESUPERFICIALIDADE
    13.TRAÇO COM CONCAVIDADEEXPERIMENTO LIVRE
    14.TRAÇO COM PRESENÇA DE UM  XCÉLULA MÃE
    15.TRAÇO EM FÍSTULADESEQUILÍBRIO DE ENERGIA
    16.TRAÇO SOBREPOSTOLIBERDADE E VALORIZAÇÃO DO SOCIAL
    17.TRAÇO EM “PALITINHO”RECONSTRUÇÃO

    1. TRAÇO GROSSO.

    PREDOMÍNIO:                                                                          SABER O QUE QUER.

    EMENTA: Cliente que está seguindo o que já conhece e que não se prende a estatuto, seita ou pensamento filosófico.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que acredita que já chegou ao máximo e que não pode mais passar disso.

    2. O Cliente está vindo no cumprimento de uma metodologia que deu certo.

    3. Quem no corpo físico trabalha a liberdade para o desdobramento das possibilidades é o terço central de todas as estruturas longas ou sejam:

    3.1 O terço central da coxa, das pernas, dos braços, dos antebraços e da lateral de tronco.  

    2. TRAÇO FORTE.

    PREDOMÍNIO:                                                                            RIGORISMO.

    EMENTA: O traço é vincado e bem evidenciado. O Cliente é auto-exigente no compromisso de cumprir o estabelecido e rigoroso com os princípios éticos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Na interpretação do traço forte o psicoterapeuta holístico observa  que o Cliente se exige muito e que tem o compromisso muito severo consigo.

    2. A autocrítica, a auto-exigência e o compromisso de realizar, são funções do couro cabeludo, que mostra o potencial. Também é uma função do pé que mostra a firmeza, a segurança e capacidade de se sustentação.

    3. O psicoterapeuta holístico tem a definição do traço forte quando todo o traço da imagem é vincado e bem evidenciado.

    4. O Cliente de traço todo forte faz revisão tendo em vista que cada um dos seus movimentos precisa estar de acordo com o programa por ele próprio estabelecido com uma quantidade grande de quesitos, de exigências, e de detalhes.

    5. As estruturas mais sensíveis no Cliente que  faz o traço todo forte são as falanges distais dos dedos e dos artelhos. As falanges distais dos dedos e dos artelhos estabelecem e lançam na ação os impulsos da confiança na qualidade do que se faz e na possibilidade de retornos com o que se fez.

    6. De uma forma especial, as unhas vibram o sentimento de confiança do que se é capaz de realizar e, se aquilo que será feito, trará retornos. 
     

    3. TRAÇO FINO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                          VACILANTE.

    EMENTA: Cliente que está no desuso da habilidade de criar para si formatos modelos e caminhos e precisa ser elogiado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O  propósito do psicoterapeuta holístico deverá se voltar para motivar no Cliente o sentimento de autovalor e do direcionamento. É o traço do Cliente sem presença.

    2. O Cliente do traço fino diz que sente conforto na condição de ser conduzido.

    3. O Cliente está aprisionado à forma do outro ou não existe confiança no poder de autodireção.

    5. O Cliente pode fazer abdome protuso.

    6. O Cliente está alimentado pela crença de que a direção externa é melhor.

    7. A terapêutica está no foco da habilidade da autoconfiança, que é uma função  representada no corpo físico pela face medial das pernas, principalmente esquerda,  pelos punhos que ativa a coragem, somados à última falange de dedos e artelhos, que dão confiabilidade no poder de realização.

    8. Alguns Clientes sentem dor na área subdiafragmática.

    4. TRAÇO FRACO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                   INSEGURANÇA.

    EMENTA: Cliente com a insegurança para conquistar para si o direito de ser parte, de estar presente, de conquistar o direito de poder e de ocupar um lugar conscientemente.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. No atendimento do Cliente de traço fraco o psicoterapeuta holístico  deve procurar  somente evidenciar as qualidades.

    2. Quando há predomínio do traço fraco o sentimento vivido pelo Cliente é de que ele sempre tem que pedir “licença” para tudo.

    3. Na terapêutica corporal para o traço fraco são importantes os seguintes segmentos: os joelhos, o queixo, a face posterior de todo o corpo, os mamilos, as sobrancelhas e as extremidades distais. 
     

    5. TRAÇO COM ENCAPSULAMENTO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                        CAUTELOSO.

    EMENTA: O encapsulamento é evidenciado pela duplicidade do traço no contorno do corpo físico e o espaço entre os dois traços. 

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Sempre que o encapsulamento é revelado a terapêutica deve ser dirigida para a conquista da naturalidade e da espontaneidade.

    2. O segmento nobre de desenvolvimento da espontaneidade e da naturalidade é a face posterior da coxa, associado à face anterior e face posterior dos ombros.

    3. O Cliente tem a necessidade de se manter com muita cautela e o tempo todo com muita defesa.

    4. O segmento que processa o mecanismo básico de defesa é a nádega. Na mesma proporção que existe o encapsulamento, existem camadas de tensão nas nádegas. 

    6. TRAÇO DESCONTÍNUO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                          NÃO ÉTICO.

    EMENTA:O traço descontínuo é identificado por ser feito com espaços intermitentes.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O traço descontínuo evidencia que não é mais necessário estar fazendo no esforço do cumprimento.

    2. O traço descontínuo revela que existe o sentimento de não direito e de não cumprimento da ética.

    3. No corpo físico dois segmentos são extremamente importantes: os joelhos em todas as suas faces, principalmente a face lateral que processa os fluxos que alimentam o sentido da exclusividade e o mamilo, que é o segmento ativador da personificação.

    4. O Cliente pode ter o sentimento de  não saber ao certo como se manifesta e de não conseguir ficar liberto para se distanciar daquilo que está estabelecido. Faz pose para ficar seguro e fala que está tudo bem para não denunciar o desconforto que tem. 
     

    7. TRAÇO CONTÍNUO.

    PREDOMÍNIO:                                                                        DEPENDE DO OUTRO.

    EMENTA: Traço contínuo é aquele onde não existe espaço entre o traço. Cliente educado e treinado, mas que está pedindo ajuda para ser liberado do seu compromisso de sempre fazer segundo o que ele projeta que o outro espera.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. É o Cliente que tem o compromisso de fazer o que ele acha que o outro quer que ele faça.

    2. O Cliente que tem dentro de si o compromisso e a fidelidade àquilo que imaginou ser expectativa do outro.

    3. Cliente prestador de serviços somente para o outro.

    4. O traço contínuo orienta ao psicoterapeuta holístico de que o Cliente precisa de  estímulo para conseguir exercer com  tranqüilidade a ação de autofavorecimento.

    5. O cliente está pedindo liberdade para fazer segundo a sua maneira em benefício de si mesmo ou a partir das próprias convicções para favorecer-se também.

    8. TRAÇO UNIFORME.

    PREDOMÍNIO:                                                                               INFLEXIBILIDADE.

    EMENTA: No traço uniforme o Cliente não tira o lápis do papel, a imagem tem o tipo da figura do desenho infantil denominado “biscoito”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A terapêutica do traço uniforme exige concentração para a liberação das áreas da pelve, notadamente a coxofemoral, a região axilar, a “saboneteira” e a face lateral do pescoço.

    2. O Cliente deve ser esclarecido que não há mais a necessidade de se fixar na crença de se manter segundo o habitual.

    3. A terapêutica é de exercitar a criatividade, o questionamento, e ajudar o Cliente a ganhar movimento de pelve e de coxofemoral para se libertar da rigidez dos jeitos e maneiras pré-estabelecidas. 
     
     
     

    9. TRAÇO EM GOMOS.

    PREDOMÍNIO:                                                                                    PERSISTÊNCIA.

    EMENTA: O tracejo em gomos é feito na forma da figura do desenho conhecido como “Popaye”. Em geral a cabeça é mais ovóide, ou o quadril está para um lado e a cabeça para o outro. O Cliente que “malha” apresenta essa formatação.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente tem um intenso alcance de valores, de regras, de princípios, de conceitos que o fazem cumpridor fiel daquilo que é estabelecido como convenção, moda, religião, política, etc.

    2. O tracejo em de gomos, fecha nas articulações. O Cliente não questiona e por isso não é uma referência.

    3. O Cliente tende a querer ficar atrás de alguma coisa e somente mostrar a cara.

    4. O Cliente experimenta o compromisso de se manter fixado nos comportamentos vividos.

    5. O Cliente é um protótipo da virtude da determinação e da capacidade de ser persistente. Quanto mais obstáculo mais tesão para fazer.

    6. O Cliente tem dificuldade em variar a forma de agir e de se apresentar.

    10. TRAÇO PONTILHADO.

    PREDOMÍNIO:                                                                         NÃO EXPERIMENTAR.

    EMENTA: O traço é definido por pontos ou pequenos traços de contorno. A característica básica desse Cliente é de passar por cima, abandonar e não experimentar.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com tendência de não ir até o estágio de satisfação.

    2. Cliente com dificuldade de continuar. As coisas são passadas, sobrepostas, abandonadas, largadas, dadas como prontas antes que ele experimente o sentimento de realização.

    3. Existe uma manifestação que fala e trata da mesma coisa do traço pontilhado, são as desordens venosas como as varizes, as telangiectasias e as flebites.

    4. O Cliente tem a sensação de ter os seus ombros quadrados e grandes, mesmo que sejam caídos.

    5. A terapêutica é descobrir o jeito próprio de fazer e o  estilo pessoal. 
     

    11. TRAÇO EM ONDAS.

    PREDOMÍNIO:                                                               AUTO-EXIGÊNCIA PENOSA.

    EMENTA: Tracejo revelado nos segmentos corporais em ondas.  Cliente que está exigindo-se além das suas possibilidades e faz avaliação severa de si mesmo. A Imagem também poderá revelar ombro elevado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que está pedindo para sair do processo de autocrítica e de avaliação severa de si mesmo.

    2. O Cliente está num momento de auto-exigência penosa. Está se cobrando como um comandante severo.

    3. A terapêutica é trabalhar a vibração da amorosidade consigo e a liberdade de fazer pelo prazer de fazer ou simplesmente para experimentar.

    4. No corpo físico quem vibra a intensidade da obrigatoriedade, são as fibras superiores do músculo trapézio.  

    12. TRAÇO COM CONVEXIDADE.

    PREDOMÍNIO:                                                                           SUPERFICIALIDADE.

    EMENTA: Tracejo onde anatomicamente não existe o abaulamento. Cliente com muita análise e pouca ação, muito conceito e pouco saber. 

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A convexidade define com clareza que o Cliente não exerce a liberdade de fluência.

    2. Na região da convexidade existe fluidez profunda, mas falta fluidez na superfície. Isso significa que existe o exercício do pensar, do ponderar, do avaliar, do levantar hipóteses. 
     
     
     
     
     
     
     

    13. TRAÇO COM CONCAVIDADE.

    PREDOMÍNIO:                                                                        EXPERIMENTO LIVRE.

    EMENTA: Tracejo adentrado num lugar onde anatomicamente o adentramento não existe.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente necessita de ativar a espontaneidade que é processada na face posterior da coxa e no terço central da anterior do ombro.
     

    14. TRAÇO COM PRESENÇA DE UM X.

    PREDOMÍNIO:                                                                                      CÉLULA MÃE.

    EMENTA: Cliente com predomínio do desequilíbrio na área marcada pelo X.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O X na Imagem é  sinônimo de célula mãe do momento.

    2. O psicoterapeuta holístico percebe a marcação do X quando é revelada a sobreposição de traço. É muito fácil de ver, mas aparece X em qualquer tipo de tracejado.

    3. Toda vez que for revelado o X, está localizada a célula mãe do problema.

    4. O X  é revelado em aproximadamente 90% das Imagens e é possível ter mais de um X na mesma Imagem. Aproximadamente 60% das vezes se identifica mais de um X.

    5. A célula mãe revela porque o Cliente está vivendo o conflito, agora.

    5.1 Exemplos: revelou um X no segundo dedo. O segundo dedo é sinônimo de assertividade e fígado.

    5.2 A célula mãe está revelada no nariz. Então o desequilíbrio pode ser conseqüência das dificuldades de envolvimento que nesse momento o cliente está vivendo. 
     
     
     
     
     

    15. TRAÇO EM FÍSTULA.

    PREDOMÍNIO:                                                          DESEQUILÍBRIO DE ENERGIA.

    EMENTA: É parte de um traço descontínuo com aberturas. Para ser definido como fístula, o traço tem que ser bem caracterizado com uma abertura para dentro e uma abertura para fora.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A fístula revela que não está havendo renovação adequada na energia naquele órgão.

    2. Nenhuma área fistulada  faz desequilíbrios imediatos não ser que na mesma área estiver revelada a presença de vários X sobrepostos.

    3. Ao identificar a fístula, o psicoterapeuta holístico poderá localizar o(s) órgão(s) que correspondem àquele segmento.

    3.1 Por exemplo: fístula na articulação coxofemoral. Os órgãos diretamente relacionados são: os da reprodução e a tireóide.

    16. TRAÇO SOBREPOSTO.

    PREDOMÍNIO:                                     LIBERDADE E VALORIZAÇÃO DO SOCIAL.

    EMENTA: São vários traços fazendo o mesmo contorno sem fechamento. Cliente que experimenta uma grande preocupação em relação à observação do externo, às maneiras habituais e àquilo que socialmente é aceito.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A terapêutica é  trabalhar o mamilo. A existência da sobreposição informa que o Cliente deve reconhecer e praticar as próprias características.

    2. O objetivo da terapêutica é ajudar o Cliente a permitir e equilibrar os seus esforços para a autoqualificação.

    2. O Cliente é muito criativo mas precisa ganhar autorização para se autoqualificar, tanto no sentido de capacitação e de habilidade quanto de objetivos.

    3. O Cliente com  múltiplos traços memoriza qualificações, nomes , adjetivos e vive segundo aquilo que marcou como sendo a opinião externa em relação si.

    4. Quando é revelada a multiplicidade de traço na lateral do quadril esquerdo pode-se dizer que o Cliente é egoísta, mas se inclui pouco nas coisas.

    5. O Cliente pode também ser rotulado pelo psicoterapeuta holístico como  “entrão” e  muito atrevido,  desse modo, o Cliente poderá iniciar sua autoqualificação.

    6. O Cliente com o tracejo em duplicidade é cheio de pré-conceitos em relação a si mesmo porque ouviu, porque assimilou, etc. 
     

    17. TRAÇO EM “PALITINHO”. 

    PREDOMÍNIO:                                                                            RECONSTRUÇÃO.

    EMENTA: Cliente que busca a validação de seus potenciais. As áreas principais para a terapêutica são a do couro cabeludo. 
     

     
     
     

    A simples observação de um grupamento de Imagens do corpo físico, evidencia  imediatas variações entre os componentes do grupo. Denominamos estas variações, que se apresentam externamente, de “as formas das Imagens Holísticas”. Daí dizer-se que a forma, na interpretação das Imagens Holísticas, é uma constante.

    Quando da interpretação das Imagens isoladas, ou em conjunto, o psicoterapeuta holístico não deve esperar encontrar sempre a mesma forma.

    Às formas, deve-se acrescentar aquelas decorrentes da idade, do sexo, da raça, do tipo constitucional e da evolução. Estes são, em conjunto, o que denominamos de fatores das formas gerais. A forma poderá ser revelada na Imagem completa do corpo físico de frente, de perfil, de costas ou somente em segmento específico. 

                             

                      AS FORMAS DAS IMAGENS HOLÍSTICA                   PREDOMÍNIO
      1. FORMA QUADRADAINFLEXIBILIDADE
      2. FORMA TRIANGULADASABE O QUE SENTE E O QUE QUER
      3. FORMA RETANGULARREVISÃO
      4. FORMA REDONDAPOLARIDADE DO EXCESSO
      5. FORMA COMPARTIMENTADACAUTELA
      6. FORMAÇÃO DE BOLSAPERSISTÊNCIA
      7. FORMA DE SEGMENTO COBERTOJEITO PRÓPRIO 
      8. FORMA COM MARCAÇÃO DAS ARTICULAÇÕESMUITA PONDERAÇÃO E POUCA AÇÃO
     
     
     
     
     

    1. FORMA QUADRADA.

    PREDOMÍNIO:                                                                               INFLEXIBILIDADE.

    EMENTA: Cliente que está pedindo pela conquista da flexibilidade. A imagem é quadrada do pescoço até o pé, somente a cabeça é redonda.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Algumas possibilidades da forma quadrada:

    I.Tronco quadrado e os membros não quadrados;

    II.Tronco não quadrado com o membro quadrado;

    III.Um único membro quadrado.

    2. É bastante possível que o psicoterapeuta holístico encontre os desequilíbrios que são habituais ao uso excessivo da intelectualidade e da razão.

    3. Os principais desequilíbrios residem nas articulações e nos músculos.

    4. Outras queixas bastante possíveis:

    4.1 Disfunções renais;

    4.2 Desequilíbrios funcionais dos intestinos;

    4.3 Dor de cabeça.

    5. Essas manifestações contam do processo de utilização preponderantemente da ação que pensa, arquiteta, organiza e age segundo as atitudes organizadas.

    2. FORMA TRIANGULADA.

    PREDOMÍNIO:                                              SABE O QUE SENTE E O QUE QUER.

    EMENTA: Cliente com imensa capacidade de saber o que sente e o que quer.  

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O psicoterapeuta holístico deve o mais rapidamente possível  observar a articulação coxofemoral.

    2. Qualquer trabalho em direção à articulação coxofemoral é um grande auxílio  para a forma triangulada.

    3. O psicoterapeuta holístico deve recomendar ao Cliente a dançar, fazer exercícios de alongamento e de práticas de criatividade. 
     
     
     
     
     

    3. FORMA RETANGULAR.

    PREDOMÍNIO:                                                                                              REVISÃO.

    EMENTA: Cliente com o comportamento de fazer movimentos de ir, de voltar, de conferir, de fazer muitas vezes.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quando predomina a forma retangular o corpo físico está pedindo duas coisas:

    1.1 Primeira: para que se desenvolva mais a ação que complementa;

    1.2 Segunda: ajuda para manter o propósito de realização até o final.

    2. O movimento de fazer e refazer predispõe o abandono de idéias. O Cliente faz e refaz e sempre deixa coisas para acontecer.

    3. A complementação é o pensamento a ser adquirido e a habilidade para permanecer até o final, que pode até ser um  grande desafio. O Cliente nem sempre termina, mas começa e retoma do início de novo para conferência.

    4. A força de objetivação das mamas também estabelece a vontade de completar.

    5. Não muito raramente, na forma retangular, em mulheres, existe sofrimento mamário.

    6. Nos homens essa manifestação se faz mais ao nível prostático.

     

    4. FORMA REDONDA.      

    PREDOMÍNIO:                                                              POLARIDADE DO EXCESSO.

     
     
     

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Se o Cliente está no nível da polaridade do excesso, pode projetar a forma redonda, mas o seu comportamento é o da forma quadrada.

    2. Quando a imagem revela a forma redonda significa que existe a possibilidade de presença marcante da atitude boazinha, compreensiva, servil, disponível.

    3. É importante pesquisar o nível de frustração, de decepção e de carência que esse Cliente armazena.

    4. Quando se cede mais do que se deve, acontecem no corpo físico as disfunções intestinais, principalmente aquelas que fazem as fezes mais líquidas.

    5. Quase todas as Imagens redondas revelam o experimento do estado de carência. Há uma lista de carência de retornos, mas o Cliente não as reconhece.

    6. A terapêutica corporal a ser trabalhada é a região zigomática que é a área nobre do estado de carência, em conjunto com a face medial dos joelhos.

    7. No corpo físico, os músculos adutores e abdutores dos artelhos e dos dedos, a patela, a articulação gleno-umeral e a face anterior dos joelhos, são os segmentos nobres da terapêutica para a forma redonda.

    5. FORMA COMPARTIMENTADA.

    PREDOMÍNIO:                                                                                             CAUTELA.

    EMENTA: Tracejo onde os segmentos corporais estão separados uns dos outros.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A Imagem revela o pedido do Cliente: sair do movimento de fazer uma parte, analisar tudo, verificar as possibilidades, fazer mais uma parte, parar e verifica novamente.

    2. Cliente com atitude muito cautelosa onde tudo é avaliado, ponderado, observado detalhe por detalhe, pensadas todas as possibilidades e soluções, antes da execução.

    6. FORMAÇÃO DE BOLSAS EM SEGMENTOS.

    PREDOMÍNIO:                                                                                   PERSISTÊNCIA.

    EMENTA: O tracejo da formação da bolsa em segmentos é contínuo, com um espaço, ou seja, um traço é acompanhado por outro traço, no início, no meio e no fim.   

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A imagem da formação de bolsas em segmentos está revelando que é necessário para o Cliente, organizar, planejar e finalizar o projeto. A presença da bolsa também informa que o Cliente está vivendo sentimento de certeza.

    2. O psicoterapeuta holístico observa se o Cliente quer ou não quer continuar com uma determinada atividade, verificando se na imagem das costas existe a presença de bolsa. Revelou a bolsa na referida Imagem o psicoterapeuta pode assumir que o jeito que o Cliente está fazendo é o certo então, que persista. 

    7. FORMA DE SEGMENTO COBERTO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                  JEITO PRÓPRIO.

    EMENTA: Segmento coberto é o tracejado semelhante a cobertura com uma capa. Também é considerado segmento coberto quando um segmento está sobrepondo o outro.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quando a Imagem revela segmento coberto o pedido é para executar do jeito próprio, pois será mais satisfatório, mais produtivo e mais realizador.

    2. O corpo físico está sinalizando que função do segmento coberto está sendo exercida segundo o manual, ou a prescrição externa, e que aquela forma de execução não é satisfatória para o Cliente.

    8. FORMA COM MARCAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES.

    PREDOMÍNIO:                                           MUITA PONDERAÇÃO E POUCA AÇÃO.

    EMENTA: O tracejo é evidenciado pela marcação nas articulações.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A imagem revela que o Cliente pondera muito e executa pouco.

    2. A imagem revelada mesmo que com roupa com as articulações marcadas, evidencia que o psicoterapeuta holístico está diante de um Cliente absolutamente sensível, mas com a postura de racional e lógico. 

    CAPÍTULO 4. RESULTADOS. 

    4.1 A utilização prática da interpretação da Imagem Holística do Cliente como técnica suplementar da psicoterapia holística revela rapidamente a forma em que os desequilíbrios se manifestam.

    4.2 Os sinais e os sintomas percebidos e verbalizados pelo psicoterapeuta holístico, progressivamente, levam o Cliente, a desenvolver o autoconhecimento e a rápida aceitação das demais técnicas psicoterapeuticas, validando e aceitando os processos de transformação  que são orientados por suas principais queixas. 
     
     
     
     

    CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.

    5.1 Vimos neste trabalho a técnica para a Análise de dezoito exemplos de Distribuição das Imagens na Folha, dezessete Tipos de Traços, oito Formas geométricas de Imagens, dezoito formas da cabeça, oito formas do tronco e dos segmentos básicos dos membros superiores e inferiores, todos referentes ao corpo físico e de usos possíveis como técnica suplementar na psicoterapia holística.

    5.2 Vimos também através da análise holística, que são muitas as informações úteis e vitais que podem ser extraídas da Análise da Imagem do próprio Cliente.

    5.3 Está evidenciado na ampla bibliografia existente que trata entre outros, de sistemas de tipologia, representações simbólicas, filosóficas e até religiosas, o desiderato em classificar as pessoas por seus comportamentos e atitudes.

    5.4 A comparação da linha seguida por esta Monografia com a bibliografia existente poderia ser fundamentada no princípio orientador da técnica ora apresentada que leva também em considerações os aspectos sócio-somato-psíquicos, em que as interações das estruturas física, dinâmico funcional e psíquicas correspondentes, podem ser reveladas.

    5.5 Por outro lado, a bibliografia especializada não apresenta nenhuma técnica suplementar a ser aplicada na psicoterapia holística, e, desse modo, não há razões para discordar dos diversos autores que já publicaram seus livros com objetivos específicos, merecem aplausos! Deixamos para os psicoterapeutas holísticos e para a Comunidade de Estudos Avançados em Psicoterapia Holpistica, se for o caso, a ampla discussão sobre a presente Monografia.

    CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.

    6.1 Considerem este trabalho como resultados da intervenção de vários atendimentos, de estudos e pesquisas realizados pelo autor. É uma opção que abrange a complexidade dos contornos e dos estados humanos em conjugação com o somático, dos pontos de vista objetivo, subjetivo e psíquico, através da composição de um modelo lógico, ou seja, a estrutura que viabiliza a Análise da Imagem Holística do Cliente. Esse modelo em progressão, sendo aperfeiçoado com observações constantes, trará cada vez mais nitidez e exatidão, eliminando omissões e equívocos grosseiros, expondo, ao final, através da observação, os meandros corretos das relações mente-corpo físico. 
     

    6.2 O desiderato do autor em apresentar especificidades da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente é para que a mesma seja amplamente discutida, testada, validada e, finalmente, que os terapeutas holísticos, a utilizem como um equipamento suplementar do seu atendimento. Neste modelo não há irracionalismos. A Análise da Imagem Holística do Cliente acontece à luz do que todos nos sabemos, e sabemos mais do que se pode imaginar superficialmente, ou já detemos informações em um nível para justificar a aplicação da técnica ora apresentada.

    6.3 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A psicoterapia holística impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno e que o cultivo de comportamentos que satisfazem mais aos outros do que a si mesmo exige a inibição de vontades e necessidades, limita a expressão, a criatividade, e estimula o predomínio da racionalidade.

    6.4 Através da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente, o psicoterapeuta holístico poderá determinar outros procedimentos para sua estratégia, bem como as diretrizes eficazes para a terapêutica holística aplicável, pois em se tratando de uma queixa qualquer, o pensamento abstrato do psicoterapeuta holístico nunca deixa de inquirir repetidamente sobre a causa.

    6.5 Aquele que desejar firmar os pés nas técnicas básicas de Aconselhamento, deve ter bem claro, mediante profunda reflexão, que a inquirição sobre a origem da causa da queixa do Cliente deve cessar em algum ponto, pois ao ultrapassá-lo, estará praticando um mero jogo de pensamento.

    6.5.1 Ao observarmos os “sulcos” em uma pista de pouso, poderíamos inquirir a origem desses sulcos e como resposta teríamos que provêm das rodas de aeronave. Podemos continuar a perguntar: por que foram os sulcos traçados pela aeronave? Sendo respondido: porque a aeronave passou pela pista de pouso. Podemos continuar a perguntar: por que passou pela pista de pouso? Recebendo a resposta: porque transportava pessoas e cargas. Com estas perguntas chega-se finalmente, a saber, quais motivos dos sulcos na pista de pouso. E se não pararmos no fato, perderemos o verdadeiro fio do assunto e permaneceremos num mero jogo de perguntas. A técnica da Análise da Imagem Holística de Cliente fornece condições para uma avaliação rápida e segura de desequilíbrios energéticos e às vezes revela simples indicações para serem ser verificadas ou pesquisadas em detalhes, mas que nem por isso são menos valiosas. 

    CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESTRITAS. 

    AMORIM ANTONIO. “Noções de Anatomia e Bioquímica”, 2a edição Belo Horizonte – MG, Editora da SPOB- Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil, 2002;

    AUBENQUE PIERRE, BERNHARDT JENA, CHÂTELET FRANÇOIS. “História da Filosofia, Idéias e Doutrinas”, 1a edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora Zahar Editores, 1973;

    BOUTS PAULO & BOUTS CAMILO “Psicognomia”, 5a edição Rio de Janeiro-RJ e São Paulo-SP , Editora Vera Cruz Ltda 1943;

    MEDEIROS BAUZER ETEL. “Medidas Psico e Lógicas: Introdução a Psicometria”. 1a edição Rio de Janeiro -RJ, Editora Ediouro, 1999;

    PENNICK NIGEK. “Geometria Sagrada”, 15a edição, São Paulo-SP, Editora Pensamento -Cultrix Ltda, 1980;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “O Microcosmo Sagrado, 2a edição , SinteBooks, 2006;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Psicoterapia Holística, 1a edição, SinteBooks, 2007. 

    REFERÊNCIA DE FORMAÇÃO ACADÊMICA PARA A MONOGRAFIA.

    Curso de Leitura Corporal, Núcleo de Terapia Corporal Ltda,sito à rua Assunção, 40 Sion Belo Horizonte-MG, site www.leituracorporal.com.br .

                                      DISCIPLINASCARGA HORÁRIA PERÍODO
    Curso Básico120 h/aFev/01 a Jun/02
    Anatomia Humana Básica36  h/aMar/02 a Jun/02
    Chakras120 h/aAgo/02 a Dez/03
    Fisiologia40  h/aAgo/03 a Dez/03
    Fisiognomonia120 h/aFev/04 a Jun/05
    Estudo da Pele  40 h/aAgo/05 a Fev/06
    Interpretação do Desenho152 h/aMar/06 a Dez/07
            628 h/a 
     

    ANEXOS E APÊNDICES. Não apresentamos.

                       CRT 38326 

    Autor: : RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD - Terapeuta Holístico - CRT 38326
    Última atualização: 03/06/2008 15:02


    BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS


    BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA


    Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099

    Orientador: Henrique Vieira Filho




    Trabalho apresentado ao SINTE pela aluna Débora Monteiro Morales como requisito para conclusão do curso de Estudos Avançados Psicoterapia Holística, sob a orientação de Henrique Vieira Filho.







    Canoas, setembro de 2008.



    AGRADECIMENTOS

    Ao universo, que me proporcionou esta viajem que é viver e experimentar seus sabores e dissabores, mas experimentar, sentir, respirar,estar, enfim viver.

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO..............................................................................................................3

    RESUMO......................................................................................................................3

    MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................4

    DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.......................................4

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA...........................................................6

    Bioenergética e Terapia Vibracional............................................................10

    Alexander Lowen e Bioenergética................................................................11


    RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE.....................................13


    DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO................................................16


    DISCUSSÃO E CONCLUSÃO...................................................................................18


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................19

















    RESUMO

    Através deste trabalho discorro sobre psicoterapia holística e a sua inter-relação com a bioenergética. Pois a observação das características físicas de um cliente pode demonstrar informações de grande valia para o psicoterapeuta holístico. Para tanto foi feita uma correlação das características filosóficas da Terapia Tradicional Chinesa e a Bioenergética, terapia ocidental de Alexander Lowen.

    Com o objetivo de relacionar seus pontos em comum e desenvolver uma visão interativa entre as duas filosofias.

    INTRODUÇÃO

    O ato de buscar algo é a base para a experiência de prazer e representa uma expansão de todo o organismo, como um fluxo de sentimentos e energia que vai até a periferia do corpo.Na psicoterapia holística são tratadas as couraças desenvolvidas pelo fechamento, retraimento e retenção que são experiências de desprazer, podendo provocar dor ou ansiedade, que seriam o resultado de uma pressão criada pela energia de um impulso bloqueado. Se a musculatura contém o impulso, ocorre contração e dor; se a musculatura não dá conta de conter a excitação do impulso, ocorre ansiedade (LOWEN, 1982).

    Em similaridade ao enfoque bioenergético, os fundamentos da Terapia Oriental Chinesa se voltam para a manutenção ou a reintegração do fluxo natural de energia do indivíduo, tentando ingressar a pessoa em sua força interior e na convicção de suas atitudes. Resgatando ao corpo o equilíbrio que conduz a beleza natural de cada pessoa.

    Dentre as técnicas utilizadas nas terapias orientais destacam-se o recondicionamento físico para melhorar o fluir de energia do corpo energético e suprir o corpo físico, melhorando sua integridade e defesa natural; e o toque, que pode ser feito através de reflexologia, shiatsu, acupuntura entre outros.

    Diante de um processo de desequilíbrio, momentâneo ou prolongado, o fluxo vital é reduzido e a rede meridiana transmite as informações disponíveis para todo o sistema (CHUNCAI, 1999).

    Como já se pode observar o princípio de livre fluir energético e a inter-relação corpo-mente, são à base de ambas as abordagens.


    MATERIAL E MÉTODOS

    A presente monografia tem como referência revisões bibliográficas de livros relacionados à Psicoterapia Holística, Terapia Milenar Chinesa, Bioenergética, e Terapia Vibracional. Dessa maneira foi traçado um comparativo entre as Filosofias Milenares Chinesas e a Psicoterapia Bioenergética Ocidental, o que revela uma grande similaridade entre ambas, tornando o trabalho do Psicoterapeuta Holístico mais abrangente tanto na linguagem oriental como ocidental. Pois em ambas o fluxo livre de energia é o sinônimo de qualidade de vida.


    Capitulo 1

    DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.

    “Formou o senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se uma alma vivente.” (Gênesis 2:7).


    Segundo Lowen (1977), a bioenergética procura entender o caráter do indivíduo pelo corpo e seus processos energéticos, sendo estes, a produção de energia pela respiração e pelo metabolismo, e a descarga de energia no movimento. Na terapia bioenergética, combinam-se os trabalhos corporais e mentais, com o objetivo de equilibrar as funções energéticas do indivíduo. Os trabalhos corporais utilizados pela bioenergética podem ser manipulatórios (massagens, toques) ou exercícios específicos, para diminuir tensões musculares e facilitar a respiração.

    A bioenergética é o estudo da personalidade humana em termos de processos energéticos do corpo. Pois a energia está envolvida em todas as coisas, tanto vivas quanto inertes (BRENNAN, 2006).

    Sentimentos armazenados, conflitos vivenciados e as perdas sofridas juntamente com a qualidade das relações afetivas, determinam a constituição de um indivíduo. Dessa forma a história de vida está gravada em cada corpo o qual necessita liberar medos e tensões para tomar consciência de emoções contidas, construindo um sentir e agir livre e verdadeiro (MONARI, 2002).

    As diversas culturas e religiões sempre desenvolveram técnicas com energia e suas relações com o corpo humano, animais, plantas e fenômenos naturais. Muito comum encontrar a figura dos xamãs que manipulavam as forças invisíveis com seus rituais, bem como os sacerdotes que eram mestres da ciência oculta, profundos conhecedores e manipuladores da energia sutil. Além disso, em diversos países do mundo antigo, os magos e feiticeiros sempre estiveram presentes, trabalhando com essas técnicas (HARTMAN, 2006).

    Por volta de 320 a.C, o povo chinês desenvolveu as bases da sua medicina tradicional, onde o ser é tratado com a visão energética (KIDSON, 2006).

    Na tradição hindu, a energia sutil é amplamente conhecida pelos yogues e seus discípulos com o nome de prana. Através de exercícios respiratórios, meditação, exercícios de concentração, posturas psicofísicas (asãnas), os yogues alcançam um profundo estado de paz e equilíbrio (JOHARI, 2007). Convém salientar os fenômenos e curas promovidas por Jesus e seus apóstolos, com a imposição das mãos e o emprego das palavras, são manifestações das energias sutis, potencializadas por esses grandes seres em favor dos necessitados. Isto mostra que Jesus possuía um potencial energético bastante equilibrado, a ponto de contagiar a todos apenas com sua presença.

    Mais adiante, na Europa do século XVIII, a ciência moderna começava a se destacar, surgindo uma distinção entre razão e misticismo. Neste periodo, Franz Anton Mesmer, postulou a existência de um magnetismo animal. Através da manipulação deste magnetismo promoveu diversas recuperações do equilíbrio energético. Na ciência do século XIX, surgem duas teorias que contribuíram para o entendimento da bioenergia: a teoria da libido de Freud, e a teoria do orgônio de Wihelm Reich. A psicanálise mostrou que as energias emocionais quando reprimidas (em desarmonia) causam doenças. Reich por sua vez, tinha plena convicção da existência de uma energia primordial responsável pela matéria viva (LOWEN, 1982). Desta forma começou a trabalhar diretamente com o corpo, utilizando uma técnica que visava especificamente aprofundar e liberar a respiração, a fim de melhorar e intensificar a experiência emocional (LOWEN,1982).

    Mais tarde, Alexander Lowen e John Pierrakos, alunos de Reich, ampliaram esse método transformando-o no que se conhece atualmente como Bioenergética. Juntos começaram a explorar possibilidades diferentes de trabalhos envolvendo o corpo no processo terapêutico. Buscando liberar as tensões, criaram as posturas em pé para promover vibrações, e desta descoberta nasceu o conceito de grounding (LOWEN, 1982).

    Após algumas experiências, utilizadas entre eles e com clientes, perceberam que era possível utilizar em conjunto o grounding, a respiração e as vibrações involuntárias, associadas ao som e aos toques sobre a musculatura tensa, para promover a ligação energética e emocional entre sentimentos do coração, sentimentos sexuais e a consciência (LOWEN, 1977). Eles partiram dos movimentos voluntários para despertar os involuntários e assim desencadear os sentimentos inconscientes enraizados na memória corporal. Embasando esta técnica na compreensão da profundidade de conflitos interiores perceberam a importância das vivências afetivas, onde estão às bases do aprendizado, quando são estabelecidos em primeira mão sentimentos, expressões e relações com o outro (LOWEN, 1982).


    Capitulo 2

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

    “É essencial compreender que o homem tem dois aspectos: um espiritual e um físico... Sob a orientação do nosso Eu espiritual, nossa vida Imortal, o homem veio ao mundo para adquirir conhecimento e experiência e para se aperfeiçoar como ser físico. O corpo físico sozinho, sem comunhão com o espiritual, é uma concha vazia, uma rolha sobre as ondas, mas quando há união à vida é uma alegria, uma aventura de interesse absorvente, uma jornada cheia de felicidade, saúde e conhecimento”. (BACH, 1930)

    Segundo Edward Bach (1930) a desarmonia do Eu Espiritual pode produzir uma série de problemas no corpo, pois ele é uma simples reprodução da condição mental de um indivíduo. Assim sendo, a pessoa é vista como uma unidade psicossomática, onde defesas psicológicas usadas para lidar com a dor e o estresse, tais como racionalizações, negação e supressões também estão ancoradas no corpo. Estes aparecem como padrões musculares que inibem a expressão. Tais padrões tornam-se inconscientes e passam a fazer parte da própria identidade da pessoa, impedindo que ela consiga se modificar, mesmo que entenda a natureza do problema.

    Os processos energéticos do corpo estão relacionados ao estado de vitalidade do organismo. Isto ocorre por falta de pressão interna ou de circulação da energia que fica estagnada (LOWEN, 1982). O decréscimo de energia restringe a mobilidade e a capacidade para ação espontânea e natural, com graça e emoção. A compensação do organismo encouraçado é o movimento mecânico, programado, sem sentimento. É um padrão de comportamento limitador, geralmente criado na infância para garantir a sobrevivência (LOWEN, 1982). Segundo as terapias orientais existe uma energia vital que passa a existir no momento em que a vida humana é gerada, no instante onde um óvulo se une a um espermatozóide e só nessa situação o homem é único. A partir daí, pelas sucessivas divisões celulares leva a formação do complexo humano, e a energia vital está com o seu fluxo contínuo. Apesar disto, tudo que o envolve é energia. O ponto inicial desse fluxo de energia no ser humano é o ponto umbilical, meio por onde o feto respira e se alimenta (BRENNAN, 2006).

    Assim, os seres humanos são microcosmos dentro do macrocosmo universal, os princípios do fluxo de energia do Universo são os mesmos que dos seres humanos, onde se mantêm em um estado de equilíbrio dinâmico entre pólos de natureza oposta, complementar, cuja essência é chamada de Yin e Yang (MACIOCIA, 2007).

    Dessa forma se enfatiza o retorno ao fluxo de energia que se iniciou no útero, é um método pelo qual o adulto recobre o equilíbrio original, onde as duas energias, Yin e Yang, são reequilibradas constantemente (PENNA, 2004).

    O Yin, elemento feminino, a terra, a mãe, a lua e o yang, elemento masculino, o pai, o sol, o céu. Mesclados, proporcionam um fluxo morno na circulação micro cósmica, desde quando feto (PENNA,2004).

    À medida que o bebê cresce, a sua energia vai se estabelecendo em partes quentes e frias. Quando chega a idade adulta, o Yang sobe para a parte superior do corpo e o Yin desce para a inferior, porém as tensões físicas e mentais da vida acabam bloqueando progressivamente as rotas de energia, bem como congestionando os centros energéticos, deixando de nutrir os órgãos internos de energia vital, provocando desequilíbrios emocionais, doenças, velhice e morte prematuras (PENNA, 2004).

    Conforme Zhou Chuncai (1999), o corpo somente estará saudável se funcionar segundo as interações correspondentes aos cinco elementos, Qualquer ruptura nestas interações resulta em desequilíbrio. Dessa maneira, “a primavera é cálida: o Qi do fígado começa a crescer. O verão é quente: o Qi do coração começa a crescer, O outono é seco: o Qi dos pulmões declina. O inverno é frio o Qi dos rins se oculta.”

    Em um corpo saudável, a energia circula constantemente em si onde todo o processo se auto-regula. Contudo, em um corpo com bloqueios energéticos, ocorrem desequilíbrios neste fluxo, gerando áreas ou órgãos com carência de Qi, ou "vazio”, e áreas ou órgãos com acúmulo ou bloqueio de Qi, ou plenitude.

    Portanto é possível pensar no corpo humano como um campo de contínua movimentação de energia, que circula entre as células, os tecidos, os músculos e os órgãos internos, mantendo a homeostase energética entre:

    • Wei Qi: energia de defesa, proveniente da união da energia celeste com a terrestre e responsável por toda defesa e resistência contra as energias perversas (fatores de adoecimento); Circula fora e dentro dos Canais de Energia Principais dependendo do horário.

    • Rong Qi (Yong Qi): energia nutritiva, proveniente da essência dos alimentos e responsável por toda a nutrição energética das estruturas do corpo; circula nos Canais de Energia.

    • Zhong Qi: formação semelhante ao Wei Qi, é responsável pela dinâmica cardiorespiratória e pela respiração celular.


    "O Qi gera o corpo humano assim como a água se transforma em gelo. Conforme a água se congela gerando o gelo, assim o Qi se condensa para formar o corpo humano. Quando o gelo derrete, ele se transforma em água. Quando uma pessoa morre, se transforma em espírito (Shen) novamente. Chama-se espírito, assim como o gelo derretido passa a ser chamado de água" (CHONG).


    A Qi circula e nutre todo o corpo através dos meridianos os quais formam uma rede entrelaçada de trilhas interconectadas que ligam os órgãos, a pele, os tecidos, os músculos e os ossos, unificando o corpo. O Qi que circula entre os canais tem natureza mais Yang na defesa externa do corpo, ou mais Yin, na nutrição interna do corpo (MANN, 1994).

    Estes canais estão ligados mais profundamente aos órgãos (Zang) e vísceras (Fu) e se externam em ramificações mais superficiais na pele, voltando a se aprofundar em seguida, da mesma forma que outras estruturas do corpo humano, como o sistema nervoso e o sistema circulatório. Esta rede é formada por meridianos principais (12), extras (8), distintos (12) e outras ramificações e canais secundários (MACIÓCIA, 2007).

    Cada um dos doze órgãos e vísceras que compõem a visão chinesa do corpo humano é ligado a um meridiano ou canal de energia principal, cujo nome corresponde ao órgão ou víscera ao qual afeta. A cada órgão (Zang) se corresponde uma víscera (Fu) e a energia de um afeta diretamente a energia do outro (MACIOCIA, 2007).

    Conforme o conceito bioenergético de instinto, Lowen (1982) salienta que o impulso é um movimento energético do centro para a periferia do organismo, onde afeta a relação deste com o mundo exterior. Desta maneira surgem dois propósitos, a função de carga, relacionada com a ingestão de alimentos, respiração e excitação sexual; e a função de descarga energética tais como a descarga sexual e a reprodução.

    Assim como na terapia oriental o corpo humano se divide em yin e yang, para Lowen (1982), a diferenciação da estrutura corporal em termos de carga e descarga é estendida aos membros. No entanto, a metade superior do corpo volta-se a função de carga energética, e a descarga energética se relaciona com a porção inferior do corpo, assumindo a responsabilidade de locomover o organismo no espaço.

    Aplicando isto a bioenergética observa-se que pensamentos e sentimentos são condicionados por fatores energéticos carga, descarga, pulsação, intensidade, grounding, centramento. Se a energia é retida, ela se transforma e gera pensamentos, sentimentos e atos literalmente distorcidos, onde esta distorção fica também visível no corpo (LOWEN, 1982).

    Portanto, estar plenamente vivo fundamenta-se no estado vibratório do sistema, sendo percebido na expansão/contração pulsátil do organismo, inclusive no sistema vegetativo, respiratório, circulatório e digestivo. A atitude vibratória é responsável por ações espontâneas, liberação emocional e funcionamento interno harmônico.



    Bioenergética e Terapia Vibracional


    A vibração é uma reação à liberação da sobrecarga de energia retida em determinadas partes do corpo, através dos exercícios. Na bioenergética considera-se um corpo sadio, quando está em constante estado de vibração, sentindo-se ligada ao contexto do todo (BRENNAN, 2006).

    Terapia Vibracional é um termo genérico que designa todas as terapias que visam atuar no campo de energia de um outro ser com o objetivo de recompor seu equilíbrio (HARTMEN, 2006).

    A Terapia Vibracional, através da bioenergética, ajuda a pessoa a reconhecer e tomar consciência das emoções e pensamentos indesejáveis que possam estar prejudicando seu desenvolvimento pessoal, sua saúde e sua vida, ajudando o indivíduo a perceber o sentido de seu sofrimento, a causa de seus sintomas e os caminhos que deve escolher ou evitar, para reconquistar o equilíbrio energético e bem-estar (MONARI, 2002).

    Sendo assim é possível perceber que alterações energéticas físicas ou psíquicas não ocorrem por acaso, mas surgem de conflitos internos, falhas e dificuldades de vencer o orgulho, a crueldade, o egoísmo, o ódio, a ignorância, a cobiça, traumas, medos, mágoas e a instabilidade entre outros fatores.


    “A inadequação do indivíduo perante Si Mesmo (a recusa em ouvir sua voz interior e a falta de auto conhecimento) e, por conseqüência perante o Universo, resulta em desarmonia psíquica, física e social, pois estas três não existem isoladamente. Um é conseqüência do outro, formando um continuum. Do mesmo modo, mas percebido no sentido inverso, uma desarmonia sociofisicopsíquica afastaria o ser de si mesmo.” (VIEIRA, 1994).


    Com esta proposta terapêutica profunda, é possível ajudar o indivíduo a erradicar o estado mental negativo causador do sofrimento, desabrochando nele sua virtude oposta privilegiando a dimensão extra-corpórea do ser humano. Essa dimensão, aliada ao instinto e ao intelecto faz parte da mente humana, capaz de perceber e comandar o próprio corpo, já que está ligada a ele por um complexo circuito de emoções (BRENNAN, 2006).

    Devido a repressões e traumas, inconscientes ou conscientes o indivíduo passa a negar alguns desejos, acontecimentos e emoções, a fim de mantê-los longe das lembranças, criando couraças para esconder seu verdadeiro ‘eu’. Inicialmente estas atitudes atuam como mecanismo de defesa, contudo, ao manter bloqueado o acesso a determinados fatores psíquicos que sejam dolorosos, é refletido no corpo tudo aquilo que foi escondido. Um verdadeiro alerta de que algo precisa ser compreendido (LOWEN, 1982).

    Na terapêutica vibracional as pessoas começam a obter um novo enfoque sobre as circunstâncias do sofrimento em que se encontram, dando a elas a possibilidade de reverterem o processo, com muito mais clareza, compreensão e tranqüilidade. Tratando as máscaras abre-se a mente para um novo horizonte (BACH, 1910).

    Alexander Lowen e Bioenergética


    A partir de Reich as abordagens corporais ocupam um espaço significativo no campo psicoterápico, passando inclusive a serem consideradas cientificamente. A terapia Bioenergética configura-se como uma das primeiras abordagens deste movimento, iniciando-se em 1953, por Alexander Lowen, discípulo de Reich.

    A base teórica da bioenergética é a, consideração da história analítica, o processo de desenvolvimento psicossexual e a dinâmica familiar como fatores fundamentais na formação da personalidade. Além disso, Lowen (1982) considera que o contexto social exerce influência na personalidade do indivíduo. O método terapêutico utiliza também da análise, dos conceitos de resistência, transferência e contratransferência, bem como a associação livre,e a interpretação dos sonhos.

    Através da sua própria experiência como cliente de Reich e, posteriormente, do seu colega John Pierrakos, e do seu trabalho com os seus clientes, Lowen pode perceber que analisar o modo habitual de uma pessoa ser e comportar-se merece tanta atenção quanto à importância dada ao trabalho com tensões musculares. Daí iniciou um estudo sobre os tipos de caráter, relacionando as dinâmicas físicas e psicológicas dos padrões do comportamento. Concluiu que ‘a vida de um indivíduo é a vida de seu corpo’(LOWEN, 1982).

    Durante o desenvolvimento da estrutura egóica, a criança está vulnerável a três tipos fortes de distúrbios, cada um deles deixará uma marca peculiar em sua personalidade:


    a)A privação resulta na oralidade;

    b)A repressão leva ao masoquismo;

    c)A frustração à rigidez.

    Lowen aperfeiçoou a teoria da análise do caráter e classificou os tipos de caráter em: esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido (fálico-narcisista para os homens e histérico para as mulheres).

    Não existe um caráter puro, a maioria das pessoas revela uma combinação razoável de traços de caráter. Não raro, elas exibem uma mistura caracterológica que dificulta o diagnóstico.

    A realidade adulta exige que o indivíduo funcione adequadamente em seu trabalho, em suas relações afetivas e com a sexualidade. Essa exigência, entretanto, nem sempre é atendida. A existência do caráter dificulta a plenitude do funcionamento das potencialidades humanas. Dependendo da severidade do trauma infantil, a experiência fica limitada e empobrecida (LOWEN, 1984).

    Lowen postula a busca de um caráter genital, que em oposição aos caracteres neuróticos, viabilizaram essa plenitude.


    Caráter neurótico

    *Há uma congestão da libido com inadequada satisfação;

    *Repressão libidinal / formação de sintomas – fobias;

    *Transferência adulta;

    *Fixação sexual infantil;

    *Conflito ID x superego;

    *Ilusões;

    * Energia represada;

    *Ódio, mágoa;

    *Trabalho compulsivo;

    *Insatisfação orgástica.


    Caráter genital


    *Alternância entre tensão e satisfação libidinal;

    *Potência orgástica, capacidade de entrega e prazer;

    *Sublimação do desejo edípico;

    *Vida sexual saudável;

    *Satisfação adequada dos impulsos;

    *Ego real próximo do ego ideal;

    *Fluidez energética - Amor, ternura;

    *Adequação entre carga e descarga;

    *Satisfação orgástica, prazer.

    Atingir o caráter genital é a meta de todo ser humano. Ser feliz, amar e se sentir adequado.


    Capítulo 3


    RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE


    RESPIRAÇÃO


    A respiração é uma das funções mais enfatizadas pela Bioenergética.


    “A respiração correta envolve todos os músculos da cabeça, pescoço, tórax e do abdômen, além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da capacidade de realizar bem esses movimentos de sucção com o corpo inteiro... A respiração fornece o oxigênio para o processo metabólico, mantém literalmente a chama da vida... Através da respiração harmonizamos-nos com a atmosfera. Em todas as filosofias orientais e místicas, a respiração guarda o segredo da bênção maior” (LOWEN, 1984).


    A saúde vibrante está diretamente relacionada à boa respiração, visto que é o oxigênio que produz a energia, pois a respiração completa possibilita maior contato com os sentimentos, aprisionados no corpo, é importante que, no processo terapêutico, a atenção esteja voltada à respiração espontânea do cliente, o que pode facilitar uma leitura mais eficaz dos seus conteúdos internos.

    Os exercícios respiratórios têm a função de fazer o indivíduo perceber como é o seu padrão respiratório.


    Couraças


    Couraça é uma espécie de armadura de tensão que impede o fluxo energético e biológico. Ela se forma como uma defesa contra os perigos do mundo externo e interno. A criança chega ao mundo livre e solta, mas é totalmente dependente de outros que não a compreendem, assim começam os primeiros traumas, as primeiras impressões se formam, e vão definindo o caráter. Há um grande medo do desconhecido e já não é possível sentir-se uno, integrado a tudo e a todos. O ponto crucial a ser retido, aprisionado, parece ser o terror de se render à convulsão orgástica, na qual o homem se funde por completo com a natureza.

    A couraça muscular do caráter é a soma das não liberdades da pessoa, resumo de tudo que pretendeu fazer e lhe foi proibido, de tudo que ela não pretendia e lhe foi imposto.

    A couraça impede a pulsação e a vibração do corpo. A energia não flui facilmente e posteriormente todo o corpo fica tenso, envelhece e adoece. O indivíduo fica impossibilitado de sentir e de se expressar livremente. O homem torna-se semelhante a uma pedra fria e imóvel.

    O homem orgástico é totalmente livre de couraças, é um canal aberto para a energia é um ser pleno e vibrante é pura potência. O Poder é fruto do ego do sentir-se diferenciado; a potência é a capacidade total do homem, e a capacidade de um não limita a de outro, é possível a todos manifestar essa potência total.


    Grounding

    Na bioenergética, grounding significa, fazer a pessoa entrar em contato com o chão...Estabelecer um contato adequado com o chão, local onde se pisa.” (LOWEN, 1982)


    Apesar de estar com os pés no chão, a pessoa com desequilíbrio energético não possui um contato sensitivo com o mesmo. O grounding possibilita a liberação do acúmulo de energia, da pessoa para o chão.

        1. É uma postura corporal básica da abordagem bioenergética e deve estar presente em todos os exercícios. O grounding deve ser construído com a pessoa em pé, com uma distância de aproximadamente 30 cm entre os pés, os artelhos virados ligeiramente para dentro, joelhos flexionados, coluna ereta, e respiração profunda.

    Estresse


    Uma das causas mais comuns dos distúrbios energéticos é o estresse – o efeito das pressões cotidianas sobre o corpo, ao lado de outras influências negativas, como a poluição, os aditivos e agrotóxicos nos alimentos e a vida urbana. Todas as pessoas são afetadas pelo estresse em diferentes níveis e, como conseqüência, muitas desenvolvem diversos problemas físicos, entre os quais dor de cabeça e enxaqueca, tensão na nuca, dor nas costas, distúrbios digestivos, debilidades do sistema nervoso, pressão alta, doenças na pele e constantes gripes e resfriados.

    O estresse é o resultado de uma reação do organismo quando estimulado por fatores externos desfavoráveis. Neste momento ocorre uma descarga de adrenalina no organismo, onde os órgãos que mais sentem são os aparelhos, circulatório e respiratório.

    No aparelho circulatório a adrenalina promove a aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia) e uma diminuição do tamanho dos vasos sangüíneos periféricos. Dessa maneira, o sangue circula mais rapidamente para uma melhor oxigenação, principalmente, dos músculos e do cérebro já que ficou pouco sangue na periferia, o que também diminui sangramentos em caso de ferimentos superficiais.

    No aparelho respiratório, a adrenalina promove a dilatação dos brônquios (bronco dilatação) e induz o aumento dos movimentos respiratórios (taquipnéia) para que haja maior capitação de oxigênio, que vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulatório, também devidamente preparado pela adrenalina.

    Quando o perigo passa, o organismo pára com a grande produção de adrenalina e tudo volta ao normal. Atualmente as situações de estresse estão sempre ao redor o que desencadeia na constituição orgânica, níveis de estresse muito acima do tolerável.

    Embora as terapias complementares não possam prevenir o estresse que ocorre na vida cotidiana, elas podem ajudar a lidar melhor com ele. Um dos importantes benefícios é o relaxamento. O tratamento aborda o corpo como um todo, não um grupo de sintomas, e pode ajudar tanto físico quanto mentalmente. Dessa forma ajuda-se o corpo a desenvolver maior resistência física para sustentar sensações.




    Capítulo 4


    DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLISTICO


    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquico. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.”


    As terapias complementares partem da observação, de uma experimentação extraordinária e de milênios de prática, elaborando um sistema que tem o mérito de ser aplicável e de funcionar na prática. Essa cuidadosa observação levou à elaboração de um sistema sociossomatopsíquico (VIEIRA, 2006).

    Na visão holística adotada pela terapia tradicional chinesa, por exemplo, os pensamentos e as emoções influenciam diretamente a força vital, aumentando, ou estagnando o fluxo de energia pelo corpo, onde o psiquismo não pode ser separado dos órgãos e vice-versa, pois as perturbações psíquicas, relativas às emoções, podem perturbar diretamente os órgãos e as alterações orgânicas podem agir sobre o psiquismo (PENNA, 2004).

    A psicoterapia holistica trabalha com as cinco emoções (alegria, tristeza, reflexão, cólera e medo), sendo o estado de equilíbrio energético dependente da harmonia entre elas, dessa forma alterações emocionais levam aos quadros de excesso ou deficiência (MACIOCIA, 2007).

    Dentro deste contexto, tanto a Bioenergética de Lowen, quanto as Terapias Milenares partem do conceito da existência de uma energia única que une o corpo e o espírito constituindo um dos fundamentos de terapias orientais como a Yoga, o Tai-chi-chuan e a Acupuntura.

    A Bioenergética dá muita importância ao crescimento pessoal aprofundando o auto conhecimento, desenvolvendo uma atitude positiva em relação ao próprio corpo, assim como os exercícios orientais, com uma característica profilática tanto para a mente como para o corpo.

    A maior similaridade entre as técnicas utilizadas em Psicoterapia Holística e Bioenergética de Lowen está na respiração, onde reter ar nos pulmões causa tensões, diminuindo o livre fluxo de energia, convém salientar que bioenergética é uma das técnicas empregada em psicoterapia holística.

    Em técnicas de exercícios corporais como o Tai Chi Chuan, não interromper o fluxo é um ato de coragem, sentir plenamente e agüentar firme, onde o gesto deve fluir, bem como a respiração, pois um interage com o outro (WONG, 2001).

    Ao aconselhar para que o indivíduo sinta sua respiração surge a descoberta para si mesmo sentimentos escondidos pela racionalidade. Dessa maneira restauram o equilíbrio psicossomático; relativo simultaneamente aos domínios psíquico e orgânico, pela liberação, ativação, sedação ou desbloqueios dos fluxos energéticos (LOWEM, 1982).


    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.”


    Na Terapia Holística, o trabalho terapêutico da respiração é uma maneira de ligar a pessoa com seus sentimentos trazendo consciência sobre a escolha de caminhos na vida; Pois, ajudam o praticante a dar fluxo as suas forças internas, a saber, a imaginação, o sentimento, o pensamento e ação (SEVERINO, 1988).

    Segundo as terapias orientais, existe um elo com o conceito da existência de uma energia única que une corpo, mente e espírito. Neste entendimento podem-se citar as seguintes terapias: Ayurvédica (yoga, meditação e massagens), Acupuntura (Tschen Tschiu), Tai Chi Chuan , Tui Na, Chi Nei Tsang , Shiatsu, Do in, Jin Shin Jyutsu, Cromoterapia, Reiki. Todas estas terapias orientais tratam desequilíbrios energéticos, relacionando o espírito individual, consciência individual e cósmica, energia e matéria (LANDMAN, 2005).


    DISCUSSÃO E CONCLUSÃO


    Após verificar quais emoções estão reprimidas ou excessivas, o Psicoterapeuta Holístico volta sua atenção para os fundamentos dos Cinco Movimentos da Terapia Chinesa, representados pelos elementos Água, Terra, Fogo, Madeira e Metal. Dessa maneira pode interpretar dentre outras coisas, as disfunções do funcionamento orgânico e o psiquismo.

    Cada um dos elementos supracitados possui um órgão e uma víscera correspondentes denominados Zangfu, os quais podem estar em equilíbrio, excesso ou deficiência energética, servindo de informação para o tratamento mais adequado no momento.

    Dessa maneira podemos destacar as seguintes características, conforme a tipologia de cada um:

    Água: em equilíbrio tem vontade firme, auto-respeito, persistência diante de dificuldades sem correr riscos desnecessários.

    Em excesso o indivíduo se torna muito ativo, ambicioso, imprudente, com medo de perder o controle procurando segurança através do domínio e poder sobre tudo e todos.

    Na deficiência, apresenta pouca energia, medo, desiste facilmente e sem perseverança.

    Terra: em equilíbrio apresenta calma e ordem, pensamento lógico, personalidade estável com capacidade de apoiar ou cuidar sem interferir na vida de outrem.

    Em excesso torna-se dominador da vida alheia, com personalidade possessiva, intrometido.

    Na deficiência demonstra muita preocupação, excesso de pensamentos, sem ação, sem importar-se consigo nem com os outros.

    Fogo: em equilíbrio, irradia o sentimento de amor, calmo, tranqüilo, alegre, comunicativo, sóbrio.

    Em excesso fica excitado, inquieto, maníaco, irresponsável e verborrágico.

    Na deficiência, apresenta tristeza, melancolia, solidão, sente-se indigno de ser amado, falta de interesse pala vida, pessoas ou atividades sociais.

    Madeira: em equilíbrio apresenta uma visão clara de seu caminho, confiante, intuitivo, independente e forte.

    No excesso torna-se impaciente, intolerante irritável, frustrado e agressivo.

    Na deficiência, é uma pessoa insegura, tímida, sempre atormentada por dúvidas, com personalidade fraca.

    Metal: equilibrado participa ativamente da vida com sabedoria, sem medo de se envolver.

    Em excesso egocêntrico, negativo, carrega suas mágoas para outros relacionamentos.

    Em deficiência, não cria laços duradouros, tão pouco novos relacionamentos, vive do passado e não participa da vida.

    Na Bioenergética a avaliação do indivíduo é feita através de seu caráter que pode ser esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido tal quais as características psicológicas dos cinco elementos, a saber: esquizóide–metal, oral-fogo, psicopata-terra, masoquista-madeira e rígido-água.

    Segundo Mann, (1994) o fluxo de prazer parte do coração em direção aos pontos de contato com o mundo: olhos, boca, pele, mãos, pés e genitália. O sentimento de alegria, que brota de dentro, só é experimentado quando há energia e vida na barriga, ou seja, na pelve. A terapia vai ajudar a integrar a compreensão da cabeça, o afeto do coração e a sexualidade do corpo.

    Como podemos ver os desequilíbrios energéticos levam as disfunções emocionais, que por sua vez desencadeiam desarmonia anatômica, gerados por restrições comportamentais sejam bloqueios, atitudes repetitivas, limitantes ou padrões afetivos insalubres.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

    ANN, Brennan B. Mãos de Luz. São Paulo: Pensamento, 2006.

    CHUNCAI, Zhou. Clássico de Medicina do Imperador Amarelo. São Paulo: Roca, 1999.

    CONEZA, Elizabeth. Florais de Bach: Os remédios da alma. São Paulo: ALFABETO. 2006.

    DAHLKE, R. A Doença Como Símbolo. São Paulo: Cultrix, 2006.

    DETHLEFSEN, T. e Dahlke R. A Doença Como Caminho. São Paulo: Pensamento,

    2007.

    FELICIANO, Alberto; CAMPADELLO, Píer. Reflexologia Energética: Massagem para os pés. Madras.

    HUNG, Dr. Cho Ta. - Exercícios chineses para a saúde – a antiga arte do Tsa Fu Pei, Pensamento, São Paulo, 1985.


    LANDMAN L. Exercícios Chineses de Saúde para Pessoas Idosas. Andrei, 2005.

    LOWEN, A. O Corpo em terapia: a abordagem bioenergética. São Paulo: Summus, 1977.

    LOWEN, Alexander. Bioenergética. São Paulo: Summus, 1982.

    LOWEN, A. Prazer: uma abordagem criativa da vida. São Paulo: Sumus, 1984.


    MONARI, Carmem. Participando da Vida com os Florais de Bach. São Paulo: Roca, 2002.

    NISHI, Katsuzo.A Medicina Nishi.São Paulo:IBRASA,1988.

    POIAN, Carmen da. Formas do vazio: desafios ao sujeito contemporâneo. São Paulo: Via Lettera, 2001.

    REQUENA, Y. Acupuntura e Psicologia. São Paulo: Andrei, 1990.

    SEVERINO, Roque Enrique. Tai-Chi Chuan:Por uma vida longa e saudável.São Paulo: Ícone,1988.

    VACCHIANO, A. Shiatsu Facial: A arte do rejuvenescimento. São Paulo: Ground, 2000.

    VIEIRA, H. Florais de Bach: Uma visão Mitológiaca, Etimológica e Arquetípica.São Paulo: Pensamento,2006.

    KIDSON. R. Acupuntura para todos.Rio de Janeiro:Nova Era 2006.

    WONG K. Kit. O Livro Completo do Tai Chi Chuan. 1 º Ed. Pensamento- Cultrix – 2001.


    Autor: : Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099
    Última atualização: 29/12/2008 12:58


    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

     

    Mitiyo Oshiro Takemoto CRT  38660 - Terapeuta Holística

      

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

      

    Sumário

     

    • Introdução ................................................................................................................... iv
    • Apelo aos cientistas........................................................................................................iv
    • Expansão.........................................................................................................................v
    • Cultivo da Energia Sexual.............................................................................................. v
    • Energia Sexual.............................................................................................................. vi
    • Chacras ponte para a consciência superior................................................................... vi

    - Chacra Básico..............................................................................................................vi

    - Conscientização..........................................................................................................vii

    -Os três Nadis principais...............................................................................................vii

    • Os Três Tan Tiens (três mentes ou três veículos) ........................................................vii
    • Dois Cérebros (relação intestino e cérebro).................................................................viii
    • Os Três Granthis (três nós)..........................................................................................viii
    • Desmistificando a Kundalini.......................................................................................viii
    • Bindú..............................................................................................................................ix
    • Pulmões – Relação pulmões e coração...........................................................................x
    • Rins – Relação órgãos sexuais e os rins..........................................................................x
    • Rejuvenescimento – dentro das técnicas taoístas...........................................................xi

    - Exercitando os músculos esfíncteres...........................................................................xi

    • Massagem.....................................................................................................................xii
    • I Ching – O mandamento Divino – A lei do Universo................................................xiii
    • Budismo.......................................................................................................................xiii
    • Material e Metodologia................................................................................................xiii
    • Discussão.....................................................................................................................xiii
    • Conclusão.....................................................................................................................xiv
    • Bibliografia...................................................................................................................xv

     

      

    INTRODUÇÃO

    Estarei relatando sobre um tema que coliga a sexualidade e a espiritualidade, assim estarei desmistificando a Kundalini.

    A filosofia do Chi faz parte da cultura chinesa há milhares de anos, sendo que a palavra Chi possui muitas traduções como: Ki, energia, ar, prana, respiração, força vital, essência vital, fogo central, bioenergia, calor interno entre outros. É a vida doando força que cria movimento e sustenta o universo. O Chi que faz os planetas, os sóis e as estrelas girarem uns ao redor dos outros. É o movimento dos átomos em todos os corpos físicos, ele que faz a semente crescer e se tornar uma vigorosa árvore, é o que faz o feto se desenvolver e tornar-se um ser humano adulto.

    O Chi é o que anima todas as coisas vivas, nutrindo os ciclos da vida. O Princípio do Yin e Yang (o símbolo Tai Chi); o Tai significa grande – e o Chi significa Energia, Grande Energia. A Kundalini , DNA, Bindú e I Ching todos estão ligados a ele.

    O mundo pulsa, expande e explode! É o macrocosmo na dança do Yin e Yang, gerando vida e movimento.

    O nosso corpo, sagrado microcosmo, é uma partícula do macrocosmo, tendo os mesmos elementos como: terra, água, fogo, ar e éter, que estão ligados aos nossos sete chacras, o nosso ser.

    Assim descreverei sobre as forças da criação, a importância da energia sexual como ela esta ligada a espiritualidade, o como se nutre adequadamente essas energias.

    A importância enorme entre a energia sexual e a saúde que estão absolutamente interligados, e que sem essa energia não existe força criativa.

    Um apelo à humanidade – Dedicado à evolução integral do ser humano. O Equilíbrio dessa energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

     

    APELO AOS CIENTISTAS

    Atualmente, a Kundalini está sendo discutida em todas as sociedades, em todas as línguas e países do mundo. Especialmente os jovem cientistas devem dedicar-se ao reconhecimento e à compreensão dos efeitos da Kundalini em si próprios e nas outras pessoas. Os médicos e os cientistas precisam formar uma ponte entre a dimensão subjetiva interior da consciência espiritual e a dimensão empírica da ciência como fizeram Einstein, Itzhak Bentov e o Dr. Motoyama. Esse é o momento para avançar audaciosamente e investigar, de forma cientifica, a experiência da Kundalini. Seu despertar é tanto um evento psicofisiológico como uma realidade espiritual. O estudo de seu amplo potencial é a mais nova fronteira da ciência. Imagine os importantes benefícios obtidos no tratamento de moléstias, quando se revelar cientificamente que determinados sons e formas (mantras e yantras) podem ativar os sistemas fisiológico e físico do organismo.

    Experiências científicas para a avaliação e determinação dos efeitos das praticas do tantra e da ioga contribuirão imensamente para acelerar a evolução do homem. Tenho absoluta convicção e confiança nos extraordinários efeitos da ioga para curar o corpo doente do homem, aprimorar sua personalidade e transformar seu nível de percepção consciente. Dr. Motoyama transpôs as divergências e demonstrou a realidade cientifica da Kundalini e o conseqüente benefício para a humanidade.

    A ioga apresentar-se-á como uma grande força mundial e alterará o curso dos acontecimentos do mundo.

    Hari Om Tat Sat.

    Swami Satyananda saraswati,

    Fundador, Bihar School of Yoga,

    Monghyr (Bihar), India

    30 de Julho de 1981

     

    EXPANSÃO

    Quando, no momento da criação, nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia: uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina. Os chineses deram a essas energias primárias, a denominação de Yin e Yang, há uns milhares de anos. Do jogo dessas duas forças surgiu a criação: o Yin feminino é fecundado continuamente pelo sêmen masculino do Yang, dando origem à vida em suas infindáveis e múltiplas formas. No plano físico do homem, esse jogo de forças se manifesta como sexualidade. Através dela, o homem esta ligado ao ato incessante de criação da vida.

     

    CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL

    No momento um óvulo Yin da mulher é fecundado pelo espermatozóide Yang do homem, imediatamente se divide em duas células básicas, uma célula Yin e uma célula Yang, logo a seguir, essas duas células se dividem em mais duas, Yin e Yang e assim sucessivamente elas vão se dividindo e se multiplicando, gerando órgãos Yin e Yang que vão dar forma à estrutura do embrião, que se transforma em feto.

    A energia sexual é a união primordial das forças Yin e Yang que impulsiona o universo, pois sem essa energia não estaríamos aqui.

     

    ENERGIA SEXUAL

    Os taoístas não vêem o sexo e a energia sexual sob uma questão moral, para eles é mais uma questão de saúde.

    A energia sexual, é a energia mais potente que existe, é a energia criativa, ou seja, a pura energia da vida.

    A sexualidade se manifesta no universo o tempo todo, através da natureza, dos animais e nos humanos. Ela é um dom que recebemos e tem que ser utilizada, assim como a natureza deu, ela cobra.

    A pessoa que não tem atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa de bloqueios energéticos.

    A energia sexual é uma força criativa que se move pelo corpo, alimentando as emoções, os pensamentos e criando o impulso do desejo. Ela não é benéfica somente para o corpo, é também o combustível das emoções e do espírito, é o alimento para todo o nosso ser: o corpo, a mente e o espírito, pois eles devem trabalhar juntos, como diziam os sábios taoístas.

    Assim que você começar a entender a sua energia, como ela é, e para o que realmente existe, terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhá-la e como interagir com as pessoas ao seu redor, principalmente com o sexo oposto.

    A energia sexual envolve vários assuntos, como a Kundalini, Bindú, DNA, Yoga, Tantra, Sahajoli, Pompoarismo, dois cérebros e Três Tan Tiens.

     

    CHACRAS – PONTE PARA A CONSCIÊNCIA SUPERIOR

    Os chacras são uma ponte amorosa de conhecimento e percepção e através deles é possível conhecer realmente a origem do Karma.

    Os sete chacras humanos (sete flores de loutus – sete virtudes); muladhara, suvadhistana, manipura, anahata, vishudh, ajna e sahasrara (em sânscrito). Sete chacras animais – sete pecados; atala, vitala, sutala, rasatala, talatala, hahatala e patala. Dentro de cada um de nós existe: um ser animal, um ser humano e um ser divino. Essas são as três dimensões da nossa existência.

    • Chacra básico – é a base de todos os chacras, é o alicerce do mundo e de tudo, é onde reside a energia mais poderosa e que dá o impulso para o nível superior, para todos os caminhos do conhecimento, é a energia da Kundalini, ela possibilita a evolução “iluminação”. É a força motriz que evolui verdadeiramente: seja física, inteligência, emoção, paixão, sexualidade, espiritualidade, clarividência, clariaudiência, paranormalidade, entre outros.

    O crescimento espiritual e os chacras: É muito difícil alcançar a evolução espiritual, abrir o horizonte e ir além da fronteira, obtendo um conhecimento profundo da natureza sem despertar os chacras e a Kundalini.

    • Conscientização (considerações gerais). O amor é como a terra, quanto mais você semeia, mais trabalho dá, então faça um esforço, trabalhe esse amor em seu próprio benefício, dando mais amor para você mesmo.
    • Os três Nadis principais e o sistema nervoso – Os Nadis principais são: sushumma, pingala e ida. A Kundalini quando é despertada sobe pelo mesmo caminho dos três Nadis principais.

    O Sistema nervoso e o endócrino comandam toda atividade do corpo. O sistema nervoso impulsiona o movimento e a ação através das secreções ou hormônios. As forças elétricas (chacras) ou vitais é que dão vida a esse sistema.

     

    OS TRÊS TAN TIENS (TRÊS MENTES OU TRÊS VEÍCULOS)

    O universo é quase todo baseado no três: três Tan Tiens, são três grandes centros reservatórios de energia que circulam dentro e fora do corpo através dos chacras.

    Os três Tan Tiens conectados significam ou representam a força “YI”: o corpo, a mente e o espírito devem trabalhar juntos, é a bioeletromagnética. Nos últimos 5000 anos os taoístas, tem utilizado essa energia bioeletromagnética para melhorar o seu modo de vida e para estabelecer uma relação com o universo.

    “Bioeletromagnetismo” é o termo ocidental para a força vital. Bio é vida, Eletro é a energia Yang do céu existente em todos os planetas e estrelas, magnetismo é a energia Yin da terra ou a força gravitacional existente em todas as estrelas e planetas.

    Três Tan Tiens – O primeiro Tan Tien é a cabeça, o centro de observação e quanto maior a energia maior é a capacidade cerebral.

    O segundo Tan Tien – É o centro da consciência, onde está o coração. O coração tem memória, guarda sensações, sentimentos e emoções. Ele pode registrar um acontecimento com todos os detalhes e se lembrar depois porque tem o seu próprio cérebro. O Dr. Pearseal, escreveu no seu livro que as pessoas que fizeram transplante cardíaco, acabam na verdade adquirindo as emoções do doador. Essas pessoas realmente sentem tudo que o doador sentiu, um dos casos foi de uma garota que foi brutalmente assassinada e não se sabia quem havia matado. No entanto o coração estava em perfeito estado e foi transplantado em outra garota. Depois disso a garota começou a ter pesadelos nos quais alguém a matava, ela foi levada ao psiquiatra que acabou entrando em contato com a policia. A garota deu a descrição exata do assassino e chegaram a fazer o retrato falado perfeitamente dele. Com essas informações a polícia foi capaz de prender o assassino.

    O terceiro Tan Tien  É a base da percepção, é o segundo cérebro, o centro sexual, é bastante sensível, e quando a cabeça fica fraca por stress, neurose ou medo, pode enfraquecer o centro sexual “a perda do bindú”, por que a cabeça e o centro sexual se comunicam intimamente entre si. Portanto, quando enfraquece a cabeça de cima enfraquece a cabeça de baixo.

     

    DOIS CÉREBROS (RELAÇÃO INTESTINO E CÉREBRO)

    Para a manutenção da saúde geral é necessário um bom funcionamento gastrintestinal. O intestino é reconhecido como “um órgão inteligente”, pela capacidade de selecionar alimentos, ou seja, ele aproveita o que é útil para o organismo. Ele possui os mesmos neurônios da célula do cérebro e por esse motivo é chamado de o segundo cérebro. O segundo cérebro é muito sensível.

    Os taoístas já tinham esse conhecimento há mais de 4700 anos.

     

    OS TRES GRANTHIS (TRÊS NÓS)

    Todos nos temos nós em níveis leve, médio ou forte e eles estão nos três Tan Tiens “três centros de energia”, muladhara, anahata e ajna, ou seja, corpo, mente e espírito. Esses nós podem ser desatados pelo sistema taoísta, a psicoterapia e a yoga terapia.

     

    DESMISTIFICANDO A KUNDALINI

     

    KUNDALINI – A FORÇA SAGRADA – FORÇA IGNEA – FOGO SERPENTINO é bastante poderosa e muito temida devido a falta de informação (conhecimento). A energia da kundalini é a energia cósmica, ela vem do sol oculto penetra na terra e aí nós absorvemos. Ela não é apenas sexual, é também emocional e espiritual. Esta energia cósmica ao ser despertada e ativada, sai do chacra raiz, através dos três nadis principais, o sushumna, ida e pingala, sobe pela medula queimando resíduos etéricos como um fogo líquido serpentino, ascendendo e ativando cada chacra em seu trajeto ou subida. Ela tem conexão direta com a espiritualidade (bindú).

    O poder da kundalini propicia o progresso do discípulo desabrochando nele vários dons: clarividência, clariaudiência, vitalidade criadora e geradora.

    Quando esta energia está desenvolvida ativa a espiritualidade e intensifica a inteligência e estimula a afeição desinteressada, desde que esta ativação se faça com a vitória do espírito sobre a matéria, pois ela tem ligação com o karma (destino).

    Neste trabalho a kundalini está focada na energia sexual e espiritual, que é a energia da felicidade (doçura) latente na espinha dorsal. Em geral, ela está enrolada e adormecida no final da base da coluna e é representada como uma serpente que se move ao longo da mesma.

    Quando ela é ativada sexualmente (orgasmo), sobe pela coluna ativando todos os chacras e órgãos até o bindú (energia sexual – iluminação – nirvana – êxtase).

    Esse fogo serpentino é bastante poderoso, no entanto instável (vulnerável), por esse motivo ela é considerada perigosa, mas, se praticarmos o sexo de maneira saudável, com muito amor, paixão, respeito, sinceridade e uma entrega total (cumplicidade entre dois seres), teremos a doce energia da kundalini circulando dentro de nós.

     

    BINDÚ

    “Gota ou marca”. O bindú pode ser interpretado como: néctar ou essência, intocado ou Portal do Brama, e é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico. É o fio que liga o cérebro a medula e os órgãos sexuais.

    Localização: cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) – está na região do chacra lalana e vishudh, e quando está cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. É aqui que armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática – hormônios sexuais; a energia sexual revitaliza o cérebro.

    O bindú circula dentro do canal principal, o sushumna, cuja substância é de três gunas (três qualidades) e encontra-se no centro da coluna vertebral. Dentro do sushumna existe um canal chamado vajra e dentro dele um outro canal chamado chitrini, e o bindú está encovado no chitrini, e seu interior alonga-se desde o pênis até a cabeça (bindú). No interior do vajra está o chitrini, que é sutil, brilhante e tão fino como o fio da teia de aranha, e ele atravessa todos os chacras que estão localizados na coluna vertebral, ele é a inteligência pura. Dentro do chitrini encontra-se o nadi brama (bindú), e é tão bonito como um reflexo de luz, tão fino como um filamento de lótus e brilha nas mentes dos sábios. É extremamente sutil, ativador do conhecimento absoluto, concretizador de todas as glórias e a sua natureza é a consciência pura. O Portal de Brama brilha em sua abertura, e esse lugar é a entrada para a região espargida por ambrósia, conhecida como Ponto Essencial; trata-se da abertura do sushumna (também envolve os dois chacras inferiores).

    Bindú Visargha quer dizer literalmente “queda da gota”, mas visto que “gota” se refere ao néctar, esta frase fica mais significativa como sendo “a sede do néctar”.

    O bindú deve ser mantido no nível mais alto, que é “o domicílio do néctar”, pois quando ele cai ao nível mais baixo vai para o centro sexual, onde se transforma em esperma.

    Segundo a tradição, o bindú localiza-se perto do topo do cérebro na direção da parte posterior da cabeça, e nesse local existe uma ligeira depressão, onde se concentra uma pequena quantidade de secreção líquida. Dentro desta depressão existe uma elevação mínima, que é a localização exata do bindú na estrutura física. Os nervos cranianos partem deste ponto, inclusive os nervos ligados ao sistema óptico. O processo pelo qual o néctar é segregado pelo bindú é estocado no chacra lalana no orifício nasal, é purificado pelo chacra vishudh. O vajra faz parte da conexão Kundalini e Bindú. É através do sahajoli (pompoarismo) que o bindú é mantido no nível mais alto.

     

    PULMÕES – RELAÇÃO PULMÕES E CORAÇÃO

    Os pulmões e o coração são inseparáveis.

    A função dos pulmões é oxigenar e eliminar as toxinas das células dentro do sangue.

    O coração recolhe o sangue do corpo e envia para os pulmões, e recebe o sangue oxigenado de volta devolvendo para o corpo. Recolhe novamente e envia para os pulmões. Esse processo se repete o tempo todo. Enquanto existir vida, o coração e os pulmões não param e não descansam, a única maneira de ajudar nesse processo é fazer o exercício de respiração correto. “O coração é o presidente e os pulmões são os ministros”.

    O ar ou prana contém nutriente (vitalizante) e é o nosso primeiro e último alimento, nos pulmões cabem de três a quatro litros de ar, e quando fazemos uma respiração superficial, apenas chegam a meio litro e isso acaba causando stress e tensão. Lembre-se que os pulmões são a bomba enquanto o coração é a válvula e não o contrário como muitos afirmam. Se ficarmos cinco minutos sem respirar morremos.

    Para fazer a respiração correta é necessário aprender a técnica de respiração de três Tan Tiens.

     

    RINS – RELAÇÃO ORGÃOS SEXUAIS E OS RINS

    Os rins têm a função de filtrar o sangue, enquanto os pulmões limpam as toxinas das células. A energia ancestral está nos rins, ele é “o repositório do vigor sexual”, por isso é necessário dar uma atenção especial a esses órgãos.

    Segundo a medicina chinesa esse órgão é o que regula a função sexual.

    Os testículos e ovários têm ligação direta com os rins e as glândulas supra renais, portanto é importante fortalecê-los se quisermos aumentar a potência e longevidade sexual, lembrando sempre que a energia sexual é a energia mais potente que existe “energia vital”. Ela não é apenas sexual é também o combustível que circula pelo corpo, alimentando as emoções os pensamentos e criando o impulso do desejo. A energia sexual é a energia criativa, ela é a pura energia da vida. 

     

    REJUVENESCIMENTO – DENTRO DAS TÉCNICAS TAOÍSTAS

    Os antigos taoístas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres internos, que são: a boca, os olhos, as narinas, o ânus, os genitais e o períneo. Eles estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo: como digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em perfeita saúde, é muito importante que esses músculos se contraiam simultaneamente estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Os taoístas descobriram os segredos dos músculos esfíncteres observando os bebês e as crianças e uma de suas metas das pratica taoísta é tornar-se tão vibrante, vigoroso e vivificante como uma criança.

    Por meio de exercícios específicos desses músculos reconduzem nosso corpo à harmonia com o Tao, assim vamos poder resgatar a juventude.

    Esses exercícios fazem parte do sahajoli. Trata-se do chacra básico e da importância do fortalecimento da base em todos os sentidos, pois ele é o chacra da Kundalini.

    Vamos poder comprovar o efeito da técnica imediatamente após o primeiro exercício. Será possível sentir a energia vital, essa vibração vivificante que tínhamos na infância.

    Observe um bebê mamando: enquanto sua boca suga ritmadamente, os olhos se contraem em uníssono, o ânus e o trato urinário se contraem e relaxam em harmonia com a boca, enquanto as mãozinhas se abrem e fecham em sincronia com a sucção exercida pela boca. Esse movimento sincronizado bombeia a energia por todo corpo.

    Consequentemente, quando nós adultos temos contrações e relaxamentos harmoniosos dos músculos esfíncteres, nosso corpo fica pleno de energia e saudável. Por outro lado, quando esse ritmo está desequilibrado, por stress, doença ou tensão, a energia do corpo se esgota.

    Todos os músculos esfíncteres do corpo se refletem uns nos outros, e a reflexologia sexual, revela essa íntima conexão. Os músculos esfíncteres do rosto revelam os músculos esfíncteres do trato urogenital, do ânus e do períneo e quando existe um desequilíbrio de energia sexual ela é revelada nas características externas da face. Além disso, esses músculos influenciam diretamente na saúde dos órgãos internos e essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas do corpo.

    • Exercitando os músculos esfíncteres.

    Contrair a boca e sugue as bochechas para dentro da boca, criando uma sucção na boca. É algo semelhante a brincar de fazer “boca de peixe”. Contraia e relaxe por, no mínimo 9-36 vezes, sinta a conexão entre a boca e o resto do corpo. Perceba a conexão entre a boca e os músculos esfíncteres inferiores, ânus, períneo e base do pênis / parte inferior da vagina.

    Piscar os olhos rapidamente e olhar ao seu redor. Exercitar os músculos esfíncteres ao redor dos olhos melhora a visão e mantém a umidade deles. Também é um ótimo exercício para despertar o corpo, pois estimula o sistema nervoso.

    Pisque os olhos durante, 30-60 segundos. Estimular esses músculos em volta dos olhos ajuda a abrir o diafragma urogenital.

    Contrair o ânus: contraia e relaxe o ânus. Sinta a energia dos centros inferiores correndo pelo seu corpo. Pela contração do ânus, fortalecemos a conexão entre todos os músculos esfíncteres do corpo.

    Contrair o períneo e a vagina: contraia e relaxe os músculos da vagina e períneo. Trata-se do mesmo músculo que é usado para interromper o fluxo da urina esse músculo, tal como o ânus é à base do centro sexual. Fortalecendo o períneo e a vagina, a mulher torna-se capaz de conter a energia sexual em vez de deixá-la escorrer para fora do corpo. O fortalecimento do períneo é o primeiro passo de muitas outras práticas taoístas, como o “impulso orgástico ascendente” e o “poderoso bloqueio”. Você pode contrair e relaxar o períneo a vagina e o ânus ao mesmo tempo, para criar mais força no diafragma urogenital.

    Contrair os olhos, a boca, o ânus e a glândula prostática é um exercício que ativa o centro cerebral. Quando um homem contrai a glândula prostática é ativada a glândula pineal, a glândula prostática tem uma conexão estreita com a glândula pineal que é considerada um segundo órgão sexual. É como dizem “o maior órgão sexual é a cabeça”.

     

     TERAPIA CORPORAL 

     

    A terapia pelo toque (obs.. "massagem" é um termo inadequado em relação à legislação e mercado brasileiros) relaxante é benéfica porque ela libera as tensões reprimidas causadas pelo stress, e estabelece comunicação entre o corpo e a mente. Ela vem sendo usada a milhares de anos como meio de alcançar a saúde o relaxamento e a longevidade. A massagem é de extrema importância, pois aumenta a circulação, elimina as tensões musculares e gera energia positiva. Dê muito carinho e amor para o seu coração, ele merece ser recompensado e a massagem ajuda o coração a relaxar, descansar, devido à melhora na circulação do sangue. A massagem Tuiná é muito especial e ela pode ser aplicada ou recebida por qualquer pessoa.

    A auto "massagem" nos rins, estimula e energiza os mesmos e é de vital importância para manter a saúde deles.

     

     

    I CHING  O MANDAMENTO DIVINO, A LEI DO UNIVERSO

     

    O tratado das mutações (natureza). O equilíbrio dinâmico dos cinco elementos faz parte do

    I Ching, os 64 hexagramas do I Ching e as 64 possíveis combinações de proteínas do código genético do DNA.

    I Ching, Tao e Budhi caminham juntos, são inseparáveis.

     

    BUDISMO

    A semente, a mãe do budismo é o hinduísmo.

    • Os três veículos do budismo.

    Primeiro veículo (primeiro TT) Hinayna, é o budismo da inocência, pureza, espiritual (jejum absoluto).

    Segundo veículo (segundo TT) Mahayana, o budismo da comunicação, expansão (jejum moderado).

    Terceiro veículo (terceiro TT), Trantrayana (vajrayana), o budismo da sexualidade. Tantra-Yoga e Kundalini-Yoga fazem parte do vajrayana, sahajoli.

    O busdismo de três veículos (três TTs) é o verdadeiro, completo e integral (é a mãe natureza).

    A mãe natureza é muito sábia, se ele é agredida ela devolve com violência, basta observar o planeta terra.

     

    MATERIAL E METODOLOGIA

     

    Foram usados livros para consultas, assisti palestras e workshops voltados à holística, estudos sobre filosofia taoísta, budista, I Ching (naureza), templos e igrejas.

    A soma de alguns conhecimentos próprio e alheios, as vivencias com alunos, colegas e professores, orientadores e amigos e também profissionais ligados a medicina ortodoxa.

     

    DISCUSSÃO

    A importância de olhar para o passado, observar o presente (refletir e filosofar) para poder projetar o futuro (novos horizontes) assim que se alcança a própria evolução.

    Apesar de me sentir às vezes leiga sobre o assunto e ser uma autodidata, usei muito e ainda uso o I Ching, e esse livro ajuda no meu caminho de evolução e no caminho de quem o utilizar. O I Ching foi baseado no principio do Yin e Yang (o Tai Chi, a grande energia).

    O Dr. Motoyama teve sua experiência pessoal com a kundalili, porém para isso usou o acetismo aquático todos os dias (banho de água gelada) por um longo período de tempo e com a prática conseguiu a levitação (o corpo já conseguia e se desligava do chão).

    Baseada em minhas experiências vivenciei as duas faces da energia da kundalini, percebi que quando ela está fluindo corretamente não existe desgaste físico ou mental, em caso dela não estar fluindo de forma positiva, ela desequilibra o corpo e a mente.

     

    CONCLUSÃO

    Conclui que os segredos de quem nós somos está nos chacras (kundalini) eles falam, eles sentem e pensam.Tudo está aqui no Tai Chi (grande energia) é o início de tudo, o começo da evolução humana. Cheguei à conclusão que todas as pessoas deveriam conhecer os chacras com profundidade para conhecer verdadeiramente a si mesmo e consequentemente conhecerá o próximo.

    O princípio do Yin e Yang está em tudo e em todo o universo porque sem essa energia, nada existiria no caso do nosso corpo essa energia flui através de nossa kundalini.

    Acredito que o conhecimento compartilhado é conhecimento em dobro, por isso compartilho.

      

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

    • Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    • Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    • Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    • Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    • Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Série Manu – Apostila número 2, segunda edição

    • Super Interessante – Edição 235 – Jan/2007
    • Curso de fundamento de I Ching – O Tratado das Mutações, apostila da Sociedade Taoísta do Brasil.

     

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - CRT 38660 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal Indiana

    Terapia Corporal Indiana

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque

     

    Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

    3. Princípio filosófico de origem.

    4. Noções básicas sobre os Chakras, Nadis.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

                  Tudo que desejamos no plano físico é possível de realizar se obtiver consciência de que a capacidade de criação é natural ao Ser Humano.

                  Devido às condições de preconceitos sociais, culturais e até mesmo religiosos, o ser perde essa capacidade de sentir e criar e passa a crê que tudo depende do mundo externo, das pessoas e quem sabe se DEUS permitir. Se sentindo vazio e frustrado.

                  A terapia corporal por si só já é um agente de carinho, permitindo que a pessoa se preencha deixando de está carente de algo que ela própria não sabe explicar. Apenas que é bom.

                  Agora imagine uma técnica que além de tocar o físico, possa tocar também o corpo energético, fortalecendo e sobrepondo a mente que boicota, para simplesmente Ser o que tem de Ser, na sua verdadeira forma de Natureza interna e individual.

                  Atingir verdadeiramente a sua essência através do toque (deeksha), insuflado através dos mantras e naturalmente o realinhamento dos chakras acontece.

                  A Terapia Corporal Indiana proporciona o realinhamento dos centros energéticos (chakra) e das emoções e conseqüentemente descongestiona o fluxo emocional negativo registrado na capa corporal.  Portanto além de extremo relaxamento, produz equilíbrio e auto estima, revigorando o desejo de ser feliz.

                 

                 

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

      

    Terapia Corporal Indiana Tântrica

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

     

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque.

     

                  Insuflar energia no corpo, limpando os elementos astrais com a identificação do toque.

                  A Terapia Corporal Indiana é uma técnica codificada através de preâmbulos advindos do livro denominado de tantra ensinando princípio comportamental de vida, onde o objetivo principal é um processo de higienização da mente, do corpo físico e do corpo emocional através de fórmula ritualística; incluindo o comportamento sexual ritualístico e metafísico. O toque é a parte principal do ritual maithuna (ato sexual metafísico). Sendo que os contextos deste toque (deekshas) foram transformados em uma técnica de Terapia Corporal sensibilizatória com o intuito de promover equilíbrio energético através do mantra, aroma, pranáyáma e manobras sutis corporal de forma circular para reconectar e polarizar a energia da pessoa que está para receber o deeksha (toque) levando a mesma ao conhecimento do seu EU INTERIOR.

                  Foi desenvolvida com a finalidade de integrar os sete corpos básicos, alinhando-os e purificando-os para que exerçam sua função da auto liberação da consciência. Em outras palavras, a Terapia Corporal Indiana Tântrica proporciona um encontro entre os elementos constitutivos do homem e os elementos essenciais do Ser.

                  O homem é terrestre, telúrico, corporal, o qual se expressa através de uma personalidade social, e sétuplo, testemunho incogniscível do Cosmos e do Ser-persona, onde está o Purusha.

                  O Purusha é o verdadeiro ser interior. Aquele que está acima e dentro do corpo, do etérico, do emocional, do mental, do intuitivo e dentro do espiritual. Domina todo ele, passivamente, aglutinando-os, mas não interferindo; organizando-os de modo não-perceptível.

                  Ao conjunto dos corpos sutis, tais como: emocional, telúrico, mental, intuicional e espiritual, dão-se o nome de psicocorpo (koshas). De modo geral, podemos chamá-lo de corpo psíquico, embora o termo não condiga com a totalidade do significado.

                  Esse corpo pode sofrer mudanças tanto benéficas quanto maléficas, dependendo de como nos comunicamos com ele. Ele sente os reveses do meio ambiente na forma de stress emocional, mental e sexual, influindo diretamente no corpo físico a nível neurológico e muscular, cristalizando-se numa gama imensa de reflexos.

                  Num esquema simples, poderíamos dizer que ao aplicarmos as manobras da terapia corporal no corpo físico, atuaremos também no psíquico. Esse procedimento se movimenta em ondas, do físico para o energético e para o emocional, do emocional para o mental, do mental para o intuitivo. Daí em diante então poderá se manifestar o Purusha. O ponto principal de atuação nesse corpo psíquico é através da respiração e dos mantras que será insuflando durante o toque físico usando como ponto principal os chakras para aportar o fluxo de energia emanada durante o procedimento de aplicação.

                  A Terapia Corporal Indiana surgiu do principio filosófico tântrico derivado da técnica do maithuna (ato sexual metafísico) que em sua primeira importância é adquirir sabedoria deixando de ser um ato sexual carnal para algo absolutamente transcendental.

                  A técnica desta terapia corporal consiste em deixar o ser humano mais sensibilizado e com a sua libido mais ordenada, podendo transmutar esta energia no dia-a-dia em forma pensamento, em forma trabalho ou em forma de expressão harmoniosa.                                                        

     

    3. PRINCÍPIO FILOSÓFICO DE ORIGEM

     

                  Tantra é um termo masculino, como em geral acontece nas palavras terminadas em "a" no idioma sânscrito. Tantra origina-se das palavras TANOTI (expansão) e TRAYATI (consciência), evocando a possibilidade de crescimento da consciência através do Sadhana (prática). A palavra também pode significar "livros". Livros onde são ensinados exercícios, história, ciência, filosofia, atitudes de higiene física e mental, bem como, modo de vida, sexualidade e atuação social. Todo tratado sistemático concernente à prática que leva à "expansão do ser" está representado pela raiz TAN (de estirar ou estender) e o sufixo TRA (instrumentalidade). Obtêm então a palavra TAN-TRA, ou seja, literalmente, "instrumento de expansão" do campo de consciência comum, para alcançar a supra consciência, raiz do Ser e receptáculo dos poderes desconhecidos que o tantra pode despertar e utilizar.

                  No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas. Já conheciam a atração interplanetária, a luz e sua velocidade, extensa teoria a respeito do calor, da gravitação, dos Nakshastras (casas lunares), bem como o ano lunar e solar. Enquanto as outras culturas do mundo ainda engatinhavam, na Índia se desenvolvia a ciência do som (sphotavada).

                  Toda a sistemática do Tantra se desenvolve principalmente através dos Tatwas (elementos: terra, fogo, água, ar e éter) que derivam a força de consciência macrocósmica. A Terapia Corporal Indiana Tântrica se desenvolve através de elementos físicos para dar ordem a elementos mais sutis. O resultado será de uma consciência pura, da energia de ação, energia de conhecimento. Traduzindo; É a recepção do ato de consagração, absorvido pelo o fluxo de energia desprendido da entoação dos mantras e, portanto serem o verdadeiro deeksha (toque divino).

                  O Nyasa (identificação): neste caso tem uma série de características especiais. Entre elas:

    a) identificação com várias partes do corpo físico.

    b) identificação com várias partes dos corpos sutis.

    c) identificação visual (auditiva externa ou interna) dos vários sons primordiais (bija-mantras ou mantra semente).

    d) identificação interior com as deidades evocadas.             

                  Por isso a Terapia Corporal Indiana é muito sutil e transcendental, a importância dela jamais será no corpo físico e sim no corpo sutil (espiritual ou energético). Depois de algumas sessões a pessoa que esta recebendo a energia passa ser um verdadeiro iniciado, mudando completamente seu padrão vibratório energético.

                  Num período muito curto ele perceberá que suas ações já não serão mais a mesma, ou seja, o ponto foco de clareza de um objeto emocional ou racional à sua frente passa ser dominável. Não sendo mais um grande obstáculo de 10 metros de altura, simplesmente é um obstáculo, mas, com 2 metros, ou seja, é possível pensar como transpô-lo.

                  Vamos relembrar ou conhecer os chakras que é a ponte principal para a passagem de energia aplicada nesta técnica.

       

    4. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE OS CHAKRAS

     

                  Chakras são centros energéticos que  trabalham em sintonia entre si e com todo nosso corpo físico e psíquico, estando inter-relacionados com os sistemas parassimpático, simpático e sistema nervoso autônomo. Sua função é vitalizar, equilibrar e interagir com o corpo físico e o corpo psíquico, trazendo o desenvolvimento para a consciência.

                  Chakra é a denominação sânscrita dada aos centros de força existentes nos corpos energético do homem; também são chamados de lótus ou rodas. O seu fluxo de movimento caminha por canais sutis denominados de nadis e seus canais principais são Sushumna, Ida, Pingala,

     

    • O chakra básico - Muladhara  Energia vital

                  Assenta o mundo dos instintos - consciente.

                  Consciência física. Posse Material

                  Discernimento espiritual

     

    • O chakra energético - Svaddhisthana  Fé - Confiança

                  É a entrada no inconsciente - novo nascimento se assim podemos dizer.

                  Impulso sexual e de luta.

                  Transmutação, Criação de uma nova personalidade

     

    • O chakra plexo solar - Manipura  Conhecimento

                  Assenta as emoções – paixões e o inferno produzido por si próprio.
                  Vida emocional instintiva e desejo de realização espiritual.

     

    • O chakra cardíaco - Anahata  Sentimentos

                  Começo do self - pensamento e valores.

                  Autoconsciência vital – Vida Afetiva – Amor Universal

     

    • O chakra laríngeo - Vishuddha  Percepção e purificação.

                  Reconhecimento da independência da psique - pensamento abstrato – conceitos -               produtos da imaginação.

                  Expressão psicológica – Inspiração e expressão criadora.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra frontal - Ajña  Conhecimento interior

                  União do self no todo, não no ego.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra coronário  Sahasrara  Sabedoria

                  É o suporte de o próprio SER.

                  Energia anímica - vontade

                  Realização espiritual.

     

    Veja abaixo  as funções, cores e  localização de cada chakra.

     

    1. Muladhara Chakra – (sico)

                  Este é o chakra que nos conecta as energias de terra, que nos enraíza. É a sede da Kundalini.

    Localização: Entre o ânus e os genitais, base da coluna vertebral.

    Glândula: Gônadas  Excitam a esfera dos sentimentos e desenvolve os instintos fundamentais

    Hiperfunção: Exagerados sentimentos altruístas e, ao mesmo tempo, egoístas. Forte vontade. Tendência à posse e ao domínio. Otimismo, expansão e iniciativa.

    Hipofunção: Timidez. Depressão. Apatia. Pouco rendimento qualitativo.

    Propósitos: Sentimentos sinestésicos, movimento.

    Lição espiritual: Interagir com o  mundo material.

    Giro: no sentido horário no homem – anti-horário na mulher

    Em desequilíbrio: Irritação, raiva, medo de viver, apego excessivo e baixo estima.

    Em equilíbrio: Confiança na vida, segurança pessoal, satisfação, estabilidade, força e coragem interior e auto-estima.

    Informações armazenadas no chakra: Convicções familiares, superstições, lealdade, instintos, prazer físico, dor, toque.

     

     

    2. Svaddhisthana Chakra –  (Energético)

                  É o centro de energia vital

    Localização: Quatro dedos abaixo do umbigo.

    Glândula: Supra Renal: Espírito de luta. Capacidade de reação. Energia das reações psíquicas.

    Hiperfunção: irrascibilidade, agressividade, espírito belicoso, ressentimento, inadaptabilidade, exaltação psíquica.

    Hipofunção: Exagerada sensibilidade a dor, perseverante, serio e trabalhador, mas dominado pela a tristeza e pela a depressão, neurastenia, submissão, abatimento.

    Giro: sentido horário na mulher e anti-horário no homem

    Lição espiritual: Manifestação, aprender a "deixar fluir".

    Em desequilíbrio: - Ciúme, possessividade, instintos reprimidos, tensão, tristeza.

    Em equilíbrio: Fluidez natural da vida em todos os sentidos: corpo e mente, entusiasmo, ações produtivas, franqueza, naturalidade.

    Informações armazenadas no chakra: Dualidade, magnetismo, controlando padrões, sentimentos emocionais (alegria, raiva, medo).

     

    3. Manipura Chakra - (Plexo solar)

                  Este é o chakra do centro do poder pessoal.

    Localização: Em média cinco dedos acima do umbigo (mas precisamente no centro do estômago).

    Glândula: Pâncreas

    Hiperfunção: apatia temperamental, lentidão psíquica.

    Hipofunção: depressão do tônus psíquico, excitabilidade, irrascibilidade.

    Propósitos: Entendimento emocional

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aceitação de seu lugar no fluxo de vida (amor-próprio).

    Em desequilíbrio: Tendência a moldar tudo sob seu próprio ponto de vista, egoísmo, inquietação, insatisfação, descontrole, nervosismo, ansiedade, falta de concentração, medo de novas experiências e medo de rejeição.

    Em equilíbrio: Auto estima, sensação de paz e harmonia, aceitação da vida e do próprio crescimento, autoconfiança, valorização das riquezas interiores e exteriores.

    Informações armazenadas no chakra do plexo solar: Poder pessoal, personalidade, consciência de o próprio ser dentro do universo (senso de pertencer).

     

     

    4.  Anahata Chakra –  (Chakra cardíaco).

                  Este  chakra é o centro da essência divina, do amor universal, inclusive é o que equilibra ou desequilibra os três primeiros com os três últimos chakras.

    Localização: No centro do peito.

    Glândula: Timo

    Hiperfunção: Emotividade excessiva, abulia, timidez, grande imaginação evocativa. Fator predisponente à preservação moral e sexual.

    Hipofunção: Apatia, debilidade mental.

    Giro: horário para a mulher e anti horário para a mulher.

    Propósitos: Abnegação, amor universal, perdão e paz.

    Lição espiritual: Perdão, amor incondicional, deixar fluir, confiança, compaixão.

    Em desequilíbrio: Doação excessiva de si, desespero, ódio, inveja, medo, ciúme, raiva, depressão, angustia, indiferença, brutalidade e frieza.

    Em equilíbrio: Amor, compaixão, confiança, inspiração, esperança, generosidade, solicitude, calma, alegria, equilíbrio.

    Informações armazenadas no chakra do coração - conexões com aqueles que amamos e o amor incondicional.

     

    5. Vishuddha Chakra – (Chakra laríngeo)

                  Este  chakra é a fonte da expressão e comunicação criativa.

    Localização: na garganta aproximadamente um dedo abaixo do pomo de Adão.

    Glândula: Tireóide

    Hiperfunção: Irreflexão, inconstância, impulsividade, inquietude, imaginação muito viva, insônia.

    Hipofunção: Apatia, lentidão nos processos psíquicos, inteligência atrasada, depressão, linguagem deficiente, muito sono.

    Propósitos: Aprender a  assumir responsabilidade pelas suas próprias necessidades, ressonância do ser, comunicação e expressão.

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aprender a render-se à vontade divina, fé, verdade sobre a  decepção.

    Em desequilíbrio: Dificuldade de se mostrar e expressar-se, tomar decisões. Insegurança, crítica, timidez, medo da opinião alheia e falta de autoridade.

    Em equilíbrio: Livre expressão de pensamentos, conhecimentos e sentimentos; criatividade na comunicação, voz potente e clara, eloqüência, capacidade de ouvir com atenção e com o coração honestidade interior, fé, vontade, sensação de total integridade.

    Informações armazenadas no chakra da garganta: Autoconhecimento, verdade, atitudes, audição, gosto, cheiro.

     

    6. Ajnã Chakra – (Terceiro olho)

                  Este  chakra é  o centro dos poderes psíquicos.

    Localização: No meio da testa, entre as sobrancelhas.

    Glândula: Hipófise

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e combatividade, tendência ao domínio, ao abuso. Crítica e rebelião, insônia

    Hipofunção: Vontade fraca, timidez, sugestionabilidade, atraso intelectual, dificuldade em manterá atenção, muito sono.

    Giro: sentido horário e sentido anti-horário.

    Propósito: Intuição e autoconhecimento.

    Lição espiritual: Entendimento, não identificação, mente aberta.

    Em desequilíbrio: Rigidez mental, racionalidade excessiva, vaidade em relação a própria inteligência, medo da verdade, confusão, fixação em determinadas idéias.

    Em equilíbrio: Agilidade mental, visualização desenvolvida, transcendência, abertura da intuição e visão interior, discernimento, inteligência emocional, conceito de realidade, capacidade de ver além das formas físicas.

    Informações armazenadas no chakra do terceiro olho: Ver com clareza e sabedoria, sabedoria, intuição, intelecto.

     

    7. Sahasrara Chakra – (Chakra da coroa)

                  Este é o chakra que nos conecta com a energia divina.

    Localização: No topo da cabeça

    Glândula: Pineal

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e compatibilidade, tendência ao domínio, ao abuso.

    Hipofunção: Atraso intelectual

    Propósitos: Sabedoria intuitiva, conexão para a espiritualidade, integração com o todo.

    Giro: sentido anti-horário nas mulheres e sentido horário nos homens.

    Lição espiritual: Espiritualidade, viver o momento.

    Em desequilíbrio: Falta de propósito, perda da identidade, medo de estar só, sentimento de separação do próprio "eu" transmitindo bloqueio aos demais chakras.

    Em equilíbrio: Descoberta do divino, facilidade para acessar diretamente o conhecimento superior a partir da conexão com o "eu universal", confiança, abnegação, humanitarismo, habilidade para ver o todo no fluxo de vida, devoção, inspiração, valores, éticas. Irradiação da vida com total plenitude e pureza.

    Informações armazenadas no chakra da coroa: Integração e conceito do todo.

     

     

     

    4. a) KUNDALINI - Fogo Serpentino

                  É energia ígnea, serpentina reside no chakra básico (Muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes:

     

    1. ANIMA (exigüidade). Esta é a faculdade que permiti identificar-se com a essência da menor parte do universo e do que ele mesmo é constituído. Permite ver o infinitamente grande (Mahima) ou, ao contrário, o infinitamente pequeno (Anima).


    2. MAHIMA (magnitude). Este é o poder de aumentar de volume, quer dizer, de alargar o círculo de sua consciência e de alcançar a plenitude do conhecimento do infinitamente grande.

     

    3. GARIMA (gravitação). Isto é relativo ao peso e à massa, e se aplica à lei de gravitação que é um dos aspectos da lei de atração. Este fenômeno é à busca dos yogues, ou seja, o estado de Samadhi.


    4. LAGHIMA (levitação). Esta é a possibilidade que tem o adepto de tornar-se mais leve que o ar, afastando a força de atração da Terra, e de desligar-se dele.


    5. PRAPTI (realizar o objetivo). Aquele que possui este poder tem a capacidade de atingir seus fins projetando sua consciência em todos os lugares que ele julga necessários, quer estejam sobre o plano físico ou sobre o plano cósmico. Este poder foi sempre muito utilizado pelos místicos do mundo inteiro. Prapti desenvolve também a clarividência, clariaudiência e telepatia.


    6. PRAKAMYA (a vontade irresistível). Este poder confere ao adepto a possibilidade de realizar todos os seus desejos pela força da vontade divina, quando esta vontade substitui, em parte, a vontade pessoal e seus desejos estão em perfeita harmonia com o plano divino.


    7. VASITVA (o poder de comandar). É o poder de tornar-se mestre das forças elementares da natureza, utilizando o poder do som criador ou mantra. Pela palavra sagrada, as vibrações são produzidas no éter e as diversas formas podem ser produzidas. Ato utilizado em grande feito de magia.


    8. ISATVA (o poder criador). Isatva se refere ao poder que tem o adepto de dispor dos elementos em suas cinco formas e de ressuscitar a vida no plano físico.

     

                  Estes elementos mencionados no item acima são de caráter de curiosidade e conhecimento. Estes aspectos devem se desenvolver através de prática específica para o desenvolvimento das energias de cada chakra.

                  A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

     

    5. OS ELEMENTOS E SEU SENTIDO OCULTO

     

                  “Saiba, que o Fogo (energia) é o primeiro tattwa; o Ar o segundo; a Água o terceiro; a Terra o quarto e o Éter o quinto.

                  “O primeiro tattwa é a panacéia que dá energia vital às criaturas e acaba com sua tristeza. O segundo provém de uma aldeia, o ar da floresta: ele desce da Água, é belo é delicioso e dispensa o poder de gerar. O quarto, pouco custoso, é produzido pela terra, dá a vida às criaturas e é a base da vida nos três reinos. O último tattwa, ó deusa, proporciona grandes alegrias; origem de todas as criaturas, sem começo e nem fim, ele é a raiz do universo. Assim falou Sadashiva de bom augúrio.”

     

    DEFINIR TATTWAS

                  É difícil definir os tattwas ou elementos, por serem ao mesmo tempo concretos e sutis, apesar de incomparáveis. De modo geral, os elementos não são objetos tangíveis, e sim, um conjunto de leis e força que condicionam um estado particular à matéria, estabelecendo-lhes propriedades específicas.

                  O elemento Terra (Priti), basta erguer a cabeça para o céu estrelado para se dar conta de que o universo é, principalmente, vazio. Entretanto, aqui e ali, a matéria cósmica torna-se densa, em vez de se distribuir uniformemente nesse vazio intergaláctico.

                  Partindo da definição de um elemento, todas as leis e todas as prodigiosas energias cósmicas que concorrem para essa densificação constituem o elemento Terra. Assim, nossa terra, simplesmente não passa de uma manifestação localizada do elemento Terra. O Sol e todos os corpos celestes são também manifestação do Elemento Terra, o mais elementar (evidentemente), pois estamos sentados sobre ele. De fato, cada átomo de cada objeto percebido é matéria cósmica densificada e faz parte de um corpo celeste incandescente. Nosso corpo é literalmente, sol resfriado, condensado.

                  O Elemento “Água” (Api) é aquele que mantém a matéria em estado líquido, a água é o fluido mais comum em nosso planeta, é o seu protótipo. Evidentemente mas que interesse há nisso? O interesse é enorme, pois esses fluidos são captadores dos ritos cósmicos, que, por sua vez, dirige todo o nosso biorritmo. O mais evidente desses ritmos é o das marés, que diuturnamente misturam os oceanos em respostas à atração lunar, mas também a solar e as marés sobre todos os líquidos do universo, não somente os de nosso planeta. Mas também, esses ritmos cósmicos não afetam só os oceanos; há uma mini maré num copo d’água, numa gota d’água: E, como no corpo 85 % é constituído de água, todo o biorritmo é a eles submetido.

                  Assim, por intermédio dos fluidos corporais, na morna intimidade dos tecidos, em cada célula, a lua e todos os corpos celestes regulam o imperceptível baile de ritmos vitais.

                  O “AR” (VAYU), embora saibamos é matéria em estado gasoso. Para o tantra, os gases veiculam energias cósmicas sutis.

                  Há milênios os tântricos sabem que o ar não é um gás inerte. Que ele “capta e transporta uma energia impalpável denominado ‘PRANA”, variável de acordo com a estação e o lugar. Eles sabem que nossa vitalidade depende dele e que “sua natureza é a do relâmpago”, intuição extraordinária, por isso é literalmente verdade.

                  Recentemente, a ciência (a biologia, em particular) se preocupava acima de tudo com a composição molecular do ar: azoto, oxigênio, gazes raros, e negligenciava sua ionização. Atualmente, sabemos que os átomos de oxigênio do ar podem ser ionizados, ou seja, ter um minúsculo “pacote” de energia excedente, portanto, disponível. Conforme a proporção de átomos de oxigênio assim ionizados, o ar pode ter propriedades vitais bem diferentes e, sabendo disso, os yogues inventaram técnicas especificas que permitem captar, acumular, controlar o Prana e aumentar nossa vitalidade.

                  O aspecto prático desse elemento está ligado às fontes de nossa vitalidade, aparece, por exemplo, na forma de Office sckiness, o “mal dos escritórios”, que ataca aqueles que vivem fechados nesses edifícios onde predomina o ar condicionado. De acordo com a teoria yogue, o “mal dos escritórios” se explica facilmente: um ar assim, sem prana, necessariamente mina a vitalidade e provoca diversos desequilíbrios. Após tê-lo ignorado ou desconhecido por muito tampo, começam pouco a pouco perceber isso, mas os orgulhosos edifícios de janelas trancadas ai estão e ficarão por muito tempo. Aqueles que são obrigados a viver neles restam o recurso de compensar esse déficit dedicando alguns minutos por dia aos exercícios de pranáyáma.

                  O ELEMENTO “FOGO” (TEJAS) é a matéria em estado “radiante”, por exemplo, a radiação do sol e das estrelas, mas também do fogo comum. Sem o elemento Fogo, nosso planeta seria gelado, pois o Sol não poderia irradiar seu calor até nós através da imensidão espacial, e nós ignoraríamos sua existência e das estrelas.

                  O elemento “Éter” (akasha) É o elemento alquímico que resistiu por mais tempo ao ataque da ciência. De fato, era axiomático considerar o vazio universal cheio de uma substância tênue ao extremo, que não oferecia nenhuma resistência à propagação das ondas e partículas de alta energia: parecia impensável quê o que quer que fosse pudesse ir propagando-se no nada. Tudo foi abalado em 1880, por causa dos resultados negativos das experiências de Michelson que queria comprovar a evidência do éter graças ao interferômetro ultra-sensível por ele inventado.

                  Para o Tantra, o elemento Éter - Akasha, E “nosso éter, ou seja, a matéria no estado mais sutil concebível, mais alguma coisa cientificamente indefinível (eu até diria “provisoriamente”), que eu chamaria, na falta de coisa melhor, de espaço dinâmico. Para o senso, ingênuo, o espaço é um grande buraco, inerte, no qual o Bom Deus concebeu o Universo. Certamente, não é essa visão da ciência, que, no entanto, não está muito melhor, pois ignora totalmente a natureza do espaço, alias, como também, a do tempo.

     

    6. Segredos dos cinco Pranas

     

                  Para que haja mudanças reais é necessário alterar a energia que cria. Este fato é verdadeiro na prática do Yoga. Para causar mudanças positiva no corpo e na mente devemos compreender a energia com qual se trabalha. A esta energia denomina-se de Prana significando a energia primordial. É traduzida a força vital, embora seja muito mais que isto.

                  Certamente o universo inteiro é uma manifestação do Prana, que é o poder criativo original. 

                  Em um nível cósmico há dois aspectos básicos de Prana.

                  O primeiro é o aspecto é a energia de Consciência pura que transcende toda a criação. O segundo ou o Prana manifesto é à força da criação própria. O Prana eleva-se a qualidade (guna) dos rajas, a força ativa da natureza (Prakriti). A natureza ela mesma consiste em três gunas: sattwa ou harmonia, que causam a mente, o rajas ou o movimento, que causa o prana, e tamas ou inércia que causam o corpo.

                  Certamente poder-se-ia discutir que Prakriti ou a natureza são primeiramente Prana ou rajas. A natureza é uma energia ou um Shakti ativo. De acordo com a tração ou a atração do Self mais elevado ou da consciência pura (Purusha) esta energia torna-se sattwica. Pela inércia da ignorância esta energia torna-se tamásica.

     

     

                  Relativo à nossa existência física, Prana ou a energia vital são uma modificação do elemento do ar, primeiramente o oxigênio que nós respiramos que permite que vivamos. Contudo enquanto o ar origina no éter ou no espaço. Prana levanta-se no espaço e remanesce-se conectada próxima a ele. Onde quer que nós criemos o espaço a energia ou Prana devem levantar-se automaticamente.

                  O elemento do ar relaciona-se ao sentido de toque. O ar em um nível sutil é toque. Com o toque nós sentimos vivos e podemos transmitir nossa vida-força a outra. Contudo enquanto o ar se levanta no espaço, assim que toca levanta-se do som, que é a qualidade do sentido que corresponde ao elemento do éter. Através do som nós elevamos e sentimos nossas conexões mais longas com a vida ao todo.

                  Ser do ser humano consiste em cinco koshas ou copos sutis:

    1) Kosha de Annamaya  alimento (Anna) - exame - os cinco elementos

    2) Kosha de Pranamaya - respiração  vital (Prana) - os cinco pranas

    3) Kosha de Manomaya - impressões  mente (Mano) exterior - os cinco tipos de impressões sensoriais

    4) Kosha de Vijnanamaya - idéias - inteligência - atividade mental dirigida – Conhecimento (Vijna).

    5) Kosha de Anandamaya - experiências - mente mais profunda - mente da memória, a subliminal e a superconsciencia – felicidade (Ananda).

     

    Pranamaya Kosha:

                  O Pranamaya Kosha é a esfera de nossas energias vitais da vida. Representa os três koshas – corpo mental (mente exterior, inteligência e mente interna) É atingível através da meditação dinâmica e as cinco impressões sensoriais.

    O melhor termo para o Pranamaya Kosha é provavelmente “corpo vital” para usar um termo do Yoga integral de Shri Aurobindo. O Pranamaya Kosha consiste em nossos impulsos vitais da sobrevivência, da reprodução, do movimento e da self-expressão, principalmente sendo conectado aos cinco órgãos do motor (excretor, urinário, genitais, os pés, as mãos, e órgão vocal).    

                  Uma pessoa com uma natureza vital forte se tornará proeminente na vida e pode imprimir sua personalidade no mundo. Aqueles com uma energia vital fraca o poder realizar-se muita tardia e ou de pouco efeito em cima da vida, geralmente estando em uma posição subordinada.

    O Pranamaya, entretanto, é importante para o trajeto espiritual é muito diferente do vital egoístico ou desejo orientado. Deriva sua força para as praticas espirituais que necessita de determinação e do poder pessoal. Na mitologia Hindu este Prana mais elevado é simbolizado pelo Sita-Rama, pode tornar-se tão grande ou pequeno como deseja, pode superar todos os inimigos e obstáculos, e realiza milagres com a energia vital, a curiosidade e o entusiasmo na vida junto com um controle dos sentidos e dos impulsos vitais realizam com aspiração elevadas.

     

    Os cinco Pranas

    O Pranamaya Kosha é composto dos cinco Pranas. O Prana preliminar divide-se em cinco tipos de acordo com seus movimento e sentido. Esta é a base da terapia ayurvédica e do o pensamento de hindu.

     

    Prana

    Prana, literalmente “o ar que move para diante, governa a recepção de todos os fluxos vitais: a ação de comer o alimento, de beber da água,  da respiração, à recepção de impressões sensoriais e de experiências mentais. É propulsor na natureza, ajustando coisas no movimento e guiando-as. Fornece a energia básica que nos dirige na vida.

     Apana

     

    Apana, literalmente o “ar que se afasta,” move-se para baixo e para fora e governam-se todos os caminhos da excreção e da reprodução (que tem também um movimento descendente). Governa o a eliminação do bolo fecal, da urina, expele o sêmen, líquido menstrual e o feto, e o dióxido de carbono através da respiração. Em um nível mais profundo governa a expressão das experiências sensoriais, emocionais e mentais negativas. É base de nossa função imune em todos os níveis.

     

    Udana

    Udana, literalmente “o ar ascendente,” os movimentos para cima e os movimentos qualitativo ou transformativo da vida-energia. Governa o crescimento do corpo, da habilidade de estar, do discurso, do esforço, do entusiasmo e da vontade. É nossa energia positiva principal na vida com que nós podemos desenvolver nossos corpos diferentes e evoluir na consciência.

     

    Samana

    Samana, literalmente “o ar balançando,” movimentos da periferia ao centro, com uma ação de discernindo. Ajuda na digestão em todos os níveis. Trabalha no intervalo gastrointestinal para digerir o alimento, nos pulmões para digerir o ar ou absorver o oxigênio, e na mente para homogeneizar e digerir experiências, seja sensorial, emocional ou mental.

     

    Vyana

    Vyana, literalmente “o ar circulante externo,” move-se do centro para a periferia. Governa a circulação em todos os níveis. Move o alimento, a água e o oxigênio durante todo o corpo, e mantém nossas emoções e pensamentos que circulam na mente, dando o movimento e fornecendo a força. Ao circular assim ajuda a todos os outros Pranas em seu movimento.

     

                  Os cinco Pranas são as energias que se distribui dentro dos tattwas em diversos níveis.

    Prana Vayu governa o movimento da energia da cabeça para baixo que é o centro Prânico no corpo físico.

    Apana Vayu governa o movimento da energia para baixo ao chakra da raiz. Samana Vayu governa o movimento da energia da parte traseira inteira do corpo. Vyana Vayu governa o movimento da energia para fora do corpo inteiro. Udana governa o movimento da energia do até a cabeça

                  O Prana governa a entrada das substâncias. Samana governa sua digestão. Vyana governa a circulação dos nutrientes. Udana governa a liberação da energia positiva. Apana governa a eliminação.

                  Isto é bem como o funcionamento da engrenagem de uma máquina. O Prana traz o combustível, Samana converte este combustível em energia, Vyana circula a energia aos vários locais da engrenagem. Apana libera os detritos ou produtos do processo da conversão. Udana governa a energia positiva criada no processo e determina o trabalho que a máquina pode fazer.

                  A chave à saúde e ao bem estar é manter nosso Pranas na harmonia. Quando um Prana se torna inaceitável o outro tendem a tornar-se desequilibrado também porque todos são ligados um no outro. Geralmente Prana e Udana trabalham o oposto da Apana como as forças da energização contra aquelas da eliminação. Similarmente Vyana e Samana são opostos como a expansão e a contração.

     

    Como o Prana cria o corpo físico?

                  Sem Prana o corpo físico não é mais do que uma protuberância de massa, gelatinosa com vários membros e órgãos. Ele circunda pelas os canais ou Nadis, através de que pode operar e energizar a matéria bruta em vários tecidos e órgãos.

     

    Prana Vayu cria as aberturas e os canais na cabeça e no cérebro para baixo ao coração. Há sete aberturas na cabeça, os dois olhos, as duas orelhas, as duas narinas e a boca. Estes são chamados de sete Pranas ou sete Rishis no pensamento Védico.

     

    Udana Vayu ajuda o Prana a criar as aberturas na parte superior do corpo, particularmente a boca e órgãos vocais. A boca, apesar de tudo, é a abertura principal na cabeça e no corpo inteiro. Poder-se-ia dizer que o corpo físico inteiro é uma extensão da boca, que é o órgão principal da atividade, de comer e de expressão físicas.

     

    Apana Vayu cria as aberturas na parte mais inferior do corpo, as dos sistemas urinário, genitais e excretores.

     

    Samana Vayu cria as aberturas na parte média do corpo, aquelas do sistema digestivo, centrado no plexo. Abre para fora os canais dos intestinos e dos órgãos, como o fígado e o pâncreas.

     

    Vyana Vayu cria os canais que vão às peças periféricas do corpo, dos braços e dos pés. Cria as veias e as artérias e também os músculos, os nervos, as junções e os ossos.

     

    Em resumo, Samana Vayu cria o tronco do corpo (que é dominado pelo intervalo gastrointestinal), quando Vyana Vayu cria os membros. Prana e Udana criam as aberturas superiores ou os orifícios corporais, enquanto Apana criar canais externos.

     

    Prana, entretanto existe não apenas no nível físico. O plexo é o centro vital principal para o corpo físico. O coração é o centro principal para o Pranamaya Kosha. A cabeça é o centro principal para o Kosha  Manomaya.

     

    Prana e a respiração

    Respirar é a principal função da atividade de Pranica no corpo. O Prana governa a inalação. Samana governa a absorção do oxigênio que ocorre principalmente durante a retenção da respiração. Vyana governa sua circulação. Apana governa a exalação e a liberação do dióxido de carbono. Udana governa a exalação e a liberação da energia positiva através da respiração, incluindo os sentimentos que alteram o movimento da respiração.

     

    Prana e a mente

    A mente tem também suas energias Pranica. Isto se deriva do alimento, da respiração e das impressões externas. Prana governa a entrada de impressões sensoriais. Samana governa a digestão mental. Vyana governa a circulação mental. Apana governa a eliminação de idéias tóxicas e de emoções negativas. Udana governa a energia, a força e o entusiasmo mentais positivos.

     

    Em um nível psicológico, Prana governa nossa receptividade às fontes positivas do relacionamento, do sentimento e do conhecimento com a mente e os sentidos. Quando desequilibrado os desejos cria instabilidade emocional. Tornamo-nos insatisfeito e geralmente fora do contrapeso.

     

    Apana em um nível psicológico governa nossa habilidade de eliminar pensamentos e emoções negativos. Quando desequilibrados gera-se depressões e nós começamos a sentir a obstrução com experiência desagradáveis que nos direciona para baixo na vida, fazendo-nos temíveis, suprimido e fraco.

     

    Samana Vayu dá-nos o sentimento e o contentamento na mente. Quando desequilibrado Nos agarramos às coisas e tornamo-nos possessivos em nosso comportamento.

     

    Vyana Vayu dá-nos o movimento livre e a independência na mente. Quando desequilibrado causa a desolamento, e alienação Nós somos incapazes de unir-se com os outros ou de permanecer conectados aqui e agora.

     

    Udana dá-nos a alegria e o entusiasmo e as ajudas nossos potenciais espirituais e criativos mais elevados. Quando desequilibrados causa o orgulho e o arrogância. Nós tornamo-nos infundados, tentando ir à elevação e perder a trilha de nossas raizes.

     

    Pranáyáma

                  É uma técnica de exercícios de respiração, No Yoga Sutras, as práticas do pranáyáma e do ásana são consideradas as mais elevadas das disciplinas de purificação da mente e do corpo.

                  As práticas produzem a sensação física de real calor, chamado tapas, ou o fogo interno de purificação. Este calor é parte importante no processo de purificação das nadis. No pranáyáma é focalizada a atenção na respiração e é conseqüentemente muito importante manter uma mente alerta, para os processos que estão sendo observados que são muito sutis. O único processo dinâmico do corpo é o ato de respirar. O Prana somente incorpora o corpo ao momento em que há uma mudança positiva na mente. Naturalmente, nosso estado da mente não se altera com cada respiração, a mudança ocorre sobre um período de tempo longo. Agora se praticar o pranáyáma você observará uma mudança da mente, pois significa que direcionou o prana através dos exercícios então as mudanças da mente podem ser observadas primeiramente em nossos relacionamentos com as pessoas.

     

    5. MÉTODO

                  A terapia corporal Indiana é aplicada da seguinte forma:

                  É necessário preparar o cliente como em qualquer outra técnica de terapia corporal, como quiropraxia no intuito de realinhamento vertebral para que se possa aplicar este método. É de suma importância que as vértebras estejam realinhadas, pois ela será o canal de passagem energético do trabalho sutil e de insuflação de energia.

                  A técnica da Terapia Corporal Indiana consiste em colocar o cliente confortavelmente na posição de decúbito frontal, com música suave, incenso e aroma no ambiente, luzes de tons azuis ou violáceas, para permitir a conexão de relaxamento. O terapeuta se colocará numa posição centrada de respiração rítmica procurando ao toque identificar a respiração do cliente, induzindo-o a um estado de respiração lenta e continuada até que a sintonia do cliente e do terapeuta esteja fluente. Depois deste momento as manobras são aplicadas em movimentos circulares dos pés em direção ao topo da cabeça e no momento em que for mudar a mão na posição do corpo, manter sempre a mão esquerda posicionada ao corpo do cliente para que ele não se sinta abandonado. Os movimentos são estritamente leves, apenas para que a energia possa fluir livremente pelos os canais sutis denominado de nadis. Feito isto sem perder o contato com o cliente, virá-lo para a posição em decúbito dorsal, trazendo a energia da mesma forma circulante em direção aos pés. As manobras poderão ser servidas de um óleo aromático constituído de rosa, sândalo e jasmim com o intuito de proporcionar a sutilização energética preparando a pessoa para a recepção do mantra que será entoada a seguir.

                  Terminando as manobras o terapeuta se sentará ao lado do corpo do cliente sem perder o contato e com toques com as pontas dos dedos indicador e médio unido um ao outro sempre tocando o centro de cada chakra, insuflando os bijas mantras (semente dos chakra) até que venha se posicionar sentada em frente ao topo da cabeça do recebendo. Onde serão insuflados mantras dos elementos com a função de consagrar, ou seja, o cliente estará recebendo um deeksha (um fluxo energético divino de iniciação), findando esta etapa deverá induzir o cliente em relaxamento falado com música de fundo sempre levando a se reconhecer como ser perfeito.

     

    CONCLUSÃO

                  Esta terapia corporal não tem intenção de debelar desequilíbrios físicos e sim desequilíbrios energéticos que na verdade onde se concentra a verdadeira dificuldade do ser humano. Apos receber o deeksha da maneira corrente o cliente terá sido codificado no seu corpo espiritual e sempre será levado a ponto do seu equilíbrio, mesmo que nunca mais receba esta técnica. Mas para que isto ocorra serão necessários à aplicação de pelo menos 10 sessões para que o realinhamento dos chakras ocorra. Estamos acostumados com vicissitudes da vida, portanto enquanto não é absorvida a energia o chakra não se equilibra por isso a necessidade de repetições.

     

    BIBLIOGRAFIA

      

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

    Em relação a Terapia Corporal Indiana – trabalho idealizado após curso com o Prof. Levi Leonel em 1983 – Rio de Janeiro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Vivência Tântrica

    Vivência Tântrica

    Ao encontro do coração e da prosperidade, assim como o equilíbrio da sexualidade e o fluxo da sensibilidade

     

     Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Libido?

    3.  Conhecimento sobre os elementos que se atinge no desenvolvimento do vivenciar.

    4. O que é Vivência tântrica.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

      

    I- INTRODUÇÃO

                 

                  A insatisfação por não produzir. O vazio por não saber amar ou não ser amado. O desejo que algo externo resolva a vida. Tudo se transforma em couraças. Onde o EU se esconde em manifestações de medo, timidez, agressividade, hipersensibilidade, improdutividade, egocentrismo. Ou ainda – “Eu sou o único” – “Sou o melhor” – “Sou eu que resolvo as coisas, ninguém faz melhor que eu” – “Eu sou festeiro e popular”. Esta última manifestação certamente é a pior forma de manifestar as couraças. Porque em algum momento do seu dia, vai se sentir exausto triste e solitário. “Não aceito falar de mim”, “Não vou transparecer o que sinto nunca, imagine!”

                  “Nunca deixo saber o que sinto e penso, não quero que invada a minha individualidade!”

                  Na verdade todas essas manifestações ou “qualidades” são fugas de si ou do mundo. É a dificuldade de apalpar a si mesmo, de si amar. Se você não se ama, não pode saber amar.

                  Se você não se equilibrar não pode perceber rapidamente e sensivelmente a forma de ensinar a se equilibrar.

                  Para o principio tântrico o equilíbrio e o desequilíbrio é um leela (jogo) uma dança no fluxo cósmico.

                  Se você simplesmente dançar o leela acontece. Você vira a água nas tempestades. O vento no vendaval. A chama na fogueira.

    De forma lúdica e sincrônica vivencia tudo aquilo que é natural em si. Você não pensa mais. Apenas sente ou simplesmente é.

                  O EU SOU ou SO HAM passa a fazer parte em cada inspiração e expiração. Inspirar e expirar constantemente em sincronia com o que deseja fará com que se conclua. Basta ensinar a mente a simplesmente ser e não mais comandar.

                  Descodificar a mente para que ela entre no leela cósmico é simples. É necessário dar à ela aquilo que não é metódico.

                  Há de convir que desde 3 ou 4 anos da idade cronológica que sua mente aprende apenas a se defender de que:

    “ “Isso não pode” - “Isso não deve” - “Seja homem” - “Seja educado no sentido formal” -”Seja rico para ser homem de bem” - Ou, pior ainda: “Quem ficou rico é inescrupuloso” ”.

                  Para as mulheres: “Olha todos os homens são iguais” - “Homens não prestam”

                  Para os homens: “Cuidado mulher é um bicho” – “Mulher é interesseira”

    Em relação ao sexo então:

    Mulheres: ”Sexo é proibido” – “Não seja sensual é feio” –

    Homens: “Para ser homem precisa ser garanhão, se não deixará de ser homem”. Para as pessoas que estão na faixa entre 40 a 60 anos cronológicos é o sentimento que impera e comanda o mental, agindo de forma inconsciente e produzindo resultados negativos. E ai o insucesso é fatal em quase todos os planos da vida.

    Enfim, infindáveis fórmulas chavões para o insucesso, o desamor, a timidez e a má relação consigo próprio. A mente codifica e lidera a frente da real sensação, desviando do verdadeiro caminho individual de simplesmente ser Natural – Integro e amável e feliz.

                  Vivenciar as emoções aparentes e sentir o coração é um caminho lúdico e sensorial, produzindo a capacidade de aumentar o fluxo da intuição, aumentar o fluxo do sentir.

                  Para isso basta utilizar-se das técnicas que o tantra propicia. Que álias, no ocidente muito bem elaborado através do contato popular com o OSHO.

                  Eu me permeio através do Tantra matriarcal e antigo onde o fluxo feminino (Shakti) que é responsável pelo o espírito das realizações natural. Simplesmente SER e Vivenciar pelo o fluxo da libido.

     

    2  - O QUE É LIBIDO?

                  Vamos conhecer a real conotação da libido em relação à parafernália tântrica, tão confundida e mal interpretada pelo o ser ocidental e os ditos “tântricos”

                  Fala-se em libido, entende-se sexo. Sexo é o significado principal e final apenas para aqueles que ainda não a entendeu ou para aquele que não sabe direcioná-lo e assim utilizar-se desta força encantadora e mágica.

                  Libido é a mola propulsora para tudo que se pensa em sentir e fazer.

                  A libido é uma energia pura incandescente no ser humano manifestada através do ato de sentir prazer.

                  O prazer de comer em equilibro = saborear.

    Mas em desequilíbrio entra em compulsão do comer porque essa forma de sentir é fálica.

                  Libido organizada faz fluir o trabalho = Prazer - produz êxtase.

                  Libido desorganizada = O trabalho não flui - não há energia propulsora.

                  O prazer de amar ao tocar o filho, o coração treme. Porque o amor é puro e transcendente. A libido ai está presente no sentir, pois provoca êxtase, felicidade.

                  O prazer de amar o sexo oposto, todos que se apaixonaram conhecem a libido se manifestando e é a forma que todos a identificamos.

                  Mas libido é o calor na pele, sem está calor. É o arrepio de uma caricia. É o ouriçar dos pelos quando se emociona. É a alegria nos olhos. É ainda a lágrima nos olhos quando se ri gostoso. É ouvir uma música e se arrepiar. É perceber o nascer de uma flor e se sentir emocionado. É ver uma criança nascer e se emocionar.

                  Quantos já desconhecem estas sensações? Se não sentem e não percebem isso, não pode mesmo perceber que a libido está além do tesão pelo o sexo oposto.

                  Alias se não sentem isso, já não consegue mais sentir Excitação pelo o sexo oposto. Acabou a excitação por si.

                  Vivenciar significa buscar isso dentro de si e por si mesmo.

                  Perceber que ao respirar, a pele se manifesta, Ao dançar o corpo arrepia, apenas no sentir da música e bailar suas emoções numa dança de sensações, sem pensar. Somente sentir e reaprender a amar-se.

                  A Libido movimenta a vida, a alegria, rejuvenesce e vitaliza.

                  Onde está a libido?

                  O tempo inteiro em você mesmo, basta um respirar profundo e ela se manifesta.

                  Basta um carinho do sexo oposto e ela se manifesta – Conhecido por todos, não é mesmo?!

                  Mas, se a música certa tocar também se manifestará. Quem aprende a conectar a libido, não ficará mais triste além do necessário. Porque saberá a medida exata do sentir.

                  Aprendemos que as pessoas importantes na vida são nossas: meus filhos, meu homem ou minha mulher, minha amiga (o), etc. Puro exercício de ego.

                  A libido direcionada de forma harmoniosa você saberá que deve apenas sentir e vivenciar. E que o conjunto de relações pessoais e interpessoais são feitas para interagir e não para possuir.

                  Porque a única posse que de verdade temos é o “EU” esse sim possuirá os efeitos de tudo que permeia a vida. E a forma de manifestação no físico do EU é através do permear da libido que é energia pura e criadora.

                  Criadora da prosperidade na forma plena da palavra.

                  Esse é o verdadeiro passo para a abundância. E o verdadeiro “Tesão” pela a vida. Sem medo, sem pré-conceito, sem negações. Simplesmente viver poeticamente a vida.

    Eu acredito piamente que o Ser passa pela a terra com a única função de vivenciar e sentir a abundância no leela (jogo ou dança) cósmico e na terra. Aprender lidar significa adquirir o nirvana. Ou seja, transcender a consciência através do coração.

                  Abundância está em todos sem distinção de raça ou credo. É para todos aqueles que se permite.

                 

    3- Conhecimento sobre os elementos que se desenvolve na prática vivencial.

     

    ANÁLISE SINTETIZADA DOS CORPOS HUMANOS.

                                                           

    1- CORPO - Anna Kosha (corpo ilusório de alimento).

                  É o nosso corpo físico grosseiro, constituído dos cinco órgãos dos sentidos: ouvido (som), pele (tato), olhos (visão), língua (paladar), nariz (olfato) e dos cinco agentes da ação: boca, genitais, mãos, pés e orelhas. Sua capa muscular, os nervos e ligamentos, bem como a sua estrutura óssea armazenam as tensões vindas dos corpos superiores, sobrecarregando alguns órgãos que sobrecarregam outros, numa cadeia de sintomas às vezes complexos. O corpo físico reage aos claramente através de movimentos, exercícios, danças e toques. Seu centro-realimentação está nas gônadas, portanto na área sexual, e seu estágio é o do mineral, dentro da natureza, como um todo, e seu oposto complementar é o olfato (narinas). Seu elemento é a Terra (ossos, dentes e unhas).                                                                                                                                                                                         

    2 - CORPO - Prana Maya Kosha (energético etérico)

                  É um corpo constituído de prana etérico, comanda os órgãos dos sentidos e contém os cinco sentidos sutis: éter, ar, fogo, água, terra aspecto prânico, energético. Alguns autores dizem que existem 300.000 canais que transportam prana, outros 72.000 que formaria o corpo etérico visível facilmente. Sua emanação energética vem das supra-renais próximos ao umbigo, e seu aspecto sutil, invisível, se relaciona também com os minerais. O corpo energético reage ao respiratório em geral, aumentando consideravelmente seu brilho externo ao corpo, com um pequeno número de exercícios de respiração. Esse corpo transmite as sensações dos corpos sutis para o físico, formando uma ponte de ligação entre as emoções e os músculos e nervos. Seu oposto complementar é a língua e o paladar. Seu elemento é a água.

     

    3 - CORPO - Kama Maya Kosha (desejo)

                  É o nosso corpo das emoções telúricas. O ponto central do corpo astral está no estômago (plexo solar) e sua irradiação sutil está relacionada com a vontade (volição) e com o desejo. Sua manifestação mais clara é o instinto, a reação reflexa, ou seja, é o órgão que se manifesta com um emocional expansivo e forte. “Ele irradia “nosso estado de espírito e é afetado pelo que vemos” o que os olhos não veem, o estômago não sente”. Está intimamente ligado com o pâncreas diretamente o sentido da visão. Seu elemento é o fogo e atua na combustão dos alimentos e reage ao desejo e à vontade.

     

    4 - CORPO - Ananda Maya Kosha (felicidade)

                  É localizado no centro cardíaco e é o nosso corpo das emoções afetivas e amorosas. É grandemente estimulado pelos vegetais superiores como legumes, verduras e frutas. O sentido do tato está intrinsecamente relacionado com o coração e se expressa de modo claro nas relações de empatia com outro. Seu elemento é o ar reage aos sentimentos em geral.

     

    5 - CORPO - Manas Maya Kosha (conhecimento)

                  O Manas (mente) se manifesta como intelecção e memória sendo essa a função desse corpo. Seu elemento é o éter que está relacionado com os ouvidos.

    É um corpo que se manifesta no nível da garganta em seu aspecto mais sensorial a reage aos Mantras de “H” aspirados, como no Inglês de horse. Seu corpo é de manifestação sonora e, portanto, o som faz vibrar em ondas que vão do mental ao intuicional.

     

    6 - CORPO - Jñana Maya Kosha (sabedoria)

                  Este corpo se manifesta como sabedoria pura, percepção clarividente. Ele reage à ação contemplativa, após as vibrações da mente cessar. Reage ainda aos Bija-Mantra, e especificamente, aos sons nasalizados. É a sabedoria após o conhecimento.

     

    7- CORPO - Buddhi Maya Kosha (corpo ilusório feito de intuição)

                  É o mais próximo da mônada espiritual humana. Não tem som específico, nem reage ao toque, mas como é um arquétipo humano reage aos símbolos inconscientes tais como, os Mandalas ou Yantras e os Mula-Mantra, tais como o “OM”.

     

                                              OS SETE PLANOS e as suas cores

    Podemos entrar em contato com cada plano vibrando na sua cor correspondente.

    FÍSICO

    1- PLANO - FILOSÓFICO - LIGADO AO CORPO FÍSICO - (MINERAL)

                  É o plano mais denso que trata do material, do físico, é onde o indivíduo se relaciona com o outro através de atitude e postura física. Através desse plano, aprendemos a constituição do homem centenário, do macrocosmo e do microcosmo sempre por meios dos estudos ou da filosofia esotérica começando a compreender a história da evolução do homem.

    COR AZUL - Representa a espiritualidade, a energia cósmica, dependendo da intensidade do azul ele sugere crescimento e evolução espiritual - mais intenso = a necessidade de contemplação serena, menos intenso = verificar os sentimentos descontrolados.

      

    2  - PLANO - ARTÍSTICO - LIGADO AO CORPO ENERGÉTICO - VEGETAL

                  É o plano onde começamos a perceber a energia vital, através de meditação das nossas próprias atitudes e organização dando-nos conta do mundo que nos rodeia. Por esse plano começamos a trabalhar o mundo das cores do som, da harmonia, do ritmo, e como eles afetam nosso corpo energético.

    COR AMARELA - Muito positivo, significa sabedoria, representa um guia interior ou o nosso lado superior (eu) concretizando os nossos ideais, indica clareza e luz.

    COR LARANJA - Maior energia, entusiasmo, juventude, alegria, favorece empreendimentos.

     

    3 - PLANO - POLÍTICO - LIGADO AO CORPO EMOCIONAL - ANIMAL

                  É neste plano que começa a evolução do homem, é através da razão que controlamos as nossas emoções, quanto menos oscilarmos o nosso corpo emocional, mais nos tornou estáticos. Não ser instável é ser um verdadeiro político e manipulador da energia da vontade. É através de leis e regras interiores que o mental controla o emocional e podemos através desse plano criar novas atitudes, nova cultura, nova civilização.

    COR ROSA - Simboliza o amor, a afeição sem paixão (amor universal) significa proteção, traz insegurança, suavidade das emoções.

     

    4 - PLANO - EDUCACIONAL - LIGADO AO MENTAL CONCRETO (HOMINAL)

                  É o plano da meditação, e onde também atua a evolução do homem, este plano está muito ligado ao plano político. É onde educamos nossas energias através da meditação das próprias atitudes e organizações. Através desse plano estamos ligados a ciência da iniciação.

                  O resultado do estudo e prática dessa ciência produz o verdadeiro homem consciente.

    COR BRANCA - Simboliza a pureza da inocência e ingenuidade, é a cor da juventude, a pureza do coração e a simplicidade, traz a facilidade da transmutação de energia, equilibra as energias negativas. 

    MENTAL

    5 - PLANO - CIENTÍFICO - LIGADO AO MENTAL ABSTRATO.

                  Este plano faz parte do plano mental que é ligado ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados a seres superiores que nos enviam através de canais, todas as técnicas da ciência para que possamos atuar com mais perfeição em nossas vidas.

                  Conseguimos compreender a ciência de vida e espaço (onde o outro começa e você termina), ou seja, mais sensibilidade, termos condição de entender as leis ocultas do cosmos, a lei da evolução e do Karma. É nesses planos que poderemos ajudar o outro com a ciência da sabedoria.

    COR VERDE - Simboliza vida, fertilidade e criatividade, afinidade, diplomacia e adaptabilidade, regeneração.

      

    6 - PLANO - INTUITIVO - LIGADO AO CORPO DA INTUIÇÃO

                  Neste plano nós seremos mestres de nós mesmo, será o fim dos falsos mestres e profetas.

                  Dentro deste plano teremos o contato com a hierarquia oculta, e a cooperação desses seres dentro do nosso trabalho de evolução pessoal. Teremos também total controle de nosso ego.              É neste plano que teremos o conhecimento da Nova Era.

    COR VERMELHA - Simboliza a energia ativa em grande quantidade, fluxo da vida, vitalidade, traz o impulso da vida, a vontade de vencer, o poder.

      

    7 - PLANO - INTEGRAÇÃO - LIGADO A CENTELHA DIVINA

                  Neste plano teremos total controle das leis do físico. Sendo assim poderemos ter maior domínio sobre nós mesmos em relação ao relacionamento entre matéria e espírito, alma e personalidade. Seremos mais honestos com nós mesmos e assim estaremos mais harmonizados com o universo. A nossa canalização estará aberta com total integração com o cosmos.

    COR VIOLETA - E a cor ligada a espiritualidade, traz o conhecimento e a magia, representa a consciência cósmica, representa a evolução interior com pleno conhecimento da realidade traz a sensibilidade e individualidade

     

    KARMA

    Karma é a lei de causa e efeito. Qualquer atitude tomada ou pensada cria uma reação na vida física ou na vida astral.

     

    TIPOS DE KARMA

    1 - Karma Individual - É quando você é totalmente responsável pelos seus próprios atos.

     

    2 - Karma Familiar - quando os atos interferem nas atitudes das pessoas da sua família negativamente ou positivamente.

     

    3 - Karma Coletivo - quando seus atos estão ligados a comunidade que você se relaciona.

     

    4 - Karma Racial - parte da sua opção, que você teve antes de nascer, em ser branco, negro, vermelho, ou amarelo.

     

    5 - Karma Nacional - Você nasce no país que melhor se adapta a sua missão, para que sua vida possa fluir melhor.

     

    6 - Karma Mundial - Nós optamos nascer nesse planeta porque nosso padrão de consciência é o mesmo dentro da evolução desse sistema, e nossas atitudes particulares pode modificar uma atitude um planeta inteiro.

     

    7 - Karma Universal - É quando nós já conseguimos obter uma consciência cósmica e nossas atitudes são todas voltadas pela Paz Universal.

     

    SENSO DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada ação temos um grau de responsabilidade a cumprir.

                  Responsabilidade - É a habilidade de dar uma resposta a si mesmo. A partir de agora seja responsável por si só. Voltando-se para dentro e repensando os seus atos.

                  Para cada ação existe uma reação e você é o centro de sua vida. Tomar consciência do seu poder e criar as situações que vivem, é ser 100% responsável por si mesmo.

     

    TIPOS DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada plano temos um tipo de responsabilidade a cumprir.

    1 - Paciência: É a habilidade de suportar as primeiras mudanças do ego que causam ilusoriamente dor e sofrimento.

     

    2 - PERSEVERANÇA - É a habilidade de se conservar firme e constante, permanecer sem mudar ou sem variar em cada atitude tomada mediante a um objetivo.

     

    3 - SEGURANÇA - É a habilidade de estar confiante em si mesmo e na vida.

                 

    4 - GENEROSIDADE - É a habilidade de ir ao encontro das necessidades dos outros sem desperdício de tempo e matéria, é a disposição para compartilhar.

     

    5 - TOLERÂNCIA - É a habilidade de compreender os motivos e pontos de vistas dos outros tão precisamente quanto possível, é o poder da supervisão.

     

    6 - SENSIBILIDADE - É a habilidade de sentir as próprias necessidades e a dos outros, é uma grande virtude e desenvolve independência e desperta confiança em si mesmo.

     

    7 - HUMILDADE - É a habilidade de se contrapor ao seu ego e vaidade e aparentar o que você é na realidade.

      

    DHARMA - O CAMINHO PESSOAL

                  Alguma de nossas emoções advém de registros/código, que chamamos cósmicos, e têm um princípio básico de inconsciência, e podemos colocar nessa lista as pulsões sexuais como uma necessidade imanente nos seres vivos de proliferação da espécie. O desejo sexual então, é o impulso genésico do ser vivo e é esse mesmo impulso que leva o homem e mulheres a se unirem na intenção inconsciente de procriarem, e estes impulsos acrescidos das intenções emocionais, também delineiam o caminho de uma pessoa (Dharma).

                  Dizemos então, que todos estão onde devemos estar, onde precisamos estar, onde merecemos estar, pois nossa intencionalidade e nosso adhikara (índole, temperamento, caráter, dom inato) nos colocaram ali; havendo consciência do modo pelo qual trabalhamos nossas intenções, nos iluminamos e podemos traçar, então, qualquer caminho.

                  O Dharma é o caminho, é o destino e é também o caminhante. O Dharma será concebido por aquele que se concentra no agora, aqui, usufruindo do ato de caminhar como a única meta, conquistando serenidade. Este caminhante saberá que não há nada a ser feito no futuro, um destino pré-existente a ele que deverá ser cumprido. Há sim, uma fatalidade das emoções, aquelas mesmas emoções que atraem certas desgraças pessoais, inexoravelmente; essas emoções que é traduzida como intencionalidade.

                  Intencionalidade do ser humano depende de um fator muito importante, melhor dizendo, imprescindível, que é a relação com o outro indivíduo, outra sensação, outro desejo. Sem a reciprocidade de intenções inexistiram as relações interpessoais e, portanto, não haveria a possibilidade de crescimento pessoal e muito menos de estudo das próprias emoções e sensações. Seria impossível a percepção sequer da existência da intencionalidade.

     

    O CORPO É O INCONSCIENTE HUMANO

                  Todo ser humano é uma soma de adhikara mais comportamento personalizado. O Adhikara e a personalidade “marcam” o corpo de acordo com suas características, somando a esta herança genética, que engendra o corpo junto com aquelas emoções e impulso do caráter. Dessa interação nascem corpos saudáveis ou não.

                  A saúde ou doença são balizamentos que o corpo cria para regrar a senda de seu habitante. Ele tem o código do adhikara de uma pessoa e sempre que essa pessoa mente para si mesma ou trai suas emoções profundas ou frusta-se consigo mesma, sem estarem conscientes desse fato, males físicos sobrevêm e tensões energéticas, nervosas e glandulares avassalam suas estruturas. Neste sentido dizemos que a doença é um bem maior, na medida em que ela tem a função de avisar, através do corpo, sobre a condição da emoção.

                  O ser humano é dotado de seis diferentes consciências para se manifestar no seu ambiente vital, no seu eco sistema.

                  Infraconsciência - é a consciência genésica, sexual, procriadora, mantenedora da espécie humana. Trata-se da atração magnética onipresente na vida das pessoas, traduzidas simplesmente em atração sexual entre os seres. Os principais pontos de tensão da infraconsciência são:

    a) Impulsos genésicos, geradores, procriadores;

    b) Rege todos os órgãos do sentido.

    c) A expressão mais sutil em termos de fluidos corporais tais como sangue, linfa, hormônios, líquidos sinuviais, liquor espinhal.

    d) A infraconsciência está ligada ao reino mineral e vegetal.

                  A natureza por si só é regida pela a força que se traduz na fórmula vive melhor quem melhor pode viver e no estigma da força e esperteza. Por isso os homens competem em seu dia-a-dia chegando as raias da morte, porque ainda contém o código de defesa da vida contra o agressor. As pessoas ainda se sentem mortalmente feridas ao perder um lugar na fila, ou o troco a menos na padaria, etc. Essa agressividade ainda pode ser canalizada pelo processo civilizatório por simples falta de tempo. Algo nas pessoas as faz defender o que é delas às tapas, mesmo que seja apenas algumas moedas, transformando isso tudo em neuroses.

     

    Subconsciência é responsável pela nossa contínua experimentação das nuanças do corpo energético que tem sua base no Chakra energético (Svaddhisthana). Veja as várias partes do indivíduo que são regidas por esta mente.

    a) - Motricidade corporal: função motriz dos nervos e órgãos.

    b) - Aprendizado reflexo de atividades automatizava;

    c) - Está também ligado ao mundo mineral e vegetal;

    d) - Seu centro físico são as supra-renais.

    h) - Os órgãos dos sentidos.

                  A subconsciência está ligada ao movimento corporal em si mesmo. Podemos exemplificar dizendo que uma criança aprenderá a andar sem ter uma imagem para se basear. Mas não falará uma língua a não ser que possa ouvi-la. São funções de diferentes consciências. A motricidade faz parte do código da subconsciência; o impulso de andar é infraconsciencial, mas a energia para criar o movimento e do subconsciente.

                  O subconsciente está para a sensibilidade vegetal, ou seja, não permanece “estático” como o reino mineral, sob os influxos de tempos muito mais longos que as medidas de tempo do reino vegetal. Além disso, podemos dizer que o vegetal contém e organiza o mineral em seqüências sensíveis que contém os sentidos do tato, algo praticamente inexistente no reino mineral bruto. Portanto a sensibilidade táctil é uma capacidade muito afeita ao chakra energético, que seria a sede do subconsciente.

                  A subconsciência é energia prânica, que em termos gerais pode ser manipulada e automatizada, em última análise, a força do “campo de energia” Esse deposito de energia (prana, Ki, Chi, orgônio), é uma inesgotável fonte de poder que é usada também para proceder as transformações, magnética através das mãos. Esse “órgão” energético está para o tato nos vegetais e tanto na visão como audição nos seres humanos, embora sua maior regência seja a sensibilidade tátil.

                  Os desequilíbrios psíquicos do subconsciente - Todas as perdas de motricidade por traumas emocionais, medo, sustos, são relacionadas com essa mente. Os delírios generalizantes estão relacionados com perda mineral (coloca os pés no chão) e hipersensibilidade nervosa. Convém dizer então que toda a rede nervosa, que vai do cérebro à superfície da pele é a manifestação física da rede Pranica (ou nadis), os condutos do Vayu pelo o corpo. Isso equivale a dizer que as repetições de gestos do modo distorcidos e até esquizofrênico em vários graus e perda de consciência espacial por envelhecimento.

     

    O INCONSCIENTE

                  No inconsciente fica a sede das emoções e intenções do indivíduo. Provavelmente neste ponto, na altura do estômago, diafragma e tórax, fica os códigos do Adhikara aquele elemento sutil de discernimento do temperamento e da alma de uma pessoa. Além disso, podemos alinhar as seguintes organizações psíquicas que o inconsciente promove:

    a) Todo o processo onírico (sonhos), vigília;

    b) Emoções impulsivas raivas e pânicos;

    c) Emoções de vontade, desejos;

    d) O condicionamento social;

    e) Psicose em geral;

    f) Chakra solar e cardíaco;

    g) Reações vegeto /animais.

    h) Os órgãos em que atuam as energias inconscientes: fígado, baço, vesícula, pâncreas, estômago, duodeno, coração, pulmões, timo.

                  O inconsciente está relacionado ao que chamamos corpo astral, portanto, invertendo, podemos dizer que o corpo astral é o corpo inconsciêncial. Nesta mente ocorrem os sonhos e os transportes para fora do corpo, tanto inconscientes como conscientes; as várias mensagens através dos sonhos são regidas por essa região corporal.

                  As preferências, os medos, as raivas, prepotências, orgulhos, inseguranças, estão para esses chakras; o chakra cardíaco e os órgãos pulmões e coração viabilizam na emoção os impulsos e desejos, e no organismo prânico as energias dos cinco pranas que ficam então, vinculados ao inconsciente e de certo modo direcionados pelas emoções.

                  As emoções são as impulsionadoras dos Vayu pela corrente nervosa eletro-magnético, corrente essa ligada aos rins e supra-renais. A hipertensão arterial é uma dessas confluências de tensão emocional inconsciente e bloqueio energético (prânico) subconsciente não raramente com a infraconsciência.

                  O inconsciente é responsável pela automatização das sensações, ou seja, essa mente cuida para que o indivíduo tenha uma espécie de condicionamento, para dar a resposta emocional esperada de um indivíduo social.

                  Por isso dizemos que são chakras dos reflexos condicionado social, onde as pessoas agem sentindo certas emoções reais.

                  Nossas mentes podem assinalar o reflexo condicionado do amor “que tem de ser de tal modo”, para corresponder as necessidades do processo civilizatório.

                  Grande parte do amor que o indivíduo sente, na verdade está relacionado apenas com as condições necessárias para sobrevivência, seja moral (religião, justiça social), ou afetiva (matrimônio, filiação, economia). O amor verdadeiro não viria, então, mesclado de nenhuma necessidade ou receio, por isso não se condiciona a nenhum modelo político, cultural ou econômico. Esse amor é quase impossível, porque é absolutamente revolucionário e incompreensível para as forças do ego inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Neuroses e psicoses do inconsciente - relacionados entre homens e mulheres, afetivo/sexuais, são extremamente bem assentadas no plano inconsciente. É nessa mente que a pessoa, por condicionamento sócio-econômico-cultural, força a si mesma a fazer certas ligações afetivas, amorosas, filiais, paternais, maternais, fraternais, sem estarem sendo honestas consigo mesmas e com o outro. São as relações constituídas de fachadas tão bem arquitetadas, que a mãe e o pai, se sentem responsáveis até a própria morte, por passarem essas “verdades” aos filhos.

    - Neurose de eficiência num trabalho, escolhido por modelos financeiros e não emocionais.

    - Conflitos entre os objetivos da pessoa e os objetivos das organizações/ emprego, nação, etc.

    - Excesso de objetivos, objetivos inalcançáveis, objetivos imprecisos, competição. Atingir certos objetivos e ficar na incerteza de que fez o melhor possível.

    - Casamentos que não satisfazem necessidades inconscientes, mas permanecem sendo mantidos por condicionamento amorosos sociais.

    - Angustia de ter uma família ideal, sonho do paraíso social.

     

    CONSCIÊNCIA

                  É uma parte que responde e processa o resultado das aquisições das outras mentes ou consciências e das 10 percepções humanas. Percebe-se então que os sentidos dão informações que a consciência usa para sua própria ampliação e percepção; a consciência não está em nenhum momento separado das 3 primeiras emissões mentais.

                  A consciência está para a intelectualidade e a razão; vamos ver como se desenvolvem suas várias atuações:

    a) A mente consciente atém-se aos resultados das outras 5 mentes racionalizando-os e arquivando-os para uso em momento oportuno.

    b) - Está dirigido para a intelecção, o entendimento;

    c) - É analítica, faz aferição.

    d) - Situa-se no chakra laringe.

    e) - Os órgãos regidos pelo chakra laríngeo (cognição) são: tireóide, cordas vocais, cérebro, laringe, úvula, dentes.

                  Através da mente consciente analisamos e entendemos certas ações que podemos automatizar com o sub e o inconsciente desde que a emoção se satisfaça plenamente com a mudança. A emoção aqui lembrada se refere às sensações do adhikara, que jamais se acalmam se não foram satisfeitas. A partir de então passam a ser subconscientes e inconscientes.

                  A consciência trabalha com duas memórias simultâneas. A primeira é ativa, portanto útil e fluida, pronta para uso imediato e faz parte daquele conjunto de lembranças que uma pessoa tem e que foi tocada pela emoção profunda, despertando interesse em guardá-la como algo prazeroso ou o mínimo necessário para o seu processo de vida.

                  A segunda memória é passiva, contendo dados inúteis para o indivíduo, na medida em que dificilmente serão evocadas por não terem tocado com profundidade a emoção.

                  Sendo assim, quase nunca vêm à tona do consciente porque nem sequer foram adquiridas e armazenadas sob a influência e a força do interesse emocional genuíno, íntimo, agradável.

                  Esta última só passará a ser uma memória atualizável se o indivíduo, por uma situação qualquer, tiver na emoção essa necessidade, e somente depois de uma seqüência de lembranças muito bem relacionadas entre si que leve a pessoa a emocionar-se com aquele dado quase morto.

                  Por isso dizemos que a memória é emocional, a emoção é que se lembra e não o cérebro. O cérebro é frio, é cálculo puro. O coração sente através das emoções que “viu” no banco de recordações.

                  A memória depende do que o indivíduo gosta, pretende, intencional, anseia, necessita, portanto, depende das emoções.

                  Uma pessoa perde a memória e às vezes fica tentando recuperar lembranças que nunca foram verdadeiramente importantes, e há casos onde seria interessante não relembrar. O terapeuta deverá conduzir tais clientes a entender a verdade da emoção a respeito do que tenta recuperar na memória.

                  A memória é emocional e só se manifesta plenamente na medida em que o indivíduo tenha se emocionado com os fatos a serem gravados nela, a ponto de impressionarem o inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Mudando radicalmente de enfoque, podemos afirmar que um ato executado com real prazer desmorona toda a inverdade das emoções e, por conseguinte, ativa a memória, excepcionalmente. Memória é consciência; é resultado de verdadeira emoção de prazer no momento de captar a informação a ser arquivada.

     

    SUPRACONSCIÊNCIA

                  A supra-consciência está relacionada com a Buddhi, que é o Juiz Interno uma espécie  de juiz de todas as ações internas (intenções) corroborando tudo que “ouve” ou “sente” com o verdadeiro caráter (adhikara) do indivíduo (Jiva). Não se trata “superego” social de acordo com o modelo freudiano, e sim, de um superego muito sutil, que conhece todas as necessidades do caráter daquele ser. Como é uma parte da pessoa, ele cria os conflitos pela simples presença da emoção, do dia-a-dia, que não corresponde de verdade aos legítimos e íntimos anseios daquele ser. Vejamos em itens qual é seu alcance.

    a) A supra-consciência é a Buddhi (vide em filosofia mais detalhes sobre sua atuação);

    b) Trata-se da qualidade de compreensão (entendimento foi estudado em consciente);

    c) Testemunho absolutamente imparcial consigo próprio;

    d) Intuição pura, sutil, espiritual; juízo do ego.

    e) localiza-se no chakra ajña; hipofísico, hipofisiário, 3- olho;

    g) Seu guna é sattva - padma, de cor amarela, dourada ou rosa;

    h) compadecimento e percepções espirituais.

                  As percepções da supra-consciência assemelham-se a um “advogado do diabo”, porque ao fazer o julgamento das emoções, e do quanto elas são honestas com o adhikara, o resultado sempre será ananda (felicidade), se coincidirem exatamente. No entanto o que se observa comumente é o acontecimento do klesha (dores); um estado de desequilíbrio que sobrevém às pessoas por estar realizando seu adhikara.

                  A supra-consciência é camada de mestre interno por algumas seitas e grupos filosófico. Por motivos que se perdem no tempo, é chamada de anjo-da-guarda, um “ser” interno, protetor e evanescente, invisível e perceptível ao mesmo tempo; às nomenclaturas adotadas para explicá-la, a supra consciência é divina, deificada; está acima da mente consciente e é imparcial.

                 

    MAHACONSCIÊNCIA

                                A mahaconsciência é a consciência de unidade com o todo e tudo, e tem nomes diferentes em culturas diferentes; é a Consciência Crística entre os cristãos, a consciência búdica entre os budistas, Purusha no Samkhya.

                  Essa consciência Shiváica, ao ser percebido, dá a sabedoria total. Quando ela se manifesta o Dharma e o karma é absolutamente resolvido, tornam-se um só. Vejamos os itens a seguir:

    a) - O Mahaconsciência é Shiva/Purusha;

    b) - Com sua manifestação ocorre a plenitude do adhikara;

    c) - Dharma e karma tornam-se um só;

    d) - Quietude existencial;

    f) - Ação pura, sem rajas;

    g) - Rajas e tamas ficam iluminadas;

    h) - Há predominância do sattva shukla, branco.

                  No mahaconsciência há a predominância do guna sattva de cor branca, relacionada com a imparcialidade, desapaixonamento e desinteresse pelos movimentos da matéria; é pura seidade, pureza, quietude, plenitude e consciência.

     

    O que é vivência tântrica?

     

    Vivência tântrica é uma forma lúdica de sentir e perceber as emoções e, portanto, é uma técnica de terapia corporal feita através da indução em movimento com a intenção de que ocorram desbloqueios em nossas couraças que são causadas por desequilíbrios emocionais advindas do campo da sexualidade, ou seja. Quando você pensa em sexo o que ele representa para você? Apenas uma satisfação biológica indispensável. Apenas feito por amor. Apenas feito para procriação. Apenas feito por fazer. Ou ele nem se quer existe em sua vida, ou está existindo somente em suas fantasias.

    Você já percebeu até aqui que uma vez que a Libido organizada – a sua vida poderá ficar equilibrada. Como?

    Tomando consciência de que você em primeiro lugar não é feito somente de carne e osso, e sim de um corpo espiritual, um corpo mental, um corpo emocional e que todos residem num espaço físico denominado de corpo humano. E que este corpo físico é a resposta de tudo que você sente, pensa e vê ao seu redor. Já percebeu também até aqui que não provemos a nossa vida em todos os sentidos, porque não provemos uma boa sexualidade.

    Aqueles que não estão provendo a vida transportam para a sexualidade a impotência do prover, como impotência sexual. E as mulheres resultam na frigidez. E ou o oposto.

    Este fluxo nos diz como devemos delegar a nossa libido, mas os conceitos sociais, profissionais, nos fazem interpretar de forma enganosa, deixando assim de perceber a essência da vida que deriva de uma sexualidade plena e saudável. Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira tranqüila. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significa estarmos sensual e sensorial. Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

    MÉTODO

     

    O Vivenciar não há como explicar tecnicamente, mas se desenvolve através do fluxo de um grupo ou de um momento individual.

    Cada grupo vivencial é uma energia única.

    I – passo: O trabalho normalmente se inicia com uma meditação dinâmica que flui através de respirações alteradas e acopladas ao movimento proporcionado pelo o som de uma musica dinâmica, que produzirá limpezas das emoções contidas no emocional.

    II – passo: Indução de uma técnica que proporcione novas emoções promovendo um renascimento.

    III – técnica indutiva para reconhecimento do Eu, e as mais comuns são Ekagrata - visualizações, através de um espelho, visualizar Mandala, ou simplesmente no olho do outro. Permitindo identificar as emoções que estão inseridas no contexto do EU e do outro. Formando um reconhecimento, identificação e sintonia com o próprio Ego.

    IV – passo. É induzido a um tipo de técnica que envolva toques no contexto de técnicas corporais. Para que desperte o fluxo original da libido.

    V – Finalização do sistema vivencial em grupo.

     

    Conclusões

                  Se utilizar de método vivencial como foi possível perceber até então é uma forma de brincar com a mente fazendo-a a ficar em segundo plano. E simplesmente sentir e permear a vida através do leela cósmico.

                  Se permitir ser feliz. Aprender a usar as ferramentas corpóreas e que divinamente nos foi concedido. Tomar conscienciência de que somos além de ossos, veias, sangue, músculos, órgãos, etc. Que as sensações e intuições são as ferramentas reais e mais importantes que induzem ao coração e expande a consciência para Ser e está Feliz.

     

    Bibliografia.

    Eu até então desconheço bibliografia sobre sistema vivencial tântrico.

    Aqui está um trabalho desenvolvido através da minha experiência em vivenciar e transmitir vivências.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 22/07/2009 13:53


    Yôga dos Números: Numeronataraja

    Yôga dos Números: Numeronataraja

     

        Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009


    PREFÁCIO 

          Inspirei-me na Numerologia Tântrica conjugado ao Yoga e o Shivanataraja para desenvolver e codificar a NUMERONATARAJA ou Yoga dos Números, uma forma de através do sádhana (prática) e dos Mudras (gestos reflexológicos) vi uma nova perspectiva de utilizar e sedimentar o padrão vibratório dos números em forma prática e vivencial.

          É a oportunidade de destravar e reconhecer essas energias latentes na força humana e que de certa forma completamente desconhecida. Palpáveis mas não conscientes.

          A data nascimento é o dia mais auspicioso de um Ser vivente, onde emana toda a sua força e traduzindo o seu trilhar pela a face da terra à evolução do SER Espiritual.

          É a prática da renegociação continua; é a maneira que nos damos forma ao nosso espaço físico e psicológico com a finalidade de entendermos o karma (efeito) e o Dharma (ação ou lei) divino; E esta negociação ocorre sempre com relação a outros seres humanos e nunca a nós mesmo.

          Trabalhar uma pessoa ou em grupo (de estudo, cliente ou familiar), a Numeronataraja é uma perspectiva de mudança que facilita a viagem da alma.

          O trabalho prático da Numeronataraja é eclético, podendo inclusive ser associada às várias outras disciplinas de acordo com o contexto particular do trabalho que está sendo apresentado. É também um método a ser acrescentado aos terapeutas corporais e psicoterapeutas de trabalhar com o cliente de uma maneira improvisada, desde que cada situação possa convidar para uma aproximação original.

          Através dos números captados na data de nascimento nós podemos perceber os vários mapas do tempo e do espaço existente em cada um, e desta forma obter um sentido de proporção mais desobstruído.

          Esta cosmologia do tempo e do espaço fornece as janelas através da qual o relacionamento entre a vida pessoal específica e os princípios universais governado pode se encontrar em uma harmonia criativa.

          A prática da Numeronataraja ou Yoga dos Números requer em executar os exercícios cadenciados em forma de dança cósmica percebendo as sensações por ela emanada, a fluidez da intuição informal, a clareza da idéias se formando sob a natureza da viagem proporcionada pelas as forças vibratórias dadas nas influências pessoais.

          O fantástico neste método é o fato de combinar a data de nascimento com a energia produzida pela prática do Numeronataraja que é uma verdadeira dança cósmica e pela potencialidade da mente neutra que vêm do ato de  medir o sentir e produzir a ação de sentir com os princípios universais se manifestando ao longo da prática e da não prática (não prática é quando não se está em Numeronataraja e sim no leela(dança) da vida). As ações pessoais são a resposta desta sincronicidade com o padrão vibratório da força universal maior e dévico. De uma outra perspectiva é o universo, ou coletivo, que a alma expressa, e sua consistência abstrata na diversidade das manifestações múltiplas. Chegar neste estado, do fluxo intuitivo e espontâneo ao fluxo cósmico em situações intima da vida, requer o relacionamento direto à mente.

          O corpo e a mente transformam-se em instrumentos saudáveis da alma, codificada através dos gestos reflexológico feitos como corpo e ou com as mãos (Mudrá). Simbolizando um reconhecimento de si com o cosmo naquele momento e tornando-se o receptáculo de energia vibratória reservada numa sintonia, que ao executar o Mudra em princípio de dança tornará neste momento aberto e receptivo a vibração emanante.

          A seguir conheceremos cada etapa por onde me inspirei a criação do  NUMEROTARAJA OU  YOGA DOS NÚMEROS. 

    MUDRA

          O Termo Mudra significa gesto, selo, contração, fecho, lembrando sempre que tais gestos são executados com fins perfeitamente terapêuticos. Embora dentro da Numeronataraja eles tomem um caráter de dança cósmica (meditacional). Sua maior contribuição será na formação de uma consciência corporal plena, definindo muito bem os limites atuais do corpo do praticante proporcionando um estado de contemplação, ou seja, um estado lúdico onde a alma emocional envolve-se com o objeto da contemplação (corpo) produzido pelo o gesto (Mudra); permanecendo em concentração (dharana) em si mesmo; abstraindo-se (pratyahara) dos movimentos emocionais do medo, insegurança, ansiedades, angústias e outras sensações que retiram a pessoa de seu centro. 

    Mitologia

    O Rig Veda cita 33 deuses dos quais se destacam cinco:

    Indra: O rei dos deuses, o governador do céu, representando o poder do raio e da energia.

    Agni: o Fogo, considerado o mensageiro dos deuses. No ritual ele depura a oferenda e a leva em forma sutil a Deus. É a conexão entre homens e deuses. É também a luz para a mente ver e compreender a verdade.

    Surya: o Sol. É dito que ele é a alma suprema dos Vedas e deve ser adorado por todos que desejam a liberação da ignorância.

    Vayu: é o deus do Vento, do Ar e do Prana. Divide seu poder com Indra, o Senhor do Céu. É invisível e habita em nossos corpos na forma dos cinco ares vitais (Prana, Apana, Samana, Vyana e Udana).

    Varuna: uma das mais antigas deidades védicas, associado à Água, aos Rios e aos Oceanos. Seu poder é ilimitado, assim como seu conhecimento. Inspeciona todo o mundo, sendo o Senhor das leis morais.

          No início dos tempos tudo estava em repouso e equilíbrio total e só Brahma existia.

          Houve então a primeira vibração, Om, o Som Primordial e a partir dele todo o universo foi criado.

          A partir daí surge à trindade hindu, formada por Brahma, Vishnu e Shiva que correspondem aos 3 gunas e as características de toda a criação.

          Brahma representa Rajas, o movimento, responsável pela criação.

          Vishnu representa Sattva, o poder de existência, preservação e proteção.

          Shiva representa Tamas, o poder de dissolução do universo.

          Aqui para o nosso contexto destaco Shiva devido à inspiração produzida por Shivanataraja. 

    image imagem retirada do site www.indiavilas.com com a perfeita representatividade da mitologia de Shiva. 

          Shiva é um Deva que além de representar a preservação e a proteção. Para que isso aconteça se manifesta como o renovador ou o Transformador.

          Uma das duas principais linhas gerais do Hinduísmo é chamada de Shivaísmo em referência a Shiva.

          Na tradição hindu, Shiva é o destruidor. Na verdade ele destrói para construir algo novo, assim, prefiro chamá-lo de "renovador" ou "transformador".  Suas primeiras representações surgem no neolítico (4.000 a.C.) na forma de Pashupati, o Senhor dos Animais. A criação do Yoga é atribuída a ele e o Yoga é uma prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, está intimamente ligado ao deus da transformação. Shiva é a deidade suprema (Mahadeva). O pacificador (Shankara) e o benevolente onde reside toda a alegria.

          O tridente que aparece nas ilustrações de Shiva é denominado Trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades da matéria: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio).

          A Naja é a mais mortal das serpentes. Usa uma serpente em volta da cintura e do pescoço, simboliza que Shiva dominou a morte e tornou-se imortal. Na tradição do Yoga clássico, ela também representa Kundaliní, a energia de fogo que reside adormecida na base da coluna. Quando se desperta essa energia, ela sobe pela coluna, ativando os centros de energia (chakras) e produzindo a iluminação (Samadhi), um estado de consciência expandida.

          No topo da cabeça de Shiva se vê um jorro d’água. Na verdade é o rio Ganges ou Ganga que nasce dos cabelos de Shiva. Há uma lenda que diz que Ganga era um rio muito violento e não podia descer a Terra, pois a destruiria com a força do impacto. Então, os homens pediram a Shiva que ajudasse e ele permitiu que o rio caísse primeiro sobre sua cabeça, amortecendo o impacto e depois mais tranquilo corresse pela Terra.

          Outro símbolo é o lingham. Ele representa o pênis, o instrumento da criação e da força vital, a energia masculina que está presente na origem do universo. Está associado ao poder criador de Shiva. A palavra "lingham" significa "emblema, distintivo, signo".

          O lingham é o emblema de Shiva. Na Índia, reverenciar o lingham é o mesmo que reverenciar a Shiva. Ele pode ser feito em qualquer material, embora o preferido seja o de pedra negra. Na falta de uma escultura, se constrói um lingham com a areia da praia ou argila do leito do rio; ou simplesmente se coloca em pé uma pedra ovalada.

          É comum nos templos pendurar acima do lingham uma vasilha com um pequeno orifício no fundo. A água é derramada constantemente sobre ele numa forma de reverência. A base do lingham representa a yoní, o genital feminino, mostrando que a criação se dá com a união do masculino e feminino.

          O tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do universo, o universo brota da sílaba OM. “No princípio era o Verbo (a sílaba, o som). E o Verbo era a criação. Tudo foi feito por Ele (o Verbo) e sem Ele nada se fez."

          É com o som do Damaru (tambor) que Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança. Às vezes, ele deixa de tocar por um instante para ajustar o som do tambor ou para achar um ritmo melhor e, então, todo o universo se desfaz e só reaparece quando a música recomeça.

          Shiva está intimamente associado ao elemento fogo representando a transformação. Nada que tenha passado pelo fogo, permanecerá o mesmo: o alimento vai ao fogo e se transforma; a água evapora; os corpos cremados viram cinzas. Assim, Shiva nos convida a nos transformarmos através do fogo ou do sadhana (prática). O calor físico e psíquico que essa prática produz nos auxilia a transcender nossos próprios limites.

          Nandi é o touro branco que acompanha Shiva, sua montaria e seu mais fiel servo. O touro está associado às forças telúricas e à virilidade. Também representa a força física e a violência. Montar o touro branco significa dominar a violência e controlar sua própria força.

          A palavra "Nandi" significa "aquele que dá a alegria". Na representatividade da devoção sempre se encontra esta figura diante dos templos dedicados a Shiva. Ele está deitado, guardando o portão principal.

          LUA CRESCENTE que muda de fase constantemente representa a ciclocidade da natureza e a renovação contínua a qual todos estamos sujeitos. Ela também representa as emoções e nossos humores que são regidos por esse astro. Usar o símbolo da lua crescente nos cabelos simboliza que Shiva está além das emoções. Ele não é mais manipulado por seus humores como são os humanos está acima das variações e mudanças, ou melhor, não se importa com as mudanças, pois sabe que elas fazem parte do mundo manifesto. Os mestres hindus que se iluminaram afirmam que as transformações pelas quais passamos durante os ciclos de nascimento e morte, o final de uma relação, mudança de emprego, etc. não afetam nosso ser verdadeiro e, portanto, não deveríamos nos preocupar tanto com elas. Simplesmente perceber e viver as transformações. 

    NATARAJA

    image

          Neste aspecto, Shiva aparece como o Rei Raja ou o Dançarino. Ele dança dentro de um círculo de fogo, símbolo da renovação e, através de sua dança o Nataraja acontece à criação, a conservação e destruição do universo.  Ela representa o eterno movimento do universo que foi impulsionado pelo ritmo do tambor e da dança. Apesar de seus movimentos serem dinâmicos, como mostram seus cabelos esvoaçantes, Shiva Nataraja permanece com seus olhos parados, olhando internamente, em atitude meditativa. Ele não se envolve com a dança do universo, pois sabe que ela não é permanente. Como um yogue que se fixa em sua própria natureza, seu ser interior, que é perene. Em uma das mãos, ele segura o Damaru, o tambor em forma de ampulheta com o qual marca o ritmo cósmico e o fluir do tempo. Na outra, traz uma chama, símbolo da transformação e da destruição de tudo que é ilusório. As outras mãos estão em gestos (mudra) específicos. À direita, cuja palma está à mostra, representa um gesto de proteção e benção (abhaya mudra). A esquerda representa a tromba de um elefante, aquele que destrói os obstáculos.

          Nataraja pisa com seu pé direito sobre as costas de um anão. Ele é o demônio da ignorância interior, a ignorância que nos impede de perceber nosso verdadeiro eu. O pedestal da estátua é uma flor de lótus, símbolo do mundo manifestado.

          A imagem toda nos diz: "Vá além do mundo das aparências, vença a ignorância interior e torne-se Shiva, o meditador, aquele que enxerga a verdade através do olho que tudo vê (terceiro olho, Ajnã Chakra)." 

    Devis ou deusasAfter digging a pit, he should recite the Mahishamardini (vidya) 800,000 times, then offering 1,000 times in the cremation ground.

          São as deusas, as mães divinas, aquela que resplandece.

          Nos Vedas eram apresentadas como energia ou poder do criador, a Shakti.

          Nos Puranas aparecem como devis.

          Representando a sabedoria do universo, o aspecto protetor, maternal do Absoluto.

          Apresentam-se de 5 formas diferentes: Parvati, Durga, Kali, Lakshmi e Sarasvati. 

    Parvati

          É a Mãe do Universo e consorte ou esposa de Shiva. Simboliza a disciplina, a renúncia, o esforço que leva o devoto ao Conhecimento. 

    Durga

          Representa o aspecto feroz de Parvati. Montada em um leão ou tigre.

          Tem 12 ou 18 braços e em cada mão tem armas dadas pelos deuses.

          Seu objetivo é ser implacável com os demônios que representam nosso ego e nossa ignorância.

          Ela nos mostra que devemos ser decididos na destruição de tudo que nos impede de percebermos nossa verdadeira natureza divina. 

    Kalí

          Aspecto mais feroz ainda de Parvati. Tem língua roxa, não usa roupa e seu corpo é coberto pelos longos cabelos negros. Usa um colar de caveira, tem quatro braços e leva em cada mão armas de destruição e uma cabeça sangrando. É a devoradora do tempo. 

    Lakshmi

          Ela é muito popular na Índia, sendo considerada a mais próxima dos seres humanos. Quer o bem estar de todos sem se preocupar com suas ações ou seu passado.

          Surgiu das águas cósmicas, da eternidade.

          É a consorte ou esposa de Vishnu.

          Simboliza a riqueza material e espiritual, representando o nosso universo ilusório.

          Usa um sári vermelho, que simboliza rajas, a ação para manter a vida, tem muitas jóias e moedas de ouro, que representam a riqueza e a prosperidade.

          É apresentada sobre um lótus, símbolo do conhecimento. 

    Sarasvati

          Esta associada à fertilidade, a purificação, a fala, a linguagem e a palavra.

          É considerada a personificação de todos os conhecimentos, artes, ciências e letras. Sem ela Brahma, seu consorte, não poderia ter criado o mundo.

          Usa um sári branco (a pureza do conhecimento), está sentada em um lótus branco (o conhecimento) ou numa pedra (a base sólida na busca do conhecimento). Possui sempre ao seu lado um cisne (discernimento) ou um pavão (silêncio necessário para escutar, refletir e meditar).

    Possuí quatro braços e em cada mão um japa-mala (colar) indicando disciplina da meditação, Vija (o som, o chamado à busca do Conhecimento) e os Vedas (o ensinamento). 
     
     

    NUMEROLOGIA TÂNTRICA

          A Numerologia tântrica é diferente da numerologia pitagórica. Ela é baseada apenas na data de nascimento. Conhecida também como Karam Krya. Os cálculos apresentam caminhos para acessar o crescimento espiritual, que desenvolvido através de uma prática esse processo se acelera e se torna a ponte vibracional para o Eu. 

    Nos cálculos da Numerologia tântrica toma-se conhecimento dos Objetivos que se deve  trabalhar através de uma prática. 

    Desdobrar o potencial do indivíduo inerente ao conceito da integridade e os processos da vida que implicam também num relacionamento entre o corpo e a mente e a habilidades para controlar o processo energético da vida (o respirar, uso da voz, as artes, a meditação consciente, exercício, etc..) 

    Compreensão - encontrar uma cosmologia pessoal que ajude criar e manter um sentido saudável da perspectiva realística da terra comum a tudo. 

    Comportamento - uma mudança significativa na vontade e na compreensão influenciado no sono, no meio social, no modo psicológico, ou seja, a mudança consciente do comportamento pode trazer aproximadamente uma mudança e uma compreensão melhor das pessoas e de outros. 

    Consciência - de ego em relação ao mundo, ou seja, uma independência que provocará freqüentemente mudanças espontâneas. Consciência também tende a provocar uma redefinição da responsabilidade e a capacidade de um indivíduo para responder ao mundo.

          Portanto a numerologia Tântrica é um método para estudar o processo do passado, presente e futuro.

          Segundo o Yogui Bhajan ele explica que os seres humanos são formados por dez corpos espirituais, cada um deles corresponde a uma característica de cada guru os Shiks, cultura da qual provem esta numerologia.

          A numerologia tântrica é uma ferramenta para enriquecer a vida e ajudar a conectar com o espírito. Não é uma forma de "adivinhação" e nem conta o futuro. A numerologia tântrica utiliza de dez energias ou corpos, que são a representação de aspectos diferentes manifestado da psique. Oito destes corpos correspondem aos Chakras.  

               Uma vez identificado os equilíbrios e desequilíbrios dentro desses dez corpos de cada individuo, poderá começar então a aplicar técnicas que vão equilibrá-lo com mais facilidade. É melhor quando for utilizar-se pessoalmente da numerologia tântrica ter orientação de outro profissional, porque mesmo sendo conhecedor você poderá se negar a enxergar a realidade. 
     
    Os dez corpos espirituais são: 

    1. O Corpo da Alma. 

          Este é primeiro corpo e também corresponde ao primeiro chakra que fica situado no períneo entre o ânus e o genital.  Este corpo se conecta com a infinidade interna e permite que o ego interno flua livremente por você.  

          Se este corpo for fraco, poderá sofrer grande insegurança. Os órgãos associados com este corpo são o estômago, baço e pâncreas. Se tiver domínio deste corpo será calmo e criativo.  

    2.  Mente Negativa  

          O segundo corpo corresponde adequadamente ao segundo chakra que se localiza acima do púbis. A mente negativa necessariamente não é uma mente ruim. Simplesmente é a mente protetora, é ele que coordena o caminhar.  Porém, esta mente também pode impedir de fluir. É o corpo que alimenta a independência do ego, podendo se tornar em ego-destrutivo.  Por causa da correlação do segundo corpo com o chakra energético a pessoa pode ficar muito dependente do sexo ou pode levar o oposto e pode temer qualquer contato sexual. Quando a mente negativa for saudável, você tem grande orientação interna e está confortável em sua própria pele.

     
    3.  A Mente Positiva  

          O terceiro corpo fica situado no centro de umbigo e corresponde ao terceiro chakra. Este é o centro de energia do corpo. Quando for equilibrado, é forte e projeta autoridade. Transmitirá otimismo, porém, se este corpo estiver desequilibrado pode se tornar muito obcecado com o próprio poder e pode levar a autoridade a um nível perigoso. Também pode ficar muito intolerante com outros e por outro lado, você pode ter medo assumir responsabilidade. Fisicamente, as manifestações somatizadas se manifestarão no fígado, bexiga  e nos pés. 

     

    4. A Mente Neutra.  

          A Mente Neutra corresponde ao centro de coração, chakra cardíaco. Este é o aspecto da sua mente de qual você queira se projetar. Combinam os benefícios de ambas as mentes positivas e negativas. Quando esta mente for equilibrada, a pessoa poderá resolver qualquer situação. Poderá depressa ter acesso todas as partes de uma situação e depressa se conduzir à escolha correta. Porém, se esta mente for fraca, poderá resultar em fechamento para amar e freqüentemente terá dificuldades para resolver as situações. Os órgãos que correspondem são o coração, pulmões e intestino grosso.

     

    5. O Corpo Físico.  

          O quinto corpo é extremamente importante, é nele que está a absorção de todos os corpos.  Muitas pessoas focalizam muito no espiritual e ignoram os corpos físicos.  Mas se você só trabalha sua mente e sua alma, seu corpo físico ficará desequilibrado.  O físico é da mesma maneira importante como o espiritual e o mental.  Nós viemos todos vestidos desta forma para este plano da existência por alguma razão.  É importante aceitar este “presente” e desenvolver este potencial em plenitude. 

    O quinto corpo corresponde ao quinto chakra, ou seja, o laríngeo, portanto algumas pessoas experimentam dificuldades com esta região por não estar corretamente equilibrado.  Porém, quando equilibrado, você será um orador eloqüente e verdadeiro.  Você poderá compartilhar seu conhecimento facilmente com outros porque você não terá nenhum medo deste plano físico. 

    6. Arco de luz 

    Homens e mulheres têm uma linha de arco, uma linha de energia, indo de em orelha para o outro sobre a cabeça.  Este é seu “halo” como mostrado nas imagens de santos e anjos.  

    Estas linhas de arco é o equilíbrio entre as dimensões físicas e as dimensões cósmicas.  Este corpo regula seu sistema nervoso e equilibra suas glândulas.  Corresponde a sua glândula pituitária que fica situado entre suas sobrancelhas.   Este é o terceiro olho. A glândula pituitária é a glândula mestre.  Quando esta glândula está funcionando corretamente a pessoa terá a intuição para se proteger e radiará como uma pessoa que é centrada e calma. Se estiver desequilibrada sofrerá de variação de humor contínuo.    

    7. A Aura  

    Embora aura fique situada “fora” do corpo cercando como um campo magnético, ela  corresponde ao 7º chakra que é o topo da cabeça.  É a glândula pineal.   É dito que a glândula de pineal deixa de segregar seus fluidos depois da puberdade e que então conduz ao processo de envelhecimento.  Há muitas atividades que podem estimular esta glândula para segregar uma vez mais e, portanto retarda o envelhecimento precoce.  

    Este chakra é conhecido como o coronário “mil pétalas” ele proporciona para a pessoa segurança e o poder para ser misericordiosos.  

    Se a aura for forte a pessoa terá uma presença positiva e você sentirá contido dentro de seu próprio corpo. Pessoas que têm uma aura desequilibrada poderão se sentir ameaçado por outras auras mais forte ou eles podem ser vampiros de energia.

      

    8. O Corpo de Prânico  

    O corpo corresponde ao Prana é a vida-força, é o que o mantém vivo.  Se o ser vivente deixar de respirar, deixa de viver.  Se o prana for baixo numa pessoa ela não estará usando o seu diafragma de maneira correta. Sem oxigênio esse corpo poderá experimentar fadiga, ficará defensivo e amedrontado do mundo.  Por conseqüência disto este corpo não receberá bastante oxigênio e o coração será enfraquecido. 

    Quando este corpo for equilibrado terá a certeza de estar vivo e pleno de criação.  Respirar profundamente permite que todo o fluxo prânico energize o sistema.  Este corpo, quando equilibrado, também alinha o negativo, positivo e a mentes neutras.

     

    9. O Corpo Sutil  

    O corpo sutil dá o poder para ver além das ilusões de vida e ego.  Quando dominamos este corpo, nada na vida é um mistério e você se ajusta a qualquer situação com facilidade. Porém, se estiver fora de equilíbrio, você pode ser absorvido facilmente pelo maya (ilusão) deste mundo e a pessoa poderá ser enganado facilmente, ou por ela mesma ou através de outros tirando vantagem de si mesmo.  Este corpo pode sentir inquieto com a falta da paz para fluir facilmente de uma situação a outra.    
     

    10. O Corpo Brilhante  

    O corpo brilhante é extremamente importante.  Coincide com a aura e proporciona energia fora do corpo.  

    Quando esta esfera é centrada a pessoa irradia coragem e realeza. Os outros respeitarão e quererão estar na presença de uma pessoa assim em sua presença.  Esta pessoa afrontará todo desafio e excede expectativas.  

    Porém, ao contrário de um corpo brilhante equilibrado é alguém que não só não satisfaz as expectativas. Como pode temer responsabilidade e então escolhe não reconhecer seu próprio brilho e graça porque teme que nunca satisfará para a expectativa de alguém qualquer que seja.

     

    11. CORPO RADIANTE

          Embora haja só Dez Corpos no ponto de vista Numerológico, há uma Décima primeira incorporação. Este é o centro de comando que dirige todos os outros aspectos.  A pessoa com o número 11 no quadro leva um presente extremo com eles.  Este é o presente de infinidade e conclusão.   Eles têm a habilidade nesta vida de dominar completamente o físico e o reino espiritual.  Eles também têm a capacidade para chamar qualquer um dos 10 corpos para trabalhar para eles em qualquer determinado momento.  Porém, é importante saber que todos os outros aspectos devem ser desenvolvidos para que esta 11ª incorporação se manifeste.  Se a pessoa tiver este número em seu quadro, necessariamente não significa que o conhecimento do universo visivelmente e imediatamente dela.  Ainda terá que levar o tempo para se reconhecer e brando nas emoções e ai sim perceber. Este corpo em desequilíbrio representa o ego exaltado.

    Portanto, o décimo primeiro corpo representa a harmonia interior dos outros dez corpos.   
     

          A Numerologia tântrica nos facilita o conhecimento dos caminhos que temos de percorrer em nossa missão e na vida presente.

    Obs. Os números na numerologia tântrica diferem da numerologia pitagórica.  Os valores são interpretados somente até o ONZE, se o número for maior então deverá ser reduzido a um só numero. Por exemplo: 11+12+1952 = 22 = 4.

          É extraído da data de nascimento que é o presente herdado divinamente.

          Tomaremos aqui no que consiste a Numerologia Tântrica sem adentrar no fluxo interpretativo que não vem ao contexto geral deste trabalho neste momento.

       

    CHAVE:

     

    1 - O número da ALMA =  Dia de nascimento.

    2 – O número do KARMA = Personalidade =  Mês de nascimento.

    3 – O número do PRESENTE =  A soma dos dois últimos dígitos do ano de nascimento.

    4 - O número do DESTINO = última vida = A soma do ano de nascimento.

    5 - O número do trajeto de VIDA= A MISSÃO = A soma do dia, mês e ano de nascimento. 

     

    OS NÚMEROS:

    1. O número da ALMA:

          É extraído do da soma do dia de nascimento

          O número da alma indica seu relacionamento com sua própria alma, com seu self interno e a fonte de sua criatividade. Este é o número do trabalho interno.

          É a conexão com o coração e não com a cabeça e fonte de energia criativa.  Uma vez você conectado com o corpo desta posição, você nunca se sentirá abandonado ou separado do divino.  Porém, a maioria das pessoas está desconectada necessitando cuidar deste aspecto e normalmente precisa desenvolver o corpo nesta posição, portanto não se preocupe isto é extremamente comum!  

     
    2. O número de KARMA - PERSONALIDADE

          A soma do número do mês marca o número do karma. Exemplo: se você nasceu em junho, seu karma é 6, se você nasceu em dezembro, seu karma é (1+2 =) 3. Com exceção dos meses outubro = 10 e novembro = 11 que não se reduz. 

          O karma nos mostra a relação existente com o mundo externo, vem ser nossa personalidade. É a posição que expressa os conflitos que você enfrentará nesta vida, é a indicação de seus pontos fracos e desafios que você terá que superar. O número do Karma determina a relação que teremos com o mundo externo e como vamos tratá-los. Indica seu relacionamento com o outro. Indica a forma de comunicação e a área principal de limitação que necessita o trabalho. 
     

    3. O número do PRESENTE

          É extraído da soma dos dois últimos dígitos do ano que você nasceu: 1951 = 5+1 = 6; 1960 = 6+0 = 6

          Este é o número que indicará a qualidade espiritual que nos foi dado nesta vida por isso é denominado de presente divino vem do reflexo das virtudes que obtivemos em outra vida, mas normalmente os presentes vêm com uma enorme responsabilidade, como por exemplo: ter que desfazer do próprio ego e se focalizar em projetas luz e amar os outros. Para se fazer uso corretamente do presente terá que gozar de um grau de consciência elevado. Podemos também entender como talentos naturais.   

    4. O número do DESTINO

          É obtido através da  soma dos quatro dígitos do ano de nascimento.

    Exemplo: 1951 = 1+9+5+1=16 (1+6 =) 7; 1982 = 1+9+8+2=20 (2+0) 2 

          O número do destino indica as habilidades que foram desenvolvidas em outra vida podendo ser desenvolvido de forma positiva ou não. Indica como OUTRO nos vê. Normalmente não percebemos como somos para o outro causando aqueles conflitos que não entendemos por que.

     
    5. O número do TRAJETO

    QUINTO ASPECTO é a MISSÃO   

          É obtido por meio da soma total da data de nascimento.    

          Exemplo: 12 de maio de 1951 = 1+2+5+1+9+5+1 = 24 (2+4) = 6   

    18 de fevereiro de 1953 = 1+8+2+1+9+5+3 = 29 (2+9) = 11   

          O estado de paz e harmonia permanente só é adquirido quando nós tivermos a certeza absoluta que nós estamos completos e estamos desenvolvendo nossa missão.    

          Se uma pessoa pode harmonizar cada um dos números dela ou aspectos, mas não está completando a missão, não ESTARÁ satisfeita internamente. O quinto aspecto é seu caminho de perfeição. É seu número que guia permanentemente presente em sua vida.    

          Primeiro você deverá transformar os primeiros quatro aspectos para se dedicar a sua missão para que possa cumpri-la na terra. Quando você estiver enviando luz aos outros neste mundo ai então, você dominou este reino verdadeiramente. 

        

    NUMEROLOGÍA REFLEXIVO

          Quando alma e karma são os mesmos números. Por exemplo, 10 de outubro (10 dos 10). Esta pessoa é um espelho, ela é como você vê por dentro e por fora.     

          Pessoas que possuem esta forma de número costumam ter dificuldades para aceitar e entender o outro, desde que eles não concebem que aquela diferença pode existir entre alma e personalidade (karma).   

          Eles são Tudo ou qualquer coisa, desde que eles estejam bem em ambos os corpos ou terrível em ambos.    

        

    NUMEROLOGÍA DHARMICA.   

          É determinado quando o número do terceiro aspecto (presente de Deus) se repete no número da alma, da personalidade, da missão ou das últimas vidas.   

          Este tipo de numerologia é um Dharma ou abençoando, como é um presente de DIVINO, sempre é positivo, estarão reforçando o aspecto que é semelhante a ele.    

        

    NUMEROLOGIA COM PROBLEMAS EM ÚLTIMAS VIDAS.   

          É determinado quando um número se repete por várias dentro da carta natal em qualquer um dos aspectos.   

          Significa que aquela pessoa não pôde polir aquela virtude ou força.    

          Em algum ponto falhou, então terão que começar um ciclo novo de encarnações até alcançar isto.  

     

    MÉTODO

     

          O NUMERONATARAJA ou Yoga dos números é a codificação do padrão vibratório dos números em aspecto vivencial formatado em sinais corporais denominados mudrás (gesto reflexológico). Que permite gerar força de impacto pelo o movimento causado pela a coreografia que os movimentos de ação (o mudra) juntamente com o fluxo da consciência gera assim um movimento, uma dança que vibra nos corpos harmonizando e percebendo o fluxo através do prana que é fluido automaticamente, mudando a forma de pensamento e de sensação. Produzindo o eixo para entrar em meditação dinâmica e a consciência de si mesmo. A prática consiste na habilidade de coreografar os movimentos de forma natural e automaticamente onde se concentra os bloqueios a atenção para produzir a performance fará com a energia flua e a execução se torna perfeita pelo o fato do sentir e não do racionalizar.

          Enquanto os movimentos ocorrem é feitos fechos (bandhas) impulsionando a energia prana para que flua pelo os canais das nadis e glândulas, exercitando e aflorando a energia de cada chakra que naturalmente equilibrará os corpos. Mudando toda a vibração comportamental energético, emocional, mental e físico. Proporcionando a ponte do religar-se e reconhecimento do EU.

          É uma prática que pode ser executada em grupos ou de forma individual, mas sempre acompanhado de instrução de um terapeuta já conhecedor da técnica e que possa fazer as devidas correções.

    Sejam elas virtuais ou pessoalmente. Até que isso seja natural na pessoa e daí sim poderá executar a qualquer momento que desejar ir para o seu interior e responder questões  que o próprio SER já sabe a resposta. 

     

    Funções terapêuticas

          Proporcionará o equilíbrio de todos os corpos simultaneamente e na sequência necessária individual, mesmo que executado em grupo. 

    Funções estéticas

          O Numeronataraja não é preocupado com esta função.  Mas naturalmente a execução continua colocará as glândulas endócrinas em equilíbrio e consequetemente altera o padrão físico do praticante, melhorando o aspecto físico. No mínimo proporcionará maior brilho e vivacidade do aspecto físico aumentando a estima.  

    Funções lúdicas

          Obviamente o Numeronataraja propõe o prazer, o êxtase de só está, só fazer, usufruindo da prática ludicamente. Sem o ludismo, a alegria de brincar ou dançar não existe. A prática (sadhana) é uma celebração de vida. A celebração leva o ser em contato com o Seu EU Divino e natural.  

    Funções da sexualidade.

          Sexualidade é a propriedade que tem o ser humano de sentir e perseguir o prazer. É a vontade de reunir-se a outra energia que o complemente ou que o realize. O Numeronataraja proporciona a possibilidade de o praticante entrar em contato com seus vários pontos de tensão energética, que o impede de exercer sua sexualidade plenamente. 

    Funções arquetípicas ou simbólicas de uma egrégora.

          Cada exercício é simbólico, significa algo para a consciência e para o inconsciente coletivo. O Mudrá é sempre um gesto que simboliza força, energia sabedoria, consciência ou simplesmente percepção metafísica. O gesto (Mudra) leva uma pessoa a entrar em contato com uma egrégora especifica. 

    KOSHA MUDRAS – São os gestos feitos com o corpo todo. Após executá-los e coreografá-los corretamente os gestos com as mãos podem ser acrescentado transformando numa dança cósmica e passando a ter a vibração do Numeronataraja ou Yoga dos números.

          Cada exercício foi similarmente inspirados em ásana ou Mudras já existente, trazendo em seu contexto a vibração da energia que cada número  em equilíbrio produz. Portanto é a verdadeira fidelidade personificada da vibração que movimentarão fluxo do corpo.  

     

    Conclusão.

          Este é mais um trabalho inspirado nas observações dos clientes em consultórios, cursos e vivencias que necessitam de um caminho mais sutil para acessarem o caminho de parar a mente de turbilhonar e ensinar o fluxo da emoção a simplesmente está consigo mesmo.

          Apesar de inserir em seu contexto o movimento da dança, é absolutamente forte e sensível, belo e sensual.

          Qualquer pessoa pode lançar mão deste método, pois é apenas um exercício codificado que gera o compromisso consigo mesmo de trilhar um autoconhecimento, sem exigir excelentes performances físicas. Podendo ser executado por qualquer pessoa que apenas deseja aprender o SENTIR. 
      

    BIBLIOGRAFIA.

    Do Numeronataraja não há ainda, pois espero que esta sinopse se torne uma no futuro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico

    Índice

    Resumo

    Introdução.

    Material e Metodologia

    Acupuntura

    Discussão.

    Conclusão.

    Bibliografia. 
     

    Resumo 

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia. 

      Hapki-do e uma luta Arte Marcial Milenar Coreana que utiliza pontos de Acupuntura para neutralizar os seus oponentes, também utiliza os mesmos pontos para tratar o desequilíbrio da energia utilizando vários métodos como: Acupuntura Sistêmica, Acupuntura Auricular, Quiro-Acupuntura, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida), Moxa, Ventosa  e Terapia  Corporal como massagem.

    E uma luta muito violenta e ao mesmo tempo muito delicada porque se atingir algum ponto de acupuntura com certa violência pode paralisar ou até causar traumas irreversíveis.

    Os Coreanos encaram o Hapki-do e acupuntura na sua cultura tradicional, com muita naturalidade, pois faz parte do costume e folclore trazidos por gerações e gerações através de milhares de anos.

    Quando alguém se machucava ou tinha algum problema de saúde, eles procuravam ajuda aos mestres de Artes Marciais, principalmente de Hapki-do. 

     
     

    Introdução 

    A Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia.

    O tema escolhido para holísticas 2009 foi demonstrar na pratica a relação de Hapki-do com as terapias orientais como Acupunturas, Terapia Corporal, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida).

    Realizei vários cursos de acupuntura e massagem com grandes Mestres internacionais nas Artes de Hapki-do.

    Pode observar e aprender várias técnicas de manobras e alongamentos de Quiropraxia utilizadas por eles nos atletas em campeonatos. 

    E também pelo fato de estar engajado em vários trabalhos sociais há muito tempo e com mais de 9000 clientes na carteira e trabalhando em varias entidades como Delegacia Geral, Delegacia da Mulher, Receita Federal, APROFEM (Sindicato dos Funcionários e professores Municipais de São Paulo),e neste ano começou a ser preparados em Hapki-do as Forças Armadas Brasileiras e Academia Kim. Observei que podemos ajudar na qualidade de vida e diminuindo sofrimentos físicos e emocionais.  
     

    Material e Metodologia 

     

    Há aproximadamente 4.500 anos, quando as pessoas começavam a viver em grupos, já  existiam sinais de defesa instintiva necessária para a sobrevivência, ir, defender e contra-atacar para proteger a si próprio e aos outros. Isso pode ser constatado pelos sinais deixados em cavernas da China e da Coréia.

    Antigamente, a região da Coréia era dividida em três partes, entre elas a civilização SIN-LA que era a mais adiantada das três, por isso, foi lá onde começou uma infiltração cultural de origem Budista.

    O SIN-LA era liderado pelo general KIM YU SIN que formou um grupo chamado HWA RANG-DO, que tinha por finalidade unir as três partes.

    O HWA RANG-DO era um grupo de jovens doutrinistas que praticavam certo tipo de defesa, fanaticamente, com a finalidade de conseguir essa união e tinham como lema: 

    -Amar a Pátria;

    -Confraternização mútua;

    -Não recuar um só passo na luta;

    -Respeitar os pais e

    -Ajudar os fracos. 

    Com essa filosofia nasceu o HAPKI-DO que foi responsável pelo engrandecimento da civilização de SIN-LA durante todos os anos de sua existência.

    Começa aí  o Império Kório (Coréia). Naquela época, se criavam e praticavam vários tipos de lutas que eram ensinadas nos exércitos, entre elas:

    YU-SUL (tipo de Judô)

    SU-BAK (tipo de Sumo)

    HAPKI-DO (que já na época, defendia-se de todas as lutas)

    Os nossos trajes atuais de lutas, são cópias fiéis dos trajes daquela época. Hoje, as faixas representam graus de hierarquia, porém, naquela época, representavam as várias classes sociais. 

    O Hapki-do foi escolhidos pelo próprio Imperador para fazer parte do treinamento de sua guarda de honra. 

    Foi escolhido o HAPKI-DO, porque era a única luta que possuía 25 tipos de técnicas e defendia terceiros. Enfim, era e ainda é a luta mais completa.

    Passados mais de 500 anos, o general LEE SUNG KIE fundou o Império YI DO tomando o lugar do Império KORIO. Mandou então matar todos os praticantes de defesa pessoal. Em conseqüência disso, os praticantes dessas lutas foram se esconder nas montanhas, alguns escapando, outros morrendo. Mas o HAPKI-DO continuou. 

    HAPKI-DO;

    KUM-DO (esgrima);

    YO-DO (tipo de Judô) e

    TEA KIUM (tipo de Karatê)

    Depois da Primeira Guerra Mundial, foi criada a R.O.K (Republic of  KOREA), na qual foi adotado o HAPKI-DO para o treino da guarda pessoal do Presidente da República.

    Após a Segunda Guerra Mundial, o HAPKI-DO que até então era uma luta reservada para a presidência e para os nobres, passou a ser conhecida pelo povo. 

    O HAPKI-DO possui cerca de 3.876 golpes  incluindo chutes, saltos, socos, torções, balões, defesa contra faca, manejo de bastões, espadas, etc. 

          Hierarquia das Faixas 

          8º  ao 7º Gub - Faixa Amarela

          6º  ao 4º Gub - Faixa Azul

          3º  ao 1º Gub - Faixa Vermelha

          1º  Dan - Faixa Preta

     

    O HAPKI-DO inspira-se em certos princípios que são rigorosamente respeitados por seus adeptos. Por isso, é a luta mais popular da Coréia.

     

    O HAPKI-DO, hoje, é praticado em quase todo o mundo. Foi difundido no Brasil após o ano de 1.970, pelo Grão Mestre PARK SUNG JAE que ensinou, em princípio, quase 200 homens do Exército Brasileiro foi incentivado pelo Coronel Paulo da Silva Freitas, sendo logo depois de condecorado patrono do HAPKI-DO no Brasil. O Grão Mestre PARK SUNG JAE é Secretário Geral da Confederação Internacional e comanda uma rede de academias no Brasil.

    Está  academia é a mais antiga em funcionamento, com 31 anos de existência, e é administrados pelo mestre Song Un Kim 8o Dan, Bi-Campeão Mundial, Medalha de Ouro na Korea em 1990 e Medalha de Ouro e Prata no México 1993. Atualmente administra cursos de Acupuntura e massagens em diversos locais. 

    Hapki-do não é  apenas mais outra arte marcial ou uma mera combinação de outras artes ou técnicas de lutas. Porém, antes de entender o que é Hapki-do, faz-se necessário entender o que é o "Hap Ki". Hap ki significa uma combinação harmoniosa de (KI) "energia vital interior", não apenas a sua energia, mas a de seus colegas de treino, ou mesmo seu oponente. 
     
    Quando observamos o KI universal, vemos o que conhecemos por energia Yin e Yang; pois é algo que a natureza cria, o fluxo do Yin e Yang, etc. Numa alternância infinita entre os dois.

    Este "KI" gerado é um mistério da natureza que o homem tenta usar a seu favor, a força natural do HAP KI. O Hapki-do envolve estratégias usando o principio do "Hap Ki" na execução de seus movimentos.  
    O "KI" sempre flui em círculos. Hapki-do envolve todos os seus movimentos com fluxo circulares, sem uso de força ou de técnicas traumáticas, que gerem conflitos ou confrontos diretos, sem harmonia. O universo se move circularmente, e no mesmo contexto o Hapki-do usa os movimentos circulares sem o uso da força como base para todas suas técnicas. Quando trazemos nosso oponente para dentro de nosso círculo imaginário (próximo a nós) ou o "adaptamos" a nosso próprio círculo de alcance, teremos o controle total sobre nossos oponentes.  
    Estes movimentos tampouco são violentos ou lineares; eles são certamente muito suaves gentis e sempre circulares. Assim, quando se faz e se torna o centro produzindo um fluxo como um redemoinho de água, como se originando de dentro (do centro) de um furacão, a energia perfeita dos movimentos faz com que alcancemos uma paz profunda interior indescritível.  
    O Hapki-do possui muitas torções, chaves estranguladoras, socos, perfurações, que são usadas para controlar o oponente, bem como uma vastidão de chutes e técnicas de bater (traumatizantes). Muitas escolas de Hapki-do ensinam técnicas com armas brancas para os alunos mais graduados, como bastões longos, médios e curtos, facas, faixas, panos, nunchacos, cordas, leques, lanças, e vários tipos de espadas.  
    Os movimentos do Hapki-do seguem alguns princípios naturais, que quando praticados com empenho e dedicação levam o praticante a atingir a perfeição dos mesmos. Estes movimentos fazem a grande diferença entre o Hapki-do e as outras artes marciais.

     

    Hapki-do se faz necessária compressão de três palavras distintas:

     

    Hap - Combinar, Unir, Coordenar, Para Harmonizar.

    Ki - Força Interior, Energia Vital, Força, Energia Dinâmica.

    Do - O Caminho, O Sistema, O Método.

    O currículo abaixo é  o atual, ensinado pelo Hapki-do:

    1. Ho Shin Do Bup (técnicas básicas de defesa pessoal) 
    2. Moo Ye Do Bup (técnicas com movimentos estritamente circulares) 
    3. Su Jok Do Bup (técnicas traumatizantes) 
    4. Kyuk Ki Do Bup (técnicas de combate com oponentes) 
    5. Ki Hap Do Bup (técnicas de concentração e energização espirituais) 
    6. Byung Sool Do Bup (técnicas com armamentos)  
    7. Su Chim Do Bup (Manipulação e uso de pontos de pressão) 
    8. Hwan Sang Do Bup (Técnicas de visualização de movimentos)

    Os modos do HAPKIDO e a forma como ele se apresenta parecem ser de outro mundo, e muitas de suas técnicas são estranhos, para todas as artes marciais. 

    Hoje em dia existem varias academias no Brasil, e o Hapki-do continua se expandindo.

      

    "É  melhor praticar uma técnica milhares de vezes, do que aprender um milhão de técnicas e praticá-las apenas uma vez." - Grão Mestre MYUNG Jae Nam

     

    Acupuntura
     

    A acupuntura e a técnica mais antiga que existe, parti do conceito de que o desequilíbrio se deve à má distribuição de energia pelo corpo, sendo assim aplicam-se algumas agulhas para ativar alguns pontos de acupuntura para equilibrar yin e yang dos órgãos e vísceras.

    Cada Órgãos e Vísceras têm uma função energética diferente da função alopática.

    Na Antigüidade, os chineses haviam comprovado que um órgão do corpo humano, alterado em seu funcionamento, deixava sensíveis, certos pontos de revestimento cutâneo. A localização desses pontos (situados nos mesmos lugares em todas as pessoas) variava de acordo com o órgão afetado. Concluíram assim que cada órgão correspondia pontos específicos, demonstraram então que uma ação sobre esses pontos repercute sobre o órgão correspondente, produzindo um alívio.

    Esses pontos constituem uma espécie de cadeia, como se uns fossem a continuação de outros. Unindo-os por traços imaginários obtêm-se linhas longitudinais denominadas passagem, canais ou meridianos.

    Os meridianos estão relacionados aos órgãos diretamente. Inserindo uma agulha em um determinado ponto de um meridiano, tem a sensação de que algo esta transitando entre eles, os chineses chamam de Qi, que significa energia.

    Restaurar o equilíbrio energético 

    A energia circula através do organismo, meridiano a meridiano, de forma regular, distribuindo-se harmoniosamente e segue o seguinte percurso diário: das 3 às 5h, passa pelo meridiano dos pulmões (P); das 5 às 7h, do intestino grosso (IG); das 7 às 9h, do estômago (E); das 9 às 11h, do baço pâncreas (BP); das 11 às 13h, do coração (C); das 13 às 15h, do intestino delgado (ID); das 15 às 17h, da bexiga (B); das 17 às 19h, dos rins (R); das 19 às 21h, da circulação-sexualidade (CS); das 21 às 23h, do triplo-aquecedor (TA); das 23 à 1h, da vesícula biliar (VB); da 1 às 3h, do fígado (F).

    Os desequilíbrios são conseqüências naturais da má distribuição de energia. Alguns sintomas da falta dessa energia são: sensação de vazio, fraqueza, insatisfação, insegurança, desânimo, frio, suor, agressividade, agitação dor, calor, e outros...

    A acupuntura tem por objetivo reequilibrar a circulação de energia no organismo, tornando-o harmônico, pois constitui no princípio básico da ordem universal. A saúde é o resultado do equilíbrio dessas duas forças (Yin (negativo) e Yang (positivo), que ativam os corpos).

    O Yin e Yang expressam-se em todo e qualquer nível de existência, com alternância de cada força.

    Alguns elementos Yang são: a luz, o calor, o verão, o vermelho, o homem, a atividade, o sistema nervoso simpático, as partes superficiais do corpo. O elemento Yin é: o escuro, o frio, o inverno, o azul, a mulher, o sistema nervoso parassimpático, as partes profundas do corpo e outros.

    O intestino delgado, o intestino grosso, a vesícula, o estômago, a bexiga e o triplo-aquecedor são órgãos de Yang. O coração, os pulmões, o fígado, o baço, os rins e a circulação-sexualidade são órgãos Yin.

    Alguns físicos descobriram que a teoria oriental de que não existe distinção entre matéria e energia está certa, elas são consideradas dois pólos de uma mesma unidade.

    Para análise, uma técnica peculiar

     Yin e Yang são duas forças que condicionam a vida de cada indivíduo e o seu estado de saúde, a pergunta que se faz ao especialista de acupuntura é: qual órgão esta deficiente e qual órgão apresentam um excesso de vitalidade? Dá-se, então o analise, na qual, usam-se alguns métodos: ver o cliente escutá-lo, perguntar, apalpar seu corpo nos pontos  ou LO (pontos de alarme) e leitura pelo pulso, todos eles são importantes.

    O analise do pulso é realizado na artéria radial do punho. E requer silencio e tranqüilidade. Os três dedos têm que se manter como um arco, com as pontas bem alinhadas e se examina o pulso com a polpa dos dedos. A distancia dos dedos depende da estatura do cliente: É dividida em três zonas, cada qual com uma posição superficial e outra profunda.

    Coloque levemente a polpa de um dedo sobre a artéria radial, em cada uma das três posições, é possível perceber que a sensação obtida difere em cada local – com exceção de pessoa em perfeito estado de saúde (se a pressão for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensação ou percepção torna-se diversa). Se os pulsos da primeira posição apresentar vibrações mais fortes do que os da terceira, quer dizer que o Yang esta mais poderoso do que Yin, e vice-versa.

    Na mão  esquerda, com pressão superficial, faz-se a análise do intestino delgado, da vesícula e da bexiga; com pressão profunda faz-se análise do coração, fígado e rins. Na mão direita, com pressão superficial o intestino grosso o estômago e o triplo-aquecedor, com pressão profunda o pulmão, baço/pâncreas e a circulação-sexualmente.

    As pulsações podem ser classificadas em: a) alteração de freqüências b) ritmos c) superficial ou profunda; d) lisa ou grossa; e) cheias ou vazia; f) longa ou curta e etc.

    Tanto para se realizar um tratamento ou realizar uma simples análise, é  imprescindível o conhecimento dos meridianos, da origem de seus pontos principais e das leis que regem esta forma de terapia.

    Existem doze meridianos que estão relacionados a doze órgãos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou mais desses órgãos. Assim sendo, esses doze órgãos – ou funções corporais são considerados primários, e os outros secundários.

    Os meridianos são bilaterais, um em cada lado do corpo, sendo classificados como profundos e superficiais, de Yin e de Yang. Os meridianos profundos de Yin são os do coração, da circulação-sexualidade e dos pulmões. Meridianos superficiais de Yang: do intestino delgado, do triplo-aquecedor e do intestino grosso. Meridianos inferiores de Yin (de dentro para fora): do baço/pâncreas do fígado e dos rins. 

     
     

    Discussão 

     

    Hapki-do como é uma arte marcial muito antiga que tem mais de 3500 anos de existência, não se sabe realmente quem foi o mentor da arte. Existem varias teorias. 

    Hoje em dia, vários mestres, modificaram a arte tradicional de hapki-do para falar que e o mentor, e alguns modificaram até o nome e outros colocaram outro nome para falar que e um estilo diferente de Hapki-do.  

    Mas no fundo aqueles que realmente conhecem a Arte Marcial Hapki-do eles trabalham com acupuntura e terapia corporal (obs. "massagem" é termo inadequado à legislação brasileira e mercado).  

    São aqueles que só usam o nome Hapki-do para se promover, não sabe nem onde fica um ponto de acupuntura.   
     

    Conclusões 

     

    Posso afirmar que acupuntura e Quiropraxia têm relação direta com Hapki-do para equilibrar a sua energia interna e para imobilizar e neutralizar os seus oponentes, fazendo gerar muita dor e sofrimento utilizando compressão nos pontos de acupuntura e alterando a sua função biomecânica da coluna.

    Hapki-do e excelente em tratamentos preventivos para alongamento das articulações e melhorando sistema cardiorrespiratório.

    Excelente para tratamento da dor e da sua causa.

    Podemos provar realizando alguns golpes nos pontos de acupuntura, verificando aumento da sensibilidade e diminuição da resistência do local (sem machucar, claro).

    Podemos pressionar alguns pontos para mostrar anestesia do local, para tirar a dor, ou melhor, a hiper sensibilidade do local.

    O hapki-do e uma luta Arte Marcial Coreana que usa pontos de Acupuntura para Neutralizar oponentes e também serve para equilibrar a desarmonia da energia utilizando os mesmos pontos de Acupuntura.

    Por isso Hapki-do e utilizado na Coréia em forças armadas, Policia, Guarda Costa e quando se fala em proteger  alguma pessoa ou alguma coisa e utilizado Hapki-do. 
     

    Referências bibliográficas 

     

    Hapki-do: Hoo sin sool.

    Seul,Korea 1987. 

    Hapki-Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    Self Defence Martial Art.

    Seul,Korea 1987 

    Hoo sin Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    General Description of Hapki-do.

    Seul, Korea 1986. 

    Autor: : Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    II.I - Definições

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

    VII.I - Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    VII.II - Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística
    VII.III -
    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Resumo

    Esta propositura disserta sobra a integração das técnicas corporais orientais seculares com as modernas e ocidentais abordagens psicanalísticas reichianas e derivadas, resultando em uma Terapia Corporal de abordagem holística. Resgata a importância do tocar e ser tocado como instrumento de catarse terapêutica e de harmonização psicofísica, resultando em ampliação da qualidade de vida e autoconhecimento, tanto para o Cliente, quanto para o profissional.

    Introdução

    Muito se aborda a globalização e o acesso universal a informações em todos os campos de conhecimento, incluindo a Terapia Holística. Porém, mesmo no Brasil, de ampla tradição de sincretismo e fusão das mais variadas vertentes de pensamento, ainda deparamos com um separatismo entre as técnicas corporais orientais e ocidentais, bem como uma distância entre o discurso de paradigma holístico e uma real aplicação deste conceito, a tal ponto de ainda encontrarmos profissionais que iludem-se de atuar em questões físicas e outros, em aspectos psíquicos, como se tais existissem de forma isolada...

    São inegáveis as qualidades técnicas das manobras corporais tradicionais, tais como o shiatsu, tuina, anma, sparsha, dentre outras, assim como é fundamental a contribuição da psicanálise quanto aos aspectos inconscientes de nossa personalidade serem corporificados. Contudo, ambas as vertentes ainda não convergiram, resultando em "massagistas" (termo totalmente inadequado à legislação brasileira...) que desconhecem o fato de seu trabalho pode resultar em catarses, como também em profissionais da vegetoterapia e bioenergética propondo técnicas de toque, respiratórias e posturais que já estariam eficientemente supridas nas já seculares técnicas corporais, como as já citadas, bem como as oriundas do yôga e tai-chi-chuan.

    Cabe ao Brasil eliminar a iniciativa em superar desinformações, preconceitos e vaidades, promovendo a integração entre todas estas linhas complementares de tratamento, formando Terapeutas Corporais que honrem a sabedoria milenar, da mesma forma que abraçam a modernidade psicanalítica, fazendo justiça a que mais esta modalidade terapêutica seja integrante da Terapia Holística, atendendo a Clientela ciente de que físico-psíquico-social-transcendente é uma só unidade indissociável.

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

    ACONSELHAMENTO — processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.

    BIOENERGÉTICA —Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.
    CALATONIA —técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.

    CATARSE extravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    ID é a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego.

    INSIGHT "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    LEITURA CORPORAL — método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    PERSONA — é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

    RELAXAMENTO — vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    TERAPIA CORPORAL — uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

    TERAPIA REICHIANA — desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    VIVÊNCIAS — realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal:

    Idade mínima do cliente para Terapia Corporal: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    Explicar o processo de Terapia Corporal com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    O Terapeuta Holístico deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico;

    O Cliente deve ser inquerido pelo Terapeuta Holístico quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Corporal aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    III - Resultados

    Constatou-se ganhos significativos oriundos do sincretismo entre as abordagens ocidentais modernas e orientais milenares da Terapia Corporal. As manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, mostraram-se mais adaptáveis a cada Cliente, em comparação às mais recentes, oriundas das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética. Em contraponto, a proposta analítica destas últimas são indispensáveis à interpretação emocional refletida via corpo, já que essa capacidade fora perdida no decorrer do tempo, no que se refere ao ensino e prática das técnicas orientais, na forma como nos chegam atualmente.

    Clientes originados de queixas físicas apresentam resultados mais rápidos e eficazes quando a Terapia Corporal aflora as emoções reprimidas simultaneamente ao trabalho de toque. É perceptível ao tato do profissional, o relaxamento nas áreas antes tensas, imediatamente à manifestação da emoção e/ou lembrança que emerge sincronisticanente ao contato físico com a zona reflexa e/ou diretamente sobre a região corpórea. Da mesma forma, regiões sem tônus de pronto manifestam retorno da tonicidade, assim que afloram os sentimentos e lembranças induzidos pelo toque de volta à consciência. Quadros de dores e de dificuldade de movimentos apresentam reversão drástica, ainda que temporária, imediatamente à catarse emocional desencadeada pelo toque e indução verbal.

    Ratificando o acima descrito, quadro similar ocorre com a Clientela de queixas emocionais, onde o trabalho de toque serve tanto para detectar quais regiões corpóreas estão refletindo o quadro psíquico, quanto para aflorar à consciência as emoções reprimidas, bem como lembranças de situações traumáticas.

    Em ambas as situações, a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, incluindo o ACONSELHAMENTO, desempenha papel fundamental em facilitar ao Cliente a compreender o conteúdo aflorado, o que se mostra fundamental para que o quadro queixoso anterior não reincida. A catarse emocional por si só, apresenta resultado temporário, com imediata melhoria do quadro geral, porém, com retorno do estado original poucos dias após. A durabilidade do resultado é mantida quando o Cliente é simultaneamente amparado com técnicas de foco psicoterápico.

    A inclusão do contato físico na relação CLIENTE e TERAPEUTA HOLÍSTICO acelera o ritmo e intensifica a terapia, traduzindo-se em resultados de espectro mais amplo e, uma aumento da frequência e intensidade nas transferências e contra-transferências, exigindo grande preparo do profissional.

    IV - Discussão

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos.

    Modernas ideologias, governos ditatoriais e o cientificismo mecanicista influenciaram uma ruptura no paradigma holístico terapêutico. Seja por necessidade de sobrevivência às perseguições, seja em concessões e adaptações para tentar enquadrar nos limites do "científico", fato é que ao século 20, terapias como shiatsu, tuiná, anma, seitai e similares, chegaram até nós amputadas de sua original tradição sistêmica, passando a tratar o "corpo" como se fosse uma "máquina", composta de "partes" a serem manipuladas pelo toque para que "funcionem" melhor... A excelência técnica das manobras corporais se manteve, porém, perdeu-se a "alma" em algum momento de sua história.

    A partir da década de 70, com o movimento da contracultura, "revolução aquariana", ecologia e retomada do paradigma holístico, as abordagens corporais se permitiram a reintegração com os conceitos de "energia", reassumindo a interação com meridianos (canais de circulação energética da acupuntura - terapia tradicional chinesa), chacras (ou chakras, vórtices de energia estudados na ayurvédica - terapia tradicional indiana) e "corpos sutis" (matrizes energéticas paralelas ao corpo material, conceito este comum a todas as culturas milenares). Ao mesmo tempo, readmitiu-se que a terapia pelo toque igualmente atua nas emoções, porém, sem aprofundar na questão, deixando de integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

    Desenvolvendo-se de forma complementar, contamos com a Psicánalise, pela qual Freud demonstra a grande atuação das questões psíquicas nas somatizações, sendo até possível a reversão destas, como decorrência da análise, ao resgatar do inconsciente, os traumas, lembranças, emoções reprimidas e integrá-las ao consciente.

    Quer seja por preocupar-se em manter-se dentro de uma certo paralelo com a metodologia científica (isolar-se do "objeto" estudado...), quer seja para evitar maiores controvérsias e envolvimentos, TOCAR o Cliente era algo fora de discussão, até a dissidência de Wilhelm Reich, que “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”).

    A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante).

    Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento, também conhecido como Couraças Musculares do Caráter, aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bioenergia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas.

    A linha reichiana "clássica", a Vegetoterapia, segue um padrão relativamente rígido e pré-fixado para a sequência de desbloqueio das couraças, enquanto que as chamadas correntes neoreichianas, como a Bioenergética (que tem Alexander Lowen como seu expoente...) são mais flexíveis quanto à ordem e formas de trabalhar os bloqueios, utilizando-se, além do toque, técnicas respiratórias e posturais, que contém muitos paralelos ao Yôga e Tai-Chi-Chuan...

    Estas últimas vertentes, de origens ocidentais e modernas, em contraponto com as demais linhas aqui inicialmentes descritas, milenares e orientais, permaneceram distanciadas, uma corrente desconhecendo totalmente a outra. Não raro deparamos com reichianos que desconhecem chacras e shiatsuterapeutas que nem sequer imaginam que desbloqueiam "couraças do caráter"...

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar. Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge. É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor. Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA. É consenso que a maioria dos Terapeutas possui profundas feridas narcisísticas em aberto, as quais tentamos cicatrizar ao dar atenção aos Clientes, da forma que jamais tivemos... Não raro, tivemos que amadurecer cedo, quando deveríamos ter tido a permissão de ser crianças e nossos cuidados com os outros é a sublimação do ressentimento de que nosso amor não bastava para sermos correspondidos pelos pais, pois só sendo "produtivos" e "perfeitos" para sermos amados. Por isso, oculta-se no TOCAR em nossos Clientes, o desejo de acolhimento e amor.

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente. Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em contínua terapia e supervisão, inclusive, em grupos de discussão, pois o que se constata na prática é que, independente do quão experiente seja um analista, quando está em momento de contratransferência, sua visão do caso fica prejudicada, enquanto que para os demais colegas, que não estão emocionalmente envolvidos na situação, muito mais facilmente detectam o que está ocorrendo.

    V - Conclusões

    O contato físico intensifica o ritmo da terapia e igualmente aumenta o grau de responsabilidade e exigência técnica, o que é plenamente compensado pela excelência de resultados e gratificação profissional.

    Não há mais justificativa, em nosso atual tempo de acesso globalizado às mais variadas correntes terapêuticas, à ilusão de abordar o psicofísico como se fosse "partes separadas".

    A fusão entre as manobras orientais já tradicionais e a conscientização do efeito psíquico do toque reavivada pelas correntes psicoterápicas reichianas e neo-reichianas, resulta em uma terapia mais profunda e abrangente do que a simples soma das partes.

    Tanto as reclamações de origem física, quanto as de foco emocionais são atendidas na mesma proposta de trabalho, em conformidade com o paradigma holístico, ampliando o leque de oportunidades em atender quantitativa e qualitativamente à Clientela potencial.

    A ampliação da transferência e contratransferência pelo fator do tocar e ser tocado, obriga o Terapeuta Holístico a manter-se em contínua terapia e supervisão, resultando num indivíduo mais equilibrado e autoconsciente e, como tal, um profissional mais eficiente e um ser humano mais feliz.

    VI - Referências bibliográficas

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    VII - Anexos e Apêndices

    VII.I

    Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

     

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

     

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

     

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

     

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

     

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

     

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

     

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça"

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

     

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

     

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

     

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

     

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

     

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contratransferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Imaginem uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Se não estiver atenta à possibilidade de contra-transferência, é capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

     

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

    VII.II -


    Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística

    Se o profissional faz uso de técnicas corporais, jamais deverá chamar este trabalho de "massagem", não só pelo sentido pejorativo que a confusão com prostituição trouxe à palavra, como, também , pelo fato de que estaria sendo enquadrado dentro de alguns requisitos impossíveis de serem cumpridos, pois estaria sujeito às seguintes diretrizes, dentre outras:

    DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942
    Regula a Propaganda de Médico, Cirurgiões Dentistas, Parteiras, Massagistas, Enfermeiros, de Casas de Saúde e de Estabelecimentos Congêneres, e a de Preparados Farmacêuticos
    Das Parteiras, dos Massagistas e Enfermeiros (artigos 2 e 3)
    ART.2 - é proibido às parteiras, aos massagistas e aos enfermeiros fazer referências a tratamentos de doenças ou de estado mórbido de qualquer espécie.
    ART.3 - As parteiras, os massagistas e os enfermeiros estão obrigados a mencionar em seus anúncios o nome, título profissional e local o nde são encontrados.


    LEI 3.968 DE 05/10/1961
    Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Massagista, e dá outras Providências.
    ART.1 - O exercício da profissão de Massagista só é permitido a quem possua certificado de habilitação expedido e registrado pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina após aprovação, em exame, perante o mesmo órgão.
    ART.2 - O massagista devidamente habilitado, poderá manter gabinete em seu próprio nome, obedecidas as seguintes normas:
    1 - a aplicação da massagem dependerá de prescrição médica, registrada a receita em livro competente e arquivada no gabinete;
    2 - somente em casos de urgência, em que não seja encontrado o médico para a prescrição de que trata o item anterior, poderá ser esta dispensada;
    3 - será, somente, permitida a aplicação de massagem manual sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou fisioterápica;
    4 - a propaganda dependerá de prévia aprovação da autoridade sanitária fiscalizadora.

    Como podem perceber, será muito melhor nominar seus trabalhos como "Terapia Corporal", evitando, assim, se enquadrarem nas leis acima citadas, as quais só podem ter sido criadas para coibir a prática da Massagem.

    Já há anos o SINTE recomenda abolir o termo "massagem" (tanto por ser associada popularmente à prostituição, como por enquadrar-se em legislação impossível de ser cumprida) , que deve ser substituída por "Massoterapia", ou, melhor ainda "Terapia Corporal".

    Ultimamente, a expressão "massoterapia" igualmente passou a ser sinônimo de prostituição, além de que, no Paraná, os órgãos públicos identificam como sinônimo de "massagem" e passaram a exigir daqueles que alegam trabalhar com esta técnica, o cumprimento das legislações impraticáveis (DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942 e LEI 3.968 DE 05/10/1961).

    Portanto, a melhor solução é o termo "Terapia Corporal" e aproveitar a oportunidade para que os cursos se aperfeiçõem para fazer justiça a este nome e acrescentem ensinamentos de Reich e Lowen (psicanálise/vegetoterapia e bioenergética) às já consagradas manobras corporais orientais e ocidentais.

    VII.III -

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho

    Estruturas da Psique:

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.


    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.


    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.


    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;
    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;
    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.


    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.


    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.


    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/07/2009 16:24


    A Dança-Terapia em Cinco Movimentos

    A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística

    Propositura de Palestra: 

    Palestrante:

    José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43 913

    Arte-Terapia EMANUEL 

    Rua 15 de Novembro, 910, Sala "A" 

    Palotina, PR 

    CEP: 85950 000 

    Autor: José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913

    Titulo: "A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística"

    Local: Sala de Arte-Terapia Emanuel, Rua 15 de Novembro, 910, Sala: A  -Centro-

    Palotina, Paraná, CEP: 85950-000 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

    "Temos que nos unir na dança, para aprender a cantar a musica da VIDA"

    Augusto Cury. 

    "A Dança-Terapia, é a arte para o movimento, criatividade para a mente. Tudo isso se mistura e entrelaça. Criando uma tensão similar ao beijo entre a beleza e a feiúra. Barrando os preconceitos da sociedade" (Tomado do pensamento da mestra em Dança-Terapia a espanhola, Maité León) 

    "O ser Humano é um nu de relações"

    Leonardo Boff 

    Dedicatória: "Minha modesta homenagem a todas as pessoas que acreditaram na minha proposta e até hoje embarcam neste navegar pelas águas transparentes da nossa lagoa imaginaria"

    José. 

    SUMÁRIO: 

    1. Introdução ao método.
    2. Breve resenha histórica da Dança-Terapia.
    3. Breve resenha histórica da Dança-Terapia na minha vida profissional no Brasil e sua relação com a Psicoterapia Holística.
    4. Os cinco movimentos chineses e sua relação com a Dança-Terapia.
    5. O texto das músicas e sua relação com o histórico emocional do cliente.
    6. A Psicoterapia Holística fonte de diagnóstico e prognostico do emocional do cliente segundo o paradigma Vigostkyano.
    7. Os ritmos latinos: samba, salsa, tango, bolero e sua relação com os nossos arquétipos. Nossos ancestrais africanos.
    8. O Método, alguns exemplos.
    9. Conclusões.
    10. Bibliografia.

    TERMOS:

    1. TH, Terapeuta Holístico.

    1. DTH, Dança Terapia Holística.

    1. SH, Psicoterapia Holística


    RESUMO: A DTH em cinco movimentos é uma terapia complementar que auxilia o TH que desenvolve as técnicas da SH (Aconselhamento) a resolver e canalizar conflitos emocionais de seus clientes que não foram tirados para fora na catarse, por diferentes tipos de bloqueios que o cliente enfrenta no momento da SH e que tem muito a ver com seu estado emocional no momento em que foi a plicada a técnica como exemplo: "A Vivência", fatores ambientais, de saúde, barreiras etc. A DTH se enriquecem com a pantomima, o balé clássico, as danças modernas e contemporâneas, assim como as do folclore das diferentes culturas com seus movimentos: condensados, leves e quebrados como catalisadores de emoções reprimidas. Nossa cultura ocidental não pode perder de vista os arquétipos trazidos pelos africanos que fazem parte dos campos energéticos do continente junto aos da Antiga Grécia e toda a mistura cultural e a miscigenação que nossos países latino-americanos sofrem, assim como nossas culturas aborígenes que tem uma riqueza enorme de imagens arquetípicas, por esses fatos históricos a DTH trabalha os ritmos latinos e caribenhos assim como os nordestinos e os movimentos de nossos orixás que na rumba, conga, guaguancó, salsa e etc. estão muito presentes.

    Não podemos perder a perspectiva que os orixás têm a mesma condição arquetípica que os deuses politeístas gregos eles se debatem entre o HERÓI E A VÍTIMA da mesma maneira, só mudando a embalagem e estes orixás estão cheios de erotismo e sensualidade. Por isso o DTH associa o rimo a cor dos meridianos em dependência da sua intensidade. A salsa com o movimento fogo e cor vermelha que o TH já trabalha com o cliente na sessão de cromoterapia. Outro fator importante é o envolvimento com o texto já que cada movimento terá uma justificativa em relação com a mensagem que o conteúdo poético da música nos passa como, por exemplo, a música: Vitoriosa, de Ivan Lins, muito apropriada para resolver conflitos relacionados com a sexualidade. A DTH é uma terapia de grupo que permite a  

    abordagem indireta do conflito que muitas vezes o cliente na sala não que falar ou simplesmente não faz o INSIGHT pela própria resistência. É de fácil aceitação pelos clientes e traz muito bem estar psicofísico para eles, por isso sua condição holística. 

    ESCLARECIMENTO: Sempre vou falar de clientes no termo feminino já que até hoje só e tido esta experiência em mulheres, meu sonho e formar uma turma de homens, mas eu estou no Sul onde o machismo é muito forte e só consegui reunir turmas de DTH de casais que seria outro trabalho a abordar no futuro. Meus clientes homens só fazem TH ou recebem a técnica da psicanálise. 

    1 - INTRODUÇÂO: 

    "A DTH em Cinco Movimentos" é uma terapia alternativa que auxilia o trabalho do TH, como outro canal para complementar e comprometer aqueles aspectos emocionais do cliente que no consultório não ficaram resolvidos. Comprometendo o corpo em conjunção com a alma, assumindo a emoção como um todo indivisível o cliente por meio dos movimentos condensados, quebrados e leves, assim como pela mímica em sintonia com a música e seguindo o texto do compositor, sua compreensão e expressão do conteúdo mediante o corpo tiram para fora emoções reprimidas e passa por estados catárticos sem sofrer, além de que compartilha com o grupo assumindo-se como ele é na totalidade em outra dimensão cósmica. A DTH em Cinco Movimentos é além de preventiva para doenças da terceira idade como o Mal do Alzheimer.

     

    2 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA: 

    Após da caída do franquismo na Espanha, o terapeutas e pedagogos assim como todas as pessoas de boa vontade, saíram na rua com os síndromes de down e todo tipo de deficientes físicos e mentais como uma forma de dizer ao mundo que todos tem o direito a expressão na diversidade. As teorias de Vigostky e seus postulados cognitivos (entre eles o mais significativo o referente a ZDP Zona de Desenvolvimento Proximal) trouxeram uma forma nova de intervenção terapêutica, novos paradigmas desafiarem os profissionais da saúde entre eles, os terapeutas, que tiverem que ser mais criativos e abrir-se as novas formas que os novos tempos exigiam. E foram os terapeutas que tiverem um destaque no campo da dança-terapia e a sua relação entre: "Texto - compreensão - movimento - expressão" O nome da técnica na Europa e em Cuba países que destacam  até hoje na sua aplicação é: PSICOBALLET. Podem ser encontrado nos livros ou na internet. Sua pioneira e promotora até hoje a Sra. Maité León. 

    3 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA NA MINHA VIDA PROFISSIONAL NO BRASIL E A SUA RELAÇÃO COM A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA.    

    O Psicobalé entrou na minha vida profissional depois da queda dos muros de Berlin, no princípio dos anos 90 que comecei trabalhar como terapeuta na ONG Cáritas Internacional trabalhando a técnica com crianças portadoras da Síndrome de Down e, logo depois, já com deficientes cognitivos e físicos assim como pessoas da terceira idade que na época pelas limitações econômicas que enfrentava o governo de Cuba, não conseguia oferecer mais de graça a população este serviço e uma grande quantidade de profissionais capacitados para esses fins terapêuticos tinham escolhido o exílio (o pais enfrentou o maior déficit de profissionais da sua historia naquela época). Isso me permitiu até capacitar-me e sair fora do pais para me profissionalizar e trabalhar para a ONG.

    No ano 2004 quando cheguei ao Brasil com quarenta e seis anos e, quase trinta de experiência profissional tive que buscar uma maneira de sobreviver e ajudar a minha Sra. na construção do novo projeto de vida (O casamento). E, encontrei no PSICOBALÈ uma forma de trabalhar honradamente e tornar-me conhecido como profissional sem agredir aos outros terapeutas que não conheciam esta técnica.

    Tive como primeiro desafio, que mudar o nome por PSICODANÇA, que após de entrar nos terapeutas holísticos no ano 2008, definitivamente leva o nome de (DTH) DANÇA-TERAPIA HOLÌSTICA. Como uma forma de cumprir com as NTSV, já que alguns psicólogos mal intencionados se sentiam invadidos pelo prefixo (psico-). Foi então, que decidi montar minha própria sala seguindo as regras de marketing aprendidas no curso de Psicoterapia Holística da Turma de 2008, a qual pertencia, de como montar um consultório seguindo a NTSV. Foi no ano 2008 em que comecei a relacionar o corpo com a mente já que por vir de uma ditadura onde trabalhei quase trinta anos eu mesmo, como terapeuta tinha meus próprios preconceitos.

    Ter o Consultório junto com a sala de Psicoterapia Holística me proporcionou uma melhor pratica e interação com as técnicas numa retroalimentação dialética e uma dinâmica de trabalho que até hoje no ano 2011 continuo com resultados, muito mais obtive a perseverança das clientes. E, até não fiquei tão preso na psicanálise como  

    uma técnica a aplicar. Comprovei na pratica que muitos clientes aplicando a técnica: Aconselhamentos caminhavam mais de presa na sua evolução emocional e pessoal já que a DTH complementava a parte do toque que não tinham no consultório, toque em coletivo que me deixava mais leve e confiado que aquele que poderia ter sozinho no consultório com o cliente. Já que na DTH o toque e direcionado pelo terapeuta entre eles e faz parte da coreografia, entrando na vida daquelas, mais fechadas de uma maneira natural. 

    4 - OS CINCO MOVIMENTOS CHINESES E SUA RELAÇÃO COM A DTH. 

    O cliente durante as sessões de PH através da técnica de Aconselhamento vai conhecendo e se familiarizando com as cores dos CINCO MOVIMENTOS CHINESES. Além de que minha abordagem é de ordem integrativa, não descarto nada sempre que me seja útil, e não transgrida as NTSV. Meus clientes na sua maioria tiveram algumas vezes sessões de cromoterapia e o bastão cromático, que os ajudou a encontrar a nível consciente as cores na sua imaginação. Por isso na hora da DTH os ajudou a encontrar as cores pelo conteúdo da musica, ou seja, a mensagem do texto assim como pela sua estrutura melódica.

    1- A musica: Camarada água do grupo Teatro Mágico, é bem explícita no meridiano que aborda e a cor azul já que o cliente e que sempre todos nós associamos o azul-água, embora que no momento coreográfico e a mímica dos movimentos tenha alguns bem condensados.

    2- A música: Pássaro de Fogo da Paula Fernandez, pelo conteúdo da música já a palavra FOGO explicitamente leva ao cliente a cor vermelha e durante toda a dança se imaginam vestidas de vermelho.

    3A música: VITORIOSA de Ivan Lins, é mais branco, mais para dentro, centrípeta, por isso se associa ao metal, muito apropriada para trabalhar frigidez e anorgasmia. O MOVIMENTO metal leva a se relacionar a cliente com a introdução do falo como fonte de prazer, é um ato de VITÓRIA é a heroína que consegue satisfazer ao macho. 

    Estes três exemplos ilustram um pouco, como abordo os movimentos chineses e as cores além de que após das vivencias para tirar as clientes do sofrimento já tenho trabalhado com todas elas uma Lagoa de águas transparentes imaginária, que todas têm, e uma ave que representam como gaivotas, cisnes, beija flor. Então essa lagoa contém as cinco cores dos movimentos e seus significados e no momento de voltar a realidade ou de sair do momento catártico o TH coloca a música e faz lembrar a lagoa imaginaria e coloca o elemento que a cliente precisa mais, por exemplo si a cliente esta precisando de equilibro o TH enfatiza em que ela observe os girassóis pela cor amarela (nossa terra que foi feita em prefeito equilibro) A música da LAGOA e trabalhada na DTH com movimentos muito leves e condensados, como não tem texto o TH direciona este exercício corporal a relaxar o corpo. A música: Ar de João Sebastião Bach numa versão que inclui sons das aves e da natureza, numa versão do grupo Café Do Mar (grupo de musica contemporâneo eletroacústica que revive a música erudita dos grandes clássicos da humanidade)  

     

    5 - O TEXTO DAS MÚSICAS E SUA RELAÇÃO COM O HISTÓRICO-EMOCIONAL DAS CLIENTES.

    Já tenho abordado que minhas clientes me oferecem muito material emocional para trabalhar na DTH no momento da VIVÊNCIA, assim como nas sessões da psicanálise, nos momentos de resistência. Esse material é guardado e na hora de montar o roteiro das músicas para trabalhar na DTH, eu tenho em cada sessão a oportunidade de trabalhar de oito a nove músicas e algumas vão direcionadas a uma cliente em específico numa abordagem indireta de seu conflito. O exemplo da música Sonho impossível de Maria Betânia pode ilustrar já que o conteúdo do texto vai direcionado a resgatar a possibilidade de voltar a sonhar até com o impossível e uma delas pode ter me falado na TH que queria já se entregar e renunciar a seus objetivos ou pelo contrário em sua linguagem não estava explícito e sim na sua fase o simplesmente se fecha a progredir. 

    6 - A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA FONTE DE ANAMNESE E PROGNÓSTICOS DO EMOCIONAL DO CLIENTE SEGUINDO O PARADIGAMA VIGOSTKYANO. 

    O paradigma vigostkyano: de diagnóstico - intervenção - prognóstico, oferece ao TH uma dinâmica de trabalho muito rica. Seu descobrimento da Zona de Desenvolvimento Próximo na área da pedagogia deixou aos terapeutas muito mais otimistas e hoje além de que o Império Socialista Russo não existe mai, não podemos esquecer e deixar de valorizar as descobertas deles na sua urgência de construir um mundo melhor e mais participativo. Todos nossos clientes têm essa zona já que é uma descoberta reconhecida pela OMS. Ter conhecimento dela e de suas infinitas possibilidades permitem ao terapeuta enriquecer sua intervenção com o cliente e muito mais, reduzir o tempo de intervenção, obtendo resultados mais imediatos que sei bem, o cliente se recupera mais rápido e, é um cliente que perdemos e nos indicará outros já que pela minha experiência pessoal nossos melhores marqueteiros são nossos próprios clientes. Eu tenho o costume de chamar: Marketing de boca a boca. Para a DTH a descoberta da ZDP de Vigostky é muito importante no sentido de que as pessoas que chegam a nossos consultórios são muito carentes e bem muito contaminadas cheias de limitações que elas mesmas colocaram em sua cabeça é uma barreira contra a qual temos que lutar no dia a dia já que DTH pela complexidade que vão alcançando os movimentos e por ser uma terapia de grupo onde a cliente pode se frustrar pelos progressos das outras e não compreender suas limitações e se desenvolver no grupo com elas, sofrem o perigo de desistir. 

    7 - OS RITMOS LATINOS E CARIBENHOS: SALSA, SAMBA, BOLERO, RUMBA, GUAGUANCÓ E SUA RELAÇÃO COM OS NOSSOS ARQUÉTIPOS. NOSSOS ANCESTRAIS AFRICANOS. 

    Quando eu falo do Brasil estou me referindo ao marco estreito da cidade de Palotina onde moro faz oito anos, aqui desempenhei minhas experiências profissionais. Por "isso sempre nas palestras e no meu livro em português uso o termo "Impressão" O seja, "Impressão diagnóstica, cultural, social etc."

    Na cidade onde moro nos seus ancestrais culturais predominam as culturas: alemã e italiana, falar de arquétipo no sentido clássico junguiano não é tão compreensível  e  

    de fácil aceitação. Mas, quando a gente fala dos ancestrais do povo de Bahia o nordestino, é outro o assunto (Os ancestrais africanos). Um empobrecimento da visão cósmica de Deus e sua presença, essa "Energia de fundo" (Que muito bem aborda Boff na sua literatura teológica e latino-americana) Que nos capacita para acolher a Deus em todas as coisas, é muito limitada e empobrecida pela falta de cultura e o fanatismo religioso de alguns que querem cosificar a DEUS. Além de que no ano 2004 alguns pseudo-terapeutas holísticos tinham deixado a cidade no espanto (todo ao contrário que logo após conheci no SINTE)

    Nessa realidade tive que colocar os ritmos latinos que eram aqueles que conheciam para começar meus projetos e tornar conhecido meu trabalho, era minhas ferramentas terapêuticas de como me projetar profissionalmente nessa área. Tudo começou com a músicaSimbalaiê da cantora Maria Gadú e os movimentos de braços semelhante Yemaya (o uso do port de bras e suas ondulações) Uma coincidência significativa já que Filipo Taiglione o mestre do balé quando desenvolveu este movimento nas suas bailarinas não tinha conhecimento das danças africanas (ele era Frances e não viajou a África). Todo muito bem explicado pelo Jung nos seus estudos da sincronicidade.

    Então tive que explicar para elas conceitos como politeísmo e revelar que as danças caribenhas dançadas durante quase três anos vinham dessa cultura que elas rejeitavam por se sentir traindo sua religião: conga, rumba, guaguancó não são outra coisa que a imitação dos movimentos do Deus Xangó. Estes bailes nascidos em Cuba se espalharam muito rápido pelos países do Caribe e deram origem ao "Ritmo Salsa" hoje dançado no mundo e que até um Congresso Internacional anualmente se celebra em São Paulo.

    Explicar a elas a história da musica Simbalaiê foi muito significativo já que a maioria após da experiência tiveram muitos insight e após de voltar das vivências conseguiam ver o mar, os barquinhos, os pescadores,... E saíram da técnica muito, mas relaxadas e tirando um maior proveito depois na DTH no momento de dançar a música.

    Ao respeito de Simbalaiê:  

    "Shimbalaiê é uma canção da cantora Maria Gadú do seu álbum homônimo. Lançada como primeiro single, em agosto, a canção foi incluída na trilha sonora da novela Viver a Vida e, a partir daí, se tornou um sucesso pelo Brasil inteiro.

    A canção foi sua primeira composição, composta aos 10 anos de idade, que segundo a cantora, foi feita no momento do pôr do sol em uma praia quando ela estava sozinha olhando o feito e sem o violão. Afirmando que "Shimbalaiê" foi uma espécie de susto e que não gostava tanto de escrever (em forma de composição), assim Maria Gadú só voltou a compor 9 anos depois.

    -"Eu só  estava descrevendo uma paisagem."

    A cantora afirma que a palavra não tem nenhum significado, mas na verdade a expressão deriva de um dialeto africano.

    Existem várias formas de se escrever, no entanto, a forma correta é Ximbhalaijè, que poderia ser traduzida assim: Ximbha (natureza, meio ambiente) - Laijè (alma, deus, espírito)".

    Nossa condição de Holísticos tem também que priorizar a parte CULTURAL l do cliente algo a sugerir nas NTSV porque o brasileiro não tem hábitos de leitura e o país tem o lugar 53 em desenvolvimineto educacional mundial, então a ignorância pode conspirar contra as interpretações de nosssas técnicas. Nesse sentido temos que ficar bem de plantão para ter sempre uma resposta convincente na ponta da língua. 

    8 - O MÉTODO E, ALGUNS EXEMPLOS: 

    No meu canal: Z1957A, em Youtube se podem encontrar alguns exemplos das DTH (com músicas com texto e sem texto compreensível ou não). Quando trabalho música em espanhol antes dou uma folha com a tradução do texto ao português para que elas tenham idéia da mímica a imitar como neste primeiro exemplo de uma das músicas que além de ser interpretada em espanhol me tem acompanhado sempre e com muita aceitação: 

    1. O despertar música da cantora e compositora Liuba Maria Hevia (cubana)

    http://www.youtube.com/watch?v=L1BwHBRE2X4 

    Muito importante esclarecer que o uso da bola de pilates só esta em função da dança, não como meio de treinamento físico e assim respeitar as NTSV. 

    1. Uma salsa: A do biquíni vermelho, a compreensão do texto não é o que importa, é o movimento fogo (cor vermelho) e o trabalho da lateralidade direita e esquerda com a bolinha que tem na mão em função do equilibro. Estes exercícios vão direcionados a prevenir o MAL do Alsaimer.

    http://www.youtube.com/watch?v=xfpd12XCzGs 

    1. Felicidade musica que seus movimentos e compreensão do texto viraram uma coreografia para torcer pela Copa do Mundo com o predomino da cor verde (o movimento madeira) mostra como elas se expandem fazendo uso do espaço e dos movimentos circulares.

    http://www.youtube.com/watch?v=JD3JfqiNW6Q 

    1. Música: Quero-te, um texto poético do Mario Benedetti, um dos poetas uruguaios mais conhecidos na contemporaneidade o texto foi musicado por Alberto Fávero e o interprete é o cantor Jairo (ambos argentinos). Os movimentos direcionados ao movimento metal (cor branca). Condensados, leves, em movimentos circulares mais avançados enfrentando o desafio de dos círculos já que o texto expressa a unidade e a solidariedade em grupo, cotovelo com cotovelo para ser, muito mais que dois!

    http://www.youtube.com/watch?v=PbXxIFe84Us 

     

    9 - CONCLUSÕES: 

    A DTH em Cinco Movimentos é uma terapia alternativa de grupo que auxilia o trabalho do TH como complemento de seu trabalho no consultório. Insere ao cliente num grupo e trabalha a socialização e os laços interpessoais. A diferença de outras técnicas corporais aplicadas no Brasil a DTH em Cinco Movimentos compromete a área cognitiva da personalidade além da afetiva porque se trabalha a compreensão dos textos músicas desenvolvendo e ativando os processos do pensamento: análise, síntese, comparação, generalização e abstração. Por isso é preventiva na ordem de doenças mentais futuras a da própria terceira idade dependendo da faixa etária do cliente, doenças como o Mal do Alzheimer, isquemias, paralises cerebrais e faciais etc. Dos grupos de DTH se formou um subgrupo de Dança Contemporânea da Terceira Idade: EMANUEL. Temos participado de quatro festivais nacionais e três internacionais e durante meu intercâmbio com outros terapeutas que aplicam a técnica não descobri nenhum que na sua abordagem trabalhe as áreas cognitivas da personalidade. Nosso grupo já tem dez prêmios (seis primeiros lugares, três internacionais e três no Brasil, e quatro segundos lugares três no Brasil e um internacional). 

    10 - BIBLIOGRAFIA: 

    * Boff, Leonardo. - O terapeuta do deserto.

    -O tempo da transcendência. Editoras Vozes

    * Vieira Filho, Henrique. O corpo como portal do conhecimento. Conferências tomadas do curso de Holística Turma 2008: Terapia Holística, Marketing assim como as NTSV. CONAN, Conselho Nacional de Auto-Regulamento e Normalização Voluntaria, São Paulo - SP - Brasil

    * L.S. Vigostky. Pensamento e Linguagem. Editorial Povo e Educação, Cuba.

    * Reich fala de Freud, Editora Moraes.

    * Guerra Ramiro. Eros baila: Dança e sexualidade. A Havana, Editorial Letras Cubanas

    Autor: : José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913
    Última atualização: 03/06/2011 07:49


    Quem Sou Eu - Kundalini- a origem sexual da espiritualidade

    QUEM SOU EU?

    Kundalini- a origem sexual da espiritualidade

    Mensagem do TAO sobre a energia sexual 

    São Paulo, 25  de  Maio   2011. 


    Mitiyo OshiroTakemoto  CRT: 38660  Terapeuta  Holistica

    SINTE-Sindicato Dos Terapeutas-  Holistico - 2011 

    SUMÁRIO

    • Introdução...........................................................................IV
    • História................................................................................V
    • Metafisica............................................................................V
    • Filosofia do chi....................................................................V
    • 3 grandes fragmentos..........................................................V

    -     Capitalismo e monopólio ...................................................V

    • Bioenergia ..........................................................................V
    • Prâna: filosofia da respiração.............................................VI
    • 7 chacras ............................................................................VI
    • Corpo etèrico .....................................................................VI
    • Corpo keterico .................................................................VIII
    • Kundalini o poder ígneo ..................................................VIII
    • Bindu .................................................................................IX
    • Budismo para leigos ..........................................................IX
    • Bioeletromagnética e religião ............................................X
    • I ching .................................................................................X
    • Karma - destino e livre arbítrio    ..................................... XI
    • 5 religiões básicas do mundo ............................................XI
    • Quem escreveu a Bíblia? .................................................XII
    • Material e Metodologia ..................................................XIII
    • Discussão .......................................................................XIV
    • Conclusão .........................................................................XV
    • Bibliografia .....................................................................XVI

    Introdução

    Tao que revela a sabedoria oriental, a ciência do futuro a revelação à natureza, autoconhecimento, transformação, o gostar do próprio eu.

    Quase todos se ocupam, num determinado momento da vida, com as perguntas: "QUEM SOU EU?",  "QUE FORÇA AGE DENTRO DE MIM?", "QUE FACULDADES AINDA SE ESCONDEM NO MEU INTERIOR?", "COMO POSSO USUFRUIR TODO MEU POTENCIAL DE SORTE E CRIATIVIDADE". "Acreditamos que nenhum outro campo científico pode responder a essas perguntas tão amplamente, como a ciência dos centros energéticos do homem".

    Ao compreender a tarefa e a função dos chacras em toda a sua extensão, forma-se uma imagem do ser humano que, na sua possível perfeição, é tão fascinante e sublime a ponto de mais uma vez nos determos para admirar a maravilha da criação.

    O homem vive hoje num profundo descontentamento no que tange a sua própria existência.

    Durante longos anos, ocupou-se com a exploração impensada de tudo que seus sentidos, captavam do mundo externo. Alicerçou seu conceito de segurança, poder e felicidade no resultado das suas conquistas materiais. Enquanto se manteve ocupado, perseguindo o tal objetivo alimentando-se mentalmente de todas as informações necessárias para conseguir seu intento. Desenvolveu-se brilhantemente no campo da ciência e da tecnologia, mas não percebeu que seu ser nutria-se concomitantemente de toda espécie de emoção, gerada pela própria ação antética e objetivada. Assustando consigo mesmo inicialmente pela forma adotada, depois pelo conteúdo raivoso, atormentado e triste, lançou-se num processo incansável de questionamentos acerca da própria natureza e seu relacionamento com o universo.

    Deixando escapar sua energia cósmica entre os dedos levando-os a sua desgraça. 

    HISTÓRIA 

    Metafisica

    Ciência geral dos princípios e causas: conhecimento, sabedoria, força moral "elevação espiritual que conduz ao DEUS CRIADOR". 

    Filosofia do Chi

    Teoria do yin e yang "sublime unidade" o ser absoluto a consciência de DEUS a energia que rege (comanda) o vasto universo. Yin e yang se manifesta no mundo inteiro o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nascimento, vida e morte: a dança cósmica do Universo: no plano físico do homem, essa dança se manifesta como sexualidade. Através dela, o homem está  ligado ao ato incessante de criação da vida. Dizem que hoje, a cada 8 segundos nascem 34 crianças. Podemos observar esse processo nos animais e nas plantas. 

    3 Grandes fragmentos - capitalismo e monopólio

    Quando construirmos uma ponte entre as três grandes medicinas: ayuvedica (chacra e kundalini), chinesa (taoista, bioeletromagnética), ocidental (medicina atual, que se deve ao Leonardo Da Vinci a proeza).

    Este termo "a união faz a força" não cabe dentro dessas medicinas, pois elas trabalham separadas seguindo caminhos paralelos. Hoje tais medicinas estão monopolizadas e comercializadas, seguindo interesses alheios perdendo seu verdadeiro conteúdo.

    Prejudicando o curado e o curador.  

    Bioenergia

    Reconhecida pela medicina oficial em 1990. Passou a constar no conselho de especialidades medicas da Associação Brasileira de Medicina, deixando assim a fazer parte das terapias alternativas fragmentando-se, adotaremos então a bioeltromagnética que é, mais adequada para a holística. 

    Prâna - filosofia da respiração

    Prâna, chi, ki e a própria filosofia como diziam os sábios taoista; vivendo de ar e orvalho respiração e saliva. No ar contem os elementos que nutre a vida, a inteligência, a força física e sustenta um mundo (pensamento) que traz conhecimento, intenção e sabedoria que leva a "iluminação".

    Sublime unidade yin e yang que impulsiona o universo, o Prâna representa a fonte primaria de todas as formas de energia "absoluta". 

    7 Chacras                                                                                 

    Como ponte para a consciência interior. Autoconhecimento. Relacionados a órgão, ele tem a importância decisiva para a nossa vida mental e espiritual. Atuam diretamente sobre as emoções, disposição e alegria de viver. Quando seu fluxo é  bloqueado, surgem as doenças físicas, a má concentração de energia e alimentação são verdadeiros ladrões dos sete centros energéticos. Os chacras regem a força vital "prâna" e espiritual "kundalini", que se manifesta de modos diferentes e existem sete chacras abaixo (atala, vitala, rasatala, mahatala, hahatala, sutala e patala) sete acima estamos longe dessa compreensão que é obtido por meio do desenvolvimento e purificação da consciência.

    Corpo Etérico                                                                                                                                        A maioria das pessoas considera o mundo material, como também o corpo físico como a racional. Caso seja um desses que só podem aceitar como realidade o corpo material, pense uma única realidade, pois são perceptíveis pelos sentidos físicos e compreendido pelo intelecto vez o que acontece, por ventura com a energia, força vital que anima um corpo físico e lhe oferece sensibilidade e capacidade de expressão depois da morte deste corpo. Segundo uma lei da física a energia nunca se perde, mas se transforma. A força que está "em ação" por traz dos aspectos matérias do corpo, com suas funções e habilidades, é constituída de um complexo sistema de energia, sem o qual o corpo não poderia existir. Esse sistema compõe-se de três elementos básicos: físico mais denso, etérico denso e o keterico subtil.

    Muitos esclarecidos em outros pontos energéticos, não conseguem perceber o campo ou corpo etérico, essa percepção extra-sensorial não se abre magicamente e como todos são filtrados através da mente determina o GRAU  DO OBSERVADOR, por isso é considerado pelos espíritas um produto semi-material, onde existem manifestações ectoplasmáticas atuação fundamental das incorporações, certas situações pode se ver ao olho nu. A Aura  Etérica  uma luz em volta dos corpos como uma onda de calor sob a terra, além disso, existe uma sutil teia delicada que atua como barreira entre o corpo etérico e astral protegendo o individuo, prematura abertura de comunicação entre esses dois mundos.

    Os diferentes planos de consciência o ser humano é divino e é constituído por hierarquia de energia subtil (leve e sublime), para facilitar nosso entendimento somos seres holísticos fracionados como:

    Corpos "inferiores", o corpo etérico é o corpo mais denso depois do corpo físico que modela e consolida a matéria física dos tecidos do corpo, que só existe graças ao campo vital e permite o físico viver porque é este que vitaliza com a energia do prâna.

    Corpo emocional a energia suave que reflete emoções e os desejos das pessoas colocando em contato com o meio do universo.

    Corpo mental (ou causal) governa nossa faculdade de raciocínio, pensamentos intuitivo do nosso ser, transição entre a matéria e espirito em forma de crenças ou pensamentos limitativos.

    Corpo astral passagem entre os dois corpos "personalidade e celestial", energia que vibram a partir do corpo astral influenciando as portas do plano celeste e terrestre. Podemos dizer assim; a energia que circula entre a terra e o céu  ( bioeletromagnetica).

    Corpos "Superiores" 

    Corpo celeste permite sentir as vibrações do plano e comunicar com seus guias de luz.

    Corpo divino, de luz o mais leve concede a licença a alma a se comunicar com a fonte (ojás).

    Corpo supra-astral concede e encerra a qualidade mais alta do amor incondicional, da compaixão e do desprendimento. A estrutura do corpo eterico tem a função mais importante de transferência da energia vital do campo universal para o campo individual (físico), o corpo etérico não carrega a consciência, ele atua como ELO entre os veículos físicos, emocional e mental intercalando-se e constituído juntos o EU;( o corpo etérico pesa 21 grama, na morte do corpo físico perde-se  21 gramas)

    Porém esta teia numa única camada de átomos etéricos que separam os chacras situados ao longo do corpo na verdade é um dispositivo de proteção, se danificado pode trazer transtorno mental e físico.

    Tendo em vista suas funções etericas (pela teosofia)

    Receptor do prâna rede de finos canais o qual é parte do elo magnético que une os corpos físico e astral, cortando ao retirar-se o corpo etérico do físico denso no momento da morte.

    Assimilador do prâna circula três vezes por todo o triângulo (três centros principais) antes de ser transmitido ao corpo eterico e deste ao corpo denso, se o homem estiver sã a emanação será intensificada pela vibração (frequência), caso contrária o processo será lenta, essas emanações saem finalmente do sistema etérico, irradiando-se pela superfície a essência sai levando a qualidade individual.

    Transmissor do prâna e absorvido por tudo que evolui dentro do circulo, consiste em vitalizar o veiculo de expressão material física de qualquer dos sete (chacras) homens celestiais, consiste em liberar a vida dos veículos que a confiam o altar terreno o lugar onde nasce o espirito.  

    O Corpo Ketérico

    Vimos acima que a relação entre os dois corpos ou energia poderia ser vista e sentida. No keterico está além das nossas faculdades, o nosso grau de evolução e consciência precisa estar bem apurado, sete nível acima do plano espiritual, nós sentimos próximo do criador, os campos emitindo uma aura dourada reluzente pulsante.

    Ketérico é o último nível áurico do plano espiritual. Contém o plano da vida e é o último nível diretamente relacionado com esta encarnação. 

    Kundalini o poder Ígneo

    De encontro ao Bindu, a grande força magnética, o princípio universal da vida que existe em toda a matéria também chamado "fogo serpentino" é vida que flui através dos centros vitais ou chacras.

    Principio ativo que tanto pode criar ou destruir especialmente no ser humano, ela estabelece laços entre os corpos físicos e astrais e vise e versa á medida que a evolução prossegue esses laços, são vivificados pela vontade que libera e guia essa energia. Embora de maneira meio desordenada por isso o correto deve ser orientado por um mestre eminente. Kundalini a origem sexual da espiritualidade para a teoria da evolução GOPI KRISHNA -  um filósofo iogue hindu pioneiro da união entre a filósofa oriental e a ciência ocidental - kundalini é um termo chave, pois é a base para o acesso a um estado superior de consciência tal que, se atingido por amplas massas da população representaria uma nova espécie da humanidade.

    É uma das forças emanantes do sol, inteiramente independente e distinta de fohat e prâna, e que, no estado atual dos nossos conhecimentos, acreditamos que seremos convertidos a qualquer dessas duas energias percorrendo o corpo as curvas de uma serpente; "Mãe do Mundo" é um nome bastante apropriado, porque e por ela que podem ser vivificados, com sete nós, que naturalmente representa os sete chacras ou centro de força e parece apresentar sete camadas ou graus de potência. Esta força se encaminhou assim no corpo astral, a faculdade de sentir, de ser impressionado por toda a espécie de influencias, porém sem lhe dar ainda a compreensão precisa ou inexplicável.

    O mecanismo que nos dá  a consciência do que se passa no astral é interessante e merece ser bem compreendido, mas para obter esses resultados, o fogo serpentino passa de chacra em chacra, em certa ordem e maneiras variáveis por isso essa energia sobe de formato espiral na intenção de encontrar seu objetivo; como o dia percorre para o encontro da noite. Assim é a kundalini que sobe com força e grau para o encontro do bindu, o feito é inexplicável o mais alto graal (santo) da plenitude. 

    Bindu

    Portal do brahama é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico. É o fio que liga o cérebro a medula e aos órgãos sexuais e quando cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta, aqui que armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente ligada ao útero e a glândula prostática - hormônios sexuais a energia sexual revitaliza o cérebro.

    O bindú circula dentro do canal principal o sushumna, quando é mantido no alto o homem mantem-se revitalizado e mais jovem, assim que desce veem a perda de energia causando o envelhecimento físico e mental. 

    Budismo para Leigos

    De todas as ramificações existentes, podemos distinguir três grandes correntes, chamados "os três veículos" (três mentes ou três Tan Tiens).

    1º Veículo -  Hinayana do hinduísmo uma das várias ramificações é o hara krishna: difundido principalmente no Ceilão, Bermânia, Tailândia e Indonésia.

    2º veículo- - Mahayana, impôs-se, sobretudo na China, Coréia e Japão.

    3ºVeículo-Tantrayana budismo da sexualidade "Kundalini". Atualmente está sendo divulgado também no Japão.

    obs: O Buda original está dentro de você, budismo não é religião: é filosofia da vida, é ciência.  

    Bioeletromagnética e Religião 

    Raich foi em direção ao corpo, ao biológico, á ciência literalmente palpável e visível e encontrou o espirito, a religião, o transcendente. Se os conceitos de bioenergia parecem estar como um peixe fora d'água no campo da ciência, na religião oriental pisa-se em terreno familiar. Para o hinduísmo, budismo e taoísmo o conceito de uma energia vital que flui ao longo do corpo, cujo bloqueio leva a sintomas e doenças físicas e mentais, é algo aceito há milhares de anos porque está, dentro da Bioeletromagnética, a força "Yi" (três  tan tiens -  três mentes ou três veículos) a energia sexual é Ching, a energia vital Chi e a espiritual e Shen. Essas circulam dentro dos três tan tiens  é o equilíbrio dentre o céu e a terra

    (o homem - bioeletromagnetica). Assim podemos entender porque o budismo de três veículos é integral. 

    I Ching

    Assim como a água nutre a vida, o conhecimento pode nutrir nossa consciência. O I Ching é  como um poço. Dele podemos extrair uma saberia profunda e autêntica, oculta no mistério sutil que sustenta o universo. Como filosofia, é  um espelho fiel da imensa realidade que nos abraça. Como oraculo é  uma lente poderosa que revela a unidade harmônica entre a compreensão e o incompreensível. Beber de sua água é experimentar o sabor indescritível de uma consciência ampla e abrangente que enxerga, nos movimentos do mundo, os mecanismos da nossa própria natureza. Combinando filosofia e oraculo, sabedoria e mistério, o estudo do I Ching é  fundamental para todo aquele que busca uma observação mais ampla e profunda dos mecanismos do universo, da vida e de si próprio.

    O I Ching pede: comprometimento com responsabilidade, lealdade ética moral e espiritualidade (sinceridade).

    "É aquela pessoa que faz e cuida de suas coisas e deveres com sinceridade no coração".

    Nesse estagio de evolução (revolução humana) poderemos pensar em paz mundial.

    É o que desejamos profundamente...

    E a mãe natureza pede urgência! .     

    Karma - Destino e Livre Arbítrio

    No taoísmo, acreditamos que nossa vida é resultado de nossas ações, ou seja, acreditamos que as ações passadas e presentes geram o futuro cenário de nossas vidas. A isso chamamos de Pequeno Destino.

    A partir de um instante qualquer, o futuro pode ser modificado como consequência de ações, mais conscientes, tarefa pessoal e intransferível, que não significa que não possamos ser ajudado. Mas, significa que, mesmo com ajuda externa, sem uma forte vontade e esforço pessoal não conseguimos progredir, melhorar, crescer.

    O destino não e algo pré-estabelecido pela vontade de DEUS se o fosse, este não seria DEUS, seria apenas uma consciência repleta de desejos, intenções e expectativas de retornos pessoais. A consciência universal (DEUS) é livre: não tem apegos e não faz julgamentos. É natural e espontânea. Não reconhece bem ou mal como antagônicos, mas complementares, em que o bom é  o resultado do equilíbrio e da harmonia entre forças aparentemente opostas. Esta consciência segue naturalmente o grande fluxo da imensa dança cósmica. Ela é a própria dança cósmica, é o próprio universo a isso chamamos Grande Destino: funciona como enorme pátio de fundo para o pequeno destino. Em termo pratico, o grande destino seria o conjunto das circunstâncias maiores do momento que vivemos capazes de definir a resposta não intencionada do universo ás nossas ações pessoais e coletivas.

    Deste modo, nossos méritos e punições são grandes por nós como consequência natural de nossas ações.       

    5 Religiões Básica do Mundo

    Histórias cheias de Fé.

    A sabedoria dos tempos tem sido preservada de muitos modos, mas nenhuma com mais apelo do que as simples alegorias chamadas Parábolas. Estas cinco histórias(descrita abaixo) se apresentam tão ativas hoje como no dia em que foram contadas pela primeira vez. Elas captam a essência de cinco religiões: budismo, judaísmo, confucionismo, islamismo e cristianismo.

    Budismo - O grão de mostarda; nascimento, vida e morte: a lei dos 7 chacras - "7 flores de lótus": Sutra de Lótus,(a revelação do Buda Sakyamuni)

    Judaísmo - A Parábola e a verdade.

    Confucionismo- O diplomata e o Rei-Espiritualidade - Conduta.

    Islamismo- O escravo e o filosofo.

    Cristianismo- A mensagem de João: Amai-vos uns aos outros, agora e sempre.

    Atenção: Os chineses taoístas usam muitos termos ou expressões como: filosofia, contos, fábulas, lendas, aforismo, metaforísmo, subjetivo, analogia; que confunde o raciocínio das pessoas, principalmente dos ocidentais, mas ai é que está o segredo para adquirir o conhecimento e saberia: "filosofia - pensar"

    Aprender sem pensar é  inútil

    Pensar sem aprender é  perigoso

    Kung Fú Tsé CONFÚCIO 

    Quem escreveu a Bíblia?

    A história de DEUS foi escrita pelos homens. Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos?

    As respostas são recentes - e vão mudar sua maneira de ver as escrituras.

    Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.c, uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, maquina e folha de papiro (planta importada do Egito e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que havia sido escrito).

    Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes outras pessoas continuaram reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best-seller de todos os tempos: a BÍBLIA. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo do Islã, mudou a história da arte- sem a bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci -  e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu?. Quem era e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo e quem ditou a voz e o estilo de DEUS?.  O que está na bíblia que deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados?. A resposta tradicional você já deve conhecer, segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso. A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidencias concretas da maioria deles, a chave para encontra-los está na própria Bíblia.

    Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Alias o termo "Bíblia", que usamos no singular, vem do plural grego ta bíblia ta hagia -"os livros sagrados". A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os cinco primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.c. Os Salmos seria obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel. E assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso. As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã. Que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo Canaã não foi um Estado, mas uma terra  sem fronteira habitada por diversos povos- os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, suas culturas e seus escritos foram fortemente influenciados por vizinhos cananeus, que viviam ali desde o ano.

    5.000 a.c e eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado. 

    Material e Metodologia

    Foram usados livros para consulta, acesso a home Page, assistir palestras voltadas á holística, estudos em grupos. Este trabalho foi realizado pela equipe na comunidade de estudos em grupo, com ajuda dos meus discípulos e alunos no curso de vivencia visando a consciência do corpo e da mente, fundamental nas práticas de exercícios taoista. Sendo que, um exercício e outro a meditação e muito importante no ganho de consciência do corpo, da mente e do espírito. Dentro do trabalho, trocamos idéias e compartilhamos conhecimentos vivenciados inclusive a experiência do despertar da kundalini: síndrome da kundalini" .

    Compartilhar:

    A beleza uma ação sempre gera uma reação; o esforço de uma ação.

    Os anos haverão de passar, mas a arte de compartilhar torna a todos mais humanos, que constrói ponte para o caminho do tão; que cuida da terra estagnada, colhendo o reconhecimento e sabedoria assim se alcança a iluminação.

    3 caminho do tao, dizem que existe três caminhos para a iluminação:1 é o da prece e da adoração, chega-se lá ,mas nunca se sabe  quando, por que ou como. 2 é o da boas ações e do serviço aos outros: mas tampouco se sabe quando ,por que ou como se chega lá. 3 é o caminho do Tao, que é um caminho de conhecimento e sabedoria. Você sabe quando, porque e como se chega lá, porque se trata de um processo alquímico no nível molecular,  que trabalho com a forma mais elevada de energia do corpo (a energia sexual) e que se torna claro  à medida que você pratica. Você sabe quando deve ser duro como a pedra e quando ser suave como a água. Isso é sabedoria, isso é o Tao.

    A soma de alguns conhecimentos próprios e alheios, as vivencias, orientadores, amigos e também profissional ligado à medicina. 

    Discussão

    Esta obra é a sequência (é continuação) das proposituras anteriores: sexualidade e espiritualidade/2008 - o principio do Yin e o Yang/2009.

    Selecionei o tema em questão, pelo caminho mais simples e eficaz para o aprendizado: o caminho do tao (filosofia do Chi) para o publico geral.

    Focado na energia fundamental, a energia sexual que vem do absoluto "o nada - o inacessível". Explicação do absoluto o nada: O ser sem forma: surgiu o Yin e o Yang (dualidade) a sublime unidade que impregnou o vasto universo; o Sois, Planetas, Luas, Estrelas, Microcosmos, etc...

    A energia sexual Yin e Yang: uma força fecundante masculina Yang, e uma força receptora feminina Yin (a energia é criativa, a união primordial das forças Yin e Yang que impulsiona o universo). Sem essa energia não estaríamos aqui, ou não existiríamos, viemos do nada, ao nada voltaremos "Tao Budh" sobre a kundalini atualmente muitas pessoas ouvem falar da kundalini; isso significa que a humanidade esta á caminho da evolução espiritual "pode ser comparado a kundalini que sobe para evoluir alcançando o bindu Brahma".

    Recebi uma mensagem do pássaro voador sobre a kundalini e compreendi que, grandeza da potencia que representa realmente ela; é perigosíssima, mas nem por isso podemos ignorá-la, precisamos mais do que nunca estar-mos preparados para o encontro, não para enfrentá-la, mas para recebê-la amorosamente com muita serenidade do Tão e alcançarmos a iluminação.

    Agradecimentos ao Sinte pela inestimável oportunidade que me proporciona. Gostaria de agradecer ao senhor Henrique Vieira Filho, a quem admiro pela sua inteligência e compreensão.

    Muito obrigada, Mitiyo              


    Conclusão

    Descobrir que os segredos de quem nós somos estão nos chacras (kundalini). Eles falam, eles sentem e pensam. Tudo estar na bioeletromagnética e quando adotamos esses conhecimentos e inserimos a filosofia do tao, entre este a kundalini. E a expansão da consciência, ai atraímos para nós, e não precisamos dizer ou perguntar:" QUEM SOU EU OU O QUE SOMOS".

    O Drº Motoyama expressa isso da seguinte forma: e faz um apelo; a ioga apresentar-se-á como uma grande força mundial e alterará o curso dos acontecimentos do mundo. Atualmente a kundalini está sendo discutida em todas as sociedades, em todas as línguas e países do mundo. Especialmente os jovens cientistas devem dedicar-se ao reconhecimento e á compreensão dos efeitos da kundalini - em si próprio e nas outras pessoas. Os médicos e os cientistas precisam formar uma ponte entre a dimensão subjetiva interior da consciência espiritual e a dimensão empírica da ciência como fizeram: Einstein. Ytzhak, Bentov e o dr Motoyama. Esse é o momento para avançar audaciosamente e investigar, de forma científica, a experiência da kundalini. Seu despertar é tanto, um evento psicofisiológico como uma realidade espiritual. O estudo do seu amplo potencial é a mais nova fronteira da ciência. Imaginem o s importantes benefícios obtidos no tratamento de moléstias, quando se revelar cientificamente que determinados sons e formas (mantras e yantras) podem ativar os sistemas fisiológicos e físicos do organismo.

    Experiência cientifica para a avaliação e determinação dos efeitos práticos do tantra e da ioga contribuirá imensamente para acelerar a evolução do homem. Tendo absoluta convicção e confiança nos extraordinários efeitos da ioga para curar o corpo doente do homem, aprimorar sua personalidade e transformar seu nível de percepção consciente. O Drº Motoyama transpõe a divergência e demostrou a realidade cientifica da kundalini e o consequente benefício para a humanidadeO Gopi Krishna relata que no futuro próximo, surgira indivíduos (sem diploma) com grau de clarividência além do normal.   

    Bibliografia

    Sexualidade e Espiritualidade - Mitiyo O Takemoto - Sinte; sindicato dos terapeutas.

    Sexo - Mandak Chia e Wu Wei - ed - Cultrix

    Chi Nei Tsang - Mantak Chia: ed  Cultrix

    Chi Nei Tsang ll - Mantak chia -  ed Cultrix

    Tao yin- Mantak Chia - ed Cultrix

    Automassagem - Mantak Chia ed Cultrix

    Segredos Taoista do amor- Mantak Chia e Michel Winn - ed Roca

    O orgasmo múltiplo do homem - Mantak Chia e Douglas Abrans Araya - ed objetivo

    Quem escreveu a bíblia -  texto: Jose Francisco Botelho: revista Super dez/2008

    Chacras- os centros energéticos da saúde plena: física, mental, emocional e espiritual-

    rev. Claudia /2006

    O duplo etérico - major Arthur E. Powel - ed. Pensamento

    O despertar da kundalini - Gopi krishna - ed. pensamento

    A origem sexual da espiritualidade - texto; John Wite

    Revista da sociedade taoista do brasil: ano I -  n°1- primavera 2005

    Bioenergia - curso básico - Maria Divina de Jesus

    Budismo para leigos -  Dummies - Londaw - Bodian - ed - a alta Books

    Bioenergia - apostilas nível I e II - Texto: Alberto Cabral Fusaro- Centro de estudofilosóficos laboratório Evolutivo

    Site:

    www.google.com.br

    www.gigabusca.com.br

    www.cefle.or.br- webite- info@cefle.org.br.

    Autor: : Mitiyo OshiroTakemoto - CRT 38660 - Terapeuta Holistica
    Última atualização: 03/06/2011 10:10


    COACHING HOLÍSTICO

    COACHING HOLÍSTICO 

    Um método de encadear resultados positivos para liderar a vida em qualquer âmbito desejável.  


    Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270

    Personal colching Holístico

    www.celicoutinho.com.br

    Terapeuta Tântrica

    www.celishakti.com.br

    E-mail: contato@celicoutinho.com.br 

     

    Índice

    Prefacio...................................................01 

    PRINCIPIOS DO CONCEITO DE FORMAÇÃO DO COACHING HOLÍSTICO

    O que é Samkhya?..............................................06

    COACHING - MITOS E VERDADES..................07 

    Conclusão.................................................09

    Bibliografia................................................11 


    Prefácio

    Primeiramente deixo claro que a intenção aqui não é inovar. E sim trazer ao conhecimento algo que já tomou um rumo de sucesso.

    Basta utilizar um pouco do seu tempo para navegar na Internet e logo se percebe que ha tempos outros orientadores, consultores e ou terapeutas já desenvolve um trabalho particularmente próprio de coaching.

    Ouvimos já um tempo o termo coaching, amplamente divulgado e a impressão que temos que sua origem é completamente moderna e pertencente basicamente ao nosso século.

    Mesmo na estória do coaching percebemos que seu inicio acontece baseado no conceito filosofal da Grécia, com o principio de orientar no esporte, o esportista que precisa ter o incentivo de que ele é ganhador, único em sua modalidade.  E assim transformar pequenos homens em grandes nomes do esporte, já nos tempos modernos americano.

    E com a modernização global o coaching ganha um corpo metodológico para auxiliar nas grandes empresas a formação de líder de equipe a serem prósperos em suas idéias, ganhando ranks em marketing, vendas e estratégias administrativas.

    Mas o homem não é só corpo mental, é também um corpo emocional, e espiritual, amplamente fáceis de formar uma estratégia de expansão dos conhecimentos, realização dos desejos e metas a cumprir em vida.

    Se formos buscar de fato uma origem pode-se facilmente perceber, que dá Grécia se pularmos um pouco, mais vamos cair nos princípios filosofais da índia antiga, e seguindo de encontro com o Samkhya que deu origem a uma metodologia de estudo comportamental do homem enumerando as formas de entendimento de como o Ser humano pode processar suas emoções, mente para evoluir como um ser livre de amarras negativas.

    É do Samkhya que acontece a origem de duas vertentes muito importante no mundo holístico hoje em dia, ou seja, o Yoga e o Tantra. Formando assim um um mundo denominado de holística.

    A holística não é uma ciência e nem uma filosofia. Não  é uma religião nem uma disciplina mística. Também não constitui um paradigma científico. É tão somente uma visão de mundo que vem se contrapor à visão dualista e mecanicista que despojou o ser humano da sua unidade, ao longo desses séculos de civilizações tecnológicas e racionalismo exacerbado.

    A holística basicamente é uma atitude diante da realidade, uma forma de ver e compreender o mundo, um espaço onde são permitidos um intercâmbio dinâmico entre Ciência, Arte Filosófica e as Tradições Espirituais, sendo exatamente esse intercâmbio que se propõem como uma das mais criativas formas de enfrentamento dos desafios deste final de século.

    Sendo uma atitude diante da vida uma forma de compreender e de estar no mundo, o pensamento holístico permeia todos os níveis de atuação do indivíduo.

    Inicio então aqui a intenção de promover com essas linhas um caminho para nós terapeutas holísticos, para um caminhar de prosperidade e crescimento, não somente como uma profissão complementar a qualquer outra renda que  tenhamos e sim um movimento de energia motora de que escolhemos como profissão de onde  somos únicos capazes de gerir uma ferramenta, não somente para os nossos clientes equilibrarem e se libertarem de doenças físicas, mas certamente buscar empreendedorismos seja lá no que foi escolhido.

    Li um artigo esses dias onde um terapeuta criticava as pessoas que dizem que a movimentação holística não dá mais para o sustento.

    E ele observa que muitos terapeutas se fundem em descredibilidade por não acreditar naquilo que de fato escolheu e dando razões para fracassos como, agora é final de ano e não é mais possível seguir. Bom, agora o ano começa apenas depois do carnaval.

    O aspecto astrológico inerentes agora é impossível fluir em produtividade.

    È de fato as intempéries existem, e não trilhamos nela com sucesso se acreditarmos que nosso sucesso está no mundo lá fora.

    Mas se soubermos o caminho da ação e da reação de nós mesmo, trilhar um caminho pra a prosperidade, certamente é bem mais agradável e palpável. E esta é a proposta do Coaching Holístico.

    Enumerar uma série de questões para os objetivos pessoais serem colocados em prática. 

    PRINCIPIOS DO CONCEITO DE FORMAÇÃO DO COACHING HOLÍSTICO 

    O que é Samkhya

    Samkhya é considerado como o mais antigo dos sistemas filosófico ortodoxo indiano .Sua filosofia considera o universo como constituído de duas realidades eternas:  Purusha (consciência) e Prakriti (corpo físico), é, portanto, fortemente dualistas  caracterizada por uma cosmovisão que vê o universo como uma mistura evolução de dualidades distinta (claro / escuro, masculino / feminino, etc.).

    Shamkhya advém do idioma sânscrito, um dos ramos do grande tronco lingüístico e cultural Indo-Ária, tendo parentesco com o latim, o árabe e mais uma dúzia de línguas indianas. Apesar desta influência o sânscrito é uma língua morta, sendo usada em situações ritualísticas, pujas com mantras.

    Samkhya, então literalmente, significa "descrição enumerativa", inventário, enumeração, sendo uma palavra adotada por kapila, um literato indiano por volta de 27 séculos atrás. Para descrever a estrutura do cosmo e do homem, bem como as relações entre pessoas e do individuo como o cosmo, no sentido da natureza.

    Devido às dificuldades com os estudos e registros históricos daqueles séculos, não se sabe ao certo se Kapila foi realmente um personagem histórico ou uma criação folclórica; não se sabe também a data de seu nascimento (talvez 750 a. C), se foi contemporâneo depois de Buda (200 anos depois), se viveu no século II a.C ou II d.C

    Metafisicamente, Samkhya mantém uma dualidade radical entre o espírito / consciência (Purusha) e matéria (Prakriti). Todos os eventos físicos são considerados manifestações da evolução da Prakriti,  ou natureza primária (do qual todos os corpos físicos são derivados). Cada ser ciente é um Purusha, e é ilimitado e irrestrito ao seu corpo

    O espírito em si é apenas uma testemunha da evolução. A evolução obedece a relações de causa e efeito, com a natureza primordial em si ser a causa material de toda a criação física. A teoria da causa e efeito da Samkhya é chamado Satkaarya Vaada, e afirma que nada pode ser criado a partir ou destruídas em nada - toda evolução é simplesmente a transformação da natureza primordial de uma forma para outra.

    Toda a matéria tem três gunas (qualidades)  ou atributos fundamentais - sattva (atributo criativo), rajas (atributo preservacionista) e tamas (atributo destrutiva). A evolução da questão ocorre quando a relação de forças entre as mudanças de atributos. A evolução cessa quando o espírito percebe que é diferente da natureza primária e, portanto, não pode evoluir. Isso destrói o propósito da evolução, impedindo assim Prakriti de evoluir para Purusha.

    O Purusha (almas) é consciente e livre de todas as qualidades. Eles são os espectadores silenciosos de prakriti (matéria ou a natureza), que é composto de três gunas (disposições), satva rajas e tamas (atividade estabilidade e estagnação). Quando o equilíbrio dos gunas se movimenta, a ordem mundial evolui. Este movimento causa um desequilíbrio natural, ou seja, um distúrbio é devido à proximidade de Purusha e Prakriti. Libertação (kaivalya), então, consiste na realização da diferença entre os dois.

    Esta era uma filosofia dualista. Mas há diferenças entre o Samkhya e as formas ocidentais de dualismo. No Ocidente, a distinção fundamental é entre a mente e o corpo. No Samkhya, no entanto, é entre o (purusha) e da matéria, e este último incorpora o que os ocidentais normalmente se referem como "mente". Isso significa que o Self como o Samkhya entende que é mais transcendente do que "mente". 

    COACHING - MITOS E VERDADES

    Ser Coach é ter paixão em ajudar as pessoas a alcançar as suas metas, sonhos e objetivos mais rápidos.

    COACH é uma palavra de origem inglesa antiga, por volta de meados de 1500, que significa um veiculo para transportar pessoas de um lugar para outro.  
    O nome Coach é muito usado nos esporte, para denominar o treinador ou o técnico. Timothy Gallwey, quando escreveu "O JOGO INTERIOR DE TÊNIS" deu uma nova concepção na maneira de ensinar o Tênis e colaborou muito no processo de coaching que hoje conhecemos.

    Segundo o I.C.I. (Integrated Coaching Institute), Coaching é um processo focado em ações do coachee (cliente), para a realização de suas metas e desejos.  Ações no sentido de desenvolvimento e / ou aprimoramento de suas próprias competências, equipando-o com as ferramentas, conhecimentos e oportunidades para se expandir.

    O processo de Coaching não diz às pessoas o que fazer para se tornarem melhores, as apóia e a avalia, o que e como estão fazendo de modo a responsabilizarem-se pela própria vida, caminhando em busca de seus próprios objetivos. 
    Podemos também dizer que o Coach é o profissional que auxilia as pessoas a estruturar-se e realizar o seu sonho.

    Segundo Leonardo Wolk, "Coaching é a Arte de Soprar Brasas". 

    O coach, portanto é o profissional que conduz o processo de desenvolvimento. 

    Coaching é o nome do processo (literalmente treinamento em inglês). 

    Coachee é o nome que se dá ao cliente que contrata o coach. 

    O que é Coaching?

    É uma nova disciplina que nos leva à realização de permitir um desenvolvimento pessoal e profissional forte. É um conjunto de perguntas é a partir da aceitação dos outros e não julgar, com o objetivo de descobrir quem você é e ajudá-lo a alcançá-lo. .

    É uma formulação que ajuda você a pensar diferente. É uma nova maneira de ver as coisas que lhe permite operar de forma eficaz e responsável para seus objetivos, aumentando a imagem que você tem de si mesmo, melhorar as comunicações, aprofundar suas relações e mantê-las.

    Qual situação te leva a utilizar-se do coaching:

    - Quando você tem uma meta ou um objetivo e não sabe especificar.  

    - Quando você quiser encontrar um propósito na sua vida e nada faz sentido  

    Quando você responder não a uma das seguintes questões:  


    - Você gosta do que faz? 


    - Você está animado sobre o seu futuro? 


    - É esta a vida que você escolhe? 


    - Você acha sentido no que você faz? 


    - Você está satisfeito com seus relacionamentos? 


    - Usa bem seu tempo livre?


    Portanto o Coaching te chama para a ação ao invés de levá-lo aos seus pensamentos. 


    Coaching aponta para o que você quer e é possível que você  em vez de se concentrar no que aconteceu com você. 



    Um plano para o seu futuro  em sua vida pessoal

    Você tem um sonho difícil de realizar? 


    Você está sempre envolvido em problemas em seus relacionamentos? 


    Você se sente preso ou contido em qualquer área da sua vida? 


    Gostaria de ter mais tempo para si? 


    Em sua vida profissional

    Gostaria de ter mais sucesso? 


    Você reconhece que você poderia melhorar a comunicação? 


    Necessidade de organizar melhor o seu trabalho e sua mesa? 


    Você muitas vezes falta o tempo? 


    Gostaria de promover o seu crescimento, mas você não tem idéia por onde começar? 


    Você gostaria de aumentar sua renda ou lucro em seu negócio?


    Você toma altos níveis de stress? 

    Operação de Sessões de Coaching 

    A duração do processo de coaching é uma função do número de sessões e a freqüência dos mesmos, e duas questões dependem de você.

    Sobre a freqüência, nota que não fará mais do que uma sessão por semana e raramente perduram para além das próximas 4 a 6 semanas. Em geral, cada sessão dura aproximadamente uma hora e será individual.  

    Conclusão  

    O Coaching Holístico

    Coaching não é  terapia.

    A terapia é uma solução para entender o passado, reavaliar os erros para preparar-se para o presente.

    O Coaching concentra-se no presente e no futuro. Ou seja, independente de qualquer fato, dos sucessos e dos insucessos, o que e como fazer daqui pra frente, para continuar a escalada.

    A Terapia é um recurso para lidar com as dificuldades da existência, sob aspectos psicoemocionais em situações como crises pessoais, conflitos conjugais e familiares, transtornos psicopatológicos, distúrbios psicossomáticos, crises existenciais e problemas nas transições entre as fases da vida, etc. A terapia, diferentemente do coaching, adota uma abordagem holística que envolve processos de ordem psíquica, orgânica e social oferecendo recursos direcionados para atender na orientação de pessoas em situações de desestruturação e crise, quando o mesmo se sente inapto para lidar com as dificuldades em sua vida.

    O Coaching holístico vai lhe propor um caminho do momento do aqui e agora através de seus próprios recursos naturais.

    Serão utilizados de ferramentas de métodos vivenciais para auxiliar ao encontro de respostas que o processo vai lhe conduzir, para melhor absorção.   

    "Se, por um dia apenas, ou mesmo algumas horas e não raro por apenas alguns minutos, você se permitir mudar, um pouco que seja, seu ângulo de visão e abordar as questões existenciais de uma posição outra, além daquela que está habituado a vivenciar, isto operará milagres em sua saúde e no meio ambiente"       Levi Leonel 

    BIBLIOGRAFIA

    Pesquizas feitas pela a Internet.

    Livro - Energia Vital - Editora Roka - Autor - Levi Leonel

    Título: Coaching: Desenvolvendo Excelência Pessoal e Profissional;

    Autor: James Flaherty;

    Editora: Qualitymark;

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 03/06/2011 10:18


    “Ciência” Da Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto 2.doc

    CIÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE

    Introdução à Filosofia Oriental - O Tao como caminho

    São Paulo, 30 maio de 2012

    Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas – Holística – 2012

    SUMÁRIO

    1. Introdução ....................................................................................... III

    1. Missão por uma causa nobre.......................................................... .III

    1. Dores – Holoyoga: a terapia filosófica - autoconhecimento............. IV

    1. A Terapia Holística – terapia do ser total ................................... IV

    1. Rejuvenescimento - autoestima........................................................ IV

    1. Postura e elegância: cultura ancestral ............................................... V

    1. Tao .....................................................................................................V

    1. Mensagem do Tao ..............................................................................V

    1. Alquimia ...........................................................................................VI

    1. O estudo do Yin e do Yang ..............................................................VII

    1. Criação ............................................................................................VII

    1. Mutabilidade ..................................................................................VIII

    1. O principio do Yin e do Yang ...........................................................IX

    1. Os samurais ........................................................................................X

    1. Esotérico-Yin e Exotérico Yang .......................................................XI

    1. O mundo “Terra Yin” e o outro mundo “Céu Yang” ........................XII

    1. O mundo após a morte ......................................................................XII

    1. Material e metodologia .................................................................... XIV

    1. Discussão ..........................................................................................XIV

    1. Conclusão .........................................................................................XIV

    1. Bibliografia ....................................................................................... XV

    Introdução

    O homem evoluiu vertiginosamente na ciência do capitalismo, o ‘Ter’. Assim 1% escraviza 99% da população. Negligenciou-se na ciência da espiritualidade.

    Infelizmente a humanidade se perdeu no tempo, a capacidade de enxergar a verdadeira mediunidade (conhecimento e sabedoria) a verdadeira ‘Iluminação’, sendo que é perfeitamente possível, qualquer ser pode acessar a sua mediunidade que está adormecida no inconsciente é a kundalini adormecida, que pode ser despertada. Mas antes é preciso fazer o treinamento moral orientado por um mestre elevado.

    O I Ching sempre me diz: “A simplicidade diante de Deus não é uma vergonha”. Sou muito simples e com muita dificuldade em expressar os meus pensamentos em palavras escritas ou verbalmente, e tenho muita consciência de que acabo deixando muitas coisas ou assuntos no ar. Por isso peço encarecidamente que, tenham muita paciência e compreensão.

    Ter paciência e compreensão também é uma virtude, porque as pessoas aprendem a pensar sobre qualquer motivo ou assunto, e é assim que se aprende a filosofar. Hoje entendo perfeitamente que simplicidade é o propósito Tao (natureza).

    A natureza é muito simples, ela ensina tudo, olhem mais para a natureza (Yin e Yang) com muito amor, paciência e compreensão. Eles ensinam tudo.

    O meu objetivo maior é trabalhar sobre o legado que se deteriorou, pois o I Ching sempre me orientou nesse sentido. O intuito maior é ajudar os seres humanos em sua evolução pessoal e espiritual na simplicidade do Tao.

    O Tao ensina tudo através do Yin e do Yang (A sublime unidade). O que será levado em consideração é o autoconhecimento elevando a autoestima, afeto e compreensão, eliminando os conceitos que anuviam a mente que cria a prisão mental, da qual a sua essência fica ‘engaiolada’.

    Com a eliminação dos conceitos, crenças e dos paradigmas que não funcionam o ser liberta a sua essência adquirindo vida. A vida é construir situações que desejam vivenciar e não viver as situações aleatórias e desagradáveis que são atraídos inconscientemente. O que será ensinado são os caminhos necessários para a evolução pessoal, respeitando a capacidade de cada ser que será despertado de forma necessária: suave, médio ou intenso, de acordo com a necessidade de cada um naturalmente, desde que esteja aberto e disposto para a transformação e a libertação do ser.

    Missão: Por uma causa nobre

    Na comunidade todos são livres para participar de forma que sejam espontâneos. O trabalho será organizado de maneira que todos participem, formando uma equipe de boa vontade. Uma equipe é mais que um grupo de pessoas, é uma união de todas em torno de um objetivo, é o sincronismo de todos que leva a resultados notáveis.

    Vou dizer mais uma vez: “Compartilhar é necessário para evoluir todos juntos e compartilhar a alegria de viver. Compartilhar a felicidade é felicidade em dobro, compartilhar a dor é sofrimento pela metade, compartilhar o conhecimento é conhecimento redobrado. Isso é sabedoria, isso é Tao”.

    “Ser nobre não é ser melhor do que um milhão de pessoas, a verdadeira nobreza é ser melhor do que foi no passado.”

    Provérbio Hindu

    Dores – Holoyoga: a terapia filosófica – autoconhecimento

    Holoyogaterapia como auto-cura.

    Fundamento: Filosofia do Chi

    Todos nós somos autocuradores por natureza, existimos por causa do alimento material e da combinação exclusiva das forças que nos cercam (o Tai ChiYin Yang). A necessidade diária de calorias gira em torno de 6 mil unidades, basicamente obtemos 2 mil calorias dos alimentos que vem da terra. As outras 4 mil calorias saem das forças ao nosso redor, acima e abaixo de nós. Essas forças que nos cercam são a eletricidade, o magnetismo, a energia das partículas cósmicas, a luz, a cor, o som e o calor que são alimentos da nossa alma “o corpo etérico”. Se não soubermos como absorver e transformar esse alimento cósmico, precisamos depender dos outros para nos abastecer. Então precisamos consultar um padre, um monge ou uma pessoa santa para nos dar o nosso alimento espiritual diário.

    Os taoístas descobriram que podemos aprender a absorver essas energias circundantes e universais através da pele e dos principais centros de energia. Para nos projetarmos na imensidão das galáxias e do universo e reunir reservas ilimitadas de Chi cósmico para melhorar a saúde, devemos dar os primeiros passos dessa jornada dentro de nós mesmos. Para “sair” precisamos primeiro ”entrar”.

    Terapia Holística – Terapia do ser total

    “O homem deve harmonizar o espírito e o corpo.”

    Hipócrates

    É incontestável que o homem por sua própria iniciativa volte-se agora para terapia natural, desiludido não pelos resultados, mas pelos métodos muitas vezes brutais, das medicinas oficiais.

    A terapia natural mergulha suas raízes na noite dos tempos e das civilizações: terapia indiana, ayur-védica, tradicional, chinesa, hipocrática, egípcia e etc..

    Um fator comum se levanta no meio desses métodos de saúde: a concepção de que o espírito e o corpo, a energia e a matéria estão em conexão intima e influem naturalmente um sobre o outro (mente sã e corpo são). Assim toda terapeuta deve agir de modo a harmonizar a mente e o corpo no verdadeiro trabalho psicossomático que Hipócrates descrevia da seguinte forma: “Preservar o doente do perigo e da injustiça”.

    Milhões de anos atrás da descoberta de Einstein a respeito da relatividade, o homem já sabia a integração da energia da matéria. Todas as tradições antigas e as medicinas naturais mais recentes reconhecem uma força ativa de ligação entre o pensamento e o corpo: a energia vital, a harmonização pela energia da natureza.

    Rejuvenescimento – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Rejuvenescer ganhando um corpo vibrante de energia.

    Fortalecer o corpo físico é importante, mas se quisermos realmente rejuvenescer, é necessário também fortalecer o corpo etérico, o ser. Exercitar e fortalecer os intrincados músculos esfíncteres internos M.E.1. São 6 diafragmas que se ligam com os 6 chacras, assim fortalecendo órgãos e endócrinos, como também o sistema nervoso. Isso se deve a ativação da energia vital, trazendo a melhora do reflexo dos sentidos e da lucidez.

    Postura e Elegância – cultura ancestral – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Correção da postura para a saúde e manutenção da coluna, também rejuvenesce e enaltece, pois com a postura correta a pessoa fica elegante, se sente autoconfiante e eleva a autoestima.

    Tao

    O mundo pulsa, expande e explode. A dança cósmica do Yin e do Yang impulsiona o universo transformando, evoluindo e iluminando.

    Mensagem do TaoTao filosófico

    Desembaraçando os fios de seda emaranhados, juntando-os em meadas, assim se desvenda os mistérios e segredos orientais da antiguidade.

    “O antigo será de novo útil.” Lao Tse.

    O Tao como base das doutrinas filosóficas mentais e, hoje também, ocidentais é palavra chinesa que significa caminho, via; isto é, a sobreposição do feminino e do masculino, chamado Yin e Yang. O Tao não significa uma soma de um e outro, mas tais forças existem concomitante e sincronicamente. O Tao, como caminho e como fusão de tais elementos é o sentido de ordem, é um princípio organizador. É a reunião do caos e das polaridades. É gás dispersivo, conseqüente aos movimentos de fricção se transforma em gás de combustão do próprio movimento deixando um rastro. Ao seguir o Tao vocês seguem esse rastro, os movimentos, os fluxos da vida e do caminho até que, perdendo a polaridade, vocês se transformam no próprio caminho, no Tao.

    O Tao condena a idolatria e diz: “O mestre Tao não tem nome, ele é oculto, vive no anonimato meditando (filosofando), praticando, aprendendo, orientando e semeando o bem, o cultivo da serenidade, meditando entre o céu e a terra.”.

    O homem recebeu do céu uma natureza essencialmente boa para guiá-lo em todos os seus movimentos. Entregando-se a esse principio divino dentro de si, o homem alcança uma inocência incontaminada. Ela o conduz ao bem com certeza instintiva e livre de intenções ulteriores de recompensa ou vantagem, essa certeza instintiva traz supremo sucesso e favorece através da perseverança. Nem tudo que é instintivo é também natural, nesse sentido mais elevado da palavra, mas somente o que é correto, aquilo que corresponde à vontade dos céus. Uma forma de agir instintiva e irrefletida, que não possua retidão, só poderá causar infortúnio.

    Confúcio comentava a respeito: “Aonde irá àquele que se afasta da inocência? A vontade e as bênçãos dos céus, não acompanham seus atos.” – conceito do I Ching.

    O céu é puro, mas a terra é impura, o homem está entre o céu e a terra, entre o puro e o impuro. Certo ditado antigo diz o seguinte: “O Tao não possui qualquer forma; no entanto, confere vida ao céu e à terra. O Tao é destituído de emoções; no entanto, move o sol e a lua. O Tao é destituído de nome; no entanto, nutre todas as coisas da natureza.” O Tao possui tanto aspectos puros quanto impuros. Às vezes permanece imóvel, às vezes move-se. O céu é puro e a terra impura, todas as coisas percorrem o seu respectivo curso. A origem da pureza reside na impureza. Por esse motivo nos remetemos à meditação “reflexão”. O movimento é a fundação de quietude. Se as pessoas puderem constantemente permanecer puras e imóveis, então ficaremos no estado de serenidade.

    O espírito tende para a pureza, a mente para a quietude, mas é contrariada pelo desejo de equilibrar-se. Se fores capaz de controlar, então a mente permanecerá imperturbável e puro. Aqueles que estão impossibilitados de atingir o Tao são aqueles destituídos de clareza mental e que ainda se acham escravos das emoções.

    Suportar a quietude gradualmente entrarás no verdadeiro caminho denominado Tao, não existe nada para ser atingido, mas sim para sentir. Lao Tse dizia: “Aqueles que são honrados não tem porque discutir. Os que não são preferem se entregar a discussões.”.

    Aqueles que possuem elevadas virtudes não necessitam de virtude. Quando a mente permanece selvagem o espírito torna-se distraído devido a existência da ansiedade e do estresse, o corpo e a mente são afligidos por tensões.

    Se viveres na decepção e na ansiedade afundará no oceano do sofrimento e sempre vaguearás para fora do verdadeiro caminho. Se fores capaz de perceber intuitivamente, viverás o caminho natural, se intuitivamente entenderes o Tao, sempre será puro e imóvel. Todas as meditações que fazemos são essencialmente internas, você fecha seus olhos e imaginam todas essas coisas (tais como o sofrimento dos seres e o desejo de que sejam felizes); Mas não pense que isto vai simplesmente perder-se no espaço e não vai produzir nada. Ao imaginar certas coisas você faz com que elas se tornem realidade, se você todos os dias fica irritado, não se surpreenda se continuar ficando irritado se você mantém pensamentos de irritação em sua mente, “Eu detesto ele, eu detesto ele.”, não se surpreenda se um dia acabar por dar um soco no nariz dele, porque o que o corpo e a fala fazem é simplesmente seguir aquilo que a mente está fazendo, porque eles se iniciam na mente. Refletir, pensar, oração mental, examinar atentamente, ponderar, considerar, reconsiderar, isso é meditar.

    Como qualquer outra coisa, você tem que treinar antes de agir, não é possível simplesmente entrar em um carro e sair dirigindo, é necessário treinar primeiro. Antes de tocar piano você tem que treinar e treinar. Você tem que treinar-se no desenvolvimento do amor e da compaixão e tudo isso, por fim, o tornará apto a espontaneamente expressa-los em corpo e fala, isso é algo razoável.

    Alquimia - Adquirir conhecimento e sabedoria aprendendo a filosofar.

    Para refletir, filosofar, pensar: “Aprender sem pensar é inútil. Pensar sem aprender é perigoso.” Confúcio (Kung Fu Tse).

    Filosofia do Chi: metafísica, física moderna, física quântica é a ciência geral dos primeiros princípios e das primeiras causas, conhecimento, sabedoria, força moral, (elevação espiritual) que leva próximo a Deus; conhecimento de verdades morais, conhecimento absoluto que procura a intuição direta das coisas; conhecimento racional único possível de alcançar a essência das coisas, modo de pensamento intermediário entre teológico e o positivo; método de abordar os fenômenos da natureza; aprofundar, refletir, filosofar, raciocinar, pensar e discernir, é a adequação entre o ser e a inteligência, ou seja, espírito de reflexão de crítica e de superação.

    O estudo do Yin e do Yang

    A fertilidade da natureza é uma forma de expressão e um espelho do movimento contínuo de criação que se processa incessantemente em todos os níveis de vida no Universo.

    Criação – Yin e Yang – Co-criação

    No momento da criação, da unidade nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia; uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina “o nascimento do Tao”. Os chineses deram a essas forças primárias a alguns milhares de anos a denominação de Yin e Yang, do jogo dessas energias surgiu a criação.

    O Yin feminino é fecundado continuamente pela força masculina do Yang dando origem a vida e a morte, em suas infindáveis e múltiplas formas: físico, pensamento, idéias, atos, intenções, emoções, formas, momentos, tempo, espaço e etc.. É a energia que nunca morre, ela se transforma infinitamente, que também pode ser comparado com o nosso “cérebro macaco”, que nunca para de pensar.

    As forças do Yin e do Yang se manifestam no universo inteiro como polaridade, tudo para poder existir, tem um pólo contrário, “o nosso cérebro também é assim”. Um pólo só subsiste pelo outro pólo, se uma polaridade desaparece, a outra também desaparece.

    Essa regra fundamental é aplicável a tudo. Assim, só podemos exalar quando inalamos, se deixarmos de exalar também deixamos de inalar. O interior condiciona o exterior, o dia condiciona a noite, a luz condiciona a sombra, o nascimento, à morte, a mulher, o homem, etc., no que as duas polaridades são sempre intercambiáveis, cada pólo necessita para seu complemento, um pólo contrário. O Yin e Yang simbolizam de modo evidente o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nesse sentido, o Yin representa um lado da totalidade, o feminino, expansivo, intuitivo, passivo e inconsciente, e o Yang representa o lado masculino, concentrador, racional, ativo, e consciente. Isso, contudo não envolve nenhuma avaliação no sentido de “melhor”, o equilíbrio que existe no universo que nos envolve é o resultado dos relacionamentos entre os pares contrários. Como tudo no universo se encontra num fluxo constante de movimento, tanto o Yin como o Yang já estão presentes de forma latente no pólo contrário, isso é simbolizado pelo ponto branco, no Yin preto, e pelo ponto preto, no Yang branco. Cada um dos dois pólos já encerra em si, em forma de semente o pólo contrário, e é apenas uma questão de tempo para que uma polaridade se transforme na outra. Em alguns planos, esta transformação ocorre numa fração de segundo, como por exemplo, na esfera atômica.

    No ser humano essa mudança de polaridade do masculino para o feminino ou vice-versa, é possível através de várias encarnações. O dia e a noite necessita em média doze horas para essa mudança e o exalar e o inalar precisam apenas de alguns segundos.

    Todas as coisas chegam e afastam, se movimentam e se alteram com base no intercâmbio e na ação recíproca dessas forças básicas do universo. Entretanto, somente os dois ciclos resultam na respectiva unidade perfeita.

    Também a relação entre a mulher e o homem é baseada nessa regra, dois pólos se empenham em formar uma unidade, atraindo-se como os dois pólos de um imã. Quando é atingida a união das forças opostas há um intercâmbio entre elas, esse fenômeno também se aplica na direção da rotação dos chacras.

    Na homossexualidade, vê-se, por exemplo, uma polaridade energética oposta a normal, a questão da homossexualidade hermafrodita e andrógena, também faz parte da natureza (química). Tudo pode transformar ou voltar transformando.

    Entre os mundos visíveis e invisíveis dentro do universo, existem duas forças ou essências primárias: Yin - a obscuridade, e o Yang - a claridade. A força Yin tem poder de concentração, recolhimento, de se tornar mais pesada, mais densa, é o processo de materialização. Como todas as matérias físicas, por ser mais pesada, torna-se mais lenta, receptiva e quieta.

    A força Yang tem poder de expansão, de diluição de se tornar mais leve, mais dilatada e flutuante, é a antítese da materialização, e por ser leve e flutuante Yang simboliza a inquietação e o movimento.

    Yang tem tendência ascendente: Up, alegria, euforia, ansiedade.

    Yin tem tendência descendente: Down, depressão, tristeza, apatia.

    O dinamismo de Yang lembra o fogo: seu movimento é para cima, sua qualidade energética é de diluição e expansão. O dinamismo de Yin é como a água: dirige-se para baixo, sua qualidade energética é de concentração ou coagulação; pode-se ainda relacionar a energia Yin com as matérias mais densas de cosmo (planetas), e a Yang com as matérias sutis do cosmo (as luzes das estrelas).

    Às mulheres é atribuído o símbolo Yin pela quietude do feminino, e aos homens o símbolo Yang, pela inquietação do masculino. Percebe-se, entretanto, que nem o homem nem a mulher são inteiramente Yin ou Yang, a mulher, apesar de ser respectiva (Yin), é normalmente mais suave e leve (Yang), o homem, apesar de ser impulsivo (Yang), é mais rígido e tenso (Yin).

    O símbolo Tai Chi mostra que no interior de Yang existe um núcleo Yang. Os núcleos representam o centro ou essência, que é a camada mais profunda do ser, sendo o restante, camadas periféricas. A mulher é Yin, mas dentro dela ainda existe o aspecto Yang, e vice-versa para homem. Os nossos órgãos também se movimentam dessa maneira. Os núcleos representam os centros de gravidade do Yin e do Yang, para que a unidade seja mantida é necessário que o Yang tenha um núcleo Yin, assim como que o Yin tenha um núcleo Yang.

    Centro de gravidade Yang, núcleo Yin, centro de gravidade Yin, núcleo Yang. As energias Yin e Yang se manifestam simultaneamente no Universo. Pode-se ter como exemplo, o sol do nosso sistema solar, que irradia luz para todas as direções e ao mesmo tempo retém todos os planetas em torno de si; essa irradiação é Yang e a retenção é Yin. Do centro a periferia, ou seja, do Um ao infinito é o processo Yang; da periferia ao centro, isto é, do infinito ao Um, é o processo Yin. Já pensaram sobre o Buraco Negro?

    Mutabilidade

    Os movimentos da natureza são a alternância do Yin e do Yang. Essa alternância no I Ching chama-se mutabilidade. Como a maioria dos estudos místicos, o I Ching dedica uma boa parte a questão do destino, compreender o destino é compreender o sentido da vida dentro do tempo e do espaço. Segundo o I Ching, o destino é feito de alternância. Tudo que tiver ascensão terá queda. Todos os que viverem lado Yang conscientemente viverão o lado Yin inconscientemente. Os que estão conscientes no lado Yin tem seu inconsciente no lado Yang.

    A alternância do Yin e do Yang no destino é um processo natural e inevitável, assim como a vida e a morte. Os momentos do destino são momentos sucessivos, não há bem nem mal, são apenas momentos feitos de uma contínua mutação, em que passado e futuro projetam-se infinitamente.

    O princípio do Yin e do YangTai Chi, a sublime Unidade (código de Deus)

    Diagrama do Tai Chi. Em chinês, esse conhecido símbolo que representa a integração Yin -, e Yang +.

    Yin e Yang é, na filosofia chinesa, uma representação do princípio da dualidade de Yin e Yang. O conceito tem sua origem no tao, base da filosofia e metafísica da cultura chinesa.

    Princípios complementares

    Segundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    - Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente.

    - Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio.

    Também é identificado como o tigre e o dragão representando os opostos.

    Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidades são não definições, mas analogias que exemplificam a expressão de cada um deles no mundo fenomênico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação.

    Os exemplos não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios. Assim, referir-se a Yang como positivo apenas indica que ele é positivo quando comparado com Yin, que será negativa. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a prótons e elétrons: os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.

    O diagrama do Tai Chi simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. Yang (branco) e Yin (preto) integrados num movimento contínuo de geração mútua representam a interação destas forças.

    A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe contém tanto o princípio Yin quanto o Yang. O símbolo Tai Chi expressa esse conceito: O Yin da origem ao Yang e o Yang da origem ao Yin.

    Desde os primeiros tempos, os dois pólos arquetípicos da natureza foram representados pelo claro e pelo escuro, pelo inflexível e pelo dócil, pelo acima e pelo abaixo. O Yang, o poder criador era associado ao céu e ao Sol, enquanto o Yin corresponde a terra, ao receptivo, à Lua, o céu está cima e esta cheio de movimento.

    A terra – na antiga concepção geocêntrica – está em baixo e em repouso, dessa forma, Yin passou a simbolizar o repouso, e Yang, o movimento. No reino do pensamento, Yin é a mente intuitiva, complexa, ao passo que Yang, é o intelecto, racional e claro. Yin é a tranqüilidade contemplativa do sábio, Yang a vigorosa ação criativa do rei.

    A base da teoria de Yin e Yang é a harmonia e o equilíbrio. As forças complementares de Yin e Yang são o pilar central em todo o pensamento chinês. Considera-se que estas forças afetam tudo no universo, incluindo a nós mesmos. Tradicionalmente, o Yin é o feminino, o escuro, o passivo, o frio e o negativo, e o Yang é o masculino, o claro, o ativo, o quente e o positivo. Outro modo mais simples de considerar o Yin e o Yang é que há dois lados em tudo – felicidade e tristeza, cansaço e vigor, frio e quente e demais opostos.

    Yin e Yang são os opostos que criam o todo. Cada um deles não pode existir sem o outro e nada é completamente um ou o outro, em nenhum momento.

    Há graus variados de cada um deles dentro de tudo e de todos nós. O símbolo do Tai Chi ilustra como o Yin e Yang, fluem de um para outro com um pouco de Yin sempre dentro do Yang e um pouco de Yang sempre dentro do Yin.

    No mundo, o sol e o fogo são Yang, enquanto a terra e a água são Yin. A vida só é possível por causa da interação entre estas forças. As duas forças são necessárias para a existência da vida. Veja a relação abaixo para entender a relação entre Yin e Yang.

    Forças Yin: Feminino; Escuro; Lua; Água; Passivo; Descendente; Contração; Frio; Inverno; Interior; Pesado; Osso; Frente; Interior do corpo.

    Forças Yang: Masculino; Claro; Sol; Fogo; Ativo; Ascendente; Expansão; Quente; Verão; Exterior; Leve; Pele; Dorso; Externo do corpo.

    O corpo, a mente e as emoções estão sujeitos às influências de Yin e Yang. Quando as duas forças adversárias estão em equilíbrio nos sentimos bem, mas se uma força dominar a outra se provoca um desequilíbrio que pode resultar em doença.

    A acupuntura é uma terapia de natureza Yang porque atua do exterior para o interior. Por outro lado, as terapias herbáceas e nutricionais são terapias de natureza Yin, porque atuam do interior ao longo do corpo. Muitos dos órgãos principais do corpo são classificados em pares de Yin-Yang, que trocam influências saudáveis e insalubres.

    O Chi é a energia essencial que constitui a base de todas as terapias holística: I Ching, Reiki, da acupuntura, moxa, feng shui, tai chi chuan, cromoterapia, cristalterapia, enfim, uma infinidade. Pode se ouvir o som da energia pelas mãos, pode se ouvir também o som inaudível denominado seis sons do Lao Tse. Tudo isso é possível devido a existência dos chacras em nosso corpo. As cores do arco-íris, 7 notas musicais também são atraídas pelos 7 chacras (7 níveis de energia – Aura pessoal).

    Duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    Yang: O princípio ativo, diurno, luminoso, quente, masculino.

    Yin: O princípio passivo, noturno, escuro, frio, feminino.

    Os Samurais

    Os samurais não estudavam somente os ensinamentos das escolas do Budismo esotérico, mas também estudavam música, a doutrina de Confúcio e muitos outros ramos do conhecimento, como, por exemplo, a teoria do equilíbrio do Yin e do Yang. Na cosmologia chinesa, esses são os dois pólos fundamentais do universo, respectivamente o princípio negativo e o principio positivo. Os japoneses chamam os de In e Yo.

    Todos esses estudos desempenhavam um papel na vida do guerreiro. A teoria do Yin e do Yang era usada, por exemplo, quando ele queria construir uma casa ou, se fosse rico e poderoso, fundar um castelo. Numa ocasião dessas, ele estudaria o equilíbrio entre o Yin e o Yang para determinar a melhor localização e orientação para o edifício. Sabia que, por mais esforço que empenhasse na fortificação, isso de nada valeria se os arredores não fossem condizentes com o seu objetivo.

    Seguindo a tradição chinesa, os guerreiros do Japão ocupavam-se não só da interação entre os dois pólos fundamentais do universo como também dos cinco elementos que se combinam de infinitas maneiras para criar tudo o que existe no mundo.

    Os nomes dos dias da semana correspondem aos princípios do Yin e Yang. O primeiro dia da semana é o dia do sol; o segundo, o dia da lua; e os outros cinco dias recebem os nomes dos cinco elementos físicos, determinados pelo estudo dos princípios positivo e negativo, estudo esse que foi feito na Ásia, nos tempos antigos. Os nomes dos dias são os nomes dos cinco elementos fogo, água, madeira, metal e terra. Segundo os princípios do Yin e do Yang esses cinco elementos podem dispor-se de duas maneiras. A primeira é uma ordem na qual geram um ao outro, uma ordem harmônica; a segunda é uma ordem na qual os elementos se dispõem de acordo com suas rivalidades. Nesta segunda ordem, os diversos elementos inevitavelmente destroem uns aos outros.

    No relacionamento harmonioso entre os cinco elementos, a madeira produz fogo, que por sua vez transforma a madeira em cinza, ou seja, produz terra. A terra gera o metal; o metal gera a água e a água gera a madeira.

    A segunda ordem, baseada no conceito da rivalidade dos elementos, começa com a madeira. Esta quebra a terra; a terra absorve ou impõe limites à água; a água apaga o fogo; o fogo derrete o metal e o metal corta a madeira. O estudo das forças positiva e negativa no universo; o estudo do Budismo dos encantamentos e magias, chamado mikkyo; o estudo dos cinco elementos; e os estudos das fórmulas mágicas – todos esses estudos foram reunidos e desempenhavam um papel na formação dos homens de guerra e generais militares do passado. Esses estudos constituíam a base do currículo deles.

    O verdadeiro conteúdo do que tradicionalmente se chama de ‘artes marciais’ não são simplesmente as técnicas de matar. Há muito mais coisas envolvidas. O fundador da Shinto Ryu, Choisai Sensei, propôs estudos que conduzissem ao desenvolvimento da harmonia e de uma coexistência essencialmente pacífica entre o homem e a natureza e entre o homem e seus semelhantes. É nisso que ele pensava quando disse que as artes marciais devem ser as artes da paz.

    Os melhores guerreiros e generais do passado conheciam, além da arte de matar outros seres humanos, uma larga variedade de outras artes. Sem o seu conteúdo filosófico, as artes marciais não seriam nada além da aquisição de uma força bruta semelhante à dos animais.

    Esotérico – Yin e Exotérico - Yang

    O esotérico – Yin é espiritual, procura o divino, o eu verdadeiro (o ser) dentro de si, se interiorizando e sentindo a presença do mesmo. Esse ser se conecta com Deus através do canal chamado Chitrini: o fio de luz oculto. (oriental – Yin).

    “O exotérico – Yang é a religião “religarê”, procura o Deus Cristo, os Budas, os Santos e anjos, distante exterior” que estão no céu. (ocidental – Yang).

    O mundo “terra-yin” e o outro mundo “céu-yang

    “De onde vim e para onde vou quando morrer?” Essa é uma pergunta vital que reside em algum recanto da nossa mente, mas para a qual pouquíssimas pessoas podem dar uma resposta clara. A razão disso é que, para dar a resposta, é necessário um esclarecimento sobre a relação entre este mundo e o outro mundo. Do modo como as coisas estão agora, infelizmente, não há suficiente acúmulo de conhecimento sobre o assunto nem uma metodologia estabelecida que possam dar uma explicação.

    As únicas pistas que podemos encontrar por menores que sejam vêm das atividades dos médiuns que têm aparecido na Terra de tempos em tempos. No entanto, existem muitos tipos de médiuns e, embora alguns mereçam confiança, a grande maioria ainda tem uma personalidade ligeiramente desequilibrada, motivo pelo qual as pessoas deste mundo não conseguem acreditar em suas revelações. Por exemplo, um médium pode afirmar ter falado com um determinado espírito, que lhe preveniu sobre certo acontecimento. No entanto, não há nenhuma maneira de se provar isso, o que provoca incerteza e faz com que seja muito difícil confiar na palavra do médium. O mesmo acontece quando se trata de uma explicação deste mundo e do outro. A raiz da incerteza encontra-se em nossa incapacidade de reproduzir as experiências do médium.

    Se todos nós pudéssemos compartilhar as mesmas experiências mediúnicas, ninguém duvidaria da existência do outro mundo. Mas, infelizmente, essa habilidade limita-se apenas a poucas pessoas especiais. Como resultado, a maioria das pessoas não sabe da existência do outro mundo. Pessoas de senso comum não querem aceitar a existência do outro mundo ou da relação entre ele e o mundo no qual vivemos atualmente.

    Estamos sempre refletindo sobre o sentido da vida e nos perguntando qual a razão de existirmos. Essas questões de vital importância não podem ser compreendidas até que façamos uma idéia do tipo de existência que representamos na vastidão do universo. Se, como acreditam os materialistas, a vida começa de súbito no útero materno, continua por sessenta ou setenta anos, e acaba, sendo o corpo consumido no crematório, então devemos viver simplesmente de acordo com isso. Se, porém, como aceitam os religiosos, existe outro mundo do qual nossa alma vem para nascer neste mundo e viver por várias décadas, antes de se graduar e voltar para o outro mundo, onde se empenhará para melhorar ainda mais, então precisamos de uma visão diferente da vida.

    Se compararmos a vida à educação, os materialistas, para os quais vivemos apenas uma vez, equivalem àqueles que dizem que a educação está completa após poucos anos de estudo obrigatório. Eles vêem a vida pela limitada perspectiva dessa educação fundamental. Por outro lado, aqueles que acreditam que o mundo espiritual existe e que os seres humanos vivem eternamente, passando pelos ciclos de reencarnação, podem ver a vida como um aprendizado contínuo, terminado o ensino fundamental, há o ensino médio, a universidade, a pós-graduação e, além disso, mais uma infinidade de coisas a aprender.

    Quando analisamos esses dois exemplos, torna-se óbvio que é apenas pela perspectiva da “educação” eterna que os seres humanos podem progredir.

    Aqueles que acreditam que sua vida representa uma única e breve permanência no mundo, como um fósforo que se inflama e queima até ser consumido, dificilmente descobrirão a importância ou o significado do tempo que passam aqui. Esses se dedicarão ao prazer, ao materialismo e à decadência, pensando apenas em si mesmos. Se eles acreditam que só viverão algumas décadas, é de se esperar que achem que vão sair perdendo se não aproveitarem a vida ao máximo. De modo diferente, porém, as pessoas que acreditam na vida eterna sabem que os serviços prestados a outros certamente voltarão para eles algum dia como fortalecimento para a alma. Dessa maneira vê-se que ter a perspectiva deste e do outro mundo é vital, quando refletirmos sobre a nossa visão da vida, seus propósitos e missão. Sem isso, é impossível compreender o verdadeiro sentido da vida e dos seres humanos.

    O mundo após a morte

    Nós nos referimos ao lugar para onde as pessoas vão depois de separadas do corpo físico como o “outro mundo”, mas como é esse lugar? Que tipo de mundo nos espera depois da morte? Como não sabem o que as esperam, as pessoas ficam ansiosas e temerosas, expressando seu apego à vida terrena com as palavras “Não quero morrer”.

    Seja o que for que as pessoas possam sentir, acredito que o medo delas é baseado na ignorância com respeito ao mundo após a morte. O fato de o estudo do outro mundo nunca ter sido aceito como uma ciência acaba deixando as pessoas confusas. É por essa razão que precisamos conhecer o mapa “guia” para conhecer o outro mundo. Navegar sem mapa pode ser uma experiência terrível, mas com o mapa certo, pode se fazer uma viagem tranqüila. Se soubermos de onde viemos e para onde estamos indo, que continente é nosso destino, se conseguirmos entender os mapas, podemos fazer uma viagem segura. A duração de nossa vida não é algo que possa ser contado em décadas. Não se trata meramente da vida do nosso corpo, mas de algo que existe neste mundo e continua no mundo além deste. Contudo, mesmo em face disso, ninguém quer aceitar a morte. Pacientes internados em hospitais dizem que não querem morrer e os médicos fazem tudo o que podem para que sobrevivam. Mas, se pudesse assistir a tudo isso do outro mundo, veríamos que, quando uma pessoa se aproxima da morte, seu espírito guardião, seus espíritos e os anjos estão ao seu lado, já começaram a se preparar para orientá-la.

    Quando a morte finalmente chega, o espírito sai do corpo. No entanto, a princípio, a pessoa não percebe o que está acontecendo e sente-se como se fosse duas: uma está deitada na cama “o corpo físico perecível” e a outra podem mover-se livremente “é o corpo etérico eterno”. Quando o espírito liberto tenta se comunicar com as pessoas à sua volta, vê que elas o ignoram completamente. Ao mesmo tempo, ele descobre que pode atravessar paredes e outros objetos materiais, algo que inicialmente acha muito assustador. Ainda acredita que é o corpo na cama e continua a adejar sobre ele. Você pode imaginar o choque que ele leva quando vê o próprio corpo sendo levado para o crematório. Não sabendo o que fazer, o espírito permanece nas proximidades do crematório. Ninguém nunca lhe disse que tipo de vida o aguarda e, de modo bastante compreensível, ele se sente muito inseguro.

    É nesse momento que seu espírito guardião aparece e começa a explicar o que o espera. No entanto, tendo vivido neste mundo durante décadas, o espírito tem dificuldade para compreender a explicação e, apesar de todos os esforços de seu guardião, não se deixa convencer facilmente. Assim, muitas vezes permanece na Terra por várias semanas, ouvindo as orientações de seu espírito guardião. Como sugerem os serviços fúnebres budistas, realizados no sétimo e no quadragésimo nono dia depois da morte, o espírito geralmente tem permissão para permanecer na terra entre vinte e trinta dias após a morte. Durante esse período, ele recebe instruções do guardião ou dos espíritos, até estar preparado para retornar ao mundo celestial.

    Existem, porém, aquele cujo apego a este mundo é grande demais. São apegados, por exemplo, aos filhos, aos pais, à esposa, ao marido e até a sua terra, casa, riquezas ou negócios. Esses se tornam o que chamam de “espíritos presos à terra”, condenados a vagar por este mundo. São o que as pessoas conhecem como fantasmas, seres que permanecem inconscientes de sua existência como espíritos.

    Material e Metodologia

    Esta propositura tem como apoio, o tema Sexualidade e Espiritualidade, que tem como base, o 3º Caminho do Tao, cujo fundamento é a energia criativa (Yin e Yang). Somado a minha experiência sobre o despertar da Kundalini observei atentamente a natureza ao meu redor, elucidando dúvidas a respeito do tema.

    Paralelamente procurei descobrir através de exercícios práticos e vivência, explorando o universo dos sentidos na tentativa de apurar a capacidade de auto-percepção, baseada no sentir para ver a energia fluir, circular por dentro e fora de todo o corpo. Constatei que energia é questão de sintonia.

    Discussão

    De repente, percebi que eu estava filosofando o tempo todo, e descobri que tenho mediunidade, o que sempre neguei. No entanto, reconhecer a sua própria mediunidade é fantástico; Pensando bem, na minha adolescência, curei uma pessoa por puro amor e compaixão, que por acaso, é meu irmão.

    Hoje entendo porque precisamos nos dedicar muito no treinamento do amor e da compaixão ao próximo. Para ser um bom médium curador de verdade, é necessário o aperfeiçoamento moral, ética, cívica e espiritualidade sob a Luz da Doutrina dos Chacras assim elevando a Kundalini (despertar). “Não deve ser despertada prematuramente.”.

    Conclusão

    O Dr. Motoyama pede apelo aos cientistas e médicos jovens que pesquisem e aprofundem no estudo da Kundalini, no entanto, eu acredito que o estudo terá mais eficiência na holística, pois isso só é possível no sentir, ela é percebida na mediunidade., intuitivamente. Quanto mais o médium aprofunda no conhecimento, mais a Kundalini eleva o médium, elevando a sabedoria e espiritualidade, “Iluminação”.

    Cheguei a conclusão de que mais do que nunca precisamos nos dedicar no estudo da Kundalini dentro da holística. Espero poder orientar as pessoas com o apoio do Sr. Henrique Vieira Filho.

    Deixo aqui, meus agradecimentos por mais esta oportunidade, muito obrigada.

    Mitiyo

    Bibliografia

    1. Sexualidade e Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto – Terapeuta Holística CRT: 38660

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    www.sinte.com.brcontato@sinte.com.br

    1. Dharma Chacra – ensinamento do correto coração

    Apostilas – Mitiyo Oshiro Takemoto

    mitimoto@ig.com.br

    1. Revista da Sociedade Taoísta do Brasil – O caminho da transformação interior

    1. As Leis da Eternidade – Ryuho Okawa

    Ed. Cultrix

    1. Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Sharamom / Bodo J. Baginski – Ed. Pensamento

    1. Cura cósmica 1- Mantak Chia – Ed. Cutrix

    1. Internet – www.cefle.org.br

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 31/07/2012 14:51


    PRANAYAMA – O SOPRO DA VIDA

    PRANAYAMA – O SOPRO DA VIDA

     

    CELI COUTINHO

    Terapeuta Holística

    CRT 21270

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2013

     

    Índice

     

    Apresentação

    O que é Prana?

    PRANÁYÁMA

    Técnicas de respiração

    Metodologia.

    Conclusão

    Bibliografia

     

     

    Apresentação

            Conhecer sobre as Nadis  e os pránáyamas  de acordo com a filosofia Hindu em sua total natureza é composta de duas substâncias principais. O Akasha - éter e o Prana - energia. Duas forças que corresponde a evolução onipresente permeando o universo inteiro, na verdade todo o tipo de existência que pode ser considerado sob a palavra "criado", são produtos do Akasha. Energia sutil e invisível que no final de cada ciclo volta a ponto de partida. Assim como toda força da natureza, que é conhecido pelo o homem: gravitação, luz, calor, eletricidade, magnetismo, pode ser agrupadas sob o nome genérico de "energia" à criação física é a manifestações do Prana cósmico.

     

    O que é Prana?

            A respiração é “Brahma”. Prana é o resultado de toda energia que se manifesta no universo. É a soma total de todas as forças da natureza. "Atman". Todas as forças físicas, todas as forças mentais estão sob o julgo do 'Prana'. É a força em todos os planos da existência, do mais alto ao mais baixo. O que quer que se mova ou funciona ou tem vida, é apenas a expressão ou manifestação de Prana. Akasha é a expressão do Prana. O Prana está relacionado à mente e pela mente a vontade, e através da vontade para a alma individual, e através desta ao Ser Supremo. Ao aprender como controlar as pequenas ondas de Prana através da mente, então o segredo do Prana será conhecido.

            O trabalho do Prana é visto nas ações sistólica e diastólica do coração, quando ele bombeia o sangue para as artérias na ação de inspiração e expiração, durante o percurso da respiração; na digestão de alimentos; na excreção de urina, matéria fecal e na produção de sêmen, quilo, quimo, suco gástrico, bile, suco intestinal, saliva; no fechamento e abertura das pálpebras, no caminhar, brincar, correr, falar, pensar, sentir, raciocínio, etc. Prana esta lá. È a ligação entre o corpo astral e físico. O Prana é um fio delgado ligando o corpo astral ao corpo físico. Quando a morte ocorre, o Prana que está trabalhando no corpo físico é retirado para o corpo astral.

            Este Prana permanece em estado sutil, imóvel, não manifestado Estado, indiferenciado durante o Pralaya (período) cósmico. Quando a vibração está configurada o Prana se move e age sobre o Akasha.

            Ao controlar o ato de respirar, poderão controlar de forma eficiente todos os movimentos do corpo e as diferentes correntes nervosas que estão sendo executado através do corpo. Poderá facilmente e rapidamente controlar e desenvolver a mente, corpo e alma através da respiração. É através do Pranáyáma que você pode controlar estas circunstâncias e conscientemente harmonizar a vida pessoal com a vida cósmica.

            A respiração dirigida pelo pensamento sob o controle da vontade, é regeneradora e pode utilizar conscientemente para o autodesenvolvimento.

            A sede do Prana é o coração. Embora o Antahkarana assume quatro funções na mente:

    Manas = mente.

            Manas é a mente inferior, através do qual a mente interage com o mundo externo e leva em impressões sensoriais.

            Manas é como o supervisor dos sentidos e direciona os 10 sentidos ou Indriyas :

     Karmendriyas: As cinco portas de saída ou os cinco meios de expressão. (Karma significa ação. Indriyas são os sentidos).

    Jnanendriyas: As cinco portas de entrada são os cinco sentidos cognitivos, que são chamados jnanendriyas. (Jnana significa saber. Indriyas são os sentidos.).

            Manas leva as direções dos desejos, das atrações e aversões armazenadas na memória de Chitta. 

            Ser consciente de ações e fala: Uma boa maneira de cultivar o testemunho de Manas é estar atento a ações e palavras, bem como os seus sentidos de cheirar, saborear, ver, tocar e ouvir. Ao observar isto você perceberá como Manas é a persona por trás dessas ações e sentidos. Assim, Manas é como o supervisor dos funcionários em uma fábrica. Manas não é o patrão, mas o supervisor, que está dando as ordens diretas para os sentidos ativo e cognitivo.

    Chitta = armazenamento de impressões

            Chitta é o banco de memória, que armazena impressões e experiências, e o quanto pode ser muito útil, Chitta também pode causar problemas se o seu funcionamento não é coordenado adequadamente pela as funções da mente.

    Coordenação Chitta: Se Chitta não é coordenado com as outras funções da mente as impressões guardadas no lago da mente começam a mexer e surgir. É como se essas impressões latentes voltasse à vida e todas competissem pela atenção de Manas para realizar seus desejos no mundo externo. Na ausência de um Buddhi claro, as vozes concorrentes de Chitta muitas vezes conduzem Manas para tomar ações no mundo que não são realmente tão úteis.

    Ahamkara = O Ego

            Ahamkara é o sentido de "Eu-Sou", o Ego individual que se sente como uma entidade distinta, separada. Ele fornece identidade ao nosso funcionamento, mas também cria Ahamkara nossos sentimentos de separação: da dor e de alienação também.

            Ahamkara assume parceiro: Esta onda do "eu-sou" chamado Ahamkara se alinha em formas de parcerias com os dados das imagens em Chitta e, por sua vez, com Manas, que em seguida, responde aos desejos sendo permeadas por sua "individualidade". Enquanto isso, Buddhi é a tarefa mais importante no caminho da meditação e da auto-realização.

    Buddhi = sabe, decide, julga e discrimina.

    Buddhi é a mente superior: Buddhi é o aspecto mais elevado da mente, a porta para a sabedoria interior. A palavra Buddhi em si vem do budh raiz, que significa aquele que despertou. Buddhi tem a capacidade de decidir, julgar e fazer distinções cognitivas e diferenciações. Pode determinar o caminho mais sábio de dois pólos de ação, se funcionar bem Manas vai aceitar sua orientação.

            Buddhi deve ser o tomador de decisão: Na construção da vida, queremos Buddhi para a fazer as escolhas perfeitas. Caso contrário, Manas recebe as instruções dos padrões de hábitos armazenados em Chitta, que são coloridas por Ahamkara, o Ego. Muitas vezes, Buddhi é nublada por toda a coloração e impressões no Chitta. Assim, uma das principais tarefas sadhana-práticas espirituais, é utilizada para limpar Buddhi. Então poderá sempre melhorar as escolhas que produzirão os frutos nessas práticas espirituais.

            Como já vimos em estudo anterior o Prana ele assume cinco formas:

            Prana, Apana, Samana, Udana e Vyana com diferentes funções executado por ele. Isto é denominado como Vritti Bheda. O Prana principal é chamado Mukhya Prana. O Prana se ao Ahamkara e, portanto, vive no coração. Destes cinco Prana já sabemos que o Apana são um dos principais agentes.

            E relembrando que a sede do Prana é o coração; do Apana, o ânus; de Samana, a região do naval, de Udana, a garganta, enquanto Vyana é tudo permeia. Ela se move por todo o corpo.

    Sub-Pranas e Suas Funções

    Naga: faz eructação e soluço.

    Kurma: executa a função de abrir os olhos.

    Krikara: induz a fome e a sede.

    Devadatta:o bocejar.

    Dhananjaya: provoca decomposição do corpo após a morte.

     

     

    PRANÁYÁMA

     

            Pranáyáma é a ciência do controle da respiração. Ele consiste de uma série de exercícios especialmente destinados a satisfazer as necessidades do corpo e mantê-lo em equilíbrio. Pranayama vem das seguintes palavras:

    Prana - "força da vida" ou "energia da vida”

    Yáma - "disciplina" ou "controle”

    áyama - "expansão", "contenção", ou "extensão”.

            Assim, Pranáyáma significa "técnicas de respiração" ou "controle da respiração".

            Através da prática de Pranáyáma, o equilíbrio de oxigênio e dióxido de carbono é atingido. Absorvendo prana através do controle da respiração ligando o nosso corpo, mente e espírito.

            Mas a vida é cheia de stress. Por causa do trabalho diário, família, ou pressões financeiras, ela tende a ser rápida e superficial. O uso de apenas uma fração de seus pulmões resulta da falta de oxigênio e pode levar à complicações e grandes desequilíbrios da saúde. Ao praticar a respiração profunda e sistemática, através de Pranáyáma o corpo passa a ser reenergizado e organizado em seu equilíbrio.

     

    Benefícios de Pranayama

            Pranáyáma desenvolve a concentração e foco. Ele elimina o stress e relaxa o corpo. Resultando serenidade e paz de espírito.

            Pranáyáma oferece autocontrole. Através da concentração, pode-se lidar melhor com temperamento e reações. A mente pode funcionar de forma clara, evitando argumentos e decisões erradas. Além disso, o autocontrole também envolve o controle sobre o corpo físico.

            Pranáyáma leva a jornada espiritual através de um corpo relaxado e mente desperta.

            Praticar exercícios de respiração ou Pranáyáma deve ser seguro, preferencialmente supervisionados por um instrutor.

             

     

    Tipo normal de respiração.

     

    1. Alta respiração: É a respiração que esta localizada, principalmente na parte superior do peito e dos pulmões. Isto é denominado de "respiração clavicular" ou "respiração Alta" e envolve aumentar a clavícula, costelas e ombros quando inflado. Pessoas com asma, o estômago cheio ou que sentem falta de ar tendem a recorrer à respiração alta. Respiração alta é naturalmente superficial, fazendo com que somente uma pequena parte de ar atinja os alvéolos.

            Esta é a forma menos desejável de respiração. Além disso, a caixa torácica superior é relativamente rígida. Uma grande quantidade de energia muscular é gasto para manter pressionado contra o diafragma e assim manter as costelas e ombros levantados anormalmente. Esta forma de respiração é bastante comum, especialmente entre as mulheres. É uma causa comum de problemas digestivos, de estômago, prisão de ventre e ginecológico.

     

    2. Baixa respiração: É a que se localiza principalmente na parte inferior do peito e dos pulmões. É muito mais eficaz do que a respiração alta ou média. Consiste principalmente em mover o abdômen dentro e fora e na mudança da posição do diafragma por tais movimentos. Devido a isto, é por vezes chamado de "respiração abdominal" e "respiração diafragmática". Pessoas sedentárias que habitualmente se inclinam para frente enquanto ler ou escreve tendem a cair no uso da respiração baixa. Sempre que afrouxa seu ombro e músculos do peito, ele normalmente adota a respiração baixa. Muitas vezes usamos a respiração baixo quando se dorme. Mas sempre que se tornar fisicamente ativo, como no andar, correr ou levantar, é provável encontrar a respiração abdominal insuficiente para as nossas necessidades.

            Para usar a respiração baixa você inala você empurrando gentilmente o estômago para frente sem esforço. Quando expirar lhe permita que o estômago volte para sua posição normal.

            Este tipo de respiração é muito superior a respiração alta ou média por quatro razões:

    a) - Mais ar é tomado em quando inala, devido ao maior movimento dos pulmões e do fato de que os lobos inferiores dos pulmões têm uma capacidade maior do que os lobos superiores.

    b) - O diafragma funciona como um segundo coração e com os movimentos de expandir a base dos pulmões lhe permite sugar mais sangue venoso. O aumento da circulação venosa, melhora a circulação geral.

    c) - Os órgãos abdominais são massageados pelos movimentos para cima e para baixo do diafragma.

    d) - Respiração baixa tem um efeito benéfico sobre o plexo solar, um centro nervoso muito importante.

     

    3. respiração Mediana: É um pouco mais difícil de descrever, visto que os limites de variabilidade são mais indefinidos. No entanto, a respiração ocorre principalmente nas partes centrais dos pulmões mantendo-os cheios de ar. Ele apresenta algumas das características dos estágios de respiração anterior, uma vez que o aumento do peito e costelas expande um pouco, e a respiração baixa, uma vez que o diafragma se move para cima e para baixo e o abdômen dentro e para fora um pouco. Por isso é denominada de torácica ou intercostal. Mas ainda é considerado um tipo de respiração superficial. Com esta forma de respirar, as costelas e peito são expandidos para os lados.

            Isso é melhor do que a respiração alta, mas muito inferior à respiração baixa e a técnica de respiração completa.

     

    4. A respiração completa: Tal como definido pela ioga, envolve todo o sistema respiratório e inclui não só as partes dos pulmões utilizados na respiração alta, baixa e média, mas expandem-se aos pulmões inteiro, de modo a tomar mais ar. A respiração completa não é apenas uma respiração profunda. Não é só um levantar os ombros clavícula e costelas, como na respiração alta, e também estender seu abdômen e diminuir o seu diafragma, como na respiração baixa, mas ele faz as duas coisas, tanto quanto é necessário para expandir os pulmões para a sua plena capacidade.

            A respiração de completa é a técnica básica de todos os diferentes tipos de respiração, portanto, deve ser dominado antes de praticar qualquer exercício respiratórios específicos.

            Tenha em mente que este tipo de respiração é feito somente quando você faz os exercícios de pranáyáma.

     

    Etapas da de uma Respiração Completa

            Basicamente, a respiração tem quatro estágios:

            Inalação, ou a tomada de ar na pausa antes de expirar. Expirando, ou o expurgar para fora o ar uma pausa antes de inalar novamente.

    Estes quatro estágios compreendem a um ciclo de respiração completa.

            Cada ciclo de respiração que é geralmente considerada como meramente uma única inalação seguida por uma única expiração pode ser analisadas em quatro fases ou etapas, cada uma com a sua natureza distinta e nome sânscrito tradicional.         As transições da inalação de expiração e de exalar a inalação envolvem inversões na direção dos movimentos dos músculos e dos movimentos expansivos ou contração dos pulmões, tórax e abdômen. O tempo necessário para esta inversão pode ser pequeno, No entanto, eles podem ser longos, como se pode perceber se for intencionalmente pare de respirar quando terminar de inspirar ou expiração. Os efeitos destas pausas, especialmente quando eles se tornam alongados deliberadamente e em seguida, espontaneamente, parece notável.  

            Vamos olhar para algumas técnicas de respiração tradicionais. O objetivo não é sugerir técnicas rígidas que precisavam ser seguido cegamente. Os métodos são sujeitos a algumas variações. Isto vai ajuda você a estabelecer e praticar ritmos saudáveis. Você também pode obter insight adicional sobre a natureza dos processos de respiração, e como atingir relaxamento adicional através deles.

     

    Formas que procede ao ato de respirar

     

    Puraka (inalação). O Ato de inalar denomina-se Puraka.

    Inalar primeiro e depois empurrar o estômago para frente. Segundo, empurrar as costelas para os lados enquanto ainda respirar dentro do estômago. Em terceiro lugar, levantar o peito e clavícula enquanto ainda inala o ar para dentro.

            Mesmo descrito como três processos separados, isto deve ser feito de um ritmo suave e contínuo com cada parte seguindo suavemente sobre a partir da parte anterior sem nenhum movimento brusco.

     

    Abhyantara Kumbhaka (Pausa depois de inalar) Pausa total: Kumbhaka consiste na interrupção deliberada do fluxo de ar e a retenção do mesmo nos pulmões, sem qualquer movimento dos pulmões ou nos músculos ou em qualquer parte do corpo, e sem quaisquer movimentos incipientes.

     

    Os benefícios de Kevala Kumbhaka.

            Kevala Kumbhaka envolve não só a cessação completa de movimento do ar e dos músculos, mas também a consciência de todos esses movimentos e tendências.         

    Rechaka (exalação)

            A terceira fase da exalação é denominada de Rechaka. Como na inalação a exalação deverá também ser suave e contínua, embora muitas vezes a velocidade de exalação é diferente da de inalação. Normalmente é utilizado um esforço muscular tanto para a inalação como na exalação.

     

     

    Kumbhaka Bahya: Pausa depois de expirar.

            A quarta etapa da respiração é a pausa depois de expirar, também é chamado de kumbhaka, especialmente quando a paralisação é deliberada ou prolongada. Esta pausa Kumbhaka Bahya completa o ciclo que termina com a pausa de uma inalação e novo ciclo começa para inalação, que é o início de um novo ciclo. Pausas respiratórias têm grande importância na prática do Pranáyáma – exercícios respiratórios.

     

    BANDHAS - Fecho

    Bandhas - As quatro fases da respiração ganham o nome de exercícios respiratórios – pranáyáma, quando além da respiração completa se utiliza se de vários fechos denominado de Bandhas.

    Bandhas é uma palavra sânscrita que significa "fecho". Cada um dos Bandha é empregado para prolongar pausas respiratórias o qual liga o ar nos pulmões ou bloqueia os canais de ar para escapar ou entrar.

            As partes do corpo que estão envolvidos nos Bandhas são: lábios e palato, glote e queixo e o diafragma.

            Os dois primeiros são mais importantes no prolongamento para as pausas com os pulmões cheios e enquanto os dois últimos são basicamente mais importantes para o pulmão Vazio seguida de pausa.

     

    Técnicas de respiração

            Muitos dos antigos Tantras afirmam que o corpo é um Yantra e que a respiração é seu mantra. De forma a facilitar o entendimento deste conceito, a respiração "Bhramari" é um excelente ponto de partida. É simples, ajuda na concentração e provê um sentimento de unidade entre o corpo e a respiração, uma consciência antes de simplesmente uma função do sistema nervoso autônomo.

     

    Pranayama - Técnicas de Respiração.

            Antes de praticar os exercícios, você deve ter certeza que você sabe como respirar corretamente e como fazer pleno uso do diafragma. A fim de facilitar o fluxo de Prana e garantir que os exercícios de respiração serão realizados.

     

    Respiração Completa: A maioria das pessoas respira rasamente, e mesmo aqueles que trazem a respiração conscientemente pelo abdômen podem estar deixando algum detalhe de fora.

            Inicialmente exale todo o ar, usando o abdômen para auxiliá-lo. Inale profundamente, puxando o ar pela expansão do abdômen. Continue inalando até preencher de ar todo o pulmão superior e a região da garganta. Mantenha o rosto relaxado. Retenha por alguns segundos, ainda com o rosto relaxado. Exale lentamente, primeiro o ar da parte inferior, depois superior dos pulmões e finalmente o ar que estiver na região da garganta. Contraia o abdômen até forçar todo o ar para fora. Trabalhe para aumentar o tempo de cada fase de inspiração - retenção - expiração, sempre que o tempo do ciclo em exercício seja alcançado de forma natural e não forçada.

            Não conte o tempo com um relógio, permita que seu corpo seja o relógio! A proporção da inspiração - retenção - expiração na respiração completa deve ser de 1:1:1.

     

    Purificação de Nadis.

            Pranayama é dito ser a união de Prana e Apana. A fim de limpar as impurezas do Sushumna, sente-se em Padmasana e inale o ar pela narina esquerda, deve retê-lo o quanto puder e deve exalar pela direita. Em seguida, puxando-o novamente através da narina direita e de ter retido deve exalá-lo pela esquerda e assim sucessivamente. Desta forma os Nadis purificam-se dentro de três meses. A prática deve ocorrer ao nascer do sol, ao meio-dia, ao pôr do sol e, da meia-noite, lentamente, 80 vezes por dia, durante 4 semanas. Na fase inicial pode ocorrer a transpiração, no meio do processo um pouco de tremor do corpo. Estes resultados decorrem da pressão ao executar o ato do exercício de respiração.

            Pela prática do Pranayama, a purificação das Nadis, o aumento do brilho do plexo solar, ou seja, do fogo poder, o aumento da audição dos sons distintamente espirituais e resulta em boa saúde. Quando os centros nervosos tornarem purificado mediante a prática regular da Pranayama, o ar facilmente força seu caminho para cima através da boca pelo o Sushumna distribuindo nas demais nadis, que está no meio. O Prana que alterna ordinariamente entre Ida e Pingala é contido por Kumbhaka longa. Os yogues buscam por está prática, pois ela pode ocasionar o estado chamado de Samadhi.

            Provoca jovialidade através da prática do Pranayama e doenças são perfeitamente evitadas.

            Quando o Nadis se tornaram purificados, certos sinais exteriores aparecem no corpo do Yogue. Eles são leveza do corpo, brilho na pele, aumento do fogo gástrico, magreza do corpo, e, juntamente com estes, na ausência de agitação no corpo. Eles são sinais de purificação.

     

     

     


            Nádí shodhana significa purificação das nádís, os canais da energia. Este respiratório é importantíssimo no Yoga, pois promove o bhúta shuddhi, a limpeza dos elementos do corpo sutil, requisito preliminar e indispensável para as práticas mais avançadas. Para fazê-lo corretamente, siga atentamente estas instruções. O nádí shodhana é silencioso e agradável. Se em algum momento você sentir que está perdendo o fôlego, ou que está ficando ofegante, reduza proporcionalmente a duração de cada fase até achar o tempo ideal para a sua capacidade pulmonar individual. Um detalhe: este respiratório precisa fazer-se sem forçar absolutamente nada, sem fazerem ruídos, sem ressoar, sem perder o fôlego, sem cansar-se, sem mudar de posição, sem mover-se, sem coçar, sem oscilar, firme como uma rocha. Deve praticar-se apenas pela manhã, antes das nove horas; preferentemente, entre as quatro e os seis.

            Quanto pránáyáma fazer? Vinte ciclos é uma ótima forma de se começar. Um ciclo completo de respiração alternada significa que você inspira por uma narina, retém o ar, exala pela outra, e retém sem ar.

            Como levar a contagem sem perder-se nem se distrair do exercício? Para contar, você deve usar o japa málá de dez contas da sua própria mão. Use a esquerda, pois com a direita você irá obstruir as narinas. Comece na segunda falange do dedo anular (1), e vá a sentido anti-horário, pela terceira falange do mesmo dedo (2), depois descendo para a terceira (3), a segunda (4) e a primeira falange (5) do mínimo, depois para a primeira falange do anular (6), a primeira falange do dedo médio (7), a primeira (8), a segunda (9) e finalmente a terceira falange do indicador (10). Depois se faz o caminho inverso, começando a segunda contagem no mesmo ponto em que a primeira terminou (de 11 a 20). Os números ímpares correspondem à inspiração pela narina esquerda (idá nádí); os pares, à narina direita (pingalá nádí).

            Devem usar-se as contrações (bandhas), durante o kúmbhaka: jalándhara e moola, garganta e esfíncteres. Para iniciantes, deve-se substituir o jalándhara pelo khecharí mudrá, contração da língua. Durante o a retenção vazia se faz o bandha traya, a contração tríplice.

            Para alternar a respiração, se usa o vishnu mudrá, com a mão direita frente ao nariz, e os dedos indicador e médio recolhidos na palma. A mão se movimenta o mínimo possível: apenas as pontas dos dedos obstruem alternadamente a depressão acima das narinas, sem forçar nada. O braço fica colado na caixa torácica, para não se cansar. Lembre que os yogues são mestres em economia. Tudo e qualquer movimento devem fazer-se pela lei do mínimo esforço.



    Nádí shodhana pránáyáma

            Inicie sentando numa posição firme e agradável, com as costas bem eretas. A mão esquerda fica em jñána mudrá sobre o joelho, com o polegar a o indicador se tocando, e a direita em vishnu mudrá. Usaremos apenas o polegar e o anular: o polegar para fechar a narina direita, o anular para fechar a narina esquerda. Não coloque demasiada pressão. Obstrua, não o orifício da narina, mas a depressão logo acima dela. Para iniciar, feche a narina direita com o polegar e respire profunda e ritmicamente, apenas pela esquerda. Inspire e expire pela narina esquerda. Não force nem segure a respiração.

            Esvazie por completo os pulmões. Ao inspirar, encha primeiramente o abdômen, depois a região intercostal e o peito. Concentre-se no processo da respiração. A inalação e a exalação devem ser iguais. Conte mentalmente usando o mantra Om. O mesmo número de repetições para inspirar e expirar. Se você inspira durante três repetições do mantra Om, expire também por três repetições do Om. Se você inala em cinco Om, exale no mesmo número. Consciência total no processo respiratório. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax.

            Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda. Você fará esta respiração por uns dez ciclos. Não precisa contar. Simplesmente respire. Isto é chandra nádí pránáyáma. Refresca o corpo, é sedativo e é bom para controlar o sistema nervoso. Respiração rítmica e profunda, apenas pela narina esquerda (2 minutos em silêncio). Seus olhos devem estar fechados. Consciência total no processo respiratório (1/2 minuto em silêncio).
            Agora, faça uma retenção vazia, exale e fique sem ar pelo tempo que lhe for confortável, sem forçar. Se não for possível reter por mais tempo, inspire lenta e profundamente e faça uma retenção interna, com os pulmões cheios, pelo tempo que lhe for confortável, sem forçar. Feche a narina esquerda com o dedo anular e exale pela narina direita e passe a respirar de forma profunda e consciente, apenas pela narina direita. Inalação e exalação lenta e profunda, somente pela narina direita. Lembre que os tempos da inalação e da exalação devem ser iguais. Conte mentalmente o mantra Om para pautar o ritmo. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax.

            Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda. Isto é súrya nádí pránáyáma. É muito bom para estimular a visão e a digestão e revigorar o sistema nervoso. Dá poder físico e produz intenso calor. Você fará também esta respiração por uns dez ciclos. Novamente, não precisa contar. Simplesmente respire. Respiração rítmica e profunda, apenas pela narina direita (2 minutos em silêncio).

            Agora exale e faça uma retenção vazia, pelo tempo que lhe for possível, sem forçar. Quando não for mais possível reter, inspire lentamente ainda pela narina direita e retenha o ar com os pulmões cheios, pelo máximo de tempo que puder, porém, sem forçar.

            Depois, feche a narina direita com o polegar, exale pela esquerda e inspire em seguida por ela. Troque de narina, exale pela direita e inspire por ela. Exale pela esquerda e inspire por ela. Exale pela direita, inspire pela direita. Isto é nádí shodhána pránáyáma, as respirações alternadas, que purifica os canais do corpo energético.
            Você inspira pela mesma narina pela que exalou. Somente depois, troca de narina, com os pulmões cheios. Respiração rítmica e profunda alternando as narinas. Lembre que os tempos de inspiração e exalação devem ser iguais. Faça mentalmente o mantra Om para contar os tempos de inalação e exalação. Se você inspira durante três repetições do mantra Om, expire também por três repetições do Om. Se você inala durante cinco Om, exale no mesmo número. Consciência total no processo respiratório (1/2 minuto em silêncio).

            Este exercício revigora o sistema nervoso e o intelecto, purifica o corpo sutil e dá muita energia. O processo completo de purificação do shúkshma sharíra e o sistema das nádís leva cerca de quatro meses, e deve incluir ainda cuidados com alimentação, hábitos e emoções. Esta é uma prática essencial. Sem ela, é impossível atingir estados de meditação profunda. Respiração rítmica e profunda alternando as narinas. Esta respiração deve fazer-se igualmente por dez ciclos. Novamente, não precisa contar. Simplesmente respire (2 minutos em silêncio).

            A próxima vez que você expirar pela narina esquerda faça uma retenção sem ar nos pulmões, pelo tempo que lhe for confortável. Quando não for mais possível segurar sem ar confortavelmente, inspire lentamente e retenha agora com os pulmões cheios. Depois, exale pela direita e faça mais uma retenção vazia.
            Se não for mais possível segurar sem ar confortavelmente, inspire muito lentamente e retenha agora com os pulmões cheios. Exale por ambas narinas e faça respiração rítmica e profunda. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax. Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda.
            Os tempos de inspiração e expiração devem ser iguais, pautados pelo mantra Om, feito mentalmente. A atenção concentrada no processo da respiração. Respiração profunda e consciente por ambas narinas. Isto melhora a digestão, purifica o sangue e irriga com maior intensidade o cérebro. Aproximadamente 30% do oxigênio é consumido pelo cérebro. Ao assimilar mais oxigênio, você estará alimentando melhor o seu cérebro (1/2 minuto em silêncio).

            Você poderá aplicar este exercício de respiração consciente a qualquer altura do dia ou quando você estiver cansado, menos imediatamente após as refeições. Não se preocupe em contar. Apenas respire. Agora expire e retenha pelo tempo que puder com conforto. Quando não conseguir mais reter, inspire lentamente e retenha mais uma vez. Aqui se encerra o nádí shodhána.        

            

     

    Metodologia.

            O pranayama é uma técnica que facilmente pode ser inserida no consultório aos seus clientes antes e após a aplicação de um método terapêutico.

            Na chegada do seu cliente, irá favorecer a preparação do seu cliente para que fique receptivo.

            No término da aplicação terapêutico, poderá lançar mão dos pranáyámas para que seja selado o que foi executado. Ou até mesmo para trazer o seu cliente para a consciência, caso a metodologia tenha levado-o à processo de cartase.

            O pranáyáma para beneficio ao terapeuta é perfeito permitindo a limpeza entre um atendimento e outro restabelecendo a própria energia e dissipando provável energia estagnada do cliente que tenha saído. Vital para o nosso pronto restabelecimento

     

    Conclusão

            O Pranáyáma é conhecido com técnica principal do yoga, conhecido por todos como método de relaxamento e proporcionando um caminho para a meditação.

            O pranáyáma é um legado que podemos lançar mão em qualquer momento de nossas vidas restabelecendo o equilíbrio.

            Depois de uma base sólida construída através de prática e conhecimento é hora de começar o processo de ir para práticas avançadas. Algum dos métodos é árduo, e outros mais suaves.

            Deve utilizar-se de sabedoria. É importante saber o seu nível de capacitação na execução do pranáyáma.

            Ironicamente, para aqueles que estão dispostos a trabalhar com a mente diretamente, as práticas mais simples de consciência e desaceleração suave da respiração pode ser a mais profunda e avançada.

     

    Bibliografia

     

    1 - Pranáyáma, a Dinâmica da Respiração, André Van Lysebeth,

    2 - A Ciência do Pránáyáma, Suami Shivánanda, Editora Pensamento
    3 - O Yoga, Tara Michael, Ed. Presença

     

    Autor: : CELI COUTINHO - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:19


    KUNDALINÍ – FORÇA E CONSCIÊNCIA

    KUNDALINÍ – FORÇA E CONSCIÊNCIA

     

    A consciência de si

    Autora: Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270

     

      

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2013.

     

    SUMÁRIO

    O que é o Tantra?

    Kundalini

    Granthis - Os três nós psíquicos

    Como usufruir do Tantra

    Conclusão

    Bibliografia

     

    Introdução

     

    O TANTRA é sentir, fluir e expandir.

    O sentir não há como explicar, somente vivenciar.

    O fluir se percebe enquanto se vivencia.

    E o expandir é o resultado do vivenciar e sentir...

    Somos produtos de uma sociedade contida daqueles que precisa: sentir o toque e se expandir, ao usar a fala se entende, ao ouvir aprende-se a perceber.  
    O Tantra também é uma filosofia comportamental de vida que aplicado no cotidiano fará com que as percepções fiquem mais proeminentes.

    Isso se aprende teoricamente através dos cursos.

    Aprender a fluir acontece através da psicoterapia, ferramenta que vai auxiliar você ir de encontro ao seu EU e retirar os paradigmas que impede de simplesmente sentir e Ser.  
    Vivenciar significa aprender está aqui e agora feliz consigo mesmo.

    O Tantra não é religião, não é sexo, não  é yoga. Em seus sutras (livros) encontrou-se varias estruturas comportamentais, cientificais, terapêuticas e principalmente ritualística. Com reverencias aos fluxos dévicos, pois se acreditava que cada ser existente tem uma proteção divina um deva (deus) ou um devi (deusa) que são representados pelos yantras – formas geométricas utilizadas nos ritos e os mantras – cantos vibracional de energia qualitativamente divina. Dando assim um panteão de deidades. Reverenciado através de puja – oferenda. Onde se deu a origem ao hinduismo. 
     

    O que é o Tantra?

    Tantra é um principio filosofal comportamental de vida. A palavra Tantra significa Livros – teia – união – mas especificamente expansão. Ela é derivada das palavras Tanoti – expansão – trayati – consciência – Portanto podemos deduzir que Tantra = Expansão de consciência.

    Tantra tem um principio filosofal comportamental e matriarcal. Surgiu por volta de 12000 anos na civilização dravídiana anterior a invasão dos arianos. Que por questões políticas deixa de ser matriarcal para ser patriarcal. Mas sua origem se espalha influenciando e ou formando varias outras civilizações.

    O Samkhya que é um sistema inventarista – é a parte cientifica do tantra que deu origem aos vedas e daí então a terapia ayurvédica. Aqui não há reverencia alguma aos deuses. Apenas a observação da mente, dando origem ao yoga.

    Ainda dentro do Samkhya ele conduz em um formato de enumerar situações de acordo com a natureza de cada fato denominado prakriti (natureza). Influenciando hoje as terapias psíquicas – como a psicanálise ou o coaching. Que é através do pensamento vibrar em sintonia positiva.

    O fundamento do Tantra é dirimido através do prana – ar vital – E daí então acontecem os pránáyama – exercícios respiratórios. Assim como a observação natural do homem em postura denominado de mudrá. Que deu origem aos asanas e ou ao Yoga.

    Hoje no ocidente somos altamente influenciados pelo o sistema tântrico. E podemos fazer uso das técnicas tântricas em vários formatos que em seu conjunto vai proporcionar um caminho para o coração e o Despertar do Eu que é a lembrança de um primeiro momento existencial enquanto.Fagulha divina.

    Os textos tântricos estão entre os mais antigos do hinduísmo e do budismo. Existem Tantras hindus e budistas se auto-influenciando e os textos mais recentes refere-se ao Tantra sob o nome de Artha Veda. Os Tantras em sua origem foram manuscritos em sânscrito. Ainda guardam as diferentes épocas, lugar, cultura e religião. Tomam a forma de enciclopédia de rituais e de filosofia tântrica. Sofreram com o correr dos séculos, várias adições. Os textos mais antigos foram compilados por volta do ano 600 dessa era.

    No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas.

    O Tantra floresceu no Vale do Rio Índio, em Mohenjo-Daro. Era a cultura Harappa, da qual se encontra vestígio raro, porém importantíssimos do ponto de vista histórico. A descoberta do Vale do Rio Indo esclareceu que essa cultura foi, possivelmente, a mais antiga do planeta. Os vários objetos já mostravam figuras esculpidas ou desenhadas com formas e imagens que evocavam práticas tântricas, tais como os Ásanas (posições físicas utilizadas para desenvolver a Kundalini).

      Essas filosofias conscientizam o homem de suas energias latentes e de relação com o cosmos (a natureza). Aquele que vê a natureza apenas como vida que existe no planeta Terra está tão equivocado quanto aquele que o vê como um universo cósmico repleto de planetas, sóis e nuvens de gases. Os dois vêem o cosmo de um modo míope e incompleto.

    O mesmo erro está expresso nas ciências que estudam o homem como um ser que possui corpo, consciência e subconsciência, acabam esquecendo que o ser humano é constituído de órgão que lhe permitem ultrapassar a mente inconsciente e a mente consciente; que seu corpo é constituído de sensibilidades que ultrapassam necessariamente o intelecto e, até mesmo, a intuição.

    Convém acrescentar que o homem pensado e conhecido pelo hindú é  possuidor de um corpo de sensações, extraordinariamente complexo, do qual não temos equivalente no pensamento ocidental.

    É justamente nesse ponto que queremos insistir: no conhecimento desse homem absolutamente insólito, desconhecido da filosofia e ciência ocidentais, onde o Tantra assenta sua sabedoria. É mostrar que, aquele que vê as coisas de um ponto de vista egoísta, centralizado em seu meio limitado jamais terá consciência das energias que o animam. É a negação do cosmos, é o absurdo da condição humana não ligada ao seu princípio (Dharma). Daí percebe-se que, para se aprofundar a questão homem / natureza é importante conhecer o Tantra.

    Como já  vimos anteriormente, Tantra significa expansão da Consciência, modos de vida, sexualidade e atitude social. No sentido mais amplo da palavra expressa uma filosofia de vida, uma cultura, bem como a preparação para a ação meditativa interior.

    A transcendência dos princípios Shiva e Shakti leva ao ponto central, que é a própria Shakti kundaliní indiferenciada a resposta de tudo. Essas especulações do tantra deram origem aos inúmeros cultos às divindades femininas (devís) que hoje existem no contexto do hinduísmo.

    A característica comportamental do tantra está centrada na transgressão de valores morais e sociais (desconstrução de estereótipos e clichês culturais e psicológicos) arraigados na cultura dominante indiana. Os textos, lendas e símbolos tântricos expressam vozes que contestam as estruturas rígidas patriarcais nas quais estão construídas as concepções de diferenças de casta, o papel social e familiar submisso da mulher, a ortodoxia e poder sacerdotal, a utilização depreciativa do corpo e da sexualidade e as normas e formas de se buscar o divino que excluem as “minorias” (castas inferiores, mulheres e etc.).

    O tantra também desenvolveu técnicas (vidhis) e práticas (sádhanas) psicológicas e corporais que visa proporcionar vivência real e sensorial aos seguidores de seus princípios. Nas práticas tantricas encontra-se complexas metodologias que tem como objetivo a tomada de consciência e o domínio do corpo, da mente e das emoções; a manipulação das energias físicas e psíquicas humanas em prol do desenvolvimento de poderes para-normais (siddhis) e a utilização desses no processo mundano e espiritual; a união dos opostos e a transcendência da dualidade na imersão na Ultima Realidade.

     

     

    NADIS – condutos energéticos

     

    O nadi palavra derivado da raiz sânscrita nala (motion.). O nadi é energia em movimento. Em vários pontos focais dentro do corpo prânico, redes de nadis se cruzam para formar chakras.

      São vários canis com nomes diferentes de acordo com suas funções. Nadikas são nadis pequeno e nadichakras são gânglios ou plexos em todos os três corpos.  
     Diz-se no Varahopanisad que o nadis penetram o corpo através da sola dos pés até a coroa da cabeça. Neles é o prana, o sopro da vida e o Atma que permanece produzindo a morada de Shakti, criadora dos mundos animados e inanimados.

    Todos nadis são originários de um dos dois centros, o Kandasthana - um pouco abaixo do umbigo, e do Coração.

    Doze dedos acima do ânus e na altura dos órgãos genitais e logo abaixo do umbigo, existe um canal em forma de ovo chamado kanda distribuindo canais de passagem de energias, que totalizam 101 nadis espalhado por todo o corpo, cada uma se ramificando em outro 101 que totalizam 72.000. Se movem em todas as direções e tomam inúmeras funções.

    A Siva Samhita menciona 350.000 nadis, dos quais 14 são indicados para ser importante.

    Os mais importantes são o Sushumna, Ida, Pingala, Gandhara, Hastajihva, Kuku, Sarasvati, Pusha, Sankhini, Payaswini, Varuni, Alambhusha, Vishvodhara, Yasasvíni.  Sushumna domina a todos os demais.

     

     

    IDA, PINGALA, SUSHUMNA - Para que se possa ter uma noção desses três nadis ao longo da coluna vertebral, tomemos uma série de números "8" e os coloquemos em posição horizontal, empilhando-os ao longo da coluna vertebral; teremos então uma figura semelhante às serpentes a figura acima. O nadi brota pela esquerda é Ida; o da direita Pingala; não estão dispostos de forma paralela, eles entrecruzam-se como pode observar na figura acima. No centro corre um canal: é o nadi Sushumna. Ao longo da coluna vai formando uma série de confluências, das quais a mais importante é a existente no chakra frontal, onde desembocam Ida e Pingala estando sempre ativos, mas o Sushumna permanece inativa, devido o prana circular através dele. No interior do Sushumna acham-se três outros nadis o Vajna, Chitrini, dentro do qual se encontra o Brahma nadi, ao longo do qual se elevará a energia Kundalini através da coluna no corpo físico.

    NADI = NATUREZA - "Cada nadi tem uma natureza quíntupla e encerra cinco fibras de energia estreitamente ligadas no interior de uma camada que os recobre. Estes filamentos de energia são unidos uns aos outros em relações transversais" É preciso, entretanto notar que cinco tipos de energia formam uma unidade e que, tomados em seu conjunto eles formam o próprio corpo etérico. É através destes cinco canais que correm os cinco pranas maiores, vitalizando assim todo o organismo humano. Não existe uma só parte do corpo que não possua uma rede de nadis subjacente à sua forma.

    Essa confluência pode entrar em congestionamentos gerando desequilíbrios e desencadeando “doenças” decorrente de bloqueios ou restrições ao funcionamento do sistema de nadis. A maioria das pessoas vê o corpo humano como uma série de camadas progressivamente, cada vez mais sutis e semelhante ao de uma cebola; mas a verdade é exatamente o oposto disso. Cada um dos corpos penetra no anterior até o centro do corpo físico, ou seja, todos se interpenetram. É isso que faz com que o sistema de nadis possa existir nos corpos físico e energético simultaneamente.

    Existem seis nadis do lado direito do corpo, seis do lado esquerdo e dois no eixo central. São, portanto, quatorze no total iniciando no Muladhara chakra.

    O corpo funciona segundo uma polaridade básica: feminino / masculino - receptividade / atividade.

    Todas as tradições reconheceram a existência dessa polaridade fundamental na vida e no corpo. Os sábios védicos, metaforicamente usaram as figuras do Sol e da Lua para representar o lado ativo e o lado passivo da criação. É auxiliado nesse trabalho pelos nadis solar e lunar, respectivamente Pingala e Ida.

    Todos os métodos yogues, como o pranayama e os ásanas, trabalham com esses três nadis. O Kundalini Yoga trabalha primeiro com os nadis da direita e da esquerda e depois com o nadi central, mediante o desenvolvimento do udana vayu – o vento ascendente –, que deve resultar na ativação da Prana Shakti, ou energia prânica primordial. O equilíbrio de ojas e tejas no corpo e na mente colabora para isso. É a união de tejas e ojas quem ativa a energia da Kundalini (Prana Shakti). Ela sobe então até ao topo da cabeça. Existe um nadi que cumpre especificamente essa função que é o Brahmi nadi.

     

    Os Nadis Centrais

    1. Sushumna – Corre do chakra da raiz ao sétimo chakra onde termina a parte superior da cabeça. Facilita o fluir ascendente do prana puro que nutre o corpo inteiro. Este nadi trabalha principalmente através de Prana Vayu.

     

    2. Alambusha – vai do começo do Sushumna até o ânus. É a via de saída pela qual o prana impuro e eliminado do corpo. Alambusha nadi começa na fonte do Sushumna. Ele termina no reto onde descarrega apana a partir do corpo. Está relacionada com a raiz do primeiro chakra e o Apana Prana

     

    Os Nadis da Direita

    3. Kuhu - Vai da base da coluna até o segundo chakra e depois se dirige até a extremidade do pênis ou da vagina. Leva o prana aos sistemas reprodutivo e urinário.

    Kuhu nadi fornece prana para o sistema reprodutivo e do trato urinário. Ele sobe da base da coluna vertebral para o segundo chakra. Lá se ramifica para acabar na ponta dos órgãos reprodutores. Este nadi funciona em conjunto com o segundo chakra e Apana Prana.

    O Nadi Kuhu por exemplo, faz acontecer a ejaculação juntamente com a Nadi Chitrini. O domínio desta nadi é o principal objetivo do exercício Vajroli, permitindo que o aspirante masculino eleve o fluido seminal do segundo chakra para o Chakra Soma dentro do Chakra Sahasrara, juntamente com o fluido vaginal de sua contraparte feminina. É essa prática que muitas vezes é conhecido como sexo tântrico, que criou um monte de atração para Tantra no Ocidente.

    4. Varuna - vai da base da coluna até o quarto chakra, e divide-se para espalhar o prana pelo corpo todo. Diz-se que existe em toda parte. Varuna nadi fornece prana para todo o corpo através do sistema circulatório, pulmões e pele. Levanta-se a partir do chakra do primeiro chakra ao quarto chakra. A abertura para este nadi é a pele inteira. Ele trabalha em conjunto com o quarto chakra e Vyana Prana.

     

    5. Yashasvati - vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo, e dirige para o braço direito e a perna direita. Leva o prana aos membros e permite a movimentação destes. Yashasvati nadi sobe do primeiro chakra para o terceiro onde se ramifica fora e corre para a palma da mão direita e sola do pé direito. Ele designa ramos de energia para fora que termina na ponta dos dedos das mãos e dos pés com as suas terminações principais ocorrendo no dedo polegar. Vyana Prana e terceiro chakra trabalham em conjunto com este nadi.

     

    6. Pusha – vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se ao olho direito, alimentando-o de prana. Pusha Nadi ramifica a partir do sexto chakra e termina no olho direito. Este nadi está relacionado com o Prana Vayu e o terceiro chakra.

     

    7. Payasvini - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se ao ouvido direito, alimentando-o de prana. Payasvini Nadi fora do sexto chakra para fornecer prana para a orelha direita onde termina. Payasvini está relacionado com o chakra da garganta.

     

    8. Pingala - vai da base da coluna ate o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se à narina direita, alimentando-a de prana. Nadi Pingala sobe do primeiro chakra para o sexto chakra onde se ramifica fora e termina na passagem nasal direita. Este nadi estimula toda a nadis no lado direito do corpo, e está relacionado com o primeiro chakra.

     

    Os Nadis da Esquerda

    9. Visvodhara – vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo de onde se dirige até à região do estômago, alimentando-a de prana.. Este nadi está relacionado com o Prana Samana e a terceiro chakra. O nadi Visvodhara controla o funcionamento do sistema digestório.

     
    10. Hastijihva
     – vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo, de onde se dirige ao braço esquerdo e a perna esquerda. Leva o prana aos membros e permite a movimentação destes. Hastijihva nadi, ramifica-se do terceiro chakra e corre para o a parte esquerda do pé e palma da mão com o término na ponta do polegar.

     

    11. Saraswati - vai da base da coluna até o quinto chakra, na garganta, de onde se dirige à língua e à boca, alimentando-as de prana. Saraswati nadi fornece prana para a língua e boca. Ele se ramifica do quinto chakra e termina na ponta da língua. Saraswati nadi trabalha em conjunto com o quinto chakra e Prana Udana.

     

    12. Gandhari - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, de onde se dirige ao olho esquerdo, alimentando-o de prana. Gandhari nadi fornece prana para o olho esquerdo, onde ele termina. Ele se ramifica do sexto chakra e como o nadi Pusha relaciona-se com o terceiro chakra.

     

    13. Shankhini - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, de onde se dirige ao ouvido esquerdo, alimentando-o de prana. Shankini fora do sexto chakra e energiza a orelha esquerda onde termina. Este nadi está relacionado com o quinto chakra.

     

    14. Ida - Começa no chakra raiz onde ele sobe para o sexto. Aqui ele se ramifica para proporcionar prana e terminam na narina esquerda. Este nadi estimula todos os nadis no lado esquerdo e está relacionada com o chakra raiz. Vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se a narina direita alimentando-a de prana.

    Oito das 14 nadis se movimentam o fluxo da energia em pares.

    Ida e o Pingala conduzem o prana para dentro e para fora das passagens nasais e controlam o sentido do olfato.

    Shankhini e o Payasvini controlam os ouvidos e o sentido da audição.

    Gandhari e o Pusha controlam os olhos e o sentido da visão.

    Hastijihva e o Yashasvati controlam a atividade motora dos membros e, portanto, o movimento.

    Os outros seis nadis controlam os outros sentidos e atividades motoras.

    Saraswati controla o paladar e a língua;

    Visvodhara controla o sistema digestório e a capacidade de digerir;

    Kuhu controla os sistemas reprodutor e urinário;

    Varuna controla a respiração, a circulação, a pele e o sentido do tato;

    Alambusha controla a atividade de eliminação.

    Sushumna controla o sistema nervoso e o corpo inteiro; contém em si todos os outros nadis, pois é o pilar axial do corpo subtil (os corpos etérico, astral e mental do sistema ocidental).

     

     

    KUNDALINI - A energia vital básica reside no centro básico (muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes através da alquimia agregada nas forças dos demais  Tatwas. Api – sentimento – terra – Pritivi – matéria – Vayu – Ar – Conhecimento e Akasha – Espírito Divino e depois retornando a sua origem na Terra. Proporcionando o grande mistério do que está em cima é o mesmo que está em baixo. 

    A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

    O Tantra Sadhana (prática), atuando como uma verdadeira Psicologia Energética do Yoga,  utiliza-se do instrumental: asanas, pranayamas, kriyas, bandhas, mudras, meditações etc. para sustentar o equilíbrio psíquico, emocional e energético - e conseqüentemente o equilíbrio da personalidade - de modo a proporcionar a experiência da Unidade. E para tal, trabalha com a administração da complexa fisiologia energética e das técnicas que citamos acima.

    Um dos elementos interessantes desta fisiologia (e desta filosofia) é  o conceito dos Granthis, os nós psico / emocionais / energéticos que estão posicionados ao longo da Sushumna Nadi (o conduto central de energia que se localiza como contraparte sutil da coluna vertebral).

    O Sushumna nadi  simboliza a consciência da Unidade (energia Kundalini) e os Granthis simboliza o fluxo do universo em forma do Fogo Sagrado. Os sistemas de corpos energéticos com seus núcleos de boicotes, limitações, sabotagens, apegos e falsas crenças e identificações que devem ser transmutados e re-significados ao longo de nossa jornada para a consciência da Unidade.

     

    Granthis - Os três nós psíquicos

     

    Os Granthis  são os obstáculos gerados através do psíquico / emocional / energéticos que cada um deve passar ao longo da sua trajetória rumo ao autoconhecimento.

    Ao mesmo tempo expressam as defesas e bloqueios que construímos. 
    Os samsaras (impressões psico-emocionais, que vão gerar vasanas, que são as crenças, tendências e padrões) – outro nome para os Corpos Energéticos - vai, de acordo com sua “temática”, funcionar como manutenção dos Granthis.

    É interessante procurar notar no trabalho de canalização de Corpos Energéticos, quais conteúdos estão relacionados e com que Granthis ?

    De onde se originam os padrões que estão sendo manifestados e expressos pelo canalizador?

     

    VRTTIS DOS CHAKRAS

    Os antigos yogues se dedicavam a ouvir os sons emitidos pelas pétalas durante suas meditações e descobriram 49 sons. A partir dos sons das pétalas, surgiram as 49 sílabas que compõem o alfabeto sânscrito.

    Mas afinal o que são estas pétalas? São sub vórtices dos Chakras chamados em sânscrito de Vrttis. São os vórtices da mente. Os yogues descobriram que cada vrtti emana uma determinada energia psíquica e podemos dizer que a combinação dos aspectos dos 50 vórtices compõe os bilhões de personalidades humanas que existem.

    De acordo com as escrituras do Tantra, as faculdades mentais (vrttis) são de cinco tipos, e podem causar ou não sofrimento. São os seguintes:

    Pramana: Correto conhecimento com base na percepção direta ou em escrituras;

    Vipariaya: opinião errônea após estudo, ou seja, interpretação ou avaliação errada e ou distorcida, quando o conhecimento de alguma coisa não é baseado em sua forma verdadeira;

    Vikalpa: ilusão ou fantasia, que repousa meramente em expressão verbal ou imaginação;

    Nidra: sono profundo sem sonhos,

    Smrti: memória, retenções de impressões do passado.

    A harmonização dos vórtices é uma tarefa árdua e até pra muitas vidas em algumas pessoas e à medida que o homem evolui espiritualmente eles passam a funcionar de uma maneira tal que nossos sentimentos e emoções não nos dominam mais.

    Quando um determinado vrtti de um Chakra é perturbado por reações psíquico emocional, mental ou até mesmo espiritual é estimulado e torna-se desequilibrado e este padrão energético flui através dos milhares de canais energéticos, os chamados Nadis de nosso corpo sutil, perturbando a tranqüilidade de nossa mente.

    Como os Chakras estão ligados a uma determinada glândula, o hormônio relacionado a ela é super ou sub estimulado, modulando sua produção e provocando sintomas físicos e emocionais perceptíveis.

    Podemos começar agora a concluir que estes vórtices de energias chamados Vrttis “são” a mente de registros passados e que podem ser também considerados como centros de consciência. Sendo assim, torna-se evidente que nossa mente não se localiza em nosso cérebro e em nenhuma estrutura física. Portanto, a mente está distribuída nos 50 aspectos existentes nestes seis Chakras sendo que o cérebro teria apenas uma função semelhante a um terminal de computador dando-nos a ilusão de que nossa consciência se localiza em um determinado local de nosso corpo: para os ocidentais espiritualistas entre as sobrancelhas, mas para os povos do oriente, mas especificamente tântrico, no coração.

    Passaremos a descrever as diversas qualidades psíquicas ligadas aos Vrttis de cada Chakra.

     

     

     

    Métodos para equilíbrio Nadis e fluidez da Kundaliní.

    Como já  mencionado todo desequilíbrio, e ou doença é o resultado do congestionamento ou restrições no sistema dos Nadi. O tato ou pranáyáma são os principais meio de restaurar o funcionamento adequado de qualquer área trabalhando através do sistema dos nadis.

    O quatorze nadis principal nasce no primeiro chakra. As Nadis Central é que facilita o fluir do percurso pela a coluna, fluindo seis de cada lado, ou seja, esquerdo e direito do corpo. O nadis no lado esquerdo está relacionado com o feminino - passivo -Tamásico. O lado direito, lhes confere a qualidade masculina - ativa - Rajásico e a Central nadis são Sáttvico de natureza.

    O Prana flui e alternam entre os dois lados do nosso corpo ao longo do dia. O lado direito é geralmente ativo durante duas horas, seguida por um breve intervalo de ambos os lados da atividade, e, em seguida, desloca para o lado esquerdo, durante duas horas. Isto pode ser observado pelo o ar que flui através das narinas. Se o ar é em primeiro lugar que flui acontece é da narina esquerda, este lado está predominante. Quando o ar flui através da narina direita, então o lado direito predomina. Quando o ar flui igualmente por ambas as narinas, o prana esta ativa nos canais centrais. Tome nota da narina que predomina quando você está energizado, sonolento, calmo e pacífico. Além disso, observe a narina que predomina quando você está deprimido ou irritado.

    Praticar a respiração com a narina alternado vai ajudar a manter o equilíbrio entre os dois lados do seu corpo e irá manter o equilíbrio correto das Gunas.

     

    Como Tratar os Nadis

    Tratando o sistema de nadis, empregamos um meio direto para a harmonização dos humores (dosha). Pelo uso consciente dos nadis na automassagem e tornando possível uma rotina diária para movimentar de forma pacifica os sentidos e a atividade motora prevenindo desequilibrios.

     

    Auto -Tratamentos

    1. Sushumna – Aplicar óleo quente ao topo da cabeça com movimentos circulares leves no sentido horário (óleo de Brahmi – espécie de centelha asiática).

     
    2. Alambusha – Lavar o ânus diariamente e aplicar óleo de gergelim.

     
    3. Kuhu – aplique óleo de gergelim nos órgãos genitais e região

     
    4. Varuna – Todas as técnicas de massagem contribuem para o tratamento deste nadi. A massagem com óleo é a mais eficaz para o tratamento da pele enquanto órgão do sentido do tato. A quantidade e o tipo de óleo dependem da constituição (prakruti - doshas).

     
    5. Yashasvati – Aplicar óleo quente nas palmas das mãos e nas solas dos pés diariamente. Use o óleo de acordo com a prakruti.

     
    6. Pusha – Umedecer um pouco algodão em chá de camomila, e coloque-o sobre olhos  e em seguida fazer uma leve massagem sobre eles..

     
    7. Payasvini – molhar o dedo no óleo e aplicar com cuidado dentro do ouvido. Massagear a orelha toda também é bom.

     
    8. Pingala – Use um conta-gotas para pingar duas gotas de óleo dentro na narina (óleo de Brahmi ou de gergelim). Ou então, aplique um pouco de óleo e fazer uma leve pressão ao lado da narina.

     
    9. Visvodhara – Fazer uma massagem de óleo quente na região do abdômen. Usar o óleo de acordo com a prakruti da pessoa.

     
    10. Hastijihva – Aplicar o óleo quente nas palmas das mãos e nas solas dos pés diariamente. Usar o óleo de acordo com a prakruti da pessoa.

     
    11. Saraswati – Aplicar um pouco de óleo na região da garganta e da mandíbula. Fazer uma massagem leve nas laterais da garganta e nos músculos do maxilar serve para tratar este nadi, bem como a massagem na parte de trás do pescoço.

     
    12. Gandhari – o mesmo que Pusha.

     

    13. Shankhini – o mesmo que Payasvini.

     
    14. Ida – o mesmo que Pingala.

     

    Um dos métodos mais importantes de tratamento dos nadis é a rotina diária de manutenção.

    Essa rotina diz respeito principalmente à higiene e ao correto uso dos sentidos. A sobrecarga dos sentidos é uma das principais causas de doenças.

    Os óleos naturais, extraídos a frio, contêm quantidades elevadíssimas de vitaminas, minerais e nutrientes. A pele é um órgão de assimilação e está relacionada ao sentido do tato. O óleo nutre o corpo inteiro por meio do sistema de nadis regido por Varuna nadi, um sistema complexo de canais minúsculos que se espalham pelo corpo inteiro.

    Como as narinas são os pontos finais de Ida e Pingala (e estes são os auxílios que apoiam todos os outros nadis), elas são o ponto mais importante do corpo para o tratamento. A limpeza e a nutrição diária das vias nasais é muito importante nos regimes de saúde da Yoga e do Ayurveda. Depois da limpeza que é feita com a cabeça inclinada para trás e para os lados, para lavar as narinas com água morna salgada utilizando um lota, as vias nasais podem ser nutridas com óleo. Pingar as gotas diretamente no nariz. Quando esse processo é feito diariamente, o cérebro fica nutrido e o dosha permanece equilibrado. Um conta-gotas e um pequeno frasco de óleo de gergelim são os instrumentos necessários para conter o humor.

    As outras formas de nutrição são o silêncio, o contato direto com a natureza, o amor, alimentos saudáveis ingeridos em quantidades moderadas e a meditação.

    Embora seja geralmente aceite que o Ida termina na narina esquerda e Pingala na narina direita (tanto assim que é aconselhado para respirar alternadamente em cada narina para purificar nadis, há duas interpretações tradicional é que eles são amarrados como um arco duplo, o Ida totalmente à esquerda, o Pingala completamente à direita, e Sushumna apoiando os chakras no centro. Uma interpretação rival, e que se tornou muito popular no Ocidente, é que o Ida e Pingala o suplente, atravessando a Sushumna o em vários pontos, dando assim origem à imagem do Cauduceus. Veja a imagem a seguir, mostrando os nadis e os chacras equiparado com os cinco elementos.

     

    acima, estilizado diagrama "cauduceus" mostrando o Ida a (azul), o Pingala (laranja), e os nadis Sushumna, os seis chakras (excluindo o Sushumna) e as associações elementares de cada chakra.

     
     
    Supõem-se que o prana (ativo) circule dentro Pingala, enquanto apana (passivo) circula dentro de Ida. Kundalini quando desperta circula dentro de Sushumna. O nadi Ida controla todos os processos mentais enquanto o nadi Pingala controla todos os processos vitais. Alguns autores associam os nadis Ida e Pingala aos sistemas nervosos simpático e parassimpático. 
     Acredita-se que estes nadis tenham uma função extra-sensorial, e estão associados às respostas empáticas e instintivas.

    As técnicas de respiração ritmada supostamente influenciam as correntes energéticas que circulam nesses nadis. De acordo com esta interpretação (que é a interpretação do Yoga) as técnicas de respiração servem para purificar e desenvolver estas duas correntes energéticas e preparam para exercícios respiratórios superiores cujo objetivo é o despertar de kundalini.

     

    Para que buscar pelo o Tantra?

    Buscar pelo o Tantra é o caminho que permite resgatar o poder de força e equilíbrio. É a ferramenta que conduz ao coração. Ou seja, o aprendizado de se amar, de sentir e de se permitir ter e fazer o que deseja. Sem dogmas e paradigmas.

    O Tantra permite co-criar sensações e realizações de vida. Através do realinhamento do poder de criar – feminino – shakti e de realizar – masculino – shiva inerente a cada pessoa – ou seja, permite acessar a sua verdadeira essência.

     

    Quais as formas que se pode buscar pelo o Tantra?

    Hoje o Tantra é divulgado como terapias tântricas e aproveito para desmistificar ou até mesmo esclarecer que quando se pensa em Tantra se traduz sexo e ou pornografia, divulgada pelos que exploram comercialmente o rotulo Tantra.

    Mas o Tantra é a tarefa de aprender a sentir e vivenciar terapeuticamente é possível através de meditações dinâmicas denominadas de vivências.

    Vivencias são métodos de conduzir um movimento através de uma melodia compactuada pela a sensibilidade do terapeuta em reconhecer através da nota os elementos que nela se forma, exemplo – terra, água, ar, fogo. A melodia é conduzida numa seqüência que produz o movimento de forma coreografada e conduz o participante a quebrar o fluxo ativo da mente de pensar para o sentir, mudando assunto o padrão comportamental da mente e concebendo o sentir formatando um equilíbrio automático.

     

    Vivência tântrica.

    Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira harmoniosa. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significaria estarmos sensual e sensorial?

    Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência, aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

     

    Individualmente

    Através do realinhamento de chakra – Deeksha – iniciação – com mantras que são palavras entoadas que produzem comandos de força no cérebro atuando em pontos específicos do corpo que leva ao despertar do inconsciente e forma assim uma mensagem de revitalização e capacidade de poder.

     

    Através da massagem tântrica – pertence ao rito do maithuna – metafísica do sexo e que foi retirada do rito com a função terapêutica a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido. 
     A pessoa ao ser massageado tem a sensação de carinho e de amor. Não há dores, desconforto, nem torções.

    A massagem tântrica pode ser comparada com o som de instrumento de cordas. Onde o terapeuta transporta através das pontas dos dedos e das palmas das mãos um fluxo continuo e suave de toques sobre a pele provocando a eletricidade do corpo denominada de libido. O toque é feito de forma harmonioso, sutil e amoroso.

    Esse processo de prazer ao ser canalizado durante a massagem permitir equilibrar os hormônios e revitaliza os órgãos genitais internos e externos.  Favorecendo a potência nos homens e preconizando ao orgasmo seco. 
     Para as mulheres proporcionarão a facilidade do sentir orgasmos, corrigindo disfunções como TPM, frigidez, timidez e valorização de si mesma como mulher deixando-a mais feminina e sensual. Os homens concebem em si a capacidade de fluir o fluxo de intuição, sensibilizando as emoções, promovendo a dose necessária para fluir no pulso dos negócios e da afetividade.

     

     

    Conclusão

    Tantra é um caminho de conexão ao Divino - uma das trilha para o sagrado, o poder latente da certeza em ser pleno e único.

    Tantra é a transformação de energia. Vivenciar a trama da vida. É Tantra o despertar para o prazer num todo.

    O Tantra não pede ao Sádhaka (praticante) que pare de agir, mas sim que a ação seja transformada em consciência interior. Não se trata de uma mudança radical de vida e sim de uma conscientização dos desejos, sentimentos e situações. Não apenas de conhecer o desconhecido, mas o de realizar o já conhecido.

    O Tantra torna o ser humano mais sensível ao seu momento histórico, revitaliza suas energias físicas e unifica suas paixões.

    Procure conhecer a filosofia do Tantra sem os olhos da religião = hinduismo e sem os olhos do sexo, como assim tem sido entendido.

    A libido é uma energia existente em todos os seres vivos e que permeia o fluir do fazer e concretizar. É a energia que permeia as paixões e o desejo. Mas é a porta para transcender a consciência O tantra diz fique aqui agora e vivencie .É assim para tudo na vida!!

    Você não pode viver o amanhã sem viver o Hoje!

    Portanto sorria, dance, vibre, celebre, isto é Tantra.

     

     

    Bibliografia

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

     

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:35


    Terapia em Sincronicidade

    RADIESTESIA - O poder vibratório de todo o que existe

    RADIESTESIA

    O poder vibratório de todo o que existe

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    EPÍGRAFE

    A radiestesia é a energia vibratória a disposição de Ser Humano”

    Nelson Zuniga

    DEDICATÓRIA

    A minha Família

    AGRADECIMENTOS

    Ao SINTE – Sindicato dos Terapeutas, Presidente e Equipe, Clientes e Amigos.

    SUMÁRIO

    1 Resumo 2

    2 Introdução 2

    3 Material e Metodologia 3

    4 Resultados 8

    5 Discussão 9

    6 Conclusões 10

    7 Bibliografias 11

    RESUMO

    Radiestesia

    Ser Terapeuta Holístico Radiestesista: E um ser que lida com o universo energético utilizando a Radiestesia e Radiônica. Pode transformar energias vibratórias, espiritualidade, emoções, pensamentos, e através do livre arbítrio do cliente, equilibrar os Cinco Corpos e os sete Centros de Energia, ambientes, tudo o que se consiga imaginar.

    Podemos ajudar alguém, mas sempre com a autorização energética do necessitado, se este estiver à distância.

    Na Radiestesia não há limites de tempo nem de espaço, as energias são detectadas instantaneamente independente de distâncias e dimensões.

    O verdadeiro Terapeuta Holístico conhece todas as energias, normalmente conheceu muitas linhas de pensamento e em todas elas encontrou diferentes pontos de vista. Trabalhar as energias elimina e quando necessário, neutralizar as vibrações desnecessárias e crescer para cumprir a missão de vida, no universo holístico do ser humano.

    Introdução

    De alguns profissionais que conheci tenho excelentes lembranças, devido no só, ao alto grau de cultura e competência, mas sim por eles serem flexíveis no entendimento de que os seres humanos têm cinco corpos (físico, mental, emocional, espiritual e energético). Também concordamos com o paradigma holístico que quando estes cinco corpos estão em equilíbrio a qualidade de vida e melhor.

    A Radiestesia pode ter um papel fundamental para a prevenção antes mesmo que os problemas se manifestem, esta técnica de reconhecimento vibratório se complementa com a de indução energética chamada de Radiônica. O radiestesista experiente se transforma com o tempo em um “Pendulo Radiônico” sem a necessidade de instrumentos.

    As NTSV Terapia em Sincronicidade – Radiestesia e radiônica. TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE – distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares. Faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares além da discussão interativa com o cliente, acrescido de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração de realidade e/ou preocupação com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.

    RADIESTESIA: Técnica de anamnese paranormal, onde se utiliza de instrumentos tais como um pêndulo e suas variantes para amplificar os movimentos inconscientes perante perguntas, meridianos ou ambientes, até mesmo a distância, por fotos, objetos ou mapas. Pela interpretação do movimento do instrumento, avalia-se os desequilíbrios energéticos do cliente ou do local, os quais serão harmonizados pelas mais variadas técnicas pertinentes à Terapia Holística, especialmente a Radiônica.

    Material e metodologia

    A Importância da radiestesia na Terapia Holística conclui que: a vibração para encontrar o equilíbrio perfeito, tanto para um ser ou um ambiente, está no corpo energético.

    Esta energia começa a ser trabalhada pelo ser humano desde os primórdios dos tempos, com a finalidade de encontrar água no subsolo, utilizando-se de uma forquilha (graveto em forma de Y) que passou de geração em geração agregando múltiplas variantes até o dia de hoje.

    Uma grande maioria de seres humanos cria defesas psíquicas contra os medos, sonhos que assolam o desenvolvimento, alguns levamos tão a serio que terminamos usando essas técnicas para ajudar os outros, nesse momento desenvolvemos a paranormalidade.

    Aprendizado

    Cada terapeuta, trilha seu próprio Sendero. Mas mesmo assim precisamos dos ensinamentos de outros que aprenderam, vivenciaram, estudaram ou nasceram com esses dons.

    A compreensão da necessidade de estudar, praticar e aprender nós leva a reconhecer nossas próprias limitações, é neste momento, que iniciamos o caminho dos mestres. Assim reconhecemos os símbolos e as cores da consciência muitas vezes representada por animais, flores, frutos, paisagens, elementos da natureza, as características e a densidade ou a leveza desses elementos sinalizarão o crescimento.

    O Terapeuta Holístico Radiestesista, vê e enxerga onde não há nada para enxergar, escuta o silêncio dos seres e das coisas, apalpa as energias, quando dorme viaja para outra dimensão e não tem medo da morte física porque já descobriu que é um ser eterno. Com esta descoberta consegue passar sabedoria e serenidade aos seus clientes.

    O caminho do Terapeuta Holístico não separa o Pensamento da Emoção, ao contrário as une com Atitude e Ação.

    Em Radiestesia, podemos adquirir a essência da lição em seu primeiro dia e desenvolver um processo de aprendizado onde cada dia deverá agregar valor ao anterior além de ativar a percepção e a criatividade, mantendo o interesse e a descoberta em cada conhecimento adquirido.

    Consultando os Gráficos

    Assuma uma posição de serenidade e neutralidade para não interferir nós resultados.

    Acalme suas emoções.

    Crie uma aura de proteção para você.

    Peça autorização as energias do ser humano consultado.

    Coloque o testemunho, nome, foto, objeto ou pensamento que represente o motivo da consulta.

    Deixe o Pêndulo reconhecer a missão que lhe foi encomendada e aguarde a comunicação.

    Analise o resultado, sinta-o, aconselhe ou coloque-o em prática.

    Tenha paz, persistência, perseverança e paciência.

    Sucesso nestas descobertas...

    Antes de começar na quietude da sua preparação profissional, equilibre seus Centros de Energia e seus Cinco Corpos. Após os atendimentos e importante que você terapeuta se harmonize novamente.

    Pêndulo

    As oscilações radiestésicas podem ser falseadas pela absorção de energias ou pela auto-sugestão do radiestesista.

    Oscilações unindo dois pontos denotam sintonia, comunhão, harmonia vibratória entre seres vivos ou objetos.

    Rotações horárias revelam afirmação, sintonia.

    Rotações anti-horárias indicam negação.

    Oscilações separando denotam desarmonia.

    Oscilações unindo denotam harmonia, sintonia, comunicação.

    Nunca pergunte quando fulano vai morrer. Jamais! Mesmo que lê seja solicitado, ou pago generosamente.

    Use sempre a energia de uma pedra na mesa e lave-a ao terminar cada sessão.

    Preste atenção na inversão de polaridade dos ciclos da vida.

    Quando consultar alguém sem o seu conhecimento, peça a autorização com o pêndulo à energia vibratória do consultado. O pendulo dirá com oscilações negativas ou positivas se pode interagir nesse momento. Esta situação e comum no espaço holístico devido a que muitas pessoas solicitam ajuda para seus entes queridos, que se encontram longe e precisando de harmonização na profissão, vida ou relacionamento.

    Orientação geográfica tem uma relativa importância facilitando o diálogo entre cliente e terapeuta: Cliente de frente para o Sul. Terapeuta de Frente para o norte.

    A cor necessária pela Radiestesia

    A influência das cores é primordial para o desenvolvimento do ser humano e o meio em que vive e trabalha.

    Numa rosa cromática, encontre com o pêndulo às três cores essenciais, use-as e adquira equilíbrio na sua vida.

    As cores que precisamos, costumam ser transitórias de acordo com as emoções do momento, atuando diretamente nos centros de energias das pessoas ou objetos.

    Comida, roupa, mentalização, são alternativas para absorver cor.

    Centros de Energia

    Os sete centros de energia determinam o estado geral do ser humano, bicho ou planta de estimação e ambientes, assim temos:

    • Básico: localizado no púbis e rege a produtividade, remove obstáculos, busca alimento para o corpo, para a mente e o coração. É o Centro de Energia da sobrevivência. Absorve mal e bons fluídos, desenvolve a conexão com a terra.

    • Umbilical: Ligado à procriação, a desejos e fantasias, criatividade e perpetuação, desenvolve a flexibilidade da água.

    • Plexo Solar: Sede das emoções, ligado as atividades intelectuais, desenvolve o elemento fogo.

    • Coração: Ligado ao auto-conhecimento, afeto, auto-estima, amor, equipe, arte, família, beleza, leveza e desenvolve o elemento do pensamento: o Ar.

    • Garganta: Ligado a contato profundo consigo mesmo, assim como a comunicação com os outros seres, intenções e metas aqui são alcançadas. Desenvolve o som.

    • Frontal: Ligado à intuição, clarividência, telepatia, visualiza estratégias, desenvolve o Ser Holístico.

    • Aura: Ligado a iluminação, ao espiritual, ao equilíbrio, mestria, serenidade, identidade e missão. Desenvolve o Eu Interior.

    • Cinco Corpos

    • Físico, vibrações do corpo.

    • Mental, pensamentos, comunicação, conceitos, idéias.

    • Emocional, gostos, valores, crenças, biografia, experiências.

    • Espiritual, aura, dimensões.

    • Energético, Ligação com a espiritualidade.

    Mantra pessoal pelas notas musicais usando o Pêndulo

    Com o Pêndulo conheça os três sons básicos que formam a essência do ser humano ou de ambiente. É de vital importância porque como seres rítmicos, temos que estar sintonizados com a vibração do todo. O universo nos mostra que foi criado à partir de uma grande explosão que gerou ondas rítmicas que influenciam todo o que existe visível e invisível. A galáxia tem o sol e a própria freqüência, os planetas, a lua, as mares, até chegar a nós mesmos: rítmo para respirar, para o coração pulsar, para comer, para dormir...

    O mantra pessoal nos dá a oportunidade para ajustar nosso micro-universo com o macro-universo.

    A vibração energética da terra equivale ao estado de freqüência alfa do ser humano entre 08 e 13 impulsos por segundo, medição feita pelo cientista Hans Berger em 1929.

    O mantra pessoal é uma chave única que abre e fecha as portas energéticas da sua casa (corpo), por isso permita-se cantar, assobiar ou simplesmente escutar ou dançar. Use e abuse de sua melodia, energia única do universo. Ao exemplo das cores, dos florais, os sons mudam quando equilibrado o corpo vibratório.

    As forças energéticas geradas pelas notas musicais, trarão equilíbrio aos centros de energia restaurando-os, posteriormente, com o pêndulo, verifique se o objetivo foi alcançado, harmonizando a aura da qualidade de vida, profissão e relacionamentos. Desta maneira seu código musical restabelecerá seu equilíbrio.

    Os Cinco Movimentos usando o Pêndulo

    No pôster “Os Cinco Movimentos”, com os dedos do cliente encostado na borda do desenho, fotografia ou nome, verifique com o Pêndulo, qual movimento está desequilibrado. Na própria ficha do cliente faça um gráfico (positivo __1 à 10 ______ Ideal ______ 1 à 10 Negativo). Tanto o excesso como a falta de energia, trazem desequilíbrios aos Cinco Movimentos que estão ligados ao Doze Meridianos e aos Sete Centros de Energia.

    Assim podemos criar várias pesquisas e as recomendações: Número próprio, Meridianos, Chás, Florais, Fitoterápicos.

    O passo seguinte é aprimorar a energia da Radiestesia e da Radiônica, e interferir diretamente nesse universo Energético.

    Auto-equilíbrio, Equilíbrio à distância, Relacionamentos, Profissão, Bens, Qualidade de vida, Prevenção, são algumas das tantas virtudes da Radiestesia.

    Resultados

    A Radiestesia vê além das aparências, a gaveta do criado mudo, o abrigo da pia, a bolsa, o porta-malas do carro, o guarda-roupas, a fachada, o telhado, o teto, o piso, a despensa, o porta-ferramenta, o jardim, eles são a extensão de seu corpo, eles falam de você. Assim como a profissão fala de virtudes e valores escolhidos por você.

    O verdadeiro terapeuta enxerga o cliente através da postura do corpo, da vestimenta, da caneta, do celular, do carro, do trabalho, da casa, da família, enfim, todo o universo desse ser humano, e somente conhecendo esse todo, é que trará verdadeiros resultados.

    Por isso, para a Radiestesia, os cinco corpos e os sete centros de energia (chakras) são de extrema importância. Como falar do ar se nunca prendeu a respiração? Como falar de amor, quem nunca amou? Como falar da água quem não conhece seus estados, a falta ou a abundância?

    Ser Radiestesista e Terapeuta Holístico é testar, vivenciar e aprovar toda técnica, com respeito ao livre arbítrio dos outros.

    Caso da cliente Holly (nome fictício)

    Acompanho o crescimento de uma cliente há mais de dez anos, muito bem equilibrada e resolvida. Vi seu desenvolvimento e maturidade, desde a adolescência, faculdade, casamento, filhos, mudança de estado.

    O relacionamento cliente-terapeuta, se sucedeu mais como uma manutenção, em esporádicas viagens ao meu espaço, ou atendimento via telefone, em datas como aniversários dela, do marido, do casamento, véspera de carnaval, semana santa, Natal e finados e quando faz investimentos importantes.

    Tudo corria muito bem no casamento, saúde da família, desenvolvimento profissional, felizes pela compra da sonhada casa própria com varanda colorida de flores, cachorro e gansos...

    Até que algumas semanas, curtindo esse crescimento e aproveitando o aniversário de casamento, comemoram com alguns amigos em bonita e agradável festa.

    Após alguns dias, começaram a ter calafrios, mau humor, ansiedade, impaciência, sonhos terríveis ao ponto de se agredirem, verbal e fisicamente, sendo que isso nunca antes tinha acontecido. Eu que pessoalmente faço a harmonização do casal e tinha aprovado a planta da residência como energeticamente limpa em seus sete pontos de energia, e em cada m2 e em todo seu perímetro.

    O que poderia ter acontecido? Com o Pêndulo descobri energia desarmônica emanada por algum objeto na sala. Foi fácil chegar a um cálice de prata presenteado com carinho e sem segundas intenções por um casal de amigos.

    Após limpar o cálice à distância, pedi que o embrulhasse em um saco preto de plástico e o colocasse fora da casa por alguns dias. Pedi também que agradecesse o presente e averiguasse a procedência (ele tinha sido comprado num antiquário da cidade), peça maravilhosa, mas seus donos, espiritualmente continuavam apegados a ele.

    Após encaminhamento para o Portal da Luz dessas energias, o casal decidiu revender ao antiquário. Tudo voltou ao normal, e uma coisa é certa, eles não gostam mais de antiguidades...

    Discussão

    Profissão, Relacionamentos, Qualidade de Vida.

    Profissão, Relacionamento e Qualidade de Vida, são os temas mais preocupantes desde o início da humanidade.

    A Profissão está ligada ao “ter”, as posses que sustentam a si mesmo e as que podem ser oferecidas à uma pessoa amada.

    O Relacionamento está ligado ao “ser”, a índole espiritual hereditária dos pais e criadores, do meio ambiente onde se desenvolveram os próprios valores e virtudes, e, que mesmo enraizados no mais profundo da alma, podem ser modificados.

    A Qualidade de Vida, “estar” esta ligada ao medo de perdê-la, portanto para não perdê-la ou para restaurá-la, deve ser entregue aos profissionais competentes dessa área.

    Cabe ao Terapeuta Holístico e ao Radiestesia, analisar o efeito vibratório da Qualidade de Vida e verificar quais são os padrões de pensamento que criaram um determinado efeito físico e, uma vez descoberto, sintonizar um pensamento padrão positivo e repetitivo que aliviará o sofrimento dos corpos emocional, espiritual e energético primeiramente.

    Estes três verbos “Ter” “Ser” “Estar” estarão relacionadas a todos os consulentes, que buscam solucionar os desequilíbrios em qualquer Centro de Energia ou nos Cinco Corpos.

    Para distinguir a força energética predominante na situação consultada torna-se necessário o uso do Pêndulo Radiestésico, que com a experiência passa a ser um excelente instrumento, até o terapeuta se transformar num Pêndulo Humano, capaz de ver, sentir, ouvir a comunicação implícita não verbal do consulente. De posse desta condição poderá alterar ondas vibratórias de restauração equilíbrio energético.

    Conclusões

    Não há um pêndulo que se adapte a qualquer radiestesista. É como os cristais, cada um encontra sintonia com um próprio. Seja artesanal, de fabricantes excelsos, uma simples gargantilha, um feito por você mesmo. O principal é que você seja o pêndulo, lembrando que o instrumento é uma ferramenta importante, mas que sua consciência está por trás dele.

    O Pêndulo e uma antena intuitiva, e você é o receptor e o emissor, evite usar esta virtude como muleta.

    Alguns clientes consultam para decidir a escolha de seus colaboradores, mesmo eles tendo decidido a níveis acadêmicos muito eficientes. O valor agregado a esta decisão são as energias vibratórias das inteligências espirituais e energéticas, que vão interagir com a energia do ambiente de trabalho, empreendedores e colaboradores, lembrando que uma pessoa, família ou uma empresa podem ser eficientes ou excelentes. A eficiente usa apenas a inteligência racional e a Excelentes todas as inteligências em suas devidas porcentagens para não esquecer os resultados.

    Referência bibliográfica

    • Experiência auto-didata à partir do sete anos.

    • O poder dos Pêndulos Ed. Book Plus – J. Polansky 1980 Nevada EEUU

    • Além do Poder dos Pêndulos – Greg Nielsen Ed. Record 1988 RJ

    • O Tao da Física Ed. Fritjof Capra EEUU

    • O Caminho do Mago Ed. Rocco Deepak Chopra 1997 RJ

    • Dinâmica da Cromoterapia Ed.Linha Gráfica – René Nunes 1993 Brasília

    • A Paz Começa com Você – Ed. Gente – Ken O´Donnell 1991 SP

    • Quem tem medo da Obsessão? - Ed. São João - Richard Simonetti – 1993 SP

    • Cure Seu Corpo Ed. Best Seller - Louise L. Hay 2005 RJ

    Autor: : Nelson Nibaldo Flores Zuniga -Terapeuta Holístico- CRT 34429
    Última atualização: 20/05/2008 13:35


    O Tarô Terapêutico e sua relação com os Florais de St. Germain

    O Tarô Terapêutico e sua relação com os Florais de St. Germain


    Andrea Rodrigues Teixeira - Terapeuta Holística - CRT 41933



    A grande invocação
    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra


    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra


    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem.


    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal.


    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.


    Dedicatória
    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes, que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.

    Dedico também a Aparecida Dutra Azevedo, por ser minha terapeuta e mentora dos meus processos emocionais e espirituais.


    Agradecimentos
    Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem a oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

    Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

    Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

    Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.


    Sumário

    1. Introdução..............................................................................................................8

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo..............................................................................8

    1.2.O método freudiano da associação livre................................................................9

    1.3.. Tarô – história e apresentação...........................................................................10

    1.4. Os Florais de Saint. Germain..............................................................................11

    2. Material e metodologia................................................................................................12

    2.1. O método do tarô terapêutico............................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................13

    4. Discussão.....................................................................................................................25

    5. Conclusão....................................................................................................................27

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................28

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................29



    Resumo

    O presente trabalho visa demonstrar, de maneira teórica, a relação que existe entre a aplicação terapêutica dos Florais de Saint Germain, sintonizados por Neide Margonari no Brasil, e as cartas do tarô com uma abordagem junguiana, utilizadas dentro de seu fundamento terapêutico.

    Este importante meio de demonstração dos arquétipos mundiais, presentes em todas as culturas e religiões de diferentes maneiras, pode ser útil e ajudar a esclarecer processos inconscientes que, na sua maioria, não conseguem ser facilmente acessados pelos clientes em terapia. Da mesma maneira, os florais podem ajudar na cura dos diagnósticos proporcionados pelo tarô, num processo terapêutico complementar e que pode apresentar resultados mais eficazes e rápidos dentro da terapia.

    Assim, este trabalho faz esta relação direta entre os dois conhecimentos, demonstrando, no final, que os dois tem mais em comum do que se possa imaginar num primeiro momento.


    1. Introdução


    1.1. Jung e o inconsciente coletivo


    A psicologia analítica, desenvolvida por Carl Gustav Jung, é a que mais pode contribuir para a orientação teórica deste trabalho. Isso porque Jung estudou, inclusive, os arcanos do tarô e várias outras formas dos chamados eventos extrafísicos, ou seja, casos que não podem ser comprovados pela ciência tradicional e que não são aceitos pela mesma, sendo consideradas mitos ou inverdades. De fato, os eventos analisados por Jung, como o tarô, a sincronicidade e tantos outros, não poderiam ser comprovados pela ciência empírica, cega as manifestações energéticas do homem e que não o considera como um todo, ou seja, como um ser holístico.

    Isto posto, vamos analisar, primeiramente a noção básica da psicologia analítica, o conceito de personalidade total (Self). Segundo este conceito, a psicologia humana se desenvolve de duas maneiras concomitantes. Primeiramente uma psique extraconsciente cujos conteúdos são pessoais. E, paralelamente, uma psique cujos conteúdos são impessoais e coletivos, o chamado inconsciente coletivo. (Magalhães, 1984).

    Por inconsciente coletivo podemos compreender uma psique mais profunda, comum a todos os humanos e sem distinção de cultura, raça ou religião. Essa psique seria formada por padrões de estruturação da personalidade nas diferentes fases da vida (infância, adolescência, relação conjugal e profissional, velhice, preparação para morte) chamados de arquétipos. (Magalhães, 1984). A explicação dos arquétipos seria a do “modo como os pássaros fazem o ninho, por exemplo, é um código inato, assim como certos fenômenos simbióticos entre insetos e plantas. Da mesma maneira o homem nasce com certo funcionamento, certo padrão que a torna especificamente humano. Este padrão está expresso nas imagens arquetípicas, ou formas arquetípicas”.

    ( Evans apud Magalhães, 1984).


    A noção de arquétipo, postulando a existência de uma base psíquica comum a todos os humanos, permite compreender por que em lugares e épocas diferentes aparecem temas idênticos, nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de modo geral – seja nos sonhos das pessoas normais, seja no delírio dos loucos”. (Silveira apud Magalhães, 1984).

    Jung ainda coloca os arquétipos como imagens “primordiais” (Burckhardt apud Jung, 1987), ou seja, uma aptidão da mente humana de manter as imagens como elas eram nos primórdios da humanidade.

    Essa hereditariedade explica o fenômeno, no fundo surpreendente, de alguns temas e motivos de lendas se repetirem no mundo inteiro e em formas idênticas...” (Jung, 1987).


    Uma outra noção junguiana muito importante no presente trabalho é a teoria da sincronicidade, desenvolvida pelo autor. Segundo ele, a sincronicidade é a “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos” (Jung, 1971). Porém, estes fatos não são somente uma coincidência estatisticamente comprovada, mas uma manifestação do psiquismo da pessoa com a qual ocorre o fato, a sincronicidades. Jung começou a pensar nisso quando, ouvindo o sonho de uma paciente sobre um besouro, viu o mesmo besouro entrar pela janela de seu consultório. De fato, a possibilidade matemática disto acontecer com eles (médico e paciente) era remotíssima, apesar de possível, o que o fez acreditar que algo no inconsciente coletivo fazia com que os acontecimentos certos aparecessem para determinada pessoa, como um modo de mensagem que deveria ser decifrada como algo importante e que trouxesse desenvolvimento e evolução ao ser em questão. Assim “o fato psíquico modifica ou elimina os princípios da explicação física do mundo está ligado à afetividade do sujeito da experimentação” (Jung, 1971). Ou seja, os fatores da psique humana são capazes de modificar os conteúdos do mundo físico, fazendo com que ocorram as chamadas sincronicidades. A sincronicidade é, portanto, “uma percepção de uma simultaneidade de acontecimentos internos e externos, não necessariamente no mesmo momento – daí serem sincronísticos e não sincrônicos.” (Guimarães, 2004).


    1.2. O método freudiano da associação livre


    Freud, considerado o pai da psicanálise, cunhou o termo associação livre como método eficaz dentro do seu trabalho terapêutico. Por associação livre podemos entender:


    Método que consiste em exprimir indiscriminadamente todos os pensamentos que ocorrem ao espírito, quer a partir de um elemento dado (palavra, número, imagem de um sonho, qualquer representação), quer de forma espontânea.” (Laplanche e Pontalis, 2001).


    Assim, todos os pensamentos que ocorrem ao paciente no momento da sessão são importantes e interessantes no processo da terapia. É como uma porta que se abre no inconsciente e “escolhe” os assuntos ou associações que determinado indivíduo faz em alusão a alguma coisa. Podemos, com isso, pesquisar farto material sobre o assunto em questão e o que poderia parecer mero acaso de fala passa a se tonar material para o trabalho de conscientização.


    1.3. Tarô – história e apresentação


    Vejamos, primeiramente, o que Banzhaf nos diz sobre o tarô:


    “O tarô é um oráculo de cartas que, em sua estrutura atual, é conhecida desde o século XVI. Consiste em 78 cartas, divididas em dois grupos principais: as 22 cartas chamadas Arcanos Maiores (do latim arcanum, que significa “segredo”) e as 56 cartas chamadas Arcanos Menores. Os Arcanos Maiores apresentam figuras ou “personagens” individuais e inconfundíveis, numerados em seqüência clara. Já os Arcanos Menores são precursores do atual baralho de jogo, pois se dividem em quatro séries de naipes” (Banzhaf, 2001).


    Para o presente trabalho vamos considerar somente os Arcanos Maiores do tarô.

    “Erupções dramáticas deste gênero usualmente significam que aspectos negligenciados de nós mesmos buscam reconhecimento.” (Nichols, 1980). Assim, o tarô utiliza-se dos arquétipos do inconsciente coletivo para nos mostrar, por meio de importantes mensagens, aspectos nossos abandonados ou deixados de lado por alguma motivação consciente ou não. A sincronicidade entra na escolha de cada uma das cartas pelo consulente ou pelo tarôlogo. Assim, não é a toa que uma determinada carta é puxada quando o consulente concentra-se em um determinado aspecto de sua vida. O tarô responderá de acordo com a energia psíquica que aquela pessoa desprende no momento da jogada.

    Veja bem, não se trata de uma mágica barata. É toda uma teoria psicológica que respalda os indícios de que as figuras que aparecem no tarô representam de alguma maneira aspectos de nosso inconsciente coletivo. Assim, as cartas podem ser utilizadas por qualquer pessoa, a qualquer tempo. São atemporais como o é o próprio inconsciente, onde não se separa presente, passado ou futuro. Os eventos apresentados nas cartas do tarô podem tanto vir de eventos futuros (aparecendo como previsões) como de eventos passados ou presentes, exatamente pela atemporalidade do aspecto inconsciente. O importante é saber que esses aspectos, quando solicitados pelo consulente no momento da consulta de tarô, aparecerão de acordo com a sua importância na vida psíquica da pessoa, ou de aspectos escondidos que precisam vir à tona (ou seja, eventos inconscientes que precisam ser conscientizados) de coisas que já aconteceram, como de eventos que tem um potencial para acontecerem no futuro e que, de alguma maneira, ainda poderão ser modificados. Por isso que não podemos falar em destino como uma tabula rasa escrita por alguma outra força que não esteja em nós mesmos, mas sim como uma possibilidade dentro dos eventos da vida da pessoa que serão levados a cabo de acordo com cada uma de suas escolhas.

    Assim, os arquétipos representarão o encenar de uma peça que já acontece há muitos séculos, desde os primórdios da civilização, mesmo que mude seu cenário. Por isso a grande quantidade de diferentes modelos de tarô, de diferentes épocas, religiões e conceitos. O aspecto principal é que as figuras não mudam, os arquétipos são apresentados sob diferentes roupagens, mas sempre serão os mesmos.


    1.4. Os Florais de Saint Germain


    Os Florais de St. Germain foram sintonizados pela terapeuta Neide Margonari, a partir de seu chamamento pessoal em 1990. Eles abrangem 79 essências retiradas de flores presentes na Mata Atlântica, nativa da costa brasileira. Conta também com uma fórmula chamada de Fórmula Emergencial. Esta Fórmula Emergencial é usada na maioria dos casos para uma limpeza prévia da aura do paciente e, em alguns casos emergenciais como choques, perdas e o momento de uma notícia que abale a estrutura emocional e espiritual do paciente.

    Na sua maioria, dos Florais de St. Germain são utilizados para o tratamento de doenças nos campos físico, emocional e espiritual, como obsessores e vampirismo psíquico. Por esse motivo, estes foram os florais escolhidos para realizar o trabalho terapêutico dentro da clínica, pois trata o homem como um ser holístico, com todas as suas faces e necessidades específicas.

    A seguir, apresenta-se uma tabela de todas as essências florais de St.Germain e sua utilização clínica.






    2. Material e metodologia


    2.1. O método do tarô terapêutico


    O método do tarô terapêutico é de uso e aplicação simples, mas com grande poder de síntese do processo principal pelo qual a pessoa está passando. Separam-se os 22 arcanos maiores do tarô e é pedido que o consulente embaralhe as cartas concentrando-se, principalmente, no motivo real de seus problemas atuais. O consulente também pode se concentrar em um problema específico. Logo após, o terapeuta abre o baralho à sua frente, de maneira que todas as cartas fiquem viradas para baixo e seja possível puxar qualquer uma delas. Ainda concentrado, o consulente precisa puxar uma única carta, que será o motivo da meditação durante todo o restante da sessão. O terapeuta precisa explicar o máximo sobre a carta em questão e pedir que o consulente faça suas associações com os problemas pelos quais está passando ou conte uma história do que acha que está acontecendo na figura. Assim que terminar o processo, o terapeuta já saberá em quais aspectos da carta é preciso atuar e quais os florais que representam esses aspectos.

    Para cada uma das cartas do tarô, com cada uma de suas representações arquetípicas, é possível relacionar um ou mais florais. Cada floral vai trabalhar um aspecto diretivo da carta em questão, por isso que é necessário o tempo de associação livre entre o terapeuta e o cliente. Neste período, é necessário descobrir porque aquela carta especificamente está entrando na vida do cliente e como as mudanças desses aspectos poderão ser mudados. Os florais servirão como o remédio para a alma, mas o processo de cura vai começar já com o uso da associação livre.

    Assim, como cada arquétipo trabalha determinados aspectos da psique humana e os florais de St. Germain também, foi possível fazer a associação dos aspectos presentes nos arcanos do tarô (arquétipos) e as soluções apresentadas por cada um dos florais. Assim, dependendo de cada aspecto que seja encontrado na elaboração terapêutica do tarô é possível receitar determinado floral, respeitando a sua aplicação para aquele determinado caso. Nos resultados, apresentam-se as relações possíveis entre cada arcano arquetípico e o uso dos Florais de St. Germain.





    3. Resultados


    A seguir, apresentam-se as relações entre os florais, as cartas do tarô e as possíveis associações terapêuticas:


    O Louco“O louco é o andarilho, enérgico, ubíquo e imoral” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa a pessoa que precisa soltar-se mais, precisa esquecer o passado, as mágoas e impulsionar em direção à vida e ao futuro. Pode representar pessoas que tem um louco dentro de si, mas tornaram-se metódicas e enfadonhas, atingindo um alto grau de depressão ou desespero sem motivo. Pode evocar estados de síndrome do pânico, onde toda a energia represada precisa ser solta de alguma maneira. Também evoca a energia presa que gera estados de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na divindade), Algodão (desbloqueia a ligação com a intuição e com o instinto), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Gerânio (depressão, ansiedade e medos infundados), Bom dia (dificuldade de enfrentar a vida), Dulcis (estagnados na sua jornada), Embaúba (mágoa profundas), Ipê roxo (fortalecimento do Self), Panicum (Síndrome do pânico), Piper (se sentem travados, hábitos obsessivos), Saint Germain (insanidade, desligamento com o Eu interior), Verbena (rigidez mental), Anis (pessoas que não se entregam pra viver sua vida na plenitude), Coronarium (Trabalha os estados de mania, paranóia, insanidade, demência e loucura), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Lírio Real (ser livre em qualquer situação), Ameixa (perda do controle mental), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes inúteis), Madressilva (aprisionadas ao passado) e Pinheiro Libertação (Liberta aspectos aprisionados na alma).


    O Mago “O mago é capaz de realizar sua mágica diante de nós, bastando para isso que assistamos às suas representações.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa o adolescente, que acaba de começar a sua jornada ou alguém que acaba de começar uma coisa nova. Pessoas muito ligadas com o superficial, identificadas quase que totalmente com o ego, que precisam do outro para se sentir queridas, amadas ou reconhecidas. Falta de reconhecimento da realidade, pessoas muito iludidas ou presas a fantasias.

    Florais relacionados: Aloe (Independência e autoconfiança), Gerânio (desligado da realidade), Erianthum (egoísmo, autocentramento e superficialidade), Capim Seda (pessoas que se deixam levar pela energia dos outros), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Gloxínea (novos começos), Amygdalus (presa no mundo das ilusões), Grandflora (algozes e sádicas), Helicônia (Aprisionadas nas malhas da ilusão das glorias da ascensão social), Limão (de índole mentirosa), Purpureum (manipuladores), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Bambusa (desviaram-se do seu caminho por influência dos outros), Indica (revela o oculto, o que está por traz das aparências), Myrtus (para pessoas presas no mental do outro), Triunfo (só dar valor às aparências), Vitória (autenticidade), Pau Brasil (energia para despertar nossos talentos latentes, nossa real vocação) e Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real).



    A Sacerdotisa“Dela é o reino da profunda experiência interior; dela não é o mundo do conhecimento exterior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa a pessoa que não consegue se ligar à sua espiritualidade por não estar ligada ao seu lado feminino. São mulheres com dificuldades no feminino sagrado e homens que não conseguem acessar sua porção mulher, gerando machismo e falta de respeito pelo feminino. Mulheres que perderam a intuição por conta do mundo competitivo em que vivemos e do acúmulo de tarefas. Pessoas que, em geral, precisam refazer seu contato com o seu espírito. Mulheres com forte TPM por conta desse distanciamento.

    Florais relacionados: Abundância (amor incondicional), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Luz (emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Cidreira (pessoas sobrecarregadas), Gloxínea (baixa auto-estima e acumulo de afazeres), Patiens (desenvolvimento da paciência, flexibilidade e tolerância), Pectus (padrões de submissão), Purpureum (TPM e acúmulo de líquidos), Indica (desperta a intuição), Rosa Rosa (amor incondicional), Vitória (sentimento de inadequação), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Lótus do Egito (expansão da consciência e da espiritualidade) e Cocos (personalidade capacho).


    A Imperatriz “É, portanto, a Imperatriz quem faz às vezes de ponte entre o Mundo Mãe de inspiração e o Mundo Pai de lógica e laboratórios...” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa travada no seu processo criativo por afastamento do seu lado feminino. Falta de inspiração para mudar o que precisa ser mudado. Excesso de “amor”, relacionamentos destrutivos e sufocantes. Falta de fertilidade e de prosperidade. Excesso de dramaticidade do real. Pessoa ciumenta e invejosa.

    Florais relacionados: Abundância (amor incondicional), Algodão (bloqueio no ouvir e ver internos), Aloe (acessar a independência e a autoconfiança), Capim Seda (desbloqueio do fluxo natural), Erianthum (não se aprofundam na vida e nos relacionamentos), Leucantha (conexão com a grande Mãe interna), Limão (personalidade invejosa), Perpétua (perdas afetivas), Pepo (dificuldade de perceber e despertar para as situações da vida), Abricó (dificuldade de concretizar), Boa Sorte (remove os obstáculos para prosperar), Indica (intuição), Monterey (culpa consciente ou inconsciente), Rosa Rosa (amor incondicional), Fórmula Leucantha ( rejeição da gravidez) e Poaia Rosa (amor incondicional e espiritual).


    O Imperador – “Aqui começa o mundo patriarcal da palavra criativa, que inicia o domínio masculino do espírito sobre a natureza.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de senso prático. Excesso de ilusões e fantasias. Falta de concretude. Problemas com figuras de poder, como chefes. Racionalizar demais como mecanismo de defesa. Falta do princípio da ação, pessoa acomodada. Falta contato com a realidade, vive no mundo mental, das idéias sem concretizar nada. Problemas em se destacarem do todo e em encontrar soluções na vida profissional.

    Florais relacionados: Abundância (expansão da consciência), Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor, útil para governantes e políticos), Aloe (verdades que o inconsciente sabe mas a pessoa não quer enxergar), Amygdalus (pessoas presas no mundo da ilusão), Bom dia (depressão camuflada), Cidreira (ansiedade), Embaúba (vistos como preguiçosos e passivos por questões internas), Erianthum (mau humor, ira e teimosia), Gerânio (postura mental negativa, desligadas da realidade), Grandflora (pais que batem nos filhos), Pectus (energia para enfrentar), Pepo (dificuldade de perceber e despertar para as situações da vida), Sapientum (impotência sexual), Verbena (rigidez mental), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Chapéu de Sol (útil aos que começam a se destacar), Cocos (se sente fraco e sem fibra diante de certas situações), Mimozinha (dificuldade de se articular nas situações), Monterey (complexo de inferioridade), Vitória (trabalha a autenticidade), Aveia Selvagem (poder sobre suas próprias decisões), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Pau Brasil (nossa real vocação).


    O Sumo Sacerdote – “... a personificação exteriorizada da luta do homem pela conexão com a divindade – da sua dedicação à busca do significado, que coloca o homem acima dos animais” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Perda da ponte entre Deus e o homem. Crenças infundadas. Necessidade do outro para ver suas próprias questões. Projeção. Inveja. Falta de consciência do seu poder espiritual. Complexo de herói. Afastamento da parte sagrada do Self. Fanatismo religioso.

    Florais relacionados: Allium (Proteção espiritual), Capim Seda (se deixam influenciar pela energia dos outros), Erbum (sincronismo entre alma e corpo), Gloxínea (baixa auto-estima), Helicônia (padrões voltado ao externo), Limão (personalidade invejosa), Pepo (muito apegadas a bens materiais), Purpureum (manipuladores), Saint Germain (desligamento com o Eu Superior), Scorpius (pessoas críticas e provocadoras), Tuia (culpa inconsciente do “pecado”), Verbena (idéia fixa e falta de flexibilidade), Wedélia (desligamento do Eu Superior), Mangífera (perderam a fé), Cocos (personalidade capacho), Laurus Nobilis (romper ligações com crenças religiosas), Rosa Rosa (perda da fé), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Poaia Rosa (sincronicidade da nova ordem planetária).


    O Enamorado – “Podemos ver nesse moço a personificação do jovem e vigoroso ego, pronto para enfrentar a vida e seus problemas sem a ajuda de ninguém.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Fragilidade do ego. Fraqueza para tomar decisões. Excesso de indecisão. Processo de fuga dos conflitos. Excesso de fantasia como fuga da realidade. Não consegue se conectar com a mãe interna, não cortou o cordão umbilical da mãe real. Dependência emocional. Imaturidade.

    Florais relacionados: Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor), Aloe (inadequação e negação de si mesmo), Amygdalus (controle das emoções pela compreensão da mente), Bom dia (dificuldade para enfrentar a vida), Curculigum (dificuldades de impor limites), Leucantha (acessar a Mãe interna/ personalidades indecisas, confusas e dependentes), Pectus (energia para enfrentar), Perpétua (perdas efetivas), Sapientum (útil para pessoas imaturas), Thea (útil em situações de mudanças e conflitos), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Anis (não se soltam para viver a vida em plenitude), Carrapichão (combate o vampirismo), Grevílea (invadidos no seu espaço pelo outro), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Lírio da Paz (proteção dos envolvimentos que nos prejudicam), Lírio Real (ser livre), Aveia Selvagem (pessoas muito indecisas), Lótus/ Magnólia (perceber o que é nosso e o que é do outro) e Pau Brasil (útil para adolescentes que estão procurando os seus caminhos).


    O Carro – “ A jornada exterior não é apenas um símbolo da jornada interior, mas também o veículo para o nosso autodescobrimento” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Inflação do ego. Falta de equilíbrio e discernimento. Ter energia, mas não ter objetivos claros. Instabilidade emocional. Somatização de doenças por conta do emocional. Estados de mania e ansiedade. A pessoa que “coloca o carro na frente dos bois”. Medos infundados. Estagnação. Medo de tomar as rédeas e de dirigir.

    Florais relacionados: Algodão (remoção de energias negativas n corpo físico), Allium (devolve a calma e o discernimento), Amygdalus (controle dos desejos), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Cidreira (ansiedade), Dulcis (se sentem estagnados em sua jornada), Erbum (ritmo das pessoas rápidas demais), Erianthum (egoísmo), Focum (medo de dirigir), Gerânio (ansiedade e medos infundados), Helicônia (vaidade e exibicionismo), Pectus (energia para enfrentar), Perpétua (saudades de quem partiu por viagem), Piper (para quem se sente travado), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Boa Sorte (proteção), Cocos (estado de resignação), Coronarium (mania, agitação interna), Ameixa (perda do controle mental), Lótus do Egito (harmonia e enlevo da alma sem o envolvimento do Ego), Lótus/Magnólia (proteção) e Sergipe (abertura e amplitude da mente).


    A Justiça – “O equilíbrio é a base da Grande Obra” (Aforismo alquímico apud Nichols, 1980)

    No processo terapêutico: Estado de regressão infantil. Pessoa que usa a raiva contra os outros e comete crimes. Auto-culpa acentuada. Falta de equilíbrio mental. Mudanças repentinas de humor. Em casos mais graves Transtorno Bipolar (estados alternados de mania e depressão). Falta de responsabilidade. Sentimento de injustiça.

    Florais relacionados: Allium (discernimento), Curculigum (conflitos e culpas internas), Embaúba (sentimento de injustiça), Gloxínea (confusão de desordem interna), Grandflora (pessoas algozes e sádicas), Patiens (disciplina interna e organização mental), Purpureum (Limpeza dos corpos inferiores), Saint Germain (Estado de insanidade), Sapientum (energia da sabedoria), Unitatum (criança interior ferida), Varus (culpa), Coronarium (mania, paranóia), Indica (revela o que já sabíamos inconscientemente), Grevílea (transmutação dos sentimentos de raiva), Monterey (culpas conscientes ou inconscientes), Arnica Silvestre (pessoas injustiçadas), Myrtus (presas no mental do outro) e Ameixa (perda do controle mental).


    O Eremita – “... o frade aqui retratado personifica uma sabedoria que não se encontra em livros”. (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Sentir solidão por distância do si mesmo (vazio da alma). Fanatismo religioso. Depressão. Projeção em figuras místicas ou religiosas. Falta de sabedoria com as experiências. Retirar-se da vida por vontade própria. Falta de senso de observação e dificuldade de introspeção. Pessoa espiritualmente atacada. Superficialidade. Desligamento do Eu Superior.

    Florais relacionados: Algodão (bloqueio no ouvir e ver interno), Allium (proteção contra vampirismo astral), Begônia (acessar seu oráculo interno), Bom dia (dificuldade de enfrentar a vida), Capim Seda (pessoas que se deixam influenciar pela energia dos outros), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados), Erianthum (superficialidade), Gerânio (depressão), Helicônia (padrões voltados ao externo), Incensum (elevação do nível vibratório), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (liberta o corpo da vítima de trabalhos de magia), Sorgo (vazio da alma), Thea (útil na meditação), Wedélia (desligamento do Eu Superior), Abricó (sentimento de solidão), Bambusa (desviaram-se do seu caminho por influencia dos outros), Boa Sorte (proteção), Carrapichão (vampirismo por sondas astrais), Indica (revela o que está por traz das aparências), Lírio da Paz (proteção dos envolvimentos que nos prejudicam), Myrtus (presas no mental do outro, seitas), Rosa Rosa (perda da fé), Triunfo (só dão valor as aparências), Vitória (ilumina o lado obscuro da alma), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Lótus do Egito (harmonia e enlevo da alma sem o envolvimento do ego), Lótus/Magnólia (proteção, perceber o que nosso o que é do outro), Pinheiro Libertação (campos profundos da alma) e Poaia Rosa (alinhamento rítmico das nossas atividades no cotidiano com as energias mais aceleradas do plano espiritual).


    A Roda da Fortuna – “... estamos presos no intérmino girar predestinado da Roda da Fortuna? Ou essa carta nos oferece outras mensagens, mais cheias de esperança?” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Estagnação. Envolver-se demais com os problemas externos desconsiderando a sua essência. Não aceitação dos fatos da vida como naturais e excesso de sofrimento por isso. Pessoa dramática e vitimesca. Pessoa que não consegue acessar transformações e mudanças necessárias à evolução humana e espiritual. Pessoa presa ao passado, que espera que sempre as coisas se repitam. Não consegue mudar o comportamento e, consequentemente, não consegue mudar as coisas. Precisa entender a relação entre seu interno e seu externo.

    Florais relacionados: Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Seda (desfazer o bloqueio energético do fluxo natural), Dulcis (se sentem estagnados em sua jornada), Erbum (pessoas que sofreram os revezes da vida), Erianthum (não se aprofundam na vida e nos relacionamentos), Pectus (abandonar padrões repetitivos de submissão e resignação), Piper (para quem se sente travado), Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real), Anis (pessoas que não se soltam para viver a vida na sua plenitude), Boa Deusa (aos que levaram rasteira da vida), Lírio Real (ser livre), Alcachofra (traz abertura e receptividade), Canela (ampla visão das questões da vida), Flor branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada) e Populus Panicum (sentimento de insegurança com relação à própria vida e compreensão dos acontecimentos e o caminho certo a seguir).


    A Força – “As energias outrora empenhadas na adaptação exterior começarão agora a preocupar-se mais com o crescimento interior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Lado emocional exacerbado. Ser dominado pelas emoções. Falta de controle da raiva e do ódio. Violência. Doenças psicossomáticas. A pessoa não consegue aceitar as suas emoções e elas acabam o engolindo. Fraqueza física e emocional. Sexualidade desequilibrada. Indecisão quanto à própria identidade sexual.

    Florais relacionados: Aloe (pessoas fragilizadas e vulneráveis), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Capim Luz (remover emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Embaúba (vistos como preguiçosos e passivos – quando isso é gerado pela sensação de fraqueza), Erianthum (mau humor e ira), Focum (traumas violentos), Gloxínea (sentem-se inúteis e incapazes), Limão (pessoa de personalidade destrutiva), Melissa (distúrbios de ordem nervosa), Saint Germain (conflito com a identidade sexual), Sapientum (impotência sexual ou sexualidade exacerbada), Tuia (falta de controle dos impulsos sexuais) e Cocos (para quem se sente fraco, sem fibra).


    O Enforcado – “Com as mãos amarradas atrás das costas, o Enforcado se acha tão indefeso quanto um nabo. Está nas mãos do Destino” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de coragem para abandonar o velho e conquistar o novo. Acomodação extrema. Necessidade de se voltar para dentro para voltar como uma pessoa renascida. Deixar-se nas mãos do Destino.

    Florais relacionados: Aloe (sentem-se desprezados e traídos), Arnica Silvestre (ferimentos e traumas morais e físicos), Bom dia (dificuldade de levantar pela manhã), Embaúba (preguiça e passividade), Gloxínea (novos começos), Ipê Roxo (situação sem saída de grandes traumas e estresse), Pectus (energia para enfrentar), Piper (estagnação), Unitatum (carregam a sensação constante de traição), Boa Deusa (traições), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado/ posturas condicionadas e ultrapassadas), Lírio Real (liberta), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes e velhas cargas mentais e emocionais), Madressilva (aprisionados ao passado) e Pinheiro Libertação (liberta aspectos aprisionados na alma).


    A Morte – “Na natureza nada se perde. O rei está morto. Viva o rei” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Apego. Dificuldade de aceitar as mudanças. Pessoas arraigadas às velhas formas e velhas crenças. Apego a pessoas ou situações. Carregar um cadáver que não tem mais utilidade.

    Florais relacionados: Capim Luz (dissolver emoções difíceis do inconsciente), Focum (remove traumas violentos dessa vida e de vidas passadas), Gerânio (ancoragem no momento presente), Gloxínea (novos começos), Alcachofra (força para perceber as posturas arraigadas que nos prendem ao passado), Helicônia (medo de perder o que não tem), Perpétua (perdas afetivas e perdas de pessoas queridas irreparáveis), Verbena (rigidez mental), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes e velhas cargas mentais e emocionais) e Madressilva (para os que estão aprisionados ao passado).


    A Temperança – “O tema dessa carta associa a temperança à Aquário, o carregador da água, o décimo primeiro signo do zodíaco.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de equilíbrio das emoções. Pessoa muito fria ou muito calorosa. Problemas em deixar fluir a vida e resolver, de forma natural, os seus conflitos. Pessoa não consegue ver a saída porque não analisa todas as partes do problema. Problemas circulatórios. Falta de confiança no fluxo da vida. Impaciência.

    Florais relacionados: Abundância (confiar no Universo), Capim Seda (desfazer o bloqueio energético do fluxo natural), Amygdalus (controle das emoções pela compreensão da mente), Erbum (ritmo das pessoas rápidas ou lentas demais), Ipê Roxo (situações sem saída), Melissa (energia da alegria, felicidade e vontade de ser melhor), Patiens (desenvolvimento da paciência), Sapientum (energia de sabedoria), Sorgo (entrega e confiança), Anis (pessoas que não se entregam para viver a vida em plenitude), Mangífera (para os que perderam a fé), Mimozinha (dificuldade de se articular nas situações), Aveia Selvagem (falta de discernimento) e Canela (ampla visão das questões da vida).


    O Diabo – “Chegou o momento de enfrentar o Diabo” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A não aceitação dos aspectos negativos do Ego como a arrogância, a inveja, a ganância, faz com que acabemos escravos deles. Ser escravizado por sua própria sombra por medo de enfrentá-la. Pode tornar-se uma pessoa malévola para si mesmo, descuidando de si por sentir-se culpado e gerar doenças e tragédias. Abertura de mediunidade não trabalhada, que leva a problemas espirituais. Falta de proteção. Promiscuidade e mau uso da sexualidade.

    Florais relacionados: Algodão (remove energias negativas, dissolve rombos na aura), Allium (desobsessão, proteção e desafaz encantamentos), Aloe (verdades que o inconsciente sabe, mas que não quer enxergar), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Arnica Silvestre (costura rombos na aura), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados), Erianthum (egoísmo, autocentramento e superficialidade), Grandflora (pessoas algozes e sádicas), Helicônia (personalidades narcisistas, vaidade e exibicionismo), Incensum (elevação do nível vibratório), Limão (personalidade amarga, de índole mentirosa, destrutiva e invejosa), Pepo (pessoas muito apegadas aos bens materiais), Purpureum (limpeza dos corpos inferiores, ladrões, manipuladores), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (desmanchar trabalhos de magia negra), Scorpius (personalidade índole escorpião), Tuia (personalidade promíscua, sem pudor), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Carrapichão (vampirismo), Triunfo (pessoas que estão no negativo, só dão valor às aparências), Pinheiro Libertação (Liberta aspectos aprisionados da alma) e Poaia Rosa (amor incondicional).


    A Torre – “Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Preso a padrões mentais destrutivos e antigos. Não consegue se jogar de sua prisão inconsciente. Preso a crenças antigas ou a situações desagradáveis. Pode representar uma pessoa que passou por uma destruição (como tragédias e problemas de saúde) e não consegue se reestruturar do trauma. Falta de fé na intervenção divina e em si mesmo. Falta de autoconfiança.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na Divindade e no Universo), Aloe (acessar a independência e a autoconfiança), Arnica Silvestre (ferimentos e traumas morais e físicos), Curculigum (separação, rupturas amorosas ou grandes traumas por morte de pessoa próxima), Focum (remove traumas violentos), Ipê Roxo (situações sem saída de grandes traumas e estresse), Pectus (energia para enfrentar e interromper padrões repetitivos de submissão e resignação), Perpétua (perdas efetivas e perdas de pessoas queridas irreparáveis), Boa Deusa (aos que levaram rasteira da vida), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Mangífera (para os que perderam a fé e a esperança por situações de grande sofrimento), Rosa Rosa (perda da fé) e Flor Branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada).


    A Estrela – “Não usando nenhuma proteção ou máscara, releva a sua natureza básica” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Espiritualidade usada para ter poder. Egoísmo. Inflação do ego. Arrogância e falta de preocupação com o outro. Falha nos projetos. Estagnação dos projetos de vida. Confunde aquilo que se é na essência com a sua máscara. Falta de contato consigo mesmo.

    Florais relacionados: Algodão (remoção dos bloqueios causados por forças psíquicas astrais), Allium (anula mal olhado), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados, se sentem estagnados na sua jornada), Erianthum (longe do propósito da sua essência), Incensum (elevação do nível vibratório), Limão (carregam o sentimento de amargura por causa dos outros), Piper (para os que se sentem travados), São Miguel (desmanchar trabalhos de magia negra), Verbena (Presunçosos, idealistas, intolerantes, arrogantes), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Aveia Selvagem (contato interno com as energias superiores), Flor Branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Poaia Rosa (sincronicidade).


    A Lua – “... o próprio herói está ausente” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Loucura, depressão profunda. Não consegue enxergar as saídas para nenhum problema. Estado catatônico. Se perder o contato com a consciência, estados psicóticos. Mediunidade se confunde com problemas psiquiátricos. Perda do limite entre a razão e a loucura. Tendência a vícios. Baixa auto-estima. Síndrome do pânico.

    Florais relacionados: Algodão (remove energias negativas, limpeza de vícios ou abusos do corpo físico), Aloe (baixa auto-estima, angústia), Embaúba (feridas crônicas), Gerânio (depressão, ansiedade e medos infundados), Gloxínea (baixa auto-estima), Ipê Roxo (situações sem saída de grandes traumas e estresse), Panicum (síndrome do pânico), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (desmanchar trabalhos), Thea (combate a depressão), Abricó (sentimento de solidão), Carrapichão (vampirismo por sondas astrais), Coronarium (mania, paranóia, insanidade, demência e loucura), Triunfo (pessoas que estão no negativo), Lótus/Magnólia (floral de proteção) e Pinheiro Libertação (liberta os aspectos aprisionados da alma).


    O Sol – “... onde a vida não é mais um desafio a ser vencido, mas uma experiência a ser desfrutada.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Tristeza, aprisionamento do ego, falta de auto-estima e de autoconfiança. Pessoa não consegue ser feliz com o que tem, não consegue ver as pequenas alegrias da vida. Mau humor. Hipocrisia. Critica demasiada. Orgulho. Vaidade.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na Divindade), Aloe (sentimento de desvalorização, inadequação e negação de si mesmo), Capim Seda (desbloqueio do fluxo natural), Cidreira (preocupação, pensamentos obsessivos), Gloxínea (Sentem-se inúteis e incapazes), Helicônia (para personalidades narcisistas, vaidade, exibicionismo), Ipê Roxo (esperança dos sonhos realizados), Melissa (desesperança), Scorpius (pessoas críticas e provocadoras), Sorgo (entrega e confiança), Unitatum (criança interior ferida), Wedélia (ganância), Anis (pessoas que não se soltam), Boa Sorte (remove obstáculos para prosperar), Chapéu de Sol (pessoas invejadas), Lírio Real (ser livre), Mangífera (perderam a fé e a esperança) e Canela (ampla visão das questões da vida).


    O Julgamento – “O Julgamento dramatiza o momento da ressurreição espiritual de diversas maneiras.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Desequilíbrio. Ficar preso na experiência em si e não na sua análise. Resistência a mudanças. Depressão, tristeza e falta de discernimento e senso crítico. Racionalizar demais as emoções ou dramatizar demasiado. Dificuldade de impor limite e dizer não. Culpas.

    Florais relacionados: Amygdalus (pessoas presas no mundo da ilusão), Curculigum (dificuldade de impor limites e dizer não), Dulcis (estagnados na jornada), Embaúba (sentimento de injustiça), Gerânio (desligada da realidade, depressão), Patiens (suportar situações de grande pressão), Sorgo (perdão), Grevílea (transmutação dos sentimentos) e Monterey (culpa).


    O Mundo – “Chegamos à culminação da longa jornada” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de elementos no ego. Fracassos acumulados. Pessoa que não consegue concluir o que começou, pois sente que se perdeu. Sensação de estar perdido, de ter esquecido algo no meio do caminho. Problemas de memória. Falta de conscientização. Coloca a culpa de tudo nos outros e não assume a sua responsabilidade. Idealização demasiada das pessoas e das situações.

    Florais relacionados: Algodão (enxergar a realidade ao nosso redor), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Luz (remover emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Dulcis (tônico espiritual), Gerânio (ancoragem no momento presente), Gloxínea (medo de errar), Goiaba (medo da perda de controle), Melissa (desesperança, ansiedade e tristeza), Sapientum (acessar a sabedoria de vidas passadas), Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Boa Sorte (abre caminhos), Coronarium (dificuldade de aprendizado, ativa a memória), Alcachofra (transformações na consciência), Ameixa (perturbação interior), Lótus do Egito (expansão da consciência), Sergipe (abertura, amplitude da mente) e Poaia Rosa (sincronicidade com a nova ordem planetária).


    1. Discussão


    Podemos perceber que a descrição dos arquétipos apresentados por Nichols guarda sempre uma relação com os florais apresentados por Neide Margonari. Os arquétipos se repetem como disse Jung, em todas as manifestações culturais globais o que nos faz perceber que, do ponto de vista terapêutico, tanto o tarô quanto os florais possuem a mesma função, só que utilizam métodos diferenciados de execução. Ambos pretendem melhorar o estado global do ser humano, do ponto de vista “biopsicoespiritosocial”. Ambos empenham-se em descobrir e corrigir as facetas mais instintivas do homem, bem como suas manifestações psicológicas de maneira geral.

    Podemos perceber, também, que um mesmo floral pode ser usado em diferentes situações. A Fórmula Emergencial, por exemplo, serve para qualquer uma das situações, sendo usada conjuntamente com outras fórmulas, se esse for o caso. Cabe ao terapeuta entender quais os florais que mais se adequam a situação em que o cliente está exposto, mesmo que isso signifique uma fórmula com vários florais, já que os Florais de St. Germain não estabelecem um número limite de uso.

    A Fórmula Emergencial não foi mencionada especificamente por poder fazer parte de qualquer um dos diagnósticos fornecidos pelo tarô, como um floral de limpeza e fortificação de todos os corpos para receber o tratamento. Neide Margonari recomenda que ele seja usado durante uma ou duas semanas antes do início de um tratamento, seja ele qual for, ou concomitante à fórmula proposta. Assim, ele serve como um bálsamo até mesmo para esperar que o terapeuta tenha mais elementos para diagnosticar a situação.

    Os arquétipos universais do tarô trabalham de maneira a despertar no cliente elucubrações sobre o tema proposto. Abrem os caminhos da consciência para elucidação de seus mais íntimos e inacabados processos terapêuticos e nos fazem meditar à medida que aprendemos a usar todos os nossos potenciais.

    Por outro lado, os florais agem no nível inconsciente diretamente, num caminho que não nos parece oferecer placas de sinalização. De maneira geral, o cliente toma o floral sem nem mesmo saber as razões claras e conscientes para aquilo. Porém, ele age nos níveis mais profundos dos corpos sutis e da alma.

    Assim, enquanto o tarô trabalha de fora para dentro, através da conscientização, os florais trabalham de dentro para fora. É inevitável que se encontrem no meio do caminho da cura do paciente e potencialize um ao outro.

    Ainda é possível pensar num diagnóstico casado, com mais de uma carta do tarô, onde a possibilidade de interpretação e de precisão ficaria ainda maior. Assim, é possível utilizar duas ou três cartas, principalmente quando o diagnóstico parece difícil de ser acessado por uma limitação do cliente ou, por vezes, do próprio terapeuta. Seria interessante utilizar essa técnica e procurar os florais que se repetem no diagnóstico como os mais importantes para a elaboração da fórmula.

    Nota-se também que cada uma das cartas tem mais de uma possibilidade de interpretação. Esse aspecto deve ser levado em conta e procurar encontrar o exato ponto de confluência entre a carta e a história relatada pelo cliente. Assim, pode-se precisar o diagnóstico sem margens de erros. Por vezes, pode ser necessária mais de uma sessão para que o processo de associação livre fique claro e livre de interferências.



    1. Conclusão



    Fica esclarecido, assim, de que forma a união das duas técnicas terapêuticas, tarô e florais, e quando o tarô também se propõe a isso e não a mero objeto divinatório, potencializa a cura do paciente tornando-a mais eficaz e mais rápida. Os dois caminhos (interno para o externo, e externo para o interno) estão sendo trabalhados. Enquanto o cliente toma o seu floral, sabe os motivos e os processos que o estão levando a tomá-lo e cria a consciência necessária para que seus corpos sutis também possam aceitar as mudanças propostas.

    De fato, tanto as relações entre os florais e o tarô, quando as maneiras como essa relação pode ser usada na terapia ainda não estão finalizadas. Ainda podemos perceber que existe muito a estudar e pesquisar sobre o tema, inclusive com o relato direto de casos e comprovações. Este trabalho apenas se propôs a demonstrar as coincidências teóricas que podem ser levadas a cabo ao longo de um processo terapêutico. Este trabalho foi o início de uma jornada arquetípica para, uma vez mais, desenvolver técnicas que ajudem as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida e, em muitos casos, estabelecer a cura de suas feridas emocionais mais profundas. Tanto na evolução da humanidade, num contexto geral, como dos seres humanos, no contexto individual.

























    1. Referências bibliográficas




    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994.


    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo. Editora Madras.2004.


    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004.


    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964


    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999.


    JUNG.C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.


    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.


    MARGONARI.N. Florais de Saint Germain – os doze raios divinos. 2ª edição.São Paulo. Edições Florais de Saint Germain. 1999


    MARGONARI.N. Os florais de saint Germain – repertório- dicionário – atuação dos 12 raios divinos. 4ª edição. São Paulo. Edições Florais de Saint Germain.s/d.


    NICHOLS, S. Jung e o Tarô: Uma jornada arquetípica. Edição 9.São Paulo.Cultrix.2000


    PIERI.P.F. Dicionário Junguiano.. 1ª edição. São Paulo. Editora Vozes. Paulus Editora. 1998.


    RAPPAPORT, C.R. Teorias da personalidade em Freud, Reich e Jung. 1ª edição. São Paulo. EPU. 1984.










    1. Anexos e Apêndices


    Tabela 1 – Significado arquetípico das cartas do tarô


    Arcano

    Nomenclatura

    Significado

    0

    O Louco

    É a carta que não tem número. Liga o mundo real ao mundo espiritual .O inconsciente na sua forma mais pura, lado instintivo. Por saber usar esse lado instintivo, é ele que impulsiona nossas vidas para frente.

    1

    O Mago

    Inicio do processo de individuação proposto por Jung. Começo do pé na realidade da vida. Pode ser tanto mágico criador como embusteiro. Energias domesticadas, elementos para começar no caminho da vida. Porém, pode criar ainda as ilusões, aparência da realidade. Sugere ação.

    2

    A Sacerdotisa

    Representa o princípio feminino da divindade, o yin primário e as deusas femininas. Receptividade. Passividade. Contenção e tradição. Persistência, amor e paciência feminina. Experiência interior. Espiritualização.

    3

    A Imperatriz

    O princípio feminino no sentido Terra, Mãe, mundano. Capacidade criativa. Poder do amor. Sociabilidade e socialização. Ação e conclusão. Criação. Capacidade intuitiva. Inspiração.

    4

    O Imperador

    Princípio masculino yang. Racionalidade. Princípio da realidade. Ação. Consciência. Responsabilidade. Figuras masculinas de poder (pai, chefe). Mente.

    5

    O Sumo Sacerdote

    Liga o mundo interno e externo de maneira mais consciente. União do masculino e do feminino sagrado. Ponte entre o homem e Deus. Contato do homem com o seu espírito. Consciência do poder espiritual. Principio masculino e racional da espiritualidade.

    6

    O Enamorado

    Conflito. Princípio da realidade. Consciência. Desejos antagônicos. Romper o cordão umbilical. Encontrar a força dentro de si. Dúvidas. Ligar a vida espiritual e emocional. Conflito como fonte de crescimento e evolução.

    7

    O Carro

    A viagem pela vida. Autodescobrimento através das vivências e experiências. Ação. O próprio corpo do consulente. Estabilidade. Proteção.

    8

    A Justiça

    Dualidade humana. Inocência e culpa. Equilíbrio. Responsabilidade gerada pelo conhecimento. Fim das ilusões e da inconsciência. Poder de discriminação entre o certo e o errado. Necessidade de pesar as coisas. Opostos trabalhando juntos.

    9

    O Eremitha

    Necessidade de solidão e meditação. Encontrar os significados interiores. Espiritualização. Observação. Sabedoria. Aspectos ligados à mediunidade.

    10

    A Roda da Fortuna

    O dentro e o fora. O eterno girar da vida e dos acontecimentos. Dentro é a essência e fora o acontecer. Equilíbrio quando no meio da roda, olhando a situação de dentro e deixando com que as coisas aconteçam. Mudanças. Nascimento e morte. Uso do instinto e do mental como forma de equilíbrio.

    11

    A Força

    Força do instinto. Domínio das emoções através da anima (força feminina). Domínio do nosso lado animal. Sexualidade equilibrada. Emoções equilibradas. Força interior.

    12

    O Enforcado

    Período de transição. Abandono de velhas atitudes e se deparar com o novo. Necessidade de coragem e sacrifício. Acomodação. Traição das velhas tradições.

    13

    A Morte

    Transformações, mudanças repentinas. As grandes fases de mudanças. Morte do velho para renascer o novo. Período de desapego. Revitalização. Renovação.

    14

    A Temperança

    Temperar as emoções. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Emoções profundas e desafios da alma. Dissolução das velhas formas e o desatamento de nos rígidos. Situações de conflito em que se deve ser os dois lados da moeda.

    15

    O Diabo

    Estagnação. Energias negativas circundando a questão. Nossa sombra, nosso lado negro e cruel. Arrogância, orgulho, inveja, cobiça. Magia negra.

    16

    A Torre

    Destruição das velhas crenças e das velhas formas de viver. Quando não é mais possível, pela própria ordem natural das coisas e do Universo, manter uma situação que não está de acordo. Pode representar a ira e a intervenção divina.

    17

    A Estrela

    Auto-aceitação da sua natureza básica. Ligação com a alma e não somente com o Ego. Entendimento. Compreensão do todo. Intuição e luz. Espiritualidade. O pessoal e o transpessoal.

    18

    A Lua

    Aquilo que está escondido na noite do inconsciente. Depressão. Fuga da realidade para o mundo interior. Mediunidade. Desolamento. Infertilidade. Mergulho no deserto do inconsciente.

    19

    O Sol

    Alegria. Consciência. Auto-estima elevada. Sensação de liberdade. Inocência infantil. Prosperidade. Proximidade com a nossa natureza e aceitação desta.

    20

    O Julgamento

    Finalização de processo. Separar o joio do trigo para um novo recomeço futuro. Análise profunda das situações da vida. Equilíbrio entre a razão e a emoção, sensação e intuição. Aceitação das mudanças.

    21

    O Mundo

    Eu como centro do equilíbrio psíquico. Interação dos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água). Integração dos aspectos femininos e masculinos, negativos e positivos do ego. O ego está completo e se sentindo pleno de sentido. Vitória. Triunfo.

    Fonte: “Jung e o Tarô – uma jornada arquetípica” – Sallie Nichols – Ed.Cultrix

    Autor: : Andrea Rodrigues Teixeira - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 13/05/2007 20:24


    HARMONIZAÇÃO TOTAL ATRAVÉS DA RADIESTESIA E RADIÔNICA TENDO EM VISTA O PERFIL INDIVIDUAL DO CLIENTE DETERMINADO PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES

    HARMONIZAÇÃO TOTAL ATRAVÉS DA RADIESTESIA E RADIÔNICA TENDO EM VISTA O PERFIL INDIVIDUAL DO CLIENTE DETERMINADO PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES


    NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA
    TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758

    “A vibração de todos os corpos físicos da Terra e de todas as outras manifestações da Energia, considerada a partir do plano terrestre é, em termos magnéticos, essencialmente a mesma, porém, a FORÇA VITAL, ou VIDA INDIVIDUAL, ou Energia Irradiante, considerada a partir do plano do éter, é completamente diferente”.

    (Drª Ruth Drown, D. C.)


    A todos que gostam de pesquisar, experimentar, e experienciar coisas novas e que ajudam a construir um mundo melhor.


    AGRADECIMENTOS

    A Deus e às minhas filhas, Janira e Niara; à minha mãe, Ruth e meus clientes que, de um jeito ou outro, sempre me desafiam para crescer.

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO.............................................................................................................7

    1 MATERIAL E METODOLOGIA...........................................................................8

    1.1 Material empregado...............................................................................................8

    1.2 Métodos.................................................................................................................8

    1.3 Descobrindo seu perfil e de seu cliente...............................................................10

    1.4 Como os Cinco Movimentos influenciam a personalidade.................................11

    2 VALORIZAÇÃO DA CAPACIDADE RADIESTÉSICA NO MUNDO MODERNO.................................................................................................................13

    3 COMPATIBILIDADE ENTRE OS PERFIS INDIVIDUAIS ESTABELECIDOS PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES..................................................................................................................16

    4 RESULTADOS........................................................................................................19

    5 DISCUSSÃO............................................................................................................20

    CONCLUSÃO.............................................................................................................22

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................23


    RESUMO

    A TERAPIA HOLÍSTICA visa a harmonização do cliente em seus vários “corpos”: físico, mental, emocional, energético e espiritual e para se chegar a isto, é necessário que se tenha uma visão individualizada do ser como criatura única, porém, inserida na totalidade dos seres viventes e neste estudo unimos os conhecimentos da Radiestesia e Radiônica com a individualidade detectada pelas irradiações emanadas da classificação quanto aos Cinco Movimentos Chineses e com este conjunto o equilíbrio almejado fica menos difícil de ser alcançado.


    INTRODUÇÃO

    HARMONIZAÇÃO TOTAL é o fim primeiro e último de nosso trabalho, nosso objetivo a ser incansavelmente procurado, mesmo sabendo que a totalidade é utópica, não podemos nos cansar nem mesmo desistir, por isso, neste estudo usamos dos métodos da Radiestesia e Radiônica para, de acordo com as radiações da pessoa, quer seja ele mesmo, o terapeuta, quer seja o cliente, traçar o perfil individual e em conseqüência uma melhor direção para o objetivo proposto.

    A física (atômica – molecular – nuclear) nos prova que de cada corpo emanam radiações, cujas ondas são tanto mais curtas, quanto maior for a sua temperatura.

    Como a radiestesia se ocupa essencialmente da captação das emanações dos corpos, aqui neste estudo nós nos ocuparemos das radiações físicas, do órgão ou dos órgãos predominantes de cada corpo a fim de se determinar a qual movimento pertence e como fazer para harmonizá-lo.

    Toda atividade mental emite irradiações com as mais variadas ondas, já comprovadas pela medicina através do eletroencefalograma. Tanto é verdade que a morte clínica só é aceita quando for comprovada a ausência de qualquer radiação mental.

    Outra comprovação das ondas mentais são as emanações neuroenergéticas da nossa mente, que provocam a variada fenomenologia psicocinética já largamente comprovada pela Parapsicologia. O nosso sistema nervoso é continuamente estimulado pela mais variada gama de radiações que nos rodeiam e que, pelos nervos aferentes são imperceptivelmente conduzidas ao cérebro. Essas ondas comumente passam despercebidas, mas, no momento em que nossa mente se coloca em sintonia com elas, o nosso cérebro, através dos nervos eferentes, pode transferir essas captações ao pêndulo ou varinha imprimindo-lhes variados movimentos que transistorizam as mensagens do inconsciente para o nível consciente.

    Desse modo, podemos conhecer realidades que, de outro modo, seriam difíceis ou até impossíveis de ser conhecidas como sejam a predominância de um tipo de perfil ou compatibilidade energética de um casal, como estudaremos aqui.

    1 - MATERIAL E METODOLOGIA

    1.1 Material empregado

    • MAPA DOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES como o fornecido pelo SINTE;

    • Pêndulo neutro;

    • Ficha de cliente;

    • Gráficos de radiônica (ANEXOS): DIAFRAGMA II, PANTÁCULO, ESCUDO PROTETOR; ESTRELA (PENTAGRAMA), TURBILHÂO C/ SOL.

    1.2 Métodos

    1.2.1 Estudo da pessoa presente.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente.

    1.2.1 Estudo da pessoa presente

    • Pede-se que a pessoa coloque longe de si os metais usados, como pulseiras, celular e outros;

    • Escuta-se por cerca de 20 minutos o que o cliente tem a dizer, quais suas reclamações específicas e gerais, o que mais o incomoda e o modo como os demais ou o incomoda ou o agrada;

    • Pega-se o pêndulo já regulado na cor da aura da personalidade do cliente e começa-se a passá-lo a uma distância de mais ou menos quinze centímetros do corpo na altura do coração, pulmões, baço e pâncreas, rins e fígado. No local onde houver predominância da energia individualizada, o pêndulo oscilará em rotações afirmativas seguindo sentido horário;

    • Obtida a resposta afirmativa, anota-se na ficha do cliente o nome do Movimento ao qual o cliente pertence;

    • Segue-se o atendimento perguntando ao cliente as questões relativas ao seu perfil individual-movimento;

    • Pergunta-se ao pêndulo quantas voltas ou quantos minutos são necessários para se restabelecer a harmonia naquele Movimento;

    • Coloca-se um gráfico da Rodiônica sobre o local do perfil individual-movimento e roda-se sobre ele o pêndulo tantas vezes ou tantos minutos necessários;

    • Em 100% dos casos estudados, o que foi estabelecido pelo pêndulo é o seguinte:

    - Perfil individual-movimento Fogo = Gráfico DIAFRAGMA II;

    - Perfil individual–movimento Terra = Gráfico PANTÁCULO;

    - Perfil individual-movimento Metal = Gráfico ESCUDO PROTETOR;

    - Perfil individual-movimento Água = Gráfico ESTRELA (PENTAGRAMA);

    - Perfil individual-movimento Madeira = Gráfico TURBILHÃO C/ SOL.

    • Pergunta-se ao pêndulo se são necessárias outras sessões, caso positivo, informa-se ao cliente;

    • Cuidar da parte emocional com rotações do pêndulo na cabeça e ACONSELHAMENTO adequado.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente

    A radioatividade, nascida do estudo do (elemento químico) radium, autoriza a hipótese de que todos os corpos emitem radiações.

    Muitos estudiosos como o Abade Bouly e outros radiestesistas em suas experiências captaram as radiações de seres infinitamente pequenos como os microrganismos dentro de um organismo. Estas radiações são de uma sutileza grande.

    Ninguém conseguiu até hoje um aparelho que fosse capaz de barrar a penetração das ondas radiestésicas. Graças a Deus não somos capazes de captar conscientemente essas ondas, senão ficaríamos insanos.

    A maioria das ondas passa despercebidas, a menos que tenhamos um aparelho para captá-las como rádio, celular, televisão e aqui no nosso estudo, um pêndulo.

    Chamamos de TELERRADIESTESIA a arte que nos permite, aplicando a ciência, perceber e captar as radiações dos corpos e das matérias a distâncias pequenas ou grandes, utilizando mapas, croquis, fotos, etc.

    Mesmo dentro da Radiestesia, há os céticos que duvidam desta captação.

    O retrato ou foto é uma transmissão vibratória da luz, vinda do corpo fotografado diretamente no filme que captou, condensou e transmitiu as vibrações emitidas pelo corpo.

    Para as vibrações ou radiações que expelem os corpos, não há obstáculos nem distâncias. O tempo e o espaço não existem e como a força de penetração é muito grande, abre passagens e segue adiante.

    Estas radiações são perfeitamente percebidas quando o radiestesista regula e acorda o seu sistema receptor (sistema nervoso) com o comprimento das ondas que a foto ou mapa emite.

    Não há uma explicação formal e científica que possa satisfazer, mas sua exatidão é certa.

    Essas emissões de radiações embora já existissem desde a origem do mundo, somente no século XX, foi possível organizar uma disciplina para estudá-las cientificamente.

    Os animais, sendo animais, não precisaram esperar até o século passado para detectá-las e tirar proveito delas para a sua vida. O sistema nervoso da abelha, organizado para vibrar a uma freqüência determinada, desde sempre soube sentir as flores melíferas a uma grande distância, e captar radiações características da colméia materna.

    Foi demonstrado que as flores melíferas têm exatamente a mesma freqüência vibratória da abelha. Maravilhas do instinto e, sobretudo, maravilhas do Criador.

    Não há dúvida nenhuma que o instinto guia os animais com mais segurança que a inteligência humana, mas é certo também que o cérebro humano tem mais capacidade do que qualquer animal.

    Os animais só detectam as ondas que lhes são essenciais para a vida e para preservar a espécie, e nosso cérebro é como um receptor que detecta e amplia qualquer tipo de onda.

    Detectar uma radiação é por o cérebro em ressonância com um comprimento de onda, escolhido propositalmente, em vista de algum interesse.

    É necessário encontrar um meio de sintonizar somente as ondas do objeto que nos interessa e deixar de lado todas as outras radiações, estabelecendo assim a seleção.

    Cuida-se da pessoa ausente como se cuida da presente, só diferenciando ser a foto ou figura e não o corpo material.

    1.3 Descobrindo seu perfil e de seu cliente

    Para que possamos descobrir nosso perfil quanto aos Cinco Movimentos Chineses, é necessário o seguinte procedimento: esfrega-se as mãos para estabelecer um curto circuito, capaz de nos desimpregnar das radiações estranhas.

    Coloca-se o pêndulo em contato com a terra para haver uma limpeza, em seguida, com a mão direita segurando o fio sintonizado em sua cor da aura da personalidade, passa-se o pêndulo a uns 10 ou 15 cm distante do próprio corpo no local dos órgãos dos cinco movimentos, ou seja: 1) coração; 2) baço/pâncreas; 3) pulmão; 4) fígado; 5) rins. Onde o pêndulo girar em sentido horário é ali seu movimento predominante. Em resumo: o pêndulo gira no sentido horário, quando o nosso cérebro, por efeito da ressonância, sintoniza com as emissões radiestésicas do órgão pesquisado.

    Quanto a seu cliente, o procedimento é o mesmo, isto é, pesquisando com o pêndulo sobre o corpo do cliente em pé (se puder) a uns 10 ou 15 cm de distância do corpo e sobre qual órgão dos Cinco Movimentos o pêndulo girar em sentido horário, é ali o órgão predominante, isto é, o perfil do cliente estabelecido por um dos Cinco Movimentos Chineses.

    Pode-se também fazer uma análise do cliente ausente com algum testemunho do mesmo. Exemplo: um retrato, pedaço de unha, de cabelo ou saliva. Quando não se tem um testemunho concreto, pode-se criar um testemunho, colocando o nome, e se possível a data de nascimento na ficha e esta ficaria caracterizada como sendo a representação do cliente, ou pode-se desenhar um boneco na ficha e ir passando o lápis nos pontos dos órgãos dos Cinco Movimentos com a mão esquerda e com a direita segurando firmemente o pêndulo, sobre qual parte do corpo o pêndulo girar é ali o órgão predominante e em conseqüência seu perfil quanto aos Cinco Movimentos Chineses.

    1.3.1 Alimentação adequada

    Cada perfil de cliente frente a um dos Cinco Movimentos Chineses tem uma relação de alimentos que lhes são adequados tomando-se como base a alimentação mais natural possível, sendo os mais aconselhados:

    Perfil individual-movimento FOGO: alimentação verde e branca, como verduras e frutas para aquietar o fogo, favorecendo maior equilíbrio.

    Perfil individual-movimento TERRA: alimentação de legumes e frutas azul e violeta para favorecer a integração com outros movimentos.

    Perfil individual-movimento METAL: alimentação mais forte com a cor vermelha e alaranjada podendo até ser carne magra e frutas alaranjadas.

    Perfil individual-movimento ÁGUA: alimentação amarela e alaranjada como frutas e legumes destas cores.

    Perfil individual-movimento MADEIRA: alimentação branca como peixe, frutas de polpa branca e o verde.

    O verde é adequado a todos os perfis porque promove por si só o equilíbrio no organismo. Estas sugestões são só dos mais sintonizados alimentos, sabendo que a alimentação desordenada leva ao caos.

    1.4 Como os Cinco Movimentos influenciam a personalidade

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO FOGO

    Pessoas nascidas sob a influência deste movimento são líderes naturais, carismáticas e dinâmicas no falar e no agir. Aventureiros, ambiciosos, impulsivos e sem medo dos riscos, eles possuem enorme capacidade para inspirar os outros a atingir seus objetivos. Sua grande energia e ambição, entretanto, podem também trabalhar contra eles, que correm o risco de se tornar egoístas, desconsiderados e inquietos quando não são capazes de obter o que desejam.

    O calor e o brilho do movimento FOGO atraem naturalmente as pessoas até eles, mas isso também pode ser destrutivo quando não mantido sob controle.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO TERRA

    Os que se enquadram neste movimento são conhecidos por sua natureza pragmática e conservadora. São prudentes com suas finanças, planejadores e administradores eficientes. Confiáveis e metódicos, não são dados a exageros e embelezamentos e podem apresentar as coisas da forma simples como elas são, ou pelo menos como eles as vêem. No lado negativo, podem sofrer de uma certa falta de imaginação e espírito de aventura e podem se tornar muito críticos e excessivamente preocupados em proteger seus próprios interesses.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO METAL

    Os que são controlados pelo Metal são ambiciosos, orientados para o sucesso, determinados e perseverantes. Resolutos e sem hesitação na conduta e na expressão, eles são guiados por sentimentos poderosos e podem, às vezes, ser irracionalmente teimosos e inflexíveis. Têm forte perspicácia financeira (Metal é o elemento associado ao dinheiro) e irão usá-la para aumentar seu apetite por luxo e poder. Voluntariosos e dogmáticos, eles precisam aprender o valor da conciliação e deixar de insistir rigidamente em sempre ter as coisas feitas a sua maneira.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO ÁGUA

    Os regidos pela Água são fluidos como ela. Elas (as águas) mais penetram do que dominam, e, como um rio ou regato, são capazes de se desviar de quaisquer obstáculos em seu caminho através de sua calma e indomável perseverança. São habilidosos, comunicadores, capazes de transmitir idéias e influenciar os outros. Em seu estado negativo, podem ser muito conciliadores e passivos, e se apoiar demais no apoio dos outros. Para obter sucesso, eles devem aprender a ser mais afirmativos e usar ativamente seus poderes de persuasão para transformar seus sonhos e visões em realidade.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO MADEIRA

    Daqueles nascidos sob a influência do movimento Madeira diz-se que possuem elevados padrões morais e defendem o crescimento consistente e a renovação. São extremamente autoconfiantes e progressistas, com habilidades executivas que os capacitam a assumir empreitadas cooperativas de grande porte. Por causa de sua generosidade e de sua capacidade inata e solidária de compreensão dos outros, são capazes de produzir apoio moral e financeiro para todos os empreendimentos com que se comprometam. Sua maior desvantagem é uma tendência entusiástica e excessivamente confiante para assumir mais do que o recomendável e, portanto, correr o risco de nada conquistar.

    2 - VALORIZAÇÃO DA CAPACIDADE RADIESTÉSICA NO MUNDO MODERNO

    A princípio, quando começamos a praticar a Radiestesia, muitas vezes, nos sentimos temerosos face a algumas incompreensões encontradas em certas pessoas, mas todos os dias precisamos refletir sobre a importância de que nós nos coliguemos principalmente no SINTE para praticar e promover a Radiestesia e Radiônica nestes tempos pós-modernos.

    Estou convicta de que temos uma grande contribuição a fazer, uma contribuição muito mais formidável do que supomos ou imaginamos, na medida em que nos achamos de posse de uma chave fundamental que poderia descerrar muitas das portas dos problemas aparentemente insolúveis colocados pelos tempos atuais, principalmente o da poluição em escala mundial sob suas diversas formas.

    Esta chave é a Faculdade Radiestésica, o desenvolvimento de suas plenas potencialidades e a sua utilização e aplicação à prática, que ultrapassam de muito a tradicional prospecção de água, minérios e petróleo.

    O fenômeno da rabdomancia é bastante antigo, os homens já dominavam estes conhecimentos como os antigos egípcios para as fundações de suas construções e templos, mas só em 1240 surgiu a primeira referência ao fenômeno em documentos europeus, sendo que a primeira referência na Inglaterra data de 1638, num livro escrito em latim, por Robert Feudd, intitulado Philosophic Moysaiko, seguido no ano seguinte por um certo Gabriel Platts que escreveu acerca do “Descobrimento de um Tesouro Subterrâneo”. Escreve ele que amarrou uma vírgula DIVINA numa varinha e foi descendo o morro até a planície e esta o guiou a um filão de minério de chumbo. Alguns atribuíram esta faculdade não explicada racionalmente a Deus, outras pessoas ao Demônio, ou espíritos.

    A partir daí, foi-se desenvolvendo os estudos e, em 1897, o Prof. William Barret publicou um documento acerca das ATAS DA SOCIEDADE DE INVESTIGAÇÕES PSÍQUICAS sobre uma pesquisa feita com várias pessoas com a Varinha Mágica ou Vírgula Divina e mostras estatísticas de descobertas de águas e minérios. Esta pesquisa e outras mais tarde foram juntadas sob a forma de livro, publicado em 1926 com o título de THE DIVINING ROD.

    EM 1933 organizou-se uma sociedade na Inglaterra, a BRITISH SOCIETY OF DOWSERS, com o objetivo de “incentivar o estudo de todos os aspectos relacionados à percepção da radiação pelo organismo humano com ou sem o concurso de instrumentos”.

    Esta sociedade não se limitou a descobertas de água e minérios, sendo muito mais abrangentes seus objetivos: “radiações”.

    Na sociedade, alguns defendiam ser as radiações aspectos físicos, outros psíquicos.

    Mr. Maby, defensor dos aspectos físicos, publicou em 1949 um livro THE PHYSICS OF THE DIVINING ROD. O lado supra-sensível ainda não era compreendido, nem usado, muito embora eles já se encontrassem acessíveis.

    Estes aspectos se fossem só físicos, seriam fatalmente superados pelos modernos aparelhos. Mas até 1953 não houve muito progresso.

    Nesta época, Rudolf Steiner diz ser a rabdomancia uma “ciência espiritual” e em uma conferência, exortou os rabdomancistas a deixarem de lado a inércia e a preguiça e partirem para a ajuda na resolução dos problemas cruciais da humanidade.

    Na França, a radiestesia já vinha sendo praticada com êxito por muitos sacerdotes como os abades BOULEY e MERMET e técnicos renomados como TURRENE, LESOURD, BOVIS e muitos outros.

    Nos anos 50 e 60, os estudos foram muito desenvolvidos e Dr. George Laurence reuniu as pesquisas da Medicina Psiônica (pesquisa científica e taxonomia), pesquisas de MacDONAGH, Teoria de Doença Crônica de Hahnemann, pesquisas de DNA e RNA e alguns aspectos de ciência espiritual de Steiner, tudo subordinado ao funcionamento da faculdade radiestésica. Em 1969, a PSIONIC MEDICAL SOCIETY, formada tanto por médicos quanto por leigos, estudava não só os sintomas, mas procurava descobrir as causas das doenças e tratá-las com remédios homeopáticos determinados pela radiestesia e, utilizando o pêndulo, gráfico de diagnóstico e mostras efetivas promovia precisão e, portanto, sucesso no tratamento.

    Dr. Albert Abrams, da América, impulsionou também os estudos com a criação da “CAIXA” depois desenvolvido por Drown e De La Warr, os quais deram origem à Radiônica e à Radiestesia instrumental. A Associação Radiônica fundada em 1943 com o objetivo de “incentivar a pesquisa científica e difundir os seus resultados” não foi compreendida por causa de alguns que queriam explicá-la com base na física convencional e como estavam envolvidos com um grande número de instrumentos, confundiram muita coisa e omitiram outras.

    Mas, gradualmente o papel da faculdade radiestésica foi sendo reconhecido e a rabdomancia foi se dividindo em duas formas: Radiestesia e Radiônica.

    A Radiestesia aumenta o nível da consciência, amplia os nossos conhecimentos e a nossa compreensão. Está situada no meio caminho entre os nossos sentidos físicos comuns destinados à apreensão do mundo material e os sentidos ocultos a serem futuramente desenvolvidos, e que um dia nos tornarão capazes de apreender diretamente o mundo supra-sensível. Esta faculdade opera a partir de vários níveis especialmente do subconsciente.

    Desde esta data, 1955 a 1972 e até hoje, estão sendo feitos muitos estudos para ajudar com a sensibilidade do operador a melhorar as soluções para problemas graves, como:

    1. Procura de água, petróleo e depósitos minerais;

    2. Exploração arqueológica – pesquisas históricas;

    3. Arquitetura e cuidar das radiações nocivas do subsolo;

    4. Infração da lei em casos criminais e civis;

    5. Na agricultura e horticultura;

    6. Testes de personalidade – aptidões, potencialidades, distúrbios;

    7. Medicina e veterinária – aumentar a vitalidade, força e resistência dos animais domésticos e de criação;

    8. Homeopatia – solução para indicação, seleção e preparação de potência dos remédios;

    9. Dilema moderno - problema da poluição e contaminação do meio ambiente, tão disseminados que podem até contaminar a estrutura helicoidal do DNA e RNA. É preciso usar de abordagens “transcientíficas” como já afirmou o Dr. Weinberg (EUA);

    10. Método de perguntas e respostas - o intelecto, para a formulação das questões e a avaliação das respostas e a intuição, através do uso da faculdade radiestésica, para se chegar à verdade. É a ponte entre dois mundos – o sensível e o supra-sensível. P & R.

    Cuidado com as perguntas e respostas, é preciso ser claro, objetivo e dar o melhor de si para ter as respostas certas e estabelecer esta ponte entre dois mundos – o sensível e o supra-sensível.

    O ideal é formular a pergunta num enunciado correto e preciso e, sem perder o fio da meada, fazê-la seguir por outras exatamente complementares. Há de se desenvolver um raciocínio rápido e ágil, porém, ao mesmo tempo equilibrado e sob o controle da razão altamente informada.

    3 - COMPATIBILIDADE ENTRE OS PERFIS INDIVIDUAIS ESTABELECIDOS PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES

    Muitas pessoas nos perguntam sobre seus relacionamentos amorosos. Se Fulana combina com Cicrano, a toda hora somos questionados. Não podemos responder evasiva nem superficialmente, haja vista que estamos lidando com pessoas, importantes na construção do mundo melhor sempre almejado.


    Quando alguém me pergunta sobre isso, faço o seguinte preenchimento da ficha:



    Vamos dar um exemplo de duas pessoas que querem ser analisadas: para se preencher esta ficha procede-se às seguintes perguntas:

    1. NOME DOS ANALISADOS. Ex: Maria e João;

    2. DATA DA ANÁLISE – é muito importante colocar a data, porque sendo a vida dinâmica e sempre em evolução, as idéias podem partir para outra direção, a vontade pode mudar e o que é hoje pode não ser, em um tempo próximo ou longo;

    3. O perfil individual quanto aos Cinco Movimentos Chineses também é importante classificar, porque a Lei de Geração “Mãe e Filho” e a Lei da Dominação “Dominante e Dominado” também influenciam o relacionamento;

    4. FÍSICO – neste momento Maria e João são “fisicamente” compatíveis? Explicando o que quer dizer fisicamente: as vibrações do corpo, caminham em determinado nível ou entram em conflito em determinado nível. Popularmente fala-se em “questão de pele” ou “química entre ambos”.

    Se a resposta for sim, pega-se um lápis e coloca-o sobre os números abaixo da ficha com a mão esquerda, e na direita o pêndulo e pergunta-se: O nível de compatibilidade física entre Maria e João hoje é de 5,6,7,8,9 ou 10? Começar com 5 quando souber que há algum tipo de harmonia física.

    Aqui foi recebida uma resposta afirmativa no 8. Anotar este número no traço depois do segundo físico.

    1. EMOCIONAL – neste momento Maria e João são emocionalmente compatíveis? Emocionalmente aqui quer dizer: gostos individuais, emoções, experiências, etc. Desta vez, o pêndulo não girou de imediato. Finalmente, depois de mais ou menos trinta segundos, o pêndulo começou a girar, quase de modo relutante, no sentido horário, uma resposta afirmativa.

    Continuar usando a escala 0-10 como antes. Desta vez, no entanto, começou com o número 4 e não foi preciso ir em frente. O pêndulo deu uma resposta afirmativa imediata. Anotar o nº 4 no traço depois do segundo emocional.

    1. ENERGÉTICO – Se quando os dois estão juntos, sentem-se alegres, felizes, risonhos ou tristes, exauridos, cansados e indiferentes.

    A resposta sobre a compatibilidade energética foi sim/8. Anotar no traço.

    1. MENTAL – a compatibilidade mental está relacionada com os pensamentos, a razão, a comunicação, os sistemas de mundo, conceitos e idéias.

    Um grande fazendeiro criador de gado, quase nunca tem compatibilidade mental com uma defensora de árvores, ativista da ecologia. Seus pontos de vista são opostos.

    A resposta para a compatibilidade mental aqui neste caso foi 7. Anotar no traço.

    1. ESPIRITUAL – o nível espiritual é uma faixa de alta freqüência da consciência. Não é um dogma religioso. É a vivência consciente de freqüências, forças e campos em muitas dimensões. Duas pessoas podem ter maneiras muito semelhantes ou diferentes de vivenciar as realidades espirituais. É o NÍVEL DE SER da pessoa. Neste caso, a resposta afirmativa se deu no nº 8.

    AVALIAÇÃO: olhando os resultados vemos que: físico – 8; emocional – 4; energético – 8; mental – 7; espiritual – 8.

    SUBTOTAL = 35

    Olhando este quadro preenchido, vemos que as respostas foram afirmativas e bem altas, exceto o EMOCIONAL, que precisa melhorar mais do que os outros, e a análise final é que, sendo o total 35 multiplica-se por 2 = 70. 70% é a compatibilidade entre ambos hoje, 100% é a compatibilidade total muito difícil de ser atingida.

    Avaliação dos relacionamentos:

    90% a 100% – superior

    75% a 89% – excelente

    50% a 74% – bom

    26% a 49% – regular

    Abaixo de 25% – ruim

    Este teste deve ser feito de vez em quando, durante o relacionamento, para avaliar o que se precisa melhorar, quais as falhas detectadas e sempre colocar a data. No entanto, o teste não é o relacionamento em si.

    “Todos os relacionamentos são dinâmicos, não estáticos. Vivemos num universo energético. Os relacionamentos liberam e geram energia”.

    Em um determinado momento, uma relação superior em todos os sentidos pode se tornar temporariamente ruim, se surgir um conflito espontâneo. Por outro lado, um relacionamento ruim pode, em determinados momentos, tornar-se excelente ou até mesmo superior.


    4 - RESULTADOS

    Para se trabalhar com o pêndulo, é necessário ter concentração mental não deixando nada externo provocar distração, sentar-se com os pés firmemente plantados sobre o piso, não devendo se tocarem as mãos, uma na outra, também as pernas não devem tocar-se uma na outra, o local deve ser sossegado, com o mínimo de equipamento elétrico na área. Então, pode-se ter bons resultados.

    Vejamos:

    Num universo de 100 clientes encontrei:

      • 40 pertencem ao Movimento Madeira;

      • 30 pertencem ao Movimento Água;

      • 15 pertencem ao Movimento Fogo;

      • 15 pertencem ao Movimento Terra;

      • 0 pertence ao Movimento Metal.

    Relacionamentos mais compatíveis encontrados na análise de 100 casais:

    MADEIRA X MADEIRA – 90%

    MADEIRA X ÁGUA – 60%

    MADEIRA X FOGO – 50%

    MADEIRA X TERRA – 40%

    MADEIRA X METAL – NÃO ENCONTREI

    FOGO X FOGO – 50%

    FOGO X ÁGUA – 20%

    FOGO X TERRA – 50%

    FOGO X MADEIRA – 50%

    FOGO X METAL – NÃO ENCONTREI

    TERRA X TERRA – 80%

    TERRA X FOGO – 50%

    TERRA X MADEIRA – 40%

    TERRA E ÁGUA – 60%

    TERRA X METAL – NÃO ENCONTREI

    ÁGUA X ÁGUA – 90%

    ÁGUA X MADEIRA – 60%

    ÁGUA X FOGO – 20%

    ÁGUA X TERRA – 60%

    ÁGUA X METAL – NÃO ENCONTREI

    Esta estatística foi determinada do seguinte modo:

    Total geral: 100 casais. Destes, encontrei 10 casais Madeira X Madeira; a compatibilidade média entre eles é 90%. Encontrei 8 casais Fogo X Terra; a compatibilidade média entre eles é 50% e assim por diante.

    Há também o que logicamente pertence a um determinado perfil-individual-movimento e não combina em nada (0% de compatibilidade) com outro de determinado movimento.

    5 - DISCUSSÃO

    À primeira vista, a ciência material e a ciência espiritual podem parecer estranhos parceiros, e, no entanto, os conhecimentos holísticos proporcionam um profundo entendimento de aspectos materiais.

    Neste nosso estudo, o que almejamos é a HARMONIA.

    HARMONIA INDIVIDUAL – determinando qual o perfil-individual-movimento e quais suas sensibilidades maiores e mais claramente detectáveis. O modo de cuidar destas, aqui nós propomos o rodar do pêndulo. Primeiro, roda-se em sentido anti-horário para tirar as energias estagnadas no local e a seguir roda-se o pêndulo no sentido horário, tendo colocado no local um gráfico da Radiônica (ANEXOS) – tantas voltas ou tantos minutos previamente determinado pelo pêndulo.

    Essas emissões radiônicas conseguem restaurar a harmonia do padrão vibratório dos tecidos dos diversos corpos, porque chegam ao local sensível com um padrão vibratório maior do que o encontrado ali, então, ocasiona assim a renovação e conseqüente expulsão das desarmonias existentes.

    HARMONIA DO CASAL – quando se vai testar duas pessoas, antes de preencher a ficha de compatibilidade, é necessário dispor a mente em um estado de neutralidade. Cancelar todas as opiniões prévias. Respirar de modo suave, lento e profundo algumas vezes, procurar sentir-se relaxado e tranqüilo. Segurar o pêndulo sobre os dois nomes do início da ficha e perguntar: “São estas duas pessoas compatíveis?”. Quando as duas pessoas são realmente compatíveis, você obtém voltas perfeitas do pêndulo no sentido positivo – horário. Se incompatíveis, o movimento será no sentido contrário. E você poderá medir o grau de compatibilidade preenchendo o restante da ficha.

    Algumas vezes, quando você testa duas pessoas, você não obtém um movimento circular. O movimento é irregular, saltitante, errático, espasmódico, dançante. Se você é realmente sensível você sente o braço até entorpecido, mas não há nada de errado com você. Você está em contato com dois campos de força incrivelmente desarmoniosos entre si. É desastroso até estas duas pessoas ficarem juntas numa sala, e um relacionamento romântico entre elas? Desastre total. É muito triste ver pessoas casadas, levando o relacionamento adiante só por razões práticas, legais, religiosas, financeiras e outras.

    Quando a atração é só física, o certo é se dar este momento de paixão que se esvai rápido e não fica nada.

    O relacionamento para ser duradouro precisa ser e estar em bons números dos vários níveis: físico, emocional, energético, mental e espiritual.

    A vontade, o escolher, é muito maior do que a energia vibracional, assim algumas pessoas escolhem ficar com o par errado por razões para elas relevantes e ficam infelizes espalhando más energias onde vão e estão.

    Para se viver de acordo com o Universo Energético e estar em sincronia com ele, é preciso coragem, determinação e ação, o que, muitas vezes, sendo difícil, muitos não o fazem.

    CONCLUSÃO

    Todo pensamento humano é passível de erro e inverdade, somente unidos ao Espírito da Verdade, podemos nos preservar, nestes tempos materialistas de falsidade e pensamento destrutivo.

    Aos olhos do mundo científico, a Radiestesia é algo sem a menor importância, se comparada às investigações nucleares, astrofísicas ou atômicas, mas quando corretamente entendida, ela nos ensina os mistérios tanto deste mundo quanto do mundo invisível. Ela pode nos revelar a verdade, na medida em que nossas mentes finitas sejam capazes de compreendê-la.

    Creio que cabe à Radiestesia e à Radiônica o privilégio de fazer uma contribuição bastante especial e, em certo sentido, única, para a integração da ciência material e espiritual e a busca de uma nova visão e boas perspectivas para a melhoria do mundo em nossa época.

    Gosto muito de estudar as pessoas que encaro cada uma como um universo dentro do grande Universo, neste pequeno universo tem todas as informações do grande Universo. É o micro dentro do macro, sendo que no micro consta tudo do macro, por isso considero desafiador o harmonizar, o sintonizar de ondas, o “estar bem” na linguagem simples.

    Sempre busco este ideal, talvez utópico, porém, quando recebo informações de melhorias desta ou daquela pessoa, de vida conjugal ativada e estimulada deste ou daquele casal, sinto-me recompensada por todo trabalho e dedicação aos estudos.

    Todo aquele que passa a se ocupar da Radiestesia e Radiônica, está se empenhando numa jornada que o conduzirá do mundo da forma física até as esferas transcendentes e, finalmente, à prática do verdadeiro equilíbrio espiritual. A prática da Radiestesia e da Radiônica apura, afia e prepara a mente de modo a torná-la um canal absolutamente livre para o trânsito das energias puras do universo e, sendo uma abordagem mental de harmonização, esta acontece tanto no sujeito que a pratica, quanto no praticando ou cliente, que pode estar presente ou ausente a alguns ou muitos quilômetros de distância.

    É muito bom participar da Terapia Holística que tem esta visão da pessoa como ser físico, emocional, energético, mental e espiritual, porque, assim, se restabelece o que Deus sempre quis: a união de um com o TODO nesta mesma abordagem pluralista do Universo, “que todos sejam um”.

    Agradeço a Deus por isso.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

    ARESI, Albino. Radiestesia Hidromineral e Medicinal. 1. ed. São Paulo: Editora Mens Sana,1982.

    ATTESHLIS, Dr. Stylianos. Os ensinamentos esotéricos – uma abordagem cristã da verdade. 1. ed. São Paulo: Editora Ground, 1994.

    JAGOT, Paul Clement. A influência à distância – curso prático de telepsiquia – 9. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1999.

    MENDONÇA, Sávio. A Arte de curar pela Radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 1980.

    NIELSEN, Greg. Além do poder dos pêndulos - O ingresso no mundo de energia – 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1998.

    NIELSEN, Greg ; POLANSKY, Joseph. O poder dos pêndulos.13. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1999.

    SAEVARIUS, Dr. E. Manual teórico e prático de Radiestesia. 14. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    SHARP, Damian. O que é Astrologia chinesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 2003.

    TANSLEY, David V. Dimensões da radiônica - Novas técnicas de cura - 10. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1995.

    VIEIRA, Henrique Filho. O Microcosmo Sagrado. 1. ed. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

    COMPATIBILIDADE DE RELACIONAMENTO

    Data: ____/____/____

    Mulher: ______________________________ Homem:____________________________

    Perfil individual quanto aos Cinco Movimentos Chineses

    _____________________________ __________________________________

    _______________

    _______________

    _______________

    _______________

    _______________

    SUBTOTAL X 2

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    TOTAL =

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 TOTAL =

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758
    Última atualização: 20/05/2008 13:33


    NTSV — TS 001 Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    NTSV — TS 001
    Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TS 001
    Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   A Terapia em Sincronicidade conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE — Boas Práticas

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE — distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear. De posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.
    5.1.3 CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro TH, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 ARQUÉTIPO: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.
    5.1.14 SÍMBOLO: é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Muitas vezes representado na forma de imagens ou sons, funciona como uma forma de linguagem do inconsciente, expressa nos sonhos, nas artes, nos exercícios de imaginação ativa, dentre outras situações. Pode ter um significado individual ou coletivo.
    5.1.15 TERAPIA EM SINCRONICIDADE: sistema que utiliza métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo ou organização, catalisando o cliente ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas) e na habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais, além de promover a harmonização de ambientes.
    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TS — Terapia em Sincronicidade;
    THS — Terapeuta em Sincronicidade;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TS

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TS com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vinculação religiosa ou de credo ao trabalho.

    5.3.3.2.1 — Esclarecer que os símbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.) jamais determinam as características e acontecimentos sócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regerem sincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos de referência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos.
    5.3.3.2.2 — Tornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsões taxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposições com maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um período ou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões.
    5.3.3.2.3 — Fazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, que ao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração de letras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso de pedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-se com as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim, considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativos envolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    5.3.3.3 — O THS tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver sua intuição e pensamentp não-linear, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de interferências estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.

    5.3.3.3.4 — O THS avalia o cliente e/ou do ambiente, interpretando os símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo, identificando quais as potencialidades e predisposições a serem adequadamente trabalhadas por aconselhamento e demais técnicas pertinentes.
    5.3.3.3.5 — O THS ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:

    5.3.3.3.5.1 — Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE — Sindicato dos Terapeutas.
    5.3.3.3.5.2 — Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
    5.3.3.3.5.3 — Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.

    5.3.3.3.6 — Cabe ao THS a avaliação racional da análise sincronística obtida para detectar o efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.

    5.3.4 Produtos para TS — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio THS em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 12:52


    NTSV — TS 002 Terapia em Sincronicidade - Radiestesia e Radiônica Boas Práticas

    NTSV — TS 002
    Terapia em Sincronicidade - Radiestesia e Radiônica Boas Práticas

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV - TS 002 - Terapia em Sincronicidade - Radiestesia e Radiônica - Boas Práticas

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   A Radiestesia e a Radiônica contam com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia em Sincronicidade – modalidades Radiestesia e Radiônica.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE - Radiestesia e Radiônica - Boas Práticas

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TH 004 — STH - Símbolos da Terapia Holística
    NTSV — TS 001 — Terapia em Sincronicidade - Boas Práticas

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO,

    em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE - distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes;
    5.1.3 CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal - "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 JUNG - CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 RADIESTESIA: (Radium = radiação; Aesthesis = sensibilidade) - técnica de anamnese paranormal, onde se utiliza de instrumentos tais como um pêndulo e suas variantes para amplificar os movimentos inconscientes do THR perante perguntas, regiões do corpo examinado ou de ambientes, até mesmo, à distância, por fotos, objetos ou mapas. Pela interpretação do movimento do instrumento, avalia-se os desequilíbrios energéticos do cliente ou do local, os quais serão harmonizados pelas mais variadas técnicas pertinentes à Terapia Holística, especialmente, a Radiônica.
    5.1.14 RADIÔNICA: utiliza-se da energia das formas, tais como pirâmides, cristais, "pilhas" feitas pela sobreposição de diversos materiais (madeiras, metais, etc.), visando o equilíbrio energético do cliente ou local..
    5.1.15 RADIESTESISTA: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente utilizando da Radistesia, sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Pela interpretação do movimento do instrumento, avalia-se os desequilíbrios energéticos do cliente ou do local, os quais serão harmonizados fazendo-se uso das mais variadas técnicas pertinentes à Terapia Holística, especialmente, a Radiônica.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas

    TH - Terapeuta Holístico;
    TS – Terapia em Sincronicidade;
    TR – Terapia em Radiestesia
    THR – Terapeuta em Radiestesia ou Radiestesista
    RD – Radiestesia
    RDN - Radiônica
    NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária;

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado

    5.3.2 Qualificação Técnica

    5.3.2.1 -

    5.3.2.2

    5.3.2.3

    5.3.2.4

    - Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.
    - Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
    - Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou

    5.3.3 Boas práticas em TR:

    5.3.3.1 - Idade mínima do cliente:

    5.3.3.2

    5.3.3.3

    5.3.3.4

    5.3.3.5

    5.3.3.5.1

    5.3.3.5.2

    5.3.3.5.3

    – Cabe ao THR a avaliação racional da análise radiestésica obtida para detectar a ocorrência, ou não, do efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.
    – Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
    – Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE – Sindicato dos Terapeutas.
    – O THR ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:
    – O THR avalia os desequilíbrios energéticos do cliente ou do local, interpretando segundo sua convenção pré-definida, seus movimentos inconscientes que se manifestam perante a pesquisa, os quais são amplificados pelo uso de instrumentos.
    – O THR tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver seu sentido radiestésico, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de emissões estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.
    - Explicar o processo de TR com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vínculação religiosa ou de credo ao trabalho.

    Opção 1: aquisição pelo próprio THR em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).

    Opção 2

    5.3.4.2 -

    O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    : o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT - Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.5 Adequação de Intrumentos, gráficos e assemelhados para TR:

    5.3.5.1

    5.3.6 Constatação de Conformidade:

    O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE - Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.
    Serão objeto de NTSV específica.
    18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    - (neste ítem, preencher no mínimo um dos requisitos):
    - O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 12:52


    NTSV — TS 003 Terapia em Sincronicidade — REIKI — Boas Práticas

    NTSV — TS 003
    Terapia em Sincronicidade — REIKI — Boas Práticas

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TS 003
    Terapia em Sincronicidade — REIKI — Boas Práticas

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO   O REIKI conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais e de ensino que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia em Sincronicidade — REIKI.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    REIKI — Boas Práticas Para Utilização e Ensino

    4.2 ObjetivoDefinir a adequação padrão de utilização e ensino

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TS 001 — Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE — distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes;
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 MIKAO USUI: redescobridor e organizador do REIKI, tornando-se o sensei (professor) nesta arte através de estudos e, em especial, por um evento transpessoal no qual obteve por insight o conhecimento necessário ao REIKI.
    5.1.14 REIKI: (jap REI = Universal; KI = Energia Vital) é a terapêutica da ativação, do direcionamento e da aplicação da Energia Vital Universal, para promover o equilíbrio energético, prevenção das disfunções e para proporcionar maior qualidade de vida. Termo de uso exclusivo aos que se iniciaram segundo os preceitos estabelecidos por Mikao Usui e seus discípulos.
    5.1.15 REIKIANO ou TERAPEUTA REIKI: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente utilizando o REIKI, sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Da mesma forma, para o REIKI é desnecessária qualquer anamnese prévia do quadro do cliente, pois sua forma de aplicação independe desta informação. Este profissional faz uso terapêutico da Energia Vital Universal com a proposta de harmonização e ampliação da qualidade de vida, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. De acordo com a qualificação técnica estabelecida em 5.3.2.1.
    5.1.16 MESTRE: (lat magistru) O mesmo que professor, instrutor; aquele que é versado e/ou ensina uma arte ou profissão. Na Terapia Holística, a expressão mestre tem o mesmo sentido técnico que a palavra recebe nas demais profissões, tais como "mestre-de-obras", "mestre-cuca" e similares.

    5.1.16.1 MESTRE REIKI: instrutor habilitado para ministrar cursos livres sobre Terapia REIKI e iniciar novos profissionais, de acordo com a qualificação técnica estabelecida em 5.3.2.2.
    5.1.16.2 MESTRE REIKI INDEPENDENTE:aquele que, estando igualmente de acordo com a qualificação técnica estabelecida em 5.3.2.2 optou por não manter-se filiado a nenhuma associação de REIKI.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TS — Terapia em Sincronicidade;
    TRK — Terapia REIKI
    THRK — Terapeuta Reikiano
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Para aplicação da TRK:

    5.3.2.1.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.1.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.1.3 — Notório Saber: monografia sobre REIKI aprovado pelo SINTE, acrescido de Certificados de Reiki Nível I e II, expedidos por mestres que comprovem documentalmente sua linhagem; e/ou
    5.3.2.1.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.2.2 — Para ministrar cursos livres sobre TRK e iniciar novos profissionais:

    5.3.2.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.2.3 — Notório Saber: monografia sobre REIKI aprovado pelo SINTE, acrescido de Certificados de Reiki Nível III, expedidos por mestres que comprovem documentalmente sua linhagem; e/ou
    5.3.2.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TRK

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TRK com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vínculação religiosa ou de credo ao trabalho; o cliente deve ser inquerido sobre sua preferência quanto ao tratamento ser com ou sem toque, música, aromas e similares, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso, devendo o TH adaptar-se aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    5.3.4 — Boas práticas em cursos livres de TRK

    5.3.4.1 — Idade mínima do aluno para cursos livres sobre TRK: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos alunos menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o Mestre avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do aluno.
    5.3.4.2 — A passagem pelos vários Níveis de REIKI aflora à consciência potencialidades e material psíquico reprimidos, bem como catalisa a manifestação das emoções e processos a serem trabalhados terapeuticamente, daí ser essencial ao Mestre aplicar ênfase ao Aconselhamento para que seus alunos elaborem o conteúdo vivenciado durante o processo de iniciação, conduzindo este ao autoconhecimento.
    5.3.4.3 — O curso livre deve fornecer material didático impresso individual, inclusive com os símbolos do REIKI e a identificação da(s) linhagem(s) das quais o aluno passa a fazer parte.
    5.3.4.4 — Intervalo mínimo de tempo entre o aprendizado de cada nível de REIKI: 3 meses;; excepcionalmente poderão ser aceitos alunos em intervalos menores, devendo o Mestre avaliar rigorosamente as condições do candidato, o qual deve assinar sua ciência do caráter de exceção a que está se submetendo.
    5.3.4.5 — O curso livre deve ter a relação aluno/mestre/estabelecimento de ensino regido por contrato que estabeleça os critérios de avaliação a aprovação do candidato, as condições e formas de pagamento, bem como sobre o Certificado ao qual o formando terá direito.

    5.3.5 — Honorários Profissionais

    5.3.5.1 — Os honorários serão fixados com dignidade e com o devido cuidado, para que correspondam a uma justa retribuição aos serviços prestados, lembrando que o Terapeuta Holístico para manter a qualidade de seu trabalho precisa de recursos financeiros para investir em supervisão, cursos, estudos, terapia e/ou psicoterapia.
    5.3.5.2 — A fim de tornar a TRK e seu ensino reconhecidos pela confiança e aprovação da sociedade, os honorários e valores de cursos livres poderão ser adaptados às condições financeiras dos interessados, a critério do Reikiano e/ou Mestre.
    5.3.5.3 — Se o TH reduzindo o valor de seus honorários, deixar de cumprir qualquer recomendação do Código de Ética, em especial o item II dos Princípios Fundamentais e os §6 e§7 do 5.3.4.3.2, diminuindo, assim, o padrão de qualidade exigido, estará exercendo concorrência desleal.

    5.3.6 — Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos
    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 12:52


    O Tarô Terapêutico e a Jornada Arquetípica

     O Tarô Terapêutico e a Jornada Arquetípica

    Andrea Pavlovitsch
    Terapeuta Holística - CRT 41933

     São Paulo

    2008

     

    Epígrafe

    A grande invocação

    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra

    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra

    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem.

    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal.

    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.

     

    Dedicatória

    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes, que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.

     

    Agradecimentos

    Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem a oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

    Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

    Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

    Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.

     

    Sumário

    1. Introdução..............................................................................................................8

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo..............................................................................8

    1.2.. Tarô – história e apresentação...........................................................................10

    2. Material e metodologia................................................................................................12

    2.1. O método do tarô terapêutico............................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................13

    4. Discussão.....................................................................................................................25

    5. Conclusão....................................................................................................................27

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................28

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................29

     

    Resumo

     

    O presente trabalho visa demonstrar, de maneira teórica, a orientação que o tarô, enquanto instrumento terapêutico de leitura do inconsciente, pode nos fornecer numa consulta de qualquer tipo.

    Todas as pessoas estão sempre passando por ciclos em suas vidas. Estes ciclos são parte da própria evolução humana. Jung chamou essa jornada de “Jornada Arquetípica”, ou seja, cada pessoa está passando, em determinado momento, por um dos arquétipos representados no tarô.

    Neste trabalho faremos uma breve análise de cada um dos arcanos maiores do tarô e como eles podem nos fornecer pistas importantes sobre o momento em que se encontrar, na senda da evolução, cada um dos nossos clientes, para que possamos fazer um trabalho mais específico com cada um, e conseguir melhores resultados ao final do tratamento, tratando o ser humano como um ser holístico, e biopsicosocial e espiritual.

    1. Introdução

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo

    A Psicoterapia analítica, desenvolvida por Carl Gustav Jung, é a que mais pode contribuir para a orientação teórica deste trabalho. Isso porque Jung estudou, inclusive, os arcanos do tarô e várias outras formas dos chamados eventos extrafísicos, ou seja, casos que não podem ser comprovados pela ciência tradicional e que não são aceitos pela mesma, sendo consideradas mitos ou inverdades. De fato, os eventos analisados por Jung, como o tarô, a sincronicidade e tantos outros, não poderiam ser comprovados pela ciência empírica, cega as manifestações energéticas do homem e que não o considera como um todo, ou seja, como um ser holístico.

    Isto posto, vamos analisar, primeiramente a noção básica da Psicoterapia analítica, o conceito de personalidade total (Self). Segundo este conceito, a Psicoterapia humana se desenvolve de duas maneiras concomitantes. Primeiramente uma psique extraconsciente cujos conteúdos são pessoais. E, paralelamente, uma psique cujos conteúdos são impessoais e coletivos, o chamado inconsciente coletivo. (Magalhães, 1984).

    Por inconsciente coletivo podemos compreender uma psique mais profunda, comum a todos os humanos e sem distinção de cultura, raça ou religião. Essa psique seria formada por padrões de estruturação da personalidade nas diferentes fases da vida (infância, adolescência, relação conjugal e profissional, velhice, preparação para morte) chamados de arquétipos. (Magalhães, 1984). A explicação dos arquétipos seria a do “modo como os pássaros fazem o ninho, por exemplo, é um código inato, assim como certos fenômenos simbióticos entre insetos e plantas. Da mesma maneira o homem nasce com certo funcionamento, certo padrão que a torna especificamente humano. Este padrão está expresso nas imagens arquetípicas, ou formas arquetípicas”.( Evans apud Magalhães, 1984).

    A noção de arquétipo, postulando a existência de uma base psíquica comum a todos os humanos, permite compreender por que em lugares e épocas diferentes aparecem temas idênticos, nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de modo geral – seja nos sonhos das pessoas normais, seja no delírio dos loucos”. (Silveira apud Magalhães, 1984).

    Jung ainda coloca os arquétipos como imagens “primordiais” (Burckhardt apud Jung, 1987), ou seja, uma aptidão da mente humana de manter as imagens como elas eram nos primórdios da humanidade.

    Essa hereditariedade explica o fenômeno, no fundo surpreendente, de alguns temas e motivos de lendas se repetirem no mundo inteiro e em formas idênticas...” (Jung, 1987).

    Uma outra noção junguiana muito importante no presente trabalho é a teoria da sincronicidade, desenvolvida pelo autor. Segundo ele, a sincronicidade é a “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos” (Jung, 1971). Porém, estes fatos não são somente uma coincidência estatisticamente comprovada, mas uma manifestação do psiquismo da pessoa com a qual ocorre o fato, a sincronicidade. Jung começou a pensar nisso quando, ouvindo o sonho de uma paciente sobre um besouro, viu o mesmo besouro entrar pela janela de seu consultório. De fato, a possibilidade matemática disto acontecer com eles (médico e paciente) era remotíssima, apesar de possível, o que o fez acreditar que algo no inconsciente coletivo fazia com que os acontecimentos certos aparecessem para determinada pessoa, como um modo de mensagem que deveria ser decifrada como algo importante e que trouxesse desenvolvimento e evolução ao ser em questão. Assim “o fato psíquico modifica ou elimina os princípios da explicação física do mundo está ligado à afetividade do sujeito da experimentação” (Jung, 1971). Ou seja, os fatores da psique humana são capazes de modificar os conteúdos do mundo físico, fazendo com que ocorram as chamadas sincronicidades. A sincronicidade é, portanto, “uma percepção de uma simultaneidade de acontecimentos internos e externos, não necessariamente no mesmo momento – daí serem sincronísticos e não sincrônicos.” (Guimarães, 2004).

    1.2. Tarô – história e apresentação

    Vejamos, primeiramente, o que Banzhaf nos diz sobre o tarô:

    “O tarô é um oráculo de cartas que, em sua estrutura atual, é conhecida desde o século XVI. Consiste em 78 cartas, divididas em dois grupos principais: as 22 cartas chamadas Arcanos Maiores (do latim arcanum, que significa “segredo”) e as 56 cartas chamadas Arcanos Menores. Os Arcanos Maiores apresentam figuras ou “personagens” individuais e inconfundíveis, numerados em seqüência clara. Já os Arcanos Menores são precursores do atual baralho de jogo, pois se dividem em quatro séries de naipes” (Banzhaf, 2001).

    Para o presente trabalho vamos considerar somente os Arcanos Maiores do tarô.

    “Erupções dramáticas deste gênero usualmente significam que aspectos negligenciados de nós mesmos buscam reconhecimento.” (Nichols, 1980). Assim, o tarô utiliza-se dos arquétipos do inconsciente coletivo para nos mostrar, por meio de importantes mensagens, aspectos nossos abandonados ou deixados de lado por alguma motivação consciente ou não. A sincronicidade entra na escolha de cada uma das cartas escolhidas pelo consulente ou pelo tarôlogo. Assim, não é a toa que uma determinada carta é puxada quando o consulente concentra-se em um determinado aspecto de sua vida. O tarô responderá de acordo com a energia psíquica que aquela pessoa desprende no momento da jogada.

    Veja bem, não se trata de uma mágica barata. É toda uma teoria psicológica que respalda os indícios de que as figuras que aparecem no tarô representam de alguma maneira aspectos de nosso inconsciente coletivo. Assim, as cartas podem ser utilizadas por qualquer pessoa, a qualquer tempo. São atemporais como o é o próprio inconsciente, onde não se separa presente, passado ou futuro. Os eventos apresentados nas cartas do tarô podem tanto vir de eventos futuros (aparecendo como previsões) como de eventos passados ou presentes, exatamente pela atemporalidade do aspecto inconsciente. O importante é saber que esses aspectos, quando solicitados pelo consulente no momento da consulta de tarô, aparecerão de acordo com a sua importância na vida psíquica da pessoa, ou de aspectos escondidos que precisam vir à tona (ou seja, eventos inconscientes que precisam ser conscientizados) de coisas que já aconteceram, como de eventos que tem um potencial para acontecerem no futuro e que, de alguma maneira, ainda poderão ser modificados. Por isso que não podemos falar em destino como uma tabula rasa escrita por alguma outra força que não esteja em nós mesmos, mas sim como uma possibilidade dentro dos eventos da vida da pessoa que serão levados a cabo de acordo com cada uma de suas escolhas.

    Assim, os arquétipos representarão o encenar de uma peça que já acontece há muitos séculos, desde os primórdios da civilização, mesmo que mude seu cenário. Por isso a grande quantidade de diferentes modelos de tarô, de diferentes épocas, religiões e conceitos. O aspecto principal é que as figuras não mudam, os arquétipos são apresentados sob diferentes roupagens, mas sempre serão os mesmos.

     

    2. Material e metodologia

    2.1. O método do tarô terapêutico

    O método do tarô terapêutico é de uso e aplicação simples, mas com grande poder de síntese do processo principal pelo qual a pessoa está passando. Separam-se os 22 arcanos maiores do tarô e é pedido que o consulente embaralhe as cartas concentrando-se, principalmente, no motivo real de seus problemas atuais. O consulente também pode se concentrar em um problema específico. Logo após, o terapeuta abre o baralho à sua frente, de maneira que todas as cartas fiquem viradas para baixo e seja possível puxar qualquer uma delas. Ainda concentrado, o consulente precisa puxar uma única carta, que será o motivo da meditação durante todo o restante da sessão. O terapeuta precisa explicar o máximo sobre a carta em questão e pedir que o consulente faça suas associações com os problemas pelos quais está passando ou conte uma história do que acha que está acontecendo na figura. Assim que terminar o processo, o terapeuta já saberá em quais aspectos da carta é preciso atuar .

     

    3. Resultados

    A seguir, apresentam-se as cartas do tarô e as possíveis associações terapêuticas:

    O Louco“O louco é o andarilho, enérgico, ubíquo e imoral” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa imatura, criança, dependente ou infantil. Não quer se responsabilizar pela sua própria vida ou precisa parar de procurar um “papai” que lhe resolva os problemas. Parar de culpar os outros pelas nossas responsabilidades.

    Representa a pessoa que precisa soltar-se mais, soltar a sua criança interior e impulsionar em direção à vida e ao futuro. Pode representar pessoas que tem um louco dentro de si, mas tornaram-se metódicas e enfadonhas, atingindo um alto grau de depressão ou desespero sem motivo. Pode evocar estados de síndrome do pânico, onde toda a energia represada precisa ser solta de alguma maneira. Também evoca a energia presa que gera estados de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

     

    O Mago “O mago é capaz de realizar sua mágica diante de nós, bastando para isso que assistamos às suas representações.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Aqui está uma pessoa que se esconde no seu lado ativo, masculino e faz, faz, faz para não parar e olhar para si. Não suporta o silencio e precisa sempre de estímulos ou tarefas.

    Pessoas muito ligadas com o superficial, identificadas quase que totalmente com o ego, que precisam do outro para se sentir queridas, amadas ou reconhecidas. Falta de reconhecimento da realidade, pessoas muito iludidas ou presas a fantasias. Precisa aprender a se conhecer, a olhar mais para si mesmo independente do que estão ou não fazendo.

     

    A Sacerdotisa“Dela é o reino da profunda experiência interior; dela não é o mundo do conhecimento exterior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A pessoa que precisa acalmar-se, olhar para si mesma e escutar a voz do coração. Tem dificuldades com a sua ternura, em demonstrar sentimentos, sendo introspectiva, tímida e desconfiada.

    Representa a pessoa que não consegue se ligar à sua espiritualidade por não estar ligada ao seu lado feminino ou tem uma máscara de espiritualidade para não mostrar seus verdadeiros sentimentos. São mulheres com dificuldades no feminino sagrado e homens que não conseguem acessar sua porção mulher, gerando machismo e falta de respeito pelo feminino. Mulheres que perderam a intuição por conta do mundo competitivo em que vivemos e do acúmulo de tarefas. Pessoas que, em geral, precisam refazer seu contato com o seu espírito. Mulheres com forte TPM por conta desse distanciamento.

     

    A Imperatriz “É, portanto, a Imperatriz quem faz às vezes de ponte entre o Mundo Mãe de inspiração e o Mundo Pai de lógica e laboratórios...” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: É aquela pessoa que cuida de todo mundo, menos dela. Uma pessoa que se trava em detrimentos do que os outros vão pensar ou sentir por ela. A mãe superprotetora ou a filha problemática e dependente entram neste arquétipo também.

    Pessoa travada no seu processo criativo por afastamento do seu lado feminino. Falta de inspiração para mudar o que precisa ser mudado. Excesso de “amor”, relacionamentos destrutivos e sufocantes. Falta de fertilidade e de prosperidade. Excesso de dramaticidade do real. Precisa se dar permissão para viver mais as coisas boas da vida e cuida de si como cuida dos outros.


     

    O Imperador – “Aqui começa o mundo patriarcal da palavra criativa, que inicia o domínio masculino do espírito sobre a natureza.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa que dedicada demais a tudo o que é prático e racional, justamente por saber que isso lhe falta de maneira natural. Pessoa controladora (de si e dos outros) ou, se for para o outro lado, revoltada com todas as figura de poder.

    Falta de senso prático. Excesso de ilusões e fantasias. Falta de concretude. Problemas com figuras de poder, como chefes. Racionalizar demais como mecanismo de defesa. Falta do princípio da ação, pessoa acomodada. Falta contato com a realidade, vive no mundo mental, das idéias sem concretizar nada. Problemas em se destacarem do todo e em encontrar soluções na vida profissional. Saber que é o senhor de si, seu próprio imperador, e necessita incorporar o arquétipo para ser mais si mesmo.

    O Sumo Sacerdote – “... a personificação exteriorizada da luta do homem pela conexão com a divindade – da sua dedicação à busca do significado, que coloca o homem acima dos animais” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa que está distante de si e sempre precisa do outro (que acredita ser mais inteligente) para resolver as suas questões internas. Pode identificar pessoas que precisam sempre de um mestre, um guru ou qualquer coisa assim para chegar a Deus.

    Perda da ponte entre Deus e o homem. Crenças infundadas. Necessidade do outro para ver suas próprias questões. Projeção. Inveja. Falta de consciência do seu poder espiritual. Complexo de herói. Afastamento da parte sagrada do Self. Fanatismo religioso. Precisa aprender a ser o seu próprio mestre interior e confiar nas coisas que faz e diz, sem deixar suas decisões nas mãos de outras pessoas. Sair do mental e entrar mais no sentir.


     

    O Enamorado – “Podemos ver nesse moço a personificação do jovem e vigoroso ego, pronto para enfrentar a vida e seus problemas sem a ajuda de ninguém.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Fragilidade do ego. Fraqueza para tomar decisões. Excesso de indecisão. Processo de fuga dos conflitos. Excesso de fantasia como fuga da realidade. Não consegue se conectar com a mãe interna, não cortou o cordão umbilical da mãe real. Dependência emocional. Imaturidade. Enfrenta uma dualidade, utilizando fatores internos para não assumir a responsabilidade por si. Deixar sua indecisão e escolher seguir a sua alma, escolhendo o que precisa para crescer.

    O Carro – “ A jornada exterior não é apenas um símbolo da jornada interior, mas também o veículo para o nosso autodescobrimento” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Inflação do ego. Falta de equilíbrio e discernimento. Ter energia, mas não ter objetivos claros. Instabilidade emocional. Somatização de doenças por conta do emocional. Estados de mania e ansiedade. A pessoa que “coloca o carro na frente dos bois”. Medos infundados. Estagnação. Medo de tomar as rédeas e de dirigir.

    A pessoa completou um ciclo de sua vida e está sentindo necessidade de mudanças, principalmente a procura da sua independência e autonomia. Pode se apresentar como excessivamente independente, auto-suficiente e desapegado, ou o contrário. Nos dois casos denota a sua fraqueza e carencia afetiva. Deve realizar essa mudança profunda, esquecer o passado e ouvir mais o coração.

     

    A Justiça – “O equilíbrio é a base da Grande Obra” (Aforismo alquímico apud Nichols, 1980)

    No processo terapêutico: Estado de regressão infantil, pois tenta passar o tempo todo uma idéia de pessoa perfeita, somente para agradar aos outros. Pessoa que usa a raiva contra os outros e comete crimes. Auto-culpa acentuada. Falta de equilíbrio mental. Mudanças repentinas de humor. Falta de responsabilidade no sentido de não entender que o Universo nos manda o que precisamos. Sentimento de injustiça ou de ser o seu próprio juiz, julgando a si e aos outros com destreza, denotando seu ego rígido. Pode significar o momento em que a pessoa percebe que não pode mais ficar nesta posição agradadora o tempo todo.

     

     

    O Eremita – “... o frade aqui retratado personifica uma sabedoria que não se encontra em livros”. (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Sentir solidão por distância do si mesmo (vazio da alma). Fanatismo religioso. Tristeza profunda. Falta de sabedoria com as experiências. Retirar-se da vida por vontade própria. Falta de senso de observação e dificuldade de introspeção. Pessoa espiritualmente atacada. Superficialidade. Desligamento do Eu Superior. Pessoa tímida e compulsivamente introvertida, sexualmente imaturo por negar sua natureza instintiva. Precisa voltar a si mesmo estando alerta pra seus impulsos internos. Perceber que as circunstancias não são o problema e encontrar sua alma.

     

    A Roda da Fortuna – “... estamos presos no intérmino girar predestinado da Roda da Fortuna? Ou essa carta nos oferece outras mensagens, mais cheias de esperança?” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Estagnação. Envolver-se demais com os problemas externos desconsiderando a sua essência. Não aceitação dos fatos da vida como naturais e excesso de sofrimento por isso. Pessoa dramática e vitimesca. Pessoa que não consegue acessar transformações e mudanças necessárias à evolução humana e espiritual. Pessoa presa ao passado, que espera que sempre as coisas se repitam. Não consegue mudar o comportamento e, consequentemente, não consegue mudar as coisas. Precisa entender a relação entre seu interno e seu externo.

     

    A Força – “As energias outrora empenhadas na adaptação exterior começarão agora a preocupar-se mais com o crescimento interior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Lado emocional exacerbado. Ser dominado pelas emoções. Falta de controle da raiva e do ódio. Violência. Doenças psicossomáticas. A pessoa não consegue aceitar as suas emoções e elas acabam o engolindo. Fraqueza física e emocional. Sexualidade desequilibrada. Indecisão quanto à própria identidade sexual.

     

    O Enforcado – “Com as mãos amarradas atrás das costas, o Enforcado se acha tão indefeso quanto um nabo. Está nas mãos do Destino” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de coragem para abandonar o velho e conquistar o novo. Acomodação extrema. Necessidade de se voltar para dentro para voltar como uma pessoa renascida. Deixar-se nas mãos do Destino.

     

    A Morte – “Na natureza nada se perde. O rei está morto. Viva o rei” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Apego. Dificuldade de aceitar as mudanças. Pessoas arraigadas às velhas formas e velhas crenças. Apego a pessoas ou situações. Carregar um cadáver que não tem mais utilidade.

     

    A Temperança – “O tema dessa carta associa a temperança à Aquário, o carregador da água, o décimo primeiro signo do zodíaco.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de equilíbrio das emoções. Pessoa muito fria ou muito calorosa. Problemas em deixar fluir a vida e resolver, de forma natural, os seus conflitos. Pessoa não consegue ver a saída porque não analisa todas as partes do problema. Problemas circulatórios. Falta de confiança no fluxo da vida. Impaciência.

     

    O Diabo – “Chegou o momento de enfrentar o Diabo” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A não aceitação dos aspectos negativos do Ego como a arrogância, a inveja, a ganância, faz com que acabemos escravos deles. Ser escravizado por sua própria sombra por medo de enfrentá-la. Pode tornar-se uma pessoa malévola para si mesmo, descuidando de si por sentir-se culpado e gerar doenças e tragédias. Abertura de mediunidade não trabalhada, que leva a problemas espirituais. Falta de proteção. Promiscuidade e mau uso da sexualidade.

     

    A Torre – “Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Preso a padrões mentais destrutivos e antigos. Não consegue se jogar de sua prisão inconsciente. Preso a crenças antigas ou a situações desagradáveis. Pode representar uma pessoa que passou por uma destruição (como tragédias e problemas de saúde) e não consegue se reestruturar do trauma. Falta de fé na intervenção divina e em si mesmo. Falta de autoconfiança.

     

    A Estrela – “Não usando nenhuma proteção ou máscara, releva a sua natureza básica” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Espiritualidade usada para ter poder. Egoísmo. Inflação do ego. Arrogância e falta de preocupação com o outro. Falha nos projetos. Estagnação dos projetos de vida. Confunde aquilo que se é na essência com a sua máscara. Falta de contato consigo mesmo.

     

    A Lua – “... o próprio herói está ausente” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Loucura, depressão profunda. Não consegue enxergar as saídas para nenhum problema. Estado catatônico. Se perder o contato com a consciência, estados psicóticos. Mediunidade se confunde com problemas psiquiátricos. Perda do limite entre a razão e a loucura. Tendência a vícios. Baixa auto-estima. Síndrome do pânico.

     

    O Sol – “... onde a vida não é mais um desafio a ser vencido, mas uma experiência a ser desfrutada.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Tristeza, aprisionamento do ego, falta de auto-estima e de autoconfiança. Pessoa não consegue ser feliz com o que tem, não consegue ver as pequenas alegrias da vida. Mau humor. Hipocrisia. Critica demasiada. Orgulho. Vaidade.

     

    O Julgamento – “O Julgamento dramatiza o momento da ressurreição espiritual de diversas maneiras.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Desequilíbrio. Ficar preso na experiência em si e não na sua análise. Resistência a mudanças. Depressão, tristeza e falta de discernimento e senso crítico. Racionalizar demais as emoções ou dramatizar demasiado. Dificuldade de impor limite e dizer não. Culpas.

    O Mundo – “Chegamos à culminação da longa jornada” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de elementos no ego. Fracassos acumulados. Pessoa que não consegue concluir o que começou, pois sente que se perdeu. Sensação de estar perdido, de ter esquecido algo no meio do caminho. Problemas de memória. Falta de conscientização. Coloca a culpa de tudo nos outros e não assume a sua responsabilidade. Idealização demasiada das pessoas e das situações.

     


     

    1. Discussão

    Notamos que o tarô há muito deixou de ser um instrumento apenas usado por “curandeiros” ou até mesmo charlatãs para tirar dinheiro das pessoas em praça pública. Não que isso, infelizmente, não exista, assim como existem as sombras de todas as profissões. O tarô é apresentado aqui como mais uma ferramenta de entendimento do ser humano, de análise profunda de sua psiquê de que como isso tudo poderá ajudar o cliente a encontra um ponto dentro de si mesmo que o ajude a encontrar seu equilíbrio.

    Hoje sabemos das relações entre o psíquico e o físico, por exemplo. Com certeza, um desequilíbrio psicológico ou energético, ou até mesmo uma maneira errônea de encarar determinadas fases naturais da vida, poderiam acarretar qualquer um destes problemas físicos. Assim, quando quer profissional terapeuta holístico identifica um desequilíbrio pode, ao mesmo tempo, identificar um padrão psicológico que precisa ser mexido e mudado pela pessoa, para que o completo restabelecimento do cliente aconteça. Aqui, o tarô poderia fornecer o momento arquetípico do cliente e auxiliar no uso de quaisquer outras técnicas, já que sua função é somente “retirar” da inconsciência aquilo que lhe é necessário saber.

    Nota-se também que cada uma das cartas tem mais de uma possibilidade de interpretação. Esse aspecto deve ser levado em conta e procurar encontrar o exato ponto de confluência entre a carta e a história relatada pelo cliente. Assim, pode-se precisar a avaliação sem margens de erros. Por vezes, pode ser necessária mais de uma sessão para que o processo de associação livre fique claro e livre de interferências.

     

     

    1. Conclusão

    Fica esclarecido neste trabalho como o tarô pode ajudar em qualquer processo de mudança e de melhora que o cliente esteja passando, tanto para orientação da técnica a ser utilizada a seguir, quando do tempo arquetípico em si.

    De fato estes estudos e a maneira como ele pode ser usado dentro da sessão terapeutica ainda não estão finalizadas. Ainda podemos perceber que existe muito a estudar e pesquisar sobre o tema, inclusive com o relato direto de casos e comprovações. Este trabalho apenas se propôs a demonstrar as coincidências teóricas que podem ser levadas a cabo ao longo de um processo terapêutico. Este trabalho foi o início de uma jornada arquetípica para, uma vez mais, desenvolver técnicas que ajudem as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida e, em muitos casos, estabelecer a harmonização de suas feridas emocionais mais profundas. Tanto na evolução da humanidade, num contexto geral, como dos seres humanos, no contexto individual.

     

    1. Referências bibliográficas

    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

     

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994.

    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo. Editora Madras.2004.

    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004.

    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964

    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999.

    JUNG.C.G. Psicoterapia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.

    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.

    NICHOLS, S. Jung e o Tarô: Uma jornada arquetípica. Edição 9.São Paulo.Cultrix.2000

    PIERI.P.F. Dicionário Junguiano.. 1ª edição. São Paulo. Editora Vozes. Paulus Editora. 1998.

    PRAMAD,V. Curso de tarô e seu uso terapêutico. 3º edição. São Paulo. Madras. 2008

    RAPPAPORT, C.R. Teorias da personalidade em Freud, Reich e Jung. 1ª edição. São Paulo. EPU. 1984.

     

     

    1. Anexos e Apêndices

    Tabela 1 – Significado arquetípico das cartas do tarô

    Arcano

    Nomenclatura

    Significado

    0

    O Louco

    É a carta que não tem número. Liga o mundo real ao mundo espiritual .O inconsciente na sua forma mais pura, lado instintivo. Por saber usar esse lado instintivo, é ele que impulsiona nossas vidas para frente.

    1

    O Mago

    Inicio do processo de individuação proposto por Jung. Começo do pé na realidade da vida. Pode ser tanto mágico criador como embusteiro. Energias domesticadas, elementos para começar no caminho da vida. Porém, pode criar ainda as ilusões, aparência da realidade. Sugere ação.

    2

    A Sacerdotisa

    Representa o princípio feminino da divindade, o yin primário e as deusas femininas. Receptividade. Passividade. Contenção e tradição. Persistência, amor e paciência feminina. Experiência interior. Espiritualização.

    3

    A Imperatriz

    O princípio feminino no sentido Terra, Mãe, mundano. Capacidade criativa. Poder do amor. Sociabilidade e socialização. Ação e conclusão. Criação. Capacidade intuitiva. Inspiração.

    4

    O Imperador

    Princípio masculino yang. Racionalidade. Princípio da realidade. Ação. Consciência. Responsabilidade. Figuras masculinas de poder (pai, chefe). Mente.

    5

    O Sumo Sacerdote

    Liga o mundo interno e externo de maneira mais consciente. União do masculino e do feminino sagrado. Ponte entre o homem e Deus. Contato do homem com o seu espírito. Consciência do poder espiritual. Principio masculino e racional da espiritualidade.

    6

    O Enamorado

    Conflito. Princípio da realidade. Consciência. Desejos antagônicos. Romper o cordão umbilical. Encontrar a força dentro de si. Dúvidas. Ligar a vida espiritual e emocional. Conflito como fonte de crescimento e evolução.

    7

    O Carro

    A viagem pela vida. Autodescobrimento através das vivências e experiências. Ação. O próprio corpo do consulente. Estabilidade. Proteção.

    8

    A Justiça

    Dualidade humana. Inocência e culpa. Equilíbrio. Responsabilidade gerada pelo conhecimento. Fim das ilusões e da inconsciência. Poder de discriminação entre o certo e o errado. Necessidade de pesar as coisas. Opostos trabalhando juntos.

    9

    O Eremitha

    Necessidade de solidão e meditação. Encontrar os significados interiores. Espiritualização. Observação. Sabedoria. Aspectos ligados à mediunidade.

    10

    A Roda da Fortuna

    O dentro e o fora. O eterno girar da vida e dos acontecimentos. Dentro é a essência e fora o acontecer. Equilíbrio quando no meio da roda, olhando a situação de dentro e deixando com que as coisas aconteçam. Mudanças. Nascimento e morte. Uso do instinto e do mental como forma de equilíbrio.

    11

    A Força

    Força do instinto. Domínio das emoções através da anima (força feminina). Domínio do nosso lado animal. Sexualidade equilibrada. Emoções equilibradas. Força interior.

    12

    O Enforcado

    Período de transição. Abandono de velhas atitudes e se deparar com o novo. Necessidade de coragem e sacrifício. Acomodação. Traição das velhas tradições.

    13

    A Morte

    Transformações, mudanças repentinas. As grandes fases de mudanças. Morte do velho para renascer o novo. Período de desapego. Revitalização. Renovação.

    14

    A Temperança

    Temperar as emoções. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Emoções profundas e desafios da alma. Dissolução das velhas formas e o desatamento de nos rígidos. Situações de conflito em que se deve ser os dois lados da moeda.

    15

    O Diabo

    Estagnação. Energias negativas circundando a questão. Nossa sombra, nosso lado negro e cruel. Arrogância, orgulho, inveja, cobiça. Magia negra.

    16

    A Torre

    Destruição das velhas crenças e das velhas formas de viver. Quando não é mais possível, pela própria ordem natural das coisas e do Universo, manter uma situação que não está de acordo. Pode representar a ira e a intervenção divina.

    17

    A Estrela

    Auto-aceitação da sua natureza básica. Ligação com a alma e não somente com o Ego. Entendimento. Compreensão do todo. Intuição e luz. Espiritualidade. O pessoal e o transpessoal.

    18

    A Lua

    Aquilo que está escondido na noite do inconsciente. Depressão. Fuga da realidade para o mundo interior. Mediunidade. Desolamento. Infertilidade. Mergulho no deserto do inconsciente.

    19

    O Sol

    Alegria. Consciência. Auto-estima elevada. Sensação de liberdade. Inocência infantil. Prosperidade. Proximidade com a nossa natureza e aceitação desta.

    20

    O Julgamento

    Finalização de processo. Separar o joio do trigo para um novo recomeço futuro. Análise profunda das situações da vida. Equilíbrio entre a razão e a emoção, sensação e intuição. Aceitação das mudanças.

    21

    O Mundo

    Eu como centro do equilíbrio psíquico. Interação dos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água). Integração dos aspectos femininos e masculinos, negativos e positivos do ego. O ego está completo e se sentindo pleno de sentido. Vitória. Triunfo.

    Fonte: “Jung e o Tarô – uma jornada arquetípica” – Sallie Nichols – Ed.Cultrix

    Autor: : Andrea Pavlovitsch - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 06/05/2008 13:38


    Geoterapia, Fitoterapia, Radiestesia, Radiônica E O Equilíbrio Energético À Distância

    Geoterapia, Fitoterapia, Radiestesia, Radiônica E O Equilíbrio Energético À Distância

     

    Nilma Glória Braga Siqueira - Terapeuta Holística - CRT 30758 

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    Dedico a todos que não se cansam de dedicarem-se energeticamente à procura de novos caminhos de harmonização integral.

     

    AGRADECIMENTOS

     

                   A Deus, pela vida. 

                  Ao SINTE, por dar oportunidades novas a novas manifestações de idéias aplicadas, e a todos que, com suas energias vibráteis comprovaram estas idéias aplicadas com simplicidade.

     

    “Deve-se ter sempre em mente que no universo manifesto tudo é energia em circulação, sendo que todo pensamento constitui a expressão de algum aspecto desta energia”.

                               (BAILEY)

                                

    SUMÁRIO

     

    1- Introdução                                                                                                                                                          

    2- Material e Metodologia                                                                                                                             

                  2.1- Material empregado                                                                                                                

                  2.2- Métodos realizados                                                                                                                

    3- Radiações                                                                                                                                                          

                  3.1- Radiações Físicas                                                                                                                

                  3.2- Radiações Mentais                                                                                                                

                  3.3- Ondas Radiestésicas                                                                                                               

                  3.4- Radiações Tele – Terapêuticas na atmosfera                                                        

                  3.5- Inconsciente                                                                                                                              

    4- Relação dos sete principais Chakras Espinais com a Geoterapia                            

    5- Valor da Geoterapia e suas aplicações                                                                                    

                  5.1- Algumas normas para o uso da argila como cataplasma                            

                  5.2- Efeitos obtidos com o uso da argila                                                                                    

    6- Casos exemplares                                                                                                                              

    7- Resultados                                                                                                                                            

    8- Discussão                                                                                                                                                          

    9- Conclusão                                                                                                                                                          

    10- Referências Bibliográficas                                                                                                               

     

     

    RESUMO

     

    A experiência aplicada por vários meses em atendimento a clientes à distância levou-me a escrever este trabalho que consiste em usar a Radiestesia (com o pêndulo, dual-rood, auramitter), a Radiônica com os gráficos, a Geoterapia com a argila pura e mais os chás, nos quais se dissolve a argila, pra com este conjunto se tentar a harmonização da pessoa como um todo, incluída no Universo, com êxito testado e aprovado pelos que passaram por ela.

     

    1- INTRODUÇÃO

     

                  Estamos todos envolvidos em um mar de idéias. Idéias claras e outras não tão claras. Idéias possíveis e outras menos possíveis. Há interpretações para quase tudo, mas agora é a hora de não só interpretar o mundo, mas transformá-lo, partir para a ação possível, a única eficaz porque aplicada na realidade. É como uma semente que, se plantada, cresce e dá frutos, e se não plantada, é só uma semente que não teve oportunidade de mostrar a vida que guarda. E neste estudo, as idéias são sementes plantadas que expandem a força vital, tornando-se mais vivas e mais vida.

                  Estamos todos nos beneficiando das experiências das gerações anteriores. O universo continua a se expandir em contínua vibração. A lei da atração fala que coisas e vibrações semelhantes se atraem, portanto, tudo o que existe na realidade física existe por causa de um pedido direcionado, a partir desta realidade. Daí a importância de todos aqueles que nos antecederam e que pediram. Pediram respostas para perguntas, soluções para problemas, melhorias para situações e a realização de desejos.

                  Viver a diversidade e os contrastes, definir a preferência e direcionar o desejo - é isso que produz a Energia Criativa do Universo e faz toda a vida evoluir.

                  Nesse trabalho é usada a Radiestesia que através do pêndulo contatando o inconsciente através das ondas eletromagnéticas e decodificando-as para saber das individualidades pessoais e desequilíbrios, mais o uso da Geoterapia que é um poderoso instrumento de harmonização, otimizada pela ação das energias dos princípios ativos existentes nas plantas direcionadas para os desbloqueios de meridianos, juntamente com a Radiônica, que expande em grande intensidade as energias vibratórias, há um excelente resultado na harmonização pessoal aqui, do cliente à distância.

                  Harmonização pessoal é alinhar-se com seu SER ESSENCIAL, que tem um poder de transmitir-lhe clareza, vitalidade, entusiasmo, bem-estar físico, abundancia em todas as coisas que considera boas e uma exuberante alegria. Este é o estado natural do ser que realmente é.

     

    2- MATERIAL E METODOLOGIA

     

    2.1- Material empregado:

    • Ficha do cliente, fornecida pelo SINTE com os pontos de alarme e meridianos desenhados;
    • Pêndulo neutro, dual-rood, auramiter;
    • Gráficos de Radiônica;
    • Argila;
    • Folhas desidratadas para chás fitoterápicos

     

    2.2- Métodos realizados:

                  Atendimento à distância usando as fichas dos clientes.

                  O procedimento adotado para o atendimento à distância é o seguinte: em primeiro lugar, há o contato do cliente conosco, via telefone ou e-mail solicitando ser atendido à distância, porque está impossibilitado de vir presencialmente por vários motivos: ou mora muito longe, em outra cidade, ou país, acamado, ou outros motivos. Fornece seu nome, data de nascimento e endereço, tudo isto passado para a Ficha do cliente com o desenho do corpo, os pontos de alarme e meridianos desenhados.

                  Passa-se ao estudo do cliente individualmente:

    • Qual a cor de viração da aura da personalidade?
    • A qual Movimento Chinês pertence?

    Anota-se estas informações. Continua-se a análise com o pêndulo. Quais os meridianos bloqueados?

    Providência: desbloqueio com o grafite.

    • Quais os chakras bloqueados e glândulas desequilibrada? Quais os estados emocionais mais tensos? Aqui é que entra a nossa tarefa para maximizar os resultados. Qual a planta que vai ajudar a otimizar esta maximização?

    Escolhida com o pêndulo esta planta. Faço um chá mínimo numa xícara com ela e depois de esfriado, coloca-se nele a terra pura, a argila e mistura-se com um palito novo (pau de picolé comprado na papelaria, que serve para trabalhos de criança de pré-escolar). Feito este barro, é colocado na ficha do cliente no local onde está mais bloqueado e deixado lá. Molha-se este barro durante aquele dia por três vezes e no outro dia o mesmo é jogado fora e substituído por outro novo e molhado mais três vezes. Assim, por, no mínimo, sete dias, podendo ser mais e quando se molha este barro, vai-se emitindo bons pensamentos de harmonização para aquele cliente que está sendo tratado. A energia atravessa todas as distâncias e faz efeito lá onde o cliente está e dentro de poucos dias ele terá melhorado tanto física como emocionalmente e estará equilibrado, sem nem saber como.

    É preciso que o cliente participe deste processo, colocando-se na posição de receptor que quer ser trabalhado e que acredita na emissão e recepção de boas vibrações e radiações para ele.

     

    3- RADIAÇÕES

     

                  A física atômica - molecular - nuclear nos prova que de cada corpo emana radiações, cujas ondas são tanto mais curtas, quanto maior for a sua temperatura.

                  A Radiestesia se ocupa essencialmente da captação das emanações dos corpos. Vejamos algumas espécies de radiações:

     

    3.1 - RADIAÇÕES FÍSICAS:

     

                  No mundo atômico foi descoberta uma variedade abundante de irradiações pelo fato de os átomos se comporem de elétrons, prótons, nêutrons e outras partículas que sofrem contínuos deslocamentos e combinações com elementos e partículas de outros átomos.             

                  Há uma contínua intercombinação química, todos esses fenômenos físico-químicos provocam radiações e vibrações que denominamos físicas ou eletromagnéticas.

     

    3.2 - RADIAÇÕES MENTAIS:

     

                  Toda atividade mental emite radiações com as mais variadas ondas, já comprovadas pela Medicina através do eletroencefalograma. Por isso, a morte clínica não é aceita quando for comprovada a ausência de qualquer radiação mental.

                  Outra comprovação das ondas mentais são as emanações neuroenergéticas da nossa mente que provocam a variada fenomenologia psicocinética, já largamente comprovada pela PARAPSICOLOGIA.

                  O nosso sistema nervoso é sempre estimulado pela mais variada gama de radiações que estão perto de nós e pelos nervos aferentes são conduzidas ao cérebro. Essas ondas geralmente passam despercebidas, mas no momento em que a nossa mente se coloca em sintonia com elas, o nosso cérebro, através dos nervos aferentes, pode transferir essas captações ao pêndulo ou à varinha, imprimindo-lhes variados movimentos que transistorizam as mensagens do inconsciente para o nível consciente.

                  Desta forma, podemos conhecer realidades que, de outro modo, seriam difíceis ou até impossíveis de serem conhecidas, como sejam a existência da água, minerais, tesouros escondidos no subsolo, objetos perdidos, desequilíbrios energéticos, etc.

                  O bom radiestesista nunca se cansa de estudar as radiações.

     

    3.3 - ONDAS RADIESTÉSICAS:

     

                  Se todos os corpos emitem radiações, existem inúmeras radiações que se interligam, mas só captamos as que nos interessam. Por isso, quando vamos estudar alguém, escrevemos o nome e a data de nascimento daquela pessoa para individualizar o tratamento e nosso inconsciente possa captar através das ondas, as radiações que aquela pessoa emite e assim decodificá-la. Chamo este estudo de DSN - “Decodificar Subconsciente Naturalmente”, cujo método está incluído no todo do nosso tratamento que é denominado TDNH - Terapia Despertar Notável Holístico, que é o descobrimento dentro de si mesmo de um novo modo de ver os acontecimentos para alcançar o plano harmonioso de bem-estar.

                  Os seres emitem radiações e os animais já sabiam e usavam isso desde sempre, por exemplo, a abelha tem um sistema nervoso organizado para vibrar a uma frequência determinada e sentir as flores melíferas a uma grande distância e captar as radiações características da colméia materna.

    Já foi demonstrado que as flores melíferas têm exatamente a mesma frequência vibratória da abelha. Os animais só sintonizam nas ondas que lhes são necessárias para conservar e propagar a sua espécie.

                  A pessoa humana sintoniza a onda que lhe aprouver; para isso, ela “fecha” seu cérebro outras ondas que não lhe interessam e capta as ondas que precisa no momento.

                  Um bom procedimento é esfregar as mãos estabelecendo um curto circuito desimpregnando-se das radiações estranhas e, em seguida, usando a Ficha de Cliente com as informações da pessoa, sintonizar com as radiações dela para o teste a ser estudado.

     

    3.4 - RADIAÇÕES TELE-TERAPÊUTICAS NA ATMOSFERA:

     

                  Disse Aristóteles que o mínimo movimento de um dado repercute até o fim do mundo. É sabido que todo corpo emite radiações que se espalham na atmosfera. Essas radiações, partindo de uma pessoa humana, podem ser portadoras de uma mensagem que se realiza em alguém, a que esteja afetivamente ligado, mesmo estando longe.

                  No livro Noções Práticas de Radiestesia, do Pe. Bordeaux (TASLEY, 2005), é narrado que Mme Barret equilibrava muitas pessoas só colocando a mão em direção delas. Também é relatado o fato de um terapeuta ter grande êxito de harmonizar pessoas passando a mão sobre a fotografia. Perguntavam-lhe se tinha sempre êxito, ele respondia que não e não sabia dizer porque, pensamos que era porque alguns estavam mais receptivos ou não.

                  É falado também que outro terapeuta recebeu uma carta com alguns cachos de cabelos de sua cliente, cuja febre não a largava e após colocar umas ervas sobre seus cabelos, a cliente lá longe se restabeleceu.

                  Estes fatos, em Radiestesia, são chamados de ONDAS EQUILIBRADORAS DA ENERGIA.             

                  Conclui-se daí que: a extensão das ondas existe a distâncias incomensuráveis; a possibilidade de dirigir livremente as próprias ondas e as ondas de uma planta para uma determinada meta, supondo sempre um ato de vontade.

     

    3.5 - INCONSCIENTE:

     

                  O inconsciente ocupa uma posição de primeiro plano na produção dos fenômenos radiestésicos. Quando o radiestesista opera, está em estado de vigília, e em plena posse de todas as suas faculdades conscientes. Ele se concentra voluntariamente sobre o objeto de sua pesquisa, esperando a resposta pelos movimentos do pêndulo.

                  O Radiestesista, ao iniciar sua pesquisa, precisa fixar sua atenção num objetivo bem definido. Isto estimula o inconsciente em suas faculdades perceptivas e seletivas. As interrogações claras e diretas vão determinar respostas certas.

                  Psicologicamente, é impossível compreender o inconsciente, pois ele contém, simplesmente, todos os caracteres da vida psíquica. Por isso, o seu papel é extremamente importante e condiciona uma grande parte de nossa atividade consciente, tanto mais que ele está sempre desperto, não conhecendo nem cansaço nem erro.

                  Nas pesquisas radiestésicas, as faculdades de percepção e de seleção permitem ao inconsciente perceber diretamente a resposta certa e externá-la com os movimentos do pêndulo.

                  O inconsciente efetua de uma maneira automática, em relação às coisas inacessíveis aos nossos sentidos, a operação de discernir, reconhecer e identificar as manifestações exteriores das coisas.

                  Fora dos estímulos físicos, sociais e vitais somos dirigidos por causas interiores, sejam fisiológicas, sejam psicológicas. Essas causas, ao aparecerem na consciência, prendem a atenção, mas na maioria das vezes, permanecem desconhecidas, agem do fundo do inconsciente e determinam atos independentes da inteligência.

                  A atividade do inconsciente não produz cansaço, pelo contrário, descansa, relaxa. O radiestesista deve exprimir o seu desejo com calma, serenidade e convicção, pensando somente no objeto da pesquisa. Cumpre proceder sem pressa, sem ardor e esperar o tempo necessário para a reação do inconsciente. Se essa reação não vier, deverá ser atribuído seja a uma expressão inadequada do desejo, seja a uma impossibilidade de uma resposta positiva.

                  As pesquisas radiestésicas são, em geral, simples. Quando a resposta não vem rapidamente é porque a questão é muito complexa e o inconsciente precisa de tempo para dar a solução.

                  O pesquisador, se abandonar a pesquisa por um tempo, pode ser surpreendido com a resposta em determinado momento sob a forma de um insight, um lampejo de solução favorável e completa.

                  O trabalho do inconsciente não resulta de um princípio misterioso, vindo das profundezas do infinito. É uma espécie de gestação lenta dos elementos introduzidos em nós pelo estudo, e um certo trabalho preparatório de reflexão consciente. O resultado dessa gestação não é sempre uma solução completa, toda acabada, mas inspirações, intuições, sugestões que facilitam um trabalho consciente complementar a essa solução. Um dos segredos básicos para obter uma resposta certa do inconsciente é saber formular as suas interrogações mentais.

                  O campo vital é o corpo sutil, corpo etérico, de energia, que envolve o corpo físico e é condutor das forças que, através dos chakras, estimulam o funcionamento da forma física.

                  Portanto, a função primordial do campo vital ou corpo sutil, é de conduzir a energia para o corpo físico e vitalizá-lo, integrando-o ao campo vital da terra e do sistema solar. No plano etérico, todas as distinções desaparecem, porém, a individualidade permanece. Bailey afirma: “O corpo etérico reage normalmente, como é de seu desígnio, a todos os estímulos oriundos dos veículos mais sutis. Ele é essencialmente um transmissor e não um gerador... o compensador de todas as forças que chegam ao corpo físico (denso).”

                  Eugene Cosgrove, em seu livro Letters to a Disciple fala sobre a questão da importância prática do corpo etérico.

                  O corpo etérico ou sutil tem uma influência muito grande sobre o corpo físico e esta influência é exercida através dos núcleos ou chackras que se localizam, os principais, ao longo do canal espiral etérico.

    • Cada núcleo ou vórtice de vitalidade ou chakra possui o seu correspondente no corpo físico denso.

    O importante é que os núcleos físicos ou órgãos localizados são efeitos da ação vibratória dos núcleos etéricos. Estes, por sua vez, são efeitos dos núcleos correspondentes nos níveis emocionais.

    • Em nossa fisiologia existem sete núcleos - três primários e quatro secundários. Eles não somente possuem as suas correspondências no organismo físico, como também no sistema planetário e nos organismos do sistema solar.
    • Os três principais núcleos são: a cabeça, a testa e o coração. Os quatro secundários são: o plexo solar, laríngeo, umbilical e a base da espinha.

    Cosgrove efetua esta divisão dos núcleos em primários e secundários, baseando-se nos três aspectos da energia encontrados na alma. Os núcleos da cabeça relacionados com o princípio da vontade, os da testa, com a Inteligência Ativa, e os do coração, com o Amor-Conhecimento. Os demais são um pouco menos importantes para a evolução.

    Existem além destes sete mais 21 chackras menores, distintos e inúmeros núcleos de energia menores no mecanismo humano. O núcleo umbilical, de categoria própria, recebe a energia fluida do sol e distribui aos outros núcleos e ao corpo etérico.

    Alice Bailey amplia a explanação de Cosgrove quanto à importância do corpo etérico, dizendo: “São os núcleos que mantêm o corpo coeso e fazem dele uma totalidade coerente, vitalizada e ativa... uma pessoa pode estar desarmonizada e indisposta, ou forte e saudável, de acordo com o estado dos núcleos e de seus precipitados, as glândulas”.

                  O tratamento radiônico é feito pela detecção de onde se encontra a energia estagnada para colocá-la em ação e assim revitalizar os núcleos, que são os chakras e, em consequência, harmonizar as glândulas para que a pessoa se sinta bem.

                  Este sentir-se bem só é duradouro, se a pessoa que recebe o tratamento amplia a sua consciência através da modificação do seu comportamento e de suas ações.

                  Tenho convicção de que, se prestarmos um pouco mais de atenção aos núcleos de força que geram e governam as glândulas, melhoraremos como praticantes de Radiônica, porque teremos melhores resultados.

                  Os aparelhos de Radiônica são emissores de certos tipos de ondas que permitem, por um fenômeno de harmonia vibratória próxima da Radiestesia, harmonizar as ondas pessoais do pesquisado com a desta ou daquela pessoa. Realizado esse acordo de simpatia, é então possível procurar quais são as freqüências que estão perturbadas no cliente. O Dr. Abrams, no início do século XX, constatou que se um órgão estava com problemas emitia um som diferente, uma vibração diferente. Usava o método de consulta à distância, colocando uma gota de sangue do cliente num mata-borrão (papel especial, tipo absorvente) para estudá-lo através das radiações pessoais daquele.

     

    4- RELAÇÃO DOS SETE PRINCIPAIS CHAKRAS ESPINAIS COM A GEOTERAPIA:

     

    1 - CORONÁRIO:   Cor: Violeta.

    Glândula relacionada: Pineal.

                                   Área de influência: Parte superior do cérebro; olho direito.

                                                 Atributos: Equilíbrio espiritual.

                                              Positivo: Iluminação.

                                                 Negativo: Arrogância, orgulho, fanatismo, fuga para a fantasia.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme do estômago.

     

    2- FRONTAL:              Cor: Anil.

    Glândula relacionada: Pituitária.

    Área de influência: Parte inferior do cérebro; nariz; seios; sistema nervoso.

                                                 Atributos: Intuição.

                                              Positivo: Tolerância, forte intuição, união familiar, justiça.

                                                 Negativo: Paralisia mental, cinismo, austeridade, inconveniência.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    da vesícula biliar.

     

    3- LARÍNGEO:              Cor: Azul.

    Glândula relacionada: Tireóide.

                                              Área de influência: Olho esquerdo; ouvidos.

                                                 Atributos: Essência espiritual do cosmo.

                                              Positivo: Alegria, versatilidade, espiritualidade, paranormalidade.

    Negativo: Preguiça, inércia, Fraqueza, Auto-indulgência.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do pulmão.

     

    4- CARDÍACO:       Cor: Verde ou rosa.

    Glândula relacionada: Timo.

                                              Área de influência: Coração, sangue, sistema circulatório.

                                                 Atributos: Força vital da terra.

                                              Positivo: Determinação, paciência, equilíbrio, confiança.

                                                 Negativo: Visão estreita, desejo de segurança, ciúme, inveja.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do coração.

     

    5-PLEXO-SOLAR: Cor: Amarelo.

    Glândulas relacionadas: Baço, pâncreas.

    Área de influência: Estômago , fígado, vesícula biliar.

                                                 Atributos: Intelecto.

                                              Positivo: Mente sutil, sensibilidade, comunicação, criatividade.

                                                 Negativo: Inconstância, compulsão, superficialidade, egoísmo.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do baço, pâncreas.

     

    6- ESPLÊNICO:      Cor: Alaranjado.

    Glândula relacionada: Gônadas.

                                              Área de influência: Aparelho reprodutivo.

                                                 Atributos: Equilíbrio físico, mental.

                                              Positivo: Tolerância, compreensão, organização, liderança.

                                                 Negativo: Pressa, teimosia, crítica, indecisão

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    da bexiga.

     

    7- BÁSICO:                            Cor: Vermelho.

    Glândula relacionada: Supra-renal.

    Área de influência: Coluna espinal, rins.

    Atributos: Energia física, vida

                                              Positivo: Alegria, extroversão, paixão, coragem

                                                 Negativo: Cólera, tensão nervosa, agressividade,

    possessividade.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    dos rins.

     

    5- VALOR DA GEOTERAPIA E SUAS APLICAÇÕES

     

                  Geo = origem, terra. A terra tem um poder de restauração muito grande. Nós a herdamos de graça e, muitas vezes, quase não a utilizamos. Dela vêm nossos alimentos.

                  O homem moderno não usa a terra, perdeu o contato físico com ela. Só usa calçado de borracha e outros que o isolam da mãe-terra, deixando de usufruir os benefícios advindos da proximidade com ela, como descarregar energias negativas e puxar energias positivas só com o caminhar descalço sobre a terra. Vive-se poluindo a terra por toda parte e não se usa-a para a harmonia pessoal.

                  Os índios utilizam muito a terra como processo harmonizador. Quando são picados por uma cobra venenosa ou ferroados por uma abelha ou vespa, põem terra úmida ou barro sobre o ferimento e o que acontece: sai o veneno, não incha e a dor é eliminada em poucos instantes. Para acabar com a febre, o índio também costuma enterrar-se por algum tempo e depois tomar um banho frio. Basta isso para que a febre desapareça.

                  A terra, como diz M. Lezaeta Acharan, “refresca, desinflama, descongestiona, purifica, cicatriza, absorve e acalma, é um laboratório de vida e jamais nos prejudicará a terra pura”.

                  São inúmeros os desequilíbrios energéticos capazes de se harmonizarem com o uso da argila, barro, em aplicações exteriores e no corpo, e de acordo com as radiações detectadas pelo pêndulo com a análise do cliente à distância usando a Ficha do Cliente os pontos de alarme, os chakras, vamos usando com persistência as aplicações do barro que fazem verdadeiros “milagres”.

     

    5.1- Algumas normas para o uso da argila como cataplasma:

     

    • Colher terra virgem, pura, não importa a cor, em profundidade (meio metro), de preferência no meio do mato ou cavar bastante buraco no barranco e tirar a terra do fundo;
    • Peneirar e desmanchar os torrões maiores; em seguida, secar esta terra ao sol e guardar em vasilha que não enferruje ou oxide, como é o caso do ferro, cobre e alumínio que não devem ser usados para guardar o produto. Pode-se usar a terra fresca colhida na hora sem secar, evidentemente;
    • Ao usar, misturar água limpa e deixar repousar um tempo até que a argila se desmanche por si;
    • Misturar bem até formar barro liguento; não usar metal para isso;
    • Usar a argila só uma vez e depois joga-se fora;
    • Perseverar, isto é, quando se começa a aplicação de argila, não se deve interromper durante, pelo menos, 10 dias;
    • Pode provocar dor; neste caso, usa-se por menos tempo - uma hora por dia;
    • A água em que se mistura a argila deve ser pura, natural e pode ser substituída em certos casos por chás de plantas, como alecrim, cavalinha e outras.

     

     

    5.2- Efeitos obtidos com o uso da argila:

     

    • A terra é bactericida, isto é, mata bactérias, elimina células estragadas e forma outras novas;
    • Cicatriza inflamações internas;
    • Purifica e enriquece o sangue;
    • Fortifica os órgãos internos, desperta forças vitais, sem ser um excitante;
    • Acaba com parasitas e vermes;
    • Harmoniza a pessoa como um todo.

    A argila tem poderes ainda não completamente desvendados. O notável é que ela age positivamente, mesmo sendo colocada à distância, no testemunho do cliente, como é o caso deste nosso estudo e pesquisa, aqui, na Ficha do Cliente.

     

    6- CASOS EXEMPLARES

                 

    Nomes fictícios de clientes:

     

    1º caso: M. C. feminino, 33 anos, cabeleireira. Trabalha na pastelaria, de segunda a sexta-feira, das 6 h às 16 h; de 17 h às 20 h e no sábado é cabeleireira. Há dois meses a quando estava fritando pastéis, a gordura respingou em sua mão direita, queimando-a. Iniciou-se o tratamento com argila com folha de babosa, na mão do desenho da ficha de cliente. A cliente nem precisou ir ao Pronto Socorro, porque não sentia dor e rapidamente no outro dia já não realçava nada.

     

    2º caso: N. B., feminino, 42 anos, dona de casa. Vai passar o café com muita pressa e tudo vira em cima dela, queimando-lhe a perna. Iniciou-se o tratamento com aplicação da argila com babosa, no ponto de alarme do estômago. Houve melhorias imediatas e visivelmente significativas.

     

    3º caso: J. F, feminino, 55 anos, aposentada. Muito angustiada e nervosa, não melhorava com nada; pensei: é bloqueio do meridiano do coração; apliquei barro na altura do chakra cardíaco e dentro de 2 dias, ela resolveu voltar a cantar no coral.

     

    4º caso: M, S, masculino, 35 anos, pedreiro. Agitadíssimo, e com nariz entupido, falando sem parar. Barro na barriga, no desenho, acalmou-o e desentupiu o nariz em 2 dias.

     

    5º caso: C, F, feminino, 29 anos, professora de 1º grau. Não conseguia engravidar, apesar de tratamentos com os melhores médicos da região. Coloquei barro no baixo ventre dela por 20 dias com chá de tiririca e já têm hoje 6 meses as gêmeas.

     

    6º caso: P. M, feminino, 83 anos, aposenta. Caiu da escada e foi parar no Pronto Socorro; ficou toda roxa e apresentava dores por todo o corpo. Coloquei barro na ficha dela nos braços e abdômen, até os médicos ficaram admirados como ela melhorou rápido com os remédios deles, ficou até sem olheira.

     

    7º caso: S, R, feminino, 14 anos, estudante. Brigou com outra adolescente rebelde e se feriu com estilete no rosto. Polícia e vários pontos. Coloquei barro à distância, nos ferimentos do rosto dela, e nem cicatriz ficou, mas mudou de cidade.

     

    8º caso: L.. A, masculino, 45 anos, aposentado. Trêmulo e andar vacilante. Tratamento com os melhores médicos da região devido ao fato de possuir um excelente plano de saúde, mas sem grandes resultados, nem mais conseguia levar os alimentos à boca, sua esposa já desesperada veio até mim com um retrato dele. Eu anotei seus dados na ficha de Cliente e comecei a colocar o barro (argila com chá cipó mil homens) na altura do ponto de alarme do baço-pâncreas. No final de 30 dias, ele começou a levar os alimentos à boca, hoje com 90 dias de tratamento já apareceu na minha presença, mas o pescoço continua um pouco caído, está continuando o tratamento.

     

    9° caso: M. H, feminino, 19 anos, estudante. Não queria mais estudar de maneira nenhuma, tinha parado na metade do 3° ano do Ensino Médio. Muitas sessões de Psicoterapia Holística e aplicação de argila com chá de cinco folhas, na altura do coração, já resolveu o caso com o ex-namorado, esqueceu-o, voltou a estudar e prepara-se alegre para o vestibular.

       

    7- RESULTADOS

     

                  Nós, Terapeutas Holísticos, em busca da harmonização total, passamos por várias fases em que dedicamos atenção especial a uma determinada técnica e eu nos últimos meses tenho tido bons resultados com a Geoterapia à distância, o que me tem levado a trabalhar neste sentido, quando necessário e ver como é bom não desanimar, porque, se a princípio nada muda, com o passar do tempo e as aplicações contínuas, muito se vai conseguindo, não somente no físico, mas também nos outros corpos sutis.

                  Em um grupo de 100 clientes estudados à distância em que foi feito este tratamento, o resultado é o seguinte:

    • 90% excelente resultado;
    • 5% bom resultado;
    • 4% regular resultado;
    • 1% não quis opinar

    Por esta razão, eu sinto-me matematicamente confortada para recomendar estes procedimentos, principalmente quando for bem longe na Geografia e não tiver como fazer outro procedimento presencial.

     

    8- DISCUSSÃO

     

                  A vida aqui no nosso planeta Terra está no auge e melhorando a cada dia. Isto porque, segundo as Leis do Universo, todas as coisas estão em eterna expansão e aperfeiçoamento.

                  Esta expansão é alcançada todos os dias quando um de nós se propõe a trabalhar para oferecer amor, boa vontade, carinho e paz para o outro. Assim, dá-se a expansão. Cada um de nós é agente de expansão da alegria, do bem-estar geral.

                  Neste nosso estudo sobre a Radiestesia e Geoterapia vamos como são importantíssimas as ondas vibracionais de expansão para levarem energias positivas para as pessoas equilibrando-as à distância também com a ajuda dos gráficos da Radiônica e chás de Fitoterapia.

                  Talvez ainda não tenhamos consciência que nossa natureza é vibrátil, cada um de nós é um ser vibrátil vivendo um universo vibrátil. Na verdade, tudo é vibrátil. Na hora que você concentra sua atenção em alguma coisa, como uma ideia, uma recordação, uma situação que esteja observando, um sonho ou algo que esteja visualizando, você está ativando a vibração.

    No momento em que o objeto de sua concentração provoca essa ativação, esse conteúdo vibrátil se torna seu ponto de atração. Sempre que você pensa de forma concentrada em alguma coisa, o conteúdo vibrátil dessa coisa se torna uma parte ativa de sua essência vibrátil - e o objeto da sua atenção começa a se aproximar de você.

                  A maioria das pessoas não percebe que pensar sobre alguma coisa equivale a chamar a essência dessa “alguma coisa” para a vida delas.

                  A Radiestesia usada para detectar os desequilíbrios, com o pêndulo, nos meridianos, nos faz mais objetivos quanto ao tratamento. A Radiônica com seus gráficos nos aproxima da melhor harmonização completada pela Geoterapia com chás fitoterápicos individualizados e assim desperta na pessoa em questão uma vida nova, uma melhor aspiração para desejar novas metas, trabalhar em si uma visão mais ampla de uma vida que se renova a cada dia, se expande e se fortalece.

    Esse procedimento de aplicação da Geoterapia faz parte do todo da Terapia por nós trabalhada que visa a harmonização total e o nome é “Terapia Despertar Notável Holístico” – TDNH, como já foi citado neste estudo. Através de várias técnicas como Relaxamento com Cromoterapia, Sintonizar das ondas individuais, conscientização do passado, perdão, bênção e libertação das tristezas, a pessoa vai caminhando no aperfeiçoar de si mesma e em conseqüência deixa de sentir inúmeros sintomas físicos e sem estes, ela se torna mais sensível a querer trabalhar em si mesma os sintomas energéticos e tentar eliminar as tristezas e as marcas mais profundas que lhe foram impingidas pela vida e que a fazem ser como é.

    È preciso mudanças. Mudanças positivas para se levar a vida com mais alegria e emitir radiações benéficas que irão beneficiar a todos que se aproximarem, contribuindo assim para o equilíbrio também do universo.

                  Estudo a pessoa com o pêndulo, chego a conclusões, coloco o barro feito com o chá na Ficha de Cliente com o nome, embaixo está um gráfico de Radiônica e ainda rodo o pêndulo emitindo e mandando boas vibrações, através de boas palavras que vão ajudar a pessoa a querer melhorar. 

     

    9- CONCLUSÃO

     

                  Neste mundo moderno de constante correria somos levados a vibrar, muitas vezes, ao ritmo do medo. Nós não só tememos coisas e situações que são realmente perigosas, mas mesmo nos momentos de lazer, inventamos deliberadamente coisas com que nos assustarmos. Muitos dos nossos temores nada têm a ver com o perigo físico. Eles envolvem situações que afetam o nosso ajustamento a um mundo confuso ou a pessoas igualmente confusas.

                  Passamos grande parte de nossa vida correndo em círculo como se estivéssemos em um teatro em chamas. Criamos e vivemos sob tensão nervosa. Somos intensamente emocionais, mesmo bem ajustados ao nosso ambiente. Nossa energia está sempre em tumulto. Por isso, precisamos sempre equilibrá-la.

                  O Terapeuta Holístico usa de várias técnicas e se especializa sempre, visando este harmonizar tanto dele mesmo quanto do cliente, e, neste estudo, usamos a ARGILA na Ficha do Cliente e notamos que as radiações emanadas daí vão atuar diretamente à distância nos cinco corpos do cliente, proporcionando-lhe um maior bem-estar.

                  Esta vibração da radiação conecta o cliente ao ser que realmente é, trazendo-lhe maior alegria, amor, liberdade e progresso.

                  Esta conexão da pessoa com sua essência é o equilíbrio, é a manifestação de vida perfeita, é o estado de ser mais natural.

                  Esse equilíbrio também é mantido por pensamentos, de vitalidade, entusiasmo, bem-estar físico, abundancia, exuberante alegria.

    Pensar sobre alguma coisa equivale a chamar a essência dessa “alguma coisa” para a vida, como já dissemos anteriormente. Quando se coloca a argila sobre a Ficha de Cliente individual você está atraindo energias harmonizadoras para aquele cliente, proporcionando-lhe um equilíbrio maior e duradouro. 

     

    10- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

    ARESI, A. Radiestesia hidromineral e medicinal. 1.ed. São Paulo: Ed Mens Sana, 1982.

    BRUNING, J. A saúde brota da Natureza. 16.ed. Curitiba: Editora Universitária Champagnat, 1996.

    CARDILLO, E. A energia da forma – a grande pirâmide e a antipirâmide. São Paulo: Ed Aquarius, 1982.

    EDDE, G. Cores para a sua saúde – Método prático de Cromoterapia. São Paulo: Ed Pensamento, 1997.

    HICKS, E.; HICKS, J. O extraordinário poder da intenção. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

    HOPCKE, R. H. Sincronicidade – ou por que nada é por acaso. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2001.

    KLOTSCHE, C. A medicina da cor – O uso prático das cores na cura vibracional. 9.ed. São Paulo: Ed Pensamento, 2000.

    MENDONÇA, E. P. O mundo precisa de Filosofia. 3.ed. Rio de Janeiro: Ed Agir, 1973.

    SING, C. Cura com Yoga e Plantas Medicinais. Rio de Janeiro: Ed Freitas Bastos, 1979.

    TANSLEY, D. V. Dimensões da Radiônica – Novas técnicas de cura. São Paulo: Ed Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

     

    Autor: : Nilma Glória Braga Siqueira - Terapeuta Holística - CRT 30758
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    A Radiestesia Em Terapia Holística

    A Radiestesia Em Terapia Holística

    Maurício Marcial de Araújo

    Terapeuta Holístico – CRT 43301

    mauriciomarcial@radiestesia.Com.br

    SINTE-Sindicato dos Terapeutas Holísticos.

     
     

    Um passo a mais

     

          Há momentos onde parece difícil prosseguir... 
    Algo como se não mais houvesse chão para caminhar,  
    nem palavras para falar,  
    nem risos para compartilhar, nem amor para dar... 
    Estes momentos,  
    onde perdemos o contato com nós mesmos,  
    com a fina centelha que nos banha com sua eterna amorosidade,  
    são suficientes para que o referencial seja esquecido,  
    colocando-nos numa redoma 
    onde a luz parece não estar presente,  
    pois nossos olhos estão cerrados pelos 
    lenços úmidos da ilusão. 
    Observando, aprendemos que  
    um passo a mais em nossa própria direção  
    é suficiente para recobrarmos a memória  
    daquilo que somos daquilo que representamos.

    Um passo a mais e tudo 
    a nossa volta se transforma. 
    A coragem é a bênção daqueles que  
    são determinados em crescer. 
    E quando o desejo é evoluir no amor,  
    na criação, a oportunidade é dada,  
    e a nós cabe usufruí-la ao máximo. 
    Dê mais um passo, apenas um,  
    antes de pensar em desistir.”

      

                                                                                                              (autor desconhecido)

       
     

    “A Arte e a ética associadas a Radiestesia são fundamentais para o sucesso!”

     
       

    Sumário

       

            INTRODUÇÃO:

     
      • Capítulo 1 – O que é Radiestesia?

     

               MATERIAL E METODOLOGIA:

     
      • Capítulo 2- O que você pode fazer com a Radiestesia.
     
      • Capítulo 3- Minha abordagem em Radiestesia Holística.
     
      • Capítulo 4- Técnicas para o uso do gráfico geral.
     
      • Capítulo 5- Formas de utilização da Radiônica.
     

           RESULTADOS

     
      • Capítulo 6- Evolução de casos reais.
     

           DISCUSSÃO

     
      • Capítulo 7- A Radiestesia na busca da saúde holística.
     

              CONCLUSÃO

     

              REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     
     
     
    Introdução
      

    Esta Palestra apresenta em seu contexto dois objetivos distintos: elucidar ao público sobre a Radiestesia em sua história e trajetória até os dias de hoje e suscitar o desejo por uma qualidade de vida, onde cada um, em sua totalidade, se reconheça capaz de estar em expansão através de mais esse conhecimento.

      

    A Radiestesia é uma ciência milenar que através de profundos estudos e pesquisas pode vir a ser utilizado em todos os segmentos que envolvem a saúde e o bem estar social. Cientificando a qualificação da Radiestesia e de outras técnicas holísticas já contamos com leis criadas pelo Conselho Federal de Terapia Holística, bem como leis estaduais que garantem seu reconhecimento. A criação de reguladores reconhecidos como o SINTE - Sindicato dos Terapeutas  e de outras associações e conselhos de classes, também garantem o seu compromisso, mostrando que a profissão de Radiestesista Holística está cada vez mais forte e em crescimento no Brasil, e que o brasileiro começa gradativamente a compreender que o autoconhecimento e o equilíbrio seu e do meio em que vive, é sem dúvida nenhuma a maneira mais lógica e completa para se ter uma vida longa e saudável.

     

    Hoje temos um código de ética consolidado, acrescentando através do SINTE a criação do Tutorial Terapia Holística, que é o livro da Auto-Regulamentação da Terapia Holística, as NTSVS _ Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística. É o amadurecimento da profissão no Brasil, fruto de muito trabalho da valorização dos Terapeutas Holísticos compromissados com a ética e a excelência técnica.

     

    Com muito prazer e satisfação, eu fico motivado a apresentar meus estudos e minhas técnicas de trabalho com terapia em sincronicidade (Radiestesia, psicoterapia, Odomertia, Cromoterapia, Fitoterapia, Florais de Bach entre outras) e que venho obtendo resultados extraordinários e proveitosos para o meu desenvolvimento e também dos meus clientes.

     
     Desta forma, convido você a já ir expandindo seus estudos e interpretações.
     
      

    . Capítulo 1:

     

    O que é Radiestesia?

     

    A palavra Radiestesia é a união de dois termos, Radius, que vem do latim e significa radiação e aisthesis, de origem grega e que significa sensibilidade, indicando assim a sensibilidade às radiações.

     

    Utilizando instrumentos específicos, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do nosso campo bioenergético que trabalha com as dimensões vibratórias mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando encontrar possibilidades para corrigir possíveis alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem estar da pessoa.

    Tudo no universo é uma fonte de energia que ressoa em certa freqüência ou, uma combinação de freqüências com outros elementos. Nosso corpo é feito de um número incontável de átomos e moléculas representando vários elementos. Cada molécula elementar ou átomo ressoa em harmonia com outra, quando estamos em perfeito equilíbrio. Acontece que em todo o momento estamos expostos a energias nocivas, como: ondas de rádios, TV, antenas, energias pessoais, etc... Podendo gerar uma serie de desequilíbrios. Elas passam sobre nossos corpos, da mesma forma que somos afetados pela radiação do sol, da lua, da Terra e como sabemos das outras pessoas, porque mesmo pensamentos criam energias que se irradiam através de nossos corpos.

     

    Freqüentemente durante o dia respondemos fisiologicamente, emocionalmente e intelectualmente de alguma forma às diferentes radiações que nos atingem, vindas de várias fontes.

     

    Radiestesia é uma excelente ferramenta para ampliar nossas reações sutis que experimentamos.  Se usada corretamente, a Radiestesia será uma ferramenta benéfica para a identificação e correção da fonte e transmissão das radiações nocivas existentes.

     

    Na realidade, a Radiestesia pode ser dividida em três aspectos:

     

    1- Reação física para freqüências e radiações universais de elementos ou combinações de elementos naturais ou artificiais que existem no nosso ambiente físico.

     

    2-Reação emocional dos pensamentos, condições e atitudes de outros, individualmente ou coletivamente e, de nós próprios.

     

    3- E freqüentemente intuitivamente a eventos que estão fora de nossa percepção linear do tempo, consciência física ou realidade.

     

    Com a nossa atitude e conhecimento do assunto que nos dirá definitivamente se seremos bem sucedidos no trabalho de Radiestesia ou não, e o quanto poderemos desenvolver este precioso presente. Devemos tornar-nos humildes e ter força de submetermos nossas percepções e atitudes para mudar, questionar mesmo nossas mais fortes crenças sobre um assunto específico e também ter vontade de corrigir nossas realidades.

     

    Para alguns isto será somente um meio de trabalhar com reações ou manifestações físicas, tais como procurar água, minerais e outros assuntos relativos às substâncias do universo. Outras pessoas, como eu, entretanto, podem se sentir confortável em trabalhar em áreas relativas à saúde, emoção e espiritualidade, ou seja, equilíbrio do Ser.

      
     

    Material e metodologia

      

    . Capítulo 2:

     

    O que você pode fazer com a Radiestesia.

      

    A Radiestesia pode ser usada em diversos domínios como, por exemplo: agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água, no nosso caso: pesquisa de florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas, use a sua intuição e muita pesquisa.

      
     

    . Capítulo 3:

     

    Minha abordagem em Radiestesia

      

    A recepção dos meus clientes é sempre feita com acolhimento e harmonia.

    Explico calmamente cada técnica, duração, possibilidades e dúvidas para a melhoria da qualidade de vida do futuro cliente através do equilíbrio, do aconselhamento e da busca do autoconhecimento.

      

    Logo após o nosso primeiro contato, com o cliente informado e seguro de todos os procedimentos, inicio os trabalhos utilizando músicas que confortam técnicas de respiração e relaxamento para a ambientação e tranqüilidade, com o intuito de uma boa construção da anamnese do cliente com a identificação, perfil, suas queixas principais e o histórico dos problemas e desequilíbrios relatados.

        

    Utilizando a Radiestesia inicio uma pesquisa utilizando um gráfico geral, que me orientará no tipo de técnicas a ser (em) utilizada(s) com cada cliente em especial:

     
        • Pesquisa de chakras.
        • Cinco Movimentos.
        • Pesquisa dos meridianos.
        • Moxabustão
        • Parasitas da energia vital.
        • Fitoterapia.
        • Floral de Bach.
        • Cromoterapia.
        • Psicoterapia.
        • Radiônica (Odomertia ou uso da máquina Radiônica).
     

    Pesquisa de chakras: Para a realização de um trabalho bem abrangente e com resultados positivos, pesquiso a existência de desequilíbrio nos 49 chakras do corpo humano (de entrada e saída).

    Cinco Movimentos: Após detectar e confirmar o movimento dominante individual do cliente (Terra, Água, Madeira, Metal, Fogo), começo o trabalho para a regularização de cada movimento desequilibrado.

    Meridianos: Os 12 meridianos (Pulmão, Fígado, Rins, intestino Delgado, V. Biliar, Estômago, Intestino Grosso, Bexiga, Coração, Baço-Pâncreas, Triplo Aquecedor, Circulação e Sexo) são testados e regularizados, caso haja algum em desarmonia.

    Moxabustão: É utilizada no corpo em meridianos que em caso de desequilíbrio de Yin Yang são detectados conforme a informação no gráfico dos meridianos.

    Parasita da energia vital: Pesquiso a possibilidade de encontrar parasita da energia vital que esteja impossibilitando o equilíbrio físico e energético do cliente.

    Fitoterapia: Utilizo Fitoterápicos diversos, conforme indicação encontrada através da Radiestesia e outras técnicas.

    Florais de Bach: Também são recomendados conforme as necessidades do cliente.

    Cromoterapia: Utilizando também técnica de pesquisa e tratamento que disponibilizaram melhor resposta ao desequilíbrio e problemas sentidos pelo meu cliente.

    Psicoterapia: É utilizado no decorrer de todo o processo de tratamento do meu cliente para a harmonização e equilíbrio em busca do autoconhecimento.

    Radiônica: Utilizo em casos especiais que impossibilitam a presença do cliente no decorrer do tratamento.

    Criando assim uma equação de serviços elaborados, para se chegar ao melhor condicionamento físico, mental e psicológico, com a compreensão de vida em que se resolva o problema existente, como um todo sem transferência de culpa ou novas somatizações físicas. Visando sempre que o mais importante é justamente que o terapeuta holístico seja um catalisador para a busca do conhecimento e crescimento individual de cada cliente e não um apaziguador de um problema direcionado, principalmente porque quando um cliente nos procura ele não quer ser curado de doenças, para isto ele procuraria um médico e não um terapeuta holístico, ele está atrás é sim de uma qualidade de vida dele e dos que os cercam e um equilíbrio onde possa se sentir bem com ele mesmo e com o ambiente onde vive. Sentindo- se assim feliz e produtivo sempre!

     
     

    . Capítulo 4:

     

    Técnicas para o uso do gráfico geral:

      

    Para se trabalhar com a Radiestesia em conjunto as terapias diversas, o terapeuta precisa escolher a melhor maneira de montar a sua pasta de pesquisas e análises para que de forma objetiva consiga chegar aos verdadeiros resultados encontrados e solucionados pelas técnicas utilizadas durante o processo de avaliação e restauração do equilíbrio do cliente.

     

    A minha sugestão é que em uma pasta catálogo, coloque todos os quadros ou gráficos pesquisados por você e utilize também em formato de meio círculo com subdivisões para as anotações dos temas estudados e utilizados em terapia holística, lembrando sempre que deve começar com o gráfico de orientação geral, pois o mesmo abrirá caminhos para uma investigação sólida e segura conforme proponho abaixo:

      

    GRÁFICO DE ORIENTAÇÂO GERAL: engloba todas as técnicas desenvolvidas pelo terapeuta, é o ponto de partida para as outras análises.

     

    De todas as maneiras e possibilidades de pesquisas e questionamentos para encontrar desequilíbrios e causas dos problemas de meus clientes, a Radiestesia sem dúvida nenhuma é a melhor e mais rápida forma de chegar às respostas com objetividade e satisfação do terapeuta e cliente.

     

    A primeira coisa a se fazer é acomodar-se em uma cadeira bem confortável, em frente a uma mesa vazia para não sofrer nenhuma interferência. Em seguida, procede-se a um relaxamento inicial com a respiração profunda e tranqüilizadora. Enquanto respira, comece a mentalizar o que segue: a partir deste momento, o pêndulo irá mediar à comunicação com a minha mente superior.

     

    Após estas condições e preparações, seguimos em diante com as rotinas a seguir:

     
        1. Com o pêndulo na mão, deixando uma distância de, aproximadamente, 10 a 20 cm entre os dedos e a ponta do pêndulo e o levamos ao centro inferior do gráfico de orientações geral. 
        1. Com o pêndulo na posição pedimos para girar no sentido horário (positivo) e no sentido anti-horário (negativo), logo após, ordenamos para o pêndulo parar no ponto zero e seguimos. 
        1. Fazemos então as perguntas desejadas e observamos a posição que o pêndulo vai apontar indicando as respostas, também podemos apontar com o dedo indicador da mão esquerda para as subdivisões indicadas no gráfico perguntando se o cliente que estará a sua frente necessita da técnica ou tratamento que estará indicado em cada subdivisão. A resposta será obtida, quando o Pêndulo parar de girar e balançar apenas na direção da subdivisão do gráfico ou então girar positivamente ou negativamente, no caso do uso do dedo indicador da mão esquerda. 
        1. Anotar as informações e prosseguir fazendo novas perguntas até esgotar totalmente as informações do gráfico geral. 
        1. Depois de completada todas as informações, partir para os gráficos seguintes utilizando o mesmo método para as futuras informações.
      

    . Capítulo 5:

     

    Utilização da Radiônica:

     

    Nem sempre que vamos trabalhar com a Radiestesia teremos ao nosso lado a pessoa que precisa ser tratada, ou ainda, nem sempre podemos estar no local que queremos fazer nossas averiguações.

    Como fazer quando não podemos ter a pessoa ou o objeto de nossos estudos junto de nós?

    Utilizamos a Radiônica que é a arte que pratica a emissão de energia a distância, energias com qualidades e intensidades específicas em função das formas de objetos e gráficos interagindo nos campos energéticos do macro e micro cosmo.

    É um sistema pelo qual modificamos um desequilíbrio real a distância, colocando-o de novo em equilíbrio completo.

    Os instrumentos que usamos em Radiônica são muito simples. Normalmente são gráficos com formas geométricas ou mesmo aparelhos eletrônicos chamados de Máquina Radiônica.

     

    Utilizando os gráficos podemos trabalhar com a energia de múltiplas formas: decágono, hexágono, losango, turbilhão, círculos, triângulos, pirâmides, semi-esferas, espiral, etc. Cada forma canaliza um tipo de energia; Já com a Máquina Radiônica, que é um aparelho como caixa com montagem eletro-eletrônico "Sintonizador Biológico" usamos registros de freqüência (como usado para sintonizar o rádio), o que faz a ligação com o testemunho, emitindo, amplificando ou direcionando a energia que serve para substituir a pessoa ou o objeto que precisamos pesquisar.

     

    Para o uso da Radiônica o testemunho ou testemunha é indispensável, ele pode ser confeccionado de várias formas: através de fotos, saliva, cabelo, unhas, amostra de sangue, documentos da pessoa ou do local a ser estudado; no caso de casas, o endereço completo da casa, não se esquecendo de colocar o nome da cidade e, se possível, até o CEP, pois podem existir várias ruas em uma cidade com o mesmo nome; uma planta de uma casa ou edifício também pode servir para esta finalidade, mas, se possível, a planta deve estar em escala, pois isto facilita os trabalhos.

     

    O testemunho pode ser ainda um mapa do local a ser pesquisado (ajuda muito no caso, por exemplo, de se procurar pessoas desaparecidas).

     

    Para não haver influência de outras energias, quando possível, solicitar ao cliente que coloque o testemunho dentro de um envelope para ser levado a você; pode-se ainda usar o nome completo da pessoa com a data de nascimento, para se evitar homônimos.

     

    Com animais, podemos utilizar os pelos e penas, unhas, amostras de sangue entre outros.

     

    Portanto experimente, use e abuse das técnicas da Radiestesia tanto presencial como a distância, em conjunto com a Terapia Holística; você vai se surpreender com os resultados. Pratique todos os dias. É como tocar um instrumento musical. Se seguir às instruções cuidadosamente e praticar um pouco todos os dias a sua habilidade e precisão se tornarão muito boas. E não fique desencorajado se não estiver certo o tempo todo. Até mesmo os melhores Radiestesistas às vezes têm interferências ou maus dias.

     
     

    Resultados:

    . Capítulo 6:

     

    Evolução de casos reais:

     

    Ficha de Cliente  
    De Acordo com a NTSV - TH 003 
    Maurício Marcial de Araújo - CRT 43301 - Terapeuta Holístico

    D.L., 54 anos, sexo Masculino.

    Agendamento: 
    03/11/2008 - inicial 
    10/11/2008 - 2a feira - 20hs 
    17/11/2008 - 2a feira - 20hs 
    24/11/2008 - 2a feira - 20hs 
    01/12/2008 - 2a feira - 20hs

     
    Queixas principais: problemas de pele urticárias gigantes

    Com pesquisa Radiestesica foi introduzido o uso da moxa para equilíbrio e fortalecimento do yang e equilíbrio dos chakras e 5 movimentos chineses.

    Descrição do atendimento

    Iniciou-se o atendimento com Terapia Holística. A reclamação inicial era relativa a problemas de pele (Urticárias gigantes). 
    Avaliação energética deu-se pela Radiestesia, surgindo o uso de moxa para equilibro de yang e o uso da Odomertia para equilíbrio dos cinco movimentos, chakras e uso da maquina Radionica, tudo em conjunto com a psicoterapia.

    O resultado foi ótimo, com duas semanas de aplicação das técnicas já era visível a melhora do cliente. Com quatro meses de atendimento o cliente alegou não sentir mais nada e foi liberado.

     
      

    Ficha de Cliente  
    De Acordo com a NTSV - TH 003 
    Maurício Marcial de Araújo - CRT 43301 - Terapeuta Holístico

    G.L., 49 anos, sexo feminino.

    Queixas principais: problemas emocionais por motivo de a filha ficar grávida, ansiedade, pressão alta, e tristeza por reprovação para renovação da carteira de motorista.

    Com pesquisa Radiestesica e confirmação com holopuntura, identifiquei os seguintes desequilíbrios: meridiano dos pulmões, fígado, vesícula, estomago, também os chakras: mamário, glandular (saída de energias exauridas) coronário, laríngeo, pulmonar, cardíaco e emocional (entrada de energias), trabalhados via Odomertia, Cromoterapia e fitoterápicos.

    Descrição do atendimento de 04/11/2008:

    Iniciou-se o atendimento com Terapia Holística. A reclamação inicial era relativa emocional e pressão alta. 
    Avaliação energética deu-se pela Radiestesia, surgindo desequilíbrios nos meridiano dos pulmões, fígado, vesícula, estomago, também os chakras: mamário, glandular (saída de energias exauridas) coronário, laríngeo, pulmonar, cardíaco e emocional (entrada de energias), sendo os pontos dos meridianos estimulados por massagens nas regiões indicadas pela holopuntura (pernas e braços) seguido de banho de luz e odomertia nos meridianos e chakras conforme acima cores utilizadas pela cromoterapia: Violeta, índigo, azul verde e amarela. Também foi feito odomertia de 3 minutos no coronário, 3 laríngeo, 3 pulmonar 3 cardíaco, 6 no emocional e 3 no imunológico.

    Foi indicado uso de alecrim (fitoterápicos) e psicoterapia.

    Ficha de Cliente  
    De Acordo com a NTSV - TH 003 
    Maurício Marcial de Araújo - CRT 43301 - Terapeuta Holístico

    E.G., 33 anos, sexo Masculino.

     
    Queixas principais: problemas de pele, intestino preso, irritabilidade, cansaço e ansiedade. Diz-se tranqüilo porem cansado e Alega que não tem como resolver o problema no serviço.

    Com pesquisa Radiestesica e confirmação com holopuntura, identifiquei os seguintes desequilíbrios: meridiano do coração, vesícula e do intestino grosso, pesquisa de chakras para o uso de odomertia, uso de fitoterápico e psicoterapia.

      

    Discussão:

    . Capítulo 7:
     

    A Radiestesia na busca da saúde holística:

     

    Alguns Autores restringe o uso da Radiestesia em agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água e outros.

    No meu caso a utilização da Radiestesia é uma ferramenta para o equilíbrio do Ser. Através do uso dela pesquiso: florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas e os resultados fascinantes.

     
     

    Conclusão:

     

    Criando assim uma equação de serviços elaborados, para se chegar ao melhor condicionamento físico, mental e psicológico, com a compreensão de vida em que se resolva o problema existente, como um todo sem transferência de culpa ou novas somatizações físicas. Visando sempre que o mais importante é justamente que o terapeuta holístico seja um catalisador para a busca do conhecimento e crescimento individual de cada cliente e não um apaziguador de um problema direcionado, principalmente porque quando um cliente nos procura ele não quer ser curado de doenças, para isto ele procuraria um médico e não um terapeuta holístico, ele está atrás é sim de uma qualidade de vida dele e dos que os cercam e um equilíbrio onde possa se sentir bem com ele mesmo e com o ambiente onde vive. Sentindo- se assim feliz e produtivo sempre!

      

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

     
    BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz - Um guia para a Cura através do Campo de Energia

    Humana. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    CANÇADO, Juracy Campos L.. Do-In: Livro dos primeiros socorros. 18 ed. São Paulo:

    Ed. Ground, 1994.

     

    EITEL, Ernest J. Feng-Shui - A ciência do Paisagismo Sagrado na China Antiga. Rio de

    Janeiro: Ed. Ground, 1985.

     

    GERBER, Richard. Medicina Vibracional - Uma Medicina para o Futuro. 12 ed. São Paulo:

    Cultrix, 1997.

     

    LAFFOREST, Roger de. A Magia das Energias. São Paulo: Ed. Siciliano, 1991.

     

    PENNICK, Nigel. Geometria Sagrada. Simbolismo e Intenção nas Estruturas Religiosas. São

    Paulo: Ed. Pensamento, 1980.

     

    RODRIGUES, António. Os Gráficos em Radiestesia. São Paulo: Fábrica das Letras, 2000.

     

    SIQUEIRA, Renato Guedes de. Cinestesia do Saber - Radiestesia e Radiônica, Expressão do

    Nosso Inconsciente. 2ª ed. São Paulo: Ed. Roka, 1998.

     

    TANSLEY, David V. Dimensões da Radiônica - Novas técnicas de cura. São Paulo: Ed.

    Pensamento, 1997.

     

    __________________. Chakras Raios e Radiônica. 9 ed. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    __________________. As Trajetórias dos Raios e os Portais dos Chakras. São Paulo: Ed.

    Pensamento, 1985.

     

    WATERS, Paul. A Huna Guide to the Pendulum. Princeville, Hi: Huna by Mail, 1996.

     

    WOODS, Walt. Letter to Robin - A mini-course in Pendulum Dowsing. 10th. The Print

    Shoppe,1996

    Autor: : Maurício Marcial de Araújo Terapeuta Holístico – CRT 43301
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Numeroterapia

    Numeroterapia

    O reequilíbrio energético através da codificação numerológica pessoal

      

    Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    Sumário

    1. Introdução.

    2. Significado geral dos números.

    3. Números Karmáticos.

    4. Grade.

    5. Método.

    6. Interpretação.

    7. Como deverá ser procedido com o consulente?

    8. Indicação de tratamento.

    9. Conclusão.

     

     

    1 . INTRODUÇÃO

                  A numerologia é uma técnica de sincronicidade que já existe a pouco mais de 11.000 anos, sendo modernizada através dos séculos e sua influência principal é de característica grega. Pitágoras foi o Pai da matemática e da Numerologia que hoje conhecemos nascido no ano 580 a.C.

                  Pitágoras traduziu a importância do ciclo que vai do número “1” para o número 9, chegando à perfeição com o Número 10.    

                  Como exemplo e terminar esta introdução, sabemos que a vida começa com a gravidez, que é um ciclo de 9 meses e a vida (perfeição) é manifestado no 10º mês.

    História da Numerologia

                  Por volta de 3000 a C., os sumérios já possuíam um sofisticado sistema numérico que originou o sistema hora contendo 60 minutos e o minuto de 60 segundos. Mais tarde foi aperfeiçoado pelos babilônios e caldeus. Por volta do ano 356 a C., no período de Alexandre - o Grande, os caldeus preconizavam que seus conhecimentos de numerologia e astrologia já existiam cerca de 470 mil anos antes.               300 anos antes da construção das pirâmides, os egípcios já conheciam os cálculos e exercícios numéricos. Os egípcios aprenderam a matemática com os hebreus cativos que já conheciam álgebra e cálculos diferenciais;

                  O uso do sistema numérico nos foi repassado por gregos e romanos trazendo os números para o ocidente.

                  Pesquisadores, sábios, rosa cruzes e magos, há milhares de anos, utilizam o conhecimento numerológico no mundo, como por exemplo: Platão, Aristóteles, Nicômaco, Fludd, Hermes Trimesgistus, Nostradamus, Cornelius Agrippa, Cagliostro, Eliphas Levi, Aleister Crowley, etc;

                  O sistema numerológico mais praticado no Ocidente se baseia nos ensinamentos do respeitado filósofo Pitágoras, nascido no século VI a C., na ilha grega de Samos, no Mar Egeu, viajou para o Oriente, tendo estudado com líderes espirituais do Egito, Índia, Arábia, Pérsia, Palestina, Fenícia, Caldéia e Babilônia. Acredita-se que estudou com o sábio persa Zoroastro e aprendeu cabala na Judéia. Depois de girar o mundo em busca de conhecimento, estabeleceu-se em Crótona, no Sul da Itália, abrindo uma escola para formar discípulos. Suas teorias posteriormente inspiraram Platão - a quem se deve a maioria dos dados sobre os ensinamentos pitagóricos, já que Pitágoras nada deixou por escrito. 

                  No tocante à Numerologia, PITÁGORAS desenvolveu os conceitos vibracionais dos números na vida humana. Sendo, a partir destes estudos, chamados de vibrações numéricas. Além de estudar pela observação como as vibrações numéricas atuam e influenciam na vida humana, criou, também, a Tabela Pitagórica, que transforma as letras em vibrações numéricas. Após estudar e desenvolver estas influências elaborou as técnicas para o cálculo do Mapa Numerológico Natal.

     

    FILOSOFIA DA NUMEROLOGIA

                    A premissa fundamental da numerologia é o universo como um todo em um sistema de ordem, na qual os números refletem a regularidade. Números é por definição uma ordem.      

                  Na realidade, nós sabemos que a física, a matemática; a biologia, a química e a astronomia se baseia na regularidade da lei natural. Além disso, se o universo fosse governado através de eventos imprevisíveis, não haveria nenhuma estrutura sustentável a isto. Pelo contrário, o universo não só mantém a forma e a estrutura, como também mudam de forma precisa e ordenada.  

                  A Numerologia esta baseada numa unidade subjacente. Uma unidade que se manifesta de um modo muito íntimo em tudo de nossas vidas. O nome e data de nascimento, estão de certo modo conectados com o ser interno de forma tão profundo que a mente racional não pode entender imediatamente. Porém, a mente intuitiva é capaz de perceber estas relações, e interpretar nos ajudando melhorar e entender nossas vidas.

                  O ato de nomear não é um esforço superficial ou intelectual, mas sim um ato reflexivo de nossa experiência interna e da essência da energia a qual nós estamos nomeando.  

                  Por exemplo, a palavra tempestade em sua combinação especial de vogais e consoantes, nos dá um sentimento do movimento e poder e de uma força invisível. Tempestade. Ao dizer você sente o que representa.  

                  Outro exemplo é a palavra poder que nomeia algo, mas ao mesmo tempo dá a experiência da coisa que nós estamos nomeando: Dê poder a! O movimento da mandíbula nos faz sentir isto. 

                  A palavra amor nos abraça suavemente. Dá-lhe a experiência de seu significado. Toda palavra, em todo idioma, reflete o sentimento e espírito da coisa que é nomeada pelas pessoas perfeitamente que usa o idioma. Alguns discutirão que as palavras nomeavam as coisas que eram arbitrariamente e originalmente escolhidas, e então era integrado em nossos sentimentos internos. Porém, nossa compreensão de som vem de forma arquetipica e inconsciente de nosso ser. Está intimamente conectado com nossa avaliação de música; todos nós temos a capacidade inata para discernir música de barulho caótico. Música é harmonia. E a música está dentro de nós.

                  A Natureza também está repleta de eventos que nos treina associar certas qualidades com sons: O batem palmas de trovão, o zumbido de um pássaro em vôo.  

                  De nosso entender inato de música e harmonia vem o ato de nomear coisas de acordo com nossa percepção das naturezas internas. Este ato intuitivo é a fonte de nosso idioma. Todos os idiomas emergem do ato de representar a natureza das pessoas que os usam. 

                  Tudo isto apontam a um único e inacreditável importante fato: Som e tempo são ambos arraigados em harmonia e ordem universal.  

                  Esta é a fonte de numerologia. O numerólogo auxilia para que cada um de nós leve o nome perfeito e que permita nossa natureza interna a se manifestar. O nome é uma coleção de sons e uma melodia que traduz a vestimenta para o espírito.

     

    O CONCEITO DOS NÚMEROS

                  O pilar fundamental da Numerologia é o valor qualitativo do número. Cada número possui uma característica arquetipica da idéia que forma a correspondência nesta Terra. Usamos esses valores para conjugar combinações que irá capturar a realidade do indivíduo que está oculta e transportar para a realidade da consciência (concretização). 

                  Em Numerologia não existem números melhor ou pior que os outros todos são necessários em algum momento de nossas vidas, são as definições dos números que nos darão à informação das perspectivas de maneiras diferentes:

                  Quando determinados números estão presentes em nosso mapa eles indicará a característica de compromisso com o cosmos que vieram cumprir, a ausência de determinados números nos dará a característica karmática, o excesso indicará o defeito de nossa personalidade.    

                  O número é um aspecto do Plano espiritual. Tem as leis particulares de construção e evolução e o seu estudo é um dos pontos mais importante que o ocultista deveria procurar antes de uma tentativa de crescimento espiritual para obter as suas regras de direcionamento.

                  O nome de uma pessoa é uma autobiografia da vida e pós-vida, fazendo do seu passado o seu presente e seu futuro. Ganhando esse aspecto numerológico você poderá saber o porquê e como alguém se comportará em sua estadia aqui na terra.

                  Os números possuem quatro categorias:

    I - Efeito positivo: o lado vibracional naturalmente atuando na personalidade.

    II - Efeito negativo: os conflitos ocasionados quando os números estão ausentes, em excesso ou quando são incompatíveis; seja com o outro ou consigo mesmo (indicado em seu próprio mapa, você conhecerá este fato mais para frente).

    III - Oportunidades e vocação: Os números indicando abertura para uma carreira e campos pessoais de atividades de negócio.

    IV - Comportamento: com os relacionamentos pessoais e impessoais.

     

     

    SIGNIFICADO GERAL DE CADA NÚMERO.   

     

    1. - É individualista.  Um líder. Deseja ser independente.   

    2. -Serve como equilíbrio, em face de forças contrárias. É pacificador, tímido, sensível e diplomático nunca gosta de ser o líder.   

    3. - Expressões orais, escritas ou faladas é o seu lema e sempre unindo ao prazer. Focaliza a solução, não o problema.

    4. - Sempre com os pés na terra. Gosta da disciplina e da ordem. É sistemático.   

    5. - A liberdade. A mudança lhe é constante e necessária, sempre sedento de curiosidade. Quer tentar pelo menos uma vez tudo. É aventureiro.    

    6. - Representa a família.    

    7. - É um intelectual, um pensador. Quando precisa saber algo se torna um especialista.

    8. - Sempre trabalha arduamente; está interessado mais no dinheiro do que na parte espiritual.    

    9. - É o amor universal e o amor ao próximo. O Humanitário.   

     

                  Os números MESTRES são especiais porque indicam um grau de espiritualidade mais avançado.

    11. – É muito intuitivo e deverá escutar a sua voz interior para superar as dificuldades.

    22. – Nasceram para construir coisas grandes tanto materiais como espirituais; serem líderes e se tornarem importantes.

    33. - É um número muito potente. Poucas pessoas podem viver à altura deste número. Se viverem positivamente serão grandes líderes espirituais.

     

     

    NÚMEROS KARMÁTICOS

                  De acordo com a teoria Pitagoreana e da Transmutação do Karma, uma pessoa leva um período inteiro da vida em influência vibratória do que ela viveu além desta encarnação.               E sua vida, no momento, é feita dessas conseqüências. A análise dos números kármicos em um nome trará noção em que inclinações esse processo karmático está sendo guiado.

                  Daremos mais ênfase ao número karmático quando eles aparecerem em posição do mapa mais importante: Na Expressão, Imagem, Essência, Dia de Nascimento ou na Estrada da Vida, lembrando que apesar de sua força karmática está enquanto não deduzido, ou seja, em seu dígito dobrado, mas a interpretação do mapa permanecerá depois de reduzido para saber a característica inerente naquele ponto. Lembrem-se: somente números mestres que não reduzimos, os números karmático são apenas indicações de como se guiar principalmente no campo energético.

    13 = 1 + 3 = 4 - O número 13 pode trazer, desde a infância, dificuldades financeiras ou a necessidade de trabalhar muito cedo para que alguma distorção de valores trazidos pelo espírito seja corrigida.

     

    14 = 1 + 4 = 5 - Caso a pessoa tenha este número no seu mapa e tiver uma educação rígida e conseguir ter disciplina e valores morais sólidos, a vida transcorrerá com normalidade, caso contrário poderá haver muitas perdas e desapontamentos até que a lição seja aprendida.

                  As lições e testes referentes a tudo relacionado à sensualidade previnem contra a luxúria e os excessos.   

     

    16 = 1 + 6 = 7 - Este número está relacionado com o excesso de orgulho, a posição e ou a possível perda de posição que o force a lutar e recuperar novamente.   

                  Pode ter vários começos até que seja possível adquirir um equilíbrio que o faça memorizar a lição que será durável.   

                  Indicações de que houve abuso de poder em vidas anteriores.

      

    19 = 1 + 9 = 1 - Este número revela um passado de poder e tirania, que foi exercido com crueldade e prepotência. O verdadeiro líder é aquela pessoa que vai à frente iluminando o caminho dos seguidores, e, a partir do instante que a pessoa aprende esta lição, ela se sentirá livre e a vida transcorrerá com normalidade de forma mais tranqüila e positiva.

                  Há perigo de perda de bens para aquelas pessoas que não se preocupam em conservar o que têm.

      

    GRADE.

                  A análise do mapa numerológico, além de revelar vários aspectos da sua personalidade, vai mostrar também a relação com as cores e como você pode utilizar para a sua saúde. 

                  Como eu já expliquei, os números que se repetem no seu nome podem trazer um desequilíbrio na energia que ele representa.

     

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    a

    b

    c

    d

    e

    f

    g

    h

    i

    j

    k

    l

    m

    n

    o

    p

    q

    r

    s

    t

    u

    v

    w

    x

    y

    z

     

     

    Números                                1              2              3              4              5              6              7              8              9

    Excesso se for acima 3              2              3              2              3              2              1              1              3

    Se você tiver excesso da energia do nº 1 representado pelas letras AJS e que equivalem à cor VERMELHA ou das letras GPY, que equivalem à cor VIOLETA.

                  Você vai utilizar a cor, o aroma e o floral para equilibrarem a energia que você não tem e evitar quando essa energia é dominante... Você só vai usar quando precisar dela.

                  A cor ausente deve ser utilizada sempre que vamos iniciar um projeto novo (de acordo com a característica do número, um encontro ou até quando precisamos de uma energia adicional para superar tristezas, depressão, dar impulso às ações que forem executadas).

     

     

    MÉTODO

                 

                  Numeroterapia é uma técnica ampliada e desenvolvida por mim depois de muito tempo de consultório observando nesses 20 anos as reações dos meus clientes.

                  No princípio me utilizava de alguma técnica que proporcionasse cartazes (expurgar emoções), às vezes de forma simples como o floral ou até mais complexas como exercícios de respirações (principalmente a técnica de renascimento) para atingir o bloqueio que dificultava o desenvolvimento da pessoa, como isso significava ir tateando no escuro e paulatinamente conhecendo o cliente. Passei cinco anos depois me utilizar de ferramentas como a Quirologia e a Numerologia para sair em busca de caminhos para induzir melhor o processo terapêutico.

                  A verdade é que se o cliente tivesse a noção exata do que ocorre consigo, talvez não viesse procurar pela Terapia Holística. Mas não. Além de procurar pela a Terapia holística que deveria ser de forma preventiva. O cliente vem normalmente já em situações somatizadas convividas por longo tempo e até de certa forma acostumado e descaracterizado e mal ocorre um resultado (aparente). A tendência é parar porque já se sente melhor “fuga” daquilo que seu inconsciente indica como forma de transpor obstáculos, mas geralmente é o medo (não consciente) que impede vindo os sintomas ocorrerem novamente mais no futuro.

                  Sendo que se o terapeuta tiver ferramenta que fale da essência principal, o resultado será mais intenso e completo, e dificilmente teremos alguém dizendo assim: - Fiz terapia holística por um tempo, mas, depois voltaram os mesmos problemas, porque na verdade eliminou o aparente e não a essência do problema.

                  Foi daí que resolvi denominar este trabalho de Numeroterapia. É através deste método, como já mencionei que avalio os meus clientes e delineio o seu atendimento. Com resultado muito rápido, encurtando o período de atendimento; às vezes em até 6 meses. Depois de adotar esta forma de trabalho, nunca perdurou um cliente por mais de 12 meses, ficando na opção, o quê com freqüência ocorre, o retorno do cliente somente para um processo de terapia corporal, que na maioria das vezes as pessoas necessitam simplesmente do aspecto relaxar.

                  A Numeroterapia consiste em observar no mapa os aspectos que se encontram em desequilíbrio, analisando quando ocorrem números karmáticos na expressão, na imagem, na essência, no número poderoso, na estrada da vida, na grade numerológica quando há números ausentes (A grade representa a missão de vida que a pessoa herdou através do seu nome), e, principalmente, na pirâmide. A pirâmide indica como será ela com ela mesma no grande jogo da vida.

                  Ao olharmos o esqueleto de um mapa em seu resultado final, não é suficiente para tirarmos a conclusão de desequilíbrio. São os pontos ocultos nos itens mencionados que irão concluir realmente o que ocorre. O resultado de qualquer parte do mapa poderá ser excelente, mas quando derivado de um número kármico, ele automaticamente representa obstáculo que a pessoa terá que tomar consciência e transformá-lo. É nesse caso que encaixa a Numeroterapia, ou seja, cada número tem sua própria cor regente, sua pedra, seu aroma, os florais que devem ser aplicados sempre que se observar que o consulente apresenta dados emocionais negativos da característica numerológica de forma acentuada.              Seja coadjuvante com outras técnicas ou no atendimento numeroterapêutico.

                  Afinal estamos falando de um método de numerologia mais aprofundado sem aquele aspecto místico de simples deduções e sim do reequilíbrio energético da codificação numerológica pessoal.

     

    Como deverá ser procedido com o consulente?

                  No momento da anamnese, prepara-se o cálculo básico do consulente em busca de números que estejam em desequilíbrio. Calculando a pirâmide, ela trará aspectos que somente concerne ao modo do consulente encarar a si própria. Ou seja, a pirâmide não traz características do caráter, personalidade, missão e estrada a ser seguida. Ela indica os caminhos naturais positivos que a pessoa terá que seguir, e quais são os obstáculos gerados durante períodos de nove anos (não tem nada a ver com os ciclos) que se inicia no momento do nascimento até aproximadamente 81 anos de idade. Esta idade é fixa, mas os números flutuantes em períodos entre as idades é que irão traçar, na verdade, a forma como o consulente poderá caminhar. Terapeuticamente é neste ponto que vamos encontrar a forma de trabalhar com o consulente. A pirâmide facilita para sabermos se é karmático ou se simplesmente emocional, facilitando assim as técnicas coadjuvantes.

                  Por que este trabalho está sendo denominado de Numeroterapia, já que serão utilizados de caminhos como os fitoterápicos, alimentar e aromático para auxiliá-lo? Porque, na verdade, o processo terapêutico é trabalhar a vibração que temporariamente se encontra negativada. Todo número deverá ser vivenciado pelos aspectos positivos e sua influência é tão forte que a casos que pequenas mudanças no nome farão com que a pessoa mude completamente e de forma aparentemente positiva. Apesar de que a minha opinião é que o nome não deve ser mudado, e sim aproveitado do seu próprio aspecto vibratório de nascimento. Ex. Utilizar somente o primeiro e o segundo nome; nem sempre é aconselhável usar o sobrenome a não ser que o seu conjunto seja positivo, principalmente no âmbito profissional. A mudança de nome de forma radical ou troca de letras fará com que viva apenas outra vibração e, portanto, não deixará de estar inserido o lado negativo, portanto, profissionalmente, o consulente poderá se destacar, mas no âmbito pessoal, amor, por exemplo, poderá se desequilibrar totalmente e é simplesmente pelo fato de estar vivendo uma nova vibração.

                  Eu, particularmente, gosto de acreditar na simples estória de que em algum lugar do registro akashico (cosmos) no dia em que você recebeu seu quinhão de missão para nascer, você escolheu a cidade, o país e principalmente a raiz familiar. o é simplesmente um ato de “fazer amor” dos pais que concebe uma criança e sim a sincronia da criança com aquela família para que ela possa galgar seu caminho. 

     

                  YANTRAS

                  Os símbolos sagrados conhecidos na Índia como Yantras e no Tibet como Mandala, tem o poder de através da fixação dos olhos em seu ponto central, auxiliar na meditação, paz interior e iluminação de insight do momento em questão.

                  O uso destes diagramas mágicos irá reconectar ao fluxo do inconsciente produzindo a força para obter equilíbrio. Os Yantras foram escolhidos de acordo com a característica negativa do número quando eles se encontram ausente, em excesso ou derivados de números karmáticos que naturalmente por si só são obstáculos passando a serem proveitosos depois de trabalhos terapêuticos ou meditativos. Como coadjuvante o floral, a fitoterapia doméstica, a cromoterapia irá auxiliar muito. Caso o efeito não venha ser percebido ai então é necessário de um acompanhamento psicoterapêutico holístico mais profundo.

                  Em relação à cromoterapia ela deverá ser utilizada como peças de roupa, pedras cravadas em jóias na cor correspondente, colocar lâmpada no ambiente em que vive não mais que um período de duas quando as cores forem quentes, e as cores frias poderão ser utilizadas para dormir.

                  O floral deverá ser feito em farmácia homeopático e tomar 4 gotas direto na língua 4 x ao dia por um período de três meses.

                  A fitoterapia sempre que se sentir em desequilíbrio usar na forma de chá e tomar uma xícara 2 vezes ao dia por um período de uma semana. E retornar somente quando sentir necessitada.

                  O aroma pode ser diluído em óleo de amêndoa, ou álcool de cereal numa proporção de 10 ml. de essência para 90ml. de líquido. E usar a vontade como perfume ou óleo para o banho.

                  As frutas devem ser adicionadas em seu cardápio diário e comer a vontade. Exceto o limão que deverá ser ingerido somente o sumo dele puro em jejum com pausa de meia hora antes do café da manhã.

                  Os elementos.

                  Os quatro elementos ajudam a entender a natureza essencial da formação do temperamento do indivíduo. O Temperamento ou humores é constituído através da predominância de um determinado elemento no mapa astral ou numerológico.

    Fogo: produz a característica de impulsão direta para ações. Essa personalidade necessita se destacar.

    Terra: já produz a capacidade de ser pragmaticamente realista e até ascético. Precisa da manifestação das coisas na matéria para que lhe tenha sentido as coisas.

    Ar: são de características mentais, reflexivos e instáveis. Necessita compreender o que está sua volta, principalmente aquilo que não é palpável.

    Água: são sentimentais, imaginativos, sonhadores e sensíveis. Necessita estar envolvido plenamente no que faz para se realizar.

    Éter: São volúveis, místicos e instáveis. Toda a explicação da vida está além da terra. Quase sempre precisando de outros para colocá-lo na realidade.

                  Estarei explanando aqui resumos das técnicas que serão utilizas para proporcional o fluxo numeroterapêutico.

                  Aconselho aqueles que não dominam qualquer técnica aqui explanada se aprofundarem para melhor domínio no momento de indicá-los.

     

    Pontos principais a observar no mapa:

    Para indicação do uso numeroterapêutico; os pontos a serem observados quando houver são:

    Números karmáticos – considerados obstáculos para aprendizado.

    Números mestres – Missão a ser comprida.

    Esses números aparecem na:

    Chave do nome: representando obstáculo na vida emocional.

    Expressão: a forma mascarada que se apresenta às pessoas.

    Imagem: obstáculo na aparência.

    Essência: o desejo

    Destino: o caminho a percorrer.

    Estrada da vida: representando a missão e a forma de levar a vida e a característica principal da personalidade.

    Ano pessoal: representando os feitos ou entraves que será vivenciado.

    Nos ciclos: representando a forma oculta de resolver um caminho do período. 

     

    1 2 3 4 5 6 7 8 9
    A B C D E F G H I
    J K L M N O P Q R
    S T U V W X Y Z  

    Números: 1 2 3 4 5 6 7 8 9
    Quantidade Ideal: 3 2 3 2 3 2 1 1 3



    A GRADE

     

     

    Quando em excesso determinada vibração: representa desequilíbrio exacerbado da característica da vibração em si, representando a somatização no plano emocional, mental, físico e espiritual.

    Faltando: a dificuldade em realização de certos pontos positivos do mapa que pode estar dizendo em acontecer e ou a inabilidade é por não vibrar numa determinada vibração formando assim o verdadeiro obstáculo.

    Ausente: é a dificuldade kármica que encontra para objetivar a vida de acordo com a classificação do número ausente.

     

    Aplicações dos florais no ano pessoal.

                  Para a Numerologia, além das nossas características individuais, cada pessoa vive ciclos ou fases diferentes a cada nove anos. Dentro desses ciclos, vão ocorrendo mudanças significativas, ano a ano. Assim enquanto uma pessoa vive uma época em que está apta a liberar algum de seus talentos latentes, outra se encontra no ano perfeito para desenvolver-se economicamente.

                  Antes de mais nada, relembrando que você precisa identificar o número de seu ano pessoal, ou seja, a energia que o ano reserva para você. Para isso, some os algarismos do dia e mês de seu nascimento com o algarismo reduzido do ano em que você se encontra. Reduza tudo a um algarismo. Por exemplo, se você nasceu no dia 16 de outubro, proceda assim: 16 + 10 + 2002=1+6+1+0+2+0+0+2=12 => = 3. Portanto, seu ano pessoal é 3.

                  Considere agora que os algarismos de 1 a 9 representam os temas principais de cada ano pessoal. Podemos relacionar cada um desses temas às essências florais descobertas pelo Dr. Bach. Essas essências ajudam a enfrentar melhor as características de cada ano, permitindo que a pessoa explore ao máximo o que o período oferece.

                  Antes de escolher cada essência, no entanto, você precisa levar em conta suas características pessoais e o seu contexto de vida emocional, mental e físico. Este enfoque das essências do Dr. Bach não funcionará como tratamento individualizado. É utilizado, sobretudo, como um instrumento a mais dentro das diferentes opções para se trabalhar com as essências florais.


    CHAKRAS

                  A palavra chakra vem do sânscrito e significa roda, círculo ou movimento, e é essa a definição básica de um chakra, tem aparência de uma roda sempre circulando, sempre em movimento.

                  O que são os chakras?

                  Chakras são centros energéticos do nosso corpo que funcionam como portais de energia fazendo a captação, contenção e distribuição desta energia para todos os corpos que possuímos. Os chakras estão localizados num destes corpos, o duplo etérico e fisicamente podemos localizá-los tendo como base a espinha dorsal e a cabeça.
                  São sete os principais chakras, cada qual correspondendo a um dos sete corpos, porém existem milhares destes centros de energia espalhados pelo corpo. Os principais chakras estão diretamente ligados ao sistema nervoso e as glândulas endócrinas e possuem funções e características específicas. Seu funcionamento varia de acordo com as energias captadas interna e externamente e sua rotatividade pode ser tanto no sentido horário quanto anti-horário variando de acordo com a energia do indivíduo.
    São divididos em três grupos: inferior (1º, 2º e 3º), médio (4º) e superior (5º, 6º e               7º) e existem três nós (1º, 4º e 6º) a serem quebrados por onde é liberado o fluxo de subida da energia Kundalini.

                  Como equilibrar ou energisar os chakras:


    Existem diversas formas e práticas que equilibram e ativam o funcionamento destes chakras. São elas o Yoga, Massagem Tântrica, Mantra, Mentalização, Meditação, Cromoterapia, Aromaterapia, Cristaloterapia, florais, etc.

    Cuidados:
                  É importante  que conheça profundamente os chakras, seu funcionamento e efeitos para então definir quais serão trabalhados e qual técnica melhor utilizada para cada caso, sendo prejudicial misturar muitas técnicas.

    Para o nosso assunto o interesse é conhecimento para entenderem melhor a relação com a vibração numérica.

                  Por que a vibração numérica em excesso ou ausente influenciará intrinsecamente nos centros energéticos e fazendo uso das técnicas numeroterápica automaticamente estará influenciando nos centros energéticos.

    Como deverá ser procedido com o consulente?

                  No momento da anamnese, prepara-se o cálculo básico do consulente em busca de números que estejam em desequilíbrio. Calculando a pirâmide, ela trará aspectos que somente concerne ao modo do consulente encarar a si próprio. Ou seja, a pirâmide não traz características do caráter, personalidade, missão e estrada a ser seguida. Ela indica os caminhos naturais positivos que a pessoa terá que seguir, e quais são os obstáculos gerados durante períodos de nove anos (não tem nada a ver com os ciclos) que se inicia no momento do nascimento até aproximadamente 81 anos de idade. Esta idade é fixa, mas os números flutuantes em períodos entre as idades é que irão traçar, na verdade, a forma como o consulente poderá caminhar. Terapeuticamente é neste ponto que vamos encontrar a forma de trabalhar com o consulente. A pirâmide facilita para sabermos se é karmático ou se simplesmente emocional, facilitando assim as técnicas coadjuvantes.

     

     

    6. INTERPRETAÇÃO.

                  Para concluir e entendermos como funciona a Numeroterapia escolhi um nome para usá-lo como exemplo.

    Cálculo Básico como complementação de anamnese:

    Expressão - Personalidade

    F L Á V I O L E O N E L  D E  S O U Z A

    6 3  1  4  9 6  3  5  6  5  5 3    4 5  1 6  3  8 1

              29               27              9          19

               11               9               9          1 =  30 = 3

     

    Imagem

    Derivado das consoantes

    6 3 4   3 5 3    4     1 8

      13      11      4       9

       4       11      4      9 = 28 = 10=1

     

    Essência

    Derivado das vogais

    1 9 6      5 6 5     5  6 3 1

      16         16        5  1

       7           7        5    1 = 20 = 2

     

    Estrada da vida = data completa de nascimento 21/05/1980

    2+1+5+1+9+8+0 =26 = 8

     

    Número do destino

    3 + 8= 11 É um número mestre terá como destino o princípio da intuição aflorada e terá que ensinar para as pessoas.

     

     

    Grade

    1              2              3              4              5              6              7              8              9

    3              0              4              2              4              4              0              1              1

     

                  Neste caso temos ausência do 2 que produz dificuldade familiar, desequilíbrio emocional a ponto de se sentir como se fosse perseguido o tempo todo, tendência à baixa estima.

                  Ausência do número 7 que indica a falta de fé, é o tipo São Tomé, só acredita quando prova. Dificuldade para administrar a paranormalidade que acontecerá espontaneamente. Como não acredita em nada que é de ordem energética terá muita dificuldade para administrar se tornando depressivo.

                  Pouco número 8 dificuldade com o materializar os objetivos.

                  Pouca vibração do número 9 terá dificuldade em abrir o coração, terá medo de se envolver com qualquer projeto.

                  Não há excessos exatamente nesta grade os números 3, 5 e o 6 passaram um pouco mas neste caso é até interessante para que se possa fluir com objetivo de vida.

                  O número 1 está equilibrado em termos de grade isso é quase uma raridade, portanto, o Flávio terá os impulsos de forma comedida e administrada. Isso facilita para absorver um processo terapêutico.

     

    PIRÂMIDE

     

                                                           0

                                                       1 40 1

                                                  1  36  0 45 1

                                            031-32 140-41149-50 0

                                    1 26-28 135-37 244-47 1 53-55 1

                              0 21-24 130-33 039-42 2 48-51157-60 0

                         116-20125-29234-38 2 43-45 0 52-54 1 61-651

                   39-17 2 18-26  3 27-35 5 36-44  345-53 3 54-62 2 63-71 1

        6 5-13   3 14-22  1 23-31 4  32-40 941-49 650-58 359-67 568-76 6

    0              9              18              27              36              45              54              63              72              81

        F         L        A       V        I        O        L       E        O

          6   5-13 3 14-22  23-31 4 32-40 941-49 6 50-58 359-67 568-76 6

                   99-17 4 18-26 527-35 13/436-44 645-53 954-62 863-71 11/2

                     13/416-20 925-29 934-38 1 43-45 652-54 861-65 1

                           13/4 21-24 9 30-33139-42 748-51 14/5 57-60 9

                                13/4 26-28  135-37 8 44-47353-55 14/5

                                         531-32 940-41 11/249-50 8

                                             14/5 36 11/2  45   1                                                          

                                                     7   40   3

                                                            1

    * Ocorrência de número mestre pertencente ao corpo da pirâmide.

    **Ocorrência de número karmático no corpo da pirâmide.

    *** Ocorrência de resultados com números mestres.

    **** Ocorrência de resultados com números karmáticos.

     

     

    Resultado do fundo da pirâmide:

    1. Individualidade e iniciativa. Pessoa solitária e independente reconhecida pelo seu jeito único.

    Resultado no corpo central do topo da pirâmide

    11. São vários períodos em que a vibração estará para o reconhecimento público, a inspiração e a cooperação estarão eminentes para esta pessoa. Mas serão períodos que ocorrerão de forma complicada porque aparecem no topo da pirâmide e os números correspondentes ao topo são obstáculos por isso necessitará de apoio terapêutico porque é provável que se não tiver este tipo de estímulo poderá passar despercebido pela vida.

     

    Dezena tanto no topo como na parte inferior da pirâmide.

    14. A energia da libido ativa traz competições e compromissos sociais, podendo, conforme a idade, ter um processo de sexualidade completamente aflorado.

                  Na parte inferior ele entra como positivo indicando as competições e os compromissos sociais.

                  Na parte superior ele entra como obstáculo, devido a idade que estará ocorrendo será atingida na sexualidade, o número 5 que é o resultado do 14 é pura sexualidade. Isto poderá causar compulsão sexual, devido à ansiedade que será gerada pelas oportunidades que aparecerão. 

     

    16. É uma vibração que produz mudanças radicais e dolorosas, reflexão interior, fatalidades.

                  Esta dezena aparece na parte inferior. Apesar de aparecer de forma positiva, o 16 é um número karmático e por si só complicado de vivenciá-lo. No caso do nosso exemplo, aparece na faixa entre 43 e 45 anos, que normalmente se tem para a concretização do planejado e uma vibração de como esta fará com que tudo fique muito lento e cheio de obstáculos e, conseqüentemente, atingirá o mental e o emocional de forma negativa, trazendo característica de falta de estímulo, ansiedade para ver resultado monetário na vida, podendo agir de forma inescrupulosa e inconseqüente.

                  O numero 13 aparece nos resultados que se forma 4 = trabalho, realização, mas advindo do 13 significa grandes obstáculos de realização.

                  Então para concluirmos a anamnese do Flávio Leonel de Souza.

                  Aqueles que entendem de numerologia percebem que o resultado da base numerológica do Flávio - Expressão 3  indica expressividade, criatividade, domínio da fala, capacidade até mesmo de ser reconhecido em literatura.

    A Imagem =1 – Indicando equilíbrio de ação em sua aparência, até porque a sua grade contém o 1 em absoluto equilíbrio. As pessoas terão uma imagem do Flávio de alguém altamente equilibrado.

    A sua Essência (desejo interior está negativa devido à ausência do dois na grade trazendo dificuldade familiar) demonstra que ele deseja ter família, viver em harmonia sem muitas mudanças.

    A Estrada da Vida diz que o Flávio é bastante materialista, precisa estar sempre à frente de grandes negócios, não gosta de administrar coisas pequenas, tudo para ter sucesso na vida, mas o fundo da pirâmide indica dificuldades para realizar isto devido a presença do 16 = 7 e em sua grade ele está ausente tornando-o mais negativo ainda.

    O Destino do Flávio é necessariamente ser uma pessoa mística e religiosa. Terá que aprender a equilibrar o seu lado intuitivo, deverá se envolver no mundo esotérico para conseguir concluir muito bem na vida, até porque o 11 aparece na parte inferior da pirâmide confirmando que seu destino realmente é este, mas também aparece na parte superior indicando que é o seu principal obstáculo. Sabe o ditado? Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come”. É simplesmente a situação do nosso amigo Flávio. Terapeuticamente falando, dá um bom período de tratamento, porque são aspectos nada simples de se resolver. É o caso clássico do cliente que chega num ponto e o desenvolvimento terapêutico para. Aqui tudo facilita porque como terapeutas podem ir ao fundo da questão.

     

    8. Indicação de tratamento

                  Em termos de floral ele necessitará tomar Aspen (para fazer a transformação do negativo surreal e trabalhar o seu lado místico), Mustard (para transpor o efeito do 16 de nuvens negras repentinas). Clematis (para assentar as energias e obter concentração). Honeysuckle (para trabalhar o efeito do quatro derivado do 13 o ato de ficar preso ao passado).

     

                  Em termos de cromoterapia poderá usar de cores amarelo para sobressair à criatividade e a expressão, e o rosa para acalmar e dar concentração. O laranja sempre que perceber o efeito do número 2 mesmo o que vem derivado do 11, para absorver energia. O verde para trabalhar a freqüência do “4”, derivado do 13 ou seja, equilibrar e renovar as energias.

                  Em termos de aromaterapia de preferência utilizá-lo em forma de perfume contendo as essências de sustentação (aspecto positivo do mapa) e essência de transformação (regente dos aspectos negativos). Porque em perfume, par facilitar o uso que deverá ser usado por um período relativamente longo ou até que sinta que os aspectos negativos se dissiparem.               Normalmente recomendamos o uso por quatro meses, parar por um mês e observar o que se dissipou.

    02  - Jasmim.

    11  Âmbar.

    13 - 4 - Couro da Rússia, vetiver.

    14  Jacinto.

    16 - Violeta, patchouli.

     

                 

    CONCLUSÃO

                  Como podemos observar, a Numeroterapia é uma técnica complementar a qualquer outro processo terapêutico, no intuito de conquistar uma maior absorção do trabalho que está sendo feito com o Cliente.

     

     

    Bibliografia

    Sobre especificamente Numeroterapia eu desconheço, pois me utilizei de estudos auto didáticos e aplicativos para chegar a essa conclusão.

     

    NUMEROLOGIA

    Numerologia – A importância do nome no seu destino.

    Autor: Monique Cissay

    Editora: Pensamento

     

    MANUAL DE NUMEROLOGIA

    Autores: Ellin Dodge Young e Carol Ann Schuler

    Editora: Pensamento

     

    A NUMEROLOGIA E O TRIÂNGULO DIVINO

    Autor: Faith Javane e Dusty Bunker

    Editora: Pensamento

     

    UM NOVO SISTEMA DE NUMEROLOGIA

    Autor: Dan Millman

    Editora: Pensamento.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Yôga dos Números: Numeronataraja

    Yôga dos Números: Numeronataraja

     

        Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009


    PREFÁCIO 

          Inspirei-me na Numerologia Tântrica conjugado ao Yoga e o Shivanataraja para desenvolver e codificar a NUMERONATARAJA ou Yoga dos Números, uma forma de através do sádhana (prática) e dos Mudras (gestos reflexológicos) vi uma nova perspectiva de utilizar e sedimentar o padrão vibratório dos números em forma prática e vivencial.

          É a oportunidade de destravar e reconhecer essas energias latentes na força humana e que de certa forma completamente desconhecida. Palpáveis mas não conscientes.

          A data nascimento é o dia mais auspicioso de um Ser vivente, onde emana toda a sua força e traduzindo o seu trilhar pela a face da terra à evolução do SER Espiritual.

          É a prática da renegociação continua; é a maneira que nos damos forma ao nosso espaço físico e psicológico com a finalidade de entendermos o karma (efeito) e o Dharma (ação ou lei) divino; E esta negociação ocorre sempre com relação a outros seres humanos e nunca a nós mesmo.

          Trabalhar uma pessoa ou em grupo (de estudo, cliente ou familiar), a Numeronataraja é uma perspectiva de mudança que facilita a viagem da alma.

          O trabalho prático da Numeronataraja é eclético, podendo inclusive ser associada às várias outras disciplinas de acordo com o contexto particular do trabalho que está sendo apresentado. É também um método a ser acrescentado aos terapeutas corporais e psicoterapeutas de trabalhar com o cliente de uma maneira improvisada, desde que cada situação possa convidar para uma aproximação original.

          Através dos números captados na data de nascimento nós podemos perceber os vários mapas do tempo e do espaço existente em cada um, e desta forma obter um sentido de proporção mais desobstruído.

          Esta cosmologia do tempo e do espaço fornece as janelas através da qual o relacionamento entre a vida pessoal específica e os princípios universais governado pode se encontrar em uma harmonia criativa.

          A prática da Numeronataraja ou Yoga dos Números requer em executar os exercícios cadenciados em forma de dança cósmica percebendo as sensações por ela emanada, a fluidez da intuição informal, a clareza da idéias se formando sob a natureza da viagem proporcionada pelas as forças vibratórias dadas nas influências pessoais.

          O fantástico neste método é o fato de combinar a data de nascimento com a energia produzida pela prática do Numeronataraja que é uma verdadeira dança cósmica e pela potencialidade da mente neutra que vêm do ato de  medir o sentir e produzir a ação de sentir com os princípios universais se manifestando ao longo da prática e da não prática (não prática é quando não se está em Numeronataraja e sim no leela(dança) da vida). As ações pessoais são a resposta desta sincronicidade com o padrão vibratório da força universal maior e dévico. De uma outra perspectiva é o universo, ou coletivo, que a alma expressa, e sua consistência abstrata na diversidade das manifestações múltiplas. Chegar neste estado, do fluxo intuitivo e espontâneo ao fluxo cósmico em situações intima da vida, requer o relacionamento direto à mente.

          O corpo e a mente transformam-se em instrumentos saudáveis da alma, codificada através dos gestos reflexológico feitos como corpo e ou com as mãos (Mudrá). Simbolizando um reconhecimento de si com o cosmo naquele momento e tornando-se o receptáculo de energia vibratória reservada numa sintonia, que ao executar o Mudra em princípio de dança tornará neste momento aberto e receptivo a vibração emanante.

          A seguir conheceremos cada etapa por onde me inspirei a criação do  NUMEROTARAJA OU  YOGA DOS NÚMEROS. 

    MUDRA

          O Termo Mudra significa gesto, selo, contração, fecho, lembrando sempre que tais gestos são executados com fins perfeitamente terapêuticos. Embora dentro da Numeronataraja eles tomem um caráter de dança cósmica (meditacional). Sua maior contribuição será na formação de uma consciência corporal plena, definindo muito bem os limites atuais do corpo do praticante proporcionando um estado de contemplação, ou seja, um estado lúdico onde a alma emocional envolve-se com o objeto da contemplação (corpo) produzido pelo o gesto (Mudra); permanecendo em concentração (dharana) em si mesmo; abstraindo-se (pratyahara) dos movimentos emocionais do medo, insegurança, ansiedades, angústias e outras sensações que retiram a pessoa de seu centro. 

    Mitologia

    O Rig Veda cita 33 deuses dos quais se destacam cinco:

    Indra: O rei dos deuses, o governador do céu, representando o poder do raio e da energia.

    Agni: o Fogo, considerado o mensageiro dos deuses. No ritual ele depura a oferenda e a leva em forma sutil a Deus. É a conexão entre homens e deuses. É também a luz para a mente ver e compreender a verdade.

    Surya: o Sol. É dito que ele é a alma suprema dos Vedas e deve ser adorado por todos que desejam a liberação da ignorância.

    Vayu: é o deus do Vento, do Ar e do Prana. Divide seu poder com Indra, o Senhor do Céu. É invisível e habita em nossos corpos na forma dos cinco ares vitais (Prana, Apana, Samana, Vyana e Udana).

    Varuna: uma das mais antigas deidades védicas, associado à Água, aos Rios e aos Oceanos. Seu poder é ilimitado, assim como seu conhecimento. Inspeciona todo o mundo, sendo o Senhor das leis morais.

          No início dos tempos tudo estava em repouso e equilíbrio total e só Brahma existia.

          Houve então a primeira vibração, Om, o Som Primordial e a partir dele todo o universo foi criado.

          A partir daí surge à trindade hindu, formada por Brahma, Vishnu e Shiva que correspondem aos 3 gunas e as características de toda a criação.

          Brahma representa Rajas, o movimento, responsável pela criação.

          Vishnu representa Sattva, o poder de existência, preservação e proteção.

          Shiva representa Tamas, o poder de dissolução do universo.

          Aqui para o nosso contexto destaco Shiva devido à inspiração produzida por Shivanataraja. 

    image imagem retirada do site www.indiavilas.com com a perfeita representatividade da mitologia de Shiva. 

          Shiva é um Deva que além de representar a preservação e a proteção. Para que isso aconteça se manifesta como o renovador ou o Transformador.

          Uma das duas principais linhas gerais do Hinduísmo é chamada de Shivaísmo em referência a Shiva.

          Na tradição hindu, Shiva é o destruidor. Na verdade ele destrói para construir algo novo, assim, prefiro chamá-lo de "renovador" ou "transformador".  Suas primeiras representações surgem no neolítico (4.000 a.C.) na forma de Pashupati, o Senhor dos Animais. A criação do Yoga é atribuída a ele e o Yoga é uma prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, está intimamente ligado ao deus da transformação. Shiva é a deidade suprema (Mahadeva). O pacificador (Shankara) e o benevolente onde reside toda a alegria.

          O tridente que aparece nas ilustrações de Shiva é denominado Trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades da matéria: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio).

          A Naja é a mais mortal das serpentes. Usa uma serpente em volta da cintura e do pescoço, simboliza que Shiva dominou a morte e tornou-se imortal. Na tradição do Yoga clássico, ela também representa Kundaliní, a energia de fogo que reside adormecida na base da coluna. Quando se desperta essa energia, ela sobe pela coluna, ativando os centros de energia (chakras) e produzindo a iluminação (Samadhi), um estado de consciência expandida.

          No topo da cabeça de Shiva se vê um jorro d’água. Na verdade é o rio Ganges ou Ganga que nasce dos cabelos de Shiva. Há uma lenda que diz que Ganga era um rio muito violento e não podia descer a Terra, pois a destruiria com a força do impacto. Então, os homens pediram a Shiva que ajudasse e ele permitiu que o rio caísse primeiro sobre sua cabeça, amortecendo o impacto e depois mais tranquilo corresse pela Terra.

          Outro símbolo é o lingham. Ele representa o pênis, o instrumento da criação e da força vital, a energia masculina que está presente na origem do universo. Está associado ao poder criador de Shiva. A palavra "lingham" significa "emblema, distintivo, signo".

          O lingham é o emblema de Shiva. Na Índia, reverenciar o lingham é o mesmo que reverenciar a Shiva. Ele pode ser feito em qualquer material, embora o preferido seja o de pedra negra. Na falta de uma escultura, se constrói um lingham com a areia da praia ou argila do leito do rio; ou simplesmente se coloca em pé uma pedra ovalada.

          É comum nos templos pendurar acima do lingham uma vasilha com um pequeno orifício no fundo. A água é derramada constantemente sobre ele numa forma de reverência. A base do lingham representa a yoní, o genital feminino, mostrando que a criação se dá com a união do masculino e feminino.

          O tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do universo, o universo brota da sílaba OM. “No princípio era o Verbo (a sílaba, o som). E o Verbo era a criação. Tudo foi feito por Ele (o Verbo) e sem Ele nada se fez."

          É com o som do Damaru (tambor) que Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança. Às vezes, ele deixa de tocar por um instante para ajustar o som do tambor ou para achar um ritmo melhor e, então, todo o universo se desfaz e só reaparece quando a música recomeça.

          Shiva está intimamente associado ao elemento fogo representando a transformação. Nada que tenha passado pelo fogo, permanecerá o mesmo: o alimento vai ao fogo e se transforma; a água evapora; os corpos cremados viram cinzas. Assim, Shiva nos convida a nos transformarmos através do fogo ou do sadhana (prática). O calor físico e psíquico que essa prática produz nos auxilia a transcender nossos próprios limites.

          Nandi é o touro branco que acompanha Shiva, sua montaria e seu mais fiel servo. O touro está associado às forças telúricas e à virilidade. Também representa a força física e a violência. Montar o touro branco significa dominar a violência e controlar sua própria força.

          A palavra "Nandi" significa "aquele que dá a alegria". Na representatividade da devoção sempre se encontra esta figura diante dos templos dedicados a Shiva. Ele está deitado, guardando o portão principal.

          LUA CRESCENTE que muda de fase constantemente representa a ciclocidade da natureza e a renovação contínua a qual todos estamos sujeitos. Ela também representa as emoções e nossos humores que são regidos por esse astro. Usar o símbolo da lua crescente nos cabelos simboliza que Shiva está além das emoções. Ele não é mais manipulado por seus humores como são os humanos está acima das variações e mudanças, ou melhor, não se importa com as mudanças, pois sabe que elas fazem parte do mundo manifesto. Os mestres hindus que se iluminaram afirmam que as transformações pelas quais passamos durante os ciclos de nascimento e morte, o final de uma relação, mudança de emprego, etc. não afetam nosso ser verdadeiro e, portanto, não deveríamos nos preocupar tanto com elas. Simplesmente perceber e viver as transformações. 

    NATARAJA

    image

          Neste aspecto, Shiva aparece como o Rei Raja ou o Dançarino. Ele dança dentro de um círculo de fogo, símbolo da renovação e, através de sua dança o Nataraja acontece à criação, a conservação e destruição do universo.  Ela representa o eterno movimento do universo que foi impulsionado pelo ritmo do tambor e da dança. Apesar de seus movimentos serem dinâmicos, como mostram seus cabelos esvoaçantes, Shiva Nataraja permanece com seus olhos parados, olhando internamente, em atitude meditativa. Ele não se envolve com a dança do universo, pois sabe que ela não é permanente. Como um yogue que se fixa em sua própria natureza, seu ser interior, que é perene. Em uma das mãos, ele segura o Damaru, o tambor em forma de ampulheta com o qual marca o ritmo cósmico e o fluir do tempo. Na outra, traz uma chama, símbolo da transformação e da destruição de tudo que é ilusório. As outras mãos estão em gestos (mudra) específicos. À direita, cuja palma está à mostra, representa um gesto de proteção e benção (abhaya mudra). A esquerda representa a tromba de um elefante, aquele que destrói os obstáculos.

          Nataraja pisa com seu pé direito sobre as costas de um anão. Ele é o demônio da ignorância interior, a ignorância que nos impede de perceber nosso verdadeiro eu. O pedestal da estátua é uma flor de lótus, símbolo do mundo manifestado.

          A imagem toda nos diz: "Vá além do mundo das aparências, vença a ignorância interior e torne-se Shiva, o meditador, aquele que enxerga a verdade através do olho que tudo vê (terceiro olho, Ajnã Chakra)." 

    Devis ou deusasAfter digging a pit, he should recite the Mahishamardini (vidya) 800,000 times, then offering 1,000 times in the cremation ground.

          São as deusas, as mães divinas, aquela que resplandece.

          Nos Vedas eram apresentadas como energia ou poder do criador, a Shakti.

          Nos Puranas aparecem como devis.

          Representando a sabedoria do universo, o aspecto protetor, maternal do Absoluto.

          Apresentam-se de 5 formas diferentes: Parvati, Durga, Kali, Lakshmi e Sarasvati. 

    Parvati

          É a Mãe do Universo e consorte ou esposa de Shiva. Simboliza a disciplina, a renúncia, o esforço que leva o devoto ao Conhecimento. 

    Durga

          Representa o aspecto feroz de Parvati. Montada em um leão ou tigre.

          Tem 12 ou 18 braços e em cada mão tem armas dadas pelos deuses.

          Seu objetivo é ser implacável com os demônios que representam nosso ego e nossa ignorância.

          Ela nos mostra que devemos ser decididos na destruição de tudo que nos impede de percebermos nossa verdadeira natureza divina. 

    Kalí

          Aspecto mais feroz ainda de Parvati. Tem língua roxa, não usa roupa e seu corpo é coberto pelos longos cabelos negros. Usa um colar de caveira, tem quatro braços e leva em cada mão armas de destruição e uma cabeça sangrando. É a devoradora do tempo. 

    Lakshmi

          Ela é muito popular na Índia, sendo considerada a mais próxima dos seres humanos. Quer o bem estar de todos sem se preocupar com suas ações ou seu passado.

          Surgiu das águas cósmicas, da eternidade.

          É a consorte ou esposa de Vishnu.

          Simboliza a riqueza material e espiritual, representando o nosso universo ilusório.

          Usa um sári vermelho, que simboliza rajas, a ação para manter a vida, tem muitas jóias e moedas de ouro, que representam a riqueza e a prosperidade.

          É apresentada sobre um lótus, símbolo do conhecimento. 

    Sarasvati

          Esta associada à fertilidade, a purificação, a fala, a linguagem e a palavra.

          É considerada a personificação de todos os conhecimentos, artes, ciências e letras. Sem ela Brahma, seu consorte, não poderia ter criado o mundo.

          Usa um sári branco (a pureza do conhecimento), está sentada em um lótus branco (o conhecimento) ou numa pedra (a base sólida na busca do conhecimento). Possui sempre ao seu lado um cisne (discernimento) ou um pavão (silêncio necessário para escutar, refletir e meditar).

    Possuí quatro braços e em cada mão um japa-mala (colar) indicando disciplina da meditação, Vija (o som, o chamado à busca do Conhecimento) e os Vedas (o ensinamento). 
     
     

    NUMEROLOGIA TÂNTRICA

          A Numerologia tântrica é diferente da numerologia pitagórica. Ela é baseada apenas na data de nascimento. Conhecida também como Karam Krya. Os cálculos apresentam caminhos para acessar o crescimento espiritual, que desenvolvido através de uma prática esse processo se acelera e se torna a ponte vibracional para o Eu. 

    Nos cálculos da Numerologia tântrica toma-se conhecimento dos Objetivos que se deve  trabalhar através de uma prática. 

    Desdobrar o potencial do indivíduo inerente ao conceito da integridade e os processos da vida que implicam também num relacionamento entre o corpo e a mente e a habilidades para controlar o processo energético da vida (o respirar, uso da voz, as artes, a meditação consciente, exercício, etc..) 

    Compreensão - encontrar uma cosmologia pessoal que ajude criar e manter um sentido saudável da perspectiva realística da terra comum a tudo. 

    Comportamento - uma mudança significativa na vontade e na compreensão influenciado no sono, no meio social, no modo psicológico, ou seja, a mudança consciente do comportamento pode trazer aproximadamente uma mudança e uma compreensão melhor das pessoas e de outros. 

    Consciência - de ego em relação ao mundo, ou seja, uma independência que provocará freqüentemente mudanças espontâneas. Consciência também tende a provocar uma redefinição da responsabilidade e a capacidade de um indivíduo para responder ao mundo.

          Portanto a numerologia Tântrica é um método para estudar o processo do passado, presente e futuro.

          Segundo o Yogui Bhajan ele explica que os seres humanos são formados por dez corpos espirituais, cada um deles corresponde a uma característica de cada guru os Shiks, cultura da qual provem esta numerologia.

          A numerologia tântrica é uma ferramenta para enriquecer a vida e ajudar a conectar com o espírito. Não é uma forma de "adivinhação" e nem conta o futuro. A numerologia tântrica utiliza de dez energias ou corpos, que são a representação de aspectos diferentes manifestado da psique. Oito destes corpos correspondem aos Chakras.  

               Uma vez identificado os equilíbrios e desequilíbrios dentro desses dez corpos de cada individuo, poderá começar então a aplicar técnicas que vão equilibrá-lo com mais facilidade. É melhor quando for utilizar-se pessoalmente da numerologia tântrica ter orientação de outro profissional, porque mesmo sendo conhecedor você poderá se negar a enxergar a realidade. 
     
    Os dez corpos espirituais são: 

    1. O Corpo da Alma. 

          Este é primeiro corpo e também corresponde ao primeiro chakra que fica situado no períneo entre o ânus e o genital.  Este corpo se conecta com a infinidade interna e permite que o ego interno flua livremente por você.  

          Se este corpo for fraco, poderá sofrer grande insegurança. Os órgãos associados com este corpo são o estômago, baço e pâncreas. Se tiver domínio deste corpo será calmo e criativo.  

    2.  Mente Negativa  

          O segundo corpo corresponde adequadamente ao segundo chakra que se localiza acima do púbis. A mente negativa necessariamente não é uma mente ruim. Simplesmente é a mente protetora, é ele que coordena o caminhar.  Porém, esta mente também pode impedir de fluir. É o corpo que alimenta a independência do ego, podendo se tornar em ego-destrutivo.  Por causa da correlação do segundo corpo com o chakra energético a pessoa pode ficar muito dependente do sexo ou pode levar o oposto e pode temer qualquer contato sexual. Quando a mente negativa for saudável, você tem grande orientação interna e está confortável em sua própria pele.

     
    3.  A Mente Positiva  

          O terceiro corpo fica situado no centro de umbigo e corresponde ao terceiro chakra. Este é o centro de energia do corpo. Quando for equilibrado, é forte e projeta autoridade. Transmitirá otimismo, porém, se este corpo estiver desequilibrado pode se tornar muito obcecado com o próprio poder e pode levar a autoridade a um nível perigoso. Também pode ficar muito intolerante com outros e por outro lado, você pode ter medo assumir responsabilidade. Fisicamente, as manifestações somatizadas se manifestarão no fígado, bexiga  e nos pés. 

     

    4. A Mente Neutra.  

          A Mente Neutra corresponde ao centro de coração, chakra cardíaco. Este é o aspecto da sua mente de qual você queira se projetar. Combinam os benefícios de ambas as mentes positivas e negativas. Quando esta mente for equilibrada, a pessoa poderá resolver qualquer situação. Poderá depressa ter acesso todas as partes de uma situação e depressa se conduzir à escolha correta. Porém, se esta mente for fraca, poderá resultar em fechamento para amar e freqüentemente terá dificuldades para resolver as situações. Os órgãos que correspondem são o coração, pulmões e intestino grosso.

     

    5. O Corpo Físico.  

          O quinto corpo é extremamente importante, é nele que está a absorção de todos os corpos.  Muitas pessoas focalizam muito no espiritual e ignoram os corpos físicos.  Mas se você só trabalha sua mente e sua alma, seu corpo físico ficará desequilibrado.  O físico é da mesma maneira importante como o espiritual e o mental.  Nós viemos todos vestidos desta forma para este plano da existência por alguma razão.  É importante aceitar este “presente” e desenvolver este potencial em plenitude. 

    O quinto corpo corresponde ao quinto chakra, ou seja, o laríngeo, portanto algumas pessoas experimentam dificuldades com esta região por não estar corretamente equilibrado.  Porém, quando equilibrado, você será um orador eloqüente e verdadeiro.  Você poderá compartilhar seu conhecimento facilmente com outros porque você não terá nenhum medo deste plano físico. 

    6. Arco de luz 

    Homens e mulheres têm uma linha de arco, uma linha de energia, indo de em orelha para o outro sobre a cabeça.  Este é seu “halo” como mostrado nas imagens de santos e anjos.  

    Estas linhas de arco é o equilíbrio entre as dimensões físicas e as dimensões cósmicas.  Este corpo regula seu sistema nervoso e equilibra suas glândulas.  Corresponde a sua glândula pituitária que fica situado entre suas sobrancelhas.   Este é o terceiro olho. A glândula pituitária é a glândula mestre.  Quando esta glândula está funcionando corretamente a pessoa terá a intuição para se proteger e radiará como uma pessoa que é centrada e calma. Se estiver desequilibrada sofrerá de variação de humor contínuo.    

    7. A Aura  

    Embora aura fique situada “fora” do corpo cercando como um campo magnético, ela  corresponde ao 7º chakra que é o topo da cabeça.  É a glândula pineal.   É dito que a glândula de pineal deixa de segregar seus fluidos depois da puberdade e que então conduz ao processo de envelhecimento.  Há muitas atividades que podem estimular esta glândula para segregar uma vez mais e, portanto retarda o envelhecimento precoce.  

    Este chakra é conhecido como o coronário “mil pétalas” ele proporciona para a pessoa segurança e o poder para ser misericordiosos.  

    Se a aura for forte a pessoa terá uma presença positiva e você sentirá contido dentro de seu próprio corpo. Pessoas que têm uma aura desequilibrada poderão se sentir ameaçado por outras auras mais forte ou eles podem ser vampiros de energia.

      

    8. O Corpo de Prânico  

    O corpo corresponde ao Prana é a vida-força, é o que o mantém vivo.  Se o ser vivente deixar de respirar, deixa de viver.  Se o prana for baixo numa pessoa ela não estará usando o seu diafragma de maneira correta. Sem oxigênio esse corpo poderá experimentar fadiga, ficará defensivo e amedrontado do mundo.  Por conseqüência disto este corpo não receberá bastante oxigênio e o coração será enfraquecido. 

    Quando este corpo for equilibrado terá a certeza de estar vivo e pleno de criação.  Respirar profundamente permite que todo o fluxo prânico energize o sistema.  Este corpo, quando equilibrado, também alinha o negativo, positivo e a mentes neutras.

     

    9. O Corpo Sutil  

    O corpo sutil dá o poder para ver além das ilusões de vida e ego.  Quando dominamos este corpo, nada na vida é um mistério e você se ajusta a qualquer situação com facilidade. Porém, se estiver fora de equilíbrio, você pode ser absorvido facilmente pelo maya (ilusão) deste mundo e a pessoa poderá ser enganado facilmente, ou por ela mesma ou através de outros tirando vantagem de si mesmo.  Este corpo pode sentir inquieto com a falta da paz para fluir facilmente de uma situação a outra.    
     

    10. O Corpo Brilhante  

    O corpo brilhante é extremamente importante.  Coincide com a aura e proporciona energia fora do corpo.  

    Quando esta esfera é centrada a pessoa irradia coragem e realeza. Os outros respeitarão e quererão estar na presença de uma pessoa assim em sua presença.  Esta pessoa afrontará todo desafio e excede expectativas.  

    Porém, ao contrário de um corpo brilhante equilibrado é alguém que não só não satisfaz as expectativas. Como pode temer responsabilidade e então escolhe não reconhecer seu próprio brilho e graça porque teme que nunca satisfará para a expectativa de alguém qualquer que seja.

     

    11. CORPO RADIANTE

          Embora haja só Dez Corpos no ponto de vista Numerológico, há uma Décima primeira incorporação. Este é o centro de comando que dirige todos os outros aspectos.  A pessoa com o número 11 no quadro leva um presente extremo com eles.  Este é o presente de infinidade e conclusão.   Eles têm a habilidade nesta vida de dominar completamente o físico e o reino espiritual.  Eles também têm a capacidade para chamar qualquer um dos 10 corpos para trabalhar para eles em qualquer determinado momento.  Porém, é importante saber que todos os outros aspectos devem ser desenvolvidos para que esta 11ª incorporação se manifeste.  Se a pessoa tiver este número em seu quadro, necessariamente não significa que o conhecimento do universo visivelmente e imediatamente dela.  Ainda terá que levar o tempo para se reconhecer e brando nas emoções e ai sim perceber. Este corpo em desequilíbrio representa o ego exaltado.

    Portanto, o décimo primeiro corpo representa a harmonia interior dos outros dez corpos.   
     

          A Numerologia tântrica nos facilita o conhecimento dos caminhos que temos de percorrer em nossa missão e na vida presente.

    Obs. Os números na numerologia tântrica diferem da numerologia pitagórica.  Os valores são interpretados somente até o ONZE, se o número for maior então deverá ser reduzido a um só numero. Por exemplo: 11+12+1952 = 22 = 4.

          É extraído da data de nascimento que é o presente herdado divinamente.

          Tomaremos aqui no que consiste a Numerologia Tântrica sem adentrar no fluxo interpretativo que não vem ao contexto geral deste trabalho neste momento.

       

    CHAVE:

     

    1 - O número da ALMA =  Dia de nascimento.

    2 – O número do KARMA = Personalidade =  Mês de nascimento.

    3 – O número do PRESENTE =  A soma dos dois últimos dígitos do ano de nascimento.

    4 - O número do DESTINO = última vida = A soma do ano de nascimento.

    5 - O número do trajeto de VIDA= A MISSÃO = A soma do dia, mês e ano de nascimento. 

     

    OS NÚMEROS:

    1. O número da ALMA:

          É extraído do da soma do dia de nascimento

          O número da alma indica seu relacionamento com sua própria alma, com seu self interno e a fonte de sua criatividade. Este é o número do trabalho interno.

          É a conexão com o coração e não com a cabeça e fonte de energia criativa.  Uma vez você conectado com o corpo desta posição, você nunca se sentirá abandonado ou separado do divino.  Porém, a maioria das pessoas está desconectada necessitando cuidar deste aspecto e normalmente precisa desenvolver o corpo nesta posição, portanto não se preocupe isto é extremamente comum!  

     
    2. O número de KARMA - PERSONALIDADE

          A soma do número do mês marca o número do karma. Exemplo: se você nasceu em junho, seu karma é 6, se você nasceu em dezembro, seu karma é (1+2 =) 3. Com exceção dos meses outubro = 10 e novembro = 11 que não se reduz. 

          O karma nos mostra a relação existente com o mundo externo, vem ser nossa personalidade. É a posição que expressa os conflitos que você enfrentará nesta vida, é a indicação de seus pontos fracos e desafios que você terá que superar. O número do Karma determina a relação que teremos com o mundo externo e como vamos tratá-los. Indica seu relacionamento com o outro. Indica a forma de comunicação e a área principal de limitação que necessita o trabalho. 
     

    3. O número do PRESENTE

          É extraído da soma dos dois últimos dígitos do ano que você nasceu: 1951 = 5+1 = 6; 1960 = 6+0 = 6

          Este é o número que indicará a qualidade espiritual que nos foi dado nesta vida por isso é denominado de presente divino vem do reflexo das virtudes que obtivemos em outra vida, mas normalmente os presentes vêm com uma enorme responsabilidade, como por exemplo: ter que desfazer do próprio ego e se focalizar em projetas luz e amar os outros. Para se fazer uso corretamente do presente terá que gozar de um grau de consciência elevado. Podemos também entender como talentos naturais.   

    4. O número do DESTINO

          É obtido através da  soma dos quatro dígitos do ano de nascimento.

    Exemplo: 1951 = 1+9+5+1=16 (1+6 =) 7; 1982 = 1+9+8+2=20 (2+0) 2 

          O número do destino indica as habilidades que foram desenvolvidas em outra vida podendo ser desenvolvido de forma positiva ou não. Indica como OUTRO nos vê. Normalmente não percebemos como somos para o outro causando aqueles conflitos que não entendemos por que.

     
    5. O número do TRAJETO

    QUINTO ASPECTO é a MISSÃO   

          É obtido por meio da soma total da data de nascimento.    

          Exemplo: 12 de maio de 1951 = 1+2+5+1+9+5+1 = 24 (2+4) = 6   

    18 de fevereiro de 1953 = 1+8+2+1+9+5+3 = 29 (2+9) = 11   

          O estado de paz e harmonia permanente só é adquirido quando nós tivermos a certeza absoluta que nós estamos completos e estamos desenvolvendo nossa missão.    

          Se uma pessoa pode harmonizar cada um dos números dela ou aspectos, mas não está completando a missão, não ESTARÁ satisfeita internamente. O quinto aspecto é seu caminho de perfeição. É seu número que guia permanentemente presente em sua vida.    

          Primeiro você deverá transformar os primeiros quatro aspectos para se dedicar a sua missão para que possa cumpri-la na terra. Quando você estiver enviando luz aos outros neste mundo ai então, você dominou este reino verdadeiramente. 

        

    NUMEROLOGÍA REFLEXIVO

          Quando alma e karma são os mesmos números. Por exemplo, 10 de outubro (10 dos 10). Esta pessoa é um espelho, ela é como você vê por dentro e por fora.     

          Pessoas que possuem esta forma de número costumam ter dificuldades para aceitar e entender o outro, desde que eles não concebem que aquela diferença pode existir entre alma e personalidade (karma).   

          Eles são Tudo ou qualquer coisa, desde que eles estejam bem em ambos os corpos ou terrível em ambos.    

        

    NUMEROLOGÍA DHARMICA.   

          É determinado quando o número do terceiro aspecto (presente de Deus) se repete no número da alma, da personalidade, da missão ou das últimas vidas.   

          Este tipo de numerologia é um Dharma ou abençoando, como é um presente de DIVINO, sempre é positivo, estarão reforçando o aspecto que é semelhante a ele.    

        

    NUMEROLOGIA COM PROBLEMAS EM ÚLTIMAS VIDAS.   

          É determinado quando um número se repete por várias dentro da carta natal em qualquer um dos aspectos.   

          Significa que aquela pessoa não pôde polir aquela virtude ou força.    

          Em algum ponto falhou, então terão que começar um ciclo novo de encarnações até alcançar isto.  

     

    MÉTODO

     

          O NUMERONATARAJA ou Yoga dos números é a codificação do padrão vibratório dos números em aspecto vivencial formatado em sinais corporais denominados mudrás (gesto reflexológico). Que permite gerar força de impacto pelo o movimento causado pela a coreografia que os movimentos de ação (o mudra) juntamente com o fluxo da consciência gera assim um movimento, uma dança que vibra nos corpos harmonizando e percebendo o fluxo através do prana que é fluido automaticamente, mudando a forma de pensamento e de sensação. Produzindo o eixo para entrar em meditação dinâmica e a consciência de si mesmo. A prática consiste na habilidade de coreografar os movimentos de forma natural e automaticamente onde se concentra os bloqueios a atenção para produzir a performance fará com a energia flua e a execução se torna perfeita pelo o fato do sentir e não do racionalizar.

          Enquanto os movimentos ocorrem é feitos fechos (bandhas) impulsionando a energia prana para que flua pelo os canais das nadis e glândulas, exercitando e aflorando a energia de cada chakra que naturalmente equilibrará os corpos. Mudando toda a vibração comportamental energético, emocional, mental e físico. Proporcionando a ponte do religar-se e reconhecimento do EU.

          É uma prática que pode ser executada em grupos ou de forma individual, mas sempre acompanhado de instrução de um terapeuta já conhecedor da técnica e que possa fazer as devidas correções.

    Sejam elas virtuais ou pessoalmente. Até que isso seja natural na pessoa e daí sim poderá executar a qualquer momento que desejar ir para o seu interior e responder questões  que o próprio SER já sabe a resposta. 

     

    Funções terapêuticas

          Proporcionará o equilíbrio de todos os corpos simultaneamente e na sequência necessária individual, mesmo que executado em grupo. 

    Funções estéticas

          O Numeronataraja não é preocupado com esta função.  Mas naturalmente a execução continua colocará as glândulas endócrinas em equilíbrio e consequetemente altera o padrão físico do praticante, melhorando o aspecto físico. No mínimo proporcionará maior brilho e vivacidade do aspecto físico aumentando a estima.  

    Funções lúdicas

          Obviamente o Numeronataraja propõe o prazer, o êxtase de só está, só fazer, usufruindo da prática ludicamente. Sem o ludismo, a alegria de brincar ou dançar não existe. A prática (sadhana) é uma celebração de vida. A celebração leva o ser em contato com o Seu EU Divino e natural.  

    Funções da sexualidade.

          Sexualidade é a propriedade que tem o ser humano de sentir e perseguir o prazer. É a vontade de reunir-se a outra energia que o complemente ou que o realize. O Numeronataraja proporciona a possibilidade de o praticante entrar em contato com seus vários pontos de tensão energética, que o impede de exercer sua sexualidade plenamente. 

    Funções arquetípicas ou simbólicas de uma egrégora.

          Cada exercício é simbólico, significa algo para a consciência e para o inconsciente coletivo. O Mudrá é sempre um gesto que simboliza força, energia sabedoria, consciência ou simplesmente percepção metafísica. O gesto (Mudra) leva uma pessoa a entrar em contato com uma egrégora especifica. 

    KOSHA MUDRAS – São os gestos feitos com o corpo todo. Após executá-los e coreografá-los corretamente os gestos com as mãos podem ser acrescentado transformando numa dança cósmica e passando a ter a vibração do Numeronataraja ou Yoga dos números.

          Cada exercício foi similarmente inspirados em ásana ou Mudras já existente, trazendo em seu contexto a vibração da energia que cada número  em equilíbrio produz. Portanto é a verdadeira fidelidade personificada da vibração que movimentarão fluxo do corpo.  

     

    Conclusão.

          Este é mais um trabalho inspirado nas observações dos clientes em consultórios, cursos e vivencias que necessitam de um caminho mais sutil para acessarem o caminho de parar a mente de turbilhonar e ensinar o fluxo da emoção a simplesmente está consigo mesmo.

          Apesar de inserir em seu contexto o movimento da dança, é absolutamente forte e sensível, belo e sensual.

          Qualquer pessoa pode lançar mão deste método, pois é apenas um exercício codificado que gera o compromisso consigo mesmo de trilhar um autoconhecimento, sem exigir excelentes performances físicas. Podendo ser executado por qualquer pessoa que apenas deseja aprender o SENTIR. 
      

    BIBLIOGRAFIA.

    Do Numeronataraja não há ainda, pois espero que esta sinopse se torne uma no futuro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    BA ZI - PILARES DO DESTINO - Astrologia Chinesa

    BA ZI - PILARES DO DESTINO 

     Astrologia Chinesa

     

     Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística 
    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS –  Holística 2009

     

     

      “Para alcançar o conhecimento, acrescente coisas todos os dias. Para alcançar a sabedoria, remova coisas todos os dias.” (Lao Tse) 
     

    Dedicatória 

    Dedico este trabalho àquela força que impulsiona, preenche e domina, de muitos nomes e que poucos entendem, para uns força Maior, para outros DEUS.

     

    Agradecimentos 
     Meus agradecimentos ao meu marido Alexandre de Oliveira Baptista pelo apoio e incentivo, à minha irmã pelo incentivo e por acreditar em mim, à minha filha Sarah, pela paciência, aos meus gurus e mestres, pelas informações e desfechos.

      

    Sumário:

    1 – Qi

    2 – Wu Xing - 5 transformações do Qi

    3 - 10 Troncos Celestes e 12 ramos terrestres

    4 - 60 binômios

    5 - Estações energéticas

    6 -Constituição energética dos meses

    7 -Cálculo do Acerto da Hora

    8 - Cálculo dos 4 pilares do destino

    9 - os 10 deuses

    10 - combinação de tronco

    11 -relacionamento entre os 12 ramos

    12 - Deuses e demônios.

    13- Resultados

    14- conclusões

    15 – Referências Bibliográficas

     

    Resumo  
     

    Nesta palestra serão pinceladas o que são os 4 pilares do destino, como calculá-los e quais os benefícios que este sistema poderá proporcionar tanto aos pacientes, clientes, enfim a comunidade a ser atendida, quanto aos terapeutas em geral que terão uma ferramenta a mais no tratamento dos diversos sintomas de desequilíbrio energético e físico que poderão ser lidos pelos 4 pilares do destino.

    Mais uma vez temos a certeza de que o bem-estar físico de uma pessoa é a soma de diversos elementos energéticos que se inter-relacionam e dão uma resposta positiva. Quando não há o bem estar, concluímos que há um desequilíbrio entre esses elementos, com os 4 pilares do destino é possível ler este momento energético de cada pessoa. 
      

    Introdução 

    Os Quatro Pilares mostram os prós e os contras da sua constituição energética, a força ou fraqueza dos meridianos de energia e o seu reflexo no corpo, alertando-o de tendências e doenças em potencial. Ele pode lhe indicar como buscar o equilíbrio dos 5 elementos por meio de atividades, hobbies, atitudes, esportes, alimentos, relacionamentos e terapias, que vão incorporar ao seu sistema os elementos que você tanto precisa para em equilíbrio e saudável. Daí a importância em compreender sua constituição e saber por qual momento energético você está passando, por qual momento energético o universo está passando. Nada pode ser feito em relação ao curso do universo, mas você pode fazer muito por você respeitando a sua constituição e o que ela pode ou não lhe propiciar, o que faz bem ao seu organismo e à sua vida como um todo.  

     

    1 - O Qi (Chi) 

    Conhecido como muitos nomes, pode-se resumir como um tipo de energia que permeia e nutre todos os fenômenos do mundo físico e extra-físico. É a vitalidade energéticas responsável por todas as manifestações de vida no universo. É dispersado pelo vento e retido pela água. Na matéria é o que edifica e coordena as moléculas.

    O Qi em movimento é a interação perpétua entre o yin e yang. Contínuo processo de transformação. Somos todos produtos do Qi e estamos sujeitos a sua influência.

    A Trindade chinesa é formada por:

    - Qi cósmico (Tian Qi)

    É o Qi que vem em direção à Terra, provém do Sol, Lua, planetas, estrelas e galáxias. Pode afetar o Qi Terrestre e até cancelar seu efeito.

    - Qi humano (Ren Qi)

    Determinado na primeira respiração do indivíduo. Qi forte que interage com o Qi da terra e Qi cósmico.

    - Qi da terra (Di Qi)

    Qi que viaja pelo solo (sobre e sob) se manifesta nas mudanças da topografia, vales, picos e montanhas, desertos, planícies, florestas e cachoeiras.

    Para tudo é importante encontrar uma forma de combinar essa trindade em tudo o que fazemos. 

     

    2 - WU XING – CINCO TRANSFORMAÇÕES DO QI 

    Compreender como o Wu Xing flui é desvendar a linguagem da natureza.

    Os 5 elementos estão ligados entre si, não devemos analisá-los isoladamente. Na visão ocidental temos 4 elementos (Fogo, ar, água e terra) e a relação entre eles é estática. Já na visão chinesa temos 5 elementos e a relação entre eles é uma constante transformação. 

    Temos Três relações básicas entre os elementos: 

    1 – Ciclo de Geração

    Aqui um elemento gera o outro de forma cíclica. 

    - Madeira gera fogo: Madeira alimenta o fogo.

    - Fogo gera Terra: Quando a madeira queima gera cinzas e essas cinzas geram a terra.

    - Terra gera Metal: A Terra produz o metal sob alta pressão e por um longo período de tempo.

    - Metal gera Água: Metal, sob influência do fogo, derreterá e fluirá de forma líquida.

    - Água gera Madeira: A água é alimento para as plantas. 

    2 – Ciclo de controle

    Aqui um elemento controla o outro energeticamente. 

    - Madeira controla a Terra: raízes penetram na terra e se alimentam dela.

    - Fogo controla o Metal: Fogo amolece ou derrete o Metal.

    - Terra controla a Água: Terra controla o curso da água, a suja.

    - Água controla o Fogo: Água esfria ou extingue o Fogo. 

    3 – Ciclo de Domínio

    Aqui o elemento dominado reage contra o dominador. 

    - Madeira prejudica o Metal: Madeira pode esfacelar ou até mesmo quebrar o Metal e cega seu corte.

    - Metal prejudica o Fogo: Metal pode extinguir ou sufocar o Fogo.

    - Fogo prejudica a Água: Fogo evapora a Água.

    - Água prejudica a Terra: Água pode lavar a Terra.

    - Terra prejudica a Madeira: Terra alterará o caminho e forma das raízes. 

    Existem outras relações possíveis entre os cinco Elementos: 

    4 – Ciclo de Desgaste

    Aqui o elemento gerado desgasta ou enfraquece o elemento gerador.

    - Madeira desgasta a água: raízes chupam a água para as folhas que podem esconder ou guardar a água.

    - Água desgasta o Metal: Água pode enferrujar o metal.

    - Metal desgasta a Terra: Metal pode envenenar a Terra.

    - Terra desgasta o Fogo: Terra pode extinguir ou sufocar o fogo.

    - Fogo desgasta a Madeira: Fogo consome a madeira. 

    5 – Ciclo Fortalecedor

    Aqui dois elementos iguais fortalecem um ao outro. 

    Os 5 elementos alimentam um ao outro, ao mesmo tempo em que controlam uns aos outros, gerando uma relação de interdependência e um equilíbrio dinâmico onde: 

    - A Água alimenta a Madeira ao mesmo tempo em que apaga o Fogo e é bloqueada pela Terra.

    - A Madeira alimenta o Fogo ao mesmo tempo que suga a energia da Terra e é podada pelo Metal.

    - O Fogo alimenta a Terra ao mesmo tempo em que derrete o Metal e é apagado pela Água.

    - A Terra alimenta o Metal ao mesmo tempo em que retém a Água e é sugada pela Madeira.

    - O Metal alimenta a Água ao mesmo tempo em que corta a Madeira e é derretido pelo Fogo. 

    As Cinco Transformações tem sua fundamentação em realidades astronômicas (Periélio e Afélio), não em leis do Meio ambiente. 

     

    3 - OS 10 TRONCOS CELESTES 

    Os 10 Troncos nada mais são do que os 5 elementos em suas polaridades Yin e Yang. Desenham assim o padrão do movimento do Qi Celeste. 

    1 Madeira Yang, em chinês JIA

    2 Madeira Yin, em chinês YI

    3 Fogo Yang, em chinês BING

    4 Fogo Yin, em chinês DING

    5 Terra Yang, em chinês WU

    6 Terra Yin, em chinês JI

    7 Metal Yang, em chinês GENG

    8 Metal Yin, em chinês XIN

    9 Água Yang, em chinês REN

    10 Água Yin, em chinês GUI 

    Os troncos sempre são numerados em números arábicos. 

     

    OS 12 RAMOS TERRESTRES 

    Os 12 ramos desenham o padrão do movimento do Qi terrestre. Os ramos terrestres são numerados em algarismos romanos para não confundir com os Troncos Celestes. A associação dos ramos aos 12 animais foi feita através da lenda de que ao entrar em Nirvana Buda reuniu o reino animal. Por alguma razão somente 12 animais compareceram. Como recompensa, Buda nomeou os anos de acordo com a chegada de cada animal. Como o rato chegou primeiro, ficou com o primeiro ano, o búfalo com o segundo e assim sucessivamente. Claro que esta é somente uma lenda, ninguém sabe ao certo o porque dessa associação.

    O fato é que os ramos são tão antigos quanto os troncos celestes, que davam seus nomes aos dias da semana, logo os chineses começaram a usar os nomes dos ramos terrestres para os meses. São eles: 

      1. Rato (Zi)
      2. Búfalo (Chou)
      3. Tigre (Yin)
      4. Coelho (Mao)
      5. Dragão (Chen)
      6. Serpente (Si)
      7. Cavalo (Wu)
      8. Cabra (Wei)
      9. Macaco (Shen)
      10. Galo (You)
      11. Cachorro (Xu)
      12. Javali (Hai)
     

     

    O CICLO SEXAGENÁRIO DOS TRONCOS E RAMOS 

    O encontro entre o Qi Celeste e o Qi Terrestre. Esse sistema de combinações é chamado de Ghanzi = Gan (Tronco) + Zhi (ramo). Ao combinarmos 10 Troncos com 12 ramos, matematicamente teríamos 120 combinações, mas isso não ocorre, porque os troncos formam dois grupos de 5, um dos 5 elementos na polaridade yin e os outros cinco na polaridade yang. Isso resulta em 5 x 12 = 60 combinações, que chamaremos de 60 binômios (alguns métodos chamas de 60 imagens ou 60 dragões).

    M+

    F+

    T+

    Me+

    A+

     
     
    Combina com
    Rato

    Tigre

    Dragão

    Cavalo

    Macaco

    Cachorro

      M-

    F-

    T-

    Me-

    A-

     
     
    Combina com
    Búfalo

    Coelho

    Serpente

    Cabra

    Galo

    Javali

     

    Logo, o binômio 1 é Rato de Madeira Yang (Jia Zi). Os anos são denominados pela combinação referente àquele ano, por exemplo 2004 – Macaco de Madeira Yang (Jia Shen). 

    Essas combinações são usadas para meses, dias e horas. Isso pode parecer complicado, mas cada data traz informações importantes sobre a interação do Qi. Essa é a base de qualquer análise, seja para a astrologia Chinesa como para o Feng shui. 

     

    4 - OS 60 BINÔMIOS 

    A Análise dos 60 binômios é feita por meio da leitura vertical entre os elementos que compõe a estrutura de um binômio. Compreendendo a estrutura analisamos a força, o elemento predominante e a imagem gerada. Esse método é usado na análise de 4 pilares do destino, onde as imagens formadas indicam qual a missão a cumprir nessa vida (binômio do ano de nascimento) associada à imagem do binômio do dia de nascimento. Este método é usado para verificar se a pessoa está indo de encontro ao seu destino ou lutando contra ele. 

    Tabela 7.4 

     

    5 - AS ESTAÇÕES ENERGÉTICAS 

    Algo que causa discussão entre os praticantes de Feng shui é a diferença entre os hemisférios Norte e Sul, nos cálculos e aplicações das técnicas tradicionais.

    Um dos argumentos apresentados pelos que defendem a inversão dos cálculos é o clima.

    Na realidade, quando nos referimos a estação em termos de Feng Shui e Astrologia chinesa, não estamos nos referindo à estação climática, mas aos ciclos cósmicos. Chamemos então de estações climáticas as 4 estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno. E chamemos de Estações Energéticas as 4 fases identificadas na relação Terra e Sol.

    Como a cosmologia chinesa engloba 5 elementos e cada um desses 5 elementos rege a uma Quinta parte do ano, logo 365 dias / 5 = 73, cada elemento rege 73 dias no ano.

    Cada uma das 4 estações (energéticas) do ano tem predomínio de um elemento:

    Primavera – Madeira

    Verão – Fogo

    Outono – Metal

    Inverno - Água 

    A primavera energética corresponde aos signos de Tigre, Coelho e Dragão e também ao início do ano chinês que ocorre no mês do Tigre. Porque no mês do Tigre se o primeiro animal é o rato? Simpples, porque cada animal tem uma energia específica e a do rato é Água e água corresponde ao inverno energético, no mês seguinte que é o Búfalo esta água entra em declínio, para no mês do Tigre a Madeira brotar após o inverno. 

    O Verão energético corresponde aos meses de Serpente, Cavalo e Cabra.

    O Outono energético corresponde aos meses de Macaco, Galo e Cachorro.

    O Inverno energético corresponde aos meses de Javali, Rato e Búfalo. 

    Cada animal (ramo) corresponde a um mês solar, que inicia sempre quando o Sol atinge o 15° de cada um dos signos solares ocidentais. Reparemos que o Rato corresponde ao ápice do Inverno energético, o coelho ao ápice da Primavera energética, o cavalo ao ápice do verão energético e o galo ao ápice do outono energético. 

    Como já devem ter reparado há 4 estações no ano e existem 5 elementos, não há uma estação associada ao elemento terra. Isso porque a Terra rege os 18 últimos dias de cada estação.

    Lembremos da divisão:

    365 dias do ano / 5 elementos = 73 dias para cada elemento.

    Os 73 dias atribuídos ao elemento terra, se subdividem-se em 4 estações o que gera aproximadamente 18 dias em cada uma das 4 estações. Os dias do elemento terra é chamado de entre-estações.

    Por isso os meses Dragão, Cabra, Cachorro e Búfalo são divididos em 2 partes. Os primeiros 12 dias são regidos pelo elemento predominante na estação. Os últimos 18 dias são regidos pela terra, sendo chamados de Entre-estações e marcam a transição de uma estação a outra. 

    AS FASES DO CIRCUITO SEM FIM 

    Os doze meses do ano, doze animais associados às estações energéticas, mostra que para filosofia Chinesa, o ciclo da vida se divide em doze partes: 

    1. Nascimento
    2. Crescimento – primeiro banho
    3. Adolescência
    4. Diploma – Exame
    5. Apogeu da Carreira
    6. Declínio
    7. Doença
    8. Morte
    9. Enterro – Armazenagem
    10. Desaparecimento total
    11. Embrião
    12. Desenvolvimento do embrião
     

    Este mesmo ciclo rege toda a vida no Universo.

    A energia nasce (fase 1), passa por duas fases de desenvolvimento onde ainda é frágil (fases 2 e 3), chega à fase 4, onde se prepara para atingir o ápice, chega ao ápice na fase 5, e como tudo que chega ao apogeu inicia o declínio na fase 6, adoece na fase 7, chegando à morte na fase 8.

    Após a morte, a vida e o ciclo de nergia não terminam. A fase 9 representa a armazenagem da energia, a aglutinação da energia para ser devolvida ao cosmo, a fase 10 representa a diluição da energia na energia cósmica, a fase 11 o embrião, a fase 12 representa o desenvolvimento da energia embrionária. As fases 9, 10, 11 e 12 são consideradas momentos em que a energia está desaparecida, ou seja, não está presente da forma como a conhecemos. 

    Logo, podemos marcar as fases do circuito sem fim para cada um dos elementos: 

    MADEIRA 

    Sabemos que o ápice da madeira é o mês do Coelho, fase 5, se numerarmos os meses seguintes dentro do ciclo temos: 

    6, Dragão

    7, Serpente

    8, Cavalo

    9, Cabra

    10, Macaco

    11, Galo

    12, Cachorro

    1, Javali

    2, Rato

    3, Búfalo

    4, Tigre

    Isso quer dizer que a Madeira nasce no Javali, está frágil no Rato e no Búfalo. Passa pelo pré apogeu no Tigre, tem o apogeu no Coelho, declínio no Dragão, está doente na Serpente, morta no Cavalo, armazenada na Cabra, desaparecida no Macaco, Galo e Cachorro. 

    Seguindo este mesmo raciocínio para cada um dos outros elementos, teremos cada um dos elementos em uma fase diferente do circuito sem fim a cada mês, conforme tabela abaixo:

     

     

    6 - ANÁLISE DA  CONSTITUIÇÃO ENERGÉTICA DOS MESES CHINESES 

     

    No mês do Rato temos:

    Agua na fase 5 – ápice;

    Madeira na fase 2 – recém-nascida

    Fogo na fase 11 – embrionária

    Metal na fase 8 – morto 

    Já no mês do Javali, temos:

    Água na fase 4 – pré-apogeu

    Madeira na fase 1 – nascimento da Madeira

    Fogo na fase 10 – desaparecido

    Metal na fase 7 – doente. 

    Todo animal que inicia o mês tem resquício de terra da entre-estação, mas o Javali é um exceção, pois a Água na fase 4 é Yang no Javali e a terra que viria do cachorro não consegue se fixar exatamente por isso. 

    As fases mais energéticas são: 

    5 – apogeu

    1 – nascimento

    9 – armazenagem da energia

    4 – pré-apogeu, fase de ascensão

    6 – apogeu iniciando declínio 

    Essas são as únicas fases capazes de se combinarem na formação da energia do momento.

    Logo cada mês tem uma constituição dos 5 elementos cada um deles em uma determinada fase, quando estão nas fases 2,3,7,8,10,11 e 12, os elementos dessas fases são chamados de inoportunos, pois não possuem força suficiente para se manifestar. 

    Considerando esses fatos, notamos que no mês do rato o único elemento com força para se sobressair é a água. O mês do rato é um mês puramente água, em fase 5 (apogeu). 

    No mês do Javali, os únicos elementos com força para se sobressair são água (fase 4) e madeira (fase1). 

    Vemos que o ramo, animal, nada mais é do que o nome dado a uma composição energética de força do ciclo sem fim, com uns elementos fortes para se fazerem visíveis e outros não tão fortes assim. 

    Das fases mais energéticas 3 delas são particularmente importantes:

    A fase 1 – nascimento

    A fase 5 – apogeu

    A fase 9 – armazenagem 

    É como se essas 3 fases da energia representassem o ciclo de vida da energia, por formarem um ângulo de 120° entre si, formam uma combinação de triangulação. 

    Por exemplo na triangulação da água temos:

    O macaco, fase 1 do nascimento da água.

    O rato, fase 5 do apogeu da água.

    O dragão, fase 9 da armazenagem da água. 

    E isso ocorre com os outros 4 elementos. 

     

    7 - CÁLCULO DO ACERTO DE HORA 

    Tendo por base o meridiano 0° de longitude que passa na Inglaterra e é conhecido como meridiano de Greenwich, os meridianos localizados à direita são Leste e à esquerda de Greenwich, Oeste. Cada meridiano ocupa 15°. O Brasil tem como meridiano oficial o 45° Oeste. Logo, estamos a 3 meridianos de diferença do meridiano 0°. A cada meridiano somam-se horas ou subtraem-se horas. À Oeste, subtraem-se horas e à Leste, somam-se horas.

    A hora real não corresponde à hora local, mesmo porque não são todas as cidades brasileiras que estão localizadas no meridiano 45°. Assim temos que todas as cidades localizadas em longitudes maiores que 45° subtraem-se horas ou minutos do horário local, já quando possuem longitude menores que 45°, somamos horas ou minutos na hora local. 

    Exemplo: Uma pessoa nasceu às 19h28min em Campinas, esta cidade está a 47°03´00´´, para saber a hora real neste caso devemos subtrair de 45°. 

    Longitude oficial do Brasil 45°00´00´´

    Longitude de Campinas 47°03´00´´

    Subtraindo-se temos  - 2°03´ 

    15° equivalem a 60 minutos

    1° equivale a aproximadamente 4 minutos 

    -2°03´ X 4 = -8 minutos e 12 segundos 

    Agora basta subtrairmos da hora informada os minutos e segundos encontrados na conta para obtermos a hora real. 

    19h28´00´´

    00h08´12´´

    --------------

    19h19´48´´ 

    Depois de encontrada a hora real, procuramos na tabela abaixo para sabermos a hora chinesa:

    1 – Rato – das 23h às 01 h.

    2 – Búfalo – das 01 h às 03 h

    3 – Tigre - das 03 h às 05 h

    4 – Coelho - das 05 h às 07 h

    5 – Dragão - das 07 h às 09 h

    6 – Serpente - das 09 h às 11 h

    7 – Cavalo - das 11 h às 13 h

    8 – Cabra - das 13 h às 15 h

    9 – Macaco - das 15 h às 17 h

    10 – Galo - das 17 h às 19 h

    11 – Cachorro - das 19 h às 21 h

    12 – Javali - das 21 h às 23 h 

    No exemplo que fizemos a hora, 19:19:48 é a do cachorro.

    Devemos nos preocupar em fazer o acerto de hora nos casos em que as pessoas nasceram nos horários limítrofes, caso contrário não haverá mudanças na constituição energética do pilar da hora.

    Antes de iniciar os cálculos é importante verificar se houve ou não horário de verão no ano em questão, dentro do período de Nascimento da pessoa, caso positivo, subtraímos uma hora do horário de nascimento.

    Período Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Abrangência
    1931-1932 03             Todo o Território
    1932-1933 03             Todo o Território
    1949-1950     01       16 Todo o Território
    1950-1951     01   28     Todo o Território
    1951-1952     01   28     Todo o Território
    1952-1953     01   28     Todo o Território
    1963-1964 23         01   Todo o Território
    1965       31   31   Todo o Território
    1965-1966   30       31   Todo o Território
    1966-1967   01       01   Todo o Território
    1967-1968   01       01   Todo o Território
    1985-1986   02       15   Todo o Território
    1986-1987 25       14     Todo o Território
    1987-1988 25       07     Todo o Território
    1988-1989 16     29       S/SE/CO/NE/Tocantins
    1989-1990 15       11     S/SE/CO/MT/Bahia
    1990-1991 21       17     S/SE/CO/Bahia
    1991-1992 20       09     S/SE/CO/Bahia
    1992-1993 25     31       S/SE/CO/Bahia
    1993-1994 17       20     S/SE/CO/Bahia/AM
    1994-1995 16       19     S/SE/CO/Bahia
    1995-1996 15       11     S/SE/CO/BA/TO/AL/SE
    1996-1997 06       16     S/SE/CO/Bahia/TO
    1997-1998 06         01   S/SE/CO/Bahia/TO
    1998-1999 11       21     S/SE/CO/Bahia/TO
    1999-2000 03       27     S/SE/CO/NE/TO/RR
    2000-2001 08       18     S/SE/CO/Bahia/TO
    2001-2002 14       17     S/SE/CO/NE/TO
    2002-2003   02     16     S/SE/CO/NE/TO
    2003-2004 19       14     S/SE/CO/NE/TO
     

     

    8 - QUATRO PILARES DO DESTINO 

    Os 4 pilares do destino é uma forma de ler a interação da energia do universo. Cada instante é diferente do instante anterior, e há um Qi (energia) dominante. No momento da primeira respiração este Qi impregna a pessoa e terá um efeito sobre a vida da pessoa, sua personalidade, seus gostos e seu destino. Essa primeira energia é determinante na vida da pessoa, por isso usa-se o diagrama de nascimento, através do calendário solar, existem astrólogos que fazem pelo calendário lunar. 

    O mapa é lido da direita para a esquerda, e a profundidade segue essa ordem também, do mais superficial ao mais profundo. 

    Hora Dia Mês Ano
    O íntimo

    A sexualidade

    Os subalternos

    Os relacionamentos

    As parcerias

    O marido

    Os parceiros

     
    Os pais

    O meio-social

     
    O mundo

    A Conjuntura

     

    PARA CALCULAR OS 4 PILARES 

    Escreva dia, mês, ano, hora e local de nascimento.

    Exemplo: 11/04/65 às 11:45 hs em São Paulo SP

    - Verificamos a Tebela de horário de verão e vimos que neste período não teve horário de verão.

    - Encontremos a hora real, como é São Paulo SP, basta subtrairmos 6 minutos do horário, e temos 11:39 hs. 

    1° Pilar do Ano 

    Procuramos no calendário dos 10.000 anos ou na tabela fornecida o animal e elemento do ano de nascimento.

    Ano 65 – Serpente de Madeira Yin 

    2° Pilar do Mês 

    Este pilar além de nos mostrar os pais, o meio social, nos mostra parte de nossa personalidade externa que pode ser enriquecida pela cultura e meio social.

    No exemplo dado, é o 3° mês – Dragão de Metal Yang 

    3° Pilar do Dia 

    Antigamente era comum definir traços essenciais da personalidade de uma pessoa pelo pilar do dia, por isso esse pilar é o mais afetado pelo elemento sorte e pela referência das Xius, (estrelas fixas).

    Para calcular este pilar basta sabermos qual o binômio do dia primeiro de janeiro, depois é só contar quantos dias se passaram do dia primeiro de janeiro ao dia de interesse. No caso, o binômio do dia primeiro de janeiro de 1965 é 1. Logo do dia primeiro de Janeiro ao dia 11 de abril de 1965 passaram-se 101 dias, este é o número de série do nascimento.

    Ainda nos falta uma informação: a que número do ciclo de 60 binômios corresponde cada início do ano ocidental. Para isso segue a tabela com o número do binômio corresponde ao primeiro de janeiro de cada ano. Os anos em negrito são anos bissextos, aos quais deve-se acrescentar 1 à soma, caso a pessoa tenha nascido após 28 de Fevereiro. 

    Tabela 12.2 

    Vamos calcular o nosso exemplo, 11/04/1965

    11/04 – 101° dia do ano

    65 – em primeiro de Janeiro, 51.

    101+51 = 152 / 60 = 2 resto 32 (O que nos interessa é o resto)

    Binômio 32 = Cabra de Madeira Yin 

    Tabela 12.3 

    Cada binômio é associado a uma imagem, que muda a tônica da interpretação do mapa, por isso é importante o seu conhecimento. Mas este é um conhecimento para um curso mais avançado, onde é possível detalhar o significado de cada uma das imagens. 

    No calendário dos 10.000 anos já temos estas contas todas prontas, basta procurar ano, dia e mês desejados. 

    4° Pilar da Hora 

    Neste pilar nos diz se o recém-nascido é ou não bem vindo na família, e a hora corresponde a parte mais íntima do ser de alguém, pode ser associado ao subconsciente. É a parte mais inviolável da personalidade. 

    A hora chinesa equivale a 2 horas, a primeira parte da hora é a parte yang e a segunda é a parte yin. A hora real é a que vai ser utilizada, pois é a hora que de acordo com o local vai acentuar a qualidade Yin e Yang do mapa. 

    COMO ESTABELECER O TRONCO CELESTE (ELEMENTO) DO PILAR DA HORA 

    Para saber qual deve ser o elemento associado à hora chinesa, cruzamos o ramo terrestre (animal) da hora real, com o Tronco Celeste (elemento) do dia de nascimento. 

    Por exemplo, Se o dia é Madeira Yang Rato

    Hora: 19:19:48 – Décima primeira hora, que é a do Cachorro

    Encontramos Madeira Yang, por isso, Cachorro de Madeira Yang 

    Veja abaixo: 

    Tabela 12.5 

     

    9 - OS DEZ DEUSES 

    Cada elemento no mapa tem um significado. O ponto de partida para a análise é o Tronco Celeste do dia e sua relação com os outros elementos que serão denominados de Deuses. O Tronco Celeste (Elemento) do pilar do dia é chamado de “EU” ou “MESTRE DO DIA”.

    No Universo somos movimento, geramos algo.

    Pois bem, o “EU” gera algo e esse algo é chamado de PRODUÇÃO.

    Temos que a Produção é gerada pelo emento do “EU”, se tiver mesma polaridade é considerada Produção Justa e se tiver polaridade contrária é considerada Produção Injusta.

    A Produção gera RIQUEZA, se esta tiver polaridade igual ao “EU” é Riqueza Injusta, polaridade diferente é Riqueza Justa.

    A Riqueza gera PODER, se este tiver polaridade igual ao “EU” é Poder Injusto e diferente é Poder Justo.

    O Poder gera SUSTENTAÇÃO, se tiver mesma polaridade do “EU” é Sustentação Injusta e diferente é Sustentação Justa.

    Podem existir elementos IGUAIS ao “EU”, que serão chamados de PARALELOS, tendo a mesma polaridade do “EU” serão Paralelos Justos e com polaridades diferentes serão Paralelos Injustos. 

    Tabela 13.1 

    PODER 

    Poder Justo (Zheng Guan)

    Controle apropriado. O poder num mapa masculino representa a ambição e num mapa feminino representa o marido. Quando Yin e Yang se encontram nesta relação, mesmo se um controla o outro, é uma relação harmônica, é um controle com amor, como numa relação entre pais e filhos. Porém quando há um excesso de poder, mesmo se poder justo, pode se transformar num controle doentio e sua natureza de benéfica, passa a ser ruim, como no poder injusto. A ambição aqui é nobre, a pessoa se compara a ela mesma, quer se superar, e não aos outros. 

    Poder Injusto (Pian Guan)

    Controle excessivo, desmedido

    Dois elementos iguais se repelem, há uma batalha, é como um tirano ou um governo ditador, o poder injusto é considerado um deus prejudicial. Se existe produção e essa produção consegue controlar esse poder, ele não consegue fazer mal, mas se não há produção o poder injusto passa a se chamar 7 demônios, e pode ser comparado à indisciplina, revolta, excesso de ambição, e com os fins justificando os meios. 

    São pessoas realizadoras de grandes feitos, mas com muito poder injusto a pessoa não tem medida, a ambição está descontrolada, não sabe quando parar. 

    Se o Poder Injusto não tem raiz, a pessoa pode ser a melhor, mas não consegue se manter, ou a pessoa pensa que é a melhor e quando descobre que não é pode se deixar abater seriamente, chegando ao suicídio. 

    SUSTENTAÇÃO 

    Sustentação Justa (Zheng Yin)

    Ajuda, apoio na medida certa.

    Amor, recursos, alento, possibilidade, apoio, suporte e conhecimento.

    É como uma mãe que educa, sustenta e dá segurança ao seu filho, sendo bem dosado, é considerado um bom deus. Não é desfavorável à produção. 

    Sustentação Injusta (Pian Yin)

    Excesso de zelo, vira mimo.

    É eficaz somente quando o “EU” é fraco, mas pode ser desfavorável à produção, já que a Sustentação controla a produção. É como uma mãe que não educa, deixando os filhos fazerem o que querem, mima demais, sustenta depois de adulto, etc. 

    Em geral, Sustentação injusta é exagerada. Muita sustentação faz com que a pessoa ache que pode tudo, que não precisa de ninguém, SOMENTE poder ser favorável se o “EU” for muito frágil. 

    RIQUEZA 

    Riqueza Justa (Zheng Cai)

    Num mapa masculino é a esposa. A Riqueza é boa para um “eu” forte, que pode controlá-la e tem energia de sobra para controlar suas oportunidades de ganho, já para um “eu” fraco é ruim, pois a riqueza sem controle passa a ser um prejuízo.

    Riqueza com produção é dinheiro ganho com talento. Não importa muito se existe ou não produção, se o “eu” for forte e a riqueza estiver presente, pode tirar partido, não importando se é justa ou injusta. 

    Riqueza Injusta (Pian Cai)

    Tanto a Riqueza Justa ou Injusta pode ser bom, desde que o “eu” seja forte, como dito anteriormente. 

    PRODUÇÃO 

    Produção Justa (Shi Shen)

    Carisma, atitude, aparência, o que mostra aos outros. Se o “eu” for forte ele se alia a produção e usam a energia para uma boa causa e ajudam a manter o equilíbrio energético da pessoa. A produção justa é utilizada para gerar riqueza e para controlar os 7 demônios (poder Injusto), mas não pode ser útil a não ser a um “eu” forte. 

    Produção Injusta (Shang Guan)

    Estratégia, talento, sabedoria, a produção controla o poder, ou seja, usando a produção você pode diminuir o controle dos outros sobre você.

    Se o “eu” é frágil, ele é esgotado pela energia da produção. A produção injusta também pode gerar riqueza para controlar os sete demônios, mas sua capacidade de produzir e gerar não é tão boa.

    Para drenar a energia do “eu”, a produção injusta é mais eficaz do que a produção justa.

    A Produção Injusta denota um comportamento diferente, bizarro, muitos artistas são assim, e as pessoas com muita produção injusta podem agir de modo diferente ou serem mal compreendidas. 

    PARALELO 

    Paralelo Justo

    Podem ser amigos ou concorrentes.

    Se o “eu” é frágil tanto o paralelo justo como o injusto o auxiliam, os dois lhe ajudam a resistir ao poder e protegem o seu “eu” de ser drenado pela produção. Se o “eu” for forte, os dois trazem riqueza ao seu “eu” e drenam o poder. 

    Paralelo Injusto

    Concorrente, inimigo que leva a riqueza, já que o paralelo controla a riqueza. A diferença é que o paralelo justo é puro e bom, e o injusto é mal e impuro. 

    Num âmbito geral, o paralelo para um “eu” forte indicam concorrentes e para um “eu” fraco indicam amigos que o apóiam e ajudam no trabalho. 

     

    10 - COMBINAÇÃO DE TRONCO 

    Esta combinação somente é válida se ocorrer entre pilares adjacentes. São simpatias entre os troncos celestes:

    1 Madeira + se dá bem com 6 Terra –

    2 Madeira - se dá bem com 7 Metal +

    3 Fogo + se dá bem com 8 Metal –

    4 Fogo - se dá bem com 9 Água +

    5 Terra + se dá bem com 10 Água – 

    Essas combinações presentes no mapa, podem gerar outro elemento que irão substituir os elementos combinados. 

    Como a seguir, com exceção do pilar do dia, que tem regras diferenciadas. 

    AS CINCO COMBINAÇÕES 

    M+ e T- pode gerar T

    M- e Me+ pode gerar Me

    F+ e Me- pode gerar A

    F- e A+ pode gerar M

    T+ e A- pode gerar F 

    Se no mapa existe essa combinação entre os pilares adjacentes, forma um elo muito forte entre os elementos envolvidos e o deus que cada elemento representa nesta combinação. 

    Exemplo: Mulher nascida em: 05/04/1965 às 11 hrs. Em Juiz de Fora 

    Hora dia Mês Ano
    Me+ T- Me+ M-
    Cavalo Búfalo Dragão Serpente
    F- T- T+ F+
    T- A- M- T+
      Me- A- Me+
     

    Aqui a combinação se dá entre a M- do tronco do ano com o Me+ do tronco do mês.

    O Metal nesse mapa representa a produção e a Madeira o poder. Indica que existe uma ligação estreita entre esses dois aspectos da vida dessa pessoa. 

    Para saber se essa ligação vai ou não gerar a transformação, é preciso olhar se o produto da combinação está ou não presente no pilar do mês. Caso esteja presente, o elemento transformado adquire a polaridade Yin ou Yang do elemento no pilar do mês. 

    Em nosso exemplo a combinação M- com Me+, poderia gerar mais Me, mas observamos que no pilar do mês não há mais Me, além do que está no Tronco fazendo a ligação. Logo, esta combinação não gera o elemento produto que seria Me, a transformação não acontece e os elementos permanecem como estão. 

    Existem outros tipos de combinação que precisam ser citadas: 

    A COMBINAÇÃO DO CIÚME

    Hora Dia Mês
    A- T+ A-
     

    Como o mapa é lido da direita para a esquerda a combinação que ocorre é a Mês + dia. Aqui o Tronco do Dia representa o “EU” e se combina com a A- do Mês, mas existe uma tendência, uma intenção de se combinar com a hora. Se fosse um mapa masculino, o “eu” terra faz com que a Riqueza seja a água, e a riqueza representa as mulheres de sua vida, é como se o homem estivesse entre o amor de duas mulheres, ou que ama duas mulheres, a esposa e a amante. No caso duas mulheres disputassem ele. 

    A COMBINAÇÃO DA CONCORRÊNCIA 

    Dia Mês Ano
    T+ A- T+
     

    Aqui o homem em questão se apaixona por uma mulher já comprometida com outro homem. Neste caso existe a competição mas o “eu” sai perdedor, pois quem combina com a A- do Mês é a T+ do ano. A competição com paralelo mostra que perde a Riqueza para um concorrente ou amigo. 

    Se a competição se faz por poder, cada vez que a pessoa batalha por promoção, o poder é perdido. Essa é uma combinação estruturalmente ruim. 

    COMBINAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO ENVOLVENDO O “EU” 

    Há regras a ser seguidas para saber se há ou não transformação:

    - O elemento transformado tem que estar oportuno no mapa, isso quer dizer estar presente como raiz no pilar do mês.

    - O mapa não deve ter paralelos, o pilar do dia não deve ter raízes.

    - O elemento que controla o elemento transformado não pode estar presente como Tronco ou Raiz maior no mapa e nem no mês.

    - O elemento transformado deve ter paralelos e sustentação.

    - O binômio gerado da transformação tem que ser válido (se o ramo é yin, o elemento tem que ter polaridade yin). 

    Para que uma transformação Terra aconteça existem 2 regras:

    - O mês de nascimento tem que ser Búfalo, Dragão, Cabra ou Cachorro, ou ainda é aceitável os meses tigre, serpente, cavalo e macaco, por possuírem em sua formação o elemento terra.

    - Não pode ter Madeira como Tronco ou raiz maior, com exceção do tigre, que em alguns casos é aceitável. 

    Exemplo: 

    Hora Dia Mês Ano
      M+ T-  
     

    Como a terra do mês envolvida na combinação é yin, o ramo do mês deve ser yin também para que a combinação aconteça, além de ter terra em sua formação energética. 

    Búfalo Dragão Cabra Cachorro Tigre Serpente Cavalo Macaco
    Yin Yang Yin Yang Yang Yin Yang Yang
     

    Dos animais que possuem terra em sua formação, somente Búfalo, Cabra e Serpente são ramos yin. 

    Búfalo Cabra Serpente
    T- T- F+
    A- F- T+
    Me- M- Me+
     

    Como a Madeira não poderá estar presente no mês de nascimento, a transformação só ocorrerá se o mês for Búfalo ou Serpente, caso contrário, a combinação existe mas não gera Terra. 

     

    11 - A RELAÇÃO ENERGÉTICA ENTRE OS DOZE RAMOS TERRESTRES 

    - Combinação Triangular

    Os 12 ramos terrestres dependendo de sua configuração energética podem ter entre si uma simpatia ou antipatia. Como já disse anteriormente os animais que estão nas fases 1, nascimento, 5 apogeu e 9 armazenagem de cada um dos 4 elementos, possuem entre si uma estreita ligação, chamada combinação triangular.

    Num mapa este fato é lido pelos animais presentes. Eles são aliados da mesma energia e não precisam estar em pilares adjacentes. Se o ramo da fase 5 está presente, a pessoa pode ter somente mais um ramo da fase 1 ou 9 de determinada energia, para ter uma semi-combinação. Quando o ramo faltante chega com o pilar de sorte ou influência do ramo anual, a combinação está completa e ativa, e o elemento referente a esta combinação terá um peso enorme no mapa, que nada destrói essa combinação e a semi-combinação também é igualmente forte. Mesmo que um conflito chegue não destruirá esta combinação. 

    Triangulação da Água – Macaco (fase 1), Rato (fase 5) e Dragão (fase 9)

    Triangulação da Madeira – Javali (fase 1), Coelho (fase 5) e Cabra (fase 9)

    Triangulação do Fogo – Tigre (fase 1), Cavalo (fase 5) e Cachorro (fase 9)

    Triangulação do Metal – Serpente (fase 1), Galo (fase 5) e Búfalo (fase 9) 

    - Combinação de direção

    Quando nos pilares aparecerem os ramos referentes às direções norte, sul, leste e oeste, temos a combinação direcional, que podem ser: 

    Norte – Javali, Rato e Búfalo.

    Sul – Serpente, Cavalo e Cabra

    Leste – Tigre, Coelho e Dragão

    Oeste – Macaco, Galo e Cachorro 

    Da mesma forma que a triangulação, esta combinação é igualmente forte e inquebrável por conflitos ou qualquer influência entre os ramos e troncos. Mesmo se houver meia-combinação de direção ela tem força e como na triangular, pode ser completada com a chegada do ramo faltante pelo pilar de sorte ou influência anual, potencializando o elemento presente. 

    - Combinação entre os Ramos (animais) – pilares adjacentes

    Aqui  somente dois animais se combinam como um casamento entre os ramos, mas um impede o outro de agir, como alguém que impede alguma coisa, tanto boa quanto ruim. Esta combinação é boa se ocorre entre dois elementos desfavoráveis no mapa, pois ambos ficam impedidos de agir. Somente é válida a combinação entre pilares adjacentes. 

    - Conflitos entre os ramos (animais)

    No caso de um combate entre os ramos, não basta saber as raízes dos animais, mas quando este combate se passa. Por exemplo, um conflito entre rato e cavalo no inverno, o vencedor é o rato, pois a raiz maior do rato é A e a água é forte no inverno.

    De qualquer modo o vencedor ganha, mas se debilita.

    No caso de um conflito entre dois ramos terra, o qi da terra desaparece e o elemento que vem à tona é o que está armazenado.

    Se num mapa o elemento terra é ruim, é bom que haja este conflito entre a terra, assim ela desaparece e dá lugar a novos elementos.

    Quando o conflito não é entre pilares adjacentes, há uma intenção de conflito que não se concretiza por conta do pilar que os separa. 

    - conflito de Troncos 

    A+ X F+

    A- X F-

    Me+ X M+

    Me- X M- 

    Os conflitos entre os elementos de mesma polaridade são muito mais fortes do que os de elementos de polaridades diferentes. Isso gera uma segunda complicação que são binômios de estrutura frágil. 

    Como o rato e o cavalo estão em conflito, os elementos associados a eles também estão. 

    - Lesões entre os ramos 

    Lesão é uma briga gratuita. Por exemplo, o rato é casado com o búfalo, e como a cabra tem conflito com o búfalo, ela passa a não gostar do rato também.

    A Lesão tem um peso menor na análise.

     

    12- Deuses e Demônios

    Tronco do dia Nobre Celeste Lu (prosperi-dade) Espada Inteligência Carruagem de Ouro Flor erótica
    M+ Búfalo, Cabra Tigre Coelho Serpente Dragão Cavalo
    M- Rato, Macaco Coelho Tigre Cavalo Serpente Cavalo
    F+ Javali, Galo Serpente Cavalo Macaco Cabra Tigre
    F- Javali, Galo Cavalo Serpente Galo Macaco Cabra
    T+ Búfalo, Cabra Serpente Cavalo Macaco Cabra Dragão
    T- Rato, Macaco Cavalo Serpente Galo Macaco Dragão
    Me+ Búfalo, Cabra Macaco Galo Javali Cachorro Cachorro
    Me- Cavalo, Tigre Galo Macaco Rato Javali Galo
    A+ Coelho, Serpente Javali Rato Tigre Búfalo Rato
    A- Coelho, Serpente Rato Javali Coelho Tigre Macaco
     

    Verifica-se pelo “eu”, qual é o ramo e procura-se nesta lista. 

    Nobre Celeste: Benéfico para quem possui, ele mostra de onde vem a ajuda quando a pessoa está em dificuldade.

    - Se posicionado no pilar do ano a ajuda vem de longe ou pode ser de uma mudança.

    - Se posicionado no pilar do mês a ajuda vem dos pais.

    - Se posicionado no pilar do dia a ajuda vem do casamento, do parceiro e se há dificuldades no casamento sempre alguém ajuda.

    - Se posicionado no pilar da hora a ajuda vem dos filhos ou de alguém que está sob seu comando, subalternos.

    Se não aparece no mapa, pode ser que venha com os pilares de sorte, se isso ocorre, a ajuda dura enquanto o pilar de sorte durar. 

    Prosperidade: Para um pilar forte, traz prosperidade, já num pilar fraco é ruim. 

    Espada: Boa para dinheiro num mapa fraco, traz problemas físicos num mapa forte. É associada à violência e agressividade. Bom para quem trabalha com concorrência. 

    Inteligência: Boa para exames e estudos em geral num mapa forte, num mapa fraco é debilitador. 

    Carruagem de Ouro: Indica status. 

    Flor Erótica – a Bela flor de Pêssego vermelha: Indica pessoas sexualmente atrativas e com fortes impulsos sexuais, numerosos relacionamentos. Charmosa, convincente. Pode ser um demônio, por indicar falta de disciplina sexual. Se o elemento for favorável será um deus, caso contrário um demônio. Se vier com os pilares de sorte, no período a pessoa estará mais sedutora. 

    Ramo do dia Estrela do General Cobertura Elegante Cavalo do Correio Flor de Pêssego Roubo Morte
    Macaco

    Rato

    Dragão

     
    Rato
     
    Dragão
     
    Tigre
     
    Galo
     
    Serpente
     
    Javali
    Javali

    Coelho

    Cabra

     
    Coelho
     
    Cabra
     
    Serpente
     
    Rato
     
    Macaco
     
    Tigre
    Tigre

    Cavalo

    Cachorro

     
    Cavalo
     
    Cachorro
     
    Macaco
     
    Coelho
     
    Javali
     
    Serpente
    Serpente

    Galo

    Búfalo

     
    Galo
     
    Búfalo
     
    Javali
     
    Cavalo
     
    Tigre
     
    Macaco
     

    Verificar o ramo (animal) do dia.

    Estrela do General: Possibilidade de carreira política ou militar, indica facilidade de comando.

    Cobertura Elegante: Traz tendência artística, filosófica e religiosa, leva as pessoas a viver num mundo irreal, tendências escapistas e elucubração.

    Cavalo do Correio: Mostra viagens e mudanças freqüentes se for favorável, pode mostrar também negócios no exterior. Pode trazer aventuras em viagens, facilidade de meditação, projeção astral, etc.

    Flor de Pêssego: Se está posicionada no pilar do ano ou mês, é a flor de pêssego interna, mostra bom relacionamento entre parceiros, marido e esposa. Pode ser ativada a partir do braço do ano para melhorar os relacionamentos.

    Se posicionada na hora, chamada flor de pêssego externa, mostra relacionamento extraconjugal.

    Roubo: Traz algo negativo, não necessariamente o roubo, mas ser enganado se for ruim no mapa, caso contrário a pessoa tende a enganar e trapacear.

    Morte: Não indica forçosamente morte, nem acidente, indica grande capacidade de planejamento. Se desfavorável traz processos advindos do parceiro. 

    Ramo do dia Solitária Abandono
    Javali

    Rato

    Búfalo

     
    Tigre
     
    Cachorro
    Tigre

    Coelho

    Dragão

     
    Serpente
     
    Búfalo
    Serpente

    Cavalo

    Cabra

     
    Macaco
     
    Dragão
    Macaco

    Galo

    Cachorro

     
    Javali
     
    Cabra
     

    Tanto a Estrela solitária quanto a Estrela do Abandono querem dizer a mesma coisa. 

    Prejudica os relacionamentos, pode indicar infortúnios em relação à família, como separação, viuvez ou abandono. 

     

     

    13- Resultados

    Os Quatro Pilares do Destino podem ser utilizados por acupuntores para encontrar os melhores horários de tratamento para seus clientes. Conhecer os horários de abertura dos vasos maravilhosos, fazer recomendações de alimentação, terapias auxiliares e hobbies para seus pacientes, assim como escolher o tratamento adequado não só ao paciente, como ao momento.

    Terapeutas podem conhecer melhor previamente a reação de seus pacientes ao tratamento empregado e entender por que um tipo de tratamento funciona maravilhosamente em algumas pessoas e não em outras.

    Terapeutas florais podem usar os Quatro Pilares do destino para entender melhor os bloqueios de seus pacientes. Por meio dos 5 elementos, podem escolher com melhor precisão a essência indicada à pessoa ou a influência momentânea pela qual ela está passando, sem depender apenas da narrativa de seus problemas por parte da pessoa tratada. Se você trabalha com saúde integral, Quatro Pilares do Destino é uma ferramenta perfeita para lhe dar as informações não só sobre a pessoa, seus problemas, suas fases de vida, mas também, e mais importante do que isso, lhe permite avaliar as fases pelas quais ela está passando, passou e passará, indicando o que fazer em cada uma delas.

    Diversos sistemas astrológicos podem lhe dar informações comportamentais, de temperamento, falar de fases, mas os Quatro Pilares vão muito além disso, uma vez que indica ao mesmo tempo o problema e a solução. Essa parte do tema é  sub-dividida em módulos, que incluem cálculo, análise estrutural de relacionamento, de saúde, de alimentação, de potencial de trabalho, análise de fases, influências periódicas, recomendações de equilíbrio, etc. 

     

    14- Conclusões

    É um vasto conhecimento na arte astrológica chinesa, englobando vários aspectos da sabedoria chinesa, como meridianos de energia e chacras, e até mesmo podendo indicar uma alimentação que os 4 pilares do destino é muito mais fundamentada que a Astrologia Ocidental.

     

    15- Referências Bibliográficas 

    Sacramento, Silvia –  Instituto Ming Tang, Curso de Ba Zi

                      Anotações em aula, também foram consultadas.

    Autor: : Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    As Emoções Na Fitoterapia

    TCC - Trabalho de Conclusão de Cursos

    RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD - Terapeuta Holístico - CRT 38326 

     RESUMO                                                                 .

    Aprendemos a enxergar a natureza das plantas de tal forma, que cada espécie aparece disposta dentro de um organismo global do Reino Vegetal, do mesmo modo como cada órgão humano aparece disposto dentro do organismo do Ser Humano.  A rigor, as plantas, para realmente crescerem, devem ter também uma espécie de sensibilidade. Consideramos também a ciclícidade, que é a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS vão formar o Zodíaco, o que pode ser correlacionado com as nossas emoções (nossas águas). Os Terapeutas Holísticos sabem disto.

    Certamente os estudos da presente Monografia são conhecidos; mas é preciso reconhecê-los a partir dos fundamentos aqui tratados, pois do contrário, nos afastaremos ainda mais da tradição, pelo emprego das novidades.

    CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.

    1.1 O presente trabalho não tem propriamente a pretensão de ser uma tese que esgote o tema num sentido acadêmico, não vamos falar aqui de remédios porque as plantas, a rigor, não conseguem realmente adoecer, tampouco de um processo de cura, e sim de um processo inverso.

    1.2 As plantas não são compreensíveis por si. Ao se tratar de plantas, precisamos, portanto, não somente erguer os olhos para os Elementos: Vegetal, Animal, Mineral e Humano; precisamos também consultar o Universo. Porquanto toda a vida provém do Universo inteiro, e não apenas daquilo que a vida nos entrega.

    1.3 A Natureza é um conjunto, e de todos os lados atuam forças. Quem tiver um sentido aberto para a evidente atuação das forças, esse compreenderá a Natureza. Entretanto, o que é feito hoje? Exatamente o contrário do que realmente se deve fazer para obter tal compreensão. No entanto, quando vierem a encontrar o caminho do Macrocosmo, as pessoas voltarão a compreender algo da Natureza e muitas coisas mais.

    1.4 Também é verdade que nesse sentido, aqui se trata inteira e naturalmente de pontos de vista dirigidos à natureza dos trabalhosFITOTERÁPICOS combinados com a Psicoterapia, e não de quaisquer teorias.

    1.5 Entretanto, não somos infantis para acreditar nas definições da ciência contemporânea que atua na vizinhança imediata das plantas ou no seu ambiente imediato. Todo o céu e suas estrelas, participam da vegetação! Precisamos saber disto.

    1.6 Com certeza as pessoas nem sabem, hoje, como se alimentam o homem e o animal; o que dizer então da planta? As pessoas crêem que a nutrição consiste em o Ser Humano comer as substâncias do seu entorno. Ele as introduz na boca e em seguida elas chegam ao estômago. Ali uma parte é reservada e uma parte vai embora. Depois disso, a primeira é utilizada, indo também embora a seguir. Depois disso é novamente reposto. Atualmente imaginamos a nutrição de um modo totalmente externo.

    1.7 Entretanto, não são com os alimentos absorvidos pelo estômago do Ser Humano que são reconstituídos os ossos, os músculos e os demais tecidos, pois isto só vale claramente para a cabeça humana. A disgetão, absolutamente não se forma pela alimentação recebida pela boca, porém são absorvidas pela respiração e até mesmo pelos órgãos dos sentidos a partir de todos os arredores. No Ser Humano se realiza continuamente um processo pelo qual o que é absorvido pelo estômago flui, por sua vez para baixo, disto constituindo-se os órgãos do sistema digestivo ou os membros.

    1.8 Estes são assuntos que precisarão ser ponderados por inteiro. Por esse motivo temos esta separação entre a teoria e a prática.

    1.9 Por outro lado, ficar satisfeito com a presente Monografia é, naturalmente, uma questão que provavelmente se tornará cada vez mais discutível, embora queiramos fazer tudo para também nos entender-mos em várias discussões a respeito do que houver sido aqui exposto.

    1.10 Quando se tem uma planta crescendo na terra, tomá-la como é, dentro de seus limites estreitos, constitui no momento um disparate, por ser uma planta, em seu crescimento, talvez dependente de incontáveis condições que absolutamente não se manifestam sobre a terra, mas em suas imediações cósmicas.

    1.11 E assim se explica muita coisa, e na vida prática se organiza muita coisa como se tivéssemos a ver somente com as coisas estreitamente limitadas, e não com os efeitos provenientes do mundo inteiro.

    1.12 Hoje em dia as pessoas recebem prescrições de quantos gramas de carne deve comer, quanto de líquido deve beber e etc., – algumas pessoas têm a seu lado uma balança-, pesando tudo o que vai para o seu prato. É evidente que isto é bom. Mas para que isso coincida com a Fisiologia Humana adequada, é preciso saber também que é bom que tais pessoas sintam fome caso ainda não lhe baste o que foi pesado. É bom que o instinto ainda se manifeste.

    1.13 O solo é um órgão real, um órgão que se quisermos, poderemos eventualmente compará-lo ao diafragma humano. Chegamos a essa idéia, dizendo-nos o seguinte: acima do diafragma, se encontram, no Ser Humano, determinados segmentos e órgãos- sobretudo a cabeça e aquilo que abastece o homem de respiração e circulação, e abaixo do diafragma, estão outros órgãos e segmentos.

    1.14 Tudo que está na proximidade imediata da terra – como o ar, os vapores e também o calor, em cujo âmbito estamos, em cujo âmbito nós próprios respiramos, e de onde tudo isso provém, isto é, de onde as plantas recebem, juntamente conosco, esse calor, esse ar exterior e também essa sua água exterior-, corresponde ao que no homem, é a região abdominal.

    1.15 Admita-se que haja uma planta crescendo para o alto a partir da raiz. Na extremidade do caule forma-se o grãozinho de semente. As folhas e as flores se estendem para fora. Ora, vejam: na folha e na flor se encontra aquele lado terrestre no feitio e também no preenchimento com o ELEMENTO TERRA, de forma que o motivo pelo qual uma folha ou um grão intumesce e absorve as substancialidades interiores, e assim por diante, reside no que adicionamos o ELEMENTO TERRA à planta.

    1.16 Observem as verdes folhas vegetais. Elas carregam o aspecto do ELEMENTO TERRA em sua forma, em sua espessura, em sua cor verde. Entretanto não seriam verdes se nelas não vivesse também a força cósmica do Sol. Chegando-se, porém, até a inflorescência colorida, vê-se que nela não vive apenas a força cósmica do Sol, mas também aquele apoio que as forças cósmicas do Sol recebem – pelo menos- dos planetas Marte, Júpiter e Saturno, só quando vemos a vegetação neste contexto é que podemos olhar para a Rosa enxergando em sua cor avermelhada a força de Marte.


    1.17 – Ao observarmos o Girassol Amarelo: é inteiramente correto denominá-lo “Flor do Sol”; ele só é chamado assim por causa de sua forma, sendo que por seu tom amarelo, deveria realmente ser chamado de “Flor de Júpiter”, pois a força de Júpiter, apoiando a força cósmica do Sol, produz nas flores as cores branca e amarela.

    1.18 Quando nos deparamos com uma Tanchagem, ou seja uma chicória selvagem com sua cor azulada, devemos pressentir nessa cor azulada a atuação de Saturno, que apóia a influência do Sol. Temos, portanto, toda possibilidade de ver Marte na inflorescência vermelha, Júpiter na branca e amarela, Saturno na inflorescência azul, enquanto na folha verde vemos o próprio Sol.

    CAPÍTULO 2. MATERIAL.

    2.1 A presente Monografia tem como referência: os resultados de atendimentos realizados; o Curso de FITOTERAPIA Turma 2008 promovido pelo SINTE – Sindicato dos Terapeutas, sito na Alameda Santos 211- conj. 1403- Cerqueira César- São Paulo – Brasil CEP 01419-000, site www.sinte.com.br, e-mail contato@sinte.com.br , através da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística; a formação do autor como Psicoterapeuta Holístico e a sua certificação, entre outros, em: Psicoterapia; Leitura Corporal; Terapia Corporal, Antroposofia; Teosofia, Filosofia; assim como a Monografia A ANÁLISE DA IMAGEM HOLISTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA.

    CAPÍTULO 3. METODOLOGIA.

    3.1 O OXIGÊNIO.

    3.1.1 É pelo processo respiratório que absorvemos o oxigênio. O oxigênio vive, por toda parte, no ar que nos circunda. No ar respiratório, a parte vivente do oxigênio está morta para que não desmaiemos por causa do oxigênio vivo. O oxigênio à nossa volta precisa ser morto. Porém desde o nascimento o oxigênio é o portador da vida, do etérico. Ele também se torna imediatamente portador da vida quando extrapola a esfera de tarefas que lhe é atribuída por precisar envolver-nos, a nós Seres Humanos externamente pelos sentidos.

    3.1.2 Por outro lado, ao penetrar pela respiração em nosso interior, onde pode viver, ele se torna vivo. O oxigênio que circula dentro de nós não é o mesmo que nos envolve externamente. Dentro de nós é um oxigênio vivo. O oxigênio é “irmão” do nitrogênio, do carbono, do hidrogênio e do enxofre. Uma folha, uma flor ou uma raiz são dependentes dessas matérias- não são autônomos-. Só se tornam independentes por um de dois caminhos; ou quando o hidrogênio leva tudo isto para fora, ou então quando o hidrogênio impele para dentro.

    3.2 O MILEFÓLIO.

    3.2.1 Milefólio (Achillea millefolium ou mil - folhas). O Milefólio é uma planta maravilhosa; toda planta o é, mas quando a comparamos com qualquer outra flor, podemos sentir como ela é. Ela contém carbono, nitrogênio e assim por diante. O Milefólio se apresenta na Natureza como se um criador qualquer de plantas tivesse nela um modelo para levar corretamente o enxofre, em proporção adequada, às outras substâncias vegetais. Diríamos que em nenhuma outra planta a Natureza consegue tal perfeição no emprego do enxofre como no Milefólio, e quando se está familiarizado com a atuação do Milefólio no organismo animal e humano, é quando se sabe como esse Milefólio, ao ser introduzido de forma correta no âmbito biológico, consegue efetivamente melhorias em quase tudo.

    3.2.2 O Milefólio não é nocivo, mas pode tornar -se importuno – do mesmo modo como certas pessoas simpáticas atuam na sociedade por mera presença, e não pelo que dizem, assim o Milefólio atua numa região onde cresce em abundância graças a sua presença, e de modo extraordinariamente favorável.

    3.2.3 Com o Milefólio, também se pode fazer o seguinte: tome-se a parte alta das inflorescências, as inflorescências em forma de guarda-chuva. Quando se dispõe de Milefólio natural, pode-se colhê-las o mais fresca possível e em seguida deixá-las apenas secar por um período muito curto. Nem é preciso deixá-las secar muito. Não conseguindo obter o Milefólio fresco, mas apenas o que se pode adquirir nas lojas especializadas, antes de empregá-lo tente espremer o suco das folhas, que pode ser obtido por um cozimento da folhagem seca, e regue-se a inflorescência com um pouco desse suco.

    3.3 A CAMOMILA.

    3.3.1 A Camomila (Chamomilla officinalis). Não se pode dizer que a Camomila se distingue por conter intensamente potassa e cálcio. No entanto, a Camomila elabora adicionalmente o cálcio e, desse modo, aquilo que pode contribuir em essência para excluir da planta aqueles efeitos frutificantes nocivos, mantendo-a em bom estado de saúde; é maravilhoso que a Camomila contenha também um pouco de enxofre, pois precisa elaborar juntamente cálcio.

    3.3.2 É realmente verdadeira a Camomila que se encontra, por aí junto aos trilhos da estrada de ferro.

     

                                                                   3.4 O DENTE- DE LEÃO.                                             .                                                                                             

    O Dente-de-Leão (Taraxacum officinalis), em qualquer região que cresça, é extraordinariamente benfazejo. Porque ele é o mediador do ácido silícico. O Dente-de-Leão; porém deve ser empregado de forma correta quando se quer torná-lo atuante.

                                                         3.5 A CAVALINHA.

    A Cavalinha (Equisetum arvense) exerce indiretamente, notável influência sobre o organismo humano, pela função renal, não ainda sendo possível averiguá-lo em minúcias nem deduzi-lo.

               3.6 OS QUATRO ELEMENTOS NO PENSAMENTO PRÉ-SOCRATICO.

    3.6.1 TALES DE MILETO (?-425 a. C.). Partiu do princípio da unidade de tudo e considerava a ÁGUA o elemento primordial onde tudo se originava.

    3.6.2 ANAXIMANDRO (610-550 a.C.). Diz que não é nenhum elemento determinado, mas “tudo inclui e tudo governa...”.

    3.6.3 DEMÓCRITO (460-370 a.C.). Desenvolveu a teoria sobre a constituição da matéria: ela seria composta por átomos.

    3.6.4 ANAXÁGORAS (500-428 a.C.). Partiu do princípio de que a Natureza era composta por uma infinidade de partículas minúsculas e invisíveis, que chamava sementes. Dizia que na menor das partes existe um pouco de tudo.

    3.6.5 ANAXÍMENES (550-486 a.C.). Dizia que existe como origem de tudo uma realidade, submetida ao julgamento da experiência, ainda que num sentido indeterminado. Este princípio será o AR, elemento invisível e imponderável e, no entanto observável: o AR é a própria vida. ANAXÍMENES explica que a rarefação do AR produz o calor; a condensação o frio; uma condensação cada vez mais forte produz sucessivamente vento, nuvem, chuva, TERRA e rocha.

    3.6.6 EMPÉDOCLES DE ACRAGAS (490-430 a.C.). Diz que não há nada de semelhante a uma unidade primeira, mas em seu lugar, uma pluralidade de elementos primeiros, que chama de “raízes”, “as raízes de tudo”. Em número de quatro, colocadas todas elas sobre o mesmo plano, igualmente vivas e divinas, cada qual inalterável em sua qualidade própria e concebível como conjunto de partículas homogêneas, são elas, o FOGO, a TERRA, o AR, e a ÁGUA. Suscetíveis de se moverem e de se misturarem.

    3.6.7 Os Pensadores Pré-Socráticos são – pelo menos os maiores- iniciadores: no começo histórico da livre reflexão, conservam por isso mesmo um privilégio que poderia ser o de um frescor originário onde seria de boa inspiração ir frequentemente re-temperar, re-visitar e renovar o mais absoluto modernismo.

         3.7 OS QUATRO ELEMENTOS, SUAS QUALIDADES E SUAS EMOÇÕES.

    Consideremos agora o tema da ciclícidade, que é também a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS são chamados de triplicidade e as qualidades também chamadas de gunas, quadruplicidade ou cruzes vão formar o Zodíaco. Sabemos que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos do Zodíaco através dos QUATRO ELEMENTOS e das suas emoções.

                               3.7.1 OS SIGNOS DO ELEMENTO AR.

    Os signos de AR são considerados úmidos e quentes. Então o ELEMENTO AR que é caracterizado pelos signos de Gêmeos, Libra e Aquário tem uma tendência mais jovial, o úmido representa o flexível e o quente é expansivo. Os antigos relacionavam o ELEMENTO AR ao temperamento sanguíneo.

                                 3.7.2 OS SIGNOS DO ELEMENTO FOGO.

    3.7.2.1 Sabemos que o ELEMENTO FOGO é também expansivo, ou seja extrovertido, mas também seco e, portanto, não se dobra, é mais rígido, ele quer dobrar o mundo à sua vontade, se impor ao mundo ao invés de receber dele a sua influência. Desta forma, os signos de Áries, Leão e Sagitário tem fama de ser mais mandões, auto-suficientes ou exagerados na sua auto-afirmação. Os antigos atribuíam ao ELEMENTO FOGO o temperamento colérico.

    3.7.2.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO FOGO: Alecrim; Lavanda; Angélica; Manjerona; Melissa; Milefólio; Passiflora e Salvia., e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO FOGO às emoções de excitação/apatia.

                              3.7.3 OS SIGNOS DO ELEMENTO TERRA.

    3.7.3.1 Os signos de Touro, Virgem e Capricórnio, representam o ELEMENTO TERRA. Como se sabe são secos e frios, o que quer dizer que permanece aquela tendência de se firmar perante o mundo, de dobrar circunstâncias perante a sua própria vontade, mas por outro lado, o frio já tem emoções mais para dentro, mais introspectivas, por isso os antigos relacionavam o ELEMENTO TERRA ao temperamento melancólico.

    3.7.3.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO TERRA: Calêndula; Cavalinha; Lavanda; Tomilho; Angélica; Artemísa; Bardana;Camomila; Coentro; Hortelã; Limão; Malva; Manjericão; Melissa; Salvia e Tanchagem, e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO TERRA à reflexão/dúvida e insatisfação.

                                 3.7.4 OS SIGNOS DO ELEMENTO ÁGUA.

    3.7.4.1 No ELEMENTO ÁGUA, temos o temperamento flegmático, porque apesar de ter emoções intensas, introspectivas ou frias e de ser voltado para dentro de si, é o contrário do expansivo que é quente. Acrescenta-se que o ELEMENTO ÁGUA tem ainda o temperamento úmido, ou seja, que tenta se adaptar. O ELEMENTO ÁGUA tem um certo efeito esponja, ele assimila as demais tendências do ambiente e pode ter pouca defesa. Por isso por exemplo, o Peixe tende ao isolamento, o Escorpião tende a querer se vingar, e o Câncer se escaramuja dentro de casa e com a família, daí o símbolo do caranguejo que carrega a casca e a casa consigo, são temperamentos um pouco mais defensivos e hipersensíveis, são signos que correspondem ao temperamento fleumático dos antigos.

    3.7.4.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO ÁGUA: Alecrim; Cavalinha; Lavanda; Tomilho; Dente-de-Leão; Limão; Milefólio, Passiflora e Sálvia, e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO ÁGUA ao medo/força.

                              3.7.5 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO TERRA.

    3.7.5.1 A partir do conhecimento das quadruplicidades dos ELEMENTOS, temos a capacidade de distinguir claramente qual é a especificidade de cada um dos ELEMENTOS. Por exemplo: vamos observar os signos do ELEMENTO TERRA: Capricórnio, o semeador, que é o mais ativo.

    3.7.5.2 Depois Touro, que é o mais passivo, que sabe esperar, e é o mais perseverante, que mantém posição, que cuida, que protege a vida, que evita que qualquer coisa acidental aconteça, por isso ele não gosta de mudança e não quer correr perigo. Touro protege, como a mãe grávida de nove meses, toma todos os cuidados, porque trará uma vida ao mundo.

    3.7.5.3 Por último encontramos o signo encontramos o signo de Virgem que representa a colheita. Primeiro surge o grão do plantio, que é semeado no período do Capricórnio, germinado no Touro, para ser colhido em Virgem. O signo de Virgem representa a atitude classificadora que discrimina, que separa o grão ruim do bom, ou vai separar o joio do trigo, tendo aí um elemento de discernimento.

    3.7.5.4 O ideal do ELEMENTO TERRA é a busca de segurança no Plano Material.

                            3.7.6 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO ÁGUA,

    3.7.6.1 Com esse entendimento, compreenderemos melhor agora a especificidade dos signos do ELEMENTO ÁGUA, dos quaisCâncer é o que mais tenta realizar externamente o ideal do ELEMENTO ÁGUA que é a buscar a segurança no Plano Emocional.- nossas águas-.

    3.7.6.2 Então, os signos do ELEMENTO ÁGUA buscam segurança das emoções, e isso na forma de ação está mais exteriorizado na família, motivo da fixação do caranguejo ou Câncer, em tomar a iniciativa de criar uma família estável e se dedicar aos filhos, aos pais, toda essa inter-relação familiar. O signo de Câncer rege o estômago e as glândulas mamárias e representa a maternidade e a ação de proteção da família.

    3.7.6.3 O próximo signo do ELEMENTO ÁGUA é o Escorpião, que é um signo de emoções fixas, por isso ele tem a fama de vingativo, porque não quer que as emoções mudem, e qualquer fonte de contrariedade ou perturbação emocional trará uma reação igualmente proporcional.

    Quando se fala de idéia fixa, fala-se de Aquário por que as idéias são representadas pelo ELEMENTO AR. Sabemos que a emoção fixa, quando contrariada, é obsessiva e vingativa, correspondendo ao lado sombrio de Escorpião que tem aquela emoção concentrada em atingir o objetivo, sendo para ele uma questão de tudo ou nada, de vida ou de morte, vai ou racha, que caracteriza o seu lado destemido e determinado, mas também radical.

    3.7.6.4 O último dos signos do ELEMENTO ÁGUA é Peixes – ele é mais transcedentalista, tem menos defesa para este mundo. É um signo mais sonhador que busca a colheita das emoções sublimadas ou na transcendência espiritual.

    3.7.7 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO AR.

    3.7.7.1 O signo de Libra busca expressar os ideais da justiça, da beleza, da harmonia, seja nas atividades artísticas, ou no equilíbrio das Leis.

    3.7.7.2 O signo de Aquário de alguma forma é o signo da fraternidade, da amizade, mas como todos os signos do ELEMENTO AR, é à vezes um pouco distante, preferindo a independência e a liberdade.

    3.7.7.3 O signo de Gêmeos é o que mais dúvidas têm - por ser dominado pela curiosidade. É o signo mais imprevisível e muitas vezes não consegue fazer uma coisa só, e quer fazer duas ao mesmo tempo. Porém Gêmeos tem uma flexibilidade mental extraordinária , uma adaptação para o diálogo e para aprender novos idiomas, que é a sua grande virtude. Na verdade, ele é capaz de dançar duas músicas ao mesmo tempo, e assobiar e chupar cana.

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

                          3.7.8 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO FOGO.


    3.7.8.1 O signo de Áries, vem para decidir, para se impor sobre o ambiente, para nascer, para conquistar seu espaço e sua auto-afirmação. Ele é representado no corpo humano, pela cabeça, que é a primeira parte do corpo que nasce. Vai direto à ação e é impulsivo.

    3.7.8.2 O signo de Leão, não vai tanto à ação, mas manda os outros irem. O signo de Leão é mais comandante, ele senta no trono e indica quem deve fazer o que, organiza a casa, da um urro e “..., cada macaco no seu galho”.

    O signo de Leão estabelece limite nas coisas e impõe disciplina. É também muito presente, com o seu calor humano ele protege as pessoas, por isso representa a função paternal. Às vezes é um pouco interferente porque ele quer dirigir todas as coisas de acordo com a sua vontade, de acordo com as suas normas, por isso pode ser um pouco rígido e teimoso.

    3.7.8.3 O signo de Sagitário, é mais filosófico, é uma mistura de Áries com Leão. Tem a impulsividade de Áries, é rápido como uma flecha para chegar direto ao assunto, por isso é representado por uma flecha. “Sagitta”, em latim, quer dizer “flecha”, “Sagittarius”, o arqueiro.

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

                 3.8 A CARACTERÍSTICA DOS APÓSTOLOS NA ÚLTIMA CEIA.


    3.8.1 OS SIGNOS DAS QUATRO ESTAÇÕES DO ANO E OS APÓSTÓLOS.

    Lembrando-nos das características dos Apóstolos na Última Ceia de Leonardo da Vinci (1452-1519), um afresco, um mural pintado em 1495-9, no refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, que se encontra na cidade de Milão, na Itália, veremos que cada um dos quatro grupos de três Apóstolos, sempre da direita para a esquerda, o primeiro está numa posição inicial, depois o segundo está no meio e o terceiro apóstolo já está no fim da Estação.

    3.8.2 A PRIMEIRA ESTAÇÃO DO ANO. PRIMAVERA.

    Na primeira Estação do Ano está representada a PRIMAVERA, por Áries, Touro e Gêmeos, representados por Simão, Judas Tadeu e Mateus, respectivamente.

    3.8.3 A SEGUNDA ESTAÇÃO DO ANO. VERÃO.

    Temos o VERÃO representado por Câncer, Leão e Virgem, representados, respectivamente, por Felipe, Tiago Menor e São Tomé.

    3.8.4 A TERCEIRA ESTAÇÃO DO ANO. OUTUNO.

    Observamos na seqüência o OUTONO que é representado por Libra, Escorpião e Sagitário, representado por São João, Judas Iscariotes e São Pedro.

    3.8.5 A QUARTA ESTAÇÃO DO ANO. INVERNO.

    O INVERNO, está representado por André, Tiago Maior e Bartolomeu, respectivamente. Bartolomeu é o único Apóstolo que têm os pés na luz.

    3.8.6 Quando entendermos melhor como se aplica o úmido e o seco, o quente e o frio, veremos que aquele centro em torno do qual tudo converge, e que na Última Ceia de Leonardo da Vinci é justamente o ponto equilibrante do quadro, é o Cristo, que na verdade, ele não é nem quente , nem úmido tampouco seco, ele é considerado pelos religiosos o equilíbrio perfeito e imparcial entre todas as tendências.

    3.8.7 O nosso desiderato aqui foi demonstrar aos Terapeutas Holísticos, que de certa maneira, os doze signos representam correlações de polaridades opostas, e que existe toda uma simbologia astrológica, que Carl Gustav Jung (1875-1961) valorizava, ao afirmar:

    “A astrologia merece o reconhecimento da psicologia, porque a astrologia representa a soma de todo o conhecimento psicológico da antiguidade”.(TRES iniciados O CABALION. São Paulo, Editora Pensamento, 1994 p. 24).

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.



    4.1 Os Chakras, também chamados “plexus”, “padmas” ou “lótus”: na teoria hindu, adotada por muito ocultistas ocidentais, são pontos em que se ligam o corpo físico e o corpo astral, ou sutil, e centros de energia física. O ocultismo hindu reconhece 88.000 deles, mas considera apenas trinta suficientemente importantes para ter nome próprio. Há sete Chakras principais próximos ao corpo físico. A palavra Chakra é sânscrita e também significa giro ou roda.

    4.2 Os Chakras são de importância vital, pois é por meio deles que a força vital e as energias entram no corpo físico sendo então direcionadas para qualquer área com desequilibro, e uma vez tenha sido absorvida essa força equilibradora, ela revitaliza a área devolvendo-lhe o estado de equilíbrio.

    4.3 Os religiosos afirmam que em Jesus todos os sete Chakras principais funcionavam perfeitamente, e estavam corretamente despertos e energizados – daí o homem perfeito. Esse é o exemplo pode ser uma promessa válida para cada um e todos nós.

    4.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra FITOTERAPIA EM CINCO MOVIMENTOS à pág. 15, afirma no tópico PONTOS DE ALARME SISTÊMICO que “As tradições milenares chinesas trouxeram aos nossos dias a teoria dos, assim traduzidos “meridianos”, que são caminhos de energia que circulam junto ao corpo e que refletem nosso estado holístico (físico, emocional, social, etc,etc...). Em tese, são infinitos... Contudo, como nosso objetivo é ser prático, trabalharemos com 12 principais”. Neste sentido, somente destacaremos os Chakras relacionados com os doze “medianos”.

    4.5 A parte sacral do segundo Chakra é responsável pelo correto funcionamento dos órgãos reprodutores. O segundo Chakra é chamado de esplênico, conhecido como o energizador, ou vitalizador, pois é por meio dele que muito da energia cósmica flui para o interior do corpo, o pâncreas, a vesícula biliar, o baço e os intestinos, prevenindo o espasmo muscular e a cãibra.

    4.6 O terceiro Chakra é responsável pelos desequilíbrios nervosos, digestivos, vesícula biliar, rins, erupções na pele, etc. O terceiro Chakra é há muito tempo considerado o centro emocional psicossomático onde o medo, o nervosismo e a preocupação, tendem a causar um “frio na boca do estômago”.

    4.7 O quarto Chakra traz a harmonia. A glândula Pituitária é também estimulada a partir daqui. E isso tende a trazer algum controle a todas as glândulas. A circulação também é controlada daqui: o mesmo acontece com o Sistema Nervoso Autônomo. O Nervo Vago funciona em conjunção com a pulsação do coração, e se pulsa demais, isso pode ser trazido sob controle mediante uma pressão gentil com as pontas dos dedos sobre os olhos (pressionando cada olho).



    CAPÍTULO 4. RESULTADOS.


    4.1 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A FITOTERAPIA combinada com as demais técnicas Psicoterapêuticas impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno.

    4.2 Os sinais e os sintomas percebidos e verbalizados pelo Terapeuta Holístico, progressivamente, levam o Cliente, a desenvolver o autoconhecimento e a rápida aceitação das demais técnicas Psicoterapêuticas, validando e aceitando os processos de transformação que são orientados por suas principais queixas.


    CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.


    5.1 Vimos neste trabalho a forma de enxergar a Natureza das plantas, e em apertadas sínteses as vantagens do Milefólio, da Camomila, do Dente-de-Leão e da Cavalinha, todas também de usos possíveis como técnica suplementar na FITOTERAPIA e na Psicoterapia Holística.

    5.2 Vimos também, que nos Pensamentos Pré-Socráticos, notadamente em Empédocles, que concebeu como conjunto de partículas homogêneas o FOGO, a TERRA, o AR e a ÁGUA, colocando-os sobre os mesmo planos igualmente vivos e divinos suas qualidades próprias e inalteráveis.

    5.3 Está evidenciado na ampla bibliografia existente que os Pensamentos Pré-Socráticos também fazem parte integrante dos CINCO MOVIMENTOS CHINESES, no qual se apóia, entre outros, a FITOTERAPIA.

    5.4 Vimos também a idéia da evolução de como os Quatro Elementos vão formar o Zodíaco, sabendo-se que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos através dos Quatro Elementos.

    5.5 Por fim, vimos às relações entre os Chakras e os Meridianos.

    5.6 A comparação da linha seguida por esta Monografia com a bibliografia existente poderia ser fundamentada no princípio orientador da Monografia ora apresentada que leva também em considerações os aspectos sócio-somato-psíquicos, em que as interações das estruturas física, dinâmico funcional e psíquico correspondentes, podem ser reveladas.

    5.7 Por outro lado, a bibliografia especializada é estreitamente limitada no enfoque das técnicas de “como fazer”, “como não fazer” e “para o que serve”, etc. Não menos importante, e talvez melhor do que tudo isso, pôde ser aprendido pelo autor no Curso deFITOTERAPIA turma 2008, objeto da presente Monografia. Porém, não há razões para discordar dos diversos autores que já publicaram seus livros com objetivos específicos, merecem aplausos! Deixamos para os Terapeutas Holísticos e para a Comunidade de Estudos Avançados em Psicoterapia Holística, se for o caso, a ampla discussão sobre a presente Monografia.


    CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.


    6.1 Considerem este trabalho como resultados da intervenção em vários atendimentos, de estudos e pesquisas realizados pelo autor. É uma opção que abrange a complexidade da FITOTERAPIA com os estados humanos em conjugação com o somático, dos pontos de vista objetivo, subjetivo e psíquico,

    6.2 O desiderato do autor em apresentar as especificidades dos Quatro Elementos é para que a mesma seja amplamente discutida, testada, validada e, finalmente, que os Terapeutas Holísticos, a utilizem como um equipamento suplementar do seu atendimento. Neste modelo não há irracionalismos.




    6.3 Observamos sempre fenômenos físicos e químicos ao nosso entorno. Quase tudo que nos cerca é considerado matéria (tudo que tem massa e ocupa lugar no Universo), o ELEMENTO AR, o ELEMENTO ÁGUA, o ELEMENTO TERRA, o ELEMENTO FOGO, os movimentos MADEIRA e METAL, etc. A matéria é formada pelo hidrogênio e pelo oxigênio.

    6.4 Todos os vegetais são seres multicelulares e eucariontes. Também são autótrofos, ou seja, capazes de produzir o seu próprio alimento e o fazem por meio do processo chamado fotossíntese.

    6.5 As plantas possuem um pigmento de cor verde chamado de clorofila. A clorofila ocorre na presença do ELEMENTO ÁGUA e da luz Solar, exigindo também gás carbônico obtido do ELEMENTO AR. Nesse processo, são produzidos açúcar, O ELEMENTO ÁGUA e o oxigênio (ELEMENTO AR), que é lançado de volta à atmosfera. O ELEMENTO ÁGUA quando adicionado ao açúcar produzido na fotosíntesse, é o combustível natural da planta.

    6.6 As folhas são os órgãos responsáveis por importantes funções para a planta que são: a fotossíntese, a respiração e a transpiração. As folhas normalmente apresentam-se em tipos muito variados devido a sua especialização em relação ao meio em que se desenvolvem. No caso de se encontrarem em regiões de baixa umidade e grande luminosidade, como nos desertos, as folhas apresentam-se pequenas e em pouca quantidade, enquanto que nas regiões de alta umidade e pouca luminosidade, como nas florestas, as plantas apresentam folhas grandes e numerosas.

    6.7 Desde o final do século XIX as plantas são classificadas em suas bases reprodutivas, e a presença ou não de sementes nas plantas é parte fundamental dessa distinção. Elas são na verdade, divididas em dois grandes grupos chamados de Criptogramas (Crípto = oculto) que são o grupo de plantas sem sementes e as Fanerógamas (Fânero= aparente), que são as plantas com sementes.

    6.8 Consideramos também o tema da ciclícidade, que é também a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS também chamados de triplicidade e as qualidades também chamadas gunas, quadruplicidade ou cruzes vão formar o Zodíaco. Sabemos que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos do Zodíaco através dos QUATRO ELEMENTOS e das emoções.

    6.9 A partir do conhecimento das quadruplicidades dos ELEMENTOS, temos a capacidade de distinguir claramente qual é a especificidade de cada um Por exemplo: vamos observar os signos do ELEMENTO TERRA: Capricórnio, o semeador, que é o mais ativo. Depois Touro, que é o mais passivo. Por último encontramos o signo de Virgem que representa a colheita.

    6.10 Passamos para os signos do ELEMENTO ÁGUA que buscam segurança das emoções. A fixação do caranguejo ou Câncer, em tomar a iniciativa de criar uma família estável e se dedicar aos filhos. O signo de Escorpião é um signo de emoções fixas e por isso ele tem a fama de vingativo, porque não quer que as emoções mudem, e qualquer fonte de contrariedade ou perturbação emocional trará uma reação igualmente proporcional.

    6.11 O último dos signos do ELEMENTO ÁGUA é Peixes – ele é mais transcendentalista, tem menos defesa para este mundo. É um signo mais sonhador que busca a colheita das emoções sublimadas ou na transcendência espiritual.

    6.12 Re-visitando o ELEMENTO AR, chegamos ao signo de Libra que busca expressar os ideais da justiça, da beleza, da harmonia, seja nas atividades artísticas, ou no equilíbrio das Leis.

    6.13 O signo de Aquário de alguma forma é o signo da fraternidade, da amizade, mas como todos os signos do ELEMENTO AR, é à vezes um pouco distante, preferindo a independência e a liberdade.

    6.14 O signo de Gêmeos é o que mais dúvidas têm - por ser dominado pela curiosidade. É o signo mais imprevisível e muitas vezes não consegue fazer uma coisa só, e quer fazer duas ao mesmo tempo. Porém Gêmeos tem uma flexibilidade mental extraordinária.

    6.15 O primeiro signo signo do ELEMENTO FOGO é Áries, que vem para decidir, para se impor sobre o ambiente, para nascer, para conquistar seu espaço e sua auto-afirmação. Vai direto à ação e é impulsivo.

    6.16 O signo de Leão, não vai tanto à ação, mas manda os outros irem. O signo de Leão é mais comandante, ele senta no trono e indica quem deve fazer o que, organiza a casa, da um urro e “..., cada macaco no seu galho”.

    6.17 O signo de Sagitário, é mais filosófico, é uma mistura de Áries com Leão. Tem a impulsividade do Áries, é rápido como uma flecha para chegar direto ao assunto, por isso é representado por uma flecha. “Sagitta”, em latim, quer dizer “flecha”, “Sagittarius”, o arqueiro.



    6.18 Re-visitamos também os conceitos das QUATRO ESTAÇÕES DO ANO, então, na primeira está representada a PRIMAVERA, com os signos de Áries, Touro e Gêmeos. Na segunda, temos o VERÃO representado por Câncer, Leão e Virgem. Observamos na terceira, o OUTONO que é representado por Libra, Escorpião e Sagitário.  Na quarta, INVERNO que está representado por Capricórnio, Aquário, Peixes.

    6.19 Também destacamos os Chakras relacionados com os doze “medianos”.

    7. Destarte, a Análise acontece à luz do que todos nos sabemos, e sabemos mais do que se pode imaginar superficialmente, ou já detemos informações em um nível para justificar a aplicação parcial ou total da presente Monografia.

    7.2 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A FITOTERAPIA combinada com Psicoterapia Holística, impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno e que o cultivo de comportamentos que satisfazem mais aos outros do que a si mesmo exige a inibição de vontades e necessidades, limita a expressão, a criatividade, e estimula o predomínio da racionalidade.

    7.3 Através da observação da presente Monografia o Terapeuta Holístico poderá determinar outros procedimentos para sua estratégia, bem como as diretrizes eficazes para a terapêutica holística aplicável, pois em se tratando de uma queixa qualquer, o pensamento abstrato do Terapeuta Holístico nunca deixa de inquirir repetidamente sobre a causa.

    7.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra O MICROCOSMO SAGRADO à pág. 16 afirma que “A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam também as forças ígneas da terra.Enquanto manifestações da vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadora de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica”.







    8. Aquele que desejar firmar os pés nas técnicas básicas de ACONSELHAMENTO, deve ter bem claro, mediante profunda reflexão, que a inquirição sobre a origem da causa da queixa do Cliente deve cessar em algum ponto, pois ao ultrapassá-lo, estará praticando um mero jogo de pensamento, por exemplo:


    8.1 Ao observarmos os “sulcos” em uma pista de pouso, poderíamos inquirir a origem desses sulcos e como resposta teríamos que provêm das rodas de aeronave.


    8.2 Podemos continuar a perguntar: por que foram os sulcos traçados pela aeronave? Sendo respondido: porque a aeronave passou pela pista de pouso.


    8.3 Podemos continuar a perguntar: por que passou pela pista de pouso? Recebendo a resposta: porque transportava pessoas e cargas. Com estas perguntas chega-se finalmente, a saber, quais motivos dos sulcos na pista de pouso. E se não pararmos no fato, perderemos o verdadeiro fio do assunto e permaneceremos num mero jogo de perguntas.


    8.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra  PSICOTERAPIA HOLÍSTICA à pág. 6 e 7, define “ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudança em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e a habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote”.


    CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESTRITAS.


    AUBENQUE PIERRE, BERNHARDT JENA, CHÂTELET FRANÇOIS. “História da Filosofia, Idéias e Doutrinas”, 1a edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora Zahar Editores, 1973;

    HADDAD LIMA AMIM RAIMUNDO. A ANÁLISE HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA. HOLOPÉDIA – SINTE – 29/05/2008;

    LINDEMANN RICARDO. A CIÊNCIA DA ASTROLOGIA E AS ESCOLAS DE MISTÉRIOS. 1ª Edição, Brasília-DF, Editora Teosófica, 2007;

    REVISTA THEOSOFIA - JAN/FEV/MAR/2009, Sociedade Teosófica no Brasil –site www.sociedadeteosofica.org.br

    STEINER RUDOLF –FUNDAMENTOS DA AGRICULTURA BIODINÂMICA- 1ª Edição, São Paulo-SP, Editora Antroposófica, 1993.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “O Microcosmo Sagrado, 2a edição, São Paulo-SP , SinteBooks, 2006;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Psicoterapia Holística, 1a edição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2007.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Fitoterapia em Cinco Movimentos, Volume I -1aedição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2005.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Fitoteca Em Cinco Movimentos, 1a edição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2005.

    ANEXOS E APÊNDICES. Não apresentamos.

    Autor: : RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD
    Última atualização: 09/09/2009 14:47


    I Ching - O Software Do EU

     I Ching - O Software Do EU

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

     

    Sumário


    Resumo

    Introdução

    Material e Metodologia

    Resultados

    Discussão

    Conclusões

    Referências Bibliográficas

    Anexos e Apêndices

     

     

    Resumo

    Este trabalho aborda a utilização do I Ching como instrumento auxiliar à Psicoterapia Holística, análogo às técnicas de associação "livre" e de interpretação de sonhos. 

    Igualmente discursa sobre sobre a sincronicidade (coincidências emocionalmente significativas) entre os símbolos gerados aleatoriamente (hexagramas) e o inconsciente do Cliente, como forma de propiciar "insights" e catarses durante a interpretação conjunta dos textos e imagens milenares.

    E, a título lúdico, apresenta o I Ching como o antecessor do código binário utilizado na moderna computação, tendo as linhas, ora Yin, ora Yang, o mesmo papel dos numerais zero e um, a compor todo o Universo de possibilidades, sintetizadas em 64 situações arquetípicas com as quais todo indivíduo inconscientemente se percebe refletido.

     
     Introdução

    Milenarmenteutilizado como forma de meditação pelos estudiosos e como oráculo pelosleigos, o I Ching foi apresentando ao século 20 como viável instrumentoterapêutico, graças à pública simpatia de Carl Gustav Jung,um dos maiores nomes da Psicanálise, por este instrumento, demonstradaem seu prefácio à obra "I Ching - O Livro Das Mutações", de RichardWilhelm, principal responsável em introduzir o sistema ao Ocidente.

    Também na lista de célebres admiradores do I Ching, contamos com Gottfried Wilheim Leibniz,que assumiu a grande similaridade com o sistema binário (a basematemática da linguagem de computação...) por ele desenvolvido, assimcomo Niels Bohr, umdos pais da física quântica, que reconheceu as semelhanças entre suaciência das partículas e as mutações descritas neste que é consideradoo livro mais antigo do mundo (cerca de 5 mil anos), além do polêmicocientista biomolecular Johnson F. Yan, que demonstrou a curiosasemelhança entre a matemática do DNA e a do I Ching, popularizado emsua obra "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" e, claro, o mais reverenciadofilósofo chinês, cujo nome latinizado é Confúcio, a quem se atribuivários textos interpretativos aos hexagramas.

    OI Ching atua como "espelho" onde refletimos nosso próprio inconscientee sua eficácia neste sentindo é tamanha, a tal ponto de renomadosmatemáticos, físicos, biólogos, filósofos e, mais diretamenterelacionado à nossa proposta, psicanalistas, enxergarem a si e a seustrabalhos espelhados nos símbolos antigos. 

    Da mesma forma, o Terapeuta Holístico podefazer uso deste instrumento, tanto para acessar seu próprioinconsciente e maximizar-se como pessoa e profissional, quanto comométodo lúdico de contornar a resistência racional dos Clientes emaflorar materiais psíquicos não conscientes, bem como clarificar oentendimento do momento. 

     

    Material e Metodologia

    Aidade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmentepoderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houverautorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e oprofissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional docandidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha doCliente.

    O profissional que atua com o I Ching é um TERAPEUTA HOLÍSTICO, Modalidade: Terapia Em Sincronicidade,que distingue-se dos demais por atuar junto ao seu cliente sem aobrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumassituações nem sequer é necessária a presença do mesmo. 

    Esteprofissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidadejunguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, taiscomo radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, IChing, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliaçãodo quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição eo pensamento não-linear. 

    Deposse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas comoreiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além dadiscussão interativa com o cliente de aspectos levantados ouastrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodostradicionais de "previsão", acrescidos de aconselhamento, levando aoautoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns:comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma,incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida(aumento máximo das oportunidades e minimização das condiçõesadversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões,inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além departiculares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada dedecisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promovera harmonização energética de ambientes.

    OTerapeuta Holístico deve explicar o processo de Terapia emSincronicidade com detalhes e certificar-se de que seu clientecompreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexistevinculação religiosa ou de credo ao trabalho. Deve esclarecer que ossímbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.)jamais determinam as características e acontecimentossócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regeremsincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos dereferência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos. 

    Necessitatornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsõestaxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposiçõescom maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um períodoou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões. 

    Pertinentefazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, queao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração deletras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso depedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-secom as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim,considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativosenvolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    Oconsultório deve estar aparelhado para proporcionar temperaturaambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena,minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente paracom o profissional.

    OTerapeuta Holístico, por meio de variadas técnicas (relaxamento viatoque ou induzido verbalmente, musicoterapia, aromaterapia,cromoterapia e similares), deve propiciar ao Cliente um estado deserenidade, condição ideal para melhor aproveitamento da sessão em queincluir o I Ching. Opensamento deve focar em uma pergunta objetiva sobre a situação quedesejam aprofundar em terapia. Isto feito, opta por um método de geraraleatoriamente o hexagrama que servirá de "espelho" arquetípico onde oconsulente refletirá a si mesmo. 

    Ohexagrama, como o nome sugere, é composto por seis linhas, cada qualpodendo ser classificada como yin (representada graficamente por umalinha interrompida: _ _ ), ou yang (representada por uma linha contínua: ___ ),sendo unidas umas sobre as outras, de baixo para cima. Originalmenterealizado por varetas de milefólio, o "sorteio" popularizou-se via usode três moedas de duas faces distintas, arbitrando-se o valor numérico2 (dois) para o lado par e 3 (três) para o ímpar. A soma das trêsmoedas sendo par, está pré-definida como sendo uma linha yin ( _ _ ) e,caso ímpar, resulta em linha yang ( __ ), sendo repetido o procedimento até obter as 6 linhas que comporão o hexagrama. 

    Com o auxílio da literatura sobre o I Ching (recomendamos o excelente "I Ching: o Livro das Mutações",de Richard Wilhelm, impresso pela Editora Pensamento-Cultrix), queincluem uma tabela como a seguinte, identifica-se o númerocorrespondente ao hexagrama obtido e consulta-se os textos relacionados.

     

    Trigrama
    superior
     
    ----------------
    Trigrama inferior 
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Trigramme zhèn du Yi Jing 
    Chên, o Incitar

    Trovão
    Trigramme kǎn du Yi Jing 
    K´an, o Abismal

    Água
    Trigramme gèn du Yi Jing 
    Kên, a Quietude
    Montanha
    Trigramme kūn du Yi Jing 
    K´un, o Receptivo

    Terra
    Trigramme xùn du Yi Jing 
    Sun, a Suavidade

    Vento
    Trigramme lí du Yi Jing 
    Li, o Aderir

    Fogo
    Trigramme duì du Yi Jing 
    Tui, a Alegria

    Lago
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Hexagramme 1 du Yi Jing
    1
    Hexagramme 34 du Yi Jing
    34
    Hexagramme 5 du Yi Jing
    5
    Hexagramme 26 du Yi Jing
    26
    Hexagramme 11 du Yi Jing
    11
    Hexagramme 9 du Yi Jing
    09
    Hexagramme 14 du Yi Jing
    14
    Hexagramme 43 du Yi Jing
    43
    Trigramme zhèn du Yi Jing Chên, o Incitar
    Trovão
    Hexagramme 25 du Yi Jing
    25
    Hexagramme 51 du Yi Jing
    51
    Hexagramme 3 du Yi Jing
    3
    Hexagramme 27 du Yi Jing
    27
    Hexagramme 24 du Yi Jing
    24
    Hexagramme 42 du Yi Jing
    42
    Hexagramme 21 du Yi Jing
    21
    Hexagramme 17 du Yi Jing
    17
    Trigramme kǎn du Yi Jing K´an, o Abisma
    Água
    Hexagramme 6 du Yi Jing
    6
    Hexagramme 40 du Yi Jing
    40
    Hexagramme 29 du Yi Jing
    29
    Hexagramme 4 du Yi Jing
    4
    Hexagramme 7 du Yi Jing
    7
    Hexagramme 59 du Yi Jing
    59
    Hexagramme 64 du Yi Jing
    64
    Hexagramme 47 du Yi Jing
    47
    Trigramme gèn du Yi Jing Kên, a Quietude
    Montanha
    Hexagramme 33 du Yi Jing
    33
    Hexagramme 62 du Yi Jing
    62
    Hexagramme 39 du Yi Jing
    39
    Hexagramme 52 du Yi Jing
    52
    Hexagramme 15 du Yi Jing
    15
    Hexagramme 53 du Yi Jing
    53
    Hexagramme 56 du Yi Jing
    56
    Hexagramme 31 du Yi Jing
    31
    Trigramme kūn du Yi Jing K´un, o Receptivo
    Terra
    Hexagramme 12 du Yi Jing
    12
    Hexagramme 16 du Yi Jing
    16
    Hexagramme 8 du Yi Jing
    8
    Hexagramme 23 du Yi Jing
    23
    Hexagramme 2 du Yi Jing
    2
    Hexagramme 20 du Yi Jing
    20
    Hexagramme 35 du Yi Jing
    35
    Hexagramme 45 du Yi Jing
    45
    Trigramme xùn du Yi Jing Sun, a Suavidade
    Vento
    Hexagramme 44 du Yi Jing
    44
    Hexagramme 32 du Yi Jing
    32
    Hexagramme 48 du Yi Jing
    48
    Hexagramme 18 du Yi Jing
    18
    Hexagramme 46 du Yi Jing
    46
    Hexagramme 57 du Yi Jing
    57
    Hexagramme 50 du Yi Jing
    50
    Hexagramme 28 du Yi Jing
    28
    Trigramme lí du Yi Jing Li, o Aderir
    Fogo
    Hexagramme 13 du Yi Jing
    13
    Hexagramme 55 du Yi Jing
    55
    Hexagramme 63 du Yi Jing
    63
    Hexagramme 22 du Yi Jing
    22
    Hexagramme 36 du Yi Jing
    36
    Hexagramme 37 du Yi Jing
    37
    Hexagramme 30 du Yi Jing
    30
    Hexagramme 49 du Yi Jing
    49
    Trigramme duì du Yi Jing Tui, a Alegria
    Lago
    Hexagramme 10 du Yi Jing
    10
    Hexagramme 54 du Yi Jing
    54
    Hexagramme 60 du Yi Jing
    60
    Hexagramme 41 du Yi Jing
    41
    Hexagramme 19 du Yi Jing
    19
    Hexagramme 61 du Yi Jing
    61
    Hexagramme 38 du Yi Jing
    38
    Hexagramme 58 du Yi Jing
    58


    Comumente,o nome dos trigramas (hexagramas são compostos por dois trigramas), bemcomo do hexagrama em si, por si só, induzem a imagens mentais desituações análogas na natureza, provocando respostas emocionais. Nolivro recomendado existe também descrições e comentários, quanto àslinhas, aos trigramas e ao hexagrama em si, tanto de origem milenar,quanto do próprio autor e a e leitura dos mesmos frequentemente causa"insights", onde o consulente percebe coincidências significativasentre o descrito e a resposta que procura.

    Portradição, as linhas que resultem das três moedas com a mesma face (3"caras", ou 3 "coroas"), ou, no caso de outro sistema de sorteio, omaior número par possível (seis), ou maior número ímpar possível(nove), por si só seriam objeto de atenção especial, existendo textosespecíficos a serem lidos e interpretados, para cada linha nestasituação, que são chamadas de "linhas móveis". 

    A"mobilidade" sugerida implica que, estando na soma numérica máxima dacondição par (yin) ou ímpar (yang), as linhas nestas condições estãoprestes a se transformar em seu oposto ( de _ _ passaria para __ evice-versa...), obtendo-se assim, um novo hexagrama, desta vezrelacionado a uma situação futura, que seria decorrência natural datransmutação no tempo, do quadro apresentado inicialmente, que é focadono momento presente. Novamente, a consulta à tabela acima, levaria aostextos correspondentes, que acrescentariam mais subsídios para oconsulente espelhar-se e obter conclusões.

    Atualmente,existe muitos softwares capazes de realizar o sorteio do hexagrama, bemcomo já localizar os textos correspondentes ao mesmo. O próprio SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS vem desenvolvendo uma versão online, para uso de seus associados.

    OTerapeuta Holístico traz à pauta terapêutica as sincronicidadespercebidas pelo Cliente em relação à sessão com o I Ching, tal comofaria nas técnicas de interpretação de sonhos e de associações"livres", realizando uma discussão interativa sobre os aspectoslevantados, auxiliando o consulente a reconhecer conteúdos psíquicosseus que projetou durante o exercício lúdico de interpretação dohexagrama. 

     

    Resultados

    Ométodo mostrou-se eficaz como forma de acesso ao inconsciente,contornando as defesas racionais que comumente bloqueiam o aflorar dematerial psíquico, bem como foi particularmente útil com Clientes quetenham resistência maior perante as alternativas mais usuais deampliação da consciência, tais como análise de sonhos e associaçõeslivres. A interpretação e discussão de hexagramas obtidos possibilitauma sequência de pautas a serem trabalhadas em sessões continuadas,funcionando como fio de meada eficiente para a evolução dos processosde autoconhecimento almejados na terapia.


    Discussão 

    Boaparte do esforço terapêutico se dá no sentido de acessar o conteúdopsíquico inconsciente do Cliente, trazendo-o à consciência e auxiliar àmaior compreensão e assimilação, resultando em autoconhecimento e, porconsequência, uma melhoria na Qualidade de Vida

    Quantomais objetivo e racional for o método adotado para este fim, tanto maisfácil será para que as defesas e a resistência à terapia criemobstáculos ao aflorar de material reprimido. É válido, pois, que seutilize igualmente técnicas de cunho subjetivo, capazes de contornar aresistência do racional e possibilitar que, de forma indireta, semanifestem aspectos psíquicos, projetados em algo externo ao que sejacomumente associado com o "eu". O analista atento será capaz deidentificar as projeções e colher subsídios para a evolução da terapia.A Psicanálise clássica tira bom proveito da técnica de associaçãolivre, na qual o Cliente, ao entregar-se ao "jogo" de expressar tudoque lhe vier à mente, sem censura e da forma mais espontânea eimpensada, frequentemente traz à tona informações reprimidas sobre simesmo, sem se dar conta de imediato, contornando desta forma, aresistência natural que impede o aflorar destes conteúdos. Ainterpretação de sonhos segue este mesmo caminho, pois, nosso racionalnão se dá conta, a princípio, de que ao falar do que aconteceu nouniverso onírico, estamos, na verdade, contando sobre nós mesmos. OPsicodrama, a Arteterapia, igualmente possibilitam "palco" e "tela"onde o Cliente interpreta e pinta a si mesmo, sem se dar conta imediatado processo, evitando dessa forma que as defesas racionais bloqueiem oeclodir do material psíquico.

    Dentro desta mesma linha, os métodos que utilizam o conceito junguiano de SINCRONICIDADE, tais como Astrologia, Numerologia, Tarô e, mais particularmente ao caso, o I Ching,funcionam perfeitamente como formas de acessar o inconsciente e detrazer à tona material antes reprimido, no decorrer do exercício deinterpretação.

    Aindaque de origem milenar e oriental, o I Ching, quanto à forma, está emparalelo com as mais modernas e ocidentais concepções. O conceito de umuniverso em contínua mutação possui evidentes analogias com a visão domicroscosmo das partículas, antes tida como imutáveis, e que agora sãoconcebidas como transmutáveis umas nas outras, na visão da físicaquântica. 

    Jáa incrível coincidência entre a matemática do DNA e as suas 64possíveis combinações e igual número e forma de hexagramas do I Ching,novamente colocam o secular sistema em sintonia com os nossos tempos.

    Maispróxima ao cotidiano de todos, a computação, onipresente na vidamoderna, simplesmente se baseia na mesma matemática que o I Ching: TUDOé sintetizável e expresso sob  combinações de tão somente duasvariáveis opostas e complementares: "0" (desligado, negativo) e "1"(ligado, positivo), ou seja, yin ( _ _ ) e yang ( __ ) !

    Veja a palavra ALEGRIA, escrita em linguagem de computação: 

     

    01000001011011000110010101100111011100100110100101100001

     

    E a mesma expressão, sintetizada em um hexagrama:

     

    _  _  0
    ___  1
    ___  1
    _  _  0
    ___  1
    ___  1

    Damesma forma como a linguagem "pura" do computador nos é incompreensívele precisamos de sistemas operacionais (DOS, Windows, Linux...) quefaçam a tradução, bem como de "softwares" (aplicativos) para tarefasespecíficas, igualmente o entendimento direto de um hexagrama nosescapa e necessitamos de "traduções" desta linguagem primordial,servindo para tal, os textos de autores seculares e modernos, que nostrazem suas interpretações quanto às linhas, trigramas e hexagramas.

    Assimcomo o computador, tão somente variando entre zero e um, nos dá acessoa textos, imagens, sons, vídeos, cores, igualmente o I Ching,alternando entre yin e yang, resulta em combinações que evocam em cadaum de nós, situações típicas pelas quais todos passamos em algummomento, mais precisamente, 64 circunstâncias "universais", ARQUETÍPICAS, tão antigas e primordiais que fazem parte do INCONSCIENTE COLETIVO e, como tal, automaticamente evocam nossa empatia. 

    Cadahexagrama é um espelho no qual refletimos uma faceta de nós mesmos.Neste quesito, até o mais cético e racional dos indivíduos éperfeitamente capaz de compreender e aceitar. O que realmente causaadmiração a quem pratica e suspeição em quem nunca experienciou ofenômeno, é que o signo gerado ao "acaso" pelas variáveis do yin eyang, resulta em algo mais do que uma "tela" em que projetamos aspectosinconsciente de nosso psiquismo... Até mesmo um "observador externo" aoevento percebe evidentes coincidências entre a pergunta original e osímbolo resultante pelo método do I Ching. Não existe uma relaçãocausal, mas, subjetivamente, emocionalmente, é sentido que é ocorrecontinuadamente coincidências significativas, ou seja, SINCRONICIDADES entre o momento vivenciado pelo consulente e a interpretação clássica do hexagrama resultante.

     

    Nestetrabalho aqui apresentado, teceu-se várias metáforas relacionando osistema com "telas" onde o Cliente pinta a si mesmo; neste ponto datese, convém ampliarmos a analogia, considerando cada hexagrama comouma obra-prima retratada há milhares de anos, cuja interpretação já foiobjeto de dedicação de inúmeros especialistas no decorrer dos tempos. AMona Lisa, de Da Vinci, é coletivamente conhecida por seu sorrisoenigmático. Individualmente, pode ocorrer de alguém olhar ao quadro econsiderar a mulher retratada como estando, por exemplo, triste. Nestasituação hipotética, há grandes chances da pessoa estar PROJETANDO suatristeza como se fosse algo externo a si, defensivamente atribuindo suaemoção não compreendida para a tela. Claro que, em terapia, a situaçãodescrita, por si só, teria proporcionado um bom subsídio... 

    Já no contexto terapêutico em que se emprega o I Ching, o procedimento terá que ser complementado. Quando um profissional, um Terapeuta Holístico,se propõe a incluir esta técnica a disposição de seus Clientes, há deestudar as interpretações clássicas de cada hexagrama, pois,partindo-se do pressuposto da SINCRONICIDADE, ainda que sejafundamental tudo o que o consulente projetar de si sobre os símbolos,também será importante o arquétipo, quanto ao seu consensointerpretativo clássico, cabendo levantar a hipótese de o indivíduoenquadrar-se no contexto e estar resistindo inconscientemente emconstatar. 

    Aindano campo metafórico, algo como um espelho refletindo uma pessoa magra(dentro de parâmetros de interpretação padronizados pela sociedade..),que vê a si como estando acima do peso, pois, devido a educaçãorecebida, traumas, etc..., desenvolveu uma auto-imagem de inadequação.Caberia ao Terapeuta Holístico constatar a provável disparidade eincluir na pauta das sessões uma forma de auxiliar o Cliente em rever aimagem que fixou sobre si mesmo. Também no espelhamento frente a umhexagrama, o profissional deve observar se há discrepânciasignificativa entre a interpretação pessoal do consulente e a versãoclássica e se é caso de propor e proporcionar oportunidade dereavaliação de sua percepção do momento.

    O I Ching, quanto empregado no âmbito terapêutico, tem claro enfoque de que está sendo acessado o INCONSCIENTE,não apenas o coletivo, mas essencialmente o INDIVIDUAL, cabendo aoTerapeuta Holístico catalizar a interpretação do Cliente quanto aoshexagramas, inclusive, suprindo-o de informações quanto à visãoclássica de seus significados, mantendo-se atento a identificar oconteúdo psíquico que se apresentar refletido, para que possa, nomomento oportuno, reapresentar à pauta das sessões.


    Conclusões

    Boaparte da Clientela da Terapia Holística possui curiosidade e aceitaçãoquanto a técnicas que envolvam a Sincronicidade, como é o caso do I Ching, especialmentedestacado graças à simpatia pública de grandes pensadores, e, ainda quemilenar, mantendo-se em surpreendente atualidade quanto ao linguajarmatemático em que se estrutura, similar ao dos computadores, que estãocada vez mais inseridos no dia-a-dia de nossa vida moderna.

    Aampliação do autoconhecimento é premissa para toda Terapia, o que exigedos profissionais o conhecimento e aplicação de técnicas que propiciemacesso ao inconsciente de cada Cliente, trazendo à consciênciaconteúdos psíquicos para serem compreendidos e integrados. Os sistemas("mecanismos"...) de defesa criam a natural e esperada resistência aeste processo de aflorar do psiquismo, cabendo ao analista encontrarformas de contornar e abrandar esta reação contrária, elegendo qual atécnica adotar, para cada indivíduo e a cada momento. 

    Somando-seà milenar análise dos sonhos, às técnicas vivenciais de catarse, àserena e freudiana associação livre de idéias, dentre inúmeros outrosinstrumentos, este trabalho apresenta o uso do I Ching como mais umeficaz e lúdico sistema a ser aplicado nos consultórios.

    OPsicanalista Carl G. Jung o considerou um guia para o inconsciente. Jáesta dissertação, de forma bem-humorada quanto à sua analogia com osmodernos sistemas de informática, acrescenta que o I Ching é umverdadeiro "software" do Eu.

     

    Referências Bibliográficas

    "I Ching: o Livro das Mutações" - Richard Wilhelm - Editora Pensamento-Cultrix

    “Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" - Johnson F. Yan - Madras

    "I Ching - O Livro Do Yin E Do Yang" - Cyrille Javary -Editora Pensamento-Cultrix

    "O Tao Da Física: Um Paralelo Entre A Física Moderna E O Misticismo Oriental" - Fritjof Capra - Editora Pensamento-Cultrix

     

    Anexos e Apêndices

     

    Coincidência entre os estudos do DNA e do I Ching

    Quadro-resumo das semelhanças

    DNA I Ching
    O DNA encerra todos os processos vitais de todos os seres vivos, determinados por uma estrutura com formação precisa. O I Ching engloba todos os processos existenciais dos seres vivos, através de uma estrutura com formação precisa.
    A base do DNA é constituída pela polaridade da dupla hélice, sendo a manifestação fundamental da vida. A base do I Ching é constituída pela polaridade Yin-Yang, manifestação fundamental do princípio universal.
    Quatro moléculas compõem a hélice dupla do DNA: adenina, timina, citosina e guanina; elas se interligam aos pares. Quatro símbolos são utilizados para compor uma codificação: yang-repouso, yang-móvel, yin-repouso e yin-móvel; eles se interligam aos pares.
    Três destas moléculas formam uma palavra-código para a síntese da proteína. Três destes símbolos formam um trigrama, que é a imagem fundamental a formar os hexagramas.
    Cada palavra é constituída de três letras dentre quatro possíveis. Cada trigrama é constituída de três símbolos dentre quatro possíveis.
    A direção de leitura das palavras-código é estritamente determinada. A direção de leitura dos trigramas é estritamente determinada.
    Duas das tríades denominam-se "início" e "fim". Marcam o começo e o término de uma frase-código. Dois dos hexagramas denominam-se "Antes do Fim" e "Após o Fim". Marcam fim e início de uma situação vivencial.
    A programação da identidade genética é determinada por um código de 64 palavras. Os hexagramas são as identidades de interpretação e formam um conjunto de 64 condições.
    Uma ou diversas tríades programam a construção de cada um dos vinte aminoácidos; seqüências bem determinadas dessas tríades elaboram a forma e construção de todos os seres vivos, dento de um contexto evolutivo. Uma ou diversas tríades formam hexagramas que fornecem imagens vívidas e precisas de estados dinâmicos da vivência; seqüências bem determinadas dessas tríades determinam uma programação de destino, dentro de um contexto evolutivo.

    Fonte: http://www.mlopes.eng.br/iching/dna2.htm


     

    NTSV — TS 001-Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    1. SUMÁRIO


    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TS 001 - Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

     

    2. PREFÁCIO


      Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas= regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais;setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias= sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõeuma atitude voluntária dos profissionais a partir de umaconscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerápontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, taiscomo Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética,Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força deLei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião dafiliação espontânea de cada membro junto à entidadeauto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissõesregulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido atémesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, asentidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sançõesestatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quandomuito, excluir um membro do quadro social.
       As entidadesAuto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos àsociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aosserviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internasda organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado públicoatravés de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicase Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo semobrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencialmuito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei demercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada veztem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostracrescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total oudo total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos AnexosInformativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídiospara melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV,além de facilitar a co


    3. INTRODUÇÃO 

     

    ATerapia em Sincronicidade conta com uma vasta bibliografia e grandeaceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentesquanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípiosbásicos para as boas práticas profissionais que nortearão aauto-regulamentação da Terapia Holística.

     

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

     

    4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE — Boas Práticas

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

     

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

     

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 
    TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear. De posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.
    5.1.3 
    CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 
    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 
    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 
    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 
    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 
    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 
    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro TH, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 
    SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 
    JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 
    TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 
    ARQUÉTIPO: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.
    5.1.14 
    SÍMBOLO: é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Muitas vezes representado na forma de imagens ou sons, funciona como uma forma de linguagem do inconsciente, expressa nos sonhos, nas artes, nos exercícios de imaginação ativa, dentre outras situações. Pode ter um significado individual ou coletivo.
    5.1.15 
    TERAPIA EM SINCRONICIDADE: sistema que utiliza métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo ou organização, catalisando o cliente ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas) e na habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais, além de promover a harmonização de ambientes.
    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas


    TH — Terapeuta Holístico;
    TS — Terapia em Sincronicidade;
    THS — Terapeuta em Sincronicidade;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TS

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TS com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vinculação religiosa ou de credo ao trabalho.

    5.3.3.2.1 — Esclarecer que os símbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.) jamais determinam as características e acontecimentos sócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regerem sincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos de referência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos.
    5.3.3.2.2 — Tornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsões taxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposições com maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um período ou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões.
    5.3.3.2.3 — Fazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, que ao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração de letras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso de pedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-se com as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim, considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativos envolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    5.3.3.3 — O THS tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver sua intuição e pensamento não-linear, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de interferências estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.

    5.3.3.3.4 — O THS avalia o cliente e/ou do ambiente, interpretando os símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo, identificando quais as potencialidades e predisposições a serem adequadamente trabalhadas por aconselhamento e demais técnicas pertinentes.
    5.3.3.3.5 — O THS ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:

    5.3.3.3.5.1 — Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE — Sindicato dos Terapeutas.
    5.3.3.3.5.2 — Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
    .

    5.3.3.3.6 — Cabe ao THS a avaliação racional da análise sincronística obtida para detectar o efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.

    5.3.4 Produtos para TS — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio THS em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 29/09/2009 11:45


    Meditando - Cidade de Santos / SP

    MEDITANDO SANTOS

    2

    Meditando Santos







    MEDITANDO SANTOS



    Nelson Zuniga

    MODIFIC ADO 25/05/10

    MEDITANDO SANTOS

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    Consultor de Projeto Pessoal

    Profissão – Vida – Relacionamento

    Av. Pres. Wilson, 246 Cj. 320

    José Menino – Santos – SP – 11065-201

    (13) 3014-9467 – 9771- 0820 – WWW.zuniga.terapiaholistica.net



    Certificado e Credenciado

    SINTE – Sindicato Nacional dos Terapeutas

    Reconhecido pelo Ministério do Trabalho

    Nº 46.000.003.516/93 e Nº46.000.002.902/97

    Alameda Santos, 211 – Conj. 1403 – Cerqueira Cesar

    São Paulo – SP – 01419-000

    0800-117810 – WWW.sinte.com.br





    APRESENTAÇÃO

    Estamos num momento de incríveis transformações e sempre quando as mudanças verdadeiras aconteceram na história, estiveram acompanhadas de dois fenômenos – pressões suficientemente grandes e mudança de valores nos seres humanos.”

    Ken O´Donnell

    Início da apresentação do livro “Empresas e Pessoas” autor Nelson Zuniga - Editora Casa do EDITOR – São Paulo 2000.



    De todas as correntes meditativas a que mais fez sentido para mim foi a encontrada na organização internacional não governamental, sem fins lucrativos e com status consultivo no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas – UNICEF, com escolas em 75 países, durante os últimos 73 anos, oferecendo uma educação para a revalorização do ser humano – BRAHMA KUMARIS dirigida por Ken O´Donnell Coordenador da Organização Brahma Kumaris para América do Sul.



















    Minhas palavras ecoam como sementes em solo fértil...

     





    APRESENTAÇÃO



    Era primavera de 1951, uma brisa fria e suave banhava meu rosto, que espaventava meus cabelos compridos e brincava entre meus dedos, meus braços se abriam e se fechavam lentamente, como abraçando os álamos e os eucaliptos, que refletiam os raios de sol do amanhecer, meu avô comandava com voz suave e calma, as vezes ele se confundia com as árvores, parecia fazer parte delas. Eu tinha três anos quando aprendi esta rotina matinal.

    Após abraçar a natureza nos sentávamos comodamente na fria terra, num tapete multicolorido individual de crochê pela minha feito pela minha avó. Ele mandava fechar os olhos e nos concentrar no rio Maipo que descia turbulento da cordilheira dos Andes onde os salmões lutavam contra a correnteza para cumprir sua nobre missão... Depois nos pedia para focalizarmos no rio Mapocho que após ter recolhido o esgoto da cidade de Santiago e passado pelas areias e pedras vulcânicas de Peñaflor chegava purificado e manso a nossa terra... Entre os dois rios existia uma vertente de água ainda mais pura onde nossos corpos mental, emocional e espiritual se banhavam... É um momento mágico que sempre revivo por que me trás equilíbrio, serenidade, vitalidade e amor...

    Ele contava que esses exercícios começaram a ser feitos a mais de 6000 anos seja como culto a natureza, para perdoar ou para cultuar a qualidade de vida de cada um, até encontrar Deus, assim ganhou inúmeros nomes e tendências sem perder a simplicidade da comunicação externa e interna.

    Esta meditação pode ser associada às sabedorias hinduístas, budistas, cristã, judaica, xamânicas com todos seus valores e virtudes. Elas coincidem na simplicidade, nos compassos da natureza e na captação de energia cósmica.

    Nelson Zuniga











    EPIGRAFE



    Meditando Santos é um reconhecimento aos valores e virtudes que esta cidade brinda todos os dias, aos que nela nos acalentamos.

    Nos momentos atuais em que dominar a emoção se torna uma luta diária, observe, medite, vibre sentimentos de paz e prosperidade para que o universo ecoe em seus cinco corpos da mesma maneira.

    Vista da janela do Espaço Holístico do Nelson Zuniga

    Escrever e fotografar estes momentos de inspiração se iniciaram com uma caminhada pela orla, às árvores Chapéu de Sol resplandeciam as cores cálidas do outono contrastando com as de verde pastel que ainda se agarravam ao verão e o por de sol brincava de desenhar na água sua mensagem. No céu o algodão doce da alma interpretava a despedida e o mar num ritmo aconchegante convidava a areia para namorar.





    Já viu, ouviu e sentiu a beleza da ilha Urubuqueçaba?

    A ilha Urubuqueçaba flutuava entre mosaicos e serpentinas douradas do sol, que entornava o cálice do entardecer, as aves garis da praia se agrupavam para o descanso e os insetos noturnos da ilha cantavam timidamente para a lua que nascia poderosa na ponta da praia.

    De repente o ruído do trânsito da avenida e o vociferar da ciclovia denunciavam as emoções que atuavam atrás de cada volante, provavelmente só alguns afortunados perceberam o presente da natureza e se desvencilharam mesmo que por um instante das responsabilidades e objetivos rotineiros.

    O mar começava a se fundir com o céu, entanto as estrelas espiavam timidamente minha observação.



    Então concluí que se uma porcentagem maior de essas pessoas decidirem, pelo livre arbítrio, encontrar esses momentos de paz, beleza e sabedoria, equilibraria o pensamento, sentimentos e atitudes, contribuindo para ser uma cidade melhor do que já é. Foi com este sentimento que comecei a teclar Meditando Santos.



    As aves garis cumpriam sua nobre missão



    Desejo transmitir imagens que enriqueçam os sentidos, para que cada um desenhe a própria biografia, escolha seu próprio lugar para meditar, com a certeza que é uma experiência única, onde cada um pode melhora-lha e agregar-lhe valor.

    Também desejo falar de projetos de desenvolvimento comuns ao homem e a mulher, do ponto de vista do ser humano que busca respostas para vida, profissão e relacionamentos.

    A prática da meditação da luz e vida ao intelecto, fertiliza com a água da sabedoria o discernimento, fazendo florescer a beleza e a verdade suprema.















    DEDICATÓRIA





    À cidade de Santos

    Pequeno ponto na terra

    Um grande Oasis para o coração.



    Nelson Zuniga











    Editoras:





    SINTE contato@sinte.com.br– 0800-117810 – (11) 3171-1913









    EDITORA:

    Rua,

    CEP

    Telefone:

    Copyright:

    Editor: SINTE

    Revisão: SINTE

    Editoração: SINTE

    Impressão: SINTE

    Catalogação: 1 Meditação. 2 Sabedoria. Auto-ajuda.

    Autor: Nelson Zuniga

    Capa:

    Fotos: Nelson Zuniga (Kodak Easy Share CX 7300 3.2 mega pixels)











    SUMARIO





    RESUMO Pg. 11



    MATERIAL METODOLOGIA Pg. 26



    RESULTADO Pg. 52



    AGORA VOÇÊ Pg. 57



    TRÊS EXPERIÊNCIAS Pg. 65



    CONCLUSÕES Pg. 72



    BIBLIOGRAFIA Pg. 75



















    RESUMO

    Desenvolver a observação e meditar no meio do caos e do estresse tornou-se uma necessidade na vida atual, as pressões são muitas, contas para pagar, ausência de silêncio, responsabilidades com a carreira, relacionamentos, qualidade de vida.

    Neste desafio proponho adquirir primeiramente a observação, e abrir os caminhos para meditação de uma forma tranqüila, descontraída, simples más com a responsabilidade de se conhecer e se amar.

    Meditando Santos é um reconhecimento aos valores e virtudes que esta cidade brinda todos os dias, aos que nela nos acalentamos e aos que vem procurar um cálice de paz e harmonia neste Oasis.



    Se o alvorecer é uma criança, o dia um adulto, eu já sou o crepúsculo?

    Aprender a se concentrar e meditar é um fluxo de crescimento, um estado de ser sem associações emocionais. Segundo os dicionários, meditar é o processo de pensar sobre ou a respeito de algo. Então isto apenas é um pensamento focalizado para o entendimento, programação ou planejamento, sendo assim e uma concentração do que desejo, como, onde, quando, para quê, custos e resultados.

    Meditação é uma virtude que o ser humano tem a disposição de graça é um estado de espírito, de ser, onde se vive com perguntas e não com respostas deixando de ser uma atividade lógica para transformar-se numa virtude natural além dos cinco sentidos.

    Meditar e um estilo de vida que pode ser vivenciado até no meio do caos dos grandes centros urbanos, Santos facilita este desenvolvimento pelos contrastes geográficos, porte e constante crescimento, preparando-se para as gerações atuais e futuras, desenvolvendo infra-estrutura viária, ferroviária, aérea, fluvial, imobiliária, educacional, hospitalar devido ao crescimento normal e ao início da exploração das jazidas marinas de petróleo e gás.



    Se o passado ficou para trás e o futuro não me pertence, o que faço com o presente?



    Fico preocupado com a infra-estrutura do desenvolvimento humano da nossa cidade, para não repetir erros biográficos de municípios que em seu crescimento deixaram proliferar as ervas daninha do crime e a explosão demográfica desenfreada agredindo a natureza local.

    A cidade de Santos tem uma egrégora saudável de virtudes e valores principalmente no jardim litorâneo.

    Faço uma metáfora comparando Santos ao um Ser Humano que consta com cinco corpos em um só.

    O corpo físico da cidade estruturado com os quatro elementos e fronteiriça de cidades amigas. Corpo que lida com alimentação, digestão, interação, tempo e espaço, elo de comunicação atlântica e continental.

    O corpo mental do município do qual todos os cidadãos que aqui moramos fazemos parte, representados por uma equipe pensante e atuante administrando passado e presente, para desenvolver o futuro.

    O corpo emocional da cidade e o centro de todos os corpos, vulnerável a credos, dogmas, políticas, uma fonte de inteligência com vida própria que em breve triplicará sua população e conseqüentemente, os anseios de uma população que pensa, sente e realiza.



    A solidão não necessariamente e dolorida, ela pode ser integradora...



    As grandes cidades não devem ser medidas pelo tamanho, e sim pelo equilíbrio emocional de seus cidadãos, berço de pessoas ilustres que influenciam indivíduos, classe e sociedade.

    O corpo espiritual da cidade desejando encontrar um sentido filosófico no momento de miscigenação de virtudes e valores.

    Por último, o corpo de energia santista inerente a individualidade desta maravilhosa e única cidade e inerente a cada um dos seus componentes. Este já e um passo para nos preparar para essa nova etapa, encontrando equilíbrio emocional através da observação e da meditação.



    Quanto mais aumenta a luz, mais aumenta a escuridão.



    No início da minha carreira como terapeuta holístico, meditava muito para entender a dificuldade que muitos seres humanos têm em provocarem mudanças necessárias para melhorar a própria vida.

    Quando as mudanças ocorrem, elas são provocadas por perdas materiais, de relacionamento ou de saúde, essa observação me levou ao cenário das emoções e como atores de um grande palco algumas pessoas assumem um único personagem do qual se orgulham sem se colocar por um instante no lugar da platéia, isso e egoísmo, o que fez que concluir que, mudança e sinônimo de dor por opção.

    Já os mais flexíveis e que desempenham múltiplos personagens sem serem mascarados tem um acesso maior a felicidade. Mesmo sendo cansativo interpretar vários papeis, vemos alguns bem sucedidos como o pai ou mãe que desempenham sua função profissional, se socializam, brincam com filhos e amigos, fazem trabalhos comunitários, cozinham, concertam, amam, arregaçam as mangas, são discípulos e mestres, estes poucos personagens em uma só pessoa tem a virtude de interpretar a vida, e certamente estão mais perto da paz, catalisar estas atitudes exige constantemente momentos de observação e meditação.

    Como toda ação se precisa de uma dose de sacrifício para que a meditação ilumine mais de uma interpretação e de início a compor outras melodias, é necessário provocar alterações no roteiro e ter a humildade de compartilhar conhecimento com os outros, até reunir conhecimentos suficientes para continuar desenvolvendo.

    A necessidade da mudança faz desenvolver qualidades humanas tidas por alguns apenas como símbolos inalcançáveis, e quando esta ocorre fica maravilhado com seu desempenho e qualidade adquirida.



    Neste palco todos somos atores, quem ou que, você representa?

    Somar qualidades ao longo da vida e como colecionar máscaras que usamos de acordo com a situação. Estas mascaras são facilmente decifradas quando somos alfabetizados na leitura corporal e facial o que nos leva a perguntarmos constantemente, que papel estou representando na minha profissão, relacionamentos e para meu espelho?

    E bom meditar e crescer, é bom também quando sem exageros e convencimentos nos sentimos diferentes dos outros e desejamos aproveitar essa diferencia em prol de um objetivo maior.

    O desafio é desmistificar a meditação e contribuir para que cada um identifique um objetivo na vida num curto espaço de tempo na milenar busca do perfeito relacionamento, sucesso profissional e a sensação de liberdade.

    Quando o raciocínio nos mostra a fragilidade dos nossos sonhos, surgem às alternativas de continuar sofrendo ou lutar por uma esperança.

    Quem medita é tido como um ser diferente considerado estranho, esquisito que na maioria das vezes enxerga além do óbvio. Meditar pode ser um dos tantos caminhos que trás crescimento, aprendizado mesmo não conseguindo nas primeiras tentativas.



    Será que preferimos imitar que libertar a criatividade na meditação?



    Tomar a direção desejada na vida requer ousadia, criatividade para corrigir erros e não repeti-los, segurar o leme com as mãos do coração.

    Se aventurar no mar da vida significa deixar um estaleiro confortável, isso pode significar uma perda, ou a possibilidade que depois da travessia descobrir um lugar melhor. Se não tentar nunca saberemos a resposta.

    E um momento na vida que as perdas trazem ensinamentos ao ponto de lidar com a própria segurança e ter coragem quando desafiado pelo universo a fazer uso do livre arbítrio, todos nós, sem exceção, temos defeitos e virtudes a serem recriados ou melhorados, independente da personalidade ou jeito de ser.

    Meditar não é sinônimo de solidão e sim a associação devida ao desenvolvimento da luz interior, o que nos deixa introvertido, esta postura incondicional provoca a sensação de bem estar inclusive nas pessoas com quem dialogamos.

    Meditar é provocar uma transformação no sentido da vida em constante mutação. Segundo a antroposofia estas alterações ocorrem a cada sete anos que quando compreendidas levam a sabedoria.



    Porque se a terra é tão pequena a distância entre as pessoas e tão grande?



    Com certeza você percebeu que algumas pessoas e cidades conseguem as coisas sem esforço aparente, pois é, isso e um processo de postura perante a vida, assim como quem gosta da profissão e a exerce com carinho nunca trabalha, ganha, se divertindo deixa fluir as tarefas e encara os problemas como desafio.

    Não se trata de bairrismo e sim de aceitar a alma da cidade composta por todos nós, caiçaras, santistas, migrantes e emigrantes.

    Porque indivíduos e cidades conseguem prosperar? Na minha observação; estas pessoas sabem brincar com o pensamento, sentimentos e atitudes, o seja: Se estão planejando ou resolvendo processos pessoais ou profissionais em primeiro lugar está o pensamento. Se estiver fazendo amor com a pessoa amada o pensamento, cede espaço ao sentimento, por último, numa emergência a atitude instintiva se equilibra as duas anteriores.



    Você já fez um luau na praia?

    Para desenvolver a meditação é conveniente administrar três verbos pensar, sentir e agir de acordo a cada situação tornando-nos mais perceptivos e assertivos.

    Como já disse, meditar não é pensar, raciocinar, conduzir cultural ou educacionalmente. A meditação é uma atitude não pensadora do ser humano independente de inicio, meio ou fim, e, apenas entra em contato com a sabedoria universal.

    Os mais ansiosos e impacientes me perguntam se ervas, cactos, cipós etc. ajudam entrar no processo de meditação. Eu respondo com outra pergunta, “você aceita fazer hipnose em estado alfa?”. Quando aceita a resposta vem da própria pessoa que consegue respostas internas sem necessidade de alucinógenos.

    Pular etapas de aprendizado sempre tem um custo material ou emocional, e como entrar num jogo sem a devida preparação.

    A meditação e um ritmo harmônico transitando pelas dimensões sutis, por isso que tentar formatar a meditação e transformá-la em planejamento a torna um critério lógico, isso não e meditação, neste caso e apenas uma concentração para relaxamento dos corpos mental e físico.



    Meditar desenvolve em você a sabedoria e a serenidade?

    A concentração como método escolar, profissional ou para a vida diária e uma necessidade, inclusive para estar escrevendo este livro, porem não estou meditando, a concentração me ajuda a planejar etapas para atingir os seus pensamentos, para que a meditação faça sentido na sua vida.

    Vivemos num caos relativamente organizado, porém altamente estressante isso nos leva a criar mecanismos de defesa que chamamos de concentração, relaxamento ou meditação, já é um bom começo para entrar num universo tão poderoso que melhora a qualidade de vida.

    Vejo por meu filho, como ele desenvolve a concentração para alcançar seus objetivos, curtir as próprias experiências ou as emprestadas da TV, internet, filmes, livros, academia e faculdade, com isso ele desenvolve a concentração em determinado tema para enriquecer o corpo mental, físico e emocional.

    Neste passeio pelos cinco corpos que vão do intangível até o físico, ele se projeta em cada um trazendo ricos aprendizados para o presente e o futuro. São as aventuras e as experiências da mente e da identidade, passo importante para a meditação e para entrar em contato com a própria alma.



    Você sabe decidir misturando pensamento, sentimento e atitudes?

    Quando falo em meditar sobre o corpo sutil, identidade e/ou espírito não estou falando de religião e sim de transitar através das dimensões como um livre pensador, respeitando minha formação religiosa e a dos demais.

    Meditar é portanto, um verbo que devemos evitar associá-lo a método, planejamento e concentração. Simplesmente é uma descoberta única de cada indivíduo, que quando retorna desse êxtase, trás uma rica bagagem sensorial, o verdadeiro reconhecimento do eu na sua transcendência.

    Na vivência da meditação, devemos deixar fluir o corpo energético deixando o espírito bandeirante facilitar o avanço, nesse momento lutamos com o lado instintivo voltado para o verbo ter.

    Valorizamos um xamã, yoge ou monges porque temos a certeza que podemos aliar a sabedoria deles, aos tempos atuais na profissão, vida e relacionamentos.

    Neste impasse modernista o desafio é unir três verbos básicos do ser humano, o “Ter” voltado para as necessidades do corpo físico e mental, o “Ser” para aquietar o corpo da identidade e/ou espiritual e como resultado o equilíbrio do “Estar” do corpo energético, para encontrar o estado de êxtase do corpo emocional.



    Você observou as mudanças da árvore Chapéu de Sol nas quatro estações?

    Meditar é um estilo de vida que vivencia inicialmente estes três verbos, esta virtude começa a fechar portas do passado e abrir as portas do presente desconhecendo fronteiras.

    Trata-se de descobrir a existência de que o relógio do coração e tão ou mais importante que o relógio digital, onde se superam frustrações adquiridas da profissão, vida ou relacionamento. O estado de espírito e/ou identidade da meditação propicia o encontro dos ritmos dos corpos numa espiral que une duas dimensões.

    A beleza terrena de um nascer ou por de sol, desabrochar de uma semente, a mágica da gestação de uma borboleta, a gravidez de uma mãe e o nascimento de uma criança, fazem parte das vivências tanto quanto a morte, tudo é uma grande orquestra, um grande cenário onde aprendemos a dança da vida, e sendo participes dessas dimensões, entramos no salão da felicidade.

    As crianças têm muitos dons, alguns que admiro é a curiosidade, a procura, as perguntas, a ousadia e a contemplação. Algumas pessoas inibem ou ridicularizam castrando estas virtudes pelo medo o a ridicularização, estas atitudes ficam escondidas, mas, latentes no adulto, concertar estas pequenas grandes feridas e primordial, porque elas afetam a concentração e a meditação.



    O nascer e o por do sol, são ritmos como as quatro estações, semanas, meses, anos, qual e seu ritmo.

    A velocidade atual da vida vem causando muito estresse, cansaço e tensões que provocam crises emocionais, com efeito, em todos os corpos, energético, espiritual, emocional, mental e físico, por isso antes de uma sadia concentração deve-se acalmar os corpos com a meditação.

    O processo de meditação e uma arte, e como tal e aconselhável aprender a misturar as cores e os sons energéticos, refinar experiências e a sensibilidade, assim adquirimos poderes mágicos que transformam a escultura emocional.

    Estas experiências trazem uma sensação de poder sofisticado, acalmando as perturbadoras energias diárias geradas por uma parte das pessoas classe ou sociedade.

    Alguns meios de comunicação para prender a atenção apelam para a anti-concentração e anti-meditação, usando sutis métodos diretos e apelativos e/ou neurolinguísticos. Em compensação outros além de informar contribuem para enriquecer as virtudes e valores do ser humano. Desejo esclarecer que este comentário não e uma fuga, toda informação e necessária, somente devemos aprender a filtrar o que é bom para nós.

    Independente das necessidades individuais todo ser humano tem a obrigatoriedade de observar os próprios pensamentos, como eles nascem e se desenvolvem, conteúdo básico para ter uma boa qualidade de vida, uma profissão e um bom relacionamento.



    Você caminhou em silencio do Emissário até a Ponta da Praia e viceversa?

    Estas virtudes podem ser alcançadas individualmente, apenas precisa de tempo e dedicação deixando por alguns minutos a TV, Note Book, Celular, Ipod e etc.. Apenas sentem-se tranquilamente, independentemente de postura xamânica, oriental ou ocidental mantendo ereta a coluna cervical, dorsal e lombar, para que as energias dos cinco corpos fluam se harmonizando. O fato de cruzar as pernas e os dedos das mãos além de propiciar a interação energética com o universo tem a simbologia da proteção, já que durante a meditação abrimos as portas dos centros de energia (ou chakras) ficando propensos a energias intrusas.

    Tenha ou adote seu espaço na sua casa, apartamento, praça, jardim da orla ou na areia, aprenda a ficar a sós na multidão, observe a quietude dos movimentos, dissipe a profusão de pensamentos, experimente a leveza do ser, separando-se suavemente da necessidade do ter, abrindo caminho para a serenidade do estar.

    Esta simples técnica requer persistência, perseverança, paciência, disciplina e autocontrole. Ser um auto-observador e aquilatar paulatinamente os lampejos de sabedoria que apareceram.

    O equilíbrio do ser e do ter trará benefícios nas atividades diárias, transformando residência em lar, trabalho em virtude e o desequilíbrio físico em qualidade de vida.

    Começamos a meditar quando percebemos que o corpo mental se desequilibra, perdemos a sensibilidade e diminuímos o sorriso.



    Qual e sua prancha para surfar na vida?

    Meditar quando observamos tudo com uma finalidade, assim como a musculação e para aprimorar o corpo físico, a concentração e para resolver conflitos, a meditação e para fortalecer o corpo da identidade e/ou espiritual.

    Percebemos que aquilo que muitos acham tolo, esconde valores incalculáveis assim como extasiar-se perante uma flor, no suave planar de um urubu ou no travesso voar de um beija flor.

    Perdemos a inocência indígena, a flexibilidade da natureza é a sabedoria de um nascer e por de sol, extasiarmos perante uma obra de arte. Ainda temos tempo de recuperar estas virtudes que nos torna realmente seres humanos.



    Você perceve que seu futuro e a soma do passado mais o presente?



    Recuperar a criatividade e a espontaneidade perdida no processo mecanicista, virtual e atacadista que inibe e condiciona as percepções e nosso desafio.

    Apesar que a beleza da ação e da flexibilidade foi relevada a alguns esportes olímpicos onde simplesmente assistimos, podemos sem ser atletas, leves e flexíveis, lembrando que a vida é uma pista, um palco, onde todos temos direito a um podium, onde também temos deveres para alcançar nossas próprias conquistas, participar da vida onde tudo é ritmo, e como atores desse grande picadeiro, nos direciona para aprender a meditar em todas as circunstancias.

    MATERIAL E METODOLOGIA

    Portanto meditar no caos ou na tranqüilidade é uma questão de adaptação, o importante é vislumbrar que temos saída para ansiedade e a impaciência atual.

    E comum aparecerem neste momento emoções adormecidas como, ressentimento, ciúme, raiva culpa, angustia, auto-rigidez moral, impaciência, ansiedade, apego a momentos passados que não deixam viver o presente, sobrecarga de responsabilidades, baixa auto-estima, egoísmo, medos, tortura mental como as mais comuns.



    Percebeu que o terço é a forma cristã de meditar?

    Quando o ser observador emerge e se mantém constante, o sono e a vigília se tornam agradáveis. As pessoas próximas muitas vezes pensam que estamos lentos, mas nessa lentidão nossa percepção trabalha em sincronicidade com os cinco corpos, melhorando o desempenho profissional, harmonizando as interações individuais e sociais. E comum escutar, “como você consegue fazer tantas coisas num dia só?”

    A modernidade tem muitos valores, neste caso apenas inibiu as percepções que os bons caçadores e pescadores têm naturalmente, atenção, percepção, observação e sensibilidade.

    Neste estado de observação entre sono e vigília encontramos uma sensação de felicidade, é a ternura do coração aflorando e fluindo através do corpo mental.

    O processo de meditação é assim, antes dele a praia, a orla derramavam uma palheta de cores, depois da descoberta o espiral perceptivo se torna uma virtude constante.

    Como podemos observar uma vez incorporado o estado meditativo de maneira constante começam a surgir insights, visões aliadas a própria criatividade, trazendo muitas vezes insegurança por perceber coisas que antes duvidava e agora se tornam naturais.



    Já meditou na pedra da feiticeira na vizinha praia de itararé em São Vicente?

    Freud e Jung cogitaram que: “toda experiência e conhecimento da humanidade fazem parte da consciência individual” meditando essas experiências que aparecem de diferentes formas, como lampejos simbólicos ou arquetípicos do passado, no presente ou do futuro.

    Para que serve meditar? muitos se perguntam e aos poucos vão percebendo que resolver problemas se torna mais fácil porque desenvolve a intuição e a leitura energética, deixando preparado para enfrentar qualquer tipo de situação.

    Este orgasmo energético que nada tem a ver com a sensualidade, é uma experiência única, iluminando, abrindo caminhos, libertando novos pensamentos, sentimentos e atitudes, o seja adquirimos novos poderes.

    MEDITANDO OS CINCO CORPOS

    Acomode-se num lugar escolhido por você com a coluna vertical a terra. Determine que os ruídos externos não interfiram na sua tranqüilidade. Deixe a meditação seguir seu fluxo natural como a água que desce de uma vertente. Olhe sem ver. Aos poucos a profusão de pensamentos diminui, preparando-o para a jornada meditativa.

    MEDITANDO COM O CORPO ENERGÉTICO

    Concentro-me no corpo de energia que eu sou. Um ser divino. Filho da luz eterna que ilumina todas as vestes que adquiri na jornada do ego. Volto a ser um ser de luz para iluminar minha jornada e a dos outros seres que encontrar no meu caminho.

    MEDITANDO COM O CORPO ESPIRITUAL

    Concentro-me no corpo espiritual. Identidade da alma do aprendizado. Identidade do nascimento como pedra. Identidade do nascimento como planta. Identidade do nascimento como animal. Identidade de todos meus nascimentos como ser humano.

    MEDITANDO COM O CORPO EMOCIONAL

    Concentro-me no corpo emocional. Centro dos cinco corpos. Aqui aparecem todas as minhas máscaras. Vou destruindo uma a uma, não sim antes ter interpretado e aprendido com suas mensagens.

    MEDITANDO COM O CORPO MENTAL

    Dirijo minha atenção a minha cabeça, receptáculo de todos os meus pensamentos, sentimentos e atitudes. Concentro-me na minha testa e na minha energia racional. Transmuto meus pensamentos densos em luz. Sinto a liberdade pacífica e a pureza do meu ser. Estes pensamentos fazem aflorar as lembranças de quem realmente eu sou e qual é a fonte da minha criação.

    MEDITANDO COM O CORPO FÍSICO

    Concentro-me nos meus olhos, ouvidos, nariz e boca. Reconheço-me como um ser crítico e da paz. Através dos sentidos encontro minha qualidade de vida.

    Concentro-me no meu pescoço. Elo do universo dos pensamentos, das percepções com o mundo das ações e da comunicação.

    Meu coração diminui o ritmo para que uma experiência de tranqüilidade faça contato com as qualidades mais elevadas do meu ser.

    Meu estômago usina do corpo físico me pede leveza para sustentar o ser. Que se manifesta puro. Radiante. Pleno. Superando todas as energias conflitantes.

    O umbigo, ligação com todos meus ancestrais, mostra-me a experiências de todos os lares que recebi. Posso visitar-lhos, levar a minha paz e o silêncio luminoso e purificador e trazer amor, proteção e paz.

    Concentro-me no meu púbis, símbolo da continuidade e também dos instintos. Agora calmo e em harmonia, estou em paz com a energia eterna que realmente eu sou...



    Você enxerga os símbolos que a natureza nos brinda?

    Meditar não é fazer voto de castidade, a sensualidade é fazer amor com quem se ama deve ser uma constante troca de fantasias, carinho e diálogo, especialmente quando se conjugam os cinco corpos do casal.

    O que deve ser evitado é a sensualidade ligada ao ego e a lascívia, recipientes de ousadia que cegam e trocam uma tranqüilidade e felicidade constante, por um momento de paixão.

    A energia que irradiamos, a capacidade de ver e enxergar o mundo, a sensação de felicidade nos faz sentirmos importantes e poderosos nos diferenciando num grupo de pessoas ou numa equipe.

    Meditar como podemos observar é extremamente difícil, mas também extremamente fácil se mantermos humildes e flexíveis.

    Temos hoje um amplo leque de opões místicas, com soluções fáceis que logo desmotivam os seus seguidores.



    Já sentiu o êxtase e a felicidade de meditar no nascer e no por de sol?

    Não importa qual é a sua opção, o que você merece ter, e que, a ética, virtudes e valores pregados sejam praticados por todos os componentes dessas entidades.

    Não é necessário esperar a senilidade para se tornar Sábio, isto acontece naturalmente com algumas pessoas, diz a sabedoria milenar: ”quando se enturva a visão se começa a enxergar com a alma”.

    Se acalmar o corpo físico, mental e emocional estamos aptos para entrar numa vivência autobiográfica, espiritual e/ou energética. Estas experiências são relatadas em todos os livros sagrados que buscam a iluminação.

    Ao nos desfazer dos algozes físicos, mentais, emocionais, estamos livres para conectarmos com o universo.

    Comece a observar a mar, areia, céu, rochedos, ilhas, jardins, morros, olhe sem ver, sinta sem tocar, escute sem ouvir e aos poucos se sentirá ritmicamente integrado nessa paisagem escutando o maravilhoso silêncio de seu corpo espiritual.

    Cuidado. Quando começar a encontrar a luz da sabedoria dentro de você, mais escuridão e ignorância o acometeram.

    O ritmo existencial se torna tão obvio que se no nos contatamos com pessoas sintonizadas nessas vibrações se corre o sério perigo de ficar só.






    Que buscas no horizonte que não está dentro de ti?

    Estou fazendo terrorismo, lembrando a forma coercitiva com que algumas gerações fomos punidas. A minha experiência pessoal e profissional mostra que quando ensino tudo o que sei, sou obrigado a aprender mais. E quando aumenta a escuridão, nosso coração tem um lampião abrindo caminho na densidade. O perigo de ficar só se esvanece, porque se e convidado para palestras, cursos, escrever artigos que geram conhecidos e amigos em progressão geométrica, e a família se orgulha de ser partícipe dessa sabedoria.

    A meditação permeia os cinco corpos, cabendo um quinto ao corpo mental que deixa espaço para os outros e assim sucessivamente, esse processo transforma toda a perspectiva das percepções, facilitando a transformação de cada um.



    Um quadro vivo em constante mudança de autor conhecido...



    Agora esse 20% de atividade mental da passagem a desintoxicação emocional, ambas embriagadas pelo cálice obsessivo da atividade física e mental.

    A mudança num ser que encontrou a meditação mexe com a atividade postural devido a que a expressão interna reflete no comportamento espontâneo.

    A meditação como qualidade de vida trás organização em todas as atividades humanas impulsionando-o e motivando-o, vivenciando várias vidas em um instante.

    Ao entrar em contato com o campo áurico temos que repor o colorido anímico da alma.

    Como um prisma que recebe luz pura e desdobra a riqueza cromática em todas as criações existentes na terra, e maravilhar-se com a florada colorida da primavera, o arco Iris no arrebentamento das ondas, ou nos diamantes do orvalho matinal.



    Viver em harmonia, relaxar, sonhar, liberar a criatividade, recuperar o sorriso da criança interior, compreender a razão da existência e a simplicidade de ser. Escrever a autobiografia mostrara a importância simbólica de cada evento, descobrindo o significado sagrado da vida.



    O paradoxo é que para entrar na meditação temos que acalmar a mente, momento em que desenvolvemos a inteligência porque nos conectamos energeticamente com todo o universo. A mente tem um papel preponderante no processo de aprendizado e desenvolvimento do individuo questionando carma, darma, ancestralidade e o livre arbítrio que possuímos.



    O processo de aprendizado e de instrução tradicional oferece conceitos de maneira racional, que é como montar um quebra cabeças, mas, quando faltam peças se entra em colapso ou se abre espaço ao processo criativo. Já o processo de aprendizado vivencial ou auto-didático funciona como se fosse um mosaico, mesmo faltando peças, se produz uma organização natural e criativa, como na natureza, este processo de experimentação, faz reviver a criança descobridora adormecida em nós. Se unir os dois processos atingimos um maior desenvolvimento.

    Este procedimento nos ajudará a minimizar as condições adversas, levantar âncoras para navegar livres pelo oceano da meditação.

    Esta proposta tenta desmistificar a concentração e a meditação, mostrando que tudo começa com a respiração.

    Tomando como base as pesquisas do terapeuta americano Leonard Orr, criador do Rebirthing (Renascimento) em suas palestras e vídeos didáticos, adaptei eles para nossa realidade:

    Quando inspiramos e expiramos com a língua entre os dentes, ritmicamente pelas narinas e colocamos a cada 7 uma respiração profunda, estamos aliviando ressentimento, raiva, culpa”.



    Você faria a travessia com Cristóvão Colombo ou Pedro Álvares Cabral?

    Quando inspiramos e expiramos normal e ritmicamente pelas narinas e colocamos a cada 14 uma respiração profunda, estamos equilibrando a consciência e a observação”.

    Quando inspiramos e expiramos silenciosa e ritmicamente pelas narinas e colocamos a cada 21 uma respiração profunda, estamos entrando num processo de meditação”.

    Crises ou desafios que interferem na concentração e na meditação

    E comum nas palestras pessoas manifestarem que tem dificuldade para se concentrar e meditar.

    Trazendo a experiência de consultório, da Hipnose, Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, além das pesquisas nos livros de Bernard Lievegoed, na publicação em 1948 “Desvendando o Crescimento” e posteriormente em 1976 “Fases da Vida”.

    Este autor pesquisou as crises e o desenvolvimento da individualidade e como estas situações interferem a partir dos vinte e um anos da vida.



    Você meditou até enxergar seu colorido anímico?



    Ao compreender, aceitar ou transmutar, experiências adquiridas desde a gestação até os vinte e um anos, abrimos caminhos para muitos aprendizados, assim aprendemos a restaurar e administrar as crises energéticas que aparecem naturalmente ao longo da vida.

    Desafio da adoção do veículo físico:

    O corpo espiritual e/ou identidade tomou a decisão de pilotar o veículo físico, assumir esse comando significa deixar o conforto intangível, preparando-se para entrar no universo das ações, momento que acontece com o primeiro respirar, onde se fundem identidade, espírito e matéria. Dependendo da tendência filosófica para alguns será o DNA, para outros pagamento e aprendizado da energia e do espírito, carma ou darma.

    Desafio da gestação:

    Este momento tem uma relevância energética no ser humano devido a que em muitos os casos não compreendemos durante o crescimento e o desenvolvimento o sentimento da rejeição. Provavelmente originado no momento de nossa mãe e pai receber a noticia da gestação, prefiro esta palavra por ter uma conotação mais positiva que gravidez.

    E muito importante se perguntar numa auto-regressão: Qual foi a primeira emoção da minha mãe? Pai? Parentes? Amigos? E muito provável que a memória energética tenha registrado essas emoções e estejam influenciando os momentos atuais. O primeiro passo e agradecer porque graças a dois impulsos estamos aqui, o segundo, se ouve alguma reação negativa perdoe e o terceiro é reconhecer que nós somos artífices do próprio destino e temos a oportunidade de melhorá-lo.

    Desafio do nascimento:

    Do ponto de vista holístico deve-se procurar que o parto seja o mais normal possível. No fluxo da vida, o parto estará simbolizando os constantes processos de mudanças, que deverão ser conduzidos com segurança, flexibilidade e amor.

    A troca energética de carinho no aleitamento e no desmame fortalece a confiança, auto-estima, procura e desafios. “Esta confiança será revista no momento de colocar a coluna ereta, capacidade exclusivamente humana e que da inicio a fala”.

    Em termos energéticos abrimos as janelas para o mundo físico, do pensamento com alguns toques de emoção, o momento certo para aprender a respirar equilibradamente.

    Uma pequena crise acontece ao redor dos três anos quando a criança troca “o nenê não quer” pelo “Eu não quero” atitude que para muitos adultos, e desafiadora, ou mal-criada. Quando inibida afeta no futuro, o equilíbrio do pensar, sentir e agir.

    Um momento rico e agradável lembrado por alguns clientes quando criança é o de ficar só, curtindo as próprias fantasias. Momento único que deve ser compreendido e respeitado, o descobrir do espaço individual cria auto-respeito, auto-estima e auto-aprendizado, estas pessoas criaram condições favoráveis para a meditação.



    Você vê no fundo a silueta da terra grávida?



    Não posso deixar de falar dos medos adquiridos na fase do aprendizado e que inevitavelmente aparecerá quanto adulto, disfarçada de insegurança, ansiedade, dependência, entre os mais comuns.

    Estes medos vão desde as estórias, até os temores convenientes para os adultos para controlar, manipular ou chantagear emocionalmente.

    Os medos da dor, morte, pobreza, solidão, abandono, medos de arriscar, errar, de ser enganado, medo de hospital, dentista, injeção, medos de cobrança ou até medo de rir para depois não chorar.

    Este conjunto de emoções fica guardado na memória, aparecendo como símbolos esmaecidos em momentos importantes na vida, profissão ou relacionamentos, desencadeando energias poderosas que interferem na busca da serenidade.

    O medo também ativa os mecanismos de defesa para a luta ou para a fuga, perdendo o controle do medo aparece a raiva, herança do instinto animal.

    Podemos meditar se alguma célula guarda medo, raiva, sapos engolidos? Desde a mais tenra idade acumulamos essas e muitas outras emoções, saber lidar com cada uma dela e a arte de se lapidar.

    Existem muitos tipos de medos que com Florais de Bach são tratados com ótimos resultados. Medos Reais (Mimulus), o medo em seu estilo mais puro (Rock Rose), medo de perder o poder (Cherry Plum), medo invisível (Aspen), medo da solidão ou de perder os outros (Red Chestnut). A natureza nos fornece uma palheta para pintar a bela aquarela da nossa vida.



    Desafio da socialização:



    Pode ser isto resultado de uma explosão ou a obra de um arquiteto?

    Na teoria de Lievegoed isto ocorreria aos sete anos, sistema mantido ainda nas escolas Waldorf respeitando o desenvolvimento biológico da natureza. Esta socialização está ocorrendo cada vez mais cedo devido ao desabrochar da mulher profissional e ao desequilíbrio familiar, que coloca as crianças em guardarias infantis.

    O fator econômico e a falta de escolas apropriadas que vão além do conteúdo básico, dificulta a interação com a natureza e o desenvolvimento da criatividade.

    Desafio da adolescência:

    Mensagens emitidas e recebidas serão marcantes porem não necessariamente definitivas, elas podem ser reescrita pela própria pessoa.

    A fase adolescente num ser humano, segundo Rudolf Steiner, é considerada entre os 14 e 21 anos, época da puberdade e sexualidade madura, momentos de muita energia e de crises, que devem ser canalizada para o desenvolvimento. De certa maneira, nesta fase vivemos um sonho que é desvendado pelo arquétipo de Adão e Eva, que por ter comido a maçã da árvore do conhecimento, teremos que dar a luz com dores e ganhar a vida com sacrifícios.



    Quando jovem surfei no mar será que hoje aprenderei a surfar nas palavras?

    Nesta idade vivenciamos uma profunda separação da sexualidade. Questionamos tudo, pais, Deus, sexo, entidades. Nesse questionamento, uma saudade enorme toma conta da nossa identidade, ficamos mais instintivos e discordando do pensamento, sentimento e atitudes. Assumimos pensamentos filosóficos que nos levam ao extremos: grande socialização ou isolamento.

    Aparecem muitos sentimentalismos junto a uma vontade excessiva que em algumas oportunidades se direcionam para agressividade competitiva, esta identidade deseja viver todos os “esportes e pensamentos radicais” buscando respostas para aquilo que nos incomoda e não compreendemos.

    É um momento precioso onde nos deparamos com o espelho do tempo nos perguntando: “De onde viemos? Onde estamos? E qual e a razão da nossa existência?”. Criamos dúvidas a respeito dos nossos próprios pensamentos, e nos perguntamos: Estas são minhas idéias, minhas escolhas ou a dos meus pais? Demoramos muito tempo em compreender que nossa individualidade e independência, estarão sempre atreladas às nossas raízes.

    Viramos um pêndulo, desejamos liberdade, identidade própria, criticamos, invocamos autenticidade das autoridades mais próximas, e só quando perdemos esse vinculo e que percebemos quão importante é para nosso destino.



    As pontes dos canais na areia unem a razão e a emoção?

    A profissão nesta idade varia muito hoje devido ao grande crescimento populacional e a migração por falta de recursos, assim temos vidas direcionadas para a sobrevivência sendo-lhes cortada a possibilidade de estudar e desenvolver assumindo profissões sem escolha, fazendo trabalhos de rotina atrofiando a criatividade.

    Mesmo assim num outro grupo de pessoas decorrem as seguintes perguntas: ciências exatas ou humanas, engenharia ou medicina, jornalismo ou administração? Uma grande parte não acha respostas no processo atual onde as profissões estão muito diversificadas. E neste ponto onde nascem os líderes, na falta e no excesso, são poucos, independente de condição social, ter-se iniciado no campo de trabalho ainda criança ou vindo de uma família economicamente equilibrada. Tais líderes começam organizando jogos de futebol, festas, se candidatam a cargos nas escolas ou entidades de classe, são convidados para passar conhecimento ou dar aulas, participam de jogos federativos, se interessam e participam de movimentos políticos ou beneficentes.

    É, um momento de grande afirmação, impõe seus pontos de vista muitas vezes pelo tom alto da voz.

    Nesta fase, veículo físico e piloto espiritual se condensam formando a maturidade, o final desta fase liberta o EU e a identidade da alma individual.

    Desafio da maioridade:

    Nesta fase se unem os cinco corpos em um só, desejamos sair de casa querendo ser únicos, perdemos os medos e desejamos sermos nós mesmos, questionamos tudo e todos. Isto incomoda mentes pré-estabelecidas e que desejam sossego, esquecendo que já passaram por isso.

    Dos 21 aos 28 anos passamos por grandes alterações emocionais, além da impaciência e ansiedade, com tendência a ver o lado negativo das coisas esquecendo que das nuvens escuras vertem gotas de água pura e fertilizante.

    Para alguns um bloqueio ou “o céu é o limite”, para outros o equilíbrio, desejamos mostrar ao universo adulto que podemos atuar juntos e nos defrontamos com bloqueios e limites, que são espelhamentos do aprendizado ocorrido no corpo físico entre a gestação e os sete anos, repetindo nesta fase no nível comportamental.

    E uma fase em que alguns canalizam a energia para construir o futuro e outros para experimentar o perigo, sempre será uma escolha que terá como norte as virtudes e os valores adquiridos até os quatorze anos. Isto deixa em evidência a importância da família equilibrada.

    Iniciar uma carreira, ser trainne, entrar em contato com os micro e macro processos de uma empresa, vista muitas vezes apenas na teoria ou num organograma caduco educacional. Também se defrontando com múltiplas funções carregadas de egos, e um grande desafio para quem deseja deixar de ser adolescente.

    O ideal nesta fase e vivenciar várias áreas para sentir com qual há uma maior interação, isto lembra o milenar ditado ”quem ama o que faz, jamais trabalhará” A função deve ser vivenciada, pensada, sentida, quando isto ocorre, teremos um profissional cooperativo, participativo e que sabe agir em equipe.



    Se você sabe de onde vem, onde está então, qual e a razão da sua existência?

    Vivenciar os processos do planejamento com o que, como, quando, onde, para que, custo e resultados ajudam no amadurecimento. É uma fase em que desejamos ser avaliados e acompanhados para ver resultados.

    Assumimos a primeira atividade que nos colocará numa função desenvolvendo a responsabilidade até encontrar uma especialização.

    A liderança que aconteceu na fase adolescente se espelha com uma tendência a ter pessoas e processos sob controle excessivo, ficando desgostosos quando é dado um retorno crítico, mesmo este sendo positivo.

    Nesta fase trabalhar em equipe se torna exaustivo, porque buscamos holofotes numa reunião e não aceitamos discordância do nosso ponto de vista, nos tornando cegos e surdos perante opiniões dos outros, em certa medida mais uma vez e uma batalha de egos.

    Nesta fase temos um certificado importante em baixo do braço e nos mandam cuidar de tarefas sem relevância, como cuidar de um arquivo morto, padrão arcaico ainda usado em muitas grandes empresas, cerceando todas nossas expectativas, evite desesperar-se, é um momento de sabedoria para desenvolver habilidades técnicas.









    É uma fase centaurica em que as mulheres são amazonas e os homens cavaleiros, os instintos se sobrepõem muitas vezes ao intelecto, causando confusão principalmente na vida profissional.

    Numa organização temos desempenho bom nos processos e nas normas, tendo uma visão limitada da própria área de atuação, ainda não conseguimos ver o todo e a empresa como um ente vivo. Esta dificuldade faz que trabalhemos bem a meio e curto prazo.

    Nesta fase nos e imposto, ou nos impomos, 90% de trabalho e 10% de inspiração, este fluxo reflete a fase dos quatorze anos, e por este motivo que muitos talentos se perdem nesta faixa etária. Por isso e necessário equilibrar este ser humano nesta fase, seja com Florais de Bach, Regressão de Memórias, Radiestesia, Radiônica, Alinhamento dos Centros de Energia (chakras), Cinco Corpos, etc.

    Assim vamos gradualmente saindo da adolescência para entrar no universo adulto, e uma fase emotiva que próximo dos vinte e oito anos perde a intensidade e começa a viver a vida com mais seriedade.

    Alguns profissionais continuarão desenvolvendo a inteligência racional, chegando a altos cargos, mas, o corpo emocional congelara na fase adolescente. E óbvio que estes profissionais, necessitem alinhar os cinco corpos e inteligências, sem privá-los da sua criatividade para encontrar equilíbrio na profissão, vida e relacionamento.

    Desafio Crístico:

    Crise coletiva adquirida em dois mil anos da repetição do sofrimento, morte e renascimento de Jesus, símbolo que leva a muitas pessoas a um estado de tristeza profunda, acreditando inconscientemente que por volta dos trinta e três anos passará por essas fases simbólicas.



    Tomás de Aquino escreveu “Todos os seres vivos tem alma”

    Acredito que nós, não viemos para sofrer e sim para desenvolver o corpo energético e espiritual, através dos corpos emocional, mental e físico, e quando encontrado este equilíbrio, é o que chamo de felicidade o resto será, alegria temporária ou euforia.

    Desafio do olhar para traz com autenticidade:

    Aproximadamente dos trinta e cinco aos quarenta e dois anos, chega um momento na vida de muitas pessoas, que quando olham para traz, sentem insatisfação, tristeza, desassossego ou alegria, outras como se tiverem entrado num porão num túnel ou numa noite sem fim. Outras como uma oportunidade ou desafio, rico momento para entrar no estaleiro e remover vivências ancoradas sentindo satisfação do que construíram. Questionamento de papeis, valores e virtudes, pela segunda vez na vida se pergunta quem é, quais são os meus limites, qual e a razão da existência?



    No mar da experiência fazemos muitos cruzeiros, quantos você fez?



    Analisamos o processo de vida e verificamos que muitos símbolos da infância e da adolescência aparecem fragmentados, revestidos como perdas e ganhos na profissão, vida e relacionamentos.

    Olhar para traz com trinta e cinco anos nos leva inevitavelmente a olhar para frente, e de repente nos vemos com setenta anos desejando ser melhor que nossos progenitores ou protetores, isto nos leva a uma nova missão.

    Desafio anatômico:

    Nesta fase a perda da fertilidade e o arredondamento do corpo desenvolvem o medo de perder o equilíbrio físico, ser esquecido ou ignorado, é uma fase que precisamos muito do amor e de carinho, e é quando mais falta. Nessa carência começamos uma longa peregrinação por consultórios de todo tipo sem perceber que a solução muitas vezes está dentro de nós.



    Você nada para o passado ou para o futuro?

    O livre arbítrio nunca teve tanta importância neste momento de vida porque pode ter protelado realidades, sonhos e fantasias e não deseja passar o resto da vida se queixando ou culpando os outros.

    E um momento de rever nossa carta de navegação, fazer uma retrospectiva de memórias, recolhermos as redes e separar o que desejamos é realmente preciso para continuar nossa navegação, ou é hora de trocar as velas, lubrificar o motor, limpar o porão dos sentimentos e supri-los de sabedoria. Se bem planejada esta etapa, teremos águas favoráveis neste cruzeiro da nossa vida.



    Desafio do fim:

    A crise das perdas e da morte provavelmente a última do ser humano nesta caminhada física que e inevitável após a aposentadoria, pode ser escrita como um romance que teve início, meio e ao pesar das provações da vida pode ter final feliz, sereno, sábio e digno.

    A sabedoria oriental se refere a quatro grandes momentos da vida: “Os primeiros vinte e um anos são de aprendizado, dos vinte e um aos quarenta e dois anos são de luta, dos quarenta e dois aos sessenta e três anos são de sabedoria e dos sessenta e três anos em diante é o momento de ser sábio”.



    O que você fará com o aprendizado a luta e a sabedoria?



    Para ter uma meditação bem sucedida devemos entender, superar e harmonizar nossas crises ao longo da vida.

    Existem muitos métodos de meditação vindo de varias tradições holística, tratados como ciência ou arte, todos eles estão certos, a minha intenção é desmistificar a prática para transformá-la numa experiência pessoal simples, onde ator e palco se confundem criando uma natureza viva e de acordo a nossa realidade.

    Par compreender a liberdade que a meditação fornece, devemos entender a natureza dos nossos algozes, cortando um a um até alcançar o lampião que ilumina o caminho, assim podemos iluminar nosso recanto e acolher outros que precisem. E um longo e seguro caminho tal vez o mais curto, já que em seis mil anos muitos ainda não compreendemos que para dar luz temos que estar iluminados.

    Para encontrar a meditação temos que ser livres, transitar pelas dimensões, administrar o tempo e o espaço, nos conhecermos para afastar os condicionamentos.



    Qual é a sua estratégia, fugir, atacar, defender ou dialogar?

    Sabemos que toda ação leva a uma reação, de acordo com este postulado, se queremos operar uma mudança perante a vida esta deve ser por inteiro, vir meditar em Santos não e garantia de meditar, isto acontecerá quando a viagem seja ao interior de nos mesmos.

    A globalização tem dado mostra de que pelo mesmo que sofre um indiano, chinês, japonês, sofre um europeu, americano ou brasileiro e assim sucessivamente, as mesmas virtudes que os fazem felizes acontecem para cada ser humano, independente do ponto em que desenvolva sua vida. Em todos os lugares deverá enfrentar os pensamentos, as emoções e atitudes negativas e positivas.

    Mudar trezentos milhões de habitantes tem que começar com um único passo e esse passo é o individual.

    E evidente que lidamos com uma infra-estrutura gigantesca que necessita de muitos cérebros para fazer a nação desenvolver e fornecer trabalho, educação e saúde para os trezentos milhões de habitantes do Brasil.

    A riqueza deve ser desenvolvida em equilíbrio com a emoção, só assim seremos uma grande cidade, um grande estado, um grande país e um grande cidadão.



    Esta fonte nos faz lembrar que dentro de todos nós existe um príncipe e uma princesa



    Fomos desenvolvidos numa sociedade autoritária e somente podíamos pensar, agir e obedecer às autoridades. Quem discordava acabava como Hipácia, Joana D´Arc, Galileu Galilei, mesmo isso tendo acabado há muito tempo o estigma da castração da liberdade, ainda assombra o ser humano do século XXI.

    A sociedade brasileira busca pessoas sensíveis que meditem e que busquem o equilíbrio de pensamento, sentimento e atitudes, percebe-se a necessidade de mudar, mas como fazer essa mudança?

    Caímos na realidade de que é uma decisão pessoal única, transmutar a psique para entrar em contato dimensional com a morte e com vida. Ao perder o medo da morte entramos em contato com nossa imortalidade, o corpo energético. Descobrimos essa verdade através do corpo espiritual que se manifesta na descoberta da meditação falando se é alucinação ou verdade o que sentimos.

    Então compreendemos os acordes do silencio porque entramos em contato com nossa música interior, para alguns nos tornamos calados, para nós a comunicação só quando é necessária, o excesso de retórica inibe a liberdade da meditação que é a liberdade de todos os corpos.



    Você consegue ver a energia da natureza numa flor artificial?



    Temos que desenvolver o corpo mental para crescer materialmente e aprender a desligá-lo para viajar leve nas dimensões sutis. E muito comum escutar no meio científico que usamos no máximo 10% do potencial cerebral e nem sempre de forma correta, também muitos autores pesquisaram os sonhos o que cabe a nós neste momento e vislumbrar através dos sonhos um universo de criatividade e possibilidades, se não tem confiança de compartilhar esses insights, desenhe ou escreva-los em seu caderno de papel ou eletrônico, comunique-se consigo mesmo.

    Todas as pessoas têm capacidade de meditar, porque adquirimos esse dom no útero materno dos sete aos nove messes, então começar a meditar e relembrar o estado flutuante da em que a única ligação com a terra era o cordão umbilical, esta descoberta é um controle interno que nos permite ligar e desligar o momento em que desejamos concentramos ou meditar.



    Qual é o limite de uma cidade?

    Na radiestesia e na radiônica o terapeuta projeta ou colhe as energias geradas sejam estas índole material ou não. Nosso cérebro e como um aparelho radiestésico e radiônico, ele pode se concentrar, meditar, procurar vivências passadas e baseadas no histórico de vida (passado mais presente) para se projetar no futuro.

    RESULTADO

    Na prática eu descobri a meditação no Chile exatamente em dois lugares, meu pai levava a passear na cordilheira dos Andes num lugar chamado “El cajón Del Maipo” provavelmente útero de um vulcão extinto, lugar de ecos, lembro-me que a primeira vez ele pediu para meu irmão e eu gritarmos, meu irmão recebeu os parabéns e eu emiti um palavrão que recebi de volta muitas vezes, fui obrigado a pedir desculpas a natureza e escolher uma nova palavra e assim a natureza fez as passes comigo, não sem antes sentar, para escutar o silêncio, até hoje me emociono com esse instante e viajo no tempo e no espaço.

    Ainda sinto a brisa gelada, algumas rochas cobertas ainda de gelo nesse inicio de primavera e o rio Maipo descendo caudaloso na distância a procura da mar. O céu azul, as montanhas cinza harmonizavam com as cumulus douradas pelo sol, ainda sinto ecoar o silêncio dessas meditações.

    De posse desse aprendizado somei os ensinamentos do meu avô que debruçado no torno, fabricava a partir de um pedaço de aço um pendulô radiestésico e posteriormente um de madeira. Só soube no meu aniversário que esses pêndulos eram para mim, para ser iniciado no universo das energias.

    Minha avó não parava de trabalhar, e quando isso acontecia, ela sentava no pasto para admirar simplesmente uma flor, um álamo, uma fruta, eu perguntava o que você esta fazendo avó, ela olhava para mim e com um tenro sorriso falava: “estou compartilhando energias com minhas amigas.” e após eu perguntar o que ela queria dizer com aquilo, ela me respondia: “Observa esta simples margarida, olha sem ver, sem se fixar em nenhum único ponto, fique extasiado com a sua beleza, logo fará parte dela e quando voltar sentirá por muito tempo a sua presença. Isso aconteceu muitas vezes, com flores, frutos, insetos, peixes, aves, animais, pessoas, até que um dia observando os albricoques amadurecendo.” Então passou a mão na minha testa e disse: “Feche as pálpebras e mantenha os olhos fechados. Sorria suavemente. Mantenha esse sorriso. Sinta a presença tranqüila da natureza. Imagine-se sendo parte deste universo.” A partir desse dia, eu sempre pedia a minha avó, para brincar de imaginar.



    Você se imaginou de aqui a dez anos?

    Quando iniciei meu relacionamento com Daisy, minha esposa, ela tinha medo de altura e de água acima da panturrilha, coloquei em prática principalmente meu aprendizado vivencial para superar esses dois medos da seguinte maneira: Induzindo-a, sugestionando-a e se projetando na situação, para depois realiza-la.

    Tive que trabalhar com clareza e simplicidade os desequilíbrios encontrados no corpo espiritual, emocional e mental.

    Acredito que o equilíbrio do universo está na polaridade do colorido anímico e áurico e no controle das emoções principalmente os medos, assim a preparei para aceitar ser induzida a essas duas experiências a seguir.

    A preparação para uma meditação, regressão de memórias ou terapia de vivências passadas, tem como autor a sabedoria milenar praticada e baseada nos centro de energia ou nas linhas energéticas chamadas de Meridianos que adaptei com as experiências em consultório ao longo destas mais de três décadas aqui no Brasil.

    Mergulhar numa piscina, rio, mar tem seus riscos, e foi precisamente nesses riscos que aprendi a ter o controle da respiração. Vocês senão desejarem não precisarão se arriscar. Na vida lidamos com muitas escolhas e esta e uma delas, encontre um lugar só seu, mesmo que seja no meio da multidão.



    Você se imaginou mais inteligente e criativo?



    Olhe ao seu redor veja as coisas positivas, escute os sons, neutralize os ruídos, sinta as energias dos seus pés, tornozelos, batata da perna, joelhos, púbis, quadril, cintura, estomago, peito, pescoço, cóccix, coluna lombar, torácica, cervical, ouvidos, narinas, boca, olhos, testa e topo da cabeça.

    Concentre-se na sua respiração, inspirando e expirando pausadamente pelo nariz e vá oxigenando e se concentrando com uma sensação de bem estar a partir do topo da cabeça até chegar onde começou. Seus pés.

    Imagine você mais inteligente e criativa. Você esta equilibrando razão e emoção. Você é mais corajosa e segura a partir deste momento. Você observa do alto com naturalidade. Os elevadores e os aviões são veículos de transporte seguros, você se sente bem neles. Estamos chegando do topo do edifício Itália, você pede o chá e se extasia com o entardecer. Você degusta os doces e salgados enquanto admira a paisagem. Você pensa, sente e age com segurança quando abro a porta do terraço, para admirar a cidade de São Paulo. O entardecer de cores cálidas e a brisa fresca, brincam com teus cabelos ao nos aproximar da varanda. Você está perto do céu, segura. Escuta o pulsar vivo da cidade como uma música aos seus ouvidos e sente a paz nas alturas. Agora. Você vai embora tranqüila porque viu, escutou e sentiu as alturas.



    Já experimentou olhar para o céu quando pinta uma tristeza?



    Nessa mesma semana, às dezesseis horas estávamos no primeiro lance de elevador do edifício Itália, ao ir para o segundo e último lance, o aperto forte no meu braço e os pés grudados no chão denunciaram a insegurança, suavizada calmamente com a lembrança da visualização, e foi exatamente o que aconteceu.

    Depois dessa experiência, o chá nas alturas se tornou para ela o lugar preferido, para mim um lugar romântico e a certeza de que foi uma indução meditativa e terapêutica.

    Vista da janela do consultório que convida a meditar

    Com o aprender a nadar foi uma experiência similar, seguida do exercício da respiração veio à interação com a água.

    A água foi seu primeiro lar, sinta-se bem quando entra nela. Você tem coragem de brincar e nadar com segurança na água. Permita sentir a água nos seus tornozelos. Nas batatas das pernas. Deixe a água relaxar as coxas, elas merecem sentir o carinho da água. Assim permita modelar o quadril. Suavemente você permite que chegue a seu umbigo e cintura sentindo-se muito bem. Agora se abaixe lentamente para sentir a água no plexo, peito e costas é uma agradável sensação. Abaixe-se um pouco mais e sinta a água massagear sua garganta. Sinta-se água, comunique-se com esse universo. Agora veja, sinta e escute a agradável e segura experiência da gestação mergulhando suavemente a cabeça na água. Repita essa ação e depois saia lentamente deixando escorrer a água desde sua cabeça aos pés.

    Depois dessa experiência decidimos morar na beira do mar. Estas e muitas outras experiências fazem parte de planejamento de vida, observação e meditação.





    Uma onda solitária não faz a maré, mas faz parte do oceano.

















    AGORA VOCÊ

    Quando se realiza esta experiência a sós e muito importante determinar o tempo, não porque seja perigoso e sim pela administração do tempo, lembrando que parte do equilíbrio de encontra na antiga proposta da ONU oito horas de trabalho, oito de descanso e oito de qualidade de vida.

    Procure um local que seduza você respire o aroma, veja a beleza que exala, ouça seu coração entrando em sintonia com o ritmo da terra, e seduzido sinta o doce aconchego cuidando de você.

    Vai se libertando da atenção neste momento e naturalmente apenas observe...

    Nessa neutralidade você vai ficando distante do mundo material e muito próximo do seu universo interior.



    • Imagine-se parte do universo da observação.

    • Feche os olhos, calmamente e permaneça assim.

    • Determine que após 7, 14 ou 21 minutos, você voltará ao normal sentindo-se muito bem em seu corpo energético, espiritual, emocional, mental e físico (passo obrigatório).

    • Imagine as cortinas de seus olhos fechadas e caindo suavemente.

    • Sorria suavemente.

    • Imagine as cortinas fechando totalmente seus olhos.

    • Imagine que as cortinas colam.

    • Imagine que as cortinas colaram, formando uma só.

    • Determine que você não consegue mais abri-las.

    • Imagine que você deseja abrir as cortinas.

    • Determine que ao tentar abrir mais elas se fecharão.

    • Tente abrir as cortinas, não para mostrar para mim e sim para você.

    • Quanto mais tentar você descobrira um novo universo.

    • Agora perceba a tranqüilidade e a paz.

    • Determine que ruído, luminosidade e desconforto não incomodam.

    • Você agora está atentamente ouvindo a sua voz interior.



    Depois se possível faça um histórico destas experiências biográficas. Algumas falarão de locais, pessoas. Outras de Fé ou Vontade Divina, independente do visualizado, ouvido ou sentido, o que importa e que nos ajudam no discernimento e nos protegem em momentos de decisão, abrindo os canais intuitivos e trazendo ordem e união a nossos cinco corpos que em equilíbrio encontram a solução dos conflitos.

    O pensamento, os sentimentos levam a uma ação com a qualidade da discrição do universo, percepção, envolvimento, determinação leva a dirigir próprio destino que trás o sucesso desejado. E necessário determinação, destemor, iniciativa. Estas ferramentas você as encontra na visualização criativa e na meditação.

    Está em todos os livros sagrados a necessidade do Amor Divino pelo ser humano, ao qual nos rendemos incondicionalmente para encontrar a harmonia e adoração que existe fora e dentro de nós.

    A beleza externa em equilíbrio com a beleza interna trazendo tolerância entre os diferentes para construir uma união divina através da comunicação, do tato sutil da diplomacia que multiplica a abundância e o humanitarismo.

    Todas as coisas estão ligadas para encontrar a felicidade Divina.



    Você prefere pérolas, ametistas, prata, ouro ou água, terra, ar e sol?

    A cura de muitas coisas está na ciência, mas também na verdade, na concentração, na meditação, porque não no Olho Divino que tudo vê? A riqueza material é tão importante quanto à espiritual, quando consagramos este equilíbrio com dedicação encontramos a prosperidade.

    Para isso temos que nos libertar das correntes emocionais, tabus, dogmas, e transmutados, buscar o significado da palavra misericórdia, perdão, pode ser um passo para encontrar a pureza a liberdade na meditação.

    Existe um poder em visualizar e invocar o cerimonial meditativo que nos dá a oportunidade de desenvolver a compaixão e a justiça no ritmo da natureza.



    Você sabe conjugar os verbos ter, ser e estar?

    Para encontrar harmonia precisamos ter equilíbrio, união, confiança de estar no mundo e não apenas pertencer a ele, isso envolve Fé que trás segurança e cria bases sólidas de uma poderosa estrutura intangível que existe dentro de nós e que precisa de constante proteção Divina.

    Para uma boa meditação temos que ter uma meta e desenvolver uma ação, que pode começar com amar a vida ao ar livre e sentindo-se livre, isso trás felicidade que trás sucesso no aqui agora. A vitória se consegue com realização e com propósitos, mas também com entusiasmo e alegria e essas realizações são eternas.

    Desenvolver a sabedoria e desenvolver o entendimento, complementos da iluminação. Quando compreendemos nossa consciência, liberamos nossas percepções, aparece em forma mágica à prosperidade e a paz, construída com conhecimento, intuição e o equilíbrio que nos levam a vitória.



    Já adotou uma arvore?

    A criatividade se encontra na pureza das ações o que nos transforma em artistas de nós mesmos, pincelados de conceitos que giram em torno do eixo das virtudes e valores em que acreditamos, a realização da meditação requer paciência para restaurar as cicatrizes da alma e ascender numa ressurreição.

    A Paz está ligada a devoção, a leveza e a graça que cura as cicatrizes das guerras externas e internas, é como trazer o Divino no plano físico e focados no amor, desapego, ter a humildade e desprendimento de prestar nossos serviços a uma causa nobre, sem significar rendição e sim desapego.



    Clareza para ver, sentir e ouvir a luz é vivificar dignamente todas as percepções com discernimento, lucidez, charme e cortesia.

    O equilíbrio entre ter, ser e estar começa pelo financeiro o desejo de abundância, que contrasta em ter o suficiente.

    O ter tem que trazer paz, sem deixar de buscar a pureza e a essência energética das coisas, ser criativo, justo é ter coragem, traz prosperidade, assim o suprimento divino bem em harmonia para todos nossos corpos.



    Como usa seu navegador GPS da vida?

    Ao voltar de uma meditação podemos ter a benção do rejuvenescimento, da melhora da qualidade de vida, o equilíbrio a vitalidade do nosso eixo, assim podemos contemplar e brincar com a felicidade e com um renascimento divino.

    Transmutar pensamentos, sentimentos e atitudes como, tristeza, angustia e solidão são alguns dos maiores desafios para um terapeuta holístico, que apela para retomar o dialogo perdido entre razão e emoção interna e externamente.



    Não vou entrar no mérito de analisar as milenares correntes de meditação as quais respeito e tive meu aprendizado. A minha humilde intenção é tornar viável para a grande maioria, uma filosofia única de meditação que se possa adaptar a qualquer cidade, assim além de ter Meditando Santos. Podemos ter: Meditando São Paulo, Ribeirão Preto, Meditando Rio, Meditando Belo Horizonte, conservando a autoria escrita, mas mudando a autoria das fotos da cidade que adotar esta meditação.



    Você se da um tempo antes de iniciar a próxima viagem?

    Quando vejo os navios na enseada aguardando a entrada, percebo que alguns navegam ágeis e leves, outros pesados pelas cargas e as aderências do tempo, precisando ir para o estaleiro retirar as incrustações do casco.

    Nos seres humanos não somos diferentes aos navios, temos essas aderências muitas vezes herdadas outras vivências, ou adquiridas por teimosia, egoísmo, intolerância, orgulho, autoritarismo ou pelo desenfreado desejo de ter.

    Os cinco corpos são catalisadores de memórias e vivências que liberam muitas vezes, informações sem serem solicitadas.

    O estaleiro mais próximo de nos, esta na observação e meditação, retirar a casca densa de pensamentos e emoções, apaziguando a mente para conectar com outras dimensões.



    MEDITANDO A DOIS

    Um casal pode meditar;

    Se olhando sem ver;

    Se acariciando sem se tocar;

    Se comunicando sem se falar;

    Se amando sem sofrer...





    Porque coletamos conchas?





    QUATRO EXPERIENCIAS

    FLOR DE LÓTUS

    Flor de Lótus telefonou num dia chuvoso próximo do dia das mães confidenciando que sentia falta das filhas, que trabalhavam no continente asiático e gostaria que elas voltassem em harmonia encontrando aqui a realização dos próprios sonhos.

    Ela e o marido se davam muito bem, tinham o suficiente para ter uma agradável qualidade de vida, mas não dava para restaurar a grande e antiga propriedade com o dinheiro das duas aposentadorias.

    Quando Flor de Lótus entrou no espaço, minha leitura visual identificou harmonia nos gestos, que destoavam da ansiedade misturada de tristeza e solidão.

    Ela relatou em uma hora com detalhes a vida desde as primeiras lembranças até o momento atual, percebendo que existiam alguns momentos desse relato, algumas atitudes não resolvidas e que precisavam ser vivenciadas novamente para entende-lhas ou corrigi-lhas, sugeri a Meditação ou a Regressão de Memórias.

    Após harmonizar os cinco corpos e diminuir a ansiedade lhe perguntei se podia induzi-lha a um estado Alfa para contatar as vivências apontadas. O resultado foi perfeito porque vivencio o carinho dos pais desde a gestação ate a chegada dos outros irmãos, emoções que faziam falta para compreender o momento atual.

    Mesmo assim como as filhas tinham o direito de comandar suas vidas, ela tinha direito aos próprios sonhos. Pedi para ela declamar os versos de Jalil Gibran.

    Tuas filhas não são tuas filhas, são filhas da vida, desejosas de si mesmas, elas não vem de ti, se não através de ti e ainda que estejam contigo elas não te pertencem. Podes dar-lhes teu amor, mas não teus pensamentos, pois elas têm seus próprios pensamentos. Podes aconchegar seus corpos, mas não suas almas, porque elas vivem na casa do amanhã. Podes esforçar-te em ser como elas, mas não procures fazer-lhas semelhantes a ti, porque a vida não retrocede nem se detém no ontem. Tu és o arco do qual tuas filhas como flechas vivas foram lançadas. Deixa que a inclinação da tua mão seja para a felicidade”

    Na segunda consulta era para iniciar a Concentração e a Meditação, ela estava mais tranqüila e falei das virtudes dos desejos individuais, lembrando a milenar frase “Cuidado com o que pensas e desejas que isso acontecerá”.

    Pedi para inspirar e expirar suavemente pelo nariz em intervalos de vinte e um, sendo a última uma profunda inspiração e expiração. A “Melodia dos Pássaros da Azul Music” criou uma aura de calma no ambiente, Flor de Lótus se acomodou na poltrona na posição de seu nome e por muito tempo ficou nesse estado. Quando voltou da meditação seu rosto estava rejuvenescido sorridente, o olhar de quem está amando e sendo amado.

    Então perguntei: Como foi a Meditação? A resposta veio calma, com lágrimas e expressão de felicidade. No inicio me concentrei no meu aniversário com todas as filhas ao meu redor. Depois parecia que elas realmente estavam aqui no natal trocando presentes. Num momento estava trocando de residência e reformando com muito carinho cada detalhe da minha casa. Depois vi meus netos filhas e genros com uma sensação de missão cumprida.

    Flor de Lótus mesmo aposentada trabalha na área que sempre sonhou e suas filhas retornaram e trabalham aqui no Brasil. Vendeu a casa grande e comprou uma menor que é colorida pelas filhas e netos quase todos os finais de semanas.



    PRENDA

    Num congresso latino-americano de Relações Humanas troquei cartão de visita com Prenda, ela falou que desejava definir os rumos da sua vida e que gostaria de marcar uma consulta, mas o grande problema era a distancia, ela relatou que tinha na casa de seus pais um lugar só dela e que através do viva voz seguiria minhas orientações, assim que todos os contatos são sempre pelo telefone.

    Na primeira consulta, Prenda desejava fazer acontecer todos seus projetos de vida, o planejamento mostrou uma grande qualidade profissional, mas ancorados por motivos desconhecidos, desenvolvendo frustração e impaciência. Os relacionamentos eram com homens errados e a qualidade de vida a puxava para a vida noturna.

    O primeiro passo que preparei para Prenda foi induzi-la a fazer um fluxo racional com respeito às três coisas mais importantes da sua vida. Profissão, Relacionamento e Qualidade de Vida, baseado na técnica de planejamento 7 w e 1 H “O que, como, quando, onde, para que, custo, benefícios”.

    No contato seguinte, pedi para se concentrar na profissão e medita-se a respeito dela. Durante concentração e meditação interrompidos por um insight, contou a respeito das constantes mudanças de domicílio durante a infância e adolescência.

    Essas memórias trouxeram luzes para compreender que seus projetos extracurriculares, escolas foram muitas vezes truncados pela mudança, que seus relacionamentos não podiam ser duradouros porque logo estaria em outra cidade ou país, assim desistira de encontrar o príncipe encantado. Sem curtir a inveja, ela percebia que suas amigas usavam uma peneira mais fina para seus relacionamentos.

    O ressentimento e uma tristeza profunda afloraram nela, os Florais de Bach, Willow e Mustard contribuíram para compreender seu desenvolvimento e a fuga da qualidade de vida, era o início de mais uma mudança desta vez por decisão própria.

    Após alguns meses o trabalho se tornava agradável e com perspectivas, os relacionamentos começavam a dar indícios de melhora, a vida noturna foi trocada pela academia.

    A palavra empreendedora, empresária ecoava tão bem com Prenda que foi absorvendo a essência até montar sua própria empresa, conseqüência disso neutralizou os relacionamentos e a academia ficando viciada em trabalho, com os melhores resultados no nicho de mercado e importantes clientes.

    Com a chegada dos trinta e cinco anos veio o momento que todo ser humano passa. Ela olhou para o passado e percebeu que o profissional e a qualidade de vida estavam resolvidos, mas não o relacionamento.

    A mudança no relacionamento aconteceu resgatando o planejamento da primeira consulta, trabalhando sonhos e anseios, hábitos e costumes, analisando a repetição de erros e as experiências que cada pessoa deixou.

    Os lugares freqüentados começaram a ser pelo meio econômico/social e onde tinha maior porcentagem de solteiros e de idades compatíveis.

    Levou algum tempo para Prenda encontrar alguém, eu ainda continuo atendendo-a pelo telefone, com a diferença que, além dela, atendo também, seu sapo encantado que esconde um príncipe dentro de si.





    CHARLES

    Charles procurou-me para compreender o que acontecia com ele e suas empresas. Dono de uma rede comercial estabilizada e tradicional no mercado me relatou o seguinte: Deleguei a cada gerente e funcionário, participação nos resultados da loja, não demorei em ver o crescimento, comemoramos fizemos discursos.

    Após um par de anos, algumas lojas lentamente foram se definhando e por isso que estou aqui, desejo uma orientação holística a pesar de intuir o que está acontecendo.

    Através da radiestesia as respostas sim ou não para as perguntas concretas que Charles fazia, foram objetivas. Era necessário chamar uma consultoria para elaborar um relatório explicando o porquê cinqüenta por cento das lojas davam lucro e as outras davam perdas.

    Era uma dolorosa traição feita por aqueles que receberam confiança, ajuda, uma remuneração justa e mais uma boa porcentagem pelo esforço. Este desfecho no intimo de Charles já era esperado, em instantes sentia pena, vergonha do ser humano, raiva e perda da fé.

    Focalizei as lojas que deram certo e que por trás delas, tinham Seres Humanos íntegros, honestos, participativos para mostrar que não tudo estava perdido.

    O processo de Meditação veio fácil para quem tem um alto poder de concentração, ele visitou varias correntes meditativas, e um mágico aposentado que demonstrou que toda moeda tem duas fases inclusive o ser humano, a questão e apenas uma simples escolha.

    Charles tinha iniciado a fase da vida que vai dos cinqüenta e seis aos sessenta e três anos, deixava a fase moral e entrara na fase mística que busca fazer o bem, ele sentia que uma energia inteligente lhe estava dando impulso para uma nova missão.

    Hoje ele tem as lojas que consegue administrar, premiou ainda mais os que se destacaram na honestidade, e quando precisa de um novo colaborador após ser escolhido pela área de recrutamento, fazemos juntos, uma análise radiestésica.

    Há pouco tempo Charles ficou feliz quando a Meditação lhe trouxe uma serenidade nunca antes experimentada o que o fez hoje, desenvolver o aconselhamento, a mestria e se tornar-se sábio.





























    MARCIO

    Marcio veio por indicação, passando por um desemprego e tentando criar uma fonte de renda autônoma na área operacional, o quadro era desesperador ao ponto de criar uma grande tristeza na esposa a qual fugia dormindo, sem perspectivas o único que tinha nas mãos era experiência e desejo de vencer, foi uma façanha para ele ficar duas horas conversando comigo.

    Além de alinhar os cinco corpos e purificar os centros de energia eu dei a seguinte tarefa: Deixar de procurar emprego e montar sua empresa... a resposta foi imediata, “Como?”

    Então senta nesta poltrona se concentra em qual seria o primeiro passo e me diga. Ter um cliente. Qual seria o segundo passo? Entregar um orçamento. Se aprovado? Financiar o material necessário e fazer o serviço. Depois? Separar o dinheiro do financiamento, administrar o restante e procurar mais clientes.

    Nesse instante era impossível para ele meditar assim que utilizei a visualização e a criatividade.

    Marcio pensa no dinheiro que você me pagará pela consulta, você deseja que esse dinheiro seja mais umas notas perdidas na tua busca? De maneira Nem uma! Então se concentre de aqui há dois meses, será Natal! Tem uma mesa farta e você agradece junto com tua família pelo teu empreendedorismo. Agora visualiza onde será teu primeiro cliente. Fecha contrato, recebe adiantamento. Você trabalhando. Terminando o contrato e recebendo o restante.

    Passaram duas semanas e Marcio apareceu contando que foi onde visualizou seus trabalhos, mas eles indicaram outro lugar que já contratou os serviços de Marcio. Por ser um serviço muito grande procurou terceirizar o que o dono não aprovou, mas sugeriu uma parceria para tocar o serviço.

    Até o Natal, Marcio veio quatro vezes e após o ano novo, veio para agradecer. Eu não fiz nada além de despertar e conduzir teu deus interior. Senta e medita qual serão os passos para este ano, mês a mês na profissão, relacionamento e qualidade de vida. Depois escreve tudo isso e assina, não para mim e sim para teu deus interior acompanhar e cobrar.

    Foram muitos encontros de meditação até hoje, e todos trouxeram crescimento e desenvolvimento, Marcio se transformou num administrador autodidata e hoje tem duas empresas, sua esposa com algumas consultas superou a tristeza profunda e hoje cuida da área administrativa, mudaram de casa e vivem felizes, aparecem sempre por aqui, para fazer uma manutenção emocional e meditar.























    CONCLUSÕES

    Para trabalhar o corpo mental precisamos de técnicas ou métodos seja pela pedagogia ou como um ser autodidata. Agora para descansar, deixar a mente inerte e viajar nos pensamentos, sonhos ou simplesmente deixar de pensar não precisa de processos encadeados.

    Quando encontramos o silencio nos encantamos com sua beleza é como olhar numa tela em branco e vislumbrar as infinitas pinturas que nela podemos desenhar.

    Quando criamos formas de engessar domesticar a concentração e a meditação, esquecemos que somos energia pura, e como tal nos movimentamos no universo do livre arbítrio para uma finalidade divina.

    Vivemos num mundo físico, mas também num universo de energias, funcionamos recebendo e emitindo vibrações, podemos neutraliza-las ou potencializa-las. Por isso que somos semelhantes, mas diferentes nas emissões energéticas.

    Numa meditação podemos entrar em contatos multifacetados que vão das vertentes do intelecto até os oceanos da luz, quando não conhecemos achamos que é uma utopia e condicionamos a energia criativa. Até que num momento como um relâmpago súbito, contatamos um universo sem fronteiras.

    Se tudo é energia, podemos diferenciá-la em energia densa que está relacionada a matéria e a sutil ligada a energia divina e a sustentabilidade do ser.

    Ao separarmos das densidades, entramos num estado livre da consciência que nos permite descobrir a essência do ser.

    Vivendo nessa nova dimensão silenciosa, nos comunicamos apenas quando é necessário e as palavras se tornam vazias quando não são sustentadas na sabedoria.

    Os instintos conversam com a essência, hereditariedade entanto a meditação interage com os corpos energético, espiritual e emocional, este desenvolvimento é o grande desafio. Ação e inatividade fazem parte da nossa existência e ambas se complementam tanto para o crescimento racional como para o existencial.

    Tanto a identidade ou espiritualidade devem desenvolver em conjunto com o universo das ações. No mundo material usamos a lanterna do conhecimento para avançar na escuridão da ignorância, e no universo da meditação existe luz própria que uma vez ligada se alimenta da própria luz.

    A utopia da liberdade e compreendida através da liberdade energética dos cinco corpos ofertada pelo universo para todos, portanto a meditação e como o pão que alimenta a alma.

    Qualquer começo gera medos, então comece hoje, porque o tempo e o espaço não existe no amanhã, o amanhã nós, seres humanos que o criamos. Há muitos anos eu dei esse primeiro passo quando escrevi o poema:

    Versos do silencio”

    Quero descer ao vale do silêncio.

    Para escutar-lo.

    Buscar nas profundezas da alma.

    Meu grito afogado.

    E o que encontro são os sons e os perfumes das flores.

    E um campo iluminado.

    O analise do poema durante a meditação desvendou o primeiro passo.

    Quero descer ao vale do silêncio” aparentemente é um sentimento de solidão própria da adolescência, que desejava entender com palavras aquilo que não entendia, porque a solidão e o silêncio durante a meditação é um momento sublime.

    Buscar nas profundezas da alma... meu grito afogado.”

    Eu me revelando contra os dogmas, medos, técnicas e métodos que reprimiam meu crescimento e desenvolvimento emocional e meditativo.

    E o que encontro são os sons e os perfumes das flores... e um campo iluminado”

    Realmente escutar o silêncio foi uma vivência divina, enxergar o vazio, glorificou a palheta da criatividade trazendo-me iluminação.

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico





    Não se pode ensinar tudo à alguém, pode-se apenas ajudá-lo a encontrar por si mesmo”

    Galileu Galilei



    BIBLIOGRAFIA

    • Uma boa noite de sono – Autor, Deepak Chopra – Ed. Sextante – 2006

    • A paz começa com você – Ken O´Donnell –Ded. Gente – 1991

    • A última fronteira - Ken O´Donnell –Ded. Gente – 1993

    • Brahma Kumaris – www.bkwsu.org/brasil -2010

    • Espelhos do tempo – Brian Weiss – Ed. Sextante – 2000

    • Viagens astrais – Dharma Latzang – Ed. Traço – 1993

    • Terapia de vivências passadas – Judy Hall – Ed. Avatar – 1998

    • Sincronicidade – C.G. Jung – Ed. Vozes – 1971

    • Astrologia cabalística – Rav Philip S. Berg – Ed. Imago – 2001

    • Leitura Facial – Simon G. Brwn – Ed. Manole – 2001

    • Inteligência emocional – Daniel Goleman – Ed. Objetiva – 1995

    • Florais de Bach – Elizabeth Coneza – Ed. Alfabeto – 2006

    • Desvendando o crescimento – Bernard Lievegoed – Ed. Antroposófica – 1986

    • Fases da vida – Bernard Lievegoed – Ed. Antroposófica – 1987

    •  


    Todos os dias retorno a minha janela, mas nunca a paisagem é a mesma...



    Nelson Zuniga – CRT 34429 – Terapeuta Holístico

    Autor: : Nelson Zuniga - Terapeuta Holístico - CRT 34429
    Última atualização: 07/06/2011 14:20


    A RADIESTESIA, A RADIÔNICA, A GEOBIOLOGIA E A HARMONIZAÇÃO DOS AMBIENTES À DISTÂNCIA

    A RADIESTESIA, A RADIÔNICA, A GEOBIOLOGIA E A HARMONIZAÇÃO DOS AMBIENTES À DISTÂNCIA  

    Muriaé(MG)

    Maio/2011 

    NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA

    CRT 30758 TERAPEUTA HOLÍSTICA 

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2011 

                "Podemos aprender a sabedoria através de três métodos: primeiro, refletindo, o que é mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, pela experiência, que é o mais amargo".

    (CONFÚCIO) 

                Dedico este estudo aos incansáveis que na sua eterna pesquisa pensam que descobriram alguma coisa. Agradeço a Deus pela vida e pela consciência que tento centrar em mim. Ao SINTE pela oportunidade de externar minhas pesquisas e as minhas filhas pela paciência em tentarem me entender e me ajudarem. 

    SUMARIO 

    1- Introdução             07

    2- Material e metodologia                    08

    2.1- Material empregado          08

    2.2- Métodos realizados                                                                       08

    3- Vibrações energéticas do planeta terra                  09

    3.1- Esferas            10

    3.2- Micro e macrocosmos          10

    3.3- Luz            10

    3.4- Trevas                                                                                         11

    4- Linhas HARTMANN           12

    5- Linhas CURRY            13

    6- Polaridades            14

    6.1- Centros energéticos de ambientes        15

    6.2- Drenagem           15

    6.3- Capacidade vital - vibrações em ANGSTRONS                         15 

    7- Como proceder para harmonização                  15

    7.1- Impregnação            15

    7.2- Desimpregnação          16

    7.3- Remanência                                                                                  16

    8- Paralelo entre Geobiologia e Feng Shui                                                     17

    9- Exemplos de sucesso           18

    9.1- Procedimentos a observar                                                            19

    10- Resultados                                                                                                20

    11- Discussão                                                                                                  20

    12- Conclusão                                                                                                  21

    13- Referências bibliográficas                                                                      23 





    RESUMO 

    O importante desta vida é nunca se cansar de pesquisar, procurar descobrir caminhos novos, se não para os outros, pelos menos para aquele que procura e é por este caminho novo de HARMONIZAÇÃO DE AMBIENTES, aqui entendido como pequena área como a própria casa de morada, ou grandes áreas como um sítio ou fazenda, que resolvi me aventurar, visto que muitos clientes meus demoram mais a se harmonizar pelo simples fato de estarem em ambientes desarmonizados e isto pode e deve ser mudado, bastando boa vontade, estudo, ação e a ajuda da Radiestesia e Radiônica. Os gráficos da Radiônica e o rodar do pêndulo, seja no sentido anti-horário para tirar energias negativas, seja no sentido horário para colocar energias positivas, fazem acontecer resultados esplendorosos. 

    1. INTRODUÇÃO

    Geralmente, por volta dos sete anos de idade, diz-se que chegamos à "idade da razão", é quando começamos a perceber a realidade do mundo à nossa volta, e a medida que vamos vivendo e estudando, esta realidade vai se ampliando e nossa consciência sendo gradualmente alterada com a expansão, pressão energética e com as vibrações mais sutis. Além disso percebemos e assistimos muitas mudanças em nossos sistemas sociais, comerciais, industriais, religiosos e institucionais.

    Há  muito mais o que se descobrir no universo porque o que conseguimos ver e observar não passa de 3% e os 97% restantes permanecem ocultos para nós. Por isso, é importantíssimo o pesquisar, descobrir algo para melhorar o interior e o exterior. É necessário equilíbrio e harmonia para se ter uma vida plena de alegria e abundante de saúde. A nossa plenitude e força interior dependem das forças e energias da natureza, água, florestas, terra com todos os seres vivos visíveis e invisíveis.

    O ritmo de nossa vida espiritual, profissional e amorosa depende dos ritmos de nossa Mãe Natureza. Isto nos leva a estudar um pouco sobre ela. Nossa pele, ao contrário da maioria dos animais, ditos irracionais, não apresenta nada que a cubra como pelos espessos, couro, penas, nada. Por isso, a importância da proteção da "CASA". Nossa casa é nosso refúgio, nosso aconchego, nosso lar. Refletindo sobre este habitat chegamos à seguinte reflexão: o que torna uma casa doente, atraindo azar, brigas frequentes, traições, suicídios, maus negócios e acidentes? O que torna os lugares densos, os consultórios sem clientes, as lojas sem fregueses? O que causa a compulsão pelo uso de drogas e alcoolismo? E tal pedaço de estrada ser palco de frequentes acidentes com vítimas fatais?

    Há  estudos comprobatórios de que a maior parte das causas destes desconfortos todos são as energias negativas que fluem do subsolo, que entrelaçam no ar, que passam por nós, por nossas casas e terrenos, sítios, fazendas, deixam aquele desequilíbrio e nem percebemos. Neste estudo, vamos aprofundar um pouco sobre isto.

    Mas para que esta harmonização chegue é preciso que permitamos nossa conexão pessoal com o fluxo de bem-estar e com tudo que é absolutamente bom. A vida está sempre fluindo para você e através de você. O equilíbrio vibrátil consciente é nosso objetivo. 

    2- MATERIAL E METODOLOGIA  

    2.1- Material empregado

    • Plantas das casas;
    • Mapas dos terrenos;
    • Gráficos de Radiônica;
    • Pêndulos;
    • Cristais

    2.2- Métodos realizados

    Harmonização dos ambientes a distância usando os mapas e plantas baixas de casa.

    Quando um cliente está apresentando dificuldade de harmonização, mesmo nós terapeutas estando empenhados nisto, fazendo o melhor que podemos, notamos que o que está ocorrendo é uma desarmonia na casa deste cliente. Para termos sucesso neste processo, é necessário, portanto, partir para o estudo da casa dele. Para isto, é necessário trazer a planta baixa e nela vamos analisando junto com o cliente os pontos básicos:

    • Onde está sua cama?
    • Sabe onde passa a rede de esgoto?
    • E a parte hidráulica?

    Anota-se tudo na planta baixa e, a partir daí, vamos também pesquisando com o pêndulo:

    • Onde estão as linhas negativas?
    • Onde se cruzam?
    • Quais os pontos positivos e negativos?

    Depois de analisar tudo isto e marcar na planta, vai se proceder ao desbloqueio dos pontos negativos, com rotações do pêndulo primeiro no sentido anti-horário e depois no sentido horário, quantas vezes for necessário.

    Coloca-se a planta em cima de um gráfico da Radiônica que pode ser: Pantáculo, Escudo Protetor, Losango solar, Turbilhão com sol, Estrela (Pentagrama), ou outro que o pêndulo indicar.

    Nos pontos negativos coloca-se um cristal durante o tempo que o pêndulo determinar, geralmente um ou dois dias.

    Quanto à cama, coloca-se a cabeceira no sentido do Norte da Terra e se não for possível, coloca-se um gráfico voltado para o Norte debaixo da cama e energiza-se este gráfico com rotações do pêndulo pelo menos duas vezes por semana.

    Se for para estudar um terreno como lote urbano, ou sítio, ou fazenda, procede-se da mesma maneira:

    • Verificar onde estão as linhas de energia;
    • Onde estão os pontos positivos e negativos que é a polaridade;
    • Onde as linhas se cruzam?

    Feito este estudo, marcamos os pontos, vamos pendular em cima, primeiro no sentido anti-horário para retirar as energias negativas, depois no sentido horário para colocar energias positivas, tantas vezes ou tantos minutos indicados pelo pêndulo e colocar os cristais nos pontos negativos para maior êxito e inverter a polaridade.

    Pode-se também fazer o estudo da casa, ou terreno, "in loco" com o dual-rood para captar as radiações negativas, mas é muito difícil devido as grandes distâncias, por isso, prefiro fazer nos mapas e plantas porque as radiações não têm fronteiras. 

    3- VIBRAÇÕES ENERGÉTICAS DO PLANETA TERRA 

    A crosta planetária da terra é formada por partículas antes existentes na esteira horizontal solar, que se aglomeraram em uma de suas faixas magnéticas e se posicionaram na elíptica solar. As partículas se uniram de tal modo que geraram um grande atrito e se fundiram, tornando-se um núcleo com grande calor e uma pressão em direção à periferia e por estar em constante rotação, se resfria quando em oposição ao sol e se condensa, tornando-se a base da crosta em formação.

    Esta rotação faz receber a energia positiva do sol e a energia negativa do núcleo, obtendo como resultado, um ponto neutro que é a faixa que envolve o núcleo formando a crosta. A parte que é aquecida pelo sol libera grande quantidade de gases e a que não é aquecida libera os gases pelo calor do núcleo.

    A estabilidade da Terra girando se deve ao equilíbrio do peso de sua massa e a faixa magnética em que ela se encontra em torno do sol.

    A água é o elemento catalisador e homogeneizador dos elementos. A água é portadora e condutora do fluido vital, compatível ao sangue em um organismo humano. É vital tanto na superfície quanto nas entranhas da Terra. O planeta Terra é um organismo vivo, com todos os seus elementos e forças.

    3.1- Esferas

    Tudo o que existe no Cosmos tem como modelo matriz as esferas. Todas as energias são esferas que se movimentam, se interagem, se aglomeram formando planos dimensionais diversos que existem no infinito.

    Tudo se movimenta no sentido circular formando novas esferas que passam por transmutações e formam cadeias que se expandido e encontrando outras de polaridade oposta, se juntam, formando um sistema com forças equilibradas entre si, fechando em ciclo, que estará sujeito a outro ainda maior.

    As esferas são alimentadas por outras já formadas e possuem suas características próprias.

    Todos somos formados pelas esferas, somos únicos e alimentados pela mesma essência primordial em suas constantes mutações.  

    3.2- Micro e macrocosmos

    Há  uma correlação entre tudo no universo. O Microcosmos é igual ao Macrocosmos, aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo. Semelhança entre o superior e o inferior, porém em lados diferentes.

    O movimento da galáxia está correlacionado com o movimento do átomo.

    Os desequilíbrios estão correlacionados com os organismos desarmônicos.

    Os átomos dos corpos têm correlação na estruturação de suas matérias. Se não houvesse tal correlação, não haveria matéria. Vemos essa vibração pela movimentação das energias que comandam o espaço eletromagnético, propriedade etérico, invisível aos nossos olhos e aparelhos físicos.

    Os mundos etérico e eletromagnético são os responsáveis pelos comportamentos dos átomos dentro da matéria, proporcionando-lhes as devidas características.

    Observar a matéria sem considerar sua base etérica e eletromagnética é  não compreender seu fundamento e não saber o que ela é. 

    3.3- Luz

    A luz que é percebida pelos sentidos pertence aos corpos celestes de natureza polarizada e que é resultado de cruzamento de partículas energéticas que se cruzam em vórtices de velocidade crescente e promovendo dois movimentos distintos que são causados pela subdivisão das partículas em alta frequência microcósmica.

    É o que gera a luz, que se expande em movimentos opostos em todas as direções, gerando assim o movimento macrocósmico, por isso é que a luz está em toda parte. É uma energia de grande potencial eletrônico que faz vibrar qualquer substância que a reflita, passando de invisível a visível aos sentidos.

    O reflexo da luz nas partículas que formam outras substâncias causa o fenômeno conhecido como refração e tudo tem partículas, a luz é refletida em qualquer lugar, em qualquer direção, no universo todo. As Escrituras falam que Deus é luz e possui mil faces porque reflete nos dois sentidos, de fora para dentro e de dentro para fora, e é nos cruzamentos dos raios que derivam todos os corpos celestes no espaço infinito.

    Cada cruzamento entre os raios formará partículas diferenciadas que, por sua vez, preencherão todo o espaço que existe no quadrante em que se encontram, formando assim uma espécie de malha entre partículas menores, com partículas maiores, entre planetas e sóis e entre sistemas em escala infinita, até encontrarem finalmente consigo mesmas, portanto, despertando em si a consciência de que existe, por ser parte de um único sistema, e que existe porque é composto por alguma espécie de matéria e que esta matéria é composta de partículas de luz e energia. 

    3.4- Trevas

    Onde não há luz há treva. A luz cria os sistemas e as trevas dissolvem e renovam os sistemas obedecendo à lei dos ciclos: nascer, crescer, memorizar e transformar.

    A treva e a luz jamais se misturam porque se extinguem. A luz tem polaridade positiva e a treva, negativa. A luz é um ponto que se expande e se dobra procurando o outro lado negativo, formando, portanto, uma esfera que torna a se expandir e formar novas esferas e tudo que existe, acabando com as trevas e neste centro é gerado um sol que impulsiona o crescimento constante.  É o ser e o não ser.

    As trevas são um "nada" enquanto não polarizar com a luz, é uma energia em potencial. E o nada é o limite entre o que existe e o que está por existir. Muito há de se estudar para se obter maiores esclarecimento sobre as diversas frequências da luz, sobre como aproveitar a energia contida no próprio ar, ou no éter, promovendo a aceleração de elétrons sem o emprego de força motriz. As trevas darão lugar à luz com a evolução dos sentidos e da inteligência humana. 

    4- LINHAS HARTMANN 

    As Linhas HARTMANN são quadriculados telúricos, comprimidos em malhas que encontram-se por toda a superfície da Terra. Na década de 50, o Dr. Ernest Hartmann descobriu uma rede energética que é responsável por um fenômeno conhecido como "tensão geopática" que pode provocar, quando em desequilíbrio, vários outros desequilíbrios na pessoa deixando esta pessoa desequilibrada em diversos aspectos.

    As nocividades do magnetismo terrestre são carregadas por estas linhas conhecidas como "linhas Hartmann". As linhas Hartmann se cruzam, formando como uma rede, uma grade, em volta da terra e não são fixas, são flutuantes, sendo assim, de dimensões relativas. Há variações de um lugar para outro. Indo na direção do Equador, estas distâncias aumentam. Vejamos: 1,80 m a 2,30 no sentido NORTE/SUL; 2,50 m a 3,20 no sentido LESTE/OESTE.

    As linhas Hartmann se intensificam a cada 9 m. Também elas se cruzam e este ponto de cruzamento é chamado de Ponto Geopático. Ao todo, são conhecidos 4 cruzamentos por retângulo.

    Para se ampliar os conhecimentos destas linhas sobre o solo, foram necessários muitos estudos de cientistas de diversas áreas, como Geofísica, Hidrologia, Geobiologia, Microbiologia e Bioeletrônica. Esses geobiologistas estabeleceram relações estreitas entre a presença das ondas nocivas e seus efeitos sobre o ser vivo.

    "Se um bebê for colocado num berço sobre uma linha Hartmann, ele chorará feito louco! Quando você muda o berço de lugar, o bebê para de chorar" (Dr. HARTMANN).

    Certa vez, um cavalo foi colocado em cima de uma linha Hartmann, toda noite. Um ano depois, ele estava cego.

    Observação: falhas geológicas, veios d'água, redes de esgoto, podem intensificar o efeito nocivo de uma zona geopática.

    Ao aproximarmos a mão de uma linha Hartmann, podemos no campo, sentir cócegas ou quase uma câimbra que sobe pelo braço e vai incomodando.

    RESUMO DA REDE HARTMANN

    • Envolver a terra;
    • Padrão: rede de pescador;
    • Fluxo do Sul para o Norte e do Oeste para o Leste;
    • Medidas: têm em torno de 50 cm de largura, altura de 18 a 108 metros. Por penetrar tudo em seu caminho, até os moradores de um último andar de um prédio são afetados por ela. As linhas são mais intensas à noite, mas não se detectam em noites de lua cheia. Sua intensidade é maior no verão do que no inverno.

    Variações já estudadas na apresentação da Rede Hartmann:

      1. A meteorologia;
      2. A natureza do solo;
      3. O clima;
      4. A irradiação cósmica;
      5. As induções artificiais geradas pela indústria no ar e no solo.

    5- LINHAS CURRY 

    Dr. Curry, pesquisador, médico e investigador alemão, começou a estudar as Redes Hartmann e chegou à conclusão de que havia também as linhas diagonais entre as linhas paralelas estudadas por Hartmann. Chamou estas diagonais de Linhas CURRY e pelas pesquisas constatou que elas são mais nocivas que as outras. A parte mais forte são os pontos de cruzamento que possuem efeitos de carga ou descarga.

    A Rede Curry tem uma frequência vibratória mais baixa que a Rede Hartmann e age no psiquismo humano de uma forma ativa e determinante. A polaridade "positiva" nos traz a sensação de conforto, a polaridade "negativa" afeta o nosso estômago com frio e desconforto muito forte. Os raios telúricos que formam a rede Curry (0,50 m) são alternadamente positivos e negativos e seus pontos de cruzamento também o são.

    As casas podem matar?

    "Sua casa é cercada por múltiplos campos de energia; você é separado de sua casa, sua casa tem vida, tem consciência" (DENISE LINN).

    Existem muitas casas e apartamentos que prejudicam, e muito, quem reside nelas. Isto, por quê? Podem ser várias causas, como pedras, paredes, radiações telúricas, raios cósmicos e todo e qualquer tipo de influências específicas dos materiais agregados que podem gerar "ondas de formas", remanescências de antigas maldições registradas em suas paredes, ou terrenos. Estas e outras causas podem fazer de sua casa uma inconveniência para você.

    6- POLARIDADES 

    Em tudo o que existe há dois polos: o positivo e o negativo e isto é a Lei das Polaridades existentes dentro da energética. Um núcleo divide seu espaço esférico com a sua devida contraparte e isto gera as polaridades positivo-negativo (+ e -), sendo que isto gera uma linha alternada em um eixo horizontal que chamamos linha do Equador, esta linha é chamada de Zona Neutra.

    A Lei da Polaridade estabelece as ordens de comportamento dos átomos das substâncias que compõem a matéria. É a Lei de Sustentação da matéria, onde o Duplo Etérico interage nos campos eletromagnéticos. É a composição dos pólos em qualquer objeto criado, desde os homens, animais, plantas, etc. A dualidade é igual à polaridade, onde a criação sustenta as forças opostas fundamentadas na formatação das substâncias e circunstâncias da vida.

    Quanto às pessoas, elas não são igualmente polarizadas. Segundo Frei Benoit Padey, a polaridade humana depende menos de um estado nervoso que de um estado anatômico. Segundo este estudioso, se a espinha dorsal estivesse mais simétrica, ele perceberia mais as radiações e polaridades.

    Método de René Lacroix para saber as polaridades humanas valendo-se de um pêndulo neutro:

    Mulher - polaridade normal - girações no dorso da mão direita e palma da esquerda; oscilações no dorso da mão esquerda e palma da mão direita.

    Homem - polaridade normal; oscilações no dorso da mão direita e na palma da mão esquerda. Girações no dorso da mão esquerda e palma da mão direita.

    Como se vê, a polaridade feminina é o inverso da masculina.

    Existem também as polaridades invertidas. Se uma mulher tem polaridade invertida, ela não se dará bem com um homem normal, só com um de polaridade invertida. Assim: + x + = + ou - x -  = + e inversamente: - x + ou + x - = -

    Isto também existe nos terrenos e nas casas. É preciso saber os pontos de polaridades. Quais os pontos negativos quais os pontos positivos no solo e depois de determinar pelos mapas e plantas, vai se colocando energias com rotações do pêndulo. Se tem energia negativa, roda-se o pêndulo anti-horário e aí vai se tornar positiva. Se é um ponto positivo, roda-se o pêndulo no sentido horário, vai-se potencializar esta energia positiva. 

    6.1- Centros energéticos de ambientes

    Em todos os ambientes há os centros energéticos. São os chackras da terra, estes pontos, onde a energia é mais atuante. Por isso, através da polaridade, determinando os pontos negativos e positivos e equilibrando-os com as rotações do pêndulo e colocando estes mapas e plantas da casa em cima dos gráficos de Radiônica, vamos harmonizando os ambientes, tornando-os mais agradáveis, saudáveis para se viver e mais comerciais também.

    Se você estiver pensando em se mudar para uma casa ou apartamento novo, verifique com o pêndulo a polaridade: negativo-positivo do local e veja se é bom para você e sua família tal mudança. Pergunte ao pêndulo: Em uma escala de 0 a 10, devo morar no endereço X? Um 9 ou um 10 indica um lugar positivo para se viver. O campo energético das pessoas é diferente, das casas e apartamentos também. Se não há compatibilidade, você não mudando, poupa tempo, energia e dinheiro. 

    6.2- Drenagem

    É necessário determinar os pontos de drenagem que são pontos de coletar água de chuva, a boca aberta do universo, não mexer. 

    6.3- Capacidade vital - vibrações em ANGSTRONS

    Os pontos energéticos vibram positivamente depois de equilibrados. Então marca-se no mapa ou planta quais os pontos de maior vibração energética na escala de ANGSTRONS e se liga com o lápis os pontos mais energizados aos pontos menos energizados para um maior equilíbrio do ambiente. Esta vibração energética é um meio de prevenção de aparecimento de desequilíbrios aumentando a qualidade dos solos. 

    7- COMO PROCEDER PARA HARMONIZAÇÃO 

    Há  vários métodos para se harmonizar casas e terrenos. Eu uso o método das rotações do pêndulo, além dos gráficos e cristais. 

    7.1- Impregnação

    Impregnar é o conjunto de radiações de um corpo que pode se implantar em outro. Os corpos metálicos e os radioativos possuem o maior poder de penetração pelas suas radiações. Pode também este fenômeno não se realizar devido à neutralidade de um dos corpos em contato, sendo o suporte em particular.

    Quando se está trabalhando num mesmo ambiente, numa mesma mesa ou cadeira, mudando-se apenas os corpos pode acontecer a impregnação.  São muitas as circunstâncias que ocasionam a impregnação dos objetos nessas circunstâncias de manipulações, e isto pode levar o operador a erros. 

    7.2- Desimpregnação

    A fim de evitar os erros causados pela impregnação, é necessário que seja feita após cada operação ou experiência, e antes de iniciar outra, a desimpregnação dos objetos possivelmente impregnados. Para isto, empregam-se meios tirados do magnetismo: sacudir com energia as mãos, dirigindo os dedos para o chão, soprar neles, fazer fortes aspirações profundas, tocar o chão com a mão que sustenta o pêndulo e friccionar as mãos uma na outra; colocar durante alguns instantes o pêndulo em contato com o chão. Valer-se de um bastão de enxofre como corpo aspirador de ondas residuais.

    Para descarregar um lugar, uma mesa, uma sala, emprega-se com êxito o giro do pêndulo em sentido horário muitas vezes, onde o dual-rood assinalou que existem energias desarmônicas.

    Se você trabalha com mapas e planta baixa de residência, é  recomendável colocar três folhas de papel em branco entre elas para não haver impregnação de umas energias em outras. E quando for começar o estudo de cada uma delas, perguntar ao pêndulo se tem impregnações de outro ali. 

    7.3- Remanência

    As radiações dos corpos se dirigem de todos os lados e em todas as direções, sem, contudo, se misturarem porque se assim não fosse não teríamos a possibilidade de sua captação, mas estas radiações não deixam de impregnar os objetos ou outros corpos com que, mesmo por um certo espaço de tempo, se acham em contato. Essa impregnação conserva-se por algum tempo e em função da massa do corpo depositado e da duração do contato. Então, quando se retira o objeto ou o corpo, há a "remanência", devido à impregnação do suporte, remanência que permanece durante quanto tempo durar a impregnação, que pode ir de meia hora até algumas horas seguidas.

    Assim, durante este período, pode ocorrer captação do corpo que estivesse aí, e se colocado outro corpo, pode-se confundir umas com outras, as radiações. Para evitar confusões, há de se desimpregnar o lugar, o suporte e as mãos do operador, depois de um estudo e antes de outro. Para saber se existe a remanência, coloca-se o pêndulo acima do mapa e não precisa perguntar nada, o pêndulo para se há remanência e se não há, ele gira, então pode-se começar o estudo. 

    8- PARALELO ENTRE GEOBIOLOGIA E FENG SHUI 

    Muitas são as pessoas que podem achar que a Geobiologia e o Feng Shui são muito parecidos e até mesmo iguais. Porém com esse paralelo, podemos analisar que possuem suas peculiaridades, mesmo com alguns objetivos que possam ter semelhanças.

    A Geobiologia estuda as formas de contaminação do equilíbrio de vida humana, como radiações cósmicas e gases emanados do solo. Como não poderia deixar de ser, ela se preocupa com o efeito exercido pela explosão tecnológica que vivemos nos últimos anos e que hoje é seu maior campo de pesquisa. Um de seus principais objetivos é, portanto, investigar quais são os custos, além dos monetários, que estamos pagando pelo "conforto" advindo dos novos aparelhos e usos da eletricidade e das radiações de microondas, bem como dos materiais de construção modernos. O que se busca é a utilização saudável dessa tecnologia.

    Pode-se traduzir literalmente a expressão Feng-Shui como Vento e Água. Esses dois elementos representam a interação, o caminho e o movimento da energia vital nos ambientes a serem estudados. Sendo o que o vento transporta e a água armazena a energia vital.

    O Feng Shui estuda a distribuição dos objetos no ambiente, além da disposição, do arranjo, da estruturação, da cor e da forma das estruturas arquitetônicas. Ao indivíduo é permitido fazer arranjos ideais, no tempo e no lugar ideais, a partir da perspectiva do folclore, do talento artístico e da crença religiosa. Portanto, o principal objetivo do Feng Shui é expelir a negatividade e dar passagem ao que é favorável, ao mesmo tempo que alcança um estado de longevidade e prosperidade.

    Embora ambas as ciências busquem um objetivo em comum, que é tornar um ambiente harmonioso e saudável, sua meta é sempre equilibrar o Céu e a Terra, gerando, assim, um canal de manifestação da vida. No princípio ambas logravam com facilidade esta façanha, mas, a Geobiologia focou mais a Terra e o Feng Shui se sintonizou mais com o Céu, de modo que, hoje, podem ser consideradas ciências complementares.

    O trabalho da Geobiologia ganha mais movimento e suavidade quando acompanhado por uma boa consultoria de Feng Shui, ao passo que uma harmonização feita seguindo os parâmetros chineses se beneficia de solidez e ancoramento quando complementada por uma prospecção geobiológica. Fazendo uma comparação grosseira, é como se a Geobiologia estivesse para o Feng Shui assim como a Engenharia está para a Arquitetura.

    Através da Geobiologia, o fluxo do Chi é aumentado e dinamizado em um local e, logo depois pode ser otimizado e trabalhado pelo Feng Shui na forma dos Cinco Movimentos da Energia. Terra, Fogo, Metal, Água e Madeira são aspectos da energia Chi, composta pelo Yin e Yang que devem ser harmonizados e para isto são utilizadas as técnicas do Feng Shui. O ambiente estando assim harmonizado, pode acontecer de a pessoa que está ali, não sentir-se bem por causa do cruzamento específico de linhas e águas prejudiciais àquela saúde, portanto, é preciso buscar um ponto neutro dentro dessa área para a pessoa sentir-se em harmonia, tanto com o céu quanto com a Terra.

    Nossa pesquisa é harmonização de ambientes e pessoas neste ambiente, por isso tentamos nos empenhar em descobrir como a Geobiologia e o Feng Shui podem se completarem sem se prejudicarem. E que tenhamos humildade suficiente para entendermos que não sabemos quase nada, é preciso muito estudo, pois estamos tratando de energias da Terra, da Pessoa e do Céu. 

    9- EXEMPLOS DE SUCESSO 

    a) Começaram a construir um shopping, onde passava um córrego, cujas águas estavam poluídas por descargas de esgotos in natura provindas de três bairros, canalizaram o córrego, tiraram a água das terras em volta, fizeram um ótimo serviço de dragagem das águas, e do local, deu muito trabalho. Resultado: ficou linda a construção, mas não agradou a ninguém, todas as lojas vendidas perderam o preço, houve muito prejuízo e nada ali ia para a frente, até que consultaram um especialista de energia que mandou colocar gráficos diversos nas lojas em locais pouco visíveis como porta dos banheiros e copas-cozinhas, também mandou instalar uma pirâmide no sentido Norte Sul no terraço. Só assim começaram a alugar as lojas e melhoraram o movimento.

    b) Um terreno para ser vendido que não encontrava comprador, de jeito nenhum, apesar da boa localização e preço compatível com o mercado. Foi estudado e notou-se que logo no começo do terreno havia linhas negativas fortes o que não deixava ser vendido, loja nenhuma dava certo ali. Foi feita a harmonização com gráficos, pedras e rotações do pêndulo. Na outra semana já encontrou comprador, pelo preço certo.

    c) Um sítio onde se construiu uma casa haviam cupins atacando as portas e janelas de madeira, mesmo estas sendo novas, tinham sido trocadas. Após estudo, constatou-se que as energias negativas atravessavam a casa em vários lugares. Procedeu-se a harmonização através dos gráficos, cristais, rotações do pêndulo e os cupins sumiram, não precisando mais trocar as madeiras.

    d) Uma casa onde todos: pai, mãe e dois filhos viviam brigando sem motivo. Após estudo constatou-se que havia antes ali, onde agora é a cozinha, uma cisterna profunda e uma fossa, onde agora é o quarto. Muitos gráficos, cristais e rotações do pêndulo e a harmonia entre eles voltou a reinar. 

    9.1- Procedimentos a observar

    • Telhados com forma positiva são aqueles que apontam para o infinito como uma pirâmide;
    • Telhados com forma negativa são os retos e convexos para baixo como um U;

    Evite:

    • Fechar chaminés, nichos, orifícios de ventilações e todos os tipos de passagens feitas de alvenaria;
    • Construir um quarto ou uma sala em cima de locais que emitem ondas nocivas como cano de esgoto;
    • Muitos aparelhos no seu quarto, quanto menos, melhor;
    • Destruir a harmonia geométrica de seu telhado;
    • Morar em prédios antigos sem reformas;
    • Lugares onde o sol não penetre;
    • Evite áreas onde o nível de barulho ultrapasse os limites permitidos.


    10- RESULTADOS 

    Em todo estudo, é necessário, muitas vezes, a repetição das experiências para se proceder com exatidão a observação das radiações existentes em determinado lugar, portanto, um principiante pode enganar-se em uma primeira experiência, daí a importância da repetição. Observar bem para partir para a ação.

    Em dez casos estudados com bastante firmeza e determinação, notou-se o seguinte resultado em:

    • Duas casas, a harmonia entre os familiares foi restabelecida;
    • Dois terrenos foram vendidos pelo preço certo e em pouco tempo;
    • Dois sítios foram harmonizados voltando a produzir mais café e milho;
    • Duas hortas produziram melhor e mais verduras;
    • Os cupins de uma casa acabaram;
    • O telhado de uma casa foi modificado e a dona conseguiu ficar livre de um desequilíbrio sério.

    11- DISCUSSÃO 

    Hoje sabemos que o que conhecemos é muito pouco em relação às energias. Energias que fluem abaixo de nossas casas, ao redor delas e dentro delas. As ondas de energia são invisíveis e estão presentes em todos os lugares. Algumas são benéficas e nos desarmonizam, são as ondas nocivas. Ondas nocivas são anomalias do subsolo, de correntes telúricas, ou de causas diversas, transmitidas por ondas portadoras igualmente propagadas pelo subsolo. Produzem danos no físico, psíquico, vitalidade, comportamento, humor, a sorte e o destino dos homens e mulheres viventes.

    As emanações destas ondas nocivas podem ser de natureza elétrica, eletromagnética ou até radioativas. Os locais que sofrem a influência destas emanações conhecidos como "Zonas Geopáticas" devem ser evitados.

    O homem é constituído por vários corpos sutis imersos em planos vibratórios. O funcionamento deste computador humano é um milagre de equilíbrio instável. Esta máquina mágica é gigantesca, portanto, é propensa a sofrer incidentes que podem tanto ser exteriores como interiores.

    Nós não podemos frear o desenvolvimento tecnológico e achar que antes sem estas transformações é que era melhor de se viver. Vamos nos adaptar a este modo atual tomando algumas providências que nos protegem de extremas radiações dos aparelhos modernos:

    • A cama deve estar afastada dos aparelhos elétricos ou eletrônicos pelo menos 1,4 m, bem como não é aconselhável dormir com celular ou telefone sem fio sobre a cama;
    • Mudar constantemente de ouvido ao falar ao celular;
    • Sempre que possível, utilizar o celular, onde estiver correndo o ar;
    • Despluque os aparelhos da parede quando for dormir, se possível;
    • Dê intervalos quando no uso do computador;
    • Nos quartos, evite lâmpadas fluorescentes;
    • Se estiver a sua casa frente a um transformador de energia, na rua, não durma no quarto em frente para ele sem antes usar gráficos na janela ou cortiça nos vidros;
    • As plantas dentro e fora das casas atuam como ajudantes da harmonização;
    • As camas metálicas e colchões com molas favorecem a desarmonia e insônia.

    Muitos desequilíbrios nas pessoas são devido a exposições variadas a campos eletromagnéticos pouco estudados, o que impulsiona a nós terapeutas maiores pesquisas e dedicação. 

    12- CONCLUSÃO 

    Pessoas harmonizadas em ambientes igualmente harmonizados é o nosso objetivo último e primeiro. Neste estudo nos dedicamos aos ambientes tanto pequenos quanto grandes e para se determinar o que é possível fazer precisamos usar da Observação e Prospecção.

    A observação consiste em observar um terreno pelos indícios que a própria natureza oferece através dos vegetais e animais.

    Vegetais: posicionamento das árvores e plantas inclinadas para uma determinada direção indicam que elas tentam fugir de uma zona bastante alterada, principalmente por cursos d'água subterrânea. Neste local, não se pode construir quartos e escritórios, só corredor e área de pouco movimento; é área ideal para um poço artesiano.

    As hortaliças e as árvores que geram frutos delicados são muito sensíveis às radiações telúricas, deste modo quando existe uma concentração destes vegetais, aquela área tem grandes chances de estar relativamente equilibrada. 

    Se existem ervas daninhas em um local indica alterações de subsolo exatamente abaixo delas. Ao se plantar algo e não crescer pode indicar uma zona de alteração geobiológica. Falhas geológicas provocam más formações nas árvores e muitas pragas.

    Animais também nos indicam áreas específicas: os currais, no interior, são construídos onde o gado se reúne naturalmente para dormir e é  sabido que o cão busca lugares "bons" para dormir e o gato busca os "maus". Aqui, "bom" e "mau" é relativo. E para aproveitar-se estas linguagens, devemos utilizar o lugar do cachorro para dormir e do gato para cavar um poço, já que naturalmente se situa sobre um cruzamento de águas, podendo variar.

    Onde existem abelhas, formigas e cupins indicam zonas de falhas e águas subterrâneas com cruzamento de rede bastante ativos, e a vitalidade terrestre está bem falha. Os pássaros, geralmente quando livres, costumam fazer seus ninhos em locais considerados livres e bons. Além da observação, também é necessária a Prospecção que é o estudo das linhas Hartmann e Curry, bem como as águas subterrâneas e as falhas geológicas.

    É necessário estudar bastante os mapas, as plantas, selecionando os itens, um de cada vez, para assim que for determinado procurar através dos gráficos, das pedras e do girar do pêndulo, tentar harmonizar estes efeitos para se conseguir um equilíbrio razoável. Tudo isto sem preconceitos, porque se deixarmos os preconceitos agirem teremos a visão estreitada, as percepções diminuídas e as informações deformadas, ocasionando distúrbios.

    Todos e cada um de nós possuímos esta capacidade de sentir as energias, o que precisamos é confiar em nós mesmos, termos perseverança sempre para alcançar as metas a que nos propomos, e aí seremos como os druídas antigos que só tendo sua percepção corporal, utilizavam-na de tal maneira acertada que conseguiam fazer fluir a energia sobre a Terra, utilizando grandes pedras em vários pontos e dinamizando com formas específicas (acupuntura da terra).

    Urge que pesquisemos e trabalhemos para esta harmonização dos ambientes e da Terra porque o nosso tempo é hoje e agora! 

    13- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

    HICKS, E.; HICKS, J. O extraordinário poder da intenção. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

    HOR, A. Universo - Como tudo começou. São Paulo: Robe Editorial, 2002.

    NIELSEN, G. Além do poder dos pêndulos. 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 1988.

    PIETRO, N.S. Feng Shui - Harmonia dos espaços. 5.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2000.

    PIRES, A. L; SAEZ, J. Geobiologia - A arte do bem sentir. São Paulo: Triom, 2006.

    SAEVARIUS,E. Manual teórico e prático de radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998. 

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA CRT 30758 TERAPEUTA HOLÍSTICA
    Última atualização: 03/06/2011 10:01


    Tratamento Através da Radiestesia e Radiônica

    Tratamento Através da Radiestesia e Radiônica

    Tendo em vista o perfil individual do cliente determinado pelos cinco movimentos chineses e meridianos

     

    Maurício Marcial Araújo
    TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 43301

     

    Só aquele que governa a si próprio pode governar os outros. Só aquele que é livre pode libertar. O Homem é feito de luz e a Luz é do Homem. Será difícil a transmutação do indivíduo? É difícil ser bondoso, compassivo, amar, trabalhar, construir e criar um mundo cada vez melhor? A dificuldade é que temos uma natureza dualista. Deus e Lúcifer, ambos estão em cada um de nós. Este confronto entre glorificação amorosa e egocentrismo destrutivo é que nos obriga a usar o livre arbítrio. Se não tivéssemos que optar sempre entre o bem e o mal não haveria degraus a subir em nossa eterna viagem para o Criador. Em certos estágios, devemos dar um salto e transmutar nossa alma. Como? Amando sem restrições. A energia da vida, a energia cósmica, faz o resto.

    THOTH (50.000 a.C. d.C.)

     

     

    SUMÁRIO

     

    RESUMO.............................................................................................................2

    INTRODUÇÃO.............................................................................................................2

     

    1 MATERIAL E METODOLOGIA...........................................................................3

     

    1.1  Material empregado...............................................................................................3

     

    1.2  Métodos.................................................................................................................3

     

    1.2.1     Estudos de pessoa presente...............................................................3

     

    1.2.2     Estudos de pessoa Ausente......................... ................................................4

     

    1.3  Para apreciação e conhecimento.....................................................................................................5

     

    2      DISCUSSÃO............................................................................................................6

     

     

    CONCLUSÃO.............................................................................................................7

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................8

     

    RESUMO

    Depois de tanto tempo começamos enfim, a descobrir que somos seres Bioenergéticos, ou seja, Magnético elétrico e que todos os desequilíbrios, dores e forma pensamentos nada mais é que energia concentrada; e que existe varias maneiras e técnicas holísticas de retirar ou mesmo inverter estas energias estagnadas. Estou aqui para demonstrar através da radiestesia e Radiônica como  identificar, neutralizar e modificar estas energias estagnadas.

     

     

    INTRODUÇÃO

    Quando fui a São Paulo no congresso do SINTE pela primeira vez, Henrique, Presidente do SINDICATO, fez uma colocação sobre qual a função de nossos trabalhos. Elucidou-nos que para ser terapeuta holístico a pessoa tem que se gostar e gostar muito de ajudar a outras pessoas. Reforçou que se nós não tivermos a intenção pura e verdadeira de ajudar certamente não seremos bons Terapeutas Holísticos e estaria na profissão errada.

    Então, vejo no passar destes anos, Clientes desequilibrados, com parasitas da energia vital, meridianos e cinco movimentos Chineses precisando de energização e desbloqueios. Quero compartilhar com vocês essas Técnicas e propor uma nova visão e meios de equilíbrio através da Radiestesia. Que possamos repensar sobre essas questões: isto não estaria acontecendo justamente neste momento em especial para nós; profissional pensar em executar este trabalho PARA o próximo com a melhor das intenções, com mais uma ferramenta importante para equilibrada e trazer de volta a qualidade de vida desejada pelos nossos clientes.  E o mais importante com a CONSCIÊNCIA de que está trabalhando com o amor e intenção de melhorar a vida dele.

    Tudo no universo é energia e essa energia não morre ela é sim transformada e acredito que não existem benefícios e prosperidades sem troca desta energia, o grande PRESENTE para a nossa profissão é justamente procurar encontrar juntos com nossos clientes um  ambiente melhor para nós,  nossos clientes, crescimento e maturidade pessoal, adequação mais tranqüila na sociedade porque uma relação de riqueza não se baseia apenas no VALOR enquanto espécie monetária, cédulas, ele é muito maior, se conseguimos enxergá-lo.

    Com isso descobrimos uma melhora do Universo em que vivemos  com seres que entraram em contato com este NOVO SER equilibrado e cheio de propósitos novos.

    Para ajudar o próximo precisamos acima de tudo de amor, coragem e sensibilidade. As mudanças chegam de forma sutil, em pequenas doses... 

    Qual é o objetivo de um terapeuta Holístico? Qual é a sua proposta verdadeira?

    Pensem, quantos terapeutas holísticos morreram no passado ou foram presos, sozinhos sem ajuda e comprometimento do próximo apenas lutando por uma causa altruísta. Estamos no momento em que existe um sindicato forte e com pessoas querendo nos ajudar a erguer o nome de Terapeuta Holístico e colocá-lo no lugar que os do passado, presente e do futuro merece.. Por que então não nos unirmos com um só propósito que é de ajudar o outro, trocar idéias, experiências, informações e fundamentalmente lutar juntos por interesses que são coletivos, diria ainda que seja de todos.

    Pense sempre no próximo sem esperar recompensas, pois a recompensa verdadeira e concreta está intimamente entrelaçada com a nossa INTENÇÃO VERDADEIRA. E esta resposta, como o nosso tratamento, é sutil e fortificada, sendo apenas questão de tempo.

    Não se recebe energia tipo "A" emanando energia tipo "C", o aspecto energético depende da purificação e troca e isso só acontece com mudanças na ação e paciência. Não conseguiremos chegar a ser o que queremos sozinhos, dependemos da energia do outro e só receberemos a energia "A" se tratarmos com Amor ao próximo, isso é troca.

    1 - MATERIAL E METODOLOGIA

    1.1 Material empregado

    • Pêndulo;
    • Ficha de cliente;
    • Pasta com Gráficos de radiônica encontrados no livro A Radiestesia em Terapia Holística (informações no SINTE);
    • MAPA DOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES como o fornecido pelo SINTE;
    • Mapa de Holopuntura fornecido pelo SINTE;

     

    1.2 Métodos

    1.2.1 Estudo da pessoa presente.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente.

    1.2.1 Estudo da pessoa presente

    • Pede-se que o Cliente relaxe e deite na maca;
    • Preencha a ficha do cliente com as informações necessárias para a investigação com o uso do Pêndulo (Radiestesia);
    • Se pega o pêndulo e coloque-o no ponto zero e começa-se a passá-lo pelo corpo do cliente a uma distância de mais ou menos quinze centímetros do corpo na altura do coração, pulmões, baço e pâncreas, rins e fígado etc... No local onde houver predominância da energia estagnada, o pêndulo oscilará em rotações afirmativas seguindo sentido horário;
    • Obtida as respostas afirmativas, anotam-se na ficha do cliente os pontos de desequilíbrio e consulte ao cliente se sente dores ou incômodos no local;
    • Segue-se o atendimento com o uso da Odomertia equilibrando e desbloqueando os chakras de entrada e saída que estiverem desequilibrados;
    • Pergunta-se ao pêndulo quantas voltas ou quantos minutos são necessários para se restabelecer a harmoniae o equilíbrio dos chakras que necessitam da Odomertia;
    • Segue-se o atendimento com o uso do pêndulo para a identificação dos cinco movimentos chineses desequilibrados e o movimento individual do cliente sobre as seguintes partes do corpo: uns três dedosacima da mama esquerda (Coração) - movimentoFogo, no meio do peito- movimento Metal, baço e pâncreas - movimento Terra, rins- movimento Água e fígado- movimento Madeira;.
    • Pergunta-se ao pêndulo quantas voltas ou quantos minutos são necessários para se restabelecer a harmonianaquele Movimento e com o Pendulo girando no sentido horário faça a Odomertia para o equilíbrio do movimento.
    • Próxima etapa é verificar se o cliente encontra-se com Parasitas da energia vital, qual tipo de parasitas e recomendar a melhor forma para a eliminação dos mesmos.
    • Próxima etapa é verificar se algum meridiano se encontra bloqueado no momento e usar técnicas diversas como cromoputura, cromoterapia, Florais, Fitoterápicos etc..
    • Pergunta-se ao pêndulo se são necessárias outras sessões, caso positivo, informa-se ao cliente;
    • Verificar se o cliente necessita do uso da Psicoterapia Holística e ACONSELHAMENTO adequado.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente

    Sabendo-se que os corpos humanos por ser Bioenergético emitem radiações energéticas distintas e peculiar podemos através do uso de testemunhos captarem a freqüência energética de cada cliente como se fossem uma captação de rádio, ou seja, única.

    As células do corpo estão compostas por um núcleo atômico e elétrons e como se compusessem uma central elétrica comum com um sistema bioelétrico circular central que não depende do sistema nervoso central. Se este sistema se altera, chegam-se-se a mudanças morfológicas na célula e, por conseqüência, a desequilíbrio ou dano contínuo do órgão afetado ou os órgãos afetados.

    Quando se cria novamente o potencial enérgico da célula, a "central elétrica Homem" está em equilíbrio de novo. O desequilibrio e a dor desaparecem.

    Muitos estudiosos como o Abade Bouly e outros radiestesistas em suas experiências captaram as radiações de seres infinitamente pequenos como os microrganismos dentro de um organismo. Estas radiações são de uma sutileza grande.

    Chamamos de Radiônica a arte que nos permite  perceber e captar as radiações dos corpos e das matérias a distâncias pequenas ou grandes, utilizando mapas, croquis, fotos, etc.

    Mesmo dentro da Radiestesia, há os céticos que duvidam desta captação.

    O retrato ou foto é uma transmissão vibratória da luz, vinda do corpo fotografado diretamente no filme que captou, condensou e transmitiu as vibrações emitidas pelo corpo.

    Para as vibrações ou radiações que expelem os corpos, não há obstáculos nem distâncias. O tempo e o espaço não existem e como a força de penetração é muito grande, abre passagens e segue adiante.

    Estas radiações são perfeitamente percebidas quando o radiestesista regula e acorda o seu sistema receptor (sistema nervoso) com o comprimento das ondas que a foto ou mapa emite.

    Não há uma explicação formal e científica que possa satisfazer, mas sua exatidão é certa.

    Essas emissões de radiações embora já existissem desde a origem do mundo, somente no século XX, foi possível organizar uma disciplina para estudá-las cientificamente.

    Os animais, sendo animais, não precisaram esperar até o século passado para detectá-las e tirar proveito delas para a sua vida. O sistema nervoso da abelha, organizado para vibrar a uma freqüência determinada, desde sempre soube sentir as flores melíferas a uma grande distância, e captar radiações características da colméia materna.

    Foi demonstrado que as flores melíferas têm exatamente a mesma freqüência vibratória da abelha. Maravilhas do instinto e, sobretudo, maravilhas do Criador.

    Não há dúvida nenhuma que o instinto guia os animais com mais segurança que a inteligência humana, mas é certo também que o cérebro humano tem mais capacidade do que qualquer animal.

    Os animais só detectam as ondas que lhes são essenciais para a vida e para preservar a espécie, e nosso cérebro é como um receptor que detecta e amplia qualquer tipo de onda.

    Detectar uma radiação é por o cérebro em ressonância com um comprimento de onda, escolhido propositalmente, em vista de algum interesse.

    É necessário encontrar um meio de sintonizar somente as ondas do objeto que nos interessa e deixar de lado todas as outras radiações, estabelecendo assim a seleção.

    Cuida-se da pessoa ausente como se cuida da presente, só diferenciando ser a foto ou figura e não o corpo material. Interessante é que esse tipo de terapia pode ser utilizada desde o período intra-uterino até uma idade bastante avançada de cada pessoal.

    1.3  Para Apreciação e conhecimento

    - Como os Cinco Movimentos influenciam a personalidade

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO FOGO

    Pessoas nascidas sob a influência deste movimento são líderes naturais, carismáticas e dinâmicas no falar e no agir. Aventureiros, ambiciosos, impulsivos e sem medo dos riscos, eles possuem enorme capacidade para inspirar os outros a atingir seus objetivos. Sua grande energia e ambição, entretanto, podem também trabalhar contra eles, que correm o risco de se tornar egoístas, desconsiderados e inquietos quando não são capazes de obter o que desejam.

    O calor e o brilho do movimento FOGO atraem naturalmente as pessoas até eles, mas isso também pode ser destrutivo quando não mantido sob controle.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO TERRA

    Os que se enquadram neste movimento são conhecidos por sua natureza pragmática e conservadora. São prudentes com suas finanças, planejadores e administradores eficientes. Confiáveis e metódicos, não são dados a exageros e embelezamentos e podem apresentar as coisas da forma simples como elas são, ou pelo menos como eles as vêem. No lado negativo, podem sofrer de uma certa falta de imaginação e espírito de aventura e podem se tornar muito críticos e excessivamente preocupados em proteger seus próprios interesses.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO METAL

    Os que são controlados pelo Metal são ambiciosos, orientados para o sucesso, determinados e perseverantes. Resolutos e sem hesitação na conduta e na expressão, eles são guiados por sentimentos poderosos e podem, às vezes, ser irracionalmente teimosos e inflexíveis. Têm forte perspicácia financeira (Metal é o elemento associado ao dinheiro) e irão usá-la para aumentar seu apetite por luxo e poder. Voluntariosos e dogmáticos, eles precisam aprender o valor da conciliação e deixar de insistir rigidamente em sempre ter as coisas feitas a sua maneira.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO ÁGUA

    Os regidos pela Água são fluidos como ela. Elas (as águas) mais penetram do que dominam, e, como um rio ou regato, são capazes de se desviar de quaisquer obstáculos em seu caminho através de sua calma e indomável perseverança. São habilidosos, comunicadores, capazes de transmitir idéias e influenciar os outros. Em seu estado negativo, podem ser muito conciliadores e passivos, e se apoiar demais no apoio dos outros. Para obter sucesso, eles devem aprender a ser mais afirmativos e usar ativamente seus poderes de persuasão para transformar seus sonhos e visões em realidade.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO MADEIRA

    Daqueles nascidos sob a influência do movimento Madeira diz-se que possuem elevados padrões morais e defendem o crescimento consistente e a renovação. São extremamente autoconfiantes e progressistas, com habilidades executivas que os capacitam a assumir empreitadas cooperativas de grande porte. Por causa de sua generosidade e de sua capacidade inata e solidária de compreensão dos outros, são capazes de produzir apoio moral e financeiro para todos os empreendimentos com que se comprometam. Sua maior desvantagem é uma tendência entusiástica e excessivamente confiante para assumir mais do que o recomendável e, portanto, correr o risco de nada conquistar.

     

    Sobre o Pêndulo:

    Se você já consegue fazer com que o seu pêndulo diga SIM e Não é hora de adquirir confiança nas suas respostas. Independente de ele estar respondendo a alguma coisa importante, já está a princípio treinado para responder o que você quer. SIM e NÃO são polaridades. Coisas opostas. Você pode portanto utilizar o pêndulo para escolher entre quaisquer pares opostos - sim ou não, positivo ou negativo, masculino ou feminino, ying ou yang, preto ou branco. Basta você indicar por substituição a SIM e NÃO, qual a resposta que se encaixa a cada movimento.

     

    Percepção:

    A percepção é a criação ativa que elaboramos com base no estímulo externo e no referencial interno. Aspas e reticências abrem e fecham o processo perceptivo de cada um. Parece confuso; então pense no seguinte: O que é uma floresta? Um agricultor diz que é uma porção de arvores; já para o caçador é uma reserva de caça; para um perseguido a floresta pode significar um refúgio; na cabeça de uma criança é um lugar desconhecido e misterioso... E todos vivem felizes, cada um com sua idéia fixa sobre a questão. Estão errados? Claro que não, afinal tudo depende da perspectiva do observador, cada um vê as coisas de acordo com seu próprio referencial. Nossa capacidade de perceber, de relembrar e de relatar algo de forma completa e objetiva é muito limitada.

     

    Viver é sentir, mas só saber disso não basta.

     

    Imagine essa situação: estão na esquina parados, um médico, um advogado, um espiritualista e um mecânico, então houve um acidente e os quatros presenciaram.

    Quando foram interrogados sobre o caso, cada um relatou o mesmo acidente de maneira diferente.

    O médico percebeu os ferimentos e a gravidade do acidente.

    O advogado percebeu a posição dos carros e atribuiu a responsabilidade do acidente ao motorista que tentou uma ultrapassagem perigosa.

    O espiritualista percebeu além dos ferimentos físicos das vítimas, os danos emocionais e traumáticos que poderia ter causado tal acidente.

    O mecânico observou a condição dos carros e calculou os custos dos reparos.

     

    Cada observador viu os fatos de acordo com seus interesses e experiências vividas.

     

    É preciso crer para ver. Não, você não entendeu errado, vemos aquilo em que acreditamos. Um exemplo comum que você vai encontrar no seu cotidiano é o chamado efeito Halo (é a possibilidade de que a avaliação de um item possa interferir no julgamento sobre outros fatores, contaminando o resultado geral). Quando temos uma impressão global positiva de alguém temos a tendência de super valorizar o lado positivo e desvalorizar o lado negativo da pessoa. Ao contrario, quando nossa impressão é completamente desfavorável, temos a tendência de supervalorizar os aspectos negativos dela.

     

    Por isso, mesmo que você pense que tem a mente aberta e sem preconceitos e que tem condições de ver todos os lados de uma questão, lembre-se que existe sempre a tendência para manter uma visão estreita da realidade e perder a verdade objetiva.

     

    Antes de tudo então, seja um observador de si mesmo, pois o que vemos é em parte o que existe, mas também é em parte o que somos.

     

    Portanto, pesquise e estude a Radiestesia como ciência e arte. Sua percepção sobre o conhecimento de tudo se expandirá trazendo a tona um ser humano equilibrado e mais justo.

     

     DISCUSSÃO

    O nosso corpo serve como uma antena que capta as vibrações à nossa volta (ou as que queremos ter contato) levando ao cérebro físico que as envia ao inconsciente que, por sua vez fará as pesquisas necessárias e retorná-las-á ao cérebro físico, que produzirá o movimento do pêndulo relativo à resposta de nossa pergunta. O pêndulo nada mais é que um amplificador tanto das energias que captamos através de nosso corpo físico, como das respostas obtidas durante as pesquisas; por tanto, o Trabalho de Terapia Holística com o uso da Radiestesia e Radiônica requer apenas estudos e treinamento para se chegar as respostas mais precisas e corretas.

    Com o uso da Radiestesia podemos equilibrar e melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas, animais, ambientes e outros. A Radiestesia é uma ferramenta importante no trabalho terapêutico e com tempo e dedicação e a percepção teremos avançado e muito na nossa área que é a saúde do individuo.

     

    CONCLUSÃO

     

    "A tendência moderna de separar o todo em partes para melhor análise, por um lado, proporcionou grandes avanços científicos, por outro, dificultou-nos o poder de síntese, a capacidade de entendimento integral.

    Soma-se a isto que várias correntes filosóficas e até religiosas desapercebidamente estimularam a que o CORPO deixasse de ser percebido como sendo EU, estando mais visto como uma "máquina", ou "roupa" que usamos!

    Na visão holística, inexiste separação de corpo, psique e coletivo, tudo é um só ente, o Universo que somos. Tal qual a água manifesta-se ora como sólido, ora como líquido e até mesmo gasoso, nosso EU apresenta-se sob diferentes graus de condensação, desde a mais densa matéria, até o mais sutil pensamento. Assim sendo, aqui não cabe a expressão "meu corpo", mas sim, "EU-Corpo", pois a matéria não é apenas algo que possuímos, mas sim, aquilo que TAMBÉM somos..."

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001.

    - Do que se predomina a Radiestesia e Radiônica.

     

    Utilizando instrumentos específicos, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do nosso campo bioenergético que trabalha com as dimensões vibratórias mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando encontrar possibilidades para corrigir possíveis alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem estar da pessoa.Tudo no universo é uma fonte de energia que ressoa em certa freqüência ou, uma combinação de freqüências com outros elementos. Nosso corpo é feito de um número incontável de átomos e moléculas representando vários elementos. Cada molécula elementar ou átomo ressoa em harmonia com outra, quando estamos em perfeito equilíbrio. Acontece que em todo o momento estamos expostos a energias nocivas, como: ondas de rádios, TV, antenas, energias pessoais, etc... Podem gerar uma serie de desequilíbrios. Elas passam sobre nossos corpos, da mesma forma que somos afetados pela radiação do sol, da lua, da Terra e como sabemos das outras pessoas, porque mesmo pensamentos criam energias que se irradiam através de nossos corpos.O humor e as atitudes de um grupo de pessoas podem afetar-nos se estivermos cientes deles e, formos suficientemente sensitivos.Freqüentemente durante o dia respondemos fisiologicamente, emocionalmente e intelectualmente de alguma forma às diferentes radiações que nos atingem, vindas de várias fontes.Radiestesia é uma excelente ferramenta para ampliar nossas reações sutis que experimentamos. Se usada corretamente, a Radiestesia será uma ferramenta benéfica para a identificação e correção da fonte e transmissão das radiações nocivas existentes.Na realidade, a Radiestesia pode ser dividida em três aspectos:1- Reação física para freqüências e radiações universais de elementos ou combinações de elementos naturais ou artificiais que existem no nosso ambiente físico.2-Reação emocional dos pensamentos, condições e atitudes de outros, individualmente ou coletivamente e, de nós próprios.3- E freqüentemente intuitivamente a eventos que estão fora de nossa percepção linear do tempo, consciência física ou realidade.Com a nossa atitude e conhecimento do assunto que nos dirá definitivamente se seremos bem sucedidos no trabalho de Radiestesia ou não, e o quanto poderemos desenvolver este precioso presente. Devemos tornar-nos humildes e ter força de submetermos nossas percepções e atitudes para mudar, questionar mesmo nossas mais fortes crenças sobre um assunto específico e também ter vontade de corrigir nossas realidades.Para alguns isto será somente um meio de trabalhar com reações ou manifestações físicas, tais como procurar água, minerais e outros assuntos relativos às substâncias do universo. Outras pessoas, como eu, entretanto, podem se sentir confortável em trabalhar em áreas relativas à saúde, emoção e espiritualidade, ou seja, equilíbrio do Ser. O principal instrumento utilizado na Radiestesia é o Pêndulo. Qualquer objeto simétrico suspenso por um fio ou corrente pode ser um pêndulo. Eles podem ter formas esféricas, cônicas, cilíndricas, etc. Os melhores para iniciantes são os pêndulos neutros, isto é, feitos de madeira, baquelita, vidro ou aço inox, pois, possuem polaridades que se anulam entre si. Escolha um pêndulo de preferência neutro que pode ser da cor verde, a cor preta ou a cor natural da madeira ou do material utilizado. Use a sua intuição e escolha um pêndulo que melhor se afine com você e suas propostas de trabalho.Eu pessoalmente gosto de trabalhar com o pêndulo feito com a pedra Olho de Tigre porque me sinto mais seguro e confiante ao utilizar esta pedra.O olho de tigre normalmente é utilizado para proteção em geral, afastar o sentimento da inveja e manter a clareza dos pensamentos. Ele pertence ao grupo do quartzo e sua coloração é amarela dourada até marrom dourado, marrom até marrom enegrecido, opaco.Os efeitos terapêuticos do olho de tigre são: propriedades para o equilíbrio da cabeça, fortalecimento do cérebro, melhora a coordenação dos movimentos do nosso corpo e é excelente coadjuvante para a meditação e relaxamento.Outros instrumentos úteis para os que futuramente se interessarem em aprofundar os seus conhecimentos em Radiestesia, é: o Dual Rod, Aurímetro, o bastão atlante, os cristais, as réguas radiestésicas, o pêndulo Egípcio, o pêndulo cromático, o pêndulo eletromagnético, o pêndulo universal, etc.Procure conhecer e estudar a forma de uso de todos os instrumentos, mas lembre-se o importante é trabalhar e desenvolver o seu processo terapêutico com o instrumento que mais te agrade e te faça se sentir seguro e confortável.  

    Maurício marcial Araújo -CRT 43301

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

    ARESI, Albino. Radiestesia Hidromineral e Medicinal. 1. ed. São Paulo: Editora Mens Sana,1982.

    ATTESHLIS, Dr. Stylianos. Os ensinamentos esotéricos - uma abordagem cristã da verdade. 1. ed. São Paulo: Editora Ground, 1994.

    JAGOT, Paul Clement. A influência à distância - curso prático de telepsiquia - 9. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1999.

    MENDONÇA, Sávio. A Arte de curar pela Radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 1980.

    NIELSEN, Greg. Além do poder dos pêndulos - O ingresso no mundo de energia - 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1998.

    NIELSEN, Greg ; POLANSKY, Joseph. O poder dos pêndulos.13. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1999.

    SAEVARIUS, Dr. E. Manual teórico e prático de Radiestesia. 14. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    SHARP, Damian. O que é Astrologia chinesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 2003.

    TANSLEY, David V. Dimensões da radiônica - Novas técnicas de cura - 10. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1995.

    VIEIRA, Henrique Filho. O Microcosmo Sagrado. 1. ed. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

     

     

     

    Autor: : Maurício Marcial Araújo - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 43301
    Última atualização: 05/06/2011 12:45


    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista

    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA

    Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista


    Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico - CRT 21001

     


    Resumo:

    Milernarmente, os SONHOS são uma forma de contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso os indivíduos recorriam aos Xamãs, ao Sacerdotes, antecessores dos Terapeutas Holísticos, para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, inclusive, divinatórias, por meio de rituais sagrados.

    No ocidente moderno, sua importância foi negligenciada, até o advento da PSICANÁLISE, reencontrando nas teorias de Freud e Jung a sua função de eficaz meio de acesso ao conteúdo inconsciente, aplicando-se a associação livre como um dos instrumentos a trabalhar o conteúdo onírico.

    A TERAPIA HOLÍSTICA une o antigo e o novo em suas melhores qualidades, aproveitando tanto os sonhos espontaneamente recordados, quanto os induzidos via técnicas de relaxamento, toque e exercícios de imaginação ativa.

     

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras.

    Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem "científica-reducionista-elitista" cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem "empírica-holística-acessível" de nossos ancestrais xamãnicos.

    A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do "cientificismo", mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes.

    Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a "alma", desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

    No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se "dissolvem espontaneamente" no decorrer destes procedimentos (método catártico).

    A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

    Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte "inacessível" de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( "eu") e Censor ("juiz" do Ego, o Ego "Idealizado").

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO.

    Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

    Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Especificamente sobre os SONHOS, porém, a Terapia Reichiana pouco abordou, sendo enfatizada a observação do CORPO como o revelador dos aspectos visíveis do mundo inconsciente. Já Freud, autoproclama seu livro A Interpretação dos Sonhos como sua obra mais importante. Por sua vez, a Psicanálise Junguiana seria inimaginável sem a análise do universo onírico dos Clientes.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Interpretação dos Sonhos no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, bem como as técnicas de indução ao "sonho acordado" que já praticavam nossos antecessores, os sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.


    Material e Metodologia:

     

    1. Definições

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

    ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO - procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE - usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal - "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

    LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

    TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    SONHO: Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente. Para as culturas milenares, é o contato com o transcendente, de caráter orientativo e divinatório, com acesso ao divino e até ao mundo dos mortos.


    2. Procedimentos


    ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

     

    Análise de Sonhos:

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ..."o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro"... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as "chaves" transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado "o sono sagrado", onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de "sonho acordado", muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão "científico". Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, "a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma". Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma "auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material "espontâneo" que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a "dramatização", onde a pessoa "encarna", um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura "incorporada". Outra ferramenta de interpretação é a "ampliação" do sonho, onde se é estimulado para "prolongar" o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de "ampliação" é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que "ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico". O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.


    Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

    Do mesmo modo como "evocamos" os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma "lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais "pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram "especializações" funcionais, "desenhando-se" no holograma certos "caminhos" bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa "tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. "Mapeando" esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos "meridianos" de Acupuntura, na China milenar, e os "chacras" na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a "circulação" energética, induzimos à "circulação" das informações psíquicas, ocorrendo os chamados "insights" ("flashs", lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que "digerir", compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro "equilíbrio energético". O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

     

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

     

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

     

    Resultados:

     

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade. Especificamente quanto às vivências oníricas e análises dos SONHOS, foram objetos de grande atenção, ocupando boa parte dos atendimentos, tornando-se o fator mais significativo na produção de INSIGHTS percebidos como de grande importância emocional e motivacional na vida dos Clientes.


    Discussão:

     

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a "imitar" o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE - Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.


    Conclusões:


    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    A análise dos SONHOS, sejam os espontaneamente lembrados, sejam os induzidos por técnicas vivenciais se traduziram nos momentos mais surpreendentes e reveladores destes meus quase 25 anos de Terapia.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui a interpretação dos sonhos, regressão, progressão, vivências, etc...). A própria tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.


    Referências bibliográficas:


    "O Corpo Fala" - Pierre Weil e Roland Tompakow - Editora Vozes;

    "Counseling, Santé et Développement" em www.counselingvih.org;

    "Florais de Bach - Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica" - Henrique Vieira Filho - Editora Pensamento;

    "Jung e Reich - O Corpo Como Sombra" - Jonh P. Conger - Summus Editorial;

    "O Microcosmo Sagrado" - 2a Edição - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Orgônio, Reich e Eros" - W. Edward Mann - Summus Editorial;

    "O Processo de Aconselhamento" - Paterson / Einsenberg - Martins Fontes 1988;

    "Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung" - Reis, Magalhães e Gonçalves - EPU - Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

    "Tutorial Terapia Holística" - Henrique Vieira Filho - SinteBooks.

    "Interpretação dos Sonhos: Ed. Comemorativa - 100 Anos" - Sigmudn Freud - Editora: Imago;

    "Psicoterapia Holística" - - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    Anexos e Apêndices:

     

    1) Textos selecionados da obra "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    O sonho só é estudado aqui como veí­culo e criador de símbolos. Manifesta tam­bém a natureza complexa, representativa, emotiva, vetorial do símbolo, assim como as dificuldades de uma interpretação justa. A maior parte dos elementos deste verbete são aplicáveis ao conjunto dos símbolos, e u cada um em particular, pois todo símbolo participa do sonho e vice-versa.

    A parcela de sonho

    Segundo as mais recentes pesquisas científicas, um homem de 60 anos teria sonha­do, dormindo, um mínimo de cinco anos. Se o sono ocupa um terço da vida, aproxi­madamente 25% do sono é atravessado por sonhos: o sonho noturno ocupa, portanto, um duodécimo da existência entre a maioria dos homens. Que dizer do sonho acordado e do devaneio diurno que se acrescentam a esta parcela já impressionante!

    Sobre o sonho, Frédéric Gaussen disse muito bem: símbolo da aventura indivi­dual, tão profundamente alojado na intimi­dade da consciência que se subtrai a seu próprio criador, o sonho nos aparece como a expressão mais secreta e mais impudica de nós mesmos. Ao menos duas horas por noite vivemos neste mundo onírico dos símbolos. Que fonte de conhecimentos so­bre nós próprios e sobre a humanidade, se pudéssemos sempre recordá-los e interpre­tá-los! A interpretação dos sonhos, disse Freud, é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma. Também as chaves dos sonhos se multiplicaram desde a antiguidade. Hoje em dia, a psicanálise as substituiu.

    O fenômeno do sonho

    As idéias sobre o sonho, como sobre o símbolo, evoluíram muito e não temos por que fazer o histórico dessa evolução. Mas mesmo hoje em dia, os especialistas ainda estão divididos a respeito. Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente; para J. Sutter, esta é a menos interpretativa das defini­ções, o sonho é um fenômeno psicológico que se produz durante o sono, constituído por uma série de imagens cujo desenrolamento representa um drama mais ou meios concatenado.

    O sonho se subtrai, portanto, à vontade e à responsabilidade do homem, em virtude de sua dramaturgia noturna ser espontânea e incontrolada. É por isso que o homem vive o drama sonhado, como se ele existisse realmente fora de sua imaginação. A consciência das realidades se obli­tera, o sentimento de identidade se aliena e se dissolve. Tchuang-tcheu não sabe mais se foi Tcheu que sonhou que era uma bor­boleta ou se foi a borboleta que sonhou que era Tcheu. Se um artesão, escreve Pas­cal, tivesse certeza de sonhar todas as noi­tes, durante doze horas que era o rei, creio que seria tão feliz quanto um rei que so­nhasse todas as noite, durante doze horas, que era um artesão. Sintetizando o pensa­mento de Jung, Roland Cahen escreve: O sonho é a expressão desta atividade men­tal que está viva em nós, que pensa, sente, experimenta, especula, à margem de nossa atividade diurna, e em todos os níveis, do plano mais biológico ao plano mais espi­ritual do ser, sem que o saibamos. Mani­festando uma corrente psíquica subjacente e as necessidades de um programa vital inscrito no mais profundo do ser, o sonho exprime as aspirações profundas do indi­víduo e, portanto, será para nós uma fonte infinitamente preciosa de informações de toda ordem.

    Classificação dos sonhos

    O Egito antigo atribuía aos sonhos um valor sobretudo premonitório: O deus criou os sonhos para indicar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o fututro, diz um livro de sabedoria. Sacerdotes-leitores, escribas sagrados ou onirólogos interpretavam nos templos os símbolos dos sonhos, segundo chaves transmitidas de era em era. A oniromancia, ou a divinação por meio dos sonhos, era prati­cada em todos os lugares.

    Para os negritos das ilhas Andamã, os sonhos são produzidos pela alma, que é considerada como a parte maléfica do ser. Sai pelo nariz e realiza fora do corpo as proezas de que o homem toma consciência em sonho.

    Para todos os índios da América do Nor­te, o sonho é o signo final e decisivo da experiência. Os sonhos estão na origem das liturgias; estabelecem a escolha dos sacer­dotes e conferem a qualidade de xamã; é deles que provêm a ciência médica, o nome que se dará às crianças, e os tabus; eles ordenam as guerras, as caçadas, as conde­nações à morte e a ajuda a ser ministrada; só eles compreendem a obscuridade escatológica. Enfim o sonho... confirma a tradição: é o selo da legalidade k da autori­dade.

    Para os bantus do Kasai (bacia congolesa), certos sonhos são produzidos pelas almas que se separam do corpo durante o sono e vão conversar com as almas dos mortos. Esses sonhos têm um caráter premonitório referente à pessoa, ou então podem consistir em verdadeiras men­sagens dos mortos aos vivos, que interes­sam a toda a comunidade.

    (Sobre o papel dos sonhos e sobre sua interpretação nas civilizações orientais, po­de-se consultar a erudita obra coletiva SOUS; e sobre exemplos de sonhos histó­ricos célebres, religiosos, políticos e cultu­rais).

    Os exemplos de sonhos são inumeráveis; tentou-se diversas vezes classificá-los. As pesquisas analíticas, etnológicas e parapsicológicas dividiram os sonhos noturnos, para facilitar o estudo, em um certo núme­ro de categorias:

    1.  o sonho profético ou didático, aviso mais ou menos disfarçado sobre um acon­tecimento crítico, passado, presente ou fu­turo; sua origem é freqüentemente atribuí­da a uma força celeste;

    2.  o  sonho  iniciatório  do  xamã  ou do budista tibetano de Bardo-Todol, carregado de eficácia mágica e destinado a introduzir o homem num outro mundo por meio de um conhecimento e de uma viagem imagi­nários;

    3.  o sonho telepático, que estabelece co­municação com o pensamento e os senti­mentos de pessoas ou de grupos distantes;

    4.  o sonho visionário, que transporta ao que H.  Corbin chama  de  o  mundo  das imagens, e que pressupõe no ser humano, num  certo  nível  de  consciência,  poderes que nossa civilização ocidental talvez tenha atrofiado ou paralisado, poderes sobre os quais H. Corbin encontra testemunhos en­tre os místicos iranianos; trata-se aqui, não de presságio, nem de viagem, mas de visão;

    5.  o sonho pressentimento, que pressente e privilegia uma possibilidade entre mil...

    6.  o sonho mitológico, que reproduz al­gum grande arquétipo e reflete uma angús­tia fundamental e universal.

     

    Guardadas todas as proporções, o sonho acordado pode ser comparado ao sonho no­turno, tanto pelos símbolos que coloca em ação, como pelas funções psíquicas que é capaz de cumprir. Maria Zambrano mostra, ao mesmo tempo, seu risco e suas vanta­gens: Na vigília, o sonho apodera-se imperceptivelmente da pessoa e engendra um certo esquecimento, ou antes Uma lembran­ça cujo contorno se transfere a um plano da consciência que não pode acolhê-lo. O sonho torna-se então germe de obsessão, de mudança da realidade. Ao contrário, se é transferido a um plano adequado da consciência, ao lugar onde a consciência e a alma entram em simbiose, torna-se forma de criação, tanto no processo da vida pes­soal, como na realização de uma obra.

    A prática psicoterápica do sonho acor­dado engendrou a onirotécnica. Derivada dos trabalhos de Galton e Binet, das expe­riências de Desoille, de Guillerez e de Caslant, desenvolvida e aperfeiçoada por Frétigny e Virei até o onirodrama, esta técnica consiste num devaneio dirigido, a partir de uma imagem ou de um tema sugerido pelo intérprete e geralmente tirados dos símbo­los de ascensão e queda. Ela utiliza a fa­culdade que o homem possui, quando co­locado em estado de hipovigília de viver um universo arcaico de cuja existência nem suspeita quando acordado e do qual o so­nho noturno dá apenas uma ideia muito infiel e desalinhavada.

    A técnica comporta um primeiro tempo de relaxamento cientificamente conduzido, devendo chegar à aparição de ondas eletroencefalográficas alfa. O sujeito recebe a instrução de verbalizar simultaneamente as imagens que lhe aparecerem e os estados que experimenta. A experiência mostra que estes estados são vividos, isto ê, que o su­jeito tem um Eu Corpóreo Imaginário e que age num mundo visionário sobre o qual projeta as estruturas de seu Eu arcaico. Se, neste ponto da experiência, o ope­rador propõe uma imagem indutora ou su­gere uma ação imaginária, o sujeito vai integrar a sugestão no universo em que vive e desenvolver as suas conseqüências, segundo o modo simbólico próprio a este universo. Por este meio e alguns outros, vê-se surgir, no sujeito menos predisposto à fantasia ou à compreensão poética, seqüências de imagens e situações que po­dem ser, em todos os pontos, sobrepostas aos dados da mitologia ou da psicossociologia dos estados mais primitivos da huma­nidade.

    Funções do sonho

    O sonho é tão necessário ao equilíbrio biológico e mental como o sono, o oxigênio e uma alimentação sadia. Alternativamen­te relaxamento e tensão do psiquismo, ele cumpre uma função vital; a morte ou a demência podem ser o resultado de uma falta total de sonhos. Serve de exutório a impulsos reprimidos durante o dia, faz emergir problemas a serem resolvidos, e, ao representá-los, sugere soluções. Sua fun­ção seletiva, como a da memória, alivia a vida consciente. Mas desempenha ainda um papel de uma profundidade bem diferente.

    O sonho é um dos melhores agentes de informação sobre o estado psíquico de quem sonha. Fornece-lhe, num símbolo vivo, um quadro de sua situação existen­cial presente: ele é para quem sonha uma imagem freqüentemente insuspeitada de si mesmo; é um revelador do ego e do self. Mas ao mesmo tempo os dissimula, exata-mente como um símbolo, sob imagens de seres distintos do sujeito. Os processos de identificação não são controláveis no so­nho. O sujeito se projeta na imagem de um outro ser: aliena-se, identificando-se com o outro. Pode ser representado com traços que não têm aparentemente nada em co­mum com ele, homem ou mulher, animal ou planta, veículo ou planeta etc. Um dos papéis da análise onírica ou simbólica é desvendar essas identificações e descobrir suas causas e fins; tem como finalidade res­tituir a pessoa à sua identidade própria, descobrindo o sentido de suas alienações.

    O papel do sonho, talvez o mais funda­mental, é estabelecer no psiquismo de uma pessoa uma espécie de equilíbrio compen­sador. Ele assegura uma auto-regulação psicobiológica. A carência de sonhos cria de­sequilíbrios mentais, assim como a carência de proteínas animais provoca perturbações fisiológicas. Esta função biológica do so­nho, confirmada pelas mais recentes expe­riências científicas, não deixa de ter conseqüências sobre a própria interpretação, que pode então evocar a lei das relações complementares. O intérprete procurará com efeito a relação de complementação entre a situação consciente vivida, objetiva, do sonhador e as imagens de seu sonho. Porque existe, escreve Roland Cahen, uma relação de contrapeso (de balança) real­mente dinâmica, entre o consciente e o in­consciente, manifestada na atualidade de sua movimentação pelo sonho. . . Os de­sejos, as angústias, as defesas, as aspirações (e as frustrações) do consciente encontra­rão nas imagens oníricas bem compreendi­das uma compensação salutar e, conseqüentemente, correções essenciais. O drama onírico pode conceder o que a vida exterior recusa e revelar o es­tado de satisfação ou insatisfação em que se encontra a capacidade energética (libi­do) do sujeito. Mas, às vezes, a distância entre o sonho e a realidade é tal que adqui­re um caráter patológico e deixa transpa­recer na própria libido um descomedimen­to que nada consegue compensar. Deve-se observar que nos casos normais a compen­sação se produzia, nas perspectivas de Freud, segundo uma linha horizontal, isto é, no mesmo nível da sexualidade, en­quanto, segundo Jung, todo equilíbrio psi­cológico do ser se faz, entre seus planos conscientes e seus planos inconscientes, na dimensão da verticalidade, tal como, num veleiro, o equilíbrio entre a vela e a quilha. No mesmo sentido, para o Dr. Guillerey, toda perturbação psíquica cor­respondia a uma atividade superior entra­vada, e o apelo do herói, no sentido bergsoniano do termo, cumpriria uma função não apenas moral, mas terapêutica, de sal­vamento.

    O sonho, enfim, acelera os processos de individualização que regem a evolução de ascensão e integração do homem. Em seu nível, já tem uma função totalizadora. A análise, como veremos, permitirá que entre em comunicação quase regular com a cons­ciência e desempenhe então um papel de criador de integração em todos os níveis. Não apenas exprimirá a totalidade do ser, mas contribuirá para formá-la.

    Análise do sonho

    A análise dos símbolos oníricos baseia-se em triplo exame: o do conteúdo do sonho (as imagens e sua dramaturgia); o da es­trutura do sonho (em diversas imagens, um conjunto formal de relações de um certo tipo); o do sentido do sonho (sua orienta­ção, sua finalidade, sua intenção). Os prin­cípios de interpretação da análise se apli­cariam aliás a todos os símbolos e não só aos dos sonhos, e, em especial, aos que se exprimem nas mitologias. O sonho pode ser concebido como uma mitologia perso­nalizada.

    O conteúdo do sonho, isto é, a fantas­magoria puramente descritiva, procede do cinco tipos de operações espontâneas: uma elaboração dos dados do inconsciente para transformá-lo cm imagens efetivas; uma condensação de múltiplos elementos numa imagem ou numa seqüência de imagens; um deslocamento ou uma transferência da afetividade para estas imagens de substituição, por meio de identificação, repressão ou sublimação; uma dramatização des­te conjunto de imagens e cargas afetivas numa fatia de vida mais ou menos intensa; enfim, uma simbolização que oculta sob as imagens do sonho realidades diferentes das que são diretamente representadas. No meio dessas formas disfarçadas por tantas operações inconscientes, a análise onírica deverá pesquisar o conteúdo latente dessas expressões psíquicas, que encobrem opres­sões, necessidades e pulsões, ambivalências, conflitos ou aspirações que se escondem nas profundezas da alma. O conteúdo do sonho compreende não apenas as representações e sua dinâmica, mas também sua totalidade, isto é, a carga emotiva e ansiosa que as afeta.

    Fantasmagorias diversas podem encobrir estruturas idênticas, isto é, conjuntos ar­ranjados e articulados segundo o mesmo esquema profundo; inversamente, imagens semelhantes podem aparecer em estruturas diferentes. Numerosos confrontos de ima­gens e de situações sonhadas testemunha­ram uma espécie de temática constante, isto é, um conjunto de esquemas eidolomotores, onde séries de imagens diferentes revelam uma mesma orientação, mesmos sentimentos, mesmas preocupações, bem tomo a existência de uma rede de comuni­cação interna de uma mesma estrutura en­tre os diversos níveis e as diversas pulsões do psiquismo. É possível assim julgar-se o conteúdo latente do sonho. Roger Bastide anota no seu diário: Começo a me tornar africano. Esta noite sonhei com Ogum (deus ioruba do ferro e dos ferreiros). . . um psicanalista teria todas as condições de me mostrar que não fiz mais que trocar de símbolo, que Ogum desempenha exata-mente o mesmo papel nas minhas noites africanas que aquele outro personagem de meus sonhos da Europa. Sob a diversidade dos conteúdos, seria exatamente a mesma estrutura fundamental que apareceria a um analista. Deixaremos pois de lado a materialidade das imagens dos sonhos para ir buscar us estruturas que as enformam. Freud pensava que todos os sonhos de uma mesma noite pertencem a  um mesmo conjunto.

    Esta estrutura do sonho é concebida ge­ralmente como um drama em quatro atos, no qual atua um aparato imaginário que pode variar consideravelmente, embora y quadro subjacente permaneça o menino Roland Cahen resume assim esses quatro atos:

    1.  sua exposição e suas personagens, seu lugar geográfico, sua época, seus cenários;

    2.  a ação que aí se anuncia e se desen­volve;

    3.  a peripécia do drama;

    4.  este drama evolui para seu término, sua solução, sua lyse, repouso, indicação ou conclusão.

    O que complica ainda essa estrutura é que ela deve ser explorada em diferentes níveis, que não deixam de ter interferên­cias entre si. A nível profundo, serão en­contrados problemas metafísicos, que sim­bolizam mais ou menos diretamente us angustiantes questões da ontogênese ou do vida depois da morte. No plano médio, as preocupações sexuais exprimem-se no meio dos símbolos que, de um modo geral, a individualização da adolescência gera. A nível superficial, aparecerão sob uma for­ma simbólica, mais ou menos inacabada, aliás, as preocupações do indivíduo isolado pela complexidade da civilização e equivocando-se sobre as causas de suas dificul­dades de adaptação.

    No meio de todos esses mundos de sím­bolos que, assim classificados, se articulam segundo uma analogia bastante límpida, alguns eixos privilegiados se desenham, por outro lado, com bastante clareza, tais co­mo: a relação quase constante entre a ascensão e a luz (Caslant-Desoille); entre a integração e o calor (Frétigny-Virel). Deve-se notar também as grandes direções analógicas da centralização (Godel), da direita e da esquerda. Essas redes de coordenadas e outras que têm um valor puramente ex­perimental formariam um código de esquemas eidolomotores, graças ao qual se poderia explorar o simbolismo onírico de um modo relativamente científico.

    Enfim, todo sonho possui um sentido. Esse sentido pode ser buscado lá atrás, na causa do sonho: é o método freudiano, etiológico e retrospectivo. Ou adiante: é o método junguiano, Ideológico ou prospec­tivo. Os sonhos, diz Jung, são amiúde an­tecipações que perdem todo o seu sentido se examinadas de um ponto de vista pura­mente causal.

    O sonho, como todo processo vivo, é não somente uma seqüência causal mas também um processo orientado para um fim. ... pode-se pois exigir do sonho - que é uma autodescrição do processo da vida psíquica - indicações sobre as causas objetivas da vida psíquica e sobre as ten­dências objetivas desta. Em lugar de se situar sob a dependência de um consciente que a precede, como acon­tece com a função compensadora, a função prospectiva do sonho se apresenta, ao contrário, sob a forma de uma antecipação, nascida no inconsciente, da atividade cons­ciente futura; ela evoca um esboço prepa­ratório, um bosquejo de grandes linhas, um projeto de plano executivo. Mas essa orientação para um fim é expressa sob a forma de símbolos, e não com a clareza descritiva de um filme de aventuras ou de um encadeamento conceitual.

    Comparando o sonho às construções ima­ginárias feitas em estado de vigília, Edgar Morin estima que: todo sonho é uma rea­lização irreal, mas aspira à realização prá­tica. É por isso que as utopias sociais pre­figuram as sociedades futuras, as alquimias prefiguram as químicas, as asas de Ícaro prefiguram as asas do avião. Cada sonho, dirá Adler, tende a criar o ambiente mais favorável a um objetivo dis­tante. Esta finalidade do sonho é distinta do sonho premonitório dos Antigos: ela não anuncia um acontecimento futuro, re­vela e libera uma energia que tende a criar o acontecimento. É a grande diferença entre o profético e o que se pode prever, entre o divinatório e o operacional. O sonho é uma preparação para a vida (Moeder); o futuro é conquistado em sonhos, antes de ser conquistado nas experiências (de Becker, a propósito de Gaston Bachelard). O sonho é o prelúdio da vida ativa.

    Interpretação

    - O sonhador está no âmago de seu so­nho. Não se deve esperar deste verbete uma chave dos sonhos. Toda esta reunião de símbolos, sejam eles astecas, bantos ou chineses, pôde servir à interpretação dos sonhos. Mas por mais útil que seja, não seria suficiente. O sonho anima e combina imagens carregadas de afetividade: sua lin­guagem é exatamente a dos símbolos. Mas a arte de interpretá-los não depende apenas de regras, procedimentos ou significações codificados e aplicados mecanicamente. É necessária uma compreensão ao mesmo tempo íntima e ampla. O sonhador que possuir este livro poderá ler, nos verbetes que correspondem às imagens de seus so­nhos, os valores simbólicos que são ligados a essas imagens. Nos sonhos, esses valores são fundamentalmente os mesmos que apa­recem nas artes plásticas, na literatura ou nos mitos; como em toda parte, porém, estão em simbiose com outros e especial­mente com um meio psíquico, pessoal e social, portador também de símbolos. É a síntese de todos esses elementos que, a par­tir das luzes dispersadas aqui e ali neste livro, conduzirá o leitor a uma justa in­terpretação de sua experiência e, em geral, de sua vida a nível do imaginário ou da construção de imagens. A verdadeira cha­ve dos sonhos está no molde dos símbolos, percebidos ou despercebidos, mas sempre vivazes no inconsciente. É através de si mesmo que o leitor compreenderá o senti­do dos símbolos evocados neste livro, assim como também o sentido dos sonhos. Ê preciso não esquecer, escreve C. G. Jung, que se sonha em primeiro lugar, e quase exclusivamente, consigo mesmo e através de si mesmo. O célebre analista opõe jus­tamente à interpretação dos sonhos no pla­no do objeto, que seria causal e mecânica, a interpretação no plano do sujeito. Esta estabelece uma relação entre a psicologia do próprio sonhador e cada elemento do sonho, como por exemplo cada uma das pessoas atuantes que nele figuram. Cada uma é como que um símbolo do sujeito. O primeiro tipo de interpretação é analí­tico: decompõe o conteúdo do sonho em sua trama complexa de reminiscências, de lembranças que são o eco de condições ex­teriores. A interpretação do segundo tipo é, ao contrário, sintética: na medida em que separa das causas contingentes os complexos de reminiscências e os apresenta co­mo tendências ou componentes do sujeito, ao qual, por proceder desse modo, os in­tegra de novo. Nesse caso, todos os conteúdos do sonho são considerados como símbolos de conteúdos subjetivos. Poder-se-ia dizer de toda percepção aprofundada e vivida de um valor simbó­lico - que só se realiza evidentemente no plano do sujeito - o que Jung diz do sonhou se acaso nosso sonho reproduz algumas representações, essas são antes de tudo nossas representações, para cuja ela­boração a totalidade de nosso ser contri­buiu; são fatores subjetivos que no sonho (como na percepção do símbolo) se agru­pam de tal ou tal modo, exprimindo tal ou tal sentido, não por motivos exteriores (apenas), mas pelos movimentos mais sutis de nossa alma. Toda esta gênese é essen­cialmente subjetiva, e o sonho é o teatro onde o sonhador é ao mesmo tempo o ator, a cena, o ponto, o diretor, o autor, o pú­blico e o crítico. O sonho do homem é uma manifestação -cósmica e às vezes uma teofania, como um sonho da natureza no homem e um sonho dele so­bre a natureza (Raymond de Becker), ou, segundo os Antigos, um signo de Deus nele e um sinal dele a Deus. As pulsações vin­das dos três níveis do universo e do Ser se conjugam no sonho.

    - O sonhador está no âmago da histó­ria. A interpretação dos símbolos oníricos exige que cada um dos três elementos da análise seja remetido a um contexto, escla­recido por associações espontâneas e, se possível, ampliado, como se fosse uma am­pliação fotográfica.

    A primeira regra, a do contexto, coloca-nos de sobreaviso contra a interpretação de um sonho isolado. Se convém escutar o relato de um sonho, feito com toda a precisão desejável, não é menos necessário conhecer vários sonhos do mesmo sujeito, sonhos ocorridos numa data próxima, de­pois em datas diversas e em lugares di­versos; um sonho faz parte de todo um conjunto imaginativo, é apenas uma cena num grande drama de cem atos diversos. Não se trata de confundir ou sobrepor essas cenas, mas de julgar suas articula­ções. Este contexto implica igualmente o conhecimento do próprio sonhador, de sua própria história, de sua consciência, da idéia que tem de si mesmo e de sua situa­ção. Porque sua vida imaginária é, ...ela própria, parte de um conjunto, que é a vida total da pessoa em sociedade. Esta exigência leva igualmente a se pesquisar os í m b lentes em que o sujeito age c que rea­gem sobre ele. Apesar de sua aparência desalinhavada, o sonho inscreve-se numa continuidade. A interpretação dos símbo­los, noturnos ou diurnos, é uma cadeia sem fim de relações. A inteligência do imaginário não é um simples caso de imagi­nação.

    -  O recurso às associações. A associação acrescenta ao estudo do contexto, de certo modo objetivo, o do contexto subjetivo. O sonhador é convidado a exprimir espontaneamente tudo o que as imagens, u» cores, os gestos, as palavras de seu sonho, tomadas isoladamente ou em grupo, evo­cam nele. É uma ocasião em que ele pode manifestar laços que estavam apenas laten­tes, laços emotivos ou imaginativos insuspeitados.   Essas   associações   são   capitais para   a  interpretação   dos   símbolos,   mas são freqüentemente frágeis, artificiais, mais ou menos desejadas, deformantes e aberrantes, em suma, necessitam de muita cau­tela.

    -  Os bastidores do sonho. A ampliação consiste em  dar  ao  sonho  analisado  seu máximo de ressonância. Chega-se a isso por associações espontâneas do sujeito, ou ins­tando-se para que ele prolongue, continue a cena do sonho, como faria a partir de um dado  vivido no estado de  vigília. A ampliação voluntária pode ser do tipo acor­dado, com um mínimo de controle, ou do tipo do sonho conscientemente dirigido. P, possível, certamente, que ela provoque uma ruptura   de   sentido;   mas   freqüentemente também esclarecerá o sentido do sonho e suas ambigüidades, assim como  as linhas prolongadas   de   um   triângulo   miniatura mostram melhor  o  seu  desenho e como uma projeção ampliada revela melhor um cristal de neve ou os veios de um mármo­re. Se essa ampliação da linha do sonho, feita pelo sujeito, ainda não é o suficiente para decifrar os símbolos, existe uma outra ampliação na qual o intérprete toma a ini­ciativa, recorrendo com uma prudente cir­cunspecção ao imenso tesouro das diversas ciências humanas. Estes paralelos históricos, sociológicos, mitológicos, etnológicos, tirados tanto do folclore como da história das religiões, permitem relacionar o conteúdo do sonho, privado de associações, ao patrimônio psíquico e humano geral. Este tipo de  ampliação é característico da escola de Jung e, manipulado com uma sábia reserva, decifrou mais de um enigma. Num ensaio de socio­logia do sonho, Roger Bastide mostra bem este arraigamento social do imaginário: Etnólogos mostraram claramente o que se poderia chamar de os bastidores dos so­nhos: o sonhador vai procurar todos os aparatos de seus sonhos na vasta panóplia de representações coletivas que sua civili­zação lhe fornece, o que faz com que a porta esteja sempre aberta entre as duas metades da vida do homem, que mudan­ças incessantes se efetuem entre o sonho c o mito, entre as ficções individuais e as restrições sociais, que o cultural penetre no psíquico e que o psíquico se inscreva no cultural.

    Sonho e símbolo, princípios de integração

    A interpretação do sonho, como a decriptação do símbolo, não são apenas res­postas a uma curiosidade do espírito. Ele­vam a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Só por esta qualificação, e no plano do psiquismo mais normal, a análise onírica ou simbólica é uma das vias de integração da personali­dade. O homem mais bem esclarecido e equilibrado tende a substituir o homem despedaçado entre seus desejos, suas aspi­rações e suas dúvidas, e que não se com­preende a si próprio. O professor C. A. Meier, que Roland Cahen cita, diz com razão: a síntese da atividade psíquica cons­ciente e da atividade psíquica inconsciente constitui a própria essência do trabalho mental criador.


    2)A História da Terapia Holística

    "Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos"

    (paráfrase sobre texto de 1986,

    do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico - de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico - de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por "sincronicidades", por "sinais", cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este "status", o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os "iniciados" compreendiam as "instruções" incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História "ocidentalizada" registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem "científica", ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro "médico", já que estabeleceu "doenças" como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo "desmembramento de seus componentes". Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de "doenças" que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

    trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este "movimento separatista elitizado", continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem "científica" e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o "consolo espiritual" da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência "exata"...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a "desumanização" do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte --importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva - da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas - a história, a filosofia, a literatura e a psicologia - não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de "A (re)humanização da medicina",

    de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

    e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada "Revolução Aquariana". Movimentos "hippies", de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura "científica", onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais "científico". Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas "traduzidas" para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.


    3) Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Jung, Freud e o Cálice Terapêutico - Ilustração de Henrique Vieira Filho

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje... A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:
    *
    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho



    Estruturas da Psique:
    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente: CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento; PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência; INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo. As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada. Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia. A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos. M

    uitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras. Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo. A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições.

    Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística. Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas. Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas". De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente. Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.
    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva.

    Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação (assista a vídeo-aula sobre Psicoterapia Junguiana em Vídeo Aula - Introdução à Psicoterapia ).

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta...

    Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves. Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos. A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos... A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora "explicações", "boas razões", para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa. A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava. A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça". 5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes. A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...". 6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema. A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...". 7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico... A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...". 8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida... A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão. Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento. Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br (11) 3171-1193

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 07/06/2011 10:44


    OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS

    OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS  


      Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989 

    EPÍGRAFE  

    "Navegar é preciso, viver não é preciso"

                                   Fernando Pessoa. 

    "Viajar é preciso, viver não é preciso" 

                      DEDICATÓRIA 

            Dedico este trabalho a minha filha Giulia Beatriz Torres Marquezini, principal personagem de minha Lenda Pessoal. 

    AGRADECIMENTOS 

    Agradeço a Deus, aos meus mentores espirituais, aos ciganos: Rosa e Simão, a todos de minha família cármica e aos clientes e amigos que fazem parte da Teia de Minha Vida.  

    Agradeço a amigos Mestres de meu caminho como Facelucia Barros Côrtes de Souza sempre disposta a me ajudar nas bifurcações e nas certezas da minha Trilha da Vida. 

    SUMÁRIO                                                                      

    1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. pg.8 

    1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia.....................................................pg.9 

    1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e

    Intervenção Sincronística..............................................................................................pg.12 

    1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de

    Autoconhecimento..........................................................................................................pg.13 

    2. METODOLOGIA...............................................................................................pg.14 

    3. DISCUSSÕES ...........................................................................................................pg.15 

    4. RESULTADOS .................................................................................................pg.16 

    5. CONCLUSÃO..................................................................................................pg.17 

    6. REFERÊNCIAS ...............................................................................................pg.18 

    RESUMO 

    Novo método de mudanças pessoais e empresariais é proposto utilizando práticas terapêutica sincronistas. O método está fundamentado, neste trabalho, através das teorias de Carl Gustav Jung, da Física Quântica da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia, nas discussões de Fritjof Capra, mas está baseado, também, no empirismo e na instrumentação do Tarô como oráculo. A metodologia consiste em utilizar consultas, cursos, visitações e viagens dos arquétipos, de forma integrada e natural que facilitem o autoconhecimento. Espera-se como resultado um processo de aprendizagem e autoconhecimento com interesses objetivando aprender a aprender e no aprender a ensinar através de momentos lúdicos, elevando a consciência de grupo e disseminar o respeito para com o objeto de visitação.  


    PALAVRAS CHAVE 

    Sincronicidade. Inconsciente Coletivo. Arquétipos. Insights. Física Quântica. Teoria dos Sistemas. Holismo. Ecologia. Tarô. Viagens. 

                                                                                                                                          8

    1. INTRODUÇÃO 

    Este trabalho visa apresentar uma nova metodologia baseada em conhecimento prático em Tarô Mitológico, roteiros turísticos e culturais com fundamentação teórica em Filosofia, Psicologia e Física, Holismo e Ecologia, para o autoconhecimento pessoal e empresarial, conforme descrito a seguir.

    Ele se baseia, sobretudo, nas práticas aleatórias ou induzidas realizadas, ao longo de 17 anos, utilizando como instrumentos de autoconhecimento, o Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua e os roteiros turísticos e culturais: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru - Formação da Cidade do Salvador.

    No primeiro item serão apresentadas as práticas fundamentadas em conceitos da Teoria da Sincronicidade e também dos conceitos de Inconsciente Coletivo, Arquétipos e Insights de Carl Gustav Jung, da Física Quântica, da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia na visão de Fritjof Capra, que serão discutidas, traçando um estudo cronológico de tendências dos pensamentos filosóficos e científicos.

    Em segundo item será avaliado o Tarô, seus arquétipos, a simbologia e a os fenômenos sincronísticos, aliados a uma breve avaliação de marcos históricos e religiosos que validam a importância dos deslocamentos (passeios e viagem), como componentes de autoconhecimento.

    A metodologia é a práxis do autoconhecimento e desenvolvimento de pessoas e empresas, onde serão associados os conceitos do primeiro capítulo e "arquetipizados" os atores, conteúdos, integrados aos lugares visitados. Os resultados são baseados nesta prática dos conceitos discutidos.

    A idéia é contribuir para visão holística do mundo contemporâneo e tornar esta prática reconhecida no sistema das terapias da sincronicidade. 

    1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria Dos Sistemas, Holismo e Ecologia. 

    Após o mundo mágico dos tempos antigos, a filosofia aristotélica e teologia cristã que marcaram o período medieval, as teorias cartesianas e mecanicistas, trouxeram, sob a ótica das ciências, a individualização, a separatividade e a redução do sujeito, como sintetizado abaixo:

                "Nos séculos XVI e XVII a visão de mundo medieval, baseada na filosofia aristotélica e na teologia cristâ, mudou radicalmente. A noção de um universo orgânico, vivo e espiritual foi substituída pela noção do mundo como uma máquina, e a máquina do mundo tornou-se a metáfora dominante da era moderna. Essa mudança radical foi realizada pelas novas descobertas em física, astronomia e matemática, conhecidas como Revolução Científica e associadas aos nomes de Copérnico, Galileu, Descartes, Bacon e Newton. Galileu Galilei expulsou a qualidade da ciência, restringindo esta última ao estudo dos fenômenos que podiam ser medidos e quantificados." (CAPRA, Teia da Vida, 1996). 

    Com a Revolução Científica a qualidade desaparece da análise, os fenômenos passam a ser medidos e quantificados. Os cincos sentidos, a estética, a ética, a alma, a consciência e o espírito são extintos (LAING apud CAPRA, 1996). O pensamento analítico de Descartés, com os fenômenos sendo analisados em partes para se chegar ao todo, impera.

    Com a chegada do século XVIII e os diversos fracassos científicos, a busca é pela sobrevivência do cartesianismo, porém ao final daquele século e inicio do século XIX a arte, literatura e filosofia se contrapõem as ciências e retornam a idéia da terra como um ser vivo e provocam mudanças significativas, através de poetas, como o inglês romântico William Blake que, entre seus pensamentos, está a da falência do mecanicismo e reducionismo científicos, como se pode ver no verso: "Possa Deus nos proteger da visão unilateral e do sono de Newton". (BLAKE apud de Capra, 1996)

    Goethe, poeta romântico alemão, analisa uma "ordem móvel" da natureza e da forma das relações do todo, que segundo Capra (1996) vai ser a linha de frente da concepção sistêmica.

    Porém em meados do século XIX há um retrocesso e as explicações físicas, biológicas e químicas da vida passam a ser o centro das discussões. Algumas descobertas e teorias propiciam isto, como por exemplo, a descoberta das células.

    Nessa "gangorra" de conceitos científicos, no inicio do Século XX os biólogos e bioquímicos organicistas voltam a se opor aos mecanicistas, retornam a idéia dos românticos e de Aristóteles e ao conceito de sistemas. As células combinadas levam aos tecidos, órgãos e organismos, que atestam a soma das partes formando o todo.

    A Física apresenta mudanças substanciais, a exemplo de Werner Heisenberg, um dos percussores da Teoria Quântica:

    10

      "O mundo aparece assim, como um complicado tecido de eventos, no qual conexões de diferentes tipos se alternam, se sobrepõem ou se combinam e, por meio disso, determinam a textura do todo." (HEISENBERG, apud CAPRA, 1996).  

    Na Psicologia, os alemães com a Teoria da Gestalt, Max Wertheimer e Wolfgang Kõhler, criam uma terceira forma de pensamento, que nem era o mecanicismo da Revolução Científica e tão pouco o vitalismo dos organicistas com a Teoria das Células, onde a idéia central era de que o todo era mais que a soma das partes.

    Porém, anterior as teorias "gestaltianas", Carl Gustav Jung, médico e psiquiatra, em suas experiências a partir da teoria da Livre Associação de Freud, pai da Psicanálise e de quem foi discípulo, contribuiu com conceitos que mostraram que as coisas tendiam acontecer e serem representadas por símbolos e que havia uma memória mental, além do individuo e que esses optam por acessá-la ou não, como produto do livre arbítrio e de suas intelectualidades.

    Estava criada a Teoria da Sincronicidade "coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos" (JUNG, 2000), observada em acontecimentos sem relação de causa e efeito, um interior e outro exterior ao individuo, que podem se materializar em forma de símbolos e eventos que costumamos chamar de "acaso" ou "coincidências", como por exemplo: desejar algo e recebê-lo de presente.

    A partir do conceito de sincronicidade se pode perceber que para que ocorressem fenômenos sincronísticos era preciso mais do que o desejo individual e assim nascia a Teoria do Inconsciente Coletivo, que pode ser explicado como uma fonte de todo conhecimento que se situa fora da alma humana, um conhecimento absoluto.

    Esse "local coletivo" é como uma memória de "computador", onde estão "salvos" aprendizados, energias e tendências que podem ser acessados através de Arquétipos em situações espontâneas como em crises, sonhos, febres, perturbações, fenômenos de sincronicidade ou situações de indução. Nas formas indutivas, podemos classificar as terapias que utilizam oráculos.

    Esses "acessos" a consciência maior na teoria junguiana, são os "Insights": lembrança simbólica repentinas de uma consciência maior, que podem ser decifradas através da tomada de consciência, quer espontânea ou induzida por técnicas terapêuticas.

    O uso da mitologia nas ciências é baseado nas histórias e nos arquétipos e revelam verdades profundas que muitas vezes não estão evidentes para a consciência, existe independente do mundo e são instrumentos de acesso ao que Freud chamou de Inconsciente e que Jung classificou como interno e externo, recebendo este último o nome de Inconsciente Coletivo.

    As teorias de Jung foram baseadas em várias teorias cientificas como as de Hipócrates: "simpatia de todas as coisas", a "união por um vínculo entre o que chamou de sensível e supra-sensível" de Teofastro, em Zózimo e suas alquimias, entre outros. Porém, serão nas teorias de Schopenhauer e Gottfried Wilhelm Leibniz as mais consideradas por Jung. Com o primeiro dialogou com o que chamou de "simultaneidade significativa" batizando o termo "sincronicidade", já de Leibniz utilizou os conceitos da "realidade através de quatro princípios: espaço, tempo, causalidade e correspondência", só discordando sobre a constância destes fatores, pois para Jung os "eventos sincronísticos" ocorrem irregularmente, de forma esporádica (CAPRIOTTI, 2007).

    A partir do século XX proliferam as teorias chamadas "holísticas" e "sistêmicas" e a ecologia, para dar conta de um mundo repleto de tecnologias e um exemplo do pensamento sistêmico se pode observar no trecho abaixo:

      "Uma visão holística, digamos, de uma bicicleta significa ver a bicicleta como um todo funcional e compreender, em conformidade com isso, as interdependências das  suas partes. Uma visão ecológica da bicicleta inclui isso, mas acrescenta-lhe a percepção de como a bicicleta está encaixada no seu ambiente natural e social - de onde vêm as matérias-primas que entram nela, como foi fabricada, como seu uso afeta o meio ambiente natural e a comunidade pela qual ela é usada, e assim por diante. Essa distinção entre "holístico" e "ecológico" é ainda mais importante quando falamos sobre sistemas vivos, para os quais as conexões com o meio ambiente são muito mais vitais.O sentido em que eu uso o termo "ecológico" está associado com uma escola filosófica específica e, além disso, com um movimento popular global conhecido como "ecologia profunda"

      (CAPRA, A Teia da Vida, 1996). 

    Todos estes conceitos, ciências, terapias têm como objetivo descobrir o objetivo e as melhores formas de relação do homem com a vida e, em resumo, descobrir a felicidade. As técnicas na contemporaneidade são inúmeras. O filósofo brasileiro descendente de libaneses, empresário e faixa preta em artes marciais, Talal Husseini, ao ser entrevistado pelo Jornal a Tarde em Salvador, onde fora lançar seu livro Paz Guerreira - O Caminho das 16 Pétalas, afirma: "Nós perdemos muito tempo porque não desenvolvemos certas faculdades mentais, como concentração, imaginação, memória, discernimento, consciência e atenção." (HUSSEINI, 2011).

    Diante desta análise cronológica, a questão é: no século XXI as ciências e os ideais ecológicos e de sustentabilidade darão conta das almas e dos homens? 

    1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e Intervenção Sincronística. 

    A origem das cartas de Tarô ainda é muito obscura, fazem parte da bibliografia do ocultismo e exercem fascínio nas pessoas há pelo menos 600 anos, visto que alguns pesquisadores dão conta de sua presença na Europa do século XVI.

    Alguns acreditam que tenha surgido no antigo Egito, nas crenças célticas pagãs ou nos ciclos da poesia romântica do Santo Graal na Idade Média da Europa.

    Percussor de nossas atuais cartas de jogar, divididas em naipes: paus, ouros, copas e espadas trazendo ilustrações de figuras e situações que, como no exemplo dos sonhos, representam insights, conteúdos da psique humana, trazem o consciente e inconsciente do sujeito e dá acesso ao que Jung chamou "Inconsciente Coletivo".

    Funciona como um caminho de observação para que venham à tona os aspectos negligenciados do sujeito de análise, utilizando figuras arquetípicas.

    Uma das formas de utilizar as cartas de Tarô como instrumento de autoconhecimento é observar o que Nichols (1980), chamou de Mapa da Jornada dos Arcanos, conjunto de 22 cartas repletas de símbolos, conhecidas como Arcanos Maiores.

    O Louco é um personagem para alguns baralhos sem número, para outros recebe o número 22.  O fato é que funciona como um coringa, representando a força que impulsiona a jornada. A curiosidade é a mola que impulsiona a seguir, um viajante que se lança na estrada, sempre buscando, se aventurando e caminhando. Ele transita entre todos os símbolos das cartas, da primeira carta que recebe o nome de O Mago à vigésima primeira, o Julgamento, no Mapa da Jornada. São representadas estações de amadurecimento do herói, o Louco, e podem ser associadas aos estágios inconscientes aplicados a processos terapêuticos holísticos.

    São 22 estações de aprendizados, chamados de Arcanos maiores, 56 cartas chamadas de Arcanos Menores, explicações, detalhamentos das estações de aprendizado subdivididas em 4 naipes de 14 cartas, agrupadas por área de significação. Paus que representa o aspecto espiritual, Ouros o físico, Copas o emocional e Espadas o mental. Somadas são 78 arcanos.

    Seja no Mapa da Jornada de Sallie Nichols, seja em diversas obras e terapias e vivências de Tarô que sugerem caminhos, viagens e movimento, os arquétipos do Tarô são fortes instrumentos de movimentação interna e se associados a fluxos externos, como deslocamentos, caminhadas, trilhas, peregrinações ou viagens de lazer ou negócios, desde que objetivando os "insights e sincronicidades", podem ser potencializados. 

    13

    1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de Autoconhecimento. 

    Os motivos religiosos figuram como umas das primeiras motivações de deslocamentos dos povos.

    Vários foram os momentos culturais de vulto onde a viagem, o deslocamento é o instrumento de mudança, seja na fuga guiada por Moisés pelo Mar Vermelho ou na saída de Maomé e seu povo de Meca ou nas viagens a Terra Santa e a Roma pelos cristãos ou na contemporaneidade as viagens a Santiago de Compostela pelos místicos e católicos ou a ida a Israel pelas mais diversas religiões cristãs..

    As Cruzadas, as Grandes Navegações, as dominações, as colonizações, a Primeira e Segunda Guerra, mudaram a face da humanidade, as fronteiras e a alma humana.

    Hoje nas práticas turísticas se observa um numero grande de ações religiosas, culturais e místicas como ingrediente, onde se busca o conhecimento do externo tendo como instrumento as viagens, o deslocar-se para retornar a si. Muitos são as trilhas e caminhadas com intenções religiosas ou místicas criadas pelo mundo.

    Paulo Coelho em suas obras trata sempre desta instrumentação para alquimia pessoal e a utiliza para criar seus enredos. Para escrever o Alquimista foi as Pirâmides do Egito e ao Deserto de Saara, o que significa que em nossas trilhas pessoais podemos achar caminhos, criar atalhos, virar esquinas, buscar saídas, encontrar e ser encontrado, escutar o vento, perceber os sinais, acessar as memórias das árvores ou das pedras e viajar em busca do que está dentro de cada um. Enredando a magia dos "insights", dos sinais, das sincronicidades: "- Esta é a magia dos sinais - continuou o rapaz. - Tenho visto como os guias lêem os sinais do deserto, e como a alma da caravana conversa com a alma do deserto." (COELHO., O Alquimista, 1988). 

    2. METODOLOGIA 

    A metodologia utilizada por ser exemplificada com uma visita o Centro Histórico de Salvador, onde ficando-se atentos aos aspectos culturais materializados na arquitetura, no modo de vida dos habitantes locais e ancorados nos personagens da literatura de Jorge Amado, se pode correlacionar tanto o arquétipo do Quincas Berro D' água ou de Tereza Batista, quanto às cartas do Diabo ou da Força no Tarô. O simbolismo do que se deixa levar pelos vícios ou pela luxúria podem desencadear fenômenos sincronísticos que podem levar a compreensão individual e coletiva do visitante.

    Ao se deparar com o passado nas visitas aos engenhos do Recôncavo Baiano é possível ter insghts sobre o dia a dia de e os planejamentos empresariais, bem como sobre formato das relações profissionais.

    Ou então, simplesmente caminhar a beira da praia saudando a "avó Lua", simultaneamente observando como caminhamos em nossa vida, tendo lampejos da forma, as distrações e as inflexibilidades.

    A metodologia utilizada e associar à técnica de jogos e tiragem de cartas dos Arcanos Maiores do Tarô Mitológico as realizações de trilhas urbanas ou não, viagens e caminhadas. Ou simplesmente usar as viagens e visitas como autoconhecimento.  


    3. DISCUSSÕES 

    Ninguém volta de uma viagem igual, seja de férias, a trabalho ou direcionada ao autoconhecimento.

    Há  quem acredite que as viagens, os aeroportos, as rodoviárias e as estradas são palcos onde o fenômeno da sincronicidade, o acesso ao inconsciente coletivo e a ancoração dos arquétipos, encontram terreno fértil. O fato é que quando estamos mais relaxados e em estados de crise ou felicidade estes aprendizados são mais eficazes.

    É evidente que se estivermos mais atentos aos aprendizados que as viagens podem nos proporcionar, ao contrário de quem viaja para fugir da realidade ou em turismo de massa, os aprendizados acontecerão.

                  "Eu acabara de escrever "As Valkirias", e estava no aeroporto de Brasília, esperando a hora de embarcar; para distrair-me, comecei a imaginar que capa deveria colocar neste novo trabalho. O avião atrasou, comecei a passear pelo saguão, e  descobri uma pequena galeria de arte no segundo andar, onde vi um quadro do Arcanjo Miguel, tema central do livro. Bastou ler a assinatura da pintora - Valkiria - para decidir que aquele quadro seria a capa. As coincidências não param ai.  "As Valkirias" foi publicado no dia 3 de agosto de 1992. Na semana seguinte, meu editor recebeu uma carta da pintora: "Faz exatamente um ano - 3 de agosto de 1991 - que terminei uma restauração numa igreja de Goiás.  Fiz sem cobrar nada, apenas por amor.  Neste dia, o padre me chamou e disse: "Deus encontrará uma maneira de lhe pagar.  Em um ano, um trabalho seu será muito conhecido".)COELHO, http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/ - postado em 18/01/10).

    Paulo Coelho e a pintora estavam atentos aos aprendizados e esta experiência nos faz afirmar que podemos usar desses expedientes para o autoconhecimento.

    Os locais e experiências culturais podem desenvolver pessoas e empreendimentos; há sempre um aprendizado ao virar uma esquina e isto não é produto de "acaso" ou mérito do marketing de destinos. Em um universo de tantas ofertas, mesmo que sem se dar conta, qual o aprendizado de ter escolhido Miami ao invés de Machu Picchu. E se ao início, durante e ao término se fizer uma associação às cartas do Tarô, isto se potenciará. 


    4. RESULTADOS  

    Espera-se conduzir o viajante ou visitante a aprender mais ou tanto em uma viagem de trabalho em um centro cosmopolita., quanto ao peregrinar no Caminho de Santiago de Compostela, por um mês, a pé para acessar o autoconhecimento.

    Assim como agendamos um jogo com uma taróloga ou marcamos uma consulta em um psicanalista, após lhes conhecer o oráculo e o método, espera-se poder agendar, propositalmente, uma forma e um destino para nosso aprendizado ou apenas observar viagens necessárias ou escolhidas.

    Assim, viajar pode ser uma experiência muito mais rica, aliando arquétipos do Tarô, as técnicas de terapias da sincronicidade como instrumento de busca de respostas que povoam o mais profundo do viajante, o inconsciente.

    E diante de um mundo contemporâneo onde os bens selecionados pela sociedade, chamada de Sociedade do Espetáculo, segundo Debord (1997), produzem isolamento, as viagens em grupo ou individual por seu componente sistêmico e de inter relações, podem ser profundamente integradoras, conduzindo mais facilmente ao inconsciente coletivo e as sincronicidades.

    Os resultados destas práticas têm sido atestados por clientes que optam pelo Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua, Roteiros: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru e Formação da Cidade do Salvador, que aliam o aprendizado sócio cultural a busca interior induzida ou que relatam suas descobertas aleatórias em viagens de trabalho e lazer, parte de suas agendas. 

    5. CONCLUSÃO 

    Os 17 anos de prática com Tarô Mitológico, fundamentado pelos conceitos e teorias de Jung, aliado ao desenvolvimento de roteiros turísticos históricos sociais e culturais e aos valores tem atingido um objetivo maior que é o desenvolvimento de pessoas e empresas dentro de padrões de qualidade humana, sustentabilidade e ecologia profunda discutidas neste texto com as pesquisas de Capra.

    A missão do programa de consultas, cursos, visitações e viagens é contribuir com a vida no planeta com roteiros e visitas que facilitem os processos de aprendizagens e autoconhecimento, com interesses objetivados no aprender a aprender e no aprender a ensinar, através de momentos lúdicos, eleva a consciência de grupo, dissemina o respeito para com o objeto de visitação, cultura local, meio ambiente e parceiros contidos no programa.

    Esta Prática Terapêutica Holística de Sincronicidade é uma Lenda Pessoal parte do Inconsciente Coletivo, descoberta através de Insights em sincronicidade com crescente sistema de outras Lendas Pessoais e diversas Teias.  

    6. REFERÊNCIAS 

    CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida.S.Paulo: Cutrix, 1996.

    COELHO, Paulo. O Alquimista. S. Paulo: Editora Rocco, 1988.

    _____________. As Valkirias. S. Paulo: Editora Rocco, 1982.

    DEIKE, Begg. Sincronicidade. S. Paulo: Cultrix, 2004.

    DEBORD , Guy. A Sociedade do Espetáculo. S. Paulo: Contraponto Editores, 1997.

    GREENE, Liz e SHARMAN - BURKE, Juliet. O Tarô Mitológico. Uma Abordagem para a Leitura do Tarô. S.Paulo: Siciliano, 1988.

    JUNG, Carl Gustav. Sincronicidade - Um princípio de Conexões. S>Paulo:Vozes,2000.

    JAWORSKI, Joseph. Sincronicidade - O Caminho Interior da Liderança. S.Paulo, Best Seller, 2005.

    MACGREGOR, ROB e Trish. Os 7 Segredos da Sincronicidade. Estrela Polar, 2011.

    NICHOLS, Sallie. Jung e o Tarô - Uma Jornada Arquetípica. S.Paulo: Cutrix, 1980.   

    Entrevista publicada na Revista Muito numero 168 de 19 de junho de 2011 em Salvador/BA de Talal Husseini autor de Paz Guerreira o Caminho das 16 Pétalas. S. Paulo: Edições Nova Acrópole, 2011. 

    http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/. Acesso 20 de junho, 2011.

    Autor: : Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989
    Última atualização: 04/07/2011 14:18


    GEOMETRIA, RUNAS, RADIESTESIA E A PESSOA COMO TAL

    GEOMETRIA, RUNAS, RADIESTESIA E A PESSOA COMO TAL

    MAIO/2012

     NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA

    TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758


    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    HOLÍSTICA / 2012

     

    “No mundo do conhecimento, a última  coisa a ser percebida, e com muita dificuldade, é a forma essencial do Bem (...). Sem ter uma visão desta forma ninguém pode agir com sabedoria, seja na própria vida, seja em questões de Estado.

                                                 (Platão)

     

    A todos que nunca desistem de procurar o conhecimento na certeza de que é através desta procura que se encontra a certeza do nunca desistir, mesmo que se saiba da utopia que é este objetivo.

     

     

     

    AGRADECIMENTOS

     

            A Deus , por minha vida.

     

            Às minhas filhas, Janira e Niara, pelo apoio.

     

            A todos que me acompanham na caminhada de pesquisa e procura do melhor para todos no dia-a-dia.

     

            Ao SINTE, por me deixar apresentar o resultado de minhas pesquisas e estudos.

     

    SUMARIO

     

    1. INTRODUÇÃO...........................................................................................7

    2. MATERIAL E METODOLOGIA..................................................................7

         2.1 Material empregado............................................................................7

         2.2 Métodos..............................................................................................8

         

    3. A GEOMETRIA E SUA RELAÇÃO COM O EQUILÍBRIO.........................9

        3.1 Yin e Yang.........................................................................................11

        3.2 Formas geométricas..........................................................................11

        3.3 Runas................................................................................................12

     

    4. A FORÇA MAGNÉTICA DAS PIRÂMIDES.............................................17

     

    5. RESULTADOS........................................................................................20

     

    6. DISCUSSÃO...........................................................................................20

     

    7. CONCLUSÃO..........................................................................................22

     

    8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................23

     

     


     

    RESUMO

     

    A Radiestesia já era utilizada pelos homens das civilizações antigas através de bastões, varinhas, forquilhas. Nas pinturas das cavernas, descobriu-se que o homem daquele tempo, segurava bastões de osso, utilizados para encontrar caças, que tinham, ao longo de sua extensão, desenhos de animais que eram tocados com as mãos que direcionavam o bastão. A Radiestesia foi testemunhada entre diversos povos, e em todos os estudos, vemos utilização de algum instrumento de forma. Aqui, estudamos as formas geométricas, as suas radiações diversas e, dentre estas formas, as Runas, que também emanam boas vibrações de origem desconhecida podendo ser até de povos lemurianos e atlantes. As formas geométricas transmitem energia. Pirâmide também. Energia positiva que deve ser utilizada para o equilíbrio.

     

     
    1. INTRODUÇÃO

            A Radiestesia, estudo das radiações emitidas pelos corpos já era de domínio dos povos antigos, como Indus, Persas, Etruscos, Citas, Hebreus, Romanos, Gauleses, Peruanos, Polinésios, etc., mas esta ciência nos foi deixada pelos Lemurianos e Atlantes, bem antes, afirmam estudiosos.

            A ciência da Radiestesia ficou esquecida por muitos e usada por poucos, que detinham os conhecimentos e os usavam como forma de poder. Se fosse só uma arte sem fundamento não conseguia passar pelos séculos e ressurgir fortalecida em 1688 na França e em toda a Europa.

            Nos mosteiros, o conhecimento era passado sem alarde e em 1892 os Abades Bouly e Bayarden criaram este termo RADIESTESIA. Outro Abade, o Alex Mermet instituiu regras sistematizando seu funcionamento.

            Quem trouxe a Radiestesia para o Brasil  foi Jean Louis Bordeaux que ficou de 1905 a 1921 em uma missão franciscana no Mato Grosso e com as escolhas feitas através  da Radiestesia se equilibrou de sérios problemas físicos com os produtos da FLORA local, e indicações indígenas.

            A partir daí, novos estudos e novos pesquisadores como Dr. Alfredo Becker, Virgilio Goulart, Maria Luiza Azevedo, José de Castelo Branco, FM Palhoto e outros até nossos dias.

            Neste estudo, pesquisamos as formas geométricas e suas radiações para equilíbrio do corpo como tal: suas funções físicas, energéticas, emocionais, mentais e espirituais.

            Incluem-se aqui o estudo das RUNAS que podem ser muito benéficas levando-as a sério e com estudo profundo e as pirâmides.

     

    2. MATERIAL E METODOLOGIA

            Todos os nossos esforços de pesquisa e experimentação são no sentido de despertar a consciência para se evitar o sofrimento desnecessário, a fim de guiar os seres humanos à realização pessoal e ao equilíbrio social.

    2.1 Material empregado

    1. Ficha do cliente;

            Utilizando um pêndulo neutro, vamos estudando a energia do cliente através  de suas radiações captadas pelo nome e data de nascimento e conforme as suas necessidades de harmonização de seus meridianos, utilizamos alguma forma  geométrica desenhada na ficha do cliente  e também uma Runa desenhada ou confeccionada em cobre, por tantos dias, conforme for solicitado pelo pêndulo e a forma de pirâmide, se for o caso.

            Se for estudo de mapa, terreno, casa também vamos estudando as energias e colocando o desenho de alguma forma geométrica, Runa, pirâmide aonde, quanto tempo, conforme for indicado pelo pêndulo.

    1. Pêndulo neutro;
    2. Peças de cobre para confecção de Runas;
    3. Mapas

    2.2 Métodos

    1. Alfagenia;
    2. Tábua de BOVIS;
    3. Harmonização dos centros energéticos

     Alfagenia

            Para se praticar bem a Radiestesia, é preciso aprender a entrar em ALFA, atingir os níveis do subconsciente. Existe a mente consciente e o inconsciente profundo, onde estão gravados todos os acontecimentos. Entre um (consciente) e outro (inconsciente), existe o subconsciente que é onde o radiestesista trabalha. É o Estado ALFA de tranquilidade, harmonia, equilíbrio, mente aberta e sem interferir nas informações recebidas. É um treinamento.

            Hans Berger, psiquiatra austríaco, em 1929, criou o eletroencefalograma porque descobriu através de muitas pesquisas que o cérebro emite radiações ou ondas elétricas, tendo impulsos eletromagnéticos.  

            São quatro as freqüências cerebrais: beta, alfa, teta e delta.

    1. Beta – sinal forte, consciência exterior, utilização dos cinco sentidos, participação no mundo – vibração de 14 a 28 ciclos por segundo.
    2. Alfa Relaxamento, frequência mais baixa – nível de tranquilidade, paz, criatividade e saúde – pode haver fenômenos parapsicológicos neste estado a frequência de 7 a 14 ciclos por segundo.
    3. Teta – meditação, levitação, regressão às lembranças passadas, tratamento para traumas – descobertas. O ritmo oscila em 4 a 7 ciclos por segundo.
    4. Delta – abaixo de 4 ciclos por segundo. Sono profundo, é incógnita, pode ser coma, catalepsia, inconsciência. É preciso treinamento para se chegar ao estado alfa e ali trabalhar, recebendo as radiações e vibrações do inconsciente, sem interferir nelas.

     

     Tábua de BOVIS

     Harmonização dos centros energéticos

            A pessoa humana possui 7 Centros Energéticos Principais. São localizados também no corpo dos animais e no solo.

    1.         Coronário (pituitária) – centro intelectual superior;
    2. Frontal (pineal) – centro intelectual inferior;
    3. Laríngeo (tireoide) – centro motor;
    4. Cardíaco (timo) – centro emocional inferior;
    5. Umbelical (plexo solar) – centro instintivo;
    6. Sacral (supra renal) – centro instintivo;
    7. Básico (glândula sexual) – centro sexual

    Os centros energéticos podem ser harmonizados com o uso de homeopatias, florais e elixir, com formas geométricas, runas e pirâmides. A ressonância com auxílio do pêndulo ajuda a desbloquear os Centros Energéticos Magnéticos, bem como contribui com a ampliação e expansão das informações veiculadas pelos produtos utilizados.

     

    3. A GEOMETRIA E SUA RELAÇÃO COM O EQUILÍBRIO

            Geometria é uma palavra grega que significa “medição de terra”. A importância da geometria é imensa. Em tudo que se constrói, é preciso proporcionalidade, portanto, geometria. Desde que o homem começou a construir tendas saindo da caverna precisou da proporção certa, da geometria. Os animais constroem, instintivamente e dá tudo certo. Os homens precisam aprender ou talvez como Platão acreditava, precisam é lembrar.

            Os humanos primitivos precisavam calcular quanto peso podiam carregar, como fazer para construir suas tendas, suas armas, suas vestes. Precisavam proteger a família, a propriedade, os acampamentos, em tudo precisavam da geometria. Foram se desenvolvendo e a arquitetura elaborada e a navegação confiável foram exigindo mais geometria euclidiana e seus descendentes diretos, como a trigonometria. Com o avanço da ciência, a geometria evoluiu para a medição cronográfica da latitude, a medição telescópica de nosso sistema solar da nossa galáxia, das outras galáxias e do próprio cosmo; e para medições microscópicas e microcósmicas de entidades celulares, atômicas e mesmo quânticas.

            Os seres humanos estão no meio do caminho da escala de medição. Assim, “uma ordem de grandeza” significa 10 vezes. Se for a ordem de grandeza maior é 10 vezes maior do que o ser humano, se for de ordem de grandeza menor é 10 vezes menor do que o ser humano.

            A geometria tem conexões com a filosofia e a música. Platão, célebre filósofo colocou acima da entrada de sua academia, modelo para as nossas próprias universidades. “Só quem sabe geometria pode entrar na academia”. Mas, durante os séculos, a geometria foi se distanciando e os cálculos matemáticos foram se escasseando e a mente passou a ficar muito bloqueada pela falta de cálculos, o que acontece nos dias de hoje. Falta esta visão de novos caminhos que só o raciocínio geométrico pode dar.

            Pitágoras era fascinado pelos números e até hoje seu teorema ajuda a resolver problemas matemáticos. Ele descobriu um problema geométrico na música que os 12 semitons que abrangem uma oitava completa e da qual todos os modos musicais ocidentais são retirados, não se relacionam um com o outro em proporções integrais. Isto significa que nenhum instrumento pode ser perfeitamente afinado. Se você afina o ciclo das quintas com exatidão, as oitavas soarão sustenidas. Se você bemoliza ligeiramente as quintas, as oitavas soarão afinadas. Isto nada tem a ver com a fabricação dos instrumentos, mas sim a propriedade da geometria dos próprios intervalos musicais. Mas um instrumento bem afinado dentro das proporções, dá o som harmonioso.

            Os gregos antigo                                                           s, assim como os chineses antigos, valorizavam o equilíbrio e a harmonia. A palavra latina “racional” reflete exatamente isto, pois embora tenha passado a razoável, ela deriva de um termo                               geometricamente mais preciso: “razão” ou equilíbrio integral entre duas (ou mais) partes de um todo. Os romanos usaram isto da geometria grega. Os gregos pregavam que o mundo era um lugar ordenado (COSMO) e não desordenado (CAOS), mas acreditaram incorretamente que a mesma ordem era refletida no equilíbrio proporcional de todos os números também. Os gregos entendiam que as quantidades geométricas podiam ser expressas como razões de números inteiros. Euclides com seus axiomas, definições e postulados deixou uma luz orientadora para a posteridade.

            Euclides apurou a arte da construção geométrica com o desenho de duas figuras bidimensionais em um plano daí a ajuda para construção de trabalhos arquitetônicos e artísticos, a geometria aplicada. Usava só a régua e o compasso.

            A conexão entre razões geométricas, indivíduos racionais e sociedades bem ordenadas está muito enraizada na mente helênica. A ordem cósmica seria estabelecida também na individualidade e na sociedade bem equilibradas.

    3.1 Yin e Yang

            São duas forças criativas que se completam para a criação. Yin é terra, força feminina e Yang é ar, força masculina. São duas forças ligadas, mas diferentes. Ligadas no que cada um contém do outro.

            Todo o universo é composto por figuras geométricas perfeitas. Vejamos o símbolo do Yin e Yang, usa-se só 5 círculos: 1 maior, 2 menores e 2 pequenos. Formam um equilíbrio estético perfeito por causa de proporção certa.

            Os estudiosos antigos sempre afirmaram que os seres humanos estão sujeitos às leis naturais e que todas as leis têm uma razão e proporção perfeita. Por isso, a geometria ser muito importante, porque ela é o equilíbrio, a proporcionalidade que deve ser buscada por todos.

    3.2 Formas geométricas

            Tudo o que existe é uma forma geométrica. Esta forma geométrica é a base da formação dos números e emanam energias que podem ser medidas. Vejamos:

    FIGURA

    NÚMERO

    BOYD

    HERTZ

    ANGSTRONS

    Círculo

    1

    1

    7,0 Hz

    9.000

     

    Par Dualidade

    2

    2

    8,0 Hz

    12.000

    Triângulo

    3

    3

    8,2 Hz

    13.000

    Quadrado

    4

    4

    8,8 Hz

    14.500

    Pentágono

    5

    5

    9,5 Hz

    17.500

    Hexágono

    6

    6

    10,0 Hz

    18.200

    Heptágono

    7

    7

    10,7 Hz

    19.000

    Octógono

    8

    8

    11,0 Hz

    19.600

    Eneágono

    9

    9

    11,6 Hz

    20.300

     

            As figuras geométricas são o protótipo das formas que podem ser programadas no plano terrestre.

            Pitágoras vê em toda estrutura, mesmo as biológicas, uma ordem numérica oculta, por onde se baseia a forma presencial daquele corpo. É como se fosse o esqueleto de toda criação. O número está intrínseco a todo e qualquer raciocínio nas formas materiais que definem esse planeta.

    3.3 Runas

            As RUNAS são símbolos usados desde imemoráveis tempos e que permaneceram por muito tempo esquecidas, e depois voltaram a ser estudados.

            O nome RUNA significa mistério, secreto. São símbolos mágicos e sua mais profunda significação só era conhecida por sacerdotes antigos e usados como oráculo. Surgiram estes símbolos em lugares mais improváveis da Iugoslávia a Orkney e da Groenlândia à Grécia.

    Um grande estudioso dos símbolos, Ralph W. V. Elliot, no seu livro “Runes: An Introduction” escreveu que foram observados estranhos símbolos desenhados em ferramentas e armas antigas, moedas de prata e cruzes de pedra. E que estes símbolos influenciavam a vida de quem os usava.

    As Runas tinham muitas interpretações e assim continua até hoje, pode-se interpretá-las com seu significado místico ou significado mundano como muito se vê por aí. Para nós, terapeutas holísticos, devemos usar as Runas como ferramentas de desenvolvimento pessoal, transformação e estudo interior profundo.

    Heródoto, provavelmente no século VIII viajou pelo Mar Negro, ali encontrou descendentes de tribos citas antigas que se enfiavam debaixo de mantas, fumavam até ficar em uma espécie de transe (até hoje existe este costume nas altas montanhas caucásicas) e então lançavam gravetos no ar, “lendo” seu significado quando caíram ao chão. Estes gravetos eram classificados como RUNAS.

    Para se confeccionar as RUNAS precisamos de canos de cobre: 3 canos de 30 cm; 4 canos de 15 cm; 1 cano de 7,5 cm.

    Desde o início do uso de RUNAS, elas sempre tiveram uma função ritual, servindo para serem lançados sorteios para a adivinhação e evocação de poderes superiores capazes de influenciar a vida e a sorte das pessoas. Usavam RUNAS e encantações para influenciar o tempo, as marés, plantações, amor e saúde. Os símbolos das Runas eram esculpidos em amuletos, copos, lanças de batalha, sobre o portal das casas e nas proas dos barcos vikings. Entre os teutões e vikings, os lançadores de RUNAS usavam roupas vistosas que os destacavam dos outros. Eram homenageados, bem acolhidos, temidos, esses xamãs eram famosos e tinham certos poderes. Há evidências que as mulheres também eram praticantes rúnicas.

    Na época de Tácito, o historiador romano, as Runas já estavam ficando conhecidas mais amplamente no continente. Eram transportadas de lugar para lugar pelos mercadores, aventureiros, guerreiros e, eventualmente por missionários anglo-saxões. Com este objetivo precisaram de um alfabeto, que ficou conhecido como FUTHARK, devido às suas primeiras seis letras ou glifos.

    O FUTHARK germânico tradicional abrangia 24 RUNAS. Foram divididas em três “famílias” de 8 RUNAS – o 3 e o 8 sendo número que se acreditava possuidores de potência especial. Conhecidos como aetter, os três grupos tinham os nomes dos deuses escandinavos FREYR, HAGAL e TYR. Posteriormente, acrescentou-se uma RUNA em branco.

    As Runas, mesmo sendo de difícil compreensão, com muito esforço consegue-se captar o que elas têm para dizer sobre a situação apresentada. Elas são uma dádiva de ODIN e, portanto, sagradas.

    ODIN é a divindade máxima no panteão dos deuses escandinavos. Seu nome é derivado do escandinavo antigo para “vento” e “espírito” e foi através de sua paixão, de seu sacrifício transformador do eu, que ODIN nos trouxe as RUNAS.

    De acordo com a lenda, ele ficou pendurado por 9 noites na IGGDRASIL, a Árvore do Mundo, ferido pela própria  lâmina, atormentado pela fome, pela sede e pela dor, sem auxílio e sozinho até que, antes de cair, avistou as RUNAS e conseguiu apanhá-las, em um último  e tremendo esforço. A partir daí, tudo começou a melhorar para ele e conseguiu ficar são e salvo. E assim começa a sagrada história das RUNAS. A mensagem que as Runas transmitem é a mesma de Sócrates: “Conhece a ti mesmo”, porém alguns não querem encarar este processo evolutivo, querem encarar como diversão, isto é um equívoco.

    As RUNAS são oráculos, jogos sagrados, instrumentos de utilização séria e elevada, o valor de sua utilização é que nos liberta do esforço de aprender, libera-nos para que aprendamos como aprendem as crianças.

    Utilizar as RUNAS é colocar-se na própria orientação interior, aquela parte nossa que sabe tudo quanto precisamos conhecer sobre nossa vida, agora.

    Sintonizar-se no momento presente, prestar atenção no que está acontecendo e como agir parar melhorar, são orientações que nos vêm das RUNAS, se consultada seriamente.

    A consulta às RUNAS permite que ultrapassemos as censuras da razão, as correntes do condicionamento e o repetir do hábito, porque tudo isso nos impede de ser livres, como também o julgamento, a comparação e a impulsividade de saber por que. O “porquê” se apresenta quando avançamos no conhecimento.

    Interagindo com as RUNAS, estabelece-se uma zona livre, onde a nossa vida se torna maleável, vulnerável e aberta à mudança.

    Atualmente, vivemos uma época de muita descontinuidade. As informações nos chegam muito rápido e o universo está nos impelindo para um novo crescimento. De repente, as águas que nos eram familiares parecem conter perigos, cheias de redemoinhos e areias movediças. Os mapas de outrora ficaram ultrapassados: precisamos de novas direções para navegar pela vida. E quem poderá nos ajudar do mesmo jeito que os vikings utilizaram a direção sugerida pelos mestres rúnicos para que seus barcos navegassem sob céus nublados, também você, agora poderá usar as RUNAS para dar uma boa direção ao curso de sua própria vida. Um diferencial de alguns graus no início de qualquer viagem significará uma posição largamente diferente quando chegar a alto mar.

    Refletindo no que são as RUNAS – uma ponte entre o eu e o EU, uma corrente entre o EU e o DIVINO, uma direção para a vida – a energia que as envolve é a nossa própria e, em consequência, a sabedoria. Deste modo, quando começamos a contactar nossas direções interiores e sábias mais íntimas passamos a ouvir mensagens de profunda beleza e real utilidade. Porque sendo cada um de nós um indivíduo único, sob a orientação das RUNAS, vislumbraremos horizontes que nos fazem muito bem.

     

     

       

    Ar

    A mudança, a regeneração – o advento do fogo, o despertar da kundaline – oportunidades – vitalidade e discernimento.

       

    Ur

    Aprender aos pés da divina mãe. Conecção e consciência com a mãe  natureza. Novo ciclo. Recomeço – correlação do passado com o novo.

     

    Torn

    A vontade consciente, diferente do desejo. Espera. Tempo de analisar o que passou avaliando com maior clareza. Interiorização.

     

    Fa

    Força para despertar a consciência, força do amor. Lucros, alimento. Preservação do que já foi conquistado.

       

    Rita

    O juízo interno. Despertar do juízo da consciência. Viagem, conhecimento, mudança. Mudar-se para melhorar os caminhos.

       

    Kaum

    Triunfo sobre as tentações mundanas. Vibrar no amor. Proteção, luz, fogo. Novo momento, aquele que souber ver as indicações do tempo, será iluminado pela luz divina.

     

    Gibur

    O mistério da vida, união, raciocínio equilibrado. Expansão da sensibilidade e a harmonia interna e externa.

       

    Wunjo

    Mudança radical, revolução dos atos e fatos, transformações, felicidade. Retorno de todos os esforços, uma recompensa.

       

    Hagal

    A conquista de poderes. Hora de quebrar os laços. O ponto crucial entre a iniciativa e a passividade está no grau de discernimento de cada um é preciso expandir a consciência.

       

    Not

    Pedido de misericórdia. Crescimento obstruído, aprendizagem. Reavaliar os planos devido às más influências. Espera.

         

    IS

    O real ser, a divina mãe. Canaliza o poder da mãe natureza. Esperar as forças extremas passar. Tempo de análise.

         

    Jera

    Fecundação, germinação. Ideias novas, projetos. Positividade. Confiar e esperar. Paciência. Plantar e colher no momento certo.

            

    Sig

    O poder que nos guia no secreto. A vitória pelo pacto cumprido. Concentração e meditação. Prudência. Aproveitar as mensagens da intuição.

       

    Perth

    Mudar prognósticos. Força das ações corretas. Novos caminhos, o inesperado. Novos conhecimento e início de algo novo.

    Man

    Os poderes ocultos. Proteção contra os males. Desafios, reunião, amparo. Saber lidar com o que se sente, encontrar a verdade interior.

         

    Esse

    Equilíbrio físico, emocional. Força solar, produzir, planejar. Seguir em frente para construir algo valorizando a todos e que todos colham frutos.

       

    Tyr

    Derivado do deus da guerra, por isso há batalhas, favorece o discernimento. Força de vontade e paciência, sacrifícios e despertar da consciência.

     

    Bar

    A transformação, o regresso ao divino, a origem, crescimento, metas definidas para o alcance dos objetivos reais.

       

    Eme

    A esperança, a redenção, não temer o novo, deixar as coisas do passado para trás. Ascensão, tempo de transição. Atenção aos fatos novos.

       

    Mannaz

    Humildade, memórias de sonhos revelados, autoconhecimento. Interiorização. Meditação profunda e maior conhecimento do EU superior.

       

    Laf

    A misericórdia divina age. A graça conseguida, fluência. O homem sábio sabe discernir entre imaginação e realidade.

       

    Inguz

    Perda do medo, coragem, bravura, memória racional, intuição. Novo tempo de esperança e realizações. Cuidado com desperdício de energias.

       

    Dorn

    Alteração das situações, resultados surpreendentes, milagres, fenômenos. A roda gira trazendo para você perspectivas sólidas.

            

    OS

    Conservação; neste momento nada de mudar, espere um pouco, adaptação ao que está aqui e agora, reavaliação de valores, equilíbrio familiar.

     

    4. A FORÇA MAGNÉTICA DAS PIRÂMIDES

    Ninguém até hoje conseguiu desvendar os mistérios das pirâmides. De acordo com estudiosos foram construídas as pirâmides, em, provavelmente, 2200 a. C. e como foram feitas, como transportaram aquelas pedras de um lugar tão longe, continua sendo uma indagação. Faraós, escravos, matemáticos, todos juntos por dezenas de anos construíram as pirâmides?

    Há uma versão constante no livre “Projeto Y – série jardineiros do universo”, autor ANANKEN – pode ser pseudônimo – página 77, sobre a construção da Pirâmide de Quéop e da Esfinge, atribuindo a seres planetármanente.eogride  Napole da sabedoria, e ao nr                     ope e da Esfinge, atribuindo a seres planetstruiramas de um lugar tao cance dos objetivos reais. . ssionarios s vikings  at    ários da décima terceira Galáxia Central da Constelação de Sirius, comandados pelo engenheiro espacial GINVIHZNA. Para este autor, a grande pirâmide e a esfinge são emissoras de radiações para guiarem naves espaciais. A estes seres também se atribuem a construção de outros grandes monumentos, como as pirâmides da América do Sul.

            Muitos estudiosos de pirâmides divergem em suas pesquisas: como foram feitas, para que, sua finalidade, funerária, ou não.

    Há os que afirmam que o sarcófago que existia na “Câmara do Rei” não era uma urna funerária e sim uma prova de resistência para o jovem que ia ser o novo faraó. Vamos estudar o que se diz sobre as pirâmides as “Sete chaves de Isis”, nome que se dá ao processo interpretativo, em homenagem a Isis, deusa da sabedoria, e ao número “Sete” que na cabala representa “o triunfo do espírito sobre a matéria”. São as chaves: Geográfica Astronômica, Geométrica, Hemerológica, Historiosófica, Alquímica e Metafísica.

     

    A chave geográfica

    A grande pirâmide está localizada num ponto de convergência dos raios de um leque constituído pelo baixo Egito sobre um arco de 90º, é colocada no centro físico do delta. Do relatório feito pelos sábios franceses do instituto do Egito, criado por Napoleão Bonaparte, foi o meridiano da grande pirâmide o eleito para o zero de longitude. Aqueles sábios afirmavam que para as coordenadas geográficas essa devia ser a norma permanente. A verdade telúrica foi desprezada e a posição geográfica da grande pirâmide não foi considerada.

    A chave astronômica

    Na época do reinado dos faraós de Tebas, os edifícios eram construídos sem levar em conta os ângulos em relação aos pontos cardeais da Terra. Na Babilônia e Assíria, as quinas dos monumentos eram em uma ou outra direção, mas na grande pirâmide os pontos cardeais, isto é, fazem face exatamente a Leste, a Oeste, ao Norte e ao Sul. A entrada da grande pirâmide fica voltada para o Norte.

    A chave geométrica

    São inúmeras as mensagens geométricas fornecidas pela grande pirâmide. Vamos destacar só “a razão Pi (3,1416) que se acha incorporada à estrutura, “a relação entre o diâmetro e a circunferência”.

    A chave hemerológica

    A hemerologia trata de estabelecer a concordância a respeito dos calendários, sendo uma arte o adaptar uma data do calendário juliano à sua equivalente do calendário gregoriano.

    Hoje, sabe-se que esta fração é 342/1000. Os sábios pré-faraônicos conheciam o tema, pois a grande pirâmide revela: o comprimento da ante câmara que precede a peça denominada câmara do rei, multiplicada pelo já dito e conhecido “PI (3,1416)” dá exatamente 365,342 polegadas sagradas: o número de dias que compõem um ano.

    A chave historiosófica

    Segundo esta visão, a humanidade está sempre em conflito entre trevas e luz, mas invariavelmente a luz prevalece porque é mais forte. Há pontos na grande pirâmide que seriam marcas de datas importantes da humanidade, mas que a paz vence sempre.

    A chave alquímica

    Alquimia sempre fascinou a humanidade, o aspecto da transformação do metal em ouro. Aqui a alquimia tem um tríplice aspecto: terrestre, humano e cósmico, aspecto aliás relacionado respectivamente à trilogia: matéria, alma e espírito.

    A alquimia da grande pirâmide abarca esses três mundos, quanto no físico sintoniza uma “força” que é detectada pela sua própria “forma geométrica”, quanto do psíquico aprimora a alma; e no espírito, porque fornece ao homem que a compreende, na sua arquitetura inspirada pelos “deuses” uma sintonia com a verdade cósmica.

    A chave metafísica

    Metafísica é o termo utilizado pela primeira vez por Andrônico de Rodes, referindo-se aos livros de Aristóteles que foram posteriores aos que tratam de física. A meta é a essência das coisas, mas o seu significado varia: ora diz respeito ao que está fora de nossos sentidos, como o conceito de Deus; ora indica o estudo das coisas em si mesmas. Metafísica é o conhecimento absoluto obtido pela intuição e não pela razão.

    Neste mundo de energia, estudamos as radiações das pirâmides como um “projetar-se além” do âmbito da ciência. Jacques Bergier, cientista respeitado afirma: “A forma piramidal modifica o espaço e concentra radiações”.

    Raymond Abello, cientista e escritor, publicou várias obras, entre elas “La Bible – Document Chiffré” editora Gallimard, 1950, Paris, onde metafisicamente restituiu as chaves da ciência numeral secreta. Fez experimentos e constatou que os campos eletromagnéticos, de fraca intensidade, delimitados num quadrado ou nas arestas de um cubo, aceleram todos os processos químicos e biológicos. E essas observações leva-nos a considerar a espantosa sêxtupla polarização da esfera.

    Conclui-se que as energias não se condicionam dentro das leis quantitativas da física clássica, e, se não se condicionam, mas operam, são apreciáveis nesta faixa de realidades pouco conhecidas, que são “a realização de possibilidade daquilo que parece impossível”. No dizer de Arthur Koestler, autor do livro “Do zero ao infinito” e outra obra “As razões de coincidência” (Editora Nova Fronteira, 1972, Rio de Janeiro), na folha 48 diz: “Uma vez chegado ao nível atômico, o mundo objetivo do espaço e do tempo deixa de existir, e os símbolos matemáticos da física teórica, referem-se meramente a possibilidades, não a fatos”.

    As energias das formas são comprovadas, importa em estudá-las e aproveitá-las.

     

     

    5. RESULTADOS

    É importante quando se trabalha com as formas, ter-se consciência que elas transmitem informações, recados, de nosso inconsciente para o consciente.

    Na busca pelo equilíbrio tanto pessoal como ambiental, vamos nos utilizando de técnicas visto que, tudo em todo tempo e lugar, aqui incluindo as pessoas, tende ao desequilíbrio.

    Neste estudo nosso, estamos nos utilizando das formas geométricas, das runas e das pirâmides. Para um conjunto de trinta pessoas dividias em três grupos de dez estudadas, o resultado foi o que se segue:

    1. Dez pessoas conseguiram eliminar o que lhes causava desconforto físico ao se colocar uma runa em seu local de repouso por vinte dias e na sua ficha de cliente;
    2. Dez pessoas se sentiram mais dispostas ao trabalho e atividades tendo seu nome inscrito dentro de uma figura geométrica;
    3. Dez pessoas conseguiram sentir-se mais ágeis e inspiradas ao se colocar uma pirâmide de fio de cobre em sua cabeça por uma hora;
    4. Nenhuma pessoa deixou de apresentar alguma reação positiva aos experimentos;
    5. Nos mapas houve equilíbrio geobiológico com as runas e formas geométricas. Vamos comprovando, assim, o valor das formas geométricas, das runas e das pirâmides.

    6. DISCUSSÃO

    No nosso dia-a-dia, trabalhando como Terapeutas Holísticos, vemos que o equilíbrio deve ser uma meta a ser alcançada, mas que a maior parte do povo acostumou-se a ser infeliz e o que é pior, a cultivar esta infelicidade porque não se dá conta que ele é o agente transformador de sua vida em ação.

    Cabe ao terapeuta, com suas técnicas despertar a vontade daquele ou daquela que está diante dele, de melhorar e ser feliz.

            Vejamos o pensamento de um grande filósofo e inteligência privilegiada, Aristóteles, que afirmava: “A felicidade é um fim em si, a única coisa que vale a pena ser atingida na vida humana. A felicidade é, então, a melhor, a mais nobre e a mais agradável coisa do mundo”, diz ele em sua Ética. Se você não está tão feliz como gostaria, então, talvez a sabedoria de Aristóteles possa ajudar. Aristóteles acreditava firmemente na noção de propósito: todos têm um propósito na vida, e a felicidade duradoura vem atrás de sua realização. Todos possuem capacidade e talento e, quando os cultivamos virtuosamente, ficamos realizados. É também o dever da família, e responsabilidade do governo, criar ambientes que conduzam ao cultivo da excelência e à prática da virtude

    a qual “precisa de bens externos, igualmente, porque é impossível, ou difícil, agir nobremente sem o equipamento adequado”.

            Famílias desajustadas, culturas disfuncionais e regimes despóticos são profundamente não-aristotélicos, assim como as crenças que sacrificam o potencial real desta vida para a recompensa incerta ou esquecimento da próxima.

            Aristóteles advoga o uso da razão para nos guiar até a felicidade, que é possível nesta vida. Sua ética nos ensina a reconhecer e a evitar os extremos, porque são os extremos ou nosso desejo por extremos, que sempre causam a infelicidade.

    Não comer suficientemente o tornará fraco, infeliz e prematuramente morto, ao passo que comer em demasia fará com que você fique acima do peso, infeliz e morra prematuramente. O que é verdadeiro para a comida também é verdadeiro para o trabalho, para o dinheiro, para o sexo e para quase todo o resto que as pessoas perseguem produzem ou consomem no curso normal de suas vidas. Os extremos também valem para dosar a temperança, a coragem e as outras virtudes. Aristóteles nos ensina a encontrar o equilíbrio entre a escassez e o excesso, um caminho do meio, entre o insuficiente e o excessivo. A felicidade duradoura surge da descoberta e da manutenção desse equilíbrio que é a “proporção de ouro”, ao passo que a infelicidade é um produto de aventurar-se muito longe em direção a qualquer dos extremos.

            No mundo há desigualdades sociais que levam ao sofrimento, mas e nos países desenvolvidos ou socialistas não há sofrimentos? Estamos fora da ordem global que leva à felicidade?

            Segundo Aristóteles, pela razão conseguiremos resolver nossos problemas humanos porque teremos seguido uma reta proporção.

            A pessoa humana é muito mais do que simples razão, é sentimento, emoção, alma, psiquê, energia, mas neste estudo nós nos utilizamos das formas geométricas para trazerem para a pessoa humana o que elas podem transmitir de bom, porque se utilizarmos estas energias positivas vamos aumentando as faces da felicidade em nós e nos outros e, consequentemente, por irradiação no mundo, antes proporcionalmente equilibrado e hoje confusamente desorganizado pela ação humana que, a cada dia, deve se conscientizar para a construção do melhor.

    7. CONCLUSÃO

            O mundo do conhecimento é vasto e impossível de ser alcançado, só temos uns vislumbres de alguma parte, porque nossa racionalidade é pequena e equivocada.

            No meio deste caminhar, deparei-me com as ENERGIAS DAS FORMAS que nos transmitem alguma coisa além das aparências. É um círculo que isola e protege, é um quadrado que afasta e imuniza.

            Pesquisando sobre RUNAS, formas usadas desde antigamente pelos povos anglo-saxões descobri que elas nos transmitem muitas mensagens que podem nos guiar naquele momento e também podem melhorar a energia daquele cliente que está por perto de nós.

            Há vários modos de se consultar as RUNAS:

    1. Pode ser colocando uma RUNA escolhida para a pessoa através  do pêndulo;
    2. Tirar uma ou três RUNAS em resposta a uma pergunta;
    3. Colocar uma RUNA no aposento por um determinado tempo citado pelo pêndulo;
    4. Usar uma RUNA no carro para proteção;
    5. Ou outro modo que você quiser, sempre para o bem.

    Quanto à PIRÂMIDE, esta é uma forma perfeita de geometria. Também nos transmite boas vibrações. É impressionante como faz a pessoa sentir-se bem colocando uma pirâmide de cobre – de proporções certas – na cabeça por um tempo. As formas geométricas, as RUNAS, as Pirâmides são auxiliadoras na nossa ARTE DE TERAPEUTAS incansáveis em busca do equilíbrio melhor de se viver.

    Para Aristóteles, tudo deve estar dentro da geometria da proporcionalidade, tudo está dentro de uma proporção geométrica, inclusive a beleza. Para ele, á uma questão de proporção. As pessoas que se submetem à cirurgia plástica para melhorar seu “visual” estão ajustando as proporções de algum traço para melhorar a proporção geral de seu rosto. Segundo Aristóteles, a fé e a razão, ajudando a pessoa na prática da virtude, proporcionam à pessoa um tipo de felicidade sustentável que não pode ser tirada e a pessoa se sente realizada. Realizada e feliz.

    É muito gratificante estudar as formas geométricas, as pirâmides e as Runas, pois vemos que sempre há algo a ser acrescentado na nossa busca pela melhoria progressiva da direção da vida em busca deste desejável equilíbrio.

    “A verdadeira viagem de descoberta consiste em não procurar novas paisagens, mas em ter novos olhos” (Marcel Proust).

    8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    BLUM, R. O Livro de Runas. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1994.

    CARDILLO, E. A Energia da Forma. São Paulo: Editora Aquarius, 1992.

    Disponível em < http://www.gnosisonline.org/magia-cosmica/runas-a-danca-cosmica-dos-deuses> Acesso em 18 mai 2012.

    GIMBEL, T. Forma, Som, Cor e Cura. São Paulo: Editora Pensamento, 1997.

    MARINOFF, L. O Caminho do meio. Rio de Janeiro: Editora Record, 2008.

    SAEVARIUS,E. Manual teórico e prático de radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758
    Última atualização: 31/07/2012 10:45


    Numeromancia - Um Guia Numerológico

    PROPOSITURA - Numeromancia (1).doc
    NUMEROMANCIA - UM GUIA NUMEROLÓGICO




    Celi Aparecida Coutinho

    Terapeuta Holística -  CRT 21270


    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2012.


    Sumário

    Introdução

    Característica simbólica das lâminas.

    Método

    Conclusão


    INTRODUÇÃO

    A NUMEROMANCIA é um Guia Numerológico inspirado no tarô apesar de conter somente 16 lâminas é um formato inovador de trabalhar com os números, criado com o intuito de gerar uma orientação às pessoas de forma que através da vibração da lâmina escolhida, ela possa saber em que energia está vibrando durante determinados períodos. Esses períodos poderão ser diários, semanais, mensais ou quadrimestrais.

    A palavra Numeromancia aqui tem a conotação de caminho energético e não o ato adivinhatório até porque, a palavra mancia agregada a qualquer método decifrável, como quiro (mão – quiromancia), carta (cartomancia), geo (pedras – geomancia), etc; e os números têm a característica adivinatória, ou seja, vibração divina, que traduzida significa uma ferramenta perfeita que auxilia no entendimento da sincronicidade das coisas abstratas e invisíveis, mas que são percebidas no coração, no mental, no energético e na razão. A razão normalmente é a pior vilã do ser humano, porque ela mascara as capacidades intuitivas do homem, fazendo com que seu caminho mude de direção. E um método mântico que indicará em qual caminho deverá ser seguido, sem interferência psicofísica.

    Este método utilizado por terapeutas holístico que irá auxiliar no processo de anamnese e aconselhamento energético do cliente através do movimento leela (jogo) em seu período integral e claramente mostrará o que falta a ser trabalhado e que caminho seguir com este cliente.

    Celi Coutinho.


    CARACTERÍSTICA SIMBÓLICA DAS LÂMINAS


    LÂMINA 1 – CRIATIVIDADE - É a origem de todas as coisas, contém todos os números, distribui sua influência em todos os planos.


    Palavra - Chave: Ação, Individualidade e criatividade.

    Arcano principal: O mago.

    Arcanos oculto: Roda da fortuna

    A = Originalidade, independência e insatisfação.

    J =  Desejo de vitória, incerteza.

    S = Emotividade exagerada.

    Planeta regente - Sol: Ego Ativo

    Signo regente - Leão: Vontade corporal com ação para intuição e da vontade sobre a base física.

    Elemento: fogo: Intuição ou vontade.

    Naipe: Paus - Simboliza o poder e a dominação

    Cor - Vermelha: está relacionado com a iniciativa e a vitalidade


    LÂMINA 2 – ASSOCIAÇÃO - É uma necessidade, representa a vida que não é, mas a ação na luta.



    Palavra chave: Associação paz, parceria, espiritualidade.

    Arcano Principal: Sarcedotiza.

    Arcanos ocultos: Força /Mundo.

    B: Necessidade de amor, emotividade e timidez.

    K: Inspiração e nervosismo.

    T: Amor, sentido de humor.

    Planeta regente - Lua: O Ego.

    Signo regente - Câncer: Ego sensitivo.

    Elemento - Água: Sentimento ou emoção.

    Naipe: Copas –As ações são advindas do instinto.

    Cor - Laranja: induz ao entendimento com o outro e a reconciliação.


    LÂMINA 3 – REGENERAÇÃO - É o número da criação.


    Arcano principal: Imperatriz

    Arcano oculto: enforcado.

    Palavra chave: criatividade, auto-expressão.

    C: Intuição e equilíbrio.

    L: Inteligência, excitação e lentidão.

    U: Lentidão, espírito de conservação, espírito rebelde, perdas de dinheiro.

    Planeta regente - Júpiter: Inserção otimista na vida.

    Planeta regente - Vênus: Contato afetivo com o meio externo..

    Signo regente - Sagitário: Vontade espiritual com ação da intuição e da vontade sobre a base espiritual.

    Elemento – AR. Intuição.

    Naipe – Paus –. Indicando alegria e boa sorte.

    Cor - Amarelo: a felicidade e a prosperidade.


    LÂMINA 4 – SOLIDEZ – É o número da força; unidade rebelde reconciliada com a trindade soberana.

    Palavra chave: Estrutura

    Arcano principal: Imperador

    Arcanos ocultos: Morte e o Bobo.

    D: Sentido prático e fatiga física.

    M: Cinismo, caráter e humor sombrios.

    V: Inspiração reveladora.

    Planeta regente - Saturno: a longevidade.

    Signos regentes-Capricórnio:. Ego concentrado.

    Aquário: com capacidade de absorção do ambiente circundante inteligente e hábil.

    Elemento - Terra: Percepção ou sensação. É a base onde germina o ciclo vital.

    Naipe: Ouro – Representa o dinheiro e os interesses e o desenvolvimento.

    Cor - verde: está equilibrando e está renovando, induz à passividade.


    LÂMINA 5 – MOVIMENTO - É o número das descobertas de outros lugares, da evolução e transformação.

    .

    Palavra Chave: Mudança

    Arcano principal: O Papa

    Arcano oculto: A temperança

    E: Ternura.

    N: Amor pelo luxo, sexualidade e prazer.

    W: Potencialidade, insegurança, emotividade e cólera.

    Planeta regente - Mercúrio: Contato intelectual com o meio externo.

    Signos regentes - Gêmeos: alegria, curiosidade.

    Virgem: Manifestação energética.

    Elemento: Ar: É o processo de respiração do ciclo de vida.

    Naipe: Espadas..Está ligada a espiritualidade.

    Cor - azul turquesa: com a capacidade para guiar qualquer iniciativa positivamente.


    LÂMINA 6 – AJUSTAMENTO - É o número do amor, responsabilidade pela família e sociedade.

    Palavra chave: Ajustamento, Perfeição, harmonia, equilíbrio.

    Arcano principal: Enamorados

    Arcano oculto: Diabo

    F: Intuição, amor por la vida privada, sentido de la responsabilidade.

    O: Desejo de viajar, tristeza.

    X: Agitación, sexualidad

    Planeta - Vênus: é o símbolo da beleza e a perfeição natural tipo perfeito da forma e o bonito.

    Signo regente -Touro: Ego expansivo afetivo.

    Libra: Manifestação energética ativadora.

    Elemento - Ar: Razão ou pensamento - É o processo de respiração do ciclo de vida.

    Terra: É a base onde germina o ciclo vital.

    Naipe: Ouros

    Cor - azul anil:Transmite uma sensação de pureza, proteção e de tranqüilidade.


    LÂMINA 7 – SABEDORIA - é o conhecimento, a análise, a espiritualidade.

    Palavra chave: Sabedoria, análise.

    Arcano principal: O Carro

    Arcano oculto: Torre

    G: Sorte, Inteligência e Solidariedade.

    P: Discrição

    Y: Mistério, rapidez e segurança.

    Planeta - Netuno: A metamorfose.

    Mercúrio: Contato intelectual com o meio externo.

    Signo - Peixes: Sentimento espiritual com ação das emoções sobre o espírito.

    Elemento - Água: Sentimento ou emoção fertiliza a germinação do ciclo vital.

    Naipe: Copas – Relacionado a conservação e ao ensino.

    Cor - violeta: Simboliza a espiritualidade, o sacrifício e as perdas.


    LÂMINA 8 – ORGANIZAÇÃO- É a justiça, a conquista de valores econômicos.

    Palavra Chave: Organização, poder e satifação.

    Arcano principal: Justiça

    Arcano oculto: Estrela

    H: Prosperidade, ambição e generosidade.

    Q: Intuição, riquezas e misticismos.

    Z: Compreenção, dinheiro e secretos.

    Planeta - Saturno: Corresponde aos obstáculos e impedimentos..

    Signo - capricórnio: Prevalecem a autoridade implacável, a ambição, a ação perseverante no meio exterior.

    Elemento - Terra: Percepção ou sensação.

    Naipe- Ouros: Desenvolvimento – dinheiro – comércio.

    Cor - Rosa: expressa os afetos espontâneos.


    LÂMINA 9 – HUMANITÁRIO - É a abertura para novos espaços.

    Palavra chave: Humanitário / Generosidade.

    Arcano pricipal: Ermitão

    Arcano oculto: Lua

    I: Paixão, tensão, incerteza.

    R: Potência, emotividade.

    Planeta regente - representa o desejo e a ação, a força e o poder físico.

    Vênus representa as atrações e a sedução da beleza perfeita.

    Signo regente - Áries: Ego ativo e agressivo.

    Elemento Fogo: Com sua força ígnea é a renovação do ciclo vital.

    Naipe: Paus – O poder e a criação, boa sorte e alegria.

    Cor Ouro: simboliza a perfeição


    LÂMINA 11 – IDEALISMO - sabedoria e poderes de intuição.

    Palavra Chave: IDEALISMO.

    Arcano principal: A Força.

    Arcano oculto: Imperatriz.

    K: Inspiração e nervosismo.

    Planeta regente - Urano: A força de decisão.

    Lua: controla os ritmos e flutuações.

    Signo - Aquário: Simpatia. Manifestação energética.

    Elemento - Ar: Razão ou pensamento - É o processo de respiração do ciclo de vida.

    Naipe – espadas: Ligado a espiritualidade, conhecimento intuitivo do karma

    Cor: Prata - a novidade, a inovação.


    LÂMINA 13 – DESAPEGO - sustentar um esforço fixo e consistente.

    Palavra Chave: trabalho no campo material.

    Arcano principal: A morte.

    Arcano oculto: O Imperador.

    M: Cinismo, carater e humor alternados.

    Planeta regente: Jupiter- Representa a fortuna.

    Signo regente:.Capricórnio: a ambição, a ação perseverante no meio exterior.

    Elemento:Terra: Percepção ou sensação. É a base onde germina o ciclo vital.

    Naipe: Ouros: Desenvolvimento – dinheiro-comércio.

    Cor: Verde Musgo - Indicando a renovação da vida e sua vibração mais elevada reflete o espírito de evolução.


    LÂMINA 14 – LIBERDADE- a liberdade; caos e a falta de escolha.

    Palavra Chave: equilíbrio e compromisso.

    Arcano Principal: Temperança

    Arcano oculto: O Papa

    N: Amor pelo luxo, senxualidade e locura.

    Planeta regente - Vênus: corresponde ao início da adaptação social.

    Signo regente - Áries: a ação da intuição e da vontade.

    Elemento - Éter: É o processo de animação do ciclo de vida.

    Naipe: Espadas – Transformação, Intuição, manipulação e inteligência.

    Cor - Azul turqueza: a capacidade para guiar qualquer iniciativa positivamente.


    LÂMINA 16 – ORGULHO- este processo de destruição e renascimento.

    Palavra Chave:derrocada do ego.

    Arcano Principal: Torre

    Arcano oculto: o Carro

    P: Discreção

    Planeta regente - Marte:.Exalta a coragem, a combatividade, o entusiasmo e a liberdade.

    Urano:A força de decisão. às mudanças repentinas..

    Saturno:Inserção racional na vida.

    Signo regente - escorpião: ação das emoções sobre a base corporal.

    Elemento - Água: fertiliza a germinação do ciclo vital.

    Naipe – Copas – Conservação e ensino.

    Cor: Roxa: as O roxo significa espiritualidade e intuição, portanto, é uma cor que simboliza o mundo metafísico. É a cor da alquimia e da magia.


    LÂMINA 19 – CONFIANÇA - Negócios bem sucedidos.

    Palavra chave: Liderança positiva

    Arcano principal -Sol

    Arcano oculto – Roda da fortuna – O Mago

    S = Irrascibilidade, Emotividade exagerada.

    Planeta regente - Sol energia criativa. Governa o fluxo vital

    Signo regente - Leão: ação para intuição e da vontade sobre a base física.

    Elemento: fogo: Com sua força ígnea é a renovação do ciclo vital

    Naipe:Paus –Representa a criação e indica a boa sorte.

    Cor: Ouro maciço - O dourado representa o Sol e por isso é a cor associada ao luxo e ao sucesso!


    LÂMINA 22 - É potencialmente o mais próspero de todos os números.

    Palavra chave: Materialização, construção

    V: inteligencia superior.

    Arcano principal: Bobo

    Arcano oculto: Imperador

    Planeta regente - Urano: A força de decisão.

    Planeta regente: Plutão Impulsiona os instintos profundos, a energia sexual.

    Signo regente - Escorpião: Inserção rebelde do ego aos contextos convencionais.

    Elemento: Água: Sentimento ou emoção fertiliza a germinação do ciclo vital.

    Naipe:Copas – Materializar sentimentos

    Cor: Ouro velho: É associada com a luz a felicidade e a prosperidade, estimula a inteligência espiritual.


    LÂMINA 33Representa a integralidade.



    Palabra Chave: O Grande Construtor

    Arcano Oculto : Os Enamorados

    Planeta Regente: Júpiter: Inserção otimista na vida.


    Urano. A força de decisão.

    Signo regente: Aquário. Pensamento corporal com ação da razão sobre a base física.

    Elemento: Éter: Percepção ou emoção - É o processo de animação do ciclo de vida.



    Método.

    Acessar o pensamento com o poder dos números em níveis mais profundos da mente. O método consiste em embaralhar as cartas e dispor nas casas correspondentes do Passado – Presente e Futuro de uma pauta em questão. As demais lâminas serão distribuídas em círculo complementando o entendimento do jogo. Sendo colocada dentro de cada questão que deseja tomar conhecimento do inconsciente para o consciente.

    Este método ensinará a ouvir a sua voz interior através da numeromancia. Servirá para avaliar novos projetos no nível subconsciente e buscar as perspectivas.


    Conclusão.

    Como já dizia Hermes Trimegistro, "no Universo tudo vibra!" E estamos sujeitos à essas vibrações.

    Se conhecermos nossas falhas ficará bem mais fácil chegarmos ao sucesso pessoal e profissional não é?

    Se soubermos por que não conseguimos contar uma piada, guardar dinheiro, ser feliz e alguém nos mostrar como conquistarmos tudo isso, será bem mais fácil chegar à nossa realização e evolução na vida!

    Através da prática da numeromancia dentro de um jogo das cartas é possível tudo isso e muito mais, pois saberemos que atitudes tomar em determinado dia do mês ou tratar com aquele sócio que acreditávamos poder confiar totalmente!

    Esta é a forma mais inovadora da junção da lógica de nosso mestre Pitágoras com os aspectos astrológicos e as dinvidades hindus, proporcionando um caminho de sintonia e sincronia aplicada em nosso benefício!


    Bibliografia recomendada.

    Um novo sistema de numerologia – Dan Millman – Editora pensamento.

    A numerologia e o triangulo divino – Faith Javane e Dusty Buncker – Editora Pensamento.

    Manual de Numerologia – Elliin Dodge Young e Carol Ann Schuler – Editora Pensamento.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho -Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 31/07/2012 13:55


    Tratamento através de frequências energéticas com o uso da Radiestesia

    Tratamento através de frequências energéticas com o uso da Radiestesia.

     

     

    Maurício Marcial de Araújo

    Terapeuta Holístico – CRT 43301

    mauriciomarcial@radiestesia.com.br

    SINTE  Sindicato dos Terapeutas

     

     

    PENSAMENTO

     

     

     

            Não é possível sequer imaginar a imensa força do pensamento.

            É o poder maior e supera a todos os demais.

            Esse potencial está à disposição do ser humano e é capaz de abrir todas as portas, todavia são poucos os que sabem dirigir esse patrimônio de forma equilibrada.

            Grande parte das pessoas não consegue discipliná-los e eles nascem e se perdem em inconstância ímpar e flutuam na mente sem objetivos definidos.

            Como toda energia, ele deve ser bem dirigido. Não pode esgueirar-se pelos cantos do cérebro como inebriante faz-de-conta.

            É uma força incalculável e até perigosa quando largada a esmo.

            Eu já disse algures que o pensamento é a maior alavanca, maior até do que a energia atômica. Mas ninguém conhece o seu potencial e desperdiça os seus dons.

            No momento em que a força do pensamento for conhecida, será aplicada para reequilibrio físico e mental, para abrir caminhos e formular reformas íntimas.

            É claro que seria perigoso se o homem já soubesse manejar esse poder e não estivesse ainda aperfeiçoado espiritualmente. Seria como deixar a eletricidade nas mãos tenras e inocentes de uma criança.

            O pensamento é algo etéreo que deve ser usado com sabedoria e erudição.

            As religiões aí estão para disciplinar o interior de cada homem. Quando cada um souber nortear os seus passos com sabedoria, uma nova era se abrirá.

            Não mais teremos tristezas e improdutividade. O melhor material para construir destino estará às mãos, e com a perfeição adquirida surgirão grandes prenúncios de alegria e paz.

     

     

     

    “A Arte e a ética associadas à Radiestesia são fundamentais para o sucesso!”



     

    Sumário

     

     

          INTRODUÇÃO:

     

    1. Capítulo 1 – Porque existe certa relutância em aceitar um modo de vida conforme as leis Cósmicas?

     

               MATERIAL E METODOLOGIA:

     

    1. Capítulo 2- O que você pode fazer com a Radiestesia.

     

    1. Capítulo 3- Minha abordagem em Radiestesia Holística.

     

    1. Capítulo 4- Técnicas para o uso do gráfico geral.

     

    1. Capítulo 5- Formas de utilização da Radiônica.

     

         RESULTADOS

     

    1. Capítulo 6- Evolução de casos reais.

     

         DISCUSSÃO

     

    1. Capítulo 7- A Radiestesia na busca da saúde holística.

     

              CONCLUSÃO

     

              REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

     

     

    Introdução

     

     


         
    Esta nova Palestra apresenta em seu contexto dois objetivos distintos: esclarecer e pontuar a importância ao público sobre a Radiestesia em sua técnica e utilização, também, suscitar o desejo pela busca do conhecimento e comprometimento na qualidade de vida nossa e de nossos clientes, onde cada terapeuta, em sua totalidade, se reconheça capaz de entender, trabalhar e modificar as frequências relacionadas a estrutura física, emocional e áurico em expansão através de mais esse conhecimento.

     

     

            Reforçando o nosso entendimento; A Radiestesia é uma técnica milenar que através de profundos estudos e pesquisas pode vir a ser utilizado em todos os segmentos que envolvem a saúde e o bem estar social. Descrevendo a qualificação da Radiestesia e de outras técnicas holísticas já contamos com Normas Técnicas Setoriais Voluntárias criadas pelo SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS, bem como leis estaduais que garantem seu reconhecimento. A criação de reguladores reconhecidos como o SINTE (Sindicato dos Terapeutas) e de outras associações e conselhos de classes, também garantem o seu compromisso, mostrando que a profissão de Radiestesista Holística está cada vez mais forte e em crescimento no Brasil, e que o brasileiro começa gradativamente a compreender que o autoconhecimento e o equilíbrio seu e do meio em que vive, é sem dúvida nenhuma a maneira mais lógica e completa para se ter uma vida longa e saudável.

            Hoje temos um código de ética consolidado, acrescentando através do SINTE a criação do Tutorial Terapia Holística, que é o livro da Auto-Regulamentação da Terapia Holística, as NTSVS _ Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística. É o amadurecimento da profissão no Brasil, fruto de muito trabalho da valorização dos Terapeutas Holísticos compromissados com a ética e a excelência técnica.

            Com muito prazer e satisfação, eu fico motivado a apresentar meus estudos e minhas técnicas de trabalho com terapia em sincronicidade (Radiestesia, Psicoterapia, Odomertia, Cromoterapia, Fitoterapia, Florais de Bach entre outras) e que venho obtendo resultados extraordinários e proveitosos para o meu desenvolvimento e também dos meus clientes.

     

     

            Desta forma, convido você a já ir expandindo seus estudos e interpretações.

     

     

     

    Capítulo 1:

     

     

    Porque existe certa relutância em aceitar um modo de vida conforme as leis Cósmicas?

     

            É que estamos  ainda em evolução, eivados de tendências próprias da matéria.

            A própria questão de sobrevivência impõe certos limites.

            Os instintos naturais clamam mais alto.

            A busca de conforto é também imperioso motivo.

            Peça a uma criança faminta que dê a sua porção de alimento ao irmão e ela irá agarrar-se à fonte da vida.

            Peça que doe os seus brinquedos preferidos e ela os aconchegará ao peito.

            É quase uma dependência, e todos são assim.

            Não se trata propriamente de egoísmo.

            É uma questão de garantir o bem-estar.

            Na Terapia Holística também é assim, acreditamos que a nossa técnica é que vai salvar o mundo e as dos outros não; e ainda buscamos conforto e respaldo na Ciência, absurdo não é?

            O Terapeuta Holístico utiliza como ferramenta principal em seu trabalho o amor ao próximo, o desejo de ajudar na melhora da qualidade do outro, mas, esbarra no ego profissional.  

            O altruísmo é ainda moeda preciosa, em escassez no tesouro íntimo e o dever do terapeuta é justamente distribuir e ensinar ao cliente a fazer o mesmo.

            Em geral, oferta-se o que não faz falta imediata.

            As sociedades vicejam na base do lucro, então há especulação e até mesmo comércio ilícito.

            A avareza e o egoísmo ainda são as marcas características.

            As vantagens proclamadas são apenas chamarizes para vender mais.

            Olhando-se as páginas que narram à vida de Jesus e de outros grandes iluminados, vê-se que todos eles eram extremamente simples.

            Vieram de planos mais adiantados, onde a fraternidade é legítima.

            Somos profissionais e merecemos receber pelo nosso trabalho de forma correta e honesta.

            Os animais e os aborígenes primitivos têm a sabedoria instintiva para a sobrevivência, e isso não significa que obedeçam a certos princípios: até matam se for preciso. Mas o homem, alcandorado (colocado em lugar de elevada altura) a novas certezas, deve disciplinar-se e conduzir seus passos com altruísmo.

            Sem renúncia aos mais baixos instintos, será impossível vislumbrar melhores dias com profissionais.

            A utilização de técnica utilizando as mãos para transferência e renovação das energias estagnadas no corpo dos clientes exige certo grau de altruísmo, pois somente assim conseguiremos emitir uma energia limpa e reformadora.

            A utilização da Radiestesia neste processo nos possibilita visualizar e conferir com nitidez o tipo de frequências e a necessidade de transformação da mesma.

            Mas como funciona a Radiestesia?

           A palavra Radiestesia é a união de dois termos, Radius, que vem do latim e significa radiação e aisthesis, de origem grega e que significa sensibilidade, indicando assim a sensibilidade às radiações.

     

            Utilizando instrumentos específicos, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do nosso campo bioenergético que trabalha com as dimensões vibratórias mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando encontrar possibilidades para corrigir possíveis alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem estar da pessoa.        

     

            Tudo no universo é uma fonte de energia que ressoa em certa freqüência ou, uma combinação de freqüências com outros elementos. Nosso corpo é feito de um número incontável de átomos e moléculas representando vários elementos. Cada molécula elementar ou átomo ressoa em harmonia com outra, quando estamos em perfeito equilíbrio. Acontece que em todo o momento estamos expostos a energias nocivas, como: ondas de rádios, TV, antenas, energias pessoais, etc... Podendo gerar uma serie de desequilíbrios. Elas passam sobre nossos corpos, da mesma forma que somos afetados pela radiação do sol, da lua, da Terra e como sabemos das outras pessoas, porque mesmo pensamentos criam energias que se irradiam através de nossos corpos.

     

            Frequentemente durante o dia respondemos fisiologicamente, emocionalmente e intelectualmente de alguma forma às diferentes radiações que nos atingem, vindas de várias fontes.

     

            Radiestesia é uma excelente ferramenta para ampliar nossas reações sutis que experimentamos.  Se usada corretamente, a Radiestesia será uma ferramenta benéfica para a identificação e correção da fonte e transmissão das radiações nocivas existentes.

     

            Na realidade, a Radiestesia pode ser dividida em três aspectos:

     

    1- Reação física para frequências e radiações universais de elementos ou combinações de elementos naturais ou artificiais que existem no nosso ambiente físico.

     

    2 - Reação emocional dos pensamentos, condições e atitudes de outros, individualmente ou coletivamente e, de nós próprios.

     

    3 - E frequentemente intuitivamente a eventos que estão fora de nossa percepção linear do tempo, consciência física ou realidade.

     

             Com a nossa atitude e conhecimento do assunto que nos dirá definitivamente se seremos bem sucedidos no trabalho de Radiestesia ou não, e o quanto poderemos desenvolver este precioso presente. Devemos tornar-nos humildes e ter força de submetermos nossas percepções e atitudes para mudar, questionar mesmo nossas mais fortes crenças sobre um assunto específico e também ter vontade de corrigir nossas realidades.

     

           Para alguns isto será somente um meio de trabalhar com reações ou manifestações físicas, tais como procurar água, minerais e outros assuntos relativos às substâncias do universo. Outras pessoas, como eu, entretanto, podem se sentir confortável em trabalhar em áreas relativas à saúde, emoção e espiritualidade, ou seja, equilíbrio do Ser.

     

     

     

    Material e metodologia

     

     

    Capítulo 2:

     

    O que você pode fazer com a Radiestesia.

     

     

    A Radiestesia pode ser usada em diversos domínios como, por exemplo: agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água, no nosso caso: pesquisa de florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas, use a sua intuição e muita pesquisa.

     

     

     

     

    Capítulo 3:

     

    Tratamento com o uso das mãos e freqüências energéticas através de índices

     

     

            A troca de energia através das mãos tem sua eficácia divulgada em várias correntes filosóficas e, nos últimos 40 anos, a ciência traz pesquisas da aplicação e benefícios da mesma na área da saúde; é importante saber que a Terapia Holística faz parte deste processo de desenvolvimento e aprendizado universal desde os primórdios e saber como identificar através da Radiestesia as frequências saudáveis e também as desequilibradas é importante e revelador para todos.

     

            O Toque Terapêutico é uma técnica contemporânea de terapia complementar desenvolvida por Dolores Krieger e Dora Kunz, na década de 70.  A expressão “toque terapêutico” corresponde à conhecida técnica de “imposição de mãos”, amplamente estudada pela Doutrina Espírita como fator promotor de benefícios na área da saúde. Por ser um meio não invasivo, pode ser utilizado como complemento de várias terapias e também em clientes submetidos à medicina alopática.

            

            O toque terapêutico tem registros antigos: aparece no Papiro de Ebers, um dos tratados médicos mais antigos e importantes que é conhecido. Este tratado foi escrito no Antigo Egito e é datado de 1552 a.C. A confirmação deste achado aparece também no livro “O Espiritismo perante à Ciência”, de Gabriel Delanne no trecho “Os egípcios ... empregavam, no alívio dos sofrimentos, os passes e a aposição de mãos, como os executamos ainda em nossos dias”. Esta prática aparece por toda a história da humanidade, como na Bíblia, na época dos romanos, na ascensão da medicina árabe com Aviccena, em épocas medievais, etc.      

     

            Atualmente, utilizo às frequências necessárias para o restabelecimento do equilíbrio holístico através do uso de índices encontrados com o uso da Radiestesia:

     

    Exemplos:

    Artérias

    Adiposa - 4965

    Aorta, abdominal - 432

    Aorta, arco da - 6023

    Aorta, torácica - 978

    Artéria coronária – 492

    Artérias - 497

    Arteríolas - 495

    Auricular posterior - 847

    Axilar - 648

    Braquial - 491

    Carótida comum - 526

    Carótida externa - 516

    Carótida interna - 536

    Cerebral – 2947

     

            Estes índices grafados numericamente são o registro correspondente ao ponto exato do equilíbrio que cada parte ou substância que compõe a estrutura orgânica deveria alcançar para manter ou restabelecer qualidade de vida do indivíduo.

     

     

     

     

     

    Capítulo 4:

     

    Técnicas para a utilização das frequências:

     

     

            Para entender melhor o procedimento desta técnica, utilizarei o conceito da relatividade como exemplo.

            O tratamento com frequências e índices segue a estrutura da teoria da relatividade.

            O conceito da equivalência massa-energia une os conceitos de conservação da massa e conservação da energia. O inverso também é válido, energia pode ser convertida em partículas com massa de repouso. A quantidade total de massa e energia em um sistema fechado permanece constante. Energia não pode ser criada nem destruída, e em qualquer forma, energia acumulada exibe massa. Na Teoria da Relatividade, massa e energia são duas formas da mesma coisa, e uma não existe sem a outra.

            Por tanto, se podemos corrigir desequilíbrios no campo físico, podemos também através de frequências (radiações) corrigi-los no campo energético do ser.

            A principal forma de desenvolvimento para este tratamento é:

    1. Retirar o excesso de energia estagnada do corpo de nosso cliente através de um bastão, cristal ou mesmo uma pedra vulcânica. (para este procedimento é necessário a programação radiestesica conforme foi citada em palestras e cursos anteriores.)
    2. Em rastrear e encontrar com o uso do pendulo pontos, órgãos, meridianos e chakras  em desequilíbrio.
    3. Com o uso dos índices corretos e programados inserirem as frequências necessárias o tempo necessário até o restabelecimento daquele órgão etc...
    4. Necessitando de repetição do processo, marcar retorno e executar novamente até a melhora da qualidade de nosso cliente.

       

            Trabalhando com vários clientes e vários tipos de desequilíbrios cheguei a resultados extremamente positivos e acredito que esta será uma das  técnicas mais úteis no desenvolvimento e evolução de ser como um todo.

     

     

    Capítulo 5:

     

    Podemos trabalhar com esta técnica a distância?

     

     

            Utilizando frequências podemos também trabalhar com o cliente a distância já que dependendo do caso, por motivos diversos não teremos ao nosso lado o cliente que precisa ser tratada, ou ainda, nem sempre podemos estar no local que queremos fazer nossas averiguações e tratamentos.

            Como fazer quando não podemos ter o cliente junto de nós?

            Utilizamos a Radiônica que é a arte que pratica a emissão de energia a distância, energias com qualidades e intensidades específicas em função das formas de objetos e gráficos interagindo nos campos energéticos do macro e micro cosmo.

     

            É um sistema pelo qual modificamos um desequilíbrio real a distância, colocando-o de novo em equilíbrio completo com a utilização dos índices citados.

            Os instrumentos que usamos em Radiônica são muito simples. Normalmente são gráficos com formas geométricas ou mesmo aparelhos eletrônicos chamados de Máquina Radiônica.

     

            Utilizando os gráficos podemos trabalhar com a energia de múltiplas formas: decágono, hexágono, losango, turbilhão, círculos, triângulos, pirâmides, semi-esferas, espiral, etc. Cada forma canaliza um tipo de energia; Já com a Máquina Radiônica, que é um aparelho como caixa com montagem eletro-eletrônico "Sintonizador Biológico" usamos registros de frequência (como usado para sintonizar o rádio), o que faz a ligação com o testemunho, emitindo, amplificando ou direcionando a energia que serve para substituir a pessoa ou o objeto que precisamos pesquisar.

     

            Para o uso da Radiônica o testemunho ou testemunha é indispensável, ele pode ser confeccionado de várias formas: através de fotos, saliva, cabelo, unhas, amostra de sangue, documentos da pessoa e também com a localização a ser estudado; no caso de casas, o endereço completo da casa, não se esquecendo de colocar o nome da cidade e, se possível, até o CEP, pois podem existir várias ruas em uma cidade com o mesmo nome.

     

            O testemunho pode ser ainda um mapa com o registro da pessoa e do local a ser pesquisado.

     

            Para não haver influência de outras energias, quando possível, solicitar ao cliente que coloque o testemunho dentro de um envelope para ser levado a você; pode-se ainda usar o nome completo da pessoa com a data de nascimento, para se evitar homônimos.

     

            Portanto experimente, busque conhecer e utilizar das técnicas da Radiestesia tanto presencial como a distância, em conjunto com o uso dos índices e freqüências; você vai se surpreender com os resultados. Pratique todos os dias. É como tocar um instrumento musical. Se seguir às instruções cuidadosamente e praticar um pouco todos os dias a sua habilidade e precisão se tornarão muito boas, tornando-se assim um terapeuta melhor a cada dia.

     

     

     

     

    Resultados:

     

     

    Capítulo 6:

     

    Evolução de casos reais:

     

    C.A.V – chegou até a mim se queixando de distúrbios diversos como palpitações fortes, desmaios, angústia profunda e imenso desânimo alegando ter recebido diagnóstico médico de síndrome do pânico. Após 3 sessões utilizando os índices através da imposição de mãos já não sentia nenhum tipo de desequilíbrio físico, tornando assim o tratamento psicoterapêutico mais ativo e com respostas mais eficientes. Está em tratamento holístico há três meses e não teve mais nenhuma das sensações relatadas no início do acompanhamento.

     

    V.E.C – chegou até a mim por indicação  de outro cliente que obteve excelentes resultados em uma situação semelhante. Havia um prognostico médico reservado ou considerado irreversível, alegando ter enfermidades celulares disseminadas pelo corpo, incluindo intestino, pulmão e ossos.

    Mantém o tratamento alopático indicado para o caso e, de forma complementar, é acompanhada por mim . A sua melhora física e o fortalecimento de seus órgãos estão em um processo bem rápido e com muita qualidade, refletindo-se no ganho de peso,  aumento da força muscular e ânimo para, inclusive passear, redecorar seu quarto e realizar compras em Shopping Center. Antes, acamada, caquética e sem perspectivas de recuperação, se queixava de fraqueza extrema, desânimo, dores, vômitos e diarréia.

     

    A.L.S. – apresentou-se a mim queixando-se de dores no corpo, excesso de peso e desânimo. Utilizei frequências relativas à queima de gordura e aumento na velocidade de seu metabolismo, também equilibrando a estrutura hormonal e aplicando a frequência de alguns florais e fitoterápicos.  A dor desapareceu, a auto-estima melhorou e começou a perder peso (entre 300 gramas a 1 quilo e 100 gramas semanalmente) de forma saudável  e sem perda de líquidos e minerais importantes.

     

            Com este trabalho e pesquisas, o campo de energia individual é acessado e a troca de energia estagnada e desequilibrada por energia saudável e de qualidade faz-se real. Com o uso da Radiestesia e das mãos como ferramentas podem agir como um instrumento único onde a sensibilidade e a intuição ficam mais vulneráveis a sensações que indicam onde a energia do cliente possa apresentar algum bloqueio ou desequilíbrio e assim pontuar e tratar a causa diretamente no ponto aonde foi criado o desequilíbrio indicado. Após a determinação onde das áreas que possam estar em desequilíbrio, o Terapeuta começa a inverter a energia nociva e distribuir e corrigir a energia pelo corpo, aliviando partes doloridas ou congestionadas e melhorando aquelas que estão com as frequências desafinadas, ou seja, como se parte de seu corpo fosse uma estação de radio desalinhada com muita caieira e após tratamento ficasse na sintonia correta com nitidez e pureza.

            Esta terapia pode se comparar a um dial preciso que encontra a energia saudável.

     

     

     

    Discussão

     

     

     

    Capítulo 7:

     

    A Radiestesia na busca da saúde holística:

     

            Alguns autores restringe o uso da Radiestesia em agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água e outros.

     

             No meu caso a utilização da Radiestesia é uma ferramenta para a busca da melhor qualidade de vida e o equilíbrio do Ser. Através do uso dela venho pesquisando varias técnicas no decorrer dos anos: florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas e os resultados fascinantes.

            

            Aconselho a você conhecer esta técnica e utilizá-la.

     

    Conclusão:

     

            Criando assim uma equação de serviços elaborados, para se chegar ao melhor condicionamento físico e mental, com a compreensão de vida em que se resolva o problema existente, como um todo sem transferência de culpa ou novas somatizações físicas. Visando sempre que o mais importante é justamente que o terapeuta holístico seja um catalisador para a busca do conhecimento e crescimento individual de cada cliente e não um apaziguador de um problema direcionado, principalmente porque quando um cliente nos procura ele não quer ser “curado de doenças”, para isto ele procuraria um médico e não um terapeuta holístico, ele está atrás é sim de uma qualidade de vida dele e dos que os cercam e um equilíbrio onde possa se sentir bem com ele mesmo e com o ambiente onde vive. Sentindo- se assim feliz e produtivo sempre!

            Ninguém entrega um objeto precioso aos cuidados de outrem se não tiver absoluta certeza de que será bem cuidado. Qual mãe entregaria seu filho aos braços de um brutamonte?

            Assim é com a energia, o bem mais caro e essencial. Se ela for entregue aos cuidados de Deus é por confiança insofismável. O Terapeuta Holístico é um instrumento de restauração energética.

            A confiabilidade se constrói através do tempo. As provas vão chegando, umas após as outras para confirmar ou não se a força íntima e o caráter de alguém são impolutos.

            Da mesma forma, no reino dos valores mais pesados. Um indivíduo só arranja para comparsas quem vibra na mesma sintonia e seja capaz de cometer os mesmos crimes. A afinidade de propósitos é indispensável.

            A entrega total só existe entre seres absolutamente certos da igualdade de sentimentos. Se há falta de semelhanças não há confiança.

            É possível haver identidade independentemente da idade cronológica. Uma criança pode ficar serena ao entregar-se aos braços dos avós. Às vezes, a entrega se faz entre um acurado leitor e um livro, a bíblia, por exemplo, capaz de mudar a conduta e redimir.

            Nota-se que entre os animais e os humanos, as mães se entregam em abandono para doar o leite vital; é pura dádiva. Daí deveria vir o exemplo do desapego e altruísmo. Podes retrucar que é mero instinto. Mas, dentro dele pulsa algo mais etéreo e eterno. A criança não suga apenas o leite material, mas também a força de viver. Há sempre elos entre quem doa e quem recebe.

    É uma simbiose energética digna de apreço e imitação.

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

     

    ARAÚJO, Mauricio Marcial – Gráficos Radiestésicos e Radiônicos para o Uso em Terapia Holística.

     

    ARAÚJO, Maurício Marcial – Radiestesia na Terapia Holística – A Arte e a Ética Associadas a Radiestesia são:

     

    ARAÚJO, Maurício Marcial – Radiestesia e Poder das Mãos – Técnica de Tratamento com troca de energia através das mãos

     

    BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz - Um guia para a Cura através do Campo de Energia Humana. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    CANÇADO, Juracy Campos L.. Do-In: Livro dos primeiros socorros. 18 ed. São Paulo: Ed. Ground, 1994.

     

    EITEL, Ernest J. Feng-Shui - A ciência do Paisagismo Sagrado na China Antiga. Rio de Janeiro: Ed. Ground, 1985.

     

    GERBER, Richard. Medicina Vibracional - Uma Medicina para o Futuro. 12 ed. São Paulo: Cultrix, 1997.

     

    LAFFOREST, Roger de. A Magia das Energias. São Paulo: Ed. Siciliano, 1991.

     

    PENNICK, Nigel. Geometria Sagrada. Simbolismo e Intenção nas Estruturas Religiosas. São Paulo: Ed. Pensamento, 1980.

     

    RODRIGUES, António. Os Gráficos em Radiestesia. São Paulo: Fábrica das Letras, 2000.

     

    SIQUEIRA, Renato Guedes de. Cinestesia do Saber - Radiestesia e Radiônica, Expressão do Nosso Inconsciente. 2ª ed. São Paulo: Ed. Roka, 1998.

     

    TANSLEY, David V. Dimensões da Radiônica - Novas técnicas de cura. São Paulo: Ed. Pensamento, 1997.

     

    TANSLEY, David V. Chakras Raios e Radiônica. 9 ed. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    TANSLEY, David V. As Trajetórias dos Raios e os Portais dos Chakras. São Paulo: Ed. Pensamento, 1985.

     

    WATERS, Paul. A Huna Guide to the Pendulum. Princeville, Hi: Huna by Mail, 1996.

     

    WOODS, Walt. Letter to Robin - A mini-course in Pendulum Dowsing. 10th. The Print

    Shoppe,1996

    Autor: : Maurício Marcial de Araújo - Terapeuta Holístico - CRT 43301
    Última atualização: 12/06/2013 19:55


    Consciência da filosofia e metafísica da saúde

     

    Filosofia em Ação


    Quem sou eu? “Segredo?”


    Consciência da filosofia e metafísica da saúde


    São Paulo, 31 de Maio de 2013


    Mitiyo Oshiro Takemoto

    Terapeuta Holística

    CRT 38660

     

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas – Holístico 2013


     


    Sumário

    Introdução...................................................................................................................................I

    Prefácio.......................................................................................................................................II

    Filosofia......................................................................................................................................III

    Alquimia.....................................................................................................................................III

    Tao.............................................................................................................................................IV

    Holoyoga – reflexologia.............................................................................................................V

    Reflexão.....................................................................................................................................VI

    Evolução....................................................................................................................................VI

    Despertar...................................................................................................................................VII

    O estudo da Kundalini...............................................................................................................VII

    Energia sexual Kundalini............................................................................................................VII

    Evolução humana......................................................................................................................VIII

    O que são 7 chacras?.................................................................................................................VIII

    O que é Corpo Etérico?...............................................................................................................X

    O que é Corpo Espiritual?...........................................................................................................XI

    Material e Metodologia..............................................................................................................XII

    Discussão....................................................................................................................................XII

    Conclusão...................................................................................................................................XII

    Bibliografia.................................................................................................................................XIII


     


    Introdução

    Pensamos ser inadiável o desenvolvimento do Ser consciente. Os seres humanos, diferentemente dos seres animais, possuem um potencial criativo. Adaptamos- nos às modificações impostas pelo tempo, pela tecnologia, pelos novos modelos sociais. Mas existem características espirituais básicas que nunca sofreram modificações, assim como as forças que movimentam o Ser humano, continuam sendo as mesmas, impulsos emocionais básicos e intensos e a busca pelo conforto e segurança. Há ainda outros objetivos comuns a todo ser humano, que muitas vezes assolam a humanidade com guerras e desordens psico-sociais que também parecem não sofrer alterações, como a busca pelo poder, a exaltação do status social, o poder monetário entre outros... Todo esse desequilíbrio evolutivo vem se retratando na mente humana ao longo de muitas décadas, e porque não falar séculos, criando uma humanidade egoísta e violenta às defesas de suas aquisições. O ser humano não evolui internamente, não é capaz de controlar suas emoções, de corrigir pequenas falhas de conduta, de se auto-domar em certos aspectos, mas isso por pura falta de consciência. Consciência que não é pensamento, mas percepção. Transmitimos aos nossos filhos, e recebemos também de nossos antepassados essa cultura equivocada que faz com que as pessoas fiquem alienadas em relação às suas possibilidades. Se emanamos amor, recebemos amor. Se emanamos respeito e aceitação, é isso que receberemos, respeito e aceitação. Se emanamos ódio, geramos a condição de receber ódio. Como temos a tendência a ser impulsivos, ansiosos e até descontrolados, costumamos reagir ao ódio com mais ódio, criando um ambiente tomado pelo ódio num ciclo difícil de ser quebrado, mas sempre reagimos ao amor com mais amor. O mesmo acontece com a energia. O campo energético pessoal reflete nossos padrões mentais, o que somos por dentro costumamos demonstrar por fora. Em forma de ação ou pensamento. A nossa energia é capaz de influenciar todos os que estão a nossa volta. Ao tomarmos conhecimento da capacidade que temos de controlar esta energia, ganhamos controle sobre inúmeras capacidades. Aquele que se guia pelo amor e pela índole sempre dinamiza o que aprende, transformando em experiência evolutiva toda e qualquer situação.

    I


     


    Prefácio

    Bem vindos ao Mundo mágico. O meu intuito é apresentar aos interessados no conhecimento do oculto que se refere a fenômenos conexos, transmitindo à humanidade o poder sutil e sublime da Kundalini. Esse conhecimento está disperso e fragmentado em grande número de livros e artigos de vários autores. O universo místico que existe na consciência do homem, mas que está adormecido no inconsciente, desde os tempos imemoráveis. Sendo que, no meu caso, o despertar aconteceu quando iniciei a investigação da energia sexual. Posso afirmar com certeza, que é realmente fantástico, que significa evolução espiritual e humana dentro da pessoa. A Kundalini sobe da base da coluna vertebral dentro da medula até chegar no crânio, o centro de energia espiritual Shen – o Bindu-Brahma. Atualmente, muitos místicos, eruditos, médiuns e cientistas que se dedicam no estudo, têm os impulsos mais evidentes que é o próprio impulso da Kundalini – a indomável. Eles persistem em investigar, muitas vezes mesmo contra os deboches incrédulos e contra o sarcasmo de incorrigíveis céticos, nos quais o impulso por várias causas que serão discutidas em detalhes mais esclarecedores, em outra ocasião. Uma mulher frígida olha com desdém para a natureza apaixonada de uma amiga e muitas vezes se considera superior a ela, esquecendo sua própria carência. Portanto, os que, como a mulher frígida, se orgulham de sua inflexível atitude “resistente”, a despeito de convincente testemunho em contrário, revelam um desinteresse muito grande pelo tema, que é tão fundamental para despertar o que está no inconsciente: trazer o inconsciente ao consciente e ampliar a visão mental. Essas pessoas são incapazes de perceber a própria deficiência, como Bernard Russel, que ao ser posto diante da ponderável evidência oferecida pela pesquisa, para algum tipo de sobrevivência, observou que, embora a evidência psíquica fosse bastante forte, a evidência biológica contra a sobrevivência ainda era mais forte. Sendo que, o tema em questão é essencial e fundamental para explorar a dimensão do corpo, da alma e do espírito, pois a nossa inteligência não tem limite, não tem fronteira, e tem a capacidade de transcender o eu, o outro, a parede, o horizonte e expandir para o universo e chegar mais próximo de Deus. “Fazer do raso o profundo, do incompreensível o compreensível, do incogniscível o congniscível.” – I CHING. Palavras de advertência: com certeza, não se deve evocar a Kundalini propositadamente, inadvertidamente, sem o aprimoramento espiritual, em hipótese alguma, no entanto, em algumas pessoas, ela desperta espontaneamente. O aluno deverá ser orientado com o Dharma do Coração. Dharma quer dizer “Ensino Correto”, dentro do ensinamento apropriado.

    II


     


    Filosofia

    Afinal, o que é filosofia? Em nosso contexto diário e para muitas pessoas, a Filosofia acabou se tornando sinônimo de algo distante e sem muita utilidade. No entanto, foi por intermédio dela em que as grandes mentes chegaram a um passo significativo na história humana. Ela é uma ferramenta única e capaz de nos conduzir as respostas para tudo aquilo que buscamos. A etimologia da palavra “Filos” indica buscador, ao passo que “Sophia” representa a sabedoria. Assim, o filósofo – isto é, o buscador da sabedoria – é um indivíduo que procura se contextuar no Universo e perante suas Leis, visando resgatar o conhecimento sobre quem de fato somos, de onde viemos, para onde vamos e para que serve a vida e todas as coisas que nos cercam. É através da Filosofia que podemos sair da imensa crise social e moral em que estamos inseridos: os preceitos filosóficos possibilitam ao homem deixar de agir sobre os efeitos e passar a agir sobre as causas das questões que tem levado a sociedade ao sofrimento a ao desespero. A violência, a corrupção, a depressão, a solidão, a dor da perda de uma forma geral como diversos outros malefícios não são as causas, mas sim efeitos de nossa incapacidade de amar e agir de maneira moralmente correta. Por isso, afirmamos que Filosofia tem a função de nos conduzir, sobretudo ao resgate de nossa autoestima, além de nos recolocar socialmente como homens livres e independentes. *Texto extraído do Jornal Filosófico

    Alquimia

    A Alquimia busca entender a natureza em todas as suas formas, de maneira holística, amparada na sabedoria dos grandes conhecimentos antigos. É muito importante esclarecer e desmitificar o conceito de Alquimia. A palavra alquimia (AL KHEMY), de origem árabe significa “a química”. É a mais antiga das ciências e influenciou todas as demais pois pertence a raiz de todas. Combina elementos da química, antropologia, astrologia, magia, filosofia, metalurgia, matemática, misticismo e religião, mas sob uma ótica própria. Na antiguidade se tem registro de sua existência entre os babilônios, egípcios, chineses e os indianos, assim como na idade média, onde sua prática era realizada sob o mais absoluto dos segredos, pois era considerada como uma ciência oculta, sendo perseguidos pela Santa Inquisição da Igreja Católica. Com isso, os grandes personagens do pensamento hermético anotavam suas investigações em códigos e as chaves decifradoras só eram conhecidas pelos iniciados. Em seus laboratórios os alquimistas atribuíam propriedades que transcendiam ao comum, relativas às plantas, letras, pedras, figuras geométricas e números, para satisfazer o seu principal objetivo que é compreender a natureza e reproduzir seus fenômenos para conseguir uma ascensão a um estado superior de consciência de si próprio e de quem o procura. Para eles, transformar metal em ouro ou criar o elixir da longa vida eram coisas pequenas diante da compreensão do que somos, pois essa arte hermética era a busca maior do entendimento da natureza plena e holística onde o ser humano está inserido. O estudante de alquimia é um buscador que corre atrás de se conhecer. Hoje, assim como

    antigamente, na realização dos experimentos e por meio de constantes leituras e releituras, o Alquimista nas várias etapas da transformação no seu laboratório ou consultório vai gradativamente

    III


     


    transformando a própria consciência que é o ouro espiritual, a perfeição dentro de si mesmo. Porém é importante trazer esses conceitos filosóficos para o lado prático da vida, estamos encarnados em um corpo, no planeta terra, tridimensional, sofrendo influência do meio e do inconsciente coletivo da nossa época. Desta forma, o alquimista que hoje está representado muitas vezes pelo médico, ou terapeuta holístico, deve observar no dia a dia, de forma mais aprimorada, a natureza e suas manifestações, ficando atento as transformações e aos ciclos astrológicos – sol, lua e planeta – e terrestres – semear ou colher. Sabendo interpretá-las, ele poderá ajudar melhor a quem o procura, maximizando seus efeitos para saúde e bem estar.

    (autor desconhecido)

    Tao

    O Tao como base das doutrinas filosóficas mentais e também ocidentais é palavra chinesa que significa caminho, via, isto é a sobreposição do feminino e do masculino chamado Yin e Yang. O Tao não significa a soma de um e outro, mas tais forças existem concomitantemente e sincronicamente. O Tao como caminho e como fusão de tais elementos é o sentido de ordem, é um princípio organizador. É a reunião do caos e das polaridades. É gás dispersivo, consequente aos movimentos de fricção, se transforma em gás de combustão do próprio movimento deixando um rastro. Ao seguir o Tao vocês seguem este rastro, os movimentos, o fluxo da vida e do caminho até que, perdendo a polaridade, vocês se transformam no próprio caminho, no Tao. O Tao condena a idolatria e diz: “O mestre Tao não tem nome, ele é oculto, vive no anonimato meditando (filosofando), praticando, aprendendo, orientando e semeando o bem, o cultivo, a serenidade, meditando entre o céu e a terra.” O homem recebeu do céu uma natureza essencialmente boa para guiá-lo em todos os seus movimentos. Entregando-se a esse princípio divino dentro de si, o homem alcança uma inocência incontaminada. Ela o conduz ao bem com certeza instintiva e livre de intenções ulteriores de recompensa ou vantagem, essa certeza instintiva trás supremo sucesso e favorece através da perseverança. Nem tudo que é instintivo é também natural, nesse sentido mais elevado da palavra, mas somente o que é correto, aquilo que corresponde à vontade dos céus. Uma forma de agir instintiva e irrefletida, que não possua retidão, só poderia causar infortúnio. Confúcio comentava a respeito: “Aonde irá aquele que se afasta da inocência? A vontade e as bênçãos dos céus, não acompanham seus ato.” I Ching O céu é puro, e a terra é impura, o homem está entre o céu e a terra, entre o puro e o impuro. Certo ditado antigo diz o seguinte: “O Tao não possui qualquer forma; no entanto confere vida ao céu e a terra. O Tao é destituído de emoções; no entanto, move o sol e a lua. O Tao é destituído de nome; no entanto nutre todas as coisas da natureza.” O Tao possui tanto aspectos puros como impuros. Às vezes permanece imóvel, às vezes move-se. O céu é puro e a terra impura, todas as coisas percorrendo seu respectivo curso. A origem da pureza reside na impureza. Por esse motivo nos remetemos à meditação, reflexão. O movimento é a fundação da quietude. Se as pessoas puderem constantemente permanecer puras e imóveis, então ficaremos no estado de serenidade.

    IV


     


    O espírito tende para a pureza, a mente para a quietude, mas é contrariado pelo desejo de equilibrar- se. Se fores capaz de controlar, então a mente permanecerá imperturbável e pura. Aqueles que estão impossibilitados de atingir o Tao são destituídos de clareza mental e que ainda se acham escravos das emoções. Suportar a quietude gradualmente entrará no verdadeiro caminho denominado Tao, não existe nada para ser atingido, mas sim para sentir. Lao Tsé dizia: “Aqueles que são honrados não tem porque discutir. Os que não são preferem se entregar as discussões.” Aqueles que possuem elevadas virtudes não necessitam de virtude. Quando a mente permanece selvagem o espírito torna-se distraído devido à existência da ansiedade e do estresse, o corpo e a mente são afligidos por tensões. Se viveres na decepção e na ansiedade afundará no oceano do sofrimento e sempre vaguearás para fora do verdadeiro caminho. Se fores capaz de perceber intuitivamente viverás o caminho natural, se intuitivamente entenderes o Tao, sempre será puro e imóvel. Todas as meditações que fazemos são essencialmente internas, você fecha os olhos e imagina todas essas coisas (tais como sofrimento dos seres e o desejo de que sejam felizes). Mas não pense que isto vai simplesmente perder-se no espaço e não vai produzir nada. Ao imaginar certas coisas você faz com que elas se tornem realidade, se você todos os dias fica irritado, não se surpreenda se continuar ficando irritado se você mantém pensamento de irritação em sua mente. “Eu detesto ele, eu detesto ele”, não se surpreenda se você der um soco na cara dele, porque o que corpo e a fala fazem é simplesmente seguir aquilo que a mente está fazendo porque eles se iniciam na sua mente. Refletir, pensar, oração mental, examinar atentamente, ponderar, considerar, reconsiderar, isso é meditar. Como qualquer coisa, você tem que treinar antes de agir, não é possível simplesmente entrar em um carro e sair dirigindo, é necessário treinar primeiro. Antes de tocar piano você tem que treinar e treinar. Você tem que treinar-se no desenvolvimento do amor e da compaixão e tudo isso, por fim, o tornará apto a espontaneamente expressá-los em corpo e fala. Isto é algo razoável. Mencius comentava a respeito: Para verificar se alguém é um homem superior ou inferior, só precisamos observar a que parte de si ele atribui uma especial importância. O corpo tem partes superiores e inferiores; importantes e secundárias. “Não devemos sacrificar o superior em favor do inferior e nem devemos sacrificar o inferior em favor do superior, devemos sim, manter o equilíbrio.”

    Holoyoga – Reflexologia – Autocura Fundamento: Tantrayana, o Veículo de Diamante

    Tantrayana: 2 cérebros, o equilíbrio dinâmico do Yin e Yang. Holoyogaterapia é uma prática simultânea do Tantra, Yoga e Budh: os 3 Tan Tiens, a consciência da filosofia e metafísica do Tao-Yin; conscientização do corpo, da mente e do espírito, pois dentro de cada um de nós existe: um ser animal (corpo), um ser humano (mente) e um ser divino (espírito). Essas são as 3 dimensões da nossa existência. Daí a explicação sobre os 3 Tan Tiens, 3 mentes ou 3 veículos (Bioeletromagnética): a força vital.

    V


     


    Reflexão

    Para refletir, filosofar: “Aprender sem pensar é inútil. Pensar sem aprender é perigoso.” (Kung Fu Tsé (Confúcio). Filosofia e metafísica: ciência geral dos primeiros princípios e das primeiras causas, conhecimento, sabedoria, força moral, (elevação espiritual) que leva ao Deus: conhecimento de verdades morais, conhecimento absoluto que procura a intuição direta das coisas; conhecimento racional único possível de alcançar a essência das coisas, modo de pensamento intermediário entre teológico e positivo; método de abordar os fenômenos da natureza, aprofundar, refletir, raciocinar, pensar e discernir, é a adequação entre o ser e a inteligência, ou seja, espírito de crítica e de superação. Nas palavras e atos do passado jaz oculto um tesouro que o homem pode utilizar para fortalecer e elevar seu próprio caráter. O estudo do passado não deve se limitar a um mero conhecimento da história, mas deve, através da aplicação desse conhecimento, procurar dar atualidade ao passado. Desembaraçando os fios de seda emaranhados, juntando-os em meadas, assim se desvenda os mistérios e segredos orientais da antiguidade. “O antigo será de novo útil.” I Ching – Lao Tsé

    Evolução

    A evolução da Kundalini: a fonte da força, fonte do gênio a partir do seu repositório nos órgãos reprodutores, uma fina corrente de energia vivente filtra-se para dentro do cérebro, como lubrificante para o processo evolutivo. A medida que a energia se move para cima, vai passando pelos vários chacras ao longo da medula espinhal até chegar ao chacra capital localizado no cérebro, a pessoa sente uma luz entre branca e dourada no interior do cérebro. Dizem que o fenômeno desperta requintadas sensações que se assemelham ao orgasmo, mas ultrapassam em muitas ordens de magnitude. Tais sensações são mais intensamente percebidas logo acima do palato no cérebro médio no arco descendente paralelo à curva palatal, o canal encurvado através do qual o bioplasma passa para dentro do cérebro. A Kundalini está em ação o tempo todo e em forma de energia “torrente”. Essa torrente ascensional que é uma reconceituação do que FREUD aparentemente quis dizer com a expressão “sublimação da libido” – explica a fonte da criatividade do artista ou do intelectual. Para muito além destes há aqueles raros a quem Gopi Krishna chama “espécimes acabados do homem perfeito do futuro” tais como BUDA, CRISTO e VYASA, a consciência dos seres evoluídos . Drogas como cigarros, álcool, entorpecentes, paixão, emoção, pela comida, pelo ambiente, pelo modo de vida, ambição, pela conduta e pelo comportamento e; de fato por todos os milhares de tipos de influência, desde o mais forte ao mais leve, que dão forma à vida desde o nascimento até a morte. Assim a necessidade de uma vida moral equilibrada é baseada no imperativo biológico. O desvio da Kundalini é a causa do surgimento dos gênios maus da história, como HITLER. Neste caso a Kundalini esteve em ação desde o nascimento, tal como nos gênios. A vida destas pessoas superdotadas é geralmente tão cheia de dificuldades que a energia Kundalini pode tornar-se maligna se as qualidades mais sutis necessárias a estabilidades psíquicas não se tornarem parte integrante da sua formação: a falta desses traços mais sutis constitui uma barreira interna que impede o acesso aos níveis mais elevados da consciência.

    VI


     


    Despertar

    O meu objetivo maior é trabalhar sobre o legado que se deteriorou, pois o I CHING sempre me orientou nesse sentido. O intuito aqui é ajudar os seres humanos em sua evolução pessoal e espiritual na simplicidade do TAO (natureza). O Tao ensina tudo sabiamente através do Yin e Yang. Yi e Yang é a base da filosofia e metafísica chinesa. Tudo se aprende intuitivamente. O que será levado em consideração é o autoconhecimento elevando a auto-estima, afeto e compreensão, eliminando os conceitos que anuviam a mente que cria a prisão mental da qual sua essência fica engaiolada. Com a eliminação dos conceitos, crenças e paradigmas que não funcionam, o Ser liberta a sua essência adquirindo a vida. A vida é construir situações que desejam vivência e não viver as situações desagradáveis que são atraídas inconscientemente. O que será ensinado serão os caminhos necessários para a evolução pessoal respeitando a capacidade de cada Ser que será despertada de forma necessária, suave, média ou intensa, de acordo com a necessidade de cada um, naturalmente, desde que esteja aberto e disposto para a transformação e a libertação do Ser.

    O estudo da Kundalini

    Todos são livres para participar de forma que sejam espontâneos. O trabalho será organizado de maneira que todos participem formando uma equipe de boa vontade. Uma equipe é mais que um grupo de pessoas, é a soma de “energia-pensamento”, uma união de todos em torno de um objetivo, é o sincronismo de todos que leva a resultados notáveis. Todas as pessoas tem algum tipo de conhecimento para ensinar, vamos ensinar, vamos aprender, transformar, evoluir e vamos compartilhar a alegria de viver na jornada da evolução humana. Compartilhar a felicidade é felicidade em dobro, compartilhar a dor é dor pela metade, compartilhar o conhecimento é conhecimento redobrado. O mundo é reflexo de nossas ações. Os anos haverão de passar, mas a arte de compartilhar nunca será em vão. Essa é a beleza de uma ação que sempre gera uma reação e conquista um mundo melhor. Missão: por uma causa nobre, trabalho sobre o legado que se deteriorou. Nobreza: ser nobre não é ser melhor do que um milhão de pessoas, a verdadeira nobreza é ser melhor do que foi no passado. – Provérbio Hindu Objetivo: resgatar o elo perdido: esta sublime ciência (essência) que ficou no esquecimento, no decorrer de milênios, sem que e humanidade a percebesse.

    Energia sexual - Kundalini

    A energia sexual é a união primordial das forças yin e yang que impulsiona o universo. Sem essa energia, nenhum de nós estaria aqui, ou simplesmente não existiríamos. Kundalini – a Fonte da Juventude – fonte da energia vital. Gopi Krishna, conhecedor da filosofia clássica iogue, acredita na existência de uma poderosa ligação biológica entre o sexo e a consciência superior, ligação que é a força motivadora subjacente a todos os fenômenos espirituais e

    VII


     


    paranormais já testemunhadas na história. O sistema reprodutivo é o mecanismo pelo qual se processa a evolução. Esse conceito, entretanto, não está limitado à literatura indiana. Foi descrito nos antigos registros do Tibet, do Egito, da Suméria, da China, da Grécia e outras culturas e tradições, incluindo o cristianismo primitivo. A serpente: símbolo da energia vital. A fonte do “poder da serpente” é o prana-chi – yin e yang, a energia cósmica primal que está fora do espectro eletromagnético e das outras formas de energia conhecida na ciência oficial do Ocidente.

    Evolução humana

    Quase todos se ocupam, num determinado momento da vida com as perguntas: “quem sou eu:”, “que forças agem dentro de mim:”, “que faculdades ainda se escondem no meu interior:” e “como posso usufruir todo o meu potencial de sorte e criatividade:”. Acreditamos que nenhum outro campo científico pode responder a essa pergunta tão amplamente como a ciência dos centros energéticos do homem. Ao compreender as tarefas e as funções dos chacras em toda a sua extensão, forma-se uma imagem do ser humano que, na sua possível perfeição é tão fascinante e sublime a ponto de mais uma vez determos para admirar a maravilha da criação. Para trabalhar eficientemente com os chacras, não é necessário que você seja clarividente, intuitivo ou sensitivo. Todavia, notará que, com essa ação, sua sensibilidade com relação aos planos etéricos aumentará substancialmente. Desenvolvendo-se também a compreensão dos relacionamentos, que unem muitos fragmentos do conhecimento e da experiência num todo harmônico, de modo inteligível.

    O que são os 7 Chacras

    Chacras: são o prisma sob influxo do Sol que se divide em raios coloridos. O prisma do corpo-mente- espírito humano. São o arco-íris. Um arco. A ponte entre o Céu e a Terra. São a expressão da força mental em saída e todas as possibilidades de poder mental manifestado! São canais que se alimentam por ambos os pólos: pelo polo sul ou pelo chakra base com o alimento feminino da Terra, da Mãe Divina: pelo polo norte ou chacra coronário, com o alimento masculino do Céu, da mente do Pai ou do Um, e pelos lados com todas as forças possíveis e existentes. Através do chacra do plexo solar, o corpo absorve energias vitais do SOL e, através do chacra básico, energias vitais da terra. Ele armazena essas energias e as leva, através dos chacras e nádis em fluxos vitais ininterruptos, ao corpo físico. Essas duas formas de energia cuidam do espírito vital nas células corporais. Quando a “FOME DE ENERGIA” do organismo é saciada, a energia excessiva é irradiada para fora, pelo corpo etérico através dos chacras e dos poros. Ela sai dos poros em forma de fios retos, com cerca de 5 cm, formando a aura etérica, que em regra é percebida pelos clarividentes como a primeira parte setorial da aura total. Esses raios cobrem o corpo físico como um manto de proteção, impedindo que micróbios patogênicos e corpos estranhos se infiltrem no corpo, e irradiam, simultaneamente, um fluxo constante de energia vital no meio ambiente.

    VIII

    É um sistema pelo qual o ser humano se relaciona com os seres vivos que habitam o meio ambiente.  

    São os centros de energia psicofísica (energia pensante) que se localizam ao longo da coluna

    vertebral e se relacionam com os órgãos e endócrinos, através do sistema nervoso, que possibilita a

    transformação da energia psicofísica em energia espiritual.

    Conhecer e assimilar os chacras é constatar o sistema humano de integração global, a integração de

    diversos planos e vibrações dentro do corpo. Os chacras tem a forma de disco circular, símbolo da

    perfeição e do sol (LUZ DE DEUS) que hospedam a espiritualidade, a qual tem valor ascensional,

    também indica proteção a cerca espiritual que envolve a alma humana, e que na essência exprima a

    totalidade de um círculo solar e ainda a luz do sol que cerca a vida e circula por ela em várias esferas

    que também são rodeadas.

    Observa-se que a nossa galáxia é espiralar, o nosso corpo também é em espiral, o planeta também, é

    só observar o movimento da natureza, no pensamento e no movimento em que a pessoa entra em

    sintonia e se envolve com seus chacras, a energia prana-pensante psicofísica, já entra em ação a

    favor. Isso quer dizer que Kundalini já entrou em ação a favor dos chacras impulsionando-os para

    cima revitalizando-os.

    A Kundalini é feita de vontade-ação, confiança que hospeda o pensamento de Deus e tem o valor

    ascensional e se sobrepõem ao processo de conquista progressiva no sentido de transformação e

    evolução espiritual. Kundalini é a alegria serena que governa o nosso interior através dos chacras e é

    a lei mística maravilhosa que eleva ao estado de graça, inteligência emocional, consciência sutil que

    ensina o homem a compreender o conhecimento e a viver com sabedoria em harmonia com a

    natureza, equilibrando o corpo, a mente e o espírito feito de confiança. Prana-yin yang, a fina

    essência biológica, inteligência, consciência, o meio de nutrir equipamento receptivo da nossa

    consciência, que é o sistema nervoso, o nosso contato com a consciência universal. Durante o

    processo de ascensão da Kundalini, o sistema nervoso inteiro atravessa uma transformação

    microbiológica que atinge especial         

     

    esgotado em seus recursos.  

    Os escritos de GOPI visam uma nova estrutura da sociedade humana a uma nova ordem política e

    social que habilite a totalidade da raça humana a devotar-se ao desenvolvimento de seus poderes e

    possibilidades latentes. O antigo conceito IOGUE vem sendo pesquisado cientificamente com base

    nas ciências fisiológicas da medicina que teve inicio na INDIA sob o apoio do governo. Hoje acontece

    em vários países do mundo, envolvendo religião, psicologia, psicanálise, teologia e outros.  

    Teoricamente a Kundalini tem o mesmo conteúdo do DNA, e pode nos revelar muitos segredos

    ocultos desde a antiguidade, que remonta os 25 mil anos.

     

     

    O que é corpo etérico?

     

    Corpo Etérico: é o que abriga o EU verdadeiro, o SER (Kundalini)

    A maioria das pessoas considera o mundo material, e com isso também o corpo físico e

    compreendidos pelo intelecto racional. Os clarividentes como Tao e Budh; todavia, veem uma grande

    variedade de estruturas de energia, de movimentos energéticos, de formas e cores, que são

    perceptíveis dentro e em volta do corpo físico do homem.

    Caso você também seja um desses que só podem aceitar como realidade o corpo material, pense

    uma vez o que acontece, porventura, com a energia, com a força vital, que anima um corpo físico e

    lhe confere sensibilidade e capacidade de expressão depois da morte desse corpo. Segundo uma lei

    da Física, a energia nunca se perde, mas se transforma. A força que está em ação por trás dos

    aspectos materiais do corpo, com suas funções e habilidades, é constituída de um complexo sistema

    de energia, sem o qual o corpo físico não poderia existir.

    Esse sistema compõe-se de três elementos básicos:

    1)  Os corpos etéricos ou energéticos: o que constitui a aura humana

    2)  Os chacras, ou centros de energia: guiados por Kundalini e Bindu  

    3)  Os nádis, ou canais de energia: transmite energia psíquico-físico dentro e fora do corpo

    através dos chacras via sistema nervoso.

    O corpo etérico tem aproximadamente a mesma dimensão e configuração que o corpo físico. Daí a

    denominação “duplo etérico” ou “corpo físico interior”. Ele é o portador das forças

    do corpo físico, bem como da força vital e criadora, e de todas as sensações físicas.

    O corpo etérico é formado de novo a cada reencarnação do ser humano e se dissolve três a cinco dias

    depois da morte.

    O corpo físico pode pesar muitos e muitos quilos, mas o duplo etérico pesa em geral 21 gramas –

    todas as pessoas “perdem” 21 gramas imedia e após o decesso.

    A Kundalini carrega os corpos astral, mental e causal que continuam existindo depois da morte e se

     

             

     

    matéria física dos tecidos do corpo, que

     

             

     

    Discussão

     

    Kundalini adormecida – uma nova orientação é necessária à ciência.

    O despertar acontece muito naturalmente, quando o aluno faz contato com os seus próprios chacras,

    naturalmente devendo ser bem orientado e  assimilado com muita seriedade, sob a orientação prévia

    de um mestre.

    Quando o aluno assimila e assume os seus próprios chacras sob orientação do Yin e do Yang dentro

    dos chacras, a Kundalini é acionada para dinamizar os chacras assim ligando o Yin e Yang, ou seja, o

    crânio e o sacro dinamizando o corpo, a mente e o espírito. Isso se aprende com as práticas do Tao-

    Yin. O aluno adquire uma consciência integral, antes nunca vivenciando.

    Percebe-se  que o tema em questão são os fragmentos dos 3 corpos. Juntar esses fragmentos

    (“quebra-cabeça”) significa assimilar o eu integralmente. Dessa maneira, se fortalece

    das práticas meditativas: a filosofia e metafísica em questão. Não existe maneira de aprender

    didaticamente. Esse ensinamento se assimila no sistema param param, como já foi dito

    anteriormente. Se aprende e assimila entre diálogos, repetidas vezes entre o mestre e o discípulo,

    passo a passo intuitivamente, analogicamente e teologicamente, pois envolve alguns segredos. O

    aluno vai perceber quando assimila o Tao. Leva algum tempo mas se tiver paciência, muita paciência,

    vale muito a pena, certeza.

     

     

    Conclusão

     

    Chegar no estágio de desenvolvimento pessoal em que me encontro foi graças à compreensão e

    apoio constante do Sr. Henrique Vieira Filho, que é uma pessoa de visão mais ampla e é isso que me

    dá coragem, pois preciso de muita coragem, a Kundalini é uma verdadeira prova de fogo. Ela recebeu

    vários nomes

     

             

     

    Bibliografia    

     

    Chakras que Falam! 
    Sonia Szeligowsk Ramos - Ed. Arcobaleno
    Chakras – Mandalas de Vitalidade e Poder
    Shalila Sharamon. Bodo J. Bainski - Ed. Pensamento
    Teoria dos Chacras – Ponte para a Consciência Superior
    Hiroshi Motoyama - Ed. Pensamentos


    O Duplo Etérico
    Major Arthur E. Powell - Ed. Pensamento


    Tao Yin
    Mantak Chia - Ed. Cultrix


    Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico
    Mantak Chia - Ed. Cultrix


    Reflexologia Sexual
    Mantakchia - Ed. Cultrix


    Chakras – Centros de Energia de Transformação
    Harish Johari - Ed. Pensamentos
    Dicionário ilustrado da Língua Portuguesa
    Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas
    Planeta Extra – Hathayoga
    Eduardo araia - 1ª edição: Dezembro/83; 2ª edição: Outubro/87
    Internet
    XIII

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT. 38660
    Última atualização: 13/06/2013 13:11


    A Ferida e o Grande "Curador"

    O PLANETA KIRON

     

    A ferida e o grande curador

     

    Celi Coutinho - Terapeuta Holística -  CRT 21270

    Terapeuta Holística


    O caminho do equilíbrio e para reconciliação pessoal.

     

     

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2013

    Índice

    Apresentação

    O que é Quíron

    Quíron e os Signos

    Aspectos

    Sistemas de Casas astrológicas

    Metodologia

    Conclusão

    Bibliografia

     

     

     

     

     

    APRESENTAÇÃO

            Meus queridos colegas de profissão.

            A idéia que me ocorreu de dissertar sobre este tema é trazer a tona, a consciência que nós escolhemos a profissão de terapeuta, devido a energia de doador e de curador serem mais latente que das demais pessoas em nossa volta, mas em contrapartida a nossa ferida também é mais presente.

            A grande maioria procura ser um terapeuta na intenção de resolver um problema de insatisfação pessoal, seja financeiro ou descontentamento com a profissão. E alguns porque entendem e sonham em mudar a humanidade. Poucos pensaram nisto logo de pequeno, na geração das décadas anterior há 90.

            Quando crescer vou ser um “Terapeuta holístico”. Hoje já até é uma realidade presente. Nossos filhos nos vêem e já pensam em ser como nós.

            Mas o primeiro passo da nossa geração na maioria acontece, assistindo palestra em eventos místicos. Os temas tendem quase sempre abrir o leque, despertando curiosidade e, portanto buscamos aprofundar num ou mais temas e daí tornamo-nos terapeutas holístico, numa determinada modalidade, ou seja, psicoterapeuta holístico, terapeuta corporal e ou de sincronicidade. Claro tem vários caminhos que nos trazem para a profissão, citei as mais comuns.

            O importante aqui é compreender que cada um lança mão de sua parte centáurica em algum momento da vida e assim partindo para o legado do curador.

            Também é uma verdade que a grande maioria de nós encontramos grandes obstáculos são os ciclos de entendimentos e renovações, quase sempre neste período entrando em choque de crenças e paradigmas. Muitos dos que tentam adentrar na profissão desistente neste momento. Ou ficam por tempos longos sem a realização plena e às vezes quase sucumbem, mas quando tomam consciência de suas dores renascem e recriam força e levantam.

            Há uma explicação para isto é a energia vibratória de Quíron aspectado no mapa pessoal que em seu trânsito, se ocorre com saturno ou plutão nos chamam para a realidade de consciência e relembrar nossas feridas.

            Quíron no gráfico do mapa de nascimento aponta para uma área onde a alma está profundamente ferida no passado. Alguns acreditam que a ferida de Quíron é de natureza cármica, e que a infância de vida atual é o condicionamento do início dos obstáculos que ressoam com padrões por já estarem profundamente enraizados. A Posição Quíron é um ponto muito sensível no mapa de nascimento. Ele magnetiza para si experiências que reforçam a experiência primal de dor e rejeição, como criança, e continuando como adulto, recebemos mensagens dos pais, irmãos, amantes, amigos e outras pessoas em nosso meio, que reforçam o ferimento inicial. Nós internalizar nessas mensagens, trará a compreensão do padrão que se tornou profundo e do sofrimento maior. Por fim, buscar a “cura” e o alívio do sofrimento.

            A posição de Quíron nas casas astrológica, e aspecto irão revelar algo sobre a natureza desta ferida para a alma e aponta para formas de equilibrá-las.

            Creio que todos estamos conscientes, da transição energética planetária que nos impulsiona a mudar pelo amor. Mas a moeda reversa do amor é a dor.

            Portanto todos esotéricos e holísticos são alvos positivos neste momento.

    Temos que curar de fato nossas feridas para que possamos auxiliar na ferida do outro, já era fato. Agora é a verdade. Por que afirmo isto?

    Porque certamente devem observar seus clientes se não estão semelhando com suas próprias dificuldades, isto pode representar um aprendizado, mas também o padrão vibratório que está lançado.

            É um momento de expandir a consciência e elevar a atenção para si.

            Todo terapeuta são pilastras de sustentação planetária, portanto estamos em momento de grande teste.

            Por isso resolvi trazer este tema à tona. Reconhecer nossas feridas e transformar o acesso de nossa energia centáurica e cumprir nossa missão.

     

    O que é Quíron

            Além dos dez planetas "clássicos" cuja importância é reconhecida por todos os astrólogos e tem sido largamente reconhecido. Ele retrata a marca especial de heroísmo e de ajuda.

            Quíron (rei dos centauros) situado entre as órbitas de Saturno e Urano, só foi avistado em 1.977.

            Trata-se de um planetóide que leva entre 50 e 51 anos para fazer sua órbita ao redor do sol. Sua órbita elíptica faz com que ele tenha uma duração variável de tempo em cada signo. Quíron permanece em Libra não mais que 18 meses, enquanto em Áries permanece por 8 anos. Alguns astrólogos consideram Quíron o regente de Virgem, enquanto outros optam por Sagitário.

            As interpretações preliminares de Quíron não progrediram muito. Sua exploração astrológica está apenas começando. Assim como todos os planetas descobertos na era moderna, o humor e a situação geral de toda a raça humana no momento da descoberta, são levados em consideração para denominá-los uma vez que os astrônomos sabem que já eram apresentados como Corpos do Céu, ao mesmo tempo em que como Mitos / Heróis / Deuses. Quíron, cujo símbolo lembra uma chave tem sido alvo de muita curiosidade, tanto na Astrologia, como na Astronomia. Por isto e desde então, estão sendo realizadas exaustivas pesquisas em busca do significado astrológico e psicológico de Quíron e de suas possíveis influências, tanto em mapas astrais individuais como no âmbito coletivo.

            Para isso, recorreram ao simbolismo do mito, da mesma forma como aconteceu com relação a Urano, Netuno e Plutão, à medida que estes foram sendo detectados.

    Quíron representa “O Curador”

    “O Agressor”

    “O Ferido”

    A independência filosófica

    A compaixão diante do sofrimento

    O processo de aprendizagem para chegarmos a confiar no Mestre ou Guia Interno.

            O mito, a astronomia e os acontecimentos que rodeia a sua descoberta contribuiu com metáforas que nos permite compreender o arquétipo personalizado por Quíron. O fenômeno cultural mais ligado com a descoberta de Quíron é a "Nova Era”. Conta à história mitológica que Quíron foi ferido em uma briga com os centauros selvagens para interromperam o seu casamento. O casamento é uma metáfora para a união interior de sentir-se completo, onde as partes de nós mesmos se casam em harmonia. Nossa capacidade de obter tudo o que podemos Ser é interrompido constantemente por nossos próprios demônios, os centauros selvagens dentro de nós que causaram as cicatrizes da dor não resolvida.

            Quíron representa a necessidade de fundir os opostos dentro de si mesmo para se conseguir a plenitude. A ferida cultural é a divisão entre os instintos e intelecto, representado pelo o mítico centauro - metade homem e metade cavalo.

            Em um mapa de nascimento, o aspecto astrológico representado por Quíron é o ponto onde demarca a velha dor que ao ser transmutado o indivíduo toma para si o domínio de uma lição que vem em muitas vidas certamente para assimilar. A dor é o nosso professor, porque nela está a chave para a nossa cura. Cada um de nós tem um trabalho para curar nossas próprias feridas, para que possamos aprender uns com os outros.

            Quíron era um herbalista e um grande cirurgião, mas ele não podia curar a si mesmo.

            Na mitologia Quíron é um deus imortal que só foi liberado de sua ferida e da dor excruciante quando ele trocou de lugar com Prometeu, o Titã da terra. Em outras palavras, ele só encontrou libertação da sua dor em morte. Nesse meio tempo, Quíron se ocupou em ensinar jovens deuses. Passou a eles o seu conhecimento de cura, particularmente o uso de ervas medicinais, astrologia, de guerra, caça, música, ética e inúmeras outras competências.

            Através Quíron encontra-se o veículo para a expressão de um propósito maior, porque é aqui que procuramos ensinar e mostrar o caminho de autocura. Um professor ou curador é simplesmente alguém que busca compartilhar seu conhecimento, sabedoria, habilidades e amor com os outros.

             

    Quíron e os Signos

            As Constelações em suas designações negativas são as vicissitudes, as fraquezas, os erros, a “doença”, o “mal”, o ofensor, em si ou contra si.

             Em suas designações positivas são os princípios pelos quais se ocorrerá à cura a si e aos demais [Curador].

            

    Áries - é regido por Marte, ou seja, o uso da força para se atingir os objetivos e fazer com que os demais atinjam, sinceridade, generosidade, vontade, objetividade, incluindo o esforço para que os outros recebam desta força.

            

    Touro - é regido por Vênus, ou seja, o uso da atração para trazer até nós o que precisamos. A busca de solidez é tão grande que se apega às pessoas da mesma forma que aos bens. Deve escutar as necessidades vindas dele (a comida e o sono) e assim poderá por harmonia as reais necessidades com o Eu Superior.

            

    Gêmeos - é regido por Mercúrio, ou seja, o uso da capacidade da nossa mente de ajudar-nos a nos integrar e nos comunicar sobre a terra. Os nascidos com Quíron em Gêmeos, podem ter latente o potencial de uma contribuição singular aos demais, ao escrever sobre temas polêmicos, onde pontos de vistas opostos acabem transformando-se em conhecimento importante.

            

    Câncer - é regido pela Lua, ou seja, o uso da maneira de filtrarmos todas as impressões que chegam até nós e de aprendermos a responder. Compreensão Nutrição.

            

    Leão - é regido pelo Sol, ou seja, o uso de tornar-se tudo o que somos para que brilhemos e para que outros brilhem na Terra. Fraternidade. A espontaneidade pode estar ferida.

            

    Virgem - é regido por Quíron, ou seja, o uso da faculdade de aprender o método de unir a mente terrena à consciência cósmica galáctica.

            

    Libra - é regida por Vênus, ou seja, o uso de aprender a espelhar nosso eu verdadeiro no lado do outro, de modo que nossa visão seja polarizada em vez de estar dentro de nós mesmos ou localizada no outro. - Justiça, Equilíbrio para a Paz, Harmonia como produto final.

            

    Escorpião - é regido por Plutão, ou seja, o uso das jornadas ao Mundo Subterrâneo para se obter a mais poderosa fonte de energia. Capacidade de regeneração e de transformação. Comando consciente da força sexual, da mediunidade, e a conscientização do valor da vida, através da morte.

            

    Sagitário - é regido por Júpiter, ou seja, crescer para que possa entrar em contato com o Eu Superior.                        

            

    Capricórnio - é regido por Saturno, ou seja, o uso de obter a maestria sobre o plano da terra. Responsabilidade social, Maturidade, Seriedade, Respeito ao Invisível.

            

    Aquário - é regido por Urano, ou seja, o uso de galvanizar a vontade humana para o serviço universal.

            Ensina se pautar em disciplina mental para que não se deixem espaços para pensamentos que não visam o desenvolvimento como indivíduo dentro da sociedade.

            

    Peixe - É regido por Netuno, ou seja, o uso do misticismo galáctico. A Redenção, a Renuncia, o Recolhimento para saltos qualitativos.

             

    ASPECTOS

            O posicionamento de Quíron no Tema Natal mostra a área de vida em que a busca pelo alívio de qualquer sofrimento de fato, ou a busca pelo alívio de algum sofrimento que possa vir, tem mais probabilidade de ocorrer de modo particularmente intenso.

     

    Quíron / Sol

            A ferida do Sol caracteriza em anular a autocriatividade.

    Representa a ferida do pai. Medo da própria criatividade. Sentindo-se traído ou ferido pelo princípio paternal.

            Mensagem das origens genéticas: "Eu não aprovo o seu exibicionismo, de você brilhar tão intensamente”.

            Mensagem interiorizada: ". Tenho medo de brilhar / eu não me sinto completo se eu não brilhar".

            Curar a Ferida: Auto-estima de trabalho. Trabalho infantil interior. Desenvolver confiança. Todas as formas de expressão criativa.

     

    Quíron / Lua

            A mãe está ferida. O medo da vulnerabilidade. A ferida emocional. Levando experimentar ou ter empatia com a dor da mãe Sentindo-se traído ou rejeitado pelo princípio mãe.

            Mensagem das origens genéticas: "O mundo é um lugar inseguro, não confie em ninguém - Nós te amamos, mas...".

            Mensagem interiorizada: "Sinto-me rejeitado Eu sou vulnerável”. Sinto medos desconhecidos.

            Curar a Ferida: trabalho de liberação emocional. A cura através tornar-se mãe ou nutrir os outros.

     

    Quíron / Mercúrio

            A comunicação está ferida. Sentindo-se incompreendido e não consegue se comunicar.

            Mensagem de origem genética: "Nós não gostamos do jeito que você se comunica”.
            Mensagem Interiorizada: "Você não me entende. Você não me escuta eu sou burro...”.

            Curar a Ferida: falar, cantar, escrever, tocar um instrumento musical. A expressão criativa do som. Chakra da Garganta desbloqueio e cura.

            A capacidade de compreender os outros e ensinar a arte da comunicação eficaz e resolução de problemas.

     

    Quíron / Vênus.

            A ferida está na área dos relacionamentos. Ferido no amor ou ferindo outros em amor. Sentir-se amado. Uma ferida para o coração.

            Mensagem de origem genética: "Nosso amor é condicional Nós te amamos se...".

            Mensagem Interiorizada: "... Eu não gosto, não me aprovo, eu sou indigno de ser amado Ninguém me ama”.

            Curar a Ferida: Todas as experiências do amor incondicional. Trabalho com o chakra do coração. A prática do perdão e da compaixão.  Massagem, Reiki. A prática de Direitas relações humanas.

     

    Quíron / Marte

            A ferida está em torno da expressão da identidade, a sexualidade física, energia, raiva e agressão. Extremos de energia. Hiperatividade. Assumir a raiva dos outros. Sobrevivente ou perpetuador de violência.

            Mensagem de origem genética: "Você é agressivo Nós não gostamos de você quando você está irritado Você tem muita energia estou zangado com você me faz raiva...”.

            Mensagem Interiorizada: "Não há problema em expressar raiva / Eu sou destrutivo / Os outros são destrutivos”.

    Cura a Ferida: liberação criativa de energia através do esporte, artes marciais, dança, tai chi, meditação ativa. A prática da ação correta.

     

    Quiron / Júpiter

            A ferida para o sistema de crenças. O professor ferido. O medo de compartilhar o conhecimento de cada um. Inquietação interior profundo. Zelo missionário. Dogmatismo religioso. O medo de ser feliz / infeliz. Crise de fé.

            Mensagem de origem genética: "Seja otimista / Não seja demasiado otimista Nossa religião é o único caminho para Deus Nós não acreditamos em Deus grande é melhor...”.

            Mensagem Interiorizada: "Não é bom compartilhar meus conhecimentos / minha verdade é a verdade.”

    Cura a Ferida: Disseminar o conhecimento através de ensino, falando, escrevendo, publicando. Viajar.

     

    Quíron / Saturno

            A ferida com um senso de realização, estrutura e confiança. O medo de seu poder. O medo de tomar um lugar no mundo. O pai está ferido. Medos internos e rigidez. Seriedade e insegurança.

    Mensagem de origem genética: "Eu sou o chefe eu sei o que é melhor para você.".
    Mensagem Interiorizada: "Há uma voz dentro de mim que critica e me julga A culpa é minha”.

    Curar a Ferida: A capacidade de aceitar responsabilidades e posições de autoridade. Sabedoria.

     

     

    Oposição Quíron

            Oposição Quíron para si, muitas vezes, replicar a ferida original de alguma forma, despertando a consciência do mecanismo que se preocupem, se não forçá-lo, a crescer. Na minha oposição Quíron, a minha mãe adotiva - a minha mãe "real" no sentido de ligação - morreu. Esta perda replicado a ferida Quirónica original e começou a desencadear a necessidade de resolver os problemas de abandono inconscientes que contribuíram para um ciclo ininterrupto de dor e sofrimento em meus relacionamentos.

     

    Sistemas de Casas astrológicas

            As casas astrológicas mostram-nos que certas esferas ou aspectos da vida têm mais peso que outras no horóscopo. Cada casa astrológica representa uma dada esfera. A atribuição das casas num horóscopo varia de pessoa para pessoa, já que é calculada de acordo com a hora de nascimento exata e a posição geográfica do local de nascimento.

            O horóscopo é dividido em dois eixos, em direção aos hemisférios oriental e ocidental, bem como em direção aos hemisférios de dia e noite. Os quatro pontos de intercepção destes dois eixos com a eclíptica determinam a divisão das casas do horóscopo. Esta é normalmente baseada numa divisão posterior de cada quadrante em três. Existem vários modelos matemáticos de acordo com os quais as casas são calculadas.

            A transição de uma casa para outra não é tão clara como a de um signo para outro. Os planetas que ocupam uma posição perto do fim de uma casa são geralmente interpretados como pertencentes à casa seguinte.

    O horizonte

    Ascendente e Descendente

    O indivíduo e o seu complementar.

            O eixo que divide o horóscopo em um lado ‘superior’(lado-dia) e um ‘inferior’(lado-noite), representa o horizonte local na hora de nascimento. Esse ponto em que o horizonte oriental intercepta a eclíptica é chamado o ascendente. É o princípio ou cúspide da primeira casa. Em oposição a ele, na cúspide da sétima casa, encontramos o descendente. Discutiremos a interpretação das casas nas páginas seguintes. Os planetas que se encontram perto do ascendente no momento do nascimento estão a nascer ou acabaram de nascer, enquanto que os planetas perto do descendente se estão a pôr.

     

    QUÍRON NAS CASAS E NAS CONSTELAÇÕES

            As Casas onde está Quíron é o setor da vida do Indivíduo que está como palco, para que as personalidades (internas e externas) formem a cena catalisadora do agressor, do ferido, do curador. Quíron é o que é exigido do indivíduo, para que entre em conexão com o seu Dharma e com o luminoso dentro das casas Astrológicas, ou seja, dentro dos seguintes Setores de Vida:

     

     1ª Casa (Ascendente) – A personalidade individual 

    Iniciativa, Objetividade, Ações apropriadas.

     

     2ª Casa – Valores e Haveres.

     Valorização das prioridades, apropriadas aquisição, manutenção e conservação dos bens.

     

    3ª Casa – Comunicação.

    Comunicação, Expressão, pensamento, linguagem, relações e aprendizado apropriados.

     

     

    4ª Casa – Raízes e Origens

     Vínculos emocionais e atitudes apropriadas em relação à família

     

    5ª Casa – Prazer e Criatividade

    Forma adequada de auto-expressão criativa, de relacionar-se afetivamente, de gerar filhos, de educá-los e de expandir sua criatividade.

     

    6ª Casa – Trabalho e Rotina

    Forma adequada de prestar serviços a terceiros e o devido respeito ao seu corpo.

     

     

     7ª Casa – Relações.

    Relacionamentos, sociedades, parcerias e casamento com pessoas certas.

     

    8ª Casa – Perda e Propriedade Comum

    Atitude apropriada em relação às finanças dos outros sob seus cuidados, em relação à sua própria morte e à sexualidade.

     

    9ª Casa – Filosofia e Países distantes.

    Atitude oportuna com senso-social diante de suas capacidades, que devem servir para orientação da comunidade.

     

    10ª Casa (MC) – Ocupação e Chamamento

    Responsabilidade social, Maturidade para ação direta sobre a sociedade.

     

     11ª Casa – Amigos e Conhecidos

     Plasmação dos Ideais e Amizades apropriadas.

     

     12ª Casa – Para além do pessoal

     Renúncia apropriada.

     

    Aqui estão alguns dos aspectos maiores:

    Conjunção - 0° 

            A conjunção tende a ser um aspecto harmonioso. A sua qualidade depende grandemente dos planetas envolvidos, bem como da proximidade do aspecto. Por exemplo, uma conjunção entre o Sol e Mercúrio, é normalmente vista como harmoniosa. Se, por outro lado, a distância entre eles é menor do que apenas alguns graus, o Mercúrio diz-se estar "a ser queimado" ou "em combustão", com resultados a condizer. Em geral, a conjunção mostra uma relação imediata que atua de qualquer forma.

     

    Oposição - 180°

            Apesar da oposição ser vista normalmente como "desarmonia" ou dinâmica, tem muitas vezes um efeito bastante motivador e energizante. Aqui também, a qualidade do aspecto depende dos planetas envolvidos, e o que cada um faz dele. De um modo geral, uma oposição entre dois planetas cria uma tensão entre eles, que normalmente tem resultados positivos.

     

    Quadratura - 90°

            A quadratura é considerada como um aspecto desarmonioso. Os planetas envolvidos parecem estar "bloqueados". Os problemas resultantes de uma quadratura são recorrentes como uma moeda viciada. A dificuldade está em conciliar as duas forças que se querem mover em direções completamente opostas. Normalmente isto toma a forma de desejos e necessidades que são mutuamente opostas.

     

    Trígono - 120°

            O trígono é um aspecto harmonioso. Os planetas envolvidos trabalham juntos de uma forma complementar, enriquecendo-se um ao outro. Os trígonos mostram onde estão os seus talentos naturais. Se depois fazemos uso deles ou não, depende só de nós.

     

    Sextil - 60°

            O sextil tende a ser um aspecto harmonioso, dependendo é claro dos planetas envolvidos.  

     

    Aspectos menores

            Para além dos aspectos maiores mencionados acima, também existe um número de aspectos menores. A maior parte destes são subdivisões dos aspectos maiores. Os aspectos menores contribuem com profundidade e detalhe no quadro geral. As órbitas permitidas para os aspectos menores são muito menores do que as usadas para os aspectos maiores. (ver tabela abaixo). Os aspectos menores mais comuns são:  

    Semiquadratura - 45°, desarmoniso.  

     

     

    Sesquiquadratura - 135°, desarmoniso.

     

    Semisextil - 30°, neutro.

    Quincúncio ou Inconjunção - 150°, neutro. 

     

    Quintil - 72°, harmonioso. 

     

     

     

    Metodologia: Interpretação de Trânsito com abordagem de equilíbrio.

            Trânsitos e progressões revelam o ciclo de desdobramento do potencial inerente dentro do mapa natal, e marca pontos de virada ou momentos de tomada de decisão. Usando a abordagem da "transformacional", o trânsito é, portanto, visto como o fornecimento de oportunidades de crescimento. Nenhuma tentativa é feita para pré-determinar o futuro do cliente em termos específicos. O foco é psicológico e orientado para o processo em oposição ao evento apresentado.

            Esta abordagem permite que o cliente olhe para sua vida e faça suas próprias conexões. A seguir demonstra o princípio básico de olhar para o trânsito a partir de um "transformacional", cura ou perspectiva de crescimento.

     

    Quando Saturno transita - oferece oportunidades para se tornar mais realista e responsável, que nos permite priorizar a trabalhar mais no sentido da realização de projetos e superação de obstáculos. Aplicando os princípios de foco, estrutura, dedicação e disciplina, e reconhecendo o valor resultante de uma maior compromisso e realização. Um tempo para estabelecer a nossa identidade, para amadurecer, para planejar e avaliar e manifestar os nossos objetivos e ideais em uma forma sólida e concreta.

     

    Quando Quíron transita com ele próprio - oferecem oportunidades para facilitar a cura de outras pessoas, sendo curados, liberando as feridas de uma pessoa, aprendendo através da doença e do sofrimento, contatando e liberando profunda dor, orientar os outros, ou a ser tutelado, aprendendo a se tornar filosófico sobre a vida e suas feridas, integrando a polaridade oposta construindo pontes e efetuando a reconciliação. Um tempo para curar e ser curado.

     

    Quando Urano transita - Oferece oportunidade para libertar-se de estruturas caducas que impedem o crescimento, despertando uma nova forma de ser, sentir, fazer singularidade de um contato, individualidade, senso de verdade e criatividade pessoais. É hora de usar a mente, para experimentar, de se envolver em atividades humanitárias, atividade em grupo, política, ciência, computadores.

     

    Quando Netuno transita - Fornece uma possibilidade de contato com um lado mais compassivo e espiritual para a própria natureza, um despertar da sensibilidade, inspiração criativa, e o desejo de mergulhar no Divino. A oportunidade de se conectar com um propósito maior coletivo ou mais espiritual, através de dedicar a própria energia com um espírito de serviço abnegado e devoção. Um tempo para assistir sonhos, para abrir o coração, a vislumbrar novos ideais, ser imaginativo, entrar em contato com a musa.

     

    Quando Plutão transita - proporcionam oportunidades para aprofundar e intensificar enormemente a compreensão da vida, para explorar as partes mais profundas de si mesmo, a viagem no reino inconsciente da vida e se conectar com um sentido mais profundo da experiência e de vontade própria, e de propósito.         Aprender sobre energia e sentimentos poderosos, aceitar e se adaptar às mudanças e transições de vida. Aprender a deixar ir e confiar. O tempo para buscar a autotransformação, por meio da psicoterapia, encontrando a criança interior ferida, as interações profundas com os outros. Um tempo para liberar o passado e o velho, e renascer em um novo senso de self.

            Haverá aqueles que afirmam que qualquer tentativa de exercer sua vontade, responsabilidade e capacidade de escolha é o último ato de arrogância.         Há outros, de cunho psicológico particular, que temem que o foco em uma abordagem transformacional ou escolha centrada mais pode levar a uma negação ou rejeição do lado escuro dos aspectos da vida e nos lembram da necessidade de abraçar no escuro, bem como a luz na nossa natureza e na vida.

            Uma abordagem terapêutica e ou de coaching fornecerá subsídio para o reconhecimento da fonte que causa a dor e o sofrimento. Uma abordagem "transformacional" levará a reconhecer a divindade dentro de si que possuí o potencial inerente do crescer e assim, talvez o dedicar de nossas vidas a grandes propósitos.

            É o processo e o ato de exercer o livre arbítrio de alguém ou capacidade de fazer escolhas criativas e transformando em decisões de extrema importância para o equilíbrio. Essa é a parte poderosa. Nós fazemos nossas escolhas e decisões e o resto irá tomar seu curso misterioso.

            A idéia é cada um adequar sua técnica terapêutica para elevar o equilíbrio do cliente para a compreensão da sua dor e levá-lo ao equilíbrio – ou seja, alcançar o seu curador.

            Pode-se lançar mão de ferramentas como os florais, aromas e técnicas de respiração como o renascimento.

            Como mencionei no início, a minha idéia é relembrar que temos nossas fragilidades e assim também como terapeutas reconhecermos que devemos buscar a compreensão destes aspectos, para que possamos ser excelentes terapeutas e assim cumprir com nossa grande missão de sermos uma ferramenta de equilíbrio ao outro. Levando-nos a nós mesmos e o outro ao encontro de si.

     

    Conclusão

            Estamos desde 2011 na regência de Quíronn em peixes e vai até março de 2019. Ou seja, 9 anos intensos para que possamos em questão de humanidade reconhecer nossos grandes desequilíbrios e trazer a tona à consciência de equilíbrio.

    A fonte principal é o amor.

            O propósito de terapias voltadas para esse nível centáurica / Quíronica, portanto, é para restaurar essa união de mente e corpo, curando ou dissolvendo a fronteira entre os dois. Fazemos isso através da expansão de nossa identidade a partir do ego e sua visão ampliando a visão no sentido centáurica. Tocando e re-possuir nossos corpos projetados. Este é o ponto crucial do equilíbrio e do aprendizado de equilíbrio ao nível de centauro.

            A Psicoterapia holística é uma modalidade de terapias de corpo centrado, como hatha yoga, terapia da polaridade, e integração estrutural.

            Há 6 anos me oriento em minhas anamneses com o estudo da posição do Quíron nos mapas dos clientes e percebendo claramente a rapidez com a qual o mesmo percebe onde origina seu principal desequilíbrio. Facilitando o entendimento do cliente em seu caminhar terapêutico.

    Deixo aqui um link para que tenham oportunidade de conhecer mais a respeito deste novo legado que ainda há muito pra explorar.

     

    Curiosidade pertinente.

    Este conteúdo foi retirado na integra da Internet.

    Segue o link para quem desejar ler. http://www.astrosreis.com.br/netuno-e-quiron-em-peixes/

    Quíron esteve em Peixes na década de 60 (1960 -1969). Esta foi a geração chamada de “flower children” – Os Filhos da Flor, e esses indivíduos agora estão na faixa etária dos 46 a 52 anos. Eles estarão vivenciando seu primeiro e único retorno de Quíron em Peixes. Este será um trânsito tremendamente espiritual, em que teremos a chave que abre as portas para nossa verdadeira essência. A década de 60 foi marcada por diversas manifestações culturais e artísticas e movimentos pela paz, amor e liberdade; houve vários avanços tecnológicos e o surgimento das drogas psicodélicas; mas também houve o colapso da sociedade com o início de guerras e uma onda de opressão por governos militaristas....

     

    Grata pelo o universo neste momento pela a inspiração de trazer este assunto como tema de relembrança e ou de conhecimento.

     

    BIBLIOGRAFIA

    Reinhart, Melanie., Quíron ea jornada de cura. 1989.

    Sasportas, Howard., As Doze Casas. 1985. pp 345-352.

    Stein, Zane B., Chiron Interpretação (2 ª edição). 1983.

    Grande parte da conclusão foi pesquisado na Internet.

    Onde deu origem ao meu curso de Aromagia à distancia – onde ensino criar os perfumes sobre os aspectos de um mapa astrológico.

     

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:31


    Terapia Estética

    TERAPIA ESTÉTICA - Manifestando a essência interior através da Leitura Corporal

    TERAPIA ESTÉTICA

    Manifestando a essência interior através da

    Leitura Corporal

    Incluindo textos NTSV TE 001

    Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Estética


    Rosemi Fernandes - Terapeuta Holística - CRT 21007

    SÃO PAULO

    2007

    TERAPIA ESTÉTICA

    Manifestando a essência interior através da

    leitura Corporal

    Incluindo NTSV TE 001

    Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Estética

    Rosemi Fernandes

    Terapeuta Holística - CRT 21007

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    HOLÍSTICA 2007

    Através da leitura corporal e da compreensão

    da história individual, devemos

    perceber como um ser humano vive, age, sente,

    se defende, seu estar no mundo.

    Exercitando a percepção interna e de

    identificação de si,

    trazendo aqueles temas

    para o aqui e agora, procurando que

    o corpo volte a ter

    sua espontaneidade original perdida,

    com suas expressões adequadas

    de sentimentos, de pensamentos

    através da fala e de

    movimentos através da ação.

    (Catanhede, Solange – mimeo 1994 RJ )

    SUMÁRIO

    RESUMO pág. 05

    1. INTRODUÇÃO pág. 06

    2. MATERIAL pág.

      2.1 Mental – Emocional – Instintivo – Físico - Energético

      2.1.1 Mental

      2.1.2 Emocional

      2.1.3 Instintivo

      2.1.4 Físico

      2.1.5 Energético pág.07

      2.2 Prática Terapêutica : Utilizando os Recursos da análise geral e leitura corporal pág. 08

      2.2.1 Evidência

      2.2.2 Análise

      2.2.3 Síntese

      2.3 .Leitura Facial com enfoque nos 3 pilares pág. 09

      2.3.1 Intelecto/Mental pág. 10

      1º Pilar - Testa e Sobrancelhas

      2.3.2 Emoções pág. 10

      2º Pilar – Olhos, Nariz e Orelhas

      2.3.3 Instinto

      3º Pilar – Queixo pág. 10

      2.4. Leitura do Corpo com enfoque no FACIAL (1) Algumas disfunções pág. 10

      2.5. Leitura do Corpo com enfoque no CORPORAL (2) exemplos mais comuns pág. 11

      2.5.1 Manias – Alguns exemplos pág. 11

    3. METODOLOGIA

      3.1. AGRUPAMENTOS pág. 12

      3.1.2 Técnicas Terapêuticas mais utilizadas pág. 12, 13 e 14

    4. RESULTADOS pág. 14

    5. DISCUSSÃO pág. 15

    6.CONCLUSÃO pág. 15

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS pág. 16


    RESUMO

    TERAPEUTA EM ESTÉTICA — promove a avaliação das queixas estéticas do cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    (Autor:Henrique Vieira Filho - livro: Tutorial Terapia Holística NTSV TE 001- def., 5.1.5 pag.5)

    A Estética busca oferecer às pessoas, caminhos para um corpo belo e rosto perfeito, paralelamente o mercado dispõe de um leque de opções tais como cosméticos, exercícios corporais ,orientações alimentares, e um desfile interminável de produtos e serviços, para que as pessoas dentro de sua escolha, encontre a felicidade pessoal, a auto-estima e os valores estampadas no externo. Claro, que são ferramentas importantíssimas e algumas funcionais, contudo o objetivo deste trabalho é apresentar a Terapia Estética, como um conceito muito mais abrangente do que os aspectos exteriores, pois abordaremos as manifestações inestéticas do corpo físico que atuam como sinalizadoras no processo de auto conhecimento.

    Na verdade o corpo é reflexo de tudo que a própria pessoa vive, já viveu, ou vislumbra em viver. Todo tipo de sofrimento, dor, angústia, decepções, ou mesmo experiências contrarias, tais como êxtase, empolgação, prazer e alegria, não são obras do acaso, nem previsões do destino, mas apenas efeitos das escolhas humanas. Ao criarmos nossa realidade dentro das opções existentes, também exteriorizamos nossos defeitos e qualidades. Apesar de tudo cabe a cada um o livre-arbítrio para incrementar ainda mais a beleza interna, e automaticamente evidenciar a beleza externa. A Terapia Estética contribui como ferramenta eficaz no processo de descoberta da auto-estima valorizando ainda mais a BELEZA.


    1 - INTRODUÇÃO

    Os Terapeutas em Estética vivenciam quase as mesmas situações no dia-dia, as questões levantadas sempre são relacionadas ao físico. As pessoas se apresentavam como um "pacote" se preocupando com o volume, tamanho, e defeitos, e nunca ao conteúdo. E este será nosso desafio, mostrar de forma simples, que somos espelhos daquilo que sentimos, vivemos e pensamos.

    A indústria da beleza exerce um forte apelo nos dias de hoje, mas o ser humano é vaidoso desde que o mundo é mundo. Na Grécia, arqueólogos encontraram pentes, porta-pintura para o rosto que já eram utilizados desde o Egito Antigo. Em muitas tribos da África, as mulheres usam argolas de cobre para tracionar o pescoço, logo quanto maior o alongamento mais bela e mais desejada se tornam. Na renascença (início idade média séc XIV), por exemplo, o ideal de beleza era de mulheres roliças, mas no decorrer do tempo o padrão de beleza mudou para mulheres esquálidas, tipo tábua, e para atingir o modelo exigido as pessoas começaram a recorrer a todo tipo

    de ajuda. Com isso foi sendo deixando de lado os motivos pelos quais a mudança seria benéfica por : preciso agradar ao mundo, a sociedade, o parceiro(a), os amigos ... etc. Apesar de todos esses conceitos estarem ligados à preocupação com o físico tais como: tamanho da barriga, largura do quadril, cintura, coxas, etc..o que esta faltando é o amor próprio sem medo da rejeição, muito menos tornando-se escravos da beleza, e enterrando assim a essência que todos nós possuímos.

    "Parece que em todos os séculos se falou da Beleza da proporção, mas que

    segundo as épocas, apesar dos princípios aritméticos e geométricos

    declarados, o sentido dessa proporção foi mudando'', Umberto Eco

    A pedra fundamental para se criar a Beleza, não esta no padrão enganoso de felicidade que tem como pano de fundo a coleção de mitos e ilusões fabricada pela indústria do belo, na tentativa enfurecida de mostrar que ter beleza é ter corpo e rosto perfeitos. Beleza Estética é um estado interior de satisfação pessoal e emocional, algo como aceitar-se plenamente, valorizando também as potencialidade interiores que com certeza serão afloradas de dentro para fora.



    2 -MATERIAL

    Em respeito ao trabalho clássico utilizado pelos Terapeutas em Estética, notamos que muitas destas técnicas , em geral se perdem no meio de tantos recursos que podem culminar em resultados negativos, positivos ou sem nenhuma alteração. Quase sempre isto deve-se não ao " tipo " de tratamento que deveria ser realizado, mas sim ao " tipo" de cliente, analisando principalmente qual seu momento de vida. Muitas outras técnicas da Terapia Holística contribuem para este aprimoramento e em conjunto podem trabalhar o indivíduo como um todo. Mas quando se trata em equilibrar o ser humano podemos oferecer as pessoas ótimas possibilidades, chegando a resultados surpreendentes. De certa forma podemos contribuir com as melhorias despertando dentro de cada um, a capacidade de se conhecer e viver melhor.

    Para escolha correta das técnicas é importante que na abordagem inicial, ou seja na primeira consulta haja o apontamento detalhado do modo de vida do indivíduo, tomando com base os cinco princípios de avaliação. Para melhor compreensão citaremos os cinco corpos e que propõe cada um:

    2.1 Mental – Emocional – Instintivo – Físico - Energético

      2.1.1 Mental corresponde ao racional humano, ele que move nossa sobrevivência. O primeiro passo para atrair boas oportunidades , saúde perfeita , equilíbrio em todos os setores da nossa vida é possuir um estado mental saudável.

      2.1.2 Emocional com a predominância do desequilíbrio emocional quer seja menor ou maior, sabemos que sua influência esta diretamente ligado ao temperamento da pessoa. Todavia sabemos que a personalidade humana é sujeita a outras e múltiplas influências, e são pontos relevantes que devem ser apontados já na primeira consulta.

      2.1.3 Instintivo: Podemos traduzir com o sendo a parte mais animal do seres humanos, da qual são aguçados as vontades como conforto, boa comida, um bom local para descansar , sexo regular, e beleza fisica.

      2.1.4 Físico Com base no conhecimento Holístico, podemos afirmar que o individuo é influenciado pela natureza , modo de vida .Na verdade muito de nossas cargas mentais e emocionais são descarregadas no externo, como um efeito sincrônico, para que percebamos os sinais internos, estes sinais podem vir através de problemas estéticos, ou ainda problemas que afetam nossa saúde diretamente.

      2.1.5 Energético podemos afirmar que o estado energético das pessoas pode influenciar a carreira, relacionamentos afetivos, vida social e até da modalidade esportiva. Conhecê-los é essencial para sabermos quem e como somos, o porquê de nossos hábitos e atitudes e o modo como agimos.

    A leitura corporal traduz a desarmonia facial ou corporal, que normalmente é reforçado por atitudes e pensamentos errôneos feitos por nos mesmos, daí aparecem os problemas estéticos. Como também pode revelar características tais como: caráter, intenções boas ou más, medos, inseguranças e muito mais. Podemos desvendar isso, observando o desenho do corpo das pessoas. É claro que não basta saber analisá-lo, pois estamos sujeitos á leis universais e precisamos respeitá-las. De posse da análise dos 5 métodos(corpos) somado à avaliação da Leitura do Corpo, poderemos traçar um tratamento geral através de várias técnicas no universo Holístico.

    2.2 Prática Terapêutica : Utilizando os recursos da análise geral e leitura corporal

    Em geral todos nós temos tendências a desenvolver características de acordo com nosso tipo físico, temperamento, signos, local de nascimento, como o meio em que vivemos, incluindo criação e estudo. Para ilustrar melhor, um dos métodos muito interessantes de introduzir na prática terapêutica e analise individual seria o uso do estudo dos 12 temperamentos humanos ( Acesse o site www.sinte.com.brEvento Holística/ palestra 2006 – Conhecendo seu cliente através dos 12 temperamentos humanos . Os 12 temperamentos tem como base as características da personalidade individual). Baseado em cada perfil poderemos afirmar que existem tendências que influenciam carreira, parceiro(a) vida social dentro outros. Conhecê-los é essencial para sabermos quem e como somos, o porquê de nossos hábitos e atitudes e o modo como agimos.

    Levamos em conta a Leitura do Corpo e qual a disfunção FACIAL (1) e CORPORAL(2) que a pessoa está manifestando, somando também as características que reune os CINCO corpos(citado anterioremente). Para sintetizar seguiremos algumas regras básicas:

    2.2.1 EVIDÊNCIA : Qualidade daquilo que é evidente, que é incontestável, que todos vêem ou podem ver e verificar. (Dicionário Michaelis). Evidência seria obtermos as informações seguindo o quadro abaixo.

    Corpo

    Temperamento

    Regência

    Signos

    Reino

    Físico

    Tendência

    Mental

    Sanguineo

    Ar

    Libra

    Aquário

    gêmeos

    Hominal

    Pulmão

    Alegria/Tristeza

    Emocional

    Fleumático

    Água

    Cancer escorpião

    peixes

    Vegetal

    Rins

    Medo/Força

    Instintivo

    Melancólico

    Terra

    Capricornio-Touro

    Virgem

    Mineral

    Fígado

    extroversão/Raiva

    Energético

    Colérico

    Fogo

    Sagitário

    Leão

    Aries

    Animal

    Coração

    Ira / Apatia

    Físico

    Todos

    2.2.2 ANÁLISE: Há de analisar o individuo, ou seja Não-Divisível (in= não; dividuo = divisivel) pelo todo

    O trabalho não se resume à análise da linguagem do corpo, na verdade a conversa é fundamental e, para acertar, temos que saber o que a pessoa quer expressar com o seu visual, quem ela tem que convencer, ou para que ? Por isso é preciso saber um pouco da vida, sua profissão, etc. Temos que ajudar a pessoa a refletir sobre quem ela é e o que quer passar. A Terapia Estética aflora à consciência reprimida, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento (ver3.1.2) para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao auto-conhecimento.

    2.2.3 SÍNTESE: Generalização, agrupamento de fatos particulares em um todo que os abrange e os resume. 3 Resumo Método de demonstração que parte do simples para o composto, das causas para os efeitos, das partes para o todo, e, em matéria de raciocínio, do princípio para as conseqüências.( Dicionário Michaelis)

    1. Leitura do Corpo com enfoque na disfunção FACIAL (1)

    Usaremos na Síntese os "sinais" que o corpo manifesta através dos aspectos Facias e Corporais do individuo.

    Neste capítulo serão obedecidas os termos mais adequados sugeridos NTSV

    Pela legislação, tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de "doença" é MONOPÓLIO médico. Assim sendo, ao afirmar, por exemplo, que Estética facial trata cloasma (que é uma doença...), ou em estética Corporal trataria "obesidade" que também do ponto de vista legal, estaria assinando uma confissão de crime de exercício ilegal de medicina. Para evitar isto, vamos abolir tais termos por " queixas mais comuns" sendo que as palavras empregadas pelo Terapeuta em Estética seriam na ordem dos desequilíbrios, disfunções( ver na íntegra -NTSV — TE 001Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais)

    Muitos pesquisadores apresentaram seus métodos e conceitos que pudessem ajudar na compreensão da comunicação do corpo. Na verdade a chamada comunicação não-verbal sempre demonstrou grande fascinação, porém alguns preferiram enganosas declarações sobre a linguagem do corpo, relatando que algumas disfunções poderia estar relacionado à religião, ou misticismo à genética etc... Por outro lado sabe-se que nosso corpo pode apresentar alterações conforme o clima, estado emocional ou mental que podem ocorrer em determinados momentos da vida de cada um. Na teoria Junguiana existe a possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".

    Para melhor compreensão da Leitura Facial, utilizaremos os recursos dos 3 pilares, que seriam:

    • 2.3.1 INTELECTO / METAL

      1º Pilar - Testa e Sobrancelhas

    • 2.3.2 EMOÇÕES

      2º Pilar – Olhos, Nariz e Orelhas

    • 2.3.3 INSTINTO

      3º Pilar – Queixo

    Testa é um ponto bastante interessante de ser observado, sendo mais desenvolvida, ou não, com saliência superior ou inferior, pode indicar qual é o plano que domina a pessoa:

    2 exemplos dentre os vários que serão abordados:

    • Testa Redonda, bem feita: Indica bondade

    • Testa Larga, alta, saliente: Denota inteligência, pessoas de raciocínio lógico, bom-senso

    Sombrancelhas : Ponto onde se localiza o 6º Chakra – Terceiro olho ( Ajna ),no meio das sombrancelhas , e segundo o hinduísmo, é neste ponto que são captados, armazenados e direcionada a energia.

    2 exemplos dentre os vários que serão abordados:

    • Fortes: Lógica forte, bondade, humanitarismo

    • Fracas e finas: Necessitam de proteção, buscam apoio no outro

    Olhos: É através dos olhos que entra a luz solar que clareia a inteligência e alimenta o Espírito.

    2 exemplos dentre os vários que serão abordados:

    • Grandes : Calma, energia e sabedoria

    • Pequenos: Sinceridade, dedicação, interiorização

    Nariz: Uma das coisas mais importantes que possuímos é a capacidade de respirar, por isso o nariz que o veículo de condução do oxigênio, também simboliza as situações boas ou más que permitimos adentrar em nosso sistema.

    1 exemplo dentre os que serão abordados:

    • Adunco: abas muito abertas: revela certo egocentrismo e prepotência.

    Faces: Regiões frias como Antártica, as pessoas têm os traços do rosto rígidos. Esta seria uma das características que servem às suas necessidades de sobrevivência - como: caçar e enfrentar tempestades de neves .

    Orelha: A orelha traduz um simbolismo especial para humanidade, citaremos como exemplo o Hinduismo da qual mostra a Divindade Ganesha (ou Ganesh), em que a imagem da divindade monstra suas orelhas grandes que simboliza o ouvir mais . Segundo a mesma tradição, a própria criação é "aquilo que pode ser ouvido" e o AUM, som primordial, que a tudo originou, estaria encerrado numa concha, a qual é repetida no ouvido humano, cuja forma de labirinto lembra uma mandala, usada em todas as culturas para induzir à meditação

    1 exemplo dentre os que serão abordados

    • Grandes: representam a sabedoria, a capacidade de ouvir

    Queixo Representa o lado forte e enérgico, busca assim expressar a força interior do espírito, e como utilizar esta força para o trabalho, e sustento financeiro.

    1 exemplo dentre os que serão abordados

    • Prognata Quem tem essa parte do rosto projetada para a frente tende a falar tudo o que quer ou lhe vem à cabeça, e se não o fizer ter várias sinais externos.

    - 2.4. Leitura do Corpo com enfoque na disfunção FACIAL (1) Algumas disfunções

    Alguns exemplos dentre os vários que serão abordados:

    Sinais de expressão conhecidos também como "pés de galinha" . São as marcas da vida, como ela interage com os acontecimentos passados, até que ponto esta disposto(a) a deixar "pra lá " certas atitudes, achando que as respostas está no outro.

    Papadinha localizado embaixo do queixo. São pessoas que não aceitam críticas.

    Espinhas pontinhos doloridos podem ser avermelhados ou com pontos brancos na superfície. São pessoas que crêem na feiúra, culpa, ódio de si.

    Cravinhos – pontinhos escuros. Indica que a pessoa precisa resolver pendências.

    2.5. Leitura do Corpo com enfoque na disfunção CORPORAL(2

    Algumas disfunções

    Alguns exemplos dentre os vários que serão abordados:

    Seios grandes: Mãezona, essa é a principal característica das donas de seios avantajados. Esse tipo de mulher gosta de proteger e acolher os que a cercam.

    Cintura: Se for fina, mostra a flexibilidade e a facilidade que a mulher tem para lidar com diferentes situações, daí o termo " jogo de cintura ".

    Distúrbios circulatórios : É o fluir das coisas da vida e revela que o fluxo das vontades e dos pensamentos está paralisado. A pessoa se sente presa a determinada situação e frustrada com sua vida, mas não tem coragem de mudar por acredita que deve aceitar as coisas como elas são.

    Casca de laranja (conhecida popularmente como Celulite) O mal é definido como o resultado do acúmulo de toxinas no organismo. Entretanto na visão holística acredita-se que essas toxinas são provenientes da retenção de sentimentos como mágoas, nervosismo e raiva. Seria uma forma de a mulher se punir por não ter coragem de assumir o que quer.

    2.5.1 Leitura do Corpo com enfoque nas MANIASAlguns exemplos

    Alguns exemplos dentre os vários que serão abordados

    Roer Unhas: Ressentimento e mágoa de pais ausentes ou repressores

    Tiques Nervosos: Desconfiança

    Coceira : Rejeição, preocupação ou pode ser um incômodo momentâneo pela fala, pensamento ou ação.

    3 METODOLOGIA

    No decorrer de nossas vidas, atravessamos muitas experiências que podem ser aflorados através de problemas estéticos. Exemplo: uma pessoa pode ser Energética com tendência a ira/apatia e apresentar problemas manchas no queixo que normalmente é uma tendência de uma pessoa instintiva(terra) , que poderia ser por exemplo , contudo naquele momento os sinais no queixo do elemento Fogo(energética), estão indicando um pouco mais de cuidados com sentimentos de extroversão/Raiva que é justamente a tendência de pessoas regidas pelo elemento Terra

      3.1. AGRUPAMENTOS Para Descartes, esta última regra é a fundamental, ou seja os DESMEMBRAMENTOS Ver: Desmembrar: Dividir(-se), separar(-se) de um todo uma ou mais partes (Dicionário Michaelis) Seguindo a visão Holística podemos alterar o termo Desmembrar por agrupar . Reunir os elementos mais destacados dentro do contexto geral, fazendo as devidas comparações com o temperamento original, e elaborar um roteiro de técnicas terapêuticas mais adequadas a cada caso.

    Existem várias técnicas no universo da Estética que podem servir como ferramentas poderosas aos tratamentos, citaremos a seguir os exemplos mais comuns.

    3.1.2 Técnicas Terapêuticas mais utilizadas

    Introdução básica às técnicas terapêuticas mais usadas no Brasil e no mundo; o uso integrado de várias técnicas no atendimento individual, em grupo , auxiliando-o na escolha das mais adeqüadas para cada caso, bem como a trabalhar com várias delas integradas num mesmo objetivo final.

    Aconselhamento- processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida.

    Abordagem Holística do Cliente – A abordagem do cliente nas diferentes linhas terapêuticas; a concepção holográfica do complexo corpo/mente/universo.E nesta fase que podemos usar a analise dos 12 temperamentos, que servirá como caminho inicial, para ajudar o cliente a manifestar o que realmente precisa com o tratamento estético

    Técnicas Terapêuticas mais utilizadas - introdução básica às técnicas terapêuticas mais usadas no Brasil e no mundo; o uso integrado de várias técnicas no atendimento individual, em grupo , auxiliando-o na escolha das mais adeqüadas para cada caso, bem como a trabalhar com várias delas integradas num mesmo objetivo final.

    Terapia Corporal: toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In e Drenagem.

    Calatonia: técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em TH.

    Vivências realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    Relaxamento vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a manobras corporais, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    Reflexoterapia: avaliação e tratamento onde o corpo está em seus mínimos detalhes representado numa zona específica de uma de suas partes, como por exemplo, nos pés, nas mãos e nas orelhas, sendo o trabalho feita por meio do toque ou da aplicação de estímulos, tais como agulhas, imãs e cores.

    Terapia Reichiana: desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na TH. Reich, Wilheim: psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    Terapia Floral: padrões de energias sutis extraídas de flores especiais, gravadas e conservadas numa mistura líquida de água e conhaque (às vezes, vinagre), sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção específica, tais como medo, angústia, tristeza, etc. Não é nem homeopatia, nem alopatia, constituindo-se, pois, num sistema à parte.

    Aparelhagem Eletrônica Muitas dos aparatos eletrônicos existentes no mercado brasileiro possuem a capacidade de realizar a os pontos desequilibrados e de estimulá-los das mais variadas maneiras.

    Utilização de Equipamentos de Estética e Similares Inexiste qualquer impedimento legal ao uso deste tipo de equipamentos, desde que, é claro, jamais seja utilizado para diagnóstico ou tratamento de doenças, ou seja, só o use para avaliar e tratar desequilíbrios energéticos. Da mesma forma, jamais os usem com ou para testar produtos que necessitem de receita médica, utilize-os apenas para produtos de venda livre. Estes cuidados básicos ajudam, mas não garantem que não terá dor-de-cabeça. Afinal, pela legislação brasileira, todo tipo de aparelho destinado à saúde tem que ter registro no Ministério da Saúde, ou uma certidão do mesmo, dispensando-o deste registro. Simplesmente, nenhum equipamento de nossa área conseguiu vencer esta etapa burocrática.

    Produtos : Na Terapia em Estética é permitida o uso de cosméticos, cremes desde que sejam de Venda Livre (sem necessidade de receita médica) e que já venham de fábrica previamente formulados, com a empresa e farmacêutico ou químico responsável estampados na rotulagem. Existem máscaras coloridas, ótimas para serem utilizadas também como técnica de Cromoterapia.

    Alguns exemplos de cores e seus respectivos significados:

    A máscara pode ser na cor, ou através da luz direta

    Cromoterapia: uso de cores adeqüadas como estímulos para a harmonização, sob as mais diversas formas, dentre elas, mentalização, pintura ambiente, roupas, alimentos, cristais e pedras coloridas, águas sobre a influência da cor dos vasilhames, além das conhecidas lâmpadas coloridas, hoje em dia, substituídas por fibras óticas especiais, para "banhar" com cores o corpo todo ou a região problemática, havendo uma tendência atual a aplicar-se em regiões energéticas chaves chamadas de "Chacras"* ou em pontos de Acupuntura* (Cromopuntura*).

    Quando usados como máscaras:

    MASCARA LARANJA Essa cor é ideal para as pessoas que estão se sentindo desencorajadas, apáticas, fechadas e tristes .(exemplo de desequilibrio: marcas de expressão)

    MÁSCARA VERDE pessoas que precisam controlar suas emoções e para um julgamento claro sobre si mesmas.(exemplo de desequilibrio: Espinhas)

    4. RESULTADOS

    Seguindo a premissa que nosso corpo mantém uma linguagem especial conosco e com o meio, e que tudo é que o reflexo daquilo que sentimos. Basicamente demostramos um método de analise através de várias técnicas Holisticas, como também citamos alguns exemplos da leitura co corpo. Na verdade o conjunto destes dois elementos é que nos mostrará como traçar um tratamento coerente, tanto os tratamentos e recursos utilizados na estética, como também ajudar o cliente a se conhecer.

    5. DISCUSSÃO: Quando analisamos os movimentos do corpo ou o funcionamento de cada órgão percebemos que carregamos diferentes sentimentos para diferentes movimentos : o desejo de mover qualquer parte do corpo é movido por um instinto. Mas existem desejos inconscientes que também fazem com que o cérebro impulsione energia para mover ou imobilizar partes do corpo. Tudo deve ser observado e estudado com cautela. Sabemos que existem autores sérios que relatam o tema de forma saudável e objetiva, entretanto ainda existem pessoas que persistem na teoria que o corpo pode estar ligado a " carmas de vidas passadas, mistiscismo, uso continuo de remédios etc... O importante é desconfiar e praticar a técnica com fundamentação e seriedade.

    6.CONCLUSÃO

    A Leitura Corporal surgiu como forma de alcançar qualidade de vida a partir da tradução dos sentimentos e dos sinais emitidos pelo corpo. As manifestações do corpo físico exercem o papel de sinalizadoras no processo de auto-conhecimento. De acordo com a proposta da Leitura Corporal, as mensagens emitidas pelo corpo, quando compreendidas, nos indicam quais caminhos devem ser percorridos para que as experiências e todo o percurso seguido pelo indivíduo indiquem, e localizem, aquilo que não está adequado e deve ser revisto. Aquilo que falta ,que não satisfaz as bem como as necessidades internas do ser humano.

    Tudo o que é vivido pelo indivíduo como por exemplo: emoções, comportamentos, é descrito e sinalizado e armazenado pelo corpo, se algo não corresponder à proposta harmônica ele enviara sinais, através de algum desequilíbrio, que não deve ser visto como fraqueza ou punição, mas a oportunidade de identificar o que precisa ser reavaliado e melhorado. O formato do corpo revela características e traços de personalidade, identificando como cada um lida com suas emoções. O tamanho dos quadris, glúteos, ombros, peito entre outros problemas estéticos, demonstram como está o interior do ser humano e seus conflitos mais íntimos.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

    Vieira Filho, Henrique - Tutorial –Terapia Holística –Edição 2002 –SINTE-Sindicato dos Terapeutas

    Vieira Filho, Henrique - Microcosmo Sagrado - Lumina Editorial, 1998

    JUNG, C.G. Fundamentos de psicologia analítica 11 ed. - Petrópolis, RJ - Editora Vozes - 2003 - 177 p.

    WEIL, Pierre & Tompakow, Roland. O Corpo Fala.- a Linguagem Silenciosa da Comunicação Não-Verbal" (Ed. Vozes)Petrópolis, Editora Vozes, 1988, 19ª edição, pg 7

    Cairo Cristina a Linguagem do Corpo Aprenda a ouvi-lo para uma vida saudável - editora Mercúrio 1999

    Clayton, Peter Linguagem do Corpo no Trabalho Editora: Larousse Brasil 2006

    Eco Umberto Arte e beleza na estética medieval Editorial Presença,2000

    Autor: : Rosemi Fernandes - Terapeuta Holística - CRT 21007
    Última atualização: 13/05/2007 19:59


    NTSV — TE 001 Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    NTSV — TE 001
    Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TE 001
    Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Estética conta com grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização, bem como a qual legislação se aplica. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    4.2 Objetivo
    Definir boas práticas, adequação de terminologia e de materiais

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TO 001 — Terapia Ortomolecular — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.5 TERAPEUTA EM ESTÉTICA — promove a avaliação das queixas estéticas do cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, massoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TE — Terapia Estética
    THE — Terapeuta em Estética
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Estética aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TE

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TE com dNTSV — estetica.sdwetalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o TH detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    5.3.3.3 — O TH deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    5.3.3.3.1 — O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do cliente para com o TH;
    5.3.3.3.2 — O cliente deve ser inquerido pelo TH quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    5.3.3.4 A TE aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao TH aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.4 Produtos para Estética, Ortomoleculares e assemelhados — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.4.3 Agulhas de TE — adequação

    5.3.4.3.1 Opção 1: Aquisição de agulhas de DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do TH, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, as agulhas serão doadas, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir agulhas ou não).
    5.3.4.3.2 Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.4.4 — Descarte das Agulhas de TE

    5.3.4.4.1 As agulhas de TE obrigatoriamente serão sempre DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, e, mesmo cientes de que inexiste caso registrado de contaminação por este tipo de agulha (por ser maciça, não retem sangue), ainda assim terá tratamento semelhante aos resíduos infectantes perfurantes ou cortantes.
    5.3.4.4.2 As agulhas de TE serão descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante, os quais, após serem devidamente lacrados, deverão ser acondicionados em sacos plásticos individualizados, branco leitosos e identificados pela simbologia de substância infectante.
    5.3.4.4.3 Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.
    5.3.4.4.4 O armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final.
    5.3.4.4.5 Nos municípios onde existir coleta especializada gratuita, o TH deve se inscrever, apresentando para tanto cópia de CCM (Inscrição Municipal como autônomo) e do CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado.
    5.3.4.4.6 As agulhas de TE igualmente podem ser eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos InformativosObservação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 22/05/2007 18:00


    A Abordagem Holística Através da Estética

    A Abordagem Holística Através da Estética

     

    Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    Sumário

    Resumo
    Introdução
    Material e Metodologia
    Resultados
    Discussão
    Conclusões
    Referências Bibliográficas
    Anexos e Apêndices

    Resumo

    A maximização de resultados em atendimentos de Estética por meio da abordagem Holística, incluindo aos equipamentos e produtos esteticistas o trabalho paralelo e simultâneo com aconselhamento psicoterápico, terapia floral, cromoterapia, sugestões alimentares e posturais, além de técnicas respiratórias e de conscientização sobre si mesmo.

    Introdução

    A indústria da Estética e Beleza, por meio de campanhas de marketing que incluem assessoria de imprensa e participação ativa em congressos, promovem a idéia de que os bons resultados advém de equipamentos eletrônicos e produtos cosméticos cada vez mais custosos e sofisticados. Contrariando esta hipótese, minha experiência pessoal conduziu meu trabalho de forma a valorizar mais ao PROFISSIONAL, devolvendo aparelhos e cosméticos ao papel de coadjuvantes.  Enfatizando a conversação, ao mesmo tempo em que suprindo a Clientela com orientaçãos posturais, formas de respiração, consciência corporal e chegando até a sugestões alimentares, o que se obtém é a excelência de resultados, indo além dos que se conseguiria se simplesmente seguisse os procedimentos estéticos propostos pelas empresas, escolas e congressos voltados à Estética convencional.

    Material e Metodologia

    A idade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o profissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do Cliente.

    O profissional deve explicar seu modo de trabalhar em detalhes e certificar-se de que seu Cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso.

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o profissional, que também deve inquerir quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Estética aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao profissional aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo, conduzindo este ao autoconhecimento.

    Os produtos para estética devem ser adquiridos em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto, sendo vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não). Outra opção é o Cliente adquirir diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo. O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o profissional deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    Caso trabalhe com agulhas de Terapia em Estética, devem ser DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, sendo descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante. Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.O  armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final, por coleta especializada oficial ou eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    O Terapeuta Em Estética promove a avaliação das queixas estéticas do Cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    Resultados

    A forma convencional de trabalho Esteticista, limitada a aplicações de aparelhagens e produtos, obtém os resultados estéticos propostos em menos de 50% dos casos, além de baixo índice de fidelização da Clientela, já que não há conscientização dos benefícios de um trabalho continuado. Já a abordagem holística aplicada à Estética atinge as metas de beleza em mais de 90% dos casos, além de elevado índice de fidelização e de expectativa de continuidade e retorno, já que a Clientela se conscientiza de que o a proposta de trabalho pode e deve extrapolar as queixas iniciais, antes focadas na aparência exterior.

    Discussão

    É inegável a importância de bons produtos e equipamentos no trabalho de todo Esteticista. O que convém questionar é a supervalorização destes ítens acessórios, em detrimento do profissional em si. A predominância de revistas e congressos especializados em beleza que são patrocinados e organizados justamente pelos fabricantes de cosméticos e aparelhagens resulta em apresentações de trabalhos que tendem mais à propaganda destes ítens, do que a valorizar a capacitação técnica do profissional da Estética. Daí ser muito importante iniciativas como a do SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS que desenvolve Congressos como o Holística, onde todo profissional tem condições de apresentar proposituras de palestras sem preocupar-se com intervenções de patrocinadores ou expositores. A imparcialidade do SINTE também é construtiva a que o Terapeuta Em Estética tenha seu merecido reconhecimento junto aos demais colegas que também compõem o rol da Terapia Holística. Verdade seja dita: alguns colegas, ainda desinformados, são preconceituosos em supor que focar na beleza como "portal de entrada" à terapia profunda possa ser uma postura "superficial"... Porém, existe uma outra perspectiva a ser considerada. A mídia em geral pressiona por padrões estéticos cada vez mais pré-definidos e globalizados e, para o bem ou para o mal, cria uma grande demanda por profissionais que atuem dentro do enfoque da beleza. Não raro, esta Clientela potencial nem sequer procuraria um consultório SE não fossem as questões estéticas; uma vez tomando contato com o amplo leque de abordagens e técnicas da Terapia Holística e, desde que, é claro, suas aspirações estéticas iniciais tenham sido atendidas, é grande a oportunidade de que se abra à possibilidade de dispor-se a ampliar a terapia para os demais aspectos de sua vida.

    A Terapia Holística parte da premissa que tudo está interligado em um só contínuo, razão pela qual, o Cliente sempre deve ser considerado em sua totalidade. Porém, comumente cada técnica de nossa profissão privilegia uma "porta de entrada". Por exemplo, mesmo sendo inseparáveis (na verdade, uma só unidade...), a Terapia Corporal utiliza o físico para igualmente ingerir no psíquico, enquanto a Psicoterapia atua no psiquismo e, paralelamente, obter resultados corporais. Cada técnica elege uma via de acesso específica para trabalhar, cabendo ao profissional escolher aquela com a qual o Cliente está mais receptivo. Existe uma grande parcela da sociedade justamente receptiva a ser abordada pela "porta" da Estética, razão pela qual é importante que os profissionais igualmente se disponham a conhecer e atuar com mais esta linha técnica.

    Conclusões

    Minha experiência profissional me leva a concluir que a beleza duradoura e verdadeira surge "de dentro para fora", como consequência natural da harmonização. Paralelamente, propiciar resultados estéticos exteriores igualmente induz a um incremento na auto-estima, predispondo a Clientela ao bem-estar e a investir de forma mais intensa em sua Qualidade de Vida.

    Em nossa profissão, o Cliente tem que ser considerado em sua totalidade e desta, a BELEZA é parte integrante, tornando a Estética mais um caminho igualmente válido e eficaz para a abordagem Holística em nossos consultórios.

    Referências Bibliográficas

    Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    Anexos e Apêndices

     

    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Estética conta com grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização, bem como a qual legislação se aplica. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    4.2 Objetivo
    Definir boas práticas, adequação de terminologia e de materiais

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TO 001 — Terapia Ortomolecular — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.5 TERAPEUTA EM ESTÉTICA — promove a avaliação das queixas estéticas do cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, massoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TE — Terapia Estética
    THE — Terapeuta em Estética
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Estética aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TE

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TE com dNTSV — estetica.sdwetalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o TH detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    5.3.3.3 — O TH deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    5.3.3.3.1 — O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do cliente para com o TH;
    5.3.3.3.2 — O cliente deve ser inquerido pelo TH quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    5.3.3.4 A TE aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao TH aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.4 Produtos para Estética, Ortomoleculares e assemelhados — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.4.3 Agulhas de TE — adequação

    5.3.4.3.1 Opção 1: Aquisição de agulhas de DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do TH, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, as agulhas serão doadas, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir agulhas ou não).
    5.3.4.3.2 Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.4.4 — Descarte das Agulhas de TE

    5.3.4.4.1 As agulhas de TE obrigatoriamente serão sempre DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, e, mesmo cientes de que inexiste caso registrado de contaminação por este tipo de agulha (por ser maciça, não retem sangue), ainda assim terá tratamento semelhante aos resíduos infectantes perfurantes ou cortantes.
    5.3.4.4.2 As agulhas de TE serão descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante, os quais, após serem devidamente lacrados, deverão ser acondicionados em sacos plásticos individualizados, branco leitosos e identificados pela simbologia de substância infectante.
    5.3.4.4.3 Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.
    5.3.4.4.4 O armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final.
    5.3.4.4.5 Nos municípios onde existir coleta especializada gratuita, o TH deve se inscrever, apresentando para tanto cópia de CCM (Inscrição Municipal como autônomo) e do CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado.
    5.3.4.4.6 As agulhas de TE igualmente podem ser eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    Autor: : Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Eventos » Proposituras de Palestras » Holística 2008

    Aula de Psicoterapia - Comunidade de Estudos Avnçados em Terapia Holística PSICOTERAPIA NA ABORDAGEM HOLÍSTICA - Associando técnicas milenares à psicanálise moderna

    PSICOTERAPIA NA ABORDAGEM HOLÍSTICA

    Associando técnicas milenares à psicanálise moderna

    Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico – CRT 21001

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    Resumo:

    A Psicoterapia é parte integrante do atendimento na Terapia Holística e um de seus maiores diferenciais em relação a outras profissões correlatas. Em publicação recente, já destacamos que uma das formas mais práticas e eficientes de introduzir a proposta em consultórios é a implementação de técnicas básicas de Aconselhamento. Outrossim, para este momento, a proposta é a de incrementar a idéia inicial, somando a esta outras formas de abordagens psicoterápicas, em especial, algumas correntes básicas da psicanálise.

    Na transcrição, incluiremos paralelismos entre as idéias de Freud, Reich e Jung e as tradições terapêuticas milenares, mostrando que existe compatibilidade entre todos, passíveis de serem sintetizadas em procedimentos de consultório dos Terapeutas Holísticos.

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras. Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem “científica-reducionista-elitista” cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem “empírica-holística-acessível” de nossos ancestrais xamãnicos. A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do “cientificismo”, mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes. Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a “alma”, desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

    No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se “dissolvem espontaneamente” no decorrer destes procedimentos (método catártico).

    A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

    Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte “inacessível” de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( “eu”) e Censor (“juiz” do Ego, o Ego “Idealizado”).

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

    Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Psicoterapia no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, nome moderno que se dá àquilo que tão bem já praticavam nossos antecessores sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.

    Material e Metodologia:

    1. Definições

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

    ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao “molde-informação” de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um “Ancião Sábio”, que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

    LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

    TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    2. Procedimentos

    ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

    Na sequência, abordaremos algumas opções complementares:

    Análise de Sonhos:

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ...”o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro”... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as “chaves” transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado “o sono sagrado”, onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de “sonho acordado”, muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão “científico”. Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, “a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma”. Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma “auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material “espontâneo” que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a “dramatização”, onde a pessoa “encarna”, um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura “incorporada”. Outra ferramenta de interpretação é a “ampliação” do sonho, onde se é estimulado para “prolongar” o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de “ampliação” é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que “ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico”. O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.

    Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

    Do mesmo modo como “evocamos” os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma “lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais “pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram “especializações” funcionais, “desenhando-se” no holograma certos “caminhos” bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa “tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. “Mapeando” esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos “meridianos” de Acupuntura, na China milenar, e os “chacras” na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a “circulação” energética, induzimos à “circulação” das informações psíquicas, ocorrendo os chamados “insights” (“flashs”, lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que “digerir”, compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro “equilíbrio energético”. O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

    Resultados:

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade.

    Discussão:

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a “imitar” o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE – Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.

    Conclusões:

    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    O Aconselhamento, cujo aprendizado é relativamente simples e intuitivo, em especial para quem exerce outras formas de Terapia, é de fácil integração às demais técnicas já adotadas em consultório. Tamanhos são os ganhos tanto para a Clientela, quanto ao Terapeuta Holístico, ampliando exponencialmente o leque de atuação, que este é um caminho obrigatório a qualquer profissional que deseje maximizar seus potenciais e sua realização na carreira.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Reichiana e Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui regressão, progressão, vivências, etc...). A própra tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.

    Referências bibliográficas:

    O Corpo Fala” - Pierre Weil e Roland Tompakow – Editora Vozes;

    "Counseling, Santé et Développement” em www.counselingvih.org;

    Florais de Bach – Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica” - Henrique Vieira Filho – Editora Pensamento;

    Jung e Reich – O Corpo Como Sombra” - Jonh P. Conger – Summus Editorial;

    O Microcosmo Sagrado” - 2a Edição - Henrique Vieira Filho – SinteBooks;

    Orgônio, Reich e Eros” - W. Edward Mann – Summus Editorial;

    O Processo de Aconselhamento” – Paterson / Einsenberg – Martins Fontes 1988;

    Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung” - Reis, Magalhães e Gonçalves – EPU – Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

    Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks.

    Anexos e Apêndices:

    1)

    Terapia Holística: Ciência ou Arte ?

    Yin, Yang... Ciência, Arte...

    Aparentes opostos, com certeza, complementares,

    ambas somam as faces da moeda do Conhecimento.

    ...

    O conhecimento humano poderia ser dividido entre o conhecimento organizado e o conhecimento ingênuo. O conhecimento ingênuo nada mais seria do que um conhecer intuitivo que pode ter algum grau de reflexão, mas de que certo modo só pertence àquele ser que o percebeu e que sobre ele refletiu. É uma forma de conhecimento muito pessoal. Já o conhecimento organizado nos propicia o surgimento da própria civilização. Esse é o conhecimento registrado, que pode ser transmitido para outras pessoas sem a presença daquele que o desenvolveu, e que se despessoaliza no sentido de criar uma cultura, que pode se realimentar para criar conhecimentos novos, e mais sofisticados.

    Dentro do conhecimento organizado podemos encontrar uma nova subdivisão: ciência e arte.

    ...

    Textos extraídos de www.ricardohage.com/artigos/estetica.pdf

    A Ciência aplica a lógica formal e metodologia, resulta de uma atitude consciente em direção ao entendimento e um esforço fundamental de comprovação, objetivando a intervenção no que se conveniou chamar de realidade. Já a Arte, atua sobre uma lógica subjetiva, isenta de compromissos com a verificação e nasce de uma atitude inconsciente do ser humano, que no geral quer deixar sua marca nessa mesma realidade.

    Com o advento da Modernidade, a sociedade ocidental pautou-se por uma crescente racionalização, assumindo a Ciência como o fundamento geral de nossa orientação no mundo. Nossa civilização passou por uma ditadura religiosa, onde os dogmas da Igreja constituiam a verdade inquestionável, para um atual estado de ditadura científica, na qual confundem aquilo que a Ciência não consegue explicar, como sendo algo impossível de existir.

    A Terapia Holística, que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, possui sua própria lógica singular, muito mais para a subjetividade da Arte, do que para a objetividade da Ciência. Os resultados obtidos pelos Terapeutas Holísticos não cabem nos moldes da pesquisa científica tida como “oficial”, resultando daí, ter sua validade e eficácia injustamente questionadas. Na Idade Média, milhares de nossos antecessores tiveram que negar suas práticas, ocultar seus conhecimentos, esconder suas poções, enfim, renunciar às suas essências (em vários sentidos...) para escapar das fogueiras da Inquisição. Ainda traumatizados com a perseguição histórica, nos tempos modernos, novamente renegam suas origens, tentando sobreviver à inquisição do que se convencionou chamar Ciência. Submetendo-se ao julgo de seus atuais algozes, a Terapia Holística perdeu parte de sua identidade, abrindo mão de seu linguajar, de seus fundamentos, gerando um sincretismo que não surtiu o efeito desejado. Incabíveis em tubos de ensaio, ao tentar “discursar em língua estrangeira” (“cientificês”...), a maior parte das técnicas terapêuticas milenares soaram ainda mais estranhas aos donos da verdade oficial e aí sim foram condenadas, de vez, às fogueiras purificadoras dos dogmas de laboratório. Algumas técnicas tiveram destino ainda mais cruel: tanto abriram mão de suas origens, tanto se adaptaram, que correm o risco de se transformar em “monstros transgênicos”, produtos artificiais adequados aos padrões de consumo “oficial”. A Terapia Tradicional Chinesa, por exemplo, se perder sua alma, transformará seus praticantes em meros espetadores de agulhas, máquinas automáticas de aplicações de tabelas... Já a Fitoterapia, se perder suas “raízes”, será mais um serviçal da indústria de patentes, do que ao bem-estar de seus adeptos.

    Yin e Yang... noite e dia... ciência e arte... faces alternantes de um mesmo fenômeno. Em algum momento no tempo, a Terapia Holística será Ciência, também. No presente, há que ser percebida, compreendida e aceita como ARTE, pois esta é a faceta que agora se mostra. E se valoriza ! Afinal, enquanto a Ciência é inconstante e temporal (o que é fato científico hoje, pode ser a falácia teórica, amanhã...), a Arte é eterna... Resgatemos a auto-estima de nossa profissão, nossa herança milenar e assumamos que

    A Terapia Holística é a ARTE da Qualidade de Vida !

    2)

    A História da Terapia Holística

    Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos”

    (paráfrase sobre texto de 1986,

    do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico – de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico – de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por “sincronicidades”, por “sinais”, cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este “status”, o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os “iniciados” compreendiam as “instruções” incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História “ocidentalizada” registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem “científica”, ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro “médico”, já que estabeleceu “doenças” como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo “desmembramento de seus componentes”. Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de “doenças” que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

    trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,

    de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente

    do Departamento de Clínica Médica

    Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este “movimento separatista elitizado”, continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem “científica” e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o “consolo espiritual” da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência “exata”...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a “desumanização” do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte –-importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva – da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas – a história, a filosofia, a literatura e a psicologia – não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de “A (re)humanização da medicina”,

    de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

    e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada “Revolução Aquariana”. Movimentos “hippies”, de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura “científica”, onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais “científico”. Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas “traduzidas” para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 06/05/2008 14:13


    Aula de Terapia Floral de Bach - Comunidade de Estudos Avançados

    Aula de Terapia Floral de Bach - Comunidade de Estudos Avançados
    Henrique Vieira Filho
    CRT 21001
    Terapeuta Holístico

    Resumo

    De modo prático e objetivo, abordaremos a Terapia das Essências Florais de Bach sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade.

    As incríveis "coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como Floral torna o aprendizado lúdico e prático.

     

    Introdução

    Esta abordagem da Terapia Floral propõe-se a preencher uma lacuna deixada perante a dificuldade de explicar "cientificamente" a atuação das essências florais, aplicando a Teoria Junguiana da Sincronicidade para teorizar sobre o porque cada determinada flor atua para determinada emoção especificamente.

    Por exemplo: por que a essência floral Mimulus atua nas fobias e não em outro tipo de emoção? Por que o Holly intervém em casos de raiva, em vez de tristeza? Munidos basicamente de explicações generalizadas, e não relativas a cada floral em particular, o público tinha que se contentar com uma resposta do tipo: "porque foi assim que Bach intuiu", quase um "porque sim!".

    Sabendo de antemão que os métodos de pesquisa científica ortodoxos em pouco elucidariam essas questões, procurei e encontrei as respostas na Sincronicidade (teoria junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos). Fazendo um levantamento sobre os deuses e lendas ligados a cada uma das plantas de o­nde se extraem as essências florais de Bach, descobri as "grandes coincidências" entre essas histórias e o momento emocional no qual o floral está apto a atuar. Fora isso, as características de comportamento de cada planta (o modo como cresce, seus terrenos preferidos, suas cores, etc.) correspondem exatamente ao tipo de pessoa à qual a sua essência floral poderá ajudar. E, por mais estranho que pareça a quem não está familiarizado com a idéia da sincronicidade, até mesmo a etimologia dos nomes das plantas já nos esclarecem para que elas servem. Somando-se a isso, pesquisei o uso fitoterápico tradicional desses vegetais, em especial sob o enfoque milenar chinês dos Cinco Movimentos e constatei que, além de seu uso para o equilíbrio de determinados sintomas físicos, tais plantas já eram usadas, sob a forma de chás, para as mesmas emoções para as quais Bach intuiu suas essências. Tais informações tornam esta obra útil tanto àqueles que estão se iniciando no estudo da terapêutica floral como, também, aos mais experientes, inclusive aos pesquisadores de novas essências florais, os quais têm agora mais um fio de meada a ser pesquisado, ou seja, a teoria da sincronicidade de C. G. Jung.

    Material e Metodologia

    As essências florais não são nem alopatia, nem homeopatia, nem fitoterapia. São compostos energéticos cujos princípios ativos não são químicos, mas eletromagnéticos. Sua proposta é predominantemente preventiva e atuam através das questões emocionais. Criado pelo inglês Edward Bach no início deste século, o novo sistema tinha por princípio "... tratar a personalidade e não a enfermidade..." Devido a traumas e repressões, conscientes ou inconscientes, passamos a negar certos desejos, emoções e acontecimentos, tentando mantê-los longe da lembrança, criando máscaras ou véus que encobrem o verdadeiro "eu". Tais atitudes, a princípio, são uma boa defesa, pois diminuem momentaneamente o sofrimento emocional.

    Entretanto, se tentarmos manter indefinidamente bloqueado o acesso a determinados fatores psíquicos que nos são dolorosos, arcaremos com um alto preço: a somatização, ou seja, passaremos para o corpo tudo aquilo que tentamos esconder do nosso consciente.

    Desse modo, as chamadas "enfermidades" não são vistas como um mal em si, nem como meros acasos, mas sim como verdadeiros avisos que inconscientemente passamos para nós mesmos de que algo falta ser compreendido.

    Enquanto não resolvermos este algo, não será possível reverter verdadeiramente o desequilíbrio. Sem que haja a ampliação da consciência, todo e qualquer tratamento, por melhor que pareça, será um mero paliativo, mascarando e retardando os sintomas ou, ainda, simplesmente desviando a manifestação da desarmonia para outra parte do corpo. A Terapia Floral é totalmente centrada no indivíduo, sendo a sua atuação voltada para as emoções conscientes ou que estejam muito à superfície, ou seja, bastante evidentes. Trata, assim, a terapia floral, de nossos véus, de nossas máscaras, nossas Personas.

    Para a ciência convencional, um remédio só é eficaz se tiver sua ação terapêutica explicada pelas substâncias nele contidas. Ao fazer-se uma análise química de uma essência floral, lá só encontraremos água e conhaque, o que não poderia explicar a sua ação terapêutica. A partir daí, acusa-se a técnica floral de ser apenas um placebo, ou seja, funciona apenas se quem a usa sente-se sugestionado pelo seu suposto efeito benéfico.

    Segundo estatísticas da própria ciência, o chamado efeito placebo (auto-sugestão) só funciona em 30% das pessoas. Na prática, as essências florais têm efeito nítido em quase todos os casos, ultrapassando em muito a estatística esperada caso fosse apenas auto-sugestão. Essa hipótese dilui-se cada vez mais ao observamos os ótimos resultados em indivíduos com deficiências mentais, inconscientes e, até mesmo, em animais e plantas. A verdade é que a Química não é a ciência adequada para analisar o floral. Melhor seria se fosse a Física, pois o poder de atuação das essências não é químico, mas talvez, eletromagnético.

    Edward Bach abandonou os métodos científicos e descobriu para que servia cada flor graças à paranormalidade. Tomando contato com as plantas e intuindo em quais emoções elas atuariam, elegeu as suas 38 essências florais. Elas são extraídas por métodos simples e naturais. As plantas devem nascer espontaneamente, ou seja, não são cultivadas. No auge de sua vitalidade, a flor é colhida e mergulhada em recipiente com água da própria região. A seguir, fica exposta por algumas horas ao sol ou, em alguns casos, passa por uma leve fervura. Todas as flores assim colhidas são, então, engarrafadas e conservadas em conhaque. Cada uma delas adequa-se a uma situação emocional arquetípica, como o medo, a raiva, a tristeza, etc. Em alguns casos, há diferenças mais ou menos sutis de indicação entre uma essência e outra. É o caso, por exemplo, entre o Mimulus, essência para medos concretos, bem definidos, fobias, timidez, e o Aspen, também para medos, só que vagos, desconhecidos, pressagiosos. Sabendo-se para o que cada um dos florais é indicado, faz-se uma avaliação do quadro emocional consciente e escolhem-se de uma a no máximo seis essências colocadas, geralmente, num vidro âmbar de 30 ml com um terço de conservante, preferencialmente conhaque. Na falta deste, podese empregar vinagre. Completa-se o volume do frasco com água mineral. O conservante pode estar ausente, desde que não se permita a estagnação da água. De cada floral escolhido são utilizadas apenas 2 gotas, exceção feita ao Rescue Remedy, do qual se usam 4 gotas, pois, na verdade, não é bem uma essência, mas uma mistura de flores. Tomam-se 4 gotas da fórmula diretamente na língua, no mínimo de 4 ou 6 vezes ao dia, podendo-se reforçar o efeito tomando-se 1 gota por minuto em momentos agudos até que ocorra a melhora. Podese usar externamente misturando-se 4 gotas à água de banho e compressas, ou, ainda, em óleos de massagem e cremes. O chamado Creme de Bach, que já vem com as essências Rescue Remedy e Crab Apple, é vendido pronto para uso.

    O uso contínuo dos florais levará a pessoa a uma melhor compreensão de suas emoções, e permitirá o aflorar de um material psíquico mais profundo. Amplia-se, assim, o autoconhecimento, numa espécie de "psicoterapia líquida" que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações. Ao ocorrer uma alteração no quadro emocional, muda-se também uma ou mais das essências escolhidas para que haja uma adequação para o novo momento. Geralmente, isso ocorre num intervalo de uma a quatro semanas, o que exige uma constante auto-avaliação.

    No caso de se estar sob orientação profissional, deve-se retornar ao menos uma vez por semana para novas consultas.

     

    Sabendo de antemão que os métodos de pesquisa ortodoxos em pouco elucidariam essas questões, encontrei as respostas na Sincronicidade (teoria junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos).

    Fazendo um levantamento sobre os deuses e lendas ligados a cada uma das plantas de o­nde se extraem as essências florais de Bach, descobri as "grandes coincidências" entre essas histórias e o momento emocional no qual o floral está apto a atuar. Fora isso, as características de comportamento de cada planta (o modo como cresce, seus terrenos preferidos, suas cores, etc.) correspondem exatamente ao tipo de pessoa à qual a sua essência floral poderá ajudar. E, por mais estranho que pareça a quem não está familiarizado com a idéia da sincronicidade, até mesmo a etimologia dos nomes das plantas já nos esclarecem para que elas servem.

    Somando-se a isso, pesquisei o uso fitoterápico tradicional desses vegetais, em especial sob o enfoque milenar chinês dos Cinco Movimentos e constatei que, além de seu uso ara o equilíbrio de determinados sintomas físicos, tais plantas já eram usadas, sob a forma de chás, para as mesmas emoções para as quais Bach intuiu suas essências. Tais informações tornam esta obra útil tanto àqueles que estão se iniciando no estudo da terapêutica floral como, também, aos mais experientes, inclusive aos pesquisadores de novas essências florais, os quais têm agora mais um fio de meada a ser pesquisado, ou seja, a teoria da sincronicidade de C. G. Jung.

    Um Pouco de Jung

    Precisaremos, neste ponto, elucidar alguns termos básicos utilizados na terapêutica junguiana.

    Arquétipos, por exemplo, representam um conceito tão difícil de explicar como o Tao, ou Deus, pois são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva). Tais motivos foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, constatamos seus efeitos quando se manifestam na consciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, como Símbolos, melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido. Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contatada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifesta na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ou molde-informação de um cristal. Ao formar-se, o cristal obedece a um padrão de forma predeterminado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma.

    Mesmo assim, ele predetermina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém, que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas. É muito mais um desejo, que, como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez existiu um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse. O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias e moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    Símbolo é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Vários significados são atribuídos a cada flor individualmente, mas, no geral, as flores simbolizam o princípio passivo, o feminino por excelência. Corresponde ao yin chinês. O cálice da flor é o receptáculo da atividade celeste (yang), que como uma taça, é capaz de receber a chuva e o orvalho, símbolos de tudo o que vem dos céus e nos influencia. Para o Taoísmo, em especial noTratado da Flor de Ouro, a flor é o símbolo da conquista de um estado espiritual elevado. A floração é o resultado da alquimia interior, é o retorno ao Centro Espiritual (alma), também conhecido por estado primordial. Para os antigos celtas, a flor é o símbolo da instabilidade essencial de toda a criatura, voltada a uma perpétua evolução e, em especial, simboliza o caráter fugitivo da beleza. Este sentido se reforça pela figura lendária chinesa de Lan Tsai Ho, que carregava uma cesta de flores para melhor estabelecer o contraste entre sua própria imortalidade e a efêmera duração da beleza e dos prazeres. Ainda entre os antigos chineses, a flor é um dos símbolos do chamado Movimento Madeira, vinculado à primavera e à expansão. Assim sendo, é de se supor que a Flor, como representação do Yin, seja capaz de nos levar, por similaridade, a travar contato com outros símbolos femininos, além de nos tornar receptivos à ação de seu complemento, o Yang. A profundeza de nosso ser, nosso inconsciente e todo o material psíquico reprimido e por conseqüência corporificado, são classificados numa visão milenar como Yin. Na terapia junguiana, essa porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra (Yin). Seu par complementar é a Persona, classificada como Yang. É a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. O uso das essências florais yin atuará diretamente em seu oposto, yang, assim como o negativo atrai o positivo. Sua atuação será, portanto, em nossas Personas, nossos aspectos conscientes, e nos véus com que nos apresentamos perante o mundo. Esse contato com a Sombra trará à luz a consciência, ou seja, o material psíquico reprimido que a constitui. A Flor, como símbolo do receptáculo do que vem dos céus, explica por que as essências florais nos levam a receber as intuições e insights provenientes de nosso Céu Interior que é nossa essência divina. Torna-se também mais nítida a lembrança dos Sonhos, verdadeiro manancial de informações sobre nossa essência e elo de ligação entre o inconsciente e o consciente. As flores, representação de tudo o que é transitório e efêmero, levam-nos rapidamente a uma mudança de um quadro emocional para outro. Por também simbolizar o Movimento Madeira chinês, cuja orientação é a de expansão e de aflorar de nosso ser, de nossos sentimentos, as essências florais nos levam a tomar contato com as informações sobre nosso eu, juntamente com a sua carga emocional correspondente. A informação fria e simples, a compreensão puramente racional de alguma realidade psíquica dificilmente terá força suficiente para mudar nossas vidas. Entretanto, se a informação vier acrescida de emoção (do latim e-xmovere = mover para fora), aí sim haverá potência para movernos, mobilizarnos para uma expansão pessoal.

    Instâncias Psíquicas e Constelação Arquetípica

    Instâncias Psíquicas são como "indivíduos dentro do indivíduo". São Complexos, isto é, grupos emocionalmente carregados de imagens ou idéias comandados por uma imagem arquetípica aos quais Jung atribuiu a formação de parte da estrutura psíquica funcional. Exemplos de instâncias psíquicas: Sombra, aquilo que somos, mas ignoramos ser; Persona, aquilo que somos em função dos outros; Anima, nossa porção feminina; Animus, nosso lado masculino; Plenitude, o que somos, porém, ainda não realizado; Self, o que somos como aspiração da totalidade.

    Eis alguns exemplos de arquétipos: Deus representa o imutável, o imortal, o poderoso, a fonte de toda a energia de realização; o Mal, força que se opõe à realização, o adversário; a Grande Mãe, a geradora, o mutável, o móvel, a permanência na transformação; o Ancião Sábio, o saber ancestral que não foi alcançado pela aprendizagem, mas pela revelação; Incesto, tendência a voltar às origens, às aspirações regressivas; Mercúrio, a sabedoria que está por aflorar; Morte e Ressurreição, transformação; Ciclos, tudo se repete e está governado por ritmos; Paraíso Perdido, estado de plenitude e felicidade absolutas perdido devido ao pecado; Criação do Mundo, o mundo foi criado no passado por obra divina; Criança, permanência do indivíduo em estados infantis; Salvador, anseio da humanidade por uma redenção através de um ser superior que nos restaure o paraíso perdido; Unidade, complexo psíquico inconsciente de retornar à unidade perdida; Hermafrodita, união dos contrários num novo nível de consciência; Dualidade, representa o que está em movimento, capaz de gerar vida nova; Pedra Filosofal, a transformação alquímica do sujeito, sua aspiração à imortalidade e sabedoria; Batismo, uma nova oportunidade de realizar-se; purificação; Fim-do-Mundo, a transformação por meio de um holocausto; Afrodite, esquema do amor sensual e da inconstância; Herói, o indivíduo escolhido para uma missão transcendente.

    Florais de Bach e suas Imagens Arquetípicas Associadas: serão abordadas cada uma das essências florais de Bach, em ordem alfabética, sendo sempre destacados os aspectos históricos, as lendas, tradições culturais e até mesmo os nomes científicos e populares, cores e formatos das plantas, comprovando o quanto estes aspectos são significativos por estarem em Sincronicidade com as funções terapêuticas de cada floral, constituindo-se em uma considerável fonte de informações. Na verdade, este mesmo método descritivo foi a solução encontrada pelas culturas milenares de preservarem e difundirem seus conhecimentos sobre as plantas, transmitindo sua sabedoria, geração após geração, da forma mais lúdica possível e que neste livro nos auxiliam a gravar a aplicação prática de cada essência, pela associação imediata que fazemos, já que as imagens arquetípicas são parte de nosso inconsciente coletivo.

    Incluiu-se, também, ao final de cada explanação, o uso fitoterápico tradicional correspondente às plantas utilizadas por Bach para suas essências florais. Interessante destacar que sob a forma de chás, compressas e similares, essas plantas já eram utilizadas para inúmeros fins terapêuticos, inclusive, pela Terapia Tradicional Chinesa, cujo raciocínio através de cores, sabores e aromas determinam a utilidade de cada planta. Como poderão constatar, já era de conhecimento universal a utilidade das plantas selecionadas por Bach, cabendo a este o grande mérito de codificar um método prático e natural de extrair e utilizar suas propriedades terapêuticas, aliás de modo semelhante ao aplicado por algumas tribos indígenas brasileiras, que utilizam folhas e flores mergulhadas em cumbucas com água, expostas sob o sol, para preparar suas poções.

     

    Agrimony

    Agrimônia, Agrimonia eupatoria

    Seu nome vem do latim acre ou agri que significa ácido, azedo, camponês, rude, violento. Possui a mesma raiz de agredir, agressão. Eupatoria, do grego eupatórion e do latim eupatorium, tem a ver com eupatia (resignação, paciência). Esta nominação se deve ao rei Mitridates Eupátor, que introduziu oficialmente o uso terapêutico dessa planta. Seu sobrenome significa "de bom nascimento, de pai ilustre". Isto traz uma situação de convivência de opostos no nome dessa planta que encontra sincronicidade com a utilização de seu floral, útil para aqueles que disfarçam seus tormentos sob a forma de bom humor, dissimulação, muitas vezes necessitando de estímulos excitantes variados, tais como festas, bebidas, tóxicos, etc., para que consigam dissimular seu verdadeiro estado. Sua cor verde, representativa da bílis, da raiva e do Movimento chinês Madeira (associado à extroversão), é tão forte que, na antiguidade, seu pigmento era usado para tingir lãs e peles, disfarçando a verdadeira natureza da roupa. O tipo Agrimony de Bach atua de forma semelhante, uma vez que dissimula aquilo que realmente sente, ao manter na superfície uma aparência de que está tudo bem. Costuma nascer à beira de estradas e possui frutos que, tal qual a Bardana, com a qual é comumente confundida, tem muitos ganchos que aderem às roupas dos transeuntes. Isso reflete, mais uma vez, as características de personalidade às quais o seu floral se adequa. Trata-se da pessoa muito sociável e que evita ficar só, para que não tenha chance de pensar profundamente em si mesmo e assim contatar seus tormentos interiores. Citada nos escritos de Plinio e Dioscórides ("EupatoriadosGregos"), essa planta era dedicada a Atenas (Minerva), deusa da vitória pela sabedoria e pela verdade. Nascida de uma machadada na fronte de Zeus (Júpiter), essa deusa simboliza o resultado da intervenção social na consciência individual, "...a síntese pela reflexão... a inteligência socializada...". Em seu escudo está a cabeça da Medusa, espelho da verdade, que mostra aos seus adversários as suas verdadeiras imagens. Mais uma sincronicidade com o tipo Agrimony de Bach, que tem que enxergar a sua verdadeira face, tomar contato com a sua realidade interior, digeri-la, assimilá-la e aprender a usar seu potencial não só em superficialidades, mas também nas profundidades de si mesmo para a expansão do verdadeiro eu. O sabor ácidofrio da Agrimônia faz com que atue nos distúrbios Terrayang, ou seja, problemas com o peso, dificuldades de digestão dos alimentos e das idéias, pensamentos superficiais e levianos, especialmente se estimulados com sabor docequente, tais como álcool e guloseimas; Metal-yang, distúrbios intestinais comuns em quem prende as suas raivas e tormentos e prende igualmente a evacuação, tornando-se enfezado, que literalmente significa "cheio de fezes"; e Madeira-yang, distúrbios de fígado e vesícula; exteriorização de superficialidades, problemas de visão, comuns em quem não quer "enxergar a realidade", além de afecções da garganta (somatização daqueles que têm muitas questões "entaladas na garganta").

    Aspen

    Choupo, Álamo, Faia preta,

    Populus tremula, Populus nigra

    Originário da Europa e Ásia, no Brasil é cultivado na região Sul o choupobranco, Populus alba, da mesma família e de propriedades terapêuticas semelhantes. As folhas dessa árvore tremem à menor brisa, assim como as da Bétula, Betula alba, como se um temor secreto as ameaçasse. Dai sua essência floral ser indicada para os que padecem de medos inexplicáveis e vagos, paranormais, pressagiosos.

    Uma antiga tradição diz que não se deve revelar um segredo perto do choupo ou da bétula, pois com o sussurrar de suas folhas eles contarão para o vento, que rapidamente espalhará a notícia. Tais plantas são, por isso, dedicadas a Hermes (Mercúrio), mensageiro dos deuses, em especial os do inferno.

    Como mediador entre as divindades e os homens, esse personagem mitológico simboliza a capacidade de acesso aos nossos infernos e céus interiores para que obtenhamos respostas àquilo que desconhecemos. Hermes é, portanto, o deus do hermetismo, do mistério e da arte de decifrá-lo.

    Com suas sandálias aladas que lhe concediam grande mobilidade, era o deus das viagens, sendo que suas imagens eram comuns nas encruzilhadas dos caminhos para afastar os fantasmas e os perigos. Temos aqui imensas sincronicidades com o floral Aspen, capaz de levar quem o toma a afastar seus fantasmas e medos desconhecidos, trazendo mensagens do "eu superior" para que decifre a origem de seus temores, compreendao-s, aprenda a transcendêlos e a transformálos em ensinamentos e força. Isso é ratificado pelas lendas que dizem ter a cruz de Cristo sido feita da madeira do choupo plantado no paraíso por Seth sobre o túmulo de Adão. Dizse que, após a crucificação, "episódio de fé, coragem e ressurreição", espalharam-se fragmentos da cruz por todo o universo, multiplicando os milagres a ponto de ressuscitarem os mortos. Na Alemanha, a árvore da cruz tem suas raízes no inferno e a rama no trono de

    Deus. Nas lendas orientais, as árvores das quais são feitas as cruzes servem como escada para os homens chegarem até Deus.

    A cruz é "... o cordão umbilical jamais cortado com o cosmo, o intermediário, o mediador, reunião permanente do universo e comunicação terra-céu, de cima para baixo e de baixo para cima... é a grande via de comunicação...". Tudo isso força ainda mais o aspecto mercuriano do choupo e de seu floral como via de acesso sadio ao inconsciente para despertar a força interior. Entre os antigos chineses, medo e força são como dois lados da mesma moeda, aspectos yin e yang do Movimento Água, de caráter descendente, ligado ao aprofundamento, à sobrevivência, à direção Norte e ao frio. Essa árvore, além de ter folhas sensíveis à menor brisa, possui uma madeira que se toma oca com o tempo. Esse "vazio interior" é indispensável para se ouvir o próprio Eu de o­nde surge a verdadeira força. Pode-se ver isso por suas raízes, que penetram profundamente nos rochedos, e em sua adaptabilidade ao clima frio e à região Norte. Outra conexão com a dualidade medo/força do Álamo é o fato de ser essa planta dedicada a Hércules. Quando Hércules desceu aos Infernos, fez para si uma coroa com seus ramos. O lado das folhas voltado para si permaneceu claro, enquanto que o outro tomou a cor sombria da fumaça, simbolizando a dualidade de todo ser. Curiosamente, essa árvore vive nos lugares úmidos, mas com ela se fazem fósforos (água/fogo). Vários personagens míticos foram transformados em Álamos: as Helíades, por confiarem ao irmão Faetonte a condução da carruagem solar; uma Hespéride, por ter perdido os pomos do Jardim Sagrado; Leuce, transformado por Hades, colocandoo à porta dos infernos para ter perto de si o mortal que amava. Simbolizando os Infernos, a dor, as lágrimas, essa árvore funerária representa as forças regressivas da natureza. A pessoa Aspen precisa aprender a descer aos seus Infernos para descobrir os seus medos e transmutá-los em força hercúlea. Os sabores predominantemente amargo-frio (cascas e folhas) e picante-frio (seiva) dessa planta que contém tanino e salicina, equilibram os problemas Fogoyang (febre, excitação insensata); Terra-yang (excitação psíquica, insensatez); Água-yang (problemas ósseos, delírios) e Águayin (desmineralização, delírio melancólico, medos insensatos).

    Beech

    Faia, Fagus sylvatica

    Árvore européia da família das Fagáceas, a mesma do carvalho e do castanheiro. Pode viver até três séculos formando bosquetes violentamente agitados pelos ventos. O poeta Virgílio, no primeiro verso das Bucólicas, descreve Títiro compondo árias sob a sombra de uma grande Faia. Na verdade, sua sombra é fatal para toda a vegetação herbácea, em especial para a Anemona pulsatilla, que corresponde às pessoas chorosas, dóceis e frágeis. Tais características fazem do seu floral ideal para pessoas arrogantes e excessivamente críticas, que aniquilam os mais frágeis com suas reações intolerantes, assim como a faia que se agita violentamente acaba com a vegetação que lhe está à volta, como se só fossem dignos de

    existir aqueles que lhe sejam semelhantes. Suas flores lembram uma coroa, enfatizando o seu ego e seu nome, cuja raiz phagus (latim) ou phagein (grego), significa comer. É a mesma raiz de fagócitos, célula orgânica capaz de envolver e aniquilar micróbios e partículas, e de fagedênico, aquele que corrói as carnes.

    Isso salienta a predisposição desse tipo de pessoa para julgar e condenar aos que a cercam, assim como fazem os fagócitos.

    Os sabores amargofrio e ácidofrio dessa planta que contém tanino fazemna atuar nos distúrbios Fogoyang (febre, mania, agressividade); Terra-yang (tensão, perda do apetite, pensamentos exaltados, espírito crítico); Madeira-yang (reações alérgicas, agressividade), daí suas propriedades adstringentes, anti-sépticas, aperientes e febrífugas. O uso de seu floral leva a pessoa a atuar como a Faia dos versos do poeta, a qual, em vez de criticar os que estão sob si, inspira-os e os protege com a sua força.

     

    Centaury

    Centáurea Menor, Fel-da-Terra,

    Centaurium umbeliatum, Erytroea centaurium

    Também conhecida como ErvadeQuíron, pois era essa planta que o mais sábio dos centauros utilizava para cuidar das feridas de Hércules. Além de cicatrizante, é febrífuga, aperiente e estimulante hepático. Sua flor rosapálido (Erytroea vem do grego erythrós = rubor, vermelho, vinho, sangue) possui cinco pétalas, cujo simbolismo é o da força de vontade superior, o que se realça pelo fato de ser tal planta a que recuperava o poder do herói Hércules. Seu sabor amargo-quente regulariza os distúrbios Madeira-yin (deficiência imunitária, falta de de sejo sexual, inibição); Terrayin (fadiga, obnubilação intelectual) e Metal-yin (febre, dificuldade de movimentar os membros, prostração, tristeza), despertando as defesas, a força de vontade e o poder de raciocínio. Com a flor dessa planta se faz a essência floral Centaury, que serve para aqueles que têm pouca vontade própria e se deixam explorar pelos outros.

    Cerato

    Cerato, Ceratostigma willmottianna

    Planta de origem tibetana, foi levada para a Inglaterra, tendo sido encontrada por Bach em seu próprio jardim. Suas flores azuladas e lilases formam pequenos cones voltados para todas as direções, como querendo "dar ouvidos" a todos. Proveniente do Tibete, terra dona de uma tradicional sabedoria posta à prova pela dominação estrangeira da China, o Cerato torna-se ainda mais alienígena na Europa, o­nde parece duvidar de sua própria capacidade, daí a postura de suas flores, como a querer "ouvir conselhos". Seu floral está em sincronicidade com todos os que têm falta de confiança na própria opinião e se apegam a doutrinas populares, a conselhos e opiniões alheias. A palavra Ceratostigma significa cera ou ungüento feito de cera e outros ingredientes; e estigma, parte da planta adaptada para receber o pólen fecundante. O nome certamente se deve à sua capacidade de fornecer às abelhas os ingredientes para a fabricação do mel e da cera, os quais têm o simbolismo de alimento da imortalidade, da doçura e, em especial, do conhecimento e da sabedoria, tendo dado o dom da poesia a Píndaro e o da ciência a Pitágoras. A Igreja primitiva usava cera para simbolizar a carne de Cristo e com ela modelava pequenos cordeiros que eram distribuídos aos comungantes. A Eucaristia é um rito ligado à operação alquímica da coagulatio, que é a incorporação, por parte do ego, de uma relação com o Self arquétipo do que somos como aspiração da totalidade. A conexão com a coagulatio, processo de transformação das coisas em terra, ou seja, coagulação, concretização de um conteúdo psíquico numa forma localizada particular, se reforça pela doçura do mel e da cera, que incitam o desejo, outro agente desta mesma operação alquímica do elemento Terra ocidental. Pelo sabor doce é feita a inclusão da cera também no Movimento Terra chinês, que significa o centro, o equilíbrio, a sabedoria. Tais simbolismos tornam claro que o floral Cerato leva quem o toma a entrar em contato com o seu "eu superior", despertando a sabedoria interior. Outro significado do vocábulo cerato é córnea, daí as palavras ceratite: inflamação da córnea e ceratocone: deformidade da córnea em forma de cone, cujo significado é ligado ao do olho, símbolo universal da sabedoria e percepção intelectual, ratificando ainda mais a vocação da essência da flor do Cerato. Não há registro nos tratados tibetanos do uso terapêutico do Cerato, mas, devido às suas características específicas de sabor doce-quente, opõe-se aos distúrbios Terra-yin (problemas intestinais, obnubilação intelectual); Fogo-yin (abatimento, timidez, confusão mental, estado estuporoso) e Madeira-yin (inibição da acuidade visual e das decisões, queda da autoconfiança). Possui ainda efeitos tônico-cardíacos, regularizadores, laxativos e estimulantes imunitários.

     

    Cherry plum

    Cerejeira, Prunus cerasifera

    A floração da Cerejeira é um dos espetáculos naturais mais apreciados no Japão. A flor de sakura é o símbolo do ideal cavalheiresco. Efêmera e frágil, que o vento não tarda a levar, é também o emblema adotado pelos samurais para exemplificar a devoção de suas vidas. A cereja em si simboliza o ideal guerreiro e a sua busca da transcendência, pois é preciso romper a polpa vermelha para se alcançar a semente, ou seja, sacrificar o sangue e a carne, a fim de alcançar a pedra angular da pessoa humana. Seus sabores que variam do ácido-frio (adstringente) ao doce-frio (laxativo) cuidam do excesso de ácido

    úrico, problemas do fígado e vias urinárias, além de atuar nas questões Madeira-yang (exteriorização das emoções, fúria, etc.); Terra-yang (muitos pensamentos) e Água-yang (tendências passionais). Com a flor da cerejeira se faz a essência floral Chery plum, a qual, por manter o guerreiro voltado para a busca espiritual, é ideal para aqueles que têm medo de soltar-se, de perder a cabeça e tomar atitudes das quais possam se arrepender.

    Chestnut bud

    Botão do Castanheirodaíndia, Aesculus hippocastanum

    Na China antiga, o Castanheiro correspondia ao outono e ao Oeste, sendo plantado sempre voltado para essa direção. Simbolizava a própria Previdência, pois seu fruto serve de alimentos durante o inverno. Aliás, Aesculus pode significar "bom para sustento", ou ainda, carvalho, ou, indo mais além, Esculápio (do latim Aesculopiu e do grego Asklepiôs, que recebeu a terapêutica do centauro Quíron). Hippocastanum seria castanha de cavalo, pois acreditavase que esta planta tratasse qualquer distúrbio dos cavalos. Símbolo inseparável do de cavaleiro com o qual muitas vezes se alterna ou se funde, como nos centauros, o cavalo representa o psiquismo inconsciente, das sombras e da luz, transportando o homem aos mistérios inacessíveis à razão. Os sabores amargo-fresco e picante-fresco das castanhas e ácido-fresco e amargo-fresco das cascas possuem um tropismo para os distúrbios Terra-yang (distúrbios de aprendizado, problemas com circulação) e Madeira-yang (problemas com circulação e de próstata, ansiedade). Do botão da flor do castanheiro se extrai a essência floral Chestnut bud; originas e de um broto "inexperiente", que ainda não desabrochou, um Asclépio ainda aluno que irá aprender a ser previdente como o castanheiro maduro. Esse floral é indicado para quem não aprende com as experiências da vida e repete sempre os mesmos erros.

     

    Chicory

    Chicória, Chicorium intyhus

    Esta hortaliça envolve com suas folhas os pequenos ramos e brotos, sufocando-os e atrapalhando o seu desenvolvimento. Age igualmente com as suas flores azuis, abraçando-as como que querendo-as só para si. Se o seu eixo central fordobrado, os brotos e as flores desabrocham e mostram o seu verdadeiro potencial. Seus sabores amargo-quente com tropismo Terra e amargo-frio com tropismo Água são normalmente utilizados como aperientes, tônicos, diuréticos, remineralizantes, antifebris, harmonizadores do fígado. As flores são utilizadas em casos de irritação dos olhos. Suas propriedades amargo-quente aumentam a excitação e trazem mais vida. Combatem problemas Fogo-yin, como a melancolia e diminuem os distúrbios Terra-yin, como a obsessão e as preocupações excessivas. Suas substâncias amargo-frio com tropismo Água, diminuem os distúrbios Águayang, como o abuso da autoridade. De sua flor extrai-se a essência floral Chicory ideal para os chantagistas emocionais.

     

    Clematis

    Clematite, Vinha branca, Barbadevelho

    Obs.: existem outras plantas conhecidas por esse mesmo nome, como a Tillandsia recurvata, Clematis vitalba (classificação de Lineo) ou ainda, Coco do levante/Coca do levante, Anamirta cocolus (classificação de Martius)

    Trepadeira da família das Ranunculáceas e do gênero Clematis, equivale aos nossos Cipó Una (Clematis dioica variação brasiliana), Cipó do Reino (Clematis campestris) e BarbaBranca (Clematis hilani), pouco citados na literatura fitoterápica por serem narcóticos, venenosos e alucinógenos. Seus frutos não devem ser comidos e suas partes não servem para se fazer chás. A não ser para um cuidadoso uso externo eu não a recomendo, a não ser sob a forma de florais. Talvez por seus efeitos alucinógenos é que, na Europa, a Clematis também é conhecida como Traveller's joy (alegria do viajante). Por tais características, não é de se admirar que sua essência floral sirva, justamente, para aqueles que estão distraídos, desinteressados do presente, fugindo dele por meio de devaneios e "sonhando" acordados. Seu formato de cipó (trepadeira) evoca o simbolismo da ligação primitiva entre o Céu e a Terra, além do amor, pela dualidade com a árvore à qual se enrosca e se atrela. Isso faz com que "aterrisse" o tipo Clematis, fazendo-o descer dos céus "por o­nde está divagando e atrelandoo ao chão", à realidade, dando-lhe ground. Aliás, clematite vem do latim clematite e do grego klematitis, que significa madeira de sarmento, ou seja, rastejante, trepadeira, seca, que serve para o fogo (rastejante: perto do chão, da realidade; fogo: que sobe). A ambivalência se reforça pelos seus frutos que são como vinhas silvestres e

    evocam a porção selvagem do simbolismo do vinho, capaz de promover a iniciação e o conhecimento, mas que, como todo ritual Dionisíaco (Baco), por causa da embriaguez, pode dificultar o posterior recontato com a realidade num ego frágil. Devido aos seus sabores picante e azedo-quente, atua nos distúrbios Fogo-yin (desmotivação, confusão mental); Água-yin (problemas ósseos e de urina, sonolência, falta de "pés-no-chão"); Metal-yin (dificuldade de movimento, distração, introspecção); Terra-yin (tédio, distração, dificuldade de concentração) e Madeira-yin (problemas de vesícula, fraqueza, diminuição da acuidade visual e auditiva, inibição da musculatura e das decisões). Observação: as mesmas propriedades terapêuticas são encontradas no Alecrim (Rosmarinus officinalis) sem a inconveniência da toxidade. De sua flor se extrai a essência Rosmarinus do sistema dos Florais de Minas e que equivale ao Clematis de Bach.

     

    Crab apple

    Macieira, Malus pumila

    Na cultura cristã, por sua forma esférica, a Maçã representa os desejos terrestres e a complacência em relação a eles. A proibição imposta por Jeová alertava o homem contra a predominância desses impulsos, devendo escolher entre os desejos terrestres e a espiritualidade. Ao comer do fruto, o casal primordial sentiu vergonha do próprio corpo. A idéia da maçã como "fruto proibido", coloca a essência floral da macieira em sincronicidade com os que se sentem sujos e impuros, despertando assim o sentido mais elevado da fruta, que é o símbolo do conhecimento representado pelo pentagrama forma do pelo desenho de suas sementes ao ser partida ao meio. O sabor doce-frio dessa fruta a torna apta a tratar das questões Terra-yang (problemas de peso e de digestão, manias e melancolia); Metal-yang (problemas respiratórios e de pele, tristeza e conduta anti-social). Há ainda o seu lado ácido-quente que atua no Fogoyin (debilidade cerebral, autoculpabilidade e melancolia) e Metal-yin (manchas na pele, estado melancólico). A maçã é tradicionalmente usada como um poderoso depurativo, além de digestivo, daí a essência floral de suas flores (Crab apple) ser considerada o "depurador" do sistema Bach, ou seja, um depurativo para o físico e o psíquico que ajuda a "digerir" as próprias impurezas.

     

    Elm

    Olmo, Ulmeiro,

    Ulmus procera, Ulmus campestris

    O nome desta planta, Ulmus, contém raiz semelhante a úlmico e ulmina, que fazem referência a certos tipos de ácidos extraídos de vegetais. Procera significa alto, importante. As essências florais extraídas dessa bela árvore, largamente utiliza da na antiguidade por suas propriedades terapêuticas e por sua boa madeira, são ideais para aqueles que, como essa árvore, são normalmente fortes e úteis, bastante responsáveis, até mesmo desempenhando papéis de interesse coletivo, mas que estão passando por uma fase de desânimo e crêem ter assumido uma tarefa além de suas forças. O floral Elm auxilia a quem o toma a lidar melhor com as responsabilidades excessivas. Podemos evocar, ainda, a semelhança da palavra olmo e elm com helm (do inglês) e elmo, símbolo da invulnerabilidade, da potência e da invisibilidade, o que está em sincronicidade com a personalidade Elm, altamente altruísta (o que projeta em sua sombra a contrapartida de que se acha invulnerável, poderoso, podendo dar, mas não necessitando receber). Sente-se como que realmente possuidor do elmo presenteado pelos deuses, que o torna apto a vencer todas as tarefas, protegendo-o, mas que, em seu outro sentido, também recobre sua cabeça, como que escondendo algo, impedindo-o de contatar os desejos profundos de seu eu que lhe pede moderação. Tal a própria árvore Olmo, cujas flores desabrocham antes das folhas, invertendo o processo natural que lhe traria mais energia (respiração e fotossíntese), a pessoa Elm também exagera na sua obra, ignorando a natural necessidade de repor suas energias, ficando sem fôlego em situações inconvenientes. Seus sabores ácido-quente e amargo-quente fazem com que combata as perturbações Metal-yin (problemas de pele, estados melancólicos); Água-yin (problemas ósseos, falta de desejo sexual, sensação de fraqueza) e Fogo-yin (atonia, inibição, tristeza). É adstringente, diurética e tônica. Outra curiosidade do Olmo é que seu fruto substitui o lúpulo na fabricação da cerveja; o mesmo se dá com uma planta comum em território brasileiro de nome assemelhado, a Olmeira, ou Ulmárea (Spirae ulmaria), uma rosácea conhecida também como rainha-dos-prados. Essa bebida era destinada à classe guerreira e simbolizava a soberania. Seu uso se dava nos ritos de passagem, da fermentação, que leva o iniciado à incursão interior para a autodescoberta e o despertar de suas forças. Isso reforça a sincronicidade com o caráter realizador do tipo Elm.

    Gentian

    Genciana amarela,

    Gentianeila amareila, Gentiana lútea

    Esta planta deve seu nome a Genzio, rei da Ilíria (180 a.C.), que ressaltou suas propriedades terapêuticas. Destaca-se pela sua cor intensamente amarela, luz de ouro, do sol e dos deuses, símbolo da eternidade e da vitalidade. Para os antigos chineses, do negro é que nasce o amarelo, que representa o equilíbrio, a terra fértil, o imperador e o centro, tal como o Sol é o centro de nosso sistema. A Genciana seca no inverno e renasce na primavera, ressuscitando de sua morte aparente graças ao contato com o seu sol interior, expresso em sua cor amarela e em seu sabor tônico amargo-quente (Fogo-yang), tornando-a ideal no combate às perturbações Metalyin (problemas ósseos e respiratórios, melancolia, tristeza), Terra-yin (falta de apetite e de forças, manias e melancolia), Água-yin (problemas ósseos e tristeza). Por analogia da cor sabe-se de seus efeitos no corpo amarelo (estrutura formada no ovário o­nde se desprende o óvulo; gera vários hormônios que preparam o útero para a gravidez), daí seu uso contra esterilidade (distúrbio Terra-yin). Por todas essas características, o floral Gentian é indicado para quem está sofrendo uma tristeza por causa conhecida, levando a pessoa a um renascimento de sua situação invernal, contatando a primavera interior, reavivando-se sob o sol amarelo.

     

    Gorse

    Tojo, Ulex europaeus

    Planta espinhosa da família das Leguminosas, sub-família das Papilionáceas. Cresce em terreno seco e pedregoso e, mesmo no inverno, quando a escuridão é mais longa e o clima mais frio, o Tojo ostenta suas flores que se assemelham a uma chuva dourada de vida e esperança em meio a um quadro desanimador. Seu floral Gorse, portanto, é indicado para os queestão sem esperança, despertando-lhes ânimo e força. As Papilionáceas têm na corola de suas flores um aspecto que lembra uma borboleta (do latim papilio), cuja simbologia, entre outras, é ligada à idéia de ressurreição devido à metamorfose da crisálida. Outra característica do Tojo são os espinhos, lembrando o despertar das defesas, o reagir. A coroa de espinhos de Cristo significa, ao mesmo tempo, as dificuldades e a irradiação de seu potencial, sendo muitas vezes esses espinhos representados envoltos por luminosidade. O Tojo é aparentado do nosso feijão (Phaseolus vulgaris, mesma família e subfamília), o qual é dotado de grande valor nutritivo. Seu sabor doce-frio atua nas questões Terra-yang (problemas digestivos e do pâncreas, manias e melancolia); Fogo-yang (angústia, mania de perseguição) e Água-yang (dores ósseas e musculares, insônia).

    Heather

    Urze, Caliuna vulgaris

    Urze é um nome comum a várias plantas da família das Ericácias, da qual a mais conhecida é a azálea (Rododendron indicum). Do inglês Heath, urzal, charneca, dá-nos a entender que seu terreno preferido é o charco rústico, já seco e ácido. Em francês, Bruyêre, lembra bruyant barulhento. O floral Heather auxilia àqueles que não são de escolher muito bem suas companhias e os locais que freqüentam, pois são

    como crianças carentes. Para elas, qualquer um é bem-vindo. Também não são discretos, já que buscam as atenções só para si. São muito faladores e ("barulhentos"). Egocêntricos, não conseguem suportar a solidão. A planta possui flores cor-de-rosa ou brancas, sendo cada ramo uma verdadeira comunidade de incontáveis flores em forma de pequenos sinos. As pessoas Heather, assim como as flores da Urze, são muito sociáveis, mas querem monopolizar a atenção: "Só faltam colocar um sino no pescoço". Quando equilibradas, passam a ser uma companhia agradável, aprendem a conviver em harmonia com os outros. Em vez de falarem apenas de si, tornam-se bons ouvintes, o que, aliás, tem a ver com o simbolismo do sino, que é o mesmo do ouvido, aquele que percebe o som primordial. Seu badalo evoca a posição de tudo o que está suspenso entre o céu e a terra, por isso estabelece uma comunicação entre os dois trazendo a harmonia. Análoga à Urze, existe a flor de Galanto (Campânula branca), símbolo do consolo e da esperança, já que floresce no fim do inverno anunciando com seus sinetes a primavera. Seus sabores são ácido-frio (ácido cítrico e fumárico), adstringente e doce-quente (amido), o que lhe dá um caráter energético ambíguo. Atua em distúrbio Água-yin (problemas ósseos, dores lombares, melancolia) e Água-yang (problemas urinários, excitação sexual permanente).

     

    Holly

    Azevinho,

    Mirto espinhoso, Ilex aquifólium

    São chamados de azevinho tanto a Ilex quanto o visco ou agárico (Viscum album), uma parasita chamada de aquilo que trata-tudo, planta sagrada, em especial para os gauleses, não só pelas propriedades análogas, como pelo seu uso nas festas natalinas européias, o­nde ambas, entrelaçadas, ornamentam as comemorações.

    O nome do azevinho em inglês lembra holy, sagrado, ratificando a sua conexão com o Natal. É pois símbolo do amor universal, o que torna a sua essência floral Holly ideal para lidar com as emoções violentas, tais como ódio, inveja, ciúme, etc. O azevinho parece sempre verde, cor da bílis, da vesícula e do fígado no simbolismo chinês, o­nde pertence ao Movimento Madeira, associado à expansão, à extroversão, à raiva. O verde é, entretanto, o mediador entre o calor e o frio, tranqüilizador, refrescante e humano, primaveril, o despertar da vida. Seus frutos fortemente vermelhos, por um lado, reforçam a impressão de excitabilidade, de perigo (Movimento Fogo chinês). Por outro lado, lembram a cor do sangue, da vida. As características agressivas se reforçam por serem suas folhas fortemente denteado-espinhentas, terrívelmente agressivas e cortantes. Entretanto, com a idade elas se tornam macias e ovais, "perdendo os seus dentes". Aliás, seu crescimento é muito lento, paciente, chegando até aos 10 metros de altura e 300 anos de idade. Já suas flores são brancas, cor da morte e renascimento, de passagem, ora ausência de cores, ora a sua somatória. Para os chineses e para os astecas, o branco é a cor do Oeste, do outono, o­nde desaparece o sol, do início da morte e da introspecção. Há o simbolismo positivo também: para os chineses, o branco, relacionado ao Movimento Metal, pode também representar a alegria serena, a paz, a previdência e para outros povos, há conexão com a pureza. O seu sabor é amargo-frio, contém tanino e ilicina, o que lhe dá o poder de atuar nas questões Fogo-yang (tensão, febre, problemas intestinais).

    Vale lembrar que um dos sinônimos de raivoso é enfezado, ou seja, literalmente "cheio de fezes". Assim sendo, a "soltar os intestinos" pode ser entre outras coisas, uma explosão de raiva.

    Há ainda as questões Madeira-yang (tremores, irritabilidade) e Terra-yang (problemas estomacais, super-excitação psíquica, perda do senso moral). Para vários autores, não há nada melhor que o azevinho para tratar as dores do estômago e dos intestinos, por mais fortes que sejam.

     

    Honeysuckle

    Madressilva, Lonicera caprifohum, Lonicera periclymenum

    Seus nomes, tanto em inglês, honey (= doçura) / suckle (=amamentar), quanto nas línguas latinas (madressilva no português; madreselva no espanhol; madreselva no italiano, significa "mãe selva"; e no francês, chêvre-feuille, "mãe cabra") enfatizam a idéia do doce amamentar, evocando uma regressão infantil a um passado gostoso e seguro no colo materno da "mãe positiva". O maternal é reforçado pelo caprifolium (cabra/folha). Na Índia, a cabra é Prakriti, a mãe do mundo. Foi com leite da cabra Amaltéia (ama de deus) que Zeus, quando criança, se alimentou. Em todas as tradições, é símbolo da ama-de-leite e da iniciadora (associada à manifestação divina). Por outro lado, há uma conotação de impulsos imprevisíveis (os pulos da cabra) e caprichosos (a palavra capricho vem de capri, cabra).

    A madressilva exala um aroma agradável que durante o dia atrai os beija-flores, símbolo das relações entre o céu e a terra e da alma que se liberta. À noite, atrai as mariposas, símbolo da inconstância, "... como as mariposas se precipitam para a sua morte na chama brilhante, assim os homens correm para a sua perdição..." (BhagavadGita). Já periclymenum vem do grego perikleio e significa agarro-me, pois a madressilva é uma trepadeira que se agarra muito fortemente à sua árvore.

    Assim sendo, a essência floral Honeysukle se destina aos que se mantêm ausentes do presente e se apegam nostalgicamente ao passado. A madressilva ajuda a pessoa a ter um relacionamento maior com o presente, ao mesmo tempo que preserva a beleza e o aprendizado do passado. Seus sabores salgado, doce e ácido, todos quentes, como ácido salicílico e mucilagem, tornam possível trabalhar distúrbios Água-yin (problemas articulares e das vias urinárias, falta de desejo sexual, tristeza, saudosismo); Fogo-yin (opressão do coração, friagem, melancolia) e Terra-yin (febre intermitente, insociabilidade, idéias fixas). É ainda um bom anti-séptico, adstringente,diurético e sudorífero.

     

     

    Hornbeam

    Carpa, Carpinus betulus

    Em inglês, horn significa chifre e beam, irradiar, sorrir, direcionar. Em francês, charme quer dizer encanto, carisma. O simbolismo dos chifres e dos raios tem muita similaridade e são utilizados indistintamente nas obras de arte da antiguidade como indicadores de força e de poder irradiante. Para Jung, é ao mesmo tempo masculino, pelo seu poder de penetração, e feminino, porque possui uma abertura. E preciso reunir esses dois princípios para se atingir a harmonia. Os chifres da planta Carpa estão voltados para baixo, meio desanimados, de cabeça baixa. O seu floral, Hornbeam é ideal para o cansaço com a rotina, recuperando a força e a motivação. Já o nome Carpa é o mesmo do peixe que é tido como o único que, ao contrário dos outros, quando vai ser retalhado, fica imóvel "... assim deve agir o homem ideal perante o inevitável...". Na França, a carpa representa a discrição, a mudez. Por outro lado, na China e, em particular, no Japão, esse peixe é símbolo da perseverança e da coragem, pois, em época de procriação, sobe os rios nadando contra a correnteza, vencendo até as cachoeiras. Portudo isso esse floral reaviva as energias de quem o toma, pois não estavam ausentes como se nota pela simbologia do poder dos chifres e a coragem das carpas. Havia, isto sim, uma desmotivação (chifres voltados para baixo, carpas fora do período de acasalar) e precisavam apenas de unia quebra da rotina (época de procriar para as carpas) para despertar a vivacidade (os raios/chifres irradiando horn + beam). Seu sabor picante-quente atua nas questões Metal-yin (problemas respiratórios, melancolia, desmotivação, prostração); Terra-yin (corrimento nasal, obnubilação intelectual) e Água-yin (problemas respiratórios,

    distúrbio nos meridianos do pulmão e do rim, cansaço, inapetência sexual).

     

    Impatiens

    Impaciência, Impatiens glandulifera

    Planta similar ao BeijodeFrade (Impatiens balsamina).

    Seu floral, conforme o seu próprio nome, é indicado para aquele que é impaciente, irritável, perfeccionista, muito rápido e que, por isso mesmo, tem dificuldades em lidar com os outros, não suportando a sua lentidão. A Impatiens tem suas sementes armazenadas em cápsulas que, quando maduras, permanecem em constante tensão prestes a se romper ao menor toque, lançando longe as sementes. Além do mais, mal brota da terra e já está florindo prematuramente. Nem por isso essa planta deixou de participar da harmonia da Natureza.

    Por meio de seu floral, podemos, literalmente, beber da sabedoria desse vegetal. Seu sabor doce-frio, mucilaginoso, permite-lhe enfrentar os problemas Madeira-yang (insônia, irritação, agressividade); Fogo-yang (palpitações, angústia) e Metal-yang (tosse, garganta dolorida, insônia, agitação).

     

    Larch

    Lariça,

    Pinheiro lariço, Larix decídua

    Árvore européia da família das Coníferas que chega a atingir 30 metros. Decídua é o revestimento do útero que é desprendido após um período menstrual ou depois do parto. É também tudo aquilo que cai, caidiço, caduco. O Lariço ganhou esse sobrenome por suas pinhas que caem. Começam aí as sincronicidades do floral Larch com aqueles que se sentem "descartáveis", "caídos". É ideal para quem nutre sentimentos de inferioridade e se acha incapaz. Na verdade, o tipo Larch, em seu íntimo, é até mais capaz do que a maioria, mas não consegue se perceber assim. Do mesmo modo, o Lariço, externamente, apresenta uma casca cinzenta, sem vida, mas, por dentro, é de coloração vermelha, símbolo de força e vida.

    Inclusive, é de seu interior que advém suas maiores propriedades terapêuticas. Trata-se da substância resinosa conhecida como terebentina-de-veneza que entra na composição de vários remédios. Como toda conífera, o Lariço é símbolo da imortalidade. Na Sibéria, é considerada a Árvore do Mundo, da qual descendem o Sol e a Lua, figurados por pássaros de ouro e de prata. Possui folhas em forma de agulhas, dispostas como uma "cabeleira despenteada" de o­nde brotam as pinhas. Se, por um lado, o "despenteado" traz um ar de quem está se desprezando, por outro, as agulhas e as pinhas também são símbolos de força, de poder e de renascimento. Seus sabores amargo e picante-quente atuam nos estados desequilibrados de Metal-yin (problemas respiratórios e de garganta, prostração, melancolia, baixa-estima) e Água-yin (problemas nas vias urinárias, inapetência sexual, tristeza, desânimo).

     

    Mimulus

    Mímulo, Mimosa, Mimulus guttatus

    Plantada família das Escrofulariáceas, a mesma do Berro ou Escrofulária ou Erva-das-Escaldadelas (Scrophularia nodosa e aquática) e da Boca-de-Leão (Antirrhinum majus). Há, ainda, um paralelismo com certas plantas de nome assemelhado: Mimosops (Gutapercha), da família das Sapotáceas, espécie das gutiferáceas, que, assim como o Mímulo, fornece um tipo de goma-guta (guttatus). Há também a Acácia, da família das Leguminosas mimosídeas. Na maçonaria, o­nde às vezes os estudiosos também a confundem com a acácia, a Mimosa é o emblema da segurança e da certeza, no sentido de que a morte não é uma destruição total, mas sim uma metamorfose do ser. Em certas cerimônias, o Iniciado ao sair de sua tumba ou retiro é como a larva que se arrasta na obscuridade e se transforma na borboleta multicor que se lança à luz e ao sol, representados pela Mimosa de flores amarelas cor de ouro, símbolo de magnificência e potência com as quais o Iniciado é recebido. O Mimulus é uma planta delicada que, apesar de sua aparente fragilidade, cresce à margem dos rios, fincando firmemente suas raízes no cascalho e enfrentando as correntezas. Por isso, o "símbolo", a energia de sua essência "impressa" na água desperta em quem a usa a capacidade de lidar melhor com suas fobias, trazendo coragem para enfrentar os medos concretos. O tipo Mimulus é frágil, delicado, sendo por vezes tímido. Os nomes das plantas aparentadas à mimosa fornecem mais subsídios: berro, escaldadela e escrofulária. O primeiro, expressa medo; o segundo, lembra "gato escaldado tem medo de água fria" e o último, designa um tumor, uma ferida, reforçando a idéia de medo ante alguma ameaça de ser ferido. Os sabores doce-quente e ácido-frio das escrofulariáceas equilibram os distúrbios Água-yin (problemas ósseos e dos rins, fobias), Madeira-yin (problemas celulares, insegurança, timidez) e Madeira-yang (problemas circulatórios, manias).

    Mustard

    Mostardeirabranca, Sinapsis arvensis, Brassica Alba

    Planta herbácea de até 60 cm de altura, possui flores branco-amareladas e sementes brancas ou amareladas com sabor agradável semelhante a nozes, mas inodoras, usadas para conservar carnes e pescados. A mostarda em pó é feita da misturadas sementes moídas da espécie branca e da negra (Brassica nigra, de sabor mais picante), às quais se acrescenta curcuma ou açafrão para que adquira a cor amarelo-brilhante característica. Os antigos gregos faziam a mostarda misturando as sementes com suco de uva. No Novo Testamento está escrito "o reino do Céu é como o grão de mostarda com que se semeia os campos. É a menor das sementes, mas se transforma na maior hortaliça e em seus ramos se aninham as aves do céu...". A semente da mostardeira destaca o simbolismo do grão que morre e se multiplica, representando as vicissitudes da vegetação, sendo comumente citada nos Hinos Homéricos. Destaca-se dos ritos da vegetação para significar a alternância da vida e da morte, pois com a morte da semente é que nasce a planta; da vida no mundo subterrâneo (semente sob a terra) e da vida à luz do dia (planta); do não-manifesto à manifestação. Toda vegetação está submetida à lei das mortes e renascimentos: "...se o grão não morre...", ciclo associado a Deméter (Cibele). Essa alternância entre o não-manifesto, subterrâneo, escuro, morte (grão semeado), e o manifesto, aéreo, claro, vida (o vegetal que nasce da morte da semente, mas que gerará novos grãos, reiniciando o ciclo), está em sincronicidade com o floral Mustard, que atua naqueles que sofrem tristezas cíclicas, sem causa aparente. O floral leva até eles o reino dos céus e traz para a superfície o conhecimento do real motivo da depressão, conectando-o consciente com o inconsciente. Isso se reforça pelo nome Sinapsis, que se deve pela maneira como suas flores estão "soldadas", ou conectadas entre si que é semelhante a sinapse, junção entre as células nervosas que formam uma cadeia de comunicação. Genericamente, significa conectar, reunir, soldar. Seu sabor picante-quente é estimulante de todas as funções do corpo, trazendo um bem-estar geral. Equilibra Metal-yin e Água-yin (intestinos soltos, prostração, melancolia).

     

    Oak

    Carvalho, Quercus robus

    Com tamanho de até 40 metros, esse tipo de árvore chega até os 2.000 anos de idade. Carvalho é nome genérico de mais de 200 espécies de Fagáceas. Na antiguidade, os homens valorosos eram coroados com ramos de carvalho. Sob suas sombras, fazia-se justiça. Árvore sagrada em numerosas tradições, atrai os raios e simboliza a majestade. Havia o carvalho de Zeus, na Grécia, de Júpiter, em Roma, de Ramowe, na Prússia, de Perun, entre os eslavos. É sinônimo de força tanto moral, quanto física, daí seu sobrenome robus (robusto, forte). De sua madeira era feita a clava de Hércules (Heracles). É o eixo do mundo entre os celtas, os gregos e os iacutos siberianos, o que o torna instrumento de comunicação entre o Céu e a Terra. Sob seus pés, Abraão recebeu as revelações de Jeová. Ulisses, na Odisséia, consulta duas vezes a "... folhagem divina do grande carvalho de Zeus...". O Velocino de Ouro estava suspenso em um carvalho, daí outro de seus simbolismos, o de templo. Plínio, "o Velho", etimologicamente errado, mas sincronisticamente correto, traduzia druidas como homens de carvalho, devido à analogia com o grego drus (carvalho). Os druidas, em sua função sacerdotal, têm direito à sabedoria e à força. Por tudo isso, a essência floral Oak é ideal para aquele lutador que não se dá conta de estar indo além do limite saudável para as suas forças, assim como o carvalho, que pela sua robustez, acaba atraindo os raios. Seus sabores ácido e picante-quentes o habilitam a tratar das questões Terra-yin (intestinos soltos e com sangramento, problemas digestivos e de pele, obnubilação intelectual) e Metal-yin (problemas respiratórios crônicos, corrimentos, incontinência; uso externo, nas quedas de cabelo; prostração, melancolia).

    Olive

    Oliveira, Olea europoea

    Apesar de seu sobrenome, a origem dessa árvore, que mede entre 2 e 10 metros e atinge até 100 anos, é asiática.

    Sua simbologia refere-se à paz, vitória, recompensa, purificação e força. A mitologia conta que a primeira Oliveira nasceu de uma briga entre Poseidon, deus das terras e águas agitadas, dos abalos e tempestades, e Atena, deusa à qual é consagrada. No Hino Homérico a Deméter (Cibele), deusa dos ciclos, morte e ressurreição, ela é divinizada. Em Roma, além de Minerva (Atena), as Oliveiras eram ligadas a Júpiter (Zeus). Na China, acreditava-se que sua madeira poderia neutralizar venenos de cobra. No Japão, é a árvore da vitória, símbolo da amabilidade e do sucesso. Nas tradições judias e cristãs, representa a paz após um grande tormento. Foi um ramo de Oliveira que a pomba trouxe a Noé depois do dilúvio e foi no

    morro das Oliveiras que Cristo ascendeu aos céus, após os três dias de sepulcro/inferno e de sua estada na terra. Por isso, a essência floral Olive é adequada àqueles que sofrem esgotamento extremo, físico e mental, especialmente depois de um longo período de tensão. No Islã, a Oliveira é a árvore central, o eixo do mundo. Diz-se que, por ser sagrada, um dos nomes de Deus está debaixo de cada uma de suas folhas. Por fornecer o óleo que queima nas lâmpadas, há a analogia com a luz, como expressa este versículo do Alcorão "...a luz de Deus é como um nicho o­nde se encontra uma lâmpada, que está dentro de um vidro; este contém um astro de grande brilho; ela mantém sua luz com a ajuda de uma árvore abençoada, a oliveira, cujo óleo ilumina, ou pouco falta para isso, sem que o fogo o alcance...". Da mesma forma, a pessoa tipo Olive deve aprender a ser como o azeite da oliveira e não se deixar consumir totalmente para que possa encontrar e espalhar a sua luz. Tem sabores amargo-fresco (folhas) com tropismo Terra-yang (problemas de pâncreas e de sangue, insônia) e picante-quente (azeite) com atuação Água-yin (problemas ósseos e de garganta, inapetência sexual e melancolia) e Terra-yin (fadiga, melancolia).

     

    Pine

    Pinheiro, Pinus sylvestris

    No Oriente, o Pinheiro é símbolo da imortalidade devido à resistência de sua folhagem e incorruptibilidade de sua resina. Os imortais taoístas comiam seus grãos, agulhas e resina, alimentação que dispensava qualquer outra, tornando o corpo ligeiro e capaz de voar. Segundo o pesquisador de religiões chinesas, Henry Macero,"... as flores de pinheiro, do Céu da Pureza de Jade, dão o brilho de ouro a quem as come...". Céu, ouro, jade, são símbolos máximos do Yang, ou seja, força. Esses símbolos as seguravam ao defunto um novo nascimento, daí terem ornadas as suas vestes, corpos e túmulos com ouro e jade. No Japão, os Pinheiros são usados para a construção dos templos xintoístas, sendo, ainda, símbolos de uma força inquebrantável, forjada no decorrer de difíceis combates cotidianos. Representam os homens que souberam conservar intactos seus pensamentos, apesar das críticas que os cercavam, assim como o pinheiro sai vencedor dos ataques dos ventos e tempestades. O floral Pine serve para os que têm sentimentos de culpa, para que estes, assim como o Pinheiro, que não se curva aos ventos, também não se curvem facilmente às críticas e autocríticas, trazendo-lhes força e permitindo que renasçam. O renascimento/ressurreição é reservado aos puros, os sem culpa, os perdoados. Tal fenômeno é simbolizado pela pinha, a qual aparece nas mãos de Dioniso (Baco), que morria devorado pelos Titãs e ressuscitava. O Pinheiro também é dedicado a Deméter (Cibele), sendo que o abatiam e o enrolavam como a um cadáver, representando Átis (esposo da deusa) morto. O dia seguinte era de tristeza e de jejum por sua morte. Depois disso, passavam dos gritos de desespero para um júbilo delirante com banquetes fartos e alegria pelo retorno à vida do deus. Mais modernamente, essa árvore simboliza o período natalino, sendo usada nas comemorações do aniversário de Cristo, aquele que assumiu todas as culpas, perdoou e ressuscitou. Quanto à palavra pinheiro, que vem do latim pinu, e daí seu sinônimo, pino, teve seu sentido popularizado a partir do significado que lhe atribuíram astrólogos e astrônomos, por conta de sua verticalidade e aprumo, espiga com notável rapidez, levando nossos olhos ao céu, chegou a designar o ponto mais alto a que o sol pode chegar em sua marcha: o auge, o zênite, o cume...". Dai surgiram expressões como "pôr a pino", "empinar-se", sendo usado o termo pino na literatura como"... o perfeito equilíbrio moral, o aprumo do homem altivo de antes quebrar que torcer...". Seus sabores amargo e picante quentes são eficazes nas questões Metal-yin (problemas das vias respiratórias, tristeza, baixa-estima, culpa); Água-yin (problemas urinários, inapetência sexual, melancolia, tristeza, timidez) e Fogo-yin (tontura, sentimentos de culpa), graças às suas essências terebintina, pinina e cânfora, de características anti-sépticas e balsâmicas.

     

    Red Chestnut

    Castanheiro vermelho, Aesculus carnea

    Na China antiga, o Castanheiro correspondia ao outono e ao Oeste, sendo plantado sempre voltado para essa direção.

    Simboliza a própria Previdência, pois seu fruto serve de alimento durante o inverno. Aliás, Aesculus pode significar "bom para sustento", ou ainda, "carvalho", ou, indo mais além, Esculápio (do latim Aesculapiu e do grego Asklepiôs, que recebeu a terapia do centauro Quíron). Carnea é relativo à carne, polpa dos frutos, em "oposição ao espírito". Seu sobrenome atribui-lhe características diferentes dos outros castanheiros, graças à cor que se situa entre o ruivo e o negro (castanho-escuro), que é a mesma da gleba, da argila e do solo terrestre. Suas flores são avermelhadas e sua casca puxando para o castanho/carne. Essa coloração, na Roma antiga e na Igreja Católica, é símbolo de humildade (húmus, terra) e pobreza. Na Irlanda, é substituto do negro, com simbolismo infernal e militar. Relaciona-se com os excrementos, com o complexo anal e o sadismo. Essas observações freudianas são reforçadas pelas camisas pardas dos nazistas. O Asclépio (Esculápio, AEsculapiu) não é mais o aprendiz de Quíron, como no Chestnut bud, pois a carnea, cor da vida e do sangue, mostra que ele já faz uso do sangue corrido das

    veias da Górgona. O sangue do lado esquerdo era venenoso, o do lado direito, benéfico, e sua tarefa era saber fazer uma correta dosagem. As Górgonas eram três, Medusa, Euríale e Esteno. Simbolizavam as forças pervertidas de três impulsos: sociabilidade, sexualidade e espiritualidade. Essa perversão ocorre no tipo Red chestnut, que na ânsia de querer proteger os entes queridos, tais como filhos, cônjuges e amigos, acaba se desgastando pela preocupação com eles, chegando, ainda, a sufocá-los com tantos cuidados. Essa situação, bem como a carnea, lembra cuidados maternais, sendo a mãe a responsável

    pela encarnação de seus filhos, assim como a Virgem gerou a Encarnação do Verbo. Além disso, a cor carnea (castanho-escuro) é a cor da terra, que em si é Mãe. Nenhuma religião exaltou tanto a carne quanto a Católica, quer no sentido negativo (adversário do espírito, mortificação, virgindade, etc.), quer no positivo (fiel companheira do espírito, Verbo encarnado, ressurreição da carne, dentre outros exemplos). A carne assume também o valor de intimidade, não apenas corporal, mas, também, espiritual: "Carne da minha carne, sangue do meu sangue". Devido à superioridade relativa da mãe como fonte, ela pode voltar-se contra o consciente nascido dela e destruílo, assumindo o papel de devoradora absorvida pelo ciclo cego da criação. Do mesmo modo, o tipo Red chestnut é poderoso e cheio de energia, atributos usados nos cuidados maternais dos que lhe são próximos, carne de sua carne, sobre os quais imagina e projeta sempre o pior (características da sombria cor castanho-escuro). Podemos exemplificar com aquela mãe descontente com a gravidez ou com o resultado desta e que, inconscientemente, deseja a morte do filho, mas que é incapaz de aceitar a existência desse tipo de impulso. Passa então a compensar o filho com super-proteção, a qual, por um lado, afasta as "suspeitas de seu desejo secreto" e, por outro lado, o concretiza, castrando e sufocando a cria. Tal pessoa, típica Red chestnut, precisa olhar a Górgona Medusa que lhe mostrará a própria culpa, dando-lhe chance de reverter a perversão de seus impulsos, fazendo de si uma previdente como o castanheiro maduro, que alimenta e conforta no inverno/inferno, em vez de sufocar a carne de sua carne. Os sabores amargo-fresco e picante-fresco das castanhas e ácido-fresco e amargo-morno das cascas possuem um tropismo para os distúrbios Terra-yin (problemas circulatórios, obsessão) e Madeira-yang (problemas circulatórios e da próstata, insônia, ansiedade).

     

    Rock rose

    Rosa rupestre, Helianthemum nummularium

    Arbusto que cresce em terrenos rochosos (rupestres), cujo nome científico vem de sol (do grego hélio, sol e anthemon, flor, aquilo que cresce) e sobrenome relativo a medalhas, moedas, cambista, banqueiro (do latim nummularium). Possui flores cor amarelo-brilhante como moedas de ouro. A característica mais chamativa dessa planta é a sua predileção pelas rochas, cujo simbolismo mais evidente é o da imobilidade, no seu aspecto yin. Na sua fase yang, são móveis como as Cianéias (Rochas Azuis) ou Simplégadas, que se entrechocavam formando uma passagem intransponível entre o Mediterrâneo e o mar Negro, esmagando os navios que ousassem navegar entre sua massa ameaçadora. Os Argonautas enviaram uma pomba, que, ao passar, fazendo o rochedo fechar, perdeu penas de sua cauda.

    Ao abrirem-se as rochas, a embarcação passou rapidamente, danificando apenas a traseira, assim vencendo as Cianéias que ficaram para sempre imóveis. Rochas e recifes móveis entram na simbologia do aterrorizante, e assim como as Simplégadas, representam o medo do fracasso e da agressão, que, assim como na lenda, podem ser superados pela coragem e aceitação antecipada do risco de ali "deixar penas", tal como dizem os franceses, "laisser dês plumes", ao término de operações perigosas. Dos simbolismos yin e yang da rocha é que vem a sincronicidade com a utilização do floral Rock rose: para a "paralisia" devido a medos extremos e ao pânico. O medo faz parte do aspecto yin do movimento chinês Água, que tem a força e a coragem como sua contrapartida yang. Do mesmo modo, no Antigo Testamento, a rocha também é símbolo da força de Jeová e da solidez da sua Aliança. Há, ainda, um caso interessante dos dois célebres rochedos ligados por uma corda na baía de Ise, que são como um casal de o­nde surge a vida, pois é do meio das duas rochas que surge o sol nascente. Isso corresponde à cor da flor da Rosa rupestre, flor de ouro, que para os chineses representa o resultado de uma alquimia interior, o elixir da vida. Seus sabores doce e picante quentes possuem atuação nos distúrbios Águayin (tontura, imobilidade, inconsciência, medo); Metal-yin (febre, imobilidade dos membros superiores, prostração) e Fogo-yin (tontura, imobilidade, tristeza).

     

    Rock water

    Água da fonte, Água do riacho de Mount Vernon

    Na visão cosmo-psicossomática dos Cinco Movimentos Chineses, tudo é interrelacionado. Do movimento Metal/Rocha, cuja característica é de introspecção, de rigidez, é que nasce o Movimento Água, de maleabilidade penetrante, aprofundamento, sobrevivência, mergulho no inconsciente: do metal derretido vem o líquido, ou, numa visão mais natural, da rocha nasce a fonte de água, a qual, usufruindo de sua adaptabilidade e fluidez, segue seu curso moldando-se flexivelmente ao terreno. A água da fonte que nasce da rocha/monte primaveril (Mount Vernon) é ideal aos que são rígidos consigo mesmos e fazem uma auto-exigência excessiva, querendo ser exemplos. O tipo Rock water tem que ser menos rígido (rocha) consigo mesmo, mergulhar dentro de seu inconsciente e descobrir o que realmente gostaria de fazer e, como a água, maleavelmente, com suas próprias características, lidar com qualquer terreno (água mole em pedra dura, tanto bate até que fura). O simbolismo básico da fonte é o da longevidade, pois, assim como as suas águas, sempre cambiantes, sempre frescas, representa não a imortalidade, mas a juventude sempre renovada, ensinando a quem dela bebe a sempre renovar-se e a não se ater a nenhum padrão rígido e imutável. Nas lendas, é nas fontes que nascem as ervas terapêuticas ou nelas são mergulhadas. A água de fonte tem sabor neutro, sendo denominada doce-frio, atuando nas questões Terra-yang (problemas de peso, tensão, rigidez) e Metal-yang (intestinos "presos", rigidez).

     

    Scleranthus

    Escleranto, Craveiro, Scleranthus annuus

    Do grego sklerás (duro, seco, rígido) e ánthos (flor) e do latim annuu (anual, que dura um ano). Planta que atinge no máximo 70 cm, com caules emaranhados e preferência por solos arenosos e cascalhentos.

    Todas as flores se originam de folhas profundamente modificadas. No caso da Escleranto, parecem ter ficado indecisas entre continuarem sendo folhas ou se transformarem em flores, pois são verdes e duras. Aí começa a sincronicidade com o floral Scleranthus que atua em quem está indeciso entre duas coisas, em ambivalências. O verde, cor pouco comum para uma flor, situado entre o amarelo e o azul, é o resultado de interferências cromáticas. Simbolicamente, entra com o vermelho num jogo de alternâncias. E a cor do valor médio, mediadora do calor e do frio, alto e baixo, eqüidistante entre o azul celeste e o vermelho infernal. O verde dos brotos primaveris se opõe ao verde dos mofos e da putrefação. Cor da vegetação e, por conseqüência, dos cultos a Deméter (Cibele), símbolo das alternâncias e dos ciclos. Como mediadora, a flor verde do Escleranto, cor do equilíbrio, ajudará a quem tomar de seu floral a se acalmar e a tomar decisões equilibradas. Não há informações sobre as propriedades terapêuticas dessa planta.

     

    Star-of-Bethlehem

    Leitedegalinha,

    Ornithogalum umbeliatum

    Planta que atinge até 30 cm, possui folhas delgadas e flores brancas com listras verdes. É da família das Liliáceas, a mesma do alho, da cebola e do lírio. Seu nome científico relaciona-se com "galo", "do grego árnis ave e do latim gallu" e "pára-sol", "do latim umbelia", provavelmente pelo fato dessa flor só desabrochar em épocas de sol brilhante (assim como o galo canta para o sol nascente) e pelo seu formato de guarda-sol. Quanto ao nome popular em línguas latinas, o "leite" se deve à sua seiva leitosa. Já em inglês, "Estrela-de-Belém", é devido às suas flores de seis pontas, tal como a "estrela" que precedeu o nascimento do Cristo. Aliás, este foi um fenômeno simbólico e não físico, concessão da Igreja nascente ao pensamento astrológico da época e se inclui entre os fenômenos cósmicos extraordinários que precedem ao nascimento de todos os chamados Filhos de Deus, inclusive Buda. Por exemplo, os nascimentos de Agni, filho de Maya, a mãe-virgem, e de Twâstri, o carpinteiro, depositado entre a Vaca mística e o jumento, era anunciado pela estrela SaVaNaORaHa. As seis pontas atribuídas à Estrela-de-Belém têm um paralelo no Selo de Salomão (Estrela de Davi ou Escudo de Davi, na forma de um hexágono estrelado) formado por dois triângulos sobrepostos representando os quatro elementos e suas combinações. Simbolizam a síntese dos opostos e a expressão da unidade cósmica, assim como a sua complexidade. A estrela, intimamente ligada ao céu, evoca os mistérios do sono e da noite. Para resplandecer com seu brilho pessoal, o homem deve situar-se nos grandes ritmos cósmicos e harmonizar-se com eles. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, as estrelas obedecem e anunciam as vontades de Deus. De um modo geral, estrelas cadentes são prenúncios de grandes catástrofes. O floral Star-of-Bethlehem atua naqueles que passaram por grandes choques, auxiliando-os a superar o acontecido, bem como suas seqüelas, anunciando o nascer da esperança, assim como a Estrela-de-Belém sinaliza o nascimento do Cristo e o galo anuncia o nascimento do Sol após o período de trevas.

    De modo geral, o galo é um símbolo solar que afasta as influências maléficas, à exceção do Tibete, o­nde é totalmente nefasto e representa o apego e o desejo. Eram sacrificados em muitos ritos, inclusive em homenagem a Asclépio (Esculápio), um herói terapeuta; analogamente, atribuía-se essa mesma característica ao galo. Também é atributo de Apolo, o herói do dia que nasce. É um animal psicopompo (condutor de almas), em especial a fêmea, a galinha, morta para facilitar o contato com os espíritos. Contrapondo-se à simbologia solar do galo, está o leite da seiva dessa planta, que é lunar e feminino por

    excelência, representante da abundância, da imortalidade, do conhecimento, da pureza e das palavras inteligíveis de Deus, trazendo um amparo maternal ao sofredor tipo Star-of-Bethlehem.

    As flores da Leite-de-galinha, muito assemelhadas às do Lírio, também emprestam deste a simbologia de entrega à vontade de Deus, que cuida das necessidades dos eleitos. Completamente nas mãos da natureza, estão melhor vestidos do que Salomão em toda a sua glória. Seus sabores amargo e picante quentes com tropismo Metal-yin (constipação, tosse com catarro, tristeza, prostração) e Água-yin (dores de cabeça, inapetência sexual, urinas raras, desânimo) parecem reunir qualidades tanto do alho quanto da cebola.

     

    Sweet chestnut

    Castanheiro doce, Castanea sativa

    Na China antiga, o Castanheiro correspondia ao outono e ao Oeste, sendo plantado sempre voltado para essa direção.

    Simboliza a própria Previdência, pois seu fruto serve de alimento durante o inverno. Aliás, Aesculus pode significar "bom para sustento", ou ainda, "carvalho", ou, indo mais além, Esculápio (do latim AEsculapiu e do grego Asklepiôs, que recebeu a terapêutica do centauro Quíron). Sativa significa semeado, cultivado (do latim cativo). Originária da Ásia, essa árvore que cresce até 20 metros sempre foi muito utilizada na agricultura devido às suas castanhas que, na Idade Média, eram base da alimentação de vários povos europeus, em especial no inverno, que é quando seus frutos amadurecem, justamente na época do ano mais difícil de se sobreviver. Um dos símbolos da agricultura é a cornucópia, que representa a abundância, chifre da cabra Amaltéia ou de Aquelôo, repleto de frutos deliciosos. As flores do Castanheiro formam espigas branco-amareladas em formato de chifres voltados para cima. Os chifres são indicadores de força, de poder irradiante. Para Jung, é ao mesmo tempo masculino pelo seu poder de penetração, e feminino por possuir uma abertura, sendo preciso reunir esses dois princípios para se atingir a harmonia. A designação de Castanheiro doce evoca o simbolismo do mel, alimento da imortalidade, sendo incluído no Movimento Terra chinês, que significa o centro, o equilíbrio. O Castanheiro só floresce muito depois das outras árvores, como que esperando a situação atingir o seu limite máximo para só então desabrochar. Dá o seu fruto no auge dos momentos invernais, servindo de conforto e alimento nos momentos mais difíceis. Assim sendo, seu floral Sweet chestnut é indicado aos que estão sob angústia extrema, passando por situações limítrofes, estando no limite de suas resistências. Seu sabor doce-morno faz com que atue nos distúrbios Terra-yin (dificuldades digestivas, falta de energia, obnubilação intelectual); Metal-yin (problemas respiratórios, desencorajamento, tristeza) e Água-yin (problemas ósseos, inapetência sexual, prostração).

     

    Vervain

    Verbena, verbena officinalis

    Da família das Verbenáceas, é uma planta silvestre que atinge até 80 cm. Possui folhas denteadas e pequeninas flores cor de malva. Seu sobrenome, officinalis (latim), refere-se ao seu caráter utilitário. Seu primeiro nome vem do latim verbena, que significa ramos de loureiro, de mirto, de oliveira e de outros usados para a confecção de coroas para sacrifício, tanto para os sacerdotes, quanto para as vítimas. Ramo sagrado dos feciais, sacerdotes romanos encarregados de examinar as causas bélicas e tratados. Também é o nome dado às festividades que duravam até o amanhecer, hora ideal para a colheita da planta, de o­nde vem a frase castelhana coger aí verbena, que significa madrugar muito. Ai já se iniciam as sincronicidades com a pessoa tipo Vervain. São fanáticos, capazes dos maiores sacrifícios e esforços em prol de seus ideais. Ainda sobre a palavra Verbena, há similitudes com verbo (palavra), verberar (do

    latim verberare, que significa maltratar com palavras, censurar, de o­nde vem o verbo castelhano verbenear, de mesmo sentido) e verve (energia, força). Os indivíduos que se encaixam nesse floral são dotados de muita energia e força, fazendo uso insistente da palavra para expressar e defender suas idéias. São, geralmente, pessoas engajadas em causas públicas. Força é o que não falta a essa planta, sendo que um de seus nomes populares é ErvadeFerro, devido à incrível resistência de suas hastes. O seu caráter "insistente" aparece nas flores, que não se contentam em desabrochar em determinada época, sendo que a floração persiste por meses. O aspecto "político" da Verbena se deve não só ao fato de que era usada

    nas coroas pelos sacerdotes que avaliavam a guerra e a paz, como, também, porque seus ramos eram usados até a Idade Média para assinarem-se os tratados, sendo considerada uma planta sagrada. Desse modo, o floral Vervain é adequado aos fanáticos e entusiastas que se desgastam defendendo seus ideais. Os significados dos vários nomes populares, em diversas línguas, bem como as analogias sonoras com outras palavras, embora nem sempre etimologicamente corretas, estão sincronisticamente bastante associadas às utilizações terapêuticas dessa planta. No Brasil, diversas plantas Verbenáceas são chamadas de Camaradinhas, lembrando certos estereótipos de simpatizantes esquerdistas, sempre engajados em alguma causa e tentando conquistar novos adeptos. Na verdade, esse nome deriva de Camará ou Cambará, do tupi caá (folha) + mbará (de várias cores). O fanatismo do Vervain se deve ao fato de ser

    um tipo de pessoa dotada de muita energia, mas apegada rigidamente às doutrinas que segue, precisando aprender a não se apegar tanto à forma, mas sim à essência de seus ideais. Daqui pode-se fazer nova analogia com mais um dos nomes da planta: Jurujuba, do tupi juru + juba (macaco amarelo). Isto nos remete ao simbolismo do macaco, ágil, imitativo, que é a consciência do mundo terreno. Há a lenda do macaco taoísta, companheiro de Hiuantsang na busca dos livros sagrados do Budismo. Ao receber papéis em branco, reclama: "... depois de todo o trabalho que tivemos para vir da China até aqui, deram-nos cópias em branco das Escrituras. Em que isto poderá ser bom? Não precisa gritar disse o Buda sorrindo. Para dizer a verdade, os pergaminhos em branco é que são as verdadeiras Escrituras. Mas, como são demasiado tolos, nada há a fazer além de dar-lhes cópias com alguma coisa escrita...". Na França, a Verbena possui vários nomes: Erva-das-Feiticeiras, Ervas-dos-Encantamentos, Erva-de-Venus. Isto se deve às suas propriedades terapêuticas contra convulsões e favoráveis à mulher, aumentando a secreção de leite, mantenedora do tônus uterino nas parturientes e afrodisíaco, de Afrodite/Venus, deusa cujo reino é da ternura e da carícia, do prazer e da felicidade, com a qual muito tem a aprender as pessoas Vervain. Os sabores amargo-quente e ácido-frio da Verbena fazem com que atue tanto em questões Terra-yin (problemas de peso, dores lombares, de cabeça, inquietação, idéias fixas, obsessões), quanto Terra-yang (problemas digestivos, dor facial, dores de cabeça, contusões, problemas de pele, febres intermitentes, dor ciática _ tão comum em quem se nega prazeres, excitação psíquica, nervosismo).

     

    Vine

    Videira, vitis vinifera

    Trepadeira de até 15 m com flores pequenas e verdes que nos dá a uva e o vinho, daí o vinifera (que produz vinho). Seu nome é ligado à idéia de vida (Vitis vinifera), sendo que o signo sumeriano para vida era uma folha de parreira. Nas regiões da antiga Israel, a Videira era árvore sagrada e o vinho, a bebida dos deuses. Isso se estendeu ao Antigo Testamento, o­nde aparece positivamente: "...um dos bens mais preciosos do homem... uma boa esposa é para o marido como uma videira fecunda... a sabedoria é como uma videira de belas parras...". Posteriormente, o Messias é comparado à Videira. Jesus afirmava que para os homens serem a Videira de Deus, teriam que permanecer nele, caso contrário seriam como galhos secos para o fogo. Em muitas culturas, a mesma palavra que significava Videira designava o enviado celeste e os seres dos mundos superiores. O Cristo é a Videira e o seu sangue, o vinho, bebida símbolo da juventude e do conhecimento, que devido à sua cor "...feita de vermelho e branco, é o casamento da terra com o ar da sabedoria e da paixão...". Os ensinamentos divinos são como o vinho, devido à sua aptidão de restituir o vigor. Noé, após o dilúvio, foi o primeiro a plantar a Videira. Aliás, dilúvio e embriaguez, conseqüência da ingestão demasiada do vinho, são símbolos da solutio (transformação do sólido em água, da matéria diferenciada para o seu estado original, dissolução dos aspectos fixos e estáticos da personalidade em uma nova forma regenerada), um dos principais procedimentos da alquimia. O mito de Dioniso (Baco) é um forte indicador de solutio, deus dos mistérios da vida e da morte, do renascimento. Seu sangue era o vinho, ora das alegrias profanas, ora da embriaguez mística, "... que transforma o que é terrestre e vegetativo em espírito livre de todos os laços...". Filho de Sêmele (Terra-Mãe) e de Zeus (deus do céu), Dioniso foi retirado do ventre de sua mãe fulminada e terminou a gestação na coxa de seu pai, vindo daí a sua força excepcional. Senhor da libertação, da supressão das proibições e das catarses, representa uma submersão do consciente no magma do inconsciente, levando ao paroxismo (maior intensidade de uma atividade) aquilo de que se quer livrar a alma, revelando a pessoa a si mesma. Numa das histórias ligadas ao seu mito, disfarçou-se de sacerdote de seu próprio culto e foi levado à presença de Penteu, o soberano ditador de Tebas, que tentava acabar com as bacanais das mulheres. Colocando uma máscara sobre a razão de Penteu, fez-lhe revelar o seu desejo de assistir às cerimônias. Dioniso disfarçou o rei como mulher, conduziu-o e, fazendo dobrar um pinheiro, fez com que subisse e voltou a levantar a árvore, quando só então Penteu percebeu estar diante do próprio deus. Tomado de pavor, viu a aproximação das mulheres, as quais derrubaram o pinheiro e fizeram o rei em pedaços. Sua cabeça foi arrancada por Agave, sua mãe, líder das demais mulheres. Após um silêncio total, os membros foram recompostos por Dioniso e o rei de Tebas teve, assim, a sua iniciação, sendo revelado a si mesmo. A partir desse episódio, Penteu tornou-se um soberano digno e um verdadeiro líder. Por essa típica operação de solutio é que deveriam passar as pessoas tipo Vine, que são dominadoras, ditadoras, inflexíveis e ambiciosas. O floral Vine funciona como o vinho da embriaguez divina ou o sangue de Cristo, que possibilita a transmutação do outrora ditador num líder sábio e compreensivo, capaz de direcionar a sua autoridade nata em beneficio dos demais.

    Tais pessoas passam a exercitar as características harmoniza das da Videira, que é sinônimo de vida, de enviado celeste. Os sabores ácido e amargo frescos de seus taninos têm tropismo Madeira-yang (problemas ginecológicos e de circulação, irritação nos olhos, insônia, irritabilidade) e Fogo-yang (sangramentos, hipertensão, problemas circulatórios na face, agressividade, extravagância, altivez).

     

    Walnut

    Nogueira, Juglans regia

    Árvore da família das Juglandáceas, atinge até 25 m e vive por até 900 anos. Possui flores esverdeadas. Seu nome latino "Juglans" significa noz e provém de jovis glans (jovis, joviale, relativo a Júpiter; glans, glande, fruto do carvalho e outras árvores, cabeça). Ou seja, cabeça de Júpiter, devido à semelhança da noz com o cérebro. Seu sobrenome, regia, reforça ainda mais seu aspecto jupiteriano, pois seu significado latino é realeza. Correspondente ao Zeus grego, Júpiter é o presidente do conselho dos deuses, de quem emana toda a autoridade. "Seguro de seu direito e de seu poder de decisão, não busca nem diálogo, nem persuasão: troveja..." Do mesmo modo, o floral Walnut estimula a quem o toma a não se deixar levar pelos outros, protegendo da influência alheia, auxiliando e estimulando em fases de mudança ou de decisão. O formato da noz lembra o córtex, o­nde, segundo autores não holísticos, é nesta porção anterior do cérebro que se processam as decisões. Devido a essa semelhança, de acordo com a Doutrina das Assinaturas de Paracelso, a noz deveria atuar nos distúrbios cerebrais. Tal afirmação é repetidamente desmentida pelos autores atuais de livros fitoterápicos, pretensiosamente científicos. A verdade é que eles estão desatualizados. Já se verificou ser a noz rica em 5 hidroxitriptamina (5HT), ou seja, serotonina, presente essencialmente no cérebro e que transmite impulsos entre células nervosas. A

    Nogueira, nas tradições gregas, está associada ao dom da profecia, sendo ela a transformação de Ártemis (Diana), que possui a clarividência e que, apesar de essencialmente protetora dos partos e da vida feminina em geral, sabe ser terrível. De fato, as folhas da Nogueira aplicadas externamente são úteis às inflamações genitais femininas. Aliás, uma das versões da expulsão de Adão e Eva diz que eles usaram tais folhas "... para esconder suas vergonhas...". Eva teria carregado do Paraíso uma grande provisão delas, pois pressentia que lhes seriam úteis. Essa versão do mito, o­nde as folhas da Nogueira aparecem como auxiliares na ocasião da expulsão, confirma o caráter do floral Walnut como protetor e auxiliar nas fases de grandes mudanças. Há, ainda, uma lenda o­nde o famoso rei grego Mitridates imunizou-se contra venenos protegendo-se mediante o uso de nozes. A própria casca da noz é uma proteção, já que lembra um escudo ou um elmo e a carapaça das tartarugas. Animal de simbolismo bastante complexo, é lembrado aqui como um contraveneno, sendo citado por Plínio como "... um remédio salutar contra os envenenamentos, com poderes para afastar as manobras mágicas...". O floral Walnut, por proteger contra as influências externas, também é útil nos casos de paranormalidade, o­nde o individuo se sente sugestionado por energias que não sejam as suas. Os sabores ácido e amargo-quentes da Nogueira são eficientes nos distúrbios Terra-yin (falta de energia, insônia, obnubilação intelectual, indecisão); Metal-yin (problemas de pele e de respiração, intestinos "soltos" e com sangramento, tristeza, prostração) e Água-yin (dores de cabeça, diurese excessiva, problemas ósseos, deficiência imunitária, inibição, fraqueza de vontade, medo).

     

    Water violet

    Violeta D'Água, Hottonia palustris

    Planta da família das Primuláceas (Primaveras) que se desenvolve em águas estagnadas, charcos e fossos, daí o seu sobrenome latino, que significa "que vive em pântanos". Quanto ao primeiro nome, de origem não identificada, é provavelmente uma homenagem ao seu descobridor. Suas flores de cor violeta e com centros amarelos crescem num talo sem folhas, pois estas permanecem sob a água. A cor violeta é símbolo da temperança, feita de uma proporção eqüitativa de azul e vermelho, "... da ação refletida e da lucidez, do equilíbrio entre o céu e a terra, os sentidos e o espírito, a paixão e a inteligência, o amor e a

    sabedoria...". A cor violeta está oculta no arcano XIV do Tarô, A Temperança, o­nde um anjo segura dois vasos, um azul, outro vermelho, promovendo a troca de seus fluídos numa transfusão espiritual, quer seja a influenciação de homem para homem pela persuasão, quer seja a transmigração das almas no

    mistério da reencarnação, ou no mínimo, do segredo e da transformação. Cristo é normalmente representado com uma túnica violeta durante a Paixão, quando ele assume plenamente a encarnação, ao esposar em si mesmo o Homem, filho da terra, o qual irá redimir, pelo sacrifício, o imperecível Espírito celeste. Pela mesma razão, os corais das igrejas vestem violeta às Sextas Feiras Santas. Antes do Renascimento, este era também o motivo pelo qual se escreviam livros, salmos, evangeliários e breviários em pergaminhos violetas com letras douradas: ".. a revelação, representada pelo ouro, e a Paixão de Nosso Senhor representada pela cor violeta...". E, pois, uma cor do luto e do semi-luto, da morte não como estado, mas como passagem. Assim como Cristo, Apolo,jovem, sábio e belo, símbolo da espiritualização progressiva pelo desenvolvimento da consciência, tem o seu manto violeta. Mas esta também é a cor da obediência e da submissão, representado pelo costume de se prender ao pescoço das crianças uma pedra violeta"... não só para protegêlas das enfermidades, como para torná-las dóceis e obedientes...". Daí ser essa a cor das roupas dos bispos, que têm que temperar o ardor de suas paixões. Já no Oriente, o violeta é a passagem do ativo para o passivo, uma sutilização do vermelho. Os coitos rituais tântricos eram realizados sob luz violácea, pois "...a luz violeta ativa as glândulas sexuais da mulher e a vermelha, as dos homens...". As características da Violeta D Água, que se desenvolve sobre as águas pantanosas, lembra muito a da flor de Lótus: "... como um lótus puro não é maculado pelas águas, eu não sou maculada pelo mundo...". Essa característica é típica da pessoa Water violet, que não muito raro pode se deixar levar pelo sentimento de superioridade, pelo orgulho, colocando-se num pedestal e se distanciando dos demais. Seu floral predispõe a quem com ele sintoniza a ser como a Lótus da literatura japonesa: "...tão pura no meio de águas sujas, uma imagem da moralidade, que pode permanecer pura e intacta no meio da sociedade e de suas vilanias, sem que seja preciso que se retire para o deserto...". Assim como o Cristo, o individuo Water Violet deve vestir a túnica violeta, assumir a sua condição de encarnado e participar das coisas do mundo, da Paixão, e partilhar suas qualidades com os outros. O sabor amargo-frio da Violeta D Água e de outras plantas da família das Primuláceas (Prímula, Pão-e-Queijo) possui tropismo Fogo-yang (coração acelerado, angústia, insônia, dores de cabeça, febres, vertigens, exaltação moral, orgulho).

     

    White chestnut

    Castanheirodaíndia branco, Aesculus hyppocastanum

    Na China antiga, o Castanheiro correspondia ao outono e ao Oeste, sendo plantado sempre voltado para essa direção. Simboliza a Previdência, pois seu fruto serve de alimento durante o inverno. Aliás, Aesculus pode significar "bom para sustento", ou ainda, "carvalho", ou, indo mais além, Esculápio (do latim AEsculapiu e do grego Asklepiós, que recebeu a terapêutica do centauro Quíron). Hippocastanum seria castanha de cavalo. Acreditavase que essa planta tratasse qualquer distúrbio dos cavalos, símbolo inseparável do de cavaleiro, com o qual muitas vezes se alterna ou se funde, como nos centauros. O cavalo representa o psiquismo inconsciente, das sombras e da luz, transportando o homem aos mistérios inacessíveis à razão. Diferentemente do floral Chestnut bud, agora não é utilizado um botão a desabrochar. O White chestnut é extraído das maduras flores brancas e cremosas, salpicadas de pontos amarelos. Agora o Esculápio já e um deus e o cavalo deve ser entendido no seu lado luminoso, branco. Esta cor, ora a ausência das cores, ora a somatória delas, quando associada ao cavalo pode significar às vezes a brancura lunar, pálida, fria, fantasmagórica, anunciadora das catástrofes, como a do cavalo do Apocalipse. Outras vezes, o branco pode ser solar, ofuscante, representando aí a beleza vencedora, o domínio do espírito sobre os sentidos, montaria dos deuses, dos heróis, dos santos e dos avatares, tal como Pégaso. A princípio, a identificação com o cavalo faz do homem um monstro centauro, apegado aos instintos animais. Entretanto, se isto se dá com um cavalo branco e alado, representa a imaginação criadora e sua elevação real. Belerofonte, herói-relâmpago, guiado por Pégaso, triunfa sobre a Quimera, símbolo dos desejos que a frustração exaspera e transforma em fonte de padecimento. Segundo Paul Diel, a Quimera é uma deformação psíquica, caracterizada por uma imaginação fértil e pensamentos incontroláveis; "... exprime o perigo da exaltação imaginativa". Do mesmo modo, o tipo White chestnut está sempre atormentado por um diálogo interno torturante, o qual não consegue controlar e que atrapalha seus afazeres, seu descanso, e que leva a uma grande tensão mental. Na definição de Mechthild Scheffer, ele "...quer compreender tudo o que aparece, e, então, vêse incapaz de integrar coisa alguma...,'. Isso poderia ser chamado de complexo de Prometeu, cujo nome significa "o pensamento que prevê". Sua saga só se completa com a morte de Quíron, o centauro, ligado à simbologia do castanheiro não só pelo aspecto cavalo, como por ser o mentor de Esculápio. Ele abre mão da sua imortalidade em favor de Prometeu, para que possa morrer e fazer cessar os seus tormentos, o que corresponde à sublimação do desejo. Os pensamentos que ocupam insistentemente o individuo White chestnut o impedem de tomar contato com a orientação do Self, o seu "Eu Superior". Mais sincronicidades temos nos chamados cavalos dos cultos afros, que se vestem de branco, e, temporariamente, inibem os pensamentos do ego, permitindo a manifestação direta do inconsciente. O zazen é uma técnica de medi

    tação que consiste num treino de desapego. Devese permitir que os pensamentos passem livremente sem que se prenda a atenção a nenhum deles. Essa "limpeza" possibilita o acesso a informações do inconsciente. Na China, essa técnica foi propagada por Matso, que significa "cavalo novo, potro". Os sa

    bores amargofresco e picantefresco das castanhas e ácido-fresco e amargo-fresco das cascas possuem um tropismo para os distúrbios Terrayang (distúrbios de aprendizado, problemas com circulação nas pernas) e Madeira-yang (problemas de circulação e da próstata, ansiedade, dores de cabeça havia a

    "simpatia" de carregar três castanhas por três dias para este fim).

     

    Wild oat

    Aveia silvestre, Bromus ramosus

    Gramínea com semelhanças com a Avena, do latim, aveia ou flauta; sativa, do latim, cultivado; de nome Bromus do grego brámos, ou do latim bromos, aveia, flauta dos poetas; ou dos gregos, broma, o que se come e brómios, vinho, barulhento, sobrenome de Baco/Dioniso que se deve ou a sua ama Bromé, que significa "alimento", ou por causa do barulho dos bêbados ou dos raios durante seu nascimento; ramosus, do latim, "ramoso" e que, pelo inglês, Wild oat, significa "aveia brava".

    Na verdade, tudo indica que se trata da Aveia do Mato (Avena quadridentadela; seu sobrenome se deve ao fato de que suas flores, dispostas em pequenas espigas, são envolvidas por quatro folhas que dão um aspecto cônico à inflorescência). Alcança até 1 m de altura com colmos retos que são os caules das gramíneas, geralmente não ramificados, sendo que esta Aveia é exceção, daí o seu "sobrenome". Os ramos sempre foram usados para homenagear o vencedor, sendo que essa vitória é interior. Na arte medieval, às vezes o ramo era atributo da lógica, às vezes da castidade, outras, do renascimento primaveril. Já o ramo de ouro, especificamente, é o símbolo da "...luz que permite que as sombrias cavernas dos infernos sejam exploradas sem perigo e sem que se perca nelas a alma, significando força, sabedoria e conhecimento...". Outra característica morfológica da Aveia é o ser cheia de nós, cujas significações variam bastante de uma cultura para outra. Por um lado, é constrangimento, complicação, enroscamento, por outro representa a ligação, a união com o Princípio, assim como os nós dos bambus chineses, que marcam uma hierarquia vertical de estados no eixo Céu-Terra, tais como os chacras tântricos. Em psicoterapia, o nó designa tudo o que possui as características de limitação e bloqueio. O indivíduo Wild oat tem dificuldade para decidir quais são suas metas, inclusive por ter muitas vocações e opções, sendo que esse estado de indefinição do rumo a tomar, do que fazer, leva a um estado de insatisfação. Ele precisa desfazer os nós que bloqueiam o acesso ao inconsciente, e, protegido pelos ramos, penetrar em seus infernos e descobrir o que o está impedindo de perceber a sua verdadeira vocação há muito já definida pelo seu próprio Eu Superior, o Self. Um outro significado para Avena e Bromus é flauta, instrumento da música celeste como qual se afina aquele que é conduzido por Deus. Também é com ela que o flautista de Hamelin conduz as crianças à caverna da montanha, que representa a volta ao estado edênico, o retorno ao útero para um novo nascimento. De certa forma, o tipo Wild oat, por suas características de indefinição, de dificuldade de ajuste e insatisfação, está passando por uma "...puberdade mental atrasada...". O floral, tal como já sugeria o ramo, e agora, a flauta de Hamelin, permite a entrada segura e conduz à caverna, símbolo de máxima complexidade, mas que poderia ser definida como "... lugar do processo de interiorização psicológica, segundo o qual o indivíduo se torna ele mesmo e consegue chegar à maturidade... assimilar todo o mundo coletivo que nele se imprime, com risco de perturbálo e integrar essas contribuições às suas próprias forças, de modo a formar sua própria personalidade, adaptada ao mundo ambiente...". Na caverna também eram iniciados os seguidores de Baco/Dioniso, cujo nome de sua ama Bromé também é o da Aveia. Foi através de uma caverna que Ceres/Deméter desceu aos infernos em busca de sua filha. Graças a Ceres é que a humanidade recebeu e aprendeu a cultivar os cereais, dentre os quais a Aveia. As espigas dos grãos de todos os cereais representam a chegada da maturidade. É o desabrochar de todas as potencialidades do ser. Muito usada como forragens para animais, mais modernamente a Aveia é considerada um alimento ("Bromus") básico na infância/ puberdade, para que a criança se desenvolva para a vida adulta. Seus sabores amargo e doce quentes a tornam ativa nos distúrbios Metal-yin (insônia por tristeza, fraqueza mental, perda de peso); Água-yin (desmineralização, inapetência sexual e esterilidade, inibição, confusão mental) e Terra-yin (falta de apetite, problemas de pâncreas, obnubilação intelectual).

     

    Wild rose

    Roseira silvestre ou Rosadecão, Rosa canina

    Ancestral das roseiras cultivadas, esta planta cuja espécie tem mais de 35 milhões de anos, é um arbusto que atinge até 3m de altura com ramos fortes e espinhos bastante robustos, daí o seu nome, devido à semelhança destes com os dentes do cão. Possui flores brancas ou rosáceas, com cinco pétalas e formato de coração. A Rosa simboliza um renascimento místico por sua relação com o sangue derramado. Para o cristianismo, ora ela é a taça com que se recolhe o sangue do Messias, ora é a transfiguração desse sangue, podendo ser ainda o signo de suas chagas, ou até o seu Sagrado Coração. Nos campos de batalha em que caíram numerosos heróis, dentre eles Adonis, seu sangue fez brotar roseiras. Este último

    era protegido de Afrodite que, ao socorrê-lo, picou-se num espinho tingindo de vermelho as rosas que antes eram brancas.

    Assim sendo, sempre que uma vida não esgotou todas as suas possibilidades, sendo interrompida bruscamente, tenta prolongar-se sob uma outra forma, em geral, a Rosa. Normalmente colocada sobre as tumbas, é símbolo da regeneração, de vida nova, inclusive pelo seu parentesco semântico com o latim ros, que significa "chuva, orvalho", imagens da redenção. O individuo tipo Wild rose, muitas vezes em tenra idade, viu-se ferido e impossibilitado de reagir Foi levado a conformar-se com as situações, tornando-se fatalista, resignado e apático. Seu floral evoca a sincronicidade com a simbologia de renascimento da Rosa, da continuidade de vida do herói morto, do amor crístico, de redenção. Não

    podemos nos esquecer das características selvagens da Rosa-de-cão, que possui frutos avermelhados, cor de sangue, de vida, e, em especial, de seus espinhos, símbolos de defesa, de ataque, de reação, que são como dentes caninos que representam não só a agressividade, como também força, resistência e perseverança. É símbolo da assimilação, da tomada de posse, já que é o moinho que esmaga para fornecer alimento ao desejo, que pode ser tanto a satisfação das ambições terrenas, quanto a obtenção dos alimentos celestes. Em ambos os casos, conduz à vida, que é o que parece faltar ao tipo apático Wild rose. Não é à toa que a Rosa é uma das flores preferidas dos alquimistas, cujos trabalhos comumente se intitulam Roseiras dos Filósofos. A rosa branca, por exemplo, é o objetivo da pequena obra (a obra em branco, em busca do luminoso) e, quando vermelha, é referente à grande obra (fusão das obras em branco e em negro, do metal em brasa, cor de sangue, de carne, encarnado, vivo). Seus sabores, de relativa toxidade, doce-quente das folhas e flores, e ácido-quente dos frutos, faz com que atue nas questões Água-yin (urinas raras, constipação, falta de energia, problemas ósseis, vertigens, prostração, apatia), Fogo-yin (inflamações, corrimentos, tristeza, desânimo) e Madeira-yin (problemas imunitários e de respiração, resignação).

     

    Willow

    Salgueiro amarelo, tipo de Chorão,Salix vitelina

    Seu nome latino Salix significa "salgueiro", deriva de "sal" e vitelina quer dizer "da cor da gema do ovo", em referência à tonalidade amarelada dessa árvore. É aparentada do Chorão (Salix babylonica), cujos ramos muito compridos e pêndulos quase chegando ao chão, comumente à beira de lagos, passam a imagem de alguém triste, caído, chorando, daí a maior sincronicidade com o floral WilIow, indicado para as tristezas e amarguras, para aqueles ressentidos, que culpam a tudo e a todos, menos a si próprios. Muitas vezes relacionado com a morte, por outro lado, o Salgueiro é símbolo da Lei Divina: os galhos cortados e plantados sobrevivem, permanecendo a árvore indivisa. Essa planta mesmo que quase totalmente podada, faz brotar de suas feridas novos e vivazes ramos. Quando há cicatrizes em seus troncos, estas se aprofundam cada vez mais, e de suas aberturas brotam outras plantas e nelas pássaros fazem seus ninhos. Por ser eternamente verde, São Bernardo a relacionava com a Virgem Maria. No Oriente, a Cidade dos Salgueiros é a morada da imortalidade. A sepultura dos personagens míticos costumava ser sob a sombra de Salgueiros, sob os quais também meditavam os sábios. Essa árvore, então, era símbolo de passagem para a imortalidade. Na Rússia, entretanto, diz-se que"... aquele que planta um salgueiro prepara a enxada para o seu túmulo...", não ficando claro se isto era num sentido positivo. Há um Salmo o­nde, às margens do rio da Babilônia, as personagens sentaram e choraram sob um Salgueiro, pendurando nele suas citaras, para não terem como alegrar àqueles que os mantinham cativos: "... como poderíamos nós cantar as canções do Eterno em terra estranha?..." Desse modo, somente o Salgueiro é que foi digno de conservar a música, o símbolo da alegria humana. De suas madeiras são comumente feitos instrumentos musicais em certas regiões. E é justamente essa alegria de viver, de regenerar-se por mais podado e ferido que se esteja que o floral WilIow pretende resgatar em quem o toma. De sabores amargo-fresco e salgad-omomo (tanino e salicina), seu tropismo é de ação Madeira-yang (dores musculares, problemas digestivos, angústia, excitação); Água-yin (dor de dentes, problemas ósseos, prostração); Fogo-yang (febres, choques emocionais); Metal-yin (intestinos "soltos", tristeza).

     

    Rescue Remedy

    Fórmula já pronta, criada pelo próprio Bach, usada em situações emergenciais para uma melhora no quadro geral. É muito utilizada quando não se sabe o que recomendar, ou, ainda, na impossibilidade de fazerse uma avaliação do estado emocional da pessoa, quer seja pela urgência da situação, quer seja pela falta de dados. É composta por Cherry plum, para os que temem perder o autocontrole; Clematis, para os que estão ausentes do presente; Impatiens, para a ansiedade, agitação, impaciência; Rock rose, ideal para estados de pânico e Star-of-Bethlehem, para choques e suas seqüelas. Edward Bach julgou tão bem combinadas essas essências entre si, que passou a considerá-las quase que como um 39º floral. Tanto é que no kit de florais de Bach, além dos 38 florais individuais, há 2 vidros de Rescue Remedy preparados na forma de essências que podem ser diluídas em água e ser consideradas uma fórmula, ou, ainda, contadas como se fossem uma única essência e serem mistura das com até cinco outras mais.

    A idéia de um remédio de espectro de atuação tão amplo que servisse para todas as situações faznos lembrar da panacéia universal, do grego panákeia, "remédio para todos os males"; ou o elixir da imortalidade, símbolo de um estado de consciência transformado, ligado ao conhecimento da perenidade. Em seu aspecto negativo, há o elixir do esquecimento, usado em muitas lendas para levar os heróis a não mais se lembrarem de suas amadas e lhes aplacar a emoção. Do mesmo modo, vejo o Rescue Remedy como um grande auxiliar doméstico para abranger o sofrimento, mas não tão eficaz para um uso profissional, uma vez que, apesar do bem-estar que essa fórmula pronta proporciona, o ideal é avaliar caso a caso e elaborar uma fórmula específica para cada momento e para cada indivíduo, além do acompanhamento terapêutico em si.

     

    Creme de Bach

    Fórmula pronta para uso, contendo Rescue Remedy e Crab apple (depurativo psicofísico) diluídos em creme de composição a mais natural e neutra possível. Mais uma "panacéia", ou seja, possui um amplo espectro de atuação. É aplicada externamente nos locais afetados, tanto em situações agudas, picadas, contusões, queimaduras, dores, etc.), quanto crônicas (problemas de pele e de circulação, etc.). À semelhança do Rescue Remedy, o Creme de Bach é muito eficaz, mas não deixa de ser uma fórmula preconcebida e generalizada. Sob o aspecto terapêutico profundo, o ideal é uma composição totalmente individualizada, adaptada a cada caso, da qual se usam duas gotas de suas essências, ou, se estiver preparada para uso oral, ou seja, adicionada à água e conhaque, tomam-se quatro de suas gotas que são misturadas ao creme ou óleo, além de um uso eficiente diretamente na água para banho ou em compressas. Tudo isso como um complemento à ingestão da fórmula via oral, a qual não é substituída pelo simples uso externo do floral.

    Depois de muitos testes e experiências bem-sucedidas, fiquei plenamente convencido da eficácia da terapêutica floral e, na década de 80, introduzia na minha prática de consultório. Naquela época, não havia no Brasil muita literatura específica disponível e a maioria das pessoas nem sequer ouvira falar sobre florais. Assim como eu, outros profissionais, isoladamente, foram direta ou indiretamente divulgando o assunto, não só pelos bons resultados obtidos junto aos clientes, como pelos cursos ministrados. Isso não passou despercebido dos meios de comunicação que, graças às suas reportagens, popularizaram de tal maneira o assunto que hoje em dia podese dizer que a terapia floral é a técnica holística mais adotada no nosso país. Para suprir o anseio de conhecimento que se criou, muitos trabalhos foram traduzidos e publicados, e vários autores nacionais contribuíram significativamente com suas obras.

    A abordagem aqui apresentada propõe-se a preencher uma lacuna deixada pelas outras publicações, as quais, perante a dificuldade de explicar "cientificamente" a atuação das essências florais, optaram por se abster de teorizar sobre o porque determinada flor atua para determinada emoção especificamente. Por exemplo: por que a essência floral Mimulus atua nas fobias e não em outro tipo de emoção? Por que o Holly intervém em casos de raiva, em vez de tristeza? Munidos basicamente de explicações generalizadas, e não relativas a cada floral em particular, o público leitor tinha que se contentar com uma resposta do tipo: "porque foi assim que Bach intuiu", quase um "porque sim!". Sabendo de antemão que os métodos de pesquisa científica ortodoxos em pouco elucidariam essas questões, procurei e encontrei as respostas na Sincronicidade (teoria junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos). Fazendo um levantamento sobre os deuses e lendas ligados a cada uma das plantas de o­nde se extraem as essências florais de Bach, descobri as "grandes coincidências" entre essas histórias e o momento emocional no qual o floral está apto a atuar. Fora isso, as características de comportamento de cada planta (o modo como cresce, seus terrenos preferidos, suas cores, etc.) correspondem exatamente ao tipo de pessoa à qual a sua essência floral poderá ajudar. E, por mais estranho que pareça a quem não está familiarizado com a idéia da sincronicidade, até mesmo a etimologia dos nomes das plantas já nos esclarecem para que elas servem. Somando-se a isso, pesquisei o uso fitoterápico tradicional desses vegetais, em especial sob o enfoque milenar chinês dos Cinco Movimentos e constatei que, além de seu uso para o equilíbrio de determinados sintomas físicos, tais plantas já eram usadas, sob a forma de chás, para as mesmas emoções para as quais Bach intuiu suas essências. Tais informações tornam esta obra útil tanto àqueles que estão se iniciando no estudo da terapêutica floral como, também, aos mais experientes, inclusive aos pesquisadores de novas essências florais, os quais têm agora mais um fio de meada a ser pesquisado, ou seja, a teoria da sincronicidade de C. G. Jung.

    Os antigos Terapeutas Holísticos, assim como Bach, não cultivavam suas plantas terapêuticas, pois sabiam que se o vegetal escolhia espontaneamente seu local de nascimento é porque aquele solo era o ideal para proporcionarlhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeitos. As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério.

    As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda do que suas análises químicas atuais, e têm muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de personalidade de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa ela auxiliaria por ressonância, independentemente de seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais na Terapia Floral. Já os antigos chineses, além dessas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificandoa dentro dos Cinco Movimentos (importante: para compreender a seqüência a seguir, ler apêndice no final do livro) e, por conseqüência, sabiam de antemão para que serviriam. Comparados entre si, os cinco sabores são: amargo evacuante, purgativo e endurecedor; doce ou insípido diurético, sudorífero, dissipante, relaxante; picante,sudorífero, dissipante, dispersante; salgado evacuante, purgativo, suavizante e ácido-azedo evacuante, purgativo e retrátil. A essas propriedades iniciais, podemos acrescentar quatro tipos de energia: fria, quente, fresca e morna. Além disso, há quatro densidades diferentes de energia que darão o sentido da ação terapêutica: ascendentes (yang-alto), expansivas (yang-exterior), obtidas pelas ervas yang, descendentes (yin-baixo) e introspectivas (yin -interior), obtidas pelas ervas yin.

    Em cada meridiano existe uma raiz yin e outra yang. A função yang da Madeira caracteriza-se pelo movimento, o que é estimulado pelo sabor ácido. Entretanto, a absorção excessiva do ácido, que por vocação é yin e retrátil, levaria ao efeito contrário, de paralisia, estimulando a raiz yin da Madeira. A função yang do Metal é retrair, secar, condensar; já sua função yin é dissipar e umedecer. O picante, por sua vocação yin, se absorvido em excesso, estimulará a função yin do Metal. A função yang do Fogo caracterizase pela ascensão e crescimento, enquanto que seu lado yin é endurecedor. O amargo, por sua tendência yang, favorecerá a função de ascensão. A função yin da Terra é estruturar, modelar, controlar instintos e emoções, umedecer, enquanto a yang pode levar à rigidez.

    Por sua tendência yin, o doce favorecerá a raiz yin da Terra (observação: o doce industrializado é quente, portanto, yang, com efeito contrário ao doce natural). A função yin da Água é amolecer, abrandar, enquanto que seu lado yang é o de endurecer. A tendência do salgado é favorecer a raiz yin da Água. Simplificando, as plantas seriam classificadas pelo sabor + energia quente ou fria (yang ou yin), o que possibilita incontáveis combinações de efeitos terapêuticos, graças, ainda, às leis de Geração e de Dominância.

    Conclusões

    A partir do momento em que se aceitar abertamente que existem outras formas de abordagem lógica, além das experiências convencionais de laboratório, muitos preconceitos irão por terra e diversas práticas ditas "alternativas" passarão a ser "oficiais". A teoria da Sincronicidade de C.G. Jung vem se mostrando um excelente instrumento em relação às pesquisas das essências florais, fornecendo uma linha de raciocínio que serve não só para as já consagradas essências florais de Bach, como para todas as outras e, até mesmo, para a fitoterapia. Desse modo, não precisaremos contar apenas com pessoas raras como Edward Bach, pois essa forma de abordagem não requer dotes paranormais. Basta, é claro, estudo e dedicação.

     

     

    Referências bibliográficas

    BACH, Edward - Os Remédios Florais do Dr. Bach. S. Paulo, Pensamento, 1990.

    CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

    ESPECHE, Bárbara e Eduardo Grecco - Jung y Flores de Bach -Arquetipos e Flores. Ediciones Continente.

    FAUBERT, Gabriel - La Chronobiologie chinoise. Paris, Éditions Albin Michel S.A., 1987.

    GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

    HALL, James A. -A Experiência Junguiana. 5. Paulo, Cultrix, 1989.

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    HIRSCH, SONIA – Manual do Herói – Gráfica e Editora Prensa, 1990.

    HUSSON, A. - Versão e comentários - Huang Di Nei Jing Su Wen. Paris, Ed. A.S.M.A.E

    JACOBI, Jolande - Complexo -Arquétipo - Símbolo. 5. Paulo, Cultrix, 1986.

    JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. 5. Paulo, Vozes, 1991.

    LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. 5. Paulo, Cultrix, 1992.

    MACHADO, José Pedro Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa, Editorial Confluência Ltda., 1967.

    MARQUES, Breno e Ednamara B. V Os Remédios Florais de Minas. Luz Azul Cultural, 1992.

    MARKEY; Christopher- Yin-Yang. 5. Paulo, Cultrix, 1987.

    MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

    MIYUKI, Mokusen - Versão e comentários - A Doutrina da Flor de Ouro. 5. Paulo, Pensamento, 1990.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Psychologie: pour une approche nouvelle dela Psycho-somatique. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Phytothérapie. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    SCHEFFER, Mechthild - Terapia Floral do Dr. Bach. São Paulo, Pensamento, 1991.

    TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado. São Paulo, Lumina Editorial, 1998.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Florais de Bach – Uma Visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica – Incluindo NTSV – TF 001 – Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Floral – 4a Edição - Editora Pensamento, 1994.

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. 5. Paulo, Cultrix, 1990

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 06/05/2008 13:58


    Aula de Holopuntura - Comunidade de Estudos Avançados

    Aula de Holopuntura - Comunidade de Estudos Avançados

    Henrique Vieira Filho
    CRT 21001
    Terapeuta Holístico

    Resumo:

    Holopuntura é uma nova (re)visão sobre as milenares técnicas da Acupuntura, Auriculoterapia e Reflexoterapia.

    A premissa central é que podemos aplicar estímulos em micro-regiões (pontos) e com isso obter reações globais, despertando os próprios recursos naturais de auto-harmonização.

    Introdução:

    Holopuntura: A Quintessência da União de Técnicas

    Com a Pulsologia de Nogier (muito prática e de rápido aprendizado) ou analisando a reação do cliente ao toque em pontos-chaves, de pronto obtém-se a avaliação de quais seriam os desequilíbrios e quais as micro-regiões a serem estimuladas para despertar em nossos Clientes todos os seus recursos de Auto-Harmonização.

    À disposição, uma vasta gama de opções de estímulos distintos, tais como o toque, imãs, cores, sons e até as famosas agulhas, dentre outras. O trabalho pode ser realizado tomando-se regiões corpóreas (orelhas, pés, pontos de acupuntura) que atuam como um microcosmo da pessoa atendida, um "espelho" de mão-dupla, que tanto reflete o estado global de harmonia, quanto intervém terapeuticamente, mediante estimulação. O mapeamento das zonas reflexológicas foi quintessenciado ao máximo, devido ao resgate da milenar abordagem dos Cinco Movimentos Chineses, que traduz o trabalho em uma síntese quase que poética e de fácil compreensão.

    Material e Metodologia

    PULSOLOGIA DE NOGIER e REFLEXOTERAPIAS

    Resumidamente, a Pulsologia de Nogier começou com o próprio, que é conhecido como o Pai da Auriculoterapia, que é a opção de Reflexoterapia mais estudada..

    Por ter o hábito de tomar o pulso de seus clientes, Nogier, durante seus trabalhos de auriculoterapia, percebeu certos "sinais", como se fossem "trancos" ou súbitas "sumidas" da pulsação.

    E que isso ocorria justamente quando estava com algum estímulo (por exemplo, uma ponta metálica...), passando por sobre uma região reflexa desequilibrada.

    É como se uma "onda" passasse por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso.

    É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida, como puderam constatar em nossa aula presencial, durante o Holística 2004.

    Atentem que não altera a QUANTIDADE de batidas cardíacas, mas sim, a INTENSIDADE com que a percebemos, como se uma "onda" passando por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso. É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida.

    É importante que TREINEM BASTANTE, de preferência, com várias pessoas diferentes, pois "localizar" o pulso varia bastante em cada caso. Para os casos difíceis, apliquem a tática de fazer toques circulares na região entre as sobrancelhas, que de pronto, a percepção do pulso se torna muito mais nítido. Um detalhe que pode fazer a diferença: TIREM OS METAIS DOS DEDOS E PULSOS: relógios, anéis, pulseiras, etc, em algumas pessoas simplesmente some com o Sinal de Nogier. Em muitos casos, pode-se até sentir a pulsação, mas nada de perceber o Sinal de Nogier... Se for esse o caso, experimente tirar os metais próximos, tanto do cliente, quanto os seus.

    A Pulsologia de Nogier, todos teremos a oportunidade de constatar, é MUITO útil para a prática das reflexoterapias.

    REFLEXOTERAPIAS

    Diferentemente da visão da acupuntura pelo corpo, cujos pontos existem o tempo todo, quer estejam "abertos" para tratamento, ou não... nas zonas reflexológicas só surgem pontos SE e SOMENTE SE, estiverem refletindo um desequilíbrio energético.

    Notem bem o diferencial: se localizamos pontos pelo corpo (acupuntura sistêmica...), isso em nada define o nosso trabalho.

    Contudo, se localizamos pontos nas zonas reflexas, automaticamente temos e AO MESMO TEMPO, tanto a noção de qual é esse desequilíbrio (devido à sua correspondência nos mapas reflexológicos), como, também, detectamos o local exato que está aberto a ser estimulado terapeuticamente.

    E COMO localizar estes pontos ? Bom, temos duas opções: 1) aparelhagem eletrônica de boa qualidade e bem regulada; 2) PULSOLOGIA DE NOGIER.

    Muitas pessoas até gostam de aparelhinhos fazendo "bip", mas, com toda sinceridade, a pulsologia de Nogier é muito mais precisa... Além de mais precisa, é bem mais simples: basta tomar o pulso e uma ponta metálica para servir de "antena" a ser passada sobre as regiões reflexas.

    Inclusive, para quem gosta de agulhas, esta ponta metálica pode ser justamente a ponta de uma micro-agulha auricular, a ser aproximada por uma pinça...

    Com um pouco de prática, a detecção do ponto e a aplicação da micro-agulha se torna um procedimento rápido e preciso.

    Não gosta de agulhas ? Ótimo: temos muitos outros estímulos eficientes.

    Imãs (lado norte e lado sul), esferas "ouro" e "prata", cromopuntura (aplicação de cores nos pontos...), softlaser, toque terapêutico nos pontos (ou com dedo, ou com pontas, tipo "apalpador de pressão" com mola...), etc, etc...

    A Pulsologia de Nogier também nos socorre quando for o caso de escolher qual é o estímulo adequado. Por exemplos:

    Lado norte ou lado sul, do imã ? Esfera ouro, ou esfera prata ? Polo positivo ou negativo ? Qual das cores aplico no ponto ? Qual das regulagens em hertz eu aplico ?

    Basta testar cada opção que deseja aplicar, por sobre cada ponto localizado e verificar qual faz com que o pulso reaja nitidamente...

    Por esse mesmo método, pode-se testar inclusive, fitoterápicos.

    Paul Nogier, por ser médico e absolutamente contrário a que não-médicos utilizem auriculoterapia, passou a testar medicamentos através da pulsologia e da aproximação destes dos pontos auriculares.

    Como somos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, o que NÓS testamos são os fitoterápicos.

    Digamos que já detectamos na orelha, os pontos/ desequilíbrios (via de regra, de uns 3 a no máximo, 5...).

    E que estamos em dúvida entre algumas opções de fitoterápicos que podemos recomendar...

    Se estiverem em forma "picada", podemos pinçar um pouco e aproximar desses pontos identificados, para perceber a reação do pulso.

    Notarão que alguns em nada alteram; outros, até somem com o pulso e, de repente, um deles torna a pulsação "limpa", nítida, forte, reagindo com "tranco" à aproximação.

    Pronto: terá detectado qual(is) é (são) o(s) fitoterápico(s) adequado(s) ao momento do cliente.

    Muitas vezes, a combinação de uma ou mais amostras juntas pode melhorar a reação ao pulso, muitas vezes, não, até se anulam, indicando que é melhor optar por chás separados...

    CLARO: se forem ter amostras de fitoterápicos em seus consultórios, OBRIGATORIAMENTE tem que ser de origem definida, ou seja, com NOTA FISCAL DE COMPRA, e rotulagem contendo laboratório e farmacêutico responsável. E, NUNCA, JAMAIS, NEM EM SONHO, vendam estes produtos. E, obviamente, só podem ser recomendados produtos de VENDA LIVRE, ou seja, sem necessidade de receita MÉDICA.

    AURICULOTERAPIA

    Chamamos de Auriculoterapia à técnica de análise e tratamento reflexológico por meio de estímulos no pavilhão auricular.

    Sua origem data de milênios, tendo sido encontradas pinturas egípcias descrevendo o seu uso; Hipócrates, considerado o pai da medicina ocidental, detalhou seu uso para dores de dente, faciais e ciáticas. analgesia para nevralgias odontológicas, faciais e ciáticas.

    Caído em esquecimento até os meados de 1951, quando o francês Paul F. M. Nogier iniciou suas pesquisas, dando tamanho grau de desenvolvimento à técnica, que passou a ser considerado o "pai da Auriculoterapia".

    Acupunturista e quiropraxista, ele notou que diversas pessoas que sofriam de dor ciática tiveram seus sofrimentos cessados com cauterizações na orelha feitas pela "leiga" madame Barrin. Esses resultados empolgaram Nogier, passando ele a observar que na orelha há regiões doloridas espontaneamente ou ao toque, sempre que no corpo também houver dor. Verificando a ocorrência dessas regiões, culminou por observar que elas pareciam desenhar uma forma fetal invertida no pavilhão auricular. Com o correr das pesquisas, foi-se mapeando a que zona corporal correspondia cada porção da orelha, tendo sido publicadas na década de 50, as suas conclusões iniciais e seus tratamentos por estímulos de agulhas na aurícula, com grande repercussão entre os acupunturistas, pois estes já estavam acustumados a esse tipo de instrumento. Tal sucesso chegou até a China, que rapidamente levantou um mapeamento auricular, inundando a Europa com suas orelhas de plástico e "posters" de "auriculo-acupuntura". Tudo isso contribuiu para que se confundisse a Acupuntura* com essa "nova" técnica, mas as diferenças são gritantes: enquanto para primeira, os pontos existem o tempo todo, quer sirvam para tratamento ou não, na orelha eles não existem, a princípio, só vindo a surgir em correspondência a um desequilíbrio no corpo, facilitando ao máximo o diagnóstico, tornando praticamente impossível de se errar. Outro fator de distinção e, provavelmente, a maior descoberta de Paul Nogier, foi a técnica de diagnóstico pelo pulso, específica para a Auriculoterapia. Enquanto na pulsologia chinesa tomam-se ambos os pulsos simultaneamente e por meio de extrema sensibilidade, distinguem-se informações sobre a condição energética de cada órgão-meridiano, na técnica de Nogier, basta tomar-se um dos pulsos e com uma ponta de metal ou de aparelhagem eletrônica, "passeia-se" por todas as regiões reflexas auriculares e, o­nde houver desequilíbrio, haverá uma alteração no pulso, que inicialmente chamou-se R.A.C. (reflexo aurículo cardíaco) e hoje em dia se conhece como R.A.N. (reflexo arterial de Nogier) ou V.A.S. (sinal autônomo vascular).

    No Brasil, a esmagadora maioria dos que trabalham com a Terapia auricular desconhece quase que totalmente o trabalho francês; quando muito, estão a par do primeiro livro publicado de Nogier, o qual já há muito está desatualizado, com suas "receitinhas" de pontos específicos para cada tipo de tratamento. Em compensação, os brasileiros desenbvolveram uma abordagem somatopsíquica do tratamento auricular, a que denomino Calatonia Auricular, bem como o teste de fitoterápicos pela orelha e, ainda, o uso das freqüências de ressonância para a estética, além de desenvolver a Ressonância Biofotônica ou Biorressonância o­nde os estímulos são dados por meio de luzes comuns (não laser) e ritmos, trabalhos estes, nacionais e pioneiros...

    PONTOS DE ALARME SISTÊMICOS

    As tradições milenares chinesas trouxeram aos nossos dias a teoria dos, assim traduzidos, "meridianos", que são caminhos de energia que circulam junto ao corpo e que refletem nosso estado holístico (físico, emocional, social, etc, etc...). Em tese, são infinitos... Contudo, como nosso objetivo é ser pratico, trabalharemos com 12 principais.

    Em termos de 5 Movimentos Chineses, temos os meridianos FOGO: coração, intestino delgado, circulação e sexo, triplo aquecedor...

    Eles são responsáveis pela "temperatura" de nossas emoções, entre outras coisas.

    Como meridianos TERRA, temos o do baço-pâncreas e do estômago.

    Respondem pela nossa reflexão, pelos pensamentos...

    Já os meridianos MADEIRA são os do Fígado e da Vesícula Biliar.

    Atuam na exterização das emoções, especialmente, a raiva...

    Temos os meridianos METAL: Pulmão e Intestino Grosso.

    Agem na interiorização de nossas emoções, tanto na serenidade, quanto na tristeza, baixa-estima...

    E Rim e Bexiga, como meridianos do movimento ÁGUA.

    Assim como as águas se adaptam ao meio e buscam aprofundar, assim estes meridianos lidam com aquilo que nos é de importância vital, tal como medo, sobrevivência, sexo...

    Atentem que os nomes dos meridianos, em sua versão ocidental, correspondem aos nomes de certos órgãos e vísceras. Mas, a verdade é que não correspondem APENAS a estes órgãos, mas sim, a inúmeras funções que a ciência jamais atribuiria a estas "partes".

    Por exemplo: a raiva, na visão dos 5 movimentos, tem relação com o meridiano de fígado... Mas, certamente que a ciência jamais vai associar raiva com o órgão fígado...

    Felizmente, não temos que dar satisfações aos cientistas e podemos nos valer de mais de 5 mil anos de tradições...

    Mas, em termos PRÁTICOS, como saber quais meridianos estão carentes de equilíbrio ?

    Bom, como somos Terapeutas Holísticos, JAMAIS nos valeremos de "tabelinhas doenças-pontos-de-acupuntura"...

    Isso é coisa de médico... Os médicos é que precisam fazer exames de laboratórios, descobrir qual a doença e seguir uma tabelinha de pontos, da mesma forma que seguem tabelas de correlação medicamento-doença...

    Aliás, sempre é bom frizar: pela LEI, doença é monopólio médico...

    Por isso que nós, TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, tratamos das PESSOAS (jamais de "doenças"...) e de seus desequilíbrios "energéticos"...

    COMO saber qual(is) meridiano(s) precisa(m) de tratamento ?

    Muito simples: basta "perguntar" aos próprios meridianos !

    E para fazer isto, basta tocar em determinados pontos, os chamos PONTOS DE ALARME, e saber do cliente se os mesmos estão (ou não...) doloridos ao toque...

    Claro, todo ponto de alarme é relativamente dolorido... Mas, na prática, notarão 1 ou 2 que estarão MUITO sensíveis...

    Ou seja, como trabalharemos com 12 meridianos, teremos 12 pontos de alarme a tocar, durante a avaliação...

    Acreditem, quando tiverem prática, esse é um procedimento de 1 a 2 minutos...

    Uma vez detectado QUAL o ponto de alarme mais sensível, trabalharemos em seu meridiano correspondente...

    Para tanto, temos que localizar em seu trajeto, qual o ponto que está aberto a receber estímulos...

    E, para sabermos isso, bastará tocarmos por seu trajeto, até detectarmos com o ponto que estiver mais sensível ao toque...

    Ou seja, de novo, "perguntamos" ao meridiano...

    Uma vez localizado (são bi-laterais, um de cada lado do corpo, simetricamente...), basta estimular por cerca de 1 minuto...

    Para estimular, pode-se fazer uso do toque (apertar com os polegares e circular sobre o ponto...), pode-se aplicar agulhas, imãs, cores, enfim, uma infinidade de estímulos possíveis, todos igualmente eficientes.

    Uma vez feito o estímulo, basta voltar a tocar no ponto de alarme correspondente e terão uma "surpresa": ele não está mais sensível ao toque !!

    Ou, se ainda estiver, é muito pouco...

    Pode-se "reforçar" a aplicação, atuando agora no meridianos que estava em "2o lugar" em sensibilidade ao toque em seu ponto de alarme...

    Ou seja, da mesma forma: toque pelo trajeto do meridiano, até localizar um ponto sensível, que será justamente o que necessita de estimulação.

    E pode voltar a conferir nos pontos de alarme que estarão todos "normais", sem a sensibilidade de antes em relação ao toque !

    Ou seja, esse método substitui tanto a pulsologia chinesa (que só seria necessária se você fosse tratar o imperador, pois este não pode ser tocado...) e também elimina a necessidade de "tabelinhas de pontos"...

    E nem terão que trabalhar em muitas regiões: os pontos de alarme, ficam todos na parte frontal do corpo... E os pontos dos 5 movimentos, estão localizados entre os dedos das mãos até o cotovelo, e dos dedos dos pés, até o joelhos...

    Como puderam observar, os pontos de alarme tendem a ser sobre os órgãos dos quais recebem o nome ocidental...

    É o caso do estômago, baço-pâncreas, fígado, rim, intestinos grosso e delgado...

    O QUANTO de pressão aplicar para testar seu grau de sensibilidade, aí é questão de prática...

    Há clientes que um toque muito leve já basta para conseguir testar os pontos... Outros, necessitam de maior pressão, pois tem menor sensibilidade...

    Na verdade, os colegas terão que praticar bastante... Essa é a única forma de aprenderem de verdade...

    Recapitulando: iremos tocar os pontos de alarme e perguntar ao cliente qual(is) está(ão) mais sensível(is).

    Sugiro, por uma questão de praticidade, que testem "de cima para baixo"...

    Ou seja: pontos de alarme dos meridianos do Pulmão, Vesícula Biliar, Coração, Fígado, Baço-Pâncreas, Rins, Estômago, Intestino Grosso, Triplo Aquecedor, Intestino Delgado, Bexiga e Circulação e Sexo..

    Uma vez detectado QUAL o ponto de alarme mais sensível, irão (bilateralmente...) pesquisar pelo toque, o caminho do meridiano correspondente.

    Basta seguir pelos trajetos dos 5 movimentos chineses, ou seja, será dos dedos em direção ao cotovelo (se for meridianos que passam pelos braços...), ou até os joelhos (se forem meridianos que passam pelas pernas...).

    Uma vez detectado, pelo toque, qual o ponto mais sensível no trajeto do meridiano, bastará estimulá-lo, por exemplo, tocando com a ponta do polegar (simultaneamente, pois são 2 pontos simétricos, bi-laterais...). Estimulem os pontos, quer seja com os dedos, ou com agulhas, ou com imãs, ou com cores, ou com diapasões, ou com cristais, etc, etc,... durante cerca de 1 minuto e voltem a testar o mesmo ponto de alarme correspondente.

    Via de regra, 1 minuto basta para equilibrar, o que pode ser constatado voltando a tocar no ponto de alarme correspondente, que estará agora, sem a mesma sensibilidade (dor...) quando tocado.

    Caso ainda persista a sensação dolorosa no ponto de alarme, repita a operação também no trajeto do meridiano "2o colocado", quanto à dor no ponto de alarme...

    Caso ele não esteja mais dolorido, a aplicação já pode considerar-se encerrada. Caso ainda esteja, repita a mesma operação, ou, passe para o "2o colocado" dentre os meridianos cujos pontos de alarme correspondente estavam mais sensíveis ao toque.

    Comparativamente às correntes teóricas que baseiam-se em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a pontos específicos para estimular, a Holopuntura mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da auto-consciência. Do ponto de vista legal, a Holopuntura igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com Acupuntura e Reflexoterapias em formato absolutamente diferente da aobordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    Discussão

    A Holopuntura beneficia o Cliente com perceptíveis resultados. E igualmente privilegia o Terapeuta Holístico que a ela se dedica, graças à eliminação da artificial e desnecessária complexidade que vem sendo impingida atualmente às técnicas, resgatando a simplicidade e naturalidade de suas essências fundamentais.

    Como podem notar, com a Holopuntura, caso estivéssemos trabalhando com agulhas, bastaria 2 agulhas (1 ponto de cada lado do corpo...), ou, quanto muito, 4 agulhas ( 2 pontos, que como são bilaterais, traduzem-se em 2 pontos de cada lado, totalizando, 4...)

    Esse festival moderno atual de transformar os clientes em "alfineteiros", enfiando um monte de agulhas, com toda a sinceridade, é absolutamente desnecessário...

    Usam muitas agulhas, pois não tem a técnica de "perguntar" aos pontos de alarme... Como não fazem isso, acabam "somando" um monte de "tabelinhas de pontos", resultando em um MONTÃO de agulhadas...

    Se bem feito, até dá resultado... Só que podemos trabalhar de forma MUITO mais sutil, como esta que estamos propondo aqui, na Holopuntura.

    Eu trabalho faz mais de 20 anos assim e garanto que funciona bem.

    Contudo, jamais acreditem em mim, pois o certo é que VOCÊS MESMOS TESTEM e tirem suas próprias conclusões...

    Recordando: a técnica que acabaram de ver, simplesmente elimina aquela história de "tabelinha de sintomas X pontos pré-definidos".

    Ao invez de ficarmos "adivinhando" o­nde estão os desequlíbrios simplesmente nos baseando em tabelas de sintomas, nós vamos, LITERALMENTE, colocar a mão na massa.

    Com a ponta dos dedos, tocaremos cada um dos pontos de alarme demonstrados.

    À semelhança do que observamos via reflexoterapia auricular, notaremos poucos desequilíbrios.

    Comumente, nosso cliente relatará cerca de 2 ou 3 pontos de alarme sensíveis ao toque.

    Nos ocuparemos, primeiramente, daquele meridiano cujo ponto de alarme tenha sido o de maior sensibilidade (dolorido).

    Seguiremos seu trajeto, também com os dedos, mas somente no trecho relativo aos 5 Movimentos Chineses.

    E, novamente, perguntaremos ao cliente para que nos avise qual é o "ponto" mais sensível ao toque.

    Obs: estes pontos são BILATERAIS, ou seja, são em pares, estando um de cada lado do corpo, simetricamente...

    Justamente nestes é que nos ateremos, estimulando-os, bilateralmente, por cerca de um minuto.

    Isso pode ser feito com o próprio toque/pressão da ponta dos dedos, ou, aplicando-se outras formas de estímulos, desde agulhas (acupuntura), até cores (cromopuntura), imãs (magnetoterapia), etc, etc.

    Uma vez terminado o estímulo, volte a testar o ponto de alarme respectivo e notará que a sensibilidade ao toque sumiu... Ou diminuiu muito !

    Caso ainda persista, parta para o "2o colocado" de sua lista de pontos de alarme sensíveis, pesquisando em seu meridiano respectivo e estimulando o ponto que detectar mais sensível.

    Volte a testar os pontos de alarme e notará que a sensibilidade exarcebada de antes, não mais existe.

    Pronto ! Uma bem sucedida estimulação terapêutica.

    Nas reflexoterapias, não há pontos pré-existentes... Os mapas apontam para zonas, regiões, que estatisticamente, são associadas a centros de energia e/ou caminhos de energia (meridianos).

    Os pontos só surgem SE e somente se, estiverem espelhando um desequilíbrio.

    Desta forma, a escolha dos pontos a serem estimulados, jamais se dá simplesmente pelos sintomas descritos pelo cliente, mas sim, pela reação dos pontos à pulsologia de Nogier e/ou sensibilidade (dolorida...) ao toque do TH...

    Tudo bem que a Holopuntura também dedica parte de suas variantes aos pontos "fixos" e pré-existentes espalhados pelo corpo,seguindo as tradições milenares chinesas quanto aos meridianos.

    Ainda assim, atentem que a técnica foi revisitada e ganhou muito mais dinamismo e, ao mesmo tempo, simplicidade.

    Afinal, ao invés de nos prendermos a "tabelinhas", literalmente o Cliente é quem nos dirá quais pontos denotam desequilíbrio, de acordo com a sensibilidade destes ao toque, nos chamados pontos de alarme.

    Isto feito, novamente o Cliente é quem nos dirá quais pontos estimular, de acordo com a sensibilidade ao toque do TH, que tateia o caminho dos 5 Movimentos, sobre o meridiano que corresponde ao ponto de alarme que refletiu desequilíbrio.

    Conclusões

    A Holopuntura possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares da Terapia Tradicional Chinesa (Acupuntura) e das Reflexoterapias (Auriculoterapia inclusa). O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a detecção dos desequilíbrios e respectivas micro-regiões a serem estimuladas, graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento. A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    Referências bibliográficas:

    CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

    FAUBERT, Gabriel - La Chronobiologie chinoise. Paris, Éditions Albin Michel S.A., 1987.

    GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

    HALL, James A. - A Experiência Junguiana. São Paulo, Cultrix, 1989.

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    HIRSCH, SONIA – Manual do Herói – Gráfica e Editora Prensa, 1990.

    HUSSON, A. - Versão e comentários - Huang Di Nei Jing Su Wen. Paris, Ed. A.S.M.A.E

    JACOBI, Jolande - Complexo -Arquétipo - Símbolo. São Paulo, Cultrix, 1986.

    JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. São Paulo, Vozes, 1991.

    LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. São Paulo, Cultrix, 1992.

    MARKEY; Christopher- Yin-Yang. S. Paulo, Cultrix, 1987.

    MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

    MIYUKI, Mokusen - Versão e comentários - A Doutrina da Flor de Ouro. 5. Paulo, Pensamento, 1990.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Psychologie: pour une approche nouvelle dela Psycho-somatique. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Phytothérapie. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    SANTOS, José Francisco dos – Auriculoterapia e Cinco Elementos. São Paulo, Ícone, 2003.

    TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado. São Paulo, Lumina Editorial, 1998.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. São Paulo, Cultrix, 1990.

    OS CINCO MOVIMENTOS CHINESES

    Toda a terapêutica chinesa baseia-se nos mesmos princípios do Taoísmo e do I Ching, cujo conhecimento toma-se indispensável para que se compreendam as regras da acupuntura, da fitoterapia e de outras tantas técnicas, orientais ou não.

    O Tao não pode ser definido, só podendo ser compreendido através de percepção direta, pois está além do alcance do racional. Tudo o que for escrito sobre ele não é o Tao verdadeiro, mas, mesmo assim, torna-se necessária a tentativa frustrada de explicá-lo. O termo apareceu primeiramente no Tao Te King (O Livro do Tao e Sua Virtude), de Lao Tsé:"... o Tao é Todo em tudo. Princípio e fim de toda a -existência, está em nós, assim como estamos nele... olhando, não é visto: é nomeado o Invisível; escutando, não é ouvido: é nomeado o Inaudível; tocando, não é sentido: é nomeado o Impalpável... pode-se dizer que é Forma sem forma; Figura sem figura. É o Indeterminado. Indo ao seu encontro, não se vê sua face; seguindo-o, não se vêem suas costas. O Tao é eterno, não tem nome...

    Por ser "Todo em tudo", o Tao é indivisível e seu movimento é que nos ilude de que existem objetos separados e distintos uns dos outros. Compreendendo o movimento do Tao, os sábios distinguiram duas categorias básicas a que nomearam Yin e Yang, movimentos opostos, mas que não existem um sem o outro e mais ainda: um nasce do outro e vice-versa, em eterna mutação. Originariamente, o termo Yin designava o lado escuro da montanha e Yang, o lado iluminado pelo sol. Conforme este se desloca, gradativamente, o lado escuro se ilumina, e o claro enegrece, ou seja, Yang se transforma em Yin e Yin em Yang, mostrando a relatividade dessas palavras. Desse modo, nada é só Yin ou só Yang, a não ser quando comparados entre si. Por exemplo: o positivo é Yin e Yang. O negativo também é Yin e Yang; entretanto, quando comparados entre si, podemos dizer que o positivo é Yang, e o negativo é Yin, relativamente. Observem o símbolo do Tao: cada lado vai crescendo e quando atinge o seu auge, dá nascimento ao seu oposto, o qual igualmente cresce e ao atingir o seu auge, também dá nascimento ao seu contrário. Na Natureza, tudo obedece a esse ciclo. Isso fica muito claro se observarmos o dia e a noite. A zero hora, inicia-se o clarear, com o sol atingindo o pico às 12 horas, quando começa a anoitecer, com a escuridão máxima às 24 horas, quando, então, recomeça a clarear, e assim infinitamente. Ou seja, dia e noite, que na visão ocidental são opostos, para o Taoísmo, além de não poderem existir um sem o outro, ainda um se transforma no outro. Masculino não existe sem o feminino e um se transforma no outro e vice-versa, o bem não existe sem o mal, um se transforma no outro e vice-versa. A Física chegou à mesma conclusão. Energia e matéria, antes opostos irreconciliáveis e distintos entre si, hoje são vistos como não existentes isoladamente e em constante transformação uma na outra. O mesmo se deu com a teoria que levou Niels Borh a ganhar o prêmio Nobel da Física. Seu conceito de complementaridade considera a representação tanto como partícula quanto como o­nda (dois "opostos"), duas descrições complementares da mesma realidade, sendo cada uma delas parcialmente correta e ambas necessárias para se obter uma descrição integral da realidade atômica. Tanto ele sabia da verdadeira origem de sua teoria que, ao escolher um brasão de armas para a sua família, adotou o símbolo do Yin-Yang, com a inscrição: "Os Opostos São Complementares."

    Em suma, tudo pode ser resumido aos movimentos do Tao: Yin e Yang. Entretanto, essa simplificação quase que absoluta da realidade precisou ser mais elaborada para facilitar o trato com a multiplicidade aparente das coisas, surgindo, assim, variados "tipos" de Yin-Yang. Um, cujo movimento é ascendente, ganhou o nome de Fogo (as chamas sempre sobem); outro, descendente, ao qual chamou-se Água (os líquidos dirigem-se normalmente para baixo); ainda outro, centrífugo (de expansão, do centro para a periferia), denominou-se Madeira (as plantas crescem e se expandem). Já um movimento centrípeto (de contração, da periferia para o centro), é Metal ou Rocha (ambos são densos, contraídos). Por último, um equilíbrio de direções, a Terra (sólida, estável, equilibrada). São os chamados Cinco Movimentos, em geral traduzidos erroneamente como "cinco elementos". Se conhecessem o Tao, saberiam que ele é indivisível, não podendo, pois, ter "elementos" (partes isoladas). Classificando-se todas as coisas nesses cinco símbolos, podemos inter-relacioná-las de um modo bastante dinâmico e preciso. Por exemplo, tudo o que é ascendente ou lembre fogo, classifica-se como tal: meridianos do Coração, Intestino Delgado, Circulação e Sexo, Triplo Aquecedor (com seus respectivos horários de pico energético), excitação (muito fogo), apatia (pouco fogo), o vermelho (cor de fogo), o sabor amargo, o cheiro de queimado, calor, verão, a direção Sul, a nota musical Lá, o tato, etc. A mesma coisa se dá com os outros Movimentos. Várias conexões ligam-nos entre si, das quais se destacam a Lei da Geração, ou Mãe e Filho: da Água nasce a Madeira, ou seja, a primeira é mãe da segunda; a Madeira alimenta o Fogo, que gera a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, da qual se extrai a Água (o metal pode se liquefazer ou da rocha brotar uma fonte de água) e a Lei da Dominância ou Dominante e Dominado: a Água domina o Fogo, pois o apaga, este derrete o Metal, que corta a Madeira (ou, ainda: na Rocha não nascem as plantas), esta consome a Terra, a qual, por sua vez, absorve a Água.

    Graças a essas relações, muitas hipóteses terapêuticas podem ser traçadas. Exemplos: conforme a hora em que os sintomas se manifestam com mais intensidade, já se sabe qual Movimento pode estar desequilibrado. Se o mal-estar se der entre 5 e 7 horas, horário do meridiano do Pulmão, deve haver um desequilíbrio energético Metal. A atração ou repulsão demasiada por um sabor, cor, nota musical, estação do ano, etc., já designa uma desarmonia no respectivo Movimento. A recusa ou, ao contrário, o desejo de doce, pode significar problema de Terra. Adorar o azul, ou o preto, distúrbio Água, e assim por diante. Como no Taoísmo, o físico, o psíquico e o Cosmos formam uma unidade, isto nos leva à suposição de quais seriam as emoções por trás de cada sintoma. Se alguém tem desequilíbrios Água, tais como queda de cabelo, dor ciática, ossatura, etc., é porque suas questões íntimas relacionadas com o medo, ou com a força, ou com a libido, não estão totalmente resolvidas. Aliás, quanto mais inconscientes tentamos manter uma emoção, mais ela somatiza. A Lei da Geração, por sua vez, nos mostra como a Mãe pode passar um desequilíbrio para o Filho, ou vice-versa. Um problema de Pulmão pode prejudicar o seu Filho, o Rim. Pela Lei da Dominância, o Dominante pode agredir o Dominado. O Pulmão pode agredir o Fígado: o Metal domina a Madeira. Quanto às emoções: do medo ou da força (Água), nasce a raiva ou a extroversão (Madeira), que dão origem à excitação ou apatia (Fogo), que levam à reflexão, ou às dúvidas, ou à insatisfação (Terra), gerando tristeza, introversão ou alegria serena (Metal), as quais fecham o circuito da Lei da Geração, sendo mães das emoções Água. Pela Lei da Dominância, o medo ou a força (Água) podem apagar a excitação e a apatia (Fogo), as quais derretem a tristeza e a alegria serena (Metal) que cortam a extroversão e a raiva (Madeira), que consomem as dúvidas, a insatisfação e a reflexão (Terra), que absorvem as emoções Água, fechando, assim, o pentagrama.

    A observação do sentido e da direção dos Movimentos nos conduz à terapêutica. Exemplos: alguém com tensões musculares (insuficiência de movimento de expansão, Madeira) pode ser tratado por estímulos Terra, cuja estabilidade e neutralidade acalmariam o seu Dominante (Madeira). Assim sendo, usaríamos ou o sabor doce (ervas ou alimentos), ou a cor amarela (cromoterapia), ou o perfume adocicado (aromaterapia), ou a nota Mi (musicoterapia), ou os pontos de acupuntura Terra, etc. Não usaríamos, porém, estímulos Metal, pois o seu sentido é de contração, o que pioraria os sintomas. Para casos de raiva (Madeira, movimento expansivo), ou outro, de tristeza (Metal, movimento de interiorização), poderiam ser trabalhados alguns tipos de estímulos Fogo (ele consumiria a sua Mãe, a Madeira, e derreteria o seu Dominado, o Metal, equilibrando a situação, levando-os para cima).

    Obviamente, a prática é muito mais complexa do que o pouco que foi passado neste texto, mas a observação atenta do mapa dos Cinco Movimentos poderá fornecer ao leitor explicações para várias situações físicas e psíquicas, comprovando a eficácia e a beleza desta que foi a primeira abordagem psicossomática de que se tem notícia.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 06/05/2008 14:02


    Aula de Fitoterapia - Comunidade de Estudos Avançados

    Aula de Fitoterapia - Comunidade de Estudos Avançados

    Henrique Vieira Filho
    CRT 21001
    Terapeuta Holístico

    Resumo

    De modo prático e objetivo, abordaremos a Fitoterapia sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade. As incríveis "coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como fitoterápico torna o aprendizado lúdico e prático.

    Focando em uma pequena variedade de plantas, todas de venda livre e facilmente encontradas na natureza e nas casas do ramo, esta abordagem utiliza da teoria do Cinco Movimentos Chineses, bem como da Pulsologia de Nogier a dos Pontos de Alarme dos Meridinos para a correta seleção de fitoterápicos para cada momento de nossos clientes.

    Introdução

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos Chineses, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam.

    Ao invés de nos atermos a tabelas de correlação entre sintomas e plantas, esta abordagem propõe quitessenciar a adequação a cada caso, passando as plantas a serem selecionadas com o auxílio da Pulsologia de Nogier e/ou a reação ao toque nos Pontos de Alarme, mediante aproximação de amostras dos fitoterápicos.

    Sabendo de antemão que os métodos de pesquisa ortodoxos em pouco elucidariam as milenares aplicações terapêuticas dos vegetais, encontrei as respostas na Sincronicidade (teoria junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos) e na teoria dos Cinco Movimentos Chineses. Quintessenciado a adequação da escolha de fitoterápicos para cada caso, aplicamos testes pela Pulsologia de Nogier e pela reação dos Pontos de Alarme dos Meridianos.

    Fazendo um levantamento sobre os deuses e lendas ligados a cada uma das plantas, descobri as "grandes coincidências" entre essas histórias e o momento do Cliente no qual o fitoterápico apto a atuar. Fora isso, as características de comportamento de cada planta (o modo como cresce, seus terrenos preferidos, suas cores, etc.) correspondem exatamente ao tipo de pessoa à qual a sua composição poderá ajudar. E, por mais estranho que pareça a quem não está familiarizado com a idéia da sincronicidade, até mesmo a etimologia dos nomes das plantas já nos esclarecem para que elas servem.

    Somando-se a isso, pesquisei o uso fitoterápico tradicional, em especial sob o enfoque milenar chinês dos Cinco Movimentos e constatei que, além de seu uso para o equilíbrio de determinados sintomas físicos e para as emoções.

    Um Pouco de Jung

    Precisaremos, neste ponto, elucidar alguns termos básicos utilizados na terapêutica junguiana.

    Arquétipos, por exemplo, representam um conceito tão difícil de explicar como o Tao, ou Deus, pois são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva). Tais motivos foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, constatamos seus efeitos quando se manifestam na consciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, como Símbolos, melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido. Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contatada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifesta na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ou molde-informação de um cristal. Ao formar-se, o cristal obedece a um padrão de forma predeterminado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma.

    Mesmo assim, ele predetermina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém, que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas. É muito mais um desejo, que, como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez existiu um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse. O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias e moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    Símbolo é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Vários significados são atribuídos a cada flor individualmente, mas, no geral, as flores simbolizam o princípio passivo, o feminino por excelência. Corresponde ao yin chinês. O cálice da flor é o receptáculo da atividade celeste (yang), que como uma taça, é capaz de receber a chuva e o orvalho, símbolos de tudo o que vem dos céus e nos influencia. Para o Taoísmo, em especial noTratado da Flor de Ouro, a flor é o símbolo da conquista de um estado espiritual elevado. A floração é o resultado da alquimia interior, é o retorno ao Centro Espiritual (alma), também conhecido por estado primordial. Para os antigos celtas, a flor é o símbolo da instabilidade essencial de toda a criatura, voltada a uma perpétua evolução e, em especial, simboliza o caráter fugitivo da beleza. Este sentido se reforça pela figura lendária chinesa de Lan Tsai Ho, que carregava uma cesta de flores para melhor estabelecer o contraste entre sua própria imortalidade e a efêmera duração da beleza e dos prazeres. Ainda entre os antigos chineses, a flor é um dos símbolos do chamado Movimento Madeira, vinculado à primavera e à expansão. Assim sendo, é de se supor que a Flor, como representação do Yin, seja capaz de nos levar, por similaridade, a travar contato com outros símbolos femininos, além de nos tornar receptivos à ação de seu complemento, o Yang. A profundeza de nosso ser, nosso inconsciente e todo o material psíquico reprimido e por conseqüência corporificado, são classificados numa visão milenar como Yin. Na terapia junguiana, essa porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra (Yin). Seu par complementar é a Persona, classificada como Yang. É a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. O uso das essências florais yin atuará diretamente em seu oposto, yang, assim como o negativo atrai o positivo. Sua atuação será, portanto, em nossas Personas, nossos aspectos conscientes, e nos véus com que nos apresentamos perante o mundo. Esse contato com a Sombra trará à luz a consciência, ou seja, o material psíquico reprimido que a constitui. A Flor, como símbolo do receptáculo do que vem dos céus, explica por que as essências florais nos levam a receber as intuições e insights provenientes de nosso Céu Interior que é nossa essência divina. Torna-se também mais nítida a lembrança dos Sonhos, verdadeiro manancial de informações sobre nossa essência e elo de ligação entre o inconsciente e o consciente. As flores, representação de tudo o que é transitório e efêmero, levam-nos rapidamente a uma mudança de um quadro emocional para outro. Por também simbolizar o Movimento Madeira chinês, cuja orientação é a de expansão e de aflorar de nosso ser, de nossos sentimentos, as essências florais nos levam a tomar contato com as informações sobre nosso eu, juntamente com a sua carga emocional correspondente. A informação fria e simples, a compreensão puramente racional de alguma realidade psíquica dificilmente terá força suficiente para mudar nossas vidas. Entretanto, se a informação vier acrescida de emoção (do latim e-xmovere = mover para fora), aí sim haverá potência para movernos, mobilizarnos para uma expansão pessoal.

    Instâncias Psíquicas e Constelação Arquetípica

    Instâncias Psíquicas são como "indivíduos dentro do indivíduo". São Complexos, isto é, grupos emocionalmente carregados de imagens ou idéias comandados por uma imagem arquetípica aos quais Jung atribuiu a formação de parte da estrutura psíquica funcional. Exemplos de instâncias psíquicas: Sombra, aquilo que somos, mas ignoramos ser; Persona, aquilo que somos em função dos outros; Anima, nossa porção feminina; Animus, nosso lado masculino; Plenitude, o que somos, porém, ainda não realizado; Self, o que somos como aspiração da totalidade.

    Eis alguns exemplos de arquétipos: Deus representa o imutável, o imortal, o poderoso, a fonte de toda a energia de realização; o Mal, força que se opõe à realização, o adversário; a Grande Mãe, a geradora, o mutável, o móvel, a permanência na transformação; o Ancião Sábio, o saber ancestral que não foi alcançado pela aprendizagem, mas pela revelação; Incesto, tendência a voltar às origens, às aspirações regressivas; Mercúrio, a sabedoria que está por aflorar; Morte e Ressurreição, transformação; Ciclos, tudo se repete e está governado por ritmos; Paraíso Perdido, estado de plenitude e felicidade absolutas perdido devido ao pecado; Criação do Mundo, o mundo foi criado no passado por obra divina; Criança, permanência do indivíduo em estados infantis; Salvador, anseio da humanidade por uma redenção através de um ser superior que nos restaure o paraíso perdido; Unidade, complexo psíquico inconsciente de retornar à unidade perdida; Hermafrodita, união dos contrários num novo nível de consciência; Dualidade, representa o que está em movimento, capaz de gerar vida nova; Pedra Filosofal, a transformação alquímica do sujeito, sua aspiração à imortalidade e sabedoria; Batismo, uma nova oportunidade de realizar-se; purificação; Fim-do-Mundo, a transformação por meio de um holocausto; Afrodite, esquema do amor sensual e da inconstância; Herói, o indivíduo escolhido para uma missão transcendente.

    PULSOLOGIA DE NOGIER

    Resumidamente, a Pulsologia de Nogier começou com o próprio, que é conhecido como o Pai da Auriculoterapia, que é a opção de Reflexoterapia mais estudada..

    Por ter o hábito de tomar o pulso de seus clientes, Nogier, durante seus trabalhos de auriculoterapia, percebeu certos "sinais", como se fossem "trancos" ou súbitas "sumidas" da pulsação.

    E que isso ocorria justamente quando estava com algum estímulo (por exemplo, uma ponta metálica...), passando por sobre uma região reflexa desequilibrada.

    É como se uma "onda" passasse por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso.

    É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida, como puderam constatar em nossa aula presencial, durante o Holística 2004.

    Atentem que não altera a QUANTIDADE de batidas cardíacas, mas sim, a INTENSIDADE com que a percebemos, como se uma "onda" passando por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso. É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida.

    É importante que TREINEM BASTANTE, de preferência, com várias pessoas diferentes, pois "localizar" o pulso varia bastante em cada caso. Para os casos difíceis, apliquem a tática de fazer toques circulares na região entre as sobrancelhas, que de pronto, a percepção do pulso se torna muito mais nítido. Um detalhe que pode fazer a diferença: TIREM OS METAIS DOS DEDOS E PULSOS: relógios, anéis, pulseiras, etc, em algumas pessoas simplesmente some com o Sinal de Nogier. Em muitos casos, pode-se até sentir a pulsação, mas nada de perceber o Sinal de Nogier... Se for esse o caso, experimente tirar os metais próximos, tanto do cliente, quanto os seus.

    A Pulsologia de Nogier, todos teremos a oportunidade de constatar, é MUITO útil para a seleção de fitoterápicos. Basta testar cada opção de plantas que pré-selecionou ao caso, por sobre cada ponto localizado e verificar qual faz com que o pulso reaja nitidamente...

    Paul Nogier, por ser médico e absolutamente contrário a que não-médicos utilizem auriculoterapia, passou a testar medicamentos através da pulsologia e da aproximação destes dos pontos auriculares.

    Como somos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, o que NÓS testamos são os fitoterápicos.

    Digamos que já detectamos na orelha, os pontos/ desequilíbrios (via de regra, de uns 3 a no máximo, 5...). E que estamos em dúvida entre algumas opções de fitoterápicos que podemos recomendar...

    Se estiverem em forma "picada", podemos pinçar um pouco e aproximar desses pontos identificados, para perceber a reação do pulso.

    Notarão que alguns em nada alteram; outros, até somem com o pulso e, de repente, um deles torna a pulsação "limpa", nítida, forte, reagindo com "tranco" à aproximação.

    Pronto: terá detectado qual(is) é (são) o(s) fitoterápico(s) adequado(s) ao momento do cliente.

    Muitas vezes, a combinação de uma ou mais amostras juntas pode melhorar a reação ao pulso, muitas vezes, não, até se anulam, indicando que é melhor optar por chás separados...

    CLARO: se forem ter amostras de fitoterápicos em seus consultórios, OBRIGATORIAMENTE tem que ser de origem definida, ou seja, com NOTA FISCAL DE COMPRA, e rotulagem contendo laboratório e farmacêutico responsável. E, NUNCA, JAMAIS, NEM EM SONHO, vendam estes produtos. E, obviamente, só podem ser recomendados produtos de VENDA LIVRE, ou seja, sem necessidade de receita MÉDICA.

    PONTOS DE ALARME SISTÊMICOS

    As tradições milenares chinesas trouxeram aos nossos dias a teoria dos, assim traduzidos, "meridianos", que são caminhos de energia que circulam junto ao corpo e que refletem nosso estado holístico (físico, emocional, social, etc, etc...). Em tese, são infinitos... Contudo, como nosso objetivo é ser pratico, trabalharemos com 12 principais.

    Em termos de 5 Movimentos Chineses, temos os meridianos FOGO: coração, intestino delgado, circulação e sexo, triplo aquecedor...

    Eles são responsáveis pela "temperatura" de nossas emoções, entre outras coisas.

    Como meridianos TERRA, temos o do baço-pâncreas e do estômago.

    Respondem pela nossa reflexão, pelos pensamentos...

    Já os meridianos MADEIRA são os do Fígado e da Vesícula Biliar.

    Atuam na exterização das emoções, especialmente, a raiva...

    Temos os meridianos METAL: Pulmão e Intestino Grosso.

    Agem na interiorização de nossas emoções, tanto na serenidade, quanto na tristeza, baixa-estima...

    E Rim e Bexiga, como meridianos do movimento ÁGUA.

    Assim como as águas se adaptam ao meio e buscam aprofundar, assim estes meridianos lidam com aquilo que nos é de importância vital, tal como medo, sobrevivência, sexo...

    Atentem que os nomes dos meridianos, em sua versão ocidental, correspondem aos nomes de certos órgãos e vísceras. Mas, a verdade é que não correspondem APENAS a estes órgãos, mas sim, a inúmeras funções que a ciência jamais atribuiria a estas "partes".

    Por exemplo: a raiva, na visão dos 5 movimentos, tem relação com o meridiano de fígado... Mas, certamente que a ciência jamais vai associar raiva com o órgão fígado...

    Felizmente, não temos que dar satisfações aos cientistas e podemos nos valer de mais de 5 mil anos de tradições...

    Mas, em termos PRÁTICOS, como saber quais meridianos estão carentes de equilíbrio ?

    Bom, como somos Terapeutas Holísticos, JAMAIS nos valeremos de "tabelinhas doenças-pontos-de-acupuntura"...

    Isso é coisa de médico... Os médicos é que precisam fazer exames de laboratórios, descobrir qual a doença e seguir uma tabelinha de pontos, da mesma forma que seguem tabelas de correlação medicamento-doença...

    Aliás, sempre é bom frizar: pela LEI, doença é monopólio médico...

    Por isso que nós, TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, tratamos das PESSOAS (jamais de "doenças"...) e de seus desequilíbrios "energéticos"...

    COMO saber qual(is) meridiano(s) precisa(m) de tratamento ?

    Muito simples: basta "perguntar" aos próprios meridianos !

    E para fazer isto, basta tocar em determinados pontos, os chamos PONTOS DE ALARME, e saber do cliente se os mesmos estão (ou não...) doloridos ao toque...

    Claro, todo ponto de alarme é relativamente dolorido... Mas, na prática, notarão 1 ou 2 que estarão MUITO sensíveis...

    Ou seja, como trabalharemos com 12 meridianos, teremos 12 pontos de alarme a tocar, durante a avaliação...

    Acreditem, quando tiverem prática, esse é um procedimento de 1 a 2 minutos...

    Uma vez detectado QUAL o ponto de alarme mais sensível, teremos condições de realizar testes para a escolha de fitoterápicos. Coloque em contato com a pele do Cliente (pode ser na mão, por exemplo...), cada opção de plantas que pré-selecionou ao caso e verifique novamente o ponto de alarme, tocando-o.

    Notarão que alguns fitoterápicos em nada alteram a sensibilidade do ponto de alarme; outros, até somem com a dor ao toque. Pronto: terá detectado qual(is) é (são) o(s) fitoterápico(s) adequado(s) ao momento do cliente. Muitas vezes, a combinação de uma ou mais amostras juntas pode melhorar a reação ao pulso, muitas vezes, não, até se anulam, indicando que é melhor optar por chás separados...

    Observarão que, enquanto o cliente estiver em contato com o fitoterápico mais adequado ao seu momento, o ponto de alarme não está mais sensível ao toque !! Ou, se ainda estiver, é muito pouco...

    Pode-se "reforçar" a conclusão, testando a sensibilidade ao toque no ponto de alarme que estava em "2o lugar"...

    Fitoterapia em Cinco Movimentos Chineses

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos e, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam.

    Comparados entre si, os "cinco sabores" são: amargo - evacuante e purgativo - "endurecedor"; doce ou insípido - diurético, sudorífico, dissipante, relaxante; picante - sudorífico, dissipante, dispersante; salgado - ecacuante, purgativo, "suavisante" e ácido - evacuante, purgativo e retrátil. A estas propriedades iniciais, podemos acrescentar quatro tipos de "energia": fria, quente, fresca e morna. Além disto, há quatro "densidades" diferentes de "energia" que darão o "sentido" da ação terapêutica: ascendente (yang - alto), expansivas (yang - exteriot) - obtidas pelas ervas yang e descendentes (yin - baixo) e introspectivas (yin - interior) - obtidos pelas ervas yin.

    Em cada meridiano existe uma raíz yin e outra yang. A função yang da Madeira mobiliza e põe em movimento, o que é estimulado pelo sabor ácido; entretanto, a absorção excessiva do ácido, que, por vocação é yin e retrátil, levaria ao efeito contrário, uma "paralisia", estimulando a raiz yin da Madeira. A função yang do Metal é retrair, secar, condensar, secar; já sua função yin é dissipar e humidecer; o picante, por sua vocação yin, se absorvido em excesso estimulará a função yin do Metal. A função yang do Fogo é ascensão e crescimento, enquanto que seu lado yin é endurecer; o amargo, por sua tendência yang, favorecerá a função de ascensão. A função yin da Terra é estruturar, modelar, controlar instintos e emoções, humidecer, enquanto a yang pode levar a idéias fixas, rigidez; por sua tendência yin, o doce favorecerá a raíz yin da Terra (observação: o doce industrializado é "quente", portanto, yang, com efeito contrário ao doce natural). A função yin da Água é amolecer, abrandar, enquanto que seu lado yang é o de endurecer; a tendência do salgado é favorecer a raiz yin da Água.

    Simplificando, as plantas seriam classificadas pelo sabor + energia quente ou fria (yang ou yin), o que possibilita incontáveis combinações de efeitos terapêuticos, graças, ainda, às leis de Geração e de Dominância.

    Discussão

    Este método tem se mostrado imbatível na prática de consultório. Como ninguém é exatamente igual a outro, não é adeqüado a escolha das ervas baseando-se apenas nas estatíticas sobre a utilidade de cada uma delas.

    Usando-se a pulsologia, resgatamos a capacidade inconsciente que há em cada um de saber exatamente aquilo de que necessita, tal qual faz o animal quando está na selva. Se, infelizmente, o humano moderno não percebe conscientemente quando está diante do que lhe é remédio ou veneno, o pulso, entretanto, ainda reage perante esta escolha e nós podemos nos valer deste recurso para ter a convicção de estarmos escolhendo as melhores ervas para aquele indivíduo, naquele momento...

    Segundo diversas culturas milenares, as ervas são símbolos de tudo o que é harmonizante e vivificante, restauram a saúde, a virilidade, a fecundidade, o parto e a riqueza. Foram os deuses quem descobriram suas propriedades terapêuticas, o que ilustra a crença universal que o equilíbrio só pode vir de uma dádiva divina, como tudo o que é ligado à vida. Para os cristãos, as ervas deviam a sua eficácia por terem sido encontradas pela primeira vez no monte do Calvário.

    A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam, também, as forças ígneas da terra. Enquanto manifestação de vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadoras de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica. Por acumularem estas forças, os antigos sempre viram nos vegetais propriedades saudáveis ou venenosas, daí o seu emprego também na magia. Quase todas as divindades femininas grego-romanas protegem a vegetação: Deméter (deusa das alternâncias entre a vida e a morte, bem como das terras cultivadas), Afrodite (Vênus, deusa da fecundidade), Artemis (Diana, selvagem deusa da natureza), além de algumas entidades masculinas como Ares (Marte, que simboliza a força bruta, é, também, protetor das colheitas, um dos deveres do guerreiro) e Dioniso (Baco, símbolo das forças de dissolução da pesonalidade, deus da fecundidade, da vegetação, das vinhas). No sincretismo afro-brasileiro, Ossâim é o responsável pelas ervas terapêuticas e sagradas, sendo seus iniciados conhecedores de suas serventias, bem como das palavras ritualísticas necessárias para libertar o axé (poder potencial) de cada planta. Aqueles que trabalhavam com as ervas em quase todas as culturas viam as plantas como símbolos vivos de entidades invisíveis, tais como deuses, elementais e espíritos, os quais deveriam ser evocados ou aplacados com o uso de palavras mágicas ou sacrifícios. O respeito à natureza os levava a não cultivar suas ervas, mas sim ir ao encontro das que nasceram espontaneamente na mata. Ainda hoje, os adeptos de Ossâim (orixá do sincretismo afrobrasileiro) costumam deixar uma vela verde em troca das plantas que colhem, ou uma das folhas colhidas, para manter inalterado o equilíbrio do local.

    É anterior à humanidade o uso terapêutico das plantas, pois os animais, instintivamente, sabem quais e quanto das ervas devem comer para melhorarem de seus distúrbios. O ser humano, cada vez mais se isolando da Natureza, foi perdendo esta capacidade de percepção. Mas, em algumas culturas, como as orientais e a indígena, mantiveram-se as tradições da utilidade atribuída a cada planta, muitas vezes transmitidas oralmente por milênios, havendo, ainda, tratados escritos em civilizações mais sofisticadas, como era o caso da chinesa e da egípcia.

    Os antigos Terapeutas Holísticos não cultivavam suas plantas medicinais, pois sabiam que se o vegetal espontaneamente escolhesse seu local de nascimento é porque aquele solo é o ideal, capaz de proporcionar-lhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeito terapêutico. Na China Milenar, um dos critérios de avaliação da serventia de uma planta era a observação de seus sabores, cores, formatos, época de floração e de suas características de "personalidade". Analisemos uma planta por critérios subjetivos: o Dente-de-Leão vem conseguindo se desenvolver espontaneamente nas grandes cidades como São Paulo, apesar da poluição e das condições nada naturais deste ambiente. Nem por isso a planta deixou de participar da harmonia da Natureza, sendo, pois, indicada para toda pessoa que esteja "estressada", com dificuldades de sobrevivência, esgotada e intoxicada, a qual poderá, literalmente, "beber" da sabedoria deste vegetal e sobreviver nesta "selva de pedra".

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério. As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas. Os antigos observavam as características de "personalidade" de cada erva e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa que ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos. Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais. Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a dentro dos Cinco Movimentos e, por conseqüência, já ficavam sabendo para que serviriam.

    A ciência dita oficial sempre trabalhou contra a credibilidade da Fitoterapia. Até mesmo quando aprova os efeitos terapêuticos de uma planta, acaba por prejudicar a técnica. Um bom exemplo disso é que, até alguns anos, praticamente todos os fitoterápicos eram OFICIALMENTE classificados como sendo de VENDA LIVRE, em nosso país. Ou seja, enquanto os mandatários das leis e normas brasileiras consideravam as plantas como sendo apenas "placebos", ou, quando muito, chás a serem consumidos por seus sabores, qualquer profissional poderia indicar os benefícios terapêuticos dos fitoterápicos. Por esta mesma classificação (venda livre), as empresas que industrializavam as ervas mantinham preços bastante acessíveis, diferentemente do que praticavam com produtos cuja rotulagem indicavam a necessidade de "receita médica", status este que possibilitava a comercialização por valores bem mais elevados... Muitos colegas, com certeza já tiveram a oportunidade de comparar produtos compostos pela mesmíssima planta, serem vendidos por preços díspares, ou MUITO mais baratos, ou MUITO mais caros, conforme estejam classificados como "chá", ou rotulados com "tarja vermelha"...

    O fator econômico certamente foi um dos estímulos a que as plantas passassem a ser objetos de "estudos científicos" e que, grandes indústrias, repentinamente, considerassem "provados laboratorialmente" os efeitos terapêuticos de certas ervas sobre determinadas "doenças"... Ora, como no Brasil, a legislação e a jurisprudência são claras quanto ao fato de que, tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de DOENÇAS é um MONOPÓLIO da classe MÉDICA, consequentemente, a cada fitoterápico que mudava sua classificação para "medicamento", automaticamente significaria que sua venda deixou de ser livre, passando a necessitar de RECEITA MÉDICA...

    Restringindo ainda mais o quadro, em comum acordo entre o Conselho de Medicina e o de Farmácia (firmado em 1999), os farmacêuticos passaram a recusar e a denunciar como "exercício ilegal de medicina", qualquer fórmulação a ser manipulada e que origine de profissional NÃO-médico. Exceção feita à Terapia Floral, a qual, FELIZMENTE, é tida como NÃO-científica e enquanto assim permanecer classificada, MUITO MELHOR, pois continuará de uso LIVRE.

    A injusta tendência a tornar produtos e serviços em "monopólios médicos" conta com a própria ingenuidade dos Fitoterapeutas. Uma simples visita às livrarias nos leva a constatar que a esmagadora maioria dos livros sobre fitoterápicos associa as plantas a "doenças de A a Z" !!! Ora, além disso ter levado seus autores a serem processados por "exercício ilegal de medicina", tais obras são fartamente usadas nos tribunais como "provas" para acusar os fitoterapeutas, além de terem sido fonte de consulta justamente para que, cada vez mais e mais plantas venham a ser classificadas como sendo de uso exclusivo para a classe médica... Disso tudo, resulta a listagem anexa, de fitoterápicos "PROIBIDOS a não-médicos", que certamente tomará de surpresa muitos de nossos colegas.

    A única maneira de revertermos esta situação é a RE-educação de nós mesmos, passando o Terapeuta Holístico a valorizar a NOSSA própria profissão e parar definitivamente de "emprestar" de outras áreas, suas formas de pensar e de se expressar.

    Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

    Cabe a nós, defensores e praticantes da TERAPIA HOLÍSTICA resgatar a ARTE da fitoterapia e com isso, garantir que JAMAIS venha a tornar-se monopólio de profissão alguma. O que sempre foi de uso LIVRE assim merece continuar...

    E, paralelamente, estarmos sempre atentos ao cumprimento das leis e resoluções do governo, pois, por mais que restrinjam os meios, todo bom Terapeuta Holístico sempre encontrará um novo instrumento de atuação, capaz de ampliar a QUALIDADE DE VIDA de nossos Clientes.

    Comparativamente às correntes teóricas que baseiam-se em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a fitoterápicos, a escolha pela Pulsologia e Pontos de Alarme mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da auto-consciência. Do ponto de vista legal, esta abordagem da Fitoterapia igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com as plantas em formato absolutamente diferente da abordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    Conclusões

    A Fitoterapia em Cinco Movimentos possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares. O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a seleção das plantas graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento. A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    Referências bibliográficas

    BROSSE, JACQUES – As Plantas e Sua Magia – S. Paulo, Roccko, 1984

    CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

    ESPECHE, Bárbara e Eduardo Grecco - Jung y Flores de Bach -Arquetipos e Flores. Ediciones Continente.

    FAUBERT, Gabriel - La Chronobiologie chinoise. Paris, Éditions Albin Michel S.A., 1987.

    GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

    HALL, James A. - A Experiência Junguiana. S. Paulo, Cultrix, 1989.

    HIRSCH, SONIA – Manual do Herói – Gráfica e Editora Prensa, 1990.

    HUSSON, A. - Versão e comentários - Huang Di Nei Jing Su Wen. Paris, Ed. A.S.M.A.E

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    JACOBI, Jolande - Complexo -Arquétipo - Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1986.

    JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. 5. Paulo, Vozes, 1991.

    LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. 5. Paulo, Cultrix, 1992.

    MACHADO, José Pedro Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa, Editorial Confluência Ltda., 1967.

    MARKEY; Christopher- Yin-Yang. 5. Paulo, Cultrix, 1987.

    MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

    MELLIE UYLDERT – A Magia das Plantas - S. Paulo, Pensamento, 1994.

    MIYUKI, Mokusen - Versão e comentários - A Doutrina da Flor de Ouro. S. Paulo, Pensamento, 1990.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Psychologie: pour une approche nouvelle dela Psycho-somatique. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Phytothérapie. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

    TOMPKINS, PETER e BIRD, CHRISTOPHER - A Vida Secreta das Plantas. Editora Exped, 2004.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado. São Paulo, Lumina Editorial, 1998.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Florais de Bach – Uma Visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica – Incluindo NTSV – TF 001 – Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Floral – 4a Edição - Editora Pensamento, 1994.

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1990.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 28/01/2009 12:24


    ACONSELHAMENTO NA TERAPIA HOLÍSTICA Maximizando seu atendimento com a inclusão da Psicoterapia

    ACONSELHAMENTO NA TERAPIA HOLÍSTICAMaximizando seu atendimento com a inclusão da Psicoterapia

     Henrique Vieira Filho
    Terapeuta Holístico – CRT 21001

    A Psicoterapia é parte integrante do atendimento na Terapia Holística e um de seus maiores diferenciais em relação a outras profissões correlatas. Uma das formas mais práticas e eficientes de introduzir a proposta em consultórios é a implementação de técnicas básicas de Aconselhamento. Diferente do que popularmente se entende como “dar conselhos”, a conversação terapêutica aplica muito do saber ouvir, pontuando tópicos relevantes com perguntas pertinentes e convites à reflexão. A receptividade sem julgamentos e empatia que se desenvolve entre Terapeuta Holístico e Cliente conduz a uma relação terapêutica mais eficaz e mutuamente gratificante, implementando o autoconhecimento e, com este, a maximização da Qualidade de Vida, que é o objetivo maior de nosso trabalho.

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras. Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem “científica-reducionista-elitista” cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem “empírica-holística-acessível” de nossos ancestrais xamãnicos. A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do “cientificismo”, mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes. Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a “alma”, desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder do Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas.

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em uma revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Para o resgate da abordagem Holística, havemos de compensar a ênfase de décadas aos aspectos físicos-objetivos, revitalizando as terapêuticas focadas ao psíquico-subjetivo-transcendente.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Psicoterapia no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém iniciarmos pelo básico, ou seja, o ACONSELHAMENTO, nome moderno que se dá àquilo que tão bem já praticavam nossos antecessores sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.

    Material e Metodologia:

    1. Definição

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    Na cultura anglo-saxônica, o termo Aconselhamento ("counseling") é utilizado para designar um conjunto de práticas que são tão diversas quanto as que configuram as práticas de: orientar, ajudar, informar, amparar, tratar. H.B e A.C. English definem o aconselhamento como "uma relação na qual uma pessoa tenta ajudar uma outra a compreender e a resolver problemas aos quais ela tem que enfrentar ".

    Um tema que concerne à filosofia do aconselhamento, predomina em toda a literatura anglo-saxônica: a crença na dignidade e no valor do indivíduo pelo reconhecimento de sua liberdade em determinar seus próprios valores e objetivos e no seu direito de seguir seu estilo de vida.

    O indivíduo tem um valor em si, independentemente do que pode realizar. Muitas vezes, a pessoa não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. O aconselhamento visa ajudá-la a desenvolver sua singularidade e a acentuar sua individualidade. Mais que uma filosofia que poderia ser interpretada, à primeira vista, como uma forma de individualismo selvagem, todos os grandes textos do aconselhamento fazem referência à responsabilidade da pessoa diante dela mesma, do outro e do mundo em torno dela. O individuo não é nem bom, nem ruim por natureza ou por hereditariedade. Ele possui um potencial de evolução e de mudança. O(A) aconselhador(a) deve considerar o sentido e os valores que o Cliente atribui à vida, às suas próprias atitudes e comportamentos porque quando uma mudança se impõe no contexto de vida, isto pode se chocar com as opções filosóficas da pessoa em questão e ser em si uma causa de dificuldade (ex. : mudança de atitude diante do trabalho, da família, da sexualidade, da morte,…).

    Segundo Catherine Tourette-Turgis, "o princípio de coerência do aconselhamento reside fundamentalmente no fato de que muitas situações da vida são, elas mesmas, causas de sofrimentos psíquicos e sociais, necessitando uma conceitualização e que dispositivos de apoio sejam colocados à disposição das pessoas que as vivem ".

    Para ela, "o aconselhamento é uma forma de "psicoterapia situacionista", isto é, a situação é causa do sintoma e não o inverso. O aconselhamento, forma de acompanhamento psicoterápico e social, designa uma situação na qual duas pessoas estabelecem uma relação, uma fazendo explicitamente apelo à outra através de um pedido (verbalizado) com objetivo de tratar, resolver, assumir um ou mais problemas que lhe dizem respeito… A expressão "acompanhamento psicoterápico" seria insuficiente na medida em que os campos de aplicação do aconselhamento designam muitas vezes realidades sociais produtoras em si mesmas de um conjunto de distúrbios ou de dificuldades para os indivíduos".

    Neste sentido, o aconselhamento responde às necessidades de pessoas que procuram ajuda de uma outra para resolver, em um tempo relativamente breve, problemas que não são oriundos necessariamente de questões profundas (do ponto de vista psicoterápico). Estes problemas podem estar ligados, na verdade, aos empecilhos ou a um contexto específico com o qual elas precisam se adaptar ou aos quais elas devem sobreviver e pelos quais, na maior parte do tempo, a sociedade não as preparou (ex.: traumatismos de guerra, prevenção da aids, desemprego, …) ou não assegura as funções de apoio adequadas em tempo real, ou seja, de imediato.

    Existem pontos comuns no desenvolvimento do aconselhamento que podem ser resumidos pela importância dada:

    Aos métodos ativos na relação de ajuda;

    À crença no potencial de um indivíduo ou de um grupo;

    À crença na transformação em um curto espaço de tempo;

    Ao estabelecimento de uma relação aonde a autoridade é substituída pela empatia;

    A um ambiente facilitador de mudança e de evolução pessoal.

    2. Bases do aconselhamento: ATITUDES

    2.1 ESCUTAR

    A escuta, no aconselhamento, se diferencia daquela que nós experimentamos cotidianamente. Significa uma forma de engajamento em relação ao outro, implicando estar sensível e atento a este.

    Escutar não se resume ao fato de captar os conteúdos e os sentimentos que o Cliente expõe. Da mesma maneira, a escuta não é um processo terapêutico em si e não é suficiente para completar o desenvolvimento e realizar mudanças.

    A escuta é a competência de base indispensável ao exercício de outras capacidades, como a de reformular os conteúdos de uma entrevista, sentimentos e emoções expressas.

    O que é a escuta ?

    A escuta em aconselhamento, é uma prática que induz imediatamente a um certo tipo de relação entre o(a) aconselhador(a) e o Cliente. Tal experiência de escuta é frequentemente a primeira vivida pelo o aconselhado. Na verdade, ele se sente escutado sem os filtros habituais constituídos pelo julgamento, pela opinião ativa da vida social ordinária, pela avaliação e o análise em certos métodos convencionais.

    Os níveis de escuta:

    1 - O primeiro nível concerne o que é dito na relação. No entanto, se ficarmos neste nível, a relação não se desenvolve muito e o Terapeuta Holístico fica em posição “de escutar uma história”.

    2 - O segundo nível, definido por certos autores como uma “atenção flutuante”, concerne não somente o que é dito mas também o que existe “além das palavras”. O Terapeuta Holístico fica atento às palavras, mas também aos aspectos não-verbais (expressão do rosto, gestos, movimentos dos olhos…) e para-lingüísticos (volume, tom, rapidez…) utilizados pelo Cliente.

    3 - Além destes dois níveis de escuta, o(a) aconselhador(a) deve também estar atento ao que ele pensa, às suas próprias emoções, às suas próprias sensações corporais. Pois estes indícios podem lhe servir de indicadores do que se passa na relação e o Terapeuta Holístico pode utilizá-los como uma espécie de “caixa de ressonância” do desenvolvimento da relação.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Eu sou capaz de escutar o que a pessoa quer me dizer sem me sentir em perigo ?

    Por que sinto certas dificuldades ao escutar pessoas que provocam em mim sentimentos excessivos e pertubam minha escuta ?

    Até onde eu posso escutar alguém mantendo-me neutro ?

    Reflexões:

    Frequentemente é dificil escutar o outro porque evito escutar o que se passa em mim mesmo.

    As mensagens contraditórias da minha comunicação podem parasitar minha escuta.

    2.2 ACEITAR

    A aceitação é uma atitude fundamental no aconselhamento. Comunicar sua aceitação implica que todas as atitudes e os comportamentos verbais e não verbais do profissional indicam à pessoa que alguém está tentando compreendê-la, aceitá-la completamente.

    A aceitação é, algumas vezes, mais importante que a compreensão. A pessoa tem antes de tudo a necessidade de ser aceita como ela é, como se sente, como diz que se sente antes de poder explorar a mudança. Frequentemente, no momento de um evento desequilibrante, a pessoa descobre que a aceitação que acreditava ter conquistada, de tal ou tal pessoa à sua volta, na verdade, não era real. Por exemplo, as pessoas soropositivas viram-se, quase sempre, confrontadas com o luto do amor incondicional dos seus. A confrontação de uma deficiência, em função das angústias que ela suscita, reduz a capacidade de aceitação de pessoas que estão em volta e que têm dificuldades de se confrontar ao sofrimento da pessoa, mantendo-se distantes.

    Como manifestar seu grau de aceitação ?

    Ajudando a pessoa a restaurar a auto-imagem e a auto-estima,

    Ajudando a pessoa a desenvolver uma maior aceitação de si mesma (frequentemente as pessoas são muito severas com elas mesmas: por exemplo, elas não se autorizam ao repouso, elas se sentem culpadas de estarem com problemas…).

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Sou capaz de aceitar totalmente a personalidade do outro, em uma relação de Conselho?

    Por que, algumas vezes, aceito certos comportamentos de uma pessoa e desaprovo totalmente outros ?

    Como posso comunicar minha aceitação em relação aos sentimentos do outro ?

    Se eu desaprovo uma pessoa, o que faço ?

    Reflexões:

    Posso me sentir ameaçado (a) por certos comportamentos de uma pessoa: é importante que eu aceite meus próprios sentimentos em relação à esta para em seguida desenvolver minha aceitação em relação a ela.

    2.3 AUSÊNCIA DE JULGAMENTO

    O julgamento é um obstáculo na progressão da relação de ajuda. Ele bloqueia a capacidade do outro de se responsabilizar, já que o mantêm na dependência deste. A relação de Conselho deve se estabelecer sem julgamento de valor.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Eu posso reduzir o receio que a pessoa tem de ser julgada ?

    Até onde posso trabalhar minha falta de julgamento ?

    Por que o julgamento positivo pode ser tão ameaçador quanto o julgamento negativo ?

    Reflexões:

    É difícil liberar uma pessoa do seu próprio receio de ser julgada pelos outros.

    Um julgamento positivo significa que nós avaliamos as capacidades e o valor da pessoa; ela pode deduzir que poderíamos, da mesma maneira, atribuir-lhe um valor negativo.

    2.4 EMPATIA

    A empatia é uma forma de compreensão definida como a capacidade de perceber e de compreender os sentimentos de uma outra pessoa.

    Diferentemente da simpatia ou da antipatia, a empatia é um processo no qual o profissional tenta fazer a abstração de seu próprio universo de referência, mas sem perder o contato com ele, para se centralizar na maneira como a pessoa percebe sua própria realidade. A empatia se resume em uma questão a ser colocada regularmente:

    O que se passa, neste instante, com a pessoa que está diante de mim ?

    Numerosos trabalhos afirmam que a empatia é fundamental na entrevista e que a qualidade desta está diretamente ligada à experiência do(a) aconselhado(a) e a qualidade do laço terapêutico, independentemente da teoria à qual o Terapeuta Holístico se identifica. Outros estudos (Mitchell, Bozarth, Krauff et Sloan por exemplo) demonstram bem sua importância, mas não a consideram como determinante.

    A adoção desta atitude é dificil em certas situações graves que nos forçam naturalmente a nos sentirmos, ao mesmo tempo, afetados, impotentes e que mobilizam em nós, sentimentos como o da injustiça ou o da inquietude. No entanto, uma pessoa confrontada com uma situação dificil precisa em primeiro lugar de alguém presente ao seu lado que a ajude à enfrentar o que ela está vivendo e não uma pessoa que reaja por ela. Pela compreensão empática, o conselheiro ajuda a pessoa à entrar em contato com seus próprios sentimentos e a descobrir o que estes significam.

    Como manifestar sua empatia ?

    Verbalizando o que é percebido na pessoa como emoção dominante,

    Pedindo-lhe para nos dizer o que precisaria mais neste momento,

    Tentando compreender o ponto de vista da pessoa e o reformulando sem tentar transformá-lo (é por ela mesma que a pessoa, em um segundo momento, modificará seu ponto de vista da situação).

    Os efeitos da empatia na relação de cuidados:

    Aumento do nível de auto-estima: “é possível então compreender o que eu sinto sem me dizer que eu estou errada de pensar assim”;

    Melhora da qualidade da comunicação: “ele não me responde dizendo que ele também pode morrer a qualquer momento, basta por o pé na rua”;

    Abertura à possibilidade da expressão de emoções profundas: “é verdade que atrás desta raiva se encontram todos os meus medos”.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Posso entrar no mundo íntimo de uma outra pessoa e conseguir compreender o que ela sente e o que ela percebe ?

    Posso me sentir suficientemente próximo de uma outra pessoa me sentindo ao mesmo tempo diferente e perder toda vontade de julgá-la e de avaliá-la ?

    Reflexões:

    Pode ser difícil para mim, dizer a alguém como eu a compreendo.

    O mínimo de compreensão reformulada, mesmo incompleta, ajuda consideravelmente o outro a avançar na compreensão dele mesmo.

    2.5 CONGRUÊNCIA

    A congruência pode ser definida como: “o estado de espírito” do profissional de aconselhamento quando suas intervenções durante a entrevista são coerentes com as emoções e as reflexões suscitadas nele pelo Cliente.

    Supõe, da parte do(a) aconselhador(a), disponibilidade com relação às emoções e aceitação destas. Na verdade, Carl Rogers desenvolve a hipótese que “a mudança da pessoa é facilitada quando o terapeuta é o que é”; quando seus contatos com o cliente são autênticos, sem máscara nem fachada, onde se expressa abertamente os sentimentos e atitudes que invadem seu interior neste momento preciso.

    A congruência do Terapeuta Holístico vai, de uma certa maneira, autorizar a do cliente. O profissional oferece um espelho de possíveis efeitos que podem provocar a atitude e o comportamento do Cliente numa relação interpessoal onde a integridade e o profissionalismo do(a) aconselhador(a) dão uma garantia que este (a) não está colocando na relação suas próprias neuroses. Muitas vezes, isto favorece ao Cliente,entrar em contato com seus próprios sentimentos.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Será que me expresso de maneira a comunicar ao outro a minha imagem ?

    Como posso distingüir minhas proprias reações das dos outros ?

    Como posso permitir a uma outra pessoa que ela possa perceber o que eu sou e me aceitar como tal ?

    Reflexões:

    Se posso me mostrar tal como sou, se posso reconhecer e aceitar meus próprios sentimentos, posso então favorecer, ao outro, o crescimento e o seu desenvolvimento.

    Se posso permitir que o outro descubra certos aspectos de minha personalidade, que ele de toda maneira se apercebeu, ele poderá se aceitar melhor.

    3. Bases do aconselhamento: TÉCNICAS

    3.1 Questão aberta

    Esta é uma técnica muitas vezes usada para recolher informações ou esclarecimentos sobre um ponto preciso. Em princípio, as questões utilizadas pelo(a)s aconselhadore(a)s são "questões abertas” necessitando de uma resposta mais longa que um simples "sim" ou "não".

    As questões abertas encorajam os Clientes a compartilhar seus pontos de vista com o(a) aconselhador(a). Responsabilizam o aconselhado, durante a entrevista e lhe permitem explorar por ele mesmo as atitudes, os sentimentos, os valores e os comportamentos sem ser influenciado pelo universo de referência do(a) aconselhador(a).

    O(A) aconselhador(a), através de suas perguntas deve, essencialmente, ser guiado(a) pelo desejo de compreender e ajudar e não pelo único desejo de ser informado(a). A maneira de questionar é determinante, a forma e o tom devem ser o mais distante possível de toda forma parecendo ou lembrando uma inquisição ou um interrogatório.

    Como fazer ?

    A melhor maneira de praticar uma técnica de Questão aberta é a de focalizar as expressões que são “lugar comum” e que aparecem durante a entrevista considerando que tudo deve ser sujeito de descrição. Por exemplo, uma frase simples como : "estou triste ", é uma expressão "lugar comum " que necessita de ser descrita de maneira mais detalhada porque cada pessoa tem sua própria definição da tristeza. É possível então, por uma simples questão aberta, tentar focalizar mais precisamente o que a pessoa sente realmente (Seria possível me dizer o que sente exatamente quando está triste ? No que pensa nestes momentos ? etc.).

    3.2 Reformulação dos conteúdos

    A reformulação do conteúdo nos permite verificar se compreendemos bem o que a pessoa queria nos dizer, o que permite re-focalizar a entrevista quando esta parece tomar várias direções ao mesmo tempo. A capacidade de reformar o que o outro acabou de expressar constitui o primeiro nível na aprendizagem da escuta.

    A reformulação tem os seguintes objetivos :

    Permitir ao profissional verificar seu nível de percepção, para estar certo que ele compreende bem o que a pessoa está lhe descrevendo;

    Fazer a pessoa entender que ela está realmente sendo escutada;

    Concretizar as observações e os comentários da pessoa retomando o que ela disse de uma maneira mais concisa.

    3.3 Esclarecimento (Clarificação)

    O “esclarecimento” consiste em tornar mais claro certos aspectos evocados durante a entrevista.

    Tem como objetivo aumentar a capacidade de análise e de verbalização do cliente no que concerne as situações, eventos ou sentimentos.

    Exemplo :

    "Você disse que estava decepcionado. Como assim, decepcionado ?"

    3.4 Focalização

    A “focalização” tem como objetivo estimular o processo exploratório e de facilitar a resolução de problemas.

    As funções da focalização :

    Desencadear a expressão de uma emoção mais profunda;

    Encontrar a origem de um sentimento;

    Permitir a pessoa de se reapropriar de seu problema;

    Facilitar a resolução de problemas.

    Exemplos de perguntas facilitando a focalização :

    Poderia tentar me dizer ou imaginar de quem tem raiva ?

    O que tem vontade de dizer para esta pessoa ? Se ela estivesse aqui conosco, o que lhe diria ?

    Como poderia lhe dizer o que sente ?

    Como pensa que as pessoas a sua volta vão reagir ?

    O que deduz disto tudo ?

    O que vai fazer de tudo que acabou de aprender de si mesmo ?

    Como vê a solução do seu problema ?

    O que esta solução supõe ?

    Como se sente diante deste novo problema ?

    3.5 Confrontação

    A confrontação consiste em fazer com que a pessoa descubra seu grau de implicação ou de contradição em uma situação e tem como objetivo ajudar e esclarecer.

    A confrontação exige do profissional uma grande confiança na sua capacidade de ajudar e também da pessoa ou do grupo de progredir. A confrontação é uma potente “alavanca” propulsora do crescimento das pessoas e do grupo.

    Exemplo:

    “A senhora me diz se sentir livre para tomar esta decisão mas antes estava dizendo que com ela nunca se sentiu realmente à vontade. Será que poderíamos voltar a este sentimento e examinar os meios que tem para tomar esta decisão ?”

    3.6 Os silêncios

    O aparecimento de momentos silenciosos é em geral favorável ao processo do aconselhamento, com a exceção daqueles que acontecem no momento das primeiras entrevistas e que podem revelar o medo e o desconforto do Cliente ou do(a) aconselhador(a), ligados ao encontro.

    A maior parte do(a)s aconselhadore(a)s ficam em silêncio quando este vem do Cliente e intervem em função do lugar deste na entrevista e do que eles percebem como sendo uma necessidade do outro. O silêncio favorece o começo da relação da pessoa com ela mesma. Será um momento de elaboração importante se puder ser vivido na presença de uma outra pessoa.

    Ele favorece a autoconscientização e faz descobrir uma outra forma de presença no mundo.

    Tipos de silêncio :

    A pausa depois da expressão de um sentimento;

    A passagem de um tema a um outro;

    A pausa contemplativa;

    A pausa dolorosa;

    De timidez;

    A necessidade de apoio;

    Depois da descoberta.

    3.7 Técnica do reflexo

    A técnica do reflexo dos sentimentos é uma tentativa de compreensão do ponto de vista do Cliente. Consiste em comunicar ao este o que se percebe de suas emoções e sentimentos no momento presente ou o que diz ter vivenciado durante as situações evocadas durante a entrevista. Isto necessita que aquele que pratica esta técnica se concentre não somente no que a pessoa diz, mas também na maneira como ela diz.

    O "reflexo" dos sentimentos é um meio e não um fim. Esta técnica não serve apenas para trazer à tona o que foi vivenciado mas, também, para evidenciar um certo número de problemas. O papel do profissional de aconselhamento consiste em funcionar como um espelho. Esta atitude aumenta a capacidade de compreensão do cliente sobre si mesmo.

    Existem númerosos casos de má utilização desta técnica. A mais comum delas consiste em acreditar que a expressão e a identificação dos sentimentos e emoções possuem, por elas mesmas, um valor terapêutico, as vezes mesmo, de transformá-la em técnica principal. No aconselhamento as coisas não funcionam assim, e a eficácia da técnica do reflexo reside essencialmente no fato de que a expressão dos sentimentos é um meio e não um fim. É importante que o Cliente se dê conta por ele mesmo (para conduzir sua vida), não só do interesse que pode existir no fato de expressar seus sentimentos, em certas situações, mas, também no interesse que pode existir no fato de conhecer e confiar nestes quando está diante das pessoas e das situações.

    A expressão dos sentimentos negativos ou hostis em uma relação e em um clima de aceitação tem habitualmente o efeito de desarmar os "acting out" (forte transferência, não devidamente analisada, que se traduz em ações reflexas por parte do Cliente). Sentir-se compreendido e aceito é um elemento importante em aconselhamento mas, em hipótese alguma, o trabalho do(a) aconselhador(a) deve ser reduzido a esta técnica.

    O trabalho de formulação é muito importante, porque ele ajuda as pessoas a descobrir e ter confiança no que sentem e vivenciam.

    Funções do reflexo:

    Permitir a pessoa a se abrir ao que um determinado sentimento ou emoção lhe indica (por exemplo: o medo indica a existência de ameaça; a tristeza indica a existência de uma “ferida”, a raiva pode indicar a existência de um empecilho);

    Ajudar a pessoa a reconhecer o sentimento expresso;

    Verificar que houve uma boa compreensão;

    Permitir que a pessoa tenha acesso (em seguida) a uma emoção subentendida.

    4. Indo Além do Aconselhamento: Outras Técnicas Psicoterápicas

    Uma vez bem compreendido e exercitado o Aconselhamento, estará facilitado o caminho para a inclusão de outras formas de Psicoterapia. Na sequência, abordaremos duas opções complementares:

    4.1 Análise de Sonhos

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ...”o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro”... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as “chaves” transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado “o sono sagrado”, onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de “sonho acordado”, muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão “científico”. Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, “a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma”. Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma “auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material “espontâneo” que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a “dramatização”, onde a pessoa “encarna”, um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura “incorporada”. Outra ferramenta de interpretação é a “ampliação” do sonho, onde se é estimulado para “prolongar” o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de “ampliação” é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que “ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico”. O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.

    4.2 Vivências

    Do mesmo modo como “evocamos” os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Um “massoterapeuta” convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma “lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais “pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram “especializações” funcionais, “desenhando-se” no holograma certos “caminhos” bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa “tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. “Mapeando” esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos “meridianos” de Acupuntura, na China milenar, e os “chacras” na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a “circulação” energética, induzimos à “circulação” das informações psíquicas, ocorrendo os chamados “insights” (“flashs”, lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que “digerir”, compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro “equilíbrio energético”. O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

    Resultados:

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade.

    Discussão:

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a “imitar” o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE – Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de ministrar aulas pelo método EAD – Ensino à Distância, propiciando aprendizado independente da localidade em que o interessado estiver.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.

    Conclusões:

    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    O Aconselhamento, cujo aprendizado é relativamente simples e intuitivo, em especial para quem exerce outras formas de Terapia, é de fácil integração às demais técnicas já adotadas em consultório. Tamanhos são os ganhos tanto para a Clientela, quanto ao Terapeuta Holístico, ampliando exponencialmente o leque de atuação, que este é um caminho obrigatório a qualquer profissional que deseje maximizar seus potenciais e sua realização na carreira.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Reichiana e Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui regressão, progressão, vivências, etc...).

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.

    Referências bibliográficas:

    "Counseling, Santé et Développement” em www.counselingvih.org;

    “O Processo de Aconselhamento” – Paterson / Einsenberg – Martins Fontes 1988;

    “Tutorial Terapia Holística” - SINTEbooks

    Anexos e Apêndices:

    PLANILHA - RESUMO: ACONSELHAMENTO
    ATITUDES
    EscutarReceptividade total ao que o Cliente transmite verbalmente e corporalmente
    AceitarAceitação do Cliente como ele é, como diz que se sente, contribuindo com sua auto-estima
    Ausência de JulgamentoJamais julgar, nem a favor, nem contra
    EmpatiaCompreender o ponto de vista do Cliente sem tentar transformá-lo
    CongruênciaSinceridade e coerência na relação com o Cliente
    TÉCNICAS
    Questão abertaIdentificar expressões tipo "lugar comum" e estimular ao Cliente que aprofunde o tema, focalizando mais especificamente o que realmente sente.
    Reformulação dos conteúdosVerbalizar, resumidamente, as observações e os comentários do Cliente, retomando o que ele disse de uma maneira mais concisa, para melhor compreensão e também para que fique claro que realmente o está escutando.
    ClarificaçãoRetomar certos tópicos da consulta, solicitando ao Cliente que os esclareça mais profundamente, objetivando ampliar a capacidade do mesmo em compreender tais situações, eventos, emoções.
    FocalizaçãoFocar a conversação sobre um único tópico em destaque, estimulando o Cliente a contatar mais profundamente a emoção e as origens do problema
    ConfrontaçãoPontuar, sem julgar, algumas contradições nos relatos do Cliente, ajudando-o a repensar o assunto.
    SilênciosDetectar e respeitar as pausas do Cliente que se originam depois da expressão de emoções, de insights, de auto-reflexão, permanecendo receptivo
    EspelhamentoDemonstrar sua compreensão do ponto de vista do Cliente, comunicando-o quanto às emoções detectadas no atendimento, fazendo-se de "espelho", facilitando-lhe a sua capacidade de auto-compreensão.

    1)

    Terapia Holística: Ciência ou Arte ?

    Yin, Yang... Ciência, Arte...

    Aparentes opostos, com certeza, complementares,

    ambas somam as faces da moeda do Conhecimento.

    ...

    O conhecimento humano poderia ser dividido entre o conhecimento organizado e o conhecimento ingênuo. O conhecimento ingênuo nada mais seria do que um conhecer intuitivo que pode ter algum grau de reflexão, mas de que certo modo só pertence àquele ser que o percebeu e que sobre ele refletiu. É uma forma de conhecimento muito pessoal. Já o conhecimento organizado nos propicia o surgimento da própria civilização. Esse é o conhecimento registrado, que pode ser transmitido para outras pessoas sem a presença daquele que o desenvolveu, e que se despessoaliza no sentido de criar uma cultura, que pode se realimentar para criar conhecimentos novos, e mais sofisticados.

    Dentro do conhecimento organizado podemos encontrar uma nova subdivisão: ciência e arte.

    ...

    Textos extraídos de www.ricardohage.com/artigos/estetica.pdf

    A Ciência aplica a lógica formal e metodologia, resulta de uma atitude consciente em direção ao entendimento e um esforço fundamental de comprovação, objetivando a intervenção no que se conveniou chamar de realidade. Já a Arte, atua sobre uma lógica subjetiva, isenta de compromissos com a verificação e nasce de uma atitude inconsciente do ser humano, que no geral quer deixar sua marca nessa mesma realidade.

    Com o advento da Modernidade, a sociedade ocidental pautou-se por uma crescente racionalização, assumindo a Ciência como o fundamento geral de nossa orientação no mundo. Nossa civilização passou por uma ditadura religiosa, onde os dogmas da Igreja constituiam a verdade inquestionável, para um atual estado de ditadura científica, na qual confundem aquilo que a Ciência não consegue explicar, como sendo algo impossível de existir.

    A Terapia Holística, que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, possui sua própria lógica singular, muito mais para a subjetividade da Arte, do que para a objetividade da Ciência. Os resultados obtidos pelos Terapeutas Holísticos não cabem nos moldes da pesquisa científica tida como “oficial”, resultando daí, ter sua validade e eficácia injustamente questionadas. Na Idade Média, milhares de nossos antecessores tiveram que negar suas práticas, ocultar seus conhecimentos, esconder suas poções, enfim, renunciar às suas essências (em vários sentidos...) para escapar das fogueiras da Inquisição. Ainda traumatizados com a perseguição histórica, nos tempos modernos, novamente renegam suas origens, tentando sobreviver à inquisição do que se convencionou chamar Ciência. Submetendo-se ao julgo de seus atuais algozes, a Terapia Holística perdeu parte de sua identidade, abrindo mão de seu linguajar, de seus fundamentos, gerando um sincretismo que não surtiu o efeito desejado. Incabíveis em tubos de ensaio, ao tentar “discursar em língua estrangeira” (“cientificês”...), a maior parte das técnicas terapêuticas milenares soaram ainda mais estranhas aos donos da verdade oficial e aí sim foram condenadas, de vez, às fogueiras purificadoras dos dogmas de laboratório. Algumas técnicas tiveram destino ainda mais cruel: tanto abriram mão de suas origens, tanto se adaptaram, que correm o risco de se transformar em “monstros transgênicos”, produtos artificiais adequados aos padrões de consumo “oficial”. A Terapia Tradicional Chinesa, por exemplo, se perder sua alma, transformará seus praticantes em meros espetadores de agulhas, máquinas automáticas de aplicações de tabelas... Já a Fitoterapia, se perder suas “raízes”, será mais um serviçal da indústria de patentes, do que ao bem-estar de seus adeptos.

    Yin e Yang... noite e dia... ciência e arte... faces alternantes de um mesmo fenômeno. Em algum momento no tempo, a Terapia Holística será Ciência, também. No presente, há que ser percebida, compreendida e aceita como ARTE, pois esta é a faceta que agora se mostra. E se valoriza ! Afinal, enquanto a Ciência é inconstante e temporal (o que é fato científico hoje, pode ser a falácia teórica, amanhã...), a Arte é eterna... Resgatemos a auto-estima de nossa profissão, nossa herança milenar e assumamos que

    A Terapia Holística é a ARTE da Qualidade de Vida !


    2)

    A História da Terapia Holística

    Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos

    (paráfrase sobre texto de 1986, do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico – de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico – de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por “sincronicidades”, por “sinais”, cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este “status”, o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os “iniciados” compreendiam as “instruções” incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História “ocidentalizada” registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem “científica”, ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro “médico”, já que estabeleceu “doenças” como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo “desmembramento de seus componentes”. Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de “doenças” que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e

    descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA, de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica - Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este “movimento separatista elitizado”, continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem “científica” e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o “consolo espiritual” da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência “exata”...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a “desumanização” do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte –-importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva – da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas – a história, a filosofia, a literatura e a psicologia – não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de “A (re)humanização da medicina”, de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada “Revolução Aquariana”. Movimentos “hippies”, de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura “científica”, onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais “científico”. Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas “traduzidas” para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.






    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico – CRT 21001
    Última atualização: 13/05/2008 15:06


    QUIROPRAXIA: A ARTE DE TRATAR COM AS MÃOS

    QUIROPRAXIA:  A   ARTE  DE  TRATAR COM AS  MÃOS  

    SANDRO PEDROL  

    TERAPEUTA HOLISTICO  

    CRT 39529 
     

    Sumário  

    Resumo

    1 – Introdução

    2 – História da Quiropraxia

    3 – Metodologia

    4 – Resultados

    5 – Discussão

    6 – Conclusão

    7 – Referencia Bibliográfica

    8 – Apêndice e Anexos 
     
     
    Resumo

    Este trabalho sobre a Quiropraxia vem de encontro às minhas crenças e observações da influência da relação mente-corpo e corpo-mente, sendo isto tudo uma só “via” de expressão, mas com muitas formas de abordar esta intrigante relação na visão holística do ser humano, que ao invés de se prender a uma “técnica” para tratar uma pessoa, olha para o momento da pessoa e procura deste ponto, ver o melhor para tratar seus desequilíbrios e distúrbios. Neste sentido a Quiropraxia tem se mostrado uma ferramenta importante para cuidar do ser humano durante a historia, com resultados reconhecidos por vários profissionais ligados a área da saúde e qualidade de vida no mundo todo como este trabalho pretende dissertar.  
     

    1 - Introdução  

    Desde tempos imemoráveis o homem tem utilizado das mãos, um dos métodos mais conhecidos e largamente empregado nas práticas terapêuticas de todas as épocas. E na verdade apenas estamos re-aprendendo o que nos primórdios da historia humana se fazia naturalmente em busca da saúde e equilíbrio do ser.

    A Quiropraxia como método terapêutico tem se mostrado altamente eficaz nos desequilíbrios osteoarticulares, bem como em distúrbios relacionados ao Sistema Nervoso humano e sua relação com as dores nas costas.

    Como se trata de uma técnica com as mãos, a posição do terapeuta em relação a seu cliente, tem uma influencia direta no contato e percepção de ambos nesta forma de tratamento, assim, o conforto ou desconforto de um destes se refletirá na forma desta relação terapêutica.

    Por se tratar de um tratamento holístico devido a sua origem histórica, o terapeuta que se utiliza desta técnica, deve estar bem relacionado com uma visão integral do ser, e não apenas com um distúrbio localizado em determinada área do corpo, pois se assim proceder, estará pecando no sentido de ajudar no restabelecimento da saúde e qualidade de vida de seu cliente.

    Quando todos chegarem a este entendimento, nesta busca incessante de mais saúde e qualidade de vida para o ser humano, podemos afirmar que realmente teremos chegado a um consenso comum de todos os profissionais que cuidam de pessoas, que o maior bem é fazer o bem e nunca causar dano, tanto no aspecto físico quanto nas emoções humanas, e a Quiropraxia pode ser uma grande aliada neste sentido.    
     

    2 – História da Quiropraxia

    Na narrativa histórica milenar notamos que a Quiropraxia era cuidadosamente, Hebreus, Persas, Chineses, Babilônicos e Gregos (1) (2), os quais tinham algum conhecimento desta arte, ainda que praticada de forma incipiente e não mediante protocolos reconhecidamente científicos. Os Gregos, Romanos e os Árabes identificaram os princípios básicos e fundamentais, e descreveram e registraram os valiosos e sábios conhecimentos adquiridos, lançando os fundamentos desta ciência para o mundo.

    Deste modo, verificamos que a Quiropraxia é uma herança e uma verdade científica desenvolvida durante muitos séculos.

    Para Hipócrates, a arte e a ciência da Quiropraxia confirmam a verdadeiramente ciência. Ele, repetidamente advertida que "é mais importante conhecer a natureza da coluna vertebral, o que deve ser um propósito natural, ... obtendo-se o conhecimento indispensável para diagnosticar as muitas enfermidades". E, prosseguia, dizendo: "... a negligência para com a coluna vertebral, quando a vértebra está descolada, resulta em sérias e permanentes complicações".

    DANIEL DAVID PALMER (3), considerado o PAI da Quiropraxia, um professor Canadense, desenvolveu esse conhecimentos e criou a moderna Quiropraxia nos Estados Unidos da América, em 1895, tendo publicado "THE SCIENCE AND ART OF CHIROPRACTIC", obra referencial para aquela que viria a ser uma das profissões mais almejada e promissora na área da saúde.

    Passados mais de 100 de anos da revelação da Quiropraxia para o mundo, o legado de PALMER chega ao século XXI, representado por escolas e universidades, centros quiropráxicos e profissionais especializados, modernas indústrias de equipamentos e produtos complementares, editoras e milhões de pessoas que se beneficiam diariamente dos procedimentos concebidos por aquele que, para alguns de sua época, não passava de um louco ou visionário. Felizmente, a história nos garante que sempre haverá um amanhã.

    No Brasil, a Quiropraxia foi introduzida em 1922 pelos norte-americanos, Dr. Willian F. Fipps, D.C., o qual foi sucedido após 1945, pelo Dr. Henry Wilson Young, D.C., ambos estabelecidos na cidade de São Paulo, constituindo-se nos pioneiros da introdução desta filosofia, arte e ciência em nosso país.

    Já em 1958, por inspiração e iniciativa de Dr. Henry Wilson Young, foi firmado um convênio entre a Associação de Renovação Biológica (ARB), de Curitiba, PR, e a University of Natural Healing Arts, de Denver, CO, EUA, tendo início o primeiro curso de Quiropraxia no Brasil. 
     
     

    Lamentavelmente em face das dificuldades políticas havidas no início dos anos 60 em nosso país, o curso foi encerrado após a formação e graduação da primeira e única turma de Quiropraxistas, representada por 28 profissionais que receberam o título de Quiropraxistas, dentre os quais se destacava o jovem M. Matheus de Souza, sendo o único profissional remanescente em atuação, desta histórica turma. Repetindo a saga de PALMER, MATHEUS revelou-se um dos mais dedicados estudiosos e competentes profissionais, assumindo naturalmente a condição de líder e maior expoente da Quiropraxia no Brasil nos tempos difíceis que se seguiram.

    Atualmente porem no Brasil, graças a abertura de muitas portas, dentre a que mais se destaca o SINTE (SINDICATO DOS TERAPEUTAS) por expandir este conhecimento, muitas outras formas de abordagem da Quiropraxia tem se tornado conhecidas e reconhecidas.  

    3 – Metodologia

    A Quiropraxia apresenta aspectos singulares de sua abordagem na ênfase no tratamento do complexo das subluxações relacionados às manifestações de dor e desequilíbrios musculares, revelando o seu sinergismo aplicado à prática terapêutica.

    Esta técnica tem como base o uso das mãos (4) em movimentos semelhantes a “trancos”, em regiões articulares que se apresentam com “hipo-mobilidade” isto é, sem a amplitude total de seu movimento normal, assim afetando negativamente toda a estrutura osteoarticular, levando aos mais diversos estados de desequilíbrios físicos e emocionais, bem como nas diversas formas de dores.   

    Na área da saúde pode-se dizer que a principal referência sobre os diferentes aspectos de biomecânica, desequilíbrios musculares, avaliação e tratamentos dos distúrbios relacionados às dores, desta nobre filosofia que fundamentada a ciência da arte de tratar com as mãos, concebida nos tempos modernos por PALMER e sustentada no Brasil por MATHEUS e muitos outros profissionais respeitados.

    Historicamente, em português, o primeiro termo a ser usado para definir a profissão foi Quiroprática, uma vez que é a tradução literal de Chiropractic, palavra que identifica essa atividade nos países de língua inglesa e cujos fundamentos nos serviram de base e inspiração para o desenvolvimento desta atividade no Brasil. No entanto, nas línguas latinas quando se associa a palavra prática a uma atividade qualquer, parece tratar-se de uma profissão adquirida apenas pela prática, não havendo necessidade de estudos formais nem de treinamento específico para exercê-la.

    Para evitar esse equívoco, a partir de 1965 decidiu-se adotar o termo Quiropatia por identidade ou afinidade fonética a outras profissões, também na área da saúde, como Homeopatia, Alopatia, Osteopatia, Isopatia, etc.

    Com a vinda de novos profissionais dos EUA a partir de 1992, convencionou-se usar o termo QUIROPRAXIA uma vez que estaria mais de acordo com a origem grega do nome. Isto significa que em português possuímos três grafias com o mesmo significado.

    O princípio básico é o de que um procedimento deve ser reproduzível por qualquer indivíduo que tenha sido treinado e desenvolvido experiência nesse procedimento. Parece que a Quiropraxia, às vezes, trabalha com "padrões de energia" muito sutis do corpo. 

    Parece também que alguns indivíduos podem empregar técnicas terapêuticas aparentes, obtendo resultados que não são conseguidos por outros, embora tais procedimentos possam ser válidos para aquele indivíduo em particular, não podem ser ensinados a outros que não tenham as mesmas habilidades e matrizes mentais. Isto nos leva a classificar as técnicas terapêuticas em duas categorias básicas:

    Aquelas que funcionam para qualquer indivíduo treinado na atividade; e

    Aquelas que operam no princípio das matrizes mentais e dependem de imagens mentais poderosas, entrando no domínio das técnicas somático emocionais, na qual o princípio poderoso do “toque” pode produzir resultados positivos em vários estados de “dor”. 

    A Quiropraxia registra de modo definitivo que o código genético representa o projeto individual de cada ser vivo e possui também, todas as informações necessárias para manter a plenitude de manifestação durante um determinado espaço de tempo, significando, portanto, que cada organismo tem um potencial de recuperação extraordinário que se expressa através de um pleno fluxo de informações e que no ser humano, transmitam preferencialmente pelo Sistema Nervoso em cada célula do corpo. Esse potencial simplesmente espera pelas mãos, coração e mente do quiropraxista, para torná-lo ativo e propiciar a recuperação possível, tornando a vida digna de ser vivida, pois é a herança natural do homem viver em plenitude. Beneficiando a todo aquele que procurar um Quiropraxista com expectativa e confiar no corpo deste profissional, os seus cuidados; e beneficiando ao cliente, os conhecimentos adquiridos nos cursos, atuando com certeza dos resultados e por que deve ser feito com sucesso e profissionalismo.

    Aplicar os procedimentos da Quiropraxia significa liberar entradas e saídas do fluxo interno de informação no organismo, a fim de reduzir a entropia e incrementar as capacidades de manutenção do equilíbrio orgânico, resultando na recuperação ou manutenção da saúde, que equivale a um nível adequado de informação. Repetindo, saúde equivale a um nível adequado de informação, entropia mínima. 

    O corpo humano é dotado de certas qualidades inerentes, naturais, que visam propiciar a proteção, manutenção e recuperação da saúde individual, em conformidade com um projeto superior, onde o ser tem a capacidade de auto equilíbrio desde o momento da fecundação.

    Destas qualidades, a função normal do sistema nervoso, transmissor e receptor desta ressonância genética, é principal força integrante. A partir disso, conclui-se que, quando a transmissão e expressão normal da energia nervosa recebem qualquer tipo de interferência, em especial nas articulações, seja no esqueleto axial (coluna vertebral) ou no apendicular (demais articulações), podem se desenvolver processos negativos e distúrbios gerais na saúde do ser humano.

    O sistema nervoso, portanto, é o agente que libera entradas e saídas do fluxo de informação no organismo, para a manutenção do equilíbrio orgânico.

    A ciência quiropráxica preocupa-se com o relacionamento no corpo entre a estrutura (sistema músculo-esqueletal), comandada principalmente pelo sistema nervoso, visto que esse relacionamento pode afetar a comunicação necessária para a manifestação, preservação e recuperação da saúde.

    A Quiropraxia é a disciplina, dentro das artes naturais ligadas à saúde, que se preocupa com a terapêutica dos distúrbios funcionais, de dor e outros efeitos neurofisiológicos relacionados com a estática e a dinâmica do sistema neuro-músculo-esqueletal, relacionados a todas as articulações axiais, apendiculares e crânios-faciais.

    A aplicação desta ciência e arte quiropráxica, refere-se a qualquer serviço prestado por um quiropraxista, para exercer a profissão, cujo objetivo é recuperar e manter a saúde de maneira natural. 
     
     

    4 – Resultados

    - Um estudo do estado da Flórida, analisando 10.652 casos de compensação empregatícia por falta ao trabalho, em 1988, foi conduzido pelo pesquisador Wolk e relatado pela Fundação para a Educação e Pesquisa em Quiropraxia. De acordo com Wolk, pessoas com problemas da coluna, tratados por quiropraxistas em vez de médicos ou osteopatas, tinham menos probabilidade de desenvolver lesões compensáveis (lesões resultantes em tempo de trabalho perdido e, portanto, demandando compensação) e também menores chances de hospitalização. Os autores explicaram que os quiropraxistas são mais eficazes ao tratar lesões da coluna lombar porque "o tratamento quiroprático, ao proporcionar maior ajuda ao cliente, no início do quadro, pode produzir resultados terapêuticos mais imediatos, permitindo, assim, reduzir o tempo de trabalho perdido" (Wolk e Steve, 1988).

    - Bronfort (1999) conduziu a revisão de literatura concernente à eficácia do tratamento quiroprático em casos de dor lombar. O autor encontrou "evidência de eficácia a curto prazo para a terapia manipulativa da coluna no tratamento da dor aguda da coluna lombar". Além disso, o autor descobriu que a combinação da manipulação e mobilização da coluna é mais eficaz no tratamento das dores lombares, quando "comparada a placebo e terapias comumente usadas, tais como o tratamento médico em geral".

    - Em um estudo conduzido pelo Ministério da Saúde de Ontário, o autor Manga e cols. (1993) relatou que a manipulação da coluna é o tratamento mais eficaz para as dores lombares e que a manipulação da coluna é "mais segura do que o tratamento médico para a dor da coluna lombar".

    - Vários estudos (Howe, Newcombe e Wade, 1983; Verhoef, Page e Wadell, 1997) concluíram que a manipulação da coluna melhora a mobilidade cervical e diminui a dor. Do mesmo modo, Verhoef, Page e Wadell ( 1997) concluíram que "pessoas apresentando queixas de dor lombar e/ou cervical têm comprovado o tratamento quiroprático como um meio eficaz de resolver ou melhorar a dor e as deficiências funcionais".

    - Em 1998, Hack e cols. relataram uma nova descoberta anatômica: pontes de tecido conectivo estabelecem uma ligação direta entre músculos cervicais e a membrana protetora do cérebro e da medula espinhal. Essa descoberta sugere uma provável conexão do tipo causa e efeito entre dores de cabeça e disfunção da coluna cervical. Os autores levantaram a hipótese de que o tratamento quiroprático de dores de cabeça, originadas por tensão muscular, é eficaz porque ele pode "diminuir a tensão muscular e, portanto, reduzir ou eliminar a dor, ao diminuir as forças potenciais exercidas na dura-máter, via conexão entre músculos e a dura-máter".  
     

    5 – Discussão

    Se realmente está se tornando claro que o tratamento quiroprático é superior aos tratamentos convencionais, aqui cabe uma pergunta, até que ponto?! Segundo o pensamento de “especialistas” até mesmo intervenções cirúrgicas tem se mostrado limitadas no alívio das “dores” da pessoa relacionadas ao sistema neuro-muscular e osteoarticular, assim a Quiropraxia tem uma vasta vantagem para a saúde e qualidade de vida da pessoa, sem os inconvenientes e altos riscos de uma intervenção cirúrgica invasiva ou tratamentos medicamentosos paliativos, com efeitos colaterais danosos á saúde.  
     

    6 – Conclusão

    De acordo com a exposição feita neste documento, embora as palavras apenas mostrem apenas uma “realidade parcial” do papel da QUIROPRAXIA durante a historia e desenvolvimento humano, ficam claros os aspectos positivos da aplicação desta, que por se tratar de uma técnica simples que visa o restabelecimento do equilíbrio natural da estrutura biomecânica do ser humano, onde até mesmo pesquisas denominadas “cientificas” mostram estes mesmos resultados em muitos distúrbios e desequilíbrios biomecânicos, são óbvias e visíveis como as pessoas que sofrem e convivem com a dor, são as maiores beneficiadas com o uso da Quiropraxia.

    Mesmo no campo “extra cientifico” estes resultados positivos são bem mais aparentes, pois muitos Terapeutas tem testemunhado em sua prática clinica diária que sua “prática com as mãos”, ou seja a Quiropraxia, tem ajudado a muitas pessoas a alcançar mais saúde e qualidade de vida em seu dia-a-dia.

    Sendo este o objetivo mor das terapias denominadas holísticas, pode-se afirmar e confirmar que a Quiropraxia tende a se tornar uma técnica cada vez mais reconhecida e utilizada por pessoas de todas as idades.

    Ao mesmo tempo, procurar dar atenção a desequilíbrios energéticos segundo a visão chinesa dos cinco movimentos aliada a Quiropraxia, resultados se mostram ainda mais positivos e com uma visão mais integral do ser, em todos os aspectos, muito além do mero físico da visão ortodoxo-cartesiana, com um maior vislumbre do vitalismo que rege o todo em suas várias e infinitas combinações 
     

    7 – Referencia Bibliográfica

    Bronfort, Gert. 1999. "Spinal Manipulation: Current State of Research and Its Indications." Neurologic Clinics of North America 17, no. 1: 91-111.

    Hack, D.G., G. Dunn et al. 1998. "The Anatomist's New Tools." 1998 Medical and Health Annual. Chicago: Encyclopaedia Brittanica, Inc.

    Howe, D.H., R.G. Newcombe and M.T. Wade, 1983. "Manipulation of the Cervical Spine-A Pilot Study." Journal of the Royal College of General Practitioners 33:574-579.

    Manga, Pran, Doug Angus, Costa Papadopoulos and William Swan. 1993. The Effectiveness and Cost-Effectiveness of Chiropractic Management of Low-Back Pain. Ottawa University. 
     
    Manga, Pran and Doug Angus. 1998. Enhanced Chiropractic Coverage under OHIP as a Means of Reducing Health Care Costs, Attaining Better Health Outcomes and Achieving Equitable Access to Health Services.

    Mitchell, Barry S., B. Kim Humphreys and Elizaben O'Sullivan. 1998. "Attachments of the Ligamentum Nuchae to Cervical Posterior Spinal Dura and the Lateral Part of the Occipital Bone." Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics 21, no. 3: 145-48.

    Mosley, Carrie D., Ilama G. Cohen and Roy M. Arnold, 1996. "Cost-Effectiveness of Chiropractic Care in a Managed Care Setting." American Journal of Managed Care 2, no. 3: 280-282.

    Ruggieri, Juan. SITE: www.quiropraxiasemdor.com/quiropraxia.htm

    Wolk, Steve. 1988 "An Analysis of Workers' Compensation Medical Claims for Back-Related Injuries." ACA Journal of Chiropractic (July): 50-59.

    Wolk, Steve. 1988 "An Analysis of Workers' Compensation Medical Claims for Back-Related Injuries." ACA Journal of Chiropractic (July): 50-59. 

    Greenman, Philip. 1996 “Principios da Medicina Manual (2ª edição)”. Ed. Manole. Pág. 543-544. 
     
     
     
     

    8 – Apêndice e Anexos 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (1) – Este pictograma representa Asclépio “o Curador” acompanhado por "Hegeia", a deusa da Saúde, realizando uma manipulação na coluna vertebral. (Este pictograma foi encontrado numa escavação na entrada do Santuario de Asclépio em Pireas e está exposto no museu de Pireas na Grécia). 
     
     

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (2) – Forma de Quiropraxia praticada na China antiga.  
     

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (3) – DANIEL DAVID PALMER  
     
     

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (4) – O uso das mãos durante as sessões de Quiropraxia. 

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 18/02/2008 17:24


    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS E TERAPIA DE VIVÊNCIAS PASSADAS

    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS E TERAPIA DE VIVÊNCIAS PASSADAS

    VIDA – TRABALHO - RELACIONAMENTO

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    www.zuniga.terapiaholistica.net 

    Apresentação

    Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas são técnicas que em Terapia Holística contribuem para descobrir as origens vivenciadas dos problemas ou da felicidade.

    Descobrir as vivências passadas recentes, adolescência, enquanto criança ou na gestação é o que chamamos de Regressão de Memórias, e caberá ao cliente a interpretação segundo as próprias crenças e religiosidade. O Terapeuta Holístico assume a condição de moderador baseado na experiência, sabedoria e conhecimento permitindo assim fluir o livre arbítrio do cliente.

     

    Só que para fazer estas viagens é necessário encontrar a paz, diminuir o estresse, desenvolver harmonia. Fortalecer a auto-estima e o auto-respeito.

    A Terapia de Vivências Passadas tem início quando já foram superadas as etapas anteriores e é, neste momento, que esta técnica traz resultados para a melhoria da qualidade de vida, profissão ou relacionamento.

    A Hipnose e o estado Alfa são necessários para entrar num processo de sono e vigília, onde cliente e terapeuta interagem neste estado.

    Conta muito à experiência e o domínio absoluto de várias técnicas em terapia holística, para aconselhar as infinitas situações que aparecem.

    A Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Hipnose, Meditação e Viagens Astrais; estão envolvidas pelo medo, falta de informação correta e muitas vezes pela banalização destas excelentes ferramentas.

    A Radiestesia e Radiônica têm a função de detectar energias, amplificá-las, neutralizá-las ou corrigi-las, se necessário.

    O ser humano como um ser simbólico, utiliza muitas figuras, como linguagem universal para se comunicar. Estas aparecem no cotidiano através da sincronicidade, dos sonhos ou induzidos.

    Temos que cuidar com carinho do corpo físico, sem esquecer do corpo mental, emocional, identidade/espiritual e energético.

    O maior desafio dos seres humanos que confiam nesta arte, é harmonizar a própria vida, a profissão e seus relacionamentos.

    A união da Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Radiestesia e Radiônica e Análise Simbólica, resultaram numa terapia individual e única com excelentes resultados a curto prazo, ganhando a confiança e a fidelidade do cliente que retorna para lapidações, harmonização, energização de seus cinco corpos, profissão ou relacionamentos.

    É cada vez maior o número de pessoas que desejam conhecer suas próprias vivências, para entender de onde vem, onde está e qual e a razão da sua existência. 

    Todo ser humano se preocupa com o equilíbrio da sua vida física, que fica relegada ao temperamento hereditário, aprendizado, meio ambiente, relacionamento, religiosidade, identidade e a própria individualidade. 

    Este conjunto de energias e aprendizados influencia diretamente a profissão, determinantes de fracasso ou de sucesso. 

    Os relacionamentos não estão separados das energias anteriores e será resultado de apatia, tristeza ou de alegria. 

    Este desafio nos leva a refletir sobre o momento atual da humanidade e das nossas atitudes para com o indivíduo, comunidade e meio ambiente. Estes espelhos do universo refletem com intensidade o equivalente nas manifestações físicas e psíquicas do planeta, mas para consertar este, temos primeiro que consertar a nós mesmos. 

    Introdução 

    Memórias: (Faculdade de reter idéias, impressões e conhecimentos adquiridos, lembranças, recordações, reminiscência. Vivência: Existência, vida, modo hábitos de vida, sentir. Dicionário de Português – Edições poliglota). A retenção de impressões se processa em vários níveis que o Ser Humano costuma ver como um só e integral. Em termos holísticos separamos em Cinco Corpos, Cinco Movimentos, Quatro Elementos, Sete Chakras para depois uni-los. 

    A Regressão de Memórias vai interagir nessas experiências adquiridas conscientes ou não, com a finalidade se assim o cliente permitir, redirecionar a ação vibratória registrada em reminiscências ou vivências. 

    Estas vibrações determinarão influências marcantes no desempenho de vida, trabalho e principalmente no relacionamento. 

    Os Cinco Corpos, Dentro de todo ser humano existem um historiador e um poeta, (razão & emoção) que relatam sua vida com detalhes e acontecimentos que até então não faziam sentido encobrindo muitas vezes a possibilidade de abrir caminhos. Para explicar melhor esta proposta, falarei em termos de energia emanada, recebida e impregnada em cada corpo. 

    Corpo Físico, ele reflete o mapa atual e de vidas passadas, naturalmente tentaremos buscar uma definição racional para determinado problema com profissionais competentes, mas na impossibilidade de respostas, recorreremos a perguntas energéticas. 

    Perguntas energéticas são detectadas com alto índice de acertos, através da Radiestesia e Radiônica que desenvolverá gráficos especialmente criados para cada tipo de questionamento. Neste corpo com seus cinco sentidos, são vivenciadas todas as experiências de aprendizado. 

    Corpo Mental, a energia do pensamento uma fonte poderosa de radiação energética que destrói, neutraliza ou constrói. Algumas pessoas têm uma defesa natural e outras precisam desenvolver estes escudos invisíveis muito necessários para o crescimento e desenvolvimento do ser humano. 

    Corpo Emocional, ele é o centro de equilíbrio dos cinco corpos, nele atuam as energias herdadas de todos os ancestrais diretos, do meio ambiente, relacionamentos e as negociações com a vida. 

    Corpo da Identidade ou Espiritual, este corpo pode ser visto por várias facetas: como Corpo da Identidade fica issento de crença e religiosidade usando a capacidade e o livre arbítrio para direcionar sua vida. Já do ponto de vista espiritual são inúmeras as opções, uma delas são as energias de aprendizado astrológico, dando em cada um a oportunidade de interpretar se assim o desejar e fazer sentido para efetuar mudanças, desenvolvimento e crescimento. 

    Corpo Energético, este corpo intangível cresce e desenvolve com as energias de equilíbrio de todos os outros corpos de acordo a qualidade e quantidade de energia recebida. 

    Este corpo quando energizado corretamente tem um crescimento tal que pode se desdobrar dando vida a um novo corpo de energia. 

    Influências possíveis ancoradas nos cinco corpos 

    Memórias de medo: Alguns clientes consultam por causa dos medos de nadar, e tremem com água acima do joelho, isto é comum e primeiro devemos descobrir como foi a interação com o precioso líquido, também alguns adultos manipulam pelo temor as crianças para que não cheguem perto de  águas perigosas, ancorando na memória da vivência, ações que não fazem parte das próprias experiências, assim se desdobram inúmeras situações a serem vivenciadas e transformadas a partir do cliente.

    Memórias com animais peçonhentos: Hoje sabemos que qualquer inseto por simples que seja tem a capacidade de afetar-nos seriamente, então é natural a aversão a barata, pernilongo, mosca, escorpião, borboleta, etc. Em Terapia de Vivências Passadas, encontramos, pessoas que tiveram vivências dramáticas lutando pela vida, e quando isso acontece o cliente consegue discernir corretamente sobre o acontecido solucionando essa âncora energética.  

    Memórias de altura: Quem não se lembra de ver ou ser levado sentado de cavalinho nos ombros do pai ou da mãe, é uma sensação gostosa e agradável. O sentido de altura para outras pessoas está relacionado à insegurança, quedas reais já acontecidas e, que se encontram fixadas na memória de alguns dos cinco corpos. 

    Memória alimentar: Uma cliente sadia com apetite insaciável, numa vivência sente a dor da inanição, pedindo a vida, que nunca mais a deixe passar fome, o fato de ela conhecer essa parte traumática, a fez compreender que nesta vida, isso seria impossível de acontecer por ser atualmente dona de um bem sucedido mercado de alimentos. 

    Memória de vícios: Aqui se entrelaçam vários fatores, o que torna a mais difícil das terapias, envolvendo os Sete Chakras, Cinco Movimentos, Cinco Corpos e os Quatro elementos. Os desequilíbrios em cada uma destas técnicas promoverão sensação energética da enbriaguês ou do estado alterado de consciência de forma artificial induzindo a fuga. 

    Memória de vida: Experiências traumáticas e ferimentos em vidas passadas são a causa de inúmeras emoções não compreendidas na atualidade de muitas pessoas. Estas experiências ancoradas na emoção se manifestam na maioria dos casos indiretamente, exemplo: um cliente canhoto que foi obrigado pelos pais a fazer tudo como se fosse destro. Em Terapia de Vivência Passada, havia perdido a mão direita e, esta descoberta o libertou para ser ele mesmo nesta vida. 

    Memória profissional: As profissões e atividades exercidas pelo homem ou pela mulher no passado têm uma relação com pensamentos, sentimentos e atitudes de vivências passadas, conectando-se a vivência atual. Exemplo: numa Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas a pessoa vivenceu um padre que foi queimado numa fogueira junto a pessoas que ajudou e que foram julgadas como praticantes de bruxaria. Esta vivência desenvolveu outras atitudes de crescimento e desenvolvimento a este profissional que exerce a profissão de Terapeuta Holístico. 

    Memória de relacionamentos: Relacionamentos oh, os relacionamentos! Auto sentencias: Te amarei por toda uma eternidade. Nunca mais amarei ninguém. Homem presta. Nenhuma mulher merece meu amor. Você não presta (será que os outros prestam? Então vou buscar nos outros) Por isso, que quando se fala, vê, ouve e sente uma sentença, se deve ter muito cuidado em aceitá-la ou não, exemplo: se eu falo "vocês sabem? Estou feliz, em paz, e sentindo-me realizado ao preparar esta palestra" a frase "vocês sabem?" obriga ao interlocutor a puxar o arquivo saber a questão, neste caso o arquivo solicitado é de conteúdo positivo e você aceita. Caso contrário, numa mensagem negativa, fale "Eu não sei!". 

    Na memória dos relacionamentos, geralmente se culpa o outro e dificilmente se pega um espelho para se ver a si mesmo. Isto faz parte de uma das terapias que está baseada naquele conto oriental: (quando era jovem queria mudar os outros, quando fiquei adulto quis mudar as pessoas que me rodeavam, e agora que estou velho apenas desejo mudar a mim mesmo... É por onde deveria ter começado). 

    Material e Metodologia – Definições 

    Hipnose: Estado semelhante ao sono profundo e no qual  a pessoa age por sugestão (Dicionário de Português, Edições Poliglota – Melhoramento 2005). Como podemos perceber o livre arbítrio do cliente neste estado fica comprometido, isso não significa que não será utilizada esta técnica importante quando há reminiscências muito fortes, vai depender da flexibilidade do terapeuta. Assim direcionamos a pressão que essas lembranças exercem nas lembranças físicas e psíquicas.

    Diminuir o estresse com o alinhamento dos Chakras: Alinhar, equilibrar e proteger os Chakras traz o benefício da redução do estresse. Se mentalizar o campo energético de cada um, de maneira ascendente e depois descendente irradiando energia para todos os meridianos e cinco corpos, teremos alcançado o primeiro passo para entrar em estado Alfa ou de relaxamento.

    Vivemos num palco de muitos egos o que intoxica a clareza de pensamentos e o descanso, para fazer esta harmonização devemos pelo menos dormir bem, momento em que corpo mente e energias se expandem permitindo a limpeza e recuperação energética.

    Sono e vigília: Costumo chamá-la de Terapia Alfa, porque permite interagir num diálogo único com a vivência do cliente. Neste roteiro individual existem interações com o universo, pessoas e consigo mesmo, tudo registrado e emergindo, porque para os registros energéticos não existe tempo nem espaço. 

    Regressão de Memórias: Nas memórias da vida atual se acumulam inúmeras situações a partir da gestação, algumas serão recordadas outras não, sendo estas últimas as mais difíceis de descobrir até pelo mecanismo de defesa natural que temos. Assim o cliente descobrirá experiências vivenciadas na gestação, nascimento e desenvolvimento tendo uma nova compreensão da vida. 

    Terapia de Vivências Passadas: Como podemos perceber para se chegar com qualidade e excelência a uma Terapia de Vivências Passadas, existem uns passos preliminares que requerem responsabilidade, experiência, pesquisa e profissionalismo. Acessar vivências passadas é fazer contato com o campo energético palco de um conjunto de aprendizados. 

    Vivências com interferência astrológica: Perceberemos que a biografia energética é proporcional ao aprendizado.  Doze influências testarão as evoluções de cada ser humano ligadas às características negativas e positivas de cada símbolo astrológico. A virtude da astrologia e que nos mostra várias personalidades das quais podemos aprender.

     

    As vinte e quatro energias contidas nos doze signos zodiacais têm um significado de força, influência ou uma virtude para fazer opções.   

    Resultados 

    O primeiro resultado acontece na interação cliente terapeuta, o cliente desenvolve a capacidade de analisar seus problemas e resolver-los tomando rédeas ou o timão da própria vida. O terapeuta aprende com cada ser humano que passa por seu consultório podendo algumas vezes ser histórias parecidas, mas nunca iguais.

    Os resultados espontâneos e descritos por algúns clientes foram: aprendizado do relaxamento porque encontraram paz, diminuíram o estresse encontrando harmonia, neste estado veio à meditação que é a musculação dos sete chakras, dos cinco corpos aprendendo a se elevar e voltar fortalecidos dessa experiência. 

    A limpeza energética feita através da radiestesia e a radiônica foi sentida como "tirar um peço da mochila". A regressão de memórias colocou novamente frente a "situações mal resolvidas ou de vivências felizes" podendo alterá-las ou degustá-las. 

    Já a terapia de vivências passadas, permitiu a interação de vidas anteriores com o desenvolvimento atual, fazendo cair fichas decisivas para abertura de caminhos para a vida, profissão e relacionamento. 

    Maria  

    Trinta e quatro anos, bonita, inteligente, mestra e doutora, casa própria, carro do ano, feliz física e profissionalmente... Triste em relacionamentos. 

    Após o relaxamento, meditação e purificação aúrica, descobrimos a forte influência da mãe com quem morava e que exercia uma forte influência sobre sua vida, além de menosprezar os homens porque ela teve poucos momentos de felicidade. 

    Recomendei alguns Florais de Bach e na interação ela tomou a decisão de ter seu próprio apartamento e uma vida própria, coisa que aconteceu em poucas semanas, foi quando decidimos que era momento de uma Terapia de Vivências Passadas, Maria vivenciou no ano 500 dC maltrato por vários homens, posteriormente na Europa pós queda da bastilha, traída e abandonada "jurando que nunca mais amaria um homem na sua vida". Como estava sofrendo muito durante a regressão, lembrei a ela que isso é uma vivência, podendo agora apenas observar para tomar decisões. 

    A "magia" da Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas e que podemos rever cenas, neutralizá-las e modificá-las linguisticamente, assim como o juramento que Maria fizera nessa vivência. 

    Os dois eventos vivenciados e relatados por Maria tiveram uma forte influência energética que provocava o afastamento dos seus relacionamentos. 

    Após esta vivência, passaram três meses de ausência ao consultório. Até que uma quarta feira ela retornou sem marcar hora, fiquei feliz de ver que o visual circunspeto de doutora, tinha dado passo ao visual da moda e escutei algo que já esperava e disse textualmente: "Encontrei o lírio que o senhor falou" (o lírio é a carta 30 do tarô de Lenormand, carta que previa junto com outras, essa mudança e o encontro de uma pessoa transparente e de boas intenções, se ela mudasse o script da vida atual). Hoje Maria e seu lírio vêm regularmente para harmonização individual e do casal. Tenho certeza que a próxima vivência da vida de Maria será a maternidade de uma Menina...

    Discussão 

    A Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Hipnose, Meditação e Viagens Astrais; estão envolvidas pelo medo, falta de informação correta e muitas vezes pela banalização destas ferramentas. 

    Só vivenciando uma regressão de memórias e terapia de Vivências passadas, para poder dar uma definição correta dos estados de consciência descobertos e às conexões com as situações que nos interessam, trazendo soluções para os mais diversos problemas. 

    A Regressão de Memórias atua sobre o processo de gestação e o momento atual, focando principalmente o aprendizado corporal, mental, emocional, identidade/espiritual e energético. 

    A Terapia de Vivências Passadas é um complemento necessário quando os caminhos parecem que se fecharão na vida. Os insight e as vivências que aparecem fazem sentido para receber uma chave para fechar e abrir portas do livre arbítrio.

    A Hipnose adotada neste trabalho é uma técnica que permite baixar a freqüência energética do cliente que o leva a um estado de sono e vigília, conhecida também como estado alfa. O curioso é que alguns clientes fazem questão de serem hipnotizados passando pelo processo de hipnose total, preferindo posteriormente a alfa-terapia.

    A Meditação é uma parte importante deste trabalho que busca atingir não só o cliente, mas também o ser humano que está ávido de paz. Falar de meditação é falar de respiração, processo a ser reaprendido para equilibrar os cinco corpos.

    A boa respiração permite equilibrar cada meridiano, corpo, chakra, jogando fora ressentimento, sapos engolidos, etc. Incorpora equilíbrio no pensamento, sentimento e atitudes.

    As Viagens Astrais, esta ferramenta de planejamento só vai servir se soubermos aproveitar os ensinamentos do passado no presente, para projetá-los no futuro para não recriar os erros do passado e viajar até os níveis das conseqüências. 

    Este conjunto de técnicas que fazem parte da busca de conhecimento do ser humano atual, de si mesmo e sua íntima relação com o meio ambiente e as percepções a respeito de seu papel no universo e o sentido da própria existência. 

    Marcas físicas, intelectuais, morais, espirituais e energéticas. 

    Gestação e nascimento é um processo energético para o ser que está sendo concebido, porque implica diretamente rejeição ou amor, estas duas vivências podem marcantes para o ser em desenvolvimento, aparecendo mais tarde na vida adulta.

    Abandonar o estado de aconchego do útero vai ser um passo importante para as situações futuras, e de mudanças ao longo da vida.

    Aprender a andar e falar por volta de um ano, possivelmente terá uma conexão profunda com a comunicação, cair e se levantar na vida. 

    (Segundo Bernard Lievegoed em seu livro desvendando o crescimento editora Antroposófica. Refere-se a crises no encontro do eu, quando ao redor dos três anos e meio a criança deixa de falar o nenê não quer... fala até ríspido, Eu não quero). O entendimento e a compreensão deste momento são muito importantes, ela apenas está descobrindo que é, um ser único que precisa ser respeitado.  

    Mesmo que a modernidade inclua as crianças no aprendizado com uma tenra idade, existe uma crise aos sete anos, onde percebemos pela primeira vez, que o mundo belo, às vezes se transforma em feio.

    As imagens guardadas desta passagem aparecem com o peso de situações análogas no futuro, nem sempre compreendidas como remanescente de memórias ou de vivências. 

    Na medida em que as crianças crescem aparecem os medos próprios, e os condicionados pelos adultos, controlando mais pelo medo, que pelo amor, os limites e os desafios para a vida podem ser colocados a partir da amamentação, para não ter que fazer correções quando adulto.

    Nessa caminhada, nos defrontamos com a sexualidade, para algumas pessoas algo pecaminoso, para outras, parte integrante no desenvolvimento do ser humano, esta situação trará importantes informações para o cliente adulto em crise. 

    Como podemos ver nesta discussão, os cinco corpos atuam com catalisadores de memórias e de vivências que liberam informações sem serem solicitadas, assim teremos, marcas físicas, intelectuais, morais, espirituais e energéticas. 

    Conclusões 

    Os processos de aprendizado

    Efeito quebra-cabeça: os processos de aprendizado são reconhecidos apenas pelo caminho da instrução de maneira racional, com conceitos oferecidos e com aplicação prática valorizando o pensar, é um “quebra-cabeça” bem montado, só que quando falta uma peça esse ser humano entra em crise. 

    Efeito Mosaico: Já no processo de aprendizado misto Racional e Vivencial uma grande parte da humanidade vê, escuta e sente as virtudes dos conceitos extraídos tanto pela experimentação autodidata e o descobrimento de novos caminhos. Aqui já não se é mais um quebra cabeças, se é um mosaico onde mesmo faltando alguma peça se produz um a organização natural e criativa, como na natureza. 

    A instrução, experimentação e os estímulos recebidos pelos Sete Chakras, Cinco Corpos e Cinco Sentidos vão trazer um padrão de resposta, podendo ser um comportamento externo ou uma representação interna da vida, profissão ou relacionamento. 

    As vivências marcantes na vida dependerão da intensidade e do local atingido em uma das tantas memórias e o momento específico de uma forte emoção. 

    O procedimento para minimizar as condições adversas através da Terapia de Vivências Passadas, será encontrar as âncoras que seguram seu veículo físico ao navegar livremente pelo oceano da vida. 

    Sonhar? Pensar? Sentir? Agir? Fantasiar? Realidade? Este trabalho tenta desmistificar a Regressão de Memórias e a Terapia de Vivências Passadas, mostrando que o processo começa na boa respiração, passa pelo relaxamento evoluindo para a meditação, chega à auto-hipnose descobrindo o estado alfa para finalmente chegar a uma regressão de memórias e terapia de Vivências Passadas, sendo assim uma viagem com muitas escalas.

    Crises ao longo da vida, As primeiras situações de aprendizado vivencial começam em como fomos recebidos ao descobrir o estado de embaraço (espanhol) gravidez (português), notamos que as duas palavras denotam (momentos difíceis) dando início a uma série de crises que se manifestarão ao longo da vida, que nos obrigam sadiamente a crescer. 

    Crises de adotar um veículo físico, talvez sejam a primeira decisão do corpo energético ou da identidade para lapidar as pendências deixadas em vivências anteriores ou pela hierarquia ancestral (pai/mãe, avós, visavôs, tataravôs, tetravôs, etc.)

    Crise da gestação, como foi recebida? Qual foi à primeira emoção da mãe, pai, parentes, amigos. A memória energética guardou tudo isso e pode estar influenciando a vida de um ser agora.

    Crise do nascimento, do ponto de vista energético e holístico, deve-se procurar que o parto seja o mais normal possível. Na vida, o parto estará simbolizando os constantes processos de mudanças que vivenciamos e devemos fazê-los com segurança, flexibilidade e amor. 

    Crise do aleitamento, além da alimentação física e protetora que os médicos recomendam, está o sentido energético da troca de carinho importante para no futuro como auto-estima, confiança, busca e desafios. 

    Crises do andar, falar, pensar, este momento é tão importante devido a influência que terá ao longo da vida. (Bernard Lievegoed em seu livro desvendando o crescimento diz: Durante este aprendizado da posição ereta se desenvolve a capacidade exclusivamente humana "a fala") Em termo energético a criança começa abrir as janelas para o mundo físico e do pensamento com alguns toques de emoção, se ela aprender a respirar corretamente encontrará maior equilíbrio em pensamento, sentimento e ação. 

    Crise do "Eu", muito adulto não entende quando uma criança troca a fala, a nenê, o nenê e de repente fala "eu não quero" sendo muitas vezes repreendida como desafiadora ou mal criada. Esta atitude inibe o ser humano futuro que tem que se colocar todos os dias como um indivíduo com pensamentos, sentimentos e atitudes próprias.

    Crise do primeiro momento só, é um aprendizado único que deve ser compartilhado e bem direcionado para evitar os extremos. Este momento é o descobrimento do espaço próprio, auto-respeito e auto-aprendizado. Quando insinuo relembrar de um momento só, feliz e com tranqüilidade, algumas pessoas tem uma grande dificuldade de lembrar e é comum escutar que receberam muitas críticas por desejar se isolar. 

    Crise dos medos, estes aparecem colocados por adultos nas crianças no tempo que gostam de escutar contos e estórias. Outros medos são colocados para controlar, manipular, chantagear emocionalmente, ficando na memória energética e aparecendo como símbolos esmaecidos em momentos importantes na vida, profissão ou relacionamentos. 

    Crise da sexualidade, a puberdade é interferida pelo fator do equilíbrio emocional, dos pais, protetores ou educadores, espiritualidade, meio ambiente, cultura social. Ao aparecimento da puberdade as mensagens emitidas e recebidas farão parte dessa vida, as virtudes de uma terapia serão que essas vivências podem ser reescritas pela própria pessoa. 

    Crise da maioridade dos corpos, esta fase une os cinco corpos em um só querendo ser único, sair de casa, perder os medos e ser ele mesmo, questionar as pessoas e o mundo em que vive. As conseqüências disso incomodam as mentes já pré-estabelecidas e que querem sossego, esquecendo que já passaram por essa fase. 

    Crises da escolha, exatas ou humanas? Todas as crises anteriores afetarão neste momento, mesmo em famílias herdeiras de profissões, sem contar com a influência e direcionamento de vivências passadas. 

    Crise das forças, "o céu é o limite" nesta fase de vida, esportes radicais, baladas, velocidade, sons, experimentação do proibido, uma grande maioria adere a esta situação que não mede conseqüências que afetarão o futuro próximo. 

    Crises Crística, símbolo do sofrimento que leva muitas pessoas a um estado de tristeza profunda, que pode ser facilmente cuidado com Florais de Bach e aconselhamento.

    Crise de olhar para traz, chega um momento na vida de muitas pessoas quando olham para traz, sentem insatisfação, tristeza, desassossego. Outras pessoas relatam que se sentem como se estivessem num porão, num túnel ou numa noite sem fim, enquanto outras recebem este momento como mais um desafio. E o momento para algumas pessoas de entrar em contato com as vivências ancoradas.

    Crise da segunda oportunidade, Analisando o processo de vida do homem observamos que muitos símbolos que apareceram à partir do nascimento até o final da adolescência, se repetem até duas vezes no decorrer da vida adulta. Estes símbolos revestidos como perdas ou ganhos em qualidade de vida, aprendizado/profissão, relacionamentos afetivos. 

    Crise do corpo físico mental, nesta fase o medo de perder o equilíbrio físico, esquecer, ser esquecido ou ignorado, produz um estresse físico e mental que leva a uma longa peregrinação por consultórios de todo tipo. Em Regressão e aconselhamento a estas pessoas lhes é mostrado a progressão baseada num planejamento de vida racional/mental, certificando-se de unir o que já foi plantado, somado com as sementes atuais. Esta adição mostrará o que vai ser colhido no futuro. O livre arbítrio nunca teve tanta importância neste momento de vida, porque pode ter protelado a metade da vida seus sonhos e fantasias e passar o resto da vida se queixando e culpando os outros. 

    Crise da morte e das perdas, provavelmente esta é a ultima crise do ser humano na caminhada física que é inevitável. Atua próximo ou depois da aposentadoria e é como um livro que tem inicio meio e fim. Alguns ficam escrevendo sempre primeiros capítulos, outros se acomodam nas páginas intermediarias e uns poucos sabem ou aprendem a finalizar o livro da própria vida com sabedoria, serenidade e dignidade. (a sabedoria oriental se refere a quatro grandes momentos da vida. Dos 0 aos 21 anos é o momento de Aprender. Dos 21 anos aos 42 anos é o momento de Lutar. Dos 42 aos 63 é o momento de se tornar Sábio. Dos 63 em diante, é o momento de Ser Sábio). 

    Anexos 

    "TERAPIA DE REGRESSÃO”

    Técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência, desse modo, induzir "insight" sobre a infância, a vida intra-uterina e até mesmo transpessoais (informações alem da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados pela Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou. Até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo esta parte fundamental e integrante da terapia.  

    “TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE”

    Distingui-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tart, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrecidos de aconselhamento,levando ao auto-conhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incrementando a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes. 

    “TERAPEUTA FLORAL”

    Procede ao estudo e a análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja proposta é predominantemente preventiva e que atuam através das questões psíquicas, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção específica. O uso contínuo da terapia floral leva a uma maior compreensão das emoções, permitindo o aflorar de um material psíquico mais profundo, ampliando, assim, o auto-conhecimento, o que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações. É normalmente associada a outras técnicas terapêuticas, em especial, o aconselhamento, possibilitando mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou a preocupação com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. 

    “PARAPSICOLOGIA”

    Estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicados pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamado fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente, (viagem astral), regressão e vivências passadas, “poltergeist” possessão e similares.

    Referencias bibliográficas 

    Brian Weiss

    • Muitas Vidas Muitos Mestres
    • Meditando com Brian Weiss
    • A cura através da Terapia de Vidas Passadas
    • Editora Sextante - 2000

     

    Bernard Lievegoed

    • Desvendando o Crescimento – Fases evolutivas da infância e da adolescência
    • Editora Antroposófica - 2000

     

    Judy Hall

    • Terapia de Vidas Passadas
    • Editora Avatar - 1998

     

    James Van Praagh

    • Em Busca do Perdão
    • Editora Sextante - 2000

     

    Louise L. Hay

    • Cure seu Corpo
    • Editora Best Seller - 2005

     

    Ghanshyam Singh Bipla, Colkete Hemlin

    • Magnetoterapia
    • Editora Pensamento - 1999

     

    Clássicos de bolso.

    • Rei Édipo, Sófocles. Antígone
    • Ediouro, 1993

     

    Fátima Ferreira Duque

    • Florais de Bach na Astrologia
    • Editora Madras – 2004

     

    Joaquim Gervásio de Figueiredo

    • Dicionário de Maçonaria
    • Editora Pensamento
     

    NTSV Normas Técnicas Setoriais Voluntárias

    • Auto-Regulamento que pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da disciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras, éticas e técnicas de atuação

     

    Nelson Zuniga

    • Palestras proferidas e artigos publicados no SINTE, LEVEN entre outras.
     
     

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    13 de Março de 2008

    www.zuniga.terapiaholistica.net

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/05/2008 13:30


    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA PARA GRUPOS EM CONJUNTO COM A FILOSOFIA E ARTETERAPIA

    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA PARA GRUPOS EM CONJUNTO COM A FILOSOFIA E ARTETERAPIA

    Muriaé(MG)

    Abril de 2008

    NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA

    TERAPEUTA HOLÍSTICA CRT 30758

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2008

    Dedico a todos que, querendo mudar sua vida, mudam seu modo de pensar, reagindo a não pensar de acordo com seu modo de viver.

    AGRADECIMENTOS

    A Deus que me segura a mão e me impulsiona para a frente.

    Ao SINTE que, democraticamente, deixa que todos se manifestem oportunamente.

    A maior descoberta de minha geração é que os seres humanos podem alterar sua vida alterando suas atitudes”.

    (WILLIAM JAMES)

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO...........................................................................................................

    7

    1 MATERIAL E METODOLOGIA..........................................................................

    1.1 Material empregado.............................................................................................

    1.2 Métodos................................................................................................................

    2 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E FILOSOFIA....................................................

    2.1 Crenças sobre Crenças..........................................................................................

    2.2 O que nos faz pensar?...........................................................................................

    2.3 Pensa que algo não está funcionando bem?.........................................................

    2.4 Quando o passar pela vida é um passo na vida.....................................................

    3 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E ARTETERAPIA.........................

    4 INTERAÇÃO ENTRE PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, FILOSOFIA E ARTETERAPIA..........................................................................................................

    5 RESULTADOS.........................................................................................................

    6 DISCUSSÃO.............................................................................................................

    CONCLUSÃO.............................................................................................................

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................

    9

    9

    9

    7

    13

    14

    1517

    18

    19

    20

    20

    21

    22

    RESUMO

    A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA tem como objetivo uma maximização da qualidade de vida do cliente, através do autoconhecimento e, para isso, utiliza-se de técnicas, sendo a mais básica o aconselhamento. Aconselhamento que, antes de ser “dar conselhos”, é saber ouvir, é convite à reflexão, é conversa terapêutica que ouve sem julgar, pontua tópicos relevantes conduzindo a uma empatia entre terapeuta holístico e cliente a fim de conseguir resultados satisfatórios que irão influenciar beneficamente a vida do cliente. Aqui neste estudo incluímos a FILOSOFIA, com sua análise das palavras e textos, com a ARTETERAPIA que, de maneira lúdica, complementa o trabalho para o fim proposto com muito sucesso.

    INTRODUÇÃO

    A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA visa o AUTOCONHECIMENTO para uma melhor adequação da pessoa no momento em que está vivendo, no seu meio, com seus semelhantes, mudando para melhor suas atitudes para alcançar a HARMONIZAÇÃO TOTAL, ou seja, visa a harmonização de seus cinco corpos: físico, emocional, mental, energético e espiritual.

    Para que este AUTOCONHECIMENTO seja mais explícito, é necessária alguma forma de expressão que pode ser corporal, como gestos, mudanças faciais, ou palavras. As palavras são a maneira mais corriqueira da pessoa se expressar, sendo que, em todas as situações da vida, busca-se questionar o porquê, desenvolvendo-se assim uma completa resposta. O questionamento é infindo.

    Há também outra forma de expressar-se que é através da ARTE e no trabalho realizado há o enfoque da ARTETERAPIA sob a forma de PINTURAS COM TÉCNICAS CRIATIVAS, sem compromisso com Escolas de Arte, apenas como um meio de deixar o inconsciente se manifestar e agir.

    Neste “Conhecer-te a ti mesmo”, do mestre Sócrates, a Filosofia aplicada a todos os mortais pode muito ajudar. A Filosofia aqui entendida é como um bom senso em grau mais adiantado.

    Nós, os terapeutas, pretendemos que nossos clientes mudem suas atitudes perante os fatos passados ou presentes para que os mesmos não se transformem em desequilíbrios permanentes, mas sim em simples “mal-estares” que podem ser sanados e, portanto, deixem de fazer sofrer.

    Todas as pessoas passam por experiências na vida que causam profunda impressão. Se são más experiências como, assalto, estupro, surra, acidente de carro, ataque de um animal raivoso, participação em combates, ou outra situação ameaçadora, e isso lhe deixou lembranças amargas que teimam em permanecer atuando no seu presente, o fato torna-se muito incômodo e precisa ser sanado.

    As lembranças do passado e os sentimentos a respeito dessas lembranças, as perguntas sobre ele e o desejo de entendê-lo são trabalhados nessa experiência para uma preservação de uma vida melhor.

    O passado de cada indivíduo é constituído de inúmeros acontecimentos e muitos se lamentam por terem, ou não, feito determinadas coisas, mas todos conseguem recordar coisas agradáveis e desagradáveis que aconteceram. Quem se sente incomodado com o passado possui algum mal-estar, mas não necessariamente um desequilíbrio. Tratar o desequilíbrio como se fosse um mal-estar é um tipo de erro, tratar o mal-estar como se fosse desequilíbrio é outro. Onde está a diferença? Nem sempre é fácil detectá-la. Em primeiro lugar, há de se equilibrar o físico com as técnicas disponíveis. E, enquanto não lhe provém o contrário, a pessoa está bem, estável, funcional e saudável.

    Nos últimos anos, a suposição de inocência e sanidade foram desgastados por forças políticas, sociais e comerciais que têm trabalhado arduamente para diminuir as liberdades fundamentais da pessoa. Por exemplo: há algum tipo de coisa acontecendo em sua vida? Tem que se levantar cedo para ir trabalhar toda manhã? Tem reuniões marcadas, agendas lotadas, prazos a cumprir? Está cursando algo? Passando por um período difícil, como separação ou mudança de emprego? Tem filhos adolescentes? Ainda tenta entender a violência? Se algum desses tópicos traz à pessoa alguma preocupação, então é provável que esta pense que é um desequilibrado, precise de tratamentos para melhorar.

    Nós, os PSICOTERAPEUTAS HOLÍSTICOS dizemos que ocupar-se com os acontecimentos importantes da vida é perfeitamente natural. Preparar os caminhos a serem trilhados para a solução de cada tópico em cada situação e momento da vida, é envolver-se no processo e fazer o melhor. Quando essas ocupações começam a ficar demasiadas, ou seja, começam a causar angústias, então, é hora de agir com A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA EM GRUPO, usando a FILOSOFIA e a ARTETERAPIA para sanar o mal-estar específico.

    Todos os acontecimentos da vida não são desequilíbrios, são oportunidades para melhorar os tratamentos dos desafios normais da vida, são talvez algum mal-estar que pode ser sanado com inteligência e reflexão.

    Examinar o modo de pensar e de viver. Entender a situação e aplicar os princípios que melhor guiarão cada um em sua vida. Isso tudo feito em grupo gera um bem-estar nas pessoas que irá irradiar para sua família e, conseqüentemente, para a comunidade.

    1 MATERIAL E METODOLOGIA

    1.1 Material empregado:

    • Apostila;

    • Tinta guache (caixa com seis cores);

    • Tinta relevo preta e dourada;

    • Pincéis variados pequenos;

    • Cartolinas cortadas em forma de retângulo;

    • Ficha de cliente;

    • Caderno de capa dura para anotar presença;

    • Lápis, borracha

    1.2 Métodos:

    1.2.1 Estudo da apostila;

    1.2.2 Estudo das palavras selecionadas;

    1.2.3 Confecção do quadro com pinturas criativas

    1.2.1 Estudo da apostila

    As apostilas usadas para estudo dos nossos “ENCONTROS PSICOTERÁPICOS”, ou “ENCONTROS ALTO-ASTRAIS”, possuem mensagens positivas, que visam ao exame minucioso, a atenção focalizada, a consideração que cada pessoa direciona para um aspecto de sua vida para apreciar, avaliar, decidir e, por fim, agir.

    São vários “Encontros”, um a cada 15 dias. Em cada um deles a pessoa recebe duas folhas da Apostila para ser estudada naquele dia. Se a pessoa não faltar a nenhum encontro, terá a apostila completa. Se faltar, ficam faltando aquelas páginas que só serão conseguidas se ela mesma pedir a algum colega para copiar, ou seja, não há o fornecimento a quem falta.

    PRIMEIRA APOSTILA: ASPECTOS GERAIS DA BUSCA DO AUTOCONHECIMENTO

    1. Vontade;

    2. Busca da felicidade;

    3. Caminhos a seguir: Auto-estima; O relaxamento, A visualização, Ver o outro lado do acontecido; Sorriso curador; Participação e doação; Seu meio ambiente; Ressaltar as qualidades; Importância da linguagem;

    4. Fases da vida;

    5. Vencendo o medo;

    6. Crenças;

    7. Perdão e bênção;

    8. Estresse;

    9. Alimentação saudável;

    10. Jogar fora;

    11. Repousar;

    12. Respirar;

    13. Relaxamento mental

    1.2.2 Estudo das palavras selecionadas

    Cada participante do grupo recebe um papel azul (meia folha A4) para que ele escreva: – no primeiro encontro, a letra A mais bonita que ele puder fazer. Separando a metade do papel com um traço, coloca-se numa parte o sinal + (positivo) e na outra parte o sinal – (negativo), e escreve-se algumas palavras começadas com A no lado positivo, palavras que cada parcicipante quer acrescentar e cultivar em sua vida.

    Geralmente, aparecem: AMOR, AMIZADE, ATENÇÃO, AFETO, ALIMENTOS, ALTRUÍSMO, AJUDAR, ATIVAR, ANIMAR, etc. Deve-se sublinhar a palavra para ele (participante) mais importante. Na segunda coluna deve-se escrever as palavras negativas começadas com A que a pessoa quer tirar de sua vida. Costumam aparecer: ANSIEDADE; ANIQUILAR, ANGÚSTIA, AZIA, etc. Cada encontro ocorre o mesmo procedimento com as letras posteriores, seguindo o alfabeto.

    Depois de escritas as palavras e reservada a mais importante, passa-se para outro momento da reunião, onde há a elaboração do quadro individual, realizado com o emprego prático de pinturas criativas.

    1.2.3 Confecção do quadro com pinturas criativas

    Cada pessoa recebe uma cartolina retangular branca de 15 x 20 cm. São várias técnicas criativas de decoração. Como nosso idioma é proveniente do latim e grego, nossas técnicas de pintura são denominadas em “latim” para homenagear nossa língua mãe e também reavivar nossa cultura. São palavras simples e fáceis de entender.

    As instruções sobre as pinturas, se seguidas passo a passo têm um excelente resultado e confirmam o poeta popular que diz existir um artista em cada um de nós. O importante é a conscientização do valor individual, da capacidade de produzir coisas lindas que encantam, e descobrir coisas novas que contribuem para a construção de um mundo melhor.

    Técnicas realizadas na confecção dos quadros:

    1. LAUTUS LIGNUM – Pátina lixada;

    2. ROTAE RURSUS – Rodar outra vez;

    3. SPUMARE – Esponjado;

    4. SPARGERE – Espalhar – escorrer;

    5. IMMERGE LIQUOR – Imersão em água;

    6. CIRCUNDARE – Semicírculos;

    7. IMMISCERE PRIUS – Misturar antes, granitado;

    8. LONGUS PINUS – Xadrez;

    9. PELLIS APPLICARE – Papel amassado;

    10. VASIS DECORIS – Tipo vaso de cimento;

    11. TINGERE SUTOR – Com tinta de sapateiro;

    12. AURUM – Dourado;

    13. ELEVARE EFECTUS – Estuque levantado;

    14. FORMAE VASTA – Com stencil;

    15. SACCUS RUPTUS – Plástico;

    16. FUNDERE COLORIS – Furta-cor;

    17. CORIUM VETUS – Cobre velho;

    18. REGIONIS AUREUS ET PULLUM – Relevo dourado e preto;

    19. MARMOREUM – Marmorização;

    20. PICTUM VETERIS – Pintura envelhecida;

    21. SPLENDIDUS PURPUREUM – Metalização;

    22. MOLES FIDELIS – Massa firma decapê;

    23. SAPIS RENOVARE – Saber renovar satinê;

    24. CINGERE – Cercar – rolo papel H;

    25. BASIS FLORIS – Flor como base;

    26. EXPINGERE LAMINAE Nº 01 – Estamparia em lata;

    Em cada encontro é aplicada uma técnica diferente conforme acima. Em seguida, escreve-se a palavra considerada mais importante pela pessoa e reservada anteriormente com letra dourada ou preta, como por exemplo, AMOR (no primeiro encontro) e, a partir daí, cada pessoa mostra seu quadro para os demais, fala as palavras que escreveu e o porquê de tê-las escrito. Essa demonstração funciona terapeuticamente porque a pessoa só fala e reflete sobre o que é importante em sua vida, ali na hora, todos gostam muito, prestam atenção e sentem-se participantes da história do outro.

    2 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E FILOSOFIA

    Cada pessoa precisa de ajuda em muitas situações da vida. Se apresenta algum determinado desequilíbrio sério no corpo, procura um profissional competente naquela área e este a ajuda, mas se apresenta um mal-estar, é necessário um aconselhamento correto e eficaz, tarefa essa do PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO.

    O Psicoterapeuta Holístico não é, necessariamente, um filósofo, mas a Filosofia pode ajudar muito alguém se tornar um excelente Psicoterapeuta Holístico. Aprimorar o ponto de vista para transformar o mal-estar em bem-estar, entender, de modo filosófico as circunstâncias da vida, é como encontrar o olho do furacão: fica-se num estado calmo e tranqüilo, ainda que muita coisa possa rodopiar à sua volta.

    Um mal-estar, quando não transformado em bem-estar, pode acabar originando um desequilíbrio em fase avançada. É muito mais fácil tratar um mal-estar com boas idéias antes que ele cresça. Um estado persistente de mal-estar pode influenciar ou estragar os pensamentos, as palavras e atos, mas pode afetar também, negativamente, o bem-estar emocional e físico. Um dilema moral não resolvido, uma injustiça não sanada ou um objetivo não atingido são fontes de mal-estar, se não forem examinados filosoficamente.

    Ao se lidar com todos os desafios normais do cotidiano, precisa-se de uma filosofia de vida. A vida com todas as dificuldades e tribulações, pode provocar um mal-estar, que é um desconforto na consciência, e não uma disfunção do corpo. O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO, com ajuda da FILOSOFIA, é o profissional adequado para ajudar a pessoa que apresenta mal-estar . Examinar o medo de pensar e de viver. Entender a situação e aplicar os princípios que o guiarão nessa fase. É o que se chama “FILOSOFIA APLICADA”. O nome que Aristóteles atribuía a esta análise era PHRONESIS, ou sabedoria prática.

    Nem sempre é possível mudar as circunstâncias da vida, mas sempre se pode mudar a maneira como são interpretadas. O modo como cada pessoa encara essas circunstâncias é a filosofia de vida individual. Realiza-se, portanto, as seguintes questões aos participantes dos grupos de ENCONTROS PSICOTERÁPICOS: sua filosofia de vida funciona a seu favor, contra você ou não funciona? Se já funciona, ótimo, mas pode-se melhorar. Se funciona contra você, é hora de revê-la e fazer algo para que ela funcione a seu favor. Se não funciona, é perda de tempo e urge consertá-la e colocá-la em funcionamento.

    Em alguma situação da vida, a pessoa precisa de vários profissionais. Por exemplo, se ela estiver passando por uma partilha de herança, são vários os profissionais envolvidos: advogados, contadores, psicólogos, mediadores e um o PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO, que seja também orientador filosófico para que a pessoa siga bem a vida e não perca tempo e dinheiro.

    O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO, com base na filosofia, tem uma grande facilidade de dialogar eficazmente com seus clientes sobre questões de significado, propósito e valor na experiência de vida.

    2.1 CRENÇAS SOBRE CRENÇAS:

    O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO FILOSÓFICO interessa-se profundamente pelos sistemas de crenças. Muitos filósofos, de Platão a William James, notaram o papel fundamental de nossas crenças para o bem ou para o mal em nosso dia-a-dia. Hobbes observou que o mundo humano é governado pela opinião. As opiniões são apenas crenças prematuras sobre questões que atraem nossa atenção imediata. O exame filosófico de um sistema de crenças envolve tentar compreender não só em que as pessoas acreditam, mas também como passaram a acreditar naquilo, que razões têm para acreditar no que acreditam, como suas crenças afetam seu modo de viver e até que ponto suas crenças são fontes de bem-estar, de mal-estar ou de desequilíbrio.

    É sempre espantoso nas crenças humanas ver que se alguém acredita em alguma coisa, outra pessoa acredita em algo diametralmente oposto. Isso leva a ações humanas contraditórias e incompatíveis. Por exemplo: homens-bomba que se explodem, explodindo várias pessoas juntas, causando grande estrago. Para muitos são terroristas violentos que afrontam a humanidade e a civilização. Para outras são pessoas mártires, heróis e guerreiros.

    O nosso objetivo da PSICOTERAPIA HOLÍSTICA FILOSÓFICA é ajudar a pessoa a efetuar pacificamente uma mudança pessoal, mudando a filosofia pessoal, sem guerra nem violência. Outro exemplo: um governo invade um país, supostamente para combater um terrorismo, causando mais terrorismo ainda. Com estes exemplos extremos ou violentos, vemos não só o papel fundamental das crenças que governam a conduta na vida, mas também como as crenças sobre as crenças dos outros governam de forma fundamental a conduta na vida. Compreender tudo isso é uma tarefa filosófica.

    Compreender como as crenças e as crenças sobre crenças que podem tornar melhor ou pior a vida humana também é uma tarefa filosófica. Aquele que defende o relativismo moral acredita que tanto o terrorista suicida está certo em se matar, como também está correto tal governo invadir um país para combater o terrorismo causando mais terrorismo, pois o relativismo moral defende a tese de que tudo está certo sob tal ponto de vista, sob tal ótica. Isso proporciona grandes discussões e desentendimentos mundiais. O que falta é uma bússola moral, entre outras ferramentas filosóficas necessárias para examinar e compreender os sistemas de crenças. Toda crença é válida desde que não prejudique de forma nenhuma a outrem.

    Se uma pessoa tem liberdade para ter suas crenças, não pode tolher a liberdade de outros terem suas próprias crenças, nem matá-los por isso. Nossas crenças não podem trazer sofrimento. Todo sofrimento sai fora da sincronia universal. Antigamente os chamados “sofistas” eram defensores de todo e qualquer ponto de vista, não importando se eram bons ou causadores de sofrimento. Hoje, os “advogados” são treinados para serem defensores e muitas vezes o que defendem é causador de sofrimento.

    O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO FILOSÓFICO deve estar interessado no que os seus clientes acreditam. Se suas crenças fazem com que sintam mal-estar e se estão carentes de orientação filosófica para lidar positivamente com isto, estão fadados a sofrer sem necessidade e, talvez, espalhar seu mal-estar destrutivamente entre outras pessoas, como algum contágio virulento da mente.

    Algumas crenças provocam mais mal-estar do que outras e algumas são mais prejudiciais do que outras. Isso não é relativismo moral. Há muitas maneiras de causar danos a si e aos outros, e causar dano é mau. Isso é absoluto. Há também muitos modos de ajudar a si e aos outros, e ajudar é bom. Isso também é absoluto. Se vai preferir ajudar a si mesmo e aos outros, cabe à própria pessoa decidir. Isso é relativo.

    2.2 O QUE NOS FAZ PENSAR?

    Para os neurocientistas o que nos faz pensar é o cérebro e ponto final. Será que se entendermos o cérebro, entenderemos o pensamento?

    Se pararmos para pensar sobre o pensamento veremos que nada sabemos sobre ele: tem cor? É grande? Tem forma? Massa? E os pensamentos que chamamos de lembranças, como se mantêm? Como conseguimos acessá-los?

    Como não se tem resposta para essas e outras perguntas, conclui-se daí que o cérebro não é o pensamento. Cada pensamento ativa alguns circuitos cerebrais. Uma fotografia do cérebro não é uma fotografia da mente porque a mente não é algo físico. Não há como tirar fotografia de volições, intenções, atitudes, crenças, alegrias ou tristezas, possivelmente, porque estas se originam na mente e só se espelham no cérebro. Mesmo que a mente nasça do cérebro, as mentes têm propriedades que independem dos cérebros. É a vontade de cada pessoa, ou seja, a focalização de sua consciência, que determina, em parte, o seu estado cerebral.

    O que faz pensar não é o cérebro, mais do que isso, é a consciência. As mentes são fontes locais de consciência. O pensamento é a irradiação da mente.

    A consciência é a fonte que permite pensar e também consome muito alimento mental. Ingere todo tipo de ração, algumas mais tóxicas que as outras: intenções, volições, revelações, preconceitos, razões, paixões. O alimento melhor para a mente é a filosofia, pensamento de primeira ao contrário do pensamento estragado.

    A vida é um veículo. O cérebro é o motor do veículo. Se o motor funciona direito (e os outros sistemas estão bem), o veículo pode se mover. Depois vêm outras questões: para onde irá? Depressa ou devagar? Quem vai com você? Para que essas questões tenham significado, é necessário um motorista. Esse motorista é a mente. Sem mente, o veículo, sem motorista, de sua vida, não vai a lugar nenhum. Mas, com a mente ao volante, o veículo pode levar cada um a lugares lindos. É a viagem de uma vida.

    2.3 PENSA QUE ALGO NÃO ESTÁ FUNCIONANDO BEM?

    São somente duas coisas que podem fazer uma pessoa pensar que algo não está bem: desequilíbrio em fase avançada e mal-estar. Se fisicamente, algum desequilíbrio em fase avançada o ataca, como a dengue, por exemplo, pode-se ter sintomas desconfortáveis, como febre ou dor no corpo, então, os sintomas estão avisando que há algo errado, e procurando ajuda adequada, há o restabelecimento do equilíbrio. O aviso do desconforto é, portanto, benéfico pois alerta que algo não está indo bem.

    A moral filosófica desse estudo é que a dor e o desconforto não são sempre, necessariamente, ruins. E o prazer não é sempre, necessariamente, uma coisa boa. As dores são boas quando são sintomas a avisar que algo não vai bem. Do mesmo modo os prazeres são ruins quando deixam de avisar que há algo errado que exige atenção, como, por exemplo, o vício da bebida. Bebe-se e sente-se bem, solto, alegre. Mas, é provável que sempre se vai beber mais e quando notar já está com um problema grave, sem solução.

    O desequilíbrio em fase avançada traz consigo um conjunto de sintomas que faz uma pessoa se sentir diferente do normal, é uma situação interna. O mal-estar é diferente. Tem sempre uma origem externa. Os cinco sentidos que geralmente todos têm, podem cada um fazer com que nossa atenção se fixe em um estímulo que seja perturbador. Por exemplo, se um indivíduo caminhando por seu bairro, vê um catador de papel recolhendo o material no lixo, uma moça de cabelo vermelho cheia de piercing no corpo, um senhor idoso de mãos dadas com uma mulher muito enfeitada, percebe que estas pessoas não representam perigo, nem ameaça pessoal, mas, ao avistá-las, o indivíduo apresenta um mal-estar. Por quê? Porque as imagens vistas nesse momento se chocam com alguma noção preconcebida; sobre reciclagem (pode-se não estar fazendo sua parte, separando o lixo), jovens na moda pós-moderna e preconceito sobre o idoso (muitos acham que idoso não pode namorar, acha que o outro quer é aproveitar a parte financeira daquele).

    Há três maneiras de lidar com esse problema: em primeiro lugar, pode-se tentar tirar essas pessoas do bairro, da linha de visão, o que vai causar inúmeros problemas. Em segundo lugar, pode-se tentar convencê-los a ser como antigamente: confuso ao jogar as coisas no lixo sem separar, com idéias antiquadas quanto à moda e intransigente quanto à terceira idade. Isso, sem dúvida, é um grande desperdício de tempo. Em terceiro lugar, pode-se perguntar exatamente quais as crenças que fazem estes estímulos visuais gerarem mal-estar. Já que essas pessoas referidas não são prejudiciais, seria mais fácil e melhor modificar os preconceitos, para aceitar as diferenças individuais e seguir em frente. Esse procedimento se aplica aos outros sentidos: audição, olfato, paladar e tato. Se não causa danos o estímulo, o mal-estar, resulta de conceitos anteriores sobre ele. Se quer tirar o mal-estar e sentir conforto, deve tirar os preconceitos.

    Há milhares de prazeres e dores na nossa caminhada: bem-estar, mal-estar e desequilíbrios. A norma da vida é o bem-estar, embora haja disfunções que precisam ser sanadas e quando o são, volta novamente a sensação do bem-estar.

    As duas únicas razões para supor que há algo errado são os desequilíbrios e o mal-estar, que podem dar origem a dois tipos de avisos: dor e sofrimento. Muitos desequilíbrios não causam dor imediata, por isso, ficam incubadas, daí a melhor solução é a prevenção. Se seu corpo sente uma dor incomum, isso deve ser pesquisado, mas se está sentindo sofrimento, é preciso pesquisar o que está desencadeando o desequilíbrio energético individual. Pode-se culpar os outros por seu mal-estar, mas seu sofrimento é só seu. E se é só seu, pode-se deixar de tê-lo.

    Se uma pessoa sofre de tristeza profunda, esta pode ser causada por um problema químico no cérebro, este não transmite sinais de dor e pode haver sofrimento da mente. Há muitas dores que são criações da mente. Exemplo disso são os amputados que, mesmo faltando alguma parte do corpo, sentem dor e coceira nesses membros perdidos.

    Nossa principal tarefa é entender os tipos de sofrimentos criados pelas crenças, pelos preconceitos e hábitos da própria pessoa e que, portanto, podem ser aliviados pela modificação das crenças, pelo enfrentar dos preconceitos e pela alteração dos hábitos. A isso chamamos de prática filosófica.

    Não se deve buscar o sofrimento para, depois de cessá-lo, ficar tudo melhor. Mas, se já está sofrendo e busca compreender as verdadeiras causas de seu sofrimento, talvez descubra ser, a própria pessoa, a verdadeira causa. Se esse for o caso, e para muita gente é, então a pessoa escolhe sofrer, e assim tem o poder de reduzir ou eliminar o sofrimento escolhendo não sofrer.

    Nós, os PSICOTERAPEUTAS HOLÍSTICOS FILOSÓFICOS temos que analisar se a pessoa estiver escolhendo sofrer, usar os métodos para ele parar de fazer essa escolha, parar de agir errado consigo mesmo. Sempre é possível mudar algo na vida.

    2.4 QUANDO O PASSAR PELA VIDA É UM PASSO NA VIDA

    Para muitos, pensar na vida é algo simples. Pensar sobre os acontecimentos passados, presentes e futuros. Imaginar outros passos a dar em outra direção, em outros passos, que poderiam ter sido dados. Julga-se que isto seja pensar na vida. Mas, pensar na vida não é algo assim tão simples.

    Segundo Platão, o homem vive preso a uma falsa imagem do real. Para ele, não se contempla em geral à própria realidade, mas apenas às imagens, que estão para o real como a sombra de um objeto para o próprio objeto. Caracterizando este fato, ele criou a alegoria da caverna: os homens vivem acorrentados, numa caverna, votados para o seu interior; a luz que nela chega projeta sobre as suas paredes e interiores, sombra dos objetos reais, assim, vê-se as sombras projetadas e julga-se que estas sombras são a realidade; de fato, estas sombras têm alguma coisa de forma real, mas são uma imagem pálida e imprecisa da realidade, e não a sua visão efetiva e direta.

    Para Platão, o conhecimento sensível está para o conhecimento intelectual, assim como a sombra está para o objeto de que ela é uma imprecisa projeção. Para ele, a missão do filósofo é libertar dessa visão subalterna, para que eles pudessem contemplar a verdadeira realidade. Esta análise de Platão continua válida na sua essência.

    A missão fundamental do filósofo é aqui junto com o PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO que juntos formam um só, no agir e no modo de pensar, consiste em libertar o homem de um tipo de visão espontânea e superficial para conduzi-lo a um outro tipo de visão do mundo. Não se pode refletir convenientemente sobre os problemas que afligem a existência humana se não pudermos ultrapassar uma visão imaginativa da vida por uma visão conceitual.

    Esta distinção entre imagem e conceito é fundamental. Sair do plano confuso em que se desenrola espontaneamente o conhecimento humano é, antes de tudo, ter consciência da distinção que existe entre o conhecimento – imagem e o conhecimento – conceito. Após haver o domínio sobre um conhecimento restrito ao processo imaginativo, e sobre o conhecimento que se processa no plano conceitual.

    Bérgson fala do “eu de superfície” e “eu profundo”. “Eu de superfície” é a reação automática diante de estímulos de acordo com interesses práticos e “eu profundo” é a participação nos acontecimentos com o agir da personalidade individual e escolhas realizada.

    O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO FILOSÓFICO busca com a escolha de palavras pelo próprio cliente, sua classificação e opção por melhores diretrizes para a vida, saindo do plano automático para o verdadeiro conceito.

    3 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E ARTETERAPIA

    Nesse mundo pós-moderno, as pessoas usam, geralmente, critérios para realizar os juízos de valor, de acordo com a produtividade e a utilidade.

    A noção do útil, como um valor por excelência, passou a fazer parte de uma consciência coletiva por duas razões: uma, de ordem prática e outra, de ordem teórica. Na ordem prática, o advento levou a primeiro plano o problema da produção e com isso difundiu uma mentalidade utilitarista que levou a que se julgasse o homem pelo que ele é capaz de produzir e não pelo que ele é. Na ordem teórica, o pragmatismo doutrinário firmou-se na concepção de que seria válido apenas o que favorecesse o progresso da vida humana. Tais fatores, de natureza prática e teórica, fundiram-se numa concepção que marcou a mentalidade humana, voltada para o culto do útil.

    Mas, o produzir simplesmente por produzir sem saber qual fim atingir, não satisfaz a pessoa que, por isso, se angustia. É preciso levar em conta o plano do útil que é a produção, mas também o plano do inútil que se localiza na esfera do não-prático da vida humana.

    Vamos encarar o mundo das crianças. Na infância tudo é lúdico, tudo é um jogo para exercitar o desenvolvimento do seu ser. A criança não é pragmática, ela pergunta “porque” e não “para que”. Os adultos, querendo saber para que tal comportamento vão conduzindo-as aos interesses práticos.

    O mundo da criança se prolonga na existência dos artistas. O mundo da arte não tem “para que”. O mundo da arte exprime um anseio de expressão, uma comunicação de sensibilidade, um traço de simpatia, pelo desejo de exprimir uma visão original, que nada tem a ver com o rotineiro ou o prático da vida comum. O artista vê na sua obra, o que ninguém antes vira. O artista revela uma visão nova, desperta os homens automatizados da visão rotineira de tudo, promove a liberdade de expressão, mantendo a consciência do homem sempre ativa e atuante.

    As categorias da vida artística não são do domínio do útil: a graça, o belo, o grandioso, o sublime, e outras, são a contribuição do não prático, no mundo das artes para uma vida humana mais humana.

    Nesse nosso trabalho, enquanto as pessoas pintam, elas vão deixando fluir o artista que está em cada uma delas e, através das técnicas aprendidas, são produzidos lindos quadros pequenos, é verdade, mas que conseguem expressar seu ponto de vista e quiçá modificá-los. Desse modo, a ARTETERAPIA funciona como coadjuvante nesse processo de equilíbrio.

    4 INTERAÇÃO ENTRE PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, FILOSOFIA E ARTETERAPIA

    Há uma interação muito proveitosa entre essas maneiras de equilibrar a pessoa, elas se completam. A filosofia continua a experiência artística. A filosofia procura alcançar um tipo de saber desinteressado, o que significa um tipo de saber que não está comprometido com nenhuma aplicação prática imediata.

    É verdade que o homem tem o direito de conhecer para atender à solução das dificuldades de ordem prática que surgem em sua vida; mas, não é só isso, pois ele se engrandece na medida em que se dispõe à investigação das explicações mais profundas, movidas pelo desejo de encontrar uma resposta que satisfaça a sua disposição inata de perguntar. Através dessa satisfação de compreender ele já demonstra alegria interior, a conciliação dele com ele mesmo, a harmonia brota no interior de seu próprio ser.

    Através das pinturas, das palavras escolhidas, da reflexão sobre elas, o destaque da palavra mais importante, do que aquela palavra significa para ele, as cores, tudo, fazem com que ele se sinta não apenas um instrumento ou uma engrenagem da máquina da natureza, mas sim um ser ciente e consciente, um ser no mundo, um ser diante do mundo, um ser capaz de testemunhar e contemplar a existência do mundo.

    Em grupo ele se expressa melhor, aproveita da experiência do outro e soma coisas boas à sua vida.

    5 RESULTADOS

    Nesse nosso trabalho de unir a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA COM FILOSOFIA e ARTETERAPIA para fins de harmonização da pessoa humana como um todo, em grupo, nos utilizamos da especulação intelectual como forma de desenvolver a inteligência na perfeição de si mesmo.

    Há três anos que realizo o “ENCONTRO ALTO ASTRAL” aqui no meu atendimento, na FUNDARTE – Fundação de Cultura e Arte de Muriaé - que é um Órgão da Prefeitura que já me emprestou uma sala completa várias vezes e também em uma Casa de Cursos anexa da Paróquia que sempre me concede o espaço físico para a realização dos ENCONTROS com os participantes convidados, preferencialmente meus clientes mais desequilibrados . Uns aceitam e ficam fãs ardorosos. Outros vêm uma, duas, ou até quatro vezes ou cinco, outros não aparecem e nem falam do convite. Eis a estatística do resultado:

    Em 100 convidados a participar:

    • 10 continuam desde o primeiro encontro até hoje, gostam muito, já melhoraram muito sua vida de um modo geral e, mais especificamente, no emocional e profissional, pois já se descobriram capazes. Cinco mudaram de emprego e estão se saindo bem na vida;

    • 15 vieram cinco vezes e melhoraram bastante com maior conscientização de suas capacidades e descobertas de novas potencialidades;

    • 30 participaram quatro vezes, melhoraram alguma coisa, acharam que estava bom e só;

    • 25 compareceram duas vezes, se encantaram momentaneamente, voltaram, começaram a melhorar e sumiram;

    • 20 vieram só uma vez, assustaram tanto com a solicitação para que pusessem a cabeça a funcionar e refletir sobre as palavras em suas vidas, não quiseram melhorar e desapareceram.

    6 DISCUSSÃO

    Nesse nosso trabalho de desenvolvimento da PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para grupos em conjunto com a FILOSOFIA E ARTETERAPIA destacamos o estudo do significado das palavras para os componentes do grupo e este significado quando discutido torna-se muito mais atuante e possível de assimilação e, muitas vezes, de mudanças benéficas que trarão maior bem-estar.

    As pessoas vivem muito apressadas e orientadas sempre para a satisfação das necessidades da vida humana. Só querem fazer o que é útil. O útil está dirigido a atender a uma necessidade e, por isso, de um modo geral, representa um condicionamento à sobrevivência. Mas o homem e a mulher não precisam só sobreviver, porque assim seriam como os vegetais. É preciso conceber a vida humana em termos de liberdade, que é a emancipação do útil. Não desprezar o útil, mas dar lugar também ao não-útil, portanto, inútil: a vida lúdica, a vida estética, a vida especulativa, a vida moral, a vida religiosa são expressões dessa experiência não prática, dessa existência não-útil e, portanto, inútil.

    “Útil” significa tudo aquilo que tem um fim noutro, e não em si mesmo. Exemplo: uma caneta é útil porque o seu fim é escrever. O “útil” não tem valor em si mesmo, mas só tem valor por aquilo a que serve. O “Inútil” sempre é usado de modo pejorativo, o que não serve, não tem finalidade. No entanto, usado no sentido certo, o INÚTIL significa aquilo que “tem um fim em si mesmo”, define a vida humana na ordem da perfeição e da liberdade.

    A atividade lúdica é uma manifestação da infância, mas da infância de todas as idades. A pessoa humana necessita para o seu equilíbrio total de momentos de desligamento da perspectiva prática da vida. Por isso, em grupos e pintando quadros com técnicas de pintura criativa, as pessoas se desligando da vida útil por duas horas consecutivas e refletindo sobre o significado para elas das palavras usadas no encontro, vão se soltando, se deixando conhecer e participando do grupo. Isso gera um bem-estar incrível nelas que, sentindo-se bem, se dominam mais e ficam mais harmonizadas e felizes.

    CONCLUSÃO

    Participar do ENCONTRO PSICOTERÁPICO ou ENCONTRO ALTO ASTRAL é recuperar a própria vitalidade energética, se estiver aberto para receber as boas energias. Todos emitem conceitos e opiniões sobre as palavras em suas próprias vidas, vão fazer interação uns com os outros e assimilar força, encorajamento, compaixão, esperança e amor, através do contato real.

    Desejamos um desenvolvimento da vida humana marcada pelo progresso, sem dúvida alguma, porém, não concordamos com a redução do conceito de progresso ao puro desenvolvimento técnico e ao aperfeiçoamento dos instrumentos de proteção.

    O que se procura é um maior bem-estar da pessoa humana, externamente pelo conforto e internamente a possibilidade de um desenvolvimento mais completo voltado para o “útil”, mas também para o “inútil” significando aqui um caminho de maior aperfeiçoamento pessoal. Só o útil não soluciona o problema do homem em toda a sua complexidade, nem atende suas aspirações mais profundas. Urge que se recupere a noção de outros valores que, ao lado do útil, contribuirá para uma melhor qualidade de vida.

    Viver se exprime como consciência pelo fato de ligar o passado e o futuro na permanente renovação dos atos de escolha.

    O grupo exprimindo seus conceitos, suas idéias, seus motivos pelas escolhas feitas, vão se desenvolvendo amizades, interações, convivências que geram melhorias pessoais e, conseqüentemente, no seu lar, no seu ambiente de trabalho e na sociedade.

    Pensar a vida não é pensá-la em termos de caminho que percorremos, porque viver não é passar, mas é ser. O que importa é saber como participamos da vida, como sentimos a vida, o que construímos de nosso próprio ser no nosso próprio modo de ser.

    A vida, em cada encontro do grupo, é repensada, analisada e melhorada para o equilíbrio do hoje, tendo em vista o bem-estar do amanhã.

    É muito gratificante trabalhar com cada um e com o grupo em geral porque fica claro que, juntos, somos mais fortes, mais audazes, mais eficazes.

    Caminhar na vida é construir paulatinamente o seu próprio ser.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

    FILHO, H.V. Auto-Regulamentação da Terapia Holística. São Paulo: Sinte Books, 2001

    FILHO, H.V. Marketing para consultórios. 2.ed. São Paulo: Sinte, 2004

    FILHO, H.V. Tutorial da Terapia Holística. 3.ed. São Paulo: Sinte, 2004

    HOR, A. Universo, como tudo começou. São Paulo: Produção Editorial, 2002

    MARINOFF, L. Pergunte a Platão. 3.ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 2005

    MENDONÇA, E.P. O mundo precisa de Filosofia. 3.ed. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1973

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA CRT 30758
    Última atualização: 16/06/2008 19:17


    O atendimento virtual e o uso dos Florais de Bach: um estudo de caso

    Nota da organização: o trabalho a seguir trata-se do primeiro estudo de atendimento à distância com Terapia Holística. Não é intenção do SINTE, nem da autora do trabalho, passar a impressão de que este formato substitua o contato pessoal entre Cliente e Terapeuta Holístico em ambiente de consultório.

    O atendimento virtual e o uso dos Florais de Bach: um estudo de caso 

    Andrea Pavlovitsch

    Terapeuta Holística -

    Disciplina: Terapia Floral de Bach

    Orientador: Henrique Vieira Filho – CRT 21001 
     
     
     
     
     
     

    São Paulo

    2008 
     
     
     

    Epígrafe
    A grande invocação
     
     

    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra 

    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra 

    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem. 

    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal. 

    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra. 


     Dedicatória 

    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.  

    Dedico a meus amigos e colaboradores. 
      

    Agradecimentos 

          Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem à oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

          Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

          Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

          Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.  
     
     
     
     
    Sumário

     
     
     
     
    1. Introdução..............................................................................................................8

       1.1 A história da internet              ...............................................................................8

       1.2 Internet inserida na cultura atual          .................................................................9

       1.3 Os Florais de Bach e seu uso terapêutico.............................................................10

          2. Material e metodologia...........................................................................................12

          2.1. Material ...............................................................................................................12

          2.2 . Método...............................................................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................14

    4. Discussão.....................................................................................................................18

    5. Conclusão....................................................................................................................19

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................20

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................21 
     
     
     
     
     
     
     Resumo

     

    O presente trabalho visa demostrar um caso de uso dos Florais de Bach e a eventual resposta da cliente ao seu uso associado ao aconselhamento terapêutico. A diferença, porém, é que, neste caso, foi usada a via virtual de comunicação, ou seja, uma cliente de uma outra cidade, não a da terapeuta, e que realizava sessões através do uso de um comunicador MSN Messenger, na rede mundial de computadores.

    O objetivo do trabalho é demostrar como o uso da internet pode ser benéfico ou não para um novo tipo de atendimento, utilizando as novas ferramentas. Quais são as vantagens e desvantagens deste novo meio de comunicação e as facilidade e dificuldade encontradas durante o caminho.  
     
     

    1. Introdução

    1.1. A história da internet

     

    A internet surgiu, inicialmente, como um rede de proteção de dados nos EUA na época da Guerra Fria, na década de 60. Temendo um ataque inimigo, o Departamento de Defesa Americano criou um sistema de dados que poderiam ser configurados num local e visto em outro, mesmo a dezenas de quilômetros de distancia, num sistema chamado de chaveamento de pacotes. Depois do fim da Guerra Fria entre as duas grandes potencias mundiais da época (Estados Unidos e União Soviética) algumas universidades receberam a incumbência de desenvolver os sistemas utilizados, dado origem, então, a internet: 

      A mesma lógica se deu com a Internet. Jovens da contracultura, ideologicamente engajados ou não em uma utopia de difusão da informação, contribuíram decisivamente para a formação da Internet como hoje é conhecida. A tal ponto que o sociólogo espanhol e estudioso da rede, Manuel Castells, afirmou em seu livro "A Galáxia da Internet" (2003) que "A Internet é, acima de tudo, uma criação cultural". (Wikipédia) 

    Já nos anos 80, o interesse pela rede mundial de computadores era tamanha que ela passou a despertar mais e mais interesses dos pesquisadores. "Em 1989 a contribuição do cientista Sir Tim Berners-Lee do CERN, Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares) muda definitivamente a face da Internet" (Wikipédia). Estava então criada a Word Wide Web (a famosa www) um sistema que inicialmente interligava sistemas de pesquisas científicas e acadêmicas, interligando universidades. Depois dos anos 90 porém, com a divulgação da internet para o grande público, este passou a ser o sistema que gerencia todo e qualquer conteúdo deixado na internet, que deve ser acessado diretamente de um computador através de um navegador.

    No Brasil a internet passou a vigorar da maneira como conhecemos a partir de 1995, quando o governo abriu os sistemas, antes restritos as pesquisas e universidades, para a comercialização.  
     
     
     

    1.2. Internet inserida na cultura atual 

    Segundo levantamento feito pelo IBOPE sobre o número de usuários de internet no Brasil, em 2001 haviam 9,8 milhões de internautas , o que perfaz 5,7% da população brasileira. Já em 2007 este número já chega a 21,5 milhões de indivíduos, ou seja, 14% da população, o que nos mostra a rapidez com que este meio ingressou na vida dos brasileiros. Além disso, o Brasil é considerado o país com maior tempo médio de navegação residencial por internauta . Isso entre os 10 países monitorados pela Nielsen/Netratings. Ele está à frente da França, EUA, Alemanha e Reino Unido. O crescimento da internet nos lares brasileiros cresce ao assombroso ritmo de 45,5% ao ano.

    Várias são as pesquisas indicando o crescimento da importância da internet na vida dos brasileiros. O Brasil é, por exemplo, o maior usurário mundial do site de relacionamento ORKUT, merecendo até mesmo uma versão em português (o site foi criado pelo turco Orkut Büyükkökten) já nos primeiros meses de sua existência. A internet é utilizada também  para fazer compras (gerando R$ 7,5 bilhões em vendas em 2004), fazer boletins de ocorrência (de 2000 a 2004 haviam sido registrados 432.177 mil boletins), pesquisas, educação a distancia (até mesmo de cursos universitários), procura de vagas para emprego e toda sorte de divulgações e publicidades. Hoje, é considerada ferramenta essencial para publicitários, havendo mesmo propagandas televisivas que fazem alusão aos sites de internet. A maior parte ainda dos usuários é da classe A e B, mas este quadro está mudando com a popularização dos preços dos equipamentos (computadores) e barateamento do custo do acesso mensal devido a grande oferta, dando maior possibilidade a classe C.

    Diante deste quadro é impossível negar a sua importância e importância da cultura que se gera em volta desta ferramenta. Jovens e crianças hoje utilizam a internet como algo essencial em suas vidas, marcando encontros com os amigos, paquerando ou apenas jogando no computador. É quase impossível encontrar um jovem que não tenha um endereço de e-mail (endereço de correspondência eletrônica) e até mesmo os adultos e a terceira idade estão aprendendo a utilizar a ferramenta para trabalho, diversão ou mesmo economia na hora de falar com parentes distantes. Aliás, a Internet rompe distancias e limites que antes eram colocados para as pessoas além de protege-las de um mundo cada vez mais violento e perigoso. É possível conversar com qualquer pessoa ao redor do mundo, apenas pagando uma taxa local de ligação (através de programas como Skipe) ou conversar através dos chamados "Messengers", ferramentas altamente populares que permite a conversação online de pessoa em diferentes pontos do planeta. Além disso, a cultura ficou muito mais acessível. Se antes era impossível ter acesso aos números do IBOPE, por exemplo, (que só eram liberados para os que encomendavam as pesquisas), hoje é possível encontrar números com apenas alguns cliques. Artistas estão colocando seus trabalhos (fotografia, designer, vídeos, músicas) na internet e tornando-se populares sem nem mesmo bater na porta de uma gravadora. É possível saber as notícias no exato momento em que elas acontecem e até mesmo a televisão teve que adaptar seu conteúdo à internet. Hoje a interatividade é crucial para o bom funcionamento de uma emissora de TV, gerando programas em que o telespectador pode participar ativamente, no momento do programa, através de e-mail ou de votos (no caso do Big Brother Brasil ou do extinto Você Decide, ambos da Rede Globo de televisão).

    Mas a internet também pode ser uma ferramenta maléfica, dependendo de por quem for usada. É cada vez maior o número de pedófilos que acessam a rede atrás do sustento dos seus problemas psicológicos, gerando fotos de crianças e adolescentes nus ou maltratados.  Também cresce o numero de golpes pela internet, como falsificação de e-mail, senhas e até mesmo desvios bancários. Mas, como toda a mera ferramenta, a internet está somente espelhando o próprio comportamento social vigente, com suas parte positivas e negativas.

    Mas o que podemos afirmar com certeza é que todo este contexto mudou a cabeça, a cultura das pessoas. Hoje se pensa diferente do que antes, e é possível expressar a sua opinião através de blogs (diários virtuais), ou mostrar sua família e amigos pelos fotologs (álbuns de fotos digitais) 

    1.3. Os Florais de Bach e seu uso terapêutico 

    Os Florais de Bach foram criados pelo inglês Edward Bach, no início do século XX. Ele utilizou o princípio das essências vibracionais das flores para "...tratar a personalidade e não a enfermidade..." (Vieira Filho, 1994).  O médico Dr. Bach acreditava que os "males do espírito" ou melhor dizendo os desequilíbrios psicoemocionais poderiam ser tratados através do uso das flores e isso geraria uma maior sensação de bem estar ao indivíduo.  

        " Devido a traumas e repressões, conscientes ou inconscientes, passamos a negar certos desejos, emoções e acontecimentos, tentando mante-los longe da lembrança, criando máscaras ou véus que encobrem o verdadeiro "eu" . (...) Desse modo, as chamadas "enfermidades" não são vistas como um mal em si, nem como meros acasos, mas sim como verdadeiros avisos que inconscientemente passamos para nós mesmo de que algo falta ser compreendido" (Vieira Filho, 1994) 
         

    Assim, o uso dos florais ajuda o indivíduo a encontrar um estado de equilíbrio dentro de determinado problema que ele apresenta para o terapeuta. Se ele estiver com medo, por exemplo, pode-se indicar um floral que trabalhe esse medo e, mais tarde, ele poderá entender as origens deste medo. Assim, a psique humana pode ser compreendida como um sistema de camadas onde cada emoção trabalhada dá vazão a uma nova emoção que necessitará dos devidos cuidados e é nesta senda que atua o terapeuta holístico floral.

    O terapeuta holístico é alguém que trabalha para a manutenção ou restabelecimento da harmonia do sistema integrado de uma pessoa. Cada emoção de um indivíduo poderá atingir outros níveis, como uma somatização no nível físico, por exemplo, gerando desconforto e perigos para a vida em alguns casos. Para a ciência convencional, como a psicologia e a medicina, o uso de florais não é indicado, pois não possui uma "validação científica". De fato, os florais não atuam na matéria em que os cientistas convencionais estão acostumados a mexer, e sim numa mais profunda e mais sutil, chamada energia. Assim, a energia da flor consegue adentrar o misterioso universo das emoções e, através de sua interação (por serem da mesma natureza) promover o restabelecimento do equilíbrio daquele sistema.

    O Dr. Bach elegeu 38 essências florais que dão conta da grande maioria das emoções humanas como o medo, angústia, timidez e fobias.  
     
     
     

    2. Material e metodologia

     

      1. Material
     

    Para os atendimentos foram utilizados recursos virtuais. O programa mais utilizado foi o MSN Messenger, um comunicador que permite a conversação online de duas pessoas através de texto e uma conexão do PC com a rede mundial de computadores (internet). Foi proposto que utilizássemos também o Skipe e a câmera de vídeo (webcam - que chegou a ser utilizada em algumas sessões). O Skipe é um programa que permite a conversação (por voz) de duas pessoas, mas este recurso foi recusado pela cliente, por desconhecimento.

     

      1. Metodologia
     

    As sessões foram feitas uma vez por semana, sempre no mesmo horário, e durante uma hora.

    Após as sessões de aconselhamento eram indicadas as essências florais, de acordo com o que havia sido trabalhado na sessão. As essências foram ministradas para serem tomadas 4 vezes ao dia, diretamente sob a língua, 4 gotas de cada vez. O máximo de essências utilizadas em cada fórmula eram em número de 6, como reza a correta utilização dos Florais e mantidos em frascos com 30% de brandy, para a perfeita manutenção da fórmula.

    S. me ligou numa tarde depois de eu colocar um pequeno anúncio no meu  site angariando pessoas  que quisessem participar de um estudo sobre o uso da internet e os florais de Bach. Ela tem 40 anos, é carioca de nascença, e estava já de malas prontas para se mudar para outro local dali a um ano. Estava muito confusa com a sua vida e apresentava diversos comportamentos que queria trabalhar com o uso de florais. Parecia bastante ansiosa ao telefone e pediu que começássemos o quanto antes. Pedi que ela me desse certeza que de poderia contar com ela por 1 ano em sessões de 1 hora, 1 vez por semana, pelo menos, e ela aceitou prontamente.. 
     
     
     
     
     

    Dados da cliente

    Nome: S.

    Local de residência: Rio de Janeiro

    Sexo: feminino 
    Idade: 40 anos

    Estado Civil: casada

    Escolaridade: formação superior completa em Direito

    Filhos: 3 filhos

    Comportamento que queria modificar: problemas com a auto-imagem 
     
     

    3. Resultados 

    A primeira sessão foi marcada pelo MSN para dali a uma semana. Disse a ela que gostaria de pudéssemos conversar pelo Skype  (descrito acima) mas ela desconhecia o sistema. Utilizamos portanto o MSN, que não permite a visualização da cliente (tanto o tom de voz quando os movimentos corporais), apenas contando com os relatos escritos pela cliente.

    Logo na primeira sessão S. contou que sentia-se angustiada com o problema de excesso de peso, querendo muito voltar a velha forma de antes de uma esterectomia por conta de um cisto no ovário. Também tinha uma doença chama hipoglicemia reativa. Havia feito um trabalho de leitura corporal e tinha sérios  problemas com a sua imagem. A princípio percebi pelo seu relato que parecia um pouco cismada com datas e números, e me dizia todas as datas, de tudo o que havia acontecido em sua vida, de maneira ansiosa. A conversa foi extremamente rica em informações. Ela não parecia ter nenhuma dificuldade para confiar em mim e para me contar sobre aquilo que mais a afligia. Contou alguma particularidades interessante e que me fizeram pensar em atitudes um pouco obsessivas, como a pesagem diária, a leitura de rótulos de comida no supermercado e confessou somente comprar as coisas em pares (se comprava um par de sapatos, tinha que levar outro). Ela estava há meses sem comprar nenhuma roupa e começava a se sentir fora dos padrões, por não poder sair por conta das roupas. Isso parecia mais um desculpa para os seus problemas do que realmente uma motivação. As que ganhava de presente da mãe e das irmãs e as que eventualmente comprava eram de tamanhos menores ao seu e eram mantidas dentro das sacolas, dentro dos armários. Neste primeiro momento, a orientação dos florais foi justamente em cima destes pensamentos obsessivos. Foram indicados: Cherry Plum (para o medo de perder o controle); Cerato (para a sensível falta de auto- confiança); White Chestnut (para o trabalho dos pensamentos obsessivos); Larch (para trabalhar a baixa auto-estima) e Crab Apple (sensação de impureza). De fato, estes florais fizeram  parte de grande parte do tratamento de S. 

    Logo na primeira semana S. relatou estar se sentindo melhor e mais determinada em seus objetivos de perder peso. Pela primeira vez percebeu que a visão que tinha de si mesma tinha a ver com seu estado emocional, quando se olhou num espelho, depois de uma briga com o marido e se sentiu "horrorosa" (como ela descrevia a si mesma até então). Disse que queria se ver livre daquela sensação de desconforto com relação a si mesma  "Eu gostaria de viver esta emoção... esta sou eu... esta é a minha imagem... com defeitos e qualidades... esta sou eu... e não algo repugnante... entende?" (SIC). Aqui ainda haviam problemas, mas os florais e os aconselhamentos começavam a surtir efeito, ao menos fazendo com que ela se desse conta dos seus verdadeiros problemas. A primeira camada da cebola, estava tirada.

    Começamos então a trabalhar o fato dela não querer nem ao menos comprar coisas que servissem nela. O trabalho foi feito como um princípio da aceitação da sua imagem corporal e eventualmente, o aumento de sua auto-estima. Na 6º sessão ela havia saído para compra-las, mas ainda não se sentia confortável. Ficou magoada com a mãe, por um comentário inoportuno, que acabou fazendo com que ela desistisse do seu intento. Continuei trabalhando isso e utilizando os mesmo florais de base, somente mudando alguns que apareciam na sessão como algo realmente importante, como a não aceitação da opinião do outros (onde eu utilizava a essência Beech), a culpa pelo excesso de peso (Pine) e Willow quando essas mágoas pareciam ser realmente profundas em sua alma. Percebi a ela era muito preocupada com a opinião dos outros e que era extremamente controladora. Algo nela achava que não poderia se ausentar nem mesmo para fazer seus tão amados exercícios físicos. Trabalhamos isso com o Cherry Plum.

    Na sessão 8 ela chegou dizendo que "...essa semana exerci o descontrole" (SIC). Quando perguntei o que significava ela disse que havia saído para fazer seus exercícios e não havia nem levado o celular. Ela dizia morrer de medo que alguém precisasse dela e ela estivesse incomunicável e entrava em desespero que estava sem seu celular. Isso, para ela, significou uma espécie de libertação do seu papel de mãe e esposa dedicadas, coisas que ela vinha demonstrando nas sessões estar precisando muito. Diz ter se sentido livre, dona da própria vida e aliviada. De fato, nas sessões posteriores, mostrou-se bem mais leve com relação a seu controle sobre os filhos e sobre o marido e o Cherry Plum foi suspenso. Depois deste episódio de libertação, ela pareceu também querer se libertar da terapeuta, não aparecendo por duas sessões nos horários marcados no MSN. Mandou e-mails posteriores, dizendo que havia tinha algum tipo de problema. E reapareceu na sessão posterior.

    Quando voltou disse que as duas semanas que havia faltado foram boas e que havia abandonado a idéia fixa de emagrecer. Ela chegou a comentar, no início das sessões, que não dormia pensando em perder peso e isso não acontecia mais. Continuava com uma reeducação alimentar e exercícios, mas não tinha mais tantas características obsessivas com relação a perda de peso. Também havia, finalmente, feito compras de tecidos que, depois, transformou em vestidos estampados. Fez o seguinte comentário :  "A Luísa (filha) até me repreendeu semana passada. Cruzes mãe...você gosta de roupas de cores! Horrível!!! Parece até que quando você nasceu disseram: a ordem é: APAREÇA!"(SIC). Nesta fala dela podemos perceber que ela estava realmente começando a reconhecer seus gostos, mas ainda tinha medo dos comentários dos outros. Com esta frase ela começou a perceber que gosta de cores, mas que, mesmo quando magra o guarda-roupas dela era mais discreto. Peguei a deixa e fui tentando fazê-la entender o quanto ela se reprimia enquanto mulher e o quanto negava a sua natureza mais exuberante e menos "menina de família". Logo em seguida disse que não se importava com o comentário da filha e que, realmente, gostava mais de cores. Aqui ela se lembrou da repressão que sofria na infância por ser uma mulher grande e que aparecia. Com havia muitas mulheres na sua família, e ela sempre apareceu mais por ser "maior" e mais "falantes" a mãe e as irmãs pareciam reprimi-la, fazendo com que ela também se reprimisse. Lembrou de um episódio em que vestiu uma roupa para uma apresentação de balé "... fiquei linda, já tinha corpo de mulher aos 14 anos, mas minha mãe me mandou tirar aquilo e minhas irmãs riam de mim" (SIC). No final da sessão concluiu que era mesmo exibida e gostava mesmo era de aparecer. Aqui foi introduzido o Rock Water, para que ela pudesse combater esta auto-repressão. Na sessão 12 ela voltou a vender produtos da Natura (que sua filha estava vendendo para ela) e disse que estava sentindo-se como nova. Explicou, em pormenores, como ela realizava as vendas, que era muito boa nisso que queria montar uma pequena loja quando se mudasse para a sua nova cidade. Aqui, todos os florais anteriores foram suspensos e utilizei o Impatiens, pois se mostrava muito ansiosa com as mudanças que estavam por vir.

    A partir deste ponto ela já não apresentava mais as características obsessivas. O fato de poder ter encontrado a si mesma de uma maneira mais completa, e conseguir aceitar algumas coisas em si, como a sua exuberância feminina,por exemplo, fizeram com que ela conseguisse concentrar-se na sua vida como um todo. Malhava alguns dias por semana, passou a respeitar mais os seus horários (mesmo quando os filhos ou o marido a solicitavam fora de hora), e passou a se arrumar mais, maquiando-se para sair como, havia dito ela,não fazia há muito tempo. Fez compras numa loja mesmo e não se sentiu mal por experimentar vestidos e até se assustou  com o fato da loja ter roupas para "o seu tamanho". Comprava mais bijuterias e até mesmo peças que, acreditava, eram só do gosto dela. Ela chegou a tirar do armários as roupas que não serviam mais, e tirou das sacolas os vestidos que ainda estavam guardados. "Quero usar tudo o que tenho direito" (SIC), dizia animada.

    A partir deste ponto, porém, começou a faltar nas sessões. Dizia sentir-se bem e precisar de tempo para organizar a mudança. Sumiu do MSN e não respondia a maioria dos meus e-mail perguntando como ela estava. Aos que respondia, dizia estar muito bem. Assim, dei como encerrado o caso, por abandono da terapia.  
     

    1. Discussão
     

    De fato, poucas vezes (a não ser no final do tratamento, quando finalmente se mudou para Belém) ela faltou às sessões e apresentou uma melhorar rápida e significativa já nas primeiras semanas como descrito acima.

    O principal objetivo dela, que era se livrar do problema de auto-imagem, se não resolvido foi ao menos diminuído. Ela começou a se olhar no espelho e, nas sessões pelo MSN, conseguiu resgatar pontos da sua história onde tudo havia começado. As repressões do inconsciente, lentamente vieram a tona e ela conseguiu mudar o seu comportamento tão logo percebia os sentimentos diferentes que isso gerava. Claro que é impossível relatar todo o tratamento, mas ela parece ter conseguido excelentes resultados.

    No meu entendimento, se a internet dificultou, também facilitou o processo. Se por um lado eu, como terapeuta, não tinha acesso a sua voz ou a suas expressões não-verbais, por outro lado tinha outros materiais para analisar. Começando pela própria linguagem que o MSN proporciona, com emoticons (desenhos que representam estados de espírito da pessoa) e frases de efeito. Quando ela queria enfatizar algo ela utilizava letras maiúsculas, muitas reticências, desenhos e palavras cheias de sílabas como "Maraaaaaaaaaaavilhoso" (SIC), por exemplo. Estes são recursos que as pessoas acostumadas ao MSN conhecem e que podem identificar mesmo sem a voz ou a expressão facial da pessoa do outro lado.

    Do mesmo modo, talvez S. não tivesse conseguido contar tantas coisas, tão rápido, a um terapeuta convencional. Coisas que ela dizia sem vergonha, justamente porque eu estava no outro lado de um computador e ela não temia represálias ou caras repreendedoras. As minhas expressões de eventuais julgamentos, por exemplo, poderiam não ser entendidas por ela e, assim, ela pode se expressar mais, contar mais e ser mais ela mesma.

    Os resultados mais concretos foram medidos com a própria mudança de comportamento da cliente e com tudo aquilo que ela trazia que havia feito durante a semana. De fato, vi uma foto dela quando começou o tratamento (morena) e depois no final (quando havia pintado os cabelos de loiro). Ela estava com uma fisionomia diferente, parecendo mais tranqüila. Mas isso pode somente ser uma inferência pelos resultados apresentados. 
     
     

    1. Conclusão
     

    A internet é, de fato, uma nova ferramenta. E como nova ainda precisa de novas maneiras de adaptação. Se podemos utilizá-la para tantas coisas, porque não para o atendimento terapêutico? Isso se mostrou possível neste caso, mas ainda noto a necessidade de mais estudos e talvez do desenvolvimento ou utilização de outras ferramentas que parecem importantes. O uso de vídeo, por exemplo, com certeza enriqueceria o tratamento, fazendo que com que quase fosse o mesmo que o real. Senti falta de "sentir", como terapeuta, a voz e as expressões faciais.

    A meu ver, de qualquer maneira, o tratamento com S. denotou resultados positivos e acredito mais rápidos em comparação com as sessões de aconselhamento e florais mais convencionais. Mas ainda seriam necessárias mais pesquisas para saber se isso aconteceu com uma cliente específica ou aconteceria a qualquer pessoa. De qualquer maneira, com certeza, foi uma experiência válida e enriquecedora.  
     
     
      

    1. Referências bibliográficas
     
     
     

    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000. 

    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994. 

    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo.  Editora Madras.2004. 

    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000. 

    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004. 

    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964 

    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999. 

    JUNG.C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001. 

    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.  

    FILHO. H. V. Florais de Bach: uma visão mitológica, etimológica e arquetípica. 4º edição. São Paulo. Ed. Pensamento. 2004. 

    WIKIPÉDIA – A história da internet.(http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Internet) 

    ABRANET  História da Internet  (http://www.abranet.org.br/historiadainternet/ocomeco.htm) 

    REDE NACIONAL DE ENSINO E PESQUISA. A Internet no Brasil

    (http://www.rnp.br/noticias/imprensa/2001/not-imp-010310.html) 

    ANA CARMEM Números na internet no Brasil batem record

    (http://www.anacarmen.com/blog/2008/03/26/numeros-da-internet-no-brasil-batem-recorde/) 

    FOLHA DE S. PAULO - Confira um raio x da internet no brasil

    (http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u18521.shtml) 

    BLOG NONATO - Orkut e sua história

    (http://blognonato.com/2007/07/25/orkut-e-sua-historia/) 
     

    1. Anexos e Apêndices
     
    Emoções PresentesPalavras-chavesEssências
    MEDO Pânico ROCK ROSE
    De coisas, de situações concretasMIMULUS
    De perder o controleCHERRY PLUM
    Inexplicável ASPEN
    Temem pelos outros RED CHESNUT
    INCERTEZAFalta de auto-confiançaCERATO
    Indecisão entre duas coisasSCHLERANTUS
    Desânimo, tristeza por fato acontecidoGENTIAN
    Sem esperança, desistênciaGORSE
    Cansaço com a rotinaHORNBEAN
    Indecisão geralWILD OAT
    DESCONEXÃO AO PRESENTEDistraçãoCLEMATIS
    NostalgiaHONEYSUCKLE
    ApatiaWILD ROSE
    Esgotamento físico e mentalOLIVE
    Pensamentos ObsessivosWHITE CHESTNUT
    Tristeza cíclica de origem incertaMUSTARD
    Dificuldade de aprendizadoCHESTNUT BUD
    SOLIDÃOReservados, isoladosWATER VIOLET
    Ansiedade, impaciênciaIMPATIENS
    Não suportam a solidão, carentesHEATHER
    INFLUÊNCIAS EXTERNASFuga dos ProblemasAGRIMONY
    SubmissãoCENTAURY
    Protege das influênciasWALNUT
    Inveja, Ciúme, Suspeita, RaivaHOLLY
    ABATIMENTOBaixa-estimaLARCH
    CulpaPINE
    Excesso de ResponsabilidadeELM
    Angústia ExtremaSWEET CHESTNUT
    Traumas, choquesSTAR OF BETHLEHEM
    Ressentimento, mágoaWILLOW
    Excedem os limites da resistênciaOAK
    Sensação de impurezaCRAB APPLE
    (PRE) OCUPAÇÃO COM OS OUTROSPossessividade, chantagem emocionalCHICORY
    Fanatismo, idealismo excessivoVERVAIN
    AutoritarismoVINE
    Intolerância, crítica excessivaBEECH
    Auto-repressãoROCK WATER
     
    Fonte: Sinte – Comunidade de Estudos Avançados – Florais de BachHenrique Vieira Filho 
    CRT 21001 
    Terapeuta Holístico

    CRT 41933

    Autor: : Andrea Pavlovitsch - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 06/05/2008 13:14


    O Tarô Terapêutico e a Jornada Arquetípica

     O Tarô Terapêutico e a Jornada Arquetípica

    Andrea Pavlovitsch
    Terapeuta Holística - CRT 41933

     São Paulo

    2008

     

    Epígrafe

    A grande invocação

    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra

    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra

    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem.

    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal.

    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.

     

    Dedicatória

    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes, que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.

     

    Agradecimentos

    Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem a oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

    Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

    Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

    Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.

     

    Sumário

    1. Introdução..............................................................................................................8

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo..............................................................................8

    1.2.. Tarô – história e apresentação...........................................................................10

    2. Material e metodologia................................................................................................12

    2.1. O método do tarô terapêutico............................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................13

    4. Discussão.....................................................................................................................25

    5. Conclusão....................................................................................................................27

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................28

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................29

     

    Resumo

     

    O presente trabalho visa demonstrar, de maneira teórica, a orientação que o tarô, enquanto instrumento terapêutico de leitura do inconsciente, pode nos fornecer numa consulta de qualquer tipo.

    Todas as pessoas estão sempre passando por ciclos em suas vidas. Estes ciclos são parte da própria evolução humana. Jung chamou essa jornada de “Jornada Arquetípica”, ou seja, cada pessoa está passando, em determinado momento, por um dos arquétipos representados no tarô.

    Neste trabalho faremos uma breve análise de cada um dos arcanos maiores do tarô e como eles podem nos fornecer pistas importantes sobre o momento em que se encontrar, na senda da evolução, cada um dos nossos clientes, para que possamos fazer um trabalho mais específico com cada um, e conseguir melhores resultados ao final do tratamento, tratando o ser humano como um ser holístico, e biopsicosocial e espiritual.

    1. Introdução

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo

    A Psicoterapia analítica, desenvolvida por Carl Gustav Jung, é a que mais pode contribuir para a orientação teórica deste trabalho. Isso porque Jung estudou, inclusive, os arcanos do tarô e várias outras formas dos chamados eventos extrafísicos, ou seja, casos que não podem ser comprovados pela ciência tradicional e que não são aceitos pela mesma, sendo consideradas mitos ou inverdades. De fato, os eventos analisados por Jung, como o tarô, a sincronicidade e tantos outros, não poderiam ser comprovados pela ciência empírica, cega as manifestações energéticas do homem e que não o considera como um todo, ou seja, como um ser holístico.

    Isto posto, vamos analisar, primeiramente a noção básica da Psicoterapia analítica, o conceito de personalidade total (Self). Segundo este conceito, a Psicoterapia humana se desenvolve de duas maneiras concomitantes. Primeiramente uma psique extraconsciente cujos conteúdos são pessoais. E, paralelamente, uma psique cujos conteúdos são impessoais e coletivos, o chamado inconsciente coletivo. (Magalhães, 1984).

    Por inconsciente coletivo podemos compreender uma psique mais profunda, comum a todos os humanos e sem distinção de cultura, raça ou religião. Essa psique seria formada por padrões de estruturação da personalidade nas diferentes fases da vida (infância, adolescência, relação conjugal e profissional, velhice, preparação para morte) chamados de arquétipos. (Magalhães, 1984). A explicação dos arquétipos seria a do “modo como os pássaros fazem o ninho, por exemplo, é um código inato, assim como certos fenômenos simbióticos entre insetos e plantas. Da mesma maneira o homem nasce com certo funcionamento, certo padrão que a torna especificamente humano. Este padrão está expresso nas imagens arquetípicas, ou formas arquetípicas”.( Evans apud Magalhães, 1984).

    A noção de arquétipo, postulando a existência de uma base psíquica comum a todos os humanos, permite compreender por que em lugares e épocas diferentes aparecem temas idênticos, nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de modo geral – seja nos sonhos das pessoas normais, seja no delírio dos loucos”. (Silveira apud Magalhães, 1984).

    Jung ainda coloca os arquétipos como imagens “primordiais” (Burckhardt apud Jung, 1987), ou seja, uma aptidão da mente humana de manter as imagens como elas eram nos primórdios da humanidade.

    Essa hereditariedade explica o fenômeno, no fundo surpreendente, de alguns temas e motivos de lendas se repetirem no mundo inteiro e em formas idênticas...” (Jung, 1987).

    Uma outra noção junguiana muito importante no presente trabalho é a teoria da sincronicidade, desenvolvida pelo autor. Segundo ele, a sincronicidade é a “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos” (Jung, 1971). Porém, estes fatos não são somente uma coincidência estatisticamente comprovada, mas uma manifestação do psiquismo da pessoa com a qual ocorre o fato, a sincronicidade. Jung começou a pensar nisso quando, ouvindo o sonho de uma paciente sobre um besouro, viu o mesmo besouro entrar pela janela de seu consultório. De fato, a possibilidade matemática disto acontecer com eles (médico e paciente) era remotíssima, apesar de possível, o que o fez acreditar que algo no inconsciente coletivo fazia com que os acontecimentos certos aparecessem para determinada pessoa, como um modo de mensagem que deveria ser decifrada como algo importante e que trouxesse desenvolvimento e evolução ao ser em questão. Assim “o fato psíquico modifica ou elimina os princípios da explicação física do mundo está ligado à afetividade do sujeito da experimentação” (Jung, 1971). Ou seja, os fatores da psique humana são capazes de modificar os conteúdos do mundo físico, fazendo com que ocorram as chamadas sincronicidades. A sincronicidade é, portanto, “uma percepção de uma simultaneidade de acontecimentos internos e externos, não necessariamente no mesmo momento – daí serem sincronísticos e não sincrônicos.” (Guimarães, 2004).

    1.2. Tarô – história e apresentação

    Vejamos, primeiramente, o que Banzhaf nos diz sobre o tarô:

    “O tarô é um oráculo de cartas que, em sua estrutura atual, é conhecida desde o século XVI. Consiste em 78 cartas, divididas em dois grupos principais: as 22 cartas chamadas Arcanos Maiores (do latim arcanum, que significa “segredo”) e as 56 cartas chamadas Arcanos Menores. Os Arcanos Maiores apresentam figuras ou “personagens” individuais e inconfundíveis, numerados em seqüência clara. Já os Arcanos Menores são precursores do atual baralho de jogo, pois se dividem em quatro séries de naipes” (Banzhaf, 2001).

    Para o presente trabalho vamos considerar somente os Arcanos Maiores do tarô.

    “Erupções dramáticas deste gênero usualmente significam que aspectos negligenciados de nós mesmos buscam reconhecimento.” (Nichols, 1980). Assim, o tarô utiliza-se dos arquétipos do inconsciente coletivo para nos mostrar, por meio de importantes mensagens, aspectos nossos abandonados ou deixados de lado por alguma motivação consciente ou não. A sincronicidade entra na escolha de cada uma das cartas escolhidas pelo consulente ou pelo tarôlogo. Assim, não é a toa que uma determinada carta é puxada quando o consulente concentra-se em um determinado aspecto de sua vida. O tarô responderá de acordo com a energia psíquica que aquela pessoa desprende no momento da jogada.

    Veja bem, não se trata de uma mágica barata. É toda uma teoria psicológica que respalda os indícios de que as figuras que aparecem no tarô representam de alguma maneira aspectos de nosso inconsciente coletivo. Assim, as cartas podem ser utilizadas por qualquer pessoa, a qualquer tempo. São atemporais como o é o próprio inconsciente, onde não se separa presente, passado ou futuro. Os eventos apresentados nas cartas do tarô podem tanto vir de eventos futuros (aparecendo como previsões) como de eventos passados ou presentes, exatamente pela atemporalidade do aspecto inconsciente. O importante é saber que esses aspectos, quando solicitados pelo consulente no momento da consulta de tarô, aparecerão de acordo com a sua importância na vida psíquica da pessoa, ou de aspectos escondidos que precisam vir à tona (ou seja, eventos inconscientes que precisam ser conscientizados) de coisas que já aconteceram, como de eventos que tem um potencial para acontecerem no futuro e que, de alguma maneira, ainda poderão ser modificados. Por isso que não podemos falar em destino como uma tabula rasa escrita por alguma outra força que não esteja em nós mesmos, mas sim como uma possibilidade dentro dos eventos da vida da pessoa que serão levados a cabo de acordo com cada uma de suas escolhas.

    Assim, os arquétipos representarão o encenar de uma peça que já acontece há muitos séculos, desde os primórdios da civilização, mesmo que mude seu cenário. Por isso a grande quantidade de diferentes modelos de tarô, de diferentes épocas, religiões e conceitos. O aspecto principal é que as figuras não mudam, os arquétipos são apresentados sob diferentes roupagens, mas sempre serão os mesmos.

     

    2. Material e metodologia

    2.1. O método do tarô terapêutico

    O método do tarô terapêutico é de uso e aplicação simples, mas com grande poder de síntese do processo principal pelo qual a pessoa está passando. Separam-se os 22 arcanos maiores do tarô e é pedido que o consulente embaralhe as cartas concentrando-se, principalmente, no motivo real de seus problemas atuais. O consulente também pode se concentrar em um problema específico. Logo após, o terapeuta abre o baralho à sua frente, de maneira que todas as cartas fiquem viradas para baixo e seja possível puxar qualquer uma delas. Ainda concentrado, o consulente precisa puxar uma única carta, que será o motivo da meditação durante todo o restante da sessão. O terapeuta precisa explicar o máximo sobre a carta em questão e pedir que o consulente faça suas associações com os problemas pelos quais está passando ou conte uma história do que acha que está acontecendo na figura. Assim que terminar o processo, o terapeuta já saberá em quais aspectos da carta é preciso atuar .

     

    3. Resultados

    A seguir, apresentam-se as cartas do tarô e as possíveis associações terapêuticas:

    O Louco“O louco é o andarilho, enérgico, ubíquo e imoral” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa imatura, criança, dependente ou infantil. Não quer se responsabilizar pela sua própria vida ou precisa parar de procurar um “papai” que lhe resolva os problemas. Parar de culpar os outros pelas nossas responsabilidades.

    Representa a pessoa que precisa soltar-se mais, soltar a sua criança interior e impulsionar em direção à vida e ao futuro. Pode representar pessoas que tem um louco dentro de si, mas tornaram-se metódicas e enfadonhas, atingindo um alto grau de depressão ou desespero sem motivo. Pode evocar estados de síndrome do pânico, onde toda a energia represada precisa ser solta de alguma maneira. Também evoca a energia presa que gera estados de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

     

    O Mago “O mago é capaz de realizar sua mágica diante de nós, bastando para isso que assistamos às suas representações.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Aqui está uma pessoa que se esconde no seu lado ativo, masculino e faz, faz, faz para não parar e olhar para si. Não suporta o silencio e precisa sempre de estímulos ou tarefas.

    Pessoas muito ligadas com o superficial, identificadas quase que totalmente com o ego, que precisam do outro para se sentir queridas, amadas ou reconhecidas. Falta de reconhecimento da realidade, pessoas muito iludidas ou presas a fantasias. Precisa aprender a se conhecer, a olhar mais para si mesmo independente do que estão ou não fazendo.

     

    A Sacerdotisa“Dela é o reino da profunda experiência interior; dela não é o mundo do conhecimento exterior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A pessoa que precisa acalmar-se, olhar para si mesma e escutar a voz do coração. Tem dificuldades com a sua ternura, em demonstrar sentimentos, sendo introspectiva, tímida e desconfiada.

    Representa a pessoa que não consegue se ligar à sua espiritualidade por não estar ligada ao seu lado feminino ou tem uma máscara de espiritualidade para não mostrar seus verdadeiros sentimentos. São mulheres com dificuldades no feminino sagrado e homens que não conseguem acessar sua porção mulher, gerando machismo e falta de respeito pelo feminino. Mulheres que perderam a intuição por conta do mundo competitivo em que vivemos e do acúmulo de tarefas. Pessoas que, em geral, precisam refazer seu contato com o seu espírito. Mulheres com forte TPM por conta desse distanciamento.

     

    A Imperatriz “É, portanto, a Imperatriz quem faz às vezes de ponte entre o Mundo Mãe de inspiração e o Mundo Pai de lógica e laboratórios...” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: É aquela pessoa que cuida de todo mundo, menos dela. Uma pessoa que se trava em detrimentos do que os outros vão pensar ou sentir por ela. A mãe superprotetora ou a filha problemática e dependente entram neste arquétipo também.

    Pessoa travada no seu processo criativo por afastamento do seu lado feminino. Falta de inspiração para mudar o que precisa ser mudado. Excesso de “amor”, relacionamentos destrutivos e sufocantes. Falta de fertilidade e de prosperidade. Excesso de dramaticidade do real. Precisa se dar permissão para viver mais as coisas boas da vida e cuida de si como cuida dos outros.


     

    O Imperador – “Aqui começa o mundo patriarcal da palavra criativa, que inicia o domínio masculino do espírito sobre a natureza.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa que dedicada demais a tudo o que é prático e racional, justamente por saber que isso lhe falta de maneira natural. Pessoa controladora (de si e dos outros) ou, se for para o outro lado, revoltada com todas as figura de poder.

    Falta de senso prático. Excesso de ilusões e fantasias. Falta de concretude. Problemas com figuras de poder, como chefes. Racionalizar demais como mecanismo de defesa. Falta do princípio da ação, pessoa acomodada. Falta contato com a realidade, vive no mundo mental, das idéias sem concretizar nada. Problemas em se destacarem do todo e em encontrar soluções na vida profissional. Saber que é o senhor de si, seu próprio imperador, e necessita incorporar o arquétipo para ser mais si mesmo.

    O Sumo Sacerdote – “... a personificação exteriorizada da luta do homem pela conexão com a divindade – da sua dedicação à busca do significado, que coloca o homem acima dos animais” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa que está distante de si e sempre precisa do outro (que acredita ser mais inteligente) para resolver as suas questões internas. Pode identificar pessoas que precisam sempre de um mestre, um guru ou qualquer coisa assim para chegar a Deus.

    Perda da ponte entre Deus e o homem. Crenças infundadas. Necessidade do outro para ver suas próprias questões. Projeção. Inveja. Falta de consciência do seu poder espiritual. Complexo de herói. Afastamento da parte sagrada do Self. Fanatismo religioso. Precisa aprender a ser o seu próprio mestre interior e confiar nas coisas que faz e diz, sem deixar suas decisões nas mãos de outras pessoas. Sair do mental e entrar mais no sentir.


     

    O Enamorado – “Podemos ver nesse moço a personificação do jovem e vigoroso ego, pronto para enfrentar a vida e seus problemas sem a ajuda de ninguém.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Fragilidade do ego. Fraqueza para tomar decisões. Excesso de indecisão. Processo de fuga dos conflitos. Excesso de fantasia como fuga da realidade. Não consegue se conectar com a mãe interna, não cortou o cordão umbilical da mãe real. Dependência emocional. Imaturidade. Enfrenta uma dualidade, utilizando fatores internos para não assumir a responsabilidade por si. Deixar sua indecisão e escolher seguir a sua alma, escolhendo o que precisa para crescer.

    O Carro – “ A jornada exterior não é apenas um símbolo da jornada interior, mas também o veículo para o nosso autodescobrimento” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Inflação do ego. Falta de equilíbrio e discernimento. Ter energia, mas não ter objetivos claros. Instabilidade emocional. Somatização de doenças por conta do emocional. Estados de mania e ansiedade. A pessoa que “coloca o carro na frente dos bois”. Medos infundados. Estagnação. Medo de tomar as rédeas e de dirigir.

    A pessoa completou um ciclo de sua vida e está sentindo necessidade de mudanças, principalmente a procura da sua independência e autonomia. Pode se apresentar como excessivamente independente, auto-suficiente e desapegado, ou o contrário. Nos dois casos denota a sua fraqueza e carencia afetiva. Deve realizar essa mudança profunda, esquecer o passado e ouvir mais o coração.

     

    A Justiça – “O equilíbrio é a base da Grande Obra” (Aforismo alquímico apud Nichols, 1980)

    No processo terapêutico: Estado de regressão infantil, pois tenta passar o tempo todo uma idéia de pessoa perfeita, somente para agradar aos outros. Pessoa que usa a raiva contra os outros e comete crimes. Auto-culpa acentuada. Falta de equilíbrio mental. Mudanças repentinas de humor. Falta de responsabilidade no sentido de não entender que o Universo nos manda o que precisamos. Sentimento de injustiça ou de ser o seu próprio juiz, julgando a si e aos outros com destreza, denotando seu ego rígido. Pode significar o momento em que a pessoa percebe que não pode mais ficar nesta posição agradadora o tempo todo.

     

     

    O Eremita – “... o frade aqui retratado personifica uma sabedoria que não se encontra em livros”. (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Sentir solidão por distância do si mesmo (vazio da alma). Fanatismo religioso. Tristeza profunda. Falta de sabedoria com as experiências. Retirar-se da vida por vontade própria. Falta de senso de observação e dificuldade de introspeção. Pessoa espiritualmente atacada. Superficialidade. Desligamento do Eu Superior. Pessoa tímida e compulsivamente introvertida, sexualmente imaturo por negar sua natureza instintiva. Precisa voltar a si mesmo estando alerta pra seus impulsos internos. Perceber que as circunstancias não são o problema e encontrar sua alma.

     

    A Roda da Fortuna – “... estamos presos no intérmino girar predestinado da Roda da Fortuna? Ou essa carta nos oferece outras mensagens, mais cheias de esperança?” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Estagnação. Envolver-se demais com os problemas externos desconsiderando a sua essência. Não aceitação dos fatos da vida como naturais e excesso de sofrimento por isso. Pessoa dramática e vitimesca. Pessoa que não consegue acessar transformações e mudanças necessárias à evolução humana e espiritual. Pessoa presa ao passado, que espera que sempre as coisas se repitam. Não consegue mudar o comportamento e, consequentemente, não consegue mudar as coisas. Precisa entender a relação entre seu interno e seu externo.

     

    A Força – “As energias outrora empenhadas na adaptação exterior começarão agora a preocupar-se mais com o crescimento interior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Lado emocional exacerbado. Ser dominado pelas emoções. Falta de controle da raiva e do ódio. Violência. Doenças psicossomáticas. A pessoa não consegue aceitar as suas emoções e elas acabam o engolindo. Fraqueza física e emocional. Sexualidade desequilibrada. Indecisão quanto à própria identidade sexual.

     

    O Enforcado – “Com as mãos amarradas atrás das costas, o Enforcado se acha tão indefeso quanto um nabo. Está nas mãos do Destino” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de coragem para abandonar o velho e conquistar o novo. Acomodação extrema. Necessidade de se voltar para dentro para voltar como uma pessoa renascida. Deixar-se nas mãos do Destino.

     

    A Morte – “Na natureza nada se perde. O rei está morto. Viva o rei” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Apego. Dificuldade de aceitar as mudanças. Pessoas arraigadas às velhas formas e velhas crenças. Apego a pessoas ou situações. Carregar um cadáver que não tem mais utilidade.

     

    A Temperança – “O tema dessa carta associa a temperança à Aquário, o carregador da água, o décimo primeiro signo do zodíaco.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de equilíbrio das emoções. Pessoa muito fria ou muito calorosa. Problemas em deixar fluir a vida e resolver, de forma natural, os seus conflitos. Pessoa não consegue ver a saída porque não analisa todas as partes do problema. Problemas circulatórios. Falta de confiança no fluxo da vida. Impaciência.

     

    O Diabo – “Chegou o momento de enfrentar o Diabo” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A não aceitação dos aspectos negativos do Ego como a arrogância, a inveja, a ganância, faz com que acabemos escravos deles. Ser escravizado por sua própria sombra por medo de enfrentá-la. Pode tornar-se uma pessoa malévola para si mesmo, descuidando de si por sentir-se culpado e gerar doenças e tragédias. Abertura de mediunidade não trabalhada, que leva a problemas espirituais. Falta de proteção. Promiscuidade e mau uso da sexualidade.

     

    A Torre – “Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Preso a padrões mentais destrutivos e antigos. Não consegue se jogar de sua prisão inconsciente. Preso a crenças antigas ou a situações desagradáveis. Pode representar uma pessoa que passou por uma destruição (como tragédias e problemas de saúde) e não consegue se reestruturar do trauma. Falta de fé na intervenção divina e em si mesmo. Falta de autoconfiança.

     

    A Estrela – “Não usando nenhuma proteção ou máscara, releva a sua natureza básica” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Espiritualidade usada para ter poder. Egoísmo. Inflação do ego. Arrogância e falta de preocupação com o outro. Falha nos projetos. Estagnação dos projetos de vida. Confunde aquilo que se é na essência com a sua máscara. Falta de contato consigo mesmo.

     

    A Lua – “... o próprio herói está ausente” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Loucura, depressão profunda. Não consegue enxergar as saídas para nenhum problema. Estado catatônico. Se perder o contato com a consciência, estados psicóticos. Mediunidade se confunde com problemas psiquiátricos. Perda do limite entre a razão e a loucura. Tendência a vícios. Baixa auto-estima. Síndrome do pânico.

     

    O Sol – “... onde a vida não é mais um desafio a ser vencido, mas uma experiência a ser desfrutada.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Tristeza, aprisionamento do ego, falta de auto-estima e de autoconfiança. Pessoa não consegue ser feliz com o que tem, não consegue ver as pequenas alegrias da vida. Mau humor. Hipocrisia. Critica demasiada. Orgulho. Vaidade.

     

    O Julgamento – “O Julgamento dramatiza o momento da ressurreição espiritual de diversas maneiras.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Desequilíbrio. Ficar preso na experiência em si e não na sua análise. Resistência a mudanças. Depressão, tristeza e falta de discernimento e senso crítico. Racionalizar demais as emoções ou dramatizar demasiado. Dificuldade de impor limite e dizer não. Culpas.

    O Mundo – “Chegamos à culminação da longa jornada” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de elementos no ego. Fracassos acumulados. Pessoa que não consegue concluir o que começou, pois sente que se perdeu. Sensação de estar perdido, de ter esquecido algo no meio do caminho. Problemas de memória. Falta de conscientização. Coloca a culpa de tudo nos outros e não assume a sua responsabilidade. Idealização demasiada das pessoas e das situações.

     


     

    1. Discussão

    Notamos que o tarô há muito deixou de ser um instrumento apenas usado por “curandeiros” ou até mesmo charlatãs para tirar dinheiro das pessoas em praça pública. Não que isso, infelizmente, não exista, assim como existem as sombras de todas as profissões. O tarô é apresentado aqui como mais uma ferramenta de entendimento do ser humano, de análise profunda de sua psiquê de que como isso tudo poderá ajudar o cliente a encontra um ponto dentro de si mesmo que o ajude a encontrar seu equilíbrio.

    Hoje sabemos das relações entre o psíquico e o físico, por exemplo. Com certeza, um desequilíbrio psicológico ou energético, ou até mesmo uma maneira errônea de encarar determinadas fases naturais da vida, poderiam acarretar qualquer um destes problemas físicos. Assim, quando quer profissional terapeuta holístico identifica um desequilíbrio pode, ao mesmo tempo, identificar um padrão psicológico que precisa ser mexido e mudado pela pessoa, para que o completo restabelecimento do cliente aconteça. Aqui, o tarô poderia fornecer o momento arquetípico do cliente e auxiliar no uso de quaisquer outras técnicas, já que sua função é somente “retirar” da inconsciência aquilo que lhe é necessário saber.

    Nota-se também que cada uma das cartas tem mais de uma possibilidade de interpretação. Esse aspecto deve ser levado em conta e procurar encontrar o exato ponto de confluência entre a carta e a história relatada pelo cliente. Assim, pode-se precisar a avaliação sem margens de erros. Por vezes, pode ser necessária mais de uma sessão para que o processo de associação livre fique claro e livre de interferências.

     

     

    1. Conclusão

    Fica esclarecido neste trabalho como o tarô pode ajudar em qualquer processo de mudança e de melhora que o cliente esteja passando, tanto para orientação da técnica a ser utilizada a seguir, quando do tempo arquetípico em si.

    De fato estes estudos e a maneira como ele pode ser usado dentro da sessão terapeutica ainda não estão finalizadas. Ainda podemos perceber que existe muito a estudar e pesquisar sobre o tema, inclusive com o relato direto de casos e comprovações. Este trabalho apenas se propôs a demonstrar as coincidências teóricas que podem ser levadas a cabo ao longo de um processo terapêutico. Este trabalho foi o início de uma jornada arquetípica para, uma vez mais, desenvolver técnicas que ajudem as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida e, em muitos casos, estabelecer a harmonização de suas feridas emocionais mais profundas. Tanto na evolução da humanidade, num contexto geral, como dos seres humanos, no contexto individual.

     

    1. Referências bibliográficas

    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

     

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994.

    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo. Editora Madras.2004.

    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004.

    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964

    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999.

    JUNG.C.G. Psicoterapia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.

    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.

    NICHOLS, S. Jung e o Tarô: Uma jornada arquetípica. Edição 9.São Paulo.Cultrix.2000

    PIERI.P.F. Dicionário Junguiano.. 1ª edição. São Paulo. Editora Vozes. Paulus Editora. 1998.

    PRAMAD,V. Curso de tarô e seu uso terapêutico. 3º edição. São Paulo. Madras. 2008

    RAPPAPORT, C.R. Teorias da personalidade em Freud, Reich e Jung. 1ª edição. São Paulo. EPU. 1984.

     

     

    1. Anexos e Apêndices

    Tabela 1 – Significado arquetípico das cartas do tarô

    Arcano

    Nomenclatura

    Significado

    0

    O Louco

    É a carta que não tem número. Liga o mundo real ao mundo espiritual .O inconsciente na sua forma mais pura, lado instintivo. Por saber usar esse lado instintivo, é ele que impulsiona nossas vidas para frente.

    1

    O Mago

    Inicio do processo de individuação proposto por Jung. Começo do pé na realidade da vida. Pode ser tanto mágico criador como embusteiro. Energias domesticadas, elementos para começar no caminho da vida. Porém, pode criar ainda as ilusões, aparência da realidade. Sugere ação.

    2

    A Sacerdotisa

    Representa o princípio feminino da divindade, o yin primário e as deusas femininas. Receptividade. Passividade. Contenção e tradição. Persistência, amor e paciência feminina. Experiência interior. Espiritualização.

    3

    A Imperatriz

    O princípio feminino no sentido Terra, Mãe, mundano. Capacidade criativa. Poder do amor. Sociabilidade e socialização. Ação e conclusão. Criação. Capacidade intuitiva. Inspiração.

    4

    O Imperador

    Princípio masculino yang. Racionalidade. Princípio da realidade. Ação. Consciência. Responsabilidade. Figuras masculinas de poder (pai, chefe). Mente.

    5

    O Sumo Sacerdote

    Liga o mundo interno e externo de maneira mais consciente. União do masculino e do feminino sagrado. Ponte entre o homem e Deus. Contato do homem com o seu espírito. Consciência do poder espiritual. Principio masculino e racional da espiritualidade.

    6

    O Enamorado

    Conflito. Princípio da realidade. Consciência. Desejos antagônicos. Romper o cordão umbilical. Encontrar a força dentro de si. Dúvidas. Ligar a vida espiritual e emocional. Conflito como fonte de crescimento e evolução.

    7

    O Carro

    A viagem pela vida. Autodescobrimento através das vivências e experiências. Ação. O próprio corpo do consulente. Estabilidade. Proteção.

    8

    A Justiça

    Dualidade humana. Inocência e culpa. Equilíbrio. Responsabilidade gerada pelo conhecimento. Fim das ilusões e da inconsciência. Poder de discriminação entre o certo e o errado. Necessidade de pesar as coisas. Opostos trabalhando juntos.

    9

    O Eremitha

    Necessidade de solidão e meditação. Encontrar os significados interiores. Espiritualização. Observação. Sabedoria. Aspectos ligados à mediunidade.

    10

    A Roda da Fortuna

    O dentro e o fora. O eterno girar da vida e dos acontecimentos. Dentro é a essência e fora o acontecer. Equilíbrio quando no meio da roda, olhando a situação de dentro e deixando com que as coisas aconteçam. Mudanças. Nascimento e morte. Uso do instinto e do mental como forma de equilíbrio.

    11

    A Força

    Força do instinto. Domínio das emoções através da anima (força feminina). Domínio do nosso lado animal. Sexualidade equilibrada. Emoções equilibradas. Força interior.

    12

    O Enforcado

    Período de transição. Abandono de velhas atitudes e se deparar com o novo. Necessidade de coragem e sacrifício. Acomodação. Traição das velhas tradições.

    13

    A Morte

    Transformações, mudanças repentinas. As grandes fases de mudanças. Morte do velho para renascer o novo. Período de desapego. Revitalização. Renovação.

    14

    A Temperança

    Temperar as emoções. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Emoções profundas e desafios da alma. Dissolução das velhas formas e o desatamento de nos rígidos. Situações de conflito em que se deve ser os dois lados da moeda.

    15

    O Diabo

    Estagnação. Energias negativas circundando a questão. Nossa sombra, nosso lado negro e cruel. Arrogância, orgulho, inveja, cobiça. Magia negra.

    16

    A Torre

    Destruição das velhas crenças e das velhas formas de viver. Quando não é mais possível, pela própria ordem natural das coisas e do Universo, manter uma situação que não está de acordo. Pode representar a ira e a intervenção divina.

    17

    A Estrela

    Auto-aceitação da sua natureza básica. Ligação com a alma e não somente com o Ego. Entendimento. Compreensão do todo. Intuição e luz. Espiritualidade. O pessoal e o transpessoal.

    18

    A Lua

    Aquilo que está escondido na noite do inconsciente. Depressão. Fuga da realidade para o mundo interior. Mediunidade. Desolamento. Infertilidade. Mergulho no deserto do inconsciente.

    19

    O Sol

    Alegria. Consciência. Auto-estima elevada. Sensação de liberdade. Inocência infantil. Prosperidade. Proximidade com a nossa natureza e aceitação desta.

    20

    O Julgamento

    Finalização de processo. Separar o joio do trigo para um novo recomeço futuro. Análise profunda das situações da vida. Equilíbrio entre a razão e a emoção, sensação e intuição. Aceitação das mudanças.

    21

    O Mundo

    Eu como centro do equilíbrio psíquico. Interação dos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água). Integração dos aspectos femininos e masculinos, negativos e positivos do ego. O ego está completo e se sentindo pleno de sentido. Vitória. Triunfo.

    Fonte: “Jung e o Tarô – uma jornada arquetípica” – Sallie Nichols – Ed.Cultrix

    Autor: : Andrea Pavlovitsch - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 06/05/2008 13:38


    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Simone Kobayashi de NoronhaTerapeuta Holística – CRT 37166

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2008

    Agradeço aos meus colegas, que a cada Congresso que nos encontramos, trocamos experiências e energia, acrescentando apoio e conhecimento na minha trajetória.

    Agradeço ao Sinte, pela dedicação a nós todos, pelo suporte à Terapia Holística, aos Terapeutas Holísticos e a mim; e às pessoas do Sinte, pelo carinho, atenção e cuidado com que nos tratam e atendem.

    Sumário:

    I Resumo

    II Introdução

    III Metodologia

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    V Cristalopuntura

    VI Aplicação Terapêutica

    VII Bibliografia

    I Resumo

    A acupuntura faz parte da terapia tradicional chinesa, uma prática com cerca de cinco mil anos, e consiste na inserção de agulhas metálicas na pele para reequilíbrar a pessoa como um todo - o físico, o mental, o emocional e o energético.

    Mas, nem sempre as pessoas sentem-se confortáveis para fazer acupuntura. Temos outros estímulos (sem ser as agulhas) que podem ajudar nas dificuldades e desequilíbrio encontrados. Dentre esses estímulos podemos utilizar as pedras e cristais, que de uma forma menos física, mas mesmo assim eficiente e rápida ajuda a estabelecer o equilíbrio e o bem-estar.

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    II Introdução

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    III Metodologia

    Descobrindo-se pelos Pontos de Alarme os movimentos em desequilíbrio e os meridianos relacionados, pelo toque no caminho do meridiano, os pontos que estiverem mais doloridos serão os que necessitam ser estimulados. Cabe ao Terapeuta Holístico capacitado, a melhor escolha (entre as pedras e cristais) mais adequadas ao momento do cliente e relacionadas aos 5 Movimentos Chineses ,para ajudar a harmonizar o cliente e equilibrar o seu momento.

    Da mesma forma que a acupuntura tradicional, a Cristalopuntura baseia-se nos 5 Movimentos Chineses e o equilíbrio do corpo físico, mental, emocional e energético através da estimulação de pontos nos meridianos.


    Trabalhar esses processos terapêuticamente é acrescentar a habilidade de lidar com os sentimentos e os desequilíbrios de uma forma mais consciente, leve e saudável.

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    Pedras: popularmente pedra é o nome coletivo para todos os constituintes sólidos da crosta terrestre; agregados naturais de minerais, e ainda podem ser separadas por preciosas e semi-preciosas, ou seja, podem ser caras ou baratas. Mas o valor comercial não é motivo para que sejam divididas assim, já que é uma distinção arbitrária, confusa e desnecessária.

    Cristais: é um corpo uniforme com um retículo geométrico, normalmente apresenta forma limitada externamente por superfícies planas e lisas, e em um arranjo ordenado dos átomos da estrutura de um composto.

    Gemas: designação coletiva para todas as pedras ornamentais. Não há, na verdade, uma linha divisória definida entre pedras mais ou menos valiosas, preciosas ou semi-preciosas. Todas elas são minerais, materiais inorgânicos naturais com uma composição química fixa e estrutura interna regular (com exceção das pérolas, do âmbar e do coral).

    Assim definido, fica mais fácil de explicar a razão de utilizarmos os termos Pedras e Cristais e não o termo gema, pois nós não utilizamos somente as ornamentais e sim toda e qualquer pedra que traga benefícios terapêuticos.

    V Cristalopuntura

    Já sabemos que os cristais funcionam como amplificadores de energia nos processos de equilíbrio e autoconhecimento e a sua força consiste na capacidade de ampliar e direcionar nossos próprios poderes e, por isso, o mais importante ao se lidar com os cristais é que conseguimos sintonizar nossas vibrações com as vibrações dessas pedras.

    Nosso objetivo nesse curso é capacitar as pessoas que Já conhecem a técnica de puntura com a junção de mais uma ferramenta de estímulo, a Cristalopuntura.

    Diferente das agulhas, as pedras e cristais dispõem de uma maior diversidade de sintonia que pode ajudar mais eficazmente na puntura para equilíbrio do cliente.

    Esses são os objetivos da utilização de pedras e cristais como estímulos na Cristalopuntura, iniciar uma busca através de autoconhecimento e nos capacitar, e aos nossos clientes, ao equilíbrio e a superação de obstáculos, alcançando a harmonia e realização interior.

    VI Aplicação Terapêutica

    Precisamos lembrar o que cada uma das pedras e cristais trazem suas características próprias para o trabalho terapêutico. Tendo, então essas características, elas também têm suas relações com os 5 Movimentos Chineses.

    Quero acrescentar que não somente a resposta às pedras e cristais dos Pontos de Alarme ou pontos doloridos nos meridianos são eficazes para a melhor escolha do estímulo, mas um conhecimento das pedras e cristais disponíveis e também um bom “ouvido” do terapeuta e ajudam a pré-selecionar alguns estímulos de referência. Com a prática, o “ouvido” guiará melhor e a resposta dos pontos confirmará ou não às escolhas.

    Pontos de Alarme: Tradição Milenar Chinesa

    A Tradição Milenar Chinesa trouxe até a atualidade como parte de sua sabedoria, a teoria dos meridianos que são caminhos de energia que circulam no nosso corpo e refletem o nosso estado energético nos corpos físico, emocional, mental, etc.

    Aqui, trabalharemos com 12 meridianos considerados principais e seus Pontos de Alarme correspondentes (o material para localização dos pontos de alarme foi disponibilizado em vídeo pelo Sinte – Sindicato dos Terapeutas)

    Para saber quais os meridianos que estão em desequilíbrio energético, vamos tocar os pontos de alarme de cada um desses 12 meridianos principais e perguntar ao próprio cliente quais (por comparação) estão mais doloridos ao toque.

    Para algumas pessoas, todo ponto de alarme é sensível, por isso, sugiro fazer por comparação entre eles e saberemos quais deverão ser trabalhados. Um bom objetivo é achar os que estariam em primeiro e em segundo lugar entre os mais doloridos. Como trabalharemos com os 12 meridianos principais, teremos 12 sequências de toque para avaliar comparativamente.

    Sabendo então, quais os pontos de alarme mais sensíveis (primeiro e segundo lugar), iremos buscar os pontos doloridos nos caminhos dos meridianos correspondentes. Por exemplo, se os Pontos de Alarme mais doloridos foram (1o. Lugar) o do meridiano do Estômago e o (2o. Lugar) o meridiano do Triplo Aquecedor, vamos buscar primeiro os pontos doloridos no caminho do meridiano do estômago e depois os pontos doloridos no caminho do meridiano do triplo aquecedor.

    Agora, como saberemos quais entre tantas pedras e cristais será a mais adequada ao estímulo nos pontos do meridiano do cliente?

    Teremos que pré-selecionar algumas pedras e cristais que tenham afinidade com o MOVIMENTO ao qual o meridiano em desequilíbrio corresponde. Somente a partir daí teremos condições de realizar testes para a escolha do melhor estímulo.

    Coloca-se em contato com a pele do Cliente (no ponto de alarme ou mesmo no próprio ponto dolorido do meridiano) cada opção pré-selecionada e verifica-se qual entre essas pedras a que diminui a a sensação dolorida.

    Pronto! Já temos o ponto a ser estimulado e o estímulo mais adequado ao momento do cliente. Agora basta deixar o estímulo (pode-se fixar pedrinhas ou cristais pequenos com “micropore”) por alguns minutos e começar novamente o processo com o 2o. Meridiano mais dolorido.

    cristalopuntura.gif


    Os Cinco Movimentos Chineses

    A base da filosofia chinesa é o Tao, que é o principio de toda a matéria, sejam as estrelas e os minerais, passando por todos os seres vivos. O Tao não se explica, ele simplesmente É.

    Dentro do conceito do Tao, entende-se que existam duas forcas opostas e complementares, em movimento constante, o yin e o yang. O yin é visto como passivo, feminino, escuro e todos os simbolismos relacionados como: a noite, a lua, a emoção, etc; e o yang como ativo, masculino, claro e também suas outras relações como: o dia, o sol, a razão, etc.

    Essas forcas estão em constante e harmoniosa oposição, mudando, movimentando e se fundindo, sempre buscando o equilíbrio. Desse movimento cria-se energia, que os chineses chamam de “chi”, ou forca vital. O “chi” flui através dos seres e dos ambientes.

    Determinando-se que se o chi está ou não fluindo naturalmente, a pessoa, o ser ou ambiente está ou não equilibrado. Se houver um desequilíbrio entre o yin e o yang o fluxo de energia vital está desarmônico.

    Nada é absolutamente yin ou yang. Um não existe sem o outro e não existe separação. Um contém em si a semente do outro, atraem-se mutualmente e se repelem ao mesmo tempo, em um movimento constante.

    Surge com esse movimento constante outra manifestação do Tao: os Cinco Movimentos. O ascendente, descendente, centrípeto, centrifugo e equilibrante; que chamamos de fogo, água, metal, madeira e terra, respectivamente. Na tradição chinesa tudo que lembre e represente um dos movimentos relaciona-se a ele. Cada um desses movimentos tem suas características próprias que podem ser relacionadas com tudo o que existe, sejam seres vivos, incluindo animais, humanos e plantas, sejam inanimados como as pedras, cristais e ambientes, e ainda, as emoções, sabores, cores, etc.

    Por exemplo, ao movimento centrífugo, como o Movimento Madeira, relaciona-se a expansão e o crescimento, aos meridianos do Fígado e da Vesícula Biliar, sentimento de raiva e extroversão, a cor verde; ao Movimento Fogo, relaciona-se com ascendente, que lembra a excitação (excesso de fogo) e a apatia (falta de fogo), o verão, o calor, os meridianos do coração, intestino delgado, circulação e sexo e triplo aquecedor, a cor vermelha; ao Movimento equilibrante chamado Terra, oque centraliza, controla, equilibra, a cor amarela, os meridianos do estômago e baço-pâncreas; ao movimento centrípeto que relaciona-se com o Metal, lembra o agregar, condensar, o contrair; e assim acontece com todos os movimentos.

    Como fazem parte de um movimento constante, o excesso ou falta de um deles, ou seja, qualquer desequilíbrio acaba afetando o Todo, por meio de suas relações.

    Em suas interações temos a Lei da Geração ou Mãe-Filho: Madeira nutre o Fogo, que forma a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, de onde nasce a Água que nutre a Madeira, que volta ao início do ciclo fechando-o. E a Lei da Dominância ou Dominante-Dominado: a Madeira consome a Terra, que absorve a Água que domina o Fogo, este derrete o Metal ou Rocha, que corta a Madeira.

    Pensando assim, as pedras e cristais por formarem-se na Terra, relacionam-se ao Movimento Metal e tendem para a interiorização, introspecção, mas um olhar mais atento nos faz observar as interações de outros movimentos.

    Assim como cada um dos movimentos contêm dentro de si os outros, os detalhes de cada pedra ou cristal nos guiaria para a relação mais focada com os 5 movimentos, como: a água-marinha, e sua óbvia relação com o movimento ?gua, o quartzo fumê, que tornou-se “fumê” pela exposição prolongada ao calor (Fogo), a ágata com suas camadas concêntricas de expansão (Madeira), e assim com todas as outras pedras, não só observando as características físicas, mas também os simbolismos e associações com os nomes, histórias, usos e costumes relacionados a elas.

    VII Conclusões

    Em todo trabalho de Terapia Holística desenvolvido com aprofundamento, vemos que não existem tabelas a serem seguidas. O melhor meio para se aproveitar de todas as características e possibilidades que as diferentes técnicas nos trazem é o aprofundamento do conhecimento, seja para aprimorar nossa própria busca de equilíbrio e harmonia, e/ou pela melhor relação entre o momento do cliente e a escolha da técnica ou estímulo.

    VII Bibliografia

    Boström, F. - A sabedoria das pedras - Ed. Best Seller, 1994.
    Boström, F. - O Mago dos Cristais - Círculo do Livro, 1994.
    CavalcantE, V. - O equilíbrio da energia está no salto do tigre - Ed. Objetiva, 1998.
    Duncan, A. - ABC dos Cristais - Ed. Nórdica.
    Duncan, A. - Caminho das Pedras - Ed. Nórdica, 1998.
    Noronha, S. - Pedras e Cristais: Em Busca do Equilíbrio - Ed. Sinte, 2006
    Raphael, K. - Transmissões Cristalinas: Uma Síntese de Luz - Ed. Pensamento, 1997.
    Raphael, K. - A Cura pelos Cristais - Ed. Pensamento, 1995.
    Raphael, K. - As Propriedades Curativas dos Cristais e das Pedras Preciosas - Ed. Pensamento, 1996.
    SINTE - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias - www.sinte.com.br
    Schumann, W. - Gemstones of the World - Sterling Publishing, 1997.
    Vieira Filho, H. - Tutorial Terapia Holistica, Sinte, 2004.
    Weil, P. - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real, Ed. Palas Athenas, 1990.

    Autor: : Simone Kobayashi de Noronha - Terapeuta Holística – CRT 37166
    Última atualização: 13/05/2008 14:44


    Terapia em Técnicas Tradicionais - Acupuntura Sistêmica

    Terapia em Técnicas Tradicionais

    (Acupuntura Sistêmica) 
     
     

    Song Un Kim
    Terapeuta Holístico - CRT 23108

    Resumo 

    A necessidade da acupuntura nas diversas culturas: Oriental e Ocidental. 

    Os orientais (Coreanos, Japoneses e Chineses) encaram acupuntura na sua cultura tradicional, com muita naturalidade, pois faz parte do costume e folclore trazidos por gerações e gerações através de milhares de anos.

    Os coreanos atualmente estão perdendo um pouco desta tradição por avanços tecnológicos, capitalismo e da influência americanas, muitas já estão substituindo o tratamento de acupuntura, chás e ervas por remédios alopáticos que é muito mais cômodo.

    Os ocidentais estão fazendo o caminho inverso, pois estão cansados de consumir tantos remédios com contra indicações. E as pessoas estão procurando as terapias alternativas que não tem contra indicação, ou melhor, que não prejudica outros órgãos.

    A alopatia cada vez mais está se subdividindo e não se preocupando com a pessoa como um todo, tratando o problema e não a causa. Por esse motivo as pessoas estão preferindo terapias orientais como acupuntura que procura equilibrar os sistemas orgânicos, fortalecendo os mecanismos de defesa naturais do cliente e proporcionando o equilíbrio harmônico na sua totalidade.    

     
     
     
     
     

    Introdução 

    A necessidade da Acupuntura nas diversas culturas: Oriental e Ocidental, foi tentar mostrar aos congressistas, a visão e a experiências adquiridas ao longo dos trinta e seis anos de atividades relacionados a arte marcial Hapki-do que utiliza os pontos de Acupuntura e terapia corporal para aplicar os seus golpes.

    Viajando por vários paises, pode realizar vários cursos de acupuntura e terapia corporal com grandes Mestres internacionais nas Artes de Hapki-do.

    Observando e aprendendo várias técnicas utilizadas por estes mestres.

    E também pelo fato de estar engajado em vários trabalhos sociais há muito tempo e com mais de 9000 clientes na carteira e trabalhando em varias entidades como Delegacia Geral, Delegacia da Mulher, Receita Federal, APROFEM (Sindicato dos Funcionários e professores Municipais de São Paulo) e Academia Kim. Observei que podemos ajudar na qualidade de vida e diminuindo sofrimentos físicos e emocionais do homem contemporâneo.  
     
     

    Material e Metodologia 

    No ocidente acupuntura foi introduzida para tratamentos de alívio da dor, e depois verificou se que também podia auxiliar em vários tratamentos como: no alivio de enjôos e queimações em gestantes, aliviar as cólicas ou gases provocados pelos intestinos, agora se usa acupuntura para quase todos os tipos de problemas causados por desarmonia do corpo humano.    

    A TTC - Terapia Tradicional Chinesa procura equilibrar os sistemas orgânicos internos, fortalecendo os mecanismos de defesa interna, permitindo que o corpo equilibre a si próprio. Diferente da medicina ocidental que tende a tratar os sintomas e não as causas.

    Na TTC é tudo baseado nos conceitos do KI, Yin e Yang e dos Cinco Movimentos.

    Para que haja harmonia e equilíbrio entre corpo e mente e preciso que tenha fluxo do KI e da inter-relação entre Yin e Yang gerados nos Cinco Movimentos. Quando essa harmonia for interrompida, haverá desarmonia do corpo e mente, causando má funcionamento do corpo humano.

    Os fatores que levam o corpo e a mente em desarmonia são: rompimentos ou mau fluxo de energia KI, diminuição de energia da defesa, presença da energia perversa, qualidade da energia da respiração, Vento, Frio, Calor, Umidade e Secura.

    O mecanismo de ação da acupuntura nos seres humanos, em que a dor e aliviada, observam-se aumento de Beta-Endorfina no líquido cefalorraquidiano (LCR), conforme relatado por Clement-Jones em 1980. Estudo realizado em ratos observou se liberação de substâncias semelhantes a metencefalina, parecido com substancia liberado no estimulo da acupuntura.

    E muito importante ressaltar que grande parte dos pontos de acupuntura esta localizados sobre ou muito próximo das terminações nervosas, nervos, vasos sangüíneos, tendões, periósteos e cápsulas articulares, assim possibilitando acesso direto ao sistema nervoso central.

    Foi observado que os pontos de acupuntura, ou melhor, a região da acupuntura há uma grande diferença potencial elétrico, elevada condutância elétrica e diminuição da resistência sobre a pele. Por esse motivo utiliza-se muito estimulo elétrico para realizar tratamentos de acupuntura, na sedação e tonificação.

    Cabe ao terapeuta, utilizar através de várias técnicas como: Moxa, Ventosa, Laser, Eletro-Acupuntura, Acupuntura Auricular, Quiro-Acupuntura, Acupuntura Constitucional, Acupuntura Craniana, Acupuntura Facial, Massagem Tui-ná, Shiatsu, Do-In, e muitas outras para promover o fluxo do Ki e do equilíbrio entre Yin e Yang e transformações gerados pelos Cinco Movimentos.

    ENERGIA

     

          Tchi       Ki ou Qi 

          China      Korea / Japão 
     

                                  Yeng Tchi   Ar 

          Energia   Kou Tchi    Alimentos 

                                  Yuen Tchi   Ancestral 
     
     

          Rim  Morada da energia vital (ancestral ). 
     

     ENERGIA 

    Energia chamado pelos Chineses de TCHI, pelos Coreanos de KI e pelos Japoneses de QI. 

    Jing (essência), KI (energia), XUE (sangue) e JINYE (líquidos orgânicos). 

    Jing, Ki, Xue e Jinye constituem as substâncias básicas do corpo e também a base material para as atividades fisiológicas de Zang-Fu (órgãos e vísceras internos).  

    Jing (Essência)

    Significa energia ancestral (Essência), e a morada da energia ancestral são os Rins (armazenam a Essência). 

    Ki (energia) 

    O Ki (energia) e uma substância essencial que faz parte do corpo e que pode produzir funções distintas tais como Yin Ki (Ki nutritivo), Ki (ar) de respiração, e outro lado, referem-se às atividades funcionais de Zang-Fu e dos tecidos, por exemplo, o Ki dos Zang-Fu, o Ki dos canais, etc. As energias Yuan Ki, Zhong Ki, Yin Ki, Wei Ki, etc. são diferentes na origem, na distribuição e nas características funcionais.

    Yuan Ki (verdadeiro) 

    Ki original ou Ki verdadeiro. O Yuan Ki é considerado o mais importante e o mais fundamental entre o Ki do corpo e é formado pelo Ki essencial, pelo Ki produzido dos alimentos pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas e pelo ar límpido da natureza aspirado pelo Pulmão. O Yuan Ki exerce a função de estimular e de impulsionar as atividades funcionais dos diversos Zang-Fu dos tecidos do corpo, razão pela qual pode-se considerá-lo como uma força motriz do corpo.  

    Zhong Ki (principal) 

    Zhong significa “grande ou principal” por isso, Zhong Ki também é chamado “Daqi” (Ki grande). O Zhong Ki está integrado pelo Ki de matérias essenciais, da água e dos alimentos; o ar límpido aspirado pelo Pulmão acumula-se no tórax, entra no Coração e nos vasos sangüíneos para impulsionar a circulação do Sangue e ocorre por todo o corpo. Zhong Ki constitui a força motora que promove a respiração do Pulmão e da circulação do Sangue do Coração.  

    Yong Ki (nutrição) 

    “Yong” significa nutrição. O Yong Ki é produzido a partir das matérias essenciais da Água e dos alimentos transformados pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas e constitui a parte mais substancial do Ki da água e dos alimentos.  

    Wei Ki (defensivo) 

    É o Ki defensivo ou protetor. Wei Ki é produzido principalmente pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas dos alimentos. A insuficiência de Ki do Estômago e do Baço/ Pâncreas leva, com freqüência, à insuficiência de Yang e como conseqüência, o cliente tem temor ao frio, os membros frios e facilidade em apresentar secreção pulmonar. Os movimentos de Ki constituem uma manifestação da vida e do corpo, e uma vez parado esse movimento, termina a vida.

    O subir, descer, entrar e sair do Ki manifeste-se corretamente nas atividades funcionais dos diferentes Zang-Fu, assim como nas relações de coordenação entre Zang-Fu. O Estômago domina a recepção, por isso o Ki do Estômago desce e o Baço/Pâncreas encarrega-se da transformação e transporte, por isso o Ki do Baço/Pâncreas sobe; os Rins encarregam-se de distribuir a Água elevando o límpido e descendo o turvo; o Pulmão controla a expiração e os Rins, a recepção do ar; o Fogo do Coração abaixa, enquanto a Água dos Rins sobe; assim como o Fígado domina a drenagem. Qualquer transtorno na circulação de Qi, tais como alterações na subida e descida, obstáculos na entrada e na saída, podem afetar as atividades funcionais normais dos Zang-Fu. O corpo mantém a temperatura normal e realiza diversas atividades com o aquecimento pelo Qi. O transporte e a transformação das matérias dos alimentos pelo Estômago e pelo Baco/Pâncreas, a produção de Yong (Qi nutritivo), Wei (Qi defensivo), Qi (Emergia), Xue (Sangue), Jing (Qi essencial) e os líquidos orgânicos; a distribuição dos líquidos orgânicos pelo Triplo Aquecedor e a excreção de urina da Bexiga são realizadas sob a ação de Qi.

     

    Xue (Qi nutritivo) 

    A principal fonte do Sangue é o Yong Qi (Qi nutritivo) gerado por matérias substanciais da Água e dos alimentos digeridos pelo Estômago e pelo Baço/pâncreas. O Yin Qi é à base do Sangue e os líquidos também fazem parte do Sangue. O Sangue origina-se primeiro das Essências inatas; depois do nascimento, tem como fonte, o Qi e Energia essencial adquirida da Água e dos alimentos.

    A circulação do Sangue depende do impulso do Qi do Coração e do Qi do Pulmão e depende também da função de regularização e de drenagem do Fígado e do controle do Qi do Baço/Pâncreas. Por isso, a deficiência do Baço/Pâncreas faz com que o Sangue perca o autocontrole produzindo-se a hemorragia crônica; a deficiência do Baço/Pâncreas leva à disfunção, de transporte e de transformação levando à insuficiência de Sangue nutritivo. A estagnação de Qi do Fígado causa a estagnação do Qi e a estase do Sangue; deficiência de Qi do Pulmão e do Coração faz com que o Sangue circule sem força, provocando a estase de Sangue do Coração. 

    Jinye (líquidos orgânicos) 

    Os líquidos orgânicos têm por função umedecer e nutrir os Zang-Fu, tecidos e constituem um dos elementos importantes para a formação do Sangue.

    Os líquidos orgânicos formam-se da Água e dos alimentos, através da função do Estômago e das funções de transformação e de transporte do Baço/Pâncreas, os Jinye são enviados para o Pulmão e, através da sua função de difusão, são distribuídos pelas vias do Triplo Aquecedor para todo o corpo, chegando externamente até a pele e internamente, filtrando nos Zang-Fu, a fim de umedecer e nutrir aos órgãos e tecidos. A insuficiência dos líquidos nos órgãos internos produz também sintomas de secura, tais como: tosse seca por secura no pulmão, sede devido à secura no estômago, constipação por causa da secura no intestino grosso, etc. Os transtornos na distribuição e na excreção podem causar retenção de água, sintomas como abundância de Mucosidade, edema, etc. 

    ACUPUNTURA 
     

    A acupuntura e a técnica mais antiga que existe, parti do conceito de que o desequilíbrio se deve à má distribuição de energia pelo corpo, sendo assim aplicam-se algumas agulhas para ativar alguns pontos de acupuntura para equilibrar yin e yang dos órgãos e vísceras.

    Cada Órgãos e Vísceras têm uma função energética diferente da função alopática.

    Na Antigüidade, os chineses haviam comprovado, que um órgão do corpo humano, alterado em seu funcionamento, deixavam sensíveis, certos pontos de revestimento cutâneo. A localização desses pontos (situados nos mesmos lugares em todas as pessoas) variava de acordo com o órgão afetado. Concluíram assim que cada órgão correspondia pontos específicos, demonstraram então que uma ação sobre esses pontos repercute sobre o órgão correspondente, produzindo um alívio.

    Esses pontos constituem uma espécie de cadeia, como se uns fossem a continuação de outros. Unindo-os por traços imaginários obtêm-se linhas longitudinais denominadas passagem, canais ou meridianos.

    Os meridianos estão relacionados aos órgãos diretamente. Inserindo uma agulha em um determinado ponto de um meridiano, tem a sensação de que algo esta transitando entre eles, os chineses chamam de Qi, que significa energia.

    Restaurar o equilíbrio energético

     

    A energia circula através do organismo, meridiano a meridiano, de forma regular, distribuindo-se harmoniosamente e segue o seguinte percurso diário: das 3 às 5h, passa pelo meridiano dos pulmões (P); das 5 às 7h, do intestino grosso (IG); das 7 às 9h, do estômago (E); das 9 às 11h, do baço pâncreas (BP); das 11 às 13h, do coração (C); das 13 às 15h, do intestino delgado (ID); das 15 às 17h, da bexiga (B); das 17 às 19h, dos rins (R); das 19 às 21h, da circulação-sexualidade (CS); das 21 às 23h, do triplo-aquecedor (TA); das 23 à 1h, da vesícula biliar (VB); da 1 às 3h, do fígado (F).

    Os desequilíbrios são conseqüências naturais da má distribuição de energia. Alguns sintomas da falta dessa energia são: sensação de vazio, fraqueza, insatisfação, insegurança, desânimo, frio, suor, agressividade, agitação dor, calor, e outros...

    A acupuntura tem por objetivo reequilibrar a circulação de energia no organismo, tornando-o harmônico, pois constitui no princípio básico da ordem universal. A saúde é o resultado do equilíbrio dessas duas forças (Yin (negativo) e Yang (positivo), que ativam os corpos).

    O Yin e Yang expressam-se em todo e qualquer nível de existência, com alternância de cada força.

    Alguns elementos Yang são: a luz, o calor, o verão, o vermelho, o homem, a atividade, o sistema nervoso simpático, as partes superficiais do corpo. O elemento Yin é: o escuro, o frio, o inverno, o azul, a mulher, o sistema nervoso parassimpático, as partes profundas do corpo e outros.

    O intestino delgado, o intestino grosso, a vesícula, o estômago, a bexiga e o triplo-aquecedor são órgãos de Yang. O coração, os pulmões, o fígado, o baço, os rins e a circulação-sexualidade são órgãos Yin.

    Alguns físicos descobriram que a teoria oriental de que não existe distinção entre matéria e energia está certa, elas são consideradas dois pólos de uma mesma unidade.

    Para análise, uma técnica peculiar.

     

    Yin e Yang são duas forças que condicionam a vida de cada indivíduo e o seu estado de saúde, a pergunta que se faz ao especialista de acupuntura é: qual órgão esta deficiente e qual órgão apresentam um excesso de vitalidade? Dá-se, então o analise, na qual, usam-se alguns métodos: ver o cliente escutá-lo, perguntar, apalpar seu corpo nos pontos ou LO (pontos de alarme) e leitura pelo pulso, todos eles são importantes.

    O analise do pulso é realizado na artéria radial do punho. E requer silencio e tranqüilidade. Os três dedos têm que se manter como um arco, com as pontas bem alinhadas e se examina o pulso com a polpa dos dedos. A distancia dos dedos depende da estatura do cliente: É dividida em três zonas, cada qual com uma posição superficial e outra profunda.

    Coloque levemente a polpa de um dedo sobre a artéria radial, em cada uma das três posições, é possível perceber que a sensação obtida difere em cada local – com exceção de pessoa em perfeito estado de saúde (se a pressão for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensação ou percepção torna-se diversa). Se os pulsos da primeira posição apresentar vibrações mais fortes do que os da terceira, quer dizer que o Yang esta mais poderoso do que Yin, e vice-versa.

    Na mão esquerda, com pressão superficial, faz-se a análise do intestino delgado, da vesícula e da bexiga; com pressão profunda faz-se análise do coração, fígado e rins. Na mão direita, com pressão superficial o intestino grosso o estômago e o triplo-aquecedor, com pressão profunda o pulmão, baço/pâncreas e a circulação-sexualmente.

    As pulsações podem ser classificadas em: a) alteração de freqüências b) ritmos c) superficial ou profunda; d) lisa ou grossa; e) cheias ou vazia; f) longa ou curta e etc.

    Tanto para se realizar um tratamento ou realizar uma simples análise, é imprescindível o conhecimento dos meridianos, da origem de seus pontos principais e das leis que regem esta forma de terapia.

    Existem doze meridianos que estão relacionados a doze órgãos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou mais desses órgãos. Assim sendo, esses doze órgãos – ou funções corporais são considerados primários, e os outros secundários.

    Os meridianos são bilaterais, um em cada lado do corpo, sendo classificados como profundos e superficiais, de Yin e de Yang. Os meridianos profundos de Yin são os do coração, da circulação-sexualidade e dos pulmões. Meridianos superficiais de Yang: do intestino delgado, do triplo-aquecedor e do intestino grosso. Meridianos inferiores de Yin (de dentro para fora): do baço/pâncreas do fígado e dos rins. 

    Conclusões 

    Posso afirmar que acupuntura pode ajudar muita gente a equilibrar a sua energia interna, e melhorar a qualidade de vida com tratamento de acupuntura.

    Excelente em tratamentos preventivos.

    Excelente para tratamento da dor e da sua causa.

    Se a eficácia do tratamento não fosse comprovada, os clientes não me procurariam ao longo dos 36 anos praticamente no mesmo local, tratando varias gerações da mesma família.

    Podemos provar realizando alguns golpes nos pontos de acupuntura, verificando aumento da sensibilidade e diminuição da resistência do local (sem machucar, claro).

    Podemos pressionar alguns pontos para mostrar anestesia do local, para tirar a dor, ou melhor, a hiper sensibilidade do local. 
     
     
       

    Referências bibliográficas 

    Yamamura, Y. Acupuntura Tradicional: A arte de inserir.

          2ª ed. Roca, São Paulo, 2001. 

    Ross, J. Zang Fu: Órgãos e Vísceras da Medicina Tradicional Chinesa.

          Roca, São Paulo, 1994. 

    Maciocia, G. A pratica da Medicina Chinesa: Tratamento com Acupuntura e Ervas Chinesas.

          Roca, São Paulo, 1996. 

    Spyros, Alexandros. Fitoterapia Chinesa e Plantas Brasileiras.

          Ícone, São Paulo, 1995.  

    Maike, Sonia. Fundamentos Essenciais da Acupuntura Chinesa.

          Ícone, São Paulo, 1995. 

    Yamanaka, M. Acupuntura em dermatologia.

          LMP, São Paulo, 2005. 

    Xi Wenbu, Tratado de Medicina Chinesa.

          Roca, São Paulo, 1993. 

    Focks, C. Atlas de Acupuntura.

          Manole, São Paulo, 2005. 

    Jae-Nam, M. Ho Shin Môo Yea.

          World Hapki-do HeadQuarters, Seul, Korea,1986. 

    Jae-Nam, M. Self Defence Martial Art.

          World Hapki-do HeadQuarters, Seul, Korea,1987. 

    Won, Seo. Quiro Acupuntura.

          Ícone, São Paulo, 2000. 

    Wood e Becker. Massagem de Beard.

          Manole, São Paulo, 1990.

    Souza, Matheus. Magneto Terapia.

          Ibraqui, São Paulo, 1999.

    Autor: : Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108
    Última atualização: 04/07/2011 14:11


    Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade-Desmistificando a Kundalini

     Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade - Desmistificando a Kundalini

    Mitiyo Oshiro Takemoto
    Terapeuta Holística
    CRT – 38660


    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2008

    Sumário

    Introdução ............................................................................... iv

    Sahajoli e Seus Benefícios.........................................................v

    - História.......................................................................................v

    - Cultura Ocidente e Oriente........................................................ vi

    Sexo.......................................................................................... vi

    Dois Cérebros........................................................................... vii

    Três Veículos.............................................................................vii

    Cérebro......................................................................................vii

    Órgãos do Corpo.......................................................................viii

    Órgãos Sexuais..........................................................................viii

    Os Três Tan Tiens.....................................................................viii

    Tantra.........................................................................................ix

    Vantagens da Pratica Sexual......................................................x

    - Os órgãos sexuais e o Cérebro..................................................x

    Rejuvenescimento (dentro das técnicas Taoistas)......................x.

    - A importância da Saliva...........................................................xi

    - Esperma....................................................................................xi

    Kundalini....................................................................................xii

    Sexualidade.................................................................................xii

    Reeducação Sexual.....................................................................xiii

    - Filosofia do Chi........................................................................xiii

    - Chacras, Tantrismo, Budismo e Hinduísmo..............................xiii

    O Cultivo da Energia Sexual e Espiritual..................................xiv

    Os Órgão Sexuais e o Cérebro...................................................xiv

    Material e Metodologia..............................................................xiv

    Discussão....................................................................................xv

    Conclusão...................................................................................xv

    Bibliografia................................................................................xvi


    Introdução

    SEXUALIDADE, ENERGIA E RELACIONAMENTOS.

    A relação entre homens e mulheres tem desconcertado e confundido filósofos, cientistas e pensadores ao longo dos tempos. A sexualidade é uma “doença” que abarca as páginas da história de todas as sociedades. É um ritual que tem absorvido as atividades humanas através das eras e que ainda constitui um dilema para as culturas atuais. Diante de algo que existe há tanto tempo e que faz parte da vida de toda criatura ao longo da história, poderíamos pensar que a raça humana já fosse especialista no tema da sexualidade. Entretanto, ainda hoje, os relacionamentos sexuais continuam ofuscando e confundindo profundamente o espírito das pessoas. Por um lado, criam paixão e amor, acendem o romance e o prazer, despertam as chamas do desejo que tornam a vida digna de ser vivida, mas, por outro lado, a sexualidade é também uma fonte de destruição e negatividade, a causa de infinitos problemas na sociedade. Os taoistas não vêem o sexo ou a energia sexual como uma questão moral. Para eles é mais uma questão de saúde. Assim que você começar a entender sua energia, como ela é e para que realmente existe, você terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhar com ela e como interagir com as pessoas ao seu redor, especialmente com o sexo oposto. A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidos nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultuando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente. A saúde sexual depende intrinsecamente da energia sexual, é a energia mais potente que existe, pois é uma energia criativa, a energia criativa é a pura energia da vida, a sexualidade se manifesta o tempo todo no universo, desde a natureza, plantas, flores, animais e nós humanos, ela flui no universo o tempo todo, ela é um dom que recebemos e que tem que ser utilizada, a natureza deu e a natureza cobra, a pessoa que não sente atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa dos bloqueios energéticos. Sobre a energia sexual se envolve vários assuntos, um deles é a energia da Kundalini.

    Sahajoli e Seus Bebefícios

    O Sahajoli se resume basicamente em exercícios para fortalecer os músculos vaginais e região pélvica. Em primeiro lugar estaremos passando as técnicas de como proceder esse exercício. Em primeiro lugar trabalha-se o fortalecimento de todo assoalho pélvico (vagina, uretra e anus) e é chamado de Uddiana Banda, ou seja, com essa pratica trabalha-se todos os esfíncter, anal, vaginal e uretra através das contrações dos anéis da vagina, anus e uretra. Na segunda fase desse exercício aprende-se a sugar e não apenas apertar para cima os músculos e esfíncter. Conforme ofortalecimento de todo assoalho pélvico, estaremos alcançando o sahajoli, vajroli e amaroli, pois a energia flui até chegar no bindu (comparada a energia do orgasmo). Exercícios para os homens(aqui a intenção é preservar o bindu, ou seja preservar o semen, pois com a ejaculação perde-se a energia e acelera o envelhecimento). Bindu é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico, é um fio que liga o cérebro, medula e órgãos sexuais.

    HISTÓRIA

    Sahajoli é uma arte milenar das mulheres orientais. Antigamente o Sahajoli era praticado naturalmente. Os pais orientavam seus filhos naturalmente com relação a este legado, através do sistema Paran Paran; quer dizer oralmente, nada de leituras ou escritas. Entre os nobres: o pai da jovem contratava uma orientadora, mestra na arte de amar, com a finalidade de preparar a jovem moça Shakti “Deusa do Amor” com intenção de entregar ao pretendente Shiva “Deus do Amor”. Assim se formava um casamento perfeito, inabalável. Com a invasão dos ingleses, devido ao moralismo vitoriano, eles foram proibidos de praticar e caiu no esquecimento.

    Há aproximadamente dois séculos, as prostitutas orientais, as gueixas, se apoderaram dessa técnica para obter mais lucro, ganhar mais clientes. Na China, os Ensinamentos Sexuais da Tigresa Branca, Segredos das Mestras Taoistas –Hsi Lai – ainda existe em grupo secreto, um treinamento concentrado de três anos, com a finalidade de educar e reeducar no “refinamento” aperfeiçoamento para a “imortalidade” sexual e espiritual (valorização da mulher). Esse sistema é compatível com o Tantra.

    No ocidente, o sahajoli feminino se tornou conhecido através do Dr. Kegel, médico americano que popularizou os exercícios de contração vaginal, trazendo muitos benefícios à saúde e sexualidade da mulher. Tomemos como exemplo a cura de muitos casos de incontinência urinária, queda de útero e bexiga. Assim como mulheres antes consideradas frígidas, após aprenderem as técnicas conseguem prazer e orgasmo.

    As praticantes de sahajoli, tem uma aparência mais jovem em conseqüência do reequilíbrio hormonal obtido através destes exercícios. Um famoso mestre de yoga da Bélgica, André Lysebeth diz em seu livro que uma praticante desta técnica ancestral será mais apreciada do que qualquer outra mulher, e não será trocada nem por uma bela rainha.

    O sahajoli entre as mulheres está rapidamente se tornando popular em nosso país para a felicidade de muitos casais que hoje desfrutam deste criativo e saudável em suas relações sexuais.

    O sahajoli masculino, isto é, os movimentos com a musculatura do pubococcigeo no homem, além da movimentação voluntária do esfíncter anal e períneo chamados de exercícios do mulabhanda no yoga, incluindo também os vários tipos de movimentos pélvicos e penianos, que praticados pelos homens, melhora a circulação da áreas pélvica, aumentando consequentemente a potência e o prazer do praticante.

    Os homens que praticam possuem vitalidade e potência sexual até a longevidade, pois em várias regiões do Oriente estes exercícios são utilizados naturalmente no dia-a-dia. Esse conhecimento provém de ensinamentos legados de seus antepassados.

    São homens que realmente fazem amor por horas seguidas, dando mais prazer as suas companheiras. Este conhecimento é fundamental para a prática do sexo Tântrico. A saúde sexual eleva a totalidade do indivíduo (auto estima).

    CULTURA: OCIDENTE E ORIENTE

    Cultura Ocidental: é patriarcal (machista, possessivo, ciúmes, violência, muita dor, remorso, guerra). A mulher não tinha o direito de ter prazer sexual. Os inquisidores da igreja condenavam severamente.

    Cultura Oriental: é matriarcal (paz, amor, compreensão, respeito, não ciúmes). Culto a mulher, a mulher (divindade).

    SEXO

    Dakshina marga – perda do Bindú (ejaculação) é ocidental, primitivo, inferior, meramente físico e mecânico. Resultado: fadiga, cansaço.

    O sexo é feio, vergonha, dão nomes ou apelidos feios aos órgãos genitais: cheios de preconceitos e proibições. Hoje o sexo é liberado sem freios!? Vama marga – manter o Bindú (orgasmo), é oriental, superior, evoluído – é um fenômeno físico-psíquico-emocional. Resultado: saúde e vitalidade, devido a Energia da Kundalini (Energia Vital). Ativa todos os órgãos internos e os chacras, do primeiro até o sétimo chacra. Nesse caso podemos dizer que atingiu o nirvana (iluminação-conceito taoista). Os orientais dão nomes poéticos aos órgãos genitais como: Flor, Rosa, Margarida, Orquídea, Girassol, etc.

    2 CÉREBROS: primeiro cérebro cabeça e segundo cérebro intestino

    Relação Intestino e o Cérebro.

    A ciência e as pesquisas médicas têm demonstrado através de estudos recentes a importância do sistema gastrintestinal e mais especificamente do intestino, para a manutenção da saúde e do bem estar. O intestino passou a ser reconhecido como um ''órgão inteligente'' por sua capacidade de selecionar entre o que comemos, o que nos é ou não útil, e por ser o único órgão do corpo humano capaz de executar funções independentemente do Sistema Nervoso Central, chegando a ser recentemente denominado por especialistas como um ''segundo cérebro''.

    O livro do Dr. Michel Gerson, o “Segundo Cérebro”, menciona que os intestinos possuem uma rica rede neuronal, cerca de 100 milhões de neurônios (semelhante à medula espinhal) que elaboram neurotransmissores. As últimas pesquisas demonstraram que quarenta hormônios e vinte neurotransmissores são secretados também pelo eixo-cérebro-intestinal, ou seja, pelo cérebro e intestino simultaneamente, e que 80% do nosso potencial imunológico esta presente neste órgão. Com isso ao regular todo o nosso organismo os intestinos funcionam como órgãos inteligentes.

    Para que o corpo entre em equilíbrio é importante que haja uma consciência entre a conexão desses dois cérebros, para fazer circular a energia “yin e yang.”

    TRÊS VEÍCULOS OU TRÊS MENTES

    Mente, órgãos e órgãos sexuais.

    Parece que algumas pessoas estão desligadas de si mesmas e dos seus órgãos sexuais. A mente e os órgãos estão, portanto, separados. O taoísmo acredita que a mente, o corpo e o espírito devem trabalhar juntos. Os resultados dependem da assimilação de cada aluno. No Tao, aprendemos a criar um Tempo Sagrado dentro de nós. Com a técnica simples de sorrir em todos os órgãos, podemos integrar o nosso corpo, a nossa mente e o nosso espírito.

    Eles não ficam mais separados. A prática sexual conecta a mente com os órgãos sexuais e o cérebro. Forma uma ponte de ligação entre essas nossas partes e cria-se a sinergia.

    CÉREBRO

    O Cérebro pode acessar e gerar as forças superiores, mas não é fácil armazenar essa energia no próprio cérebro. Precisamos treinar o cérebro para aumentar a sua capacidade e a sua destreza em armazenar a energia. A energia do cérebro, quando aumentada até um determinado nível, podepermitir um maior numero de sinapses e ajudar a converter proteínas em células cerebrais. O Tao acredita que, com o treinamento e a pratica é possível aprender a aumentar o numero de células cerebrais e nervosas, assim como aumentar o numero de sinapses no sistema nervoso central.

    ORGÃOS DO CORPO

    Os órgãos também podem gerar energia, mas muito menos do que os órgãos sexuais e o cérebro. Eles também têm uma capacidade muito maior de armazenar e transformar energia.

    ORGÃOS SEXUAIS

    O Tao descobriu que os órgãos sexuais são os únicos órgãos que podem gerar uma quantidade significativa de energia (força vital ou kundalini).

    OS TRES TAN TIENS

    Eles também podem armazenar energia, transformá-la e fornecê-la para o cérebro, a coluna vertebral, os órgãos sexuais e os outros órgãos.

    Três mentes ou três Tan Tiens conectados significa força “YI”.

    Na pratica do Tao, armazenamos a energia nos três tan tiens, que são os reservatórios de energia dentro de nós. O Tan Tien superior (Bindú) localiza-se no cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) e, quando esta cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. Aqui armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. Todos os Tan Tiens apresentam uma face yin e outra yang. Na natureza, Yin e Yang estão presentes em todas as coisas. Pelo por do sol, o dia (Yang) se converte em noite (Yin). É muito importante sentir os aspectos de Yin dentro de Yang e de Yang dentro de Yin (nascer e por do sol). Um aspecto não existe sem o outro, pois são aspectos inseparáveis da mesma força.

    O centro Tan Tien do coração, entre os dois mamilos é o Tan Tien médio. Ele é associado ao elemento fogo. Ainda assim, dentro do fogo sempre existe água. O espírito original (Shen) é armazenado aqui (glândulas monada e timo).

    O baixo ventre a altura do umbigo é o universo, ou oceano, vazio. Queremos sentir um universo de energia no Tan Tien inferior. Dentro desse universo ou oceano, existe um fogo como um vulcão sob o oceano: “fogo sob a água” (glândulas gônadas).

    Os três Tan Tiens referem-se a esses três reservatórios de energia dentro do corpo. Esses reservatórios são lugares onde podemos armazenar transformar e coletar a energia. Os reservatórios são a fonte de energia que flui através do corpo. Os meridianos são os rios de energia alimentados por esses reservatórios.

    TANTRA (Há muita especulação em torno do Tantra)

    Definição: É uma filosofia comportamental naturalista. É basicamente o sexo, espiritualidade e Yoga. É um instrumento de elevação que leva a espiritualidade. O Tantra pede dedicação, concentração, disciplina. O Tantra organizou os rituais da Magna Mater, transformando-os em um método de emancipação que busca na psique humanda a manifestação da Shakti, a energia primordial que move o Cosmos. Este movimento teve uma forte influencia sobre a religião, a ética, a arte e a literatura indiana, havendo ressurgido com inusitada força entre 400 e 600 d.C, quando chegou a transformar-se em uma moda que acabou por influenciar os modos de pensar e agir da sociedade indiana medieval. Aqui ela se afirma, populariza e estende ainda mais, dando origem a um grande numero de correntes e manifestações filosóficas, religiosas, mágicas e artísticas algumas antagônicas. “Não se trata de uma religião nova senão de uma nova caracterização de fatos que pertence ao hinduísmo comum, mas que as vezes só se apresenta precisamente em suas formas tantricas encontra-se a marca do Tantrismo na mitologia e cosmogonia, mas, principalmente, no ritual.

    O ritual trântrico propõe um caminho chamado Caminho do Vale, que é o mais fácil, pouco movimentado e baseado no relaxamento físico e mental. Ele nos abre para um mundo de sensações e experiências desconhecidas, gera uma plenitude prolongada e a integração total entre dois seres.

    Para o Tantra o corpo é mais do que um maravilhoso instrumento ou admirável mecânica biológica: ele é divino. O Tantra nesse trabalho proposto é chamado de Tantra Branco, focado no casal e não na poligamia.

    Exercício trantrico: o mula bandha

    Este exercício também pode ser praticado por homens e por mulheres. Deitada (o), sentada (o) ou em pé coloque seu pensamento na região anal. Respire com tranqüilidade. Depois de alguns minutos tentando manter a concentração, contraia delicadamente o primeiro esfíncter do ânus, o mais externo. Depois, apertando um pouco mais, dirija sua concentração para o segundo anel muscular, enfim, contraia o eretor do ânus, levando assim os dois esfíncteres anais e períneo para dentro e para cima. Lenta e gradualmente, distinguem-se bem estes três níveis, mesmo na primeira tentativa. Depois, aperte com toda a força que puder até fazer vibrar toda região anal e períneo. Mantenha esta contração ao máximo, retendo o fôlego, por no mínimo 6 segundos. Depois relaxe, mantendo a concentração. Repita no mínimo 5 vezes seguidas.

    VANTAGENS DA PRÁTICA SEXUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    Os Órgãos Sexuais e o Cérebro

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas:”faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”(Bindú).

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Outras vantagens conseguidas através dos exercícios de sahajoli são a parada da incontinência urinária através do fortalecimento do assoalho pélvico, retardamento da ejaculação (ejaculação precoce), anorgasmia (dificuldade ou não chegar ao orgasmo).

    Pompoarismo Tantra Yoga = exercício dos músculos vaginais e do assoalho pélvico (pubococcigeo):

    • Previne desequilíbrios pelo fato de deixar os tecidos da região mais fortes e lubrificadas.

    • - Evita a queda do útero, da bexiga e incontinência urinária, previne contra hérnia, hemorróida

    e varizes.

    - Auxilia a gestante no parto normal e na recuperação pós parto.

    - Elimina a cólica menstrual, auxilia no tratamento de bloqueios, impotência, frigidez e vaginismo.

    - Ativa a circulação do sangue, harmoniza os chacras e equilibra a energia Yin e Yang.

    - Ajuda no equilíbrio da produção hormonal (rejuvenesce).

    • Mais mobilidade dos quadris e das areas pélvicas, melhora a performance da mulher no ato sexual devido ao aumento da libido.

      REJUVENESCIMENTO (DENTRO DAS TÉCNICAS TAOISTAS)

    Os antigos taoistas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres que existem dentro do corpo e que estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo, como o digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em estado ótimo de saúde é muito importante que os músculos esfíncteres se contraiam simultaneamente, estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Quando existe um desequilíbrio de energia sexual, ela é revelada nas características externas da face. Quando os músculos esfíncteres estão em desequilíbrio, os órgãos se esgotam. Essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual, pois são eles que suprem de energia o centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas gerais do corpo.

    Postura dos Três Tan Tiens e no sistema dos 7 chacras para a saúde e manutenção da coluna.

    A IMPORTÂNCIA DA SALIVA

    A saliva marca a primeira fase do desenvolvimento libidinal; para o taoista, a produção de grandes quantidades de saliva assinala as energias restaurativas do nosso corpo. Os taoistas estavam certos nesse pressuposto porque a saliva estimula e é parte do sistema imunológico. Os taoistas vão muito mais longe a seus louvores e na aplicação da saliva. Ao ser refinada, a saliva se torna muito espessa e embranquece, parecendo-se muito com o próprio sêmem. Sabe-se que os taoistas subsistem com esta saliva refinada por longos períodos, vivendo de “ar e orvalho”, respiração e saliva, como costumavam dizer. Eles alegaram que era um catalisador para se atingir a imortalidade.

    Exercícios para ativar as glândulas salivares (importante para a manutenção da saúde geral).

    Os três nós

    - Três Tan Tiens – sorriso interior

    desatar os três Granthis (nó)

    Muladhara – Anahata – Ajna

    ESPERMA

    As células do esperma são da maior importância, pois elas carregam os elementos restauradores. Segundo a bioquímica, o sêmem é quase inteiramente proteína pura, com enormes quantidades de fósforo, cálcio e vitamina C. Ele contém ainda propriedades antibióticas. De modo geral, o sêmem contém muito dos micronutrientes necessários para a saúde do organismo humano, especialmente a pele e cabelo. É muito eficaz para ajudar na restauração da juventude da mulher.

    Para os antigos taoistas, o sêmem e o sangue pareciam ser a mesma coisa: o sêmem era uma destilação do sangue. Um texto remoto alegava que quarenta e nove gotas de sangue equivaliam a uma gota de sêmem. Por esta razão, os taoistas procuravam preservar o seu sêmem, pois assim estariam preservando a própria essência da vida. Levando-se em conta os ingredientes do sêmem, esse antigo diagnóstico intuitivo não está muito longe do que a bioquímica também descobriu sobre o sêmem.

    KUNDALINI

    A energia da felicidade latente dentro da espinha dorsal, até ser ativada pelas práticas tântricas. Geralmente ela é representada como uma serpente encolhida que se move ao longo da coluna. A energia da kundalini poderá ser ativada através de exercícios tântricos e energia sexual.

    Essa é uma energia que deve ser ativada com conhecimento e orientação, levando sempre em consideração o limite de cada ser. A energia nuca morre, ela se transforma.

    SEXUALIDADE

    A energia sexual provém da melhor energia do corpo, porque ele está envolvido no processo de fornecer energia ao centro sexual. Portanto, o centro sexual é a condensação de toda energia do corpo e é essa a razão pela qual a saúde do centro sexual é necessária para a nossa saúde mental, emocional e física.

    A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Ela é a água da vida, que reabastece os jardins do templo humano. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidas nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultivando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente.

    O polo que juntamente com o clitóris proporciona intensa satisfação sexual na mulher é um ponto profundo localizado próximo ao útero na parede anterior da vagina, possui uma textura diferente dos outros tecidos vaginais e fica intumescida na excitação feminina. Esta área ficou conhecida como o Ponto G depois que o médico alemão Dr. Ernest Granferg revelou este ponto em que havendo uma excitação adequada pode aumentar o prazer e levar ao orgasmo feminino.

    O tamanho e a consistência do Ponto G variam de mulher para mulher. É melhor que a mulher sozinha descubra o seu próprio Ponto G e as maneiras e ritmos de manipular este local que lhe proporcionem prazer, dando-lhe mais autoconfiança quando estiver acompanhada do seu parceiro. A harmonia entre o casal é de extrema importância para este momento que desenvolverá uma conexão íntima e mais afetuosa entre o casal.

    Localização do Ponto G na prática para mulheres.

    REEDUCAÇÃO SEXUAL

    Desenvolver um curso no sentido de orientar homens, mulheres e adolescentes para uma prática sexual saudável, com a finalidade de preservar a família e a harmonia nos relacionamentos.

    FILOSOFIA DO CHI (DEDICADO À EVOLUÇÃO INTEGRAL DO SER HUMANO

    ATRAVÉS DA CONSCIÊNCIA)

    O equilíbrio desta energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

    A força vital é uma forma sutil de energia eletromagnética uma realidade fisiológica do organismo. As técnicas de toque físico e não físico, são usadas para mandar energia através de todo organismo “abrindo” pontos bloqueados.

    Lowen elaborou uma síntese dos conhecimentos sobre as energias do corpo e as reuniu na bioenergética, que tem como finalidade liberar as emoções acumuladas por meio de práticas.

    As atividades que tencionam as pessoas acabam por bloquear o feixo energético interior, provocando diretamente enfermidades e ou até contribuindo para formá-las. É aí que pode ser utilizada a bioenergética.

    Em 1990 Lowen publica espiritualidade do corpo. Após alcançar um extremo de polaridade, radicalizando a postura de que todo o problema era defeso contra a sexualidade, ele pôde seguir adiante em sua exploração e introduzir na Terapia um outro eixo deste pólo, a espiritualidade.

    Em 1992 Lowen colocou que o objetivo da terapia passava a ser para ele, auto-percepção, auto expressão, ou seja, conhecer-se, expressar sua verdade e ser dono de si mesmo. Passou a colocar o ego saudável como objeto principal da terapia, e a manifestação da sexualidade como uma das formas de expressão desse ego saudável.

    Chacras,Tantrismo,Budismo e Hinduismo

    A principal diferença repousa na maneira diferente de tratar os mesmos fatos fundamentais. O sistema hindu enfatiza mais o aspecto estático dos centros e suas ligações com a natureza elementar:...isso porque os chacras de um conteúdo objetivo na forma de sílabas-semente permanentemente fixas (símbolos estáticos).

    O sistema budista preocupa-se menos com o aspecto estático-objetivo dos chacras, e mais com o que flui através deles, com suas funções dinâmicas, ou seja, com a transformação da corrente de energias cósmicas ou naturais em possibilidades espirituais.

    A concepção dos chacras apresentada por DVK se assemelha ao dinamismo do sistema budista. Sistema + Movimento: é sentido e percebido = emoção-psíquico-físico-espírito.

    Sincronizadores das energias emocionais, mentais e etéricas, corpo-espírito-mente.

    O sétimo chacra: coronário-o maior é a sede dominante e faz a conexão direta com o primeiro chacra-kundalini.

    O CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL E ESPIRITUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    OS ÓRGÃOS SEXUAIS E O CÉREBRO

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas: “faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”.(Bindú)

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Material e Metodologia

    Sobre os tópicos citados, e os referentes autores os quais menciono, é de grande valia ressaltar a interligação entre o sexo e a espiritualidade, estão relacionadas à saúde física, um não está desvinculado do outro.

    A importância dos chacras e a energia que flui em todo corpo seguindo uma vida sexual saudável, junto com os exercícios citados como o sahajoli é de extrema importância para a melhora constante de todo o corpo, não é apenas sexual, mas a energia que flui dos exercícios são ligados a saúde física levando ao desenvolvimento e crescimento espiritual, esse crescimento está nas técnicas tantricas e nas explicações sobre os chacras e a energia da Kundalini.

    Discussão

    Os autores mencionados em grande maioria cita a energia dos chácras como centro de energia, no livro de Hiroshi Motoyama relata sobre o Tantra Yoga, Kundalini , e a teoria dos chacras e os meridianos da acupuntura, o autor cita que existe a possibilidade da energia dos chacras serem comparados aos meridianos na acupuntura, e em outro ponto de vista a autora relata que a função dos chacras estão mais ligados a fatores emocionais. Acredito que os trabalhos dos autores citados são complementares, pois dizer algo sobre energia pode ser complicado, porque esbarramos no campo dos estudos. É através dos exercícios que se pode dizer mais sobre a energia que flui, pois não se trata necessariamente de uma ciência comprovada, ela não é vista, mas sim sentida. Sobre esses relatos complementares cheguei à conclusão que não existe a sexualidade desligada da espiritualidade, pois, através dos mesmos canais energéticos fluem as mesmas energias.

    Através desta visão a energia sexual é uma questão de saúde, pois ela é potente por ser uma energia vital e manifestada o tempo todo no universo. A pessoa que bloqueia esta energia desenvolve desequilíbrios.

    Através dos exercícios do Sahajoli trazemos benefícios à saúde, curando muitos casos de incontinência urinária, queda de útero, bexiga, ejaculação precoce, entre outros, sendo assim poderosa técnica para manter a saúde física de forma geral.

    Conclusão

    Conclui em meu trabalho e exercícios que realizei em meu próprio corpo, mais os relatos de alunos que também citaram suas experiências, onde através dos mesmos canais energéticos, flui a energia ligada ao sexo e a espiritualidade, sendo assim, quando se tem uma experiência sexual, as energias do orgasmo se reflete em todos os demais chacras, do primeiro ao sétimo chacra podendo ser comparada a iluminação ou nirvana da espiritualidade.

    A energia do primeiro chacra, chamado de Kundalini, é ativada através da atividade sexual, fantasias sexuais e dos exercícios do Sahajoli, criando uma potente energia que quando despertada passa do primeiro chacra e sobe para os demais, levando a ascensão espiritual.

    A finalidade do trabalho é também fortalecer a relação entre homens e mulheres dentro da monogamia através dos exercícios tantricos.

    A saúde está ligada ao fortalecimento do assoalho pélvico, onde se preserva a energia de todos os órgãos do corpo, não apenas os órgãos sexuais, pois se a base está flácida, todos os demais órgãos tendem a cair, assim, quanto mais os exercícios forem feitos, mais saúde de forma geral se tem e é por isso que os taoista entendiam que aproveitando a energia sexual o ser humano conseguiria manter por mais tempo a saúde, a juventude, a longevidade sexual e imortalidade espiritual.

    Conhecendo a energia do corpo, fica simples pensar e discutir sobre a sexualidade, e saber que através do conhecimento do nosso corpo e da energia que flui através dele, é possível chegar à saúde plena tanto física quanto psíquica, pois nossas ações e pensamentos são frutos da energia que circula em nossos corpos.

    Bibliografia

    Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    A cura pela meditação

    Cristina Cairo, Ed. Mercuryo

    Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    Os ensinamentos sexuais da Tigresa Branca – Segredos dos Mestres Taoistas

    Hsi lai, Ed. Aquariana

    Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Energia Sexual e Yoga

    Elisabeth brunton, Ed. Pensamento

    A deusa Durga

    Cláudio Duarte, Ed, Sexto Sentido

    A Espiritualidade nas Empresas

    Marilu Mastinelli, Ed. Sexto Sentido

    Teoria dos Chacras, Hiroshi Motoyama, Ed Pensamento

    Site Pesquisado : http://www.yogalotus.com.br/vamamarga.htm

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 20/05/2008 11:03


    O VILÃO QUE VOCÊ NÃO ENXERGA

    O VILÃO QUE VOCÊ NÃO ENXERGA 

    Seiiti Arata

    Terapeuta Holístico - CRT 31513 

    SINTE - Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2008

    São Paulo - SP

    2008  
     
     
     

    O vilão que você não enxerga 
     
     

    RESUMO 

    O objetivo do presente trabalho é o de prestar contribuição para os profissionais da área de saúde, especialmente aos que atuam dentro da visão holística, para que seu trabalho possa atingir um grau mais elevado de satisfação junto ao cliente, independente de sua especialidade. 

    Para isso, serão abordadas diversas situações existentes na vida cotidiana das pessoas, as quais, por desconhecimento, acabam se expondo de forma inocente. 

    Isto acaba contribuindo para as freqüentes recidivas que tanto causa frustração ao profissional, em que pese a sua melhor técnica utilizada, bem como ao cliente que irá se desapontar com a aparente pouca durabilidade de resultado do tratamento recebido. 
     
     

    INTRODUÇÃO 

    De que adianta atuar de modo impecável com clientes usando as diversas técnicas da terapia holística, se em pouco tempo os mesmos problemas voltam a se manifestar? 

    É isso o que ocorre com diversos casos se alguns vilões invisíveis não forem identificados e neutralizados.  

    O cliente recebe um ótimo atendimento, sai satisfeito como o resultado e retorna para seus hábitos e ambientes insalubres, reativando mais uma vez o ciclo negativo. 

    Por isso, é importante que se possa identificar o que está acontecendo com os clientes mais recorrentes, que apesar de obter um alívio imediato na sessão, retornam constantemente com as mesmas queixas.  

    As técnicas estão sendo bem aplicadas, porém o problema maior pode ser o estilo de vida do cliente ou o local de permanência prolongada e exposição do mesmo. 

    O objetivo deste trabalho é procurar desvendar as causas dos principais elementos ocultos que podem estar causando esse retorno problemático.  

    O terapeuta que dominar esses “segredos” poderá alertar e orientar seus clientes e assim manter o resultado duradouro de suas sessões, aumentando a satisfação de sua clientela e, assim, sua reputação como um profissional de qualidade. 

    Devido ao limite de espaço, o presente trabalho apenas focaliza os principais elementos que causam o fenômeno do retorno dos problemas.  

    A lista de fatores perniciosos é longa e até assustadora. A mídia de modo geral parece não reconhecer ainda as descobertas mais avançadas e há muita controvérsia a respeito de determinados alertas, talvez até por interesses econômicos de grandes grupos. 

    Durante o desenvolvimento deste trabalho, serão expostos os resultados das mais avançadas pesquisas científicas a respeito de contaminação por alimentos e bebidas, poluição ambiental, ergonomia, campos eletromagnéticos, radioatividade e também, hábitos que podem desfazer o valioso resultado das sessões entre o terapeuta e seu cliente. 

    Esta matéria revelará técnicas de fácil aprendizado e aplicação propiciando uma alta taxa de permanência dos resultados terapêuticos positivos alcançados, indo um pouco além; graças ao conhecimento de fatores igualmente sutis, porém benéficos, que efetivamente auxiliam muito no processo de recuperação. 
     
     

    MATERIAL E METODOLOGIA 

    Para detalhar a metodologia e material, peço permissão para contar um pouco de minha história pessoal. 

    Há mais de vinte anos atrás sofri um grande mal em minha coluna cervical e lombar, a ponto de acreditar que nunca mais poderia voltar a caminhar e correr normalmente. Com grande dificuldade consultei diversas autoridades no assunto dentro da área tradicional que não me deram outra alternativa a não ser a intervenção cirúrgica. Alguns inclusive me recomendavam praticar natação, sendo que eu sequer conseguia me locomover! Estava claro que as soluções ortodoxas não eram adequadas para mim, naquela precária situação. 

    Para encurtar uma longa história, durante esses anos freqüentei diversos cursos e estudei profundamente tudo o que encontrava pela frente: auriculoterapia, shiatsu, acupressão, fitoterapia, trofoterapia, oligoterapia, reflexoterapias, magnetoterapia e outras. Até mesmo as modalidades menos conhecidas como apiterapia, geoterapia, terapia do limão, alimentação ajustada ao tipo sangüíneo, terapia com cristais, radiestesia e radiônica fizeram parte de uma lista ainda maior. 

    Todos esses estudos acabaram por resultar num sistema próprio de terapia conjugada que foi denominada de Método Arata. Parte desse método foi apresentado no Holística 2006 através da palestra “Terapia Corporal Descomplicada” e no Holística 2007 com a palestra “Terapia Energética Instantânea”. 

    A facilidade de aplicação do Método, e, principalmente pelos resultados impressionantes que podem ser obtidos por qualquer pessoa despertou grande interesse, e que pode ser mostrado em números: “Terapia Corporal Descomplicada” é o artigo número um em visitas no portal Sinte (*1) e “Terapia Energética Instantânea” é o artigo de oitavo maior interesse da Holopédia (*2) 

    Sinto-me gratificado em poder compartilhar experiências que contribuem para o trabalho de colegas que têm interesses semelhantes. 

    De modo análogo aos trabalhos anteriores, utilizo os conhecimentos obtidos ao longo dessas décadas e experiências de milhares de pessoas para enfrentar um tema o qual desconheço ter sido apresentado em outro cursos, ou palestras do gênero: o perigo dos invisíveis vilões ao nosso bem estar. 

    Caminhamos no sentido de equiparmos os nossos lares com aparelhos cada vez mais sofisticados graças à tecnologia moderna, visando facilidades, conforto, lazer e entretenimento. 

    A contrapartida dos benefícios apresentados pela vida contemporânea é uma maior tendência ao sedentarismo, que passa a incluir crianças que mudam seus hábitos desde pequenas.  

    Não apenas as áreas públicas para atividades físicas ficam cada vez mais reduzidas com a urbanização, mas também a falta de segurança se transforma em um motivo adicional para a permanência exagerada em espaços fechados. 

    Além dos hábitos que envolvem atividades físicas, a alimentação é um fator que também não pode ser deixado de lado. Conforme aumenta a industrialização de alimentos, maiores são os processos químicos envolvidos: não apenas aromatizantes, conservantes, adoçantes e essências são adicionados aos alimentos processados, mas até mesmo as frutas e cereais recebem camadas de cera para terem mais brilho e atrair o consumidor, além dos inseticidas que recebem e que podem contaminar em níveis acima do recomendável. 

    Tanto o sedentarismo como os hábitos alimentares podem ser os responsáveis por uma notável mudança do biotipo da população atual, sendo a obesidade o problema mais visível. E as outras disfunções de difícil correlação com este estilo de vida? 

    Em vista de tantos elementos que afetam a saúde e bem estar, é extremamente complexo encontrar as informações apropriadas para a orientação de quais são as melhores práticas a respeito desses fatores. Que alimentos escolher? Como lidar com ondas eletromagnéticas? 

    Quais metais pesados podem estar contaminando nossa alimentação? São inúmeras as preocupações que fazem parte de nosso cotidiano. Demandaria um tempo enorme listar todas as que conhecemos e assim a pesquisa realizada enfatiza os pontos mais recorrentes e de maior impacto, que serão sintetizadas de modo simples para a compreensão de todos. 

    É de fundamental importância o conhecimento básico a respeito dos fatores nocivos bem como as condições benéficas para a saúde e bem estar para a orientação das pessoas. 
     
     

    RESULTADOS 

    Os resultados são extremamente gratificantes e espetaculares. O Método Arata, por utilizar princípios apresentados também neste trabalho, produz espantosos resultados para diversas condições de clientes em poucos minutos e com baixa necessidade de retorno. 

    Problemas que persistiam por muitos anos, e num caso excepcional: cinqüenta anos de dor e enfraquecimento do joelho, a recuperação foi igualmente fantástica desde a primeira aplicação, em menos de cinco minutos! - apenas com o uso das mãos. 
     
     

    DISCUSSÃO 

    Como já exposto, são muitos os vilões invisíveis e assim a presente abordagem é direta aos pontos fundamentais que devem ser levados em conta aos terapeutas independentemente de suas técnicas favoritas, sobretudo considerando que a terapia holística se propõe a utilizar uma somatória de diferentes técnicas e conhecimentos em busca de harmonia e bem-estar. 
     

    Alimentos e bebidas 

    Apesar da grande oferta de produtos que hoje, são capazes de contornar a barreira de suas respectivas temporadas e chegam a todos nós, nem sempre são tão benéficos como gostaríamos que fossem. Os recursos artificiais envolvidos nos processos produtivos não são desprezíveis. 

    De acordo com Kurzweil (2004), dores abdominais, distensão abdominal por ar deglutido ou gases intestinais de fermentação, movimentos intestinais irregulares, desarranjos intestinais e/ou prisão de ventre, sensação de evacuação incompleta por movimentos intestinais, gases, enjôos e azia podem ser resultado de alimentação incorreta como excesso de açúcar, alimentos à base de amido com elevada carga glicêmica, gorduras pró-inflamatórias e bactérias e outras influências alimentares que resultam em inflamações e bactérias intestinais nocivas. 

    Recomendam-se alimentos integrais onde os mesmos não foram polidos. O polimento remove a importante camada que contém selênio que é um excelente mineral antioxidante. Perdem-se também as fibras e outros nutrientes essenciais ao organismo. 

    Os processos no preparo do alimento também podem contribuir para a perda de nutrientes como o cozimento. Da mesma maneira, no lugar de se tomar sucos de frutas, é preferível comê-las. O suco é o resultado de perda de vitaminas e fibras além da possível oxidação da polpa. 

    Ao se consumir produtos não orgânicos, devidos sua contaminação, recomenda-se passar pela imersão em peróxido de hidrogênio diluído antes do cozimento ou ingestão, por pelo menos 20 minutos. 

    Definem-se produtos orgânicos como os produzidos sem fertilizantes artificiais, pesticidas, inseticidas, herbicidas, hormônios, antibióticos e outros agrotóxicos. O terbutrin é um tipo de herbicida usado para destruir ervas daninhas em lavoura de trigo e cevada. Em cobaias, os testes revelaram anomalias no sistema nervoso, distúrbios graves degenerativos e fatais, bem como lesões nos rins e fígado. 

    O mesmo autor recomenda também a diminuição do açúcar, que aparece com diversas designações e em geral terminados com “ose”. As alternativas seriam o mascavo ou a stévia. 

    Um dos piores adoçantes é o aspartame que é responsável por muitos problemas graves.  

    Ao mau hábito alimentar está atribuída a grande incidência da obesidade que, conforme JAMA- Journal of the American Medical Association um obeso com 20 anos de idade, tem expectativa de vida reduzido em 13 anos comparado ao não obeso!  

    A obesidade além dos problemas fisiológicos conhecidos é causa, também, de problemas emocionais. 

    Outro problema relevante é o da possibilidade de ingestão de carnes de animais contaminados com metal pesado, especialmente pescados como atum, peixe-espada, agulhão e tubarão que podem conter grandes quantidades de mercúrio.  

    Geralmente quem foi intoxicado por mercúrio pode apresentar sintomas como dor de estômago, tremores, tristeza, gosto de metal na boca, dentes moles com inflamação e sangramento nas gengivas, sono irregular, falhas de memória e fraqueza muscular, nervosismo, mudanças de humor, agressividade, dificuldade de prestar atenção e até demência. 

    Outro problema digestivo comum é o relacionado à permeabilidade intestinal que é causada por inflamação crônica permitindo que toxinas, bactérias e partículas alimentares não digeridas no quimo intestinal entrem diretamente na corrente sangüínea. Isso pode resultar em problemas respiratórios, articulares e outras do tipo auto-imune. (Ibid Pg 113 ). 

    O mesmo autor enfatiza os malefícios das bebidas à base de cola que contribui para dificultar a fixação de cálcio. Sugere também a substituição do café que promove o aumento da acidificação do organismo, pelo chá de boa qualidade, que tem muitos componentes saudáveis. O chá reduz significativamente (44%) o risco de morte por causas cardíacas. 

    Quanto ao chá verde associa às suas qualidades antioxidantes reduzindo incidência de vários problemas graves. 

    Especificamente à questão alimentar, o Livro: “A D. do Tipo Sangüíneo” constitui uma boa referência a ser considerada e, também, recomendada neste trabalho. 
     

    Materiais de construção e poluição do ar 

    Nem todos sabem que certos tipos de materiais utilizados na construção (*3) podem afetar significativamente a quem habita ou que utilizam como ambiente de longa permanência.  

    O morador deve sair para o terraço ou quintal, pois lá o campo magnético já está mais próximo do natural. 

    Por outro lado, pisos de granito, ardósia, porcelanato de certas espécies, pisos de madeira tratados e envernizados que emitem toxidez por longo período de tempo são também nocivos. 

    Alguns materiais por serem sintéticos carregam-se de cargas eletrostáticas. São fatores que também podem debilitar o ocupante de tais ambientes. 

    Nestes casos, é fundamental que se deixe o ambiente bem ventilado de modo a se possibilitar a renovação do ar saturado, principalmente se o recinto esteve fechado por muitas horas. O problema é em estações de baixa temperatura, onde se costuma manter os cômodos fechados(*4)  

    Alguns tipos de lâmpada como as fluorescentes à base de reatores eletromagnéticos tendem a causar danos à vista. As que funcionam com reatores eletrônicos são melhores, pois, ao invés de 60 Hz trabalha com 35.000 Hz; assim, não causam o efeito estroboscópico. 

    Certos tipos de tintas utilizadas em paredes também apresentam toxidez devido ao excesso de metais pesados como chumbo. O ideal é não permanecer por muito tempo em ambientes recém pintados devido à maior concentração de gases tóxicos. Deve-se também favorecer uma boa ventilação até que as emanações diminuam com o tempo.  

    Grande parte destes problemas pode ser evitada no momento da aquisição das tintas e vernizes que devem conter baixa quantidade de metais pesados e baixa emissão de compostos orgânicos voláteis. 
     

    Produtos de limpeza e de higiene pessoal 

    Aparentemente inofensivos, mantêm contato com nosso organismo podendo causar intoxicações ao longo do tempo, especialmente os produtos clandestinos. Como já é de nosso conhecimento, os nossos ambientes domésticos apresentam uma lista impressionante de produtos altamente tóxicos, especialmente os utilizados para a limpeza e lavagem de utensílios domésticos. 

    Segundo pesquisa espanhola publicada no American Journal of Respiratory and Critical Care Medic. que analisou 3,5 mil pessoas - indicam que o risco de desenvolver inflamações crônicas no sistema respiratório (tosse, chiado) aumentaria de acordo com a freqüência da limpeza e o número de diferentes produtos usados. Produtos para perfumar o ar, e os utilizados para limpar móveis e vidros estariam entre os que representam maior risco. 

    Nestes casos, quando inevitáveis, a utilização de luvas, máscaras e filtros em determinados casos são as melhores saídas, até que os produtos passem a ser menos agressivos desde sua fabricação. 
     

    Ergonomia 

    A adaptação do ser humano às suas atividades laborais é de fundamental importância. Porém, quase sempre vem sendo relegada a planos secundários. Atualmente, cada vez mais, os computadores fazem parte de nossa realidade, desde a infância. 

    Horas e horas na mesma posição, que é a característica predominante nestas atividades, acabam por exaurir a resistência da maioria, queixando-se de diversos incômodos na coluna, pescoço, costas, braços e mãos, além de influências negativas sobre a gravidez.  

    Condições propícias para o surgimento de fadigas que podem se tornar crônicas com o passar do tempo, se nada for feito. 

    Elevados índices de absenteísmo estão relacionados à ergonomia. Muitos se licenciam por incapacidade física e sequer chegam à idade requerida para aposentadoria. Em muitos casos, quando ela chega, é, lamentavelmente, por incapacidade física. 

    A NR17 é uma Norma Regulamentadora publicada pelo Ministério do Trabalho. Esta norma estabelece uma série de condições que devam ser seguidas de modo a proteger o trabalhador sob o ponto de vista da ergonomia. Auditores Fiscais do Trabalho poderão autuar as empresas e condena-las ao pagamento de pesadas multas em caso de não obediência da mesma. 

    Recentemente descobriu-se que os teclados dos computadores são potenciais vetores para contágios de distúrbios como gripes, resfriados, problemas digestivos e intestinais devido ao grande número de germes e bactérias que são resultados da falta de higiene dos usuários. É muito comum que mesmo sem lavar as mãos, têm o hábito de comer durante o trabalho que não é o ambiente adequado para o ato de alimentar. 
     

    Estilo de vida 

    Porque o ser humano vem adotando atitudes que lhe são tão desfavoráveis? Porque ele é atraído tão fortemente ao ritmo, quase irracional dos novos tempos? 

    São apenas questões mentais; ou seja: de paradigmas. Suas convicções estão encravadas em sua mente, fazendo com que suas atitudes venham a ser exatamente dessa maneira. Quer trabalhar muito, produzir cada vez mais de modo a ganhar mais dinheiro ou trabalhar para alguém que considera a produtividade como prioridade máxima, exigindo-lhe ritmos insanos de produção. Porém isso gera tensão e empobrecimento emocional. 

    De acordo com Bacci (2005) a respiração descontraída promove o relaxamento muscular, assim como as emoções positivas propiciam a boa concentração mental. Por outro lado, a respiração contida dá origem à tensão muscular e as emoções negativas como medo, cólera, etc. causam agitação mental. A autora afirma ainda que respirar diafragmaticamente aguça a concentração mental, acalma as emoções e alivia a tensão muscular e as dores. 

    Como a tensão física desempenha um papel fundamental na etiologia da dor crônica, a importância na minimização da tensão no corpo, de modo a reduzir ou eliminar a dor, leva a se recomendar uma respiração calma, profunda e, portanto, diafragmática; ao contrário do que se verifica nos momentos de agitação mental onde a respiração é curta, pobre e não relaxante. 

    Sentir nervosismo excessivo em ambientes de trabalho seja por assédio, injustiças, excesso de cobranças e outros problemas de relacionamento tanto com os superiores como com demais colegas provocam agitação mental que tem sérios desdobramentos e que acabam comprometendo uma vida saudável. - Mas como sair dessas situações? 

    Carnegie (2006) explora diversas saídas para as situações mais corriqueiras e indesejáveis que acontecem em quase todos os ambientes, inclusive nos de trabalho. Em geral, as pessoas que se consideram vítimas de tais circunstâncias são as principais culpadas por tais situações. 

    Se a consecução de resultados visando sucesso profissional for o maior problema, recomenda-se a leitura de Covey (2007), de onde se destaca: “Os reativos são levados por sentimentos, circunstâncias, condições e ambiente. Os proativos são guiados por seus valores, cuidadosamente pensados, selecionados e interiorizados”. 
     

    Campos magnéticos 

    O planeta Terra apresenta campo magnético próprio (*5). Este campo afeta diretamente todos os processos biológicos incluindo a saúde humana. Esta energia é utilizada inclusive por aves, animais aquáticos e outros seres vivos como borboletas em sua migração anual. As bússolas, por exemplo, têm seus ponteiros orientados em função da força magnética dos pólos terrestres, indicando a direção do pólo norte. 

    Tanto os cabos de alta tensão como fios energizados criam campos magnéticos. Isto se deve à passagem da corrente elétrica por eles. Os equipamentos elétricos, especialmente transformadores, também criam um campo magnético. 

    Um transformador instalado num poste, localizado nas proximidades de uma residência, emite certa intensidade de campo magnético. Igualmente, Bueno (2005) reporta que um rádio relógio localizado a alguns centímetros da cabeça emite o seu campo magnético surpreendentemente elevado devido à má qualidade de seus transformadores internos. 

    Qual destes casos (transformador ou rádio relógio) pode ser mais prejudicial ao organismo da pessoa que está exposta? Não há como responder se não forem medidas (*6) as suas intensidades, por aparelhos de boa precisão e, posteriormente, comparados aos parâmetros de confiabilidade considerados máximos admissíveis (*7). 

    De uma maneira geral, o campo magnético verificado no interior das casas, especialmente quando a construção é em concreto armado (devido às ferragens) é bem inferior ao existente em ambiente natural externo. Isto significa que uma pessoa que permanece grande parte de sua vida no interior de uma edificação de concreto armado está com deficiência de exposição a campo magnético de maior intensidade quando comparado a outros em ambiente externo. A armadura de aço no interior do concreto funciona como uma gaiola isolante interceptando a emanação do campo magnético terrestre. 

    Um físico russo, George Lakhovisky, lançou a seguinte teoria: cada componente da célula deveria oscilar a uma freqüência específica para manter a sua função normal e assim manter-se saudável. Um distúrbio da saúde seria a alteração da freqüência de um ou mais dos componentes celulares. 

    Ele construiu um aparelho (*8) que oferecia uma faixa enorme de freqüências para, através do fenômeno da ressonância, as células terem a oportunidade de captar a freqüência específica que lhe era peculiar. Os pesquisadores que empregaram o MWO nunca observaram efeitos colaterais e descreveram grande sucesso no tratamento de problemas crônicos e metabólicos. 

    A máquina de Lakhovisky estava recuperando um organismo com desequilíbrio eletromagnético. Mas, então devemos nos perguntar: O que causou tais problemas? 

    Analisar as condições ambientais parece ser de grande relevância. Medir a intensidade dos campos magnéticos nas proximidades, principalmente nos ambientes onde o indivíduo permanece por longos períodos de tempo não pode ser desprezado. O local onde se dorme e onde se trabalha costumam ser os recintos que demandam maiores análises quantitativas. 
     

    Campos elétricos 

    Assim como os campos magnéticos, os campos elétricos causam influência nos organismos e, portanto aos humanos. Os limites recomendados pela OMS para campos elétricos (*9) oriundos de linhas de alta tensão, seguindo os padrões da Comissão Internacional de Proteção contra Radiação Não Ionizantes para público em geral são: 4,17 kV/m para Campo Elétrico e de 83,3 µT (microtesla) ou 833 mG (miligauss) para Densidade de Fluxo Magnético. As ocorrências de carcinog. foram levadas em conta nos estudos. 

    Analogamente ao caso da influência eletromagnética, o indivíduo deve procurar um geobiologista e verificar eventual excesso ao qual possa estar exposto e tomar as providências necessárias e possíveis. 
     

    Radiações não ionizantes 

    Ondas ionizantes são aquelas que têm a força capaz de deslocar elétrons da camada de um átomo, causando o que se chama de ionização. Todo átomo que perder elétron ficará com a somatória de sua carga elétrica positiva em maior número que a negativa, tornando-se, portanto, instável, ou seja: perdeu o seu estado de equilíbrio que tinha antes de ser ionizado. 

    As ondas não ionizantes são as que não chegar a causar esta ionização. Mas será que são totalmente inócuas e apenas causam aumento de temperatura das células? 

    Os fornos de microondas funcionam através de aquecimento promovido por vibrações de partículas constituintes aquosas das células, durante certo intervalo de tempo. Estas vibrações não são suficientes para deslocarem elétrons das camadas dos átomos. Mas, segundo várias correntes afirmam, acontece uma substancial perda nutricional dos alimentos preparados com este tipo de aquecimento. 

    Se esta suspeita for confirmada, poderá ser uma importante causa dentre as de deficiência nutricional a que certamente estará relacionada uma série de problemas fisiológicos que irão demandar tratamentos tradicionais ou holísticos. 

    Em muitos casos, dependendo dos vasilhames utilizados, como os de plásticos, acaba havendo séria contaminação tóxica dos alimentos por dioxinas que uma vez liberadas pelo forno contaminam os alimentos, e, portanto, um gravíssimo problema que é pouco divulgado. 

    Muitos dos fornos de microondas de uso doméstico não têm o sistema eficiente de vedação das portas como deveriam ter e permitem vazamentos de radiação pelas frestas. Nestas condições, uma pessoa pode ser atingida, involuntariamente, podendo sofrer danos, pois é muito comum permanecerem nas proximidades do mesmo, principalmente as suas cabeças. 

    Dependendo da intensidade da radiação de ondas não ionizantes emitidas por quaisquer aparelhos poderá haver maior ou menor capacidade de aquecimento da matéria em exposição ao campo. Mesmo quando a intensidade de radiação é mais baixa, um considerável aquecimento será possível, bastando apenas que a exposição seja por um intervalo de tempo maior. 

    Por isso que ao se utilizar telefones sem fio, desses de uso doméstico, por um determinado tempo, pode-se perceber uma sensação de calor superior do que com o uso do telefone com fio, na região da cabeça onde esteve encostado. É o efeito da radiação de microondas de menor intensidade por alguns minutos. Esses aparelhos funcionam sem fio, graças à base que está instalada em algum local da casa. Esta base é, também, uma Mini-Estação Rádio Base (Mini ERB (*10)). 

    Estas ERBs emitem radiações não ionizantes que podem ser prejudiciais, dependendo da intensidade e tempo de exposição. Nas suas proximidades, a intensidade é maior, diminuindo com a distância da mesma. O importante é, justamente, determinar a distância mínima de segurança que se deve manter da torre destas antenas, de modo a não receber os efeitos nocivos que ela pode causar. A preocupação torna-se maior às pessoas que permanecem mais tempo nas proximidades e especialmente as crianças, pelo fato de serem mais frágeis e possuírem menos massa corpórea, sujeitando-se a um dano ainda maior. 

    A utilização do aparelho de telefone portátil junto ao corpo não é recomendada, mesmo em estado de espera (stand by), pois, até nestas condições, de tempo em tempo, existe a intercomunicação deste aparelho com a estação mais próxima para ajuste de sinal. Neste momento, a radiação emitida aumenta e a parte do tecido mais próxima do aparelho recebe esta radiação. Mantida esta condição de exposição, por hábito e por muito tempo, pode resultar em lesões ou prejuízos nos órgãos mais frágeis e sensíveis nesta região. 

    Segundo resultado de algumas pesquisas, o simples fato de se utilizar um aparelho celular durante uma ligação por um período de apenas três minutos, causa alterações e danos às células cerebrais mais próximas ao aparelho, que necessitam de aproximadamente quinze dias consecutivos sem o uso do mesmo para seu completo restabelecimento. 

    Telefones celulares podem causar uma significativa exposição eletromagnética. Ninguém realmente sabe (*11) quais são os efeitos de longo prazo em segurar um transmissor de rádio (que é o que o telefone celular é no fim das contas) próximo de sua cabeça por centenas ou milhares de horas por ano. 

    Portanto, é importante limitar o uso de telefone celular. Se isso não for algo prático, pelo menos tente tomar passos para reduzir sua exposição eletromagnética enquanto o usa. Usando um aparelho de mãos livres com um fone de ouvido e microfone permite que o aparelho fique a alguns centímetros de distância de sua cabeça, assim você pode achar que está reduzindo a radiação que vem do telefone. Porém o fio que vai até seu ouvido pode na realidade funcionar como uma antena e assim seu ouvido e cérebro podem receber uma quantidade ainda maior de radiação em certas condições. 

    Atualmente, existem muitos usuários de computador portátil sem fio que se conecta à internet pelo sistema chamado “wireless” que nada mais é do que o mesmo sistema do telefone celular, captando sinal através de uma ERB - Estação Rádio Base instalada. Estas radiações são também do tipo não ionizantes. Outros aparelhos ou acessórios estão em nosso dia a dia como teclados, mouses e outros aparatos sem fio. O funcionamento é o mesmo: através de radiações não ionizantes. Portanto, ainda são preferíveis os que funcionam conectados por meio de fios. 
     

    Radioatividade 

    É muito comum o emprego de diversos materiais em ambientes de permanência prolongada e que emitem um tipo característico de radioatividade. O caso clássico mais comum é o do piso de granito ou ardósia que são aplicados em muitas residências. Igualmente, alguns pisos industrializados como os porcelanatos também podem emitir radioatividade considerável. 

    Uma casa ou apartamento novo, mas sem ventilação pode ser uma fonte de radônio (*12), um gás muito nocivo que exala do material de construção extraído de rochas contendo urânio, segundo afirmação do biólogo Vandir Gouveia, do Instituto de Engenharia Nuclear, no Rio de Janeiro. 

    O radônio, cujo nível permitido é de 200 bequerréis por metro cúbico, pode estar presente em materiais como granito, ladrilho e cimento. Dentre os problemas mais graves, relaciona-se aos da tireóide que pode chegar a ponto de ser até fatal; semelhantes aos causados por acidentes de usinas nucleares. 
     

    Ondas nocivas 

    Pode-se entender ondas como qualquer tipo de vibração, freqüência ou radiação. Dessa forma pode-se afirmar que existe um incalculável número delas. Estas têm a capacidade de alterar os corpos sutis e, que por conseqüência poderá alterar o corpo físico provocando incômodos ao indivíduo que acaba procurando tratamentos. 

    Dentre as diversas emissões de ondas nocivas naturais podem ser citadas algumas delas: correntes de ar subterrâneas, falhas geológicas, jazidas minerais radioativas, perturbações magnéticas, correntes telúricas, tudo que circula, tudo que estagna, tudo que produz disparidade, assimetria e disjunção. 

    A escolha de local energeticamente favorável para a construção de casa saudável vem merecendo cada vez mais atenção com auxílio da ciência denominada geobiologia. Desde as civilizações milenares o assunto era tratado com muito cuidado pelos estudiosos da época. 

    Muitos casos de problemas graves de saúde estão documentados e atribuídos aos fatores relativos às ondas nocivas. Käthe Bachler em “RADIESTESIA E SAÚDE” relata uma infinidade de casos de ocorrência de problemas relacionados à energia telúrica. 

    Dentre as diversas fontes de ondas nocivas relacionadas à modernidade pela atividade humana pode-se citar a eletricidade. Redes de alta tensão, instalações elétricas normais, falta de aterramento adequado, aparelhos eletro-eletrônicos, aparelhos de informática, telefonia, e outros. Todos eles produzem os seus campos elétricos, campos magnéticos e irradiações de todos os tipos. 
     

    CONCLUSÃO 

    É importante investigar profundamente todas as possíveis causas de tais desordens da saúde sem o que, os distúrbios poderão voltar em pouco tempo, fazendo parecer que o tratamento foi ineficaz ou apenas um mero paliativo. 

    Quais são os vilões invisíveis atacando o bem estar do cliente assim que ele sai da sessão com seu terapeuta holístico? Que conhecimentos básicos o terapeuta holístico deve transmitir ao seu cliente para lhe proporcionar harmonia e resultados duradouros, ampliando os benefícios do tratamento? 

    Durante uma sessão de atendimento normal, o Terapeuta Holístico deve se preocupar com os detalhes relatados pelo seu cliente. Normalmente as pessoas apontam os sintomas como dores, disfunções de qualquer natureza, cansaço, dificuldade de dormir, agitação e outros problemas que possa estar sentindo naquele dia. 

    Enquanto o profissional está praticando o seu atendimento, é recomendável também que observe outros detalhes como: início do problema, quando é mais acentuado, em que situação existe melhora ou piora dos sintomas, onde está localizada a moradia do cliente, se existe proximidade a algo que possa ser considerado como possíveis fontes de emissão de ondas nocivas como antenas, torres, transformadores, subestações, e similares junto ao seu habitat normal. Segue uma prática lista de pontos importantes a serem considerados: 

    Alimentação: 

      Perguntar quais são os alimentos que fazem parte de sua rotina, verificando a compatibilidade com seu tipo sanguíneo conforme obra de D'Adamo, altamente recomendada. 

      Proceder com orientação geral a respeito de boas práticas alimentares através de redução de fontes que podem iniciar processos negativos (refrigerantes a base de cola, adoçantes, alimentos contaminados com pesticidas e metais pesados, açúcar branco, farinha branca e arroz branco), assim como alimentos menos ricos em vitalidade como congelados, enlatados, embutidos (nitritos) e preparados em fornos de microondas. 

      Estimular o consumo de fontes benéficas como alimentos orgânicos, cereais integrais, preferência por frutas em seu estado natural ao invés de sucos processados, preferência pelo chá verde ao invés de café, preferência pelo açúcar mascavo ou stévia. 

    Materiais de construção: 

      Para itens de difícil substituição, como pisos de granito, porcelanato, verniz e tintas emissoras de compostos orgânicos voláteis, estimular hábitos saudáveis como caminhar regularmente em ambientes saudáveis, manter janelas abertas permitindo a circulação e renovação do ar, e orientando a escolha de materiais em futuras reformas. 

      Geralmente tintas com baixo brilho possuem menos solventes e, portanto, emitem menos compostos orgânicos voláteis. 

      Substituição imediata de itens práticos de remoção como lâmpadas fluorescentes e aquisição de itens como ventiladores que favorecem a circulação do ar. 

    Produtos de limpeza e higiene pessoal: 

      Assegurar-se de haver excelente circulação de ar durante e após o uso de produtos de limpeza de forma a reduzir sua inalação. 

      Utilização de luvas e filtros. 

      Cuidadosa limpeza das mãos após o contato com tais produtos, em especial antes de manusear alimentos. 

    Ergonomia: 

      Aplicação da NR 17 (*13) no ambiente de trabalho. 

      Implementação de hábito de periodicamente interromper o trabalho repetitivo diante do computador ou outra atividade para exercício simples e alongamento. 

      Cuidado especial ao manusear teclados de computador, geralmente altamente contaminados com bactérias e germes. 

    Estilo de vida: 

      Desenvolvimento mental e espiritual através de meditação, yoga e exercícios de respiração. 

      Sessões de reiki e alinhamento de chakras também contribuem para o bem estar e postura. 

      Desenvolvimento pessoal em comunicação e em lidar com situações desfavoráveis através de valores claros e atitude proativa, assumindo responsabilidade pelos próprios atos. 

    Campos magnéticos e elétricos: 

      Manter aparelhos eletrônicos como televisores, computadores, rádio relógio, roteadores wifi, telefones sem fio e celulares distantes da cama e locais de longa permanência. 

      Se possível, eliminar completamente o uso de fornos de microondas. Caso imprescindível, utilizar vasilhames e recipientes de vidro e permanecer distante do forno durante seu funcionamento. 

      Quando possível, experimentar mudar a cama em diferentes posições dentro do quarto e observar as diferenças na qualidade de sono e bem estar. 

      Consultar profissionais de geobiologia, radiestesia e feng-shui para uma verificação geral do ambiente, principalmente em ocasiões de mudanças e reformas que permitem uma maior adaptação ao cenário ideal. 

      Reduzir o uso de telefones celulares, usando o recurso de viva voz quando possível para evitar a proximidade do aparelho junto à cabeça. Não utilizar fones de ouvido que podem atuar como antenas e concentrar a ação das radiações diretamente na cabeça. 

    Profissional experiente presta atenção até no que não lhe foi relatado, no que não lhe é perceptível aos seus órgãos sensoriais. Deve recorrer aos seus conhecimentos e à sua capacidade intuitiva. - Durante o tratamento, terapeuta e cliente são dois corpos energéticos em sincronia procurando resgatar a harmonia energética universal. - Ambos e todo o resto são uma coisa só: O Todo. 
     
     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

    ALTENBACH Gilbert - Viver Mais e Melhor - Habitat e Saúde - Ed. Letras e Letras, 1995. 

    BACCI Ingrid - Livre-se Facilmente da Dor Crônica - Ed. Cultrix, 2007. 

    BACHLER Käthe - Radiestesia e Saúde - Ed. Cultrix, 1995. 

    BUENO Mariano - O Grande Livro da Casa Saudável - Ed. Roca, 1995. 

    BUENO Mariano - Viver em Casa Saudável - Ed. Roca, 1997. 

    CAMPADELLO Píer - Feng Shui para Harmonizar seu Lar e sua vida - Ed. Madras, 1998. 

    CARNEGIE Dale - Como Fazer Amigos & Influenciar Pessoas - Ed. Nacional, 2006. 

    COVEY Stephen R. - Os 7 Hábitos das Pessoas Alt. Eficazes. Ed. Best Seller, 2007. 

    DADAMO J. Peter - A Dieta do Tipo Sangüíneo - Ed. Campus, 2005. 

    DAHLKE Rüdiger - Qual é a doen. do mundo? - Ed. Cultrix, 2001. 

    GERBER Richard - Med. Vibracional - ED. Cultrix, 1988. 

    GIMBEL Theo - Energia Curativa Através das Cores - Ed. Pensamento, 1995. 

    KURZWEIL R & GROSMAN T - A Med. da Imortalidade - Ed. Aleph, 2004. 

    CORONA, Marly Del - Energias Além das Formas - Casa Ed. Schimidt, 1994. 

    MAYA Jacques La - Med. da Habitação - Ed. Roca, 1994. 

    POGACNIK Marko - Mudança Planetária - Destino Humano - Ed. Triom, 2002. 

    PÓVOA Helion - Radicais Livres - Ed. Imago, 1995. 
     

    NOTAS DE RODAPÉ 

    (*1) http://classico.sinte.com.br/modules.php?name=Top - Em 19.05.2008, o artigo Terapia Corporal Descomplicada lidera o interesse dos leitores em primeiro lugar com 26.288 leituras. 

    (*2) http://www.holopedia.com.br/ - Em 19.05.2008, o artigo Terapia Energética Instantânea lidera em oitavo lugar com 8953 leituras. 

    (*3) Existem estudos quanto à nocividade das construções em concreto armado, que acaba agindo como uma espécie de gaiola de Faraday, isolando e blindando o seu ocupante em relação aos campos de energia que são essencialmente vitais à sua saúde, podendo causar debilidades orgânicas. O campo elétrico que deveria estar numa faixa de 90 a 100 V/m acaba apresentando valores próximos de zero ou até valores negativos. ( MAYA , 1994, p. 95). 

    (*4) Vale lembrar a filosofia do Feng Shui: “tudo aquilo que não circula perde a sua energia vital - especialmente o ar e a água, essenciais à boa saúde” 

    (*5) Que tem intensidade aproximada de 300 mG (miligauss) na região equatorial e de 600 mG na região dos pólos 

    (*6) Existem aparelhos que tornam audível e visível a existência destes campos, trabalhando numa freqüência de 0,1 Hz a 20 KHz. (Med. da habitação - pg. 215 - J. La Maya - ROCA). 

    (*7) Segundo ICNIRP (International Commission on Non Ionizing Radiation Protection) as intensidades devem ser inferiores a 833mG para Campo Magnético e de 4,17 kV/m de Campo Elétrico. 

    (*8) O oscilador de múltiplas ondas (MWO) através de radio freqüência gerava campo eletromagnético harmônico que variava de 750 mil a 3 milhões de ciclos por segundo (750 kHz a 3 MHz), o qual alimentava antena de múltiplos círculos concêntricos, os quais por somatória de ondas harmônicas cobriam um espectro que variava de 1 a 300 trilhões de ciclos por segundo ( 1 a 300 Giga Hz ). 

    (*9) Segundo a OMS, sob as Linhas de Alta tensão o limite para a intensidade do campo magnético está na faixa dos 20 µT; e para residências na faixa de 0,10 µT. Acima de 100 µT, mesmo em exposição de curta duração, pode haver estimulação dos nervos e do sistema nervoso central. Para as residências, recomenda-se, por cautela, não ultrapassar a casa dos 0,3 a 0,4 µT. Acima destes valores, existem registros de que os casos de leuc. infantis teriam as suas taxas de incidência de duas vezes à taxa normal. 

    (*10) No caso de telefonia celular, as ERBs são as que estão em locais estratégicos das cidades, onde diversas barras verticais fixadas em um local relativamente alto, em torno da torre, compõem uma instalação típica demodo a cobrir uma determinada área fornecendo o sinal necessário tanto para recepção como para efetivação de uma ligação telefônica. 

    (*11) Contrariando a própria tese das empresas, que afirmam serem insignificantes os efeitos maléficos, como o do aparelho celular, - elas próprias recomendam, por outro lado que não sejam utilizados no interior das aeronaves, próximo de postos de gasolina, hospitais, escolas etc. 

    (*12) Nos Estados Unidos, já rotina a solicitação de laudos sobre o radônio antes de se mudar para um imóvel. Vandir utiliza um detector de radônio no ar, que fica instalado no local durante três meses consecutivos, fornecendo diariamente a quantidade média do gás. 

    (*13) http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_17.asp 

    Autor: : Seiiti Arata - Terapeuta Holístico – CRT 31513
    Última atualização: 26/05/2008 10:39


    Terapia Floral

    SAHAJÔLI - Energia Sexual e Qualidade de Vida

    SAHAJÔLI

    Energia Sexual e Qualidade de Vida


    Jussara Hadadd Aguiar Duarte

    Terapeuta Holística

    CRT 39518




    Propositura de palestra apresentando alternativas de terapia com o foco na sexualidade feminina através da técnica do Sahajôli, associando a utilização dos Florais de Bach e a aplicação da Reflexoterapia Podal









    Rio de Janeiro

    2007




    SUMÁRIO


    AGRADECIMENTOS 4

    INTRODUÇÃO 5

    RESUMO 6

    SAHAJÔLI 8

    Origem 8

    Preconização 8

    Indicações 9

    Benefícios 9

    SAHAJÔLI COMO TERAPIA HOLÍSTICA 11

    A Filosofia Comportamental e a Qualidade de Vida 11

    Associação dos Florais de Bach 11

    Associação com a Reflexoterapia Podal 13

    A MULHER 14

    O movimento feminista 14

    A redescoberta do prazer 14

    O reencontro com o poder da Deusa 15

    ENERGIA SEXUAL 16

    Ativação dos Chakras 16

    Energia Kundalini 16

    Energia Vital 17

    Sexo Tântrico 17

    Tao do Amor e do Sexo 18

    SEXUALIDADE 19

    Individualidade 19

    Casamento 19

    Família 20

    Mundo 20

    Os Homens 21

    EXERCÍCIOS 22

    Contrações 22

    Consciência Corporal 22

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 23



    AGRADECIMENTOS


    A minha família, berço de toda a minha proposta de evolução e aos desafios que me foram impostos através das dificuldades e das pedras, cuidadosamente, colocadas no meu caminho.




    INTRODUÇÃO


    A energia sexual é um rico tesouro de alegria, felicidade e amor. Ela é uma ferramenta para criar e manter o nível ideal de saúde e vitalidade, transmutando uma vida medíocre em uma vida genial, transformando uma vida infeliz e estressada em uma vida plena de sucessos e realizações.

    As vibrações da mente são facilmente aumentadas e ativadas por diferentes tipos de estímulos. A mente responde facilmente ao amor, à amizade profunda e a musica, bem como ao medo, à inveja, às drogas, ao álcool e coisas do gênero. Um estímulo muito intenso, porém, é o desejo de expressar a energia sexual. Quando combinada ao amor, a energia sexual é uma das mais poderosas; mas ela só permanece uma virtude na medida em que é utilizada com discernimento, sabedoria, compaixão e compreensão. Ao entender essa verdade, a pessoa assume a responsabilidade de usar positiva e amorosamente a energia “extra” que ganhou. Esse é um bom meio de criarmos uma vida rica e plena.


    RESUMO


    Esclarecer pessoas de todos os níveis sociais, idades e crenças religiosas, sobre a importância que uma sexualidade bem resolvida tem para o aumento da qualidade de vida.

    Apontar as maneiras de associar ao Sahajôli as Terapias com Florais de Bach e com a Reflexoterapia Podal, através da análise atenciosa do perfil emocional da Cliente.

    Informar melhor sobre a preciosa técnica do Sahajôli, valorizando sua origem sob a ótica do Tantra Yoga, e das Filosofias Orientais Milenares comprovadamente capazes de trazer para o indivíduo conforto espiritual, equilíbrio emocional e felicidade através do autoconhecimento.

    Resgatar o real valor do Sahajôli, retirando-o cada dia mais dos circuitos da pornografia, onde esteve por muitos anos, escondido e sendo muito mal utilizado.

    Ressaltar a importância de se autoconhecer, de conhecer o próprio corpo, de sentir prazer, de reconhecer que o sexo, principalmente o feito com amor, está ligado à divindade e, através dessas riquezas, combater os estados de tristeza que vêm se tornando cada dia mais freqüentes nas mulheres, nos casais, nas famílias e no mundo.

    Criar, nos Terapeutas Holísticos, a consciência para a atenção sobre a sexualidade de seus Clientes como fator significativo de desequilíbrio energético. O tempo em que a sexualidade era tratada com hipocrisia, em que ela propositalmente era deixada de lado, porque era “feio” ou pecado tocar neste assunto, acabou. Duraram uns dois mil anos, mas acabou! E porque não os Terapeutas Holísticos, detentores de tanta sabedoria, serem os orientadores e os conselheiros de seus Clientes sobre esta valiosa alternativa, na interminável busca do ser humano pela paz interior e pela alegria de viver?


    SAHAJÔLI

    Origem


    Nascida no Oriente há mais de três mil anos, advinda do Tantra Yoga, com o nome clássico de Sahajôli, a técnica era passada sabiamente de mãe para filha gerações após gerações para amenizar diversos males que acometiam as mulheres daquele lugar pelos motivos que serão apresentados nos tópicos indicações e benefícios. O termo Pompoar como ficou mais conhecida, vem do Tamil, língua falada na região do Siri Lanka, sul da Índia e foi atribuída à técnica quando descoberta pelas mulheres que queriam impressionar os homens e lucrar com isso. Em sânscrito, Pompoar significa “sugar’”. Sahajôli por sua vez significa o controle absoluto dos músculos da vagina e região pélvica.

    Preconização


    O ginecologista americano Dr. Arnold Kegel, por volta de 1949, instituiu os exercícios de contração vaginal para suas Clientes que constantemente apresentavam queixas de incontinência urinária no pós-parto e frigidez sexual com quadros de depressão. Infelizmente, o Dr. Kegel não fez alusão ao Sahajôli nem ao Pompoarismo. O método apresentou excelentes resultados e foi inserido na cadeira de ginecologia da faculdade de medicina, mas não se escuta falar de ginecologistas que ensinem os exercícios em consultório. Atualmente, os graduados em Fisioterapia e especializados em Uroginecologia usam o método para tratar de seus pacientes incontinentes. Os terapeutas holísticos e psicólogos mais antenados o usam para trazer à tona a vivacidade das suas clientes.

    Indicações

    • Desequilíbrios energéticos

    • Relações sexuais anorgásmicas

    • Insegurança

    • Baixa auto estima

    • Flacidez Vaginal

    • Incontinência Urinária

    • Ameaça de prolapso genital


    Benefícios


    A mulher se sente mais segura em qualquer tempo da vida se ela, no âmbito sexual, aplicar o Sahajôli a sua rotina de vida. Simples de praticar, seus exercícios promovem verdadeiros milagres. Sozinha ou acompanhada ela será uma mulher mais bem humorada, decidida e equilibrada. As que de alguma forma têm algum bloqueio decorrente de repressão ou de trauma, encontram, no Sahajôli, a necessidade de cuidar do próprio corpo, em especial da região pélvica onde está concentrada grande parte de sua energia e poder. Cabe dizer que a mulher atenta aos cuidados com esta região, sobretudo no aspecto físico, se torna uma mulher segura, com auto-estima elevada, com menos risco de ter que enfrentar as crises conjugais, o abandono e as doenças oriundas da atrofia desta musculatura, como por exemplo a constrangedora incontinência urinária, que compromete sobremaneira sua vida social, levando-a ao isolamento e à infelicidade. Cabe, ainda, citar os casos de prolapso genital (queda de órgãos como a bexiga e o útero) que as leva para a mesa de cirurgia, o que poderia ser evitado se uma técnica comportamental como a do Sahajôli, fosse aplicada como proposta preventiva e até corretiva. Se alguém tem de alertá-las para isso por que não nós, os Terapeutas Holísticos? Afinal, nem só de medicamentos e cirurgias são constituídos os recursos para cuidar do corpo das pessoas e... “Mente sã em corpo são”!


    SAHAJÔLI COMO TERAPIA HOLÍSTICA


    A Filosofia Comportamental e a Qualidade de Vida


    Muitos pesquisadores afirmam que medidas comportamentais podem aumentar a auto-estima das pessoas e melhorar sua qualidade de vida. Os orientais praticam isto há milênios. EDUCAÇÂO! POSTURA! CONDUTA! Neste caso, a educação voltada para atenção com a sexualidade! O combate à promiscuidade é uma das propostas da terapia, porque pior que não fazer é fazer mal feito, catalisando energias negativas. Há que se atentar quanto a isto.



    Associação dos Florais de Bach


    A Cliente chega ao nosso consultório, disfarçada de mulher feliz e realizada. Já no final da primeira sessão, após o questionário de rotina, se encontra a vontade para relatar pequenos fatos de sua intimidade. A partir do segundo encontro, já bem confiante e esperançosa na proposta da terapia, desabafa sobre sua infância, sua criação, seus bloqueios, suas culpas e medos. O terapeuta atencioso conhecedor da Terapia com os Florais de Bach, vai saber aplicar as essências certas para cada tipo de emoção que a Cliente apresentar.


    Ex: A Srtª A.V.S., 21 anos, recém casada tinha total dificuldade em aceitar a penetração do pênis do seu marido. Caso clássico de Síndrome de Vaginismo.

    Após atenciosa análise de seu comportamento, descobrimos que A. trazia, desde a infância, conceitos plantados por sua avó de que as mulheres haviam sido criadas por Deus para trazer vidas ao mundo e que “aquela” parte do corpo, se não fosse usada somente com esta finalidade, estaria sujeita a doenças com dores insuportáveis. Sua avó desencarnou quando A. tinha 14 anos e a fez prometer que se casaria virgem e que seria uma esposa recatada.

    Aplicamos os exercícios de contrações e relaxamento da musculatura circunvaginal, aconselhamos e, em seguida, indicamos a utilização dos Florais de Bach com a seguinte composição em uma primeira tentativa:


    Influências do passado - Walnut

    Culpa - Pine

    Medo - Mimulus

    Insegurança - Larch


    Acertamos e mantivemos a composição por um mês. Após alteração no seu quadro emocional, iniciamos o Treinamento com os Acessórios, que ela sozinha tinha que introduzir na vagina com a proposta de romper o elo com a repressão imposta pela avó. O marido ajudou, a terapia foi eficaz. Hoje, aos 23 anos já tem o primeiro filho e se diz feliz no casamento, bem resolvida com a sexualidade e o prazer. Ainda usamos por dois meses o Impatiens, pois as novas propostas a deixavam um pouco ansiosa. Controlamos.






    Associação com a Reflexoterapia Podal


    Mulheres experientes e bem resolvidas também se deparam com dificuldades relacionadas ao sexo. Estresse, ansiedade, tristeza, ou seja, desequilíbrios de ordem energética, causados na maioria das vezes pelos atropelos da vida moderna, se refletem nelas com a falta de libido e a anorgasmia que se transforma em um círculo vicioso.

    Nestes casos, além do Treinamento com o Sahajôli, aplicamos algumas sessões de Reflexoterapia Podal, com ênfase nos pontos reflexos onde estão instalados os bloqueios de energia sexual. Após o desbloqueio do meridiano, que está localizado em ambos os pés, no lado externo, a meio caminho entre o osso do tornozelo e a parte de traz do calcanhar elas, se sentem mais calmas e equilibradas e serão capazes de se entregar novamente aos momentos de prazer e de usar esta energia para se manterem em ótimo estado de equilíbrio.

    É bom lembrar que este é um erro muito freqüente, quando as pessoas estão desequilibradas, numa ação inconsciente e na maioria das vezes arquetipada, (eu sofro então eu não me permito a felicidade em sacrifício assim como santa fulana de tal), se condenam à falta do prazer. Deveria ser exatamente o contrário: no lugar da punição, lançar mão da recarga da energia através de um mecanismo tão simples como o Sahajôli. Quando este tipo de pessoa vive sozinha, o mal já é enorme e piora quando ela tem um companheiro e o condena à solidão e à abstinência sexual. Neste caso, existe o grande risco de serem dois a contaminar o mundo com a tristeza e o mal humor.


    A MULHER

    O movimento feminista


    Após séculos relegada ao desprezo e taxada como louca fútil e inútil, a mulher, vem há quase cem anos lutando para rever seus direitos, impor sua inteligência e seu real valor que foram, através dos interesses de algumas religiões e igrejas, suplantados e fantasiosamente sobrepostos pelo poder dos homens. Foi plantado o mito da insuficiência feminina.


    A redescoberta do prazer


    Sufocada em conceitos que realçavam a culpa e o pecado, a mulher passou, por séculos, reprimindo o prazer sexual. Nem mesmo com seus maridos lhe era permitida nenhuma manifestação de prazer. Não era permitido que ela sentisse desejo e orgasmo. Isso não era coisa de mulher honesta. Rebaixada a simples serva dos senhores, cabia à mulher, até bem pouco tempo, somente a tarefa de procriar e gerar herdeiros para os seus senhores. Mantida em cativeiro domiciliar e sem direito à verdadeira felicidade, vendo-se constantemente traída e maltratada, desenvolvia a histeria e lotava os hospícios, consumia todo estoque de barbitúricos das farmácias, embriagava-se e cometia suicídio. Tudo isso até bem pouco tempo atrás.






    O reencontro com o poder da Deusa


    Tanto na Índia como na China e em grande parte do Oriente, a mulher sempre encarnou a Deusa. No inicio do século passado, as mulheres apesar de terem exagerado um pouco dentro do movimento feminista o que as levou a perder também parte de sua feminilidade, resgataram o direito à informação e, hoje, buscando em culturas como as orientais milenares, começam a terem reveladas suas origens de força e inteligência, fato que a própria ciência, vem constatando. A mulher é supraconsciente, tem o poder de gerar a vida, detém a sabedoria, a calma, o amor e a intuição. Sendo assim, faz-se crer que mais alguns poucos ajustes entre o que já foram, e onde estão agora, em bem pouco tempo terão readquirido o poder que ficou perdido entre os conceitos que foram impostos.


    ENERGIA SEXUAL


    Ativação dos Chakras


    Com os exercícios de contração da musculatura pélvica e circunvaginal, o Chakra Sacral é ativado instantaneamente. Em sânscrito, o segundo Chakra é Svadhisthana, que significa “doçura”. Esse é um nome apropriado para a doçura do desejo, do prazer e da sexualidade. O segundo Chakra incorpora a natureza do “dois” e rege a polaridade, instigando movimento no corpo e na psique que começa o processo de ascensão da Kundalini enrolada ao subir através dos Chakras. Encontrar o “outro”, cria desejo e o desejo nos faz mover, alcançar, crescer e mudar.


    Energia Kundalini


    Kundalini é um conceito com freqüência citado em relação aos Chakras. Na mitologia, Kundalini é uma Deusa Serpente que dorme na base da coluna vertebral, enrolada 3 vezes e meia ao redor do primeiro Chakra, aguardando a expansão. Acordada, dentre as várias formas, pela atividade sexual, pode se transformar em rica fonte de energia. De forma geral não é aconselhável que se invoque a Kundalini sem um instrutor ou um sistema de apoio que possa ajudá-lo a processar as mudanças que ela pode trazer. Ela é, porém, uma força de equilibrio, e nos é muito benéfica quando conseguimos nos render a ela com graça.




    Energia Vital


    O corpo é um campo de energia dinâmico. Os chineses descobriram que essa energia - C’hi - circula ao longo de 12 meridianos que existem dentro do corpo. A teoria de que alguma forma de energia anima o corpo agora está sendo mais amplamente reconhecida. Os Indianos também descobriram que esta energia, chamada Prana, percorre os Chakras e nos leva a um estado de iluminação. Nossa

    energia vital é mantida em nível estável por mais tempo e assim garantimos a longevidade.


    Sexo Tântrico


    Surgida na Índia, há 5 mil anos, o Tantra é uma filosofia matriarcal, onde a mulher é considerada uma divindade. Em sânscrito, Tantra significa "o que conduz ao conhecimento". O sexo Tantrico é uma forma de adiar ao máximo o orgasmo, para obter prazer prolongado. Segundo os praticantes, este é um processo que vai elevar o nível do sexo, segurando o orgasmo cada vez mais. Toda a energia retida, quando liberada, se transformará num êxtase total. O tantrico transcende a união sexual e a transpõe para o plano cósmico. Para o tantra, qualquer união sexual é sagrada.









    Tao do Amor e do Sexo


    Um dos valores mais importantes do mundo é dos relacionamentos. Estabelecer relacionamentos harmoniosos em todos os aspectos da vida é meta da prática taoísta. O Universo, a Natureza e o mundo em que vivemos operam por meio de relações, conexões e intercâmbios sociais. Estabelecer relacionamentos harmoniosos e equilibrados é o processo do Tao. É o equilíbrio de todos os opostos aparentes, masculino e feminino, luz e escuridão, repouso e atividade, eletricidade e magnetismo. É importante compreender a diferença entre a energia sexual masculina (yang) e a energia sexual feminina (Yin). Os taoistas entendiam que homens e mulheres são destinados ao equilíbrio, como duas metades opostas de um todo universal. Isso quer dizer que cada um de nós precisa respeitar as diferenças e compreender que é natural sentir-se diferente e ser diferente. Sem essa percepção, o homem e a mulher estarão sempre em desacordo. Se esquecermos essa verdade, será fácil nos irritarmos com o sexo oposto e nos sentirmos frustrados. Entretanto, quando respeitamos essa diferença, o amor floresce como um jardim bem adubado.


    SEXUALIDADE


    Individualidade


    Desde que a pessoa não tenha sublimado em si o sentimento de amor carnal em decorrência de uma opção religiosa, ou de um alto nível de intelectualização ou então em favor de um parceiro há quem muito amou e dividiu com ele os melhores momentos de sua vida, mas que agora, devido a uma enfermidade qualquer não pode mais compartilhar com ela momentos de intimidade sexual, enfim, desde que tenha optado por uma vida assexuada, toda pessoa que goza de boa saúde física e mental deve estar atenta as suas necessidades sexuais. Para tanto, mesmo estando sozinha, não deve abrir mão do prazer sexual. A masturbação, tratada erroneamente sob a ótica do preconceito, é um excelente recurso para os que estão momentaneamente sem parceiros. E mais, é um santo remédio para evitar que as pessoas carentes demais se atirem nos braços de outros, muitas vezes mal intencionados e pior, irresponsáveis, doentes e transmissores potenciais do vírus da Aids e das DST’s.



    Casamento


    Casais com sexualidade mal resolvida, mal discutida, mal cuidada e mal usada, vivem amargurados, mal humorados e têm muita dificuldade em atribuir os dias mal vividos juntos, ao sexo mal feito. Culpam a situação financeira, os filhos, os sogros, os patrões, Deus e o mundo. Não investem em carinho, em perdão, em diálogo e em informação. Ao invés de buscarem recarregar suas energias no encontro sexual que um dia os motivou a união conjugal, passam a dormir de costas um para o outro, sem se beijarem, se abraçarem e sem nem mesmo manifestarem verbalmente o sentimento que os une. Casais que se amam fortemente estão se separando por não conseguirem se comunicar sexualmente. Buscam em relações fugazes o que na realidade gostariam de viver em casa. Stress, ansiedade, competividade, egoísmo e exagero de vaidade são fatores a serem combatidos com seriedade.


    Família


    Os casais que vivem em harmonia sexual, têm mais facilidade para conduzirem famílias felizes e filhos sorridentes e bem educados. É claro, que outros valores, são muito importantes também, porém estes casais, por causa da troca das energias sexuais, são capazes de se comunicarem através do olhar, não brigam, conservam um clima de paixão no seu cotidiano e em sua casa flui uma atmosfera de paz e de equilíbrio. Não permitem que suas neuroses e psicoses ou mesmo problemas educacionais ponham em risco os seus relacionamentos. Casais assim, buscam resolver as diferenças que pesam e incomodam o parceiro temendo perde-lo e o prazer que sentem em sua companhia. Assim sendo, tudo em volta se beneficia.


    Mundo


    O mundo melhor que todos almejamos, começa dentro dos lares. As pessoas realizadas, bem humoradas, bem dispostas e que pensam positivamente, são as responsáveis pela parcela do mundo bom para viver com a harmonia que tanto procuramos.


    Os Homens


    É importante citar, que muito embora meu trabalho se restrinja as mulheres, existem técnicas similares dedicadas aos homens e capazes de promover neles os mesmos benefícios. Cabe ao terapeuta definir o seu publico e oferecer a ele a preocupação com sua sexualidade e alternativas eficazes como a técnica do Sahajôli. Os homens da mesma forma que as mulheres têm sofrido muito em decorrência destes desajustes.


    EXERCÍCIOS


    Contrações


    Os exercícios do Sahajôli são muito simples. São feitos através de contagem de tempo e quantidade de repetições. Não exige privacidade, o que facilita a execução em qualquer lugar, desde, é claro, que a mulher já esteja bem familiarizada com eles. Podem ser feitos também com o auxilio de acessórios como as Ben Wa, o Vibrador e os Cones Vaginais, mas para tanto ela precisa estar um pouco mais orientada e o acompanhamento do terapeuta é fundamental. A avaliação é totalmente verbal sem nenhum contato físico.


    Consciência Corporal


    Através de concentração e respiração adequadas, a mulher passa a conhecer melhor o seu corpo, a região pélvica, os músculos a serem fortalecidos e passa ainda a dominá-los. Assim, através da sua vontade, pode utilizar-se deste rico recurso para obtenção de maior prazer sexual e saúde genital e mental.


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS



    A Experiência Junguiana.

    Hall, James - S.Paulo – Ed.Cultrix.


    Mulheres que correm com os lobos

    Estes, Clarissa Pendula- S. Paulo – Ed. Racco.


    Um Guia Passo a Passo Para a Reflexologia

    Dougans, Inge e Ellis, Suzanne – S.Paulo – Ed. Pensamento/Cultrix


    Reflexologia – Como Restabelecer o Equilíbrio Energético

    Kunz, Kevin e Bárbara –S.Paulo – Ed. Pensamento.


    Reflexologia Sexual

    Chia, Mantak e Wei, W.U. – S.Paulo - Ed. Cultrix.


    A Cintura Pélvica

    Lee – S.Paulo – Ed. Manole


    Fisioterapia em Uroginecologia

    Moreno, Adriana L. – S.Paulo – Ed. Manole.


    Benefícios Terapêuticos da Acupressura

    F.M.Houston, D.C.,D.D.,PhD. – S.Paulo – Ed. Pensamento


    A Terapia Sexual – Vol.III

    Gillan, Patrícia e Richard – Portugal – Ed. Persona.


    Tantra – O Culto da Feminilidade

    Van Lysebeth, André – Ed. Summus.


    O Homem Moderno

    Brewer, Sarah – S.Paulo – Ed. Manole.


    O Tao do Amor e do Sexo

    Chang, Jolan - . RJ – Ed. Nordica

    Autor: : Jussara Hadadd Aguiar Duarte - Terapeuta Holística - CRT 39518
    Última atualização: 13/05/2007 20:08


    O Tarô Terapêutico e sua relação com os Florais de St. Germain

    O Tarô Terapêutico e sua relação com os Florais de St. Germain


    Andrea Rodrigues Teixeira - Terapeuta Holística - CRT 41933



    A grande invocação
    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra


    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra


    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem.


    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal.


    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.


    Dedicatória
    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes, que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.

    Dedico também a Aparecida Dutra Azevedo, por ser minha terapeuta e mentora dos meus processos emocionais e espirituais.


    Agradecimentos
    Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem a oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

    Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

    Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

    Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.


    Sumário

    1. Introdução..............................................................................................................8

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo..............................................................................8

    1.2.O método freudiano da associação livre................................................................9

    1.3.. Tarô – história e apresentação...........................................................................10

    1.4. Os Florais de Saint. Germain..............................................................................11

    2. Material e metodologia................................................................................................12

    2.1. O método do tarô terapêutico............................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................13

    4. Discussão.....................................................................................................................25

    5. Conclusão....................................................................................................................27

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................28

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................29



    Resumo

    O presente trabalho visa demonstrar, de maneira teórica, a relação que existe entre a aplicação terapêutica dos Florais de Saint Germain, sintonizados por Neide Margonari no Brasil, e as cartas do tarô com uma abordagem junguiana, utilizadas dentro de seu fundamento terapêutico.

    Este importante meio de demonstração dos arquétipos mundiais, presentes em todas as culturas e religiões de diferentes maneiras, pode ser útil e ajudar a esclarecer processos inconscientes que, na sua maioria, não conseguem ser facilmente acessados pelos clientes em terapia. Da mesma maneira, os florais podem ajudar na cura dos diagnósticos proporcionados pelo tarô, num processo terapêutico complementar e que pode apresentar resultados mais eficazes e rápidos dentro da terapia.

    Assim, este trabalho faz esta relação direta entre os dois conhecimentos, demonstrando, no final, que os dois tem mais em comum do que se possa imaginar num primeiro momento.


    1. Introdução


    1.1. Jung e o inconsciente coletivo


    A psicologia analítica, desenvolvida por Carl Gustav Jung, é a que mais pode contribuir para a orientação teórica deste trabalho. Isso porque Jung estudou, inclusive, os arcanos do tarô e várias outras formas dos chamados eventos extrafísicos, ou seja, casos que não podem ser comprovados pela ciência tradicional e que não são aceitos pela mesma, sendo consideradas mitos ou inverdades. De fato, os eventos analisados por Jung, como o tarô, a sincronicidade e tantos outros, não poderiam ser comprovados pela ciência empírica, cega as manifestações energéticas do homem e que não o considera como um todo, ou seja, como um ser holístico.

    Isto posto, vamos analisar, primeiramente a noção básica da psicologia analítica, o conceito de personalidade total (Self). Segundo este conceito, a psicologia humana se desenvolve de duas maneiras concomitantes. Primeiramente uma psique extraconsciente cujos conteúdos são pessoais. E, paralelamente, uma psique cujos conteúdos são impessoais e coletivos, o chamado inconsciente coletivo. (Magalhães, 1984).

    Por inconsciente coletivo podemos compreender uma psique mais profunda, comum a todos os humanos e sem distinção de cultura, raça ou religião. Essa psique seria formada por padrões de estruturação da personalidade nas diferentes fases da vida (infância, adolescência, relação conjugal e profissional, velhice, preparação para morte) chamados de arquétipos. (Magalhães, 1984). A explicação dos arquétipos seria a do “modo como os pássaros fazem o ninho, por exemplo, é um código inato, assim como certos fenômenos simbióticos entre insetos e plantas. Da mesma maneira o homem nasce com certo funcionamento, certo padrão que a torna especificamente humano. Este padrão está expresso nas imagens arquetípicas, ou formas arquetípicas”.

    ( Evans apud Magalhães, 1984).


    A noção de arquétipo, postulando a existência de uma base psíquica comum a todos os humanos, permite compreender por que em lugares e épocas diferentes aparecem temas idênticos, nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de modo geral – seja nos sonhos das pessoas normais, seja no delírio dos loucos”. (Silveira apud Magalhães, 1984).

    Jung ainda coloca os arquétipos como imagens “primordiais” (Burckhardt apud Jung, 1987), ou seja, uma aptidão da mente humana de manter as imagens como elas eram nos primórdios da humanidade.

    Essa hereditariedade explica o fenômeno, no fundo surpreendente, de alguns temas e motivos de lendas se repetirem no mundo inteiro e em formas idênticas...” (Jung, 1987).


    Uma outra noção junguiana muito importante no presente trabalho é a teoria da sincronicidade, desenvolvida pelo autor. Segundo ele, a sincronicidade é a “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos” (Jung, 1971). Porém, estes fatos não são somente uma coincidência estatisticamente comprovada, mas uma manifestação do psiquismo da pessoa com a qual ocorre o fato, a sincronicidades. Jung começou a pensar nisso quando, ouvindo o sonho de uma paciente sobre um besouro, viu o mesmo besouro entrar pela janela de seu consultório. De fato, a possibilidade matemática disto acontecer com eles (médico e paciente) era remotíssima, apesar de possível, o que o fez acreditar que algo no inconsciente coletivo fazia com que os acontecimentos certos aparecessem para determinada pessoa, como um modo de mensagem que deveria ser decifrada como algo importante e que trouxesse desenvolvimento e evolução ao ser em questão. Assim “o fato psíquico modifica ou elimina os princípios da explicação física do mundo está ligado à afetividade do sujeito da experimentação” (Jung, 1971). Ou seja, os fatores da psique humana são capazes de modificar os conteúdos do mundo físico, fazendo com que ocorram as chamadas sincronicidades. A sincronicidade é, portanto, “uma percepção de uma simultaneidade de acontecimentos internos e externos, não necessariamente no mesmo momento – daí serem sincronísticos e não sincrônicos.” (Guimarães, 2004).


    1.2. O método freudiano da associação livre


    Freud, considerado o pai da psicanálise, cunhou o termo associação livre como método eficaz dentro do seu trabalho terapêutico. Por associação livre podemos entender:


    Método que consiste em exprimir indiscriminadamente todos os pensamentos que ocorrem ao espírito, quer a partir de um elemento dado (palavra, número, imagem de um sonho, qualquer representação), quer de forma espontânea.” (Laplanche e Pontalis, 2001).


    Assim, todos os pensamentos que ocorrem ao paciente no momento da sessão são importantes e interessantes no processo da terapia. É como uma porta que se abre no inconsciente e “escolhe” os assuntos ou associações que determinado indivíduo faz em alusão a alguma coisa. Podemos, com isso, pesquisar farto material sobre o assunto em questão e o que poderia parecer mero acaso de fala passa a se tonar material para o trabalho de conscientização.


    1.3. Tarô – história e apresentação


    Vejamos, primeiramente, o que Banzhaf nos diz sobre o tarô:


    “O tarô é um oráculo de cartas que, em sua estrutura atual, é conhecida desde o século XVI. Consiste em 78 cartas, divididas em dois grupos principais: as 22 cartas chamadas Arcanos Maiores (do latim arcanum, que significa “segredo”) e as 56 cartas chamadas Arcanos Menores. Os Arcanos Maiores apresentam figuras ou “personagens” individuais e inconfundíveis, numerados em seqüência clara. Já os Arcanos Menores são precursores do atual baralho de jogo, pois se dividem em quatro séries de naipes” (Banzhaf, 2001).


    Para o presente trabalho vamos considerar somente os Arcanos Maiores do tarô.

    “Erupções dramáticas deste gênero usualmente significam que aspectos negligenciados de nós mesmos buscam reconhecimento.” (Nichols, 1980). Assim, o tarô utiliza-se dos arquétipos do inconsciente coletivo para nos mostrar, por meio de importantes mensagens, aspectos nossos abandonados ou deixados de lado por alguma motivação consciente ou não. A sincronicidade entra na escolha de cada uma das cartas pelo consulente ou pelo tarôlogo. Assim, não é a toa que uma determinada carta é puxada quando o consulente concentra-se em um determinado aspecto de sua vida. O tarô responderá de acordo com a energia psíquica que aquela pessoa desprende no momento da jogada.

    Veja bem, não se trata de uma mágica barata. É toda uma teoria psicológica que respalda os indícios de que as figuras que aparecem no tarô representam de alguma maneira aspectos de nosso inconsciente coletivo. Assim, as cartas podem ser utilizadas por qualquer pessoa, a qualquer tempo. São atemporais como o é o próprio inconsciente, onde não se separa presente, passado ou futuro. Os eventos apresentados nas cartas do tarô podem tanto vir de eventos futuros (aparecendo como previsões) como de eventos passados ou presentes, exatamente pela atemporalidade do aspecto inconsciente. O importante é saber que esses aspectos, quando solicitados pelo consulente no momento da consulta de tarô, aparecerão de acordo com a sua importância na vida psíquica da pessoa, ou de aspectos escondidos que precisam vir à tona (ou seja, eventos inconscientes que precisam ser conscientizados) de coisas que já aconteceram, como de eventos que tem um potencial para acontecerem no futuro e que, de alguma maneira, ainda poderão ser modificados. Por isso que não podemos falar em destino como uma tabula rasa escrita por alguma outra força que não esteja em nós mesmos, mas sim como uma possibilidade dentro dos eventos da vida da pessoa que serão levados a cabo de acordo com cada uma de suas escolhas.

    Assim, os arquétipos representarão o encenar de uma peça que já acontece há muitos séculos, desde os primórdios da civilização, mesmo que mude seu cenário. Por isso a grande quantidade de diferentes modelos de tarô, de diferentes épocas, religiões e conceitos. O aspecto principal é que as figuras não mudam, os arquétipos são apresentados sob diferentes roupagens, mas sempre serão os mesmos.


    1.4. Os Florais de Saint Germain


    Os Florais de St. Germain foram sintonizados pela terapeuta Neide Margonari, a partir de seu chamamento pessoal em 1990. Eles abrangem 79 essências retiradas de flores presentes na Mata Atlântica, nativa da costa brasileira. Conta também com uma fórmula chamada de Fórmula Emergencial. Esta Fórmula Emergencial é usada na maioria dos casos para uma limpeza prévia da aura do paciente e, em alguns casos emergenciais como choques, perdas e o momento de uma notícia que abale a estrutura emocional e espiritual do paciente.

    Na sua maioria, dos Florais de St. Germain são utilizados para o tratamento de doenças nos campos físico, emocional e espiritual, como obsessores e vampirismo psíquico. Por esse motivo, estes foram os florais escolhidos para realizar o trabalho terapêutico dentro da clínica, pois trata o homem como um ser holístico, com todas as suas faces e necessidades específicas.

    A seguir, apresenta-se uma tabela de todas as essências florais de St.Germain e sua utilização clínica.






    2. Material e metodologia


    2.1. O método do tarô terapêutico


    O método do tarô terapêutico é de uso e aplicação simples, mas com grande poder de síntese do processo principal pelo qual a pessoa está passando. Separam-se os 22 arcanos maiores do tarô e é pedido que o consulente embaralhe as cartas concentrando-se, principalmente, no motivo real de seus problemas atuais. O consulente também pode se concentrar em um problema específico. Logo após, o terapeuta abre o baralho à sua frente, de maneira que todas as cartas fiquem viradas para baixo e seja possível puxar qualquer uma delas. Ainda concentrado, o consulente precisa puxar uma única carta, que será o motivo da meditação durante todo o restante da sessão. O terapeuta precisa explicar o máximo sobre a carta em questão e pedir que o consulente faça suas associações com os problemas pelos quais está passando ou conte uma história do que acha que está acontecendo na figura. Assim que terminar o processo, o terapeuta já saberá em quais aspectos da carta é preciso atuar e quais os florais que representam esses aspectos.

    Para cada uma das cartas do tarô, com cada uma de suas representações arquetípicas, é possível relacionar um ou mais florais. Cada floral vai trabalhar um aspecto diretivo da carta em questão, por isso que é necessário o tempo de associação livre entre o terapeuta e o cliente. Neste período, é necessário descobrir porque aquela carta especificamente está entrando na vida do cliente e como as mudanças desses aspectos poderão ser mudados. Os florais servirão como o remédio para a alma, mas o processo de cura vai começar já com o uso da associação livre.

    Assim, como cada arquétipo trabalha determinados aspectos da psique humana e os florais de St. Germain também, foi possível fazer a associação dos aspectos presentes nos arcanos do tarô (arquétipos) e as soluções apresentadas por cada um dos florais. Assim, dependendo de cada aspecto que seja encontrado na elaboração terapêutica do tarô é possível receitar determinado floral, respeitando a sua aplicação para aquele determinado caso. Nos resultados, apresentam-se as relações possíveis entre cada arcano arquetípico e o uso dos Florais de St. Germain.





    3. Resultados


    A seguir, apresentam-se as relações entre os florais, as cartas do tarô e as possíveis associações terapêuticas:


    O Louco“O louco é o andarilho, enérgico, ubíquo e imoral” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa a pessoa que precisa soltar-se mais, precisa esquecer o passado, as mágoas e impulsionar em direção à vida e ao futuro. Pode representar pessoas que tem um louco dentro de si, mas tornaram-se metódicas e enfadonhas, atingindo um alto grau de depressão ou desespero sem motivo. Pode evocar estados de síndrome do pânico, onde toda a energia represada precisa ser solta de alguma maneira. Também evoca a energia presa que gera estados de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na divindade), Algodão (desbloqueia a ligação com a intuição e com o instinto), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Gerânio (depressão, ansiedade e medos infundados), Bom dia (dificuldade de enfrentar a vida), Dulcis (estagnados na sua jornada), Embaúba (mágoa profundas), Ipê roxo (fortalecimento do Self), Panicum (Síndrome do pânico), Piper (se sentem travados, hábitos obsessivos), Saint Germain (insanidade, desligamento com o Eu interior), Verbena (rigidez mental), Anis (pessoas que não se entregam pra viver sua vida na plenitude), Coronarium (Trabalha os estados de mania, paranóia, insanidade, demência e loucura), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Lírio Real (ser livre em qualquer situação), Ameixa (perda do controle mental), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes inúteis), Madressilva (aprisionadas ao passado) e Pinheiro Libertação (Liberta aspectos aprisionados na alma).


    O Mago “O mago é capaz de realizar sua mágica diante de nós, bastando para isso que assistamos às suas representações.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa o adolescente, que acaba de começar a sua jornada ou alguém que acaba de começar uma coisa nova. Pessoas muito ligadas com o superficial, identificadas quase que totalmente com o ego, que precisam do outro para se sentir queridas, amadas ou reconhecidas. Falta de reconhecimento da realidade, pessoas muito iludidas ou presas a fantasias.

    Florais relacionados: Aloe (Independência e autoconfiança), Gerânio (desligado da realidade), Erianthum (egoísmo, autocentramento e superficialidade), Capim Seda (pessoas que se deixam levar pela energia dos outros), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Gloxínea (novos começos), Amygdalus (presa no mundo das ilusões), Grandflora (algozes e sádicas), Helicônia (Aprisionadas nas malhas da ilusão das glorias da ascensão social), Limão (de índole mentirosa), Purpureum (manipuladores), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Bambusa (desviaram-se do seu caminho por influência dos outros), Indica (revela o oculto, o que está por traz das aparências), Myrtus (para pessoas presas no mental do outro), Triunfo (só dar valor às aparências), Vitória (autenticidade), Pau Brasil (energia para despertar nossos talentos latentes, nossa real vocação) e Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real).



    A Sacerdotisa“Dela é o reino da profunda experiência interior; dela não é o mundo do conhecimento exterior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa a pessoa que não consegue se ligar à sua espiritualidade por não estar ligada ao seu lado feminino. São mulheres com dificuldades no feminino sagrado e homens que não conseguem acessar sua porção mulher, gerando machismo e falta de respeito pelo feminino. Mulheres que perderam a intuição por conta do mundo competitivo em que vivemos e do acúmulo de tarefas. Pessoas que, em geral, precisam refazer seu contato com o seu espírito. Mulheres com forte TPM por conta desse distanciamento.

    Florais relacionados: Abundância (amor incondicional), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Luz (emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Cidreira (pessoas sobrecarregadas), Gloxínea (baixa auto-estima e acumulo de afazeres), Patiens (desenvolvimento da paciência, flexibilidade e tolerância), Pectus (padrões de submissão), Purpureum (TPM e acúmulo de líquidos), Indica (desperta a intuição), Rosa Rosa (amor incondicional), Vitória (sentimento de inadequação), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Lótus do Egito (expansão da consciência e da espiritualidade) e Cocos (personalidade capacho).


    A Imperatriz “É, portanto, a Imperatriz quem faz às vezes de ponte entre o Mundo Mãe de inspiração e o Mundo Pai de lógica e laboratórios...” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa travada no seu processo criativo por afastamento do seu lado feminino. Falta de inspiração para mudar o que precisa ser mudado. Excesso de “amor”, relacionamentos destrutivos e sufocantes. Falta de fertilidade e de prosperidade. Excesso de dramaticidade do real. Pessoa ciumenta e invejosa.

    Florais relacionados: Abundância (amor incondicional), Algodão (bloqueio no ouvir e ver internos), Aloe (acessar a independência e a autoconfiança), Capim Seda (desbloqueio do fluxo natural), Erianthum (não se aprofundam na vida e nos relacionamentos), Leucantha (conexão com a grande Mãe interna), Limão (personalidade invejosa), Perpétua (perdas afetivas), Pepo (dificuldade de perceber e despertar para as situações da vida), Abricó (dificuldade de concretizar), Boa Sorte (remove os obstáculos para prosperar), Indica (intuição), Monterey (culpa consciente ou inconsciente), Rosa Rosa (amor incondicional), Fórmula Leucantha ( rejeição da gravidez) e Poaia Rosa (amor incondicional e espiritual).


    O Imperador – “Aqui começa o mundo patriarcal da palavra criativa, que inicia o domínio masculino do espírito sobre a natureza.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de senso prático. Excesso de ilusões e fantasias. Falta de concretude. Problemas com figuras de poder, como chefes. Racionalizar demais como mecanismo de defesa. Falta do princípio da ação, pessoa acomodada. Falta contato com a realidade, vive no mundo mental, das idéias sem concretizar nada. Problemas em se destacarem do todo e em encontrar soluções na vida profissional.

    Florais relacionados: Abundância (expansão da consciência), Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor, útil para governantes e políticos), Aloe (verdades que o inconsciente sabe mas a pessoa não quer enxergar), Amygdalus (pessoas presas no mundo da ilusão), Bom dia (depressão camuflada), Cidreira (ansiedade), Embaúba (vistos como preguiçosos e passivos por questões internas), Erianthum (mau humor, ira e teimosia), Gerânio (postura mental negativa, desligadas da realidade), Grandflora (pais que batem nos filhos), Pectus (energia para enfrentar), Pepo (dificuldade de perceber e despertar para as situações da vida), Sapientum (impotência sexual), Verbena (rigidez mental), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Chapéu de Sol (útil aos que começam a se destacar), Cocos (se sente fraco e sem fibra diante de certas situações), Mimozinha (dificuldade de se articular nas situações), Monterey (complexo de inferioridade), Vitória (trabalha a autenticidade), Aveia Selvagem (poder sobre suas próprias decisões), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Pau Brasil (nossa real vocação).


    O Sumo Sacerdote – “... a personificação exteriorizada da luta do homem pela conexão com a divindade – da sua dedicação à busca do significado, que coloca o homem acima dos animais” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Perda da ponte entre Deus e o homem. Crenças infundadas. Necessidade do outro para ver suas próprias questões. Projeção. Inveja. Falta de consciência do seu poder espiritual. Complexo de herói. Afastamento da parte sagrada do Self. Fanatismo religioso.

    Florais relacionados: Allium (Proteção espiritual), Capim Seda (se deixam influenciar pela energia dos outros), Erbum (sincronismo entre alma e corpo), Gloxínea (baixa auto-estima), Helicônia (padrões voltado ao externo), Limão (personalidade invejosa), Pepo (muito apegadas a bens materiais), Purpureum (manipuladores), Saint Germain (desligamento com o Eu Superior), Scorpius (pessoas críticas e provocadoras), Tuia (culpa inconsciente do “pecado”), Verbena (idéia fixa e falta de flexibilidade), Wedélia (desligamento do Eu Superior), Mangífera (perderam a fé), Cocos (personalidade capacho), Laurus Nobilis (romper ligações com crenças religiosas), Rosa Rosa (perda da fé), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Poaia Rosa (sincronicidade da nova ordem planetária).


    O Enamorado – “Podemos ver nesse moço a personificação do jovem e vigoroso ego, pronto para enfrentar a vida e seus problemas sem a ajuda de ninguém.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Fragilidade do ego. Fraqueza para tomar decisões. Excesso de indecisão. Processo de fuga dos conflitos. Excesso de fantasia como fuga da realidade. Não consegue se conectar com a mãe interna, não cortou o cordão umbilical da mãe real. Dependência emocional. Imaturidade.

    Florais relacionados: Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor), Aloe (inadequação e negação de si mesmo), Amygdalus (controle das emoções pela compreensão da mente), Bom dia (dificuldade para enfrentar a vida), Curculigum (dificuldades de impor limites), Leucantha (acessar a Mãe interna/ personalidades indecisas, confusas e dependentes), Pectus (energia para enfrentar), Perpétua (perdas efetivas), Sapientum (útil para pessoas imaturas), Thea (útil em situações de mudanças e conflitos), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Anis (não se soltam para viver a vida em plenitude), Carrapichão (combate o vampirismo), Grevílea (invadidos no seu espaço pelo outro), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Lírio da Paz (proteção dos envolvimentos que nos prejudicam), Lírio Real (ser livre), Aveia Selvagem (pessoas muito indecisas), Lótus/ Magnólia (perceber o que é nosso e o que é do outro) e Pau Brasil (útil para adolescentes que estão procurando os seus caminhos).


    O Carro – “ A jornada exterior não é apenas um símbolo da jornada interior, mas também o veículo para o nosso autodescobrimento” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Inflação do ego. Falta de equilíbrio e discernimento. Ter energia, mas não ter objetivos claros. Instabilidade emocional. Somatização de doenças por conta do emocional. Estados de mania e ansiedade. A pessoa que “coloca o carro na frente dos bois”. Medos infundados. Estagnação. Medo de tomar as rédeas e de dirigir.

    Florais relacionados: Algodão (remoção de energias negativas n corpo físico), Allium (devolve a calma e o discernimento), Amygdalus (controle dos desejos), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Cidreira (ansiedade), Dulcis (se sentem estagnados em sua jornada), Erbum (ritmo das pessoas rápidas demais), Erianthum (egoísmo), Focum (medo de dirigir), Gerânio (ansiedade e medos infundados), Helicônia (vaidade e exibicionismo), Pectus (energia para enfrentar), Perpétua (saudades de quem partiu por viagem), Piper (para quem se sente travado), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Boa Sorte (proteção), Cocos (estado de resignação), Coronarium (mania, agitação interna), Ameixa (perda do controle mental), Lótus do Egito (harmonia e enlevo da alma sem o envolvimento do Ego), Lótus/Magnólia (proteção) e Sergipe (abertura e amplitude da mente).


    A Justiça – “O equilíbrio é a base da Grande Obra” (Aforismo alquímico apud Nichols, 1980)

    No processo terapêutico: Estado de regressão infantil. Pessoa que usa a raiva contra os outros e comete crimes. Auto-culpa acentuada. Falta de equilíbrio mental. Mudanças repentinas de humor. Em casos mais graves Transtorno Bipolar (estados alternados de mania e depressão). Falta de responsabilidade. Sentimento de injustiça.

    Florais relacionados: Allium (discernimento), Curculigum (conflitos e culpas internas), Embaúba (sentimento de injustiça), Gloxínea (confusão de desordem interna), Grandflora (pessoas algozes e sádicas), Patiens (disciplina interna e organização mental), Purpureum (Limpeza dos corpos inferiores), Saint Germain (Estado de insanidade), Sapientum (energia da sabedoria), Unitatum (criança interior ferida), Varus (culpa), Coronarium (mania, paranóia), Indica (revela o que já sabíamos inconscientemente), Grevílea (transmutação dos sentimentos de raiva), Monterey (culpas conscientes ou inconscientes), Arnica Silvestre (pessoas injustiçadas), Myrtus (presas no mental do outro) e Ameixa (perda do controle mental).


    O Eremita – “... o frade aqui retratado personifica uma sabedoria que não se encontra em livros”. (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Sentir solidão por distância do si mesmo (vazio da alma). Fanatismo religioso. Depressão. Projeção em figuras místicas ou religiosas. Falta de sabedoria com as experiências. Retirar-se da vida por vontade própria. Falta de senso de observação e dificuldade de introspeção. Pessoa espiritualmente atacada. Superficialidade. Desligamento do Eu Superior.

    Florais relacionados: Algodão (bloqueio no ouvir e ver interno), Allium (proteção contra vampirismo astral), Begônia (acessar seu oráculo interno), Bom dia (dificuldade de enfrentar a vida), Capim Seda (pessoas que se deixam influenciar pela energia dos outros), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados), Erianthum (superficialidade), Gerânio (depressão), Helicônia (padrões voltados ao externo), Incensum (elevação do nível vibratório), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (liberta o corpo da vítima de trabalhos de magia), Sorgo (vazio da alma), Thea (útil na meditação), Wedélia (desligamento do Eu Superior), Abricó (sentimento de solidão), Bambusa (desviaram-se do seu caminho por influencia dos outros), Boa Sorte (proteção), Carrapichão (vampirismo por sondas astrais), Indica (revela o que está por traz das aparências), Lírio da Paz (proteção dos envolvimentos que nos prejudicam), Myrtus (presas no mental do outro, seitas), Rosa Rosa (perda da fé), Triunfo (só dão valor as aparências), Vitória (ilumina o lado obscuro da alma), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Lótus do Egito (harmonia e enlevo da alma sem o envolvimento do ego), Lótus/Magnólia (proteção, perceber o que nosso o que é do outro), Pinheiro Libertação (campos profundos da alma) e Poaia Rosa (alinhamento rítmico das nossas atividades no cotidiano com as energias mais aceleradas do plano espiritual).


    A Roda da Fortuna – “... estamos presos no intérmino girar predestinado da Roda da Fortuna? Ou essa carta nos oferece outras mensagens, mais cheias de esperança?” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Estagnação. Envolver-se demais com os problemas externos desconsiderando a sua essência. Não aceitação dos fatos da vida como naturais e excesso de sofrimento por isso. Pessoa dramática e vitimesca. Pessoa que não consegue acessar transformações e mudanças necessárias à evolução humana e espiritual. Pessoa presa ao passado, que espera que sempre as coisas se repitam. Não consegue mudar o comportamento e, consequentemente, não consegue mudar as coisas. Precisa entender a relação entre seu interno e seu externo.

    Florais relacionados: Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Seda (desfazer o bloqueio energético do fluxo natural), Dulcis (se sentem estagnados em sua jornada), Erbum (pessoas que sofreram os revezes da vida), Erianthum (não se aprofundam na vida e nos relacionamentos), Pectus (abandonar padrões repetitivos de submissão e resignação), Piper (para quem se sente travado), Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real), Anis (pessoas que não se soltam para viver a vida na sua plenitude), Boa Deusa (aos que levaram rasteira da vida), Lírio Real (ser livre), Alcachofra (traz abertura e receptividade), Canela (ampla visão das questões da vida), Flor branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada) e Populus Panicum (sentimento de insegurança com relação à própria vida e compreensão dos acontecimentos e o caminho certo a seguir).


    A Força – “As energias outrora empenhadas na adaptação exterior começarão agora a preocupar-se mais com o crescimento interior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Lado emocional exacerbado. Ser dominado pelas emoções. Falta de controle da raiva e do ódio. Violência. Doenças psicossomáticas. A pessoa não consegue aceitar as suas emoções e elas acabam o engolindo. Fraqueza física e emocional. Sexualidade desequilibrada. Indecisão quanto à própria identidade sexual.

    Florais relacionados: Aloe (pessoas fragilizadas e vulneráveis), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Capim Luz (remover emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Embaúba (vistos como preguiçosos e passivos – quando isso é gerado pela sensação de fraqueza), Erianthum (mau humor e ira), Focum (traumas violentos), Gloxínea (sentem-se inúteis e incapazes), Limão (pessoa de personalidade destrutiva), Melissa (distúrbios de ordem nervosa), Saint Germain (conflito com a identidade sexual), Sapientum (impotência sexual ou sexualidade exacerbada), Tuia (falta de controle dos impulsos sexuais) e Cocos (para quem se sente fraco, sem fibra).


    O Enforcado – “Com as mãos amarradas atrás das costas, o Enforcado se acha tão indefeso quanto um nabo. Está nas mãos do Destino” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de coragem para abandonar o velho e conquistar o novo. Acomodação extrema. Necessidade de se voltar para dentro para voltar como uma pessoa renascida. Deixar-se nas mãos do Destino.

    Florais relacionados: Aloe (sentem-se desprezados e traídos), Arnica Silvestre (ferimentos e traumas morais e físicos), Bom dia (dificuldade de levantar pela manhã), Embaúba (preguiça e passividade), Gloxínea (novos começos), Ipê Roxo (situação sem saída de grandes traumas e estresse), Pectus (energia para enfrentar), Piper (estagnação), Unitatum (carregam a sensação constante de traição), Boa Deusa (traições), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado/ posturas condicionadas e ultrapassadas), Lírio Real (liberta), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes e velhas cargas mentais e emocionais), Madressilva (aprisionados ao passado) e Pinheiro Libertação (liberta aspectos aprisionados na alma).


    A Morte – “Na natureza nada se perde. O rei está morto. Viva o rei” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Apego. Dificuldade de aceitar as mudanças. Pessoas arraigadas às velhas formas e velhas crenças. Apego a pessoas ou situações. Carregar um cadáver que não tem mais utilidade.

    Florais relacionados: Capim Luz (dissolver emoções difíceis do inconsciente), Focum (remove traumas violentos dessa vida e de vidas passadas), Gerânio (ancoragem no momento presente), Gloxínea (novos começos), Alcachofra (força para perceber as posturas arraigadas que nos prendem ao passado), Helicônia (medo de perder o que não tem), Perpétua (perdas afetivas e perdas de pessoas queridas irreparáveis), Verbena (rigidez mental), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes e velhas cargas mentais e emocionais) e Madressilva (para os que estão aprisionados ao passado).


    A Temperança – “O tema dessa carta associa a temperança à Aquário, o carregador da água, o décimo primeiro signo do zodíaco.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de equilíbrio das emoções. Pessoa muito fria ou muito calorosa. Problemas em deixar fluir a vida e resolver, de forma natural, os seus conflitos. Pessoa não consegue ver a saída porque não analisa todas as partes do problema. Problemas circulatórios. Falta de confiança no fluxo da vida. Impaciência.

    Florais relacionados: Abundância (confiar no Universo), Capim Seda (desfazer o bloqueio energético do fluxo natural), Amygdalus (controle das emoções pela compreensão da mente), Erbum (ritmo das pessoas rápidas ou lentas demais), Ipê Roxo (situações sem saída), Melissa (energia da alegria, felicidade e vontade de ser melhor), Patiens (desenvolvimento da paciência), Sapientum (energia de sabedoria), Sorgo (entrega e confiança), Anis (pessoas que não se entregam para viver a vida em plenitude), Mangífera (para os que perderam a fé), Mimozinha (dificuldade de se articular nas situações), Aveia Selvagem (falta de discernimento) e Canela (ampla visão das questões da vida).


    O Diabo – “Chegou o momento de enfrentar o Diabo” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A não aceitação dos aspectos negativos do Ego como a arrogância, a inveja, a ganância, faz com que acabemos escravos deles. Ser escravizado por sua própria sombra por medo de enfrentá-la. Pode tornar-se uma pessoa malévola para si mesmo, descuidando de si por sentir-se culpado e gerar doenças e tragédias. Abertura de mediunidade não trabalhada, que leva a problemas espirituais. Falta de proteção. Promiscuidade e mau uso da sexualidade.

    Florais relacionados: Algodão (remove energias negativas, dissolve rombos na aura), Allium (desobsessão, proteção e desafaz encantamentos), Aloe (verdades que o inconsciente sabe, mas que não quer enxergar), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Arnica Silvestre (costura rombos na aura), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados), Erianthum (egoísmo, autocentramento e superficialidade), Grandflora (pessoas algozes e sádicas), Helicônia (personalidades narcisistas, vaidade e exibicionismo), Incensum (elevação do nível vibratório), Limão (personalidade amarga, de índole mentirosa, destrutiva e invejosa), Pepo (pessoas muito apegadas aos bens materiais), Purpureum (limpeza dos corpos inferiores, ladrões, manipuladores), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (desmanchar trabalhos de magia negra), Scorpius (personalidade índole escorpião), Tuia (personalidade promíscua, sem pudor), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Carrapichão (vampirismo), Triunfo (pessoas que estão no negativo, só dão valor às aparências), Pinheiro Libertação (Liberta aspectos aprisionados da alma) e Poaia Rosa (amor incondicional).


    A Torre – “Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Preso a padrões mentais destrutivos e antigos. Não consegue se jogar de sua prisão inconsciente. Preso a crenças antigas ou a situações desagradáveis. Pode representar uma pessoa que passou por uma destruição (como tragédias e problemas de saúde) e não consegue se reestruturar do trauma. Falta de fé na intervenção divina e em si mesmo. Falta de autoconfiança.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na Divindade e no Universo), Aloe (acessar a independência e a autoconfiança), Arnica Silvestre (ferimentos e traumas morais e físicos), Curculigum (separação, rupturas amorosas ou grandes traumas por morte de pessoa próxima), Focum (remove traumas violentos), Ipê Roxo (situações sem saída de grandes traumas e estresse), Pectus (energia para enfrentar e interromper padrões repetitivos de submissão e resignação), Perpétua (perdas efetivas e perdas de pessoas queridas irreparáveis), Boa Deusa (aos que levaram rasteira da vida), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Mangífera (para os que perderam a fé e a esperança por situações de grande sofrimento), Rosa Rosa (perda da fé) e Flor Branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada).


    A Estrela – “Não usando nenhuma proteção ou máscara, releva a sua natureza básica” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Espiritualidade usada para ter poder. Egoísmo. Inflação do ego. Arrogância e falta de preocupação com o outro. Falha nos projetos. Estagnação dos projetos de vida. Confunde aquilo que se é na essência com a sua máscara. Falta de contato consigo mesmo.

    Florais relacionados: Algodão (remoção dos bloqueios causados por forças psíquicas astrais), Allium (anula mal olhado), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados, se sentem estagnados na sua jornada), Erianthum (longe do propósito da sua essência), Incensum (elevação do nível vibratório), Limão (carregam o sentimento de amargura por causa dos outros), Piper (para os que se sentem travados), São Miguel (desmanchar trabalhos de magia negra), Verbena (Presunçosos, idealistas, intolerantes, arrogantes), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Aveia Selvagem (contato interno com as energias superiores), Flor Branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Poaia Rosa (sincronicidade).


    A Lua – “... o próprio herói está ausente” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Loucura, depressão profunda. Não consegue enxergar as saídas para nenhum problema. Estado catatônico. Se perder o contato com a consciência, estados psicóticos. Mediunidade se confunde com problemas psiquiátricos. Perda do limite entre a razão e a loucura. Tendência a vícios. Baixa auto-estima. Síndrome do pânico.

    Florais relacionados: Algodão (remove energias negativas, limpeza de vícios ou abusos do corpo físico), Aloe (baixa auto-estima, angústia), Embaúba (feridas crônicas), Gerânio (depressão, ansiedade e medos infundados), Gloxínea (baixa auto-estima), Ipê Roxo (situações sem saída de grandes traumas e estresse), Panicum (síndrome do pânico), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (desmanchar trabalhos), Thea (combate a depressão), Abricó (sentimento de solidão), Carrapichão (vampirismo por sondas astrais), Coronarium (mania, paranóia, insanidade, demência e loucura), Triunfo (pessoas que estão no negativo), Lótus/Magnólia (floral de proteção) e Pinheiro Libertação (liberta os aspectos aprisionados da alma).


    O Sol – “... onde a vida não é mais um desafio a ser vencido, mas uma experiência a ser desfrutada.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Tristeza, aprisionamento do ego, falta de auto-estima e de autoconfiança. Pessoa não consegue ser feliz com o que tem, não consegue ver as pequenas alegrias da vida. Mau humor. Hipocrisia. Critica demasiada. Orgulho. Vaidade.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na Divindade), Aloe (sentimento de desvalorização, inadequação e negação de si mesmo), Capim Seda (desbloqueio do fluxo natural), Cidreira (preocupação, pensamentos obsessivos), Gloxínea (Sentem-se inúteis e incapazes), Helicônia (para personalidades narcisistas, vaidade, exibicionismo), Ipê Roxo (esperança dos sonhos realizados), Melissa (desesperança), Scorpius (pessoas críticas e provocadoras), Sorgo (entrega e confiança), Unitatum (criança interior ferida), Wedélia (ganância), Anis (pessoas que não se soltam), Boa Sorte (remove obstáculos para prosperar), Chapéu de Sol (pessoas invejadas), Lírio Real (ser livre), Mangífera (perderam a fé e a esperança) e Canela (ampla visão das questões da vida).


    O Julgamento – “O Julgamento dramatiza o momento da ressurreição espiritual de diversas maneiras.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Desequilíbrio. Ficar preso na experiência em si e não na sua análise. Resistência a mudanças. Depressão, tristeza e falta de discernimento e senso crítico. Racionalizar demais as emoções ou dramatizar demasiado. Dificuldade de impor limite e dizer não. Culpas.

    Florais relacionados: Amygdalus (pessoas presas no mundo da ilusão), Curculigum (dificuldade de impor limites e dizer não), Dulcis (estagnados na jornada), Embaúba (sentimento de injustiça), Gerânio (desligada da realidade, depressão), Patiens (suportar situações de grande pressão), Sorgo (perdão), Grevílea (transmutação dos sentimentos) e Monterey (culpa).


    O Mundo – “Chegamos à culminação da longa jornada” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de elementos no ego. Fracassos acumulados. Pessoa que não consegue concluir o que começou, pois sente que se perdeu. Sensação de estar perdido, de ter esquecido algo no meio do caminho. Problemas de memória. Falta de conscientização. Coloca a culpa de tudo nos outros e não assume a sua responsabilidade. Idealização demasiada das pessoas e das situações.

    Florais relacionados: Algodão (enxergar a realidade ao nosso redor), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Luz (remover emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Dulcis (tônico espiritual), Gerânio (ancoragem no momento presente), Gloxínea (medo de errar), Goiaba (medo da perda de controle), Melissa (desesperança, ansiedade e tristeza), Sapientum (acessar a sabedoria de vidas passadas), Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Boa Sorte (abre caminhos), Coronarium (dificuldade de aprendizado, ativa a memória), Alcachofra (transformações na consciência), Ameixa (perturbação interior), Lótus do Egito (expansão da consciência), Sergipe (abertura, amplitude da mente) e Poaia Rosa (sincronicidade com a nova ordem planetária).


    1. Discussão


    Podemos perceber que a descrição dos arquétipos apresentados por Nichols guarda sempre uma relação com os florais apresentados por Neide Margonari. Os arquétipos se repetem como disse Jung, em todas as manifestações culturais globais o que nos faz perceber que, do ponto de vista terapêutico, tanto o tarô quanto os florais possuem a mesma função, só que utilizam métodos diferenciados de execução. Ambos pretendem melhorar o estado global do ser humano, do ponto de vista “biopsicoespiritosocial”. Ambos empenham-se em descobrir e corrigir as facetas mais instintivas do homem, bem como suas manifestações psicológicas de maneira geral.

    Podemos perceber, também, que um mesmo floral pode ser usado em diferentes situações. A Fórmula Emergencial, por exemplo, serve para qualquer uma das situações, sendo usada conjuntamente com outras fórmulas, se esse for o caso. Cabe ao terapeuta entender quais os florais que mais se adequam a situação em que o cliente está exposto, mesmo que isso signifique uma fórmula com vários florais, já que os Florais de St. Germain não estabelecem um número limite de uso.

    A Fórmula Emergencial não foi mencionada especificamente por poder fazer parte de qualquer um dos diagnósticos fornecidos pelo tarô, como um floral de limpeza e fortificação de todos os corpos para receber o tratamento. Neide Margonari recomenda que ele seja usado durante uma ou duas semanas antes do início de um tratamento, seja ele qual for, ou concomitante à fórmula proposta. Assim, ele serve como um bálsamo até mesmo para esperar que o terapeuta tenha mais elementos para diagnosticar a situação.

    Os arquétipos universais do tarô trabalham de maneira a despertar no cliente elucubrações sobre o tema proposto. Abrem os caminhos da consciência para elucidação de seus mais íntimos e inacabados processos terapêuticos e nos fazem meditar à medida que aprendemos a usar todos os nossos potenciais.

    Por outro lado, os florais agem no nível inconsciente diretamente, num caminho que não nos parece oferecer placas de sinalização. De maneira geral, o cliente toma o floral sem nem mesmo saber as razões claras e conscientes para aquilo. Porém, ele age nos níveis mais profundos dos corpos sutis e da alma.

    Assim, enquanto o tarô trabalha de fora para dentro, através da conscientização, os florais trabalham de dentro para fora. É inevitável que se encontrem no meio do caminho da cura do paciente e potencialize um ao outro.

    Ainda é possível pensar num diagnóstico casado, com mais de uma carta do tarô, onde a possibilidade de interpretação e de precisão ficaria ainda maior. Assim, é possível utilizar duas ou três cartas, principalmente quando o diagnóstico parece difícil de ser acessado por uma limitação do cliente ou, por vezes, do próprio terapeuta. Seria interessante utilizar essa técnica e procurar os florais que se repetem no diagnóstico como os mais importantes para a elaboração da fórmula.

    Nota-se também que cada uma das cartas tem mais de uma possibilidade de interpretação. Esse aspecto deve ser levado em conta e procurar encontrar o exato ponto de confluência entre a carta e a história relatada pelo cliente. Assim, pode-se precisar o diagnóstico sem margens de erros. Por vezes, pode ser necessária mais de uma sessão para que o processo de associação livre fique claro e livre de interferências.



    1. Conclusão



    Fica esclarecido, assim, de que forma a união das duas técnicas terapêuticas, tarô e florais, e quando o tarô também se propõe a isso e não a mero objeto divinatório, potencializa a cura do paciente tornando-a mais eficaz e mais rápida. Os dois caminhos (interno para o externo, e externo para o interno) estão sendo trabalhados. Enquanto o cliente toma o seu floral, sabe os motivos e os processos que o estão levando a tomá-lo e cria a consciência necessária para que seus corpos sutis também possam aceitar as mudanças propostas.

    De fato, tanto as relações entre os florais e o tarô, quando as maneiras como essa relação pode ser usada na terapia ainda não estão finalizadas. Ainda podemos perceber que existe muito a estudar e pesquisar sobre o tema, inclusive com o relato direto de casos e comprovações. Este trabalho apenas se propôs a demonstrar as coincidências teóricas que podem ser levadas a cabo ao longo de um processo terapêutico. Este trabalho foi o início de uma jornada arquetípica para, uma vez mais, desenvolver técnicas que ajudem as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida e, em muitos casos, estabelecer a cura de suas feridas emocionais mais profundas. Tanto na evolução da humanidade, num contexto geral, como dos seres humanos, no contexto individual.

























    1. Referências bibliográficas




    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994.


    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo. Editora Madras.2004.


    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004.


    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964


    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999.


    JUNG.C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.


    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.


    MARGONARI.N. Florais de Saint Germain – os doze raios divinos. 2ª edição.São Paulo. Edições Florais de Saint Germain. 1999


    MARGONARI.N. Os florais de saint Germain – repertório- dicionário – atuação dos 12 raios divinos. 4ª edição. São Paulo. Edições Florais de Saint Germain.s/d.


    NICHOLS, S. Jung e o Tarô: Uma jornada arquetípica. Edição 9.São Paulo.Cultrix.2000


    PIERI.P.F. Dicionário Junguiano.. 1ª edição. São Paulo. Editora Vozes. Paulus Editora. 1998.


    RAPPAPORT, C.R. Teorias da personalidade em Freud, Reich e Jung. 1ª edição. São Paulo. EPU. 1984.










    1. Anexos e Apêndices


    Tabela 1 – Significado arquetípico das cartas do tarô


    Arcano

    Nomenclatura

    Significado

    0

    O Louco

    É a carta que não tem número. Liga o mundo real ao mundo espiritual .O inconsciente na sua forma mais pura, lado instintivo. Por saber usar esse lado instintivo, é ele que impulsiona nossas vidas para frente.

    1

    O Mago

    Inicio do processo de individuação proposto por Jung. Começo do pé na realidade da vida. Pode ser tanto mágico criador como embusteiro. Energias domesticadas, elementos para começar no caminho da vida. Porém, pode criar ainda as ilusões, aparência da realidade. Sugere ação.

    2

    A Sacerdotisa

    Representa o princípio feminino da divindade, o yin primário e as deusas femininas. Receptividade. Passividade. Contenção e tradição. Persistência, amor e paciência feminina. Experiência interior. Espiritualização.

    3

    A Imperatriz

    O princípio feminino no sentido Terra, Mãe, mundano. Capacidade criativa. Poder do amor. Sociabilidade e socialização. Ação e conclusão. Criação. Capacidade intuitiva. Inspiração.

    4

    O Imperador

    Princípio masculino yang. Racionalidade. Princípio da realidade. Ação. Consciência. Responsabilidade. Figuras masculinas de poder (pai, chefe). Mente.

    5

    O Sumo Sacerdote

    Liga o mundo interno e externo de maneira mais consciente. União do masculino e do feminino sagrado. Ponte entre o homem e Deus. Contato do homem com o seu espírito. Consciência do poder espiritual. Principio masculino e racional da espiritualidade.

    6

    O Enamorado

    Conflito. Princípio da realidade. Consciência. Desejos antagônicos. Romper o cordão umbilical. Encontrar a força dentro de si. Dúvidas. Ligar a vida espiritual e emocional. Conflito como fonte de crescimento e evolução.

    7

    O Carro

    A viagem pela vida. Autodescobrimento através das vivências e experiências. Ação. O próprio corpo do consulente. Estabilidade. Proteção.

    8

    A Justiça

    Dualidade humana. Inocência e culpa. Equilíbrio. Responsabilidade gerada pelo conhecimento. Fim das ilusões e da inconsciência. Poder de discriminação entre o certo e o errado. Necessidade de pesar as coisas. Opostos trabalhando juntos.

    9

    O Eremitha

    Necessidade de solidão e meditação. Encontrar os significados interiores. Espiritualização. Observação. Sabedoria. Aspectos ligados à mediunidade.

    10

    A Roda da Fortuna

    O dentro e o fora. O eterno girar da vida e dos acontecimentos. Dentro é a essência e fora o acontecer. Equilíbrio quando no meio da roda, olhando a situação de dentro e deixando com que as coisas aconteçam. Mudanças. Nascimento e morte. Uso do instinto e do mental como forma de equilíbrio.

    11

    A Força

    Força do instinto. Domínio das emoções através da anima (força feminina). Domínio do nosso lado animal. Sexualidade equilibrada. Emoções equilibradas. Força interior.

    12

    O Enforcado

    Período de transição. Abandono de velhas atitudes e se deparar com o novo. Necessidade de coragem e sacrifício. Acomodação. Traição das velhas tradições.

    13

    A Morte

    Transformações, mudanças repentinas. As grandes fases de mudanças. Morte do velho para renascer o novo. Período de desapego. Revitalização. Renovação.

    14

    A Temperança

    Temperar as emoções. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Emoções profundas e desafios da alma. Dissolução das velhas formas e o desatamento de nos rígidos. Situações de conflito em que se deve ser os dois lados da moeda.

    15

    O Diabo

    Estagnação. Energias negativas circundando a questão. Nossa sombra, nosso lado negro e cruel. Arrogância, orgulho, inveja, cobiça. Magia negra.

    16

    A Torre

    Destruição das velhas crenças e das velhas formas de viver. Quando não é mais possível, pela própria ordem natural das coisas e do Universo, manter uma situação que não está de acordo. Pode representar a ira e a intervenção divina.

    17

    A Estrela

    Auto-aceitação da sua natureza básica. Ligação com a alma e não somente com o Ego. Entendimento. Compreensão do todo. Intuição e luz. Espiritualidade. O pessoal e o transpessoal.

    18

    A Lua

    Aquilo que está escondido na noite do inconsciente. Depressão. Fuga da realidade para o mundo interior. Mediunidade. Desolamento. Infertilidade. Mergulho no deserto do inconsciente.

    19

    O Sol

    Alegria. Consciência. Auto-estima elevada. Sensação de liberdade. Inocência infantil. Prosperidade. Proximidade com a nossa natureza e aceitação desta.

    20

    O Julgamento

    Finalização de processo. Separar o joio do trigo para um novo recomeço futuro. Análise profunda das situações da vida. Equilíbrio entre a razão e a emoção, sensação e intuição. Aceitação das mudanças.

    21

    O Mundo

    Eu como centro do equilíbrio psíquico. Interação dos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água). Integração dos aspectos femininos e masculinos, negativos e positivos do ego. O ego está completo e se sentindo pleno de sentido. Vitória. Triunfo.

    Fonte: “Jung e o Tarô – uma jornada arquetípica” – Sallie Nichols – Ed.Cultrix

    Autor: : Andrea Rodrigues Teixeira - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 13/05/2007 20:24


    NTSV — TF 001 Terapia Floral — Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    NTSV — TF 001
    Terapia Floral — Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TF 001 — Terapia Floral — Boas Práticas
    para Preparação e Utilização

    2. PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Floral conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 TítuloTerapia Floral — Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA FLORAL — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; faz uso de compostos energéticos denominados de "essências florais", cuja proposta é predominantemente preventiva e que atuam através das questões psíquicas, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção específica. O uso contínuo da terapia floral leva a uma maior compreensão das emoções, permitindo o aflorar de um material psíquico mais profundo, ampliando, assim, o autoconhecimento, o que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações. É normalmente associada a outras técnicas terapêuticas, em especial, o aconselhamento, possibilitando mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TF — Terapia Floral;
    THF — Terapeuta Floral;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Floral aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Kit de Florais de Bach originais — "Bach Flowers Remedies", Mount Vernon, UK
    Opção 1: aquisição de Kit pelo próprio TH em estabelecimentos reconhecidos pelo SINTE — Sindicato dos Terapeutas, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois as essências florais preparadas jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: preparo nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruir o cliente.
    5.3.4 Frasco de tratamento — vidro âmbar de 30 ml, com cânula de vidro e conta gotas, esterilizado. Admite-se a utilização para trabalhos comunitários gratuitos, frasco plástico gotejador de 30 ml, esterelizado.
    5.3.5 Conservante: Conhaque tipo Brandy
    5.3.6 Creme base para uso externo: o mais natural possível sem gordura animal. Colocar 02 gotas de cada essência escolhida (04 gotas para o Rescue Remedy).
    5.3.7 Preparação e utilização: Acrescentar de 06 a 09 ml de brandy como conservante, completar com água mineral sem gás. Colocar 02 gotas de cada essência escolhida (04 gotas para o Rescue Remedy). Tomar 04 gotas, diretamente na língua, no mínimo 04 vezes ao dia. Limitar a escolha dos Florais de Bach a um máximo de 06. Pode-se utilizar também um copo com água mineral: acrescentar 02 gotas de cada essência escolhida (04 gotas para o Rescue Remedy), apropriado para momentos de emergência; tomar pequenos goles de 05 em 05 minutos.
    5.3.8 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.9 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos
    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 12:51


    NTSV — TF 002 Terapia Floral — Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    NTSV — TF 002
    Terapia Floral — Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TF 002
    Terapia Floral — Boas Práticas para Preparação e Utilização

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
      
    Terapia Floral conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia Floral — Boas Práticas Para Preparação e Utilização

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA FLORAL — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; faz uso de compostos energéticos denominados de "essências florais".
    5.1.3 TERAPIA FLORAL — proposta predominantemente preventiva que utiliza de essências extraídas das flores, cujos princípios ativos são eletromagnéticos que atuam através das questões psíquicas, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção específica. O uso contínuo da terapia floral leva a uma maior compreensão das emoções, permitindo o aflorar de um material psíquico mais profundo, ampliando, assim, o autoconhecimento, o que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações. É normalmente associada a outras técnicas terapêuticas, em especial, o aconselhamento, possibilitando mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais.
    5.1.4 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TF — Terapia Floral;
    THF — Terapeuta Floral;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Floral aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Essências Florais — aquisição
    Opção 1: aquisição pelo próprio THR em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois as essências florais preparadas jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: preparo nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruir o cliente.
    5.3.4 Para a maioria dos Sistemas Florais, como regras gerais

    5.3.4.1 Frasco de tratamento — vidro âmbar de 30 ml, com cânula de vidro e conta gotas, esterilizado. Admite-se a utilização para trabalhos comunitários gratuitos, frasco plástico gotejador de 30 ml, esterelizado.
    5.3.4.2 Conservante: Conhaque tipo Brandy
    5.3.4.3 Preparação e utilização: Acrescentar de 06 a 09 ml de brandy como conservante, completar com água mineral sem gás.
    5.3.4.4 Colocar 02 gotas de cada essência escolhida (04 gotas para o Rescue Remedy do Sistema Bach e equivalentes dos demais sistemas).

    5.3.4.4.1 Tomar 04 gotas, diretamente na língua, no mínimo 04 vezes ao dia. Limitar a escolha a um máximo de 06 essências. Pode-se utilizar também um copo com água mineral: acrescentar 02 gotas de cada essência escolhida (04 gotas para o Rescue Remedy do Sistema Bach e equivalentes dos demais sistema), apropriado para momentos de emergência; tomar pequenos goles de 05 em 05 minutos.

    5.3.5 Sistemas Florais que diferem das regras gerais

    5.3.5.1 Sistema Florais Brasileiros de Joel Aleixo — Florais Básicos:

    5.3.5.1.1 Colocar 06 gotas de cada essência escolhida dos Florais Básicos
    5.3.5.1.2 Tomar 06 gotas, sublingual, no mínimo 03 vezes ao dia. Limitar a um máximo de 06 essências quando a seleção for feita pelo próprio THF e utilizar 03 essências quando for aplicada a sincronicidade como método de escolha.

    5.3.5.2 Sistema Florais Australianos

    5.3.5.2.1 Colocar 07 gotas de cada essência escolhida em vidro âmbar de 15 ml, com conta gotas, contendo ¾ água mineral e ¼ de brandy como conservante.
    5.3.5.2.2 Tomar 07 gotas, sublingual, pela manhã e à noite. Limitar a um máximo de 05 essências. Pode-se utilizar também um copo com água mineral: acrescentar 07 gotas da fórmula já pronta.

    5.3.6 Fitoflorais: Serão objeto de NTSV específica.

    5.3.7 Boas práticas em TF

    5.3.7.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.7.2 — Explicar o processo de TF com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vinculação religiosa ou de credo ao trabalho.
    5.3.7.3 —O THF avaliará a personalidade, sintomas, comportamento do cliente e em especial, o quadro emocional, correlacionando às propriedades terapêuticas das essências florais a serem selecionadas, catalisando uma maior compreensão e o aflorar de um material psíquico mais profundo, ampliando, assim, o autoconhecimento, o que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações.

    5.3.7.3.1 —O Aconselhamento é parte integrante da TF.

    5.3.7.4 —A seleção das essências florais a serem recomendadas caso a caso deve basear-se na análise do quadro emocional do cliente fazendo uso de:

    5.3.7.4.1 — Tabelas de correlação entre as essências florais e os distúrbios energéticos, emoções, sintomas e tipologia;
    5.3.7.4.2 — Pulsologia e/ou de testes musculares (como por exemplo, o Omura Test);
    5.3.7.4.3 — Sincronicidade como método de escolha das essências, cabendo ao THF a avaliação racional da seleção para detectar a ocorrência, ou não, do efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.

    5.3.8 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos
    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 29/05/2007 12:52


    O atendimento virtual e o uso dos Florais de Bach: um estudo de caso

    Nota da organização: o trabalho a seguir trata-se do primeiro estudo de atendimento à distância com Terapia Holística. Não é intenção do SINTE, nem da autora do trabalho, passar a impressão de que este formato substitua o contato pessoal entre Cliente e Terapeuta Holístico em ambiente de consultório.

    O atendimento virtual e o uso dos Florais de Bach: um estudo de caso 

    Andrea Pavlovitsch

    Terapeuta Holística -

    Disciplina: Terapia Floral de Bach

    Orientador: Henrique Vieira Filho – CRT 21001 
     
     
     
     
     
     

    São Paulo

    2008 
     
     
     

    Epígrafe
    A grande invocação
     
     

    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra 

    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra 

    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem. 

    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal. 

    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra. 


     Dedicatória 

    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.  

    Dedico a meus amigos e colaboradores. 
      

    Agradecimentos 

          Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem à oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

          Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

          Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

          Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.  
     
     
     
     
    Sumário

     
     
     
     
    1. Introdução..............................................................................................................8

       1.1 A história da internet              ...............................................................................8

       1.2 Internet inserida na cultura atual          .................................................................9

       1.3 Os Florais de Bach e seu uso terapêutico.............................................................10

          2. Material e metodologia...........................................................................................12

          2.1. Material ...............................................................................................................12

          2.2 . Método...............................................................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................14

    4. Discussão.....................................................................................................................18

    5. Conclusão....................................................................................................................19

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................20

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................21 
     
     
     
     
     
     
     Resumo

     

    O presente trabalho visa demostrar um caso de uso dos Florais de Bach e a eventual resposta da cliente ao seu uso associado ao aconselhamento terapêutico. A diferença, porém, é que, neste caso, foi usada a via virtual de comunicação, ou seja, uma cliente de uma outra cidade, não a da terapeuta, e que realizava sessões através do uso de um comunicador MSN Messenger, na rede mundial de computadores.

    O objetivo do trabalho é demostrar como o uso da internet pode ser benéfico ou não para um novo tipo de atendimento, utilizando as novas ferramentas. Quais são as vantagens e desvantagens deste novo meio de comunicação e as facilidade e dificuldade encontradas durante o caminho.  
     
     

    1. Introdução

    1.1. A história da internet

     

    A internet surgiu, inicialmente, como um rede de proteção de dados nos EUA na época da Guerra Fria, na década de 60. Temendo um ataque inimigo, o Departamento de Defesa Americano criou um sistema de dados que poderiam ser configurados num local e visto em outro, mesmo a dezenas de quilômetros de distancia, num sistema chamado de chaveamento de pacotes. Depois do fim da Guerra Fria entre as duas grandes potencias mundiais da época (Estados Unidos e União Soviética) algumas universidades receberam a incumbência de desenvolver os sistemas utilizados, dado origem, então, a internet: 

      A mesma lógica se deu com a Internet. Jovens da contracultura, ideologicamente engajados ou não em uma utopia de difusão da informação, contribuíram decisivamente para a formação da Internet como hoje é conhecida. A tal ponto que o sociólogo espanhol e estudioso da rede, Manuel Castells, afirmou em seu livro "A Galáxia da Internet" (2003) que "A Internet é, acima de tudo, uma criação cultural". (Wikipédia) 

    Já nos anos 80, o interesse pela rede mundial de computadores era tamanha que ela passou a despertar mais e mais interesses dos pesquisadores. "Em 1989 a contribuição do cientista Sir Tim Berners-Lee do CERN, Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares) muda definitivamente a face da Internet" (Wikipédia). Estava então criada a Word Wide Web (a famosa www) um sistema que inicialmente interligava sistemas de pesquisas científicas e acadêmicas, interligando universidades. Depois dos anos 90 porém, com a divulgação da internet para o grande público, este passou a ser o sistema que gerencia todo e qualquer conteúdo deixado na internet, que deve ser acessado diretamente de um computador através de um navegador.

    No Brasil a internet passou a vigorar da maneira como conhecemos a partir de 1995, quando o governo abriu os sistemas, antes restritos as pesquisas e universidades, para a comercialização.  
     
     
     

    1.2. Internet inserida na cultura atual 

    Segundo levantamento feito pelo IBOPE sobre o número de usuários de internet no Brasil, em 2001 haviam 9,8 milhões de internautas , o que perfaz 5,7% da população brasileira. Já em 2007 este número já chega a 21,5 milhões de indivíduos, ou seja, 14% da população, o que nos mostra a rapidez com que este meio ingressou na vida dos brasileiros. Além disso, o Brasil é considerado o país com maior tempo médio de navegação residencial por internauta . Isso entre os 10 países monitorados pela Nielsen/Netratings. Ele está à frente da França, EUA, Alemanha e Reino Unido. O crescimento da internet nos lares brasileiros cresce ao assombroso ritmo de 45,5% ao ano.

    Várias são as pesquisas indicando o crescimento da importância da internet na vida dos brasileiros. O Brasil é, por exemplo, o maior usurário mundial do site de relacionamento ORKUT, merecendo até mesmo uma versão em português (o site foi criado pelo turco Orkut Büyükkökten) já nos primeiros meses de sua existência. A internet é utilizada também  para fazer compras (gerando R$ 7,5 bilhões em vendas em 2004), fazer boletins de ocorrência (de 2000 a 2004 haviam sido registrados 432.177 mil boletins), pesquisas, educação a distancia (até mesmo de cursos universitários), procura de vagas para emprego e toda sorte de divulgações e publicidades. Hoje, é considerada ferramenta essencial para publicitários, havendo mesmo propagandas televisivas que fazem alusão aos sites de internet. A maior parte ainda dos usuários é da classe A e B, mas este quadro está mudando com a popularização dos preços dos equipamentos (computadores) e barateamento do custo do acesso mensal devido a grande oferta, dando maior possibilidade a classe C.

    Diante deste quadro é impossível negar a sua importância e importância da cultura que se gera em volta desta ferramenta. Jovens e crianças hoje utilizam a internet como algo essencial em suas vidas, marcando encontros com os amigos, paquerando ou apenas jogando no computador. É quase impossível encontrar um jovem que não tenha um endereço de e-mail (endereço de correspondência eletrônica) e até mesmo os adultos e a terceira idade estão aprendendo a utilizar a ferramenta para trabalho, diversão ou mesmo economia na hora de falar com parentes distantes. Aliás, a Internet rompe distancias e limites que antes eram colocados para as pessoas além de protege-las de um mundo cada vez mais violento e perigoso. É possível conversar com qualquer pessoa ao redor do mundo, apenas pagando uma taxa local de ligação (através de programas como Skipe) ou conversar através dos chamados "Messengers", ferramentas altamente populares que permite a conversação online de pessoa em diferentes pontos do planeta. Além disso, a cultura ficou muito mais acessível. Se antes era impossível ter acesso aos números do IBOPE, por exemplo, (que só eram liberados para os que encomendavam as pesquisas), hoje é possível encontrar números com apenas alguns cliques. Artistas estão colocando seus trabalhos (fotografia, designer, vídeos, músicas) na internet e tornando-se populares sem nem mesmo bater na porta de uma gravadora. É possível saber as notícias no exato momento em que elas acontecem e até mesmo a televisão teve que adaptar seu conteúdo à internet. Hoje a interatividade é crucial para o bom funcionamento de uma emissora de TV, gerando programas em que o telespectador pode participar ativamente, no momento do programa, através de e-mail ou de votos (no caso do Big Brother Brasil ou do extinto Você Decide, ambos da Rede Globo de televisão).

    Mas a internet também pode ser uma ferramenta maléfica, dependendo de por quem for usada. É cada vez maior o número de pedófilos que acessam a rede atrás do sustento dos seus problemas psicológicos, gerando fotos de crianças e adolescentes nus ou maltratados.  Também cresce o numero de golpes pela internet, como falsificação de e-mail, senhas e até mesmo desvios bancários. Mas, como toda a mera ferramenta, a internet está somente espelhando o próprio comportamento social vigente, com suas parte positivas e negativas.

    Mas o que podemos afirmar com certeza é que todo este contexto mudou a cabeça, a cultura das pessoas. Hoje se pensa diferente do que antes, e é possível expressar a sua opinião através de blogs (diários virtuais), ou mostrar sua família e amigos pelos fotologs (álbuns de fotos digitais) 

    1.3. Os Florais de Bach e seu uso terapêutico 

    Os Florais de Bach foram criados pelo inglês Edward Bach, no início do século XX. Ele utilizou o princípio das essências vibracionais das flores para "...tratar a personalidade e não a enfermidade..." (Vieira Filho, 1994).  O médico Dr. Bach acreditava que os "males do espírito" ou melhor dizendo os desequilíbrios psicoemocionais poderiam ser tratados através do uso das flores e isso geraria uma maior sensação de bem estar ao indivíduo.  

        " Devido a traumas e repressões, conscientes ou inconscientes, passamos a negar certos desejos, emoções e acontecimentos, tentando mante-los longe da lembrança, criando máscaras ou véus que encobrem o verdadeiro "eu" . (...) Desse modo, as chamadas "enfermidades" não são vistas como um mal em si, nem como meros acasos, mas sim como verdadeiros avisos que inconscientemente passamos para nós mesmo de que algo falta ser compreendido" (Vieira Filho, 1994) 
         

    Assim, o uso dos florais ajuda o indivíduo a encontrar um estado de equilíbrio dentro de determinado problema que ele apresenta para o terapeuta. Se ele estiver com medo, por exemplo, pode-se indicar um floral que trabalhe esse medo e, mais tarde, ele poderá entender as origens deste medo. Assim, a psique humana pode ser compreendida como um sistema de camadas onde cada emoção trabalhada dá vazão a uma nova emoção que necessitará dos devidos cuidados e é nesta senda que atua o terapeuta holístico floral.

    O terapeuta holístico é alguém que trabalha para a manutenção ou restabelecimento da harmonia do sistema integrado de uma pessoa. Cada emoção de um indivíduo poderá atingir outros níveis, como uma somatização no nível físico, por exemplo, gerando desconforto e perigos para a vida em alguns casos. Para a ciência convencional, como a psicologia e a medicina, o uso de florais não é indicado, pois não possui uma "validação científica". De fato, os florais não atuam na matéria em que os cientistas convencionais estão acostumados a mexer, e sim numa mais profunda e mais sutil, chamada energia. Assim, a energia da flor consegue adentrar o misterioso universo das emoções e, através de sua interação (por serem da mesma natureza) promover o restabelecimento do equilíbrio daquele sistema.

    O Dr. Bach elegeu 38 essências florais que dão conta da grande maioria das emoções humanas como o medo, angústia, timidez e fobias.  
     
     
     

    2. Material e metodologia

     

      1. Material
     

    Para os atendimentos foram utilizados recursos virtuais. O programa mais utilizado foi o MSN Messenger, um comunicador que permite a conversação online de duas pessoas através de texto e uma conexão do PC com a rede mundial de computadores (internet). Foi proposto que utilizássemos também o Skipe e a câmera de vídeo (webcam - que chegou a ser utilizada em algumas sessões). O Skipe é um programa que permite a conversação (por voz) de duas pessoas, mas este recurso foi recusado pela cliente, por desconhecimento.

     

      1. Metodologia
     

    As sessões foram feitas uma vez por semana, sempre no mesmo horário, e durante uma hora.

    Após as sessões de aconselhamento eram indicadas as essências florais, de acordo com o que havia sido trabalhado na sessão. As essências foram ministradas para serem tomadas 4 vezes ao dia, diretamente sob a língua, 4 gotas de cada vez. O máximo de essências utilizadas em cada fórmula eram em número de 6, como reza a correta utilização dos Florais e mantidos em frascos com 30% de brandy, para a perfeita manutenção da fórmula.

    S. me ligou numa tarde depois de eu colocar um pequeno anúncio no meu  site angariando pessoas  que quisessem participar de um estudo sobre o uso da internet e os florais de Bach. Ela tem 40 anos, é carioca de nascença, e estava já de malas prontas para se mudar para outro local dali a um ano. Estava muito confusa com a sua vida e apresentava diversos comportamentos que queria trabalhar com o uso de florais. Parecia bastante ansiosa ao telefone e pediu que começássemos o quanto antes. Pedi que ela me desse certeza que de poderia contar com ela por 1 ano em sessões de 1 hora, 1 vez por semana, pelo menos, e ela aceitou prontamente.. 
     
     
     
     
     

    Dados da cliente

    Nome: S.

    Local de residência: Rio de Janeiro

    Sexo: feminino 
    Idade: 40 anos

    Estado Civil: casada

    Escolaridade: formação superior completa em Direito

    Filhos: 3 filhos

    Comportamento que queria modificar: problemas com a auto-imagem 
     
     

    3. Resultados 

    A primeira sessão foi marcada pelo MSN para dali a uma semana. Disse a ela que gostaria de pudéssemos conversar pelo Skype  (descrito acima) mas ela desconhecia o sistema. Utilizamos portanto o MSN, que não permite a visualização da cliente (tanto o tom de voz quando os movimentos corporais), apenas contando com os relatos escritos pela cliente.

    Logo na primeira sessão S. contou que sentia-se angustiada com o problema de excesso de peso, querendo muito voltar a velha forma de antes de uma esterectomia por conta de um cisto no ovário. Também tinha uma doença chama hipoglicemia reativa. Havia feito um trabalho de leitura corporal e tinha sérios  problemas com a sua imagem. A princípio percebi pelo seu relato que parecia um pouco cismada com datas e números, e me dizia todas as datas, de tudo o que havia acontecido em sua vida, de maneira ansiosa. A conversa foi extremamente rica em informações. Ela não parecia ter nenhuma dificuldade para confiar em mim e para me contar sobre aquilo que mais a afligia. Contou alguma particularidades interessante e que me fizeram pensar em atitudes um pouco obsessivas, como a pesagem diária, a leitura de rótulos de comida no supermercado e confessou somente comprar as coisas em pares (se comprava um par de sapatos, tinha que levar outro). Ela estava há meses sem comprar nenhuma roupa e começava a se sentir fora dos padrões, por não poder sair por conta das roupas. Isso parecia mais um desculpa para os seus problemas do que realmente uma motivação. As que ganhava de presente da mãe e das irmãs e as que eventualmente comprava eram de tamanhos menores ao seu e eram mantidas dentro das sacolas, dentro dos armários. Neste primeiro momento, a orientação dos florais foi justamente em cima destes pensamentos obsessivos. Foram indicados: Cherry Plum (para o medo de perder o controle); Cerato (para a sensível falta de auto- confiança); White Chestnut (para o trabalho dos pensamentos obsessivos); Larch (para trabalhar a baixa auto-estima) e Crab Apple (sensação de impureza). De fato, estes florais fizeram  parte de grande parte do tratamento de S. 

    Logo na primeira semana S. relatou estar se sentindo melhor e mais determinada em seus objetivos de perder peso. Pela primeira vez percebeu que a visão que tinha de si mesma tinha a ver com seu estado emocional, quando se olhou num espelho, depois de uma briga com o marido e se sentiu "horrorosa" (como ela descrevia a si mesma até então). Disse que queria se ver livre daquela sensação de desconforto com relação a si mesma  "Eu gostaria de viver esta emoção... esta sou eu... esta é a minha imagem... com defeitos e qualidades... esta sou eu... e não algo repugnante... entende?" (SIC). Aqui ainda haviam problemas, mas os florais e os aconselhamentos começavam a surtir efeito, ao menos fazendo com que ela se desse conta dos seus verdadeiros problemas. A primeira camada da cebola, estava tirada.

    Começamos então a trabalhar o fato dela não querer nem ao menos comprar coisas que servissem nela. O trabalho foi feito como um princípio da aceitação da sua imagem corporal e eventualmente, o aumento de sua auto-estima. Na 6º sessão ela havia saído para compra-las, mas ainda não se sentia confortável. Ficou magoada com a mãe, por um comentário inoportuno, que acabou fazendo com que ela desistisse do seu intento. Continuei trabalhando isso e utilizando os mesmo florais de base, somente mudando alguns que apareciam na sessão como algo realmente importante, como a não aceitação da opinião do outros (onde eu utilizava a essência Beech), a culpa pelo excesso de peso (Pine) e Willow quando essas mágoas pareciam ser realmente profundas em sua alma. Percebi a ela era muito preocupada com a opinião dos outros e que era extremamente controladora. Algo nela achava que não poderia se ausentar nem mesmo para fazer seus tão amados exercícios físicos. Trabalhamos isso com o Cherry Plum.

    Na sessão 8 ela chegou dizendo que "...essa semana exerci o descontrole" (SIC). Quando perguntei o que significava ela disse que havia saído para fazer seus exercícios e não havia nem levado o celular. Ela dizia morrer de medo que alguém precisasse dela e ela estivesse incomunicável e entrava em desespero que estava sem seu celular. Isso, para ela, significou uma espécie de libertação do seu papel de mãe e esposa dedicadas, coisas que ela vinha demonstrando nas sessões estar precisando muito. Diz ter se sentido livre, dona da própria vida e aliviada. De fato, nas sessões posteriores, mostrou-se bem mais leve com relação a seu controle sobre os filhos e sobre o marido e o Cherry Plum foi suspenso. Depois deste episódio de libertação, ela pareceu também querer se libertar da terapeuta, não aparecendo por duas sessões nos horários marcados no MSN. Mandou e-mails posteriores, dizendo que havia tinha algum tipo de problema. E reapareceu na sessão posterior.

    Quando voltou disse que as duas semanas que havia faltado foram boas e que havia abandonado a idéia fixa de emagrecer. Ela chegou a comentar, no início das sessões, que não dormia pensando em perder peso e isso não acontecia mais. Continuava com uma reeducação alimentar e exercícios, mas não tinha mais tantas características obsessivas com relação a perda de peso. Também havia, finalmente, feito compras de tecidos que, depois, transformou em vestidos estampados. Fez o seguinte comentário :  "A Luísa (filha) até me repreendeu semana passada. Cruzes mãe...você gosta de roupas de cores! Horrível!!! Parece até que quando você nasceu disseram: a ordem é: APAREÇA!"(SIC). Nesta fala dela podemos perceber que ela estava realmente começando a reconhecer seus gostos, mas ainda tinha medo dos comentários dos outros. Com esta frase ela começou a perceber que gosta de cores, mas que, mesmo quando magra o guarda-roupas dela era mais discreto. Peguei a deixa e fui tentando fazê-la entender o quanto ela se reprimia enquanto mulher e o quanto negava a sua natureza mais exuberante e menos "menina de família". Logo em seguida disse que não se importava com o comentário da filha e que, realmente, gostava mais de cores. Aqui ela se lembrou da repressão que sofria na infância por ser uma mulher grande e que aparecia. Com havia muitas mulheres na sua família, e ela sempre apareceu mais por ser "maior" e mais "falantes" a mãe e as irmãs pareciam reprimi-la, fazendo com que ela também se reprimisse. Lembrou de um episódio em que vestiu uma roupa para uma apresentação de balé "... fiquei linda, já tinha corpo de mulher aos 14 anos, mas minha mãe me mandou tirar aquilo e minhas irmãs riam de mim" (SIC). No final da sessão concluiu que era mesmo exibida e gostava mesmo era de aparecer. Aqui foi introduzido o Rock Water, para que ela pudesse combater esta auto-repressão. Na sessão 12 ela voltou a vender produtos da Natura (que sua filha estava vendendo para ela) e disse que estava sentindo-se como nova. Explicou, em pormenores, como ela realizava as vendas, que era muito boa nisso que queria montar uma pequena loja quando se mudasse para a sua nova cidade. Aqui, todos os florais anteriores foram suspensos e utilizei o Impatiens, pois se mostrava muito ansiosa com as mudanças que estavam por vir.

    A partir deste ponto ela já não apresentava mais as características obsessivas. O fato de poder ter encontrado a si mesma de uma maneira mais completa, e conseguir aceitar algumas coisas em si, como a sua exuberância feminina,por exemplo, fizeram com que ela conseguisse concentrar-se na sua vida como um todo. Malhava alguns dias por semana, passou a respeitar mais os seus horários (mesmo quando os filhos ou o marido a solicitavam fora de hora), e passou a se arrumar mais, maquiando-se para sair como, havia dito ela,não fazia há muito tempo. Fez compras numa loja mesmo e não se sentiu mal por experimentar vestidos e até se assustou  com o fato da loja ter roupas para "o seu tamanho". Comprava mais bijuterias e até mesmo peças que, acreditava, eram só do gosto dela. Ela chegou a tirar do armários as roupas que não serviam mais, e tirou das sacolas os vestidos que ainda estavam guardados. "Quero usar tudo o que tenho direito" (SIC), dizia animada.

    A partir deste ponto, porém, começou a faltar nas sessões. Dizia sentir-se bem e precisar de tempo para organizar a mudança. Sumiu do MSN e não respondia a maioria dos meus e-mail perguntando como ela estava. Aos que respondia, dizia estar muito bem. Assim, dei como encerrado o caso, por abandono da terapia.  
     

    1. Discussão
     

    De fato, poucas vezes (a não ser no final do tratamento, quando finalmente se mudou para Belém) ela faltou às sessões e apresentou uma melhorar rápida e significativa já nas primeiras semanas como descrito acima.

    O principal objetivo dela, que era se livrar do problema de auto-imagem, se não resolvido foi ao menos diminuído. Ela começou a se olhar no espelho e, nas sessões pelo MSN, conseguiu resgatar pontos da sua história onde tudo havia começado. As repressões do inconsciente, lentamente vieram a tona e ela conseguiu mudar o seu comportamento tão logo percebia os sentimentos diferentes que isso gerava. Claro que é impossível relatar todo o tratamento, mas ela parece ter conseguido excelentes resultados.

    No meu entendimento, se a internet dificultou, também facilitou o processo. Se por um lado eu, como terapeuta, não tinha acesso a sua voz ou a suas expressões não-verbais, por outro lado tinha outros materiais para analisar. Começando pela própria linguagem que o MSN proporciona, com emoticons (desenhos que representam estados de espírito da pessoa) e frases de efeito. Quando ela queria enfatizar algo ela utilizava letras maiúsculas, muitas reticências, desenhos e palavras cheias de sílabas como "Maraaaaaaaaaaavilhoso" (SIC), por exemplo. Estes são recursos que as pessoas acostumadas ao MSN conhecem e que podem identificar mesmo sem a voz ou a expressão facial da pessoa do outro lado.

    Do mesmo modo, talvez S. não tivesse conseguido contar tantas coisas, tão rápido, a um terapeuta convencional. Coisas que ela dizia sem vergonha, justamente porque eu estava no outro lado de um computador e ela não temia represálias ou caras repreendedoras. As minhas expressões de eventuais julgamentos, por exemplo, poderiam não ser entendidas por ela e, assim, ela pode se expressar mais, contar mais e ser mais ela mesma.

    Os resultados mais concretos foram medidos com a própria mudança de comportamento da cliente e com tudo aquilo que ela trazia que havia feito durante a semana. De fato, vi uma foto dela quando começou o tratamento (morena) e depois no final (quando havia pintado os cabelos de loiro). Ela estava com uma fisionomia diferente, parecendo mais tranqüila. Mas isso pode somente ser uma inferência pelos resultados apresentados. 
     
     

    1. Conclusão
     

    A internet é, de fato, uma nova ferramenta. E como nova ainda precisa de novas maneiras de adaptação. Se podemos utilizá-la para tantas coisas, porque não para o atendimento terapêutico? Isso se mostrou possível neste caso, mas ainda noto a necessidade de mais estudos e talvez do desenvolvimento ou utilização de outras ferramentas que parecem importantes. O uso de vídeo, por exemplo, com certeza enriqueceria o tratamento, fazendo que com que quase fosse o mesmo que o real. Senti falta de "sentir", como terapeuta, a voz e as expressões faciais.

    A meu ver, de qualquer maneira, o tratamento com S. denotou resultados positivos e acredito mais rápidos em comparação com as sessões de aconselhamento e florais mais convencionais. Mas ainda seriam necessárias mais pesquisas para saber se isso aconteceu com uma cliente específica ou aconteceria a qualquer pessoa. De qualquer maneira, com certeza, foi uma experiência válida e enriquecedora.  
     
     
      

    1. Referências bibliográficas
     
     
     

    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000. 

    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994. 

    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo.  Editora Madras.2004. 

    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000. 

    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004. 

    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964 

    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999. 

    JUNG.C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001. 

    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.  

    FILHO. H. V. Florais de Bach: uma visão mitológica, etimológica e arquetípica. 4º edição. São Paulo. Ed. Pensamento. 2004. 

    WIKIPÉDIA – A história da internet.(http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Internet) 

    ABRANET  História da Internet  (http://www.abranet.org.br/historiadainternet/ocomeco.htm) 

    REDE NACIONAL DE ENSINO E PESQUISA. A Internet no Brasil

    (http://www.rnp.br/noticias/imprensa/2001/not-imp-010310.html) 

    ANA CARMEM Números na internet no Brasil batem record

    (http://www.anacarmen.com/blog/2008/03/26/numeros-da-internet-no-brasil-batem-recorde/) 

    FOLHA DE S. PAULO - Confira um raio x da internet no brasil

    (http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u18521.shtml) 

    BLOG NONATO - Orkut e sua história

    (http://blognonato.com/2007/07/25/orkut-e-sua-historia/) 
     

    1. Anexos e Apêndices
     
    Emoções PresentesPalavras-chavesEssências
    MEDO Pânico ROCK ROSE
    De coisas, de situações concretasMIMULUS
    De perder o controleCHERRY PLUM
    Inexplicável ASPEN
    Temem pelos outros RED CHESNUT
    INCERTEZAFalta de auto-confiançaCERATO
    Indecisão entre duas coisasSCHLERANTUS
    Desânimo, tristeza por fato acontecidoGENTIAN
    Sem esperança, desistênciaGORSE
    Cansaço com a rotinaHORNBEAN
    Indecisão geralWILD OAT
    DESCONEXÃO AO PRESENTEDistraçãoCLEMATIS
    NostalgiaHONEYSUCKLE
    ApatiaWILD ROSE
    Esgotamento físico e mentalOLIVE
    Pensamentos ObsessivosWHITE CHESTNUT
    Tristeza cíclica de origem incertaMUSTARD
    Dificuldade de aprendizadoCHESTNUT BUD
    SOLIDÃOReservados, isoladosWATER VIOLET
    Ansiedade, impaciênciaIMPATIENS
    Não suportam a solidão, carentesHEATHER
    INFLUÊNCIAS EXTERNASFuga dos ProblemasAGRIMONY
    SubmissãoCENTAURY
    Protege das influênciasWALNUT
    Inveja, Ciúme, Suspeita, RaivaHOLLY
    ABATIMENTOBaixa-estimaLARCH
    CulpaPINE
    Excesso de ResponsabilidadeELM
    Angústia ExtremaSWEET CHESTNUT
    Traumas, choquesSTAR OF BETHLEHEM
    Ressentimento, mágoaWILLOW
    Excedem os limites da resistênciaOAK
    Sensação de impurezaCRAB APPLE
    (PRE) OCUPAÇÃO COM OS OUTROSPossessividade, chantagem emocionalCHICORY
    Fanatismo, idealismo excessivoVERVAIN
    AutoritarismoVINE
    Intolerância, crítica excessivaBEECH
    Auto-repressãoROCK WATER
     
    Fonte: Sinte – Comunidade de Estudos Avançados – Florais de BachHenrique Vieira Filho 
    CRT 21001 
    Terapeuta Holístico

    CRT 41933

    Autor: : Andrea Pavlovitsch - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 06/05/2008 13:14


    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para crianças e pré-adolescentes utilizando RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS

    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para crianças e pré-adolescentes utilizando RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    HOLÍSTICA / 2013

     

    “Aqueles que confundem o não-real com o real e o real com o não-real e, por conseguinte, são vítimas de noções errôneas, nunca alcançam a essência da realidade”

                                                 (Buda)

     

     

    Dedico a todos os que gostam de estudar o comportamento infantil, às vezes tão incompreendido e muitas vezes difícil de amar.

     

     

    AGRADECIMENTOS

     

    Agradeço a Deus pela vida, às minhas filhas Janira e Niara por me apoiarem em minhas pesquisas aos meus clientes por consentirem experiências novas e ao SINTE por deixar-me apresentar estas experiências que a todos tem feito bem apresentando resultados positivos.

            

     

     

    SUMARIO

     

    1. INTRODUÇÃO...........................................................................................7

    2. MATERIAL E METODOLOGIA..................................................................8

         2.1 Material empregado............................................................................8

         2.2 Métodos..............................................................................................8

            2.2.1 Estudo da criança presente .........................................................8

            2.2.2 – Estudo da criança ausente .......................................................8

         2.3 Divisão Cronológica e suas características .......................................9

         2.4 Análise dos perfis das crianças ........................................................15

    3. COMO A RADIESTESIA, AS RUNAS, AS FIGURAS GEOMÉTRICAS

    E OS FLORAIS PODEM AJUDAR AS CRIANÇAS NO SEU EQUILÍBRIO ENERGÉTICO..............................................................................................17

        3.1 A Radiestesia ....................................................................................17

        3.2 As Runas............................................................................................18

        3.3 As Figuras Geométricas.....................................................................18

        3.4 Os Florais ..........................................................................................19

    4. RESULTADOS.........................................................................................20

    5. DISCUSSÃO............................................................................................21

    6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................22

     

     

     

     

     

     

    RESUMO

     

    A Psicoterapia Holística tem como objetivo ajudar o cliente a se conhecer melhor e assim sendo tomar outras decisões e escolhas que o possam direcionar melhor na vida para o equilíbrio energético de si mesmo, na família e na sociedade. Muitas vezes na vida dos adultos, as crianças são relegadas a segundo plano em suas necessidades energéticas, daí tornarem-se muito agitadas e aflitas, o que as torna pouco acolhidas. Neste estudo, utilizando Runas, Figuras Geométricas, Florais e a Radiestesia, buscamos o equilíbrio das crianças para que seja mais agradável o convívio com elas e mais interativo o aprendizado, entre nós e elas.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

     

    A Meta principal a ser atingida pelo Terapeuta Holístico é o equilíbrio de seu cliente em todos os níveis, entretanto nota-se que as crianças muito agitadas neste mundo moderno, conseguem desequilibrar os pais que muitas vezes não sabem como proceder para melhorar o comportamento dos filhos, então resolvi estudar o perfil das crianças para ver qual atitude poderíamos tomar para que elas se equilibrassem e não desestabilizar tanto os pais. Daí comecei a ter contato com as crianças, logicamente com a presença ou do pai ou da mãe (ou responsável) junto ao atendimento e através de técnicas como colagens, desenhos, conversas e escritos, pude analisá-las e com a ajuda das Runas, Figuras Geométricas e Florais aliados com a Radiestesia, conseguimos alguns resultados excelentes de melhorias de comportamento e mais atenção para o aprendizado.

            Eu uso alguma técnica para os bebês de 0 a 3 anos, outras técnicas para os de 3 a 7 anos, outras para os de 7 a 10 anos e outras ainda para os de 10 a 12 anos. Para os de 0 a 3 anos são só brinquedos que fazem barulhinhos como chocalho e bichinho de borracha de apertar.

            Para os de 3 a 7 anos é desenhar com lápis e giz de cera, usar tecidos coloridos, papéis de presente, de 7 a 10 anos é colar figuras recortadas e escrever palavras-chave e de 10 a 12 anos é escrever frases que o marcaram e a mensagem que gostaria de receber e de quem.

            Sempre aparecem pais aflitos que não sabem o que fazer para os filhos comerem vegetais, como fazê-los estudar, como fazerem para ter limites. Defendo o método de combater os “nós” que não deixam a energia fluir, defendo o diálogo, defendo o acompanhamento nas atividades, os limites que devem existir e o bom exemplo dos pais e responsáveis, em tudo aplicando a teoria do AMOR RESPONSÁVEL para a construção de um mundo sustentável e bom de se viver para todos.

            Esses “nós” ou bloqueios energéticos que não deixam a energia fluir devem ser combatidos e serem desfeitos o melhor e o mais rapidamente possível.

     

     

    2. MATERIAL E METODOLOGIA

     

    1. - Material empregado

    - Pêndulo neutro

    - Runas de cobre

    - Fichas de cliente

    - Grafites

    - Papel de presente colorido e estampado

    - Brinquedos de borracha e chocalho

    - Lápis e giz de cera

    - Fitas coloridas

    - Papéis A4

    1. - Métodos

    1.2.1- Estudo da criança presente

    1.2.2- Estudo da criança ausente

    2.2.1 – Estudo da criança presente

            De acordo com a idade da criança presente fazemos vários testes para verificar se a idade cronológica corresponde a idade mental ou se está atrasada e porque está atrasada. Qual o ponto que está atrapalhando o desenvolvimento da criança e qual o ponto que está amarrando a energia não deixando ela fluir. Estes testes nos dão a resposta para nós começarmos a agir e acertar.

            Estes “nós” da energia determinam vários tipos de sofrimentos para a criança e a família, o que vem refletir na escola e na sociedade.

     

    2.2.2 – Estudo da criança ausente

            É o estudo que capta as vibrações emanadas pelo inconsciente de uma pessoa e captadas pelo terapeuta, através das ondas radiestésicas através do pêndulo, não tendo barreiras nem distancias porque as ondas circulam livremente e vão carregando as informações.

            Para este captar é necessário informar-se o nome e data de nascimento da criança ou uma foto.

    - Tendo determinado em qual cor vibra a criança já se tem aí uma informação importante principalmente se esta cor for a vermelha. Toda criança que vibra na cor vermelha já trás “nós” que a fazem ser muito agitadas, impacientes e dispersivas.

    - Confeccionar a ficha de cliente da criança com o nome dela, idade, data de nascimento, e nome da mãe e pai ou do responsável.

    - Determinar quais “nós” aquela criança trás já naquela idade, se são vindas do pai ou da mãe.

    - Desenhar uma figura geométrica escolhida pelo pêndulo, sintonizada pela cor individual da criança, e dentro desta figura desenhar uma runa e escrever o nome da criança e os “nós” que precisam ser desfeitos. Este desenho é feito com grafite que é grande transmissor de energia.

    - Comunicar com os pais e aconselhá-los a fazer junto com a criança, se for possível, por um ou dois minutos ou mais, a figura da Runa com o corpo para melhor sintonia com a mesma runa e aumentar a potência de ação.

    - Escolher pelo pêndulo qual floral a criança precisa tomar e informar aos pais

    - Determinar qual cor complementar a criança está precisando mais e incluir esta cor na roupa de cama da criança porque é o local onde ela passa mais tempo.

    - Verificar se está precisando de alguma cor principal na alimentação e incluir esta cor para ajudar o equilíbrio energético.

    - Energizar com o pêndulo o desenho feito na ficha de cliente por quanto tempo for indicado.

     

    1. - Divisão Cronológica e suas características

     

    - De 0 a 1 ano de vida = O recém-nascido desenvolve ao mesmo tempo sua maturação biológica e sua aprendizagem experimental por causa de ter em si o duplo impulso: de suas forças genotípicas e dos estímulos ambientais (externos e internos). Estas duas energias levam a criança a reagir perante estímulos e com o tempo se transformará em “hábito de reação” e lentamente se transformará em ato reflexo, local e automático.

            A criança neste primeiro ano de vida poderá aprender muito mais, se desde a primeira semana de vida nós agirmos mais corretamente com os objetos que a estimulam. Por exemplo, a mãe ao se colocar um “babador” antes de dar o seio para mamar, se faz uma ligeira pressão em seu peito. A criança começa a sugar logo após a pressão no peito porque sente que é hora de mamar. Se antes de dar o mamar se toca um chocalho, a criança quando ouve o chocalho já começa a sugar, sem esperar o contato com a mamadeira. É o reflexo condicionado, alvo de estudo por muito tempo de PAVLOV. Passado o primeiro mês o lactente é agora mais sensível aos estímulos da reação afetuosa que é conseguida com muito mais facilidade.

            A criança vai se desenvolver evolutivamente e este desenvolvimento deve ser o quanto possível, compensado, equilibrado ou harmonizado pela ação corretora da educação, que deverá a todo momento, evitar o excesso de distância ou desnível entre os diversos setores funcionais do sistema nervoso central, nem predomínio da sensibilidade, nem prepotência da motricidade, nem excesso de variedade (instabilidade), nem excesso de rigidez (habituação automatizante). Atendendo uma ou outra de tais modalidades a pessoa não se desenvolve como um todo, podendo ficar ou neurótico, ou apático, ou tímido, ou impulsivo, ou fanático, ou um autômato, qualquer coisa, menos um “verdadeiro HOMEM”.

            Por isso, na educação pós-moderna dar-se tanta importância ao desenvolvimento das aptidões psico-motoras quanto ao das aptidões puramente intelectuais.

    - De 1 a 2 anos = Quando a criança começa a querer sair de seu berço e arrastando-se = “engatinhando-se”, vai de um lado a outro puxando tudo e mexendo em tudo, é preciso ser vigiada sempre para evitar desgostos. É a época da readaptação a outros alimentos porque geralmente para de mamar no peito e começa a comer mais alguma coisa como sopinhas e sucos.

            A criança nesta idade quer “aquisição de poder”, enfiar-se em qualquer lugar, qualquer janela, com sua curiosidade exploradora.

            Esta possibilidade de deslocamento ativa e voluntária aumenta consideravelmente na criança a vivência de sua subjetividade, independência e poder, contribuindo para firmar em si sua noção do EU. O mundo deixa de ser uma sucessão de aparentes fatos para ser mais ordenado e estruturado de impressões estáveis.

            A criança começa a entender o “EU”, o “TU”, mas não sabe o que é o “NÓS”. É egocêntrica, brinca com os outros mas para satisfazer seus interesses. Quer brincar com as partes de seu corpo, o adulto não deixa, então ela adquire uma obscura noção da relatividade e complexidade da conduta social, começa a ter “segredos”, “vida íntima” ou “privada”. Começa a ser pessoa social e deixa de ser pessoa natural.

    - De 2 a 3 anos = Já falando e aprendendo novas palavras, a criança nesta fase já pensa, estabelece relações e vínculos entre o que é real e o imaginário.

            O pensamento mágico encontra-se aos 3 anos no seu apogeu formativo. A criança começa a ter fantasia, isto é, capacidade de combinar suas recordações e de criar elas novos estímulos (internos) para continuar estabelecendo relações ou conexões associativas. É hora de saber que existem dois mundos: o real ou objetivo onde imperam a razão, o dever e o trabalho e o imaginário ou subjetivo onde dominam a Fantasia, o prazer e o brinquedo. Estes dois mundos vão caminhando com a criança ao longo de sua vida e pode chegar até a fase adulta quando ao se deparar com um estado emocional de medo, cólera ou amor, podem misturarem-se as crenças mágicas com os elementos do raciocínio lógico dando origem a confusões mentais e até no modo de agir.

    -  De 3 a 4 anos = Já tem bastante progresso quanto à linguagem e na interpretação de fatos. E vive situações fictícias como se fosse real, porque para ele basta calçar o sapato do pai, para ser o pai, mostrar uma cadeira e contar a história, ela já é o “trono do Rei”. Nesta fase o “todo faz um intercambio com suas partes”. Se ao chamá-la para almoçar, falta a colher, se nega a comer, não porque é birra, mas porque com isto é destruída a imagem configuracional da situação nutritiva, faltou um elemento da série perceptiva que constitui o hábito alimentício, rompeu a umidade da mesma e ela desaparece como tal, criando a consequente reação negativa. A criança é TUDO ou NADA. Ou segue o ritual e come ou faltando um elemento não come. Dá atenção aos detalhes. Com a experiência do dia a dia a criança aprende que as partes não equivalem ao todo não basta calçar o sapato da mãe para ser a mãe.

    Vai se estabelecendo este processo de diferenciação e estruturação hierárquica e só no final do 4° ou 5° ano de vida que a criança vai entender que o TODO contem as partes, porém as partes não são o todo, embora partes dele.

    Até os 3 anos a criança quebra objetos e a partir desta data começa a CONSTRUIR, e esta construção é muitas vezes desenvolvida a partir dos desenhos, dos rabiscos que vão se formando em desenhos.

    - Entre os 4 a 7 anos = São poucas as vezes em que a noção de causalidade chega a estabelecer-se de um modo independente da sucessão temporal. A criança rege-se pelo princípio “depois disso, logo por isso” e esquece que a antecedência da causa é a razão necessária porém não suficiente para sua ação. Ex: primeiro é necessário cair a chuva para fazer a lama e a lama não faz a chuva cair.

            Por causa da dificuldade com que se processa a transição do primeiro realismo infantil cheio de complicadas noções de causas e efeitos, a criança tem pensamentos cheios de paradoxos, ora com precisão e profundidade de raciocínio ora com ausência de lógica e incoerência e tem interpretações diversas da mesma realidade. Neste período de 4 a 7 anos a criança trava contato com a problemática dos chamados “valores” e aplica em sua resolução, inicialmente, os mesmos processos que a levaram a conseguir sua adaptação ao mundo das coisas. Para a criança “BOM” é o que o adulto deixa-a fazer, e “MAU” é o que não pode fazer e se ela fizer terá consequências desagradáveis. Por exemplo: ao se perguntar uma criança de cinco anos se roer as unhas era bom ou mau, ela respondeu sem errar: “é mau” porque não se pode fazer se fizer vão te pegar. “Bom” e “mau” não tem para a criança um valor ético, mas um valor utilitário.

            BOM é o que lhe serve para satisfazer um desejo e proporcionar-lhe um prazer e MAU é o que não lhe serve ou com sua simples presença provoca um desprazer.

            A evolução do conceito de valor verifica-se no sentido de uma progressiva objetivação ou racionalização do mesmo, seja qual for o valor considerado. A criança afirmando que algo é bom ou mau, feio ou lindo, justifica seu juízo de valor em algo além da impressão afetiva, apoia em algo irracional, esta justificativa é incoerente e invariável.

            Na terceira infância já terá a delimitação do valor de justiça e começa a diferenciar o “direito” da “obrigação”.

            No final da infância psíquica, nem sempre coincidente, é claro com a cronológica – que se apresentam os fatores favoráveis do descobrimento do valor da “VERDADE”, isto é, do conhecimento universal e certo que caracteriza a vida científica.

            O desenvolvimento da criança portanto psiquicamente falando vai do egocêntrico até a parte mais social onde desenvolve elementos mais elevados de gratidão, simpatia, compaixão, etc.

            A medida em que a criança vai se sociabilizando saindo de seu ambiente familiar para o ambiente escolar e diferentes ambientes sociais vai começando a delinear o caminho do seu destino se bem que tal caminho ainda modifique muitas vezes o seu curso até se realizar.

            A criança de 4 a 7 anos estruturou definitivamente o mundo objetivo e descobriu a objetividade das coisas.

    - Entre os 7 a 10 anos = É a época do progresso do conhecimento, desenvolvimento intelectual, onde ocorrem muitas idéias já desenvolvendo novas relações de sentido. Por exemplo, já tendo noção de peso, balança, metragem e moeda. Começa a orientar toda a atividade vital por um critério de contabilidade de tempo, de espaço, de distância, de velocidade, de peso, de dinheiro e algumas vezes se desvia para o “colecionismo”. E no mundo pós-moderno a criança quer tudo o que vê com a sua mania de coleção. Isto porque esta atividade intelectual tem mais importância que a atividade motora.

            Nesta fase a criança já começa a deduzir por si mesma sem aceitar tudo que lhe diziam como antes, quando tudo era verdade sem titubear. Nesta fase as relações familiares ficam meio abaladas porque o pré-adolescente certifica-se de que em muitas ocasiões lhe ocultaram a verdade.

            Agora, nesta idade, os adultos, os pais, os ascendentes, são vistos como pessoas comuns, com seus erros e defeitos, então a criança começa a rebelar-se interiormente e só se manifesta exteriormente no menino quando da crise da puberdade, e na criança do sexo feminino só se tornará evidente alguns anos mais tarde, isto é, em plena adolescência, pelo aparecimento de crises injustificadas de mau humor e de choro como também, pelo aumento da irascibilidade e angustia.

            O pré-adolescente começará a pensar no seu destino e ficará inquieto com perguntas como esta: - Quem serei? – Que farei? – Que devo dizer?. E ante dessa fase só se preocupava com as questões: - Que me deixam fazer? O que meus pais querem que eu seja?

            A criança sente necessidade de pensar por si só nesta fase e para de perguntar aos pais e começa a dirigir-se aos seus companheiros de escola para argumentar e discutir suas primeiras opiniões sobre a vida.

            É nesta fase que se observa a duplicidade de atitudes da criança em relação a seus companheiros de idade ou a seus superiores (em poder, mas já não em valor). Tem dificuldade de se abrir apesar de estar participando da escola e da família, quer ter seus segredos e explorar o desconhecido.

            No terreno da conduta moral, a criança de 7 a 10 anos de moral homoniana à fase da moral autônoma. Se até agora, a atitude diante de uma regra era absoluta: submissão ou repulsão, agora ela começa a admitir a relatividade de toda norma, variando de acordo com as circunstâncias oportunas. Exemplificando: nos jogos, quer fazer novas regras, não quer aceitar as infrações que os adultos codificaram.

            Sobre à curiosidade das coisas da vida, estas diferem, conforme sejam as condições de cultura e ambiente. A criança nesta fase de 8 a 10 anos quer saber mais sobre a vida, a morte, os seres, etc, mas acha que os pais já não são fonte suficiente para responder-lhes, então passa a inquirir seus colegas mais adiantados e os serviçais e pessoas nas quais deposita confiança mais do que a seus pais.

            A criança quer alguma precisão nas respostas porque já está com a capacidade de crítica bem acentuada. A esta fase a criança já se considera bem superior intelectualmente e mistura as informações recebidas com a fantasia imaginativa e resíduos de crenças, mágicas, fazem as histórias serem aventuras surpreendentes e misteriosas, o que muito agrada estes pré-adolescentes, os raios, forças misteriosas e conflitos internos dos personagens, que são possantes, mas podem chorar e gostar.

            A partir dos 9 anos o corpo começa a formar-se e os meninos e meninas começam a pesquisar sobre o corpo, o sexo, e interessam muito pelas aulas de ciência onde se estuda o corpo e suas funções. Há o aparecimento das diferenças no modo do menino e da menina ser e de reagir. As meninas temem e admiram os meninos e estes tendem a ter menosprezo e tendência protetora com as meninas. Na adolescência esta tendência se transforma por causa do despontar do desejo sexual, e pode ser uma atitude de timidez ou agressão, não quer que nenhuma menina tente impedi-lo de fazer algo. O menino só é tolerante para com a companheira quando a vê fraca, chorosa, ou submissa. Há vários níveis de amadurecimento, o que deve ser aproveitado nas salas de aulas. Neste período na criança amplia a base de seus contatos sociais, quer ficar com os colegas para estudar e brincar, mas os pais devem ficar vigilantes para com as amizades por causa da atual disseminação das drogas e outros males. Esta constante vigília pode desenvolver no pré-adolescente a ideia de que “os outros” são maus e até fazer diminuir o sentimento de fraternidade universal que deve unir os homens e mulheres do planeta todo. É preciso coerência e muita interpretação dos fatos para que este AMOR AO PRÓXIMO não diminua e o mundo não fique prejudicado.

    - Criança de 10 a 12 anos de idade = A adolescência (do latim “adolescere” que significa crescer) é um breve espaço de tempo entre a segunda infância e a puberdade, que corresponde aproximadamente ao período entre os 11 e 13 anos nas meninas e os 12 e 14 nos meninos. Neste período ocorrem as mudanças em ambos os sexos, alterações de condutas e mudanças morfológicas sensíveis. É o momento do crescimento físico.

            Spranger descreveu 2 problemas essenciais a este período:

    1. Descobrimento do eu e formação de um plano de vida
    2. Independência subjetiva

    Mas, pode-se considerar como próprios desta fase evolutiva, os seguintes fatos:

    1. Alteração do esquema físico e obrigação do reajustamento entre o SER e o PARECER. O crescimento e a aparência criam uma inquietação e preocupação constantes, daí querem sempre estar diante do espelho para ver a transformação de seu corpo que lhe parece diferente todo dia, podendo criar uma certa desorientação e angústia.
    2. Alteração dos sentimentos vitais: Junto com a transformação do corpo há também uma transformação metabólica com o aparecimentos de novos hormônios (as glândulas sexuais ou gônadas), há as mudanças bruscas de humor de alegria à tristeza, entusiasmo e preguiça.
    3. Erotização do campo de consciência e necessidade de achar o complemento: O organismo fica sensibilizado pelos hormônios e acentua-se o masculino e feminino.
    4. O mistério da vida e da morte: Os adolescentes em geral pensam na sua origem e no seu destino, isto é, como terminará sua vida e essas atitudes de filosofias, ocuparão tempo e profundidades diversas e é o tempo de ajudá-los a ter uma orientação religiosa e filosófica para não ficarem sem explicação do inexplicável.
    5. Independência ou detesto psicológico do ambiente familiar: Liberação de tutelas. O jovem deverá passar por uma fase de oposição e negação das sugestões e ordens vindas dos familiares. E se estes não conceder-lhe esta oportunidade de “não concordar com nada” há muita briga inútil dentro de casa e pode complicar pela vida afora. Deixar o jovem ter uma opinião contrária a alguma coisa o deixa mais feliz.
    6. Fixação do papel a representar social e profissional: O adolescente que saber o que vai ser e o que vai fazer, quer fazer planos para a vida e prever e usar seu cérebro para se sair bem de situações imaginadas para ele mesmo e para o que vai ser na sociedade.

     

    2.4 – Análise dos perfis das crianças

    Esta análise é fundamental para ver se as crianças estão na idade cronológica relativa à idade mental.

     

     

    . até 1 ano:

            - Verificar se a criança acompanha o barulho dos chocalhos e se sentem alegria ou choram

    . até 2 anos:

            - Verificar se a criança consegue localizar 2 bolas de cor igual no meio de outras ou se joga tudo fora.

    . até 3 anos:

            - Verificar se a criança consegue reconhecer o retrato de um cãozinho no meio de outro desenho ou se rasga o papel.

    . até 4 anos:

            - Verificar se a criança consegue juntar dois triângulos de tecidos coloridos iguais no meio de outros estampados diferentes ou se amassa tudo e joga fora.

    . até 5 anos:

            - Verificar se a criança consegue colar dois triângulos sobrepostos formando uma estrela ou se irrita e estraga tudo.

    . até 6 anos:

            - Verificar se com giz de cera a criança já faz um desenho de flor ou de casa ou se fica aborrecida e sai correndo.

    . até 7 anos:

            - Verificar se a criança consegue recortar dois presentes (desenhos) do papel de presente, para dar para o pai ou mãe ou se recusa-se a isso.

    . até 8 anos:

            - Verificar se a criança consegue desenhar a família e quem aparece de mais destaque ou se ela não quer desenhar.

    . até 9 anos:

            - Verificar se a criança quer desenhar alguma coisa importante para ela ou não quer desenhar nada.

    . até 10 anos:

            - Pedir para a criança fazer uma margem no papel com uma cor e escrever três palavras ou frases importantes para ela ou se ela se recusa a fazer isto.

    . até 11 anos:

            - Pedir para a criança escrever uma mensagem para seus pais no celular agradecendo-lhes pela vida ou se não quer fazer isso.

     

     

    . até 12 anos:

            - Pedir para a criança escrever o nome de 3 amigos importantes no papel e o que quer desejar para eles ou se recusa a fazer isso.

    . depois de 12 anos:

            - Perguntar qual mensagem gostaria de receber, de quem, por que.

            

    3. COMO A RADIESTESIA, AS RUNAS, AS FIGURAS GEOMÉTRICAS E OS FLORAIS PODEM AJUDAR AS CRIANÇAS NO SEU EQUILÍBRIO ENERGÉTICO.

            

    3.1 – A RADIESTESIA:

            Esta ciência tem seus princípios em base experimental, capaz de ser verificada por pesquisadores em diversas partes do mundo. Mas é também uma ARTE porque é preciso ter treinado bastante a intuição para captar suas mensagens ou radiações. É muito antiga a prática de Radiestesia que surgiu com a técnica da procura de poços d’água e de jazidas subterrâneas por meio da forquilha ou varinha. Passou muito tempo esquecida e ressurgiu para ser estudada com mais atenção.

            A RADIESTESIA  se relaciona com as radiações, que os corpos emitem e que podem ser captados à distância, não havendo empecilhos porque são levados pelas ondas magnéticas e chegam sem alardes.

            O pêndulo é um instrumento simples que na mão do radiestesista capta e amplifica os efeitos das radiações. O pêndulo deve ser neutro. O Radiestesista deve ficar atento para não ser influenciado pela Remanência que é a permanência de radiações no mesmo lugar. Para isso deve “limpar o pendulo” entre um e outro atendimento colocando-o no chão ou lavando-o com água e sabão. Outra influência, a AUTO-SUGESTÃO deve ser também banida, mantendo-se o Radiestesista numa posição de pensamento neutro, só captando radiações.

            Aqui neste nosso estudo, usamos o pêndulo para determinar em qual cor de onda radiestésica o cliente vibra, quais seus “nós” energéticos, qual Runa usar para abrir-lhe os caminhos energéticos, qual Figura Geométrica utilizar para otimizar esta abertura energética e quais Florais, aqui os de Bach podem ser utilizados para haver resultados bons, benéficos e duradouros.

            Ser Radiestesista não é privilégio de alguns geralmente com prática prolongada se desenvolve esta sensibilidade basta ter dedicação, disciplina e estudo. Algumas pessoas têm mais facilidades do que outras, porque são mais intuitivas mas nada como o trabalho consciente e equilibrado para desenvolver esta sensibilidade e assim poder ajudar muitas pessoas.

     

    3.2 – AS RUNAS:

            São símbolos secretos cuja ação é indicar um caminho a seguir ou chamar a atenção para um caminho que se está seguindo e deve ser mudado. Eram muito utilizadas nos povos antigos para se orientarem em viagens e qual direção tomar nas caçadas e na busca de local apropriado para morar.

            As Runas nos dão mensagens energéticas que já estão traçadas em campos de forma no mental Superior.

            Em cada letra Rúnica há um sentido de expressão daquilo que está em harmonia ou em desarmonia com o COSMOS.

            As Runas ajudam a esclarecer e energizar os campos eletromagnéticos.

     

     

    3.3 – AS FIGURAS GEOMÉTRICAS:

            De acordo com Pitágoras “todas as coisas são números”. Para Pitágoras base de todas as estruturas existentes no mundo são os números. E só a geometria estabelece ordem e exatidão em toda criação. Tudo está sob a influência da energia dos números (do latim “fractus” que significa fração da estrutura geométrica).

            A matéria toma forma pela Geométria Fractal, onde as figuras tem um propósito DIVINO, através dos números e figuras geométricas. Todas as formas vão para o infinito, dando uma informação de progressão geométrica e não aritmética.

            Do infinitamente pequeno para dentro do infinitamente grande e vice-versa.

            Os poliedros são formas geométricas que compõe o mundo.

    - ICOSAEDRO – Água – 20 faces

    - OCTAEDRO – Ar – 8 faces

    - ESTRELA TETRAEDRON – Fogo – 4 faces

    - HEXAEDRO – Terra – 6 faces

    - DODECAEDRO – Prana – 20 faces

            Todas as formas geométricas derivam destes poliedros e transmitem muita energia, daí a utilização das figuras geométricas para ajudar na harmonização das crianças aqui estudadas.

     

     

    3.4 – OS FLORAIS (aqui os de Bach)

            Edward Bach nasceu em 24 de Setembro de 1886 na Inglaterra em uma pequena vila chamada Moseley. Desde a infância Bach sempre gostou muito da natureza. Com muita dedicação formou-se médico, bacteriologista, patologista e em Saúde pública. Queria conseguir melhorar a pessoa em todo aspecto: físico, emocional e mental.

            Teve doente e contrariando a previsão médica se curou por causa da vontade firme de viver. Descobriu assim que a parte emocional é importante. Estudou e praticou homeopatia e como gostava de pesquisa, através das plantas e folhas encontrou as flores. Passou a desenvolver suas fórmulas e a experimentar em grupos de pessoas que ele classificava segundo tipos previamente definidos de comportamento. Ele tratava as pessoas com inicialmente três primeiras flores de seu sistema: IMPATIENS, MIMULUS e CLEMATIS.

            A partir de 1930 (43 anos) abandonou a vida de conforto na cidade e foi para o campo para estudar e pesquisar “in loco” as ações das flores no emocional das pessoas. Daí até 1935 Bach descobre as 38 essências do seu sistema. Sempre testava em si mesmo os efeitos das essências. Este trabalho intenso o desgastava muito e se sentia satisfeito com os resultados benefícios de suas essências. Morreu em 27 de novembro de 1936 enquanto dormia.  Realizou um grande sonho: descobriu um método de cura simples e natural, de fácil compreensão e fácil aplicação. E esclareceu para muitos como o estado emocional e mental influencia nos desequilíbrios.

     

     

    4. RESULTADOS

     

    Como hoje as crianças são geralmente muito agitadas e ligadas em tudo o que acontece, os pais muitas vezes têm dificuldades no relacionamento com elas, e trazem-nas para que possamos fazer alguma coisa para ajudá-las a equilibrá-las. Então, comecei a fazer esta formatização no atendimento para eu ter um plano de ação, individualizado porque cada um é diferente do outro mas coletivo porque o procedimento é o mesmo.

    Assim a pesquisa e o tratamento com a RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS deu-nos o seguinte resultado:

    - De 10 crianças tratadas de 0 a 1 ano: Este tratamento fez com que chorassem muito menos, dormissem mais tranquilas e por mais tempo contínuo e expressarem maior alegria rindo mais. Não houve diferença a menor, isto é, todas reagiram positivamente.

    - De 10 crianças tratadas de 1 a 3 anos: Notamos que ficaram estas crianças mais atentas ao que falavam com elas, destruíram bem pouco os brinquedos e dormiram calmas.

    - De 10 crianças tratadas de 4 a 7 anos: Tiveram bastante melhorias no comportamento sem “birras” e entendendo mais as explicações dos pais sobre o que “pode” ou “não pode”. Sono tranquilo.

    - De 10 crianças tratadas de 7 a 10 anos: Sob tratamento constatou-se que conseguiram se concentrar mais nos estudos, tendo melhor aproveitamento escolar e menos desentendimentos com os irmãos, caindo até só para a faixa de 10% que não reagiram positivamente desde o dia do início do estudo.

    - De 10 crianças tratadas de 10 a 12 anos: Notou-se muita melhoria no comportamento passando a ser mais responsável no cumprimento das tarefas da escola e também melhoras na alimentação aceitando mais a comida saudável, principalmente os sucos naturais.

    - De 10 crianças tratadas de 12 anos em diante: Notou-se muitas melhorias no nível de exigência do ter: “quero isto”, “quero aquilo”, isto diminuiu bastante e houve um certo amadurecimento emocional diminuindo muito as notas baixas, aumentando a responsabilidade em estudar.

            Não notamos nada que pudesse contrair este tipo de tratamento porque em todos os casos estudados houve melhorias. Algumas mais significativas que são a maioria, em torno de 70% outras menos em torno de 20% e os que melhoraram pouco foi no nível de 10%.

            Matematicamente falando estes procedimentos aqui apresentados são favoráveis às melhorias no comportamento infantil.

     

    5. CONCLUSÃO

     

    Estudar as crianças é um desafio do qual gosto de participar. A evolução, o crescimento, as mudanças, o modo de ser, tudo é fascinante neste universo infantil.

            A arte de viver envolve a habilidade de integrar a preocupação, o nervosismo da mudança, do desenvolvimento e do renascimento contínuo. O treinamento apropriado, neste sentido, começa nos joelhos da mãe. Uma mãe por demais protetora pode estragar a criança. Uma mãe negligente, cuja principal preocupação é sua felicidade pessoal ou sua posição social, deixa a criança emocionalmente desprovida de recursos para dominar a preocupação, o nervosismo. Este nervosismo deixa de ser um agente nocivo somente quando a criança, em processo de crescimento é adequadamente nutrida pelo amor e orientada a fazer as coisas por si só. Na vida em desenvolvimento de um indivíduo autoconfiante, o nervosismo existente nas situações radicalmente novas torna-se um fator estimulante, inspirando a pessoa até o máximo da sua habilidade.

            A forma de vencer a inércia ou estagnação produzidas pelo nervosismo é entender a significação da mudança como matéria-prima da vida. A vida é criação sempre nova. O que nos faz resistir à mudança é um falso sentimento de segurança.

            O segredo da existência é fluir com o fluxo da transformação e ainda assim permanecer ancorado no eterno. Nossa maior segurança reside na nossa capacidade de nos movermos para a frente com uma visão de novos horizontes, sem deixar-se ser levado para trás. O nervosismo pode ser dominado hoje, não pensando no passado mas tendo em vista o futuro bom e promissor.

            Isto vale também para as crianças que estão crescendo e precisam de ajuda das técnicas dos terapeutas para viver melhor o hoje, desmanchando os “nós” do passado e preparando o progresso para o futuro. Futuro da vida deles mesmos, da sociedade, do país e do mundo. Ajudar as crianças é preparar um MUNDO NOVO cujas idéias de hoje renovadas vão se expandir e irradiar boas energias para a conservação e expansão do Universo.

     

    6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    CHAUDHURI, HARIDAS. Como enfrentar os problemas da vida. São Paulo: Editora Pensamento, 1994.

    LADE, ARNIE. Energia Vital. Novos Conceitos de Cura. São Paulo: Editora Cultrix, 2005.

    LOPEZ, EMILIO MIRA Y. Psicologia Evolutiva da Criança e do Adolescente. Rio de Janeiro: Editora Científica, 2009.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

    VIEIRA FILHO, H. Tutorial Terapia Holística. São Paulo: SINTE – Sindicato dos Terapeutas, 2004.

     

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758
    Última atualização: 12/06/2013 19:41


    Terapia Holística

    ACONSELHAMENTO NA TERAPIA HOLÍSTICA Maximizando seu atendimento com a inclusão da Psicoterapia

    ACONSELHAMENTO NA TERAPIA HOLÍSTICAMaximizando seu atendimento com a inclusão da Psicoterapia

     Henrique Vieira Filho
    Terapeuta Holístico – CRT 21001

    A Psicoterapia é parte integrante do atendimento na Terapia Holística e um de seus maiores diferenciais em relação a outras profissões correlatas. Uma das formas mais práticas e eficientes de introduzir a proposta em consultórios é a implementação de técnicas básicas de Aconselhamento. Diferente do que popularmente se entende como “dar conselhos”, a conversação terapêutica aplica muito do saber ouvir, pontuando tópicos relevantes com perguntas pertinentes e convites à reflexão. A receptividade sem julgamentos e empatia que se desenvolve entre Terapeuta Holístico e Cliente conduz a uma relação terapêutica mais eficaz e mutuamente gratificante, implementando o autoconhecimento e, com este, a maximização da Qualidade de Vida, que é o objetivo maior de nosso trabalho.

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras. Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem “científica-reducionista-elitista” cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem “empírica-holística-acessível” de nossos ancestrais xamãnicos. A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do “cientificismo”, mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes. Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a “alma”, desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder do Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas.

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em uma revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Para o resgate da abordagem Holística, havemos de compensar a ênfase de décadas aos aspectos físicos-objetivos, revitalizando as terapêuticas focadas ao psíquico-subjetivo-transcendente.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Psicoterapia no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém iniciarmos pelo básico, ou seja, o ACONSELHAMENTO, nome moderno que se dá àquilo que tão bem já praticavam nossos antecessores sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.

    Material e Metodologia:

    1. Definição

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    Na cultura anglo-saxônica, o termo Aconselhamento ("counseling") é utilizado para designar um conjunto de práticas que são tão diversas quanto as que configuram as práticas de: orientar, ajudar, informar, amparar, tratar. H.B e A.C. English definem o aconselhamento como "uma relação na qual uma pessoa tenta ajudar uma outra a compreender e a resolver problemas aos quais ela tem que enfrentar ".

    Um tema que concerne à filosofia do aconselhamento, predomina em toda a literatura anglo-saxônica: a crença na dignidade e no valor do indivíduo pelo reconhecimento de sua liberdade em determinar seus próprios valores e objetivos e no seu direito de seguir seu estilo de vida.

    O indivíduo tem um valor em si, independentemente do que pode realizar. Muitas vezes, a pessoa não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. O aconselhamento visa ajudá-la a desenvolver sua singularidade e a acentuar sua individualidade. Mais que uma filosofia que poderia ser interpretada, à primeira vista, como uma forma de individualismo selvagem, todos os grandes textos do aconselhamento fazem referência à responsabilidade da pessoa diante dela mesma, do outro e do mundo em torno dela. O individuo não é nem bom, nem ruim por natureza ou por hereditariedade. Ele possui um potencial de evolução e de mudança. O(A) aconselhador(a) deve considerar o sentido e os valores que o Cliente atribui à vida, às suas próprias atitudes e comportamentos porque quando uma mudança se impõe no contexto de vida, isto pode se chocar com as opções filosóficas da pessoa em questão e ser em si uma causa de dificuldade (ex. : mudança de atitude diante do trabalho, da família, da sexualidade, da morte,…).

    Segundo Catherine Tourette-Turgis, "o princípio de coerência do aconselhamento reside fundamentalmente no fato de que muitas situações da vida são, elas mesmas, causas de sofrimentos psíquicos e sociais, necessitando uma conceitualização e que dispositivos de apoio sejam colocados à disposição das pessoas que as vivem ".

    Para ela, "o aconselhamento é uma forma de "psicoterapia situacionista", isto é, a situação é causa do sintoma e não o inverso. O aconselhamento, forma de acompanhamento psicoterápico e social, designa uma situação na qual duas pessoas estabelecem uma relação, uma fazendo explicitamente apelo à outra através de um pedido (verbalizado) com objetivo de tratar, resolver, assumir um ou mais problemas que lhe dizem respeito… A expressão "acompanhamento psicoterápico" seria insuficiente na medida em que os campos de aplicação do aconselhamento designam muitas vezes realidades sociais produtoras em si mesmas de um conjunto de distúrbios ou de dificuldades para os indivíduos".

    Neste sentido, o aconselhamento responde às necessidades de pessoas que procuram ajuda de uma outra para resolver, em um tempo relativamente breve, problemas que não são oriundos necessariamente de questões profundas (do ponto de vista psicoterápico). Estes problemas podem estar ligados, na verdade, aos empecilhos ou a um contexto específico com o qual elas precisam se adaptar ou aos quais elas devem sobreviver e pelos quais, na maior parte do tempo, a sociedade não as preparou (ex.: traumatismos de guerra, prevenção da aids, desemprego, …) ou não assegura as funções de apoio adequadas em tempo real, ou seja, de imediato.

    Existem pontos comuns no desenvolvimento do aconselhamento que podem ser resumidos pela importância dada:

    Aos métodos ativos na relação de ajuda;

    À crença no potencial de um indivíduo ou de um grupo;

    À crença na transformação em um curto espaço de tempo;

    Ao estabelecimento de uma relação aonde a autoridade é substituída pela empatia;

    A um ambiente facilitador de mudança e de evolução pessoal.

    2. Bases do aconselhamento: ATITUDES

    2.1 ESCUTAR

    A escuta, no aconselhamento, se diferencia daquela que nós experimentamos cotidianamente. Significa uma forma de engajamento em relação ao outro, implicando estar sensível e atento a este.

    Escutar não se resume ao fato de captar os conteúdos e os sentimentos que o Cliente expõe. Da mesma maneira, a escuta não é um processo terapêutico em si e não é suficiente para completar o desenvolvimento e realizar mudanças.

    A escuta é a competência de base indispensável ao exercício de outras capacidades, como a de reformular os conteúdos de uma entrevista, sentimentos e emoções expressas.

    O que é a escuta ?

    A escuta em aconselhamento, é uma prática que induz imediatamente a um certo tipo de relação entre o(a) aconselhador(a) e o Cliente. Tal experiência de escuta é frequentemente a primeira vivida pelo o aconselhado. Na verdade, ele se sente escutado sem os filtros habituais constituídos pelo julgamento, pela opinião ativa da vida social ordinária, pela avaliação e o análise em certos métodos convencionais.

    Os níveis de escuta:

    1 - O primeiro nível concerne o que é dito na relação. No entanto, se ficarmos neste nível, a relação não se desenvolve muito e o Terapeuta Holístico fica em posição “de escutar uma história”.

    2 - O segundo nível, definido por certos autores como uma “atenção flutuante”, concerne não somente o que é dito mas também o que existe “além das palavras”. O Terapeuta Holístico fica atento às palavras, mas também aos aspectos não-verbais (expressão do rosto, gestos, movimentos dos olhos…) e para-lingüísticos (volume, tom, rapidez…) utilizados pelo Cliente.

    3 - Além destes dois níveis de escuta, o(a) aconselhador(a) deve também estar atento ao que ele pensa, às suas próprias emoções, às suas próprias sensações corporais. Pois estes indícios podem lhe servir de indicadores do que se passa na relação e o Terapeuta Holístico pode utilizá-los como uma espécie de “caixa de ressonância” do desenvolvimento da relação.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Eu sou capaz de escutar o que a pessoa quer me dizer sem me sentir em perigo ?

    Por que sinto certas dificuldades ao escutar pessoas que provocam em mim sentimentos excessivos e pertubam minha escuta ?

    Até onde eu posso escutar alguém mantendo-me neutro ?

    Reflexões:

    Frequentemente é dificil escutar o outro porque evito escutar o que se passa em mim mesmo.

    As mensagens contraditórias da minha comunicação podem parasitar minha escuta.

    2.2 ACEITAR

    A aceitação é uma atitude fundamental no aconselhamento. Comunicar sua aceitação implica que todas as atitudes e os comportamentos verbais e não verbais do profissional indicam à pessoa que alguém está tentando compreendê-la, aceitá-la completamente.

    A aceitação é, algumas vezes, mais importante que a compreensão. A pessoa tem antes de tudo a necessidade de ser aceita como ela é, como se sente, como diz que se sente antes de poder explorar a mudança. Frequentemente, no momento de um evento desequilibrante, a pessoa descobre que a aceitação que acreditava ter conquistada, de tal ou tal pessoa à sua volta, na verdade, não era real. Por exemplo, as pessoas soropositivas viram-se, quase sempre, confrontadas com o luto do amor incondicional dos seus. A confrontação de uma deficiência, em função das angústias que ela suscita, reduz a capacidade de aceitação de pessoas que estão em volta e que têm dificuldades de se confrontar ao sofrimento da pessoa, mantendo-se distantes.

    Como manifestar seu grau de aceitação ?

    Ajudando a pessoa a restaurar a auto-imagem e a auto-estima,

    Ajudando a pessoa a desenvolver uma maior aceitação de si mesma (frequentemente as pessoas são muito severas com elas mesmas: por exemplo, elas não se autorizam ao repouso, elas se sentem culpadas de estarem com problemas…).

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Sou capaz de aceitar totalmente a personalidade do outro, em uma relação de Conselho?

    Por que, algumas vezes, aceito certos comportamentos de uma pessoa e desaprovo totalmente outros ?

    Como posso comunicar minha aceitação em relação aos sentimentos do outro ?

    Se eu desaprovo uma pessoa, o que faço ?

    Reflexões:

    Posso me sentir ameaçado (a) por certos comportamentos de uma pessoa: é importante que eu aceite meus próprios sentimentos em relação à esta para em seguida desenvolver minha aceitação em relação a ela.

    2.3 AUSÊNCIA DE JULGAMENTO

    O julgamento é um obstáculo na progressão da relação de ajuda. Ele bloqueia a capacidade do outro de se responsabilizar, já que o mantêm na dependência deste. A relação de Conselho deve se estabelecer sem julgamento de valor.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Eu posso reduzir o receio que a pessoa tem de ser julgada ?

    Até onde posso trabalhar minha falta de julgamento ?

    Por que o julgamento positivo pode ser tão ameaçador quanto o julgamento negativo ?

    Reflexões:

    É difícil liberar uma pessoa do seu próprio receio de ser julgada pelos outros.

    Um julgamento positivo significa que nós avaliamos as capacidades e o valor da pessoa; ela pode deduzir que poderíamos, da mesma maneira, atribuir-lhe um valor negativo.

    2.4 EMPATIA

    A empatia é uma forma de compreensão definida como a capacidade de perceber e de compreender os sentimentos de uma outra pessoa.

    Diferentemente da simpatia ou da antipatia, a empatia é um processo no qual o profissional tenta fazer a abstração de seu próprio universo de referência, mas sem perder o contato com ele, para se centralizar na maneira como a pessoa percebe sua própria realidade. A empatia se resume em uma questão a ser colocada regularmente:

    O que se passa, neste instante, com a pessoa que está diante de mim ?

    Numerosos trabalhos afirmam que a empatia é fundamental na entrevista e que a qualidade desta está diretamente ligada à experiência do(a) aconselhado(a) e a qualidade do laço terapêutico, independentemente da teoria à qual o Terapeuta Holístico se identifica. Outros estudos (Mitchell, Bozarth, Krauff et Sloan por exemplo) demonstram bem sua importância, mas não a consideram como determinante.

    A adoção desta atitude é dificil em certas situações graves que nos forçam naturalmente a nos sentirmos, ao mesmo tempo, afetados, impotentes e que mobilizam em nós, sentimentos como o da injustiça ou o da inquietude. No entanto, uma pessoa confrontada com uma situação dificil precisa em primeiro lugar de alguém presente ao seu lado que a ajude à enfrentar o que ela está vivendo e não uma pessoa que reaja por ela. Pela compreensão empática, o conselheiro ajuda a pessoa à entrar em contato com seus próprios sentimentos e a descobrir o que estes significam.

    Como manifestar sua empatia ?

    Verbalizando o que é percebido na pessoa como emoção dominante,

    Pedindo-lhe para nos dizer o que precisaria mais neste momento,

    Tentando compreender o ponto de vista da pessoa e o reformulando sem tentar transformá-lo (é por ela mesma que a pessoa, em um segundo momento, modificará seu ponto de vista da situação).

    Os efeitos da empatia na relação de cuidados:

    Aumento do nível de auto-estima: “é possível então compreender o que eu sinto sem me dizer que eu estou errada de pensar assim”;

    Melhora da qualidade da comunicação: “ele não me responde dizendo que ele também pode morrer a qualquer momento, basta por o pé na rua”;

    Abertura à possibilidade da expressão de emoções profundas: “é verdade que atrás desta raiva se encontram todos os meus medos”.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Posso entrar no mundo íntimo de uma outra pessoa e conseguir compreender o que ela sente e o que ela percebe ?

    Posso me sentir suficientemente próximo de uma outra pessoa me sentindo ao mesmo tempo diferente e perder toda vontade de julgá-la e de avaliá-la ?

    Reflexões:

    Pode ser difícil para mim, dizer a alguém como eu a compreendo.

    O mínimo de compreensão reformulada, mesmo incompleta, ajuda consideravelmente o outro a avançar na compreensão dele mesmo.

    2.5 CONGRUÊNCIA

    A congruência pode ser definida como: “o estado de espírito” do profissional de aconselhamento quando suas intervenções durante a entrevista são coerentes com as emoções e as reflexões suscitadas nele pelo Cliente.

    Supõe, da parte do(a) aconselhador(a), disponibilidade com relação às emoções e aceitação destas. Na verdade, Carl Rogers desenvolve a hipótese que “a mudança da pessoa é facilitada quando o terapeuta é o que é”; quando seus contatos com o cliente são autênticos, sem máscara nem fachada, onde se expressa abertamente os sentimentos e atitudes que invadem seu interior neste momento preciso.

    A congruência do Terapeuta Holístico vai, de uma certa maneira, autorizar a do cliente. O profissional oferece um espelho de possíveis efeitos que podem provocar a atitude e o comportamento do Cliente numa relação interpessoal onde a integridade e o profissionalismo do(a) aconselhador(a) dão uma garantia que este (a) não está colocando na relação suas próprias neuroses. Muitas vezes, isto favorece ao Cliente,entrar em contato com seus próprios sentimentos.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Será que me expresso de maneira a comunicar ao outro a minha imagem ?

    Como posso distingüir minhas proprias reações das dos outros ?

    Como posso permitir a uma outra pessoa que ela possa perceber o que eu sou e me aceitar como tal ?

    Reflexões:

    Se posso me mostrar tal como sou, se posso reconhecer e aceitar meus próprios sentimentos, posso então favorecer, ao outro, o crescimento e o seu desenvolvimento.

    Se posso permitir que o outro descubra certos aspectos de minha personalidade, que ele de toda maneira se apercebeu, ele poderá se aceitar melhor.

    3. Bases do aconselhamento: TÉCNICAS

    3.1 Questão aberta

    Esta é uma técnica muitas vezes usada para recolher informações ou esclarecimentos sobre um ponto preciso. Em princípio, as questões utilizadas pelo(a)s aconselhadore(a)s são "questões abertas” necessitando de uma resposta mais longa que um simples "sim" ou "não".

    As questões abertas encorajam os Clientes a compartilhar seus pontos de vista com o(a) aconselhador(a). Responsabilizam o aconselhado, durante a entrevista e lhe permitem explorar por ele mesmo as atitudes, os sentimentos, os valores e os comportamentos sem ser influenciado pelo universo de referência do(a) aconselhador(a).

    O(A) aconselhador(a), através de suas perguntas deve, essencialmente, ser guiado(a) pelo desejo de compreender e ajudar e não pelo único desejo de ser informado(a). A maneira de questionar é determinante, a forma e o tom devem ser o mais distante possível de toda forma parecendo ou lembrando uma inquisição ou um interrogatório.

    Como fazer ?

    A melhor maneira de praticar uma técnica de Questão aberta é a de focalizar as expressões que são “lugar comum” e que aparecem durante a entrevista considerando que tudo deve ser sujeito de descrição. Por exemplo, uma frase simples como : "estou triste ", é uma expressão "lugar comum " que necessita de ser descrita de maneira mais detalhada porque cada pessoa tem sua própria definição da tristeza. É possível então, por uma simples questão aberta, tentar focalizar mais precisamente o que a pessoa sente realmente (Seria possível me dizer o que sente exatamente quando está triste ? No que pensa nestes momentos ? etc.).

    3.2 Reformulação dos conteúdos

    A reformulação do conteúdo nos permite verificar se compreendemos bem o que a pessoa queria nos dizer, o que permite re-focalizar a entrevista quando esta parece tomar várias direções ao mesmo tempo. A capacidade de reformar o que o outro acabou de expressar constitui o primeiro nível na aprendizagem da escuta.

    A reformulação tem os seguintes objetivos :

    Permitir ao profissional verificar seu nível de percepção, para estar certo que ele compreende bem o que a pessoa está lhe descrevendo;

    Fazer a pessoa entender que ela está realmente sendo escutada;

    Concretizar as observações e os comentários da pessoa retomando o que ela disse de uma maneira mais concisa.

    3.3 Esclarecimento (Clarificação)

    O “esclarecimento” consiste em tornar mais claro certos aspectos evocados durante a entrevista.

    Tem como objetivo aumentar a capacidade de análise e de verbalização do cliente no que concerne as situações, eventos ou sentimentos.

    Exemplo :

    "Você disse que estava decepcionado. Como assim, decepcionado ?"

    3.4 Focalização

    A “focalização” tem como objetivo estimular o processo exploratório e de facilitar a resolução de problemas.

    As funções da focalização :

    Desencadear a expressão de uma emoção mais profunda;

    Encontrar a origem de um sentimento;

    Permitir a pessoa de se reapropriar de seu problema;

    Facilitar a resolução de problemas.

    Exemplos de perguntas facilitando a focalização :

    Poderia tentar me dizer ou imaginar de quem tem raiva ?

    O que tem vontade de dizer para esta pessoa ? Se ela estivesse aqui conosco, o que lhe diria ?

    Como poderia lhe dizer o que sente ?

    Como pensa que as pessoas a sua volta vão reagir ?

    O que deduz disto tudo ?

    O que vai fazer de tudo que acabou de aprender de si mesmo ?

    Como vê a solução do seu problema ?

    O que esta solução supõe ?

    Como se sente diante deste novo problema ?

    3.5 Confrontação

    A confrontação consiste em fazer com que a pessoa descubra seu grau de implicação ou de contradição em uma situação e tem como objetivo ajudar e esclarecer.

    A confrontação exige do profissional uma grande confiança na sua capacidade de ajudar e também da pessoa ou do grupo de progredir. A confrontação é uma potente “alavanca” propulsora do crescimento das pessoas e do grupo.

    Exemplo:

    “A senhora me diz se sentir livre para tomar esta decisão mas antes estava dizendo que com ela nunca se sentiu realmente à vontade. Será que poderíamos voltar a este sentimento e examinar os meios que tem para tomar esta decisão ?”

    3.6 Os silêncios

    O aparecimento de momentos silenciosos é em geral favorável ao processo do aconselhamento, com a exceção daqueles que acontecem no momento das primeiras entrevistas e que podem revelar o medo e o desconforto do Cliente ou do(a) aconselhador(a), ligados ao encontro.

    A maior parte do(a)s aconselhadore(a)s ficam em silêncio quando este vem do Cliente e intervem em função do lugar deste na entrevista e do que eles percebem como sendo uma necessidade do outro. O silêncio favorece o começo da relação da pessoa com ela mesma. Será um momento de elaboração importante se puder ser vivido na presença de uma outra pessoa.

    Ele favorece a autoconscientização e faz descobrir uma outra forma de presença no mundo.

    Tipos de silêncio :

    A pausa depois da expressão de um sentimento;

    A passagem de um tema a um outro;

    A pausa contemplativa;

    A pausa dolorosa;

    De timidez;

    A necessidade de apoio;

    Depois da descoberta.

    3.7 Técnica do reflexo

    A técnica do reflexo dos sentimentos é uma tentativa de compreensão do ponto de vista do Cliente. Consiste em comunicar ao este o que se percebe de suas emoções e sentimentos no momento presente ou o que diz ter vivenciado durante as situações evocadas durante a entrevista. Isto necessita que aquele que pratica esta técnica se concentre não somente no que a pessoa diz, mas também na maneira como ela diz.

    O "reflexo" dos sentimentos é um meio e não um fim. Esta técnica não serve apenas para trazer à tona o que foi vivenciado mas, também, para evidenciar um certo número de problemas. O papel do profissional de aconselhamento consiste em funcionar como um espelho. Esta atitude aumenta a capacidade de compreensão do cliente sobre si mesmo.

    Existem númerosos casos de má utilização desta técnica. A mais comum delas consiste em acreditar que a expressão e a identificação dos sentimentos e emoções possuem, por elas mesmas, um valor terapêutico, as vezes mesmo, de transformá-la em técnica principal. No aconselhamento as coisas não funcionam assim, e a eficácia da técnica do reflexo reside essencialmente no fato de que a expressão dos sentimentos é um meio e não um fim. É importante que o Cliente se dê conta por ele mesmo (para conduzir sua vida), não só do interesse que pode existir no fato de expressar seus sentimentos, em certas situações, mas, também no interesse que pode existir no fato de conhecer e confiar nestes quando está diante das pessoas e das situações.

    A expressão dos sentimentos negativos ou hostis em uma relação e em um clima de aceitação tem habitualmente o efeito de desarmar os "acting out" (forte transferência, não devidamente analisada, que se traduz em ações reflexas por parte do Cliente). Sentir-se compreendido e aceito é um elemento importante em aconselhamento mas, em hipótese alguma, o trabalho do(a) aconselhador(a) deve ser reduzido a esta técnica.

    O trabalho de formulação é muito importante, porque ele ajuda as pessoas a descobrir e ter confiança no que sentem e vivenciam.

    Funções do reflexo:

    Permitir a pessoa a se abrir ao que um determinado sentimento ou emoção lhe indica (por exemplo: o medo indica a existência de ameaça; a tristeza indica a existência de uma “ferida”, a raiva pode indicar a existência de um empecilho);

    Ajudar a pessoa a reconhecer o sentimento expresso;

    Verificar que houve uma boa compreensão;

    Permitir que a pessoa tenha acesso (em seguida) a uma emoção subentendida.

    4. Indo Além do Aconselhamento: Outras Técnicas Psicoterápicas

    Uma vez bem compreendido e exercitado o Aconselhamento, estará facilitado o caminho para a inclusão de outras formas de Psicoterapia. Na sequência, abordaremos duas opções complementares:

    4.1 Análise de Sonhos

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ...”o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro”... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as “chaves” transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado “o sono sagrado”, onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de “sonho acordado”, muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão “científico”. Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, “a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma”. Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma “auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material “espontâneo” que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a “dramatização”, onde a pessoa “encarna”, um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura “incorporada”. Outra ferramenta de interpretação é a “ampliação” do sonho, onde se é estimulado para “prolongar” o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de “ampliação” é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que “ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico”. O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.

    4.2 Vivências

    Do mesmo modo como “evocamos” os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Um “massoterapeuta” convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma “lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais “pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram “especializações” funcionais, “desenhando-se” no holograma certos “caminhos” bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa “tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. “Mapeando” esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos “meridianos” de Acupuntura, na China milenar, e os “chacras” na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a “circulação” energética, induzimos à “circulação” das informações psíquicas, ocorrendo os chamados “insights” (“flashs”, lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que “digerir”, compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro “equilíbrio energético”. O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

    Resultados:

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade.

    Discussão:

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a “imitar” o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE – Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de ministrar aulas pelo método EAD – Ensino à Distância, propiciando aprendizado independente da localidade em que o interessado estiver.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.

    Conclusões:

    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    O Aconselhamento, cujo aprendizado é relativamente simples e intuitivo, em especial para quem exerce outras formas de Terapia, é de fácil integração às demais técnicas já adotadas em consultório. Tamanhos são os ganhos tanto para a Clientela, quanto ao Terapeuta Holístico, ampliando exponencialmente o leque de atuação, que este é um caminho obrigatório a qualquer profissional que deseje maximizar seus potenciais e sua realização na carreira.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Reichiana e Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui regressão, progressão, vivências, etc...).

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.

    Referências bibliográficas:

    "Counseling, Santé et Développement” em www.counselingvih.org;

    “O Processo de Aconselhamento” – Paterson / Einsenberg – Martins Fontes 1988;

    “Tutorial Terapia Holística” - SINTEbooks

    Anexos e Apêndices:

    PLANILHA - RESUMO: ACONSELHAMENTO
    ATITUDES
    EscutarReceptividade total ao que o Cliente transmite verbalmente e corporalmente
    AceitarAceitação do Cliente como ele é, como diz que se sente, contribuindo com sua auto-estima
    Ausência de JulgamentoJamais julgar, nem a favor, nem contra
    EmpatiaCompreender o ponto de vista do Cliente sem tentar transformá-lo
    CongruênciaSinceridade e coerência na relação com o Cliente
    TÉCNICAS
    Questão abertaIdentificar expressões tipo "lugar comum" e estimular ao Cliente que aprofunde o tema, focalizando mais especificamente o que realmente sente.
    Reformulação dos conteúdosVerbalizar, resumidamente, as observações e os comentários do Cliente, retomando o que ele disse de uma maneira mais concisa, para melhor compreensão e também para que fique claro que realmente o está escutando.
    ClarificaçãoRetomar certos tópicos da consulta, solicitando ao Cliente que os esclareça mais profundamente, objetivando ampliar a capacidade do mesmo em compreender tais situações, eventos, emoções.
    FocalizaçãoFocar a conversação sobre um único tópico em destaque, estimulando o Cliente a contatar mais profundamente a emoção e as origens do problema
    ConfrontaçãoPontuar, sem julgar, algumas contradições nos relatos do Cliente, ajudando-o a repensar o assunto.
    SilênciosDetectar e respeitar as pausas do Cliente que se originam depois da expressão de emoções, de insights, de auto-reflexão, permanecendo receptivo
    EspelhamentoDemonstrar sua compreensão do ponto de vista do Cliente, comunicando-o quanto às emoções detectadas no atendimento, fazendo-se de "espelho", facilitando-lhe a sua capacidade de auto-compreensão.

    1)

    Terapia Holística: Ciência ou Arte ?

    Yin, Yang... Ciência, Arte...

    Aparentes opostos, com certeza, complementares,

    ambas somam as faces da moeda do Conhecimento.

    ...

    O conhecimento humano poderia ser dividido entre o conhecimento organizado e o conhecimento ingênuo. O conhecimento ingênuo nada mais seria do que um conhecer intuitivo que pode ter algum grau de reflexão, mas de que certo modo só pertence àquele ser que o percebeu e que sobre ele refletiu. É uma forma de conhecimento muito pessoal. Já o conhecimento organizado nos propicia o surgimento da própria civilização. Esse é o conhecimento registrado, que pode ser transmitido para outras pessoas sem a presença daquele que o desenvolveu, e que se despessoaliza no sentido de criar uma cultura, que pode se realimentar para criar conhecimentos novos, e mais sofisticados.

    Dentro do conhecimento organizado podemos encontrar uma nova subdivisão: ciência e arte.

    ...

    Textos extraídos de www.ricardohage.com/artigos/estetica.pdf

    A Ciência aplica a lógica formal e metodologia, resulta de uma atitude consciente em direção ao entendimento e um esforço fundamental de comprovação, objetivando a intervenção no que se conveniou chamar de realidade. Já a Arte, atua sobre uma lógica subjetiva, isenta de compromissos com a verificação e nasce de uma atitude inconsciente do ser humano, que no geral quer deixar sua marca nessa mesma realidade.

    Com o advento da Modernidade, a sociedade ocidental pautou-se por uma crescente racionalização, assumindo a Ciência como o fundamento geral de nossa orientação no mundo. Nossa civilização passou por uma ditadura religiosa, onde os dogmas da Igreja constituiam a verdade inquestionável, para um atual estado de ditadura científica, na qual confundem aquilo que a Ciência não consegue explicar, como sendo algo impossível de existir.

    A Terapia Holística, que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, possui sua própria lógica singular, muito mais para a subjetividade da Arte, do que para a objetividade da Ciência. Os resultados obtidos pelos Terapeutas Holísticos não cabem nos moldes da pesquisa científica tida como “oficial”, resultando daí, ter sua validade e eficácia injustamente questionadas. Na Idade Média, milhares de nossos antecessores tiveram que negar suas práticas, ocultar seus conhecimentos, esconder suas poções, enfim, renunciar às suas essências (em vários sentidos...) para escapar das fogueiras da Inquisição. Ainda traumatizados com a perseguição histórica, nos tempos modernos, novamente renegam suas origens, tentando sobreviver à inquisição do que se convencionou chamar Ciência. Submetendo-se ao julgo de seus atuais algozes, a Terapia Holística perdeu parte de sua identidade, abrindo mão de seu linguajar, de seus fundamentos, gerando um sincretismo que não surtiu o efeito desejado. Incabíveis em tubos de ensaio, ao tentar “discursar em língua estrangeira” (“cientificês”...), a maior parte das técnicas terapêuticas milenares soaram ainda mais estranhas aos donos da verdade oficial e aí sim foram condenadas, de vez, às fogueiras purificadoras dos dogmas de laboratório. Algumas técnicas tiveram destino ainda mais cruel: tanto abriram mão de suas origens, tanto se adaptaram, que correm o risco de se transformar em “monstros transgênicos”, produtos artificiais adequados aos padrões de consumo “oficial”. A Terapia Tradicional Chinesa, por exemplo, se perder sua alma, transformará seus praticantes em meros espetadores de agulhas, máquinas automáticas de aplicações de tabelas... Já a Fitoterapia, se perder suas “raízes”, será mais um serviçal da indústria de patentes, do que ao bem-estar de seus adeptos.

    Yin e Yang... noite e dia... ciência e arte... faces alternantes de um mesmo fenômeno. Em algum momento no tempo, a Terapia Holística será Ciência, também. No presente, há que ser percebida, compreendida e aceita como ARTE, pois esta é a faceta que agora se mostra. E se valoriza ! Afinal, enquanto a Ciência é inconstante e temporal (o que é fato científico hoje, pode ser a falácia teórica, amanhã...), a Arte é eterna... Resgatemos a auto-estima de nossa profissão, nossa herança milenar e assumamos que

    A Terapia Holística é a ARTE da Qualidade de Vida !


    2)

    A História da Terapia Holística

    Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos

    (paráfrase sobre texto de 1986, do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico – de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico – de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por “sincronicidades”, por “sinais”, cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este “status”, o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os “iniciados” compreendiam as “instruções” incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História “ocidentalizada” registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem “científica”, ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro “médico”, já que estabeleceu “doenças” como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo “desmembramento de seus componentes”. Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de “doenças” que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e

    descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA, de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica - Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este “movimento separatista elitizado”, continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem “científica” e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o “consolo espiritual” da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência “exata”...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a “desumanização” do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte –-importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva – da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas – a história, a filosofia, a literatura e a psicologia – não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de “A (re)humanização da medicina”, de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada “Revolução Aquariana”. Movimentos “hippies”, de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura “científica”, onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais “científico”. Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas “traduzidas” para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.






    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico – CRT 21001
    Última atualização: 13/05/2008 15:06


    História da Terapia Holística

    A História da Terapia Holística

    “Em todo lugar e em todas as épocas,
    sempre existiram Terapeutas Holísticos”

    (paráfrase sobre texto de 1986, do historiador alemão Werner Jaeger,
    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)


    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico – de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico – de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs !

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    A imagem que ilustra esta matéria, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C. A figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por “sincronicidades”, por “sinais”, cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este “status”, o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os “iniciados” compreendiam as “instruções” incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História “ocidentalizada” registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem “científica”, ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro “médico”, já que estabeleceu “doenças” como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo “desmembramento de seus componentes”. Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de “doenças” que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e
    descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela
    .

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html; trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA, de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica - Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este “movimento separatista elitizado”, continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem “científica” e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o “consolo espiritual” da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência “exata”...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a “desumanização” do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte –-importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva – da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas – a história, a filosofia, a literatura e a psicologia – não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de “A (re)humanização da medicina”, de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada “Revolução Aquariana”. Movimentos “hippies”, de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura “científica”, onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais “científico”. Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas “traduzidas” para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 24/08/2007 13:14


    Terapia Holística: Ciência ou Arte ?

    Terapia Holística: Ciência ou Arte ?


    Yin, Yang... Ciência, Arte...
    Aparentes opostos, com certeza, complementares,
    ambas somam as faces da moeda do Conhecimento.


    ...

    O conhecimento humano poderia ser dividido entre o conhecimento organizado e o conhecimento ingênuo. O conhecimento ingênuo nada mais seria do que um conhecer intuitivo que pode ter algum grau de reflexão, mas de que certo modo só pertence àquele ser que o percebeu e que sobre ele refletiu. É uma forma de conhecimento muito pessoal. Já o conhecimento organizado nos propicia o surgimento da própria civilização. Esse é o conhecimento registrado, que pode ser transmitido para outras pessoas sem a presença daquele que o desenvolveu, e que se despessoaliza no sentido de criar uma cultura, que pode se realimentar para criar conhecimentos novos, e mais sofisticados.

    Dentro do conhecimento organizado podemos encontrar uma nova subdivisão: ciência e arte.

    ...

    Textos extraídos de www.ricardohage.com/artigos/estetica.pdf




    A Ciência aplica a lógica formal e metodologia, resulta de uma atitude consciente em direção ao entendimento e um esforço fundamental de comprovação, objetivando a intervenção no que se conveniou chamar de realidade. Já a Arte, atua sobre uma lógica subjetiva, isenta de compromissos com a verificação e nasce de uma atitude inconsciente do ser humano, que no geral quer deixar sua marca nessa mesma realidade.

    Com o advento da Modernidade, a sociedade ocidental pautou-se por uma crescente racionalização, assumindo a Ciência como o fundamento geral de nossa orientação no mundo. Nossa civilização passou por uma ditadura religiosa, onde os dogmas da Igreja constituiam a verdade inquestionável, para um atual estado de ditadura científica, na qual confundem aquilo que a Ciência não consegue explicar, como sendo algo impossível de existir.

    A Terapia Holística, que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, possui sua própria lógica singular, muito mais para a subjetividade da Arte, do que para a objetividade da Ciência. Os resultados obtidos pelos Terapeutas Holísticos não cabem nos moldes da pesquisa científica tida como “oficial”, resultando daí, ter sua validade e eficácia injustamente questionadas. Na Idade Média, milhares de nossos antecessores tiveram que negar suas práticas, ocultar seus conhecimentos, esconder suas poções, enfim, renunciar às suas essências (em vários sentidos...) para escapar das fogueiras da Inquisição. Ainda traumatizados com a perseguição histórica, nos tempos modernos, novamente renegam suas origens, tentando sobreviver à inquisição do que se convencionou chamar Ciência. Submetendo-se ao julgo de seus atuais algozes, a Terapia Holística perdeu parte de sua identidade, abrindo mão de seu linguajar, de seus fundamentos, gerando um sincretismo que não surtiu o efeito desejado. Incabíveis em tubos de ensaio, ao tentar “discursar em língua estrangeira” (“cientificês”...), a maior parte das técnicas terapêuticas milenares soaram ainda mais estranhas aos donos da verdade oficial e aí sim foram condenadas, de vez, às fogueiras purificadoras dos dogmas de laboratório. Algumas técnicas tiveram destino ainda mais cruel: tanto abriram mão de suas origens, tanto se adaptaram, que correm o risco de se transformar em “monstros transgênicos”, produtos artificiais adequados aos padrões de consumo “oficial”. A Terapia Tradicional Chinesa, por exemplo, se perder sua alma, transformará seus praticantes em meros espetadores de agulhas, máquinas automáticas de aplicações de tabelas... Já a Fitoterapia, se perder suas “raízes”, será mais um serviçal da indústria de patentes, do que ao bem-estar de seus adeptos.

    Yin e Yang... noite e dia... ciência e arte... faces alternantes de um mesmo fenômeno. Em algum momento no tempo, a Terapia Holística será Ciência, também. No presente, há que ser percebida, compreendida e aceita como ARTE, pois esta é a faceta que agora se mostra. E se valoriza ! Afinal, enquanto a Ciência é inconstante e temporal (o que é fato científico hoje, pode ser a falácia teórica, amanhã...), a Arte é eterna... Resgatemos a auto-estima de nossa profissão, nossa herança milenar e assumamos que

    A Terapia Holística é a ARTE da Qualidade de Vida !

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 24/08/2007 13:24


    FITOTERAPIA NA HOLOPUNTURA

     Trabalho de Conclusão de Curso

    Neuza Miranda e Silva Chammas

    Terapeuta Holística

    CRT 36999

    Curso de Fitoterapia

    Docente: Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico

    CRT 21001

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas

    CEA – Comunidade de Estudos Avançados

    Porangaba 2007-04-09

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    PORANGABA – 2007-04-09

    NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS

    CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA

    FITOTERAPIA

    NA

    HOLOPUNTURA

    (Pontos de Alarme e Pulsologia de Nogier)

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    CEA – COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM

    TERAPIA HOLÍSTICA

    DISCIPLINA – FITOTERAPIA

    ORIENTADOR: HENRIQUE VIEIRA FILHO

    CRT 21001 - TERAPEUTA HOLÍSTICO

    PORANGABA – 2007-04-09

    A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.” Nicolau Copérnico

    DEDICATÓRIA:

    Dedico este trabalho à minha mãezinha

    Carlota,

    minha primeira mestra em

    Terapia Holística.

    PORANGABA – 2007-04-09

    AGRADECIMENTOS

    À MINHA FAMÍLIA

    Georges

    Ana Carla

    Daniela

    Georges Jr

    Marcos Reskalla

    e

    Adilah

    Pela presença constante de cada um deles em minha caminhada.

    AO SINTE

    -Pela preocupação em oferecer o melhor aos Terapeutas Holísticos.

    A HENRIQUE VIEIRA FILHO

    -Pelo seu otimismo, arrojo e coragem de levar adiante um projeto tão nobre e, por despertar nos TH a consciência de um trabalho com ética, dignidade e responsabilidade.

    PORANGABA – 2007-04-09

    SUMÁRIO:

    01 – Resumo.......................................................................................................08

    02 – Introdução...................................................................................................13

    03 – Material e Metodologia................................................................................16

    04 – Resultados...................................................................................................22

    05 – Discussão....................................................................................................28

    06 – Conclusões..................................................................................................30

    07 - Referências Bibliográficas............................................................................32

    08 – Anexos e Apêndices....................................................................................33

    8.1. NTSV – FT 001............................................................................................33

    8.2. A Fitoterapia na História do Brasil................................................................38

    8.3 Listagem atualizada dos Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos................................................................................................................40

    RESUMO

    Este trabalho apresenta um estudo sobre Fitoterapia no atendimento aos meus clientes cotidianos, em meu próprio Espaço de Terapia Holística, sito à Rua Professor Antonio Freire de Souza, nº 231, em Porangaba, SP.

    Iniciei os ensaios de aplicação da Fitoterapia aliada às Técnicas da Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal Manipulativa, logo após o início do curso em junho de 2006 e as intensifiquei logo depois da aula prática, ocorrida no dia 10 de setembro de 2006, durante a realização do Congresso Holístico promovido pelo SINTE.

    O desenvolvimento dos estudos fundamentou-se nas aulas ministradas pelo docente, Terapeuta Holístico Henrique Vieira Filho, no Curso de Fitoterapia, oferecido pela Comunidade de Estudos Avançados, aos TH associados ao SINTE, bem como no embasamento teórico e prático, adquirido no ano anterior, no Curso de Holopuntura e, em leituras complementares, especialmente em obras contidas na bibliografia apresentada e sugerida pelo docente.

    As técnicas começaram a fazer parte de minha vida como Terapeuta Holística e todos os meus clientes se beneficiaram com ela.

    Três clientes especiais foram escolhidos para terem os atendimentos relatados semanalmente, do final do mês de outubro de 2006 ao final de fevereiro de 2007, com o objetivo de recolher subsídios a trabalhos posteriores.

    Estes atendimentos serviram de base para avaliação do meu trabalho, através da supervisão do docente HVF.

    Estando eu dedicando-me à Terapia Corporal Manipulativa há mais de cinco anos, vi nos novos conhecimentos e nas técnicas da Holopuntura uma excelente oportunidade de obter melhores resultados em meu trabalho. Percebi que, especialmente na Avaliação dos Pontos de Alarme, havia uma proximidade muito grande com o que eu já praticava.

    Com o auxílio da Fitoterapia meu trabalho foi ganhando um diferencial muito importante, uma vez que o cliente poderia dar continuidade ao tratamento durante a semana, depois que eu concluísse meu atendimento naquele dia.

    Fui associando a Fitoterapia e a Holopuntura, através da Avaliação dos Pontos de Alarme, à Terapia Corporal Manipulativa, seja ela relaxante ou estimulante.

    Observei que em qualquer outra modalidade de Terapia Corporal, torna-se perfeitamente viável a utilização da Fitoterapia aliada à Holopuntura em benefício do cliente, quando se busca o equilíbrio e melhor qualidade de vida e, principalmente, quando nossa meta é a harmonização corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma.

    Também vi na Pulsologia de Nogier um importante instrumento de avaliação do momento vivenciado por cada um de meus clientes, através da análise da reação de seus pulsos diante de estímulos diferentes.

    Pude perceber como é diferente a reação do Pulso das pessoas aos estímulos feitos com os Fitoterápicos, antes e depois das manobras de uma TC relaxante ou de outra estimulante.

    De modo prático e objetivo, estudamos e aplicamos a Fitoterapia sob um enfoque Junguiano, em especial, a Teoria da Sincronicidade.

    As incríveis “coincidências" entre as lendas, os nomes populares e científicos de cada planta e a sua utilidade como fitoterápico tornou o aprendizado lúdico e prático.

    Focando em uma pequena variedade de plantas, todas de venda livre e facilmente encontradas na natureza e nas casas do ramo, esta abordagem utiliza a Teoria dos Cinco Movimentos Chineses, bem como da Pulsologia de Nogier (orelhas, pés e mãos) e a dos Pontos de Alarme dos Meridianos para a correta seleção de fitoterápicos para cada momento de nossos clientes.

    É isso que relatarei em meu Trabalho de Conclusão de Curso.

    Ele foi elaborado com muito amor, mas com simplicidade, pois a arte da qualidade de vida é algo que nasceu da simplicidade de povos que viviam em contato com as plantas, com o simples, mas puro e belo.

    Nada nele é utópico ou impossível de ser praticado por qualquer pessoa que tenha os conhecimentos necessários a respeito de técnicas de Terapia Corporal e que venha a conhecer a Holopuntura e a Fitoterapia.

    O conhecimento de cada uma das plantas e sua utilidade de acordo com o ponto de vista dos CMC é de suma importância ao TH. Esse embasamento teórico foi oferecido aos discentes durante o curso de Fitoterapia.

    Estas são as cinco plantas que constituem a Fitoteca Essencial:

    Cavalinha – Harmoniza

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Alecrim – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Metal;

    Lavanda – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Fogo;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Terra e Metal;

    Calêndula – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Terra;

    Tomilho – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Metal;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água e Terra.

    Em nossa Fitoteca Ampliada encontramos outras opções de plantas:

    Angélica – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Artemísia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Bardana – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Terra e Metal;

    Camomila – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Terra;

    Coentro – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Dente-de-Leão: Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água e Madeira;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Hortelã – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Limão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    Malva – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal;

    Manjericão – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Madeira, Terra e Metal;

    Manjerona – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Melissa – Harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira, Fogo e Terra;

    Milefólio – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Água;

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Madeira e Fogo;

    Orégano – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN do Movimento Metal;

    Passiflora – harmoniza:

    - desequilíbrios YANG dos Movimentos Água, Madeira e Fogo;

    Sálvia – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal;

    Tanchagem – Harmoniza:

    - desequilíbrios YIN e YANG do Movimento Madeira;

    - desequilíbrios YIN dos Movimentos Terra e Metal.

    INTRODUÇÃO

    As tradições possuem milhares de anos de bons serviços prestados à humanidade e devem ser levadas a sério.

    As lendas e histórias sobre cada planta encerram uma sabedoria muito mais profunda que suas análises químicas atuais, e tem muitas informações sobre suas utilidades terapêuticas.

    Os antigos povos observavam as características de personalidade de cada planta e já sabiam, por analogia, a que tipo de pessoa ela auxiliaria por ressonância, independentemente de quais fossem seus sintomas físicos.

    Isso vem sendo resgatado nos dias atuais nas Terapias Florais.

    Já os antigos chineses, além destas analogias, faziam a análise do sabor de cada planta, classificando-a, então, dentro dos Cinco Movimentos Chineses e especificando para que cada uma delas servia.

    Nesta nova maneira de utilizar as plantas como recursos terapêuticos naturais, ao invés de nos atermos a tabelas de correlação entre sintomas e plantas, esta abordagem propõe quintessenciar a adequação a cada caso, passando as plantas a serem selecionadas com o auxílio da Pulsologia de Nogier e/ou a reação ao toque nos Pontos de Alarme, mediante aproximação de amostras dos fitoterápicos.

    Este método tem se mostrado imbatível na prática de consultório. Como ninguém é exatamente igual a outro, não é adequada a escolha das ervas baseando-se apenas nas estatísticas sobre a utilidade de cada uma delas.

    Segundo diversas culturas milenares, as ervas são símbolos de tudo o que é harmonizaste e vivificante, restauram a saúde, a virilidade, a fecundidade, o parto e a riqueza.

    Foram os deuses quem descobriram suas propriedades terapêuticas, o que ilustra a crença universal que o equilíbrio só pode vir de uma dádiva divina, como tudo o que é ligado à vida.

    Para os cristãos, as ervas deviam a sua eficácia por terem sido encontradas pela primeira vez no monte do Calvário.

    A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam, também, as forças ígneas da terra. Enquanto manifestação de vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadoras de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica.

    Por acumularem estas forças, os antigos sempre viram nos vegetais propriedades saudáveis ou venenosas, daí o seu emprego também na magia. Quase todas as divindades femininas grego-romanas protegem a vegetação: Deméter (deusa das alternâncias entre a vida e a morte, bem como das terras cultivadas), Afrodite (Vênus, deusa da fecundidade), Ártemis (Diana, selvagem deusa da natureza), além de algumas entidades masculinas como Ares (Marte, que simboliza a força bruta, é, também, protetor das colheitas, um dos deveres do guerreiro) e Dioniso (Baco, símbolo das forças de dissolução da personalidade, deus da fecundidade, da vegetação, das vinhas).

    No sincretismo afro-brasileiro, Ossâim é o responsável pelas ervas terapêuticas e sagradas, sendo seus iniciados conhecedores de suas serventias, bem como das palavras ritualísticas necessárias para libertar o axé (poder potencial) de cada planta.

    Aqueles que trabalhavam com as ervas em quase todas as culturas viam as plantas como símbolos vivos de entidades invisíveis, tais como deuses, elementais e espíritos, os quais deveriam ser evocados ou aplacados com o uso de palavras mágicas ou sacrifícios.

    O respeito à natureza os levava a não cultivar suas ervas, mas sim ir ao encontro das que nasceram espontaneamente na mata.

    Ainda hoje, os adeptos de Ossâim (orixá do sincretismo afro-brasileiro) costumam deixar uma vela verde, em troca do que retirarem, ou uma das folhas colhidas, para manter inalterado o equilíbrio do local.

    O uso terapêutico das plantas é anterior à humanidade, pois os animais, instintivamente, sabem quais e quanto das ervas devem comer para melhorarem de seus distúrbios.

    O ser humano, cada vez mais isolado da Natureza, foi perdendo esta capacidade de percepção. Mas, em algumas culturas, como as orientais e a indígena, mantiveram-se as tradições da utilidade atribuída a cada planta, muitas vezes transmitidas oralmente por milênios, havendo, ainda, tratados escritos em civilizações mais sofisticadas, como era o caso da chinesa e da egípcia.

    Os antigos Terapeutas Holísticos não cultivavam suas plantas terapêuticas, pois sabiam que se o vegetal espontaneamente escolhesse seu local de nascimento é porque aquele solo é o ideal, capaz de proporcionar-lhe um máximo de vitalidade e, por conseqüência, de efeito terapêutico.

    Na China Milenar, um dos critérios de avaliação da serventia de uma planta era a observação de seus sabores, cores, formatos, época de floração e de suas características de "personalidade".

    Analisemos uma planta por critérios subjetivos: o Dente-de-Leão vem conseguindo se desenvolver espontaneamente nas grandes cidades como São Paulo, apesar da poluição e das condições nada naturais deste ambiente. Nem por isso a planta deixou de participar da harmonia da Natureza, sendo, pois, indicada para toda pessoa que esteja "estressada", com dificuldades de sobrevivência, esgotada e intoxicada, a qual poderá, literalmente, "beber" da sabedoria deste vegetal e sobreviver nesta "selva de pedra".

    METODOLOGIA E MATERIAL

    A Fitoterapia sempre esteve presente em minha vida!

    Filha de pais provenientes da roça e com poucos recursos financeiros para a busca de médicos e de remédios “de farmácia”, nossa cura em situações mais corriqueiras sempre foi providenciada pelo que dispúnhamos no quintal ou nos matos dos arredores de casa. É claro que muitas vezes precisamos dos médicos e dos remédios. Mamãe nunca foi negligente.

    Muitas e muitas vezes os chazinhos constituíam nossos refrescos em dias de calor e nossos aquecedores nos dias e noites gélidos de inverno.

    Tomávamos chá de marcelinha para dor de barriga... Erva de Santa Maria para vermes... Capim cidreira para os nervos... Hortelã para tosse... Erva doce para barriga estufada... Mentruz... Mentrasto... Flor de mamoeiro... Flor de laranjeira... Folha de abacateiro para inchaço nas pernas... Poejo para criança enlombrigada... Alface para insônia... Sabugueiro para botar o sarampo para fora... Arruda para recaída de dieta das mulheres que pariram...

    A lista era enorme! Para tudo mamãe tinha um chazinho abençoado.

    Garrafadas... Mamãe fazia para mulheres com recaída de dietas... Para crianças que tiveram sarampo... Até para os que sofriam de “ataques’”.

    Ela benzia crianças com “quebranto” e adultos com “cobreiro”...

    Dona Carlota era muito querida e muito procurada!

    A qualquer hora em que batessem à sua porta ela estava pronta para ajudar o pobre sofredor!

    Tinha ela dois livros enormes, cheios de figuras coloridas de plantas, verduras, legumes e frutas que me encantavam!

    COME PARA CURAR-TE” e “BEBE PARA CURAR-TE” eram os títulos!

    Passei minha infância e juventude folheando e lendo aquelas maravilhas! Não sei dizer quem eram os autores e nem do paradeiro deles, mas gostaria muito de reavê-los.

    Não foi por acaso que depois de vinte e oito anos de dedicação ao magistério me vi fortemente atraída por algo que já estava em minha vida desde a infância.

    Ao me envolver com a Holopuntura percebi que era uma técnica que estava à disposição de outras modalidades holísticas e a serviço do bem estar de pessoas, tendo como premissa central a possibilidade de aplicação de estímulos em micro regiões (pontos) e com isso obter reações globais, despertando os próprios recursos naturais de auto-harmonização. Desta forma vi a possibilidade de usar a Fitoterapia em conjunto com a Holopuntura.

    Desde o início do Curso de Holopuntura, em junho de 2005, o que mais me empolgou, na técnica, foi a utilização dos Pontos de Alarme, pois eu já tinha familiaridade com eles.

    Ao iniciar o Curso de Fitoterapia constatei que na verdade eu estaria, com ele, ampliando minhas possibilidades de trabalho com os clientes, de uma forma mais eficiente, pois o “novo” dava a possibilidade do cliente continuar equilibrando-se “em casa”, usando os fitoterápicos como um complemento ao tratamento por mim desenvolvido em um pouco mais de uma hora de atendimento.

    No mês de outubro iniciei o atendimento supervisionado a três clientes muito especiais, utilizando os conhecimentos que estava recebendo através do curso. Eles já eram meus clientes em Terapia Corporal, Cromoterapia, Reflexoterapia Podal e Reiki.

    Vi a possibilidade de associar a Fitoterapia como aliada da Holopuntura às minhas técnicas e passei a utilizá-las, dessa forma, com todos os meus clientes, mas escolhendo três para serem meus instrumentos de avaliação através da supervisão de relatórios que deveriam ser encaminhados semanalmente ao docente Henrique Vieira Filho.

    Esses três clientes vivem momentos e situações emocionais totalmente diferentes, cada qual com seu desafio, trazem um baú de bagagem, composta de conflitos, medos, inseguranças e muitos outros sentimentos, bons e ruins.

    Posso descrever desta forma meus clientes especiais:

    Cliente nº. 1 – Mulher, 48 anos, professora readaptada por incompatibilidade profissional, com uma história de vida marcada por muitas discriminações dentro da própria família; uma juventude marcada pela rebeldia e por uma grande frustração amorosa; um passado recente com envolvimentos em drogas e várias crises depressivas; internação em clínica de recuperação de dependentes químicos; grande preocupação com a obesidade, tem mania compulsiva por limpeza e sente-se mal casada, mas não tem coragem de assumir uma separação; recentemente sofreu muito a perda do pai e no momento vive preocupada com o futuro do filho que tem 18 anos. Apresenta vários problemas de saúde física.

    Cliente nº. 2 – Mulher, 57 anos, nível sócio econômico elevado, pessoa com trato social super-refinado; culturalmente uma pessoa muito sofisticada, vive um casamento muito bem estruturado. Emocionalmente trata-se de uma pessoa com uma carga muito pesada de rancores e mágoas trazidas desde a infância; não se relaciona bem com familiares e tem diferenças marcantes com a única filha. Crítica e dominadora, inflexível consigo mesma e com os outros vive crises de afastamento das pessoas e de tristeza porque as pessoas também se afastam dela.

    As duas clientes recebem atendimento médico e trazem um diagnóstico de órgãos afetados, disfunções glandulares e fisiológicas, fazendo uso de medicamentos de uso contínuo.

    Cliente nº. 3 – Mulher, 45 anos, com uma história de vida de muito trabalho ao lado do marido; há dois anos vem sofrendo terrivelmente por conta de um adultério cometido pelo marido e isso gerou muitos problemas emocionais, dores de cabeça e outros sintomas físicos, Não procura acompanhamento médico. Viveu uma fase de busca de uma melhor auto-estima através de cirurgias plásticas, freqüência em academia e por último veio em minha procura. Não utiliza medicamentos rotineiramente.

    Os três foram esclarecidos sobre as várias técnicas de Terapia Holística que utilizo e a respeito dos benefícios que elas podem proporcionar.

    Às duas que estão sendo acompanhadas pelo médico pedi que continuassem a seguir rigorosamente todas as suas orientações e que nada fosse alterado em suas rotinas, sem o parecer do profissional que as acompanha.

    Uma das clientes já vem recebendo a Terapia Corporal há muito tempo com conta de um sério problema na coluna vertebral; uma delas iniciou o tratamento buscando a Drenagem Linfática logo após uma de suas cirurgias e continuou a vir quando percebeu que suas dores de cabeça e a TPM não a incomodavam mais. A outra veio após a leitura de um artigo que escrevi no jornal periódico da cidade e de uma conversa a respeito dos benefícios que ela poderia desfrutar na TH.

    Todas elas procuraram a TH por vontade própria, depois que tomaram conhecimento a melhoria da qualidade de vida e o afastamento dos desconfortos vividos no cotidiano que a TC poderia oferecer.

    Duas delas vieram pensando na Terapia Corporal e até utilizando termo inadequado para nomear o que desejavam, pois viviam com constantes desconfortos musculares e articulares, tensões, inchaços nas pernas, celulite, etc.

    Na verdade também sofriam com dores de cabeça, problemas de pele, queimação no estômago, etc. e buscavam soluções e alívio para algo que os incomodava muito, mas que não sabiam tratar-se de desequilíbrios provocados por emoções negativas que foram acomodando-se em seus músculos, articulações e outras partes do corpo como carapaças protetoras, como escudos, com os quais poderiam se defender, caso as situações voltassem a atacá-los.

    Iniciei o trabalho com as três usando a TC Relaxante e obtive melhoras significativas, mas quando comecei a utilizar as Técnicas da Holopuntura, auxiliada pela Fitoterapia, associadas ao que já vinha desenvolvendo com eles, as mudanças tornaram-se brilhantes aos olhos...

    Passei a fazer, antes de tudo, a Avaliação dos Pontos de Alarme ou então aplicando a Pulsologia de Nogier para ter um ponto de partida na avaliação do momento de cada uma de minhas clientes.

    Tendo a resposta do corpo, dizendo-me o que estava desequilibrado energeticamente, segundo os Cinco Movimentos Chineses, poderia partir para o teste de adequação dos Fitoterápicos, que eram escolhidos mediante as informações recebidas nas aulas do curso.

    A escolha dos Fitoterápicos para o teste de adequação normalmente era feita tendo como base:

    1º.- a nossa Fitoteca Essencial, composta de cinco Fitoterápicos Básicos, cada um deles específico para desequilíbrios YIN e YANG de cada um dos Cinco Movimentos Chineses, a saber: Madeira – Alecrim, Fogo – Lavanda, Terra – Calêndula, Metal – Tomilho, Água – Cavalinha.

    2º.- a nossa Fitoteca Ampliada onde encontramos mais opções de escolhas de ervas que servirão, algumas para desequilíbrios YIN e outras para desequilíbrios YANG.

    O teste de adequação consiste em escolher as plantas que o TH julga adequadas e através de técnicas específicas verificar quais delas são realmente adequadas para aquele exato momento do cliente.

    Este poderá ser feito nos Pontos de Alarme, se a busca do desequilíbrio se baseou na avaliação deles. Neste caso as plantas selecionadas são colocadas, uma a uma, em contato com a mão do cliente e o ponto sensível ao toque novamente é pressionado. A baixa da sensibilidade nos revelará qual a mais adequada para o momento que estamos tratando.

    Se estivermos utilizando a Pulsologia de Nogier, após avaliarmos as regiões reflexológicas (nas orelhas, mãos ou pés) e detectarmos o local que apresentou-se em desequilíbrio, procederemos da mesma forma: podemos colocar, com ajuda de uma pinça, um pontinho de cada planta, uma de cada vez, no local e avaliar o Sinal de Nogier, como reação ao efeito delas.

    Meu trabalho com minhas três clientes consistiu nessas técnicas, sempre complementadas com Terapia Corporal ou com banhos terapêuticos preparados sempre com o Fitoterápico adequado para aquele momento que a cliente vivenciava.

    Nas três clientes os fitoterápicos e minhas próprias mãos foram sempre meus principais instrumentos de estimulação e energização dos locais correspondentes aos meridianos em desequilíbrio.

    Utilizei óleos essenciais, a planta fresca colhida em minha própria horta, cremes e óleos vegetais orgânicos de boa procedência.

    Fazendo uso do BRT recomendei o chá adequado para cada momento delas e orientei-as sobre como preparar e tomar cada um deles.

    Todos os atendimentos a esses clientes foram relatados de forma minuciosa, inclusive com os diálogos estabelecidos no momento da terapia, foram postados no site do SINTE e colocados à disposição, para avaliação e posterior orientação. do nosso orientador/supervisor/docente/TH, Henrique Vieira Filho

    O Aconselhamento, como forma de interação cliente/terapeuta, levando o cliente ao auto conhecimento e a mudança em várias áreas (comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida, além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões) fez parte do processo terapêutico,

    Vi nesta técnica a possibilidade de estabelecimento de um vínculo muito mais forte na relação terapeuta/cliente e vice-versa, além da possibilidade do “extrapolar” das emoções, que normalmente ocorre no decorrer do atendimento.

    Com o aconselhamento obtive momentos muito emocionantes durante os processos terapêuticos, explosão de sentimentos muito fortes guardados pelas clientes.

    Durante todo o tempo em que venho trabalhando como Terapeuta Holística fui integrando ao processo de Terapia Corporal Manipulativa a Reflexoterapia Podal, que considero uma técnica que permite o acesso aos planos físico e espiritual do ser; um meio de prevenção dos desequilíbrios e do reconhecimento precoce dos mesmos. Hoje, após o Curso de Fitoterapia, posso, seguramente, aplicar as ervas, também nos pés dos meus clientes com a certeza de que o efeito será sempre benéfico.

    Ela não apresenta efeitos colaterais e serve-se como excelente técnica quando o cliente chega até nós manifestando timidez ou sentindo-se desconfortável, pelo simples fato de ser tocada.

    Quando você segura os pés de alguém, está segurando a alma dessa pessoa”.

    Com o mapeamento dos pés segundo os Cinco Movimentos Chineses todo o processo de terapia através das zonas reflexológicas podais ganhou um novo sentido, uma nova visão, na hora de exercer as pressões e descobrir desequilíbrios que atingem desastrosamente a harmonia do ser como um todo.

    Com a Pulsologia de Nogier, técnica prática e de fácil aprendizado, aplicada à Fitoterapia, podemos definir os estímulos/vegetais mais adequados para o momento especial do cliente, tomando o pulso e verificando como ele reage a este ou aquele, e decidir sobre qual usar, a fim de obter melhores resultados em matéria de harmonização.

    Basta testar cada opção que deseja aplicar, por sobre cada ponto localizado no percurso dos meridianos selecionados com em desequilíbrio e verificar qual deles faz com que o Sinal de Nogier seja mais nítido, limpo, forte, seja pelos trancos ou pelas sumidas.

    .

    Enfim, a Fitoterapia associada à Holopuntura permite, de várias maneiras, cuidar de gente, isto é, seres onde o TODO deve estar em uníssono com o UNIVERSO, pois que ele mesmo é um Universo em Miniatura.

    RESULTADOS

    Em todas elas pude notar aspectos emocionais muito fortes provocando os desequilíbrios, bloqueando a energia e gerando problemas sérios a serem resolvidos.

    A cliente nº.1 apresenta sinais de enraizamento profundo de suas emoções negativas; sempre conviveu com a baixa auto-estima; sempre se sentiu o patinho feio da casa; sempre foi tratada como a ovelha negra da família. Foi discriminada por colegas e professores, que a chamavam de “louca”. Perdeu o maior amor de sua vida por causa da sogra que não permitiu que o filho continuasse o namoro...

    Necessita de acompanhamento terapêutico constante, pois volta a se desequilibrar com muita facilidade. Apresenta muitos altos e baixos emocionais e isso denota que está muito insegura emocionalmente. Apresenta a fala enrolada e apressada, gagueja muito, apresenta salivação excessiva e sua saliva costuma acumular em forma de espuma nos cantos da boca. Tem um problema nasal que faz que tenha constantemente secreções secas grudadas nas bordas das narinas. Isso a constrange muito e ela vive com o nariz avermelhado, e até ferido, de tanto fazer a higiene do mesmo. Tem complexo do cabelo, da gordura, do marido, de tudo. Sente-se muito infeliz. Vez ou outra ainda extrapola na bebida e depois fica com remorsos. Sente-se vitoriosa apenas no que diz respeito ao filho, que realmente é uma preciosidade nos dias de hoje.

    Não vi nesta cliente resultados totalmente satisfatórios, mas só o fato de ela ter comparecido direitinho às seções de terapia foi ponto muito positivo visto que nunca tinha conseguido ir às seções da psicóloga por três vezes consecutivas.

    Outro ponto positivo foi o de que normalmente ela chegava num estado de humor considerado como ruim, mas ao sair ia toda feliz para casa como se nada tivesse ocorrido antes de vir para cá.

    Ela continuará a terapia.

    A Cliente nº 2 é o típico caso de pessoa que se acha super equilibrada; é a dona da verdade, orgulhosa, prepotente e crítica; apresenta até uma tendência a humilhar as pessoas, principalmente em se tratando de subalternos. Tem seu lado bom e amoroso, mas parece querer sufocá-lo com gestos e atitudes que denotam frieza de sentimentos... Rejeita os presentes que lhe dão se eles não são do seu agrado ou se julga não estarem á sua altura... Despreza as pessoas de uma forma muito vil se estas a contrariam em suas vontades, inclusive a própria filha. Não admite ser contrariada e não cede em suas exigências. Sente-se uma pessoa superior tanto financeiramente como culturalmente. Em cinco anos em que viveu na cidade estabeleceu vínculo de amizade com apenas três pessoas e mesmo assim ainda fazia duras críticas ao comportamento delas. Ninguém a conhecia! Seu relacionamento com as pessoas se limitava ao encontro semanal para as aulas de yoga, conversas ali e nada mais. Saiu do espaço... Não a conheço!

    Consegui ver algumas mudanças em seu comportamento porque a questionei seriamente a respeito de algumas coisas, principalmente no que diz respeito aos ressentimentos em relação à mãe e na disputa que trava constantemente com a filha.

    A cliente mudou para muito longe daqui e não pudemos dar continuidade ao tratamento.

    A cliente nº. 3 chegou até mim numa fase muito difícil de sua vida.

    Estava sentindo-se ferida moralmente com a traição cometida pelo marido, humilhada por ter sido trocada por uma pessoa de baixo nível e de uma feiúra notável! Sentia-se afrontada!!! Não aceitava a atitude de desrespeito do marido para com ela... Ela foi a companheira por trinta anos... A batalhadora... Esteve sempre ao lado dele e de repente é troca por uma porcaria! Começou a sentir fortes dores de cabeça e no corpo todo... Nunca tinha sido mal humorada e agora vivia assim um dia sim e o outro também... Tinha insônias, enjôos, dores de estômago, diarréias, etc... Começou a sentir fome exagerada... Engordou muito! Entrou em pânico! Procurou um cirurgião plástico e fez várias cirurgias, uma depois da outra...Veio me procurar para fazer drenagem linfática após a cirurgia da barriga... Não parou mais.

    Passou por muitas mudanças positivas; começou a ver a vida e as pessoas de uma outra forma. Começou a se auto valorizar não apenas fisicamente, mas como um ser humano com dignidade e valores interiores muito nobres. Ela continua em processo terapêutico.

    Avaliando os resultados dos desequilíbrios, de forma quantitativa, neste período de atendimento para a supervisão cheguei ao seguinte quadro:

    Cliente nº. 1 –

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    2 vezes

    Madeira

    4 vezes

    C

    nenhuma

    ID

    nenhuma

    TA

    1 vez

    CS

    1 vez

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    2 vezes

    Terra

    4 vezes

    P

    4 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    5 vezes

    R

    nenhuma

    B

    3 vezes

    Água

    3 vezes

    Como se pode ver, foi no movimento Metal que ocorreu a maior incidência de desequilíbrios energéticos nesta cliente, mas é preciso considerar que em Madeira e Terra quase houve empate com Metal.

    Avaliando as emoções relacionadas com esses três movimentos em desequilíbrio, podemos constatar que RS apresenta desequilíbrios generalizados, mas nenhum deles chega a ser exagerado.

    O Movimento Fogo manteve-se equilibrado, na maioria das vezes, e isso freou tanto a apatia quanto a euforia das emoções relacionadas com os outros movimentos.

    Uma grande incidência de desequilíbrios ocorreu no Movimento Madeira, onde as emoções negativas são: raiva, irritação, impaciência, além de outras relacionadas.

    Outra incidência significativa ocorreu no Movimento Terra, onde as emoções negativas são: crítica, preocupação e suspeita.

    O que caracteriza o comportamento da cliente realmente são as emoções relacionadas com o movimento Metal: melancolia, tristeza, depressão, sensação de que a vida não vale a pena, sentimento de amor impossível, nostalgia e desânimo: é por aí que os pulmões são feridos. A respiração se torna ineficiente, a troca com o meio exterior é ruim, não desintoxicamos nosso organismo e nem renovamos a carga de oxigênio.

    Em todos os desequilíbrios detectados durante este período de supervisão a cliente foi orientada sobre a utilização dos chás fitoterápicos como forma de harmonizar seus estados emocionais e manutenção de sua qualidade de vida.

    Os resultados foram sempre positivos e ela sempre relatou sobre a melhora que sentia após a ingestão dos mesmos.

    Cliente nº. 2

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    2 vezes

    VB

    nenhuma

    Madeira

    2 vezes

    C

    2 vezes

    ID

    nenhuma

    TA

    Nenhuma

    CS

    Nenhuma

    Fogo

    2 vezes

    E

    2 vezes

    BP

    1 vez

    Terra

    3 vezes

    P

    6 vezes

    IG

    1 vez

    Metal

    7 vezes

    R

    3 vezes

    B

    1 vez

    Água

    4 vezes

    Foi gritante a incidência de desequilíbrios no Movimento Metal.

    Apesar de todas as manifestações da cliente de sua prepotência, de sua auto-suficiência, de sua ação dominadora, de sua capacidade de liderança, o quadro mostra que YRCA é uma pessoa com muitos medos e receios, dado o número de desequilíbrios no movimento Água; ao mesmo tempo carrega em seu coração uma carga muito grande de tristeza que pode ser gerada pelo desgaste que ela se auto-aplica por conta de suas mágoas (águas ruins), seus rancores e ressentimentos. Quer amar as pessoas, mas as mágoas são muito grandes... Quer perdoá-las, mas o orgulho não permite que aja assim. Quer se reconciliar com as pessoas que fazem parte de sua história de vida, mas sente medo e desconfia que essas pessoas querem se aproximar dela por mero interesse. Sendo muito apegada aos bens materiais acha que as pessoas aproximam-se dela com o objetivo de tirar vantagens.

    Esses sentimentos estão instalando-se e ela começa a somatizar essas emoções negativas em seu corpo físico.

    Mas é Metal que se encontra mais desequilibrado...

    A cliente mostra-se altiva, mas em suas palavras percebe-se a melancolia, a tristeza, e uma tendência a isolar-se das outras pessoas, fechando-se no seu mundinho pessoal. Está sempre envolto em leituras, artesanato, filmes, arrumação de gavetas, reforma de roupas... Não gosta de se relacionar com outras pessoas.

    As emoções relacionadas com o Movimento Metal são fortes em sua vida, mas ela procura disfarçá-las ou escondê-las através de comportamentos excêntricos.

    De uma maneira geral ela preocupa-se muito com a saúde física e mental.

    Procura os médicos e faz muitos exames com muita freqüência; freqüenta academia, fazendo musculação, curte a natureza, as plantas, as flores, os pássaros e os animais em geral.

    Para YRCA, tomar chá é muito chique e ela fez do ato um momento sofisticado em sua vida.

    Cliente nº. 3

    Meridiano

    Nº.

    Meridiano

    Nº.

    Movimento

    Nº.

    F

    1 vez

    VB

    2 vezes

    Madeira

    3 vezes

    C

    3 vezes

    ID

    3 vezes

    Fogo

    -

    TA

    1 vez

    CS

    2 vezes

    Fogo

    9 vezes

    E

    1 vez

    BP

    1 vez

    Terra

    2 vezes

    P

    3 vezes

    IG

    Nenhuma

    Metal

    3 vezes

    R

    nenhuma

    B

    1 vez

    Água

    1 vez

    O movimento Fogo dominou toda a ação e as emoções de SRGM e sofreu a ação de suas emoções.

    O que afeta os processos de Fogo é o excesso de prazeres e alegria, ou, ao contrário, a privação deles.

    A cliente vivenciou situações extremas de excitação e de melancolia. Teve dias em que chegou eufórica de alegria, outros em que veio sentindo raiva, outros chegou com dor de cabeça e muito irritada.

    Apresenta tendência ao cansaço físico e esteve sempre às voltas com dores musculares e articulares.

    Seu estado de humor normalmente apresentou-se bom, apesar das tristezas que apresentou em algumas ocasiões. Também manifestou revolta e esteve com a auto-estima em baixa. É uma pessoa capaz de sair de um “baixo astral” com a mesma rapidez com que entrou, ou então, estar bem e, de repente, sentir-se muito triste. Tem um coração capaz de perdoar e isso favorece seu bom relacionamento com as pessoas em geral e especialmente com a família.

    Relatou que a experiência com os chás foi muito boa e que notou mudanças em vários aspectos de sua vida após a introdução deles.

    Lado a lado com o tratamento Fitoterápico, via chás, elas sempre receberam a Terapia Corporal, na maioria das vezes Relaxante e, nessas oportunidades eu já trabalhava percursos de meridianos em desequilíbrio, buscando pontos doloridos e aplicando estímulos com a planta selecionada como adequada para aquele momento específico de cada uma delas.

    Todas elas desenvolveram o hábito de tomar seus chazinhos.

    Comparativamente às correntes teóricas que se baseiam em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a fitoterápicos, a escolha pela Pulsologia e Pontos de Alarme mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da autoconsciência.

    Do ponto de vista legal, esta abordagem da Fitoterapia igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com as plantas em formato absolutamente diferente da abordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    DISCUSSÃO

    Os trabalhos realizados com a Fitoterapia, aliada à Holopuntura e a Terapia Corporal permitiram que meus clientes entrassem em contato com os medos, traumas e os outros sentimentos que desconheciam serem tão fortes em si mesmos.

    O estímulo fitoterápico em pontos e regiões correspondentes aos bloqueios trouxe uma resposta emocional que lhes permitiu o auto-conhecimento necessário à estruturação de seus desejos.

    Duas delas vieram com baixa auto-estima, com uma grande carência afetiva e com sentimentos negativos corroendo o corpo, a mente e a alma, enquanto uma delas, muito senhora de si, não tinha consciência da bagagem negativa que carregava em seu íntimo.

    A manipulação corporal lhes proporcionou bem estar, sensação de segurança e alívio geral, como se algo tivesse sido arrancado de suas entranhas, libertando-os de correntes que sufocavam.

    A avaliação dos desequilíbrios através da análise dos Pontos de Alarme possibilitou ao TH tomar conhecimento das emoções que bloqueavam as energias e traçar um caminho em direção ao equilíbrio.

    Através da Pulsologia de Nogier também foi possível ter uma visão do que se passava no interior de cada uma delas, associando as emoções regidas por cada um dos Cinco Movimentos Chineses aos desequilíbrios apresentados, como se as olhasse através de um aparelho capaz de mostrá-las em suas intimidades.

    Percebi em meus clientes, e cheguei à conclusão de que nós adultos temos bloqueios nos canais da alegria, geramos insatisfações e amarguras, cultivamos a descrença e os medos, como conseqüência de um processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de “expressão e de manifestação” foi podada pelos adultos que nos orientaram, pelos padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por muitas cobranças e pelo constante apontar de defeitos e falhas.

    Se havia imperfeição simplesmente ela existia porque estávamos em fase de aprendizado e formação, mas não porque estávamos predestinados a ser pequenos e ínfimos.

    É assim que muitos adultos se sentem, gerando bloqueios nos meridianos e desequilíbrios nos movimentos diversos do ciclo natural da vida.

    Uma das causas que podem tê-los conduzido a esse estado de desarmonia, provavelmente seja o fato que não terem tido a oportunidade de traçarem por si mesmos seus destinos, e caminharem sozinhos, experimentando as alegrias e as tristezas da própria escolha.

    Com este Método de Trabalho Terapêutico com os Fitoterápicos o próprio corpo determinará que plantas são as mais adequadas para um momento especial de cada cliente; não precisamos decorar listas de plantas “boas para isto ou para aquilo” como fazia minha mãezinha...

    Caberá ao TH única e exclusivamente buscar onde está o problema e perguntar ao corpo o que ele necessita naquele momento para solucioná-lo.

    Os fitoterápicos, milenarmente utilizados, sempre foram explicados de forma totalmente diferente da visão químico-científica e a própria classificação por "doenças" é coisa recente (e pertencente aos médicos...), pois as TRADIÇÕES sempre ensinaram a terapia com vegetais, associando-os pela SINCRONICIDADE a cada situação de desarmonia.

    CONCLUSÃO

    No decorrer do curso e, principalmente neste período de prática supervisionada pude perceber o quanto a Fitoterapia aliada à Holopuntura permite ao Terapeuta Holístico ajudar aos seus clientes a se verem como realmente são e nomear seus sentimentos; a dar um mergulho dentro de si mesmo e retornar renovados e conscientes das sombras do seu interior.

    Com a Fitoterapia aliada à Holopuntura o terapeuta Holístico tem oportunidade de caminhar na direção certa, seguindo a sinalização dada pelo próprio corpo do cliente e, desatar os “nós” que atrapalham o livre fluxo das energias.

    A cada novo atendimento vamos percebendo como as pessoas vão se modificando e ainda que os bloqueios se repitam por várias vezes nos mesmos meridianos, a intensidade com que aparecem vai sendo reduzida.

    Os estímulos fitoterápicos aplicados vão possibilitando que as emoções que geram os desequilíbrios venham à tona, em forma de reações diversas, com um único objetivo: a liberação do caminho para a energia vital.

    Trabalhadas em conjunto com manobras da Terapia Corporal, seja ela de que modalidade for, trabalhando músculos e articulações, relaxando, drenando ou estimulando, naturalmente estarão concorrendo para a mobilização dos fluidos do corpo, para a liberação de elementos químicos prejudiciais, acumulados em decorrência dos bloqueios provocados pelas emoções, sejam elas de que natureza for.

    A Fitoterapia aliada à Holopuntura, em conjunto com a Terapia Corporal, permitiu que meus clientes se sentissem mais conscientes:

    - RS – começa a tomar as rédeas de sua vida de uma forma mais responsável, assumindo seu corpo como ele é, sendo mais ela mesma, sem se preocupar com o que pensam as outras pessoas, exteriorizando seus sentimentos de forma amena; sabendo viver sem a tutela do pai que sempre lhe deu excesso de apoio.

    - YRCA - compreendeu melhor os fatos ocorridos em sua vida; começou a pensar em perdoar sua mãe e a descer até a filha numa tentativa de harmonizar todos os sentimentos.

    - SRGM – teve oportunidade de encontrar-se de forma profunda com suas verdades, seus sentimentos, suas emoções e luta para conseguir levar a vida de forma mais tranqüila, aceitando as pessoas como elas são.

    Duas delas continuam o processo terapêutico e vindo semanalmente para os atendimentos enquanto outra se mudou de cidade.

    A Fitoterapia em Cinco Movimentos possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares.

    O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a seleção das plantas graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento.

    A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    1-HIRSCH, SONIA

    Manual do Herói

    Gráfica e Editora Prensa - 1990

    2-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    HOLOPUNTURA – A Quintessência da União de Técnicas.

    São Paulo. SINTE – CEA – Vol.1

    3-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Curso de Holopuntura

    São Paulo – SINTE – CEA – 2005

    4-VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    O Microcosmo Sagrado: O segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento.

    São Paulo – Lumina Editorial, 1998

    5-WEIL.PIERRE

    HOLÍSTICA: Uma nova visão e abordagem do real.

    São Paulo – Palas Athenas, 1990

    6- VIEIRA FILHO, HENRIQUE

    Fitoteca em cinco Movimentos

    7- Textos Relacionados ao Curso de Fitoterapia, Postados no Site (CEA) pelo docente HVF.

    ANEXOS E APÊNDICES

    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — FT 001
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    2.PREFÁCIO   Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3.INTRODUÇÃO   A Fitoterapia conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto ao seu preparo ideal e correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante ao uso terapêutico das plantas.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Fitoterapia — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 ObjetivoDefinir a adequação de materiais, forma padrão de utilização, uso correto do BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica e veto à comercialização das essências em consultórios de Terapia Holística.

    4.3 Referências NormativasNTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob os paradigmas holísticos, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    5.1.2 FITOTERAPEUTA — Realiza testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios, da pulsologia e de testes musculares, propondo o uso dos vegetais corretos para cada caso; faz uso das propriedades terapêuticas das ervas sob diversas formas, tais como chás, banhos, compressas, óleos, extratos, inalações, dentre outras, visando não só despertar a capacidade de auto-equilíbrio, como, também, suprir a necessidade de certas substâncias e energias sutis que atuarão como princípios energoativos para a harmonização psicofísica.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THF — Fitoterapeuta;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.

    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Fitoterapia aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 — Fitoterápicos — aquisição e indicação

    5.3.3.1 — Opção 1: aquisição dos fitoterápicos pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os fitoterápicos serão doados, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.3.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar fitoterápicos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.3.3 — A seleção dos fitoterápicos a serem recomendados caso a caso deve basear-se nos testes para avaliar a carência do cliente de determinadas propriedades terapêuticas encontradas na flora, fazendo uso de:

    5.3.3.3.1 — Tabelas de tradição milenar de correlação das plantas com os distúrbios energéticos, sintomas e tipologia;
    5.3.3.3.2 — Pulsologia e/ou de testes musculares (como por exemplo, o Omura Test).

    5.3.4 Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permanecer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    A Fitoterapia na História do Brasil

    (Texto publicado no informativo Herbarium Saúde, número 29/04)

    O Brasil tem uma das mais ricas biodiversidades do planeta, com milhares de espécies em sua flora.

    Possivelmente, a utilização das plantas – não só como alimento, mas também como fonte terapêutica começou desde que os primeiros habitantes chegaram aqui, há cerca de 12 mil anos, dando origem aos “paleoníndios” amazônicos, dos quais derivaram as principais tribos indígenas do país.

    Pouco, no entanto, se conhece sobre esse período.

    As primeiras informações sobre os hábitos dos indígenas só vieram à luz com o início da colonização portuguesa, a começar pelas observações feitas na ilha de Santa Cruz pelo escrivão Pero Vaz de Caminha, da esquadra de Pedro Álvares Cabral, em sua famosa Carta a El Rei Dom Manuel.

    Um pouco mais tarde, entre 1560 e 1580, o padre José de Anchieta

    detalhou sobre as melhoras plantas comestíveis e medicinais do Brasil em suas cartas ao Superior Geral da Companhia de Jesus.

    Descreveu em detalhes alimentos como o feijão, o trigo, a cevada, o milho, o grão-de-bico, a lentilha, o cará, o palmito e a mandioca, que era o principal alimento dos índios. Anchieta citou também verduras como a taioba-roxa, a mostarda, a alface, a couve, falou das frutas nativas como a banana, o marmelo, a uva, o citrus e o melão, e mostrou a importância que os índios davam às pinhas das araucárias.

    Das plantas medicinais, especificamente, Anchieta falou muito em uma

    erva-boa”, a hortelã-pimenta, que era utilizada pelos índios contra indigestões,

    para aliviar nevralgias e para o reumatismo e as doenças nervosas.

    Exaltou também as qualidades do capim-rei, do ruibarbo do brejo, da ipecacuanha preta, que servia como purgativo; do bálsamo da copaíba, usado para curar feridas, e da cabriúva vermelha.

    Outro fato que chamou a atenção do missionário foi a utilização dos timbós pelos índios, especialmente da espécie Erythrina speciosa.

    O timbó, de acordo com o Aurélio, é uma “designação genérica para leguminosas e sapindáceas que induzem efeitos narcóticos nos peixes, e por isso são usadas para pescar.

    Maceradas, são lançadas na água, e logo os peixes começar a boiar, podendo facilmente ser apanhados à mão. Deixados na água, os peixes se recuperam, podendo ser comidos sem inconvenientes em outra ocasião”.

    Quase tudo que se sabe da flora brasileira foi descoberto por cientistas

    estrangeiros, especialmente os naturalistas, que realizaram grandes expedições cientificas ao Brasil, desde o descobrimento pelos portugueses até o final do século XIX.

    Essas grandes expedições tinham o intuito de conhecer e explorar as riquezas naturais do país, conhecer a geologia e a geografia do Novo Mundo, bem como determinar longitudes e latitudes para a elaboração dos mapas”.

    Listagem atualizada de Fitoterápicos que só podem ser receitados por médicos:

    De acordo com a RESOLUÇÃO-RE Nº 89, DE 16 DE MARÇO DE 2004, expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

    Arctostaphylos uva-ursi Spreng (Uva-ursi): Venda sob prescrição médica

    Centella asiatica (L.) Urban, Hydrocotile asiatica L. (Centela, Gotu kola ): Venda sob prescrição médica

    Cimicifuga racemosa (L.) Nutt.(Cimicífuga): Venda sob prescrição médica

    Echinacea purpurea Moench (Equinácea): Venda sob prescrição médica

    Ginkgo biloba L. (Ginkgo): Venda sob prescrição médica

    Hypericum perforatum L. (Hipérico): Venda sob prescrição médica

    Piper methysticum Forst. f. (Kava-kava): Venda sob prescrição médica

    Serenoa repens (Bartram) J.K. Small 25 (Saw palmetto): Venda sob prescrição médica

    Tanacetum parthenium Sch. Bip. (Tanaceto): Venda sob prescrição médica

    Valeriana officinalis (Valeriana): Venda sob prescrição médica

    Hamamelis virginiana (Hamamelis): Venda sob prescrição médica

    Autor: : NEUZA MIRANDA E SILVA CHAMMAS - CRT 36999 - TERAPEUTA HOLÍSTICA
    Última atualização: 28/01/2009 12:35


    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS E TERAPIA DE VIVÊNCIAS PASSADAS

    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS E TERAPIA DE VIVÊNCIAS PASSADAS

    VIDA – TRABALHO - RELACIONAMENTO

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    www.zuniga.terapiaholistica.net 

    Apresentação

    Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas são técnicas que em Terapia Holística contribuem para descobrir as origens vivenciadas dos problemas ou da felicidade.

    Descobrir as vivências passadas recentes, adolescência, enquanto criança ou na gestação é o que chamamos de Regressão de Memórias, e caberá ao cliente a interpretação segundo as próprias crenças e religiosidade. O Terapeuta Holístico assume a condição de moderador baseado na experiência, sabedoria e conhecimento permitindo assim fluir o livre arbítrio do cliente.

     

    Só que para fazer estas viagens é necessário encontrar a paz, diminuir o estresse, desenvolver harmonia. Fortalecer a auto-estima e o auto-respeito.

    A Terapia de Vivências Passadas tem início quando já foram superadas as etapas anteriores e é, neste momento, que esta técnica traz resultados para a melhoria da qualidade de vida, profissão ou relacionamento.

    A Hipnose e o estado Alfa são necessários para entrar num processo de sono e vigília, onde cliente e terapeuta interagem neste estado.

    Conta muito à experiência e o domínio absoluto de várias técnicas em terapia holística, para aconselhar as infinitas situações que aparecem.

    A Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Hipnose, Meditação e Viagens Astrais; estão envolvidas pelo medo, falta de informação correta e muitas vezes pela banalização destas excelentes ferramentas.

    A Radiestesia e Radiônica têm a função de detectar energias, amplificá-las, neutralizá-las ou corrigi-las, se necessário.

    O ser humano como um ser simbólico, utiliza muitas figuras, como linguagem universal para se comunicar. Estas aparecem no cotidiano através da sincronicidade, dos sonhos ou induzidos.

    Temos que cuidar com carinho do corpo físico, sem esquecer do corpo mental, emocional, identidade/espiritual e energético.

    O maior desafio dos seres humanos que confiam nesta arte, é harmonizar a própria vida, a profissão e seus relacionamentos.

    A união da Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Radiestesia e Radiônica e Análise Simbólica, resultaram numa terapia individual e única com excelentes resultados a curto prazo, ganhando a confiança e a fidelidade do cliente que retorna para lapidações, harmonização, energização de seus cinco corpos, profissão ou relacionamentos.

    É cada vez maior o número de pessoas que desejam conhecer suas próprias vivências, para entender de onde vem, onde está e qual e a razão da sua existência. 

    Todo ser humano se preocupa com o equilíbrio da sua vida física, que fica relegada ao temperamento hereditário, aprendizado, meio ambiente, relacionamento, religiosidade, identidade e a própria individualidade. 

    Este conjunto de energias e aprendizados influencia diretamente a profissão, determinantes de fracasso ou de sucesso. 

    Os relacionamentos não estão separados das energias anteriores e será resultado de apatia, tristeza ou de alegria. 

    Este desafio nos leva a refletir sobre o momento atual da humanidade e das nossas atitudes para com o indivíduo, comunidade e meio ambiente. Estes espelhos do universo refletem com intensidade o equivalente nas manifestações físicas e psíquicas do planeta, mas para consertar este, temos primeiro que consertar a nós mesmos. 

    Introdução 

    Memórias: (Faculdade de reter idéias, impressões e conhecimentos adquiridos, lembranças, recordações, reminiscência. Vivência: Existência, vida, modo hábitos de vida, sentir. Dicionário de Português – Edições poliglota). A retenção de impressões se processa em vários níveis que o Ser Humano costuma ver como um só e integral. Em termos holísticos separamos em Cinco Corpos, Cinco Movimentos, Quatro Elementos, Sete Chakras para depois uni-los. 

    A Regressão de Memórias vai interagir nessas experiências adquiridas conscientes ou não, com a finalidade se assim o cliente permitir, redirecionar a ação vibratória registrada em reminiscências ou vivências. 

    Estas vibrações determinarão influências marcantes no desempenho de vida, trabalho e principalmente no relacionamento. 

    Os Cinco Corpos, Dentro de todo ser humano existem um historiador e um poeta, (razão & emoção) que relatam sua vida com detalhes e acontecimentos que até então não faziam sentido encobrindo muitas vezes a possibilidade de abrir caminhos. Para explicar melhor esta proposta, falarei em termos de energia emanada, recebida e impregnada em cada corpo. 

    Corpo Físico, ele reflete o mapa atual e de vidas passadas, naturalmente tentaremos buscar uma definição racional para determinado problema com profissionais competentes, mas na impossibilidade de respostas, recorreremos a perguntas energéticas. 

    Perguntas energéticas são detectadas com alto índice de acertos, através da Radiestesia e Radiônica que desenvolverá gráficos especialmente criados para cada tipo de questionamento. Neste corpo com seus cinco sentidos, são vivenciadas todas as experiências de aprendizado. 

    Corpo Mental, a energia do pensamento uma fonte poderosa de radiação energética que destrói, neutraliza ou constrói. Algumas pessoas têm uma defesa natural e outras precisam desenvolver estes escudos invisíveis muito necessários para o crescimento e desenvolvimento do ser humano. 

    Corpo Emocional, ele é o centro de equilíbrio dos cinco corpos, nele atuam as energias herdadas de todos os ancestrais diretos, do meio ambiente, relacionamentos e as negociações com a vida. 

    Corpo da Identidade ou Espiritual, este corpo pode ser visto por várias facetas: como Corpo da Identidade fica issento de crença e religiosidade usando a capacidade e o livre arbítrio para direcionar sua vida. Já do ponto de vista espiritual são inúmeras as opções, uma delas são as energias de aprendizado astrológico, dando em cada um a oportunidade de interpretar se assim o desejar e fazer sentido para efetuar mudanças, desenvolvimento e crescimento. 

    Corpo Energético, este corpo intangível cresce e desenvolve com as energias de equilíbrio de todos os outros corpos de acordo a qualidade e quantidade de energia recebida. 

    Este corpo quando energizado corretamente tem um crescimento tal que pode se desdobrar dando vida a um novo corpo de energia. 

    Influências possíveis ancoradas nos cinco corpos 

    Memórias de medo: Alguns clientes consultam por causa dos medos de nadar, e tremem com água acima do joelho, isto é comum e primeiro devemos descobrir como foi a interação com o precioso líquido, também alguns adultos manipulam pelo temor as crianças para que não cheguem perto de  águas perigosas, ancorando na memória da vivência, ações que não fazem parte das próprias experiências, assim se desdobram inúmeras situações a serem vivenciadas e transformadas a partir do cliente.

    Memórias com animais peçonhentos: Hoje sabemos que qualquer inseto por simples que seja tem a capacidade de afetar-nos seriamente, então é natural a aversão a barata, pernilongo, mosca, escorpião, borboleta, etc. Em Terapia de Vivências Passadas, encontramos, pessoas que tiveram vivências dramáticas lutando pela vida, e quando isso acontece o cliente consegue discernir corretamente sobre o acontecido solucionando essa âncora energética.  

    Memórias de altura: Quem não se lembra de ver ou ser levado sentado de cavalinho nos ombros do pai ou da mãe, é uma sensação gostosa e agradável. O sentido de altura para outras pessoas está relacionado à insegurança, quedas reais já acontecidas e, que se encontram fixadas na memória de alguns dos cinco corpos. 

    Memória alimentar: Uma cliente sadia com apetite insaciável, numa vivência sente a dor da inanição, pedindo a vida, que nunca mais a deixe passar fome, o fato de ela conhecer essa parte traumática, a fez compreender que nesta vida, isso seria impossível de acontecer por ser atualmente dona de um bem sucedido mercado de alimentos. 

    Memória de vícios: Aqui se entrelaçam vários fatores, o que torna a mais difícil das terapias, envolvendo os Sete Chakras, Cinco Movimentos, Cinco Corpos e os Quatro elementos. Os desequilíbrios em cada uma destas técnicas promoverão sensação energética da enbriaguês ou do estado alterado de consciência de forma artificial induzindo a fuga. 

    Memória de vida: Experiências traumáticas e ferimentos em vidas passadas são a causa de inúmeras emoções não compreendidas na atualidade de muitas pessoas. Estas experiências ancoradas na emoção se manifestam na maioria dos casos indiretamente, exemplo: um cliente canhoto que foi obrigado pelos pais a fazer tudo como se fosse destro. Em Terapia de Vivência Passada, havia perdido a mão direita e, esta descoberta o libertou para ser ele mesmo nesta vida. 

    Memória profissional: As profissões e atividades exercidas pelo homem ou pela mulher no passado têm uma relação com pensamentos, sentimentos e atitudes de vivências passadas, conectando-se a vivência atual. Exemplo: numa Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas a pessoa vivenceu um padre que foi queimado numa fogueira junto a pessoas que ajudou e que foram julgadas como praticantes de bruxaria. Esta vivência desenvolveu outras atitudes de crescimento e desenvolvimento a este profissional que exerce a profissão de Terapeuta Holístico. 

    Memória de relacionamentos: Relacionamentos oh, os relacionamentos! Auto sentencias: Te amarei por toda uma eternidade. Nunca mais amarei ninguém. Homem presta. Nenhuma mulher merece meu amor. Você não presta (será que os outros prestam? Então vou buscar nos outros) Por isso, que quando se fala, vê, ouve e sente uma sentença, se deve ter muito cuidado em aceitá-la ou não, exemplo: se eu falo "vocês sabem? Estou feliz, em paz, e sentindo-me realizado ao preparar esta palestra" a frase "vocês sabem?" obriga ao interlocutor a puxar o arquivo saber a questão, neste caso o arquivo solicitado é de conteúdo positivo e você aceita. Caso contrário, numa mensagem negativa, fale "Eu não sei!". 

    Na memória dos relacionamentos, geralmente se culpa o outro e dificilmente se pega um espelho para se ver a si mesmo. Isto faz parte de uma das terapias que está baseada naquele conto oriental: (quando era jovem queria mudar os outros, quando fiquei adulto quis mudar as pessoas que me rodeavam, e agora que estou velho apenas desejo mudar a mim mesmo... É por onde deveria ter começado). 

    Material e Metodologia – Definições 

    Hipnose: Estado semelhante ao sono profundo e no qual  a pessoa age por sugestão (Dicionário de Português, Edições Poliglota – Melhoramento 2005). Como podemos perceber o livre arbítrio do cliente neste estado fica comprometido, isso não significa que não será utilizada esta técnica importante quando há reminiscências muito fortes, vai depender da flexibilidade do terapeuta. Assim direcionamos a pressão que essas lembranças exercem nas lembranças físicas e psíquicas.

    Diminuir o estresse com o alinhamento dos Chakras: Alinhar, equilibrar e proteger os Chakras traz o benefício da redução do estresse. Se mentalizar o campo energético de cada um, de maneira ascendente e depois descendente irradiando energia para todos os meridianos e cinco corpos, teremos alcançado o primeiro passo para entrar em estado Alfa ou de relaxamento.

    Vivemos num palco de muitos egos o que intoxica a clareza de pensamentos e o descanso, para fazer esta harmonização devemos pelo menos dormir bem, momento em que corpo mente e energias se expandem permitindo a limpeza e recuperação energética.

    Sono e vigília: Costumo chamá-la de Terapia Alfa, porque permite interagir num diálogo único com a vivência do cliente. Neste roteiro individual existem interações com o universo, pessoas e consigo mesmo, tudo registrado e emergindo, porque para os registros energéticos não existe tempo nem espaço. 

    Regressão de Memórias: Nas memórias da vida atual se acumulam inúmeras situações a partir da gestação, algumas serão recordadas outras não, sendo estas últimas as mais difíceis de descobrir até pelo mecanismo de defesa natural que temos. Assim o cliente descobrirá experiências vivenciadas na gestação, nascimento e desenvolvimento tendo uma nova compreensão da vida. 

    Terapia de Vivências Passadas: Como podemos perceber para se chegar com qualidade e excelência a uma Terapia de Vivências Passadas, existem uns passos preliminares que requerem responsabilidade, experiência, pesquisa e profissionalismo. Acessar vivências passadas é fazer contato com o campo energético palco de um conjunto de aprendizados. 

    Vivências com interferência astrológica: Perceberemos que a biografia energética é proporcional ao aprendizado.  Doze influências testarão as evoluções de cada ser humano ligadas às características negativas e positivas de cada símbolo astrológico. A virtude da astrologia e que nos mostra várias personalidades das quais podemos aprender.

     

    As vinte e quatro energias contidas nos doze signos zodiacais têm um significado de força, influência ou uma virtude para fazer opções.   

    Resultados 

    O primeiro resultado acontece na interação cliente terapeuta, o cliente desenvolve a capacidade de analisar seus problemas e resolver-los tomando rédeas ou o timão da própria vida. O terapeuta aprende com cada ser humano que passa por seu consultório podendo algumas vezes ser histórias parecidas, mas nunca iguais.

    Os resultados espontâneos e descritos por algúns clientes foram: aprendizado do relaxamento porque encontraram paz, diminuíram o estresse encontrando harmonia, neste estado veio à meditação que é a musculação dos sete chakras, dos cinco corpos aprendendo a se elevar e voltar fortalecidos dessa experiência. 

    A limpeza energética feita através da radiestesia e a radiônica foi sentida como "tirar um peço da mochila". A regressão de memórias colocou novamente frente a "situações mal resolvidas ou de vivências felizes" podendo alterá-las ou degustá-las. 

    Já a terapia de vivências passadas, permitiu a interação de vidas anteriores com o desenvolvimento atual, fazendo cair fichas decisivas para abertura de caminhos para a vida, profissão e relacionamento. 

    Maria  

    Trinta e quatro anos, bonita, inteligente, mestra e doutora, casa própria, carro do ano, feliz física e profissionalmente... Triste em relacionamentos. 

    Após o relaxamento, meditação e purificação aúrica, descobrimos a forte influência da mãe com quem morava e que exercia uma forte influência sobre sua vida, além de menosprezar os homens porque ela teve poucos momentos de felicidade. 

    Recomendei alguns Florais de Bach e na interação ela tomou a decisão de ter seu próprio apartamento e uma vida própria, coisa que aconteceu em poucas semanas, foi quando decidimos que era momento de uma Terapia de Vivências Passadas, Maria vivenciou no ano 500 dC maltrato por vários homens, posteriormente na Europa pós queda da bastilha, traída e abandonada "jurando que nunca mais amaria um homem na sua vida". Como estava sofrendo muito durante a regressão, lembrei a ela que isso é uma vivência, podendo agora apenas observar para tomar decisões. 

    A "magia" da Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas e que podemos rever cenas, neutralizá-las e modificá-las linguisticamente, assim como o juramento que Maria fizera nessa vivência. 

    Os dois eventos vivenciados e relatados por Maria tiveram uma forte influência energética que provocava o afastamento dos seus relacionamentos. 

    Após esta vivência, passaram três meses de ausência ao consultório. Até que uma quarta feira ela retornou sem marcar hora, fiquei feliz de ver que o visual circunspeto de doutora, tinha dado passo ao visual da moda e escutei algo que já esperava e disse textualmente: "Encontrei o lírio que o senhor falou" (o lírio é a carta 30 do tarô de Lenormand, carta que previa junto com outras, essa mudança e o encontro de uma pessoa transparente e de boas intenções, se ela mudasse o script da vida atual). Hoje Maria e seu lírio vêm regularmente para harmonização individual e do casal. Tenho certeza que a próxima vivência da vida de Maria será a maternidade de uma Menina...

    Discussão 

    A Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Hipnose, Meditação e Viagens Astrais; estão envolvidas pelo medo, falta de informação correta e muitas vezes pela banalização destas ferramentas. 

    Só vivenciando uma regressão de memórias e terapia de Vivências passadas, para poder dar uma definição correta dos estados de consciência descobertos e às conexões com as situações que nos interessam, trazendo soluções para os mais diversos problemas. 

    A Regressão de Memórias atua sobre o processo de gestação e o momento atual, focando principalmente o aprendizado corporal, mental, emocional, identidade/espiritual e energético. 

    A Terapia de Vivências Passadas é um complemento necessário quando os caminhos parecem que se fecharão na vida. Os insight e as vivências que aparecem fazem sentido para receber uma chave para fechar e abrir portas do livre arbítrio.

    A Hipnose adotada neste trabalho é uma técnica que permite baixar a freqüência energética do cliente que o leva a um estado de sono e vigília, conhecida também como estado alfa. O curioso é que alguns clientes fazem questão de serem hipnotizados passando pelo processo de hipnose total, preferindo posteriormente a alfa-terapia.

    A Meditação é uma parte importante deste trabalho que busca atingir não só o cliente, mas também o ser humano que está ávido de paz. Falar de meditação é falar de respiração, processo a ser reaprendido para equilibrar os cinco corpos.

    A boa respiração permite equilibrar cada meridiano, corpo, chakra, jogando fora ressentimento, sapos engolidos, etc. Incorpora equilíbrio no pensamento, sentimento e atitudes.

    As Viagens Astrais, esta ferramenta de planejamento só vai servir se soubermos aproveitar os ensinamentos do passado no presente, para projetá-los no futuro para não recriar os erros do passado e viajar até os níveis das conseqüências. 

    Este conjunto de técnicas que fazem parte da busca de conhecimento do ser humano atual, de si mesmo e sua íntima relação com o meio ambiente e as percepções a respeito de seu papel no universo e o sentido da própria existência. 

    Marcas físicas, intelectuais, morais, espirituais e energéticas. 

    Gestação e nascimento é um processo energético para o ser que está sendo concebido, porque implica diretamente rejeição ou amor, estas duas vivências podem marcantes para o ser em desenvolvimento, aparecendo mais tarde na vida adulta.

    Abandonar o estado de aconchego do útero vai ser um passo importante para as situações futuras, e de mudanças ao longo da vida.

    Aprender a andar e falar por volta de um ano, possivelmente terá uma conexão profunda com a comunicação, cair e se levantar na vida. 

    (Segundo Bernard Lievegoed em seu livro desvendando o crescimento editora Antroposófica. Refere-se a crises no encontro do eu, quando ao redor dos três anos e meio a criança deixa de falar o nenê não quer... fala até ríspido, Eu não quero). O entendimento e a compreensão deste momento são muito importantes, ela apenas está descobrindo que é, um ser único que precisa ser respeitado.  

    Mesmo que a modernidade inclua as crianças no aprendizado com uma tenra idade, existe uma crise aos sete anos, onde percebemos pela primeira vez, que o mundo belo, às vezes se transforma em feio.

    As imagens guardadas desta passagem aparecem com o peso de situações análogas no futuro, nem sempre compreendidas como remanescente de memórias ou de vivências. 

    Na medida em que as crianças crescem aparecem os medos próprios, e os condicionados pelos adultos, controlando mais pelo medo, que pelo amor, os limites e os desafios para a vida podem ser colocados a partir da amamentação, para não ter que fazer correções quando adulto.

    Nessa caminhada, nos defrontamos com a sexualidade, para algumas pessoas algo pecaminoso, para outras, parte integrante no desenvolvimento do ser humano, esta situação trará importantes informações para o cliente adulto em crise. 

    Como podemos ver nesta discussão, os cinco corpos atuam com catalisadores de memórias e de vivências que liberam informações sem serem solicitadas, assim teremos, marcas físicas, intelectuais, morais, espirituais e energéticas. 

    Conclusões 

    Os processos de aprendizado

    Efeito quebra-cabeça: os processos de aprendizado são reconhecidos apenas pelo caminho da instrução de maneira racional, com conceitos oferecidos e com aplicação prática valorizando o pensar, é um “quebra-cabeça” bem montado, só que quando falta uma peça esse ser humano entra em crise. 

    Efeito Mosaico: Já no processo de aprendizado misto Racional e Vivencial uma grande parte da humanidade vê, escuta e sente as virtudes dos conceitos extraídos tanto pela experimentação autodidata e o descobrimento de novos caminhos. Aqui já não se é mais um quebra cabeças, se é um mosaico onde mesmo faltando alguma peça se produz um a organização natural e criativa, como na natureza. 

    A instrução, experimentação e os estímulos recebidos pelos Sete Chakras, Cinco Corpos e Cinco Sentidos vão trazer um padrão de resposta, podendo ser um comportamento externo ou uma representação interna da vida, profissão ou relacionamento. 

    As vivências marcantes na vida dependerão da intensidade e do local atingido em uma das tantas memórias e o momento específico de uma forte emoção. 

    O procedimento para minimizar as condições adversas através da Terapia de Vivências Passadas, será encontrar as âncoras que seguram seu veículo físico ao navegar livremente pelo oceano da vida. 

    Sonhar? Pensar? Sentir? Agir? Fantasiar? Realidade? Este trabalho tenta desmistificar a Regressão de Memórias e a Terapia de Vivências Passadas, mostrando que o processo começa na boa respiração, passa pelo relaxamento evoluindo para a meditação, chega à auto-hipnose descobrindo o estado alfa para finalmente chegar a uma regressão de memórias e terapia de Vivências Passadas, sendo assim uma viagem com muitas escalas.

    Crises ao longo da vida, As primeiras situações de aprendizado vivencial começam em como fomos recebidos ao descobrir o estado de embaraço (espanhol) gravidez (português), notamos que as duas palavras denotam (momentos difíceis) dando início a uma série de crises que se manifestarão ao longo da vida, que nos obrigam sadiamente a crescer. 

    Crises de adotar um veículo físico, talvez sejam a primeira decisão do corpo energético ou da identidade para lapidar as pendências deixadas em vivências anteriores ou pela hierarquia ancestral (pai/mãe, avós, visavôs, tataravôs, tetravôs, etc.)

    Crise da gestação, como foi recebida? Qual foi à primeira emoção da mãe, pai, parentes, amigos. A memória energética guardou tudo isso e pode estar influenciando a vida de um ser agora.

    Crise do nascimento, do ponto de vista energético e holístico, deve-se procurar que o parto seja o mais normal possível. Na vida, o parto estará simbolizando os constantes processos de mudanças que vivenciamos e devemos fazê-los com segurança, flexibilidade e amor. 

    Crise do aleitamento, além da alimentação física e protetora que os médicos recomendam, está o sentido energético da troca de carinho importante para no futuro como auto-estima, confiança, busca e desafios. 

    Crises do andar, falar, pensar, este momento é tão importante devido a influência que terá ao longo da vida. (Bernard Lievegoed em seu livro desvendando o crescimento diz: Durante este aprendizado da posição ereta se desenvolve a capacidade exclusivamente humana "a fala") Em termo energético a criança começa abrir as janelas para o mundo físico e do pensamento com alguns toques de emoção, se ela aprender a respirar corretamente encontrará maior equilíbrio em pensamento, sentimento e ação. 

    Crise do "Eu", muito adulto não entende quando uma criança troca a fala, a nenê, o nenê e de repente fala "eu não quero" sendo muitas vezes repreendida como desafiadora ou mal criada. Esta atitude inibe o ser humano futuro que tem que se colocar todos os dias como um indivíduo com pensamentos, sentimentos e atitudes próprias.

    Crise do primeiro momento só, é um aprendizado único que deve ser compartilhado e bem direcionado para evitar os extremos. Este momento é o descobrimento do espaço próprio, auto-respeito e auto-aprendizado. Quando insinuo relembrar de um momento só, feliz e com tranqüilidade, algumas pessoas tem uma grande dificuldade de lembrar e é comum escutar que receberam muitas críticas por desejar se isolar. 

    Crise dos medos, estes aparecem colocados por adultos nas crianças no tempo que gostam de escutar contos e estórias. Outros medos são colocados para controlar, manipular, chantagear emocionalmente, ficando na memória energética e aparecendo como símbolos esmaecidos em momentos importantes na vida, profissão ou relacionamentos. 

    Crise da sexualidade, a puberdade é interferida pelo fator do equilíbrio emocional, dos pais, protetores ou educadores, espiritualidade, meio ambiente, cultura social. Ao aparecimento da puberdade as mensagens emitidas e recebidas farão parte dessa vida, as virtudes de uma terapia serão que essas vivências podem ser reescritas pela própria pessoa. 

    Crise da maioridade dos corpos, esta fase une os cinco corpos em um só querendo ser único, sair de casa, perder os medos e ser ele mesmo, questionar as pessoas e o mundo em que vive. As conseqüências disso incomodam as mentes já pré-estabelecidas e que querem sossego, esquecendo que já passaram por essa fase. 

    Crises da escolha, exatas ou humanas? Todas as crises anteriores afetarão neste momento, mesmo em famílias herdeiras de profissões, sem contar com a influência e direcionamento de vivências passadas. 

    Crise das forças, "o céu é o limite" nesta fase de vida, esportes radicais, baladas, velocidade, sons, experimentação do proibido, uma grande maioria adere a esta situação que não mede conseqüências que afetarão o futuro próximo. 

    Crises Crística, símbolo do sofrimento que leva muitas pessoas a um estado de tristeza profunda, que pode ser facilmente cuidado com Florais de Bach e aconselhamento.

    Crise de olhar para traz, chega um momento na vida de muitas pessoas quando olham para traz, sentem insatisfação, tristeza, desassossego. Outras pessoas relatam que se sentem como se estivessem num porão, num túnel ou numa noite sem fim, enquanto outras recebem este momento como mais um desafio. E o momento para algumas pessoas de entrar em contato com as vivências ancoradas.

    Crise da segunda oportunidade, Analisando o processo de vida do homem observamos que muitos símbolos que apareceram à partir do nascimento até o final da adolescência, se repetem até duas vezes no decorrer da vida adulta. Estes símbolos revestidos como perdas ou ganhos em qualidade de vida, aprendizado/profissão, relacionamentos afetivos. 

    Crise do corpo físico mental, nesta fase o medo de perder o equilíbrio físico, esquecer, ser esquecido ou ignorado, produz um estresse físico e mental que leva a uma longa peregrinação por consultórios de todo tipo. Em Regressão e aconselhamento a estas pessoas lhes é mostrado a progressão baseada num planejamento de vida racional/mental, certificando-se de unir o que já foi plantado, somado com as sementes atuais. Esta adição mostrará o que vai ser colhido no futuro. O livre arbítrio nunca teve tanta importância neste momento de vida, porque pode ter protelado a metade da vida seus sonhos e fantasias e passar o resto da vida se queixando e culpando os outros. 

    Crise da morte e das perdas, provavelmente esta é a ultima crise do ser humano na caminhada física que é inevitável. Atua próximo ou depois da aposentadoria e é como um livro que tem inicio meio e fim. Alguns ficam escrevendo sempre primeiros capítulos, outros se acomodam nas páginas intermediarias e uns poucos sabem ou aprendem a finalizar o livro da própria vida com sabedoria, serenidade e dignidade. (a sabedoria oriental se refere a quatro grandes momentos da vida. Dos 0 aos 21 anos é o momento de Aprender. Dos 21 anos aos 42 anos é o momento de Lutar. Dos 42 aos 63 é o momento de se tornar Sábio. Dos 63 em diante, é o momento de Ser Sábio). 

    Anexos 

    "TERAPIA DE REGRESSÃO”

    Técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência, desse modo, induzir "insight" sobre a infância, a vida intra-uterina e até mesmo transpessoais (informações alem da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados pela Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou. Até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo esta parte fundamental e integrante da terapia.  

    “TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE”

    Distingui-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tart, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrecidos de aconselhamento,levando ao auto-conhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incrementando a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes. 

    “TERAPEUTA FLORAL”

    Procede ao estudo e a análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja proposta é predominantemente preventiva e que atuam através das questões psíquicas, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção específica. O uso contínuo da terapia floral leva a uma maior compreensão das emoções, permitindo o aflorar de um material psíquico mais profundo, ampliando, assim, o auto-conhecimento, o que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações. É normalmente associada a outras técnicas terapêuticas, em especial, o aconselhamento, possibilitando mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou a preocupação com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. 

    “PARAPSICOLOGIA”

    Estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicados pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamado fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente, (viagem astral), regressão e vivências passadas, “poltergeist” possessão e similares.

    Referencias bibliográficas 

    Brian Weiss

    • Muitas Vidas Muitos Mestres
    • Meditando com Brian Weiss
    • A cura através da Terapia de Vidas Passadas
    • Editora Sextante - 2000

     

    Bernard Lievegoed

    • Desvendando o Crescimento – Fases evolutivas da infância e da adolescência
    • Editora Antroposófica - 2000

     

    Judy Hall

    • Terapia de Vidas Passadas
    • Editora Avatar - 1998

     

    James Van Praagh

    • Em Busca do Perdão
    • Editora Sextante - 2000

     

    Louise L. Hay

    • Cure seu Corpo
    • Editora Best Seller - 2005

     

    Ghanshyam Singh Bipla, Colkete Hemlin

    • Magnetoterapia
    • Editora Pensamento - 1999

     

    Clássicos de bolso.

    • Rei Édipo, Sófocles. Antígone
    • Ediouro, 1993

     

    Fátima Ferreira Duque

    • Florais de Bach na Astrologia
    • Editora Madras – 2004

     

    Joaquim Gervásio de Figueiredo

    • Dicionário de Maçonaria
    • Editora Pensamento
     

    NTSV Normas Técnicas Setoriais Voluntárias

    • Auto-Regulamento que pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da disciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras, éticas e técnicas de atuação

     

    Nelson Zuniga

    • Palestras proferidas e artigos publicados no SINTE, LEVEN entre outras.
     
     

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    13 de Março de 2008

    www.zuniga.terapiaholistica.net

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/05/2008 13:30


    O Tarô Terapêutico e a Jornada Arquetípica

     O Tarô Terapêutico e a Jornada Arquetípica

    Andrea Pavlovitsch
    Terapeuta Holística - CRT 41933

     São Paulo

    2008

     

    Epígrafe

    A grande invocação

    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra

    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra

    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem.

    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal.

    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.

     

    Dedicatória

    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes, que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.

     

    Agradecimentos

    Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem a oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

    Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

    Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

    Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.

     

    Sumário

    1. Introdução..............................................................................................................8

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo..............................................................................8

    1.2.. Tarô – história e apresentação...........................................................................10

    2. Material e metodologia................................................................................................12

    2.1. O método do tarô terapêutico............................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................13

    4. Discussão.....................................................................................................................25

    5. Conclusão....................................................................................................................27

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................28

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................29

     

    Resumo

     

    O presente trabalho visa demonstrar, de maneira teórica, a orientação que o tarô, enquanto instrumento terapêutico de leitura do inconsciente, pode nos fornecer numa consulta de qualquer tipo.

    Todas as pessoas estão sempre passando por ciclos em suas vidas. Estes ciclos são parte da própria evolução humana. Jung chamou essa jornada de “Jornada Arquetípica”, ou seja, cada pessoa está passando, em determinado momento, por um dos arquétipos representados no tarô.

    Neste trabalho faremos uma breve análise de cada um dos arcanos maiores do tarô e como eles podem nos fornecer pistas importantes sobre o momento em que se encontrar, na senda da evolução, cada um dos nossos clientes, para que possamos fazer um trabalho mais específico com cada um, e conseguir melhores resultados ao final do tratamento, tratando o ser humano como um ser holístico, e biopsicosocial e espiritual.

    1. Introdução

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo

    A Psicoterapia analítica, desenvolvida por Carl Gustav Jung, é a que mais pode contribuir para a orientação teórica deste trabalho. Isso porque Jung estudou, inclusive, os arcanos do tarô e várias outras formas dos chamados eventos extrafísicos, ou seja, casos que não podem ser comprovados pela ciência tradicional e que não são aceitos pela mesma, sendo consideradas mitos ou inverdades. De fato, os eventos analisados por Jung, como o tarô, a sincronicidade e tantos outros, não poderiam ser comprovados pela ciência empírica, cega as manifestações energéticas do homem e que não o considera como um todo, ou seja, como um ser holístico.

    Isto posto, vamos analisar, primeiramente a noção básica da Psicoterapia analítica, o conceito de personalidade total (Self). Segundo este conceito, a Psicoterapia humana se desenvolve de duas maneiras concomitantes. Primeiramente uma psique extraconsciente cujos conteúdos são pessoais. E, paralelamente, uma psique cujos conteúdos são impessoais e coletivos, o chamado inconsciente coletivo. (Magalhães, 1984).

    Por inconsciente coletivo podemos compreender uma psique mais profunda, comum a todos os humanos e sem distinção de cultura, raça ou religião. Essa psique seria formada por padrões de estruturação da personalidade nas diferentes fases da vida (infância, adolescência, relação conjugal e profissional, velhice, preparação para morte) chamados de arquétipos. (Magalhães, 1984). A explicação dos arquétipos seria a do “modo como os pássaros fazem o ninho, por exemplo, é um código inato, assim como certos fenômenos simbióticos entre insetos e plantas. Da mesma maneira o homem nasce com certo funcionamento, certo padrão que a torna especificamente humano. Este padrão está expresso nas imagens arquetípicas, ou formas arquetípicas”.( Evans apud Magalhães, 1984).

    A noção de arquétipo, postulando a existência de uma base psíquica comum a todos os humanos, permite compreender por que em lugares e épocas diferentes aparecem temas idênticos, nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de modo geral – seja nos sonhos das pessoas normais, seja no delírio dos loucos”. (Silveira apud Magalhães, 1984).

    Jung ainda coloca os arquétipos como imagens “primordiais” (Burckhardt apud Jung, 1987), ou seja, uma aptidão da mente humana de manter as imagens como elas eram nos primórdios da humanidade.

    Essa hereditariedade explica o fenômeno, no fundo surpreendente, de alguns temas e motivos de lendas se repetirem no mundo inteiro e em formas idênticas...” (Jung, 1987).

    Uma outra noção junguiana muito importante no presente trabalho é a teoria da sincronicidade, desenvolvida pelo autor. Segundo ele, a sincronicidade é a “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos” (Jung, 1971). Porém, estes fatos não são somente uma coincidência estatisticamente comprovada, mas uma manifestação do psiquismo da pessoa com a qual ocorre o fato, a sincronicidade. Jung começou a pensar nisso quando, ouvindo o sonho de uma paciente sobre um besouro, viu o mesmo besouro entrar pela janela de seu consultório. De fato, a possibilidade matemática disto acontecer com eles (médico e paciente) era remotíssima, apesar de possível, o que o fez acreditar que algo no inconsciente coletivo fazia com que os acontecimentos certos aparecessem para determinada pessoa, como um modo de mensagem que deveria ser decifrada como algo importante e que trouxesse desenvolvimento e evolução ao ser em questão. Assim “o fato psíquico modifica ou elimina os princípios da explicação física do mundo está ligado à afetividade do sujeito da experimentação” (Jung, 1971). Ou seja, os fatores da psique humana são capazes de modificar os conteúdos do mundo físico, fazendo com que ocorram as chamadas sincronicidades. A sincronicidade é, portanto, “uma percepção de uma simultaneidade de acontecimentos internos e externos, não necessariamente no mesmo momento – daí serem sincronísticos e não sincrônicos.” (Guimarães, 2004).

    1.2. Tarô – história e apresentação

    Vejamos, primeiramente, o que Banzhaf nos diz sobre o tarô:

    “O tarô é um oráculo de cartas que, em sua estrutura atual, é conhecida desde o século XVI. Consiste em 78 cartas, divididas em dois grupos principais: as 22 cartas chamadas Arcanos Maiores (do latim arcanum, que significa “segredo”) e as 56 cartas chamadas Arcanos Menores. Os Arcanos Maiores apresentam figuras ou “personagens” individuais e inconfundíveis, numerados em seqüência clara. Já os Arcanos Menores são precursores do atual baralho de jogo, pois se dividem em quatro séries de naipes” (Banzhaf, 2001).

    Para o presente trabalho vamos considerar somente os Arcanos Maiores do tarô.

    “Erupções dramáticas deste gênero usualmente significam que aspectos negligenciados de nós mesmos buscam reconhecimento.” (Nichols, 1980). Assim, o tarô utiliza-se dos arquétipos do inconsciente coletivo para nos mostrar, por meio de importantes mensagens, aspectos nossos abandonados ou deixados de lado por alguma motivação consciente ou não. A sincronicidade entra na escolha de cada uma das cartas escolhidas pelo consulente ou pelo tarôlogo. Assim, não é a toa que uma determinada carta é puxada quando o consulente concentra-se em um determinado aspecto de sua vida. O tarô responderá de acordo com a energia psíquica que aquela pessoa desprende no momento da jogada.

    Veja bem, não se trata de uma mágica barata. É toda uma teoria psicológica que respalda os indícios de que as figuras que aparecem no tarô representam de alguma maneira aspectos de nosso inconsciente coletivo. Assim, as cartas podem ser utilizadas por qualquer pessoa, a qualquer tempo. São atemporais como o é o próprio inconsciente, onde não se separa presente, passado ou futuro. Os eventos apresentados nas cartas do tarô podem tanto vir de eventos futuros (aparecendo como previsões) como de eventos passados ou presentes, exatamente pela atemporalidade do aspecto inconsciente. O importante é saber que esses aspectos, quando solicitados pelo consulente no momento da consulta de tarô, aparecerão de acordo com a sua importância na vida psíquica da pessoa, ou de aspectos escondidos que precisam vir à tona (ou seja, eventos inconscientes que precisam ser conscientizados) de coisas que já aconteceram, como de eventos que tem um potencial para acontecerem no futuro e que, de alguma maneira, ainda poderão ser modificados. Por isso que não podemos falar em destino como uma tabula rasa escrita por alguma outra força que não esteja em nós mesmos, mas sim como uma possibilidade dentro dos eventos da vida da pessoa que serão levados a cabo de acordo com cada uma de suas escolhas.

    Assim, os arquétipos representarão o encenar de uma peça que já acontece há muitos séculos, desde os primórdios da civilização, mesmo que mude seu cenário. Por isso a grande quantidade de diferentes modelos de tarô, de diferentes épocas, religiões e conceitos. O aspecto principal é que as figuras não mudam, os arquétipos são apresentados sob diferentes roupagens, mas sempre serão os mesmos.

     

    2. Material e metodologia

    2.1. O método do tarô terapêutico

    O método do tarô terapêutico é de uso e aplicação simples, mas com grande poder de síntese do processo principal pelo qual a pessoa está passando. Separam-se os 22 arcanos maiores do tarô e é pedido que o consulente embaralhe as cartas concentrando-se, principalmente, no motivo real de seus problemas atuais. O consulente também pode se concentrar em um problema específico. Logo após, o terapeuta abre o baralho à sua frente, de maneira que todas as cartas fiquem viradas para baixo e seja possível puxar qualquer uma delas. Ainda concentrado, o consulente precisa puxar uma única carta, que será o motivo da meditação durante todo o restante da sessão. O terapeuta precisa explicar o máximo sobre a carta em questão e pedir que o consulente faça suas associações com os problemas pelos quais está passando ou conte uma história do que acha que está acontecendo na figura. Assim que terminar o processo, o terapeuta já saberá em quais aspectos da carta é preciso atuar .

     

    3. Resultados

    A seguir, apresentam-se as cartas do tarô e as possíveis associações terapêuticas:

    O Louco“O louco é o andarilho, enérgico, ubíquo e imoral” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa imatura, criança, dependente ou infantil. Não quer se responsabilizar pela sua própria vida ou precisa parar de procurar um “papai” que lhe resolva os problemas. Parar de culpar os outros pelas nossas responsabilidades.

    Representa a pessoa que precisa soltar-se mais, soltar a sua criança interior e impulsionar em direção à vida e ao futuro. Pode representar pessoas que tem um louco dentro de si, mas tornaram-se metódicas e enfadonhas, atingindo um alto grau de depressão ou desespero sem motivo. Pode evocar estados de síndrome do pânico, onde toda a energia represada precisa ser solta de alguma maneira. Também evoca a energia presa que gera estados de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

     

    O Mago “O mago é capaz de realizar sua mágica diante de nós, bastando para isso que assistamos às suas representações.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Aqui está uma pessoa que se esconde no seu lado ativo, masculino e faz, faz, faz para não parar e olhar para si. Não suporta o silencio e precisa sempre de estímulos ou tarefas.

    Pessoas muito ligadas com o superficial, identificadas quase que totalmente com o ego, que precisam do outro para se sentir queridas, amadas ou reconhecidas. Falta de reconhecimento da realidade, pessoas muito iludidas ou presas a fantasias. Precisa aprender a se conhecer, a olhar mais para si mesmo independente do que estão ou não fazendo.

     

    A Sacerdotisa“Dela é o reino da profunda experiência interior; dela não é o mundo do conhecimento exterior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A pessoa que precisa acalmar-se, olhar para si mesma e escutar a voz do coração. Tem dificuldades com a sua ternura, em demonstrar sentimentos, sendo introspectiva, tímida e desconfiada.

    Representa a pessoa que não consegue se ligar à sua espiritualidade por não estar ligada ao seu lado feminino ou tem uma máscara de espiritualidade para não mostrar seus verdadeiros sentimentos. São mulheres com dificuldades no feminino sagrado e homens que não conseguem acessar sua porção mulher, gerando machismo e falta de respeito pelo feminino. Mulheres que perderam a intuição por conta do mundo competitivo em que vivemos e do acúmulo de tarefas. Pessoas que, em geral, precisam refazer seu contato com o seu espírito. Mulheres com forte TPM por conta desse distanciamento.

     

    A Imperatriz “É, portanto, a Imperatriz quem faz às vezes de ponte entre o Mundo Mãe de inspiração e o Mundo Pai de lógica e laboratórios...” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: É aquela pessoa que cuida de todo mundo, menos dela. Uma pessoa que se trava em detrimentos do que os outros vão pensar ou sentir por ela. A mãe superprotetora ou a filha problemática e dependente entram neste arquétipo também.

    Pessoa travada no seu processo criativo por afastamento do seu lado feminino. Falta de inspiração para mudar o que precisa ser mudado. Excesso de “amor”, relacionamentos destrutivos e sufocantes. Falta de fertilidade e de prosperidade. Excesso de dramaticidade do real. Precisa se dar permissão para viver mais as coisas boas da vida e cuida de si como cuida dos outros.


     

    O Imperador – “Aqui começa o mundo patriarcal da palavra criativa, que inicia o domínio masculino do espírito sobre a natureza.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa que dedicada demais a tudo o que é prático e racional, justamente por saber que isso lhe falta de maneira natural. Pessoa controladora (de si e dos outros) ou, se for para o outro lado, revoltada com todas as figura de poder.

    Falta de senso prático. Excesso de ilusões e fantasias. Falta de concretude. Problemas com figuras de poder, como chefes. Racionalizar demais como mecanismo de defesa. Falta do princípio da ação, pessoa acomodada. Falta contato com a realidade, vive no mundo mental, das idéias sem concretizar nada. Problemas em se destacarem do todo e em encontrar soluções na vida profissional. Saber que é o senhor de si, seu próprio imperador, e necessita incorporar o arquétipo para ser mais si mesmo.

    O Sumo Sacerdote – “... a personificação exteriorizada da luta do homem pela conexão com a divindade – da sua dedicação à busca do significado, que coloca o homem acima dos animais” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa que está distante de si e sempre precisa do outro (que acredita ser mais inteligente) para resolver as suas questões internas. Pode identificar pessoas que precisam sempre de um mestre, um guru ou qualquer coisa assim para chegar a Deus.

    Perda da ponte entre Deus e o homem. Crenças infundadas. Necessidade do outro para ver suas próprias questões. Projeção. Inveja. Falta de consciência do seu poder espiritual. Complexo de herói. Afastamento da parte sagrada do Self. Fanatismo religioso. Precisa aprender a ser o seu próprio mestre interior e confiar nas coisas que faz e diz, sem deixar suas decisões nas mãos de outras pessoas. Sair do mental e entrar mais no sentir.


     

    O Enamorado – “Podemos ver nesse moço a personificação do jovem e vigoroso ego, pronto para enfrentar a vida e seus problemas sem a ajuda de ninguém.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Fragilidade do ego. Fraqueza para tomar decisões. Excesso de indecisão. Processo de fuga dos conflitos. Excesso de fantasia como fuga da realidade. Não consegue se conectar com a mãe interna, não cortou o cordão umbilical da mãe real. Dependência emocional. Imaturidade. Enfrenta uma dualidade, utilizando fatores internos para não assumir a responsabilidade por si. Deixar sua indecisão e escolher seguir a sua alma, escolhendo o que precisa para crescer.

    O Carro – “ A jornada exterior não é apenas um símbolo da jornada interior, mas também o veículo para o nosso autodescobrimento” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Inflação do ego. Falta de equilíbrio e discernimento. Ter energia, mas não ter objetivos claros. Instabilidade emocional. Somatização de doenças por conta do emocional. Estados de mania e ansiedade. A pessoa que “coloca o carro na frente dos bois”. Medos infundados. Estagnação. Medo de tomar as rédeas e de dirigir.

    A pessoa completou um ciclo de sua vida e está sentindo necessidade de mudanças, principalmente a procura da sua independência e autonomia. Pode se apresentar como excessivamente independente, auto-suficiente e desapegado, ou o contrário. Nos dois casos denota a sua fraqueza e carencia afetiva. Deve realizar essa mudança profunda, esquecer o passado e ouvir mais o coração.

     

    A Justiça – “O equilíbrio é a base da Grande Obra” (Aforismo alquímico apud Nichols, 1980)

    No processo terapêutico: Estado de regressão infantil, pois tenta passar o tempo todo uma idéia de pessoa perfeita, somente para agradar aos outros. Pessoa que usa a raiva contra os outros e comete crimes. Auto-culpa acentuada. Falta de equilíbrio mental. Mudanças repentinas de humor. Falta de responsabilidade no sentido de não entender que o Universo nos manda o que precisamos. Sentimento de injustiça ou de ser o seu próprio juiz, julgando a si e aos outros com destreza, denotando seu ego rígido. Pode significar o momento em que a pessoa percebe que não pode mais ficar nesta posição agradadora o tempo todo.

     

     

    O Eremita – “... o frade aqui retratado personifica uma sabedoria que não se encontra em livros”. (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Sentir solidão por distância do si mesmo (vazio da alma). Fanatismo religioso. Tristeza profunda. Falta de sabedoria com as experiências. Retirar-se da vida por vontade própria. Falta de senso de observação e dificuldade de introspeção. Pessoa espiritualmente atacada. Superficialidade. Desligamento do Eu Superior. Pessoa tímida e compulsivamente introvertida, sexualmente imaturo por negar sua natureza instintiva. Precisa voltar a si mesmo estando alerta pra seus impulsos internos. Perceber que as circunstancias não são o problema e encontrar sua alma.

     

    A Roda da Fortuna – “... estamos presos no intérmino girar predestinado da Roda da Fortuna? Ou essa carta nos oferece outras mensagens, mais cheias de esperança?” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Estagnação. Envolver-se demais com os problemas externos desconsiderando a sua essência. Não aceitação dos fatos da vida como naturais e excesso de sofrimento por isso. Pessoa dramática e vitimesca. Pessoa que não consegue acessar transformações e mudanças necessárias à evolução humana e espiritual. Pessoa presa ao passado, que espera que sempre as coisas se repitam. Não consegue mudar o comportamento e, consequentemente, não consegue mudar as coisas. Precisa entender a relação entre seu interno e seu externo.

     

    A Força – “As energias outrora empenhadas na adaptação exterior começarão agora a preocupar-se mais com o crescimento interior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Lado emocional exacerbado. Ser dominado pelas emoções. Falta de controle da raiva e do ódio. Violência. Doenças psicossomáticas. A pessoa não consegue aceitar as suas emoções e elas acabam o engolindo. Fraqueza física e emocional. Sexualidade desequilibrada. Indecisão quanto à própria identidade sexual.

     

    O Enforcado – “Com as mãos amarradas atrás das costas, o Enforcado se acha tão indefeso quanto um nabo. Está nas mãos do Destino” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de coragem para abandonar o velho e conquistar o novo. Acomodação extrema. Necessidade de se voltar para dentro para voltar como uma pessoa renascida. Deixar-se nas mãos do Destino.

     

    A Morte – “Na natureza nada se perde. O rei está morto. Viva o rei” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Apego. Dificuldade de aceitar as mudanças. Pessoas arraigadas às velhas formas e velhas crenças. Apego a pessoas ou situações. Carregar um cadáver que não tem mais utilidade.

     

    A Temperança – “O tema dessa carta associa a temperança à Aquário, o carregador da água, o décimo primeiro signo do zodíaco.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de equilíbrio das emoções. Pessoa muito fria ou muito calorosa. Problemas em deixar fluir a vida e resolver, de forma natural, os seus conflitos. Pessoa não consegue ver a saída porque não analisa todas as partes do problema. Problemas circulatórios. Falta de confiança no fluxo da vida. Impaciência.

     

    O Diabo – “Chegou o momento de enfrentar o Diabo” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A não aceitação dos aspectos negativos do Ego como a arrogância, a inveja, a ganância, faz com que acabemos escravos deles. Ser escravizado por sua própria sombra por medo de enfrentá-la. Pode tornar-se uma pessoa malévola para si mesmo, descuidando de si por sentir-se culpado e gerar doenças e tragédias. Abertura de mediunidade não trabalhada, que leva a problemas espirituais. Falta de proteção. Promiscuidade e mau uso da sexualidade.

     

    A Torre – “Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Preso a padrões mentais destrutivos e antigos. Não consegue se jogar de sua prisão inconsciente. Preso a crenças antigas ou a situações desagradáveis. Pode representar uma pessoa que passou por uma destruição (como tragédias e problemas de saúde) e não consegue se reestruturar do trauma. Falta de fé na intervenção divina e em si mesmo. Falta de autoconfiança.

     

    A Estrela – “Não usando nenhuma proteção ou máscara, releva a sua natureza básica” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Espiritualidade usada para ter poder. Egoísmo. Inflação do ego. Arrogância e falta de preocupação com o outro. Falha nos projetos. Estagnação dos projetos de vida. Confunde aquilo que se é na essência com a sua máscara. Falta de contato consigo mesmo.

     

    A Lua – “... o próprio herói está ausente” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Loucura, depressão profunda. Não consegue enxergar as saídas para nenhum problema. Estado catatônico. Se perder o contato com a consciência, estados psicóticos. Mediunidade se confunde com problemas psiquiátricos. Perda do limite entre a razão e a loucura. Tendência a vícios. Baixa auto-estima. Síndrome do pânico.

     

    O Sol – “... onde a vida não é mais um desafio a ser vencido, mas uma experiência a ser desfrutada.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Tristeza, aprisionamento do ego, falta de auto-estima e de autoconfiança. Pessoa não consegue ser feliz com o que tem, não consegue ver as pequenas alegrias da vida. Mau humor. Hipocrisia. Critica demasiada. Orgulho. Vaidade.

     

    O Julgamento – “O Julgamento dramatiza o momento da ressurreição espiritual de diversas maneiras.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Desequilíbrio. Ficar preso na experiência em si e não na sua análise. Resistência a mudanças. Depressão, tristeza e falta de discernimento e senso crítico. Racionalizar demais as emoções ou dramatizar demasiado. Dificuldade de impor limite e dizer não. Culpas.

    O Mundo – “Chegamos à culminação da longa jornada” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de elementos no ego. Fracassos acumulados. Pessoa que não consegue concluir o que começou, pois sente que se perdeu. Sensação de estar perdido, de ter esquecido algo no meio do caminho. Problemas de memória. Falta de conscientização. Coloca a culpa de tudo nos outros e não assume a sua responsabilidade. Idealização demasiada das pessoas e das situações.

     


     

    1. Discussão

    Notamos que o tarô há muito deixou de ser um instrumento apenas usado por “curandeiros” ou até mesmo charlatãs para tirar dinheiro das pessoas em praça pública. Não que isso, infelizmente, não exista, assim como existem as sombras de todas as profissões. O tarô é apresentado aqui como mais uma ferramenta de entendimento do ser humano, de análise profunda de sua psiquê de que como isso tudo poderá ajudar o cliente a encontra um ponto dentro de si mesmo que o ajude a encontrar seu equilíbrio.

    Hoje sabemos das relações entre o psíquico e o físico, por exemplo. Com certeza, um desequilíbrio psicológico ou energético, ou até mesmo uma maneira errônea de encarar determinadas fases naturais da vida, poderiam acarretar qualquer um destes problemas físicos. Assim, quando quer profissional terapeuta holístico identifica um desequilíbrio pode, ao mesmo tempo, identificar um padrão psicológico que precisa ser mexido e mudado pela pessoa, para que o completo restabelecimento do cliente aconteça. Aqui, o tarô poderia fornecer o momento arquetípico do cliente e auxiliar no uso de quaisquer outras técnicas, já que sua função é somente “retirar” da inconsciência aquilo que lhe é necessário saber.

    Nota-se também que cada uma das cartas tem mais de uma possibilidade de interpretação. Esse aspecto deve ser levado em conta e procurar encontrar o exato ponto de confluência entre a carta e a história relatada pelo cliente. Assim, pode-se precisar a avaliação sem margens de erros. Por vezes, pode ser necessária mais de uma sessão para que o processo de associação livre fique claro e livre de interferências.

     

     

    1. Conclusão

    Fica esclarecido neste trabalho como o tarô pode ajudar em qualquer processo de mudança e de melhora que o cliente esteja passando, tanto para orientação da técnica a ser utilizada a seguir, quando do tempo arquetípico em si.

    De fato estes estudos e a maneira como ele pode ser usado dentro da sessão terapeutica ainda não estão finalizadas. Ainda podemos perceber que existe muito a estudar e pesquisar sobre o tema, inclusive com o relato direto de casos e comprovações. Este trabalho apenas se propôs a demonstrar as coincidências teóricas que podem ser levadas a cabo ao longo de um processo terapêutico. Este trabalho foi o início de uma jornada arquetípica para, uma vez mais, desenvolver técnicas que ajudem as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida e, em muitos casos, estabelecer a harmonização de suas feridas emocionais mais profundas. Tanto na evolução da humanidade, num contexto geral, como dos seres humanos, no contexto individual.

     

    1. Referências bibliográficas

    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

     

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994.

    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo. Editora Madras.2004.

    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004.

    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964

    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999.

    JUNG.C.G. Psicoterapia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.

    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.

    NICHOLS, S. Jung e o Tarô: Uma jornada arquetípica. Edição 9.São Paulo.Cultrix.2000

    PIERI.P.F. Dicionário Junguiano.. 1ª edição. São Paulo. Editora Vozes. Paulus Editora. 1998.

    PRAMAD,V. Curso de tarô e seu uso terapêutico. 3º edição. São Paulo. Madras. 2008

    RAPPAPORT, C.R. Teorias da personalidade em Freud, Reich e Jung. 1ª edição. São Paulo. EPU. 1984.

     

     

    1. Anexos e Apêndices

    Tabela 1 – Significado arquetípico das cartas do tarô

    Arcano

    Nomenclatura

    Significado

    0

    O Louco

    É a carta que não tem número. Liga o mundo real ao mundo espiritual .O inconsciente na sua forma mais pura, lado instintivo. Por saber usar esse lado instintivo, é ele que impulsiona nossas vidas para frente.

    1

    O Mago

    Inicio do processo de individuação proposto por Jung. Começo do pé na realidade da vida. Pode ser tanto mágico criador como embusteiro. Energias domesticadas, elementos para começar no caminho da vida. Porém, pode criar ainda as ilusões, aparência da realidade. Sugere ação.

    2

    A Sacerdotisa

    Representa o princípio feminino da divindade, o yin primário e as deusas femininas. Receptividade. Passividade. Contenção e tradição. Persistência, amor e paciência feminina. Experiência interior. Espiritualização.

    3

    A Imperatriz

    O princípio feminino no sentido Terra, Mãe, mundano. Capacidade criativa. Poder do amor. Sociabilidade e socialização. Ação e conclusão. Criação. Capacidade intuitiva. Inspiração.

    4

    O Imperador

    Princípio masculino yang. Racionalidade. Princípio da realidade. Ação. Consciência. Responsabilidade. Figuras masculinas de poder (pai, chefe). Mente.

    5

    O Sumo Sacerdote

    Liga o mundo interno e externo de maneira mais consciente. União do masculino e do feminino sagrado. Ponte entre o homem e Deus. Contato do homem com o seu espírito. Consciência do poder espiritual. Principio masculino e racional da espiritualidade.

    6

    O Enamorado

    Conflito. Princípio da realidade. Consciência. Desejos antagônicos. Romper o cordão umbilical. Encontrar a força dentro de si. Dúvidas. Ligar a vida espiritual e emocional. Conflito como fonte de crescimento e evolução.

    7

    O Carro

    A viagem pela vida. Autodescobrimento através das vivências e experiências. Ação. O próprio corpo do consulente. Estabilidade. Proteção.

    8

    A Justiça

    Dualidade humana. Inocência e culpa. Equilíbrio. Responsabilidade gerada pelo conhecimento. Fim das ilusões e da inconsciência. Poder de discriminação entre o certo e o errado. Necessidade de pesar as coisas. Opostos trabalhando juntos.

    9

    O Eremitha

    Necessidade de solidão e meditação. Encontrar os significados interiores. Espiritualização. Observação. Sabedoria. Aspectos ligados à mediunidade.

    10

    A Roda da Fortuna

    O dentro e o fora. O eterno girar da vida e dos acontecimentos. Dentro é a essência e fora o acontecer. Equilíbrio quando no meio da roda, olhando a situação de dentro e deixando com que as coisas aconteçam. Mudanças. Nascimento e morte. Uso do instinto e do mental como forma de equilíbrio.

    11

    A Força

    Força do instinto. Domínio das emoções através da anima (força feminina). Domínio do nosso lado animal. Sexualidade equilibrada. Emoções equilibradas. Força interior.

    12

    O Enforcado

    Período de transição. Abandono de velhas atitudes e se deparar com o novo. Necessidade de coragem e sacrifício. Acomodação. Traição das velhas tradições.

    13

    A Morte

    Transformações, mudanças repentinas. As grandes fases de mudanças. Morte do velho para renascer o novo. Período de desapego. Revitalização. Renovação.

    14

    A Temperança

    Temperar as emoções. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Emoções profundas e desafios da alma. Dissolução das velhas formas e o desatamento de nos rígidos. Situações de conflito em que se deve ser os dois lados da moeda.

    15

    O Diabo

    Estagnação. Energias negativas circundando a questão. Nossa sombra, nosso lado negro e cruel. Arrogância, orgulho, inveja, cobiça. Magia negra.

    16

    A Torre

    Destruição das velhas crenças e das velhas formas de viver. Quando não é mais possível, pela própria ordem natural das coisas e do Universo, manter uma situação que não está de acordo. Pode representar a ira e a intervenção divina.

    17

    A Estrela

    Auto-aceitação da sua natureza básica. Ligação com a alma e não somente com o Ego. Entendimento. Compreensão do todo. Intuição e luz. Espiritualidade. O pessoal e o transpessoal.

    18

    A Lua

    Aquilo que está escondido na noite do inconsciente. Depressão. Fuga da realidade para o mundo interior. Mediunidade. Desolamento. Infertilidade. Mergulho no deserto do inconsciente.

    19

    O Sol

    Alegria. Consciência. Auto-estima elevada. Sensação de liberdade. Inocência infantil. Prosperidade. Proximidade com a nossa natureza e aceitação desta.

    20

    O Julgamento

    Finalização de processo. Separar o joio do trigo para um novo recomeço futuro. Análise profunda das situações da vida. Equilíbrio entre a razão e a emoção, sensação e intuição. Aceitação das mudanças.

    21

    O Mundo

    Eu como centro do equilíbrio psíquico. Interação dos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água). Integração dos aspectos femininos e masculinos, negativos e positivos do ego. O ego está completo e se sentindo pleno de sentido. Vitória. Triunfo.

    Fonte: “Jung e o Tarô – uma jornada arquetípica” – Sallie Nichols – Ed.Cultrix

    Autor: : Andrea Pavlovitsch - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 06/05/2008 13:38


    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Simone Kobayashi de NoronhaTerapeuta Holística – CRT 37166

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2008

    Agradeço aos meus colegas, que a cada Congresso que nos encontramos, trocamos experiências e energia, acrescentando apoio e conhecimento na minha trajetória.

    Agradeço ao Sinte, pela dedicação a nós todos, pelo suporte à Terapia Holística, aos Terapeutas Holísticos e a mim; e às pessoas do Sinte, pelo carinho, atenção e cuidado com que nos tratam e atendem.

    Sumário:

    I Resumo

    II Introdução

    III Metodologia

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    V Cristalopuntura

    VI Aplicação Terapêutica

    VII Bibliografia

    I Resumo

    A acupuntura faz parte da terapia tradicional chinesa, uma prática com cerca de cinco mil anos, e consiste na inserção de agulhas metálicas na pele para reequilíbrar a pessoa como um todo - o físico, o mental, o emocional e o energético.

    Mas, nem sempre as pessoas sentem-se confortáveis para fazer acupuntura. Temos outros estímulos (sem ser as agulhas) que podem ajudar nas dificuldades e desequilíbrio encontrados. Dentre esses estímulos podemos utilizar as pedras e cristais, que de uma forma menos física, mas mesmo assim eficiente e rápida ajuda a estabelecer o equilíbrio e o bem-estar.

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    II Introdução

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    III Metodologia

    Descobrindo-se pelos Pontos de Alarme os movimentos em desequilíbrio e os meridianos relacionados, pelo toque no caminho do meridiano, os pontos que estiverem mais doloridos serão os que necessitam ser estimulados. Cabe ao Terapeuta Holístico capacitado, a melhor escolha (entre as pedras e cristais) mais adequadas ao momento do cliente e relacionadas aos 5 Movimentos Chineses ,para ajudar a harmonizar o cliente e equilibrar o seu momento.

    Da mesma forma que a acupuntura tradicional, a Cristalopuntura baseia-se nos 5 Movimentos Chineses e o equilíbrio do corpo físico, mental, emocional e energético através da estimulação de pontos nos meridianos.


    Trabalhar esses processos terapêuticamente é acrescentar a habilidade de lidar com os sentimentos e os desequilíbrios de uma forma mais consciente, leve e saudável.

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    Pedras: popularmente pedra é o nome coletivo para todos os constituintes sólidos da crosta terrestre; agregados naturais de minerais, e ainda podem ser separadas por preciosas e semi-preciosas, ou seja, podem ser caras ou baratas. Mas o valor comercial não é motivo para que sejam divididas assim, já que é uma distinção arbitrária, confusa e desnecessária.

    Cristais: é um corpo uniforme com um retículo geométrico, normalmente apresenta forma limitada externamente por superfícies planas e lisas, e em um arranjo ordenado dos átomos da estrutura de um composto.

    Gemas: designação coletiva para todas as pedras ornamentais. Não há, na verdade, uma linha divisória definida entre pedras mais ou menos valiosas, preciosas ou semi-preciosas. Todas elas são minerais, materiais inorgânicos naturais com uma composição química fixa e estrutura interna regular (com exceção das pérolas, do âmbar e do coral).

    Assim definido, fica mais fácil de explicar a razão de utilizarmos os termos Pedras e Cristais e não o termo gema, pois nós não utilizamos somente as ornamentais e sim toda e qualquer pedra que traga benefícios terapêuticos.

    V Cristalopuntura

    Já sabemos que os cristais funcionam como amplificadores de energia nos processos de equilíbrio e autoconhecimento e a sua força consiste na capacidade de ampliar e direcionar nossos próprios poderes e, por isso, o mais importante ao se lidar com os cristais é que conseguimos sintonizar nossas vibrações com as vibrações dessas pedras.

    Nosso objetivo nesse curso é capacitar as pessoas que Já conhecem a técnica de puntura com a junção de mais uma ferramenta de estímulo, a Cristalopuntura.

    Diferente das agulhas, as pedras e cristais dispõem de uma maior diversidade de sintonia que pode ajudar mais eficazmente na puntura para equilíbrio do cliente.

    Esses são os objetivos da utilização de pedras e cristais como estímulos na Cristalopuntura, iniciar uma busca através de autoconhecimento e nos capacitar, e aos nossos clientes, ao equilíbrio e a superação de obstáculos, alcançando a harmonia e realização interior.

    VI Aplicação Terapêutica

    Precisamos lembrar o que cada uma das pedras e cristais trazem suas características próprias para o trabalho terapêutico. Tendo, então essas características, elas também têm suas relações com os 5 Movimentos Chineses.

    Quero acrescentar que não somente a resposta às pedras e cristais dos Pontos de Alarme ou pontos doloridos nos meridianos são eficazes para a melhor escolha do estímulo, mas um conhecimento das pedras e cristais disponíveis e também um bom “ouvido” do terapeuta e ajudam a pré-selecionar alguns estímulos de referência. Com a prática, o “ouvido” guiará melhor e a resposta dos pontos confirmará ou não às escolhas.

    Pontos de Alarme: Tradição Milenar Chinesa

    A Tradição Milenar Chinesa trouxe até a atualidade como parte de sua sabedoria, a teoria dos meridianos que são caminhos de energia que circulam no nosso corpo e refletem o nosso estado energético nos corpos físico, emocional, mental, etc.

    Aqui, trabalharemos com 12 meridianos considerados principais e seus Pontos de Alarme correspondentes (o material para localização dos pontos de alarme foi disponibilizado em vídeo pelo Sinte – Sindicato dos Terapeutas)

    Para saber quais os meridianos que estão em desequilíbrio energético, vamos tocar os pontos de alarme de cada um desses 12 meridianos principais e perguntar ao próprio cliente quais (por comparação) estão mais doloridos ao toque.

    Para algumas pessoas, todo ponto de alarme é sensível, por isso, sugiro fazer por comparação entre eles e saberemos quais deverão ser trabalhados. Um bom objetivo é achar os que estariam em primeiro e em segundo lugar entre os mais doloridos. Como trabalharemos com os 12 meridianos principais, teremos 12 sequências de toque para avaliar comparativamente.

    Sabendo então, quais os pontos de alarme mais sensíveis (primeiro e segundo lugar), iremos buscar os pontos doloridos nos caminhos dos meridianos correspondentes. Por exemplo, se os Pontos de Alarme mais doloridos foram (1o. Lugar) o do meridiano do Estômago e o (2o. Lugar) o meridiano do Triplo Aquecedor, vamos buscar primeiro os pontos doloridos no caminho do meridiano do estômago e depois os pontos doloridos no caminho do meridiano do triplo aquecedor.

    Agora, como saberemos quais entre tantas pedras e cristais será a mais adequada ao estímulo nos pontos do meridiano do cliente?

    Teremos que pré-selecionar algumas pedras e cristais que tenham afinidade com o MOVIMENTO ao qual o meridiano em desequilíbrio corresponde. Somente a partir daí teremos condições de realizar testes para a escolha do melhor estímulo.

    Coloca-se em contato com a pele do Cliente (no ponto de alarme ou mesmo no próprio ponto dolorido do meridiano) cada opção pré-selecionada e verifica-se qual entre essas pedras a que diminui a a sensação dolorida.

    Pronto! Já temos o ponto a ser estimulado e o estímulo mais adequado ao momento do cliente. Agora basta deixar o estímulo (pode-se fixar pedrinhas ou cristais pequenos com “micropore”) por alguns minutos e começar novamente o processo com o 2o. Meridiano mais dolorido.

    cristalopuntura.gif


    Os Cinco Movimentos Chineses

    A base da filosofia chinesa é o Tao, que é o principio de toda a matéria, sejam as estrelas e os minerais, passando por todos os seres vivos. O Tao não se explica, ele simplesmente É.

    Dentro do conceito do Tao, entende-se que existam duas forcas opostas e complementares, em movimento constante, o yin e o yang. O yin é visto como passivo, feminino, escuro e todos os simbolismos relacionados como: a noite, a lua, a emoção, etc; e o yang como ativo, masculino, claro e também suas outras relações como: o dia, o sol, a razão, etc.

    Essas forcas estão em constante e harmoniosa oposição, mudando, movimentando e se fundindo, sempre buscando o equilíbrio. Desse movimento cria-se energia, que os chineses chamam de “chi”, ou forca vital. O “chi” flui através dos seres e dos ambientes.

    Determinando-se que se o chi está ou não fluindo naturalmente, a pessoa, o ser ou ambiente está ou não equilibrado. Se houver um desequilíbrio entre o yin e o yang o fluxo de energia vital está desarmônico.

    Nada é absolutamente yin ou yang. Um não existe sem o outro e não existe separação. Um contém em si a semente do outro, atraem-se mutualmente e se repelem ao mesmo tempo, em um movimento constante.

    Surge com esse movimento constante outra manifestação do Tao: os Cinco Movimentos. O ascendente, descendente, centrípeto, centrifugo e equilibrante; que chamamos de fogo, água, metal, madeira e terra, respectivamente. Na tradição chinesa tudo que lembre e represente um dos movimentos relaciona-se a ele. Cada um desses movimentos tem suas características próprias que podem ser relacionadas com tudo o que existe, sejam seres vivos, incluindo animais, humanos e plantas, sejam inanimados como as pedras, cristais e ambientes, e ainda, as emoções, sabores, cores, etc.

    Por exemplo, ao movimento centrífugo, como o Movimento Madeira, relaciona-se a expansão e o crescimento, aos meridianos do Fígado e da Vesícula Biliar, sentimento de raiva e extroversão, a cor verde; ao Movimento Fogo, relaciona-se com ascendente, que lembra a excitação (excesso de fogo) e a apatia (falta de fogo), o verão, o calor, os meridianos do coração, intestino delgado, circulação e sexo e triplo aquecedor, a cor vermelha; ao Movimento equilibrante chamado Terra, oque centraliza, controla, equilibra, a cor amarela, os meridianos do estômago e baço-pâncreas; ao movimento centrípeto que relaciona-se com o Metal, lembra o agregar, condensar, o contrair; e assim acontece com todos os movimentos.

    Como fazem parte de um movimento constante, o excesso ou falta de um deles, ou seja, qualquer desequilíbrio acaba afetando o Todo, por meio de suas relações.

    Em suas interações temos a Lei da Geração ou Mãe-Filho: Madeira nutre o Fogo, que forma a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, de onde nasce a Água que nutre a Madeira, que volta ao início do ciclo fechando-o. E a Lei da Dominância ou Dominante-Dominado: a Madeira consome a Terra, que absorve a Água que domina o Fogo, este derrete o Metal ou Rocha, que corta a Madeira.

    Pensando assim, as pedras e cristais por formarem-se na Terra, relacionam-se ao Movimento Metal e tendem para a interiorização, introspecção, mas um olhar mais atento nos faz observar as interações de outros movimentos.

    Assim como cada um dos movimentos contêm dentro de si os outros, os detalhes de cada pedra ou cristal nos guiaria para a relação mais focada com os 5 movimentos, como: a água-marinha, e sua óbvia relação com o movimento ?gua, o quartzo fumê, que tornou-se “fumê” pela exposição prolongada ao calor (Fogo), a ágata com suas camadas concêntricas de expansão (Madeira), e assim com todas as outras pedras, não só observando as características físicas, mas também os simbolismos e associações com os nomes, histórias, usos e costumes relacionados a elas.

    VII Conclusões

    Em todo trabalho de Terapia Holística desenvolvido com aprofundamento, vemos que não existem tabelas a serem seguidas. O melhor meio para se aproveitar de todas as características e possibilidades que as diferentes técnicas nos trazem é o aprofundamento do conhecimento, seja para aprimorar nossa própria busca de equilíbrio e harmonia, e/ou pela melhor relação entre o momento do cliente e a escolha da técnica ou estímulo.

    VII Bibliografia

    Boström, F. - A sabedoria das pedras - Ed. Best Seller, 1994.
    Boström, F. - O Mago dos Cristais - Círculo do Livro, 1994.
    CavalcantE, V. - O equilíbrio da energia está no salto do tigre - Ed. Objetiva, 1998.
    Duncan, A. - ABC dos Cristais - Ed. Nórdica.
    Duncan, A. - Caminho das Pedras - Ed. Nórdica, 1998.
    Noronha, S. - Pedras e Cristais: Em Busca do Equilíbrio - Ed. Sinte, 2006
    Raphael, K. - Transmissões Cristalinas: Uma Síntese de Luz - Ed. Pensamento, 1997.
    Raphael, K. - A Cura pelos Cristais - Ed. Pensamento, 1995.
    Raphael, K. - As Propriedades Curativas dos Cristais e das Pedras Preciosas - Ed. Pensamento, 1996.
    SINTE - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias - www.sinte.com.br
    Schumann, W. - Gemstones of the World - Sterling Publishing, 1997.
    Vieira Filho, H. - Tutorial Terapia Holistica, Sinte, 2004.
    Weil, P. - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real, Ed. Palas Athenas, 1990.

    Autor: : Simone Kobayashi de Noronha - Terapeuta Holística – CRT 37166
    Última atualização: 13/05/2008 14:44


    Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade-Desmistificando a Kundalini

     Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade - Desmistificando a Kundalini

    Mitiyo Oshiro Takemoto
    Terapeuta Holística
    CRT – 38660


    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2008

    Sumário

    Introdução ............................................................................... iv

    Sahajoli e Seus Benefícios.........................................................v

    - História.......................................................................................v

    - Cultura Ocidente e Oriente........................................................ vi

    Sexo.......................................................................................... vi

    Dois Cérebros........................................................................... vii

    Três Veículos.............................................................................vii

    Cérebro......................................................................................vii

    Órgãos do Corpo.......................................................................viii

    Órgãos Sexuais..........................................................................viii

    Os Três Tan Tiens.....................................................................viii

    Tantra.........................................................................................ix

    Vantagens da Pratica Sexual......................................................x

    - Os órgãos sexuais e o Cérebro..................................................x

    Rejuvenescimento (dentro das técnicas Taoistas)......................x.

    - A importância da Saliva...........................................................xi

    - Esperma....................................................................................xi

    Kundalini....................................................................................xii

    Sexualidade.................................................................................xii

    Reeducação Sexual.....................................................................xiii

    - Filosofia do Chi........................................................................xiii

    - Chacras, Tantrismo, Budismo e Hinduísmo..............................xiii

    O Cultivo da Energia Sexual e Espiritual..................................xiv

    Os Órgão Sexuais e o Cérebro...................................................xiv

    Material e Metodologia..............................................................xiv

    Discussão....................................................................................xv

    Conclusão...................................................................................xv

    Bibliografia................................................................................xvi


    Introdução

    SEXUALIDADE, ENERGIA E RELACIONAMENTOS.

    A relação entre homens e mulheres tem desconcertado e confundido filósofos, cientistas e pensadores ao longo dos tempos. A sexualidade é uma “doença” que abarca as páginas da história de todas as sociedades. É um ritual que tem absorvido as atividades humanas através das eras e que ainda constitui um dilema para as culturas atuais. Diante de algo que existe há tanto tempo e que faz parte da vida de toda criatura ao longo da história, poderíamos pensar que a raça humana já fosse especialista no tema da sexualidade. Entretanto, ainda hoje, os relacionamentos sexuais continuam ofuscando e confundindo profundamente o espírito das pessoas. Por um lado, criam paixão e amor, acendem o romance e o prazer, despertam as chamas do desejo que tornam a vida digna de ser vivida, mas, por outro lado, a sexualidade é também uma fonte de destruição e negatividade, a causa de infinitos problemas na sociedade. Os taoistas não vêem o sexo ou a energia sexual como uma questão moral. Para eles é mais uma questão de saúde. Assim que você começar a entender sua energia, como ela é e para que realmente existe, você terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhar com ela e como interagir com as pessoas ao seu redor, especialmente com o sexo oposto. A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidos nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultuando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente. A saúde sexual depende intrinsecamente da energia sexual, é a energia mais potente que existe, pois é uma energia criativa, a energia criativa é a pura energia da vida, a sexualidade se manifesta o tempo todo no universo, desde a natureza, plantas, flores, animais e nós humanos, ela flui no universo o tempo todo, ela é um dom que recebemos e que tem que ser utilizada, a natureza deu e a natureza cobra, a pessoa que não sente atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa dos bloqueios energéticos. Sobre a energia sexual se envolve vários assuntos, um deles é a energia da Kundalini.

    Sahajoli e Seus Bebefícios

    O Sahajoli se resume basicamente em exercícios para fortalecer os músculos vaginais e região pélvica. Em primeiro lugar estaremos passando as técnicas de como proceder esse exercício. Em primeiro lugar trabalha-se o fortalecimento de todo assoalho pélvico (vagina, uretra e anus) e é chamado de Uddiana Banda, ou seja, com essa pratica trabalha-se todos os esfíncter, anal, vaginal e uretra através das contrações dos anéis da vagina, anus e uretra. Na segunda fase desse exercício aprende-se a sugar e não apenas apertar para cima os músculos e esfíncter. Conforme ofortalecimento de todo assoalho pélvico, estaremos alcançando o sahajoli, vajroli e amaroli, pois a energia flui até chegar no bindu (comparada a energia do orgasmo). Exercícios para os homens(aqui a intenção é preservar o bindu, ou seja preservar o semen, pois com a ejaculação perde-se a energia e acelera o envelhecimento). Bindu é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico, é um fio que liga o cérebro, medula e órgãos sexuais.

    HISTÓRIA

    Sahajoli é uma arte milenar das mulheres orientais. Antigamente o Sahajoli era praticado naturalmente. Os pais orientavam seus filhos naturalmente com relação a este legado, através do sistema Paran Paran; quer dizer oralmente, nada de leituras ou escritas. Entre os nobres: o pai da jovem contratava uma orientadora, mestra na arte de amar, com a finalidade de preparar a jovem moça Shakti “Deusa do Amor” com intenção de entregar ao pretendente Shiva “Deus do Amor”. Assim se formava um casamento perfeito, inabalável. Com a invasão dos ingleses, devido ao moralismo vitoriano, eles foram proibidos de praticar e caiu no esquecimento.

    Há aproximadamente dois séculos, as prostitutas orientais, as gueixas, se apoderaram dessa técnica para obter mais lucro, ganhar mais clientes. Na China, os Ensinamentos Sexuais da Tigresa Branca, Segredos das Mestras Taoistas –Hsi Lai – ainda existe em grupo secreto, um treinamento concentrado de três anos, com a finalidade de educar e reeducar no “refinamento” aperfeiçoamento para a “imortalidade” sexual e espiritual (valorização da mulher). Esse sistema é compatível com o Tantra.

    No ocidente, o sahajoli feminino se tornou conhecido através do Dr. Kegel, médico americano que popularizou os exercícios de contração vaginal, trazendo muitos benefícios à saúde e sexualidade da mulher. Tomemos como exemplo a cura de muitos casos de incontinência urinária, queda de útero e bexiga. Assim como mulheres antes consideradas frígidas, após aprenderem as técnicas conseguem prazer e orgasmo.

    As praticantes de sahajoli, tem uma aparência mais jovem em conseqüência do reequilíbrio hormonal obtido através destes exercícios. Um famoso mestre de yoga da Bélgica, André Lysebeth diz em seu livro que uma praticante desta técnica ancestral será mais apreciada do que qualquer outra mulher, e não será trocada nem por uma bela rainha.

    O sahajoli entre as mulheres está rapidamente se tornando popular em nosso país para a felicidade de muitos casais que hoje desfrutam deste criativo e saudável em suas relações sexuais.

    O sahajoli masculino, isto é, os movimentos com a musculatura do pubococcigeo no homem, além da movimentação voluntária do esfíncter anal e períneo chamados de exercícios do mulabhanda no yoga, incluindo também os vários tipos de movimentos pélvicos e penianos, que praticados pelos homens, melhora a circulação da áreas pélvica, aumentando consequentemente a potência e o prazer do praticante.

    Os homens que praticam possuem vitalidade e potência sexual até a longevidade, pois em várias regiões do Oriente estes exercícios são utilizados naturalmente no dia-a-dia. Esse conhecimento provém de ensinamentos legados de seus antepassados.

    São homens que realmente fazem amor por horas seguidas, dando mais prazer as suas companheiras. Este conhecimento é fundamental para a prática do sexo Tântrico. A saúde sexual eleva a totalidade do indivíduo (auto estima).

    CULTURA: OCIDENTE E ORIENTE

    Cultura Ocidental: é patriarcal (machista, possessivo, ciúmes, violência, muita dor, remorso, guerra). A mulher não tinha o direito de ter prazer sexual. Os inquisidores da igreja condenavam severamente.

    Cultura Oriental: é matriarcal (paz, amor, compreensão, respeito, não ciúmes). Culto a mulher, a mulher (divindade).

    SEXO

    Dakshina marga – perda do Bindú (ejaculação) é ocidental, primitivo, inferior, meramente físico e mecânico. Resultado: fadiga, cansaço.

    O sexo é feio, vergonha, dão nomes ou apelidos feios aos órgãos genitais: cheios de preconceitos e proibições. Hoje o sexo é liberado sem freios!? Vama marga – manter o Bindú (orgasmo), é oriental, superior, evoluído – é um fenômeno físico-psíquico-emocional. Resultado: saúde e vitalidade, devido a Energia da Kundalini (Energia Vital). Ativa todos os órgãos internos e os chacras, do primeiro até o sétimo chacra. Nesse caso podemos dizer que atingiu o nirvana (iluminação-conceito taoista). Os orientais dão nomes poéticos aos órgãos genitais como: Flor, Rosa, Margarida, Orquídea, Girassol, etc.

    2 CÉREBROS: primeiro cérebro cabeça e segundo cérebro intestino

    Relação Intestino e o Cérebro.

    A ciência e as pesquisas médicas têm demonstrado através de estudos recentes a importância do sistema gastrintestinal e mais especificamente do intestino, para a manutenção da saúde e do bem estar. O intestino passou a ser reconhecido como um ''órgão inteligente'' por sua capacidade de selecionar entre o que comemos, o que nos é ou não útil, e por ser o único órgão do corpo humano capaz de executar funções independentemente do Sistema Nervoso Central, chegando a ser recentemente denominado por especialistas como um ''segundo cérebro''.

    O livro do Dr. Michel Gerson, o “Segundo Cérebro”, menciona que os intestinos possuem uma rica rede neuronal, cerca de 100 milhões de neurônios (semelhante à medula espinhal) que elaboram neurotransmissores. As últimas pesquisas demonstraram que quarenta hormônios e vinte neurotransmissores são secretados também pelo eixo-cérebro-intestinal, ou seja, pelo cérebro e intestino simultaneamente, e que 80% do nosso potencial imunológico esta presente neste órgão. Com isso ao regular todo o nosso organismo os intestinos funcionam como órgãos inteligentes.

    Para que o corpo entre em equilíbrio é importante que haja uma consciência entre a conexão desses dois cérebros, para fazer circular a energia “yin e yang.”

    TRÊS VEÍCULOS OU TRÊS MENTES

    Mente, órgãos e órgãos sexuais.

    Parece que algumas pessoas estão desligadas de si mesmas e dos seus órgãos sexuais. A mente e os órgãos estão, portanto, separados. O taoísmo acredita que a mente, o corpo e o espírito devem trabalhar juntos. Os resultados dependem da assimilação de cada aluno. No Tao, aprendemos a criar um Tempo Sagrado dentro de nós. Com a técnica simples de sorrir em todos os órgãos, podemos integrar o nosso corpo, a nossa mente e o nosso espírito.

    Eles não ficam mais separados. A prática sexual conecta a mente com os órgãos sexuais e o cérebro. Forma uma ponte de ligação entre essas nossas partes e cria-se a sinergia.

    CÉREBRO

    O Cérebro pode acessar e gerar as forças superiores, mas não é fácil armazenar essa energia no próprio cérebro. Precisamos treinar o cérebro para aumentar a sua capacidade e a sua destreza em armazenar a energia. A energia do cérebro, quando aumentada até um determinado nível, podepermitir um maior numero de sinapses e ajudar a converter proteínas em células cerebrais. O Tao acredita que, com o treinamento e a pratica é possível aprender a aumentar o numero de células cerebrais e nervosas, assim como aumentar o numero de sinapses no sistema nervoso central.

    ORGÃOS DO CORPO

    Os órgãos também podem gerar energia, mas muito menos do que os órgãos sexuais e o cérebro. Eles também têm uma capacidade muito maior de armazenar e transformar energia.

    ORGÃOS SEXUAIS

    O Tao descobriu que os órgãos sexuais são os únicos órgãos que podem gerar uma quantidade significativa de energia (força vital ou kundalini).

    OS TRES TAN TIENS

    Eles também podem armazenar energia, transformá-la e fornecê-la para o cérebro, a coluna vertebral, os órgãos sexuais e os outros órgãos.

    Três mentes ou três Tan Tiens conectados significa força “YI”.

    Na pratica do Tao, armazenamos a energia nos três tan tiens, que são os reservatórios de energia dentro de nós. O Tan Tien superior (Bindú) localiza-se no cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) e, quando esta cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. Aqui armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. Todos os Tan Tiens apresentam uma face yin e outra yang. Na natureza, Yin e Yang estão presentes em todas as coisas. Pelo por do sol, o dia (Yang) se converte em noite (Yin). É muito importante sentir os aspectos de Yin dentro de Yang e de Yang dentro de Yin (nascer e por do sol). Um aspecto não existe sem o outro, pois são aspectos inseparáveis da mesma força.

    O centro Tan Tien do coração, entre os dois mamilos é o Tan Tien médio. Ele é associado ao elemento fogo. Ainda assim, dentro do fogo sempre existe água. O espírito original (Shen) é armazenado aqui (glândulas monada e timo).

    O baixo ventre a altura do umbigo é o universo, ou oceano, vazio. Queremos sentir um universo de energia no Tan Tien inferior. Dentro desse universo ou oceano, existe um fogo como um vulcão sob o oceano: “fogo sob a água” (glândulas gônadas).

    Os três Tan Tiens referem-se a esses três reservatórios de energia dentro do corpo. Esses reservatórios são lugares onde podemos armazenar transformar e coletar a energia. Os reservatórios são a fonte de energia que flui através do corpo. Os meridianos são os rios de energia alimentados por esses reservatórios.

    TANTRA (Há muita especulação em torno do Tantra)

    Definição: É uma filosofia comportamental naturalista. É basicamente o sexo, espiritualidade e Yoga. É um instrumento de elevação que leva a espiritualidade. O Tantra pede dedicação, concentração, disciplina. O Tantra organizou os rituais da Magna Mater, transformando-os em um método de emancipação que busca na psique humanda a manifestação da Shakti, a energia primordial que move o Cosmos. Este movimento teve uma forte influencia sobre a religião, a ética, a arte e a literatura indiana, havendo ressurgido com inusitada força entre 400 e 600 d.C, quando chegou a transformar-se em uma moda que acabou por influenciar os modos de pensar e agir da sociedade indiana medieval. Aqui ela se afirma, populariza e estende ainda mais, dando origem a um grande numero de correntes e manifestações filosóficas, religiosas, mágicas e artísticas algumas antagônicas. “Não se trata de uma religião nova senão de uma nova caracterização de fatos que pertence ao hinduísmo comum, mas que as vezes só se apresenta precisamente em suas formas tantricas encontra-se a marca do Tantrismo na mitologia e cosmogonia, mas, principalmente, no ritual.

    O ritual trântrico propõe um caminho chamado Caminho do Vale, que é o mais fácil, pouco movimentado e baseado no relaxamento físico e mental. Ele nos abre para um mundo de sensações e experiências desconhecidas, gera uma plenitude prolongada e a integração total entre dois seres.

    Para o Tantra o corpo é mais do que um maravilhoso instrumento ou admirável mecânica biológica: ele é divino. O Tantra nesse trabalho proposto é chamado de Tantra Branco, focado no casal e não na poligamia.

    Exercício trantrico: o mula bandha

    Este exercício também pode ser praticado por homens e por mulheres. Deitada (o), sentada (o) ou em pé coloque seu pensamento na região anal. Respire com tranqüilidade. Depois de alguns minutos tentando manter a concentração, contraia delicadamente o primeiro esfíncter do ânus, o mais externo. Depois, apertando um pouco mais, dirija sua concentração para o segundo anel muscular, enfim, contraia o eretor do ânus, levando assim os dois esfíncteres anais e períneo para dentro e para cima. Lenta e gradualmente, distinguem-se bem estes três níveis, mesmo na primeira tentativa. Depois, aperte com toda a força que puder até fazer vibrar toda região anal e períneo. Mantenha esta contração ao máximo, retendo o fôlego, por no mínimo 6 segundos. Depois relaxe, mantendo a concentração. Repita no mínimo 5 vezes seguidas.

    VANTAGENS DA PRÁTICA SEXUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    Os Órgãos Sexuais e o Cérebro

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas:”faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”(Bindú).

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Outras vantagens conseguidas através dos exercícios de sahajoli são a parada da incontinência urinária através do fortalecimento do assoalho pélvico, retardamento da ejaculação (ejaculação precoce), anorgasmia (dificuldade ou não chegar ao orgasmo).

    Pompoarismo Tantra Yoga = exercício dos músculos vaginais e do assoalho pélvico (pubococcigeo):

    • Previne desequilíbrios pelo fato de deixar os tecidos da região mais fortes e lubrificadas.

    • - Evita a queda do útero, da bexiga e incontinência urinária, previne contra hérnia, hemorróida

    e varizes.

    - Auxilia a gestante no parto normal e na recuperação pós parto.

    - Elimina a cólica menstrual, auxilia no tratamento de bloqueios, impotência, frigidez e vaginismo.

    - Ativa a circulação do sangue, harmoniza os chacras e equilibra a energia Yin e Yang.

    - Ajuda no equilíbrio da produção hormonal (rejuvenesce).

    • Mais mobilidade dos quadris e das areas pélvicas, melhora a performance da mulher no ato sexual devido ao aumento da libido.

      REJUVENESCIMENTO (DENTRO DAS TÉCNICAS TAOISTAS)

    Os antigos taoistas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres que existem dentro do corpo e que estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo, como o digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em estado ótimo de saúde é muito importante que os músculos esfíncteres se contraiam simultaneamente, estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Quando existe um desequilíbrio de energia sexual, ela é revelada nas características externas da face. Quando os músculos esfíncteres estão em desequilíbrio, os órgãos se esgotam. Essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual, pois são eles que suprem de energia o centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas gerais do corpo.

    Postura dos Três Tan Tiens e no sistema dos 7 chacras para a saúde e manutenção da coluna.

    A IMPORTÂNCIA DA SALIVA

    A saliva marca a primeira fase do desenvolvimento libidinal; para o taoista, a produção de grandes quantidades de saliva assinala as energias restaurativas do nosso corpo. Os taoistas estavam certos nesse pressuposto porque a saliva estimula e é parte do sistema imunológico. Os taoistas vão muito mais longe a seus louvores e na aplicação da saliva. Ao ser refinada, a saliva se torna muito espessa e embranquece, parecendo-se muito com o próprio sêmem. Sabe-se que os taoistas subsistem com esta saliva refinada por longos períodos, vivendo de “ar e orvalho”, respiração e saliva, como costumavam dizer. Eles alegaram que era um catalisador para se atingir a imortalidade.

    Exercícios para ativar as glândulas salivares (importante para a manutenção da saúde geral).

    Os três nós

    - Três Tan Tiens – sorriso interior

    desatar os três Granthis (nó)

    Muladhara – Anahata – Ajna

    ESPERMA

    As células do esperma são da maior importância, pois elas carregam os elementos restauradores. Segundo a bioquímica, o sêmem é quase inteiramente proteína pura, com enormes quantidades de fósforo, cálcio e vitamina C. Ele contém ainda propriedades antibióticas. De modo geral, o sêmem contém muito dos micronutrientes necessários para a saúde do organismo humano, especialmente a pele e cabelo. É muito eficaz para ajudar na restauração da juventude da mulher.

    Para os antigos taoistas, o sêmem e o sangue pareciam ser a mesma coisa: o sêmem era uma destilação do sangue. Um texto remoto alegava que quarenta e nove gotas de sangue equivaliam a uma gota de sêmem. Por esta razão, os taoistas procuravam preservar o seu sêmem, pois assim estariam preservando a própria essência da vida. Levando-se em conta os ingredientes do sêmem, esse antigo diagnóstico intuitivo não está muito longe do que a bioquímica também descobriu sobre o sêmem.

    KUNDALINI

    A energia da felicidade latente dentro da espinha dorsal, até ser ativada pelas práticas tântricas. Geralmente ela é representada como uma serpente encolhida que se move ao longo da coluna. A energia da kundalini poderá ser ativada através de exercícios tântricos e energia sexual.

    Essa é uma energia que deve ser ativada com conhecimento e orientação, levando sempre em consideração o limite de cada ser. A energia nuca morre, ela se transforma.

    SEXUALIDADE

    A energia sexual provém da melhor energia do corpo, porque ele está envolvido no processo de fornecer energia ao centro sexual. Portanto, o centro sexual é a condensação de toda energia do corpo e é essa a razão pela qual a saúde do centro sexual é necessária para a nossa saúde mental, emocional e física.

    A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Ela é a água da vida, que reabastece os jardins do templo humano. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidas nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultivando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente.

    O polo que juntamente com o clitóris proporciona intensa satisfação sexual na mulher é um ponto profundo localizado próximo ao útero na parede anterior da vagina, possui uma textura diferente dos outros tecidos vaginais e fica intumescida na excitação feminina. Esta área ficou conhecida como o Ponto G depois que o médico alemão Dr. Ernest Granferg revelou este ponto em que havendo uma excitação adequada pode aumentar o prazer e levar ao orgasmo feminino.

    O tamanho e a consistência do Ponto G variam de mulher para mulher. É melhor que a mulher sozinha descubra o seu próprio Ponto G e as maneiras e ritmos de manipular este local que lhe proporcionem prazer, dando-lhe mais autoconfiança quando estiver acompanhada do seu parceiro. A harmonia entre o casal é de extrema importância para este momento que desenvolverá uma conexão íntima e mais afetuosa entre o casal.

    Localização do Ponto G na prática para mulheres.

    REEDUCAÇÃO SEXUAL

    Desenvolver um curso no sentido de orientar homens, mulheres e adolescentes para uma prática sexual saudável, com a finalidade de preservar a família e a harmonia nos relacionamentos.

    FILOSOFIA DO CHI (DEDICADO À EVOLUÇÃO INTEGRAL DO SER HUMANO

    ATRAVÉS DA CONSCIÊNCIA)

    O equilíbrio desta energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

    A força vital é uma forma sutil de energia eletromagnética uma realidade fisiológica do organismo. As técnicas de toque físico e não físico, são usadas para mandar energia através de todo organismo “abrindo” pontos bloqueados.

    Lowen elaborou uma síntese dos conhecimentos sobre as energias do corpo e as reuniu na bioenergética, que tem como finalidade liberar as emoções acumuladas por meio de práticas.

    As atividades que tencionam as pessoas acabam por bloquear o feixo energético interior, provocando diretamente enfermidades e ou até contribuindo para formá-las. É aí que pode ser utilizada a bioenergética.

    Em 1990 Lowen publica espiritualidade do corpo. Após alcançar um extremo de polaridade, radicalizando a postura de que todo o problema era defeso contra a sexualidade, ele pôde seguir adiante em sua exploração e introduzir na Terapia um outro eixo deste pólo, a espiritualidade.

    Em 1992 Lowen colocou que o objetivo da terapia passava a ser para ele, auto-percepção, auto expressão, ou seja, conhecer-se, expressar sua verdade e ser dono de si mesmo. Passou a colocar o ego saudável como objeto principal da terapia, e a manifestação da sexualidade como uma das formas de expressão desse ego saudável.

    Chacras,Tantrismo,Budismo e Hinduismo

    A principal diferença repousa na maneira diferente de tratar os mesmos fatos fundamentais. O sistema hindu enfatiza mais o aspecto estático dos centros e suas ligações com a natureza elementar:...isso porque os chacras de um conteúdo objetivo na forma de sílabas-semente permanentemente fixas (símbolos estáticos).

    O sistema budista preocupa-se menos com o aspecto estático-objetivo dos chacras, e mais com o que flui através deles, com suas funções dinâmicas, ou seja, com a transformação da corrente de energias cósmicas ou naturais em possibilidades espirituais.

    A concepção dos chacras apresentada por DVK se assemelha ao dinamismo do sistema budista. Sistema + Movimento: é sentido e percebido = emoção-psíquico-físico-espírito.

    Sincronizadores das energias emocionais, mentais e etéricas, corpo-espírito-mente.

    O sétimo chacra: coronário-o maior é a sede dominante e faz a conexão direta com o primeiro chacra-kundalini.

    O CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL E ESPIRITUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    OS ÓRGÃOS SEXUAIS E O CÉREBRO

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas: “faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”.(Bindú)

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Material e Metodologia

    Sobre os tópicos citados, e os referentes autores os quais menciono, é de grande valia ressaltar a interligação entre o sexo e a espiritualidade, estão relacionadas à saúde física, um não está desvinculado do outro.

    A importância dos chacras e a energia que flui em todo corpo seguindo uma vida sexual saudável, junto com os exercícios citados como o sahajoli é de extrema importância para a melhora constante de todo o corpo, não é apenas sexual, mas a energia que flui dos exercícios são ligados a saúde física levando ao desenvolvimento e crescimento espiritual, esse crescimento está nas técnicas tantricas e nas explicações sobre os chacras e a energia da Kundalini.

    Discussão

    Os autores mencionados em grande maioria cita a energia dos chácras como centro de energia, no livro de Hiroshi Motoyama relata sobre o Tantra Yoga, Kundalini , e a teoria dos chacras e os meridianos da acupuntura, o autor cita que existe a possibilidade da energia dos chacras serem comparados aos meridianos na acupuntura, e em outro ponto de vista a autora relata que a função dos chacras estão mais ligados a fatores emocionais. Acredito que os trabalhos dos autores citados são complementares, pois dizer algo sobre energia pode ser complicado, porque esbarramos no campo dos estudos. É através dos exercícios que se pode dizer mais sobre a energia que flui, pois não se trata necessariamente de uma ciência comprovada, ela não é vista, mas sim sentida. Sobre esses relatos complementares cheguei à conclusão que não existe a sexualidade desligada da espiritualidade, pois, através dos mesmos canais energéticos fluem as mesmas energias.

    Através desta visão a energia sexual é uma questão de saúde, pois ela é potente por ser uma energia vital e manifestada o tempo todo no universo. A pessoa que bloqueia esta energia desenvolve desequilíbrios.

    Através dos exercícios do Sahajoli trazemos benefícios à saúde, curando muitos casos de incontinência urinária, queda de útero, bexiga, ejaculação precoce, entre outros, sendo assim poderosa técnica para manter a saúde física de forma geral.

    Conclusão

    Conclui em meu trabalho e exercícios que realizei em meu próprio corpo, mais os relatos de alunos que também citaram suas experiências, onde através dos mesmos canais energéticos, flui a energia ligada ao sexo e a espiritualidade, sendo assim, quando se tem uma experiência sexual, as energias do orgasmo se reflete em todos os demais chacras, do primeiro ao sétimo chacra podendo ser comparada a iluminação ou nirvana da espiritualidade.

    A energia do primeiro chacra, chamado de Kundalini, é ativada através da atividade sexual, fantasias sexuais e dos exercícios do Sahajoli, criando uma potente energia que quando despertada passa do primeiro chacra e sobe para os demais, levando a ascensão espiritual.

    A finalidade do trabalho é também fortalecer a relação entre homens e mulheres dentro da monogamia através dos exercícios tantricos.

    A saúde está ligada ao fortalecimento do assoalho pélvico, onde se preserva a energia de todos os órgãos do corpo, não apenas os órgãos sexuais, pois se a base está flácida, todos os demais órgãos tendem a cair, assim, quanto mais os exercícios forem feitos, mais saúde de forma geral se tem e é por isso que os taoista entendiam que aproveitando a energia sexual o ser humano conseguiria manter por mais tempo a saúde, a juventude, a longevidade sexual e imortalidade espiritual.

    Conhecendo a energia do corpo, fica simples pensar e discutir sobre a sexualidade, e saber que através do conhecimento do nosso corpo e da energia que flui através dele, é possível chegar à saúde plena tanto física quanto psíquica, pois nossas ações e pensamentos são frutos da energia que circula em nossos corpos.

    Bibliografia

    Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    A cura pela meditação

    Cristina Cairo, Ed. Mercuryo

    Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    Os ensinamentos sexuais da Tigresa Branca – Segredos dos Mestres Taoistas

    Hsi lai, Ed. Aquariana

    Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Energia Sexual e Yoga

    Elisabeth brunton, Ed. Pensamento

    A deusa Durga

    Cláudio Duarte, Ed, Sexto Sentido

    A Espiritualidade nas Empresas

    Marilu Mastinelli, Ed. Sexto Sentido

    Teoria dos Chacras, Hiroshi Motoyama, Ed Pensamento

    Site Pesquisado : http://www.yogalotus.com.br/vamamarga.htm

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 20/05/2008 11:03


    O VILÃO QUE VOCÊ NÃO ENXERGA

    O VILÃO QUE VOCÊ NÃO ENXERGA 

    Seiiti Arata

    Terapeuta Holístico - CRT 31513 

    SINTE - Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2008

    São Paulo - SP

    2008  
     
     
     

    O vilão que você não enxerga 
     
     

    RESUMO 

    O objetivo do presente trabalho é o de prestar contribuição para os profissionais da área de saúde, especialmente aos que atuam dentro da visão holística, para que seu trabalho possa atingir um grau mais elevado de satisfação junto ao cliente, independente de sua especialidade. 

    Para isso, serão abordadas diversas situações existentes na vida cotidiana das pessoas, as quais, por desconhecimento, acabam se expondo de forma inocente. 

    Isto acaba contribuindo para as freqüentes recidivas que tanto causa frustração ao profissional, em que pese a sua melhor técnica utilizada, bem como ao cliente que irá se desapontar com a aparente pouca durabilidade de resultado do tratamento recebido. 
     
     

    INTRODUÇÃO 

    De que adianta atuar de modo impecável com clientes usando as diversas técnicas da terapia holística, se em pouco tempo os mesmos problemas voltam a se manifestar? 

    É isso o que ocorre com diversos casos se alguns vilões invisíveis não forem identificados e neutralizados.  

    O cliente recebe um ótimo atendimento, sai satisfeito como o resultado e retorna para seus hábitos e ambientes insalubres, reativando mais uma vez o ciclo negativo. 

    Por isso, é importante que se possa identificar o que está acontecendo com os clientes mais recorrentes, que apesar de obter um alívio imediato na sessão, retornam constantemente com as mesmas queixas.  

    As técnicas estão sendo bem aplicadas, porém o problema maior pode ser o estilo de vida do cliente ou o local de permanência prolongada e exposição do mesmo. 

    O objetivo deste trabalho é procurar desvendar as causas dos principais elementos ocultos que podem estar causando esse retorno problemático.  

    O terapeuta que dominar esses “segredos” poderá alertar e orientar seus clientes e assim manter o resultado duradouro de suas sessões, aumentando a satisfação de sua clientela e, assim, sua reputação como um profissional de qualidade. 

    Devido ao limite de espaço, o presente trabalho apenas focaliza os principais elementos que causam o fenômeno do retorno dos problemas.  

    A lista de fatores perniciosos é longa e até assustadora. A mídia de modo geral parece não reconhecer ainda as descobertas mais avançadas e há muita controvérsia a respeito de determinados alertas, talvez até por interesses econômicos de grandes grupos. 

    Durante o desenvolvimento deste trabalho, serão expostos os resultados das mais avançadas pesquisas científicas a respeito de contaminação por alimentos e bebidas, poluição ambiental, ergonomia, campos eletromagnéticos, radioatividade e também, hábitos que podem desfazer o valioso resultado das sessões entre o terapeuta e seu cliente. 

    Esta matéria revelará técnicas de fácil aprendizado e aplicação propiciando uma alta taxa de permanência dos resultados terapêuticos positivos alcançados, indo um pouco além; graças ao conhecimento de fatores igualmente sutis, porém benéficos, que efetivamente auxiliam muito no processo de recuperação. 
     
     

    MATERIAL E METODOLOGIA 

    Para detalhar a metodologia e material, peço permissão para contar um pouco de minha história pessoal. 

    Há mais de vinte anos atrás sofri um grande mal em minha coluna cervical e lombar, a ponto de acreditar que nunca mais poderia voltar a caminhar e correr normalmente. Com grande dificuldade consultei diversas autoridades no assunto dentro da área tradicional que não me deram outra alternativa a não ser a intervenção cirúrgica. Alguns inclusive me recomendavam praticar natação, sendo que eu sequer conseguia me locomover! Estava claro que as soluções ortodoxas não eram adequadas para mim, naquela precária situação. 

    Para encurtar uma longa história, durante esses anos freqüentei diversos cursos e estudei profundamente tudo o que encontrava pela frente: auriculoterapia, shiatsu, acupressão, fitoterapia, trofoterapia, oligoterapia, reflexoterapias, magnetoterapia e outras. Até mesmo as modalidades menos conhecidas como apiterapia, geoterapia, terapia do limão, alimentação ajustada ao tipo sangüíneo, terapia com cristais, radiestesia e radiônica fizeram parte de uma lista ainda maior. 

    Todos esses estudos acabaram por resultar num sistema próprio de terapia conjugada que foi denominada de Método Arata. Parte desse método foi apresentado no Holística 2006 através da palestra “Terapia Corporal Descomplicada” e no Holística 2007 com a palestra “Terapia Energética Instantânea”. 

    A facilidade de aplicação do Método, e, principalmente pelos resultados impressionantes que podem ser obtidos por qualquer pessoa despertou grande interesse, e que pode ser mostrado em números: “Terapia Corporal Descomplicada” é o artigo número um em visitas no portal Sinte (*1) e “Terapia Energética Instantânea” é o artigo de oitavo maior interesse da Holopédia (*2) 

    Sinto-me gratificado em poder compartilhar experiências que contribuem para o trabalho de colegas que têm interesses semelhantes. 

    De modo análogo aos trabalhos anteriores, utilizo os conhecimentos obtidos ao longo dessas décadas e experiências de milhares de pessoas para enfrentar um tema o qual desconheço ter sido apresentado em outro cursos, ou palestras do gênero: o perigo dos invisíveis vilões ao nosso bem estar. 

    Caminhamos no sentido de equiparmos os nossos lares com aparelhos cada vez mais sofisticados graças à tecnologia moderna, visando facilidades, conforto, lazer e entretenimento. 

    A contrapartida dos benefícios apresentados pela vida contemporânea é uma maior tendência ao sedentarismo, que passa a incluir crianças que mudam seus hábitos desde pequenas.  

    Não apenas as áreas públicas para atividades físicas ficam cada vez mais reduzidas com a urbanização, mas também a falta de segurança se transforma em um motivo adicional para a permanência exagerada em espaços fechados. 

    Além dos hábitos que envolvem atividades físicas, a alimentação é um fator que também não pode ser deixado de lado. Conforme aumenta a industrialização de alimentos, maiores são os processos químicos envolvidos: não apenas aromatizantes, conservantes, adoçantes e essências são adicionados aos alimentos processados, mas até mesmo as frutas e cereais recebem camadas de cera para terem mais brilho e atrair o consumidor, além dos inseticidas que recebem e que podem contaminar em níveis acima do recomendável. 

    Tanto o sedentarismo como os hábitos alimentares podem ser os responsáveis por uma notável mudança do biotipo da população atual, sendo a obesidade o problema mais visível. E as outras disfunções de difícil correlação com este estilo de vida? 

    Em vista de tantos elementos que afetam a saúde e bem estar, é extremamente complexo encontrar as informações apropriadas para a orientação de quais são as melhores práticas a respeito desses fatores. Que alimentos escolher? Como lidar com ondas eletromagnéticas? 

    Quais metais pesados podem estar contaminando nossa alimentação? São inúmeras as preocupações que fazem parte de nosso cotidiano. Demandaria um tempo enorme listar todas as que conhecemos e assim a pesquisa realizada enfatiza os pontos mais recorrentes e de maior impacto, que serão sintetizadas de modo simples para a compreensão de todos. 

    É de fundamental importância o conhecimento básico a respeito dos fatores nocivos bem como as condições benéficas para a saúde e bem estar para a orientação das pessoas. 
     
     

    RESULTADOS 

    Os resultados são extremamente gratificantes e espetaculares. O Método Arata, por utilizar princípios apresentados também neste trabalho, produz espantosos resultados para diversas condições de clientes em poucos minutos e com baixa necessidade de retorno. 

    Problemas que persistiam por muitos anos, e num caso excepcional: cinqüenta anos de dor e enfraquecimento do joelho, a recuperação foi igualmente fantástica desde a primeira aplicação, em menos de cinco minutos! - apenas com o uso das mãos. 
     
     

    DISCUSSÃO 

    Como já exposto, são muitos os vilões invisíveis e assim a presente abordagem é direta aos pontos fundamentais que devem ser levados em conta aos terapeutas independentemente de suas técnicas favoritas, sobretudo considerando que a terapia holística se propõe a utilizar uma somatória de diferentes técnicas e conhecimentos em busca de harmonia e bem-estar. 
     

    Alimentos e bebidas 

    Apesar da grande oferta de produtos que hoje, são capazes de contornar a barreira de suas respectivas temporadas e chegam a todos nós, nem sempre são tão benéficos como gostaríamos que fossem. Os recursos artificiais envolvidos nos processos produtivos não são desprezíveis. 

    De acordo com Kurzweil (2004), dores abdominais, distensão abdominal por ar deglutido ou gases intestinais de fermentação, movimentos intestinais irregulares, desarranjos intestinais e/ou prisão de ventre, sensação de evacuação incompleta por movimentos intestinais, gases, enjôos e azia podem ser resultado de alimentação incorreta como excesso de açúcar, alimentos à base de amido com elevada carga glicêmica, gorduras pró-inflamatórias e bactérias e outras influências alimentares que resultam em inflamações e bactérias intestinais nocivas. 

    Recomendam-se alimentos integrais onde os mesmos não foram polidos. O polimento remove a importante camada que contém selênio que é um excelente mineral antioxidante. Perdem-se também as fibras e outros nutrientes essenciais ao organismo. 

    Os processos no preparo do alimento também podem contribuir para a perda de nutrientes como o cozimento. Da mesma maneira, no lugar de se tomar sucos de frutas, é preferível comê-las. O suco é o resultado de perda de vitaminas e fibras além da possível oxidação da polpa. 

    Ao se consumir produtos não orgânicos, devidos sua contaminação, recomenda-se passar pela imersão em peróxido de hidrogênio diluído antes do cozimento ou ingestão, por pelo menos 20 minutos. 

    Definem-se produtos orgânicos como os produzidos sem fertilizantes artificiais, pesticidas, inseticidas, herbicidas, hormônios, antibióticos e outros agrotóxicos. O terbutrin é um tipo de herbicida usado para destruir ervas daninhas em lavoura de trigo e cevada. Em cobaias, os testes revelaram anomalias no sistema nervoso, distúrbios graves degenerativos e fatais, bem como lesões nos rins e fígado. 

    O mesmo autor recomenda também a diminuição do açúcar, que aparece com diversas designações e em geral terminados com “ose”. As alternativas seriam o mascavo ou a stévia. 

    Um dos piores adoçantes é o aspartame que é responsável por muitos problemas graves.  

    Ao mau hábito alimentar está atribuída a grande incidência da obesidade que, conforme JAMA- Journal of the American Medical Association um obeso com 20 anos de idade, tem expectativa de vida reduzido em 13 anos comparado ao não obeso!  

    A obesidade além dos problemas fisiológicos conhecidos é causa, também, de problemas emocionais. 

    Outro problema relevante é o da possibilidade de ingestão de carnes de animais contaminados com metal pesado, especialmente pescados como atum, peixe-espada, agulhão e tubarão que podem conter grandes quantidades de mercúrio.  

    Geralmente quem foi intoxicado por mercúrio pode apresentar sintomas como dor de estômago, tremores, tristeza, gosto de metal na boca, dentes moles com inflamação e sangramento nas gengivas, sono irregular, falhas de memória e fraqueza muscular, nervosismo, mudanças de humor, agressividade, dificuldade de prestar atenção e até demência. 

    Outro problema digestivo comum é o relacionado à permeabilidade intestinal que é causada por inflamação crônica permitindo que toxinas, bactérias e partículas alimentares não digeridas no quimo intestinal entrem diretamente na corrente sangüínea. Isso pode resultar em problemas respiratórios, articulares e outras do tipo auto-imune. (Ibid Pg 113 ). 

    O mesmo autor enfatiza os malefícios das bebidas à base de cola que contribui para dificultar a fixação de cálcio. Sugere também a substituição do café que promove o aumento da acidificação do organismo, pelo chá de boa qualidade, que tem muitos componentes saudáveis. O chá reduz significativamente (44%) o risco de morte por causas cardíacas. 

    Quanto ao chá verde associa às suas qualidades antioxidantes reduzindo incidência de vários problemas graves. 

    Especificamente à questão alimentar, o Livro: “A D. do Tipo Sangüíneo” constitui uma boa referência a ser considerada e, também, recomendada neste trabalho. 
     

    Materiais de construção e poluição do ar 

    Nem todos sabem que certos tipos de materiais utilizados na construção (*3) podem afetar significativamente a quem habita ou que utilizam como ambiente de longa permanência.  

    O morador deve sair para o terraço ou quintal, pois lá o campo magnético já está mais próximo do natural. 

    Por outro lado, pisos de granito, ardósia, porcelanato de certas espécies, pisos de madeira tratados e envernizados que emitem toxidez por longo período de tempo são também nocivos. 

    Alguns materiais por serem sintéticos carregam-se de cargas eletrostáticas. São fatores que também podem debilitar o ocupante de tais ambientes. 

    Nestes casos, é fundamental que se deixe o ambiente bem ventilado de modo a se possibilitar a renovação do ar saturado, principalmente se o recinto esteve fechado por muitas horas. O problema é em estações de baixa temperatura, onde se costuma manter os cômodos fechados(*4)  

    Alguns tipos de lâmpada como as fluorescentes à base de reatores eletromagnéticos tendem a causar danos à vista. As que funcionam com reatores eletrônicos são melhores, pois, ao invés de 60 Hz trabalha com 35.000 Hz; assim, não causam o efeito estroboscópico. 

    Certos tipos de tintas utilizadas em paredes também apresentam toxidez devido ao excesso de metais pesados como chumbo. O ideal é não permanecer por muito tempo em ambientes recém pintados devido à maior concentração de gases tóxicos. Deve-se também favorecer uma boa ventilação até que as emanações diminuam com o tempo.  

    Grande parte destes problemas pode ser evitada no momento da aquisição das tintas e vernizes que devem conter baixa quantidade de metais pesados e baixa emissão de compostos orgânicos voláteis. 
     

    Produtos de limpeza e de higiene pessoal 

    Aparentemente inofensivos, mantêm contato com nosso organismo podendo causar intoxicações ao longo do tempo, especialmente os produtos clandestinos. Como já é de nosso conhecimento, os nossos ambientes domésticos apresentam uma lista impressionante de produtos altamente tóxicos, especialmente os utilizados para a limpeza e lavagem de utensílios domésticos. 

    Segundo pesquisa espanhola publicada no American Journal of Respiratory and Critical Care Medic. que analisou 3,5 mil pessoas - indicam que o risco de desenvolver inflamações crônicas no sistema respiratório (tosse, chiado) aumentaria de acordo com a freqüência da limpeza e o número de diferentes produtos usados. Produtos para perfumar o ar, e os utilizados para limpar móveis e vidros estariam entre os que representam maior risco. 

    Nestes casos, quando inevitáveis, a utilização de luvas, máscaras e filtros em determinados casos são as melhores saídas, até que os produtos passem a ser menos agressivos desde sua fabricação. 
     

    Ergonomia 

    A adaptação do ser humano às suas atividades laborais é de fundamental importância. Porém, quase sempre vem sendo relegada a planos secundários. Atualmente, cada vez mais, os computadores fazem parte de nossa realidade, desde a infância. 

    Horas e horas na mesma posição, que é a característica predominante nestas atividades, acabam por exaurir a resistência da maioria, queixando-se de diversos incômodos na coluna, pescoço, costas, braços e mãos, além de influências negativas sobre a gravidez.  

    Condições propícias para o surgimento de fadigas que podem se tornar crônicas com o passar do tempo, se nada for feito. 

    Elevados índices de absenteísmo estão relacionados à ergonomia. Muitos se licenciam por incapacidade física e sequer chegam à idade requerida para aposentadoria. Em muitos casos, quando ela chega, é, lamentavelmente, por incapacidade física. 

    A NR17 é uma Norma Regulamentadora publicada pelo Ministério do Trabalho. Esta norma estabelece uma série de condições que devam ser seguidas de modo a proteger o trabalhador sob o ponto de vista da ergonomia. Auditores Fiscais do Trabalho poderão autuar as empresas e condena-las ao pagamento de pesadas multas em caso de não obediência da mesma. 

    Recentemente descobriu-se que os teclados dos computadores são potenciais vetores para contágios de distúrbios como gripes, resfriados, problemas digestivos e intestinais devido ao grande número de germes e bactérias que são resultados da falta de higiene dos usuários. É muito comum que mesmo sem lavar as mãos, têm o hábito de comer durante o trabalho que não é o ambiente adequado para o ato de alimentar. 
     

    Estilo de vida 

    Porque o ser humano vem adotando atitudes que lhe são tão desfavoráveis? Porque ele é atraído tão fortemente ao ritmo, quase irracional dos novos tempos? 

    São apenas questões mentais; ou seja: de paradigmas. Suas convicções estão encravadas em sua mente, fazendo com que suas atitudes venham a ser exatamente dessa maneira. Quer trabalhar muito, produzir cada vez mais de modo a ganhar mais dinheiro ou trabalhar para alguém que considera a produtividade como prioridade máxima, exigindo-lhe ritmos insanos de produção. Porém isso gera tensão e empobrecimento emocional. 

    De acordo com Bacci (2005) a respiração descontraída promove o relaxamento muscular, assim como as emoções positivas propiciam a boa concentração mental. Por outro lado, a respiração contida dá origem à tensão muscular e as emoções negativas como medo, cólera, etc. causam agitação mental. A autora afirma ainda que respirar diafragmaticamente aguça a concentração mental, acalma as emoções e alivia a tensão muscular e as dores. 

    Como a tensão física desempenha um papel fundamental na etiologia da dor crônica, a importância na minimização da tensão no corpo, de modo a reduzir ou eliminar a dor, leva a se recomendar uma respiração calma, profunda e, portanto, diafragmática; ao contrário do que se verifica nos momentos de agitação mental onde a respiração é curta, pobre e não relaxante. 

    Sentir nervosismo excessivo em ambientes de trabalho seja por assédio, injustiças, excesso de cobranças e outros problemas de relacionamento tanto com os superiores como com demais colegas provocam agitação mental que tem sérios desdobramentos e que acabam comprometendo uma vida saudável. - Mas como sair dessas situações? 

    Carnegie (2006) explora diversas saídas para as situações mais corriqueiras e indesejáveis que acontecem em quase todos os ambientes, inclusive nos de trabalho. Em geral, as pessoas que se consideram vítimas de tais circunstâncias são as principais culpadas por tais situações. 

    Se a consecução de resultados visando sucesso profissional for o maior problema, recomenda-se a leitura de Covey (2007), de onde se destaca: “Os reativos são levados por sentimentos, circunstâncias, condições e ambiente. Os proativos são guiados por seus valores, cuidadosamente pensados, selecionados e interiorizados”. 
     

    Campos magnéticos 

    O planeta Terra apresenta campo magnético próprio (*5). Este campo afeta diretamente todos os processos biológicos incluindo a saúde humana. Esta energia é utilizada inclusive por aves, animais aquáticos e outros seres vivos como borboletas em sua migração anual. As bússolas, por exemplo, têm seus ponteiros orientados em função da força magnética dos pólos terrestres, indicando a direção do pólo norte. 

    Tanto os cabos de alta tensão como fios energizados criam campos magnéticos. Isto se deve à passagem da corrente elétrica por eles. Os equipamentos elétricos, especialmente transformadores, também criam um campo magnético. 

    Um transformador instalado num poste, localizado nas proximidades de uma residência, emite certa intensidade de campo magnético. Igualmente, Bueno (2005) reporta que um rádio relógio localizado a alguns centímetros da cabeça emite o seu campo magnético surpreendentemente elevado devido à má qualidade de seus transformadores internos. 

    Qual destes casos (transformador ou rádio relógio) pode ser mais prejudicial ao organismo da pessoa que está exposta? Não há como responder se não forem medidas (*6) as suas intensidades, por aparelhos de boa precisão e, posteriormente, comparados aos parâmetros de confiabilidade considerados máximos admissíveis (*7). 

    De uma maneira geral, o campo magnético verificado no interior das casas, especialmente quando a construção é em concreto armado (devido às ferragens) é bem inferior ao existente em ambiente natural externo. Isto significa que uma pessoa que permanece grande parte de sua vida no interior de uma edificação de concreto armado está com deficiência de exposição a campo magnético de maior intensidade quando comparado a outros em ambiente externo. A armadura de aço no interior do concreto funciona como uma gaiola isolante interceptando a emanação do campo magnético terrestre. 

    Um físico russo, George Lakhovisky, lançou a seguinte teoria: cada componente da célula deveria oscilar a uma freqüência específica para manter a sua função normal e assim manter-se saudável. Um distúrbio da saúde seria a alteração da freqüência de um ou mais dos componentes celulares. 

    Ele construiu um aparelho (*8) que oferecia uma faixa enorme de freqüências para, através do fenômeno da ressonância, as células terem a oportunidade de captar a freqüência específica que lhe era peculiar. Os pesquisadores que empregaram o MWO nunca observaram efeitos colaterais e descreveram grande sucesso no tratamento de problemas crônicos e metabólicos. 

    A máquina de Lakhovisky estava recuperando um organismo com desequilíbrio eletromagnético. Mas, então devemos nos perguntar: O que causou tais problemas? 

    Analisar as condições ambientais parece ser de grande relevância. Medir a intensidade dos campos magnéticos nas proximidades, principalmente nos ambientes onde o indivíduo permanece por longos períodos de tempo não pode ser desprezado. O local onde se dorme e onde se trabalha costumam ser os recintos que demandam maiores análises quantitativas. 
     

    Campos elétricos 

    Assim como os campos magnéticos, os campos elétricos causam influência nos organismos e, portanto aos humanos. Os limites recomendados pela OMS para campos elétricos (*9) oriundos de linhas de alta tensão, seguindo os padrões da Comissão Internacional de Proteção contra Radiação Não Ionizantes para público em geral são: 4,17 kV/m para Campo Elétrico e de 83,3 µT (microtesla) ou 833 mG (miligauss) para Densidade de Fluxo Magnético. As ocorrências de carcinog. foram levadas em conta nos estudos. 

    Analogamente ao caso da influência eletromagnética, o indivíduo deve procurar um geobiologista e verificar eventual excesso ao qual possa estar exposto e tomar as providências necessárias e possíveis. 
     

    Radiações não ionizantes 

    Ondas ionizantes são aquelas que têm a força capaz de deslocar elétrons da camada de um átomo, causando o que se chama de ionização. Todo átomo que perder elétron ficará com a somatória de sua carga elétrica positiva em maior número que a negativa, tornando-se, portanto, instável, ou seja: perdeu o seu estado de equilíbrio que tinha antes de ser ionizado. 

    As ondas não ionizantes são as que não chegar a causar esta ionização. Mas será que são totalmente inócuas e apenas causam aumento de temperatura das células? 

    Os fornos de microondas funcionam através de aquecimento promovido por vibrações de partículas constituintes aquosas das células, durante certo intervalo de tempo. Estas vibrações não são suficientes para deslocarem elétrons das camadas dos átomos. Mas, segundo várias correntes afirmam, acontece uma substancial perda nutricional dos alimentos preparados com este tipo de aquecimento. 

    Se esta suspeita for confirmada, poderá ser uma importante causa dentre as de deficiência nutricional a que certamente estará relacionada uma série de problemas fisiológicos que irão demandar tratamentos tradicionais ou holísticos. 

    Em muitos casos, dependendo dos vasilhames utilizados, como os de plásticos, acaba havendo séria contaminação tóxica dos alimentos por dioxinas que uma vez liberadas pelo forno contaminam os alimentos, e, portanto, um gravíssimo problema que é pouco divulgado. 

    Muitos dos fornos de microondas de uso doméstico não têm o sistema eficiente de vedação das portas como deveriam ter e permitem vazamentos de radiação pelas frestas. Nestas condições, uma pessoa pode ser atingida, involuntariamente, podendo sofrer danos, pois é muito comum permanecerem nas proximidades do mesmo, principalmente as suas cabeças. 

    Dependendo da intensidade da radiação de ondas não ionizantes emitidas por quaisquer aparelhos poderá haver maior ou menor capacidade de aquecimento da matéria em exposição ao campo. Mesmo quando a intensidade de radiação é mais baixa, um considerável aquecimento será possível, bastando apenas que a exposição seja por um intervalo de tempo maior. 

    Por isso que ao se utilizar telefones sem fio, desses de uso doméstico, por um determinado tempo, pode-se perceber uma sensação de calor superior do que com o uso do telefone com fio, na região da cabeça onde esteve encostado. É o efeito da radiação de microondas de menor intensidade por alguns minutos. Esses aparelhos funcionam sem fio, graças à base que está instalada em algum local da casa. Esta base é, também, uma Mini-Estação Rádio Base (Mini ERB (*10)). 

    Estas ERBs emitem radiações não ionizantes que podem ser prejudiciais, dependendo da intensidade e tempo de exposição. Nas suas proximidades, a intensidade é maior, diminuindo com a distância da mesma. O importante é, justamente, determinar a distância mínima de segurança que se deve manter da torre destas antenas, de modo a não receber os efeitos nocivos que ela pode causar. A preocupação torna-se maior às pessoas que permanecem mais tempo nas proximidades e especialmente as crianças, pelo fato de serem mais frágeis e possuírem menos massa corpórea, sujeitando-se a um dano ainda maior. 

    A utilização do aparelho de telefone portátil junto ao corpo não é recomendada, mesmo em estado de espera (stand by), pois, até nestas condições, de tempo em tempo, existe a intercomunicação deste aparelho com a estação mais próxima para ajuste de sinal. Neste momento, a radiação emitida aumenta e a parte do tecido mais próxima do aparelho recebe esta radiação. Mantida esta condição de exposição, por hábito e por muito tempo, pode resultar em lesões ou prejuízos nos órgãos mais frágeis e sensíveis nesta região. 

    Segundo resultado de algumas pesquisas, o simples fato de se utilizar um aparelho celular durante uma ligação por um período de apenas três minutos, causa alterações e danos às células cerebrais mais próximas ao aparelho, que necessitam de aproximadamente quinze dias consecutivos sem o uso do mesmo para seu completo restabelecimento. 

    Telefones celulares podem causar uma significativa exposição eletromagnética. Ninguém realmente sabe (*11) quais são os efeitos de longo prazo em segurar um transmissor de rádio (que é o que o telefone celular é no fim das contas) próximo de sua cabeça por centenas ou milhares de horas por ano. 

    Portanto, é importante limitar o uso de telefone celular. Se isso não for algo prático, pelo menos tente tomar passos para reduzir sua exposição eletromagnética enquanto o usa. Usando um aparelho de mãos livres com um fone de ouvido e microfone permite que o aparelho fique a alguns centímetros de distância de sua cabeça, assim você pode achar que está reduzindo a radiação que vem do telefone. Porém o fio que vai até seu ouvido pode na realidade funcionar como uma antena e assim seu ouvido e cérebro podem receber uma quantidade ainda maior de radiação em certas condições. 

    Atualmente, existem muitos usuários de computador portátil sem fio que se conecta à internet pelo sistema chamado “wireless” que nada mais é do que o mesmo sistema do telefone celular, captando sinal através de uma ERB - Estação Rádio Base instalada. Estas radiações são também do tipo não ionizantes. Outros aparelhos ou acessórios estão em nosso dia a dia como teclados, mouses e outros aparatos sem fio. O funcionamento é o mesmo: através de radiações não ionizantes. Portanto, ainda são preferíveis os que funcionam conectados por meio de fios. 
     

    Radioatividade 

    É muito comum o emprego de diversos materiais em ambientes de permanência prolongada e que emitem um tipo característico de radioatividade. O caso clássico mais comum é o do piso de granito ou ardósia que são aplicados em muitas residências. Igualmente, alguns pisos industrializados como os porcelanatos também podem emitir radioatividade considerável. 

    Uma casa ou apartamento novo, mas sem ventilação pode ser uma fonte de radônio (*12), um gás muito nocivo que exala do material de construção extraído de rochas contendo urânio, segundo afirmação do biólogo Vandir Gouveia, do Instituto de Engenharia Nuclear, no Rio de Janeiro. 

    O radônio, cujo nível permitido é de 200 bequerréis por metro cúbico, pode estar presente em materiais como granito, ladrilho e cimento. Dentre os problemas mais graves, relaciona-se aos da tireóide que pode chegar a ponto de ser até fatal; semelhantes aos causados por acidentes de usinas nucleares. 
     

    Ondas nocivas 

    Pode-se entender ondas como qualquer tipo de vibração, freqüência ou radiação. Dessa forma pode-se afirmar que existe um incalculável número delas. Estas têm a capacidade de alterar os corpos sutis e, que por conseqüência poderá alterar o corpo físico provocando incômodos ao indivíduo que acaba procurando tratamentos. 

    Dentre as diversas emissões de ondas nocivas naturais podem ser citadas algumas delas: correntes de ar subterrâneas, falhas geológicas, jazidas minerais radioativas, perturbações magnéticas, correntes telúricas, tudo que circula, tudo que estagna, tudo que produz disparidade, assimetria e disjunção. 

    A escolha de local energeticamente favorável para a construção de casa saudável vem merecendo cada vez mais atenção com auxílio da ciência denominada geobiologia. Desde as civilizações milenares o assunto era tratado com muito cuidado pelos estudiosos da época. 

    Muitos casos de problemas graves de saúde estão documentados e atribuídos aos fatores relativos às ondas nocivas. Käthe Bachler em “RADIESTESIA E SAÚDE” relata uma infinidade de casos de ocorrência de problemas relacionados à energia telúrica. 

    Dentre as diversas fontes de ondas nocivas relacionadas à modernidade pela atividade humana pode-se citar a eletricidade. Redes de alta tensão, instalações elétricas normais, falta de aterramento adequado, aparelhos eletro-eletrônicos, aparelhos de informática, telefonia, e outros. Todos eles produzem os seus campos elétricos, campos magnéticos e irradiações de todos os tipos. 
     

    CONCLUSÃO 

    É importante investigar profundamente todas as possíveis causas de tais desordens da saúde sem o que, os distúrbios poderão voltar em pouco tempo, fazendo parecer que o tratamento foi ineficaz ou apenas um mero paliativo. 

    Quais são os vilões invisíveis atacando o bem estar do cliente assim que ele sai da sessão com seu terapeuta holístico? Que conhecimentos básicos o terapeuta holístico deve transmitir ao seu cliente para lhe proporcionar harmonia e resultados duradouros, ampliando os benefícios do tratamento? 

    Durante uma sessão de atendimento normal, o Terapeuta Holístico deve se preocupar com os detalhes relatados pelo seu cliente. Normalmente as pessoas apontam os sintomas como dores, disfunções de qualquer natureza, cansaço, dificuldade de dormir, agitação e outros problemas que possa estar sentindo naquele dia. 

    Enquanto o profissional está praticando o seu atendimento, é recomendável também que observe outros detalhes como: início do problema, quando é mais acentuado, em que situação existe melhora ou piora dos sintomas, onde está localizada a moradia do cliente, se existe proximidade a algo que possa ser considerado como possíveis fontes de emissão de ondas nocivas como antenas, torres, transformadores, subestações, e similares junto ao seu habitat normal. Segue uma prática lista de pontos importantes a serem considerados: 

    Alimentação: 

      Perguntar quais são os alimentos que fazem parte de sua rotina, verificando a compatibilidade com seu tipo sanguíneo conforme obra de D'Adamo, altamente recomendada. 

      Proceder com orientação geral a respeito de boas práticas alimentares através de redução de fontes que podem iniciar processos negativos (refrigerantes a base de cola, adoçantes, alimentos contaminados com pesticidas e metais pesados, açúcar branco, farinha branca e arroz branco), assim como alimentos menos ricos em vitalidade como congelados, enlatados, embutidos (nitritos) e preparados em fornos de microondas. 

      Estimular o consumo de fontes benéficas como alimentos orgânicos, cereais integrais, preferência por frutas em seu estado natural ao invés de sucos processados, preferência pelo chá verde ao invés de café, preferência pelo açúcar mascavo ou stévia. 

    Materiais de construção: 

      Para itens de difícil substituição, como pisos de granito, porcelanato, verniz e tintas emissoras de compostos orgânicos voláteis, estimular hábitos saudáveis como caminhar regularmente em ambientes saudáveis, manter janelas abertas permitindo a circulação e renovação do ar, e orientando a escolha de materiais em futuras reformas. 

      Geralmente tintas com baixo brilho possuem menos solventes e, portanto, emitem menos compostos orgânicos voláteis. 

      Substituição imediata de itens práticos de remoção como lâmpadas fluorescentes e aquisição de itens como ventiladores que favorecem a circulação do ar. 

    Produtos de limpeza e higiene pessoal: 

      Assegurar-se de haver excelente circulação de ar durante e após o uso de produtos de limpeza de forma a reduzir sua inalação. 

      Utilização de luvas e filtros. 

      Cuidadosa limpeza das mãos após o contato com tais produtos, em especial antes de manusear alimentos. 

    Ergonomia: 

      Aplicação da NR 17 (*13) no ambiente de trabalho. 

      Implementação de hábito de periodicamente interromper o trabalho repetitivo diante do computador ou outra atividade para exercício simples e alongamento. 

      Cuidado especial ao manusear teclados de computador, geralmente altamente contaminados com bactérias e germes. 

    Estilo de vida: 

      Desenvolvimento mental e espiritual através de meditação, yoga e exercícios de respiração. 

      Sessões de reiki e alinhamento de chakras também contribuem para o bem estar e postura. 

      Desenvolvimento pessoal em comunicação e em lidar com situações desfavoráveis através de valores claros e atitude proativa, assumindo responsabilidade pelos próprios atos. 

    Campos magnéticos e elétricos: 

      Manter aparelhos eletrônicos como televisores, computadores, rádio relógio, roteadores wifi, telefones sem fio e celulares distantes da cama e locais de longa permanência. 

      Se possível, eliminar completamente o uso de fornos de microondas. Caso imprescindível, utilizar vasilhames e recipientes de vidro e permanecer distante do forno durante seu funcionamento. 

      Quando possível, experimentar mudar a cama em diferentes posições dentro do quarto e observar as diferenças na qualidade de sono e bem estar. 

      Consultar profissionais de geobiologia, radiestesia e feng-shui para uma verificação geral do ambiente, principalmente em ocasiões de mudanças e reformas que permitem uma maior adaptação ao cenário ideal. 

      Reduzir o uso de telefones celulares, usando o recurso de viva voz quando possível para evitar a proximidade do aparelho junto à cabeça. Não utilizar fones de ouvido que podem atuar como antenas e concentrar a ação das radiações diretamente na cabeça. 

    Profissional experiente presta atenção até no que não lhe foi relatado, no que não lhe é perceptível aos seus órgãos sensoriais. Deve recorrer aos seus conhecimentos e à sua capacidade intuitiva. - Durante o tratamento, terapeuta e cliente são dois corpos energéticos em sincronia procurando resgatar a harmonia energética universal. - Ambos e todo o resto são uma coisa só: O Todo. 
     
     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

    ALTENBACH Gilbert - Viver Mais e Melhor - Habitat e Saúde - Ed. Letras e Letras, 1995. 

    BACCI Ingrid - Livre-se Facilmente da Dor Crônica - Ed. Cultrix, 2007. 

    BACHLER Käthe - Radiestesia e Saúde - Ed. Cultrix, 1995. 

    BUENO Mariano - O Grande Livro da Casa Saudável - Ed. Roca, 1995. 

    BUENO Mariano - Viver em Casa Saudável - Ed. Roca, 1997. 

    CAMPADELLO Píer - Feng Shui para Harmonizar seu Lar e sua vida - Ed. Madras, 1998. 

    CARNEGIE Dale - Como Fazer Amigos & Influenciar Pessoas - Ed. Nacional, 2006. 

    COVEY Stephen R. - Os 7 Hábitos das Pessoas Alt. Eficazes. Ed. Best Seller, 2007. 

    DADAMO J. Peter - A Dieta do Tipo Sangüíneo - Ed. Campus, 2005. 

    DAHLKE Rüdiger - Qual é a doen. do mundo? - Ed. Cultrix, 2001. 

    GERBER Richard - Med. Vibracional - ED. Cultrix, 1988. 

    GIMBEL Theo - Energia Curativa Através das Cores - Ed. Pensamento, 1995. 

    KURZWEIL R & GROSMAN T - A Med. da Imortalidade - Ed. Aleph, 2004. 

    CORONA, Marly Del - Energias Além das Formas - Casa Ed. Schimidt, 1994. 

    MAYA Jacques La - Med. da Habitação - Ed. Roca, 1994. 

    POGACNIK Marko - Mudança Planetária - Destino Humano - Ed. Triom, 2002. 

    PÓVOA Helion - Radicais Livres - Ed. Imago, 1995. 
     

    NOTAS DE RODAPÉ 

    (*1) http://classico.sinte.com.br/modules.php?name=Top - Em 19.05.2008, o artigo Terapia Corporal Descomplicada lidera o interesse dos leitores em primeiro lugar com 26.288 leituras. 

    (*2) http://www.holopedia.com.br/ - Em 19.05.2008, o artigo Terapia Energética Instantânea lidera em oitavo lugar com 8953 leituras. 

    (*3) Existem estudos quanto à nocividade das construções em concreto armado, que acaba agindo como uma espécie de gaiola de Faraday, isolando e blindando o seu ocupante em relação aos campos de energia que são essencialmente vitais à sua saúde, podendo causar debilidades orgânicas. O campo elétrico que deveria estar numa faixa de 90 a 100 V/m acaba apresentando valores próximos de zero ou até valores negativos. ( MAYA , 1994, p. 95). 

    (*4) Vale lembrar a filosofia do Feng Shui: “tudo aquilo que não circula perde a sua energia vital - especialmente o ar e a água, essenciais à boa saúde” 

    (*5) Que tem intensidade aproximada de 300 mG (miligauss) na região equatorial e de 600 mG na região dos pólos 

    (*6) Existem aparelhos que tornam audível e visível a existência destes campos, trabalhando numa freqüência de 0,1 Hz a 20 KHz. (Med. da habitação - pg. 215 - J. La Maya - ROCA). 

    (*7) Segundo ICNIRP (International Commission on Non Ionizing Radiation Protection) as intensidades devem ser inferiores a 833mG para Campo Magnético e de 4,17 kV/m de Campo Elétrico. 

    (*8) O oscilador de múltiplas ondas (MWO) através de radio freqüência gerava campo eletromagnético harmônico que variava de 750 mil a 3 milhões de ciclos por segundo (750 kHz a 3 MHz), o qual alimentava antena de múltiplos círculos concêntricos, os quais por somatória de ondas harmônicas cobriam um espectro que variava de 1 a 300 trilhões de ciclos por segundo ( 1 a 300 Giga Hz ). 

    (*9) Segundo a OMS, sob as Linhas de Alta tensão o limite para a intensidade do campo magnético está na faixa dos 20 µT; e para residências na faixa de 0,10 µT. Acima de 100 µT, mesmo em exposição de curta duração, pode haver estimulação dos nervos e do sistema nervoso central. Para as residências, recomenda-se, por cautela, não ultrapassar a casa dos 0,3 a 0,4 µT. Acima destes valores, existem registros de que os casos de leuc. infantis teriam as suas taxas de incidência de duas vezes à taxa normal. 

    (*10) No caso de telefonia celular, as ERBs são as que estão em locais estratégicos das cidades, onde diversas barras verticais fixadas em um local relativamente alto, em torno da torre, compõem uma instalação típica demodo a cobrir uma determinada área fornecendo o sinal necessário tanto para recepção como para efetivação de uma ligação telefônica. 

    (*11) Contrariando a própria tese das empresas, que afirmam serem insignificantes os efeitos maléficos, como o do aparelho celular, - elas próprias recomendam, por outro lado que não sejam utilizados no interior das aeronaves, próximo de postos de gasolina, hospitais, escolas etc. 

    (*12) Nos Estados Unidos, já rotina a solicitação de laudos sobre o radônio antes de se mudar para um imóvel. Vandir utiliza um detector de radônio no ar, que fica instalado no local durante três meses consecutivos, fornecendo diariamente a quantidade média do gás. 

    (*13) http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_17.asp 

    Autor: : Seiiti Arata - Terapeuta Holístico – CRT 31513
    Última atualização: 26/05/2008 10:39


    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

    CURSO DE PSICOTERAPIA


    ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO

    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    Dourados, MS 04.05.2008


    TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

    CURSO DE PSICOTERAPIA




    ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO - TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 42753



    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    DOCENTE: HENRIQUE VIEIRA FILHO - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 21001




    SINDICATO DOS TERAPEUTAS (SINTE)

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS (CEA)





    Dourados, MS 04.05.2008

    EPÍGRAFE



































    “O principal objetivo da terapia não é transportar o cliente para um impossível estado de felicidade, mas sim de ajudá-lo adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento. A vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor.”

    Carl Jung






























































    Dedico este meu trabalho a todos os meus clientes, que depositaram em mim sua confiança para ajudá-los, o que me possibilitou evoluir como profissional.

    AGRADECIMENTO
































    Agradeço a Jeová meu Deus por me ter dado a vida cheia de encantos e a capacidade de aprendizado me fazendo cada vez mais valorizar a vida e por colocar pessoas no meu caminho que de uma forma ou de outra me ajudam a crescer.

    A minha família linda e essencial, sempre presente na minha vida, me fazendo sentir o que é o verdadeiro amor, meu esposo João Paulo que me encoraja me apóia a cada palavra, me ajuda a rir das situações difíceis, me ajuda a ver que a vida é para aqueles que têm coragem, pelo seu amor incondicional e por seus esforços imensos em me ajudar pra que conquiste meus sonhos.

    Aos meus filhos Natasha e Kevin, os quais amo de todo o meu coração que me apóiam e me incentivaram dando-me combustível para seguir em frente.

    A minha irmã Juliana que foi o motivo que me inspirou na escolha e no interesse por psicoterapia.

    Ao meu orientador docente Henrique Vieira Filho, por me ensinar como o conhecimento sobre o ser humano é complexo, assim como as estratégias para ajudá-lo em sua existência, me ensinando a dar os primeiros passos e as diversas teorias e técnicas psicológicas que buscam dar conta desse desafio e tarefa que é ajudar outros a lidar com sua vida. Obrigada pela destreza com que ministrou esse conhecimento.

    Ao SINTE através da CEA- Comunidade de Estudos Avançados que me proporcionou ter acesso a esse conhecimento, e aos autores citados na bibliografia que me ajudaram a enriquecer meu conhecimento.

    SUMÁRIO


    Epígrafe 02

    Dedicatória 03

    Agradecimento 04

    Sumario 05

    Resumo 06

    Introdução 07

      1. Definição de Psicoterapia 07

      2. Objetivo e aplicação da terapia holística 07

      3. Os florais de Bach e seu uso terapêutico 07

      4. Uma compreensão dos florais de Bach a luz da física moderna 08

      5. Classificação das essências dos florais de Bach 08

    1. Material 09

    2. Metodologia 10

    3.1 Atendimentos de casos 11

    1. Resultados 26

    2. Discussão 29

    3. Conclusão 30

    4. Referências Bibliográficas 32

    5. Anexos 33

    6. Apêndice 33















    RESUMO


    Este trabalho se propõe a aplicação das teorias aprendidas no curso de psicoterapia ministrado pelo docente Henrique Vieira Filho através da Comunidade de Estudos Avançados (CEA), com descrição e analise de atendimento em psicoterapia a meus clientes sob enfoque holístico de restaurar e preservar a saúde e a qualidade de vida como necessidade primordial de não apenas acrescentar mais anos à vida, mas de acrescentar mais vida aos anos associando o uso dos Florais de Bach ao aconselhamento terapêutico, procedemos o acompanhamento do cliente em seu processo de vida, onde foram trabalhadas transformações profundas da personalidade, reconhecimento de padrões de comportamento, de como age, de como se relaciona, como pensa, como se sente, e descobrir caminhos para mudança desses padrões.
























    INTRODUÇÃO


      1. DEFINIÇÃO DE PSICOTERAPIA

    Psicoterapia é parte integrante do atendimento na terapia holística, pois se propõe a implementar técnicas básicas de aconselhamento, somando a estas outras formas de abordagens psicoterapicas em especial algumas correntes básicas da Psicanálise Freud, Reich, Jung associadas as tradições terapêuticas milenares.


      1. OBJETIVO E APLICAÇÃO DA PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    O objetivo é permitir transformações profundas na personalidade, sendo que hoje não é possível falar de equilíbrio e saúde sem uma consideração pela dimensão psicológica e emocional.

    Diante da evidência psicossomática da natureza humana, a psicoterapia holística ocupa um lugar fundamental na área de saúde por trazer uma visão integrada do homem, pois leva em conta as dimensões orgânicas, psíquicas e sociais como conjuntamente participantes da existência humana e seus problemas e educando para a vida quando as pessoas se vêem inaptas para lidar com suas dificuldades e ajudando-as a encontrar caminhos internos para solucioná-los.

    Diversos estudos têm demonstrado que desequilíbrios existenciais não tratados adequadamente, somatizados produzirão desordens orgânicas e psíquicas.

    A aplicação da psicoterapia holística tem reduzido tanto o uso de medicamentos quanto de internações. Mostrando-se vantajosa economicamente tanto para as pessoas quanto para o país.


    1.3 OS FLORAIS DE BACH E SEU USO TERAPÊUTICO

    Problemas de saúde freqüentemente têm sua origem na mente, sentimentos que foram persistentemente reprimidos irão emergir primeiro como conflitos mentais e depois somatizados como problemas orgânicos.

    Dr. Eduard Bach, médico inglês, depois de obter êxito como médico bacteriologista, resolve morar no campo e lá descobriu que tinha sensibilidade para sentir as energias transmitidas pelas plantas através do toque ou por colocar na boca as gotas de orvalho que repousava sobre elas.

    Constatou que algumas plantas tinham a capacidade de provocar sentimentos negativos ou de anulá-los.

    Entre 1930 e 1934 o Dr. Bach identificou 38 flores silvestres que compõem o sistema floral de Bach. O Dr. Bach dizia “o medicamento tem que atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, corrigindo o desequilibro emocional no campo energético”.

    Agindo no campo mais sutil da pessoa a terapia floral tem seu efeito reconhecido em 1976 pela Organização Mundial da Saúde, constituindo-se em grande ajuda para a humanidade nestes momentos de transição, auxiliando a harmonização dos corpos (elétricos, mental e emocional) e facilitando o livre fluxo das energias superiores da personalidade. Lembrando ainda a vocação preventiva, podemos afirmar que se os usássemos constantemente, mantendo sempre ativa a nossa busca de autoconhecimento e travando contato cada vez maior com nosso material psíquico reprimido, não precisaríamos somatizar, ou seja, adoecer.


      1. UMA COMPREENSÃO DOS FLORAIS DE BACH À LUZ DA FÍSICA MODERNA.

    Todo ser vivo tende a vibrar, a pulsar em determinadas freqüências preferenciais (numero de vezes por segundo).

    Se fornecermos freqüência num ritmo semelhante a esse que pulsamos seu aproveitamento será maximizado. Esse perfeito entrosamento entre a emissão e a capacidade do receptor é o fenômeno da ressonância.

    Analogicamente, a situação emocional consciente faz com que nossas energias vibrem em determinadas freqüências especiais.

    Cada floral tem seu padrão vibracional, quando corretamente escolhida, a formula floral ira sintonizar a capacidade de recepção de quem a usa, ocorrendo a ressonância, fato capaz de despertar intensas reações. Caso a formula não esteja adequada às emoções consciente do usuário não ocorrerá a sintonia, nem reações.


      1. CLASSIFICAÇÃO DAS ESSÊNCIAS FLORAIS DE BACH

    As 38 essências agrupadas em 07 categorias definidas por Eduard Bach da seguinte forma:


    EMOÇÕES PRESENTES

    PALAVRAS-CHAVES

    ESSÊNCIAS


    MEDO

    Pânico

    ROCK ROSE

    De coisas, de situações concretas

    MIMULUS

    De perder o controle

    CHERRY PLUM

    Inexplicável

    ASPEN

    Temem pelos outros

    RED CHESNUT

    INCERTEZA

    Falta de autoconfiança

    CERATO

    Indecisão entre duas coisas

    SCHLERANTUS

    Desanimo tristeza por fato acontecido

    GENTIAN

    Sem esperança, desistência

    GORSE

    Cansaço com a rotina

    HORNBEAN

    Indecisão geral

    WILD OAT

    DESCONEXÃO AO PRESENTE

    Distração

    CLEMATIS

    Nostalgia

    HONEYSUCKLE

    Apatia

    WILD ROSE

    Esgotamento físico e mental

    OLIVE

    Pensamentos obsessivos

    WHITE CHESTNUT

    Tristeza cíclica de origem incerta

    MUSTARD

    Dificuldade de aprendizado

    CHESTNUT BUD

    SOLIDÃO

    Reservados, isolados

    WATER VIOLET

    Ansiedade, impaciência

    IMPATIENS

    Não suportam a solidão, carentes

    HEATHER

    INFLUÊNCIAS EXTERNAS

    Fuga dos problemas

    AGRINONY

    Submissão

    CENTAURY

    Protege das influências

    WALNUT

    Inveja, ciúme, suspeita, raiva

    HOLLY

    ABATIMENTO

    Baixa-estima

    LARCH

    Culpa

    PINE

    Excesso de responsabilidade

    ELM

    Angústia extrema

    SWEET CHESTNUT

    Traumas, choques

    STAR OF BETHLEHEM

    Ressentimento, mágoa

    WILLOW

    Excedem os limites da resistência

    OAK

    Sensação de impureza

    CRAB APLLE

    (PRE) OCUPAÇÃO COM OS OUTROS

    Possessividade, chantagem emocional

    CHICORY

    Fanatismo, idealismo excessivo

    VERVAIN

    Autoritarismo

    VINE

    Intolerância, crítica excessiva

    BEECH

    Auto-repressão

    ROCK WATER


    Deve-se selecionar no máximo 06 essências que melhor descrevam o exato momento emocional do cliente. Tomar 04 gotas, direto na língua, 04 vezes ao dia.


    MATERIAL:

    A abordagem de atendimento aos clientes foi feita sobre o paradigma holístico dentro das correntes básicas da psicanálise – aconselhamento, vivências, relaxamento, terapia floral, terapia reichiana, com o uso de aparelhos para trabalhar “couraças musculares do caráter” para restabelecer o fluxo energético do organismo, sempre avaliando os clientes do ponto de vista de desequilíbrios energéticos, respeitando tanto a legislação brasileira quanto as Normas Técnicas Setoriais Voluntárias do SINTE.


    METODOLOGIA


    Técnicas Terapêuticas - fez-se uso de técnicas terapêuticas diversificadas no atendimento individual procedendo à escolha das mais adequadas, todas com o objetivo final de ajudar o cliente a equilibrar-se.

    Aconselhamento - processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holística e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em varias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida.

    Vivências – realizadas em sessões individuais, ou em grupo, utiliza-se tanto da terapia corporal, quanto do relaxamento como introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem tratados na terapia holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo na solução de questões de saúde. Realizamos sessões individuais.

    Relaxamento – vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles as manobras corporais, a musicoterapia, a cromoterapia, cristaloterapia, a acupuntura e a sugestão verbal, exercícios respiratórios e aparelhos vibracionais. Utilizamos à sugestão verbal, exercícios respiratórios e aparelhos vibracionais.

    Terapia Reichiana – Welhelm Reich – dissidente de Freud – “corporificou” o inconsciente identificando-o como uma bioenergia circulante por ele denominada “orgone”, onde a negação de emoções, impulsos, desejos, bloqueia o livre fluxo da bioenergia pela musculatura corporal quer pela tensão excessiva, quer pela ausência de tônus em ambas as situações prejudicando o livre fluxo energético.

    Através de terapias de toque nas zonas musculares especificas “couraças” provocando a circulação bioenergia é um dos principais fatores catalisadores de aflorar ao natural do psíquico inconsciente o qual será trabalhado verbalmente pelo Terapeuta Holístico. Utilizamos aparelhos vibracionais.

    Terapia Floral – Faz uso de compostos energéticos denominados “essências florais”, totalmente centrada no individuo, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção especifica, trazendo uma maior compreensão das emoções, permitindo aflorar material psíquico profundo, ampliando o autoconhecimento podendo resultar em reversão das somatizações.

    Aparelhagem Eletrônica – esse tipo de terapia permite identificar pontos de desequilíbrios energéticos e de estimulá-los das mais diferentes maneiras, sendo o uso desses aparelhos, restritos para a avaliação e tratamento de desequilíbrios energéticos, devendo-se ter o cuidado de usar aparelhos devidos e certificado pelo Ministério da Saúde, ou com certificado de isenção do mesmo, dispensado de registro.

    Durante todo curso de psicoterapia nós terapeutas fomos preparados para uma profunda compreensão das técnicas e fomos introduzidos no trabalho prático através do orientador/supervisor/docente/TH Henrique Vieira Filho - CRT nº 21001, com atendimento supervisionado com objetivo de nos dar segurança, autoconfiança no exercício profissional. A partir do momento que passei a aplicar as técnicas terapêuticas aprendidas, uma riqueza de material aflorou do inconsciente, possibilitando-me exercitar o conhecimento aprendido.

    Cada cliente que atendi, trouxe sua carga de conflito, com seus desafios e estados emocionais diferentes, onde ganhei confiança aplicando o conteúdo aprendido em beneficio dos clientes quando se busca melhorar a qualidade de vida, tendo como meta harmonizar corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma, como terapeuta holística estando atenta a qualquer material psíquico ou linguagem corporal como “linguagem a ser decifrada e compreendida”.


    ATENDIMENTO DE CASOS


    Cliente n°1 – A.R.M. – 48 anos, sexo masculino, cético, pessimista, apático, individuo com muitas duvidas, apresenta esgotamento físico e mental, não se ajusta aos relacionamentos amorosos, queixa-se de diversos problemas físicos, trazendo diagnóstico médico de problemas alérgicos respiratórios e persistentes problemas renais, fazendo uso de medicamento de uso continuo.


    Cliente n° 2 – I.F.C.L. – 42 anos, sexo feminino, dona de casa, esta cliente traz história de vida marcada por violência, criada por pai alcoólatra, com primeiro casamento fracassado também por alcoolismo e violência do ex-marido.

    A cliente apresenta pesada carga de mágoa, rancor, crítica, intolerância, autoritária, extremamente possessiva com os filhos, muito ciumenta com o marido, chantageando emocionalmente os familiares com reações exageradas e quadro de doenças (dor de cabeça, depressão) trazendo diagnóstico de seu médico de hipertensão e problemas cardíacos, fazendo uso de medicação de uso continuo.


    Cliente n°3 – E.S.R.C. – 39 anos, sexo feminino, traz um histórico de infância pobre com vida muito difícil, casamento fracassado, preocupação excessiva com a aparência fazendo dietas mirabolantes para manter a forma, descreve diversos problemas de saúde diagnosticados por médicos de ordem física, queixando de não estar obtendo resultados esperados; ansiosa, amarga, depressiva, achando que a vida esta sendo injusta com ela, faz uso de medicação de uso continuo para coluna e insônia.

    Nos três casos citados notam-se aspectos emocionais muito fortes na causa dos desequilíbrios, onde procedi esclarecimentos sobre as possibilidades oferecidas pela Terapia Holística e os benefícios que poderiam obter, esclarecendo-os de acordo com as NTSVs – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias e de acordo com legislação vigente em nossos país, que o campo de atuação seria a nível de desequilíbrios energéticos, microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma, onde toda qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser e usaríamos recursos facilitadores associado ao aconselhamento, terapia floral e aparelho de biorressonância como técnicas de auxilio não só para fazer aflorar com maior fluidez e rapidez processos psicossomáticos, como possibilitar o auto-equilibrio no menor tempo possível.

    Todos foram orientados a não alterarem seus tratamentos, sem a orientação e parecer dos profissionais da área médica que os acompanham. Os atendimentos se deram com agendamentos antecipados de forma semanal com dia e hora marcados com duração de 01 hora de cada sessão.

    De acordo com os NTSVs TH 003 na ficha de cada cliente foram feitas anotações com descrição do atendimento e técnicas aplicadas e indicações terapêuticas para a semana; e no Bloco de Recomendação Terapêutica (BRT) de acordo com as NTSVs TH 002 eram feitas anotações como: data da próxima sessão; indicação dos florais de Bach pertinentes aos desequilíbrios emocionais compreendidos e devidamente avaliados que o cliente trouxe a superfície durante a sessão para serem melhorados e frase para meditar, que representam bem o momento que estão vivenciando para servir de ponto de partida para o aconselhamento da próxima semana bem como a que estivessem atentos a sonhos para pontuarmos posteriormente.

    No caso do cliente nº1 o relato será descrito passo a passo da forma como o atendimento terapêutico se procedeu.


    No caso do cliente nº 1 A.R. M de 48 anos sexo masculino esse cliente traz como característica acentuada o ceticismo duvidando de toda a informação. Apresenta diversas somatizações, focado em descrever os sintomas físicos que sente. A esse cliente se fez necessário esclarecer por mais de uma vez, devido à insistente descrição de sintomas físicos que terapeuta trabalha desequilíbrios e que tratamento de doença é prerrogativa médica, informei-lhe o que a terapia holística poderia fazer por ele.

    Iniciamos os trabalhos via aconselhamento atenta a qualquer sinal que pudéssemos pontuar, encontrei muita resistência à medida que tentava aprofundar no emocional, tendo o cliente dificuldade em falar da infância, afirmando não ter boas lembranças, tendo passado por várias internações com crises respiratórias, sua mãe não lhe permitia brincar e viu toda a sua infância passando da janela, olhando os primos e irmãos brincar no quintal. Percebo que as lembranças da infância evocam no cliente um misto de sentimentos de raiva, rancor e mágoa pela mãe, que ainda hoje afirma ele não deixou de ser exagerada.

    Depois da devidas anotações na Ficha do Cliente de acordo com as NTSVs, passei para o BRT – Bloco de Recomendação Terapêutica onde anotei os seguintes dados: data da próxima sessão com a seguinte frase para meditar: ”A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional” e os seguintes florais para ajudá-lo no momento:

    - Agrimony: para seus pensamentos dolorosos e amainar sua inquietação interior;

    - Heather: para mudar o foco totalmente voltado para si, do tipo criança carente,

    - Gentian: para ajudá-lo com seu ceticismo, pessimismo e duvidas;

    - Gorse: para trabalhar sua resignação seu sentimento do tipo: ”será que adianta mesmo alguma mudança a essa altura”

    - Walnut: para propiciar ao cliente se deixar influenciar considerado o “floral da ruptura” para torná-lo aberto a novos começos na vida;

    - Will Rose: para melhorar sua apatia, indiferença e capitulação interior;

    Bem como a que estivesse atento a possíveis sonhos para pontuarmos posteriormente.

    No atendimento posterior alem da costumeira postura resistente, o cliente apresenta-se “fechado” com braços e pernas cruzados, e ainda muito focado nos sintomas físicos. No aconselhamento aprofundando no emocional o cliente traz o relato de um sonho persistente que ele descreve como pesadelo e com um elemento de repetição, pois sempre acorda muito assustado de tão real que lhe parecem às cenas. Sempre se encontra preso em um lugar onde não consegue fugir (carro, casa, buraco, jaula etc..) aparece muito fogo, grita buscando ajuda e ninguém escuta, e quando tudo vai ser tomado pelo fogo e ele vai morrer queimado, acorda sufocado com medo, diz que houve época que esse sonho se repetia com muita freqüência e variações e que hoje de vez em quando ainda sonha; e que me relatou em virtude da anotação no BRT a que prestasse atenção aos sonhos, indagando curioso seu significado?

    Expliquei-lhe que o sonho é parte natural do psiquismo, e a partir de FREUD a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão científico, para ele o sonho é a expressão ou a realização de um desejo reprimido. Já para JUNG dissidente de FREUD trata-se de uma compensação da visão limitada do ego, assim o sonho seria um processo psíquico regulador, semelhante a fenômenos compensatórios do funcionamento corporal

    A interpretação dos sonhos, bem como decifrar seus símbolos, cabe ao sonhador e quando tratados com a devida atenção ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor, levando a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações, leva a constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego).

    Uma condição básica para nós Terapeutas trabalharmos sonhos é não avaliá-los isoladamente, se faz necessário conhecer vários sonhos da pessoa ocorridos tanto em datas próximas como em outras épocas, a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e da situação e como reage ao sonho. Fazendo uso de técnicas como de livre associação ou de ampliação o terapeuta usará esses recursos para tentar ajudar o cliente a esclarecer seu sonho.

    Após esclarecimentos via aconselhamento foi sugerido ao cliente vivência em psicoterapia de Regressão onde obtive relaxamento via aparelhos e exercícios respiratórios como facilitador para fazer fluir material reprimido e por indução verbal conduzi a vivência como descrita abaixo:

    Maneira como foi feita a indução verbal.

    O cliente foi levado ao estado de relaxamento por indução verbal dentro de um padrão de neutralidade em conformidade com as NTSVs: Feche os olhos e ao comando da minha voz procure relaxar seu corpo. Com um tom suave de voz disse: Respire profundamente, encha os pulmões de ar o máximo que conseguir e agora vai soltando lentamente bem devagar. Repita o exercício, respire profundamente e solte bem devagar, respirando e relaxando, respirando e relaxando profundamente, procure não pensar em nada enquanto respira; respire profundamente e solte o ar lentamente botando para fora tudo que o incomoda, tudo que o preocupa, relaxando, relaxando, você se sente profundamente relaxado, livre, relaxado. Busque este estado de espírito relaxado. Você se sente leve, não tem preocupações, não tem compromisso, não tem nada para fazer apenas relaxar, sem nenhuma responsabilidade você se sente livre para fazer o que quiser. A única coisa que você quer fazer é relaxar. Você relaxa os pés, as pernas, relaxa o quadril, o tórax, os ombros os braços e continua relaxando, relaxando, respirando profundamente soltando o ar e à medida que o ar sai; sai também todo o peso que sente nos ombros, tudo que a sobrecarrega você está leve, flutuando como uma pluma, para lá e para cá leve, relaxe as mãos o pescoço e a cabeça, todo o seu corpo flutua no ar. Gostaria que libertasse sua imaginação e sem apego a nenhum pensamento, sem deixar que nada o incomode, deixasse sua imaginação fluir livre, você se sente leve, solto, sua mente não pensa em nada, sem nenhuma preocupação se é verdade ou não sem nenhum apego se é real ou não, sua imaginação é livre para pensar no que quiser e você se sente leve, livre, solto; e agora nesse estado tranqüilo gostaria que me respondesse a primeira coisa que lhe vem a mente......

    A partir daí iniciamos a vivência em psicoterapia de Regressão com perguntas num ritmo acelerado para não permitir racionalização, desprezando aquelas onde não se obtêm a reposta de imediato.

    . . .Agora neste estado tranqüilo, vamos voltar ao sonho que você teve: você toma contato com o seu sonho, você sempre se encontra aprisionado em algum ambiente, você grita pede ajuda tudo esta sendo tomado pelo fogo você quer sair, mas não consegue. Agora me responda a 1ª. Coisa que lhe vir à mente. Na sua vida o que representa esse ambiente fechado onde você é prisioneiro?Uma situação onde quero fugir. Respire bem fundo e solte o ar bem devagar. Agora me diga Fugir de que?___ de quem você foge? Não sei. No seu sonho você grita e pede ajuda, a quem você pede ajuda? _____ Na sua vida quem poderia te ajudar? Ninguém. No sonho você diz que grita muito, Porque você grita? Tenho medo. Do que tem medo?______Respire bem fundo bem devagar, respire e expire solte lentamente o ar; continue respirando profundamente e expire, a medida que o ar sai você coloca para fora todo esse medo que está sentido, você não sente mais esse medo. Diga-me medo de que? De morrer. E porque você tem medo de morrer? Não sei o que vem depois. Respire e expire bote para fora esse medo, quando o ar sai esse medo vai embora. Respirando e expirando profundamente você vai tomando contato com seu sonho. No seu sonho sempre aparece o elemento fogo, O que é esse fogo que aparece no seu sonho? _____No seu dia a dia o que representa esse fogo? Punição. O que você fez que merece ser punido? Maldade. Porque você se acha mal? Prejudiquei alguém. Tomando contato novamente com você mesmo com sua respiração, quando o ar sai tira toda essa sensação de peso, tudo que te incomoda, põe para fora, quando o ar entra você se restabelece se enche de energia boa positiva, agora Por que você prejudicou essa pessoa? Me ameaçava. Que tipo de ameaça fazia?____. Se essa ameaça assumisse forma que forma teria? Vingança. Vingança do que, de quem? De mim. Continue respirando e expirando profundamente, repita, respirando e expirando, agora por que queria vingar de você? Tive um caso com a mulher dele. E como resolveu essa situação? Me vinguei primeiro. Como? Quê forma assumiu sua vingança? Alguém fez por mim. Não tive outra saída. Estava me chantageando, me dizia que ia matar meu filho. A partir daí aflorou uma explosão de emoções não conseguindo mais manter-se relaxado. Ao mesmo tempo em que racionalizava fazia transferência e mostrava-se apavorado não acreditando ter deixado aflorar essa informação. Confortando-o, acolhi seus sentimentos prestando-lhe amparo tranqüilizando-o encerramos a vivência onde passamos a explorar o material que aflorou via aconselhamento onde ele só queria saber como eu tinha conseguido fazê-lo confessar algo que guardava consigo há anos. Ninguém, e frisava mais ninguém mesmo sabe disso e frisava; Eu era a única pessoa que sabia de tal coisa, já havia passado por diversos tratamentos de depressão e feito tratamento com psicólogos com psiquiatras e repetia ninguém conseguiu arrancar isso dele, mostrava-se muito preocupado, dizendo não acreditar que havia me dito aquilo. Tranqüilizei-o da proteção e sigilo de tudo, conseguí mostra-lhe que tal cartase seria positiva terapeuticamente falando; só o fato de ter conseguido expor isso iria fazê-lo experimentar uma sensação de alívio e bem estar, além de que carregar aquele peso sozinho estava muito difícil comprometendo a sua qualidade de vida e via aconselhamento traduzimos o conteúdo vivenciado para o presente ampliando seu autoconhecimento para proporcionar-lhe mais qualidade de vida.

    NO seu BRT escrevi data da próxima sessão e frase para meditar: ”Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala o corpo fala” –(Jung) e para esse momento do cliente indiquei os seguintes florais:

    - White Chestnud: para pensamentos girando na cabeça, para poder se livrar deles

    - Sweet Chestnut: para amenizar seu desespero interior, para superar seu limite;

    - Agrimony: amenizar pensamentos dolorosos, para a inquietação interior por traz de uma fachada de alegria e despreocupação

    - Beech: para melhorar sua capacidade de compreensão

    - Mimulus: para vencer seus medos concretos e amenizar seus temores;

    -Star Of Bethlehem: para traumas emocionais e físicos ainda não trabalhados, “o confortador da alma”.

    Na continuação do atendimento esse cliente admite ter obtido certo alívio, diz sentir-se mais leve, sem aquele peso nos ombros, mas apresenta-se apreensivo, reservado ansioso, com medo, mostra um espírito resignado pela apatia e por sua falta de decisão diante da vida se sentido travado ou paralisado pelo sentimento de culpa que carrega. Achei oportuno na vivência usar a Progressão “avançá-lo no tempo” para ajudá-lo com as repercussões que sua falta de decisão pode gerar como ferramenta para maximizar a capacidade de tomada de decisão através de viagem imaginativa possibilitar gerar opções de ação não cogitadas, com o intuito de produzir insights que possam gerar solução por ele ainda não imaginadas.

    O cliente foi colocado em estado de relaxamento com a ajuda de aparelhos, exercícios respiratórios e quando se encontrava devidamente relaxado iniciamos a vivência por indução verbal, dentro de um padrão de neutralidade em conformidade com as NTSVs e com tom de voz bem suave iniciamos a retomada do mesmo sonho: Gostaria que fechasse os olhos e tomasse contato com o seu sonho, você preso num ambiente fechado, do qual não consegue sair, você grita pede ajuda, você quer sair, tudo esta sendo tomado pelo fogo. Agora me diga a 1ª. Coisa que lhe vier à mente. Porque você está preso nesse ambiente?___ Quem te colocou lá?___ Sem se preocupar com a lógica, se é real ou não. Na sua vida você é prisioneiro de que? De mim mesmo. Que sentimento lhe vem quando está preso no ambiente? Medo, muito medo. Medo de que? De morrer queimado vivo. O que na sua vida te causa medo?____ Se esse medo tivesse forma qual seria? Ser punido, descoberto, humilhado. Tomando contato com sua respiração, quando o ar entra você se renova quando o ar sai você se sente leve, tranqüilo, você desfruta de uma sensação gostosa de segurança de alívio, quando o ar sai você bota para fora todo esse medo esse peso que tem carregado nas costas, você se sente leve, sua vida esta mais leve você não carrega mais peso algum, experimente essa nova sensação, desfrute essa tranqüilidade, nada mais te perturba, nem seus pensamentos, nem suas lembranças, nada mais te incomoda, experimente isso, você está livre, livre, sinta essa tranqüilidade e desfrutando dessa leveza e dessa tranqüilidade, deixe sua mente viajar nesse mundo maravilhoso, onde nada pode te abalar e me diga a 1ª. Coisa que lhe vier à mente. O que é preciso para você usufruir desse futuro gostoso? ____ Responda o que lhe vier à mente? Esforço. Hoje o que lhe incomoda, ou melhor, que lhe impede de usufruir esse futuro gostoso? Remorso. Se esse remorso assumisse uma forma que forma teria? Culpa, sinto muita culpa. O que é preciso para você deixar de sentir tanta culpa, tanto remorso?___ O que fazer para resolver isso? Buscar ajuda. Onde acha que pode encontrar essa ajuda? Não sei, acho, aqui. O que você espera encontrar aqui?___ O que você precisa? Não sei; sentir menos culpa. Tomando contato com sua respiração quando o ar entra você sente revigorado, forte, quando o ar sai, sai junto esse sentimento de culpa, mande para longe essa culpa, agora você não se sente mais culpado, pois você estava apenas se defendendo, quando o ar sai carrega para fora para bem longe de você essa culpa, sai também essa sensação de angustia e você se sente leve, desfrute dessa sensação de leveza, diga: Ah! Que alivio! Continue buscando dentro de você esta sensação gostosa de alivio, de tranqüilidade, como exercício de imaginação crie essa imagem dentro de você. Você se sente forte, sem culpa, sem angústia, se veja nessa situação, crie o estado de espírito que você deseja ter, mande seus problemas para bem longe de você, agora você não tem mais problemas, resolveu tudo e nesse estado mental gostoso me diga O que é preciso para você conquistar tudo isso?___ Que atitude você pode tomar pra conquistar isso?___ Busque dentro de você; O que você pode fazer? Esforço. Para atingir isso o que falta? Controlar o que sinto. Como você pode controlar a situação?___ Diga o que lhe vier à mente, diga: Quais as vantagens de controlar as emoções? Segurança. E a desvantagem de não controlar as emoções? Depressão. Como você pode conciliar o lado bom e o lado ruim das emoções? Ter autocontrole. O que está faltando para atingir esse autocontrole? Trabalhar minhas emoções. Agora que você buscou dentro de você o que fazer, em alguns instantes você estará totalmente refeito, procure atuar no seu dia a dia, para alcançar esta paz interior, deseje no fundo do seu coração, pense nisso; seus pensamentos tem ondas e sinais magnéticos poderosos concentre-se nesse futuro maravilhoso que você quer conquistar emita para o universo essas ondas positivas, crie na sua mente sinta a sensação de estar nesse lugar que você quer, esteja lá mentalmente várias vezes, seus pensamentos tem a capacidade de materializar aquilo que você sente, para mudar a sua realidade comece a mudar o seu pensamento, e a partir de agora irá monitorar seus pensamentos, só terá pensamentos bons, positivos e neste estado de consciência você vai abrir os olhos lentamente, espreguiçar, solte o ar Ah... Que alívio, diga isso: Ah! Que alívio! fique a vontade. Pontuaremos algumas considerações no aconselhamento:

    No aconselhamento fizemos algumas pontuações dessa vivência: Você está na busca de harmonia para a sua vida, todo o material psíquico que mantemos bloqueados do nosso consciente somatiza, quanto maior esforço para reprimir certas lembranças, maior será o grau de somatizações, lembra da sua grande lista de sintomas físicos, isso se reverte em doenças, quanto mais liberação desse material psíquico reprimido maior será o seu equilíbrio energético. Quando se bloqueia quer de maneira consciente quer inconscientes as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio e à medida que você começa a digerir compreender e assimilar esse material que aflorou você conquistará seu equilíbrio energético e mais qualidade de vida.

    NO BRT escrevi: próxima sessão, frase “O que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino” Carl G. Jung e florais para a semana;

    - Pine: para continuarmos a trabalhar seu sentimento de culpa;

    - Scleranthus: para sua instabilidade emocional, melhorar sua indecisão;

    - Larch: para melhorar sua expectativa de fracasso por falta de confiança em si mesmo;

    - Star of Bethlehem: para continuar trabalhando seu trauma emocional e confortá-lo.

    - Rock Water: para torná-lo mais flexível em sua opinião menos rígido e intransigente ao ponto de reprimir necessidades vitais

    - Wild Oat: para dar mais clareza aos seus objetivos, amenizar sua insatisfação interior, e encontrar sua missão na vida

    Dando continuidade ao tratamento psicoterápico como Terapeuta havia necessidade de verificar através de processo interativo o que o cliente havia conseguido atingir a nível de autoconhecimento com relação a comportamento, elaboração de realidade, incremento na capacidade de maximizar oportunidades e minimizar condições adversas além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões.

    Descrição do atendimento: Começamos o aconselhamento com o cliente admitindo ter experimentado melhora, diz ter passado bem a semana se expressa mais confiante, mais sorridente, dormindo melhor, sente-se menos ansioso e expressando a necessidade de continuar a fazer mudança e gostaria de continuar com a psicoterapia, por isso acordamos mais sessões semanais com dia e horas marcados antecipadamente e devidamente agendados.

    Iniciamos a conversação nos atendo ainda ao material que aflorou. Hoje ainda iremos nos ater aquele seu sonho: sobre os elementos persistentes como o fato de sempre estar aprisionado num local e existir muito fogo a sua volta. Baseado em tudo que já conversamos poderia dizer que mensagem seu inconsciente tenta transmitir para você?_____ Na sua vida o que existe que te soa como prisão? Fica em silencio, pensando. De que se sente prisioneiro? Reflete. Você pensa em que? Prisioneiro de que? Do meu sofrimento, porque não posso dividir isso com ninguém. Não pode ou não quer? Sorriu é acho que não quero. E o elemento fogo a que pode ser relacionado? Alguns dizem que o inferno é aqui mesmo, eu tenho vivido um verdadeiro inferno tenho me torturado durante esses últimos anos. Quanto tempo? Mais ou menos 14 anos. Você é religioso? De freqüentar a igreja não, mas acredito em Deus. E no simbolismo religioso do inferno de fogo, literal como lugar de tormento acredita nisso? Acho que sim pelo menos é o que todos dizem. Todos quem? O padre na igreja, minha mãe, cresci ouvindo isso e as pessoas. Padre sua mãe e pessoas são apenas alguns não todos e você? Esse fogo do seu sonho, esse medo de morrer queimado no sonho pode estar relacionado com o medo de uma punição depois da morte? Sorriu sem graça e embaraçado confessou que isso o atormentava, concluindo que ninguém sabe ao certo o que acontece depois da morte. E esse seu tormento durante 14 anos, isso já não é uma punição? Você mesmo vem se punindo? Acho que sim. Na sua maneira de ver; Deus só pune ele não perdoa?___ O que é o perdão para você? Não sei explicar bem em palavras, perdão é quando a gente esquece se alguém fez mal pra gente. Como você vê esse assunto Deus não te perdoou? Sorriu e disse não ter certeza do que Deus leva em conta para perdoar, mas tem certeza que ele perdoa, mas ele também pune, a gente tem que pagar o que fez não é assim que funciona? Não sei, Preciso saber como isso funciona na sua cabeça. Só saberia se estivesse no mesmo tipo de situação que você se encontra, estou apenas tentando andar do seu lado para te ajudar a encontrar o caminho. A solução esta dentro de você estou tentando te ajudar a encontrá-la. E arrependimento? O que é pra você? É acordar todo o dia e desejar que nada daquilo tivesse acontecido. Existe possibilidade de mudar o que está feito? Não. Então esse tipo de pensamento é improdutivo. Como poderia resolver isso? Não sei. Sua formação religiosa poderia estar te influenciando em todo o seu sofrimento e em como tem se sentido? Acho que sim. Como pode resolver isso? Não sei. Já cogitou se aprofundar nessa questão para encontrar resposta? Já sei tudo o que vai ser dito. Por exemplo, acreditaria nessas mesmas coisas se tivesse nascido em outra parte do mundo? Não entendi muito bem. Quero dizer que seu sofrimento não existiria se você acreditasse em outros símbolos religiosos, por exemplo, se tivesse nascido num país mulçumano e não cristão? Apenas sorriu e acrescentou acho que sim. Notou como uma mesma situação pode constituir problema para uma pessoa e para outra não, muito depende de seus símbolos culturais, das suas crenças, da visão e do enfoque que se dá a vida. Existem outras possibilidades, a busca do conhecimento pode clarear pontos antes obscuros e levar a conexões não pensadas. Acredita na lei da gravidade? Sim. Esta não é a única lei que rege o universo. Existe uma lei chamada de Lei da Atração, nesta lei você atrai o que você pensa como se fosse um imã. Atraímos o que pensamos e nos tornamos o que pensamos. Isso nos leva a necessidade de monitorarmos o que pensamos e o que sentimos. Depressão, raiva, culpa, são sentimentos ruins te colocam numa freqüência ruim, geram más vibrações. Alegria, gratidão amor são sentimentos bons, geram freqüência boa celebram bons sentimentos, atrai bons fluidos. Nossos sentimentos produzem mecanismos de retorno, bons ou ruins depende de nós. De maneira que para sermos saudáveis no pleno sentido hoje temos não só de cuidar o que comemos, mas também o que pensamos.

    Se quiser mudar sua realidade tem de começar pelos seus pensamentos e “se fizer as coisas sempre do mesmo jeito, obterá sempre os mesmos resultados”.

    NO BRT escrevi: Data do retorno;

    Frase para meditar: “Na vida somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos”. Eduardo Galeno

    No caso do cliente nº1 a descrição do relato se deu quase passo a passo para dar a noção de como foi conduzido o procedimento terapêutico, agora a descrição dos clientes nº2 e 3 procederei de uma forma mais concisa, mas que se leve em conta que o procedimento terapêutico ocorreu da mesma forma que o descrito do cliente nº 1.

    No caso da Cliente n° 02 – 42 anos, dona de casa, com história de vida marcada por violência do pai alcoólatra, com frustração amorosa no primeiro casamento com crises depressivas de isolamento no quarto, preocupação excessiva com limpeza, querendo no momento controlar a vida do filho mais velho que saiu de casa buscando mais liberdade, iniciei o trabalho associando ao aconselhamento terapia corporal de relaxamento com o uso de aparelho eletrônico de massagem dando ao usuário os efeitos de vibração, compreensão, punção e rolos promovendo relaxamento de nervos e músculos regenerando musculatura cansada e aliviando tensão de uma vida estressante e por aparelho sincronizador e transferidor de ondas magnéticas (bioconversor de energia). Operação também denominada completar o ciclo do KI com a aplicação de ondas por ressonância propiciando o despertar dos recursos internos disponíveis para auto-harmonia. Para esse momento da cliente foram sugeridos os seguintes florais em seu BRT:

    - Beech: para a sua atitude excessivamente critica e intolerante, e para a sua pouca capacidade de compreensão.

    - Chicory: para personalidade possessiva que interfere demais na vida dos outros e pensa que pode manipular os outros;

    - Crab Apple: para pessoa que tem desejo exagerado de ordem, para a sua mania de limpeza;

    - Holly: pessoa emocionalmente irritada. Ciúme e suspeita, temperamento violento, sentimento de ódio, inveja.

    - Impatiens: pessoa impaciente, facilmente irritável, tem reações exageradas;

    - Vine: quer impor a sua vontade, pessoa ambiciosa e dominadora, “pequeno tirano”.

    Alem dos florais, sugeri que a cliente levasse pra meditar a seguinte frase: “Os problemas que criamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento que estávamos quando os criamos” (Albert Einstein).

    Nos atendimentos subseqüentes desta cliente o aconselhamento como forma de interação cliente/terapeuta, propiciou autoconhecimento e mudanças de comportamento, incrementando sua capacidade de tomada de decisões e realinhamento de comportamento e postura, alem de dar a ela possibilidade de “extrapolar emoções” – com momentos emocionantes e enriquecedores para seu processo terapêutico, com emoções e sentimentos reprimidos não compreendidos por décadas aflorando e vindo à tona de forma a serem trabalhados.

    Durante todo o processo terapêutico, afloraram várias situações que foram trabalhadas, mas relatarei apenas aquelas que achei ser o ponto onde a cliente teria que tomar consciência do que lhe ocorria, visto que se mostrava determinada e irredutível em agredir a avó do filho mais velho, fruto do seu primeiro casamento, acreditando ela que se a avó não o tivesse acolhido, sem alternativa, o filho teria voltado pra casa e também por considerar uma afronta o apoio da avó ao relacionamento amoroso que foi o verdadeiro motivo que levou o filho a sair de casa, devido à cliente não aceitar a futura nora.

    Com essas emoções conturbadas vinda a tona via aconselhamento, como profissional teria que propiciar a essa cliente durante a vivência o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva capaz de orientá-la para uma percepção maior desses sentimentos negativos que foram aflorados, que essas emoções conturbadas fossem compreendidas dando-lhe a oportunidade de fazer uma leitura correta do que estava acontecendo à sua volta naquele momento.

    Usando de “reflexo”, pude transmitir-lhe o que percebia em seus sentimentos mais profundos, funcionando como um espelho, a confrontei com o que esses sentimentos de raiva e medo estavam lhe indicando. Não houve reconhecimento do sentimento de medo, a cliente reconheceu apenas o de raiva.

    Questionei seu medo:

    - Poderia estar relacionado como sentimento de “ninho vazio”? Aceitava o fato que filhos crescem e casam? Sentia-se preparada para o papel de sogra? E para o papel de avó? Que tipo de sogra queria ser? Poderia estes sentimentos negativos estar relacionados com o fato de não se sentir preparada para essa nova fase da vida?

    Sua expressão facial diante de tais questionamentos deu-me a compreensão de ter despertado na cliente, a consciência de que não estava fazendo a leitura correta dos seus sentimentos e a partir desse momento ela passou a ter elementos para reformular novas possibilidades, de acolher com maior compreensão esses sentimentos e a aprender a lidar melhor com eles.

    Como terapeuta queria me assegurar de produzir nessa cliente a compreensão necessária da repercussão futura que suas ações poderiam produzir (como sua determinação de agredir), ou seja, as possíveis conseqüências geradas a partir de uma escolha presente. Dentro de um padrão de neutralidade de acordo com as NTSVs a cliente foi induzida a projetar-se no futuro através da técnica de Progressão com a finalidade de maximizar sua capacidade para a tomada de decisões através de viagem imaginativa produzir insights que a possibilitasse gerar opções de ações ainda não cogitadas e produzir soluções ainda não imaginadas.

    É com a intenção de obter esses resultados que o terapeuta se utiliza desse recurso, esperando através de previsões projetadas, fazer aflorar material que possa ser trabalhado em vivências futuras ou produzir lampejos de uma consciência maior do que a cliente possua para o momento.

    Na sua ficha de cliente foram anotados os procedimentos adotados e no BRT anotei próxima sessão, frase para meditar: ”Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantamos” (provérbio chinês) e os seguintes florais de Bach para este momento específico:

    - Walnut: para que a cliente se deixasse influenciar e se tornasse mais suscetível às mudanças e por ser o “floral da ruptura” propiciar melhoras para essa fase decisiva e propiciar novos começos na vida;

    - Willow: para liberá-la do sentimento vitima;

    - Beech: para facilitar a cliente se livrar de atitude excessivamente crítica e intolerante, e de melhorar sua capacidade de compreensão;

    - Cherry Plum: para evitar explosão temperamental descontrolada;

    - Chicory: para a personalidade possessiva que interfere demais na vida dos outros;

    - Holly: para amenizar a irritabilidade.

    E que estivesse atenta a possíveis sonhos para pontuações posteriores.



    No caso da cliente n°3 - E.R.S.V. 39 anos, com histórico de infância pobre, casamento falido, preocupação excessiva com a aparência.

    Esta cliente busca ajuda num momento muito difícil, sente-se mal casada, mas não tem coragem para tomar nenhuma atitude, traz várias somatizações traduzidas na descrição de diversos sintomas e problemas de saúde, trazendo um perfil sofredor, achando que a vida tem sido injusta com ela, medo de passar fome, preocupação excessiva em ser produtiva, cobrando o mesmo comportamento do marido, não relaxa nunca.

    Durante o aconselhamento que propicia uma interação na relação terapeuta/cliente, alem das inúmeras somatizações que a cliente apresenta, aparece forte bloqueio da infância e parte da puberdade, não se lembrando de nada, tendo apenas alguns flashes desse período.

    O material psíquico que tentamos manter longe da nossa consciência corporifica somatiza, quanto maior o esforço desprendido para negar lembranças ou desejos, maior será o grau de somatizações, sendo esta a profunda e verdadeira causa de enfermidades.

    A única maneira de alguns se harmonizarem é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações.

    Portanto para este caso iniciei o aconselhamento e sugeri vivência que proporcionasse “ex movere”, ou seja, mover para fora esse material reprimido da cliente, fazendo-a digerir, compreender e assimilar o material aflorado como um caminho onde a qualidade de vida pode ser ampliada e melhorada.

    Tendo o estado de relaxamento como fator determinante e facilitador em deixar física e mentalmente relaxada a cliente a fim de propiciar um fluxo mais livre para a associação de idéias, pensamentos e imaginação, usamos aparelhos de massagem e de biorressonância para melhorar o fluxo do KI, exercícios respiratórios e indução verbal.

    O terapeuta ao usar o recurso técnico da Regressão espera conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e fazer aflorar emoções reprimidas, lembranças traumáticas, ou sonhos para serem trabalhados na terapia holística. Na vivência dentro de um padrão de neutralidade de acordo com as NTSVs, e com tom de voz suave a cliente foi projetada no tempo e no espaço, retrocedendo-a a esse período que não se lembrava no intuito de produzir cartases emocionais que resultassem em alívio e simultaneamente ao contato com novos insights que se traduzissem numa maior compreensão do presente.

    Esse procedimento produziu uma cartase, expurgou sentimentos reprimidos que foram exteriorizados pela cliente através de uma “explosão de emoções” com sentimentos de tristeza e pesar, trazendo a consciência um estupro e muito choro, sendo essa explosão de sentimentos devidamente acolhidos por mim terapeuta.

    Via aconselhamento este estupro foi racionalizado com a cliente relatando que em tratamento numa sessão de massagem para a coluna, terminou numa relação sexual de maneira forçada com o profissional, dizendo-se jovem imatura e pressionada a não relatar a ninguém, descobriu uma gestação já por volta do terceiro mês, que levando ao conhecimento dele foi convencida a fazer o aborto para se livrar do problema, tratando-se de um menino que ela enterrou sozinha no meio da noite no jardim, causando-lhe essa lembrança uma dor imensurável e arrependimento ao ponto de se achar punida por Deus por não poder ter mais filhos. Esse fato segundo ela destruiu-lhe a vida e num processo claro de transferência deslocou fortes sentimentos de revolta para esta terapeuta responsabilizando-me por ter trazido à tona lembranças com as quais não conseguiria conviver.

    Racionalização é o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude ou ação, idéia ou sentimento que causa angustia. Usa-se a racionalização para justificar comportamento quando, na realidade, as razões para este ato não são recomendáveis.

    Transferência ocorre quando o cliente na vivência transfere fortes sentimentos deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico são elementos reprimidos que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro profissional/cliente sem que este tenha consciência do fenômeno em questão.

    Todo o material aflorado foi trabalhado na continuidade do processo terapêutico via aconselhamento, traduzindo o conteúdo vivenciado para o presente da cliente, ampliando seu autoconhecimento, sua capacidade de ser bem sucedida em elaborar novas possibilidades para sua vida dando-lhe subsídios para maximizar capacidades e minimizar adversidades. No BRT anotei data da próxima sessão e frase para meditar: ”O pessimista queixa-se do vento. O otimista espera que ele mude. O realista ajusta as velas e segue em frente”. Willian Georg Ward. Para este momento específico da cliente usei os seguintes Florais para trabalhar seus sentimentos e emoções:

    - Agrimony: para seus pensamentos dolorosos e inquietação interior;

    - Pine: para possibilitar lidar melhor com seu sentimento de culpa;

    - Star of Bethlehem: “o confortador da alma” para traumas emocionais ainda não trabalhados;

    - Walnut; “floral da ruptura” para propiciar a essa cliente um novo começo rompendo com o padrão passado e estabelecendo um novo começo;

    - White Chestnud: depois da cartase onde a cliente trouxe à tona a causa do seu sofrimento dizia: “como vou lidar com isso agora” esse floral ajudaria para esses pensamentos não ficarem girando em circulo na cabeça, para poder livrar-se deles;

    - Wilow: para trabalhar sentimento de vítima.


    RESULTADOS

    Todos os clientes trazem fortes aspectos emocionais como pano de fundo na causa dos desequilíbrios, os trabalhos realizados com Psicoterapia permitiram a todos os clientes entrarem em contato com seu lado obscuro, com material inconsciente e reprimido, seus traumas, seus medos, desejos; e os Florais de Bach permitiram que prestassem mais atenção a suas emoções funcionando como catalisador-facilitador propiciando ao atendimento Psicoterápico uma resposta mais dinâmica para chegarem ao autoconhecimento.

    Em todos os casos avaliados me surpreendi com algumas respostas obtidas com os Florais acerca de emoções específicas que precisávamos trabalhar.

    Avaliando sob enfoque quantitativo os resultados obtidos cheguei à seguinte conclusão sobre cada cliente:

    Cliente nº 1 – Esse cliente trouxe como característica acentuado ceticismo e apatia agravados por introspecção e timidez parecendo ter desistido de dar qualquer sentido mais significativo à vida, do tipo que “vivo por viver” sendo necessário transpor essas barreiras para colocá-lo em contato consigo mesmo, com seus sentimentos e emoções. Os florais deram a esse cliente condições propícias a uma melhor compreensão lhe ampliando a consciência, trabalhando suas características acentuadas de personalidade atuando num nível que só o aconselhamento não me permitiria chegar.

    Com o Wild Rose- sua desmotivação, sua resignação e desinteresse pela vida foram trabalhados, motivando-o para encontrar novos interesses pela vida apesar dê; o Willow - ajudou-o a deixar de ser ressentido a não fazer tanto o papel de vítima tornando-o menos negativo frente às circunstâncias da vida a se aceitar melhor, desenvolver responsabilidade pessoal e pensamento construtivo, Hearth – ajudou com a sua introspecção ao não dirigir o assunto apenas para si, direcionou-lhe a aprender a ouvir, escutar o que os outros falam aprendendo dessa forma a comunicar-se melhor, Gorse – liberou-o do sentimento “será que adianta mesmo” e ajudou-o com sua desesperança maximizando sua capacidade de se aceitar. Outros sentimentos e emoções aflorados e compreendidos foram trabalhados com os florais de modo que lhe permitiram ganhar uma compreensão melhor da forma como se sentia. Suas somatizações praticamente desapareceram bem como seu perfil de só falar de doença se tornando uma pessoa mais suave e leve recentemente passou quando saiu de férias e alegre me comunicou sua primeira viagem ao exterior, dizendo achar que merecia se dar esse presente.

    Cliente nº2 – Essa cliente chegou carregada de mágoa, ódio, intolerância, extremamente crítica, autoritária, ciumenta e a aplicação dos Florais funcionou como facilitador para a cliente entender suas emoções.

    Quando a cliente se mostrou determinada em agredir a ex-sogra e na vivência aplicamos técnica de Progressão onde projetamos possível conseqüência gerada a partir da presente atitude aliada aos Florais de Bach proporcionou a essa cliente uma visão ampliada da que possuía para o momento, podendo ela através do Chicory amenizar sua personalidade possessiva que interfere na vida dos outros, Beech melhorou sua intolerância com a maneira de ser dos outros, Walnut a tornou mais maleável, suscetível á mudança, e romper com o padrão de comportamento anterior, o Holly a tornou mais serena e o Cherry Plum trouxe-lhe coragem, força, espontaneidade, e devolveu-lhe serenidade paz, apesar das adversidades internas e externas dando-lhe grande capacidade de desenvolvimento, produzindo grandes avanços de comportamento propiciando a ela a oportunidade de fazer uma leitura correta do que estava acontecendo ao seu redor ao ponto de retornar para sessões posteriores com uma tomada de consciência adquirida ampliada, com mudanças no padrão de comportamento tendo o autoconhecimento lhe proporcionado sintonizar suas emoções e sentimentos com o seu momento de vida presente.

    A cliente apresentou evolução nos seus relacionamentos familiares, sua expressão facial se tornar mais amena à medida que trabalhava seus sentimentos profundos, mostrou o desejo de continuar em terapia pelo menos uma vez por mês, segundo ela para uma revisão para verificar se continuaria no rumo certo, admitindo dificuldade em mudar algumas características de sua formação que estavam profundamente arraigadas na sua personalidade, e que não acha fácil mudar de uma hora para outra; em sessões posteriores quando solicitei que fizesse algo capaz de surpreender quem a conhecia e até ela mesma confessou-me um dialogo interessante que teve com a futura nora quando a convidou para um final de semana julgando ter sido um bom começo e que havia conseguido surpreender o filho e o marido que não esperavam tal atitude dela, e que não foi tão difícil quanto havia imaginado, que ela própria também havia se surpreendido. Nota-se um esforço consciente da cliente para compreender seus sentimentos e emoções, o autoconhecimento adquirido a tornou menos ebulitiva, amenizou sua personalidade violenta e irracional, mas não ao ponto de levá-la ao equilíbrio

    Cliente nº3 - Esta cliente se apresentou ansiosa, auto-estima baixa, amarga, exigente, depressiva achando que a vida é injusta, fazendo inúmeras somatizações, trabalhamos bloqueios apresentados proporcionando a ela mover para fora esse material reprimido, quando conseguimos essa cliente passou a apresentar processos de transferência e racionalização muito fortes, que funcionaram como obstáculo ao crescimento, pois dificultaram aceitar a realidade, requerendo esforço e habilidade para conseguir levar essa cliente a mudar o padrão e estabelecer forças motivadoras reais e genuínas, onde ela pudesse reverter o sofrimento em algo mais suave e ameno, aceitar suas ações passadas e obter um aprendizado aplicável ao seu presente, que ampliasse seu autoconhecimento e sua qualidade de vida. A aplicação do floral Agrimony ajudou-na a aplacar seus sentimentos dolorosos e sua inquietação interior, o Pine proporcionou que lidasse melhor com sua culpa, o Willow: liberou-a do sentimento de vitima do destino, amenizou sua amargura e ressentimento, o Star of Bethlehem: produziu conforto a sua alma trabalhou seu trauma emocional dando-lhe uma compreensão e aceitação melhor de suas atitudes anteriores, agora quando acrescentado White Chestnud para aqueles que sofrem de pensamentos indesejáveis e persistentes, este floral devolveu-lhe a calma e um espírito mais equilibrado por trazer-lhe clareza ao pensamento e silêncio interior calando a voz interna que a acusava aplacando em muito a sua dor. À medida que houve uma compreensão melhor de suas ações passadas, esta cliente experimentou mudanças no enfoque que dava a vida, melhorou sua auto-estima a medida que aplacou seu sentimento de culpa, passou a sentir-se mais digna como ser humana, no decorrer do processo terapêutico o autoconhecimento proporcionou uma diminuição das suas somatizações e mudou o padrão de comportamento de vitima, passando adquirir mais firmeza e equilíbrio, reconhecendo melhor suas limitações e suas potencialidades, passou por uma cirurgia de vesícula, mas seu estado geral de saúde melhorou, por problemas financeiros mudou-se para outra cidade, por isso descontinuou a terapia, mas mostrava-se satisfeita com os resultados obtidos segundo ela “viver ficou mais leve”. Embora não se consiga resolver todos os problemas existenciais de um cliente num curto espaço de tempo, pode se considerar positivo o resultado alcançado no sentido que ajudamos a cliente a achar o começo do fio da meada, a continuidade do processo e a dinâmica foram colocados a disposição dela de maneira clara que a partir de agora sabe qual o caminho aonde buscar ajuda quando necessitar.


    DISCUSSÃO

    Os trabalhos realizados com Psicoterapia, associados aos Florais de Bach permitiram aos meus clientes se enxergarem de uma forma diferente a que estavam habituados.

    Percebi que a Psicoterapia permite resultados positivos nas patologias que tem componente emocional envolvido.

    Todo o indivíduo tem um valor em si, independente do que realiza ou visualiza o que acontece é que na maioria das vezes a pessoa não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. E grande parte dos conflitos que carregamos são criados e produzidos na infância; no nosso trajeto de aprendizado geramos insatisfações amarguras, cultivamos descrenças, medos, reprimimos emoções, como conseqüência dum processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de expressão e manifestação foi podada por adultos que nos orientavam e por padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por cobranças, pelo constante apontar de defeitos e falhas, todas essas limitações impostas a nós nesse estágio inicial de aprendizado e pelo fato de ainda estarmos em formação com o passar do tempo esses sentimentos vão se solidificando gerando bloqueios que se tornam como adubo deixando o solo fértil para as somatizações

    Nosso corpo/mente e energia se mantêm em constante interação com a mente/energia do universo. Em nosso corpo físico cada célula dá algo apóia as outras e é apoiada. Esse fluxo dinâmico de “dar e receber” é a essência de toda célula; o mesmo processo se faz necessário entre as pessoas, é essencial para que a vida continue e as sociedades cresçam e se aperfeiçoem e perdurem . Quando há uma distorção nas relações, nesse padrão de troca de “dar e receber” o ser humano gera conflitos que complicarão seus relacionamentos. O que se recebe em maior ou menos medida costuma ser diretamente proporcional ao que se dá. O aconselhamento me propiciou como terapeuta trabalhar as causas do sofrimento, dar aos clientes a oportunidade de enxergar os valores que estão atribuindo as suas vidas, de ajudá-los a desenvolver sua singularidade e acentuar sua individualidade, a assumir sua responsabilidade diante de si mesmos, dos outros e do mundo em torno de si e também me deu a oportunidade de colocar à disposição do cliente vários dispositivos de apoio para seus conflitos.

    Em todos os casos houve benefício da ação sutil e transformadora dos florais pertinentes aos desequilíbrios emocionais compreendidos e devidamente avaliados que os clientes trouxeram a superfície para serem trabalhados durante a terapia permitiram maior rapidez e fluidez aos processos psicossomáticos e a liberação desse material reprimido empreendendo ao processo psicoterápico um dinamismo que não seria obtido se aplicasse apenas aconselhamento.

    Quando consciente ou inconscientemente tentamos manter longe da lembrança fatores psíquicos que nos são dolorosos criamos bloqueios que serão revertidos em somatizações, tal atitude, embora a principio pareça um bom mecanismo de defesa em diminuir momentaneamente o sofrimento emocional, entretanto manter esse material reprimido infinitamente bloqueado gera desequilíbrios que não serão resolvidos sem que haja uma ampliação da consciência; todo e qualquer tratamento será paliativo desviando a manifestação da desarmonia para outra parte do corpo, e a terapia floral dá conta do desafio de atuar nos véus que criamos, nas nossas máscaras, nossa persona, existindo florais específicos para cada característica de personalidade consciente, no caso as preocupações e a mágoa, que formam como que um véu que encobre ainda emoções menos aceitas, à medida que aplicamos o floral adequado, aquele véu se desfaz gradativamente aceitando esta emoção, resgatando sua energia para ser transmutada em alguma ação produtiva.

    Assim sucessivamente a cada novo véu que aflora uma nova formula sempre se adaptando a nova emoção trazendo consigo sempre novo material psíquico reprimido tudo isso acontecendo num ritmo que varia de um individuo para o outro, mas sempre num processo mais rápido que a terapia puramente verbal.


    CONCLUSÃO

    O ser humano em sua incessante busca por entendimento dos fenômenos da vida física tem procurado entender e explicar o sofrimento e a dor como regra geral percebendo as doenças como algo a ser eliminado a qualquer custo.

    No entanto ao eliminarmos pura e simplesmente o sofrimento físico, sem levarmos em conta o significado simbólico e existencial dos sintomas é como se não recebêssemos uma importante mensagem enviada pelo nosso inconsciente, como algo positivo para o desenvolvimento emocional e espiritual do indivíduo. Jung nos revela que durante o desenvolvimento do indivíduo tudo aquilo a respeito de nós mesmos que preferimos não manter na consciência torna-se aspectos “sombrios” de nossa personalidade.

    Embora “ocultos na sombra” esses aspectos renegados de nossa consciência procurarão todas as formas possíveis de se expressarem e serem aceitos e integrados na personalidade.

    O surgimento da física quântica abriu as portas para um entendimento diferente da realidade em que vivemos, demonstrando ao nível das partículas que tudo o que nos rodeia, tudo aquilo que temos como real “concreto” é na verdade energia. De acordo com o entendimento que mesmo matéria densa é energia, aquilo que nos define como seres humanos passam a ser entendido não só através de padrões genético-constitucionais e padrões incorporados através das experiências adquiridas, mas também por uma série multidimensional de sistema de energia sutil que se influenciam mutuamente, e que se convencionou chamar de campos energéticos ou campos áuricos.

    Os limites da Medicina e da Psicologia têm sido desafiados ao longo das ultimas décadas, pelo surgimento de novos modelos explicativos da realidade que nos rodeia e que faz parte do objeto de estudos das Terapias chamadas Alternativas e Holísticas servindo esse modelo explicativo como base para práticas energéticas milenares realizadas no mundo oriental e que começaram a ser mais difundidas nas sociedades ocidentais ao longo das ultimas décadas. Estamos diante de um novo modelo explicativo onde o ser humano não é somente percebido como uma “sofisticada máquina biológica”, um conjunto de células, tecidos e órgãos, mas um ser constituído por múltiplos sistemas energéticos que se influenciam reciprocamente. O ser humano das Terapias Holísticas é um ser humano composto de realidades multidimensionais e energéticas que nossos olhos não podem ver, mas que nem por isso deixam de existir. O estado de saúde e o surgimento dos sintomas de doenças passam a ser entendidos através de uma compreensão mais profunda do quanto nosso corpo físico, nossos pensamentos e emoções afetam esses padrões energéticos e vice-versa, e os desequilíbrios nesse delicado sistema vibratório ou energético é que levam ao surgimento dos mais diversos sintomas físicos, emocionais e mentais e para que a saúde possa ser restaurada, é necessário levar em conta que não somos feitos só de corpo físico, mas de corpos energéticos sobrepostos à estes.

    Portanto conclui que a aplicação das técnicas terapêuticas aprendidas no curso de Psicoterapia aliadas a estímulos dos campos energéticos quer seja através da Terapia Floral ou Terapia corporal deram conta do desafio de causar transformações profundas tanto da personalidade como do padrão de comportamento propiciando aos meus clientes alcançar melhoras na qualidade de vida, a cada atendimento se tornava perceptível transmutações no comportamento através da ampliação da consciência tornando a reversão dos desequilíbrios possível e diminuindo as somatizações.

    Pude perceber como Terapeuta que a aplicação dos Florais de Bach junto com estímulos no campo energético através de aparelhos vibracionais acelera o aflorar de material psíquico reprimido num ritmo bem mais rápido do que a psicoterapia puramente verbal, isso ficou claro no cliente nº1, quando afirmou que havia feito diversos tratamentos terapêuticos, mas nenhum havia conseguido fazer aflorar seu material reprimido, e na cliente nº3 onde o relaxamente desarmou o mecanismo de defesa que mantinha, permitindo o “ex movere” do material reprimido que fluísse livremente, em ambos os casos possibilitou uma dinâmica que até então eu como terapeuta não havia conseguido, resultando em grandes benefícios de alívio para os clientes.

    Esses métodos dão ao Terapeuta Holístico a possibilidade de trabalhar resgatando técnicas milenares de outrora e ao mesmo tempo dá conta do desafio de possibilitar um exercício profissional que atenda as exigências do Código de Ética, das NTSVs, da Legislação Brasileira, trabalhando “desequilíbrio”.


    REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


    1. BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    1. FILHO. H.V. Psicoterapia Holística. 1ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2007.

    2. FILHO. H.V. Tutorial Terapia Holística. 3ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2004.

    3. FILHO. H.V. Florais de Bach: uma visão mitológica, etimológica e arquetípica. 4ª edição. São Paulo. Editora Pensamento. 2004.

    4. FILHO. H.V. O Microcosmo Sagrado O Segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento. 2ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2006.

    5. JUNG. C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.

    6. JUNG. C.G. O homem e seus símbolos. 22ª edição. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964.

    7. JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    8. JUNG. C.G. A pratica da psicoterapia. 9ª edição.

    9. WEIL. PIERRE. Holística: uma nova visão e abordagem do real. São Paulo. Palas Athenas. 1999.








    ANEXOS E APÊNDICE


    1 CODIGO DE ÉTICA – TH 001

    2 NTSV - PH 001 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA


    1 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL – TH 001


    1. SUMÁRIO

    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TH 001.

    Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.


    2. PREFÁCIO  

    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
      Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado”.
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.


    3. INTRODUÇÃO

     É essencial para toda profissão estabelecida à existência de um Código de Ética a apresentar os princípios fundamentais que norteiam as boas práticas. Esta Norma ratifica o Código de Ética já em vigor na Terapia Holística, tão somente adequando-o à formatação normativa, tornando ainda mais transparente sua essência de adesão espontânea e voluntária.


    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos

    4.2 Objetivo definir os princípios fundamentais quanta à ética de atendimento ao cliente, relacionamento com as demais profissões e publicidade.

    4.3 Referências Normativas

    NTSV — TH 002;

    BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica;

    NTSV — TH 003;

    FC — Ficha de Cliente.


    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilibrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a proposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.


    5.2 Símbolos e Abreviaturas

    TH — Terapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.


    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato de o Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.


    5.3.3 Produtos e equipamentos

    Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos reconhecidos pelo SINTE — Sindicato dos Terapeutas, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto e/ou equipamento. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta, pois os produtos jamais serão cobrados à parte (um só preço quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: produtos preparados nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruir o cliente, que irá adquiri-los diretamente.

    5.3.4 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos


    5.3.4.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS.

    O Terapeuta Holístico

    I — Trabalhará para a promoção do bem-estar do indivíduo, da coletividade e do meio ambiente, segundo o paradigma holístico; II — Manterá constante desenvolvimento pessoal, científico, técnico, ético e filosófico, através de supervisão, terapia e/ou psicoterapia, cursos e similares, estando a par dos estudos e pesquisas mais atuais na área, bem como dos trabalhos milenares e tradicionais, além de ser estudioso das ciências afins; III — Usará em seus trabalhos, métodos os mais naturais e brandos possíveis, buscando catalizar o auto-equilíbrio da pessoa atendida, despertando-lhe os seus próprios recursos harmonizantes; IV — Orientar-se-á, no exercício de sua profissão, pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 10/12/1948 pela Assembléia Geral Das Nações Unidas.
    5.3.4.2 DIREITOS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO

    5.3.4.2.1 — Exercer a profissão de Terapeuta Holístico sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo, nacionalidade, cor, opção sexual, idade, condição social, opinião política ou situações afins;
    5.3.4.2.2 — Utilizar-se de técnicas que não se lhe sejam vedadas ou proibidas por lei federal, podendo, inclusive, fazer uso de instrumentos e equipamentos não agressivos, bem como produtos cuja comercialização seja livre, além de orientar a pessoa atendida através de aconselhamento profissional;
    5.3.4.2.3 — Recusar a realização de trabalhos terapêuticos que, embora sejam permitidos por lei, seja contrário aos ditames de sua consciência;
    5.3.4.2.4 — Suspender e/ou recusar atendimentos, individual ou coletivamente, se o local não oferecer condições adequadas, ou se não houver remuneração condigna, ou, ainda, se ocorrerem fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com a pessoa a ser atendida, impedindo o pleno exercício profissional;


    5.3.4.3 RESPONSABILIDADES GERAIS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO

    5.3.4.3.1 São deveres do Terapeuta Holístico:

    §1 — Assumir apenas trabalhos para os quais esteja apto, pessoal, técnica e legalmente; §2 — Prestar serviços terapêuticos somente se: em condições de trabalho adequadas, de acordo com os princípios e técnicas reconhecidos ou pelas Tradições Milenares, ou pela prática, ou pela ciência e, sobretudo, pela ética; §3 — Zelar pela dignidade da categoria, recusando e denunciando situações onde a pessoa atendida esteja sendo prejudicada; §4 — Participar de movimentos que visem promover a categoria e o paradigma holístico em geral; §5 — Estar devidamente registrado para o exercício de sua atividade profissional quer seja como autônomo ou como pessoa jurídica; §6 — Manter-se em dia com as obrigações definidas pelo SINTE;


    5.3.4.3.2 — Ao Terapeuta Holístico é vedado:

    §1 — Usar títulos e especialidades profissionais que não possua; §2 — Efetuar procedimentos terapêuticos sem o esclarecimento e conhecimento prévio da pessoa atendida ou de seu responsável legal; §3 — Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais; §4 — Aproveitar-se de situações decorrentes do atendimento terapêutico para obter vantagens física, emocional, financeira, política ou religiosa; §5 — Exercer técnicas de aconselhamento profissional, caso ele próprio há mais de 03 meses não esteja se submetendo a tratamento terapêutico e/ou psicoterápico de manutenção; §6 — Reduzir o tempo de cada sessão a fim de aumentar o número de atendimentos; §7 — Permitir que a pessoa atendida, durante a sessão, fique sem o acompanhamento de corpo presente de um profissional qualificado, em especial se estiver recebendo aplicação ou sob efeito de quaisquer técnicas terapêuticas;


    5.3.4.4 DAS RELAÇÕES COM OUTROS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS E OUTRAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS

    O Terapeuta Holístico:

    5.3.4.4.1 — Não será conivente com erros, faltas éticas, crimes ou contravenções penais praticadas por outros na prestação de serviços profissionais;

    5.3.4.4.2 — Não intervirá na prestação de serviços de outro Terapeuta Holístico, salvo se: a pedido do próprio profissional; quando comunicado por qualquer uma das partes da interrupção voluntária do atendimento; quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada; em situações emergenciais, devendo comunicar o fato imediatamente ao outro Terapeuta Holístico; e, em situações descritas no §3, dando ciência do ocorrido;
    5.3.4.4.3 — No relacionamento com profissionais de outra áreas, trabalhará dentro dos limites das atividades que lhe são reservadas pela legislação e reconhecerá os casos que necessitem também dos demais campos de especialização profissional, encaminhando-os às pessoas habilitadas para a tais funções;


    5.3.4.5 DO SIGILO PROFISSIONAL

    5.3.4.5.1 — O sigilo protegerá a pessoa atendida em tudo àquilo que o Terapeuta Holístico venha a tomar conhecimento como decorrência do exercício de sua atividade profissional;
    5.3.4.5.2 — O menor impúbere ou interdito estará igualmente protegido, devendo ser comunicado aos responsáveis apenas o estritamente necessário para promover medidas em seu benefício;
    5.3.4.5.3 — Com autorização da pessoa atendida, o Terapeuta Holístico poderá repassar dados a outro profissional, desde que o recebedor esteja igualmente obrigado a preservar o sigilo por Código de Ética e que, sob nenhuma forma, permita a estranhos o acesso às informações;
    5.3.4.5.4 — O Terapeuta Holístico tem o dever de garantir, em seus atendimentos, condições adequadas à segurança da pessoa atendida, bem como à privacidade que garanta o sigilo profissional;
    5.3.4.5.5 — Em caso de falecimento do Terapeuta Holístico, este órgão, ao tomar conhecimento do fato, providenciará a incineração de seu arquivo confidencial;
    5.3.4.5.6 — A quebra do sigilo só será admissível se tratar-se de fato delituoso e a gravidade de suas conseqüências para o próprio atendido ou para terceiros justificar a denúncia do fato; ainda assim, o acontecido será julgado por Comissão de Ética a ser designada.


    5.3.4.6 DA COMUNICAÇÃO AO PÚBLICO, DA DIVULGAÇÃO DE PESQUISAS E ESTUDOS E DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL
    5.3.4.6.1 - Ao Terapeuta Holístico, na realização de seus estudos e pesquisas, bem como no ensino e treinamento, é vedado:
    §1 — Interferir na vida dos sujeitos, sem o consentimento dos mesmos, além de informá-los sobre as possíveis conseqüências de tais atividades; §2 — Promover experiências que envolvam qualquer espécie de risco ou prejuízo a seres humanos, animais ou meio ambiente; §3 — Negar o livre acesso das pessoas envolvidas aos resultados das pesquisas ou estudos, se estas assim o desejarem; §4 — Deixar de citar as fontes consultadas ou de mencionar as contribuições prestadas por assistentes, colaboradores ou outros autores, bem como utilizar-se de informações particulares ainda não publicadas, sem autorização expressa do autor.
    5.3.4.6.2 — Em todas as comunicações e/ou divulgações públicas, o Terapeuta Holístico omitirá ou alterará dados que possam conduzir à identificação da pessoa ou instituição envolvida, exceto se houver interesse manifesto das mesmas e autorização expressa.
    5.3.4.6.3 — O Terapeuta Holístico ao promover publicamente seus serviços:
    §1 — Informará com exatidão o número de registro; §2 — Não poderá utilizar o preço de serviço como forma de propaganda; §3 — Não proporá atividades que impliquem invasão ou desrespeito a outras áreas profissionais; §4 — Em hipótese alguma fará previsão taxativa de resultados ou se utilizará de conteúdos falsos ou sensacionalistas; §5 — Não fará uso de expressões, palavreado técnico, roupagens ou quaisquer artifícios que possam induzir o público a acreditar que pertence a outra categoria profissional que não seja a de Terapeuta Holístico


    5.3.4.7 DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS

    5.3.4.7.1 — Os honorários serão fixados com dignidade e com o devido cuidado, para que corresponda a uma justa retribuição aos serviços prestados, lembrando que o Terapeuta Holístico para manter a qualidade de seu trabalho precisa de recursos financeiros para investir em supervisão, cursos, estudos, terapia e/ou psicoterapia o que, indiretamente, implica em benefício da pessoa atendida;
    § Único — Se o Terapeuta Holístico reduzindo o valor de seus honorários, deixar de cumprir qualquer recomendação do Código de Ética, em especial o item II dos Princípios Fundamentais e os §6 e§7 do 5.3.4.3.2, diminuindo, assim, o padrão de qualidade exigido, estará exercendo concorrência desleal;
    5.3.4.7.2 — A fim de tornar a profissão de Terapeuta Holístico reconhecida pela confiança e aprovação da sociedade, os honorários poderão ser adaptados às condições financeiras do atendido, tomando este ciência da excessão feita e comunicando-se o fato a este órgão, para que não se caracterize como concorrência desleal;


    5.3.4.8 DA OBSERVÂNCIA, APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA.

    5.3.4.8.1 — Esta entidade assessorará os Terapeutas Holísticos na aplicação deste Código e sua observância, além de acatar denúncias de quaisquer procedências, instaurando investigação sigilosa (só terão amplo acesso aos dados as partes diretamente interessadas, ou seja, denunciante e denunciado, ou seus representantes);
    5.3.4.8.2 — As infrações ao Código de Ética acarretarão penalidades várias obedecendo critérios estabelecidos pelo SINTE, além da suspensão e até mesmo da perda de seu registro;
    5.3.4.8.3 — Competirá a esta entidade firmar jurisprudência quanto aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código o qual poderá ser alterado mediante proposta da Diretoria e desde que aprovada em reunião oficial;


    5.3.5 Constatação de Conformidade:

    O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos

    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    Vide Capítulo Anexos Informativos.



    2 NTSV - PH 001 PSICOTERAPIA


    NTSV — PH 001 Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão

    NTSV — PH 001.Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão.
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização


    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — PH 001
    Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização


    2. PREFÁCIO  

    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
     A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém que passa a ser favorecido pela "lei de mercado”.
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.


    3. INTRODUÇÃO  

    A Terapia de Regressão conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia de Regressão.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título Terapia de Regressão — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.


    4.3 Referências Normativas

    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato- psíquico. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avaliam os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.


    5.1.2 PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato- psíquico. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.


    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a posposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.


    5.1.4 TERAPIA DE REGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de Regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.


    5.1.5 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.


    5.1.6 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.


    5.1.7 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.


    5.1.8 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.


    5.1.9 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    5.1.10 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.


    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THP — Psicoterapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;
    TR — Terapia de Regressão


    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.


    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou

    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Psicoterapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Procedimento em primeira consulta

    5.3.3.1 — Avaliar pré-requisitos e contra-indicações:

    5.3.3.1.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permanecer guardada junto à ficha do cliente.

    5.3.3.1.2 — Contra-indicações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

    5.3.3.2 — Explicar o processo de Regressão com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial:

    5.3.3.2.1 Quanto à duração e continuidade do trabalho;

    5.3.3.2.2 Que a TR é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

    5.3.4 Procedimento para as demais sessões:

    5.3.4.1 Após a 2a consulta já pode ser praticada a TR.
    5.3.4.2 Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao TH avaliar exceções.

    5.3.4.3 Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de Regressão, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.


    Autor: : ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO - TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 42753
    Última atualização: 29/12/2008 13:12


    Terapia Holística: Uma Profissão Em Plena Evolução O Perfil do Setor Por Meio da Análise Comparativa Entre Duas Pesquisas Nacionais

    Terapia Holística: Uma Profissão Em Plena Evolução

    O Perfil do Setor Por Meio da Análise Comparativa Entre Duas Pesquisas Nacionais

    Resumo:

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS, entidade máxima a representar a profissional em todo o Brasil, de fato e de direito, com o objetivo de identificar e atender às necessidades de seus filiados, em 2004 realizou a primeira grande pesquisa específica para nosso setor, iniciativa esta reapresentada ao final de 2008.

    Sem pretensões de precisão científica, esta publicação divulga as estatísticas comparadas entre ambas as pesquisas, incluindo comentários e ilustrações, possibilitando uma maior e real compreensão da nossa profissão no Brasil, identificando erros e acertos pontuais, bem como o caminho a seguir para que a atividade que abraçamos ocupe o seu digno e merecido espaço na sociedade, com a consequente e justa remuneração aos que a exercem.

    Introdução:

    Em nossa área de atuação, o "sexto-sentido", a intuição, são justamente valorizados, no que se refere ao atendimento de nossos Clientes. Contudo, quando se trata de gerir o futuro da profissão como um todo, o SINTE tem por dever valer-se igualmente de meios mais ortodoxos para melhor definir as decisões.

    Quanto maior quantidade e qualidade de informações obtermos, tanto melhor serão as estratégias adotadas a maximizar a profissão, bem como mais eficientes serão as orientações transmitidas aos nossos filiados, os quais, municiados por fonte CONFIÁVEL (ou seja, o SINTE...), ampliarão cada vez mais o proveito em seus consultórios.

    Manter um site na internet valoriza meu trabalho ? Alugar uma sala ou atender em casa ? Colocar um anúncio vale a pena ? Afinal, qual é o meu público alvo ? Devo manter meu formato atual de trabalho ou devo mudar algo ? Será que minha remuneração está na média do mercado ? Meu consultório está sub-aproveitado ? Sou só eu os outros colegas também estão na mesma situação ?

    Estas e uma infinidade de outras perguntas, cujas respostas até então baseavam-se nas opiniões pessoais, tem agora a oportunidade de serem elucidadas pela imparcial matemática: graças aos milhares de participantes somados em ambas as pesquisas, resultaram dados estatísticos capazes de espelhar com relativa precisão, como de fato está o perfil profissional e o mercado potencial em nossa setor.

    Metodologia:


    Os dados foram obtidos em especial por meio de Questinários disponibilizados aos filiados ao SINTE no ano de 2004 e, novamente, no final de 2008, com uma média aproximada de 2000 participantes na primeira edição (correio e internet) e 500 na segunda (via internet).

    Os tópicos inclusos nas pesquisas focaram dimensionar o mercado (médias de atendimentos, de valores por consulta, poder aquisitivo), definir o perfil, tanto dos profissionais, quanto de seus Clientes, quantitativa e qualitativamente (faixa etária, grau de instrução, gênero, média de rendimentos, horários preferenciais, locais de atendimento, atividades paralelas, etc), detectar possíveis novas tendências e, em segundo plano, informações quanto aos meios de comunicação e equipamentos ao alcance dos associados ao SINTE, para melhor decidir quanto às mídias e premiações educativas a serem desenvolvidas pelo SINTE.

    As respostas foram sintetizadas em planilhas de percentuais, contendo colunas comparativas entre os dados obtidos em 2004 e 2008, incluindo a variação estatística ítem a ítem, seguida de extrapolações textuais quanto à interpretação concreta das informações obtidas, bem como às possíveis consequências, conclusões e decisões práticas a serem empreendidas, coletivamente e individualmente.

    Para melhor orientar a interpretação dos dados obtidos, foram igualmente consideradas pesquisas documentais e bibliográficas (correspondências, publicações, mídias e demais formas de contatos oriundas de nossos associados), o levantamento de opiniões através de reuniões com os demais colaboradores da organização e a observação direta pelo autor, com mais de 25 anos de atuação neste segmento.

    Resultados:

    Gráfico com a transposição em porcentagens relativas às respostas obtidas nos dois questionários, de 2004 e 2008, seguidos de coluna da diferença comparada.


    Discussão:

    Para melhor visualização das tendências estatísticas, os gráficos a seguir ignoram as oções nulas e/ou em branco. Na sequência, tópico a tópico será abordado, incluindo a interpretação dos dados.

    Equipamentos:




    Os dados evidenciam que a categoria percebeu a importância de atualizar os equipamentos, facilitando desta forma, as comunicações, estudos e lazer.

    Em 2004, os profissionais mostravam-se em grande defasagem, tendo como destaque apenas o vídeo-cassete, justamente este que trabalha com uma mídia em extinção. Era uma quadro preocupante, pois privava o acesso aos materiais de estudo mais completos e atualizados, todos voltados para exibição em DVDs e computadores.

    As fitas de vídeo cassete, por serem volumosas, pesadas e de baixa capacidade de armazenamento inviabilizavam financeiramente sua utilização para gravações de cursos, palestras, congressos e similares.

    Felizmente, a pesquisa de 2008 mostra um quadro totalmente renovado, onde o vídeo-cassete está em último plano, o COMPUTADOR em primeiro lugar, seguido de perto pelo DVD.

    Essas informações, aliadas aos recursos de acesso à internet, possibilitam ao profissional poder ampliar seus conhecimentos e atualizações via mídias economicamente acessíveis, tais como CDs, DVDs, tais como os que são desenvolvidos pelo SINTE em seus projetos de educação continuada, além de acompanhamento de aulas, artigos, pareceres, orientações, sejam por via escrita, ou áudio-visuais e mais uma infinidade de possibilidades que a rede mundial proporciona.

    A tendência em investir em novos recursos de comunicação e acesso projetam um futuro profissional no qual a categoria mantém-se em atualização contínua, ampliando assim as oportunidade de ser bem-sucedidos.

    Acesso à Internet:


    Em 2004, a internet era praticamente desconhecida dentro da profissão. Subestimada como mera fonte de entretenimento, a maioria não a utilizava e, dentre os que a aproveitavam, em grande parte era via conexões discadas, o que tornavam lento e custoso o procedimento.

    Quatro anos após, o quadro mudou radicalmente, com quase a totalidade possuindo acesso e ainda via conexões rápidas.

    Do ponto de vista prático, abre-se um leque sem precedentes de agilidade nas comunicações. Sem custos financeiros extras, além de coerentemente mais ecológica a troca de informações via internet evita gastos com papel (menos árvores sacrificadas), impressão (tintas poluenetes...), transportes (emissões de carbono no ambiente...), além da agilidade quase instantânea às informações.

    Desta forma, a principal e confiável fonte de informações, que é o SINTE, fica a apenas "um clique" de qualquer consultório, seja pesquisando em www.sinte.com.br , seja trocando e-mails via contato@sinte.com.br . Isso se soma ao aproveitamento de tempo livre entre os atendimentos para aprofundar e atualizar estudos, acessando os diversos Projetos de Educação Continuada do SINTE, tais como a CEA - Comunidade de Estudos Avançados, o Projeto Holopédia (www.holopedia.com.br), Projeto Espiral do Livro (www.espiraldolivro.com.br), Projeto Livroteca (www.livroteca.com.br), dentre outros.

    Paralelamente a tais benefícios, uma poderosa fonte de divulgação tornou-se finalmente viável. Ao invés de desvalorizar-se profissionalmente com sites e e-mails de marcas gratuitas, os filiados ao SINTE podem usufruir dentre mais de uma dezena de "sobrenomes " exclusivos e específicos para NOSSA área, tais como www.seunome.terapeutasholisticos.com.br e seunome@terapeutasholisticos.com.br; www.seunome.psicoterapeutas.com.br e seunome@psicoterapeutas.com.br; www.seunome.terapeutafloral.com.br e seunome@terapeutafloral.com.br; etc). 
    Uma vez com "endereços fixos" na internet, com site e e-mail personalizados, de imediato os serviços do profissional tornam-se localizáveis para milhões de Clientes potenciais de bom nível educacional e de poder aquisitivo, ampliando em muito o leque de oportunidades, compensando, inclusive, um fenômeno identificado em nosso setor, que é a contínua mudança de endereços fixos e de telefones para contatos.

    Valor Por Consulta:





     Os valores no gráfico estão em R$ (reais). Para extrapolarmos uma estimativa para a média geral, primeiramente arbitramos valores para cada faixa, respectivamente, R$ 37,50 (de R$ 25,00 a R$ 50,00), R$ 75,00 (de R$ 50,00 a R$ 100,00) e R$ 101,00 (os dois primeiros, são medianos e, para acima de R$ 100,00, por não haver "teto", optamos por um mínimo excedente). Multiplicamos cada faixa por sua respectiva porcentagem e dividimos por 100 a somatória.

    Assim sendo, para 2004, a média era de R$ 26,50 por atendimento, sendo que em 2008, pelos mesmos critérios, evoluiu para R$ 54,00. Isso implica em um crescimento de 103,8%, perante uma inflação acumulada de 27,2% (IPCA) no mesmo período.

    Ou seja, um grande aumento real no valor praticado nos atendimentos com Terapia Holística, o qual, porém, não implicou em igual proporção no aumento da renda mensal, devido a uma diminuição relativa da quantidade de atendimentos semanais. Ainda assim, como veremos na sequência, a remuneração em nossa profissão cresceu em mais que o dobro da infração nestes 4 anos abrangidos por este estudo.

    Atendimentos Semanais:

    De modo similar aos critérios descritos no quadro anterior e projetando de semanal para mensal, obtivemos para 2004 a média de 48 atendimentos ao mês, sendo que para 2008, este valor ficou em 39.

    Atentem que a relativa redução quantitativa do número de atendimentos foi amplamente compensada pela grande elevação do valor médio praticado por cada consulta.

    Em suma: nossos filiados estão atendendo menos e ganhando mais ! Esta é uma situação fora do comum, ao compararmos com o que ocorre nas demais profissões, já que a grande maioria nem sequer conseguiu acompanhar a inflação do período.

    Multiplicando a média de atendimentos pelo valor mediano para cada consulta, chegaremos a um redimento mensal de R$ 1.272,00 em 2004, que evoluiu para R$ 2.106,00 /mês em 2008. Um aumento de 65,6%, confrontando com 27,2% de inflação somada no mesmo período.

    A diminuição da QUANTIDADE de atendimentos, agregada a um aumento de rendimentos, implica em ganho de QUALIDADE tanto para o profissional em si, quanto para os Clientes.

    Melhor remunerado, com mais tempo livre, com melhores recursos à sua disposição (como observamos no tópico "Equipamentos" e "Acesso à Internet", o profissional tem a oportunidade de dedicar-se ao seu aperfeiçoamento e, com isso, maximizar seus resultados e, consequentemente, satisfazer a Clientela, mantendo-a e, até mesmo, ampliando.

    Locais de Atendimentos:

    Este é um dos tópicos que as pesquisas evidenciaram uma possível queda na qualidade, de 2004 para 2008.

    O custo dos imóveis, seja para aquisição, seja para alugar, é fato que supera a inflação acumulada. Os aluguéis subiram em média 35%, praticamente o mesmo aumento para a compra de imóveis (além das dificuldades em se obter financiamentos...), somados a reajustes nas taxas, impostos  e despesas que recaem sobre os mesmos (IPTU, taxa de lixo, contas de luz, água, condomínio e similares...). Nas grandes cidades, há o agravante do trânsito, que consome tempo, além de somar estresses e despesas de combustível.

    Todo esse panorama torna tentador a retomada de um antigo  hábito amador em nosso setor: montar consultório na própria residência... Se à primeira vista parece uma boa alternativa, a longo prazo se mostra inadequado. Junto aos Clientes, causa a impressão de que não estão perante um profissional bem-sucedido, pois, via de regra, só atende na própria casa, quem não tem recursos para um consultório... E, perante a hipótese de não ser bem-sucedido financeiramente, de pronto se questiona se é tecnicamente eficiente ou não... E, gerando este tipo de dúvidas, os Clientes potenciais acabam por escolher outros profissionais que ostentem sinais exteriores de sucesso... Ainda que injusto, é  regra que a primeira impressão é a que fica.... E isso em todas as profissões. 

    Paralelamente, soma-se à dificuldade em separar tempo e espaço quanto ao que é consultório, ao que é residência, misturando rotinas familiares com as profissionais, dificultando a necessária concentração e paz de espírito que os atendimentos de consultório exigem.

    Esse quadro negativo pode ser esboçado se considerarmos, ISOLADAMENTE, o aumento de profissionais que passaram a atender nas próprias residências. Por outro lado, se ampliarmos o espectro para todos os ítens, veremos que a ligeira queda percentual de quem tem consultório próprio pode ter migrado para salas alugadas, ítem que teve  aumento equivalente. Já um fato sem dúvida alguma positivo foi o descréscimo de quem atende em domicílio, opção que a prática comprovou ser altamente pejorativa. Diferentemente do fenômeno "home care" de outras profissões, onde o atendimento domiciliar se dá a "peso de ouro", justificado pelo deslocamento de verdadeiros consultórios sobre rodas, ricamente equipados (odontologia a domicílio, fisioterapia em casa, etc...), já em nossa profissão, via de regra, quem atende na casa do Cliente é porque não tem um local adequado. Ou seja, apresenta sinais exteriores de estar mal-sucedido, o que reflete diretamente no valor que consegue agregar por atendimento, que costumam estar bem abaixo da média do mercado.

    Chama a atenção a margem que optaram por "nulo ou em branco" neste quesito, ou seja, em tese, pessoas que não se enquadram em nenhuma das alternativas. Hipoteticamente, podemos supor que ou não atendem ninguém (são teóricos apaixonados pela profissão...), ou, o que seria bem mais preocupante, atenderm em locais totalmente inadequados, tais como páteos de shoppings-centers, barracas em estacionamentos e similares, situação de ética questionável e de eficácia técnica inferior, se comparado a um consultório, propriamente dito. Ao aceitarem trabalhar em ambientes sem condições mínimas de privacidade e recursos, agravado pela minimização do tempo dedicado a cada atendimento, culmina em valores irrisórios sendo cobrados, que só poderiam ser monetariamente compensadores mediante grande QUANTIDADE de Clientes, mas que continua injustificável do ponto de vista QUALITATIVO, além de desvalorizar a profissão com um todo... Felizmente, até sob esta hipótese ruím, as estatísticas favorecem, já que diminuiu de 5,9% para 2,4% os que assinalaram como "branco/nulo", de 2004 para 2008.

    Horários de Atendimentos:

    Este gráfico mostra uma significativa alteração nos horários preferenciais. Em 2004, a maioria era atendida durante o chamado "horário comercial", o que implica que os Clientes, ou exerciam atividades remuneradas com grande flexibilidade de horários, ou não estavam empregados e/ou trabalhavam nos afazeres de casa. 

    Já em 2008, ainda que a maioria ainda se mantenha das 14 às 17hs, houve uma grande migração para os períodos já fora do horário convencional de trabalho. De onde se pode deduzir que a Clientela está exercendo mais agora do que antes, atividades que demandam compromisso de horário comercial, provavelmente, empregos convencionais, o que, se por um lado lhes limitam a disponibilidade de tempo, por outro, lhe possibilitam maior renda, e, por consequência, maior poder de arcar com os valores atuais de atendimento, bem mais elevados que os praticados há 4 anos. Esta hipótese é a mais provável, a considerar o aumento do rendimento da Clientela, conforme constatado igualmente por esta pesquisa.

    Outrossim, não é de se descatar esta outra possível interpretação: a somatória ao trabalho de consultório, de empregos convencionais acumulados pelo próprio profissional, já que este estudo igualmente detectou um aumento percentual dentre os colegas que possuem mais de uma atividade econômica, acrescida à de consultório. Se isto ocorrer, consequentemente, restará para atendimento, justamente os horários anteriores e posteriores ao período em que o Terapeuta Holístico dedica à sua outra profissão.


    Fontes de Rendimentos:

    Esta é uma pauta digna de estudos em separado. Historicamente, sempre houve  uma relutância em assumir a Terapia Holística como profissão em especial, para os mais antigos no ramo. Muitas vezes assumida até como missão de vida, não raro sem cobrar pelos atendimentos, só nas últimas duas décadas é que as técnicas passaram a ser encaradas como uma opção de sustento financeiro e os consultórios se profissionalizaram. Em 2004, as pesquisas mostraram uma grata surpresa, com o fato da maioria dos entrevistados ter a Terapia Holística como fonte única de rendimentos.

    Já para 2008, um paradoxo: apesar dos rendimentos terem aumentado susbtancialmente, a maioria voltou a ter uma segunda profissão, somada à de consultório. Paralelamente ao aumento da receita de consultório, houve redução do número de pessoas atendidas, o que implica em maior disponibilidade de tempo, que pode ser ocupado com outras atividades profissionais. 

    O clima de incerteza e de crises internacionais também podem ter contribuído para gerar insegurança, induzindo aos entrevistados a que se garantirem com mais opções de renda e, desta forma, manter o padrão de vida.

    Outrossim, considerando o crescimento de rendimentos com os consultórios, se a esse fato somou-se ganhos financeiros com uma segunda profissão, implica que a categoria encontra-se com maior disponibilidade de investimentos, a serem aplicados em recursos de médio e longo prazo, como cursos, previdência privada e similares.


    Recursos de consultório:

    O aumento de rendimentos, aparentemente, não resultou necessariamente num incremento dos recursos para o consultório.

    Por um lado, o investimento em informática foi o mais evidente, já boa parte passou a contar com computador em seus atendimentos. Já nos recursos humanos, foi o setor mais afetado negativamente, com a grande maioria dispensando os funcionários.

    A diminuição da QUANTIDADE de atendimentos, ainda que perante um aumento de rendimentos, possivelmente tornou atraente a idéia de dispensar recepcionistas e, na ausência de quem atenda aos agendamentos, o telefone fixo migrou para o celular, passando ao próprio profissional secretariar seus atendimentos.

    Do ponto de vista do "marketing", é uma estratégia arriscada, já que transmite uma imagem de desorganização e pouco sucesso e esta primeira impressão certamente afasta novos Clientes potenciais, além de correr o risco de perder até os já conquistados, caso os agendamentos se tornem um processo moroso. A aqusência de consultório e telefones FIXOS cria insegurança para os Clientes, como se o profissional ainda fosse um iniciante, já que não está "estabelecido", só podendo ser contatado diretamente e por celulares, como alguém que não possa ser LOCALIZADO. 


    Perfil dos Clientes:


    A tendência do gênero feminino predominar entre a Clientela consolidou-se se ainda mais de 2004 a 2008, podendo quase generalizar que 80% das pessoas atendidas são mulheres.

    É de consenso entre os profissionais, que o sexo feminino é mais aberto às propostas de autoconhecimento, bem como às linhas que buscam a manutenção e ampliação da QUALIDADE DE VIDA.

    Até o momento, o público masculino, que via de regra só procura atendimento em situações emergenciais, parece não ter sido ainda conquistado pela Terapia Holística,. É um desafio em aberto, a conquista desta significativa parcela da sociedade, que ainda não se mostrou tocada pelas atuais formas de divulgação dos benefícios das técnicas de abordagem holística.

    A Faixa Etária da Clientela praticamente se manteve, nestes últimos 4 anos, com predomínio absoluto de adultos, de 36 a 50 anos, ou seja, um público que. em tese, já tem satisfeitas suas necessidades imediatas, podendo agora dedicar-se ao bem estar, ao transcendente, à busca de maior qualidade de vida, que é a o principal foco da nossa profissão.

    Este perfil de Cliente padrão se consolida ainda mais, ao observarmos que a escolaridade migrou de 2o grau, para nível superior e que a faixa de rendimento  predominante DOBROU de valor de 2004 para 2008.

    Existe uma tendência à elitização da Clientela e, por consequência, o mesmo para os profissionais, já que lidamos com um público esclarecido e, como tal, de elevado grau de exigência geral.

    Nossos Clientes estão atentos, consciente ou inconscientemente, a todo e qualquer detalhe de nosso consultório e também, paralelamente a este. Mesmo diante de bons resultados, o impacto negativo de, por exemplo, perceber que o profissional nem sequer usa recipientes especiais para descarte das agulhas de Acupuntura (consulte as NTSV - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística e Anexos, disponíveis em www.sinte.com.br e na obra Tutorial Terapia Holística), pode levar o Cliente a procurar atendimento em outro local.

    Um sanitário, ou uma recepção que não esteja impecável pode induzir a acreditar que em igual estado possa estar sua sala de atendimento... Um funcionário seu questionando a inadequação de salário na sala de espera pode levar a Clientela a duvidar de sua idoneidade... A ausência de registro nos órgãos de classe levantam dúvidas quanto à capacitação profissional... Que tipo de impacto causa em um Cliente defrontar-se com seu Terapeuta Holístico, um profissional da Qualidade de Vida, fumando, bebendo, alimentando-se inadequadamente ? Ou esse mesmo tipo de situação, protagonizada por seus colaboradores de consultório ? É importante observarmos que a boa ou má impressão que causamos é primordial para a decisão dos Clientes potenciais quanto à escolha do profissional e que a composição desta imagem extrapola os limites do atendimento em si, ampliando-se para todo o ambiente de trabalho e para além deste.

    A Clientela se disponibiliza a investir financeiramente na Terapia Holística se o ganho em QUALIDADE DE VIDA se evidenciar, pois sentem que estão aplicando em bem-estar, autoconhecimento, maximização de seus potenciais como seres humanos.

    De certa forma, este perfil de Clientela da Terapia Holística já poderia ser antevisto graças à teoria da Hierarquia das Necessidades, do psicoterapeuta Abraham Maslow, que é considerado um dos expoentes da corrente humanista e um dos pioneiros da corrente seguinte, a transpessoal .

    A "pirâmide de Maslow" é um gráfico didático que objetiva hierarquizar as necessidades humanas.

    Ao pé da pirâmide estão as necessidades básicas, de sobrevivência, instintivas (necessidades fisiológicas) e no topo, as mais complexas (auto-realização).


    1. Necessidades básicas: constituem o nível mais "baixo", no sentido de SOBREVIVÊNCIA e preservação da espécie: alimentação, repouso, abrigo, sexo, etc. Se alguma dessas necessidades não está satisfeita, ela determina fortemente a estrutura comportamental do homem.
    Necessidades de segurança: uma vez sastisfeitas as necessidades básicas, o indivíduo passa a ocupar-se com a estabilidade (trabalho, saúde, moradia..) e proteção contra ameaças ou privações.

    2. Necessidades afetivas-sociais: assim que as necessidades básicas e de segurança encontram-se saciadas, assumem maior importância a socialização, amizades, sentimentos de grupo, família, relacionamentos...

    3. Necessidades de auto-estima: auto-apreciação, autoconfiança, aprovação social, status, prestígio, autoconfiança, independência, autonomia e similares passam cada vez maior importância, assim que o indivíduo satisfez as necessidades classificadas anteriormente.

    4. Necessidades de auto-realização: neste nível, o indivíduo já se dedica a desenvolver, ampliar e concretizar todo o seu potencial, autodesenvolvendo-se continuamente.

    A teoria da hierarquia das necessidades parte de algumas premissas... Só quando um nível "inferior" está razoavelmente satisfeito é que o nível seguinte de necessidades assume importância maior. Porém, se uma necessidade de nível mais baixo voltar a ficar insatisfeira, ela volta a ser predominante, até a questão ser resolvida.

    A "pirâmide de Maslow" é aplicada em muitos setores profissionais além da psicoterapia, tais como educação, administração, marketing...

    Notem que a Terapia Holística tem foco predominante nas necessidades mais complexas, as do topo dessa "pirâmide". Daí resulta um certo elitismo da Clientela que atendemos, justamente aquela faixa da população que já teve suas necessidades básicas atendidas...
    Conclusões:

    Todas as decisões, inclusive as relacionadas com a carreira, convivem com um certo nível de incerteza, que podem ser minimizadas mediante o acesso aos máximo de informações confiáveis. Um dos objetivos de toda pesquisa mercadológica é tornar-se um instrumento facilitador para tomada de decisões, contribuindo para diminuir a incerteza e/ou influenciar a escolha de um curso de ação, auxiliando a identificar problemas e oportunidades.

    A análise comparativa das pesquisas de 2004 e 2008 comprovou a maior profissionalização de nosso setor, do ponto de vista econômico: aumentou o valor recebido pelas consultas e, ainda que diminuida a carga horária, o resultado final foi um crescimento de 65,6% nos rendimentos da profissão, confrontando com 27,2% de inflação somada no mesmo período.

    Os consultórios receberam investimentos em informática (aumento de 237% dos que possuem internet banda-larga e 584% dos que possuem computador em seus consultório), porém, detecta-se um movimento contrário, de economia em bens intangíveis, tais como em recursos humanos e quanto à adequação dos locais de atendimento (diminuição significativa do número de recepcionistas, somada ao aumento de profissionais atendendo em suas próprias residências). Paradoxalmente ao aumento de rendimentos com os consultórios, mas coerentes com a diminuição da carga horária, de 4 anos para cá, aumentou significativamente a quantidade de profissionais que possuem uma segunda profissão paralela.

    O quadro geral implica em grande aumento de poder econômico dos Terapeutas Holísticos (somam os ganhos reais obtidos nos consultórios com a renda paralela da segunda profissão), que resultou em investimentos em fontes de acesso à informação e de estudos, em especial, computadores com acesso rápido à internet, possibilitando manter-se à par rapidamente das informações de fontes fidedignas como o SINTE, bem como ao aperfeiçoamento continuado por meio dos cursos, matérias e estudos disponibilizados pelo sindicato.

    A ascensão a este novo patamar social igualmente facilitou a conexão com o público alvo preferencial, que é justamente a camada da sociedade que já teve suas necessidades primárias satisfeitas, em boa parte graças ao seu poder aquisitivo elevado, estando prontos a se dedicar à satisfação de anseios mais subjetivos, como a maior qualidade de vida, autoconhecimento e transcendência, justamente os focos profundos da Terapia Holística, principal fator diferencial de nossa atividade.Para conquistar, manter e encantar o público alvo deste perfil de elevado grau de exigência, os profissionais acertam ao investir em seu aperfeiçoamento continuado, cabendo, contudo, rever suas estratégias de investimento em seus consultórios, em especial à adequação de local e de recursos humanos, pois correm o risco de causarem uma primeira impressão ruím aos novos Clientes potenciais e de desgatar a relação com os que já atendem, caso decaia a qualidade dos fatores EXTRA terapia em si, tais como dificuldade de acesso ao local, ausência de recepção eficiente e humana e similares.

    É fato que existe um verdadeiro abismo diferencial entre os verdadeiros profissionais que são exatamente aqueles que se filiam ao SINTE e participantes diretos deste estudo, daqueles que são amadores, que de tão inseguros que são quanto à profissionalização, nem sequer tentaram obter suas CRT - Carteiras de Terapeutas Holísticos Credenciados. Perante o elevado grau de exigência dos Clientes potenciais, a própria lei de mercado se encarrega de retirar da profissão os elementos despreparados, o que implica em ainda maior visibilidade e credibilidade à elite que são os associados ao Sindicato dos Terapeutas. O próprio sindicato vem detectando uma grande diminuição da QUANTIDADE de pessoas atuando na profissão, paralelamente ao aumento QUALITATIVO do nível técnico e social dos que permanecem. Para os não filiados, a estimativa é a sua gradativa eliminação pelo mercado de Clientes potenciais, cada vez mais exigentes em sua busca por bons atendimentos.

    Possuir a CRT, estando assim compromissados com as normas éticas e qualitativas da organização, por si só, continua um excelente diferencial favorável a produzir este aumento de 65,6% nos rendimentos de consultório.

    Se a isto somar-se à participação junto aos projetos de educação continuada do SINTE, que além de aperfeiçoamento e adequação técnicas e à legislação brasileira, incluem igualmente estratégias de marketing para consultórios, projeta-se um crescimento qualitativo técnico e de rendimentos ainda maior aos profissionais possuidores de CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado. 

    Em suma, as estatísticas de fato vem confirmando o slogan de que A Terapia Holística É A Profissão do Século 21.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 06/02/2009 16:25


    Vivência Tântrica

    Vivência Tântrica

    Ao encontro do coração e da prosperidade, assim como o equilíbrio da sexualidade e o fluxo da sensibilidade

     

     Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Libido?

    3.  Conhecimento sobre os elementos que se atinge no desenvolvimento do vivenciar.

    4. O que é Vivência tântrica.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

      

    I- INTRODUÇÃO

                 

                  A insatisfação por não produzir. O vazio por não saber amar ou não ser amado. O desejo que algo externo resolva a vida. Tudo se transforma em couraças. Onde o EU se esconde em manifestações de medo, timidez, agressividade, hipersensibilidade, improdutividade, egocentrismo. Ou ainda – “Eu sou o único” – “Sou o melhor” – “Sou eu que resolvo as coisas, ninguém faz melhor que eu” – “Eu sou festeiro e popular”. Esta última manifestação certamente é a pior forma de manifestar as couraças. Porque em algum momento do seu dia, vai se sentir exausto triste e solitário. “Não aceito falar de mim”, “Não vou transparecer o que sinto nunca, imagine!”

                  “Nunca deixo saber o que sinto e penso, não quero que invada a minha individualidade!”

                  Na verdade todas essas manifestações ou “qualidades” são fugas de si ou do mundo. É a dificuldade de apalpar a si mesmo, de si amar. Se você não se ama, não pode saber amar.

                  Se você não se equilibrar não pode perceber rapidamente e sensivelmente a forma de ensinar a se equilibrar.

                  Para o principio tântrico o equilíbrio e o desequilíbrio é um leela (jogo) uma dança no fluxo cósmico.

                  Se você simplesmente dançar o leela acontece. Você vira a água nas tempestades. O vento no vendaval. A chama na fogueira.

    De forma lúdica e sincrônica vivencia tudo aquilo que é natural em si. Você não pensa mais. Apenas sente ou simplesmente é.

                  O EU SOU ou SO HAM passa a fazer parte em cada inspiração e expiração. Inspirar e expirar constantemente em sincronia com o que deseja fará com que se conclua. Basta ensinar a mente a simplesmente ser e não mais comandar.

                  Descodificar a mente para que ela entre no leela cósmico é simples. É necessário dar à ela aquilo que não é metódico.

                  Há de convir que desde 3 ou 4 anos da idade cronológica que sua mente aprende apenas a se defender de que:

    “ “Isso não pode” - “Isso não deve” - “Seja homem” - “Seja educado no sentido formal” -”Seja rico para ser homem de bem” - Ou, pior ainda: “Quem ficou rico é inescrupuloso” ”.

                  Para as mulheres: “Olha todos os homens são iguais” - “Homens não prestam”

                  Para os homens: “Cuidado mulher é um bicho” – “Mulher é interesseira”

    Em relação ao sexo então:

    Mulheres: ”Sexo é proibido” – “Não seja sensual é feio” –

    Homens: “Para ser homem precisa ser garanhão, se não deixará de ser homem”. Para as pessoas que estão na faixa entre 40 a 60 anos cronológicos é o sentimento que impera e comanda o mental, agindo de forma inconsciente e produzindo resultados negativos. E ai o insucesso é fatal em quase todos os planos da vida.

    Enfim, infindáveis fórmulas chavões para o insucesso, o desamor, a timidez e a má relação consigo próprio. A mente codifica e lidera a frente da real sensação, desviando do verdadeiro caminho individual de simplesmente ser Natural – Integro e amável e feliz.

                  Vivenciar as emoções aparentes e sentir o coração é um caminho lúdico e sensorial, produzindo a capacidade de aumentar o fluxo da intuição, aumentar o fluxo do sentir.

                  Para isso basta utilizar-se das técnicas que o tantra propicia. Que álias, no ocidente muito bem elaborado através do contato popular com o OSHO.

                  Eu me permeio através do Tantra matriarcal e antigo onde o fluxo feminino (Shakti) que é responsável pelo o espírito das realizações natural. Simplesmente SER e Vivenciar pelo o fluxo da libido.

     

    2  - O QUE É LIBIDO?

                  Vamos conhecer a real conotação da libido em relação à parafernália tântrica, tão confundida e mal interpretada pelo o ser ocidental e os ditos “tântricos”

                  Fala-se em libido, entende-se sexo. Sexo é o significado principal e final apenas para aqueles que ainda não a entendeu ou para aquele que não sabe direcioná-lo e assim utilizar-se desta força encantadora e mágica.

                  Libido é a mola propulsora para tudo que se pensa em sentir e fazer.

                  A libido é uma energia pura incandescente no ser humano manifestada através do ato de sentir prazer.

                  O prazer de comer em equilibro = saborear.

    Mas em desequilíbrio entra em compulsão do comer porque essa forma de sentir é fálica.

                  Libido organizada faz fluir o trabalho = Prazer - produz êxtase.

                  Libido desorganizada = O trabalho não flui - não há energia propulsora.

                  O prazer de amar ao tocar o filho, o coração treme. Porque o amor é puro e transcendente. A libido ai está presente no sentir, pois provoca êxtase, felicidade.

                  O prazer de amar o sexo oposto, todos que se apaixonaram conhecem a libido se manifestando e é a forma que todos a identificamos.

                  Mas libido é o calor na pele, sem está calor. É o arrepio de uma caricia. É o ouriçar dos pelos quando se emociona. É a alegria nos olhos. É ainda a lágrima nos olhos quando se ri gostoso. É ouvir uma música e se arrepiar. É perceber o nascer de uma flor e se sentir emocionado. É ver uma criança nascer e se emocionar.

                  Quantos já desconhecem estas sensações? Se não sentem e não percebem isso, não pode mesmo perceber que a libido está além do tesão pelo o sexo oposto.

                  Alias se não sentem isso, já não consegue mais sentir Excitação pelo o sexo oposto. Acabou a excitação por si.

                  Vivenciar significa buscar isso dentro de si e por si mesmo.

                  Perceber que ao respirar, a pele se manifesta, Ao dançar o corpo arrepia, apenas no sentir da música e bailar suas emoções numa dança de sensações, sem pensar. Somente sentir e reaprender a amar-se.

                  A Libido movimenta a vida, a alegria, rejuvenesce e vitaliza.

                  Onde está a libido?

                  O tempo inteiro em você mesmo, basta um respirar profundo e ela se manifesta.

                  Basta um carinho do sexo oposto e ela se manifesta – Conhecido por todos, não é mesmo?!

                  Mas, se a música certa tocar também se manifestará. Quem aprende a conectar a libido, não ficará mais triste além do necessário. Porque saberá a medida exata do sentir.

                  Aprendemos que as pessoas importantes na vida são nossas: meus filhos, meu homem ou minha mulher, minha amiga (o), etc. Puro exercício de ego.

                  A libido direcionada de forma harmoniosa você saberá que deve apenas sentir e vivenciar. E que o conjunto de relações pessoais e interpessoais são feitas para interagir e não para possuir.

                  Porque a única posse que de verdade temos é o “EU” esse sim possuirá os efeitos de tudo que permeia a vida. E a forma de manifestação no físico do EU é através do permear da libido que é energia pura e criadora.

                  Criadora da prosperidade na forma plena da palavra.

                  Esse é o verdadeiro passo para a abundância. E o verdadeiro “Tesão” pela a vida. Sem medo, sem pré-conceito, sem negações. Simplesmente viver poeticamente a vida.

    Eu acredito piamente que o Ser passa pela a terra com a única função de vivenciar e sentir a abundância no leela (jogo ou dança) cósmico e na terra. Aprender lidar significa adquirir o nirvana. Ou seja, transcender a consciência através do coração.

                  Abundância está em todos sem distinção de raça ou credo. É para todos aqueles que se permite.

                 

    3- Conhecimento sobre os elementos que se desenvolve na prática vivencial.

     

    ANÁLISE SINTETIZADA DOS CORPOS HUMANOS.

                                                           

    1- CORPO - Anna Kosha (corpo ilusório de alimento).

                  É o nosso corpo físico grosseiro, constituído dos cinco órgãos dos sentidos: ouvido (som), pele (tato), olhos (visão), língua (paladar), nariz (olfato) e dos cinco agentes da ação: boca, genitais, mãos, pés e orelhas. Sua capa muscular, os nervos e ligamentos, bem como a sua estrutura óssea armazenam as tensões vindas dos corpos superiores, sobrecarregando alguns órgãos que sobrecarregam outros, numa cadeia de sintomas às vezes complexos. O corpo físico reage aos claramente através de movimentos, exercícios, danças e toques. Seu centro-realimentação está nas gônadas, portanto na área sexual, e seu estágio é o do mineral, dentro da natureza, como um todo, e seu oposto complementar é o olfato (narinas). Seu elemento é a Terra (ossos, dentes e unhas).                                                                                                                                                                                         

    2 - CORPO - Prana Maya Kosha (energético etérico)

                  É um corpo constituído de prana etérico, comanda os órgãos dos sentidos e contém os cinco sentidos sutis: éter, ar, fogo, água, terra aspecto prânico, energético. Alguns autores dizem que existem 300.000 canais que transportam prana, outros 72.000 que formaria o corpo etérico visível facilmente. Sua emanação energética vem das supra-renais próximos ao umbigo, e seu aspecto sutil, invisível, se relaciona também com os minerais. O corpo energético reage ao respiratório em geral, aumentando consideravelmente seu brilho externo ao corpo, com um pequeno número de exercícios de respiração. Esse corpo transmite as sensações dos corpos sutis para o físico, formando uma ponte de ligação entre as emoções e os músculos e nervos. Seu oposto complementar é a língua e o paladar. Seu elemento é a água.

     

    3 - CORPO - Kama Maya Kosha (desejo)

                  É o nosso corpo das emoções telúricas. O ponto central do corpo astral está no estômago (plexo solar) e sua irradiação sutil está relacionada com a vontade (volição) e com o desejo. Sua manifestação mais clara é o instinto, a reação reflexa, ou seja, é o órgão que se manifesta com um emocional expansivo e forte. “Ele irradia “nosso estado de espírito e é afetado pelo que vemos” o que os olhos não veem, o estômago não sente”. Está intimamente ligado com o pâncreas diretamente o sentido da visão. Seu elemento é o fogo e atua na combustão dos alimentos e reage ao desejo e à vontade.

     

    4 - CORPO - Ananda Maya Kosha (felicidade)

                  É localizado no centro cardíaco e é o nosso corpo das emoções afetivas e amorosas. É grandemente estimulado pelos vegetais superiores como legumes, verduras e frutas. O sentido do tato está intrinsecamente relacionado com o coração e se expressa de modo claro nas relações de empatia com outro. Seu elemento é o ar reage aos sentimentos em geral.

     

    5 - CORPO - Manas Maya Kosha (conhecimento)

                  O Manas (mente) se manifesta como intelecção e memória sendo essa a função desse corpo. Seu elemento é o éter que está relacionado com os ouvidos.

    É um corpo que se manifesta no nível da garganta em seu aspecto mais sensorial a reage aos Mantras de “H” aspirados, como no Inglês de horse. Seu corpo é de manifestação sonora e, portanto, o som faz vibrar em ondas que vão do mental ao intuicional.

     

    6 - CORPO - Jñana Maya Kosha (sabedoria)

                  Este corpo se manifesta como sabedoria pura, percepção clarividente. Ele reage à ação contemplativa, após as vibrações da mente cessar. Reage ainda aos Bija-Mantra, e especificamente, aos sons nasalizados. É a sabedoria após o conhecimento.

     

    7- CORPO - Buddhi Maya Kosha (corpo ilusório feito de intuição)

                  É o mais próximo da mônada espiritual humana. Não tem som específico, nem reage ao toque, mas como é um arquétipo humano reage aos símbolos inconscientes tais como, os Mandalas ou Yantras e os Mula-Mantra, tais como o “OM”.

     

                                              OS SETE PLANOS e as suas cores

    Podemos entrar em contato com cada plano vibrando na sua cor correspondente.

    FÍSICO

    1- PLANO - FILOSÓFICO - LIGADO AO CORPO FÍSICO - (MINERAL)

                  É o plano mais denso que trata do material, do físico, é onde o indivíduo se relaciona com o outro através de atitude e postura física. Através desse plano, aprendemos a constituição do homem centenário, do macrocosmo e do microcosmo sempre por meios dos estudos ou da filosofia esotérica começando a compreender a história da evolução do homem.

    COR AZUL - Representa a espiritualidade, a energia cósmica, dependendo da intensidade do azul ele sugere crescimento e evolução espiritual - mais intenso = a necessidade de contemplação serena, menos intenso = verificar os sentimentos descontrolados.

      

    2  - PLANO - ARTÍSTICO - LIGADO AO CORPO ENERGÉTICO - VEGETAL

                  É o plano onde começamos a perceber a energia vital, através de meditação das nossas próprias atitudes e organização dando-nos conta do mundo que nos rodeia. Por esse plano começamos a trabalhar o mundo das cores do som, da harmonia, do ritmo, e como eles afetam nosso corpo energético.

    COR AMARELA - Muito positivo, significa sabedoria, representa um guia interior ou o nosso lado superior (eu) concretizando os nossos ideais, indica clareza e luz.

    COR LARANJA - Maior energia, entusiasmo, juventude, alegria, favorece empreendimentos.

     

    3 - PLANO - POLÍTICO - LIGADO AO CORPO EMOCIONAL - ANIMAL

                  É neste plano que começa a evolução do homem, é através da razão que controlamos as nossas emoções, quanto menos oscilarmos o nosso corpo emocional, mais nos tornou estáticos. Não ser instável é ser um verdadeiro político e manipulador da energia da vontade. É através de leis e regras interiores que o mental controla o emocional e podemos através desse plano criar novas atitudes, nova cultura, nova civilização.

    COR ROSA - Simboliza o amor, a afeição sem paixão (amor universal) significa proteção, traz insegurança, suavidade das emoções.

     

    4 - PLANO - EDUCACIONAL - LIGADO AO MENTAL CONCRETO (HOMINAL)

                  É o plano da meditação, e onde também atua a evolução do homem, este plano está muito ligado ao plano político. É onde educamos nossas energias através da meditação das próprias atitudes e organizações. Através desse plano estamos ligados a ciência da iniciação.

                  O resultado do estudo e prática dessa ciência produz o verdadeiro homem consciente.

    COR BRANCA - Simboliza a pureza da inocência e ingenuidade, é a cor da juventude, a pureza do coração e a simplicidade, traz a facilidade da transmutação de energia, equilibra as energias negativas. 

    MENTAL

    5 - PLANO - CIENTÍFICO - LIGADO AO MENTAL ABSTRATO.

                  Este plano faz parte do plano mental que é ligado ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados a seres superiores que nos enviam através de canais, todas as técnicas da ciência para que possamos atuar com mais perfeição em nossas vidas.

                  Conseguimos compreender a ciência de vida e espaço (onde o outro começa e você termina), ou seja, mais sensibilidade, termos condição de entender as leis ocultas do cosmos, a lei da evolução e do Karma. É nesses planos que poderemos ajudar o outro com a ciência da sabedoria.

    COR VERDE - Simboliza vida, fertilidade e criatividade, afinidade, diplomacia e adaptabilidade, regeneração.

      

    6 - PLANO - INTUITIVO - LIGADO AO CORPO DA INTUIÇÃO

                  Neste plano nós seremos mestres de nós mesmo, será o fim dos falsos mestres e profetas.

                  Dentro deste plano teremos o contato com a hierarquia oculta, e a cooperação desses seres dentro do nosso trabalho de evolução pessoal. Teremos também total controle de nosso ego.              É neste plano que teremos o conhecimento da Nova Era.

    COR VERMELHA - Simboliza a energia ativa em grande quantidade, fluxo da vida, vitalidade, traz o impulso da vida, a vontade de vencer, o poder.

      

    7 - PLANO - INTEGRAÇÃO - LIGADO A CENTELHA DIVINA

                  Neste plano teremos total controle das leis do físico. Sendo assim poderemos ter maior domínio sobre nós mesmos em relação ao relacionamento entre matéria e espírito, alma e personalidade. Seremos mais honestos com nós mesmos e assim estaremos mais harmonizados com o universo. A nossa canalização estará aberta com total integração com o cosmos.

    COR VIOLETA - E a cor ligada a espiritualidade, traz o conhecimento e a magia, representa a consciência cósmica, representa a evolução interior com pleno conhecimento da realidade traz a sensibilidade e individualidade

     

    KARMA

    Karma é a lei de causa e efeito. Qualquer atitude tomada ou pensada cria uma reação na vida física ou na vida astral.

     

    TIPOS DE KARMA

    1 - Karma Individual - É quando você é totalmente responsável pelos seus próprios atos.

     

    2 - Karma Familiar - quando os atos interferem nas atitudes das pessoas da sua família negativamente ou positivamente.

     

    3 - Karma Coletivo - quando seus atos estão ligados a comunidade que você se relaciona.

     

    4 - Karma Racial - parte da sua opção, que você teve antes de nascer, em ser branco, negro, vermelho, ou amarelo.

     

    5 - Karma Nacional - Você nasce no país que melhor se adapta a sua missão, para que sua vida possa fluir melhor.

     

    6 - Karma Mundial - Nós optamos nascer nesse planeta porque nosso padrão de consciência é o mesmo dentro da evolução desse sistema, e nossas atitudes particulares pode modificar uma atitude um planeta inteiro.

     

    7 - Karma Universal - É quando nós já conseguimos obter uma consciência cósmica e nossas atitudes são todas voltadas pela Paz Universal.

     

    SENSO DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada ação temos um grau de responsabilidade a cumprir.

                  Responsabilidade - É a habilidade de dar uma resposta a si mesmo. A partir de agora seja responsável por si só. Voltando-se para dentro e repensando os seus atos.

                  Para cada ação existe uma reação e você é o centro de sua vida. Tomar consciência do seu poder e criar as situações que vivem, é ser 100% responsável por si mesmo.

     

    TIPOS DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada plano temos um tipo de responsabilidade a cumprir.

    1 - Paciência: É a habilidade de suportar as primeiras mudanças do ego que causam ilusoriamente dor e sofrimento.

     

    2 - PERSEVERANÇA - É a habilidade de se conservar firme e constante, permanecer sem mudar ou sem variar em cada atitude tomada mediante a um objetivo.

     

    3 - SEGURANÇA - É a habilidade de estar confiante em si mesmo e na vida.

                 

    4 - GENEROSIDADE - É a habilidade de ir ao encontro das necessidades dos outros sem desperdício de tempo e matéria, é a disposição para compartilhar.

     

    5 - TOLERÂNCIA - É a habilidade de compreender os motivos e pontos de vistas dos outros tão precisamente quanto possível, é o poder da supervisão.

     

    6 - SENSIBILIDADE - É a habilidade de sentir as próprias necessidades e a dos outros, é uma grande virtude e desenvolve independência e desperta confiança em si mesmo.

     

    7 - HUMILDADE - É a habilidade de se contrapor ao seu ego e vaidade e aparentar o que você é na realidade.

      

    DHARMA - O CAMINHO PESSOAL

                  Alguma de nossas emoções advém de registros/código, que chamamos cósmicos, e têm um princípio básico de inconsciência, e podemos colocar nessa lista as pulsões sexuais como uma necessidade imanente nos seres vivos de proliferação da espécie. O desejo sexual então, é o impulso genésico do ser vivo e é esse mesmo impulso que leva o homem e mulheres a se unirem na intenção inconsciente de procriarem, e estes impulsos acrescidos das intenções emocionais, também delineiam o caminho de uma pessoa (Dharma).

                  Dizemos então, que todos estão onde devemos estar, onde precisamos estar, onde merecemos estar, pois nossa intencionalidade e nosso adhikara (índole, temperamento, caráter, dom inato) nos colocaram ali; havendo consciência do modo pelo qual trabalhamos nossas intenções, nos iluminamos e podemos traçar, então, qualquer caminho.

                  O Dharma é o caminho, é o destino e é também o caminhante. O Dharma será concebido por aquele que se concentra no agora, aqui, usufruindo do ato de caminhar como a única meta, conquistando serenidade. Este caminhante saberá que não há nada a ser feito no futuro, um destino pré-existente a ele que deverá ser cumprido. Há sim, uma fatalidade das emoções, aquelas mesmas emoções que atraem certas desgraças pessoais, inexoravelmente; essas emoções que é traduzida como intencionalidade.

                  Intencionalidade do ser humano depende de um fator muito importante, melhor dizendo, imprescindível, que é a relação com o outro indivíduo, outra sensação, outro desejo. Sem a reciprocidade de intenções inexistiram as relações interpessoais e, portanto, não haveria a possibilidade de crescimento pessoal e muito menos de estudo das próprias emoções e sensações. Seria impossível a percepção sequer da existência da intencionalidade.

     

    O CORPO É O INCONSCIENTE HUMANO

                  Todo ser humano é uma soma de adhikara mais comportamento personalizado. O Adhikara e a personalidade “marcam” o corpo de acordo com suas características, somando a esta herança genética, que engendra o corpo junto com aquelas emoções e impulso do caráter. Dessa interação nascem corpos saudáveis ou não.

                  A saúde ou doença são balizamentos que o corpo cria para regrar a senda de seu habitante. Ele tem o código do adhikara de uma pessoa e sempre que essa pessoa mente para si mesma ou trai suas emoções profundas ou frusta-se consigo mesma, sem estarem conscientes desse fato, males físicos sobrevêm e tensões energéticas, nervosas e glandulares avassalam suas estruturas. Neste sentido dizemos que a doença é um bem maior, na medida em que ela tem a função de avisar, através do corpo, sobre a condição da emoção.

                  O ser humano é dotado de seis diferentes consciências para se manifestar no seu ambiente vital, no seu eco sistema.

                  Infraconsciência - é a consciência genésica, sexual, procriadora, mantenedora da espécie humana. Trata-se da atração magnética onipresente na vida das pessoas, traduzidas simplesmente em atração sexual entre os seres. Os principais pontos de tensão da infraconsciência são:

    a) Impulsos genésicos, geradores, procriadores;

    b) Rege todos os órgãos do sentido.

    c) A expressão mais sutil em termos de fluidos corporais tais como sangue, linfa, hormônios, líquidos sinuviais, liquor espinhal.

    d) A infraconsciência está ligada ao reino mineral e vegetal.

                  A natureza por si só é regida pela a força que se traduz na fórmula vive melhor quem melhor pode viver e no estigma da força e esperteza. Por isso os homens competem em seu dia-a-dia chegando as raias da morte, porque ainda contém o código de defesa da vida contra o agressor. As pessoas ainda se sentem mortalmente feridas ao perder um lugar na fila, ou o troco a menos na padaria, etc. Essa agressividade ainda pode ser canalizada pelo processo civilizatório por simples falta de tempo. Algo nas pessoas as faz defender o que é delas às tapas, mesmo que seja apenas algumas moedas, transformando isso tudo em neuroses.

     

    Subconsciência é responsável pela nossa contínua experimentação das nuanças do corpo energético que tem sua base no Chakra energético (Svaddhisthana). Veja as várias partes do indivíduo que são regidas por esta mente.

    a) - Motricidade corporal: função motriz dos nervos e órgãos.

    b) - Aprendizado reflexo de atividades automatizava;

    c) - Está também ligado ao mundo mineral e vegetal;

    d) - Seu centro físico são as supra-renais.

    h) - Os órgãos dos sentidos.

                  A subconsciência está ligada ao movimento corporal em si mesmo. Podemos exemplificar dizendo que uma criança aprenderá a andar sem ter uma imagem para se basear. Mas não falará uma língua a não ser que possa ouvi-la. São funções de diferentes consciências. A motricidade faz parte do código da subconsciência; o impulso de andar é infraconsciencial, mas a energia para criar o movimento e do subconsciente.

                  O subconsciente está para a sensibilidade vegetal, ou seja, não permanece “estático” como o reino mineral, sob os influxos de tempos muito mais longos que as medidas de tempo do reino vegetal. Além disso, podemos dizer que o vegetal contém e organiza o mineral em seqüências sensíveis que contém os sentidos do tato, algo praticamente inexistente no reino mineral bruto. Portanto a sensibilidade táctil é uma capacidade muito afeita ao chakra energético, que seria a sede do subconsciente.

                  A subconsciência é energia prânica, que em termos gerais pode ser manipulada e automatizada, em última análise, a força do “campo de energia” Esse deposito de energia (prana, Ki, Chi, orgônio), é uma inesgotável fonte de poder que é usada também para proceder as transformações, magnética através das mãos. Esse “órgão” energético está para o tato nos vegetais e tanto na visão como audição nos seres humanos, embora sua maior regência seja a sensibilidade tátil.

                  Os desequilíbrios psíquicos do subconsciente - Todas as perdas de motricidade por traumas emocionais, medo, sustos, são relacionadas com essa mente. Os delírios generalizantes estão relacionados com perda mineral (coloca os pés no chão) e hipersensibilidade nervosa. Convém dizer então que toda a rede nervosa, que vai do cérebro à superfície da pele é a manifestação física da rede Pranica (ou nadis), os condutos do Vayu pelo o corpo. Isso equivale a dizer que as repetições de gestos do modo distorcidos e até esquizofrênico em vários graus e perda de consciência espacial por envelhecimento.

     

    O INCONSCIENTE

                  No inconsciente fica a sede das emoções e intenções do indivíduo. Provavelmente neste ponto, na altura do estômago, diafragma e tórax, fica os códigos do Adhikara aquele elemento sutil de discernimento do temperamento e da alma de uma pessoa. Além disso, podemos alinhar as seguintes organizações psíquicas que o inconsciente promove:

    a) Todo o processo onírico (sonhos), vigília;

    b) Emoções impulsivas raivas e pânicos;

    c) Emoções de vontade, desejos;

    d) O condicionamento social;

    e) Psicose em geral;

    f) Chakra solar e cardíaco;

    g) Reações vegeto /animais.

    h) Os órgãos em que atuam as energias inconscientes: fígado, baço, vesícula, pâncreas, estômago, duodeno, coração, pulmões, timo.

                  O inconsciente está relacionado ao que chamamos corpo astral, portanto, invertendo, podemos dizer que o corpo astral é o corpo inconsciêncial. Nesta mente ocorrem os sonhos e os transportes para fora do corpo, tanto inconscientes como conscientes; as várias mensagens através dos sonhos são regidas por essa região corporal.

                  As preferências, os medos, as raivas, prepotências, orgulhos, inseguranças, estão para esses chakras; o chakra cardíaco e os órgãos pulmões e coração viabilizam na emoção os impulsos e desejos, e no organismo prânico as energias dos cinco pranas que ficam então, vinculados ao inconsciente e de certo modo direcionados pelas emoções.

                  As emoções são as impulsionadoras dos Vayu pela corrente nervosa eletro-magnético, corrente essa ligada aos rins e supra-renais. A hipertensão arterial é uma dessas confluências de tensão emocional inconsciente e bloqueio energético (prânico) subconsciente não raramente com a infraconsciência.

                  O inconsciente é responsável pela automatização das sensações, ou seja, essa mente cuida para que o indivíduo tenha uma espécie de condicionamento, para dar a resposta emocional esperada de um indivíduo social.

                  Por isso dizemos que são chakras dos reflexos condicionado social, onde as pessoas agem sentindo certas emoções reais.

                  Nossas mentes podem assinalar o reflexo condicionado do amor “que tem de ser de tal modo”, para corresponder as necessidades do processo civilizatório.

                  Grande parte do amor que o indivíduo sente, na verdade está relacionado apenas com as condições necessárias para sobrevivência, seja moral (religião, justiça social), ou afetiva (matrimônio, filiação, economia). O amor verdadeiro não viria, então, mesclado de nenhuma necessidade ou receio, por isso não se condiciona a nenhum modelo político, cultural ou econômico. Esse amor é quase impossível, porque é absolutamente revolucionário e incompreensível para as forças do ego inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Neuroses e psicoses do inconsciente - relacionados entre homens e mulheres, afetivo/sexuais, são extremamente bem assentadas no plano inconsciente. É nessa mente que a pessoa, por condicionamento sócio-econômico-cultural, força a si mesma a fazer certas ligações afetivas, amorosas, filiais, paternais, maternais, fraternais, sem estarem sendo honestas consigo mesmas e com o outro. São as relações constituídas de fachadas tão bem arquitetadas, que a mãe e o pai, se sentem responsáveis até a própria morte, por passarem essas “verdades” aos filhos.

    - Neurose de eficiência num trabalho, escolhido por modelos financeiros e não emocionais.

    - Conflitos entre os objetivos da pessoa e os objetivos das organizações/ emprego, nação, etc.

    - Excesso de objetivos, objetivos inalcançáveis, objetivos imprecisos, competição. Atingir certos objetivos e ficar na incerteza de que fez o melhor possível.

    - Casamentos que não satisfazem necessidades inconscientes, mas permanecem sendo mantidos por condicionamento amorosos sociais.

    - Angustia de ter uma família ideal, sonho do paraíso social.

     

    CONSCIÊNCIA

                  É uma parte que responde e processa o resultado das aquisições das outras mentes ou consciências e das 10 percepções humanas. Percebe-se então que os sentidos dão informações que a consciência usa para sua própria ampliação e percepção; a consciência não está em nenhum momento separado das 3 primeiras emissões mentais.

                  A consciência está para a intelectualidade e a razão; vamos ver como se desenvolvem suas várias atuações:

    a) A mente consciente atém-se aos resultados das outras 5 mentes racionalizando-os e arquivando-os para uso em momento oportuno.

    b) - Está dirigido para a intelecção, o entendimento;

    c) - É analítica, faz aferição.

    d) - Situa-se no chakra laringe.

    e) - Os órgãos regidos pelo chakra laríngeo (cognição) são: tireóide, cordas vocais, cérebro, laringe, úvula, dentes.

                  Através da mente consciente analisamos e entendemos certas ações que podemos automatizar com o sub e o inconsciente desde que a emoção se satisfaça plenamente com a mudança. A emoção aqui lembrada se refere às sensações do adhikara, que jamais se acalmam se não foram satisfeitas. A partir de então passam a ser subconscientes e inconscientes.

                  A consciência trabalha com duas memórias simultâneas. A primeira é ativa, portanto útil e fluida, pronta para uso imediato e faz parte daquele conjunto de lembranças que uma pessoa tem e que foi tocada pela emoção profunda, despertando interesse em guardá-la como algo prazeroso ou o mínimo necessário para o seu processo de vida.

                  A segunda memória é passiva, contendo dados inúteis para o indivíduo, na medida em que dificilmente serão evocadas por não terem tocado com profundidade a emoção.

                  Sendo assim, quase nunca vêm à tona do consciente porque nem sequer foram adquiridas e armazenadas sob a influência e a força do interesse emocional genuíno, íntimo, agradável.

                  Esta última só passará a ser uma memória atualizável se o indivíduo, por uma situação qualquer, tiver na emoção essa necessidade, e somente depois de uma seqüência de lembranças muito bem relacionadas entre si que leve a pessoa a emocionar-se com aquele dado quase morto.

                  Por isso dizemos que a memória é emocional, a emoção é que se lembra e não o cérebro. O cérebro é frio, é cálculo puro. O coração sente através das emoções que “viu” no banco de recordações.

                  A memória depende do que o indivíduo gosta, pretende, intencional, anseia, necessita, portanto, depende das emoções.

                  Uma pessoa perde a memória e às vezes fica tentando recuperar lembranças que nunca foram verdadeiramente importantes, e há casos onde seria interessante não relembrar. O terapeuta deverá conduzir tais clientes a entender a verdade da emoção a respeito do que tenta recuperar na memória.

                  A memória é emocional e só se manifesta plenamente na medida em que o indivíduo tenha se emocionado com os fatos a serem gravados nela, a ponto de impressionarem o inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Mudando radicalmente de enfoque, podemos afirmar que um ato executado com real prazer desmorona toda a inverdade das emoções e, por conseguinte, ativa a memória, excepcionalmente. Memória é consciência; é resultado de verdadeira emoção de prazer no momento de captar a informação a ser arquivada.

     

    SUPRACONSCIÊNCIA

                  A supra-consciência está relacionada com a Buddhi, que é o Juiz Interno uma espécie  de juiz de todas as ações internas (intenções) corroborando tudo que “ouve” ou “sente” com o verdadeiro caráter (adhikara) do indivíduo (Jiva). Não se trata “superego” social de acordo com o modelo freudiano, e sim, de um superego muito sutil, que conhece todas as necessidades do caráter daquele ser. Como é uma parte da pessoa, ele cria os conflitos pela simples presença da emoção, do dia-a-dia, que não corresponde de verdade aos legítimos e íntimos anseios daquele ser. Vejamos em itens qual é seu alcance.

    a) A supra-consciência é a Buddhi (vide em filosofia mais detalhes sobre sua atuação);

    b) Trata-se da qualidade de compreensão (entendimento foi estudado em consciente);

    c) Testemunho absolutamente imparcial consigo próprio;

    d) Intuição pura, sutil, espiritual; juízo do ego.

    e) localiza-se no chakra ajña; hipofísico, hipofisiário, 3- olho;

    g) Seu guna é sattva - padma, de cor amarela, dourada ou rosa;

    h) compadecimento e percepções espirituais.

                  As percepções da supra-consciência assemelham-se a um “advogado do diabo”, porque ao fazer o julgamento das emoções, e do quanto elas são honestas com o adhikara, o resultado sempre será ananda (felicidade), se coincidirem exatamente. No entanto o que se observa comumente é o acontecimento do klesha (dores); um estado de desequilíbrio que sobrevém às pessoas por estar realizando seu adhikara.

                  A supra-consciência é camada de mestre interno por algumas seitas e grupos filosófico. Por motivos que se perdem no tempo, é chamada de anjo-da-guarda, um “ser” interno, protetor e evanescente, invisível e perceptível ao mesmo tempo; às nomenclaturas adotadas para explicá-la, a supra consciência é divina, deificada; está acima da mente consciente e é imparcial.

                 

    MAHACONSCIÊNCIA

                                A mahaconsciência é a consciência de unidade com o todo e tudo, e tem nomes diferentes em culturas diferentes; é a Consciência Crística entre os cristãos, a consciência búdica entre os budistas, Purusha no Samkhya.

                  Essa consciência Shiváica, ao ser percebido, dá a sabedoria total. Quando ela se manifesta o Dharma e o karma é absolutamente resolvido, tornam-se um só. Vejamos os itens a seguir:

    a) - O Mahaconsciência é Shiva/Purusha;

    b) - Com sua manifestação ocorre a plenitude do adhikara;

    c) - Dharma e karma tornam-se um só;

    d) - Quietude existencial;

    f) - Ação pura, sem rajas;

    g) - Rajas e tamas ficam iluminadas;

    h) - Há predominância do sattva shukla, branco.

                  No mahaconsciência há a predominância do guna sattva de cor branca, relacionada com a imparcialidade, desapaixonamento e desinteresse pelos movimentos da matéria; é pura seidade, pureza, quietude, plenitude e consciência.

     

    O que é vivência tântrica?

     

    Vivência tântrica é uma forma lúdica de sentir e perceber as emoções e, portanto, é uma técnica de terapia corporal feita através da indução em movimento com a intenção de que ocorram desbloqueios em nossas couraças que são causadas por desequilíbrios emocionais advindas do campo da sexualidade, ou seja. Quando você pensa em sexo o que ele representa para você? Apenas uma satisfação biológica indispensável. Apenas feito por amor. Apenas feito para procriação. Apenas feito por fazer. Ou ele nem se quer existe em sua vida, ou está existindo somente em suas fantasias.

    Você já percebeu até aqui que uma vez que a Libido organizada – a sua vida poderá ficar equilibrada. Como?

    Tomando consciência de que você em primeiro lugar não é feito somente de carne e osso, e sim de um corpo espiritual, um corpo mental, um corpo emocional e que todos residem num espaço físico denominado de corpo humano. E que este corpo físico é a resposta de tudo que você sente, pensa e vê ao seu redor. Já percebeu também até aqui que não provemos a nossa vida em todos os sentidos, porque não provemos uma boa sexualidade.

    Aqueles que não estão provendo a vida transportam para a sexualidade a impotência do prover, como impotência sexual. E as mulheres resultam na frigidez. E ou o oposto.

    Este fluxo nos diz como devemos delegar a nossa libido, mas os conceitos sociais, profissionais, nos fazem interpretar de forma enganosa, deixando assim de perceber a essência da vida que deriva de uma sexualidade plena e saudável. Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira tranqüila. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significa estarmos sensual e sensorial. Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

    MÉTODO

     

    O Vivenciar não há como explicar tecnicamente, mas se desenvolve através do fluxo de um grupo ou de um momento individual.

    Cada grupo vivencial é uma energia única.

    I – passo: O trabalho normalmente se inicia com uma meditação dinâmica que flui através de respirações alteradas e acopladas ao movimento proporcionado pelo o som de uma musica dinâmica, que produzirá limpezas das emoções contidas no emocional.

    II – passo: Indução de uma técnica que proporcione novas emoções promovendo um renascimento.

    III – técnica indutiva para reconhecimento do Eu, e as mais comuns são Ekagrata - visualizações, através de um espelho, visualizar Mandala, ou simplesmente no olho do outro. Permitindo identificar as emoções que estão inseridas no contexto do EU e do outro. Formando um reconhecimento, identificação e sintonia com o próprio Ego.

    IV – passo. É induzido a um tipo de técnica que envolva toques no contexto de técnicas corporais. Para que desperte o fluxo original da libido.

    V – Finalização do sistema vivencial em grupo.

     

    Conclusões

                  Se utilizar de método vivencial como foi possível perceber até então é uma forma de brincar com a mente fazendo-a a ficar em segundo plano. E simplesmente sentir e permear a vida através do leela cósmico.

                  Se permitir ser feliz. Aprender a usar as ferramentas corpóreas e que divinamente nos foi concedido. Tomar conscienciência de que somos além de ossos, veias, sangue, músculos, órgãos, etc. Que as sensações e intuições são as ferramentas reais e mais importantes que induzem ao coração e expande a consciência para Ser e está Feliz.

     

    Bibliografia.

    Eu até então desconheço bibliografia sobre sistema vivencial tântrico.

    Aqui está um trabalho desenvolvido através da minha experiência em vivenciar e transmitir vivências.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 22/07/2009 13:53


    Yôga dos Números: Numeronataraja

    Yôga dos Números: Numeronataraja

     

        Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009


    PREFÁCIO 

          Inspirei-me na Numerologia Tântrica conjugado ao Yoga e o Shivanataraja para desenvolver e codificar a NUMERONATARAJA ou Yoga dos Números, uma forma de através do sádhana (prática) e dos Mudras (gestos reflexológicos) vi uma nova perspectiva de utilizar e sedimentar o padrão vibratório dos números em forma prática e vivencial.

          É a oportunidade de destravar e reconhecer essas energias latentes na força humana e que de certa forma completamente desconhecida. Palpáveis mas não conscientes.

          A data nascimento é o dia mais auspicioso de um Ser vivente, onde emana toda a sua força e traduzindo o seu trilhar pela a face da terra à evolução do SER Espiritual.

          É a prática da renegociação continua; é a maneira que nos damos forma ao nosso espaço físico e psicológico com a finalidade de entendermos o karma (efeito) e o Dharma (ação ou lei) divino; E esta negociação ocorre sempre com relação a outros seres humanos e nunca a nós mesmo.

          Trabalhar uma pessoa ou em grupo (de estudo, cliente ou familiar), a Numeronataraja é uma perspectiva de mudança que facilita a viagem da alma.

          O trabalho prático da Numeronataraja é eclético, podendo inclusive ser associada às várias outras disciplinas de acordo com o contexto particular do trabalho que está sendo apresentado. É também um método a ser acrescentado aos terapeutas corporais e psicoterapeutas de trabalhar com o cliente de uma maneira improvisada, desde que cada situação possa convidar para uma aproximação original.

          Através dos números captados na data de nascimento nós podemos perceber os vários mapas do tempo e do espaço existente em cada um, e desta forma obter um sentido de proporção mais desobstruído.

          Esta cosmologia do tempo e do espaço fornece as janelas através da qual o relacionamento entre a vida pessoal específica e os princípios universais governado pode se encontrar em uma harmonia criativa.

          A prática da Numeronataraja ou Yoga dos Números requer em executar os exercícios cadenciados em forma de dança cósmica percebendo as sensações por ela emanada, a fluidez da intuição informal, a clareza da idéias se formando sob a natureza da viagem proporcionada pelas as forças vibratórias dadas nas influências pessoais.

          O fantástico neste método é o fato de combinar a data de nascimento com a energia produzida pela prática do Numeronataraja que é uma verdadeira dança cósmica e pela potencialidade da mente neutra que vêm do ato de  medir o sentir e produzir a ação de sentir com os princípios universais se manifestando ao longo da prática e da não prática (não prática é quando não se está em Numeronataraja e sim no leela(dança) da vida). As ações pessoais são a resposta desta sincronicidade com o padrão vibratório da força universal maior e dévico. De uma outra perspectiva é o universo, ou coletivo, que a alma expressa, e sua consistência abstrata na diversidade das manifestações múltiplas. Chegar neste estado, do fluxo intuitivo e espontâneo ao fluxo cósmico em situações intima da vida, requer o relacionamento direto à mente.

          O corpo e a mente transformam-se em instrumentos saudáveis da alma, codificada através dos gestos reflexológico feitos como corpo e ou com as mãos (Mudrá). Simbolizando um reconhecimento de si com o cosmo naquele momento e tornando-se o receptáculo de energia vibratória reservada numa sintonia, que ao executar o Mudra em princípio de dança tornará neste momento aberto e receptivo a vibração emanante.

          A seguir conheceremos cada etapa por onde me inspirei a criação do  NUMEROTARAJA OU  YOGA DOS NÚMEROS. 

    MUDRA

          O Termo Mudra significa gesto, selo, contração, fecho, lembrando sempre que tais gestos são executados com fins perfeitamente terapêuticos. Embora dentro da Numeronataraja eles tomem um caráter de dança cósmica (meditacional). Sua maior contribuição será na formação de uma consciência corporal plena, definindo muito bem os limites atuais do corpo do praticante proporcionando um estado de contemplação, ou seja, um estado lúdico onde a alma emocional envolve-se com o objeto da contemplação (corpo) produzido pelo o gesto (Mudra); permanecendo em concentração (dharana) em si mesmo; abstraindo-se (pratyahara) dos movimentos emocionais do medo, insegurança, ansiedades, angústias e outras sensações que retiram a pessoa de seu centro. 

    Mitologia

    O Rig Veda cita 33 deuses dos quais se destacam cinco:

    Indra: O rei dos deuses, o governador do céu, representando o poder do raio e da energia.

    Agni: o Fogo, considerado o mensageiro dos deuses. No ritual ele depura a oferenda e a leva em forma sutil a Deus. É a conexão entre homens e deuses. É também a luz para a mente ver e compreender a verdade.

    Surya: o Sol. É dito que ele é a alma suprema dos Vedas e deve ser adorado por todos que desejam a liberação da ignorância.

    Vayu: é o deus do Vento, do Ar e do Prana. Divide seu poder com Indra, o Senhor do Céu. É invisível e habita em nossos corpos na forma dos cinco ares vitais (Prana, Apana, Samana, Vyana e Udana).

    Varuna: uma das mais antigas deidades védicas, associado à Água, aos Rios e aos Oceanos. Seu poder é ilimitado, assim como seu conhecimento. Inspeciona todo o mundo, sendo o Senhor das leis morais.

          No início dos tempos tudo estava em repouso e equilíbrio total e só Brahma existia.

          Houve então a primeira vibração, Om, o Som Primordial e a partir dele todo o universo foi criado.

          A partir daí surge à trindade hindu, formada por Brahma, Vishnu e Shiva que correspondem aos 3 gunas e as características de toda a criação.

          Brahma representa Rajas, o movimento, responsável pela criação.

          Vishnu representa Sattva, o poder de existência, preservação e proteção.

          Shiva representa Tamas, o poder de dissolução do universo.

          Aqui para o nosso contexto destaco Shiva devido à inspiração produzida por Shivanataraja. 

    image imagem retirada do site www.indiavilas.com com a perfeita representatividade da mitologia de Shiva. 

          Shiva é um Deva que além de representar a preservação e a proteção. Para que isso aconteça se manifesta como o renovador ou o Transformador.

          Uma das duas principais linhas gerais do Hinduísmo é chamada de Shivaísmo em referência a Shiva.

          Na tradição hindu, Shiva é o destruidor. Na verdade ele destrói para construir algo novo, assim, prefiro chamá-lo de "renovador" ou "transformador".  Suas primeiras representações surgem no neolítico (4.000 a.C.) na forma de Pashupati, o Senhor dos Animais. A criação do Yoga é atribuída a ele e o Yoga é uma prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, está intimamente ligado ao deus da transformação. Shiva é a deidade suprema (Mahadeva). O pacificador (Shankara) e o benevolente onde reside toda a alegria.

          O tridente que aparece nas ilustrações de Shiva é denominado Trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades da matéria: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio).

          A Naja é a mais mortal das serpentes. Usa uma serpente em volta da cintura e do pescoço, simboliza que Shiva dominou a morte e tornou-se imortal. Na tradição do Yoga clássico, ela também representa Kundaliní, a energia de fogo que reside adormecida na base da coluna. Quando se desperta essa energia, ela sobe pela coluna, ativando os centros de energia (chakras) e produzindo a iluminação (Samadhi), um estado de consciência expandida.

          No topo da cabeça de Shiva se vê um jorro d’água. Na verdade é o rio Ganges ou Ganga que nasce dos cabelos de Shiva. Há uma lenda que diz que Ganga era um rio muito violento e não podia descer a Terra, pois a destruiria com a força do impacto. Então, os homens pediram a Shiva que ajudasse e ele permitiu que o rio caísse primeiro sobre sua cabeça, amortecendo o impacto e depois mais tranquilo corresse pela Terra.

          Outro símbolo é o lingham. Ele representa o pênis, o instrumento da criação e da força vital, a energia masculina que está presente na origem do universo. Está associado ao poder criador de Shiva. A palavra "lingham" significa "emblema, distintivo, signo".

          O lingham é o emblema de Shiva. Na Índia, reverenciar o lingham é o mesmo que reverenciar a Shiva. Ele pode ser feito em qualquer material, embora o preferido seja o de pedra negra. Na falta de uma escultura, se constrói um lingham com a areia da praia ou argila do leito do rio; ou simplesmente se coloca em pé uma pedra ovalada.

          É comum nos templos pendurar acima do lingham uma vasilha com um pequeno orifício no fundo. A água é derramada constantemente sobre ele numa forma de reverência. A base do lingham representa a yoní, o genital feminino, mostrando que a criação se dá com a união do masculino e feminino.

          O tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do universo, o universo brota da sílaba OM. “No princípio era o Verbo (a sílaba, o som). E o Verbo era a criação. Tudo foi feito por Ele (o Verbo) e sem Ele nada se fez."

          É com o som do Damaru (tambor) que Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança. Às vezes, ele deixa de tocar por um instante para ajustar o som do tambor ou para achar um ritmo melhor e, então, todo o universo se desfaz e só reaparece quando a música recomeça.

          Shiva está intimamente associado ao elemento fogo representando a transformação. Nada que tenha passado pelo fogo, permanecerá o mesmo: o alimento vai ao fogo e se transforma; a água evapora; os corpos cremados viram cinzas. Assim, Shiva nos convida a nos transformarmos através do fogo ou do sadhana (prática). O calor físico e psíquico que essa prática produz nos auxilia a transcender nossos próprios limites.

          Nandi é o touro branco que acompanha Shiva, sua montaria e seu mais fiel servo. O touro está associado às forças telúricas e à virilidade. Também representa a força física e a violência. Montar o touro branco significa dominar a violência e controlar sua própria força.

          A palavra "Nandi" significa "aquele que dá a alegria". Na representatividade da devoção sempre se encontra esta figura diante dos templos dedicados a Shiva. Ele está deitado, guardando o portão principal.

          LUA CRESCENTE que muda de fase constantemente representa a ciclocidade da natureza e a renovação contínua a qual todos estamos sujeitos. Ela também representa as emoções e nossos humores que são regidos por esse astro. Usar o símbolo da lua crescente nos cabelos simboliza que Shiva está além das emoções. Ele não é mais manipulado por seus humores como são os humanos está acima das variações e mudanças, ou melhor, não se importa com as mudanças, pois sabe que elas fazem parte do mundo manifesto. Os mestres hindus que se iluminaram afirmam que as transformações pelas quais passamos durante os ciclos de nascimento e morte, o final de uma relação, mudança de emprego, etc. não afetam nosso ser verdadeiro e, portanto, não deveríamos nos preocupar tanto com elas. Simplesmente perceber e viver as transformações. 

    NATARAJA

    image

          Neste aspecto, Shiva aparece como o Rei Raja ou o Dançarino. Ele dança dentro de um círculo de fogo, símbolo da renovação e, através de sua dança o Nataraja acontece à criação, a conservação e destruição do universo.  Ela representa o eterno movimento do universo que foi impulsionado pelo ritmo do tambor e da dança. Apesar de seus movimentos serem dinâmicos, como mostram seus cabelos esvoaçantes, Shiva Nataraja permanece com seus olhos parados, olhando internamente, em atitude meditativa. Ele não se envolve com a dança do universo, pois sabe que ela não é permanente. Como um yogue que se fixa em sua própria natureza, seu ser interior, que é perene. Em uma das mãos, ele segura o Damaru, o tambor em forma de ampulheta com o qual marca o ritmo cósmico e o fluir do tempo. Na outra, traz uma chama, símbolo da transformação e da destruição de tudo que é ilusório. As outras mãos estão em gestos (mudra) específicos. À direita, cuja palma está à mostra, representa um gesto de proteção e benção (abhaya mudra). A esquerda representa a tromba de um elefante, aquele que destrói os obstáculos.

          Nataraja pisa com seu pé direito sobre as costas de um anão. Ele é o demônio da ignorância interior, a ignorância que nos impede de perceber nosso verdadeiro eu. O pedestal da estátua é uma flor de lótus, símbolo do mundo manifestado.

          A imagem toda nos diz: "Vá além do mundo das aparências, vença a ignorância interior e torne-se Shiva, o meditador, aquele que enxerga a verdade através do olho que tudo vê (terceiro olho, Ajnã Chakra)." 

    Devis ou deusasAfter digging a pit, he should recite the Mahishamardini (vidya) 800,000 times, then offering 1,000 times in the cremation ground.

          São as deusas, as mães divinas, aquela que resplandece.

          Nos Vedas eram apresentadas como energia ou poder do criador, a Shakti.

          Nos Puranas aparecem como devis.

          Representando a sabedoria do universo, o aspecto protetor, maternal do Absoluto.

          Apresentam-se de 5 formas diferentes: Parvati, Durga, Kali, Lakshmi e Sarasvati. 

    Parvati

          É a Mãe do Universo e consorte ou esposa de Shiva. Simboliza a disciplina, a renúncia, o esforço que leva o devoto ao Conhecimento. 

    Durga

          Representa o aspecto feroz de Parvati. Montada em um leão ou tigre.

          Tem 12 ou 18 braços e em cada mão tem armas dadas pelos deuses.

          Seu objetivo é ser implacável com os demônios que representam nosso ego e nossa ignorância.

          Ela nos mostra que devemos ser decididos na destruição de tudo que nos impede de percebermos nossa verdadeira natureza divina. 

    Kalí

          Aspecto mais feroz ainda de Parvati. Tem língua roxa, não usa roupa e seu corpo é coberto pelos longos cabelos negros. Usa um colar de caveira, tem quatro braços e leva em cada mão armas de destruição e uma cabeça sangrando. É a devoradora do tempo. 

    Lakshmi

          Ela é muito popular na Índia, sendo considerada a mais próxima dos seres humanos. Quer o bem estar de todos sem se preocupar com suas ações ou seu passado.

          Surgiu das águas cósmicas, da eternidade.

          É a consorte ou esposa de Vishnu.

          Simboliza a riqueza material e espiritual, representando o nosso universo ilusório.

          Usa um sári vermelho, que simboliza rajas, a ação para manter a vida, tem muitas jóias e moedas de ouro, que representam a riqueza e a prosperidade.

          É apresentada sobre um lótus, símbolo do conhecimento. 

    Sarasvati

          Esta associada à fertilidade, a purificação, a fala, a linguagem e a palavra.

          É considerada a personificação de todos os conhecimentos, artes, ciências e letras. Sem ela Brahma, seu consorte, não poderia ter criado o mundo.

          Usa um sári branco (a pureza do conhecimento), está sentada em um lótus branco (o conhecimento) ou numa pedra (a base sólida na busca do conhecimento). Possui sempre ao seu lado um cisne (discernimento) ou um pavão (silêncio necessário para escutar, refletir e meditar).

    Possuí quatro braços e em cada mão um japa-mala (colar) indicando disciplina da meditação, Vija (o som, o chamado à busca do Conhecimento) e os Vedas (o ensinamento). 
     
     

    NUMEROLOGIA TÂNTRICA

          A Numerologia tântrica é diferente da numerologia pitagórica. Ela é baseada apenas na data de nascimento. Conhecida também como Karam Krya. Os cálculos apresentam caminhos para acessar o crescimento espiritual, que desenvolvido através de uma prática esse processo se acelera e se torna a ponte vibracional para o Eu. 

    Nos cálculos da Numerologia tântrica toma-se conhecimento dos Objetivos que se deve  trabalhar através de uma prática. 

    Desdobrar o potencial do indivíduo inerente ao conceito da integridade e os processos da vida que implicam também num relacionamento entre o corpo e a mente e a habilidades para controlar o processo energético da vida (o respirar, uso da voz, as artes, a meditação consciente, exercício, etc..) 

    Compreensão - encontrar uma cosmologia pessoal que ajude criar e manter um sentido saudável da perspectiva realística da terra comum a tudo. 

    Comportamento - uma mudança significativa na vontade e na compreensão influenciado no sono, no meio social, no modo psicológico, ou seja, a mudança consciente do comportamento pode trazer aproximadamente uma mudança e uma compreensão melhor das pessoas e de outros. 

    Consciência - de ego em relação ao mundo, ou seja, uma independência que provocará freqüentemente mudanças espontâneas. Consciência também tende a provocar uma redefinição da responsabilidade e a capacidade de um indivíduo para responder ao mundo.

          Portanto a numerologia Tântrica é um método para estudar o processo do passado, presente e futuro.

          Segundo o Yogui Bhajan ele explica que os seres humanos são formados por dez corpos espirituais, cada um deles corresponde a uma característica de cada guru os Shiks, cultura da qual provem esta numerologia.

          A numerologia tântrica é uma ferramenta para enriquecer a vida e ajudar a conectar com o espírito. Não é uma forma de "adivinhação" e nem conta o futuro. A numerologia tântrica utiliza de dez energias ou corpos, que são a representação de aspectos diferentes manifestado da psique. Oito destes corpos correspondem aos Chakras.  

               Uma vez identificado os equilíbrios e desequilíbrios dentro desses dez corpos de cada individuo, poderá começar então a aplicar técnicas que vão equilibrá-lo com mais facilidade. É melhor quando for utilizar-se pessoalmente da numerologia tântrica ter orientação de outro profissional, porque mesmo sendo conhecedor você poderá se negar a enxergar a realidade. 
     
    Os dez corpos espirituais são: 

    1. O Corpo da Alma. 

          Este é primeiro corpo e também corresponde ao primeiro chakra que fica situado no períneo entre o ânus e o genital.  Este corpo se conecta com a infinidade interna e permite que o ego interno flua livremente por você.  

          Se este corpo for fraco, poderá sofrer grande insegurança. Os órgãos associados com este corpo são o estômago, baço e pâncreas. Se tiver domínio deste corpo será calmo e criativo.  

    2.  Mente Negativa  

          O segundo corpo corresponde adequadamente ao segundo chakra que se localiza acima do púbis. A mente negativa necessariamente não é uma mente ruim. Simplesmente é a mente protetora, é ele que coordena o caminhar.  Porém, esta mente também pode impedir de fluir. É o corpo que alimenta a independência do ego, podendo se tornar em ego-destrutivo.  Por causa da correlação do segundo corpo com o chakra energético a pessoa pode ficar muito dependente do sexo ou pode levar o oposto e pode temer qualquer contato sexual. Quando a mente negativa for saudável, você tem grande orientação interna e está confortável em sua própria pele.

     
    3.  A Mente Positiva  

          O terceiro corpo fica situado no centro de umbigo e corresponde ao terceiro chakra. Este é o centro de energia do corpo. Quando for equilibrado, é forte e projeta autoridade. Transmitirá otimismo, porém, se este corpo estiver desequilibrado pode se tornar muito obcecado com o próprio poder e pode levar a autoridade a um nível perigoso. Também pode ficar muito intolerante com outros e por outro lado, você pode ter medo assumir responsabilidade. Fisicamente, as manifestações somatizadas se manifestarão no fígado, bexiga  e nos pés. 

     

    4. A Mente Neutra.  

          A Mente Neutra corresponde ao centro de coração, chakra cardíaco. Este é o aspecto da sua mente de qual você queira se projetar. Combinam os benefícios de ambas as mentes positivas e negativas. Quando esta mente for equilibrada, a pessoa poderá resolver qualquer situação. Poderá depressa ter acesso todas as partes de uma situação e depressa se conduzir à escolha correta. Porém, se esta mente for fraca, poderá resultar em fechamento para amar e freqüentemente terá dificuldades para resolver as situações. Os órgãos que correspondem são o coração, pulmões e intestino grosso.

     

    5. O Corpo Físico.  

          O quinto corpo é extremamente importante, é nele que está a absorção de todos os corpos.  Muitas pessoas focalizam muito no espiritual e ignoram os corpos físicos.  Mas se você só trabalha sua mente e sua alma, seu corpo físico ficará desequilibrado.  O físico é da mesma maneira importante como o espiritual e o mental.  Nós viemos todos vestidos desta forma para este plano da existência por alguma razão.  É importante aceitar este “presente” e desenvolver este potencial em plenitude. 

    O quinto corpo corresponde ao quinto chakra, ou seja, o laríngeo, portanto algumas pessoas experimentam dificuldades com esta região por não estar corretamente equilibrado.  Porém, quando equilibrado, você será um orador eloqüente e verdadeiro.  Você poderá compartilhar seu conhecimento facilmente com outros porque você não terá nenhum medo deste plano físico. 

    6. Arco de luz 

    Homens e mulheres têm uma linha de arco, uma linha de energia, indo de em orelha para o outro sobre a cabeça.  Este é seu “halo” como mostrado nas imagens de santos e anjos.  

    Estas linhas de arco é o equilíbrio entre as dimensões físicas e as dimensões cósmicas.  Este corpo regula seu sistema nervoso e equilibra suas glândulas.  Corresponde a sua glândula pituitária que fica situado entre suas sobrancelhas.   Este é o terceiro olho. A glândula pituitária é a glândula mestre.  Quando esta glândula está funcionando corretamente a pessoa terá a intuição para se proteger e radiará como uma pessoa que é centrada e calma. Se estiver desequilibrada sofrerá de variação de humor contínuo.    

    7. A Aura  

    Embora aura fique situada “fora” do corpo cercando como um campo magnético, ela  corresponde ao 7º chakra que é o topo da cabeça.  É a glândula pineal.   É dito que a glândula de pineal deixa de segregar seus fluidos depois da puberdade e que então conduz ao processo de envelhecimento.  Há muitas atividades que podem estimular esta glândula para segregar uma vez mais e, portanto retarda o envelhecimento precoce.  

    Este chakra é conhecido como o coronário “mil pétalas” ele proporciona para a pessoa segurança e o poder para ser misericordiosos.  

    Se a aura for forte a pessoa terá uma presença positiva e você sentirá contido dentro de seu próprio corpo. Pessoas que têm uma aura desequilibrada poderão se sentir ameaçado por outras auras mais forte ou eles podem ser vampiros de energia.

      

    8. O Corpo de Prânico  

    O corpo corresponde ao Prana é a vida-força, é o que o mantém vivo.  Se o ser vivente deixar de respirar, deixa de viver.  Se o prana for baixo numa pessoa ela não estará usando o seu diafragma de maneira correta. Sem oxigênio esse corpo poderá experimentar fadiga, ficará defensivo e amedrontado do mundo.  Por conseqüência disto este corpo não receberá bastante oxigênio e o coração será enfraquecido. 

    Quando este corpo for equilibrado terá a certeza de estar vivo e pleno de criação.  Respirar profundamente permite que todo o fluxo prânico energize o sistema.  Este corpo, quando equilibrado, também alinha o negativo, positivo e a mentes neutras.

     

    9. O Corpo Sutil  

    O corpo sutil dá o poder para ver além das ilusões de vida e ego.  Quando dominamos este corpo, nada na vida é um mistério e você se ajusta a qualquer situação com facilidade. Porém, se estiver fora de equilíbrio, você pode ser absorvido facilmente pelo maya (ilusão) deste mundo e a pessoa poderá ser enganado facilmente, ou por ela mesma ou através de outros tirando vantagem de si mesmo.  Este corpo pode sentir inquieto com a falta da paz para fluir facilmente de uma situação a outra.    
     

    10. O Corpo Brilhante  

    O corpo brilhante é extremamente importante.  Coincide com a aura e proporciona energia fora do corpo.  

    Quando esta esfera é centrada a pessoa irradia coragem e realeza. Os outros respeitarão e quererão estar na presença de uma pessoa assim em sua presença.  Esta pessoa afrontará todo desafio e excede expectativas.  

    Porém, ao contrário de um corpo brilhante equilibrado é alguém que não só não satisfaz as expectativas. Como pode temer responsabilidade e então escolhe não reconhecer seu próprio brilho e graça porque teme que nunca satisfará para a expectativa de alguém qualquer que seja.

     

    11. CORPO RADIANTE

          Embora haja só Dez Corpos no ponto de vista Numerológico, há uma Décima primeira incorporação. Este é o centro de comando que dirige todos os outros aspectos.  A pessoa com o número 11 no quadro leva um presente extremo com eles.  Este é o presente de infinidade e conclusão.   Eles têm a habilidade nesta vida de dominar completamente o físico e o reino espiritual.  Eles também têm a capacidade para chamar qualquer um dos 10 corpos para trabalhar para eles em qualquer determinado momento.  Porém, é importante saber que todos os outros aspectos devem ser desenvolvidos para que esta 11ª incorporação se manifeste.  Se a pessoa tiver este número em seu quadro, necessariamente não significa que o conhecimento do universo visivelmente e imediatamente dela.  Ainda terá que levar o tempo para se reconhecer e brando nas emoções e ai sim perceber. Este corpo em desequilíbrio representa o ego exaltado.

    Portanto, o décimo primeiro corpo representa a harmonia interior dos outros dez corpos.   
     

          A Numerologia tântrica nos facilita o conhecimento dos caminhos que temos de percorrer em nossa missão e na vida presente.

    Obs. Os números na numerologia tântrica diferem da numerologia pitagórica.  Os valores são interpretados somente até o ONZE, se o número for maior então deverá ser reduzido a um só numero. Por exemplo: 11+12+1952 = 22 = 4.

          É extraído da data de nascimento que é o presente herdado divinamente.

          Tomaremos aqui no que consiste a Numerologia Tântrica sem adentrar no fluxo interpretativo que não vem ao contexto geral deste trabalho neste momento.

       

    CHAVE:

     

    1 - O número da ALMA =  Dia de nascimento.

    2 – O número do KARMA = Personalidade =  Mês de nascimento.

    3 – O número do PRESENTE =  A soma dos dois últimos dígitos do ano de nascimento.

    4 - O número do DESTINO = última vida = A soma do ano de nascimento.

    5 - O número do trajeto de VIDA= A MISSÃO = A soma do dia, mês e ano de nascimento. 

     

    OS NÚMEROS:

    1. O número da ALMA:

          É extraído do da soma do dia de nascimento

          O número da alma indica seu relacionamento com sua própria alma, com seu self interno e a fonte de sua criatividade. Este é o número do trabalho interno.

          É a conexão com o coração e não com a cabeça e fonte de energia criativa.  Uma vez você conectado com o corpo desta posição, você nunca se sentirá abandonado ou separado do divino.  Porém, a maioria das pessoas está desconectada necessitando cuidar deste aspecto e normalmente precisa desenvolver o corpo nesta posição, portanto não se preocupe isto é extremamente comum!  

     
    2. O número de KARMA - PERSONALIDADE

          A soma do número do mês marca o número do karma. Exemplo: se você nasceu em junho, seu karma é 6, se você nasceu em dezembro, seu karma é (1+2 =) 3. Com exceção dos meses outubro = 10 e novembro = 11 que não se reduz. 

          O karma nos mostra a relação existente com o mundo externo, vem ser nossa personalidade. É a posição que expressa os conflitos que você enfrentará nesta vida, é a indicação de seus pontos fracos e desafios que você terá que superar. O número do Karma determina a relação que teremos com o mundo externo e como vamos tratá-los. Indica seu relacionamento com o outro. Indica a forma de comunicação e a área principal de limitação que necessita o trabalho. 
     

    3. O número do PRESENTE

          É extraído da soma dos dois últimos dígitos do ano que você nasceu: 1951 = 5+1 = 6; 1960 = 6+0 = 6

          Este é o número que indicará a qualidade espiritual que nos foi dado nesta vida por isso é denominado de presente divino vem do reflexo das virtudes que obtivemos em outra vida, mas normalmente os presentes vêm com uma enorme responsabilidade, como por exemplo: ter que desfazer do próprio ego e se focalizar em projetas luz e amar os outros. Para se fazer uso corretamente do presente terá que gozar de um grau de consciência elevado. Podemos também entender como talentos naturais.   

    4. O número do DESTINO

          É obtido através da  soma dos quatro dígitos do ano de nascimento.

    Exemplo: 1951 = 1+9+5+1=16 (1+6 =) 7; 1982 = 1+9+8+2=20 (2+0) 2 

          O número do destino indica as habilidades que foram desenvolvidas em outra vida podendo ser desenvolvido de forma positiva ou não. Indica como OUTRO nos vê. Normalmente não percebemos como somos para o outro causando aqueles conflitos que não entendemos por que.

     
    5. O número do TRAJETO

    QUINTO ASPECTO é a MISSÃO   

          É obtido por meio da soma total da data de nascimento.    

          Exemplo: 12 de maio de 1951 = 1+2+5+1+9+5+1 = 24 (2+4) = 6   

    18 de fevereiro de 1953 = 1+8+2+1+9+5+3 = 29 (2+9) = 11   

          O estado de paz e harmonia permanente só é adquirido quando nós tivermos a certeza absoluta que nós estamos completos e estamos desenvolvendo nossa missão.    

          Se uma pessoa pode harmonizar cada um dos números dela ou aspectos, mas não está completando a missão, não ESTARÁ satisfeita internamente. O quinto aspecto é seu caminho de perfeição. É seu número que guia permanentemente presente em sua vida.    

          Primeiro você deverá transformar os primeiros quatro aspectos para se dedicar a sua missão para que possa cumpri-la na terra. Quando você estiver enviando luz aos outros neste mundo ai então, você dominou este reino verdadeiramente. 

        

    NUMEROLOGÍA REFLEXIVO

          Quando alma e karma são os mesmos números. Por exemplo, 10 de outubro (10 dos 10). Esta pessoa é um espelho, ela é como você vê por dentro e por fora.     

          Pessoas que possuem esta forma de número costumam ter dificuldades para aceitar e entender o outro, desde que eles não concebem que aquela diferença pode existir entre alma e personalidade (karma).   

          Eles são Tudo ou qualquer coisa, desde que eles estejam bem em ambos os corpos ou terrível em ambos.    

        

    NUMEROLOGÍA DHARMICA.   

          É determinado quando o número do terceiro aspecto (presente de Deus) se repete no número da alma, da personalidade, da missão ou das últimas vidas.   

          Este tipo de numerologia é um Dharma ou abençoando, como é um presente de DIVINO, sempre é positivo, estarão reforçando o aspecto que é semelhante a ele.    

        

    NUMEROLOGIA COM PROBLEMAS EM ÚLTIMAS VIDAS.   

          É determinado quando um número se repete por várias dentro da carta natal em qualquer um dos aspectos.   

          Significa que aquela pessoa não pôde polir aquela virtude ou força.    

          Em algum ponto falhou, então terão que começar um ciclo novo de encarnações até alcançar isto.  

     

    MÉTODO

     

          O NUMERONATARAJA ou Yoga dos números é a codificação do padrão vibratório dos números em aspecto vivencial formatado em sinais corporais denominados mudrás (gesto reflexológico). Que permite gerar força de impacto pelo o movimento causado pela a coreografia que os movimentos de ação (o mudra) juntamente com o fluxo da consciência gera assim um movimento, uma dança que vibra nos corpos harmonizando e percebendo o fluxo através do prana que é fluido automaticamente, mudando a forma de pensamento e de sensação. Produzindo o eixo para entrar em meditação dinâmica e a consciência de si mesmo. A prática consiste na habilidade de coreografar os movimentos de forma natural e automaticamente onde se concentra os bloqueios a atenção para produzir a performance fará com a energia flua e a execução se torna perfeita pelo o fato do sentir e não do racionalizar.

          Enquanto os movimentos ocorrem é feitos fechos (bandhas) impulsionando a energia prana para que flua pelo os canais das nadis e glândulas, exercitando e aflorando a energia de cada chakra que naturalmente equilibrará os corpos. Mudando toda a vibração comportamental energético, emocional, mental e físico. Proporcionando a ponte do religar-se e reconhecimento do EU.

          É uma prática que pode ser executada em grupos ou de forma individual, mas sempre acompanhado de instrução de um terapeuta já conhecedor da técnica e que possa fazer as devidas correções.

    Sejam elas virtuais ou pessoalmente. Até que isso seja natural na pessoa e daí sim poderá executar a qualquer momento que desejar ir para o seu interior e responder questões  que o próprio SER já sabe a resposta. 

     

    Funções terapêuticas

          Proporcionará o equilíbrio de todos os corpos simultaneamente e na sequência necessária individual, mesmo que executado em grupo. 

    Funções estéticas

          O Numeronataraja não é preocupado com esta função.  Mas naturalmente a execução continua colocará as glândulas endócrinas em equilíbrio e consequetemente altera o padrão físico do praticante, melhorando o aspecto físico. No mínimo proporcionará maior brilho e vivacidade do aspecto físico aumentando a estima.  

    Funções lúdicas

          Obviamente o Numeronataraja propõe o prazer, o êxtase de só está, só fazer, usufruindo da prática ludicamente. Sem o ludismo, a alegria de brincar ou dançar não existe. A prática (sadhana) é uma celebração de vida. A celebração leva o ser em contato com o Seu EU Divino e natural.  

    Funções da sexualidade.

          Sexualidade é a propriedade que tem o ser humano de sentir e perseguir o prazer. É a vontade de reunir-se a outra energia que o complemente ou que o realize. O Numeronataraja proporciona a possibilidade de o praticante entrar em contato com seus vários pontos de tensão energética, que o impede de exercer sua sexualidade plenamente. 

    Funções arquetípicas ou simbólicas de uma egrégora.

          Cada exercício é simbólico, significa algo para a consciência e para o inconsciente coletivo. O Mudrá é sempre um gesto que simboliza força, energia sabedoria, consciência ou simplesmente percepção metafísica. O gesto (Mudra) leva uma pessoa a entrar em contato com uma egrégora especifica. 

    KOSHA MUDRAS – São os gestos feitos com o corpo todo. Após executá-los e coreografá-los corretamente os gestos com as mãos podem ser acrescentado transformando numa dança cósmica e passando a ter a vibração do Numeronataraja ou Yoga dos números.

          Cada exercício foi similarmente inspirados em ásana ou Mudras já existente, trazendo em seu contexto a vibração da energia que cada número  em equilíbrio produz. Portanto é a verdadeira fidelidade personificada da vibração que movimentarão fluxo do corpo.  

     

    Conclusão.

          Este é mais um trabalho inspirado nas observações dos clientes em consultórios, cursos e vivencias que necessitam de um caminho mais sutil para acessarem o caminho de parar a mente de turbilhonar e ensinar o fluxo da emoção a simplesmente está consigo mesmo.

          Apesar de inserir em seu contexto o movimento da dança, é absolutamente forte e sensível, belo e sensual.

          Qualquer pessoa pode lançar mão deste método, pois é apenas um exercício codificado que gera o compromisso consigo mesmo de trilhar um autoconhecimento, sem exigir excelentes performances físicas. Podendo ser executado por qualquer pessoa que apenas deseja aprender o SENTIR. 
      

    BIBLIOGRAFIA.

    Do Numeronataraja não há ainda, pois espero que esta sinopse se torne uma no futuro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    BA ZI - PILARES DO DESTINO - Astrologia Chinesa

    BA ZI - PILARES DO DESTINO 

     Astrologia Chinesa

     

     Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística 
    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS –  Holística 2009

     

     

      “Para alcançar o conhecimento, acrescente coisas todos os dias. Para alcançar a sabedoria, remova coisas todos os dias.” (Lao Tse) 
     

    Dedicatória 

    Dedico este trabalho àquela força que impulsiona, preenche e domina, de muitos nomes e que poucos entendem, para uns força Maior, para outros DEUS.

     

    Agradecimentos 
     Meus agradecimentos ao meu marido Alexandre de Oliveira Baptista pelo apoio e incentivo, à minha irmã pelo incentivo e por acreditar em mim, à minha filha Sarah, pela paciência, aos meus gurus e mestres, pelas informações e desfechos.

      

    Sumário:

    1 – Qi

    2 – Wu Xing - 5 transformações do Qi

    3 - 10 Troncos Celestes e 12 ramos terrestres

    4 - 60 binômios

    5 - Estações energéticas

    6 -Constituição energética dos meses

    7 -Cálculo do Acerto da Hora

    8 - Cálculo dos 4 pilares do destino

    9 - os 10 deuses

    10 - combinação de tronco

    11 -relacionamento entre os 12 ramos

    12 - Deuses e demônios.

    13- Resultados

    14- conclusões

    15 – Referências Bibliográficas

     

    Resumo  
     

    Nesta palestra serão pinceladas o que são os 4 pilares do destino, como calculá-los e quais os benefícios que este sistema poderá proporcionar tanto aos pacientes, clientes, enfim a comunidade a ser atendida, quanto aos terapeutas em geral que terão uma ferramenta a mais no tratamento dos diversos sintomas de desequilíbrio energético e físico que poderão ser lidos pelos 4 pilares do destino.

    Mais uma vez temos a certeza de que o bem-estar físico de uma pessoa é a soma de diversos elementos energéticos que se inter-relacionam e dão uma resposta positiva. Quando não há o bem estar, concluímos que há um desequilíbrio entre esses elementos, com os 4 pilares do destino é possível ler este momento energético de cada pessoa. 
      

    Introdução 

    Os Quatro Pilares mostram os prós e os contras da sua constituição energética, a força ou fraqueza dos meridianos de energia e o seu reflexo no corpo, alertando-o de tendências e doenças em potencial. Ele pode lhe indicar como buscar o equilíbrio dos 5 elementos por meio de atividades, hobbies, atitudes, esportes, alimentos, relacionamentos e terapias, que vão incorporar ao seu sistema os elementos que você tanto precisa para em equilíbrio e saudável. Daí a importância em compreender sua constituição e saber por qual momento energético você está passando, por qual momento energético o universo está passando. Nada pode ser feito em relação ao curso do universo, mas você pode fazer muito por você respeitando a sua constituição e o que ela pode ou não lhe propiciar, o que faz bem ao seu organismo e à sua vida como um todo.  

     

    1 - O Qi (Chi) 

    Conhecido como muitos nomes, pode-se resumir como um tipo de energia que permeia e nutre todos os fenômenos do mundo físico e extra-físico. É a vitalidade energéticas responsável por todas as manifestações de vida no universo. É dispersado pelo vento e retido pela água. Na matéria é o que edifica e coordena as moléculas.

    O Qi em movimento é a interação perpétua entre o yin e yang. Contínuo processo de transformação. Somos todos produtos do Qi e estamos sujeitos a sua influência.

    A Trindade chinesa é formada por:

    - Qi cósmico (Tian Qi)

    É o Qi que vem em direção à Terra, provém do Sol, Lua, planetas, estrelas e galáxias. Pode afetar o Qi Terrestre e até cancelar seu efeito.

    - Qi humano (Ren Qi)

    Determinado na primeira respiração do indivíduo. Qi forte que interage com o Qi da terra e Qi cósmico.

    - Qi da terra (Di Qi)

    Qi que viaja pelo solo (sobre e sob) se manifesta nas mudanças da topografia, vales, picos e montanhas, desertos, planícies, florestas e cachoeiras.

    Para tudo é importante encontrar uma forma de combinar essa trindade em tudo o que fazemos. 

     

    2 - WU XING – CINCO TRANSFORMAÇÕES DO QI 

    Compreender como o Wu Xing flui é desvendar a linguagem da natureza.

    Os 5 elementos estão ligados entre si, não devemos analisá-los isoladamente. Na visão ocidental temos 4 elementos (Fogo, ar, água e terra) e a relação entre eles é estática. Já na visão chinesa temos 5 elementos e a relação entre eles é uma constante transformação. 

    Temos Três relações básicas entre os elementos: 

    1 – Ciclo de Geração

    Aqui um elemento gera o outro de forma cíclica. 

    - Madeira gera fogo: Madeira alimenta o fogo.

    - Fogo gera Terra: Quando a madeira queima gera cinzas e essas cinzas geram a terra.

    - Terra gera Metal: A Terra produz o metal sob alta pressão e por um longo período de tempo.

    - Metal gera Água: Metal, sob influência do fogo, derreterá e fluirá de forma líquida.

    - Água gera Madeira: A água é alimento para as plantas. 

    2 – Ciclo de controle

    Aqui um elemento controla o outro energeticamente. 

    - Madeira controla a Terra: raízes penetram na terra e se alimentam dela.

    - Fogo controla o Metal: Fogo amolece ou derrete o Metal.

    - Terra controla a Água: Terra controla o curso da água, a suja.

    - Água controla o Fogo: Água esfria ou extingue o Fogo. 

    3 – Ciclo de Domínio

    Aqui o elemento dominado reage contra o dominador. 

    - Madeira prejudica o Metal: Madeira pode esfacelar ou até mesmo quebrar o Metal e cega seu corte.

    - Metal prejudica o Fogo: Metal pode extinguir ou sufocar o Fogo.

    - Fogo prejudica a Água: Fogo evapora a Água.

    - Água prejudica a Terra: Água pode lavar a Terra.

    - Terra prejudica a Madeira: Terra alterará o caminho e forma das raízes. 

    Existem outras relações possíveis entre os cinco Elementos: 

    4 – Ciclo de Desgaste

    Aqui o elemento gerado desgasta ou enfraquece o elemento gerador.

    - Madeira desgasta a água: raízes chupam a água para as folhas que podem esconder ou guardar a água.

    - Água desgasta o Metal: Água pode enferrujar o metal.

    - Metal desgasta a Terra: Metal pode envenenar a Terra.

    - Terra desgasta o Fogo: Terra pode extinguir ou sufocar o fogo.

    - Fogo desgasta a Madeira: Fogo consome a madeira. 

    5 – Ciclo Fortalecedor

    Aqui dois elementos iguais fortalecem um ao outro. 

    Os 5 elementos alimentam um ao outro, ao mesmo tempo em que controlam uns aos outros, gerando uma relação de interdependência e um equilíbrio dinâmico onde: 

    - A Água alimenta a Madeira ao mesmo tempo em que apaga o Fogo e é bloqueada pela Terra.

    - A Madeira alimenta o Fogo ao mesmo tempo que suga a energia da Terra e é podada pelo Metal.

    - O Fogo alimenta a Terra ao mesmo tempo em que derrete o Metal e é apagado pela Água.

    - A Terra alimenta o Metal ao mesmo tempo em que retém a Água e é sugada pela Madeira.

    - O Metal alimenta a Água ao mesmo tempo em que corta a Madeira e é derretido pelo Fogo. 

    As Cinco Transformações tem sua fundamentação em realidades astronômicas (Periélio e Afélio), não em leis do Meio ambiente. 

     

    3 - OS 10 TRONCOS CELESTES 

    Os 10 Troncos nada mais são do que os 5 elementos em suas polaridades Yin e Yang. Desenham assim o padrão do movimento do Qi Celeste. 

    1 Madeira Yang, em chinês JIA

    2 Madeira Yin, em chinês YI

    3 Fogo Yang, em chinês BING

    4 Fogo Yin, em chinês DING

    5 Terra Yang, em chinês WU

    6 Terra Yin, em chinês JI

    7 Metal Yang, em chinês GENG

    8 Metal Yin, em chinês XIN

    9 Água Yang, em chinês REN

    10 Água Yin, em chinês GUI 

    Os troncos sempre são numerados em números arábicos. 

     

    OS 12 RAMOS TERRESTRES 

    Os 12 ramos desenham o padrão do movimento do Qi terrestre. Os ramos terrestres são numerados em algarismos romanos para não confundir com os Troncos Celestes. A associação dos ramos aos 12 animais foi feita através da lenda de que ao entrar em Nirvana Buda reuniu o reino animal. Por alguma razão somente 12 animais compareceram. Como recompensa, Buda nomeou os anos de acordo com a chegada de cada animal. Como o rato chegou primeiro, ficou com o primeiro ano, o búfalo com o segundo e assim sucessivamente. Claro que esta é somente uma lenda, ninguém sabe ao certo o porque dessa associação.

    O fato é que os ramos são tão antigos quanto os troncos celestes, que davam seus nomes aos dias da semana, logo os chineses começaram a usar os nomes dos ramos terrestres para os meses. São eles: 

      1. Rato (Zi)
      2. Búfalo (Chou)
      3. Tigre (Yin)
      4. Coelho (Mao)
      5. Dragão (Chen)
      6. Serpente (Si)
      7. Cavalo (Wu)
      8. Cabra (Wei)
      9. Macaco (Shen)
      10. Galo (You)
      11. Cachorro (Xu)
      12. Javali (Hai)
     

     

    O CICLO SEXAGENÁRIO DOS TRONCOS E RAMOS 

    O encontro entre o Qi Celeste e o Qi Terrestre. Esse sistema de combinações é chamado de Ghanzi = Gan (Tronco) + Zhi (ramo). Ao combinarmos 10 Troncos com 12 ramos, matematicamente teríamos 120 combinações, mas isso não ocorre, porque os troncos formam dois grupos de 5, um dos 5 elementos na polaridade yin e os outros cinco na polaridade yang. Isso resulta em 5 x 12 = 60 combinações, que chamaremos de 60 binômios (alguns métodos chamas de 60 imagens ou 60 dragões).

    M+

    F+

    T+

    Me+

    A+

     
     
    Combina com
    Rato

    Tigre

    Dragão

    Cavalo

    Macaco

    Cachorro

      M-

    F-

    T-

    Me-

    A-

     
     
    Combina com
    Búfalo

    Coelho

    Serpente

    Cabra

    Galo

    Javali

     

    Logo, o binômio 1 é Rato de Madeira Yang (Jia Zi). Os anos são denominados pela combinação referente àquele ano, por exemplo 2004 – Macaco de Madeira Yang (Jia Shen). 

    Essas combinações são usadas para meses, dias e horas. Isso pode parecer complicado, mas cada data traz informações importantes sobre a interação do Qi. Essa é a base de qualquer análise, seja para a astrologia Chinesa como para o Feng shui. 

     

    4 - OS 60 BINÔMIOS 

    A Análise dos 60 binômios é feita por meio da leitura vertical entre os elementos que compõe a estrutura de um binômio. Compreendendo a estrutura analisamos a força, o elemento predominante e a imagem gerada. Esse método é usado na análise de 4 pilares do destino, onde as imagens formadas indicam qual a missão a cumprir nessa vida (binômio do ano de nascimento) associada à imagem do binômio do dia de nascimento. Este método é usado para verificar se a pessoa está indo de encontro ao seu destino ou lutando contra ele. 

    Tabela 7.4 

     

    5 - AS ESTAÇÕES ENERGÉTICAS 

    Algo que causa discussão entre os praticantes de Feng shui é a diferença entre os hemisférios Norte e Sul, nos cálculos e aplicações das técnicas tradicionais.

    Um dos argumentos apresentados pelos que defendem a inversão dos cálculos é o clima.

    Na realidade, quando nos referimos a estação em termos de Feng Shui e Astrologia chinesa, não estamos nos referindo à estação climática, mas aos ciclos cósmicos. Chamemos então de estações climáticas as 4 estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno. E chamemos de Estações Energéticas as 4 fases identificadas na relação Terra e Sol.

    Como a cosmologia chinesa engloba 5 elementos e cada um desses 5 elementos rege a uma Quinta parte do ano, logo 365 dias / 5 = 73, cada elemento rege 73 dias no ano.

    Cada uma das 4 estações (energéticas) do ano tem predomínio de um elemento:

    Primavera – Madeira

    Verão – Fogo

    Outono – Metal

    Inverno - Água 

    A primavera energética corresponde aos signos de Tigre, Coelho e Dragão e também ao início do ano chinês que ocorre no mês do Tigre. Porque no mês do Tigre se o primeiro animal é o rato? Simpples, porque cada animal tem uma energia específica e a do rato é Água e água corresponde ao inverno energético, no mês seguinte que é o Búfalo esta água entra em declínio, para no mês do Tigre a Madeira brotar após o inverno. 

    O Verão energético corresponde aos meses de Serpente, Cavalo e Cabra.

    O Outono energético corresponde aos meses de Macaco, Galo e Cachorro.

    O Inverno energético corresponde aos meses de Javali, Rato e Búfalo. 

    Cada animal (ramo) corresponde a um mês solar, que inicia sempre quando o Sol atinge o 15° de cada um dos signos solares ocidentais. Reparemos que o Rato corresponde ao ápice do Inverno energético, o coelho ao ápice da Primavera energética, o cavalo ao ápice do verão energético e o galo ao ápice do outono energético. 

    Como já devem ter reparado há 4 estações no ano e existem 5 elementos, não há uma estação associada ao elemento terra. Isso porque a Terra rege os 18 últimos dias de cada estação.

    Lembremos da divisão:

    365 dias do ano / 5 elementos = 73 dias para cada elemento.

    Os 73 dias atribuídos ao elemento terra, se subdividem-se em 4 estações o que gera aproximadamente 18 dias em cada uma das 4 estações. Os dias do elemento terra é chamado de entre-estações.

    Por isso os meses Dragão, Cabra, Cachorro e Búfalo são divididos em 2 partes. Os primeiros 12 dias são regidos pelo elemento predominante na estação. Os últimos 18 dias são regidos pela terra, sendo chamados de Entre-estações e marcam a transição de uma estação a outra. 

    AS FASES DO CIRCUITO SEM FIM 

    Os doze meses do ano, doze animais associados às estações energéticas, mostra que para filosofia Chinesa, o ciclo da vida se divide em doze partes: 

    1. Nascimento
    2. Crescimento – primeiro banho
    3. Adolescência
    4. Diploma – Exame
    5. Apogeu da Carreira
    6. Declínio
    7. Doença
    8. Morte
    9. Enterro – Armazenagem
    10. Desaparecimento total
    11. Embrião
    12. Desenvolvimento do embrião
     

    Este mesmo ciclo rege toda a vida no Universo.

    A energia nasce (fase 1), passa por duas fases de desenvolvimento onde ainda é frágil (fases 2 e 3), chega à fase 4, onde se prepara para atingir o ápice, chega ao ápice na fase 5, e como tudo que chega ao apogeu inicia o declínio na fase 6, adoece na fase 7, chegando à morte na fase 8.

    Após a morte, a vida e o ciclo de nergia não terminam. A fase 9 representa a armazenagem da energia, a aglutinação da energia para ser devolvida ao cosmo, a fase 10 representa a diluição da energia na energia cósmica, a fase 11 o embrião, a fase 12 representa o desenvolvimento da energia embrionária. As fases 9, 10, 11 e 12 são consideradas momentos em que a energia está desaparecida, ou seja, não está presente da forma como a conhecemos. 

    Logo, podemos marcar as fases do circuito sem fim para cada um dos elementos: 

    MADEIRA 

    Sabemos que o ápice da madeira é o mês do Coelho, fase 5, se numerarmos os meses seguintes dentro do ciclo temos: 

    6, Dragão

    7, Serpente

    8, Cavalo

    9, Cabra

    10, Macaco

    11, Galo

    12, Cachorro

    1, Javali

    2, Rato

    3, Búfalo

    4, Tigre

    Isso quer dizer que a Madeira nasce no Javali, está frágil no Rato e no Búfalo. Passa pelo pré apogeu no Tigre, tem o apogeu no Coelho, declínio no Dragão, está doente na Serpente, morta no Cavalo, armazenada na Cabra, desaparecida no Macaco, Galo e Cachorro. 

    Seguindo este mesmo raciocínio para cada um dos outros elementos, teremos cada um dos elementos em uma fase diferente do circuito sem fim a cada mês, conforme tabela abaixo:

     

     

    6 - ANÁLISE DA  CONSTITUIÇÃO ENERGÉTICA DOS MESES CHINESES 

     

    No mês do Rato temos:

    Agua na fase 5 – ápice;

    Madeira na fase 2 – recém-nascida

    Fogo na fase 11 – embrionária

    Metal na fase 8 – morto 

    Já no mês do Javali, temos:

    Água na fase 4 – pré-apogeu

    Madeira na fase 1 – nascimento da Madeira

    Fogo na fase 10 – desaparecido

    Metal na fase 7 – doente. 

    Todo animal que inicia o mês tem resquício de terra da entre-estação, mas o Javali é um exceção, pois a Água na fase 4 é Yang no Javali e a terra que viria do cachorro não consegue se fixar exatamente por isso. 

    As fases mais energéticas são: 

    5 – apogeu

    1 – nascimento

    9 – armazenagem da energia

    4 – pré-apogeu, fase de ascensão

    6 – apogeu iniciando declínio 

    Essas são as únicas fases capazes de se combinarem na formação da energia do momento.

    Logo cada mês tem uma constituição dos 5 elementos cada um deles em uma determinada fase, quando estão nas fases 2,3,7,8,10,11 e 12, os elementos dessas fases são chamados de inoportunos, pois não possuem força suficiente para se manifestar. 

    Considerando esses fatos, notamos que no mês do rato o único elemento com força para se sobressair é a água. O mês do rato é um mês puramente água, em fase 5 (apogeu). 

    No mês do Javali, os únicos elementos com força para se sobressair são água (fase 4) e madeira (fase1). 

    Vemos que o ramo, animal, nada mais é do que o nome dado a uma composição energética de força do ciclo sem fim, com uns elementos fortes para se fazerem visíveis e outros não tão fortes assim. 

    Das fases mais energéticas 3 delas são particularmente importantes:

    A fase 1 – nascimento

    A fase 5 – apogeu

    A fase 9 – armazenagem 

    É como se essas 3 fases da energia representassem o ciclo de vida da energia, por formarem um ângulo de 120° entre si, formam uma combinação de triangulação. 

    Por exemplo na triangulação da água temos:

    O macaco, fase 1 do nascimento da água.

    O rato, fase 5 do apogeu da água.

    O dragão, fase 9 da armazenagem da água. 

    E isso ocorre com os outros 4 elementos. 

     

    7 - CÁLCULO DO ACERTO DE HORA 

    Tendo por base o meridiano 0° de longitude que passa na Inglaterra e é conhecido como meridiano de Greenwich, os meridianos localizados à direita são Leste e à esquerda de Greenwich, Oeste. Cada meridiano ocupa 15°. O Brasil tem como meridiano oficial o 45° Oeste. Logo, estamos a 3 meridianos de diferença do meridiano 0°. A cada meridiano somam-se horas ou subtraem-se horas. À Oeste, subtraem-se horas e à Leste, somam-se horas.

    A hora real não corresponde à hora local, mesmo porque não são todas as cidades brasileiras que estão localizadas no meridiano 45°. Assim temos que todas as cidades localizadas em longitudes maiores que 45° subtraem-se horas ou minutos do horário local, já quando possuem longitude menores que 45°, somamos horas ou minutos na hora local. 

    Exemplo: Uma pessoa nasceu às 19h28min em Campinas, esta cidade está a 47°03´00´´, para saber a hora real neste caso devemos subtrair de 45°. 

    Longitude oficial do Brasil 45°00´00´´

    Longitude de Campinas 47°03´00´´

    Subtraindo-se temos  - 2°03´ 

    15° equivalem a 60 minutos

    1° equivale a aproximadamente 4 minutos 

    -2°03´ X 4 = -8 minutos e 12 segundos 

    Agora basta subtrairmos da hora informada os minutos e segundos encontrados na conta para obtermos a hora real. 

    19h28´00´´

    00h08´12´´

    --------------

    19h19´48´´ 

    Depois de encontrada a hora real, procuramos na tabela abaixo para sabermos a hora chinesa:

    1 – Rato – das 23h às 01 h.

    2 – Búfalo – das 01 h às 03 h

    3 – Tigre - das 03 h às 05 h

    4 – Coelho - das 05 h às 07 h

    5 – Dragão - das 07 h às 09 h

    6 – Serpente - das 09 h às 11 h

    7 – Cavalo - das 11 h às 13 h

    8 – Cabra - das 13 h às 15 h

    9 – Macaco - das 15 h às 17 h

    10 – Galo - das 17 h às 19 h

    11 – Cachorro - das 19 h às 21 h

    12 – Javali - das 21 h às 23 h 

    No exemplo que fizemos a hora, 19:19:48 é a do cachorro.

    Devemos nos preocupar em fazer o acerto de hora nos casos em que as pessoas nasceram nos horários limítrofes, caso contrário não haverá mudanças na constituição energética do pilar da hora.

    Antes de iniciar os cálculos é importante verificar se houve ou não horário de verão no ano em questão, dentro do período de Nascimento da pessoa, caso positivo, subtraímos uma hora do horário de nascimento.

    Período Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Abrangência
    1931-1932 03             Todo o Território
    1932-1933 03             Todo o Território
    1949-1950     01       16 Todo o Território
    1950-1951     01   28     Todo o Território
    1951-1952     01   28     Todo o Território
    1952-1953     01   28     Todo o Território
    1963-1964 23         01   Todo o Território
    1965       31   31   Todo o Território
    1965-1966   30       31   Todo o Território
    1966-1967   01       01   Todo o Território
    1967-1968   01       01   Todo o Território
    1985-1986   02       15   Todo o Território
    1986-1987 25       14     Todo o Território
    1987-1988 25       07     Todo o Território
    1988-1989 16     29       S/SE/CO/NE/Tocantins
    1989-1990 15       11     S/SE/CO/MT/Bahia
    1990-1991 21       17     S/SE/CO/Bahia
    1991-1992 20       09     S/SE/CO/Bahia
    1992-1993 25     31       S/SE/CO/Bahia
    1993-1994 17       20     S/SE/CO/Bahia/AM
    1994-1995 16       19     S/SE/CO/Bahia
    1995-1996 15       11     S/SE/CO/BA/TO/AL/SE
    1996-1997 06       16     S/SE/CO/Bahia/TO
    1997-1998 06         01   S/SE/CO/Bahia/TO
    1998-1999 11       21     S/SE/CO/Bahia/TO
    1999-2000 03       27     S/SE/CO/NE/TO/RR
    2000-2001 08       18     S/SE/CO/Bahia/TO
    2001-2002 14       17     S/SE/CO/NE/TO
    2002-2003   02     16     S/SE/CO/NE/TO
    2003-2004 19       14     S/SE/CO/NE/TO
     

     

    8 - QUATRO PILARES DO DESTINO 

    Os 4 pilares do destino é uma forma de ler a interação da energia do universo. Cada instante é diferente do instante anterior, e há um Qi (energia) dominante. No momento da primeira respiração este Qi impregna a pessoa e terá um efeito sobre a vida da pessoa, sua personalidade, seus gostos e seu destino. Essa primeira energia é determinante na vida da pessoa, por isso usa-se o diagrama de nascimento, através do calendário solar, existem astrólogos que fazem pelo calendário lunar. 

    O mapa é lido da direita para a esquerda, e a profundidade segue essa ordem também, do mais superficial ao mais profundo. 

    Hora Dia Mês Ano
    O íntimo

    A sexualidade

    Os subalternos

    Os relacionamentos

    As parcerias

    O marido

    Os parceiros

     
    Os pais

    O meio-social

     
    O mundo

    A Conjuntura

     

    PARA CALCULAR OS 4 PILARES 

    Escreva dia, mês, ano, hora e local de nascimento.

    Exemplo: 11/04/65 às 11:45 hs em São Paulo SP

    - Verificamos a Tebela de horário de verão e vimos que neste período não teve horário de verão.

    - Encontremos a hora real, como é São Paulo SP, basta subtrairmos 6 minutos do horário, e temos 11:39 hs. 

    1° Pilar do Ano 

    Procuramos no calendário dos 10.000 anos ou na tabela fornecida o animal e elemento do ano de nascimento.

    Ano 65 – Serpente de Madeira Yin 

    2° Pilar do Mês 

    Este pilar além de nos mostrar os pais, o meio social, nos mostra parte de nossa personalidade externa que pode ser enriquecida pela cultura e meio social.

    No exemplo dado, é o 3° mês – Dragão de Metal Yang 

    3° Pilar do Dia 

    Antigamente era comum definir traços essenciais da personalidade de uma pessoa pelo pilar do dia, por isso esse pilar é o mais afetado pelo elemento sorte e pela referência das Xius, (estrelas fixas).

    Para calcular este pilar basta sabermos qual o binômio do dia primeiro de janeiro, depois é só contar quantos dias se passaram do dia primeiro de janeiro ao dia de interesse. No caso, o binômio do dia primeiro de janeiro de 1965 é 1. Logo do dia primeiro de Janeiro ao dia 11 de abril de 1965 passaram-se 101 dias, este é o número de série do nascimento.

    Ainda nos falta uma informação: a que número do ciclo de 60 binômios corresponde cada início do ano ocidental. Para isso segue a tabela com o número do binômio corresponde ao primeiro de janeiro de cada ano. Os anos em negrito são anos bissextos, aos quais deve-se acrescentar 1 à soma, caso a pessoa tenha nascido após 28 de Fevereiro. 

    Tabela 12.2 

    Vamos calcular o nosso exemplo, 11/04/1965

    11/04 – 101° dia do ano

    65 – em primeiro de Janeiro, 51.

    101+51 = 152 / 60 = 2 resto 32 (O que nos interessa é o resto)

    Binômio 32 = Cabra de Madeira Yin 

    Tabela 12.3 

    Cada binômio é associado a uma imagem, que muda a tônica da interpretação do mapa, por isso é importante o seu conhecimento. Mas este é um conhecimento para um curso mais avançado, onde é possível detalhar o significado de cada uma das imagens. 

    No calendário dos 10.000 anos já temos estas contas todas prontas, basta procurar ano, dia e mês desejados. 

    4° Pilar da Hora 

    Neste pilar nos diz se o recém-nascido é ou não bem vindo na família, e a hora corresponde a parte mais íntima do ser de alguém, pode ser associado ao subconsciente. É a parte mais inviolável da personalidade. 

    A hora chinesa equivale a 2 horas, a primeira parte da hora é a parte yang e a segunda é a parte yin. A hora real é a que vai ser utilizada, pois é a hora que de acordo com o local vai acentuar a qualidade Yin e Yang do mapa. 

    COMO ESTABELECER O TRONCO CELESTE (ELEMENTO) DO PILAR DA HORA 

    Para saber qual deve ser o elemento associado à hora chinesa, cruzamos o ramo terrestre (animal) da hora real, com o Tronco Celeste (elemento) do dia de nascimento. 

    Por exemplo, Se o dia é Madeira Yang Rato

    Hora: 19:19:48 – Décima primeira hora, que é a do Cachorro

    Encontramos Madeira Yang, por isso, Cachorro de Madeira Yang 

    Veja abaixo: 

    Tabela 12.5 

     

    9 - OS DEZ DEUSES 

    Cada elemento no mapa tem um significado. O ponto de partida para a análise é o Tronco Celeste do dia e sua relação com os outros elementos que serão denominados de Deuses. O Tronco Celeste (Elemento) do pilar do dia é chamado de “EU” ou “MESTRE DO DIA”.

    No Universo somos movimento, geramos algo.

    Pois bem, o “EU” gera algo e esse algo é chamado de PRODUÇÃO.

    Temos que a Produção é gerada pelo emento do “EU”, se tiver mesma polaridade é considerada Produção Justa e se tiver polaridade contrária é considerada Produção Injusta.

    A Produção gera RIQUEZA, se esta tiver polaridade igual ao “EU” é Riqueza Injusta, polaridade diferente é Riqueza Justa.

    A Riqueza gera PODER, se este tiver polaridade igual ao “EU” é Poder Injusto e diferente é Poder Justo.

    O Poder gera SUSTENTAÇÃO, se tiver mesma polaridade do “EU” é Sustentação Injusta e diferente é Sustentação Justa.

    Podem existir elementos IGUAIS ao “EU”, que serão chamados de PARALELOS, tendo a mesma polaridade do “EU” serão Paralelos Justos e com polaridades diferentes serão Paralelos Injustos. 

    Tabela 13.1 

    PODER 

    Poder Justo (Zheng Guan)

    Controle apropriado. O poder num mapa masculino representa a ambição e num mapa feminino representa o marido. Quando Yin e Yang se encontram nesta relação, mesmo se um controla o outro, é uma relação harmônica, é um controle com amor, como numa relação entre pais e filhos. Porém quando há um excesso de poder, mesmo se poder justo, pode se transformar num controle doentio e sua natureza de benéfica, passa a ser ruim, como no poder injusto. A ambição aqui é nobre, a pessoa se compara a ela mesma, quer se superar, e não aos outros. 

    Poder Injusto (Pian Guan)

    Controle excessivo, desmedido

    Dois elementos iguais se repelem, há uma batalha, é como um tirano ou um governo ditador, o poder injusto é considerado um deus prejudicial. Se existe produção e essa produção consegue controlar esse poder, ele não consegue fazer mal, mas se não há produção o poder injusto passa a se chamar 7 demônios, e pode ser comparado à indisciplina, revolta, excesso de ambição, e com os fins justificando os meios. 

    São pessoas realizadoras de grandes feitos, mas com muito poder injusto a pessoa não tem medida, a ambição está descontrolada, não sabe quando parar. 

    Se o Poder Injusto não tem raiz, a pessoa pode ser a melhor, mas não consegue se manter, ou a pessoa pensa que é a melhor e quando descobre que não é pode se deixar abater seriamente, chegando ao suicídio. 

    SUSTENTAÇÃO 

    Sustentação Justa (Zheng Yin)

    Ajuda, apoio na medida certa.

    Amor, recursos, alento, possibilidade, apoio, suporte e conhecimento.

    É como uma mãe que educa, sustenta e dá segurança ao seu filho, sendo bem dosado, é considerado um bom deus. Não é desfavorável à produção. 

    Sustentação Injusta (Pian Yin)

    Excesso de zelo, vira mimo.

    É eficaz somente quando o “EU” é fraco, mas pode ser desfavorável à produção, já que a Sustentação controla a produção. É como uma mãe que não educa, deixando os filhos fazerem o que querem, mima demais, sustenta depois de adulto, etc. 

    Em geral, Sustentação injusta é exagerada. Muita sustentação faz com que a pessoa ache que pode tudo, que não precisa de ninguém, SOMENTE poder ser favorável se o “EU” for muito frágil. 

    RIQUEZA 

    Riqueza Justa (Zheng Cai)

    Num mapa masculino é a esposa. A Riqueza é boa para um “eu” forte, que pode controlá-la e tem energia de sobra para controlar suas oportunidades de ganho, já para um “eu” fraco é ruim, pois a riqueza sem controle passa a ser um prejuízo.

    Riqueza com produção é dinheiro ganho com talento. Não importa muito se existe ou não produção, se o “eu” for forte e a riqueza estiver presente, pode tirar partido, não importando se é justa ou injusta. 

    Riqueza Injusta (Pian Cai)

    Tanto a Riqueza Justa ou Injusta pode ser bom, desde que o “eu” seja forte, como dito anteriormente. 

    PRODUÇÃO 

    Produção Justa (Shi Shen)

    Carisma, atitude, aparência, o que mostra aos outros. Se o “eu” for forte ele se alia a produção e usam a energia para uma boa causa e ajudam a manter o equilíbrio energético da pessoa. A produção justa é utilizada para gerar riqueza e para controlar os 7 demônios (poder Injusto), mas não pode ser útil a não ser a um “eu” forte. 

    Produção Injusta (Shang Guan)

    Estratégia, talento, sabedoria, a produção controla o poder, ou seja, usando a produção você pode diminuir o controle dos outros sobre você.

    Se o “eu” é frágil, ele é esgotado pela energia da produção. A produção injusta também pode gerar riqueza para controlar os sete demônios, mas sua capacidade de produzir e gerar não é tão boa.

    Para drenar a energia do “eu”, a produção injusta é mais eficaz do que a produção justa.

    A Produção Injusta denota um comportamento diferente, bizarro, muitos artistas são assim, e as pessoas com muita produção injusta podem agir de modo diferente ou serem mal compreendidas. 

    PARALELO 

    Paralelo Justo

    Podem ser amigos ou concorrentes.

    Se o “eu” é frágil tanto o paralelo justo como o injusto o auxiliam, os dois lhe ajudam a resistir ao poder e protegem o seu “eu” de ser drenado pela produção. Se o “eu” for forte, os dois trazem riqueza ao seu “eu” e drenam o poder. 

    Paralelo Injusto

    Concorrente, inimigo que leva a riqueza, já que o paralelo controla a riqueza. A diferença é que o paralelo justo é puro e bom, e o injusto é mal e impuro. 

    Num âmbito geral, o paralelo para um “eu” forte indicam concorrentes e para um “eu” fraco indicam amigos que o apóiam e ajudam no trabalho. 

     

    10 - COMBINAÇÃO DE TRONCO 

    Esta combinação somente é válida se ocorrer entre pilares adjacentes. São simpatias entre os troncos celestes:

    1 Madeira + se dá bem com 6 Terra –

    2 Madeira - se dá bem com 7 Metal +

    3 Fogo + se dá bem com 8 Metal –

    4 Fogo - se dá bem com 9 Água +

    5 Terra + se dá bem com 10 Água – 

    Essas combinações presentes no mapa, podem gerar outro elemento que irão substituir os elementos combinados. 

    Como a seguir, com exceção do pilar do dia, que tem regras diferenciadas. 

    AS CINCO COMBINAÇÕES 

    M+ e T- pode gerar T

    M- e Me+ pode gerar Me

    F+ e Me- pode gerar A

    F- e A+ pode gerar M

    T+ e A- pode gerar F 

    Se no mapa existe essa combinação entre os pilares adjacentes, forma um elo muito forte entre os elementos envolvidos e o deus que cada elemento representa nesta combinação. 

    Exemplo: Mulher nascida em: 05/04/1965 às 11 hrs. Em Juiz de Fora 

    Hora dia Mês Ano
    Me+ T- Me+ M-
    Cavalo Búfalo Dragão Serpente
    F- T- T+ F+
    T- A- M- T+
      Me- A- Me+
     

    Aqui a combinação se dá entre a M- do tronco do ano com o Me+ do tronco do mês.

    O Metal nesse mapa representa a produção e a Madeira o poder. Indica que existe uma ligação estreita entre esses dois aspectos da vida dessa pessoa. 

    Para saber se essa ligação vai ou não gerar a transformação, é preciso olhar se o produto da combinação está ou não presente no pilar do mês. Caso esteja presente, o elemento transformado adquire a polaridade Yin ou Yang do elemento no pilar do mês. 

    Em nosso exemplo a combinação M- com Me+, poderia gerar mais Me, mas observamos que no pilar do mês não há mais Me, além do que está no Tronco fazendo a ligação. Logo, esta combinação não gera o elemento produto que seria Me, a transformação não acontece e os elementos permanecem como estão. 

    Existem outros tipos de combinação que precisam ser citadas: 

    A COMBINAÇÃO DO CIÚME

    Hora Dia Mês
    A- T+ A-
     

    Como o mapa é lido da direita para a esquerda a combinação que ocorre é a Mês + dia. Aqui o Tronco do Dia representa o “EU” e se combina com a A- do Mês, mas existe uma tendência, uma intenção de se combinar com a hora. Se fosse um mapa masculino, o “eu” terra faz com que a Riqueza seja a água, e a riqueza representa as mulheres de sua vida, é como se o homem estivesse entre o amor de duas mulheres, ou que ama duas mulheres, a esposa e a amante. No caso duas mulheres disputassem ele. 

    A COMBINAÇÃO DA CONCORRÊNCIA 

    Dia Mês Ano
    T+ A- T+
     

    Aqui o homem em questão se apaixona por uma mulher já comprometida com outro homem. Neste caso existe a competição mas o “eu” sai perdedor, pois quem combina com a A- do Mês é a T+ do ano. A competição com paralelo mostra que perde a Riqueza para um concorrente ou amigo. 

    Se a competição se faz por poder, cada vez que a pessoa batalha por promoção, o poder é perdido. Essa é uma combinação estruturalmente ruim. 

    COMBINAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO ENVOLVENDO O “EU” 

    Há regras a ser seguidas para saber se há ou não transformação:

    - O elemento transformado tem que estar oportuno no mapa, isso quer dizer estar presente como raiz no pilar do mês.

    - O mapa não deve ter paralelos, o pilar do dia não deve ter raízes.

    - O elemento que controla o elemento transformado não pode estar presente como Tronco ou Raiz maior no mapa e nem no mês.

    - O elemento transformado deve ter paralelos e sustentação.

    - O binômio gerado da transformação tem que ser válido (se o ramo é yin, o elemento tem que ter polaridade yin). 

    Para que uma transformação Terra aconteça existem 2 regras:

    - O mês de nascimento tem que ser Búfalo, Dragão, Cabra ou Cachorro, ou ainda é aceitável os meses tigre, serpente, cavalo e macaco, por possuírem em sua formação o elemento terra.

    - Não pode ter Madeira como Tronco ou raiz maior, com exceção do tigre, que em alguns casos é aceitável. 

    Exemplo: 

    Hora Dia Mês Ano
      M+ T-  
     

    Como a terra do mês envolvida na combinação é yin, o ramo do mês deve ser yin também para que a combinação aconteça, além de ter terra em sua formação energética. 

    Búfalo Dragão Cabra Cachorro Tigre Serpente Cavalo Macaco
    Yin Yang Yin Yang Yang Yin Yang Yang
     

    Dos animais que possuem terra em sua formação, somente Búfalo, Cabra e Serpente são ramos yin. 

    Búfalo Cabra Serpente
    T- T- F+
    A- F- T+
    Me- M- Me+
     

    Como a Madeira não poderá estar presente no mês de nascimento, a transformação só ocorrerá se o mês for Búfalo ou Serpente, caso contrário, a combinação existe mas não gera Terra. 

     

    11 - A RELAÇÃO ENERGÉTICA ENTRE OS DOZE RAMOS TERRESTRES 

    - Combinação Triangular

    Os 12 ramos terrestres dependendo de sua configuração energética podem ter entre si uma simpatia ou antipatia. Como já disse anteriormente os animais que estão nas fases 1, nascimento, 5 apogeu e 9 armazenagem de cada um dos 4 elementos, possuem entre si uma estreita ligação, chamada combinação triangular.

    Num mapa este fato é lido pelos animais presentes. Eles são aliados da mesma energia e não precisam estar em pilares adjacentes. Se o ramo da fase 5 está presente, a pessoa pode ter somente mais um ramo da fase 1 ou 9 de determinada energia, para ter uma semi-combinação. Quando o ramo faltante chega com o pilar de sorte ou influência do ramo anual, a combinação está completa e ativa, e o elemento referente a esta combinação terá um peso enorme no mapa, que nada destrói essa combinação e a semi-combinação também é igualmente forte. Mesmo que um conflito chegue não destruirá esta combinação. 

    Triangulação da Água – Macaco (fase 1), Rato (fase 5) e Dragão (fase 9)

    Triangulação da Madeira – Javali (fase 1), Coelho (fase 5) e Cabra (fase 9)

    Triangulação do Fogo – Tigre (fase 1), Cavalo (fase 5) e Cachorro (fase 9)

    Triangulação do Metal – Serpente (fase 1), Galo (fase 5) e Búfalo (fase 9) 

    - Combinação de direção

    Quando nos pilares aparecerem os ramos referentes às direções norte, sul, leste e oeste, temos a combinação direcional, que podem ser: 

    Norte – Javali, Rato e Búfalo.

    Sul – Serpente, Cavalo e Cabra

    Leste – Tigre, Coelho e Dragão

    Oeste – Macaco, Galo e Cachorro 

    Da mesma forma que a triangulação, esta combinação é igualmente forte e inquebrável por conflitos ou qualquer influência entre os ramos e troncos. Mesmo se houver meia-combinação de direção ela tem força e como na triangular, pode ser completada com a chegada do ramo faltante pelo pilar de sorte ou influência anual, potencializando o elemento presente. 

    - Combinação entre os Ramos (animais) – pilares adjacentes

    Aqui  somente dois animais se combinam como um casamento entre os ramos, mas um impede o outro de agir, como alguém que impede alguma coisa, tanto boa quanto ruim. Esta combinação é boa se ocorre entre dois elementos desfavoráveis no mapa, pois ambos ficam impedidos de agir. Somente é válida a combinação entre pilares adjacentes. 

    - Conflitos entre os ramos (animais)

    No caso de um combate entre os ramos, não basta saber as raízes dos animais, mas quando este combate se passa. Por exemplo, um conflito entre rato e cavalo no inverno, o vencedor é o rato, pois a raiz maior do rato é A e a água é forte no inverno.

    De qualquer modo o vencedor ganha, mas se debilita.

    No caso de um conflito entre dois ramos terra, o qi da terra desaparece e o elemento que vem à tona é o que está armazenado.

    Se num mapa o elemento terra é ruim, é bom que haja este conflito entre a terra, assim ela desaparece e dá lugar a novos elementos.

    Quando o conflito não é entre pilares adjacentes, há uma intenção de conflito que não se concretiza por conta do pilar que os separa. 

    - conflito de Troncos 

    A+ X F+

    A- X F-

    Me+ X M+

    Me- X M- 

    Os conflitos entre os elementos de mesma polaridade são muito mais fortes do que os de elementos de polaridades diferentes. Isso gera uma segunda complicação que são binômios de estrutura frágil. 

    Como o rato e o cavalo estão em conflito, os elementos associados a eles também estão. 

    - Lesões entre os ramos 

    Lesão é uma briga gratuita. Por exemplo, o rato é casado com o búfalo, e como a cabra tem conflito com o búfalo, ela passa a não gostar do rato também.

    A Lesão tem um peso menor na análise.

     

    12- Deuses e Demônios

    Tronco do dia Nobre Celeste Lu (prosperi-dade) Espada Inteligência Carruagem de Ouro Flor erótica
    M+ Búfalo, Cabra Tigre Coelho Serpente Dragão Cavalo
    M- Rato, Macaco Coelho Tigre Cavalo Serpente Cavalo
    F+ Javali, Galo Serpente Cavalo Macaco Cabra Tigre
    F- Javali, Galo Cavalo Serpente Galo Macaco Cabra
    T+ Búfalo, Cabra Serpente Cavalo Macaco Cabra Dragão
    T- Rato, Macaco Cavalo Serpente Galo Macaco Dragão
    Me+ Búfalo, Cabra Macaco Galo Javali Cachorro Cachorro
    Me- Cavalo, Tigre Galo Macaco Rato Javali Galo
    A+ Coelho, Serpente Javali Rato Tigre Búfalo Rato
    A- Coelho, Serpente Rato Javali Coelho Tigre Macaco
     

    Verifica-se pelo “eu”, qual é o ramo e procura-se nesta lista. 

    Nobre Celeste: Benéfico para quem possui, ele mostra de onde vem a ajuda quando a pessoa está em dificuldade.

    - Se posicionado no pilar do ano a ajuda vem de longe ou pode ser de uma mudança.

    - Se posicionado no pilar do mês a ajuda vem dos pais.

    - Se posicionado no pilar do dia a ajuda vem do casamento, do parceiro e se há dificuldades no casamento sempre alguém ajuda.

    - Se posicionado no pilar da hora a ajuda vem dos filhos ou de alguém que está sob seu comando, subalternos.

    Se não aparece no mapa, pode ser que venha com os pilares de sorte, se isso ocorre, a ajuda dura enquanto o pilar de sorte durar. 

    Prosperidade: Para um pilar forte, traz prosperidade, já num pilar fraco é ruim. 

    Espada: Boa para dinheiro num mapa fraco, traz problemas físicos num mapa forte. É associada à violência e agressividade. Bom para quem trabalha com concorrência. 

    Inteligência: Boa para exames e estudos em geral num mapa forte, num mapa fraco é debilitador. 

    Carruagem de Ouro: Indica status. 

    Flor Erótica – a Bela flor de Pêssego vermelha: Indica pessoas sexualmente atrativas e com fortes impulsos sexuais, numerosos relacionamentos. Charmosa, convincente. Pode ser um demônio, por indicar falta de disciplina sexual. Se o elemento for favorável será um deus, caso contrário um demônio. Se vier com os pilares de sorte, no período a pessoa estará mais sedutora. 

    Ramo do dia Estrela do General Cobertura Elegante Cavalo do Correio Flor de Pêssego Roubo Morte
    Macaco

    Rato

    Dragão

     
    Rato
     
    Dragão
     
    Tigre
     
    Galo
     
    Serpente
     
    Javali
    Javali

    Coelho

    Cabra

     
    Coelho
     
    Cabra
     
    Serpente
     
    Rato
     
    Macaco
     
    Tigre
    Tigre

    Cavalo

    Cachorro

     
    Cavalo
     
    Cachorro
     
    Macaco
     
    Coelho
     
    Javali
     
    Serpente
    Serpente

    Galo

    Búfalo

     
    Galo
     
    Búfalo
     
    Javali
     
    Cavalo
     
    Tigre
     
    Macaco
     

    Verificar o ramo (animal) do dia.

    Estrela do General: Possibilidade de carreira política ou militar, indica facilidade de comando.

    Cobertura Elegante: Traz tendência artística, filosófica e religiosa, leva as pessoas a viver num mundo irreal, tendências escapistas e elucubração.

    Cavalo do Correio: Mostra viagens e mudanças freqüentes se for favorável, pode mostrar também negócios no exterior. Pode trazer aventuras em viagens, facilidade de meditação, projeção astral, etc.

    Flor de Pêssego: Se está posicionada no pilar do ano ou mês, é a flor de pêssego interna, mostra bom relacionamento entre parceiros, marido e esposa. Pode ser ativada a partir do braço do ano para melhorar os relacionamentos.

    Se posicionada na hora, chamada flor de pêssego externa, mostra relacionamento extraconjugal.

    Roubo: Traz algo negativo, não necessariamente o roubo, mas ser enganado se for ruim no mapa, caso contrário a pessoa tende a enganar e trapacear.

    Morte: Não indica forçosamente morte, nem acidente, indica grande capacidade de planejamento. Se desfavorável traz processos advindos do parceiro. 

    Ramo do dia Solitária Abandono
    Javali

    Rato

    Búfalo

     
    Tigre
     
    Cachorro
    Tigre

    Coelho

    Dragão

     
    Serpente
     
    Búfalo
    Serpente

    Cavalo

    Cabra

     
    Macaco
     
    Dragão
    Macaco

    Galo

    Cachorro

     
    Javali
     
    Cabra
     

    Tanto a Estrela solitária quanto a Estrela do Abandono querem dizer a mesma coisa. 

    Prejudica os relacionamentos, pode indicar infortúnios em relação à família, como separação, viuvez ou abandono. 

     

     

    13- Resultados

    Os Quatro Pilares do Destino podem ser utilizados por acupuntores para encontrar os melhores horários de tratamento para seus clientes. Conhecer os horários de abertura dos vasos maravilhosos, fazer recomendações de alimentação, terapias auxiliares e hobbies para seus pacientes, assim como escolher o tratamento adequado não só ao paciente, como ao momento.

    Terapeutas podem conhecer melhor previamente a reação de seus pacientes ao tratamento empregado e entender por que um tipo de tratamento funciona maravilhosamente em algumas pessoas e não em outras.

    Terapeutas florais podem usar os Quatro Pilares do destino para entender melhor os bloqueios de seus pacientes. Por meio dos 5 elementos, podem escolher com melhor precisão a essência indicada à pessoa ou a influência momentânea pela qual ela está passando, sem depender apenas da narrativa de seus problemas por parte da pessoa tratada. Se você trabalha com saúde integral, Quatro Pilares do Destino é uma ferramenta perfeita para lhe dar as informações não só sobre a pessoa, seus problemas, suas fases de vida, mas também, e mais importante do que isso, lhe permite avaliar as fases pelas quais ela está passando, passou e passará, indicando o que fazer em cada uma delas.

    Diversos sistemas astrológicos podem lhe dar informações comportamentais, de temperamento, falar de fases, mas os Quatro Pilares vão muito além disso, uma vez que indica ao mesmo tempo o problema e a solução. Essa parte do tema é  sub-dividida em módulos, que incluem cálculo, análise estrutural de relacionamento, de saúde, de alimentação, de potencial de trabalho, análise de fases, influências periódicas, recomendações de equilíbrio, etc. 

     

    14- Conclusões

    É um vasto conhecimento na arte astrológica chinesa, englobando vários aspectos da sabedoria chinesa, como meridianos de energia e chacras, e até mesmo podendo indicar uma alimentação que os 4 pilares do destino é muito mais fundamentada que a Astrologia Ocidental.

     

    15- Referências Bibliográficas 

    Sacramento, Silvia –  Instituto Ming Tang, Curso de Ba Zi

                      Anotações em aula, também foram consultadas.

    Autor: : Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    As Convergências Entre As Modernas Técnicas Psicopedagógicas Da Escola Humanista E A Terapia Holística

     As Convergências Entre As Modernas Técnicas Psicopedagógicas Da Escola Humanista E A Terapia Holística

     

    Sidney Rosa Nascimento Junior - Terapeuta Holístico - CRT 44269

    SINTE - Sindicato dos Terapeutas - Holística 2009

     

    DEDICATÓRIA

      

    A todas as pessoas crentes em sua missão como construtora da paz e de um mundo mais humano e feliz, aquelas e aqueles que já perceberam que, na medida em que cada um melhora, o mundo também se torna melhor.

       

    AGRADECIMENTOS 

     

    À Comunidade de Terapia Holística e toda equipe de SINTE, diretores, docentes e colaboradores que possibilitaram a realização e divulgação deste trabalho. 

    Aos pesquisadores e pesquisadoras que acreditam e acreditaram na pessoa humana e na capacidade de cada um de se transformar e de gerar ambientes mais humanos com paz e prosperidade e ousaram publicar suas descobertas

    Aos mestres Carl Rogers e André Rochais que ousaram pesquisar e acreditar na natureza positiva do ser humano, mesmo na contramão das críticas e dos paradigmas dos donos daverdade.

     A Maria de Lourdes Sávio, que me recebeu e me incentivou em um momento especial e me fez acreditar estar caminhando no rumo certo da minha missão, como profeta do desabrochar da Vida em Plenitude.

     

    O ser humano traz no coração a certeza de que todas as pessoas são semelhantes... Tudo está aí neste subsolo da Humanidade, neste subsolo de homens e de mulheres deste planeta; tudo está aí para forjar um mundo mais humano (ANDRÉ ROCHAIS, 1980).

     

    SUMÁRIO

    RESUMO
    INTRODUÇÃO
    1 - Justificativa
    2 - Objetivo Geral
    3 - Objetivos Específicos
    4 - Questão Norteadora 
    CAPÍTULO I – METODOLOGIA 
    ANTECEDENTES DA PSICOPEDAGOGIA HUMANISTA
    1 - Por que psicopedagogia?
    2 - Por que humanista?
    3 - Conceito de Pessoa 
    CAPÍTULO II – A PESQUISA HUMANISTA
    1 – Contribuição de Carl Rogers
    2 - Contribuição de André Rochais 
    3 – Contribuições de Sávio e outros
    4 – As principais linhas humanistas
    CAPÍTULO III – DISCUSSÃO
    CONCLUSÕES
    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    RESUMO

     

     

    NASCIMENTO JUNIOR Sidney R. As Convergências entre as Modernas Técnicas Psicopedagógicas da Escola Humanista e a Terapia Holística. Brasília, Distrito Federal, 2009. Dissertação (Curso de Capacitação de instrutores EAD). SINTE – Sindicato dos Terapeutas.

     

    Este trabalho tem por objetivo demonstrar as diversas convergências existentes entre as descobertas e técnicas Escola da pisicopedagogia Humanista e a Terapia Holística, dentro de um universo multifocal da pessoa. No Capítulo I é feita uma abordagem genérica a respeito da pesquisa realizada pelos autores descobridores e expoentes da pisicopedagogia humanista, com foco na pessoa como um ser integral. O Capítulo II se dedica a um resumo da fundamentação da pesquisa e dos esforços contemporâneos, consubstanciados através de publicações que retratam iniciativas, dificuldades e conquistas a respeito da educação e da terapia humanista. O Capítulo III traz uma síntese da pesquisa com conclusões do autor, nesse vasto território da pisicopedagogia humanista, tanto no nível do crescimento pessoal, como no trabalho junto a clientes.

    Palavra-chave: Psicopedagogia humanista. Atividade centrada na Pessoa. Vida em Plenitude.

     

    INTRODUÇÃO

     

                  O objetivo deste trabalho é o de traçar um paralelo entre as descobertas da psicopedagogia humanista e a terapia holística. Há uma incrível convergência entre elas, como serádemonstrado, tomando-se por base o ensinamento e as descobertas dos mestres humanistas Carl Rogers (1961) e André Rochais (1985).. Como se sabe, a pesquisa humanista tem comobase a “Abordagem Centrada na Pessoa” e na “Escuta Ativa”.

    O aprendizado e o crescimento se baseiam no “Aprender Fazendo” e no “Aprender a Apreender”.

    Em resumo, pode-se dizer que esse trabalho é uma arte, que trata cada pessoa como única e integral e cujo resultado só se obtém pela prática, a semelhança de um esporte (só se aprende a nadar, nadando), como diz o próprio Rogers: “Para mim as descobertas são a suprema autoridade, reafirmada mais tarde por Rochais, nessa mesma linha, quando diz: “Meu grande mestre é aquilo que é real”.

    Isso significa dizer que não há uma regra fixa, cada caso sempre será uma nova realidade e caberá à própria pessoa descobrir o que lhe vai bem ou o que está menos bem ou o que precisa ser mudado.

    A figura do terapeuta, então, não será de um conselheiro e sim de uma espécie de farol capaz de iluminar os caminhos disponíveis e a ajudar no discernimento para onde seguir.

    Por se tratar de uma escola novíssima, se contada pelo tempo da ciência, é possível que nem todos a conhecem ou estão prontos a vivenciá-la, já que para isso é exigida uma verdadeira mudança cultural na forma de se ver a sim mesmo e a pessoa humana como ser único e ao mesmo tempo relacionado com diversos elementos e circunstâncias.

    É verdade que esta visão holística do indivíduo já é praticada pela comunidade do SINTE, entretanto, esse trabalho sugere uma navegação para águas mais profundas, sendo desejável a libertação de velhos paradigmas e das velhas amarras de grades de leitura e de eventuais discriminações, mesmo que inconscientes, com uma  irrestrita na capacidade de cada um crescer, enquanto existir vida.

     

    1.1  Justificativa

    O primeiro contato do autor com a linha humanista se deu no início da década de setenta, quando se encantou pelas descobertas de Rogers no livro “Tornar-se Pessoa” (ROGERS, Carl R. – On Beioming a Person, 1961). Logo percebeu uma tendência de outros pesquisadores e pedagogos em abarcar essas descobertas, tendo no Brasil, o pedagogo e filósofo Paulo Freire como seu principal seguidor e, em cuja estrutura, criou seu próprio método de alfabetização de adultos. Na década seguinte o autor se tornou amigo de um canadense e de uma brasileira que lhe apresentaram as pesquisas do psicopedagogo francês “André Rochais” e o seu fabuloso método denominado Personalidade e Relações Humanas - PRH. Outras referências a respeito desse método lhe foram chegando até que lhe foi possível iniciar seu aprendizado e formação, tanto pessoal, como em nível de relação de ajuda, fato tão marcante que se tornou uma das diversas referências de transformação da própria vida.  A partir de então pode resgatar a si mesmo, crescer na relação de casal, com os filhos e com a família mais próxima. Diante desse resultado tão eficaz e promissor não seria justo guardar só para si, já que poderá ser útil a outras pessoas, especialmente à comunidade do SINTE.

    1.2 – OBJETIVO GERAL

    Demonstrar as semelhanças entre as terapias humanistas e holísticas. Verificar quais as vantagens da influência da pisicopedagogia humanista, como contribuição ao trabalho profissional de cada um.

    1.3 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

    • Apresentar, em linhas gerais, a base da psicopedagogia humanista;
    • Descrever o método desenvolvido e atualmente aplicado por PRH – Personalidade e Relações Humanas.;
    • Apresentar fatores relevantes, resultante da prática humanista.

    1.4  Questão Norteadora

    Possibilitar aos colegas da comunidade holística um contato maior com a escola humanista, ainda embrionária em nosso país e cujos fundamentos poderão ser muito úteis no trabalho pessoal e profissional do dia a dia.

    CAPÍTULO I - METODOLOGIA

    ANTECEDENTES DA PSICOPEDAGOGIA HUMANISTA

    1 - Por que psicopedagogia?

    Na prática humanista há um redirecionamento da terapia convencional (diretiva) e focada no trauma, para uma postura de confiança na pessoa e na sua capacidade de crescimento e de autogestão da própria vida. Baseia-se na escuta ativa, sem grades de leitura ou preocupação com diagnósticos.

                                Sem querer fazer qualquer vínculo religioso, é interessante lembrar que Tereza d’Ávila, considerada doutora da Igreja Católica, já dizia no início do século XVI que:quando algo em nós está funcionando mal é porque alguma virtude está precisando crescer”.

    Uma das principais descobertas de Rogers é a de que toda pessoa tem um núcleo essencialmente positivo ao qual chamou de “Self”. Dessa premissa partiram todas as suas teses, tendo como objetivo final levar a pessoa “ser o que realmente se é ROGERS, Carl R. – On Beioming a Person, 1961, pag. 37 e 146.

    Ao contrário do desejo de muitos, que querem se livrar dos incômodos buscando uma solução psicoterapêutica como se busca uma cirurgia capaz de arrancar o mal pela raiz e, num passe de mágica voltar para casa completamente curados, na visão humanista, tal como na terapia holística, a pessoa é vista como um todo e o seu universo interior é único, portanto, não há soluções milagrosas ou rotulagem com diagnósticos tópicos.

    Com esse foco, caberá só à própria, descobrir as causas (ou holisticamente, canalizar energias) e ganhar estatura emocional suficiente para então, ancorada em um porto seguro em si mesma, livrar-se dos funcionamentos indesejáveis.

    Isso significa primeiramente que ela deve crescer em suas capacidades de gerir a própria vida, tomando posse de sua real identidade interior, formada pelas potencialidades, habilidades e capacidade de discernimento, livre e inteligente de si mesma.

    Numa segunda fase, que se inicia de modo natural em decorrência do crescimento interior, é necessária uma re-ordenação da própria vida e uma re-educação interior compatível com sua estatura adulta e com maturidade.

    Não é vazio o ditado popularizado no meio humanístico de que o princípio básico da loucura é querer que amanhã seja diferente, fazendo hoje as mesmas coisas de ontem.

    É preciso haver uma quebra de muitos paradigmas, dogmas e princípios, talvez fundamentais para sobreviver no passado e hoje imprestáveis como um mero depósito de esqueletosfossilizados, atrapalhando as tomadas de boas decisões, principalmente quando se procura explicações ou justificativas no entorno humano ou material, para justificar o presente.

    Somente depois dessas fases é que pode se dar início a cura interior, muitas vezes, sem esforço, numa conseqüência eficaz do crescimento e da reordenação da sua vida.

    O processo se assemelha à cura de um ferimento na pele, no qual as novas células surgem de dentro para fora até a completa cicatrização. Muitas vezes, tal qual na terapia, uma intervenção externa, querendo fazer o caminho inverso, pode até agravar mais a ferida e atrasar ou dificultar sua cura.

    É bem verdade que nem tudo será curado e poderão ficar seqüelas, aí sim entrará um processo de cura, mas apenas naquilo que impede a pessoa de viver em plenitude e ser si mesma.

    Em resumo, pode-se afirmar que antes da cura é necessário todo um processo de crescimento e de re-educação.

    Por isso, se convencionou o termo psicopedagogia, resultante da pedagogia intrinsecamente ligada à psicologia, visando o crescimento, a reeducação e a cura.

    2 – Por que humanista?

    O termo humanista foi introduzido na psicanálise na metade do século passado, tendo como principal patrocinador o psicólogo americano Abraham Maslow (1950). Entretanto, ele mesmo disse que a linha da psicanálise humanista não tem um líder isolado por ser fruto de uma descoberta universal.

    Para não entrar numa exaustiva explanação teórica, é possível extrair para este trabalho alguns conceitos básicos do humanismo, assim resumido:

    1. Todo ser humano é capaz de decidir por si mesmo como conduzir adequadamente a sua própria vida, sem necessidade de paradigmas, rótulos ou intervenções externas;
    2. Quando isso não acontece, é porque o poder e a capacidade interior de ser si mesmo estão adormecidos ou inibidos. Maslow afirmava que:

    “O homem seria um ser com poderes e capacidades amortecidos, inibidos. Adoecemos, não só por termos aspectos patológicos, mas muitas vezes, por bloquearmos elementos saudáveis. A impossibilidade de manifestarmos nossa criatividade e de atualizarmos nosso potencial como seres humanos realizados traria comoconseqüência a neurose”;

    Pouco tempo depois, André Rochais também afirmaria algo semelhante, confirmando essa linha de descobertas:

    “Dormimos sobre tesouros, sobre poços de energia, sobre um vulcão de criatividade, sobre reservas incríveis de amor verdadeiro”.

    1. Cada pessoa é única e possui identidade própria, entretanto há características universais comuns ao ser humano. O olhar humanista é o respeitoso ao direito de cada um ser diferente, dentro de uma unidade humana na diversidade de características individuais.

    Em resumo, a visão humanista não segue a linha do pensamento dedutivo, com base em paradigmas, conceitos e princípios, ao contrário, ela é indutiva a partir das realidades interiores da pessoa, direcionando a ela todo foco de atenção, para ajudá-la, por si mesma canalizar suas próprias energias para o escopo da sua razão de vida. 

    3 - Conceito de Pessoa:

    Para alguns antropólogos, cuja tese foi abraçada pelo teólogo brasileiro Leonardo Boff, a humanidade surgiu junto com a formação da pessoa, colocando-se como marco inicial o momento em que o indivíduo deixou de utilizar o bando como objeto de ajuda para facilitar a caça e passou a repartir, sem disputa, os resultados obtidos.

    Surgiu daí a refeição coletiva com base na empatia e nos laços interpessoais. Até hoje, em praticamente todas as culturas, a refeição é considerada sagrada e símbolo da acolhida hospitaleira e amiga.

    Tem-se, então, que a base da pessoa está nas relações interpessoais, exemplificando: quando se diz mãe, implicitamente se estabelece uma relação com a existência de filho ou filha, bem como de um pai. Não poderia haver mãe sem filho.

    O mesmo não se dá com as coisas, por mais cadeiras que possamos colocar em torno de uma mesa, jamais haverá uma família e cada objeto existe por si mesmo.

    Alguém poderia levantar a hipótese de que no mundo animal também existem mãe e filhotes. Trata-se, entretanto, de linguagem figurada, porque não há os laços de afetividade e de amor gratuito. A relação no reino animal é gerada pelo instinto natural de conservação da espécie e não com o ingrediente da personalidade, como nos seres humanos.

    Também, no mundo moderno, pode ocorrer a contrapartida da coisificação da pessoa, transformando a relação humana numa mera relação parasítica, tratando-a como objeto, que dura enquanto houver jeito de tirar proveito, como, por exemplo, chupar uma laranja, acabou o suco, joga-se o bagaço fora.

    A relação da qual se trata na formação da pessoa tem fundamento na afetividade e no sentido de pertença, seja a pertença ao menor dos grupos ou à própria caravana humana.

    Esta pertença e empatia fizeram que o ser humano cuidasse até de seus mortos, velando e sepultando-os com dignidade. É um sentimento profundo e universal, recentemente, num desastre aéreo com um vôo intercontinental, a preocupação dos familiares era a de encontrar os seus mortos para poder prestar as últimas homenagens.

    Em resumo: tornar-se pessoa é implicitamente tomar posse de suas relações e desenvolver empaticamente a afetividade. Portanto, para a psicopedagogia humanista, de modo semelhante à visão holística, a pessoa não pode ser segmentada, há toda uma universalidade de valores interiores e um ambiente relacional a ser considerado. 

     

    CAPÍTULO II - A PESQUISA HUMANISTA

         

     

    1 – A Contribuição de Carl Rogers:

    Rogers é considerado um dos principais expoentes da terapia ou da pedagogia humanista, por duas razões básicas:

    - foi o primeiro a romper com a psicologia tradicional e demonstrar cientificamente a descoberta da pessoa como inata na gestão da própria vida, sem necessidade de qualquer ação diretiva externa;

    - criou a técnica da Abordagem Centrada na Pessoa, hoje seguida por diversos pedagogos e terapeutas.

    A pesquisa de Rogers sobreveio a um processo meticuloso de investigação científica levado a cabo por ele, ao longo de sua atuação profissional e concluiu que toda pessoa humana tem uma natureza essencialmente positiva, ao contrário da idéia reinante de que todo ser humano possuía uma neurose básica, defendendo que, na verdade, o núcleo básico da personalidade humana era tendente à saúde, ao bem-estar.

    Definiu esse núcleo de energias e potencialidades como “Self” e que a ação do terapeuta consiste em ajudar o cliente liberar e canalizar essas forças para o seu benefício e crescimentocomo pessoa.

    Andres_Rochais_100x141        André Rochais

    (1921 a 1990)

     

    2 – A Contribuição de André Rochais:

    Muito embora, seu nome e seu meticuloso trabalho, especialmente no Brasil, sejam pouco conhecidos, André Rochais foi, sem a menor sombra de dúvidas, o maior patrono da escola humanista, o qual, influenciado e encantado pelas descobertas de Rogers, prosseguiu com as pesquisas na mesma linha e criou o método denominado “PRH – Personalidade e Relações Humanas”, hoje divulgado por PRH Internacional.

     

    Rochais, como pedagogo, logo percebeu que a integralização da personalidade se passava pela autodescoberta da identidade interior (o self de Rogers), para tanto deveria haver um aprendizado sobre si mesmo, cabendo a pessoa desvendar os obstáculos que a impedem de ser ela mesma.

    Seu propósito ia mais além, haveria de existir um método, de tal modo simples, que fosse acessível a qualquer pessoa, independente de credo, de condições sociais ou intelectuais, enfim, algo que fosse universalmente capaz de ajudar qualquer indivíduo e de fácil aplicação e aceitação.

    Ele mesmo diz que para seguir suas intuições profundas seria necessário afastar-se um pouco dos grandes mestres de pedagogia e da psicanálise e assim dar mais volume as suas luzes interiores para permitir traduzi-las em atos concretos.

    Com essa visão ele traçou um gráfico das engrenagens da personalidade ao qual denominou “Esquema da Pessoa”, inicialmente, com três instâncias, depois de simplificado e depurado, em 1985 assim definiu: o Ser, a Sensibilidade e o Eu-cerebral.  

     

    O Ser: Para Rochais o Ser, à semelhança de Rogers, é essencialmente positivo e é o local da identidade profunda da pessoa, onde estão todas suas potencialidades, já despertadas ou não.

    O Eu-cerebral: lugar onde funcionam a inteligência, a vontade e a liberdade.

    A Sensibilidade: região que faz a interface entre todas as instâncias e é uma espécie de gravador das emoções vividas. Através do corpo se comunica com o mundo exterior: ambientehumano e ambiente material.

    O corpo, no seu modo de ver, tem uma dimensão especial, o próprio esquema da pessoa foi desenhado tendo por base as hipotéticas regiões nas quais a pessoa parece viver esses funcionamentos.

    O método de Rochais se baseia na “Escuta Ativa” e no “Aprender Fazendo”. A escuta ativa é condição presente em todos os trabalhos, especialmente na terapia, a qual ele denomina “Relação de Ajuda”. O aprender fazendo se realiza através de cursos formativos em pequenos grupos (máximo de 16 pessoas) e se prossegue na formação metódica de observação de si mesmo no dia a dia. Todos esses trabalhos têm como base a análise escrita, motivada de acordo com o tipo de curso a ser realizado ou pelo trabalho da ajuda individual.

    Os resultados obtidos são surpreendentes. Atualmente foi divulgado um compêndio com a narrativa de diversos “cases”, ocorridos em vários países, com o título “Pour que la Vie Reprenne ses Droits”, 2003, (ainda, sem tradução para o Português).

    O maior segredo do sucesso do método é deslocar a pessoa do tradicional funcionamento intelectual, onde impera e lógica, o saber, a imaginação e o fundamentalismo, em qualquer dimensão ou campo que seja, para sua vocação inata e alicerçada naquilo que a faz ficar segura de si.

    Para tanto, Rochais observou que há três núcleos de consciências que regem a tomada de decisões da pessoa da mais simples à mais complexa:

    • Consciência-socializada: é adquirida através da influência dos ambientes vividos (costumes familiares, religiosidade, hábitos, regras e outros.). É uma forma da pessoa se adequar as exigências dos diversos grupos para ser aceita e reconhecida por eles. É considerada como a consciência infantil, porque é formada desde a infância, quando se exige que a pessoa viva presa aos outros e às regras, impostas de fora para dentro;
    • Consciência-cerebral: é a formada por princípios interiores e crenças pessoais. Ela surge principalmente na adolescência, quando a pessoa inicia um processo de contra-dependência familiar.

    Por isso é considerada a consciência do adolescente, também aprisiona a pessoa aos seus próprios conceitos, tais como: “eu sou assim mesmo e não mudo”, “não levo desaforo para casa” e outros;

    • Consciência-profunda: é construída pela autonomia, leva a um constante discernimento entre o que bem ou ao que é menos ruim para o momento. É chamada a consciência da maturidade. As decisões baseadas neste nível de consciência produzem segurança e paz.

    No pensamento de Rochais, tanto as instâncias da pessoa como os diversos tipos de consciências, funcionam em conjunto, ora predominando um, ora outro, dependendo da cultura, das circunstâncias e do vivido de cada um. Entretanto, a pessoa funciona em unidade, cabendo ao ajudante e ao método proposto ajustar e alinhar em trilhos essas instâncias numa direção de crescimento e de autenticidade.

    Para Rochais, a pessoa só encontrará a plenitude quando viver de acordo com o seu Ser e guiado pela sua Consciência profunda. 

    3  A Contribuição de Sávio e outros:

    Maria de Lourdes Sávio, psicóloga e religiosa, foi discípula de Rochais e o acompanhou de perto nas suas pesquisas. Para ela são mantidas as instâncias da pessoa tal como definidas por Rochais. Entretanto, como religiosa que é, incrementou uma visão transcendente.

    Para Sávio toda pessoa tem uma abertura natural à transcendência, não importa a denominação a dada, cada qual tem um modo de viver uma espiritualidade intrínseca.

    Não há como frear essa abertura ao Absoluto, a não ser substituindo-o por bezerros de ouro.

    A conotação do bezerro está ligada a imaturidade, o bezerro depende é totalmente dependente para sobreviver.

    Remetendo-se à uma visão cristã, considerando que a pessoa foi criada a imagem e semelhança de Deus, há uma unidade trina internamente.

    O Pai que tem a liberdade de criar, a inteligência de como fazer e a vontade de colocar em prática. O Verbo que pratica a ação, sente, se alegra e sofre, interage com o ambiente, traz para si as marcas, os estigmas do passado vivido, sente no próprio corpo a fragilidade humana. O Espírito que aponta caminhos, que desvenda virtudes, contempla e conduz à felicidade e a paz.

    4 – As principais linhas humanistas:

    Há duas principais correntes na linha humanista: a de Carl Rogers e a de André Rochais, com bases semelhantes, entretanto com métodos diferenciados.

    Tanto numa como na outra é necessária uma nova visão da pessoa, como um ser integral (visão holística), uma abordagem multifocal, sempre centrada na pessoal e fundamentalmente uma mudança cultural radical do saber para o sentir.

    ROGERS foi quem desenvolveu a Pedagogia da Relação de Ajuda com a lógica da Terapia Centrada na Pessoa. A ajuda na concepção rogeriana é concebida como uma relação na qual pelo menos uma das partes procura promover na outra o crescimento, o desenvolvimento, a maturidade, um melhor funcionamento e uma maior capacidade de enfrentar a vida, ao reconhecer seus recursos internos. O que implica ver na pessoa suas potencialidades para se desenvolver e encontrar os meios para resolver seus problemas com autonomia.

    Para Rochais a pessoa é construída pela solidez de seu Ser. Cabe ao ajudante fazê-la tomar posse do que reconhece e, ao mesmo tempo, ajudá-la a descobrir as potencialidades emergentes. A terapia ou a psicopedagogia (semântica melhor adotada por se centrar na re-educação e não nas neuroses) humanista se apresenta como um imenso campo aberto à pesquisa. O remédio acertado para um pode servir como veneno para outros, já que ninguém é igual ninguém e não existem pessoas incompletas ou segmentadas.

      

    CAPÍTULO III - DISCUSSÃO

     

    Como foi dito no início, a diferença entre pessoa e coisas é que tornar-se pessoa, significa, em suma, viver bem suas relações: a relação consigo mesma, as relações transcendentes e as relações com o entorno humano e material.

    Se não há pessoa sem relações humanas, essas são a base da pessoa. São as relações vividas com o entorno humano e material que geram os comportamentos do presente, sejam os bons funcionamentos ou os que prejudicam o crescimento e as relações interpessoais ou com o entorno material ou transcendente.

    Sem prejuízo da abordagem das demais instâncias (O Intelecto ou Eu-cerebral e a Sensibilidade), com foco na aproximação do Ser (ou Eu-essencial ou Eu-profundo), no qual se aloja as principais dimensões: as relações, a identidade profunda e a abertura à transcendência, pode-se representar graficamente o funcionamento ideal da pessoa com um triângulo eqüilátero, como na figura abaixo:

    • O equilíbrio é obtido quando há harmonia no crescimento das arestas;
    • A base da personalidade é estabelecida pelo modo de se relacionar com o entorno humano e material;
    • A verdadeira identidade, formada pelas potencialidades, habilidades e seus limites, caracteriza cada Ser como único; e
    • A relação com a transcendência, independente de qualquer crença, estabelece a direção do crescimento e o “eu mais o além de mim” e um agir essencial que dá sentido à vida.

     

    Quando não se obtém essa harmonia ou quando a leitura realizada pelas outras instâncias distorce essa realidade interior, podem-se ocorrer várias hipóteses de funcionamentos desajustados, dentre as quais, selecionamos as mais extremadas:

      1. Crescimento das relações sem a contrapartida da identidade e da abertura à transcendência:

    Nesse caso pela falta de crescimento da real identidade de si a pessoa pode sentir uma baixa auto-estima e um embotamento da verdadeira transcendência, direcionando sua vida em função dos outros, chagando até a poder viver uma fusão com alguém ou alguma instituição.


      1. Crescimento da imagem de si em detrimento das relações e da abertura à transcendência:

     

    Nesse caso não há um crescimento da identidade profunda, devido à falta de ingredientes essenciais como o amor gratuito, a empatia e outros. Por isso o crescimento foi representado por uma linha pontilhada. A conseqüência dessa supervalorização de si é um egoísmo exacerbado, pouco se importando com as relações ou com a abertura à transcendência. São pessoas de difícil relacionamento e podem viver compensações para suprir as carências afetivas ou cair na depressão ou outras crises geradas por contínuas frustrações.

     

     

      1. Apego demasiado à transcendência em detrimento das relações e da identidade profunda:

     

     

    Como no caso anterior não houve uma harmonia no crescimento e sim um apego demasiado a algo transcendente, por isso está representado com linha pontilhada. A conseqüência disso pode ser um fanatismo de qualquer ordem ou um fundamentalismo sem lógica. Os outros ou o crescimento pessoal ficam relativizados.

     

    É uma árdua caminhada, não é fácil sair da robotização de que fomos levados a ser. Basta alguém importante apertar o botão “liga” e, provavelmente, lá estaremos agindo como máquina programada para repetir funcionamentos.

     

     

    CONCLUSÕES

    O trabalho, dentro de uma proposta humanista, tem um pano de fundo de ajuste à realidade. No Brasil se vive praticamente uma cultura de subsistência, diferente da realidade de outros países economicamente mais desenvolvidos.

    Nesse contexto cultural é comum se relegar os cuidados profiláticos pessoais ou de grupos a um segundo plano, especialmente os voltados ao crescimento pessoal (priorizando-se a intelectualidade) e a ajuda psicopedagógicas, esta não raramente, confundida com fraqueza de caráter ou insanidade mental.

    Toda mudança cultural necessita de um processo, geralmente demorado e com um dinamismo próprio. Por isso, é muito comum a procura da ajuda com a intenção de buscar milagres imediatos, como se o terapeuta tivesse um bisturi capaz de extirpar as dores produzidas pela vida, o que não é possível na visão humanista. O trabalho é sempre desafiante e longo e dependente da colaboração do cliente.

    Caso contrário, a ajuda torna-se um mero local de desabafo ou de explanação de bravatas, sem qualquer resultado prático.

    Pelo que foi visto a psicoterapia humanista tem muitas convergências com a terapia holística e vem para somar sem qualquer concorrência ou competição, haja vista a possibilidade de se trabalhar simultaneamente.

    Alias, a terapia ou psicopedagogia humanista, no plano de fundo, está mais próxima da Holística do que da psicoterapia convencional.

    Dentre as principais convergências, pode-se elencar:

    1. Uma visão holística da pessoa;
    2. A pessoa como ser único, com identidade própria;
    3. O corpo como expressão da sensibilidade, local onde se manifestam as tensões e conflitos;
    4. A canalização de energias para a vida em plenitude, desbloqueando e revelando suas fontes.

     

    BIBLIOGRAFIA:

    ROGERS, Carl R. – On Becoming a Person, 1961 – pag. 37 e 146;

    ROCHAIS, Andre – La Personne et sa Croissance – Fundaments Antropologiques de Formation PRH – Publicado por PRH Internacional, 1997;

    SÁVIO, Maria de Lourdes – Encontros Vida em Plenitude – Apresentação do Esquema da personalidade – 2ª Edição, 1990;

    Diversos Autores  Pour que la Vie Reprenne ses Droits – Analyse de Cheminements de Croissance, 1ª Edição, 2003;

    MEDNICOFF, Elizabeth - www.novoequilibrio.com.br – 2009;

    WIKIPÉDIA - pt.wikipedia.org  Carl Rogers  Maslow – 2009.

                                             

    Autor: : Sidney Rosa Nascimento Junior - Terapeuta Holístico - CRT 44269
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico

    Índice

    Resumo

    Introdução.

    Material e Metodologia

    Acupuntura

    Discussão.

    Conclusão.

    Bibliografia. 
     

    Resumo 

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia. 

      Hapki-do e uma luta Arte Marcial Milenar Coreana que utiliza pontos de Acupuntura para neutralizar os seus oponentes, também utiliza os mesmos pontos para tratar o desequilíbrio da energia utilizando vários métodos como: Acupuntura Sistêmica, Acupuntura Auricular, Quiro-Acupuntura, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida), Moxa, Ventosa  e Terapia  Corporal como massagem.

    E uma luta muito violenta e ao mesmo tempo muito delicada porque se atingir algum ponto de acupuntura com certa violência pode paralisar ou até causar traumas irreversíveis.

    Os Coreanos encaram o Hapki-do e acupuntura na sua cultura tradicional, com muita naturalidade, pois faz parte do costume e folclore trazidos por gerações e gerações através de milhares de anos.

    Quando alguém se machucava ou tinha algum problema de saúde, eles procuravam ajuda aos mestres de Artes Marciais, principalmente de Hapki-do. 

     
     

    Introdução 

    A Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia.

    O tema escolhido para holísticas 2009 foi demonstrar na pratica a relação de Hapki-do com as terapias orientais como Acupunturas, Terapia Corporal, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida).

    Realizei vários cursos de acupuntura e massagem com grandes Mestres internacionais nas Artes de Hapki-do.

    Pode observar e aprender várias técnicas de manobras e alongamentos de Quiropraxia utilizadas por eles nos atletas em campeonatos. 

    E também pelo fato de estar engajado em vários trabalhos sociais há muito tempo e com mais de 9000 clientes na carteira e trabalhando em varias entidades como Delegacia Geral, Delegacia da Mulher, Receita Federal, APROFEM (Sindicato dos Funcionários e professores Municipais de São Paulo),e neste ano começou a ser preparados em Hapki-do as Forças Armadas Brasileiras e Academia Kim. Observei que podemos ajudar na qualidade de vida e diminuindo sofrimentos físicos e emocionais.  
     

    Material e Metodologia 

     

    Há aproximadamente 4.500 anos, quando as pessoas começavam a viver em grupos, já  existiam sinais de defesa instintiva necessária para a sobrevivência, ir, defender e contra-atacar para proteger a si próprio e aos outros. Isso pode ser constatado pelos sinais deixados em cavernas da China e da Coréia.

    Antigamente, a região da Coréia era dividida em três partes, entre elas a civilização SIN-LA que era a mais adiantada das três, por isso, foi lá onde começou uma infiltração cultural de origem Budista.

    O SIN-LA era liderado pelo general KIM YU SIN que formou um grupo chamado HWA RANG-DO, que tinha por finalidade unir as três partes.

    O HWA RANG-DO era um grupo de jovens doutrinistas que praticavam certo tipo de defesa, fanaticamente, com a finalidade de conseguir essa união e tinham como lema: 

    -Amar a Pátria;

    -Confraternização mútua;

    -Não recuar um só passo na luta;

    -Respeitar os pais e

    -Ajudar os fracos. 

    Com essa filosofia nasceu o HAPKI-DO que foi responsável pelo engrandecimento da civilização de SIN-LA durante todos os anos de sua existência.

    Começa aí  o Império Kório (Coréia). Naquela época, se criavam e praticavam vários tipos de lutas que eram ensinadas nos exércitos, entre elas:

    YU-SUL (tipo de Judô)

    SU-BAK (tipo de Sumo)

    HAPKI-DO (que já na época, defendia-se de todas as lutas)

    Os nossos trajes atuais de lutas, são cópias fiéis dos trajes daquela época. Hoje, as faixas representam graus de hierarquia, porém, naquela época, representavam as várias classes sociais. 

    O Hapki-do foi escolhidos pelo próprio Imperador para fazer parte do treinamento de sua guarda de honra. 

    Foi escolhido o HAPKI-DO, porque era a única luta que possuía 25 tipos de técnicas e defendia terceiros. Enfim, era e ainda é a luta mais completa.

    Passados mais de 500 anos, o general LEE SUNG KIE fundou o Império YI DO tomando o lugar do Império KORIO. Mandou então matar todos os praticantes de defesa pessoal. Em conseqüência disso, os praticantes dessas lutas foram se esconder nas montanhas, alguns escapando, outros morrendo. Mas o HAPKI-DO continuou. 

    HAPKI-DO;

    KUM-DO (esgrima);

    YO-DO (tipo de Judô) e

    TEA KIUM (tipo de Karatê)

    Depois da Primeira Guerra Mundial, foi criada a R.O.K (Republic of  KOREA), na qual foi adotado o HAPKI-DO para o treino da guarda pessoal do Presidente da República.

    Após a Segunda Guerra Mundial, o HAPKI-DO que até então era uma luta reservada para a presidência e para os nobres, passou a ser conhecida pelo povo. 

    O HAPKI-DO possui cerca de 3.876 golpes  incluindo chutes, saltos, socos, torções, balões, defesa contra faca, manejo de bastões, espadas, etc. 

          Hierarquia das Faixas 

          8º  ao 7º Gub - Faixa Amarela

          6º  ao 4º Gub - Faixa Azul

          3º  ao 1º Gub - Faixa Vermelha

          1º  Dan - Faixa Preta

     

    O HAPKI-DO inspira-se em certos princípios que são rigorosamente respeitados por seus adeptos. Por isso, é a luta mais popular da Coréia.

     

    O HAPKI-DO, hoje, é praticado em quase todo o mundo. Foi difundido no Brasil após o ano de 1.970, pelo Grão Mestre PARK SUNG JAE que ensinou, em princípio, quase 200 homens do Exército Brasileiro foi incentivado pelo Coronel Paulo da Silva Freitas, sendo logo depois de condecorado patrono do HAPKI-DO no Brasil. O Grão Mestre PARK SUNG JAE é Secretário Geral da Confederação Internacional e comanda uma rede de academias no Brasil.

    Está  academia é a mais antiga em funcionamento, com 31 anos de existência, e é administrados pelo mestre Song Un Kim 8o Dan, Bi-Campeão Mundial, Medalha de Ouro na Korea em 1990 e Medalha de Ouro e Prata no México 1993. Atualmente administra cursos de Acupuntura e massagens em diversos locais. 

    Hapki-do não é  apenas mais outra arte marcial ou uma mera combinação de outras artes ou técnicas de lutas. Porém, antes de entender o que é Hapki-do, faz-se necessário entender o que é o "Hap Ki". Hap ki significa uma combinação harmoniosa de (KI) "energia vital interior", não apenas a sua energia, mas a de seus colegas de treino, ou mesmo seu oponente. 
     
    Quando observamos o KI universal, vemos o que conhecemos por energia Yin e Yang; pois é algo que a natureza cria, o fluxo do Yin e Yang, etc. Numa alternância infinita entre os dois.

    Este "KI" gerado é um mistério da natureza que o homem tenta usar a seu favor, a força natural do HAP KI. O Hapki-do envolve estratégias usando o principio do "Hap Ki" na execução de seus movimentos.  
    O "KI" sempre flui em círculos. Hapki-do envolve todos os seus movimentos com fluxo circulares, sem uso de força ou de técnicas traumáticas, que gerem conflitos ou confrontos diretos, sem harmonia. O universo se move circularmente, e no mesmo contexto o Hapki-do usa os movimentos circulares sem o uso da força como base para todas suas técnicas. Quando trazemos nosso oponente para dentro de nosso círculo imaginário (próximo a nós) ou o "adaptamos" a nosso próprio círculo de alcance, teremos o controle total sobre nossos oponentes.  
    Estes movimentos tampouco são violentos ou lineares; eles são certamente muito suaves gentis e sempre circulares. Assim, quando se faz e se torna o centro produzindo um fluxo como um redemoinho de água, como se originando de dentro (do centro) de um furacão, a energia perfeita dos movimentos faz com que alcancemos uma paz profunda interior indescritível.  
    O Hapki-do possui muitas torções, chaves estranguladoras, socos, perfurações, que são usadas para controlar o oponente, bem como uma vastidão de chutes e técnicas de bater (traumatizantes). Muitas escolas de Hapki-do ensinam técnicas com armas brancas para os alunos mais graduados, como bastões longos, médios e curtos, facas, faixas, panos, nunchacos, cordas, leques, lanças, e vários tipos de espadas.  
    Os movimentos do Hapki-do seguem alguns princípios naturais, que quando praticados com empenho e dedicação levam o praticante a atingir a perfeição dos mesmos. Estes movimentos fazem a grande diferença entre o Hapki-do e as outras artes marciais.

     

    Hapki-do se faz necessária compressão de três palavras distintas:

     

    Hap - Combinar, Unir, Coordenar, Para Harmonizar.

    Ki - Força Interior, Energia Vital, Força, Energia Dinâmica.

    Do - O Caminho, O Sistema, O Método.

    O currículo abaixo é  o atual, ensinado pelo Hapki-do:

    1. Ho Shin Do Bup (técnicas básicas de defesa pessoal) 
    2. Moo Ye Do Bup (técnicas com movimentos estritamente circulares) 
    3. Su Jok Do Bup (técnicas traumatizantes) 
    4. Kyuk Ki Do Bup (técnicas de combate com oponentes) 
    5. Ki Hap Do Bup (técnicas de concentração e energização espirituais) 
    6. Byung Sool Do Bup (técnicas com armamentos)  
    7. Su Chim Do Bup (Manipulação e uso de pontos de pressão) 
    8. Hwan Sang Do Bup (Técnicas de visualização de movimentos)

    Os modos do HAPKIDO e a forma como ele se apresenta parecem ser de outro mundo, e muitas de suas técnicas são estranhos, para todas as artes marciais. 

    Hoje em dia existem varias academias no Brasil, e o Hapki-do continua se expandindo.

      

    "É  melhor praticar uma técnica milhares de vezes, do que aprender um milhão de técnicas e praticá-las apenas uma vez." - Grão Mestre MYUNG Jae Nam

     

    Acupuntura
     

    A acupuntura e a técnica mais antiga que existe, parti do conceito de que o desequilíbrio se deve à má distribuição de energia pelo corpo, sendo assim aplicam-se algumas agulhas para ativar alguns pontos de acupuntura para equilibrar yin e yang dos órgãos e vísceras.

    Cada Órgãos e Vísceras têm uma função energética diferente da função alopática.

    Na Antigüidade, os chineses haviam comprovado que um órgão do corpo humano, alterado em seu funcionamento, deixava sensíveis, certos pontos de revestimento cutâneo. A localização desses pontos (situados nos mesmos lugares em todas as pessoas) variava de acordo com o órgão afetado. Concluíram assim que cada órgão correspondia pontos específicos, demonstraram então que uma ação sobre esses pontos repercute sobre o órgão correspondente, produzindo um alívio.

    Esses pontos constituem uma espécie de cadeia, como se uns fossem a continuação de outros. Unindo-os por traços imaginários obtêm-se linhas longitudinais denominadas passagem, canais ou meridianos.

    Os meridianos estão relacionados aos órgãos diretamente. Inserindo uma agulha em um determinado ponto de um meridiano, tem a sensação de que algo esta transitando entre eles, os chineses chamam de Qi, que significa energia.

    Restaurar o equilíbrio energético 

    A energia circula através do organismo, meridiano a meridiano, de forma regular, distribuindo-se harmoniosamente e segue o seguinte percurso diário: das 3 às 5h, passa pelo meridiano dos pulmões (P); das 5 às 7h, do intestino grosso (IG); das 7 às 9h, do estômago (E); das 9 às 11h, do baço pâncreas (BP); das 11 às 13h, do coração (C); das 13 às 15h, do intestino delgado (ID); das 15 às 17h, da bexiga (B); das 17 às 19h, dos rins (R); das 19 às 21h, da circulação-sexualidade (CS); das 21 às 23h, do triplo-aquecedor (TA); das 23 à 1h, da vesícula biliar (VB); da 1 às 3h, do fígado (F).

    Os desequilíbrios são conseqüências naturais da má distribuição de energia. Alguns sintomas da falta dessa energia são: sensação de vazio, fraqueza, insatisfação, insegurança, desânimo, frio, suor, agressividade, agitação dor, calor, e outros...

    A acupuntura tem por objetivo reequilibrar a circulação de energia no organismo, tornando-o harmônico, pois constitui no princípio básico da ordem universal. A saúde é o resultado do equilíbrio dessas duas forças (Yin (negativo) e Yang (positivo), que ativam os corpos).

    O Yin e Yang expressam-se em todo e qualquer nível de existência, com alternância de cada força.

    Alguns elementos Yang são: a luz, o calor, o verão, o vermelho, o homem, a atividade, o sistema nervoso simpático, as partes superficiais do corpo. O elemento Yin é: o escuro, o frio, o inverno, o azul, a mulher, o sistema nervoso parassimpático, as partes profundas do corpo e outros.

    O intestino delgado, o intestino grosso, a vesícula, o estômago, a bexiga e o triplo-aquecedor são órgãos de Yang. O coração, os pulmões, o fígado, o baço, os rins e a circulação-sexualidade são órgãos Yin.

    Alguns físicos descobriram que a teoria oriental de que não existe distinção entre matéria e energia está certa, elas são consideradas dois pólos de uma mesma unidade.

    Para análise, uma técnica peculiar

     Yin e Yang são duas forças que condicionam a vida de cada indivíduo e o seu estado de saúde, a pergunta que se faz ao especialista de acupuntura é: qual órgão esta deficiente e qual órgão apresentam um excesso de vitalidade? Dá-se, então o analise, na qual, usam-se alguns métodos: ver o cliente escutá-lo, perguntar, apalpar seu corpo nos pontos  ou LO (pontos de alarme) e leitura pelo pulso, todos eles são importantes.

    O analise do pulso é realizado na artéria radial do punho. E requer silencio e tranqüilidade. Os três dedos têm que se manter como um arco, com as pontas bem alinhadas e se examina o pulso com a polpa dos dedos. A distancia dos dedos depende da estatura do cliente: É dividida em três zonas, cada qual com uma posição superficial e outra profunda.

    Coloque levemente a polpa de um dedo sobre a artéria radial, em cada uma das três posições, é possível perceber que a sensação obtida difere em cada local – com exceção de pessoa em perfeito estado de saúde (se a pressão for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensação ou percepção torna-se diversa). Se os pulsos da primeira posição apresentar vibrações mais fortes do que os da terceira, quer dizer que o Yang esta mais poderoso do que Yin, e vice-versa.

    Na mão  esquerda, com pressão superficial, faz-se a análise do intestino delgado, da vesícula e da bexiga; com pressão profunda faz-se análise do coração, fígado e rins. Na mão direita, com pressão superficial o intestino grosso o estômago e o triplo-aquecedor, com pressão profunda o pulmão, baço/pâncreas e a circulação-sexualmente.

    As pulsações podem ser classificadas em: a) alteração de freqüências b) ritmos c) superficial ou profunda; d) lisa ou grossa; e) cheias ou vazia; f) longa ou curta e etc.

    Tanto para se realizar um tratamento ou realizar uma simples análise, é  imprescindível o conhecimento dos meridianos, da origem de seus pontos principais e das leis que regem esta forma de terapia.

    Existem doze meridianos que estão relacionados a doze órgãos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou mais desses órgãos. Assim sendo, esses doze órgãos – ou funções corporais são considerados primários, e os outros secundários.

    Os meridianos são bilaterais, um em cada lado do corpo, sendo classificados como profundos e superficiais, de Yin e de Yang. Os meridianos profundos de Yin são os do coração, da circulação-sexualidade e dos pulmões. Meridianos superficiais de Yang: do intestino delgado, do triplo-aquecedor e do intestino grosso. Meridianos inferiores de Yin (de dentro para fora): do baço/pâncreas do fígado e dos rins. 

     
     

    Discussão 

     

    Hapki-do como é uma arte marcial muito antiga que tem mais de 3500 anos de existência, não se sabe realmente quem foi o mentor da arte. Existem varias teorias. 

    Hoje em dia, vários mestres, modificaram a arte tradicional de hapki-do para falar que e o mentor, e alguns modificaram até o nome e outros colocaram outro nome para falar que e um estilo diferente de Hapki-do.  

    Mas no fundo aqueles que realmente conhecem a Arte Marcial Hapki-do eles trabalham com acupuntura e terapia corporal (obs. "massagem" é termo inadequado à legislação brasileira e mercado).  

    São aqueles que só usam o nome Hapki-do para se promover, não sabe nem onde fica um ponto de acupuntura.   
     

    Conclusões 

     

    Posso afirmar que acupuntura e Quiropraxia têm relação direta com Hapki-do para equilibrar a sua energia interna e para imobilizar e neutralizar os seus oponentes, fazendo gerar muita dor e sofrimento utilizando compressão nos pontos de acupuntura e alterando a sua função biomecânica da coluna.

    Hapki-do e excelente em tratamentos preventivos para alongamento das articulações e melhorando sistema cardiorrespiratório.

    Excelente para tratamento da dor e da sua causa.

    Podemos provar realizando alguns golpes nos pontos de acupuntura, verificando aumento da sensibilidade e diminuição da resistência do local (sem machucar, claro).

    Podemos pressionar alguns pontos para mostrar anestesia do local, para tirar a dor, ou melhor, a hiper sensibilidade do local.

    O hapki-do e uma luta Arte Marcial Coreana que usa pontos de Acupuntura para Neutralizar oponentes e também serve para equilibrar a desarmonia da energia utilizando os mesmos pontos de Acupuntura.

    Por isso Hapki-do e utilizado na Coréia em forças armadas, Policia, Guarda Costa e quando se fala em proteger  alguma pessoa ou alguma coisa e utilizado Hapki-do. 
     

    Referências bibliográficas 

     

    Hapki-do: Hoo sin sool.

    Seul,Korea 1987. 

    Hapki-Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    Self Defence Martial Art.

    Seul,Korea 1987 

    Hoo sin Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    General Description of Hapki-do.

    Seul, Korea 1986. 

    Autor: : Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    A Abordagem Holística Através da Estética

    A Abordagem Holística Através da Estética

     

    Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    Sumário

    Resumo
    Introdução
    Material e Metodologia
    Resultados
    Discussão
    Conclusões
    Referências Bibliográficas
    Anexos e Apêndices

    Resumo

    A maximização de resultados em atendimentos de Estética por meio da abordagem Holística, incluindo aos equipamentos e produtos esteticistas o trabalho paralelo e simultâneo com aconselhamento psicoterápico, terapia floral, cromoterapia, sugestões alimentares e posturais, além de técnicas respiratórias e de conscientização sobre si mesmo.

    Introdução

    A indústria da Estética e Beleza, por meio de campanhas de marketing que incluem assessoria de imprensa e participação ativa em congressos, promovem a idéia de que os bons resultados advém de equipamentos eletrônicos e produtos cosméticos cada vez mais custosos e sofisticados. Contrariando esta hipótese, minha experiência pessoal conduziu meu trabalho de forma a valorizar mais ao PROFISSIONAL, devolvendo aparelhos e cosméticos ao papel de coadjuvantes.  Enfatizando a conversação, ao mesmo tempo em que suprindo a Clientela com orientaçãos posturais, formas de respiração, consciência corporal e chegando até a sugestões alimentares, o que se obtém é a excelência de resultados, indo além dos que se conseguiria se simplesmente seguisse os procedimentos estéticos propostos pelas empresas, escolas e congressos voltados à Estética convencional.

    Material e Metodologia

    A idade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o profissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do Cliente.

    O profissional deve explicar seu modo de trabalhar em detalhes e certificar-se de que seu Cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso.

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o profissional, que também deve inquerir quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Estética aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao profissional aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo, conduzindo este ao autoconhecimento.

    Os produtos para estética devem ser adquiridos em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto, sendo vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não). Outra opção é o Cliente adquirir diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo. O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o profissional deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    Caso trabalhe com agulhas de Terapia em Estética, devem ser DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, sendo descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante. Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.O  armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final, por coleta especializada oficial ou eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    O Terapeuta Em Estética promove a avaliação das queixas estéticas do Cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    Resultados

    A forma convencional de trabalho Esteticista, limitada a aplicações de aparelhagens e produtos, obtém os resultados estéticos propostos em menos de 50% dos casos, além de baixo índice de fidelização da Clientela, já que não há conscientização dos benefícios de um trabalho continuado. Já a abordagem holística aplicada à Estética atinge as metas de beleza em mais de 90% dos casos, além de elevado índice de fidelização e de expectativa de continuidade e retorno, já que a Clientela se conscientiza de que o a proposta de trabalho pode e deve extrapolar as queixas iniciais, antes focadas na aparência exterior.

    Discussão

    É inegável a importância de bons produtos e equipamentos no trabalho de todo Esteticista. O que convém questionar é a supervalorização destes ítens acessórios, em detrimento do profissional em si. A predominância de revistas e congressos especializados em beleza que são patrocinados e organizados justamente pelos fabricantes de cosméticos e aparelhagens resulta em apresentações de trabalhos que tendem mais à propaganda destes ítens, do que a valorizar a capacitação técnica do profissional da Estética. Daí ser muito importante iniciativas como a do SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS que desenvolve Congressos como o Holística, onde todo profissional tem condições de apresentar proposituras de palestras sem preocupar-se com intervenções de patrocinadores ou expositores. A imparcialidade do SINTE também é construtiva a que o Terapeuta Em Estética tenha seu merecido reconhecimento junto aos demais colegas que também compõem o rol da Terapia Holística. Verdade seja dita: alguns colegas, ainda desinformados, são preconceituosos em supor que focar na beleza como "portal de entrada" à terapia profunda possa ser uma postura "superficial"... Porém, existe uma outra perspectiva a ser considerada. A mídia em geral pressiona por padrões estéticos cada vez mais pré-definidos e globalizados e, para o bem ou para o mal, cria uma grande demanda por profissionais que atuem dentro do enfoque da beleza. Não raro, esta Clientela potencial nem sequer procuraria um consultório SE não fossem as questões estéticas; uma vez tomando contato com o amplo leque de abordagens e técnicas da Terapia Holística e, desde que, é claro, suas aspirações estéticas iniciais tenham sido atendidas, é grande a oportunidade de que se abra à possibilidade de dispor-se a ampliar a terapia para os demais aspectos de sua vida.

    A Terapia Holística parte da premissa que tudo está interligado em um só contínuo, razão pela qual, o Cliente sempre deve ser considerado em sua totalidade. Porém, comumente cada técnica de nossa profissão privilegia uma "porta de entrada". Por exemplo, mesmo sendo inseparáveis (na verdade, uma só unidade...), a Terapia Corporal utiliza o físico para igualmente ingerir no psíquico, enquanto a Psicoterapia atua no psiquismo e, paralelamente, obter resultados corporais. Cada técnica elege uma via de acesso específica para trabalhar, cabendo ao profissional escolher aquela com a qual o Cliente está mais receptivo. Existe uma grande parcela da sociedade justamente receptiva a ser abordada pela "porta" da Estética, razão pela qual é importante que os profissionais igualmente se disponham a conhecer e atuar com mais esta linha técnica.

    Conclusões

    Minha experiência profissional me leva a concluir que a beleza duradoura e verdadeira surge "de dentro para fora", como consequência natural da harmonização. Paralelamente, propiciar resultados estéticos exteriores igualmente induz a um incremento na auto-estima, predispondo a Clientela ao bem-estar e a investir de forma mais intensa em sua Qualidade de Vida.

    Em nossa profissão, o Cliente tem que ser considerado em sua totalidade e desta, a BELEZA é parte integrante, tornando a Estética mais um caminho igualmente válido e eficaz para a abordagem Holística em nossos consultórios.

    Referências Bibliográficas

    Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    Anexos e Apêndices

     

    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Estética conta com grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização, bem como a qual legislação se aplica. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    4.2 Objetivo
    Definir boas práticas, adequação de terminologia e de materiais

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TO 001 — Terapia Ortomolecular — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.5 TERAPEUTA EM ESTÉTICA — promove a avaliação das queixas estéticas do cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, massoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TE — Terapia Estética
    THE — Terapeuta em Estética
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Estética aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TE

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TE com dNTSV — estetica.sdwetalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o TH detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    5.3.3.3 — O TH deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    5.3.3.3.1 — O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do cliente para com o TH;
    5.3.3.3.2 — O cliente deve ser inquerido pelo TH quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    5.3.3.4 A TE aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao TH aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.4 Produtos para Estética, Ortomoleculares e assemelhados — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.4.3 Agulhas de TE — adequação

    5.3.4.3.1 Opção 1: Aquisição de agulhas de DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do TH, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, as agulhas serão doadas, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir agulhas ou não).
    5.3.4.3.2 Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.4.4 — Descarte das Agulhas de TE

    5.3.4.4.1 As agulhas de TE obrigatoriamente serão sempre DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, e, mesmo cientes de que inexiste caso registrado de contaminação por este tipo de agulha (por ser maciça, não retem sangue), ainda assim terá tratamento semelhante aos resíduos infectantes perfurantes ou cortantes.
    5.3.4.4.2 As agulhas de TE serão descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante, os quais, após serem devidamente lacrados, deverão ser acondicionados em sacos plásticos individualizados, branco leitosos e identificados pela simbologia de substância infectante.
    5.3.4.4.3 Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.
    5.3.4.4.4 O armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final.
    5.3.4.4.5 Nos municípios onde existir coleta especializada gratuita, o TH deve se inscrever, apresentando para tanto cópia de CCM (Inscrição Municipal como autônomo) e do CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado.
    5.3.4.4.6 As agulhas de TE igualmente podem ser eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    Autor: : Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Iridologia: Novos Rumos A Seguir

    Iridologia: Novos Rumos A Seguir


    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    III - Resultados

    IV - Discussão

            Ciência Versus Iridologia

    Inadequações de Termos e Métodos: Legislação e Jurisprudência Versus Iridologia

    Problemas e Soluções

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

     

     Resumo


    Um breve relato sobre as origens da Iridologia, até os dias atuais, dissertando seus principais problemas em relação à legislação, à ciência, ao foco de aplicação e mercado potencial, propondo-se como solução, o desenvolvimento de uma NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária específica, a ser embasada pelos dados conclusivos que serão gerados por uma ampla pesquisa nacional, denominada Projeto Iridologia, coordenado pelo SINTE - Sindicato dos Terapeutas.

     

    I - Introdução

     

    A Reflexologia pela Íris ressurgiu à pauta trazida por médicos do Século 19, época esta em que os exames laboratoriais não gozavam do mesmo grau de precisão de nossos dias. Atualmente, insistir no argumento de que a Iridologia pode detectar enfermidades de forma mais eficaz que as análises clínicas convencionais, além de pretencioso, afronta diretamente a visão da dita "ciência oficial" e, como esta é apoiada pelos órgãos de governo e da imprensa, esse é um confronto que em nada ajuda ao desenvolvimento da técnica em questão.

    Paralelamente à questão tecnologia, existe as polêmicas judiciais, não raro colocando o Iridólogo frente a acusações de exercício ilegal de medicina (apesar desta técnica ser proibida aos médicos, pelo Conselho de Medicina...).

     

    A Iridologia necessita ser redefinida quanto à sua proposta e formato de trabalho, adequando-se à legislação e valorizando seus diferenciais em relação à medicina, abraçando sua verdadeira vocação que é a Terapia Holística.

     

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS é o representante OFICIAL da Iridologia em nosso país e único organismo com experiência e aptidão para desenvolver e implantar uma NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Holística específica para a Iridologia.

     

    Para que a Norma Técnica reflita as necessidades do setor, será embasada no Projeto Iridologia, onde profissionais de todo o Brasil, oriundos das mais diversas escolas diferentes de Iridologia, participarão de uma pesquisa, analisando centenas de imagens de iris de voluntários mantidos no anonimato. As análises serão transformadas em dados estatísticos e confrontados às informações coletadas diretamente às pessoas que forneceram as imagens, com o objetivo de identificar quais correntes iridológicas apresentaram melhor nível de acerto, bem como em quais tópicos a técnica, como um todo, obteve melhor desempenho.

     

    O Projeto Iridologia inicia durante o Holística 2009, onde tanto os profissionais, quanto os voluntários firmarão Termo De Compromisso e terá continuidade pelos meses seguintes, com os resultados previstos para divulgação oficial durante o Holística 2010.

     

    Sob orientação da futura Norma Técnica, os iridólogos de todo o Brasil terão os parâmetros de que precisam para trabalhar com eficiência e dignidade, minimizando os riscos de confronto com outras profissões, além de focar naquilo que a Iridologia comprovar maior eficácia.

     

    II - Material e Metodologia

     

    Durante o Holística 2009 (4, 5 e 6 de setembro de 2009) serão coletadas imagens das íris (sempre com o mesmo tipo de equipamento e condições...) de 50 a 100 voluntários, os quais, permanecendo anônimos, terão as fotos analisadas por PROFISSIONAIS (ou seja, Iridólogos compromissados com CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado) das mais variadas correntes e escolas iridológicas. 

     

    Todos os participantes firmarão TERMO DE COMPROMISSO, autorizando a divulgação das imagens e análises, seja por meio eletrônico, impresso ou vídeo, mantendo-se o anonimato quanto à autoria de cada análise ou a quem pertence cada imagem.

     

    As partes serão mantidas em contato por meio eletrônico (e-mail) e as imagens e respectivas análises serão disponibilizadas em site na internet, sendo acessível por senha individual, tanto para os Iridólogos participantes visualizarem as imagens e postarem suas interpretações, quanto para os voluntários conhecerem as avaliações e tecerem suas considerações.


    As análises serão confrontadas com o quadro real coletado de cada voluntário, resultando em informações estatísticas de grau de acerto e/ou erro para cada "escola" de Iridologia e para a técnica em si, como um todo.

    Destes estudos e pesquisas, serão publicados tanto o livro Projeto Iridologia, quanto a  NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Holística - IRID 01 especificamente desenvolvida para a Iridologia.

    Em retribuição à colaboração, os Iridólogos participantes constarão na co-autoria dos trabalhos e os voluntários, além de receberem gratuitamente todas as análises, caso desejem, também constarão nos agradecimentos.

     

    III - Resultados

     

    Este tópico permanece em aberto, pois só poderá ser preenchido mediante a coleta de dados obtidos via Projeto Iridologia, que se inicia em setembro deste ano, no Holística 2009, sendo o término previsto para o mesmo mês e evento, em 2010.

     

    IV - Discussão

     

    A Iridologia é uma das técnicas mais fascinantes e igualmente polêmicas da Terapia Holística. 


    À tradição milenar de "os olhos como espelhos d'alma", em que as terapias ancestrais observavam formato, grau de opacidade e coloração como indícios de saúde (ou falta dela...), modernamente surgiram (e continuam a surgir...) novas "escolas" de Iridologia, que se propõem a analisar a imagem da iris até mesmo ao nível microscópico, coletando dados que, pela "ciência oficial" só seriam possíveis via exames laboratoriais convencionais, ou, indo além dos aspectos físicos, onde raios da iris seriam capazes de desvendar até características psíquicas inconscientes.

    A evolução dos equipamentos iridológicos, que da simples inspeção visual, passando por lupas, até o grau atual de captação de imagens digitais (hoje em dia, a custo bem acessível...) contribuiu para a disseminação da técnica, despertando cada vez mais adeptos apaixonados, bem como ferrenhos críticos igualmente exaltados. Tamanho passionalismo resulta em exageros, que ora substimam, ora superestimam as reais possibilidades práticas da Iridologia.

    A premissa de que qualquer parte do corpo pode refletir o estado geral do indivíduo é milenarmente conhecida e utilizada nas mais variadas culturas. Porém, especificamente a Reflexologia pela íris, ao menos na forma em que é atualmente praticada, é relativamente recente, daí o fato de que muito ainda está por ser discutido. Atribui-se ao húngaro Ignatz von Peczely a "paternidade" da Iridologia, que no século XIX, associou estados mórbidos a sinais apresentados na íris, tendo desenvolvido os primeiros mapeamentos conhecidos, publicando em 1881, o estudo "Discoveries In The Field Of Natural Science And Medicine: Instruction In The Study Of Diagnoses From The Eye" (Descobertas No Campo das ciências Naturais e da Medicina: Instrução no Estudo de Diagnóstico Pelo Olho). Sob esta origem pesa uma estória, sabidamente um mito, em que, quando criança, acidentalmente quebrou a pata de uma ave, observando o surgimento imediato de um sinal na íris do animal, o qual foi desaparecendo paralelamente ao restabelecimento do pássaro. Este que deveria ser apenas um conto lúdico a ilustrar, metaforicamente, os primórdios da técnica, lamentavelmente é propagado como se verídico fosse, o que em nada contribui para a credibilidade da técnica.

    Muitos novos autores publicaram tratados sobre a Iridologia, cada qual com variantes quanto ao mapeamento reflexológico da íris. A maior parte dos profissionais brasileiros adotou a cartografia proposta pelo quiropraxista americano Bernard Jensen.

    Pertinente observar que a Iridologia não é uma terapia em si, mas sim, uma técnica de avaliação. Na hora de trabalhar o Cliente, o Iridólogo terá que aplicar OUTRAS técnicas, estas sim, terapêuticas, para efetivar seu atendimento; as mais usuais seriam a Fitoterapia, a Terapia Floral, a Ortomolecular e a Acupuntura. 

        Ciência Versus Iridologia

    Muitos opositores de nossa profissão profetizaram que a Iridologia estava sepultada em definitivo com o advento da Biometria. Esta técnica realiza medições relacionadas às características particulares de cada indivíduo, sendo utilizada em processos de reconhecimento de identidade. A opção mais conhecida é a utilização da impressão digital, que é um atributo individual único e que se mantém inalterado pelo tempo. Atualmente, existem diversas opções de identificação, como por exemplos, reconhecimento de faces, de voz, de retina, da geometria da mão, e, o que mais vem ao caso, o reconhecimento de íris. Considerando que a Iridologia parte do princípio de que a iris se modifica acompanhando o estado do Cliente, ao passo que a Biometria parte da idéia oposta de que a imagem se mantém imutável, a tal ponto que permite identificar um indivíduo, uma hipótese parece excluir a outra... Ainda mais com a popularização da Biometria pela íris, a tal ponto de já existir no mercado até mesmo celulares com esta capacidade.



     






    Imagens obtidas da monografia "Biometria - Reconhecimento de Iris", de Priscila Pecchio Belmont Albuquerque, Universidade Federal do RJ, em http://www.gta.ufrj.br/grad/07_2/priscila/index.html

    Outrossim, uma breve análise comparativa nos mostra que não são propostas excludentes entre si. Para a Biometria  importa os padrões de limites em relação da íris para com a esclerótica, para com a pupila, além de ponto médio em relação à pupila e os limites impostos pelas pálpebras do globo ocular. Tais proporções, segundo a Biometria, são únicos para cada indivíduo e imutáveis. Já os aspectos que são considerados na Iridologia, que por premissa tem que ser mutáveis acompanhando o estado do Cliente, tais como os raios, "desenhos", pontos, "buracos" ou mudanças de cores, etc, são descartados pela Biometria, considerados "ruídos" e desconsiderados na leitura da imagem.

    Se por um lado, está superada a hipótese de conflito entre Iridologia e Biometria, por outro, a tese de que serviria para diagnóstico de doenças (importante: pela legislação, tanto o diagnóstico, quanto tratamento de doenças é monopólio MÉDICO...) foi rejeitada em todos os testes até então realizados e impressos em conceituadas publicações voltadas à ciência.

    Em 1979, o JAMA - The Journal Of The American Medical Association (Jornal da Associação Médica Americana) publica o estudo "An Evaluation of Iridology" (Uma Avaliação de Iridologia),
    conduzido pelo doutor em medicina, Allie Simon (dentre outros...), no qual cerca de 150 voluntários foram analisados por iridólogos ilibados, dentre eles, o famoso Bernard Jensen (quiropraxista que popularizou a Iridologia nos EUA), resultando em diagnósticos incorretos na grande maioria dos casos e praticamente não houve concordância entre os próprios profissionais entre si, quanto às suas conclusões.

    Quadro semelhante foi obtido em "A Study Of The Validity Of Iris Diagnosis" (Um Estudo Da Validade Da Iris Diagnose), publicado em 1981, no "Australian Journal of Optometry" (Jornal Australiano de Optometria). Em 1988, o Departamento de Epidemiologia e Saúde Investigação, Universidade de Limburg, Maastricht, Holanda, submeteu os mais consagrados iridólogos do pais a descobrir problemas de vesícula examinando imagens de iris de voluntários, concluindo que pela ineficácia do método, publicando o estudo "Looking for Gall Bladder Disease In The Patient's Iris" (Procurando Doença Na Vesícula Biliar Por Meio da Íris do Paciente), no BMJ - British Medical Journal (Jornal Médico Britânico).

     

    Em meados do ano 2000, o doutor em medicina, E. Ernst, do Departamento de Medicina Complementar, da Universidade de Exeter, Inglaterra, publica um artigo denominado "Iridology - Not Useful and Potentially Harmful" (Iridologia - Inútil E Potencialmente Nociva), onde afirma ter analisado cerca de 80 estudos, originados de diversos países, somando milhares fotos de íris analisadas por centenas de profissionais, sem acerto significativo quanto ao quadro clínico, além de evidentes discordâncias das análises obtidas pelo irídólogos entre si. Conclui afirmando que tanto os profissionais, quanto os Clientes devem ser desencorajados em valer-se da técnica.

     

    Pertinente observarmos, que, na ânsia em combater a Iridologia, as próprias publicações admitem ainda que os estudos analisados não seguiram metodologia cientìfica. Ora, assim sendo, não deveriam ser acatados como definitivos, quer concluíssem a favor, quer contra a técnica !

     

        Inadequações de Termos e Métodos: Legislação e Jurisprudência Versus Iridologia

     

    A Iridologia é uma TÉCNICA e, como tal, poderia ser exercida por várias profissões distintas, cada qual respeitando os seus limites de atribuições. Por exemplos: Iridologia em animais, só pode o veterinário ... para avaliação dentária , só o odontólogo.... para DOENÇAS, só os médicos... para avaliação energética e psíquica, os Terapeutas Holísticos...

     

    Lamentavelmente, a maior parte dos cursos de Iridologia insistem em manter-se inadequados quanto ao modo em que ensinam a trabalhar, ferindo frontalmente a legislação brasileira. 

    Tanto diagnosticar, quanto tratar DOENÇA é exclusividade médica. Assim sendo, quando os cursos de Iridologia ensinam a descobrir "doenças" pela iris, automaticamente estão ensinando a serem presos por exercício ilegal de medicina. Da mesma forma, escolher fitoterápicos, oligoelementos, vitaminas, etc, basendo-se no quadro de "doenças", novamente está caracterizado o exercício ilegal de medicina... TUDO deveria basear-se em questões "energéticas" (meridianos, chacras, etc...) e psíquicas, pois, com isso, evitariam as controvérsias judiciais. Outro erro comum é mandar aviar formulações: excetuando-se o caso da terapia floral, TODA formulação é considerada monopólio médico, inclusive, quanto a produtos ortomoleculares. 

    SE a avaliação iridológica focasse naquilo que ela realmente deveria, ou seja, ser uma reflexologia do estado QUALITATIVO do Cliente, nenhum problema haveria; já ao extrapolar sua utilização e desandar a se propor a obter informações QUANTITATIVAS  que nem sequer refinados exames laboratoriais conseguiriam e a estabelecer patologias, aí é franca invasão de profissão alheia à nossa, ou seja, exercício ilegal de medicina.

     

    No mais, pertinente observar que médicos são PROIBIDOS de exercer iridologia, não por nós, mas por seu próprio conselho fiscalizador, que considera a técnica como charlatanismo.

     

    Há determinadas providências e atitudes que cada profissional pode fazer para reduzir os riscos processuais. Primeiramente, jamais vender produto algum: é unânime de que tal procedimento é anti-ético e considerado ilegal para a maioria dos juristas, que aplicam por analogia as mesmas leis que proíbem aos médicos se associarem a farmácias. 

     

    Mais cômodo e seguro é orientar o Cliente adquirir por conta própria nas boas casas do ramo. Para o caso de uso em aplicações de consultório, atente que o valor pelo atendimento deve ser sempre igual, usando ou não os produtos, pois, se houver acréscimo, caracterizará a "venda" do que está sendo utilizado. 

     

    Para poder ter algum produto guardado para uso, tem que manter a NOTA FISCAL (não mero recibo...) em que conste claramente os dados identificatórios da empresa responsável; desta forma, compartilha a sua responsabilidade. Jamais manter "estoque" (mais de um kit, por exemplo...) no consultório, pois é indício de que estaria revendendo. 

     

      Problemas e Soluções

     

    A Iridologia herdou uma postura médica, focando na avaliação de "doenças", atitude esta que a coloca em franca desvantagem em relação à oficial eficiência dos atuais exames laboratoriais, além de implicar em enorme probabilidade de culminar em processos judiciais e corporativos: se for exercida por médicos, além de passível de punição por seu próprio órgão fiscalizador, já que o Conselho de Medicina proíbe aos médicos exercerem Iridologia, igualmente pode resultar em processo penal por charlatanismo; se for exercida por não-médico, ao associar a prática com "doenças", de pronto funciona como confissão de crime de exercício ilegal de medicina (tanto diagnóstico, quanto tratamento de "doenças" é monopólio médico), quanto de curandeirismo. 

     

    Como agravante de indícios de ilícito penal, muitos colegas insistem em se uniformizar de roupas brancas (para a maioria das autoridades brasileiras, significa estar "trajado de médico"...) e em se apresentar com títulos de "doutorado" e/ou "médico" obtidos em cursos estrangeiros que nada valem em nosso país, acrescentando "falsidade ideológica" às acusações já mencionadas.


    O estudo da jurisprudência (casos julgados em tribunais) realizado pelo SINTE - Sindicato dos Terapeutas aponta que o fator de maior peso é o hábito, infelizmente ainda arraigado entre os Iridólogos, de vender aos Clientes os próprios produtos que recomendam. Qualquer autoridade oficial, desde fiscais fazendários e sanitários, passando por delegados e juízes, são unânimes em concluir que tal atitude é mais do que antiética, sendo igualmente ilegal, estimulando a que apliquem todos os enquadramentos legais possíveis para coibir a popularmente conhecida prática da "empurroterapia", o que, por sinal, também é péssima propaganda, pois de pronto afasta a Clientela mais esclarecida, que certamente interpreta como suspeita e  enxerga um óbvio conflito de interesses em tal situação.

     

    O caminho para a revitalização e segurança legal da Iridologia, é assumir a vocação para a Terapia Holística, descartando a "herança médica" do Século 19 e tal qual as demais Reflexologias (podal, quiro e auricular, dentre outras...), reformular sua proposta, terminologia e postura, abolindo a associação com "doenças" e descobrir novos potenciais de aplicação, tais como avaliações energéticas, psíquicas e predisposições funcionais.

     

    Para tal, o único órgão oficial e de postura neutra capaz de conciliar, sem favoritismos, as mais diversas correntes da Iridologia é o SINTE, em especial, por sua já consagrada experiência em desenvolver padrões de trabalho adequados à legislação e mercado brasileiros, sintetizando na forma de NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária específica para esta técnica. Eis a razão pela qual coordena o Projeto Iridologia, aqui descrito, que certamente é a maior e mais importante pesquisa a ser realizada, que resultará em novos rumos, acrescentando mais um capítulo essencial na História da Iridologia mundial.

     

      

    V - Conclusões

     

    Este tópico permanece em aberto, pois só poderá ser concluído mediante a coleta e interpretação de dados obtidos via Projeto Iridologia, que se inicia em setembro deste ano, no Holística 2009, sendo o término previsto para o mesmo mês e evento, em 2010.

     

    VI - Referências bibliográficas

     

    Allie Simon, An Evaluation of Iridology", JAMA - The Journal Of The American Medical Association

    Cockburn DM., A Study Of The Validity Of Iris Diagnosis, Australian Journal of Optometry, 1981

    Knipschild P.,  Looking for Gall Bladder Disease In The Patient's Iris, British Medical Journal, 1988

    E. Ernst, Iridology - Not Useful and Potentially Harmful, Archives of Ophthalmology, American Medical Association, 2000

    Albuquerque, Priscila Pecchio Belmont, Biometria - Reconhecimento de Iris, Universidade Federal do RJ, 2007

    Bourdiol, René J., Traité D'Irido-Diagnostic, Maisonneuve, 1975

    Vieira Filho, Henrique - Tutorial Terapia Holística - Sintebooks

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    II.I - Definições

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

    VII.I - Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    VII.II - Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística
    VII.III -
    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Resumo

    Esta propositura disserta sobra a integração das técnicas corporais orientais seculares com as modernas e ocidentais abordagens psicanalísticas reichianas e derivadas, resultando em uma Terapia Corporal de abordagem holística. Resgata a importância do tocar e ser tocado como instrumento de catarse terapêutica e de harmonização psicofísica, resultando em ampliação da qualidade de vida e autoconhecimento, tanto para o Cliente, quanto para o profissional.

    Introdução

    Muito se aborda a globalização e o acesso universal a informações em todos os campos de conhecimento, incluindo a Terapia Holística. Porém, mesmo no Brasil, de ampla tradição de sincretismo e fusão das mais variadas vertentes de pensamento, ainda deparamos com um separatismo entre as técnicas corporais orientais e ocidentais, bem como uma distância entre o discurso de paradigma holístico e uma real aplicação deste conceito, a tal ponto de ainda encontrarmos profissionais que iludem-se de atuar em questões físicas e outros, em aspectos psíquicos, como se tais existissem de forma isolada...

    São inegáveis as qualidades técnicas das manobras corporais tradicionais, tais como o shiatsu, tuina, anma, sparsha, dentre outras, assim como é fundamental a contribuição da psicanálise quanto aos aspectos inconscientes de nossa personalidade serem corporificados. Contudo, ambas as vertentes ainda não convergiram, resultando em "massagistas" (termo totalmente inadequado à legislação brasileira...) que desconhecem o fato de seu trabalho pode resultar em catarses, como também em profissionais da vegetoterapia e bioenergética propondo técnicas de toque, respiratórias e posturais que já estariam eficientemente supridas nas já seculares técnicas corporais, como as já citadas, bem como as oriundas do yôga e tai-chi-chuan.

    Cabe ao Brasil eliminar a iniciativa em superar desinformações, preconceitos e vaidades, promovendo a integração entre todas estas linhas complementares de tratamento, formando Terapeutas Corporais que honrem a sabedoria milenar, da mesma forma que abraçam a modernidade psicanalítica, fazendo justiça a que mais esta modalidade terapêutica seja integrante da Terapia Holística, atendendo a Clientela ciente de que físico-psíquico-social-transcendente é uma só unidade indissociável.

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

    ACONSELHAMENTO — processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.

    BIOENERGÉTICA —Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.
    CALATONIA —técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.

    CATARSE extravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    ID é a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego.

    INSIGHT "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    LEITURA CORPORAL — método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    PERSONA — é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

    RELAXAMENTO — vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    TERAPIA CORPORAL — uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

    TERAPIA REICHIANA — desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    VIVÊNCIAS — realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal:

    Idade mínima do cliente para Terapia Corporal: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    Explicar o processo de Terapia Corporal com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    O Terapeuta Holístico deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico;

    O Cliente deve ser inquerido pelo Terapeuta Holístico quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Corporal aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    III - Resultados

    Constatou-se ganhos significativos oriundos do sincretismo entre as abordagens ocidentais modernas e orientais milenares da Terapia Corporal. As manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, mostraram-se mais adaptáveis a cada Cliente, em comparação às mais recentes, oriundas das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética. Em contraponto, a proposta analítica destas últimas são indispensáveis à interpretação emocional refletida via corpo, já que essa capacidade fora perdida no decorrer do tempo, no que se refere ao ensino e prática das técnicas orientais, na forma como nos chegam atualmente.

    Clientes originados de queixas físicas apresentam resultados mais rápidos e eficazes quando a Terapia Corporal aflora as emoções reprimidas simultaneamente ao trabalho de toque. É perceptível ao tato do profissional, o relaxamento nas áreas antes tensas, imediatamente à manifestação da emoção e/ou lembrança que emerge sincronisticanente ao contato físico com a zona reflexa e/ou diretamente sobre a região corpórea. Da mesma forma, regiões sem tônus de pronto manifestam retorno da tonicidade, assim que afloram os sentimentos e lembranças induzidos pelo toque de volta à consciência. Quadros de dores e de dificuldade de movimentos apresentam reversão drástica, ainda que temporária, imediatamente à catarse emocional desencadeada pelo toque e indução verbal.

    Ratificando o acima descrito, quadro similar ocorre com a Clientela de queixas emocionais, onde o trabalho de toque serve tanto para detectar quais regiões corpóreas estão refletindo o quadro psíquico, quanto para aflorar à consciência as emoções reprimidas, bem como lembranças de situações traumáticas.

    Em ambas as situações, a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, incluindo o ACONSELHAMENTO, desempenha papel fundamental em facilitar ao Cliente a compreender o conteúdo aflorado, o que se mostra fundamental para que o quadro queixoso anterior não reincida. A catarse emocional por si só, apresenta resultado temporário, com imediata melhoria do quadro geral, porém, com retorno do estado original poucos dias após. A durabilidade do resultado é mantida quando o Cliente é simultaneamente amparado com técnicas de foco psicoterápico.

    A inclusão do contato físico na relação CLIENTE e TERAPEUTA HOLÍSTICO acelera o ritmo e intensifica a terapia, traduzindo-se em resultados de espectro mais amplo e, uma aumento da frequência e intensidade nas transferências e contra-transferências, exigindo grande preparo do profissional.

    IV - Discussão

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos.

    Modernas ideologias, governos ditatoriais e o cientificismo mecanicista influenciaram uma ruptura no paradigma holístico terapêutico. Seja por necessidade de sobrevivência às perseguições, seja em concessões e adaptações para tentar enquadrar nos limites do "científico", fato é que ao século 20, terapias como shiatsu, tuiná, anma, seitai e similares, chegaram até nós amputadas de sua original tradição sistêmica, passando a tratar o "corpo" como se fosse uma "máquina", composta de "partes" a serem manipuladas pelo toque para que "funcionem" melhor... A excelência técnica das manobras corporais se manteve, porém, perdeu-se a "alma" em algum momento de sua história.

    A partir da década de 70, com o movimento da contracultura, "revolução aquariana", ecologia e retomada do paradigma holístico, as abordagens corporais se permitiram a reintegração com os conceitos de "energia", reassumindo a interação com meridianos (canais de circulação energética da acupuntura - terapia tradicional chinesa), chacras (ou chakras, vórtices de energia estudados na ayurvédica - terapia tradicional indiana) e "corpos sutis" (matrizes energéticas paralelas ao corpo material, conceito este comum a todas as culturas milenares). Ao mesmo tempo, readmitiu-se que a terapia pelo toque igualmente atua nas emoções, porém, sem aprofundar na questão, deixando de integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

    Desenvolvendo-se de forma complementar, contamos com a Psicánalise, pela qual Freud demonstra a grande atuação das questões psíquicas nas somatizações, sendo até possível a reversão destas, como decorrência da análise, ao resgatar do inconsciente, os traumas, lembranças, emoções reprimidas e integrá-las ao consciente.

    Quer seja por preocupar-se em manter-se dentro de uma certo paralelo com a metodologia científica (isolar-se do "objeto" estudado...), quer seja para evitar maiores controvérsias e envolvimentos, TOCAR o Cliente era algo fora de discussão, até a dissidência de Wilhelm Reich, que “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”).

    A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante).

    Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento, também conhecido como Couraças Musculares do Caráter, aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bioenergia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas.

    A linha reichiana "clássica", a Vegetoterapia, segue um padrão relativamente rígido e pré-fixado para a sequência de desbloqueio das couraças, enquanto que as chamadas correntes neoreichianas, como a Bioenergética (que tem Alexander Lowen como seu expoente...) são mais flexíveis quanto à ordem e formas de trabalhar os bloqueios, utilizando-se, além do toque, técnicas respiratórias e posturais, que contém muitos paralelos ao Yôga e Tai-Chi-Chuan...

    Estas últimas vertentes, de origens ocidentais e modernas, em contraponto com as demais linhas aqui inicialmentes descritas, milenares e orientais, permaneceram distanciadas, uma corrente desconhecendo totalmente a outra. Não raro deparamos com reichianos que desconhecem chacras e shiatsuterapeutas que nem sequer imaginam que desbloqueiam "couraças do caráter"...

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar. Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge. É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor. Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA. É consenso que a maioria dos Terapeutas possui profundas feridas narcisísticas em aberto, as quais tentamos cicatrizar ao dar atenção aos Clientes, da forma que jamais tivemos... Não raro, tivemos que amadurecer cedo, quando deveríamos ter tido a permissão de ser crianças e nossos cuidados com os outros é a sublimação do ressentimento de que nosso amor não bastava para sermos correspondidos pelos pais, pois só sendo "produtivos" e "perfeitos" para sermos amados. Por isso, oculta-se no TOCAR em nossos Clientes, o desejo de acolhimento e amor.

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente. Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em contínua terapia e supervisão, inclusive, em grupos de discussão, pois o que se constata na prática é que, independente do quão experiente seja um analista, quando está em momento de contratransferência, sua visão do caso fica prejudicada, enquanto que para os demais colegas, que não estão emocionalmente envolvidos na situação, muito mais facilmente detectam o que está ocorrendo.

    V - Conclusões

    O contato físico intensifica o ritmo da terapia e igualmente aumenta o grau de responsabilidade e exigência técnica, o que é plenamente compensado pela excelência de resultados e gratificação profissional.

    Não há mais justificativa, em nosso atual tempo de acesso globalizado às mais variadas correntes terapêuticas, à ilusão de abordar o psicofísico como se fosse "partes separadas".

    A fusão entre as manobras orientais já tradicionais e a conscientização do efeito psíquico do toque reavivada pelas correntes psicoterápicas reichianas e neo-reichianas, resulta em uma terapia mais profunda e abrangente do que a simples soma das partes.

    Tanto as reclamações de origem física, quanto as de foco emocionais são atendidas na mesma proposta de trabalho, em conformidade com o paradigma holístico, ampliando o leque de oportunidades em atender quantitativa e qualitativamente à Clientela potencial.

    A ampliação da transferência e contratransferência pelo fator do tocar e ser tocado, obriga o Terapeuta Holístico a manter-se em contínua terapia e supervisão, resultando num indivíduo mais equilibrado e autoconsciente e, como tal, um profissional mais eficiente e um ser humano mais feliz.

    VI - Referências bibliográficas

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    VII - Anexos e Apêndices

    VII.I

    Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

     

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

     

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

     

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

     

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

     

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

     

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

     

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça"

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

     

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

     

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

     

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

     

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

     

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contratransferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Imaginem uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Se não estiver atenta à possibilidade de contra-transferência, é capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

     

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

    VII.II -


    Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística

    Se o profissional faz uso de técnicas corporais, jamais deverá chamar este trabalho de "massagem", não só pelo sentido pejorativo que a confusão com prostituição trouxe à palavra, como, também , pelo fato de que estaria sendo enquadrado dentro de alguns requisitos impossíveis de serem cumpridos, pois estaria sujeito às seguintes diretrizes, dentre outras:

    DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942
    Regula a Propaganda de Médico, Cirurgiões Dentistas, Parteiras, Massagistas, Enfermeiros, de Casas de Saúde e de Estabelecimentos Congêneres, e a de Preparados Farmacêuticos
    Das Parteiras, dos Massagistas e Enfermeiros (artigos 2 e 3)
    ART.2 - é proibido às parteiras, aos massagistas e aos enfermeiros fazer referências a tratamentos de doenças ou de estado mórbido de qualquer espécie.
    ART.3 - As parteiras, os massagistas e os enfermeiros estão obrigados a mencionar em seus anúncios o nome, título profissional e local o nde são encontrados.


    LEI 3.968 DE 05/10/1961
    Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Massagista, e dá outras Providências.
    ART.1 - O exercício da profissão de Massagista só é permitido a quem possua certificado de habilitação expedido e registrado pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina após aprovação, em exame, perante o mesmo órgão.
    ART.2 - O massagista devidamente habilitado, poderá manter gabinete em seu próprio nome, obedecidas as seguintes normas:
    1 - a aplicação da massagem dependerá de prescrição médica, registrada a receita em livro competente e arquivada no gabinete;
    2 - somente em casos de urgência, em que não seja encontrado o médico para a prescrição de que trata o item anterior, poderá ser esta dispensada;
    3 - será, somente, permitida a aplicação de massagem manual sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou fisioterápica;
    4 - a propaganda dependerá de prévia aprovação da autoridade sanitária fiscalizadora.

    Como podem perceber, será muito melhor nominar seus trabalhos como "Terapia Corporal", evitando, assim, se enquadrarem nas leis acima citadas, as quais só podem ter sido criadas para coibir a prática da Massagem.

    Já há anos o SINTE recomenda abolir o termo "massagem" (tanto por ser associada popularmente à prostituição, como por enquadrar-se em legislação impossível de ser cumprida) , que deve ser substituída por "Massoterapia", ou, melhor ainda "Terapia Corporal".

    Ultimamente, a expressão "massoterapia" igualmente passou a ser sinônimo de prostituição, além de que, no Paraná, os órgãos públicos identificam como sinônimo de "massagem" e passaram a exigir daqueles que alegam trabalhar com esta técnica, o cumprimento das legislações impraticáveis (DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942 e LEI 3.968 DE 05/10/1961).

    Portanto, a melhor solução é o termo "Terapia Corporal" e aproveitar a oportunidade para que os cursos se aperfeiçõem para fazer justiça a este nome e acrescentem ensinamentos de Reich e Lowen (psicanálise/vegetoterapia e bioenergética) às já consagradas manobras corporais orientais e ocidentais.

    VII.III -

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho

    Estruturas da Psique:

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.


    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.


    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.


    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;
    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;
    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.


    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.


    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.


    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/07/2009 16:24


    A MORTE DA COADJUVANTE E O NASCER DA PROTAGONISTA: O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO UMA PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO ATRAVÉS DA DIALÉTICA ENTRE A TEORIA SISTÊMICA E A LEITURA JUNGUIANA SOBRE OS MITOS

    A MORTE DA COADJUVANTE E O NASCER DA PROTAGONISTA: O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO

    UMA PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO ATRAVÉS DA DIALÉTICA ENTRE A TEORIA SISTÊMICA E A LEITURA JUNGUIANA SOBRE OS MITOS

     

    Ligia Alvares Mata Virgem - Terapeuta Holística - CRT 47968


    Salvador

    2013


     

     

    Trabalho apresentado ao Sindicato dos Terapeutas – SINTE, como resultado para a obtenção da habilitação definitiva de terapeuta holística nas abordagens sistêmica e reiki.

    Salvador

    2013


     


    RESUMO


    Este trabalho apresenta um estudo de caso de aconselhamento terapêutico realizado em um Instituto de Estudos e Intervenções em Psicologia de Salvador e tem como objetivo demonstrar as possibilidades de entrelaçamentos da teoria junguiana e a teoria sistêmica familiar como recursos para o processo de individuação do sujeito. O embasamento teórico abordou os conceitos sobre a teoria geral dos sistemas, elucidando a importância dos processos iniciais de vinculação afetiva constantes na teoria do apego e as configurações dos sistemas parentais na contribuição dos padrões relacionais constituídos, de acordo com o entendimento sobre subsistemas e fronteiras. Além disto, trouxe os recursos lúdicos da prática narrativa sistêmica, pelo manejo clínico da externalização do problema e das interpretações dos mitos pela leitura Junguiana como possibilidades para a amplitude da consciência da cliente. Participou deste trabalho apenas um indivíduo, tendo sido uma pesquisa qualitativa baseada num estudo de caso. Os resultados parciais já alcançados demonstram: a) identificação do estilo de apego na infância; b) reparação do vínculo afetivo com a família de origem; b) nomeação do sentimento responsável pelo sofrimento; c) reconhecimento do comportamento de desejabilidade social como garantidor do sentimento de pertença; d) ampliação de consciência quanto ao papel que exerce na família e estabelecimento das fronteiras relacionais; e) deflagração do sentimento de abandono como sabotador da sua autonomia; f) O contato e escuta da própria intuição como base segura emocional.

    Palavras-chaves: Aconselhamento terapêutico, apego, subsistemas e fronteiras, externalização do problema, mitos.


     


    SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO.................................................................................................3

    2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................4-10

    3. MÉTODO..................................................................................................11-17

    3.1 Participante...........................................................................................11

    3.2 Instrumento...........................................................................................11

    3.3 Procedimento de Coleta e Análise de Dados...................................12

    3.4 Considerações Éticas..........................................................................12

    3.5 Resultados e Discussões...............................................................12-17

    4. Considerações finais...................................................................................18

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................19-20


     


    3

    1. INTRODUÇÃO

    Este trabalho apresenta um estudo de caso de atendimentos terapêuticos que aconteceram em um Instituto de Estudos e Intervenções Psicológicas de Salvador, cujo propósito foi demonstrar a convergência das teorias sistêmica e junguiana na prática clínica para o suporte ao cliente no seu processo de individuação.

    A principal motivação foi ampliar as possibilidades de oferta de recursos indiretos que estimulassem o consulente a iniciar a viagem interna, com menos resistência e abrisse a porta do inconsciente com maior leveza. A utilização de recursos lúdicos permitem acessar a fantasia e o imaginário e desativar os mecanismos de defesas, dando a permissão para a o contato com os conteúdos intrapsíquicos.

    A apresentação deste trabalho está estruturada em:

    1. Introdução – breve apresentação do trabalho, com o objetivo, motivo e

    estrutura. 2. Fundamentação Teórica – demonstrando quais teorias e pensadores

    influenciaram e embasaram o estudo aqui apresentado. 3. Método – relato da pesquisa, instrumento, procedimento de coleta e análise

    de dados, bem como discussões e resultados alcançados. 4. Considerações Finais – conclusão do autor sobre os estudos, análise e

    resultados obtidos.


     


    4

    2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

    Quando ouvimos as histórias sobre as civilizações - mesmo na época da formação de bandos, quando os grupos humanos se organizaram para viver em comunidade - o papel de escuta sempre era exercido por algum membro. Este conselheiro contribuía para o direcionamento das atitudes do grupo, orientando e ajudando aqueles que o consultavam em como lidarem com as relações interpessoais e o mundo em que interagiam, adequando-se ao meio em que conviviam. Eram representados por sábios, profetas, pajés, sacerdotes, gurus, filósofos, entre outros, o que denota que o aconselhamento está presente na vida do homem desde tempos muito remotos (PIÑERO & MESEGUER; 1970 apud FORGHIERI; 2007).

    Segundo Piñero & Meseguer (1970) apud Forghieri (2007), 450 anos A.C. já existia o processo denominado de “cura pela palavra” feita pelo filósofo, Empédocles. Tal filósofo fazia tratamento de doentes através da conversa buscando descobrir quais eram as queixas, se de ordem física ou psicológica. Outros filósofos após Empédocles, como Platão e Aristóteles, além de Hipócrates que era médico, se utilizavam da escuta e da conversa para iniciar tratamentos. Todos estes pensadores contribuíram para a evolução do processo de aconselhamento terapêutico e do estudo sobre as dores da alma.

    Desde então, muitas teorias e pensamentos foram desenvolvidos e o ser humano passou a ser entendido não mais como corpo e alma desconectados, mas como um todo. Este todo é a interação do dualismo – alma e corpo – e é resultado da relação com o contexto em que vive, sendo afetado por ele e também agindo sobre ele (VASCONCELOS, 2002).

    Nesta cronologia do estudo sobre a alma, Carl Jung por volta de 1900 trouxe grandes contribuições para o processo de autoconhecimento do sujeito, a individuação. A prática terapêutica pela teoria Junguiana, pode acontecer com a ajuda de vários recursos associativos e imagéticos, entre eles, as leituras e interpretações dos mitos, uma das ferramentas foco deste trabalho.

    Serbena (2010) explica que a visão de inconsciente para Jung amplia a Freudiana pois:

    “...a visão da psique e do inconsciente modifica, pois ela passa a não ser “uma página em branco” no nascimento e o inconsciente amplia-se incluindo uma camada constituída de estruturas e imagens comuns a toda a humanidade (os arquétipos) que se manifestam nos sonhos, mitos, religiões e contos de fadas”.

    Para Jung (1951; 2000) apud Serbena (2010) a psique é formada por concepções individuais e coletivas, as quais são trazidas dos elementos da família, cultura, etnia e da espécie humana. Estas imagens e símbolos arquetípicos são considerados instintivos e automáticos.


     


    5

    Os símbolos são mediadores dos paradoxos entre os conteúdos da consciência e o inconsciente, manifestados de forma simbólica, a fim de compensar o não trazer de forma explicita e direta tais conflitos. (SERBENA; 2010)

    Tais recursos ajudam ao consulente entrar em contato com os elementos inconscientes, como poderemos ver mais adiante no manejo clínico do caso aqui apresentado através das interpretações sobre os mitos do Barba-Azul e Vasalisa

    Conforme relata Grandesso (2000) apud Vogel (2011), dando prosseguimento ao estudo da alma, na época de 1950 os holofotes da terapia passam a ser direcionados às relações, indo para além do indivíduo. O foco passa a ser o modo relacional que ele estabelece e os vínculos que dele derivavam onde o sintoma passa a ser visto não coo algo do sujeito, mas uma forma disfuncional de comunicação da estrutura familiar (RELVAS, 1999 apud CARVALHAL & SILVA).

    Este passa a ser o fator mais importante para a constituição do sujeito e seu estar no mundo, influenciado, sobretudo, pelo pensamento da teoria geral dos sistemas, criada pelo biólogo Ludwing Bertalanffy por volta de 1930. Vogel (2011) esclarece que esta teoria foi aplicada aos estudos psicológicos com a contribuição de Gregory Betason (antropólogo e biólogo), por volta de 1950, com o surgimento da terapia familiar no período pós-guerra nos Estados Unidos (RELVAS, 1999 apud CARVALHAL & SILVA, 2011).

    Segundo Relvas (2003) apud Carvalhal & Silva (2011), sistema é a relação de pelo menos dois elementos que interagem entre si e entre outros subsistemas. Por exemplo, uma pessoa que se casa está em interação com o companheiro e ao mesmo tempo está em relação com o subsistema da sua família de origem, da família de origem do companheiro, do trabalho, etc., influenciando-os e sendo influenciado por eles.

    Este conceito surge em contraposição à ideia mecanicista de Descartes que defendia a concepção do todo como a soma das partes. Para o pensamento Cartesiano, o sujeito anteriormente exemplificado, seria a soma da pessoa que ela é para a família, com a que ele é para a família do companheiro, no trabalho e assim sucessivamente. Negava-se aí a possibilidade de que parte do que ela é num subsistema também estivesse presente no outro e gerasse um produto destes entrelaçamentos (VASCONCELOS, 2002).

    A partir da teoria geral dos sistemas os estudos sobre a psique e doenças mentais ganharam força para o foco nas relações familiares. Os estudos liderados por John Bowlby, após a Segunda Guerra Mundial - evento que provocou muitas separações de crianças e pais - foi um marco importante para o entendimento acerca das repercussões que a separação ou rejeição da figura materna na primeira infância pode causar ao sujeito, desde danos psíquicos até problemas de ordem psiquiátrica, podendo gerar efeitos até a fase adulta (BOWLBY, 1997; PARKERS, 2009).


     


    6

    Bowlby (1977) apud Parkers (2009) criou a Teoria do Apego, a qual se debruça sobre os aspectos psicológicos que as formações e rompimentos dos vínculos afetivos trazem à vida do indivíduo e as estratégias comportamentais utilizadas no enfrentamento de situações novas ou estressoras.

    Como cita Bowlby (1997) apud PARKERS (2009), tais estratégias estão ligadas aos modelos internos mentais desenvolvidos na infância a partir da resposta do cuidador às necessidades emocionais da criança, denominadas de comportamentos de apego. Com os avanços dos estudos de Bowlby, outros pesquisadores, como Mary Ainsworth e Mary Main, ampliaram a pesquisa contribuindo significativamente para a categorização destes comportamentos a partir da relação entre a díade figura materna e criança. Foram estabelecidos dois estilos comportamentais: Apego Seguro e Apego Inseguro, sendo este subdividido em Ansioso ou Ambivalente; Evitador ou Esquivo e Desorganizado ou Desorientado.

    No Apego Seguro as crianças tem um nível de tolerância aceitável quando em situações de separação do cuidador, demonstrando sentirem falta ao primeiro momento, mas adequando-se à ausência dele após alguns instantes. Costumam explorar o ambiente em que se encontram, até mesmo interagindo com estranhos e ao retorno da figura materna, há boa receptividade e comportamento de busca pelo reencontro (BOWLBY, 1997; PARKERS, 2009).

    A criança com Apego Inseguro pode responder à separação de três formas:

    Ansioso ou ambivalente - Caso a figura de apego seja muito ansiosa e por isto tende a não perceber a real demanda do filho e até mesmo não o estimulando às novas experiências. Isto provoca um comportamento na criança de agarrar-se a ela, resistindo à sua saída e tendo um tempo de sofrimento mais prolongado em comparação às seguras, provocando muita raiva no momento do reencontro (PARKERS, 2009).

    Evitador ou esquivo - as crianças comportam-se ignorando a separação e o retorno da mãe, pois aprenderam com o modelo parental, sua figura de apego, a conter as expressões de afeto e de desejo pela aproximação. Entretanto nos estudos de Ainsworth, foi constatado que estas crianças apresentaram alto nível de estress, com batimentos cardíacos alterados, tanto quando as mães as deixavam até momentos após a sua volta. Tal comportamento confirma que estas crianças são afetadas pela falta de cuidados responsivos da figura materna, mas aprendem a tolhê-los como forma de adequarem-se (PARKERS, 2009).

    Desorganizado ou desorientado - apresenta comportamentos polarizados, estereotipados, podendo chorar desesperadamente, atirar-se no chão, até mesmo se machucando compulsivamente ou fazendo movimentos pendulares e repetitivos. Comporta-se de forma extrema para obter alguma resposta da figura materna, devido a esta não apresentar respostas às demandas da criança. Nas pesquisas de Main e Hesse foram verificadas que a maioria destas mães sofreu de depressão pós-parto por terem vivido situações traumáticas na gravidez ou logo após o


     


    7

    nascimento do filho, tornando-as voltadas para as suas questões internas e “alheias” à criança, portanto, com muito pouco investimento parental afetivo (PARKERS, 2009).

    O estilo de Apego Ansioso ou Ambivalente, sobretudo, pode gerar uma forma relacional paradoxal, onde mais do que o conteúdo da comunicação entre os sujeitos em relação, ou seja, forma como eles estabelecem esta comunicação influencia o seu comportamento. Neste estilo, a demonstração do afeto passa a ser entendida como a antítese dela. Numa situação onde o cuidador ressalta constantemente à criança o quanto ela não é capaz de fazer conquistas independentes, autônomas, sendo sempre necessária a ajuda do adulto; ao mesmo tempo em que parece ser uma forma de proteger o infante, implicitamente pode estar sendo dito “não acredito no desenvolvimento desta capacidade”. Este tipo de atitude remete ao questionamento sobre o porquê o cuidador não vê ou aceita este avanço da criança, ou ainda, o quanto a manutenção da criança-sujeito no lugar de incapaz traz uma funcionalidade ou poder para a figura de apego.

    Por estes questionamentos, Beaston desenvolveu a teoria do duplo vínculo quando estudava em Palo Alto o processo comunicacional e relacional das famílias de veteranos de guerra com esquizofrenia. Ele notou que os feedbacks emitidos pelos cuidadores geravam conflitos internos nos sujeitos com sintomas esquizofrênicos, mas que o foco não estava no portador do sintoma, mas na forma de comunicação padrão da família (VOGEL, 2011).

    Nestes sistemas familiares o terapeuta pode entrar como um elemento morfogenético, isto é, promovendo mudanças significativas no modelo relacional aprendido e estereotipado, uma vez que coloca o sujeito portador do sintoma não mais como o centro das atenções, mas também, implica os demais membros a constante relação terapêutica (PAIXÃO, 1995 apud CARVALHAL & SILVA, 2011). Além disto, permite trazer novas perspectivas; um novo olhar sobre a estrutura e a forma de se comunicarem e se decodificarem, promovendo uma nova dinâmica no sistema familiar, mais adaptativa ao meio (MARUYAMA, 1968 apud VOGEL, 2011).

    O sistema deixa de se retroalimentar com os padrões homeostáticos, ou seja, com as mesmas formas de se comportarem e de se autoregularem que são mantenedores do sintoma. O Terapeuta estimula novas formas de estarem em relação, promovendo novas estratégias de comunicação e, portanto, descobertas de recursos internos até então adormecidos, iniciando o processo de despatologização e de auto-organização funcional (MARVIN & STWART, 2006).

    Para Bloch (1999) apud Carvalhal & Silva (2011), mesmo em atendimentos de terapia individual, os avanços conquistados são ampliados e reverberados no sistema familiar quando o terapeuta propõe tarefas que busquem a interação do sujeito com os familiares. Uma das práticas importantes para isto é o manejo clínico estimulando o indivíduo para o seu processo de diferenciação de self, a busca pela individuação.


     


    8

    A construção da identidade estimula o sujeito a manifestar-se integralmente, com o lado muitas vezes não acolhido pelo sistema familiar por não corresponder às expectativas deste. A segurança e autonomia para defender as suas próprias ideias e manter-se neste lugar, independente de não seguir o fluxo esperado pela família, é uma das principais metas terapêuticas do caso trazido neste trabalho (ANDOLFI, 2002).

    A utilização do mito Barba Azul, pela leitura junguiana, como instrumento auxiliar na prática terapêutica, permite ao cliente fazer conexões com a sua própria estória. Isto facilita o contato do sujeito com a sua realidade, entretanto não tão diretamente, por não estar pronto, às vezes, para encará-lo de forma objetiva.

    Para Estes (1994), tal mito traz a representação arquetípica da jovem ingênua que desconhece os seus conteúdos internos e se expõe ao predador, em prol de apenas se deleitar dos prazeres, negligenciando as profundezas da sua alma. O encontro com Ele é o conflito vivido pelo feminino a caminho da sua libertação, é entrar em contato com a sua agressividade mais crua, porém criativa e fazer dela a sua força impulsionadora para a busca de si mesmo. Sem dúvida deparar-se com Ele é olhar suas questões mais difíceis, sua intransigência, de apenas querer ver o mundo ao seu modo e fazer com que os outros também o façam. Na passagem desta estória, no momento em que a menina começa a enxergar o Barba Azul com barba menos azul, e alguém dócil e sensível pode-se notar o conflito mencionado.

    No decorrer da estória, esta “cegueira” vai ficando insuportável de sustentar, pois a convivência e as circunstâncias da vida vão exigindo da menina novas posturas e novas visões do mundo. Isto fica claro, na parte em que a menina se vê como a responsável pela casa, quando o marido viaja e a deixa como “cuidadora das chaves”. Mesmo com a ressalva feita pelo Barba Azul para que ela não abrisse o aposento da chavinha, a intuição e curiosidade feminina a faz motivar-se junto com as irmãs a testarem todas as chaves até descobrirem a qual quarto ela pertence (ESTES, 1994).

    Estes (1994) ainda comenta que o comportamento de buscar a verdade para si mesma demonstra o seu dom farejador e a necessidade de descobrir-se e fazer por si mesma as suas escolhas. Ao achar a porta que a chavinha encaixava e abri-la, percebe-se nesta metáfora que, uma vez aberta a porta do inconsciente, uma vez tendo entrado em contato com as dores e a angústia da psique, não há mais como sair sem “sequelas”. Ao abrir a porta do quartinho proibido pelo Barba Azul, a menina não consegue mais esconder e esquecer o conteúdo nele existente, pois a chave continuará sangrando até que ela enfrente o seu predador, o seu lado mais sombrio, aquele sabotador e vampiro da sua energia vital.

    O Aconselhamento Terapêutico contribui neste processo de abertura, de contato com o inconsciente, ajudando ao cliente a sustentar este contato e encarar o seu predador. Ao conhecer o “inimigo” é possível desenvolver estratégias de lidar com ele e neutralizar suas forças quando tenta sabotar a busca pela individuação.

    Autor: : Ligia Alvares Mata Virgem - Terapeuta Holística - CRT 47968
    Última atualização: 12/06/2013 22:22


    Psicoterapia » Aconselhamento

    ACONSELHAMENTO NA TERAPIA HOLÍSTICA Maximizando seu atendimento com a inclusão da Psicoterapia

    ACONSELHAMENTO NA TERAPIA HOLÍSTICAMaximizando seu atendimento com a inclusão da Psicoterapia

     Henrique Vieira Filho
    Terapeuta Holístico – CRT 21001

    A Psicoterapia é parte integrante do atendimento na Terapia Holística e um de seus maiores diferenciais em relação a outras profissões correlatas. Uma das formas mais práticas e eficientes de introduzir a proposta em consultórios é a implementação de técnicas básicas de Aconselhamento. Diferente do que popularmente se entende como “dar conselhos”, a conversação terapêutica aplica muito do saber ouvir, pontuando tópicos relevantes com perguntas pertinentes e convites à reflexão. A receptividade sem julgamentos e empatia que se desenvolve entre Terapeuta Holístico e Cliente conduz a uma relação terapêutica mais eficaz e mutuamente gratificante, implementando o autoconhecimento e, com este, a maximização da Qualidade de Vida, que é o objetivo maior de nosso trabalho.

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras. Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem “científica-reducionista-elitista” cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem “empírica-holística-acessível” de nossos ancestrais xamãnicos. A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do “cientificismo”, mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes. Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a “alma”, desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder do Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas.

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em uma revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Para o resgate da abordagem Holística, havemos de compensar a ênfase de décadas aos aspectos físicos-objetivos, revitalizando as terapêuticas focadas ao psíquico-subjetivo-transcendente.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Psicoterapia no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém iniciarmos pelo básico, ou seja, o ACONSELHAMENTO, nome moderno que se dá àquilo que tão bem já praticavam nossos antecessores sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.

    Material e Metodologia:

    1. Definição

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    Na cultura anglo-saxônica, o termo Aconselhamento ("counseling") é utilizado para designar um conjunto de práticas que são tão diversas quanto as que configuram as práticas de: orientar, ajudar, informar, amparar, tratar. H.B e A.C. English definem o aconselhamento como "uma relação na qual uma pessoa tenta ajudar uma outra a compreender e a resolver problemas aos quais ela tem que enfrentar ".

    Um tema que concerne à filosofia do aconselhamento, predomina em toda a literatura anglo-saxônica: a crença na dignidade e no valor do indivíduo pelo reconhecimento de sua liberdade em determinar seus próprios valores e objetivos e no seu direito de seguir seu estilo de vida.

    O indivíduo tem um valor em si, independentemente do que pode realizar. Muitas vezes, a pessoa não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. O aconselhamento visa ajudá-la a desenvolver sua singularidade e a acentuar sua individualidade. Mais que uma filosofia que poderia ser interpretada, à primeira vista, como uma forma de individualismo selvagem, todos os grandes textos do aconselhamento fazem referência à responsabilidade da pessoa diante dela mesma, do outro e do mundo em torno dela. O individuo não é nem bom, nem ruim por natureza ou por hereditariedade. Ele possui um potencial de evolução e de mudança. O(A) aconselhador(a) deve considerar o sentido e os valores que o Cliente atribui à vida, às suas próprias atitudes e comportamentos porque quando uma mudança se impõe no contexto de vida, isto pode se chocar com as opções filosóficas da pessoa em questão e ser em si uma causa de dificuldade (ex. : mudança de atitude diante do trabalho, da família, da sexualidade, da morte,…).

    Segundo Catherine Tourette-Turgis, "o princípio de coerência do aconselhamento reside fundamentalmente no fato de que muitas situações da vida são, elas mesmas, causas de sofrimentos psíquicos e sociais, necessitando uma conceitualização e que dispositivos de apoio sejam colocados à disposição das pessoas que as vivem ".

    Para ela, "o aconselhamento é uma forma de "psicoterapia situacionista", isto é, a situação é causa do sintoma e não o inverso. O aconselhamento, forma de acompanhamento psicoterápico e social, designa uma situação na qual duas pessoas estabelecem uma relação, uma fazendo explicitamente apelo à outra através de um pedido (verbalizado) com objetivo de tratar, resolver, assumir um ou mais problemas que lhe dizem respeito… A expressão "acompanhamento psicoterápico" seria insuficiente na medida em que os campos de aplicação do aconselhamento designam muitas vezes realidades sociais produtoras em si mesmas de um conjunto de distúrbios ou de dificuldades para os indivíduos".

    Neste sentido, o aconselhamento responde às necessidades de pessoas que procuram ajuda de uma outra para resolver, em um tempo relativamente breve, problemas que não são oriundos necessariamente de questões profundas (do ponto de vista psicoterápico). Estes problemas podem estar ligados, na verdade, aos empecilhos ou a um contexto específico com o qual elas precisam se adaptar ou aos quais elas devem sobreviver e pelos quais, na maior parte do tempo, a sociedade não as preparou (ex.: traumatismos de guerra, prevenção da aids, desemprego, …) ou não assegura as funções de apoio adequadas em tempo real, ou seja, de imediato.

    Existem pontos comuns no desenvolvimento do aconselhamento que podem ser resumidos pela importância dada:

    Aos métodos ativos na relação de ajuda;

    À crença no potencial de um indivíduo ou de um grupo;

    À crença na transformação em um curto espaço de tempo;

    Ao estabelecimento de uma relação aonde a autoridade é substituída pela empatia;

    A um ambiente facilitador de mudança e de evolução pessoal.

    2. Bases do aconselhamento: ATITUDES

    2.1 ESCUTAR

    A escuta, no aconselhamento, se diferencia daquela que nós experimentamos cotidianamente. Significa uma forma de engajamento em relação ao outro, implicando estar sensível e atento a este.

    Escutar não se resume ao fato de captar os conteúdos e os sentimentos que o Cliente expõe. Da mesma maneira, a escuta não é um processo terapêutico em si e não é suficiente para completar o desenvolvimento e realizar mudanças.

    A escuta é a competência de base indispensável ao exercício de outras capacidades, como a de reformular os conteúdos de uma entrevista, sentimentos e emoções expressas.

    O que é a escuta ?

    A escuta em aconselhamento, é uma prática que induz imediatamente a um certo tipo de relação entre o(a) aconselhador(a) e o Cliente. Tal experiência de escuta é frequentemente a primeira vivida pelo o aconselhado. Na verdade, ele se sente escutado sem os filtros habituais constituídos pelo julgamento, pela opinião ativa da vida social ordinária, pela avaliação e o análise em certos métodos convencionais.

    Os níveis de escuta:

    1 - O primeiro nível concerne o que é dito na relação. No entanto, se ficarmos neste nível, a relação não se desenvolve muito e o Terapeuta Holístico fica em posição “de escutar uma história”.

    2 - O segundo nível, definido por certos autores como uma “atenção flutuante”, concerne não somente o que é dito mas também o que existe “além das palavras”. O Terapeuta Holístico fica atento às palavras, mas também aos aspectos não-verbais (expressão do rosto, gestos, movimentos dos olhos…) e para-lingüísticos (volume, tom, rapidez…) utilizados pelo Cliente.

    3 - Além destes dois níveis de escuta, o(a) aconselhador(a) deve também estar atento ao que ele pensa, às suas próprias emoções, às suas próprias sensações corporais. Pois estes indícios podem lhe servir de indicadores do que se passa na relação e o Terapeuta Holístico pode utilizá-los como uma espécie de “caixa de ressonância” do desenvolvimento da relação.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Eu sou capaz de escutar o que a pessoa quer me dizer sem me sentir em perigo ?

    Por que sinto certas dificuldades ao escutar pessoas que provocam em mim sentimentos excessivos e pertubam minha escuta ?

    Até onde eu posso escutar alguém mantendo-me neutro ?

    Reflexões:

    Frequentemente é dificil escutar o outro porque evito escutar o que se passa em mim mesmo.

    As mensagens contraditórias da minha comunicação podem parasitar minha escuta.

    2.2 ACEITAR

    A aceitação é uma atitude fundamental no aconselhamento. Comunicar sua aceitação implica que todas as atitudes e os comportamentos verbais e não verbais do profissional indicam à pessoa que alguém está tentando compreendê-la, aceitá-la completamente.

    A aceitação é, algumas vezes, mais importante que a compreensão. A pessoa tem antes de tudo a necessidade de ser aceita como ela é, como se sente, como diz que se sente antes de poder explorar a mudança. Frequentemente, no momento de um evento desequilibrante, a pessoa descobre que a aceitação que acreditava ter conquistada, de tal ou tal pessoa à sua volta, na verdade, não era real. Por exemplo, as pessoas soropositivas viram-se, quase sempre, confrontadas com o luto do amor incondicional dos seus. A confrontação de uma deficiência, em função das angústias que ela suscita, reduz a capacidade de aceitação de pessoas que estão em volta e que têm dificuldades de se confrontar ao sofrimento da pessoa, mantendo-se distantes.

    Como manifestar seu grau de aceitação ?

    Ajudando a pessoa a restaurar a auto-imagem e a auto-estima,

    Ajudando a pessoa a desenvolver uma maior aceitação de si mesma (frequentemente as pessoas são muito severas com elas mesmas: por exemplo, elas não se autorizam ao repouso, elas se sentem culpadas de estarem com problemas…).

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Sou capaz de aceitar totalmente a personalidade do outro, em uma relação de Conselho?

    Por que, algumas vezes, aceito certos comportamentos de uma pessoa e desaprovo totalmente outros ?

    Como posso comunicar minha aceitação em relação aos sentimentos do outro ?

    Se eu desaprovo uma pessoa, o que faço ?

    Reflexões:

    Posso me sentir ameaçado (a) por certos comportamentos de uma pessoa: é importante que eu aceite meus próprios sentimentos em relação à esta para em seguida desenvolver minha aceitação em relação a ela.

    2.3 AUSÊNCIA DE JULGAMENTO

    O julgamento é um obstáculo na progressão da relação de ajuda. Ele bloqueia a capacidade do outro de se responsabilizar, já que o mantêm na dependência deste. A relação de Conselho deve se estabelecer sem julgamento de valor.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Eu posso reduzir o receio que a pessoa tem de ser julgada ?

    Até onde posso trabalhar minha falta de julgamento ?

    Por que o julgamento positivo pode ser tão ameaçador quanto o julgamento negativo ?

    Reflexões:

    É difícil liberar uma pessoa do seu próprio receio de ser julgada pelos outros.

    Um julgamento positivo significa que nós avaliamos as capacidades e o valor da pessoa; ela pode deduzir que poderíamos, da mesma maneira, atribuir-lhe um valor negativo.

    2.4 EMPATIA

    A empatia é uma forma de compreensão definida como a capacidade de perceber e de compreender os sentimentos de uma outra pessoa.

    Diferentemente da simpatia ou da antipatia, a empatia é um processo no qual o profissional tenta fazer a abstração de seu próprio universo de referência, mas sem perder o contato com ele, para se centralizar na maneira como a pessoa percebe sua própria realidade. A empatia se resume em uma questão a ser colocada regularmente:

    O que se passa, neste instante, com a pessoa que está diante de mim ?

    Numerosos trabalhos afirmam que a empatia é fundamental na entrevista e que a qualidade desta está diretamente ligada à experiência do(a) aconselhado(a) e a qualidade do laço terapêutico, independentemente da teoria à qual o Terapeuta Holístico se identifica. Outros estudos (Mitchell, Bozarth, Krauff et Sloan por exemplo) demonstram bem sua importância, mas não a consideram como determinante.

    A adoção desta atitude é dificil em certas situações graves que nos forçam naturalmente a nos sentirmos, ao mesmo tempo, afetados, impotentes e que mobilizam em nós, sentimentos como o da injustiça ou o da inquietude. No entanto, uma pessoa confrontada com uma situação dificil precisa em primeiro lugar de alguém presente ao seu lado que a ajude à enfrentar o que ela está vivendo e não uma pessoa que reaja por ela. Pela compreensão empática, o conselheiro ajuda a pessoa à entrar em contato com seus próprios sentimentos e a descobrir o que estes significam.

    Como manifestar sua empatia ?

    Verbalizando o que é percebido na pessoa como emoção dominante,

    Pedindo-lhe para nos dizer o que precisaria mais neste momento,

    Tentando compreender o ponto de vista da pessoa e o reformulando sem tentar transformá-lo (é por ela mesma que a pessoa, em um segundo momento, modificará seu ponto de vista da situação).

    Os efeitos da empatia na relação de cuidados:

    Aumento do nível de auto-estima: “é possível então compreender o que eu sinto sem me dizer que eu estou errada de pensar assim”;

    Melhora da qualidade da comunicação: “ele não me responde dizendo que ele também pode morrer a qualquer momento, basta por o pé na rua”;

    Abertura à possibilidade da expressão de emoções profundas: “é verdade que atrás desta raiva se encontram todos os meus medos”.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Posso entrar no mundo íntimo de uma outra pessoa e conseguir compreender o que ela sente e o que ela percebe ?

    Posso me sentir suficientemente próximo de uma outra pessoa me sentindo ao mesmo tempo diferente e perder toda vontade de julgá-la e de avaliá-la ?

    Reflexões:

    Pode ser difícil para mim, dizer a alguém como eu a compreendo.

    O mínimo de compreensão reformulada, mesmo incompleta, ajuda consideravelmente o outro a avançar na compreensão dele mesmo.

    2.5 CONGRUÊNCIA

    A congruência pode ser definida como: “o estado de espírito” do profissional de aconselhamento quando suas intervenções durante a entrevista são coerentes com as emoções e as reflexões suscitadas nele pelo Cliente.

    Supõe, da parte do(a) aconselhador(a), disponibilidade com relação às emoções e aceitação destas. Na verdade, Carl Rogers desenvolve a hipótese que “a mudança da pessoa é facilitada quando o terapeuta é o que é”; quando seus contatos com o cliente são autênticos, sem máscara nem fachada, onde se expressa abertamente os sentimentos e atitudes que invadem seu interior neste momento preciso.

    A congruência do Terapeuta Holístico vai, de uma certa maneira, autorizar a do cliente. O profissional oferece um espelho de possíveis efeitos que podem provocar a atitude e o comportamento do Cliente numa relação interpessoal onde a integridade e o profissionalismo do(a) aconselhador(a) dão uma garantia que este (a) não está colocando na relação suas próprias neuroses. Muitas vezes, isto favorece ao Cliente,entrar em contato com seus próprios sentimentos.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Será que me expresso de maneira a comunicar ao outro a minha imagem ?

    Como posso distingüir minhas proprias reações das dos outros ?

    Como posso permitir a uma outra pessoa que ela possa perceber o que eu sou e me aceitar como tal ?

    Reflexões:

    Se posso me mostrar tal como sou, se posso reconhecer e aceitar meus próprios sentimentos, posso então favorecer, ao outro, o crescimento e o seu desenvolvimento.

    Se posso permitir que o outro descubra certos aspectos de minha personalidade, que ele de toda maneira se apercebeu, ele poderá se aceitar melhor.

    3. Bases do aconselhamento: TÉCNICAS

    3.1 Questão aberta

    Esta é uma técnica muitas vezes usada para recolher informações ou esclarecimentos sobre um ponto preciso. Em princípio, as questões utilizadas pelo(a)s aconselhadore(a)s são "questões abertas” necessitando de uma resposta mais longa que um simples "sim" ou "não".

    As questões abertas encorajam os Clientes a compartilhar seus pontos de vista com o(a) aconselhador(a). Responsabilizam o aconselhado, durante a entrevista e lhe permitem explorar por ele mesmo as atitudes, os sentimentos, os valores e os comportamentos sem ser influenciado pelo universo de referência do(a) aconselhador(a).

    O(A) aconselhador(a), através de suas perguntas deve, essencialmente, ser guiado(a) pelo desejo de compreender e ajudar e não pelo único desejo de ser informado(a). A maneira de questionar é determinante, a forma e o tom devem ser o mais distante possível de toda forma parecendo ou lembrando uma inquisição ou um interrogatório.

    Como fazer ?

    A melhor maneira de praticar uma técnica de Questão aberta é a de focalizar as expressões que são “lugar comum” e que aparecem durante a entrevista considerando que tudo deve ser sujeito de descrição. Por exemplo, uma frase simples como : "estou triste ", é uma expressão "lugar comum " que necessita de ser descrita de maneira mais detalhada porque cada pessoa tem sua própria definição da tristeza. É possível então, por uma simples questão aberta, tentar focalizar mais precisamente o que a pessoa sente realmente (Seria possível me dizer o que sente exatamente quando está triste ? No que pensa nestes momentos ? etc.).

    3.2 Reformulação dos conteúdos

    A reformulação do conteúdo nos permite verificar se compreendemos bem o que a pessoa queria nos dizer, o que permite re-focalizar a entrevista quando esta parece tomar várias direções ao mesmo tempo. A capacidade de reformar o que o outro acabou de expressar constitui o primeiro nível na aprendizagem da escuta.

    A reformulação tem os seguintes objetivos :

    Permitir ao profissional verificar seu nível de percepção, para estar certo que ele compreende bem o que a pessoa está lhe descrevendo;

    Fazer a pessoa entender que ela está realmente sendo escutada;

    Concretizar as observações e os comentários da pessoa retomando o que ela disse de uma maneira mais concisa.

    3.3 Esclarecimento (Clarificação)

    O “esclarecimento” consiste em tornar mais claro certos aspectos evocados durante a entrevista.

    Tem como objetivo aumentar a capacidade de análise e de verbalização do cliente no que concerne as situações, eventos ou sentimentos.

    Exemplo :

    "Você disse que estava decepcionado. Como assim, decepcionado ?"

    3.4 Focalização

    A “focalização” tem como objetivo estimular o processo exploratório e de facilitar a resolução de problemas.

    As funções da focalização :

    Desencadear a expressão de uma emoção mais profunda;

    Encontrar a origem de um sentimento;

    Permitir a pessoa de se reapropriar de seu problema;

    Facilitar a resolução de problemas.

    Exemplos de perguntas facilitando a focalização :

    Poderia tentar me dizer ou imaginar de quem tem raiva ?

    O que tem vontade de dizer para esta pessoa ? Se ela estivesse aqui conosco, o que lhe diria ?

    Como poderia lhe dizer o que sente ?

    Como pensa que as pessoas a sua volta vão reagir ?

    O que deduz disto tudo ?

    O que vai fazer de tudo que acabou de aprender de si mesmo ?

    Como vê a solução do seu problema ?

    O que esta solução supõe ?

    Como se sente diante deste novo problema ?

    3.5 Confrontação

    A confrontação consiste em fazer com que a pessoa descubra seu grau de implicação ou de contradição em uma situação e tem como objetivo ajudar e esclarecer.

    A confrontação exige do profissional uma grande confiança na sua capacidade de ajudar e também da pessoa ou do grupo de progredir. A confrontação é uma potente “alavanca” propulsora do crescimento das pessoas e do grupo.

    Exemplo:

    “A senhora me diz se sentir livre para tomar esta decisão mas antes estava dizendo que com ela nunca se sentiu realmente à vontade. Será que poderíamos voltar a este sentimento e examinar os meios que tem para tomar esta decisão ?”

    3.6 Os silêncios

    O aparecimento de momentos silenciosos é em geral favorável ao processo do aconselhamento, com a exceção daqueles que acontecem no momento das primeiras entrevistas e que podem revelar o medo e o desconforto do Cliente ou do(a) aconselhador(a), ligados ao encontro.

    A maior parte do(a)s aconselhadore(a)s ficam em silêncio quando este vem do Cliente e intervem em função do lugar deste na entrevista e do que eles percebem como sendo uma necessidade do outro. O silêncio favorece o começo da relação da pessoa com ela mesma. Será um momento de elaboração importante se puder ser vivido na presença de uma outra pessoa.

    Ele favorece a autoconscientização e faz descobrir uma outra forma de presença no mundo.

    Tipos de silêncio :

    A pausa depois da expressão de um sentimento;

    A passagem de um tema a um outro;

    A pausa contemplativa;

    A pausa dolorosa;

    De timidez;

    A necessidade de apoio;

    Depois da descoberta.

    3.7 Técnica do reflexo

    A técnica do reflexo dos sentimentos é uma tentativa de compreensão do ponto de vista do Cliente. Consiste em comunicar ao este o que se percebe de suas emoções e sentimentos no momento presente ou o que diz ter vivenciado durante as situações evocadas durante a entrevista. Isto necessita que aquele que pratica esta técnica se concentre não somente no que a pessoa diz, mas também na maneira como ela diz.

    O "reflexo" dos sentimentos é um meio e não um fim. Esta técnica não serve apenas para trazer à tona o que foi vivenciado mas, também, para evidenciar um certo número de problemas. O papel do profissional de aconselhamento consiste em funcionar como um espelho. Esta atitude aumenta a capacidade de compreensão do cliente sobre si mesmo.

    Existem númerosos casos de má utilização desta técnica. A mais comum delas consiste em acreditar que a expressão e a identificação dos sentimentos e emoções possuem, por elas mesmas, um valor terapêutico, as vezes mesmo, de transformá-la em técnica principal. No aconselhamento as coisas não funcionam assim, e a eficácia da técnica do reflexo reside essencialmente no fato de que a expressão dos sentimentos é um meio e não um fim. É importante que o Cliente se dê conta por ele mesmo (para conduzir sua vida), não só do interesse que pode existir no fato de expressar seus sentimentos, em certas situações, mas, também no interesse que pode existir no fato de conhecer e confiar nestes quando está diante das pessoas e das situações.

    A expressão dos sentimentos negativos ou hostis em uma relação e em um clima de aceitação tem habitualmente o efeito de desarmar os "acting out" (forte transferência, não devidamente analisada, que se traduz em ações reflexas por parte do Cliente). Sentir-se compreendido e aceito é um elemento importante em aconselhamento mas, em hipótese alguma, o trabalho do(a) aconselhador(a) deve ser reduzido a esta técnica.

    O trabalho de formulação é muito importante, porque ele ajuda as pessoas a descobrir e ter confiança no que sentem e vivenciam.

    Funções do reflexo:

    Permitir a pessoa a se abrir ao que um determinado sentimento ou emoção lhe indica (por exemplo: o medo indica a existência de ameaça; a tristeza indica a existência de uma “ferida”, a raiva pode indicar a existência de um empecilho);

    Ajudar a pessoa a reconhecer o sentimento expresso;

    Verificar que houve uma boa compreensão;

    Permitir que a pessoa tenha acesso (em seguida) a uma emoção subentendida.

    4. Indo Além do Aconselhamento: Outras Técnicas Psicoterápicas

    Uma vez bem compreendido e exercitado o Aconselhamento, estará facilitado o caminho para a inclusão de outras formas de Psicoterapia. Na sequência, abordaremos duas opções complementares:

    4.1 Análise de Sonhos

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ...”o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro”... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as “chaves” transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado “o sono sagrado”, onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de “sonho acordado”, muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão “científico”. Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, “a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma”. Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma “auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material “espontâneo” que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a “dramatização”, onde a pessoa “encarna”, um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura “incorporada”. Outra ferramenta de interpretação é a “ampliação” do sonho, onde se é estimulado para “prolongar” o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de “ampliação” é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que “ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico”. O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.

    4.2 Vivências

    Do mesmo modo como “evocamos” os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Um “massoterapeuta” convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma “lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais “pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram “especializações” funcionais, “desenhando-se” no holograma certos “caminhos” bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa “tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. “Mapeando” esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos “meridianos” de Acupuntura, na China milenar, e os “chacras” na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a “circulação” energética, induzimos à “circulação” das informações psíquicas, ocorrendo os chamados “insights” (“flashs”, lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que “digerir”, compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro “equilíbrio energético”. O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

    Resultados:

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade.

    Discussão:

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a “imitar” o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE – Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de ministrar aulas pelo método EAD – Ensino à Distância, propiciando aprendizado independente da localidade em que o interessado estiver.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.

    Conclusões:

    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    O Aconselhamento, cujo aprendizado é relativamente simples e intuitivo, em especial para quem exerce outras formas de Terapia, é de fácil integração às demais técnicas já adotadas em consultório. Tamanhos são os ganhos tanto para a Clientela, quanto ao Terapeuta Holístico, ampliando exponencialmente o leque de atuação, que este é um caminho obrigatório a qualquer profissional que deseje maximizar seus potenciais e sua realização na carreira.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Reichiana e Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui regressão, progressão, vivências, etc...).

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.

    Referências bibliográficas:

    "Counseling, Santé et Développement” em www.counselingvih.org;

    “O Processo de Aconselhamento” – Paterson / Einsenberg – Martins Fontes 1988;

    “Tutorial Terapia Holística” - SINTEbooks

    Anexos e Apêndices:

    PLANILHA - RESUMO: ACONSELHAMENTO
    ATITUDES
    EscutarReceptividade total ao que o Cliente transmite verbalmente e corporalmente
    AceitarAceitação do Cliente como ele é, como diz que se sente, contribuindo com sua auto-estima
    Ausência de JulgamentoJamais julgar, nem a favor, nem contra
    EmpatiaCompreender o ponto de vista do Cliente sem tentar transformá-lo
    CongruênciaSinceridade e coerência na relação com o Cliente
    TÉCNICAS
    Questão abertaIdentificar expressões tipo "lugar comum" e estimular ao Cliente que aprofunde o tema, focalizando mais especificamente o que realmente sente.
    Reformulação dos conteúdosVerbalizar, resumidamente, as observações e os comentários do Cliente, retomando o que ele disse de uma maneira mais concisa, para melhor compreensão e também para que fique claro que realmente o está escutando.
    ClarificaçãoRetomar certos tópicos da consulta, solicitando ao Cliente que os esclareça mais profundamente, objetivando ampliar a capacidade do mesmo em compreender tais situações, eventos, emoções.
    FocalizaçãoFocar a conversação sobre um único tópico em destaque, estimulando o Cliente a contatar mais profundamente a emoção e as origens do problema
    ConfrontaçãoPontuar, sem julgar, algumas contradições nos relatos do Cliente, ajudando-o a repensar o assunto.
    SilênciosDetectar e respeitar as pausas do Cliente que se originam depois da expressão de emoções, de insights, de auto-reflexão, permanecendo receptivo
    EspelhamentoDemonstrar sua compreensão do ponto de vista do Cliente, comunicando-o quanto às emoções detectadas no atendimento, fazendo-se de "espelho", facilitando-lhe a sua capacidade de auto-compreensão.

    1)

    Terapia Holística: Ciência ou Arte ?

    Yin, Yang... Ciência, Arte...

    Aparentes opostos, com certeza, complementares,

    ambas somam as faces da moeda do Conhecimento.

    ...

    O conhecimento humano poderia ser dividido entre o conhecimento organizado e o conhecimento ingênuo. O conhecimento ingênuo nada mais seria do que um conhecer intuitivo que pode ter algum grau de reflexão, mas de que certo modo só pertence àquele ser que o percebeu e que sobre ele refletiu. É uma forma de conhecimento muito pessoal. Já o conhecimento organizado nos propicia o surgimento da própria civilização. Esse é o conhecimento registrado, que pode ser transmitido para outras pessoas sem a presença daquele que o desenvolveu, e que se despessoaliza no sentido de criar uma cultura, que pode se realimentar para criar conhecimentos novos, e mais sofisticados.

    Dentro do conhecimento organizado podemos encontrar uma nova subdivisão: ciência e arte.

    ...

    Textos extraídos de www.ricardohage.com/artigos/estetica.pdf

    A Ciência aplica a lógica formal e metodologia, resulta de uma atitude consciente em direção ao entendimento e um esforço fundamental de comprovação, objetivando a intervenção no que se conveniou chamar de realidade. Já a Arte, atua sobre uma lógica subjetiva, isenta de compromissos com a verificação e nasce de uma atitude inconsciente do ser humano, que no geral quer deixar sua marca nessa mesma realidade.

    Com o advento da Modernidade, a sociedade ocidental pautou-se por uma crescente racionalização, assumindo a Ciência como o fundamento geral de nossa orientação no mundo. Nossa civilização passou por uma ditadura religiosa, onde os dogmas da Igreja constituiam a verdade inquestionável, para um atual estado de ditadura científica, na qual confundem aquilo que a Ciência não consegue explicar, como sendo algo impossível de existir.

    A Terapia Holística, que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, possui sua própria lógica singular, muito mais para a subjetividade da Arte, do que para a objetividade da Ciência. Os resultados obtidos pelos Terapeutas Holísticos não cabem nos moldes da pesquisa científica tida como “oficial”, resultando daí, ter sua validade e eficácia injustamente questionadas. Na Idade Média, milhares de nossos antecessores tiveram que negar suas práticas, ocultar seus conhecimentos, esconder suas poções, enfim, renunciar às suas essências (em vários sentidos...) para escapar das fogueiras da Inquisição. Ainda traumatizados com a perseguição histórica, nos tempos modernos, novamente renegam suas origens, tentando sobreviver à inquisição do que se convencionou chamar Ciência. Submetendo-se ao julgo de seus atuais algozes, a Terapia Holística perdeu parte de sua identidade, abrindo mão de seu linguajar, de seus fundamentos, gerando um sincretismo que não surtiu o efeito desejado. Incabíveis em tubos de ensaio, ao tentar “discursar em língua estrangeira” (“cientificês”...), a maior parte das técnicas terapêuticas milenares soaram ainda mais estranhas aos donos da verdade oficial e aí sim foram condenadas, de vez, às fogueiras purificadoras dos dogmas de laboratório. Algumas técnicas tiveram destino ainda mais cruel: tanto abriram mão de suas origens, tanto se adaptaram, que correm o risco de se transformar em “monstros transgênicos”, produtos artificiais adequados aos padrões de consumo “oficial”. A Terapia Tradicional Chinesa, por exemplo, se perder sua alma, transformará seus praticantes em meros espetadores de agulhas, máquinas automáticas de aplicações de tabelas... Já a Fitoterapia, se perder suas “raízes”, será mais um serviçal da indústria de patentes, do que ao bem-estar de seus adeptos.

    Yin e Yang... noite e dia... ciência e arte... faces alternantes de um mesmo fenômeno. Em algum momento no tempo, a Terapia Holística será Ciência, também. No presente, há que ser percebida, compreendida e aceita como ARTE, pois esta é a faceta que agora se mostra. E se valoriza ! Afinal, enquanto a Ciência é inconstante e temporal (o que é fato científico hoje, pode ser a falácia teórica, amanhã...), a Arte é eterna... Resgatemos a auto-estima de nossa profissão, nossa herança milenar e assumamos que

    A Terapia Holística é a ARTE da Qualidade de Vida !


    2)

    A História da Terapia Holística

    Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos

    (paráfrase sobre texto de 1986, do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico – de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico – de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por “sincronicidades”, por “sinais”, cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este “status”, o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os “iniciados” compreendiam as “instruções” incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História “ocidentalizada” registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem “científica”, ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro “médico”, já que estabeleceu “doenças” como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo “desmembramento de seus componentes”. Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de “doenças” que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e

    descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA, de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica - Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este “movimento separatista elitizado”, continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem “científica” e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o “consolo espiritual” da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência “exata”...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a “desumanização” do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte –-importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva – da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas – a história, a filosofia, a literatura e a psicologia – não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de “A (re)humanização da medicina”, de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada “Revolução Aquariana”. Movimentos “hippies”, de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura “científica”, onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais “científico”. Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas “traduzidas” para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.






    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico – CRT 21001
    Última atualização: 13/05/2008 15:06


    A ANÁLISE DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA

    TCC- TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

    A ANÁLISE DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA. 
     
     

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS-.

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM TERAPIA HOLÍSTICA.

    SÃO PAULO - SP.                      

    DISCIPLINA: PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    AUTOR:  

    RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD

                 Terapeuta Holístico

                      

    ORIENTADOR:        HENRIQUE VIEIRA FILHO

                                            Terapeuta Holístico - CRT 21001 
     

    BELO HORIZONTE – MG, 29 DE  MAIO 2008. 
     
     
     

                                                                          Dedicatória: 
     

                                                                         “Para a minha Mãe

                                                                          Therezinha Lima Haddad

                                                                          e para o meu Pai Omar Haddad,

                                                                          que me acompanham lá do céu ”. 
     
     
     
                                        

                                           Agradecimento: 

                     Ao SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS-

                                          COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS EM TERAPIA HOLÍSTICA, pelo incentivo vibrante e pela oportunidade,         para apresentar a presente MONOGRAFIA na disciplina                  PSICOTERAPIA HOLÍSTICA. 
     
     
      

      SUMÁRIOPáginas
      RESUMO.           6
      CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.           6
      CAPÍTULO 2. MATERIAL.           7
      CAPÍTULO 3. METODOLOGIA.           8
      3.1 O Corpo Físico           8
      3.2 O Que Ensina Anaxágoras           8
      3.3 O Que Ensina Demócrito           8
      3.4 A Organização de Direção de Sentido e Funções do Corpo Físico           8
      3.5 Revelação da Imagem Holística do Corpo Físico           9
      3.6 Imagem do Corpo Físico de Frente           9
      3.7 Imagem do Corpo Físico de Perfil          10
      3.8 Imagem do Corpo Físico de Costas         10
      3.9 As Proporções do Corpo Físico          11
      3.10 A Psicognomia          12
      3.11 A Fisiognomonia          12
      3.12 Segmentos Básicos dos Membros Superiores          14
      3.13 Principais Funções das Áreas dos Segmentos Superiores          14
      3.14 Segmentos Básicos dos Membros Inferiores          14
      3.15 Principais Funções das Áreas dos Segmentos Inferiores          14
      3.16 Interpretação das Imagens dos Membros Superior e Inferior          15
      3.17 Critérios para Interpretação das Imagens          15
      3.18 Distribuição das Imagens na folha          16
      3.19 Interpretação da Posição das Imagens na folha16
      3.20 Interpretação dos Tipos de Traços das Imagens23
      3.21 As formas da Imagem Holística32
      CAPÍTULO 4. RESULTADOS.36
      CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.37
      CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.37
      CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.39
      ANEXOS E APÊNDICE.39
     
     

                                                     RESUMO.                                                                    .

    Apresento para a psicoterapia holística as vantagens da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente. A Análise da Imagem Holística de um Cliente, ou de vários Clientes, pode dar, na verdade; informações, sugestões e pistas, e representa para o psicoterapeuta holístico uma ferramenta similar à das imagens computadorizadas com o grande diferencial que a imagem é feita pelo próprio Cliente, ou seja, seu próprio negativo! A base para a aplicação da técnica reside na interpretação da imagem do corpo físico do cliente de frente, de perfil e de costas, na distribuição das imagens, nos tipos de traços e nas formas das imagens. Para permitir a pesquisa e a prática de outros psicoterapeutas holísticos, apresento também, em síntese, uma Análise Holística.

    CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.

    1.1 O presente trabalho não tem propriamente a pretensão de ser uma tese que esgote o tema num sentido acadêmico, mas aponta uma direção de pesquisa, que séria e sistematicamente aprofundada, atrairia uma maior atenção do psicoterapeuta holístico para o estudo da técnica da Análise da Imagem feita pelo próprio Cliente. É de curial sabença que corpo físico é marcado pela experiência da vida através de registros que tanto são de origem genética quanto cultural, resultando numa gama de detalhes que nele estão armazenados e que podem ser revelados através da Análise da sua Imagem Holística.

    1.2 A Imagem Holística do Cliente é a revelação da disposição da mente através do contorno do corpo físico interpretada sempre numa ótica terapêutica.

    1.3 A Imagem Holística do Cliente surge pela representação do contorno do corpo físico através do modo de tracejar essencialmente psicomotor, orientando a revelação de uma realidade visual, imediatamente legível pelo psicoterapeuta holístico.

    1.4 A Análise preliminar nasce da percepção, do tempo de observação e da maneira de como o psicoterapeuta holístico consegue sair do movimento de julgamento, para simplesmente enxergar o que, naquele momento, o conjunto de Imagem Holística está mostrando.

    1.5 A técnica se desdobra na Interpretação da Distribuição das Imagens, Interpretação dos Traços e Interpretação das Formas das Imagens, o que pode ser aplicado em separado, ou no conjunto do seu desdobramento. Conduz para a identificação rápida e segura dos desequilíbrios que o Cliente poderá estar vivendo no momento, fornecendo ainda subsídios importantes para a solução do problema, quando não a própria solução.

    1.6 Por outro lado, as técnicas aplicáveis à análise específica de aproximadamente 205 formas de imagens de segmentos corporais não fazem parte integrante da presente Monografia.

    1.7 A técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente, fornece um material riquíssimo sendo também um poderosíssimo instrumento para a identificação do desequilíbrio energético apresentado pelo Cliente. Colhe informações que abrangem várias técnicas, suplementando as dificuldades da observação em entender as muitas facetas do Cliente. A técnica de Análise da Imagem Holística do Cliente possibilita maior entendimento do que aprendemos sobre pessoas - dentre elas, nós mesmos-, possibilita identificar comportamentos que de outro modo talvez não fossem observados, revelando com objetividade, segurança e realismo, o que talvez só fôssemos perceber após vários atendimentos, reduz e controla os erros de observação. E o melhor! Está ao alcance de quantos a queiram utilizar.

    1.8 A psicoterapia holística através da técnica da Análise da Imagem do Cliente, não é, em nenhum momento, a de enfatizar o que está ruim, e sim a de revelar aquilo que está bom.

    CAPÍTULO 2. MATERIAL.

    2.1 A presente Monografia tem como referência os resultados dos atendimentos realizados e o Curso de Leitura Corporal concluído pelo autor e ministrado no período de fevereiro de 2001 a dezembro de 2007 no Núcleo de Terapia Corporal Ltda, com sede na rua Assunção 40, bairro Sion - Belo Horizonte-MG, site www.leituracorporal.com.br. Fundamenta-se em uma sistematizada apertada síntese do conteúdo programático da disciplina Interpretação do Desenho. O curso de Leitura Corporal descreve e detalha a função emocional de cada segmento e estrutura corporal e revela as associações entre o que manifesta o corpo físico e os processos psíquicos e sensoriais do Ser Humano. Afirma que o corpo vive, registra, reage e revela a história pessoal. Relaciona as formas, as funcionalidades do corpo, os traços fisignomônicos, as posturas, as sensações e sintomas, os conteúdos mentais, emocionais, sensoriais e às particularidades comportamentais, estabelecendo uma conexão entre a linguagem do corpo, as disfunções orgânicas, os desequilíbrios e o autoconhecimento.

    2.2 O Núcleo de Terapia Corporal Ltda, fundado em 1988, tem como alicerce a relação Corpo Físico / Corpo Emocional. É constituído por profissionais de saúde- terapeutas, fisioterapeutas, massoterapeutas, médicos e psicólogos-. 
     

    CAPÍTULO 3. METODOLOGIA. 

    3.1 O CORPO FÍSICO. 

    A primeira coisa que podemos distinguir nitidamente no “Corpo Físico” é que tudo  se encontra encerrado em órgãos, sistemas e estruturas oferecendo  a este a maior proteção possível contra o mundo exterior, porém se reconhecendo que é efêmero e destrutível.

    É composto das mesmas forças e da mesma matéria do mundo aparentemente inerte ao nosso redor. Jamais poderia existir se não fosse continuadamente compenetrado e reconstituído pela matéria e pela força do mundo físico.

    O QUE ENSINA ANAXÁGORAS.    500 – 418 a. C 
     

    Uma infinidade de qualidades se encontra em todo o corpo, em toda extensão finita dada, tão grande ou pequena que se queira, e assim não se pode conceber nenhuma separação, tudo está sempre misturado a tudo”.

    3.3 O QUE ENSINA DEMÓCRITO.   460 – 370 a. C 
     

    “A alma está intimamente ligada ao cérebro. Não podemos possuir qualquer forma de consciência quando o cérebro degenera e morre”. 

                          3.4 A ORGANIZAÇÃO DE DIREÇÃO DE SENTIDO E FUNÇÕES DO CORPO FÍSICO. 

    1. SUPERIOR.     Expressão.

    2. INFERIOR.            Equilíbrio.

    3. ANTERIOR.           Comportamentos externos.

    4. POSTERIOR.          Comportamentais internos.

    5. CEFÁLICA.          Controle e coordenação.

    6. MEDIAL.                  Movimento para a exposição e fechamento.

    7. LATERAL.               Competência.

    8. PROXIMAL.             Impulso.

    9. DISTAL.                  Realização. 
     
     

                       3.5 REVELAÇÃO DA IMAGEM HOLÍSTICA DO CORPO FÍSICO.

     

                       

    . As imagens podem ser reveladas em três folhas de papel tamanho A 4 (210 x 297 mm) 75 g / m2, branca, sendo o contorno da Imagem do corpo físico executado com um lápis de cor preto número 2. As três folhas e o lápis são entregues pelo psicoterapeuta ao Cliente.

    . Seis minutos são o tempo aproximado para a execução do contorno da Imagem do corpo físico de frente, de perfil e de costas.

    .O Cliente entrega suas imagens ao psicoterapeuta holístico que procederá a interpretação das especificações, da distribuição das Imagens, dos traços e das formas. 

                                3.6 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE FRENTE.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de frente expressa como o Cliente se mostra. 

                                 ESPECIFICAÇÃO GERAL DA IMAGEM.

    1. Contorno completo do corpo físico.

    2. Formatação do pé com o dorso, artelhos e arcos medial e lateral.

    3. Pernas, coxas e joelhos.

    4. Distinção entre a pelve, a coxa e o abdome.

    5. Tronco, mamas, mamilo, umbigo e genitália.

    6. Membro superior constituído por dedos, corpo da mão, punho, antebraço, cotovelo, braço e axila.

    7. Pescoço com identificação dos limites da fossa supraclavicular e formatação dos ombros.

    8.Cabeça e cabelos. Face com dois olhos, duas sobrancelhas, nariz, boca e orelha (s).

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

          b) A imagem é entregue ao psicoterapeuta holístico. 

                         3.7 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE PERFIL.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de perfil revela como o Cliente exerce o estado entre o que está e o que é. 

                                   ESPECIFICAÇÃO DA IMAGEM. 

    1. Corpo do pé evidenciando os artelhos distais, calcanhar e tornozelo.

    2. Face lateral da perna, do joelho,  da coxa e do quadril.

    3. Face lateral do tronco, com pelos menos uma mama e mamilo.

    4. Marcação de pelo menos um membro inferior.

    5. Face lateral do pescoço e perfil da cabeça. No perfil da cabeça deverá ter a definição do nariz, da boca, de pelo menos um olho, uma sobrancelha, uma orelha, e marcação dos cabelos.

    6. Contorno da face lateral do tronco.

    7. Encaixe no ombro de pelo menos um membro inferior constituído de dedos, corpo da mão, punho, antebraço, cotovelo e braço.

    8. Face lateral do pescoço com marcação da “saboneteira”.

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

                   b) A imagem permanece com o psicoterapeuta holístico.

                                 3.8 IMAGEM DO CORPO FÍSICO DE COSTAS.  

    EMENTA: A imagem do corpo físico de costas é a revelação daquilo que naquele momento, é o tema predominante na vida do Cliente.   

                                         ESPECIFICAÇÃO DA IMAGEM.

    1. Marcação e definição do corpo do pé para frente com diferenciação dos artelhos das extremidades e calcanhar.

    2. Definição da face posterior do tornozelo e da perna.

    3. Definição da  face posterior do joelho e da passagem da coxa para a nádega.

    4. Dorso evidenciando existência da coluna.

    5. Definição do pescoço e segmento cefálico com contorno completo.

    6. Marcação de cabelos e orelha (s).

    7. Dedos, corpo da mão, punhos, antebraços, cotovelos  braços, preferencialmente ligados no ombro.

    NOTAS: a) Não existe a obrigatoriedade do Cliente “saber” desenhar.

                  b) A imagem permanece com o psicoterapeuta holístico.

                  c)A coluna espinal pode está evidenciada por uma linha ou pelo adentramento da face da lateral do tronco. 

    3.9 AS PROPORÇÕES DO CORPO FÍSICO.

    De início, foi no próprio corpo que os seres humanos colheram suas unidades de medida. Buscando em si mesmos referências para descrever as grandezas, utilizaram a distância do cotovelo à ponta do dedo médio, a largura do próprio palmo e a extensão do seu pé. Os dedos, logo tomados como unidades de contagem iriam até dar base a todo um sistema, o decimal. Alguns destes antigos padrões continuam em uso, como o pé e a polegada; ainda se ouve falar em rede de pesca com malha de três dedos, covas de sete palmos de altura ou mãos de milho e de feijão.

    Essa observação das dimensões parece ter surgido na idade da Pedra, há 40 mil anos, quando o homem riscou na rocha o contorno da sua mão, o seu ”negativo” criando a primeira Imagem!

    O mesmo respeito às medidas anatômicas iria transparecer em inúmeros povos da antiguidade, notadamente na escultura-arte que os egípcios ainda submeteriam a mais uma disciplina, a da simetria.

    Marcus Vitruvius Pollo, comumente conhecido como Vitruvius [Vitrúviu], arquiteto e engenheiro romano que trabalhou no primeiro século antes da nossa era, afirma que a simetria é a concordância justa entre as partes da própria obra e a relação entre os diferentes elementos e todo o esquema geral de acordo com uma determinada parte escolhida como padrão.

    Assim, no corpo humano, Vitrúviu demonstra a harmonia simétrica que existe entre o antebraço, o pé, a palma da mão, o dedo e outras partes menores. Compara essas partes as partes de um edifício, continuando a antiga tradição do edifício sagrado visto em termos do corpo humano e, assim, em termos do microcosmo. 
     
     
     

     

                                                 3.10 A PSICOGNOMIA.

    1. A Psicognomia é a ciência que trata dos sinais reveladores crânio faciais e gráficos.

    2. Os cientistas que mais se distinguiram em Psicognomia nos séculos XVIII e XIX e mais contribuíram para desenvolver e encaminhar essa ciência, tornando-a menos arbitrária e mais compreensiva, foram Lavater e Gall.

    3. Instintivamente se procura sondar e penetrar os segredos alheios e saber o que está no invólucro do Ser Humano. O importante é saber se essa intuição tem base ou não na realidade dos fatos, o que é admissível e provável, e o que não é.

    4. Quais os dados certos, científicos, que sobre isso a Psicognomia fornece? Já chegou ela a estabelecer normas e leis suficientes para orientar nesse terreno escuro e tão heterogêneo, e resolver os problemas corriqueiros? Paulo Bouts e Camilo Bouts  a afirmam no livro A PSICOGNOMIA,  Editora Vera Cruz Ltda, quinta edição, ano 1943.

     

                                              3.11 A FISIOGNOMONIA.

    1. A Fisiognomonia não se refere apenas a certas partes, formas e traços da fisionomia humana, mas ao corpo físico inteiro, à sua estrutura, porte etc. Nesta Monografia, para os efeitos de pesquisa de outros psicoterapeutas holísticos, apresentamos uma apertada síntese do tracejo de fisiognomonia de segmentos específicos do corpo físico.

    2. Hipócrates foi fisionomista, assim como os sacerdotes do odismo.

    3. Na escola de Pitágoras não era admitido aluno que não fosse primeiro examinado na cabeça sobre as suas aptidões para os estudos.

    4. Porta, da escola de Aristóteles, fixou em particular, com curiosos desenhos, os caracteres físicos que tornam os homens semelhantes a animais. 
     
     
     
     
     

     
     

          

      FORMAS DA CABEÇAPREDOMÍNIO
      1.CABEÇA ANTERIORIZADAPENSAMENTO LÓGICO
      2.CABEÇA POSTERIORIZADASENTE DEPOIS PENSA
      3.CABEÇA PARA DIREITAFORMAL E RIGOROSO
      4.CABEÇA PARA A ESQUERDAVISÃO LÚDICA DA VIDA
      5.CABEÇA PEQUENA/TRONCO AGIGANTADOVIVE MOMENTO FÓBICO
      6.CABEÇA GIGANTE/TRONCO PEQUENONÃO TEM OPINIÃO PRÓPRIA
      7.CABEÇA SEXTAVADAPRECISA ACHAR UM CAMINHO
      8.CABEÇA OVÓIDEPENSA NO MÍNIMO E NO MÁXIMO
      9.CABEÇA QUADRANGULARVIVE DENTRO DAS REGRAS
      10.CABEÇA TRIANGULADASENTIMENTO DE SER A REFERÊNCIA
      11.CABEÇA AMORFADIFICULDADE DE SE RECONHECER
      12.CABEÇA DE BOLANÃO SE ARRISCA
      13.CABEÇA SOLTAVIVENDO A VIDA DE OUTRA PESSOA
      14.CABEÇA RETANGULARDESFOCADO DO COMPROMISSO
     

    1. A cabeça pode ter uma ou outra conformação geral, ser alta ou baixa, comprida ou curta. Além disso, cada cabeça traz altos e baixos, relevos, concavidades e certas protuberâncias significativas.

    2. Muito mais prático e igualmente científico é a avaliação das conformações mais visíveis da cabeça, ou das grandes linhas do perfil. Para isso, só é preciso ter o senso das proporções normais.

    3. O desiderato aqui, foi apenas oferecer base suplementar para a arte prática de conhecer o Ser Humano.

     
     
     

    FORMAS DO TRONCOPREDOMÍNIO
    1-TRONCO QUADRADOMANTÉM SEGREDO ATÉ A CONCLUSÃO
    2-TRONCO RETANGULAROBSERVADOR DE CONVENIÊNCIAS
    3-TRONCO BARRILMANTÉM SEGREDO POR CONVENIÊNCIA
    4-TRONCO REDONDOMUITA ANSIEDADE E EUFORIA
    5-TRONCO TRIANGULARCENTRADO EM SI
    6-TRONCO VIOLÃOSUPERFICIAL
    7-TRONCO EM AMPULHETARESOLUÇÃO DOS MEDOS
    8-TRONCO TIPO SUPER HOMEMDIFICULDADE DOMÉSTICA
     

    1. A interpretação da Imagem do tronco é possível quando revelada sem roupa.

    2. O tronco é constituído do tórax, do abdome e da pelve. O abdome é dividido em duas partes: o próprio abdome e o “baixo ventre”.

    3. O desiderato aqui, foi apenas oferecer base suplementar para a arte prática de conhecer o Ser Humano.

    3.12 SEGMENTOS BÁSICOS DOS MEMBROS SUPERIORES. 

    Os membros superiores são constituídos pela articulação gleno-umeral, braço, cotovelo, antebraço, punho, mão e dedos, e estão ligados ao tronco pela cintura escapular. A cintura escapular é constituída pela articulação gleno-umeral, escápula e clavícula. 

        3.13 PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS AÇÕES DOS SEGMENTOS SUPERIORES. 
     
     

    Articulação gleno-umeral.                                        Criação.

    Braço.                                                                         Organização.

    Cotovelo.                                          Questionamento.

    Antebraço.                               Planejamento.

    Punho.                                     Impulso.

    Mão e dedos.                          Realização. 
     
     

               3.14 SEGMENTOS BÁSICOS DOS MEMBROS INFERIORES. 
     

    Os membros inferiores são constituídos pela articulação coxofemoral, pela coxa, pelo joelho, pela patela, pela perna, pelo tornozelo, pelo pé e artelho. São ligados ao tronco pelos ossos do quadril. 

       3.15 PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS AÇÕES DOS SEGMENTOS INFERIORES. 
     
     

    Articulação coxofemoral.      Criação.

    Coxa.                                       Organização.

    Joelho.                                   Valorização pessoal.

    Patela.          Velocidade de flexão da perna.

    Perna.                                      Planejamento.

    Tornozelo.                               Coordenação.

    Pé e artelho.                            Sustentação.  
     

     

    I1 BRAÇO MAIOR QUE O ANTEBRAÇO.

    Organiza aceleradamente com a ansiedade de ver pronto e não se satisfaz com o que realizou.

    I2 ANTEBRAÇO MAIOR QUE O BRAÇO.

    Planeja lentamente e é movido pelo instinto, fica satisfeito independentemente de concluir.

    I3.  SOMENTE BRAÇO.

    Organiza com cautela com o compromisso de concluir.

    I1 COXA MENOR QUE A PERNA.

    Organiza aceleradamente com a ansiedade de ver pronto e não se satisfaz com o que realizou.

    I2 COXA MAIOR QUE A PERNA.

    Planeja lentamente e é movido pelo instinto, fica satisfeito independentemente de concluir.

    I3 SOMENTE A COXA.

    Organiza com cautela com o compromisso de concluir. 

                        3.17 CRITÉRIOS PARA INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS. 

    A interpretação básica das Imagens deve ser feita inicialmente através da percepção e observação no tempo aproximado de seis minutos.

    O psicoterapeuta holístico deve colocar as três Imagens à sua frente e observá-las.

    Após interpretação básica, o psicoterapeuta holístico deve seguir os seguintes procedimentos:

    1. Entender que as Imagens são reveladas na folha de forma similar a uma fotografia, ou seja, a Imagem no lado esquerdo da folha revela o lado direito do Cliente e vice-versa.

    2.Procurar entender como o Cliente poderá estar naquele momento.

    3.Não perder de vista os detalhes.

    4.Não julgar.

    5.Lembrar ao Cliente as funções dos segmentos corporais que não foram revelados nas Imagens e ajudá-lo a  compreender  por que as funções daqueles segmentos podem não estar sendo utilizadas por ele.

    5.O psicoterapeuta holístico poderá solicitar novas Imagens do Cliente no intervalo de aproximadamente dois meses.

                    3.18 DISTRIBUIÇÃO DA POSIÇÃO DAS IMAGENS NA FOLHA.

     
     

    Na observação da distribuição da posição das Imagens, o psicoterapeuta holístico poderá perceber como o Cliente exerce sua expressão. A expectativa é de uma Imagem em cada folha. Ao dobrar uma folha nos sentidos horizontal e vertical serão evidenciados:

    1. Parte superior e Parte inferior.

    3. Parte Esquerda (que revela a Imagem do lado direito do Cliente).       “D

    4. Parte Direita      (que revela a Imagem do lado esquerdo do Cliente).  “E

    5. Centro.

                3.19  INTERPRETAÇÃO DA POSIÇÃO DAS IMAGENS NA FOLHA.

    O psicoterapeuta holístico deve verificar o predomínio da posição da distribuição das Imagens, a característica principal, refletir sobre a ementa e pontuação da análise holística. Exemplos mais significativos da distribuição e da posição das Imagens:

             POSIÇÃO DAS IMAGENS EM UMA MESMA FOLHA    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL
    1. UMA IMAGEM NA PARTE SUPERIOR LIRISMO
    2. UMA IMAGEM NA PARTE INFERIOR LÓGICO   
    3. UMA IMAGEM QUE REVELA A ESQUERDA REFERÊNCIA DE MÃE
    4. UMA IMAGEM QUE REVELA A DIREITA REFERENCIA DE  PAI
    5. UMA IMAGEM CENTRADA INDEPENDÊNCIA
    6. UMA IMAGEM COM TAMANHO MAIOR QUE 2/3 DA FOLHA COMPETÊNCIA
    7. UMA IMAGEM COM TAMANHO MENOR QUE 2/3 DA FOLHA MENOS VALIA
    8. DUAS IMAGENS EM UM LADO  ATENTO
    9. DUAS IMAGENS EM DOIS LADOS  FALA , MAS NÃO AGE
    10. TRÊS IMAGENS NA PARTE SUPERIOR OU INFERIORINDEFINIDO 
    11. TRÊS IMAGENS NA VERTICALDISCIPLINADO E ÉTICO
    12. TRÊS IMAGENS NA HORIZONTAL INSEGURO
    13. TRÊS IMAGENS DE TAMANHOS DIFERENTES NA VERTICALJUSTIFICAÇÃO
    14. TRÊS IMAGENS DIFERENTES EM APROXIMADAMENTE 1/3 DA FOLHA RECEIO À MUDANÇAS
    15. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA VERTICAL LIBERDADE CONDICIONAL
    16. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA HORIZONTAL DERROTADO
    17. QUATRO IMAGENS NA HORIZONTAL FLEXIBILIDADE
    18. QUATRO IMAGENS NA VERTICAL AUTOPERCEPÇÃO 
     

                                    1. UMA IMAGEM NA PARTE SUPERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:       LIRISMO.

    EMENTA: Cliente estruturado em cima de valores filosóficos e religiosos, com significativa capacidade perceptiva.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com facilidade para lidar com linguagem filosófica, emocional e do próprio comportamento.

    2. Cliente que se constrói e se localiza com entusiasmo.

    3. Cliente que se estrutura basicamente a partir dos sonhos.

    4. Cliente com valores éticos muito fortes.

                                     2. UMA IMAGEM NA PARTE INFERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:        LÓGICO.

    EMENTA: Cliente que precisa de comprovações, que cria seus princípios, suas verdades e seus próprios conceitos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quanto mais baixa estiver à imagem na folha mais indicada é a conversa em cima de conceitos, de valores, de pensamentos e de conclusões.

    2. Cliente com dificuldade para aceitar a linguagem da religiosidade.

    3. Cliente que quer saber quanto tempo vai durar seu tratamento e exige resposta.

    4. Cliente que se constrói em cima de fatos reais e de experiências comprovadas.

    5. Cliente com dificuldades de acreditar em projeções.

    3. UMA IMAGEM QUE REVELA A ESQUERDA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                REFERÊNCIA DE MÃE.

    EMENTA: Cliente com predomínio da história evolutiva e da autopriorização, com prevalência da afetividade.

    ANÁLISE HOLÍSTICA

    1. Cliente que não gosta de ter nada no seu entorno. O Cliente somente encontra solução se tirar tudo da sua volta e se concentrar em si.

    2. No caso de trabalho em grupo, o trabalho desse Cliente não será produtivo.

    4. Cliente que faz tudo em nome do amor ou tudo em nome da raiva, porém tudo é justificado no sentimento vivido em relação à situação.

    4. UMA IMAGEM QUE REVELA A DIREITA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:              REFERÊNCIA DE PAI.

    EMENTA: Cliente com dificuldade de encontrar seu caminho se não tiver a referência do outro.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O jeito do Cliente em lidar com a vida é semelhante ao jeito do seu pai.

    2. Cliente com a preocupação de está adequado e ajustado ao social.

    3. A imagem à esquerda da folha revela o lado direito do corpo físico.

    5. UMA IMAGEM CENTRADA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                    INDEPENDÊNCIA.

    EMENTA: Cliente com o conceito de que a expressão é uma liberdade, é uma autoria, e um direito somente seus.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente independente dos problemas e das dificuldades que possa ter.

    2. Cliente que tem ou experimenta um conceito.

    3. Cliente que pode ter o conceito de que a expressão, a mostra, e a representação é um direito somente seu.

    4. Cliente que reconhece o seu direito a espaço e manifestação dos seus conteúdos.

    6. UMA IMAGEM COM TAMANHO MAIOR QUE 2/3 DA FOLHA.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            COMPETÊNCIA.

    EMENTA: Cliente com tendência a ser capaz de tudo, muito exigente consigo e que vive dentro da regra da obrigatoriedade de alcançar o máximo. Sua palavra de ordem é, competência!

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A energia de competência que circula pelo corpo físico é ordenada e distribuída a partir da sua face lateral, de uma forma especial a face lateral do tronco. 

    7. UMA IMAGEM COM TAMANHO MENOR QUE 2/3 DA FOLHA. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                                MENOS VALIA.

    EMENTA: Cliente que sub-estima o valor próprio. Não se permite ocupar com intensidade todo o lugar que lhe é devido.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A menos valia é o espelho da timidez.

    2. Áreas nobres para a terapia corporal:

    2.1Tornozelos, joelhos, posterior do corpo, polegares, queixo, orelhas, sobrancelhas, planta do pé, calcâneo, e 3º quadrante do couro cabeludo. 

    8. DUAS IMAGENS EM UM MESMO LADO. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                  ATENTO.

    EMENTA: Cliente que tem necessidade de aguardar que alguém lhe dê a palavra para se manifestar e que necessita de muito tempo para poder falar e se realizar. Cliente que observa o tempo todo.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A expressão do cliente  é determinada e medida pelo externo.

    2. A maneira de interpretar suas experiências  deixa o Cliente na crença de que ele precisa aguardar autorização para poder dizer, para se manifestar, para se revelar.

    3. Cliente que quando consegue dizer, sua ânsia de falar é  grande e  não dá espaço para perguntas porque  acredita que não vai ser autorizado a falar de novo.

    4. Cliente que revela ser atento, quieto e silencioso.

    5. Cliente que se for chefe vai mandar e desmandar e tomar conta de tudo o que estiver acontecendo.

    6. Cliente que se tiver pouco tempo para falar não conseguirá mostrar o seu resumo em menos de uma hora.

    7. Cliente com tendência ao medo da reação de quem o ouve.

    8. Cliente muito atento. Armar-se muito facilmente de defesas frente ao que observa e no ambiente  nada lhe passa desapercebido.

    9. Cliente que tem dificuldades de escutar.

    9. DUAS IMAGENS EM DOIS LADOS. 

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                  FALA, MAS NÃO AGE.

    EMENTA: Cliente que explica, sugere, indica, promove e dirige, mas não age. Realiza-se imaginando, porém com ótima organização mental.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que desenvolveu mais a expressão  de explicar, sugerir, indicar,  promover,  e dirigir do que a manifestação da ação organizada.

    2. O Cliente fala mais do que age e se projeta imaginando o fazer, ou seja, se realiza com a projeção do imaginário.

    3. No comportamento social do Cliente também poderá existir dificuldade para o processo de integração e sua atuação é extraordinariamente desorganizada.

    10. TRÊS IMAGENS NA PARTE SUPERIOR OU INFERIOR.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL :                        INDEFINIDO.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente não está conseguindo aproveitar livremente a ocupação dos espaços que lhe são de direito.

    2. O Cliente não consegue definir ou a redefinir os papeis e as funções de permissão ou reformular o seu estar nas situações que  enfrenta.

    11. TRÊS IMAGENS NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:       DISCIPLINADO E ÉTICO.

    EMENTA: Cliente com o compromisso de manter-se dentro e segundo o meio em que vive, organizando-se através de ensaios, demonstrando disciplina e ética naquilo que lhe foi determinado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que vive a necessidade de uma pessoa que aprendeu e que assumiu como comportamento a postura que lhe foi autorizada.

    2. Cliente com dificuldade para se mover ou aceitar mudança.

    3. Cliente que vive  aprisionamento ao que foi previamente determinado.

    4. Cliente com tendência a ser obediente e eficiente.

    5. Cliente que é competente  sob comando.

    6. Pensando ou ensaiando formato o Cliente  dá vazão à energia.

    7. O movimento da troca com esse Cliente pode ser pequeno.

    8. Cliente que só de dizer para o psicoterapeuta holístico que está vivendo algo, sai do consultório e sente que está tudo solucionado.

    9. Cliente com tendência a possibilidade de programar tempo.

    12. TRÊS IMAGENS NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                                INSEGURO.

    EMENTA: Cliente com dificuldade para experimentar seu direito a manifestação à expressão, ao seu querer, e aos seus movimentos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que não faz diferenciação muita definida entre o que é dele e o que é do outro.

    2. Cliente com a mesma característica encontrada no o traço fraco, ou seja, a insegurança.

    3. Cliente que tem o maior respeito pelo externo e a virtude da obediência.

    4. Cliente que vive uma certa dificuldade que pode variar até ao estado de fobia frente à possibilidade de mudança.

    5. O nível de igualdade que o Cliente coloca nas coisas é grande.

    6. Cliente que não é apegado, que não é pegajoso, mas é misturado.

    14. TRÊS IMAGENS DE TAMANHOS DIFERENTES, NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            JUSTIFICAÇÃO.

    EMENTA: Cliente com a crença de que uma vez assumido um perfil ou um papel, não terá condições nem será apto a nenhuma outra atividade.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com comportamento autolimitante.

    2. Cliente que determina a sua impossibilidade de variar e justifica tudo a ferro e fogo.

    15. TRÊS IMANGENS DIFERENTES EM APROXIMADAMENTE 1/3 DA FOLHA.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                              RECEIO A MUDANÇAS.

    EMENTA: Cliente que se mantém no lugar em que foi colocado e que receia o retorno a quaisquer movimentos de mudança.  

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que tem medo de mudar pela insegurança em relação aos resultados.

    2. Cliente que tem medo de ser rejeitado.

    3. Cliente que vive grande dificuldade e grande limitação para exercer a segurança em relação ao seu lugar, ao seu papel, à sua importância.

    4. É o Cliente que pode provocar confusão se mudar de atividade e de hábitos.

    16. TRÊS IMAGENS “JOGO DE VELHAS” NA VERTICAL.

     

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:           LIBERDADE CONDICIONAL.

    EMENTA: Cliente que está se mantendo aprisionado, sem condições de projetar, ou está se sentindo chantageado ou ameaçado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente  com tendência  à queixas sobre fibromialgia, artrite e  artrose.

    2. A situação do Cliente poderá estar se deteriorando mas não sabe como, nem procura os recursos para se livrar.

    3. Cliente sabe o que não pode fazer.

    4. Cliente que poderá ter na face lateral da perna um  fluxo em turbulência.

    17. TRÊS IMAGENS ”JOGO DE VELHAS” NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                 DERROTADO.

    EMENTA: Cliente que está alimentando um sentimento de derrota ou com o “tapete puxado”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com a grande virtude da paciência.

    2. Cliente dominado pelo sentimento de derrota, sente que perdeu o seu chão ou que foi enganado.

    3. O sentimento de derrota também pode ser manifestado pelas  sobrancelhas caídas, ou seja, baixas.

    18. QUATRO IMAGENS NA HORIZONTAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                            FLEXIBILIDADE.

    EMENTA: Cliente com a expressão que o faz acreditar que precisa se ajustar a cada ambiente. Cliente “camaleão”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com o compromisso de manter-se com mil faces.

    2. Cliente que segue o lema “em Roma como os romanos”.

    19. QUATRO IMAGENS NA VERTICAL.

     

    CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:                        AUTOPERCEPÇÃO.

    EMENTA: Cliente com dificuldade de reconhecimento das suas experiências.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com uma capacidade invejável de autopercepção e de nomeação dos seus sentimentos.

    2. Cliente que estabelece as nuances do seu sentimento mas não sabe descrevê-los.

                     3.20 INTERPRETAÇÃO DOS TIPOS DE TRAÇOS DAS IMAGENS.

    O tracejar é que revela as imagens; seu caráter sério tem como contrapartida o acesso ao universo do Cliente e, através da sua interpretação, o psicoterapeuta holístico consegue também “pistas” das principais tendências do predomínio comportamental do Cliente nos quais limitar-nos-emos a indicar os mais significativos:

                             TIPOS DE TRAÇOS DAS IMAGENS                     PREDOMÍNIO
    1. TRAÇO GROSSOSABER O QUE QUER
    2. TRAÇO FORTERIGORISMO
    3. TRAÇO FINOVACILANTE
    4. TRAÇO FRACOINSEGURANÇA
    5. TRAÇO COM ENCAPSULAMENTOCAUTELOSO
    6. TRAÇO DESCONTÍNUONÃO ÉTICO
    7. TRAÇO CONTÍNUODEPENDE DO OUTRO
    8. TRAÇO UNIFORMEINFLEXIBILIDADE
    9.TRAÇO EM GOMOSPERSISTÊNCIA
    10.TRAÇO PONTILHADO NÃO EXPERIMENTAR
    11.TRAÇO EM ONDASAUTO-EXIGÊNCIA PENOSA
    12.TRAÇO COM CONVEXIDADESUPERFICIALIDADE
    13.TRAÇO COM CONCAVIDADEEXPERIMENTO LIVRE
    14.TRAÇO COM PRESENÇA DE UM  XCÉLULA MÃE
    15.TRAÇO EM FÍSTULADESEQUILÍBRIO DE ENERGIA
    16.TRAÇO SOBREPOSTOLIBERDADE E VALORIZAÇÃO DO SOCIAL
    17.TRAÇO EM “PALITINHO”RECONSTRUÇÃO

    1. TRAÇO GROSSO.

    PREDOMÍNIO:                                                                          SABER O QUE QUER.

    EMENTA: Cliente que está seguindo o que já conhece e que não se prende a estatuto, seita ou pensamento filosófico.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que acredita que já chegou ao máximo e que não pode mais passar disso.

    2. O Cliente está vindo no cumprimento de uma metodologia que deu certo.

    3. Quem no corpo físico trabalha a liberdade para o desdobramento das possibilidades é o terço central de todas as estruturas longas ou sejam:

    3.1 O terço central da coxa, das pernas, dos braços, dos antebraços e da lateral de tronco.  

    2. TRAÇO FORTE.

    PREDOMÍNIO:                                                                            RIGORISMO.

    EMENTA: O traço é vincado e bem evidenciado. O Cliente é auto-exigente no compromisso de cumprir o estabelecido e rigoroso com os princípios éticos.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Na interpretação do traço forte o psicoterapeuta holístico observa  que o Cliente se exige muito e que tem o compromisso muito severo consigo.

    2. A autocrítica, a auto-exigência e o compromisso de realizar, são funções do couro cabeludo, que mostra o potencial. Também é uma função do pé que mostra a firmeza, a segurança e capacidade de se sustentação.

    3. O psicoterapeuta holístico tem a definição do traço forte quando todo o traço da imagem é vincado e bem evidenciado.

    4. O Cliente de traço todo forte faz revisão tendo em vista que cada um dos seus movimentos precisa estar de acordo com o programa por ele próprio estabelecido com uma quantidade grande de quesitos, de exigências, e de detalhes.

    5. As estruturas mais sensíveis no Cliente que  faz o traço todo forte são as falanges distais dos dedos e dos artelhos. As falanges distais dos dedos e dos artelhos estabelecem e lançam na ação os impulsos da confiança na qualidade do que se faz e na possibilidade de retornos com o que se fez.

    6. De uma forma especial, as unhas vibram o sentimento de confiança do que se é capaz de realizar e, se aquilo que será feito, trará retornos. 
     

    3. TRAÇO FINO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                          VACILANTE.

    EMENTA: Cliente que está no desuso da habilidade de criar para si formatos modelos e caminhos e precisa ser elogiado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O  propósito do psicoterapeuta holístico deverá se voltar para motivar no Cliente o sentimento de autovalor e do direcionamento. É o traço do Cliente sem presença.

    2. O Cliente do traço fino diz que sente conforto na condição de ser conduzido.

    3. O Cliente está aprisionado à forma do outro ou não existe confiança no poder de autodireção.

    5. O Cliente pode fazer abdome protuso.

    6. O Cliente está alimentado pela crença de que a direção externa é melhor.

    7. A terapêutica está no foco da habilidade da autoconfiança, que é uma função  representada no corpo físico pela face medial das pernas, principalmente esquerda,  pelos punhos que ativa a coragem, somados à última falange de dedos e artelhos, que dão confiabilidade no poder de realização.

    8. Alguns Clientes sentem dor na área subdiafragmática.

    4. TRAÇO FRACO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                   INSEGURANÇA.

    EMENTA: Cliente com a insegurança para conquistar para si o direito de ser parte, de estar presente, de conquistar o direito de poder e de ocupar um lugar conscientemente.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. No atendimento do Cliente de traço fraco o psicoterapeuta holístico  deve procurar  somente evidenciar as qualidades.

    2. Quando há predomínio do traço fraco o sentimento vivido pelo Cliente é de que ele sempre tem que pedir “licença” para tudo.

    3. Na terapêutica corporal para o traço fraco são importantes os seguintes segmentos: os joelhos, o queixo, a face posterior de todo o corpo, os mamilos, as sobrancelhas e as extremidades distais. 
     

    5. TRAÇO COM ENCAPSULAMENTO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                        CAUTELOSO.

    EMENTA: O encapsulamento é evidenciado pela duplicidade do traço no contorno do corpo físico e o espaço entre os dois traços. 

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Sempre que o encapsulamento é revelado a terapêutica deve ser dirigida para a conquista da naturalidade e da espontaneidade.

    2. O segmento nobre de desenvolvimento da espontaneidade e da naturalidade é a face posterior da coxa, associado à face anterior e face posterior dos ombros.

    3. O Cliente tem a necessidade de se manter com muita cautela e o tempo todo com muita defesa.

    4. O segmento que processa o mecanismo básico de defesa é a nádega. Na mesma proporção que existe o encapsulamento, existem camadas de tensão nas nádegas. 

    6. TRAÇO DESCONTÍNUO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                          NÃO ÉTICO.

    EMENTA:O traço descontínuo é identificado por ser feito com espaços intermitentes.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O traço descontínuo evidencia que não é mais necessário estar fazendo no esforço do cumprimento.

    2. O traço descontínuo revela que existe o sentimento de não direito e de não cumprimento da ética.

    3. No corpo físico dois segmentos são extremamente importantes: os joelhos em todas as suas faces, principalmente a face lateral que processa os fluxos que alimentam o sentido da exclusividade e o mamilo, que é o segmento ativador da personificação.

    4. O Cliente pode ter o sentimento de  não saber ao certo como se manifesta e de não conseguir ficar liberto para se distanciar daquilo que está estabelecido. Faz pose para ficar seguro e fala que está tudo bem para não denunciar o desconforto que tem. 
     

    7. TRAÇO CONTÍNUO.

    PREDOMÍNIO:                                                                        DEPENDE DO OUTRO.

    EMENTA: Traço contínuo é aquele onde não existe espaço entre o traço. Cliente educado e treinado, mas que está pedindo ajuda para ser liberado do seu compromisso de sempre fazer segundo o que ele projeta que o outro espera.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. É o Cliente que tem o compromisso de fazer o que ele acha que o outro quer que ele faça.

    2. O Cliente que tem dentro de si o compromisso e a fidelidade àquilo que imaginou ser expectativa do outro.

    3. Cliente prestador de serviços somente para o outro.

    4. O traço contínuo orienta ao psicoterapeuta holístico de que o Cliente precisa de  estímulo para conseguir exercer com  tranqüilidade a ação de autofavorecimento.

    5. O cliente está pedindo liberdade para fazer segundo a sua maneira em benefício de si mesmo ou a partir das próprias convicções para favorecer-se também.

    8. TRAÇO UNIFORME.

    PREDOMÍNIO:                                                                               INFLEXIBILIDADE.

    EMENTA: No traço uniforme o Cliente não tira o lápis do papel, a imagem tem o tipo da figura do desenho infantil denominado “biscoito”.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A terapêutica do traço uniforme exige concentração para a liberação das áreas da pelve, notadamente a coxofemoral, a região axilar, a “saboneteira” e a face lateral do pescoço.

    2. O Cliente deve ser esclarecido que não há mais a necessidade de se fixar na crença de se manter segundo o habitual.

    3. A terapêutica é de exercitar a criatividade, o questionamento, e ajudar o Cliente a ganhar movimento de pelve e de coxofemoral para se libertar da rigidez dos jeitos e maneiras pré-estabelecidas. 
     
     
     

    9. TRAÇO EM GOMOS.

    PREDOMÍNIO:                                                                                    PERSISTÊNCIA.

    EMENTA: O tracejo em gomos é feito na forma da figura do desenho conhecido como “Popaye”. Em geral a cabeça é mais ovóide, ou o quadril está para um lado e a cabeça para o outro. O Cliente que “malha” apresenta essa formatação.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente tem um intenso alcance de valores, de regras, de princípios, de conceitos que o fazem cumpridor fiel daquilo que é estabelecido como convenção, moda, religião, política, etc.

    2. O tracejo em de gomos, fecha nas articulações. O Cliente não questiona e por isso não é uma referência.

    3. O Cliente tende a querer ficar atrás de alguma coisa e somente mostrar a cara.

    4. O Cliente experimenta o compromisso de se manter fixado nos comportamentos vividos.

    5. O Cliente é um protótipo da virtude da determinação e da capacidade de ser persistente. Quanto mais obstáculo mais tesão para fazer.

    6. O Cliente tem dificuldade em variar a forma de agir e de se apresentar.

    10. TRAÇO PONTILHADO.

    PREDOMÍNIO:                                                                         NÃO EXPERIMENTAR.

    EMENTA: O traço é definido por pontos ou pequenos traços de contorno. A característica básica desse Cliente é de passar por cima, abandonar e não experimentar.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente com tendência de não ir até o estágio de satisfação.

    2. Cliente com dificuldade de continuar. As coisas são passadas, sobrepostas, abandonadas, largadas, dadas como prontas antes que ele experimente o sentimento de realização.

    3. Existe uma manifestação que fala e trata da mesma coisa do traço pontilhado, são as desordens venosas como as varizes, as telangiectasias e as flebites.

    4. O Cliente tem a sensação de ter os seus ombros quadrados e grandes, mesmo que sejam caídos.

    5. A terapêutica é descobrir o jeito próprio de fazer e o  estilo pessoal. 
     

    11. TRAÇO EM ONDAS.

    PREDOMÍNIO:                                                               AUTO-EXIGÊNCIA PENOSA.

    EMENTA: Tracejo revelado nos segmentos corporais em ondas.  Cliente que está exigindo-se além das suas possibilidades e faz avaliação severa de si mesmo. A Imagem também poderá revelar ombro elevado.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Cliente que está pedindo para sair do processo de autocrítica e de avaliação severa de si mesmo.

    2. O Cliente está num momento de auto-exigência penosa. Está se cobrando como um comandante severo.

    3. A terapêutica é trabalhar a vibração da amorosidade consigo e a liberdade de fazer pelo prazer de fazer ou simplesmente para experimentar.

    4. No corpo físico quem vibra a intensidade da obrigatoriedade, são as fibras superiores do músculo trapézio.  

    12. TRAÇO COM CONVEXIDADE.

    PREDOMÍNIO:                                                                           SUPERFICIALIDADE.

    EMENTA: Tracejo onde anatomicamente não existe o abaulamento. Cliente com muita análise e pouca ação, muito conceito e pouco saber. 

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A convexidade define com clareza que o Cliente não exerce a liberdade de fluência.

    2. Na região da convexidade existe fluidez profunda, mas falta fluidez na superfície. Isso significa que existe o exercício do pensar, do ponderar, do avaliar, do levantar hipóteses. 
     
     
     
     
     
     
     

    13. TRAÇO COM CONCAVIDADE.

    PREDOMÍNIO:                                                                        EXPERIMENTO LIVRE.

    EMENTA: Tracejo adentrado num lugar onde anatomicamente o adentramento não existe.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O Cliente necessita de ativar a espontaneidade que é processada na face posterior da coxa e no terço central da anterior do ombro.
     

    14. TRAÇO COM PRESENÇA DE UM X.

    PREDOMÍNIO:                                                                                      CÉLULA MÃE.

    EMENTA: Cliente com predomínio do desequilíbrio na área marcada pelo X.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O X na Imagem é  sinônimo de célula mãe do momento.

    2. O psicoterapeuta holístico percebe a marcação do X quando é revelada a sobreposição de traço. É muito fácil de ver, mas aparece X em qualquer tipo de tracejado.

    3. Toda vez que for revelado o X, está localizada a célula mãe do problema.

    4. O X  é revelado em aproximadamente 90% das Imagens e é possível ter mais de um X na mesma Imagem. Aproximadamente 60% das vezes se identifica mais de um X.

    5. A célula mãe revela porque o Cliente está vivendo o conflito, agora.

    5.1 Exemplos: revelou um X no segundo dedo. O segundo dedo é sinônimo de assertividade e fígado.

    5.2 A célula mãe está revelada no nariz. Então o desequilíbrio pode ser conseqüência das dificuldades de envolvimento que nesse momento o cliente está vivendo. 
     
     
     
     
     

    15. TRAÇO EM FÍSTULA.

    PREDOMÍNIO:                                                          DESEQUILÍBRIO DE ENERGIA.

    EMENTA: É parte de um traço descontínuo com aberturas. Para ser definido como fístula, o traço tem que ser bem caracterizado com uma abertura para dentro e uma abertura para fora.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A fístula revela que não está havendo renovação adequada na energia naquele órgão.

    2. Nenhuma área fistulada  faz desequilíbrios imediatos não ser que na mesma área estiver revelada a presença de vários X sobrepostos.

    3. Ao identificar a fístula, o psicoterapeuta holístico poderá localizar o(s) órgão(s) que correspondem àquele segmento.

    3.1 Por exemplo: fístula na articulação coxofemoral. Os órgãos diretamente relacionados são: os da reprodução e a tireóide.

    16. TRAÇO SOBREPOSTO.

    PREDOMÍNIO:                                     LIBERDADE E VALORIZAÇÃO DO SOCIAL.

    EMENTA: São vários traços fazendo o mesmo contorno sem fechamento. Cliente que experimenta uma grande preocupação em relação à observação do externo, às maneiras habituais e àquilo que socialmente é aceito.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A terapêutica é  trabalhar o mamilo. A existência da sobreposição informa que o Cliente deve reconhecer e praticar as próprias características.

    2. O objetivo da terapêutica é ajudar o Cliente a permitir e equilibrar os seus esforços para a autoqualificação.

    2. O Cliente é muito criativo mas precisa ganhar autorização para se autoqualificar, tanto no sentido de capacitação e de habilidade quanto de objetivos.

    3. O Cliente com  múltiplos traços memoriza qualificações, nomes , adjetivos e vive segundo aquilo que marcou como sendo a opinião externa em relação si.

    4. Quando é revelada a multiplicidade de traço na lateral do quadril esquerdo pode-se dizer que o Cliente é egoísta, mas se inclui pouco nas coisas.

    5. O Cliente pode também ser rotulado pelo psicoterapeuta holístico como  “entrão” e  muito atrevido,  desse modo, o Cliente poderá iniciar sua autoqualificação.

    6. O Cliente com o tracejo em duplicidade é cheio de pré-conceitos em relação a si mesmo porque ouviu, porque assimilou, etc. 
     

    17. TRAÇO EM “PALITINHO”. 

    PREDOMÍNIO:                                                                            RECONSTRUÇÃO.

    EMENTA: Cliente que busca a validação de seus potenciais. As áreas principais para a terapêutica são a do couro cabeludo. 
     

     
     
     

    A simples observação de um grupamento de Imagens do corpo físico, evidencia  imediatas variações entre os componentes do grupo. Denominamos estas variações, que se apresentam externamente, de “as formas das Imagens Holísticas”. Daí dizer-se que a forma, na interpretação das Imagens Holísticas, é uma constante.

    Quando da interpretação das Imagens isoladas, ou em conjunto, o psicoterapeuta holístico não deve esperar encontrar sempre a mesma forma.

    Às formas, deve-se acrescentar aquelas decorrentes da idade, do sexo, da raça, do tipo constitucional e da evolução. Estes são, em conjunto, o que denominamos de fatores das formas gerais. A forma poderá ser revelada na Imagem completa do corpo físico de frente, de perfil, de costas ou somente em segmento específico. 

                             

                      AS FORMAS DAS IMAGENS HOLÍSTICA                   PREDOMÍNIO
      1. FORMA QUADRADAINFLEXIBILIDADE
      2. FORMA TRIANGULADASABE O QUE SENTE E O QUE QUER
      3. FORMA RETANGULARREVISÃO
      4. FORMA REDONDAPOLARIDADE DO EXCESSO
      5. FORMA COMPARTIMENTADACAUTELA
      6. FORMAÇÃO DE BOLSAPERSISTÊNCIA
      7. FORMA DE SEGMENTO COBERTOJEITO PRÓPRIO 
      8. FORMA COM MARCAÇÃO DAS ARTICULAÇÕESMUITA PONDERAÇÃO E POUCA AÇÃO
     
     
     
     
     

    1. FORMA QUADRADA.

    PREDOMÍNIO:                                                                               INFLEXIBILIDADE.

    EMENTA: Cliente que está pedindo pela conquista da flexibilidade. A imagem é quadrada do pescoço até o pé, somente a cabeça é redonda.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Algumas possibilidades da forma quadrada:

    I.Tronco quadrado e os membros não quadrados;

    II.Tronco não quadrado com o membro quadrado;

    III.Um único membro quadrado.

    2. É bastante possível que o psicoterapeuta holístico encontre os desequilíbrios que são habituais ao uso excessivo da intelectualidade e da razão.

    3. Os principais desequilíbrios residem nas articulações e nos músculos.

    4. Outras queixas bastante possíveis:

    4.1 Disfunções renais;

    4.2 Desequilíbrios funcionais dos intestinos;

    4.3 Dor de cabeça.

    5. Essas manifestações contam do processo de utilização preponderantemente da ação que pensa, arquiteta, organiza e age segundo as atitudes organizadas.

    2. FORMA TRIANGULADA.

    PREDOMÍNIO:                                              SABE O QUE SENTE E O QUE QUER.

    EMENTA: Cliente com imensa capacidade de saber o que sente e o que quer.  

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. O psicoterapeuta holístico deve o mais rapidamente possível  observar a articulação coxofemoral.

    2. Qualquer trabalho em direção à articulação coxofemoral é um grande auxílio  para a forma triangulada.

    3. O psicoterapeuta holístico deve recomendar ao Cliente a dançar, fazer exercícios de alongamento e de práticas de criatividade. 
     
     
     
     
     

    3. FORMA RETANGULAR.

    PREDOMÍNIO:                                                                                              REVISÃO.

    EMENTA: Cliente com o comportamento de fazer movimentos de ir, de voltar, de conferir, de fazer muitas vezes.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quando predomina a forma retangular o corpo físico está pedindo duas coisas:

    1.1 Primeira: para que se desenvolva mais a ação que complementa;

    1.2 Segunda: ajuda para manter o propósito de realização até o final.

    2. O movimento de fazer e refazer predispõe o abandono de idéias. O Cliente faz e refaz e sempre deixa coisas para acontecer.

    3. A complementação é o pensamento a ser adquirido e a habilidade para permanecer até o final, que pode até ser um  grande desafio. O Cliente nem sempre termina, mas começa e retoma do início de novo para conferência.

    4. A força de objetivação das mamas também estabelece a vontade de completar.

    5. Não muito raramente, na forma retangular, em mulheres, existe sofrimento mamário.

    6. Nos homens essa manifestação se faz mais ao nível prostático.

     

    4. FORMA REDONDA.      

    PREDOMÍNIO:                                                              POLARIDADE DO EXCESSO.

     
     
     

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Se o Cliente está no nível da polaridade do excesso, pode projetar a forma redonda, mas o seu comportamento é o da forma quadrada.

    2. Quando a imagem revela a forma redonda significa que existe a possibilidade de presença marcante da atitude boazinha, compreensiva, servil, disponível.

    3. É importante pesquisar o nível de frustração, de decepção e de carência que esse Cliente armazena.

    4. Quando se cede mais do que se deve, acontecem no corpo físico as disfunções intestinais, principalmente aquelas que fazem as fezes mais líquidas.

    5. Quase todas as Imagens redondas revelam o experimento do estado de carência. Há uma lista de carência de retornos, mas o Cliente não as reconhece.

    6. A terapêutica corporal a ser trabalhada é a região zigomática que é a área nobre do estado de carência, em conjunto com a face medial dos joelhos.

    7. No corpo físico, os músculos adutores e abdutores dos artelhos e dos dedos, a patela, a articulação gleno-umeral e a face anterior dos joelhos, são os segmentos nobres da terapêutica para a forma redonda.

    5. FORMA COMPARTIMENTADA.

    PREDOMÍNIO:                                                                                             CAUTELA.

    EMENTA: Tracejo onde os segmentos corporais estão separados uns dos outros.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A Imagem revela o pedido do Cliente: sair do movimento de fazer uma parte, analisar tudo, verificar as possibilidades, fazer mais uma parte, parar e verifica novamente.

    2. Cliente com atitude muito cautelosa onde tudo é avaliado, ponderado, observado detalhe por detalhe, pensadas todas as possibilidades e soluções, antes da execução.

    6. FORMAÇÃO DE BOLSAS EM SEGMENTOS.

    PREDOMÍNIO:                                                                                   PERSISTÊNCIA.

    EMENTA: O tracejo da formação da bolsa em segmentos é contínuo, com um espaço, ou seja, um traço é acompanhado por outro traço, no início, no meio e no fim.   

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A imagem da formação de bolsas em segmentos está revelando que é necessário para o Cliente, organizar, planejar e finalizar o projeto. A presença da bolsa também informa que o Cliente está vivendo sentimento de certeza.

    2. O psicoterapeuta holístico observa se o Cliente quer ou não quer continuar com uma determinada atividade, verificando se na imagem das costas existe a presença de bolsa. Revelou a bolsa na referida Imagem o psicoterapeuta pode assumir que o jeito que o Cliente está fazendo é o certo então, que persista. 

    7. FORMA DE SEGMENTO COBERTO.

    PREDOMÍNIO:                                                                                  JEITO PRÓPRIO.

    EMENTA: Segmento coberto é o tracejado semelhante a cobertura com uma capa. Também é considerado segmento coberto quando um segmento está sobrepondo o outro.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. Quando a Imagem revela segmento coberto o pedido é para executar do jeito próprio, pois será mais satisfatório, mais produtivo e mais realizador.

    2. O corpo físico está sinalizando que função do segmento coberto está sendo exercida segundo o manual, ou a prescrição externa, e que aquela forma de execução não é satisfatória para o Cliente.

    8. FORMA COM MARCAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES.

    PREDOMÍNIO:                                           MUITA PONDERAÇÃO E POUCA AÇÃO.

    EMENTA: O tracejo é evidenciado pela marcação nas articulações.

    ANÁLISE HOLÍSTICA.

    1. A imagem revela que o Cliente pondera muito e executa pouco.

    2. A imagem revelada mesmo que com roupa com as articulações marcadas, evidencia que o psicoterapeuta holístico está diante de um Cliente absolutamente sensível, mas com a postura de racional e lógico. 

    CAPÍTULO 4. RESULTADOS. 

    4.1 A utilização prática da interpretação da Imagem Holística do Cliente como técnica suplementar da psicoterapia holística revela rapidamente a forma em que os desequilíbrios se manifestam.

    4.2 Os sinais e os sintomas percebidos e verbalizados pelo psicoterapeuta holístico, progressivamente, levam o Cliente, a desenvolver o autoconhecimento e a rápida aceitação das demais técnicas psicoterapeuticas, validando e aceitando os processos de transformação  que são orientados por suas principais queixas. 
     
     
     
     

    CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.

    5.1 Vimos neste trabalho a técnica para a Análise de dezoito exemplos de Distribuição das Imagens na Folha, dezessete Tipos de Traços, oito Formas geométricas de Imagens, dezoito formas da cabeça, oito formas do tronco e dos segmentos básicos dos membros superiores e inferiores, todos referentes ao corpo físico e de usos possíveis como técnica suplementar na psicoterapia holística.

    5.2 Vimos também através da análise holística, que são muitas as informações úteis e vitais que podem ser extraídas da Análise da Imagem do próprio Cliente.

    5.3 Está evidenciado na ampla bibliografia existente que trata entre outros, de sistemas de tipologia, representações simbólicas, filosóficas e até religiosas, o desiderato em classificar as pessoas por seus comportamentos e atitudes.

    5.4 A comparação da linha seguida por esta Monografia com a bibliografia existente poderia ser fundamentada no princípio orientador da técnica ora apresentada que leva também em considerações os aspectos sócio-somato-psíquicos, em que as interações das estruturas física, dinâmico funcional e psíquicas correspondentes, podem ser reveladas.

    5.5 Por outro lado, a bibliografia especializada não apresenta nenhuma técnica suplementar a ser aplicada na psicoterapia holística, e, desse modo, não há razões para discordar dos diversos autores que já publicaram seus livros com objetivos específicos, merecem aplausos! Deixamos para os psicoterapeutas holísticos e para a Comunidade de Estudos Avançados em Psicoterapia Holpistica, se for o caso, a ampla discussão sobre a presente Monografia.

    CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.

    6.1 Considerem este trabalho como resultados da intervenção de vários atendimentos, de estudos e pesquisas realizados pelo autor. É uma opção que abrange a complexidade dos contornos e dos estados humanos em conjugação com o somático, dos pontos de vista objetivo, subjetivo e psíquico, através da composição de um modelo lógico, ou seja, a estrutura que viabiliza a Análise da Imagem Holística do Cliente. Esse modelo em progressão, sendo aperfeiçoado com observações constantes, trará cada vez mais nitidez e exatidão, eliminando omissões e equívocos grosseiros, expondo, ao final, através da observação, os meandros corretos das relações mente-corpo físico. 
     

    6.2 O desiderato do autor em apresentar especificidades da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente é para que a mesma seja amplamente discutida, testada, validada e, finalmente, que os terapeutas holísticos, a utilizem como um equipamento suplementar do seu atendimento. Neste modelo não há irracionalismos. A Análise da Imagem Holística do Cliente acontece à luz do que todos nos sabemos, e sabemos mais do que se pode imaginar superficialmente, ou já detemos informações em um nível para justificar a aplicação da técnica ora apresentada.

    6.3 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A psicoterapia holística impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno e que o cultivo de comportamentos que satisfazem mais aos outros do que a si mesmo exige a inibição de vontades e necessidades, limita a expressão, a criatividade, e estimula o predomínio da racionalidade.

    6.4 Através da técnica da Análise da Imagem Holística do Cliente, o psicoterapeuta holístico poderá determinar outros procedimentos para sua estratégia, bem como as diretrizes eficazes para a terapêutica holística aplicável, pois em se tratando de uma queixa qualquer, o pensamento abstrato do psicoterapeuta holístico nunca deixa de inquirir repetidamente sobre a causa.

    6.5 Aquele que desejar firmar os pés nas técnicas básicas de Aconselhamento, deve ter bem claro, mediante profunda reflexão, que a inquirição sobre a origem da causa da queixa do Cliente deve cessar em algum ponto, pois ao ultrapassá-lo, estará praticando um mero jogo de pensamento.

    6.5.1 Ao observarmos os “sulcos” em uma pista de pouso, poderíamos inquirir a origem desses sulcos e como resposta teríamos que provêm das rodas de aeronave. Podemos continuar a perguntar: por que foram os sulcos traçados pela aeronave? Sendo respondido: porque a aeronave passou pela pista de pouso. Podemos continuar a perguntar: por que passou pela pista de pouso? Recebendo a resposta: porque transportava pessoas e cargas. Com estas perguntas chega-se finalmente, a saber, quais motivos dos sulcos na pista de pouso. E se não pararmos no fato, perderemos o verdadeiro fio do assunto e permaneceremos num mero jogo de perguntas. A técnica da Análise da Imagem Holística de Cliente fornece condições para uma avaliação rápida e segura de desequilíbrios energéticos e às vezes revela simples indicações para serem ser verificadas ou pesquisadas em detalhes, mas que nem por isso são menos valiosas. 

    CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESTRITAS. 

    AMORIM ANTONIO. “Noções de Anatomia e Bioquímica”, 2a edição Belo Horizonte – MG, Editora da SPOB- Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil, 2002;

    AUBENQUE PIERRE, BERNHARDT JENA, CHÂTELET FRANÇOIS. “História da Filosofia, Idéias e Doutrinas”, 1a edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora Zahar Editores, 1973;

    BOUTS PAULO & BOUTS CAMILO “Psicognomia”, 5a edição Rio de Janeiro-RJ e São Paulo-SP , Editora Vera Cruz Ltda 1943;

    MEDEIROS BAUZER ETEL. “Medidas Psico e Lógicas: Introdução a Psicometria”. 1a edição Rio de Janeiro -RJ, Editora Ediouro, 1999;

    PENNICK NIGEK. “Geometria Sagrada”, 15a edição, São Paulo-SP, Editora Pensamento -Cultrix Ltda, 1980;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “O Microcosmo Sagrado, 2a edição , SinteBooks, 2006;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Psicoterapia Holística, 1a edição, SinteBooks, 2007. 

    REFERÊNCIA DE FORMAÇÃO ACADÊMICA PARA A MONOGRAFIA.

    Curso de Leitura Corporal, Núcleo de Terapia Corporal Ltda,sito à rua Assunção, 40 Sion Belo Horizonte-MG, site www.leituracorporal.com.br .

                                      DISCIPLINASCARGA HORÁRIA PERÍODO
    Curso Básico120 h/aFev/01 a Jun/02
    Anatomia Humana Básica36  h/aMar/02 a Jun/02
    Chakras120 h/aAgo/02 a Dez/03
    Fisiologia40  h/aAgo/03 a Dez/03
    Fisiognomonia120 h/aFev/04 a Jun/05
    Estudo da Pele  40 h/aAgo/05 a Fev/06
    Interpretação do Desenho152 h/aMar/06 a Dez/07
            628 h/a 
     

    ANEXOS E APÊNDICES. Não apresentamos.

                       CRT 38326 

    Autor: : RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD - Terapeuta Holístico - CRT 38326
    Última atualização: 03/06/2008 15:02


    BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS


    BIOENERGÉTICA E PSICOTERAPIA HOLÍSTICA


    Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099

    Orientador: Henrique Vieira Filho




    Trabalho apresentado ao SINTE pela aluna Débora Monteiro Morales como requisito para conclusão do curso de Estudos Avançados Psicoterapia Holística, sob a orientação de Henrique Vieira Filho.







    Canoas, setembro de 2008.



    AGRADECIMENTOS

    Ao universo, que me proporcionou esta viajem que é viver e experimentar seus sabores e dissabores, mas experimentar, sentir, respirar,estar, enfim viver.

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO..............................................................................................................3

    RESUMO......................................................................................................................3

    MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................4

    DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.......................................4

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA...........................................................6

    Bioenergética e Terapia Vibracional............................................................10

    Alexander Lowen e Bioenergética................................................................11


    RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE.....................................13


    DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO................................................16


    DISCUSSÃO E CONCLUSÃO...................................................................................18


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................19

















    RESUMO

    Através deste trabalho discorro sobre psicoterapia holística e a sua inter-relação com a bioenergética. Pois a observação das características físicas de um cliente pode demonstrar informações de grande valia para o psicoterapeuta holístico. Para tanto foi feita uma correlação das características filosóficas da Terapia Tradicional Chinesa e a Bioenergética, terapia ocidental de Alexander Lowen.

    Com o objetivo de relacionar seus pontos em comum e desenvolver uma visão interativa entre as duas filosofias.

    INTRODUÇÃO

    O ato de buscar algo é a base para a experiência de prazer e representa uma expansão de todo o organismo, como um fluxo de sentimentos e energia que vai até a periferia do corpo.Na psicoterapia holística são tratadas as couraças desenvolvidas pelo fechamento, retraimento e retenção que são experiências de desprazer, podendo provocar dor ou ansiedade, que seriam o resultado de uma pressão criada pela energia de um impulso bloqueado. Se a musculatura contém o impulso, ocorre contração e dor; se a musculatura não dá conta de conter a excitação do impulso, ocorre ansiedade (LOWEN, 1982).

    Em similaridade ao enfoque bioenergético, os fundamentos da Terapia Oriental Chinesa se voltam para a manutenção ou a reintegração do fluxo natural de energia do indivíduo, tentando ingressar a pessoa em sua força interior e na convicção de suas atitudes. Resgatando ao corpo o equilíbrio que conduz a beleza natural de cada pessoa.

    Dentre as técnicas utilizadas nas terapias orientais destacam-se o recondicionamento físico para melhorar o fluir de energia do corpo energético e suprir o corpo físico, melhorando sua integridade e defesa natural; e o toque, que pode ser feito através de reflexologia, shiatsu, acupuntura entre outros.

    Diante de um processo de desequilíbrio, momentâneo ou prolongado, o fluxo vital é reduzido e a rede meridiana transmite as informações disponíveis para todo o sistema (CHUNCAI, 1999).

    Como já se pode observar o princípio de livre fluir energético e a inter-relação corpo-mente, são à base de ambas as abordagens.


    MATERIAL E MÉTODOS

    A presente monografia tem como referência revisões bibliográficas de livros relacionados à Psicoterapia Holística, Terapia Milenar Chinesa, Bioenergética, e Terapia Vibracional. Dessa maneira foi traçado um comparativo entre as Filosofias Milenares Chinesas e a Psicoterapia Bioenergética Ocidental, o que revela uma grande similaridade entre ambas, tornando o trabalho do Psicoterapeuta Holístico mais abrangente tanto na linguagem oriental como ocidental. Pois em ambas o fluxo livre de energia é o sinônimo de qualidade de vida.


    Capitulo 1

    DEFINIÇÃO, ORIGEM E HISTORIA DA BIOENERGÉTICA.

    “Formou o senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se uma alma vivente.” (Gênesis 2:7).


    Segundo Lowen (1977), a bioenergética procura entender o caráter do indivíduo pelo corpo e seus processos energéticos, sendo estes, a produção de energia pela respiração e pelo metabolismo, e a descarga de energia no movimento. Na terapia bioenergética, combinam-se os trabalhos corporais e mentais, com o objetivo de equilibrar as funções energéticas do indivíduo. Os trabalhos corporais utilizados pela bioenergética podem ser manipulatórios (massagens, toques) ou exercícios específicos, para diminuir tensões musculares e facilitar a respiração.

    A bioenergética é o estudo da personalidade humana em termos de processos energéticos do corpo. Pois a energia está envolvida em todas as coisas, tanto vivas quanto inertes (BRENNAN, 2006).

    Sentimentos armazenados, conflitos vivenciados e as perdas sofridas juntamente com a qualidade das relações afetivas, determinam a constituição de um indivíduo. Dessa forma a história de vida está gravada em cada corpo o qual necessita liberar medos e tensões para tomar consciência de emoções contidas, construindo um sentir e agir livre e verdadeiro (MONARI, 2002).

    As diversas culturas e religiões sempre desenvolveram técnicas com energia e suas relações com o corpo humano, animais, plantas e fenômenos naturais. Muito comum encontrar a figura dos xamãs que manipulavam as forças invisíveis com seus rituais, bem como os sacerdotes que eram mestres da ciência oculta, profundos conhecedores e manipuladores da energia sutil. Além disso, em diversos países do mundo antigo, os magos e feiticeiros sempre estiveram presentes, trabalhando com essas técnicas (HARTMAN, 2006).

    Por volta de 320 a.C, o povo chinês desenvolveu as bases da sua medicina tradicional, onde o ser é tratado com a visão energética (KIDSON, 2006).

    Na tradição hindu, a energia sutil é amplamente conhecida pelos yogues e seus discípulos com o nome de prana. Através de exercícios respiratórios, meditação, exercícios de concentração, posturas psicofísicas (asãnas), os yogues alcançam um profundo estado de paz e equilíbrio (JOHARI, 2007). Convém salientar os fenômenos e curas promovidas por Jesus e seus apóstolos, com a imposição das mãos e o emprego das palavras, são manifestações das energias sutis, potencializadas por esses grandes seres em favor dos necessitados. Isto mostra que Jesus possuía um potencial energético bastante equilibrado, a ponto de contagiar a todos apenas com sua presença.

    Mais adiante, na Europa do século XVIII, a ciência moderna começava a se destacar, surgindo uma distinção entre razão e misticismo. Neste periodo, Franz Anton Mesmer, postulou a existência de um magnetismo animal. Através da manipulação deste magnetismo promoveu diversas recuperações do equilíbrio energético. Na ciência do século XIX, surgem duas teorias que contribuíram para o entendimento da bioenergia: a teoria da libido de Freud, e a teoria do orgônio de Wihelm Reich. A psicanálise mostrou que as energias emocionais quando reprimidas (em desarmonia) causam doenças. Reich por sua vez, tinha plena convicção da existência de uma energia primordial responsável pela matéria viva (LOWEN, 1982). Desta forma começou a trabalhar diretamente com o corpo, utilizando uma técnica que visava especificamente aprofundar e liberar a respiração, a fim de melhorar e intensificar a experiência emocional (LOWEN,1982).

    Mais tarde, Alexander Lowen e John Pierrakos, alunos de Reich, ampliaram esse método transformando-o no que se conhece atualmente como Bioenergética. Juntos começaram a explorar possibilidades diferentes de trabalhos envolvendo o corpo no processo terapêutico. Buscando liberar as tensões, criaram as posturas em pé para promover vibrações, e desta descoberta nasceu o conceito de grounding (LOWEN, 1982).

    Após algumas experiências, utilizadas entre eles e com clientes, perceberam que era possível utilizar em conjunto o grounding, a respiração e as vibrações involuntárias, associadas ao som e aos toques sobre a musculatura tensa, para promover a ligação energética e emocional entre sentimentos do coração, sentimentos sexuais e a consciência (LOWEN, 1977). Eles partiram dos movimentos voluntários para despertar os involuntários e assim desencadear os sentimentos inconscientes enraizados na memória corporal. Embasando esta técnica na compreensão da profundidade de conflitos interiores perceberam a importância das vivências afetivas, onde estão às bases do aprendizado, quando são estabelecidos em primeira mão sentimentos, expressões e relações com o outro (LOWEN, 1982).


    Capitulo 2

    PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

    “É essencial compreender que o homem tem dois aspectos: um espiritual e um físico... Sob a orientação do nosso Eu espiritual, nossa vida Imortal, o homem veio ao mundo para adquirir conhecimento e experiência e para se aperfeiçoar como ser físico. O corpo físico sozinho, sem comunhão com o espiritual, é uma concha vazia, uma rolha sobre as ondas, mas quando há união à vida é uma alegria, uma aventura de interesse absorvente, uma jornada cheia de felicidade, saúde e conhecimento”. (BACH, 1930)

    Segundo Edward Bach (1930) a desarmonia do Eu Espiritual pode produzir uma série de problemas no corpo, pois ele é uma simples reprodução da condição mental de um indivíduo. Assim sendo, a pessoa é vista como uma unidade psicossomática, onde defesas psicológicas usadas para lidar com a dor e o estresse, tais como racionalizações, negação e supressões também estão ancoradas no corpo. Estes aparecem como padrões musculares que inibem a expressão. Tais padrões tornam-se inconscientes e passam a fazer parte da própria identidade da pessoa, impedindo que ela consiga se modificar, mesmo que entenda a natureza do problema.

    Os processos energéticos do corpo estão relacionados ao estado de vitalidade do organismo. Isto ocorre por falta de pressão interna ou de circulação da energia que fica estagnada (LOWEN, 1982). O decréscimo de energia restringe a mobilidade e a capacidade para ação espontânea e natural, com graça e emoção. A compensação do organismo encouraçado é o movimento mecânico, programado, sem sentimento. É um padrão de comportamento limitador, geralmente criado na infância para garantir a sobrevivência (LOWEN, 1982). Segundo as terapias orientais existe uma energia vital que passa a existir no momento em que a vida humana é gerada, no instante onde um óvulo se une a um espermatozóide e só nessa situação o homem é único. A partir daí, pelas sucessivas divisões celulares leva a formação do complexo humano, e a energia vital está com o seu fluxo contínuo. Apesar disto, tudo que o envolve é energia. O ponto inicial desse fluxo de energia no ser humano é o ponto umbilical, meio por onde o feto respira e se alimenta (BRENNAN, 2006).

    Assim, os seres humanos são microcosmos dentro do macrocosmo universal, os princípios do fluxo de energia do Universo são os mesmos que dos seres humanos, onde se mantêm em um estado de equilíbrio dinâmico entre pólos de natureza oposta, complementar, cuja essência é chamada de Yin e Yang (MACIOCIA, 2007).

    Dessa forma se enfatiza o retorno ao fluxo de energia que se iniciou no útero, é um método pelo qual o adulto recobre o equilíbrio original, onde as duas energias, Yin e Yang, são reequilibradas constantemente (PENNA, 2004).

    O Yin, elemento feminino, a terra, a mãe, a lua e o yang, elemento masculino, o pai, o sol, o céu. Mesclados, proporcionam um fluxo morno na circulação micro cósmica, desde quando feto (PENNA,2004).

    À medida que o bebê cresce, a sua energia vai se estabelecendo em partes quentes e frias. Quando chega a idade adulta, o Yang sobe para a parte superior do corpo e o Yin desce para a inferior, porém as tensões físicas e mentais da vida acabam bloqueando progressivamente as rotas de energia, bem como congestionando os centros energéticos, deixando de nutrir os órgãos internos de energia vital, provocando desequilíbrios emocionais, doenças, velhice e morte prematuras (PENNA, 2004).

    Conforme Zhou Chuncai (1999), o corpo somente estará saudável se funcionar segundo as interações correspondentes aos cinco elementos, Qualquer ruptura nestas interações resulta em desequilíbrio. Dessa maneira, “a primavera é cálida: o Qi do fígado começa a crescer. O verão é quente: o Qi do coração começa a crescer, O outono é seco: o Qi dos pulmões declina. O inverno é frio o Qi dos rins se oculta.”

    Em um corpo saudável, a energia circula constantemente em si onde todo o processo se auto-regula. Contudo, em um corpo com bloqueios energéticos, ocorrem desequilíbrios neste fluxo, gerando áreas ou órgãos com carência de Qi, ou "vazio”, e áreas ou órgãos com acúmulo ou bloqueio de Qi, ou plenitude.

    Portanto é possível pensar no corpo humano como um campo de contínua movimentação de energia, que circula entre as células, os tecidos, os músculos e os órgãos internos, mantendo a homeostase energética entre:

    • Wei Qi: energia de defesa, proveniente da união da energia celeste com a terrestre e responsável por toda defesa e resistência contra as energias perversas (fatores de adoecimento); Circula fora e dentro dos Canais de Energia Principais dependendo do horário.

    • Rong Qi (Yong Qi): energia nutritiva, proveniente da essência dos alimentos e responsável por toda a nutrição energética das estruturas do corpo; circula nos Canais de Energia.

    • Zhong Qi: formação semelhante ao Wei Qi, é responsável pela dinâmica cardiorespiratória e pela respiração celular.


    "O Qi gera o corpo humano assim como a água se transforma em gelo. Conforme a água se congela gerando o gelo, assim o Qi se condensa para formar o corpo humano. Quando o gelo derrete, ele se transforma em água. Quando uma pessoa morre, se transforma em espírito (Shen) novamente. Chama-se espírito, assim como o gelo derretido passa a ser chamado de água" (CHONG).


    A Qi circula e nutre todo o corpo através dos meridianos os quais formam uma rede entrelaçada de trilhas interconectadas que ligam os órgãos, a pele, os tecidos, os músculos e os ossos, unificando o corpo. O Qi que circula entre os canais tem natureza mais Yang na defesa externa do corpo, ou mais Yin, na nutrição interna do corpo (MANN, 1994).

    Estes canais estão ligados mais profundamente aos órgãos (Zang) e vísceras (Fu) e se externam em ramificações mais superficiais na pele, voltando a se aprofundar em seguida, da mesma forma que outras estruturas do corpo humano, como o sistema nervoso e o sistema circulatório. Esta rede é formada por meridianos principais (12), extras (8), distintos (12) e outras ramificações e canais secundários (MACIÓCIA, 2007).

    Cada um dos doze órgãos e vísceras que compõem a visão chinesa do corpo humano é ligado a um meridiano ou canal de energia principal, cujo nome corresponde ao órgão ou víscera ao qual afeta. A cada órgão (Zang) se corresponde uma víscera (Fu) e a energia de um afeta diretamente a energia do outro (MACIOCIA, 2007).

    Conforme o conceito bioenergético de instinto, Lowen (1982) salienta que o impulso é um movimento energético do centro para a periferia do organismo, onde afeta a relação deste com o mundo exterior. Desta maneira surgem dois propósitos, a função de carga, relacionada com a ingestão de alimentos, respiração e excitação sexual; e a função de descarga energética tais como a descarga sexual e a reprodução.

    Assim como na terapia oriental o corpo humano se divide em yin e yang, para Lowen (1982), a diferenciação da estrutura corporal em termos de carga e descarga é estendida aos membros. No entanto, a metade superior do corpo volta-se a função de carga energética, e a descarga energética se relaciona com a porção inferior do corpo, assumindo a responsabilidade de locomover o organismo no espaço.

    Aplicando isto a bioenergética observa-se que pensamentos e sentimentos são condicionados por fatores energéticos carga, descarga, pulsação, intensidade, grounding, centramento. Se a energia é retida, ela se transforma e gera pensamentos, sentimentos e atos literalmente distorcidos, onde esta distorção fica também visível no corpo (LOWEN, 1982).

    Portanto, estar plenamente vivo fundamenta-se no estado vibratório do sistema, sendo percebido na expansão/contração pulsátil do organismo, inclusive no sistema vegetativo, respiratório, circulatório e digestivo. A atitude vibratória é responsável por ações espontâneas, liberação emocional e funcionamento interno harmônico.



    Bioenergética e Terapia Vibracional


    A vibração é uma reação à liberação da sobrecarga de energia retida em determinadas partes do corpo, através dos exercícios. Na bioenergética considera-se um corpo sadio, quando está em constante estado de vibração, sentindo-se ligada ao contexto do todo (BRENNAN, 2006).

    Terapia Vibracional é um termo genérico que designa todas as terapias que visam atuar no campo de energia de um outro ser com o objetivo de recompor seu equilíbrio (HARTMEN, 2006).

    A Terapia Vibracional, através da bioenergética, ajuda a pessoa a reconhecer e tomar consciência das emoções e pensamentos indesejáveis que possam estar prejudicando seu desenvolvimento pessoal, sua saúde e sua vida, ajudando o indivíduo a perceber o sentido de seu sofrimento, a causa de seus sintomas e os caminhos que deve escolher ou evitar, para reconquistar o equilíbrio energético e bem-estar (MONARI, 2002).

    Sendo assim é possível perceber que alterações energéticas físicas ou psíquicas não ocorrem por acaso, mas surgem de conflitos internos, falhas e dificuldades de vencer o orgulho, a crueldade, o egoísmo, o ódio, a ignorância, a cobiça, traumas, medos, mágoas e a instabilidade entre outros fatores.


    “A inadequação do indivíduo perante Si Mesmo (a recusa em ouvir sua voz interior e a falta de auto conhecimento) e, por conseqüência perante o Universo, resulta em desarmonia psíquica, física e social, pois estas três não existem isoladamente. Um é conseqüência do outro, formando um continuum. Do mesmo modo, mas percebido no sentido inverso, uma desarmonia sociofisicopsíquica afastaria o ser de si mesmo.” (VIEIRA, 1994).


    Com esta proposta terapêutica profunda, é possível ajudar o indivíduo a erradicar o estado mental negativo causador do sofrimento, desabrochando nele sua virtude oposta privilegiando a dimensão extra-corpórea do ser humano. Essa dimensão, aliada ao instinto e ao intelecto faz parte da mente humana, capaz de perceber e comandar o próprio corpo, já que está ligada a ele por um complexo circuito de emoções (BRENNAN, 2006).

    Devido a repressões e traumas, inconscientes ou conscientes o indivíduo passa a negar alguns desejos, acontecimentos e emoções, a fim de mantê-los longe das lembranças, criando couraças para esconder seu verdadeiro ‘eu’. Inicialmente estas atitudes atuam como mecanismo de defesa, contudo, ao manter bloqueado o acesso a determinados fatores psíquicos que sejam dolorosos, é refletido no corpo tudo aquilo que foi escondido. Um verdadeiro alerta de que algo precisa ser compreendido (LOWEN, 1982).

    Na terapêutica vibracional as pessoas começam a obter um novo enfoque sobre as circunstâncias do sofrimento em que se encontram, dando a elas a possibilidade de reverterem o processo, com muito mais clareza, compreensão e tranqüilidade. Tratando as máscaras abre-se a mente para um novo horizonte (BACH, 1910).

    Alexander Lowen e Bioenergética


    A partir de Reich as abordagens corporais ocupam um espaço significativo no campo psicoterápico, passando inclusive a serem consideradas cientificamente. A terapia Bioenergética configura-se como uma das primeiras abordagens deste movimento, iniciando-se em 1953, por Alexander Lowen, discípulo de Reich.

    A base teórica da bioenergética é a, consideração da história analítica, o processo de desenvolvimento psicossexual e a dinâmica familiar como fatores fundamentais na formação da personalidade. Além disso, Lowen (1982) considera que o contexto social exerce influência na personalidade do indivíduo. O método terapêutico utiliza também da análise, dos conceitos de resistência, transferência e contratransferência, bem como a associação livre,e a interpretação dos sonhos.

    Através da sua própria experiência como cliente de Reich e, posteriormente, do seu colega John Pierrakos, e do seu trabalho com os seus clientes, Lowen pode perceber que analisar o modo habitual de uma pessoa ser e comportar-se merece tanta atenção quanto à importância dada ao trabalho com tensões musculares. Daí iniciou um estudo sobre os tipos de caráter, relacionando as dinâmicas físicas e psicológicas dos padrões do comportamento. Concluiu que ‘a vida de um indivíduo é a vida de seu corpo’(LOWEN, 1982).

    Durante o desenvolvimento da estrutura egóica, a criança está vulnerável a três tipos fortes de distúrbios, cada um deles deixará uma marca peculiar em sua personalidade:


    a)A privação resulta na oralidade;

    b)A repressão leva ao masoquismo;

    c)A frustração à rigidez.

    Lowen aperfeiçoou a teoria da análise do caráter e classificou os tipos de caráter em: esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido (fálico-narcisista para os homens e histérico para as mulheres).

    Não existe um caráter puro, a maioria das pessoas revela uma combinação razoável de traços de caráter. Não raro, elas exibem uma mistura caracterológica que dificulta o diagnóstico.

    A realidade adulta exige que o indivíduo funcione adequadamente em seu trabalho, em suas relações afetivas e com a sexualidade. Essa exigência, entretanto, nem sempre é atendida. A existência do caráter dificulta a plenitude do funcionamento das potencialidades humanas. Dependendo da severidade do trauma infantil, a experiência fica limitada e empobrecida (LOWEN, 1984).

    Lowen postula a busca de um caráter genital, que em oposição aos caracteres neuróticos, viabilizaram essa plenitude.


    Caráter neurótico

    *Há uma congestão da libido com inadequada satisfação;

    *Repressão libidinal / formação de sintomas – fobias;

    *Transferência adulta;

    *Fixação sexual infantil;

    *Conflito ID x superego;

    *Ilusões;

    * Energia represada;

    *Ódio, mágoa;

    *Trabalho compulsivo;

    *Insatisfação orgástica.


    Caráter genital


    *Alternância entre tensão e satisfação libidinal;

    *Potência orgástica, capacidade de entrega e prazer;

    *Sublimação do desejo edípico;

    *Vida sexual saudável;

    *Satisfação adequada dos impulsos;

    *Ego real próximo do ego ideal;

    *Fluidez energética - Amor, ternura;

    *Adequação entre carga e descarga;

    *Satisfação orgástica, prazer.

    Atingir o caráter genital é a meta de todo ser humano. Ser feliz, amar e se sentir adequado.


    Capítulo 3


    RESPIRAÇÃO, COURAÇAS, GROUNDING E ESTRESSE


    RESPIRAÇÃO


    A respiração é uma das funções mais enfatizadas pela Bioenergética.


    “A respiração correta envolve todos os músculos da cabeça, pescoço, tórax e do abdômen, além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da além da musculatura involuntária da laringe, da traquéia e dos brônquios. A boa respiração depende da capacidade de realizar bem esses movimentos de sucção com o corpo inteiro... A respiração fornece o oxigênio para o processo metabólico, mantém literalmente a chama da vida... Através da respiração harmonizamos-nos com a atmosfera. Em todas as filosofias orientais e místicas, a respiração guarda o segredo da bênção maior” (LOWEN, 1984).


    A saúde vibrante está diretamente relacionada à boa respiração, visto que é o oxigênio que produz a energia, pois a respiração completa possibilita maior contato com os sentimentos, aprisionados no corpo, é importante que, no processo terapêutico, a atenção esteja voltada à respiração espontânea do cliente, o que pode facilitar uma leitura mais eficaz dos seus conteúdos internos.

    Os exercícios respiratórios têm a função de fazer o indivíduo perceber como é o seu padrão respiratório.


    Couraças


    Couraça é uma espécie de armadura de tensão que impede o fluxo energético e biológico. Ela se forma como uma defesa contra os perigos do mundo externo e interno. A criança chega ao mundo livre e solta, mas é totalmente dependente de outros que não a compreendem, assim começam os primeiros traumas, as primeiras impressões se formam, e vão definindo o caráter. Há um grande medo do desconhecido e já não é possível sentir-se uno, integrado a tudo e a todos. O ponto crucial a ser retido, aprisionado, parece ser o terror de se render à convulsão orgástica, na qual o homem se funde por completo com a natureza.

    A couraça muscular do caráter é a soma das não liberdades da pessoa, resumo de tudo que pretendeu fazer e lhe foi proibido, de tudo que ela não pretendia e lhe foi imposto.

    A couraça impede a pulsação e a vibração do corpo. A energia não flui facilmente e posteriormente todo o corpo fica tenso, envelhece e adoece. O indivíduo fica impossibilitado de sentir e de se expressar livremente. O homem torna-se semelhante a uma pedra fria e imóvel.

    O homem orgástico é totalmente livre de couraças, é um canal aberto para a energia é um ser pleno e vibrante é pura potência. O Poder é fruto do ego do sentir-se diferenciado; a potência é a capacidade total do homem, e a capacidade de um não limita a de outro, é possível a todos manifestar essa potência total.


    Grounding

    Na bioenergética, grounding significa, fazer a pessoa entrar em contato com o chão...Estabelecer um contato adequado com o chão, local onde se pisa.” (LOWEN, 1982)


    Apesar de estar com os pés no chão, a pessoa com desequilíbrio energético não possui um contato sensitivo com o mesmo. O grounding possibilita a liberação do acúmulo de energia, da pessoa para o chão.

        1. É uma postura corporal básica da abordagem bioenergética e deve estar presente em todos os exercícios. O grounding deve ser construído com a pessoa em pé, com uma distância de aproximadamente 30 cm entre os pés, os artelhos virados ligeiramente para dentro, joelhos flexionados, coluna ereta, e respiração profunda.

    Estresse


    Uma das causas mais comuns dos distúrbios energéticos é o estresse – o efeito das pressões cotidianas sobre o corpo, ao lado de outras influências negativas, como a poluição, os aditivos e agrotóxicos nos alimentos e a vida urbana. Todas as pessoas são afetadas pelo estresse em diferentes níveis e, como conseqüência, muitas desenvolvem diversos problemas físicos, entre os quais dor de cabeça e enxaqueca, tensão na nuca, dor nas costas, distúrbios digestivos, debilidades do sistema nervoso, pressão alta, doenças na pele e constantes gripes e resfriados.

    O estresse é o resultado de uma reação do organismo quando estimulado por fatores externos desfavoráveis. Neste momento ocorre uma descarga de adrenalina no organismo, onde os órgãos que mais sentem são os aparelhos, circulatório e respiratório.

    No aparelho circulatório a adrenalina promove a aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia) e uma diminuição do tamanho dos vasos sangüíneos periféricos. Dessa maneira, o sangue circula mais rapidamente para uma melhor oxigenação, principalmente, dos músculos e do cérebro já que ficou pouco sangue na periferia, o que também diminui sangramentos em caso de ferimentos superficiais.

    No aparelho respiratório, a adrenalina promove a dilatação dos brônquios (bronco dilatação) e induz o aumento dos movimentos respiratórios (taquipnéia) para que haja maior capitação de oxigênio, que vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulatório, também devidamente preparado pela adrenalina.

    Quando o perigo passa, o organismo pára com a grande produção de adrenalina e tudo volta ao normal. Atualmente as situações de estresse estão sempre ao redor o que desencadeia na constituição orgânica, níveis de estresse muito acima do tolerável.

    Embora as terapias complementares não possam prevenir o estresse que ocorre na vida cotidiana, elas podem ajudar a lidar melhor com ele. Um dos importantes benefícios é o relaxamento. O tratamento aborda o corpo como um todo, não um grupo de sintomas, e pode ajudar tanto físico quanto mentalmente. Dessa forma ajuda-se o corpo a desenvolver maior resistência física para sustentar sensações.




    Capítulo 4


    DESCRIÇÃO DE PSICOTERAPEUTA HOLISTICO


    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquico. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.”


    As terapias complementares partem da observação, de uma experimentação extraordinária e de milênios de prática, elaborando um sistema que tem o mérito de ser aplicável e de funcionar na prática. Essa cuidadosa observação levou à elaboração de um sistema sociossomatopsíquico (VIEIRA, 2006).

    Na visão holística adotada pela terapia tradicional chinesa, por exemplo, os pensamentos e as emoções influenciam diretamente a força vital, aumentando, ou estagnando o fluxo de energia pelo corpo, onde o psiquismo não pode ser separado dos órgãos e vice-versa, pois as perturbações psíquicas, relativas às emoções, podem perturbar diretamente os órgãos e as alterações orgânicas podem agir sobre o psiquismo (PENNA, 2004).

    A psicoterapia holistica trabalha com as cinco emoções (alegria, tristeza, reflexão, cólera e medo), sendo o estado de equilíbrio energético dependente da harmonia entre elas, dessa forma alterações emocionais levam aos quadros de excesso ou deficiência (MACIOCIA, 2007).

    Dentro deste contexto, tanto a Bioenergética de Lowen, quanto as Terapias Milenares partem do conceito da existência de uma energia única que une o corpo e o espírito constituindo um dos fundamentos de terapias orientais como a Yoga, o Tai-chi-chuan e a Acupuntura.

    A Bioenergética dá muita importância ao crescimento pessoal aprofundando o auto conhecimento, desenvolvendo uma atitude positiva em relação ao próprio corpo, assim como os exercícios orientais, com uma característica profilática tanto para a mente como para o corpo.

    A maior similaridade entre as técnicas utilizadas em Psicoterapia Holística e Bioenergética de Lowen está na respiração, onde reter ar nos pulmões causa tensões, diminuindo o livre fluxo de energia, convém salientar que bioenergética é uma das técnicas empregada em psicoterapia holística.

    Em técnicas de exercícios corporais como o Tai Chi Chuan, não interromper o fluxo é um ato de coragem, sentir plenamente e agüentar firme, onde o gesto deve fluir, bem como a respiração, pois um interage com o outro (WONG, 2001).

    Ao aconselhar para que o indivíduo sinta sua respiração surge a descoberta para si mesmo sentimentos escondidos pela racionalidade. Dessa maneira restauram o equilíbrio psicossomático; relativo simultaneamente aos domínios psíquico e orgânico, pela liberação, ativação, sedação ou desbloqueios dos fluxos energéticos (LOWEM, 1982).


    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.”


    Na Terapia Holística, o trabalho terapêutico da respiração é uma maneira de ligar a pessoa com seus sentimentos trazendo consciência sobre a escolha de caminhos na vida; Pois, ajudam o praticante a dar fluxo as suas forças internas, a saber, a imaginação, o sentimento, o pensamento e ação (SEVERINO, 1988).

    Segundo as terapias orientais, existe um elo com o conceito da existência de uma energia única que une corpo, mente e espírito. Neste entendimento podem-se citar as seguintes terapias: Ayurvédica (yoga, meditação e massagens), Acupuntura (Tschen Tschiu), Tai Chi Chuan , Tui Na, Chi Nei Tsang , Shiatsu, Do in, Jin Shin Jyutsu, Cromoterapia, Reiki. Todas estas terapias orientais tratam desequilíbrios energéticos, relacionando o espírito individual, consciência individual e cósmica, energia e matéria (LANDMAN, 2005).


    DISCUSSÃO E CONCLUSÃO


    Após verificar quais emoções estão reprimidas ou excessivas, o Psicoterapeuta Holístico volta sua atenção para os fundamentos dos Cinco Movimentos da Terapia Chinesa, representados pelos elementos Água, Terra, Fogo, Madeira e Metal. Dessa maneira pode interpretar dentre outras coisas, as disfunções do funcionamento orgânico e o psiquismo.

    Cada um dos elementos supracitados possui um órgão e uma víscera correspondentes denominados Zangfu, os quais podem estar em equilíbrio, excesso ou deficiência energética, servindo de informação para o tratamento mais adequado no momento.

    Dessa maneira podemos destacar as seguintes características, conforme a tipologia de cada um:

    Água: em equilíbrio tem vontade firme, auto-respeito, persistência diante de dificuldades sem correr riscos desnecessários.

    Em excesso o indivíduo se torna muito ativo, ambicioso, imprudente, com medo de perder o controle procurando segurança através do domínio e poder sobre tudo e todos.

    Na deficiência, apresenta pouca energia, medo, desiste facilmente e sem perseverança.

    Terra: em equilíbrio apresenta calma e ordem, pensamento lógico, personalidade estável com capacidade de apoiar ou cuidar sem interferir na vida de outrem.

    Em excesso torna-se dominador da vida alheia, com personalidade possessiva, intrometido.

    Na deficiência demonstra muita preocupação, excesso de pensamentos, sem ação, sem importar-se consigo nem com os outros.

    Fogo: em equilíbrio, irradia o sentimento de amor, calmo, tranqüilo, alegre, comunicativo, sóbrio.

    Em excesso fica excitado, inquieto, maníaco, irresponsável e verborrágico.

    Na deficiência, apresenta tristeza, melancolia, solidão, sente-se indigno de ser amado, falta de interesse pala vida, pessoas ou atividades sociais.

    Madeira: em equilíbrio apresenta uma visão clara de seu caminho, confiante, intuitivo, independente e forte.

    No excesso torna-se impaciente, intolerante irritável, frustrado e agressivo.

    Na deficiência, é uma pessoa insegura, tímida, sempre atormentada por dúvidas, com personalidade fraca.

    Metal: equilibrado participa ativamente da vida com sabedoria, sem medo de se envolver.

    Em excesso egocêntrico, negativo, carrega suas mágoas para outros relacionamentos.

    Em deficiência, não cria laços duradouros, tão pouco novos relacionamentos, vive do passado e não participa da vida.

    Na Bioenergética a avaliação do indivíduo é feita através de seu caráter que pode ser esquizóide, oral, psicopata, masoquista e rígido tal quais as características psicológicas dos cinco elementos, a saber: esquizóide–metal, oral-fogo, psicopata-terra, masoquista-madeira e rígido-água.

    Segundo Mann, (1994) o fluxo de prazer parte do coração em direção aos pontos de contato com o mundo: olhos, boca, pele, mãos, pés e genitália. O sentimento de alegria, que brota de dentro, só é experimentado quando há energia e vida na barriga, ou seja, na pelve. A terapia vai ajudar a integrar a compreensão da cabeça, o afeto do coração e a sexualidade do corpo.

    Como podemos ver os desequilíbrios energéticos levam as disfunções emocionais, que por sua vez desencadeiam desarmonia anatômica, gerados por restrições comportamentais sejam bloqueios, atitudes repetitivas, limitantes ou padrões afetivos insalubres.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

    ANN, Brennan B. Mãos de Luz. São Paulo: Pensamento, 2006.

    CHUNCAI, Zhou. Clássico de Medicina do Imperador Amarelo. São Paulo: Roca, 1999.

    CONEZA, Elizabeth. Florais de Bach: Os remédios da alma. São Paulo: ALFABETO. 2006.

    DAHLKE, R. A Doença Como Símbolo. São Paulo: Cultrix, 2006.

    DETHLEFSEN, T. e Dahlke R. A Doença Como Caminho. São Paulo: Pensamento,

    2007.

    FELICIANO, Alberto; CAMPADELLO, Píer. Reflexologia Energética: Massagem para os pés. Madras.

    HUNG, Dr. Cho Ta. - Exercícios chineses para a saúde – a antiga arte do Tsa Fu Pei, Pensamento, São Paulo, 1985.


    LANDMAN L. Exercícios Chineses de Saúde para Pessoas Idosas. Andrei, 2005.

    LOWEN, A. O Corpo em terapia: a abordagem bioenergética. São Paulo: Summus, 1977.

    LOWEN, Alexander. Bioenergética. São Paulo: Summus, 1982.

    LOWEN, A. Prazer: uma abordagem criativa da vida. São Paulo: Sumus, 1984.


    MONARI, Carmem. Participando da Vida com os Florais de Bach. São Paulo: Roca, 2002.

    NISHI, Katsuzo.A Medicina Nishi.São Paulo:IBRASA,1988.

    POIAN, Carmen da. Formas do vazio: desafios ao sujeito contemporâneo. São Paulo: Via Lettera, 2001.

    REQUENA, Y. Acupuntura e Psicologia. São Paulo: Andrei, 1990.

    SEVERINO, Roque Enrique. Tai-Chi Chuan:Por uma vida longa e saudável.São Paulo: Ícone,1988.

    VACCHIANO, A. Shiatsu Facial: A arte do rejuvenescimento. São Paulo: Ground, 2000.

    VIEIRA, H. Florais de Bach: Uma visão Mitológiaca, Etimológica e Arquetípica.São Paulo: Pensamento,2006.

    KIDSON. R. Acupuntura para todos.Rio de Janeiro:Nova Era 2006.

    WONG K. Kit. O Livro Completo do Tai Chi Chuan. 1 º Ed. Pensamento- Cultrix – 2001.


    Autor: : Débora Monteiro Morales - Terapeuta Holística - CRT 42099
    Última atualização: 29/12/2008 12:58


    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

    CURSO DE PSICOTERAPIA


    ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO

    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    Dourados, MS 04.05.2008


    TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

    CURSO DE PSICOTERAPIA




    ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO - TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 42753



    PSICOTERAPIA NA TERAPIA HOLÍSTICA

    DOCENTE: HENRIQUE VIEIRA FILHO - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 21001




    SINDICATO DOS TERAPEUTAS (SINTE)

    COMUNIDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS (CEA)





    Dourados, MS 04.05.2008

    EPÍGRAFE



































    “O principal objetivo da terapia não é transportar o cliente para um impossível estado de felicidade, mas sim de ajudá-lo adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento. A vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor.”

    Carl Jung






























































    Dedico este meu trabalho a todos os meus clientes, que depositaram em mim sua confiança para ajudá-los, o que me possibilitou evoluir como profissional.

    AGRADECIMENTO
































    Agradeço a Jeová meu Deus por me ter dado a vida cheia de encantos e a capacidade de aprendizado me fazendo cada vez mais valorizar a vida e por colocar pessoas no meu caminho que de uma forma ou de outra me ajudam a crescer.

    A minha família linda e essencial, sempre presente na minha vida, me fazendo sentir o que é o verdadeiro amor, meu esposo João Paulo que me encoraja me apóia a cada palavra, me ajuda a rir das situações difíceis, me ajuda a ver que a vida é para aqueles que têm coragem, pelo seu amor incondicional e por seus esforços imensos em me ajudar pra que conquiste meus sonhos.

    Aos meus filhos Natasha e Kevin, os quais amo de todo o meu coração que me apóiam e me incentivaram dando-me combustível para seguir em frente.

    A minha irmã Juliana que foi o motivo que me inspirou na escolha e no interesse por psicoterapia.

    Ao meu orientador docente Henrique Vieira Filho, por me ensinar como o conhecimento sobre o ser humano é complexo, assim como as estratégias para ajudá-lo em sua existência, me ensinando a dar os primeiros passos e as diversas teorias e técnicas psicológicas que buscam dar conta desse desafio e tarefa que é ajudar outros a lidar com sua vida. Obrigada pela destreza com que ministrou esse conhecimento.

    Ao SINTE através da CEA- Comunidade de Estudos Avançados que me proporcionou ter acesso a esse conhecimento, e aos autores citados na bibliografia que me ajudaram a enriquecer meu conhecimento.

    SUMÁRIO


    Epígrafe 02

    Dedicatória 03

    Agradecimento 04

    Sumario 05

    Resumo 06

    Introdução 07

      1. Definição de Psicoterapia 07

      2. Objetivo e aplicação da terapia holística 07

      3. Os florais de Bach e seu uso terapêutico 07

      4. Uma compreensão dos florais de Bach a luz da física moderna 08

      5. Classificação das essências dos florais de Bach 08

    1. Material 09

    2. Metodologia 10

    3.1 Atendimentos de casos 11

    1. Resultados 26

    2. Discussão 29

    3. Conclusão 30

    4. Referências Bibliográficas 32

    5. Anexos 33

    6. Apêndice 33















    RESUMO


    Este trabalho se propõe a aplicação das teorias aprendidas no curso de psicoterapia ministrado pelo docente Henrique Vieira Filho através da Comunidade de Estudos Avançados (CEA), com descrição e analise de atendimento em psicoterapia a meus clientes sob enfoque holístico de restaurar e preservar a saúde e a qualidade de vida como necessidade primordial de não apenas acrescentar mais anos à vida, mas de acrescentar mais vida aos anos associando o uso dos Florais de Bach ao aconselhamento terapêutico, procedemos o acompanhamento do cliente em seu processo de vida, onde foram trabalhadas transformações profundas da personalidade, reconhecimento de padrões de comportamento, de como age, de como se relaciona, como pensa, como se sente, e descobrir caminhos para mudança desses padrões.
























    INTRODUÇÃO


      1. DEFINIÇÃO DE PSICOTERAPIA

    Psicoterapia é parte integrante do atendimento na terapia holística, pois se propõe a implementar técnicas básicas de aconselhamento, somando a estas outras formas de abordagens psicoterapicas em especial algumas correntes básicas da Psicanálise Freud, Reich, Jung associadas as tradições terapêuticas milenares.


      1. OBJETIVO E APLICAÇÃO DA PSICOTERAPIA HOLÍSTICA

    O objetivo é permitir transformações profundas na personalidade, sendo que hoje não é possível falar de equilíbrio e saúde sem uma consideração pela dimensão psicológica e emocional.

    Diante da evidência psicossomática da natureza humana, a psicoterapia holística ocupa um lugar fundamental na área de saúde por trazer uma visão integrada do homem, pois leva em conta as dimensões orgânicas, psíquicas e sociais como conjuntamente participantes da existência humana e seus problemas e educando para a vida quando as pessoas se vêem inaptas para lidar com suas dificuldades e ajudando-as a encontrar caminhos internos para solucioná-los.

    Diversos estudos têm demonstrado que desequilíbrios existenciais não tratados adequadamente, somatizados produzirão desordens orgânicas e psíquicas.

    A aplicação da psicoterapia holística tem reduzido tanto o uso de medicamentos quanto de internações. Mostrando-se vantajosa economicamente tanto para as pessoas quanto para o país.


    1.3 OS FLORAIS DE BACH E SEU USO TERAPÊUTICO

    Problemas de saúde freqüentemente têm sua origem na mente, sentimentos que foram persistentemente reprimidos irão emergir primeiro como conflitos mentais e depois somatizados como problemas orgânicos.

    Dr. Eduard Bach, médico inglês, depois de obter êxito como médico bacteriologista, resolve morar no campo e lá descobriu que tinha sensibilidade para sentir as energias transmitidas pelas plantas através do toque ou por colocar na boca as gotas de orvalho que repousava sobre elas.

    Constatou que algumas plantas tinham a capacidade de provocar sentimentos negativos ou de anulá-los.

    Entre 1930 e 1934 o Dr. Bach identificou 38 flores silvestres que compõem o sistema floral de Bach. O Dr. Bach dizia “o medicamento tem que atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, corrigindo o desequilibro emocional no campo energético”.

    Agindo no campo mais sutil da pessoa a terapia floral tem seu efeito reconhecido em 1976 pela Organização Mundial da Saúde, constituindo-se em grande ajuda para a humanidade nestes momentos de transição, auxiliando a harmonização dos corpos (elétricos, mental e emocional) e facilitando o livre fluxo das energias superiores da personalidade. Lembrando ainda a vocação preventiva, podemos afirmar que se os usássemos constantemente, mantendo sempre ativa a nossa busca de autoconhecimento e travando contato cada vez maior com nosso material psíquico reprimido, não precisaríamos somatizar, ou seja, adoecer.


      1. UMA COMPREENSÃO DOS FLORAIS DE BACH À LUZ DA FÍSICA MODERNA.

    Todo ser vivo tende a vibrar, a pulsar em determinadas freqüências preferenciais (numero de vezes por segundo).

    Se fornecermos freqüência num ritmo semelhante a esse que pulsamos seu aproveitamento será maximizado. Esse perfeito entrosamento entre a emissão e a capacidade do receptor é o fenômeno da ressonância.

    Analogicamente, a situação emocional consciente faz com que nossas energias vibrem em determinadas freqüências especiais.

    Cada floral tem seu padrão vibracional, quando corretamente escolhida, a formula floral ira sintonizar a capacidade de recepção de quem a usa, ocorrendo a ressonância, fato capaz de despertar intensas reações. Caso a formula não esteja adequada às emoções consciente do usuário não ocorrerá a sintonia, nem reações.


      1. CLASSIFICAÇÃO DAS ESSÊNCIAS FLORAIS DE BACH

    As 38 essências agrupadas em 07 categorias definidas por Eduard Bach da seguinte forma:


    EMOÇÕES PRESENTES

    PALAVRAS-CHAVES

    ESSÊNCIAS


    MEDO

    Pânico

    ROCK ROSE

    De coisas, de situações concretas

    MIMULUS

    De perder o controle

    CHERRY PLUM

    Inexplicável

    ASPEN

    Temem pelos outros

    RED CHESNUT

    INCERTEZA

    Falta de autoconfiança

    CERATO

    Indecisão entre duas coisas

    SCHLERANTUS

    Desanimo tristeza por fato acontecido

    GENTIAN

    Sem esperança, desistência

    GORSE

    Cansaço com a rotina

    HORNBEAN

    Indecisão geral

    WILD OAT

    DESCONEXÃO AO PRESENTE

    Distração

    CLEMATIS

    Nostalgia

    HONEYSUCKLE

    Apatia

    WILD ROSE

    Esgotamento físico e mental

    OLIVE

    Pensamentos obsessivos

    WHITE CHESTNUT

    Tristeza cíclica de origem incerta

    MUSTARD

    Dificuldade de aprendizado

    CHESTNUT BUD

    SOLIDÃO

    Reservados, isolados

    WATER VIOLET

    Ansiedade, impaciência

    IMPATIENS

    Não suportam a solidão, carentes

    HEATHER

    INFLUÊNCIAS EXTERNAS

    Fuga dos problemas

    AGRINONY

    Submissão

    CENTAURY

    Protege das influências

    WALNUT

    Inveja, ciúme, suspeita, raiva

    HOLLY

    ABATIMENTO

    Baixa-estima

    LARCH

    Culpa

    PINE

    Excesso de responsabilidade

    ELM

    Angústia extrema

    SWEET CHESTNUT

    Traumas, choques

    STAR OF BETHLEHEM

    Ressentimento, mágoa

    WILLOW

    Excedem os limites da resistência

    OAK

    Sensação de impureza

    CRAB APLLE

    (PRE) OCUPAÇÃO COM OS OUTROS

    Possessividade, chantagem emocional

    CHICORY

    Fanatismo, idealismo excessivo

    VERVAIN

    Autoritarismo

    VINE

    Intolerância, crítica excessiva

    BEECH

    Auto-repressão

    ROCK WATER


    Deve-se selecionar no máximo 06 essências que melhor descrevam o exato momento emocional do cliente. Tomar 04 gotas, direto na língua, 04 vezes ao dia.


    MATERIAL:

    A abordagem de atendimento aos clientes foi feita sobre o paradigma holístico dentro das correntes básicas da psicanálise – aconselhamento, vivências, relaxamento, terapia floral, terapia reichiana, com o uso de aparelhos para trabalhar “couraças musculares do caráter” para restabelecer o fluxo energético do organismo, sempre avaliando os clientes do ponto de vista de desequilíbrios energéticos, respeitando tanto a legislação brasileira quanto as Normas Técnicas Setoriais Voluntárias do SINTE.


    METODOLOGIA


    Técnicas Terapêuticas - fez-se uso de técnicas terapêuticas diversificadas no atendimento individual procedendo à escolha das mais adequadas, todas com o objetivo final de ajudar o cliente a equilibrar-se.

    Aconselhamento - processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holística e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em varias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida.

    Vivências – realizadas em sessões individuais, ou em grupo, utiliza-se tanto da terapia corporal, quanto do relaxamento como introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem tratados na terapia holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo na solução de questões de saúde. Realizamos sessões individuais.

    Relaxamento – vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles as manobras corporais, a musicoterapia, a cromoterapia, cristaloterapia, a acupuntura e a sugestão verbal, exercícios respiratórios e aparelhos vibracionais. Utilizamos à sugestão verbal, exercícios respiratórios e aparelhos vibracionais.

    Terapia Reichiana – Welhelm Reich – dissidente de Freud – “corporificou” o inconsciente identificando-o como uma bioenergia circulante por ele denominada “orgone”, onde a negação de emoções, impulsos, desejos, bloqueia o livre fluxo da bioenergia pela musculatura corporal quer pela tensão excessiva, quer pela ausência de tônus em ambas as situações prejudicando o livre fluxo energético.

    Através de terapias de toque nas zonas musculares especificas “couraças” provocando a circulação bioenergia é um dos principais fatores catalisadores de aflorar ao natural do psíquico inconsciente o qual será trabalhado verbalmente pelo Terapeuta Holístico. Utilizamos aparelhos vibracionais.

    Terapia Floral – Faz uso de compostos energéticos denominados “essências florais”, totalmente centrada no individuo, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção especifica, trazendo uma maior compreensão das emoções, permitindo aflorar material psíquico profundo, ampliando o autoconhecimento podendo resultar em reversão das somatizações.

    Aparelhagem Eletrônica – esse tipo de terapia permite identificar pontos de desequilíbrios energéticos e de estimulá-los das mais diferentes maneiras, sendo o uso desses aparelhos, restritos para a avaliação e tratamento de desequilíbrios energéticos, devendo-se ter o cuidado de usar aparelhos devidos e certificado pelo Ministério da Saúde, ou com certificado de isenção do mesmo, dispensado de registro.

    Durante todo curso de psicoterapia nós terapeutas fomos preparados para uma profunda compreensão das técnicas e fomos introduzidos no trabalho prático através do orientador/supervisor/docente/TH Henrique Vieira Filho - CRT nº 21001, com atendimento supervisionado com objetivo de nos dar segurança, autoconfiança no exercício profissional. A partir do momento que passei a aplicar as técnicas terapêuticas aprendidas, uma riqueza de material aflorou do inconsciente, possibilitando-me exercitar o conhecimento aprendido.

    Cada cliente que atendi, trouxe sua carga de conflito, com seus desafios e estados emocionais diferentes, onde ganhei confiança aplicando o conteúdo aprendido em beneficio dos clientes quando se busca melhorar a qualidade de vida, tendo como meta harmonizar corpo/mente/universo da pessoa atendida, reconectando-a consigo mesma, como terapeuta holística estando atenta a qualquer material psíquico ou linguagem corporal como “linguagem a ser decifrada e compreendida”.


    ATENDIMENTO DE CASOS


    Cliente n°1 – A.R.M. – 48 anos, sexo masculino, cético, pessimista, apático, individuo com muitas duvidas, apresenta esgotamento físico e mental, não se ajusta aos relacionamentos amorosos, queixa-se de diversos problemas físicos, trazendo diagnóstico médico de problemas alérgicos respiratórios e persistentes problemas renais, fazendo uso de medicamento de uso continuo.


    Cliente n° 2 – I.F.C.L. – 42 anos, sexo feminino, dona de casa, esta cliente traz história de vida marcada por violência, criada por pai alcoólatra, com primeiro casamento fracassado também por alcoolismo e violência do ex-marido.

    A cliente apresenta pesada carga de mágoa, rancor, crítica, intolerância, autoritária, extremamente possessiva com os filhos, muito ciumenta com o marido, chantageando emocionalmente os familiares com reações exageradas e quadro de doenças (dor de cabeça, depressão) trazendo diagnóstico de seu médico de hipertensão e problemas cardíacos, fazendo uso de medicação de uso continuo.


    Cliente n°3 – E.S.R.C. – 39 anos, sexo feminino, traz um histórico de infância pobre com vida muito difícil, casamento fracassado, preocupação excessiva com a aparência fazendo dietas mirabolantes para manter a forma, descreve diversos problemas de saúde diagnosticados por médicos de ordem física, queixando de não estar obtendo resultados esperados; ansiosa, amarga, depressiva, achando que a vida esta sendo injusta com ela, faz uso de medicação de uso continuo para coluna e insônia.

    Nos três casos citados notam-se aspectos emocionais muito fortes na causa dos desequilíbrios, onde procedi esclarecimentos sobre as possibilidades oferecidas pela Terapia Holística e os benefícios que poderiam obter, esclarecendo-os de acordo com as NTSVs – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias e de acordo com legislação vigente em nossos país, que o campo de atuação seria a nível de desequilíbrios energéticos, microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma, onde toda qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser e usaríamos recursos facilitadores associado ao aconselhamento, terapia floral e aparelho de biorressonância como técnicas de auxilio não só para fazer aflorar com maior fluidez e rapidez processos psicossomáticos, como possibilitar o auto-equilibrio no menor tempo possível.

    Todos foram orientados a não alterarem seus tratamentos, sem a orientação e parecer dos profissionais da área médica que os acompanham. Os atendimentos se deram com agendamentos antecipados de forma semanal com dia e hora marcados com duração de 01 hora de cada sessão.

    De acordo com os NTSVs TH 003 na ficha de cada cliente foram feitas anotações com descrição do atendimento e técnicas aplicadas e indicações terapêuticas para a semana; e no Bloco de Recomendação Terapêutica (BRT) de acordo com as NTSVs TH 002 eram feitas anotações como: data da próxima sessão; indicação dos florais de Bach pertinentes aos desequilíbrios emocionais compreendidos e devidamente avaliados que o cliente trouxe a superfície durante a sessão para serem melhorados e frase para meditar, que representam bem o momento que estão vivenciando para servir de ponto de partida para o aconselhamento da próxima semana bem como a que estivessem atentos a sonhos para pontuarmos posteriormente.

    No caso do cliente nº1 o relato será descrito passo a passo da forma como o atendimento terapêutico se procedeu.


    No caso do cliente nº 1 A.R. M de 48 anos sexo masculino esse cliente traz como característica acentuada o ceticismo duvidando de toda a informação. Apresenta diversas somatizações, focado em descrever os sintomas físicos que sente. A esse cliente se fez necessário esclarecer por mais de uma vez, devido à insistente descrição de sintomas físicos que terapeuta trabalha desequilíbrios e que tratamento de doença é prerrogativa médica, informei-lhe o que a terapia holística poderia fazer por ele.

    Iniciamos os trabalhos via aconselhamento atenta a qualquer sinal que pudéssemos pontuar, encontrei muita resistência à medida que tentava aprofundar no emocional, tendo o cliente dificuldade em falar da infância, afirmando não ter boas lembranças, tendo passado por várias internações com crises respiratórias, sua mãe não lhe permitia brincar e viu toda a sua infância passando da janela, olhando os primos e irmãos brincar no quintal. Percebo que as lembranças da infância evocam no cliente um misto de sentimentos de raiva, rancor e mágoa pela mãe, que ainda hoje afirma ele não deixou de ser exagerada.

    Depois da devidas anotações na Ficha do Cliente de acordo com as NTSVs, passei para o BRT – Bloco de Recomendação Terapêutica onde anotei os seguintes dados: data da próxima sessão com a seguinte frase para meditar: ”A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional” e os seguintes florais para ajudá-lo no momento:

    - Agrimony: para seus pensamentos dolorosos e amainar sua inquietação interior;

    - Heather: para mudar o foco totalmente voltado para si, do tipo criança carente,

    - Gentian: para ajudá-lo com seu ceticismo, pessimismo e duvidas;

    - Gorse: para trabalhar sua resignação seu sentimento do tipo: ”será que adianta mesmo alguma mudança a essa altura”

    - Walnut: para propiciar ao cliente se deixar influenciar considerado o “floral da ruptura” para torná-lo aberto a novos começos na vida;

    - Will Rose: para melhorar sua apatia, indiferença e capitulação interior;

    Bem como a que estivesse atento a possíveis sonhos para pontuarmos posteriormente.

    No atendimento posterior alem da costumeira postura resistente, o cliente apresenta-se “fechado” com braços e pernas cruzados, e ainda muito focado nos sintomas físicos. No aconselhamento aprofundando no emocional o cliente traz o relato de um sonho persistente que ele descreve como pesadelo e com um elemento de repetição, pois sempre acorda muito assustado de tão real que lhe parecem às cenas. Sempre se encontra preso em um lugar onde não consegue fugir (carro, casa, buraco, jaula etc..) aparece muito fogo, grita buscando ajuda e ninguém escuta, e quando tudo vai ser tomado pelo fogo e ele vai morrer queimado, acorda sufocado com medo, diz que houve época que esse sonho se repetia com muita freqüência e variações e que hoje de vez em quando ainda sonha; e que me relatou em virtude da anotação no BRT a que prestasse atenção aos sonhos, indagando curioso seu significado?

    Expliquei-lhe que o sonho é parte natural do psiquismo, e a partir de FREUD a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão científico, para ele o sonho é a expressão ou a realização de um desejo reprimido. Já para JUNG dissidente de FREUD trata-se de uma compensação da visão limitada do ego, assim o sonho seria um processo psíquico regulador, semelhante a fenômenos compensatórios do funcionamento corporal

    A interpretação dos sonhos, bem como decifrar seus símbolos, cabe ao sonhador e quando tratados com a devida atenção ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor, levando a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações, leva a constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego).

    Uma condição básica para nós Terapeutas trabalharmos sonhos é não avaliá-los isoladamente, se faz necessário conhecer vários sonhos da pessoa ocorridos tanto em datas próximas como em outras épocas, a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e da situação e como reage ao sonho. Fazendo uso de técnicas como de livre associação ou de ampliação o terapeuta usará esses recursos para tentar ajudar o cliente a esclarecer seu sonho.

    Após esclarecimentos via aconselhamento foi sugerido ao cliente vivência em psicoterapia de Regressão onde obtive relaxamento via aparelhos e exercícios respiratórios como facilitador para fazer fluir material reprimido e por indução verbal conduzi a vivência como descrita abaixo:

    Maneira como foi feita a indução verbal.

    O cliente foi levado ao estado de relaxamento por indução verbal dentro de um padrão de neutralidade em conformidade com as NTSVs: Feche os olhos e ao comando da minha voz procure relaxar seu corpo. Com um tom suave de voz disse: Respire profundamente, encha os pulmões de ar o máximo que conseguir e agora vai soltando lentamente bem devagar. Repita o exercício, respire profundamente e solte bem devagar, respirando e relaxando, respirando e relaxando profundamente, procure não pensar em nada enquanto respira; respire profundamente e solte o ar lentamente botando para fora tudo que o incomoda, tudo que o preocupa, relaxando, relaxando, você se sente profundamente relaxado, livre, relaxado. Busque este estado de espírito relaxado. Você se sente leve, não tem preocupações, não tem compromisso, não tem nada para fazer apenas relaxar, sem nenhuma responsabilidade você se sente livre para fazer o que quiser. A única coisa que você quer fazer é relaxar. Você relaxa os pés, as pernas, relaxa o quadril, o tórax, os ombros os braços e continua relaxando, relaxando, respirando profundamente soltando o ar e à medida que o ar sai; sai também todo o peso que sente nos ombros, tudo que a sobrecarrega você está leve, flutuando como uma pluma, para lá e para cá leve, relaxe as mãos o pescoço e a cabeça, todo o seu corpo flutua no ar. Gostaria que libertasse sua imaginação e sem apego a nenhum pensamento, sem deixar que nada o incomode, deixasse sua imaginação fluir livre, você se sente leve, solto, sua mente não pensa em nada, sem nenhuma preocupação se é verdade ou não sem nenhum apego se é real ou não, sua imaginação é livre para pensar no que quiser e você se sente leve, livre, solto; e agora nesse estado tranqüilo gostaria que me respondesse a primeira coisa que lhe vem a mente......

    A partir daí iniciamos a vivência em psicoterapia de Regressão com perguntas num ritmo acelerado para não permitir racionalização, desprezando aquelas onde não se obtêm a reposta de imediato.

    . . .Agora neste estado tranqüilo, vamos voltar ao sonho que você teve: você toma contato com o seu sonho, você sempre se encontra aprisionado em algum ambiente, você grita pede ajuda tudo esta sendo tomado pelo fogo você quer sair, mas não consegue. Agora me responda a 1ª. Coisa que lhe vir à mente. Na sua vida o que representa esse ambiente fechado onde você é prisioneiro?Uma situação onde quero fugir. Respire bem fundo e solte o ar bem devagar. Agora me diga Fugir de que?___ de quem você foge? Não sei. No seu sonho você grita e pede ajuda, a quem você pede ajuda? _____ Na sua vida quem poderia te ajudar? Ninguém. No sonho você diz que grita muito, Porque você grita? Tenho medo. Do que tem medo?______Respire bem fundo bem devagar, respire e expire solte lentamente o ar; continue respirando profundamente e expire, a medida que o ar sai você coloca para fora todo esse medo que está sentido, você não sente mais esse medo. Diga-me medo de que? De morrer. E porque você tem medo de morrer? Não sei o que vem depois. Respire e expire bote para fora esse medo, quando o ar sai esse medo vai embora. Respirando e expirando profundamente você vai tomando contato com seu sonho. No seu sonho sempre aparece o elemento fogo, O que é esse fogo que aparece no seu sonho? _____No seu dia a dia o que representa esse fogo? Punição. O que você fez que merece ser punido? Maldade. Porque você se acha mal? Prejudiquei alguém. Tomando contato novamente com você mesmo com sua respiração, quando o ar sai tira toda essa sensação de peso, tudo que te incomoda, põe para fora, quando o ar entra você se restabelece se enche de energia boa positiva, agora Por que você prejudicou essa pessoa? Me ameaçava. Que tipo de ameaça fazia?____. Se essa ameaça assumisse forma que forma teria? Vingança. Vingança do que, de quem? De mim. Continue respirando e expirando profundamente, repita, respirando e expirando, agora por que queria vingar de você? Tive um caso com a mulher dele. E como resolveu essa situação? Me vinguei primeiro. Como? Quê forma assumiu sua vingança? Alguém fez por mim. Não tive outra saída. Estava me chantageando, me dizia que ia matar meu filho. A partir daí aflorou uma explosão de emoções não conseguindo mais manter-se relaxado. Ao mesmo tempo em que racionalizava fazia transferência e mostrava-se apavorado não acreditando ter deixado aflorar essa informação. Confortando-o, acolhi seus sentimentos prestando-lhe amparo tranqüilizando-o encerramos a vivência onde passamos a explorar o material que aflorou via aconselhamento onde ele só queria saber como eu tinha conseguido fazê-lo confessar algo que guardava consigo há anos. Ninguém, e frisava mais ninguém mesmo sabe disso e frisava; Eu era a única pessoa que sabia de tal coisa, já havia passado por diversos tratamentos de depressão e feito tratamento com psicólogos com psiquiatras e repetia ninguém conseguiu arrancar isso dele, mostrava-se muito preocupado, dizendo não acreditar que havia me dito aquilo. Tranqüilizei-o da proteção e sigilo de tudo, conseguí mostra-lhe que tal cartase seria positiva terapeuticamente falando; só o fato de ter conseguido expor isso iria fazê-lo experimentar uma sensação de alívio e bem estar, além de que carregar aquele peso sozinho estava muito difícil comprometendo a sua qualidade de vida e via aconselhamento traduzimos o conteúdo vivenciado para o presente ampliando seu autoconhecimento para proporcionar-lhe mais qualidade de vida.

    NO seu BRT escrevi data da próxima sessão e frase para meditar: ”Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala o corpo fala” –(Jung) e para esse momento do cliente indiquei os seguintes florais:

    - White Chestnud: para pensamentos girando na cabeça, para poder se livrar deles

    - Sweet Chestnut: para amenizar seu desespero interior, para superar seu limite;

    - Agrimony: amenizar pensamentos dolorosos, para a inquietação interior por traz de uma fachada de alegria e despreocupação

    - Beech: para melhorar sua capacidade de compreensão

    - Mimulus: para vencer seus medos concretos e amenizar seus temores;

    -Star Of Bethlehem: para traumas emocionais e físicos ainda não trabalhados, “o confortador da alma”.

    Na continuação do atendimento esse cliente admite ter obtido certo alívio, diz sentir-se mais leve, sem aquele peso nos ombros, mas apresenta-se apreensivo, reservado ansioso, com medo, mostra um espírito resignado pela apatia e por sua falta de decisão diante da vida se sentido travado ou paralisado pelo sentimento de culpa que carrega. Achei oportuno na vivência usar a Progressão “avançá-lo no tempo” para ajudá-lo com as repercussões que sua falta de decisão pode gerar como ferramenta para maximizar a capacidade de tomada de decisão através de viagem imaginativa possibilitar gerar opções de ação não cogitadas, com o intuito de produzir insights que possam gerar solução por ele ainda não imaginadas.

    O cliente foi colocado em estado de relaxamento com a ajuda de aparelhos, exercícios respiratórios e quando se encontrava devidamente relaxado iniciamos a vivência por indução verbal, dentro de um padrão de neutralidade em conformidade com as NTSVs e com tom de voz bem suave iniciamos a retomada do mesmo sonho: Gostaria que fechasse os olhos e tomasse contato com o seu sonho, você preso num ambiente fechado, do qual não consegue sair, você grita pede ajuda, você quer sair, tudo esta sendo tomado pelo fogo. Agora me diga a 1ª. Coisa que lhe vier à mente. Porque você está preso nesse ambiente?___ Quem te colocou lá?___ Sem se preocupar com a lógica, se é real ou não. Na sua vida você é prisioneiro de que? De mim mesmo. Que sentimento lhe vem quando está preso no ambiente? Medo, muito medo. Medo de que? De morrer queimado vivo. O que na sua vida te causa medo?____ Se esse medo tivesse forma qual seria? Ser punido, descoberto, humilhado. Tomando contato com sua respiração, quando o ar entra você se renova quando o ar sai você se sente leve, tranqüilo, você desfruta de uma sensação gostosa de segurança de alívio, quando o ar sai você bota para fora todo esse medo esse peso que tem carregado nas costas, você se sente leve, sua vida esta mais leve você não carrega mais peso algum, experimente essa nova sensação, desfrute essa tranqüilidade, nada mais te perturba, nem seus pensamentos, nem suas lembranças, nada mais te incomoda, experimente isso, você está livre, livre, sinta essa tranqüilidade e desfrutando dessa leveza e dessa tranqüilidade, deixe sua mente viajar nesse mundo maravilhoso, onde nada pode te abalar e me diga a 1ª. Coisa que lhe vier à mente. O que é preciso para você usufruir desse futuro gostoso? ____ Responda o que lhe vier à mente? Esforço. Hoje o que lhe incomoda, ou melhor, que lhe impede de usufruir esse futuro gostoso? Remorso. Se esse remorso assumisse uma forma que forma teria? Culpa, sinto muita culpa. O que é preciso para você deixar de sentir tanta culpa, tanto remorso?___ O que fazer para resolver isso? Buscar ajuda. Onde acha que pode encontrar essa ajuda? Não sei, acho, aqui. O que você espera encontrar aqui?___ O que você precisa? Não sei; sentir menos culpa. Tomando contato com sua respiração quando o ar entra você sente revigorado, forte, quando o ar sai, sai junto esse sentimento de culpa, mande para longe essa culpa, agora você não se sente mais culpado, pois você estava apenas se defendendo, quando o ar sai carrega para fora para bem longe de você essa culpa, sai também essa sensação de angustia e você se sente leve, desfrute dessa sensação de leveza, diga: Ah! Que alivio! Continue buscando dentro de você esta sensação gostosa de alivio, de tranqüilidade, como exercício de imaginação crie essa imagem dentro de você. Você se sente forte, sem culpa, sem angústia, se veja nessa situação, crie o estado de espírito que você deseja ter, mande seus problemas para bem longe de você, agora você não tem mais problemas, resolveu tudo e nesse estado mental gostoso me diga O que é preciso para você conquistar tudo isso?___ Que atitude você pode tomar pra conquistar isso?___ Busque dentro de você; O que você pode fazer? Esforço. Para atingir isso o que falta? Controlar o que sinto. Como você pode controlar a situação?___ Diga o que lhe vier à mente, diga: Quais as vantagens de controlar as emoções? Segurança. E a desvantagem de não controlar as emoções? Depressão. Como você pode conciliar o lado bom e o lado ruim das emoções? Ter autocontrole. O que está faltando para atingir esse autocontrole? Trabalhar minhas emoções. Agora que você buscou dentro de você o que fazer, em alguns instantes você estará totalmente refeito, procure atuar no seu dia a dia, para alcançar esta paz interior, deseje no fundo do seu coração, pense nisso; seus pensamentos tem ondas e sinais magnéticos poderosos concentre-se nesse futuro maravilhoso que você quer conquistar emita para o universo essas ondas positivas, crie na sua mente sinta a sensação de estar nesse lugar que você quer, esteja lá mentalmente várias vezes, seus pensamentos tem a capacidade de materializar aquilo que você sente, para mudar a sua realidade comece a mudar o seu pensamento, e a partir de agora irá monitorar seus pensamentos, só terá pensamentos bons, positivos e neste estado de consciência você vai abrir os olhos lentamente, espreguiçar, solte o ar Ah... Que alívio, diga isso: Ah! Que alívio! fique a vontade. Pontuaremos algumas considerações no aconselhamento:

    No aconselhamento fizemos algumas pontuações dessa vivência: Você está na busca de harmonia para a sua vida, todo o material psíquico que mantemos bloqueados do nosso consciente somatiza, quanto maior esforço para reprimir certas lembranças, maior será o grau de somatizações, lembra da sua grande lista de sintomas físicos, isso se reverte em doenças, quanto mais liberação desse material psíquico reprimido maior será o seu equilíbrio energético. Quando se bloqueia quer de maneira consciente quer inconscientes as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio e à medida que você começa a digerir compreender e assimilar esse material que aflorou você conquistará seu equilíbrio energético e mais qualidade de vida.

    NO BRT escrevi: próxima sessão, frase “O que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino” Carl G. Jung e florais para a semana;

    - Pine: para continuarmos a trabalhar seu sentimento de culpa;

    - Scleranthus: para sua instabilidade emocional, melhorar sua indecisão;

    - Larch: para melhorar sua expectativa de fracasso por falta de confiança em si mesmo;

    - Star of Bethlehem: para continuar trabalhando seu trauma emocional e confortá-lo.

    - Rock Water: para torná-lo mais flexível em sua opinião menos rígido e intransigente ao ponto de reprimir necessidades vitais

    - Wild Oat: para dar mais clareza aos seus objetivos, amenizar sua insatisfação interior, e encontrar sua missão na vida

    Dando continuidade ao tratamento psicoterápico como Terapeuta havia necessidade de verificar através de processo interativo o que o cliente havia conseguido atingir a nível de autoconhecimento com relação a comportamento, elaboração de realidade, incremento na capacidade de maximizar oportunidades e minimizar condições adversas além de conhecimento e habilidade para a tomada de decisões.

    Descrição do atendimento: Começamos o aconselhamento com o cliente admitindo ter experimentado melhora, diz ter passado bem a semana se expressa mais confiante, mais sorridente, dormindo melhor, sente-se menos ansioso e expressando a necessidade de continuar a fazer mudança e gostaria de continuar com a psicoterapia, por isso acordamos mais sessões semanais com dia e horas marcados antecipadamente e devidamente agendados.

    Iniciamos a conversação nos atendo ainda ao material que aflorou. Hoje ainda iremos nos ater aquele seu sonho: sobre os elementos persistentes como o fato de sempre estar aprisionado num local e existir muito fogo a sua volta. Baseado em tudo que já conversamos poderia dizer que mensagem seu inconsciente tenta transmitir para você?_____ Na sua vida o que existe que te soa como prisão? Fica em silencio, pensando. De que se sente prisioneiro? Reflete. Você pensa em que? Prisioneiro de que? Do meu sofrimento, porque não posso dividir isso com ninguém. Não pode ou não quer? Sorriu é acho que não quero. E o elemento fogo a que pode ser relacionado? Alguns dizem que o inferno é aqui mesmo, eu tenho vivido um verdadeiro inferno tenho me torturado durante esses últimos anos. Quanto tempo? Mais ou menos 14 anos. Você é religioso? De freqüentar a igreja não, mas acredito em Deus. E no simbolismo religioso do inferno de fogo, literal como lugar de tormento acredita nisso? Acho que sim pelo menos é o que todos dizem. Todos quem? O padre na igreja, minha mãe, cresci ouvindo isso e as pessoas. Padre sua mãe e pessoas são apenas alguns não todos e você? Esse fogo do seu sonho, esse medo de morrer queimado no sonho pode estar relacionado com o medo de uma punição depois da morte? Sorriu sem graça e embaraçado confessou que isso o atormentava, concluindo que ninguém sabe ao certo o que acontece depois da morte. E esse seu tormento durante 14 anos, isso já não é uma punição? Você mesmo vem se punindo? Acho que sim. Na sua maneira de ver; Deus só pune ele não perdoa?___ O que é o perdão para você? Não sei explicar bem em palavras, perdão é quando a gente esquece se alguém fez mal pra gente. Como você vê esse assunto Deus não te perdoou? Sorriu e disse não ter certeza do que Deus leva em conta para perdoar, mas tem certeza que ele perdoa, mas ele também pune, a gente tem que pagar o que fez não é assim que funciona? Não sei, Preciso saber como isso funciona na sua cabeça. Só saberia se estivesse no mesmo tipo de situação que você se encontra, estou apenas tentando andar do seu lado para te ajudar a encontrar o caminho. A solução esta dentro de você estou tentando te ajudar a encontrá-la. E arrependimento? O que é pra você? É acordar todo o dia e desejar que nada daquilo tivesse acontecido. Existe possibilidade de mudar o que está feito? Não. Então esse tipo de pensamento é improdutivo. Como poderia resolver isso? Não sei. Sua formação religiosa poderia estar te influenciando em todo o seu sofrimento e em como tem se sentido? Acho que sim. Como pode resolver isso? Não sei. Já cogitou se aprofundar nessa questão para encontrar resposta? Já sei tudo o que vai ser dito. Por exemplo, acreditaria nessas mesmas coisas se tivesse nascido em outra parte do mundo? Não entendi muito bem. Quero dizer que seu sofrimento não existiria se você acreditasse em outros símbolos religiosos, por exemplo, se tivesse nascido num país mulçumano e não cristão? Apenas sorriu e acrescentou acho que sim. Notou como uma mesma situação pode constituir problema para uma pessoa e para outra não, muito depende de seus símbolos culturais, das suas crenças, da visão e do enfoque que se dá a vida. Existem outras possibilidades, a busca do conhecimento pode clarear pontos antes obscuros e levar a conexões não pensadas. Acredita na lei da gravidade? Sim. Esta não é a única lei que rege o universo. Existe uma lei chamada de Lei da Atração, nesta lei você atrai o que você pensa como se fosse um imã. Atraímos o que pensamos e nos tornamos o que pensamos. Isso nos leva a necessidade de monitorarmos o que pensamos e o que sentimos. Depressão, raiva, culpa, são sentimentos ruins te colocam numa freqüência ruim, geram más vibrações. Alegria, gratidão amor são sentimentos bons, geram freqüência boa celebram bons sentimentos, atrai bons fluidos. Nossos sentimentos produzem mecanismos de retorno, bons ou ruins depende de nós. De maneira que para sermos saudáveis no pleno sentido hoje temos não só de cuidar o que comemos, mas também o que pensamos.

    Se quiser mudar sua realidade tem de começar pelos seus pensamentos e “se fizer as coisas sempre do mesmo jeito, obterá sempre os mesmos resultados”.

    NO BRT escrevi: Data do retorno;

    Frase para meditar: “Na vida somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos”. Eduardo Galeno

    No caso do cliente nº1 a descrição do relato se deu quase passo a passo para dar a noção de como foi conduzido o procedimento terapêutico, agora a descrição dos clientes nº2 e 3 procederei de uma forma mais concisa, mas que se leve em conta que o procedimento terapêutico ocorreu da mesma forma que o descrito do cliente nº 1.

    No caso da Cliente n° 02 – 42 anos, dona de casa, com história de vida marcada por violência do pai alcoólatra, com frustração amorosa no primeiro casamento com crises depressivas de isolamento no quarto, preocupação excessiva com limpeza, querendo no momento controlar a vida do filho mais velho que saiu de casa buscando mais liberdade, iniciei o trabalho associando ao aconselhamento terapia corporal de relaxamento com o uso de aparelho eletrônico de massagem dando ao usuário os efeitos de vibração, compreensão, punção e rolos promovendo relaxamento de nervos e músculos regenerando musculatura cansada e aliviando tensão de uma vida estressante e por aparelho sincronizador e transferidor de ondas magnéticas (bioconversor de energia). Operação também denominada completar o ciclo do KI com a aplicação de ondas por ressonância propiciando o despertar dos recursos internos disponíveis para auto-harmonia. Para esse momento da cliente foram sugeridos os seguintes florais em seu BRT:

    - Beech: para a sua atitude excessivamente critica e intolerante, e para a sua pouca capacidade de compreensão.

    - Chicory: para personalidade possessiva que interfere demais na vida dos outros e pensa que pode manipular os outros;

    - Crab Apple: para pessoa que tem desejo exagerado de ordem, para a sua mania de limpeza;

    - Holly: pessoa emocionalmente irritada. Ciúme e suspeita, temperamento violento, sentimento de ódio, inveja.

    - Impatiens: pessoa impaciente, facilmente irritável, tem reações exageradas;

    - Vine: quer impor a sua vontade, pessoa ambiciosa e dominadora, “pequeno tirano”.

    Alem dos florais, sugeri que a cliente levasse pra meditar a seguinte frase: “Os problemas que criamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento que estávamos quando os criamos” (Albert Einstein).

    Nos atendimentos subseqüentes desta cliente o aconselhamento como forma de interação cliente/terapeuta, propiciou autoconhecimento e mudanças de comportamento, incrementando sua capacidade de tomada de decisões e realinhamento de comportamento e postura, alem de dar a ela possibilidade de “extrapolar emoções” – com momentos emocionantes e enriquecedores para seu processo terapêutico, com emoções e sentimentos reprimidos não compreendidos por décadas aflorando e vindo à tona de forma a serem trabalhados.

    Durante todo o processo terapêutico, afloraram várias situações que foram trabalhadas, mas relatarei apenas aquelas que achei ser o ponto onde a cliente teria que tomar consciência do que lhe ocorria, visto que se mostrava determinada e irredutível em agredir a avó do filho mais velho, fruto do seu primeiro casamento, acreditando ela que se a avó não o tivesse acolhido, sem alternativa, o filho teria voltado pra casa e também por considerar uma afronta o apoio da avó ao relacionamento amoroso que foi o verdadeiro motivo que levou o filho a sair de casa, devido à cliente não aceitar a futura nora.

    Com essas emoções conturbadas vinda a tona via aconselhamento, como profissional teria que propiciar a essa cliente durante a vivência o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva capaz de orientá-la para uma percepção maior desses sentimentos negativos que foram aflorados, que essas emoções conturbadas fossem compreendidas dando-lhe a oportunidade de fazer uma leitura correta do que estava acontecendo à sua volta naquele momento.

    Usando de “reflexo”, pude transmitir-lhe o que percebia em seus sentimentos mais profundos, funcionando como um espelho, a confrontei com o que esses sentimentos de raiva e medo estavam lhe indicando. Não houve reconhecimento do sentimento de medo, a cliente reconheceu apenas o de raiva.

    Questionei seu medo:

    - Poderia estar relacionado como sentimento de “ninho vazio”? Aceitava o fato que filhos crescem e casam? Sentia-se preparada para o papel de sogra? E para o papel de avó? Que tipo de sogra queria ser? Poderia estes sentimentos negativos estar relacionados com o fato de não se sentir preparada para essa nova fase da vida?

    Sua expressão facial diante de tais questionamentos deu-me a compreensão de ter despertado na cliente, a consciência de que não estava fazendo a leitura correta dos seus sentimentos e a partir desse momento ela passou a ter elementos para reformular novas possibilidades, de acolher com maior compreensão esses sentimentos e a aprender a lidar melhor com eles.

    Como terapeuta queria me assegurar de produzir nessa cliente a compreensão necessária da repercussão futura que suas ações poderiam produzir (como sua determinação de agredir), ou seja, as possíveis conseqüências geradas a partir de uma escolha presente. Dentro de um padrão de neutralidade de acordo com as NTSVs a cliente foi induzida a projetar-se no futuro através da técnica de Progressão com a finalidade de maximizar sua capacidade para a tomada de decisões através de viagem imaginativa produzir insights que a possibilitasse gerar opções de ações ainda não cogitadas e produzir soluções ainda não imaginadas.

    É com a intenção de obter esses resultados que o terapeuta se utiliza desse recurso, esperando através de previsões projetadas, fazer aflorar material que possa ser trabalhado em vivências futuras ou produzir lampejos de uma consciência maior do que a cliente possua para o momento.

    Na sua ficha de cliente foram anotados os procedimentos adotados e no BRT anotei próxima sessão, frase para meditar: ”Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantamos” (provérbio chinês) e os seguintes florais de Bach para este momento específico:

    - Walnut: para que a cliente se deixasse influenciar e se tornasse mais suscetível às mudanças e por ser o “floral da ruptura” propiciar melhoras para essa fase decisiva e propiciar novos começos na vida;

    - Willow: para liberá-la do sentimento vitima;

    - Beech: para facilitar a cliente se livrar de atitude excessivamente crítica e intolerante, e de melhorar sua capacidade de compreensão;

    - Cherry Plum: para evitar explosão temperamental descontrolada;

    - Chicory: para a personalidade possessiva que interfere demais na vida dos outros;

    - Holly: para amenizar a irritabilidade.

    E que estivesse atenta a possíveis sonhos para pontuações posteriores.



    No caso da cliente n°3 - E.R.S.V. 39 anos, com histórico de infância pobre, casamento falido, preocupação excessiva com a aparência.

    Esta cliente busca ajuda num momento muito difícil, sente-se mal casada, mas não tem coragem para tomar nenhuma atitude, traz várias somatizações traduzidas na descrição de diversos sintomas e problemas de saúde, trazendo um perfil sofredor, achando que a vida tem sido injusta com ela, medo de passar fome, preocupação excessiva em ser produtiva, cobrando o mesmo comportamento do marido, não relaxa nunca.

    Durante o aconselhamento que propicia uma interação na relação terapeuta/cliente, alem das inúmeras somatizações que a cliente apresenta, aparece forte bloqueio da infância e parte da puberdade, não se lembrando de nada, tendo apenas alguns flashes desse período.

    O material psíquico que tentamos manter longe da nossa consciência corporifica somatiza, quanto maior o esforço desprendido para negar lembranças ou desejos, maior será o grau de somatizações, sendo esta a profunda e verdadeira causa de enfermidades.

    A única maneira de alguns se harmonizarem é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações.

    Portanto para este caso iniciei o aconselhamento e sugeri vivência que proporcionasse “ex movere”, ou seja, mover para fora esse material reprimido da cliente, fazendo-a digerir, compreender e assimilar o material aflorado como um caminho onde a qualidade de vida pode ser ampliada e melhorada.

    Tendo o estado de relaxamento como fator determinante e facilitador em deixar física e mentalmente relaxada a cliente a fim de propiciar um fluxo mais livre para a associação de idéias, pensamentos e imaginação, usamos aparelhos de massagem e de biorressonância para melhorar o fluxo do KI, exercícios respiratórios e indução verbal.

    O terapeuta ao usar o recurso técnico da Regressão espera conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e fazer aflorar emoções reprimidas, lembranças traumáticas, ou sonhos para serem trabalhados na terapia holística. Na vivência dentro de um padrão de neutralidade de acordo com as NTSVs, e com tom de voz suave a cliente foi projetada no tempo e no espaço, retrocedendo-a a esse período que não se lembrava no intuito de produzir cartases emocionais que resultassem em alívio e simultaneamente ao contato com novos insights que se traduzissem numa maior compreensão do presente.

    Esse procedimento produziu uma cartase, expurgou sentimentos reprimidos que foram exteriorizados pela cliente através de uma “explosão de emoções” com sentimentos de tristeza e pesar, trazendo a consciência um estupro e muito choro, sendo essa explosão de sentimentos devidamente acolhidos por mim terapeuta.

    Via aconselhamento este estupro foi racionalizado com a cliente relatando que em tratamento numa sessão de massagem para a coluna, terminou numa relação sexual de maneira forçada com o profissional, dizendo-se jovem imatura e pressionada a não relatar a ninguém, descobriu uma gestação já por volta do terceiro mês, que levando ao conhecimento dele foi convencida a fazer o aborto para se livrar do problema, tratando-se de um menino que ela enterrou sozinha no meio da noite no jardim, causando-lhe essa lembrança uma dor imensurável e arrependimento ao ponto de se achar punida por Deus por não poder ter mais filhos. Esse fato segundo ela destruiu-lhe a vida e num processo claro de transferência deslocou fortes sentimentos de revolta para esta terapeuta responsabilizando-me por ter trazido à tona lembranças com as quais não conseguiria conviver.

    Racionalização é o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude ou ação, idéia ou sentimento que causa angustia. Usa-se a racionalização para justificar comportamento quando, na realidade, as razões para este ato não são recomendáveis.

    Transferência ocorre quando o cliente na vivência transfere fortes sentimentos deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico são elementos reprimidos que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro profissional/cliente sem que este tenha consciência do fenômeno em questão.

    Todo o material aflorado foi trabalhado na continuidade do processo terapêutico via aconselhamento, traduzindo o conteúdo vivenciado para o presente da cliente, ampliando seu autoconhecimento, sua capacidade de ser bem sucedida em elaborar novas possibilidades para sua vida dando-lhe subsídios para maximizar capacidades e minimizar adversidades. No BRT anotei data da próxima sessão e frase para meditar: ”O pessimista queixa-se do vento. O otimista espera que ele mude. O realista ajusta as velas e segue em frente”. Willian Georg Ward. Para este momento específico da cliente usei os seguintes Florais para trabalhar seus sentimentos e emoções:

    - Agrimony: para seus pensamentos dolorosos e inquietação interior;

    - Pine: para possibilitar lidar melhor com seu sentimento de culpa;

    - Star of Bethlehem: “o confortador da alma” para traumas emocionais ainda não trabalhados;

    - Walnut; “floral da ruptura” para propiciar a essa cliente um novo começo rompendo com o padrão passado e estabelecendo um novo começo;

    - White Chestnud: depois da cartase onde a cliente trouxe à tona a causa do seu sofrimento dizia: “como vou lidar com isso agora” esse floral ajudaria para esses pensamentos não ficarem girando em circulo na cabeça, para poder livrar-se deles;

    - Wilow: para trabalhar sentimento de vítima.


    RESULTADOS

    Todos os clientes trazem fortes aspectos emocionais como pano de fundo na causa dos desequilíbrios, os trabalhos realizados com Psicoterapia permitiram a todos os clientes entrarem em contato com seu lado obscuro, com material inconsciente e reprimido, seus traumas, seus medos, desejos; e os Florais de Bach permitiram que prestassem mais atenção a suas emoções funcionando como catalisador-facilitador propiciando ao atendimento Psicoterápico uma resposta mais dinâmica para chegarem ao autoconhecimento.

    Em todos os casos avaliados me surpreendi com algumas respostas obtidas com os Florais acerca de emoções específicas que precisávamos trabalhar.

    Avaliando sob enfoque quantitativo os resultados obtidos cheguei à seguinte conclusão sobre cada cliente:

    Cliente nº 1 – Esse cliente trouxe como característica acentuado ceticismo e apatia agravados por introspecção e timidez parecendo ter desistido de dar qualquer sentido mais significativo à vida, do tipo que “vivo por viver” sendo necessário transpor essas barreiras para colocá-lo em contato consigo mesmo, com seus sentimentos e emoções. Os florais deram a esse cliente condições propícias a uma melhor compreensão lhe ampliando a consciência, trabalhando suas características acentuadas de personalidade atuando num nível que só o aconselhamento não me permitiria chegar.

    Com o Wild Rose- sua desmotivação, sua resignação e desinteresse pela vida foram trabalhados, motivando-o para encontrar novos interesses pela vida apesar dê; o Willow - ajudou-o a deixar de ser ressentido a não fazer tanto o papel de vítima tornando-o menos negativo frente às circunstâncias da vida a se aceitar melhor, desenvolver responsabilidade pessoal e pensamento construtivo, Hearth – ajudou com a sua introspecção ao não dirigir o assunto apenas para si, direcionou-lhe a aprender a ouvir, escutar o que os outros falam aprendendo dessa forma a comunicar-se melhor, Gorse – liberou-o do sentimento “será que adianta mesmo” e ajudou-o com sua desesperança maximizando sua capacidade de se aceitar. Outros sentimentos e emoções aflorados e compreendidos foram trabalhados com os florais de modo que lhe permitiram ganhar uma compreensão melhor da forma como se sentia. Suas somatizações praticamente desapareceram bem como seu perfil de só falar de doença se tornando uma pessoa mais suave e leve recentemente passou quando saiu de férias e alegre me comunicou sua primeira viagem ao exterior, dizendo achar que merecia se dar esse presente.

    Cliente nº2 – Essa cliente chegou carregada de mágoa, ódio, intolerância, extremamente crítica, autoritária, ciumenta e a aplicação dos Florais funcionou como facilitador para a cliente entender suas emoções.

    Quando a cliente se mostrou determinada em agredir a ex-sogra e na vivência aplicamos técnica de Progressão onde projetamos possível conseqüência gerada a partir da presente atitude aliada aos Florais de Bach proporcionou a essa cliente uma visão ampliada da que possuía para o momento, podendo ela através do Chicory amenizar sua personalidade possessiva que interfere na vida dos outros, Beech melhorou sua intolerância com a maneira de ser dos outros, Walnut a tornou mais maleável, suscetível á mudança, e romper com o padrão de comportamento anterior, o Holly a tornou mais serena e o Cherry Plum trouxe-lhe coragem, força, espontaneidade, e devolveu-lhe serenidade paz, apesar das adversidades internas e externas dando-lhe grande capacidade de desenvolvimento, produzindo grandes avanços de comportamento propiciando a ela a oportunidade de fazer uma leitura correta do que estava acontecendo ao seu redor ao ponto de retornar para sessões posteriores com uma tomada de consciência adquirida ampliada, com mudanças no padrão de comportamento tendo o autoconhecimento lhe proporcionado sintonizar suas emoções e sentimentos com o seu momento de vida presente.

    A cliente apresentou evolução nos seus relacionamentos familiares, sua expressão facial se tornar mais amena à medida que trabalhava seus sentimentos profundos, mostrou o desejo de continuar em terapia pelo menos uma vez por mês, segundo ela para uma revisão para verificar se continuaria no rumo certo, admitindo dificuldade em mudar algumas características de sua formação que estavam profundamente arraigadas na sua personalidade, e que não acha fácil mudar de uma hora para outra; em sessões posteriores quando solicitei que fizesse algo capaz de surpreender quem a conhecia e até ela mesma confessou-me um dialogo interessante que teve com a futura nora quando a convidou para um final de semana julgando ter sido um bom começo e que havia conseguido surpreender o filho e o marido que não esperavam tal atitude dela, e que não foi tão difícil quanto havia imaginado, que ela própria também havia se surpreendido. Nota-se um esforço consciente da cliente para compreender seus sentimentos e emoções, o autoconhecimento adquirido a tornou menos ebulitiva, amenizou sua personalidade violenta e irracional, mas não ao ponto de levá-la ao equilíbrio

    Cliente nº3 - Esta cliente se apresentou ansiosa, auto-estima baixa, amarga, exigente, depressiva achando que a vida é injusta, fazendo inúmeras somatizações, trabalhamos bloqueios apresentados proporcionando a ela mover para fora esse material reprimido, quando conseguimos essa cliente passou a apresentar processos de transferência e racionalização muito fortes, que funcionaram como obstáculo ao crescimento, pois dificultaram aceitar a realidade, requerendo esforço e habilidade para conseguir levar essa cliente a mudar o padrão e estabelecer forças motivadoras reais e genuínas, onde ela pudesse reverter o sofrimento em algo mais suave e ameno, aceitar suas ações passadas e obter um aprendizado aplicável ao seu presente, que ampliasse seu autoconhecimento e sua qualidade de vida. A aplicação do floral Agrimony ajudou-na a aplacar seus sentimentos dolorosos e sua inquietação interior, o Pine proporcionou que lidasse melhor com sua culpa, o Willow: liberou-a do sentimento de vitima do destino, amenizou sua amargura e ressentimento, o Star of Bethlehem: produziu conforto a sua alma trabalhou seu trauma emocional dando-lhe uma compreensão e aceitação melhor de suas atitudes anteriores, agora quando acrescentado White Chestnud para aqueles que sofrem de pensamentos indesejáveis e persistentes, este floral devolveu-lhe a calma e um espírito mais equilibrado por trazer-lhe clareza ao pensamento e silêncio interior calando a voz interna que a acusava aplacando em muito a sua dor. À medida que houve uma compreensão melhor de suas ações passadas, esta cliente experimentou mudanças no enfoque que dava a vida, melhorou sua auto-estima a medida que aplacou seu sentimento de culpa, passou a sentir-se mais digna como ser humana, no decorrer do processo terapêutico o autoconhecimento proporcionou uma diminuição das suas somatizações e mudou o padrão de comportamento de vitima, passando adquirir mais firmeza e equilíbrio, reconhecendo melhor suas limitações e suas potencialidades, passou por uma cirurgia de vesícula, mas seu estado geral de saúde melhorou, por problemas financeiros mudou-se para outra cidade, por isso descontinuou a terapia, mas mostrava-se satisfeita com os resultados obtidos segundo ela “viver ficou mais leve”. Embora não se consiga resolver todos os problemas existenciais de um cliente num curto espaço de tempo, pode se considerar positivo o resultado alcançado no sentido que ajudamos a cliente a achar o começo do fio da meada, a continuidade do processo e a dinâmica foram colocados a disposição dela de maneira clara que a partir de agora sabe qual o caminho aonde buscar ajuda quando necessitar.


    DISCUSSÃO

    Os trabalhos realizados com Psicoterapia, associados aos Florais de Bach permitiram aos meus clientes se enxergarem de uma forma diferente a que estavam habituados.

    Percebi que a Psicoterapia permite resultados positivos nas patologias que tem componente emocional envolvido.

    Todo o indivíduo tem um valor em si, independente do que realiza ou visualiza o que acontece é que na maioria das vezes a pessoa não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. E grande parte dos conflitos que carregamos são criados e produzidos na infância; no nosso trajeto de aprendizado geramos insatisfações amarguras, cultivamos descrenças, medos, reprimimos emoções, como conseqüência dum processo iniciado numa fase da vida onde a oportunidade de expressão e manifestação foi podada por adultos que nos orientavam e por padrões culturais que ditaram nossos comportamentos e por uma série de fatores castradores e inibidores, por cobranças, pelo constante apontar de defeitos e falhas, todas essas limitações impostas a nós nesse estágio inicial de aprendizado e pelo fato de ainda estarmos em formação com o passar do tempo esses sentimentos vão se solidificando gerando bloqueios que se tornam como adubo deixando o solo fértil para as somatizações

    Nosso corpo/mente e energia se mantêm em constante interação com a mente/energia do universo. Em nosso corpo físico cada célula dá algo apóia as outras e é apoiada. Esse fluxo dinâmico de “dar e receber” é a essência de toda célula; o mesmo processo se faz necessário entre as pessoas, é essencial para que a vida continue e as sociedades cresçam e se aperfeiçoem e perdurem . Quando há uma distorção nas relações, nesse padrão de troca de “dar e receber” o ser humano gera conflitos que complicarão seus relacionamentos. O que se recebe em maior ou menos medida costuma ser diretamente proporcional ao que se dá. O aconselhamento me propiciou como terapeuta trabalhar as causas do sofrimento, dar aos clientes a oportunidade de enxergar os valores que estão atribuindo as suas vidas, de ajudá-los a desenvolver sua singularidade e acentuar sua individualidade, a assumir sua responsabilidade diante de si mesmos, dos outros e do mundo em torno de si e também me deu a oportunidade de colocar à disposição do cliente vários dispositivos de apoio para seus conflitos.

    Em todos os casos houve benefício da ação sutil e transformadora dos florais pertinentes aos desequilíbrios emocionais compreendidos e devidamente avaliados que os clientes trouxeram a superfície para serem trabalhados durante a terapia permitiram maior rapidez e fluidez aos processos psicossomáticos e a liberação desse material reprimido empreendendo ao processo psicoterápico um dinamismo que não seria obtido se aplicasse apenas aconselhamento.

    Quando consciente ou inconscientemente tentamos manter longe da lembrança fatores psíquicos que nos são dolorosos criamos bloqueios que serão revertidos em somatizações, tal atitude, embora a principio pareça um bom mecanismo de defesa em diminuir momentaneamente o sofrimento emocional, entretanto manter esse material reprimido infinitamente bloqueado gera desequilíbrios que não serão resolvidos sem que haja uma ampliação da consciência; todo e qualquer tratamento será paliativo desviando a manifestação da desarmonia para outra parte do corpo, e a terapia floral dá conta do desafio de atuar nos véus que criamos, nas nossas máscaras, nossa persona, existindo florais específicos para cada característica de personalidade consciente, no caso as preocupações e a mágoa, que formam como que um véu que encobre ainda emoções menos aceitas, à medida que aplicamos o floral adequado, aquele véu se desfaz gradativamente aceitando esta emoção, resgatando sua energia para ser transmutada em alguma ação produtiva.

    Assim sucessivamente a cada novo véu que aflora uma nova formula sempre se adaptando a nova emoção trazendo consigo sempre novo material psíquico reprimido tudo isso acontecendo num ritmo que varia de um individuo para o outro, mas sempre num processo mais rápido que a terapia puramente verbal.


    CONCLUSÃO

    O ser humano em sua incessante busca por entendimento dos fenômenos da vida física tem procurado entender e explicar o sofrimento e a dor como regra geral percebendo as doenças como algo a ser eliminado a qualquer custo.

    No entanto ao eliminarmos pura e simplesmente o sofrimento físico, sem levarmos em conta o significado simbólico e existencial dos sintomas é como se não recebêssemos uma importante mensagem enviada pelo nosso inconsciente, como algo positivo para o desenvolvimento emocional e espiritual do indivíduo. Jung nos revela que durante o desenvolvimento do indivíduo tudo aquilo a respeito de nós mesmos que preferimos não manter na consciência torna-se aspectos “sombrios” de nossa personalidade.

    Embora “ocultos na sombra” esses aspectos renegados de nossa consciência procurarão todas as formas possíveis de se expressarem e serem aceitos e integrados na personalidade.

    O surgimento da física quântica abriu as portas para um entendimento diferente da realidade em que vivemos, demonstrando ao nível das partículas que tudo o que nos rodeia, tudo aquilo que temos como real “concreto” é na verdade energia. De acordo com o entendimento que mesmo matéria densa é energia, aquilo que nos define como seres humanos passam a ser entendido não só através de padrões genético-constitucionais e padrões incorporados através das experiências adquiridas, mas também por uma série multidimensional de sistema de energia sutil que se influenciam mutuamente, e que se convencionou chamar de campos energéticos ou campos áuricos.

    Os limites da Medicina e da Psicologia têm sido desafiados ao longo das ultimas décadas, pelo surgimento de novos modelos explicativos da realidade que nos rodeia e que faz parte do objeto de estudos das Terapias chamadas Alternativas e Holísticas servindo esse modelo explicativo como base para práticas energéticas milenares realizadas no mundo oriental e que começaram a ser mais difundidas nas sociedades ocidentais ao longo das ultimas décadas. Estamos diante de um novo modelo explicativo onde o ser humano não é somente percebido como uma “sofisticada máquina biológica”, um conjunto de células, tecidos e órgãos, mas um ser constituído por múltiplos sistemas energéticos que se influenciam reciprocamente. O ser humano das Terapias Holísticas é um ser humano composto de realidades multidimensionais e energéticas que nossos olhos não podem ver, mas que nem por isso deixam de existir. O estado de saúde e o surgimento dos sintomas de doenças passam a ser entendidos através de uma compreensão mais profunda do quanto nosso corpo físico, nossos pensamentos e emoções afetam esses padrões energéticos e vice-versa, e os desequilíbrios nesse delicado sistema vibratório ou energético é que levam ao surgimento dos mais diversos sintomas físicos, emocionais e mentais e para que a saúde possa ser restaurada, é necessário levar em conta que não somos feitos só de corpo físico, mas de corpos energéticos sobrepostos à estes.

    Portanto conclui que a aplicação das técnicas terapêuticas aprendidas no curso de Psicoterapia aliadas a estímulos dos campos energéticos quer seja através da Terapia Floral ou Terapia corporal deram conta do desafio de causar transformações profundas tanto da personalidade como do padrão de comportamento propiciando aos meus clientes alcançar melhoras na qualidade de vida, a cada atendimento se tornava perceptível transmutações no comportamento através da ampliação da consciência tornando a reversão dos desequilíbrios possível e diminuindo as somatizações.

    Pude perceber como Terapeuta que a aplicação dos Florais de Bach junto com estímulos no campo energético através de aparelhos vibracionais acelera o aflorar de material psíquico reprimido num ritmo bem mais rápido do que a psicoterapia puramente verbal, isso ficou claro no cliente nº1, quando afirmou que havia feito diversos tratamentos terapêuticos, mas nenhum havia conseguido fazer aflorar seu material reprimido, e na cliente nº3 onde o relaxamente desarmou o mecanismo de defesa que mantinha, permitindo o “ex movere” do material reprimido que fluísse livremente, em ambos os casos possibilitou uma dinâmica que até então eu como terapeuta não havia conseguido, resultando em grandes benefícios de alívio para os clientes.

    Esses métodos dão ao Terapeuta Holístico a possibilidade de trabalhar resgatando técnicas milenares de outrora e ao mesmo tempo dá conta do desafio de possibilitar um exercício profissional que atenda as exigências do Código de Ética, das NTSVs, da Legislação Brasileira, trabalhando “desequilíbrio”.


    REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


    1. BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    1. FILHO. H.V. Psicoterapia Holística. 1ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2007.

    2. FILHO. H.V. Tutorial Terapia Holística. 3ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2004.

    3. FILHO. H.V. Florais de Bach: uma visão mitológica, etimológica e arquetípica. 4ª edição. São Paulo. Editora Pensamento. 2004.

    4. FILHO. H.V. O Microcosmo Sagrado O Segredo da Flor de Ouro para Saúde e Autoconhecimento. 2ª edição. São Paulo. Sinte Sindicato dos Terapeutas. 2006.

    5. JUNG. C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.

    6. JUNG. C.G. O homem e seus símbolos. 22ª edição. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964.

    7. JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    8. JUNG. C.G. A pratica da psicoterapia. 9ª edição.

    9. WEIL. PIERRE. Holística: uma nova visão e abordagem do real. São Paulo. Palas Athenas. 1999.








    ANEXOS E APÊNDICE


    1 CODIGO DE ÉTICA – TH 001

    2 NTSV - PH 001 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA


    1 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL – TH 001


    1. SUMÁRIO

    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TH 001.

    Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.


    2. PREFÁCIO  

    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
      Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado”.
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.


    3. INTRODUÇÃO

     É essencial para toda profissão estabelecida à existência de um Código de Ética a apresentar os princípios fundamentais que norteiam as boas práticas. Esta Norma ratifica o Código de Ética já em vigor na Terapia Holística, tão somente adequando-o à formatação normativa, tornando ainda mais transparente sua essência de adesão espontânea e voluntária.


    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos

    4.2 Objetivo definir os princípios fundamentais quanta à ética de atendimento ao cliente, relacionamento com as demais profissões e publicidade.

    4.3 Referências Normativas

    NTSV — TH 002;

    BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica;

    NTSV — TH 003;

    FC — Ficha de Cliente.


    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis conseqüências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilibrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a proposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.


    5.2 Símbolos e Abreviaturas

    TH — Terapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.


    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato de o Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.


    5.3.3 Produtos e equipamentos

    Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos reconhecidos pelo SINTE — Sindicato dos Terapeutas, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto e/ou equipamento. Importante: é vedada a comercialização no consultório do Terapeuta Holístico, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta, pois os produtos jamais serão cobrados à parte (um só preço quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: produtos preparados nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruir o cliente, que irá adquiri-los diretamente.

    5.3.4 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos


    5.3.4.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS.

    O Terapeuta Holístico

    I — Trabalhará para a promoção do bem-estar do indivíduo, da coletividade e do meio ambiente, segundo o paradigma holístico; II — Manterá constante desenvolvimento pessoal, científico, técnico, ético e filosófico, através de supervisão, terapia e/ou psicoterapia, cursos e similares, estando a par dos estudos e pesquisas mais atuais na área, bem como dos trabalhos milenares e tradicionais, além de ser estudioso das ciências afins; III — Usará em seus trabalhos, métodos os mais naturais e brandos possíveis, buscando catalizar o auto-equilíbrio da pessoa atendida, despertando-lhe os seus próprios recursos harmonizantes; IV — Orientar-se-á, no exercício de sua profissão, pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 10/12/1948 pela Assembléia Geral Das Nações Unidas.
    5.3.4.2 DIREITOS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO

    5.3.4.2.1 — Exercer a profissão de Terapeuta Holístico sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo, nacionalidade, cor, opção sexual, idade, condição social, opinião política ou situações afins;
    5.3.4.2.2 — Utilizar-se de técnicas que não se lhe sejam vedadas ou proibidas por lei federal, podendo, inclusive, fazer uso de instrumentos e equipamentos não agressivos, bem como produtos cuja comercialização seja livre, além de orientar a pessoa atendida através de aconselhamento profissional;
    5.3.4.2.3 — Recusar a realização de trabalhos terapêuticos que, embora sejam permitidos por lei, seja contrário aos ditames de sua consciência;
    5.3.4.2.4 — Suspender e/ou recusar atendimentos, individual ou coletivamente, se o local não oferecer condições adequadas, ou se não houver remuneração condigna, ou, ainda, se ocorrerem fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com a pessoa a ser atendida, impedindo o pleno exercício profissional;


    5.3.4.3 RESPONSABILIDADES GERAIS DO TERAPEUTA HOLÍSTICO

    5.3.4.3.1 São deveres do Terapeuta Holístico:

    §1 — Assumir apenas trabalhos para os quais esteja apto, pessoal, técnica e legalmente; §2 — Prestar serviços terapêuticos somente se: em condições de trabalho adequadas, de acordo com os princípios e técnicas reconhecidos ou pelas Tradições Milenares, ou pela prática, ou pela ciência e, sobretudo, pela ética; §3 — Zelar pela dignidade da categoria, recusando e denunciando situações onde a pessoa atendida esteja sendo prejudicada; §4 — Participar de movimentos que visem promover a categoria e o paradigma holístico em geral; §5 — Estar devidamente registrado para o exercício de sua atividade profissional quer seja como autônomo ou como pessoa jurídica; §6 — Manter-se em dia com as obrigações definidas pelo SINTE;


    5.3.4.3.2 — Ao Terapeuta Holístico é vedado:

    §1 — Usar títulos e especialidades profissionais que não possua; §2 — Efetuar procedimentos terapêuticos sem o esclarecimento e conhecimento prévio da pessoa atendida ou de seu responsável legal; §3 — Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais; §4 — Aproveitar-se de situações decorrentes do atendimento terapêutico para obter vantagens física, emocional, financeira, política ou religiosa; §5 — Exercer técnicas de aconselhamento profissional, caso ele próprio há mais de 03 meses não esteja se submetendo a tratamento terapêutico e/ou psicoterápico de manutenção; §6 — Reduzir o tempo de cada sessão a fim de aumentar o número de atendimentos; §7 — Permitir que a pessoa atendida, durante a sessão, fique sem o acompanhamento de corpo presente de um profissional qualificado, em especial se estiver recebendo aplicação ou sob efeito de quaisquer técnicas terapêuticas;


    5.3.4.4 DAS RELAÇÕES COM OUTROS TERAPEUTAS HOLÍSTICOS E OUTRAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS

    O Terapeuta Holístico:

    5.3.4.4.1 — Não será conivente com erros, faltas éticas, crimes ou contravenções penais praticadas por outros na prestação de serviços profissionais;

    5.3.4.4.2 — Não intervirá na prestação de serviços de outro Terapeuta Holístico, salvo se: a pedido do próprio profissional; quando comunicado por qualquer uma das partes da interrupção voluntária do atendimento; quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada; em situações emergenciais, devendo comunicar o fato imediatamente ao outro Terapeuta Holístico; e, em situações descritas no §3, dando ciência do ocorrido;
    5.3.4.4.3 — No relacionamento com profissionais de outra áreas, trabalhará dentro dos limites das atividades que lhe são reservadas pela legislação e reconhecerá os casos que necessitem também dos demais campos de especialização profissional, encaminhando-os às pessoas habilitadas para a tais funções;


    5.3.4.5 DO SIGILO PROFISSIONAL

    5.3.4.5.1 — O sigilo protegerá a pessoa atendida em tudo àquilo que o Terapeuta Holístico venha a tomar conhecimento como decorrência do exercício de sua atividade profissional;
    5.3.4.5.2 — O menor impúbere ou interdito estará igualmente protegido, devendo ser comunicado aos responsáveis apenas o estritamente necessário para promover medidas em seu benefício;
    5.3.4.5.3 — Com autorização da pessoa atendida, o Terapeuta Holístico poderá repassar dados a outro profissional, desde que o recebedor esteja igualmente obrigado a preservar o sigilo por Código de Ética e que, sob nenhuma forma, permita a estranhos o acesso às informações;
    5.3.4.5.4 — O Terapeuta Holístico tem o dever de garantir, em seus atendimentos, condições adequadas à segurança da pessoa atendida, bem como à privacidade que garanta o sigilo profissional;
    5.3.4.5.5 — Em caso de falecimento do Terapeuta Holístico, este órgão, ao tomar conhecimento do fato, providenciará a incineração de seu arquivo confidencial;
    5.3.4.5.6 — A quebra do sigilo só será admissível se tratar-se de fato delituoso e a gravidade de suas conseqüências para o próprio atendido ou para terceiros justificar a denúncia do fato; ainda assim, o acontecido será julgado por Comissão de Ética a ser designada.


    5.3.4.6 DA COMUNICAÇÃO AO PÚBLICO, DA DIVULGAÇÃO DE PESQUISAS E ESTUDOS E DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL
    5.3.4.6.1 - Ao Terapeuta Holístico, na realização de seus estudos e pesquisas, bem como no ensino e treinamento, é vedado:
    §1 — Interferir na vida dos sujeitos, sem o consentimento dos mesmos, além de informá-los sobre as possíveis conseqüências de tais atividades; §2 — Promover experiências que envolvam qualquer espécie de risco ou prejuízo a seres humanos, animais ou meio ambiente; §3 — Negar o livre acesso das pessoas envolvidas aos resultados das pesquisas ou estudos, se estas assim o desejarem; §4 — Deixar de citar as fontes consultadas ou de mencionar as contribuições prestadas por assistentes, colaboradores ou outros autores, bem como utilizar-se de informações particulares ainda não publicadas, sem autorização expressa do autor.
    5.3.4.6.2 — Em todas as comunicações e/ou divulgações públicas, o Terapeuta Holístico omitirá ou alterará dados que possam conduzir à identificação da pessoa ou instituição envolvida, exceto se houver interesse manifesto das mesmas e autorização expressa.
    5.3.4.6.3 — O Terapeuta Holístico ao promover publicamente seus serviços:
    §1 — Informará com exatidão o número de registro; §2 — Não poderá utilizar o preço de serviço como forma de propaganda; §3 — Não proporá atividades que impliquem invasão ou desrespeito a outras áreas profissionais; §4 — Em hipótese alguma fará previsão taxativa de resultados ou se utilizará de conteúdos falsos ou sensacionalistas; §5 — Não fará uso de expressões, palavreado técnico, roupagens ou quaisquer artifícios que possam induzir o público a acreditar que pertence a outra categoria profissional que não seja a de Terapeuta Holístico


    5.3.4.7 DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS

    5.3.4.7.1 — Os honorários serão fixados com dignidade e com o devido cuidado, para que corresponda a uma justa retribuição aos serviços prestados, lembrando que o Terapeuta Holístico para manter a qualidade de seu trabalho precisa de recursos financeiros para investir em supervisão, cursos, estudos, terapia e/ou psicoterapia o que, indiretamente, implica em benefício da pessoa atendida;
    § Único — Se o Terapeuta Holístico reduzindo o valor de seus honorários, deixar de cumprir qualquer recomendação do Código de Ética, em especial o item II dos Princípios Fundamentais e os §6 e§7 do 5.3.4.3.2, diminuindo, assim, o padrão de qualidade exigido, estará exercendo concorrência desleal;
    5.3.4.7.2 — A fim de tornar a profissão de Terapeuta Holístico reconhecida pela confiança e aprovação da sociedade, os honorários poderão ser adaptados às condições financeiras do atendido, tomando este ciência da excessão feita e comunicando-se o fato a este órgão, para que não se caracterize como concorrência desleal;


    5.3.4.8 DA OBSERVÂNCIA, APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA.

    5.3.4.8.1 — Esta entidade assessorará os Terapeutas Holísticos na aplicação deste Código e sua observância, além de acatar denúncias de quaisquer procedências, instaurando investigação sigilosa (só terão amplo acesso aos dados as partes diretamente interessadas, ou seja, denunciante e denunciado, ou seus representantes);
    5.3.4.8.2 — As infrações ao Código de Ética acarretarão penalidades várias obedecendo critérios estabelecidos pelo SINTE, além da suspensão e até mesmo da perda de seu registro;
    5.3.4.8.3 — Competirá a esta entidade firmar jurisprudência quanto aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código o qual poderá ser alterado mediante proposta da Diretoria e desde que aprovada em reunião oficial;


    5.3.5 Constatação de Conformidade:

    O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos

    Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    Vide Capítulo Anexos Informativos.



    2 NTSV - PH 001 PSICOTERAPIA


    NTSV — PH 001 Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão

    NTSV — PH 001.Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão.
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização


    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — PH 001
    Psicoterapia Holística — Terapia de Regressão
    Boas Práticas Para Preparação e Utilização


    2. PREFÁCIO  

    Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
     A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém que passa a ser favorecido pela "lei de mercado”.
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.


    3. INTRODUÇÃO  

    A Terapia de Regressão conta com uma vasta bibliografia e grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística no tocante à Terapia de Regressão.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título Terapia de Regressão — Boas Práticas Para Utilização

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.


    4.3 Referências Normativas

    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato- psíquico. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avaliam os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.


    5.1.2 PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato- psíquico. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.


    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a posposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.


    5.1.4 TERAPIA DE REGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de Regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.


    5.1.5 PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.


    5.1.6 VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.


    5.1.7 RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.


    5.1.8 "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.


    5.1.9 TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    5.1.10 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta*, independentemente de quais outros métodos adote.


    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    THP — Psicoterapeuta Holístico;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;
    TR — Terapia de Regressão


    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.


    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou

    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Psicoterapia Holística aprovado pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Procedimento em primeira consulta

    5.3.3.1 — Avaliar pré-requisitos e contra-indicações:

    5.3.3.1.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permanecer guardada junto à ficha do cliente.

    5.3.3.1.2 — Contra-indicações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

    5.3.3.2 — Explicar o processo de Regressão com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial:

    5.3.3.2.1 Quanto à duração e continuidade do trabalho;

    5.3.3.2.2 Que a TR é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

    5.3.4 Procedimento para as demais sessões:

    5.3.4.1 Após a 2a consulta já pode ser praticada a TR.
    5.3.4.2 Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao TH avaliar exceções.

    5.3.4.3 Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de Regressão, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    6. ELEMENTOS SUPLEMENTARES

    6.1 Anexos Informativos Observação: Anexos Informativos apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas. Vide Capítulo Anexos Informativos.


    Autor: : ELISABETE RODRIGUES GARCIA DE CASTRO - TERAPEUTA HOLÍSTICA - CRT 42753
    Última atualização: 29/12/2008 13:12


    Yôga dos Números: Numeronataraja

    Yôga dos Números: Numeronataraja

     

        Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009


    PREFÁCIO 

          Inspirei-me na Numerologia Tântrica conjugado ao Yoga e o Shivanataraja para desenvolver e codificar a NUMERONATARAJA ou Yoga dos Números, uma forma de através do sádhana (prática) e dos Mudras (gestos reflexológicos) vi uma nova perspectiva de utilizar e sedimentar o padrão vibratório dos números em forma prática e vivencial.

          É a oportunidade de destravar e reconhecer essas energias latentes na força humana e que de certa forma completamente desconhecida. Palpáveis mas não conscientes.

          A data nascimento é o dia mais auspicioso de um Ser vivente, onde emana toda a sua força e traduzindo o seu trilhar pela a face da terra à evolução do SER Espiritual.

          É a prática da renegociação continua; é a maneira que nos damos forma ao nosso espaço físico e psicológico com a finalidade de entendermos o karma (efeito) e o Dharma (ação ou lei) divino; E esta negociação ocorre sempre com relação a outros seres humanos e nunca a nós mesmo.

          Trabalhar uma pessoa ou em grupo (de estudo, cliente ou familiar), a Numeronataraja é uma perspectiva de mudança que facilita a viagem da alma.

          O trabalho prático da Numeronataraja é eclético, podendo inclusive ser associada às várias outras disciplinas de acordo com o contexto particular do trabalho que está sendo apresentado. É também um método a ser acrescentado aos terapeutas corporais e psicoterapeutas de trabalhar com o cliente de uma maneira improvisada, desde que cada situação possa convidar para uma aproximação original.

          Através dos números captados na data de nascimento nós podemos perceber os vários mapas do tempo e do espaço existente em cada um, e desta forma obter um sentido de proporção mais desobstruído.

          Esta cosmologia do tempo e do espaço fornece as janelas através da qual o relacionamento entre a vida pessoal específica e os princípios universais governado pode se encontrar em uma harmonia criativa.

          A prática da Numeronataraja ou Yoga dos Números requer em executar os exercícios cadenciados em forma de dança cósmica percebendo as sensações por ela emanada, a fluidez da intuição informal, a clareza da idéias se formando sob a natureza da viagem proporcionada pelas as forças vibratórias dadas nas influências pessoais.

          O fantástico neste método é o fato de combinar a data de nascimento com a energia produzida pela prática do Numeronataraja que é uma verdadeira dança cósmica e pela potencialidade da mente neutra que vêm do ato de  medir o sentir e produzir a ação de sentir com os princípios universais se manifestando ao longo da prática e da não prática (não prática é quando não se está em Numeronataraja e sim no leela(dança) da vida). As ações pessoais são a resposta desta sincronicidade com o padrão vibratório da força universal maior e dévico. De uma outra perspectiva é o universo, ou coletivo, que a alma expressa, e sua consistência abstrata na diversidade das manifestações múltiplas. Chegar neste estado, do fluxo intuitivo e espontâneo ao fluxo cósmico em situações intima da vida, requer o relacionamento direto à mente.

          O corpo e a mente transformam-se em instrumentos saudáveis da alma, codificada através dos gestos reflexológico feitos como corpo e ou com as mãos (Mudrá). Simbolizando um reconhecimento de si com o cosmo naquele momento e tornando-se o receptáculo de energia vibratória reservada numa sintonia, que ao executar o Mudra em princípio de dança tornará neste momento aberto e receptivo a vibração emanante.

          A seguir conheceremos cada etapa por onde me inspirei a criação do  NUMEROTARAJA OU  YOGA DOS NÚMEROS. 

    MUDRA

          O Termo Mudra significa gesto, selo, contração, fecho, lembrando sempre que tais gestos são executados com fins perfeitamente terapêuticos. Embora dentro da Numeronataraja eles tomem um caráter de dança cósmica (meditacional). Sua maior contribuição será na formação de uma consciência corporal plena, definindo muito bem os limites atuais do corpo do praticante proporcionando um estado de contemplação, ou seja, um estado lúdico onde a alma emocional envolve-se com o objeto da contemplação (corpo) produzido pelo o gesto (Mudra); permanecendo em concentração (dharana) em si mesmo; abstraindo-se (pratyahara) dos movimentos emocionais do medo, insegurança, ansiedades, angústias e outras sensações que retiram a pessoa de seu centro. 

    Mitologia

    O Rig Veda cita 33 deuses dos quais se destacam cinco:

    Indra: O rei dos deuses, o governador do céu, representando o poder do raio e da energia.

    Agni: o Fogo, considerado o mensageiro dos deuses. No ritual ele depura a oferenda e a leva em forma sutil a Deus. É a conexão entre homens e deuses. É também a luz para a mente ver e compreender a verdade.

    Surya: o Sol. É dito que ele é a alma suprema dos Vedas e deve ser adorado por todos que desejam a liberação da ignorância.

    Vayu: é o deus do Vento, do Ar e do Prana. Divide seu poder com Indra, o Senhor do Céu. É invisível e habita em nossos corpos na forma dos cinco ares vitais (Prana, Apana, Samana, Vyana e Udana).

    Varuna: uma das mais antigas deidades védicas, associado à Água, aos Rios e aos Oceanos. Seu poder é ilimitado, assim como seu conhecimento. Inspeciona todo o mundo, sendo o Senhor das leis morais.

          No início dos tempos tudo estava em repouso e equilíbrio total e só Brahma existia.

          Houve então a primeira vibração, Om, o Som Primordial e a partir dele todo o universo foi criado.

          A partir daí surge à trindade hindu, formada por Brahma, Vishnu e Shiva que correspondem aos 3 gunas e as características de toda a criação.

          Brahma representa Rajas, o movimento, responsável pela criação.

          Vishnu representa Sattva, o poder de existência, preservação e proteção.

          Shiva representa Tamas, o poder de dissolução do universo.

          Aqui para o nosso contexto destaco Shiva devido à inspiração produzida por Shivanataraja. 

    image imagem retirada do site www.indiavilas.com com a perfeita representatividade da mitologia de Shiva. 

          Shiva é um Deva que além de representar a preservação e a proteção. Para que isso aconteça se manifesta como o renovador ou o Transformador.

          Uma das duas principais linhas gerais do Hinduísmo é chamada de Shivaísmo em referência a Shiva.

          Na tradição hindu, Shiva é o destruidor. Na verdade ele destrói para construir algo novo, assim, prefiro chamá-lo de "renovador" ou "transformador".  Suas primeiras representações surgem no neolítico (4.000 a.C.) na forma de Pashupati, o Senhor dos Animais. A criação do Yoga é atribuída a ele e o Yoga é uma prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, está intimamente ligado ao deus da transformação. Shiva é a deidade suprema (Mahadeva). O pacificador (Shankara) e o benevolente onde reside toda a alegria.

          O tridente que aparece nas ilustrações de Shiva é denominado Trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades da matéria: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio).

          A Naja é a mais mortal das serpentes. Usa uma serpente em volta da cintura e do pescoço, simboliza que Shiva dominou a morte e tornou-se imortal. Na tradição do Yoga clássico, ela também representa Kundaliní, a energia de fogo que reside adormecida na base da coluna. Quando se desperta essa energia, ela sobe pela coluna, ativando os centros de energia (chakras) e produzindo a iluminação (Samadhi), um estado de consciência expandida.

          No topo da cabeça de Shiva se vê um jorro d’água. Na verdade é o rio Ganges ou Ganga que nasce dos cabelos de Shiva. Há uma lenda que diz que Ganga era um rio muito violento e não podia descer a Terra, pois a destruiria com a força do impacto. Então, os homens pediram a Shiva que ajudasse e ele permitiu que o rio caísse primeiro sobre sua cabeça, amortecendo o impacto e depois mais tranquilo corresse pela Terra.

          Outro símbolo é o lingham. Ele representa o pênis, o instrumento da criação e da força vital, a energia masculina que está presente na origem do universo. Está associado ao poder criador de Shiva. A palavra "lingham" significa "emblema, distintivo, signo".

          O lingham é o emblema de Shiva. Na Índia, reverenciar o lingham é o mesmo que reverenciar a Shiva. Ele pode ser feito em qualquer material, embora o preferido seja o de pedra negra. Na falta de uma escultura, se constrói um lingham com a areia da praia ou argila do leito do rio; ou simplesmente se coloca em pé uma pedra ovalada.

          É comum nos templos pendurar acima do lingham uma vasilha com um pequeno orifício no fundo. A água é derramada constantemente sobre ele numa forma de reverência. A base do lingham representa a yoní, o genital feminino, mostrando que a criação se dá com a união do masculino e feminino.

          O tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do universo, o universo brota da sílaba OM. “No princípio era o Verbo (a sílaba, o som). E o Verbo era a criação. Tudo foi feito por Ele (o Verbo) e sem Ele nada se fez."

          É com o som do Damaru (tambor) que Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança. Às vezes, ele deixa de tocar por um instante para ajustar o som do tambor ou para achar um ritmo melhor e, então, todo o universo se desfaz e só reaparece quando a música recomeça.

          Shiva está intimamente associado ao elemento fogo representando a transformação. Nada que tenha passado pelo fogo, permanecerá o mesmo: o alimento vai ao fogo e se transforma; a água evapora; os corpos cremados viram cinzas. Assim, Shiva nos convida a nos transformarmos através do fogo ou do sadhana (prática). O calor físico e psíquico que essa prática produz nos auxilia a transcender nossos próprios limites.

          Nandi é o touro branco que acompanha Shiva, sua montaria e seu mais fiel servo. O touro está associado às forças telúricas e à virilidade. Também representa a força física e a violência. Montar o touro branco significa dominar a violência e controlar sua própria força.

          A palavra "Nandi" significa "aquele que dá a alegria". Na representatividade da devoção sempre se encontra esta figura diante dos templos dedicados a Shiva. Ele está deitado, guardando o portão principal.

          LUA CRESCENTE que muda de fase constantemente representa a ciclocidade da natureza e a renovação contínua a qual todos estamos sujeitos. Ela também representa as emoções e nossos humores que são regidos por esse astro. Usar o símbolo da lua crescente nos cabelos simboliza que Shiva está além das emoções. Ele não é mais manipulado por seus humores como são os humanos está acima das variações e mudanças, ou melhor, não se importa com as mudanças, pois sabe que elas fazem parte do mundo manifesto. Os mestres hindus que se iluminaram afirmam que as transformações pelas quais passamos durante os ciclos de nascimento e morte, o final de uma relação, mudança de emprego, etc. não afetam nosso ser verdadeiro e, portanto, não deveríamos nos preocupar tanto com elas. Simplesmente perceber e viver as transformações. 

    NATARAJA

    image

          Neste aspecto, Shiva aparece como o Rei Raja ou o Dançarino. Ele dança dentro de um círculo de fogo, símbolo da renovação e, através de sua dança o Nataraja acontece à criação, a conservação e destruição do universo.  Ela representa o eterno movimento do universo que foi impulsionado pelo ritmo do tambor e da dança. Apesar de seus movimentos serem dinâmicos, como mostram seus cabelos esvoaçantes, Shiva Nataraja permanece com seus olhos parados, olhando internamente, em atitude meditativa. Ele não se envolve com a dança do universo, pois sabe que ela não é permanente. Como um yogue que se fixa em sua própria natureza, seu ser interior, que é perene. Em uma das mãos, ele segura o Damaru, o tambor em forma de ampulheta com o qual marca o ritmo cósmico e o fluir do tempo. Na outra, traz uma chama, símbolo da transformação e da destruição de tudo que é ilusório. As outras mãos estão em gestos (mudra) específicos. À direita, cuja palma está à mostra, representa um gesto de proteção e benção (abhaya mudra). A esquerda representa a tromba de um elefante, aquele que destrói os obstáculos.

          Nataraja pisa com seu pé direito sobre as costas de um anão. Ele é o demônio da ignorância interior, a ignorância que nos impede de perceber nosso verdadeiro eu. O pedestal da estátua é uma flor de lótus, símbolo do mundo manifestado.

          A imagem toda nos diz: "Vá além do mundo das aparências, vença a ignorância interior e torne-se Shiva, o meditador, aquele que enxerga a verdade através do olho que tudo vê (terceiro olho, Ajnã Chakra)." 

    Devis ou deusasAfter digging a pit, he should recite the Mahishamardini (vidya) 800,000 times, then offering 1,000 times in the cremation ground.

          São as deusas, as mães divinas, aquela que resplandece.

          Nos Vedas eram apresentadas como energia ou poder do criador, a Shakti.

          Nos Puranas aparecem como devis.

          Representando a sabedoria do universo, o aspecto protetor, maternal do Absoluto.

          Apresentam-se de 5 formas diferentes: Parvati, Durga, Kali, Lakshmi e Sarasvati. 

    Parvati

          É a Mãe do Universo e consorte ou esposa de Shiva. Simboliza a disciplina, a renúncia, o esforço que leva o devoto ao Conhecimento. 

    Durga

          Representa o aspecto feroz de Parvati. Montada em um leão ou tigre.

          Tem 12 ou 18 braços e em cada mão tem armas dadas pelos deuses.

          Seu objetivo é ser implacável com os demônios que representam nosso ego e nossa ignorância.

          Ela nos mostra que devemos ser decididos na destruição de tudo que nos impede de percebermos nossa verdadeira natureza divina. 

    Kalí

          Aspecto mais feroz ainda de Parvati. Tem língua roxa, não usa roupa e seu corpo é coberto pelos longos cabelos negros. Usa um colar de caveira, tem quatro braços e leva em cada mão armas de destruição e uma cabeça sangrando. É a devoradora do tempo. 

    Lakshmi

          Ela é muito popular na Índia, sendo considerada a mais próxima dos seres humanos. Quer o bem estar de todos sem se preocupar com suas ações ou seu passado.

          Surgiu das águas cósmicas, da eternidade.

          É a consorte ou esposa de Vishnu.

          Simboliza a riqueza material e espiritual, representando o nosso universo ilusório.

          Usa um sári vermelho, que simboliza rajas, a ação para manter a vida, tem muitas jóias e moedas de ouro, que representam a riqueza e a prosperidade.

          É apresentada sobre um lótus, símbolo do conhecimento. 

    Sarasvati

          Esta associada à fertilidade, a purificação, a fala, a linguagem e a palavra.

          É considerada a personificação de todos os conhecimentos, artes, ciências e letras. Sem ela Brahma, seu consorte, não poderia ter criado o mundo.

          Usa um sári branco (a pureza do conhecimento), está sentada em um lótus branco (o conhecimento) ou numa pedra (a base sólida na busca do conhecimento). Possui sempre ao seu lado um cisne (discernimento) ou um pavão (silêncio necessário para escutar, refletir e meditar).

    Possuí quatro braços e em cada mão um japa-mala (colar) indicando disciplina da meditação, Vija (o som, o chamado à busca do Conhecimento) e os Vedas (o ensinamento). 
     
     

    NUMEROLOGIA TÂNTRICA

          A Numerologia tântrica é diferente da numerologia pitagórica. Ela é baseada apenas na data de nascimento. Conhecida também como Karam Krya. Os cálculos apresentam caminhos para acessar o crescimento espiritual, que desenvolvido através de uma prática esse processo se acelera e se torna a ponte vibracional para o Eu. 

    Nos cálculos da Numerologia tântrica toma-se conhecimento dos Objetivos que se deve  trabalhar através de uma prática. 

    Desdobrar o potencial do indivíduo inerente ao conceito da integridade e os processos da vida que implicam também num relacionamento entre o corpo e a mente e a habilidades para controlar o processo energético da vida (o respirar, uso da voz, as artes, a meditação consciente, exercício, etc..) 

    Compreensão - encontrar uma cosmologia pessoal que ajude criar e manter um sentido saudável da perspectiva realística da terra comum a tudo. 

    Comportamento - uma mudança significativa na vontade e na compreensão influenciado no sono, no meio social, no modo psicológico, ou seja, a mudança consciente do comportamento pode trazer aproximadamente uma mudança e uma compreensão melhor das pessoas e de outros. 

    Consciência - de ego em relação ao mundo, ou seja, uma independência que provocará freqüentemente mudanças espontâneas. Consciência também tende a provocar uma redefinição da responsabilidade e a capacidade de um indivíduo para responder ao mundo.

          Portanto a numerologia Tântrica é um método para estudar o processo do passado, presente e futuro.

          Segundo o Yogui Bhajan ele explica que os seres humanos são formados por dez corpos espirituais, cada um deles corresponde a uma característica de cada guru os Shiks, cultura da qual provem esta numerologia.

          A numerologia tântrica é uma ferramenta para enriquecer a vida e ajudar a conectar com o espírito. Não é uma forma de "adivinhação" e nem conta o futuro. A numerologia tântrica utiliza de dez energias ou corpos, que são a representação de aspectos diferentes manifestado da psique. Oito destes corpos correspondem aos Chakras.  

               Uma vez identificado os equilíbrios e desequilíbrios dentro desses dez corpos de cada individuo, poderá começar então a aplicar técnicas que vão equilibrá-lo com mais facilidade. É melhor quando for utilizar-se pessoalmente da numerologia tântrica ter orientação de outro profissional, porque mesmo sendo conhecedor você poderá se negar a enxergar a realidade. 
     
    Os dez corpos espirituais são: 

    1. O Corpo da Alma. 

          Este é primeiro corpo e também corresponde ao primeiro chakra que fica situado no períneo entre o ânus e o genital.  Este corpo se conecta com a infinidade interna e permite que o ego interno flua livremente por você.  

          Se este corpo for fraco, poderá sofrer grande insegurança. Os órgãos associados com este corpo são o estômago, baço e pâncreas. Se tiver domínio deste corpo será calmo e criativo.  

    2.  Mente Negativa  

          O segundo corpo corresponde adequadamente ao segundo chakra que se localiza acima do púbis. A mente negativa necessariamente não é uma mente ruim. Simplesmente é a mente protetora, é ele que coordena o caminhar.  Porém, esta mente também pode impedir de fluir. É o corpo que alimenta a independência do ego, podendo se tornar em ego-destrutivo.  Por causa da correlação do segundo corpo com o chakra energético a pessoa pode ficar muito dependente do sexo ou pode levar o oposto e pode temer qualquer contato sexual. Quando a mente negativa for saudável, você tem grande orientação interna e está confortável em sua própria pele.

     
    3.  A Mente Positiva  

          O terceiro corpo fica situado no centro de umbigo e corresponde ao terceiro chakra. Este é o centro de energia do corpo. Quando for equilibrado, é forte e projeta autoridade. Transmitirá otimismo, porém, se este corpo estiver desequilibrado pode se tornar muito obcecado com o próprio poder e pode levar a autoridade a um nível perigoso. Também pode ficar muito intolerante com outros e por outro lado, você pode ter medo assumir responsabilidade. Fisicamente, as manifestações somatizadas se manifestarão no fígado, bexiga  e nos pés. 

     

    4. A Mente Neutra.  

          A Mente Neutra corresponde ao centro de coração, chakra cardíaco. Este é o aspecto da sua mente de qual você queira se projetar. Combinam os benefícios de ambas as mentes positivas e negativas. Quando esta mente for equilibrada, a pessoa poderá resolver qualquer situação. Poderá depressa ter acesso todas as partes de uma situação e depressa se conduzir à escolha correta. Porém, se esta mente for fraca, poderá resultar em fechamento para amar e freqüentemente terá dificuldades para resolver as situações. Os órgãos que correspondem são o coração, pulmões e intestino grosso.

     

    5. O Corpo Físico.  

          O quinto corpo é extremamente importante, é nele que está a absorção de todos os corpos.  Muitas pessoas focalizam muito no espiritual e ignoram os corpos físicos.  Mas se você só trabalha sua mente e sua alma, seu corpo físico ficará desequilibrado.  O físico é da mesma maneira importante como o espiritual e o mental.  Nós viemos todos vestidos desta forma para este plano da existência por alguma razão.  É importante aceitar este “presente” e desenvolver este potencial em plenitude. 

    O quinto corpo corresponde ao quinto chakra, ou seja, o laríngeo, portanto algumas pessoas experimentam dificuldades com esta região por não estar corretamente equilibrado.  Porém, quando equilibrado, você será um orador eloqüente e verdadeiro.  Você poderá compartilhar seu conhecimento facilmente com outros porque você não terá nenhum medo deste plano físico. 

    6. Arco de luz 

    Homens e mulheres têm uma linha de arco, uma linha de energia, indo de em orelha para o outro sobre a cabeça.  Este é seu “halo” como mostrado nas imagens de santos e anjos.  

    Estas linhas de arco é o equilíbrio entre as dimensões físicas e as dimensões cósmicas.  Este corpo regula seu sistema nervoso e equilibra suas glândulas.  Corresponde a sua glândula pituitária que fica situado entre suas sobrancelhas.   Este é o terceiro olho. A glândula pituitária é a glândula mestre.  Quando esta glândula está funcionando corretamente a pessoa terá a intuição para se proteger e radiará como uma pessoa que é centrada e calma. Se estiver desequilibrada sofrerá de variação de humor contínuo.    

    7. A Aura  

    Embora aura fique situada “fora” do corpo cercando como um campo magnético, ela  corresponde ao 7º chakra que é o topo da cabeça.  É a glândula pineal.   É dito que a glândula de pineal deixa de segregar seus fluidos depois da puberdade e que então conduz ao processo de envelhecimento.  Há muitas atividades que podem estimular esta glândula para segregar uma vez mais e, portanto retarda o envelhecimento precoce.  

    Este chakra é conhecido como o coronário “mil pétalas” ele proporciona para a pessoa segurança e o poder para ser misericordiosos.  

    Se a aura for forte a pessoa terá uma presença positiva e você sentirá contido dentro de seu próprio corpo. Pessoas que têm uma aura desequilibrada poderão se sentir ameaçado por outras auras mais forte ou eles podem ser vampiros de energia.

      

    8. O Corpo de Prânico  

    O corpo corresponde ao Prana é a vida-força, é o que o mantém vivo.  Se o ser vivente deixar de respirar, deixa de viver.  Se o prana for baixo numa pessoa ela não estará usando o seu diafragma de maneira correta. Sem oxigênio esse corpo poderá experimentar fadiga, ficará defensivo e amedrontado do mundo.  Por conseqüência disto este corpo não receberá bastante oxigênio e o coração será enfraquecido. 

    Quando este corpo for equilibrado terá a certeza de estar vivo e pleno de criação.  Respirar profundamente permite que todo o fluxo prânico energize o sistema.  Este corpo, quando equilibrado, também alinha o negativo, positivo e a mentes neutras.

     

    9. O Corpo Sutil  

    O corpo sutil dá o poder para ver além das ilusões de vida e ego.  Quando dominamos este corpo, nada na vida é um mistério e você se ajusta a qualquer situação com facilidade. Porém, se estiver fora de equilíbrio, você pode ser absorvido facilmente pelo maya (ilusão) deste mundo e a pessoa poderá ser enganado facilmente, ou por ela mesma ou através de outros tirando vantagem de si mesmo.  Este corpo pode sentir inquieto com a falta da paz para fluir facilmente de uma situação a outra.    
     

    10. O Corpo Brilhante  

    O corpo brilhante é extremamente importante.  Coincide com a aura e proporciona energia fora do corpo.  

    Quando esta esfera é centrada a pessoa irradia coragem e realeza. Os outros respeitarão e quererão estar na presença de uma pessoa assim em sua presença.  Esta pessoa afrontará todo desafio e excede expectativas.  

    Porém, ao contrário de um corpo brilhante equilibrado é alguém que não só não satisfaz as expectativas. Como pode temer responsabilidade e então escolhe não reconhecer seu próprio brilho e graça porque teme que nunca satisfará para a expectativa de alguém qualquer que seja.

     

    11. CORPO RADIANTE

          Embora haja só Dez Corpos no ponto de vista Numerológico, há uma Décima primeira incorporação. Este é o centro de comando que dirige todos os outros aspectos.  A pessoa com o número 11 no quadro leva um presente extremo com eles.  Este é o presente de infinidade e conclusão.   Eles têm a habilidade nesta vida de dominar completamente o físico e o reino espiritual.  Eles também têm a capacidade para chamar qualquer um dos 10 corpos para trabalhar para eles em qualquer determinado momento.  Porém, é importante saber que todos os outros aspectos devem ser desenvolvidos para que esta 11ª incorporação se manifeste.  Se a pessoa tiver este número em seu quadro, necessariamente não significa que o conhecimento do universo visivelmente e imediatamente dela.  Ainda terá que levar o tempo para se reconhecer e brando nas emoções e ai sim perceber. Este corpo em desequilíbrio representa o ego exaltado.

    Portanto, o décimo primeiro corpo representa a harmonia interior dos outros dez corpos.   
     

          A Numerologia tântrica nos facilita o conhecimento dos caminhos que temos de percorrer em nossa missão e na vida presente.

    Obs. Os números na numerologia tântrica diferem da numerologia pitagórica.  Os valores são interpretados somente até o ONZE, se o número for maior então deverá ser reduzido a um só numero. Por exemplo: 11+12+1952 = 22 = 4.

          É extraído da data de nascimento que é o presente herdado divinamente.

          Tomaremos aqui no que consiste a Numerologia Tântrica sem adentrar no fluxo interpretativo que não vem ao contexto geral deste trabalho neste momento.

       

    CHAVE:

     

    1 - O número da ALMA =  Dia de nascimento.

    2 – O número do KARMA = Personalidade =  Mês de nascimento.

    3 – O número do PRESENTE =  A soma dos dois últimos dígitos do ano de nascimento.

    4 - O número do DESTINO = última vida = A soma do ano de nascimento.

    5 - O número do trajeto de VIDA= A MISSÃO = A soma do dia, mês e ano de nascimento. 

     

    OS NÚMEROS:

    1. O número da ALMA:

          É extraído do da soma do dia de nascimento

          O número da alma indica seu relacionamento com sua própria alma, com seu self interno e a fonte de sua criatividade. Este é o número do trabalho interno.

          É a conexão com o coração e não com a cabeça e fonte de energia criativa.  Uma vez você conectado com o corpo desta posição, você nunca se sentirá abandonado ou separado do divino.  Porém, a maioria das pessoas está desconectada necessitando cuidar deste aspecto e normalmente precisa desenvolver o corpo nesta posição, portanto não se preocupe isto é extremamente comum!  

     
    2. O número de KARMA - PERSONALIDADE

          A soma do número do mês marca o número do karma. Exemplo: se você nasceu em junho, seu karma é 6, se você nasceu em dezembro, seu karma é (1+2 =) 3. Com exceção dos meses outubro = 10 e novembro = 11 que não se reduz. 

          O karma nos mostra a relação existente com o mundo externo, vem ser nossa personalidade. É a posição que expressa os conflitos que você enfrentará nesta vida, é a indicação de seus pontos fracos e desafios que você terá que superar. O número do Karma determina a relação que teremos com o mundo externo e como vamos tratá-los. Indica seu relacionamento com o outro. Indica a forma de comunicação e a área principal de limitação que necessita o trabalho. 
     

    3. O número do PRESENTE

          É extraído da soma dos dois últimos dígitos do ano que você nasceu: 1951 = 5+1 = 6; 1960 = 6+0 = 6

          Este é o número que indicará a qualidade espiritual que nos foi dado nesta vida por isso é denominado de presente divino vem do reflexo das virtudes que obtivemos em outra vida, mas normalmente os presentes vêm com uma enorme responsabilidade, como por exemplo: ter que desfazer do próprio ego e se focalizar em projetas luz e amar os outros. Para se fazer uso corretamente do presente terá que gozar de um grau de consciência elevado. Podemos também entender como talentos naturais.   

    4. O número do DESTINO

          É obtido através da  soma dos quatro dígitos do ano de nascimento.

    Exemplo: 1951 = 1+9+5+1=16 (1+6 =) 7; 1982 = 1+9+8+2=20 (2+0) 2 

          O número do destino indica as habilidades que foram desenvolvidas em outra vida podendo ser desenvolvido de forma positiva ou não. Indica como OUTRO nos vê. Normalmente não percebemos como somos para o outro causando aqueles conflitos que não entendemos por que.

     
    5. O número do TRAJETO

    QUINTO ASPECTO é a MISSÃO   

          É obtido por meio da soma total da data de nascimento.    

          Exemplo: 12 de maio de 1951 = 1+2+5+1+9+5+1 = 24 (2+4) = 6   

    18 de fevereiro de 1953 = 1+8+2+1+9+5+3 = 29 (2+9) = 11   

          O estado de paz e harmonia permanente só é adquirido quando nós tivermos a certeza absoluta que nós estamos completos e estamos desenvolvendo nossa missão.    

          Se uma pessoa pode harmonizar cada um dos números dela ou aspectos, mas não está completando a missão, não ESTARÁ satisfeita internamente. O quinto aspecto é seu caminho de perfeição. É seu número que guia permanentemente presente em sua vida.    

          Primeiro você deverá transformar os primeiros quatro aspectos para se dedicar a sua missão para que possa cumpri-la na terra. Quando você estiver enviando luz aos outros neste mundo ai então, você dominou este reino verdadeiramente. 

        

    NUMEROLOGÍA REFLEXIVO

          Quando alma e karma são os mesmos números. Por exemplo, 10 de outubro (10 dos 10). Esta pessoa é um espelho, ela é como você vê por dentro e por fora.     

          Pessoas que possuem esta forma de número costumam ter dificuldades para aceitar e entender o outro, desde que eles não concebem que aquela diferença pode existir entre alma e personalidade (karma).   

          Eles são Tudo ou qualquer coisa, desde que eles estejam bem em ambos os corpos ou terrível em ambos.    

        

    NUMEROLOGÍA DHARMICA.   

          É determinado quando o número do terceiro aspecto (presente de Deus) se repete no número da alma, da personalidade, da missão ou das últimas vidas.   

          Este tipo de numerologia é um Dharma ou abençoando, como é um presente de DIVINO, sempre é positivo, estarão reforçando o aspecto que é semelhante a ele.    

        

    NUMEROLOGIA COM PROBLEMAS EM ÚLTIMAS VIDAS.   

          É determinado quando um número se repete por várias dentro da carta natal em qualquer um dos aspectos.   

          Significa que aquela pessoa não pôde polir aquela virtude ou força.    

          Em algum ponto falhou, então terão que começar um ciclo novo de encarnações até alcançar isto.  

     

    MÉTODO

     

          O NUMERONATARAJA ou Yoga dos números é a codificação do padrão vibratório dos números em aspecto vivencial formatado em sinais corporais denominados mudrás (gesto reflexológico). Que permite gerar força de impacto pelo o movimento causado pela a coreografia que os movimentos de ação (o mudra) juntamente com o fluxo da consciência gera assim um movimento, uma dança que vibra nos corpos harmonizando e percebendo o fluxo através do prana que é fluido automaticamente, mudando a forma de pensamento e de sensação. Produzindo o eixo para entrar em meditação dinâmica e a consciência de si mesmo. A prática consiste na habilidade de coreografar os movimentos de forma natural e automaticamente onde se concentra os bloqueios a atenção para produzir a performance fará com a energia flua e a execução se torna perfeita pelo o fato do sentir e não do racionalizar.

          Enquanto os movimentos ocorrem é feitos fechos (bandhas) impulsionando a energia prana para que flua pelo os canais das nadis e glândulas, exercitando e aflorando a energia de cada chakra que naturalmente equilibrará os corpos. Mudando toda a vibração comportamental energético, emocional, mental e físico. Proporcionando a ponte do religar-se e reconhecimento do EU.

          É uma prática que pode ser executada em grupos ou de forma individual, mas sempre acompanhado de instrução de um terapeuta já conhecedor da técnica e que possa fazer as devidas correções.

    Sejam elas virtuais ou pessoalmente. Até que isso seja natural na pessoa e daí sim poderá executar a qualquer momento que desejar ir para o seu interior e responder questões  que o próprio SER já sabe a resposta. 

     

    Funções terapêuticas

          Proporcionará o equilíbrio de todos os corpos simultaneamente e na sequência necessária individual, mesmo que executado em grupo. 

    Funções estéticas

          O Numeronataraja não é preocupado com esta função.  Mas naturalmente a execução continua colocará as glândulas endócrinas em equilíbrio e consequetemente altera o padrão físico do praticante, melhorando o aspecto físico. No mínimo proporcionará maior brilho e vivacidade do aspecto físico aumentando a estima.  

    Funções lúdicas

          Obviamente o Numeronataraja propõe o prazer, o êxtase de só está, só fazer, usufruindo da prática ludicamente. Sem o ludismo, a alegria de brincar ou dançar não existe. A prática (sadhana) é uma celebração de vida. A celebração leva o ser em contato com o Seu EU Divino e natural.  

    Funções da sexualidade.

          Sexualidade é a propriedade que tem o ser humano de sentir e perseguir o prazer. É a vontade de reunir-se a outra energia que o complemente ou que o realize. O Numeronataraja proporciona a possibilidade de o praticante entrar em contato com seus vários pontos de tensão energética, que o impede de exercer sua sexualidade plenamente. 

    Funções arquetípicas ou simbólicas de uma egrégora.

          Cada exercício é simbólico, significa algo para a consciência e para o inconsciente coletivo. O Mudrá é sempre um gesto que simboliza força, energia sabedoria, consciência ou simplesmente percepção metafísica. O gesto (Mudra) leva uma pessoa a entrar em contato com uma egrégora especifica. 

    KOSHA MUDRAS – São os gestos feitos com o corpo todo. Após executá-los e coreografá-los corretamente os gestos com as mãos podem ser acrescentado transformando numa dança cósmica e passando a ter a vibração do Numeronataraja ou Yoga dos números.

          Cada exercício foi similarmente inspirados em ásana ou Mudras já existente, trazendo em seu contexto a vibração da energia que cada número  em equilíbrio produz. Portanto é a verdadeira fidelidade personificada da vibração que movimentarão fluxo do corpo.  

     

    Conclusão.

          Este é mais um trabalho inspirado nas observações dos clientes em consultórios, cursos e vivencias que necessitam de um caminho mais sutil para acessarem o caminho de parar a mente de turbilhonar e ensinar o fluxo da emoção a simplesmente está consigo mesmo.

          Apesar de inserir em seu contexto o movimento da dança, é absolutamente forte e sensível, belo e sensual.

          Qualquer pessoa pode lançar mão deste método, pois é apenas um exercício codificado que gera o compromisso consigo mesmo de trilhar um autoconhecimento, sem exigir excelentes performances físicas. Podendo ser executado por qualquer pessoa que apenas deseja aprender o SENTIR. 
      

    BIBLIOGRAFIA.

    Do Numeronataraja não há ainda, pois espero que esta sinopse se torne uma no futuro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    BA ZI - PILARES DO DESTINO - Astrologia Chinesa

    BA ZI - PILARES DO DESTINO 

     Astrologia Chinesa

     

     Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística 
    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS –  Holística 2009

     

     

      “Para alcançar o conhecimento, acrescente coisas todos os dias. Para alcançar a sabedoria, remova coisas todos os dias.” (Lao Tse) 
     

    Dedicatória 

    Dedico este trabalho àquela força que impulsiona, preenche e domina, de muitos nomes e que poucos entendem, para uns força Maior, para outros DEUS.

     

    Agradecimentos 
     Meus agradecimentos ao meu marido Alexandre de Oliveira Baptista pelo apoio e incentivo, à minha irmã pelo incentivo e por acreditar em mim, à minha filha Sarah, pela paciência, aos meus gurus e mestres, pelas informações e desfechos.

      

    Sumário:

    1 – Qi

    2 – Wu Xing - 5 transformações do Qi

    3 - 10 Troncos Celestes e 12 ramos terrestres

    4 - 60 binômios

    5 - Estações energéticas

    6 -Constituição energética dos meses

    7 -Cálculo do Acerto da Hora

    8 - Cálculo dos 4 pilares do destino

    9 - os 10 deuses

    10 - combinação de tronco

    11 -relacionamento entre os 12 ramos

    12 - Deuses e demônios.

    13- Resultados

    14- conclusões

    15 – Referências Bibliográficas

     

    Resumo  
     

    Nesta palestra serão pinceladas o que são os 4 pilares do destino, como calculá-los e quais os benefícios que este sistema poderá proporcionar tanto aos pacientes, clientes, enfim a comunidade a ser atendida, quanto aos terapeutas em geral que terão uma ferramenta a mais no tratamento dos diversos sintomas de desequilíbrio energético e físico que poderão ser lidos pelos 4 pilares do destino.

    Mais uma vez temos a certeza de que o bem-estar físico de uma pessoa é a soma de diversos elementos energéticos que se inter-relacionam e dão uma resposta positiva. Quando não há o bem estar, concluímos que há um desequilíbrio entre esses elementos, com os 4 pilares do destino é possível ler este momento energético de cada pessoa. 
      

    Introdução 

    Os Quatro Pilares mostram os prós e os contras da sua constituição energética, a força ou fraqueza dos meridianos de energia e o seu reflexo no corpo, alertando-o de tendências e doenças em potencial. Ele pode lhe indicar como buscar o equilíbrio dos 5 elementos por meio de atividades, hobbies, atitudes, esportes, alimentos, relacionamentos e terapias, que vão incorporar ao seu sistema os elementos que você tanto precisa para em equilíbrio e saudável. Daí a importância em compreender sua constituição e saber por qual momento energético você está passando, por qual momento energético o universo está passando. Nada pode ser feito em relação ao curso do universo, mas você pode fazer muito por você respeitando a sua constituição e o que ela pode ou não lhe propiciar, o que faz bem ao seu organismo e à sua vida como um todo.  

     

    1 - O Qi (Chi) 

    Conhecido como muitos nomes, pode-se resumir como um tipo de energia que permeia e nutre todos os fenômenos do mundo físico e extra-físico. É a vitalidade energéticas responsável por todas as manifestações de vida no universo. É dispersado pelo vento e retido pela água. Na matéria é o que edifica e coordena as moléculas.

    O Qi em movimento é a interação perpétua entre o yin e yang. Contínuo processo de transformação. Somos todos produtos do Qi e estamos sujeitos a sua influência.

    A Trindade chinesa é formada por:

    - Qi cósmico (Tian Qi)

    É o Qi que vem em direção à Terra, provém do Sol, Lua, planetas, estrelas e galáxias. Pode afetar o Qi Terrestre e até cancelar seu efeito.

    - Qi humano (Ren Qi)

    Determinado na primeira respiração do indivíduo. Qi forte que interage com o Qi da terra e Qi cósmico.

    - Qi da terra (Di Qi)

    Qi que viaja pelo solo (sobre e sob) se manifesta nas mudanças da topografia, vales, picos e montanhas, desertos, planícies, florestas e cachoeiras.

    Para tudo é importante encontrar uma forma de combinar essa trindade em tudo o que fazemos. 

     

    2 - WU XING – CINCO TRANSFORMAÇÕES DO QI 

    Compreender como o Wu Xing flui é desvendar a linguagem da natureza.

    Os 5 elementos estão ligados entre si, não devemos analisá-los isoladamente. Na visão ocidental temos 4 elementos (Fogo, ar, água e terra) e a relação entre eles é estática. Já na visão chinesa temos 5 elementos e a relação entre eles é uma constante transformação. 

    Temos Três relações básicas entre os elementos: 

    1 – Ciclo de Geração

    Aqui um elemento gera o outro de forma cíclica. 

    - Madeira gera fogo: Madeira alimenta o fogo.

    - Fogo gera Terra: Quando a madeira queima gera cinzas e essas cinzas geram a terra.

    - Terra gera Metal: A Terra produz o metal sob alta pressão e por um longo período de tempo.

    - Metal gera Água: Metal, sob influência do fogo, derreterá e fluirá de forma líquida.

    - Água gera Madeira: A água é alimento para as plantas. 

    2 – Ciclo de controle

    Aqui um elemento controla o outro energeticamente. 

    - Madeira controla a Terra: raízes penetram na terra e se alimentam dela.

    - Fogo controla o Metal: Fogo amolece ou derrete o Metal.

    - Terra controla a Água: Terra controla o curso da água, a suja.

    - Água controla o Fogo: Água esfria ou extingue o Fogo. 

    3 – Ciclo de Domínio

    Aqui o elemento dominado reage contra o dominador. 

    - Madeira prejudica o Metal: Madeira pode esfacelar ou até mesmo quebrar o Metal e cega seu corte.

    - Metal prejudica o Fogo: Metal pode extinguir ou sufocar o Fogo.

    - Fogo prejudica a Água: Fogo evapora a Água.

    - Água prejudica a Terra: Água pode lavar a Terra.

    - Terra prejudica a Madeira: Terra alterará o caminho e forma das raízes. 

    Existem outras relações possíveis entre os cinco Elementos: 

    4 – Ciclo de Desgaste

    Aqui o elemento gerado desgasta ou enfraquece o elemento gerador.

    - Madeira desgasta a água: raízes chupam a água para as folhas que podem esconder ou guardar a água.

    - Água desgasta o Metal: Água pode enferrujar o metal.

    - Metal desgasta a Terra: Metal pode envenenar a Terra.

    - Terra desgasta o Fogo: Terra pode extinguir ou sufocar o fogo.

    - Fogo desgasta a Madeira: Fogo consome a madeira. 

    5 – Ciclo Fortalecedor

    Aqui dois elementos iguais fortalecem um ao outro. 

    Os 5 elementos alimentam um ao outro, ao mesmo tempo em que controlam uns aos outros, gerando uma relação de interdependência e um equilíbrio dinâmico onde: 

    - A Água alimenta a Madeira ao mesmo tempo em que apaga o Fogo e é bloqueada pela Terra.

    - A Madeira alimenta o Fogo ao mesmo tempo que suga a energia da Terra e é podada pelo Metal.

    - O Fogo alimenta a Terra ao mesmo tempo em que derrete o Metal e é apagado pela Água.

    - A Terra alimenta o Metal ao mesmo tempo em que retém a Água e é sugada pela Madeira.

    - O Metal alimenta a Água ao mesmo tempo em que corta a Madeira e é derretido pelo Fogo. 

    As Cinco Transformações tem sua fundamentação em realidades astronômicas (Periélio e Afélio), não em leis do Meio ambiente. 

     

    3 - OS 10 TRONCOS CELESTES 

    Os 10 Troncos nada mais são do que os 5 elementos em suas polaridades Yin e Yang. Desenham assim o padrão do movimento do Qi Celeste. 

    1 Madeira Yang, em chinês JIA

    2 Madeira Yin, em chinês YI

    3 Fogo Yang, em chinês BING

    4 Fogo Yin, em chinês DING

    5 Terra Yang, em chinês WU

    6 Terra Yin, em chinês JI

    7 Metal Yang, em chinês GENG

    8 Metal Yin, em chinês XIN

    9 Água Yang, em chinês REN

    10 Água Yin, em chinês GUI 

    Os troncos sempre são numerados em números arábicos. 

     

    OS 12 RAMOS TERRESTRES 

    Os 12 ramos desenham o padrão do movimento do Qi terrestre. Os ramos terrestres são numerados em algarismos romanos para não confundir com os Troncos Celestes. A associação dos ramos aos 12 animais foi feita através da lenda de que ao entrar em Nirvana Buda reuniu o reino animal. Por alguma razão somente 12 animais compareceram. Como recompensa, Buda nomeou os anos de acordo com a chegada de cada animal. Como o rato chegou primeiro, ficou com o primeiro ano, o búfalo com o segundo e assim sucessivamente. Claro que esta é somente uma lenda, ninguém sabe ao certo o porque dessa associação.

    O fato é que os ramos são tão antigos quanto os troncos celestes, que davam seus nomes aos dias da semana, logo os chineses começaram a usar os nomes dos ramos terrestres para os meses. São eles: 

      1. Rato (Zi)
      2. Búfalo (Chou)
      3. Tigre (Yin)
      4. Coelho (Mao)
      5. Dragão (Chen)
      6. Serpente (Si)
      7. Cavalo (Wu)
      8. Cabra (Wei)
      9. Macaco (Shen)
      10. Galo (You)
      11. Cachorro (Xu)
      12. Javali (Hai)
     

     

    O CICLO SEXAGENÁRIO DOS TRONCOS E RAMOS 

    O encontro entre o Qi Celeste e o Qi Terrestre. Esse sistema de combinações é chamado de Ghanzi = Gan (Tronco) + Zhi (ramo). Ao combinarmos 10 Troncos com 12 ramos, matematicamente teríamos 120 combinações, mas isso não ocorre, porque os troncos formam dois grupos de 5, um dos 5 elementos na polaridade yin e os outros cinco na polaridade yang. Isso resulta em 5 x 12 = 60 combinações, que chamaremos de 60 binômios (alguns métodos chamas de 60 imagens ou 60 dragões).

    M+

    F+

    T+

    Me+

    A+

     
     
    Combina com
    Rato

    Tigre

    Dragão

    Cavalo

    Macaco

    Cachorro

      M-

    F-

    T-

    Me-

    A-

     
     
    Combina com
    Búfalo

    Coelho

    Serpente

    Cabra

    Galo

    Javali

     

    Logo, o binômio 1 é Rato de Madeira Yang (Jia Zi). Os anos são denominados pela combinação referente àquele ano, por exemplo 2004 – Macaco de Madeira Yang (Jia Shen). 

    Essas combinações são usadas para meses, dias e horas. Isso pode parecer complicado, mas cada data traz informações importantes sobre a interação do Qi. Essa é a base de qualquer análise, seja para a astrologia Chinesa como para o Feng shui. 

     

    4 - OS 60 BINÔMIOS 

    A Análise dos 60 binômios é feita por meio da leitura vertical entre os elementos que compõe a estrutura de um binômio. Compreendendo a estrutura analisamos a força, o elemento predominante e a imagem gerada. Esse método é usado na análise de 4 pilares do destino, onde as imagens formadas indicam qual a missão a cumprir nessa vida (binômio do ano de nascimento) associada à imagem do binômio do dia de nascimento. Este método é usado para verificar se a pessoa está indo de encontro ao seu destino ou lutando contra ele. 

    Tabela 7.4 

     

    5 - AS ESTAÇÕES ENERGÉTICAS 

    Algo que causa discussão entre os praticantes de Feng shui é a diferença entre os hemisférios Norte e Sul, nos cálculos e aplicações das técnicas tradicionais.

    Um dos argumentos apresentados pelos que defendem a inversão dos cálculos é o clima.

    Na realidade, quando nos referimos a estação em termos de Feng Shui e Astrologia chinesa, não estamos nos referindo à estação climática, mas aos ciclos cósmicos. Chamemos então de estações climáticas as 4 estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno. E chamemos de Estações Energéticas as 4 fases identificadas na relação Terra e Sol.

    Como a cosmologia chinesa engloba 5 elementos e cada um desses 5 elementos rege a uma Quinta parte do ano, logo 365 dias / 5 = 73, cada elemento rege 73 dias no ano.

    Cada uma das 4 estações (energéticas) do ano tem predomínio de um elemento:

    Primavera – Madeira

    Verão – Fogo

    Outono – Metal

    Inverno - Água 

    A primavera energética corresponde aos signos de Tigre, Coelho e Dragão e também ao início do ano chinês que ocorre no mês do Tigre. Porque no mês do Tigre se o primeiro animal é o rato? Simpples, porque cada animal tem uma energia específica e a do rato é Água e água corresponde ao inverno energético, no mês seguinte que é o Búfalo esta água entra em declínio, para no mês do Tigre a Madeira brotar após o inverno. 

    O Verão energético corresponde aos meses de Serpente, Cavalo e Cabra.

    O Outono energético corresponde aos meses de Macaco, Galo e Cachorro.

    O Inverno energético corresponde aos meses de Javali, Rato e Búfalo. 

    Cada animal (ramo) corresponde a um mês solar, que inicia sempre quando o Sol atinge o 15° de cada um dos signos solares ocidentais. Reparemos que o Rato corresponde ao ápice do Inverno energético, o coelho ao ápice da Primavera energética, o cavalo ao ápice do verão energético e o galo ao ápice do outono energético. 

    Como já devem ter reparado há 4 estações no ano e existem 5 elementos, não há uma estação associada ao elemento terra. Isso porque a Terra rege os 18 últimos dias de cada estação.

    Lembremos da divisão:

    365 dias do ano / 5 elementos = 73 dias para cada elemento.

    Os 73 dias atribuídos ao elemento terra, se subdividem-se em 4 estações o que gera aproximadamente 18 dias em cada uma das 4 estações. Os dias do elemento terra é chamado de entre-estações.

    Por isso os meses Dragão, Cabra, Cachorro e Búfalo são divididos em 2 partes. Os primeiros 12 dias são regidos pelo elemento predominante na estação. Os últimos 18 dias são regidos pela terra, sendo chamados de Entre-estações e marcam a transição de uma estação a outra. 

    AS FASES DO CIRCUITO SEM FIM 

    Os doze meses do ano, doze animais associados às estações energéticas, mostra que para filosofia Chinesa, o ciclo da vida se divide em doze partes: 

    1. Nascimento
    2. Crescimento – primeiro banho
    3. Adolescência
    4. Diploma – Exame
    5. Apogeu da Carreira
    6. Declínio
    7. Doença
    8. Morte
    9. Enterro – Armazenagem
    10. Desaparecimento total
    11. Embrião
    12. Desenvolvimento do embrião
     

    Este mesmo ciclo rege toda a vida no Universo.

    A energia nasce (fase 1), passa por duas fases de desenvolvimento onde ainda é frágil (fases 2 e 3), chega à fase 4, onde se prepara para atingir o ápice, chega ao ápice na fase 5, e como tudo que chega ao apogeu inicia o declínio na fase 6, adoece na fase 7, chegando à morte na fase 8.

    Após a morte, a vida e o ciclo de nergia não terminam. A fase 9 representa a armazenagem da energia, a aglutinação da energia para ser devolvida ao cosmo, a fase 10 representa a diluição da energia na energia cósmica, a fase 11 o embrião, a fase 12 representa o desenvolvimento da energia embrionária. As fases 9, 10, 11 e 12 são consideradas momentos em que a energia está desaparecida, ou seja, não está presente da forma como a conhecemos. 

    Logo, podemos marcar as fases do circuito sem fim para cada um dos elementos: 

    MADEIRA 

    Sabemos que o ápice da madeira é o mês do Coelho, fase 5, se numerarmos os meses seguintes dentro do ciclo temos: 

    6, Dragão

    7, Serpente

    8, Cavalo

    9, Cabra

    10, Macaco

    11, Galo

    12, Cachorro

    1, Javali

    2, Rato

    3, Búfalo

    4, Tigre

    Isso quer dizer que a Madeira nasce no Javali, está frágil no Rato e no Búfalo. Passa pelo pré apogeu no Tigre, tem o apogeu no Coelho, declínio no Dragão, está doente na Serpente, morta no Cavalo, armazenada na Cabra, desaparecida no Macaco, Galo e Cachorro. 

    Seguindo este mesmo raciocínio para cada um dos outros elementos, teremos cada um dos elementos em uma fase diferente do circuito sem fim a cada mês, conforme tabela abaixo:

     

     

    6 - ANÁLISE DA  CONSTITUIÇÃO ENERGÉTICA DOS MESES CHINESES 

     

    No mês do Rato temos:

    Agua na fase 5 – ápice;

    Madeira na fase 2 – recém-nascida

    Fogo na fase 11 – embrionária

    Metal na fase 8 – morto 

    Já no mês do Javali, temos:

    Água na fase 4 – pré-apogeu

    Madeira na fase 1 – nascimento da Madeira

    Fogo na fase 10 – desaparecido

    Metal na fase 7 – doente. 

    Todo animal que inicia o mês tem resquício de terra da entre-estação, mas o Javali é um exceção, pois a Água na fase 4 é Yang no Javali e a terra que viria do cachorro não consegue se fixar exatamente por isso. 

    As fases mais energéticas são: 

    5 – apogeu

    1 – nascimento

    9 – armazenagem da energia

    4 – pré-apogeu, fase de ascensão

    6 – apogeu iniciando declínio 

    Essas são as únicas fases capazes de se combinarem na formação da energia do momento.

    Logo cada mês tem uma constituição dos 5 elementos cada um deles em uma determinada fase, quando estão nas fases 2,3,7,8,10,11 e 12, os elementos dessas fases são chamados de inoportunos, pois não possuem força suficiente para se manifestar. 

    Considerando esses fatos, notamos que no mês do rato o único elemento com força para se sobressair é a água. O mês do rato é um mês puramente água, em fase 5 (apogeu). 

    No mês do Javali, os únicos elementos com força para se sobressair são água (fase 4) e madeira (fase1). 

    Vemos que o ramo, animal, nada mais é do que o nome dado a uma composição energética de força do ciclo sem fim, com uns elementos fortes para se fazerem visíveis e outros não tão fortes assim. 

    Das fases mais energéticas 3 delas são particularmente importantes:

    A fase 1 – nascimento

    A fase 5 – apogeu

    A fase 9 – armazenagem 

    É como se essas 3 fases da energia representassem o ciclo de vida da energia, por formarem um ângulo de 120° entre si, formam uma combinação de triangulação. 

    Por exemplo na triangulação da água temos:

    O macaco, fase 1 do nascimento da água.

    O rato, fase 5 do apogeu da água.

    O dragão, fase 9 da armazenagem da água. 

    E isso ocorre com os outros 4 elementos. 

     

    7 - CÁLCULO DO ACERTO DE HORA 

    Tendo por base o meridiano 0° de longitude que passa na Inglaterra e é conhecido como meridiano de Greenwich, os meridianos localizados à direita são Leste e à esquerda de Greenwich, Oeste. Cada meridiano ocupa 15°. O Brasil tem como meridiano oficial o 45° Oeste. Logo, estamos a 3 meridianos de diferença do meridiano 0°. A cada meridiano somam-se horas ou subtraem-se horas. À Oeste, subtraem-se horas e à Leste, somam-se horas.

    A hora real não corresponde à hora local, mesmo porque não são todas as cidades brasileiras que estão localizadas no meridiano 45°. Assim temos que todas as cidades localizadas em longitudes maiores que 45° subtraem-se horas ou minutos do horário local, já quando possuem longitude menores que 45°, somamos horas ou minutos na hora local. 

    Exemplo: Uma pessoa nasceu às 19h28min em Campinas, esta cidade está a 47°03´00´´, para saber a hora real neste caso devemos subtrair de 45°. 

    Longitude oficial do Brasil 45°00´00´´

    Longitude de Campinas 47°03´00´´

    Subtraindo-se temos  - 2°03´ 

    15° equivalem a 60 minutos

    1° equivale a aproximadamente 4 minutos 

    -2°03´ X 4 = -8 minutos e 12 segundos 

    Agora basta subtrairmos da hora informada os minutos e segundos encontrados na conta para obtermos a hora real. 

    19h28´00´´

    00h08´12´´

    --------------

    19h19´48´´ 

    Depois de encontrada a hora real, procuramos na tabela abaixo para sabermos a hora chinesa:

    1 – Rato – das 23h às 01 h.

    2 – Búfalo – das 01 h às 03 h

    3 – Tigre - das 03 h às 05 h

    4 – Coelho - das 05 h às 07 h

    5 – Dragão - das 07 h às 09 h

    6 – Serpente - das 09 h às 11 h

    7 – Cavalo - das 11 h às 13 h

    8 – Cabra - das 13 h às 15 h

    9 – Macaco - das 15 h às 17 h

    10 – Galo - das 17 h às 19 h

    11 – Cachorro - das 19 h às 21 h

    12 – Javali - das 21 h às 23 h 

    No exemplo que fizemos a hora, 19:19:48 é a do cachorro.

    Devemos nos preocupar em fazer o acerto de hora nos casos em que as pessoas nasceram nos horários limítrofes, caso contrário não haverá mudanças na constituição energética do pilar da hora.

    Antes de iniciar os cálculos é importante verificar se houve ou não horário de verão no ano em questão, dentro do período de Nascimento da pessoa, caso positivo, subtraímos uma hora do horário de nascimento.

    Período Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Abrangência
    1931-1932 03             Todo o Território
    1932-1933 03             Todo o Território
    1949-1950     01       16 Todo o Território
    1950-1951     01   28     Todo o Território
    1951-1952     01   28     Todo o Território
    1952-1953     01   28     Todo o Território
    1963-1964 23         01   Todo o Território
    1965       31   31   Todo o Território
    1965-1966   30       31   Todo o Território
    1966-1967   01       01   Todo o Território
    1967-1968   01       01   Todo o Território
    1985-1986   02       15   Todo o Território
    1986-1987 25       14     Todo o Território
    1987-1988 25       07     Todo o Território
    1988-1989 16     29       S/SE/CO/NE/Tocantins
    1989-1990 15       11     S/SE/CO/MT/Bahia
    1990-1991 21       17     S/SE/CO/Bahia
    1991-1992 20       09     S/SE/CO/Bahia
    1992-1993 25     31       S/SE/CO/Bahia
    1993-1994 17       20     S/SE/CO/Bahia/AM
    1994-1995 16       19     S/SE/CO/Bahia
    1995-1996 15       11     S/SE/CO/BA/TO/AL/SE
    1996-1997 06       16     S/SE/CO/Bahia/TO
    1997-1998 06         01   S/SE/CO/Bahia/TO
    1998-1999 11       21     S/SE/CO/Bahia/TO
    1999-2000 03       27     S/SE/CO/NE/TO/RR
    2000-2001 08       18     S/SE/CO/Bahia/TO
    2001-2002 14       17     S/SE/CO/NE/TO
    2002-2003   02     16     S/SE/CO/NE/TO
    2003-2004 19       14     S/SE/CO/NE/TO
     

     

    8 - QUATRO PILARES DO DESTINO 

    Os 4 pilares do destino é uma forma de ler a interação da energia do universo. Cada instante é diferente do instante anterior, e há um Qi (energia) dominante. No momento da primeira respiração este Qi impregna a pessoa e terá um efeito sobre a vida da pessoa, sua personalidade, seus gostos e seu destino. Essa primeira energia é determinante na vida da pessoa, por isso usa-se o diagrama de nascimento, através do calendário solar, existem astrólogos que fazem pelo calendário lunar. 

    O mapa é lido da direita para a esquerda, e a profundidade segue essa ordem também, do mais superficial ao mais profundo. 

    Hora Dia Mês Ano
    O íntimo

    A sexualidade

    Os subalternos

    Os relacionamentos

    As parcerias

    O marido

    Os parceiros

     
    Os pais

    O meio-social

     
    O mundo

    A Conjuntura

     

    PARA CALCULAR OS 4 PILARES 

    Escreva dia, mês, ano, hora e local de nascimento.

    Exemplo: 11/04/65 às 11:45 hs em São Paulo SP

    - Verificamos a Tebela de horário de verão e vimos que neste período não teve horário de verão.

    - Encontremos a hora real, como é São Paulo SP, basta subtrairmos 6 minutos do horário, e temos 11:39 hs. 

    1° Pilar do Ano 

    Procuramos no calendário dos 10.000 anos ou na tabela fornecida o animal e elemento do ano de nascimento.

    Ano 65 – Serpente de Madeira Yin 

    2° Pilar do Mês 

    Este pilar além de nos mostrar os pais, o meio social, nos mostra parte de nossa personalidade externa que pode ser enriquecida pela cultura e meio social.

    No exemplo dado, é o 3° mês – Dragão de Metal Yang 

    3° Pilar do Dia 

    Antigamente era comum definir traços essenciais da personalidade de uma pessoa pelo pilar do dia, por isso esse pilar é o mais afetado pelo elemento sorte e pela referência das Xius, (estrelas fixas).

    Para calcular este pilar basta sabermos qual o binômio do dia primeiro de janeiro, depois é só contar quantos dias se passaram do dia primeiro de janeiro ao dia de interesse. No caso, o binômio do dia primeiro de janeiro de 1965 é 1. Logo do dia primeiro de Janeiro ao dia 11 de abril de 1965 passaram-se 101 dias, este é o número de série do nascimento.

    Ainda nos falta uma informação: a que número do ciclo de 60 binômios corresponde cada início do ano ocidental. Para isso segue a tabela com o número do binômio corresponde ao primeiro de janeiro de cada ano. Os anos em negrito são anos bissextos, aos quais deve-se acrescentar 1 à soma, caso a pessoa tenha nascido após 28 de Fevereiro. 

    Tabela 12.2 

    Vamos calcular o nosso exemplo, 11/04/1965

    11/04 – 101° dia do ano

    65 – em primeiro de Janeiro, 51.

    101+51 = 152 / 60 = 2 resto 32 (O que nos interessa é o resto)

    Binômio 32 = Cabra de Madeira Yin 

    Tabela 12.3 

    Cada binômio é associado a uma imagem, que muda a tônica da interpretação do mapa, por isso é importante o seu conhecimento. Mas este é um conhecimento para um curso mais avançado, onde é possível detalhar o significado de cada uma das imagens. 

    No calendário dos 10.000 anos já temos estas contas todas prontas, basta procurar ano, dia e mês desejados. 

    4° Pilar da Hora 

    Neste pilar nos diz se o recém-nascido é ou não bem vindo na família, e a hora corresponde a parte mais íntima do ser de alguém, pode ser associado ao subconsciente. É a parte mais inviolável da personalidade. 

    A hora chinesa equivale a 2 horas, a primeira parte da hora é a parte yang e a segunda é a parte yin. A hora real é a que vai ser utilizada, pois é a hora que de acordo com o local vai acentuar a qualidade Yin e Yang do mapa. 

    COMO ESTABELECER O TRONCO CELESTE (ELEMENTO) DO PILAR DA HORA 

    Para saber qual deve ser o elemento associado à hora chinesa, cruzamos o ramo terrestre (animal) da hora real, com o Tronco Celeste (elemento) do dia de nascimento. 

    Por exemplo, Se o dia é Madeira Yang Rato

    Hora: 19:19:48 – Décima primeira hora, que é a do Cachorro

    Encontramos Madeira Yang, por isso, Cachorro de Madeira Yang 

    Veja abaixo: 

    Tabela 12.5 

     

    9 - OS DEZ DEUSES 

    Cada elemento no mapa tem um significado. O ponto de partida para a análise é o Tronco Celeste do dia e sua relação com os outros elementos que serão denominados de Deuses. O Tronco Celeste (Elemento) do pilar do dia é chamado de “EU” ou “MESTRE DO DIA”.

    No Universo somos movimento, geramos algo.

    Pois bem, o “EU” gera algo e esse algo é chamado de PRODUÇÃO.

    Temos que a Produção é gerada pelo emento do “EU”, se tiver mesma polaridade é considerada Produção Justa e se tiver polaridade contrária é considerada Produção Injusta.

    A Produção gera RIQUEZA, se esta tiver polaridade igual ao “EU” é Riqueza Injusta, polaridade diferente é Riqueza Justa.

    A Riqueza gera PODER, se este tiver polaridade igual ao “EU” é Poder Injusto e diferente é Poder Justo.

    O Poder gera SUSTENTAÇÃO, se tiver mesma polaridade do “EU” é Sustentação Injusta e diferente é Sustentação Justa.

    Podem existir elementos IGUAIS ao “EU”, que serão chamados de PARALELOS, tendo a mesma polaridade do “EU” serão Paralelos Justos e com polaridades diferentes serão Paralelos Injustos. 

    Tabela 13.1 

    PODER 

    Poder Justo (Zheng Guan)

    Controle apropriado. O poder num mapa masculino representa a ambição e num mapa feminino representa o marido. Quando Yin e Yang se encontram nesta relação, mesmo se um controla o outro, é uma relação harmônica, é um controle com amor, como numa relação entre pais e filhos. Porém quando há um excesso de poder, mesmo se poder justo, pode se transformar num controle doentio e sua natureza de benéfica, passa a ser ruim, como no poder injusto. A ambição aqui é nobre, a pessoa se compara a ela mesma, quer se superar, e não aos outros. 

    Poder Injusto (Pian Guan)

    Controle excessivo, desmedido

    Dois elementos iguais se repelem, há uma batalha, é como um tirano ou um governo ditador, o poder injusto é considerado um deus prejudicial. Se existe produção e essa produção consegue controlar esse poder, ele não consegue fazer mal, mas se não há produção o poder injusto passa a se chamar 7 demônios, e pode ser comparado à indisciplina, revolta, excesso de ambição, e com os fins justificando os meios. 

    São pessoas realizadoras de grandes feitos, mas com muito poder injusto a pessoa não tem medida, a ambição está descontrolada, não sabe quando parar. 

    Se o Poder Injusto não tem raiz, a pessoa pode ser a melhor, mas não consegue se manter, ou a pessoa pensa que é a melhor e quando descobre que não é pode se deixar abater seriamente, chegando ao suicídio. 

    SUSTENTAÇÃO 

    Sustentação Justa (Zheng Yin)

    Ajuda, apoio na medida certa.

    Amor, recursos, alento, possibilidade, apoio, suporte e conhecimento.

    É como uma mãe que educa, sustenta e dá segurança ao seu filho, sendo bem dosado, é considerado um bom deus. Não é desfavorável à produção. 

    Sustentação Injusta (Pian Yin)

    Excesso de zelo, vira mimo.

    É eficaz somente quando o “EU” é fraco, mas pode ser desfavorável à produção, já que a Sustentação controla a produção. É como uma mãe que não educa, deixando os filhos fazerem o que querem, mima demais, sustenta depois de adulto, etc. 

    Em geral, Sustentação injusta é exagerada. Muita sustentação faz com que a pessoa ache que pode tudo, que não precisa de ninguém, SOMENTE poder ser favorável se o “EU” for muito frágil. 

    RIQUEZA 

    Riqueza Justa (Zheng Cai)

    Num mapa masculino é a esposa. A Riqueza é boa para um “eu” forte, que pode controlá-la e tem energia de sobra para controlar suas oportunidades de ganho, já para um “eu” fraco é ruim, pois a riqueza sem controle passa a ser um prejuízo.

    Riqueza com produção é dinheiro ganho com talento. Não importa muito se existe ou não produção, se o “eu” for forte e a riqueza estiver presente, pode tirar partido, não importando se é justa ou injusta. 

    Riqueza Injusta (Pian Cai)

    Tanto a Riqueza Justa ou Injusta pode ser bom, desde que o “eu” seja forte, como dito anteriormente. 

    PRODUÇÃO 

    Produção Justa (Shi Shen)

    Carisma, atitude, aparência, o que mostra aos outros. Se o “eu” for forte ele se alia a produção e usam a energia para uma boa causa e ajudam a manter o equilíbrio energético da pessoa. A produção justa é utilizada para gerar riqueza e para controlar os 7 demônios (poder Injusto), mas não pode ser útil a não ser a um “eu” forte. 

    Produção Injusta (Shang Guan)

    Estratégia, talento, sabedoria, a produção controla o poder, ou seja, usando a produção você pode diminuir o controle dos outros sobre você.

    Se o “eu” é frágil, ele é esgotado pela energia da produção. A produção injusta também pode gerar riqueza para controlar os sete demônios, mas sua capacidade de produzir e gerar não é tão boa.

    Para drenar a energia do “eu”, a produção injusta é mais eficaz do que a produção justa.

    A Produção Injusta denota um comportamento diferente, bizarro, muitos artistas são assim, e as pessoas com muita produção injusta podem agir de modo diferente ou serem mal compreendidas. 

    PARALELO 

    Paralelo Justo

    Podem ser amigos ou concorrentes.

    Se o “eu” é frágil tanto o paralelo justo como o injusto o auxiliam, os dois lhe ajudam a resistir ao poder e protegem o seu “eu” de ser drenado pela produção. Se o “eu” for forte, os dois trazem riqueza ao seu “eu” e drenam o poder. 

    Paralelo Injusto

    Concorrente, inimigo que leva a riqueza, já que o paralelo controla a riqueza. A diferença é que o paralelo justo é puro e bom, e o injusto é mal e impuro. 

    Num âmbito geral, o paralelo para um “eu” forte indicam concorrentes e para um “eu” fraco indicam amigos que o apóiam e ajudam no trabalho. 

     

    10 - COMBINAÇÃO DE TRONCO 

    Esta combinação somente é válida se ocorrer entre pilares adjacentes. São simpatias entre os troncos celestes:

    1 Madeira + se dá bem com 6 Terra –

    2 Madeira - se dá bem com 7 Metal +

    3 Fogo + se dá bem com 8 Metal –

    4 Fogo - se dá bem com 9 Água +

    5 Terra + se dá bem com 10 Água – 

    Essas combinações presentes no mapa, podem gerar outro elemento que irão substituir os elementos combinados. 

    Como a seguir, com exceção do pilar do dia, que tem regras diferenciadas. 

    AS CINCO COMBINAÇÕES 

    M+ e T- pode gerar T

    M- e Me+ pode gerar Me

    F+ e Me- pode gerar A

    F- e A+ pode gerar M

    T+ e A- pode gerar F 

    Se no mapa existe essa combinação entre os pilares adjacentes, forma um elo muito forte entre os elementos envolvidos e o deus que cada elemento representa nesta combinação. 

    Exemplo: Mulher nascida em: 05/04/1965 às 11 hrs. Em Juiz de Fora 

    Hora dia Mês Ano
    Me+ T- Me+ M-
    Cavalo Búfalo Dragão Serpente
    F- T- T+ F+
    T- A- M- T+
      Me- A- Me+
     

    Aqui a combinação se dá entre a M- do tronco do ano com o Me+ do tronco do mês.

    O Metal nesse mapa representa a produção e a Madeira o poder. Indica que existe uma ligação estreita entre esses dois aspectos da vida dessa pessoa. 

    Para saber se essa ligação vai ou não gerar a transformação, é preciso olhar se o produto da combinação está ou não presente no pilar do mês. Caso esteja presente, o elemento transformado adquire a polaridade Yin ou Yang do elemento no pilar do mês. 

    Em nosso exemplo a combinação M- com Me+, poderia gerar mais Me, mas observamos que no pilar do mês não há mais Me, além do que está no Tronco fazendo a ligação. Logo, esta combinação não gera o elemento produto que seria Me, a transformação não acontece e os elementos permanecem como estão. 

    Existem outros tipos de combinação que precisam ser citadas: 

    A COMBINAÇÃO DO CIÚME

    Hora Dia Mês
    A- T+ A-
     

    Como o mapa é lido da direita para a esquerda a combinação que ocorre é a Mês + dia. Aqui o Tronco do Dia representa o “EU” e se combina com a A- do Mês, mas existe uma tendência, uma intenção de se combinar com a hora. Se fosse um mapa masculino, o “eu” terra faz com que a Riqueza seja a água, e a riqueza representa as mulheres de sua vida, é como se o homem estivesse entre o amor de duas mulheres, ou que ama duas mulheres, a esposa e a amante. No caso duas mulheres disputassem ele. 

    A COMBINAÇÃO DA CONCORRÊNCIA 

    Dia Mês Ano
    T+ A- T+
     

    Aqui o homem em questão se apaixona por uma mulher já comprometida com outro homem. Neste caso existe a competição mas o “eu” sai perdedor, pois quem combina com a A- do Mês é a T+ do ano. A competição com paralelo mostra que perde a Riqueza para um concorrente ou amigo. 

    Se a competição se faz por poder, cada vez que a pessoa batalha por promoção, o poder é perdido. Essa é uma combinação estruturalmente ruim. 

    COMBINAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO ENVOLVENDO O “EU” 

    Há regras a ser seguidas para saber se há ou não transformação:

    - O elemento transformado tem que estar oportuno no mapa, isso quer dizer estar presente como raiz no pilar do mês.

    - O mapa não deve ter paralelos, o pilar do dia não deve ter raízes.

    - O elemento que controla o elemento transformado não pode estar presente como Tronco ou Raiz maior no mapa e nem no mês.

    - O elemento transformado deve ter paralelos e sustentação.

    - O binômio gerado da transformação tem que ser válido (se o ramo é yin, o elemento tem que ter polaridade yin). 

    Para que uma transformação Terra aconteça existem 2 regras:

    - O mês de nascimento tem que ser Búfalo, Dragão, Cabra ou Cachorro, ou ainda é aceitável os meses tigre, serpente, cavalo e macaco, por possuírem em sua formação o elemento terra.

    - Não pode ter Madeira como Tronco ou raiz maior, com exceção do tigre, que em alguns casos é aceitável. 

    Exemplo: 

    Hora Dia Mês Ano
      M+ T-  
     

    Como a terra do mês envolvida na combinação é yin, o ramo do mês deve ser yin também para que a combinação aconteça, além de ter terra em sua formação energética. 

    Búfalo Dragão Cabra Cachorro Tigre Serpente Cavalo Macaco
    Yin Yang Yin Yang Yang Yin Yang Yang
     

    Dos animais que possuem terra em sua formação, somente Búfalo, Cabra e Serpente são ramos yin. 

    Búfalo Cabra Serpente
    T- T- F+
    A- F- T+
    Me- M- Me+
     

    Como a Madeira não poderá estar presente no mês de nascimento, a transformação só ocorrerá se o mês for Búfalo ou Serpente, caso contrário, a combinação existe mas não gera Terra. 

     

    11 - A RELAÇÃO ENERGÉTICA ENTRE OS DOZE RAMOS TERRESTRES 

    - Combinação Triangular

    Os 12 ramos terrestres dependendo de sua configuração energética podem ter entre si uma simpatia ou antipatia. Como já disse anteriormente os animais que estão nas fases 1, nascimento, 5 apogeu e 9 armazenagem de cada um dos 4 elementos, possuem entre si uma estreita ligação, chamada combinação triangular.

    Num mapa este fato é lido pelos animais presentes. Eles são aliados da mesma energia e não precisam estar em pilares adjacentes. Se o ramo da fase 5 está presente, a pessoa pode ter somente mais um ramo da fase 1 ou 9 de determinada energia, para ter uma semi-combinação. Quando o ramo faltante chega com o pilar de sorte ou influência do ramo anual, a combinação está completa e ativa, e o elemento referente a esta combinação terá um peso enorme no mapa, que nada destrói essa combinação e a semi-combinação também é igualmente forte. Mesmo que um conflito chegue não destruirá esta combinação. 

    Triangulação da Água – Macaco (fase 1), Rato (fase 5) e Dragão (fase 9)

    Triangulação da Madeira – Javali (fase 1), Coelho (fase 5) e Cabra (fase 9)

    Triangulação do Fogo – Tigre (fase 1), Cavalo (fase 5) e Cachorro (fase 9)

    Triangulação do Metal – Serpente (fase 1), Galo (fase 5) e Búfalo (fase 9) 

    - Combinação de direção

    Quando nos pilares aparecerem os ramos referentes às direções norte, sul, leste e oeste, temos a combinação direcional, que podem ser: 

    Norte – Javali, Rato e Búfalo.

    Sul – Serpente, Cavalo e Cabra

    Leste – Tigre, Coelho e Dragão

    Oeste – Macaco, Galo e Cachorro 

    Da mesma forma que a triangulação, esta combinação é igualmente forte e inquebrável por conflitos ou qualquer influência entre os ramos e troncos. Mesmo se houver meia-combinação de direção ela tem força e como na triangular, pode ser completada com a chegada do ramo faltante pelo pilar de sorte ou influência anual, potencializando o elemento presente. 

    - Combinação entre os Ramos (animais) – pilares adjacentes

    Aqui  somente dois animais se combinam como um casamento entre os ramos, mas um impede o outro de agir, como alguém que impede alguma coisa, tanto boa quanto ruim. Esta combinação é boa se ocorre entre dois elementos desfavoráveis no mapa, pois ambos ficam impedidos de agir. Somente é válida a combinação entre pilares adjacentes. 

    - Conflitos entre os ramos (animais)

    No caso de um combate entre os ramos, não basta saber as raízes dos animais, mas quando este combate se passa. Por exemplo, um conflito entre rato e cavalo no inverno, o vencedor é o rato, pois a raiz maior do rato é A e a água é forte no inverno.

    De qualquer modo o vencedor ganha, mas se debilita.

    No caso de um conflito entre dois ramos terra, o qi da terra desaparece e o elemento que vem à tona é o que está armazenado.

    Se num mapa o elemento terra é ruim, é bom que haja este conflito entre a terra, assim ela desaparece e dá lugar a novos elementos.

    Quando o conflito não é entre pilares adjacentes, há uma intenção de conflito que não se concretiza por conta do pilar que os separa. 

    - conflito de Troncos 

    A+ X F+

    A- X F-

    Me+ X M+

    Me- X M- 

    Os conflitos entre os elementos de mesma polaridade são muito mais fortes do que os de elementos de polaridades diferentes. Isso gera uma segunda complicação que são binômios de estrutura frágil. 

    Como o rato e o cavalo estão em conflito, os elementos associados a eles também estão. 

    - Lesões entre os ramos 

    Lesão é uma briga gratuita. Por exemplo, o rato é casado com o búfalo, e como a cabra tem conflito com o búfalo, ela passa a não gostar do rato também.

    A Lesão tem um peso menor na análise.

     

    12- Deuses e Demônios

    Tronco do dia Nobre Celeste Lu (prosperi-dade) Espada Inteligência Carruagem de Ouro Flor erótica
    M+ Búfalo, Cabra Tigre Coelho Serpente Dragão Cavalo
    M- Rato, Macaco Coelho Tigre Cavalo Serpente Cavalo
    F+ Javali, Galo Serpente Cavalo Macaco Cabra Tigre
    F- Javali, Galo Cavalo Serpente Galo Macaco Cabra
    T+ Búfalo, Cabra Serpente Cavalo Macaco Cabra Dragão
    T- Rato, Macaco Cavalo Serpente Galo Macaco Dragão
    Me+ Búfalo, Cabra Macaco Galo Javali Cachorro Cachorro
    Me- Cavalo, Tigre Galo Macaco Rato Javali Galo
    A+ Coelho, Serpente Javali Rato Tigre Búfalo Rato
    A- Coelho, Serpente Rato Javali Coelho Tigre Macaco
     

    Verifica-se pelo “eu”, qual é o ramo e procura-se nesta lista. 

    Nobre Celeste: Benéfico para quem possui, ele mostra de onde vem a ajuda quando a pessoa está em dificuldade.

    - Se posicionado no pilar do ano a ajuda vem de longe ou pode ser de uma mudança.

    - Se posicionado no pilar do mês a ajuda vem dos pais.

    - Se posicionado no pilar do dia a ajuda vem do casamento, do parceiro e se há dificuldades no casamento sempre alguém ajuda.

    - Se posicionado no pilar da hora a ajuda vem dos filhos ou de alguém que está sob seu comando, subalternos.

    Se não aparece no mapa, pode ser que venha com os pilares de sorte, se isso ocorre, a ajuda dura enquanto o pilar de sorte durar. 

    Prosperidade: Para um pilar forte, traz prosperidade, já num pilar fraco é ruim. 

    Espada: Boa para dinheiro num mapa fraco, traz problemas físicos num mapa forte. É associada à violência e agressividade. Bom para quem trabalha com concorrência. 

    Inteligência: Boa para exames e estudos em geral num mapa forte, num mapa fraco é debilitador. 

    Carruagem de Ouro: Indica status. 

    Flor Erótica – a Bela flor de Pêssego vermelha: Indica pessoas sexualmente atrativas e com fortes impulsos sexuais, numerosos relacionamentos. Charmosa, convincente. Pode ser um demônio, por indicar falta de disciplina sexual. Se o elemento for favorável será um deus, caso contrário um demônio. Se vier com os pilares de sorte, no período a pessoa estará mais sedutora. 

    Ramo do dia Estrela do General Cobertura Elegante Cavalo do Correio Flor de Pêssego Roubo Morte
    Macaco

    Rato

    Dragão

     
    Rato
     
    Dragão
     
    Tigre
     
    Galo
     
    Serpente
     
    Javali
    Javali

    Coelho

    Cabra

     
    Coelho
     
    Cabra
     
    Serpente
     
    Rato
     
    Macaco
     
    Tigre
    Tigre

    Cavalo

    Cachorro

     
    Cavalo
     
    Cachorro
     
    Macaco
     
    Coelho
     
    Javali
     
    Serpente
    Serpente

    Galo

    Búfalo

     
    Galo
     
    Búfalo
     
    Javali
     
    Cavalo
     
    Tigre
     
    Macaco
     

    Verificar o ramo (animal) do dia.

    Estrela do General: Possibilidade de carreira política ou militar, indica facilidade de comando.

    Cobertura Elegante: Traz tendência artística, filosófica e religiosa, leva as pessoas a viver num mundo irreal, tendências escapistas e elucubração.

    Cavalo do Correio: Mostra viagens e mudanças freqüentes se for favorável, pode mostrar também negócios no exterior. Pode trazer aventuras em viagens, facilidade de meditação, projeção astral, etc.

    Flor de Pêssego: Se está posicionada no pilar do ano ou mês, é a flor de pêssego interna, mostra bom relacionamento entre parceiros, marido e esposa. Pode ser ativada a partir do braço do ano para melhorar os relacionamentos.

    Se posicionada na hora, chamada flor de pêssego externa, mostra relacionamento extraconjugal.

    Roubo: Traz algo negativo, não necessariamente o roubo, mas ser enganado se for ruim no mapa, caso contrário a pessoa tende a enganar e trapacear.

    Morte: Não indica forçosamente morte, nem acidente, indica grande capacidade de planejamento. Se desfavorável traz processos advindos do parceiro. 

    Ramo do dia Solitária Abandono
    Javali

    Rato

    Búfalo

     
    Tigre
     
    Cachorro
    Tigre

    Coelho

    Dragão

     
    Serpente
     
    Búfalo
    Serpente

    Cavalo

    Cabra

     
    Macaco
     
    Dragão
    Macaco

    Galo

    Cachorro

     
    Javali
     
    Cabra
     

    Tanto a Estrela solitária quanto a Estrela do Abandono querem dizer a mesma coisa. 

    Prejudica os relacionamentos, pode indicar infortúnios em relação à família, como separação, viuvez ou abandono. 

     

     

    13- Resultados

    Os Quatro Pilares do Destino podem ser utilizados por acupuntores para encontrar os melhores horários de tratamento para seus clientes. Conhecer os horários de abertura dos vasos maravilhosos, fazer recomendações de alimentação, terapias auxiliares e hobbies para seus pacientes, assim como escolher o tratamento adequado não só ao paciente, como ao momento.

    Terapeutas podem conhecer melhor previamente a reação de seus pacientes ao tratamento empregado e entender por que um tipo de tratamento funciona maravilhosamente em algumas pessoas e não em outras.

    Terapeutas florais podem usar os Quatro Pilares do destino para entender melhor os bloqueios de seus pacientes. Por meio dos 5 elementos, podem escolher com melhor precisão a essência indicada à pessoa ou a influência momentânea pela qual ela está passando, sem depender apenas da narrativa de seus problemas por parte da pessoa tratada. Se você trabalha com saúde integral, Quatro Pilares do Destino é uma ferramenta perfeita para lhe dar as informações não só sobre a pessoa, seus problemas, suas fases de vida, mas também, e mais importante do que isso, lhe permite avaliar as fases pelas quais ela está passando, passou e passará, indicando o que fazer em cada uma delas.

    Diversos sistemas astrológicos podem lhe dar informações comportamentais, de temperamento, falar de fases, mas os Quatro Pilares vão muito além disso, uma vez que indica ao mesmo tempo o problema e a solução. Essa parte do tema é  sub-dividida em módulos, que incluem cálculo, análise estrutural de relacionamento, de saúde, de alimentação, de potencial de trabalho, análise de fases, influências periódicas, recomendações de equilíbrio, etc. 

     

    14- Conclusões

    É um vasto conhecimento na arte astrológica chinesa, englobando vários aspectos da sabedoria chinesa, como meridianos de energia e chacras, e até mesmo podendo indicar uma alimentação que os 4 pilares do destino é muito mais fundamentada que a Astrologia Ocidental.

     

    15- Referências Bibliográficas 

    Sacramento, Silvia –  Instituto Ming Tang, Curso de Ba Zi

                      Anotações em aula, também foram consultadas.

    Autor: : Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    As Convergências Entre As Modernas Técnicas Psicopedagógicas Da Escola Humanista E A Terapia Holística

     As Convergências Entre As Modernas Técnicas Psicopedagógicas Da Escola Humanista E A Terapia Holística

     

    Sidney Rosa Nascimento Junior - Terapeuta Holístico - CRT 44269

    SINTE - Sindicato dos Terapeutas - Holística 2009

     

    DEDICATÓRIA

      

    A todas as pessoas crentes em sua missão como construtora da paz e de um mundo mais humano e feliz, aquelas e aqueles que já perceberam que, na medida em que cada um melhora, o mundo também se torna melhor.

       

    AGRADECIMENTOS 

     

    À Comunidade de Terapia Holística e toda equipe de SINTE, diretores, docentes e colaboradores que possibilitaram a realização e divulgação deste trabalho. 

    Aos pesquisadores e pesquisadoras que acreditam e acreditaram na pessoa humana e na capacidade de cada um de se transformar e de gerar ambientes mais humanos com paz e prosperidade e ousaram publicar suas descobertas

    Aos mestres Carl Rogers e André Rochais que ousaram pesquisar e acreditar na natureza positiva do ser humano, mesmo na contramão das críticas e dos paradigmas dos donos daverdade.

     A Maria de Lourdes Sávio, que me recebeu e me incentivou em um momento especial e me fez acreditar estar caminhando no rumo certo da minha missão, como profeta do desabrochar da Vida em Plenitude.

     

    O ser humano traz no coração a certeza de que todas as pessoas são semelhantes... Tudo está aí neste subsolo da Humanidade, neste subsolo de homens e de mulheres deste planeta; tudo está aí para forjar um mundo mais humano (ANDRÉ ROCHAIS, 1980).

     

    SUMÁRIO

    RESUMO
    INTRODUÇÃO
    1 - Justificativa
    2 - Objetivo Geral
    3 - Objetivos Específicos
    4 - Questão Norteadora 
    CAPÍTULO I – METODOLOGIA 
    ANTECEDENTES DA PSICOPEDAGOGIA HUMANISTA
    1 - Por que psicopedagogia?
    2 - Por que humanista?
    3 - Conceito de Pessoa 
    CAPÍTULO II – A PESQUISA HUMANISTA
    1 – Contribuição de Carl Rogers
    2 - Contribuição de André Rochais 
    3 – Contribuições de Sávio e outros
    4 – As principais linhas humanistas
    CAPÍTULO III – DISCUSSÃO
    CONCLUSÕES
    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    RESUMO

     

     

    NASCIMENTO JUNIOR Sidney R. As Convergências entre as Modernas Técnicas Psicopedagógicas da Escola Humanista e a Terapia Holística. Brasília, Distrito Federal, 2009. Dissertação (Curso de Capacitação de instrutores EAD). SINTE – Sindicato dos Terapeutas.

     

    Este trabalho tem por objetivo demonstrar as diversas convergências existentes entre as descobertas e técnicas Escola da pisicopedagogia Humanista e a Terapia Holística, dentro de um universo multifocal da pessoa. No Capítulo I é feita uma abordagem genérica a respeito da pesquisa realizada pelos autores descobridores e expoentes da pisicopedagogia humanista, com foco na pessoa como um ser integral. O Capítulo II se dedica a um resumo da fundamentação da pesquisa e dos esforços contemporâneos, consubstanciados através de publicações que retratam iniciativas, dificuldades e conquistas a respeito da educação e da terapia humanista. O Capítulo III traz uma síntese da pesquisa com conclusões do autor, nesse vasto território da pisicopedagogia humanista, tanto no nível do crescimento pessoal, como no trabalho junto a clientes.

    Palavra-chave: Psicopedagogia humanista. Atividade centrada na Pessoa. Vida em Plenitude.

     

    INTRODUÇÃO

     

                  O objetivo deste trabalho é o de traçar um paralelo entre as descobertas da psicopedagogia humanista e a terapia holística. Há uma incrível convergência entre elas, como serádemonstrado, tomando-se por base o ensinamento e as descobertas dos mestres humanistas Carl Rogers (1961) e André Rochais (1985).. Como se sabe, a pesquisa humanista tem comobase a “Abordagem Centrada na Pessoa” e na “Escuta Ativa”.

    O aprendizado e o crescimento se baseiam no “Aprender Fazendo” e no “Aprender a Apreender”.

    Em resumo, pode-se dizer que esse trabalho é uma arte, que trata cada pessoa como única e integral e cujo resultado só se obtém pela prática, a semelhança de um esporte (só se aprende a nadar, nadando), como diz o próprio Rogers: “Para mim as descobertas são a suprema autoridade, reafirmada mais tarde por Rochais, nessa mesma linha, quando diz: “Meu grande mestre é aquilo que é real”.

    Isso significa dizer que não há uma regra fixa, cada caso sempre será uma nova realidade e caberá à própria pessoa descobrir o que lhe vai bem ou o que está menos bem ou o que precisa ser mudado.

    A figura do terapeuta, então, não será de um conselheiro e sim de uma espécie de farol capaz de iluminar os caminhos disponíveis e a ajudar no discernimento para onde seguir.

    Por se tratar de uma escola novíssima, se contada pelo tempo da ciência, é possível que nem todos a conhecem ou estão prontos a vivenciá-la, já que para isso é exigida uma verdadeira mudança cultural na forma de se ver a sim mesmo e a pessoa humana como ser único e ao mesmo tempo relacionado com diversos elementos e circunstâncias.

    É verdade que esta visão holística do indivíduo já é praticada pela comunidade do SINTE, entretanto, esse trabalho sugere uma navegação para águas mais profundas, sendo desejável a libertação de velhos paradigmas e das velhas amarras de grades de leitura e de eventuais discriminações, mesmo que inconscientes, com uma  irrestrita na capacidade de cada um crescer, enquanto existir vida.

     

    1.1  Justificativa

    O primeiro contato do autor com a linha humanista se deu no início da década de setenta, quando se encantou pelas descobertas de Rogers no livro “Tornar-se Pessoa” (ROGERS, Carl R. – On Beioming a Person, 1961). Logo percebeu uma tendência de outros pesquisadores e pedagogos em abarcar essas descobertas, tendo no Brasil, o pedagogo e filósofo Paulo Freire como seu principal seguidor e, em cuja estrutura, criou seu próprio método de alfabetização de adultos. Na década seguinte o autor se tornou amigo de um canadense e de uma brasileira que lhe apresentaram as pesquisas do psicopedagogo francês “André Rochais” e o seu fabuloso método denominado Personalidade e Relações Humanas - PRH. Outras referências a respeito desse método lhe foram chegando até que lhe foi possível iniciar seu aprendizado e formação, tanto pessoal, como em nível de relação de ajuda, fato tão marcante que se tornou uma das diversas referências de transformação da própria vida.  A partir de então pode resgatar a si mesmo, crescer na relação de casal, com os filhos e com a família mais próxima. Diante desse resultado tão eficaz e promissor não seria justo guardar só para si, já que poderá ser útil a outras pessoas, especialmente à comunidade do SINTE.

    1.2 – OBJETIVO GERAL

    Demonstrar as semelhanças entre as terapias humanistas e holísticas. Verificar quais as vantagens da influência da pisicopedagogia humanista, como contribuição ao trabalho profissional de cada um.

    1.3 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

    • Apresentar, em linhas gerais, a base da psicopedagogia humanista;
    • Descrever o método desenvolvido e atualmente aplicado por PRH – Personalidade e Relações Humanas.;
    • Apresentar fatores relevantes, resultante da prática humanista.

    1.4  Questão Norteadora

    Possibilitar aos colegas da comunidade holística um contato maior com a escola humanista, ainda embrionária em nosso país e cujos fundamentos poderão ser muito úteis no trabalho pessoal e profissional do dia a dia.

    CAPÍTULO I - METODOLOGIA

    ANTECEDENTES DA PSICOPEDAGOGIA HUMANISTA

    1 - Por que psicopedagogia?

    Na prática humanista há um redirecionamento da terapia convencional (diretiva) e focada no trauma, para uma postura de confiança na pessoa e na sua capacidade de crescimento e de autogestão da própria vida. Baseia-se na escuta ativa, sem grades de leitura ou preocupação com diagnósticos.

                                Sem querer fazer qualquer vínculo religioso, é interessante lembrar que Tereza d’Ávila, considerada doutora da Igreja Católica, já dizia no início do século XVI que:quando algo em nós está funcionando mal é porque alguma virtude está precisando crescer”.

    Uma das principais descobertas de Rogers é a de que toda pessoa tem um núcleo essencialmente positivo ao qual chamou de “Self”. Dessa premissa partiram todas as suas teses, tendo como objetivo final levar a pessoa “ser o que realmente se é ROGERS, Carl R. – On Beioming a Person, 1961, pag. 37 e 146.

    Ao contrário do desejo de muitos, que querem se livrar dos incômodos buscando uma solução psicoterapêutica como se busca uma cirurgia capaz de arrancar o mal pela raiz e, num passe de mágica voltar para casa completamente curados, na visão humanista, tal como na terapia holística, a pessoa é vista como um todo e o seu universo interior é único, portanto, não há soluções milagrosas ou rotulagem com diagnósticos tópicos.

    Com esse foco, caberá só à própria, descobrir as causas (ou holisticamente, canalizar energias) e ganhar estatura emocional suficiente para então, ancorada em um porto seguro em si mesma, livrar-se dos funcionamentos indesejáveis.

    Isso significa primeiramente que ela deve crescer em suas capacidades de gerir a própria vida, tomando posse de sua real identidade interior, formada pelas potencialidades, habilidades e capacidade de discernimento, livre e inteligente de si mesma.

    Numa segunda fase, que se inicia de modo natural em decorrência do crescimento interior, é necessária uma re-ordenação da própria vida e uma re-educação interior compatível com sua estatura adulta e com maturidade.

    Não é vazio o ditado popularizado no meio humanístico de que o princípio básico da loucura é querer que amanhã seja diferente, fazendo hoje as mesmas coisas de ontem.

    É preciso haver uma quebra de muitos paradigmas, dogmas e princípios, talvez fundamentais para sobreviver no passado e hoje imprestáveis como um mero depósito de esqueletosfossilizados, atrapalhando as tomadas de boas decisões, principalmente quando se procura explicações ou justificativas no entorno humano ou material, para justificar o presente.

    Somente depois dessas fases é que pode se dar início a cura interior, muitas vezes, sem esforço, numa conseqüência eficaz do crescimento e da reordenação da sua vida.

    O processo se assemelha à cura de um ferimento na pele, no qual as novas células surgem de dentro para fora até a completa cicatrização. Muitas vezes, tal qual na terapia, uma intervenção externa, querendo fazer o caminho inverso, pode até agravar mais a ferida e atrasar ou dificultar sua cura.

    É bem verdade que nem tudo será curado e poderão ficar seqüelas, aí sim entrará um processo de cura, mas apenas naquilo que impede a pessoa de viver em plenitude e ser si mesma.

    Em resumo, pode-se afirmar que antes da cura é necessário todo um processo de crescimento e de re-educação.

    Por isso, se convencionou o termo psicopedagogia, resultante da pedagogia intrinsecamente ligada à psicologia, visando o crescimento, a reeducação e a cura.

    2 – Por que humanista?

    O termo humanista foi introduzido na psicanálise na metade do século passado, tendo como principal patrocinador o psicólogo americano Abraham Maslow (1950). Entretanto, ele mesmo disse que a linha da psicanálise humanista não tem um líder isolado por ser fruto de uma descoberta universal.

    Para não entrar numa exaustiva explanação teórica, é possível extrair para este trabalho alguns conceitos básicos do humanismo, assim resumido:

    1. Todo ser humano é capaz de decidir por si mesmo como conduzir adequadamente a sua própria vida, sem necessidade de paradigmas, rótulos ou intervenções externas;
    2. Quando isso não acontece, é porque o poder e a capacidade interior de ser si mesmo estão adormecidos ou inibidos. Maslow afirmava que:

    “O homem seria um ser com poderes e capacidades amortecidos, inibidos. Adoecemos, não só por termos aspectos patológicos, mas muitas vezes, por bloquearmos elementos saudáveis. A impossibilidade de manifestarmos nossa criatividade e de atualizarmos nosso potencial como seres humanos realizados traria comoconseqüência a neurose”;

    Pouco tempo depois, André Rochais também afirmaria algo semelhante, confirmando essa linha de descobertas:

    “Dormimos sobre tesouros, sobre poços de energia, sobre um vulcão de criatividade, sobre reservas incríveis de amor verdadeiro”.

    1. Cada pessoa é única e possui identidade própria, entretanto há características universais comuns ao ser humano. O olhar humanista é o respeitoso ao direito de cada um ser diferente, dentro de uma unidade humana na diversidade de características individuais.

    Em resumo, a visão humanista não segue a linha do pensamento dedutivo, com base em paradigmas, conceitos e princípios, ao contrário, ela é indutiva a partir das realidades interiores da pessoa, direcionando a ela todo foco de atenção, para ajudá-la, por si mesma canalizar suas próprias energias para o escopo da sua razão de vida. 

    3 - Conceito de Pessoa:

    Para alguns antropólogos, cuja tese foi abraçada pelo teólogo brasileiro Leonardo Boff, a humanidade surgiu junto com a formação da pessoa, colocando-se como marco inicial o momento em que o indivíduo deixou de utilizar o bando como objeto de ajuda para facilitar a caça e passou a repartir, sem disputa, os resultados obtidos.

    Surgiu daí a refeição coletiva com base na empatia e nos laços interpessoais. Até hoje, em praticamente todas as culturas, a refeição é considerada sagrada e símbolo da acolhida hospitaleira e amiga.

    Tem-se, então, que a base da pessoa está nas relações interpessoais, exemplificando: quando se diz mãe, implicitamente se estabelece uma relação com a existência de filho ou filha, bem como de um pai. Não poderia haver mãe sem filho.

    O mesmo não se dá com as coisas, por mais cadeiras que possamos colocar em torno de uma mesa, jamais haverá uma família e cada objeto existe por si mesmo.

    Alguém poderia levantar a hipótese de que no mundo animal também existem mãe e filhotes. Trata-se, entretanto, de linguagem figurada, porque não há os laços de afetividade e de amor gratuito. A relação no reino animal é gerada pelo instinto natural de conservação da espécie e não com o ingrediente da personalidade, como nos seres humanos.

    Também, no mundo moderno, pode ocorrer a contrapartida da coisificação da pessoa, transformando a relação humana numa mera relação parasítica, tratando-a como objeto, que dura enquanto houver jeito de tirar proveito, como, por exemplo, chupar uma laranja, acabou o suco, joga-se o bagaço fora.

    A relação da qual se trata na formação da pessoa tem fundamento na afetividade e no sentido de pertença, seja a pertença ao menor dos grupos ou à própria caravana humana.

    Esta pertença e empatia fizeram que o ser humano cuidasse até de seus mortos, velando e sepultando-os com dignidade. É um sentimento profundo e universal, recentemente, num desastre aéreo com um vôo intercontinental, a preocupação dos familiares era a de encontrar os seus mortos para poder prestar as últimas homenagens.

    Em resumo: tornar-se pessoa é implicitamente tomar posse de suas relações e desenvolver empaticamente a afetividade. Portanto, para a psicopedagogia humanista, de modo semelhante à visão holística, a pessoa não pode ser segmentada, há toda uma universalidade de valores interiores e um ambiente relacional a ser considerado. 

     

    CAPÍTULO II - A PESQUISA HUMANISTA

         

     

    1 – A Contribuição de Carl Rogers:

    Rogers é considerado um dos principais expoentes da terapia ou da pedagogia humanista, por duas razões básicas:

    - foi o primeiro a romper com a psicologia tradicional e demonstrar cientificamente a descoberta da pessoa como inata na gestão da própria vida, sem necessidade de qualquer ação diretiva externa;

    - criou a técnica da Abordagem Centrada na Pessoa, hoje seguida por diversos pedagogos e terapeutas.

    A pesquisa de Rogers sobreveio a um processo meticuloso de investigação científica levado a cabo por ele, ao longo de sua atuação profissional e concluiu que toda pessoa humana tem uma natureza essencialmente positiva, ao contrário da idéia reinante de que todo ser humano possuía uma neurose básica, defendendo que, na verdade, o núcleo básico da personalidade humana era tendente à saúde, ao bem-estar.

    Definiu esse núcleo de energias e potencialidades como “Self” e que a ação do terapeuta consiste em ajudar o cliente liberar e canalizar essas forças para o seu benefício e crescimentocomo pessoa.

    Andres_Rochais_100x141        André Rochais

    (1921 a 1990)

     

    2 – A Contribuição de André Rochais:

    Muito embora, seu nome e seu meticuloso trabalho, especialmente no Brasil, sejam pouco conhecidos, André Rochais foi, sem a menor sombra de dúvidas, o maior patrono da escola humanista, o qual, influenciado e encantado pelas descobertas de Rogers, prosseguiu com as pesquisas na mesma linha e criou o método denominado “PRH – Personalidade e Relações Humanas”, hoje divulgado por PRH Internacional.

     

    Rochais, como pedagogo, logo percebeu que a integralização da personalidade se passava pela autodescoberta da identidade interior (o self de Rogers), para tanto deveria haver um aprendizado sobre si mesmo, cabendo a pessoa desvendar os obstáculos que a impedem de ser ela mesma.

    Seu propósito ia mais além, haveria de existir um método, de tal modo simples, que fosse acessível a qualquer pessoa, independente de credo, de condições sociais ou intelectuais, enfim, algo que fosse universalmente capaz de ajudar qualquer indivíduo e de fácil aplicação e aceitação.

    Ele mesmo diz que para seguir suas intuições profundas seria necessário afastar-se um pouco dos grandes mestres de pedagogia e da psicanálise e assim dar mais volume as suas luzes interiores para permitir traduzi-las em atos concretos.

    Com essa visão ele traçou um gráfico das engrenagens da personalidade ao qual denominou “Esquema da Pessoa”, inicialmente, com três instâncias, depois de simplificado e depurado, em 1985 assim definiu: o Ser, a Sensibilidade e o Eu-cerebral.  

     

    O Ser: Para Rochais o Ser, à semelhança de Rogers, é essencialmente positivo e é o local da identidade profunda da pessoa, onde estão todas suas potencialidades, já despertadas ou não.

    O Eu-cerebral: lugar onde funcionam a inteligência, a vontade e a liberdade.

    A Sensibilidade: região que faz a interface entre todas as instâncias e é uma espécie de gravador das emoções vividas. Através do corpo se comunica com o mundo exterior: ambientehumano e ambiente material.

    O corpo, no seu modo de ver, tem uma dimensão especial, o próprio esquema da pessoa foi desenhado tendo por base as hipotéticas regiões nas quais a pessoa parece viver esses funcionamentos.

    O método de Rochais se baseia na “Escuta Ativa” e no “Aprender Fazendo”. A escuta ativa é condição presente em todos os trabalhos, especialmente na terapia, a qual ele denomina “Relação de Ajuda”. O aprender fazendo se realiza através de cursos formativos em pequenos grupos (máximo de 16 pessoas) e se prossegue na formação metódica de observação de si mesmo no dia a dia. Todos esses trabalhos têm como base a análise escrita, motivada de acordo com o tipo de curso a ser realizado ou pelo trabalho da ajuda individual.

    Os resultados obtidos são surpreendentes. Atualmente foi divulgado um compêndio com a narrativa de diversos “cases”, ocorridos em vários países, com o título “Pour que la Vie Reprenne ses Droits”, 2003, (ainda, sem tradução para o Português).

    O maior segredo do sucesso do método é deslocar a pessoa do tradicional funcionamento intelectual, onde impera e lógica, o saber, a imaginação e o fundamentalismo, em qualquer dimensão ou campo que seja, para sua vocação inata e alicerçada naquilo que a faz ficar segura de si.

    Para tanto, Rochais observou que há três núcleos de consciências que regem a tomada de decisões da pessoa da mais simples à mais complexa:

    • Consciência-socializada: é adquirida através da influência dos ambientes vividos (costumes familiares, religiosidade, hábitos, regras e outros.). É uma forma da pessoa se adequar as exigências dos diversos grupos para ser aceita e reconhecida por eles. É considerada como a consciência infantil, porque é formada desde a infância, quando se exige que a pessoa viva presa aos outros e às regras, impostas de fora para dentro;
    • Consciência-cerebral: é a formada por princípios interiores e crenças pessoais. Ela surge principalmente na adolescência, quando a pessoa inicia um processo de contra-dependência familiar.

    Por isso é considerada a consciência do adolescente, também aprisiona a pessoa aos seus próprios conceitos, tais como: “eu sou assim mesmo e não mudo”, “não levo desaforo para casa” e outros;

    • Consciência-profunda: é construída pela autonomia, leva a um constante discernimento entre o que bem ou ao que é menos ruim para o momento. É chamada a consciência da maturidade. As decisões baseadas neste nível de consciência produzem segurança e paz.

    No pensamento de Rochais, tanto as instâncias da pessoa como os diversos tipos de consciências, funcionam em conjunto, ora predominando um, ora outro, dependendo da cultura, das circunstâncias e do vivido de cada um. Entretanto, a pessoa funciona em unidade, cabendo ao ajudante e ao método proposto ajustar e alinhar em trilhos essas instâncias numa direção de crescimento e de autenticidade.

    Para Rochais, a pessoa só encontrará a plenitude quando viver de acordo com o seu Ser e guiado pela sua Consciência profunda. 

    3  A Contribuição de Sávio e outros:

    Maria de Lourdes Sávio, psicóloga e religiosa, foi discípula de Rochais e o acompanhou de perto nas suas pesquisas. Para ela são mantidas as instâncias da pessoa tal como definidas por Rochais. Entretanto, como religiosa que é, incrementou uma visão transcendente.

    Para Sávio toda pessoa tem uma abertura natural à transcendência, não importa a denominação a dada, cada qual tem um modo de viver uma espiritualidade intrínseca.

    Não há como frear essa abertura ao Absoluto, a não ser substituindo-o por bezerros de ouro.

    A conotação do bezerro está ligada a imaturidade, o bezerro depende é totalmente dependente para sobreviver.

    Remetendo-se à uma visão cristã, considerando que a pessoa foi criada a imagem e semelhança de Deus, há uma unidade trina internamente.

    O Pai que tem a liberdade de criar, a inteligência de como fazer e a vontade de colocar em prática. O Verbo que pratica a ação, sente, se alegra e sofre, interage com o ambiente, traz para si as marcas, os estigmas do passado vivido, sente no próprio corpo a fragilidade humana. O Espírito que aponta caminhos, que desvenda virtudes, contempla e conduz à felicidade e a paz.

    4 – As principais linhas humanistas:

    Há duas principais correntes na linha humanista: a de Carl Rogers e a de André Rochais, com bases semelhantes, entretanto com métodos diferenciados.

    Tanto numa como na outra é necessária uma nova visão da pessoa, como um ser integral (visão holística), uma abordagem multifocal, sempre centrada na pessoal e fundamentalmente uma mudança cultural radical do saber para o sentir.

    ROGERS foi quem desenvolveu a Pedagogia da Relação de Ajuda com a lógica da Terapia Centrada na Pessoa. A ajuda na concepção rogeriana é concebida como uma relação na qual pelo menos uma das partes procura promover na outra o crescimento, o desenvolvimento, a maturidade, um melhor funcionamento e uma maior capacidade de enfrentar a vida, ao reconhecer seus recursos internos. O que implica ver na pessoa suas potencialidades para se desenvolver e encontrar os meios para resolver seus problemas com autonomia.

    Para Rochais a pessoa é construída pela solidez de seu Ser. Cabe ao ajudante fazê-la tomar posse do que reconhece e, ao mesmo tempo, ajudá-la a descobrir as potencialidades emergentes. A terapia ou a psicopedagogia (semântica melhor adotada por se centrar na re-educação e não nas neuroses) humanista se apresenta como um imenso campo aberto à pesquisa. O remédio acertado para um pode servir como veneno para outros, já que ninguém é igual ninguém e não existem pessoas incompletas ou segmentadas.

      

    CAPÍTULO III - DISCUSSÃO

     

    Como foi dito no início, a diferença entre pessoa e coisas é que tornar-se pessoa, significa, em suma, viver bem suas relações: a relação consigo mesma, as relações transcendentes e as relações com o entorno humano e material.

    Se não há pessoa sem relações humanas, essas são a base da pessoa. São as relações vividas com o entorno humano e material que geram os comportamentos do presente, sejam os bons funcionamentos ou os que prejudicam o crescimento e as relações interpessoais ou com o entorno material ou transcendente.

    Sem prejuízo da abordagem das demais instâncias (O Intelecto ou Eu-cerebral e a Sensibilidade), com foco na aproximação do Ser (ou Eu-essencial ou Eu-profundo), no qual se aloja as principais dimensões: as relações, a identidade profunda e a abertura à transcendência, pode-se representar graficamente o funcionamento ideal da pessoa com um triângulo eqüilátero, como na figura abaixo:

    • O equilíbrio é obtido quando há harmonia no crescimento das arestas;
    • A base da personalidade é estabelecida pelo modo de se relacionar com o entorno humano e material;
    • A verdadeira identidade, formada pelas potencialidades, habilidades e seus limites, caracteriza cada Ser como único; e
    • A relação com a transcendência, independente de qualquer crença, estabelece a direção do crescimento e o “eu mais o além de mim” e um agir essencial que dá sentido à vida.

     

    Quando não se obtém essa harmonia ou quando a leitura realizada pelas outras instâncias distorce essa realidade interior, podem-se ocorrer várias hipóteses de funcionamentos desajustados, dentre as quais, selecionamos as mais extremadas:

      1. Crescimento das relações sem a contrapartida da identidade e da abertura à transcendência:

    Nesse caso pela falta de crescimento da real identidade de si a pessoa pode sentir uma baixa auto-estima e um embotamento da verdadeira transcendência, direcionando sua vida em função dos outros, chagando até a poder viver uma fusão com alguém ou alguma instituição.


      1. Crescimento da imagem de si em detrimento das relações e da abertura à transcendência:

     

    Nesse caso não há um crescimento da identidade profunda, devido à falta de ingredientes essenciais como o amor gratuito, a empatia e outros. Por isso o crescimento foi representado por uma linha pontilhada. A conseqüência dessa supervalorização de si é um egoísmo exacerbado, pouco se importando com as relações ou com a abertura à transcendência. São pessoas de difícil relacionamento e podem viver compensações para suprir as carências afetivas ou cair na depressão ou outras crises geradas por contínuas frustrações.

     

     

      1. Apego demasiado à transcendência em detrimento das relações e da identidade profunda:

     

     

    Como no caso anterior não houve uma harmonia no crescimento e sim um apego demasiado a algo transcendente, por isso está representado com linha pontilhada. A conseqüência disso pode ser um fanatismo de qualquer ordem ou um fundamentalismo sem lógica. Os outros ou o crescimento pessoal ficam relativizados.

     

    É uma árdua caminhada, não é fácil sair da robotização de que fomos levados a ser. Basta alguém importante apertar o botão “liga” e, provavelmente, lá estaremos agindo como máquina programada para repetir funcionamentos.

     

     

    CONCLUSÕES

    O trabalho, dentro de uma proposta humanista, tem um pano de fundo de ajuste à realidade. No Brasil se vive praticamente uma cultura de subsistência, diferente da realidade de outros países economicamente mais desenvolvidos.

    Nesse contexto cultural é comum se relegar os cuidados profiláticos pessoais ou de grupos a um segundo plano, especialmente os voltados ao crescimento pessoal (priorizando-se a intelectualidade) e a ajuda psicopedagógicas, esta não raramente, confundida com fraqueza de caráter ou insanidade mental.

    Toda mudança cultural necessita de um processo, geralmente demorado e com um dinamismo próprio. Por isso, é muito comum a procura da ajuda com a intenção de buscar milagres imediatos, como se o terapeuta tivesse um bisturi capaz de extirpar as dores produzidas pela vida, o que não é possível na visão humanista. O trabalho é sempre desafiante e longo e dependente da colaboração do cliente.

    Caso contrário, a ajuda torna-se um mero local de desabafo ou de explanação de bravatas, sem qualquer resultado prático.

    Pelo que foi visto a psicoterapia humanista tem muitas convergências com a terapia holística e vem para somar sem qualquer concorrência ou competição, haja vista a possibilidade de se trabalhar simultaneamente.

    Alias, a terapia ou psicopedagogia humanista, no plano de fundo, está mais próxima da Holística do que da psicoterapia convencional.

    Dentre as principais convergências, pode-se elencar:

    1. Uma visão holística da pessoa;
    2. A pessoa como ser único, com identidade própria;
    3. O corpo como expressão da sensibilidade, local onde se manifestam as tensões e conflitos;
    4. A canalização de energias para a vida em plenitude, desbloqueando e revelando suas fontes.

     

    BIBLIOGRAFIA:

    ROGERS, Carl R. – On Becoming a Person, 1961 – pag. 37 e 146;

    ROCHAIS, Andre – La Personne et sa Croissance – Fundaments Antropologiques de Formation PRH – Publicado por PRH Internacional, 1997;

    SÁVIO, Maria de Lourdes – Encontros Vida em Plenitude – Apresentação do Esquema da personalidade – 2ª Edição, 1990;

    Diversos Autores  Pour que la Vie Reprenne ses Droits – Analyse de Cheminements de Croissance, 1ª Edição, 2003;

    MEDNICOFF, Elizabeth - www.novoequilibrio.com.br – 2009;

    WIKIPÉDIA - pt.wikipedia.org  Carl Rogers  Maslow – 2009.

                                             

    Autor: : Sidney Rosa Nascimento Junior - Terapeuta Holístico - CRT 44269
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    A Abordagem Holística Através da Estética

    A Abordagem Holística Através da Estética

     

    Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    Sumário

    Resumo
    Introdução
    Material e Metodologia
    Resultados
    Discussão
    Conclusões
    Referências Bibliográficas
    Anexos e Apêndices

    Resumo

    A maximização de resultados em atendimentos de Estética por meio da abordagem Holística, incluindo aos equipamentos e produtos esteticistas o trabalho paralelo e simultâneo com aconselhamento psicoterápico, terapia floral, cromoterapia, sugestões alimentares e posturais, além de técnicas respiratórias e de conscientização sobre si mesmo.

    Introdução

    A indústria da Estética e Beleza, por meio de campanhas de marketing que incluem assessoria de imprensa e participação ativa em congressos, promovem a idéia de que os bons resultados advém de equipamentos eletrônicos e produtos cosméticos cada vez mais custosos e sofisticados. Contrariando esta hipótese, minha experiência pessoal conduziu meu trabalho de forma a valorizar mais ao PROFISSIONAL, devolvendo aparelhos e cosméticos ao papel de coadjuvantes.  Enfatizando a conversação, ao mesmo tempo em que suprindo a Clientela com orientaçãos posturais, formas de respiração, consciência corporal e chegando até a sugestões alimentares, o que se obtém é a excelência de resultados, indo além dos que se conseguiria se simplesmente seguisse os procedimentos estéticos propostos pelas empresas, escolas e congressos voltados à Estética convencional.

    Material e Metodologia

    A idade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o profissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do Cliente.

    O profissional deve explicar seu modo de trabalhar em detalhes e certificar-se de que seu Cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso.

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o profissional, que também deve inquerir quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Estética aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao profissional aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo, conduzindo este ao autoconhecimento.

    Os produtos para estética devem ser adquiridos em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto, sendo vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não). Outra opção é o Cliente adquirir diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo. O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o profissional deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    Caso trabalhe com agulhas de Terapia em Estética, devem ser DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, sendo descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante. Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.O  armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final, por coleta especializada oficial ou eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    O Terapeuta Em Estética promove a avaliação das queixas estéticas do Cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    Resultados

    A forma convencional de trabalho Esteticista, limitada a aplicações de aparelhagens e produtos, obtém os resultados estéticos propostos em menos de 50% dos casos, além de baixo índice de fidelização da Clientela, já que não há conscientização dos benefícios de um trabalho continuado. Já a abordagem holística aplicada à Estética atinge as metas de beleza em mais de 90% dos casos, além de elevado índice de fidelização e de expectativa de continuidade e retorno, já que a Clientela se conscientiza de que o a proposta de trabalho pode e deve extrapolar as queixas iniciais, antes focadas na aparência exterior.

    Discussão

    É inegável a importância de bons produtos e equipamentos no trabalho de todo Esteticista. O que convém questionar é a supervalorização destes ítens acessórios, em detrimento do profissional em si. A predominância de revistas e congressos especializados em beleza que são patrocinados e organizados justamente pelos fabricantes de cosméticos e aparelhagens resulta em apresentações de trabalhos que tendem mais à propaganda destes ítens, do que a valorizar a capacitação técnica do profissional da Estética. Daí ser muito importante iniciativas como a do SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS que desenvolve Congressos como o Holística, onde todo profissional tem condições de apresentar proposituras de palestras sem preocupar-se com intervenções de patrocinadores ou expositores. A imparcialidade do SINTE também é construtiva a que o Terapeuta Em Estética tenha seu merecido reconhecimento junto aos demais colegas que também compõem o rol da Terapia Holística. Verdade seja dita: alguns colegas, ainda desinformados, são preconceituosos em supor que focar na beleza como "portal de entrada" à terapia profunda possa ser uma postura "superficial"... Porém, existe uma outra perspectiva a ser considerada. A mídia em geral pressiona por padrões estéticos cada vez mais pré-definidos e globalizados e, para o bem ou para o mal, cria uma grande demanda por profissionais que atuem dentro do enfoque da beleza. Não raro, esta Clientela potencial nem sequer procuraria um consultório SE não fossem as questões estéticas; uma vez tomando contato com o amplo leque de abordagens e técnicas da Terapia Holística e, desde que, é claro, suas aspirações estéticas iniciais tenham sido atendidas, é grande a oportunidade de que se abra à possibilidade de dispor-se a ampliar a terapia para os demais aspectos de sua vida.

    A Terapia Holística parte da premissa que tudo está interligado em um só contínuo, razão pela qual, o Cliente sempre deve ser considerado em sua totalidade. Porém, comumente cada técnica de nossa profissão privilegia uma "porta de entrada". Por exemplo, mesmo sendo inseparáveis (na verdade, uma só unidade...), a Terapia Corporal utiliza o físico para igualmente ingerir no psíquico, enquanto a Psicoterapia atua no psiquismo e, paralelamente, obter resultados corporais. Cada técnica elege uma via de acesso específica para trabalhar, cabendo ao profissional escolher aquela com a qual o Cliente está mais receptivo. Existe uma grande parcela da sociedade justamente receptiva a ser abordada pela "porta" da Estética, razão pela qual é importante que os profissionais igualmente se disponham a conhecer e atuar com mais esta linha técnica.

    Conclusões

    Minha experiência profissional me leva a concluir que a beleza duradoura e verdadeira surge "de dentro para fora", como consequência natural da harmonização. Paralelamente, propiciar resultados estéticos exteriores igualmente induz a um incremento na auto-estima, predispondo a Clientela ao bem-estar e a investir de forma mais intensa em sua Qualidade de Vida.

    Em nossa profissão, o Cliente tem que ser considerado em sua totalidade e desta, a BELEZA é parte integrante, tornando a Estética mais um caminho igualmente válido e eficaz para a abordagem Holística em nossos consultórios.

    Referências Bibliográficas

    Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    Anexos e Apêndices

     

    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Estética conta com grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização, bem como a qual legislação se aplica. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    4.2 Objetivo
    Definir boas práticas, adequação de terminologia e de materiais

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TO 001 — Terapia Ortomolecular — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.5 TERAPEUTA EM ESTÉTICA — promove a avaliação das queixas estéticas do cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, massoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TE — Terapia Estética
    THE — Terapeuta em Estética
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Estética aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TE

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TE com dNTSV — estetica.sdwetalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o TH detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    5.3.3.3 — O TH deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    5.3.3.3.1 — O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do cliente para com o TH;
    5.3.3.3.2 — O cliente deve ser inquerido pelo TH quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    5.3.3.4 A TE aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao TH aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.4 Produtos para Estética, Ortomoleculares e assemelhados — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.4.3 Agulhas de TE — adequação

    5.3.4.3.1 Opção 1: Aquisição de agulhas de DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do TH, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, as agulhas serão doadas, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir agulhas ou não).
    5.3.4.3.2 Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.4.4 — Descarte das Agulhas de TE

    5.3.4.4.1 As agulhas de TE obrigatoriamente serão sempre DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, e, mesmo cientes de que inexiste caso registrado de contaminação por este tipo de agulha (por ser maciça, não retem sangue), ainda assim terá tratamento semelhante aos resíduos infectantes perfurantes ou cortantes.
    5.3.4.4.2 As agulhas de TE serão descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante, os quais, após serem devidamente lacrados, deverão ser acondicionados em sacos plásticos individualizados, branco leitosos e identificados pela simbologia de substância infectante.
    5.3.4.4.3 Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.
    5.3.4.4.4 O armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final.
    5.3.4.4.5 Nos municípios onde existir coleta especializada gratuita, o TH deve se inscrever, apresentando para tanto cópia de CCM (Inscrição Municipal como autônomo) e do CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado.
    5.3.4.4.6 As agulhas de TE igualmente podem ser eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    Autor: : Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    II.I - Definições

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

    VII.I - Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    VII.II - Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística
    VII.III -
    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Resumo

    Esta propositura disserta sobra a integração das técnicas corporais orientais seculares com as modernas e ocidentais abordagens psicanalísticas reichianas e derivadas, resultando em uma Terapia Corporal de abordagem holística. Resgata a importância do tocar e ser tocado como instrumento de catarse terapêutica e de harmonização psicofísica, resultando em ampliação da qualidade de vida e autoconhecimento, tanto para o Cliente, quanto para o profissional.

    Introdução

    Muito se aborda a globalização e o acesso universal a informações em todos os campos de conhecimento, incluindo a Terapia Holística. Porém, mesmo no Brasil, de ampla tradição de sincretismo e fusão das mais variadas vertentes de pensamento, ainda deparamos com um separatismo entre as técnicas corporais orientais e ocidentais, bem como uma distância entre o discurso de paradigma holístico e uma real aplicação deste conceito, a tal ponto de ainda encontrarmos profissionais que iludem-se de atuar em questões físicas e outros, em aspectos psíquicos, como se tais existissem de forma isolada...

    São inegáveis as qualidades técnicas das manobras corporais tradicionais, tais como o shiatsu, tuina, anma, sparsha, dentre outras, assim como é fundamental a contribuição da psicanálise quanto aos aspectos inconscientes de nossa personalidade serem corporificados. Contudo, ambas as vertentes ainda não convergiram, resultando em "massagistas" (termo totalmente inadequado à legislação brasileira...) que desconhecem o fato de seu trabalho pode resultar em catarses, como também em profissionais da vegetoterapia e bioenergética propondo técnicas de toque, respiratórias e posturais que já estariam eficientemente supridas nas já seculares técnicas corporais, como as já citadas, bem como as oriundas do yôga e tai-chi-chuan.

    Cabe ao Brasil eliminar a iniciativa em superar desinformações, preconceitos e vaidades, promovendo a integração entre todas estas linhas complementares de tratamento, formando Terapeutas Corporais que honrem a sabedoria milenar, da mesma forma que abraçam a modernidade psicanalítica, fazendo justiça a que mais esta modalidade terapêutica seja integrante da Terapia Holística, atendendo a Clientela ciente de que físico-psíquico-social-transcendente é uma só unidade indissociável.

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

    ACONSELHAMENTO — processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.

    BIOENERGÉTICA —Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.
    CALATONIA —técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.

    CATARSE extravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    ID é a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego.

    INSIGHT "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    LEITURA CORPORAL — método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    PERSONA — é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

    RELAXAMENTO — vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    TERAPIA CORPORAL — uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

    TERAPIA REICHIANA — desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    VIVÊNCIAS — realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal:

    Idade mínima do cliente para Terapia Corporal: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    Explicar o processo de Terapia Corporal com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    O Terapeuta Holístico deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico;

    O Cliente deve ser inquerido pelo Terapeuta Holístico quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Corporal aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    III - Resultados

    Constatou-se ganhos significativos oriundos do sincretismo entre as abordagens ocidentais modernas e orientais milenares da Terapia Corporal. As manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, mostraram-se mais adaptáveis a cada Cliente, em comparação às mais recentes, oriundas das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética. Em contraponto, a proposta analítica destas últimas são indispensáveis à interpretação emocional refletida via corpo, já que essa capacidade fora perdida no decorrer do tempo, no que se refere ao ensino e prática das técnicas orientais, na forma como nos chegam atualmente.

    Clientes originados de queixas físicas apresentam resultados mais rápidos e eficazes quando a Terapia Corporal aflora as emoções reprimidas simultaneamente ao trabalho de toque. É perceptível ao tato do profissional, o relaxamento nas áreas antes tensas, imediatamente à manifestação da emoção e/ou lembrança que emerge sincronisticanente ao contato físico com a zona reflexa e/ou diretamente sobre a região corpórea. Da mesma forma, regiões sem tônus de pronto manifestam retorno da tonicidade, assim que afloram os sentimentos e lembranças induzidos pelo toque de volta à consciência. Quadros de dores e de dificuldade de movimentos apresentam reversão drástica, ainda que temporária, imediatamente à catarse emocional desencadeada pelo toque e indução verbal.

    Ratificando o acima descrito, quadro similar ocorre com a Clientela de queixas emocionais, onde o trabalho de toque serve tanto para detectar quais regiões corpóreas estão refletindo o quadro psíquico, quanto para aflorar à consciência as emoções reprimidas, bem como lembranças de situações traumáticas.

    Em ambas as situações, a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, incluindo o ACONSELHAMENTO, desempenha papel fundamental em facilitar ao Cliente a compreender o conteúdo aflorado, o que se mostra fundamental para que o quadro queixoso anterior não reincida. A catarse emocional por si só, apresenta resultado temporário, com imediata melhoria do quadro geral, porém, com retorno do estado original poucos dias após. A durabilidade do resultado é mantida quando o Cliente é simultaneamente amparado com técnicas de foco psicoterápico.

    A inclusão do contato físico na relação CLIENTE e TERAPEUTA HOLÍSTICO acelera o ritmo e intensifica a terapia, traduzindo-se em resultados de espectro mais amplo e, uma aumento da frequência e intensidade nas transferências e contra-transferências, exigindo grande preparo do profissional.

    IV - Discussão

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos.

    Modernas ideologias, governos ditatoriais e o cientificismo mecanicista influenciaram uma ruptura no paradigma holístico terapêutico. Seja por necessidade de sobrevivência às perseguições, seja em concessões e adaptações para tentar enquadrar nos limites do "científico", fato é que ao século 20, terapias como shiatsu, tuiná, anma, seitai e similares, chegaram até nós amputadas de sua original tradição sistêmica, passando a tratar o "corpo" como se fosse uma "máquina", composta de "partes" a serem manipuladas pelo toque para que "funcionem" melhor... A excelência técnica das manobras corporais se manteve, porém, perdeu-se a "alma" em algum momento de sua história.

    A partir da década de 70, com o movimento da contracultura, "revolução aquariana", ecologia e retomada do paradigma holístico, as abordagens corporais se permitiram a reintegração com os conceitos de "energia", reassumindo a interação com meridianos (canais de circulação energética da acupuntura - terapia tradicional chinesa), chacras (ou chakras, vórtices de energia estudados na ayurvédica - terapia tradicional indiana) e "corpos sutis" (matrizes energéticas paralelas ao corpo material, conceito este comum a todas as culturas milenares). Ao mesmo tempo, readmitiu-se que a terapia pelo toque igualmente atua nas emoções, porém, sem aprofundar na questão, deixando de integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

    Desenvolvendo-se de forma complementar, contamos com a Psicánalise, pela qual Freud demonstra a grande atuação das questões psíquicas nas somatizações, sendo até possível a reversão destas, como decorrência da análise, ao resgatar do inconsciente, os traumas, lembranças, emoções reprimidas e integrá-las ao consciente.

    Quer seja por preocupar-se em manter-se dentro de uma certo paralelo com a metodologia científica (isolar-se do "objeto" estudado...), quer seja para evitar maiores controvérsias e envolvimentos, TOCAR o Cliente era algo fora de discussão, até a dissidência de Wilhelm Reich, que “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”).

    A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante).

    Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento, também conhecido como Couraças Musculares do Caráter, aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bioenergia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas.

    A linha reichiana "clássica", a Vegetoterapia, segue um padrão relativamente rígido e pré-fixado para a sequência de desbloqueio das couraças, enquanto que as chamadas correntes neoreichianas, como a Bioenergética (que tem Alexander Lowen como seu expoente...) são mais flexíveis quanto à ordem e formas de trabalhar os bloqueios, utilizando-se, além do toque, técnicas respiratórias e posturais, que contém muitos paralelos ao Yôga e Tai-Chi-Chuan...

    Estas últimas vertentes, de origens ocidentais e modernas, em contraponto com as demais linhas aqui inicialmentes descritas, milenares e orientais, permaneceram distanciadas, uma corrente desconhecendo totalmente a outra. Não raro deparamos com reichianos que desconhecem chacras e shiatsuterapeutas que nem sequer imaginam que desbloqueiam "couraças do caráter"...

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar. Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge. É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor. Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA. É consenso que a maioria dos Terapeutas possui profundas feridas narcisísticas em aberto, as quais tentamos cicatrizar ao dar atenção aos Clientes, da forma que jamais tivemos... Não raro, tivemos que amadurecer cedo, quando deveríamos ter tido a permissão de ser crianças e nossos cuidados com os outros é a sublimação do ressentimento de que nosso amor não bastava para sermos correspondidos pelos pais, pois só sendo "produtivos" e "perfeitos" para sermos amados. Por isso, oculta-se no TOCAR em nossos Clientes, o desejo de acolhimento e amor.

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente. Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em contínua terapia e supervisão, inclusive, em grupos de discussão, pois o que se constata na prática é que, independente do quão experiente seja um analista, quando está em momento de contratransferência, sua visão do caso fica prejudicada, enquanto que para os demais colegas, que não estão emocionalmente envolvidos na situação, muito mais facilmente detectam o que está ocorrendo.

    V - Conclusões

    O contato físico intensifica o ritmo da terapia e igualmente aumenta o grau de responsabilidade e exigência técnica, o que é plenamente compensado pela excelência de resultados e gratificação profissional.

    Não há mais justificativa, em nosso atual tempo de acesso globalizado às mais variadas correntes terapêuticas, à ilusão de abordar o psicofísico como se fosse "partes separadas".

    A fusão entre as manobras orientais já tradicionais e a conscientização do efeito psíquico do toque reavivada pelas correntes psicoterápicas reichianas e neo-reichianas, resulta em uma terapia mais profunda e abrangente do que a simples soma das partes.

    Tanto as reclamações de origem física, quanto as de foco emocionais são atendidas na mesma proposta de trabalho, em conformidade com o paradigma holístico, ampliando o leque de oportunidades em atender quantitativa e qualitativamente à Clientela potencial.

    A ampliação da transferência e contratransferência pelo fator do tocar e ser tocado, obriga o Terapeuta Holístico a manter-se em contínua terapia e supervisão, resultando num indivíduo mais equilibrado e autoconsciente e, como tal, um profissional mais eficiente e um ser humano mais feliz.

    VI - Referências bibliográficas

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    VII - Anexos e Apêndices

    VII.I

    Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

     

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

     

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

     

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

     

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

     

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

     

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

     

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça"

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

     

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

     

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

     

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

     

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

     

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contratransferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Imaginem uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Se não estiver atenta à possibilidade de contra-transferência, é capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

     

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

    VII.II -


    Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística

    Se o profissional faz uso de técnicas corporais, jamais deverá chamar este trabalho de "massagem", não só pelo sentido pejorativo que a confusão com prostituição trouxe à palavra, como, também , pelo fato de que estaria sendo enquadrado dentro de alguns requisitos impossíveis de serem cumpridos, pois estaria sujeito às seguintes diretrizes, dentre outras:

    DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942
    Regula a Propaganda de Médico, Cirurgiões Dentistas, Parteiras, Massagistas, Enfermeiros, de Casas de Saúde e de Estabelecimentos Congêneres, e a de Preparados Farmacêuticos
    Das Parteiras, dos Massagistas e Enfermeiros (artigos 2 e 3)
    ART.2 - é proibido às parteiras, aos massagistas e aos enfermeiros fazer referências a tratamentos de doenças ou de estado mórbido de qualquer espécie.
    ART.3 - As parteiras, os massagistas e os enfermeiros estão obrigados a mencionar em seus anúncios o nome, título profissional e local o nde são encontrados.


    LEI 3.968 DE 05/10/1961
    Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Massagista, e dá outras Providências.
    ART.1 - O exercício da profissão de Massagista só é permitido a quem possua certificado de habilitação expedido e registrado pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina após aprovação, em exame, perante o mesmo órgão.
    ART.2 - O massagista devidamente habilitado, poderá manter gabinete em seu próprio nome, obedecidas as seguintes normas:
    1 - a aplicação da massagem dependerá de prescrição médica, registrada a receita em livro competente e arquivada no gabinete;
    2 - somente em casos de urgência, em que não seja encontrado o médico para a prescrição de que trata o item anterior, poderá ser esta dispensada;
    3 - será, somente, permitida a aplicação de massagem manual sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou fisioterápica;
    4 - a propaganda dependerá de prévia aprovação da autoridade sanitária fiscalizadora.

    Como podem perceber, será muito melhor nominar seus trabalhos como "Terapia Corporal", evitando, assim, se enquadrarem nas leis acima citadas, as quais só podem ter sido criadas para coibir a prática da Massagem.

    Já há anos o SINTE recomenda abolir o termo "massagem" (tanto por ser associada popularmente à prostituição, como por enquadrar-se em legislação impossível de ser cumprida) , que deve ser substituída por "Massoterapia", ou, melhor ainda "Terapia Corporal".

    Ultimamente, a expressão "massoterapia" igualmente passou a ser sinônimo de prostituição, além de que, no Paraná, os órgãos públicos identificam como sinônimo de "massagem" e passaram a exigir daqueles que alegam trabalhar com esta técnica, o cumprimento das legislações impraticáveis (DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942 e LEI 3.968 DE 05/10/1961).

    Portanto, a melhor solução é o termo "Terapia Corporal" e aproveitar a oportunidade para que os cursos se aperfeiçõem para fazer justiça a este nome e acrescentem ensinamentos de Reich e Lowen (psicanálise/vegetoterapia e bioenergética) às já consagradas manobras corporais orientais e ocidentais.

    VII.III -

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho

    Estruturas da Psique:

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.


    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.


    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.


    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;
    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;
    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.


    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.


    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.


    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/07/2009 16:24


    I Ching - O Software Do EU

     I Ching - O Software Do EU

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

     

    Sumário


    Resumo

    Introdução

    Material e Metodologia

    Resultados

    Discussão

    Conclusões

    Referências Bibliográficas

    Anexos e Apêndices

     

     

    Resumo

    Este trabalho aborda a utilização do I Ching como instrumento auxiliar à Psicoterapia Holística, análogo às técnicas de associação "livre" e de interpretação de sonhos. 

    Igualmente discursa sobre sobre a sincronicidade (coincidências emocionalmente significativas) entre os símbolos gerados aleatoriamente (hexagramas) e o inconsciente do Cliente, como forma de propiciar "insights" e catarses durante a interpretação conjunta dos textos e imagens milenares.

    E, a título lúdico, apresenta o I Ching como o antecessor do código binário utilizado na moderna computação, tendo as linhas, ora Yin, ora Yang, o mesmo papel dos numerais zero e um, a compor todo o Universo de possibilidades, sintetizadas em 64 situações arquetípicas com as quais todo indivíduo inconscientemente se percebe refletido.

     
     Introdução

    Milenarmenteutilizado como forma de meditação pelos estudiosos e como oráculo pelosleigos, o I Ching foi apresentando ao século 20 como viável instrumentoterapêutico, graças à pública simpatia de Carl Gustav Jung,um dos maiores nomes da Psicanálise, por este instrumento, demonstradaem seu prefácio à obra "I Ching - O Livro Das Mutações", de RichardWilhelm, principal responsável em introduzir o sistema ao Ocidente.

    Também na lista de célebres admiradores do I Ching, contamos com Gottfried Wilheim Leibniz,que assumiu a grande similaridade com o sistema binário (a basematemática da linguagem de computação...) por ele desenvolvido, assimcomo Niels Bohr, umdos pais da física quântica, que reconheceu as semelhanças entre suaciência das partículas e as mutações descritas neste que é consideradoo livro mais antigo do mundo (cerca de 5 mil anos), além do polêmicocientista biomolecular Johnson F. Yan, que demonstrou a curiosasemelhança entre a matemática do DNA e a do I Ching, popularizado emsua obra "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" e, claro, o mais reverenciadofilósofo chinês, cujo nome latinizado é Confúcio, a quem se atribuivários textos interpretativos aos hexagramas.

    OI Ching atua como "espelho" onde refletimos nosso próprio inconscientee sua eficácia neste sentindo é tamanha, a tal ponto de renomadosmatemáticos, físicos, biólogos, filósofos e, mais diretamenterelacionado à nossa proposta, psicanalistas, enxergarem a si e a seustrabalhos espelhados nos símbolos antigos. 

    Da mesma forma, o Terapeuta Holístico podefazer uso deste instrumento, tanto para acessar seu próprioinconsciente e maximizar-se como pessoa e profissional, quanto comométodo lúdico de contornar a resistência racional dos Clientes emaflorar materiais psíquicos não conscientes, bem como clarificar oentendimento do momento. 

     

    Material e Metodologia

    Aidade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmentepoderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houverautorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e oprofissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional docandidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha doCliente.

    O profissional que atua com o I Ching é um TERAPEUTA HOLÍSTICO, Modalidade: Terapia Em Sincronicidade,que distingue-se dos demais por atuar junto ao seu cliente sem aobrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumassituações nem sequer é necessária a presença do mesmo. 

    Esteprofissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidadejunguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, taiscomo radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, IChing, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliaçãodo quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição eo pensamento não-linear. 

    Deposse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas comoreiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além dadiscussão interativa com o cliente de aspectos levantados ouastrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodostradicionais de "previsão", acrescidos de aconselhamento, levando aoautoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns:comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma,incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida(aumento máximo das oportunidades e minimização das condiçõesadversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões,inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além departiculares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada dedecisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promovera harmonização energética de ambientes.

    OTerapeuta Holístico deve explicar o processo de Terapia emSincronicidade com detalhes e certificar-se de que seu clientecompreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexistevinculação religiosa ou de credo ao trabalho. Deve esclarecer que ossímbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.)jamais determinam as características e acontecimentossócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regeremsincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos dereferência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos. 

    Necessitatornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsõestaxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposiçõescom maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um períodoou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões. 

    Pertinentefazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, queao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração deletras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso depedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-secom as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim,considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativosenvolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    Oconsultório deve estar aparelhado para proporcionar temperaturaambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena,minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente paracom o profissional.

    OTerapeuta Holístico, por meio de variadas técnicas (relaxamento viatoque ou induzido verbalmente, musicoterapia, aromaterapia,cromoterapia e similares), deve propiciar ao Cliente um estado deserenidade, condição ideal para melhor aproveitamento da sessão em queincluir o I Ching. Opensamento deve focar em uma pergunta objetiva sobre a situação quedesejam aprofundar em terapia. Isto feito, opta por um método de geraraleatoriamente o hexagrama que servirá de "espelho" arquetípico onde oconsulente refletirá a si mesmo. 

    Ohexagrama, como o nome sugere, é composto por seis linhas, cada qualpodendo ser classificada como yin (representada graficamente por umalinha interrompida: _ _ ), ou yang (representada por uma linha contínua: ___ ),sendo unidas umas sobre as outras, de baixo para cima. Originalmenterealizado por varetas de milefólio, o "sorteio" popularizou-se via usode três moedas de duas faces distintas, arbitrando-se o valor numérico2 (dois) para o lado par e 3 (três) para o ímpar. A soma das trêsmoedas sendo par, está pré-definida como sendo uma linha yin ( _ _ ) e,caso ímpar, resulta em linha yang ( __ ), sendo repetido o procedimento até obter as 6 linhas que comporão o hexagrama. 

    Com o auxílio da literatura sobre o I Ching (recomendamos o excelente "I Ching: o Livro das Mutações",de Richard Wilhelm, impresso pela Editora Pensamento-Cultrix), queincluem uma tabela como a seguinte, identifica-se o númerocorrespondente ao hexagrama obtido e consulta-se os textos relacionados.

     

    Trigrama
    superior
     
    ----------------
    Trigrama inferior 
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Trigramme zhèn du Yi Jing 
    Chên, o Incitar

    Trovão
    Trigramme kǎn du Yi Jing 
    K´an, o Abismal

    Água
    Trigramme gèn du Yi Jing 
    Kên, a Quietude
    Montanha
    Trigramme kūn du Yi Jing 
    K´un, o Receptivo

    Terra
    Trigramme xùn du Yi Jing 
    Sun, a Suavidade

    Vento
    Trigramme lí du Yi Jing 
    Li, o Aderir

    Fogo
    Trigramme duì du Yi Jing 
    Tui, a Alegria

    Lago
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Hexagramme 1 du Yi Jing
    1
    Hexagramme 34 du Yi Jing
    34
    Hexagramme 5 du Yi Jing
    5
    Hexagramme 26 du Yi Jing
    26
    Hexagramme 11 du Yi Jing
    11
    Hexagramme 9 du Yi Jing
    09
    Hexagramme 14 du Yi Jing
    14
    Hexagramme 43 du Yi Jing
    43
    Trigramme zhèn du Yi Jing Chên, o Incitar
    Trovão
    Hexagramme 25 du Yi Jing
    25
    Hexagramme 51 du Yi Jing
    51
    Hexagramme 3 du Yi Jing
    3
    Hexagramme 27 du Yi Jing
    27
    Hexagramme 24 du Yi Jing
    24
    Hexagramme 42 du Yi Jing
    42
    Hexagramme 21 du Yi Jing
    21
    Hexagramme 17 du Yi Jing
    17
    Trigramme kǎn du Yi Jing K´an, o Abisma
    Água
    Hexagramme 6 du Yi Jing
    6
    Hexagramme 40 du Yi Jing
    40
    Hexagramme 29 du Yi Jing
    29
    Hexagramme 4 du Yi Jing
    4
    Hexagramme 7 du Yi Jing
    7
    Hexagramme 59 du Yi Jing
    59
    Hexagramme 64 du Yi Jing
    64
    Hexagramme 47 du Yi Jing
    47
    Trigramme gèn du Yi Jing Kên, a Quietude
    Montanha
    Hexagramme 33 du Yi Jing
    33
    Hexagramme 62 du Yi Jing
    62
    Hexagramme 39 du Yi Jing
    39
    Hexagramme 52 du Yi Jing
    52
    Hexagramme 15 du Yi Jing
    15
    Hexagramme 53 du Yi Jing
    53
    Hexagramme 56 du Yi Jing
    56
    Hexagramme 31 du Yi Jing
    31
    Trigramme kūn du Yi Jing K´un, o Receptivo
    Terra
    Hexagramme 12 du Yi Jing
    12
    Hexagramme 16 du Yi Jing
    16
    Hexagramme 8 du Yi Jing
    8
    Hexagramme 23 du Yi Jing
    23
    Hexagramme 2 du Yi Jing
    2
    Hexagramme 20 du Yi Jing
    20
    Hexagramme 35 du Yi Jing
    35
    Hexagramme 45 du Yi Jing
    45
    Trigramme xùn du Yi Jing Sun, a Suavidade
    Vento
    Hexagramme 44 du Yi Jing
    44
    Hexagramme 32 du Yi Jing
    32
    Hexagramme 48 du Yi Jing
    48
    Hexagramme 18 du Yi Jing
    18
    Hexagramme 46 du Yi Jing
    46
    Hexagramme 57 du Yi Jing
    57
    Hexagramme 50 du Yi Jing
    50
    Hexagramme 28 du Yi Jing
    28
    Trigramme lí du Yi Jing Li, o Aderir
    Fogo
    Hexagramme 13 du Yi Jing
    13
    Hexagramme 55 du Yi Jing
    55
    Hexagramme 63 du Yi Jing
    63
    Hexagramme 22 du Yi Jing
    22
    Hexagramme 36 du Yi Jing
    36
    Hexagramme 37 du Yi Jing
    37
    Hexagramme 30 du Yi Jing
    30
    Hexagramme 49 du Yi Jing
    49
    Trigramme duì du Yi Jing Tui, a Alegria
    Lago
    Hexagramme 10 du Yi Jing
    10
    Hexagramme 54 du Yi Jing
    54
    Hexagramme 60 du Yi Jing
    60
    Hexagramme 41 du Yi Jing
    41
    Hexagramme 19 du Yi Jing
    19
    Hexagramme 61 du Yi Jing
    61
    Hexagramme 38 du Yi Jing
    38
    Hexagramme 58 du Yi Jing
    58


    Comumente,o nome dos trigramas (hexagramas são compostos por dois trigramas), bemcomo do hexagrama em si, por si só, induzem a imagens mentais desituações análogas na natureza, provocando respostas emocionais. Nolivro recomendado existe também descrições e comentários, quanto àslinhas, aos trigramas e ao hexagrama em si, tanto de origem milenar,quanto do próprio autor e a e leitura dos mesmos frequentemente causa"insights", onde o consulente percebe coincidências significativasentre o descrito e a resposta que procura.

    Portradição, as linhas que resultem das três moedas com a mesma face (3"caras", ou 3 "coroas"), ou, no caso de outro sistema de sorteio, omaior número par possível (seis), ou maior número ímpar possível(nove), por si só seriam objeto de atenção especial, existendo textosespecíficos a serem lidos e interpretados, para cada linha nestasituação, que são chamadas de "linhas móveis". 

    A"mobilidade" sugerida implica que, estando na soma numérica máxima dacondição par (yin) ou ímpar (yang), as linhas nestas condições estãoprestes a se transformar em seu oposto ( de _ _ passaria para __ evice-versa...), obtendo-se assim, um novo hexagrama, desta vezrelacionado a uma situação futura, que seria decorrência natural datransmutação no tempo, do quadro apresentado inicialmente, que é focadono momento presente. Novamente, a consulta à tabela acima, levaria aostextos correspondentes, que acrescentariam mais subsídios para oconsulente espelhar-se e obter conclusões.

    Atualmente,existe muitos softwares capazes de realizar o sorteio do hexagrama, bemcomo já localizar os textos correspondentes ao mesmo. O próprio SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS vem desenvolvendo uma versão online, para uso de seus associados.

    OTerapeuta Holístico traz à pauta terapêutica as sincronicidadespercebidas pelo Cliente em relação à sessão com o I Ching, tal comofaria nas técnicas de interpretação de sonhos e de associações"livres", realizando uma discussão interativa sobre os aspectoslevantados, auxiliando o consulente a reconhecer conteúdos psíquicosseus que projetou durante o exercício lúdico de interpretação dohexagrama. 

     

    Resultados

    Ométodo mostrou-se eficaz como forma de acesso ao inconsciente,contornando as defesas racionais que comumente bloqueiam o aflorar dematerial psíquico, bem como foi particularmente útil com Clientes quetenham resistência maior perante as alternativas mais usuais deampliação da consciência, tais como análise de sonhos e associaçõeslivres. A interpretação e discussão de hexagramas obtidos possibilitauma sequência de pautas a serem trabalhadas em sessões continuadas,funcionando como fio de meada eficiente para a evolução dos processosde autoconhecimento almejados na terapia.


    Discussão 

    Boaparte do esforço terapêutico se dá no sentido de acessar o conteúdopsíquico inconsciente do Cliente, trazendo-o à consciência e auxiliar àmaior compreensão e assimilação, resultando em autoconhecimento e, porconsequência, uma melhoria na Qualidade de Vida

    Quantomais objetivo e racional for o método adotado para este fim, tanto maisfácil será para que as defesas e a resistência à terapia criemobstáculos ao aflorar de material reprimido. É válido, pois, que seutilize igualmente técnicas de cunho subjetivo, capazes de contornar aresistência do racional e possibilitar que, de forma indireta, semanifestem aspectos psíquicos, projetados em algo externo ao que sejacomumente associado com o "eu". O analista atento será capaz deidentificar as projeções e colher subsídios para a evolução da terapia.A Psicanálise clássica tira bom proveito da técnica de associaçãolivre, na qual o Cliente, ao entregar-se ao "jogo" de expressar tudoque lhe vier à mente, sem censura e da forma mais espontânea eimpensada, frequentemente traz à tona informações reprimidas sobre simesmo, sem se dar conta de imediato, contornando desta forma, aresistência natural que impede o aflorar destes conteúdos. Ainterpretação de sonhos segue este mesmo caminho, pois, nosso racionalnão se dá conta, a princípio, de que ao falar do que aconteceu nouniverso onírico, estamos, na verdade, contando sobre nós mesmos. OPsicodrama, a Arteterapia, igualmente possibilitam "palco" e "tela"onde o Cliente interpreta e pinta a si mesmo, sem se dar conta imediatado processo, evitando dessa forma que as defesas racionais bloqueiem oeclodir do material psíquico.

    Dentro desta mesma linha, os métodos que utilizam o conceito junguiano de SINCRONICIDADE, tais como Astrologia, Numerologia, Tarô e, mais particularmente ao caso, o I Ching,funcionam perfeitamente como formas de acessar o inconsciente e detrazer à tona material antes reprimido, no decorrer do exercício deinterpretação.

    Aindaque de origem milenar e oriental, o I Ching, quanto à forma, está emparalelo com as mais modernas e ocidentais concepções. O conceito de umuniverso em contínua mutação possui evidentes analogias com a visão domicroscosmo das partículas, antes tida como imutáveis, e que agora sãoconcebidas como transmutáveis umas nas outras, na visão da físicaquântica. 

    Jáa incrível coincidência entre a matemática do DNA e as suas 64possíveis combinações e igual número e forma de hexagramas do I Ching,novamente colocam o secular sistema em sintonia com os nossos tempos.

    Maispróxima ao cotidiano de todos, a computação, onipresente na vidamoderna, simplesmente se baseia na mesma matemática que o I Ching: TUDOé sintetizável e expresso sob  combinações de tão somente duasvariáveis opostas e complementares: "0" (desligado, negativo) e "1"(ligado, positivo), ou seja, yin ( _ _ ) e yang ( __ ) !

    Veja a palavra ALEGRIA, escrita em linguagem de computação: 

     

    01000001011011000110010101100111011100100110100101100001

     

    E a mesma expressão, sintetizada em um hexagrama:

     

    _  _  0
    ___  1
    ___  1
    _  _  0
    ___  1
    ___  1

    Damesma forma como a linguagem "pura" do computador nos é incompreensívele precisamos de sistemas operacionais (DOS, Windows, Linux...) quefaçam a tradução, bem como de "softwares" (aplicativos) para tarefasespecíficas, igualmente o entendimento direto de um hexagrama nosescapa e necessitamos de "traduções" desta linguagem primordial,servindo para tal, os textos de autores seculares e modernos, que nostrazem suas interpretações quanto às linhas, trigramas e hexagramas.

    Assimcomo o computador, tão somente variando entre zero e um, nos dá acessoa textos, imagens, sons, vídeos, cores, igualmente o I Ching,alternando entre yin e yang, resulta em combinações que evocam em cadaum de nós, situações típicas pelas quais todos passamos em algummomento, mais precisamente, 64 circunstâncias "universais", ARQUETÍPICAS, tão antigas e primordiais que fazem parte do INCONSCIENTE COLETIVO e, como tal, automaticamente evocam nossa empatia. 

    Cadahexagrama é um espelho no qual refletimos uma faceta de nós mesmos.Neste quesito, até o mais cético e racional dos indivíduos éperfeitamente capaz de compreender e aceitar. O que realmente causaadmiração a quem pratica e suspeição em quem nunca experienciou ofenômeno, é que o signo gerado ao "acaso" pelas variáveis do yin eyang, resulta em algo mais do que uma "tela" em que projetamos aspectosinconsciente de nosso psiquismo... Até mesmo um "observador externo" aoevento percebe evidentes coincidências entre a pergunta original e osímbolo resultante pelo método do I Ching. Não existe uma relaçãocausal, mas, subjetivamente, emocionalmente, é sentido que é ocorrecontinuadamente coincidências significativas, ou seja, SINCRONICIDADES entre o momento vivenciado pelo consulente e a interpretação clássica do hexagrama resultante.

     

    Nestetrabalho aqui apresentado, teceu-se várias metáforas relacionando osistema com "telas" onde o Cliente pinta a si mesmo; neste ponto datese, convém ampliarmos a analogia, considerando cada hexagrama comouma obra-prima retratada há milhares de anos, cuja interpretação já foiobjeto de dedicação de inúmeros especialistas no decorrer dos tempos. AMona Lisa, de Da Vinci, é coletivamente conhecida por seu sorrisoenigmático. Individualmente, pode ocorrer de alguém olhar ao quadro econsiderar a mulher retratada como estando, por exemplo, triste. Nestasituação hipotética, há grandes chances da pessoa estar PROJETANDO suatristeza como se fosse algo externo a si, defensivamente atribuindo suaemoção não compreendida para a tela. Claro que, em terapia, a situaçãodescrita, por si só, teria proporcionado um bom subsídio... 

    Já no contexto terapêutico em que se emprega o I Ching, o procedimento terá que ser complementado. Quando um profissional, um Terapeuta Holístico,se propõe a incluir esta técnica a disposição de seus Clientes, há deestudar as interpretações clássicas de cada hexagrama, pois,partindo-se do pressuposto da SINCRONICIDADE, ainda que sejafundamental tudo o que o consulente projetar de si sobre os símbolos,também será importante o arquétipo, quanto ao seu consensointerpretativo clássico, cabendo levantar a hipótese de o indivíduoenquadrar-se no contexto e estar resistindo inconscientemente emconstatar. 

    Aindano campo metafórico, algo como um espelho refletindo uma pessoa magra(dentro de parâmetros de interpretação padronizados pela sociedade..),que vê a si como estando acima do peso, pois, devido a educaçãorecebida, traumas, etc..., desenvolveu uma auto-imagem de inadequação.Caberia ao Terapeuta Holístico constatar a provável disparidade eincluir na pauta das sessões uma forma de auxiliar o Cliente em rever aimagem que fixou sobre si mesmo. Também no espelhamento frente a umhexagrama, o profissional deve observar se há discrepânciasignificativa entre a interpretação pessoal do consulente e a versãoclássica e se é caso de propor e proporcionar oportunidade dereavaliação de sua percepção do momento.

    O I Ching, quanto empregado no âmbito terapêutico, tem claro enfoque de que está sendo acessado o INCONSCIENTE,não apenas o coletivo, mas essencialmente o INDIVIDUAL, cabendo aoTerapeuta Holístico catalizar a interpretação do Cliente quanto aoshexagramas, inclusive, suprindo-o de informações quanto à visãoclássica de seus significados, mantendo-se atento a identificar oconteúdo psíquico que se apresentar refletido, para que possa, nomomento oportuno, reapresentar à pauta das sessões.


    Conclusões

    Boaparte da Clientela da Terapia Holística possui curiosidade e aceitaçãoquanto a técnicas que envolvam a Sincronicidade, como é o caso do I Ching, especialmentedestacado graças à simpatia pública de grandes pensadores, e, ainda quemilenar, mantendo-se em surpreendente atualidade quanto ao linguajarmatemático em que se estrutura, similar ao dos computadores, que estãocada vez mais inseridos no dia-a-dia de nossa vida moderna.

    Aampliação do autoconhecimento é premissa para toda Terapia, o que exigedos profissionais o conhecimento e aplicação de técnicas que propiciemacesso ao inconsciente de cada Cliente, trazendo à consciênciaconteúdos psíquicos para serem compreendidos e integrados. Os sistemas("mecanismos"...) de defesa criam a natural e esperada resistência aeste processo de aflorar do psiquismo, cabendo ao analista encontrarformas de contornar e abrandar esta reação contrária, elegendo qual atécnica adotar, para cada indivíduo e a cada momento. 

    Somando-seà milenar análise dos sonhos, às técnicas vivenciais de catarse, àserena e freudiana associação livre de idéias, dentre inúmeros outrosinstrumentos, este trabalho apresenta o uso do I Ching como mais umeficaz e lúdico sistema a ser aplicado nos consultórios.

    OPsicanalista Carl G. Jung o considerou um guia para o inconsciente. Jáesta dissertação, de forma bem-humorada quanto à sua analogia com osmodernos sistemas de informática, acrescenta que o I Ching é umverdadeiro "software" do Eu.

     

    Referências Bibliográficas

    "I Ching: o Livro das Mutações" - Richard Wilhelm - Editora Pensamento-Cultrix

    “Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" - Johnson F. Yan - Madras

    "I Ching - O Livro Do Yin E Do Yang" - Cyrille Javary -Editora Pensamento-Cultrix

    "O Tao Da Física: Um Paralelo Entre A Física Moderna E O Misticismo Oriental" - Fritjof Capra - Editora Pensamento-Cultrix

     

    Anexos e Apêndices

     

    Coincidência entre os estudos do DNA e do I Ching

    Quadro-resumo das semelhanças

    DNA I Ching
    O DNA encerra todos os processos vitais de todos os seres vivos, determinados por uma estrutura com formação precisa. O I Ching engloba todos os processos existenciais dos seres vivos, através de uma estrutura com formação precisa.
    A base do DNA é constituída pela polaridade da dupla hélice, sendo a manifestação fundamental da vida. A base do I Ching é constituída pela polaridade Yin-Yang, manifestação fundamental do princípio universal.
    Quatro moléculas compõem a hélice dupla do DNA: adenina, timina, citosina e guanina; elas se interligam aos pares. Quatro símbolos são utilizados para compor uma codificação: yang-repouso, yang-móvel, yin-repouso e yin-móvel; eles se interligam aos pares.
    Três destas moléculas formam uma palavra-código para a síntese da proteína. Três destes símbolos formam um trigrama, que é a imagem fundamental a formar os hexagramas.
    Cada palavra é constituída de três letras dentre quatro possíveis. Cada trigrama é constituída de três símbolos dentre quatro possíveis.
    A direção de leitura das palavras-código é estritamente determinada. A direção de leitura dos trigramas é estritamente determinada.
    Duas das tríades denominam-se "início" e "fim". Marcam o começo e o término de uma frase-código. Dois dos hexagramas denominam-se "Antes do Fim" e "Após o Fim". Marcam fim e início de uma situação vivencial.
    A programação da identidade genética é determinada por um código de 64 palavras. Os hexagramas são as identidades de interpretação e formam um conjunto de 64 condições.
    Uma ou diversas tríades programam a construção de cada um dos vinte aminoácidos; seqüências bem determinadas dessas tríades elaboram a forma e construção de todos os seres vivos, dento de um contexto evolutivo. Uma ou diversas tríades formam hexagramas que fornecem imagens vívidas e precisas de estados dinâmicos da vivência; seqüências bem determinadas dessas tríades determinam uma programação de destino, dentro de um contexto evolutivo.

    Fonte: http://www.mlopes.eng.br/iching/dna2.htm


     

    NTSV — TS 001-Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    1. SUMÁRIO


    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TS 001 - Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

     

    2. PREFÁCIO


      Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas= regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais;setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias= sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõeuma atitude voluntária dos profissionais a partir de umaconscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerápontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, taiscomo Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética,Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força deLei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião dafiliação espontânea de cada membro junto à entidadeauto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissõesregulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido atémesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, asentidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sançõesestatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quandomuito, excluir um membro do quadro social.
       As entidadesAuto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos àsociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aosserviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internasda organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado públicoatravés de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicase Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo semobrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencialmuito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei demercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada veztem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostracrescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total oudo total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos AnexosInformativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídiospara melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV,além de facilitar a co


    3. INTRODUÇÃO 

     

    ATerapia em Sincronicidade conta com uma vasta bibliografia e grandeaceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentesquanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípiosbásicos para as boas práticas profissionais que nortearão aauto-regulamentação da Terapia Holística.

     

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

     

    4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE — Boas Práticas

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

     

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

     

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 
    TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear. De posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.
    5.1.3 
    CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 
    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 
    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 
    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 
    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 
    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 
    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro TH, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 
    SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 
    JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 
    TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 
    ARQUÉTIPO: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.
    5.1.14 
    SÍMBOLO: é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Muitas vezes representado na forma de imagens ou sons, funciona como uma forma de linguagem do inconsciente, expressa nos sonhos, nas artes, nos exercícios de imaginação ativa, dentre outras situações. Pode ter um significado individual ou coletivo.
    5.1.15 
    TERAPIA EM SINCRONICIDADE: sistema que utiliza métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo ou organização, catalisando o cliente ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas) e na habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais, além de promover a harmonização de ambientes.
    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas


    TH — Terapeuta Holístico;
    TS — Terapia em Sincronicidade;
    THS — Terapeuta em Sincronicidade;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TS

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TS com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vinculação religiosa ou de credo ao trabalho.

    5.3.3.2.1 — Esclarecer que os símbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.) jamais determinam as características e acontecimentos sócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regerem sincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos de referência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos.
    5.3.3.2.2 — Tornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsões taxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposições com maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um período ou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões.
    5.3.3.2.3 — Fazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, que ao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração de letras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso de pedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-se com as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim, considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativos envolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    5.3.3.3 — O THS tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver sua intuição e pensamento não-linear, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de interferências estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.

    5.3.3.3.4 — O THS avalia o cliente e/ou do ambiente, interpretando os símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo, identificando quais as potencialidades e predisposições a serem adequadamente trabalhadas por aconselhamento e demais técnicas pertinentes.
    5.3.3.3.5 — O THS ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:

    5.3.3.3.5.1 — Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE — Sindicato dos Terapeutas.
    5.3.3.3.5.2 — Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
    .

    5.3.3.3.6 — Cabe ao THS a avaliação racional da análise sincronística obtida para detectar o efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.

    5.3.4 Produtos para TS — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio THS em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 29/09/2009 11:45


    O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    Ana Luiza Iughetti Feres

    Terapeuta Holística

    CRT 42969

    Propositura de Palestra para

    Holística 2011

    Ribeirão Preto

    2011

    RESUMO

    A análise dos mitos é fundamental na Psicoterapia proposta por Jung. Os símbolos do inconsciente coletivo que os mitos trazem nos permitem perceber outras dimensões do nosso próprio inconsciente e caminhar no processo terapêutico. O mito de sísifo nos ajuda a refletir sobre vários aspectos específicos da sociedade contemporânea e sofrimentos humanos atemporais como a dicotomia vida e morte, o trabalho interior e a religiosidade; trazendo vários "insights" para o processo terapêutico.

     

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução
    1. O Mito de Sísifo
    1. Conceitos de Psicologia Analítica
    1. Imagem Mitológica de Sísifo e o Homem Contemporâneo
    1. Considerações Finais
    1. Referências Bibliográficas

     

    1. INTRODUÇÃO

    De que nos fala o Mito de Sísifo? Da morte? Do trabalho? Da disputa entre humanos e deuses? Do castigo dos deuses? Que relação podemos fazer entre o que nos fala esse mito e os processos psíquicos do homem contemporâneo?

    A Psicologia profunda de C.G.Jung descobriu que há uma relação muito próxima entre os processos psicológicos do homem moderno e a imensa gama de conhecimento que nos foi deixado como herança pelos povos antigos e que podemos conhecer através da mitologia.

    Para Jung, o mito é um estágio intermediário entre a cognição inconsciente e consciente, como uma ponte necessária e facilitadora. É como um "tradutor" dos Arquétipos - que formam o psiquismo humano - decodificando-os a partir das mais diversas mitologias do mundo. Podem-se estabelecer muitos paralelos entre os mitos e o que está acontecendo na psique e na vida de uma pessoa ou sociedade.

    Esse é o objetivo dessa palestra: entender o Mito de Sísifo à luz da Psicologia Junguiana, para que possamos ampliar e aprofundar a compreensão desse mito, analisando suas possíveis implicações na psique do homem contemporâneo.

     

    1. O MITO DE SÍSIFO

    Segundo Brandão (1996), Sísifo era originário da cidade grega de Corinto, um rei que desafiou os deuses e até mesmo a morte. Diz que Zeus observou a filha Egina do deus do rio, Asopo e a raptou. Quando seu pai quis saber sobre o ocorrido, ninguém queria falar com medo da reação de Zeus.

    Mas Sísifo percebeu ali uma grande oportunidade e não pensou em deixá-la passar. A cidade de Corinto tinha na época um problema bem sério, não havia em seu perímetro uma fonte de água doce. O povo precisava ir buscar água em lugares distantes para satisfazer suas necessidades. Sísifo conversou com o deus do rio e fez um acordo, dava informações em troca de água. O deus concordou e uma fonte nasceu dentro da cidade de Corinto.

    Asopo foi atrás de Zeus e este teve de devolver-lhe a filha que havia roubado. Zeus sabia quem ousou dar as informações e chamou seu irmão, Hades, o senhor do inferno e este mandou a morte, Tânatos, para buscar Sísifo.

    A morte com missão precisa apareceu no mundo dos vivos. Geralmente recebida com grande espanto e terror pelas pessoas, ficou surpresa quando o esperto Sísifo a convidou para sentar-se em sua mesa para comer e beber. Foi uma boa conversa com piadas e descontração. Então, Sísifo ofereceu a ela um par de algemas que havia feito. Como já havia confiança e boa vontade entre eles, a morte colocou as algemas no pulso. Só depois de certo tempo é que ficou claro que ela, a morte havia ficado prisioneira de Sísifo.  

    Um fato desses abala o Universo todo. Nada e nem ninguém morria, pessoas, plantas ou animais. Com a morte no cativeiro haveria muitos efeitos colaterais: como superpopulação e aqueles que estavam doentes permaneceriam assim sem esperança de alivio. A vida sem a presença da morte faz pouco ou nenhum sentido. Até o tempo e a evolução param. Nem a guerra faz sentido, pois os soldados mortos em luta se levantam para agir de novo. Isto também enfureceu o deus da guerra Ares. A morte é um dos poucos controles que os deuses têm sobre os humanos.

    Zeus, que é o senhor do Olimpo, percebeu a confusão que Sísifo havia arrumado e mandou o próprio Ares para buscá-lo e levá-lo para o inferno. Desta vez a missão foi cumprida com sucesso.  Ares libertou a morte e levou a alma de Sísifo. Mas as coisas não acabaram nisso. Sísifo ainda tinha outros truques para executar.

    Ele havia instruído sua esposa para não enterrar seu corpo e nem fazer os rituais fúnebres exigidos pelos deuses. Chegando na terra dos mortos, Sísifo foi reclamar que seu cadáver não havia sido devidamente enterrado. Pediu permissão para voltar para a Terra e castigar sua esposa por causa do desrespeito aos deuses. Hades concedeu a ele três dias para ir e retornar aos infernos. Mas quando chegou na superfície ficou evidente que não tinha nenhuma intenção de retornar novamente. Mais uma vez ele se saiu bem no confronto com os deuses.

    Para resolver o problema de modo definitivo, Zeus mandou Hermes, o mensageiro dos deuses e aquele que acompanha as almas dos mortos até o outro mundo. Hermes capturou a alma de Sísifo e a levou para Hades, depois enterrou seu cadáver com os rituais necessários, exigidos pelos deuses e encerrou o assunto. No inferno o astuto Sísifo recebeu o seu castigo: devia rolar por toda a eternidade uma pedra montanha acima para ver em seguida a mesma voltar ao ponto de origem e ele ter que repetir todo o ciclo novamente.

    1. CONCEITOS DE PSICOTERAPIA ANALITICA

    O Ego: O centro da consciência. 

    Para Jung o ego é um complexo - o principal -, formado a partir dos registros da memória e das sensações corporais, tendo base somática. O ego não é equivalente à totalidade da consciência, é apenas o seu centro, sendo que todos os acontecimentos da vida precisam entrar em contato com ele para se tornar conscientes - pensamento, emoções, idéias, experiências, etc.  

    O ego tem diversas funções, como promover a adaptação da pessoa às exigências da vida, fazer diferenciação de conteúdos conscientes e inconscientes e mediar prazer e realidade. Ele organiza os conteúdos da vida psíquica, avalia, critica e raciocina em busca de soluções para os problemas que a pessoa enfrenta.

    Uma consideração importante sobre a consciência é que não pode haver elemento consciente que não tenha o ego como ponto de referência. Assim, o que não se relacionar com o ego não atingirá a consciência. A partir desse dado, podemos definir a consciência com a relação dos fatos psíquicos com o ego. (JUNG, 2001, p. 7)

    A consciência do ego tem uma importante característica de seletividade, o que equivale a dizer que certos conteúdos tornam-se conscientes e outros não. Esses conteúdos eliminados vão aos poucos formando o que conhecemos como inconsciente pessoal ou a sombra do próprio ego, onde mesmo potenciais criativos podem ficar reprimidos.

    O ego, em seu processo adaptativo, vai precisar formar algumas defesas, sendo algumas úteis e necessárias, outras neuróticas, e outras ainda, psicóticas e psicopatológicas. O ego é um complexo funcional no campo da consciência que é variável de indivíduo para indivíduo, variando em extensão e profundidade.

    A consciência, na opinião de Jung, não é algo fixo e imutável. Ela sofre modificações constantes e evolui ao longo do tempo. Após a estruturação do ego, este precisa se defrontar com o inconsciente para continuar evoluindo. É preciso que o ego consiga estabelecer contato com o inconsciente e consiga também assimilar seus conteúdos para não sofrer a estagnação.

    Complexos

    Todas as experiências modificam a bioquímica celular. A cada nova vivência, ficam marcas na memória celular. É nossa capacidade de ser afetado (afetividade) de modo variado e diferenciado pelas coisas que nos cercam que faz com que não sejamos robôs.

    Quando entramos em contato com algo que nos afeta é que esse algo passa a ter significado. E a repetição de experiências que têm valor fundamental e vão se associando por semelhança e analogia em torno de uma experiência centralizadora, é que dá origem aos complexos.

    Complexo é então um conjunto de experiências capazes de nos afetar em torno de uma experiência centralizadora. É a unidade funcional básica da psique. Ou seja, conteúdos com forte carga emocional e energética porque estão associados, por semelhança e analogia, às experiências centralizadoras. É o que mobiliza a nossa energia psíquica.

    Os complexos contaminam todas as nossas percepções das coisas e por isso as experiências da infância são tão importantes, porque formam as primeiras memórias celulares ou os primeiros complexos. Em função dos complexos, só ouvimos o que queremos e sentimos o que podemos. Somos uma rede de complexos que são acionados por vários mecanismos possíveis

    Inconsciente Coletivo e Arquétipos

    Diferente de Freud que considerava que o inconsciente era formado a partir de conteúdos reprimidos somente, portanto individuais, Jung descobriu que há camadas na psique que nunca foram conscientes e nem se formaram de conteúdos das experiências pessoais reprimidas.

    Essa dimensão do inconsciente, que Jung chamou de Inconsciente Coletivo, não diria respeito aos conteúdos individuais reprimidos do sujeito em questão, mas sim a símbolos comuns a toda a humanidade, disponíveis para todos. Esse inconsciente forma a base do nosso psiquismo e é formado pelos Arquétipos.

    Arquétipos são imagens primordiais carregadas de energia que advém das experiências coletivas que reforçam, a todo o momento, essa carga energética, que fica à disposição da humanidade, para ser acessada, na forma de imagens primordiais, a cada necessidade adaptativa. É a nossa matriz, fonte geradora de material para a consciência. Esta matriz produz um conjunto enorme de fenômenos, como sonhos, visões, os chamados acontecimentos espíritas e afins. As imagens arquetípicas são o suporte energético para o funcionamento adequado da consciência. Para que o ego seja revigorado sempre, precisa do contato constante com sua usina de força.

    Dei o nome de arquétipos a esses padrões, valendo-me de uma expressão de Santo Agostinho: Arquétipo significa um "Typos" (impressão, merca-impressão), um agrupamento definido de caracteres arcaicos, que, em forma e significado, encerra motivos mitológicos, os quais surgem em forma pura nos contos de fadas, nos mitos, nas lendas e no folclore. (JUNG, 2001, p.34, grifos do autor)

    Jung, ao longo de sua vida, deixou muitos estudos a respeito dessa camada mais profunda do psiquismo humano, como a alquimia, os contos de fada, a gnose, as religiões comparadas e a mitologia.

    Através do conceito de arquétipo e do inconsciente coletivo foi possível para a psicologia abrir caminho para a compreensão de rico material pertencente aos mitos e ajudar o homem moderno na compreensão de todas as dimensões de si.

    A função transcendente e a dinâmica psíquica

    Esta é a função que, segundo Jung, no processo de desenvolvimento do ego vai ligar a vida consciente ao inconsciente de modo construtivo e cooperador. O Ego e o Self - centro da psique - de modo geral não estão em harmonia, podendo até mesmo estar em oposição.

    Como o inconsciente se comporta de modo compensatório ou complementar em relação à consciência, e vice-versa, para a Psicologia Analítica a transcendência de uma atitude a outra ocorre a partir da busca de significado e finalidade dos conteúdos que o inconsciente está trazendo.

    Jung entendia a dinâmica da psique, dentro do conceito da complementariedade - não há opostos com começo e fim e sim um continuum de experiências entre os opostos que vão se modificando e afetando todo o tempo.

    É esse jogo de forças que vai produzir os símbolos. Símbolo = aquilo que une. Nossos símbolos individuais - nossos sonhos, nossas marcas, emoções e sentimentos, nossa forma de funcionar no mundo - é o que une a nossa expressão consciente ao nosso inconsciente mais profundo, tendo no processo de individuação seu ponto máximo.

    Energia Psíquica para Jung, diferente de Freud, não se limita à energia sexual, mas diz respeito à energia vital. Energia não é algo que se define, apenas sabemos a sua manifestação. Energia que vem de ergos = que produz trabalho, modificação.

    Nas palavras de Grinberg (1997, p.9) "Assim como calor, luz e eletricidade são manifestações diferentes da energia física, fome, sexo e agressividade seriam expressões variadas da energia psíquica."

    A dinâmica psíquica se estabelece num jogo de forças entre o consciente e o inconsciente. Quando uma imagem surge na consciência tem uma força, resultado energético que tem a capacidade de nos afetar. E a consciência vai lidar com essa imagem de diferentes maneiras: projeção, repressão, assimilação ou integração.

    Sacrifício

    No processo de evolução psicológico chega um momento que o sacrifício se impõe de modo natural, sendo que o ego deve abrir mão do que está sendo solicitado, pois do contrário vem a estagnação.

    Para a Psicologia, este termo descreve o sacrifício da energia psíquica que está organizada numa dada direção. O modelo na civilização cristã ocidental é o sacrifício de Cristo na Cruz, para transcender o mundo e alcançar a ressurreição, cumprindo, assim a vontade de Deus. Este pode ser vivido como um momento de grande tensão e pavor, como ficou gravado na história cristã.

    Na relação Ego-Self, chega-se a um desses momentos em que ao ego é solicitado algo muito parecido. O ego pode não estar preparado para essa situação e entrar em conflito e sofrimento. Esses são os momentos de transição de uma situação ou estado a outro.

    O próprio Jung é exemplo disso, quando, para continuar avançando no que acreditava, precisou sacrificar sua amizade com Freud, carreira universitária e de médico no hospital psiquiátrico. Vem disso a perda do rumo da vida, a desorientação, a falta de solo firme que o ego está acostumado. O ego precisa renunciar livremente sem ter garantias do que vai receber e quais os novos rumos a vida terá.

    O sacrifício equivale a uma morte simbólica e, portanto, a um renascimento.

    Sombra

    Para Magaldi, "a sombra representa na psicologia junguiana os aspectos inconsciente de si mesmo, bons e maus, que por algum motivo e ego não consegue integrar." (2009)

    Podemos dizer que a sombra é a parte do Self que foi rejeitada pelo ego consciente. A sombra compõe-se de vários aspectos, indo desde a sombra pessoal, familiar, social em suas muitas facetas, até o arquétipo da sombra. Este último apresenta dificuldades bem maiores de conscientização, devido estar muito longe da experiência comum. Sua vivência pode levar ao estado de possessão, como na história de Fausto ou no confronto entre Cristo e o diabo, como nos conta o novo testamento.

    A sombra também funciona como o elemento provocador, irritante, perturbador. Aquele que desaloja a pessoa de seu estado de inércia psíquica para movimentá-la em outra direção, mesmo que seja contra a sua vontade. Às vezes ameaça a consciência de regressão e desintegração.

    Em geral, como há pouca consciência de sua constante presença, ela é encontrada em projeção. Este mecanismo parece ser o mais eficaz para localizá-la. Nos sonhos aparece como pessoas do mesmo sexo e nos mitos, ela é o vilão que combate o herói. A sombra possui enorme quantidade de energia que quando aceita, passa a ser útil ao ego, tirando o mesmo de suas limitações e bloqueios.

    Individuação

    Processo de desenvolvimento psicológico através do qual o indivíduo vai se aproximando cada vez mais de sua singularidade e totalidade. Para Jung, há no ser humano uma tendência, um impulso ou instinto, de tornar- se um ser cada vez mais completo do que se é no momento.

    O ego não é a totalidade da psique. Há um centro maior que abarca o ego e está muito além dele. O ego é o representante do Self (Ser Total), mas este é sempre percebido por cada um de nós como maior do que aquele. Porque temos uma disposição inata para a transcendência. Transcender nossa condição humana de existir. Existir = ex-estar = "condenados ao futuro" na expressão de Heiddeger. Estamos sempre diferentes a cada momento, sendo projetados, ou seja, somos sempre um projeto de ser, uma promessa de ser e essa é a angústia vital do ser humano. Tudo com uma única certeza, a da morte.

    É o ego que faz o processo de individuação. Precisa desapegar do corpo e se entregar à Alma. Desde que nascemos buscamos nos adaptar ao ambiente, às regras, à família e à sociedade, como forma de sobreviver e ser amado, mas essa adaptação pode nos afastar de nosso verdadeiro eu, nossa Alma inata que viemos realizar.

    Se não houver o confronto entre o Self e o ego, não há oportunidade para nascer o novo ego, mais integrado ao Self. O analista vai ajudar a integrar as partes, sair do conflito, na sua função de cura vai ajudar a encontrar o caminho para integrar as partes dissociadas. Esse é o início do processo de individuação.

    A individuação é um processo que permeia toda a vida humana. É o potencial latente a ser trabalhado, vivido. Segundo Jung "Só aquilo que somos tem o poder de curar-nos" (JUNG, 2007, §258)

    O processo de individuação, portanto, consiste em integrar nossas partes dissociadas, inconscientes, ao ego, consciência, para realizar o nosso Self, Si-Mesmo. Individuar é realizar o ser único que somos, nos diferenciando cada vez mais do comportamento em massa.

    Assim, individuação não é um ego bem adaptado, que vive profundamente o mundo racional e que contribui para que o indivíduo leve vantagens materiais sobre os demais. A individuação vai desnudar o self dos vários invólucros da persona e das imagens primordiais que tanto interferem em nossa vida. Então, individuar-se não nos exclui do mundo, mas aproxima o mundo de nós. (MAGALDI, 2009)

    Para Jung, nesse processo, a religiosidade é uma dimensão do homem que não pode ser negada. Jung coloca a religiosidade como uma função natural, inerente à psique, encontrada em todos os povos conhecidos.

    A psicologia junguiana põe em relevo a presença, no âmago da psique, do arquétipo de Deus ("indistinguível do arquétipo do Self"), sem pretender jamais afirmar nem negar a existência de Deus como ser em si mesmo. (SILVEIRA, 1997, p.133)

    Jung usa a palavra religião no sentido do religio = re e ligare. Ou seja, religar os aspectos conscientes (ego) às profundezas do inconsciente (Self), individuar-se.

    Entre todos os meus doentes na segunda metade da vida, isto é, tendo mais de 35 anos, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse constituído pela questão de sua atitude religiosa. Todos, em última instância, estavam doentes por ter perdido aquilo que uma religião viva sempre deu em todos os tempos a seus adeptos, e nenhum curou-se realmente sem recobrar a atitude religiosa que lhe fosse própria. Isto está claro, não depende absolutamente de adesão a um credo particular ou de tornar-se membro de uma igreja. (JUNG apud SILVEIRA, 1997, p.125-126)

    1. IMAGEM MITOLÓGICA DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    Se tentarmos ver em Sísifo um modelo de homem, ele então será alguém tão convencido de sua força, de sua inteligência e de suas capacidades criativas que se considerará imortal. Morte, mudança, renúncia, reveses, nada disso existe para ele. (KAST, 1997)

    A morte é um controle poderoso que os deuses têm sobre os seres humanos. Seus mistérios nunca foram revelados a nenhum mortal que se tenha noticia. E Sísifo ousou desafiar a morte e o poder dos deuses.

    O castigo que Sísifo recebeu - ficar rolando a pedra cume acima da montanha infinitamente, apenas para vê-la rolar montanha abaixo justo antes de alcançar o cume - foi em decorrência de ter trapaceados os deuses, fugindo da morte. Os truques de Sísifo estavam alterando a ordem estabelecida das coisas, da vida e da morte.

    Vida e Morte. A dicotomia da existência que impulsiona, dá esperança, força para a realização. Vida e Morte, dois lados da mesma moeda; continuidade sem fim? Quando Sísifo desafia Zeus conseguindo a fonte de água para Corinto, está presente essa dicotomia também. Poder do Homem x Poder de Deus. Esse mundo e o outro mundo.  

    Não podemos ver o mesmo comportamento no homem contemporâneo que desafia a morte com seus avanços tecnológicos, a medicina e suas técnicas de rejuvenescimento? Escravos da juventude e da saúde, com pânico da morte. Não querem morrer, querem vencer os deuses. Mas quando não há a perspectiva da morte, será a vida uma eterna repetição infinita?

    Por outro lado, é a repetição de experiências, padrões de comportamento e situações, que permite a tomada de consciência e por conseqüência, mudança e evolução. Mas a repetição, paralisia no mesmo lugar, é uma forma de morte, pois sem possibilidade de mudança, conclusão de ciclos, não há vida.

    Portanto, se vida é transformação, Sísifo está morto no seu esforço repetitivo? Mas ele pode ter se vingado mais uma vez porque a cada vez que Sísifo levanta a pedra montanha acima, uma nova esperança renasce de que novo fim aconteça.

    Aqui aparece uma nova dicotomia que o mito traz - como saber até quando lutar, persistir, roubar um pouco mais de vida da morte e quando reconhecer que é sensato entregar-se, admitir a derrota, largar a pedra e seguir adiante.

    Quantos na nossa sociedade sentem-se sobrecarregados com a quantidade ou qualidade do trabalho; trabalho não prazeroso na maioria das vezes e não tem coragem de largar a pedra e começar uma nova história? Ficar preso numa mesma luta constante, num mesmo objetivo, com a energia focada em uma única direção - seja o trabalho, ou qualquer outro pilar da vida - leva a uma morte em vida.

    Talvez o modo como a maioria das pessoas vivencia a si mesmo atualmente, sem refletir e questionar a possibilidade de mudar, seja de fato um trabalho de Sísifo. Quando o homem contemporâneo foca no trabalho sua energia total, acreditando que do dinheiro daí advindo, virá a realização, a felicidade, ignorando outras necessidades de realização individual, coletiva e espiritual, pode ficar reduzido ao vazio da repetição infinita.

    Assim o homem da sociedade capitalista é visto como alguém que se coisifica pela moral utilitarista, tendo como meta a redução da capacidade do homem produtor, suprimindo as alegrias e a paixão, condenando-o ao papel de máquina entregue ao trabalho contínuo sem trégua nem piedade. (MAGALDI, 2009).

    Mas devemos olhar para o trabalho de Sísifo não apenas como o trabalho externo, mas como o trabalho interno, necessário ao homem para evoluir, integrar-se, individuar-se. No processo terapêutico, por exemplo, há uma repetição criativa de situações, pois a evolução é uma espiral que parece sempre voltar ao mesmo ponto. Mas a cada nova experiência, fica diferente a manifestação, o sentimento, a neurose.

    Se Sísifo simboliza o ego e seu trabalho de criar mais e mais consciência, os deuses simbolizam o inconsciente coletivo e neste caso uma reação compensatória destrutiva, o que indica que a atitude da consciência é inadequada, para lidar com a situação.

    Sísifo tinha uma relação conturbada com os deuses, de disputa constante, não dimensionando adequadamente as forças que estavam em jogo. Em terapia, ao longo do processo de individuação, quando o ego está isolado ou com uma relação destrutiva com o inconsciente, ele não consegue perceber que está em desvantagem frente à psique objetiva.

    Com suas atitudes e comportamentos não adaptados, Sísifo se expôs à ira e vingança dos deuses - ou a uma reação destrutiva do inconsciente. O que fez teve conseqüências não só pessoais, mas também para todos. Sísifo não foi capaz de aceitar os desígnios dos deuses, seu destino. Tentou mudar a ordem da criação e a realidade humana.

    Jung ressalta quando de seu confronto com o inconsciente o quanto é importante para o ego aceitar seu destino. No processo de individuação chega-se a um momento crucial, que é o momento do sacrifício. Ao ego é solicitado algo do qual não quer abrir mão. É uma situação angustiante. Há uma luta interna muito grande para abrir mão de coisas consideradas preciosas. Mas se isso não for feito, a evolução não avança.

    O objetivo do confronto com o inconsciente é criar a função transcendente que vai unir os dois lados em conflito, procurando chegar a uma cooperação construtiva.

    No mito de Sísifo parece-nos que isso não foi possível. A relação entre ele e os deuses era de disputa, de tentar vencer o inconsciente através de truques e artimanhas bem simplistas.

    1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

    O homem contemporâneo carece de lentes para auxiliá-lo a enxergar os deuses que o rodeiam, e aqui deuses são manifestações arquetípicas com conteúdos energéticos de pólos opostos, que podem ativar a sombra ou trazer a luz para mostrar o caminho da individuação.

    A função transcendente nesse caso pode se manifestar como um obstáculo que paralisa o ego temporariamente de seguir o caminho, até então apresentado como único possível.

    Sísifo recebeu esses "obstáculos" como desafios e seu ego obsessivo fez com que ele canalizasse a energia para superá-los ao invés de tentar entendê-los como possibilidade de integrar seus conteúdos inconscientes.

    Os deuses contemporâneos se apresentam nos menores detalhes, nos processos de sedução que se desdobram em assedio moral, na carreira meteórica que pode trazer um câncer consigo, na desumanização das relações, eliminando todas as possibilidades de respeito. No mito de Sísifo, os deuses Tânatos, Ares, Hades e Hermes se apresentam aparentemente como os obstáculos a serem vencidos, porém na realidade eles representam a oportunidade de redenção se observados de forma intuitiva.

    1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    BIERLEIN, J. F. Mitos Paralelos. Ed. Ediouro, 2003.

    BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega, Ed. Vozes, 1996.

    BRENNAN, Anne e BREWI, Janice. Arquétipos Junguianos, A espiritualidade na meia-idade. Ed. Madras, 2004.

    GRINBERG, Luiz Paulo. Jung, o homem criativo. FTD, 1997

    JUNG, Carl Gustav. O Eu e o Inconsciente in Obras Completas, Vol. VII/2. Ed. Vozes, 16ª Ed., 2002

    JUNG, Carl Gustav. Fundamentos da Psicologia Analítica in Obras Completas, Vol. XVIII/1, Ed. Vozes. 10ª Ed. 2001

    JUNG, Carl Gustav. (Org.) O Homem e seus Símbolos. Ed. Nova Fronteira, 1977.

    JUNG, Carl Gustav. Memórias, Sonhos e Reflexões. Ed. Nova Fronteira, 1975.

    JUNG, Carl Gustav. Símbolos da Transformação. Ed. Vozes, 1975.

    KAST, Verena. Sísifo. A Mesma Pedra-Um Novo caminho. Ed. Cultrix, 10ª Ed., 1997

    MAGALDI, Waldemar. Dinheiro, Saúde e Sagrado. Eleva Cultural, 2ª Ed., 2009

    SILVEIRA, Nise da. Jung, vida & obra. Paz e Terra, 18ª Ed. 1997.

    Autor: : Ana Luiza Iughetti Feres - Terapeuta Holística - CRT 42969
    Última atualização: 02/06/2011 15:05


    Meditando - Cidade de Santos / SP

    MEDITANDO SANTOS

    2

    Meditando Santos







    MEDITANDO SANTOS



    Nelson Zuniga

    MODIFIC ADO 25/05/10

    MEDITANDO SANTOS

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    Consultor de Projeto Pessoal

    Profissão – Vida – Relacionamento

    Av. Pres. Wilson, 246 Cj. 320

    José Menino – Santos – SP – 11065-201

    (13) 3014-9467 – 9771- 0820 – WWW.zuniga.terapiaholistica.net



    Certificado e Credenciado

    SINTE – Sindicato Nacional dos Terapeutas

    Reconhecido pelo Ministério do Trabalho

    Nº 46.000.003.516/93 e Nº46.000.002.902/97

    Alameda Santos, 211 – Conj. 1403 – Cerqueira Cesar

    São Paulo – SP – 01419-000

    0800-117810 – WWW.sinte.com.br





    APRESENTAÇÃO

    Estamos num momento de incríveis transformações e sempre quando as mudanças verdadeiras aconteceram na história, estiveram acompanhadas de dois fenômenos – pressões suficientemente grandes e mudança de valores nos seres humanos.”

    Ken O´Donnell

    Início da apresentação do livro “Empresas e Pessoas” autor Nelson Zuniga - Editora Casa do EDITOR – São Paulo 2000.



    De todas as correntes meditativas a que mais fez sentido para mim foi a encontrada na organização internacional não governamental, sem fins lucrativos e com status consultivo no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas – UNICEF, com escolas em 75 países, durante os últimos 73 anos, oferecendo uma educação para a revalorização do ser humano – BRAHMA KUMARIS dirigida por Ken O´Donnell Coordenador da Organização Brahma Kumaris para América do Sul.



















    Minhas palavras ecoam como sementes em solo fértil...

     





    APRESENTAÇÃO



    Era primavera de 1951, uma brisa fria e suave banhava meu rosto, que espaventava meus cabelos compridos e brincava entre meus dedos, meus braços se abriam e se fechavam lentamente, como abraçando os álamos e os eucaliptos, que refletiam os raios de sol do amanhecer, meu avô comandava com voz suave e calma, as vezes ele se confundia com as árvores, parecia fazer parte delas. Eu tinha três anos quando aprendi esta rotina matinal.

    Após abraçar a natureza nos sentávamos comodamente na fria terra, num tapete multicolorido individual de crochê pela minha feito pela minha avó. Ele mandava fechar os olhos e nos concentrar no rio Maipo que descia turbulento da cordilheira dos Andes onde os salmões lutavam contra a correnteza para cumprir sua nobre missão... Depois nos pedia para focalizarmos no rio Mapocho que após ter recolhido o esgoto da cidade de Santiago e passado pelas areias e pedras vulcânicas de Peñaflor chegava purificado e manso a nossa terra... Entre os dois rios existia uma vertente de água ainda mais pura onde nossos corpos mental, emocional e espiritual se banhavam... É um momento mágico que sempre revivo por que me trás equilíbrio, serenidade, vitalidade e amor...

    Ele contava que esses exercícios começaram a ser feitos a mais de 6000 anos seja como culto a natureza, para perdoar ou para cultuar a qualidade de vida de cada um, até encontrar Deus, assim ganhou inúmeros nomes e tendências sem perder a simplicidade da comunicação externa e interna.

    Esta meditação pode ser associada às sabedorias hinduístas, budistas, cristã, judaica, xamânicas com todos seus valores e virtudes. Elas coincidem na simplicidade, nos compassos da natureza e na captação de energia cósmica.

    Nelson Zuniga











    EPIGRAFE



    Meditando Santos é um reconhecimento aos valores e virtudes que esta cidade brinda todos os dias, aos que nela nos acalentamos.

    Nos momentos atuais em que dominar a emoção se torna uma luta diária, observe, medite, vibre sentimentos de paz e prosperidade para que o universo ecoe em seus cinco corpos da mesma maneira.

    Vista da janela do Espaço Holístico do Nelson Zuniga

    Escrever e fotografar estes momentos de inspiração se iniciaram com uma caminhada pela orla, às árvores Chapéu de Sol resplandeciam as cores cálidas do outono contrastando com as de verde pastel que ainda se agarravam ao verão e o por de sol brincava de desenhar na água sua mensagem. No céu o algodão doce da alma interpretava a despedida e o mar num ritmo aconchegante convidava a areia para namorar.





    Já viu, ouviu e sentiu a beleza da ilha Urubuqueçaba?

    A ilha Urubuqueçaba flutuava entre mosaicos e serpentinas douradas do sol, que entornava o cálice do entardecer, as aves garis da praia se agrupavam para o descanso e os insetos noturnos da ilha cantavam timidamente para a lua que nascia poderosa na ponta da praia.

    De repente o ruído do trânsito da avenida e o vociferar da ciclovia denunciavam as emoções que atuavam atrás de cada volante, provavelmente só alguns afortunados perceberam o presente da natureza e se desvencilharam mesmo que por um instante das responsabilidades e objetivos rotineiros.

    O mar começava a se fundir com o céu, entanto as estrelas espiavam timidamente minha observação.



    Então concluí que se uma porcentagem maior de essas pessoas decidirem, pelo livre arbítrio, encontrar esses momentos de paz, beleza e sabedoria, equilibraria o pensamento, sentimentos e atitudes, contribuindo para ser uma cidade melhor do que já é. Foi com este sentimento que comecei a teclar Meditando Santos.



    As aves garis cumpriam sua nobre missão



    Desejo transmitir imagens que enriqueçam os sentidos, para que cada um desenhe a própria biografia, escolha seu próprio lugar para meditar, com a certeza que é uma experiência única, onde cada um pode melhora-lha e agregar-lhe valor.

    Também desejo falar de projetos de desenvolvimento comuns ao homem e a mulher, do ponto de vista do ser humano que busca respostas para vida, profissão e relacionamentos.

    A prática da meditação da luz e vida ao intelecto, fertiliza com a água da sabedoria o discernimento, fazendo florescer a beleza e a verdade suprema.















    DEDICATÓRIA





    À cidade de Santos

    Pequeno ponto na terra

    Um grande Oasis para o coração.



    Nelson Zuniga











    Editoras:





    SINTE contato@sinte.com.br– 0800-117810 – (11) 3171-1913









    EDITORA:

    Rua,

    CEP

    Telefone:

    Copyright:

    Editor: SINTE

    Revisão: SINTE

    Editoração: SINTE

    Impressão: SINTE

    Catalogação: 1 Meditação. 2 Sabedoria. Auto-ajuda.

    Autor: Nelson Zuniga

    Capa:

    Fotos: Nelson Zuniga (Kodak Easy Share CX 7300 3.2 mega pixels)











    SUMARIO





    RESUMO Pg. 11



    MATERIAL METODOLOGIA Pg. 26



    RESULTADO Pg. 52



    AGORA VOÇÊ Pg. 57



    TRÊS EXPERIÊNCIAS Pg. 65



    CONCLUSÕES Pg. 72



    BIBLIOGRAFIA Pg. 75



















    RESUMO

    Desenvolver a observação e meditar no meio do caos e do estresse tornou-se uma necessidade na vida atual, as pressões são muitas, contas para pagar, ausência de silêncio, responsabilidades com a carreira, relacionamentos, qualidade de vida.

    Neste desafio proponho adquirir primeiramente a observação, e abrir os caminhos para meditação de uma forma tranqüila, descontraída, simples más com a responsabilidade de se conhecer e se amar.

    Meditando Santos é um reconhecimento aos valores e virtudes que esta cidade brinda todos os dias, aos que nela nos acalentamos e aos que vem procurar um cálice de paz e harmonia neste Oasis.



    Se o alvorecer é uma criança, o dia um adulto, eu já sou o crepúsculo?

    Aprender a se concentrar e meditar é um fluxo de crescimento, um estado de ser sem associações emocionais. Segundo os dicionários, meditar é o processo de pensar sobre ou a respeito de algo. Então isto apenas é um pensamento focalizado para o entendimento, programação ou planejamento, sendo assim e uma concentração do que desejo, como, onde, quando, para quê, custos e resultados.

    Meditação é uma virtude que o ser humano tem a disposição de graça é um estado de espírito, de ser, onde se vive com perguntas e não com respostas deixando de ser uma atividade lógica para transformar-se numa virtude natural além dos cinco sentidos.

    Meditar e um estilo de vida que pode ser vivenciado até no meio do caos dos grandes centros urbanos, Santos facilita este desenvolvimento pelos contrastes geográficos, porte e constante crescimento, preparando-se para as gerações atuais e futuras, desenvolvendo infra-estrutura viária, ferroviária, aérea, fluvial, imobiliária, educacional, hospitalar devido ao crescimento normal e ao início da exploração das jazidas marinas de petróleo e gás.



    Se o passado ficou para trás e o futuro não me pertence, o que faço com o presente?



    Fico preocupado com a infra-estrutura do desenvolvimento humano da nossa cidade, para não repetir erros biográficos de municípios que em seu crescimento deixaram proliferar as ervas daninha do crime e a explosão demográfica desenfreada agredindo a natureza local.

    A cidade de Santos tem uma egrégora saudável de virtudes e valores principalmente no jardim litorâneo.

    Faço uma metáfora comparando Santos ao um Ser Humano que consta com cinco corpos em um só.

    O corpo físico da cidade estruturado com os quatro elementos e fronteiriça de cidades amigas. Corpo que lida com alimentação, digestão, interação, tempo e espaço, elo de comunicação atlântica e continental.

    O corpo mental do município do qual todos os cidadãos que aqui moramos fazemos parte, representados por uma equipe pensante e atuante administrando passado e presente, para desenvolver o futuro.

    O corpo emocional da cidade e o centro de todos os corpos, vulnerável a credos, dogmas, políticas, uma fonte de inteligência com vida própria que em breve triplicará sua população e conseqüentemente, os anseios de uma população que pensa, sente e realiza.



    A solidão não necessariamente e dolorida, ela pode ser integradora...



    As grandes cidades não devem ser medidas pelo tamanho, e sim pelo equilíbrio emocional de seus cidadãos, berço de pessoas ilustres que influenciam indivíduos, classe e sociedade.

    O corpo espiritual da cidade desejando encontrar um sentido filosófico no momento de miscigenação de virtudes e valores.

    Por último, o corpo de energia santista inerente a individualidade desta maravilhosa e única cidade e inerente a cada um dos seus componentes. Este já e um passo para nos preparar para essa nova etapa, encontrando equilíbrio emocional através da observação e da meditação.



    Quanto mais aumenta a luz, mais aumenta a escuridão.



    No início da minha carreira como terapeuta holístico, meditava muito para entender a dificuldade que muitos seres humanos têm em provocarem mudanças necessárias para melhorar a própria vida.

    Quando as mudanças ocorrem, elas são provocadas por perdas materiais, de relacionamento ou de saúde, essa observação me levou ao cenário das emoções e como atores de um grande palco algumas pessoas assumem um único personagem do qual se orgulham sem se colocar por um instante no lugar da platéia, isso e egoísmo, o que fez que concluir que, mudança e sinônimo de dor por opção.

    Já os mais flexíveis e que desempenham múltiplos personagens sem serem mascarados tem um acesso maior a felicidade. Mesmo sendo cansativo interpretar vários papeis, vemos alguns bem sucedidos como o pai ou mãe que desempenham sua função profissional, se socializam, brincam com filhos e amigos, fazem trabalhos comunitários, cozinham, concertam, amam, arregaçam as mangas, são discípulos e mestres, estes poucos personagens em uma só pessoa tem a virtude de interpretar a vida, e certamente estão mais perto da paz, catalisar estas atitudes exige constantemente momentos de observação e meditação.

    Como toda ação se precisa de uma dose de sacrifício para que a meditação ilumine mais de uma interpretação e de início a compor outras melodias, é necessário provocar alterações no roteiro e ter a humildade de compartilhar conhecimento com os outros, até reunir conhecimentos suficientes para continuar desenvolvendo.

    A necessidade da mudança faz desenvolver qualidades humanas tidas por alguns apenas como símbolos inalcançáveis, e quando esta ocorre fica maravilhado com seu desempenho e qualidade adquirida.



    Neste palco todos somos atores, quem ou que, você representa?

    Somar qualidades ao longo da vida e como colecionar máscaras que usamos de acordo com a situação. Estas mascaras são facilmente decifradas quando somos alfabetizados na leitura corporal e facial o que nos leva a perguntarmos constantemente, que papel estou representando na minha profissão, relacionamentos e para meu espelho?

    E bom meditar e crescer, é bom também quando sem exageros e convencimentos nos sentimos diferentes dos outros e desejamos aproveitar essa diferencia em prol de um objetivo maior.

    O desafio é desmistificar a meditação e contribuir para que cada um identifique um objetivo na vida num curto espaço de tempo na milenar busca do perfeito relacionamento, sucesso profissional e a sensação de liberdade.

    Quando o raciocínio nos mostra a fragilidade dos nossos sonhos, surgem às alternativas de continuar sofrendo ou lutar por uma esperança.

    Quem medita é tido como um ser diferente considerado estranho, esquisito que na maioria das vezes enxerga além do óbvio. Meditar pode ser um dos tantos caminhos que trás crescimento, aprendizado mesmo não conseguindo nas primeiras tentativas.



    Será que preferimos imitar que libertar a criatividade na meditação?



    Tomar a direção desejada na vida requer ousadia, criatividade para corrigir erros e não repeti-los, segurar o leme com as mãos do coração.

    Se aventurar no mar da vida significa deixar um estaleiro confortável, isso pode significar uma perda, ou a possibilidade que depois da travessia descobrir um lugar melhor. Se não tentar nunca saberemos a resposta.

    E um momento na vida que as perdas trazem ensinamentos ao ponto de lidar com a própria segurança e ter coragem quando desafiado pelo universo a fazer uso do livre arbítrio, todos nós, sem exceção, temos defeitos e virtudes a serem recriados ou melhorados, independente da personalidade ou jeito de ser.

    Meditar não é sinônimo de solidão e sim a associação devida ao desenvolvimento da luz interior, o que nos deixa introvertido, esta postura incondicional provoca a sensação de bem estar inclusive nas pessoas com quem dialogamos.

    Meditar é provocar uma transformação no sentido da vida em constante mutação. Segundo a antroposofia estas alterações ocorrem a cada sete anos que quando compreendidas levam a sabedoria.



    Porque se a terra é tão pequena a distância entre as pessoas e tão grande?



    Com certeza você percebeu que algumas pessoas e cidades conseguem as coisas sem esforço aparente, pois é, isso e um processo de postura perante a vida, assim como quem gosta da profissão e a exerce com carinho nunca trabalha, ganha, se divertindo deixa fluir as tarefas e encara os problemas como desafio.

    Não se trata de bairrismo e sim de aceitar a alma da cidade composta por todos nós, caiçaras, santistas, migrantes e emigrantes.

    Porque indivíduos e cidades conseguem prosperar? Na minha observação; estas pessoas sabem brincar com o pensamento, sentimentos e atitudes, o seja: Se estão planejando ou resolvendo processos pessoais ou profissionais em primeiro lugar está o pensamento. Se estiver fazendo amor com a pessoa amada o pensamento, cede espaço ao sentimento, por último, numa emergência a atitude instintiva se equilibra as duas anteriores.



    Você já fez um luau na praia?

    Para desenvolver a meditação é conveniente administrar três verbos pensar, sentir e agir de acordo a cada situação tornando-nos mais perceptivos e assertivos.

    Como já disse, meditar não é pensar, raciocinar, conduzir cultural ou educacionalmente. A meditação é uma atitude não pensadora do ser humano independente de inicio, meio ou fim, e, apenas entra em contato com a sabedoria universal.

    Os mais ansiosos e impacientes me perguntam se ervas, cactos, cipós etc. ajudam entrar no processo de meditação. Eu respondo com outra pergunta, “você aceita fazer hipnose em estado alfa?”. Quando aceita a resposta vem da própria pessoa que consegue respostas internas sem necessidade de alucinógenos.

    Pular etapas de aprendizado sempre tem um custo material ou emocional, e como entrar num jogo sem a devida preparação.

    A meditação e um ritmo harmônico transitando pelas dimensões sutis, por isso que tentar formatar a meditação e transformá-la em planejamento a torna um critério lógico, isso não e meditação, neste caso e apenas uma concentração para relaxamento dos corpos mental e físico.



    Meditar desenvolve em você a sabedoria e a serenidade?

    A concentração como método escolar, profissional ou para a vida diária e uma necessidade, inclusive para estar escrevendo este livro, porem não estou meditando, a concentração me ajuda a planejar etapas para atingir os seus pensamentos, para que a meditação faça sentido na sua vida.

    Vivemos num caos relativamente organizado, porém altamente estressante isso nos leva a criar mecanismos de defesa que chamamos de concentração, relaxamento ou meditação, já é um bom começo para entrar num universo tão poderoso que melhora a qualidade de vida.

    Vejo por meu filho, como ele desenvolve a concentração para alcançar seus objetivos, curtir as próprias experiências ou as emprestadas da TV, internet, filmes, livros, academia e faculdade, com isso ele desenvolve a concentração em determinado tema para enriquecer o corpo mental, físico e emocional.

    Neste passeio pelos cinco corpos que vão do intangível até o físico, ele se projeta em cada um trazendo ricos aprendizados para o presente e o futuro. São as aventuras e as experiências da mente e da identidade, passo importante para a meditação e para entrar em contato com a própria alma.



    Você sabe decidir misturando pensamento, sentimento e atitudes?

    Quando falo em meditar sobre o corpo sutil, identidade e/ou espírito não estou falando de religião e sim de transitar através das dimensões como um livre pensador, respeitando minha formação religiosa e a dos demais.

    Meditar é portanto, um verbo que devemos evitar associá-lo a método, planejamento e concentração. Simplesmente é uma descoberta única de cada indivíduo, que quando retorna desse êxtase, trás uma rica bagagem sensorial, o verdadeiro reconhecimento do eu na sua transcendência.

    Na vivência da meditação, devemos deixar fluir o corpo energético deixando o espírito bandeirante facilitar o avanço, nesse momento lutamos com o lado instintivo voltado para o verbo ter.

    Valorizamos um xamã, yoge ou monges porque temos a certeza que podemos aliar a sabedoria deles, aos tempos atuais na profissão, vida e relacionamentos.

    Neste impasse modernista o desafio é unir três verbos básicos do ser humano, o “Ter” voltado para as necessidades do corpo físico e mental, o “Ser” para aquietar o corpo da identidade e/ou espiritual e como resultado o equilíbrio do “Estar” do corpo energético, para encontrar o estado de êxtase do corpo emocional.



    Você observou as mudanças da árvore Chapéu de Sol nas quatro estações?

    Meditar é um estilo de vida que vivencia inicialmente estes três verbos, esta virtude começa a fechar portas do passado e abrir as portas do presente desconhecendo fronteiras.

    Trata-se de descobrir a existência de que o relógio do coração e tão ou mais importante que o relógio digital, onde se superam frustrações adquiridas da profissão, vida ou relacionamento. O estado de espírito e/ou identidade da meditação propicia o encontro dos ritmos dos corpos numa espiral que une duas dimensões.

    A beleza terrena de um nascer ou por de sol, desabrochar de uma semente, a mágica da gestação de uma borboleta, a gravidez de uma mãe e o nascimento de uma criança, fazem parte das vivências tanto quanto a morte, tudo é uma grande orquestra, um grande cenário onde aprendemos a dança da vida, e sendo participes dessas dimensões, entramos no salão da felicidade.

    As crianças têm muitos dons, alguns que admiro é a curiosidade, a procura, as perguntas, a ousadia e a contemplação. Algumas pessoas inibem ou ridicularizam castrando estas virtudes pelo medo o a ridicularização, estas atitudes ficam escondidas, mas, latentes no adulto, concertar estas pequenas grandes feridas e primordial, porque elas afetam a concentração e a meditação.



    O nascer e o por do sol, são ritmos como as quatro estações, semanas, meses, anos, qual e seu ritmo.

    A velocidade atual da vida vem causando muito estresse, cansaço e tensões que provocam crises emocionais, com efeito, em todos os corpos, energético, espiritual, emocional, mental e físico, por isso antes de uma sadia concentração deve-se acalmar os corpos com a meditação.

    O processo de meditação e uma arte, e como tal e aconselhável aprender a misturar as cores e os sons energéticos, refinar experiências e a sensibilidade, assim adquirimos poderes mágicos que transformam a escultura emocional.

    Estas experiências trazem uma sensação de poder sofisticado, acalmando as perturbadoras energias diárias geradas por uma parte das pessoas classe ou sociedade.

    Alguns meios de comunicação para prender a atenção apelam para a anti-concentração e anti-meditação, usando sutis métodos diretos e apelativos e/ou neurolinguísticos. Em compensação outros além de informar contribuem para enriquecer as virtudes e valores do ser humano. Desejo esclarecer que este comentário não e uma fuga, toda informação e necessária, somente devemos aprender a filtrar o que é bom para nós.

    Independente das necessidades individuais todo ser humano tem a obrigatoriedade de observar os próprios pensamentos, como eles nascem e se desenvolvem, conteúdo básico para ter uma boa qualidade de vida, uma profissão e um bom relacionamento.



    Você caminhou em silencio do Emissário até a Ponta da Praia e viceversa?

    Estas virtudes podem ser alcançadas individualmente, apenas precisa de tempo e dedicação deixando por alguns minutos a TV, Note Book, Celular, Ipod e etc.. Apenas sentem-se tranquilamente, independentemente de postura xamânica, oriental ou ocidental mantendo ereta a coluna cervical, dorsal e lombar, para que as energias dos cinco corpos fluam se harmonizando. O fato de cruzar as pernas e os dedos das mãos além de propiciar a interação energética com o universo tem a simbologia da proteção, já que durante a meditação abrimos as portas dos centros de energia (ou chakras) ficando propensos a energias intrusas.

    Tenha ou adote seu espaço na sua casa, apartamento, praça, jardim da orla ou na areia, aprenda a ficar a sós na multidão, observe a quietude dos movimentos, dissipe a profusão de pensamentos, experimente a leveza do ser, separando-se suavemente da necessidade do ter, abrindo caminho para a serenidade do estar.

    Esta simples técnica requer persistência, perseverança, paciência, disciplina e autocontrole. Ser um auto-observador e aquilatar paulatinamente os lampejos de sabedoria que apareceram.

    O equilíbrio do ser e do ter trará benefícios nas atividades diárias, transformando residência em lar, trabalho em virtude e o desequilíbrio físico em qualidade de vida.

    Começamos a meditar quando percebemos que o corpo mental se desequilibra, perdemos a sensibilidade e diminuímos o sorriso.



    Qual e sua prancha para surfar na vida?

    Meditar quando observamos tudo com uma finalidade, assim como a musculação e para aprimorar o corpo físico, a concentração e para resolver conflitos, a meditação e para fortalecer o corpo da identidade e/ou espiritual.

    Percebemos que aquilo que muitos acham tolo, esconde valores incalculáveis assim como extasiar-se perante uma flor, no suave planar de um urubu ou no travesso voar de um beija flor.

    Perdemos a inocência indígena, a flexibilidade da natureza é a sabedoria de um nascer e por de sol, extasiarmos perante uma obra de arte. Ainda temos tempo de recuperar estas virtudes que nos torna realmente seres humanos.



    Você perceve que seu futuro e a soma do passado mais o presente?



    Recuperar a criatividade e a espontaneidade perdida no processo mecanicista, virtual e atacadista que inibe e condiciona as percepções e nosso desafio.

    Apesar que a beleza da ação e da flexibilidade foi relevada a alguns esportes olímpicos onde simplesmente assistimos, podemos sem ser atletas, leves e flexíveis, lembrando que a vida é uma pista, um palco, onde todos temos direito a um podium, onde também temos deveres para alcançar nossas próprias conquistas, participar da vida onde tudo é ritmo, e como atores desse grande picadeiro, nos direciona para aprender a meditar em todas as circunstancias.

    MATERIAL E METODOLOGIA

    Portanto meditar no caos ou na tranqüilidade é uma questão de adaptação, o importante é vislumbrar que temos saída para ansiedade e a impaciência atual.

    E comum aparecerem neste momento emoções adormecidas como, ressentimento, ciúme, raiva culpa, angustia, auto-rigidez moral, impaciência, ansiedade, apego a momentos passados que não deixam viver o presente, sobrecarga de responsabilidades, baixa auto-estima, egoísmo, medos, tortura mental como as mais comuns.



    Percebeu que o terço é a forma cristã de meditar?

    Quando o ser observador emerge e se mantém constante, o sono e a vigília se tornam agradáveis. As pessoas próximas muitas vezes pensam que estamos lentos, mas nessa lentidão nossa percepção trabalha em sincronicidade com os cinco corpos, melhorando o desempenho profissional, harmonizando as interações individuais e sociais. E comum escutar, “como você consegue fazer tantas coisas num dia só?”

    A modernidade tem muitos valores, neste caso apenas inibiu as percepções que os bons caçadores e pescadores têm naturalmente, atenção, percepção, observação e sensibilidade.

    Neste estado de observação entre sono e vigília encontramos uma sensação de felicidade, é a ternura do coração aflorando e fluindo através do corpo mental.

    O processo de meditação é assim, antes dele a praia, a orla derramavam uma palheta de cores, depois da descoberta o espiral perceptivo se torna uma virtude constante.

    Como podemos observar uma vez incorporado o estado meditativo de maneira constante começam a surgir insights, visões aliadas a própria criatividade, trazendo muitas vezes insegurança por perceber coisas que antes duvidava e agora se tornam naturais.



    Já meditou na pedra da feiticeira na vizinha praia de itararé em São Vicente?

    Freud e Jung cogitaram que: “toda experiência e conhecimento da humanidade fazem parte da consciência individual” meditando essas experiências que aparecem de diferentes formas, como lampejos simbólicos ou arquetípicos do passado, no presente ou do futuro.

    Para que serve meditar? muitos se perguntam e aos poucos vão percebendo que resolver problemas se torna mais fácil porque desenvolve a intuição e a leitura energética, deixando preparado para enfrentar qualquer tipo de situação.

    Este orgasmo energético que nada tem a ver com a sensualidade, é uma experiência única, iluminando, abrindo caminhos, libertando novos pensamentos, sentimentos e atitudes, o seja adquirimos novos poderes.

    MEDITANDO OS CINCO CORPOS

    Acomode-se num lugar escolhido por você com a coluna vertical a terra. Determine que os ruídos externos não interfiram na sua tranqüilidade. Deixe a meditação seguir seu fluxo natural como a água que desce de uma vertente. Olhe sem ver. Aos poucos a profusão de pensamentos diminui, preparando-o para a jornada meditativa.

    MEDITANDO COM O CORPO ENERGÉTICO

    Concentro-me no corpo de energia que eu sou. Um ser divino. Filho da luz eterna que ilumina todas as vestes que adquiri na jornada do ego. Volto a ser um ser de luz para iluminar minha jornada e a dos outros seres que encontrar no meu caminho.

    MEDITANDO COM O CORPO ESPIRITUAL

    Concentro-me no corpo espiritual. Identidade da alma do aprendizado. Identidade do nascimento como pedra. Identidade do nascimento como planta. Identidade do nascimento como animal. Identidade de todos meus nascimentos como ser humano.

    MEDITANDO COM O CORPO EMOCIONAL

    Concentro-me no corpo emocional. Centro dos cinco corpos. Aqui aparecem todas as minhas máscaras. Vou destruindo uma a uma, não sim antes ter interpretado e aprendido com suas mensagens.

    MEDITANDO COM O CORPO MENTAL

    Dirijo minha atenção a minha cabeça, receptáculo de todos os meus pensamentos, sentimentos e atitudes. Concentro-me na minha testa e na minha energia racional. Transmuto meus pensamentos densos em luz. Sinto a liberdade pacífica e a pureza do meu ser. Estes pensamentos fazem aflorar as lembranças de quem realmente eu sou e qual é a fonte da minha criação.

    MEDITANDO COM O CORPO FÍSICO

    Concentro-me nos meus olhos, ouvidos, nariz e boca. Reconheço-me como um ser crítico e da paz. Através dos sentidos encontro minha qualidade de vida.

    Concentro-me no meu pescoço. Elo do universo dos pensamentos, das percepções com o mundo das ações e da comunicação.

    Meu coração diminui o ritmo para que uma experiência de tranqüilidade faça contato com as qualidades mais elevadas do meu ser.

    Meu estômago usina do corpo físico me pede leveza para sustentar o ser. Que se manifesta puro. Radiante. Pleno. Superando todas as energias conflitantes.

    O umbigo, ligação com todos meus ancestrais, mostra-me a experiências de todos os lares que recebi. Posso visitar-lhos, levar a minha paz e o silêncio luminoso e purificador e trazer amor, proteção e paz.

    Concentro-me no meu púbis, símbolo da continuidade e também dos instintos. Agora calmo e em harmonia, estou em paz com a energia eterna que realmente eu sou...



    Você enxerga os símbolos que a natureza nos brinda?

    Meditar não é fazer voto de castidade, a sensualidade é fazer amor com quem se ama deve ser uma constante troca de fantasias, carinho e diálogo, especialmente quando se conjugam os cinco corpos do casal.

    O que deve ser evitado é a sensualidade ligada ao ego e a lascívia, recipientes de ousadia que cegam e trocam uma tranqüilidade e felicidade constante, por um momento de paixão.

    A energia que irradiamos, a capacidade de ver e enxergar o mundo, a sensação de felicidade nos faz sentirmos importantes e poderosos nos diferenciando num grupo de pessoas ou numa equipe.

    Meditar como podemos observar é extremamente difícil, mas também extremamente fácil se mantermos humildes e flexíveis.

    Temos hoje um amplo leque de opões místicas, com soluções fáceis que logo desmotivam os seus seguidores.



    Já sentiu o êxtase e a felicidade de meditar no nascer e no por de sol?

    Não importa qual é a sua opção, o que você merece ter, e que, a ética, virtudes e valores pregados sejam praticados por todos os componentes dessas entidades.

    Não é necessário esperar a senilidade para se tornar Sábio, isto acontece naturalmente com algumas pessoas, diz a sabedoria milenar: ”quando se enturva a visão se começa a enxergar com a alma”.

    Se acalmar o corpo físico, mental e emocional estamos aptos para entrar numa vivência autobiográfica, espiritual e/ou energética. Estas experiências são relatadas em todos os livros sagrados que buscam a iluminação.

    Ao nos desfazer dos algozes físicos, mentais, emocionais, estamos livres para conectarmos com o universo.

    Comece a observar a mar, areia, céu, rochedos, ilhas, jardins, morros, olhe sem ver, sinta sem tocar, escute sem ouvir e aos poucos se sentirá ritmicamente integrado nessa paisagem escutando o maravilhoso silêncio de seu corpo espiritual.

    Cuidado. Quando começar a encontrar a luz da sabedoria dentro de você, mais escuridão e ignorância o acometeram.

    O ritmo existencial se torna tão obvio que se no nos contatamos com pessoas sintonizadas nessas vibrações se corre o sério perigo de ficar só.






    Que buscas no horizonte que não está dentro de ti?

    Estou fazendo terrorismo, lembrando a forma coercitiva com que algumas gerações fomos punidas. A minha experiência pessoal e profissional mostra que quando ensino tudo o que sei, sou obrigado a aprender mais. E quando aumenta a escuridão, nosso coração tem um lampião abrindo caminho na densidade. O perigo de ficar só se esvanece, porque se e convidado para palestras, cursos, escrever artigos que geram conhecidos e amigos em progressão geométrica, e a família se orgulha de ser partícipe dessa sabedoria.

    A meditação permeia os cinco corpos, cabendo um quinto ao corpo mental que deixa espaço para os outros e assim sucessivamente, esse processo transforma toda a perspectiva das percepções, facilitando a transformação de cada um.



    Um quadro vivo em constante mudança de autor conhecido...



    Agora esse 20% de atividade mental da passagem a desintoxicação emocional, ambas embriagadas pelo cálice obsessivo da atividade física e mental.

    A mudança num ser que encontrou a meditação mexe com a atividade postural devido a que a expressão interna reflete no comportamento espontâneo.

    A meditação como qualidade de vida trás organização em todas as atividades humanas impulsionando-o e motivando-o, vivenciando várias vidas em um instante.

    Ao entrar em contato com o campo áurico temos que repor o colorido anímico da alma.

    Como um prisma que recebe luz pura e desdobra a riqueza cromática em todas as criações existentes na terra, e maravilhar-se com a florada colorida da primavera, o arco Iris no arrebentamento das ondas, ou nos diamantes do orvalho matinal.



    Viver em harmonia, relaxar, sonhar, liberar a criatividade, recuperar o sorriso da criança interior, compreender a razão da existência e a simplicidade de ser. Escrever a autobiografia mostrara a importância simbólica de cada evento, descobrindo o significado sagrado da vida.



    O paradoxo é que para entrar na meditação temos que acalmar a mente, momento em que desenvolvemos a inteligência porque nos conectamos energeticamente com todo o universo. A mente tem um papel preponderante no processo de aprendizado e desenvolvimento do individuo questionando carma, darma, ancestralidade e o livre arbítrio que possuímos.



    O processo de aprendizado e de instrução tradicional oferece conceitos de maneira racional, que é como montar um quebra cabeças, mas, quando faltam peças se entra em colapso ou se abre espaço ao processo criativo. Já o processo de aprendizado vivencial ou auto-didático funciona como se fosse um mosaico, mesmo faltando peças, se produz uma organização natural e criativa, como na natureza, este processo de experimentação, faz reviver a criança descobridora adormecida em nós. Se unir os dois processos atingimos um maior desenvolvimento.

    Este procedimento nos ajudará a minimizar as condições adversas, levantar âncoras para navegar livres pelo oceano da meditação.

    Esta proposta tenta desmistificar a concentração e a meditação, mostrando que tudo começa com a respiração.

    Tomando como base as pesquisas do terapeuta americano Leonard Orr, criador do Rebirthing (Renascimento) em suas palestras e vídeos didáticos, adaptei eles para nossa realidade:

    Quando inspiramos e expiramos com a língua entre os dentes, ritmicamente pelas narinas e colocamos a cada 7 uma respiração profunda, estamos aliviando ressentimento, raiva, culpa”.



    Você faria a travessia com Cristóvão Colombo ou Pedro Álvares Cabral?

    Quando inspiramos e expiramos normal e ritmicamente pelas narinas e colocamos a cada 14 uma respiração profunda, estamos equilibrando a consciência e a observação”.

    Quando inspiramos e expiramos silenciosa e ritmicamente pelas narinas e colocamos a cada 21 uma respiração profunda, estamos entrando num processo de meditação”.

    Crises ou desafios que interferem na concentração e na meditação

    E comum nas palestras pessoas manifestarem que tem dificuldade para se concentrar e meditar.

    Trazendo a experiência de consultório, da Hipnose, Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, além das pesquisas nos livros de Bernard Lievegoed, na publicação em 1948 “Desvendando o Crescimento” e posteriormente em 1976 “Fases da Vida”.

    Este autor pesquisou as crises e o desenvolvimento da individualidade e como estas situações interferem a partir dos vinte e um anos da vida.



    Você meditou até enxergar seu colorido anímico?



    Ao compreender, aceitar ou transmutar, experiências adquiridas desde a gestação até os vinte e um anos, abrimos caminhos para muitos aprendizados, assim aprendemos a restaurar e administrar as crises energéticas que aparecem naturalmente ao longo da vida.

    Desafio da adoção do veículo físico:

    O corpo espiritual e/ou identidade tomou a decisão de pilotar o veículo físico, assumir esse comando significa deixar o conforto intangível, preparando-se para entrar no universo das ações, momento que acontece com o primeiro respirar, onde se fundem identidade, espírito e matéria. Dependendo da tendência filosófica para alguns será o DNA, para outros pagamento e aprendizado da energia e do espírito, carma ou darma.

    Desafio da gestação:

    Este momento tem uma relevância energética no ser humano devido a que em muitos os casos não compreendemos durante o crescimento e o desenvolvimento o sentimento da rejeição. Provavelmente originado no momento de nossa mãe e pai receber a noticia da gestação, prefiro esta palavra por ter uma conotação mais positiva que gravidez.

    E muito importante se perguntar numa auto-regressão: Qual foi a primeira emoção da minha mãe? Pai? Parentes? Amigos? E muito provável que a memória energética tenha registrado essas emoções e estejam influenciando os momentos atuais. O primeiro passo e agradecer porque graças a dois impulsos estamos aqui, o segundo, se ouve alguma reação negativa perdoe e o terceiro é reconhecer que nós somos artífices do próprio destino e temos a oportunidade de melhorá-lo.

    Desafio do nascimento:

    Do ponto de vista holístico deve-se procurar que o parto seja o mais normal possível. No fluxo da vida, o parto estará simbolizando os constantes processos de mudanças, que deverão ser conduzidos com segurança, flexibilidade e amor.

    A troca energética de carinho no aleitamento e no desmame fortalece a confiança, auto-estima, procura e desafios. “Esta confiança será revista no momento de colocar a coluna ereta, capacidade exclusivamente humana e que da inicio a fala”.

    Em termos energéticos abrimos as janelas para o mundo físico, do pensamento com alguns toques de emoção, o momento certo para aprender a respirar equilibradamente.

    Uma pequena crise acontece ao redor dos três anos quando a criança troca “o nenê não quer” pelo “Eu não quero” atitude que para muitos adultos, e desafiadora, ou mal-criada. Quando inibida afeta no futuro, o equilíbrio do pensar, sentir e agir.

    Um momento rico e agradável lembrado por alguns clientes quando criança é o de ficar só, curtindo as próprias fantasias. Momento único que deve ser compreendido e respeitado, o descobrir do espaço individual cria auto-respeito, auto-estima e auto-aprendizado, estas pessoas criaram condições favoráveis para a meditação.



    Você vê no fundo a silueta da terra grávida?



    Não posso deixar de falar dos medos adquiridos na fase do aprendizado e que inevitavelmente aparecerá quanto adulto, disfarçada de insegurança, ansiedade, dependência, entre os mais comuns.

    Estes medos vão desde as estórias, até os temores convenientes para os adultos para controlar, manipular ou chantagear emocionalmente.

    Os medos da dor, morte, pobreza, solidão, abandono, medos de arriscar, errar, de ser enganado, medo de hospital, dentista, injeção, medos de cobrança ou até medo de rir para depois não chorar.

    Este conjunto de emoções fica guardado na memória, aparecendo como símbolos esmaecidos em momentos importantes na vida, profissão ou relacionamentos, desencadeando energias poderosas que interferem na busca da serenidade.

    O medo também ativa os mecanismos de defesa para a luta ou para a fuga, perdendo o controle do medo aparece a raiva, herança do instinto animal.

    Podemos meditar se alguma célula guarda medo, raiva, sapos engolidos? Desde a mais tenra idade acumulamos essas e muitas outras emoções, saber lidar com cada uma dela e a arte de se lapidar.

    Existem muitos tipos de medos que com Florais de Bach são tratados com ótimos resultados. Medos Reais (Mimulus), o medo em seu estilo mais puro (Rock Rose), medo de perder o poder (Cherry Plum), medo invisível (Aspen), medo da solidão ou de perder os outros (Red Chestnut). A natureza nos fornece uma palheta para pintar a bela aquarela da nossa vida.



    Desafio da socialização:



    Pode ser isto resultado de uma explosão ou a obra de um arquiteto?

    Na teoria de Lievegoed isto ocorreria aos sete anos, sistema mantido ainda nas escolas Waldorf respeitando o desenvolvimento biológico da natureza. Esta socialização está ocorrendo cada vez mais cedo devido ao desabrochar da mulher profissional e ao desequilíbrio familiar, que coloca as crianças em guardarias infantis.

    O fator econômico e a falta de escolas apropriadas que vão além do conteúdo básico, dificulta a interação com a natureza e o desenvolvimento da criatividade.

    Desafio da adolescência:

    Mensagens emitidas e recebidas serão marcantes porem não necessariamente definitivas, elas podem ser reescrita pela própria pessoa.

    A fase adolescente num ser humano, segundo Rudolf Steiner, é considerada entre os 14 e 21 anos, época da puberdade e sexualidade madura, momentos de muita energia e de crises, que devem ser canalizada para o desenvolvimento. De certa maneira, nesta fase vivemos um sonho que é desvendado pelo arquétipo de Adão e Eva, que por ter comido a maçã da árvore do conhecimento, teremos que dar a luz com dores e ganhar a vida com sacrifícios.



    Quando jovem surfei no mar será que hoje aprenderei a surfar nas palavras?

    Nesta idade vivenciamos uma profunda separação da sexualidade. Questionamos tudo, pais, Deus, sexo, entidades. Nesse questionamento, uma saudade enorme toma conta da nossa identidade, ficamos mais instintivos e discordando do pensamento, sentimento e atitudes. Assumimos pensamentos filosóficos que nos levam ao extremos: grande socialização ou isolamento.

    Aparecem muitos sentimentalismos junto a uma vontade excessiva que em algumas oportunidades se direcionam para agressividade competitiva, esta identidade deseja viver todos os “esportes e pensamentos radicais” buscando respostas para aquilo que nos incomoda e não compreendemos.

    É um momento precioso onde nos deparamos com o espelho do tempo nos perguntando: “De onde viemos? Onde estamos? E qual e a razão da nossa existência?”. Criamos dúvidas a respeito dos nossos próprios pensamentos, e nos perguntamos: Estas são minhas idéias, minhas escolhas ou a dos meus pais? Demoramos muito tempo em compreender que nossa individualidade e independência, estarão sempre atreladas às nossas raízes.

    Viramos um pêndulo, desejamos liberdade, identidade própria, criticamos, invocamos autenticidade das autoridades mais próximas, e só quando perdemos esse vinculo e que percebemos quão importante é para nosso destino.



    As pontes dos canais na areia unem a razão e a emoção?

    A profissão nesta idade varia muito hoje devido ao grande crescimento populacional e a migração por falta de recursos, assim temos vidas direcionadas para a sobrevivência sendo-lhes cortada a possibilidade de estudar e desenvolver assumindo profissões sem escolha, fazendo trabalhos de rotina atrofiando a criatividade.

    Mesmo assim num outro grupo de pessoas decorrem as seguintes perguntas: ciências exatas ou humanas, engenharia ou medicina, jornalismo ou administração? Uma grande parte não acha respostas no processo atual onde as profissões estão muito diversificadas. E neste ponto onde nascem os líderes, na falta e no excesso, são poucos, independente de condição social, ter-se iniciado no campo de trabalho ainda criança ou vindo de uma família economicamente equilibrada. Tais líderes começam organizando jogos de futebol, festas, se candidatam a cargos nas escolas ou entidades de classe, são convidados para passar conhecimento ou dar aulas, participam de jogos federativos, se interessam e participam de movimentos políticos ou beneficentes.

    É, um momento de grande afirmação, impõe seus pontos de vista muitas vezes pelo tom alto da voz.

    Nesta fase, veículo físico e piloto espiritual se condensam formando a maturidade, o final desta fase liberta o EU e a identidade da alma individual.

    Desafio da maioridade:

    Nesta fase se unem os cinco corpos em um só, desejamos sair de casa querendo ser únicos, perdemos os medos e desejamos sermos nós mesmos, questionamos tudo e todos. Isto incomoda mentes pré-estabelecidas e que desejam sossego, esquecendo que já passaram por isso.

    Dos 21 aos 28 anos passamos por grandes alterações emocionais, além da impaciência e ansiedade, com tendência a ver o lado negativo das coisas esquecendo que das nuvens escuras vertem gotas de água pura e fertilizante.

    Para alguns um bloqueio ou “o céu é o limite”, para outros o equilíbrio, desejamos mostrar ao universo adulto que podemos atuar juntos e nos defrontamos com bloqueios e limites, que são espelhamentos do aprendizado ocorrido no corpo físico entre a gestação e os sete anos, repetindo nesta fase no nível comportamental.

    E uma fase em que alguns canalizam a energia para construir o futuro e outros para experimentar o perigo, sempre será uma escolha que terá como norte as virtudes e os valores adquiridos até os quatorze anos. Isto deixa em evidência a importância da família equilibrada.

    Iniciar uma carreira, ser trainne, entrar em contato com os micro e macro processos de uma empresa, vista muitas vezes apenas na teoria ou num organograma caduco educacional. Também se defrontando com múltiplas funções carregadas de egos, e um grande desafio para quem deseja deixar de ser adolescente.

    O ideal nesta fase e vivenciar várias áreas para sentir com qual há uma maior interação, isto lembra o milenar ditado ”quem ama o que faz, jamais trabalhará” A função deve ser vivenciada, pensada, sentida, quando isto ocorre, teremos um profissional cooperativo, participativo e que sabe agir em equipe.



    Se você sabe de onde vem, onde está então, qual e a razão da sua existência?

    Vivenciar os processos do planejamento com o que, como, quando, onde, para que, custo e resultados ajudam no amadurecimento. É uma fase em que desejamos ser avaliados e acompanhados para ver resultados.

    Assumimos a primeira atividade que nos colocará numa função desenvolvendo a responsabilidade até encontrar uma especialização.

    A liderança que aconteceu na fase adolescente se espelha com uma tendência a ter pessoas e processos sob controle excessivo, ficando desgostosos quando é dado um retorno crítico, mesmo este sendo positivo.

    Nesta fase trabalhar em equipe se torna exaustivo, porque buscamos holofotes numa reunião e não aceitamos discordância do nosso ponto de vista, nos tornando cegos e surdos perante opiniões dos outros, em certa medida mais uma vez e uma batalha de egos.

    Nesta fase temos um certificado importante em baixo do braço e nos mandam cuidar de tarefas sem relevância, como cuidar de um arquivo morto, padrão arcaico ainda usado em muitas grandes empresas, cerceando todas nossas expectativas, evite desesperar-se, é um momento de sabedoria para desenvolver habilidades técnicas.









    É uma fase centaurica em que as mulheres são amazonas e os homens cavaleiros, os instintos se sobrepõem muitas vezes ao intelecto, causando confusão principalmente na vida profissional.

    Numa organização temos desempenho bom nos processos e nas normas, tendo uma visão limitada da própria área de atuação, ainda não conseguimos ver o todo e a empresa como um ente vivo. Esta dificuldade faz que trabalhemos bem a meio e curto prazo.

    Nesta fase nos e imposto, ou nos impomos, 90% de trabalho e 10% de inspiração, este fluxo reflete a fase dos quatorze anos, e por este motivo que muitos talentos se perdem nesta faixa etária. Por isso e necessário equilibrar este ser humano nesta fase, seja com Florais de Bach, Regressão de Memórias, Radiestesia, Radiônica, Alinhamento dos Centros de Energia (chakras), Cinco Corpos, etc.

    Assim vamos gradualmente saindo da adolescência para entrar no universo adulto, e uma fase emotiva que próximo dos vinte e oito anos perde a intensidade e começa a viver a vida com mais seriedade.

    Alguns profissionais continuarão desenvolvendo a inteligência racional, chegando a altos cargos, mas, o corpo emocional congelara na fase adolescente. E óbvio que estes profissionais, necessitem alinhar os cinco corpos e inteligências, sem privá-los da sua criatividade para encontrar equilíbrio na profissão, vida e relacionamento.

    Desafio Crístico:

    Crise coletiva adquirida em dois mil anos da repetição do sofrimento, morte e renascimento de Jesus, símbolo que leva a muitas pessoas a um estado de tristeza profunda, acreditando inconscientemente que por volta dos trinta e três anos passará por essas fases simbólicas.



    Tomás de Aquino escreveu “Todos os seres vivos tem alma”

    Acredito que nós, não viemos para sofrer e sim para desenvolver o corpo energético e espiritual, através dos corpos emocional, mental e físico, e quando encontrado este equilíbrio, é o que chamo de felicidade o resto será, alegria temporária ou euforia.

    Desafio do olhar para traz com autenticidade:

    Aproximadamente dos trinta e cinco aos quarenta e dois anos, chega um momento na vida de muitas pessoas, que quando olham para traz, sentem insatisfação, tristeza, desassossego ou alegria, outras como se tiverem entrado num porão num túnel ou numa noite sem fim. Outras como uma oportunidade ou desafio, rico momento para entrar no estaleiro e remover vivências ancoradas sentindo satisfação do que construíram. Questionamento de papeis, valores e virtudes, pela segunda vez na vida se pergunta quem é, quais são os meus limites, qual e a razão da existência?



    No mar da experiência fazemos muitos cruzeiros, quantos você fez?



    Analisamos o processo de vida e verificamos que muitos símbolos da infância e da adolescência aparecem fragmentados, revestidos como perdas e ganhos na profissão, vida e relacionamentos.

    Olhar para traz com trinta e cinco anos nos leva inevitavelmente a olhar para frente, e de repente nos vemos com setenta anos desejando ser melhor que nossos progenitores ou protetores, isto nos leva a uma nova missão.

    Desafio anatômico:

    Nesta fase a perda da fertilidade e o arredondamento do corpo desenvolvem o medo de perder o equilíbrio físico, ser esquecido ou ignorado, é uma fase que precisamos muito do amor e de carinho, e é quando mais falta. Nessa carência começamos uma longa peregrinação por consultórios de todo tipo sem perceber que a solução muitas vezes está dentro de nós.



    Você nada para o passado ou para o futuro?

    O livre arbítrio nunca teve tanta importância neste momento de vida porque pode ter protelado realidades, sonhos e fantasias e não deseja passar o resto da vida se queixando ou culpando os outros.

    E um momento de rever nossa carta de navegação, fazer uma retrospectiva de memórias, recolhermos as redes e separar o que desejamos é realmente preciso para continuar nossa navegação, ou é hora de trocar as velas, lubrificar o motor, limpar o porão dos sentimentos e supri-los de sabedoria. Se bem planejada esta etapa, teremos águas favoráveis neste cruzeiro da nossa vida.



    Desafio do fim:

    A crise das perdas e da morte provavelmente a última do ser humano nesta caminhada física que e inevitável após a aposentadoria, pode ser escrita como um romance que teve início, meio e ao pesar das provações da vida pode ter final feliz, sereno, sábio e digno.

    A sabedoria oriental se refere a quatro grandes momentos da vida: “Os primeiros vinte e um anos são de aprendizado, dos vinte e um aos quarenta e dois anos são de luta, dos quarenta e dois aos sessenta e três anos são de sabedoria e dos sessenta e três anos em diante é o momento de ser sábio”.



    O que você fará com o aprendizado a luta e a sabedoria?



    Para ter uma meditação bem sucedida devemos entender, superar e harmonizar nossas crises ao longo da vida.

    Existem muitos métodos de meditação vindo de varias tradições holística, tratados como ciência ou arte, todos eles estão certos, a minha intenção é desmistificar a prática para transformá-la numa experiência pessoal simples, onde ator e palco se confundem criando uma natureza viva e de acordo a nossa realidade.

    Par compreender a liberdade que a meditação fornece, devemos entender a natureza dos nossos algozes, cortando um a um até alcançar o lampião que ilumina o caminho, assim podemos iluminar nosso recanto e acolher outros que precisem. E um longo e seguro caminho tal vez o mais curto, já que em seis mil anos muitos ainda não compreendemos que para dar luz temos que estar iluminados.

    Para encontrar a meditação temos que ser livres, transitar pelas dimensões, administrar o tempo e o espaço, nos conhecermos para afastar os condicionamentos.



    Qual é a sua estratégia, fugir, atacar, defender ou dialogar?

    Sabemos que toda ação leva a uma reação, de acordo com este postulado, se queremos operar uma mudança perante a vida esta deve ser por inteiro, vir meditar em Santos não e garantia de meditar, isto acontecerá quando a viagem seja ao interior de nos mesmos.

    A globalização tem dado mostra de que pelo mesmo que sofre um indiano, chinês, japonês, sofre um europeu, americano ou brasileiro e assim sucessivamente, as mesmas virtudes que os fazem felizes acontecem para cada ser humano, independente do ponto em que desenvolva sua vida. Em todos os lugares deverá enfrentar os pensamentos, as emoções e atitudes negativas e positivas.

    Mudar trezentos milhões de habitantes tem que começar com um único passo e esse passo é o individual.

    E evidente que lidamos com uma infra-estrutura gigantesca que necessita de muitos cérebros para fazer a nação desenvolver e fornecer trabalho, educação e saúde para os trezentos milhões de habitantes do Brasil.

    A riqueza deve ser desenvolvida em equilíbrio com a emoção, só assim seremos uma grande cidade, um grande estado, um grande país e um grande cidadão.



    Esta fonte nos faz lembrar que dentro de todos nós existe um príncipe e uma princesa



    Fomos desenvolvidos numa sociedade autoritária e somente podíamos pensar, agir e obedecer às autoridades. Quem discordava acabava como Hipácia, Joana D´Arc, Galileu Galilei, mesmo isso tendo acabado há muito tempo o estigma da castração da liberdade, ainda assombra o ser humano do século XXI.

    A sociedade brasileira busca pessoas sensíveis que meditem e que busquem o equilíbrio de pensamento, sentimento e atitudes, percebe-se a necessidade de mudar, mas como fazer essa mudança?

    Caímos na realidade de que é uma decisão pessoal única, transmutar a psique para entrar em contato dimensional com a morte e com vida. Ao perder o medo da morte entramos em contato com nossa imortalidade, o corpo energético. Descobrimos essa verdade através do corpo espiritual que se manifesta na descoberta da meditação falando se é alucinação ou verdade o que sentimos.

    Então compreendemos os acordes do silencio porque entramos em contato com nossa música interior, para alguns nos tornamos calados, para nós a comunicação só quando é necessária, o excesso de retórica inibe a liberdade da meditação que é a liberdade de todos os corpos.



    Você consegue ver a energia da natureza numa flor artificial?



    Temos que desenvolver o corpo mental para crescer materialmente e aprender a desligá-lo para viajar leve nas dimensões sutis. E muito comum escutar no meio científico que usamos no máximo 10% do potencial cerebral e nem sempre de forma correta, também muitos autores pesquisaram os sonhos o que cabe a nós neste momento e vislumbrar através dos sonhos um universo de criatividade e possibilidades, se não tem confiança de compartilhar esses insights, desenhe ou escreva-los em seu caderno de papel ou eletrônico, comunique-se consigo mesmo.

    Todas as pessoas têm capacidade de meditar, porque adquirimos esse dom no útero materno dos sete aos nove messes, então começar a meditar e relembrar o estado flutuante da em que a única ligação com a terra era o cordão umbilical, esta descoberta é um controle interno que nos permite ligar e desligar o momento em que desejamos concentramos ou meditar.



    Qual é o limite de uma cidade?

    Na radiestesia e na radiônica o terapeuta projeta ou colhe as energias geradas sejam estas índole material ou não. Nosso cérebro e como um aparelho radiestésico e radiônico, ele pode se concentrar, meditar, procurar vivências passadas e baseadas no histórico de vida (passado mais presente) para se projetar no futuro.

    RESULTADO

    Na prática eu descobri a meditação no Chile exatamente em dois lugares, meu pai levava a passear na cordilheira dos Andes num lugar chamado “El cajón Del Maipo” provavelmente útero de um vulcão extinto, lugar de ecos, lembro-me que a primeira vez ele pediu para meu irmão e eu gritarmos, meu irmão recebeu os parabéns e eu emiti um palavrão que recebi de volta muitas vezes, fui obrigado a pedir desculpas a natureza e escolher uma nova palavra e assim a natureza fez as passes comigo, não sem antes sentar, para escutar o silêncio, até hoje me emociono com esse instante e viajo no tempo e no espaço.

    Ainda sinto a brisa gelada, algumas rochas cobertas ainda de gelo nesse inicio de primavera e o rio Maipo descendo caudaloso na distância a procura da mar. O céu azul, as montanhas cinza harmonizavam com as cumulus douradas pelo sol, ainda sinto ecoar o silêncio dessas meditações.

    De posse desse aprendizado somei os ensinamentos do meu avô que debruçado no torno, fabricava a partir de um pedaço de aço um pendulô radiestésico e posteriormente um de madeira. Só soube no meu aniversário que esses pêndulos eram para mim, para ser iniciado no universo das energias.

    Minha avó não parava de trabalhar, e quando isso acontecia, ela sentava no pasto para admirar simplesmente uma flor, um álamo, uma fruta, eu perguntava o que você esta fazendo avó, ela olhava para mim e com um tenro sorriso falava: “estou compartilhando energias com minhas amigas.” e após eu perguntar o que ela queria dizer com aquilo, ela me respondia: “Observa esta simples margarida, olha sem ver, sem se fixar em nenhum único ponto, fique extasiado com a sua beleza, logo fará parte dela e quando voltar sentirá por muito tempo a sua presença. Isso aconteceu muitas vezes, com flores, frutos, insetos, peixes, aves, animais, pessoas, até que um dia observando os albricoques amadurecendo.” Então passou a mão na minha testa e disse: “Feche as pálpebras e mantenha os olhos fechados. Sorria suavemente. Mantenha esse sorriso. Sinta a presença tranqüila da natureza. Imagine-se sendo parte deste universo.” A partir desse dia, eu sempre pedia a minha avó, para brincar de imaginar.



    Você se imaginou de aqui a dez anos?

    Quando iniciei meu relacionamento com Daisy, minha esposa, ela tinha medo de altura e de água acima da panturrilha, coloquei em prática principalmente meu aprendizado vivencial para superar esses dois medos da seguinte maneira: Induzindo-a, sugestionando-a e se projetando na situação, para depois realiza-la.

    Tive que trabalhar com clareza e simplicidade os desequilíbrios encontrados no corpo espiritual, emocional e mental.

    Acredito que o equilíbrio do universo está na polaridade do colorido anímico e áurico e no controle das emoções principalmente os medos, assim a preparei para aceitar ser induzida a essas duas experiências a seguir.

    A preparação para uma meditação, regressão de memórias ou terapia de vivências passadas, tem como autor a sabedoria milenar praticada e baseada nos centro de energia ou nas linhas energéticas chamadas de Meridianos que adaptei com as experiências em consultório ao longo destas mais de três décadas aqui no Brasil.

    Mergulhar numa piscina, rio, mar tem seus riscos, e foi precisamente nesses riscos que aprendi a ter o controle da respiração. Vocês senão desejarem não precisarão se arriscar. Na vida lidamos com muitas escolhas e esta e uma delas, encontre um lugar só seu, mesmo que seja no meio da multidão.



    Você se imaginou mais inteligente e criativo?



    Olhe ao seu redor veja as coisas positivas, escute os sons, neutralize os ruídos, sinta as energias dos seus pés, tornozelos, batata da perna, joelhos, púbis, quadril, cintura, estomago, peito, pescoço, cóccix, coluna lombar, torácica, cervical, ouvidos, narinas, boca, olhos, testa e topo da cabeça.

    Concentre-se na sua respiração, inspirando e expirando pausadamente pelo nariz e vá oxigenando e se concentrando com uma sensação de bem estar a partir do topo da cabeça até chegar onde começou. Seus pés.

    Imagine você mais inteligente e criativa. Você esta equilibrando razão e emoção. Você é mais corajosa e segura a partir deste momento. Você observa do alto com naturalidade. Os elevadores e os aviões são veículos de transporte seguros, você se sente bem neles. Estamos chegando do topo do edifício Itália, você pede o chá e se extasia com o entardecer. Você degusta os doces e salgados enquanto admira a paisagem. Você pensa, sente e age com segurança quando abro a porta do terraço, para admirar a cidade de São Paulo. O entardecer de cores cálidas e a brisa fresca, brincam com teus cabelos ao nos aproximar da varanda. Você está perto do céu, segura. Escuta o pulsar vivo da cidade como uma música aos seus ouvidos e sente a paz nas alturas. Agora. Você vai embora tranqüila porque viu, escutou e sentiu as alturas.



    Já experimentou olhar para o céu quando pinta uma tristeza?



    Nessa mesma semana, às dezesseis horas estávamos no primeiro lance de elevador do edifício Itália, ao ir para o segundo e último lance, o aperto forte no meu braço e os pés grudados no chão denunciaram a insegurança, suavizada calmamente com a lembrança da visualização, e foi exatamente o que aconteceu.

    Depois dessa experiência, o chá nas alturas se tornou para ela o lugar preferido, para mim um lugar romântico e a certeza de que foi uma indução meditativa e terapêutica.

    Vista da janela do consultório que convida a meditar

    Com o aprender a nadar foi uma experiência similar, seguida do exercício da respiração veio à interação com a água.

    A água foi seu primeiro lar, sinta-se bem quando entra nela. Você tem coragem de brincar e nadar com segurança na água. Permita sentir a água nos seus tornozelos. Nas batatas das pernas. Deixe a água relaxar as coxas, elas merecem sentir o carinho da água. Assim permita modelar o quadril. Suavemente você permite que chegue a seu umbigo e cintura sentindo-se muito bem. Agora se abaixe lentamente para sentir a água no plexo, peito e costas é uma agradável sensação. Abaixe-se um pouco mais e sinta a água massagear sua garganta. Sinta-se água, comunique-se com esse universo. Agora veja, sinta e escute a agradável e segura experiência da gestação mergulhando suavemente a cabeça na água. Repita essa ação e depois saia lentamente deixando escorrer a água desde sua cabeça aos pés.

    Depois dessa experiência decidimos morar na beira do mar. Estas e muitas outras experiências fazem parte de planejamento de vida, observação e meditação.





    Uma onda solitária não faz a maré, mas faz parte do oceano.

















    AGORA VOCÊ

    Quando se realiza esta experiência a sós e muito importante determinar o tempo, não porque seja perigoso e sim pela administração do tempo, lembrando que parte do equilíbrio de encontra na antiga proposta da ONU oito horas de trabalho, oito de descanso e oito de qualidade de vida.

    Procure um local que seduza você respire o aroma, veja a beleza que exala, ouça seu coração entrando em sintonia com o ritmo da terra, e seduzido sinta o doce aconchego cuidando de você.

    Vai se libertando da atenção neste momento e naturalmente apenas observe...

    Nessa neutralidade você vai ficando distante do mundo material e muito próximo do seu universo interior.



    • Imagine-se parte do universo da observação.

    • Feche os olhos, calmamente e permaneça assim.

    • Determine que após 7, 14 ou 21 minutos, você voltará ao normal sentindo-se muito bem em seu corpo energético, espiritual, emocional, mental e físico (passo obrigatório).

    • Imagine as cortinas de seus olhos fechadas e caindo suavemente.

    • Sorria suavemente.

    • Imagine as cortinas fechando totalmente seus olhos.

    • Imagine que as cortinas colam.

    • Imagine que as cortinas colaram, formando uma só.

    • Determine que você não consegue mais abri-las.

    • Imagine que você deseja abrir as cortinas.

    • Determine que ao tentar abrir mais elas se fecharão.

    • Tente abrir as cortinas, não para mostrar para mim e sim para você.

    • Quanto mais tentar você descobrira um novo universo.

    • Agora perceba a tranqüilidade e a paz.

    • Determine que ruído, luminosidade e desconforto não incomodam.

    • Você agora está atentamente ouvindo a sua voz interior.



    Depois se possível faça um histórico destas experiências biográficas. Algumas falarão de locais, pessoas. Outras de Fé ou Vontade Divina, independente do visualizado, ouvido ou sentido, o que importa e que nos ajudam no discernimento e nos protegem em momentos de decisão, abrindo os canais intuitivos e trazendo ordem e união a nossos cinco corpos que em equilíbrio encontram a solução dos conflitos.

    O pensamento, os sentimentos levam a uma ação com a qualidade da discrição do universo, percepção, envolvimento, determinação leva a dirigir próprio destino que trás o sucesso desejado. E necessário determinação, destemor, iniciativa. Estas ferramentas você as encontra na visualização criativa e na meditação.

    Está em todos os livros sagrados a necessidade do Amor Divino pelo ser humano, ao qual nos rendemos incondicionalmente para encontrar a harmonia e adoração que existe fora e dentro de nós.

    A beleza externa em equilíbrio com a beleza interna trazendo tolerância entre os diferentes para construir uma união divina através da comunicação, do tato sutil da diplomacia que multiplica a abundância e o humanitarismo.

    Todas as coisas estão ligadas para encontrar a felicidade Divina.



    Você prefere pérolas, ametistas, prata, ouro ou água, terra, ar e sol?

    A cura de muitas coisas está na ciência, mas também na verdade, na concentração, na meditação, porque não no Olho Divino que tudo vê? A riqueza material é tão importante quanto à espiritual, quando consagramos este equilíbrio com dedicação encontramos a prosperidade.

    Para isso temos que nos libertar das correntes emocionais, tabus, dogmas, e transmutados, buscar o significado da palavra misericórdia, perdão, pode ser um passo para encontrar a pureza a liberdade na meditação.

    Existe um poder em visualizar e invocar o cerimonial meditativo que nos dá a oportunidade de desenvolver a compaixão e a justiça no ritmo da natureza.



    Você sabe conjugar os verbos ter, ser e estar?

    Para encontrar harmonia precisamos ter equilíbrio, união, confiança de estar no mundo e não apenas pertencer a ele, isso envolve Fé que trás segurança e cria bases sólidas de uma poderosa estrutura intangível que existe dentro de nós e que precisa de constante proteção Divina.

    Para uma boa meditação temos que ter uma meta e desenvolver uma ação, que pode começar com amar a vida ao ar livre e sentindo-se livre, isso trás felicidade que trás sucesso no aqui agora. A vitória se consegue com realização e com propósitos, mas também com entusiasmo e alegria e essas realizações são eternas.

    Desenvolver a sabedoria e desenvolver o entendimento, complementos da iluminação. Quando compreendemos nossa consciência, liberamos nossas percepções, aparece em forma mágica à prosperidade e a paz, construída com conhecimento, intuição e o equilíbrio que nos levam a vitória.



    Já adotou uma arvore?

    A criatividade se encontra na pureza das ações o que nos transforma em artistas de nós mesmos, pincelados de conceitos que giram em torno do eixo das virtudes e valores em que acreditamos, a realização da meditação requer paciência para restaurar as cicatrizes da alma e ascender numa ressurreição.

    A Paz está ligada a devoção, a leveza e a graça que cura as cicatrizes das guerras externas e internas, é como trazer o Divino no plano físico e focados no amor, desapego, ter a humildade e desprendimento de prestar nossos serviços a uma causa nobre, sem significar rendição e sim desapego.



    Clareza para ver, sentir e ouvir a luz é vivificar dignamente todas as percepções com discernimento, lucidez, charme e cortesia.

    O equilíbrio entre ter, ser e estar começa pelo financeiro o desejo de abundância, que contrasta em ter o suficiente.

    O ter tem que trazer paz, sem deixar de buscar a pureza e a essência energética das coisas, ser criativo, justo é ter coragem, traz prosperidade, assim o suprimento divino bem em harmonia para todos nossos corpos.



    Como usa seu navegador GPS da vida?

    Ao voltar de uma meditação podemos ter a benção do rejuvenescimento, da melhora da qualidade de vida, o equilíbrio a vitalidade do nosso eixo, assim podemos contemplar e brincar com a felicidade e com um renascimento divino.

    Transmutar pensamentos, sentimentos e atitudes como, tristeza, angustia e solidão são alguns dos maiores desafios para um terapeuta holístico, que apela para retomar o dialogo perdido entre razão e emoção interna e externamente.



    Não vou entrar no mérito de analisar as milenares correntes de meditação as quais respeito e tive meu aprendizado. A minha humilde intenção é tornar viável para a grande maioria, uma filosofia única de meditação que se possa adaptar a qualquer cidade, assim além de ter Meditando Santos. Podemos ter: Meditando São Paulo, Ribeirão Preto, Meditando Rio, Meditando Belo Horizonte, conservando a autoria escrita, mas mudando a autoria das fotos da cidade que adotar esta meditação.



    Você se da um tempo antes de iniciar a próxima viagem?

    Quando vejo os navios na enseada aguardando a entrada, percebo que alguns navegam ágeis e leves, outros pesados pelas cargas e as aderências do tempo, precisando ir para o estaleiro retirar as incrustações do casco.

    Nos seres humanos não somos diferentes aos navios, temos essas aderências muitas vezes herdadas outras vivências, ou adquiridas por teimosia, egoísmo, intolerância, orgulho, autoritarismo ou pelo desenfreado desejo de ter.

    Os cinco corpos são catalisadores de memórias e vivências que liberam muitas vezes, informações sem serem solicitadas.

    O estaleiro mais próximo de nos, esta na observação e meditação, retirar a casca densa de pensamentos e emoções, apaziguando a mente para conectar com outras dimensões.



    MEDITANDO A DOIS

    Um casal pode meditar;

    Se olhando sem ver;

    Se acariciando sem se tocar;

    Se comunicando sem se falar;

    Se amando sem sofrer...





    Porque coletamos conchas?





    QUATRO EXPERIENCIAS

    FLOR DE LÓTUS

    Flor de Lótus telefonou num dia chuvoso próximo do dia das mães confidenciando que sentia falta das filhas, que trabalhavam no continente asiático e gostaria que elas voltassem em harmonia encontrando aqui a realização dos próprios sonhos.

    Ela e o marido se davam muito bem, tinham o suficiente para ter uma agradável qualidade de vida, mas não dava para restaurar a grande e antiga propriedade com o dinheiro das duas aposentadorias.

    Quando Flor de Lótus entrou no espaço, minha leitura visual identificou harmonia nos gestos, que destoavam da ansiedade misturada de tristeza e solidão.

    Ela relatou em uma hora com detalhes a vida desde as primeiras lembranças até o momento atual, percebendo que existiam alguns momentos desse relato, algumas atitudes não resolvidas e que precisavam ser vivenciadas novamente para entende-lhas ou corrigi-lhas, sugeri a Meditação ou a Regressão de Memórias.

    Após harmonizar os cinco corpos e diminuir a ansiedade lhe perguntei se podia induzi-lha a um estado Alfa para contatar as vivências apontadas. O resultado foi perfeito porque vivencio o carinho dos pais desde a gestação ate a chegada dos outros irmãos, emoções que faziam falta para compreender o momento atual.

    Mesmo assim como as filhas tinham o direito de comandar suas vidas, ela tinha direito aos próprios sonhos. Pedi para ela declamar os versos de Jalil Gibran.

    Tuas filhas não são tuas filhas, são filhas da vida, desejosas de si mesmas, elas não vem de ti, se não através de ti e ainda que estejam contigo elas não te pertencem. Podes dar-lhes teu amor, mas não teus pensamentos, pois elas têm seus próprios pensamentos. Podes aconchegar seus corpos, mas não suas almas, porque elas vivem na casa do amanhã. Podes esforçar-te em ser como elas, mas não procures fazer-lhas semelhantes a ti, porque a vida não retrocede nem se detém no ontem. Tu és o arco do qual tuas filhas como flechas vivas foram lançadas. Deixa que a inclinação da tua mão seja para a felicidade”

    Na segunda consulta era para iniciar a Concentração e a Meditação, ela estava mais tranqüila e falei das virtudes dos desejos individuais, lembrando a milenar frase “Cuidado com o que pensas e desejas que isso acontecerá”.

    Pedi para inspirar e expirar suavemente pelo nariz em intervalos de vinte e um, sendo a última uma profunda inspiração e expiração. A “Melodia dos Pássaros da Azul Music” criou uma aura de calma no ambiente, Flor de Lótus se acomodou na poltrona na posição de seu nome e por muito tempo ficou nesse estado. Quando voltou da meditação seu rosto estava rejuvenescido sorridente, o olhar de quem está amando e sendo amado.

    Então perguntei: Como foi a Meditação? A resposta veio calma, com lágrimas e expressão de felicidade. No inicio me concentrei no meu aniversário com todas as filhas ao meu redor. Depois parecia que elas realmente estavam aqui no natal trocando presentes. Num momento estava trocando de residência e reformando com muito carinho cada detalhe da minha casa. Depois vi meus netos filhas e genros com uma sensação de missão cumprida.

    Flor de Lótus mesmo aposentada trabalha na área que sempre sonhou e suas filhas retornaram e trabalham aqui no Brasil. Vendeu a casa grande e comprou uma menor que é colorida pelas filhas e netos quase todos os finais de semanas.



    PRENDA

    Num congresso latino-americano de Relações Humanas troquei cartão de visita com Prenda, ela falou que desejava definir os rumos da sua vida e que gostaria de marcar uma consulta, mas o grande problema era a distancia, ela relatou que tinha na casa de seus pais um lugar só dela e que através do viva voz seguiria minhas orientações, assim que todos os contatos são sempre pelo telefone.

    Na primeira consulta, Prenda desejava fazer acontecer todos seus projetos de vida, o planejamento mostrou uma grande qualidade profissional, mas ancorados por motivos desconhecidos, desenvolvendo frustração e impaciência. Os relacionamentos eram com homens errados e a qualidade de vida a puxava para a vida noturna.

    O primeiro passo que preparei para Prenda foi induzi-la a fazer um fluxo racional com respeito às três coisas mais importantes da sua vida. Profissão, Relacionamento e Qualidade de Vida, baseado na técnica de planejamento 7 w e 1 H “O que, como, quando, onde, para que, custo, benefícios”.

    No contato seguinte, pedi para se concentrar na profissão e medita-se a respeito dela. Durante concentração e meditação interrompidos por um insight, contou a respeito das constantes mudanças de domicílio durante a infância e adolescência.

    Essas memórias trouxeram luzes para compreender que seus projetos extracurriculares, escolas foram muitas vezes truncados pela mudança, que seus relacionamentos não podiam ser duradouros porque logo estaria em outra cidade ou país, assim desistira de encontrar o príncipe encantado. Sem curtir a inveja, ela percebia que suas amigas usavam uma peneira mais fina para seus relacionamentos.

    O ressentimento e uma tristeza profunda afloraram nela, os Florais de Bach, Willow e Mustard contribuíram para compreender seu desenvolvimento e a fuga da qualidade de vida, era o início de mais uma mudança desta vez por decisão própria.

    Após alguns meses o trabalho se tornava agradável e com perspectivas, os relacionamentos começavam a dar indícios de melhora, a vida noturna foi trocada pela academia.

    A palavra empreendedora, empresária ecoava tão bem com Prenda que foi absorvendo a essência até montar sua própria empresa, conseqüência disso neutralizou os relacionamentos e a academia ficando viciada em trabalho, com os melhores resultados no nicho de mercado e importantes clientes.

    Com a chegada dos trinta e cinco anos veio o momento que todo ser humano passa. Ela olhou para o passado e percebeu que o profissional e a qualidade de vida estavam resolvidos, mas não o relacionamento.

    A mudança no relacionamento aconteceu resgatando o planejamento da primeira consulta, trabalhando sonhos e anseios, hábitos e costumes, analisando a repetição de erros e as experiências que cada pessoa deixou.

    Os lugares freqüentados começaram a ser pelo meio econômico/social e onde tinha maior porcentagem de solteiros e de idades compatíveis.

    Levou algum tempo para Prenda encontrar alguém, eu ainda continuo atendendo-a pelo telefone, com a diferença que, além dela, atendo também, seu sapo encantado que esconde um príncipe dentro de si.





    CHARLES

    Charles procurou-me para compreender o que acontecia com ele e suas empresas. Dono de uma rede comercial estabilizada e tradicional no mercado me relatou o seguinte: Deleguei a cada gerente e funcionário, participação nos resultados da loja, não demorei em ver o crescimento, comemoramos fizemos discursos.

    Após um par de anos, algumas lojas lentamente foram se definhando e por isso que estou aqui, desejo uma orientação holística a pesar de intuir o que está acontecendo.

    Através da radiestesia as respostas sim ou não para as perguntas concretas que Charles fazia, foram objetivas. Era necessário chamar uma consultoria para elaborar um relatório explicando o porquê cinqüenta por cento das lojas davam lucro e as outras davam perdas.

    Era uma dolorosa traição feita por aqueles que receberam confiança, ajuda, uma remuneração justa e mais uma boa porcentagem pelo esforço. Este desfecho no intimo de Charles já era esperado, em instantes sentia pena, vergonha do ser humano, raiva e perda da fé.

    Focalizei as lojas que deram certo e que por trás delas, tinham Seres Humanos íntegros, honestos, participativos para mostrar que não tudo estava perdido.

    O processo de Meditação veio fácil para quem tem um alto poder de concentração, ele visitou varias correntes meditativas, e um mágico aposentado que demonstrou que toda moeda tem duas fases inclusive o ser humano, a questão e apenas uma simples escolha.

    Charles tinha iniciado a fase da vida que vai dos cinqüenta e seis aos sessenta e três anos, deixava a fase moral e entrara na fase mística que busca fazer o bem, ele sentia que uma energia inteligente lhe estava dando impulso para uma nova missão.

    Hoje ele tem as lojas que consegue administrar, premiou ainda mais os que se destacaram na honestidade, e quando precisa de um novo colaborador após ser escolhido pela área de recrutamento, fazemos juntos, uma análise radiestésica.

    Há pouco tempo Charles ficou feliz quando a Meditação lhe trouxe uma serenidade nunca antes experimentada o que o fez hoje, desenvolver o aconselhamento, a mestria e se tornar-se sábio.





























    MARCIO

    Marcio veio por indicação, passando por um desemprego e tentando criar uma fonte de renda autônoma na área operacional, o quadro era desesperador ao ponto de criar uma grande tristeza na esposa a qual fugia dormindo, sem perspectivas o único que tinha nas mãos era experiência e desejo de vencer, foi uma façanha para ele ficar duas horas conversando comigo.

    Além de alinhar os cinco corpos e purificar os centros de energia eu dei a seguinte tarefa: Deixar de procurar emprego e montar sua empresa... a resposta foi imediata, “Como?”

    Então senta nesta poltrona se concentra em qual seria o primeiro passo e me diga. Ter um cliente. Qual seria o segundo passo? Entregar um orçamento. Se aprovado? Financiar o material necessário e fazer o serviço. Depois? Separar o dinheiro do financiamento, administrar o restante e procurar mais clientes.

    Nesse instante era impossível para ele meditar assim que utilizei a visualização e a criatividade.

    Marcio pensa no dinheiro que você me pagará pela consulta, você deseja que esse dinheiro seja mais umas notas perdidas na tua busca? De maneira Nem uma! Então se concentre de aqui há dois meses, será Natal! Tem uma mesa farta e você agradece junto com tua família pelo teu empreendedorismo. Agora visualiza onde será teu primeiro cliente. Fecha contrato, recebe adiantamento. Você trabalhando. Terminando o contrato e recebendo o restante.

    Passaram duas semanas e Marcio apareceu contando que foi onde visualizou seus trabalhos, mas eles indicaram outro lugar que já contratou os serviços de Marcio. Por ser um serviço muito grande procurou terceirizar o que o dono não aprovou, mas sugeriu uma parceria para tocar o serviço.

    Até o Natal, Marcio veio quatro vezes e após o ano novo, veio para agradecer. Eu não fiz nada além de despertar e conduzir teu deus interior. Senta e medita qual serão os passos para este ano, mês a mês na profissão, relacionamento e qualidade de vida. Depois escreve tudo isso e assina, não para mim e sim para teu deus interior acompanhar e cobrar.

    Foram muitos encontros de meditação até hoje, e todos trouxeram crescimento e desenvolvimento, Marcio se transformou num administrador autodidata e hoje tem duas empresas, sua esposa com algumas consultas superou a tristeza profunda e hoje cuida da área administrativa, mudaram de casa e vivem felizes, aparecem sempre por aqui, para fazer uma manutenção emocional e meditar.























    CONCLUSÕES

    Para trabalhar o corpo mental precisamos de técnicas ou métodos seja pela pedagogia ou como um ser autodidata. Agora para descansar, deixar a mente inerte e viajar nos pensamentos, sonhos ou simplesmente deixar de pensar não precisa de processos encadeados.

    Quando encontramos o silencio nos encantamos com sua beleza é como olhar numa tela em branco e vislumbrar as infinitas pinturas que nela podemos desenhar.

    Quando criamos formas de engessar domesticar a concentração e a meditação, esquecemos que somos energia pura, e como tal nos movimentamos no universo do livre arbítrio para uma finalidade divina.

    Vivemos num mundo físico, mas também num universo de energias, funcionamos recebendo e emitindo vibrações, podemos neutraliza-las ou potencializa-las. Por isso que somos semelhantes, mas diferentes nas emissões energéticas.

    Numa meditação podemos entrar em contatos multifacetados que vão das vertentes do intelecto até os oceanos da luz, quando não conhecemos achamos que é uma utopia e condicionamos a energia criativa. Até que num momento como um relâmpago súbito, contatamos um universo sem fronteiras.

    Se tudo é energia, podemos diferenciá-la em energia densa que está relacionada a matéria e a sutil ligada a energia divina e a sustentabilidade do ser.

    Ao separarmos das densidades, entramos num estado livre da consciência que nos permite descobrir a essência do ser.

    Vivendo nessa nova dimensão silenciosa, nos comunicamos apenas quando é necessário e as palavras se tornam vazias quando não são sustentadas na sabedoria.

    Os instintos conversam com a essência, hereditariedade entanto a meditação interage com os corpos energético, espiritual e emocional, este desenvolvimento é o grande desafio. Ação e inatividade fazem parte da nossa existência e ambas se complementam tanto para o crescimento racional como para o existencial.

    Tanto a identidade ou espiritualidade devem desenvolver em conjunto com o universo das ações. No mundo material usamos a lanterna do conhecimento para avançar na escuridão da ignorância, e no universo da meditação existe luz própria que uma vez ligada se alimenta da própria luz.

    A utopia da liberdade e compreendida através da liberdade energética dos cinco corpos ofertada pelo universo para todos, portanto a meditação e como o pão que alimenta a alma.

    Qualquer começo gera medos, então comece hoje, porque o tempo e o espaço não existe no amanhã, o amanhã nós, seres humanos que o criamos. Há muitos anos eu dei esse primeiro passo quando escrevi o poema:

    Versos do silencio”

    Quero descer ao vale do silêncio.

    Para escutar-lo.

    Buscar nas profundezas da alma.

    Meu grito afogado.

    E o que encontro são os sons e os perfumes das flores.

    E um campo iluminado.

    O analise do poema durante a meditação desvendou o primeiro passo.

    Quero descer ao vale do silêncio” aparentemente é um sentimento de solidão própria da adolescência, que desejava entender com palavras aquilo que não entendia, porque a solidão e o silêncio durante a meditação é um momento sublime.

    Buscar nas profundezas da alma... meu grito afogado.”

    Eu me revelando contra os dogmas, medos, técnicas e métodos que reprimiam meu crescimento e desenvolvimento emocional e meditativo.

    E o que encontro são os sons e os perfumes das flores... e um campo iluminado”

    Realmente escutar o silêncio foi uma vivência divina, enxergar o vazio, glorificou a palheta da criatividade trazendo-me iluminação.

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico





    Não se pode ensinar tudo à alguém, pode-se apenas ajudá-lo a encontrar por si mesmo”

    Galileu Galilei



    BIBLIOGRAFIA

    • Uma boa noite de sono – Autor, Deepak Chopra – Ed. Sextante – 2006

    • A paz começa com você – Ken O´Donnell –Ded. Gente – 1991

    • A última fronteira - Ken O´Donnell –Ded. Gente – 1993

    • Brahma Kumaris – www.bkwsu.org/brasil -2010

    • Espelhos do tempo – Brian Weiss – Ed. Sextante – 2000

    • Viagens astrais – Dharma Latzang – Ed. Traço – 1993

    • Terapia de vivências passadas – Judy Hall – Ed. Avatar – 1998

    • Sincronicidade – C.G. Jung – Ed. Vozes – 1971

    • Astrologia cabalística – Rav Philip S. Berg – Ed. Imago – 2001

    • Leitura Facial – Simon G. Brwn – Ed. Manole – 2001

    • Inteligência emocional – Daniel Goleman – Ed. Objetiva – 1995

    • Florais de Bach – Elizabeth Coneza – Ed. Alfabeto – 2006

    • Desvendando o crescimento – Bernard Lievegoed – Ed. Antroposófica – 1986

    • Fases da vida – Bernard Lievegoed – Ed. Antroposófica – 1987

    •  


    Todos os dias retorno a minha janela, mas nunca a paisagem é a mesma...



    Nelson Zuniga – CRT 34429 – Terapeuta Holístico

    Autor: : Nelson Zuniga - Terapeuta Holístico - CRT 34429
    Última atualização: 07/06/2011 14:20


    A Dança-Terapia em Cinco Movimentos

    A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística

    Propositura de Palestra: 

    Palestrante:

    José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43 913

    Arte-Terapia EMANUEL 

    Rua 15 de Novembro, 910, Sala "A" 

    Palotina, PR 

    CEP: 85950 000 

    Autor: José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913

    Titulo: "A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística"

    Local: Sala de Arte-Terapia Emanuel, Rua 15 de Novembro, 910, Sala: A  -Centro-

    Palotina, Paraná, CEP: 85950-000 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

    "Temos que nos unir na dança, para aprender a cantar a musica da VIDA"

    Augusto Cury. 

    "A Dança-Terapia, é a arte para o movimento, criatividade para a mente. Tudo isso se mistura e entrelaça. Criando uma tensão similar ao beijo entre a beleza e a feiúra. Barrando os preconceitos da sociedade" (Tomado do pensamento da mestra em Dança-Terapia a espanhola, Maité León) 

    "O ser Humano é um nu de relações"

    Leonardo Boff 

    Dedicatória: "Minha modesta homenagem a todas as pessoas que acreditaram na minha proposta e até hoje embarcam neste navegar pelas águas transparentes da nossa lagoa imaginaria"

    José. 

    SUMÁRIO: 

    1. Introdução ao método.
    2. Breve resenha histórica da Dança-Terapia.
    3. Breve resenha histórica da Dança-Terapia na minha vida profissional no Brasil e sua relação com a Psicoterapia Holística.
    4. Os cinco movimentos chineses e sua relação com a Dança-Terapia.
    5. O texto das músicas e sua relação com o histórico emocional do cliente.
    6. A Psicoterapia Holística fonte de diagnóstico e prognostico do emocional do cliente segundo o paradigma Vigostkyano.
    7. Os ritmos latinos: samba, salsa, tango, bolero e sua relação com os nossos arquétipos. Nossos ancestrais africanos.
    8. O Método, alguns exemplos.
    9. Conclusões.
    10. Bibliografia.

    TERMOS:

    1. TH, Terapeuta Holístico.

    1. DTH, Dança Terapia Holística.

    1. SH, Psicoterapia Holística


    RESUMO: A DTH em cinco movimentos é uma terapia complementar que auxilia o TH que desenvolve as técnicas da SH (Aconselhamento) a resolver e canalizar conflitos emocionais de seus clientes que não foram tirados para fora na catarse, por diferentes tipos de bloqueios que o cliente enfrenta no momento da SH e que tem muito a ver com seu estado emocional no momento em que foi a plicada a técnica como exemplo: "A Vivência", fatores ambientais, de saúde, barreiras etc. A DTH se enriquecem com a pantomima, o balé clássico, as danças modernas e contemporâneas, assim como as do folclore das diferentes culturas com seus movimentos: condensados, leves e quebrados como catalisadores de emoções reprimidas. Nossa cultura ocidental não pode perder de vista os arquétipos trazidos pelos africanos que fazem parte dos campos energéticos do continente junto aos da Antiga Grécia e toda a mistura cultural e a miscigenação que nossos países latino-americanos sofrem, assim como nossas culturas aborígenes que tem uma riqueza enorme de imagens arquetípicas, por esses fatos históricos a DTH trabalha os ritmos latinos e caribenhos assim como os nordestinos e os movimentos de nossos orixás que na rumba, conga, guaguancó, salsa e etc. estão muito presentes.

    Não podemos perder a perspectiva que os orixás têm a mesma condição arquetípica que os deuses politeístas gregos eles se debatem entre o HERÓI E A VÍTIMA da mesma maneira, só mudando a embalagem e estes orixás estão cheios de erotismo e sensualidade. Por isso o DTH associa o rimo a cor dos meridianos em dependência da sua intensidade. A salsa com o movimento fogo e cor vermelha que o TH já trabalha com o cliente na sessão de cromoterapia. Outro fator importante é o envolvimento com o texto já que cada movimento terá uma justificativa em relação com a mensagem que o conteúdo poético da música nos passa como, por exemplo, a música: Vitoriosa, de Ivan Lins, muito apropriada para resolver conflitos relacionados com a sexualidade. A DTH é uma terapia de grupo que permite a  

    abordagem indireta do conflito que muitas vezes o cliente na sala não que falar ou simplesmente não faz o INSIGHT pela própria resistência. É de fácil aceitação pelos clientes e traz muito bem estar psicofísico para eles, por isso sua condição holística. 

    ESCLARECIMENTO: Sempre vou falar de clientes no termo feminino já que até hoje só e tido esta experiência em mulheres, meu sonho e formar uma turma de homens, mas eu estou no Sul onde o machismo é muito forte e só consegui reunir turmas de DTH de casais que seria outro trabalho a abordar no futuro. Meus clientes homens só fazem TH ou recebem a técnica da psicanálise. 

    1 - INTRODUÇÂO: 

    "A DTH em Cinco Movimentos" é uma terapia alternativa que auxilia o trabalho do TH, como outro canal para complementar e comprometer aqueles aspectos emocionais do cliente que no consultório não ficaram resolvidos. Comprometendo o corpo em conjunção com a alma, assumindo a emoção como um todo indivisível o cliente por meio dos movimentos condensados, quebrados e leves, assim como pela mímica em sintonia com a música e seguindo o texto do compositor, sua compreensão e expressão do conteúdo mediante o corpo tiram para fora emoções reprimidas e passa por estados catárticos sem sofrer, além de que compartilha com o grupo assumindo-se como ele é na totalidade em outra dimensão cósmica. A DTH em Cinco Movimentos é além de preventiva para doenças da terceira idade como o Mal do Alzheimer.

     

    2 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA: 

    Após da caída do franquismo na Espanha, o terapeutas e pedagogos assim como todas as pessoas de boa vontade, saíram na rua com os síndromes de down e todo tipo de deficientes físicos e mentais como uma forma de dizer ao mundo que todos tem o direito a expressão na diversidade. As teorias de Vigostky e seus postulados cognitivos (entre eles o mais significativo o referente a ZDP Zona de Desenvolvimento Proximal) trouxeram uma forma nova de intervenção terapêutica, novos paradigmas desafiarem os profissionais da saúde entre eles, os terapeutas, que tiverem que ser mais criativos e abrir-se as novas formas que os novos tempos exigiam. E foram os terapeutas que tiverem um destaque no campo da dança-terapia e a sua relação entre: "Texto - compreensão - movimento - expressão" O nome da técnica na Europa e em Cuba países que destacam  até hoje na sua aplicação é: PSICOBALLET. Podem ser encontrado nos livros ou na internet. Sua pioneira e promotora até hoje a Sra. Maité León. 

    3 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA NA MINHA VIDA PROFISSIONAL NO BRASIL E A SUA RELAÇÃO COM A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA.    

    O Psicobalé entrou na minha vida profissional depois da queda dos muros de Berlin, no princípio dos anos 90 que comecei trabalhar como terapeuta na ONG Cáritas Internacional trabalhando a técnica com crianças portadoras da Síndrome de Down e, logo depois, já com deficientes cognitivos e físicos assim como pessoas da terceira idade que na época pelas limitações econômicas que enfrentava o governo de Cuba, não conseguia oferecer mais de graça a população este serviço e uma grande quantidade de profissionais capacitados para esses fins terapêuticos tinham escolhido o exílio (o pais enfrentou o maior déficit de profissionais da sua historia naquela época). Isso me permitiu até capacitar-me e sair fora do pais para me profissionalizar e trabalhar para a ONG.

    No ano 2004 quando cheguei ao Brasil com quarenta e seis anos e, quase trinta de experiência profissional tive que buscar uma maneira de sobreviver e ajudar a minha Sra. na construção do novo projeto de vida (O casamento). E, encontrei no PSICOBALÈ uma forma de trabalhar honradamente e tornar-me conhecido como profissional sem agredir aos outros terapeutas que não conheciam esta técnica.

    Tive como primeiro desafio, que mudar o nome por PSICODANÇA, que após de entrar nos terapeutas holísticos no ano 2008, definitivamente leva o nome de (DTH) DANÇA-TERAPIA HOLÌSTICA. Como uma forma de cumprir com as NTSV, já que alguns psicólogos mal intencionados se sentiam invadidos pelo prefixo (psico-). Foi então, que decidi montar minha própria sala seguindo as regras de marketing aprendidas no curso de Psicoterapia Holística da Turma de 2008, a qual pertencia, de como montar um consultório seguindo a NTSV. Foi no ano 2008 em que comecei a relacionar o corpo com a mente já que por vir de uma ditadura onde trabalhei quase trinta anos eu mesmo, como terapeuta tinha meus próprios preconceitos.

    Ter o Consultório junto com a sala de Psicoterapia Holística me proporcionou uma melhor pratica e interação com as técnicas numa retroalimentação dialética e uma dinâmica de trabalho que até hoje no ano 2011 continuo com resultados, muito mais obtive a perseverança das clientes. E, até não fiquei tão preso na psicanálise como  

    uma técnica a aplicar. Comprovei na pratica que muitos clientes aplicando a técnica: Aconselhamentos caminhavam mais de presa na sua evolução emocional e pessoal já que a DTH complementava a parte do toque que não tinham no consultório, toque em coletivo que me deixava mais leve e confiado que aquele que poderia ter sozinho no consultório com o cliente. Já que na DTH o toque e direcionado pelo terapeuta entre eles e faz parte da coreografia, entrando na vida daquelas, mais fechadas de uma maneira natural. 

    4 - OS CINCO MOVIMENTOS CHINESES E SUA RELAÇÃO COM A DTH. 

    O cliente durante as sessões de PH através da técnica de Aconselhamento vai conhecendo e se familiarizando com as cores dos CINCO MOVIMENTOS CHINESES. Além de que minha abordagem é de ordem integrativa, não descarto nada sempre que me seja útil, e não transgrida as NTSV. Meus clientes na sua maioria tiveram algumas vezes sessões de cromoterapia e o bastão cromático, que os ajudou a encontrar a nível consciente as cores na sua imaginação. Por isso na hora da DTH os ajudou a encontrar as cores pelo conteúdo da musica, ou seja, a mensagem do texto assim como pela sua estrutura melódica.

    1- A musica: Camarada água do grupo Teatro Mágico, é bem explícita no meridiano que aborda e a cor azul já que o cliente e que sempre todos nós associamos o azul-água, embora que no momento coreográfico e a mímica dos movimentos tenha alguns bem condensados.

    2- A música: Pássaro de Fogo da Paula Fernandez, pelo conteúdo da música já a palavra FOGO explicitamente leva ao cliente a cor vermelha e durante toda a dança se imaginam vestidas de vermelho.

    3A música: VITORIOSA de Ivan Lins, é mais branco, mais para dentro, centrípeta, por isso se associa ao metal, muito apropriada para trabalhar frigidez e anorgasmia. O MOVIMENTO metal leva a se relacionar a cliente com a introdução do falo como fonte de prazer, é um ato de VITÓRIA é a heroína que consegue satisfazer ao macho. 

    Estes três exemplos ilustram um pouco, como abordo os movimentos chineses e as cores além de que após das vivencias para tirar as clientes do sofrimento já tenho trabalhado com todas elas uma Lagoa de águas transparentes imaginária, que todas têm, e uma ave que representam como gaivotas, cisnes, beija flor. Então essa lagoa contém as cinco cores dos movimentos e seus significados e no momento de voltar a realidade ou de sair do momento catártico o TH coloca a música e faz lembrar a lagoa imaginaria e coloca o elemento que a cliente precisa mais, por exemplo si a cliente esta precisando de equilibro o TH enfatiza em que ela observe os girassóis pela cor amarela (nossa terra que foi feita em prefeito equilibro) A música da LAGOA e trabalhada na DTH com movimentos muito leves e condensados, como não tem texto o TH direciona este exercício corporal a relaxar o corpo. A música: Ar de João Sebastião Bach numa versão que inclui sons das aves e da natureza, numa versão do grupo Café Do Mar (grupo de musica contemporâneo eletroacústica que revive a música erudita dos grandes clássicos da humanidade)  

     

    5 - O TEXTO DAS MÚSICAS E SUA RELAÇÃO COM O HISTÓRICO-EMOCIONAL DAS CLIENTES.

    Já tenho abordado que minhas clientes me oferecem muito material emocional para trabalhar na DTH no momento da VIVÊNCIA, assim como nas sessões da psicanálise, nos momentos de resistência. Esse material é guardado e na hora de montar o roteiro das músicas para trabalhar na DTH, eu tenho em cada sessão a oportunidade de trabalhar de oito a nove músicas e algumas vão direcionadas a uma cliente em específico numa abordagem indireta de seu conflito. O exemplo da música Sonho impossível de Maria Betânia pode ilustrar já que o conteúdo do texto vai direcionado a resgatar a possibilidade de voltar a sonhar até com o impossível e uma delas pode ter me falado na TH que queria já se entregar e renunciar a seus objetivos ou pelo contrário em sua linguagem não estava explícito e sim na sua fase o simplesmente se fecha a progredir. 

    6 - A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA FONTE DE ANAMNESE E PROGNÓSTICOS DO EMOCIONAL DO CLIENTE SEGUINDO O PARADIGAMA VIGOSTKYANO. 

    O paradigma vigostkyano: de diagnóstico - intervenção - prognóstico, oferece ao TH uma dinâmica de trabalho muito rica. Seu descobrimento da Zona de Desenvolvimento Próximo na área da pedagogia deixou aos terapeutas muito mais otimistas e hoje além de que o Império Socialista Russo não existe mai, não podemos esquecer e deixar de valorizar as descobertas deles na sua urgência de construir um mundo melhor e mais participativo. Todos nossos clientes têm essa zona já que é uma descoberta reconhecida pela OMS. Ter conhecimento dela e de suas infinitas possibilidades permitem ao terapeuta enriquecer sua intervenção com o cliente e muito mais, reduzir o tempo de intervenção, obtendo resultados mais imediatos que sei bem, o cliente se recupera mais rápido e, é um cliente que perdemos e nos indicará outros já que pela minha experiência pessoal nossos melhores marqueteiros são nossos próprios clientes. Eu tenho o costume de chamar: Marketing de boca a boca. Para a DTH a descoberta da ZDP de Vigostky é muito importante no sentido de que as pessoas que chegam a nossos consultórios são muito carentes e bem muito contaminadas cheias de limitações que elas mesmas colocaram em sua cabeça é uma barreira contra a qual temos que lutar no dia a dia já que DTH pela complexidade que vão alcançando os movimentos e por ser uma terapia de grupo onde a cliente pode se frustrar pelos progressos das outras e não compreender suas limitações e se desenvolver no grupo com elas, sofrem o perigo de desistir. 

    7 - OS RITMOS LATINOS E CARIBENHOS: SALSA, SAMBA, BOLERO, RUMBA, GUAGUANCÓ E SUA RELAÇÃO COM OS NOSSOS ARQUÉTIPOS. NOSSOS ANCESTRAIS AFRICANOS. 

    Quando eu falo do Brasil estou me referindo ao marco estreito da cidade de Palotina onde moro faz oito anos, aqui desempenhei minhas experiências profissionais. Por "isso sempre nas palestras e no meu livro em português uso o termo "Impressão" O seja, "Impressão diagnóstica, cultural, social etc."

    Na cidade onde moro nos seus ancestrais culturais predominam as culturas: alemã e italiana, falar de arquétipo no sentido clássico junguiano não é tão compreensível  e  

    de fácil aceitação. Mas, quando a gente fala dos ancestrais do povo de Bahia o nordestino, é outro o assunto (Os ancestrais africanos). Um empobrecimento da visão cósmica de Deus e sua presença, essa "Energia de fundo" (Que muito bem aborda Boff na sua literatura teológica e latino-americana) Que nos capacita para acolher a Deus em todas as coisas, é muito limitada e empobrecida pela falta de cultura e o fanatismo religioso de alguns que querem cosificar a DEUS. Além de que no ano 2004 alguns pseudo-terapeutas holísticos tinham deixado a cidade no espanto (todo ao contrário que logo após conheci no SINTE)

    Nessa realidade tive que colocar os ritmos latinos que eram aqueles que conheciam para começar meus projetos e tornar conhecido meu trabalho, era minhas ferramentas terapêuticas de como me projetar profissionalmente nessa área. Tudo começou com a músicaSimbalaiê da cantora Maria Gadú e os movimentos de braços semelhante Yemaya (o uso do port de bras e suas ondulações) Uma coincidência significativa já que Filipo Taiglione o mestre do balé quando desenvolveu este movimento nas suas bailarinas não tinha conhecimento das danças africanas (ele era Frances e não viajou a África). Todo muito bem explicado pelo Jung nos seus estudos da sincronicidade.

    Então tive que explicar para elas conceitos como politeísmo e revelar que as danças caribenhas dançadas durante quase três anos vinham dessa cultura que elas rejeitavam por se sentir traindo sua religião: conga, rumba, guaguancó não são outra coisa que a imitação dos movimentos do Deus Xangó. Estes bailes nascidos em Cuba se espalharam muito rápido pelos países do Caribe e deram origem ao "Ritmo Salsa" hoje dançado no mundo e que até um Congresso Internacional anualmente se celebra em São Paulo.

    Explicar a elas a história da musica Simbalaiê foi muito significativo já que a maioria após da experiência tiveram muitos insight e após de voltar das vivências conseguiam ver o mar, os barquinhos, os pescadores,... E saíram da técnica muito, mas relaxadas e tirando um maior proveito depois na DTH no momento de dançar a música.

    Ao respeito de Simbalaiê:  

    "Shimbalaiê é uma canção da cantora Maria Gadú do seu álbum homônimo. Lançada como primeiro single, em agosto, a canção foi incluída na trilha sonora da novela Viver a Vida e, a partir daí, se tornou um sucesso pelo Brasil inteiro.

    A canção foi sua primeira composição, composta aos 10 anos de idade, que segundo a cantora, foi feita no momento do pôr do sol em uma praia quando ela estava sozinha olhando o feito e sem o violão. Afirmando que "Shimbalaiê" foi uma espécie de susto e que não gostava tanto de escrever (em forma de composição), assim Maria Gadú só voltou a compor 9 anos depois.

    -"Eu só  estava descrevendo uma paisagem."

    A cantora afirma que a palavra não tem nenhum significado, mas na verdade a expressão deriva de um dialeto africano.

    Existem várias formas de se escrever, no entanto, a forma correta é Ximbhalaijè, que poderia ser traduzida assim: Ximbha (natureza, meio ambiente) - Laijè (alma, deus, espírito)".

    Nossa condição de Holísticos tem também que priorizar a parte CULTURAL l do cliente algo a sugerir nas NTSV porque o brasileiro não tem hábitos de leitura e o país tem o lugar 53 em desenvolvimineto educacional mundial, então a ignorância pode conspirar contra as interpretações de nosssas técnicas. Nesse sentido temos que ficar bem de plantão para ter sempre uma resposta convincente na ponta da língua. 

    8 - O MÉTODO E, ALGUNS EXEMPLOS: 

    No meu canal: Z1957A, em Youtube se podem encontrar alguns exemplos das DTH (com músicas com texto e sem texto compreensível ou não). Quando trabalho música em espanhol antes dou uma folha com a tradução do texto ao português para que elas tenham idéia da mímica a imitar como neste primeiro exemplo de uma das músicas que além de ser interpretada em espanhol me tem acompanhado sempre e com muita aceitação: 

    1. O despertar música da cantora e compositora Liuba Maria Hevia (cubana)

    http://www.youtube.com/watch?v=L1BwHBRE2X4 

    Muito importante esclarecer que o uso da bola de pilates só esta em função da dança, não como meio de treinamento físico e assim respeitar as NTSV. 

    1. Uma salsa: A do biquíni vermelho, a compreensão do texto não é o que importa, é o movimento fogo (cor vermelho) e o trabalho da lateralidade direita e esquerda com a bolinha que tem na mão em função do equilibro. Estes exercícios vão direcionados a prevenir o MAL do Alsaimer.

    http://www.youtube.com/watch?v=xfpd12XCzGs 

    1. Felicidade musica que seus movimentos e compreensão do texto viraram uma coreografia para torcer pela Copa do Mundo com o predomino da cor verde (o movimento madeira) mostra como elas se expandem fazendo uso do espaço e dos movimentos circulares.

    http://www.youtube.com/watch?v=JD3JfqiNW6Q 

    1. Música: Quero-te, um texto poético do Mario Benedetti, um dos poetas uruguaios mais conhecidos na contemporaneidade o texto foi musicado por Alberto Fávero e o interprete é o cantor Jairo (ambos argentinos). Os movimentos direcionados ao movimento metal (cor branca). Condensados, leves, em movimentos circulares mais avançados enfrentando o desafio de dos círculos já que o texto expressa a unidade e a solidariedade em grupo, cotovelo com cotovelo para ser, muito mais que dois!

    http://www.youtube.com/watch?v=PbXxIFe84Us 

     

    9 - CONCLUSÕES: 

    A DTH em Cinco Movimentos é uma terapia alternativa de grupo que auxilia o trabalho do TH como complemento de seu trabalho no consultório. Insere ao cliente num grupo e trabalha a socialização e os laços interpessoais. A diferença de outras técnicas corporais aplicadas no Brasil a DTH em Cinco Movimentos compromete a área cognitiva da personalidade além da afetiva porque se trabalha a compreensão dos textos músicas desenvolvendo e ativando os processos do pensamento: análise, síntese, comparação, generalização e abstração. Por isso é preventiva na ordem de doenças mentais futuras a da própria terceira idade dependendo da faixa etária do cliente, doenças como o Mal do Alzheimer, isquemias, paralises cerebrais e faciais etc. Dos grupos de DTH se formou um subgrupo de Dança Contemporânea da Terceira Idade: EMANUEL. Temos participado de quatro festivais nacionais e três internacionais e durante meu intercâmbio com outros terapeutas que aplicam a técnica não descobri nenhum que na sua abordagem trabalhe as áreas cognitivas da personalidade. Nosso grupo já tem dez prêmios (seis primeiros lugares, três internacionais e três no Brasil, e quatro segundos lugares três no Brasil e um internacional). 

    10 - BIBLIOGRAFIA: 

    * Boff, Leonardo. - O terapeuta do deserto.

    -O tempo da transcendência. Editoras Vozes

    * Vieira Filho, Henrique. O corpo como portal do conhecimento. Conferências tomadas do curso de Holística Turma 2008: Terapia Holística, Marketing assim como as NTSV. CONAN, Conselho Nacional de Auto-Regulamento e Normalização Voluntaria, São Paulo - SP - Brasil

    * L.S. Vigostky. Pensamento e Linguagem. Editorial Povo e Educação, Cuba.

    * Reich fala de Freud, Editora Moraes.

    * Guerra Ramiro. Eros baila: Dança e sexualidade. A Havana, Editorial Letras Cubanas

    Autor: : José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913
    Última atualização: 03/06/2011 07:49


    COACHING HOLÍSTICO

    COACHING HOLÍSTICO 

    Um método de encadear resultados positivos para liderar a vida em qualquer âmbito desejável.  


    Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270

    Personal colching Holístico

    www.celicoutinho.com.br

    Terapeuta Tântrica

    www.celishakti.com.br

    E-mail: contato@celicoutinho.com.br 

     

    Índice

    Prefacio...................................................01 

    PRINCIPIOS DO CONCEITO DE FORMAÇÃO DO COACHING HOLÍSTICO

    O que é Samkhya?..............................................06

    COACHING - MITOS E VERDADES..................07 

    Conclusão.................................................09

    Bibliografia................................................11 


    Prefácio

    Primeiramente deixo claro que a intenção aqui não é inovar. E sim trazer ao conhecimento algo que já tomou um rumo de sucesso.

    Basta utilizar um pouco do seu tempo para navegar na Internet e logo se percebe que ha tempos outros orientadores, consultores e ou terapeutas já desenvolve um trabalho particularmente próprio de coaching.

    Ouvimos já um tempo o termo coaching, amplamente divulgado e a impressão que temos que sua origem é completamente moderna e pertencente basicamente ao nosso século.

    Mesmo na estória do coaching percebemos que seu inicio acontece baseado no conceito filosofal da Grécia, com o principio de orientar no esporte, o esportista que precisa ter o incentivo de que ele é ganhador, único em sua modalidade.  E assim transformar pequenos homens em grandes nomes do esporte, já nos tempos modernos americano.

    E com a modernização global o coaching ganha um corpo metodológico para auxiliar nas grandes empresas a formação de líder de equipe a serem prósperos em suas idéias, ganhando ranks em marketing, vendas e estratégias administrativas.

    Mas o homem não é só corpo mental, é também um corpo emocional, e espiritual, amplamente fáceis de formar uma estratégia de expansão dos conhecimentos, realização dos desejos e metas a cumprir em vida.

    Se formos buscar de fato uma origem pode-se facilmente perceber, que dá Grécia se pularmos um pouco, mais vamos cair nos princípios filosofais da índia antiga, e seguindo de encontro com o Samkhya que deu origem a uma metodologia de estudo comportamental do homem enumerando as formas de entendimento de como o Ser humano pode processar suas emoções, mente para evoluir como um ser livre de amarras negativas.

    É do Samkhya que acontece a origem de duas vertentes muito importante no mundo holístico hoje em dia, ou seja, o Yoga e o Tantra. Formando assim um um mundo denominado de holística.

    A holística não é uma ciência e nem uma filosofia. Não  é uma religião nem uma disciplina mística. Também não constitui um paradigma científico. É tão somente uma visão de mundo que vem se contrapor à visão dualista e mecanicista que despojou o ser humano da sua unidade, ao longo desses séculos de civilizações tecnológicas e racionalismo exacerbado.

    A holística basicamente é uma atitude diante da realidade, uma forma de ver e compreender o mundo, um espaço onde são permitidos um intercâmbio dinâmico entre Ciência, Arte Filosófica e as Tradições Espirituais, sendo exatamente esse intercâmbio que se propõem como uma das mais criativas formas de enfrentamento dos desafios deste final de século.

    Sendo uma atitude diante da vida uma forma de compreender e de estar no mundo, o pensamento holístico permeia todos os níveis de atuação do indivíduo.

    Inicio então aqui a intenção de promover com essas linhas um caminho para nós terapeutas holísticos, para um caminhar de prosperidade e crescimento, não somente como uma profissão complementar a qualquer outra renda que  tenhamos e sim um movimento de energia motora de que escolhemos como profissão de onde  somos únicos capazes de gerir uma ferramenta, não somente para os nossos clientes equilibrarem e se libertarem de doenças físicas, mas certamente buscar empreendedorismos seja lá no que foi escolhido.

    Li um artigo esses dias onde um terapeuta criticava as pessoas que dizem que a movimentação holística não dá mais para o sustento.

    E ele observa que muitos terapeutas se fundem em descredibilidade por não acreditar naquilo que de fato escolheu e dando razões para fracassos como, agora é final de ano e não é mais possível seguir. Bom, agora o ano começa apenas depois do carnaval.

    O aspecto astrológico inerentes agora é impossível fluir em produtividade.

    È de fato as intempéries existem, e não trilhamos nela com sucesso se acreditarmos que nosso sucesso está no mundo lá fora.

    Mas se soubermos o caminho da ação e da reação de nós mesmo, trilhar um caminho pra a prosperidade, certamente é bem mais agradável e palpável. E esta é a proposta do Coaching Holístico.

    Enumerar uma série de questões para os objetivos pessoais serem colocados em prática. 

    PRINCIPIOS DO CONCEITO DE FORMAÇÃO DO COACHING HOLÍSTICO 

    O que é Samkhya

    Samkhya é considerado como o mais antigo dos sistemas filosófico ortodoxo indiano .Sua filosofia considera o universo como constituído de duas realidades eternas:  Purusha (consciência) e Prakriti (corpo físico), é, portanto, fortemente dualistas  caracterizada por uma cosmovisão que vê o universo como uma mistura evolução de dualidades distinta (claro / escuro, masculino / feminino, etc.).

    Shamkhya advém do idioma sânscrito, um dos ramos do grande tronco lingüístico e cultural Indo-Ária, tendo parentesco com o latim, o árabe e mais uma dúzia de línguas indianas. Apesar desta influência o sânscrito é uma língua morta, sendo usada em situações ritualísticas, pujas com mantras.

    Samkhya, então literalmente, significa "descrição enumerativa", inventário, enumeração, sendo uma palavra adotada por kapila, um literato indiano por volta de 27 séculos atrás. Para descrever a estrutura do cosmo e do homem, bem como as relações entre pessoas e do individuo como o cosmo, no sentido da natureza.

    Devido às dificuldades com os estudos e registros históricos daqueles séculos, não se sabe ao certo se Kapila foi realmente um personagem histórico ou uma criação folclórica; não se sabe também a data de seu nascimento (talvez 750 a. C), se foi contemporâneo depois de Buda (200 anos depois), se viveu no século II a.C ou II d.C

    Metafisicamente, Samkhya mantém uma dualidade radical entre o espírito / consciência (Purusha) e matéria (Prakriti). Todos os eventos físicos são considerados manifestações da evolução da Prakriti,  ou natureza primária (do qual todos os corpos físicos são derivados). Cada ser ciente é um Purusha, e é ilimitado e irrestrito ao seu corpo

    O espírito em si é apenas uma testemunha da evolução. A evolução obedece a relações de causa e efeito, com a natureza primordial em si ser a causa material de toda a criação física. A teoria da causa e efeito da Samkhya é chamado Satkaarya Vaada, e afirma que nada pode ser criado a partir ou destruídas em nada - toda evolução é simplesmente a transformação da natureza primordial de uma forma para outra.

    Toda a matéria tem três gunas (qualidades)  ou atributos fundamentais - sattva (atributo criativo), rajas (atributo preservacionista) e tamas (atributo destrutiva). A evolução da questão ocorre quando a relação de forças entre as mudanças de atributos. A evolução cessa quando o espírito percebe que é diferente da natureza primária e, portanto, não pode evoluir. Isso destrói o propósito da evolução, impedindo assim Prakriti de evoluir para Purusha.

    O Purusha (almas) é consciente e livre de todas as qualidades. Eles são os espectadores silenciosos de prakriti (matéria ou a natureza), que é composto de três gunas (disposições), satva rajas e tamas (atividade estabilidade e estagnação). Quando o equilíbrio dos gunas se movimenta, a ordem mundial evolui. Este movimento causa um desequilíbrio natural, ou seja, um distúrbio é devido à proximidade de Purusha e Prakriti. Libertação (kaivalya), então, consiste na realização da diferença entre os dois.

    Esta era uma filosofia dualista. Mas há diferenças entre o Samkhya e as formas ocidentais de dualismo. No Ocidente, a distinção fundamental é entre a mente e o corpo. No Samkhya, no entanto, é entre o (purusha) e da matéria, e este último incorpora o que os ocidentais normalmente se referem como "mente". Isso significa que o Self como o Samkhya entende que é mais transcendente do que "mente". 

    COACHING - MITOS E VERDADES

    Ser Coach é ter paixão em ajudar as pessoas a alcançar as suas metas, sonhos e objetivos mais rápidos.

    COACH é uma palavra de origem inglesa antiga, por volta de meados de 1500, que significa um veiculo para transportar pessoas de um lugar para outro.  
    O nome Coach é muito usado nos esporte, para denominar o treinador ou o técnico. Timothy Gallwey, quando escreveu "O JOGO INTERIOR DE TÊNIS" deu uma nova concepção na maneira de ensinar o Tênis e colaborou muito no processo de coaching que hoje conhecemos.

    Segundo o I.C.I. (Integrated Coaching Institute), Coaching é um processo focado em ações do coachee (cliente), para a realização de suas metas e desejos.  Ações no sentido de desenvolvimento e / ou aprimoramento de suas próprias competências, equipando-o com as ferramentas, conhecimentos e oportunidades para se expandir.

    O processo de Coaching não diz às pessoas o que fazer para se tornarem melhores, as apóia e a avalia, o que e como estão fazendo de modo a responsabilizarem-se pela própria vida, caminhando em busca de seus próprios objetivos. 
    Podemos também dizer que o Coach é o profissional que auxilia as pessoas a estruturar-se e realizar o seu sonho.

    Segundo Leonardo Wolk, "Coaching é a Arte de Soprar Brasas". 

    O coach, portanto é o profissional que conduz o processo de desenvolvimento. 

    Coaching é o nome do processo (literalmente treinamento em inglês). 

    Coachee é o nome que se dá ao cliente que contrata o coach. 

    O que é Coaching?

    É uma nova disciplina que nos leva à realização de permitir um desenvolvimento pessoal e profissional forte. É um conjunto de perguntas é a partir da aceitação dos outros e não julgar, com o objetivo de descobrir quem você é e ajudá-lo a alcançá-lo. .

    É uma formulação que ajuda você a pensar diferente. É uma nova maneira de ver as coisas que lhe permite operar de forma eficaz e responsável para seus objetivos, aumentando a imagem que você tem de si mesmo, melhorar as comunicações, aprofundar suas relações e mantê-las.

    Qual situação te leva a utilizar-se do coaching:

    - Quando você tem uma meta ou um objetivo e não sabe especificar.  

    - Quando você quiser encontrar um propósito na sua vida e nada faz sentido  

    Quando você responder não a uma das seguintes questões:  


    - Você gosta do que faz? 


    - Você está animado sobre o seu futuro? 


    - É esta a vida que você escolhe? 


    - Você acha sentido no que você faz? 


    - Você está satisfeito com seus relacionamentos? 


    - Usa bem seu tempo livre?


    Portanto o Coaching te chama para a ação ao invés de levá-lo aos seus pensamentos. 


    Coaching aponta para o que você quer e é possível que você  em vez de se concentrar no que aconteceu com você. 



    Um plano para o seu futuro  em sua vida pessoal

    Você tem um sonho difícil de realizar? 


    Você está sempre envolvido em problemas em seus relacionamentos? 


    Você se sente preso ou contido em qualquer área da sua vida? 


    Gostaria de ter mais tempo para si? 


    Em sua vida profissional

    Gostaria de ter mais sucesso? 


    Você reconhece que você poderia melhorar a comunicação? 


    Necessidade de organizar melhor o seu trabalho e sua mesa? 


    Você muitas vezes falta o tempo? 


    Gostaria de promover o seu crescimento, mas você não tem idéia por onde começar? 


    Você gostaria de aumentar sua renda ou lucro em seu negócio?


    Você toma altos níveis de stress? 

    Operação de Sessões de Coaching 

    A duração do processo de coaching é uma função do número de sessões e a freqüência dos mesmos, e duas questões dependem de você.

    Sobre a freqüência, nota que não fará mais do que uma sessão por semana e raramente perduram para além das próximas 4 a 6 semanas. Em geral, cada sessão dura aproximadamente uma hora e será individual.  

    Conclusão  

    O Coaching Holístico

    Coaching não é  terapia.

    A terapia é uma solução para entender o passado, reavaliar os erros para preparar-se para o presente.

    O Coaching concentra-se no presente e no futuro. Ou seja, independente de qualquer fato, dos sucessos e dos insucessos, o que e como fazer daqui pra frente, para continuar a escalada.

    A Terapia é um recurso para lidar com as dificuldades da existência, sob aspectos psicoemocionais em situações como crises pessoais, conflitos conjugais e familiares, transtornos psicopatológicos, distúrbios psicossomáticos, crises existenciais e problemas nas transições entre as fases da vida, etc. A terapia, diferentemente do coaching, adota uma abordagem holística que envolve processos de ordem psíquica, orgânica e social oferecendo recursos direcionados para atender na orientação de pessoas em situações de desestruturação e crise, quando o mesmo se sente inapto para lidar com as dificuldades em sua vida.

    O Coaching holístico vai lhe propor um caminho do momento do aqui e agora através de seus próprios recursos naturais.

    Serão utilizados de ferramentas de métodos vivenciais para auxiliar ao encontro de respostas que o processo vai lhe conduzir, para melhor absorção.   

    "Se, por um dia apenas, ou mesmo algumas horas e não raro por apenas alguns minutos, você se permitir mudar, um pouco que seja, seu ângulo de visão e abordar as questões existenciais de uma posição outra, além daquela que está habituado a vivenciar, isto operará milagres em sua saúde e no meio ambiente"       Levi Leonel 

    BIBLIOGRAFIA

    Pesquizas feitas pela a Internet.

    Livro - Energia Vital - Editora Roka - Autor - Levi Leonel

    Título: Coaching: Desenvolvendo Excelência Pessoal e Profissional;

    Autor: James Flaherty;

    Editora: Qualitymark;

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 03/06/2011 10:18


    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista

    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA

    Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista


    Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico - CRT 21001

     


    Resumo:

    Milernarmente, os SONHOS são uma forma de contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso os indivíduos recorriam aos Xamãs, ao Sacerdotes, antecessores dos Terapeutas Holísticos, para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, inclusive, divinatórias, por meio de rituais sagrados.

    No ocidente moderno, sua importância foi negligenciada, até o advento da PSICANÁLISE, reencontrando nas teorias de Freud e Jung a sua função de eficaz meio de acesso ao conteúdo inconsciente, aplicando-se a associação livre como um dos instrumentos a trabalhar o conteúdo onírico.

    A TERAPIA HOLÍSTICA une o antigo e o novo em suas melhores qualidades, aproveitando tanto os sonhos espontaneamente recordados, quanto os induzidos via técnicas de relaxamento, toque e exercícios de imaginação ativa.

     

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras.

    Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem "científica-reducionista-elitista" cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem "empírica-holística-acessível" de nossos ancestrais xamãnicos.

    A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do "cientificismo", mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes.

    Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a "alma", desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

    No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se "dissolvem espontaneamente" no decorrer destes procedimentos (método catártico).

    A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

    Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte "inacessível" de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( "eu") e Censor ("juiz" do Ego, o Ego "Idealizado").

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO.

    Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

    Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Especificamente sobre os SONHOS, porém, a Terapia Reichiana pouco abordou, sendo enfatizada a observação do CORPO como o revelador dos aspectos visíveis do mundo inconsciente. Já Freud, autoproclama seu livro A Interpretação dos Sonhos como sua obra mais importante. Por sua vez, a Psicanálise Junguiana seria inimaginável sem a análise do universo onírico dos Clientes.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Interpretação dos Sonhos no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, bem como as técnicas de indução ao "sonho acordado" que já praticavam nossos antecessores, os sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.


    Material e Metodologia:

     

    1. Definições

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

    ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO - procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE - usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal - "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

    LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

    TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    SONHO: Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente. Para as culturas milenares, é o contato com o transcendente, de caráter orientativo e divinatório, com acesso ao divino e até ao mundo dos mortos.


    2. Procedimentos


    ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

     

    Análise de Sonhos:

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ..."o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro"... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as "chaves" transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado "o sono sagrado", onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de "sonho acordado", muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão "científico". Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, "a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma". Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma "auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material "espontâneo" que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a "dramatização", onde a pessoa "encarna", um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura "incorporada". Outra ferramenta de interpretação é a "ampliação" do sonho, onde se é estimulado para "prolongar" o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de "ampliação" é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que "ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico". O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.


    Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

    Do mesmo modo como "evocamos" os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma "lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais "pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram "especializações" funcionais, "desenhando-se" no holograma certos "caminhos" bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa "tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. "Mapeando" esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos "meridianos" de Acupuntura, na China milenar, e os "chacras" na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a "circulação" energética, induzimos à "circulação" das informações psíquicas, ocorrendo os chamados "insights" ("flashs", lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que "digerir", compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro "equilíbrio energético". O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

     

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

     

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

     

    Resultados:

     

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade. Especificamente quanto às vivências oníricas e análises dos SONHOS, foram objetos de grande atenção, ocupando boa parte dos atendimentos, tornando-se o fator mais significativo na produção de INSIGHTS percebidos como de grande importância emocional e motivacional na vida dos Clientes.


    Discussão:

     

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a "imitar" o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE - Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.


    Conclusões:


    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    A análise dos SONHOS, sejam os espontaneamente lembrados, sejam os induzidos por técnicas vivenciais se traduziram nos momentos mais surpreendentes e reveladores destes meus quase 25 anos de Terapia.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui a interpretação dos sonhos, regressão, progressão, vivências, etc...). A própria tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.


    Referências bibliográficas:


    "O Corpo Fala" - Pierre Weil e Roland Tompakow - Editora Vozes;

    "Counseling, Santé et Développement" em www.counselingvih.org;

    "Florais de Bach - Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica" - Henrique Vieira Filho - Editora Pensamento;

    "Jung e Reich - O Corpo Como Sombra" - Jonh P. Conger - Summus Editorial;

    "O Microcosmo Sagrado" - 2a Edição - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Orgônio, Reich e Eros" - W. Edward Mann - Summus Editorial;

    "O Processo de Aconselhamento" - Paterson / Einsenberg - Martins Fontes 1988;

    "Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung" - Reis, Magalhães e Gonçalves - EPU - Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

    "Tutorial Terapia Holística" - Henrique Vieira Filho - SinteBooks.

    "Interpretação dos Sonhos: Ed. Comemorativa - 100 Anos" - Sigmudn Freud - Editora: Imago;

    "Psicoterapia Holística" - - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    Anexos e Apêndices:

     

    1) Textos selecionados da obra "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    O sonho só é estudado aqui como veí­culo e criador de símbolos. Manifesta tam­bém a natureza complexa, representativa, emotiva, vetorial do símbolo, assim como as dificuldades de uma interpretação justa. A maior parte dos elementos deste verbete são aplicáveis ao conjunto dos símbolos, e u cada um em particular, pois todo símbolo participa do sonho e vice-versa.

    A parcela de sonho

    Segundo as mais recentes pesquisas científicas, um homem de 60 anos teria sonha­do, dormindo, um mínimo de cinco anos. Se o sono ocupa um terço da vida, aproxi­madamente 25% do sono é atravessado por sonhos: o sonho noturno ocupa, portanto, um duodécimo da existência entre a maioria dos homens. Que dizer do sonho acordado e do devaneio diurno que se acrescentam a esta parcela já impressionante!

    Sobre o sonho, Frédéric Gaussen disse muito bem: símbolo da aventura indivi­dual, tão profundamente alojado na intimi­dade da consciência que se subtrai a seu próprio criador, o sonho nos aparece como a expressão mais secreta e mais impudica de nós mesmos. Ao menos duas horas por noite vivemos neste mundo onírico dos símbolos. Que fonte de conhecimentos so­bre nós próprios e sobre a humanidade, se pudéssemos sempre recordá-los e interpre­tá-los! A interpretação dos sonhos, disse Freud, é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma. Também as chaves dos sonhos se multiplicaram desde a antiguidade. Hoje em dia, a psicanálise as substituiu.

    O fenômeno do sonho

    As idéias sobre o sonho, como sobre o símbolo, evoluíram muito e não temos por que fazer o histórico dessa evolução. Mas mesmo hoje em dia, os especialistas ainda estão divididos a respeito. Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente; para J. Sutter, esta é a menos interpretativa das defini­ções, o sonho é um fenômeno psicológico que se produz durante o sono, constituído por uma série de imagens cujo desenrolamento representa um drama mais ou meios concatenado.

    O sonho se subtrai, portanto, à vontade e à responsabilidade do homem, em virtude de sua dramaturgia noturna ser espontânea e incontrolada. É por isso que o homem vive o drama sonhado, como se ele existisse realmente fora de sua imaginação. A consciência das realidades se obli­tera, o sentimento de identidade se aliena e se dissolve. Tchuang-tcheu não sabe mais se foi Tcheu que sonhou que era uma bor­boleta ou se foi a borboleta que sonhou que era Tcheu. Se um artesão, escreve Pas­cal, tivesse certeza de sonhar todas as noi­tes, durante doze horas que era o rei, creio que seria tão feliz quanto um rei que so­nhasse todas as noite, durante doze horas, que era um artesão. Sintetizando o pensa­mento de Jung, Roland Cahen escreve: O sonho é a expressão desta atividade men­tal que está viva em nós, que pensa, sente, experimenta, especula, à margem de nossa atividade diurna, e em todos os níveis, do plano mais biológico ao plano mais espi­ritual do ser, sem que o saibamos. Mani­festando uma corrente psíquica subjacente e as necessidades de um programa vital inscrito no mais profundo do ser, o sonho exprime as aspirações profundas do indi­víduo e, portanto, será para nós uma fonte infinitamente preciosa de informações de toda ordem.

    Classificação dos sonhos

    O Egito antigo atribuía aos sonhos um valor sobretudo premonitório: O deus criou os sonhos para indicar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o fututro, diz um livro de sabedoria. Sacerdotes-leitores, escribas sagrados ou onirólogos interpretavam nos templos os símbolos dos sonhos, segundo chaves transmitidas de era em era. A oniromancia, ou a divinação por meio dos sonhos, era prati­cada em todos os lugares.

    Para os negritos das ilhas Andamã, os sonhos são produzidos pela alma, que é considerada como a parte maléfica do ser. Sai pelo nariz e realiza fora do corpo as proezas de que o homem toma consciência em sonho.

    Para todos os índios da América do Nor­te, o sonho é o signo final e decisivo da experiência. Os sonhos estão na origem das liturgias; estabelecem a escolha dos sacer­dotes e conferem a qualidade de xamã; é deles que provêm a ciência médica, o nome que se dará às crianças, e os tabus; eles ordenam as guerras, as caçadas, as conde­nações à morte e a ajuda a ser ministrada; só eles compreendem a obscuridade escatológica. Enfim o sonho... confirma a tradição: é o selo da legalidade k da autori­dade.

    Para os bantus do Kasai (bacia congolesa), certos sonhos são produzidos pelas almas que se separam do corpo durante o sono e vão conversar com as almas dos mortos. Esses sonhos têm um caráter premonitório referente à pessoa, ou então podem consistir em verdadeiras men­sagens dos mortos aos vivos, que interes­sam a toda a comunidade.

    (Sobre o papel dos sonhos e sobre sua interpretação nas civilizações orientais, po­de-se consultar a erudita obra coletiva SOUS; e sobre exemplos de sonhos histó­ricos célebres, religiosos, políticos e cultu­rais).

    Os exemplos de sonhos são inumeráveis; tentou-se diversas vezes classificá-los. As pesquisas analíticas, etnológicas e parapsicológicas dividiram os sonhos noturnos, para facilitar o estudo, em um certo núme­ro de categorias:

    1.  o sonho profético ou didático, aviso mais ou menos disfarçado sobre um acon­tecimento crítico, passado, presente ou fu­turo; sua origem é freqüentemente atribuí­da a uma força celeste;

    2.  o  sonho  iniciatório  do  xamã  ou do budista tibetano de Bardo-Todol, carregado de eficácia mágica e destinado a introduzir o homem num outro mundo por meio de um conhecimento e de uma viagem imagi­nários;

    3.  o sonho telepático, que estabelece co­municação com o pensamento e os senti­mentos de pessoas ou de grupos distantes;

    4.  o sonho visionário, que transporta ao que H.  Corbin chama  de  o  mundo  das imagens, e que pressupõe no ser humano, num  certo  nível  de  consciência,  poderes que nossa civilização ocidental talvez tenha atrofiado ou paralisado, poderes sobre os quais H. Corbin encontra testemunhos en­tre os místicos iranianos; trata-se aqui, não de presságio, nem de viagem, mas de visão;

    5.  o sonho pressentimento, que pressente e privilegia uma possibilidade entre mil...

    6.  o sonho mitológico, que reproduz al­gum grande arquétipo e reflete uma angús­tia fundamental e universal.

     

    Guardadas todas as proporções, o sonho acordado pode ser comparado ao sonho no­turno, tanto pelos símbolos que coloca em ação, como pelas funções psíquicas que é capaz de cumprir. Maria Zambrano mostra, ao mesmo tempo, seu risco e suas vanta­gens: Na vigília, o sonho apodera-se imperceptivelmente da pessoa e engendra um certo esquecimento, ou antes Uma lembran­ça cujo contorno se transfere a um plano da consciência que não pode acolhê-lo. O sonho torna-se então germe de obsessão, de mudança da realidade. Ao contrário, se é transferido a um plano adequado da consciência, ao lugar onde a consciência e a alma entram em simbiose, torna-se forma de criação, tanto no processo da vida pes­soal, como na realização de uma obra.

    A prática psicoterápica do sonho acor­dado engendrou a onirotécnica. Derivada dos trabalhos de Galton e Binet, das expe­riências de Desoille, de Guillerez e de Caslant, desenvolvida e aperfeiçoada por Frétigny e Virei até o onirodrama, esta técnica consiste num devaneio dirigido, a partir de uma imagem ou de um tema sugerido pelo intérprete e geralmente tirados dos símbo­los de ascensão e queda. Ela utiliza a fa­culdade que o homem possui, quando co­locado em estado de hipovigília de viver um universo arcaico de cuja existência nem suspeita quando acordado e do qual o so­nho noturno dá apenas uma ideia muito infiel e desalinhavada.

    A técnica comporta um primeiro tempo de relaxamento cientificamente conduzido, devendo chegar à aparição de ondas eletroencefalográficas alfa. O sujeito recebe a instrução de verbalizar simultaneamente as imagens que lhe aparecerem e os estados que experimenta. A experiência mostra que estes estados são vividos, isto ê, que o su­jeito tem um Eu Corpóreo Imaginário e que age num mundo visionário sobre o qual projeta as estruturas de seu Eu arcaico. Se, neste ponto da experiência, o ope­rador propõe uma imagem indutora ou su­gere uma ação imaginária, o sujeito vai integrar a sugestão no universo em que vive e desenvolver as suas conseqüências, segundo o modo simbólico próprio a este universo. Por este meio e alguns outros, vê-se surgir, no sujeito menos predisposto à fantasia ou à compreensão poética, seqüências de imagens e situações que po­dem ser, em todos os pontos, sobrepostas aos dados da mitologia ou da psicossociologia dos estados mais primitivos da huma­nidade.

    Funções do sonho

    O sonho é tão necessário ao equilíbrio biológico e mental como o sono, o oxigênio e uma alimentação sadia. Alternativamen­te relaxamento e tensão do psiquismo, ele cumpre uma função vital; a morte ou a demência podem ser o resultado de uma falta total de sonhos. Serve de exutório a impulsos reprimidos durante o dia, faz emergir problemas a serem resolvidos, e, ao representá-los, sugere soluções. Sua fun­ção seletiva, como a da memória, alivia a vida consciente. Mas desempenha ainda um papel de uma profundidade bem diferente.

    O sonho é um dos melhores agentes de informação sobre o estado psíquico de quem sonha. Fornece-lhe, num símbolo vivo, um quadro de sua situação existen­cial presente: ele é para quem sonha uma imagem freqüentemente insuspeitada de si mesmo; é um revelador do ego e do self. Mas ao mesmo tempo os dissimula, exata-mente como um símbolo, sob imagens de seres distintos do sujeito. Os processos de identificação não são controláveis no so­nho. O sujeito se projeta na imagem de um outro ser: aliena-se, identificando-se com o outro. Pode ser representado com traços que não têm aparentemente nada em co­mum com ele, homem ou mulher, animal ou planta, veículo ou planeta etc. Um dos papéis da análise onírica ou simbólica é desvendar essas identificações e descobrir suas causas e fins; tem como finalidade res­tituir a pessoa à sua identidade própria, descobrindo o sentido de suas alienações.

    O papel do sonho, talvez o mais funda­mental, é estabelecer no psiquismo de uma pessoa uma espécie de equilíbrio compen­sador. Ele assegura uma auto-regulação psicobiológica. A carência de sonhos cria de­sequilíbrios mentais, assim como a carência de proteínas animais provoca perturbações fisiológicas. Esta função biológica do so­nho, confirmada pelas mais recentes expe­riências científicas, não deixa de ter conseqüências sobre a própria interpretação, que pode então evocar a lei das relações complementares. O intérprete procurará com efeito a relação de complementação entre a situação consciente vivida, objetiva, do sonhador e as imagens de seu sonho. Porque existe, escreve Roland Cahen, uma relação de contrapeso (de balança) real­mente dinâmica, entre o consciente e o in­consciente, manifestada na atualidade de sua movimentação pelo sonho. . . Os de­sejos, as angústias, as defesas, as aspirações (e as frustrações) do consciente encontra­rão nas imagens oníricas bem compreendi­das uma compensação salutar e, conseqüentemente, correções essenciais. O drama onírico pode conceder o que a vida exterior recusa e revelar o es­tado de satisfação ou insatisfação em que se encontra a capacidade energética (libi­do) do sujeito. Mas, às vezes, a distância entre o sonho e a realidade é tal que adqui­re um caráter patológico e deixa transpa­recer na própria libido um descomedimen­to que nada consegue compensar. Deve-se observar que nos casos normais a compen­sação se produzia, nas perspectivas de Freud, segundo uma linha horizontal, isto é, no mesmo nível da sexualidade, en­quanto, segundo Jung, todo equilíbrio psi­cológico do ser se faz, entre seus planos conscientes e seus planos inconscientes, na dimensão da verticalidade, tal como, num veleiro, o equilíbrio entre a vela e a quilha. No mesmo sentido, para o Dr. Guillerey, toda perturbação psíquica cor­respondia a uma atividade superior entra­vada, e o apelo do herói, no sentido bergsoniano do termo, cumpriria uma função não apenas moral, mas terapêutica, de sal­vamento.

    O sonho, enfim, acelera os processos de individualização que regem a evolução de ascensão e integração do homem. Em seu nível, já tem uma função totalizadora. A análise, como veremos, permitirá que entre em comunicação quase regular com a cons­ciência e desempenhe então um papel de criador de integração em todos os níveis. Não apenas exprimirá a totalidade do ser, mas contribuirá para formá-la.

    Análise do sonho

    A análise dos símbolos oníricos baseia-se em triplo exame: o do conteúdo do sonho (as imagens e sua dramaturgia); o da es­trutura do sonho (em diversas imagens, um conjunto formal de relações de um certo tipo); o do sentido do sonho (sua orienta­ção, sua finalidade, sua intenção). Os prin­cípios de interpretação da análise se apli­cariam aliás a todos os símbolos e não só aos dos sonhos, e, em especial, aos que se exprimem nas mitologias. O sonho pode ser concebido como uma mitologia perso­nalizada.

    O conteúdo do sonho, isto é, a fantas­magoria puramente descritiva, procede do cinco tipos de operações espontâneas: uma elaboração dos dados do inconsciente para transformá-lo cm imagens efetivas; uma condensação de múltiplos elementos numa imagem ou numa seqüência de imagens; um deslocamento ou uma transferência da afetividade para estas imagens de substituição, por meio de identificação, repressão ou sublimação; uma dramatização des­te conjunto de imagens e cargas afetivas numa fatia de vida mais ou menos intensa; enfim, uma simbolização que oculta sob as imagens do sonho realidades diferentes das que são diretamente representadas. No meio dessas formas disfarçadas por tantas operações inconscientes, a análise onírica deverá pesquisar o conteúdo latente dessas expressões psíquicas, que encobrem opres­sões, necessidades e pulsões, ambivalências, conflitos ou aspirações que se escondem nas profundezas da alma. O conteúdo do sonho compreende não apenas as representações e sua dinâmica, mas também sua totalidade, isto é, a carga emotiva e ansiosa que as afeta.

    Fantasmagorias diversas podem encobrir estruturas idênticas, isto é, conjuntos ar­ranjados e articulados segundo o mesmo esquema profundo; inversamente, imagens semelhantes podem aparecer em estruturas diferentes. Numerosos confrontos de ima­gens e de situações sonhadas testemunha­ram uma espécie de temática constante, isto é, um conjunto de esquemas eidolomotores, onde séries de imagens diferentes revelam uma mesma orientação, mesmos sentimentos, mesmas preocupações, bem tomo a existência de uma rede de comuni­cação interna de uma mesma estrutura en­tre os diversos níveis e as diversas pulsões do psiquismo. É possível assim julgar-se o conteúdo latente do sonho. Roger Bastide anota no seu diário: Começo a me tornar africano. Esta noite sonhei com Ogum (deus ioruba do ferro e dos ferreiros). . . um psicanalista teria todas as condições de me mostrar que não fiz mais que trocar de símbolo, que Ogum desempenha exata-mente o mesmo papel nas minhas noites africanas que aquele outro personagem de meus sonhos da Europa. Sob a diversidade dos conteúdos, seria exatamente a mesma estrutura fundamental que apareceria a um analista. Deixaremos pois de lado a materialidade das imagens dos sonhos para ir buscar us estruturas que as enformam. Freud pensava que todos os sonhos de uma mesma noite pertencem a  um mesmo conjunto.

    Esta estrutura do sonho é concebida ge­ralmente como um drama em quatro atos, no qual atua um aparato imaginário que pode variar consideravelmente, embora y quadro subjacente permaneça o menino Roland Cahen resume assim esses quatro atos:

    1.  sua exposição e suas personagens, seu lugar geográfico, sua época, seus cenários;

    2.  a ação que aí se anuncia e se desen­volve;

    3.  a peripécia do drama;

    4.  este drama evolui para seu término, sua solução, sua lyse, repouso, indicação ou conclusão.

    O que complica ainda essa estrutura é que ela deve ser explorada em diferentes níveis, que não deixam de ter interferên­cias entre si. A nível profundo, serão en­contrados problemas metafísicos, que sim­bolizam mais ou menos diretamente us angustiantes questões da ontogênese ou do vida depois da morte. No plano médio, as preocupações sexuais exprimem-se no meio dos símbolos que, de um modo geral, a individualização da adolescência gera. A nível superficial, aparecerão sob uma for­ma simbólica, mais ou menos inacabada, aliás, as preocupações do indivíduo isolado pela complexidade da civilização e equivocando-se sobre as causas de suas dificul­dades de adaptação.

    No meio de todos esses mundos de sím­bolos que, assim classificados, se articulam segundo uma analogia bastante límpida, alguns eixos privilegiados se desenham, por outro lado, com bastante clareza, tais co­mo: a relação quase constante entre a ascensão e a luz (Caslant-Desoille); entre a integração e o calor (Frétigny-Virel). Deve-se notar também as grandes direções analógicas da centralização (Godel), da direita e da esquerda. Essas redes de coordenadas e outras que têm um valor puramente ex­perimental formariam um código de esquemas eidolomotores, graças ao qual se poderia explorar o simbolismo onírico de um modo relativamente científico.

    Enfim, todo sonho possui um sentido. Esse sentido pode ser buscado lá atrás, na causa do sonho: é o método freudiano, etiológico e retrospectivo. Ou adiante: é o método junguiano, Ideológico ou prospec­tivo. Os sonhos, diz Jung, são amiúde an­tecipações que perdem todo o seu sentido se examinadas de um ponto de vista pura­mente causal.

    O sonho, como todo processo vivo, é não somente uma seqüência causal mas também um processo orientado para um fim. ... pode-se pois exigir do sonho - que é uma autodescrição do processo da vida psíquica - indicações sobre as causas objetivas da vida psíquica e sobre as ten­dências objetivas desta. Em lugar de se situar sob a dependência de um consciente que a precede, como acon­tece com a função compensadora, a função prospectiva do sonho se apresenta, ao contrário, sob a forma de uma antecipação, nascida no inconsciente, da atividade cons­ciente futura; ela evoca um esboço prepa­ratório, um bosquejo de grandes linhas, um projeto de plano executivo. Mas essa orientação para um fim é expressa sob a forma de símbolos, e não com a clareza descritiva de um filme de aventuras ou de um encadeamento conceitual.

    Comparando o sonho às construções ima­ginárias feitas em estado de vigília, Edgar Morin estima que: todo sonho é uma rea­lização irreal, mas aspira à realização prá­tica. É por isso que as utopias sociais pre­figuram as sociedades futuras, as alquimias prefiguram as químicas, as asas de Ícaro prefiguram as asas do avião. Cada sonho, dirá Adler, tende a criar o ambiente mais favorável a um objetivo dis­tante. Esta finalidade do sonho é distinta do sonho premonitório dos Antigos: ela não anuncia um acontecimento futuro, re­vela e libera uma energia que tende a criar o acontecimento. É a grande diferença entre o profético e o que se pode prever, entre o divinatório e o operacional. O sonho é uma preparação para a vida (Moeder); o futuro é conquistado em sonhos, antes de ser conquistado nas experiências (de Becker, a propósito de Gaston Bachelard). O sonho é o prelúdio da vida ativa.

    Interpretação

    - O sonhador está no âmago de seu so­nho. Não se deve esperar deste verbete uma chave dos sonhos. Toda esta reunião de símbolos, sejam eles astecas, bantos ou chineses, pôde servir à interpretação dos sonhos. Mas por mais útil que seja, não seria suficiente. O sonho anima e combina imagens carregadas de afetividade: sua lin­guagem é exatamente a dos símbolos. Mas a arte de interpretá-los não depende apenas de regras, procedimentos ou significações codificados e aplicados mecanicamente. É necessária uma compreensão ao mesmo tempo íntima e ampla. O sonhador que possuir este livro poderá ler, nos verbetes que correspondem às imagens de seus so­nhos, os valores simbólicos que são ligados a essas imagens. Nos sonhos, esses valores são fundamentalmente os mesmos que apa­recem nas artes plásticas, na literatura ou nos mitos; como em toda parte, porém, estão em simbiose com outros e especial­mente com um meio psíquico, pessoal e social, portador também de símbolos. É a síntese de todos esses elementos que, a par­tir das luzes dispersadas aqui e ali neste livro, conduzirá o leitor a uma justa in­terpretação de sua experiência e, em geral, de sua vida a nível do imaginário ou da construção de imagens. A verdadeira cha­ve dos sonhos está no molde dos símbolos, percebidos ou despercebidos, mas sempre vivazes no inconsciente. É através de si mesmo que o leitor compreenderá o senti­do dos símbolos evocados neste livro, assim como também o sentido dos sonhos. Ê preciso não esquecer, escreve C. G. Jung, que se sonha em primeiro lugar, e quase exclusivamente, consigo mesmo e através de si mesmo. O célebre analista opõe jus­tamente à interpretação dos sonhos no pla­no do objeto, que seria causal e mecânica, a interpretação no plano do sujeito. Esta estabelece uma relação entre a psicologia do próprio sonhador e cada elemento do sonho, como por exemplo cada uma das pessoas atuantes que nele figuram. Cada uma é como que um símbolo do sujeito. O primeiro tipo de interpretação é analí­tico: decompõe o conteúdo do sonho em sua trama complexa de reminiscências, de lembranças que são o eco de condições ex­teriores. A interpretação do segundo tipo é, ao contrário, sintética: na medida em que separa das causas contingentes os complexos de reminiscências e os apresenta co­mo tendências ou componentes do sujeito, ao qual, por proceder desse modo, os in­tegra de novo. Nesse caso, todos os conteúdos do sonho são considerados como símbolos de conteúdos subjetivos. Poder-se-ia dizer de toda percepção aprofundada e vivida de um valor simbó­lico - que só se realiza evidentemente no plano do sujeito - o que Jung diz do sonhou se acaso nosso sonho reproduz algumas representações, essas são antes de tudo nossas representações, para cuja ela­boração a totalidade de nosso ser contri­buiu; são fatores subjetivos que no sonho (como na percepção do símbolo) se agru­pam de tal ou tal modo, exprimindo tal ou tal sentido, não por motivos exteriores (apenas), mas pelos movimentos mais sutis de nossa alma. Toda esta gênese é essen­cialmente subjetiva, e o sonho é o teatro onde o sonhador é ao mesmo tempo o ator, a cena, o ponto, o diretor, o autor, o pú­blico e o crítico. O sonho do homem é uma manifestação -cósmica e às vezes uma teofania, como um sonho da natureza no homem e um sonho dele so­bre a natureza (Raymond de Becker), ou, segundo os Antigos, um signo de Deus nele e um sinal dele a Deus. As pulsações vin­das dos três níveis do universo e do Ser se conjugam no sonho.

    - O sonhador está no âmago da histó­ria. A interpretação dos símbolos oníricos exige que cada um dos três elementos da análise seja remetido a um contexto, escla­recido por associações espontâneas e, se possível, ampliado, como se fosse uma am­pliação fotográfica.

    A primeira regra, a do contexto, coloca-nos de sobreaviso contra a interpretação de um sonho isolado. Se convém escutar o relato de um sonho, feito com toda a precisão desejável, não é menos necessário conhecer vários sonhos do mesmo sujeito, sonhos ocorridos numa data próxima, de­pois em datas diversas e em lugares di­versos; um sonho faz parte de todo um conjunto imaginativo, é apenas uma cena num grande drama de cem atos diversos. Não se trata de confundir ou sobrepor essas cenas, mas de julgar suas articula­ções. Este contexto implica igualmente o conhecimento do próprio sonhador, de sua própria história, de sua consciência, da idéia que tem de si mesmo e de sua situa­ção. Porque sua vida imaginária é, ...ela própria, parte de um conjunto, que é a vida total da pessoa em sociedade. Esta exigência leva igualmente a se pesquisar os í m b lentes em que o sujeito age c que rea­gem sobre ele. Apesar de sua aparência desalinhavada, o sonho inscreve-se numa continuidade. A interpretação dos símbo­los, noturnos ou diurnos, é uma cadeia sem fim de relações. A inteligência do imaginário não é um simples caso de imagi­nação.

    -  O recurso às associações. A associação acrescenta ao estudo do contexto, de certo modo objetivo, o do contexto subjetivo. O sonhador é convidado a exprimir espontaneamente tudo o que as imagens, u» cores, os gestos, as palavras de seu sonho, tomadas isoladamente ou em grupo, evo­cam nele. É uma ocasião em que ele pode manifestar laços que estavam apenas laten­tes, laços emotivos ou imaginativos insuspeitados.   Essas   associações   são   capitais para   a  interpretação   dos   símbolos,   mas são freqüentemente frágeis, artificiais, mais ou menos desejadas, deformantes e aberrantes, em suma, necessitam de muita cau­tela.

    -  Os bastidores do sonho. A ampliação consiste em  dar  ao  sonho  analisado  seu máximo de ressonância. Chega-se a isso por associações espontâneas do sujeito, ou ins­tando-se para que ele prolongue, continue a cena do sonho, como faria a partir de um dado  vivido no estado de  vigília. A ampliação voluntária pode ser do tipo acor­dado, com um mínimo de controle, ou do tipo do sonho conscientemente dirigido. P, possível, certamente, que ela provoque uma ruptura   de   sentido;   mas   freqüentemente também esclarecerá o sentido do sonho e suas ambigüidades, assim como  as linhas prolongadas   de   um   triângulo   miniatura mostram melhor  o  seu  desenho e como uma projeção ampliada revela melhor um cristal de neve ou os veios de um mármo­re. Se essa ampliação da linha do sonho, feita pelo sujeito, ainda não é o suficiente para decifrar os símbolos, existe uma outra ampliação na qual o intérprete toma a ini­ciativa, recorrendo com uma prudente cir­cunspecção ao imenso tesouro das diversas ciências humanas. Estes paralelos históricos, sociológicos, mitológicos, etnológicos, tirados tanto do folclore como da história das religiões, permitem relacionar o conteúdo do sonho, privado de associações, ao patrimônio psíquico e humano geral. Este tipo de  ampliação é característico da escola de Jung e, manipulado com uma sábia reserva, decifrou mais de um enigma. Num ensaio de socio­logia do sonho, Roger Bastide mostra bem este arraigamento social do imaginário: Etnólogos mostraram claramente o que se poderia chamar de os bastidores dos so­nhos: o sonhador vai procurar todos os aparatos de seus sonhos na vasta panóplia de representações coletivas que sua civili­zação lhe fornece, o que faz com que a porta esteja sempre aberta entre as duas metades da vida do homem, que mudan­ças incessantes se efetuem entre o sonho c o mito, entre as ficções individuais e as restrições sociais, que o cultural penetre no psíquico e que o psíquico se inscreva no cultural.

    Sonho e símbolo, princípios de integração

    A interpretação do sonho, como a decriptação do símbolo, não são apenas res­postas a uma curiosidade do espírito. Ele­vam a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Só por esta qualificação, e no plano do psiquismo mais normal, a análise onírica ou simbólica é uma das vias de integração da personali­dade. O homem mais bem esclarecido e equilibrado tende a substituir o homem despedaçado entre seus desejos, suas aspi­rações e suas dúvidas, e que não se com­preende a si próprio. O professor C. A. Meier, que Roland Cahen cita, diz com razão: a síntese da atividade psíquica cons­ciente e da atividade psíquica inconsciente constitui a própria essência do trabalho mental criador.


    2)A História da Terapia Holística

    "Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos"

    (paráfrase sobre texto de 1986,

    do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico - de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico - de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por "sincronicidades", por "sinais", cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este "status", o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os "iniciados" compreendiam as "instruções" incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História "ocidentalizada" registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem "científica", ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro "médico", já que estabeleceu "doenças" como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo "desmembramento de seus componentes". Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de "doenças" que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

    trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este "movimento separatista elitizado", continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem "científica" e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o "consolo espiritual" da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência "exata"...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a "desumanização" do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte --importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva - da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas - a história, a filosofia, a literatura e a psicologia - não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de "A (re)humanização da medicina",

    de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

    e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada "Revolução Aquariana". Movimentos "hippies", de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura "científica", onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais "científico". Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas "traduzidas" para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.


    3) Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Jung, Freud e o Cálice Terapêutico - Ilustração de Henrique Vieira Filho

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje... A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:
    *
    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho



    Estruturas da Psique:
    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente: CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento; PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência; INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo. As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada. Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia. A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos. M

    uitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras. Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo. A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições.

    Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística. Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas. Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas". De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente. Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.
    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva.

    Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação (assista a vídeo-aula sobre Psicoterapia Junguiana em Vídeo Aula - Introdução à Psicoterapia ).

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta...

    Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves. Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos. A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos... A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora "explicações", "boas razões", para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa. A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava. A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça". 5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes. A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...". 6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema. A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...". 7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico... A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...". 8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida... A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão. Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento. Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br (11) 3171-1193

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 07/06/2011 10:44


    OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS

    OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS  


      Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989 

    EPÍGRAFE  

    "Navegar é preciso, viver não é preciso"

                                   Fernando Pessoa. 

    "Viajar é preciso, viver não é preciso" 

                      DEDICATÓRIA 

            Dedico este trabalho a minha filha Giulia Beatriz Torres Marquezini, principal personagem de minha Lenda Pessoal. 

    AGRADECIMENTOS 

    Agradeço a Deus, aos meus mentores espirituais, aos ciganos: Rosa e Simão, a todos de minha família cármica e aos clientes e amigos que fazem parte da Teia de Minha Vida.  

    Agradeço a amigos Mestres de meu caminho como Facelucia Barros Côrtes de Souza sempre disposta a me ajudar nas bifurcações e nas certezas da minha Trilha da Vida. 

    SUMÁRIO                                                                      

    1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. pg.8 

    1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia.....................................................pg.9 

    1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e

    Intervenção Sincronística..............................................................................................pg.12 

    1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de

    Autoconhecimento..........................................................................................................pg.13 

    2. METODOLOGIA...............................................................................................pg.14 

    3. DISCUSSÕES ...........................................................................................................pg.15 

    4. RESULTADOS .................................................................................................pg.16 

    5. CONCLUSÃO..................................................................................................pg.17 

    6. REFERÊNCIAS ...............................................................................................pg.18 

    RESUMO 

    Novo método de mudanças pessoais e empresariais é proposto utilizando práticas terapêutica sincronistas. O método está fundamentado, neste trabalho, através das teorias de Carl Gustav Jung, da Física Quântica da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia, nas discussões de Fritjof Capra, mas está baseado, também, no empirismo e na instrumentação do Tarô como oráculo. A metodologia consiste em utilizar consultas, cursos, visitações e viagens dos arquétipos, de forma integrada e natural que facilitem o autoconhecimento. Espera-se como resultado um processo de aprendizagem e autoconhecimento com interesses objetivando aprender a aprender e no aprender a ensinar através de momentos lúdicos, elevando a consciência de grupo e disseminar o respeito para com o objeto de visitação.  


    PALAVRAS CHAVE 

    Sincronicidade. Inconsciente Coletivo. Arquétipos. Insights. Física Quântica. Teoria dos Sistemas. Holismo. Ecologia. Tarô. Viagens. 

                                                                                                                                          8

    1. INTRODUÇÃO 

    Este trabalho visa apresentar uma nova metodologia baseada em conhecimento prático em Tarô Mitológico, roteiros turísticos e culturais com fundamentação teórica em Filosofia, Psicologia e Física, Holismo e Ecologia, para o autoconhecimento pessoal e empresarial, conforme descrito a seguir.

    Ele se baseia, sobretudo, nas práticas aleatórias ou induzidas realizadas, ao longo de 17 anos, utilizando como instrumentos de autoconhecimento, o Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua e os roteiros turísticos e culturais: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru - Formação da Cidade do Salvador.

    No primeiro item serão apresentadas as práticas fundamentadas em conceitos da Teoria da Sincronicidade e também dos conceitos de Inconsciente Coletivo, Arquétipos e Insights de Carl Gustav Jung, da Física Quântica, da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia na visão de Fritjof Capra, que serão discutidas, traçando um estudo cronológico de tendências dos pensamentos filosóficos e científicos.

    Em segundo item será avaliado o Tarô, seus arquétipos, a simbologia e a os fenômenos sincronísticos, aliados a uma breve avaliação de marcos históricos e religiosos que validam a importância dos deslocamentos (passeios e viagem), como componentes de autoconhecimento.

    A metodologia é a práxis do autoconhecimento e desenvolvimento de pessoas e empresas, onde serão associados os conceitos do primeiro capítulo e "arquetipizados" os atores, conteúdos, integrados aos lugares visitados. Os resultados são baseados nesta prática dos conceitos discutidos.

    A idéia é contribuir para visão holística do mundo contemporâneo e tornar esta prática reconhecida no sistema das terapias da sincronicidade. 

    1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria Dos Sistemas, Holismo e Ecologia. 

    Após o mundo mágico dos tempos antigos, a filosofia aristotélica e teologia cristã que marcaram o período medieval, as teorias cartesianas e mecanicistas, trouxeram, sob a ótica das ciências, a individualização, a separatividade e a redução do sujeito, como sintetizado abaixo:

                "Nos séculos XVI e XVII a visão de mundo medieval, baseada na filosofia aristotélica e na teologia cristâ, mudou radicalmente. A noção de um universo orgânico, vivo e espiritual foi substituída pela noção do mundo como uma máquina, e a máquina do mundo tornou-se a metáfora dominante da era moderna. Essa mudança radical foi realizada pelas novas descobertas em física, astronomia e matemática, conhecidas como Revolução Científica e associadas aos nomes de Copérnico, Galileu, Descartes, Bacon e Newton. Galileu Galilei expulsou a qualidade da ciência, restringindo esta última ao estudo dos fenômenos que podiam ser medidos e quantificados." (CAPRA, Teia da Vida, 1996). 

    Com a Revolução Científica a qualidade desaparece da análise, os fenômenos passam a ser medidos e quantificados. Os cincos sentidos, a estética, a ética, a alma, a consciência e o espírito são extintos (LAING apud CAPRA, 1996). O pensamento analítico de Descartés, com os fenômenos sendo analisados em partes para se chegar ao todo, impera.

    Com a chegada do século XVIII e os diversos fracassos científicos, a busca é pela sobrevivência do cartesianismo, porém ao final daquele século e inicio do século XIX a arte, literatura e filosofia se contrapõem as ciências e retornam a idéia da terra como um ser vivo e provocam mudanças significativas, através de poetas, como o inglês romântico William Blake que, entre seus pensamentos, está a da falência do mecanicismo e reducionismo científicos, como se pode ver no verso: "Possa Deus nos proteger da visão unilateral e do sono de Newton". (BLAKE apud de Capra, 1996)

    Goethe, poeta romântico alemão, analisa uma "ordem móvel" da natureza e da forma das relações do todo, que segundo Capra (1996) vai ser a linha de frente da concepção sistêmica.

    Porém em meados do século XIX há um retrocesso e as explicações físicas, biológicas e químicas da vida passam a ser o centro das discussões. Algumas descobertas e teorias propiciam isto, como por exemplo, a descoberta das células.

    Nessa "gangorra" de conceitos científicos, no inicio do Século XX os biólogos e bioquímicos organicistas voltam a se opor aos mecanicistas, retornam a idéia dos românticos e de Aristóteles e ao conceito de sistemas. As células combinadas levam aos tecidos, órgãos e organismos, que atestam a soma das partes formando o todo.

    A Física apresenta mudanças substanciais, a exemplo de Werner Heisenberg, um dos percussores da Teoria Quântica:

    10

      "O mundo aparece assim, como um complicado tecido de eventos, no qual conexões de diferentes tipos se alternam, se sobrepõem ou se combinam e, por meio disso, determinam a textura do todo." (HEISENBERG, apud CAPRA, 1996).  

    Na Psicologia, os alemães com a Teoria da Gestalt, Max Wertheimer e Wolfgang Kõhler, criam uma terceira forma de pensamento, que nem era o mecanicismo da Revolução Científica e tão pouco o vitalismo dos organicistas com a Teoria das Células, onde a idéia central era de que o todo era mais que a soma das partes.

    Porém, anterior as teorias "gestaltianas", Carl Gustav Jung, médico e psiquiatra, em suas experiências a partir da teoria da Livre Associação de Freud, pai da Psicanálise e de quem foi discípulo, contribuiu com conceitos que mostraram que as coisas tendiam acontecer e serem representadas por símbolos e que havia uma memória mental, além do individuo e que esses optam por acessá-la ou não, como produto do livre arbítrio e de suas intelectualidades.

    Estava criada a Teoria da Sincronicidade "coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos" (JUNG, 2000), observada em acontecimentos sem relação de causa e efeito, um interior e outro exterior ao individuo, que podem se materializar em forma de símbolos e eventos que costumamos chamar de "acaso" ou "coincidências", como por exemplo: desejar algo e recebê-lo de presente.

    A partir do conceito de sincronicidade se pode perceber que para que ocorressem fenômenos sincronísticos era preciso mais do que o desejo individual e assim nascia a Teoria do Inconsciente Coletivo, que pode ser explicado como uma fonte de todo conhecimento que se situa fora da alma humana, um conhecimento absoluto.

    Esse "local coletivo" é como uma memória de "computador", onde estão "salvos" aprendizados, energias e tendências que podem ser acessados através de Arquétipos em situações espontâneas como em crises, sonhos, febres, perturbações, fenômenos de sincronicidade ou situações de indução. Nas formas indutivas, podemos classificar as terapias que utilizam oráculos.

    Esses "acessos" a consciência maior na teoria junguiana, são os "Insights": lembrança simbólica repentinas de uma consciência maior, que podem ser decifradas através da tomada de consciência, quer espontânea ou induzida por técnicas terapêuticas.

    O uso da mitologia nas ciências é baseado nas histórias e nos arquétipos e revelam verdades profundas que muitas vezes não estão evidentes para a consciência, existe independente do mundo e são instrumentos de acesso ao que Freud chamou de Inconsciente e que Jung classificou como interno e externo, recebendo este último o nome de Inconsciente Coletivo.

    As teorias de Jung foram baseadas em várias teorias cientificas como as de Hipócrates: "simpatia de todas as coisas", a "união por um vínculo entre o que chamou de sensível e supra-sensível" de Teofastro, em Zózimo e suas alquimias, entre outros. Porém, serão nas teorias de Schopenhauer e Gottfried Wilhelm Leibniz as mais consideradas por Jung. Com o primeiro dialogou com o que chamou de "simultaneidade significativa" batizando o termo "sincronicidade", já de Leibniz utilizou os conceitos da "realidade através de quatro princípios: espaço, tempo, causalidade e correspondência", só discordando sobre a constância destes fatores, pois para Jung os "eventos sincronísticos" ocorrem irregularmente, de forma esporádica (CAPRIOTTI, 2007).

    A partir do século XX proliferam as teorias chamadas "holísticas" e "sistêmicas" e a ecologia, para dar conta de um mundo repleto de tecnologias e um exemplo do pensamento sistêmico se pode observar no trecho abaixo:

      "Uma visão holística, digamos, de uma bicicleta significa ver a bicicleta como um todo funcional e compreender, em conformidade com isso, as interdependências das  suas partes. Uma visão ecológica da bicicleta inclui isso, mas acrescenta-lhe a percepção de como a bicicleta está encaixada no seu ambiente natural e social - de onde vêm as matérias-primas que entram nela, como foi fabricada, como seu uso afeta o meio ambiente natural e a comunidade pela qual ela é usada, e assim por diante. Essa distinção entre "holístico" e "ecológico" é ainda mais importante quando falamos sobre sistemas vivos, para os quais as conexões com o meio ambiente são muito mais vitais.O sentido em que eu uso o termo "ecológico" está associado com uma escola filosófica específica e, além disso, com um movimento popular global conhecido como "ecologia profunda"

      (CAPRA, A Teia da Vida, 1996). 

    Todos estes conceitos, ciências, terapias têm como objetivo descobrir o objetivo e as melhores formas de relação do homem com a vida e, em resumo, descobrir a felicidade. As técnicas na contemporaneidade são inúmeras. O filósofo brasileiro descendente de libaneses, empresário e faixa preta em artes marciais, Talal Husseini, ao ser entrevistado pelo Jornal a Tarde em Salvador, onde fora lançar seu livro Paz Guerreira - O Caminho das 16 Pétalas, afirma: "Nós perdemos muito tempo porque não desenvolvemos certas faculdades mentais, como concentração, imaginação, memória, discernimento, consciência e atenção." (HUSSEINI, 2011).

    Diante desta análise cronológica, a questão é: no século XXI as ciências e os ideais ecológicos e de sustentabilidade darão conta das almas e dos homens? 

    1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e Intervenção Sincronística. 

    A origem das cartas de Tarô ainda é muito obscura, fazem parte da bibliografia do ocultismo e exercem fascínio nas pessoas há pelo menos 600 anos, visto que alguns pesquisadores dão conta de sua presença na Europa do século XVI.

    Alguns acreditam que tenha surgido no antigo Egito, nas crenças célticas pagãs ou nos ciclos da poesia romântica do Santo Graal na Idade Média da Europa.

    Percussor de nossas atuais cartas de jogar, divididas em naipes: paus, ouros, copas e espadas trazendo ilustrações de figuras e situações que, como no exemplo dos sonhos, representam insights, conteúdos da psique humana, trazem o consciente e inconsciente do sujeito e dá acesso ao que Jung chamou "Inconsciente Coletivo".

    Funciona como um caminho de observação para que venham à tona os aspectos negligenciados do sujeito de análise, utilizando figuras arquetípicas.

    Uma das formas de utilizar as cartas de Tarô como instrumento de autoconhecimento é observar o que Nichols (1980), chamou de Mapa da Jornada dos Arcanos, conjunto de 22 cartas repletas de símbolos, conhecidas como Arcanos Maiores.

    O Louco é um personagem para alguns baralhos sem número, para outros recebe o número 22.  O fato é que funciona como um coringa, representando a força que impulsiona a jornada. A curiosidade é a mola que impulsiona a seguir, um viajante que se lança na estrada, sempre buscando, se aventurando e caminhando. Ele transita entre todos os símbolos das cartas, da primeira carta que recebe o nome de O Mago à vigésima primeira, o Julgamento, no Mapa da Jornada. São representadas estações de amadurecimento do herói, o Louco, e podem ser associadas aos estágios inconscientes aplicados a processos terapêuticos holísticos.

    São 22 estações de aprendizados, chamados de Arcanos maiores, 56 cartas chamadas de Arcanos Menores, explicações, detalhamentos das estações de aprendizado subdivididas em 4 naipes de 14 cartas, agrupadas por área de significação. Paus que representa o aspecto espiritual, Ouros o físico, Copas o emocional e Espadas o mental. Somadas são 78 arcanos.

    Seja no Mapa da Jornada de Sallie Nichols, seja em diversas obras e terapias e vivências de Tarô que sugerem caminhos, viagens e movimento, os arquétipos do Tarô são fortes instrumentos de movimentação interna e se associados a fluxos externos, como deslocamentos, caminhadas, trilhas, peregrinações ou viagens de lazer ou negócios, desde que objetivando os "insights e sincronicidades", podem ser potencializados. 

    13

    1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de Autoconhecimento. 

    Os motivos religiosos figuram como umas das primeiras motivações de deslocamentos dos povos.

    Vários foram os momentos culturais de vulto onde a viagem, o deslocamento é o instrumento de mudança, seja na fuga guiada por Moisés pelo Mar Vermelho ou na saída de Maomé e seu povo de Meca ou nas viagens a Terra Santa e a Roma pelos cristãos ou na contemporaneidade as viagens a Santiago de Compostela pelos místicos e católicos ou a ida a Israel pelas mais diversas religiões cristãs..

    As Cruzadas, as Grandes Navegações, as dominações, as colonizações, a Primeira e Segunda Guerra, mudaram a face da humanidade, as fronteiras e a alma humana.

    Hoje nas práticas turísticas se observa um numero grande de ações religiosas, culturais e místicas como ingrediente, onde se busca o conhecimento do externo tendo como instrumento as viagens, o deslocar-se para retornar a si. Muitos são as trilhas e caminhadas com intenções religiosas ou místicas criadas pelo mundo.

    Paulo Coelho em suas obras trata sempre desta instrumentação para alquimia pessoal e a utiliza para criar seus enredos. Para escrever o Alquimista foi as Pirâmides do Egito e ao Deserto de Saara, o que significa que em nossas trilhas pessoais podemos achar caminhos, criar atalhos, virar esquinas, buscar saídas, encontrar e ser encontrado, escutar o vento, perceber os sinais, acessar as memórias das árvores ou das pedras e viajar em busca do que está dentro de cada um. Enredando a magia dos "insights", dos sinais, das sincronicidades: "- Esta é a magia dos sinais - continuou o rapaz. - Tenho visto como os guias lêem os sinais do deserto, e como a alma da caravana conversa com a alma do deserto." (COELHO., O Alquimista, 1988). 

    2. METODOLOGIA 

    A metodologia utilizada por ser exemplificada com uma visita o Centro Histórico de Salvador, onde ficando-se atentos aos aspectos culturais materializados na arquitetura, no modo de vida dos habitantes locais e ancorados nos personagens da literatura de Jorge Amado, se pode correlacionar tanto o arquétipo do Quincas Berro D' água ou de Tereza Batista, quanto às cartas do Diabo ou da Força no Tarô. O simbolismo do que se deixa levar pelos vícios ou pela luxúria podem desencadear fenômenos sincronísticos que podem levar a compreensão individual e coletiva do visitante.

    Ao se deparar com o passado nas visitas aos engenhos do Recôncavo Baiano é possível ter insghts sobre o dia a dia de e os planejamentos empresariais, bem como sobre formato das relações profissionais.

    Ou então, simplesmente caminhar a beira da praia saudando a "avó Lua", simultaneamente observando como caminhamos em nossa vida, tendo lampejos da forma, as distrações e as inflexibilidades.

    A metodologia utilizada e associar à técnica de jogos e tiragem de cartas dos Arcanos Maiores do Tarô Mitológico as realizações de trilhas urbanas ou não, viagens e caminhadas. Ou simplesmente usar as viagens e visitas como autoconhecimento.  


    3. DISCUSSÕES 

    Ninguém volta de uma viagem igual, seja de férias, a trabalho ou direcionada ao autoconhecimento.

    Há  quem acredite que as viagens, os aeroportos, as rodoviárias e as estradas são palcos onde o fenômeno da sincronicidade, o acesso ao inconsciente coletivo e a ancoração dos arquétipos, encontram terreno fértil. O fato é que quando estamos mais relaxados e em estados de crise ou felicidade estes aprendizados são mais eficazes.

    É evidente que se estivermos mais atentos aos aprendizados que as viagens podem nos proporcionar, ao contrário de quem viaja para fugir da realidade ou em turismo de massa, os aprendizados acontecerão.

                  "Eu acabara de escrever "As Valkirias", e estava no aeroporto de Brasília, esperando a hora de embarcar; para distrair-me, comecei a imaginar que capa deveria colocar neste novo trabalho. O avião atrasou, comecei a passear pelo saguão, e  descobri uma pequena galeria de arte no segundo andar, onde vi um quadro do Arcanjo Miguel, tema central do livro. Bastou ler a assinatura da pintora - Valkiria - para decidir que aquele quadro seria a capa. As coincidências não param ai.  "As Valkirias" foi publicado no dia 3 de agosto de 1992. Na semana seguinte, meu editor recebeu uma carta da pintora: "Faz exatamente um ano - 3 de agosto de 1991 - que terminei uma restauração numa igreja de Goiás.  Fiz sem cobrar nada, apenas por amor.  Neste dia, o padre me chamou e disse: "Deus encontrará uma maneira de lhe pagar.  Em um ano, um trabalho seu será muito conhecido".)COELHO, http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/ - postado em 18/01/10).

    Paulo Coelho e a pintora estavam atentos aos aprendizados e esta experiência nos faz afirmar que podemos usar desses expedientes para o autoconhecimento.

    Os locais e experiências culturais podem desenvolver pessoas e empreendimentos; há sempre um aprendizado ao virar uma esquina e isto não é produto de "acaso" ou mérito do marketing de destinos. Em um universo de tantas ofertas, mesmo que sem se dar conta, qual o aprendizado de ter escolhido Miami ao invés de Machu Picchu. E se ao início, durante e ao término se fizer uma associação às cartas do Tarô, isto se potenciará. 


    4. RESULTADOS  

    Espera-se conduzir o viajante ou visitante a aprender mais ou tanto em uma viagem de trabalho em um centro cosmopolita., quanto ao peregrinar no Caminho de Santiago de Compostela, por um mês, a pé para acessar o autoconhecimento.

    Assim como agendamos um jogo com uma taróloga ou marcamos uma consulta em um psicanalista, após lhes conhecer o oráculo e o método, espera-se poder agendar, propositalmente, uma forma e um destino para nosso aprendizado ou apenas observar viagens necessárias ou escolhidas.

    Assim, viajar pode ser uma experiência muito mais rica, aliando arquétipos do Tarô, as técnicas de terapias da sincronicidade como instrumento de busca de respostas que povoam o mais profundo do viajante, o inconsciente.

    E diante de um mundo contemporâneo onde os bens selecionados pela sociedade, chamada de Sociedade do Espetáculo, segundo Debord (1997), produzem isolamento, as viagens em grupo ou individual por seu componente sistêmico e de inter relações, podem ser profundamente integradoras, conduzindo mais facilmente ao inconsciente coletivo e as sincronicidades.

    Os resultados destas práticas têm sido atestados por clientes que optam pelo Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua, Roteiros: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru e Formação da Cidade do Salvador, que aliam o aprendizado sócio cultural a busca interior induzida ou que relatam suas descobertas aleatórias em viagens de trabalho e lazer, parte de suas agendas. 

    5. CONCLUSÃO 

    Os 17 anos de prática com Tarô Mitológico, fundamentado pelos conceitos e teorias de Jung, aliado ao desenvolvimento de roteiros turísticos históricos sociais e culturais e aos valores tem atingido um objetivo maior que é o desenvolvimento de pessoas e empresas dentro de padrões de qualidade humana, sustentabilidade e ecologia profunda discutidas neste texto com as pesquisas de Capra.

    A missão do programa de consultas, cursos, visitações e viagens é contribuir com a vida no planeta com roteiros e visitas que facilitem os processos de aprendizagens e autoconhecimento, com interesses objetivados no aprender a aprender e no aprender a ensinar, através de momentos lúdicos, eleva a consciência de grupo, dissemina o respeito para com o objeto de visitação, cultura local, meio ambiente e parceiros contidos no programa.

    Esta Prática Terapêutica Holística de Sincronicidade é uma Lenda Pessoal parte do Inconsciente Coletivo, descoberta através de Insights em sincronicidade com crescente sistema de outras Lendas Pessoais e diversas Teias.  

    6. REFERÊNCIAS 

    CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida.S.Paulo: Cutrix, 1996.

    COELHO, Paulo. O Alquimista. S. Paulo: Editora Rocco, 1988.

    _____________. As Valkirias. S. Paulo: Editora Rocco, 1982.

    DEIKE, Begg. Sincronicidade. S. Paulo: Cultrix, 2004.

    DEBORD , Guy. A Sociedade do Espetáculo. S. Paulo: Contraponto Editores, 1997.

    GREENE, Liz e SHARMAN - BURKE, Juliet. O Tarô Mitológico. Uma Abordagem para a Leitura do Tarô. S.Paulo: Siciliano, 1988.

    JUNG, Carl Gustav. Sincronicidade - Um princípio de Conexões. S>Paulo:Vozes,2000.

    JAWORSKI, Joseph. Sincronicidade - O Caminho Interior da Liderança. S.Paulo, Best Seller, 2005.

    MACGREGOR, ROB e Trish. Os 7 Segredos da Sincronicidade. Estrela Polar, 2011.

    NICHOLS, Sallie. Jung e o Tarô - Uma Jornada Arquetípica. S.Paulo: Cutrix, 1980.   

    Entrevista publicada na Revista Muito numero 168 de 19 de junho de 2011 em Salvador/BA de Talal Husseini autor de Paz Guerreira o Caminho das 16 Pétalas. S. Paulo: Edições Nova Acrópole, 2011. 

    http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/. Acesso 20 de junho, 2011.

    Autor: : Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989
    Última atualização: 04/07/2011 14:18


    TERAPIA HOLÍSTICA COM “LIFE COACHING”

    TERAPIA HOLÍSTICA COM “LIFE COACHING

    Escola Humanista

    SIDNEY ROSA NASCIMENTO JUNIOR - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 44269

     Trabalho apresentado ao SINTE  Sindicato dos Terapeutas - Holística 2012

     

     BRASÍLIA – DF

     

    2012

      O ser humano traz no coração a certeza de que todas as pessoas são semelhantes... Tudo está aí neste subsolo da Humanidade, neste subsolo de homens e de mulheres deste planeta; tudo está aí para forjar um mundo mais humano (ANDRÉ ROCHAIS, 1980).

     

     

    2012

    SUMÁRIO

                           Pag.

    RESUMO...................................................................................................          2

    INTRODUÇÃO ..........................................................................................           3

    Objetivo Geral ....................................................................................          4

    CAPÍTULO I – METODOLOGIA ...............................................................          5

    1 - Por que Terapia Holística. ...........................................................          5

    2 - Por que Life Coaching..................................................................          6

    3 – Por que Humanista ......................................................................          7

    CAPÍTULO II – A PESQUISA HUMANISTA..............................................        11

    1 – Contribuição de Carl Rogers.......................................................        11

    2 - Contribuição de André Rochais ..................................................        11

    4 – As Oficinas de Crescimento e Vida.............................................        14

    CAPÍTULO III – RESULTADOS .................................................................        16

    CAPÍTULO IV – DISCUSSÃO ....................................................................        17

    CAPÍTULO V – CONCLUSÕES  ................................................................        19

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................        20

     

     

     

     

     

     

     

     

    RESUMO

    Neste trabalho será apresentada uma síntese das descobertas dos mestres humanistas Carl Rogers (1961) e André Rochais (1985). O Capítulo I é dedicado à conceituação dos termos e processos utilizados. No capítulo II é abordada a narrativa teórica das principais linhas humanistas e da adaptação dessa escola para a realidade brasileira, levando-se em conta os aspectos culturais, econômicos e sociais. No capítulo III são relatados dois casos de sucesso. Num segundo momento será abordada a discussão dessas práticas e a conclusão final.

     

     

    INTRODUÇÃO

    NASCIMENTO JUNIOR Sidney R. A Terapia Holística com “Life Coaching” – Escola Humanista. Brasília, Distrito Federal, 2012. Propositura de palestra para a Holística 2012. SINTE – Sindicato dos Terapeutas.

    O primeiro contato do autor com a linha humanista se deu no início da década de setenta, quando se encantou pelas descobertas de Rogers no livro “Tornar-se Pessoa” (ROGERS, Carl R. – On Beioming a Person, 1961).

    Outros pesquisadores e pedagogos abarcaram essas descobertas. No Brasil, o pedagogo e filósofo Paulo Freire foi um dos principais seguidores.

    Posteriormente, o autor conheceu o fabuloso método denominado Personalidade e Relações Humanas – PRH, fruto das pesquisas do psicopedagogo francês “André Rochais”.

    Sua participação em diversos cursos com esse método produziu resultados surpreendentes. Houve excelente ganho de qualidade de vida e a melhoria das suas relações em todos os setores: casal, família, trabalho, grupos variados e outros.

    Ao sentir em si mesmo esses excelentes resultados, o autor ingressou na Formação Pessoal Metódica – FPM e na Formação para a Relação de Ajuda – FRA. Cursos formativos oferecidos por PRH.

    Por se tratar de formação continuada, prosseguiu e ainda segue se atualizando naquela fonte. Com a formação e a prática como profissional independente na relação de ajuda, criou as Oficinas de Crescimento e Vida – OCV.

     Possuidor da formação em coaching, o autor juntou as novidades e eficácia deste processo com os fundamentos humanistas. As Oficinas de Crescimento e Vida possuem metodologia própria, segundo este embasamento.

    Nestas, além dos cursos oferecidos, há o regular acompanhamento individual ou em grupo específico (casal, família ou trabalho).

    São utilizados os princípios da Psicoterapia Holística, com base nas propostas rogerianas.

    Esse experimento pessoal e profissional dão a segurança e a motivação para a apresentação deste trabalho para a comunidade terapeuta.

     

    OBJETIVO GERAL

    O objetivo deste trabalho é demonstrar para a comunidade terapêutica a eficácia da Terapia Holística com Life Coaching e fundamentos da psicopedagogia humanista.

     

    Palavra-chave: Psicopedagogia Humanista. Atividade centrada na Pessoa. Vida em Plenitude. Life Coaching. Terapia Holística.

     

     

     

    CAPÍTULO I - METODOLOGIA

    Conceituação Metodológica

    1. Por que Terapia Holística?

    As línguas vivas, e o português é uma delas, são evolutivas. Com o passar do tempo, surgem novos vocábulos. Outros vão ampliando seu significado. Um caso típico desta ampliação se deu com a palavra “Terapia”. Segundo o dicionário Houaiss (2009) a palavra “Terapia” significaria: tratamento de doentes[1].

    Entretanto, a evolução das práticas terapêuticas mudou essa definição. Hoje há um consenso definindo “Terapia” como:

    “Toda intervenção que visa tratar problemas somáticos, psíquicos ou psicossomáticos, suas causas e seus sintomas, com o fim de obter um restabelecimento da saúde ou do bem-estar.

    Intervenção, restabelecimento e bem-estar são palavras chaves. Terapia, portanto, já não é de uso exclusivo da área da medicina ou da psicologia. O termo intervenção lhe dá um sentido amplo. Vai além do tratamento de doentes.

    Por exemplo: hidroterapia significa exercício na água orientado por um profissional não médico ou psicólogo. Há outras tantas especialidades semelhantes.

    A expressão “Terapia Holística” refere-se à compreensão da realidade como um todo integrado (Terapia = harmonizar, equilibrar; Holística = do grego holus: totalidade).

    Esta modalidade utiliza uma somatória de técnicas milenares e modernas, sempre suaves e naturais. Proporciona harmonia, autoconhecimento e incrementa a capacidade de a pessoa ser bem-sucedida. Gera mais Qualidade e Bem-Estar na vida[2].

     

    Em síntese, a Terapia Holística utiliza-se de técnicas alternativas, não invasivas. Busca alinhar as energias da pessoa, esta considerada única e, ao mesmo tempo, integrada ao Universo Cósmico. Ela não trata de doenças ou de cura e sim de realinhamento de energias ou aprendizado.

    Obviamente, uma pessoa equilibrada e com bem-estar estará menos sujeita às doenças. Sua energia interior poderá produzir cura natural, como consequência e não como objeto do tratamento da Terapia Holística.

    1. Por que Life Coaching?

    A tradução literal minimiza a abrangência da técnica: Life: vida; Coaching: treinamento (Treinamento para a vida). Trata-se de um processo com o fim específico: alavancar a pessoa para encontrar o máximo de si.

    Por isso, não é fácil definir tal processo. A definição mais aceita para coaching é:

     “Processo de estímulo para que a pessoa se desenvolva e se torne mais efetiva (metodologia personalizada) com foco em ações praticadas para a realização de suas metas e desejos, com base no refinamento e desenvolvimento de suas próprias competências”.

    A palavra “coaching” tem origem na Europa. O Espanhol designa veículos como “coche”. Vem das antigas carruagens.

    A carruagem servia para conduzir a pessoa com rapidez, segurança e com um mínimo gasto de energias. O destino é determinado pelo passageiro e não pelo condutor. Por analogia, o processo é o mesmo oferecido pelos taxis de hoje.

     

    Essa imagem representa razoavelmente o processo de coaching. De modo semelhante, coaching é um processo cujo objetivo é o de conduzir a pessoa até um determinado ponto por ela (pessoa) escolhido.

    No lugar do condutor (cocheiro ou motorista) está o “coach”. Seu papel é o de ajudar, orientar, aconselhar, facilitar, questionar o “coachee”  (pessoa orientada) a chegar eficazmente ao seu destino de crescimento.

    Para isso, o coach e coachee negociam um plano de ação. É comum elaborar também um plano alternativo (plano B). Contudo, caberá sempre ao coachee a escolha e a decisão sobre todo o projeto.

    Durante a elaboração dos planos e do processo de execução, o coach utiliza as chamadas “perguntas poderosas” para ajudar o coachee prosseguir no seu itinerário.

    O projeto deve ter o ponto inicial, a meta a alcançar, os pontos de avaliação e o tempo necessário em cada etapa. Sempre haverá uma avaliação em todos os sentidos (360º) para produzir feedbacks (retorno) ao coachee.

    Existem várias modalidades de coaching. A maioria voltada para atividades empresariais. Recentemente, foi criada a versão para a pessoa e suas relações próximas. Isto é, fora do ambiente de trabalho, sem, contudo, excluí-lo.

    Ou seja, se o processo é eficaz no desenvolvimento da pessoa dentro da empresa, por que não ampliá-lo para a vida cotidiana do indivíduo? O life coaching veio responder este questionamento.

    Assim como nos Coaching tradicional, existem muitass escolas de life coaching. Aqui será abordada a metodologia humanista. A versatilidade da psicopedagogia humanista com a também versatilidade do processo criou uma associação perfeita.

    1. Por que Humanista?

    A respeito da psicopedagogia humanista, a professora Tereza Cristina B. Siqueira assim se expressa:

    “A Psicologia Humanista fundamenta-se nos pressupostos da Fenomenologia e Filosofia Existencial; é centrada na pessoa e não no comportamento, enfatiza a condição de liberdade contra a pretensão determinista. Visa à compreensão e o bem-estar da pessoa não o controle. Segundo esta concepção, a psicologia não seria a ciência do comportamento, seria a ciência da pessoa.

    Caracteriza-se também, por uma contínua crença nas responsabilidades do indivíduo e na sua capacidade de prever que passos o levarão a um confronto mais decisivo com sua realidade[3]”.

    Os principais constituintes deste movimento são: Carl Rogers (1985), Abraham Maslow (1908) e André Rouchais (1990).

    Na prática humanista há um redirecionamento da terapia convencional (diretiva) e focada no trauma, para uma postura de confiança na pessoa e na sua capacidade de crescimento e de autogestão da própria vida. Baseia-se na escuta ativa, sem grades de leitura ou preocupação com diagnósticos.

                    Sem querer fazer qualquer vínculo religioso, é interessante lembrar que Tereza d’Ávila, considerada doutora da Igreja Católica, já dizia no início do século XVI:

    quando algo em nós está funcionando mal é porque alguma virtude está precisando crescer”.

    Uma das principais descobertas de Rogers é a de que toda pessoa tem um núcleo essencialmente positivo ao qual chamou de “Self”. Dessa premissa partiram todas as suas teses, tendo como objetivo final levar a pessoa “ser aquilo que realmente é[4].

    O Self de Rogers

    Núcleo

    Essencialmente

    Positivo

     

                          

     

            

    Tal como na terapia holística, a pessoa é vista como um todo.

    Caberá à própria pessoa encontrar dentro de si as respostas para suas dificuldades. Descobrir as causas (ou holisticamente, canalizar energias). Ganhar estatura emocional.

    Assim, ancorada em um porto seguro em si mesma, livrar-se dos funcionamentos indesejáveis.

    Isso significa primeiramente que ela deve crescer em suas capacidades de gerir a própria vida. Tomar posse de sua real identidade interior, formada por potencialidades, habilidades e capacidade de discernimento, livre e inteligente de si mesma.

    A segunda fase se inicia de modo natural. Decorre do crescimento interior. Nela há uma reordenação da própria vida. Uma reeducação compatível com a nova estatura adquirida.

    É preciso haver uma quebra de muitos paradigmas, dogmas e princípios. Talvez, fundamentais para sobrevivência no passado. Porem, hoje, desnecessários.

    Dificilmente haverá crescimento enquanto a pessoa permanecer presa a essas referências. Foram adquirida e não pertencem à essência da sua natureza. Por isso impedem a pessoa de ser sim mesma. Ela vive uma verdadeira escravidão inconsciente aprisionada por essas regras ou dogmas.

    A pessoa assim possuída fica incapacitada de tomar boas decisões. Escuta o que não é seu (o que foi adquirido). Vive insegura e à mercê da imagem que constrói para “parecer” segundo a exigência do entorno. Ou seja: daquilo que os outros “acham”.

    Diante dessa insegurança de atender os desejos alheios, vive a procura explicações ou justificativas para se defender de eventuais faltas.

    Enfim, para não entrar numa exaustiva explanação teórica, é possível extrair para este trabalho alguns conceitos básicos da psicopedagogia humanista, assim resumidos:

    1. Todo ser humano é capaz de decidir por si mesmo como conduzir adequadamente a sua própria vida, sem necessidade de paradigmas, rótulos ou intervenções externas;
    2. Quando isso não acontece, é porque o poder e a capacidade interior de ser si mesmo estão adormecidos ou inibidos. Maslow afirmava que:

    “O homem seria um ser com poderes e capacidades amortecidos, inibidos. Adoecemos, não só por termos aspectos patológicos, mas muitas vezes, por bloquearmos elementos saudáveis.

    A impossibilidade de manifestarmos nossa criatividade e de atualizarmos nosso potencial como seres humanos realizados traria como consequência a neurose”;

    Pouco tempo depois, André Rochais também afirmaria algo semelhante, confirmando essa linha de descobertas:

    “Dormimos sobre tesouros, sobre poços de energia, sobre um vulcão de criatividade, sobre reservas incríveis de amor verdadeiro”.

    1. Cada pessoa é única e possui identidade própria. Entretanto há características universais comuns ao ser humano. O olhar humanista é respeitoso ao direito de cada um ser diferente. Dentro de uma unidade humana há uma diversidade de características individuais.

    Em resumo, a visão humanista não segue a linha do pensamento dedutivo, com base em paradigmas, conceitos e princípios. Ela é indutiva a partir das realidades interiores da própria pessoa. Direciona a ela todo foco de atenção para ajudá-la, por si mesma, canalizar suas próprias energias para o escopo da sua razão de viver.    

     

     

     

    CAPÍTULO II - A PESQUISA HUMANISTA[5]

            Carl Ransom Rogers

    (1902 a 1987)

     

    1 – Contribuição de Carl Rogers:Rogers é considerado um dos principais expoentes da terapia ou da pedagogia humanista, por duas razões básicas:

    1. Foi o primeiro a romper com a psicologia tradicional;
    2.  Demonstrou cientificamente a descoberta inata na capacidade da pessoa gerir sua da própria vida, sem necessidade de qualquer ação diretiva externa;
    3. Criou a técnica da Abordagem Centrada na Pessoa, hoje seguida por diversos pedagogos e terapeutas.

    A pesquisa de Rogers sobreveio a um processo meticuloso de investigação científica. Concluiu que toda pessoa humana tem uma natureza essencialmente positiva. A ideia dominante era que todo ser humano possuía uma neurose básica. Rogers defende que o núcleo básico da personalidade humana é tendente à saúde, ao bem-estar.

    Definiu esse núcleo de energias e potencialidades como Self. Substantivo que pode ser traduzido para o Português como: “si mesmo”; ”natureza”; “personalidade”; “caráter”...

            André Rochais

    (1921 a 1990)

     

    2 – A Contribuição de André Rochais:Muito embora, seu nome e seu meticuloso trabalho, especialmente no Brasil, sejam pouco conhecidos, André Rochais foi, sem a menor dúvida, o maior patrono da escola humanista.

    Influenciado e encantado pelas descobertas de Rogers, prosseguiu com as pesquisas na mesma linha. Criou o método denominado “PRH – Personalidade e Relações Humanas”. Hoje divulgado por PRH Internacional.

    Rochais percebeu que a integralização da personalidade passava pela autodescoberta da identidade interior (o Self de Rogers).

    Para tanto, deveria haver um aprendizado sobre si mesmo. Caberá à pessoa desvendar os obstáculos que a impedem de ser ela mesma.

    Seu propósito ia mais além. Haveria um método, de tal modo simples, que fosse acessível a qualquer pessoa, independente das condições sociais ou intelectuais. Algo que fosse universalmente capaz de ajudar qualquer indivíduo. De fácil aplicação e aceitação.

    Com essa visão ele traçou um gráfico das engrenagens da personalidade ao qual denominou “Esquema da Pessoa”. Inicialmente, com três instâncias. Depois de simplificado e depurado, em 1985 assim definiu: o Ser, a Sensibilidade e o Eu-cerebral.  

     

     

     

    Os outros                         Entorno                                  Mate        Material                

    A Pessoa e o seu corpo

    Eu Cerebral

     

     

    Sensibilidade

     

    Ser

    Além do Ser

     

     

     

    “Fundaments Antropologiques de Formation PRH” – Publicado por PRH Internacional, 1997, pag. 55)

    O Ser: Para Rochais o Ser, à semelhança de Rogers, é essencialmente positivo e é o local da identidade profunda da pessoa, onde estão todas suas potencialidades, já despertadas ou não.

    O Eu-cerebral: lugar onde funcionam a inteligência, a vontade e a liberdade.

    A Sensibilidade: região que faz a interface entre todas as instâncias. É uma espécie de gravador das emoções vividas. Através do corpo se comunica com o mundo exterior: ambiente humano e ambiente material.

    O corpo, no seu modo de ver, tem uma dimensão especial. O próprio esquema da pessoa foi desenhado tendo por base as hipotéticas regiões nas quais a pessoa parece viver esses funcionamentos.

    Com essa descoberta, Rochais pode elaborar um método bem eficaz para ajudar a pessoa identificar essas instâncias. A finalidade última é fazer cada um chegar até o seu ser (Self de Rogers). Só assim, desvendando seu potencial interior, a pessoa encontrará sua real identidade. Esse lugar fantástico possui todas ferramentas e as condições para progredir.

    O maior segredo do sucesso do método é permitir que a pessoa saia do tradicional funcionamento intelectual,  onde imperam a lógica, o saber, a imaginação e o fundamentalismo, para então, adquirir a capacidade de se escutar em profundidade.

    Assim, a pessoa guiada pelo melhor de si passa a viver com liberdade, segurança e autenticidade.

    Por outro lado, ao experimentar o crescimento, terá maior domínio sobre suas emoções.

    Rochais em sua pesquisa observou que há três núcleos de consciências que regem a tomada de decisões:  

    1. Consciência-socializada: é adquirida através da influência dos ambientes vividos (costumes familiares, religiosidade, hábitos, regras e outros.). É uma forma da pessoa se adequar as exigências dos diversos grupos para ser aceita e reconhecida por eles. É considerada como a consciência infantil, porque é formada desde a infância, quando se exige que a pessoa viva presa aos outros e às regras impostas de fora para dentro;
    2. Consciência-cerebral: é a formada por princípios interiores e crenças pessoais. Ela surge na adolescência, quando a pessoa inicia um processo de contradependência familiar.

    É considerada a consciência do adolescente. Aprisiona a pessoa aos seus próprios conceitos, tais como: “eu sou assim mesmo e não mudo”, “não levo desaforo para casa” e outros;

    1. Consciência-profunda: é construída pela autonomia, leva a um constante discernimento entre o que bom ou ao que bom para o momento. É chamada a consciência da maturidade. As decisões baseadas neste nível de consciência produzem segurança e paz.

    Essa visão é a base do sistema explicativo criado por Rochais: “PRH – Personalidade e Relações Humanas”. São oferecidos cursos, acompanhamento pessoal e grupos de aprofundamento.

    No pensamento de Rochais, tanto as instâncias da pessoa como os diversos tipos de consciências, funcionam em conjunto, ora predominando um, ora outro. Dependem da cultura, das circunstâncias e do vivido de cada um.

    Para Rochais, a pessoa só encontrará a plenitude quando passar viver de acordo com o seu Ser e guiado pela sua Consciência profunda.

    1. - Oficinas de Crescimento e Vida

    As Oficinas de Crescimento e Vida são módulos interativos elaborados numa sequência didaticamente distribuída. Têm por objetivo promover a autodescoberta de cada instância da personalidade, segundo a pesquisa de Rochais. Cada módulo é baseado num tema específico para o crescimento interior.

    Por se tratar de um método de autodescoberta, torna-se praticamente impossível apresentar teoricamente seu conteúdo. São baseados na “Abordagem Centrada na Pessoa” e na “Escuta Ativa”. O aprendizado se baseia no sentir em lugar do saber ou conhecer.

    Sentir não é tão simples. Será preciso mudar do pensamento dedutivo, daquilo que se conhece para o novo, para a construção indutiva – do novo para o aprendizado.

    Uma boa comparação didática dessa mudança é a perícia criminal. O raciocínio dedutivo levaria iniciar os trabalhos arrolando-se os criminosos conhecidos. Uma vez eleito o provável criminoso, se tentará de todas as formas provar sua culpa. Obviamente, o resultado poderá ser desastroso.

    Do outro lado, com o raciocínio indutivo, a pesquisa parte do crime para, através das pistas deixadas, chegar ao verdadeiro autor. Paradoxalmente, nossa cultura utiliza mais o raciocínio dedutivo. Talvez, devido o segundo (indutivo) ser mais exigente.

    A mudança do tipo de raciocínio é o primeiro objetivo dos cursos oferecidos pelas Oficinas de Crescimento e Vida – OCV.

    Além dos módulos já citados, são oferecidas sessões de counseling, com base na psicoterapia holística e no processo de life coaching. 

    A finalidade de todo o processo é proporcionar ao acompanhado (coachee) o acesso e a ordenação das suas instâncias interiores.

    Diferentemente de Rochais, nas Oficinas de Crescimento e Vida, essas instâncias são denominadas: área racional, área emocional e ser ou identidade profunda.

    Sem uma ordenação interior dessas instâncias, há perda desnecessária de energias. Caso fossem comparadas - apenas para efeito didático - com uma bicicleta. Dificilmente o condutor  chegará a algum lugar, se cada roda apontar para direções diferentes.

     

     

     

     

     

    CAPÍTULO III - RESULTADOS

    Os resultados obtidos são surpreendentes. Como forma coletados dois “cases” observados na pesquisa da terapia holística com life coaching:

    1. Maria[6], meia idade, casada, dois filhos, escolaridade superior, condição socioeconômica média: A queixa inicial era o relacionamento com o marido. Reclamava do alcoolismo. Mesmo sóbrio, o marido era mandão, dono da verdade e opressor. Quando bebia, ficava violento. Nas sessões iniciais, falava repetidamente da história de sua infância sofrida com a opressão dos pais. Mediante a pergunta: quando você vai parar de falar dessa menina sofrida do passado e passar para a mulher do presente? Tocada por isso, iniciou o processo de falar de si e da realidade do tempo presente. Foi a porta de entrada para um trabalho promissor. Após encontrar solidez dentro de si e ousar existir, pode mudar o comportamento diante do marido. Depois de uma breve separação, o mesmo procurou ajuda especializada. Hoje vivem razoavelmente em paz.
    2. Silvio: casado, meia idade, cinco filhos, executivo, boa condição social. Queixava do recente estado depressivo em que se encontrava. A anamnese revelou uma pessoa cheia de atividades. Vivia um ativismo crônico. Parecia ter uma imagem supervalorizada de si. Dizia ser só ele capaz de atender todas as demandas. Nada delegava a outros. Durante os acompanhamentos, foi questionado a respeito da dificuldade de delegar e do desperdício de energia verificado. Aprofundando mais, revelou o sentimento de nunca ter sido valorizado pelo pai. Este dava toda atenção ao irmão menor. A linha adotada foi questionar sobre até quando iria mostrar suas inúmeras capacidades para os outros, praticamente mendigando reconhecimento. Auxiliado com o acompanhamento e cursos formativos, identificou esse comportamento desajustado. Pode concluir que vivia uma transferência do pai histórico para outras pessoas importantes da atualidade. A partir desta constatação foi paulatinamente mudando seu comportamento.

    Há muitos outros casos semelhantes, contudo suas descrições se tornariam exaustivas.

     

    CAPÍTULO IV - DISCUSSÃO

    Segundo o que foi apresentado nos capítulos anteriores, para o pensamento humanista, tornar-se pessoa significa, em suma, viver à luz da sua identidade interior (self ou ser).

    Só desse modo, será possível se ordenar interiormente. Uma vez assim ordenado se adquire qualidade de vida e felicidade. A pessoa ajustada passará a:

    1. Viver bem suas relações:
    2. Encontrar e ocupar seu lugar na sociedade;
    3. Agir segundo aquilo que lhe dê satisfação;
    4. Organizar sua vida financeira;
    5. Encontrar alegria, prosperidade e qualidade de vida.

    O maior desafio é o de a pessoa conseguir se libertar do domínio racional e aprender sentir sinais interiores de sua verdadeira identidade. É nela que estão todos os ingredientes, sempre positivos, formando o seu caráter.

    Para alguns poderá parecer utopia. Porém, os expoentes da psicopedagogia humanista encontraram em si mesmo esse lugar. Se assim não o fosse, não poderiam descrevê-lo com tanta precisão e segurança.

    O que mais dificulta o encontro da pessoa com suas riquezas interiores é a resistência produzida pelo medo.  Medo de sofrer, de encontrar coisas ruins, de se desinstalar, do novo...

    Isso ocorre possivelmente porque a pessoa, para sobreviver psicologicamente, teve que se adequar às exigências do meio (família, escola, amigos, trabalho, religião, política, ideologias etc.).

    Assim vivendo aprendeu parecer em vez de ser. A necessidade de ser aceita pelo meio a fez ocultar o melhor de si.

    Rochais fala do efeito cebola. São várias camadas de proteção a serem removidas, até se chegar ao cerne.

    Na pessoa essas camadas seriam as linhas de defesas interiores criadas para agradar ou se defender dos outros.

     

    O objetivo da Terapia Holística com Life Coaching, com base na Psicopedagogia Humanista, é ajudar a pessoa transpor essas linhas de defesa, para então desvendar suas riquezas interiores – sua verdadeira identidade.

     

    CAPÍTULO IV - CONCLUSÕES

     

    Somos seres em construção. Não nascemos prontos. Vimos ao mundo com total dependência dos outros. Para se libertar desta dependência, não basta apenas crescer fisicamente. Precisamos crescer psicologicamente. Tornar-se pessoa autônoma, inteligente de si e feliz. Pelo menos assim deveria ser.

    Entretanto, muitos permanecem emocionalmente infantis. Outros se tornam escravos de paradigmas e de princípios. Revoltam-se com a frustração ou decepção diante dos fracassos.

    A família, a escola e a sociedade estão mais preocupadas com o aprendizado intelectual e o sucesso profissional, do que com a formação do caráter da pessoa. Infelizmente a formação da personalidade tem ficado em segundo plano.

    Como foi demonstrado, a escola humanista veio suprir essa lacuna. Por focar na pessoa e não nos efeitos dos desajustes, têm como finalidade o desvendamento da real identidade e a formação da personalidade.

    Este trabalho não esgotou a riqueza dessa escola e nem era seu objetivo. Contudo, foi lançada uma luz para essas novas descobertas tão pouco conhecidas, entretanto eficazes.

    O caminho está aberto. É lento, exigente e desafiante, mas vale a pena experimentá-lo.

    A Terapia Holística associada ao processo de Life Coaching, com base na escola humanista vem oferecer, ao lado do já consagrado PRH – Personalidade e Relações Humanas – cada um com sua própria metodologia – uma excelente oportunidade para se iniciar nessa caminhada.

     

     

    BIBLIOGRAFIA:

    ROGERS, Carl R. – On Becoming a Person, 1961 – pag. 37 e 146;

    ROCHAIS, Andre – La Personne et sa Croissance – Fundaments Antropologiques de Formation PRH – Publicado por PRH Internacional, 1997;

    Diversos Autores – Pour que la Vie Reprenne ses Droits – Analyse de Cheminements de Croissance, 1ª Edição, 2003;

    MEDNICOFF, Elizabeth - www.novoequilibrio.com.br – 2009;

    WIKIPÉDIA - pt.wikipedia.org – Carl Rogers – Maslow – 2009.

                            


    [1] HOUAISS, Antônio. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro – RJ,– Editora Objetiva, 2009.

    [2] SINTE, Sindicato dos Terapeutas. Holopédia. Glossário, São Paulo – SP – Portal SINTE – 2007.

    [3] SIQUEIRA, Teresa Cristina. Apontamentos sobre Psicologia Humanista. PUC Goiás.

    [4] ROGERS, Carl R. On Beioming a Person, 1961, pag. 37 e 146

    [5] Capítulo atualizado com nova versão dada à apresentação do autor na Holística de 2009.

    [6] Nomes fictícios para preservar as identidades.

    Autor: : SIDNEY ROSA NASCIMENTO JUNIOR - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 44269
    Última atualização: 31/07/2012 11:21


    Numeromancia - Um Guia Numerológico

    PROPOSITURA - Numeromancia (1).doc
    NUMEROMANCIA - UM GUIA NUMEROLÓGICO




    Celi Aparecida Coutinho

    Terapeuta Holística -  CRT 21270


    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2012.


    Sumário

    Introdução

    Característica simbólica das lâminas.

    Método

    Conclusão


    INTRODUÇÃO

    A NUMEROMANCIA é um Guia Numerológico inspirado no tarô apesar de conter somente 16 lâminas é um formato inovador de trabalhar com os números, criado com o intuito de gerar uma orientação às pessoas de forma que através da vibração da lâmina escolhida, ela possa saber em que energia está vibrando durante determinados períodos. Esses períodos poderão ser diários, semanais, mensais ou quadrimestrais.

    A palavra Numeromancia aqui tem a conotação de caminho energético e não o ato adivinhatório até porque, a palavra mancia agregada a qualquer método decifrável, como quiro (mão – quiromancia), carta (cartomancia), geo (pedras – geomancia), etc; e os números têm a característica adivinatória, ou seja, vibração divina, que traduzida significa uma ferramenta perfeita que auxilia no entendimento da sincronicidade das coisas abstratas e invisíveis, mas que são percebidas no coração, no mental, no energético e na razão. A razão normalmente é a pior vilã do ser humano, porque ela mascara as capacidades intuitivas do homem, fazendo com que seu caminho mude de direção. E um método mântico que indicará em qual caminho deverá ser seguido, sem interferência psicofísica.

    Este método utilizado por terapeutas holístico que irá auxiliar no processo de anamnese e aconselhamento energético do cliente através do movimento leela (jogo) em seu período integral e claramente mostrará o que falta a ser trabalhado e que caminho seguir com este cliente.

    Celi Coutinho.


    CARACTERÍSTICA SIMBÓLICA DAS LÂMINAS


    LÂMINA 1 – CRIATIVIDADE - É a origem de todas as coisas, contém todos os números, distribui sua influência em todos os planos.


    Palavra - Chave: Ação, Individualidade e criatividade.

    Arcano principal: O mago.

    Arcanos oculto: Roda da fortuna

    A = Originalidade, independência e insatisfação.

    J =  Desejo de vitória, incerteza.

    S = Emotividade exagerada.

    Planeta regente - Sol: Ego Ativo

    Signo regente - Leão: Vontade corporal com ação para intuição e da vontade sobre a base física.

    Elemento: fogo: Intuição ou vontade.

    Naipe: Paus - Simboliza o poder e a dominação

    Cor - Vermelha: está relacionado com a iniciativa e a vitalidade


    LÂMINA 2 – ASSOCIAÇÃO - É uma necessidade, representa a vida que não é, mas a ação na luta.



    Palavra chave: Associação paz, parceria, espiritualidade.

    Arcano Principal: Sarcedotiza.

    Arcanos ocultos: Força /Mundo.

    B: Necessidade de amor, emotividade e timidez.

    K: Inspiração e nervosismo.

    T: Amor, sentido de humor.

    Planeta regente - Lua: O Ego.

    Signo regente - Câncer: Ego sensitivo.

    Elemento - Água: Sentimento ou emoção.

    Naipe: Copas –As ações são advindas do instinto.

    Cor - Laranja: induz ao entendimento com o outro e a reconciliação.


    LÂMINA 3 – REGENERAÇÃO - É o número da criação.


    Arcano principal: Imperatriz

    Arcano oculto: enforcado.

    Palavra chave: criatividade, auto-expressão.

    C: Intuição e equilíbrio.

    L: Inteligência, excitação e lentidão.

    U: Lentidão, espírito de conservação, espírito rebelde, perdas de dinheiro.

    Planeta regente - Júpiter: Inserção otimista na vida.

    Planeta regente - Vênus: Contato afetivo com o meio externo..

    Signo regente - Sagitário: Vontade espiritual com ação da intuição e da vontade sobre a base espiritual.

    Elemento – AR. Intuição.

    Naipe – Paus –. Indicando alegria e boa sorte.

    Cor - Amarelo: a felicidade e a prosperidade.


    LÂMINA 4 – SOLIDEZ – É o número da força; unidade rebelde reconciliada com a trindade soberana.

    Palavra chave: Estrutura

    Arcano principal: Imperador

    Arcanos ocultos: Morte e o Bobo.

    D: Sentido prático e fatiga física.

    M: Cinismo, caráter e humor sombrios.

    V: Inspiração reveladora.

    Planeta regente - Saturno: a longevidade.

    Signos regentes-Capricórnio:. Ego concentrado.

    Aquário: com capacidade de absorção do ambiente circundante inteligente e hábil.

    Elemento - Terra: Percepção ou sensação. É a base onde germina o ciclo vital.

    Naipe: Ouro – Representa o dinheiro e os interesses e o desenvolvimento.

    Cor - verde: está equilibrando e está renovando, induz à passividade.


    LÂMINA 5 – MOVIMENTO - É o número das descobertas de outros lugares, da evolução e transformação.

    .

    Palavra Chave: Mudança

    Arcano principal: O Papa

    Arcano oculto: A temperança

    E: Ternura.

    N: Amor pelo luxo, sexualidade e prazer.

    W: Potencialidade, insegurança, emotividade e cólera.

    Planeta regente - Mercúrio: Contato intelectual com o meio externo.

    Signos regentes - Gêmeos: alegria, curiosidade.

    Virgem: Manifestação energética.

    Elemento: Ar: É o processo de respiração do ciclo de vida.

    Naipe: Espadas..Está ligada a espiritualidade.

    Cor - azul turquesa: com a capacidade para guiar qualquer iniciativa positivamente.


    LÂMINA 6 – AJUSTAMENTO - É o número do amor, responsabilidade pela família e sociedade.

    Palavra chave: Ajustamento, Perfeição, harmonia, equilíbrio.

    Arcano principal: Enamorados

    Arcano oculto: Diabo

    F: Intuição, amor por la vida privada, sentido de la responsabilidade.

    O: Desejo de viajar, tristeza.

    X: Agitación, sexualidad

    Planeta - Vênus: é o símbolo da beleza e a perfeição natural tipo perfeito da forma e o bonito.

    Signo regente -Touro: Ego expansivo afetivo.

    Libra: Manifestação energética ativadora.

    Elemento - Ar: Razão ou pensamento - É o processo de respiração do ciclo de vida.

    Terra: É a base onde germina o ciclo vital.

    Naipe: Ouros

    Cor - azul anil:Transmite uma sensação de pureza, proteção e de tranqüilidade.


    LÂMINA 7 – SABEDORIA - é o conhecimento, a análise, a espiritualidade.

    Palavra chave: Sabedoria, análise.

    Arcano principal: O Carro

    Arcano oculto: Torre

    G: Sorte, Inteligência e Solidariedade.

    P: Discrição

    Y: Mistério, rapidez e segurança.

    Planeta - Netuno: A metamorfose.

    Mercúrio: Contato intelectual com o meio externo.

    Signo - Peixes: Sentimento espiritual com ação das emoções sobre o espírito.

    Elemento - Água: Sentimento ou emoção fertiliza a germinação do ciclo vital.

    Naipe: Copas – Relacionado a conservação e ao ensino.

    Cor - violeta: Simboliza a espiritualidade, o sacrifício e as perdas.


    LÂMINA 8 – ORGANIZAÇÃO- É a justiça, a conquista de valores econômicos.

    Palavra Chave: Organização, poder e satifação.

    Arcano principal: Justiça

    Arcano oculto: Estrela

    H: Prosperidade, ambição e generosidade.

    Q: Intuição, riquezas e misticismos.

    Z: Compreenção, dinheiro e secretos.

    Planeta - Saturno: Corresponde aos obstáculos e impedimentos..

    Signo - capricórnio: Prevalecem a autoridade implacável, a ambição, a ação perseverante no meio exterior.

    Elemento - Terra: Percepção ou sensação.

    Naipe- Ouros: Desenvolvimento – dinheiro – comércio.

    Cor - Rosa: expressa os afetos espontâneos.


    LÂMINA 9 – HUMANITÁRIO - É a abertura para novos espaços.

    Palavra chave: Humanitário / Generosidade.

    Arcano pricipal: Ermitão

    Arcano oculto: Lua

    I: Paixão, tensão, incerteza.

    R: Potência, emotividade.

    Planeta regente - representa o desejo e a ação, a força e o poder físico.

    Vênus representa as atrações e a sedução da beleza perfeita.

    Signo regente - Áries: Ego ativo e agressivo.

    Elemento Fogo: Com sua força ígnea é a renovação do ciclo vital.

    Naipe: Paus – O poder e a criação, boa sorte e alegria.

    Cor Ouro: simboliza a perfeição


    LÂMINA 11 – IDEALISMO - sabedoria e poderes de intuição.

    Palavra Chave: IDEALISMO.

    Arcano principal: A Força.

    Arcano oculto: Imperatriz.

    K: Inspiração e nervosismo.

    Planeta regente - Urano: A força de decisão.

    Lua: controla os ritmos e flutuações.

    Signo - Aquário: Simpatia. Manifestação energética.

    Elemento - Ar: Razão ou pensamento - É o processo de respiração do ciclo de vida.

    Naipe – espadas: Ligado a espiritualidade, conhecimento intuitivo do karma

    Cor: Prata - a novidade, a inovação.


    LÂMINA 13 – DESAPEGO - sustentar um esforço fixo e consistente.

    Palavra Chave: trabalho no campo material.

    Arcano principal: A morte.

    Arcano oculto: O Imperador.

    M: Cinismo, carater e humor alternados.

    Planeta regente: Jupiter- Representa a fortuna.

    Signo regente:.Capricórnio: a ambição, a ação perseverante no meio exterior.

    Elemento:Terra: Percepção ou sensação. É a base onde germina o ciclo vital.

    Naipe: Ouros: Desenvolvimento – dinheiro-comércio.

    Cor: Verde Musgo - Indicando a renovação da vida e sua vibração mais elevada reflete o espírito de evolução.


    LÂMINA 14 – LIBERDADE- a liberdade; caos e a falta de escolha.

    Palavra Chave: equilíbrio e compromisso.

    Arcano Principal: Temperança

    Arcano oculto: O Papa

    N: Amor pelo luxo, senxualidade e locura.

    Planeta regente - Vênus: corresponde ao início da adaptação social.

    Signo regente - Áries: a ação da intuição e da vontade.

    Elemento - Éter: É o processo de animação do ciclo de vida.

    Naipe: Espadas – Transformação, Intuição, manipulação e inteligência.

    Cor - Azul turqueza: a capacidade para guiar qualquer iniciativa positivamente.


    LÂMINA 16 – ORGULHO- este processo de destruição e renascimento.

    Palavra Chave:derrocada do ego.

    Arcano Principal: Torre

    Arcano oculto: o Carro

    P: Discreção

    Planeta regente - Marte:.Exalta a coragem, a combatividade, o entusiasmo e a liberdade.

    Urano:A força de decisão. às mudanças repentinas..

    Saturno:Inserção racional na vida.

    Signo regente - escorpião: ação das emoções sobre a base corporal.

    Elemento - Água: fertiliza a germinação do ciclo vital.

    Naipe – Copas – Conservação e ensino.

    Cor: Roxa: as O roxo significa espiritualidade e intuição, portanto, é uma cor que simboliza o mundo metafísico. É a cor da alquimia e da magia.


    LÂMINA 19 – CONFIANÇA - Negócios bem sucedidos.

    Palavra chave: Liderança positiva

    Arcano principal -Sol

    Arcano oculto – Roda da fortuna – O Mago

    S = Irrascibilidade, Emotividade exagerada.

    Planeta regente - Sol energia criativa. Governa o fluxo vital

    Signo regente - Leão: ação para intuição e da vontade sobre a base física.

    Elemento: fogo: Com sua força ígnea é a renovação do ciclo vital

    Naipe:Paus –Representa a criação e indica a boa sorte.

    Cor: Ouro maciço - O dourado representa o Sol e por isso é a cor associada ao luxo e ao sucesso!


    LÂMINA 22 - É potencialmente o mais próspero de todos os números.

    Palavra chave: Materialização, construção

    V: inteligencia superior.

    Arcano principal: Bobo

    Arcano oculto: Imperador

    Planeta regente - Urano: A força de decisão.

    Planeta regente: Plutão Impulsiona os instintos profundos, a energia sexual.

    Signo regente - Escorpião: Inserção rebelde do ego aos contextos convencionais.

    Elemento: Água: Sentimento ou emoção fertiliza a germinação do ciclo vital.

    Naipe:Copas – Materializar sentimentos

    Cor: Ouro velho: É associada com a luz a felicidade e a prosperidade, estimula a inteligência espiritual.


    LÂMINA 33Representa a integralidade.



    Palabra Chave: O Grande Construtor

    Arcano Oculto : Os Enamorados

    Planeta Regente: Júpiter: Inserção otimista na vida.


    Urano. A força de decisão.

    Signo regente: Aquário. Pensamento corporal com ação da razão sobre a base física.

    Elemento: Éter: Percepção ou emoção - É o processo de animação do ciclo de vida.



    Método.

    Acessar o pensamento com o poder dos números em níveis mais profundos da mente. O método consiste em embaralhar as cartas e dispor nas casas correspondentes do Passado – Presente e Futuro de uma pauta em questão. As demais lâminas serão distribuídas em círculo complementando o entendimento do jogo. Sendo colocada dentro de cada questão que deseja tomar conhecimento do inconsciente para o consciente.

    Este método ensinará a ouvir a sua voz interior através da numeromancia. Servirá para avaliar novos projetos no nível subconsciente e buscar as perspectivas.


    Conclusão.

    Como já dizia Hermes Trimegistro, "no Universo tudo vibra!" E estamos sujeitos à essas vibrações.

    Se conhecermos nossas falhas ficará bem mais fácil chegarmos ao sucesso pessoal e profissional não é?

    Se soubermos por que não conseguimos contar uma piada, guardar dinheiro, ser feliz e alguém nos mostrar como conquistarmos tudo isso, será bem mais fácil chegar à nossa realização e evolução na vida!

    Através da prática da numeromancia dentro de um jogo das cartas é possível tudo isso e muito mais, pois saberemos que atitudes tomar em determinado dia do mês ou tratar com aquele sócio que acreditávamos poder confiar totalmente!

    Esta é a forma mais inovadora da junção da lógica de nosso mestre Pitágoras com os aspectos astrológicos e as dinvidades hindus, proporcionando um caminho de sintonia e sincronia aplicada em nosso benefício!


    Bibliografia recomendada.

    Um novo sistema de numerologia – Dan Millman – Editora pensamento.

    A numerologia e o triangulo divino – Faith Javane e Dusty Buncker – Editora Pensamento.

    Manual de Numerologia – Elliin Dodge Young e Carol Ann Schuler – Editora Pensamento.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho -Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 31/07/2012 13:55


    “Ciência” Da Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto 2.doc

    CIÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE

    Introdução à Filosofia Oriental - O Tao como caminho

    São Paulo, 30 maio de 2012

    Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas – Holística – 2012

    SUMÁRIO

    1. Introdução ....................................................................................... III

    1. Missão por uma causa nobre.......................................................... .III

    1. Dores – Holoyoga: a terapia filosófica - autoconhecimento............. IV

    1. A Terapia Holística – terapia do ser total ................................... IV

    1. Rejuvenescimento - autoestima........................................................ IV

    1. Postura e elegância: cultura ancestral ............................................... V

    1. Tao .....................................................................................................V

    1. Mensagem do Tao ..............................................................................V

    1. Alquimia ...........................................................................................VI

    1. O estudo do Yin e do Yang ..............................................................VII

    1. Criação ............................................................................................VII

    1. Mutabilidade ..................................................................................VIII

    1. O principio do Yin e do Yang ...........................................................IX

    1. Os samurais ........................................................................................X

    1. Esotérico-Yin e Exotérico Yang .......................................................XI

    1. O mundo “Terra Yin” e o outro mundo “Céu Yang” ........................XII

    1. O mundo após a morte ......................................................................XII

    1. Material e metodologia .................................................................... XIV

    1. Discussão ..........................................................................................XIV

    1. Conclusão .........................................................................................XIV

    1. Bibliografia ....................................................................................... XV

    Introdução

    O homem evoluiu vertiginosamente na ciência do capitalismo, o ‘Ter’. Assim 1% escraviza 99% da população. Negligenciou-se na ciência da espiritualidade.

    Infelizmente a humanidade se perdeu no tempo, a capacidade de enxergar a verdadeira mediunidade (conhecimento e sabedoria) a verdadeira ‘Iluminação’, sendo que é perfeitamente possível, qualquer ser pode acessar a sua mediunidade que está adormecida no inconsciente é a kundalini adormecida, que pode ser despertada. Mas antes é preciso fazer o treinamento moral orientado por um mestre elevado.

    O I Ching sempre me diz: “A simplicidade diante de Deus não é uma vergonha”. Sou muito simples e com muita dificuldade em expressar os meus pensamentos em palavras escritas ou verbalmente, e tenho muita consciência de que acabo deixando muitas coisas ou assuntos no ar. Por isso peço encarecidamente que, tenham muita paciência e compreensão.

    Ter paciência e compreensão também é uma virtude, porque as pessoas aprendem a pensar sobre qualquer motivo ou assunto, e é assim que se aprende a filosofar. Hoje entendo perfeitamente que simplicidade é o propósito Tao (natureza).

    A natureza é muito simples, ela ensina tudo, olhem mais para a natureza (Yin e Yang) com muito amor, paciência e compreensão. Eles ensinam tudo.

    O meu objetivo maior é trabalhar sobre o legado que se deteriorou, pois o I Ching sempre me orientou nesse sentido. O intuito maior é ajudar os seres humanos em sua evolução pessoal e espiritual na simplicidade do Tao.

    O Tao ensina tudo através do Yin e do Yang (A sublime unidade). O que será levado em consideração é o autoconhecimento elevando a autoestima, afeto e compreensão, eliminando os conceitos que anuviam a mente que cria a prisão mental, da qual a sua essência fica ‘engaiolada’.

    Com a eliminação dos conceitos, crenças e dos paradigmas que não funcionam o ser liberta a sua essência adquirindo vida. A vida é construir situações que desejam vivenciar e não viver as situações aleatórias e desagradáveis que são atraídos inconscientemente. O que será ensinado são os caminhos necessários para a evolução pessoal, respeitando a capacidade de cada ser que será despertado de forma necessária: suave, médio ou intenso, de acordo com a necessidade de cada um naturalmente, desde que esteja aberto e disposto para a transformação e a libertação do ser.

    Missão: Por uma causa nobre

    Na comunidade todos são livres para participar de forma que sejam espontâneos. O trabalho será organizado de maneira que todos participem, formando uma equipe de boa vontade. Uma equipe é mais que um grupo de pessoas, é uma união de todas em torno de um objetivo, é o sincronismo de todos que leva a resultados notáveis.

    Vou dizer mais uma vez: “Compartilhar é necessário para evoluir todos juntos e compartilhar a alegria de viver. Compartilhar a felicidade é felicidade em dobro, compartilhar a dor é sofrimento pela metade, compartilhar o conhecimento é conhecimento redobrado. Isso é sabedoria, isso é Tao”.

    “Ser nobre não é ser melhor do que um milhão de pessoas, a verdadeira nobreza é ser melhor do que foi no passado.”

    Provérbio Hindu

    Dores – Holoyoga: a terapia filosófica – autoconhecimento

    Holoyogaterapia como auto-cura.

    Fundamento: Filosofia do Chi

    Todos nós somos autocuradores por natureza, existimos por causa do alimento material e da combinação exclusiva das forças que nos cercam (o Tai ChiYin Yang). A necessidade diária de calorias gira em torno de 6 mil unidades, basicamente obtemos 2 mil calorias dos alimentos que vem da terra. As outras 4 mil calorias saem das forças ao nosso redor, acima e abaixo de nós. Essas forças que nos cercam são a eletricidade, o magnetismo, a energia das partículas cósmicas, a luz, a cor, o som e o calor que são alimentos da nossa alma “o corpo etérico”. Se não soubermos como absorver e transformar esse alimento cósmico, precisamos depender dos outros para nos abastecer. Então precisamos consultar um padre, um monge ou uma pessoa santa para nos dar o nosso alimento espiritual diário.

    Os taoístas descobriram que podemos aprender a absorver essas energias circundantes e universais através da pele e dos principais centros de energia. Para nos projetarmos na imensidão das galáxias e do universo e reunir reservas ilimitadas de Chi cósmico para melhorar a saúde, devemos dar os primeiros passos dessa jornada dentro de nós mesmos. Para “sair” precisamos primeiro ”entrar”.

    Terapia Holística – Terapia do ser total

    “O homem deve harmonizar o espírito e o corpo.”

    Hipócrates

    É incontestável que o homem por sua própria iniciativa volte-se agora para terapia natural, desiludido não pelos resultados, mas pelos métodos muitas vezes brutais, das medicinas oficiais.

    A terapia natural mergulha suas raízes na noite dos tempos e das civilizações: terapia indiana, ayur-védica, tradicional, chinesa, hipocrática, egípcia e etc..

    Um fator comum se levanta no meio desses métodos de saúde: a concepção de que o espírito e o corpo, a energia e a matéria estão em conexão intima e influem naturalmente um sobre o outro (mente sã e corpo são). Assim toda terapeuta deve agir de modo a harmonizar a mente e o corpo no verdadeiro trabalho psicossomático que Hipócrates descrevia da seguinte forma: “Preservar o doente do perigo e da injustiça”.

    Milhões de anos atrás da descoberta de Einstein a respeito da relatividade, o homem já sabia a integração da energia da matéria. Todas as tradições antigas e as medicinas naturais mais recentes reconhecem uma força ativa de ligação entre o pensamento e o corpo: a energia vital, a harmonização pela energia da natureza.

    Rejuvenescimento – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Rejuvenescer ganhando um corpo vibrante de energia.

    Fortalecer o corpo físico é importante, mas se quisermos realmente rejuvenescer, é necessário também fortalecer o corpo etérico, o ser. Exercitar e fortalecer os intrincados músculos esfíncteres internos M.E.1. São 6 diafragmas que se ligam com os 6 chacras, assim fortalecendo órgãos e endócrinos, como também o sistema nervoso. Isso se deve a ativação da energia vital, trazendo a melhora do reflexo dos sentidos e da lucidez.

    Postura e Elegância – cultura ancestral – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Correção da postura para a saúde e manutenção da coluna, também rejuvenesce e enaltece, pois com a postura correta a pessoa fica elegante, se sente autoconfiante e eleva a autoestima.

    Tao

    O mundo pulsa, expande e explode. A dança cósmica do Yin e do Yang impulsiona o universo transformando, evoluindo e iluminando.

    Mensagem do TaoTao filosófico

    Desembaraçando os fios de seda emaranhados, juntando-os em meadas, assim se desvenda os mistérios e segredos orientais da antiguidade.

    “O antigo será de novo útil.” Lao Tse.

    O Tao como base das doutrinas filosóficas mentais e, hoje também, ocidentais é palavra chinesa que significa caminho, via; isto é, a sobreposição do feminino e do masculino, chamado Yin e Yang. O Tao não significa uma soma de um e outro, mas tais forças existem concomitante e sincronicamente. O Tao, como caminho e como fusão de tais elementos é o sentido de ordem, é um princípio organizador. É a reunião do caos e das polaridades. É gás dispersivo, conseqüente aos movimentos de fricção se transforma em gás de combustão do próprio movimento deixando um rastro. Ao seguir o Tao vocês seguem esse rastro, os movimentos, os fluxos da vida e do caminho até que, perdendo a polaridade, vocês se transformam no próprio caminho, no Tao.

    O Tao condena a idolatria e diz: “O mestre Tao não tem nome, ele é oculto, vive no anonimato meditando (filosofando), praticando, aprendendo, orientando e semeando o bem, o cultivo da serenidade, meditando entre o céu e a terra.”.

    O homem recebeu do céu uma natureza essencialmente boa para guiá-lo em todos os seus movimentos. Entregando-se a esse principio divino dentro de si, o homem alcança uma inocência incontaminada. Ela o conduz ao bem com certeza instintiva e livre de intenções ulteriores de recompensa ou vantagem, essa certeza instintiva traz supremo sucesso e favorece através da perseverança. Nem tudo que é instintivo é também natural, nesse sentido mais elevado da palavra, mas somente o que é correto, aquilo que corresponde à vontade dos céus. Uma forma de agir instintiva e irrefletida, que não possua retidão, só poderá causar infortúnio.

    Confúcio comentava a respeito: “Aonde irá àquele que se afasta da inocência? A vontade e as bênçãos dos céus, não acompanham seus atos.” – conceito do I Ching.

    O céu é puro, mas a terra é impura, o homem está entre o céu e a terra, entre o puro e o impuro. Certo ditado antigo diz o seguinte: “O Tao não possui qualquer forma; no entanto, confere vida ao céu e à terra. O Tao é destituído de emoções; no entanto, move o sol e a lua. O Tao é destituído de nome; no entanto, nutre todas as coisas da natureza.” O Tao possui tanto aspectos puros quanto impuros. Às vezes permanece imóvel, às vezes move-se. O céu é puro e a terra impura, todas as coisas percorrem o seu respectivo curso. A origem da pureza reside na impureza. Por esse motivo nos remetemos à meditação “reflexão”. O movimento é a fundação de quietude. Se as pessoas puderem constantemente permanecer puras e imóveis, então ficaremos no estado de serenidade.

    O espírito tende para a pureza, a mente para a quietude, mas é contrariada pelo desejo de equilibrar-se. Se fores capaz de controlar, então a mente permanecerá imperturbável e puro. Aqueles que estão impossibilitados de atingir o Tao são aqueles destituídos de clareza mental e que ainda se acham escravos das emoções.

    Suportar a quietude gradualmente entrarás no verdadeiro caminho denominado Tao, não existe nada para ser atingido, mas sim para sentir. Lao Tse dizia: “Aqueles que são honrados não tem porque discutir. Os que não são preferem se entregar a discussões.”.

    Aqueles que possuem elevadas virtudes não necessitam de virtude. Quando a mente permanece selvagem o espírito torna-se distraído devido a existência da ansiedade e do estresse, o corpo e a mente são afligidos por tensões.

    Se viveres na decepção e na ansiedade afundará no oceano do sofrimento e sempre vaguearás para fora do verdadeiro caminho. Se fores capaz de perceber intuitivamente, viverás o caminho natural, se intuitivamente entenderes o Tao, sempre será puro e imóvel. Todas as meditações que fazemos são essencialmente internas, você fecha seus olhos e imaginam todas essas coisas (tais como o sofrimento dos seres e o desejo de que sejam felizes); Mas não pense que isto vai simplesmente perder-se no espaço e não vai produzir nada. Ao imaginar certas coisas você faz com que elas se tornem realidade, se você todos os dias fica irritado, não se surpreenda se continuar ficando irritado se você mantém pensamentos de irritação em sua mente, “Eu detesto ele, eu detesto ele.”, não se surpreenda se um dia acabar por dar um soco no nariz dele, porque o que o corpo e a fala fazem é simplesmente seguir aquilo que a mente está fazendo, porque eles se iniciam na mente. Refletir, pensar, oração mental, examinar atentamente, ponderar, considerar, reconsiderar, isso é meditar.

    Como qualquer outra coisa, você tem que treinar antes de agir, não é possível simplesmente entrar em um carro e sair dirigindo, é necessário treinar primeiro. Antes de tocar piano você tem que treinar e treinar. Você tem que treinar-se no desenvolvimento do amor e da compaixão e tudo isso, por fim, o tornará apto a espontaneamente expressa-los em corpo e fala, isso é algo razoável.

    Alquimia - Adquirir conhecimento e sabedoria aprendendo a filosofar.

    Para refletir, filosofar, pensar: “Aprender sem pensar é inútil. Pensar sem aprender é perigoso.” Confúcio (Kung Fu Tse).

    Filosofia do Chi: metafísica, física moderna, física quântica é a ciência geral dos primeiros princípios e das primeiras causas, conhecimento, sabedoria, força moral, (elevação espiritual) que leva próximo a Deus; conhecimento de verdades morais, conhecimento absoluto que procura a intuição direta das coisas; conhecimento racional único possível de alcançar a essência das coisas, modo de pensamento intermediário entre teológico e o positivo; método de abordar os fenômenos da natureza; aprofundar, refletir, filosofar, raciocinar, pensar e discernir, é a adequação entre o ser e a inteligência, ou seja, espírito de reflexão de crítica e de superação.

    O estudo do Yin e do Yang

    A fertilidade da natureza é uma forma de expressão e um espelho do movimento contínuo de criação que se processa incessantemente em todos os níveis de vida no Universo.

    Criação – Yin e Yang – Co-criação

    No momento da criação, da unidade nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia; uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina “o nascimento do Tao”. Os chineses deram a essas forças primárias a alguns milhares de anos a denominação de Yin e Yang, do jogo dessas energias surgiu a criação.

    O Yin feminino é fecundado continuamente pela força masculina do Yang dando origem a vida e a morte, em suas infindáveis e múltiplas formas: físico, pensamento, idéias, atos, intenções, emoções, formas, momentos, tempo, espaço e etc.. É a energia que nunca morre, ela se transforma infinitamente, que também pode ser comparado com o nosso “cérebro macaco”, que nunca para de pensar.

    As forças do Yin e do Yang se manifestam no universo inteiro como polaridade, tudo para poder existir, tem um pólo contrário, “o nosso cérebro também é assim”. Um pólo só subsiste pelo outro pólo, se uma polaridade desaparece, a outra também desaparece.

    Essa regra fundamental é aplicável a tudo. Assim, só podemos exalar quando inalamos, se deixarmos de exalar também deixamos de inalar. O interior condiciona o exterior, o dia condiciona a noite, a luz condiciona a sombra, o nascimento, à morte, a mulher, o homem, etc., no que as duas polaridades são sempre intercambiáveis, cada pólo necessita para seu complemento, um pólo contrário. O Yin e Yang simbolizam de modo evidente o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nesse sentido, o Yin representa um lado da totalidade, o feminino, expansivo, intuitivo, passivo e inconsciente, e o Yang representa o lado masculino, concentrador, racional, ativo, e consciente. Isso, contudo não envolve nenhuma avaliação no sentido de “melhor”, o equilíbrio que existe no universo que nos envolve é o resultado dos relacionamentos entre os pares contrários. Como tudo no universo se encontra num fluxo constante de movimento, tanto o Yin como o Yang já estão presentes de forma latente no pólo contrário, isso é simbolizado pelo ponto branco, no Yin preto, e pelo ponto preto, no Yang branco. Cada um dos dois pólos já encerra em si, em forma de semente o pólo contrário, e é apenas uma questão de tempo para que uma polaridade se transforme na outra. Em alguns planos, esta transformação ocorre numa fração de segundo, como por exemplo, na esfera atômica.

    No ser humano essa mudança de polaridade do masculino para o feminino ou vice-versa, é possível através de várias encarnações. O dia e a noite necessita em média doze horas para essa mudança e o exalar e o inalar precisam apenas de alguns segundos.

    Todas as coisas chegam e afastam, se movimentam e se alteram com base no intercâmbio e na ação recíproca dessas forças básicas do universo. Entretanto, somente os dois ciclos resultam na respectiva unidade perfeita.

    Também a relação entre a mulher e o homem é baseada nessa regra, dois pólos se empenham em formar uma unidade, atraindo-se como os dois pólos de um imã. Quando é atingida a união das forças opostas há um intercâmbio entre elas, esse fenômeno também se aplica na direção da rotação dos chacras.

    Na homossexualidade, vê-se, por exemplo, uma polaridade energética oposta a normal, a questão da homossexualidade hermafrodita e andrógena, também faz parte da natureza (química). Tudo pode transformar ou voltar transformando.

    Entre os mundos visíveis e invisíveis dentro do universo, existem duas forças ou essências primárias: Yin - a obscuridade, e o Yang - a claridade. A força Yin tem poder de concentração, recolhimento, de se tornar mais pesada, mais densa, é o processo de materialização. Como todas as matérias físicas, por ser mais pesada, torna-se mais lenta, receptiva e quieta.

    A força Yang tem poder de expansão, de diluição de se tornar mais leve, mais dilatada e flutuante, é a antítese da materialização, e por ser leve e flutuante Yang simboliza a inquietação e o movimento.

    Yang tem tendência ascendente: Up, alegria, euforia, ansiedade.

    Yin tem tendência descendente: Down, depressão, tristeza, apatia.

    O dinamismo de Yang lembra o fogo: seu movimento é para cima, sua qualidade energética é de diluição e expansão. O dinamismo de Yin é como a água: dirige-se para baixo, sua qualidade energética é de concentração ou coagulação; pode-se ainda relacionar a energia Yin com as matérias mais densas de cosmo (planetas), e a Yang com as matérias sutis do cosmo (as luzes das estrelas).

    Às mulheres é atribuído o símbolo Yin pela quietude do feminino, e aos homens o símbolo Yang, pela inquietação do masculino. Percebe-se, entretanto, que nem o homem nem a mulher são inteiramente Yin ou Yang, a mulher, apesar de ser respectiva (Yin), é normalmente mais suave e leve (Yang), o homem, apesar de ser impulsivo (Yang), é mais rígido e tenso (Yin).

    O símbolo Tai Chi mostra que no interior de Yang existe um núcleo Yang. Os núcleos representam o centro ou essência, que é a camada mais profunda do ser, sendo o restante, camadas periféricas. A mulher é Yin, mas dentro dela ainda existe o aspecto Yang, e vice-versa para homem. Os nossos órgãos também se movimentam dessa maneira. Os núcleos representam os centros de gravidade do Yin e do Yang, para que a unidade seja mantida é necessário que o Yang tenha um núcleo Yin, assim como que o Yin tenha um núcleo Yang.

    Centro de gravidade Yang, núcleo Yin, centro de gravidade Yin, núcleo Yang. As energias Yin e Yang se manifestam simultaneamente no Universo. Pode-se ter como exemplo, o sol do nosso sistema solar, que irradia luz para todas as direções e ao mesmo tempo retém todos os planetas em torno de si; essa irradiação é Yang e a retenção é Yin. Do centro a periferia, ou seja, do Um ao infinito é o processo Yang; da periferia ao centro, isto é, do infinito ao Um, é o processo Yin. Já pensaram sobre o Buraco Negro?

    Mutabilidade

    Os movimentos da natureza são a alternância do Yin e do Yang. Essa alternância no I Ching chama-se mutabilidade. Como a maioria dos estudos místicos, o I Ching dedica uma boa parte a questão do destino, compreender o destino é compreender o sentido da vida dentro do tempo e do espaço. Segundo o I Ching, o destino é feito de alternância. Tudo que tiver ascensão terá queda. Todos os que viverem lado Yang conscientemente viverão o lado Yin inconscientemente. Os que estão conscientes no lado Yin tem seu inconsciente no lado Yang.

    A alternância do Yin e do Yang no destino é um processo natural e inevitável, assim como a vida e a morte. Os momentos do destino são momentos sucessivos, não há bem nem mal, são apenas momentos feitos de uma contínua mutação, em que passado e futuro projetam-se infinitamente.

    O princípio do Yin e do YangTai Chi, a sublime Unidade (código de Deus)

    Diagrama do Tai Chi. Em chinês, esse conhecido símbolo que representa a integração Yin -, e Yang +.

    Yin e Yang é, na filosofia chinesa, uma representação do princípio da dualidade de Yin e Yang. O conceito tem sua origem no tao, base da filosofia e metafísica da cultura chinesa.

    Princípios complementares

    Segundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    - Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente.

    - Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio.

    Também é identificado como o tigre e o dragão representando os opostos.

    Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidades são não definições, mas analogias que exemplificam a expressão de cada um deles no mundo fenomênico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação.

    Os exemplos não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios. Assim, referir-se a Yang como positivo apenas indica que ele é positivo quando comparado com Yin, que será negativa. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a prótons e elétrons: os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.

    O diagrama do Tai Chi simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. Yang (branco) e Yin (preto) integrados num movimento contínuo de geração mútua representam a interação destas forças.

    A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe contém tanto o princípio Yin quanto o Yang. O símbolo Tai Chi expressa esse conceito: O Yin da origem ao Yang e o Yang da origem ao Yin.

    Desde os primeiros tempos, os dois pólos arquetípicos da natureza foram representados pelo claro e pelo escuro, pelo inflexível e pelo dócil, pelo acima e pelo abaixo. O Yang, o poder criador era associado ao céu e ao Sol, enquanto o Yin corresponde a terra, ao receptivo, à Lua, o céu está cima e esta cheio de movimento.

    A terra – na antiga concepção geocêntrica – está em baixo e em repouso, dessa forma, Yin passou a simbolizar o repouso, e Yang, o movimento. No reino do pensamento, Yin é a mente intuitiva, complexa, ao passo que Yang, é o intelecto, racional e claro. Yin é a tranqüilidade contemplativa do sábio, Yang a vigorosa ação criativa do rei.

    A base da teoria de Yin e Yang é a harmonia e o equilíbrio. As forças complementares de Yin e Yang são o pilar central em todo o pensamento chinês. Considera-se que estas forças afetam tudo no universo, incluindo a nós mesmos. Tradicionalmente, o Yin é o feminino, o escuro, o passivo, o frio e o negativo, e o Yang é o masculino, o claro, o ativo, o quente e o positivo. Outro modo mais simples de considerar o Yin e o Yang é que há dois lados em tudo – felicidade e tristeza, cansaço e vigor, frio e quente e demais opostos.

    Yin e Yang são os opostos que criam o todo. Cada um deles não pode existir sem o outro e nada é completamente um ou o outro, em nenhum momento.

    Há graus variados de cada um deles dentro de tudo e de todos nós. O símbolo do Tai Chi ilustra como o Yin e Yang, fluem de um para outro com um pouco de Yin sempre dentro do Yang e um pouco de Yang sempre dentro do Yin.

    No mundo, o sol e o fogo são Yang, enquanto a terra e a água são Yin. A vida só é possível por causa da interação entre estas forças. As duas forças são necessárias para a existência da vida. Veja a relação abaixo para entender a relação entre Yin e Yang.

    Forças Yin: Feminino; Escuro; Lua; Água; Passivo; Descendente; Contração; Frio; Inverno; Interior; Pesado; Osso; Frente; Interior do corpo.

    Forças Yang: Masculino; Claro; Sol; Fogo; Ativo; Ascendente; Expansão; Quente; Verão; Exterior; Leve; Pele; Dorso; Externo do corpo.

    O corpo, a mente e as emoções estão sujeitos às influências de Yin e Yang. Quando as duas forças adversárias estão em equilíbrio nos sentimos bem, mas se uma força dominar a outra se provoca um desequilíbrio que pode resultar em doença.

    A acupuntura é uma terapia de natureza Yang porque atua do exterior para o interior. Por outro lado, as terapias herbáceas e nutricionais são terapias de natureza Yin, porque atuam do interior ao longo do corpo. Muitos dos órgãos principais do corpo são classificados em pares de Yin-Yang, que trocam influências saudáveis e insalubres.

    O Chi é a energia essencial que constitui a base de todas as terapias holística: I Ching, Reiki, da acupuntura, moxa, feng shui, tai chi chuan, cromoterapia, cristalterapia, enfim, uma infinidade. Pode se ouvir o som da energia pelas mãos, pode se ouvir também o som inaudível denominado seis sons do Lao Tse. Tudo isso é possível devido a existência dos chacras em nosso corpo. As cores do arco-íris, 7 notas musicais também são atraídas pelos 7 chacras (7 níveis de energia – Aura pessoal).

    Duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    Yang: O princípio ativo, diurno, luminoso, quente, masculino.

    Yin: O princípio passivo, noturno, escuro, frio, feminino.

    Os Samurais

    Os samurais não estudavam somente os ensinamentos das escolas do Budismo esotérico, mas também estudavam música, a doutrina de Confúcio e muitos outros ramos do conhecimento, como, por exemplo, a teoria do equilíbrio do Yin e do Yang. Na cosmologia chinesa, esses são os dois pólos fundamentais do universo, respectivamente o princípio negativo e o principio positivo. Os japoneses chamam os de In e Yo.

    Todos esses estudos desempenhavam um papel na vida do guerreiro. A teoria do Yin e do Yang era usada, por exemplo, quando ele queria construir uma casa ou, se fosse rico e poderoso, fundar um castelo. Numa ocasião dessas, ele estudaria o equilíbrio entre o Yin e o Yang para determinar a melhor localização e orientação para o edifício. Sabia que, por mais esforço que empenhasse na fortificação, isso de nada valeria se os arredores não fossem condizentes com o seu objetivo.

    Seguindo a tradição chinesa, os guerreiros do Japão ocupavam-se não só da interação entre os dois pólos fundamentais do universo como também dos cinco elementos que se combinam de infinitas maneiras para criar tudo o que existe no mundo.

    Os nomes dos dias da semana correspondem aos princípios do Yin e Yang. O primeiro dia da semana é o dia do sol; o segundo, o dia da lua; e os outros cinco dias recebem os nomes dos cinco elementos físicos, determinados pelo estudo dos princípios positivo e negativo, estudo esse que foi feito na Ásia, nos tempos antigos. Os nomes dos dias são os nomes dos cinco elementos fogo, água, madeira, metal e terra. Segundo os princípios do Yin e do Yang esses cinco elementos podem dispor-se de duas maneiras. A primeira é uma ordem na qual geram um ao outro, uma ordem harmônica; a segunda é uma ordem na qual os elementos se dispõem de acordo com suas rivalidades. Nesta segunda ordem, os diversos elementos inevitavelmente destroem uns aos outros.

    No relacionamento harmonioso entre os cinco elementos, a madeira produz fogo, que por sua vez transforma a madeira em cinza, ou seja, produz terra. A terra gera o metal; o metal gera a água e a água gera a madeira.

    A segunda ordem, baseada no conceito da rivalidade dos elementos, começa com a madeira. Esta quebra a terra; a terra absorve ou impõe limites à água; a água apaga o fogo; o fogo derrete o metal e o metal corta a madeira. O estudo das forças positiva e negativa no universo; o estudo do Budismo dos encantamentos e magias, chamado mikkyo; o estudo dos cinco elementos; e os estudos das fórmulas mágicas – todos esses estudos foram reunidos e desempenhavam um papel na formação dos homens de guerra e generais militares do passado. Esses estudos constituíam a base do currículo deles.

    O verdadeiro conteúdo do que tradicionalmente se chama de ‘artes marciais’ não são simplesmente as técnicas de matar. Há muito mais coisas envolvidas. O fundador da Shinto Ryu, Choisai Sensei, propôs estudos que conduzissem ao desenvolvimento da harmonia e de uma coexistência essencialmente pacífica entre o homem e a natureza e entre o homem e seus semelhantes. É nisso que ele pensava quando disse que as artes marciais devem ser as artes da paz.

    Os melhores guerreiros e generais do passado conheciam, além da arte de matar outros seres humanos, uma larga variedade de outras artes. Sem o seu conteúdo filosófico, as artes marciais não seriam nada além da aquisição de uma força bruta semelhante à dos animais.

    Esotérico – Yin e Exotérico - Yang

    O esotérico – Yin é espiritual, procura o divino, o eu verdadeiro (o ser) dentro de si, se interiorizando e sentindo a presença do mesmo. Esse ser se conecta com Deus através do canal chamado Chitrini: o fio de luz oculto. (oriental – Yin).

    “O exotérico – Yang é a religião “religarê”, procura o Deus Cristo, os Budas, os Santos e anjos, distante exterior” que estão no céu. (ocidental – Yang).

    O mundo “terra-yin” e o outro mundo “céu-yang

    “De onde vim e para onde vou quando morrer?” Essa é uma pergunta vital que reside em algum recanto da nossa mente, mas para a qual pouquíssimas pessoas podem dar uma resposta clara. A razão disso é que, para dar a resposta, é necessário um esclarecimento sobre a relação entre este mundo e o outro mundo. Do modo como as coisas estão agora, infelizmente, não há suficiente acúmulo de conhecimento sobre o assunto nem uma metodologia estabelecida que possam dar uma explicação.

    As únicas pistas que podemos encontrar por menores que sejam vêm das atividades dos médiuns que têm aparecido na Terra de tempos em tempos. No entanto, existem muitos tipos de médiuns e, embora alguns mereçam confiança, a grande maioria ainda tem uma personalidade ligeiramente desequilibrada, motivo pelo qual as pessoas deste mundo não conseguem acreditar em suas revelações. Por exemplo, um médium pode afirmar ter falado com um determinado espírito, que lhe preveniu sobre certo acontecimento. No entanto, não há nenhuma maneira de se provar isso, o que provoca incerteza e faz com que seja muito difícil confiar na palavra do médium. O mesmo acontece quando se trata de uma explicação deste mundo e do outro. A raiz da incerteza encontra-se em nossa incapacidade de reproduzir as experiências do médium.

    Se todos nós pudéssemos compartilhar as mesmas experiências mediúnicas, ninguém duvidaria da existência do outro mundo. Mas, infelizmente, essa habilidade limita-se apenas a poucas pessoas especiais. Como resultado, a maioria das pessoas não sabe da existência do outro mundo. Pessoas de senso comum não querem aceitar a existência do outro mundo ou da relação entre ele e o mundo no qual vivemos atualmente.

    Estamos sempre refletindo sobre o sentido da vida e nos perguntando qual a razão de existirmos. Essas questões de vital importância não podem ser compreendidas até que façamos uma idéia do tipo de existência que representamos na vastidão do universo. Se, como acreditam os materialistas, a vida começa de súbito no útero materno, continua por sessenta ou setenta anos, e acaba, sendo o corpo consumido no crematório, então devemos viver simplesmente de acordo com isso. Se, porém, como aceitam os religiosos, existe outro mundo do qual nossa alma vem para nascer neste mundo e viver por várias décadas, antes de se graduar e voltar para o outro mundo, onde se empenhará para melhorar ainda mais, então precisamos de uma visão diferente da vida.

    Se compararmos a vida à educação, os materialistas, para os quais vivemos apenas uma vez, equivalem àqueles que dizem que a educação está completa após poucos anos de estudo obrigatório. Eles vêem a vida pela limitada perspectiva dessa educação fundamental. Por outro lado, aqueles que acreditam que o mundo espiritual existe e que os seres humanos vivem eternamente, passando pelos ciclos de reencarnação, podem ver a vida como um aprendizado contínuo, terminado o ensino fundamental, há o ensino médio, a universidade, a pós-graduação e, além disso, mais uma infinidade de coisas a aprender.

    Quando analisamos esses dois exemplos, torna-se óbvio que é apenas pela perspectiva da “educação” eterna que os seres humanos podem progredir.

    Aqueles que acreditam que sua vida representa uma única e breve permanência no mundo, como um fósforo que se inflama e queima até ser consumido, dificilmente descobrirão a importância ou o significado do tempo que passam aqui. Esses se dedicarão ao prazer, ao materialismo e à decadência, pensando apenas em si mesmos. Se eles acreditam que só viverão algumas décadas, é de se esperar que achem que vão sair perdendo se não aproveitarem a vida ao máximo. De modo diferente, porém, as pessoas que acreditam na vida eterna sabem que os serviços prestados a outros certamente voltarão para eles algum dia como fortalecimento para a alma. Dessa maneira vê-se que ter a perspectiva deste e do outro mundo é vital, quando refletirmos sobre a nossa visão da vida, seus propósitos e missão. Sem isso, é impossível compreender o verdadeiro sentido da vida e dos seres humanos.

    O mundo após a morte

    Nós nos referimos ao lugar para onde as pessoas vão depois de separadas do corpo físico como o “outro mundo”, mas como é esse lugar? Que tipo de mundo nos espera depois da morte? Como não sabem o que as esperam, as pessoas ficam ansiosas e temerosas, expressando seu apego à vida terrena com as palavras “Não quero morrer”.

    Seja o que for que as pessoas possam sentir, acredito que o medo delas é baseado na ignorância com respeito ao mundo após a morte. O fato de o estudo do outro mundo nunca ter sido aceito como uma ciência acaba deixando as pessoas confusas. É por essa razão que precisamos conhecer o mapa “guia” para conhecer o outro mundo. Navegar sem mapa pode ser uma experiência terrível, mas com o mapa certo, pode se fazer uma viagem tranqüila. Se soubermos de onde viemos e para onde estamos indo, que continente é nosso destino, se conseguirmos entender os mapas, podemos fazer uma viagem segura. A duração de nossa vida não é algo que possa ser contado em décadas. Não se trata meramente da vida do nosso corpo, mas de algo que existe neste mundo e continua no mundo além deste. Contudo, mesmo em face disso, ninguém quer aceitar a morte. Pacientes internados em hospitais dizem que não querem morrer e os médicos fazem tudo o que podem para que sobrevivam. Mas, se pudesse assistir a tudo isso do outro mundo, veríamos que, quando uma pessoa se aproxima da morte, seu espírito guardião, seus espíritos e os anjos estão ao seu lado, já começaram a se preparar para orientá-la.

    Quando a morte finalmente chega, o espírito sai do corpo. No entanto, a princípio, a pessoa não percebe o que está acontecendo e sente-se como se fosse duas: uma está deitada na cama “o corpo físico perecível” e a outra podem mover-se livremente “é o corpo etérico eterno”. Quando o espírito liberto tenta se comunicar com as pessoas à sua volta, vê que elas o ignoram completamente. Ao mesmo tempo, ele descobre que pode atravessar paredes e outros objetos materiais, algo que inicialmente acha muito assustador. Ainda acredita que é o corpo na cama e continua a adejar sobre ele. Você pode imaginar o choque que ele leva quando vê o próprio corpo sendo levado para o crematório. Não sabendo o que fazer, o espírito permanece nas proximidades do crematório. Ninguém nunca lhe disse que tipo de vida o aguarda e, de modo bastante compreensível, ele se sente muito inseguro.

    É nesse momento que seu espírito guardião aparece e começa a explicar o que o espera. No entanto, tendo vivido neste mundo durante décadas, o espírito tem dificuldade para compreender a explicação e, apesar de todos os esforços de seu guardião, não se deixa convencer facilmente. Assim, muitas vezes permanece na Terra por várias semanas, ouvindo as orientações de seu espírito guardião. Como sugerem os serviços fúnebres budistas, realizados no sétimo e no quadragésimo nono dia depois da morte, o espírito geralmente tem permissão para permanecer na terra entre vinte e trinta dias após a morte. Durante esse período, ele recebe instruções do guardião ou dos espíritos, até estar preparado para retornar ao mundo celestial.

    Existem, porém, aquele cujo apego a este mundo é grande demais. São apegados, por exemplo, aos filhos, aos pais, à esposa, ao marido e até a sua terra, casa, riquezas ou negócios. Esses se tornam o que chamam de “espíritos presos à terra”, condenados a vagar por este mundo. São o que as pessoas conhecem como fantasmas, seres que permanecem inconscientes de sua existência como espíritos.

    Material e Metodologia

    Esta propositura tem como apoio, o tema Sexualidade e Espiritualidade, que tem como base, o 3º Caminho do Tao, cujo fundamento é a energia criativa (Yin e Yang). Somado a minha experiência sobre o despertar da Kundalini observei atentamente a natureza ao meu redor, elucidando dúvidas a respeito do tema.

    Paralelamente procurei descobrir através de exercícios práticos e vivência, explorando o universo dos sentidos na tentativa de apurar a capacidade de auto-percepção, baseada no sentir para ver a energia fluir, circular por dentro e fora de todo o corpo. Constatei que energia é questão de sintonia.

    Discussão

    De repente, percebi que eu estava filosofando o tempo todo, e descobri que tenho mediunidade, o que sempre neguei. No entanto, reconhecer a sua própria mediunidade é fantástico; Pensando bem, na minha adolescência, curei uma pessoa por puro amor e compaixão, que por acaso, é meu irmão.

    Hoje entendo porque precisamos nos dedicar muito no treinamento do amor e da compaixão ao próximo. Para ser um bom médium curador de verdade, é necessário o aperfeiçoamento moral, ética, cívica e espiritualidade sob a Luz da Doutrina dos Chacras assim elevando a Kundalini (despertar). “Não deve ser despertada prematuramente.”.

    Conclusão

    O Dr. Motoyama pede apelo aos cientistas e médicos jovens que pesquisem e aprofundem no estudo da Kundalini, no entanto, eu acredito que o estudo terá mais eficiência na holística, pois isso só é possível no sentir, ela é percebida na mediunidade., intuitivamente. Quanto mais o médium aprofunda no conhecimento, mais a Kundalini eleva o médium, elevando a sabedoria e espiritualidade, “Iluminação”.

    Cheguei a conclusão de que mais do que nunca precisamos nos dedicar no estudo da Kundalini dentro da holística. Espero poder orientar as pessoas com o apoio do Sr. Henrique Vieira Filho.

    Deixo aqui, meus agradecimentos por mais esta oportunidade, muito obrigada.

    Mitiyo

    Bibliografia

    1. Sexualidade e Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto – Terapeuta Holística CRT: 38660

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    www.sinte.com.brcontato@sinte.com.br

    1. Dharma Chacra – ensinamento do correto coração

    Apostilas – Mitiyo Oshiro Takemoto

    mitimoto@ig.com.br

    1. Revista da Sociedade Taoísta do Brasil – O caminho da transformação interior

    1. As Leis da Eternidade – Ryuho Okawa

    Ed. Cultrix

    1. Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Sharamom / Bodo J. Baginski – Ed. Pensamento

    1. Cura cósmica 1- Mantak Chia – Ed. Cutrix

    1. Internet – www.cefle.org.br

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 31/07/2012 14:51


    Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

    Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2012

     

    Sumário

     

    Resumo

    I - Introdução

    II - Material e Metodologia

    II.I - Definições

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

     

    Resumo

     

    Esta propositura disserta sobra a importância para o Terapeuta Holístico em compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, bem como ressalta que, conforme as técnicas adotadas pelo profissional (especialmente, a terapia corporal, a terapia tântrica e o trabalho com dependentes químicos), as consequências podem ser ainda mais complexas.

     

    Introdução

     

    Ainda que ocorra em inúmeros relacionamentos (professores & alunos, médicos & pacientes, líderes & colaboradores, sacerdotes & devotos, mestres & discípulos, etc, etc...), devemos à Psicanálise a teorização desse fenômeno, que a detectou na dinâmica entre Terapeuta & Cliente.

     

    Sua conceituação passou por várias revisões e complementações através dos anos.

     

    Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão.

     

    Assim sendo, sobre o Terapeuta, o Cliente “projeta” muitas figuras de seu mundo interno (reprimido e inconsciente) e cada vez que se refere a pessoas de seu passado ou do seu presente, pode estar também falando também do Terapeuta, que nesse momento, por diversos motivos, aparentemente se transforma nessa pessoa: ora, aparenta ser ameaçador, ora objeto de amor, tais como pai ou mãe, ou qualquer outro ser significativo da sua vida com as características do que dela foi registrado no inconsciente.

     

    Conjuntamente ou após superadas as resistências iniciais do Cliente (exemplos: será que isto vai me ajudar?; é só falando que vou conseguir resolver meus problemas?; não será que ele ou ela é muito jovem (ou muito velho) para me entender?) aí, sim, começa o processo transferencial e, geralmente, o analisando vê seu analista já como um pai (ora severo, ora indulgente, ora omisso), ou como uma mãe com suas (ora protetora, ora severa , ora negligente...).

     

    O Cliente, ao projetar no Terapeuta tais personagens de sua história, vive esses momentos com intensa realidade, se irrita ou busca mais carinho e proteção.

     

    Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

     

    O Terapeuta é um ser humano, com seus próprios problemas, conflitos e caraterísticas de personalidade.

     

    Cada um de nós tem sua própria história, seus conflitos infantis, e sua conduta (mais ou menos também conflitiva ) e sua forma particular de interpretação, ou seja, como todo ser humano, igualmente vulnerável, sensível, vaidoso, ambicioso, invejoso, que ama e odeia, que ainda que capacitado para sua prática terapêutica, também sente, segundo as circunstâncias, carinho, afeto, rejeição, tédio, frente ao que seu Cliente fala, relata, apresenta, projeta nele/nela (transferência), e se irrita, fica entediado, sente empatia e segundo o material da temática tratada, se angustia e sofre.

     

    O Profissional, é claro, tem obrigação técnica e ética de estar treinado para tudo isso, porém não poucas vezes tem que pensar e repensar numa interpretação, talvez produto de seus próprios conflitos e personalidade, ou procurar supervisar esse caso ou situação.

     

    Isto é a Contratransferência, importante elemento do tratamento, que quando não bem conhecido ou ignorado, pode levar a graves erros terapêuticos. Também quando bem interpretado, pode se tornar um valioso instrumento para compreender melhor o que está acontecendo numa situação ou em um tratamento.

     

    Devemos lembrar que assim como existem transferências resistenciais, amor de transferência, idealização do profissional e outras nuances, estas são próprias deste tipo de tratamento, e também existem nos Terapeutas, que tem o recurso de se corrigir procurando ajuda de seus colegas, supervisão e até uma outra análise a mais.

     

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao Profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

     

    É fundamental para o Terapeuta Holístico compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, pois ocorrerão independente de quais técnicas sejam adotadas nos atendimentos.

     

    Outrossim, em algumas vertentes terapêuticas, as consequências podem ser ainda mais complexas, como é o caso da terapia corporal, da terapia tântrica e do trabalho com dependentes químicos.

     

     

     

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

            

            ACONSELHAMENTO processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.         

             BIOENERGÉTICA — Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.        

    CALATONIA — técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.       

            CATARSEextravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

             CLIENTEusuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.         

     

            DEPENDÊNCIA QUÍMICA (Síndrome da Dependência Química, Drogadição)considerada uma DOENÇA e, como tal, somente pode ser diagnostica e tratada por médicos, em especial, os psiquiatras. Caracteriza-se pelo consumo freqüente, compulsivo e descontrolado de substâncias, visando aliviar sintomas de mal estar e desconforto físico e mental, reconhecidamente acompanhados por síndrome de abstinência, problemas psíquicos e sociais. Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)... Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

       NARCÓTICOS ANÔNIMOS (N.A.)grupos de ajuda para drogaditos, onde não se objetiva, em si, uma proposta de terapia; outrossim, oferecem um plano eficiente para a recuperação diária, por meio de uma série de atividades pessoais conhecidas como Doze Passos (adaptados dos Alcoólicos Anônimos). Algo enfático no programa é o chamado despertar espiritual, ressaltado como valor prático e não sua importância filosófica ou metafísica. Encoraja cada membro a cultivar um entendimento pessoal, religioso ou não, de um despertar espiritual. Nas reuniões, cada membro partilha experiências pessoais com os outros participantes buscando ajuda, simplesmente como pessoas que tiveram problemas similares e encontraram uma solução. Narcóticos Anônimos não têm terapeutas, não oferece moradia, não encaminha o dependente para clínicas ou para serviços médicos. A coisa mais próxima do que eles chamam de conselheiro do programa de NA é o padrinho ou madrinha, um membro experiente que oferece ajuda informal aos membros mais recentes. No grupo, a recaída é vista como uma parte necessária no processo de adicção/recuperação para muitos indivíduos.

             PSICANÁLISE — método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

     

            PSICOTERAPIA HOLÍSTICA — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

     

            PSICOTERAPIA PSICODINÂMICA — com embasamento teórico similar ao da Psicanálise, uma das diferenciações é que o terapeuta participa mais ativamente, valendo-se de um amplo repertório de intervenções para promover conversações que conduzam a novos insights e catalizar mudanças, tais como:

    Questionar o Cliente, pedir-lhe dados precisos, ampliações e aclarações do relato; explorar em detalhe suas respostas;

    Proporcionar informações, em especial, sobre os procedimentos que constituem a psicoterapia;

    Confirmar ou retificar os conceitos do Cliente sobre sua situação ou sobre a realidade externa;

    Clarificar, reformular o relato do cliente, de modo a que certos conteúdos e relações do mesmo adquiram maior relevo;

    Recapitular, resumir pontos essenciais surgidos no processo exploratório de cada sessão e do conjunto do tratamento;

    Assinalar relações entre dados, os temas, as suas seqüências, e capacidades manifestas e latentes do Cliente (ou seja, conscientes e inconscientes);

    Interpretar o significado dos comportamentos, motivações e finalidades latentes, em particular os conflituosos;

    Sugerir atitudes determinadas, mudanças a título de experiência, ou novas medidas terapêuticas, quando se mostrar necessário.

     

             RELAXAMENTO vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

     

            RESISTÊNCIA atitudes e verbalizações do Cliente, as quais, fazem oposição ao acesso de seu inconsciente, ou impede o retorno do material reprimido. Por extensão, Freud falou de resistência à psicanálise, para designar uma atitude de oposição às suas descobertas, na medida em que elas revelam os desejos inconscientes e infligem ao homem um "vexame psicológico" ao contrariar os seus valores (ideal de ego). Os conceitos de defesa e resistência se confundem e se sobrepõem às vezes, pois uma grande parte da resistência é derivada da defesa (recalques, sintomas derivados da deformação e ganhos primários e secundários de manter o estado atual - gerando a resistência contra à mudança).

     

    Uma das classificações mais adotadas quanto às Resistências:

     

    De 1o. nível: tentam impedir qualquer acesso ao inconsciente:

     

             Acting Out - Agressividade ao receber uma pergunta do terapeuta, negando-se a responder de forma incisiva.

             Fugir do consultório - sair mais cedo, faltas às consultas, ao perceber que terá que falar de algo que não deseja enfrentar.

             Benefícios diretos e indireto sem manter o quadro atual.       Exemplo: receber carinho e atenção.

           “Amnésia” - esquecimento do tema que foi levantado pelo terapeuta.

      Reação Terapêutica Negativa - piora ao invés de melhora no quadro, uma vez que o Cliente não se permite abandonar a culpa.

     

    De 2o. nível: após a quebra (acesso ao conteúdo do inconsciente), elas surgem por contra-investimento do Cliente, impedindo o retorno do conteúdo reprimido:

             Formação Reativa - atos extremados de contra-investimento: puritanismo, pudor exagerado, “condenando” o conteúdo antes aflorado.

     

             Idealização - exaltação de pessoas, engrandecendo suas virtudes, para proteger o material reprimido que encobre as deficiências que todos notam, menos aquele que idealiza, como a mãe que protege o filho desajustado.
            Atuação - representação auto-ilusória, negando suas emoções, desejos e lembranças. Exemplos: _ Nunca sentiria raiva, sou uma pessoa evoluída !

     

             Intelectualização - justificativas racionalizadas que encobrem o desejo reprimido, para explicar por que tomou ou deixou de tomar, esta ou aquela atitude.

     

            TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)resulta da combinação  de um conjunto de técnicas objetivando a modificação de aspectos do pensamento (cognição) e do comportamento do indivíduo e, conseqüentemente, também dos sentimentos em relação aos outros e a si próprio. Trata-se de um modelo de interação psicoeducativa, no qual o terapeuta ocupa uma função muito mais diretiva e educacional que nas terapias baseadas no conhecimento psicanalítico.

     

    Principais procedimentos na TCC:

     

    Análise comportamental: registro dos pensamentos e comportamentos em associação com eventos desencadeantes;

    Aproximação gradual: organização de tarefas na forma de etapas a serem cumpridas;

    Formato experimental: o incentivo a experimentar mudanças.

    O pensamento mal-adaptativo é identificado;

    O pensamento é contestado;

    Formas alternativas de pensar são trabalhadas;

    São experimentadas novas formas de enfrentar situações.

    Treinamento de relaxamento, para evitar a reação ansiosa;

    Exposição, principalmente nos transtornos fóbicos, com o que se busca a dessensibilização;

    Prevenção de resposta, principalmente nos rituais obsessivos, busca a supressão do ritual através do enfrentamento;

    Parada do pensamento, que a utilização de um estímulo que ajude a interromper o pensamento obsessivo;

    Treinamento de assertividade, utilizado especialmente para superar fobias sociais, com o objetivo de aumentar a confiança do cliente;

    Autocontrole, que inclui o uso de automonitorização e o auto-reforço;

    Manejo de contingências, ou seja, identificar e controlar comportamentos indesejáveis (por exemplo, explosões de raiva) e recompensar mudanças positivas;

    Terapia de aversão, que é baseada no reforço negativo.

    TERAPIA CORPORAL uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

     

    TERAPIA EM GRUPOas psicoterapias de grupo podem ser realizadas segundo uma orientação psicanalítica (psicoterapia analítica de grupo), segundo as técnicas psicodramática, transpessoal, gestáltica, TCC, ou outras. Estes grupos terapêuticos são geralmente heterogêneos, ou seja, formados por pessoas de diferentes origens e com diversos problemas. Há grupos que são homogêneos, formados por pessoas com problemas semelhantes, como os dependentes químicos; neste caso, a TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) é a mais comumente utilizada.

    Por fim, existem as terapias que atendem a pessoas do mesmo grupo familiar, e que podem ser conjugais ou familiares. Estas também podem ser realizadas segundo várias orientações, inclusive a psicodinâmica. Entretanto, o modelo que foi desenvolvido especificamente para o atendimento de casais e famílias é o da terapia sistêmica.

     

            TERAPIA SISTÊMICA  — mais uma vertente de Terapia Em Grupo, focada mais para família e casais, indicada numa gama de situações em que os problemas são mais “relacionais” do que propriamente “psíquicos”, especialmente em situações de conflitos conjugais, geracionais, e resultantes de mudanças no ciclo de vida da família (nascimento, adolescência, separação, morte, doença grave, etc.).

            TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.         

     

             TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.         

     

             TERAPIA REICHIANA desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

     

    TERAPIA TÂNTRICAA Terapia Tântrica tem sua origem no conceito filosófico do Tantra. Diferenciando-se das técnicas tradicionais de terapias corporais. A técnica é direcionada a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido.

    Tem por objetivo:

    · Trazer consciência corporal.

    · Despertar regiões sensoriais adormecidas.

    · Conectar a respiração e a voz às sensações.

    · Mudar os padrões energéticos, aumentando a quantidade de fluxo de energia.

    · Liberar traumas e paradigmas.

    · Mudar conceitos e idéias pré-estabelecidos que não permitam ampliar as possibilidades de prazer e êxtase.

    · Desenvolver novas ferramentas de comunicação e expressão do afeto.

    · Devolver a auto-estima e o amor por si mesmo.

     

            

             TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

              

    III - Resultados

     

    Constatou-se um risco maior de complicações decorrentes do fenômeno transferência/contratransferência quando se trabalha com técnicas que envolvem o contato físico direto, bem como aquelas linhas terapêuticas focadas no problema com drogas, em especial, quanto o profissional passou pela mesma situação de vida.

     

    Por sua forte corrente teórica psicanalítica, as técnicas corporais das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética, estudam a transferência / contratransferência, e, ainda que mais suscetíveis a este fenômeno (em comparaçao à Psicanálise “clássica”...), tradicionalmente saem-se bem nesse processo.

     

    O mesmo não ocorre com os Terapeutas que atuam com manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, lamentavelmente, não costumam ter em sua pauta de estudos, sequer conhecimentos rudimentares de Psicoterapia, ficando sujeitos aos “apaixonamentos” e “ódios” transferencias, já que desconhecem a teoria e, consequentemente, não os identificam, nem desenvolvem defesas, e, menos ainda, conseguem extrair um uso terapêutico destas ocorrências.

     

    O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras e igualmente deixam de incluir o estudo do Aconselhamento e Psicoterapia. Comumente, estes profissionais tem sua origem justamente na superação pessoal de terem enfrentado a dependência química e, ao focarem seu público alvo justamente nos drogaditos, estão perante seus “fantasmas” interiores em tempo integral. Em tese, estão mais aptos do que qualquer outro profissional a compreender e vincular-se com o Cliente drogadito; por outro lado, vivenciam grande sofrimento ao contratransferir, por exemplo, perante cada “recaída” da pessoa atendida, além de tender a “nublar” a percepção da história de vida do Cliente, projetando a sua própria. Ainda assim, apesar de todos os inconvenientes acima descritos, grupos como o N.A. Narcóticos Anônimos são os que obtém melhores resultados terapêuticos (do ponto de vista da sociedade...) nesta pauta.

     

    Outro fenômeno recente é o aumento de profissionais que se auto-identificam como Terapeutas Tântricos. Tradicionalmente, o ensino e a prática tântrica era destinada a casais e, ainda que terapêutica, não era considerada uma terapia em si. Atualmente, existir um casal deixou de ser pré-requisito, passando um ou mais profissionais a somar os papéis de orientador e de parceiro no contato físico, em graus menores e maiores de intimidade, via de regra, sem incluir o coito em si.

     

    Ainda que sem fundamento teórico psicanalítico, os que realmente estudaram os fundamentos da Terapia Tradicional Indiana (Ayuervedica) possuem uma versão “energética” da teoria da transferência/contratransferência, estando cientes da inevitável troca que ocorre entre Cliente e Terapeuta, especialmente ao mobilizarem a libido (energia kundalini) e, tanto desenvolvem “defesas” dessa influenciação, como igualmente possuem técnicas capazes de aplicar terapeuticamente a energia, em prol do equilíbrio e autoconhecimento.

     

    Lamentavelmente, a nova geração de profissionais desta linha não foi preparada com tais conhecimentos milenares e, menos ainda, tiveram um embasamento em Psicoterapia. Perante este perfil, constata-se uma Clientela extremamente “flutuante”, que não parece criar um vínculo terapêutico duradouro, ao mesmo tempo em que profissionais abruptamente abandonam esta linha de atendimento, por não ter condições emocionais / energéticas de lidar com as inevitáveis (e, para a maioria, sequer estudadas...) transferências / contratransferências.

     

     

    IV - Discussão

     

    Grandes gênios da humanidade, como Freud, Jung e Ferenczi, que tanto contribuíram para o entendimento da psique, em seus atendimentos terapêuticos iniciais, sucumbiram aos ódios e amores, envolveram-se passionalmente com seus Clientes, sofreram com isso e causaram sérios prejuízos emocionais a estas pessoas e às de seus círculos. Pioneiros, desconheciam o fenômeno da transferência / contratransferência e só se deram conta ao sentirem em si e em sua Cllientela, as consequências de ignorar.

     

    Se intelectos privilegiados como os acima citados foram surpreendidos, imagine indivíduos comuns, como o somos nós, a grande maioria dos Terapeutas...

     

    A diferença é que, aqueles, por serem pioneiros, atuavam em território desconhecido, enquanto que nós, em pleno século 21, temos total acesso aos ensinamentos oriundos daqueles e de outros mestres, cabendo-nos a obrigação de conhecer, estudar e compreender as bases da Psicoterapia.

     

    Situações transferênciais ocorrem em todas as terapias, inclusive, as  que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade.

     

    O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

     

    Trabalhar a resistência à terapia e estar aberto a espelhar os papéis transferenciais (tais como pai, mãe, cônjuge, etc...), aparentemente, são mais facilmente aceitos pelo Terapeuta.

     

    Já o caminho oposto, a contratransferência, é mais “temida”, visto que não raro, escapa à percepção consciente do profissional, durante o atendimento, sendo melhor compreendida, sob supervisão de terceiros.

     

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

     

    Nem a clássica e esteriotipada postura do analista “distante”, protegido pelo distanciamento do divã foi capaz de impedir sua ocorrência. Hoje em dia, sabemos que a contratranferência é inevitável e, portanto, deve ser aceita, estudada, compreendida e utilizada como instrumento de autoconhecimento e de aperfeiçoamento, inclusive, de nossos atendimentos.

     

    Assim sendo, ainda que envolva (em tese...), riscos de intensificar a TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, não há sentido para a Terapia Holística abrir mão dos recursos das técnicas em que ocorram contato direto com o Cliente.

     

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos, cabendo integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

     

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

     

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

     

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar.

     

    Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge.

     

    É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor.

     

    Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

     

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

     

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

     

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente.

     

    Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

     

    Outrossim, este limite torna-se extremamente tênue quando de trata da Terapia Tântrica. O toque, ao buscar o livre fluxo energético, ao atenuar as couraças, ao mobilizar a libido, comumente conduz a sensações de prazer orgásticas (às vezes, literalmente...). Em tese, na hipótese de estar ocorrendo a transferência da figura paterna ou materna, pode equivaler a concretizar o complexo de Édipo / Electra e gerar as mesmas consequências emocionais de um “incesto”. O alto risco desta estratégia poderia resultar em grandes ganhos terapêuticos em alguns raros casos de exceção, mas, via de regra, o mais provável é uma grande desestabilização emocional tanto do Cliente, quanto do Terapeuta.

     

    Felizmente, não tenho ciência de muitos casos onde o Cliente tenha experienciado a hipótese acima. Por ser uma proposta muito recente (ao menos, no atual formato de atendimento...), boa parte dos que procuram esta linha terapêutica, o fazem por curiosidade temporária, sequer chegando a criar um vínculo analítico com o profissional, resultando em poucas oportunidades de continuidade da proposta terapêutica.

     

    Por outro lado, a fartura de reportagens sobre o tema, a oportunidade (consciente ou não...) de rendimentos maiores, resultou no aumento da procura por formação em Terapia Tântrica, e na diminuição do número de horas/aulas necessárias, antes de iniciar-se atendimentos profissionais. Paralelamente, da mesma forma que ocorreu com a “massagem”, houve e continua havendo uma grande migração de profissionais do sexo, quer por realmente desejarem mudar de ramo de atuação, quer por buscarem adaptar as técnicas à profissão que já exercem.

     

    O alto custo dos cursos e atividades complementares propostos por inúmeros dos atuais mestres da Terapia Tântrica, favorece a precipitação de novos profissionais no mercado, atendendo prematuramente, para conseguir custear os aperfeiçoamentos, supervisões e locações das salas de atendimento, submetendo-se a uma Clientela movida em sua maioria pela curiosidade, ao invés de um real anseio por terapia. Boa parte dos colegas que conheci, atuantes de coração aberto e lotadas das melhores intenções, abruptamente abandonaram a proposta, tamanha foi a exigência emocional e energética de atuar nesta linha. A tese que levanto é que foram vítimas de sonegação de conhecimento; lhes foram negadas as informações e práticas de equilíbrio energético e ficaram totalmente de fora de suas formações, nem mesmo os mais rudimentares embasamentos da Psicoterapia, quanto mais, os fenômenos transferenciais.

     

    Outro grupo profundamente bem intencionado, mas extremanente órfão de embasamento psicanalítico é o dos autodenominados Terapeutas Em Dependência Química.

    Pertinente observar que, a drogadição é considerada uma DOENÇA e, como tal, do ponto de vista extritamente legal, só pode ser diagnosticada e tratada por médicos. Na prática, o tratamento oficialmente adotado é o de um trabalho multidisciplinar (médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais...), em estabelecimentos especializados, nos quais médicos psiquiatras diagnosticam e avaliam a necessidade ou não de internação (se voluntária, basta o aval do laudo psiquiátrico; se involuntária, além deste, igualmente é necessária uma ordem judicial).

     

    Outrossim, os organismos que melhores resultados obtém, não funcionam no formato acima descrito, mas sim, atuam como organizações não-governamentais, onde não se assume papéis de médicos, nem psicólgos, nem de terapeutas, mas sim, de iguais, todos unidos pelo anonimato e por terem passado por experiências semelhantes. Este é o caso do N.A. - Narcóticos Anônimos, os quais, sem pretensões terapêuticas e de forma gratuita, cada membro apoia ao outro, e estabelecem metas a serem cumpridas, os assim chamados Doze Passos. Justamente o passo final é o de ajudar a todos quanto possíveis, a igualmente conseguir contornar o problema da dependência química.

     

    Um formato “híbrido” dos dois acima, vem se proliferando na sociedade. Grupos bem intencionados, mas, comumente, ignorantes quanto à legislação que rege o tema, montam comunidades terapêuticas que se propõem a acolher e tratar, de forma remunerada, indivíduos com problemas relacionados ao abuso de drogas. Praticam uma somatória de técnicas comportamentais, mescladas com os ensinamentos dos Doze Passos. Boa parte das próprias pessoas tratadas, ao atingir o passo final, encontram-se na obrigação moral de ajudar aos demais e, ao mesmo tempo, necessitam de um papel produtivo e remunerado na sociedade, resultando numa demanda (rapidamente atendida...) por cursos de formação de “terapeutas em dependência química” (comumente ministrados em entidades religiosas e/ou nas próprias comunidades em que antes se trataram). Assim sendo, não raro por necessidades econômicas, passam a atender, de forma remunerada, aos colegas que estão passando pelos mesmos problemas que vivenciaram. Ou seja, dia após dia, Cliente após Cliente, todos são “espelhos” a recordar, o tempo todo, os traumas pelos quais o novo Terapeuta tão recentemente passou.

     

    Por um lado, é reconhecido pela imensa maioria dos grandes nomes da Psicoterapia, a grande dificuldade do drogadito em transferir, fenômeno essencial para a evolução da terapia. A interpretação psicanalítica tradicional mais aceita é a de não ter conseguido introjetar uma figura materna, a qual substituiu pelo prazer das drogas. Ora, não havendo uma imagem maternal a projetar no analista, não raro igualmente transferem para estes a relação com as drogas, não estabelecendo vínculo afetivo, mas podendo criar uma “dependência”, muitas vezes extrapolando limites, procurando o terapeuta de forma desordenada, sempre que sentir necessidade, tal qual o faria, com as drogas.

     

    O distanciamento profissional da postura psicanalítica clássica mostra-se pouco efeciente no trato com o drogadito. Por outro lado, alguém que passou exatamente pelos mesmos problemas consegue estabelecer um vínculo mais eficiente. Por este ângulo, a figura de um “Terapeuta Em Dependência Química” parece muito bem vinda a somar. Outrossim, ainda que bem intencionados, os cursos pouco somam de conhecimentos complementares, além dos Doze Passos, resultando em um profissional pouco mais preparado do que os gratuitos “padrinhos” no Narcóticos Anônimos.

     

    Sem embasamento sobre TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, este profissional sofre intensamente a cada recaída de seus Clientes, pois reverbera em suas próprias histórias de recaídas, sentirá compaixão além da terapia, capaz de amparar em sua casa, tal qual gostaria que tivesse acontecido, quanto aconteceu consigo; odiará o mal que o Cliente faz para si mesmo e para os outros, tanto quanto odeia o que ele próprio fez em igual situação...

     

    Em um limbo intermediário, não é mais o gratuito e voluntário padrinho do N.A., nem igualmente atingiu o estágio de um Terapeuta profissional, visto que lhe foi sonegado o ensino das técnicas e a necessária supervisão.

     

    Urge uma formação mais ampla para estes profissionais, em especial, as Terapias Cognitivas Comportamentais, muito úteis para cuidar dos momentos iniciais e de crise, que bem poderiam ser estendidas para Terapias Psicodinâmicas. Até mesmo a própria limitação de percepção tem que ser ampliada; uma vez superada a urgência e necessidade de retirar o Cliente de seu risco de morte, uma vez obtido o equilíbrio inicial, poderá exercer a TERAPIA HOLÍSTICA, em sim, na qual, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

     

     

    V - Conclusões

     

    É essencial o estudo e a compreensão da transferência e contratransferência, independente de quais técnicas serão exercidas.

     

    Outrossim, tanto o contato físico (técnicas corporais e tântricas), quanto a identificação quase que absoluta do histórico de vida do Terapeuta e do Cliente (dependente recuperado tratando de drogadito), intensificam a relação transferencial.

     

    A amplificação do inevitável fenômeno da transferência e contratransferência, se bem trabalhada, acelera o ritmo da terapia, mas igualmente aumentam o grau de responsabilidade e exigência técnica.

     

    O que se constata na sociedade é um crescente número de indivíduos muito bem intencionados, ansiosos em atender terapeuticamente, mas que são lançados prematuramente no mercado de trabalho, privados de conhecimentos essenciais.

     

    Os cursos tem a obrigação de incluir em suas grades curriculares os embasamentos da Psicoterapia, visto que o Aconselhamento é parte integrante da Terapia Holística e conhecer os fundamentos da Psicanálise, tais como a resistência e os fenômenos transferenciais, mais do que enriquecer a Terapia Holística, é essencial para o bem estar tanto dos Clientes, quanto dos Profissionais.

     

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em constante reciclagem de aprendizado e em contínua terapia e supervisão.

     

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS deve exercer seu papel de gerenciador do conhecimento coletivo e disponibilizar a todos os colegas a oportunidade de aperfeiçoamento profissional, para o bem tanto dos Terapeutas Holísticos, quanto de seus Clientes.

     

    VI - Referências bibliográficas

     

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul - vol.25  suppl.1 Porto Alegre Apr. 2003 - Psicodinâmica do adolescente envolvido com drogas

    CORDIOLLI A.V. Como atuam as psicoterapias. In: Psicoterapias: abordagens atuais, Porto Alegre, Artmed, 1998(pág. 34-45).

    FREUD, Sigmund (1905). Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

    FREUD, Sigmund (1930). Mal-estar na cultura. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

    FREUD, Sigmund (1915). “Observações sobre o amor transferencial”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XII, p. 175-190.

    FREUD, Sigmund (1921).“Psicanálise e telepatia”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XVIII, p. 187-204.

    FREUD, Sigmund (1937).“Análise terminável e interminável”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XXIII, p. 225-270.

    FREUD, S.& FERENCZI, S. (1908-1911) Correspondência. Rio de Janeiro: Imago, 1994.

    JONES, E. (1979) Vida e Obra de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Zahar Editores S.A.

    LA PLANCHE, Jean e PONTALIS, J.B..Vocabulário de Psicanálise. 3ª edição, São Paulo, Ed. Martins Fontes, 1998.

    SILVA, Cláudio Jerônimo da. SERRA, Ana Maria. Terapias Cognitiva e Cognitivo-Comportamental em dependência química. In: Rer. Bras. Psiquiatr. 2004, nº 26 (Supl-I), p. 33-39.

    MARTINS, Ana Carolina Borges Leão - Contratransferência e desejo do analista: a transmissão de um sintoma analítico

    SAFOUAN, M. (1985) Jacques Lacan e a questão da formação dos analistas. Porto Alegre: Artes Médicas.

    SOFOUAN, M. (1991) A Transferência e o Desejo do Analista. Campinas: Papirus.

     

    SANTOS, Marinalva Batista Dos - A transferência e a contratransferência no espaço terapêutico

     

     

     

    VII - Anexos e Apêndices

     

    VII.I

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

     

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

     

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de algumas premissas da Psicanálise:

                             

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho                         

     

    Estruturas da Psique:

     

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

     

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

     

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

     

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;

    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;

    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

     

    VII.II

    Freud, Nossas Bisavós E Os Vibradores

    Orgasmo - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

    As milenares Técnicas Tântricas aliam-se ao centenário Orgasmo eletromecânico e a curiosa origem dos vibradores no Século 19 como tratamento para todos os males da mulher, atualmente resgatado como instrumento terapêutico nas versões modernas da milenar arte tântrica.

    Quando iniciei-me no universo "alternativo", há algumas décadas, o Tantra era quase exclusivo aos pares formados entre os próprios terapeutas, como meio para equilibrar os centros energéticos e atingir a transcendência, tendo a sexualidade e amor como instrumentos. Eventualmente, era ofertada como terapia para casais, com estes participando de cursos onde aprendiam a teoria e prática tântricas.

    Já nos últimos cinco anos, surgiu uma nova turma de "gurus do sexo", propondo outras formas de dispor do tantrismo como terapia. Polêmicas à parte, no formato adotado por estes grupos neo-tântricos, já não é mais pré-requisito o casal, sendo que, no caso do Cliente procurar a terapia individual, caberá aos profissionais fazerem o papel complementar, seja o masculino, ou o feminino. Por meio do toque, respiração e movimentos, propõe-se a ativação da energia da líbido, harmonizando e redistribuindo por todo o ser. O orgasmo, ainda que não seja a finalidade, é comum ocorrer neste processo. Neste contexto tão diferente do que era há algumas décadas, deparamos também com o uso de luvas de borracha (assepsia e tentativa de minimizar a erotização do toque por parte dos profissionais) e, no caso da clientela feminina, o acréscimo de um recurso eletromecânico: os vibradores...

     

    Por sinal, esta metodologia vem obtendo grande atenção da imprensa, como as recentes matérias nas revistas Nova e Trip. Em primeira impressão, parece uma "modernização" da técnica, porém, a verdade é que nada mais é do que a volta a uma prática muito comum no final do Século 19 e primeiras décadas do 20, justificada por milenares interpretações machistas atribuídas a Hipócrates. Este chamava de histeria, aos sintomas físicos sem causa aparente, condição que considerava tipicamente feminina, razão pela qual, pressupunha que a origem do problema deveria estar no útero, ao qual atribuiam o estado de "ardente"...

    Eis que no puritano universo ocidental nos idos de 1850, uma "epidemia" do gênero tomou conta das recatadas damas da sociedade e, o único tratamento conhecido para a "histeria" era o toque clitoriano, que era realizado pelos médicos, em seus consultórios. A manipulação era continuada até que a Cliente atingisse o "paroxismo histérico", que era considerado um espécie de "ataque de histeria" obtido em ambiente controlado. Em decorrência disto, os sintomas físicos desapareciam e os maridos ficavam satisfeitos em constatar esposas mais calmas e felizes. Ou seja, pareciam desconhecer o que era um ORGASMO feminino, mas, pelo menos, já usufruiam de seus benefícios para o equilíbrio somatopsíquico...

     

    Eis que aqui, já podemos justificar a presença de Freud no título deste artigo, pois, foi justamente trocando informações com seus colegas que trabalhavam nesta linha de terapia, que firmou sua convicção de que problemas ligados à sexualidade eram a origem e a chave para solucionar inúmeros distúrbios. A Psicanálise trabalhou esta hipótese e, nesta linha, ninguém ousou mais que seu discípulo dissidente, Wilhelm Reich, que publicou os inúmeros benefícios do "clímax" sexual, em sua obra: "A Função Do Orgasmo".

     

    A procura por esta terapia "miraculosa" era tamanha que os consultórios não davam conta de atender, já que dependiam da destreza manual dos profissionais, que começavam a sofrer danos por esforços repetitivos.

     

    Como alternativa, experimentava-se os jatos de água, mas, como podemos constatar pela figura ao lado, no formato que adotaram, não era prático, nem eficiente.

     

     

    Eis que em 1880, o doutor Joseph Mortimer Granville, patenteia o primeiro vibrador eletromecânico, de fabricação encomendada com seu relojoeiro.Rapidamente, a idéia foi aperfeiçoada por várias empresas, até conseguirem tamanhos portáteis e baixo custo, o que possibilitou que todo lar pudesse ter ao menos um equipamento para o tratamento da "histeria" sem mais depender de ir a consultórios médicos.

     

    A popularidade era grande e com as bençãos da sociedade machista, que bem ignorava as demais potencialidades deste instrumento terapêutico.

    Propaganda de época

     

    Propagandas em revistas, jornais e cartazes, não raro, anunciavam os equipamentos como "a maior descoberta médica de todos os tempos", capazes de proporcionar "paroxismos histéricos" de alta intensidade, eficentes para tratar de todas as mazelas femininas.

     

    Seja a bateria, ou a manivela e até por ar comprimido, há grandes chances de nossas bisavós (isso se o leitor for da mesma faixa etária que eu, claro...) terem usufruído das maravilhosas invenções terapêuticas, porém, é bem provável que nossas avós e mães não tenham tido a mesma oportunidade, pois, a partir de 1920, com o advento dos filmes pornográficos, finalmente a sociedade machista e puritana tomou conhecimento dos potenciais usos destes equipamentos. Assim sendo, de terapia doméstica indispensável em qualquer lar que se preze, os vibradores passaram a ser enquadrados como inadequados às "mulheres de bem".

     

    Os fabricantes não se deram por vencidos, e buscaram outras formas de divulgar de forma mais discreta, a disponibilidade para compra. Desde anúncios em que as figuras estavam aplicando os vibradores na... têmpora (!), até literalmente vendidos disfarçados em caixas que anunciavam aspiradores de pó, e outros ofertados como aparelhos de "múltiplas utilidades", onde os motores serviam, em primeira análise, como batedeiras de bolo, mas, que possuiam acessórios que, uma vez conectados, possibilitavam utilidades bem diferentes. Apesar desta estratégia, é fato que entre as décadas posteriores a 1940, a popularidade dos vibradores desapareceu, vindo a ressurgir, nos anos 70 em diante, assumindo seu caráter de instrumento voltado ao prazer feminino.

     

    Assim sendo, como a Terapia Holística tem por tradição resgatar terapêuticas milenares ou, ao menos, seculares, até que não é de estranharmos que a linha tântrica traga de volta, mais uma antiga prática do tempo de nossas bisavós, ou seja, o vibrador, como uma panacéia universal...

     

    Na certeza de que o tema é muito polêmico e que ainda carece de normas técnicas específicas, que só poderão ser criadas após amplo debate entre os profissionais, aliados à análise jurídica da questão, que fique este artigo, como uma forma bem-humorada e curiosa de trazer o assunto para discussão.

     

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br

     

    Texto extraído de:

    http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/tradicionais/69-sexualidade-tantrico/197-vibrador-tantrico#ixzz23jhKUtNR 

    Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

     

    VII.III

     

    Os Doze Passos de Narcóticos Anônimos

       

    Os Doze Passos de NA tem como objetivo convidar os nossos membros a empenharem-se numa viagem de recuperação, e servir como meio para se alcançar uma compreensão pessoal dos príncipios espirituais de cada passo e a forma como os experimentos nas nossas vidas acreditamos que os passos estão apresentados de uma forma que abrange a diversidade da nossa irmandade e reflecte o despertar espiritual descrito no nosso 12º passo..

     

    OS DOZE PASSOS

     

    PRIMEIRO PASSO:

    Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.

     

    SEGUNDO PASSO:

    Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.

     

    TERCEIRO PASSO:

    Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós o compreendíamos.

     

    QUARTO PASSO:

    Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.

     

    QUINTO PASSO:

    Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.

     

    SEXTO PASSO:

    Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

     

    SÉTIMO PASSO:

    Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.

     

    OITAVO PASSO:

    Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.

     

    NONO PASSO:

    Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse prejudicá-las ou a outras.

     

    DÉCIMO PASSO:

    Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

     

    DÉCIMO PRIMEIRO PASSO:

    Procuramos, através de prece e meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.

     

    DÉCIMO SEGUNDO PASSO:

    Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.

     

    Fonte: http://www.na.org.br/

     

     

    VII.IV

     

    Drogas: Êxtase e Dependência

    Êxtase e Dependência - Modelo: Pollyana - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

    Antes de aprofundar a questão, apresento meu posicionamento neste tema tão polêmico: creio que tudo o que se busca por meio das drogas, pode ser obtido por alternativas menos drásticas, tais como técnicas especiais de respiração, posturais, corporais e de induções vivenciais, que igualmente produzem estados alterados de consciência, sem os riscos inerentes de exposição a produtos cujos efeitos a curto e longo prazo ainda não são bem conhecidos.

    Milenarmente, todas as culturas praticaram rituais religiosos que se propunham a alterar as percepções da realidade, comumente associando ritmos musicais repetitivos, em alto som, regado a bebidas de teor alcoólico (vinhos, aguardentes, fermentados...) e danças, com a variante de ingestão de vegetais com poderes alucinógenos, muitas vezes restritas aos sacerdotes, em outras, compartilhado com toda a tribo. Tal somatória resulta na dissolução dos padrões rígidos da personalidade, permitindo contato direto ao conteúdo inconsciente. Os objetivos eram transcendentes, uma jornada "espiritual", "sagrada".

     

    Modernamente, a tradição ressurgiu nos festivais "hippies", inclusive, mantendo-se a busca pela transcendência. Nos dias de hoje, temos as festas denominadas "raves", outrossim, sem um objetivo "espiritual" no contexto. Seja como for, o que se constata é um "padrão" que faz parte da história da humanidade e, certamente, merece ser analisado mais profundamente.

     

    Em nossos consultórios, ainda que parte integrante do contexto coletivo/social, o mais comum é que a questão das drogas chegue até nós, de forma individualizada, ou seja trazida pelo Cliente. A ausência de julgamento, seja positivo, ou negativo, é exigência fundamental em nosso trabalho e o foco é a PESSOA, em seu TODO. Ou seja, o uso das drogas seria mais um dos tópicos a serem trabalhados, visto que é inseparável dos demais. Devemos, em conjunto com o Cliente, descobrir as motivações, conscientes e inconscientes, que levaram a este padrão de comportamento. Seria uma busca religiosa ? Estaria abafando pensamentos, sentimentos, desejos, lembranças ? Auto-estima em baixa sendo compensada via comportamentos tidos como moda ? Enfim, infindáveis hipóteses e cada caso é um caso, cada momento é único. Só o transcorrer da terapia pode trazer mais clareza sobre o que ocorre. E, paralelamente à análise, a inclusão de técnicas vivenciais, alternando relaxamento, hipnose, técnicas corporais de toque, respiratórias, renascimento, em suma, uma vasta gama de opções terapêuticas capazes de produzir estados alterados de consciência, sem uso de "aditivos".

     

    Os produtos consumidos nos dias de hoje, "refinados" quimicamente em laboratórios, certamente são muito mais danosos do que as poções milenares, que eram praticamente em estado natural. Daí que na sociedade moderna surge a alcunha de "dependente químico", aquele indivíduo que perde o controle sobre o uso da substância, associado com sintomas de abstinência e tolerância, evitadas com o uso constante e cada vez maior, privilegiando o consumo a outras coisas que antes valorizava. Dentre os colegas de profissão, existe um grupo crescente que foca seu atendimento a este tipo de situação, quase como uma "especialidade", correndo o risco de perder o enfoque holístico e, o que é ainda mais grave, inadvertidamente ferindo a legislação, com o risco de prisão, sendo irrelevante à justiça humana se suas intenções eram nobres ou não.

     

    O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras.

     

    Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)...

     

    Ou seja, ainda que não trabalhe com internações, quem definir seu trabalho desta forma, corre o sério risco de enquadrar-se em exercício ilegal de medicina...

     

    Extremamente preocupante é o fator "internação", muitas vezes propagandeada com mais um serviço prestado por estes colegas... Isto se deve porque, em várias escolas, fazem interpretações distorcidas, tentando justificar este procedimento, citando legislação que nem sequer mais existe (como é o caso da Lei nº 6.368, que foi REVOGADA pela Lei nº 11.343, de 23/09/2006) ou da Lei nº 10.216, cujo objetivo (dentro outros...) é justamente PROTEGER o cidadão para IMPEDIR que ele seja internado involuntariamente !!! Ou seja, é exatamente o OPOSTO da interpretação que os cursos vem divulgando !!!

     

    Nós sabemos que erram na boa fé, porém, nenhuma autoridade policial e/ou judicial aceitaria tal alegação... Conforme claramente expressa a lei, toda internação, até mesmo as voluntárias, dependem de um laudo MÉDICO PSIQUIÁTRICO; sem isso, estarão ferindo os direitos da pessoa em questão, além de cometer crimes de sequestro e cárcere privado, dentre outros possíveis enquadramentos...  

     

    Mesmo de posse do laudo médico, ainda assim, o estabelecimento precisará prestar "serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros"; sem tais requisitos, jamais a instituição poderá sequer candidatar-se a esse papel.

     

    Sabemos que muitos colegas trabalham como aprenderam nestas escolas, contudo, verdade seja dita, infelizmente tais cursos, ainda que talvez bem intencionados, ensinam de forma totalmente equivocada no que diz respeito a adequar-se às leis em vigor.... Urge uma adequação radical na forma de se expressar e modo de trabalhar, pois, a continuar no formato atual, é questão de tempo para muitos colegas serem presos e processados.

     

    Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br

    (11) 3171-1913

     

     

    Texto extraído de: http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/psicoterapia/aconselhamento/232-drogas-dependencia-quimica#ixzz23olhqDgL 

    Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    Autor: : Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico
    Última atualização: 17/08/2012 17:42


    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para crianças e pré-adolescentes utilizando RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS

    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para crianças e pré-adolescentes utilizando RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    HOLÍSTICA / 2013

     

    “Aqueles que confundem o não-real com o real e o real com o não-real e, por conseguinte, são vítimas de noções errôneas, nunca alcançam a essência da realidade”

                                                 (Buda)

     

     

    Dedico a todos os que gostam de estudar o comportamento infantil, às vezes tão incompreendido e muitas vezes difícil de amar.

     

     

    AGRADECIMENTOS

     

    Agradeço a Deus pela vida, às minhas filhas Janira e Niara por me apoiarem em minhas pesquisas aos meus clientes por consentirem experiências novas e ao SINTE por deixar-me apresentar estas experiências que a todos tem feito bem apresentando resultados positivos.

            

     

     

    SUMARIO

     

    1. INTRODUÇÃO...........................................................................................7

    2. MATERIAL E METODOLOGIA..................................................................8

         2.1 Material empregado............................................................................8

         2.2 Métodos..............................................................................................8

            2.2.1 Estudo da criança presente .........................................................8

            2.2.2 – Estudo da criança ausente .......................................................8

         2.3 Divisão Cronológica e suas características .......................................9

         2.4 Análise dos perfis das crianças ........................................................15

    3. COMO A RADIESTESIA, AS RUNAS, AS FIGURAS GEOMÉTRICAS

    E OS FLORAIS PODEM AJUDAR AS CRIANÇAS NO SEU EQUILÍBRIO ENERGÉTICO..............................................................................................17

        3.1 A Radiestesia ....................................................................................17

        3.2 As Runas............................................................................................18

        3.3 As Figuras Geométricas.....................................................................18

        3.4 Os Florais ..........................................................................................19

    4. RESULTADOS.........................................................................................20

    5. DISCUSSÃO............................................................................................21

    6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................22

     

     

     

     

     

     

    RESUMO

     

    A Psicoterapia Holística tem como objetivo ajudar o cliente a se conhecer melhor e assim sendo tomar outras decisões e escolhas que o possam direcionar melhor na vida para o equilíbrio energético de si mesmo, na família e na sociedade. Muitas vezes na vida dos adultos, as crianças são relegadas a segundo plano em suas necessidades energéticas, daí tornarem-se muito agitadas e aflitas, o que as torna pouco acolhidas. Neste estudo, utilizando Runas, Figuras Geométricas, Florais e a Radiestesia, buscamos o equilíbrio das crianças para que seja mais agradável o convívio com elas e mais interativo o aprendizado, entre nós e elas.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

     

    A Meta principal a ser atingida pelo Terapeuta Holístico é o equilíbrio de seu cliente em todos os níveis, entretanto nota-se que as crianças muito agitadas neste mundo moderno, conseguem desequilibrar os pais que muitas vezes não sabem como proceder para melhorar o comportamento dos filhos, então resolvi estudar o perfil das crianças para ver qual atitude poderíamos tomar para que elas se equilibrassem e não desestabilizar tanto os pais. Daí comecei a ter contato com as crianças, logicamente com a presença ou do pai ou da mãe (ou responsável) junto ao atendimento e através de técnicas como colagens, desenhos, conversas e escritos, pude analisá-las e com a ajuda das Runas, Figuras Geométricas e Florais aliados com a Radiestesia, conseguimos alguns resultados excelentes de melhorias de comportamento e mais atenção para o aprendizado.

            Eu uso alguma técnica para os bebês de 0 a 3 anos, outras técnicas para os de 3 a 7 anos, outras para os de 7 a 10 anos e outras ainda para os de 10 a 12 anos. Para os de 0 a 3 anos são só brinquedos que fazem barulhinhos como chocalho e bichinho de borracha de apertar.

            Para os de 3 a 7 anos é desenhar com lápis e giz de cera, usar tecidos coloridos, papéis de presente, de 7 a 10 anos é colar figuras recortadas e escrever palavras-chave e de 10 a 12 anos é escrever frases que o marcaram e a mensagem que gostaria de receber e de quem.

            Sempre aparecem pais aflitos que não sabem o que fazer para os filhos comerem vegetais, como fazê-los estudar, como fazerem para ter limites. Defendo o método de combater os “nós” que não deixam a energia fluir, defendo o diálogo, defendo o acompanhamento nas atividades, os limites que devem existir e o bom exemplo dos pais e responsáveis, em tudo aplicando a teoria do AMOR RESPONSÁVEL para a construção de um mundo sustentável e bom de se viver para todos.

            Esses “nós” ou bloqueios energéticos que não deixam a energia fluir devem ser combatidos e serem desfeitos o melhor e o mais rapidamente possível.

     

     

    2. MATERIAL E METODOLOGIA

     

    1. - Material empregado

    - Pêndulo neutro

    - Runas de cobre

    - Fichas de cliente

    - Grafites

    - Papel de presente colorido e estampado

    - Brinquedos de borracha e chocalho

    - Lápis e giz de cera

    - Fitas coloridas

    - Papéis A4

    1. - Métodos

    1.2.1- Estudo da criança presente

    1.2.2- Estudo da criança ausente

    2.2.1 – Estudo da criança presente

            De acordo com a idade da criança presente fazemos vários testes para verificar se a idade cronológica corresponde a idade mental ou se está atrasada e porque está atrasada. Qual o ponto que está atrapalhando o desenvolvimento da criança e qual o ponto que está amarrando a energia não deixando ela fluir. Estes testes nos dão a resposta para nós começarmos a agir e acertar.

            Estes “nós” da energia determinam vários tipos de sofrimentos para a criança e a família, o que vem refletir na escola e na sociedade.

     

    2.2.2 – Estudo da criança ausente

            É o estudo que capta as vibrações emanadas pelo inconsciente de uma pessoa e captadas pelo terapeuta, através das ondas radiestésicas através do pêndulo, não tendo barreiras nem distancias porque as ondas circulam livremente e vão carregando as informações.

            Para este captar é necessário informar-se o nome e data de nascimento da criança ou uma foto.

    - Tendo determinado em qual cor vibra a criança já se tem aí uma informação importante principalmente se esta cor for a vermelha. Toda criança que vibra na cor vermelha já trás “nós” que a fazem ser muito agitadas, impacientes e dispersivas.

    - Confeccionar a ficha de cliente da criança com o nome dela, idade, data de nascimento, e nome da mãe e pai ou do responsável.

    - Determinar quais “nós” aquela criança trás já naquela idade, se são vindas do pai ou da mãe.

    - Desenhar uma figura geométrica escolhida pelo pêndulo, sintonizada pela cor individual da criança, e dentro desta figura desenhar uma runa e escrever o nome da criança e os “nós” que precisam ser desfeitos. Este desenho é feito com grafite que é grande transmissor de energia.

    - Comunicar com os pais e aconselhá-los a fazer junto com a criança, se for possível, por um ou dois minutos ou mais, a figura da Runa com o corpo para melhor sintonia com a mesma runa e aumentar a potência de ação.

    - Escolher pelo pêndulo qual floral a criança precisa tomar e informar aos pais

    - Determinar qual cor complementar a criança está precisando mais e incluir esta cor na roupa de cama da criança porque é o local onde ela passa mais tempo.

    - Verificar se está precisando de alguma cor principal na alimentação e incluir esta cor para ajudar o equilíbrio energético.

    - Energizar com o pêndulo o desenho feito na ficha de cliente por quanto tempo for indicado.

     

    1. - Divisão Cronológica e suas características

     

    - De 0 a 1 ano de vida = O recém-nascido desenvolve ao mesmo tempo sua maturação biológica e sua aprendizagem experimental por causa de ter em si o duplo impulso: de suas forças genotípicas e dos estímulos ambientais (externos e internos). Estas duas energias levam a criança a reagir perante estímulos e com o tempo se transformará em “hábito de reação” e lentamente se transformará em ato reflexo, local e automático.

            A criança neste primeiro ano de vida poderá aprender muito mais, se desde a primeira semana de vida nós agirmos mais corretamente com os objetos que a estimulam. Por exemplo, a mãe ao se colocar um “babador” antes de dar o seio para mamar, se faz uma ligeira pressão em seu peito. A criança começa a sugar logo após a pressão no peito porque sente que é hora de mamar. Se antes de dar o mamar se toca um chocalho, a criança quando ouve o chocalho já começa a sugar, sem esperar o contato com a mamadeira. É o reflexo condicionado, alvo de estudo por muito tempo de PAVLOV. Passado o primeiro mês o lactente é agora mais sensível aos estímulos da reação afetuosa que é conseguida com muito mais facilidade.

            A criança vai se desenvolver evolutivamente e este desenvolvimento deve ser o quanto possível, compensado, equilibrado ou harmonizado pela ação corretora da educação, que deverá a todo momento, evitar o excesso de distância ou desnível entre os diversos setores funcionais do sistema nervoso central, nem predomínio da sensibilidade, nem prepotência da motricidade, nem excesso de variedade (instabilidade), nem excesso de rigidez (habituação automatizante). Atendendo uma ou outra de tais modalidades a pessoa não se desenvolve como um todo, podendo ficar ou neurótico, ou apático, ou tímido, ou impulsivo, ou fanático, ou um autômato, qualquer coisa, menos um “verdadeiro HOMEM”.

            Por isso, na educação pós-moderna dar-se tanta importância ao desenvolvimento das aptidões psico-motoras quanto ao das aptidões puramente intelectuais.

    - De 1 a 2 anos = Quando a criança começa a querer sair de seu berço e arrastando-se = “engatinhando-se”, vai de um lado a outro puxando tudo e mexendo em tudo, é preciso ser vigiada sempre para evitar desgostos. É a época da readaptação a outros alimentos porque geralmente para de mamar no peito e começa a comer mais alguma coisa como sopinhas e sucos.

            A criança nesta idade quer “aquisição de poder”, enfiar-se em qualquer lugar, qualquer janela, com sua curiosidade exploradora.

            Esta possibilidade de deslocamento ativa e voluntária aumenta consideravelmente na criança a vivência de sua subjetividade, independência e poder, contribuindo para firmar em si sua noção do EU. O mundo deixa de ser uma sucessão de aparentes fatos para ser mais ordenado e estruturado de impressões estáveis.

            A criança começa a entender o “EU”, o “TU”, mas não sabe o que é o “NÓS”. É egocêntrica, brinca com os outros mas para satisfazer seus interesses. Quer brincar com as partes de seu corpo, o adulto não deixa, então ela adquire uma obscura noção da relatividade e complexidade da conduta social, começa a ter “segredos”, “vida íntima” ou “privada”. Começa a ser pessoa social e deixa de ser pessoa natural.

    - De 2 a 3 anos = Já falando e aprendendo novas palavras, a criança nesta fase já pensa, estabelece relações e vínculos entre o que é real e o imaginário.

            O pensamento mágico encontra-se aos 3 anos no seu apogeu formativo. A criança começa a ter fantasia, isto é, capacidade de combinar suas recordações e de criar elas novos estímulos (internos) para continuar estabelecendo relações ou conexões associativas. É hora de saber que existem dois mundos: o real ou objetivo onde imperam a razão, o dever e o trabalho e o imaginário ou subjetivo onde dominam a Fantasia, o prazer e o brinquedo. Estes dois mundos vão caminhando com a criança ao longo de sua vida e pode chegar até a fase adulta quando ao se deparar com um estado emocional de medo, cólera ou amor, podem misturarem-se as crenças mágicas com os elementos do raciocínio lógico dando origem a confusões mentais e até no modo de agir.

    -  De 3 a 4 anos = Já tem bastante progresso quanto à linguagem e na interpretação de fatos. E vive situações fictícias como se fosse real, porque para ele basta calçar o sapato do pai, para ser o pai, mostrar uma cadeira e contar a história, ela já é o “trono do Rei”. Nesta fase o “todo faz um intercambio com suas partes”. Se ao chamá-la para almoçar, falta a colher, se nega a comer, não porque é birra, mas porque com isto é destruída a imagem configuracional da situação nutritiva, faltou um elemento da série perceptiva que constitui o hábito alimentício, rompeu a umidade da mesma e ela desaparece como tal, criando a consequente reação negativa. A criança é TUDO ou NADA. Ou segue o ritual e come ou faltando um elemento não come. Dá atenção aos detalhes. Com a experiência do dia a dia a criança aprende que as partes não equivalem ao todo não basta calçar o sapato da mãe para ser a mãe.

    Vai se estabelecendo este processo de diferenciação e estruturação hierárquica e só no final do 4° ou 5° ano de vida que a criança vai entender que o TODO contem as partes, porém as partes não são o todo, embora partes dele.

    Até os 3 anos a criança quebra objetos e a partir desta data começa a CONSTRUIR, e esta construção é muitas vezes desenvolvida a partir dos desenhos, dos rabiscos que vão se formando em desenhos.

    - Entre os 4 a 7 anos = São poucas as vezes em que a noção de causalidade chega a estabelecer-se de um modo independente da sucessão temporal. A criança rege-se pelo princípio “depois disso, logo por isso” e esquece que a antecedência da causa é a razão necessária porém não suficiente para sua ação. Ex: primeiro é necessário cair a chuva para fazer a lama e a lama não faz a chuva cair.

            Por causa da dificuldade com que se processa a transição do primeiro realismo infantil cheio de complicadas noções de causas e efeitos, a criança tem pensamentos cheios de paradoxos, ora com precisão e profundidade de raciocínio ora com ausência de lógica e incoerência e tem interpretações diversas da mesma realidade. Neste período de 4 a 7 anos a criança trava contato com a problemática dos chamados “valores” e aplica em sua resolução, inicialmente, os mesmos processos que a levaram a conseguir sua adaptação ao mundo das coisas. Para a criança “BOM” é o que o adulto deixa-a fazer, e “MAU” é o que não pode fazer e se ela fizer terá consequências desagradáveis. Por exemplo: ao se perguntar uma criança de cinco anos se roer as unhas era bom ou mau, ela respondeu sem errar: “é mau” porque não se pode fazer se fizer vão te pegar. “Bom” e “mau” não tem para a criança um valor ético, mas um valor utilitário.

            BOM é o que lhe serve para satisfazer um desejo e proporcionar-lhe um prazer e MAU é o que não lhe serve ou com sua simples presença provoca um desprazer.

            A evolução do conceito de valor verifica-se no sentido de uma progressiva objetivação ou racionalização do mesmo, seja qual for o valor considerado. A criança afirmando que algo é bom ou mau, feio ou lindo, justifica seu juízo de valor em algo além da impressão afetiva, apoia em algo irracional, esta justificativa é incoerente e invariável.

            Na terceira infância já terá a delimitação do valor de justiça e começa a diferenciar o “direito” da “obrigação”.

            No final da infância psíquica, nem sempre coincidente, é claro com a cronológica – que se apresentam os fatores favoráveis do descobrimento do valor da “VERDADE”, isto é, do conhecimento universal e certo que caracteriza a vida científica.

            O desenvolvimento da criança portanto psiquicamente falando vai do egocêntrico até a parte mais social onde desenvolve elementos mais elevados de gratidão, simpatia, compaixão, etc.

            A medida em que a criança vai se sociabilizando saindo de seu ambiente familiar para o ambiente escolar e diferentes ambientes sociais vai começando a delinear o caminho do seu destino se bem que tal caminho ainda modifique muitas vezes o seu curso até se realizar.

            A criança de 4 a 7 anos estruturou definitivamente o mundo objetivo e descobriu a objetividade das coisas.

    - Entre os 7 a 10 anos = É a época do progresso do conhecimento, desenvolvimento intelectual, onde ocorrem muitas idéias já desenvolvendo novas relações de sentido. Por exemplo, já tendo noção de peso, balança, metragem e moeda. Começa a orientar toda a atividade vital por um critério de contabilidade de tempo, de espaço, de distância, de velocidade, de peso, de dinheiro e algumas vezes se desvia para o “colecionismo”. E no mundo pós-moderno a criança quer tudo o que vê com a sua mania de coleção. Isto porque esta atividade intelectual tem mais importância que a atividade motora.

            Nesta fase a criança já começa a deduzir por si mesma sem aceitar tudo que lhe diziam como antes, quando tudo era verdade sem titubear. Nesta fase as relações familiares ficam meio abaladas porque o pré-adolescente certifica-se de que em muitas ocasiões lhe ocultaram a verdade.

            Agora, nesta idade, os adultos, os pais, os ascendentes, são vistos como pessoas comuns, com seus erros e defeitos, então a criança começa a rebelar-se interiormente e só se manifesta exteriormente no menino quando da crise da puberdade, e na criança do sexo feminino só se tornará evidente alguns anos mais tarde, isto é, em plena adolescência, pelo aparecimento de crises injustificadas de mau humor e de choro como também, pelo aumento da irascibilidade e angustia.

            O pré-adolescente começará a pensar no seu destino e ficará inquieto com perguntas como esta: - Quem serei? – Que farei? – Que devo dizer?. E ante dessa fase só se preocupava com as questões: - Que me deixam fazer? O que meus pais querem que eu seja?

            A criança sente necessidade de pensar por si só nesta fase e para de perguntar aos pais e começa a dirigir-se aos seus companheiros de escola para argumentar e discutir suas primeiras opiniões sobre a vida.

            É nesta fase que se observa a duplicidade de atitudes da criança em relação a seus companheiros de idade ou a seus superiores (em poder, mas já não em valor). Tem dificuldade de se abrir apesar de estar participando da escola e da família, quer ter seus segredos e explorar o desconhecido.

            No terreno da conduta moral, a criança de 7 a 10 anos de moral homoniana à fase da moral autônoma. Se até agora, a atitude diante de uma regra era absoluta: submissão ou repulsão, agora ela começa a admitir a relatividade de toda norma, variando de acordo com as circunstâncias oportunas. Exemplificando: nos jogos, quer fazer novas regras, não quer aceitar as infrações que os adultos codificaram.

            Sobre à curiosidade das coisas da vida, estas diferem, conforme sejam as condições de cultura e ambiente. A criança nesta fase de 8 a 10 anos quer saber mais sobre a vida, a morte, os seres, etc, mas acha que os pais já não são fonte suficiente para responder-lhes, então passa a inquirir seus colegas mais adiantados e os serviçais e pessoas nas quais deposita confiança mais do que a seus pais.

            A criança quer alguma precisão nas respostas porque já está com a capacidade de crítica bem acentuada. A esta fase a criança já se considera bem superior intelectualmente e mistura as informações recebidas com a fantasia imaginativa e resíduos de crenças, mágicas, fazem as histórias serem aventuras surpreendentes e misteriosas, o que muito agrada estes pré-adolescentes, os raios, forças misteriosas e conflitos internos dos personagens, que são possantes, mas podem chorar e gostar.

            A partir dos 9 anos o corpo começa a formar-se e os meninos e meninas começam a pesquisar sobre o corpo, o sexo, e interessam muito pelas aulas de ciência onde se estuda o corpo e suas funções. Há o aparecimento das diferenças no modo do menino e da menina ser e de reagir. As meninas temem e admiram os meninos e estes tendem a ter menosprezo e tendência protetora com as meninas. Na adolescência esta tendência se transforma por causa do despontar do desejo sexual, e pode ser uma atitude de timidez ou agressão, não quer que nenhuma menina tente impedi-lo de fazer algo. O menino só é tolerante para com a companheira quando a vê fraca, chorosa, ou submissa. Há vários níveis de amadurecimento, o que deve ser aproveitado nas salas de aulas. Neste período na criança amplia a base de seus contatos sociais, quer ficar com os colegas para estudar e brincar, mas os pais devem ficar vigilantes para com as amizades por causa da atual disseminação das drogas e outros males. Esta constante vigília pode desenvolver no pré-adolescente a ideia de que “os outros” são maus e até fazer diminuir o sentimento de fraternidade universal que deve unir os homens e mulheres do planeta todo. É preciso coerência e muita interpretação dos fatos para que este AMOR AO PRÓXIMO não diminua e o mundo não fique prejudicado.

    - Criança de 10 a 12 anos de idade = A adolescência (do latim “adolescere” que significa crescer) é um breve espaço de tempo entre a segunda infância e a puberdade, que corresponde aproximadamente ao período entre os 11 e 13 anos nas meninas e os 12 e 14 nos meninos. Neste período ocorrem as mudanças em ambos os sexos, alterações de condutas e mudanças morfológicas sensíveis. É o momento do crescimento físico.

            Spranger descreveu 2 problemas essenciais a este período:

    1. Descobrimento do eu e formação de um plano de vida
    2. Independência subjetiva

    Mas, pode-se considerar como próprios desta fase evolutiva, os seguintes fatos:

    1. Alteração do esquema físico e obrigação do reajustamento entre o SER e o PARECER. O crescimento e a aparência criam uma inquietação e preocupação constantes, daí querem sempre estar diante do espelho para ver a transformação de seu corpo que lhe parece diferente todo dia, podendo criar uma certa desorientação e angústia.
    2. Alteração dos sentimentos vitais: Junto com a transformação do corpo há também uma transformação metabólica com o aparecimentos de novos hormônios (as glândulas sexuais ou gônadas), há as mudanças bruscas de humor de alegria à tristeza, entusiasmo e preguiça.
    3. Erotização do campo de consciência e necessidade de achar o complemento: O organismo fica sensibilizado pelos hormônios e acentua-se o masculino e feminino.
    4. O mistério da vida e da morte: Os adolescentes em geral pensam na sua origem e no seu destino, isto é, como terminará sua vida e essas atitudes de filosofias, ocuparão tempo e profundidades diversas e é o tempo de ajudá-los a ter uma orientação religiosa e filosófica para não ficarem sem explicação do inexplicável.
    5. Independência ou detesto psicológico do ambiente familiar: Liberação de tutelas. O jovem deverá passar por uma fase de oposição e negação das sugestões e ordens vindas dos familiares. E se estes não conceder-lhe esta oportunidade de “não concordar com nada” há muita briga inútil dentro de casa e pode complicar pela vida afora. Deixar o jovem ter uma opinião contrária a alguma coisa o deixa mais feliz.
    6. Fixação do papel a representar social e profissional: O adolescente que saber o que vai ser e o que vai fazer, quer fazer planos para a vida e prever e usar seu cérebro para se sair bem de situações imaginadas para ele mesmo e para o que vai ser na sociedade.

     

    2.4 – Análise dos perfis das crianças

    Esta análise é fundamental para ver se as crianças estão na idade cronológica relativa à idade mental.

     

     

    . até 1 ano:

            - Verificar se a criança acompanha o barulho dos chocalhos e se sentem alegria ou choram

    . até 2 anos:

            - Verificar se a criança consegue localizar 2 bolas de cor igual no meio de outras ou se joga tudo fora.

    . até 3 anos:

            - Verificar se a criança consegue reconhecer o retrato de um cãozinho no meio de outro desenho ou se rasga o papel.

    . até 4 anos:

            - Verificar se a criança consegue juntar dois triângulos de tecidos coloridos iguais no meio de outros estampados diferentes ou se amassa tudo e joga fora.

    . até 5 anos:

            - Verificar se a criança consegue colar dois triângulos sobrepostos formando uma estrela ou se irrita e estraga tudo.

    . até 6 anos:

            - Verificar se com giz de cera a criança já faz um desenho de flor ou de casa ou se fica aborrecida e sai correndo.

    . até 7 anos:

            - Verificar se a criança consegue recortar dois presentes (desenhos) do papel de presente, para dar para o pai ou mãe ou se recusa-se a isso.

    . até 8 anos:

            - Verificar se a criança consegue desenhar a família e quem aparece de mais destaque ou se ela não quer desenhar.

    . até 9 anos:

            - Verificar se a criança quer desenhar alguma coisa importante para ela ou não quer desenhar nada.

    . até 10 anos:

            - Pedir para a criança fazer uma margem no papel com uma cor e escrever três palavras ou frases importantes para ela ou se ela se recusa a fazer isto.

    . até 11 anos:

            - Pedir para a criança escrever uma mensagem para seus pais no celular agradecendo-lhes pela vida ou se não quer fazer isso.

     

     

    . até 12 anos:

            - Pedir para a criança escrever o nome de 3 amigos importantes no papel e o que quer desejar para eles ou se recusa a fazer isso.

    . depois de 12 anos:

            - Perguntar qual mensagem gostaria de receber, de quem, por que.

            

    3. COMO A RADIESTESIA, AS RUNAS, AS FIGURAS GEOMÉTRICAS E OS FLORAIS PODEM AJUDAR AS CRIANÇAS NO SEU EQUILÍBRIO ENERGÉTICO.

            

    3.1 – A RADIESTESIA:

            Esta ciência tem seus princípios em base experimental, capaz de ser verificada por pesquisadores em diversas partes do mundo. Mas é também uma ARTE porque é preciso ter treinado bastante a intuição para captar suas mensagens ou radiações. É muito antiga a prática de Radiestesia que surgiu com a técnica da procura de poços d’água e de jazidas subterrâneas por meio da forquilha ou varinha. Passou muito tempo esquecida e ressurgiu para ser estudada com mais atenção.

            A RADIESTESIA  se relaciona com as radiações, que os corpos emitem e que podem ser captados à distância, não havendo empecilhos porque são levados pelas ondas magnéticas e chegam sem alardes.

            O pêndulo é um instrumento simples que na mão do radiestesista capta e amplifica os efeitos das radiações. O pêndulo deve ser neutro. O Radiestesista deve ficar atento para não ser influenciado pela Remanência que é a permanência de radiações no mesmo lugar. Para isso deve “limpar o pendulo” entre um e outro atendimento colocando-o no chão ou lavando-o com água e sabão. Outra influência, a AUTO-SUGESTÃO deve ser também banida, mantendo-se o Radiestesista numa posição de pensamento neutro, só captando radiações.

            Aqui neste nosso estudo, usamos o pêndulo para determinar em qual cor de onda radiestésica o cliente vibra, quais seus “nós” energéticos, qual Runa usar para abrir-lhe os caminhos energéticos, qual Figura Geométrica utilizar para otimizar esta abertura energética e quais Florais, aqui os de Bach podem ser utilizados para haver resultados bons, benéficos e duradouros.

            Ser Radiestesista não é privilégio de alguns geralmente com prática prolongada se desenvolve esta sensibilidade basta ter dedicação, disciplina e estudo. Algumas pessoas têm mais facilidades do que outras, porque são mais intuitivas mas nada como o trabalho consciente e equilibrado para desenvolver esta sensibilidade e assim poder ajudar muitas pessoas.

     

    3.2 – AS RUNAS:

            São símbolos secretos cuja ação é indicar um caminho a seguir ou chamar a atenção para um caminho que se está seguindo e deve ser mudado. Eram muito utilizadas nos povos antigos para se orientarem em viagens e qual direção tomar nas caçadas e na busca de local apropriado para morar.

            As Runas nos dão mensagens energéticas que já estão traçadas em campos de forma no mental Superior.

            Em cada letra Rúnica há um sentido de expressão daquilo que está em harmonia ou em desarmonia com o COSMOS.

            As Runas ajudam a esclarecer e energizar os campos eletromagnéticos.

     

     

    3.3 – AS FIGURAS GEOMÉTRICAS:

            De acordo com Pitágoras “todas as coisas são números”. Para Pitágoras base de todas as estruturas existentes no mundo são os números. E só a geometria estabelece ordem e exatidão em toda criação. Tudo está sob a influência da energia dos números (do latim “fractus” que significa fração da estrutura geométrica).

            A matéria toma forma pela Geométria Fractal, onde as figuras tem um propósito DIVINO, através dos números e figuras geométricas. Todas as formas vão para o infinito, dando uma informação de progressão geométrica e não aritmética.

            Do infinitamente pequeno para dentro do infinitamente grande e vice-versa.

            Os poliedros são formas geométricas que compõe o mundo.

    - ICOSAEDRO – Água – 20 faces

    - OCTAEDRO – Ar – 8 faces

    - ESTRELA TETRAEDRON – Fogo – 4 faces

    - HEXAEDRO – Terra – 6 faces

    - DODECAEDRO – Prana – 20 faces

            Todas as formas geométricas derivam destes poliedros e transmitem muita energia, daí a utilização das figuras geométricas para ajudar na harmonização das crianças aqui estudadas.

     

     

    3.4 – OS FLORAIS (aqui os de Bach)

            Edward Bach nasceu em 24 de Setembro de 1886 na Inglaterra em uma pequena vila chamada Moseley. Desde a infância Bach sempre gostou muito da natureza. Com muita dedicação formou-se médico, bacteriologista, patologista e em Saúde pública. Queria conseguir melhorar a pessoa em todo aspecto: físico, emocional e mental.

            Teve doente e contrariando a previsão médica se curou por causa da vontade firme de viver. Descobriu assim que a parte emocional é importante. Estudou e praticou homeopatia e como gostava de pesquisa, através das plantas e folhas encontrou as flores. Passou a desenvolver suas fórmulas e a experimentar em grupos de pessoas que ele classificava segundo tipos previamente definidos de comportamento. Ele tratava as pessoas com inicialmente três primeiras flores de seu sistema: IMPATIENS, MIMULUS e CLEMATIS.

            A partir de 1930 (43 anos) abandonou a vida de conforto na cidade e foi para o campo para estudar e pesquisar “in loco” as ações das flores no emocional das pessoas. Daí até 1935 Bach descobre as 38 essências do seu sistema. Sempre testava em si mesmo os efeitos das essências. Este trabalho intenso o desgastava muito e se sentia satisfeito com os resultados benefícios de suas essências. Morreu em 27 de novembro de 1936 enquanto dormia.  Realizou um grande sonho: descobriu um método de cura simples e natural, de fácil compreensão e fácil aplicação. E esclareceu para muitos como o estado emocional e mental influencia nos desequilíbrios.

     

     

    4. RESULTADOS

     

    Como hoje as crianças são geralmente muito agitadas e ligadas em tudo o que acontece, os pais muitas vezes têm dificuldades no relacionamento com elas, e trazem-nas para que possamos fazer alguma coisa para ajudá-las a equilibrá-las. Então, comecei a fazer esta formatização no atendimento para eu ter um plano de ação, individualizado porque cada um é diferente do outro mas coletivo porque o procedimento é o mesmo.

    Assim a pesquisa e o tratamento com a RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS deu-nos o seguinte resultado:

    - De 10 crianças tratadas de 0 a 1 ano: Este tratamento fez com que chorassem muito menos, dormissem mais tranquilas e por mais tempo contínuo e expressarem maior alegria rindo mais. Não houve diferença a menor, isto é, todas reagiram positivamente.

    - De 10 crianças tratadas de 1 a 3 anos: Notamos que ficaram estas crianças mais atentas ao que falavam com elas, destruíram bem pouco os brinquedos e dormiram calmas.

    - De 10 crianças tratadas de 4 a 7 anos: Tiveram bastante melhorias no comportamento sem “birras” e entendendo mais as explicações dos pais sobre o que “pode” ou “não pode”. Sono tranquilo.

    - De 10 crianças tratadas de 7 a 10 anos: Sob tratamento constatou-se que conseguiram se concentrar mais nos estudos, tendo melhor aproveitamento escolar e menos desentendimentos com os irmãos, caindo até só para a faixa de 10% que não reagiram positivamente desde o dia do início do estudo.

    - De 10 crianças tratadas de 10 a 12 anos: Notou-se muita melhoria no comportamento passando a ser mais responsável no cumprimento das tarefas da escola e também melhoras na alimentação aceitando mais a comida saudável, principalmente os sucos naturais.

    - De 10 crianças tratadas de 12 anos em diante: Notou-se muitas melhorias no nível de exigência do ter: “quero isto”, “quero aquilo”, isto diminuiu bastante e houve um certo amadurecimento emocional diminuindo muito as notas baixas, aumentando a responsabilidade em estudar.

            Não notamos nada que pudesse contrair este tipo de tratamento porque em todos os casos estudados houve melhorias. Algumas mais significativas que são a maioria, em torno de 70% outras menos em torno de 20% e os que melhoraram pouco foi no nível de 10%.

            Matematicamente falando estes procedimentos aqui apresentados são favoráveis às melhorias no comportamento infantil.

     

    5. CONCLUSÃO

     

    Estudar as crianças é um desafio do qual gosto de participar. A evolução, o crescimento, as mudanças, o modo de ser, tudo é fascinante neste universo infantil.

            A arte de viver envolve a habilidade de integrar a preocupação, o nervosismo da mudança, do desenvolvimento e do renascimento contínuo. O treinamento apropriado, neste sentido, começa nos joelhos da mãe. Uma mãe por demais protetora pode estragar a criança. Uma mãe negligente, cuja principal preocupação é sua felicidade pessoal ou sua posição social, deixa a criança emocionalmente desprovida de recursos para dominar a preocupação, o nervosismo. Este nervosismo deixa de ser um agente nocivo somente quando a criança, em processo de crescimento é adequadamente nutrida pelo amor e orientada a fazer as coisas por si só. Na vida em desenvolvimento de um indivíduo autoconfiante, o nervosismo existente nas situações radicalmente novas torna-se um fator estimulante, inspirando a pessoa até o máximo da sua habilidade.

            A forma de vencer a inércia ou estagnação produzidas pelo nervosismo é entender a significação da mudança como matéria-prima da vida. A vida é criação sempre nova. O que nos faz resistir à mudança é um falso sentimento de segurança.

            O segredo da existência é fluir com o fluxo da transformação e ainda assim permanecer ancorado no eterno. Nossa maior segurança reside na nossa capacidade de nos movermos para a frente com uma visão de novos horizontes, sem deixar-se ser levado para trás. O nervosismo pode ser dominado hoje, não pensando no passado mas tendo em vista o futuro bom e promissor.

            Isto vale também para as crianças que estão crescendo e precisam de ajuda das técnicas dos terapeutas para viver melhor o hoje, desmanchando os “nós” do passado e preparando o progresso para o futuro. Futuro da vida deles mesmos, da sociedade, do país e do mundo. Ajudar as crianças é preparar um MUNDO NOVO cujas idéias de hoje renovadas vão se expandir e irradiar boas energias para a conservação e expansão do Universo.

     

    6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    CHAUDHURI, HARIDAS. Como enfrentar os problemas da vida. São Paulo: Editora Pensamento, 1994.

    LADE, ARNIE. Energia Vital. Novos Conceitos de Cura. São Paulo: Editora Cultrix, 2005.

    LOPEZ, EMILIO MIRA Y. Psicologia Evolutiva da Criança e do Adolescente. Rio de Janeiro: Editora Científica, 2009.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

    VIEIRA FILHO, H. Tutorial Terapia Holística. São Paulo: SINTE – Sindicato dos Terapeutas, 2004.

     

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758
    Última atualização: 12/06/2013 19:41


    PRANAYAMA – O SOPRO DA VIDA

    PRANAYAMA – O SOPRO DA VIDA

     

    CELI COUTINHO

    Terapeuta Holística

    CRT 21270

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2013

     

    Índice

     

    Apresentação

    O que é Prana?

    PRANÁYÁMA

    Técnicas de respiração

    Metodologia.

    Conclusão

    Bibliografia

     

     

    Apresentação

            Conhecer sobre as Nadis  e os pránáyamas  de acordo com a filosofia Hindu em sua total natureza é composta de duas substâncias principais. O Akasha - éter e o Prana - energia. Duas forças que corresponde a evolução onipresente permeando o universo inteiro, na verdade todo o tipo de existência que pode ser considerado sob a palavra "criado", são produtos do Akasha. Energia sutil e invisível que no final de cada ciclo volta a ponto de partida. Assim como toda força da natureza, que é conhecido pelo o homem: gravitação, luz, calor, eletricidade, magnetismo, pode ser agrupadas sob o nome genérico de "energia" à criação física é a manifestações do Prana cósmico.

     

    O que é Prana?

            A respiração é “Brahma”. Prana é o resultado de toda energia que se manifesta no universo. É a soma total de todas as forças da natureza. "Atman". Todas as forças físicas, todas as forças mentais estão sob o julgo do 'Prana'. É a força em todos os planos da existência, do mais alto ao mais baixo. O que quer que se mova ou funciona ou tem vida, é apenas a expressão ou manifestação de Prana. Akasha é a expressão do Prana. O Prana está relacionado à mente e pela mente a vontade, e através da vontade para a alma individual, e através desta ao Ser Supremo. Ao aprender como controlar as pequenas ondas de Prana através da mente, então o segredo do Prana será conhecido.

            O trabalho do Prana é visto nas ações sistólica e diastólica do coração, quando ele bombeia o sangue para as artérias na ação de inspiração e expiração, durante o percurso da respiração; na digestão de alimentos; na excreção de urina, matéria fecal e na produção de sêmen, quilo, quimo, suco gástrico, bile, suco intestinal, saliva; no fechamento e abertura das pálpebras, no caminhar, brincar, correr, falar, pensar, sentir, raciocínio, etc. Prana esta lá. È a ligação entre o corpo astral e físico. O Prana é um fio delgado ligando o corpo astral ao corpo físico. Quando a morte ocorre, o Prana que está trabalhando no corpo físico é retirado para o corpo astral.

            Este Prana permanece em estado sutil, imóvel, não manifestado Estado, indiferenciado durante o Pralaya (período) cósmico. Quando a vibração está configurada o Prana se move e age sobre o Akasha.

            Ao controlar o ato de respirar, poderão controlar de forma eficiente todos os movimentos do corpo e as diferentes correntes nervosas que estão sendo executado através do corpo. Poderá facilmente e rapidamente controlar e desenvolver a mente, corpo e alma através da respiração. É através do Pranáyáma que você pode controlar estas circunstâncias e conscientemente harmonizar a vida pessoal com a vida cósmica.

            A respiração dirigida pelo pensamento sob o controle da vontade, é regeneradora e pode utilizar conscientemente para o autodesenvolvimento.

            A sede do Prana é o coração. Embora o Antahkarana assume quatro funções na mente:

    Manas = mente.

            Manas é a mente inferior, através do qual a mente interage com o mundo externo e leva em impressões sensoriais.

            Manas é como o supervisor dos sentidos e direciona os 10 sentidos ou Indriyas :

     Karmendriyas: As cinco portas de saída ou os cinco meios de expressão. (Karma significa ação. Indriyas são os sentidos).

    Jnanendriyas: As cinco portas de entrada são os cinco sentidos cognitivos, que são chamados jnanendriyas. (Jnana significa saber. Indriyas são os sentidos.).

            Manas leva as direções dos desejos, das atrações e aversões armazenadas na memória de Chitta. 

            Ser consciente de ações e fala: Uma boa maneira de cultivar o testemunho de Manas é estar atento a ações e palavras, bem como os seus sentidos de cheirar, saborear, ver, tocar e ouvir. Ao observar isto você perceberá como Manas é a persona por trás dessas ações e sentidos. Assim, Manas é como o supervisor dos funcionários em uma fábrica. Manas não é o patrão, mas o supervisor, que está dando as ordens diretas para os sentidos ativo e cognitivo.

    Chitta = armazenamento de impressões

            Chitta é o banco de memória, que armazena impressões e experiências, e o quanto pode ser muito útil, Chitta também pode causar problemas se o seu funcionamento não é coordenado adequadamente pela as funções da mente.

    Coordenação Chitta: Se Chitta não é coordenado com as outras funções da mente as impressões guardadas no lago da mente começam a mexer e surgir. É como se essas impressões latentes voltasse à vida e todas competissem pela atenção de Manas para realizar seus desejos no mundo externo. Na ausência de um Buddhi claro, as vozes concorrentes de Chitta muitas vezes conduzem Manas para tomar ações no mundo que não são realmente tão úteis.

    Ahamkara = O Ego

            Ahamkara é o sentido de "Eu-Sou", o Ego individual que se sente como uma entidade distinta, separada. Ele fornece identidade ao nosso funcionamento, mas também cria Ahamkara nossos sentimentos de separação: da dor e de alienação também.

            Ahamkara assume parceiro: Esta onda do "eu-sou" chamado Ahamkara se alinha em formas de parcerias com os dados das imagens em Chitta e, por sua vez, com Manas, que em seguida, responde aos desejos sendo permeadas por sua "individualidade". Enquanto isso, Buddhi é a tarefa mais importante no caminho da meditação e da auto-realização.

    Buddhi = sabe, decide, julga e discrimina.

    Buddhi é a mente superior: Buddhi é o aspecto mais elevado da mente, a porta para a sabedoria interior. A palavra Buddhi em si vem do budh raiz, que significa aquele que despertou. Buddhi tem a capacidade de decidir, julgar e fazer distinções cognitivas e diferenciações. Pode determinar o caminho mais sábio de dois pólos de ação, se funcionar bem Manas vai aceitar sua orientação.

            Buddhi deve ser o tomador de decisão: Na construção da vida, queremos Buddhi para a fazer as escolhas perfeitas. Caso contrário, Manas recebe as instruções dos padrões de hábitos armazenados em Chitta, que são coloridas por Ahamkara, o Ego. Muitas vezes, Buddhi é nublada por toda a coloração e impressões no Chitta. Assim, uma das principais tarefas sadhana-práticas espirituais, é utilizada para limpar Buddhi. Então poderá sempre melhorar as escolhas que produzirão os frutos nessas práticas espirituais.

            Como já vimos em estudo anterior o Prana ele assume cinco formas:

            Prana, Apana, Samana, Udana e Vyana com diferentes funções executado por ele. Isto é denominado como Vritti Bheda. O Prana principal é chamado Mukhya Prana. O Prana se ao Ahamkara e, portanto, vive no coração. Destes cinco Prana já sabemos que o Apana são um dos principais agentes.

            E relembrando que a sede do Prana é o coração; do Apana, o ânus; de Samana, a região do naval, de Udana, a garganta, enquanto Vyana é tudo permeia. Ela se move por todo o corpo.

    Sub-Pranas e Suas Funções

    Naga: faz eructação e soluço.

    Kurma: executa a função de abrir os olhos.

    Krikara: induz a fome e a sede.

    Devadatta:o bocejar.

    Dhananjaya: provoca decomposição do corpo após a morte.

     

     

    PRANÁYÁMA

     

            Pranáyáma é a ciência do controle da respiração. Ele consiste de uma série de exercícios especialmente destinados a satisfazer as necessidades do corpo e mantê-lo em equilíbrio. Pranayama vem das seguintes palavras:

    Prana - "força da vida" ou "energia da vida”

    Yáma - "disciplina" ou "controle”

    áyama - "expansão", "contenção", ou "extensão”.

            Assim, Pranáyáma significa "técnicas de respiração" ou "controle da respiração".

            Através da prática de Pranáyáma, o equilíbrio de oxigênio e dióxido de carbono é atingido. Absorvendo prana através do controle da respiração ligando o nosso corpo, mente e espírito.

            Mas a vida é cheia de stress. Por causa do trabalho diário, família, ou pressões financeiras, ela tende a ser rápida e superficial. O uso de apenas uma fração de seus pulmões resulta da falta de oxigênio e pode levar à complicações e grandes desequilíbrios da saúde. Ao praticar a respiração profunda e sistemática, através de Pranáyáma o corpo passa a ser reenergizado e organizado em seu equilíbrio.

     

    Benefícios de Pranayama

            Pranáyáma desenvolve a concentração e foco. Ele elimina o stress e relaxa o corpo. Resultando serenidade e paz de espírito.

            Pranáyáma oferece autocontrole. Através da concentração, pode-se lidar melhor com temperamento e reações. A mente pode funcionar de forma clara, evitando argumentos e decisões erradas. Além disso, o autocontrole também envolve o controle sobre o corpo físico.

            Pranáyáma leva a jornada espiritual através de um corpo relaxado e mente desperta.

            Praticar exercícios de respiração ou Pranáyáma deve ser seguro, preferencialmente supervisionados por um instrutor.

             

     

    Tipo normal de respiração.

     

    1. Alta respiração: É a respiração que esta localizada, principalmente na parte superior do peito e dos pulmões. Isto é denominado de "respiração clavicular" ou "respiração Alta" e envolve aumentar a clavícula, costelas e ombros quando inflado. Pessoas com asma, o estômago cheio ou que sentem falta de ar tendem a recorrer à respiração alta. Respiração alta é naturalmente superficial, fazendo com que somente uma pequena parte de ar atinja os alvéolos.

            Esta é a forma menos desejável de respiração. Além disso, a caixa torácica superior é relativamente rígida. Uma grande quantidade de energia muscular é gasto para manter pressionado contra o diafragma e assim manter as costelas e ombros levantados anormalmente. Esta forma de respiração é bastante comum, especialmente entre as mulheres. É uma causa comum de problemas digestivos, de estômago, prisão de ventre e ginecológico.

     

    2. Baixa respiração: É a que se localiza principalmente na parte inferior do peito e dos pulmões. É muito mais eficaz do que a respiração alta ou média. Consiste principalmente em mover o abdômen dentro e fora e na mudança da posição do diafragma por tais movimentos. Devido a isto, é por vezes chamado de "respiração abdominal" e "respiração diafragmática". Pessoas sedentárias que habitualmente se inclinam para frente enquanto ler ou escreve tendem a cair no uso da respiração baixa. Sempre que afrouxa seu ombro e músculos do peito, ele normalmente adota a respiração baixa. Muitas vezes usamos a respiração baixo quando se dorme. Mas sempre que se tornar fisicamente ativo, como no andar, correr ou levantar, é provável encontrar a respiração abdominal insuficiente para as nossas necessidades.

            Para usar a respiração baixa você inala você empurrando gentilmente o estômago para frente sem esforço. Quando expirar lhe permita que o estômago volte para sua posição normal.

            Este tipo de respiração é muito superior a respiração alta ou média por quatro razões:

    a) - Mais ar é tomado em quando inala, devido ao maior movimento dos pulmões e do fato de que os lobos inferiores dos pulmões têm uma capacidade maior do que os lobos superiores.

    b) - O diafragma funciona como um segundo coração e com os movimentos de expandir a base dos pulmões lhe permite sugar mais sangue venoso. O aumento da circulação venosa, melhora a circulação geral.

    c) - Os órgãos abdominais são massageados pelos movimentos para cima e para baixo do diafragma.

    d) - Respiração baixa tem um efeito benéfico sobre o plexo solar, um centro nervoso muito importante.

     

    3. respiração Mediana: É um pouco mais difícil de descrever, visto que os limites de variabilidade são mais indefinidos. No entanto, a respiração ocorre principalmente nas partes centrais dos pulmões mantendo-os cheios de ar. Ele apresenta algumas das características dos estágios de respiração anterior, uma vez que o aumento do peito e costelas expande um pouco, e a respiração baixa, uma vez que o diafragma se move para cima e para baixo e o abdômen dentro e para fora um pouco. Por isso é denominada de torácica ou intercostal. Mas ainda é considerado um tipo de respiração superficial. Com esta forma de respirar, as costelas e peito são expandidos para os lados.

            Isso é melhor do que a respiração alta, mas muito inferior à respiração baixa e a técnica de respiração completa.

     

    4. A respiração completa: Tal como definido pela ioga, envolve todo o sistema respiratório e inclui não só as partes dos pulmões utilizados na respiração alta, baixa e média, mas expandem-se aos pulmões inteiro, de modo a tomar mais ar. A respiração completa não é apenas uma respiração profunda. Não é só um levantar os ombros clavícula e costelas, como na respiração alta, e também estender seu abdômen e diminuir o seu diafragma, como na respiração baixa, mas ele faz as duas coisas, tanto quanto é necessário para expandir os pulmões para a sua plena capacidade.

            A respiração de completa é a técnica básica de todos os diferentes tipos de respiração, portanto, deve ser dominado antes de praticar qualquer exercício respiratórios específicos.

            Tenha em mente que este tipo de respiração é feito somente quando você faz os exercícios de pranáyáma.

     

    Etapas da de uma Respiração Completa

            Basicamente, a respiração tem quatro estágios:

            Inalação, ou a tomada de ar na pausa antes de expirar. Expirando, ou o expurgar para fora o ar uma pausa antes de inalar novamente.

    Estes quatro estágios compreendem a um ciclo de respiração completa.

            Cada ciclo de respiração que é geralmente considerada como meramente uma única inalação seguida por uma única expiração pode ser analisadas em quatro fases ou etapas, cada uma com a sua natureza distinta e nome sânscrito tradicional.         As transições da inalação de expiração e de exalar a inalação envolvem inversões na direção dos movimentos dos músculos e dos movimentos expansivos ou contração dos pulmões, tórax e abdômen. O tempo necessário para esta inversão pode ser pequeno, No entanto, eles podem ser longos, como se pode perceber se for intencionalmente pare de respirar quando terminar de inspirar ou expiração. Os efeitos destas pausas, especialmente quando eles se tornam alongados deliberadamente e em seguida, espontaneamente, parece notável.  

            Vamos olhar para algumas técnicas de respiração tradicionais. O objetivo não é sugerir técnicas rígidas que precisavam ser seguido cegamente. Os métodos são sujeitos a algumas variações. Isto vai ajuda você a estabelecer e praticar ritmos saudáveis. Você também pode obter insight adicional sobre a natureza dos processos de respiração, e como atingir relaxamento adicional através deles.

     

    Formas que procede ao ato de respirar

     

    Puraka (inalação). O Ato de inalar denomina-se Puraka.

    Inalar primeiro e depois empurrar o estômago para frente. Segundo, empurrar as costelas para os lados enquanto ainda respirar dentro do estômago. Em terceiro lugar, levantar o peito e clavícula enquanto ainda inala o ar para dentro.

            Mesmo descrito como três processos separados, isto deve ser feito de um ritmo suave e contínuo com cada parte seguindo suavemente sobre a partir da parte anterior sem nenhum movimento brusco.

     

    Abhyantara Kumbhaka (Pausa depois de inalar) Pausa total: Kumbhaka consiste na interrupção deliberada do fluxo de ar e a retenção do mesmo nos pulmões, sem qualquer movimento dos pulmões ou nos músculos ou em qualquer parte do corpo, e sem quaisquer movimentos incipientes.

     

    Os benefícios de Kevala Kumbhaka.

            Kevala Kumbhaka envolve não só a cessação completa de movimento do ar e dos músculos, mas também a consciência de todos esses movimentos e tendências.         

    Rechaka (exalação)

            A terceira fase da exalação é denominada de Rechaka. Como na inalação a exalação deverá também ser suave e contínua, embora muitas vezes a velocidade de exalação é diferente da de inalação. Normalmente é utilizado um esforço muscular tanto para a inalação como na exalação.

     

     

    Kumbhaka Bahya: Pausa depois de expirar.

            A quarta etapa da respiração é a pausa depois de expirar, também é chamado de kumbhaka, especialmente quando a paralisação é deliberada ou prolongada. Esta pausa Kumbhaka Bahya completa o ciclo que termina com a pausa de uma inalação e novo ciclo começa para inalação, que é o início de um novo ciclo. Pausas respiratórias têm grande importância na prática do Pranáyáma – exercícios respiratórios.

     

    BANDHAS - Fecho

    Bandhas - As quatro fases da respiração ganham o nome de exercícios respiratórios – pranáyáma, quando além da respiração completa se utiliza se de vários fechos denominado de Bandhas.

    Bandhas é uma palavra sânscrita que significa "fecho". Cada um dos Bandha é empregado para prolongar pausas respiratórias o qual liga o ar nos pulmões ou bloqueia os canais de ar para escapar ou entrar.

            As partes do corpo que estão envolvidos nos Bandhas são: lábios e palato, glote e queixo e o diafragma.

            Os dois primeiros são mais importantes no prolongamento para as pausas com os pulmões cheios e enquanto os dois últimos são basicamente mais importantes para o pulmão Vazio seguida de pausa.

     

    Técnicas de respiração

            Muitos dos antigos Tantras afirmam que o corpo é um Yantra e que a respiração é seu mantra. De forma a facilitar o entendimento deste conceito, a respiração "Bhramari" é um excelente ponto de partida. É simples, ajuda na concentração e provê um sentimento de unidade entre o corpo e a respiração, uma consciência antes de simplesmente uma função do sistema nervoso autônomo.

     

    Pranayama - Técnicas de Respiração.

            Antes de praticar os exercícios, você deve ter certeza que você sabe como respirar corretamente e como fazer pleno uso do diafragma. A fim de facilitar o fluxo de Prana e garantir que os exercícios de respiração serão realizados.

     

    Respiração Completa: A maioria das pessoas respira rasamente, e mesmo aqueles que trazem a respiração conscientemente pelo abdômen podem estar deixando algum detalhe de fora.

            Inicialmente exale todo o ar, usando o abdômen para auxiliá-lo. Inale profundamente, puxando o ar pela expansão do abdômen. Continue inalando até preencher de ar todo o pulmão superior e a região da garganta. Mantenha o rosto relaxado. Retenha por alguns segundos, ainda com o rosto relaxado. Exale lentamente, primeiro o ar da parte inferior, depois superior dos pulmões e finalmente o ar que estiver na região da garganta. Contraia o abdômen até forçar todo o ar para fora. Trabalhe para aumentar o tempo de cada fase de inspiração - retenção - expiração, sempre que o tempo do ciclo em exercício seja alcançado de forma natural e não forçada.

            Não conte o tempo com um relógio, permita que seu corpo seja o relógio! A proporção da inspiração - retenção - expiração na respiração completa deve ser de 1:1:1.

     

    Purificação de Nadis.

            Pranayama é dito ser a união de Prana e Apana. A fim de limpar as impurezas do Sushumna, sente-se em Padmasana e inale o ar pela narina esquerda, deve retê-lo o quanto puder e deve exalar pela direita. Em seguida, puxando-o novamente através da narina direita e de ter retido deve exalá-lo pela esquerda e assim sucessivamente. Desta forma os Nadis purificam-se dentro de três meses. A prática deve ocorrer ao nascer do sol, ao meio-dia, ao pôr do sol e, da meia-noite, lentamente, 80 vezes por dia, durante 4 semanas. Na fase inicial pode ocorrer a transpiração, no meio do processo um pouco de tremor do corpo. Estes resultados decorrem da pressão ao executar o ato do exercício de respiração.

            Pela prática do Pranayama, a purificação das Nadis, o aumento do brilho do plexo solar, ou seja, do fogo poder, o aumento da audição dos sons distintamente espirituais e resulta em boa saúde. Quando os centros nervosos tornarem purificado mediante a prática regular da Pranayama, o ar facilmente força seu caminho para cima através da boca pelo o Sushumna distribuindo nas demais nadis, que está no meio. O Prana que alterna ordinariamente entre Ida e Pingala é contido por Kumbhaka longa. Os yogues buscam por está prática, pois ela pode ocasionar o estado chamado de Samadhi.

            Provoca jovialidade através da prática do Pranayama e doenças são perfeitamente evitadas.

            Quando o Nadis se tornaram purificados, certos sinais exteriores aparecem no corpo do Yogue. Eles são leveza do corpo, brilho na pele, aumento do fogo gástrico, magreza do corpo, e, juntamente com estes, na ausência de agitação no corpo. Eles são sinais de purificação.

     

     

     


            Nádí shodhana significa purificação das nádís, os canais da energia. Este respiratório é importantíssimo no Yoga, pois promove o bhúta shuddhi, a limpeza dos elementos do corpo sutil, requisito preliminar e indispensável para as práticas mais avançadas. Para fazê-lo corretamente, siga atentamente estas instruções. O nádí shodhana é silencioso e agradável. Se em algum momento você sentir que está perdendo o fôlego, ou que está ficando ofegante, reduza proporcionalmente a duração de cada fase até achar o tempo ideal para a sua capacidade pulmonar individual. Um detalhe: este respiratório precisa fazer-se sem forçar absolutamente nada, sem fazerem ruídos, sem ressoar, sem perder o fôlego, sem cansar-se, sem mudar de posição, sem mover-se, sem coçar, sem oscilar, firme como uma rocha. Deve praticar-se apenas pela manhã, antes das nove horas; preferentemente, entre as quatro e os seis.

            Quanto pránáyáma fazer? Vinte ciclos é uma ótima forma de se começar. Um ciclo completo de respiração alternada significa que você inspira por uma narina, retém o ar, exala pela outra, e retém sem ar.

            Como levar a contagem sem perder-se nem se distrair do exercício? Para contar, você deve usar o japa málá de dez contas da sua própria mão. Use a esquerda, pois com a direita você irá obstruir as narinas. Comece na segunda falange do dedo anular (1), e vá a sentido anti-horário, pela terceira falange do mesmo dedo (2), depois descendo para a terceira (3), a segunda (4) e a primeira falange (5) do mínimo, depois para a primeira falange do anular (6), a primeira falange do dedo médio (7), a primeira (8), a segunda (9) e finalmente a terceira falange do indicador (10). Depois se faz o caminho inverso, começando a segunda contagem no mesmo ponto em que a primeira terminou (de 11 a 20). Os números ímpares correspondem à inspiração pela narina esquerda (idá nádí); os pares, à narina direita (pingalá nádí).

            Devem usar-se as contrações (bandhas), durante o kúmbhaka: jalándhara e moola, garganta e esfíncteres. Para iniciantes, deve-se substituir o jalándhara pelo khecharí mudrá, contração da língua. Durante o a retenção vazia se faz o bandha traya, a contração tríplice.

            Para alternar a respiração, se usa o vishnu mudrá, com a mão direita frente ao nariz, e os dedos indicador e médio recolhidos na palma. A mão se movimenta o mínimo possível: apenas as pontas dos dedos obstruem alternadamente a depressão acima das narinas, sem forçar nada. O braço fica colado na caixa torácica, para não se cansar. Lembre que os yogues são mestres em economia. Tudo e qualquer movimento devem fazer-se pela lei do mínimo esforço.



    Nádí shodhana pránáyáma

            Inicie sentando numa posição firme e agradável, com as costas bem eretas. A mão esquerda fica em jñána mudrá sobre o joelho, com o polegar a o indicador se tocando, e a direita em vishnu mudrá. Usaremos apenas o polegar e o anular: o polegar para fechar a narina direita, o anular para fechar a narina esquerda. Não coloque demasiada pressão. Obstrua, não o orifício da narina, mas a depressão logo acima dela. Para iniciar, feche a narina direita com o polegar e respire profunda e ritmicamente, apenas pela esquerda. Inspire e expire pela narina esquerda. Não force nem segure a respiração.

            Esvazie por completo os pulmões. Ao inspirar, encha primeiramente o abdômen, depois a região intercostal e o peito. Concentre-se no processo da respiração. A inalação e a exalação devem ser iguais. Conte mentalmente usando o mantra Om. O mesmo número de repetições para inspirar e expirar. Se você inspira durante três repetições do mantra Om, expire também por três repetições do Om. Se você inala em cinco Om, exale no mesmo número. Consciência total no processo respiratório. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax.

            Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda. Você fará esta respiração por uns dez ciclos. Não precisa contar. Simplesmente respire. Isto é chandra nádí pránáyáma. Refresca o corpo, é sedativo e é bom para controlar o sistema nervoso. Respiração rítmica e profunda, apenas pela narina esquerda (2 minutos em silêncio). Seus olhos devem estar fechados. Consciência total no processo respiratório (1/2 minuto em silêncio).
            Agora, faça uma retenção vazia, exale e fique sem ar pelo tempo que lhe for confortável, sem forçar. Se não for possível reter por mais tempo, inspire lenta e profundamente e faça uma retenção interna, com os pulmões cheios, pelo tempo que lhe for confortável, sem forçar. Feche a narina esquerda com o dedo anular e exale pela narina direita e passe a respirar de forma profunda e consciente, apenas pela narina direita. Inalação e exalação lenta e profunda, somente pela narina direita. Lembre que os tempos da inalação e da exalação devem ser iguais. Conte mentalmente o mantra Om para pautar o ritmo. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax.

            Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda. Isto é súrya nádí pránáyáma. É muito bom para estimular a visão e a digestão e revigorar o sistema nervoso. Dá poder físico e produz intenso calor. Você fará também esta respiração por uns dez ciclos. Novamente, não precisa contar. Simplesmente respire. Respiração rítmica e profunda, apenas pela narina direita (2 minutos em silêncio).

            Agora exale e faça uma retenção vazia, pelo tempo que lhe for possível, sem forçar. Quando não for mais possível reter, inspire lentamente ainda pela narina direita e retenha o ar com os pulmões cheios, pelo máximo de tempo que puder, porém, sem forçar.

            Depois, feche a narina direita com o polegar, exale pela esquerda e inspire em seguida por ela. Troque de narina, exale pela direita e inspire por ela. Exale pela esquerda e inspire por ela. Exale pela direita, inspire pela direita. Isto é nádí shodhána pránáyáma, as respirações alternadas, que purifica os canais do corpo energético.
            Você inspira pela mesma narina pela que exalou. Somente depois, troca de narina, com os pulmões cheios. Respiração rítmica e profunda alternando as narinas. Lembre que os tempos de inspiração e exalação devem ser iguais. Faça mentalmente o mantra Om para contar os tempos de inalação e exalação. Se você inspira durante três repetições do mantra Om, expire também por três repetições do Om. Se você inala durante cinco Om, exale no mesmo número. Consciência total no processo respiratório (1/2 minuto em silêncio).

            Este exercício revigora o sistema nervoso e o intelecto, purifica o corpo sutil e dá muita energia. O processo completo de purificação do shúkshma sharíra e o sistema das nádís leva cerca de quatro meses, e deve incluir ainda cuidados com alimentação, hábitos e emoções. Esta é uma prática essencial. Sem ela, é impossível atingir estados de meditação profunda. Respiração rítmica e profunda alternando as narinas. Esta respiração deve fazer-se igualmente por dez ciclos. Novamente, não precisa contar. Simplesmente respire (2 minutos em silêncio).

            A próxima vez que você expirar pela narina esquerda faça uma retenção sem ar nos pulmões, pelo tempo que lhe for confortável. Quando não for mais possível segurar sem ar confortavelmente, inspire lentamente e retenha agora com os pulmões cheios. Depois, exale pela direita e faça mais uma retenção vazia.
            Se não for mais possível segurar sem ar confortavelmente, inspire muito lentamente e retenha agora com os pulmões cheios. Exale por ambas narinas e faça respiração rítmica e profunda. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax. Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda.
            Os tempos de inspiração e expiração devem ser iguais, pautados pelo mantra Om, feito mentalmente. A atenção concentrada no processo da respiração. Respiração profunda e consciente por ambas narinas. Isto melhora a digestão, purifica o sangue e irriga com maior intensidade o cérebro. Aproximadamente 30% do oxigênio é consumido pelo cérebro. Ao assimilar mais oxigênio, você estará alimentando melhor o seu cérebro (1/2 minuto em silêncio).

            Você poderá aplicar este exercício de respiração consciente a qualquer altura do dia ou quando você estiver cansado, menos imediatamente após as refeições. Não se preocupe em contar. Apenas respire. Agora expire e retenha pelo tempo que puder com conforto. Quando não conseguir mais reter, inspire lentamente e retenha mais uma vez. Aqui se encerra o nádí shodhána.        

            

     

    Metodologia.

            O pranayama é uma técnica que facilmente pode ser inserida no consultório aos seus clientes antes e após a aplicação de um método terapêutico.

            Na chegada do seu cliente, irá favorecer a preparação do seu cliente para que fique receptivo.

            No término da aplicação terapêutico, poderá lançar mão dos pranáyámas para que seja selado o que foi executado. Ou até mesmo para trazer o seu cliente para a consciência, caso a metodologia tenha levado-o à processo de cartase.

            O pranáyáma para beneficio ao terapeuta é perfeito permitindo a limpeza entre um atendimento e outro restabelecendo a própria energia e dissipando provável energia estagnada do cliente que tenha saído. Vital para o nosso pronto restabelecimento

     

    Conclusão

            O Pranáyáma é conhecido com técnica principal do yoga, conhecido por todos como método de relaxamento e proporcionando um caminho para a meditação.

            O pranáyáma é um legado que podemos lançar mão em qualquer momento de nossas vidas restabelecendo o equilíbrio.

            Depois de uma base sólida construída através de prática e conhecimento é hora de começar o processo de ir para práticas avançadas. Algum dos métodos é árduo, e outros mais suaves.

            Deve utilizar-se de sabedoria. É importante saber o seu nível de capacitação na execução do pranáyáma.

            Ironicamente, para aqueles que estão dispostos a trabalhar com a mente diretamente, as práticas mais simples de consciência e desaceleração suave da respiração pode ser a mais profunda e avançada.

     

    Bibliografia

     

    1 - Pranáyáma, a Dinâmica da Respiração, André Van Lysebeth,

    2 - A Ciência do Pránáyáma, Suami Shivánanda, Editora Pensamento
    3 - O Yoga, Tara Michael, Ed. Presença

     

    Autor: : CELI COUTINHO - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:19


    KUNDALINÍ – FORÇA E CONSCIÊNCIA

    KUNDALINÍ – FORÇA E CONSCIÊNCIA

     

    A consciência de si

    Autora: Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270

     

      

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2013.

     

    SUMÁRIO

    O que é o Tantra?

    Kundalini

    Granthis - Os três nós psíquicos

    Como usufruir do Tantra

    Conclusão

    Bibliografia

     

    Introdução

     

    O TANTRA é sentir, fluir e expandir.

    O sentir não há como explicar, somente vivenciar.

    O fluir se percebe enquanto se vivencia.

    E o expandir é o resultado do vivenciar e sentir...

    Somos produtos de uma sociedade contida daqueles que precisa: sentir o toque e se expandir, ao usar a fala se entende, ao ouvir aprende-se a perceber.  
    O Tantra também é uma filosofia comportamental de vida que aplicado no cotidiano fará com que as percepções fiquem mais proeminentes.

    Isso se aprende teoricamente através dos cursos.

    Aprender a fluir acontece através da psicoterapia, ferramenta que vai auxiliar você ir de encontro ao seu EU e retirar os paradigmas que impede de simplesmente sentir e Ser.  
    Vivenciar significa aprender está aqui e agora feliz consigo mesmo.

    O Tantra não é religião, não é sexo, não  é yoga. Em seus sutras (livros) encontrou-se varias estruturas comportamentais, cientificais, terapêuticas e principalmente ritualística. Com reverencias aos fluxos dévicos, pois se acreditava que cada ser existente tem uma proteção divina um deva (deus) ou um devi (deusa) que são representados pelos yantras – formas geométricas utilizadas nos ritos e os mantras – cantos vibracional de energia qualitativamente divina. Dando assim um panteão de deidades. Reverenciado através de puja – oferenda. Onde se deu a origem ao hinduismo. 
     

    O que é o Tantra?

    Tantra é um principio filosofal comportamental de vida. A palavra Tantra significa Livros – teia – união – mas especificamente expansão. Ela é derivada das palavras Tanoti – expansão – trayati – consciência – Portanto podemos deduzir que Tantra = Expansão de consciência.

    Tantra tem um principio filosofal comportamental e matriarcal. Surgiu por volta de 12000 anos na civilização dravídiana anterior a invasão dos arianos. Que por questões políticas deixa de ser matriarcal para ser patriarcal. Mas sua origem se espalha influenciando e ou formando varias outras civilizações.

    O Samkhya que é um sistema inventarista – é a parte cientifica do tantra que deu origem aos vedas e daí então a terapia ayurvédica. Aqui não há reverencia alguma aos deuses. Apenas a observação da mente, dando origem ao yoga.

    Ainda dentro do Samkhya ele conduz em um formato de enumerar situações de acordo com a natureza de cada fato denominado prakriti (natureza). Influenciando hoje as terapias psíquicas – como a psicanálise ou o coaching. Que é através do pensamento vibrar em sintonia positiva.

    O fundamento do Tantra é dirimido através do prana – ar vital – E daí então acontecem os pránáyama – exercícios respiratórios. Assim como a observação natural do homem em postura denominado de mudrá. Que deu origem aos asanas e ou ao Yoga.

    Hoje no ocidente somos altamente influenciados pelo o sistema tântrico. E podemos fazer uso das técnicas tântricas em vários formatos que em seu conjunto vai proporcionar um caminho para o coração e o Despertar do Eu que é a lembrança de um primeiro momento existencial enquanto.Fagulha divina.

    Os textos tântricos estão entre os mais antigos do hinduísmo e do budismo. Existem Tantras hindus e budistas se auto-influenciando e os textos mais recentes refere-se ao Tantra sob o nome de Artha Veda. Os Tantras em sua origem foram manuscritos em sânscrito. Ainda guardam as diferentes épocas, lugar, cultura e religião. Tomam a forma de enciclopédia de rituais e de filosofia tântrica. Sofreram com o correr dos séculos, várias adições. Os textos mais antigos foram compilados por volta do ano 600 dessa era.

    No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas.

    O Tantra floresceu no Vale do Rio Índio, em Mohenjo-Daro. Era a cultura Harappa, da qual se encontra vestígio raro, porém importantíssimos do ponto de vista histórico. A descoberta do Vale do Rio Indo esclareceu que essa cultura foi, possivelmente, a mais antiga do planeta. Os vários objetos já mostravam figuras esculpidas ou desenhadas com formas e imagens que evocavam práticas tântricas, tais como os Ásanas (posições físicas utilizadas para desenvolver a Kundalini).

      Essas filosofias conscientizam o homem de suas energias latentes e de relação com o cosmos (a natureza). Aquele que vê a natureza apenas como vida que existe no planeta Terra está tão equivocado quanto aquele que o vê como um universo cósmico repleto de planetas, sóis e nuvens de gases. Os dois vêem o cosmo de um modo míope e incompleto.

    O mesmo erro está expresso nas ciências que estudam o homem como um ser que possui corpo, consciência e subconsciência, acabam esquecendo que o ser humano é constituído de órgão que lhe permitem ultrapassar a mente inconsciente e a mente consciente; que seu corpo é constituído de sensibilidades que ultrapassam necessariamente o intelecto e, até mesmo, a intuição.

    Convém acrescentar que o homem pensado e conhecido pelo hindú é  possuidor de um corpo de sensações, extraordinariamente complexo, do qual não temos equivalente no pensamento ocidental.

    É justamente nesse ponto que queremos insistir: no conhecimento desse homem absolutamente insólito, desconhecido da filosofia e ciência ocidentais, onde o Tantra assenta sua sabedoria. É mostrar que, aquele que vê as coisas de um ponto de vista egoísta, centralizado em seu meio limitado jamais terá consciência das energias que o animam. É a negação do cosmos, é o absurdo da condição humana não ligada ao seu princípio (Dharma). Daí percebe-se que, para se aprofundar a questão homem / natureza é importante conhecer o Tantra.

    Como já  vimos anteriormente, Tantra significa expansão da Consciência, modos de vida, sexualidade e atitude social. No sentido mais amplo da palavra expressa uma filosofia de vida, uma cultura, bem como a preparação para a ação meditativa interior.

    A transcendência dos princípios Shiva e Shakti leva ao ponto central, que é a própria Shakti kundaliní indiferenciada a resposta de tudo. Essas especulações do tantra deram origem aos inúmeros cultos às divindades femininas (devís) que hoje existem no contexto do hinduísmo.

    A característica comportamental do tantra está centrada na transgressão de valores morais e sociais (desconstrução de estereótipos e clichês culturais e psicológicos) arraigados na cultura dominante indiana. Os textos, lendas e símbolos tântricos expressam vozes que contestam as estruturas rígidas patriarcais nas quais estão construídas as concepções de diferenças de casta, o papel social e familiar submisso da mulher, a ortodoxia e poder sacerdotal, a utilização depreciativa do corpo e da sexualidade e as normas e formas de se buscar o divino que excluem as “minorias” (castas inferiores, mulheres e etc.).

    O tantra também desenvolveu técnicas (vidhis) e práticas (sádhanas) psicológicas e corporais que visa proporcionar vivência real e sensorial aos seguidores de seus princípios. Nas práticas tantricas encontra-se complexas metodologias que tem como objetivo a tomada de consciência e o domínio do corpo, da mente e das emoções; a manipulação das energias físicas e psíquicas humanas em prol do desenvolvimento de poderes para-normais (siddhis) e a utilização desses no processo mundano e espiritual; a união dos opostos e a transcendência da dualidade na imersão na Ultima Realidade.

     

     

    NADIS – condutos energéticos

     

    O nadi palavra derivado da raiz sânscrita nala (motion.). O nadi é energia em movimento. Em vários pontos focais dentro do corpo prânico, redes de nadis se cruzam para formar chakras.

      São vários canis com nomes diferentes de acordo com suas funções. Nadikas são nadis pequeno e nadichakras são gânglios ou plexos em todos os três corpos.  
     Diz-se no Varahopanisad que o nadis penetram o corpo através da sola dos pés até a coroa da cabeça. Neles é o prana, o sopro da vida e o Atma que permanece produzindo a morada de Shakti, criadora dos mundos animados e inanimados.

    Todos nadis são originários de um dos dois centros, o Kandasthana - um pouco abaixo do umbigo, e do Coração.

    Doze dedos acima do ânus e na altura dos órgãos genitais e logo abaixo do umbigo, existe um canal em forma de ovo chamado kanda distribuindo canais de passagem de energias, que totalizam 101 nadis espalhado por todo o corpo, cada uma se ramificando em outro 101 que totalizam 72.000. Se movem em todas as direções e tomam inúmeras funções.

    A Siva Samhita menciona 350.000 nadis, dos quais 14 são indicados para ser importante.

    Os mais importantes são o Sushumna, Ida, Pingala, Gandhara, Hastajihva, Kuku, Sarasvati, Pusha, Sankhini, Payaswini, Varuni, Alambhusha, Vishvodhara, Yasasvíni.  Sushumna domina a todos os demais.

     

     

    IDA, PINGALA, SUSHUMNA - Para que se possa ter uma noção desses três nadis ao longo da coluna vertebral, tomemos uma série de números "8" e os coloquemos em posição horizontal, empilhando-os ao longo da coluna vertebral; teremos então uma figura semelhante às serpentes a figura acima. O nadi brota pela esquerda é Ida; o da direita Pingala; não estão dispostos de forma paralela, eles entrecruzam-se como pode observar na figura acima. No centro corre um canal: é o nadi Sushumna. Ao longo da coluna vai formando uma série de confluências, das quais a mais importante é a existente no chakra frontal, onde desembocam Ida e Pingala estando sempre ativos, mas o Sushumna permanece inativa, devido o prana circular através dele. No interior do Sushumna acham-se três outros nadis o Vajna, Chitrini, dentro do qual se encontra o Brahma nadi, ao longo do qual se elevará a energia Kundalini através da coluna no corpo físico.

    NADI = NATUREZA - "Cada nadi tem uma natureza quíntupla e encerra cinco fibras de energia estreitamente ligadas no interior de uma camada que os recobre. Estes filamentos de energia são unidos uns aos outros em relações transversais" É preciso, entretanto notar que cinco tipos de energia formam uma unidade e que, tomados em seu conjunto eles formam o próprio corpo etérico. É através destes cinco canais que correm os cinco pranas maiores, vitalizando assim todo o organismo humano. Não existe uma só parte do corpo que não possua uma rede de nadis subjacente à sua forma.

    Essa confluência pode entrar em congestionamentos gerando desequilíbrios e desencadeando “doenças” decorrente de bloqueios ou restrições ao funcionamento do sistema de nadis. A maioria das pessoas vê o corpo humano como uma série de camadas progressivamente, cada vez mais sutis e semelhante ao de uma cebola; mas a verdade é exatamente o oposto disso. Cada um dos corpos penetra no anterior até o centro do corpo físico, ou seja, todos se interpenetram. É isso que faz com que o sistema de nadis possa existir nos corpos físico e energético simultaneamente.

    Existem seis nadis do lado direito do corpo, seis do lado esquerdo e dois no eixo central. São, portanto, quatorze no total iniciando no Muladhara chakra.

    O corpo funciona segundo uma polaridade básica: feminino / masculino - receptividade / atividade.

    Todas as tradições reconheceram a existência dessa polaridade fundamental na vida e no corpo. Os sábios védicos, metaforicamente usaram as figuras do Sol e da Lua para representar o lado ativo e o lado passivo da criação. É auxiliado nesse trabalho pelos nadis solar e lunar, respectivamente Pingala e Ida.

    Todos os métodos yogues, como o pranayama e os ásanas, trabalham com esses três nadis. O Kundalini Yoga trabalha primeiro com os nadis da direita e da esquerda e depois com o nadi central, mediante o desenvolvimento do udana vayu – o vento ascendente –, que deve resultar na ativação da Prana Shakti, ou energia prânica primordial. O equilíbrio de ojas e tejas no corpo e na mente colabora para isso. É a união de tejas e ojas quem ativa a energia da Kundalini (Prana Shakti). Ela sobe então até ao topo da cabeça. Existe um nadi que cumpre especificamente essa função que é o Brahmi nadi.

     

    Os Nadis Centrais

    1. Sushumna – Corre do chakra da raiz ao sétimo chakra onde termina a parte superior da cabeça. Facilita o fluir ascendente do prana puro que nutre o corpo inteiro. Este nadi trabalha principalmente através de Prana Vayu.

     

    2. Alambusha – vai do começo do Sushumna até o ânus. É a via de saída pela qual o prana impuro e eliminado do corpo. Alambusha nadi começa na fonte do Sushumna. Ele termina no reto onde descarrega apana a partir do corpo. Está relacionada com a raiz do primeiro chakra e o Apana Prana

     

    Os Nadis da Direita

    3. Kuhu - Vai da base da coluna até o segundo chakra e depois se dirige até a extremidade do pênis ou da vagina. Leva o prana aos sistemas reprodutivo e urinário.

    Kuhu nadi fornece prana para o sistema reprodutivo e do trato urinário. Ele sobe da base da coluna vertebral para o segundo chakra. Lá se ramifica para acabar na ponta dos órgãos reprodutores. Este nadi funciona em conjunto com o segundo chakra e Apana Prana.

    O Nadi Kuhu por exemplo, faz acontecer a ejaculação juntamente com a Nadi Chitrini. O domínio desta nadi é o principal objetivo do exercício Vajroli, permitindo que o aspirante masculino eleve o fluido seminal do segundo chakra para o Chakra Soma dentro do Chakra Sahasrara, juntamente com o fluido vaginal de sua contraparte feminina. É essa prática que muitas vezes é conhecido como sexo tântrico, que criou um monte de atração para Tantra no Ocidente.

    4. Varuna - vai da base da coluna até o quarto chakra, e divide-se para espalhar o prana pelo corpo todo. Diz-se que existe em toda parte. Varuna nadi fornece prana para todo o corpo através do sistema circulatório, pulmões e pele. Levanta-se a partir do chakra do primeiro chakra ao quarto chakra. A abertura para este nadi é a pele inteira. Ele trabalha em conjunto com o quarto chakra e Vyana Prana.

     

    5. Yashasvati - vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo, e dirige para o braço direito e a perna direita. Leva o prana aos membros e permite a movimentação destes. Yashasvati nadi sobe do primeiro chakra para o terceiro onde se ramifica fora e corre para a palma da mão direita e sola do pé direito. Ele designa ramos de energia para fora que termina na ponta dos dedos das mãos e dos pés com as suas terminações principais ocorrendo no dedo polegar. Vyana Prana e terceiro chakra trabalham em conjunto com este nadi.

     

    6. Pusha – vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se ao olho direito, alimentando-o de prana. Pusha Nadi ramifica a partir do sexto chakra e termina no olho direito. Este nadi está relacionado com o Prana Vayu e o terceiro chakra.

     

    7. Payasvini - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se ao ouvido direito, alimentando-o de prana. Payasvini Nadi fora do sexto chakra para fornecer prana para a orelha direita onde termina. Payasvini está relacionado com o chakra da garganta.

     

    8. Pingala - vai da base da coluna ate o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se à narina direita, alimentando-a de prana. Nadi Pingala sobe do primeiro chakra para o sexto chakra onde se ramifica fora e termina na passagem nasal direita. Este nadi estimula toda a nadis no lado direito do corpo, e está relacionado com o primeiro chakra.

     

    Os Nadis da Esquerda

    9. Visvodhara – vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo de onde se dirige até à região do estômago, alimentando-a de prana.. Este nadi está relacionado com o Prana Samana e a terceiro chakra. O nadi Visvodhara controla o funcionamento do sistema digestório.

     
    10. Hastijihva
     – vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo, de onde se dirige ao braço esquerdo e a perna esquerda. Leva o prana aos membros e permite a movimentação destes. Hastijihva nadi, ramifica-se do terceiro chakra e corre para o a parte esquerda do pé e palma da mão com o término na ponta do polegar.

     

    11. Saraswati - vai da base da coluna até o quinto chakra, na garganta, de onde se dirige à língua e à boca, alimentando-as de prana. Saraswati nadi fornece prana para a língua e boca. Ele se ramifica do quinto chakra e termina na ponta da língua. Saraswati nadi trabalha em conjunto com o quinto chakra e Prana Udana.

     

    12. Gandhari - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, de onde se dirige ao olho esquerdo, alimentando-o de prana. Gandhari nadi fornece prana para o olho esquerdo, onde ele termina. Ele se ramifica do sexto chakra e como o nadi Pusha relaciona-se com o terceiro chakra.

     

    13. Shankhini - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, de onde se dirige ao ouvido esquerdo, alimentando-o de prana. Shankini fora do sexto chakra e energiza a orelha esquerda onde termina. Este nadi está relacionado com o quinto chakra.

     

    14. Ida - Começa no chakra raiz onde ele sobe para o sexto. Aqui ele se ramifica para proporcionar prana e terminam na narina esquerda. Este nadi estimula todos os nadis no lado esquerdo e está relacionada com o chakra raiz. Vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se a narina direita alimentando-a de prana.

    Oito das 14 nadis se movimentam o fluxo da energia em pares.

    Ida e o Pingala conduzem o prana para dentro e para fora das passagens nasais e controlam o sentido do olfato.

    Shankhini e o Payasvini controlam os ouvidos e o sentido da audição.

    Gandhari e o Pusha controlam os olhos e o sentido da visão.

    Hastijihva e o Yashasvati controlam a atividade motora dos membros e, portanto, o movimento.

    Os outros seis nadis controlam os outros sentidos e atividades motoras.

    Saraswati controla o paladar e a língua;

    Visvodhara controla o sistema digestório e a capacidade de digerir;

    Kuhu controla os sistemas reprodutor e urinário;

    Varuna controla a respiração, a circulação, a pele e o sentido do tato;

    Alambusha controla a atividade de eliminação.

    Sushumna controla o sistema nervoso e o corpo inteiro; contém em si todos os outros nadis, pois é o pilar axial do corpo subtil (os corpos etérico, astral e mental do sistema ocidental).

     

     

    KUNDALINI - A energia vital básica reside no centro básico (muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes através da alquimia agregada nas forças dos demais  Tatwas. Api – sentimento – terra – Pritivi – matéria – Vayu – Ar – Conhecimento e Akasha – Espírito Divino e depois retornando a sua origem na Terra. Proporcionando o grande mistério do que está em cima é o mesmo que está em baixo. 

    A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

    O Tantra Sadhana (prática), atuando como uma verdadeira Psicologia Energética do Yoga,  utiliza-se do instrumental: asanas, pranayamas, kriyas, bandhas, mudras, meditações etc. para sustentar o equilíbrio psíquico, emocional e energético - e conseqüentemente o equilíbrio da personalidade - de modo a proporcionar a experiência da Unidade. E para tal, trabalha com a administração da complexa fisiologia energética e das técnicas que citamos acima.

    Um dos elementos interessantes desta fisiologia (e desta filosofia) é  o conceito dos Granthis, os nós psico / emocionais / energéticos que estão posicionados ao longo da Sushumna Nadi (o conduto central de energia que se localiza como contraparte sutil da coluna vertebral).

    O Sushumna nadi  simboliza a consciência da Unidade (energia Kundalini) e os Granthis simboliza o fluxo do universo em forma do Fogo Sagrado. Os sistemas de corpos energéticos com seus núcleos de boicotes, limitações, sabotagens, apegos e falsas crenças e identificações que devem ser transmutados e re-significados ao longo de nossa jornada para a consciência da Unidade.

     

    Granthis - Os três nós psíquicos

     

    Os Granthis  são os obstáculos gerados através do psíquico / emocional / energéticos que cada um deve passar ao longo da sua trajetória rumo ao autoconhecimento.

    Ao mesmo tempo expressam as defesas e bloqueios que construímos. 
    Os samsaras (impressões psico-emocionais, que vão gerar vasanas, que são as crenças, tendências e padrões) – outro nome para os Corpos Energéticos - vai, de acordo com sua “temática”, funcionar como manutenção dos Granthis.

    É interessante procurar notar no trabalho de canalização de Corpos Energéticos, quais conteúdos estão relacionados e com que Granthis ?

    De onde se originam os padrões que estão sendo manifestados e expressos pelo canalizador?

     

    VRTTIS DOS CHAKRAS

    Os antigos yogues se dedicavam a ouvir os sons emitidos pelas pétalas durante suas meditações e descobriram 49 sons. A partir dos sons das pétalas, surgiram as 49 sílabas que compõem o alfabeto sânscrito.

    Mas afinal o que são estas pétalas? São sub vórtices dos Chakras chamados em sânscrito de Vrttis. São os vórtices da mente. Os yogues descobriram que cada vrtti emana uma determinada energia psíquica e podemos dizer que a combinação dos aspectos dos 50 vórtices compõe os bilhões de personalidades humanas que existem.

    De acordo com as escrituras do Tantra, as faculdades mentais (vrttis) são de cinco tipos, e podem causar ou não sofrimento. São os seguintes:

    Pramana: Correto conhecimento com base na percepção direta ou em escrituras;

    Vipariaya: opinião errônea após estudo, ou seja, interpretação ou avaliação errada e ou distorcida, quando o conhecimento de alguma coisa não é baseado em sua forma verdadeira;

    Vikalpa: ilusão ou fantasia, que repousa meramente em expressão verbal ou imaginação;

    Nidra: sono profundo sem sonhos,

    Smrti: memória, retenções de impressões do passado.

    A harmonização dos vórtices é uma tarefa árdua e até pra muitas vidas em algumas pessoas e à medida que o homem evolui espiritualmente eles passam a funcionar de uma maneira tal que nossos sentimentos e emoções não nos dominam mais.

    Quando um determinado vrtti de um Chakra é perturbado por reações psíquico emocional, mental ou até mesmo espiritual é estimulado e torna-se desequilibrado e este padrão energético flui através dos milhares de canais energéticos, os chamados Nadis de nosso corpo sutil, perturbando a tranqüilidade de nossa mente.

    Como os Chakras estão ligados a uma determinada glândula, o hormônio relacionado a ela é super ou sub estimulado, modulando sua produção e provocando sintomas físicos e emocionais perceptíveis.

    Podemos começar agora a concluir que estes vórtices de energias chamados Vrttis “são” a mente de registros passados e que podem ser também considerados como centros de consciência. Sendo assim, torna-se evidente que nossa mente não se localiza em nosso cérebro e em nenhuma estrutura física. Portanto, a mente está distribuída nos 50 aspectos existentes nestes seis Chakras sendo que o cérebro teria apenas uma função semelhante a um terminal de computador dando-nos a ilusão de que nossa consciência se localiza em um determinado local de nosso corpo: para os ocidentais espiritualistas entre as sobrancelhas, mas para os povos do oriente, mas especificamente tântrico, no coração.

    Passaremos a descrever as diversas qualidades psíquicas ligadas aos Vrttis de cada Chakra.

     

     

     

    Métodos para equilíbrio Nadis e fluidez da Kundaliní.

    Como já  mencionado todo desequilíbrio, e ou doença é o resultado do congestionamento ou restrições no sistema dos Nadi. O tato ou pranáyáma são os principais meio de restaurar o funcionamento adequado de qualquer área trabalhando através do sistema dos nadis.

    O quatorze nadis principal nasce no primeiro chakra. As Nadis Central é que facilita o fluir do percurso pela a coluna, fluindo seis de cada lado, ou seja, esquerdo e direito do corpo. O nadis no lado esquerdo está relacionado com o feminino - passivo -Tamásico. O lado direito, lhes confere a qualidade masculina - ativa - Rajásico e a Central nadis são Sáttvico de natureza.

    O Prana flui e alternam entre os dois lados do nosso corpo ao longo do dia. O lado direito é geralmente ativo durante duas horas, seguida por um breve intervalo de ambos os lados da atividade, e, em seguida, desloca para o lado esquerdo, durante duas horas. Isto pode ser observado pelo o ar que flui através das narinas. Se o ar é em primeiro lugar que flui acontece é da narina esquerda, este lado está predominante. Quando o ar flui através da narina direita, então o lado direito predomina. Quando o ar flui igualmente por ambas as narinas, o prana esta ativa nos canais centrais. Tome nota da narina que predomina quando você está energizado, sonolento, calmo e pacífico. Além disso, observe a narina que predomina quando você está deprimido ou irritado.

    Praticar a respiração com a narina alternado vai ajudar a manter o equilíbrio entre os dois lados do seu corpo e irá manter o equilíbrio correto das Gunas.

     

    Como Tratar os Nadis

    Tratando o sistema de nadis, empregamos um meio direto para a harmonização dos humores (dosha). Pelo uso consciente dos nadis na automassagem e tornando possível uma rotina diária para movimentar de forma pacifica os sentidos e a atividade motora prevenindo desequilibrios.

     

    Auto -Tratamentos

    1. Sushumna – Aplicar óleo quente ao topo da cabeça com movimentos circulares leves no sentido horário (óleo de Brahmi – espécie de centelha asiática).

     
    2. Alambusha – Lavar o ânus diariamente e aplicar óleo de gergelim.

     
    3. Kuhu – aplique óleo de gergelim nos órgãos genitais e região

     
    4. Varuna – Todas as técnicas de massagem contribuem para o tratamento deste nadi. A massagem com óleo é a mais eficaz para o tratamento da pele enquanto órgão do sentido do tato. A quantidade e o tipo de óleo dependem da constituição (prakruti - doshas).

     
    5. Yashasvati – Aplicar óleo quente nas palmas das mãos e nas solas dos pés diariamente. Use o óleo de acordo com a prakruti.

     
    6. Pusha – Umedecer um pouco algodão em chá de camomila, e coloque-o sobre olhos  e em seguida fazer uma leve massagem sobre eles..

     
    7. Payasvini – molhar o dedo no óleo e aplicar com cuidado dentro do ouvido. Massagear a orelha toda também é bom.

     
    8. Pingala – Use um conta-gotas para pingar duas gotas de óleo dentro na narina (óleo de Brahmi ou de gergelim). Ou então, aplique um pouco de óleo e fazer uma leve pressão ao lado da narina.

     
    9. Visvodhara – Fazer uma massagem de óleo quente na região do abdômen. Usar o óleo de acordo com a prakruti da pessoa.

     
    10. Hastijihva – Aplicar o óleo quente nas palmas das mãos e nas solas dos pés diariamente. Usar o óleo de acordo com a prakruti da pessoa.

     
    11. Saraswati – Aplicar um pouco de óleo na região da garganta e da mandíbula. Fazer uma massagem leve nas laterais da garganta e nos músculos do maxilar serve para tratar este nadi, bem como a massagem na parte de trás do pescoço.

     
    12. Gandhari – o mesmo que Pusha.

     

    13. Shankhini – o mesmo que Payasvini.

     
    14. Ida – o mesmo que Pingala.

     

    Um dos métodos mais importantes de tratamento dos nadis é a rotina diária de manutenção.

    Essa rotina diz respeito principalmente à higiene e ao correto uso dos sentidos. A sobrecarga dos sentidos é uma das principais causas de doenças.

    Os óleos naturais, extraídos a frio, contêm quantidades elevadíssimas de vitaminas, minerais e nutrientes. A pele é um órgão de assimilação e está relacionada ao sentido do tato. O óleo nutre o corpo inteiro por meio do sistema de nadis regido por Varuna nadi, um sistema complexo de canais minúsculos que se espalham pelo corpo inteiro.

    Como as narinas são os pontos finais de Ida e Pingala (e estes são os auxílios que apoiam todos os outros nadis), elas são o ponto mais importante do corpo para o tratamento. A limpeza e a nutrição diária das vias nasais é muito importante nos regimes de saúde da Yoga e do Ayurveda. Depois da limpeza que é feita com a cabeça inclinada para trás e para os lados, para lavar as narinas com água morna salgada utilizando um lota, as vias nasais podem ser nutridas com óleo. Pingar as gotas diretamente no nariz. Quando esse processo é feito diariamente, o cérebro fica nutrido e o dosha permanece equilibrado. Um conta-gotas e um pequeno frasco de óleo de gergelim são os instrumentos necessários para conter o humor.

    As outras formas de nutrição são o silêncio, o contato direto com a natureza, o amor, alimentos saudáveis ingeridos em quantidades moderadas e a meditação.

    Embora seja geralmente aceite que o Ida termina na narina esquerda e Pingala na narina direita (tanto assim que é aconselhado para respirar alternadamente em cada narina para purificar nadis, há duas interpretações tradicional é que eles são amarrados como um arco duplo, o Ida totalmente à esquerda, o Pingala completamente à direita, e Sushumna apoiando os chakras no centro. Uma interpretação rival, e que se tornou muito popular no Ocidente, é que o Ida e Pingala o suplente, atravessando a Sushumna o em vários pontos, dando assim origem à imagem do Cauduceus. Veja a imagem a seguir, mostrando os nadis e os chacras equiparado com os cinco elementos.

     

    acima, estilizado diagrama "cauduceus" mostrando o Ida a (azul), o Pingala (laranja), e os nadis Sushumna, os seis chakras (excluindo o Sushumna) e as associações elementares de cada chakra.

     
     
    Supõem-se que o prana (ativo) circule dentro Pingala, enquanto apana (passivo) circula dentro de Ida. Kundalini quando desperta circula dentro de Sushumna. O nadi Ida controla todos os processos mentais enquanto o nadi Pingala controla todos os processos vitais. Alguns autores associam os nadis Ida e Pingala aos sistemas nervosos simpático e parassimpático. 
     Acredita-se que estes nadis tenham uma função extra-sensorial, e estão associados às respostas empáticas e instintivas.

    As técnicas de respiração ritmada supostamente influenciam as correntes energéticas que circulam nesses nadis. De acordo com esta interpretação (que é a interpretação do Yoga) as técnicas de respiração servem para purificar e desenvolver estas duas correntes energéticas e preparam para exercícios respiratórios superiores cujo objetivo é o despertar de kundalini.

     

    Para que buscar pelo o Tantra?

    Buscar pelo o Tantra é o caminho que permite resgatar o poder de força e equilíbrio. É a ferramenta que conduz ao coração. Ou seja, o aprendizado de se amar, de sentir e de se permitir ter e fazer o que deseja. Sem dogmas e paradigmas.

    O Tantra permite co-criar sensações e realizações de vida. Através do realinhamento do poder de criar – feminino – shakti e de realizar – masculino – shiva inerente a cada pessoa – ou seja, permite acessar a sua verdadeira essência.

     

    Quais as formas que se pode buscar pelo o Tantra?

    Hoje o Tantra é divulgado como terapias tântricas e aproveito para desmistificar ou até mesmo esclarecer que quando se pensa em Tantra se traduz sexo e ou pornografia, divulgada pelos que exploram comercialmente o rotulo Tantra.

    Mas o Tantra é a tarefa de aprender a sentir e vivenciar terapeuticamente é possível através de meditações dinâmicas denominadas de vivências.

    Vivencias são métodos de conduzir um movimento através de uma melodia compactuada pela a sensibilidade do terapeuta em reconhecer através da nota os elementos que nela se forma, exemplo – terra, água, ar, fogo. A melodia é conduzida numa seqüência que produz o movimento de forma coreografada e conduz o participante a quebrar o fluxo ativo da mente de pensar para o sentir, mudando assunto o padrão comportamental da mente e concebendo o sentir formatando um equilíbrio automático.

     

    Vivência tântrica.

    Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira harmoniosa. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significaria estarmos sensual e sensorial?

    Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência, aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

     

    Individualmente

    Através do realinhamento de chakra – Deeksha – iniciação – com mantras que são palavras entoadas que produzem comandos de força no cérebro atuando em pontos específicos do corpo que leva ao despertar do inconsciente e forma assim uma mensagem de revitalização e capacidade de poder.

     

    Através da massagem tântrica – pertence ao rito do maithuna – metafísica do sexo e que foi retirada do rito com a função terapêutica a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido. 
     A pessoa ao ser massageado tem a sensação de carinho e de amor. Não há dores, desconforto, nem torções.

    A massagem tântrica pode ser comparada com o som de instrumento de cordas. Onde o terapeuta transporta através das pontas dos dedos e das palmas das mãos um fluxo continuo e suave de toques sobre a pele provocando a eletricidade do corpo denominada de libido. O toque é feito de forma harmonioso, sutil e amoroso.

    Esse processo de prazer ao ser canalizado durante a massagem permitir equilibrar os hormônios e revitaliza os órgãos genitais internos e externos.  Favorecendo a potência nos homens e preconizando ao orgasmo seco. 
     Para as mulheres proporcionarão a facilidade do sentir orgasmos, corrigindo disfunções como TPM, frigidez, timidez e valorização de si mesma como mulher deixando-a mais feminina e sensual. Os homens concebem em si a capacidade de fluir o fluxo de intuição, sensibilizando as emoções, promovendo a dose necessária para fluir no pulso dos negócios e da afetividade.

     

     

    Conclusão

    Tantra é um caminho de conexão ao Divino - uma das trilha para o sagrado, o poder latente da certeza em ser pleno e único.

    Tantra é a transformação de energia. Vivenciar a trama da vida. É Tantra o despertar para o prazer num todo.

    O Tantra não pede ao Sádhaka (praticante) que pare de agir, mas sim que a ação seja transformada em consciência interior. Não se trata de uma mudança radical de vida e sim de uma conscientização dos desejos, sentimentos e situações. Não apenas de conhecer o desconhecido, mas o de realizar o já conhecido.

    O Tantra torna o ser humano mais sensível ao seu momento histórico, revitaliza suas energias físicas e unifica suas paixões.

    Procure conhecer a filosofia do Tantra sem os olhos da religião = hinduismo e sem os olhos do sexo, como assim tem sido entendido.

    A libido é uma energia existente em todos os seres vivos e que permeia o fluir do fazer e concretizar. É a energia que permeia as paixões e o desejo. Mas é a porta para transcender a consciência O tantra diz fique aqui agora e vivencie .É assim para tudo na vida!!

    Você não pode viver o amanhã sem viver o Hoje!

    Portanto sorria, dance, vibre, celebre, isto é Tantra.

     

     

    Bibliografia

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

     

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:35


    Terapias Tradicionais Milenares

    Holopuntura: A Quintessência da União de Técnicas

    Resumo:

    Holopuntura é uma nova (re)visão sobre as milenares técnicas da Acupuntura, Auriculoterapia e Reflexoterapia.

    A premissa central é que podemos aplicar estímulos em micro-regiões (pontos) e com isso obter reações globais, despertando os próprios recursos naturais de auto-harmonização.

    Introdução:

    Holopuntura: A Quintessência da União de Técnicas

    Com a Pulsologia de Nogier (muito prática e de rápido aprendizado) ou analisando a reação do cliente ao toque em pontos-chaves, de pronto obtém-se a avaliação de quais seriam os desequilíbrios e quais as micro-regiões a serem estimuladas para despertar em nossos Clientes todos os seus recursos de Auto-Harmonização.

    À disposição, uma vasta gama de opções de estímulos distintos, tais como o toque, imãs, cores, sons e até as famosas agulhas, dentre outras. O trabalho pode ser realizado tomando-se regiões corpóreas (orelhas, pés, pontos de acupuntura) que atuam como um microcosmo da pessoa atendida, um "espelho" de mão-dupla, que tanto reflete o estado global de harmonia, quanto intervém terapeuticamente, mediante estimulação. O mapeamento das zonas reflexológicas foi quintessenciado ao máximo, devido ao resgate da milenar abordagem dos Cinco Movimentos Chineses, que traduz o trabalho em uma síntese quase que poética e de fácil compreensão.

    Material e Metodologia

    PULSOLOGIA DE NOGIER e REFLEXOTERAPIAS

    Resumidamente, a Pulsologia de Nogier começou com o próprio, que é conhecido como o Pai da Auriculoterapia, que é a opção de Reflexoterapia mais estudada..

    Por ter o hábito de tomar o pulso de seus clientes, Nogier, durante seus trabalhos de auriculoterapia, percebeu certos "sinais", como se fossem "trancos" ou súbitas "sumidas" da pulsação.

    E que isso ocorria justamente quando estava com algum estímulo (por exemplo, uma ponta metálica...), passando por sobre uma região reflexa desequilibrada.

    É como se uma "onda" passasse por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso.

    É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida, como puderam constatar em nossa aula presencial, durante o Holística 2004.

    Atentem que não altera a QUANTIDADE de batidas cardíacas, mas sim, a INTENSIDADE com que a percebemos, como se uma "onda" passando por debaixo de nossos dedos, enquanto tomamos a pulsação. Alguns percebem essa "onda" em seu pico, ou seja, como um "tranco" no pulso do cliente. Outras vezes, percebemos essa "onda" quando ela "cai", como se fosse uma súbita "sumida" do pulso. É uma sensação que dura cerca de 1 segundo, mas que é nitidamente percebida.

    É importante que TREINEM BASTANTE, de preferência, com várias pessoas diferentes, pois "localizar" o pulso varia bastante em cada caso. Para os casos difíceis, apliquem a tática de fazer toques circulares na região entre as sobrancelhas, que de pronto, a percepção do pulso se torna muito mais nítido. Um detalhe que pode fazer a diferença: TIREM OS METAIS DOS DEDOS E PULSOS: relógios, anéis, pulseiras, etc, em algumas pessoas simplesmente some com o Sinal de Nogier. Em muitos casos, pode-se até sentir a pulsação, mas nada de perceber o Sinal de Nogier... Se for esse o caso, experimente tirar os metais próximos, tanto do cliente, quanto os seus.

    A Pulsologia de Nogier, todos teremos a oportunidade de constatar, é MUITO útil para a prática das reflexoterapias.

    REFLEXOTERAPIAS

    Diferentemente da visão da acupuntura pelo corpo, cujos pontos existem o tempo todo, quer estejam "abertos" para tratamento, ou não... nas zonas reflexológicas só surgem pontos SE e SOMENTE SE, estiverem refletindo um desequilíbrio energético.

    Notem bem o diferencial: se localizamos pontos pelo corpo (acupuntura sistêmica...), isso em nada define o nosso trabalho.

    Contudo, se localizamos pontos nas zonas reflexas, automaticamente temos e AO MESMO TEMPO, tanto a noção de qual é esse desequilíbrio (devido à sua correspondência nos mapas reflexológicos), como, também, detectamos o local exato que está aberto a ser estimulado terapeuticamente.

    E COMO localizar estes pontos ? Bom, temos duas opções: 1) aparelhagem eletrônica de boa qualidade e bem regulada; 2) PULSOLOGIA DE NOGIER.

    Muitas pessoas até gostam de aparelhinhos fazendo "bip", mas, com toda sinceridade, a pulsologia de Nogier é muito mais precisa... Além de mais precisa, é bem mais simples: basta tomar o pulso e uma ponta metálica para servir de "antena" a ser passada sobre as regiões reflexas.

    Inclusive, para quem gosta de agulhas, esta ponta metálica pode ser justamente a ponta de uma micro-agulha auricular, a ser aproximada por uma pinça...

    Com um pouco de prática, a detecção do ponto e a aplicação da micro-agulha se torna um procedimento rápido e preciso.

    Não gosta de agulhas ? Ótimo: temos muitos outros estímulos eficientes.

    Imãs (lado norte e lado sul), esferas "ouro" e "prata", cromopuntura (aplicação de cores nos pontos...), softlaser, toque terapêutico nos pontos (ou com dedo, ou com pontas, tipo "apalpador de pressão" com mola...), etc, etc...

    A Pulsologia de Nogier também nos socorre quando for o caso de escolher qual é o estímulo adequado. Por exemplos:

    Lado norte ou lado sul, do imã ? Esfera ouro, ou esfera prata ? Polo positivo ou negativo ? Qual das cores aplico no ponto ? Qual das regulagens em hertz eu aplico ?

    Basta testar cada opção que deseja aplicar, por sobre cada ponto localizado e verificar qual faz com que o pulso reaja nitidamente...

    Por esse mesmo método, pode-se testar inclusive, fitoterápicos.

    Paul Nogier, por ser médico e absolutamente contrário a que não-médicos utilizem auriculoterapia, passou a testar medicamentos através da pulsologia e da aproximação destes dos pontos auriculares.

    Como somos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, o que NÓS testamos são os fitoterápicos.

    Digamos que já detectamos na orelha, os pontos/ desequilíbrios (via de regra, de uns 3 a no máximo, 5...).

    E que estamos em dúvida entre algumas opções de fitoterápicos que podemos recomendar...

    Se estiverem em forma "picada", podemos pinçar um pouco e aproximar desses pontos identificados, para perceber a reação do pulso.

    Notarão que alguns em nada alteram; outros, até somem com o pulso e, de repente, um deles torna a pulsação "limpa", nítida, forte, reagindo com "tranco" à aproximação.

    Pronto: terá detectado qual(is) é (são) o(s) fitoterápico(s) adequado(s) ao momento do cliente.

    Muitas vezes, a combinação de uma ou mais amostras juntas pode melhorar a reação ao pulso, muitas vezes, não, até se anulam, indicando que é melhor optar por chás separados...

    CLARO: se forem ter amostras de fitoterápicos em seus consultórios, OBRIGATORIAMENTE tem que ser de origem definida, ou seja, com NOTA FISCAL DE COMPRA, e rotulagem contendo laboratório e farmacêutico responsável. E, NUNCA, JAMAIS, NEM EM SONHO, vendam estes produtos. E, obviamente, só podem ser recomendados produtos de VENDA LIVRE, ou seja, sem necessidade de receita MÉDICA.

    AURICULOTERAPIA

    Chamamos de Auriculoterapia à técnica de análise e tratamento reflexológico por meio de estímulos no pavilhão auricular.

    Sua origem data de milênios, tendo sido encontradas pinturas egípcias descrevendo o seu uso; Hipócrates, considerado o pai da medicina ocidental, detalhou seu uso para dores de dente, faciais e ciáticas. analgesia para nevralgias odontológicas, faciais e ciáticas.

    Caído em esquecimento até os meados de 1951, quando o francês Paul F. M. Nogier iniciou suas pesquisas, dando tamanho grau de desenvolvimento à técnica, que passou a ser considerado o "pai da Auriculoterapia".

    Acupunturista e quiropraxista, ele notou que diversas pessoas que sofriam de dor ciática tiveram seus sofrimentos cessados com cauterizações na orelha feitas pela "leiga" madame Barrin. Esses resultados empolgaram Nogier, passando ele a observar que na orelha há regiões doloridas espontaneamente ou ao toque, sempre que no corpo também houver dor. Verificando a ocorrência dessas regiões, culminou por observar que elas pareciam desenhar uma forma fetal invertida no pavilhão auricular. Com o correr das pesquisas, foi-se mapeando a que zona corporal correspondia cada porção da orelha, tendo sido publicadas na década de 50, as suas conclusões iniciais e seus tratamentos por estímulos de agulhas na aurícula, com grande repercussão entre os acupunturistas, pois estes já estavam acustumados a esse tipo de instrumento. Tal sucesso chegou até a China, que rapidamente levantou um mapeamento auricular, inundando a Europa com suas orelhas de plástico e "posters" de "auriculo-acupuntura". Tudo isso contribuiu para que se confundisse a Acupuntura* com essa "nova" técnica, mas as diferenças são gritantes: enquanto para primeira, os pontos existem o tempo todo, quer sirvam para tratamento ou não, na orelha eles não existem, a princípio, só vindo a surgir em correspondência a um desequilíbrio no corpo, facilitando ao máximo o diagnóstico, tornando praticamente impossível de se errar. Outro fator de distinção e, provavelmente, a maior descoberta de Paul Nogier, foi a técnica de diagnóstico pelo pulso, específica para a Auriculoterapia. Enquanto na pulsologia chinesa tomam-se ambos os pulsos simultaneamente e por meio de extrema sensibilidade, distinguem-se informações sobre a condição energética de cada órgão-meridiano, na técnica de Nogier, basta tomar-se um dos pulsos e com uma ponta de metal ou de aparelhagem eletrônica, "passeia-se" por todas as regiões reflexas auriculares e, o­nde houver desequilíbrio, haverá uma alteração no pulso, que inicialmente chamou-se R.A.C. (reflexo aurículo cardíaco) e hoje em dia se conhece como R.A.N. (reflexo arterial de Nogier) ou V.A.S. (sinal autônomo vascular).

    No Brasil, a esmagadora maioria dos que trabalham com a Terapia auricular desconhece quase que totalmente o trabalho francês; quando muito, estão a par do primeiro livro publicado de Nogier, o qual já há muito está desatualizado, com suas "receitinhas" de pontos específicos para cada tipo de tratamento. Em compensação, os brasileiros desenbvolveram uma abordagem somatopsíquica do tratamento auricular, a que denomino Calatonia Auricular, bem como o teste de fitoterápicos pela orelha e, ainda, o uso das freqüências de ressonância para a estética, além de desenvolver a Ressonância Biofotônica ou Biorressonância o­nde os estímulos são dados por meio de luzes comuns (não laser) e ritmos, trabalhos estes, nacionais e pioneiros...

    PONTOS DE ALARME SISTÊMICOS

    As tradições milenares chinesas trouxeram aos nossos dias a teoria dos, assim traduzidos, "meridianos", que são caminhos de energia que circulam junto ao corpo e que refletem nosso estado holístico (físico, emocional, social, etc, etc...). Em tese, são infinitos... Contudo, como nosso objetivo é ser pratico, trabalharemos com 12 principais.

    Em termos de 5 Movimentos Chineses, temos os meridianos FOGO: coração, intestino delgado, circulação e sexo, triplo aquecedor...

    Eles são responsáveis pela "temperatura" de nossas emoções, entre outras coisas.

    Como meridianos TERRA, temos o do baço-pâncreas e do estômago.

    Respondem pela nossa reflexão, pelos pensamentos...

    Já os meridianos MADEIRA são os do Fígado e da Vesícula Biliar.

    Atuam na exterização das emoções, especialmente, a raiva...

    Temos os meridianos METAL: Pulmão e Intestino Grosso.

    Agem na interiorização de nossas emoções, tanto na serenidade, quanto na tristeza, baixa-estima...

    E Rim e Bexiga, como meridianos do movimento ÁGUA.

    Assim como as águas se adaptam ao meio e buscam aprofundar, assim estes meridianos lidam com aquilo que nos é de importância vital, tal como medo, sobrevivência, sexo...

    Atentem que os nomes dos meridianos, em sua versão ocidental, correspondem aos nomes de certos órgãos e vísceras. Mas, a verdade é que não correspondem APENAS a estes órgãos, mas sim, a inúmeras funções que a ciência jamais atribuiria a estas "partes".

    Por exemplo: a raiva, na visão dos 5 movimentos, tem relação com o meridiano de fígado... Mas, certamente que a ciência jamais vai associar raiva com o órgão fígado...

    Felizmente, não temos que dar satisfações aos cientistas e podemos nos valer de mais de 5 mil anos de tradições...

    Mas, em termos PRÁTICOS, como saber quais meridianos estão carentes de equilíbrio ?

    Bom, como somos Terapeutas Holísticos, JAMAIS nos valeremos de "tabelinhas doenças-pontos-de-acupuntura"...

    Isso é coisa de médico... Os médicos é que precisam fazer exames de laboratórios, descobrir qual a doença e seguir uma tabelinha de pontos, da mesma forma que seguem tabelas de correlação medicamento-doença...

    Aliás, sempre é bom frizar: pela LEI, doença é monopólio médico...

    Por isso que nós, TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, tratamos das PESSOAS (jamais de "doenças"...) e de seus desequilíbrios "energéticos"...

    COMO saber qual(is) meridiano(s) precisa(m) de tratamento ?

    Muito simples: basta "perguntar" aos próprios meridianos !

    E para fazer isto, basta tocar em determinados pontos, os chamos PONTOS DE ALARME, e saber do cliente se os mesmos estão (ou não...) doloridos ao toque...

    Claro, todo ponto de alarme é relativamente dolorido... Mas, na prática, notarão 1 ou 2 que estarão MUITO sensíveis...

    Ou seja, como trabalharemos com 12 meridianos, teremos 12 pontos de alarme a tocar, durante a avaliação...

    Acreditem, quando tiverem prática, esse é um procedimento de 1 a 2 minutos...

    Uma vez detectado QUAL o ponto de alarme mais sensível, trabalharemos em seu meridiano correspondente...

    Para tanto, temos que localizar em seu trajeto, qual o ponto que está aberto a receber estímulos...

    E, para sabermos isso, bastará tocarmos por seu trajeto, até detectarmos com o ponto que estiver mais sensível ao toque...

    Ou seja, de novo, "perguntamos" ao meridiano...

    Uma vez localizado (são bi-laterais, um de cada lado do corpo, simetricamente...), basta estimular por cerca de 1 minuto...

    Para estimular, pode-se fazer uso do toque (apertar com os polegares e circular sobre o ponto...), pode-se aplicar agulhas, imãs, cores, enfim, uma infinidade de estímulos possíveis, todos igualmente eficientes.

    Uma vez feito o estímulo, basta voltar a tocar no ponto de alarme correspondente e terão uma "surpresa": ele não está mais sensível ao toque !!

    Ou, se ainda estiver, é muito pouco...

    Pode-se "reforçar" a aplicação, atuando agora no meridianos que estava em "2o lugar" em sensibilidade ao toque em seu ponto de alarme...

    Ou seja, da mesma forma: toque pelo trajeto do meridiano, até localizar um ponto sensível, que será justamente o que necessita de estimulação.

    E pode voltar a conferir nos pontos de alarme que estarão todos "normais", sem a sensibilidade de antes em relação ao toque !

    Ou seja, esse método substitui tanto a pulsologia chinesa (que só seria necessária se você fosse tratar o imperador, pois este não pode ser tocado...) e também elimina a necessidade de "tabelinhas de pontos"...

    E nem terão que trabalhar em muitas regiões: os pontos de alarme, ficam todos na parte frontal do corpo... E os pontos dos 5 movimentos, estão localizados entre os dedos das mãos até o cotovelo, e dos dedos dos pés, até o joelhos...

    Como puderam observar, os pontos de alarme tendem a ser sobre os órgãos dos quais recebem o nome ocidental...

    É o caso do estômago, baço-pâncreas, fígado, rim, intestinos grosso e delgado...

    O QUANTO de pressão aplicar para testar seu grau de sensibilidade, aí é questão de prática...

    Há clientes que um toque muito leve já basta para conseguir testar os pontos... Outros, necessitam de maior pressão, pois tem menor sensibilidade...

    Na verdade, os colegas terão que praticar bastante... Essa é a única forma de aprenderem de verdade...

    Recapitulando: iremos tocar os pontos de alarme e perguntar ao cliente qual(is) está(ão) mais sensível(is).

    Sugiro, por uma questão de praticidade, que testem "de cima para baixo"...

    Ou seja: pontos de alarme dos meridianos do Pulmão, Vesícula Biliar, Coração, Fígado, Baço-Pâncreas, Rins, Estômago, Intestino Grosso, Triplo Aquecedor, Intestino Delgado, Bexiga e Circulação e Sexo..

    Uma vez detectado QUAL o ponto de alarme mais sensível, irão (bilateralmente...) pesquisar pelo toque, o caminho do meridiano correspondente.

    Basta seguir pelos trajetos dos 5 movimentos chineses, ou seja, será dos dedos em direção ao cotovelo (se for meridianos que passam pelos braços...), ou até os joelhos (se forem meridianos que passam pelas pernas...).

    Uma vez detectado, pelo toque, qual o ponto mais sensível no trajeto do meridiano, bastará estimulá-lo, por exemplo, tocando com a ponta do polegar (simultaneamente, pois são 2 pontos simétricos, bi-laterais...). Estimulem os pontos, quer seja com os dedos, ou com agulhas, ou com imãs, ou com cores, ou com diapasões, ou com cristais, etc, etc,... durante cerca de 1 minuto e voltem a testar o mesmo ponto de alarme correspondente.

    Via de regra, 1 minuto basta para equilibrar, o que pode ser constatado voltando a tocar no ponto de alarme correspondente, que estará agora, sem a mesma sensibilidade (dor...) quando tocado.

    Caso ainda persista a sensação dolorosa no ponto de alarme, repita a operação também no trajeto do meridiano "2o colocado", quanto à dor no ponto de alarme...

    Caso ele não esteja mais dolorido, a aplicação já pode considerar-se encerrada. Caso ainda esteja, repita a mesma operação, ou, passe para o "2o colocado" dentre os meridianos cujos pontos de alarme correspondente estavam mais sensíveis ao toque.

    Resultados

    Comparativamente às correntes teóricas que baseiam-se em tabelas pré-concebidas que relacionam sintomas a pontos específicos para estimular, a Holopuntura mostrou-se muito mais dinâmica e adaptável a cada Cliente e de resultados bastante eficientes, especialmente no tocante à ampliação da auto-consciência. Do ponto de vista legal, a Holopuntura igualmente mostrou-se mais adequada, justamente por possibilitar ao terapeuta Holístico trabalhar com Acupuntura e Reflexoterapias em formato absolutamente diferente da aobordagem praticada pela classe médica, evitando-se, assim, polêmicas judiciais.

    Discussão

    A Holopuntura beneficia o Cliente com perceptíveis resultados. E igualmente privilegia o Terapeuta Holístico que a ela se dedica, graças à eliminação da artificial e desnecessária complexidade que vem sendo impingida atualmente às técnicas, resgatando a simplicidade e naturalidade de suas essências fundamentais.

    Como podem notar, com a Holopuntura, caso estivéssemos trabalhando com agulhas, bastaria 2 agulhas (1 ponto de cada lado do corpo...), ou, quanto muito, 4 agulhas ( 2 pontos, que como são bilaterais, traduzem-se em 2 pontos de cada lado, totalizando, 4...)

    Esse festival moderno atual de transformar os clientes em "alfineteiros", enfiando um monte de agulhas, com toda a sinceridade, é absolutamente desnecessário...

    Usam muitas agulhas, pois não tem a técnica de "perguntar" aos pontos de alarme... Como não fazem isso, acabam "somando" um monte de "tabelinhas de pontos", resultando em um MONTÃO de agulhadas...

    Se bem feito, até dá resultado... Só que podemos trabalhar de forma MUITO mais sutil, como esta que estamos propondo aqui, na Holopuntura.

    Eu trabalho faz mais de 20 anos assim e garanto que funciona bem.

    Contudo, jamais acreditem em mim, pois o certo é que VOCÊS MESMOS TESTEM e tirem suas próprias conclusões...

    Recordando: a técnica que acabaram de ver, simplesmente elimina aquela história de "tabelinha de sintomas X pontos pré-definidos".

    Ao invez de ficarmos "adivinhando" o­nde estão os desequlíbrios simplesmente nos baseando em tabelas de sintomas, nós vamos, LITERALMENTE, colocar a mão na massa.

    Com a ponta dos dedos, tocaremos cada um dos pontos de alarme demonstrados.

    À semelhança do que observamos via reflexoterapia auricular, notaremos poucos desequilíbrios.

    Comumente, nosso cliente relatará cerca de 2 ou 3 pontos de alarme sensíveis ao toque.

    Nos ocuparemos, primeiramente, daquele meridiano cujo ponto de alarme tenha sido o de maior sensibilidade (dolorido).

    Seguiremos seu trajeto, também com os dedos, mas somente no trecho relativo aos 5 Movimentos Chineses.

    E, novamente, perguntaremos ao cliente para que nos avise qual é o "ponto" mais sensível ao toque.

    Obs: estes pontos são BILATERAIS, ou seja, são em pares, estando um de cada lado do corpo, simetricamente...

    Justamente nestes é que nos ateremos, estimulando-os, bilateralmente, por cerca de um minuto.

    Isso pode ser feito com o próprio toque/pressão da ponta dos dedos, ou, aplicando-se outras formas de estímulos, desde agulhas (acupuntura), até cores (cromopuntura), imãs (magnetoterapia), etc, etc.

    Uma vez terminado o estímulo, volte a testar o ponto de alarme respectivo e notará que a sensibilidade ao toque sumiu... Ou diminuiu muito !

    Caso ainda persista, parta para o "2o colocado" de sua lista de pontos de alarme sensíveis, pesquisando em seu meridiano respectivo e estimulando o ponto que detectar mais sensível.

    Volte a testar os pontos de alarme e notará que a sensibilidade exarcebada de antes, não mais existe.

    Pronto ! Uma bem sucedida estimulação terapêutica.

    Nas reflexoterapias, não há pontos pré-existentes... Os mapas apontam para zonas, regiões, que estatisticamente, são associadas a centros de energia e/ou caminhos de energia (meridianos).

    Os pontos só surgem SE e somente se, estiverem espelhando um desequilíbrio.

    Desta forma, a escolha dos pontos a serem estimulados, jamais se dá simplesmente pelos sintomas descritos pelo cliente, mas sim, pela reação dos pontos à pulsologia de Nogier e/ou sensibilidade (dolorida...) ao toque do TH...

    Tudo bem que a Holopuntura também dedica parte de suas variantes aos pontos "fixos" e pré-existentes espalhados pelo corpo,seguindo as tradições milenares chinesas quanto aos meridianos.

    Ainda assim, atentem que a técnica foi revisitada e ganhou muito mais dinamismo e, ao mesmo tempo, simplicidade.

    Afinal, ao invés de nos prendermos a "tabelinhas", literalmente o Cliente é quem nos dirá quais pontos denotam desequilíbrio, de acordo com a sensibilidade destes ao toque, nos chamados pontos de alarme.

    Isto feito, novamente o Cliente é quem nos dirá quais pontos estimular, de acordo com a sensibilidade ao toque do TH, que tateia o caminho dos 5 Movimentos, sobre o meridiano que corresponde ao ponto de alarme que refletiu desequilíbrio.

    Conclusões

    A Holopuntura possibilita ao Terapeuta Holístico trabalhar resgatando a simplicidade original das técnicas milenares da Terapia Tradicional Chinesa (Acupuntura) e das Reflexoterapias (Auriculoterapia inclusa). O enfoque através dos Cinco Movimentos Chineses e a detecção dos desequilíbrios e respectivas micro-regiões a serem estimuladas, graças à reação ao toque e/ou à Pulsologia de Nogier, torna a terapêutica muito mais dinâmica e perfeitamente adaptável a cada atendimento. A isso se soma a grande vantagem de que esta abordagem está em total conformidade à legislação brasileira e às NTSV – Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística.

    Referências bibliográficas:

    CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

    FAUBERT, Gabriel - La Chronobiologie chinoise. Paris, Éditions Albin Michel S.A., 1987.

    GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

    HALL, James A. - A Experiência Junguiana. São Paulo, Cultrix, 1989.

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    HIRSCH, SONIA – Manual do Herói – Gráfica e Editora Prensa, 1990.

    HUSSON, A. - Versão e comentários - Huang Di Nei Jing Su Wen. Paris, Ed. A.S.M.A.E

    JACOBI, Jolande - Complexo -Arquétipo - Símbolo. São Paulo, Cultrix, 1986.

    JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. São Paulo, Vozes, 1991.

    LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. São Paulo, Cultrix, 1992.

    MARKEY; Christopher- Yin-Yang. S. Paulo, Cultrix, 1987.

    MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

    MIYUKI, Mokusen - Versão e comentários - A Doutrina da Flor de Ouro. 5. Paulo, Pensamento, 1990.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Psychologie: pour une approche nouvelle dela Psycho-somatique. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    REQUENA, Yves - Acupuncture et Phytothérapie. Paris, Maloine S.A. Éditeur, 1983.

    SANTOS, José Francisco dos – Auriculoterapia e Cinco Elementos. São Paulo, Ícone, 2003.

    TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado. São Paulo, Lumina Editorial, 1998.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. São Paulo, Cultrix, 1990.

    Autor: : Henrique Vieira Filho
    Última atualização: 13/03/2007 14:10


    Quiro Acupuntura - Acupuntura na Mão

    Quiro Acupuntura 

    (Acupuntura na Mão) 

    Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108 

     

    RESUMO

    Quiro-Acupuntura ou Acupuntura na mão.

    É uma técnica de acupuntura que utiliza somente as mãos para equilibrar a energia do corpo.
    O Quiro Acupuntura e considerada uma reflexologia, como a Orelha, sola dos Pés, Olhos e etc..

    È uma técnica que muito simples de aprender e praticar, porque nos temos as duas mãos na nossa frente .

    Na Coréia esta acupuntura na mão, esta sendo divulgado em massa, por meio de comunicação popular como na TV, Jornal, Revistas e etc.

    Uma boa parte da população coreana já se auto trata com acupuntura na mão como se fosse receita caseira.

    Quero transmitir um pouco do meu conhecimento aos terapeutas para conseguir se auto tratar.( e a única técnica que não depende de ninguém para se tratar ) e não tem contra indicação.

    Qualquer pessoa tem a capacidade de localizar um ponto correspondente numa mão, observando simplesmente um mapa da mão.

    Basta pressionar ou esfregar o ponto ou a região, de maior sensibilidade podemos equilibrar a energia do local alterado.

       ÍNDICE 

          I- Prólogo. 

          II- Histórico. 

          III- As Três teorias da Acupuntura na mão. 

          1- Reflexos dos órgãos e Vísceras na Palma da Mão.

          2- Reflexos dos órgãos e Vísceras no Dorso da Mão.

          3- Lateralidade do Corpo em Relação a Palma da Mão.

          4- Lateralidade do Corpo em Relação ao Dorso da Mão. 

          IV- Material Utilizados no Tratamentos. 

          1- Agulhas.

          2- Aplicadores de Agulhas.

          3- Moxa.

          4- Aparelho de Alumínio .

          5- Anel.

          6- Aparelho de eletro-Acupuntura.

          7- Plaquetas de alumínio ou ouro. 
     

          V- Terapia da Correspondência. 

          1- Dor na testa.

          2- Dor de cabeça lateral.

          3- Olho.

          4- Nariz.

          5- Boca.

          6- Dor na mandíbula.

          7- Distúrbios na bochecha.

          8- Dor na laringe.

          9- Brônquios.

          10- Dor na parte da fonte.

          11- Dor de ouvido.

          12- Dor na lateral da occipital.

          13- Dor na occipital.

          14- Dor na cervical.

          15- Dor na escápula, escápula superior e coluna torácica.

          16- Dores na cervical, torácica, lombar, cóccix.

          17- Dores na Escápula e no Osso da Bacia.

          18- Dores ao lado da coluna lombar.

          19- Pontos correspondentes dos Meridianos IG5, TA4 e ID5.

          20- Pontos correspondentes dos Meridianos P9, CS7, C7.

          21- Pontos correspondentes dos Meridianos E41(T), VB40 (fonte) e                                                                B60( fogo ).

          22- Pontos correspondentes dos Meridianos F4 (metal), BP5(S), e R3 (fonte e terra).

     

          VI- Teoria dos 5 dedos ( 5 elementos ). 

          VII- Teoria dos 14  micro meridianos . 

          1- Relação da Nomenclatura do Quiro-Acupuntura com a Sistêmica.

          2- Meridianos na Palma da Mão.

          3- Meridianos no Dorso da Mão.

          4- Meridiano do Vaso Concepção ( A ).

          5- Meridiano do Vaso Governador ( B ).

          6- Meridiano do Pulmão ( C ).

          7- Meridiano do Int. Grosso ( D ).

          8- Meridiano do Estômago ( E  ).

          9- Meridiano do Baço Pâncreas ( F ).

          10- Meridiano do Coração ( G ).

          11- Meridiano do Int. Delgado ( H ).

          12- Meridiano da Bexiga ( I ).

          13- Meridiano do Rim ( J ).

          14- Meridiano do Pericárdio ( K ).

          15- Meridiano do Triplo Aquecedor  ( L ).

          16- Meridiano do Vesícula Biliar (  M ).

          17- Meridiano do Fígado ( N ). 
     

         VIII) Recursos para aplicar sobre o Micro Meridianos. 

    1. Aplicação Simples.
    2. Aplicação com Tonificação  e Sedação.
      1. Recurso de Tonificação ou Sedação.
    1. Tonificação ou Sedação pela agulha.
    2. Tonificação ou Sedação pelo Magnetismo.
    3. Tonificação ou Sedação pelo estimulador elétrico.

     
     
     
     
     

      IX) Cuidados básicos na utilização da Terapia na Mão. 

         X) Alguns métodos para observar o desequilíbrio do organismo (da energia). 

    1. A temperatura das mãos e dos pés.
    2. A aorta abdominal (que é uma veia grossa que se localiza acima e abaixo da corrente umbilical) deve pulsar suavemente.
    3. Aparelho digestivo deve estar funcionando normalmente sem dores.
    4. As pulsações dos seis pontos (em cada braço existem três pontos) devem pulsar suavemente e igual.
    5. O abdômen, não deve apresentar reação de dor ao ser apalpado.
    6. Coluna vertebral.
    7. Pulsação.

       XI) Medidas utilizadas para localizar os pontos. 

    1. Dorso da mão.
    2. Palma da mão.

       XII) Dicas em casos de Emergência. 

    1. Em casos leves.
    2. Em casos graves.
     

    I - Prólogo 

          O segredo do equilíbrio do organismo está na suas mãos. A mão é um corpo humano em miniatura, pois existem todos os pontos correspondentes do corpo humano  na mão.

          Através da mão podemos tratar todos os tipos de desarmonia da energia do corpo humano promovendo o equilíbrio.

          Essa terapia de tratamento pelas mãos, nos chamamos de Quiro-Acupuntura ( acupuntura somente nas mãos). 

          Características do Quiro-Acupuntura 

          - Esta nova técnica e de fácil aplicação (somente na mão) .

         - Aplicação das agulhas são indolores e menos agressivos se comparados á acupuntura tradicional, e são aplicados superficialmente na palma ou dorso da mão.

          - Ë uma terapia muito fácil de ser ensinada e aprendida.

          - Não tem contra indicação.

          - Não existem restrições quanto ao local de atendimento ou a hora de aplicação.

          - Não há efeitos danosos quando aplicados em pontos errados.

          - Excelentes resultados na harmonização das energias dos órgãos e vísceras.

          -  Muito utilizados em prevenção do desequilíbrio energético.

          - É uma técnica que pode ser utilizados como receita caseira. Porque é muito fácil de ser manuseadas como receita de bolo.

         - Os fundamentos dessa teoria coincide com os da Acupuntura Sistêmica, isto é , teoria dos Yin e Yang, dos Cinco Elementos , Zang-Fu (Órgãos e Vísceras) e dos meridianos . 
     


    II - Histórico 

          Quiro acupuntura surgiu na Korea em agosto de 1971, através do Tae Woo Yoo ( presidente da academia Sooji - medicina da Korea ), que defendeu a tese em 31/12/75.

          Fundador e Instrutor do Instituto de Sooji - Chim da Korea do Sul.

          Quiro Acupuntura estuda o desequilíbrio energético do corpo humano através das mãos. É um novo tipo de acupuntura, que pode promover o equilíbrio energético através da inserção de agulhas nas mãos.

          A Mão é um corpo humano reduzido, os problemas existentes no organismo se refletem nas mãos, sendo assim é possível tratar e promover o equilíbrio energético através da  reflexologia das mãos. 

     

          Primeiro Ponto descoberto em 1971, M5 = VB 20 ( sistêmica ). 

          Desde então, com as intensificações e aperfeiçoamento dos estudos chegou a conclusão das três teorias. 

    1a Teoria : Teoria da correspondência da mão com o corpo humano.

                  ( mão é um corpo humano reduzido ) 

    2 a Teoria : Teoria dos 14  micro-meridianos da Mão, com 345 pontos. 

    3 a Teoria : Teoria dos Dedos das Mãos ( 5 elementos ). 

     

    III - AS TEORIAS DA TERAPIA NA MÃO. 

          1 - Reflexos dos órgãos e Vísceras na Palma da Mão. 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.2 -Reflexos dos Órgãos e Vísceras no Dorso da Mão 

    3-Lateralidade do Corpo em Relação a Palma da Mão. 

    4-Lateralidade do Corpo em Relação ao Dorso da Mão. 
     

    IV- Materiais utilizados no tratamento. 

    1- Agulhas de 2 cm com 13 mm de cabo e 7 mm de agulha. 

    Aplicação de agulha e feita através de um aplicador . Agulha e colocado no aplicador e aplica de forma suave sem fazer força, e a penetração é de 1 à 2 mm sobre a superfície da pele.

    Duração de aplicação de 20 à 30 min. 

    2- Aplicadores de agulha. 

    3- Moxa . 

    Moxa é feita de uma erva chamada de Artemísia, e serve para promover equilíbrio energético do organismo através do calor.  

    4- Aparelho de alumínio . 

    5- Anel   

    6- Aparelho de Eletro-Acupuntura. 

    7- Plaquetas de alumínio ou ouro. 

    São pequenas placas prateadas e douradas, variando de tamanho e quantidade de pontas.  
     

    V- Terapia da correspondência. 

     

    1-Dor na testa. 

    2-Dor de cabeça lateral. 

    3-Olho. 

    4- Nariz. 

    5- Boca. 

    6- Dor na Mandíbula. 

    7- Distúrbios na bochecha. 

    8- Dor na Laringe. 

    9- Brônquios. 

    10- Dor na parte da fonte. 

    11- Dor de Ouvido. 

    12- Dor na Lateral da Occipital. 

    13- Dor Na Occipital. 

    14- Dor na Cervical. 

    15- Dores na Escapula, Escapula superior e coluna torácica. 

    16- Dores na Cervical, Torácica, Lombar e Cóccix. 

    17- Dores na Escápula e no Ilíaco ( Osso da Bacia ). 

    18- Dores ao lado da Coluna Lombar. 

    19- Pontos correspondentes dos Meridianos  IG5, TA4 e ID5. 

    20- Pontos correspondentes dos Meridianos  P9, CS7 e C7. 

    21- Pontos correspondentes dos Meridianos E41(T),VB40 (Fonte)e B60.

                 

    22- Pontos Correspondentes dos Meridianos F4 (Metal), BP5 ( S ) e R3  )       

    VI ) Teoria dos 5 dedos ( 5 elementos). 

    Cada dedo representa um órgão e uma víscera. 

    Dedo polegar: Fígado / Vesícula Biliar ( Estômago e  Int.Grosso ).

    Dedo indicador: Coração / Int.Delgado ( Bexiga e Int.Grosso ).

    Dedo médio : Baço Pâncreas / Estômago (Bexiga e Vesícula Biliar).

    Dedo anular : Pulmão / Int.Grosso ( Útero e Intestino Delgado ).

    Dedo mínimo : Rim /Bexiga ( estômago, Útero e Int.Delgado). 

          É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

     
     
     
     
     

    VII - Teoria  dos 14  micro meridianos  

    Na mão existem 14 micro meridianos. A qual utilizamos para promover equilíbrio de energia  do órgão ou víscera. 

    1- Relação da Nomenclatura do Quiro-Acupuntura com a Sistêmica. 

           Sistêmica            Quiro-Acupuntura 
     

          VC -----------------A   Meridiano Vaso Concepção  

          VG -----------------B   Meridiano Vaso Governador 

          P    -----------------C   Meridiano do Pulmão 

          IG  -----------------D  Meridiano do Intestino Grosso  

          E    -----------------E   Meridiano do Estômago 

          BP  -----------------F   Meridiano do Baço / Pâncreas  

          C    -----------------G   Meridiano do Coração  

          ID  -----------------H   Meridiano do Intestino Delgado 

          B    -----------------I    Meridiano do Bexiga 

          R    -----------------J    Meridiano do Rim  

          CS  -----------------K   Meridiano do Pericárdio  

          TA -----------------L    Meridiano do Triplo Aquecedor  

          VB -----------------M   Meridiano do Vesícula Biliar  

          F    -----------------N    Meridiano do Fígado  

     
     
     
     
     

    2- Meridianos na palma da Mão. 

    3-Meridianos no Dorso da Mão 

    4- Meridiano do Vaso Concepção ( A ). 

    ( A ) nasce no ponto A1 e passa pelo centro da palma da mão, e termina no ponto A33 situado na extremidade do dedo médio.  
     

    5-Meridiano do Vaso Governador ( B  ). 

    ( B ) nasce no ponto B1 e passa no centro do dorso da mão, e termina no ponto B27. 

    6- Meridiano do Pulmão ( C  ). 

    ( C ) nasce no A12 (Jung wan ) e passa pelo C1 até C13 ao longo das bordas do dedo indicador e anular. 

    7- Meridiano do Int. Grosso ( D ).( D ) nasce no ponto D1 do lado da raiz da unha do dedo indicador e anular, passando até D12,dirigindo-se para cima e centralmente em ambos os lados do dedo médio até D22 o qual está localizado ao lado do A28. 

    8- Meridiano do Estômago ( E  ). 

    ( E ) nasce no ponto de A28 desenvolve-se até E2 quando passa a fluir  próximo à lateral do ( A ) até a primeira articulação, quando flui pela palma, passando a correr distalmente ao longo dos dedos polegar e mínimo nos lados distantes do dedo médio. 

    9- Meridiano do Baço/ Pâncreas ( F  ). 

    ( F ) nasce no ponto F1, que está localizado na ponta do polegar e do mínimo e flui ao longo da linha central de cada dedo até ponto F22. 

    10- Meridiano do Coração ( G ). 

    ( G ) nasce no ponto A16 e desenvolve-se no ponto G1, e sobe até G15 ao longo dos dedos indicador e anular, nos lados distantes do dedo médio. 

    11- Meridiano  do Int. Delgado ( H ). 

    ( H ) nasce no ponto H1 e passa ao longo das linhas centrais do dorso dos dedos indicador e anular até H11, quando mudam de direção subindo pelos lados do dedo médio até H14. 

    12- Meridiano de Bexiga ( I ). 

    ( I ) nasce no ponto I1 que fica ao lado do B27, dirigindo-se à linha ao lado do (B ) até I24 , espalha em duas ramificações para fluir pela linha central do dorso do polegar e do mínimo. 

    13- Meridiano do Rim ( J  ). 

    ( J ) nasce ponto J1 na parte externa da raiz da unha do polegar e anular, Flui ao longo da linha vermelha/ branca  até J16, e vai lateralmente ao ( A )   até terceira articulação do dedo médio.

                                                                                                     

    14- Meridiano do Pericárdio ( K ). 

    ( K ) nasce no ponto A18, e flui pelo A16, e é gerado no ponto K1, localizado próximo das linhas da primeira articulação dos dedos indicador e anular na palma da mão. E flui até um ponto final das unhas dos dedos indicador e anular.

            

    15- Meridiano do Triplo-Aquecedor ( L ). 

    ( L ) nasce no ponto L1, na linha posterior interna dos dedos indicador e anular do dedo médio, flui ao longo do indicador e do anular, vira e sobe até aos lados do dedo médio. 

    16- Meridiano do Vesícula Biliar ( M ). 

    ( M ) nasce no ponto M1, que está localizado na lateral do ponto A33, flui para baixo na direção do dorso do dedo médio, e no dorso da mão gira, orientando-se para cima e nos lados do polegar e do mínimo próximo ao dedo médio. 

    17- Meridiano do Fígado ( N ). 

    ( N ) nasce no ponto N1, que está localizado próximo à unha do polegar e do mínimo no lado do dedo médio, flui pela palma, reverte sua direção e sobe até os lados do dedo médio.               

    VIII ) Recursos para aplicar sobre o  Micro-Meridianos. 

    1) Aplicação Simples. 

    É aplicar simplesmente no ponto sobre o Micro-Meridianos, sem técnica de Tonificação ou Sedação.

    A aplicação simples não regula voluntariamente a função do órgão, mas ele somente estimula o micro-meridiano.

    Aplicação da Agulha é 1mm verticalmente sobre a pele. Se cair algumas agulhas não haverá problemas, porque várias agulhas caem em várias direções. É  também não ocorrerá tonificação ou sedação. Ocorre sim o funcionamento pelas características do próprio ponto.

    Por isso no caso da aplicação simples deve estudar em conteúdo o seguinte:

    Ex.: Para indigestão, no caso simples, é eficaz aplicar apenas no ponto A12. E no caso pior, é eficaz aplicar no ponto A12 e mais quatro ponto da periferia na distância de 1 cm acima e abaixo e a direita e esquerda do ponto A12. E no caso crônico , deve ser aplicado sobre o micro meridiano. A aplicação sobre o micro meridiano, em qualquer ponto será eficaz. 

    2) Aplicação com tonificação e sedação. 

    A excelência da Terapia é conseguir certamente o funcionamento da tonificação e sedação  do micro meridiano, para excesso ou deficiência de energia do órgão ou víscera. É a tonificação ou sedação que regulam voluntariamente a função dos órgãos e vísceras se existir problemas. Quando existe problema na função do órgão estará em estado de excitação, excesso de energia, e a víscera correspondente estará em debilidade ( 5 elementos ).Neste momento podemos trabalhar em órgão correspondente para promover o equilíbrio .

                         

    Ex.: Quando existe Dor no ponto (Es25) do lado esquerdo ,pelo diagnóstico descobrimos que existe a síndrome de excesso de energia do int.grosso / deficiência da energia do pulmão. Aplicar pela tonificação do

    C (Pulmão)  micro meridiano do lado esquerdo sumirá ou diminuirá [ porque a tonificação no C (Pulmão) micro meridiano dará o efeito de sedação no D (int.grosso) micro meridiano ].

    Aplicar novamente pela sedação do C(Pulmão) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, a Dor do ponto (Es25) do lado esquerdo reaparecerá. Neste momento aplicar pela sedação do D(Int.Grosso) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, também a dor do ponto (Es25) sumirá ou diminuirá. Outra vez aplicaria pela tonificação do D (Int.Grosso) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, Também a dor do ponto (Es25) reaparecerá.

    Assim, a tonificação ou sedação tem a característica para regular voluntariamente a função do órgão. Isto aparece certamente só no micro meridiano da Terapia . 

    1. Recurso de tonificação ou sedação :

    Tonificação ou Sedação  da Terapia usa se a lei de YUNG SU BO SA

    (o fluxo do micro meridiano é somente em uma direção, isto é do menor para os maiores números).

    YUNG: é a técnica de Sedação que supre o fluxo do micro meridiano pela aplicação contrária a direção do fluxo micro meridiano .

    SU: é a técnica de  Tonificação que supre o fluxo do micro meridiano pela aplicação na mesma direção do fluido do micro meridiano.

    BO: é uma palavra coreana que significa a Tonificação.

    SA : é uma palavra coreana que significa a Sedação. 

    1. Tonificação ou sedação pela agulha:

     

    A eficácia da tonificação ou da sedação pela agulha é bom para qualquer ponto sobre o micro meridiano dos quatro dedos, à exceção do dedo médio.

    Especialmente a melhor maneira para tonificar ou sedar é no intervalo da Segunda articulação e da terceira articulação de cada dedo, porque no final do

    dedo sente-se muita dor ao aplicar, e nas outras partes é lenta a reação ao aplicar.

    • A penetração da agulha na pele 2 a 3mm.
    • O ângulo com a pele 30o a 45o .
    • Tempo de permanência da agulha : 10 à 20 min.
    • Acrescentar os pontos básicos e o ponto importante ou o ponto correspondente.
    1. Tonificação ou Sedação pelo magnetismo:

    O magnetismo é o poder de atração dos pólos negativos com o positivos, e sempre indica os pólos N(norte) ao S (sul). 

    d) Tonificação ou Sedação pelo  estimulador elétrico . 

    1. Tonificação ou Sedação pelas placas de metal Prateado e Dourado ).

    Existem dois tipos de ionização do metal : 

    Prateado ( um metal sem cor ) é o caráter Negativo (-).

    Dourado ( um metal com cor ) é o caráter Positivo (+).  

     
     

    IX - Cuidados básicos na utilização da Terapia na Mão. 

    Primeiramente as mãos devem ser limpas com  água corrente ou passar álcool a 70 graus com 2% de iodo. 

    • Cada pessoa deve ter suas próprias agulhas ou utilizar agulhas descartáveis.
    • Antes da aplicação é bom massagear as mãos, podendo utilizar para isso o massageador.
    • O cliente deve se sentir à vontade, sentado ou deitado se for grave.
    • Tempo de duração : no casos leves como dor de cabeça. Aplicar agulhas e depois de  passar  a dor, deixar por mais 5 min.
    • Nos casos graves ou crônicos: aplicação das agulhas deve ser de 20 à 30min.
    • Número de aplicações: Varia de acordo com o desequilíbrio energético da pessoa.
    • Desequilíbrio Energético leve : Uma vez ao dia, podendo equilibrar com 5 aplicações.
    • Desequilíbrio Energético graves: Uma vez ao dia, podendo equilibrar em 6 à 12 meses ou por tempo indeterminado.
    • Para obter melhores resultados é recomendado o uso de vários instrumentos, na seguinte ordem: massageador, Agulhas, plaquetas de Prata ou Ouro, Anel e Moxa.
    • Quando estiver com as agulhas é bom fazer movimentos leves, para ativar a circulação de energia nas mãos.

    Cuidados e Precauções extremas quanto ao uso,  em situações abaixo:

    • Se o cliente estiver em jejum ou com muita fome.
    • Se o cliente tiver perdido significativa quantidade de sangue por, vômitos, ou eliminação pelo reto.
    • Se o cliente estiver desidratado ou embriagado.
    • Se o cliente estiver exausto pela viagem ou por outro motivo.
    • Se a pressão for instável, alta ou baixa demais.
    • Se o cliente for extremamente fraco.
    • Se o pulso do cliente não puder ser sentido quer pela carótida ou pelas artérias radiais.
    • Se for extremamente alérgico ou reumático.
    • Se o micro meridiano estiver infectado por doença epidêmica ou necessitar de cirurgia.
    • Se o cliente estiver  tendo um ataque.
    • Se o cliente tiver febre ou calafrio extremos.
    • Se o cliente estiver emocionalmente  hiper estimulado, nervoso, alegre, triste, bravo ou assustado.

    Em caso de cliente entrar em choque. 

    1. Tirar as Agulhas ou outros instrumentos.
    2. Repousar com respiração profunda.
    3. Aplicar a Agulha nos pontos A8,12 e 16.
    4. Picar no ponto J1.
    5. Ou aplicar a Agulha nos pontos B24, I2, A33 e E2.
    6. Em casos graves : deve picar a ponta dos 10  dedos.
    7. Aplique Agulha nos pontos da receita de Jeong-Bang do coração na mão direita e Jeong-Bang do rim na mão esquerda.
    8. Após recuperação deverá descansar, comer e  aplicar moxabustão nos pontos A1,3 e 12.

     

    X -  Alguns  Métodos para observar o desequilíbrio do organismo (da energia ). 

    1. A temperatura das mãos e dos pés.

    Se a temperatura das mãos estiverem normal, quer dizer que a circulação do corpo permanece estável. Quando ocorre dos pés e mãos estarem frios, são sinais e sintomas de que o estado do equilíbrio não se encontra normal, necessitando de cuidados. Através do controle da temperatura das mãos e pés podemos concluir a normalidade do corpo humano.

    2) A aorta abdominal (que é  uma veia grossa que se localiza acima e abaixo da corrente umbilical ) deve pulsar suavemente.

    Quando o seu funcionamento ocorre normalmente, a circulação do sangue e a pulsação transcorrem  normalmente . Porém, quando se encontra lesada, com pulsações intensas ou fracas seu funcionamento é prejudicado. Na Terapia Oriental a pulsação da aorta é observada para verificar a normalidade da saúde.

    Quando a pulsação é intensa, o organismo não se encontra normal, dificultando a circulação do sangue.

    1. Aparelho digestivo deve estar funcionando normalmente sem dores.

    Se ao pressionar o estômago, ocasionar dores agudas e apresentar tensões, como uma massa dura, são sinais de que o organismo não está bem.

    1. As pulsações dos seis pontos ( em cada braço existem três pontos) devem pulsar suavemente e igualmente. São os pontos geralmente usados para tomar pulso, o equilíbrio na Terapia  Oriental.
    2. O abdômen, não deve apresentar reação de dor ao ser apalpado .

    A pele do abdômen deve estar mole, assim como intestino, e também a sua temperatura deve estar sempre morna. Se sentir tensão ou uma contração do músculo, e dores ao ser pressionado com as mãos, conclui-se que o organismo está com alguns órgãos e vísceras em desequilíbrio. 

    1. Coluna Vertebral.

    A coluna vertebral que sustenta o corpo humano, é a proteção para sistema nervoso, órgãos e vísceras. Por isso se houver algum problema, poderá causar outros males. 

    Verificação:

    1. Verificar alinhamento da coluna.
    2. Verificar saliência da coluna.
    3. Verificar a sensibilidade da coluna.
    4. Verificar a reentrância da coluna.
    5. Apalpar sutilmente sobre a coluna observando a fisionomia do cliente.
    6. Apalpar sutilmente sobre a lateral da coluna observando a fisionomia do cliente.
    7. Perguntar ao cliente.
    1. Pulsação.

    Para ter saúde, o estado do cérebro  deve estar estável. O estado instável do cérebro é causado pelo descontrole das funções de todo o organismo.

    Na artéria carótida deve haver 4 carótidas . O volume de sangue nestas 4 carótidas devem estar em equilíbrio, se houver desequilíbrio, existira algum desequilíbrio energético .

    Na Terapia para descobrir em que estado se encontra a circulação no cérebro é preciso tomar a pulsação de Yin/Yang. 

    Posição para tomar a pulsação de Yin/Yang: 

    Pulsação de Yin – É tomada no ponto  ( Pu9 ).

    Pulsação de Yang – Localizar o gogó ( pomo de Adão ). Do lado do gogó localiza-se um ponto chamado de  (IG18) que varia de 1,5 à 3,0 tsun de pessoa para pessoa. Neste ponto toma-se a pulsação de Yang. 

    1. A pulsação deve ser tomada da seguinte maneira : comparar a pulsação do punho esquerdo com a pulsação do lado esquerdo do pescoço, e a pulsação do punho direito com a pulsação do lado direito do pescoço.
    2. Comparar as pulsações do pescoço e do pulso   (Pu9) e  (IG18) : Qual das duas será mais grossa ?

    Deve comparar só o volume de sangue entre duas artérias dos pontos  (Pu9 ) e ( IG18 ), sem relação com a força (forte ou fraca ) e a suavidade ou dureza. 
     
     

    XI ) Medidas utilizadas para localizar os pontos. 

    Na mão existem 345 pontos definidos em 14 micro-meridianos. Para saber  a localização exata, utiliza-se Tsun-bun.

    Tsun é uma unidade de medida oriental.

    Bun é 1/10 do Tsun.

    Com exceção a mão deformada. 

    1) Dorso da  Mão. 

    No comprimento.

    1. O dorso da mão mede 6 tsun mais 7 Bun do ponto B1 ao B27 ( que localiza-se na raiz da unha do dedo médio).
    2. Do ponto B1 a primeira falange do dedo médio B14 mede 3 tsun.
    3. O comprimento da primeira articulação ( do ponto B14 ao B19 ) é de 2  tsun.
    4. O comprimento da Segunda articulação ( do ponto B19 ao B24 ) é de 1 tsun mais 4 Bun.
    5. Do ponto B24 ao B27 ( localizado na raiz da unha do dedo médio ) mede 3 Bun.

    Na  largura: 

    1. Do ponto de separação do dedo polegar com o dorso da mão ao extremo (em direção ao dedo mínimo ), mede 4 tsun.
    2. A largura da primeira articulação do dedo médio é de 8 Bun.

    2) Palma da Mão.

    No Comprimento. 

    1. Do ponto A1 ao ponto localizado no extremo do dedo médio A33  mede 7 tsun mais 8 Bun.
    2. Do ponto A1 ao A16 mede 4 tsun mais 2 Bun.
    3. Do ponto A16 ao A20 mede 1 tsun.
    4. Do ponto A20 ao A24 mede 1 tsun mais 1 Bun.
    5. Do ponto A24 ao A33 mede 1 tsun mais 5 Bun.

    Na Largura.

    1. Do ponto A12 ao extremo da palma da mão ( em direção ao dedo polegar ) mede 1 tsun mais 5 Bun.
    2. Do ponto A8 ao extremo da palma da mão ( em direção ao dedo mínimo ) mede 4 tsun mais 2 Bun.
    3. A largura da falange do dedo médio é 8 Bun.

    Obs.: Deve usar  a própria mão da pessoa que for tratar.

    XII – Dicas em casos de Emergência. 

    1. Em casos leves.

    As mãos frias significam má circulação sangüínea, gerando o aumento da quantidade de sangue que flui para cabeça, causando tontura ou desmaio.  

    Quando ocorrer um choque, intoxicação por gás, má digestão aguda (forte) e desmaio pela pressão alta do sangue, as mãos ficarão muito frias. 

    Por isso deve abaixar a pressão alta da cabeça, picando a ponta do dedo médio da mão . 

    No caso de sintomas acima serem leves, podem picar apenas o ponto A33, e nos pontos A8,12,16,E8 e I2 aplicar agulhas ou massageador.

     

    2) Em casos graves.

    Em casos graves deve picar a ponta dos dez dedos das mãos e (em alguns casos deve picar a ponta dos dedos dos pés ) todos os dias até o restabelecimento.

    E em caso de problemas respiratórios utilizar pontos A8, 12, 16, 18, 20, 22, 24, 28, 33, E8 e I2 para normalizar a respiração.

    RESULTADOS

     

    Resultados são muito bons, centenas ou melhor milhares.

    Exemplo da Coréia de onde surgiu a técnica, o governo adotou como receita caseira, se não tivesse resultado, já mais, iria adotar o método para diminuir pessoas em hospitais públicos .

    CONCLUSÃO
     

    E  um método de tratamento muito bom que não podemos deixar de aprender.

    Que tem um resultado muito bom no equilíbrio dos Órgãos e Vísceras e suas funções.

    Excelente em tratamentos preventivos.

    E muito fácil de aprender.

    Muito fácil de aplicar também.

    Autor: : Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108
    Última atualização: 14/06/2013 14:52


    Terapia em Técnicas Tradicionais - Acupuntura Sistêmica

    Terapia em Técnicas Tradicionais

    (Acupuntura Sistêmica) 
     
     

    Song Un Kim
    Terapeuta Holístico - CRT 23108

    Resumo 

    A necessidade da acupuntura nas diversas culturas: Oriental e Ocidental. 

    Os orientais (Coreanos, Japoneses e Chineses) encaram acupuntura na sua cultura tradicional, com muita naturalidade, pois faz parte do costume e folclore trazidos por gerações e gerações através de milhares de anos.

    Os coreanos atualmente estão perdendo um pouco desta tradição por avanços tecnológicos, capitalismo e da influência americanas, muitas já estão substituindo o tratamento de acupuntura, chás e ervas por remédios alopáticos que é muito mais cômodo.

    Os ocidentais estão fazendo o caminho inverso, pois estão cansados de consumir tantos remédios com contra indicações. E as pessoas estão procurando as terapias alternativas que não tem contra indicação, ou melhor, que não prejudica outros órgãos.

    A alopatia cada vez mais está se subdividindo e não se preocupando com a pessoa como um todo, tratando o problema e não a causa. Por esse motivo as pessoas estão preferindo terapias orientais como acupuntura que procura equilibrar os sistemas orgânicos, fortalecendo os mecanismos de defesa naturais do cliente e proporcionando o equilíbrio harmônico na sua totalidade.    

     
     
     
     
     

    Introdução 

    A necessidade da Acupuntura nas diversas culturas: Oriental e Ocidental, foi tentar mostrar aos congressistas, a visão e a experiências adquiridas ao longo dos trinta e seis anos de atividades relacionados a arte marcial Hapki-do que utiliza os pontos de Acupuntura e terapia corporal para aplicar os seus golpes.

    Viajando por vários paises, pode realizar vários cursos de acupuntura e terapia corporal com grandes Mestres internacionais nas Artes de Hapki-do.

    Observando e aprendendo várias técnicas utilizadas por estes mestres.

    E também pelo fato de estar engajado em vários trabalhos sociais há muito tempo e com mais de 9000 clientes na carteira e trabalhando em varias entidades como Delegacia Geral, Delegacia da Mulher, Receita Federal, APROFEM (Sindicato dos Funcionários e professores Municipais de São Paulo) e Academia Kim. Observei que podemos ajudar na qualidade de vida e diminuindo sofrimentos físicos e emocionais do homem contemporâneo.  
     
     

    Material e Metodologia 

    No ocidente acupuntura foi introduzida para tratamentos de alívio da dor, e depois verificou se que também podia auxiliar em vários tratamentos como: no alivio de enjôos e queimações em gestantes, aliviar as cólicas ou gases provocados pelos intestinos, agora se usa acupuntura para quase todos os tipos de problemas causados por desarmonia do corpo humano.    

    A TTC - Terapia Tradicional Chinesa procura equilibrar os sistemas orgânicos internos, fortalecendo os mecanismos de defesa interna, permitindo que o corpo equilibre a si próprio. Diferente da medicina ocidental que tende a tratar os sintomas e não as causas.

    Na TTC é tudo baseado nos conceitos do KI, Yin e Yang e dos Cinco Movimentos.

    Para que haja harmonia e equilíbrio entre corpo e mente e preciso que tenha fluxo do KI e da inter-relação entre Yin e Yang gerados nos Cinco Movimentos. Quando essa harmonia for interrompida, haverá desarmonia do corpo e mente, causando má funcionamento do corpo humano.

    Os fatores que levam o corpo e a mente em desarmonia são: rompimentos ou mau fluxo de energia KI, diminuição de energia da defesa, presença da energia perversa, qualidade da energia da respiração, Vento, Frio, Calor, Umidade e Secura.

    O mecanismo de ação da acupuntura nos seres humanos, em que a dor e aliviada, observam-se aumento de Beta-Endorfina no líquido cefalorraquidiano (LCR), conforme relatado por Clement-Jones em 1980. Estudo realizado em ratos observou se liberação de substâncias semelhantes a metencefalina, parecido com substancia liberado no estimulo da acupuntura.

    E muito importante ressaltar que grande parte dos pontos de acupuntura esta localizados sobre ou muito próximo das terminações nervosas, nervos, vasos sangüíneos, tendões, periósteos e cápsulas articulares, assim possibilitando acesso direto ao sistema nervoso central.

    Foi observado que os pontos de acupuntura, ou melhor, a região da acupuntura há uma grande diferença potencial elétrico, elevada condutância elétrica e diminuição da resistência sobre a pele. Por esse motivo utiliza-se muito estimulo elétrico para realizar tratamentos de acupuntura, na sedação e tonificação.

    Cabe ao terapeuta, utilizar através de várias técnicas como: Moxa, Ventosa, Laser, Eletro-Acupuntura, Acupuntura Auricular, Quiro-Acupuntura, Acupuntura Constitucional, Acupuntura Craniana, Acupuntura Facial, Massagem Tui-ná, Shiatsu, Do-In, e muitas outras para promover o fluxo do Ki e do equilíbrio entre Yin e Yang e transformações gerados pelos Cinco Movimentos.

    ENERGIA

     

          Tchi       Ki ou Qi 

          China      Korea / Japão 
     

                                  Yeng Tchi   Ar 

          Energia   Kou Tchi    Alimentos 

                                  Yuen Tchi   Ancestral 
     
     

          Rim  Morada da energia vital (ancestral ). 
     

     ENERGIA 

    Energia chamado pelos Chineses de TCHI, pelos Coreanos de KI e pelos Japoneses de QI. 

    Jing (essência), KI (energia), XUE (sangue) e JINYE (líquidos orgânicos). 

    Jing, Ki, Xue e Jinye constituem as substâncias básicas do corpo e também a base material para as atividades fisiológicas de Zang-Fu (órgãos e vísceras internos).  

    Jing (Essência)

    Significa energia ancestral (Essência), e a morada da energia ancestral são os Rins (armazenam a Essência). 

    Ki (energia) 

    O Ki (energia) e uma substância essencial que faz parte do corpo e que pode produzir funções distintas tais como Yin Ki (Ki nutritivo), Ki (ar) de respiração, e outro lado, referem-se às atividades funcionais de Zang-Fu e dos tecidos, por exemplo, o Ki dos Zang-Fu, o Ki dos canais, etc. As energias Yuan Ki, Zhong Ki, Yin Ki, Wei Ki, etc. são diferentes na origem, na distribuição e nas características funcionais.

    Yuan Ki (verdadeiro) 

    Ki original ou Ki verdadeiro. O Yuan Ki é considerado o mais importante e o mais fundamental entre o Ki do corpo e é formado pelo Ki essencial, pelo Ki produzido dos alimentos pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas e pelo ar límpido da natureza aspirado pelo Pulmão. O Yuan Ki exerce a função de estimular e de impulsionar as atividades funcionais dos diversos Zang-Fu dos tecidos do corpo, razão pela qual pode-se considerá-lo como uma força motriz do corpo.  

    Zhong Ki (principal) 

    Zhong significa “grande ou principal” por isso, Zhong Ki também é chamado “Daqi” (Ki grande). O Zhong Ki está integrado pelo Ki de matérias essenciais, da água e dos alimentos; o ar límpido aspirado pelo Pulmão acumula-se no tórax, entra no Coração e nos vasos sangüíneos para impulsionar a circulação do Sangue e ocorre por todo o corpo. Zhong Ki constitui a força motora que promove a respiração do Pulmão e da circulação do Sangue do Coração.  

    Yong Ki (nutrição) 

    “Yong” significa nutrição. O Yong Ki é produzido a partir das matérias essenciais da Água e dos alimentos transformados pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas e constitui a parte mais substancial do Ki da água e dos alimentos.  

    Wei Ki (defensivo) 

    É o Ki defensivo ou protetor. Wei Ki é produzido principalmente pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas dos alimentos. A insuficiência de Ki do Estômago e do Baço/ Pâncreas leva, com freqüência, à insuficiência de Yang e como conseqüência, o cliente tem temor ao frio, os membros frios e facilidade em apresentar secreção pulmonar. Os movimentos de Ki constituem uma manifestação da vida e do corpo, e uma vez parado esse movimento, termina a vida.

    O subir, descer, entrar e sair do Ki manifeste-se corretamente nas atividades funcionais dos diferentes Zang-Fu, assim como nas relações de coordenação entre Zang-Fu. O Estômago domina a recepção, por isso o Ki do Estômago desce e o Baço/Pâncreas encarrega-se da transformação e transporte, por isso o Ki do Baço/Pâncreas sobe; os Rins encarregam-se de distribuir a Água elevando o límpido e descendo o turvo; o Pulmão controla a expiração e os Rins, a recepção do ar; o Fogo do Coração abaixa, enquanto a Água dos Rins sobe; assim como o Fígado domina a drenagem. Qualquer transtorno na circulação de Qi, tais como alterações na subida e descida, obstáculos na entrada e na saída, podem afetar as atividades funcionais normais dos Zang-Fu. O corpo mantém a temperatura normal e realiza diversas atividades com o aquecimento pelo Qi. O transporte e a transformação das matérias dos alimentos pelo Estômago e pelo Baco/Pâncreas, a produção de Yong (Qi nutritivo), Wei (Qi defensivo), Qi (Emergia), Xue (Sangue), Jing (Qi essencial) e os líquidos orgânicos; a distribuição dos líquidos orgânicos pelo Triplo Aquecedor e a excreção de urina da Bexiga são realizadas sob a ação de Qi.

     

    Xue (Qi nutritivo) 

    A principal fonte do Sangue é o Yong Qi (Qi nutritivo) gerado por matérias substanciais da Água e dos alimentos digeridos pelo Estômago e pelo Baço/pâncreas. O Yin Qi é à base do Sangue e os líquidos também fazem parte do Sangue. O Sangue origina-se primeiro das Essências inatas; depois do nascimento, tem como fonte, o Qi e Energia essencial adquirida da Água e dos alimentos.

    A circulação do Sangue depende do impulso do Qi do Coração e do Qi do Pulmão e depende também da função de regularização e de drenagem do Fígado e do controle do Qi do Baço/Pâncreas. Por isso, a deficiência do Baço/Pâncreas faz com que o Sangue perca o autocontrole produzindo-se a hemorragia crônica; a deficiência do Baço/Pâncreas leva à disfunção, de transporte e de transformação levando à insuficiência de Sangue nutritivo. A estagnação de Qi do Fígado causa a estagnação do Qi e a estase do Sangue; deficiência de Qi do Pulmão e do Coração faz com que o Sangue circule sem força, provocando a estase de Sangue do Coração. 

    Jinye (líquidos orgânicos) 

    Os líquidos orgânicos têm por função umedecer e nutrir os Zang-Fu, tecidos e constituem um dos elementos importantes para a formação do Sangue.

    Os líquidos orgânicos formam-se da Água e dos alimentos, através da função do Estômago e das funções de transformação e de transporte do Baço/Pâncreas, os Jinye são enviados para o Pulmão e, através da sua função de difusão, são distribuídos pelas vias do Triplo Aquecedor para todo o corpo, chegando externamente até a pele e internamente, filtrando nos Zang-Fu, a fim de umedecer e nutrir aos órgãos e tecidos. A insuficiência dos líquidos nos órgãos internos produz também sintomas de secura, tais como: tosse seca por secura no pulmão, sede devido à secura no estômago, constipação por causa da secura no intestino grosso, etc. Os transtornos na distribuição e na excreção podem causar retenção de água, sintomas como abundância de Mucosidade, edema, etc. 

    ACUPUNTURA 
     

    A acupuntura e a técnica mais antiga que existe, parti do conceito de que o desequilíbrio se deve à má distribuição de energia pelo corpo, sendo assim aplicam-se algumas agulhas para ativar alguns pontos de acupuntura para equilibrar yin e yang dos órgãos e vísceras.

    Cada Órgãos e Vísceras têm uma função energética diferente da função alopática.

    Na Antigüidade, os chineses haviam comprovado, que um órgão do corpo humano, alterado em seu funcionamento, deixavam sensíveis, certos pontos de revestimento cutâneo. A localização desses pontos (situados nos mesmos lugares em todas as pessoas) variava de acordo com o órgão afetado. Concluíram assim que cada órgão correspondia pontos específicos, demonstraram então que uma ação sobre esses pontos repercute sobre o órgão correspondente, produzindo um alívio.

    Esses pontos constituem uma espécie de cadeia, como se uns fossem a continuação de outros. Unindo-os por traços imaginários obtêm-se linhas longitudinais denominadas passagem, canais ou meridianos.

    Os meridianos estão relacionados aos órgãos diretamente. Inserindo uma agulha em um determinado ponto de um meridiano, tem a sensação de que algo esta transitando entre eles, os chineses chamam de Qi, que significa energia.

    Restaurar o equilíbrio energético

     

    A energia circula através do organismo, meridiano a meridiano, de forma regular, distribuindo-se harmoniosamente e segue o seguinte percurso diário: das 3 às 5h, passa pelo meridiano dos pulmões (P); das 5 às 7h, do intestino grosso (IG); das 7 às 9h, do estômago (E); das 9 às 11h, do baço pâncreas (BP); das 11 às 13h, do coração (C); das 13 às 15h, do intestino delgado (ID); das 15 às 17h, da bexiga (B); das 17 às 19h, dos rins (R); das 19 às 21h, da circulação-sexualidade (CS); das 21 às 23h, do triplo-aquecedor (TA); das 23 à 1h, da vesícula biliar (VB); da 1 às 3h, do fígado (F).

    Os desequilíbrios são conseqüências naturais da má distribuição de energia. Alguns sintomas da falta dessa energia são: sensação de vazio, fraqueza, insatisfação, insegurança, desânimo, frio, suor, agressividade, agitação dor, calor, e outros...

    A acupuntura tem por objetivo reequilibrar a circulação de energia no organismo, tornando-o harmônico, pois constitui no princípio básico da ordem universal. A saúde é o resultado do equilíbrio dessas duas forças (Yin (negativo) e Yang (positivo), que ativam os corpos).

    O Yin e Yang expressam-se em todo e qualquer nível de existência, com alternância de cada força.

    Alguns elementos Yang são: a luz, o calor, o verão, o vermelho, o homem, a atividade, o sistema nervoso simpático, as partes superficiais do corpo. O elemento Yin é: o escuro, o frio, o inverno, o azul, a mulher, o sistema nervoso parassimpático, as partes profundas do corpo e outros.

    O intestino delgado, o intestino grosso, a vesícula, o estômago, a bexiga e o triplo-aquecedor são órgãos de Yang. O coração, os pulmões, o fígado, o baço, os rins e a circulação-sexualidade são órgãos Yin.

    Alguns físicos descobriram que a teoria oriental de que não existe distinção entre matéria e energia está certa, elas são consideradas dois pólos de uma mesma unidade.

    Para análise, uma técnica peculiar.

     

    Yin e Yang são duas forças que condicionam a vida de cada indivíduo e o seu estado de saúde, a pergunta que se faz ao especialista de acupuntura é: qual órgão esta deficiente e qual órgão apresentam um excesso de vitalidade? Dá-se, então o analise, na qual, usam-se alguns métodos: ver o cliente escutá-lo, perguntar, apalpar seu corpo nos pontos ou LO (pontos de alarme) e leitura pelo pulso, todos eles são importantes.

    O analise do pulso é realizado na artéria radial do punho. E requer silencio e tranqüilidade. Os três dedos têm que se manter como um arco, com as pontas bem alinhadas e se examina o pulso com a polpa dos dedos. A distancia dos dedos depende da estatura do cliente: É dividida em três zonas, cada qual com uma posição superficial e outra profunda.

    Coloque levemente a polpa de um dedo sobre a artéria radial, em cada uma das três posições, é possível perceber que a sensação obtida difere em cada local – com exceção de pessoa em perfeito estado de saúde (se a pressão for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensação ou percepção torna-se diversa). Se os pulsos da primeira posição apresentar vibrações mais fortes do que os da terceira, quer dizer que o Yang esta mais poderoso do que Yin, e vice-versa.

    Na mão esquerda, com pressão superficial, faz-se a análise do intestino delgado, da vesícula e da bexiga; com pressão profunda faz-se análise do coração, fígado e rins. Na mão direita, com pressão superficial o intestino grosso o estômago e o triplo-aquecedor, com pressão profunda o pulmão, baço/pâncreas e a circulação-sexualmente.

    As pulsações podem ser classificadas em: a) alteração de freqüências b) ritmos c) superficial ou profunda; d) lisa ou grossa; e) cheias ou vazia; f) longa ou curta e etc.

    Tanto para se realizar um tratamento ou realizar uma simples análise, é imprescindível o conhecimento dos meridianos, da origem de seus pontos principais e das leis que regem esta forma de terapia.

    Existem doze meridianos que estão relacionados a doze órgãos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou mais desses órgãos. Assim sendo, esses doze órgãos – ou funções corporais são considerados primários, e os outros secundários.

    Os meridianos são bilaterais, um em cada lado do corpo, sendo classificados como profundos e superficiais, de Yin e de Yang. Os meridianos profundos de Yin são os do coração, da circulação-sexualidade e dos pulmões. Meridianos superficiais de Yang: do intestino delgado, do triplo-aquecedor e do intestino grosso. Meridianos inferiores de Yin (de dentro para fora): do baço/pâncreas do fígado e dos rins. 

    Conclusões 

    Posso afirmar que acupuntura pode ajudar muita gente a equilibrar a sua energia interna, e melhorar a qualidade de vida com tratamento de acupuntura.

    Excelente em tratamentos preventivos.

    Excelente para tratamento da dor e da sua causa.

    Se a eficácia do tratamento não fosse comprovada, os clientes não me procurariam ao longo dos 36 anos praticamente no mesmo local, tratando varias gerações da mesma família.

    Podemos provar realizando alguns golpes nos pontos de acupuntura, verificando aumento da sensibilidade e diminuição da resistência do local (sem machucar, claro).

    Podemos pressionar alguns pontos para mostrar anestesia do local, para tirar a dor, ou melhor, a hiper sensibilidade do local. 
     
     
       

    Referências bibliográficas 

    Yamamura, Y. Acupuntura Tradicional: A arte de inserir.

          2ª ed. Roca, São Paulo, 2001. 

    Ross, J. Zang Fu: Órgãos e Vísceras da Medicina Tradicional Chinesa.

          Roca, São Paulo, 1994. 

    Maciocia, G. A pratica da Medicina Chinesa: Tratamento com Acupuntura e Ervas Chinesas.

          Roca, São Paulo, 1996. 

    Spyros, Alexandros. Fitoterapia Chinesa e Plantas Brasileiras.

          Ícone, São Paulo, 1995.  

    Maike, Sonia. Fundamentos Essenciais da Acupuntura Chinesa.

          Ícone, São Paulo, 1995. 

    Yamanaka, M. Acupuntura em dermatologia.

          LMP, São Paulo, 2005. 

    Xi Wenbu, Tratado de Medicina Chinesa.

          Roca, São Paulo, 1993. 

    Focks, C. Atlas de Acupuntura.

          Manole, São Paulo, 2005. 

    Jae-Nam, M. Ho Shin Môo Yea.

          World Hapki-do HeadQuarters, Seul, Korea,1986. 

    Jae-Nam, M. Self Defence Martial Art.

          World Hapki-do HeadQuarters, Seul, Korea,1987. 

    Won, Seo. Quiro Acupuntura.

          Ícone, São Paulo, 2000. 

    Wood e Becker. Massagem de Beard.

          Manole, São Paulo, 1990.

    Souza, Matheus. Magneto Terapia.

          Ibraqui, São Paulo, 1999.

    Autor: : Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108
    Última atualização: 04/07/2011 14:11


    Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade-Desmistificando a Kundalini

     Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade - Desmistificando a Kundalini

    Mitiyo Oshiro Takemoto
    Terapeuta Holística
    CRT – 38660


    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2008

    Sumário

    Introdução ............................................................................... iv

    Sahajoli e Seus Benefícios.........................................................v

    - História.......................................................................................v

    - Cultura Ocidente e Oriente........................................................ vi

    Sexo.......................................................................................... vi

    Dois Cérebros........................................................................... vii

    Três Veículos.............................................................................vii

    Cérebro......................................................................................vii

    Órgãos do Corpo.......................................................................viii

    Órgãos Sexuais..........................................................................viii

    Os Três Tan Tiens.....................................................................viii

    Tantra.........................................................................................ix

    Vantagens da Pratica Sexual......................................................x

    - Os órgãos sexuais e o Cérebro..................................................x

    Rejuvenescimento (dentro das técnicas Taoistas)......................x.

    - A importância da Saliva...........................................................xi

    - Esperma....................................................................................xi

    Kundalini....................................................................................xii

    Sexualidade.................................................................................xii

    Reeducação Sexual.....................................................................xiii

    - Filosofia do Chi........................................................................xiii

    - Chacras, Tantrismo, Budismo e Hinduísmo..............................xiii

    O Cultivo da Energia Sexual e Espiritual..................................xiv

    Os Órgão Sexuais e o Cérebro...................................................xiv

    Material e Metodologia..............................................................xiv

    Discussão....................................................................................xv

    Conclusão...................................................................................xv

    Bibliografia................................................................................xvi


    Introdução

    SEXUALIDADE, ENERGIA E RELACIONAMENTOS.

    A relação entre homens e mulheres tem desconcertado e confundido filósofos, cientistas e pensadores ao longo dos tempos. A sexualidade é uma “doença” que abarca as páginas da história de todas as sociedades. É um ritual que tem absorvido as atividades humanas através das eras e que ainda constitui um dilema para as culturas atuais. Diante de algo que existe há tanto tempo e que faz parte da vida de toda criatura ao longo da história, poderíamos pensar que a raça humana já fosse especialista no tema da sexualidade. Entretanto, ainda hoje, os relacionamentos sexuais continuam ofuscando e confundindo profundamente o espírito das pessoas. Por um lado, criam paixão e amor, acendem o romance e o prazer, despertam as chamas do desejo que tornam a vida digna de ser vivida, mas, por outro lado, a sexualidade é também uma fonte de destruição e negatividade, a causa de infinitos problemas na sociedade. Os taoistas não vêem o sexo ou a energia sexual como uma questão moral. Para eles é mais uma questão de saúde. Assim que você começar a entender sua energia, como ela é e para que realmente existe, você terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhar com ela e como interagir com as pessoas ao seu redor, especialmente com o sexo oposto. A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidos nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultuando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente. A saúde sexual depende intrinsecamente da energia sexual, é a energia mais potente que existe, pois é uma energia criativa, a energia criativa é a pura energia da vida, a sexualidade se manifesta o tempo todo no universo, desde a natureza, plantas, flores, animais e nós humanos, ela flui no universo o tempo todo, ela é um dom que recebemos e que tem que ser utilizada, a natureza deu e a natureza cobra, a pessoa que não sente atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa dos bloqueios energéticos. Sobre a energia sexual se envolve vários assuntos, um deles é a energia da Kundalini.

    Sahajoli e Seus Bebefícios

    O Sahajoli se resume basicamente em exercícios para fortalecer os músculos vaginais e região pélvica. Em primeiro lugar estaremos passando as técnicas de como proceder esse exercício. Em primeiro lugar trabalha-se o fortalecimento de todo assoalho pélvico (vagina, uretra e anus) e é chamado de Uddiana Banda, ou seja, com essa pratica trabalha-se todos os esfíncter, anal, vaginal e uretra através das contrações dos anéis da vagina, anus e uretra. Na segunda fase desse exercício aprende-se a sugar e não apenas apertar para cima os músculos e esfíncter. Conforme ofortalecimento de todo assoalho pélvico, estaremos alcançando o sahajoli, vajroli e amaroli, pois a energia flui até chegar no bindu (comparada a energia do orgasmo). Exercícios para os homens(aqui a intenção é preservar o bindu, ou seja preservar o semen, pois com a ejaculação perde-se a energia e acelera o envelhecimento). Bindu é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico, é um fio que liga o cérebro, medula e órgãos sexuais.

    HISTÓRIA

    Sahajoli é uma arte milenar das mulheres orientais. Antigamente o Sahajoli era praticado naturalmente. Os pais orientavam seus filhos naturalmente com relação a este legado, através do sistema Paran Paran; quer dizer oralmente, nada de leituras ou escritas. Entre os nobres: o pai da jovem contratava uma orientadora, mestra na arte de amar, com a finalidade de preparar a jovem moça Shakti “Deusa do Amor” com intenção de entregar ao pretendente Shiva “Deus do Amor”. Assim se formava um casamento perfeito, inabalável. Com a invasão dos ingleses, devido ao moralismo vitoriano, eles foram proibidos de praticar e caiu no esquecimento.

    Há aproximadamente dois séculos, as prostitutas orientais, as gueixas, se apoderaram dessa técnica para obter mais lucro, ganhar mais clientes. Na China, os Ensinamentos Sexuais da Tigresa Branca, Segredos das Mestras Taoistas –Hsi Lai – ainda existe em grupo secreto, um treinamento concentrado de três anos, com a finalidade de educar e reeducar no “refinamento” aperfeiçoamento para a “imortalidade” sexual e espiritual (valorização da mulher). Esse sistema é compatível com o Tantra.

    No ocidente, o sahajoli feminino se tornou conhecido através do Dr. Kegel, médico americano que popularizou os exercícios de contração vaginal, trazendo muitos benefícios à saúde e sexualidade da mulher. Tomemos como exemplo a cura de muitos casos de incontinência urinária, queda de útero e bexiga. Assim como mulheres antes consideradas frígidas, após aprenderem as técnicas conseguem prazer e orgasmo.

    As praticantes de sahajoli, tem uma aparência mais jovem em conseqüência do reequilíbrio hormonal obtido através destes exercícios. Um famoso mestre de yoga da Bélgica, André Lysebeth diz em seu livro que uma praticante desta técnica ancestral será mais apreciada do que qualquer outra mulher, e não será trocada nem por uma bela rainha.

    O sahajoli entre as mulheres está rapidamente se tornando popular em nosso país para a felicidade de muitos casais que hoje desfrutam deste criativo e saudável em suas relações sexuais.

    O sahajoli masculino, isto é, os movimentos com a musculatura do pubococcigeo no homem, além da movimentação voluntária do esfíncter anal e períneo chamados de exercícios do mulabhanda no yoga, incluindo também os vários tipos de movimentos pélvicos e penianos, que praticados pelos homens, melhora a circulação da áreas pélvica, aumentando consequentemente a potência e o prazer do praticante.

    Os homens que praticam possuem vitalidade e potência sexual até a longevidade, pois em várias regiões do Oriente estes exercícios são utilizados naturalmente no dia-a-dia. Esse conhecimento provém de ensinamentos legados de seus antepassados.

    São homens que realmente fazem amor por horas seguidas, dando mais prazer as suas companheiras. Este conhecimento é fundamental para a prática do sexo Tântrico. A saúde sexual eleva a totalidade do indivíduo (auto estima).

    CULTURA: OCIDENTE E ORIENTE

    Cultura Ocidental: é patriarcal (machista, possessivo, ciúmes, violência, muita dor, remorso, guerra). A mulher não tinha o direito de ter prazer sexual. Os inquisidores da igreja condenavam severamente.

    Cultura Oriental: é matriarcal (paz, amor, compreensão, respeito, não ciúmes). Culto a mulher, a mulher (divindade).

    SEXO

    Dakshina marga – perda do Bindú (ejaculação) é ocidental, primitivo, inferior, meramente físico e mecânico. Resultado: fadiga, cansaço.

    O sexo é feio, vergonha, dão nomes ou apelidos feios aos órgãos genitais: cheios de preconceitos e proibições. Hoje o sexo é liberado sem freios!? Vama marga – manter o Bindú (orgasmo), é oriental, superior, evoluído – é um fenômeno físico-psíquico-emocional. Resultado: saúde e vitalidade, devido a Energia da Kundalini (Energia Vital). Ativa todos os órgãos internos e os chacras, do primeiro até o sétimo chacra. Nesse caso podemos dizer que atingiu o nirvana (iluminação-conceito taoista). Os orientais dão nomes poéticos aos órgãos genitais como: Flor, Rosa, Margarida, Orquídea, Girassol, etc.

    2 CÉREBROS: primeiro cérebro cabeça e segundo cérebro intestino

    Relação Intestino e o Cérebro.

    A ciência e as pesquisas médicas têm demonstrado através de estudos recentes a importância do sistema gastrintestinal e mais especificamente do intestino, para a manutenção da saúde e do bem estar. O intestino passou a ser reconhecido como um ''órgão inteligente'' por sua capacidade de selecionar entre o que comemos, o que nos é ou não útil, e por ser o único órgão do corpo humano capaz de executar funções independentemente do Sistema Nervoso Central, chegando a ser recentemente denominado por especialistas como um ''segundo cérebro''.

    O livro do Dr. Michel Gerson, o “Segundo Cérebro”, menciona que os intestinos possuem uma rica rede neuronal, cerca de 100 milhões de neurônios (semelhante à medula espinhal) que elaboram neurotransmissores. As últimas pesquisas demonstraram que quarenta hormônios e vinte neurotransmissores são secretados também pelo eixo-cérebro-intestinal, ou seja, pelo cérebro e intestino simultaneamente, e que 80% do nosso potencial imunológico esta presente neste órgão. Com isso ao regular todo o nosso organismo os intestinos funcionam como órgãos inteligentes.

    Para que o corpo entre em equilíbrio é importante que haja uma consciência entre a conexão desses dois cérebros, para fazer circular a energia “yin e yang.”

    TRÊS VEÍCULOS OU TRÊS MENTES

    Mente, órgãos e órgãos sexuais.

    Parece que algumas pessoas estão desligadas de si mesmas e dos seus órgãos sexuais. A mente e os órgãos estão, portanto, separados. O taoísmo acredita que a mente, o corpo e o espírito devem trabalhar juntos. Os resultados dependem da assimilação de cada aluno. No Tao, aprendemos a criar um Tempo Sagrado dentro de nós. Com a técnica simples de sorrir em todos os órgãos, podemos integrar o nosso corpo, a nossa mente e o nosso espírito.

    Eles não ficam mais separados. A prática sexual conecta a mente com os órgãos sexuais e o cérebro. Forma uma ponte de ligação entre essas nossas partes e cria-se a sinergia.

    CÉREBRO

    O Cérebro pode acessar e gerar as forças superiores, mas não é fácil armazenar essa energia no próprio cérebro. Precisamos treinar o cérebro para aumentar a sua capacidade e a sua destreza em armazenar a energia. A energia do cérebro, quando aumentada até um determinado nível, podepermitir um maior numero de sinapses e ajudar a converter proteínas em células cerebrais. O Tao acredita que, com o treinamento e a pratica é possível aprender a aumentar o numero de células cerebrais e nervosas, assim como aumentar o numero de sinapses no sistema nervoso central.

    ORGÃOS DO CORPO

    Os órgãos também podem gerar energia, mas muito menos do que os órgãos sexuais e o cérebro. Eles também têm uma capacidade muito maior de armazenar e transformar energia.

    ORGÃOS SEXUAIS

    O Tao descobriu que os órgãos sexuais são os únicos órgãos que podem gerar uma quantidade significativa de energia (força vital ou kundalini).

    OS TRES TAN TIENS

    Eles também podem armazenar energia, transformá-la e fornecê-la para o cérebro, a coluna vertebral, os órgãos sexuais e os outros órgãos.

    Três mentes ou três Tan Tiens conectados significa força “YI”.

    Na pratica do Tao, armazenamos a energia nos três tan tiens, que são os reservatórios de energia dentro de nós. O Tan Tien superior (Bindú) localiza-se no cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) e, quando esta cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. Aqui armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. Todos os Tan Tiens apresentam uma face yin e outra yang. Na natureza, Yin e Yang estão presentes em todas as coisas. Pelo por do sol, o dia (Yang) se converte em noite (Yin). É muito importante sentir os aspectos de Yin dentro de Yang e de Yang dentro de Yin (nascer e por do sol). Um aspecto não existe sem o outro, pois são aspectos inseparáveis da mesma força.

    O centro Tan Tien do coração, entre os dois mamilos é o Tan Tien médio. Ele é associado ao elemento fogo. Ainda assim, dentro do fogo sempre existe água. O espírito original (Shen) é armazenado aqui (glândulas monada e timo).

    O baixo ventre a altura do umbigo é o universo, ou oceano, vazio. Queremos sentir um universo de energia no Tan Tien inferior. Dentro desse universo ou oceano, existe um fogo como um vulcão sob o oceano: “fogo sob a água” (glândulas gônadas).

    Os três Tan Tiens referem-se a esses três reservatórios de energia dentro do corpo. Esses reservatórios são lugares onde podemos armazenar transformar e coletar a energia. Os reservatórios são a fonte de energia que flui através do corpo. Os meridianos são os rios de energia alimentados por esses reservatórios.

    TANTRA (Há muita especulação em torno do Tantra)

    Definição: É uma filosofia comportamental naturalista. É basicamente o sexo, espiritualidade e Yoga. É um instrumento de elevação que leva a espiritualidade. O Tantra pede dedicação, concentração, disciplina. O Tantra organizou os rituais da Magna Mater, transformando-os em um método de emancipação que busca na psique humanda a manifestação da Shakti, a energia primordial que move o Cosmos. Este movimento teve uma forte influencia sobre a religião, a ética, a arte e a literatura indiana, havendo ressurgido com inusitada força entre 400 e 600 d.C, quando chegou a transformar-se em uma moda que acabou por influenciar os modos de pensar e agir da sociedade indiana medieval. Aqui ela se afirma, populariza e estende ainda mais, dando origem a um grande numero de correntes e manifestações filosóficas, religiosas, mágicas e artísticas algumas antagônicas. “Não se trata de uma religião nova senão de uma nova caracterização de fatos que pertence ao hinduísmo comum, mas que as vezes só se apresenta precisamente em suas formas tantricas encontra-se a marca do Tantrismo na mitologia e cosmogonia, mas, principalmente, no ritual.

    O ritual trântrico propõe um caminho chamado Caminho do Vale, que é o mais fácil, pouco movimentado e baseado no relaxamento físico e mental. Ele nos abre para um mundo de sensações e experiências desconhecidas, gera uma plenitude prolongada e a integração total entre dois seres.

    Para o Tantra o corpo é mais do que um maravilhoso instrumento ou admirável mecânica biológica: ele é divino. O Tantra nesse trabalho proposto é chamado de Tantra Branco, focado no casal e não na poligamia.

    Exercício trantrico: o mula bandha

    Este exercício também pode ser praticado por homens e por mulheres. Deitada (o), sentada (o) ou em pé coloque seu pensamento na região anal. Respire com tranqüilidade. Depois de alguns minutos tentando manter a concentração, contraia delicadamente o primeiro esfíncter do ânus, o mais externo. Depois, apertando um pouco mais, dirija sua concentração para o segundo anel muscular, enfim, contraia o eretor do ânus, levando assim os dois esfíncteres anais e períneo para dentro e para cima. Lenta e gradualmente, distinguem-se bem estes três níveis, mesmo na primeira tentativa. Depois, aperte com toda a força que puder até fazer vibrar toda região anal e períneo. Mantenha esta contração ao máximo, retendo o fôlego, por no mínimo 6 segundos. Depois relaxe, mantendo a concentração. Repita no mínimo 5 vezes seguidas.

    VANTAGENS DA PRÁTICA SEXUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    Os Órgãos Sexuais e o Cérebro

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas:”faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”(Bindú).

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Outras vantagens conseguidas através dos exercícios de sahajoli são a parada da incontinência urinária através do fortalecimento do assoalho pélvico, retardamento da ejaculação (ejaculação precoce), anorgasmia (dificuldade ou não chegar ao orgasmo).

    Pompoarismo Tantra Yoga = exercício dos músculos vaginais e do assoalho pélvico (pubococcigeo):

    • Previne desequilíbrios pelo fato de deixar os tecidos da região mais fortes e lubrificadas.

    • - Evita a queda do útero, da bexiga e incontinência urinária, previne contra hérnia, hemorróida

    e varizes.

    - Auxilia a gestante no parto normal e na recuperação pós parto.

    - Elimina a cólica menstrual, auxilia no tratamento de bloqueios, impotência, frigidez e vaginismo.

    - Ativa a circulação do sangue, harmoniza os chacras e equilibra a energia Yin e Yang.

    - Ajuda no equilíbrio da produção hormonal (rejuvenesce).

    • Mais mobilidade dos quadris e das areas pélvicas, melhora a performance da mulher no ato sexual devido ao aumento da libido.

      REJUVENESCIMENTO (DENTRO DAS TÉCNICAS TAOISTAS)

    Os antigos taoistas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres que existem dentro do corpo e que estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo, como o digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em estado ótimo de saúde é muito importante que os músculos esfíncteres se contraiam simultaneamente, estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Quando existe um desequilíbrio de energia sexual, ela é revelada nas características externas da face. Quando os músculos esfíncteres estão em desequilíbrio, os órgãos se esgotam. Essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual, pois são eles que suprem de energia o centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas gerais do corpo.

    Postura dos Três Tan Tiens e no sistema dos 7 chacras para a saúde e manutenção da coluna.

    A IMPORTÂNCIA DA SALIVA

    A saliva marca a primeira fase do desenvolvimento libidinal; para o taoista, a produção de grandes quantidades de saliva assinala as energias restaurativas do nosso corpo. Os taoistas estavam certos nesse pressuposto porque a saliva estimula e é parte do sistema imunológico. Os taoistas vão muito mais longe a seus louvores e na aplicação da saliva. Ao ser refinada, a saliva se torna muito espessa e embranquece, parecendo-se muito com o próprio sêmem. Sabe-se que os taoistas subsistem com esta saliva refinada por longos períodos, vivendo de “ar e orvalho”, respiração e saliva, como costumavam dizer. Eles alegaram que era um catalisador para se atingir a imortalidade.

    Exercícios para ativar as glândulas salivares (importante para a manutenção da saúde geral).

    Os três nós

    - Três Tan Tiens – sorriso interior

    desatar os três Granthis (nó)

    Muladhara – Anahata – Ajna

    ESPERMA

    As células do esperma são da maior importância, pois elas carregam os elementos restauradores. Segundo a bioquímica, o sêmem é quase inteiramente proteína pura, com enormes quantidades de fósforo, cálcio e vitamina C. Ele contém ainda propriedades antibióticas. De modo geral, o sêmem contém muito dos micronutrientes necessários para a saúde do organismo humano, especialmente a pele e cabelo. É muito eficaz para ajudar na restauração da juventude da mulher.

    Para os antigos taoistas, o sêmem e o sangue pareciam ser a mesma coisa: o sêmem era uma destilação do sangue. Um texto remoto alegava que quarenta e nove gotas de sangue equivaliam a uma gota de sêmem. Por esta razão, os taoistas procuravam preservar o seu sêmem, pois assim estariam preservando a própria essência da vida. Levando-se em conta os ingredientes do sêmem, esse antigo diagnóstico intuitivo não está muito longe do que a bioquímica também descobriu sobre o sêmem.

    KUNDALINI

    A energia da felicidade latente dentro da espinha dorsal, até ser ativada pelas práticas tântricas. Geralmente ela é representada como uma serpente encolhida que se move ao longo da coluna. A energia da kundalini poderá ser ativada através de exercícios tântricos e energia sexual.

    Essa é uma energia que deve ser ativada com conhecimento e orientação, levando sempre em consideração o limite de cada ser. A energia nuca morre, ela se transforma.

    SEXUALIDADE

    A energia sexual provém da melhor energia do corpo, porque ele está envolvido no processo de fornecer energia ao centro sexual. Portanto, o centro sexual é a condensação de toda energia do corpo e é essa a razão pela qual a saúde do centro sexual é necessária para a nossa saúde mental, emocional e física.

    A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Ela é a água da vida, que reabastece os jardins do templo humano. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidas nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultivando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente.

    O polo que juntamente com o clitóris proporciona intensa satisfação sexual na mulher é um ponto profundo localizado próximo ao útero na parede anterior da vagina, possui uma textura diferente dos outros tecidos vaginais e fica intumescida na excitação feminina. Esta área ficou conhecida como o Ponto G depois que o médico alemão Dr. Ernest Granferg revelou este ponto em que havendo uma excitação adequada pode aumentar o prazer e levar ao orgasmo feminino.

    O tamanho e a consistência do Ponto G variam de mulher para mulher. É melhor que a mulher sozinha descubra o seu próprio Ponto G e as maneiras e ritmos de manipular este local que lhe proporcionem prazer, dando-lhe mais autoconfiança quando estiver acompanhada do seu parceiro. A harmonia entre o casal é de extrema importância para este momento que desenvolverá uma conexão íntima e mais afetuosa entre o casal.

    Localização do Ponto G na prática para mulheres.

    REEDUCAÇÃO SEXUAL

    Desenvolver um curso no sentido de orientar homens, mulheres e adolescentes para uma prática sexual saudável, com a finalidade de preservar a família e a harmonia nos relacionamentos.

    FILOSOFIA DO CHI (DEDICADO À EVOLUÇÃO INTEGRAL DO SER HUMANO

    ATRAVÉS DA CONSCIÊNCIA)

    O equilíbrio desta energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

    A força vital é uma forma sutil de energia eletromagnética uma realidade fisiológica do organismo. As técnicas de toque físico e não físico, são usadas para mandar energia através de todo organismo “abrindo” pontos bloqueados.

    Lowen elaborou uma síntese dos conhecimentos sobre as energias do corpo e as reuniu na bioenergética, que tem como finalidade liberar as emoções acumuladas por meio de práticas.

    As atividades que tencionam as pessoas acabam por bloquear o feixo energético interior, provocando diretamente enfermidades e ou até contribuindo para formá-las. É aí que pode ser utilizada a bioenergética.

    Em 1990 Lowen publica espiritualidade do corpo. Após alcançar um extremo de polaridade, radicalizando a postura de que todo o problema era defeso contra a sexualidade, ele pôde seguir adiante em sua exploração e introduzir na Terapia um outro eixo deste pólo, a espiritualidade.

    Em 1992 Lowen colocou que o objetivo da terapia passava a ser para ele, auto-percepção, auto expressão, ou seja, conhecer-se, expressar sua verdade e ser dono de si mesmo. Passou a colocar o ego saudável como objeto principal da terapia, e a manifestação da sexualidade como uma das formas de expressão desse ego saudável.

    Chacras,Tantrismo,Budismo e Hinduismo

    A principal diferença repousa na maneira diferente de tratar os mesmos fatos fundamentais. O sistema hindu enfatiza mais o aspecto estático dos centros e suas ligações com a natureza elementar:...isso porque os chacras de um conteúdo objetivo na forma de sílabas-semente permanentemente fixas (símbolos estáticos).

    O sistema budista preocupa-se menos com o aspecto estático-objetivo dos chacras, e mais com o que flui através deles, com suas funções dinâmicas, ou seja, com a transformação da corrente de energias cósmicas ou naturais em possibilidades espirituais.

    A concepção dos chacras apresentada por DVK se assemelha ao dinamismo do sistema budista. Sistema + Movimento: é sentido e percebido = emoção-psíquico-físico-espírito.

    Sincronizadores das energias emocionais, mentais e etéricas, corpo-espírito-mente.

    O sétimo chacra: coronário-o maior é a sede dominante e faz a conexão direta com o primeiro chacra-kundalini.

    O CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL E ESPIRITUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    OS ÓRGÃOS SEXUAIS E O CÉREBRO

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas: “faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”.(Bindú)

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Material e Metodologia

    Sobre os tópicos citados, e os referentes autores os quais menciono, é de grande valia ressaltar a interligação entre o sexo e a espiritualidade, estão relacionadas à saúde física, um não está desvinculado do outro.

    A importância dos chacras e a energia que flui em todo corpo seguindo uma vida sexual saudável, junto com os exercícios citados como o sahajoli é de extrema importância para a melhora constante de todo o corpo, não é apenas sexual, mas a energia que flui dos exercícios são ligados a saúde física levando ao desenvolvimento e crescimento espiritual, esse crescimento está nas técnicas tantricas e nas explicações sobre os chacras e a energia da Kundalini.

    Discussão

    Os autores mencionados em grande maioria cita a energia dos chácras como centro de energia, no livro de Hiroshi Motoyama relata sobre o Tantra Yoga, Kundalini , e a teoria dos chacras e os meridianos da acupuntura, o autor cita que existe a possibilidade da energia dos chacras serem comparados aos meridianos na acupuntura, e em outro ponto de vista a autora relata que a função dos chacras estão mais ligados a fatores emocionais. Acredito que os trabalhos dos autores citados são complementares, pois dizer algo sobre energia pode ser complicado, porque esbarramos no campo dos estudos. É através dos exercícios que se pode dizer mais sobre a energia que flui, pois não se trata necessariamente de uma ciência comprovada, ela não é vista, mas sim sentida. Sobre esses relatos complementares cheguei à conclusão que não existe a sexualidade desligada da espiritualidade, pois, através dos mesmos canais energéticos fluem as mesmas energias.

    Através desta visão a energia sexual é uma questão de saúde, pois ela é potente por ser uma energia vital e manifestada o tempo todo no universo. A pessoa que bloqueia esta energia desenvolve desequilíbrios.

    Através dos exercícios do Sahajoli trazemos benefícios à saúde, curando muitos casos de incontinência urinária, queda de útero, bexiga, ejaculação precoce, entre outros, sendo assim poderosa técnica para manter a saúde física de forma geral.

    Conclusão

    Conclui em meu trabalho e exercícios que realizei em meu próprio corpo, mais os relatos de alunos que também citaram suas experiências, onde através dos mesmos canais energéticos, flui a energia ligada ao sexo e a espiritualidade, sendo assim, quando se tem uma experiência sexual, as energias do orgasmo se reflete em todos os demais chacras, do primeiro ao sétimo chacra podendo ser comparada a iluminação ou nirvana da espiritualidade.

    A energia do primeiro chacra, chamado de Kundalini, é ativada através da atividade sexual, fantasias sexuais e dos exercícios do Sahajoli, criando uma potente energia que quando despertada passa do primeiro chacra e sobe para os demais, levando a ascensão espiritual.

    A finalidade do trabalho é também fortalecer a relação entre homens e mulheres dentro da monogamia através dos exercícios tantricos.

    A saúde está ligada ao fortalecimento do assoalho pélvico, onde se preserva a energia de todos os órgãos do corpo, não apenas os órgãos sexuais, pois se a base está flácida, todos os demais órgãos tendem a cair, assim, quanto mais os exercícios forem feitos, mais saúde de forma geral se tem e é por isso que os taoista entendiam que aproveitando a energia sexual o ser humano conseguiria manter por mais tempo a saúde, a juventude, a longevidade sexual e imortalidade espiritual.

    Conhecendo a energia do corpo, fica simples pensar e discutir sobre a sexualidade, e saber que através do conhecimento do nosso corpo e da energia que flui através dele, é possível chegar à saúde plena tanto física quanto psíquica, pois nossas ações e pensamentos são frutos da energia que circula em nossos corpos.

    Bibliografia

    Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    A cura pela meditação

    Cristina Cairo, Ed. Mercuryo

    Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    Os ensinamentos sexuais da Tigresa Branca – Segredos dos Mestres Taoistas

    Hsi lai, Ed. Aquariana

    Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Energia Sexual e Yoga

    Elisabeth brunton, Ed. Pensamento

    A deusa Durga

    Cláudio Duarte, Ed, Sexto Sentido

    A Espiritualidade nas Empresas

    Marilu Mastinelli, Ed. Sexto Sentido

    Teoria dos Chacras, Hiroshi Motoyama, Ed Pensamento

    Site Pesquisado : http://www.yogalotus.com.br/vamamarga.htm

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 20/05/2008 11:03


    Terapia Holística: Uma Profissão Em Plena Evolução O Perfil do Setor Por Meio da Análise Comparativa Entre Duas Pesquisas Nacionais

    Terapia Holística: Uma Profissão Em Plena Evolução

    O Perfil do Setor Por Meio da Análise Comparativa Entre Duas Pesquisas Nacionais

    Resumo:

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS, entidade máxima a representar a profissional em todo o Brasil, de fato e de direito, com o objetivo de identificar e atender às necessidades de seus filiados, em 2004 realizou a primeira grande pesquisa específica para nosso setor, iniciativa esta reapresentada ao final de 2008.

    Sem pretensões de precisão científica, esta publicação divulga as estatísticas comparadas entre ambas as pesquisas, incluindo comentários e ilustrações, possibilitando uma maior e real compreensão da nossa profissão no Brasil, identificando erros e acertos pontuais, bem como o caminho a seguir para que a atividade que abraçamos ocupe o seu digno e merecido espaço na sociedade, com a consequente e justa remuneração aos que a exercem.

    Introdução:

    Em nossa área de atuação, o "sexto-sentido", a intuição, são justamente valorizados, no que se refere ao atendimento de nossos Clientes. Contudo, quando se trata de gerir o futuro da profissão como um todo, o SINTE tem por dever valer-se igualmente de meios mais ortodoxos para melhor definir as decisões.

    Quanto maior quantidade e qualidade de informações obtermos, tanto melhor serão as estratégias adotadas a maximizar a profissão, bem como mais eficientes serão as orientações transmitidas aos nossos filiados, os quais, municiados por fonte CONFIÁVEL (ou seja, o SINTE...), ampliarão cada vez mais o proveito em seus consultórios.

    Manter um site na internet valoriza meu trabalho ? Alugar uma sala ou atender em casa ? Colocar um anúncio vale a pena ? Afinal, qual é o meu público alvo ? Devo manter meu formato atual de trabalho ou devo mudar algo ? Será que minha remuneração está na média do mercado ? Meu consultório está sub-aproveitado ? Sou só eu os outros colegas também estão na mesma situação ?

    Estas e uma infinidade de outras perguntas, cujas respostas até então baseavam-se nas opiniões pessoais, tem agora a oportunidade de serem elucidadas pela imparcial matemática: graças aos milhares de participantes somados em ambas as pesquisas, resultaram dados estatísticos capazes de espelhar com relativa precisão, como de fato está o perfil profissional e o mercado potencial em nossa setor.

    Metodologia:


    Os dados foram obtidos em especial por meio de Questinários disponibilizados aos filiados ao SINTE no ano de 2004 e, novamente, no final de 2008, com uma média aproximada de 2000 participantes na primeira edição (correio e internet) e 500 na segunda (via internet).

    Os tópicos inclusos nas pesquisas focaram dimensionar o mercado (médias de atendimentos, de valores por consulta, poder aquisitivo), definir o perfil, tanto dos profissionais, quanto de seus Clientes, quantitativa e qualitativamente (faixa etária, grau de instrução, gênero, média de rendimentos, horários preferenciais, locais de atendimento, atividades paralelas, etc), detectar possíveis novas tendências e, em segundo plano, informações quanto aos meios de comunicação e equipamentos ao alcance dos associados ao SINTE, para melhor decidir quanto às mídias e premiações educativas a serem desenvolvidas pelo SINTE.

    As respostas foram sintetizadas em planilhas de percentuais, contendo colunas comparativas entre os dados obtidos em 2004 e 2008, incluindo a variação estatística ítem a ítem, seguida de extrapolações textuais quanto à interpretação concreta das informações obtidas, bem como às possíveis consequências, conclusões e decisões práticas a serem empreendidas, coletivamente e individualmente.

    Para melhor orientar a interpretação dos dados obtidos, foram igualmente consideradas pesquisas documentais e bibliográficas (correspondências, publicações, mídias e demais formas de contatos oriundas de nossos associados), o levantamento de opiniões através de reuniões com os demais colaboradores da organização e a observação direta pelo autor, com mais de 25 anos de atuação neste segmento.

    Resultados:

    Gráfico com a transposição em porcentagens relativas às respostas obtidas nos dois questionários, de 2004 e 2008, seguidos de coluna da diferença comparada.


    Discussão:

    Para melhor visualização das tendências estatísticas, os gráficos a seguir ignoram as oções nulas e/ou em branco. Na sequência, tópico a tópico será abordado, incluindo a interpretação dos dados.

    Equipamentos:




    Os dados evidenciam que a categoria percebeu a importância de atualizar os equipamentos, facilitando desta forma, as comunicações, estudos e lazer.

    Em 2004, os profissionais mostravam-se em grande defasagem, tendo como destaque apenas o vídeo-cassete, justamente este que trabalha com uma mídia em extinção. Era uma quadro preocupante, pois privava o acesso aos materiais de estudo mais completos e atualizados, todos voltados para exibição em DVDs e computadores.

    As fitas de vídeo cassete, por serem volumosas, pesadas e de baixa capacidade de armazenamento inviabilizavam financeiramente sua utilização para gravações de cursos, palestras, congressos e similares.

    Felizmente, a pesquisa de 2008 mostra um quadro totalmente renovado, onde o vídeo-cassete está em último plano, o COMPUTADOR em primeiro lugar, seguido de perto pelo DVD.

    Essas informações, aliadas aos recursos de acesso à internet, possibilitam ao profissional poder ampliar seus conhecimentos e atualizações via mídias economicamente acessíveis, tais como CDs, DVDs, tais como os que são desenvolvidos pelo SINTE em seus projetos de educação continuada, além de acompanhamento de aulas, artigos, pareceres, orientações, sejam por via escrita, ou áudio-visuais e mais uma infinidade de possibilidades que a rede mundial proporciona.

    A tendência em investir em novos recursos de comunicação e acesso projetam um futuro profissional no qual a categoria mantém-se em atualização contínua, ampliando assim as oportunidade de ser bem-sucedidos.

    Acesso à Internet:


    Em 2004, a internet era praticamente desconhecida dentro da profissão. Subestimada como mera fonte de entretenimento, a maioria não a utilizava e, dentre os que a aproveitavam, em grande parte era via conexões discadas, o que tornavam lento e custoso o procedimento.

    Quatro anos após, o quadro mudou radicalmente, com quase a totalidade possuindo acesso e ainda via conexões rápidas.

    Do ponto de vista prático, abre-se um leque sem precedentes de agilidade nas comunicações. Sem custos financeiros extras, além de coerentemente mais ecológica a troca de informações via internet evita gastos com papel (menos árvores sacrificadas), impressão (tintas poluenetes...), transportes (emissões de carbono no ambiente...), além da agilidade quase instantânea às informações.

    Desta forma, a principal e confiável fonte de informações, que é o SINTE, fica a apenas "um clique" de qualquer consultório, seja pesquisando em www.sinte.com.br , seja trocando e-mails via contato@sinte.com.br . Isso se soma ao aproveitamento de tempo livre entre os atendimentos para aprofundar e atualizar estudos, acessando os diversos Projetos de Educação Continuada do SINTE, tais como a CEA - Comunidade de Estudos Avançados, o Projeto Holopédia (www.holopedia.com.br), Projeto Espiral do Livro (www.espiraldolivro.com.br), Projeto Livroteca (www.livroteca.com.br), dentre outros.

    Paralelamente a tais benefícios, uma poderosa fonte de divulgação tornou-se finalmente viável. Ao invés de desvalorizar-se profissionalmente com sites e e-mails de marcas gratuitas, os filiados ao SINTE podem usufruir dentre mais de uma dezena de "sobrenomes " exclusivos e específicos para NOSSA área, tais como www.seunome.terapeutasholisticos.com.br e seunome@terapeutasholisticos.com.br; www.seunome.psicoterapeutas.com.br e seunome@psicoterapeutas.com.br; www.seunome.terapeutafloral.com.br e seunome@terapeutafloral.com.br; etc). 
    Uma vez com "endereços fixos" na internet, com site e e-mail personalizados, de imediato os serviços do profissional tornam-se localizáveis para milhões de Clientes potenciais de bom nível educacional e de poder aquisitivo, ampliando em muito o leque de oportunidades, compensando, inclusive, um fenômeno identificado em nosso setor, que é a contínua mudança de endereços fixos e de telefones para contatos.

    Valor Por Consulta:





     Os valores no gráfico estão em R$ (reais). Para extrapolarmos uma estimativa para a média geral, primeiramente arbitramos valores para cada faixa, respectivamente, R$ 37,50 (de R$ 25,00 a R$ 50,00), R$ 75,00 (de R$ 50,00 a R$ 100,00) e R$ 101,00 (os dois primeiros, são medianos e, para acima de R$ 100,00, por não haver "teto", optamos por um mínimo excedente). Multiplicamos cada faixa por sua respectiva porcentagem e dividimos por 100 a somatória.

    Assim sendo, para 2004, a média era de R$ 26,50 por atendimento, sendo que em 2008, pelos mesmos critérios, evoluiu para R$ 54,00. Isso implica em um crescimento de 103,8%, perante uma inflação acumulada de 27,2% (IPCA) no mesmo período.

    Ou seja, um grande aumento real no valor praticado nos atendimentos com Terapia Holística, o qual, porém, não implicou em igual proporção no aumento da renda mensal, devido a uma diminuição relativa da quantidade de atendimentos semanais. Ainda assim, como veremos na sequência, a remuneração em nossa profissão cresceu em mais que o dobro da infração nestes 4 anos abrangidos por este estudo.

    Atendimentos Semanais:

    De modo similar aos critérios descritos no quadro anterior e projetando de semanal para mensal, obtivemos para 2004 a média de 48 atendimentos ao mês, sendo que para 2008, este valor ficou em 39.

    Atentem que a relativa redução quantitativa do número de atendimentos foi amplamente compensada pela grande elevação do valor médio praticado por cada consulta.

    Em suma: nossos filiados estão atendendo menos e ganhando mais ! Esta é uma situação fora do comum, ao compararmos com o que ocorre nas demais profissões, já que a grande maioria nem sequer conseguiu acompanhar a inflação do período.

    Multiplicando a média de atendimentos pelo valor mediano para cada consulta, chegaremos a um redimento mensal de R$ 1.272,00 em 2004, que evoluiu para R$ 2.106,00 /mês em 2008. Um aumento de 65,6%, confrontando com 27,2% de inflação somada no mesmo período.

    A diminuição da QUANTIDADE de atendimentos, agregada a um aumento de rendimentos, implica em ganho de QUALIDADE tanto para o profissional em si, quanto para os Clientes.

    Melhor remunerado, com mais tempo livre, com melhores recursos à sua disposição (como observamos no tópico "Equipamentos" e "Acesso à Internet", o profissional tem a oportunidade de dedicar-se ao seu aperfeiçoamento e, com isso, maximizar seus resultados e, consequentemente, satisfazer a Clientela, mantendo-a e, até mesmo, ampliando.

    Locais de Atendimentos:

    Este é um dos tópicos que as pesquisas evidenciaram uma possível queda na qualidade, de 2004 para 2008.

    O custo dos imóveis, seja para aquisição, seja para alugar, é fato que supera a inflação acumulada. Os aluguéis subiram em média 35%, praticamente o mesmo aumento para a compra de imóveis (além das dificuldades em se obter financiamentos...), somados a reajustes nas taxas, impostos  e despesas que recaem sobre os mesmos (IPTU, taxa de lixo, contas de luz, água, condomínio e similares...). Nas grandes cidades, há o agravante do trânsito, que consome tempo, além de somar estresses e despesas de combustível.

    Todo esse panorama torna tentador a retomada de um antigo  hábito amador em nosso setor: montar consultório na própria residência... Se à primeira vista parece uma boa alternativa, a longo prazo se mostra inadequado. Junto aos Clientes, causa a impressão de que não estão perante um profissional bem-sucedido, pois, via de regra, só atende na própria casa, quem não tem recursos para um consultório... E, perante a hipótese de não ser bem-sucedido financeiramente, de pronto se questiona se é tecnicamente eficiente ou não... E, gerando este tipo de dúvidas, os Clientes potenciais acabam por escolher outros profissionais que ostentem sinais exteriores de sucesso... Ainda que injusto, é  regra que a primeira impressão é a que fica.... E isso em todas as profissões. 

    Paralelamente, soma-se à dificuldade em separar tempo e espaço quanto ao que é consultório, ao que é residência, misturando rotinas familiares com as profissionais, dificultando a necessária concentração e paz de espírito que os atendimentos de consultório exigem.

    Esse quadro negativo pode ser esboçado se considerarmos, ISOLADAMENTE, o aumento de profissionais que passaram a atender nas próprias residências. Por outro lado, se ampliarmos o espectro para todos os ítens, veremos que a ligeira queda percentual de quem tem consultório próprio pode ter migrado para salas alugadas, ítem que teve  aumento equivalente. Já um fato sem dúvida alguma positivo foi o descréscimo de quem atende em domicílio, opção que a prática comprovou ser altamente pejorativa. Diferentemente do fenômeno "home care" de outras profissões, onde o atendimento domiciliar se dá a "peso de ouro", justificado pelo deslocamento de verdadeiros consultórios sobre rodas, ricamente equipados (odontologia a domicílio, fisioterapia em casa, etc...), já em nossa profissão, via de regra, quem atende na casa do Cliente é porque não tem um local adequado. Ou seja, apresenta sinais exteriores de estar mal-sucedido, o que reflete diretamente no valor que consegue agregar por atendimento, que costumam estar bem abaixo da média do mercado.

    Chama a atenção a margem que optaram por "nulo ou em branco" neste quesito, ou seja, em tese, pessoas que não se enquadram em nenhuma das alternativas. Hipoteticamente, podemos supor que ou não atendem ninguém (são teóricos apaixonados pela profissão...), ou, o que seria bem mais preocupante, atenderm em locais totalmente inadequados, tais como páteos de shoppings-centers, barracas em estacionamentos e similares, situação de ética questionável e de eficácia técnica inferior, se comparado a um consultório, propriamente dito. Ao aceitarem trabalhar em ambientes sem condições mínimas de privacidade e recursos, agravado pela minimização do tempo dedicado a cada atendimento, culmina em valores irrisórios sendo cobrados, que só poderiam ser monetariamente compensadores mediante grande QUANTIDADE de Clientes, mas que continua injustificável do ponto de vista QUALITATIVO, além de desvalorizar a profissão com um todo... Felizmente, até sob esta hipótese ruím, as estatísticas favorecem, já que diminuiu de 5,9% para 2,4% os que assinalaram como "branco/nulo", de 2004 para 2008.

    Horários de Atendimentos:

    Este gráfico mostra uma significativa alteração nos horários preferenciais. Em 2004, a maioria era atendida durante o chamado "horário comercial", o que implica que os Clientes, ou exerciam atividades remuneradas com grande flexibilidade de horários, ou não estavam empregados e/ou trabalhavam nos afazeres de casa. 

    Já em 2008, ainda que a maioria ainda se mantenha das 14 às 17hs, houve uma grande migração para os períodos já fora do horário convencional de trabalho. De onde se pode deduzir que a Clientela está exercendo mais agora do que antes, atividades que demandam compromisso de horário comercial, provavelmente, empregos convencionais, o que, se por um lado lhes limitam a disponibilidade de tempo, por outro, lhe possibilitam maior renda, e, por consequência, maior poder de arcar com os valores atuais de atendimento, bem mais elevados que os praticados há 4 anos. Esta hipótese é a mais provável, a considerar o aumento do rendimento da Clientela, conforme constatado igualmente por esta pesquisa.

    Outrossim, não é de se descatar esta outra possível interpretação: a somatória ao trabalho de consultório, de empregos convencionais acumulados pelo próprio profissional, já que este estudo igualmente detectou um aumento percentual dentre os colegas que possuem mais de uma atividade econômica, acrescida à de consultório. Se isto ocorrer, consequentemente, restará para atendimento, justamente os horários anteriores e posteriores ao período em que o Terapeuta Holístico dedica à sua outra profissão.


    Fontes de Rendimentos:

    Esta é uma pauta digna de estudos em separado. Historicamente, sempre houve  uma relutância em assumir a Terapia Holística como profissão em especial, para os mais antigos no ramo. Muitas vezes assumida até como missão de vida, não raro sem cobrar pelos atendimentos, só nas últimas duas décadas é que as técnicas passaram a ser encaradas como uma opção de sustento financeiro e os consultórios se profissionalizaram. Em 2004, as pesquisas mostraram uma grata surpresa, com o fato da maioria dos entrevistados ter a Terapia Holística como fonte única de rendimentos.

    Já para 2008, um paradoxo: apesar dos rendimentos terem aumentado susbtancialmente, a maioria voltou a ter uma segunda profissão, somada à de consultório. Paralelamente ao aumento da receita de consultório, houve redução do número de pessoas atendidas, o que implica em maior disponibilidade de tempo, que pode ser ocupado com outras atividades profissionais. 

    O clima de incerteza e de crises internacionais também podem ter contribuído para gerar insegurança, induzindo aos entrevistados a que se garantirem com mais opções de renda e, desta forma, manter o padrão de vida.

    Outrossim, considerando o crescimento de rendimentos com os consultórios, se a esse fato somou-se ganhos financeiros com uma segunda profissão, implica que a categoria encontra-se com maior disponibilidade de investimentos, a serem aplicados em recursos de médio e longo prazo, como cursos, previdência privada e similares.


    Recursos de consultório:

    O aumento de rendimentos, aparentemente, não resultou necessariamente num incremento dos recursos para o consultório.

    Por um lado, o investimento em informática foi o mais evidente, já boa parte passou a contar com computador em seus atendimentos. Já nos recursos humanos, foi o setor mais afetado negativamente, com a grande maioria dispensando os funcionários.

    A diminuição da QUANTIDADE de atendimentos, ainda que perante um aumento de rendimentos, possivelmente tornou atraente a idéia de dispensar recepcionistas e, na ausência de quem atenda aos agendamentos, o telefone fixo migrou para o celular, passando ao próprio profissional secretariar seus atendimentos.

    Do ponto de vista do "marketing", é uma estratégia arriscada, já que transmite uma imagem de desorganização e pouco sucesso e esta primeira impressão certamente afasta novos Clientes potenciais, além de correr o risco de perder até os já conquistados, caso os agendamentos se tornem um processo moroso. A aqusência de consultório e telefones FIXOS cria insegurança para os Clientes, como se o profissional ainda fosse um iniciante, já que não está "estabelecido", só podendo ser contatado diretamente e por celulares, como alguém que não possa ser LOCALIZADO. 


    Perfil dos Clientes:


    A tendência do gênero feminino predominar entre a Clientela consolidou-se se ainda mais de 2004 a 2008, podendo quase generalizar que 80% das pessoas atendidas são mulheres.

    É de consenso entre os profissionais, que o sexo feminino é mais aberto às propostas de autoconhecimento, bem como às linhas que buscam a manutenção e ampliação da QUALIDADE DE VIDA.

    Até o momento, o público masculino, que via de regra só procura atendimento em situações emergenciais, parece não ter sido ainda conquistado pela Terapia Holística,. É um desafio em aberto, a conquista desta significativa parcela da sociedade, que ainda não se mostrou tocada pelas atuais formas de divulgação dos benefícios das técnicas de abordagem holística.

    A Faixa Etária da Clientela praticamente se manteve, nestes últimos 4 anos, com predomínio absoluto de adultos, de 36 a 50 anos, ou seja, um público que. em tese, já tem satisfeitas suas necessidades imediatas, podendo agora dedicar-se ao bem estar, ao transcendente, à busca de maior qualidade de vida, que é a o principal foco da nossa profissão.

    Este perfil de Cliente padrão se consolida ainda mais, ao observarmos que a escolaridade migrou de 2o grau, para nível superior e que a faixa de rendimento  predominante DOBROU de valor de 2004 para 2008.

    Existe uma tendência à elitização da Clientela e, por consequência, o mesmo para os profissionais, já que lidamos com um público esclarecido e, como tal, de elevado grau de exigência geral.

    Nossos Clientes estão atentos, consciente ou inconscientemente, a todo e qualquer detalhe de nosso consultório e também, paralelamente a este. Mesmo diante de bons resultados, o impacto negativo de, por exemplo, perceber que o profissional nem sequer usa recipientes especiais para descarte das agulhas de Acupuntura (consulte as NTSV - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias da Terapia Holística e Anexos, disponíveis em www.sinte.com.br e na obra Tutorial Terapia Holística), pode levar o Cliente a procurar atendimento em outro local.

    Um sanitário, ou uma recepção que não esteja impecável pode induzir a acreditar que em igual estado possa estar sua sala de atendimento... Um funcionário seu questionando a inadequação de salário na sala de espera pode levar a Clientela a duvidar de sua idoneidade... A ausência de registro nos órgãos de classe levantam dúvidas quanto à capacitação profissional... Que tipo de impacto causa em um Cliente defrontar-se com seu Terapeuta Holístico, um profissional da Qualidade de Vida, fumando, bebendo, alimentando-se inadequadamente ? Ou esse mesmo tipo de situação, protagonizada por seus colaboradores de consultório ? É importante observarmos que a boa ou má impressão que causamos é primordial para a decisão dos Clientes potenciais quanto à escolha do profissional e que a composição desta imagem extrapola os limites do atendimento em si, ampliando-se para todo o ambiente de trabalho e para além deste.

    A Clientela se disponibiliza a investir financeiramente na Terapia Holística se o ganho em QUALIDADE DE VIDA se evidenciar, pois sentem que estão aplicando em bem-estar, autoconhecimento, maximização de seus potenciais como seres humanos.

    De certa forma, este perfil de Clientela da Terapia Holística já poderia ser antevisto graças à teoria da Hierarquia das Necessidades, do psicoterapeuta Abraham Maslow, que é considerado um dos expoentes da corrente humanista e um dos pioneiros da corrente seguinte, a transpessoal .

    A "pirâmide de Maslow" é um gráfico didático que objetiva hierarquizar as necessidades humanas.

    Ao pé da pirâmide estão as necessidades básicas, de sobrevivência, instintivas (necessidades fisiológicas) e no topo, as mais complexas (auto-realização).


    1. Necessidades básicas: constituem o nível mais "baixo", no sentido de SOBREVIVÊNCIA e preservação da espécie: alimentação, repouso, abrigo, sexo, etc. Se alguma dessas necessidades não está satisfeita, ela determina fortemente a estrutura comportamental do homem.
    Necessidades de segurança: uma vez sastisfeitas as necessidades básicas, o indivíduo passa a ocupar-se com a estabilidade (trabalho, saúde, moradia..) e proteção contra ameaças ou privações.

    2. Necessidades afetivas-sociais: assim que as necessidades básicas e de segurança encontram-se saciadas, assumem maior importância a socialização, amizades, sentimentos de grupo, família, relacionamentos...

    3. Necessidades de auto-estima: auto-apreciação, autoconfiança, aprovação social, status, prestígio, autoconfiança, independência, autonomia e similares passam cada vez maior importância, assim que o indivíduo satisfez as necessidades classificadas anteriormente.

    4. Necessidades de auto-realização: neste nível, o indivíduo já se dedica a desenvolver, ampliar e concretizar todo o seu potencial, autodesenvolvendo-se continuamente.

    A teoria da hierarquia das necessidades parte de algumas premissas... Só quando um nível "inferior" está razoavelmente satisfeito é que o nível seguinte de necessidades assume importância maior. Porém, se uma necessidade de nível mais baixo voltar a ficar insatisfeira, ela volta a ser predominante, até a questão ser resolvida.

    A "pirâmide de Maslow" é aplicada em muitos setores profissionais além da psicoterapia, tais como educação, administração, marketing...

    Notem que a Terapia Holística tem foco predominante nas necessidades mais complexas, as do topo dessa "pirâmide". Daí resulta um certo elitismo da Clientela que atendemos, justamente aquela faixa da população que já teve suas necessidades básicas atendidas...
    Conclusões:

    Todas as decisões, inclusive as relacionadas com a carreira, convivem com um certo nível de incerteza, que podem ser minimizadas mediante o acesso aos máximo de informações confiáveis. Um dos objetivos de toda pesquisa mercadológica é tornar-se um instrumento facilitador para tomada de decisões, contribuindo para diminuir a incerteza e/ou influenciar a escolha de um curso de ação, auxiliando a identificar problemas e oportunidades.

    A análise comparativa das pesquisas de 2004 e 2008 comprovou a maior profissionalização de nosso setor, do ponto de vista econômico: aumentou o valor recebido pelas consultas e, ainda que diminuida a carga horária, o resultado final foi um crescimento de 65,6% nos rendimentos da profissão, confrontando com 27,2% de inflação somada no mesmo período.

    Os consultórios receberam investimentos em informática (aumento de 237% dos que possuem internet banda-larga e 584% dos que possuem computador em seus consultório), porém, detecta-se um movimento contrário, de economia em bens intangíveis, tais como em recursos humanos e quanto à adequação dos locais de atendimento (diminuição significativa do número de recepcionistas, somada ao aumento de profissionais atendendo em suas próprias residências). Paradoxalmente ao aumento de rendimentos com os consultórios, mas coerentes com a diminuição da carga horária, de 4 anos para cá, aumentou significativamente a quantidade de profissionais que possuem uma segunda profissão paralela.

    O quadro geral implica em grande aumento de poder econômico dos Terapeutas Holísticos (somam os ganhos reais obtidos nos consultórios com a renda paralela da segunda profissão), que resultou em investimentos em fontes de acesso à informação e de estudos, em especial, computadores com acesso rápido à internet, possibilitando manter-se à par rapidamente das informações de fontes fidedignas como o SINTE, bem como ao aperfeiçoamento continuado por meio dos cursos, matérias e estudos disponibilizados pelo sindicato.

    A ascensão a este novo patamar social igualmente facilitou a conexão com o público alvo preferencial, que é justamente a camada da sociedade que já teve suas necessidades primárias satisfeitas, em boa parte graças ao seu poder aquisitivo elevado, estando prontos a se dedicar à satisfação de anseios mais subjetivos, como a maior qualidade de vida, autoconhecimento e transcendência, justamente os focos profundos da Terapia Holística, principal fator diferencial de nossa atividade.Para conquistar, manter e encantar o público alvo deste perfil de elevado grau de exigência, os profissionais acertam ao investir em seu aperfeiçoamento continuado, cabendo, contudo, rever suas estratégias de investimento em seus consultórios, em especial à adequação de local e de recursos humanos, pois correm o risco de causarem uma primeira impressão ruím aos novos Clientes potenciais e de desgatar a relação com os que já atendem, caso decaia a qualidade dos fatores EXTRA terapia em si, tais como dificuldade de acesso ao local, ausência de recepção eficiente e humana e similares.

    É fato que existe um verdadeiro abismo diferencial entre os verdadeiros profissionais que são exatamente aqueles que se filiam ao SINTE e participantes diretos deste estudo, daqueles que são amadores, que de tão inseguros que são quanto à profissionalização, nem sequer tentaram obter suas CRT - Carteiras de Terapeutas Holísticos Credenciados. Perante o elevado grau de exigência dos Clientes potenciais, a própria lei de mercado se encarrega de retirar da profissão os elementos despreparados, o que implica em ainda maior visibilidade e credibilidade à elite que são os associados ao Sindicato dos Terapeutas. O próprio sindicato vem detectando uma grande diminuição da QUANTIDADE de pessoas atuando na profissão, paralelamente ao aumento QUALITATIVO do nível técnico e social dos que permanecem. Para os não filiados, a estimativa é a sua gradativa eliminação pelo mercado de Clientes potenciais, cada vez mais exigentes em sua busca por bons atendimentos.

    Possuir a CRT, estando assim compromissados com as normas éticas e qualitativas da organização, por si só, continua um excelente diferencial favorável a produzir este aumento de 65,6% nos rendimentos de consultório.

    Se a isto somar-se à participação junto aos projetos de educação continuada do SINTE, que além de aperfeiçoamento e adequação técnicas e à legislação brasileira, incluem igualmente estratégias de marketing para consultórios, projeta-se um crescimento qualitativo técnico e de rendimentos ainda maior aos profissionais possuidores de CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado. 

    Em suma, as estatísticas de fato vem confirmando o slogan de que A Terapia Holística É A Profissão do Século 21.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 06/02/2009 16:25


    A Radiestesia Em Terapia Holística

    A Radiestesia Em Terapia Holística

    Maurício Marcial de Araújo

    Terapeuta Holístico – CRT 43301

    mauriciomarcial@radiestesia.Com.br

    SINTE-Sindicato dos Terapeutas Holísticos.

     
     

    Um passo a mais

     

          Há momentos onde parece difícil prosseguir... 
    Algo como se não mais houvesse chão para caminhar,  
    nem palavras para falar,  
    nem risos para compartilhar, nem amor para dar... 
    Estes momentos,  
    onde perdemos o contato com nós mesmos,  
    com a fina centelha que nos banha com sua eterna amorosidade,  
    são suficientes para que o referencial seja esquecido,  
    colocando-nos numa redoma 
    onde a luz parece não estar presente,  
    pois nossos olhos estão cerrados pelos 
    lenços úmidos da ilusão. 
    Observando, aprendemos que  
    um passo a mais em nossa própria direção  
    é suficiente para recobrarmos a memória  
    daquilo que somos daquilo que representamos.

    Um passo a mais e tudo 
    a nossa volta se transforma. 
    A coragem é a bênção daqueles que  
    são determinados em crescer. 
    E quando o desejo é evoluir no amor,  
    na criação, a oportunidade é dada,  
    e a nós cabe usufruí-la ao máximo. 
    Dê mais um passo, apenas um,  
    antes de pensar em desistir.”

      

                                                                                                              (autor desconhecido)

       
     

    “A Arte e a ética associadas a Radiestesia são fundamentais para o sucesso!”

     
       

    Sumário

       

            INTRODUÇÃO:

     
      • Capítulo 1 – O que é Radiestesia?

     

               MATERIAL E METODOLOGIA:

     
      • Capítulo 2- O que você pode fazer com a Radiestesia.
     
      • Capítulo 3- Minha abordagem em Radiestesia Holística.
     
      • Capítulo 4- Técnicas para o uso do gráfico geral.
     
      • Capítulo 5- Formas de utilização da Radiônica.
     

           RESULTADOS

     
      • Capítulo 6- Evolução de casos reais.
     

           DISCUSSÃO

     
      • Capítulo 7- A Radiestesia na busca da saúde holística.
     

              CONCLUSÃO

     

              REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     
     
     
    Introdução
      

    Esta Palestra apresenta em seu contexto dois objetivos distintos: elucidar ao público sobre a Radiestesia em sua história e trajetória até os dias de hoje e suscitar o desejo por uma qualidade de vida, onde cada um, em sua totalidade, se reconheça capaz de estar em expansão através de mais esse conhecimento.

      

    A Radiestesia é uma ciência milenar que através de profundos estudos e pesquisas pode vir a ser utilizado em todos os segmentos que envolvem a saúde e o bem estar social. Cientificando a qualificação da Radiestesia e de outras técnicas holísticas já contamos com leis criadas pelo Conselho Federal de Terapia Holística, bem como leis estaduais que garantem seu reconhecimento. A criação de reguladores reconhecidos como o SINTE - Sindicato dos Terapeutas  e de outras associações e conselhos de classes, também garantem o seu compromisso, mostrando que a profissão de Radiestesista Holística está cada vez mais forte e em crescimento no Brasil, e que o brasileiro começa gradativamente a compreender que o autoconhecimento e o equilíbrio seu e do meio em que vive, é sem dúvida nenhuma a maneira mais lógica e completa para se ter uma vida longa e saudável.

     

    Hoje temos um código de ética consolidado, acrescentando através do SINTE a criação do Tutorial Terapia Holística, que é o livro da Auto-Regulamentação da Terapia Holística, as NTSVS _ Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística. É o amadurecimento da profissão no Brasil, fruto de muito trabalho da valorização dos Terapeutas Holísticos compromissados com a ética e a excelência técnica.

     

    Com muito prazer e satisfação, eu fico motivado a apresentar meus estudos e minhas técnicas de trabalho com terapia em sincronicidade (Radiestesia, psicoterapia, Odomertia, Cromoterapia, Fitoterapia, Florais de Bach entre outras) e que venho obtendo resultados extraordinários e proveitosos para o meu desenvolvimento e também dos meus clientes.

     
     Desta forma, convido você a já ir expandindo seus estudos e interpretações.
     
      

    . Capítulo 1:

     

    O que é Radiestesia?

     

    A palavra Radiestesia é a união de dois termos, Radius, que vem do latim e significa radiação e aisthesis, de origem grega e que significa sensibilidade, indicando assim a sensibilidade às radiações.

     

    Utilizando instrumentos específicos, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do nosso campo bioenergético que trabalha com as dimensões vibratórias mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando encontrar possibilidades para corrigir possíveis alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem estar da pessoa.

    Tudo no universo é uma fonte de energia que ressoa em certa freqüência ou, uma combinação de freqüências com outros elementos. Nosso corpo é feito de um número incontável de átomos e moléculas representando vários elementos. Cada molécula elementar ou átomo ressoa em harmonia com outra, quando estamos em perfeito equilíbrio. Acontece que em todo o momento estamos expostos a energias nocivas, como: ondas de rádios, TV, antenas, energias pessoais, etc... Podendo gerar uma serie de desequilíbrios. Elas passam sobre nossos corpos, da mesma forma que somos afetados pela radiação do sol, da lua, da Terra e como sabemos das outras pessoas, porque mesmo pensamentos criam energias que se irradiam através de nossos corpos.

     

    Freqüentemente durante o dia respondemos fisiologicamente, emocionalmente e intelectualmente de alguma forma às diferentes radiações que nos atingem, vindas de várias fontes.

     

    Radiestesia é uma excelente ferramenta para ampliar nossas reações sutis que experimentamos.  Se usada corretamente, a Radiestesia será uma ferramenta benéfica para a identificação e correção da fonte e transmissão das radiações nocivas existentes.

     

    Na realidade, a Radiestesia pode ser dividida em três aspectos:

     

    1- Reação física para freqüências e radiações universais de elementos ou combinações de elementos naturais ou artificiais que existem no nosso ambiente físico.

     

    2-Reação emocional dos pensamentos, condições e atitudes de outros, individualmente ou coletivamente e, de nós próprios.

     

    3- E freqüentemente intuitivamente a eventos que estão fora de nossa percepção linear do tempo, consciência física ou realidade.

     

    Com a nossa atitude e conhecimento do assunto que nos dirá definitivamente se seremos bem sucedidos no trabalho de Radiestesia ou não, e o quanto poderemos desenvolver este precioso presente. Devemos tornar-nos humildes e ter força de submetermos nossas percepções e atitudes para mudar, questionar mesmo nossas mais fortes crenças sobre um assunto específico e também ter vontade de corrigir nossas realidades.

     

    Para alguns isto será somente um meio de trabalhar com reações ou manifestações físicas, tais como procurar água, minerais e outros assuntos relativos às substâncias do universo. Outras pessoas, como eu, entretanto, podem se sentir confortável em trabalhar em áreas relativas à saúde, emoção e espiritualidade, ou seja, equilíbrio do Ser.

      
     

    Material e metodologia

      

    . Capítulo 2:

     

    O que você pode fazer com a Radiestesia.

      

    A Radiestesia pode ser usada em diversos domínios como, por exemplo: agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água, no nosso caso: pesquisa de florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas, use a sua intuição e muita pesquisa.

      
     

    . Capítulo 3:

     

    Minha abordagem em Radiestesia

      

    A recepção dos meus clientes é sempre feita com acolhimento e harmonia.

    Explico calmamente cada técnica, duração, possibilidades e dúvidas para a melhoria da qualidade de vida do futuro cliente através do equilíbrio, do aconselhamento e da busca do autoconhecimento.

      

    Logo após o nosso primeiro contato, com o cliente informado e seguro de todos os procedimentos, inicio os trabalhos utilizando músicas que confortam técnicas de respiração e relaxamento para a ambientação e tranqüilidade, com o intuito de uma boa construção da anamnese do cliente com a identificação, perfil, suas queixas principais e o histórico dos problemas e desequilíbrios relatados.

        

    Utilizando a Radiestesia inicio uma pesquisa utilizando um gráfico geral, que me orientará no tipo de técnicas a ser (em) utilizada(s) com cada cliente em especial:

     
        • Pesquisa de chakras.
        • Cinco Movimentos.
        • Pesquisa dos meridianos.
        • Moxabustão
        • Parasitas da energia vital.
        • Fitoterapia.
        • Floral de Bach.
        • Cromoterapia.
        • Psicoterapia.
        • Radiônica (Odomertia ou uso da máquina Radiônica).
     

    Pesquisa de chakras: Para a realização de um trabalho bem abrangente e com resultados positivos, pesquiso a existência de desequilíbrio nos 49 chakras do corpo humano (de entrada e saída).

    Cinco Movimentos: Após detectar e confirmar o movimento dominante individual do cliente (Terra, Água, Madeira, Metal, Fogo), começo o trabalho para a regularização de cada movimento desequilibrado.

    Meridianos: Os 12 meridianos (Pulmão, Fígado, Rins, intestino Delgado, V. Biliar, Estômago, Intestino Grosso, Bexiga, Coração, Baço-Pâncreas, Triplo Aquecedor, Circulação e Sexo) são testados e regularizados, caso haja algum em desarmonia.

    Moxabustão: É utilizada no corpo em meridianos que em caso de desequilíbrio de Yin Yang são detectados conforme a informação no gráfico dos meridianos.

    Parasita da energia vital: Pesquiso a possibilidade de encontrar parasita da energia vital que esteja impossibilitando o equilíbrio físico e energético do cliente.

    Fitoterapia: Utilizo Fitoterápicos diversos, conforme indicação encontrada através da Radiestesia e outras técnicas.

    Florais de Bach: Também são recomendados conforme as necessidades do cliente.

    Cromoterapia: Utilizando também técnica de pesquisa e tratamento que disponibilizaram melhor resposta ao desequilíbrio e problemas sentidos pelo meu cliente.

    Psicoterapia: É utilizado no decorrer de todo o processo de tratamento do meu cliente para a harmonização e equilíbrio em busca do autoconhecimento.

    Radiônica: Utilizo em casos especiais que impossibilitam a presença do cliente no decorrer do tratamento.

    Criando assim uma equação de serviços elaborados, para se chegar ao melhor condicionamento físico, mental e psicológico, com a compreensão de vida em que se resolva o problema existente, como um todo sem transferência de culpa ou novas somatizações físicas. Visando sempre que o mais importante é justamente que o terapeuta holístico seja um catalisador para a busca do conhecimento e crescimento individual de cada cliente e não um apaziguador de um problema direcionado, principalmente porque quando um cliente nos procura ele não quer ser curado de doenças, para isto ele procuraria um médico e não um terapeuta holístico, ele está atrás é sim de uma qualidade de vida dele e dos que os cercam e um equilíbrio onde possa se sentir bem com ele mesmo e com o ambiente onde vive. Sentindo- se assim feliz e produtivo sempre!

     
     

    . Capítulo 4:

     

    Técnicas para o uso do gráfico geral:

      

    Para se trabalhar com a Radiestesia em conjunto as terapias diversas, o terapeuta precisa escolher a melhor maneira de montar a sua pasta de pesquisas e análises para que de forma objetiva consiga chegar aos verdadeiros resultados encontrados e solucionados pelas técnicas utilizadas durante o processo de avaliação e restauração do equilíbrio do cliente.

     

    A minha sugestão é que em uma pasta catálogo, coloque todos os quadros ou gráficos pesquisados por você e utilize também em formato de meio círculo com subdivisões para as anotações dos temas estudados e utilizados em terapia holística, lembrando sempre que deve começar com o gráfico de orientação geral, pois o mesmo abrirá caminhos para uma investigação sólida e segura conforme proponho abaixo:

      

    GRÁFICO DE ORIENTAÇÂO GERAL: engloba todas as técnicas desenvolvidas pelo terapeuta, é o ponto de partida para as outras análises.

     

    De todas as maneiras e possibilidades de pesquisas e questionamentos para encontrar desequilíbrios e causas dos problemas de meus clientes, a Radiestesia sem dúvida nenhuma é a melhor e mais rápida forma de chegar às respostas com objetividade e satisfação do terapeuta e cliente.

     

    A primeira coisa a se fazer é acomodar-se em uma cadeira bem confortável, em frente a uma mesa vazia para não sofrer nenhuma interferência. Em seguida, procede-se a um relaxamento inicial com a respiração profunda e tranqüilizadora. Enquanto respira, comece a mentalizar o que segue: a partir deste momento, o pêndulo irá mediar à comunicação com a minha mente superior.

     

    Após estas condições e preparações, seguimos em diante com as rotinas a seguir:

     
        1. Com o pêndulo na mão, deixando uma distância de, aproximadamente, 10 a 20 cm entre os dedos e a ponta do pêndulo e o levamos ao centro inferior do gráfico de orientações geral. 
        1. Com o pêndulo na posição pedimos para girar no sentido horário (positivo) e no sentido anti-horário (negativo), logo após, ordenamos para o pêndulo parar no ponto zero e seguimos. 
        1. Fazemos então as perguntas desejadas e observamos a posição que o pêndulo vai apontar indicando as respostas, também podemos apontar com o dedo indicador da mão esquerda para as subdivisões indicadas no gráfico perguntando se o cliente que estará a sua frente necessita da técnica ou tratamento que estará indicado em cada subdivisão. A resposta será obtida, quando o Pêndulo parar de girar e balançar apenas na direção da subdivisão do gráfico ou então girar positivamente ou negativamente, no caso do uso do dedo indicador da mão esquerda. 
        1. Anotar as informações e prosseguir fazendo novas perguntas até esgotar totalmente as informações do gráfico geral. 
        1. Depois de completada todas as informações, partir para os gráficos seguintes utilizando o mesmo método para as futuras informações.
      

    . Capítulo 5:

     

    Utilização da Radiônica:

     

    Nem sempre que vamos trabalhar com a Radiestesia teremos ao nosso lado a pessoa que precisa ser tratada, ou ainda, nem sempre podemos estar no local que queremos fazer nossas averiguações.

    Como fazer quando não podemos ter a pessoa ou o objeto de nossos estudos junto de nós?

    Utilizamos a Radiônica que é a arte que pratica a emissão de energia a distância, energias com qualidades e intensidades específicas em função das formas de objetos e gráficos interagindo nos campos energéticos do macro e micro cosmo.

    É um sistema pelo qual modificamos um desequilíbrio real a distância, colocando-o de novo em equilíbrio completo.

    Os instrumentos que usamos em Radiônica são muito simples. Normalmente são gráficos com formas geométricas ou mesmo aparelhos eletrônicos chamados de Máquina Radiônica.

     

    Utilizando os gráficos podemos trabalhar com a energia de múltiplas formas: decágono, hexágono, losango, turbilhão, círculos, triângulos, pirâmides, semi-esferas, espiral, etc. Cada forma canaliza um tipo de energia; Já com a Máquina Radiônica, que é um aparelho como caixa com montagem eletro-eletrônico "Sintonizador Biológico" usamos registros de freqüência (como usado para sintonizar o rádio), o que faz a ligação com o testemunho, emitindo, amplificando ou direcionando a energia que serve para substituir a pessoa ou o objeto que precisamos pesquisar.

     

    Para o uso da Radiônica o testemunho ou testemunha é indispensável, ele pode ser confeccionado de várias formas: através de fotos, saliva, cabelo, unhas, amostra de sangue, documentos da pessoa ou do local a ser estudado; no caso de casas, o endereço completo da casa, não se esquecendo de colocar o nome da cidade e, se possível, até o CEP, pois podem existir várias ruas em uma cidade com o mesmo nome; uma planta de uma casa ou edifício também pode servir para esta finalidade, mas, se possível, a planta deve estar em escala, pois isto facilita os trabalhos.

     

    O testemunho pode ser ainda um mapa do local a ser pesquisado (ajuda muito no caso, por exemplo, de se procurar pessoas desaparecidas).

     

    Para não haver influência de outras energias, quando possível, solicitar ao cliente que coloque o testemunho dentro de um envelope para ser levado a você; pode-se ainda usar o nome completo da pessoa com a data de nascimento, para se evitar homônimos.

     

    Com animais, podemos utilizar os pelos e penas, unhas, amostras de sangue entre outros.

     

    Portanto experimente, use e abuse das técnicas da Radiestesia tanto presencial como a distância, em conjunto com a Terapia Holística; você vai se surpreender com os resultados. Pratique todos os dias. É como tocar um instrumento musical. Se seguir às instruções cuidadosamente e praticar um pouco todos os dias a sua habilidade e precisão se tornarão muito boas. E não fique desencorajado se não estiver certo o tempo todo. Até mesmo os melhores Radiestesistas às vezes têm interferências ou maus dias.

     
     

    Resultados:

    . Capítulo 6:

     

    Evolução de casos reais:

     

    Ficha de Cliente  
    De Acordo com a NTSV - TH 003 
    Maurício Marcial de Araújo - CRT 43301 - Terapeuta Holístico

    D.L., 54 anos, sexo Masculino.

    Agendamento: 
    03/11/2008 - inicial 
    10/11/2008 - 2a feira - 20hs 
    17/11/2008 - 2a feira - 20hs 
    24/11/2008 - 2a feira - 20hs 
    01/12/2008 - 2a feira - 20hs

     
    Queixas principais: problemas de pele urticárias gigantes

    Com pesquisa Radiestesica foi introduzido o uso da moxa para equilíbrio e fortalecimento do yang e equilíbrio dos chakras e 5 movimentos chineses.

    Descrição do atendimento

    Iniciou-se o atendimento com Terapia Holística. A reclamação inicial era relativa a problemas de pele (Urticárias gigantes). 
    Avaliação energética deu-se pela Radiestesia, surgindo o uso de moxa para equilibro de yang e o uso da Odomertia para equilíbrio dos cinco movimentos, chakras e uso da maquina Radionica, tudo em conjunto com a psicoterapia.

    O resultado foi ótimo, com duas semanas de aplicação das técnicas já era visível a melhora do cliente. Com quatro meses de atendimento o cliente alegou não sentir mais nada e foi liberado.

     
      

    Ficha de Cliente  
    De Acordo com a NTSV - TH 003 
    Maurício Marcial de Araújo - CRT 43301 - Terapeuta Holístico

    G.L., 49 anos, sexo feminino.

    Queixas principais: problemas emocionais por motivo de a filha ficar grávida, ansiedade, pressão alta, e tristeza por reprovação para renovação da carteira de motorista.

    Com pesquisa Radiestesica e confirmação com holopuntura, identifiquei os seguintes desequilíbrios: meridiano dos pulmões, fígado, vesícula, estomago, também os chakras: mamário, glandular (saída de energias exauridas) coronário, laríngeo, pulmonar, cardíaco e emocional (entrada de energias), trabalhados via Odomertia, Cromoterapia e fitoterápicos.

    Descrição do atendimento de 04/11/2008:

    Iniciou-se o atendimento com Terapia Holística. A reclamação inicial era relativa emocional e pressão alta. 
    Avaliação energética deu-se pela Radiestesia, surgindo desequilíbrios nos meridiano dos pulmões, fígado, vesícula, estomago, também os chakras: mamário, glandular (saída de energias exauridas) coronário, laríngeo, pulmonar, cardíaco e emocional (entrada de energias), sendo os pontos dos meridianos estimulados por massagens nas regiões indicadas pela holopuntura (pernas e braços) seguido de banho de luz e odomertia nos meridianos e chakras conforme acima cores utilizadas pela cromoterapia: Violeta, índigo, azul verde e amarela. Também foi feito odomertia de 3 minutos no coronário, 3 laríngeo, 3 pulmonar 3 cardíaco, 6 no emocional e 3 no imunológico.

    Foi indicado uso de alecrim (fitoterápicos) e psicoterapia.

    Ficha de Cliente  
    De Acordo com a NTSV - TH 003 
    Maurício Marcial de Araújo - CRT 43301 - Terapeuta Holístico

    E.G., 33 anos, sexo Masculino.

     
    Queixas principais: problemas de pele, intestino preso, irritabilidade, cansaço e ansiedade. Diz-se tranqüilo porem cansado e Alega que não tem como resolver o problema no serviço.

    Com pesquisa Radiestesica e confirmação com holopuntura, identifiquei os seguintes desequilíbrios: meridiano do coração, vesícula e do intestino grosso, pesquisa de chakras para o uso de odomertia, uso de fitoterápico e psicoterapia.

      

    Discussão:

    . Capítulo 7:
     

    A Radiestesia na busca da saúde holística:

     

    Alguns Autores restringe o uso da Radiestesia em agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água e outros.

    No meu caso a utilização da Radiestesia é uma ferramenta para o equilíbrio do Ser. Através do uso dela pesquiso: florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas e os resultados fascinantes.

     
     

    Conclusão:

     

    Criando assim uma equação de serviços elaborados, para se chegar ao melhor condicionamento físico, mental e psicológico, com a compreensão de vida em que se resolva o problema existente, como um todo sem transferência de culpa ou novas somatizações físicas. Visando sempre que o mais importante é justamente que o terapeuta holístico seja um catalisador para a busca do conhecimento e crescimento individual de cada cliente e não um apaziguador de um problema direcionado, principalmente porque quando um cliente nos procura ele não quer ser curado de doenças, para isto ele procuraria um médico e não um terapeuta holístico, ele está atrás é sim de uma qualidade de vida dele e dos que os cercam e um equilíbrio onde possa se sentir bem com ele mesmo e com o ambiente onde vive. Sentindo- se assim feliz e produtivo sempre!

      

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

     
    BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz - Um guia para a Cura através do Campo de Energia

    Humana. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    CANÇADO, Juracy Campos L.. Do-In: Livro dos primeiros socorros. 18 ed. São Paulo:

    Ed. Ground, 1994.

     

    EITEL, Ernest J. Feng-Shui - A ciência do Paisagismo Sagrado na China Antiga. Rio de

    Janeiro: Ed. Ground, 1985.

     

    GERBER, Richard. Medicina Vibracional - Uma Medicina para o Futuro. 12 ed. São Paulo:

    Cultrix, 1997.

     

    LAFFOREST, Roger de. A Magia das Energias. São Paulo: Ed. Siciliano, 1991.

     

    PENNICK, Nigel. Geometria Sagrada. Simbolismo e Intenção nas Estruturas Religiosas. São

    Paulo: Ed. Pensamento, 1980.

     

    RODRIGUES, António. Os Gráficos em Radiestesia. São Paulo: Fábrica das Letras, 2000.

     

    SIQUEIRA, Renato Guedes de. Cinestesia do Saber - Radiestesia e Radiônica, Expressão do

    Nosso Inconsciente. 2ª ed. São Paulo: Ed. Roka, 1998.

     

    TANSLEY, David V. Dimensões da Radiônica - Novas técnicas de cura. São Paulo: Ed.

    Pensamento, 1997.

     

    __________________. Chakras Raios e Radiônica. 9 ed. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    __________________. As Trajetórias dos Raios e os Portais dos Chakras. São Paulo: Ed.

    Pensamento, 1985.

     

    WATERS, Paul. A Huna Guide to the Pendulum. Princeville, Hi: Huna by Mail, 1996.

     

    WOODS, Walt. Letter to Robin - A mini-course in Pendulum Dowsing. 10th. The Print

    Shoppe,1996

    Autor: : Maurício Marcial de Araújo Terapeuta Holístico – CRT 43301
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

     

    Mitiyo Oshiro Takemoto CRT  38660 - Terapeuta Holística

      

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

      

    Sumário

     

    • Introdução ................................................................................................................... iv
    • Apelo aos cientistas........................................................................................................iv
    • Expansão.........................................................................................................................v
    • Cultivo da Energia Sexual.............................................................................................. v
    • Energia Sexual.............................................................................................................. vi
    • Chacras ponte para a consciência superior................................................................... vi

    - Chacra Básico..............................................................................................................vi

    - Conscientização..........................................................................................................vii

    -Os três Nadis principais...............................................................................................vii

    • Os Três Tan Tiens (três mentes ou três veículos) ........................................................vii
    • Dois Cérebros (relação intestino e cérebro).................................................................viii
    • Os Três Granthis (três nós)..........................................................................................viii
    • Desmistificando a Kundalini.......................................................................................viii
    • Bindú..............................................................................................................................ix
    • Pulmões – Relação pulmões e coração...........................................................................x
    • Rins – Relação órgãos sexuais e os rins..........................................................................x
    • Rejuvenescimento – dentro das técnicas taoístas...........................................................xi

    - Exercitando os músculos esfíncteres...........................................................................xi

    • Massagem.....................................................................................................................xii
    • I Ching – O mandamento Divino – A lei do Universo................................................xiii
    • Budismo.......................................................................................................................xiii
    • Material e Metodologia................................................................................................xiii
    • Discussão.....................................................................................................................xiii
    • Conclusão.....................................................................................................................xiv
    • Bibliografia...................................................................................................................xv

     

      

    INTRODUÇÃO

    Estarei relatando sobre um tema que coliga a sexualidade e a espiritualidade, assim estarei desmistificando a Kundalini.

    A filosofia do Chi faz parte da cultura chinesa há milhares de anos, sendo que a palavra Chi possui muitas traduções como: Ki, energia, ar, prana, respiração, força vital, essência vital, fogo central, bioenergia, calor interno entre outros. É a vida doando força que cria movimento e sustenta o universo. O Chi que faz os planetas, os sóis e as estrelas girarem uns ao redor dos outros. É o movimento dos átomos em todos os corpos físicos, ele que faz a semente crescer e se tornar uma vigorosa árvore, é o que faz o feto se desenvolver e tornar-se um ser humano adulto.

    O Chi é o que anima todas as coisas vivas, nutrindo os ciclos da vida. O Princípio do Yin e Yang (o símbolo Tai Chi); o Tai significa grande – e o Chi significa Energia, Grande Energia. A Kundalini , DNA, Bindú e I Ching todos estão ligados a ele.

    O mundo pulsa, expande e explode! É o macrocosmo na dança do Yin e Yang, gerando vida e movimento.

    O nosso corpo, sagrado microcosmo, é uma partícula do macrocosmo, tendo os mesmos elementos como: terra, água, fogo, ar e éter, que estão ligados aos nossos sete chacras, o nosso ser.

    Assim descreverei sobre as forças da criação, a importância da energia sexual como ela esta ligada a espiritualidade, o como se nutre adequadamente essas energias.

    A importância enorme entre a energia sexual e a saúde que estão absolutamente interligados, e que sem essa energia não existe força criativa.

    Um apelo à humanidade – Dedicado à evolução integral do ser humano. O Equilíbrio dessa energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

     

    APELO AOS CIENTISTAS

    Atualmente, a Kundalini está sendo discutida em todas as sociedades, em todas as línguas e países do mundo. Especialmente os jovem cientistas devem dedicar-se ao reconhecimento e à compreensão dos efeitos da Kundalini em si próprios e nas outras pessoas. Os médicos e os cientistas precisam formar uma ponte entre a dimensão subjetiva interior da consciência espiritual e a dimensão empírica da ciência como fizeram Einstein, Itzhak Bentov e o Dr. Motoyama. Esse é o momento para avançar audaciosamente e investigar, de forma cientifica, a experiência da Kundalini. Seu despertar é tanto um evento psicofisiológico como uma realidade espiritual. O estudo de seu amplo potencial é a mais nova fronteira da ciência. Imagine os importantes benefícios obtidos no tratamento de moléstias, quando se revelar cientificamente que determinados sons e formas (mantras e yantras) podem ativar os sistemas fisiológico e físico do organismo.

    Experiências científicas para a avaliação e determinação dos efeitos das praticas do tantra e da ioga contribuirão imensamente para acelerar a evolução do homem. Tenho absoluta convicção e confiança nos extraordinários efeitos da ioga para curar o corpo doente do homem, aprimorar sua personalidade e transformar seu nível de percepção consciente. Dr. Motoyama transpôs as divergências e demonstrou a realidade cientifica da Kundalini e o conseqüente benefício para a humanidade.

    A ioga apresentar-se-á como uma grande força mundial e alterará o curso dos acontecimentos do mundo.

    Hari Om Tat Sat.

    Swami Satyananda saraswati,

    Fundador, Bihar School of Yoga,

    Monghyr (Bihar), India

    30 de Julho de 1981

     

    EXPANSÃO

    Quando, no momento da criação, nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia: uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina. Os chineses deram a essas energias primárias, a denominação de Yin e Yang, há uns milhares de anos. Do jogo dessas duas forças surgiu a criação: o Yin feminino é fecundado continuamente pelo sêmen masculino do Yang, dando origem à vida em suas infindáveis e múltiplas formas. No plano físico do homem, esse jogo de forças se manifesta como sexualidade. Através dela, o homem esta ligado ao ato incessante de criação da vida.

     

    CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL

    No momento um óvulo Yin da mulher é fecundado pelo espermatozóide Yang do homem, imediatamente se divide em duas células básicas, uma célula Yin e uma célula Yang, logo a seguir, essas duas células se dividem em mais duas, Yin e Yang e assim sucessivamente elas vão se dividindo e se multiplicando, gerando órgãos Yin e Yang que vão dar forma à estrutura do embrião, que se transforma em feto.

    A energia sexual é a união primordial das forças Yin e Yang que impulsiona o universo, pois sem essa energia não estaríamos aqui.

     

    ENERGIA SEXUAL

    Os taoístas não vêem o sexo e a energia sexual sob uma questão moral, para eles é mais uma questão de saúde.

    A energia sexual, é a energia mais potente que existe, é a energia criativa, ou seja, a pura energia da vida.

    A sexualidade se manifesta no universo o tempo todo, através da natureza, dos animais e nos humanos. Ela é um dom que recebemos e tem que ser utilizada, assim como a natureza deu, ela cobra.

    A pessoa que não tem atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa de bloqueios energéticos.

    A energia sexual é uma força criativa que se move pelo corpo, alimentando as emoções, os pensamentos e criando o impulso do desejo. Ela não é benéfica somente para o corpo, é também o combustível das emoções e do espírito, é o alimento para todo o nosso ser: o corpo, a mente e o espírito, pois eles devem trabalhar juntos, como diziam os sábios taoístas.

    Assim que você começar a entender a sua energia, como ela é, e para o que realmente existe, terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhá-la e como interagir com as pessoas ao seu redor, principalmente com o sexo oposto.

    A energia sexual envolve vários assuntos, como a Kundalini, Bindú, DNA, Yoga, Tantra, Sahajoli, Pompoarismo, dois cérebros e Três Tan Tiens.

     

    CHACRAS – PONTE PARA A CONSCIÊNCIA SUPERIOR

    Os chacras são uma ponte amorosa de conhecimento e percepção e através deles é possível conhecer realmente a origem do Karma.

    Os sete chacras humanos (sete flores de loutus – sete virtudes); muladhara, suvadhistana, manipura, anahata, vishudh, ajna e sahasrara (em sânscrito). Sete chacras animais – sete pecados; atala, vitala, sutala, rasatala, talatala, hahatala e patala. Dentro de cada um de nós existe: um ser animal, um ser humano e um ser divino. Essas são as três dimensões da nossa existência.

    • Chacra básico – é a base de todos os chacras, é o alicerce do mundo e de tudo, é onde reside a energia mais poderosa e que dá o impulso para o nível superior, para todos os caminhos do conhecimento, é a energia da Kundalini, ela possibilita a evolução “iluminação”. É a força motriz que evolui verdadeiramente: seja física, inteligência, emoção, paixão, sexualidade, espiritualidade, clarividência, clariaudiência, paranormalidade, entre outros.

    O crescimento espiritual e os chacras: É muito difícil alcançar a evolução espiritual, abrir o horizonte e ir além da fronteira, obtendo um conhecimento profundo da natureza sem despertar os chacras e a Kundalini.

    • Conscientização (considerações gerais). O amor é como a terra, quanto mais você semeia, mais trabalho dá, então faça um esforço, trabalhe esse amor em seu próprio benefício, dando mais amor para você mesmo.
    • Os três Nadis principais e o sistema nervoso – Os Nadis principais são: sushumma, pingala e ida. A Kundalini quando é despertada sobe pelo mesmo caminho dos três Nadis principais.

    O Sistema nervoso e o endócrino comandam toda atividade do corpo. O sistema nervoso impulsiona o movimento e a ação através das secreções ou hormônios. As forças elétricas (chacras) ou vitais é que dão vida a esse sistema.

     

    OS TRÊS TAN TIENS (TRÊS MENTES OU TRÊS VEÍCULOS)

    O universo é quase todo baseado no três: três Tan Tiens, são três grandes centros reservatórios de energia que circulam dentro e fora do corpo através dos chacras.

    Os três Tan Tiens conectados significam ou representam a força “YI”: o corpo, a mente e o espírito devem trabalhar juntos, é a bioeletromagnética. Nos últimos 5000 anos os taoístas, tem utilizado essa energia bioeletromagnética para melhorar o seu modo de vida e para estabelecer uma relação com o universo.

    “Bioeletromagnetismo” é o termo ocidental para a força vital. Bio é vida, Eletro é a energia Yang do céu existente em todos os planetas e estrelas, magnetismo é a energia Yin da terra ou a força gravitacional existente em todas as estrelas e planetas.

    Três Tan Tiens – O primeiro Tan Tien é a cabeça, o centro de observação e quanto maior a energia maior é a capacidade cerebral.

    O segundo Tan Tien – É o centro da consciência, onde está o coração. O coração tem memória, guarda sensações, sentimentos e emoções. Ele pode registrar um acontecimento com todos os detalhes e se lembrar depois porque tem o seu próprio cérebro. O Dr. Pearseal, escreveu no seu livro que as pessoas que fizeram transplante cardíaco, acabam na verdade adquirindo as emoções do doador. Essas pessoas realmente sentem tudo que o doador sentiu, um dos casos foi de uma garota que foi brutalmente assassinada e não se sabia quem havia matado. No entanto o coração estava em perfeito estado e foi transplantado em outra garota. Depois disso a garota começou a ter pesadelos nos quais alguém a matava, ela foi levada ao psiquiatra que acabou entrando em contato com a policia. A garota deu a descrição exata do assassino e chegaram a fazer o retrato falado perfeitamente dele. Com essas informações a polícia foi capaz de prender o assassino.

    O terceiro Tan Tien  É a base da percepção, é o segundo cérebro, o centro sexual, é bastante sensível, e quando a cabeça fica fraca por stress, neurose ou medo, pode enfraquecer o centro sexual “a perda do bindú”, por que a cabeça e o centro sexual se comunicam intimamente entre si. Portanto, quando enfraquece a cabeça de cima enfraquece a cabeça de baixo.

     

    DOIS CÉREBROS (RELAÇÃO INTESTINO E CÉREBRO)

    Para a manutenção da saúde geral é necessário um bom funcionamento gastrintestinal. O intestino é reconhecido como “um órgão inteligente”, pela capacidade de selecionar alimentos, ou seja, ele aproveita o que é útil para o organismo. Ele possui os mesmos neurônios da célula do cérebro e por esse motivo é chamado de o segundo cérebro. O segundo cérebro é muito sensível.

    Os taoístas já tinham esse conhecimento há mais de 4700 anos.

     

    OS TRES GRANTHIS (TRÊS NÓS)

    Todos nos temos nós em níveis leve, médio ou forte e eles estão nos três Tan Tiens “três centros de energia”, muladhara, anahata e ajna, ou seja, corpo, mente e espírito. Esses nós podem ser desatados pelo sistema taoísta, a psicoterapia e a yoga terapia.

     

    DESMISTIFICANDO A KUNDALINI

     

    KUNDALINI – A FORÇA SAGRADA – FORÇA IGNEA – FOGO SERPENTINO é bastante poderosa e muito temida devido a falta de informação (conhecimento). A energia da kundalini é a energia cósmica, ela vem do sol oculto penetra na terra e aí nós absorvemos. Ela não é apenas sexual, é também emocional e espiritual. Esta energia cósmica ao ser despertada e ativada, sai do chacra raiz, através dos três nadis principais, o sushumna, ida e pingala, sobe pela medula queimando resíduos etéricos como um fogo líquido serpentino, ascendendo e ativando cada chacra em seu trajeto ou subida. Ela tem conexão direta com a espiritualidade (bindú).

    O poder da kundalini propicia o progresso do discípulo desabrochando nele vários dons: clarividência, clariaudiência, vitalidade criadora e geradora.

    Quando esta energia está desenvolvida ativa a espiritualidade e intensifica a inteligência e estimula a afeição desinteressada, desde que esta ativação se faça com a vitória do espírito sobre a matéria, pois ela tem ligação com o karma (destino).

    Neste trabalho a kundalini está focada na energia sexual e espiritual, que é a energia da felicidade (doçura) latente na espinha dorsal. Em geral, ela está enrolada e adormecida no final da base da coluna e é representada como uma serpente que se move ao longo da mesma.

    Quando ela é ativada sexualmente (orgasmo), sobe pela coluna ativando todos os chacras e órgãos até o bindú (energia sexual – iluminação – nirvana – êxtase).

    Esse fogo serpentino é bastante poderoso, no entanto instável (vulnerável), por esse motivo ela é considerada perigosa, mas, se praticarmos o sexo de maneira saudável, com muito amor, paixão, respeito, sinceridade e uma entrega total (cumplicidade entre dois seres), teremos a doce energia da kundalini circulando dentro de nós.

     

    BINDÚ

    “Gota ou marca”. O bindú pode ser interpretado como: néctar ou essência, intocado ou Portal do Brama, e é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico. É o fio que liga o cérebro a medula e os órgãos sexuais.

    Localização: cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) – está na região do chacra lalana e vishudh, e quando está cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. É aqui que armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática – hormônios sexuais; a energia sexual revitaliza o cérebro.

    O bindú circula dentro do canal principal, o sushumna, cuja substância é de três gunas (três qualidades) e encontra-se no centro da coluna vertebral. Dentro do sushumna existe um canal chamado vajra e dentro dele um outro canal chamado chitrini, e o bindú está encovado no chitrini, e seu interior alonga-se desde o pênis até a cabeça (bindú). No interior do vajra está o chitrini, que é sutil, brilhante e tão fino como o fio da teia de aranha, e ele atravessa todos os chacras que estão localizados na coluna vertebral, ele é a inteligência pura. Dentro do chitrini encontra-se o nadi brama (bindú), e é tão bonito como um reflexo de luz, tão fino como um filamento de lótus e brilha nas mentes dos sábios. É extremamente sutil, ativador do conhecimento absoluto, concretizador de todas as glórias e a sua natureza é a consciência pura. O Portal de Brama brilha em sua abertura, e esse lugar é a entrada para a região espargida por ambrósia, conhecida como Ponto Essencial; trata-se da abertura do sushumna (também envolve os dois chacras inferiores).

    Bindú Visargha quer dizer literalmente “queda da gota”, mas visto que “gota” se refere ao néctar, esta frase fica mais significativa como sendo “a sede do néctar”.

    O bindú deve ser mantido no nível mais alto, que é “o domicílio do néctar”, pois quando ele cai ao nível mais baixo vai para o centro sexual, onde se transforma em esperma.

    Segundo a tradição, o bindú localiza-se perto do topo do cérebro na direção da parte posterior da cabeça, e nesse local existe uma ligeira depressão, onde se concentra uma pequena quantidade de secreção líquida. Dentro desta depressão existe uma elevação mínima, que é a localização exata do bindú na estrutura física. Os nervos cranianos partem deste ponto, inclusive os nervos ligados ao sistema óptico. O processo pelo qual o néctar é segregado pelo bindú é estocado no chacra lalana no orifício nasal, é purificado pelo chacra vishudh. O vajra faz parte da conexão Kundalini e Bindú. É através do sahajoli (pompoarismo) que o bindú é mantido no nível mais alto.

     

    PULMÕES – RELAÇÃO PULMÕES E CORAÇÃO

    Os pulmões e o coração são inseparáveis.

    A função dos pulmões é oxigenar e eliminar as toxinas das células dentro do sangue.

    O coração recolhe o sangue do corpo e envia para os pulmões, e recebe o sangue oxigenado de volta devolvendo para o corpo. Recolhe novamente e envia para os pulmões. Esse processo se repete o tempo todo. Enquanto existir vida, o coração e os pulmões não param e não descansam, a única maneira de ajudar nesse processo é fazer o exercício de respiração correto. “O coração é o presidente e os pulmões são os ministros”.

    O ar ou prana contém nutriente (vitalizante) e é o nosso primeiro e último alimento, nos pulmões cabem de três a quatro litros de ar, e quando fazemos uma respiração superficial, apenas chegam a meio litro e isso acaba causando stress e tensão. Lembre-se que os pulmões são a bomba enquanto o coração é a válvula e não o contrário como muitos afirmam. Se ficarmos cinco minutos sem respirar morremos.

    Para fazer a respiração correta é necessário aprender a técnica de respiração de três Tan Tiens.

     

    RINS – RELAÇÃO ORGÃOS SEXUAIS E OS RINS

    Os rins têm a função de filtrar o sangue, enquanto os pulmões limpam as toxinas das células. A energia ancestral está nos rins, ele é “o repositório do vigor sexual”, por isso é necessário dar uma atenção especial a esses órgãos.

    Segundo a medicina chinesa esse órgão é o que regula a função sexual.

    Os testículos e ovários têm ligação direta com os rins e as glândulas supra renais, portanto é importante fortalecê-los se quisermos aumentar a potência e longevidade sexual, lembrando sempre que a energia sexual é a energia mais potente que existe “energia vital”. Ela não é apenas sexual é também o combustível que circula pelo corpo, alimentando as emoções os pensamentos e criando o impulso do desejo. A energia sexual é a energia criativa, ela é a pura energia da vida. 

     

    REJUVENESCIMENTO – DENTRO DAS TÉCNICAS TAOÍSTAS

    Os antigos taoístas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres internos, que são: a boca, os olhos, as narinas, o ânus, os genitais e o períneo. Eles estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo: como digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em perfeita saúde, é muito importante que esses músculos se contraiam simultaneamente estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Os taoístas descobriram os segredos dos músculos esfíncteres observando os bebês e as crianças e uma de suas metas das pratica taoísta é tornar-se tão vibrante, vigoroso e vivificante como uma criança.

    Por meio de exercícios específicos desses músculos reconduzem nosso corpo à harmonia com o Tao, assim vamos poder resgatar a juventude.

    Esses exercícios fazem parte do sahajoli. Trata-se do chacra básico e da importância do fortalecimento da base em todos os sentidos, pois ele é o chacra da Kundalini.

    Vamos poder comprovar o efeito da técnica imediatamente após o primeiro exercício. Será possível sentir a energia vital, essa vibração vivificante que tínhamos na infância.

    Observe um bebê mamando: enquanto sua boca suga ritmadamente, os olhos se contraem em uníssono, o ânus e o trato urinário se contraem e relaxam em harmonia com a boca, enquanto as mãozinhas se abrem e fecham em sincronia com a sucção exercida pela boca. Esse movimento sincronizado bombeia a energia por todo corpo.

    Consequentemente, quando nós adultos temos contrações e relaxamentos harmoniosos dos músculos esfíncteres, nosso corpo fica pleno de energia e saudável. Por outro lado, quando esse ritmo está desequilibrado, por stress, doença ou tensão, a energia do corpo se esgota.

    Todos os músculos esfíncteres do corpo se refletem uns nos outros, e a reflexologia sexual, revela essa íntima conexão. Os músculos esfíncteres do rosto revelam os músculos esfíncteres do trato urogenital, do ânus e do períneo e quando existe um desequilíbrio de energia sexual ela é revelada nas características externas da face. Além disso, esses músculos influenciam diretamente na saúde dos órgãos internos e essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas do corpo.

    • Exercitando os músculos esfíncteres.

    Contrair a boca e sugue as bochechas para dentro da boca, criando uma sucção na boca. É algo semelhante a brincar de fazer “boca de peixe”. Contraia e relaxe por, no mínimo 9-36 vezes, sinta a conexão entre a boca e o resto do corpo. Perceba a conexão entre a boca e os músculos esfíncteres inferiores, ânus, períneo e base do pênis / parte inferior da vagina.

    Piscar os olhos rapidamente e olhar ao seu redor. Exercitar os músculos esfíncteres ao redor dos olhos melhora a visão e mantém a umidade deles. Também é um ótimo exercício para despertar o corpo, pois estimula o sistema nervoso.

    Pisque os olhos durante, 30-60 segundos. Estimular esses músculos em volta dos olhos ajuda a abrir o diafragma urogenital.

    Contrair o ânus: contraia e relaxe o ânus. Sinta a energia dos centros inferiores correndo pelo seu corpo. Pela contração do ânus, fortalecemos a conexão entre todos os músculos esfíncteres do corpo.

    Contrair o períneo e a vagina: contraia e relaxe os músculos da vagina e períneo. Trata-se do mesmo músculo que é usado para interromper o fluxo da urina esse músculo, tal como o ânus é à base do centro sexual. Fortalecendo o períneo e a vagina, a mulher torna-se capaz de conter a energia sexual em vez de deixá-la escorrer para fora do corpo. O fortalecimento do períneo é o primeiro passo de muitas outras práticas taoístas, como o “impulso orgástico ascendente” e o “poderoso bloqueio”. Você pode contrair e relaxar o períneo a vagina e o ânus ao mesmo tempo, para criar mais força no diafragma urogenital.

    Contrair os olhos, a boca, o ânus e a glândula prostática é um exercício que ativa o centro cerebral. Quando um homem contrai a glândula prostática é ativada a glândula pineal, a glândula prostática tem uma conexão estreita com a glândula pineal que é considerada um segundo órgão sexual. É como dizem “o maior órgão sexual é a cabeça”.

     

     TERAPIA CORPORAL 

     

    A terapia pelo toque (obs.. "massagem" é um termo inadequado em relação à legislação e mercado brasileiros) relaxante é benéfica porque ela libera as tensões reprimidas causadas pelo stress, e estabelece comunicação entre o corpo e a mente. Ela vem sendo usada a milhares de anos como meio de alcançar a saúde o relaxamento e a longevidade. A massagem é de extrema importância, pois aumenta a circulação, elimina as tensões musculares e gera energia positiva. Dê muito carinho e amor para o seu coração, ele merece ser recompensado e a massagem ajuda o coração a relaxar, descansar, devido à melhora na circulação do sangue. A massagem Tuiná é muito especial e ela pode ser aplicada ou recebida por qualquer pessoa.

    A auto "massagem" nos rins, estimula e energiza os mesmos e é de vital importância para manter a saúde deles.

     

     

    I CHING  O MANDAMENTO DIVINO, A LEI DO UNIVERSO

     

    O tratado das mutações (natureza). O equilíbrio dinâmico dos cinco elementos faz parte do

    I Ching, os 64 hexagramas do I Ching e as 64 possíveis combinações de proteínas do código genético do DNA.

    I Ching, Tao e Budhi caminham juntos, são inseparáveis.

     

    BUDISMO

    A semente, a mãe do budismo é o hinduísmo.

    • Os três veículos do budismo.

    Primeiro veículo (primeiro TT) Hinayna, é o budismo da inocência, pureza, espiritual (jejum absoluto).

    Segundo veículo (segundo TT) Mahayana, o budismo da comunicação, expansão (jejum moderado).

    Terceiro veículo (terceiro TT), Trantrayana (vajrayana), o budismo da sexualidade. Tantra-Yoga e Kundalini-Yoga fazem parte do vajrayana, sahajoli.

    O busdismo de três veículos (três TTs) é o verdadeiro, completo e integral (é a mãe natureza).

    A mãe natureza é muito sábia, se ele é agredida ela devolve com violência, basta observar o planeta terra.

     

    MATERIAL E METODOLOGIA

     

    Foram usados livros para consultas, assisti palestras e workshops voltados à holística, estudos sobre filosofia taoísta, budista, I Ching (naureza), templos e igrejas.

    A soma de alguns conhecimentos próprio e alheios, as vivencias com alunos, colegas e professores, orientadores e amigos e também profissionais ligados a medicina ortodoxa.

     

    DISCUSSÃO

    A importância de olhar para o passado, observar o presente (refletir e filosofar) para poder projetar o futuro (novos horizontes) assim que se alcança a própria evolução.

    Apesar de me sentir às vezes leiga sobre o assunto e ser uma autodidata, usei muito e ainda uso o I Ching, e esse livro ajuda no meu caminho de evolução e no caminho de quem o utilizar. O I Ching foi baseado no principio do Yin e Yang (o Tai Chi, a grande energia).

    O Dr. Motoyama teve sua experiência pessoal com a kundalili, porém para isso usou o acetismo aquático todos os dias (banho de água gelada) por um longo período de tempo e com a prática conseguiu a levitação (o corpo já conseguia e se desligava do chão).

    Baseada em minhas experiências vivenciei as duas faces da energia da kundalini, percebi que quando ela está fluindo corretamente não existe desgaste físico ou mental, em caso dela não estar fluindo de forma positiva, ela desequilibra o corpo e a mente.

     

    CONCLUSÃO

    Conclui que os segredos de quem nós somos está nos chacras (kundalini) eles falam, eles sentem e pensam.Tudo está aqui no Tai Chi (grande energia) é o início de tudo, o começo da evolução humana. Cheguei à conclusão que todas as pessoas deveriam conhecer os chacras com profundidade para conhecer verdadeiramente a si mesmo e consequentemente conhecerá o próximo.

    O princípio do Yin e Yang está em tudo e em todo o universo porque sem essa energia, nada existiria no caso do nosso corpo essa energia flui através de nossa kundalini.

    Acredito que o conhecimento compartilhado é conhecimento em dobro, por isso compartilho.

      

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

    • Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    • Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    • Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    • Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    • Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Série Manu – Apostila número 2, segunda edição

    • Super Interessante – Edição 235 – Jan/2007
    • Curso de fundamento de I Ching – O Tratado das Mutações, apostila da Sociedade Taoísta do Brasil.

     

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - CRT 38660 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal Indiana

    Terapia Corporal Indiana

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque

     

    Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

    3. Princípio filosófico de origem.

    4. Noções básicas sobre os Chakras, Nadis.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

                  Tudo que desejamos no plano físico é possível de realizar se obtiver consciência de que a capacidade de criação é natural ao Ser Humano.

                  Devido às condições de preconceitos sociais, culturais e até mesmo religiosos, o ser perde essa capacidade de sentir e criar e passa a crê que tudo depende do mundo externo, das pessoas e quem sabe se DEUS permitir. Se sentindo vazio e frustrado.

                  A terapia corporal por si só já é um agente de carinho, permitindo que a pessoa se preencha deixando de está carente de algo que ela própria não sabe explicar. Apenas que é bom.

                  Agora imagine uma técnica que além de tocar o físico, possa tocar também o corpo energético, fortalecendo e sobrepondo a mente que boicota, para simplesmente Ser o que tem de Ser, na sua verdadeira forma de Natureza interna e individual.

                  Atingir verdadeiramente a sua essência através do toque (deeksha), insuflado através dos mantras e naturalmente o realinhamento dos chakras acontece.

                  A Terapia Corporal Indiana proporciona o realinhamento dos centros energéticos (chakra) e das emoções e conseqüentemente descongestiona o fluxo emocional negativo registrado na capa corporal.  Portanto além de extremo relaxamento, produz equilíbrio e auto estima, revigorando o desejo de ser feliz.

                 

                 

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

      

    Terapia Corporal Indiana Tântrica

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

     

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque.

     

                  Insuflar energia no corpo, limpando os elementos astrais com a identificação do toque.

                  A Terapia Corporal Indiana é uma técnica codificada através de preâmbulos advindos do livro denominado de tantra ensinando princípio comportamental de vida, onde o objetivo principal é um processo de higienização da mente, do corpo físico e do corpo emocional através de fórmula ritualística; incluindo o comportamento sexual ritualístico e metafísico. O toque é a parte principal do ritual maithuna (ato sexual metafísico). Sendo que os contextos deste toque (deekshas) foram transformados em uma técnica de Terapia Corporal sensibilizatória com o intuito de promover equilíbrio energético através do mantra, aroma, pranáyáma e manobras sutis corporal de forma circular para reconectar e polarizar a energia da pessoa que está para receber o deeksha (toque) levando a mesma ao conhecimento do seu EU INTERIOR.

                  Foi desenvolvida com a finalidade de integrar os sete corpos básicos, alinhando-os e purificando-os para que exerçam sua função da auto liberação da consciência. Em outras palavras, a Terapia Corporal Indiana Tântrica proporciona um encontro entre os elementos constitutivos do homem e os elementos essenciais do Ser.

                  O homem é terrestre, telúrico, corporal, o qual se expressa através de uma personalidade social, e sétuplo, testemunho incogniscível do Cosmos e do Ser-persona, onde está o Purusha.

                  O Purusha é o verdadeiro ser interior. Aquele que está acima e dentro do corpo, do etérico, do emocional, do mental, do intuitivo e dentro do espiritual. Domina todo ele, passivamente, aglutinando-os, mas não interferindo; organizando-os de modo não-perceptível.

                  Ao conjunto dos corpos sutis, tais como: emocional, telúrico, mental, intuicional e espiritual, dão-se o nome de psicocorpo (koshas). De modo geral, podemos chamá-lo de corpo psíquico, embora o termo não condiga com a totalidade do significado.

                  Esse corpo pode sofrer mudanças tanto benéficas quanto maléficas, dependendo de como nos comunicamos com ele. Ele sente os reveses do meio ambiente na forma de stress emocional, mental e sexual, influindo diretamente no corpo físico a nível neurológico e muscular, cristalizando-se numa gama imensa de reflexos.

                  Num esquema simples, poderíamos dizer que ao aplicarmos as manobras da terapia corporal no corpo físico, atuaremos também no psíquico. Esse procedimento se movimenta em ondas, do físico para o energético e para o emocional, do emocional para o mental, do mental para o intuitivo. Daí em diante então poderá se manifestar o Purusha. O ponto principal de atuação nesse corpo psíquico é através da respiração e dos mantras que será insuflando durante o toque físico usando como ponto principal os chakras para aportar o fluxo de energia emanada durante o procedimento de aplicação.

                  A Terapia Corporal Indiana surgiu do principio filosófico tântrico derivado da técnica do maithuna (ato sexual metafísico) que em sua primeira importância é adquirir sabedoria deixando de ser um ato sexual carnal para algo absolutamente transcendental.

                  A técnica desta terapia corporal consiste em deixar o ser humano mais sensibilizado e com a sua libido mais ordenada, podendo transmutar esta energia no dia-a-dia em forma pensamento, em forma trabalho ou em forma de expressão harmoniosa.                                                        

     

    3. PRINCÍPIO FILOSÓFICO DE ORIGEM

     

                  Tantra é um termo masculino, como em geral acontece nas palavras terminadas em "a" no idioma sânscrito. Tantra origina-se das palavras TANOTI (expansão) e TRAYATI (consciência), evocando a possibilidade de crescimento da consciência através do Sadhana (prática). A palavra também pode significar "livros". Livros onde são ensinados exercícios, história, ciência, filosofia, atitudes de higiene física e mental, bem como, modo de vida, sexualidade e atuação social. Todo tratado sistemático concernente à prática que leva à "expansão do ser" está representado pela raiz TAN (de estirar ou estender) e o sufixo TRA (instrumentalidade). Obtêm então a palavra TAN-TRA, ou seja, literalmente, "instrumento de expansão" do campo de consciência comum, para alcançar a supra consciência, raiz do Ser e receptáculo dos poderes desconhecidos que o tantra pode despertar e utilizar.

                  No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas. Já conheciam a atração interplanetária, a luz e sua velocidade, extensa teoria a respeito do calor, da gravitação, dos Nakshastras (casas lunares), bem como o ano lunar e solar. Enquanto as outras culturas do mundo ainda engatinhavam, na Índia se desenvolvia a ciência do som (sphotavada).

                  Toda a sistemática do Tantra se desenvolve principalmente através dos Tatwas (elementos: terra, fogo, água, ar e éter) que derivam a força de consciência macrocósmica. A Terapia Corporal Indiana Tântrica se desenvolve através de elementos físicos para dar ordem a elementos mais sutis. O resultado será de uma consciência pura, da energia de ação, energia de conhecimento. Traduzindo; É a recepção do ato de consagração, absorvido pelo o fluxo de energia desprendido da entoação dos mantras e, portanto serem o verdadeiro deeksha (toque divino).

                  O Nyasa (identificação): neste caso tem uma série de características especiais. Entre elas:

    a) identificação com várias partes do corpo físico.

    b) identificação com várias partes dos corpos sutis.

    c) identificação visual (auditiva externa ou interna) dos vários sons primordiais (bija-mantras ou mantra semente).

    d) identificação interior com as deidades evocadas.             

                  Por isso a Terapia Corporal Indiana é muito sutil e transcendental, a importância dela jamais será no corpo físico e sim no corpo sutil (espiritual ou energético). Depois de algumas sessões a pessoa que esta recebendo a energia passa ser um verdadeiro iniciado, mudando completamente seu padrão vibratório energético.

                  Num período muito curto ele perceberá que suas ações já não serão mais a mesma, ou seja, o ponto foco de clareza de um objeto emocional ou racional à sua frente passa ser dominável. Não sendo mais um grande obstáculo de 10 metros de altura, simplesmente é um obstáculo, mas, com 2 metros, ou seja, é possível pensar como transpô-lo.

                  Vamos relembrar ou conhecer os chakras que é a ponte principal para a passagem de energia aplicada nesta técnica.

       

    4. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE OS CHAKRAS

     

                  Chakras são centros energéticos que  trabalham em sintonia entre si e com todo nosso corpo físico e psíquico, estando inter-relacionados com os sistemas parassimpático, simpático e sistema nervoso autônomo. Sua função é vitalizar, equilibrar e interagir com o corpo físico e o corpo psíquico, trazendo o desenvolvimento para a consciência.

                  Chakra é a denominação sânscrita dada aos centros de força existentes nos corpos energético do homem; também são chamados de lótus ou rodas. O seu fluxo de movimento caminha por canais sutis denominados de nadis e seus canais principais são Sushumna, Ida, Pingala,

     

    • O chakra básico - Muladhara  Energia vital

                  Assenta o mundo dos instintos - consciente.

                  Consciência física. Posse Material

                  Discernimento espiritual

     

    • O chakra energético - Svaddhisthana  Fé - Confiança

                  É a entrada no inconsciente - novo nascimento se assim podemos dizer.

                  Impulso sexual e de luta.

                  Transmutação, Criação de uma nova personalidade

     

    • O chakra plexo solar - Manipura  Conhecimento

                  Assenta as emoções – paixões e o inferno produzido por si próprio.
                  Vida emocional instintiva e desejo de realização espiritual.

     

    • O chakra cardíaco - Anahata  Sentimentos

                  Começo do self - pensamento e valores.

                  Autoconsciência vital – Vida Afetiva – Amor Universal

     

    • O chakra laríngeo - Vishuddha  Percepção e purificação.

                  Reconhecimento da independência da psique - pensamento abstrato – conceitos -               produtos da imaginação.

                  Expressão psicológica – Inspiração e expressão criadora.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra frontal - Ajña  Conhecimento interior

                  União do self no todo, não no ego.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra coronário  Sahasrara  Sabedoria

                  É o suporte de o próprio SER.

                  Energia anímica - vontade

                  Realização espiritual.

     

    Veja abaixo  as funções, cores e  localização de cada chakra.

     

    1. Muladhara Chakra – (sico)

                  Este é o chakra que nos conecta as energias de terra, que nos enraíza. É a sede da Kundalini.

    Localização: Entre o ânus e os genitais, base da coluna vertebral.

    Glândula: Gônadas  Excitam a esfera dos sentimentos e desenvolve os instintos fundamentais

    Hiperfunção: Exagerados sentimentos altruístas e, ao mesmo tempo, egoístas. Forte vontade. Tendência à posse e ao domínio. Otimismo, expansão e iniciativa.

    Hipofunção: Timidez. Depressão. Apatia. Pouco rendimento qualitativo.

    Propósitos: Sentimentos sinestésicos, movimento.

    Lição espiritual: Interagir com o  mundo material.

    Giro: no sentido horário no homem – anti-horário na mulher

    Em desequilíbrio: Irritação, raiva, medo de viver, apego excessivo e baixo estima.

    Em equilíbrio: Confiança na vida, segurança pessoal, satisfação, estabilidade, força e coragem interior e auto-estima.

    Informações armazenadas no chakra: Convicções familiares, superstições, lealdade, instintos, prazer físico, dor, toque.

     

     

    2. Svaddhisthana Chakra –  (Energético)

                  É o centro de energia vital

    Localização: Quatro dedos abaixo do umbigo.

    Glândula: Supra Renal: Espírito de luta. Capacidade de reação. Energia das reações psíquicas.

    Hiperfunção: irrascibilidade, agressividade, espírito belicoso, ressentimento, inadaptabilidade, exaltação psíquica.

    Hipofunção: Exagerada sensibilidade a dor, perseverante, serio e trabalhador, mas dominado pela a tristeza e pela a depressão, neurastenia, submissão, abatimento.

    Giro: sentido horário na mulher e anti-horário no homem

    Lição espiritual: Manifestação, aprender a "deixar fluir".

    Em desequilíbrio: - Ciúme, possessividade, instintos reprimidos, tensão, tristeza.

    Em equilíbrio: Fluidez natural da vida em todos os sentidos: corpo e mente, entusiasmo, ações produtivas, franqueza, naturalidade.

    Informações armazenadas no chakra: Dualidade, magnetismo, controlando padrões, sentimentos emocionais (alegria, raiva, medo).

     

    3. Manipura Chakra - (Plexo solar)

                  Este é o chakra do centro do poder pessoal.

    Localização: Em média cinco dedos acima do umbigo (mas precisamente no centro do estômago).

    Glândula: Pâncreas

    Hiperfunção: apatia temperamental, lentidão psíquica.

    Hipofunção: depressão do tônus psíquico, excitabilidade, irrascibilidade.

    Propósitos: Entendimento emocional

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aceitação de seu lugar no fluxo de vida (amor-próprio).

    Em desequilíbrio: Tendência a moldar tudo sob seu próprio ponto de vista, egoísmo, inquietação, insatisfação, descontrole, nervosismo, ansiedade, falta de concentração, medo de novas experiências e medo de rejeição.

    Em equilíbrio: Auto estima, sensação de paz e harmonia, aceitação da vida e do próprio crescimento, autoconfiança, valorização das riquezas interiores e exteriores.

    Informações armazenadas no chakra do plexo solar: Poder pessoal, personalidade, consciência de o próprio ser dentro do universo (senso de pertencer).

     

     

    4.  Anahata Chakra –  (Chakra cardíaco).

                  Este  chakra é o centro da essência divina, do amor universal, inclusive é o que equilibra ou desequilibra os três primeiros com os três últimos chakras.

    Localização: No centro do peito.

    Glândula: Timo

    Hiperfunção: Emotividade excessiva, abulia, timidez, grande imaginação evocativa. Fator predisponente à preservação moral e sexual.

    Hipofunção: Apatia, debilidade mental.

    Giro: horário para a mulher e anti horário para a mulher.

    Propósitos: Abnegação, amor universal, perdão e paz.

    Lição espiritual: Perdão, amor incondicional, deixar fluir, confiança, compaixão.

    Em desequilíbrio: Doação excessiva de si, desespero, ódio, inveja, medo, ciúme, raiva, depressão, angustia, indiferença, brutalidade e frieza.

    Em equilíbrio: Amor, compaixão, confiança, inspiração, esperança, generosidade, solicitude, calma, alegria, equilíbrio.

    Informações armazenadas no chakra do coração - conexões com aqueles que amamos e o amor incondicional.

     

    5. Vishuddha Chakra – (Chakra laríngeo)

                  Este  chakra é a fonte da expressão e comunicação criativa.

    Localização: na garganta aproximadamente um dedo abaixo do pomo de Adão.

    Glândula: Tireóide

    Hiperfunção: Irreflexão, inconstância, impulsividade, inquietude, imaginação muito viva, insônia.

    Hipofunção: Apatia, lentidão nos processos psíquicos, inteligência atrasada, depressão, linguagem deficiente, muito sono.

    Propósitos: Aprender a  assumir responsabilidade pelas suas próprias necessidades, ressonância do ser, comunicação e expressão.

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aprender a render-se à vontade divina, fé, verdade sobre a  decepção.

    Em desequilíbrio: Dificuldade de se mostrar e expressar-se, tomar decisões. Insegurança, crítica, timidez, medo da opinião alheia e falta de autoridade.

    Em equilíbrio: Livre expressão de pensamentos, conhecimentos e sentimentos; criatividade na comunicação, voz potente e clara, eloqüência, capacidade de ouvir com atenção e com o coração honestidade interior, fé, vontade, sensação de total integridade.

    Informações armazenadas no chakra da garganta: Autoconhecimento, verdade, atitudes, audição, gosto, cheiro.

     

    6. Ajnã Chakra – (Terceiro olho)

                  Este  chakra é  o centro dos poderes psíquicos.

    Localização: No meio da testa, entre as sobrancelhas.

    Glândula: Hipófise

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e combatividade, tendência ao domínio, ao abuso. Crítica e rebelião, insônia

    Hipofunção: Vontade fraca, timidez, sugestionabilidade, atraso intelectual, dificuldade em manterá atenção, muito sono.

    Giro: sentido horário e sentido anti-horário.

    Propósito: Intuição e autoconhecimento.

    Lição espiritual: Entendimento, não identificação, mente aberta.

    Em desequilíbrio: Rigidez mental, racionalidade excessiva, vaidade em relação a própria inteligência, medo da verdade, confusão, fixação em determinadas idéias.

    Em equilíbrio: Agilidade mental, visualização desenvolvida, transcendência, abertura da intuição e visão interior, discernimento, inteligência emocional, conceito de realidade, capacidade de ver além das formas físicas.

    Informações armazenadas no chakra do terceiro olho: Ver com clareza e sabedoria, sabedoria, intuição, intelecto.

     

    7. Sahasrara Chakra – (Chakra da coroa)

                  Este é o chakra que nos conecta com a energia divina.

    Localização: No topo da cabeça

    Glândula: Pineal

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e compatibilidade, tendência ao domínio, ao abuso.

    Hipofunção: Atraso intelectual

    Propósitos: Sabedoria intuitiva, conexão para a espiritualidade, integração com o todo.

    Giro: sentido anti-horário nas mulheres e sentido horário nos homens.

    Lição espiritual: Espiritualidade, viver o momento.

    Em desequilíbrio: Falta de propósito, perda da identidade, medo de estar só, sentimento de separação do próprio "eu" transmitindo bloqueio aos demais chakras.

    Em equilíbrio: Descoberta do divino, facilidade para acessar diretamente o conhecimento superior a partir da conexão com o "eu universal", confiança, abnegação, humanitarismo, habilidade para ver o todo no fluxo de vida, devoção, inspiração, valores, éticas. Irradiação da vida com total plenitude e pureza.

    Informações armazenadas no chakra da coroa: Integração e conceito do todo.

     

     

     

    4. a) KUNDALINI - Fogo Serpentino

                  É energia ígnea, serpentina reside no chakra básico (Muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes:

     

    1. ANIMA (exigüidade). Esta é a faculdade que permiti identificar-se com a essência da menor parte do universo e do que ele mesmo é constituído. Permite ver o infinitamente grande (Mahima) ou, ao contrário, o infinitamente pequeno (Anima).


    2. MAHIMA (magnitude). Este é o poder de aumentar de volume, quer dizer, de alargar o círculo de sua consciência e de alcançar a plenitude do conhecimento do infinitamente grande.

     

    3. GARIMA (gravitação). Isto é relativo ao peso e à massa, e se aplica à lei de gravitação que é um dos aspectos da lei de atração. Este fenômeno é à busca dos yogues, ou seja, o estado de Samadhi.


    4. LAGHIMA (levitação). Esta é a possibilidade que tem o adepto de tornar-se mais leve que o ar, afastando a força de atração da Terra, e de desligar-se dele.


    5. PRAPTI (realizar o objetivo). Aquele que possui este poder tem a capacidade de atingir seus fins projetando sua consciência em todos os lugares que ele julga necessários, quer estejam sobre o plano físico ou sobre o plano cósmico. Este poder foi sempre muito utilizado pelos místicos do mundo inteiro. Prapti desenvolve também a clarividência, clariaudiência e telepatia.


    6. PRAKAMYA (a vontade irresistível). Este poder confere ao adepto a possibilidade de realizar todos os seus desejos pela força da vontade divina, quando esta vontade substitui, em parte, a vontade pessoal e seus desejos estão em perfeita harmonia com o plano divino.


    7. VASITVA (o poder de comandar). É o poder de tornar-se mestre das forças elementares da natureza, utilizando o poder do som criador ou mantra. Pela palavra sagrada, as vibrações são produzidas no éter e as diversas formas podem ser produzidas. Ato utilizado em grande feito de magia.


    8. ISATVA (o poder criador). Isatva se refere ao poder que tem o adepto de dispor dos elementos em suas cinco formas e de ressuscitar a vida no plano físico.

     

                  Estes elementos mencionados no item acima são de caráter de curiosidade e conhecimento. Estes aspectos devem se desenvolver através de prática específica para o desenvolvimento das energias de cada chakra.

                  A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

     

    5. OS ELEMENTOS E SEU SENTIDO OCULTO

     

                  “Saiba, que o Fogo (energia) é o primeiro tattwa; o Ar o segundo; a Água o terceiro; a Terra o quarto e o Éter o quinto.

                  “O primeiro tattwa é a panacéia que dá energia vital às criaturas e acaba com sua tristeza. O segundo provém de uma aldeia, o ar da floresta: ele desce da Água, é belo é delicioso e dispensa o poder de gerar. O quarto, pouco custoso, é produzido pela terra, dá a vida às criaturas e é a base da vida nos três reinos. O último tattwa, ó deusa, proporciona grandes alegrias; origem de todas as criaturas, sem começo e nem fim, ele é a raiz do universo. Assim falou Sadashiva de bom augúrio.”

     

    DEFINIR TATTWAS

                  É difícil definir os tattwas ou elementos, por serem ao mesmo tempo concretos e sutis, apesar de incomparáveis. De modo geral, os elementos não são objetos tangíveis, e sim, um conjunto de leis e força que condicionam um estado particular à matéria, estabelecendo-lhes propriedades específicas.

                  O elemento Terra (Priti), basta erguer a cabeça para o céu estrelado para se dar conta de que o universo é, principalmente, vazio. Entretanto, aqui e ali, a matéria cósmica torna-se densa, em vez de se distribuir uniformemente nesse vazio intergaláctico.

                  Partindo da definição de um elemento, todas as leis e todas as prodigiosas energias cósmicas que concorrem para essa densificação constituem o elemento Terra. Assim, nossa terra, simplesmente não passa de uma manifestação localizada do elemento Terra. O Sol e todos os corpos celestes são também manifestação do Elemento Terra, o mais elementar (evidentemente), pois estamos sentados sobre ele. De fato, cada átomo de cada objeto percebido é matéria cósmica densificada e faz parte de um corpo celeste incandescente. Nosso corpo é literalmente, sol resfriado, condensado.

                  O Elemento “Água” (Api) é aquele que mantém a matéria em estado líquido, a água é o fluido mais comum em nosso planeta, é o seu protótipo. Evidentemente mas que interesse há nisso? O interesse é enorme, pois esses fluidos são captadores dos ritos cósmicos, que, por sua vez, dirige todo o nosso biorritmo. O mais evidente desses ritmos é o das marés, que diuturnamente misturam os oceanos em respostas à atração lunar, mas também a solar e as marés sobre todos os líquidos do universo, não somente os de nosso planeta. Mas também, esses ritmos cósmicos não afetam só os oceanos; há uma mini maré num copo d’água, numa gota d’água: E, como no corpo 85 % é constituído de água, todo o biorritmo é a eles submetido.

                  Assim, por intermédio dos fluidos corporais, na morna intimidade dos tecidos, em cada célula, a lua e todos os corpos celestes regulam o imperceptível baile de ritmos vitais.

                  O “AR” (VAYU), embora saibamos é matéria em estado gasoso. Para o tantra, os gases veiculam energias cósmicas sutis.

                  Há milênios os tântricos sabem que o ar não é um gás inerte. Que ele “capta e transporta uma energia impalpável denominado ‘PRANA”, variável de acordo com a estação e o lugar. Eles sabem que nossa vitalidade depende dele e que “sua natureza é a do relâmpago”, intuição extraordinária, por isso é literalmente verdade.

                  Recentemente, a ciência (a biologia, em particular) se preocupava acima de tudo com a composição molecular do ar: azoto, oxigênio, gazes raros, e negligenciava sua ionização. Atualmente, sabemos que os átomos de oxigênio do ar podem ser ionizados, ou seja, ter um minúsculo “pacote” de energia excedente, portanto, disponível. Conforme a proporção de átomos de oxigênio assim ionizados, o ar pode ter propriedades vitais bem diferentes e, sabendo disso, os yogues inventaram técnicas especificas que permitem captar, acumular, controlar o Prana e aumentar nossa vitalidade.

                  O aspecto prático desse elemento está ligado às fontes de nossa vitalidade, aparece, por exemplo, na forma de Office sckiness, o “mal dos escritórios”, que ataca aqueles que vivem fechados nesses edifícios onde predomina o ar condicionado. De acordo com a teoria yogue, o “mal dos escritórios” se explica facilmente: um ar assim, sem prana, necessariamente mina a vitalidade e provoca diversos desequilíbrios. Após tê-lo ignorado ou desconhecido por muito tampo, começam pouco a pouco perceber isso, mas os orgulhosos edifícios de janelas trancadas ai estão e ficarão por muito tempo. Aqueles que são obrigados a viver neles restam o recurso de compensar esse déficit dedicando alguns minutos por dia aos exercícios de pranáyáma.

                  O ELEMENTO “FOGO” (TEJAS) é a matéria em estado “radiante”, por exemplo, a radiação do sol e das estrelas, mas também do fogo comum. Sem o elemento Fogo, nosso planeta seria gelado, pois o Sol não poderia irradiar seu calor até nós através da imensidão espacial, e nós ignoraríamos sua existência e das estrelas.

                  O elemento “Éter” (akasha) É o elemento alquímico que resistiu por mais tempo ao ataque da ciência. De fato, era axiomático considerar o vazio universal cheio de uma substância tênue ao extremo, que não oferecia nenhuma resistência à propagação das ondas e partículas de alta energia: parecia impensável quê o que quer que fosse pudesse ir propagando-se no nada. Tudo foi abalado em 1880, por causa dos resultados negativos das experiências de Michelson que queria comprovar a evidência do éter graças ao interferômetro ultra-sensível por ele inventado.

                  Para o Tantra, o elemento Éter - Akasha, E “nosso éter, ou seja, a matéria no estado mais sutil concebível, mais alguma coisa cientificamente indefinível (eu até diria “provisoriamente”), que eu chamaria, na falta de coisa melhor, de espaço dinâmico. Para o senso, ingênuo, o espaço é um grande buraco, inerte, no qual o Bom Deus concebeu o Universo. Certamente, não é essa visão da ciência, que, no entanto, não está muito melhor, pois ignora totalmente a natureza do espaço, alias, como também, a do tempo.

     

    6. Segredos dos cinco Pranas

     

                  Para que haja mudanças reais é necessário alterar a energia que cria. Este fato é verdadeiro na prática do Yoga. Para causar mudanças positiva no corpo e na mente devemos compreender a energia com qual se trabalha. A esta energia denomina-se de Prana significando a energia primordial. É traduzida a força vital, embora seja muito mais que isto.

                  Certamente o universo inteiro é uma manifestação do Prana, que é o poder criativo original. 

                  Em um nível cósmico há dois aspectos básicos de Prana.

                  O primeiro é o aspecto é a energia de Consciência pura que transcende toda a criação. O segundo ou o Prana manifesto é à força da criação própria. O Prana eleva-se a qualidade (guna) dos rajas, a força ativa da natureza (Prakriti). A natureza ela mesma consiste em três gunas: sattwa ou harmonia, que causam a mente, o rajas ou o movimento, que causa o prana, e tamas ou inércia que causam o corpo.

                  Certamente poder-se-ia discutir que Prakriti ou a natureza são primeiramente Prana ou rajas. A natureza é uma energia ou um Shakti ativo. De acordo com a tração ou a atração do Self mais elevado ou da consciência pura (Purusha) esta energia torna-se sattwica. Pela inércia da ignorância esta energia torna-se tamásica.

     

     

                  Relativo à nossa existência física, Prana ou a energia vital são uma modificação do elemento do ar, primeiramente o oxigênio que nós respiramos que permite que vivamos. Contudo enquanto o ar origina no éter ou no espaço. Prana levanta-se no espaço e remanesce-se conectada próxima a ele. Onde quer que nós criemos o espaço a energia ou Prana devem levantar-se automaticamente.

                  O elemento do ar relaciona-se ao sentido de toque. O ar em um nível sutil é toque. Com o toque nós sentimos vivos e podemos transmitir nossa vida-força a outra. Contudo enquanto o ar se levanta no espaço, assim que toca levanta-se do som, que é a qualidade do sentido que corresponde ao elemento do éter. Através do som nós elevamos e sentimos nossas conexões mais longas com a vida ao todo.

                  Ser do ser humano consiste em cinco koshas ou copos sutis:

    1) Kosha de Annamaya  alimento (Anna) - exame - os cinco elementos

    2) Kosha de Pranamaya - respiração  vital (Prana) - os cinco pranas

    3) Kosha de Manomaya - impressões  mente (Mano) exterior - os cinco tipos de impressões sensoriais

    4) Kosha de Vijnanamaya - idéias - inteligência - atividade mental dirigida – Conhecimento (Vijna).

    5) Kosha de Anandamaya - experiências - mente mais profunda - mente da memória, a subliminal e a superconsciencia – felicidade (Ananda).

     

    Pranamaya Kosha:

                  O Pranamaya Kosha é a esfera de nossas energias vitais da vida. Representa os três koshas – corpo mental (mente exterior, inteligência e mente interna) É atingível através da meditação dinâmica e as cinco impressões sensoriais.

    O melhor termo para o Pranamaya Kosha é provavelmente “corpo vital” para usar um termo do Yoga integral de Shri Aurobindo. O Pranamaya Kosha consiste em nossos impulsos vitais da sobrevivência, da reprodução, do movimento e da self-expressão, principalmente sendo conectado aos cinco órgãos do motor (excretor, urinário, genitais, os pés, as mãos, e órgão vocal).    

                  Uma pessoa com uma natureza vital forte se tornará proeminente na vida e pode imprimir sua personalidade no mundo. Aqueles com uma energia vital fraca o poder realizar-se muita tardia e ou de pouco efeito em cima da vida, geralmente estando em uma posição subordinada.

    O Pranamaya, entretanto, é importante para o trajeto espiritual é muito diferente do vital egoístico ou desejo orientado. Deriva sua força para as praticas espirituais que necessita de determinação e do poder pessoal. Na mitologia Hindu este Prana mais elevado é simbolizado pelo Sita-Rama, pode tornar-se tão grande ou pequeno como deseja, pode superar todos os inimigos e obstáculos, e realiza milagres com a energia vital, a curiosidade e o entusiasmo na vida junto com um controle dos sentidos e dos impulsos vitais realizam com aspiração elevadas.

     

    Os cinco Pranas

    O Pranamaya Kosha é composto dos cinco Pranas. O Prana preliminar divide-se em cinco tipos de acordo com seus movimento e sentido. Esta é a base da terapia ayurvédica e do o pensamento de hindu.

     

    Prana

    Prana, literalmente “o ar que move para diante, governa a recepção de todos os fluxos vitais: a ação de comer o alimento, de beber da água,  da respiração, à recepção de impressões sensoriais e de experiências mentais. É propulsor na natureza, ajustando coisas no movimento e guiando-as. Fornece a energia básica que nos dirige na vida.

     Apana

     

    Apana, literalmente o “ar que se afasta,” move-se para baixo e para fora e governam-se todos os caminhos da excreção e da reprodução (que tem também um movimento descendente). Governa o a eliminação do bolo fecal, da urina, expele o sêmen, líquido menstrual e o feto, e o dióxido de carbono através da respiração. Em um nível mais profundo governa a expressão das experiências sensoriais, emocionais e mentais negativas. É base de nossa função imune em todos os níveis.

     

    Udana

    Udana, literalmente “o ar ascendente,” os movimentos para cima e os movimentos qualitativo ou transformativo da vida-energia. Governa o crescimento do corpo, da habilidade de estar, do discurso, do esforço, do entusiasmo e da vontade. É nossa energia positiva principal na vida com que nós podemos desenvolver nossos corpos diferentes e evoluir na consciência.

     

    Samana

    Samana, literalmente “o ar balançando,” movimentos da periferia ao centro, com uma ação de discernindo. Ajuda na digestão em todos os níveis. Trabalha no intervalo gastrointestinal para digerir o alimento, nos pulmões para digerir o ar ou absorver o oxigênio, e na mente para homogeneizar e digerir experiências, seja sensorial, emocional ou mental.

     

    Vyana

    Vyana, literalmente “o ar circulante externo,” move-se do centro para a periferia. Governa a circulação em todos os níveis. Move o alimento, a água e o oxigênio durante todo o corpo, e mantém nossas emoções e pensamentos que circulam na mente, dando o movimento e fornecendo a força. Ao circular assim ajuda a todos os outros Pranas em seu movimento.

     

                  Os cinco Pranas são as energias que se distribui dentro dos tattwas em diversos níveis.

    Prana Vayu governa o movimento da energia da cabeça para baixo que é o centro Prânico no corpo físico.

    Apana Vayu governa o movimento da energia para baixo ao chakra da raiz. Samana Vayu governa o movimento da energia da parte traseira inteira do corpo. Vyana Vayu governa o movimento da energia para fora do corpo inteiro. Udana governa o movimento da energia do até a cabeça

                  O Prana governa a entrada das substâncias. Samana governa sua digestão. Vyana governa a circulação dos nutrientes. Udana governa a liberação da energia positiva. Apana governa a eliminação.

                  Isto é bem como o funcionamento da engrenagem de uma máquina. O Prana traz o combustível, Samana converte este combustível em energia, Vyana circula a energia aos vários locais da engrenagem. Apana libera os detritos ou produtos do processo da conversão. Udana governa a energia positiva criada no processo e determina o trabalho que a máquina pode fazer.

                  A chave à saúde e ao bem estar é manter nosso Pranas na harmonia. Quando um Prana se torna inaceitável o outro tendem a tornar-se desequilibrado também porque todos são ligados um no outro. Geralmente Prana e Udana trabalham o oposto da Apana como as forças da energização contra aquelas da eliminação. Similarmente Vyana e Samana são opostos como a expansão e a contração.

     

    Como o Prana cria o corpo físico?

                  Sem Prana o corpo físico não é mais do que uma protuberância de massa, gelatinosa com vários membros e órgãos. Ele circunda pelas os canais ou Nadis, através de que pode operar e energizar a matéria bruta em vários tecidos e órgãos.

     

    Prana Vayu cria as aberturas e os canais na cabeça e no cérebro para baixo ao coração. Há sete aberturas na cabeça, os dois olhos, as duas orelhas, as duas narinas e a boca. Estes são chamados de sete Pranas ou sete Rishis no pensamento Védico.

     

    Udana Vayu ajuda o Prana a criar as aberturas na parte superior do corpo, particularmente a boca e órgãos vocais. A boca, apesar de tudo, é a abertura principal na cabeça e no corpo inteiro. Poder-se-ia dizer que o corpo físico inteiro é uma extensão da boca, que é o órgão principal da atividade, de comer e de expressão físicas.

     

    Apana Vayu cria as aberturas na parte mais inferior do corpo, as dos sistemas urinário, genitais e excretores.

     

    Samana Vayu cria as aberturas na parte média do corpo, aquelas do sistema digestivo, centrado no plexo. Abre para fora os canais dos intestinos e dos órgãos, como o fígado e o pâncreas.

     

    Vyana Vayu cria os canais que vão às peças periféricas do corpo, dos braços e dos pés. Cria as veias e as artérias e também os músculos, os nervos, as junções e os ossos.

     

    Em resumo, Samana Vayu cria o tronco do corpo (que é dominado pelo intervalo gastrointestinal), quando Vyana Vayu cria os membros. Prana e Udana criam as aberturas superiores ou os orifícios corporais, enquanto Apana criar canais externos.

     

    Prana, entretanto existe não apenas no nível físico. O plexo é o centro vital principal para o corpo físico. O coração é o centro principal para o Pranamaya Kosha. A cabeça é o centro principal para o Kosha  Manomaya.

     

    Prana e a respiração

    Respirar é a principal função da atividade de Pranica no corpo. O Prana governa a inalação. Samana governa a absorção do oxigênio que ocorre principalmente durante a retenção da respiração. Vyana governa sua circulação. Apana governa a exalação e a liberação do dióxido de carbono. Udana governa a exalação e a liberação da energia positiva através da respiração, incluindo os sentimentos que alteram o movimento da respiração.

     

    Prana e a mente

    A mente tem também suas energias Pranica. Isto se deriva do alimento, da respiração e das impressões externas. Prana governa a entrada de impressões sensoriais. Samana governa a digestão mental. Vyana governa a circulação mental. Apana governa a eliminação de idéias tóxicas e de emoções negativas. Udana governa a energia, a força e o entusiasmo mentais positivos.

     

    Em um nível psicológico, Prana governa nossa receptividade às fontes positivas do relacionamento, do sentimento e do conhecimento com a mente e os sentidos. Quando desequilibrado os desejos cria instabilidade emocional. Tornamo-nos insatisfeito e geralmente fora do contrapeso.

     

    Apana em um nível psicológico governa nossa habilidade de eliminar pensamentos e emoções negativos. Quando desequilibrados gera-se depressões e nós começamos a sentir a obstrução com experiência desagradáveis que nos direciona para baixo na vida, fazendo-nos temíveis, suprimido e fraco.

     

    Samana Vayu dá-nos o sentimento e o contentamento na mente. Quando desequilibrado Nos agarramos às coisas e tornamo-nos possessivos em nosso comportamento.

     

    Vyana Vayu dá-nos o movimento livre e a independência na mente. Quando desequilibrado causa a desolamento, e alienação Nós somos incapazes de unir-se com os outros ou de permanecer conectados aqui e agora.

     

    Udana dá-nos a alegria e o entusiasmo e as ajudas nossos potenciais espirituais e criativos mais elevados. Quando desequilibrados causa o orgulho e o arrogância. Nós tornamo-nos infundados, tentando ir à elevação e perder a trilha de nossas raizes.

     

    Pranáyáma

                  É uma técnica de exercícios de respiração, No Yoga Sutras, as práticas do pranáyáma e do ásana são consideradas as mais elevadas das disciplinas de purificação da mente e do corpo.

                  As práticas produzem a sensação física de real calor, chamado tapas, ou o fogo interno de purificação. Este calor é parte importante no processo de purificação das nadis. No pranáyáma é focalizada a atenção na respiração e é conseqüentemente muito importante manter uma mente alerta, para os processos que estão sendo observados que são muito sutis. O único processo dinâmico do corpo é o ato de respirar. O Prana somente incorpora o corpo ao momento em que há uma mudança positiva na mente. Naturalmente, nosso estado da mente não se altera com cada respiração, a mudança ocorre sobre um período de tempo longo. Agora se praticar o pranáyáma você observará uma mudança da mente, pois significa que direcionou o prana através dos exercícios então as mudanças da mente podem ser observadas primeiramente em nossos relacionamentos com as pessoas.

     

    5. MÉTODO

                  A terapia corporal Indiana é aplicada da seguinte forma:

                  É necessário preparar o cliente como em qualquer outra técnica de terapia corporal, como quiropraxia no intuito de realinhamento vertebral para que se possa aplicar este método. É de suma importância que as vértebras estejam realinhadas, pois ela será o canal de passagem energético do trabalho sutil e de insuflação de energia.

                  A técnica da Terapia Corporal Indiana consiste em colocar o cliente confortavelmente na posição de decúbito frontal, com música suave, incenso e aroma no ambiente, luzes de tons azuis ou violáceas, para permitir a conexão de relaxamento. O terapeuta se colocará numa posição centrada de respiração rítmica procurando ao toque identificar a respiração do cliente, induzindo-o a um estado de respiração lenta e continuada até que a sintonia do cliente e do terapeuta esteja fluente. Depois deste momento as manobras são aplicadas em movimentos circulares dos pés em direção ao topo da cabeça e no momento em que for mudar a mão na posição do corpo, manter sempre a mão esquerda posicionada ao corpo do cliente para que ele não se sinta abandonado. Os movimentos são estritamente leves, apenas para que a energia possa fluir livremente pelos os canais sutis denominado de nadis. Feito isto sem perder o contato com o cliente, virá-lo para a posição em decúbito dorsal, trazendo a energia da mesma forma circulante em direção aos pés. As manobras poderão ser servidas de um óleo aromático constituído de rosa, sândalo e jasmim com o intuito de proporcionar a sutilização energética preparando a pessoa para a recepção do mantra que será entoada a seguir.

                  Terminando as manobras o terapeuta se sentará ao lado do corpo do cliente sem perder o contato e com toques com as pontas dos dedos indicador e médio unido um ao outro sempre tocando o centro de cada chakra, insuflando os bijas mantras (semente dos chakra) até que venha se posicionar sentada em frente ao topo da cabeça do recebendo. Onde serão insuflados mantras dos elementos com a função de consagrar, ou seja, o cliente estará recebendo um deeksha (um fluxo energético divino de iniciação), findando esta etapa deverá induzir o cliente em relaxamento falado com música de fundo sempre levando a se reconhecer como ser perfeito.

     

    CONCLUSÃO

                  Esta terapia corporal não tem intenção de debelar desequilíbrios físicos e sim desequilíbrios energéticos que na verdade onde se concentra a verdadeira dificuldade do ser humano. Apos receber o deeksha da maneira corrente o cliente terá sido codificado no seu corpo espiritual e sempre será levado a ponto do seu equilíbrio, mesmo que nunca mais receba esta técnica. Mas para que isto ocorra serão necessários à aplicação de pelo menos 10 sessões para que o realinhamento dos chakras ocorra. Estamos acostumados com vicissitudes da vida, portanto enquanto não é absorvida a energia o chakra não se equilibra por isso a necessidade de repetições.

     

    BIBLIOGRAFIA

      

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

    Em relação a Terapia Corporal Indiana – trabalho idealizado após curso com o Prof. Levi Leonel em 1983 – Rio de Janeiro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Vivência Tântrica

    Vivência Tântrica

    Ao encontro do coração e da prosperidade, assim como o equilíbrio da sexualidade e o fluxo da sensibilidade

     

     Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Libido?

    3.  Conhecimento sobre os elementos que se atinge no desenvolvimento do vivenciar.

    4. O que é Vivência tântrica.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

      

    I- INTRODUÇÃO

                 

                  A insatisfação por não produzir. O vazio por não saber amar ou não ser amado. O desejo que algo externo resolva a vida. Tudo se transforma em couraças. Onde o EU se esconde em manifestações de medo, timidez, agressividade, hipersensibilidade, improdutividade, egocentrismo. Ou ainda – “Eu sou o único” – “Sou o melhor” – “Sou eu que resolvo as coisas, ninguém faz melhor que eu” – “Eu sou festeiro e popular”. Esta última manifestação certamente é a pior forma de manifestar as couraças. Porque em algum momento do seu dia, vai se sentir exausto triste e solitário. “Não aceito falar de mim”, “Não vou transparecer o que sinto nunca, imagine!”

                  “Nunca deixo saber o que sinto e penso, não quero que invada a minha individualidade!”

                  Na verdade todas essas manifestações ou “qualidades” são fugas de si ou do mundo. É a dificuldade de apalpar a si mesmo, de si amar. Se você não se ama, não pode saber amar.

                  Se você não se equilibrar não pode perceber rapidamente e sensivelmente a forma de ensinar a se equilibrar.

                  Para o principio tântrico o equilíbrio e o desequilíbrio é um leela (jogo) uma dança no fluxo cósmico.

                  Se você simplesmente dançar o leela acontece. Você vira a água nas tempestades. O vento no vendaval. A chama na fogueira.

    De forma lúdica e sincrônica vivencia tudo aquilo que é natural em si. Você não pensa mais. Apenas sente ou simplesmente é.

                  O EU SOU ou SO HAM passa a fazer parte em cada inspiração e expiração. Inspirar e expirar constantemente em sincronia com o que deseja fará com que se conclua. Basta ensinar a mente a simplesmente ser e não mais comandar.

                  Descodificar a mente para que ela entre no leela cósmico é simples. É necessário dar à ela aquilo que não é metódico.

                  Há de convir que desde 3 ou 4 anos da idade cronológica que sua mente aprende apenas a se defender de que:

    “ “Isso não pode” - “Isso não deve” - “Seja homem” - “Seja educado no sentido formal” -”Seja rico para ser homem de bem” - Ou, pior ainda: “Quem ficou rico é inescrupuloso” ”.

                  Para as mulheres: “Olha todos os homens são iguais” - “Homens não prestam”

                  Para os homens: “Cuidado mulher é um bicho” – “Mulher é interesseira”

    Em relação ao sexo então:

    Mulheres: ”Sexo é proibido” – “Não seja sensual é feio” –

    Homens: “Para ser homem precisa ser garanhão, se não deixará de ser homem”. Para as pessoas que estão na faixa entre 40 a 60 anos cronológicos é o sentimento que impera e comanda o mental, agindo de forma inconsciente e produzindo resultados negativos. E ai o insucesso é fatal em quase todos os planos da vida.

    Enfim, infindáveis fórmulas chavões para o insucesso, o desamor, a timidez e a má relação consigo próprio. A mente codifica e lidera a frente da real sensação, desviando do verdadeiro caminho individual de simplesmente ser Natural – Integro e amável e feliz.

                  Vivenciar as emoções aparentes e sentir o coração é um caminho lúdico e sensorial, produzindo a capacidade de aumentar o fluxo da intuição, aumentar o fluxo do sentir.

                  Para isso basta utilizar-se das técnicas que o tantra propicia. Que álias, no ocidente muito bem elaborado através do contato popular com o OSHO.

                  Eu me permeio através do Tantra matriarcal e antigo onde o fluxo feminino (Shakti) que é responsável pelo o espírito das realizações natural. Simplesmente SER e Vivenciar pelo o fluxo da libido.

     

    2  - O QUE É LIBIDO?

                  Vamos conhecer a real conotação da libido em relação à parafernália tântrica, tão confundida e mal interpretada pelo o ser ocidental e os ditos “tântricos”

                  Fala-se em libido, entende-se sexo. Sexo é o significado principal e final apenas para aqueles que ainda não a entendeu ou para aquele que não sabe direcioná-lo e assim utilizar-se desta força encantadora e mágica.

                  Libido é a mola propulsora para tudo que se pensa em sentir e fazer.

                  A libido é uma energia pura incandescente no ser humano manifestada através do ato de sentir prazer.

                  O prazer de comer em equilibro = saborear.

    Mas em desequilíbrio entra em compulsão do comer porque essa forma de sentir é fálica.

                  Libido organizada faz fluir o trabalho = Prazer - produz êxtase.

                  Libido desorganizada = O trabalho não flui - não há energia propulsora.

                  O prazer de amar ao tocar o filho, o coração treme. Porque o amor é puro e transcendente. A libido ai está presente no sentir, pois provoca êxtase, felicidade.

                  O prazer de amar o sexo oposto, todos que se apaixonaram conhecem a libido se manifestando e é a forma que todos a identificamos.

                  Mas libido é o calor na pele, sem está calor. É o arrepio de uma caricia. É o ouriçar dos pelos quando se emociona. É a alegria nos olhos. É ainda a lágrima nos olhos quando se ri gostoso. É ouvir uma música e se arrepiar. É perceber o nascer de uma flor e se sentir emocionado. É ver uma criança nascer e se emocionar.

                  Quantos já desconhecem estas sensações? Se não sentem e não percebem isso, não pode mesmo perceber que a libido está além do tesão pelo o sexo oposto.

                  Alias se não sentem isso, já não consegue mais sentir Excitação pelo o sexo oposto. Acabou a excitação por si.

                  Vivenciar significa buscar isso dentro de si e por si mesmo.

                  Perceber que ao respirar, a pele se manifesta, Ao dançar o corpo arrepia, apenas no sentir da música e bailar suas emoções numa dança de sensações, sem pensar. Somente sentir e reaprender a amar-se.

                  A Libido movimenta a vida, a alegria, rejuvenesce e vitaliza.

                  Onde está a libido?

                  O tempo inteiro em você mesmo, basta um respirar profundo e ela se manifesta.

                  Basta um carinho do sexo oposto e ela se manifesta – Conhecido por todos, não é mesmo?!

                  Mas, se a música certa tocar também se manifestará. Quem aprende a conectar a libido, não ficará mais triste além do necessário. Porque saberá a medida exata do sentir.

                  Aprendemos que as pessoas importantes na vida são nossas: meus filhos, meu homem ou minha mulher, minha amiga (o), etc. Puro exercício de ego.

                  A libido direcionada de forma harmoniosa você saberá que deve apenas sentir e vivenciar. E que o conjunto de relações pessoais e interpessoais são feitas para interagir e não para possuir.

                  Porque a única posse que de verdade temos é o “EU” esse sim possuirá os efeitos de tudo que permeia a vida. E a forma de manifestação no físico do EU é através do permear da libido que é energia pura e criadora.

                  Criadora da prosperidade na forma plena da palavra.

                  Esse é o verdadeiro passo para a abundância. E o verdadeiro “Tesão” pela a vida. Sem medo, sem pré-conceito, sem negações. Simplesmente viver poeticamente a vida.

    Eu acredito piamente que o Ser passa pela a terra com a única função de vivenciar e sentir a abundância no leela (jogo ou dança) cósmico e na terra. Aprender lidar significa adquirir o nirvana. Ou seja, transcender a consciência através do coração.

                  Abundância está em todos sem distinção de raça ou credo. É para todos aqueles que se permite.

                 

    3- Conhecimento sobre os elementos que se desenvolve na prática vivencial.

     

    ANÁLISE SINTETIZADA DOS CORPOS HUMANOS.

                                                           

    1- CORPO - Anna Kosha (corpo ilusório de alimento).

                  É o nosso corpo físico grosseiro, constituído dos cinco órgãos dos sentidos: ouvido (som), pele (tato), olhos (visão), língua (paladar), nariz (olfato) e dos cinco agentes da ação: boca, genitais, mãos, pés e orelhas. Sua capa muscular, os nervos e ligamentos, bem como a sua estrutura óssea armazenam as tensões vindas dos corpos superiores, sobrecarregando alguns órgãos que sobrecarregam outros, numa cadeia de sintomas às vezes complexos. O corpo físico reage aos claramente através de movimentos, exercícios, danças e toques. Seu centro-realimentação está nas gônadas, portanto na área sexual, e seu estágio é o do mineral, dentro da natureza, como um todo, e seu oposto complementar é o olfato (narinas). Seu elemento é a Terra (ossos, dentes e unhas).                                                                                                                                                                                         

    2 - CORPO - Prana Maya Kosha (energético etérico)

                  É um corpo constituído de prana etérico, comanda os órgãos dos sentidos e contém os cinco sentidos sutis: éter, ar, fogo, água, terra aspecto prânico, energético. Alguns autores dizem que existem 300.000 canais que transportam prana, outros 72.000 que formaria o corpo etérico visível facilmente. Sua emanação energética vem das supra-renais próximos ao umbigo, e seu aspecto sutil, invisível, se relaciona também com os minerais. O corpo energético reage ao respiratório em geral, aumentando consideravelmente seu brilho externo ao corpo, com um pequeno número de exercícios de respiração. Esse corpo transmite as sensações dos corpos sutis para o físico, formando uma ponte de ligação entre as emoções e os músculos e nervos. Seu oposto complementar é a língua e o paladar. Seu elemento é a água.

     

    3 - CORPO - Kama Maya Kosha (desejo)

                  É o nosso corpo das emoções telúricas. O ponto central do corpo astral está no estômago (plexo solar) e sua irradiação sutil está relacionada com a vontade (volição) e com o desejo. Sua manifestação mais clara é o instinto, a reação reflexa, ou seja, é o órgão que se manifesta com um emocional expansivo e forte. “Ele irradia “nosso estado de espírito e é afetado pelo que vemos” o que os olhos não veem, o estômago não sente”. Está intimamente ligado com o pâncreas diretamente o sentido da visão. Seu elemento é o fogo e atua na combustão dos alimentos e reage ao desejo e à vontade.

     

    4 - CORPO - Ananda Maya Kosha (felicidade)

                  É localizado no centro cardíaco e é o nosso corpo das emoções afetivas e amorosas. É grandemente estimulado pelos vegetais superiores como legumes, verduras e frutas. O sentido do tato está intrinsecamente relacionado com o coração e se expressa de modo claro nas relações de empatia com outro. Seu elemento é o ar reage aos sentimentos em geral.

     

    5 - CORPO - Manas Maya Kosha (conhecimento)

                  O Manas (mente) se manifesta como intelecção e memória sendo essa a função desse corpo. Seu elemento é o éter que está relacionado com os ouvidos.

    É um corpo que se manifesta no nível da garganta em seu aspecto mais sensorial a reage aos Mantras de “H” aspirados, como no Inglês de horse. Seu corpo é de manifestação sonora e, portanto, o som faz vibrar em ondas que vão do mental ao intuicional.

     

    6 - CORPO - Jñana Maya Kosha (sabedoria)

                  Este corpo se manifesta como sabedoria pura, percepção clarividente. Ele reage à ação contemplativa, após as vibrações da mente cessar. Reage ainda aos Bija-Mantra, e especificamente, aos sons nasalizados. É a sabedoria após o conhecimento.

     

    7- CORPO - Buddhi Maya Kosha (corpo ilusório feito de intuição)

                  É o mais próximo da mônada espiritual humana. Não tem som específico, nem reage ao toque, mas como é um arquétipo humano reage aos símbolos inconscientes tais como, os Mandalas ou Yantras e os Mula-Mantra, tais como o “OM”.

     

                                              OS SETE PLANOS e as suas cores

    Podemos entrar em contato com cada plano vibrando na sua cor correspondente.

    FÍSICO

    1- PLANO - FILOSÓFICO - LIGADO AO CORPO FÍSICO - (MINERAL)

                  É o plano mais denso que trata do material, do físico, é onde o indivíduo se relaciona com o outro através de atitude e postura física. Através desse plano, aprendemos a constituição do homem centenário, do macrocosmo e do microcosmo sempre por meios dos estudos ou da filosofia esotérica começando a compreender a história da evolução do homem.

    COR AZUL - Representa a espiritualidade, a energia cósmica, dependendo da intensidade do azul ele sugere crescimento e evolução espiritual - mais intenso = a necessidade de contemplação serena, menos intenso = verificar os sentimentos descontrolados.

      

    2  - PLANO - ARTÍSTICO - LIGADO AO CORPO ENERGÉTICO - VEGETAL

                  É o plano onde começamos a perceber a energia vital, através de meditação das nossas próprias atitudes e organização dando-nos conta do mundo que nos rodeia. Por esse plano começamos a trabalhar o mundo das cores do som, da harmonia, do ritmo, e como eles afetam nosso corpo energético.

    COR AMARELA - Muito positivo, significa sabedoria, representa um guia interior ou o nosso lado superior (eu) concretizando os nossos ideais, indica clareza e luz.

    COR LARANJA - Maior energia, entusiasmo, juventude, alegria, favorece empreendimentos.

     

    3 - PLANO - POLÍTICO - LIGADO AO CORPO EMOCIONAL - ANIMAL

                  É neste plano que começa a evolução do homem, é através da razão que controlamos as nossas emoções, quanto menos oscilarmos o nosso corpo emocional, mais nos tornou estáticos. Não ser instável é ser um verdadeiro político e manipulador da energia da vontade. É através de leis e regras interiores que o mental controla o emocional e podemos através desse plano criar novas atitudes, nova cultura, nova civilização.

    COR ROSA - Simboliza o amor, a afeição sem paixão (amor universal) significa proteção, traz insegurança, suavidade das emoções.

     

    4 - PLANO - EDUCACIONAL - LIGADO AO MENTAL CONCRETO (HOMINAL)

                  É o plano da meditação, e onde também atua a evolução do homem, este plano está muito ligado ao plano político. É onde educamos nossas energias através da meditação das próprias atitudes e organizações. Através desse plano estamos ligados a ciência da iniciação.

                  O resultado do estudo e prática dessa ciência produz o verdadeiro homem consciente.

    COR BRANCA - Simboliza a pureza da inocência e ingenuidade, é a cor da juventude, a pureza do coração e a simplicidade, traz a facilidade da transmutação de energia, equilibra as energias negativas. 

    MENTAL

    5 - PLANO - CIENTÍFICO - LIGADO AO MENTAL ABSTRATO.

                  Este plano faz parte do plano mental que é ligado ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados a seres superiores que nos enviam através de canais, todas as técnicas da ciência para que possamos atuar com mais perfeição em nossas vidas.

                  Conseguimos compreender a ciência de vida e espaço (onde o outro começa e você termina), ou seja, mais sensibilidade, termos condição de entender as leis ocultas do cosmos, a lei da evolução e do Karma. É nesses planos que poderemos ajudar o outro com a ciência da sabedoria.

    COR VERDE - Simboliza vida, fertilidade e criatividade, afinidade, diplomacia e adaptabilidade, regeneração.

      

    6 - PLANO - INTUITIVO - LIGADO AO CORPO DA INTUIÇÃO

                  Neste plano nós seremos mestres de nós mesmo, será o fim dos falsos mestres e profetas.

                  Dentro deste plano teremos o contato com a hierarquia oculta, e a cooperação desses seres dentro do nosso trabalho de evolução pessoal. Teremos também total controle de nosso ego.              É neste plano que teremos o conhecimento da Nova Era.

    COR VERMELHA - Simboliza a energia ativa em grande quantidade, fluxo da vida, vitalidade, traz o impulso da vida, a vontade de vencer, o poder.

      

    7 - PLANO - INTEGRAÇÃO - LIGADO A CENTELHA DIVINA

                  Neste plano teremos total controle das leis do físico. Sendo assim poderemos ter maior domínio sobre nós mesmos em relação ao relacionamento entre matéria e espírito, alma e personalidade. Seremos mais honestos com nós mesmos e assim estaremos mais harmonizados com o universo. A nossa canalização estará aberta com total integração com o cosmos.

    COR VIOLETA - E a cor ligada a espiritualidade, traz o conhecimento e a magia, representa a consciência cósmica, representa a evolução interior com pleno conhecimento da realidade traz a sensibilidade e individualidade

     

    KARMA

    Karma é a lei de causa e efeito. Qualquer atitude tomada ou pensada cria uma reação na vida física ou na vida astral.

     

    TIPOS DE KARMA

    1 - Karma Individual - É quando você é totalmente responsável pelos seus próprios atos.

     

    2 - Karma Familiar - quando os atos interferem nas atitudes das pessoas da sua família negativamente ou positivamente.

     

    3 - Karma Coletivo - quando seus atos estão ligados a comunidade que você se relaciona.

     

    4 - Karma Racial - parte da sua opção, que você teve antes de nascer, em ser branco, negro, vermelho, ou amarelo.

     

    5 - Karma Nacional - Você nasce no país que melhor se adapta a sua missão, para que sua vida possa fluir melhor.

     

    6 - Karma Mundial - Nós optamos nascer nesse planeta porque nosso padrão de consciência é o mesmo dentro da evolução desse sistema, e nossas atitudes particulares pode modificar uma atitude um planeta inteiro.

     

    7 - Karma Universal - É quando nós já conseguimos obter uma consciência cósmica e nossas atitudes são todas voltadas pela Paz Universal.

     

    SENSO DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada ação temos um grau de responsabilidade a cumprir.

                  Responsabilidade - É a habilidade de dar uma resposta a si mesmo. A partir de agora seja responsável por si só. Voltando-se para dentro e repensando os seus atos.

                  Para cada ação existe uma reação e você é o centro de sua vida. Tomar consciência do seu poder e criar as situações que vivem, é ser 100% responsável por si mesmo.

     

    TIPOS DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada plano temos um tipo de responsabilidade a cumprir.

    1 - Paciência: É a habilidade de suportar as primeiras mudanças do ego que causam ilusoriamente dor e sofrimento.

     

    2 - PERSEVERANÇA - É a habilidade de se conservar firme e constante, permanecer sem mudar ou sem variar em cada atitude tomada mediante a um objetivo.

     

    3 - SEGURANÇA - É a habilidade de estar confiante em si mesmo e na vida.

                 

    4 - GENEROSIDADE - É a habilidade de ir ao encontro das necessidades dos outros sem desperdício de tempo e matéria, é a disposição para compartilhar.

     

    5 - TOLERÂNCIA - É a habilidade de compreender os motivos e pontos de vistas dos outros tão precisamente quanto possível, é o poder da supervisão.

     

    6 - SENSIBILIDADE - É a habilidade de sentir as próprias necessidades e a dos outros, é uma grande virtude e desenvolve independência e desperta confiança em si mesmo.

     

    7 - HUMILDADE - É a habilidade de se contrapor ao seu ego e vaidade e aparentar o que você é na realidade.

      

    DHARMA - O CAMINHO PESSOAL

                  Alguma de nossas emoções advém de registros/código, que chamamos cósmicos, e têm um princípio básico de inconsciência, e podemos colocar nessa lista as pulsões sexuais como uma necessidade imanente nos seres vivos de proliferação da espécie. O desejo sexual então, é o impulso genésico do ser vivo e é esse mesmo impulso que leva o homem e mulheres a se unirem na intenção inconsciente de procriarem, e estes impulsos acrescidos das intenções emocionais, também delineiam o caminho de uma pessoa (Dharma).

                  Dizemos então, que todos estão onde devemos estar, onde precisamos estar, onde merecemos estar, pois nossa intencionalidade e nosso adhikara (índole, temperamento, caráter, dom inato) nos colocaram ali; havendo consciência do modo pelo qual trabalhamos nossas intenções, nos iluminamos e podemos traçar, então, qualquer caminho.

                  O Dharma é o caminho, é o destino e é também o caminhante. O Dharma será concebido por aquele que se concentra no agora, aqui, usufruindo do ato de caminhar como a única meta, conquistando serenidade. Este caminhante saberá que não há nada a ser feito no futuro, um destino pré-existente a ele que deverá ser cumprido. Há sim, uma fatalidade das emoções, aquelas mesmas emoções que atraem certas desgraças pessoais, inexoravelmente; essas emoções que é traduzida como intencionalidade.

                  Intencionalidade do ser humano depende de um fator muito importante, melhor dizendo, imprescindível, que é a relação com o outro indivíduo, outra sensação, outro desejo. Sem a reciprocidade de intenções inexistiram as relações interpessoais e, portanto, não haveria a possibilidade de crescimento pessoal e muito menos de estudo das próprias emoções e sensações. Seria impossível a percepção sequer da existência da intencionalidade.

     

    O CORPO É O INCONSCIENTE HUMANO

                  Todo ser humano é uma soma de adhikara mais comportamento personalizado. O Adhikara e a personalidade “marcam” o corpo de acordo com suas características, somando a esta herança genética, que engendra o corpo junto com aquelas emoções e impulso do caráter. Dessa interação nascem corpos saudáveis ou não.

                  A saúde ou doença são balizamentos que o corpo cria para regrar a senda de seu habitante. Ele tem o código do adhikara de uma pessoa e sempre que essa pessoa mente para si mesma ou trai suas emoções profundas ou frusta-se consigo mesma, sem estarem conscientes desse fato, males físicos sobrevêm e tensões energéticas, nervosas e glandulares avassalam suas estruturas. Neste sentido dizemos que a doença é um bem maior, na medida em que ela tem a função de avisar, através do corpo, sobre a condição da emoção.

                  O ser humano é dotado de seis diferentes consciências para se manifestar no seu ambiente vital, no seu eco sistema.

                  Infraconsciência - é a consciência genésica, sexual, procriadora, mantenedora da espécie humana. Trata-se da atração magnética onipresente na vida das pessoas, traduzidas simplesmente em atração sexual entre os seres. Os principais pontos de tensão da infraconsciência são:

    a) Impulsos genésicos, geradores, procriadores;

    b) Rege todos os órgãos do sentido.

    c) A expressão mais sutil em termos de fluidos corporais tais como sangue, linfa, hormônios, líquidos sinuviais, liquor espinhal.

    d) A infraconsciência está ligada ao reino mineral e vegetal.

                  A natureza por si só é regida pela a força que se traduz na fórmula vive melhor quem melhor pode viver e no estigma da força e esperteza. Por isso os homens competem em seu dia-a-dia chegando as raias da morte, porque ainda contém o código de defesa da vida contra o agressor. As pessoas ainda se sentem mortalmente feridas ao perder um lugar na fila, ou o troco a menos na padaria, etc. Essa agressividade ainda pode ser canalizada pelo processo civilizatório por simples falta de tempo. Algo nas pessoas as faz defender o que é delas às tapas, mesmo que seja apenas algumas moedas, transformando isso tudo em neuroses.

     

    Subconsciência é responsável pela nossa contínua experimentação das nuanças do corpo energético que tem sua base no Chakra energético (Svaddhisthana). Veja as várias partes do indivíduo que são regidas por esta mente.

    a) - Motricidade corporal: função motriz dos nervos e órgãos.

    b) - Aprendizado reflexo de atividades automatizava;

    c) - Está também ligado ao mundo mineral e vegetal;

    d) - Seu centro físico são as supra-renais.

    h) - Os órgãos dos sentidos.

                  A subconsciência está ligada ao movimento corporal em si mesmo. Podemos exemplificar dizendo que uma criança aprenderá a andar sem ter uma imagem para se basear. Mas não falará uma língua a não ser que possa ouvi-la. São funções de diferentes consciências. A motricidade faz parte do código da subconsciência; o impulso de andar é infraconsciencial, mas a energia para criar o movimento e do subconsciente.

                  O subconsciente está para a sensibilidade vegetal, ou seja, não permanece “estático” como o reino mineral, sob os influxos de tempos muito mais longos que as medidas de tempo do reino vegetal. Além disso, podemos dizer que o vegetal contém e organiza o mineral em seqüências sensíveis que contém os sentidos do tato, algo praticamente inexistente no reino mineral bruto. Portanto a sensibilidade táctil é uma capacidade muito afeita ao chakra energético, que seria a sede do subconsciente.

                  A subconsciência é energia prânica, que em termos gerais pode ser manipulada e automatizada, em última análise, a força do “campo de energia” Esse deposito de energia (prana, Ki, Chi, orgônio), é uma inesgotável fonte de poder que é usada também para proceder as transformações, magnética através das mãos. Esse “órgão” energético está para o tato nos vegetais e tanto na visão como audição nos seres humanos, embora sua maior regência seja a sensibilidade tátil.

                  Os desequilíbrios psíquicos do subconsciente - Todas as perdas de motricidade por traumas emocionais, medo, sustos, são relacionadas com essa mente. Os delírios generalizantes estão relacionados com perda mineral (coloca os pés no chão) e hipersensibilidade nervosa. Convém dizer então que toda a rede nervosa, que vai do cérebro à superfície da pele é a manifestação física da rede Pranica (ou nadis), os condutos do Vayu pelo o corpo. Isso equivale a dizer que as repetições de gestos do modo distorcidos e até esquizofrênico em vários graus e perda de consciência espacial por envelhecimento.

     

    O INCONSCIENTE

                  No inconsciente fica a sede das emoções e intenções do indivíduo. Provavelmente neste ponto, na altura do estômago, diafragma e tórax, fica os códigos do Adhikara aquele elemento sutil de discernimento do temperamento e da alma de uma pessoa. Além disso, podemos alinhar as seguintes organizações psíquicas que o inconsciente promove:

    a) Todo o processo onírico (sonhos), vigília;

    b) Emoções impulsivas raivas e pânicos;

    c) Emoções de vontade, desejos;

    d) O condicionamento social;

    e) Psicose em geral;

    f) Chakra solar e cardíaco;

    g) Reações vegeto /animais.

    h) Os órgãos em que atuam as energias inconscientes: fígado, baço, vesícula, pâncreas, estômago, duodeno, coração, pulmões, timo.

                  O inconsciente está relacionado ao que chamamos corpo astral, portanto, invertendo, podemos dizer que o corpo astral é o corpo inconsciêncial. Nesta mente ocorrem os sonhos e os transportes para fora do corpo, tanto inconscientes como conscientes; as várias mensagens através dos sonhos são regidas por essa região corporal.

                  As preferências, os medos, as raivas, prepotências, orgulhos, inseguranças, estão para esses chakras; o chakra cardíaco e os órgãos pulmões e coração viabilizam na emoção os impulsos e desejos, e no organismo prânico as energias dos cinco pranas que ficam então, vinculados ao inconsciente e de certo modo direcionados pelas emoções.

                  As emoções são as impulsionadoras dos Vayu pela corrente nervosa eletro-magnético, corrente essa ligada aos rins e supra-renais. A hipertensão arterial é uma dessas confluências de tensão emocional inconsciente e bloqueio energético (prânico) subconsciente não raramente com a infraconsciência.

                  O inconsciente é responsável pela automatização das sensações, ou seja, essa mente cuida para que o indivíduo tenha uma espécie de condicionamento, para dar a resposta emocional esperada de um indivíduo social.

                  Por isso dizemos que são chakras dos reflexos condicionado social, onde as pessoas agem sentindo certas emoções reais.

                  Nossas mentes podem assinalar o reflexo condicionado do amor “que tem de ser de tal modo”, para corresponder as necessidades do processo civilizatório.

                  Grande parte do amor que o indivíduo sente, na verdade está relacionado apenas com as condições necessárias para sobrevivência, seja moral (religião, justiça social), ou afetiva (matrimônio, filiação, economia). O amor verdadeiro não viria, então, mesclado de nenhuma necessidade ou receio, por isso não se condiciona a nenhum modelo político, cultural ou econômico. Esse amor é quase impossível, porque é absolutamente revolucionário e incompreensível para as forças do ego inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Neuroses e psicoses do inconsciente - relacionados entre homens e mulheres, afetivo/sexuais, são extremamente bem assentadas no plano inconsciente. É nessa mente que a pessoa, por condicionamento sócio-econômico-cultural, força a si mesma a fazer certas ligações afetivas, amorosas, filiais, paternais, maternais, fraternais, sem estarem sendo honestas consigo mesmas e com o outro. São as relações constituídas de fachadas tão bem arquitetadas, que a mãe e o pai, se sentem responsáveis até a própria morte, por passarem essas “verdades” aos filhos.

    - Neurose de eficiência num trabalho, escolhido por modelos financeiros e não emocionais.

    - Conflitos entre os objetivos da pessoa e os objetivos das organizações/ emprego, nação, etc.

    - Excesso de objetivos, objetivos inalcançáveis, objetivos imprecisos, competição. Atingir certos objetivos e ficar na incerteza de que fez o melhor possível.

    - Casamentos que não satisfazem necessidades inconscientes, mas permanecem sendo mantidos por condicionamento amorosos sociais.

    - Angustia de ter uma família ideal, sonho do paraíso social.

     

    CONSCIÊNCIA

                  É uma parte que responde e processa o resultado das aquisições das outras mentes ou consciências e das 10 percepções humanas. Percebe-se então que os sentidos dão informações que a consciência usa para sua própria ampliação e percepção; a consciência não está em nenhum momento separado das 3 primeiras emissões mentais.

                  A consciência está para a intelectualidade e a razão; vamos ver como se desenvolvem suas várias atuações:

    a) A mente consciente atém-se aos resultados das outras 5 mentes racionalizando-os e arquivando-os para uso em momento oportuno.

    b) - Está dirigido para a intelecção, o entendimento;

    c) - É analítica, faz aferição.

    d) - Situa-se no chakra laringe.

    e) - Os órgãos regidos pelo chakra laríngeo (cognição) são: tireóide, cordas vocais, cérebro, laringe, úvula, dentes.

                  Através da mente consciente analisamos e entendemos certas ações que podemos automatizar com o sub e o inconsciente desde que a emoção se satisfaça plenamente com a mudança. A emoção aqui lembrada se refere às sensações do adhikara, que jamais se acalmam se não foram satisfeitas. A partir de então passam a ser subconscientes e inconscientes.

                  A consciência trabalha com duas memórias simultâneas. A primeira é ativa, portanto útil e fluida, pronta para uso imediato e faz parte daquele conjunto de lembranças que uma pessoa tem e que foi tocada pela emoção profunda, despertando interesse em guardá-la como algo prazeroso ou o mínimo necessário para o seu processo de vida.

                  A segunda memória é passiva, contendo dados inúteis para o indivíduo, na medida em que dificilmente serão evocadas por não terem tocado com profundidade a emoção.

                  Sendo assim, quase nunca vêm à tona do consciente porque nem sequer foram adquiridas e armazenadas sob a influência e a força do interesse emocional genuíno, íntimo, agradável.

                  Esta última só passará a ser uma memória atualizável se o indivíduo, por uma situação qualquer, tiver na emoção essa necessidade, e somente depois de uma seqüência de lembranças muito bem relacionadas entre si que leve a pessoa a emocionar-se com aquele dado quase morto.

                  Por isso dizemos que a memória é emocional, a emoção é que se lembra e não o cérebro. O cérebro é frio, é cálculo puro. O coração sente através das emoções que “viu” no banco de recordações.

                  A memória depende do que o indivíduo gosta, pretende, intencional, anseia, necessita, portanto, depende das emoções.

                  Uma pessoa perde a memória e às vezes fica tentando recuperar lembranças que nunca foram verdadeiramente importantes, e há casos onde seria interessante não relembrar. O terapeuta deverá conduzir tais clientes a entender a verdade da emoção a respeito do que tenta recuperar na memória.

                  A memória é emocional e só se manifesta plenamente na medida em que o indivíduo tenha se emocionado com os fatos a serem gravados nela, a ponto de impressionarem o inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Mudando radicalmente de enfoque, podemos afirmar que um ato executado com real prazer desmorona toda a inverdade das emoções e, por conseguinte, ativa a memória, excepcionalmente. Memória é consciência; é resultado de verdadeira emoção de prazer no momento de captar a informação a ser arquivada.

     

    SUPRACONSCIÊNCIA

                  A supra-consciência está relacionada com a Buddhi, que é o Juiz Interno uma espécie  de juiz de todas as ações internas (intenções) corroborando tudo que “ouve” ou “sente” com o verdadeiro caráter (adhikara) do indivíduo (Jiva). Não se trata “superego” social de acordo com o modelo freudiano, e sim, de um superego muito sutil, que conhece todas as necessidades do caráter daquele ser. Como é uma parte da pessoa, ele cria os conflitos pela simples presença da emoção, do dia-a-dia, que não corresponde de verdade aos legítimos e íntimos anseios daquele ser. Vejamos em itens qual é seu alcance.

    a) A supra-consciência é a Buddhi (vide em filosofia mais detalhes sobre sua atuação);

    b) Trata-se da qualidade de compreensão (entendimento foi estudado em consciente);

    c) Testemunho absolutamente imparcial consigo próprio;

    d) Intuição pura, sutil, espiritual; juízo do ego.

    e) localiza-se no chakra ajña; hipofísico, hipofisiário, 3- olho;

    g) Seu guna é sattva - padma, de cor amarela, dourada ou rosa;

    h) compadecimento e percepções espirituais.

                  As percepções da supra-consciência assemelham-se a um “advogado do diabo”, porque ao fazer o julgamento das emoções, e do quanto elas são honestas com o adhikara, o resultado sempre será ananda (felicidade), se coincidirem exatamente. No entanto o que se observa comumente é o acontecimento do klesha (dores); um estado de desequilíbrio que sobrevém às pessoas por estar realizando seu adhikara.

                  A supra-consciência é camada de mestre interno por algumas seitas e grupos filosófico. Por motivos que se perdem no tempo, é chamada de anjo-da-guarda, um “ser” interno, protetor e evanescente, invisível e perceptível ao mesmo tempo; às nomenclaturas adotadas para explicá-la, a supra consciência é divina, deificada; está acima da mente consciente e é imparcial.

                 

    MAHACONSCIÊNCIA

                                A mahaconsciência é a consciência de unidade com o todo e tudo, e tem nomes diferentes em culturas diferentes; é a Consciência Crística entre os cristãos, a consciência búdica entre os budistas, Purusha no Samkhya.

                  Essa consciência Shiváica, ao ser percebido, dá a sabedoria total. Quando ela se manifesta o Dharma e o karma é absolutamente resolvido, tornam-se um só. Vejamos os itens a seguir:

    a) - O Mahaconsciência é Shiva/Purusha;

    b) - Com sua manifestação ocorre a plenitude do adhikara;

    c) - Dharma e karma tornam-se um só;

    d) - Quietude existencial;

    f) - Ação pura, sem rajas;

    g) - Rajas e tamas ficam iluminadas;

    h) - Há predominância do sattva shukla, branco.

                  No mahaconsciência há a predominância do guna sattva de cor branca, relacionada com a imparcialidade, desapaixonamento e desinteresse pelos movimentos da matéria; é pura seidade, pureza, quietude, plenitude e consciência.

     

    O que é vivência tântrica?

     

    Vivência tântrica é uma forma lúdica de sentir e perceber as emoções e, portanto, é uma técnica de terapia corporal feita através da indução em movimento com a intenção de que ocorram desbloqueios em nossas couraças que são causadas por desequilíbrios emocionais advindas do campo da sexualidade, ou seja. Quando você pensa em sexo o que ele representa para você? Apenas uma satisfação biológica indispensável. Apenas feito por amor. Apenas feito para procriação. Apenas feito por fazer. Ou ele nem se quer existe em sua vida, ou está existindo somente em suas fantasias.

    Você já percebeu até aqui que uma vez que a Libido organizada – a sua vida poderá ficar equilibrada. Como?

    Tomando consciência de que você em primeiro lugar não é feito somente de carne e osso, e sim de um corpo espiritual, um corpo mental, um corpo emocional e que todos residem num espaço físico denominado de corpo humano. E que este corpo físico é a resposta de tudo que você sente, pensa e vê ao seu redor. Já percebeu também até aqui que não provemos a nossa vida em todos os sentidos, porque não provemos uma boa sexualidade.

    Aqueles que não estão provendo a vida transportam para a sexualidade a impotência do prover, como impotência sexual. E as mulheres resultam na frigidez. E ou o oposto.

    Este fluxo nos diz como devemos delegar a nossa libido, mas os conceitos sociais, profissionais, nos fazem interpretar de forma enganosa, deixando assim de perceber a essência da vida que deriva de uma sexualidade plena e saudável. Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira tranqüila. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significa estarmos sensual e sensorial. Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

    MÉTODO

     

    O Vivenciar não há como explicar tecnicamente, mas se desenvolve através do fluxo de um grupo ou de um momento individual.

    Cada grupo vivencial é uma energia única.

    I – passo: O trabalho normalmente se inicia com uma meditação dinâmica que flui através de respirações alteradas e acopladas ao movimento proporcionado pelo o som de uma musica dinâmica, que produzirá limpezas das emoções contidas no emocional.

    II – passo: Indução de uma técnica que proporcione novas emoções promovendo um renascimento.

    III – técnica indutiva para reconhecimento do Eu, e as mais comuns são Ekagrata - visualizações, através de um espelho, visualizar Mandala, ou simplesmente no olho do outro. Permitindo identificar as emoções que estão inseridas no contexto do EU e do outro. Formando um reconhecimento, identificação e sintonia com o próprio Ego.

    IV – passo. É induzido a um tipo de técnica que envolva toques no contexto de técnicas corporais. Para que desperte o fluxo original da libido.

    V – Finalização do sistema vivencial em grupo.

     

    Conclusões

                  Se utilizar de método vivencial como foi possível perceber até então é uma forma de brincar com a mente fazendo-a a ficar em segundo plano. E simplesmente sentir e permear a vida através do leela cósmico.

                  Se permitir ser feliz. Aprender a usar as ferramentas corpóreas e que divinamente nos foi concedido. Tomar conscienciência de que somos além de ossos, veias, sangue, músculos, órgãos, etc. Que as sensações e intuições são as ferramentas reais e mais importantes que induzem ao coração e expande a consciência para Ser e está Feliz.

     

    Bibliografia.

    Eu até então desconheço bibliografia sobre sistema vivencial tântrico.

    Aqui está um trabalho desenvolvido através da minha experiência em vivenciar e transmitir vivências.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 22/07/2009 13:53


    BA ZI - PILARES DO DESTINO - Astrologia Chinesa

    BA ZI - PILARES DO DESTINO 

     Astrologia Chinesa

     

     Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística 
    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS –  Holística 2009

     

     

      “Para alcançar o conhecimento, acrescente coisas todos os dias. Para alcançar a sabedoria, remova coisas todos os dias.” (Lao Tse) 
     

    Dedicatória 

    Dedico este trabalho àquela força que impulsiona, preenche e domina, de muitos nomes e que poucos entendem, para uns força Maior, para outros DEUS.

     

    Agradecimentos 
     Meus agradecimentos ao meu marido Alexandre de Oliveira Baptista pelo apoio e incentivo, à minha irmã pelo incentivo e por acreditar em mim, à minha filha Sarah, pela paciência, aos meus gurus e mestres, pelas informações e desfechos.

      

    Sumário:

    1 – Qi

    2 – Wu Xing - 5 transformações do Qi

    3 - 10 Troncos Celestes e 12 ramos terrestres

    4 - 60 binômios

    5 - Estações energéticas

    6 -Constituição energética dos meses

    7 -Cálculo do Acerto da Hora

    8 - Cálculo dos 4 pilares do destino

    9 - os 10 deuses

    10 - combinação de tronco

    11 -relacionamento entre os 12 ramos

    12 - Deuses e demônios.

    13- Resultados

    14- conclusões

    15 – Referências Bibliográficas

     

    Resumo  
     

    Nesta palestra serão pinceladas o que são os 4 pilares do destino, como calculá-los e quais os benefícios que este sistema poderá proporcionar tanto aos pacientes, clientes, enfim a comunidade a ser atendida, quanto aos terapeutas em geral que terão uma ferramenta a mais no tratamento dos diversos sintomas de desequilíbrio energético e físico que poderão ser lidos pelos 4 pilares do destino.

    Mais uma vez temos a certeza de que o bem-estar físico de uma pessoa é a soma de diversos elementos energéticos que se inter-relacionam e dão uma resposta positiva. Quando não há o bem estar, concluímos que há um desequilíbrio entre esses elementos, com os 4 pilares do destino é possível ler este momento energético de cada pessoa. 
      

    Introdução 

    Os Quatro Pilares mostram os prós e os contras da sua constituição energética, a força ou fraqueza dos meridianos de energia e o seu reflexo no corpo, alertando-o de tendências e doenças em potencial. Ele pode lhe indicar como buscar o equilíbrio dos 5 elementos por meio de atividades, hobbies, atitudes, esportes, alimentos, relacionamentos e terapias, que vão incorporar ao seu sistema os elementos que você tanto precisa para em equilíbrio e saudável. Daí a importância em compreender sua constituição e saber por qual momento energético você está passando, por qual momento energético o universo está passando. Nada pode ser feito em relação ao curso do universo, mas você pode fazer muito por você respeitando a sua constituição e o que ela pode ou não lhe propiciar, o que faz bem ao seu organismo e à sua vida como um todo.  

     

    1 - O Qi (Chi) 

    Conhecido como muitos nomes, pode-se resumir como um tipo de energia que permeia e nutre todos os fenômenos do mundo físico e extra-físico. É a vitalidade energéticas responsável por todas as manifestações de vida no universo. É dispersado pelo vento e retido pela água. Na matéria é o que edifica e coordena as moléculas.

    O Qi em movimento é a interação perpétua entre o yin e yang. Contínuo processo de transformação. Somos todos produtos do Qi e estamos sujeitos a sua influência.

    A Trindade chinesa é formada por:

    - Qi cósmico (Tian Qi)

    É o Qi que vem em direção à Terra, provém do Sol, Lua, planetas, estrelas e galáxias. Pode afetar o Qi Terrestre e até cancelar seu efeito.

    - Qi humano (Ren Qi)

    Determinado na primeira respiração do indivíduo. Qi forte que interage com o Qi da terra e Qi cósmico.

    - Qi da terra (Di Qi)

    Qi que viaja pelo solo (sobre e sob) se manifesta nas mudanças da topografia, vales, picos e montanhas, desertos, planícies, florestas e cachoeiras.

    Para tudo é importante encontrar uma forma de combinar essa trindade em tudo o que fazemos. 

     

    2 - WU XING – CINCO TRANSFORMAÇÕES DO QI 

    Compreender como o Wu Xing flui é desvendar a linguagem da natureza.

    Os 5 elementos estão ligados entre si, não devemos analisá-los isoladamente. Na visão ocidental temos 4 elementos (Fogo, ar, água e terra) e a relação entre eles é estática. Já na visão chinesa temos 5 elementos e a relação entre eles é uma constante transformação. 

    Temos Três relações básicas entre os elementos: 

    1 – Ciclo de Geração

    Aqui um elemento gera o outro de forma cíclica. 

    - Madeira gera fogo: Madeira alimenta o fogo.

    - Fogo gera Terra: Quando a madeira queima gera cinzas e essas cinzas geram a terra.

    - Terra gera Metal: A Terra produz o metal sob alta pressão e por um longo período de tempo.

    - Metal gera Água: Metal, sob influência do fogo, derreterá e fluirá de forma líquida.

    - Água gera Madeira: A água é alimento para as plantas. 

    2 – Ciclo de controle

    Aqui um elemento controla o outro energeticamente. 

    - Madeira controla a Terra: raízes penetram na terra e se alimentam dela.

    - Fogo controla o Metal: Fogo amolece ou derrete o Metal.

    - Terra controla a Água: Terra controla o curso da água, a suja.

    - Água controla o Fogo: Água esfria ou extingue o Fogo. 

    3 – Ciclo de Domínio

    Aqui o elemento dominado reage contra o dominador. 

    - Madeira prejudica o Metal: Madeira pode esfacelar ou até mesmo quebrar o Metal e cega seu corte.

    - Metal prejudica o Fogo: Metal pode extinguir ou sufocar o Fogo.

    - Fogo prejudica a Água: Fogo evapora a Água.

    - Água prejudica a Terra: Água pode lavar a Terra.

    - Terra prejudica a Madeira: Terra alterará o caminho e forma das raízes. 

    Existem outras relações possíveis entre os cinco Elementos: 

    4 – Ciclo de Desgaste

    Aqui o elemento gerado desgasta ou enfraquece o elemento gerador.

    - Madeira desgasta a água: raízes chupam a água para as folhas que podem esconder ou guardar a água.

    - Água desgasta o Metal: Água pode enferrujar o metal.

    - Metal desgasta a Terra: Metal pode envenenar a Terra.

    - Terra desgasta o Fogo: Terra pode extinguir ou sufocar o fogo.

    - Fogo desgasta a Madeira: Fogo consome a madeira. 

    5 – Ciclo Fortalecedor

    Aqui dois elementos iguais fortalecem um ao outro. 

    Os 5 elementos alimentam um ao outro, ao mesmo tempo em que controlam uns aos outros, gerando uma relação de interdependência e um equilíbrio dinâmico onde: 

    - A Água alimenta a Madeira ao mesmo tempo em que apaga o Fogo e é bloqueada pela Terra.

    - A Madeira alimenta o Fogo ao mesmo tempo que suga a energia da Terra e é podada pelo Metal.

    - O Fogo alimenta a Terra ao mesmo tempo em que derrete o Metal e é apagado pela Água.

    - A Terra alimenta o Metal ao mesmo tempo em que retém a Água e é sugada pela Madeira.

    - O Metal alimenta a Água ao mesmo tempo em que corta a Madeira e é derretido pelo Fogo. 

    As Cinco Transformações tem sua fundamentação em realidades astronômicas (Periélio e Afélio), não em leis do Meio ambiente. 

     

    3 - OS 10 TRONCOS CELESTES 

    Os 10 Troncos nada mais são do que os 5 elementos em suas polaridades Yin e Yang. Desenham assim o padrão do movimento do Qi Celeste. 

    1 Madeira Yang, em chinês JIA

    2 Madeira Yin, em chinês YI

    3 Fogo Yang, em chinês BING

    4 Fogo Yin, em chinês DING

    5 Terra Yang, em chinês WU

    6 Terra Yin, em chinês JI

    7 Metal Yang, em chinês GENG

    8 Metal Yin, em chinês XIN

    9 Água Yang, em chinês REN

    10 Água Yin, em chinês GUI 

    Os troncos sempre são numerados em números arábicos. 

     

    OS 12 RAMOS TERRESTRES 

    Os 12 ramos desenham o padrão do movimento do Qi terrestre. Os ramos terrestres são numerados em algarismos romanos para não confundir com os Troncos Celestes. A associação dos ramos aos 12 animais foi feita através da lenda de que ao entrar em Nirvana Buda reuniu o reino animal. Por alguma razão somente 12 animais compareceram. Como recompensa, Buda nomeou os anos de acordo com a chegada de cada animal. Como o rato chegou primeiro, ficou com o primeiro ano, o búfalo com o segundo e assim sucessivamente. Claro que esta é somente uma lenda, ninguém sabe ao certo o porque dessa associação.

    O fato é que os ramos são tão antigos quanto os troncos celestes, que davam seus nomes aos dias da semana, logo os chineses começaram a usar os nomes dos ramos terrestres para os meses. São eles: 

      1. Rato (Zi)
      2. Búfalo (Chou)
      3. Tigre (Yin)
      4. Coelho (Mao)
      5. Dragão (Chen)
      6. Serpente (Si)
      7. Cavalo (Wu)
      8. Cabra (Wei)
      9. Macaco (Shen)
      10. Galo (You)
      11. Cachorro (Xu)
      12. Javali (Hai)
     

     

    O CICLO SEXAGENÁRIO DOS TRONCOS E RAMOS 

    O encontro entre o Qi Celeste e o Qi Terrestre. Esse sistema de combinações é chamado de Ghanzi = Gan (Tronco) + Zhi (ramo). Ao combinarmos 10 Troncos com 12 ramos, matematicamente teríamos 120 combinações, mas isso não ocorre, porque os troncos formam dois grupos de 5, um dos 5 elementos na polaridade yin e os outros cinco na polaridade yang. Isso resulta em 5 x 12 = 60 combinações, que chamaremos de 60 binômios (alguns métodos chamas de 60 imagens ou 60 dragões).

    M+

    F+

    T+

    Me+

    A+

     
     
    Combina com
    Rato

    Tigre

    Dragão

    Cavalo

    Macaco

    Cachorro

      M-

    F-

    T-

    Me-

    A-

     
     
    Combina com
    Búfalo

    Coelho

    Serpente

    Cabra

    Galo

    Javali

     

    Logo, o binômio 1 é Rato de Madeira Yang (Jia Zi). Os anos são denominados pela combinação referente àquele ano, por exemplo 2004 – Macaco de Madeira Yang (Jia Shen). 

    Essas combinações são usadas para meses, dias e horas. Isso pode parecer complicado, mas cada data traz informações importantes sobre a interação do Qi. Essa é a base de qualquer análise, seja para a astrologia Chinesa como para o Feng shui. 

     

    4 - OS 60 BINÔMIOS 

    A Análise dos 60 binômios é feita por meio da leitura vertical entre os elementos que compõe a estrutura de um binômio. Compreendendo a estrutura analisamos a força, o elemento predominante e a imagem gerada. Esse método é usado na análise de 4 pilares do destino, onde as imagens formadas indicam qual a missão a cumprir nessa vida (binômio do ano de nascimento) associada à imagem do binômio do dia de nascimento. Este método é usado para verificar se a pessoa está indo de encontro ao seu destino ou lutando contra ele. 

    Tabela 7.4 

     

    5 - AS ESTAÇÕES ENERGÉTICAS 

    Algo que causa discussão entre os praticantes de Feng shui é a diferença entre os hemisférios Norte e Sul, nos cálculos e aplicações das técnicas tradicionais.

    Um dos argumentos apresentados pelos que defendem a inversão dos cálculos é o clima.

    Na realidade, quando nos referimos a estação em termos de Feng Shui e Astrologia chinesa, não estamos nos referindo à estação climática, mas aos ciclos cósmicos. Chamemos então de estações climáticas as 4 estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno. E chamemos de Estações Energéticas as 4 fases identificadas na relação Terra e Sol.

    Como a cosmologia chinesa engloba 5 elementos e cada um desses 5 elementos rege a uma Quinta parte do ano, logo 365 dias / 5 = 73, cada elemento rege 73 dias no ano.

    Cada uma das 4 estações (energéticas) do ano tem predomínio de um elemento:

    Primavera – Madeira

    Verão – Fogo

    Outono – Metal

    Inverno - Água 

    A primavera energética corresponde aos signos de Tigre, Coelho e Dragão e também ao início do ano chinês que ocorre no mês do Tigre. Porque no mês do Tigre se o primeiro animal é o rato? Simpples, porque cada animal tem uma energia específica e a do rato é Água e água corresponde ao inverno energético, no mês seguinte que é o Búfalo esta água entra em declínio, para no mês do Tigre a Madeira brotar após o inverno. 

    O Verão energético corresponde aos meses de Serpente, Cavalo e Cabra.

    O Outono energético corresponde aos meses de Macaco, Galo e Cachorro.

    O Inverno energético corresponde aos meses de Javali, Rato e Búfalo. 

    Cada animal (ramo) corresponde a um mês solar, que inicia sempre quando o Sol atinge o 15° de cada um dos signos solares ocidentais. Reparemos que o Rato corresponde ao ápice do Inverno energético, o coelho ao ápice da Primavera energética, o cavalo ao ápice do verão energético e o galo ao ápice do outono energético. 

    Como já devem ter reparado há 4 estações no ano e existem 5 elementos, não há uma estação associada ao elemento terra. Isso porque a Terra rege os 18 últimos dias de cada estação.

    Lembremos da divisão:

    365 dias do ano / 5 elementos = 73 dias para cada elemento.

    Os 73 dias atribuídos ao elemento terra, se subdividem-se em 4 estações o que gera aproximadamente 18 dias em cada uma das 4 estações. Os dias do elemento terra é chamado de entre-estações.

    Por isso os meses Dragão, Cabra, Cachorro e Búfalo são divididos em 2 partes. Os primeiros 12 dias são regidos pelo elemento predominante na estação. Os últimos 18 dias são regidos pela terra, sendo chamados de Entre-estações e marcam a transição de uma estação a outra. 

    AS FASES DO CIRCUITO SEM FIM 

    Os doze meses do ano, doze animais associados às estações energéticas, mostra que para filosofia Chinesa, o ciclo da vida se divide em doze partes: 

    1. Nascimento
    2. Crescimento – primeiro banho
    3. Adolescência
    4. Diploma – Exame
    5. Apogeu da Carreira
    6. Declínio
    7. Doença
    8. Morte
    9. Enterro – Armazenagem
    10. Desaparecimento total
    11. Embrião
    12. Desenvolvimento do embrião
     

    Este mesmo ciclo rege toda a vida no Universo.

    A energia nasce (fase 1), passa por duas fases de desenvolvimento onde ainda é frágil (fases 2 e 3), chega à fase 4, onde se prepara para atingir o ápice, chega ao ápice na fase 5, e como tudo que chega ao apogeu inicia o declínio na fase 6, adoece na fase 7, chegando à morte na fase 8.

    Após a morte, a vida e o ciclo de nergia não terminam. A fase 9 representa a armazenagem da energia, a aglutinação da energia para ser devolvida ao cosmo, a fase 10 representa a diluição da energia na energia cósmica, a fase 11 o embrião, a fase 12 representa o desenvolvimento da energia embrionária. As fases 9, 10, 11 e 12 são consideradas momentos em que a energia está desaparecida, ou seja, não está presente da forma como a conhecemos. 

    Logo, podemos marcar as fases do circuito sem fim para cada um dos elementos: 

    MADEIRA 

    Sabemos que o ápice da madeira é o mês do Coelho, fase 5, se numerarmos os meses seguintes dentro do ciclo temos: 

    6, Dragão

    7, Serpente

    8, Cavalo

    9, Cabra

    10, Macaco

    11, Galo

    12, Cachorro

    1, Javali

    2, Rato

    3, Búfalo

    4, Tigre

    Isso quer dizer que a Madeira nasce no Javali, está frágil no Rato e no Búfalo. Passa pelo pré apogeu no Tigre, tem o apogeu no Coelho, declínio no Dragão, está doente na Serpente, morta no Cavalo, armazenada na Cabra, desaparecida no Macaco, Galo e Cachorro. 

    Seguindo este mesmo raciocínio para cada um dos outros elementos, teremos cada um dos elementos em uma fase diferente do circuito sem fim a cada mês, conforme tabela abaixo:

     

     

    6 - ANÁLISE DA  CONSTITUIÇÃO ENERGÉTICA DOS MESES CHINESES 

     

    No mês do Rato temos:

    Agua na fase 5 – ápice;

    Madeira na fase 2 – recém-nascida

    Fogo na fase 11 – embrionária

    Metal na fase 8 – morto 

    Já no mês do Javali, temos:

    Água na fase 4 – pré-apogeu

    Madeira na fase 1 – nascimento da Madeira

    Fogo na fase 10 – desaparecido

    Metal na fase 7 – doente. 

    Todo animal que inicia o mês tem resquício de terra da entre-estação, mas o Javali é um exceção, pois a Água na fase 4 é Yang no Javali e a terra que viria do cachorro não consegue se fixar exatamente por isso. 

    As fases mais energéticas são: 

    5 – apogeu

    1 – nascimento

    9 – armazenagem da energia

    4 – pré-apogeu, fase de ascensão

    6 – apogeu iniciando declínio 

    Essas são as únicas fases capazes de se combinarem na formação da energia do momento.

    Logo cada mês tem uma constituição dos 5 elementos cada um deles em uma determinada fase, quando estão nas fases 2,3,7,8,10,11 e 12, os elementos dessas fases são chamados de inoportunos, pois não possuem força suficiente para se manifestar. 

    Considerando esses fatos, notamos que no mês do rato o único elemento com força para se sobressair é a água. O mês do rato é um mês puramente água, em fase 5 (apogeu). 

    No mês do Javali, os únicos elementos com força para se sobressair são água (fase 4) e madeira (fase1). 

    Vemos que o ramo, animal, nada mais é do que o nome dado a uma composição energética de força do ciclo sem fim, com uns elementos fortes para se fazerem visíveis e outros não tão fortes assim. 

    Das fases mais energéticas 3 delas são particularmente importantes:

    A fase 1 – nascimento

    A fase 5 – apogeu

    A fase 9 – armazenagem 

    É como se essas 3 fases da energia representassem o ciclo de vida da energia, por formarem um ângulo de 120° entre si, formam uma combinação de triangulação. 

    Por exemplo na triangulação da água temos:

    O macaco, fase 1 do nascimento da água.

    O rato, fase 5 do apogeu da água.

    O dragão, fase 9 da armazenagem da água. 

    E isso ocorre com os outros 4 elementos. 

     

    7 - CÁLCULO DO ACERTO DE HORA 

    Tendo por base o meridiano 0° de longitude que passa na Inglaterra e é conhecido como meridiano de Greenwich, os meridianos localizados à direita são Leste e à esquerda de Greenwich, Oeste. Cada meridiano ocupa 15°. O Brasil tem como meridiano oficial o 45° Oeste. Logo, estamos a 3 meridianos de diferença do meridiano 0°. A cada meridiano somam-se horas ou subtraem-se horas. À Oeste, subtraem-se horas e à Leste, somam-se horas.

    A hora real não corresponde à hora local, mesmo porque não são todas as cidades brasileiras que estão localizadas no meridiano 45°. Assim temos que todas as cidades localizadas em longitudes maiores que 45° subtraem-se horas ou minutos do horário local, já quando possuem longitude menores que 45°, somamos horas ou minutos na hora local. 

    Exemplo: Uma pessoa nasceu às 19h28min em Campinas, esta cidade está a 47°03´00´´, para saber a hora real neste caso devemos subtrair de 45°. 

    Longitude oficial do Brasil 45°00´00´´

    Longitude de Campinas 47°03´00´´

    Subtraindo-se temos  - 2°03´ 

    15° equivalem a 60 minutos

    1° equivale a aproximadamente 4 minutos 

    -2°03´ X 4 = -8 minutos e 12 segundos 

    Agora basta subtrairmos da hora informada os minutos e segundos encontrados na conta para obtermos a hora real. 

    19h28´00´´

    00h08´12´´

    --------------

    19h19´48´´ 

    Depois de encontrada a hora real, procuramos na tabela abaixo para sabermos a hora chinesa:

    1 – Rato – das 23h às 01 h.

    2 – Búfalo – das 01 h às 03 h

    3 – Tigre - das 03 h às 05 h

    4 – Coelho - das 05 h às 07 h

    5 – Dragão - das 07 h às 09 h

    6 – Serpente - das 09 h às 11 h

    7 – Cavalo - das 11 h às 13 h

    8 – Cabra - das 13 h às 15 h

    9 – Macaco - das 15 h às 17 h

    10 – Galo - das 17 h às 19 h

    11 – Cachorro - das 19 h às 21 h

    12 – Javali - das 21 h às 23 h 

    No exemplo que fizemos a hora, 19:19:48 é a do cachorro.

    Devemos nos preocupar em fazer o acerto de hora nos casos em que as pessoas nasceram nos horários limítrofes, caso contrário não haverá mudanças na constituição energética do pilar da hora.

    Antes de iniciar os cálculos é importante verificar se houve ou não horário de verão no ano em questão, dentro do período de Nascimento da pessoa, caso positivo, subtraímos uma hora do horário de nascimento.

    Período Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Abrangência
    1931-1932 03             Todo o Território
    1932-1933 03             Todo o Território
    1949-1950     01       16 Todo o Território
    1950-1951     01   28     Todo o Território
    1951-1952     01   28     Todo o Território
    1952-1953     01   28     Todo o Território
    1963-1964 23         01   Todo o Território
    1965       31   31   Todo o Território
    1965-1966   30       31   Todo o Território
    1966-1967   01       01   Todo o Território
    1967-1968   01       01   Todo o Território
    1985-1986   02       15   Todo o Território
    1986-1987 25       14     Todo o Território
    1987-1988 25       07     Todo o Território
    1988-1989 16     29       S/SE/CO/NE/Tocantins
    1989-1990 15       11     S/SE/CO/MT/Bahia
    1990-1991 21       17     S/SE/CO/Bahia
    1991-1992 20       09     S/SE/CO/Bahia
    1992-1993 25     31       S/SE/CO/Bahia
    1993-1994 17       20     S/SE/CO/Bahia/AM
    1994-1995 16       19     S/SE/CO/Bahia
    1995-1996 15       11     S/SE/CO/BA/TO/AL/SE
    1996-1997 06       16     S/SE/CO/Bahia/TO
    1997-1998 06         01   S/SE/CO/Bahia/TO
    1998-1999 11       21     S/SE/CO/Bahia/TO
    1999-2000 03       27     S/SE/CO/NE/TO/RR
    2000-2001 08       18     S/SE/CO/Bahia/TO
    2001-2002 14       17     S/SE/CO/NE/TO
    2002-2003   02     16     S/SE/CO/NE/TO
    2003-2004 19       14     S/SE/CO/NE/TO
     

     

    8 - QUATRO PILARES DO DESTINO 

    Os 4 pilares do destino é uma forma de ler a interação da energia do universo. Cada instante é diferente do instante anterior, e há um Qi (energia) dominante. No momento da primeira respiração este Qi impregna a pessoa e terá um efeito sobre a vida da pessoa, sua personalidade, seus gostos e seu destino. Essa primeira energia é determinante na vida da pessoa, por isso usa-se o diagrama de nascimento, através do calendário solar, existem astrólogos que fazem pelo calendário lunar. 

    O mapa é lido da direita para a esquerda, e a profundidade segue essa ordem também, do mais superficial ao mais profundo. 

    Hora Dia Mês Ano
    O íntimo

    A sexualidade

    Os subalternos

    Os relacionamentos

    As parcerias

    O marido

    Os parceiros

     
    Os pais

    O meio-social

     
    O mundo

    A Conjuntura

     

    PARA CALCULAR OS 4 PILARES 

    Escreva dia, mês, ano, hora e local de nascimento.

    Exemplo: 11/04/65 às 11:45 hs em São Paulo SP

    - Verificamos a Tebela de horário de verão e vimos que neste período não teve horário de verão.

    - Encontremos a hora real, como é São Paulo SP, basta subtrairmos 6 minutos do horário, e temos 11:39 hs. 

    1° Pilar do Ano 

    Procuramos no calendário dos 10.000 anos ou na tabela fornecida o animal e elemento do ano de nascimento.

    Ano 65 – Serpente de Madeira Yin 

    2° Pilar do Mês 

    Este pilar além de nos mostrar os pais, o meio social, nos mostra parte de nossa personalidade externa que pode ser enriquecida pela cultura e meio social.

    No exemplo dado, é o 3° mês – Dragão de Metal Yang 

    3° Pilar do Dia 

    Antigamente era comum definir traços essenciais da personalidade de uma pessoa pelo pilar do dia, por isso esse pilar é o mais afetado pelo elemento sorte e pela referência das Xius, (estrelas fixas).

    Para calcular este pilar basta sabermos qual o binômio do dia primeiro de janeiro, depois é só contar quantos dias se passaram do dia primeiro de janeiro ao dia de interesse. No caso, o binômio do dia primeiro de janeiro de 1965 é 1. Logo do dia primeiro de Janeiro ao dia 11 de abril de 1965 passaram-se 101 dias, este é o número de série do nascimento.

    Ainda nos falta uma informação: a que número do ciclo de 60 binômios corresponde cada início do ano ocidental. Para isso segue a tabela com o número do binômio corresponde ao primeiro de janeiro de cada ano. Os anos em negrito são anos bissextos, aos quais deve-se acrescentar 1 à soma, caso a pessoa tenha nascido após 28 de Fevereiro. 

    Tabela 12.2 

    Vamos calcular o nosso exemplo, 11/04/1965

    11/04 – 101° dia do ano

    65 – em primeiro de Janeiro, 51.

    101+51 = 152 / 60 = 2 resto 32 (O que nos interessa é o resto)

    Binômio 32 = Cabra de Madeira Yin 

    Tabela 12.3 

    Cada binômio é associado a uma imagem, que muda a tônica da interpretação do mapa, por isso é importante o seu conhecimento. Mas este é um conhecimento para um curso mais avançado, onde é possível detalhar o significado de cada uma das imagens. 

    No calendário dos 10.000 anos já temos estas contas todas prontas, basta procurar ano, dia e mês desejados. 

    4° Pilar da Hora 

    Neste pilar nos diz se o recém-nascido é ou não bem vindo na família, e a hora corresponde a parte mais íntima do ser de alguém, pode ser associado ao subconsciente. É a parte mais inviolável da personalidade. 

    A hora chinesa equivale a 2 horas, a primeira parte da hora é a parte yang e a segunda é a parte yin. A hora real é a que vai ser utilizada, pois é a hora que de acordo com o local vai acentuar a qualidade Yin e Yang do mapa. 

    COMO ESTABELECER O TRONCO CELESTE (ELEMENTO) DO PILAR DA HORA 

    Para saber qual deve ser o elemento associado à hora chinesa, cruzamos o ramo terrestre (animal) da hora real, com o Tronco Celeste (elemento) do dia de nascimento. 

    Por exemplo, Se o dia é Madeira Yang Rato

    Hora: 19:19:48 – Décima primeira hora, que é a do Cachorro

    Encontramos Madeira Yang, por isso, Cachorro de Madeira Yang 

    Veja abaixo: 

    Tabela 12.5 

     

    9 - OS DEZ DEUSES 

    Cada elemento no mapa tem um significado. O ponto de partida para a análise é o Tronco Celeste do dia e sua relação com os outros elementos que serão denominados de Deuses. O Tronco Celeste (Elemento) do pilar do dia é chamado de “EU” ou “MESTRE DO DIA”.

    No Universo somos movimento, geramos algo.

    Pois bem, o “EU” gera algo e esse algo é chamado de PRODUÇÃO.

    Temos que a Produção é gerada pelo emento do “EU”, se tiver mesma polaridade é considerada Produção Justa e se tiver polaridade contrária é considerada Produção Injusta.

    A Produção gera RIQUEZA, se esta tiver polaridade igual ao “EU” é Riqueza Injusta, polaridade diferente é Riqueza Justa.

    A Riqueza gera PODER, se este tiver polaridade igual ao “EU” é Poder Injusto e diferente é Poder Justo.

    O Poder gera SUSTENTAÇÃO, se tiver mesma polaridade do “EU” é Sustentação Injusta e diferente é Sustentação Justa.

    Podem existir elementos IGUAIS ao “EU”, que serão chamados de PARALELOS, tendo a mesma polaridade do “EU” serão Paralelos Justos e com polaridades diferentes serão Paralelos Injustos. 

    Tabela 13.1 

    PODER 

    Poder Justo (Zheng Guan)

    Controle apropriado. O poder num mapa masculino representa a ambição e num mapa feminino representa o marido. Quando Yin e Yang se encontram nesta relação, mesmo se um controla o outro, é uma relação harmônica, é um controle com amor, como numa relação entre pais e filhos. Porém quando há um excesso de poder, mesmo se poder justo, pode se transformar num controle doentio e sua natureza de benéfica, passa a ser ruim, como no poder injusto. A ambição aqui é nobre, a pessoa se compara a ela mesma, quer se superar, e não aos outros. 

    Poder Injusto (Pian Guan)

    Controle excessivo, desmedido

    Dois elementos iguais se repelem, há uma batalha, é como um tirano ou um governo ditador, o poder injusto é considerado um deus prejudicial. Se existe produção e essa produção consegue controlar esse poder, ele não consegue fazer mal, mas se não há produção o poder injusto passa a se chamar 7 demônios, e pode ser comparado à indisciplina, revolta, excesso de ambição, e com os fins justificando os meios. 

    São pessoas realizadoras de grandes feitos, mas com muito poder injusto a pessoa não tem medida, a ambição está descontrolada, não sabe quando parar. 

    Se o Poder Injusto não tem raiz, a pessoa pode ser a melhor, mas não consegue se manter, ou a pessoa pensa que é a melhor e quando descobre que não é pode se deixar abater seriamente, chegando ao suicídio. 

    SUSTENTAÇÃO 

    Sustentação Justa (Zheng Yin)

    Ajuda, apoio na medida certa.

    Amor, recursos, alento, possibilidade, apoio, suporte e conhecimento.

    É como uma mãe que educa, sustenta e dá segurança ao seu filho, sendo bem dosado, é considerado um bom deus. Não é desfavorável à produção. 

    Sustentação Injusta (Pian Yin)

    Excesso de zelo, vira mimo.

    É eficaz somente quando o “EU” é fraco, mas pode ser desfavorável à produção, já que a Sustentação controla a produção. É como uma mãe que não educa, deixando os filhos fazerem o que querem, mima demais, sustenta depois de adulto, etc. 

    Em geral, Sustentação injusta é exagerada. Muita sustentação faz com que a pessoa ache que pode tudo, que não precisa de ninguém, SOMENTE poder ser favorável se o “EU” for muito frágil. 

    RIQUEZA 

    Riqueza Justa (Zheng Cai)

    Num mapa masculino é a esposa. A Riqueza é boa para um “eu” forte, que pode controlá-la e tem energia de sobra para controlar suas oportunidades de ganho, já para um “eu” fraco é ruim, pois a riqueza sem controle passa a ser um prejuízo.

    Riqueza com produção é dinheiro ganho com talento. Não importa muito se existe ou não produção, se o “eu” for forte e a riqueza estiver presente, pode tirar partido, não importando se é justa ou injusta. 

    Riqueza Injusta (Pian Cai)

    Tanto a Riqueza Justa ou Injusta pode ser bom, desde que o “eu” seja forte, como dito anteriormente. 

    PRODUÇÃO 

    Produção Justa (Shi Shen)

    Carisma, atitude, aparência, o que mostra aos outros. Se o “eu” for forte ele se alia a produção e usam a energia para uma boa causa e ajudam a manter o equilíbrio energético da pessoa. A produção justa é utilizada para gerar riqueza e para controlar os 7 demônios (poder Injusto), mas não pode ser útil a não ser a um “eu” forte. 

    Produção Injusta (Shang Guan)

    Estratégia, talento, sabedoria, a produção controla o poder, ou seja, usando a produção você pode diminuir o controle dos outros sobre você.

    Se o “eu” é frágil, ele é esgotado pela energia da produção. A produção injusta também pode gerar riqueza para controlar os sete demônios, mas sua capacidade de produzir e gerar não é tão boa.

    Para drenar a energia do “eu”, a produção injusta é mais eficaz do que a produção justa.

    A Produção Injusta denota um comportamento diferente, bizarro, muitos artistas são assim, e as pessoas com muita produção injusta podem agir de modo diferente ou serem mal compreendidas. 

    PARALELO 

    Paralelo Justo

    Podem ser amigos ou concorrentes.

    Se o “eu” é frágil tanto o paralelo justo como o injusto o auxiliam, os dois lhe ajudam a resistir ao poder e protegem o seu “eu” de ser drenado pela produção. Se o “eu” for forte, os dois trazem riqueza ao seu “eu” e drenam o poder. 

    Paralelo Injusto

    Concorrente, inimigo que leva a riqueza, já que o paralelo controla a riqueza. A diferença é que o paralelo justo é puro e bom, e o injusto é mal e impuro. 

    Num âmbito geral, o paralelo para um “eu” forte indicam concorrentes e para um “eu” fraco indicam amigos que o apóiam e ajudam no trabalho. 

     

    10 - COMBINAÇÃO DE TRONCO 

    Esta combinação somente é válida se ocorrer entre pilares adjacentes. São simpatias entre os troncos celestes:

    1 Madeira + se dá bem com 6 Terra –

    2 Madeira - se dá bem com 7 Metal +

    3 Fogo + se dá bem com 8 Metal –

    4 Fogo - se dá bem com 9 Água +

    5 Terra + se dá bem com 10 Água – 

    Essas combinações presentes no mapa, podem gerar outro elemento que irão substituir os elementos combinados. 

    Como a seguir, com exceção do pilar do dia, que tem regras diferenciadas. 

    AS CINCO COMBINAÇÕES 

    M+ e T- pode gerar T

    M- e Me+ pode gerar Me

    F+ e Me- pode gerar A

    F- e A+ pode gerar M

    T+ e A- pode gerar F 

    Se no mapa existe essa combinação entre os pilares adjacentes, forma um elo muito forte entre os elementos envolvidos e o deus que cada elemento representa nesta combinação. 

    Exemplo: Mulher nascida em: 05/04/1965 às 11 hrs. Em Juiz de Fora 

    Hora dia Mês Ano
    Me+ T- Me+ M-
    Cavalo Búfalo Dragão Serpente
    F- T- T+ F+
    T- A- M- T+
      Me- A- Me+
     

    Aqui a combinação se dá entre a M- do tronco do ano com o Me+ do tronco do mês.

    O Metal nesse mapa representa a produção e a Madeira o poder. Indica que existe uma ligação estreita entre esses dois aspectos da vida dessa pessoa. 

    Para saber se essa ligação vai ou não gerar a transformação, é preciso olhar se o produto da combinação está ou não presente no pilar do mês. Caso esteja presente, o elemento transformado adquire a polaridade Yin ou Yang do elemento no pilar do mês. 

    Em nosso exemplo a combinação M- com Me+, poderia gerar mais Me, mas observamos que no pilar do mês não há mais Me, além do que está no Tronco fazendo a ligação. Logo, esta combinação não gera o elemento produto que seria Me, a transformação não acontece e os elementos permanecem como estão. 

    Existem outros tipos de combinação que precisam ser citadas: 

    A COMBINAÇÃO DO CIÚME

    Hora Dia Mês
    A- T+ A-
     

    Como o mapa é lido da direita para a esquerda a combinação que ocorre é a Mês + dia. Aqui o Tronco do Dia representa o “EU” e se combina com a A- do Mês, mas existe uma tendência, uma intenção de se combinar com a hora. Se fosse um mapa masculino, o “eu” terra faz com que a Riqueza seja a água, e a riqueza representa as mulheres de sua vida, é como se o homem estivesse entre o amor de duas mulheres, ou que ama duas mulheres, a esposa e a amante. No caso duas mulheres disputassem ele. 

    A COMBINAÇÃO DA CONCORRÊNCIA 

    Dia Mês Ano
    T+ A- T+
     

    Aqui o homem em questão se apaixona por uma mulher já comprometida com outro homem. Neste caso existe a competição mas o “eu” sai perdedor, pois quem combina com a A- do Mês é a T+ do ano. A competição com paralelo mostra que perde a Riqueza para um concorrente ou amigo. 

    Se a competição se faz por poder, cada vez que a pessoa batalha por promoção, o poder é perdido. Essa é uma combinação estruturalmente ruim. 

    COMBINAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO ENVOLVENDO O “EU” 

    Há regras a ser seguidas para saber se há ou não transformação:

    - O elemento transformado tem que estar oportuno no mapa, isso quer dizer estar presente como raiz no pilar do mês.

    - O mapa não deve ter paralelos, o pilar do dia não deve ter raízes.

    - O elemento que controla o elemento transformado não pode estar presente como Tronco ou Raiz maior no mapa e nem no mês.

    - O elemento transformado deve ter paralelos e sustentação.

    - O binômio gerado da transformação tem que ser válido (se o ramo é yin, o elemento tem que ter polaridade yin). 

    Para que uma transformação Terra aconteça existem 2 regras:

    - O mês de nascimento tem que ser Búfalo, Dragão, Cabra ou Cachorro, ou ainda é aceitável os meses tigre, serpente, cavalo e macaco, por possuírem em sua formação o elemento terra.

    - Não pode ter Madeira como Tronco ou raiz maior, com exceção do tigre, que em alguns casos é aceitável. 

    Exemplo: 

    Hora Dia Mês Ano
      M+ T-  
     

    Como a terra do mês envolvida na combinação é yin, o ramo do mês deve ser yin também para que a combinação aconteça, além de ter terra em sua formação energética. 

    Búfalo Dragão Cabra Cachorro Tigre Serpente Cavalo Macaco
    Yin Yang Yin Yang Yang Yin Yang Yang
     

    Dos animais que possuem terra em sua formação, somente Búfalo, Cabra e Serpente são ramos yin. 

    Búfalo Cabra Serpente
    T- T- F+
    A- F- T+
    Me- M- Me+
     

    Como a Madeira não poderá estar presente no mês de nascimento, a transformação só ocorrerá se o mês for Búfalo ou Serpente, caso contrário, a combinação existe mas não gera Terra. 

     

    11 - A RELAÇÃO ENERGÉTICA ENTRE OS DOZE RAMOS TERRESTRES 

    - Combinação Triangular

    Os 12 ramos terrestres dependendo de sua configuração energética podem ter entre si uma simpatia ou antipatia. Como já disse anteriormente os animais que estão nas fases 1, nascimento, 5 apogeu e 9 armazenagem de cada um dos 4 elementos, possuem entre si uma estreita ligação, chamada combinação triangular.

    Num mapa este fato é lido pelos animais presentes. Eles são aliados da mesma energia e não precisam estar em pilares adjacentes. Se o ramo da fase 5 está presente, a pessoa pode ter somente mais um ramo da fase 1 ou 9 de determinada energia, para ter uma semi-combinação. Quando o ramo faltante chega com o pilar de sorte ou influência do ramo anual, a combinação está completa e ativa, e o elemento referente a esta combinação terá um peso enorme no mapa, que nada destrói essa combinação e a semi-combinação também é igualmente forte. Mesmo que um conflito chegue não destruirá esta combinação. 

    Triangulação da Água – Macaco (fase 1), Rato (fase 5) e Dragão (fase 9)

    Triangulação da Madeira – Javali (fase 1), Coelho (fase 5) e Cabra (fase 9)

    Triangulação do Fogo – Tigre (fase 1), Cavalo (fase 5) e Cachorro (fase 9)

    Triangulação do Metal – Serpente (fase 1), Galo (fase 5) e Búfalo (fase 9) 

    - Combinação de direção

    Quando nos pilares aparecerem os ramos referentes às direções norte, sul, leste e oeste, temos a combinação direcional, que podem ser: 

    Norte – Javali, Rato e Búfalo.

    Sul – Serpente, Cavalo e Cabra

    Leste – Tigre, Coelho e Dragão

    Oeste – Macaco, Galo e Cachorro 

    Da mesma forma que a triangulação, esta combinação é igualmente forte e inquebrável por conflitos ou qualquer influência entre os ramos e troncos. Mesmo se houver meia-combinação de direção ela tem força e como na triangular, pode ser completada com a chegada do ramo faltante pelo pilar de sorte ou influência anual, potencializando o elemento presente. 

    - Combinação entre os Ramos (animais) – pilares adjacentes

    Aqui  somente dois animais se combinam como um casamento entre os ramos, mas um impede o outro de agir, como alguém que impede alguma coisa, tanto boa quanto ruim. Esta combinação é boa se ocorre entre dois elementos desfavoráveis no mapa, pois ambos ficam impedidos de agir. Somente é válida a combinação entre pilares adjacentes. 

    - Conflitos entre os ramos (animais)

    No caso de um combate entre os ramos, não basta saber as raízes dos animais, mas quando este combate se passa. Por exemplo, um conflito entre rato e cavalo no inverno, o vencedor é o rato, pois a raiz maior do rato é A e a água é forte no inverno.

    De qualquer modo o vencedor ganha, mas se debilita.

    No caso de um conflito entre dois ramos terra, o qi da terra desaparece e o elemento que vem à tona é o que está armazenado.

    Se num mapa o elemento terra é ruim, é bom que haja este conflito entre a terra, assim ela desaparece e dá lugar a novos elementos.

    Quando o conflito não é entre pilares adjacentes, há uma intenção de conflito que não se concretiza por conta do pilar que os separa. 

    - conflito de Troncos 

    A+ X F+

    A- X F-

    Me+ X M+

    Me- X M- 

    Os conflitos entre os elementos de mesma polaridade são muito mais fortes do que os de elementos de polaridades diferentes. Isso gera uma segunda complicação que são binômios de estrutura frágil. 

    Como o rato e o cavalo estão em conflito, os elementos associados a eles também estão. 

    - Lesões entre os ramos 

    Lesão é uma briga gratuita. Por exemplo, o rato é casado com o búfalo, e como a cabra tem conflito com o búfalo, ela passa a não gostar do rato também.

    A Lesão tem um peso menor na análise.

     

    12- Deuses e Demônios

    Tronco do dia Nobre Celeste Lu (prosperi-dade) Espada Inteligência Carruagem de Ouro Flor erótica
    M+ Búfalo, Cabra Tigre Coelho Serpente Dragão Cavalo
    M- Rato, Macaco Coelho Tigre Cavalo Serpente Cavalo
    F+ Javali, Galo Serpente Cavalo Macaco Cabra Tigre
    F- Javali, Galo Cavalo Serpente Galo Macaco Cabra
    T+ Búfalo, Cabra Serpente Cavalo Macaco Cabra Dragão
    T- Rato, Macaco Cavalo Serpente Galo Macaco Dragão
    Me+ Búfalo, Cabra Macaco Galo Javali Cachorro Cachorro
    Me- Cavalo, Tigre Galo Macaco Rato Javali Galo
    A+ Coelho, Serpente Javali Rato Tigre Búfalo Rato
    A- Coelho, Serpente Rato Javali Coelho Tigre Macaco
     

    Verifica-se pelo “eu”, qual é o ramo e procura-se nesta lista. 

    Nobre Celeste: Benéfico para quem possui, ele mostra de onde vem a ajuda quando a pessoa está em dificuldade.

    - Se posicionado no pilar do ano a ajuda vem de longe ou pode ser de uma mudança.

    - Se posicionado no pilar do mês a ajuda vem dos pais.

    - Se posicionado no pilar do dia a ajuda vem do casamento, do parceiro e se há dificuldades no casamento sempre alguém ajuda.

    - Se posicionado no pilar da hora a ajuda vem dos filhos ou de alguém que está sob seu comando, subalternos.

    Se não aparece no mapa, pode ser que venha com os pilares de sorte, se isso ocorre, a ajuda dura enquanto o pilar de sorte durar. 

    Prosperidade: Para um pilar forte, traz prosperidade, já num pilar fraco é ruim. 

    Espada: Boa para dinheiro num mapa fraco, traz problemas físicos num mapa forte. É associada à violência e agressividade. Bom para quem trabalha com concorrência. 

    Inteligência: Boa para exames e estudos em geral num mapa forte, num mapa fraco é debilitador. 

    Carruagem de Ouro: Indica status. 

    Flor Erótica – a Bela flor de Pêssego vermelha: Indica pessoas sexualmente atrativas e com fortes impulsos sexuais, numerosos relacionamentos. Charmosa, convincente. Pode ser um demônio, por indicar falta de disciplina sexual. Se o elemento for favorável será um deus, caso contrário um demônio. Se vier com os pilares de sorte, no período a pessoa estará mais sedutora. 

    Ramo do dia Estrela do General Cobertura Elegante Cavalo do Correio Flor de Pêssego Roubo Morte
    Macaco

    Rato

    Dragão

     
    Rato
     
    Dragão
     
    Tigre
     
    Galo
     
    Serpente
     
    Javali
    Javali

    Coelho

    Cabra

     
    Coelho
     
    Cabra
     
    Serpente
     
    Rato
     
    Macaco
     
    Tigre
    Tigre

    Cavalo

    Cachorro

     
    Cavalo
     
    Cachorro
     
    Macaco
     
    Coelho
     
    Javali
     
    Serpente
    Serpente

    Galo

    Búfalo

     
    Galo
     
    Búfalo
     
    Javali
     
    Cavalo
     
    Tigre
     
    Macaco
     

    Verificar o ramo (animal) do dia.

    Estrela do General: Possibilidade de carreira política ou militar, indica facilidade de comando.

    Cobertura Elegante: Traz tendência artística, filosófica e religiosa, leva as pessoas a viver num mundo irreal, tendências escapistas e elucubração.

    Cavalo do Correio: Mostra viagens e mudanças freqüentes se for favorável, pode mostrar também negócios no exterior. Pode trazer aventuras em viagens, facilidade de meditação, projeção astral, etc.

    Flor de Pêssego: Se está posicionada no pilar do ano ou mês, é a flor de pêssego interna, mostra bom relacionamento entre parceiros, marido e esposa. Pode ser ativada a partir do braço do ano para melhorar os relacionamentos.

    Se posicionada na hora, chamada flor de pêssego externa, mostra relacionamento extraconjugal.

    Roubo: Traz algo negativo, não necessariamente o roubo, mas ser enganado se for ruim no mapa, caso contrário a pessoa tende a enganar e trapacear.

    Morte: Não indica forçosamente morte, nem acidente, indica grande capacidade de planejamento. Se desfavorável traz processos advindos do parceiro. 

    Ramo do dia Solitária Abandono
    Javali

    Rato

    Búfalo

     
    Tigre
     
    Cachorro
    Tigre

    Coelho

    Dragão

     
    Serpente
     
    Búfalo
    Serpente

    Cavalo

    Cabra

     
    Macaco
     
    Dragão
    Macaco

    Galo

    Cachorro

     
    Javali
     
    Cabra
     

    Tanto a Estrela solitária quanto a Estrela do Abandono querem dizer a mesma coisa. 

    Prejudica os relacionamentos, pode indicar infortúnios em relação à família, como separação, viuvez ou abandono. 

     

     

    13- Resultados

    Os Quatro Pilares do Destino podem ser utilizados por acupuntores para encontrar os melhores horários de tratamento para seus clientes. Conhecer os horários de abertura dos vasos maravilhosos, fazer recomendações de alimentação, terapias auxiliares e hobbies para seus pacientes, assim como escolher o tratamento adequado não só ao paciente, como ao momento.

    Terapeutas podem conhecer melhor previamente a reação de seus pacientes ao tratamento empregado e entender por que um tipo de tratamento funciona maravilhosamente em algumas pessoas e não em outras.

    Terapeutas florais podem usar os Quatro Pilares do destino para entender melhor os bloqueios de seus pacientes. Por meio dos 5 elementos, podem escolher com melhor precisão a essência indicada à pessoa ou a influência momentânea pela qual ela está passando, sem depender apenas da narrativa de seus problemas por parte da pessoa tratada. Se você trabalha com saúde integral, Quatro Pilares do Destino é uma ferramenta perfeita para lhe dar as informações não só sobre a pessoa, seus problemas, suas fases de vida, mas também, e mais importante do que isso, lhe permite avaliar as fases pelas quais ela está passando, passou e passará, indicando o que fazer em cada uma delas.

    Diversos sistemas astrológicos podem lhe dar informações comportamentais, de temperamento, falar de fases, mas os Quatro Pilares vão muito além disso, uma vez que indica ao mesmo tempo o problema e a solução. Essa parte do tema é  sub-dividida em módulos, que incluem cálculo, análise estrutural de relacionamento, de saúde, de alimentação, de potencial de trabalho, análise de fases, influências periódicas, recomendações de equilíbrio, etc. 

     

    14- Conclusões

    É um vasto conhecimento na arte astrológica chinesa, englobando vários aspectos da sabedoria chinesa, como meridianos de energia e chacras, e até mesmo podendo indicar uma alimentação que os 4 pilares do destino é muito mais fundamentada que a Astrologia Ocidental.

     

    15- Referências Bibliográficas 

    Sacramento, Silvia –  Instituto Ming Tang, Curso de Ba Zi

                      Anotações em aula, também foram consultadas.

    Autor: : Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico

    Índice

    Resumo

    Introdução.

    Material e Metodologia

    Acupuntura

    Discussão.

    Conclusão.

    Bibliografia. 
     

    Resumo 

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia. 

      Hapki-do e uma luta Arte Marcial Milenar Coreana que utiliza pontos de Acupuntura para neutralizar os seus oponentes, também utiliza os mesmos pontos para tratar o desequilíbrio da energia utilizando vários métodos como: Acupuntura Sistêmica, Acupuntura Auricular, Quiro-Acupuntura, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida), Moxa, Ventosa  e Terapia  Corporal como massagem.

    E uma luta muito violenta e ao mesmo tempo muito delicada porque se atingir algum ponto de acupuntura com certa violência pode paralisar ou até causar traumas irreversíveis.

    Os Coreanos encaram o Hapki-do e acupuntura na sua cultura tradicional, com muita naturalidade, pois faz parte do costume e folclore trazidos por gerações e gerações através de milhares de anos.

    Quando alguém se machucava ou tinha algum problema de saúde, eles procuravam ajuda aos mestres de Artes Marciais, principalmente de Hapki-do. 

     
     

    Introdução 

    A Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia.

    O tema escolhido para holísticas 2009 foi demonstrar na pratica a relação de Hapki-do com as terapias orientais como Acupunturas, Terapia Corporal, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida).

    Realizei vários cursos de acupuntura e massagem com grandes Mestres internacionais nas Artes de Hapki-do.

    Pode observar e aprender várias técnicas de manobras e alongamentos de Quiropraxia utilizadas por eles nos atletas em campeonatos. 

    E também pelo fato de estar engajado em vários trabalhos sociais há muito tempo e com mais de 9000 clientes na carteira e trabalhando em varias entidades como Delegacia Geral, Delegacia da Mulher, Receita Federal, APROFEM (Sindicato dos Funcionários e professores Municipais de São Paulo),e neste ano começou a ser preparados em Hapki-do as Forças Armadas Brasileiras e Academia Kim. Observei que podemos ajudar na qualidade de vida e diminuindo sofrimentos físicos e emocionais.  
     

    Material e Metodologia 

     

    Há aproximadamente 4.500 anos, quando as pessoas começavam a viver em grupos, já  existiam sinais de defesa instintiva necessária para a sobrevivência, ir, defender e contra-atacar para proteger a si próprio e aos outros. Isso pode ser constatado pelos sinais deixados em cavernas da China e da Coréia.

    Antigamente, a região da Coréia era dividida em três partes, entre elas a civilização SIN-LA que era a mais adiantada das três, por isso, foi lá onde começou uma infiltração cultural de origem Budista.

    O SIN-LA era liderado pelo general KIM YU SIN que formou um grupo chamado HWA RANG-DO, que tinha por finalidade unir as três partes.

    O HWA RANG-DO era um grupo de jovens doutrinistas que praticavam certo tipo de defesa, fanaticamente, com a finalidade de conseguir essa união e tinham como lema: 

    -Amar a Pátria;

    -Confraternização mútua;

    -Não recuar um só passo na luta;

    -Respeitar os pais e

    -Ajudar os fracos. 

    Com essa filosofia nasceu o HAPKI-DO que foi responsável pelo engrandecimento da civilização de SIN-LA durante todos os anos de sua existência.

    Começa aí  o Império Kório (Coréia). Naquela época, se criavam e praticavam vários tipos de lutas que eram ensinadas nos exércitos, entre elas:

    YU-SUL (tipo de Judô)

    SU-BAK (tipo de Sumo)

    HAPKI-DO (que já na época, defendia-se de todas as lutas)

    Os nossos trajes atuais de lutas, são cópias fiéis dos trajes daquela época. Hoje, as faixas representam graus de hierarquia, porém, naquela época, representavam as várias classes sociais. 

    O Hapki-do foi escolhidos pelo próprio Imperador para fazer parte do treinamento de sua guarda de honra. 

    Foi escolhido o HAPKI-DO, porque era a única luta que possuía 25 tipos de técnicas e defendia terceiros. Enfim, era e ainda é a luta mais completa.

    Passados mais de 500 anos, o general LEE SUNG KIE fundou o Império YI DO tomando o lugar do Império KORIO. Mandou então matar todos os praticantes de defesa pessoal. Em conseqüência disso, os praticantes dessas lutas foram se esconder nas montanhas, alguns escapando, outros morrendo. Mas o HAPKI-DO continuou. 

    HAPKI-DO;

    KUM-DO (esgrima);

    YO-DO (tipo de Judô) e

    TEA KIUM (tipo de Karatê)

    Depois da Primeira Guerra Mundial, foi criada a R.O.K (Republic of  KOREA), na qual foi adotado o HAPKI-DO para o treino da guarda pessoal do Presidente da República.

    Após a Segunda Guerra Mundial, o HAPKI-DO que até então era uma luta reservada para a presidência e para os nobres, passou a ser conhecida pelo povo. 

    O HAPKI-DO possui cerca de 3.876 golpes  incluindo chutes, saltos, socos, torções, balões, defesa contra faca, manejo de bastões, espadas, etc. 

          Hierarquia das Faixas 

          8º  ao 7º Gub - Faixa Amarela

          6º  ao 4º Gub - Faixa Azul

          3º  ao 1º Gub - Faixa Vermelha

          1º  Dan - Faixa Preta

     

    O HAPKI-DO inspira-se em certos princípios que são rigorosamente respeitados por seus adeptos. Por isso, é a luta mais popular da Coréia.

     

    O HAPKI-DO, hoje, é praticado em quase todo o mundo. Foi difundido no Brasil após o ano de 1.970, pelo Grão Mestre PARK SUNG JAE que ensinou, em princípio, quase 200 homens do Exército Brasileiro foi incentivado pelo Coronel Paulo da Silva Freitas, sendo logo depois de condecorado patrono do HAPKI-DO no Brasil. O Grão Mestre PARK SUNG JAE é Secretário Geral da Confederação Internacional e comanda uma rede de academias no Brasil.

    Está  academia é a mais antiga em funcionamento, com 31 anos de existência, e é administrados pelo mestre Song Un Kim 8o Dan, Bi-Campeão Mundial, Medalha de Ouro na Korea em 1990 e Medalha de Ouro e Prata no México 1993. Atualmente administra cursos de Acupuntura e massagens em diversos locais. 

    Hapki-do não é  apenas mais outra arte marcial ou uma mera combinação de outras artes ou técnicas de lutas. Porém, antes de entender o que é Hapki-do, faz-se necessário entender o que é o "Hap Ki". Hap ki significa uma combinação harmoniosa de (KI) "energia vital interior", não apenas a sua energia, mas a de seus colegas de treino, ou mesmo seu oponente. 
     
    Quando observamos o KI universal, vemos o que conhecemos por energia Yin e Yang; pois é algo que a natureza cria, o fluxo do Yin e Yang, etc. Numa alternância infinita entre os dois.

    Este "KI" gerado é um mistério da natureza que o homem tenta usar a seu favor, a força natural do HAP KI. O Hapki-do envolve estratégias usando o principio do "Hap Ki" na execução de seus movimentos.  
    O "KI" sempre flui em círculos. Hapki-do envolve todos os seus movimentos com fluxo circulares, sem uso de força ou de técnicas traumáticas, que gerem conflitos ou confrontos diretos, sem harmonia. O universo se move circularmente, e no mesmo contexto o Hapki-do usa os movimentos circulares sem o uso da força como base para todas suas técnicas. Quando trazemos nosso oponente para dentro de nosso círculo imaginário (próximo a nós) ou o "adaptamos" a nosso próprio círculo de alcance, teremos o controle total sobre nossos oponentes.  
    Estes movimentos tampouco são violentos ou lineares; eles são certamente muito suaves gentis e sempre circulares. Assim, quando se faz e se torna o centro produzindo um fluxo como um redemoinho de água, como se originando de dentro (do centro) de um furacão, a energia perfeita dos movimentos faz com que alcancemos uma paz profunda interior indescritível.  
    O Hapki-do possui muitas torções, chaves estranguladoras, socos, perfurações, que são usadas para controlar o oponente, bem como uma vastidão de chutes e técnicas de bater (traumatizantes). Muitas escolas de Hapki-do ensinam técnicas com armas brancas para os alunos mais graduados, como bastões longos, médios e curtos, facas, faixas, panos, nunchacos, cordas, leques, lanças, e vários tipos de espadas.  
    Os movimentos do Hapki-do seguem alguns princípios naturais, que quando praticados com empenho e dedicação levam o praticante a atingir a perfeição dos mesmos. Estes movimentos fazem a grande diferença entre o Hapki-do e as outras artes marciais.

     

    Hapki-do se faz necessária compressão de três palavras distintas:

     

    Hap - Combinar, Unir, Coordenar, Para Harmonizar.

    Ki - Força Interior, Energia Vital, Força, Energia Dinâmica.

    Do - O Caminho, O Sistema, O Método.

    O currículo abaixo é  o atual, ensinado pelo Hapki-do:

    1. Ho Shin Do Bup (técnicas básicas de defesa pessoal) 
    2. Moo Ye Do Bup (técnicas com movimentos estritamente circulares) 
    3. Su Jok Do Bup (técnicas traumatizantes) 
    4. Kyuk Ki Do Bup (técnicas de combate com oponentes) 
    5. Ki Hap Do Bup (técnicas de concentração e energização espirituais) 
    6. Byung Sool Do Bup (técnicas com armamentos)  
    7. Su Chim Do Bup (Manipulação e uso de pontos de pressão) 
    8. Hwan Sang Do Bup (Técnicas de visualização de movimentos)

    Os modos do HAPKIDO e a forma como ele se apresenta parecem ser de outro mundo, e muitas de suas técnicas são estranhos, para todas as artes marciais. 

    Hoje em dia existem varias academias no Brasil, e o Hapki-do continua se expandindo.

      

    "É  melhor praticar uma técnica milhares de vezes, do que aprender um milhão de técnicas e praticá-las apenas uma vez." - Grão Mestre MYUNG Jae Nam

     

    Acupuntura
     

    A acupuntura e a técnica mais antiga que existe, parti do conceito de que o desequilíbrio se deve à má distribuição de energia pelo corpo, sendo assim aplicam-se algumas agulhas para ativar alguns pontos de acupuntura para equilibrar yin e yang dos órgãos e vísceras.

    Cada Órgãos e Vísceras têm uma função energética diferente da função alopática.

    Na Antigüidade, os chineses haviam comprovado que um órgão do corpo humano, alterado em seu funcionamento, deixava sensíveis, certos pontos de revestimento cutâneo. A localização desses pontos (situados nos mesmos lugares em todas as pessoas) variava de acordo com o órgão afetado. Concluíram assim que cada órgão correspondia pontos específicos, demonstraram então que uma ação sobre esses pontos repercute sobre o órgão correspondente, produzindo um alívio.

    Esses pontos constituem uma espécie de cadeia, como se uns fossem a continuação de outros. Unindo-os por traços imaginários obtêm-se linhas longitudinais denominadas passagem, canais ou meridianos.

    Os meridianos estão relacionados aos órgãos diretamente. Inserindo uma agulha em um determinado ponto de um meridiano, tem a sensação de que algo esta transitando entre eles, os chineses chamam de Qi, que significa energia.

    Restaurar o equilíbrio energético 

    A energia circula através do organismo, meridiano a meridiano, de forma regular, distribuindo-se harmoniosamente e segue o seguinte percurso diário: das 3 às 5h, passa pelo meridiano dos pulmões (P); das 5 às 7h, do intestino grosso (IG); das 7 às 9h, do estômago (E); das 9 às 11h, do baço pâncreas (BP); das 11 às 13h, do coração (C); das 13 às 15h, do intestino delgado (ID); das 15 às 17h, da bexiga (B); das 17 às 19h, dos rins (R); das 19 às 21h, da circulação-sexualidade (CS); das 21 às 23h, do triplo-aquecedor (TA); das 23 à 1h, da vesícula biliar (VB); da 1 às 3h, do fígado (F).

    Os desequilíbrios são conseqüências naturais da má distribuição de energia. Alguns sintomas da falta dessa energia são: sensação de vazio, fraqueza, insatisfação, insegurança, desânimo, frio, suor, agressividade, agitação dor, calor, e outros...

    A acupuntura tem por objetivo reequilibrar a circulação de energia no organismo, tornando-o harmônico, pois constitui no princípio básico da ordem universal. A saúde é o resultado do equilíbrio dessas duas forças (Yin (negativo) e Yang (positivo), que ativam os corpos).

    O Yin e Yang expressam-se em todo e qualquer nível de existência, com alternância de cada força.

    Alguns elementos Yang são: a luz, o calor, o verão, o vermelho, o homem, a atividade, o sistema nervoso simpático, as partes superficiais do corpo. O elemento Yin é: o escuro, o frio, o inverno, o azul, a mulher, o sistema nervoso parassimpático, as partes profundas do corpo e outros.

    O intestino delgado, o intestino grosso, a vesícula, o estômago, a bexiga e o triplo-aquecedor são órgãos de Yang. O coração, os pulmões, o fígado, o baço, os rins e a circulação-sexualidade são órgãos Yin.

    Alguns físicos descobriram que a teoria oriental de que não existe distinção entre matéria e energia está certa, elas são consideradas dois pólos de uma mesma unidade.

    Para análise, uma técnica peculiar

     Yin e Yang são duas forças que condicionam a vida de cada indivíduo e o seu estado de saúde, a pergunta que se faz ao especialista de acupuntura é: qual órgão esta deficiente e qual órgão apresentam um excesso de vitalidade? Dá-se, então o analise, na qual, usam-se alguns métodos: ver o cliente escutá-lo, perguntar, apalpar seu corpo nos pontos  ou LO (pontos de alarme) e leitura pelo pulso, todos eles são importantes.

    O analise do pulso é realizado na artéria radial do punho. E requer silencio e tranqüilidade. Os três dedos têm que se manter como um arco, com as pontas bem alinhadas e se examina o pulso com a polpa dos dedos. A distancia dos dedos depende da estatura do cliente: É dividida em três zonas, cada qual com uma posição superficial e outra profunda.

    Coloque levemente a polpa de um dedo sobre a artéria radial, em cada uma das três posições, é possível perceber que a sensação obtida difere em cada local – com exceção de pessoa em perfeito estado de saúde (se a pressão for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensação ou percepção torna-se diversa). Se os pulsos da primeira posição apresentar vibrações mais fortes do que os da terceira, quer dizer que o Yang esta mais poderoso do que Yin, e vice-versa.

    Na mão  esquerda, com pressão superficial, faz-se a análise do intestino delgado, da vesícula e da bexiga; com pressão profunda faz-se análise do coração, fígado e rins. Na mão direita, com pressão superficial o intestino grosso o estômago e o triplo-aquecedor, com pressão profunda o pulmão, baço/pâncreas e a circulação-sexualmente.

    As pulsações podem ser classificadas em: a) alteração de freqüências b) ritmos c) superficial ou profunda; d) lisa ou grossa; e) cheias ou vazia; f) longa ou curta e etc.

    Tanto para se realizar um tratamento ou realizar uma simples análise, é  imprescindível o conhecimento dos meridianos, da origem de seus pontos principais e das leis que regem esta forma de terapia.

    Existem doze meridianos que estão relacionados a doze órgãos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou mais desses órgãos. Assim sendo, esses doze órgãos – ou funções corporais são considerados primários, e os outros secundários.

    Os meridianos são bilaterais, um em cada lado do corpo, sendo classificados como profundos e superficiais, de Yin e de Yang. Os meridianos profundos de Yin são os do coração, da circulação-sexualidade e dos pulmões. Meridianos superficiais de Yang: do intestino delgado, do triplo-aquecedor e do intestino grosso. Meridianos inferiores de Yin (de dentro para fora): do baço/pâncreas do fígado e dos rins. 

     
     

    Discussão 

     

    Hapki-do como é uma arte marcial muito antiga que tem mais de 3500 anos de existência, não se sabe realmente quem foi o mentor da arte. Existem varias teorias. 

    Hoje em dia, vários mestres, modificaram a arte tradicional de hapki-do para falar que e o mentor, e alguns modificaram até o nome e outros colocaram outro nome para falar que e um estilo diferente de Hapki-do.  

    Mas no fundo aqueles que realmente conhecem a Arte Marcial Hapki-do eles trabalham com acupuntura e terapia corporal (obs. "massagem" é termo inadequado à legislação brasileira e mercado).  

    São aqueles que só usam o nome Hapki-do para se promover, não sabe nem onde fica um ponto de acupuntura.   
     

    Conclusões 

     

    Posso afirmar que acupuntura e Quiropraxia têm relação direta com Hapki-do para equilibrar a sua energia interna e para imobilizar e neutralizar os seus oponentes, fazendo gerar muita dor e sofrimento utilizando compressão nos pontos de acupuntura e alterando a sua função biomecânica da coluna.

    Hapki-do e excelente em tratamentos preventivos para alongamento das articulações e melhorando sistema cardiorrespiratório.

    Excelente para tratamento da dor e da sua causa.

    Podemos provar realizando alguns golpes nos pontos de acupuntura, verificando aumento da sensibilidade e diminuição da resistência do local (sem machucar, claro).

    Podemos pressionar alguns pontos para mostrar anestesia do local, para tirar a dor, ou melhor, a hiper sensibilidade do local.

    O hapki-do e uma luta Arte Marcial Coreana que usa pontos de Acupuntura para Neutralizar oponentes e também serve para equilibrar a desarmonia da energia utilizando os mesmos pontos de Acupuntura.

    Por isso Hapki-do e utilizado na Coréia em forças armadas, Policia, Guarda Costa e quando se fala em proteger  alguma pessoa ou alguma coisa e utilizado Hapki-do. 
     

    Referências bibliográficas 

     

    Hapki-do: Hoo sin sool.

    Seul,Korea 1987. 

    Hapki-Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    Self Defence Martial Art.

    Seul,Korea 1987 

    Hoo sin Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    General Description of Hapki-do.

    Seul, Korea 1986. 

    Autor: : Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    As Emoções Na Fitoterapia

    TCC - Trabalho de Conclusão de Cursos

    RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD - Terapeuta Holístico - CRT 38326 

     RESUMO                                                                 .

    Aprendemos a enxergar a natureza das plantas de tal forma, que cada espécie aparece disposta dentro de um organismo global do Reino Vegetal, do mesmo modo como cada órgão humano aparece disposto dentro do organismo do Ser Humano.  A rigor, as plantas, para realmente crescerem, devem ter também uma espécie de sensibilidade. Consideramos também a ciclícidade, que é a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS vão formar o Zodíaco, o que pode ser correlacionado com as nossas emoções (nossas águas). Os Terapeutas Holísticos sabem disto.

    Certamente os estudos da presente Monografia são conhecidos; mas é preciso reconhecê-los a partir dos fundamentos aqui tratados, pois do contrário, nos afastaremos ainda mais da tradição, pelo emprego das novidades.

    CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.

    1.1 O presente trabalho não tem propriamente a pretensão de ser uma tese que esgote o tema num sentido acadêmico, não vamos falar aqui de remédios porque as plantas, a rigor, não conseguem realmente adoecer, tampouco de um processo de cura, e sim de um processo inverso.

    1.2 As plantas não são compreensíveis por si. Ao se tratar de plantas, precisamos, portanto, não somente erguer os olhos para os Elementos: Vegetal, Animal, Mineral e Humano; precisamos também consultar o Universo. Porquanto toda a vida provém do Universo inteiro, e não apenas daquilo que a vida nos entrega.

    1.3 A Natureza é um conjunto, e de todos os lados atuam forças. Quem tiver um sentido aberto para a evidente atuação das forças, esse compreenderá a Natureza. Entretanto, o que é feito hoje? Exatamente o contrário do que realmente se deve fazer para obter tal compreensão. No entanto, quando vierem a encontrar o caminho do Macrocosmo, as pessoas voltarão a compreender algo da Natureza e muitas coisas mais.

    1.4 Também é verdade que nesse sentido, aqui se trata inteira e naturalmente de pontos de vista dirigidos à natureza dos trabalhosFITOTERÁPICOS combinados com a Psicoterapia, e não de quaisquer teorias.

    1.5 Entretanto, não somos infantis para acreditar nas definições da ciência contemporânea que atua na vizinhança imediata das plantas ou no seu ambiente imediato. Todo o céu e suas estrelas, participam da vegetação! Precisamos saber disto.

    1.6 Com certeza as pessoas nem sabem, hoje, como se alimentam o homem e o animal; o que dizer então da planta? As pessoas crêem que a nutrição consiste em o Ser Humano comer as substâncias do seu entorno. Ele as introduz na boca e em seguida elas chegam ao estômago. Ali uma parte é reservada e uma parte vai embora. Depois disso, a primeira é utilizada, indo também embora a seguir. Depois disso é novamente reposto. Atualmente imaginamos a nutrição de um modo totalmente externo.

    1.7 Entretanto, não são com os alimentos absorvidos pelo estômago do Ser Humano que são reconstituídos os ossos, os músculos e os demais tecidos, pois isto só vale claramente para a cabeça humana. A disgetão, absolutamente não se forma pela alimentação recebida pela boca, porém são absorvidas pela respiração e até mesmo pelos órgãos dos sentidos a partir de todos os arredores. No Ser Humano se realiza continuamente um processo pelo qual o que é absorvido pelo estômago flui, por sua vez para baixo, disto constituindo-se os órgãos do sistema digestivo ou os membros.

    1.8 Estes são assuntos que precisarão ser ponderados por inteiro. Por esse motivo temos esta separação entre a teoria e a prática.

    1.9 Por outro lado, ficar satisfeito com a presente Monografia é, naturalmente, uma questão que provavelmente se tornará cada vez mais discutível, embora queiramos fazer tudo para também nos entender-mos em várias discussões a respeito do que houver sido aqui exposto.

    1.10 Quando se tem uma planta crescendo na terra, tomá-la como é, dentro de seus limites estreitos, constitui no momento um disparate, por ser uma planta, em seu crescimento, talvez dependente de incontáveis condições que absolutamente não se manifestam sobre a terra, mas em suas imediações cósmicas.

    1.11 E assim se explica muita coisa, e na vida prática se organiza muita coisa como se tivéssemos a ver somente com as coisas estreitamente limitadas, e não com os efeitos provenientes do mundo inteiro.

    1.12 Hoje em dia as pessoas recebem prescrições de quantos gramas de carne deve comer, quanto de líquido deve beber e etc., – algumas pessoas têm a seu lado uma balança-, pesando tudo o que vai para o seu prato. É evidente que isto é bom. Mas para que isso coincida com a Fisiologia Humana adequada, é preciso saber também que é bom que tais pessoas sintam fome caso ainda não lhe baste o que foi pesado. É bom que o instinto ainda se manifeste.

    1.13 O solo é um órgão real, um órgão que se quisermos, poderemos eventualmente compará-lo ao diafragma humano. Chegamos a essa idéia, dizendo-nos o seguinte: acima do diafragma, se encontram, no Ser Humano, determinados segmentos e órgãos- sobretudo a cabeça e aquilo que abastece o homem de respiração e circulação, e abaixo do diafragma, estão outros órgãos e segmentos.

    1.14 Tudo que está na proximidade imediata da terra – como o ar, os vapores e também o calor, em cujo âmbito estamos, em cujo âmbito nós próprios respiramos, e de onde tudo isso provém, isto é, de onde as plantas recebem, juntamente conosco, esse calor, esse ar exterior e também essa sua água exterior-, corresponde ao que no homem, é a região abdominal.

    1.15 Admita-se que haja uma planta crescendo para o alto a partir da raiz. Na extremidade do caule forma-se o grãozinho de semente. As folhas e as flores se estendem para fora. Ora, vejam: na folha e na flor se encontra aquele lado terrestre no feitio e também no preenchimento com o ELEMENTO TERRA, de forma que o motivo pelo qual uma folha ou um grão intumesce e absorve as substancialidades interiores, e assim por diante, reside no que adicionamos o ELEMENTO TERRA à planta.

    1.16 Observem as verdes folhas vegetais. Elas carregam o aspecto do ELEMENTO TERRA em sua forma, em sua espessura, em sua cor verde. Entretanto não seriam verdes se nelas não vivesse também a força cósmica do Sol. Chegando-se, porém, até a inflorescência colorida, vê-se que nela não vive apenas a força cósmica do Sol, mas também aquele apoio que as forças cósmicas do Sol recebem – pelo menos- dos planetas Marte, Júpiter e Saturno, só quando vemos a vegetação neste contexto é que podemos olhar para a Rosa enxergando em sua cor avermelhada a força de Marte.


    1.17 – Ao observarmos o Girassol Amarelo: é inteiramente correto denominá-lo “Flor do Sol”; ele só é chamado assim por causa de sua forma, sendo que por seu tom amarelo, deveria realmente ser chamado de “Flor de Júpiter”, pois a força de Júpiter, apoiando a força cósmica do Sol, produz nas flores as cores branca e amarela.

    1.18 Quando nos deparamos com uma Tanchagem, ou seja uma chicória selvagem com sua cor azulada, devemos pressentir nessa cor azulada a atuação de Saturno, que apóia a influência do Sol. Temos, portanto, toda possibilidade de ver Marte na inflorescência vermelha, Júpiter na branca e amarela, Saturno na inflorescência azul, enquanto na folha verde vemos o próprio Sol.

    CAPÍTULO 2. MATERIAL.

    2.1 A presente Monografia tem como referência: os resultados de atendimentos realizados; o Curso de FITOTERAPIA Turma 2008 promovido pelo SINTE – Sindicato dos Terapeutas, sito na Alameda Santos 211- conj. 1403- Cerqueira César- São Paulo – Brasil CEP 01419-000, site www.sinte.com.br, e-mail contato@sinte.com.br , através da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística; a formação do autor como Psicoterapeuta Holístico e a sua certificação, entre outros, em: Psicoterapia; Leitura Corporal; Terapia Corporal, Antroposofia; Teosofia, Filosofia; assim como a Monografia A ANÁLISE DA IMAGEM HOLISTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA.

    CAPÍTULO 3. METODOLOGIA.

    3.1 O OXIGÊNIO.

    3.1.1 É pelo processo respiratório que absorvemos o oxigênio. O oxigênio vive, por toda parte, no ar que nos circunda. No ar respiratório, a parte vivente do oxigênio está morta para que não desmaiemos por causa do oxigênio vivo. O oxigênio à nossa volta precisa ser morto. Porém desde o nascimento o oxigênio é o portador da vida, do etérico. Ele também se torna imediatamente portador da vida quando extrapola a esfera de tarefas que lhe é atribuída por precisar envolver-nos, a nós Seres Humanos externamente pelos sentidos.

    3.1.2 Por outro lado, ao penetrar pela respiração em nosso interior, onde pode viver, ele se torna vivo. O oxigênio que circula dentro de nós não é o mesmo que nos envolve externamente. Dentro de nós é um oxigênio vivo. O oxigênio é “irmão” do nitrogênio, do carbono, do hidrogênio e do enxofre. Uma folha, uma flor ou uma raiz são dependentes dessas matérias- não são autônomos-. Só se tornam independentes por um de dois caminhos; ou quando o hidrogênio leva tudo isto para fora, ou então quando o hidrogênio impele para dentro.

    3.2 O MILEFÓLIO.

    3.2.1 Milefólio (Achillea millefolium ou mil - folhas). O Milefólio é uma planta maravilhosa; toda planta o é, mas quando a comparamos com qualquer outra flor, podemos sentir como ela é. Ela contém carbono, nitrogênio e assim por diante. O Milefólio se apresenta na Natureza como se um criador qualquer de plantas tivesse nela um modelo para levar corretamente o enxofre, em proporção adequada, às outras substâncias vegetais. Diríamos que em nenhuma outra planta a Natureza consegue tal perfeição no emprego do enxofre como no Milefólio, e quando se está familiarizado com a atuação do Milefólio no organismo animal e humano, é quando se sabe como esse Milefólio, ao ser introduzido de forma correta no âmbito biológico, consegue efetivamente melhorias em quase tudo.

    3.2.2 O Milefólio não é nocivo, mas pode tornar -se importuno – do mesmo modo como certas pessoas simpáticas atuam na sociedade por mera presença, e não pelo que dizem, assim o Milefólio atua numa região onde cresce em abundância graças a sua presença, e de modo extraordinariamente favorável.

    3.2.3 Com o Milefólio, também se pode fazer o seguinte: tome-se a parte alta das inflorescências, as inflorescências em forma de guarda-chuva. Quando se dispõe de Milefólio natural, pode-se colhê-las o mais fresca possível e em seguida deixá-las apenas secar por um período muito curto. Nem é preciso deixá-las secar muito. Não conseguindo obter o Milefólio fresco, mas apenas o que se pode adquirir nas lojas especializadas, antes de empregá-lo tente espremer o suco das folhas, que pode ser obtido por um cozimento da folhagem seca, e regue-se a inflorescência com um pouco desse suco.

    3.3 A CAMOMILA.

    3.3.1 A Camomila (Chamomilla officinalis). Não se pode dizer que a Camomila se distingue por conter intensamente potassa e cálcio. No entanto, a Camomila elabora adicionalmente o cálcio e, desse modo, aquilo que pode contribuir em essência para excluir da planta aqueles efeitos frutificantes nocivos, mantendo-a em bom estado de saúde; é maravilhoso que a Camomila contenha também um pouco de enxofre, pois precisa elaborar juntamente cálcio.

    3.3.2 É realmente verdadeira a Camomila que se encontra, por aí junto aos trilhos da estrada de ferro.

     

                                                                   3.4 O DENTE- DE LEÃO.                                             .                                                                                             

    O Dente-de-Leão (Taraxacum officinalis), em qualquer região que cresça, é extraordinariamente benfazejo. Porque ele é o mediador do ácido silícico. O Dente-de-Leão; porém deve ser empregado de forma correta quando se quer torná-lo atuante.

                                                         3.5 A CAVALINHA.

    A Cavalinha (Equisetum arvense) exerce indiretamente, notável influência sobre o organismo humano, pela função renal, não ainda sendo possível averiguá-lo em minúcias nem deduzi-lo.

               3.6 OS QUATRO ELEMENTOS NO PENSAMENTO PRÉ-SOCRATICO.

    3.6.1 TALES DE MILETO (?-425 a. C.). Partiu do princípio da unidade de tudo e considerava a ÁGUA o elemento primordial onde tudo se originava.

    3.6.2 ANAXIMANDRO (610-550 a.C.). Diz que não é nenhum elemento determinado, mas “tudo inclui e tudo governa...”.

    3.6.3 DEMÓCRITO (460-370 a.C.). Desenvolveu a teoria sobre a constituição da matéria: ela seria composta por átomos.

    3.6.4 ANAXÁGORAS (500-428 a.C.). Partiu do princípio de que a Natureza era composta por uma infinidade de partículas minúsculas e invisíveis, que chamava sementes. Dizia que na menor das partes existe um pouco de tudo.

    3.6.5 ANAXÍMENES (550-486 a.C.). Dizia que existe como origem de tudo uma realidade, submetida ao julgamento da experiência, ainda que num sentido indeterminado. Este princípio será o AR, elemento invisível e imponderável e, no entanto observável: o AR é a própria vida. ANAXÍMENES explica que a rarefação do AR produz o calor; a condensação o frio; uma condensação cada vez mais forte produz sucessivamente vento, nuvem, chuva, TERRA e rocha.

    3.6.6 EMPÉDOCLES DE ACRAGAS (490-430 a.C.). Diz que não há nada de semelhante a uma unidade primeira, mas em seu lugar, uma pluralidade de elementos primeiros, que chama de “raízes”, “as raízes de tudo”. Em número de quatro, colocadas todas elas sobre o mesmo plano, igualmente vivas e divinas, cada qual inalterável em sua qualidade própria e concebível como conjunto de partículas homogêneas, são elas, o FOGO, a TERRA, o AR, e a ÁGUA. Suscetíveis de se moverem e de se misturarem.

    3.6.7 Os Pensadores Pré-Socráticos são – pelo menos os maiores- iniciadores: no começo histórico da livre reflexão, conservam por isso mesmo um privilégio que poderia ser o de um frescor originário onde seria de boa inspiração ir frequentemente re-temperar, re-visitar e renovar o mais absoluto modernismo.

         3.7 OS QUATRO ELEMENTOS, SUAS QUALIDADES E SUAS EMOÇÕES.

    Consideremos agora o tema da ciclícidade, que é também a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS são chamados de triplicidade e as qualidades também chamadas de gunas, quadruplicidade ou cruzes vão formar o Zodíaco. Sabemos que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos do Zodíaco através dos QUATRO ELEMENTOS e das suas emoções.

                               3.7.1 OS SIGNOS DO ELEMENTO AR.

    Os signos de AR são considerados úmidos e quentes. Então o ELEMENTO AR que é caracterizado pelos signos de Gêmeos, Libra e Aquário tem uma tendência mais jovial, o úmido representa o flexível e o quente é expansivo. Os antigos relacionavam o ELEMENTO AR ao temperamento sanguíneo.

                                 3.7.2 OS SIGNOS DO ELEMENTO FOGO.

    3.7.2.1 Sabemos que o ELEMENTO FOGO é também expansivo, ou seja extrovertido, mas também seco e, portanto, não se dobra, é mais rígido, ele quer dobrar o mundo à sua vontade, se impor ao mundo ao invés de receber dele a sua influência. Desta forma, os signos de Áries, Leão e Sagitário tem fama de ser mais mandões, auto-suficientes ou exagerados na sua auto-afirmação. Os antigos atribuíam ao ELEMENTO FOGO o temperamento colérico.

    3.7.2.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO FOGO: Alecrim; Lavanda; Angélica; Manjerona; Melissa; Milefólio; Passiflora e Salvia., e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO FOGO às emoções de excitação/apatia.

                              3.7.3 OS SIGNOS DO ELEMENTO TERRA.

    3.7.3.1 Os signos de Touro, Virgem e Capricórnio, representam o ELEMENTO TERRA. Como se sabe são secos e frios, o que quer dizer que permanece aquela tendência de se firmar perante o mundo, de dobrar circunstâncias perante a sua própria vontade, mas por outro lado, o frio já tem emoções mais para dentro, mais introspectivas, por isso os antigos relacionavam o ELEMENTO TERRA ao temperamento melancólico.

    3.7.3.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO TERRA: Calêndula; Cavalinha; Lavanda; Tomilho; Angélica; Artemísa; Bardana;Camomila; Coentro; Hortelã; Limão; Malva; Manjericão; Melissa; Salvia e Tanchagem, e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO TERRA à reflexão/dúvida e insatisfação.

                                 3.7.4 OS SIGNOS DO ELEMENTO ÁGUA.

    3.7.4.1 No ELEMENTO ÁGUA, temos o temperamento flegmático, porque apesar de ter emoções intensas, introspectivas ou frias e de ser voltado para dentro de si, é o contrário do expansivo que é quente. Acrescenta-se que o ELEMENTO ÁGUA tem ainda o temperamento úmido, ou seja, que tenta se adaptar. O ELEMENTO ÁGUA tem um certo efeito esponja, ele assimila as demais tendências do ambiente e pode ter pouca defesa. Por isso por exemplo, o Peixe tende ao isolamento, o Escorpião tende a querer se vingar, e o Câncer se escaramuja dentro de casa e com a família, daí o símbolo do caranguejo que carrega a casca e a casa consigo, são temperamentos um pouco mais defensivos e hipersensíveis, são signos que correspondem ao temperamento fleumático dos antigos.

    3.7.4.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO ÁGUA: Alecrim; Cavalinha; Lavanda; Tomilho; Dente-de-Leão; Limão; Milefólio, Passiflora e Sálvia, e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO ÁGUA ao medo/força.

                              3.7.5 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO TERRA.

    3.7.5.1 A partir do conhecimento das quadruplicidades dos ELEMENTOS, temos a capacidade de distinguir claramente qual é a especificidade de cada um dos ELEMENTOS. Por exemplo: vamos observar os signos do ELEMENTO TERRA: Capricórnio, o semeador, que é o mais ativo.

    3.7.5.2 Depois Touro, que é o mais passivo, que sabe esperar, e é o mais perseverante, que mantém posição, que cuida, que protege a vida, que evita que qualquer coisa acidental aconteça, por isso ele não gosta de mudança e não quer correr perigo. Touro protege, como a mãe grávida de nove meses, toma todos os cuidados, porque trará uma vida ao mundo.

    3.7.5.3 Por último encontramos o signo encontramos o signo de Virgem que representa a colheita. Primeiro surge o grão do plantio, que é semeado no período do Capricórnio, germinado no Touro, para ser colhido em Virgem. O signo de Virgem representa a atitude classificadora que discrimina, que separa o grão ruim do bom, ou vai separar o joio do trigo, tendo aí um elemento de discernimento.

    3.7.5.4 O ideal do ELEMENTO TERRA é a busca de segurança no Plano Material.

                            3.7.6 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO ÁGUA,

    3.7.6.1 Com esse entendimento, compreenderemos melhor agora a especificidade dos signos do ELEMENTO ÁGUA, dos quaisCâncer é o que mais tenta realizar externamente o ideal do ELEMENTO ÁGUA que é a buscar a segurança no Plano Emocional.- nossas águas-.

    3.7.6.2 Então, os signos do ELEMENTO ÁGUA buscam segurança das emoções, e isso na forma de ação está mais exteriorizado na família, motivo da fixação do caranguejo ou Câncer, em tomar a iniciativa de criar uma família estável e se dedicar aos filhos, aos pais, toda essa inter-relação familiar. O signo de Câncer rege o estômago e as glândulas mamárias e representa a maternidade e a ação de proteção da família.

    3.7.6.3 O próximo signo do ELEMENTO ÁGUA é o Escorpião, que é um signo de emoções fixas, por isso ele tem a fama de vingativo, porque não quer que as emoções mudem, e qualquer fonte de contrariedade ou perturbação emocional trará uma reação igualmente proporcional.

    Quando se fala de idéia fixa, fala-se de Aquário por que as idéias são representadas pelo ELEMENTO AR. Sabemos que a emoção fixa, quando contrariada, é obsessiva e vingativa, correspondendo ao lado sombrio de Escorpião que tem aquela emoção concentrada em atingir o objetivo, sendo para ele uma questão de tudo ou nada, de vida ou de morte, vai ou racha, que caracteriza o seu lado destemido e determinado, mas também radical.

    3.7.6.4 O último dos signos do ELEMENTO ÁGUA é Peixes – ele é mais transcedentalista, tem menos defesa para este mundo. É um signo mais sonhador que busca a colheita das emoções sublimadas ou na transcendência espiritual.

    3.7.7 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO AR.

    3.7.7.1 O signo de Libra busca expressar os ideais da justiça, da beleza, da harmonia, seja nas atividades artísticas, ou no equilíbrio das Leis.

    3.7.7.2 O signo de Aquário de alguma forma é o signo da fraternidade, da amizade, mas como todos os signos do ELEMENTO AR, é à vezes um pouco distante, preferindo a independência e a liberdade.

    3.7.7.3 O signo de Gêmeos é o que mais dúvidas têm - por ser dominado pela curiosidade. É o signo mais imprevisível e muitas vezes não consegue fazer uma coisa só, e quer fazer duas ao mesmo tempo. Porém Gêmeos tem uma flexibilidade mental extraordinária , uma adaptação para o diálogo e para aprender novos idiomas, que é a sua grande virtude. Na verdade, ele é capaz de dançar duas músicas ao mesmo tempo, e assobiar e chupar cana.

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

                          3.7.8 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO FOGO.


    3.7.8.1 O signo de Áries, vem para decidir, para se impor sobre o ambiente, para nascer, para conquistar seu espaço e sua auto-afirmação. Ele é representado no corpo humano, pela cabeça, que é a primeira parte do corpo que nasce. Vai direto à ação e é impulsivo.

    3.7.8.2 O signo de Leão, não vai tanto à ação, mas manda os outros irem. O signo de Leão é mais comandante, ele senta no trono e indica quem deve fazer o que, organiza a casa, da um urro e “..., cada macaco no seu galho”.

    O signo de Leão estabelece limite nas coisas e impõe disciplina. É também muito presente, com o seu calor humano ele protege as pessoas, por isso representa a função paternal. Às vezes é um pouco interferente porque ele quer dirigir todas as coisas de acordo com a sua vontade, de acordo com as suas normas, por isso pode ser um pouco rígido e teimoso.

    3.7.8.3 O signo de Sagitário, é mais filosófico, é uma mistura de Áries com Leão. Tem a impulsividade de Áries, é rápido como uma flecha para chegar direto ao assunto, por isso é representado por uma flecha. “Sagitta”, em latim, quer dizer “flecha”, “Sagittarius”, o arqueiro.

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

                 3.8 A CARACTERÍSTICA DOS APÓSTOLOS NA ÚLTIMA CEIA.


    3.8.1 OS SIGNOS DAS QUATRO ESTAÇÕES DO ANO E OS APÓSTÓLOS.

    Lembrando-nos das características dos Apóstolos na Última Ceia de Leonardo da Vinci (1452-1519), um afresco, um mural pintado em 1495-9, no refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, que se encontra na cidade de Milão, na Itália, veremos que cada um dos quatro grupos de três Apóstolos, sempre da direita para a esquerda, o primeiro está numa posição inicial, depois o segundo está no meio e o terceiro apóstolo já está no fim da Estação.

    3.8.2 A PRIMEIRA ESTAÇÃO DO ANO. PRIMAVERA.

    Na primeira Estação do Ano está representada a PRIMAVERA, por Áries, Touro e Gêmeos, representados por Simão, Judas Tadeu e Mateus, respectivamente.

    3.8.3 A SEGUNDA ESTAÇÃO DO ANO. VERÃO.

    Temos o VERÃO representado por Câncer, Leão e Virgem, representados, respectivamente, por Felipe, Tiago Menor e São Tomé.

    3.8.4 A TERCEIRA ESTAÇÃO DO ANO. OUTUNO.

    Observamos na seqüência o OUTONO que é representado por Libra, Escorpião e Sagitário, representado por São João, Judas Iscariotes e São Pedro.

    3.8.5 A QUARTA ESTAÇÃO DO ANO. INVERNO.

    O INVERNO, está representado por André, Tiago Maior e Bartolomeu, respectivamente. Bartolomeu é o único Apóstolo que têm os pés na luz.

    3.8.6 Quando entendermos melhor como se aplica o úmido e o seco, o quente e o frio, veremos que aquele centro em torno do qual tudo converge, e que na Última Ceia de Leonardo da Vinci é justamente o ponto equilibrante do quadro, é o Cristo, que na verdade, ele não é nem quente , nem úmido tampouco seco, ele é considerado pelos religiosos o equilíbrio perfeito e imparcial entre todas as tendências.

    3.8.7 O nosso desiderato aqui foi demonstrar aos Terapeutas Holísticos, que de certa maneira, os doze signos representam correlações de polaridades opostas, e que existe toda uma simbologia astrológica, que Carl Gustav Jung (1875-1961) valorizava, ao afirmar:

    “A astrologia merece o reconhecimento da psicologia, porque a astrologia representa a soma de todo o conhecimento psicológico da antiguidade”.(TRES iniciados O CABALION. São Paulo, Editora Pensamento, 1994 p. 24).

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.



    4.1 Os Chakras, também chamados “plexus”, “padmas” ou “lótus”: na teoria hindu, adotada por muito ocultistas ocidentais, são pontos em que se ligam o corpo físico e o corpo astral, ou sutil, e centros de energia física. O ocultismo hindu reconhece 88.000 deles, mas considera apenas trinta suficientemente importantes para ter nome próprio. Há sete Chakras principais próximos ao corpo físico. A palavra Chakra é sânscrita e também significa giro ou roda.

    4.2 Os Chakras são de importância vital, pois é por meio deles que a força vital e as energias entram no corpo físico sendo então direcionadas para qualquer área com desequilibro, e uma vez tenha sido absorvida essa força equilibradora, ela revitaliza a área devolvendo-lhe o estado de equilíbrio.

    4.3 Os religiosos afirmam que em Jesus todos os sete Chakras principais funcionavam perfeitamente, e estavam corretamente despertos e energizados – daí o homem perfeito. Esse é o exemplo pode ser uma promessa válida para cada um e todos nós.

    4.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra FITOTERAPIA EM CINCO MOVIMENTOS à pág. 15, afirma no tópico PONTOS DE ALARME SISTÊMICO que “As tradições milenares chinesas trouxeram aos nossos dias a teoria dos, assim traduzidos “meridianos”, que são caminhos de energia que circulam junto ao corpo e que refletem nosso estado holístico (físico, emocional, social, etc,etc...). Em tese, são infinitos... Contudo, como nosso objetivo é ser prático, trabalharemos com 12 principais”. Neste sentido, somente destacaremos os Chakras relacionados com os doze “medianos”.

    4.5 A parte sacral do segundo Chakra é responsável pelo correto funcionamento dos órgãos reprodutores. O segundo Chakra é chamado de esplênico, conhecido como o energizador, ou vitalizador, pois é por meio dele que muito da energia cósmica flui para o interior do corpo, o pâncreas, a vesícula biliar, o baço e os intestinos, prevenindo o espasmo muscular e a cãibra.

    4.6 O terceiro Chakra é responsável pelos desequilíbrios nervosos, digestivos, vesícula biliar, rins, erupções na pele, etc. O terceiro Chakra é há muito tempo considerado o centro emocional psicossomático onde o medo, o nervosismo e a preocupação, tendem a causar um “frio na boca do estômago”.

    4.7 O quarto Chakra traz a harmonia. A glândula Pituitária é também estimulada a partir daqui. E isso tende a trazer algum controle a todas as glândulas. A circulação também é controlada daqui: o mesmo acontece com o Sistema Nervoso Autônomo. O Nervo Vago funciona em conjunção com a pulsação do coração, e se pulsa demais, isso pode ser trazido sob controle mediante uma pressão gentil com as pontas dos dedos sobre os olhos (pressionando cada olho).



    CAPÍTULO 4. RESULTADOS.


    4.1 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A FITOTERAPIA combinada com as demais técnicas Psicoterapêuticas impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno.

    4.2 Os sinais e os sintomas percebidos e verbalizados pelo Terapeuta Holístico, progressivamente, levam o Cliente, a desenvolver o autoconhecimento e a rápida aceitação das demais técnicas Psicoterapêuticas, validando e aceitando os processos de transformação que são orientados por suas principais queixas.


    CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.


    5.1 Vimos neste trabalho a forma de enxergar a Natureza das plantas, e em apertadas sínteses as vantagens do Milefólio, da Camomila, do Dente-de-Leão e da Cavalinha, todas também de usos possíveis como técnica suplementar na FITOTERAPIA e na Psicoterapia Holística.

    5.2 Vimos também, que nos Pensamentos Pré-Socráticos, notadamente em Empédocles, que concebeu como conjunto de partículas homogêneas o FOGO, a TERRA, o AR e a ÁGUA, colocando-os sobre os mesmo planos igualmente vivos e divinos suas qualidades próprias e inalteráveis.

    5.3 Está evidenciado na ampla bibliografia existente que os Pensamentos Pré-Socráticos também fazem parte integrante dos CINCO MOVIMENTOS CHINESES, no qual se apóia, entre outros, a FITOTERAPIA.

    5.4 Vimos também a idéia da evolução de como os Quatro Elementos vão formar o Zodíaco, sabendo-se que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos através dos Quatro Elementos.

    5.5 Por fim, vimos às relações entre os Chakras e os Meridianos.

    5.6 A comparação da linha seguida por esta Monografia com a bibliografia existente poderia ser fundamentada no princípio orientador da Monografia ora apresentada que leva também em considerações os aspectos sócio-somato-psíquicos, em que as interações das estruturas física, dinâmico funcional e psíquico correspondentes, podem ser reveladas.

    5.7 Por outro lado, a bibliografia especializada é estreitamente limitada no enfoque das técnicas de “como fazer”, “como não fazer” e “para o que serve”, etc. Não menos importante, e talvez melhor do que tudo isso, pôde ser aprendido pelo autor no Curso deFITOTERAPIA turma 2008, objeto da presente Monografia. Porém, não há razões para discordar dos diversos autores que já publicaram seus livros com objetivos específicos, merecem aplausos! Deixamos para os Terapeutas Holísticos e para a Comunidade de Estudos Avançados em Psicoterapia Holística, se for o caso, a ampla discussão sobre a presente Monografia.


    CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.


    6.1 Considerem este trabalho como resultados da intervenção em vários atendimentos, de estudos e pesquisas realizados pelo autor. É uma opção que abrange a complexidade da FITOTERAPIA com os estados humanos em conjugação com o somático, dos pontos de vista objetivo, subjetivo e psíquico,

    6.2 O desiderato do autor em apresentar as especificidades dos Quatro Elementos é para que a mesma seja amplamente discutida, testada, validada e, finalmente, que os Terapeutas Holísticos, a utilizem como um equipamento suplementar do seu atendimento. Neste modelo não há irracionalismos.




    6.3 Observamos sempre fenômenos físicos e químicos ao nosso entorno. Quase tudo que nos cerca é considerado matéria (tudo que tem massa e ocupa lugar no Universo), o ELEMENTO AR, o ELEMENTO ÁGUA, o ELEMENTO TERRA, o ELEMENTO FOGO, os movimentos MADEIRA e METAL, etc. A matéria é formada pelo hidrogênio e pelo oxigênio.

    6.4 Todos os vegetais são seres multicelulares e eucariontes. Também são autótrofos, ou seja, capazes de produzir o seu próprio alimento e o fazem por meio do processo chamado fotossíntese.

    6.5 As plantas possuem um pigmento de cor verde chamado de clorofila. A clorofila ocorre na presença do ELEMENTO ÁGUA e da luz Solar, exigindo também gás carbônico obtido do ELEMENTO AR. Nesse processo, são produzidos açúcar, O ELEMENTO ÁGUA e o oxigênio (ELEMENTO AR), que é lançado de volta à atmosfera. O ELEMENTO ÁGUA quando adicionado ao açúcar produzido na fotosíntesse, é o combustível natural da planta.

    6.6 As folhas são os órgãos responsáveis por importantes funções para a planta que são: a fotossíntese, a respiração e a transpiração. As folhas normalmente apresentam-se em tipos muito variados devido a sua especialização em relação ao meio em que se desenvolvem. No caso de se encontrarem em regiões de baixa umidade e grande luminosidade, como nos desertos, as folhas apresentam-se pequenas e em pouca quantidade, enquanto que nas regiões de alta umidade e pouca luminosidade, como nas florestas, as plantas apresentam folhas grandes e numerosas.

    6.7 Desde o final do século XIX as plantas são classificadas em suas bases reprodutivas, e a presença ou não de sementes nas plantas é parte fundamental dessa distinção. Elas são na verdade, divididas em dois grandes grupos chamados de Criptogramas (Crípto = oculto) que são o grupo de plantas sem sementes e as Fanerógamas (Fânero= aparente), que são as plantas com sementes.

    6.8 Consideramos também o tema da ciclícidade, que é também a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS também chamados de triplicidade e as qualidades também chamadas gunas, quadruplicidade ou cruzes vão formar o Zodíaco. Sabemos que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos do Zodíaco através dos QUATRO ELEMENTOS e das emoções.

    6.9 A partir do conhecimento das quadruplicidades dos ELEMENTOS, temos a capacidade de distinguir claramente qual é a especificidade de cada um Por exemplo: vamos observar os signos do ELEMENTO TERRA: Capricórnio, o semeador, que é o mais ativo. Depois Touro, que é o mais passivo. Por último encontramos o signo de Virgem que representa a colheita.

    6.10 Passamos para os signos do ELEMENTO ÁGUA que buscam segurança das emoções. A fixação do caranguejo ou Câncer, em tomar a iniciativa de criar uma família estável e se dedicar aos filhos. O signo de Escorpião é um signo de emoções fixas e por isso ele tem a fama de vingativo, porque não quer que as emoções mudem, e qualquer fonte de contrariedade ou perturbação emocional trará uma reação igualmente proporcional.

    6.11 O último dos signos do ELEMENTO ÁGUA é Peixes – ele é mais transcendentalista, tem menos defesa para este mundo. É um signo mais sonhador que busca a colheita das emoções sublimadas ou na transcendência espiritual.

    6.12 Re-visitando o ELEMENTO AR, chegamos ao signo de Libra que busca expressar os ideais da justiça, da beleza, da harmonia, seja nas atividades artísticas, ou no equilíbrio das Leis.

    6.13 O signo de Aquário de alguma forma é o signo da fraternidade, da amizade, mas como todos os signos do ELEMENTO AR, é à vezes um pouco distante, preferindo a independência e a liberdade.

    6.14 O signo de Gêmeos é o que mais dúvidas têm - por ser dominado pela curiosidade. É o signo mais imprevisível e muitas vezes não consegue fazer uma coisa só, e quer fazer duas ao mesmo tempo. Porém Gêmeos tem uma flexibilidade mental extraordinária.

    6.15 O primeiro signo signo do ELEMENTO FOGO é Áries, que vem para decidir, para se impor sobre o ambiente, para nascer, para conquistar seu espaço e sua auto-afirmação. Vai direto à ação e é impulsivo.

    6.16 O signo de Leão, não vai tanto à ação, mas manda os outros irem. O signo de Leão é mais comandante, ele senta no trono e indica quem deve fazer o que, organiza a casa, da um urro e “..., cada macaco no seu galho”.

    6.17 O signo de Sagitário, é mais filosófico, é uma mistura de Áries com Leão. Tem a impulsividade do Áries, é rápido como uma flecha para chegar direto ao assunto, por isso é representado por uma flecha. “Sagitta”, em latim, quer dizer “flecha”, “Sagittarius”, o arqueiro.



    6.18 Re-visitamos também os conceitos das QUATRO ESTAÇÕES DO ANO, então, na primeira está representada a PRIMAVERA, com os signos de Áries, Touro e Gêmeos. Na segunda, temos o VERÃO representado por Câncer, Leão e Virgem. Observamos na terceira, o OUTONO que é representado por Libra, Escorpião e Sagitário.  Na quarta, INVERNO que está representado por Capricórnio, Aquário, Peixes.

    6.19 Também destacamos os Chakras relacionados com os doze “medianos”.

    7. Destarte, a Análise acontece à luz do que todos nos sabemos, e sabemos mais do que se pode imaginar superficialmente, ou já detemos informações em um nível para justificar a aplicação parcial ou total da presente Monografia.

    7.2 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A FITOTERAPIA combinada com Psicoterapia Holística, impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno e que o cultivo de comportamentos que satisfazem mais aos outros do que a si mesmo exige a inibição de vontades e necessidades, limita a expressão, a criatividade, e estimula o predomínio da racionalidade.

    7.3 Através da observação da presente Monografia o Terapeuta Holístico poderá determinar outros procedimentos para sua estratégia, bem como as diretrizes eficazes para a terapêutica holística aplicável, pois em se tratando de uma queixa qualquer, o pensamento abstrato do Terapeuta Holístico nunca deixa de inquirir repetidamente sobre a causa.

    7.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra O MICROCOSMO SAGRADO à pág. 16 afirma que “A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam também as forças ígneas da terra.Enquanto manifestações da vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadora de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica”.







    8. Aquele que desejar firmar os pés nas técnicas básicas de ACONSELHAMENTO, deve ter bem claro, mediante profunda reflexão, que a inquirição sobre a origem da causa da queixa do Cliente deve cessar em algum ponto, pois ao ultrapassá-lo, estará praticando um mero jogo de pensamento, por exemplo:


    8.1 Ao observarmos os “sulcos” em uma pista de pouso, poderíamos inquirir a origem desses sulcos e como resposta teríamos que provêm das rodas de aeronave.


    8.2 Podemos continuar a perguntar: por que foram os sulcos traçados pela aeronave? Sendo respondido: porque a aeronave passou pela pista de pouso.


    8.3 Podemos continuar a perguntar: por que passou pela pista de pouso? Recebendo a resposta: porque transportava pessoas e cargas. Com estas perguntas chega-se finalmente, a saber, quais motivos dos sulcos na pista de pouso. E se não pararmos no fato, perderemos o verdadeiro fio do assunto e permaneceremos num mero jogo de perguntas.


    8.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra  PSICOTERAPIA HOLÍSTICA à pág. 6 e 7, define “ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudança em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e a habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote”.


    CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESTRITAS.


    AUBENQUE PIERRE, BERNHARDT JENA, CHÂTELET FRANÇOIS. “História da Filosofia, Idéias e Doutrinas”, 1a edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora Zahar Editores, 1973;

    HADDAD LIMA AMIM RAIMUNDO. A ANÁLISE HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA. HOLOPÉDIA – SINTE – 29/05/2008;

    LINDEMANN RICARDO. A CIÊNCIA DA ASTROLOGIA E AS ESCOLAS DE MISTÉRIOS. 1ª Edição, Brasília-DF, Editora Teosófica, 2007;

    REVISTA THEOSOFIA - JAN/FEV/MAR/2009, Sociedade Teosófica no Brasil –site www.sociedadeteosofica.org.br

    STEINER RUDOLF –FUNDAMENTOS DA AGRICULTURA BIODINÂMICA- 1ª Edição, São Paulo-SP, Editora Antroposófica, 1993.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “O Microcosmo Sagrado, 2a edição, São Paulo-SP , SinteBooks, 2006;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Psicoterapia Holística, 1a edição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2007.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Fitoterapia em Cinco Movimentos, Volume I -1aedição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2005.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Fitoteca Em Cinco Movimentos, 1a edição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2005.

    ANEXOS E APÊNDICES. Não apresentamos.

    Autor: : RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD
    Última atualização: 09/09/2009 14:47


    I Ching - O Software Do EU

     I Ching - O Software Do EU

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

     

    Sumário


    Resumo

    Introdução

    Material e Metodologia

    Resultados

    Discussão

    Conclusões

    Referências Bibliográficas

    Anexos e Apêndices

     

     

    Resumo

    Este trabalho aborda a utilização do I Ching como instrumento auxiliar à Psicoterapia Holística, análogo às técnicas de associação "livre" e de interpretação de sonhos. 

    Igualmente discursa sobre sobre a sincronicidade (coincidências emocionalmente significativas) entre os símbolos gerados aleatoriamente (hexagramas) e o inconsciente do Cliente, como forma de propiciar "insights" e catarses durante a interpretação conjunta dos textos e imagens milenares.

    E, a título lúdico, apresenta o I Ching como o antecessor do código binário utilizado na moderna computação, tendo as linhas, ora Yin, ora Yang, o mesmo papel dos numerais zero e um, a compor todo o Universo de possibilidades, sintetizadas em 64 situações arquetípicas com as quais todo indivíduo inconscientemente se percebe refletido.

     
     Introdução

    Milenarmenteutilizado como forma de meditação pelos estudiosos e como oráculo pelosleigos, o I Ching foi apresentando ao século 20 como viável instrumentoterapêutico, graças à pública simpatia de Carl Gustav Jung,um dos maiores nomes da Psicanálise, por este instrumento, demonstradaem seu prefácio à obra "I Ching - O Livro Das Mutações", de RichardWilhelm, principal responsável em introduzir o sistema ao Ocidente.

    Também na lista de célebres admiradores do I Ching, contamos com Gottfried Wilheim Leibniz,que assumiu a grande similaridade com o sistema binário (a basematemática da linguagem de computação...) por ele desenvolvido, assimcomo Niels Bohr, umdos pais da física quântica, que reconheceu as semelhanças entre suaciência das partículas e as mutações descritas neste que é consideradoo livro mais antigo do mundo (cerca de 5 mil anos), além do polêmicocientista biomolecular Johnson F. Yan, que demonstrou a curiosasemelhança entre a matemática do DNA e a do I Ching, popularizado emsua obra "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" e, claro, o mais reverenciadofilósofo chinês, cujo nome latinizado é Confúcio, a quem se atribuivários textos interpretativos aos hexagramas.

    OI Ching atua como "espelho" onde refletimos nosso próprio inconscientee sua eficácia neste sentindo é tamanha, a tal ponto de renomadosmatemáticos, físicos, biólogos, filósofos e, mais diretamenterelacionado à nossa proposta, psicanalistas, enxergarem a si e a seustrabalhos espelhados nos símbolos antigos. 

    Da mesma forma, o Terapeuta Holístico podefazer uso deste instrumento, tanto para acessar seu próprioinconsciente e maximizar-se como pessoa e profissional, quanto comométodo lúdico de contornar a resistência racional dos Clientes emaflorar materiais psíquicos não conscientes, bem como clarificar oentendimento do momento. 

     

    Material e Metodologia

    Aidade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmentepoderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houverautorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e oprofissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional docandidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha doCliente.

    O profissional que atua com o I Ching é um TERAPEUTA HOLÍSTICO, Modalidade: Terapia Em Sincronicidade,que distingue-se dos demais por atuar junto ao seu cliente sem aobrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumassituações nem sequer é necessária a presença do mesmo. 

    Esteprofissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidadejunguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, taiscomo radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, IChing, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliaçãodo quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição eo pensamento não-linear. 

    Deposse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas comoreiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além dadiscussão interativa com o cliente de aspectos levantados ouastrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodostradicionais de "previsão", acrescidos de aconselhamento, levando aoautoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns:comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma,incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida(aumento máximo das oportunidades e minimização das condiçõesadversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões,inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além departiculares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada dedecisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promovera harmonização energética de ambientes.

    OTerapeuta Holístico deve explicar o processo de Terapia emSincronicidade com detalhes e certificar-se de que seu clientecompreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexistevinculação religiosa ou de credo ao trabalho. Deve esclarecer que ossímbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.)jamais determinam as características e acontecimentossócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regeremsincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos dereferência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos. 

    Necessitatornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsõestaxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposiçõescom maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um períodoou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões. 

    Pertinentefazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, queao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração deletras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso depedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-secom as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim,considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativosenvolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    Oconsultório deve estar aparelhado para proporcionar temperaturaambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena,minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente paracom o profissional.

    OTerapeuta Holístico, por meio de variadas técnicas (relaxamento viatoque ou induzido verbalmente, musicoterapia, aromaterapia,cromoterapia e similares), deve propiciar ao Cliente um estado deserenidade, condição ideal para melhor aproveitamento da sessão em queincluir o I Ching. Opensamento deve focar em uma pergunta objetiva sobre a situação quedesejam aprofundar em terapia. Isto feito, opta por um método de geraraleatoriamente o hexagrama que servirá de "espelho" arquetípico onde oconsulente refletirá a si mesmo. 

    Ohexagrama, como o nome sugere, é composto por seis linhas, cada qualpodendo ser classificada como yin (representada graficamente por umalinha interrompida: _ _ ), ou yang (representada por uma linha contínua: ___ ),sendo unidas umas sobre as outras, de baixo para cima. Originalmenterealizado por varetas de milefólio, o "sorteio" popularizou-se via usode três moedas de duas faces distintas, arbitrando-se o valor numérico2 (dois) para o lado par e 3 (três) para o ímpar. A soma das trêsmoedas sendo par, está pré-definida como sendo uma linha yin ( _ _ ) e,caso ímpar, resulta em linha yang ( __ ), sendo repetido o procedimento até obter as 6 linhas que comporão o hexagrama. 

    Com o auxílio da literatura sobre o I Ching (recomendamos o excelente "I Ching: o Livro das Mutações",de Richard Wilhelm, impresso pela Editora Pensamento-Cultrix), queincluem uma tabela como a seguinte, identifica-se o númerocorrespondente ao hexagrama obtido e consulta-se os textos relacionados.

     

    Trigrama
    superior
     
    ----------------
    Trigrama inferior 
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Trigramme zhèn du Yi Jing 
    Chên, o Incitar

    Trovão
    Trigramme kǎn du Yi Jing 
    K´an, o Abismal

    Água
    Trigramme gèn du Yi Jing 
    Kên, a Quietude
    Montanha
    Trigramme kūn du Yi Jing 
    K´un, o Receptivo

    Terra
    Trigramme xùn du Yi Jing 
    Sun, a Suavidade

    Vento
    Trigramme lí du Yi Jing 
    Li, o Aderir

    Fogo
    Trigramme duì du Yi Jing 
    Tui, a Alegria

    Lago
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Hexagramme 1 du Yi Jing
    1
    Hexagramme 34 du Yi Jing
    34
    Hexagramme 5 du Yi Jing
    5
    Hexagramme 26 du Yi Jing
    26
    Hexagramme 11 du Yi Jing
    11
    Hexagramme 9 du Yi Jing
    09
    Hexagramme 14 du Yi Jing
    14
    Hexagramme 43 du Yi Jing
    43
    Trigramme zhèn du Yi Jing Chên, o Incitar
    Trovão
    Hexagramme 25 du Yi Jing
    25
    Hexagramme 51 du Yi Jing
    51
    Hexagramme 3 du Yi Jing
    3
    Hexagramme 27 du Yi Jing
    27
    Hexagramme 24 du Yi Jing
    24
    Hexagramme 42 du Yi Jing
    42
    Hexagramme 21 du Yi Jing
    21
    Hexagramme 17 du Yi Jing
    17
    Trigramme kǎn du Yi Jing K´an, o Abisma
    Água
    Hexagramme 6 du Yi Jing
    6
    Hexagramme 40 du Yi Jing
    40
    Hexagramme 29 du Yi Jing
    29
    Hexagramme 4 du Yi Jing
    4
    Hexagramme 7 du Yi Jing
    7
    Hexagramme 59 du Yi Jing
    59
    Hexagramme 64 du Yi Jing
    64
    Hexagramme 47 du Yi Jing
    47
    Trigramme gèn du Yi Jing Kên, a Quietude
    Montanha
    Hexagramme 33 du Yi Jing
    33
    Hexagramme 62 du Yi Jing
    62
    Hexagramme 39 du Yi Jing
    39
    Hexagramme 52 du Yi Jing
    52
    Hexagramme 15 du Yi Jing
    15
    Hexagramme 53 du Yi Jing
    53
    Hexagramme 56 du Yi Jing
    56
    Hexagramme 31 du Yi Jing
    31
    Trigramme kūn du Yi Jing K´un, o Receptivo
    Terra
    Hexagramme 12 du Yi Jing
    12
    Hexagramme 16 du Yi Jing
    16
    Hexagramme 8 du Yi Jing
    8
    Hexagramme 23 du Yi Jing
    23
    Hexagramme 2 du Yi Jing
    2
    Hexagramme 20 du Yi Jing
    20
    Hexagramme 35 du Yi Jing
    35
    Hexagramme 45 du Yi Jing
    45
    Trigramme xùn du Yi Jing Sun, a Suavidade
    Vento
    Hexagramme 44 du Yi Jing
    44
    Hexagramme 32 du Yi Jing
    32
    Hexagramme 48 du Yi Jing
    48
    Hexagramme 18 du Yi Jing
    18
    Hexagramme 46 du Yi Jing
    46
    Hexagramme 57 du Yi Jing
    57
    Hexagramme 50 du Yi Jing
    50
    Hexagramme 28 du Yi Jing
    28
    Trigramme lí du Yi Jing Li, o Aderir
    Fogo
    Hexagramme 13 du Yi Jing
    13
    Hexagramme 55 du Yi Jing
    55
    Hexagramme 63 du Yi Jing
    63
    Hexagramme 22 du Yi Jing
    22
    Hexagramme 36 du Yi Jing
    36
    Hexagramme 37 du Yi Jing
    37
    Hexagramme 30 du Yi Jing
    30
    Hexagramme 49 du Yi Jing
    49
    Trigramme duì du Yi Jing Tui, a Alegria
    Lago
    Hexagramme 10 du Yi Jing
    10
    Hexagramme 54 du Yi Jing
    54
    Hexagramme 60 du Yi Jing
    60
    Hexagramme 41 du Yi Jing
    41
    Hexagramme 19 du Yi Jing
    19
    Hexagramme 61 du Yi Jing
    61
    Hexagramme 38 du Yi Jing
    38
    Hexagramme 58 du Yi Jing
    58


    Comumente,o nome dos trigramas (hexagramas são compostos por dois trigramas), bemcomo do hexagrama em si, por si só, induzem a imagens mentais desituações análogas na natureza, provocando respostas emocionais. Nolivro recomendado existe também descrições e comentários, quanto àslinhas, aos trigramas e ao hexagrama em si, tanto de origem milenar,quanto do próprio autor e a e leitura dos mesmos frequentemente causa"insights", onde o consulente percebe coincidências significativasentre o descrito e a resposta que procura.

    Portradição, as linhas que resultem das três moedas com a mesma face (3"caras", ou 3 "coroas"), ou, no caso de outro sistema de sorteio, omaior número par possível (seis), ou maior número ímpar possível(nove), por si só seriam objeto de atenção especial, existendo textosespecíficos a serem lidos e interpretados, para cada linha nestasituação, que são chamadas de "linhas móveis". 

    A"mobilidade" sugerida implica que, estando na soma numérica máxima dacondição par (yin) ou ímpar (yang), as linhas nestas condições estãoprestes a se transformar em seu oposto ( de _ _ passaria para __ evice-versa...), obtendo-se assim, um novo hexagrama, desta vezrelacionado a uma situação futura, que seria decorrência natural datransmutação no tempo, do quadro apresentado inicialmente, que é focadono momento presente. Novamente, a consulta à tabela acima, levaria aostextos correspondentes, que acrescentariam mais subsídios para oconsulente espelhar-se e obter conclusões.

    Atualmente,existe muitos softwares capazes de realizar o sorteio do hexagrama, bemcomo já localizar os textos correspondentes ao mesmo. O próprio SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS vem desenvolvendo uma versão online, para uso de seus associados.

    OTerapeuta Holístico traz à pauta terapêutica as sincronicidadespercebidas pelo Cliente em relação à sessão com o I Ching, tal comofaria nas técnicas de interpretação de sonhos e de associações"livres", realizando uma discussão interativa sobre os aspectoslevantados, auxiliando o consulente a reconhecer conteúdos psíquicosseus que projetou durante o exercício lúdico de interpretação dohexagrama. 

     

    Resultados

    Ométodo mostrou-se eficaz como forma de acesso ao inconsciente,contornando as defesas racionais que comumente bloqueiam o aflorar dematerial psíquico, bem como foi particularmente útil com Clientes quetenham resistência maior perante as alternativas mais usuais deampliação da consciência, tais como análise de sonhos e associaçõeslivres. A interpretação e discussão de hexagramas obtidos possibilitauma sequência de pautas a serem trabalhadas em sessões continuadas,funcionando como fio de meada eficiente para a evolução dos processosde autoconhecimento almejados na terapia.


    Discussão 

    Boaparte do esforço terapêutico se dá no sentido de acessar o conteúdopsíquico inconsciente do Cliente, trazendo-o à consciência e auxiliar àmaior compreensão e assimilação, resultando em autoconhecimento e, porconsequência, uma melhoria na Qualidade de Vida

    Quantomais objetivo e racional for o método adotado para este fim, tanto maisfácil será para que as defesas e a resistência à terapia criemobstáculos ao aflorar de material reprimido. É válido, pois, que seutilize igualmente técnicas de cunho subjetivo, capazes de contornar aresistência do racional e possibilitar que, de forma indireta, semanifestem aspectos psíquicos, projetados em algo externo ao que sejacomumente associado com o "eu". O analista atento será capaz deidentificar as projeções e colher subsídios para a evolução da terapia.A Psicanálise clássica tira bom proveito da técnica de associaçãolivre, na qual o Cliente, ao entregar-se ao "jogo" de expressar tudoque lhe vier à mente, sem censura e da forma mais espontânea eimpensada, frequentemente traz à tona informações reprimidas sobre simesmo, sem se dar conta de imediato, contornando desta forma, aresistência natural que impede o aflorar destes conteúdos. Ainterpretação de sonhos segue este mesmo caminho, pois, nosso racionalnão se dá conta, a princípio, de que ao falar do que aconteceu nouniverso onírico, estamos, na verdade, contando sobre nós mesmos. OPsicodrama, a Arteterapia, igualmente possibilitam "palco" e "tela"onde o Cliente interpreta e pinta a si mesmo, sem se dar conta imediatado processo, evitando dessa forma que as defesas racionais bloqueiem oeclodir do material psíquico.

    Dentro desta mesma linha, os métodos que utilizam o conceito junguiano de SINCRONICIDADE, tais como Astrologia, Numerologia, Tarô e, mais particularmente ao caso, o I Ching,funcionam perfeitamente como formas de acessar o inconsciente e detrazer à tona material antes reprimido, no decorrer do exercício deinterpretação.

    Aindaque de origem milenar e oriental, o I Ching, quanto à forma, está emparalelo com as mais modernas e ocidentais concepções. O conceito de umuniverso em contínua mutação possui evidentes analogias com a visão domicroscosmo das partículas, antes tida como imutáveis, e que agora sãoconcebidas como transmutáveis umas nas outras, na visão da físicaquântica. 

    Jáa incrível coincidência entre a matemática do DNA e as suas 64possíveis combinações e igual número e forma de hexagramas do I Ching,novamente colocam o secular sistema em sintonia com os nossos tempos.

    Maispróxima ao cotidiano de todos, a computação, onipresente na vidamoderna, simplesmente se baseia na mesma matemática que o I Ching: TUDOé sintetizável e expresso sob  combinações de tão somente duasvariáveis opostas e complementares: "0" (desligado, negativo) e "1"(ligado, positivo), ou seja, yin ( _ _ ) e yang ( __ ) !

    Veja a palavra ALEGRIA, escrita em linguagem de computação: 

     

    01000001011011000110010101100111011100100110100101100001

     

    E a mesma expressão, sintetizada em um hexagrama:

     

    _  _  0
    ___  1
    ___  1
    _  _  0
    ___  1
    ___  1

    Damesma forma como a linguagem "pura" do computador nos é incompreensívele precisamos de sistemas operacionais (DOS, Windows, Linux...) quefaçam a tradução, bem como de "softwares" (aplicativos) para tarefasespecíficas, igualmente o entendimento direto de um hexagrama nosescapa e necessitamos de "traduções" desta linguagem primordial,servindo para tal, os textos de autores seculares e modernos, que nostrazem suas interpretações quanto às linhas, trigramas e hexagramas.

    Assimcomo o computador, tão somente variando entre zero e um, nos dá acessoa textos, imagens, sons, vídeos, cores, igualmente o I Ching,alternando entre yin e yang, resulta em combinações que evocam em cadaum de nós, situações típicas pelas quais todos passamos em algummomento, mais precisamente, 64 circunstâncias "universais", ARQUETÍPICAS, tão antigas e primordiais que fazem parte do INCONSCIENTE COLETIVO e, como tal, automaticamente evocam nossa empatia. 

    Cadahexagrama é um espelho no qual refletimos uma faceta de nós mesmos.Neste quesito, até o mais cético e racional dos indivíduos éperfeitamente capaz de compreender e aceitar. O que realmente causaadmiração a quem pratica e suspeição em quem nunca experienciou ofenômeno, é que o signo gerado ao "acaso" pelas variáveis do yin eyang, resulta em algo mais do que uma "tela" em que projetamos aspectosinconsciente de nosso psiquismo... Até mesmo um "observador externo" aoevento percebe evidentes coincidências entre a pergunta original e osímbolo resultante pelo método do I Ching. Não existe uma relaçãocausal, mas, subjetivamente, emocionalmente, é sentido que é ocorrecontinuadamente coincidências significativas, ou seja, SINCRONICIDADES entre o momento vivenciado pelo consulente e a interpretação clássica do hexagrama resultante.

     

    Nestetrabalho aqui apresentado, teceu-se várias metáforas relacionando osistema com "telas" onde o Cliente pinta a si mesmo; neste ponto datese, convém ampliarmos a analogia, considerando cada hexagrama comouma obra-prima retratada há milhares de anos, cuja interpretação já foiobjeto de dedicação de inúmeros especialistas no decorrer dos tempos. AMona Lisa, de Da Vinci, é coletivamente conhecida por seu sorrisoenigmático. Individualmente, pode ocorrer de alguém olhar ao quadro econsiderar a mulher retratada como estando, por exemplo, triste. Nestasituação hipotética, há grandes chances da pessoa estar PROJETANDO suatristeza como se fosse algo externo a si, defensivamente atribuindo suaemoção não compreendida para a tela. Claro que, em terapia, a situaçãodescrita, por si só, teria proporcionado um bom subsídio... 

    Já no contexto terapêutico em que se emprega o I Ching, o procedimento terá que ser complementado. Quando um profissional, um Terapeuta Holístico,se propõe a incluir esta técnica a disposição de seus Clientes, há deestudar as interpretações clássicas de cada hexagrama, pois,partindo-se do pressuposto da SINCRONICIDADE, ainda que sejafundamental tudo o que o consulente projetar de si sobre os símbolos,também será importante o arquétipo, quanto ao seu consensointerpretativo clássico, cabendo levantar a hipótese de o indivíduoenquadrar-se no contexto e estar resistindo inconscientemente emconstatar. 

    Aindano campo metafórico, algo como um espelho refletindo uma pessoa magra(dentro de parâmetros de interpretação padronizados pela sociedade..),que vê a si como estando acima do peso, pois, devido a educaçãorecebida, traumas, etc..., desenvolveu uma auto-imagem de inadequação.Caberia ao Terapeuta Holístico constatar a provável disparidade eincluir na pauta das sessões uma forma de auxiliar o Cliente em rever aimagem que fixou sobre si mesmo. Também no espelhamento frente a umhexagrama, o profissional deve observar se há discrepânciasignificativa entre a interpretação pessoal do consulente e a versãoclássica e se é caso de propor e proporcionar oportunidade dereavaliação de sua percepção do momento.

    O I Ching, quanto empregado no âmbito terapêutico, tem claro enfoque de que está sendo acessado o INCONSCIENTE,não apenas o coletivo, mas essencialmente o INDIVIDUAL, cabendo aoTerapeuta Holístico catalizar a interpretação do Cliente quanto aoshexagramas, inclusive, suprindo-o de informações quanto à visãoclássica de seus significados, mantendo-se atento a identificar oconteúdo psíquico que se apresentar refletido, para que possa, nomomento oportuno, reapresentar à pauta das sessões.


    Conclusões

    Boaparte da Clientela da Terapia Holística possui curiosidade e aceitaçãoquanto a técnicas que envolvam a Sincronicidade, como é o caso do I Ching, especialmentedestacado graças à simpatia pública de grandes pensadores, e, ainda quemilenar, mantendo-se em surpreendente atualidade quanto ao linguajarmatemático em que se estrutura, similar ao dos computadores, que estãocada vez mais inseridos no dia-a-dia de nossa vida moderna.

    Aampliação do autoconhecimento é premissa para toda Terapia, o que exigedos profissionais o conhecimento e aplicação de técnicas que propiciemacesso ao inconsciente de cada Cliente, trazendo à consciênciaconteúdos psíquicos para serem compreendidos e integrados. Os sistemas("mecanismos"...) de defesa criam a natural e esperada resistência aeste processo de aflorar do psiquismo, cabendo ao analista encontrarformas de contornar e abrandar esta reação contrária, elegendo qual atécnica adotar, para cada indivíduo e a cada momento. 

    Somando-seà milenar análise dos sonhos, às técnicas vivenciais de catarse, àserena e freudiana associação livre de idéias, dentre inúmeros outrosinstrumentos, este trabalho apresenta o uso do I Ching como mais umeficaz e lúdico sistema a ser aplicado nos consultórios.

    OPsicanalista Carl G. Jung o considerou um guia para o inconsciente. Jáesta dissertação, de forma bem-humorada quanto à sua analogia com osmodernos sistemas de informática, acrescenta que o I Ching é umverdadeiro "software" do Eu.

     

    Referências Bibliográficas

    "I Ching: o Livro das Mutações" - Richard Wilhelm - Editora Pensamento-Cultrix

    “Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" - Johnson F. Yan - Madras

    "I Ching - O Livro Do Yin E Do Yang" - Cyrille Javary -Editora Pensamento-Cultrix

    "O Tao Da Física: Um Paralelo Entre A Física Moderna E O Misticismo Oriental" - Fritjof Capra - Editora Pensamento-Cultrix

     

    Anexos e Apêndices

     

    Coincidência entre os estudos do DNA e do I Ching

    Quadro-resumo das semelhanças

    DNA I Ching
    O DNA encerra todos os processos vitais de todos os seres vivos, determinados por uma estrutura com formação precisa. O I Ching engloba todos os processos existenciais dos seres vivos, através de uma estrutura com formação precisa.
    A base do DNA é constituída pela polaridade da dupla hélice, sendo a manifestação fundamental da vida. A base do I Ching é constituída pela polaridade Yin-Yang, manifestação fundamental do princípio universal.
    Quatro moléculas compõem a hélice dupla do DNA: adenina, timina, citosina e guanina; elas se interligam aos pares. Quatro símbolos são utilizados para compor uma codificação: yang-repouso, yang-móvel, yin-repouso e yin-móvel; eles se interligam aos pares.
    Três destas moléculas formam uma palavra-código para a síntese da proteína. Três destes símbolos formam um trigrama, que é a imagem fundamental a formar os hexagramas.
    Cada palavra é constituída de três letras dentre quatro possíveis. Cada trigrama é constituída de três símbolos dentre quatro possíveis.
    A direção de leitura das palavras-código é estritamente determinada. A direção de leitura dos trigramas é estritamente determinada.
    Duas das tríades denominam-se "início" e "fim". Marcam o começo e o término de uma frase-código. Dois dos hexagramas denominam-se "Antes do Fim" e "Após o Fim". Marcam fim e início de uma situação vivencial.
    A programação da identidade genética é determinada por um código de 64 palavras. Os hexagramas são as identidades de interpretação e formam um conjunto de 64 condições.
    Uma ou diversas tríades programam a construção de cada um dos vinte aminoácidos; seqüências bem determinadas dessas tríades elaboram a forma e construção de todos os seres vivos, dento de um contexto evolutivo. Uma ou diversas tríades formam hexagramas que fornecem imagens vívidas e precisas de estados dinâmicos da vivência; seqüências bem determinadas dessas tríades determinam uma programação de destino, dentro de um contexto evolutivo.

    Fonte: http://www.mlopes.eng.br/iching/dna2.htm


     

    NTSV — TS 001-Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    1. SUMÁRIO


    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TS 001 - Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

     

    2. PREFÁCIO


      Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas= regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais;setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias= sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõeuma atitude voluntária dos profissionais a partir de umaconscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerápontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, taiscomo Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética,Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força deLei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião dafiliação espontânea de cada membro junto à entidadeauto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissõesregulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido atémesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, asentidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sançõesestatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quandomuito, excluir um membro do quadro social.
       As entidadesAuto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos àsociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aosserviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internasda organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado públicoatravés de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicase Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo semobrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencialmuito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei demercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada veztem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostracrescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total oudo total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos AnexosInformativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídiospara melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV,além de facilitar a co


    3. INTRODUÇÃO 

     

    ATerapia em Sincronicidade conta com uma vasta bibliografia e grandeaceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentesquanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípiosbásicos para as boas práticas profissionais que nortearão aauto-regulamentação da Terapia Holística.

     

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

     

    4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE — Boas Práticas

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

     

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

     

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 
    TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear. De posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.
    5.1.3 
    CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 
    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 
    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 
    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 
    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 
    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 
    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro TH, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 
    SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 
    JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 
    TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 
    ARQUÉTIPO: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.
    5.1.14 
    SÍMBOLO: é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Muitas vezes representado na forma de imagens ou sons, funciona como uma forma de linguagem do inconsciente, expressa nos sonhos, nas artes, nos exercícios de imaginação ativa, dentre outras situações. Pode ter um significado individual ou coletivo.
    5.1.15 
    TERAPIA EM SINCRONICIDADE: sistema que utiliza métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo ou organização, catalisando o cliente ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas) e na habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais, além de promover a harmonização de ambientes.
    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas


    TH — Terapeuta Holístico;
    TS — Terapia em Sincronicidade;
    THS — Terapeuta em Sincronicidade;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TS

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TS com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vinculação religiosa ou de credo ao trabalho.

    5.3.3.2.1 — Esclarecer que os símbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.) jamais determinam as características e acontecimentos sócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regerem sincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos de referência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos.
    5.3.3.2.2 — Tornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsões taxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposições com maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um período ou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões.
    5.3.3.2.3 — Fazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, que ao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração de letras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso de pedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-se com as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim, considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativos envolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    5.3.3.3 — O THS tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver sua intuição e pensamento não-linear, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de interferências estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.

    5.3.3.3.4 — O THS avalia o cliente e/ou do ambiente, interpretando os símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo, identificando quais as potencialidades e predisposições a serem adequadamente trabalhadas por aconselhamento e demais técnicas pertinentes.
    5.3.3.3.5 — O THS ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:

    5.3.3.3.5.1 — Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE — Sindicato dos Terapeutas.
    5.3.3.3.5.2 — Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
    .

    5.3.3.3.6 — Cabe ao THS a avaliação racional da análise sincronística obtida para detectar o efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.

    5.3.4 Produtos para TS — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio THS em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 29/09/2009 11:45


    O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    Ana Luiza Iughetti Feres

    Terapeuta Holística

    CRT 42969

    Propositura de Palestra para

    Holística 2011

    Ribeirão Preto

    2011

    RESUMO

    A análise dos mitos é fundamental na Psicoterapia proposta por Jung. Os símbolos do inconsciente coletivo que os mitos trazem nos permitem perceber outras dimensões do nosso próprio inconsciente e caminhar no processo terapêutico. O mito de sísifo nos ajuda a refletir sobre vários aspectos específicos da sociedade contemporânea e sofrimentos humanos atemporais como a dicotomia vida e morte, o trabalho interior e a religiosidade; trazendo vários "insights" para o processo terapêutico.

     

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução
    1. O Mito de Sísifo
    1. Conceitos de Psicologia Analítica
    1. Imagem Mitológica de Sísifo e o Homem Contemporâneo
    1. Considerações Finais
    1. Referências Bibliográficas

     

    1. INTRODUÇÃO

    De que nos fala o Mito de Sísifo? Da morte? Do trabalho? Da disputa entre humanos e deuses? Do castigo dos deuses? Que relação podemos fazer entre o que nos fala esse mito e os processos psíquicos do homem contemporâneo?

    A Psicologia profunda de C.G.Jung descobriu que há uma relação muito próxima entre os processos psicológicos do homem moderno e a imensa gama de conhecimento que nos foi deixado como herança pelos povos antigos e que podemos conhecer através da mitologia.

    Para Jung, o mito é um estágio intermediário entre a cognição inconsciente e consciente, como uma ponte necessária e facilitadora. É como um "tradutor" dos Arquétipos - que formam o psiquismo humano - decodificando-os a partir das mais diversas mitologias do mundo. Podem-se estabelecer muitos paralelos entre os mitos e o que está acontecendo na psique e na vida de uma pessoa ou sociedade.

    Esse é o objetivo dessa palestra: entender o Mito de Sísifo à luz da Psicologia Junguiana, para que possamos ampliar e aprofundar a compreensão desse mito, analisando suas possíveis implicações na psique do homem contemporâneo.

     

    1. O MITO DE SÍSIFO

    Segundo Brandão (1996), Sísifo era originário da cidade grega de Corinto, um rei que desafiou os deuses e até mesmo a morte. Diz que Zeus observou a filha Egina do deus do rio, Asopo e a raptou. Quando seu pai quis saber sobre o ocorrido, ninguém queria falar com medo da reação de Zeus.

    Mas Sísifo percebeu ali uma grande oportunidade e não pensou em deixá-la passar. A cidade de Corinto tinha na época um problema bem sério, não havia em seu perímetro uma fonte de água doce. O povo precisava ir buscar água em lugares distantes para satisfazer suas necessidades. Sísifo conversou com o deus do rio e fez um acordo, dava informações em troca de água. O deus concordou e uma fonte nasceu dentro da cidade de Corinto.

    Asopo foi atrás de Zeus e este teve de devolver-lhe a filha que havia roubado. Zeus sabia quem ousou dar as informações e chamou seu irmão, Hades, o senhor do inferno e este mandou a morte, Tânatos, para buscar Sísifo.

    A morte com missão precisa apareceu no mundo dos vivos. Geralmente recebida com grande espanto e terror pelas pessoas, ficou surpresa quando o esperto Sísifo a convidou para sentar-se em sua mesa para comer e beber. Foi uma boa conversa com piadas e descontração. Então, Sísifo ofereceu a ela um par de algemas que havia feito. Como já havia confiança e boa vontade entre eles, a morte colocou as algemas no pulso. Só depois de certo tempo é que ficou claro que ela, a morte havia ficado prisioneira de Sísifo.  

    Um fato desses abala o Universo todo. Nada e nem ninguém morria, pessoas, plantas ou animais. Com a morte no cativeiro haveria muitos efeitos colaterais: como superpopulação e aqueles que estavam doentes permaneceriam assim sem esperança de alivio. A vida sem a presença da morte faz pouco ou nenhum sentido. Até o tempo e a evolução param. Nem a guerra faz sentido, pois os soldados mortos em luta se levantam para agir de novo. Isto também enfureceu o deus da guerra Ares. A morte é um dos poucos controles que os deuses têm sobre os humanos.

    Zeus, que é o senhor do Olimpo, percebeu a confusão que Sísifo havia arrumado e mandou o próprio Ares para buscá-lo e levá-lo para o inferno. Desta vez a missão foi cumprida com sucesso.  Ares libertou a morte e levou a alma de Sísifo. Mas as coisas não acabaram nisso. Sísifo ainda tinha outros truques para executar.

    Ele havia instruído sua esposa para não enterrar seu corpo e nem fazer os rituais fúnebres exigidos pelos deuses. Chegando na terra dos mortos, Sísifo foi reclamar que seu cadáver não havia sido devidamente enterrado. Pediu permissão para voltar para a Terra e castigar sua esposa por causa do desrespeito aos deuses. Hades concedeu a ele três dias para ir e retornar aos infernos. Mas quando chegou na superfície ficou evidente que não tinha nenhuma intenção de retornar novamente. Mais uma vez ele se saiu bem no confronto com os deuses.

    Para resolver o problema de modo definitivo, Zeus mandou Hermes, o mensageiro dos deuses e aquele que acompanha as almas dos mortos até o outro mundo. Hermes capturou a alma de Sísifo e a levou para Hades, depois enterrou seu cadáver com os rituais necessários, exigidos pelos deuses e encerrou o assunto. No inferno o astuto Sísifo recebeu o seu castigo: devia rolar por toda a eternidade uma pedra montanha acima para ver em seguida a mesma voltar ao ponto de origem e ele ter que repetir todo o ciclo novamente.

    1. CONCEITOS DE PSICOTERAPIA ANALITICA

    O Ego: O centro da consciência. 

    Para Jung o ego é um complexo - o principal -, formado a partir dos registros da memória e das sensações corporais, tendo base somática. O ego não é equivalente à totalidade da consciência, é apenas o seu centro, sendo que todos os acontecimentos da vida precisam entrar em contato com ele para se tornar conscientes - pensamento, emoções, idéias, experiências, etc.  

    O ego tem diversas funções, como promover a adaptação da pessoa às exigências da vida, fazer diferenciação de conteúdos conscientes e inconscientes e mediar prazer e realidade. Ele organiza os conteúdos da vida psíquica, avalia, critica e raciocina em busca de soluções para os problemas que a pessoa enfrenta.

    Uma consideração importante sobre a consciência é que não pode haver elemento consciente que não tenha o ego como ponto de referência. Assim, o que não se relacionar com o ego não atingirá a consciência. A partir desse dado, podemos definir a consciência com a relação dos fatos psíquicos com o ego. (JUNG, 2001, p. 7)

    A consciência do ego tem uma importante característica de seletividade, o que equivale a dizer que certos conteúdos tornam-se conscientes e outros não. Esses conteúdos eliminados vão aos poucos formando o que conhecemos como inconsciente pessoal ou a sombra do próprio ego, onde mesmo potenciais criativos podem ficar reprimidos.

    O ego, em seu processo adaptativo, vai precisar formar algumas defesas, sendo algumas úteis e necessárias, outras neuróticas, e outras ainda, psicóticas e psicopatológicas. O ego é um complexo funcional no campo da consciência que é variável de indivíduo para indivíduo, variando em extensão e profundidade.

    A consciência, na opinião de Jung, não é algo fixo e imutável. Ela sofre modificações constantes e evolui ao longo do tempo. Após a estruturação do ego, este precisa se defrontar com o inconsciente para continuar evoluindo. É preciso que o ego consiga estabelecer contato com o inconsciente e consiga também assimilar seus conteúdos para não sofrer a estagnação.

    Complexos

    Todas as experiências modificam a bioquímica celular. A cada nova vivência, ficam marcas na memória celular. É nossa capacidade de ser afetado (afetividade) de modo variado e diferenciado pelas coisas que nos cercam que faz com que não sejamos robôs.

    Quando entramos em contato com algo que nos afeta é que esse algo passa a ter significado. E a repetição de experiências que têm valor fundamental e vão se associando por semelhança e analogia em torno de uma experiência centralizadora, é que dá origem aos complexos.

    Complexo é então um conjunto de experiências capazes de nos afetar em torno de uma experiência centralizadora. É a unidade funcional básica da psique. Ou seja, conteúdos com forte carga emocional e energética porque estão associados, por semelhança e analogia, às experiências centralizadoras. É o que mobiliza a nossa energia psíquica.

    Os complexos contaminam todas as nossas percepções das coisas e por isso as experiências da infância são tão importantes, porque formam as primeiras memórias celulares ou os primeiros complexos. Em função dos complexos, só ouvimos o que queremos e sentimos o que podemos. Somos uma rede de complexos que são acionados por vários mecanismos possíveis

    Inconsciente Coletivo e Arquétipos

    Diferente de Freud que considerava que o inconsciente era formado a partir de conteúdos reprimidos somente, portanto individuais, Jung descobriu que há camadas na psique que nunca foram conscientes e nem se formaram de conteúdos das experiências pessoais reprimidas.

    Essa dimensão do inconsciente, que Jung chamou de Inconsciente Coletivo, não diria respeito aos conteúdos individuais reprimidos do sujeito em questão, mas sim a símbolos comuns a toda a humanidade, disponíveis para todos. Esse inconsciente forma a base do nosso psiquismo e é formado pelos Arquétipos.

    Arquétipos são imagens primordiais carregadas de energia que advém das experiências coletivas que reforçam, a todo o momento, essa carga energética, que fica à disposição da humanidade, para ser acessada, na forma de imagens primordiais, a cada necessidade adaptativa. É a nossa matriz, fonte geradora de material para a consciência. Esta matriz produz um conjunto enorme de fenômenos, como sonhos, visões, os chamados acontecimentos espíritas e afins. As imagens arquetípicas são o suporte energético para o funcionamento adequado da consciência. Para que o ego seja revigorado sempre, precisa do contato constante com sua usina de força.

    Dei o nome de arquétipos a esses padrões, valendo-me de uma expressão de Santo Agostinho: Arquétipo significa um "Typos" (impressão, merca-impressão), um agrupamento definido de caracteres arcaicos, que, em forma e significado, encerra motivos mitológicos, os quais surgem em forma pura nos contos de fadas, nos mitos, nas lendas e no folclore. (JUNG, 2001, p.34, grifos do autor)

    Jung, ao longo de sua vida, deixou muitos estudos a respeito dessa camada mais profunda do psiquismo humano, como a alquimia, os contos de fada, a gnose, as religiões comparadas e a mitologia.

    Através do conceito de arquétipo e do inconsciente coletivo foi possível para a psicologia abrir caminho para a compreensão de rico material pertencente aos mitos e ajudar o homem moderno na compreensão de todas as dimensões de si.

    A função transcendente e a dinâmica psíquica

    Esta é a função que, segundo Jung, no processo de desenvolvimento do ego vai ligar a vida consciente ao inconsciente de modo construtivo e cooperador. O Ego e o Self - centro da psique - de modo geral não estão em harmonia, podendo até mesmo estar em oposição.

    Como o inconsciente se comporta de modo compensatório ou complementar em relação à consciência, e vice-versa, para a Psicologia Analítica a transcendência de uma atitude a outra ocorre a partir da busca de significado e finalidade dos conteúdos que o inconsciente está trazendo.

    Jung entendia a dinâmica da psique, dentro do conceito da complementariedade - não há opostos com começo e fim e sim um continuum de experiências entre os opostos que vão se modificando e afetando todo o tempo.

    É esse jogo de forças que vai produzir os símbolos. Símbolo = aquilo que une. Nossos símbolos individuais - nossos sonhos, nossas marcas, emoções e sentimentos, nossa forma de funcionar no mundo - é o que une a nossa expressão consciente ao nosso inconsciente mais profundo, tendo no processo de individuação seu ponto máximo.

    Energia Psíquica para Jung, diferente de Freud, não se limita à energia sexual, mas diz respeito à energia vital. Energia não é algo que se define, apenas sabemos a sua manifestação. Energia que vem de ergos = que produz trabalho, modificação.

    Nas palavras de Grinberg (1997, p.9) "Assim como calor, luz e eletricidade são manifestações diferentes da energia física, fome, sexo e agressividade seriam expressões variadas da energia psíquica."

    A dinâmica psíquica se estabelece num jogo de forças entre o consciente e o inconsciente. Quando uma imagem surge na consciência tem uma força, resultado energético que tem a capacidade de nos afetar. E a consciência vai lidar com essa imagem de diferentes maneiras: projeção, repressão, assimilação ou integração.

    Sacrifício

    No processo de evolução psicológico chega um momento que o sacrifício se impõe de modo natural, sendo que o ego deve abrir mão do que está sendo solicitado, pois do contrário vem a estagnação.

    Para a Psicologia, este termo descreve o sacrifício da energia psíquica que está organizada numa dada direção. O modelo na civilização cristã ocidental é o sacrifício de Cristo na Cruz, para transcender o mundo e alcançar a ressurreição, cumprindo, assim a vontade de Deus. Este pode ser vivido como um momento de grande tensão e pavor, como ficou gravado na história cristã.

    Na relação Ego-Self, chega-se a um desses momentos em que ao ego é solicitado algo muito parecido. O ego pode não estar preparado para essa situação e entrar em conflito e sofrimento. Esses são os momentos de transição de uma situação ou estado a outro.

    O próprio Jung é exemplo disso, quando, para continuar avançando no que acreditava, precisou sacrificar sua amizade com Freud, carreira universitária e de médico no hospital psiquiátrico. Vem disso a perda do rumo da vida, a desorientação, a falta de solo firme que o ego está acostumado. O ego precisa renunciar livremente sem ter garantias do que vai receber e quais os novos rumos a vida terá.

    O sacrifício equivale a uma morte simbólica e, portanto, a um renascimento.

    Sombra

    Para Magaldi, "a sombra representa na psicologia junguiana os aspectos inconsciente de si mesmo, bons e maus, que por algum motivo e ego não consegue integrar." (2009)

    Podemos dizer que a sombra é a parte do Self que foi rejeitada pelo ego consciente. A sombra compõe-se de vários aspectos, indo desde a sombra pessoal, familiar, social em suas muitas facetas, até o arquétipo da sombra. Este último apresenta dificuldades bem maiores de conscientização, devido estar muito longe da experiência comum. Sua vivência pode levar ao estado de possessão, como na história de Fausto ou no confronto entre Cristo e o diabo, como nos conta o novo testamento.

    A sombra também funciona como o elemento provocador, irritante, perturbador. Aquele que desaloja a pessoa de seu estado de inércia psíquica para movimentá-la em outra direção, mesmo que seja contra a sua vontade. Às vezes ameaça a consciência de regressão e desintegração.

    Em geral, como há pouca consciência de sua constante presença, ela é encontrada em projeção. Este mecanismo parece ser o mais eficaz para localizá-la. Nos sonhos aparece como pessoas do mesmo sexo e nos mitos, ela é o vilão que combate o herói. A sombra possui enorme quantidade de energia que quando aceita, passa a ser útil ao ego, tirando o mesmo de suas limitações e bloqueios.

    Individuação

    Processo de desenvolvimento psicológico através do qual o indivíduo vai se aproximando cada vez mais de sua singularidade e totalidade. Para Jung, há no ser humano uma tendência, um impulso ou instinto, de tornar- se um ser cada vez mais completo do que se é no momento.

    O ego não é a totalidade da psique. Há um centro maior que abarca o ego e está muito além dele. O ego é o representante do Self (Ser Total), mas este é sempre percebido por cada um de nós como maior do que aquele. Porque temos uma disposição inata para a transcendência. Transcender nossa condição humana de existir. Existir = ex-estar = "condenados ao futuro" na expressão de Heiddeger. Estamos sempre diferentes a cada momento, sendo projetados, ou seja, somos sempre um projeto de ser, uma promessa de ser e essa é a angústia vital do ser humano. Tudo com uma única certeza, a da morte.

    É o ego que faz o processo de individuação. Precisa desapegar do corpo e se entregar à Alma. Desde que nascemos buscamos nos adaptar ao ambiente, às regras, à família e à sociedade, como forma de sobreviver e ser amado, mas essa adaptação pode nos afastar de nosso verdadeiro eu, nossa Alma inata que viemos realizar.

    Se não houver o confronto entre o Self e o ego, não há oportunidade para nascer o novo ego, mais integrado ao Self. O analista vai ajudar a integrar as partes, sair do conflito, na sua função de cura vai ajudar a encontrar o caminho para integrar as partes dissociadas. Esse é o início do processo de individuação.

    A individuação é um processo que permeia toda a vida humana. É o potencial latente a ser trabalhado, vivido. Segundo Jung "Só aquilo que somos tem o poder de curar-nos" (JUNG, 2007, §258)

    O processo de individuação, portanto, consiste em integrar nossas partes dissociadas, inconscientes, ao ego, consciência, para realizar o nosso Self, Si-Mesmo. Individuar é realizar o ser único que somos, nos diferenciando cada vez mais do comportamento em massa.

    Assim, individuação não é um ego bem adaptado, que vive profundamente o mundo racional e que contribui para que o indivíduo leve vantagens materiais sobre os demais. A individuação vai desnudar o self dos vários invólucros da persona e das imagens primordiais que tanto interferem em nossa vida. Então, individuar-se não nos exclui do mundo, mas aproxima o mundo de nós. (MAGALDI, 2009)

    Para Jung, nesse processo, a religiosidade é uma dimensão do homem que não pode ser negada. Jung coloca a religiosidade como uma função natural, inerente à psique, encontrada em todos os povos conhecidos.

    A psicologia junguiana põe em relevo a presença, no âmago da psique, do arquétipo de Deus ("indistinguível do arquétipo do Self"), sem pretender jamais afirmar nem negar a existência de Deus como ser em si mesmo. (SILVEIRA, 1997, p.133)

    Jung usa a palavra religião no sentido do religio = re e ligare. Ou seja, religar os aspectos conscientes (ego) às profundezas do inconsciente (Self), individuar-se.

    Entre todos os meus doentes na segunda metade da vida, isto é, tendo mais de 35 anos, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse constituído pela questão de sua atitude religiosa. Todos, em última instância, estavam doentes por ter perdido aquilo que uma religião viva sempre deu em todos os tempos a seus adeptos, e nenhum curou-se realmente sem recobrar a atitude religiosa que lhe fosse própria. Isto está claro, não depende absolutamente de adesão a um credo particular ou de tornar-se membro de uma igreja. (JUNG apud SILVEIRA, 1997, p.125-126)

    1. IMAGEM MITOLÓGICA DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    Se tentarmos ver em Sísifo um modelo de homem, ele então será alguém tão convencido de sua força, de sua inteligência e de suas capacidades criativas que se considerará imortal. Morte, mudança, renúncia, reveses, nada disso existe para ele. (KAST, 1997)

    A morte é um controle poderoso que os deuses têm sobre os seres humanos. Seus mistérios nunca foram revelados a nenhum mortal que se tenha noticia. E Sísifo ousou desafiar a morte e o poder dos deuses.

    O castigo que Sísifo recebeu - ficar rolando a pedra cume acima da montanha infinitamente, apenas para vê-la rolar montanha abaixo justo antes de alcançar o cume - foi em decorrência de ter trapaceados os deuses, fugindo da morte. Os truques de Sísifo estavam alterando a ordem estabelecida das coisas, da vida e da morte.

    Vida e Morte. A dicotomia da existência que impulsiona, dá esperança, força para a realização. Vida e Morte, dois lados da mesma moeda; continuidade sem fim? Quando Sísifo desafia Zeus conseguindo a fonte de água para Corinto, está presente essa dicotomia também. Poder do Homem x Poder de Deus. Esse mundo e o outro mundo.  

    Não podemos ver o mesmo comportamento no homem contemporâneo que desafia a morte com seus avanços tecnológicos, a medicina e suas técnicas de rejuvenescimento? Escravos da juventude e da saúde, com pânico da morte. Não querem morrer, querem vencer os deuses. Mas quando não há a perspectiva da morte, será a vida uma eterna repetição infinita?

    Por outro lado, é a repetição de experiências, padrões de comportamento e situações, que permite a tomada de consciência e por conseqüência, mudança e evolução. Mas a repetição, paralisia no mesmo lugar, é uma forma de morte, pois sem possibilidade de mudança, conclusão de ciclos, não há vida.

    Portanto, se vida é transformação, Sísifo está morto no seu esforço repetitivo? Mas ele pode ter se vingado mais uma vez porque a cada vez que Sísifo levanta a pedra montanha acima, uma nova esperança renasce de que novo fim aconteça.

    Aqui aparece uma nova dicotomia que o mito traz - como saber até quando lutar, persistir, roubar um pouco mais de vida da morte e quando reconhecer que é sensato entregar-se, admitir a derrota, largar a pedra e seguir adiante.

    Quantos na nossa sociedade sentem-se sobrecarregados com a quantidade ou qualidade do trabalho; trabalho não prazeroso na maioria das vezes e não tem coragem de largar a pedra e começar uma nova história? Ficar preso numa mesma luta constante, num mesmo objetivo, com a energia focada em uma única direção - seja o trabalho, ou qualquer outro pilar da vida - leva a uma morte em vida.

    Talvez o modo como a maioria das pessoas vivencia a si mesmo atualmente, sem refletir e questionar a possibilidade de mudar, seja de fato um trabalho de Sísifo. Quando o homem contemporâneo foca no trabalho sua energia total, acreditando que do dinheiro daí advindo, virá a realização, a felicidade, ignorando outras necessidades de realização individual, coletiva e espiritual, pode ficar reduzido ao vazio da repetição infinita.

    Assim o homem da sociedade capitalista é visto como alguém que se coisifica pela moral utilitarista, tendo como meta a redução da capacidade do homem produtor, suprimindo as alegrias e a paixão, condenando-o ao papel de máquina entregue ao trabalho contínuo sem trégua nem piedade. (MAGALDI, 2009).

    Mas devemos olhar para o trabalho de Sísifo não apenas como o trabalho externo, mas como o trabalho interno, necessário ao homem para evoluir, integrar-se, individuar-se. No processo terapêutico, por exemplo, há uma repetição criativa de situações, pois a evolução é uma espiral que parece sempre voltar ao mesmo ponto. Mas a cada nova experiência, fica diferente a manifestação, o sentimento, a neurose.

    Se Sísifo simboliza o ego e seu trabalho de criar mais e mais consciência, os deuses simbolizam o inconsciente coletivo e neste caso uma reação compensatória destrutiva, o que indica que a atitude da consciência é inadequada, para lidar com a situação.

    Sísifo tinha uma relação conturbada com os deuses, de disputa constante, não dimensionando adequadamente as forças que estavam em jogo. Em terapia, ao longo do processo de individuação, quando o ego está isolado ou com uma relação destrutiva com o inconsciente, ele não consegue perceber que está em desvantagem frente à psique objetiva.

    Com suas atitudes e comportamentos não adaptados, Sísifo se expôs à ira e vingança dos deuses - ou a uma reação destrutiva do inconsciente. O que fez teve conseqüências não só pessoais, mas também para todos. Sísifo não foi capaz de aceitar os desígnios dos deuses, seu destino. Tentou mudar a ordem da criação e a realidade humana.

    Jung ressalta quando de seu confronto com o inconsciente o quanto é importante para o ego aceitar seu destino. No processo de individuação chega-se a um momento crucial, que é o momento do sacrifício. Ao ego é solicitado algo do qual não quer abrir mão. É uma situação angustiante. Há uma luta interna muito grande para abrir mão de coisas consideradas preciosas. Mas se isso não for feito, a evolução não avança.

    O objetivo do confronto com o inconsciente é criar a função transcendente que vai unir os dois lados em conflito, procurando chegar a uma cooperação construtiva.

    No mito de Sísifo parece-nos que isso não foi possível. A relação entre ele e os deuses era de disputa, de tentar vencer o inconsciente através de truques e artimanhas bem simplistas.

    1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

    O homem contemporâneo carece de lentes para auxiliá-lo a enxergar os deuses que o rodeiam, e aqui deuses são manifestações arquetípicas com conteúdos energéticos de pólos opostos, que podem ativar a sombra ou trazer a luz para mostrar o caminho da individuação.

    A função transcendente nesse caso pode se manifestar como um obstáculo que paralisa o ego temporariamente de seguir o caminho, até então apresentado como único possível.

    Sísifo recebeu esses "obstáculos" como desafios e seu ego obsessivo fez com que ele canalizasse a energia para superá-los ao invés de tentar entendê-los como possibilidade de integrar seus conteúdos inconscientes.

    Os deuses contemporâneos se apresentam nos menores detalhes, nos processos de sedução que se desdobram em assedio moral, na carreira meteórica que pode trazer um câncer consigo, na desumanização das relações, eliminando todas as possibilidades de respeito. No mito de Sísifo, os deuses Tânatos, Ares, Hades e Hermes se apresentam aparentemente como os obstáculos a serem vencidos, porém na realidade eles representam a oportunidade de redenção se observados de forma intuitiva.

    1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    BIERLEIN, J. F. Mitos Paralelos. Ed. Ediouro, 2003.

    BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega, Ed. Vozes, 1996.

    BRENNAN, Anne e BREWI, Janice. Arquétipos Junguianos, A espiritualidade na meia-idade. Ed. Madras, 2004.

    GRINBERG, Luiz Paulo. Jung, o homem criativo. FTD, 1997

    JUNG, Carl Gustav. O Eu e o Inconsciente in Obras Completas, Vol. VII/2. Ed. Vozes, 16ª Ed., 2002

    JUNG, Carl Gustav. Fundamentos da Psicologia Analítica in Obras Completas, Vol. XVIII/1, Ed. Vozes. 10ª Ed. 2001

    JUNG, Carl Gustav. (Org.) O Homem e seus Símbolos. Ed. Nova Fronteira, 1977.

    JUNG, Carl Gustav. Memórias, Sonhos e Reflexões. Ed. Nova Fronteira, 1975.

    JUNG, Carl Gustav. Símbolos da Transformação. Ed. Vozes, 1975.

    KAST, Verena. Sísifo. A Mesma Pedra-Um Novo caminho. Ed. Cultrix, 10ª Ed., 1997

    MAGALDI, Waldemar. Dinheiro, Saúde e Sagrado. Eleva Cultural, 2ª Ed., 2009

    SILVEIRA, Nise da. Jung, vida & obra. Paz e Terra, 18ª Ed. 1997.

    Autor: : Ana Luiza Iughetti Feres - Terapeuta Holística - CRT 42969
    Última atualização: 02/06/2011 15:05


    A Dança-Terapia em Cinco Movimentos

    A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística

    Propositura de Palestra: 

    Palestrante:

    José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43 913

    Arte-Terapia EMANUEL 

    Rua 15 de Novembro, 910, Sala "A" 

    Palotina, PR 

    CEP: 85950 000 

    Autor: José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913

    Titulo: "A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística"

    Local: Sala de Arte-Terapia Emanuel, Rua 15 de Novembro, 910, Sala: A  -Centro-

    Palotina, Paraná, CEP: 85950-000 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

    "Temos que nos unir na dança, para aprender a cantar a musica da VIDA"

    Augusto Cury. 

    "A Dança-Terapia, é a arte para o movimento, criatividade para a mente. Tudo isso se mistura e entrelaça. Criando uma tensão similar ao beijo entre a beleza e a feiúra. Barrando os preconceitos da sociedade" (Tomado do pensamento da mestra em Dança-Terapia a espanhola, Maité León) 

    "O ser Humano é um nu de relações"

    Leonardo Boff 

    Dedicatória: "Minha modesta homenagem a todas as pessoas que acreditaram na minha proposta e até hoje embarcam neste navegar pelas águas transparentes da nossa lagoa imaginaria"

    José. 

    SUMÁRIO: 

    1. Introdução ao método.
    2. Breve resenha histórica da Dança-Terapia.
    3. Breve resenha histórica da Dança-Terapia na minha vida profissional no Brasil e sua relação com a Psicoterapia Holística.
    4. Os cinco movimentos chineses e sua relação com a Dança-Terapia.
    5. O texto das músicas e sua relação com o histórico emocional do cliente.
    6. A Psicoterapia Holística fonte de diagnóstico e prognostico do emocional do cliente segundo o paradigma Vigostkyano.
    7. Os ritmos latinos: samba, salsa, tango, bolero e sua relação com os nossos arquétipos. Nossos ancestrais africanos.
    8. O Método, alguns exemplos.
    9. Conclusões.
    10. Bibliografia.

    TERMOS:

    1. TH, Terapeuta Holístico.

    1. DTH, Dança Terapia Holística.

    1. SH, Psicoterapia Holística


    RESUMO: A DTH em cinco movimentos é uma terapia complementar que auxilia o TH que desenvolve as técnicas da SH (Aconselhamento) a resolver e canalizar conflitos emocionais de seus clientes que não foram tirados para fora na catarse, por diferentes tipos de bloqueios que o cliente enfrenta no momento da SH e que tem muito a ver com seu estado emocional no momento em que foi a plicada a técnica como exemplo: "A Vivência", fatores ambientais, de saúde, barreiras etc. A DTH se enriquecem com a pantomima, o balé clássico, as danças modernas e contemporâneas, assim como as do folclore das diferentes culturas com seus movimentos: condensados, leves e quebrados como catalisadores de emoções reprimidas. Nossa cultura ocidental não pode perder de vista os arquétipos trazidos pelos africanos que fazem parte dos campos energéticos do continente junto aos da Antiga Grécia e toda a mistura cultural e a miscigenação que nossos países latino-americanos sofrem, assim como nossas culturas aborígenes que tem uma riqueza enorme de imagens arquetípicas, por esses fatos históricos a DTH trabalha os ritmos latinos e caribenhos assim como os nordestinos e os movimentos de nossos orixás que na rumba, conga, guaguancó, salsa e etc. estão muito presentes.

    Não podemos perder a perspectiva que os orixás têm a mesma condição arquetípica que os deuses politeístas gregos eles se debatem entre o HERÓI E A VÍTIMA da mesma maneira, só mudando a embalagem e estes orixás estão cheios de erotismo e sensualidade. Por isso o DTH associa o rimo a cor dos meridianos em dependência da sua intensidade. A salsa com o movimento fogo e cor vermelha que o TH já trabalha com o cliente na sessão de cromoterapia. Outro fator importante é o envolvimento com o texto já que cada movimento terá uma justificativa em relação com a mensagem que o conteúdo poético da música nos passa como, por exemplo, a música: Vitoriosa, de Ivan Lins, muito apropriada para resolver conflitos relacionados com a sexualidade. A DTH é uma terapia de grupo que permite a  

    abordagem indireta do conflito que muitas vezes o cliente na sala não que falar ou simplesmente não faz o INSIGHT pela própria resistência. É de fácil aceitação pelos clientes e traz muito bem estar psicofísico para eles, por isso sua condição holística. 

    ESCLARECIMENTO: Sempre vou falar de clientes no termo feminino já que até hoje só e tido esta experiência em mulheres, meu sonho e formar uma turma de homens, mas eu estou no Sul onde o machismo é muito forte e só consegui reunir turmas de DTH de casais que seria outro trabalho a abordar no futuro. Meus clientes homens só fazem TH ou recebem a técnica da psicanálise. 

    1 - INTRODUÇÂO: 

    "A DTH em Cinco Movimentos" é uma terapia alternativa que auxilia o trabalho do TH, como outro canal para complementar e comprometer aqueles aspectos emocionais do cliente que no consultório não ficaram resolvidos. Comprometendo o corpo em conjunção com a alma, assumindo a emoção como um todo indivisível o cliente por meio dos movimentos condensados, quebrados e leves, assim como pela mímica em sintonia com a música e seguindo o texto do compositor, sua compreensão e expressão do conteúdo mediante o corpo tiram para fora emoções reprimidas e passa por estados catárticos sem sofrer, além de que compartilha com o grupo assumindo-se como ele é na totalidade em outra dimensão cósmica. A DTH em Cinco Movimentos é além de preventiva para doenças da terceira idade como o Mal do Alzheimer.

     

    2 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA: 

    Após da caída do franquismo na Espanha, o terapeutas e pedagogos assim como todas as pessoas de boa vontade, saíram na rua com os síndromes de down e todo tipo de deficientes físicos e mentais como uma forma de dizer ao mundo que todos tem o direito a expressão na diversidade. As teorias de Vigostky e seus postulados cognitivos (entre eles o mais significativo o referente a ZDP Zona de Desenvolvimento Proximal) trouxeram uma forma nova de intervenção terapêutica, novos paradigmas desafiarem os profissionais da saúde entre eles, os terapeutas, que tiverem que ser mais criativos e abrir-se as novas formas que os novos tempos exigiam. E foram os terapeutas que tiverem um destaque no campo da dança-terapia e a sua relação entre: "Texto - compreensão - movimento - expressão" O nome da técnica na Europa e em Cuba países que destacam  até hoje na sua aplicação é: PSICOBALLET. Podem ser encontrado nos livros ou na internet. Sua pioneira e promotora até hoje a Sra. Maité León. 

    3 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA NA MINHA VIDA PROFISSIONAL NO BRASIL E A SUA RELAÇÃO COM A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA.    

    O Psicobalé entrou na minha vida profissional depois da queda dos muros de Berlin, no princípio dos anos 90 que comecei trabalhar como terapeuta na ONG Cáritas Internacional trabalhando a técnica com crianças portadoras da Síndrome de Down e, logo depois, já com deficientes cognitivos e físicos assim como pessoas da terceira idade que na época pelas limitações econômicas que enfrentava o governo de Cuba, não conseguia oferecer mais de graça a população este serviço e uma grande quantidade de profissionais capacitados para esses fins terapêuticos tinham escolhido o exílio (o pais enfrentou o maior déficit de profissionais da sua historia naquela época). Isso me permitiu até capacitar-me e sair fora do pais para me profissionalizar e trabalhar para a ONG.

    No ano 2004 quando cheguei ao Brasil com quarenta e seis anos e, quase trinta de experiência profissional tive que buscar uma maneira de sobreviver e ajudar a minha Sra. na construção do novo projeto de vida (O casamento). E, encontrei no PSICOBALÈ uma forma de trabalhar honradamente e tornar-me conhecido como profissional sem agredir aos outros terapeutas que não conheciam esta técnica.

    Tive como primeiro desafio, que mudar o nome por PSICODANÇA, que após de entrar nos terapeutas holísticos no ano 2008, definitivamente leva o nome de (DTH) DANÇA-TERAPIA HOLÌSTICA. Como uma forma de cumprir com as NTSV, já que alguns psicólogos mal intencionados se sentiam invadidos pelo prefixo (psico-). Foi então, que decidi montar minha própria sala seguindo as regras de marketing aprendidas no curso de Psicoterapia Holística da Turma de 2008, a qual pertencia, de como montar um consultório seguindo a NTSV. Foi no ano 2008 em que comecei a relacionar o corpo com a mente já que por vir de uma ditadura onde trabalhei quase trinta anos eu mesmo, como terapeuta tinha meus próprios preconceitos.

    Ter o Consultório junto com a sala de Psicoterapia Holística me proporcionou uma melhor pratica e interação com as técnicas numa retroalimentação dialética e uma dinâmica de trabalho que até hoje no ano 2011 continuo com resultados, muito mais obtive a perseverança das clientes. E, até não fiquei tão preso na psicanálise como  

    uma técnica a aplicar. Comprovei na pratica que muitos clientes aplicando a técnica: Aconselhamentos caminhavam mais de presa na sua evolução emocional e pessoal já que a DTH complementava a parte do toque que não tinham no consultório, toque em coletivo que me deixava mais leve e confiado que aquele que poderia ter sozinho no consultório com o cliente. Já que na DTH o toque e direcionado pelo terapeuta entre eles e faz parte da coreografia, entrando na vida daquelas, mais fechadas de uma maneira natural. 

    4 - OS CINCO MOVIMENTOS CHINESES E SUA RELAÇÃO COM A DTH. 

    O cliente durante as sessões de PH através da técnica de Aconselhamento vai conhecendo e se familiarizando com as cores dos CINCO MOVIMENTOS CHINESES. Além de que minha abordagem é de ordem integrativa, não descarto nada sempre que me seja útil, e não transgrida as NTSV. Meus clientes na sua maioria tiveram algumas vezes sessões de cromoterapia e o bastão cromático, que os ajudou a encontrar a nível consciente as cores na sua imaginação. Por isso na hora da DTH os ajudou a encontrar as cores pelo conteúdo da musica, ou seja, a mensagem do texto assim como pela sua estrutura melódica.

    1- A musica: Camarada água do grupo Teatro Mágico, é bem explícita no meridiano que aborda e a cor azul já que o cliente e que sempre todos nós associamos o azul-água, embora que no momento coreográfico e a mímica dos movimentos tenha alguns bem condensados.

    2- A música: Pássaro de Fogo da Paula Fernandez, pelo conteúdo da música já a palavra FOGO explicitamente leva ao cliente a cor vermelha e durante toda a dança se imaginam vestidas de vermelho.

    3A música: VITORIOSA de Ivan Lins, é mais branco, mais para dentro, centrípeta, por isso se associa ao metal, muito apropriada para trabalhar frigidez e anorgasmia. O MOVIMENTO metal leva a se relacionar a cliente com a introdução do falo como fonte de prazer, é um ato de VITÓRIA é a heroína que consegue satisfazer ao macho. 

    Estes três exemplos ilustram um pouco, como abordo os movimentos chineses e as cores além de que após das vivencias para tirar as clientes do sofrimento já tenho trabalhado com todas elas uma Lagoa de águas transparentes imaginária, que todas têm, e uma ave que representam como gaivotas, cisnes, beija flor. Então essa lagoa contém as cinco cores dos movimentos e seus significados e no momento de voltar a realidade ou de sair do momento catártico o TH coloca a música e faz lembrar a lagoa imaginaria e coloca o elemento que a cliente precisa mais, por exemplo si a cliente esta precisando de equilibro o TH enfatiza em que ela observe os girassóis pela cor amarela (nossa terra que foi feita em prefeito equilibro) A música da LAGOA e trabalhada na DTH com movimentos muito leves e condensados, como não tem texto o TH direciona este exercício corporal a relaxar o corpo. A música: Ar de João Sebastião Bach numa versão que inclui sons das aves e da natureza, numa versão do grupo Café Do Mar (grupo de musica contemporâneo eletroacústica que revive a música erudita dos grandes clássicos da humanidade)  

     

    5 - O TEXTO DAS MÚSICAS E SUA RELAÇÃO COM O HISTÓRICO-EMOCIONAL DAS CLIENTES.

    Já tenho abordado que minhas clientes me oferecem muito material emocional para trabalhar na DTH no momento da VIVÊNCIA, assim como nas sessões da psicanálise, nos momentos de resistência. Esse material é guardado e na hora de montar o roteiro das músicas para trabalhar na DTH, eu tenho em cada sessão a oportunidade de trabalhar de oito a nove músicas e algumas vão direcionadas a uma cliente em específico numa abordagem indireta de seu conflito. O exemplo da música Sonho impossível de Maria Betânia pode ilustrar já que o conteúdo do texto vai direcionado a resgatar a possibilidade de voltar a sonhar até com o impossível e uma delas pode ter me falado na TH que queria já se entregar e renunciar a seus objetivos ou pelo contrário em sua linguagem não estava explícito e sim na sua fase o simplesmente se fecha a progredir. 

    6 - A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA FONTE DE ANAMNESE E PROGNÓSTICOS DO EMOCIONAL DO CLIENTE SEGUINDO O PARADIGAMA VIGOSTKYANO. 

    O paradigma vigostkyano: de diagnóstico - intervenção - prognóstico, oferece ao TH uma dinâmica de trabalho muito rica. Seu descobrimento da Zona de Desenvolvimento Próximo na área da pedagogia deixou aos terapeutas muito mais otimistas e hoje além de que o Império Socialista Russo não existe mai, não podemos esquecer e deixar de valorizar as descobertas deles na sua urgência de construir um mundo melhor e mais participativo. Todos nossos clientes têm essa zona já que é uma descoberta reconhecida pela OMS. Ter conhecimento dela e de suas infinitas possibilidades permitem ao terapeuta enriquecer sua intervenção com o cliente e muito mais, reduzir o tempo de intervenção, obtendo resultados mais imediatos que sei bem, o cliente se recupera mais rápido e, é um cliente que perdemos e nos indicará outros já que pela minha experiência pessoal nossos melhores marqueteiros são nossos próprios clientes. Eu tenho o costume de chamar: Marketing de boca a boca. Para a DTH a descoberta da ZDP de Vigostky é muito importante no sentido de que as pessoas que chegam a nossos consultórios são muito carentes e bem muito contaminadas cheias de limitações que elas mesmas colocaram em sua cabeça é uma barreira contra a qual temos que lutar no dia a dia já que DTH pela complexidade que vão alcançando os movimentos e por ser uma terapia de grupo onde a cliente pode se frustrar pelos progressos das outras e não compreender suas limitações e se desenvolver no grupo com elas, sofrem o perigo de desistir. 

    7 - OS RITMOS LATINOS E CARIBENHOS: SALSA, SAMBA, BOLERO, RUMBA, GUAGUANCÓ E SUA RELAÇÃO COM OS NOSSOS ARQUÉTIPOS. NOSSOS ANCESTRAIS AFRICANOS. 

    Quando eu falo do Brasil estou me referindo ao marco estreito da cidade de Palotina onde moro faz oito anos, aqui desempenhei minhas experiências profissionais. Por "isso sempre nas palestras e no meu livro em português uso o termo "Impressão" O seja, "Impressão diagnóstica, cultural, social etc."

    Na cidade onde moro nos seus ancestrais culturais predominam as culturas: alemã e italiana, falar de arquétipo no sentido clássico junguiano não é tão compreensível  e  

    de fácil aceitação. Mas, quando a gente fala dos ancestrais do povo de Bahia o nordestino, é outro o assunto (Os ancestrais africanos). Um empobrecimento da visão cósmica de Deus e sua presença, essa "Energia de fundo" (Que muito bem aborda Boff na sua literatura teológica e latino-americana) Que nos capacita para acolher a Deus em todas as coisas, é muito limitada e empobrecida pela falta de cultura e o fanatismo religioso de alguns que querem cosificar a DEUS. Além de que no ano 2004 alguns pseudo-terapeutas holísticos tinham deixado a cidade no espanto (todo ao contrário que logo após conheci no SINTE)

    Nessa realidade tive que colocar os ritmos latinos que eram aqueles que conheciam para começar meus projetos e tornar conhecido meu trabalho, era minhas ferramentas terapêuticas de como me projetar profissionalmente nessa área. Tudo começou com a músicaSimbalaiê da cantora Maria Gadú e os movimentos de braços semelhante Yemaya (o uso do port de bras e suas ondulações) Uma coincidência significativa já que Filipo Taiglione o mestre do balé quando desenvolveu este movimento nas suas bailarinas não tinha conhecimento das danças africanas (ele era Frances e não viajou a África). Todo muito bem explicado pelo Jung nos seus estudos da sincronicidade.

    Então tive que explicar para elas conceitos como politeísmo e revelar que as danças caribenhas dançadas durante quase três anos vinham dessa cultura que elas rejeitavam por se sentir traindo sua religião: conga, rumba, guaguancó não são outra coisa que a imitação dos movimentos do Deus Xangó. Estes bailes nascidos em Cuba se espalharam muito rápido pelos países do Caribe e deram origem ao "Ritmo Salsa" hoje dançado no mundo e que até um Congresso Internacional anualmente se celebra em São Paulo.

    Explicar a elas a história da musica Simbalaiê foi muito significativo já que a maioria após da experiência tiveram muitos insight e após de voltar das vivências conseguiam ver o mar, os barquinhos, os pescadores,... E saíram da técnica muito, mas relaxadas e tirando um maior proveito depois na DTH no momento de dançar a música.

    Ao respeito de Simbalaiê:  

    "Shimbalaiê é uma canção da cantora Maria Gadú do seu álbum homônimo. Lançada como primeiro single, em agosto, a canção foi incluída na trilha sonora da novela Viver a Vida e, a partir daí, se tornou um sucesso pelo Brasil inteiro.

    A canção foi sua primeira composição, composta aos 10 anos de idade, que segundo a cantora, foi feita no momento do pôr do sol em uma praia quando ela estava sozinha olhando o feito e sem o violão. Afirmando que "Shimbalaiê" foi uma espécie de susto e que não gostava tanto de escrever (em forma de composição), assim Maria Gadú só voltou a compor 9 anos depois.

    -"Eu só  estava descrevendo uma paisagem."

    A cantora afirma que a palavra não tem nenhum significado, mas na verdade a expressão deriva de um dialeto africano.

    Existem várias formas de se escrever, no entanto, a forma correta é Ximbhalaijè, que poderia ser traduzida assim: Ximbha (natureza, meio ambiente) - Laijè (alma, deus, espírito)".

    Nossa condição de Holísticos tem também que priorizar a parte CULTURAL l do cliente algo a sugerir nas NTSV porque o brasileiro não tem hábitos de leitura e o país tem o lugar 53 em desenvolvimineto educacional mundial, então a ignorância pode conspirar contra as interpretações de nosssas técnicas. Nesse sentido temos que ficar bem de plantão para ter sempre uma resposta convincente na ponta da língua. 

    8 - O MÉTODO E, ALGUNS EXEMPLOS: 

    No meu canal: Z1957A, em Youtube se podem encontrar alguns exemplos das DTH (com músicas com texto e sem texto compreensível ou não). Quando trabalho música em espanhol antes dou uma folha com a tradução do texto ao português para que elas tenham idéia da mímica a imitar como neste primeiro exemplo de uma das músicas que além de ser interpretada em espanhol me tem acompanhado sempre e com muita aceitação: 

    1. O despertar música da cantora e compositora Liuba Maria Hevia (cubana)

    http://www.youtube.com/watch?v=L1BwHBRE2X4 

    Muito importante esclarecer que o uso da bola de pilates só esta em função da dança, não como meio de treinamento físico e assim respeitar as NTSV. 

    1. Uma salsa: A do biquíni vermelho, a compreensão do texto não é o que importa, é o movimento fogo (cor vermelho) e o trabalho da lateralidade direita e esquerda com a bolinha que tem na mão em função do equilibro. Estes exercícios vão direcionados a prevenir o MAL do Alsaimer.

    http://www.youtube.com/watch?v=xfpd12XCzGs 

    1. Felicidade musica que seus movimentos e compreensão do texto viraram uma coreografia para torcer pela Copa do Mundo com o predomino da cor verde (o movimento madeira) mostra como elas se expandem fazendo uso do espaço e dos movimentos circulares.

    http://www.youtube.com/watch?v=JD3JfqiNW6Q 

    1. Música: Quero-te, um texto poético do Mario Benedetti, um dos poetas uruguaios mais conhecidos na contemporaneidade o texto foi musicado por Alberto Fávero e o interprete é o cantor Jairo (ambos argentinos). Os movimentos direcionados ao movimento metal (cor branca). Condensados, leves, em movimentos circulares mais avançados enfrentando o desafio de dos círculos já que o texto expressa a unidade e a solidariedade em grupo, cotovelo com cotovelo para ser, muito mais que dois!

    http://www.youtube.com/watch?v=PbXxIFe84Us 

     

    9 - CONCLUSÕES: 

    A DTH em Cinco Movimentos é uma terapia alternativa de grupo que auxilia o trabalho do TH como complemento de seu trabalho no consultório. Insere ao cliente num grupo e trabalha a socialização e os laços interpessoais. A diferença de outras técnicas corporais aplicadas no Brasil a DTH em Cinco Movimentos compromete a área cognitiva da personalidade além da afetiva porque se trabalha a compreensão dos textos músicas desenvolvendo e ativando os processos do pensamento: análise, síntese, comparação, generalização e abstração. Por isso é preventiva na ordem de doenças mentais futuras a da própria terceira idade dependendo da faixa etária do cliente, doenças como o Mal do Alzheimer, isquemias, paralises cerebrais e faciais etc. Dos grupos de DTH se formou um subgrupo de Dança Contemporânea da Terceira Idade: EMANUEL. Temos participado de quatro festivais nacionais e três internacionais e durante meu intercâmbio com outros terapeutas que aplicam a técnica não descobri nenhum que na sua abordagem trabalhe as áreas cognitivas da personalidade. Nosso grupo já tem dez prêmios (seis primeiros lugares, três internacionais e três no Brasil, e quatro segundos lugares três no Brasil e um internacional). 

    10 - BIBLIOGRAFIA: 

    * Boff, Leonardo. - O terapeuta do deserto.

    -O tempo da transcendência. Editoras Vozes

    * Vieira Filho, Henrique. O corpo como portal do conhecimento. Conferências tomadas do curso de Holística Turma 2008: Terapia Holística, Marketing assim como as NTSV. CONAN, Conselho Nacional de Auto-Regulamento e Normalização Voluntaria, São Paulo - SP - Brasil

    * L.S. Vigostky. Pensamento e Linguagem. Editorial Povo e Educação, Cuba.

    * Reich fala de Freud, Editora Moraes.

    * Guerra Ramiro. Eros baila: Dança e sexualidade. A Havana, Editorial Letras Cubanas

    Autor: : José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913
    Última atualização: 03/06/2011 07:49


    Quem Sou Eu - Kundalini- a origem sexual da espiritualidade

    QUEM SOU EU?

    Kundalini- a origem sexual da espiritualidade

    Mensagem do TAO sobre a energia sexual 

    São Paulo, 25  de  Maio   2011. 


    Mitiyo OshiroTakemoto  CRT: 38660  Terapeuta  Holistica

    SINTE-Sindicato Dos Terapeutas-  Holistico - 2011 

    SUMÁRIO

    • Introdução...........................................................................IV
    • História................................................................................V
    • Metafisica............................................................................V
    • Filosofia do chi....................................................................V
    • 3 grandes fragmentos..........................................................V

    -     Capitalismo e monopólio ...................................................V

    • Bioenergia ..........................................................................V
    • Prâna: filosofia da respiração.............................................VI
    • 7 chacras ............................................................................VI
    • Corpo etèrico .....................................................................VI
    • Corpo keterico .................................................................VIII
    • Kundalini o poder ígneo ..................................................VIII
    • Bindu .................................................................................IX
    • Budismo para leigos ..........................................................IX
    • Bioeletromagnética e religião ............................................X
    • I ching .................................................................................X
    • Karma - destino e livre arbítrio    ..................................... XI
    • 5 religiões básicas do mundo ............................................XI
    • Quem escreveu a Bíblia? .................................................XII
    • Material e Metodologia ..................................................XIII
    • Discussão .......................................................................XIV
    • Conclusão .........................................................................XV
    • Bibliografia .....................................................................XVI

    Introdução

    Tao que revela a sabedoria oriental, a ciência do futuro a revelação à natureza, autoconhecimento, transformação, o gostar do próprio eu.

    Quase todos se ocupam, num determinado momento da vida, com as perguntas: "QUEM SOU EU?",  "QUE FORÇA AGE DENTRO DE MIM?", "QUE FACULDADES AINDA SE ESCONDEM NO MEU INTERIOR?", "COMO POSSO USUFRUIR TODO MEU POTENCIAL DE SORTE E CRIATIVIDADE". "Acreditamos que nenhum outro campo científico pode responder a essas perguntas tão amplamente, como a ciência dos centros energéticos do homem".

    Ao compreender a tarefa e a função dos chacras em toda a sua extensão, forma-se uma imagem do ser humano que, na sua possível perfeição, é tão fascinante e sublime a ponto de mais uma vez nos determos para admirar a maravilha da criação.

    O homem vive hoje num profundo descontentamento no que tange a sua própria existência.

    Durante longos anos, ocupou-se com a exploração impensada de tudo que seus sentidos, captavam do mundo externo. Alicerçou seu conceito de segurança, poder e felicidade no resultado das suas conquistas materiais. Enquanto se manteve ocupado, perseguindo o tal objetivo alimentando-se mentalmente de todas as informações necessárias para conseguir seu intento. Desenvolveu-se brilhantemente no campo da ciência e da tecnologia, mas não percebeu que seu ser nutria-se concomitantemente de toda espécie de emoção, gerada pela própria ação antética e objetivada. Assustando consigo mesmo inicialmente pela forma adotada, depois pelo conteúdo raivoso, atormentado e triste, lançou-se num processo incansável de questionamentos acerca da própria natureza e seu relacionamento com o universo.

    Deixando escapar sua energia cósmica entre os dedos levando-os a sua desgraça. 

    HISTÓRIA 

    Metafisica

    Ciência geral dos princípios e causas: conhecimento, sabedoria, força moral "elevação espiritual que conduz ao DEUS CRIADOR". 

    Filosofia do Chi

    Teoria do yin e yang "sublime unidade" o ser absoluto a consciência de DEUS a energia que rege (comanda) o vasto universo. Yin e yang se manifesta no mundo inteiro o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nascimento, vida e morte: a dança cósmica do Universo: no plano físico do homem, essa dança se manifesta como sexualidade. Através dela, o homem está  ligado ao ato incessante de criação da vida. Dizem que hoje, a cada 8 segundos nascem 34 crianças. Podemos observar esse processo nos animais e nas plantas. 

    3 Grandes fragmentos - capitalismo e monopólio

    Quando construirmos uma ponte entre as três grandes medicinas: ayuvedica (chacra e kundalini), chinesa (taoista, bioeletromagnética), ocidental (medicina atual, que se deve ao Leonardo Da Vinci a proeza).

    Este termo "a união faz a força" não cabe dentro dessas medicinas, pois elas trabalham separadas seguindo caminhos paralelos. Hoje tais medicinas estão monopolizadas e comercializadas, seguindo interesses alheios perdendo seu verdadeiro conteúdo.

    Prejudicando o curado e o curador.  

    Bioenergia

    Reconhecida pela medicina oficial em 1990. Passou a constar no conselho de especialidades medicas da Associação Brasileira de Medicina, deixando assim a fazer parte das terapias alternativas fragmentando-se, adotaremos então a bioeltromagnética que é, mais adequada para a holística. 

    Prâna - filosofia da respiração

    Prâna, chi, ki e a própria filosofia como diziam os sábios taoista; vivendo de ar e orvalho respiração e saliva. No ar contem os elementos que nutre a vida, a inteligência, a força física e sustenta um mundo (pensamento) que traz conhecimento, intenção e sabedoria que leva a "iluminação".

    Sublime unidade yin e yang que impulsiona o universo, o Prâna representa a fonte primaria de todas as formas de energia "absoluta". 

    7 Chacras                                                                                 

    Como ponte para a consciência interior. Autoconhecimento. Relacionados a órgão, ele tem a importância decisiva para a nossa vida mental e espiritual. Atuam diretamente sobre as emoções, disposição e alegria de viver. Quando seu fluxo é  bloqueado, surgem as doenças físicas, a má concentração de energia e alimentação são verdadeiros ladrões dos sete centros energéticos. Os chacras regem a força vital "prâna" e espiritual "kundalini", que se manifesta de modos diferentes e existem sete chacras abaixo (atala, vitala, rasatala, mahatala, hahatala, sutala e patala) sete acima estamos longe dessa compreensão que é obtido por meio do desenvolvimento e purificação da consciência.

    Corpo Etérico                                                                                                                                        A maioria das pessoas considera o mundo material, como também o corpo físico como a racional. Caso seja um desses que só podem aceitar como realidade o corpo material, pense uma única realidade, pois são perceptíveis pelos sentidos físicos e compreendido pelo intelecto vez o que acontece, por ventura com a energia, força vital que anima um corpo físico e lhe oferece sensibilidade e capacidade de expressão depois da morte deste corpo. Segundo uma lei da física a energia nunca se perde, mas se transforma. A força que está "em ação" por traz dos aspectos matérias do corpo, com suas funções e habilidades, é constituída de um complexo sistema de energia, sem o qual o corpo não poderia existir. Esse sistema compõe-se de três elementos básicos: físico mais denso, etérico denso e o keterico subtil.

    Muitos esclarecidos em outros pontos energéticos, não conseguem perceber o campo ou corpo etérico, essa percepção extra-sensorial não se abre magicamente e como todos são filtrados através da mente determina o GRAU  DO OBSERVADOR, por isso é considerado pelos espíritas um produto semi-material, onde existem manifestações ectoplasmáticas atuação fundamental das incorporações, certas situações pode se ver ao olho nu. A Aura  Etérica  uma luz em volta dos corpos como uma onda de calor sob a terra, além disso, existe uma sutil teia delicada que atua como barreira entre o corpo etérico e astral protegendo o individuo, prematura abertura de comunicação entre esses dois mundos.

    Os diferentes planos de consciência o ser humano é divino e é constituído por hierarquia de energia subtil (leve e sublime), para facilitar nosso entendimento somos seres holísticos fracionados como:

    Corpos "inferiores", o corpo etérico é o corpo mais denso depois do corpo físico que modela e consolida a matéria física dos tecidos do corpo, que só existe graças ao campo vital e permite o físico viver porque é este que vitaliza com a energia do prâna.

    Corpo emocional a energia suave que reflete emoções e os desejos das pessoas colocando em contato com o meio do universo.

    Corpo mental (ou causal) governa nossa faculdade de raciocínio, pensamentos intuitivo do nosso ser, transição entre a matéria e espirito em forma de crenças ou pensamentos limitativos.

    Corpo astral passagem entre os dois corpos "personalidade e celestial", energia que vibram a partir do corpo astral influenciando as portas do plano celeste e terrestre. Podemos dizer assim; a energia que circula entre a terra e o céu  ( bioeletromagnetica).

    Corpos "Superiores" 

    Corpo celeste permite sentir as vibrações do plano e comunicar com seus guias de luz.

    Corpo divino, de luz o mais leve concede a licença a alma a se comunicar com a fonte (ojás).

    Corpo supra-astral concede e encerra a qualidade mais alta do amor incondicional, da compaixão e do desprendimento. A estrutura do corpo eterico tem a função mais importante de transferência da energia vital do campo universal para o campo individual (físico), o corpo etérico não carrega a consciência, ele atua como ELO entre os veículos físicos, emocional e mental intercalando-se e constituído juntos o EU;( o corpo etérico pesa 21 grama, na morte do corpo físico perde-se  21 gramas)

    Porém esta teia numa única camada de átomos etéricos que separam os chacras situados ao longo do corpo na verdade é um dispositivo de proteção, se danificado pode trazer transtorno mental e físico.

    Tendo em vista suas funções etericas (pela teosofia)

    Receptor do prâna rede de finos canais o qual é parte do elo magnético que une os corpos físico e astral, cortando ao retirar-se o corpo etérico do físico denso no momento da morte.

    Assimilador do prâna circula três vezes por todo o triângulo (três centros principais) antes de ser transmitido ao corpo eterico e deste ao corpo denso, se o homem estiver sã a emanação será intensificada pela vibração (frequência), caso contrária o processo será lenta, essas emanações saem finalmente do sistema etérico, irradiando-se pela superfície a essência sai levando a qualidade individual.

    Transmissor do prâna e absorvido por tudo que evolui dentro do circulo, consiste em vitalizar o veiculo de expressão material física de qualquer dos sete (chacras) homens celestiais, consiste em liberar a vida dos veículos que a confiam o altar terreno o lugar onde nasce o espirito.  

    O Corpo Ketérico

    Vimos acima que a relação entre os dois corpos ou energia poderia ser vista e sentida. No keterico está além das nossas faculdades, o nosso grau de evolução e consciência precisa estar bem apurado, sete nível acima do plano espiritual, nós sentimos próximo do criador, os campos emitindo uma aura dourada reluzente pulsante.

    Ketérico é o último nível áurico do plano espiritual. Contém o plano da vida e é o último nível diretamente relacionado com esta encarnação. 

    Kundalini o poder Ígneo

    De encontro ao Bindu, a grande força magnética, o princípio universal da vida que existe em toda a matéria também chamado "fogo serpentino" é vida que flui através dos centros vitais ou chacras.

    Principio ativo que tanto pode criar ou destruir especialmente no ser humano, ela estabelece laços entre os corpos físicos e astrais e vise e versa á medida que a evolução prossegue esses laços, são vivificados pela vontade que libera e guia essa energia. Embora de maneira meio desordenada por isso o correto deve ser orientado por um mestre eminente. Kundalini a origem sexual da espiritualidade para a teoria da evolução GOPI KRISHNA -  um filósofo iogue hindu pioneiro da união entre a filósofa oriental e a ciência ocidental - kundalini é um termo chave, pois é a base para o acesso a um estado superior de consciência tal que, se atingido por amplas massas da população representaria uma nova espécie da humanidade.

    É uma das forças emanantes do sol, inteiramente independente e distinta de fohat e prâna, e que, no estado atual dos nossos conhecimentos, acreditamos que seremos convertidos a qualquer dessas duas energias percorrendo o corpo as curvas de uma serpente; "Mãe do Mundo" é um nome bastante apropriado, porque e por ela que podem ser vivificados, com sete nós, que naturalmente representa os sete chacras ou centro de força e parece apresentar sete camadas ou graus de potência. Esta força se encaminhou assim no corpo astral, a faculdade de sentir, de ser impressionado por toda a espécie de influencias, porém sem lhe dar ainda a compreensão precisa ou inexplicável.

    O mecanismo que nos dá  a consciência do que se passa no astral é interessante e merece ser bem compreendido, mas para obter esses resultados, o fogo serpentino passa de chacra em chacra, em certa ordem e maneiras variáveis por isso essa energia sobe de formato espiral na intenção de encontrar seu objetivo; como o dia percorre para o encontro da noite. Assim é a kundalini que sobe com força e grau para o encontro do bindu, o feito é inexplicável o mais alto graal (santo) da plenitude. 

    Bindu

    Portal do brahama é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico. É o fio que liga o cérebro a medula e aos órgãos sexuais e quando cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta, aqui que armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente ligada ao útero e a glândula prostática - hormônios sexuais a energia sexual revitaliza o cérebro.

    O bindú circula dentro do canal principal o sushumna, quando é mantido no alto o homem mantem-se revitalizado e mais jovem, assim que desce veem a perda de energia causando o envelhecimento físico e mental. 

    Budismo para Leigos

    De todas as ramificações existentes, podemos distinguir três grandes correntes, chamados "os três veículos" (três mentes ou três Tan Tiens).

    1º Veículo -  Hinayana do hinduísmo uma das várias ramificações é o hara krishna: difundido principalmente no Ceilão, Bermânia, Tailândia e Indonésia.

    2º veículo- - Mahayana, impôs-se, sobretudo na China, Coréia e Japão.

    3ºVeículo-Tantrayana budismo da sexualidade "Kundalini". Atualmente está sendo divulgado também no Japão.

    obs: O Buda original está dentro de você, budismo não é religião: é filosofia da vida, é ciência.  

    Bioeletromagnética e Religião 

    Raich foi em direção ao corpo, ao biológico, á ciência literalmente palpável e visível e encontrou o espirito, a religião, o transcendente. Se os conceitos de bioenergia parecem estar como um peixe fora d'água no campo da ciência, na religião oriental pisa-se em terreno familiar. Para o hinduísmo, budismo e taoísmo o conceito de uma energia vital que flui ao longo do corpo, cujo bloqueio leva a sintomas e doenças físicas e mentais, é algo aceito há milhares de anos porque está, dentro da Bioeletromagnética, a força "Yi" (três  tan tiens -  três mentes ou três veículos) a energia sexual é Ching, a energia vital Chi e a espiritual e Shen. Essas circulam dentro dos três tan tiens  é o equilíbrio dentre o céu e a terra

    (o homem - bioeletromagnetica). Assim podemos entender porque o budismo de três veículos é integral. 

    I Ching

    Assim como a água nutre a vida, o conhecimento pode nutrir nossa consciência. O I Ching é  como um poço. Dele podemos extrair uma saberia profunda e autêntica, oculta no mistério sutil que sustenta o universo. Como filosofia, é  um espelho fiel da imensa realidade que nos abraça. Como oraculo é  uma lente poderosa que revela a unidade harmônica entre a compreensão e o incompreensível. Beber de sua água é experimentar o sabor indescritível de uma consciência ampla e abrangente que enxerga, nos movimentos do mundo, os mecanismos da nossa própria natureza. Combinando filosofia e oraculo, sabedoria e mistério, o estudo do I Ching é  fundamental para todo aquele que busca uma observação mais ampla e profunda dos mecanismos do universo, da vida e de si próprio.

    O I Ching pede: comprometimento com responsabilidade, lealdade ética moral e espiritualidade (sinceridade).

    "É aquela pessoa que faz e cuida de suas coisas e deveres com sinceridade no coração".

    Nesse estagio de evolução (revolução humana) poderemos pensar em paz mundial.

    É o que desejamos profundamente...

    E a mãe natureza pede urgência! .     

    Karma - Destino e Livre Arbítrio

    No taoísmo, acreditamos que nossa vida é resultado de nossas ações, ou seja, acreditamos que as ações passadas e presentes geram o futuro cenário de nossas vidas. A isso chamamos de Pequeno Destino.

    A partir de um instante qualquer, o futuro pode ser modificado como consequência de ações, mais conscientes, tarefa pessoal e intransferível, que não significa que não possamos ser ajudado. Mas, significa que, mesmo com ajuda externa, sem uma forte vontade e esforço pessoal não conseguimos progredir, melhorar, crescer.

    O destino não e algo pré-estabelecido pela vontade de DEUS se o fosse, este não seria DEUS, seria apenas uma consciência repleta de desejos, intenções e expectativas de retornos pessoais. A consciência universal (DEUS) é livre: não tem apegos e não faz julgamentos. É natural e espontânea. Não reconhece bem ou mal como antagônicos, mas complementares, em que o bom é  o resultado do equilíbrio e da harmonia entre forças aparentemente opostas. Esta consciência segue naturalmente o grande fluxo da imensa dança cósmica. Ela é a própria dança cósmica, é o próprio universo a isso chamamos Grande Destino: funciona como enorme pátio de fundo para o pequeno destino. Em termo pratico, o grande destino seria o conjunto das circunstâncias maiores do momento que vivemos capazes de definir a resposta não intencionada do universo ás nossas ações pessoais e coletivas.

    Deste modo, nossos méritos e punições são grandes por nós como consequência natural de nossas ações.       

    5 Religiões Básica do Mundo

    Histórias cheias de Fé.

    A sabedoria dos tempos tem sido preservada de muitos modos, mas nenhuma com mais apelo do que as simples alegorias chamadas Parábolas. Estas cinco histórias(descrita abaixo) se apresentam tão ativas hoje como no dia em que foram contadas pela primeira vez. Elas captam a essência de cinco religiões: budismo, judaísmo, confucionismo, islamismo e cristianismo.

    Budismo - O grão de mostarda; nascimento, vida e morte: a lei dos 7 chacras - "7 flores de lótus": Sutra de Lótus,(a revelação do Buda Sakyamuni)

    Judaísmo - A Parábola e a verdade.

    Confucionismo- O diplomata e o Rei-Espiritualidade - Conduta.

    Islamismo- O escravo e o filosofo.

    Cristianismo- A mensagem de João: Amai-vos uns aos outros, agora e sempre.

    Atenção: Os chineses taoístas usam muitos termos ou expressões como: filosofia, contos, fábulas, lendas, aforismo, metaforísmo, subjetivo, analogia; que confunde o raciocínio das pessoas, principalmente dos ocidentais, mas ai é que está o segredo para adquirir o conhecimento e saberia: "filosofia - pensar"

    Aprender sem pensar é  inútil

    Pensar sem aprender é  perigoso

    Kung Fú Tsé CONFÚCIO 

    Quem escreveu a Bíblia?

    A história de DEUS foi escrita pelos homens. Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos?

    As respostas são recentes - e vão mudar sua maneira de ver as escrituras.

    Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.c, uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, maquina e folha de papiro (planta importada do Egito e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que havia sido escrito).

    Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes outras pessoas continuaram reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best-seller de todos os tempos: a BÍBLIA. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo do Islã, mudou a história da arte- sem a bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci -  e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu?. Quem era e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo e quem ditou a voz e o estilo de DEUS?.  O que está na bíblia que deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados?. A resposta tradicional você já deve conhecer, segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso. A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidencias concretas da maioria deles, a chave para encontra-los está na própria Bíblia.

    Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Alias o termo "Bíblia", que usamos no singular, vem do plural grego ta bíblia ta hagia -"os livros sagrados". A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os cinco primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.c. Os Salmos seria obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel. E assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso. As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã. Que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo Canaã não foi um Estado, mas uma terra  sem fronteira habitada por diversos povos- os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, suas culturas e seus escritos foram fortemente influenciados por vizinhos cananeus, que viviam ali desde o ano.

    5.000 a.c e eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado. 

    Material e Metodologia

    Foram usados livros para consulta, acesso a home Page, assistir palestras voltadas á holística, estudos em grupos. Este trabalho foi realizado pela equipe na comunidade de estudos em grupo, com ajuda dos meus discípulos e alunos no curso de vivencia visando a consciência do corpo e da mente, fundamental nas práticas de exercícios taoista. Sendo que, um exercício e outro a meditação e muito importante no ganho de consciência do corpo, da mente e do espírito. Dentro do trabalho, trocamos idéias e compartilhamos conhecimentos vivenciados inclusive a experiência do despertar da kundalini: síndrome da kundalini" .

    Compartilhar:

    A beleza uma ação sempre gera uma reação; o esforço de uma ação.

    Os anos haverão de passar, mas a arte de compartilhar torna a todos mais humanos, que constrói ponte para o caminho do tão; que cuida da terra estagnada, colhendo o reconhecimento e sabedoria assim se alcança a iluminação.

    3 caminho do tao, dizem que existe três caminhos para a iluminação:1 é o da prece e da adoração, chega-se lá ,mas nunca se sabe  quando, por que ou como. 2 é o da boas ações e do serviço aos outros: mas tampouco se sabe quando ,por que ou como se chega lá. 3 é o caminho do Tao, que é um caminho de conhecimento e sabedoria. Você sabe quando, porque e como se chega lá, porque se trata de um processo alquímico no nível molecular,  que trabalho com a forma mais elevada de energia do corpo (a energia sexual) e que se torna claro  à medida que você pratica. Você sabe quando deve ser duro como a pedra e quando ser suave como a água. Isso é sabedoria, isso é o Tao.

    A soma de alguns conhecimentos próprios e alheios, as vivencias, orientadores, amigos e também profissional ligado à medicina. 

    Discussão

    Esta obra é a sequência (é continuação) das proposituras anteriores: sexualidade e espiritualidade/2008 - o principio do Yin e o Yang/2009.

    Selecionei o tema em questão, pelo caminho mais simples e eficaz para o aprendizado: o caminho do tao (filosofia do Chi) para o publico geral.

    Focado na energia fundamental, a energia sexual que vem do absoluto "o nada - o inacessível". Explicação do absoluto o nada: O ser sem forma: surgiu o Yin e o Yang (dualidade) a sublime unidade que impregnou o vasto universo; o Sois, Planetas, Luas, Estrelas, Microcosmos, etc...

    A energia sexual Yin e Yang: uma força fecundante masculina Yang, e uma força receptora feminina Yin (a energia é criativa, a união primordial das forças Yin e Yang que impulsiona o universo). Sem essa energia não estaríamos aqui, ou não existiríamos, viemos do nada, ao nada voltaremos "Tao Budh" sobre a kundalini atualmente muitas pessoas ouvem falar da kundalini; isso significa que a humanidade esta á caminho da evolução espiritual "pode ser comparado a kundalini que sobe para evoluir alcançando o bindu Brahma".

    Recebi uma mensagem do pássaro voador sobre a kundalini e compreendi que, grandeza da potencia que representa realmente ela; é perigosíssima, mas nem por isso podemos ignorá-la, precisamos mais do que nunca estar-mos preparados para o encontro, não para enfrentá-la, mas para recebê-la amorosamente com muita serenidade do Tão e alcançarmos a iluminação.

    Agradecimentos ao Sinte pela inestimável oportunidade que me proporciona. Gostaria de agradecer ao senhor Henrique Vieira Filho, a quem admiro pela sua inteligência e compreensão.

    Muito obrigada, Mitiyo              


    Conclusão

    Descobrir que os segredos de quem nós somos estão nos chacras (kundalini). Eles falam, eles sentem e pensam. Tudo estar na bioeletromagnética e quando adotamos esses conhecimentos e inserimos a filosofia do tao, entre este a kundalini. E a expansão da consciência, ai atraímos para nós, e não precisamos dizer ou perguntar:" QUEM SOU EU OU O QUE SOMOS".

    O Drº Motoyama expressa isso da seguinte forma: e faz um apelo; a ioga apresentar-se-á como uma grande força mundial e alterará o curso dos acontecimentos do mundo. Atualmente a kundalini está sendo discutida em todas as sociedades, em todas as línguas e países do mundo. Especialmente os jovens cientistas devem dedicar-se ao reconhecimento e á compreensão dos efeitos da kundalini - em si próprio e nas outras pessoas. Os médicos e os cientistas precisam formar uma ponte entre a dimensão subjetiva interior da consciência espiritual e a dimensão empírica da ciência como fizeram: Einstein. Ytzhak, Bentov e o dr Motoyama. Esse é o momento para avançar audaciosamente e investigar, de forma científica, a experiência da kundalini. Seu despertar é tanto, um evento psicofisiológico como uma realidade espiritual. O estudo do seu amplo potencial é a mais nova fronteira da ciência. Imaginem o s importantes benefícios obtidos no tratamento de moléstias, quando se revelar cientificamente que determinados sons e formas (mantras e yantras) podem ativar os sistemas fisiológicos e físicos do organismo.

    Experiência cientifica para a avaliação e determinação dos efeitos práticos do tantra e da ioga contribuirá imensamente para acelerar a evolução do homem. Tendo absoluta convicção e confiança nos extraordinários efeitos da ioga para curar o corpo doente do homem, aprimorar sua personalidade e transformar seu nível de percepção consciente. O Drº Motoyama transpõe a divergência e demostrou a realidade cientifica da kundalini e o consequente benefício para a humanidadeO Gopi Krishna relata que no futuro próximo, surgira indivíduos (sem diploma) com grau de clarividência além do normal.   

    Bibliografia

    Sexualidade e Espiritualidade - Mitiyo O Takemoto - Sinte; sindicato dos terapeutas.

    Sexo - Mandak Chia e Wu Wei - ed - Cultrix

    Chi Nei Tsang - Mantak Chia: ed  Cultrix

    Chi Nei Tsang ll - Mantak chia -  ed Cultrix

    Tao yin- Mantak Chia - ed Cultrix

    Automassagem - Mantak Chia ed Cultrix

    Segredos Taoista do amor- Mantak Chia e Michel Winn - ed Roca

    O orgasmo múltiplo do homem - Mantak Chia e Douglas Abrans Araya - ed objetivo

    Quem escreveu a bíblia -  texto: Jose Francisco Botelho: revista Super dez/2008

    Chacras- os centros energéticos da saúde plena: física, mental, emocional e espiritual-

    rev. Claudia /2006

    O duplo etérico - major Arthur E. Powel - ed. Pensamento

    O despertar da kundalini - Gopi krishna - ed. pensamento

    A origem sexual da espiritualidade - texto; John Wite

    Revista da sociedade taoista do brasil: ano I -  n°1- primavera 2005

    Bioenergia - curso básico - Maria Divina de Jesus

    Budismo para leigos -  Dummies - Londaw - Bodian - ed - a alta Books

    Bioenergia - apostilas nível I e II - Texto: Alberto Cabral Fusaro- Centro de estudofilosóficos laboratório Evolutivo

    Site:

    www.google.com.br

    www.gigabusca.com.br

    www.cefle.or.br- webite- info@cefle.org.br.

    Autor: : Mitiyo OshiroTakemoto - CRT 38660 - Terapeuta Holistica
    Última atualização: 03/06/2011 10:10


    COACHING HOLÍSTICO

    COACHING HOLÍSTICO 

    Um método de encadear resultados positivos para liderar a vida em qualquer âmbito desejável.  


    Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270

    Personal colching Holístico

    www.celicoutinho.com.br

    Terapeuta Tântrica

    www.celishakti.com.br

    E-mail: contato@celicoutinho.com.br 

     

    Índice

    Prefacio...................................................01 

    PRINCIPIOS DO CONCEITO DE FORMAÇÃO DO COACHING HOLÍSTICO

    O que é Samkhya?..............................................06

    COACHING - MITOS E VERDADES..................07 

    Conclusão.................................................09

    Bibliografia................................................11 


    Prefácio

    Primeiramente deixo claro que a intenção aqui não é inovar. E sim trazer ao conhecimento algo que já tomou um rumo de sucesso.

    Basta utilizar um pouco do seu tempo para navegar na Internet e logo se percebe que ha tempos outros orientadores, consultores e ou terapeutas já desenvolve um trabalho particularmente próprio de coaching.

    Ouvimos já um tempo o termo coaching, amplamente divulgado e a impressão que temos que sua origem é completamente moderna e pertencente basicamente ao nosso século.

    Mesmo na estória do coaching percebemos que seu inicio acontece baseado no conceito filosofal da Grécia, com o principio de orientar no esporte, o esportista que precisa ter o incentivo de que ele é ganhador, único em sua modalidade.  E assim transformar pequenos homens em grandes nomes do esporte, já nos tempos modernos americano.

    E com a modernização global o coaching ganha um corpo metodológico para auxiliar nas grandes empresas a formação de líder de equipe a serem prósperos em suas idéias, ganhando ranks em marketing, vendas e estratégias administrativas.

    Mas o homem não é só corpo mental, é também um corpo emocional, e espiritual, amplamente fáceis de formar uma estratégia de expansão dos conhecimentos, realização dos desejos e metas a cumprir em vida.

    Se formos buscar de fato uma origem pode-se facilmente perceber, que dá Grécia se pularmos um pouco, mais vamos cair nos princípios filosofais da índia antiga, e seguindo de encontro com o Samkhya que deu origem a uma metodologia de estudo comportamental do homem enumerando as formas de entendimento de como o Ser humano pode processar suas emoções, mente para evoluir como um ser livre de amarras negativas.

    É do Samkhya que acontece a origem de duas vertentes muito importante no mundo holístico hoje em dia, ou seja, o Yoga e o Tantra. Formando assim um um mundo denominado de holística.

    A holística não é uma ciência e nem uma filosofia. Não  é uma religião nem uma disciplina mística. Também não constitui um paradigma científico. É tão somente uma visão de mundo que vem se contrapor à visão dualista e mecanicista que despojou o ser humano da sua unidade, ao longo desses séculos de civilizações tecnológicas e racionalismo exacerbado.

    A holística basicamente é uma atitude diante da realidade, uma forma de ver e compreender o mundo, um espaço onde são permitidos um intercâmbio dinâmico entre Ciência, Arte Filosófica e as Tradições Espirituais, sendo exatamente esse intercâmbio que se propõem como uma das mais criativas formas de enfrentamento dos desafios deste final de século.

    Sendo uma atitude diante da vida uma forma de compreender e de estar no mundo, o pensamento holístico permeia todos os níveis de atuação do indivíduo.

    Inicio então aqui a intenção de promover com essas linhas um caminho para nós terapeutas holísticos, para um caminhar de prosperidade e crescimento, não somente como uma profissão complementar a qualquer outra renda que  tenhamos e sim um movimento de energia motora de que escolhemos como profissão de onde  somos únicos capazes de gerir uma ferramenta, não somente para os nossos clientes equilibrarem e se libertarem de doenças físicas, mas certamente buscar empreendedorismos seja lá no que foi escolhido.

    Li um artigo esses dias onde um terapeuta criticava as pessoas que dizem que a movimentação holística não dá mais para o sustento.

    E ele observa que muitos terapeutas se fundem em descredibilidade por não acreditar naquilo que de fato escolheu e dando razões para fracassos como, agora é final de ano e não é mais possível seguir. Bom, agora o ano começa apenas depois do carnaval.

    O aspecto astrológico inerentes agora é impossível fluir em produtividade.

    È de fato as intempéries existem, e não trilhamos nela com sucesso se acreditarmos que nosso sucesso está no mundo lá fora.

    Mas se soubermos o caminho da ação e da reação de nós mesmo, trilhar um caminho pra a prosperidade, certamente é bem mais agradável e palpável. E esta é a proposta do Coaching Holístico.

    Enumerar uma série de questões para os objetivos pessoais serem colocados em prática. 

    PRINCIPIOS DO CONCEITO DE FORMAÇÃO DO COACHING HOLÍSTICO 

    O que é Samkhya

    Samkhya é considerado como o mais antigo dos sistemas filosófico ortodoxo indiano .Sua filosofia considera o universo como constituído de duas realidades eternas:  Purusha (consciência) e Prakriti (corpo físico), é, portanto, fortemente dualistas  caracterizada por uma cosmovisão que vê o universo como uma mistura evolução de dualidades distinta (claro / escuro, masculino / feminino, etc.).

    Shamkhya advém do idioma sânscrito, um dos ramos do grande tronco lingüístico e cultural Indo-Ária, tendo parentesco com o latim, o árabe e mais uma dúzia de línguas indianas. Apesar desta influência o sânscrito é uma língua morta, sendo usada em situações ritualísticas, pujas com mantras.

    Samkhya, então literalmente, significa "descrição enumerativa", inventário, enumeração, sendo uma palavra adotada por kapila, um literato indiano por volta de 27 séculos atrás. Para descrever a estrutura do cosmo e do homem, bem como as relações entre pessoas e do individuo como o cosmo, no sentido da natureza.

    Devido às dificuldades com os estudos e registros históricos daqueles séculos, não se sabe ao certo se Kapila foi realmente um personagem histórico ou uma criação folclórica; não se sabe também a data de seu nascimento (talvez 750 a. C), se foi contemporâneo depois de Buda (200 anos depois), se viveu no século II a.C ou II d.C

    Metafisicamente, Samkhya mantém uma dualidade radical entre o espírito / consciência (Purusha) e matéria (Prakriti). Todos os eventos físicos são considerados manifestações da evolução da Prakriti,  ou natureza primária (do qual todos os corpos físicos são derivados). Cada ser ciente é um Purusha, e é ilimitado e irrestrito ao seu corpo

    O espírito em si é apenas uma testemunha da evolução. A evolução obedece a relações de causa e efeito, com a natureza primordial em si ser a causa material de toda a criação física. A teoria da causa e efeito da Samkhya é chamado Satkaarya Vaada, e afirma que nada pode ser criado a partir ou destruídas em nada - toda evolução é simplesmente a transformação da natureza primordial de uma forma para outra.

    Toda a matéria tem três gunas (qualidades)  ou atributos fundamentais - sattva (atributo criativo), rajas (atributo preservacionista) e tamas (atributo destrutiva). A evolução da questão ocorre quando a relação de forças entre as mudanças de atributos. A evolução cessa quando o espírito percebe que é diferente da natureza primária e, portanto, não pode evoluir. Isso destrói o propósito da evolução, impedindo assim Prakriti de evoluir para Purusha.

    O Purusha (almas) é consciente e livre de todas as qualidades. Eles são os espectadores silenciosos de prakriti (matéria ou a natureza), que é composto de três gunas (disposições), satva rajas e tamas (atividade estabilidade e estagnação). Quando o equilíbrio dos gunas se movimenta, a ordem mundial evolui. Este movimento causa um desequilíbrio natural, ou seja, um distúrbio é devido à proximidade de Purusha e Prakriti. Libertação (kaivalya), então, consiste na realização da diferença entre os dois.

    Esta era uma filosofia dualista. Mas há diferenças entre o Samkhya e as formas ocidentais de dualismo. No Ocidente, a distinção fundamental é entre a mente e o corpo. No Samkhya, no entanto, é entre o (purusha) e da matéria, e este último incorpora o que os ocidentais normalmente se referem como "mente". Isso significa que o Self como o Samkhya entende que é mais transcendente do que "mente". 

    COACHING - MITOS E VERDADES

    Ser Coach é ter paixão em ajudar as pessoas a alcançar as suas metas, sonhos e objetivos mais rápidos.

    COACH é uma palavra de origem inglesa antiga, por volta de meados de 1500, que significa um veiculo para transportar pessoas de um lugar para outro.  
    O nome Coach é muito usado nos esporte, para denominar o treinador ou o técnico. Timothy Gallwey, quando escreveu "O JOGO INTERIOR DE TÊNIS" deu uma nova concepção na maneira de ensinar o Tênis e colaborou muito no processo de coaching que hoje conhecemos.

    Segundo o I.C.I. (Integrated Coaching Institute), Coaching é um processo focado em ações do coachee (cliente), para a realização de suas metas e desejos.  Ações no sentido de desenvolvimento e / ou aprimoramento de suas próprias competências, equipando-o com as ferramentas, conhecimentos e oportunidades para se expandir.

    O processo de Coaching não diz às pessoas o que fazer para se tornarem melhores, as apóia e a avalia, o que e como estão fazendo de modo a responsabilizarem-se pela própria vida, caminhando em busca de seus próprios objetivos. 
    Podemos também dizer que o Coach é o profissional que auxilia as pessoas a estruturar-se e realizar o seu sonho.

    Segundo Leonardo Wolk, "Coaching é a Arte de Soprar Brasas". 

    O coach, portanto é o profissional que conduz o processo de desenvolvimento. 

    Coaching é o nome do processo (literalmente treinamento em inglês). 

    Coachee é o nome que se dá ao cliente que contrata o coach. 

    O que é Coaching?

    É uma nova disciplina que nos leva à realização de permitir um desenvolvimento pessoal e profissional forte. É um conjunto de perguntas é a partir da aceitação dos outros e não julgar, com o objetivo de descobrir quem você é e ajudá-lo a alcançá-lo. .

    É uma formulação que ajuda você a pensar diferente. É uma nova maneira de ver as coisas que lhe permite operar de forma eficaz e responsável para seus objetivos, aumentando a imagem que você tem de si mesmo, melhorar as comunicações, aprofundar suas relações e mantê-las.

    Qual situação te leva a utilizar-se do coaching:

    - Quando você tem uma meta ou um objetivo e não sabe especificar.  

    - Quando você quiser encontrar um propósito na sua vida e nada faz sentido  

    Quando você responder não a uma das seguintes questões:  


    - Você gosta do que faz? 


    - Você está animado sobre o seu futuro? 


    - É esta a vida que você escolhe? 


    - Você acha sentido no que você faz? 


    - Você está satisfeito com seus relacionamentos? 


    - Usa bem seu tempo livre?


    Portanto o Coaching te chama para a ação ao invés de levá-lo aos seus pensamentos. 


    Coaching aponta para o que você quer e é possível que você  em vez de se concentrar no que aconteceu com você. 



    Um plano para o seu futuro  em sua vida pessoal

    Você tem um sonho difícil de realizar? 


    Você está sempre envolvido em problemas em seus relacionamentos? 


    Você se sente preso ou contido em qualquer área da sua vida? 


    Gostaria de ter mais tempo para si? 


    Em sua vida profissional

    Gostaria de ter mais sucesso? 


    Você reconhece que você poderia melhorar a comunicação? 


    Necessidade de organizar melhor o seu trabalho e sua mesa? 


    Você muitas vezes falta o tempo? 


    Gostaria de promover o seu crescimento, mas você não tem idéia por onde começar? 


    Você gostaria de aumentar sua renda ou lucro em seu negócio?


    Você toma altos níveis de stress? 

    Operação de Sessões de Coaching 

    A duração do processo de coaching é uma função do número de sessões e a freqüência dos mesmos, e duas questões dependem de você.

    Sobre a freqüência, nota que não fará mais do que uma sessão por semana e raramente perduram para além das próximas 4 a 6 semanas. Em geral, cada sessão dura aproximadamente uma hora e será individual.  

    Conclusão  

    O Coaching Holístico

    Coaching não é  terapia.

    A terapia é uma solução para entender o passado, reavaliar os erros para preparar-se para o presente.

    O Coaching concentra-se no presente e no futuro. Ou seja, independente de qualquer fato, dos sucessos e dos insucessos, o que e como fazer daqui pra frente, para continuar a escalada.

    A Terapia é um recurso para lidar com as dificuldades da existência, sob aspectos psicoemocionais em situações como crises pessoais, conflitos conjugais e familiares, transtornos psicopatológicos, distúrbios psicossomáticos, crises existenciais e problemas nas transições entre as fases da vida, etc. A terapia, diferentemente do coaching, adota uma abordagem holística que envolve processos de ordem psíquica, orgânica e social oferecendo recursos direcionados para atender na orientação de pessoas em situações de desestruturação e crise, quando o mesmo se sente inapto para lidar com as dificuldades em sua vida.

    O Coaching holístico vai lhe propor um caminho do momento do aqui e agora através de seus próprios recursos naturais.

    Serão utilizados de ferramentas de métodos vivenciais para auxiliar ao encontro de respostas que o processo vai lhe conduzir, para melhor absorção.   

    "Se, por um dia apenas, ou mesmo algumas horas e não raro por apenas alguns minutos, você se permitir mudar, um pouco que seja, seu ângulo de visão e abordar as questões existenciais de uma posição outra, além daquela que está habituado a vivenciar, isto operará milagres em sua saúde e no meio ambiente"       Levi Leonel 

    BIBLIOGRAFIA

    Pesquizas feitas pela a Internet.

    Livro - Energia Vital - Editora Roka - Autor - Levi Leonel

    Título: Coaching: Desenvolvendo Excelência Pessoal e Profissional;

    Autor: James Flaherty;

    Editora: Qualitymark;

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 03/06/2011 10:18


    TERAPIA HOLÍSTICA COM “LIFE COACHING”

    TERAPIA HOLÍSTICA COM “LIFE COACHING

    Escola Humanista

    SIDNEY ROSA NASCIMENTO JUNIOR - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 44269

     Trabalho apresentado ao SINTE  Sindicato dos Terapeutas - Holística 2012

     

     BRASÍLIA – DF

     

    2012

      O ser humano traz no coração a certeza de que todas as pessoas são semelhantes... Tudo está aí neste subsolo da Humanidade, neste subsolo de homens e de mulheres deste planeta; tudo está aí para forjar um mundo mais humano (ANDRÉ ROCHAIS, 1980).

     

     

    2012

    SUMÁRIO

                           Pag.

    RESUMO...................................................................................................          2

    INTRODUÇÃO ..........................................................................................           3

    Objetivo Geral ....................................................................................          4

    CAPÍTULO I – METODOLOGIA ...............................................................          5

    1 - Por que Terapia Holística. ...........................................................          5

    2 - Por que Life Coaching..................................................................          6

    3 – Por que Humanista ......................................................................          7

    CAPÍTULO II – A PESQUISA HUMANISTA..............................................        11

    1 – Contribuição de Carl Rogers.......................................................        11

    2 - Contribuição de André Rochais ..................................................        11

    4 – As Oficinas de Crescimento e Vida.............................................        14

    CAPÍTULO III – RESULTADOS .................................................................        16

    CAPÍTULO IV – DISCUSSÃO ....................................................................        17

    CAPÍTULO V – CONCLUSÕES  ................................................................        19

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................        20

     

     

     

     

     

     

     

     

    RESUMO

    Neste trabalho será apresentada uma síntese das descobertas dos mestres humanistas Carl Rogers (1961) e André Rochais (1985). O Capítulo I é dedicado à conceituação dos termos e processos utilizados. No capítulo II é abordada a narrativa teórica das principais linhas humanistas e da adaptação dessa escola para a realidade brasileira, levando-se em conta os aspectos culturais, econômicos e sociais. No capítulo III são relatados dois casos de sucesso. Num segundo momento será abordada a discussão dessas práticas e a conclusão final.

     

     

    INTRODUÇÃO

    NASCIMENTO JUNIOR Sidney R. A Terapia Holística com “Life Coaching” – Escola Humanista. Brasília, Distrito Federal, 2012. Propositura de palestra para a Holística 2012. SINTE – Sindicato dos Terapeutas.

    O primeiro contato do autor com a linha humanista se deu no início da década de setenta, quando se encantou pelas descobertas de Rogers no livro “Tornar-se Pessoa” (ROGERS, Carl R. – On Beioming a Person, 1961).

    Outros pesquisadores e pedagogos abarcaram essas descobertas. No Brasil, o pedagogo e filósofo Paulo Freire foi um dos principais seguidores.

    Posteriormente, o autor conheceu o fabuloso método denominado Personalidade e Relações Humanas – PRH, fruto das pesquisas do psicopedagogo francês “André Rochais”.

    Sua participação em diversos cursos com esse método produziu resultados surpreendentes. Houve excelente ganho de qualidade de vida e a melhoria das suas relações em todos os setores: casal, família, trabalho, grupos variados e outros.

    Ao sentir em si mesmo esses excelentes resultados, o autor ingressou na Formação Pessoal Metódica – FPM e na Formação para a Relação de Ajuda – FRA. Cursos formativos oferecidos por PRH.

    Por se tratar de formação continuada, prosseguiu e ainda segue se atualizando naquela fonte. Com a formação e a prática como profissional independente na relação de ajuda, criou as Oficinas de Crescimento e Vida – OCV.

     Possuidor da formação em coaching, o autor juntou as novidades e eficácia deste processo com os fundamentos humanistas. As Oficinas de Crescimento e Vida possuem metodologia própria, segundo este embasamento.

    Nestas, além dos cursos oferecidos, há o regular acompanhamento individual ou em grupo específico (casal, família ou trabalho).

    São utilizados os princípios da Psicoterapia Holística, com base nas propostas rogerianas.

    Esse experimento pessoal e profissional dão a segurança e a motivação para a apresentação deste trabalho para a comunidade terapeuta.

     

    OBJETIVO GERAL

    O objetivo deste trabalho é demonstrar para a comunidade terapêutica a eficácia da Terapia Holística com Life Coaching e fundamentos da psicopedagogia humanista.

     

    Palavra-chave: Psicopedagogia Humanista. Atividade centrada na Pessoa. Vida em Plenitude. Life Coaching. Terapia Holística.

     

     

     

    CAPÍTULO I - METODOLOGIA

    Conceituação Metodológica

    1. Por que Terapia Holística?

    As línguas vivas, e o português é uma delas, são evolutivas. Com o passar do tempo, surgem novos vocábulos. Outros vão ampliando seu significado. Um caso típico desta ampliação se deu com a palavra “Terapia”. Segundo o dicionário Houaiss (2009) a palavra “Terapia” significaria: tratamento de doentes[1].

    Entretanto, a evolução das práticas terapêuticas mudou essa definição. Hoje há um consenso definindo “Terapia” como:

    “Toda intervenção que visa tratar problemas somáticos, psíquicos ou psicossomáticos, suas causas e seus sintomas, com o fim de obter um restabelecimento da saúde ou do bem-estar.

    Intervenção, restabelecimento e bem-estar são palavras chaves. Terapia, portanto, já não é de uso exclusivo da área da medicina ou da psicologia. O termo intervenção lhe dá um sentido amplo. Vai além do tratamento de doentes.

    Por exemplo: hidroterapia significa exercício na água orientado por um profissional não médico ou psicólogo. Há outras tantas especialidades semelhantes.

    A expressão “Terapia Holística” refere-se à compreensão da realidade como um todo integrado (Terapia = harmonizar, equilibrar; Holística = do grego holus: totalidade).

    Esta modalidade utiliza uma somatória de técnicas milenares e modernas, sempre suaves e naturais. Proporciona harmonia, autoconhecimento e incrementa a capacidade de a pessoa ser bem-sucedida. Gera mais Qualidade e Bem-Estar na vida[2].

     

    Em síntese, a Terapia Holística utiliza-se de técnicas alternativas, não invasivas. Busca alinhar as energias da pessoa, esta considerada única e, ao mesmo tempo, integrada ao Universo Cósmico. Ela não trata de doenças ou de cura e sim de realinhamento de energias ou aprendizado.

    Obviamente, uma pessoa equilibrada e com bem-estar estará menos sujeita às doenças. Sua energia interior poderá produzir cura natural, como consequência e não como objeto do tratamento da Terapia Holística.

    1. Por que Life Coaching?

    A tradução literal minimiza a abrangência da técnica: Life: vida; Coaching: treinamento (Treinamento para a vida). Trata-se de um processo com o fim específico: alavancar a pessoa para encontrar o máximo de si.

    Por isso, não é fácil definir tal processo. A definição mais aceita para coaching é:

     “Processo de estímulo para que a pessoa se desenvolva e se torne mais efetiva (metodologia personalizada) com foco em ações praticadas para a realização de suas metas e desejos, com base no refinamento e desenvolvimento de suas próprias competências”.

    A palavra “coaching” tem origem na Europa. O Espanhol designa veículos como “coche”. Vem das antigas carruagens.

    A carruagem servia para conduzir a pessoa com rapidez, segurança e com um mínimo gasto de energias. O destino é determinado pelo passageiro e não pelo condutor. Por analogia, o processo é o mesmo oferecido pelos taxis de hoje.

     

    Essa imagem representa razoavelmente o processo de coaching. De modo semelhante, coaching é um processo cujo objetivo é o de conduzir a pessoa até um determinado ponto por ela (pessoa) escolhido.

    No lugar do condutor (cocheiro ou motorista) está o “coach”. Seu papel é o de ajudar, orientar, aconselhar, facilitar, questionar o “coachee”  (pessoa orientada) a chegar eficazmente ao seu destino de crescimento.

    Para isso, o coach e coachee negociam um plano de ação. É comum elaborar também um plano alternativo (plano B). Contudo, caberá sempre ao coachee a escolha e a decisão sobre todo o projeto.

    Durante a elaboração dos planos e do processo de execução, o coach utiliza as chamadas “perguntas poderosas” para ajudar o coachee prosseguir no seu itinerário.

    O projeto deve ter o ponto inicial, a meta a alcançar, os pontos de avaliação e o tempo necessário em cada etapa. Sempre haverá uma avaliação em todos os sentidos (360º) para produzir feedbacks (retorno) ao coachee.

    Existem várias modalidades de coaching. A maioria voltada para atividades empresariais. Recentemente, foi criada a versão para a pessoa e suas relações próximas. Isto é, fora do ambiente de trabalho, sem, contudo, excluí-lo.

    Ou seja, se o processo é eficaz no desenvolvimento da pessoa dentro da empresa, por que não ampliá-lo para a vida cotidiana do indivíduo? O life coaching veio responder este questionamento.

    Assim como nos Coaching tradicional, existem muitass escolas de life coaching. Aqui será abordada a metodologia humanista. A versatilidade da psicopedagogia humanista com a também versatilidade do processo criou uma associação perfeita.

    1. Por que Humanista?

    A respeito da psicopedagogia humanista, a professora Tereza Cristina B. Siqueira assim se expressa:

    “A Psicologia Humanista fundamenta-se nos pressupostos da Fenomenologia e Filosofia Existencial; é centrada na pessoa e não no comportamento, enfatiza a condição de liberdade contra a pretensão determinista. Visa à compreensão e o bem-estar da pessoa não o controle. Segundo esta concepção, a psicologia não seria a ciência do comportamento, seria a ciência da pessoa.

    Caracteriza-se também, por uma contínua crença nas responsabilidades do indivíduo e na sua capacidade de prever que passos o levarão a um confronto mais decisivo com sua realidade[3]”.

    Os principais constituintes deste movimento são: Carl Rogers (1985), Abraham Maslow (1908) e André Rouchais (1990).

    Na prática humanista há um redirecionamento da terapia convencional (diretiva) e focada no trauma, para uma postura de confiança na pessoa e na sua capacidade de crescimento e de autogestão da própria vida. Baseia-se na escuta ativa, sem grades de leitura ou preocupação com diagnósticos.

                    Sem querer fazer qualquer vínculo religioso, é interessante lembrar que Tereza d’Ávila, considerada doutora da Igreja Católica, já dizia no início do século XVI:

    quando algo em nós está funcionando mal é porque alguma virtude está precisando crescer”.

    Uma das principais descobertas de Rogers é a de que toda pessoa tem um núcleo essencialmente positivo ao qual chamou de “Self”. Dessa premissa partiram todas as suas teses, tendo como objetivo final levar a pessoa “ser aquilo que realmente é[4].

    O Self de Rogers

    Núcleo

    Essencialmente

    Positivo

     

                          

     

            

    Tal como na terapia holística, a pessoa é vista como um todo.

    Caberá à própria pessoa encontrar dentro de si as respostas para suas dificuldades. Descobrir as causas (ou holisticamente, canalizar energias). Ganhar estatura emocional.

    Assim, ancorada em um porto seguro em si mesma, livrar-se dos funcionamentos indesejáveis.

    Isso significa primeiramente que ela deve crescer em suas capacidades de gerir a própria vida. Tomar posse de sua real identidade interior, formada por potencialidades, habilidades e capacidade de discernimento, livre e inteligente de si mesma.

    A segunda fase se inicia de modo natural. Decorre do crescimento interior. Nela há uma reordenação da própria vida. Uma reeducação compatível com a nova estatura adquirida.

    É preciso haver uma quebra de muitos paradigmas, dogmas e princípios. Talvez, fundamentais para sobrevivência no passado. Porem, hoje, desnecessários.

    Dificilmente haverá crescimento enquanto a pessoa permanecer presa a essas referências. Foram adquirida e não pertencem à essência da sua natureza. Por isso impedem a pessoa de ser sim mesma. Ela vive uma verdadeira escravidão inconsciente aprisionada por essas regras ou dogmas.

    A pessoa assim possuída fica incapacitada de tomar boas decisões. Escuta o que não é seu (o que foi adquirido). Vive insegura e à mercê da imagem que constrói para “parecer” segundo a exigência do entorno. Ou seja: daquilo que os outros “acham”.

    Diante dessa insegurança de atender os desejos alheios, vive a procura explicações ou justificativas para se defender de eventuais faltas.

    Enfim, para não entrar numa exaustiva explanação teórica, é possível extrair para este trabalho alguns conceitos básicos da psicopedagogia humanista, assim resumidos:

    1. Todo ser humano é capaz de decidir por si mesmo como conduzir adequadamente a sua própria vida, sem necessidade de paradigmas, rótulos ou intervenções externas;
    2. Quando isso não acontece, é porque o poder e a capacidade interior de ser si mesmo estão adormecidos ou inibidos. Maslow afirmava que:

    “O homem seria um ser com poderes e capacidades amortecidos, inibidos. Adoecemos, não só por termos aspectos patológicos, mas muitas vezes, por bloquearmos elementos saudáveis.

    A impossibilidade de manifestarmos nossa criatividade e de atualizarmos nosso potencial como seres humanos realizados traria como consequência a neurose”;

    Pouco tempo depois, André Rochais também afirmaria algo semelhante, confirmando essa linha de descobertas:

    “Dormimos sobre tesouros, sobre poços de energia, sobre um vulcão de criatividade, sobre reservas incríveis de amor verdadeiro”.

    1. Cada pessoa é única e possui identidade própria. Entretanto há características universais comuns ao ser humano. O olhar humanista é respeitoso ao direito de cada um ser diferente. Dentro de uma unidade humana há uma diversidade de características individuais.

    Em resumo, a visão humanista não segue a linha do pensamento dedutivo, com base em paradigmas, conceitos e princípios. Ela é indutiva a partir das realidades interiores da própria pessoa. Direciona a ela todo foco de atenção para ajudá-la, por si mesma, canalizar suas próprias energias para o escopo da sua razão de viver.    

     

     

     

    CAPÍTULO II - A PESQUISA HUMANISTA[5]

            Carl Ransom Rogers

    (1902 a 1987)

     

    1 – Contribuição de Carl Rogers:Rogers é considerado um dos principais expoentes da terapia ou da pedagogia humanista, por duas razões básicas:

    1. Foi o primeiro a romper com a psicologia tradicional;
    2.  Demonstrou cientificamente a descoberta inata na capacidade da pessoa gerir sua da própria vida, sem necessidade de qualquer ação diretiva externa;
    3. Criou a técnica da Abordagem Centrada na Pessoa, hoje seguida por diversos pedagogos e terapeutas.

    A pesquisa de Rogers sobreveio a um processo meticuloso de investigação científica. Concluiu que toda pessoa humana tem uma natureza essencialmente positiva. A ideia dominante era que todo ser humano possuía uma neurose básica. Rogers defende que o núcleo básico da personalidade humana é tendente à saúde, ao bem-estar.

    Definiu esse núcleo de energias e potencialidades como Self. Substantivo que pode ser traduzido para o Português como: “si mesmo”; ”natureza”; “personalidade”; “caráter”...

            André Rochais

    (1921 a 1990)

     

    2 – A Contribuição de André Rochais:Muito embora, seu nome e seu meticuloso trabalho, especialmente no Brasil, sejam pouco conhecidos, André Rochais foi, sem a menor dúvida, o maior patrono da escola humanista.

    Influenciado e encantado pelas descobertas de Rogers, prosseguiu com as pesquisas na mesma linha. Criou o método denominado “PRH – Personalidade e Relações Humanas”. Hoje divulgado por PRH Internacional.

    Rochais percebeu que a integralização da personalidade passava pela autodescoberta da identidade interior (o Self de Rogers).

    Para tanto, deveria haver um aprendizado sobre si mesmo. Caberá à pessoa desvendar os obstáculos que a impedem de ser ela mesma.

    Seu propósito ia mais além. Haveria um método, de tal modo simples, que fosse acessível a qualquer pessoa, independente das condições sociais ou intelectuais. Algo que fosse universalmente capaz de ajudar qualquer indivíduo. De fácil aplicação e aceitação.

    Com essa visão ele traçou um gráfico das engrenagens da personalidade ao qual denominou “Esquema da Pessoa”. Inicialmente, com três instâncias. Depois de simplificado e depurado, em 1985 assim definiu: o Ser, a Sensibilidade e o Eu-cerebral.  

     

     

     

    Os outros                         Entorno                                  Mate        Material                

    A Pessoa e o seu corpo

    Eu Cerebral

     

     

    Sensibilidade

     

    Ser

    Além do Ser

     

     

     

    “Fundaments Antropologiques de Formation PRH” – Publicado por PRH Internacional, 1997, pag. 55)

    O Ser: Para Rochais o Ser, à semelhança de Rogers, é essencialmente positivo e é o local da identidade profunda da pessoa, onde estão todas suas potencialidades, já despertadas ou não.

    O Eu-cerebral: lugar onde funcionam a inteligência, a vontade e a liberdade.

    A Sensibilidade: região que faz a interface entre todas as instâncias. É uma espécie de gravador das emoções vividas. Através do corpo se comunica com o mundo exterior: ambiente humano e ambiente material.

    O corpo, no seu modo de ver, tem uma dimensão especial. O próprio esquema da pessoa foi desenhado tendo por base as hipotéticas regiões nas quais a pessoa parece viver esses funcionamentos.

    Com essa descoberta, Rochais pode elaborar um método bem eficaz para ajudar a pessoa identificar essas instâncias. A finalidade última é fazer cada um chegar até o seu ser (Self de Rogers). Só assim, desvendando seu potencial interior, a pessoa encontrará sua real identidade. Esse lugar fantástico possui todas ferramentas e as condições para progredir.

    O maior segredo do sucesso do método é permitir que a pessoa saia do tradicional funcionamento intelectual,  onde imperam a lógica, o saber, a imaginação e o fundamentalismo, para então, adquirir a capacidade de se escutar em profundidade.

    Assim, a pessoa guiada pelo melhor de si passa a viver com liberdade, segurança e autenticidade.

    Por outro lado, ao experimentar o crescimento, terá maior domínio sobre suas emoções.

    Rochais em sua pesquisa observou que há três núcleos de consciências que regem a tomada de decisões:  

    1. Consciência-socializada: é adquirida através da influência dos ambientes vividos (costumes familiares, religiosidade, hábitos, regras e outros.). É uma forma da pessoa se adequar as exigências dos diversos grupos para ser aceita e reconhecida por eles. É considerada como a consciência infantil, porque é formada desde a infância, quando se exige que a pessoa viva presa aos outros e às regras impostas de fora para dentro;
    2. Consciência-cerebral: é a formada por princípios interiores e crenças pessoais. Ela surge na adolescência, quando a pessoa inicia um processo de contradependência familiar.

    É considerada a consciência do adolescente. Aprisiona a pessoa aos seus próprios conceitos, tais como: “eu sou assim mesmo e não mudo”, “não levo desaforo para casa” e outros;

    1. Consciência-profunda: é construída pela autonomia, leva a um constante discernimento entre o que bom ou ao que bom para o momento. É chamada a consciência da maturidade. As decisões baseadas neste nível de consciência produzem segurança e paz.

    Essa visão é a base do sistema explicativo criado por Rochais: “PRH – Personalidade e Relações Humanas”. São oferecidos cursos, acompanhamento pessoal e grupos de aprofundamento.

    No pensamento de Rochais, tanto as instâncias da pessoa como os diversos tipos de consciências, funcionam em conjunto, ora predominando um, ora outro. Dependem da cultura, das circunstâncias e do vivido de cada um.

    Para Rochais, a pessoa só encontrará a plenitude quando passar viver de acordo com o seu Ser e guiado pela sua Consciência profunda.

    1. - Oficinas de Crescimento e Vida

    As Oficinas de Crescimento e Vida são módulos interativos elaborados numa sequência didaticamente distribuída. Têm por objetivo promover a autodescoberta de cada instância da personalidade, segundo a pesquisa de Rochais. Cada módulo é baseado num tema específico para o crescimento interior.

    Por se tratar de um método de autodescoberta, torna-se praticamente impossível apresentar teoricamente seu conteúdo. São baseados na “Abordagem Centrada na Pessoa” e na “Escuta Ativa”. O aprendizado se baseia no sentir em lugar do saber ou conhecer.

    Sentir não é tão simples. Será preciso mudar do pensamento dedutivo, daquilo que se conhece para o novo, para a construção indutiva – do novo para o aprendizado.

    Uma boa comparação didática dessa mudança é a perícia criminal. O raciocínio dedutivo levaria iniciar os trabalhos arrolando-se os criminosos conhecidos. Uma vez eleito o provável criminoso, se tentará de todas as formas provar sua culpa. Obviamente, o resultado poderá ser desastroso.

    Do outro lado, com o raciocínio indutivo, a pesquisa parte do crime para, através das pistas deixadas, chegar ao verdadeiro autor. Paradoxalmente, nossa cultura utiliza mais o raciocínio dedutivo. Talvez, devido o segundo (indutivo) ser mais exigente.

    A mudança do tipo de raciocínio é o primeiro objetivo dos cursos oferecidos pelas Oficinas de Crescimento e Vida – OCV.

    Além dos módulos já citados, são oferecidas sessões de counseling, com base na psicoterapia holística e no processo de life coaching. 

    A finalidade de todo o processo é proporcionar ao acompanhado (coachee) o acesso e a ordenação das suas instâncias interiores.

    Diferentemente de Rochais, nas Oficinas de Crescimento e Vida, essas instâncias são denominadas: área racional, área emocional e ser ou identidade profunda.

    Sem uma ordenação interior dessas instâncias, há perda desnecessária de energias. Caso fossem comparadas - apenas para efeito didático - com uma bicicleta. Dificilmente o condutor  chegará a algum lugar, se cada roda apontar para direções diferentes.

     

     

     

     

     

    CAPÍTULO III - RESULTADOS

    Os resultados obtidos são surpreendentes. Como forma coletados dois “cases” observados na pesquisa da terapia holística com life coaching:

    1. Maria[6], meia idade, casada, dois filhos, escolaridade superior, condição socioeconômica média: A queixa inicial era o relacionamento com o marido. Reclamava do alcoolismo. Mesmo sóbrio, o marido era mandão, dono da verdade e opressor. Quando bebia, ficava violento. Nas sessões iniciais, falava repetidamente da história de sua infância sofrida com a opressão dos pais. Mediante a pergunta: quando você vai parar de falar dessa menina sofrida do passado e passar para a mulher do presente? Tocada por isso, iniciou o processo de falar de si e da realidade do tempo presente. Foi a porta de entrada para um trabalho promissor. Após encontrar solidez dentro de si e ousar existir, pode mudar o comportamento diante do marido. Depois de uma breve separação, o mesmo procurou ajuda especializada. Hoje vivem razoavelmente em paz.
    2. Silvio: casado, meia idade, cinco filhos, executivo, boa condição social. Queixava do recente estado depressivo em que se encontrava. A anamnese revelou uma pessoa cheia de atividades. Vivia um ativismo crônico. Parecia ter uma imagem supervalorizada de si. Dizia ser só ele capaz de atender todas as demandas. Nada delegava a outros. Durante os acompanhamentos, foi questionado a respeito da dificuldade de delegar e do desperdício de energia verificado. Aprofundando mais, revelou o sentimento de nunca ter sido valorizado pelo pai. Este dava toda atenção ao irmão menor. A linha adotada foi questionar sobre até quando iria mostrar suas inúmeras capacidades para os outros, praticamente mendigando reconhecimento. Auxiliado com o acompanhamento e cursos formativos, identificou esse comportamento desajustado. Pode concluir que vivia uma transferência do pai histórico para outras pessoas importantes da atualidade. A partir desta constatação foi paulatinamente mudando seu comportamento.

    Há muitos outros casos semelhantes, contudo suas descrições se tornariam exaustivas.

     

    CAPÍTULO IV - DISCUSSÃO

    Segundo o que foi apresentado nos capítulos anteriores, para o pensamento humanista, tornar-se pessoa significa, em suma, viver à luz da sua identidade interior (self ou ser).

    Só desse modo, será possível se ordenar interiormente. Uma vez assim ordenado se adquire qualidade de vida e felicidade. A pessoa ajustada passará a:

    1. Viver bem suas relações:
    2. Encontrar e ocupar seu lugar na sociedade;
    3. Agir segundo aquilo que lhe dê satisfação;
    4. Organizar sua vida financeira;
    5. Encontrar alegria, prosperidade e qualidade de vida.

    O maior desafio é o de a pessoa conseguir se libertar do domínio racional e aprender sentir sinais interiores de sua verdadeira identidade. É nela que estão todos os ingredientes, sempre positivos, formando o seu caráter.

    Para alguns poderá parecer utopia. Porém, os expoentes da psicopedagogia humanista encontraram em si mesmo esse lugar. Se assim não o fosse, não poderiam descrevê-lo com tanta precisão e segurança.

    O que mais dificulta o encontro da pessoa com suas riquezas interiores é a resistência produzida pelo medo.  Medo de sofrer, de encontrar coisas ruins, de se desinstalar, do novo...

    Isso ocorre possivelmente porque a pessoa, para sobreviver psicologicamente, teve que se adequar às exigências do meio (família, escola, amigos, trabalho, religião, política, ideologias etc.).

    Assim vivendo aprendeu parecer em vez de ser. A necessidade de ser aceita pelo meio a fez ocultar o melhor de si.

    Rochais fala do efeito cebola. São várias camadas de proteção a serem removidas, até se chegar ao cerne.

    Na pessoa essas camadas seriam as linhas de defesas interiores criadas para agradar ou se defender dos outros.

     

    O objetivo da Terapia Holística com Life Coaching, com base na Psicopedagogia Humanista, é ajudar a pessoa transpor essas linhas de defesa, para então desvendar suas riquezas interiores – sua verdadeira identidade.

     

    CAPÍTULO IV - CONCLUSÕES

     

    Somos seres em construção. Não nascemos prontos. Vimos ao mundo com total dependência dos outros. Para se libertar desta dependência, não basta apenas crescer fisicamente. Precisamos crescer psicologicamente. Tornar-se pessoa autônoma, inteligente de si e feliz. Pelo menos assim deveria ser.

    Entretanto, muitos permanecem emocionalmente infantis. Outros se tornam escravos de paradigmas e de princípios. Revoltam-se com a frustração ou decepção diante dos fracassos.

    A família, a escola e a sociedade estão mais preocupadas com o aprendizado intelectual e o sucesso profissional, do que com a formação do caráter da pessoa. Infelizmente a formação da personalidade tem ficado em segundo plano.

    Como foi demonstrado, a escola humanista veio suprir essa lacuna. Por focar na pessoa e não nos efeitos dos desajustes, têm como finalidade o desvendamento da real identidade e a formação da personalidade.

    Este trabalho não esgotou a riqueza dessa escola e nem era seu objetivo. Contudo, foi lançada uma luz para essas novas descobertas tão pouco conhecidas, entretanto eficazes.

    O caminho está aberto. É lento, exigente e desafiante, mas vale a pena experimentá-lo.

    A Terapia Holística associada ao processo de Life Coaching, com base na escola humanista vem oferecer, ao lado do já consagrado PRH – Personalidade e Relações Humanas – cada um com sua própria metodologia – uma excelente oportunidade para se iniciar nessa caminhada.

     

     

    BIBLIOGRAFIA:

    ROGERS, Carl R. – On Becoming a Person, 1961 – pag. 37 e 146;

    ROCHAIS, Andre – La Personne et sa Croissance – Fundaments Antropologiques de Formation PRH – Publicado por PRH Internacional, 1997;

    Diversos Autores – Pour que la Vie Reprenne ses Droits – Analyse de Cheminements de Croissance, 1ª Edição, 2003;

    MEDNICOFF, Elizabeth - www.novoequilibrio.com.br – 2009;

    WIKIPÉDIA - pt.wikipedia.org – Carl Rogers – Maslow – 2009.

                            


    [1] HOUAISS, Antônio. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro – RJ,– Editora Objetiva, 2009.

    [2] SINTE, Sindicato dos Terapeutas. Holopédia. Glossário, São Paulo – SP – Portal SINTE – 2007.

    [3] SIQUEIRA, Teresa Cristina. Apontamentos sobre Psicologia Humanista. PUC Goiás.

    [4] ROGERS, Carl R. On Beioming a Person, 1961, pag. 37 e 146

    [5] Capítulo atualizado com nova versão dada à apresentação do autor na Holística de 2009.

    [6] Nomes fictícios para preservar as identidades.

    Autor: : SIDNEY ROSA NASCIMENTO JUNIOR - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 44269
    Última atualização: 31/07/2012 11:21


    Aromagia - O Poder Secreto Dos Aromas

    AROMAGIA

    O PODER SECRETO DOS AROMAS

    Celi Aparecida Coutinho

    Terapeuta Holistica.

    CRT 21270

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2012.

    SUMÁRIO

    Introdução.

    Metodologia.

    Material.

    Perfumes astrológicos.

    Estudos dos Elementos na Aromagia

    O 4 Elementos Sutis.

    Quíron – O sinalizador das feridas.

    Quíron nas casas e nas constelações.

    Característica da numerologia.

    Tabela de aromas para numerologia.

    Perfume Talismã.

    Tabela simplificada para criação de um perfume.

    Método

    Conclusão

    Bibliografia.

    Introdução

            O objetivo desta apresentação não é falar especificamente de aromaterapia, pois no meio holístico, poucos não dominam esta técnica.

            O meu objetivo é acrescentar o uso mágico dos aromas no intuito de equilibrar o aspecto vibratório de uma pessoa através do seu mapa de nascimento, astrológico, numerológico ou ambos.

            Para se manter um bom equilíbrio, podemos nos basear nos aspectos astrológicos criando fórmulas que poderá ser utilizado como PERFUME PESSOAL. Sendo então uma composição alquímica totalmente personalizada.

            O ato de equilibrar um padrão vibratório dentro dos aspectos de um mapa astrológico e numerológico pode-se denominar de Aromagia.

    ”Eis o poder secreto dos aromas”.

            Porque a ação vai ocorrer através da composição alquímica criada em aspectos desarmônicos ou para ressaltar qualidades até então desconhecidas de forma consciente, mas que se é sabido ser inerente ao portador de uma carta natal, trabalhando através da mudança vibracional e isto é uma magia de alto poder de resolução efetiva.

            Aqui apresento os elementos dos aspectos astrológicos, com ênfase em Quíron e nos elementos no propósito de ir direto ao equilíbrio do ser levando-o a curar suas feridas, com a experiência aplicativo, percebo que o cliente ao utilizar um Perfume pessoal baseado em primeiro momento no aspecto do Quíron no mapa ele ganha uma consciência de si muito rápido, permitindo facilmente a ação através de outras ferramentas dentro da Terapia holística, principalmente no cunho da psicoterapia holística.

    Celi Coutinho.

    Metodologia

            Antes de seguirmos adiante no aprendizado em confeccionar um perfume com o objetivo da aromagia, precisamos conhecer os elementos por onde ocorrerão à base da criação de uma alquimia pessoal – denominado perfume Talismã, ou perfume astrológico. Ou as poções mágicas aromáticas.

            Vejamos uma breve análise sobre cada um dos elementos, elaborada por mim, por base em estudos sobre Hermetismo, ao longo de 20 anos. Tal síntese será apresentada em uma seqüência ordenada de tal forma, que possa sintetizar, da melhor maneira possível, a natureza dos elementos de acordo com uma ideologia magística, ou seja, como princípio de transformação de um estado vibratório em desequilíbrio, para então equilibrado e consciente. Assim, poderemos obter uma visão mais ampla e maior compreensão, acerca dos nossos processos criativos interiores em suas diversas fases:

    Material

            Saliento que as explicações são resumidas indo de encontro com a necessidade de explanar como é executada a escolha de um conteúdo num mapa astrológico e ou numerológico para concluir um produto alquímico aromático.
            Aconselho aprofundar em cada elemento através de cursos e leituras dos temas aqui apresentados.

    PERFUMES ASTROLÓGICOS

            Os perfumes astrológicos trazem aos nativos, equilíbrio humoral permitindo-lhe atuar e usar o máximo de possibilidades que lhe é dada ao nascer em seu mapa natal.

            Para achar uma base de perfume conveniente a um determinado temperamento sem agir por tateamento. Esta base de perfume deverá ser constituída pelo MAPA NATAL do indivíduo utilizando o quadro essência regente dos planetas que no mapa encontra-se em desarmonia para representar a composição. Devemos observar, por exemplo, que um aroma do signo de Áries é conseqüentemente também do planeta Marte, e que um aroma do signo de Touro é o mesmo para o planeta Vênus, e assim por diante.

            Para fazer a sua base, você parte de um odor que mais lhe agrade, mas que seja atuante do seu signo solar, consultando você mesmo qual é o tipo constituinte, revelado em seu MAPA NATAL.

            Observando que terás vários tipos de aromas para escolher, deve-se estar atento na escolha dos mesmos para executar uma composição equilibrada para o buquê ser agradável.    

            Pode-se usar a essência pelo signo regente, pelo signo ascendente, pela a lua, pelos planetas e signos conflitantes ou pelos desequilíbrios apresentados.
            Através da elaboração de um perfume baseado no Mapa Natal astrológico ou numerológico é que se obtém o verdadeiro Perfume Talismã.

    Estudos dos Elementos na Aromagia

            Na Aromagia não é necessário interpretar exatamente um mapa e sim saber localizar questões aflitivas e utilizar-se da escolha do aroma regente para diminuir aspectos negativos e ou exaltar um determinado aspecto desconhecido ao consulente até então.

            Claro que aconselho o aluno se dedicar em aprofundar no assunto astrologia e numerologia para que cada vez mais possa conhecer o seu cliente em questão para confeccionar um bom talismã aromático e ou perfume pessoal.

            Segue separadamente a explicação breve de cada aspecto astrológico e numerológico para a composição adequada da aromagia.

    Áries

    Os perfumes de Áries são de natureza viril, ardente e masculino.

    Aromas de Marte: cedro, cereja, mirra, bergamota, limão, cravo, lavanda, narciso.

    Aromas de Áries: bergamota, alecrim, canela, limão, almíscar, alecrim, rosa, gerânio, verbena.

    TOURO

    Os perfumes de Touro são naturalmente receptivos e femininos. Eles tendem fixar as coisas e materializar os desejos.

    Aromas de Vênus: rosa, cravo, limão, verbena.

    Aromas de Touro: anis, jasmim, lilás, magnólia.

    GÊMEOS

    Os perfumes de Gêmeos são naturalmente: quente, masculino, afetivo e doce.

    Aromas de Mercúrio: acácia, canela, gardênia, jasmim, lavanda, magnólia, vetiver, mangerona, junquilho, madressilva.    

    Aromas de Gêmeos: alfazema, jacinto, mirra, narciso, tuberosa.

    CÂNCER

    Os perfumes de Câncer inclinam à passividade e a indiferença, é feminino, frio e receptivo.

    Aromas da Lua: âmbar, lilás, lírio, néroli, patchouly, rosa.

    Aromas de Câncer: acácia, néroli, lírio, junquilho.

    LEÃO

    Os perfumes de Leão são os perfumes de natureza viril, quente, emitente e masculino. Eles tendem a melhorar a relação entre sexos opostos. Refreiam os excessos físicos e morais. Eles contribuem a obter paciência para realizar suas ambições.

    Aromas do Sol: heliotrópio, jacinto, melissa, alecrim, sândalo, mangerona.

    Aromas de Leão: âmbar, cedro, cravo, mimosa, lavanda.

    VIRGEM

    São perfumes que agem sobre o tônus nervoso, por isso, elevam a moral, dando sensação de confiança em si mesmo.

    Aromas de Mercúrio: acácia, anis, cravo-da-índia, gardênia, jasmim, lavanda, magnólia, vetiver, junquilho.

    Aromas de Virgem: gardênia, cravo-da-índia, heliotrópio, rosa.

    LIBRA

    Os perfumes de Libra são de natureza equilibrada, quente, positivo e afetivo.

    Aromas de Vênus: rosa, cravo-da-índia, limão, verbena, gerânio.

    Aromas de Libra: benjoim, canela, gerânio, musk, rosa, lírio do vale, madressilva.

    ESCORPIÃO

    Os perfumes de Escorpião são naturalmente feminino, passivos, defensivos. Eles tendem a eliminar a energia de violência e as contrariedades da sorte

    Perfumes de Marte: bergamota, canela, cedro, limão, menta, mirra, narciso, cravo-da-índia.

    Aromas de Plutão: cipreste, urze, magnólia

    Aromas de Escorpião: melissa, cravo-da-índia, lima, mangerona.

    SAGITÁRIO

    Os perfumes de Sagitário são de natureza fecunda e vital, são emitentes e masculinos.

    Aromas de Júpiter: cedro, couro-da-Rússia, kourus, olíbano, tuberosa, lírio do vale, capim cheiroso.

    Aromas de Sagitário: lavanda, musgo de carvalho, orquídea, violeta, mangerona.

    CAPRICÓRNIO

    Os perfumes de Capricórnio são naturalmente receptivos e passivos. Eles são antídotos contra a inquietude, ansiedade e desencorajamento.

    Aromas de Saturno: pinho, âmbar, benjoim, gerânio, cravo-da-índia, musgo de carvalho, musk, orquídea, violeta, agulhas de pinho.

    Aromas de Capricórnio: Cravo-da-índia, cedro, couro da Russia, kourus sândalo, olíbano, angélica.

    AQUÁRIO

    Os perfumes de aquário são de natureza masculina e ativa.

    Aromas de Urano: âmbar, cravo-da-índia, musgo de carvalho, sândalo

    Aromas  de Aquário: patchouly, vetiver, mangerona.

     

    PEIXES

    Os perfumes de Peixe são de natureza instintiva (estômago), feminino e fecundo. Fixam os desejos, aumentam a praticidade e habilidade para estudos e negócios.

    Aromas de Netuno: Imortalle.

    Aromas de Peixes: agulhas de pinho, menta, resedá, olíbano.

    O 4 Elementos Sutis

    Os estudos das forças ocultas da natureza, presente nos quatro elementos e seus elementais, são comuns a todas as culturas, por tratar-se de uma necessidade latente do ser humano. A Iniciação Hermética, quase sempre, têm início com base nos quatro elementos grosseiros da natureza: ar, terra, fogo e água. A partir de uma evolução interior, o iniciado passa a estudar os quatro elementos em sua forma mais sutil, através de uma analogia entre o material tangível e o abstrato, psíquico ou espiritual.

            Tal síntese será apresentada em uma seqüência ordenada de tal forma, que possa sintetizar, da melhor maneira possível, a natureza dos elementos de acordo com a ideologia magística proposta.

    Ao elemento AR corresponde à função do PENSAMENTO.

            A ênfase reside em teorias e idéias, na relação entre os fatos, na capacidade de abstrair, de comunicar e de se relacionar mentalmente com algo ou alguém.

    Os signos regidos por esse elemento examinam o seu comportamento e dos que os cercam, buscando a compreensão mental.

    GÊMEOS: um vento “leve” sem direção definida - os primeiros contatos, o relacionamento com o meio mais próximo.

    LIBRA: um vento “dirigido” - os contatos escolhidos, as relações sociais.
    AQUÁRIO: o ar dos cumes - idealismo, progresso, a relação global (além fronteiras)
    Pense no
    ar: espalha-se, está presente em toda parte, é o mais leve dos elementos, liga as coisas da terra (todos os seres respiram o mesmo ar, que está em constante movimento sobre a terra).

            O excesso de ar gera alguém “fora do ar”, isto é, excessivamente abstrato e pouco prático. Pode haver dificuldade de lidar com sentimentos, pois a concentração está no lado racional da vida. Outras características são: sistema nervoso frágil, facilmente abalável, ansiedade na comunicação, possíveis tiques nervosos.
            A
    falta de ar pode gerar: irreflexão, dificuldade em se entender e relacionar com os outros, dificuldade em se ajustar a pessoas e coisas novas ou diferentes, pode haver problemas de articulação, comunicação e expressão verbal.

            As pessoas de ar são rápidas e animadas. Usam as suas energias de formas muito variadas. Têm tendência para intelectualizar os seus sentimentos e expectativas.

    Ao elemento ÁGUA corresponde à função do SENTIMENTO.

            A água percebe as coisas via emocional. O importante é o sentimento despertado por uma pessoa, objeto ou situação. É a subjetividade, o instinto, a intimidade, a imaginação, o sonho, a mediunidade, a profundidade.
            
    CÂNCER é a água primordial das fontes que protege a prole (instinto de proteger o que é frágil): sensibilidade, imaginação.

            ESCORPIÃO é a água dos pântanos, a água que “dorme”: mistério, transformação, magnetismo.

            PEIXES é a água dos oceanos, nos quais todos os rios vêm fundir-se: osmose, empatia.

            Pense na água: é moldável, não tem forma definida, flui, jorra, remete-nos a algo interior.

            O excesso de água gera sensibilidade exagerada, suscetibilidade psíquica e emocional, emoções à flor da pele, carências, medos, apreensões, inseguranças. Também uma intensa vida interior com fantasia, imaginação e criatividade, que, no entanto, deve ser canalizada positivamente.

            A falta de água pode ocasionar dificuldade em admitir e expressar sentimentos e emoções, desconfiança de intuições e da vida interior.

            As pessoas com uma forte ênfase do elemento água são sentimentais e muito sensíveis. As suas capacidades emocionais e imaginativas são profundas e ricas.  

    Ao elemento TERRA corresponde a SENSAÇÃO.

            O que pode ser captado através dos sentidos. A idéia central é perceber o que está visível (conhece e acredita naquilo que vê!), desfrutar dos prazeres que o mundo físico proporciona.

    TOURO é a fase de crescimento individual, de absorver e acumular, fazer crescer.
    É a terra fértil, estabilidade, sensualidade.

    VIRGEM é a terra ceifada, utilizada: estruturação, seleção e aperfeiçoamento.
    CAPRICÓRNIO é a terra despojada, mas contendo o germe da vida: reflexão, paciência, construção, organização, crescimento social.

            As pessoas de terra reagem silenciosa e lentamente. Elas empenham-se com "endurance". Emocionalmente elas são fortemente enraizadas e lentas na mudança. 

    O excesso de terra num mapa sinaliza uma grande preocupação com coisas material e concreta, dificuldade de mudar, inflexibilidade, utilitarismo, dificuldade de lidar com pensamentos abstratos, conceitos e teorias, pois tudo tem uma conotação muito concreta. Pode gerar também excesso de rotina, possessividade, teimosia, avareza ou obsessão pelo trabalho.

    A falta de terra provoca dificuldade em lidar com o mundo material e concreto. A pessoa pode ser muito sonhadora, mas pouco prática. A falta desse elemento pode ocasionar problemas para alcançar estabilidade, pois falta o “pé no chão”. Pode haver dificuldade de prover as necessidades físicas e de sobrevivência.

    Ao elemento FOGO corresponde a INTUIÇÃO.

    Conceitos como futuro, possibilidades, dinamismo, energia, ação faz parte do universo dos signos regidos por este elemento.

    O excesso do elemento fogo no mapa pode gerar: orgulho, arrogância, autoritarismo, impaciência, impulsividade, imediatismo, egoísmo, excessiva autoconfiança.

    ÁRIES é o fogo inicial, a faísca da vida que incendeia o que estiver ao redor, entusiasmo, impulso.

    LEÃO é o fogo no auge de seu poder: força, autoridade.
    SAGITÁRIO é o fogo dominado, utilizado: o conhecimento, a expansão de horizontes.

            As pessoas com uma ênfase forte do elemento de fogo são espontâneas e impulsivas e usam as suas energias com todo o entusiasmo. A sua resposta emocional é rápida e têm uma imaginação muito viva.

    A falta do fogo gera uma diminuição no nível de ação e entusiasmo perante a vida. A pessoa necessitará ser estimulada para agir, pois tende a faltar-lhe iniciativa, otimismo e alegria. Pode haver também medo de desafios. Pense no fogo e nas qualidades que ele emana: calor, energia, paixão.

    .

    Quíron o sinalizador das feridas

            Além dos dez planetas "clássicos" cuja importância é reconhecida por todos os astrólogos, Quíron no mapa retrata a marca especial de heroísmo e de ajuda.

            Quíron (rei dos centauros) situado entre as órbitas de Saturno e Urano, só foi avistado em 1.977.

            Trata-se de um planetóide que leva entre 50 e 51 anos para fazer sua órbita ao redor do sol. Sua órbita elíptica faz com que ele tenha uma duração variável de tempo em cada signo. Quíron permanece em Libra não mais que 18 meses, enquanto em Áries permanece por 8 anos. Alguns astrólogos consideram Quíron o regente de Virgem, enquanto outros optam por Sagitário.

            Quiron representa “O Curador”

    “O Agressor” - “O Ferido”

    A independência filosófica - A compaixão diante do sofrimento.

            O processo de aprendizagem para chegarmos a confiar no Mestre ou Guia Interno.

            O fenômeno cultural mais ligado com a descoberta de Quíron é a "Nova Era”. Conta à história mitológica que Quíron foi ferido em uma briga com os centauros selvagens para interromperam o seu casamento. O casamento é uma metáfora para a união interior de sentir-se completo, onde as partes de nós mesmos se casam em harmonia. Nossa capacidade de obter tudo o que podemos Ser é interrompido constantemente por nossos próprios demônios, os centauros selvagens dentro de nós que causaram as cicatrizes da dor não resolvida.

            Quíron representa a necessidade de fundir os opostos dentro de si mesmo para se conseguir a plenitude. A ferida cultural é a divisão entre os instintos e intelecto, representado pelo o mítico centauro - metade homem e metade cavalo.

            Em um mapa de nascimento, o aspecto astrológico representado por Quíron é o ponto onde demarca a velha dor que ao ser transmutado o indivíduo toma para si o domínio de uma lição que vem em muitas vidas certamente para assimilar. A dor é o nosso professor, porque nela está a chave para a nossa cura. Cada um de nós tem um trabalho para curar nossas próprias feridas, para que possamos aprender uns com os outros. Então, muitas vezes, onde ocorre a ferida maior.

            Quíron era um herbalista e um grande cirurgião, mas ele não podia curar a si mesmo.

    QUÍRON NAS CASAS E NAS CONSTELAÇÕES

    As Casas onde está Quíron é o setor da vida do Indivíduo que está como palco, para que as personalidades (internas e externas) formem a cena catalisadora do agressor, do ferido, do curador.

    1a. Casa - Iniciativa, Objetividade, Ação apropriadas.

    2a. Casa - Valorização das prioridades, apropriadas aquisição, manutenção e conservação dos bens.

    3a. Casa - Comunicação, Expressão, pensamento, linguagem, relações e aprendizado apropriados.

    4a. Casa - Vínculos emocionais e atitudes apropriadas em relação à família

    5a. Casa - Forma adequada de auto-expressão criativa, de relacionar-se afetivamente, de gerar filhos, de educá-los e de expandir sua criatividade.

    6a. Casa - Forma adequada de prestar serviços a terceiros e o devido respeito ao seu corpo.

    7a. Casa - Relacionamentos, sociedades, parcerias e casamento com pessoas certas.

    8a. Casa - Atitude apropriada em relação às finanças dos outros sob seus cuidados, em relação à sua própria morte e à sexualidade.

    9a. Casa - Atitude oportuna com senso-social diante de suas capacidades, que devem servir para orientação da comunidade.

    10a. Casa - Responsabilidade social, Maturidade para ação direta sobre a sociedade.

    11a. Casa – Plasmar os Ideais e Amizades apropriadas.

    12a. Casa - Renúncia apropriada.

    Quíron e os Signos

            As Constelações em suas designações negativas são as vicissitudes, as fraquezas, os erros, a doença, o “mal”, o ofensor, em si ou contra si.

             Em suas designações positivas são os princípios pelos quais se ocorrerá à cura a si e aos demais.

    Quíron em Áries sempre tenderá acreditar que deve fazer tudo sozinho, sem pedir ajuda dos demais. Podem advir temores profundos de expressar o que deseja, e em alguns casos pode até deliberar o desejo de morrer.

    Quíron em Touro - Ponderação, ritmo, edificações.Tem uma certa tendência a se sentir insegura(o) e vulnerável. A busca de solidez é tão grande que se apega às pessoas da mesma forma que aos bens.

    Quíron em Gêmeos - Em geral tem grande dificuldade de expressar seus sentimentos mais profundos, mas tende a exprimir com clareza temas polêmicos.

    Quíron em Câncer - predispõe à identificação excessiva com o pai, seja para negá-lo ou para deificá-lo.

            

    Quíron em Leão - querem mostrar para o mundo sua importância fazendo com que os filhos sigam as carreiras que eles desejaram para si e não conseguiram.

    Quíron em Virgem - consiste em aprender a aceitar também o que são imperfeitos, feridos, feios ou sujos.

    Quíron em Libra - tende a não manifestar suas emoções e seus pensamentos com medo de que possam ferir os demais.

    Quíron em Escorpião - leva o Nativo a passar por experiências que o coloca em contacto com tragédias e com a morte. Há feridas também na área da sexualidade

    Quíron em Sagitário -. Com freqüência a mulher com Quíron nesse posicionamento é detentora de uma forma de sabedoria natural que ultrapassa aquela que é própria de sua idade, aquela predominante na maioria das mulheres.

    Quíron em Capricórnio - Existem muitos conflitos com pessoas de autoridade. Existe a tendência em abraçar responsabilidades que não são do indivíduo, para fugir à luta que representa o arcar com seus próprios problemas, principalmente os materiais.

            A ferida também pode estar relacionada com o pai pessoal.        O pai ou a mãe pode desempenhar um papel importante na conduta dos nascidos com Quíron em Capricórnio.

    Quíron em Aquário - tem dificuldade em aceitar as responsabilidades necessárias na conquista de liberdade e esta liberdade não se agrega a qualquer ação positiva, útil, ou ainda pela luta por qualquer valor atemporal.

            As mulheres com esta posição podem ter tido pais que tem tais características; frios, distantes, críticos, insensíveis ou autoritários.

    Quíron em Peixes -a pessoa poderá ter amores platônicos e consumir-se em ardentes paixões por artistas ou personagens inalcançáveis, ou com pessoas casadas, de tal forma que o desejo seja irrealizável.

            

    ASPECTOS: O posicionamento de Quíron no Tema Natal mostra a área de vida em que a busca pelo alívio de qualquer sofrimento de fato, ou a busca pelo alívio de algum sofrimento que possa vir, tem mais probabilidade de ocorrer de modo particularmente intenso. Quíron estará mostrando ali os valores pelos quais deverá se pautar em seu relativo livre-arbítrio.

    Quíron / Sol: A ferida do Sol caracteriza em anular a autocriatividade.

    Representa a ferida do pai. Medo da própria criatividade. Sentindo-se traído ou ferido pelo princípio paternal. Curar a Ferida: Utilizar os aromas do sol.

    Quíron / Lua: A mãe está ferida. O medo da vulnerabilidade. A ferida emocional. Levando experimentar ou ter empatia com a dor da mãe Sentindo-se traído ou rejeitado pelo princípio mãe. Curar a Ferida: Usar aromas da Lua e dos signos em que está o Quíron.

    Quíron / Mercúrio: A comunicação está ferida. Sentindo-se incompreendido e não consegue se comunicar. Curar a Ferida: Aromas de Mercúrio e do signo da casa onde está aspectado.

    Quíron / Vênus: A ferida está na área dos relacionamentos. Ferido no amor ou ferindo outros em amor. Sentir-se amado. Uma ferida para o coração. Curar a Ferida: usar os aromas de Vênus e do signo da casa em questão.

    Quíron / Marte: A ferida está em torno da expressão da identidade, a sexualidade física, energia, raiva e agressão. Extremos de energia. Hiperatividade. Assumir a raiva dos outros. Sobrevivente ou perpetuador de violência. Curar a Ferida: Usar o aroma de marte e do signo da casa no qual está aspectado.

    Quiron / Júpiter: A ferida para o sistema de crenças. O professor ferido. O medo de compartilhar o conhecimento de cada um. Inquietação interior profundo. Zelo missionário. Dogmatismo religioso. O medo de ser feliz / infeliz. Crise de fé.
    Cura a Ferida: Usar o aroma de Júpiter de do signo da casa em está aspectado.

    Quíron / Saturno:         A ferida com um senso de realização, estrutura e confiança. O medo de seu poder. O medo de tomar um lugar no mundo. O pai está ferido. Medos internos e rigidez. Seriedade e insegurança.

    Curar a Ferida: Usar o aroma d Saturno e do signo da casa em que está aspectado.

    CARACTERISTICA DA NUMEROLOGIA.

                     O nome e data de nascimento estão de certo modo conectados com o ser interno de forma tão profundo que a mente racional não pode entender imediatamente. Porém, a mente intuitiva é capaz de perceber estas relações, e interpretar nos ajudando melhorar e entender nossas vidas.

            O nome é uma coleção de sons e uma melodia que traduz a vestimenta para o Espírito.

    GRADE: A análise do mapa numerológico, além de revelar vários aspectos da sua personalidade,  os números que se repetem no seu nome podem trazer um desequilíbrio na energia que ele representa.

     

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    a

    b

    c

    d

    e

    f

    g

    h

    i

    j

    k

    l

    m

    n

    o

    p

    q

    r

    s

    t

    u

    v

    w

    x

    y

    z

     

     

    Números         1             2          3         4        5        6        7     8        9

    Excesso

    se for

    acima:                   3            2          3         2         3       2        1      1       3 

             Você vai utilizar o aroma para equilibrar a energia que você não tem e ou em excesso.

    Regência vibracional

    1

    A = Originalidade, independência e insatisfação.

    J =  Desejo de vitória, incerteza.

    S = Emotividade exagerada.

    2

    B: Necessidade de amor, emotividade e timidez.

    K: Inspiração e nervosismo.

    T: Amor, sentido de humor.

    3

    C: Intuição e equilíbrio.

    L: Inteligência, excitação e lentidão.

    U: Lentidão, espírito de conservação, espírito rebelde, perdas de dinheiro.

    4

    D: Sentido prático e fatiga física.

    M: Cinismo, caráter e humor sombrios.

    V: Inspiração reveladora.

    5

    E: Ternura, tendência a buscar em outra parte aquilo que existe na própria casa.

    N: Amor pelo luxo, sexualidade e prazer.

    W: Potencialidade, insegurança, emotividade e cólera.

    6

    F: Intuição, amor pela vida privada, senso de responsabilidade.

    O: Desejo de viajar, tristeza e melancolia.

    X: Agitação, sexualidade.

    7

    G: Sorte, Inteligência e Solidariedade.

    P: Discrição.

    Y: Mistério, rapidez e segurança.

    8

    H: Prosperidade, ambição e generosidade.

    Q: Intuição, riquezas e misticismos.

    Z: Compreensão, dinheiro e secretos.

    9

    I: Paixão, tensão, incerteza e enfermidade nervosa.

    R: Potência, emotividade, nervosismo.

    11

    K: Inspiração e nervosismo.

    13

    M: Cinismo, caráter e humor alternados.

    14

    N: Amor pelo luxo, sensualidade e loucura.

    16

    P: Discrição.

    19

    S = Irrascibilidade, Emotividade exagerada.

    22

    V: Inspiração reveladora, misticismo, inteligência superior.

    33 - É o Grande Instrutor. Idealismo.

    Não tem letra vibratória é a 8 do 6


    Elemntos Sutis e a Numerologia.

    Fogo: produz a característica de impulsão direta para ações. Essa personalidade necessita se destacar.

    São os números: 1, 9, 19

    Terra:  já produz a capacidade de ser pragmaticamente realista e até ascético. Precisa da manifestação das coisas na matéria para que lhe tenha sentido as coisas.

    São os números: 13, 4, 8, 6

    Ar:  são de características mentais, reflexivos e instáveis. Necessita compreender o que está sua volta, principalmente aquilo que não é palpável.

    São os números: 3, 5, 14

    Água:  são sentimentais, imaginativos, sonhadores e sensíveis. Necessita estar envolvido plenamente no que faz para se realizar.

    São os números: 2,7, 16, 22

    Éter: São volúveis, místicos e instáveis. Toda a explicação da vida está além da terra. Quase sempre precisando de outros para colocá-lo na realidade.

    11, 33

    Como deverá ser procedido com o consulente?

    Prepara-se um cálculo básico do consulente em busca de números que estejam em desequilíbrio. Como a tabela numerológico acima.

     

    TABELA DE AROMA PARA NUMEROLOGIA

    01 - cedro, âmbar, canela, mirra.

    02 - cânfora, jasmim, lírio, néroli, sândalo.

    03  - anis, cravo, musgo de carvalho, orquídea.

    04 - couro-da-rússia, sândalo, vetiver, musgo de carvalho, orquídea, hortelã.

    05 - acácia, canela, jasmim, lavanda, vetiver, jacinto, narciso, cravo, heliotrópio.

    06 - benjoim, canela, rosa, musk, sândalo, almíscar, verbena, anis, jasmim.

    07 - violeta, patchouly, cedro, anis, menta, pinho.

    08 - almíscar, couro-da-rússia, musk, orquídea, sândalo,  musgo de carvalho.

    09 - cedro, bergamota, limão, almíscar, alecrim, rosa, verbena, melissa, cravo.

    11 - imortalle, lilás, âmbar, lírio, cravo da índia, néroli, patchouly, musgo de carvalho, rosa, sândalo.

    22 - melissa, cravo da índia, lima, mangerona, âmbar, musgo de carvalho, sândalo.

    33 - cipreste, urze.

    PERFUME TALISMÃ

            Os egípcios entre outros, constataram que o perfume é a melhor forma para trabalhar com iniciação energética e mágica, por possuírem ação profunda e dupla e por terem a capacidade de atuar no corpo astral dos viventes.

            Em magia, o corpo astral algumas vezes é chamado de intermediário, que serve de veículo para as influências que nós emitimos. O corpo astral dirige elegantemente nossas atividades orgânicas vegetativas e automáticas; é o centro do nosso subconsciente, e de nossos sentimentos, de nossas emoções e de nossas paixões.

            O perfume é um dos veículos mais sutis para nossas percepções espirituais. Ao impressionar as mucosas olfativas o aroma consegue milagrosamente, fazer uma ponte entre as realidades físicas e espirituais.         Predispondo a quem o utilize o sentir claramente da elevação espiritual em suas diversas "camadas", e assim sucessivamente, até que se atinja a plenitude mágica que permite elevados estados de consciência de si mesmo, o que equivale à procura dos desígnios humanos na Terra.

            A fabricação de perfumes tradicionais não tem efeitos aromaterapêutico. Aqui iremos utilizar óleos essenciais puros sem nenhuma adição de químicas sintéticas para que o propósito da aromagia aconteça.

            No momento de acrescentar a essência podem-se colocarem várias, desde que sejam respeitadas as medidas.

            A criação de um perfume obedece a um princípio fundamental que se divide em partes chamadas de notas. A seguir vejam quais são elas:

    TABELA SIMPLIFICADA PARA CRIAÇÃO DE UM PERFUME

    a - Notas de cabeça - (permanece alguns minutos).

     Bergamota - laranja – lavanda, etc.

    b - Notas de Coração - (permanecem horas).

     Rosa - gerânio

    c - Notas de Fundo - (chamadas fixadoras) pode permanecer dias.

     Jasmim - vetiver - musgo de carvalho - almíscar, etc.

    PERFUME                        EXTRATO                        ÁGUA DE COLÔNIA

    Álcool Cereais 800 ml.        Álcool Cereais 60 ml.        Álcool Cereais 850 ml.  

    Fixador 20 ml.                Fixador 5 ml.                            Fixador      20 ml.

    Essência 60 ml.                Essência 10 ml.                Essência     60 ml.  

    Água Destilada 20 ml.                                                         Água destilada 20 ml.

    Obs: As essências deverão ser de sua própria criação de acordo com a sua necessidade.

    MÉTODO.

                 

                 A Aromagia consiste em observar nos mapa os aspectos que se encontram em desequilíbrio energético da codificação numerológico pessoal e ou mapa astrológico.

              Conhecendo os elementos básicos da numerologia e ou astrologia poderá fazer uso através dos óleos essências com correspondência vibratória.

               Os cinco elementos ajudam a entender a natureza essencial da formação do temperamento do indivíduo. As características de acordo com o elemento assim como na numerologia e ou astrologia descrito acima caracterizando o padrão vibracional de cada aspecto que deseja harmonizar.

    Aplicações da aromagia

                Para o equilíbrio de um aspecto Numerológico, recorra à tabela acima e procure pelos os números que estão ausentes e ou em excesso.

    Escolha os aromas na classificação adequada e reserve.

            Dentro dos aspectos numerológicos pode ser considerado o cálculo do ano pessoal para auxiliar nas mudanças significativas, ano a ano. Assim enquanto uma pessoa vive uma época em que está apta a liberar algum de seus talentos latentes, outra se encontra no ano perfeito para desenvolver-se economicamente.

                  Antes de tudo, relembrando que você precisa identificar o número de seu ano pessoal, ou seja, a energia que o ano reserva para você. Para isso, some os algarismos do dia e mês de seu nascimento com o algarismo reduzido do ano em que você se encontra. Reduza tudo a um algarismo. Por exemplo, se você nasceu no dia 16 de outubro, proceda assim: 16 + 10 + 2002=1+6+1+0+2+0+0+2=12 => = 3. Portanto, seu ano pessoal é 3.

                  Considere agora que os algarismos de 1 a 9 que representam os temas principais de cada ano pessoal. Podemos relacionar cada um desses temas ao óleo essencial. Essas essências ajudam a enfrentar melhor a característica de cada ano, permitindo que a pessoa explore ao máximo o que o período oferece.

            Dentro do aspecto astrológico. Basta tirar a carta natal do cliente por um bom programa de astrologia e analisar em que casa e planeta estão o Quíron.

            Analisar os elementos quais estão com mais ou menos de 3 e escolher as essências de acordo com os elementos. No quadro acima dos aromas astrológicos pelo o signo e planetas.

                  Antes de escolher cada aroma, no entanto, você precisa levar em conta suas características pessoais e o seu contexto de vida emocional, mental e físico.

            

    Indicações de aromas para poções alquímicas.

            O uso dos aromas para trabalhar em ordem ambiental nas residências, comércios e consultórios.

            

    Benefícios e Aplicações

    Almiscar: Purificação de ambientes, harmonização e as pessoas, atrai amor e dinheiro.
    Alecrim: Estimulante, promove a memória, afrodisíaco.

    Anis: Produz capacidade extra-sensorial e estimula o cérebro.

    Âmbar: Atrai clientes, energiza e é afrodisíaco.

    Benjoim: Protetor e purificador.

    Bergamota: elevação espiritual, relaxamento. Gera energia positiva.

    Canela: Energiza. O aroma ajuda a romper o bloqueio psíquico quando é a causa dos problemas financeiros. Ao inalar o aroma, visualize sua situação financeira melhorando consideravelmente.

    Cânfora: ambientes depurador.

    Cedro: Sedativo, anti-séptico, repelente de insetos.

    Eucalipto: Limpa as vias aéreas, purifica o ambiente.

    Gerânio: fadiga mental, de economia de energia, antidepressivo.

    Heliotropio: Harmonizando geral.

    Incenso: contra danos, purificador, alivia o stress, desperta a consciência superior.
    Jasmim: Atrai riqueza, eleva a auto-estima, a criatividade aumenta.

    Júnipero: Purificação de corpo, repelindo a negatividade em todas as suas formas
    Laranja: Serena e aplausos o espírito, desperta alegria.

    Lavanda: Prosperidade, poder, contra nervosismo, ideal para os negócios.

    Lilas: Harmonizando, afrodisíaco.

    Lemon Grass: purificador, desodorizante e anti-séptico.Contra os maus espíritos.
    LIMÃO: Depurativo, cura, dissipa a tristeza, insetos longe, limpa a mente.
    Lotus: Saúde, vitalidade.

    Madeira do oriente: Promove o empreendedorismo, contra a negatividade.
    Magnólia: Promove a meditação e elevação, obstáculos de desbloqueio.
    Maçã: dinheiro, trabalho, melhorias.

    Manjerona: sedativo, ansiolítico combater a tristeza.

    Melissa: calmante, limpa a mente, atrai dinheiro.

    Menta: estimulante mental, tônico do sistema nervoso, tonifica a energia

    Mirra: casa Lava, desperta o terceiro olho, a proteção, a meditação.
    Musk:Meditação, artístico, abundância, erótico.

    Nardo: Atrai dinheiro, negócios, trabalho, acalmar as emoções.

    Néroli: elevação espiritual, tranqüiliza, afrodisíaco..

    Opium: União, atraente, estimulante.

    Patchouly: Amplia males, estimulante, desinibe, afrodisíaco.

    Pinho: Equilibra, limpeza, energização, abre caminhos.

    Rosa: felicidade, união familiar, equilíbrio físico e mental.

    Rosa búlgara: Energético.

    Sálvia: Relaxante nervoso, agir sobre o stress e exaustão mental.

    Sândalo: Atrai dinheiro, negócios, meditação, sexo.

    Sândalo indiano: a paz Meditação, espiritual.

    Sândalo doce: Depurador, serenidade.

    Tabaco: Prosperidade.

    Tilia: Serenidade.

    Tomilho: Ajuda a alcançar objetivo.

    Vetiver: Ajuda nas condições econômicas, protege contra energias negativas.
    Violeta: Contra a inveja, transmuta as energias negativas em positivas.
    Ylang ylang: antidepressivos, sedativos, especialmente para situações extremas, entrevistas importantes, etc

    Rosa e Gerânio - Bom para mulheres, dá a sensação de uma mulher decidida, que sabe o que quer, são suavemente quentes e estimulantes;

    Vetiver, Patchouli - Bom para homens, aromas fortes, inspiram capacidade e segurança.

    Aroma no Ambiente

    Os óleos essenciais harmonizam a energia dos ambientes.

    Difusão – para cada 200 ml. de água, pingue de 3 a 5 gotas de óleo essencial de alecrim (ativa a memória); gengibre, vetiver, patchouli ou angélica (auxiliam na concentração).

    Puro – uma gotinha de óleo essencial no travesseiro combate insônia (lavanda) ou alivia a respiração de quem tem bronquite ou rinite (eucalipto).

    Poção aromática

    Pode ser inserido em álcool de cereal na proporção de 5% e utilizar aspergindo nos ambientes, não se esqueçam de utilizar óleos essenciais.         Procurando utilizar entre 4 a 5 essências em cada poção.

            
    Não é necessário macerar este produto.

    Conclusão: A aromagia quiçá o meio mais importante dentro de todos elementos mágicos utilizados na holística. Com resposta rápida e efetiva.

    Para você que sente que está confuso ao explanar em minha palestra o Tema será demonstrado claramente o método de confecção desta potente ferramenta.

    Meus agradecimentos pela a oportunidade em transmitir este legado.

    BIBLIOGRAFIA

    Magie Astrale dês Parfums – Edition du Chariot – Autor : Georges Muchery.
    O Poder Secreto do Aromas – Celi Coutinho – Editora Midtron – 2011

    Sincronia dos Números – Celi Coutinho – Ainda não editado.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 31/07/2012 12:39


    Tantra - Conexão Ao Divino

    TANTRA - conexão ao divino.doc

    TANTRA – CONEXÃO AO DIVINO

    Iniciação ao Tantra – A consciência de si –Uma ferramenta que conduz ao coração.


    Celi Aparecida Coutinho

    Terapeuta Holística -  CRT 21270

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2012.

    SUMÁRIO

    O que é o Tantra?

    A Rota do Tantra.

    COSMOGONIA TÂNTRICA

    Kundalini

    Granthis - Os três nós psíquicos

    Como usufruir do Tantra

    Conclusão

    Bibliografia

    Introdução

    O TANTRA é sentir, fluir e expandir.

    O sentir não há como explicar, somente vivenciar.

    O fluir se percebe enquanto se vivencia.

    E o expandir é o resultado do vivenciar e sentir...

    Somos produtos de uma sociedade contida daqueles que precisa: sentir o toque e se expandir, ao usar a fala se entende, ao ouvir aprende-se a perceber.
    O Tantra também é uma filosofia comportamental de vida que aplicado no cotidiano fará com que as percepções fiquem mais proeminentes.

    Isso se aprende teoricamente através dos cursos.

    Aprender a fluir acontece através da psicoterapia, ferramenta que vai auxiliar você ir de encontro ao seu EU e retirar os paradigmas que impede de simplesmente sentir e Ser.
    Vivenciar significa aprender está aqui e agora feliz consigo mesmo.

    O Tantra não é religião, não é sexo, não é yoga. Em seus sutras (livros) encontrou-se varias estruturas comportamentais, cientificais, terapêuticas e principalmente ritualística. Com reverencias aos fluxos dévicos, pois se acreditava que cada ser existente tem uma proteção divina um deva (deus) ou um devi (deusa) que são representados pelos yantras – formas geométricas utilizadas nos ritos e os mantras – cantos vibracional de energia qualitativamente divina. Dando assim um panteão de deidades. Reverenciado através de puja – oferenda. Onde se deu a origem ao hinduismo.

    O que é o Tantra?

    Tantra é um principio filosofal comportamental de vida. A palavra Tantra significa Livros – teia – união – mas especificamente expansão. Ela é derivada das palavras Tanoti – expansão – trayati – consciência – Portanto podemos deduzir que Tantra = Expansão de consciência.

    Tantra tem um principio filosofal comportamental e matriarcal. Surgiu por volta de 12000 anos na civilização dravídiana anterior a invasão dos arianos. Que por questões políticas deixa de ser matriarcal para ser patriarcal. Mas sua origem se espalha influenciando e ou formando varias outras civilizações.

    O Samkhya que é um sistema inventarista – é a parte cientifica do tantra que deu origem aos vedas e daí então a terapia ayurvédica. Aqui não há reverencia alguma aos deuses. Apenas a observação da mente, dando origem ao yoga.

    Ainda dentro do Samkhya ele conduz em um formato de enumerar situações de acordo com a natureza de cada fato denominado prakriti (natureza). Influenciando hoje as terapias psíquicas – como a psicanálise ou o coaching. Que é através do pensamento vibrar em sintonia positiva.

    O fundamento do Tantra é dirimido através do prana – ar vital – E daí então acontecem os pránáyama – exercícios respiratórios. Assim como a observação natural do homem em postura denominado de mudrá. Que deu origem aos asanas e ou ao Yoga.

    Hoje no ocidente somos altamente influenciados pelo o sistema tântrico. E podemos fazer uso das técnicas tântricas em vários formatos que em seu conjunto vai proporcionar um caminho para o coração e o Despertar do Eu que é a lembrança de um primeiro momento existencial enquanto.Fagulha divina.

    Os textos tântricos estão entre os mais antigos do hinduísmo e do budismo. Existem Tantras hindus e budistas se auto-influenciando e os textos mais recentes refere-se ao Tantra sob o nome de Artha Veda. Os Tantras em sua origem foram manuscritos em sânscrito. Ainda guardam as diferentes épocas, lugar, cultura e religião. Tomam a forma de enciclopédia de rituais e de filosofia tântrica. Sofreram com o correr dos séculos, várias adições. Os textos mais antigos foram compilados por volta do ano 600 dessa era.

    No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas.

    O Tantra floresceu no Vale do Rio Índio, em Mohenjo-Daro. Era a cultura Harappa, da qual se encontra vestígio raro, porém importantíssimos do ponto de vista histórico. A descoberta do Vale do Rio Indo esclareceu que essa cultura foi, possivelmente, a mais antiga do planeta. Os vários objetos já mostravam figuras esculpidas ou desenhadas com formas e imagens que evocavam práticas tântricas, tais como os Ásanas (posições físicas utilizadas para desenvolver a Kundalini).

    Essas filosofias conscientizam o homem de suas energias latentes e de relação com o cosmos (a natureza). Aquele que vê a natureza apenas como vida que existe no planeta Terra está tão equivocado quanto aquele que o vê como um universo cósmico repleto de planetas, sóis e nuvens de gases. Os dois vêem o cosmo de um modo míope e incompleto.

    O mesmo erro está expresso nas ciências que estudam o homem como um ser que possui corpo, consciência e subconsciência, acabam esquecendo que o ser humano é constituído de órgão que lhe permitem ultrapassar a mente inconsciente e a mente consciente; que seu corpo é constituído de sensibilidades que ultrapassam necessariamente o intelecto e, até mesmo, a intuição.

    Convém acrescentar que o homem pensado e conhecido pelo hindú é possuidor de um corpo de sensações, extraordinariamente complexo, do qual não temos equivalente no pensamento ocidental.

    É justamente nesse ponto que queremos insistir: no conhecimento desse homem absolutamente insólito, desconhecido da filosofia e ciência ocidentais, onde o Tantra assenta sua sabedoria. É mostrar que, aquele que vê as coisas de um ponto de vista egoísta, centralizado em seu meio limitado jamais terá consciência das energias que o animam. É a negação do cosmos, é o absurdo da condição humana não ligada ao seu princípio (Dharma). Daí percebe-se que, para se aprofundar a questão homem / natureza é importante conhecer o Tantra.

    Como já vimos anteriormente, Tantra significa expansão da Consciência, modos de vida, sexualidade e atitude social. No sentido mais amplo da palavra expressa uma filosofia de vida, uma cultura, bem como a preparação para a ação meditativa interior.

    O Tantra não é sexo, yoga do sexo, tantra yoga ou yôga, nem religião de espécie alguma. É necessário esclarecer que as literaturas encontrada a disposição do leigo, a respeito de Tantra, tem visado o “marketing” do sexo porque é viável economicamente e porque é produto de ignorância dos conceitos da cultura dravídica, anterior à ortodoxia ariana Brahmacharya na Índia. É possível até, que alguns autores (eticamente não podemos citá-los) estejam se utilizando com má fé porque sabidamente alguns deles conhecem bem a matéria da qual se trata o assunto.

    No Brasil o tantra tem sido maltratado pelos “gurus” do tantra que reuniam grupos (e ainda reúnem) para promover pura, e simplesmente experiências corporais de que nada têm a ver com o tantra; além de quê, não raramente terminavam em verdadeiros bacanais com nomes pomposos e filosóficos. Não é a toa que hoje, ao pronunciar-se a palavra “Tantra” alguns até coram de vergonha ou medo.

    A ROTA DO TANTRA

    O tantra é o resultado de elementos mágicos, conceitos religiosos pré-arianos e hinduísta, cultos populares e ritos de iniciação. Os Tantras (livros) contêm todos os ritos e os princípios mágicos. Se bem que a respeito da tradição védica, considera-se que o tantra surgiu no momento de crise e decadência religiosa. Podemos falar de um novo movimento religioso (antigas raízes) para uma nova época. Eles propõem um novo caminho para a Divindade. Tais textos estendem-se aos cerimoniais, às práticas yóguicas, aos procedimentos esotéricos, sem deixar de fazer referências às potências Criadoras, à Cosmologia, à Metafísica e a Mística. Também instruem sobre a iniciação, a consagração de imagens, o culto (puja), as fórmulas mântricas (cânticos), os mudrás e métodos de meditação.

    Não há dúvida de que o Tantra é altamente iniciático, misterioso, esotérico, que concede excepcional importância ao rito capaz de transmutar o indivíduo, modificar sua consciência e reordenar todo seu potencial para a verdade transcendental. A prática consiste em: rituais, yoga, cerimônias esotéricas, modos iniciáticos de concentração-meditação e ritos de purificação.

    Existem dezenas de Tantras, sendo os mais notáveis os Kaula. Tendo toda uma extensão sobre cosmologia, teogonia, medicina e muitas outras disciplinas, desde uma banal especulação até uma assídua prática. Estes textos compõem-se de várias partes: O conhecimento da divindade, a união mística como meio de realização, as técnicas de yoga reorientadas até a realização final, todo o culto propriamente dita, os princípios religiosos e os deveres morais e sociais.

    O Tantra foi assim considerado por seus seguidores com uma revelação especial para uma época. A concepção vedântica de Maya (ilusão) é considerada energia, a qual é aproveitada como veículo para a auto-realização.

    Na civilização do Vale Indo alguns elementos representativos da tradição tântrica eram evidentes: o culto da Deusa Mãe (devi) e o princípio feminino (shakti), associado às técnicas do Yoga. Mas nós precisamos ir aos primórdios do substrato tântrico para que possamos localizar sua origem, pois é na busca pelas sociedades primitivas cuja orientação social fora marcada pelo princípio matriarcal.

    Nos primórdios desta civilização, quando o papel do homem era desconhecido no processo de fecundação, quando nenhuma conexão era sabida existir entre a gravidez e o intercurso sexual, a orientação social, política e religiosa estava centrada na figura da mulher, mais especificamente, da mãe. Neste tipo de sociedade matriarcal, a mãe representa o principio de liderança e ela é o único laço de união com a família. O pai não possuía parentesco com seus filhos. A mulher se encontrava em uma posição especial, a ela era atribuída uma aura mística de extremo poder que lhe dava o status de líder da comunidade. Com sua inexplicável natureza e inúmeros atributos como o fenômeno da menstruação, a gestação, o dar a luz a uma criança e a amamentação, ela tornava-se uma pessoa misteriosa e fascinante, mantenedora da chama espiritual de seu clã.

    O papel da mulher na vida religiosa, sua identificação com a Deusa Mãe, o simbolismo de vários conceitos e relações atribuídos à mulher, a insistência em um culto de orientação sexual devotado a yoni (vulva) como fonte de adoração e de toda felicidade, a função da mulher como a sacerdotisa ou xamã, a idéia de superioridade da Deusa sobre o Deus, o conceito de Ser Supremo como feminino e etc. possuíam uma base social muito consolidada. As deidades femininas eram alocadas aos níveis mais elevados entre todos os deuses, e isso dependia da natureza da organização social em que a posição da mulher era assegurada. A chefe do clã adorada como mãe era a ligação espiritual com a Deusa Mãe e portanto seu status era a suprema posição como guia do grupo.

    Assim, a superioridade da Deusa sobre o Deus, da sacerdotisa sobre o sacerdote pode ser explicada nos termos de um sistema social no qual a maternidade possuía mais valor que a paternidade, onde a linha de descendência era traçada a partir da mulher e não do homem.

    Agora no século 21 podemos absorver do Tantra em formatos de técnicas de terapias tântricas: vivências, cursos, Terapias corporais denominadas de forma popular de massagem Tântrica e realinhamento de chakra e ou Deeksha (toques divinos).

    Mas o ponto de maior importância é resgatar a fluxo iniciático divino em cada um sem necessariamente está ligado a método religioso e sim no fluxo do religare ou conscientizar de si, do eu e do seu poder e capacidade de realizar. Sendo, portanto o caminho mais rápido dentro das técnicas o fluxo da libido conhecido como kundalini.

    O Tantra é transformação. Todas as potências negativas são energias que pode transformar-se em positiva. A mesma energia que envolve o ódio, a ira, o ciúme, a inveja e outras qualidades negativas, e até mesmo as que envolvem o amor, a compaixão, a tolerância e a generosidade, o tântrico com sagacidade maneja essas energias e vai transformando todo negativo em positivo; essas energias tornam-se a pedra filosofal de toda transmutação.

    Um fator de reconhecimento comum de que o Tantra está mais ligado aos cerimoniais e rituais do que qualquer outro estilo clássico, é que as principais correntes do Tantra, trabalham a partir do plano interior complementado e facilitado pelas ações externas (Kriya) conjuntamente aos rituais.

    Entre os tântricos, as sacerdotisas – conhecidas como bhairavís –, e yoginís ocupam lugar fundamental. Na maioria das tradições elas são as iniciadoras. Os sete chakras ( compêndio-1 em anexo) ao longo do sushumná nádí são os assentos das shaktis que são concebidas nos rituais vámáchárya como a forma externa representada pelas sacerdotisas (dhútís). Até mesmo entre os Sahajiyás a kundaliní é concebida como Rádhá, e o Princípio Feminino vaishnava.

    A partir do século V d.C., com o início das codificações literárias de alguns dos antigos tratados tântricos, transmitidos anteriormente somente pela tradição oral, a estrutura filosófica e prática do tantra adquire maior transparência. De forma simplificada, através de três perspectivas: filosófica, comportamental e técnica. No aspecto filosófico, o tantra baseia-se em especulações que apontam o processo de criação universal como responsabilidade da Energia Primordial conhecida como Shakti. Este termo sânscrito é traduzido literalmente como “poder”, mas representa também o principio dinâmico que atua na produção de toda a matéria que compõe o universo e de tudo que nele existe. Também é sinônimo de esposa, feminino e mulher. A contraparte filosófica, ou biônimo, de Shakti é conhecido pelo termo Shiva. Este os Princípios Primordiais estático, impotentes perante o poder de Shakti, mero espectador no processo criador, sinônimo de marido, masculino e homem. Para o tantra, Shiva e Shakti são um. Um sem o outro é Shava (cadáver), eles só existem em função de si mesmos. A dualidade é apenas aparente, uma distração de leela (jogo, ou brincadeira) da Grande Mãe (Kula kundaliní) para se divertir e dar continuidade aos ciclos cósmicos da existência (samsára).

    A transcendência dos princípios Shiva e Shakti leva ao ponto central, que é a própria Shakti kundaliní indiferenciada a resposta de tudo. Essas especulações do tantra deram origem aos inúmeros cultos às divindades femininas (devís) que hoje existem no contexto do hinduísmo.

    A característica comportamental do tantra está centrada na transgressão de valores morais e sociais (desconstrução de estereótipos e clichês culturais e psicológicos) arraigados na cultura dominante indiana. Os textos, lendas e símbolos tântricos expressam vozes que contestam as estruturas rígidas patriarcais nas quais estão construídas as concepções de diferenças de casta, o papel social e familiar submisso da mulher, a ortodoxia e poder sacerdotal, a utilização depreciativa do corpo e da sexualidade e as normas e formas de se buscar o divino que excluem as “minorias” (castas inferiores, mulheres e etc.).

    O tantra também desenvolveu técnicas (vidhis) e práticas (sádhanas) psicológicas e corporais que visa proporcionar vivência real e sensorial aos seguidores de seus princípios. Nas práticas tantricas encontra-se complexas metodologias que tem como objetivo a tomada de consciência e o domínio do corpo, da mente e das emoções; a manipulação das energias físicas e psíquicas humanas em prol do desenvolvimento de poderes para-normais (siddhis) e a utilização desses no processo mundano e espiritual; a união dos opostos e a transcendência da dualidade na imersão na Ultima Realidade.

    As bases documentais do Tantra, denominadas ágamas (palavra sânscrita que significa origem, fonte de conhecimento, conhecimento adquirido, doutrina tradicional ou preceito), são uma coletânea de escrituras tão antigas quanto os vedas, expondo o conhecimento das tradições shaivas e shaktas. Diferentemente dos vedas, cuja composição seguiu a evolução do sânscrito.
    Os ágamas foram originalmente escritos em quase todas os idiomas da Índia antiga. Por serem as bases documentais das tradições shaktas e shaivas, Os ágamas são considerados as escrituras fundamentais do tantra. Seu conteúdo temático trata dos aspectos ontológicos da natureza do Ser e sua relação com o Todo, assim como a cosmologia e a ilusória realidade emergente pela cognição.

    Os vaishnavágamas são as escrituras sagradas dos vaishnavas, a tradição que reverencia Vishnu como a face do Absoluto, guardião do dharma e da fé (shraddhá). Entre as escrituras vaishnavas de interesse para o tantra, as que se relacionam com a tradição Sahajiyá são as mais importantes.

    Os shaivágamas são as escrituras sagradas dos shaivas, a tradição que reverencia Shiva como o Absoluto. Existem 92 escrituras divididas em dois grandes grupos: o primeiro com 64 textos relacionados ao Shaivismo da Caxemira e o segundo com 28 textos relacionados à tradição Shaiva Siddhánta. Neste último conjunto, dez escrituras são consideradas dualistas (dvaitas) e pertencentes à tradição Shivabheda.

    Os shaktágamas são escrituras dos seguidores da face feminina do Absoluto, a Grande Deusa (Mahádeví). Portanto, qualquer escritura para ser considerada shakta deve abordar o Divino sob o aspecto feminino, na forma da onisciência dinâmica do Cosmos, o poder absoluto e supremo, denominado Ádi-Shakti Deví.

    Praticamente todas as tradições tântricas são orientadas ao culto a feminilidade, presente na natureza e no Cosmos e, portanto, de conotação shakta, mesmo quando Shiva é a divindade central da tradição. Por isso suas escrituras são simplesmente denominadas tantras.

    O primeiro texto tântrico a ter uma transmissão por escrito, rompendo com a tradição unicamente oral, foi o Guhyasamája Tantra. Trata-se de um texto que teve sua origem nas escolas tântricas budistas e contêm as bases da doutrina tântrica, de forma que muitos textos posteriores não fariam outra coisa que precisar ou ampliar algum detalhe dos ensinamentos desta escritura. Para compreender o nascimento deste texto, que fora um marco no desenvolvimento do tantra, temos de buscar suas raízes dentro do Budismo pré-classico.

    Alguns princípios tântricos já estavam presentes nas práticas dos budistas na época de Buddha, que reconhecia os poderes sobrenaturais (siddhi), associados às práticas tântricas, e o método em quatro etapas para alcançá-los que ele denominou iddhipáda.

    Embora seja pouco conhecido entre a maioria dos budistas, Buddha praticava uma forma de Yoga denominada Ásphánaka Yoga, com o objetivo de expandir as estruturas psíquicas para obtenção de poderes.

    Essa foi uma das principais causas da grande ascensão do Budismo em seus primeiros anos. A outra foi à abertura de seu sádhana a todas as castas.

    Diferentemente da sociedade brâmanica, em que o sannyása era uma etapa da vida somente acessível aos devotos brâmanes que passaram pelas fases anteriores, brahmáchárya (estudante), gárhasthya (chefe de família) e vanaprastha, no Budismo todas as castas tinham acesso direto à etapa monástica.

    Entretanto, com o passar do tempo, o Budismo fora se tornando uma ordem mais rígida, pois Buddha possuía uma forte crença na necessidade da aplicação de regras morais e éticas a todos os monges, principalmente para aqueles que viviam nos monastérios. Entre as normas impostas havia a proibição da ingestão de carne, peixe e vinho durante as refeições e também qualquer relação ou contato com o sexo oposto.

    Entretanto, a maioria dos monges não estava preparada para uma vida monastica.Os dissidentes, sentindo-se a parte do movimento budista convencional, e como os budistas em geral estavam fora do sistema de castas, não tinham acesso ao movimento brâmanico; sua única alternativa seria conseguir a legalização de suas práticas dentro do próprio corpo do Budismo.

    COSMOGONIA TÂNTRICA - tattwas

    Tattwa é uma palavra que significa em sânscrito energia. Os Tattwa pode ser traduzido como verdade ou princípio. É aplicada no sentido de enumerar as qualidades, partes, composição de algo. Por exemplo: os tattwas de uma árvore poderiam ser: a raiz, o tronco, ramos, folhas, flores e frutos.

    Samkhya é considerado como o mais antigo dos sistemas filosófico ortodoxo indiano .Sua filosofia considera o universo como constituído de duas realidades eternas: Purusha (consciência) e Prakriti (corpo físico), é, portanto, fortemente dualistas caracterizada por uma cosmovisão que vê o universo como uma mistura evolução de dualidades distinta (claro / escuro, masculino / feminino, etc.).

    Shamkhya advém do idioma sânscrito, um dos ramos do grande tronco lingüístico e cultural Indo-Ária, tendo parentesco com o latim, o árabe e mais uma dúzia de línguas indianas. Apesar desta influência o sânscrito é uma língua morta, sendo usada em situações ritualísticas, pujas com mantras.

    Samkhya, então literalmente, significa “descrição enumerativa”, inventário, enumeração, sendo uma palavra adotada por kapila, um literato indiano por volta de 27 séculos atrás. Para descrever a estrutura do cosmo e do homem, bem como as relações entre pessoas e do individuo como o cosmo, no sentido da natureza.

    Devido às dificuldades com os estudos e registros históricos daqueles séculos, não se sabe ao certo se Kapila foi realmente um personagem histórico ou uma criação folclórica; não se sabe também a data de seu nascimento (talvez 750 a. C), se foi contemporâneo depois de Buda (200 anos depois), se viveu no século II a.C ou II d.C

    Metafisicamente, Samkhya mantém uma dualidade radical entre o espírito / consciência (Purusha) e matéria (Prakriti). Todos os eventos físicos são considerados manifestações da evolução da Prakriti, ou natureza primária (do qual todos os corpos físicos são derivados). Cada ser ciente é um Purusha, e é ilimitado e irrestrito ao seu corpo

    O espírito em si é apenas uma testemunha da evolução. A evolução obedece a relações de causa e efeito, com a natureza primordial em si ser a causa material de toda a criação física. A teoria da causa e efeito da Samkhya é chamado Satkaarya Vaada, e afirma que nada pode ser criado a partir ou destruídas em nada - toda evolução é simplesmente a transformação da natureza primordial de uma forma para outra.

    Toda a matéria tem três gunas (qualidades) ou atributos fundamentais - sattva (atributo criativo), rajas (atributo preservacionista) e tamas (atributo destrutivo).

    A evolução da questão ocorre quando a relação de forças entre as mudanças de atributos. A evolução cessa quando o espírito percebe que é diferente da natureza primária e, portanto, não pode evoluir. Isso destrói o propósito da evolução, impedindo assim Prakriti de evoluir para Purusha.

    O Purusha (Ser) é consciente e livre de todas as qualidades. Eles são os espectadores silenciosos de prakriti (matéria ou a natureza), que é composto de três gunas (disposições), satva rajas e tamas (atividade estabilidade e estagnação). Quando o equilíbrio dos gunas se movimenta, a ordem mundial evolui. Este movimento causa um desequilíbrio natural, ou seja, um distúrbio é devido à proximidade de Purusha e Prakriti. Libertação (kaivalya), então, consiste na realização da diferença entre os dois.

    Esta era uma filosofia dualista. Mas há diferenças entre o Samkhya e as formas ocidentais de dualismo. No Ocidente, a distinção fundamental é entre a mente e o corpo. No Samkhya, no entanto, é entre o (purusha) e da matéria, e este último incorpora o que os ocidentais normalmente se referem como "mente". Isso significa que o Self como o Samkhya entende que é mais transcendente do que "mente".

    No caso do samkhya temos 24 tattwas na vertente mais antiga e 25 nas mais novas.

    A vertente mais antiga: Niríshwarasámkhya - Chama-se nir (sem) íshwara aquele samkhya que não tem em seus tattwas o íshwara como princípio. Ele somente foi incluído na época do yôga sútra e foi na idade média é que obteve notoriedade.

    Podermos contar o sámkhyas com 24 (sem púrusha), 25 (com púrusha) e 26 (com íshwara) tattwas. Contudo Pátañjali não afirmou que íshwara era um dos tattwas do sámkhya. Esse conceito veio a ser embutido dentro do samkhya mais tardiamente advindo da influência do vêdánta. Por isso prefiro somente citar os samkhyas com 24 e 25 tattwas.

    A vertente clássica se chama: sêshwarasámkhya (26 tattwas), ou seja com (sa) íshwara. No sânscrito há um fenômeno fonético que faz o A+ I virar E, por isso sa+íshwara torna-se sêshwara.

    Tattwas do niríshwarasámkhya, sua cosmogonia.

    TATWAS PUROS (consciência macrocósmica)

    1. CONSCIÊNCIA PURA (chit) -Macrocósmica, Shivatatwa, Samvit.

    2. ENERGIA PURA (Ananda) - Shakti, Tatwas.

    3. ENERGIA DE VOLIÇÃO (Icchá) - Sadashiva.

    4. ENERGIA DO CONHECIMENTO (Jnana) - Ishvara.

    5. ENERGIA DE AÇÃO (Kriya) - Shuddhavidya.

    TATWAS PSÍQUICOS (consciência microcósmica)

    6. MAYA SHAKTI - Energia de ilusão (Kanchukas).

    7. KALÁ - Poder de Shiva.

    8. VIDYA - Energia da Sabedoria.

    9. RAGA - Energia do Desejo.

    10. KÁLA - Energia do Tempo.

    11. NIYATI - Energia da Causalidade.

    TATWAS FÍSICOS (universo material)

    12. Consciência hominal - PURUSHA.

    13. A Matéria - PRAKRTI.

    14. Intuição - BUDDHI.

    15. Sentido do Ego - AHAMKARA.

    16. Mente Cognitiva - MANAS.

    17. Os cinco órgãos dos sentidos: Ouvido (som), Pele (tato), Olhos (visão),

    Língua (paladar) e Nariz (olfato).

    18. Os cincos agentes da ação: Boca, genitais, mãos e pés.

    19. Elementos sutis: Éter, ar, fogo, água e terra.

    20. Elementos grosseiros: Ar, fogo, água e terra.

    Tattwas são cinco símbolos geométricos que representam as cinco energias universais. Cada tattwas simboliza energias puras com propriedades específicas, os potenciais e as freqüências. Em combinações variadas, estas cinco energias compõem a totalidade somática de tudo em nosso universo físico e espiritual.
    Possui cinco símbolos básicos que são combinados para criar símbolos geométricos de tipos diferentes.

    Os símbolos são o Tattwa ovóide, o triângulo, a meia-lua, o círculo e o quadrado.
    Essas definições são mínimas e de forma alguma representam a totalidade do símbolo.

    “Saiba, que o fogo - Agni (energia) é o primeiro tattwa; o ar - Vayu (conhecimento) o segundo; a água – Api (sentimentos) o terceiro; a terra- Pritivi (matéria) o quarto e o éter – Akasha (sabedoria) o quinto. Pela ciência dos cinco tattwas e dos ritos do kaula, o homem se emancipa na vida nesta vida.

    .Uma constatação: os cincos elementos do tantra (a terra, a água, o ar, o fogo, o éter) são os mesmo da alquimia, cuja meta suprema é regenerar os homens banais, profanos, ou lhe revelar sua dimensão superior, assim como seus poderes ocultam em sua natureza aparente.

    São na transformação dos tatwas que tudo na vida ocorre e lapidam o homem em ser divino.

    Tudo ocorre no tantra em primeiro instante através do de Agni – fogo – representado na força serpentina denominado de kundaliní.

    KUNDALINI - A energia vital básica reside no centro básico (muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes através da alquimia agregada nas forças dos demais Tatwas. Api – sentimento – terra – Pritivi – matéria – Vayu – Ar – Conhecimento e Akasha – Espírito Divino e depois retornando a sua origem na Terra. Proporcionando o grande mistério do que está em cima é o mesmo que está em baixo.

    1. ANIMA (exigüidade). Esta é a faculdade que permiti identificar-se com a essência da menor parte do universo e do que ele mesmo é constituído. Permite ver o infinitamente grande (Mahima) ou, ao contrário, o infinitamente pequeno (Anima).


    2. MAHIMA (magnitude). Este é o poder de aumentar de volume, quer dizer, de alargar o círculo de sua consciência e de alcançar a plenitude do conhecimento do infinitamente grande.

    3. GARIMA (gravitação). Isto é relativo ao peso e à massa, e se aplica à lei de gravitação que é um dos aspectos da lei de atração. Este fenômeno é à busca dos yogues, ou seja, o estado de Samadhi.


    4. LAGHIMA (levitação). Esta é a possibilidade que tem o adepto de tornar-se mais leve que o ar, afastando a força de atração da Terra, e de desligar-se dele.


    5. PRAPTI (realizar o objetivo). Aquele que possui este poder tem a capacidade de atingir seus fins projetando sua consciência em todos os lugares que ele julga necessários, quer estejam sobre o plano físico ou sobre o plano cósmico. Este poder foi sempre muito utilizado pelos místicos do mundo inteiro. Prapti desenvolve também a clarividência, clariaudiência e telepatia.


    6. PRAKAMYA (a vontade irresistível). Este poder confere ao adepto a possibilidade de ver e realizar todos os seus desejos pela força da vontade divina, quando esta vontade substitui, em parte, a vontade pessoal e seus desejos estão em perfeita harmonia com o plano divino.


    7. VASITVA (o poder de comandar). É o poder de tornar-se mestre das forças elementares da natureza, utilizando o poder do som criador ou mantra. Pela palavra sagrada, as vibrações são produzidas no éter e as diversas formas podem ser produzidas. Ato utilizado em grande feitos de magia.


    8. ISATVA (o poder criador). Isatva se refere ao poder que tem o adepto de dispor dos elementos em suas cinco formas e de ressuscitar a vida no plano físico.

    Estes elementos mencionados no item acima são de caráter de curiosidade e conhecimento. Estes aspectos devem se desenvolver através de prática específica para o desenvolvimento das energias de cada chakra orientados a principio por um Mestre de Tantra.

    A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

    O Tantra Sadhana (prática), atuando como uma verdadeira Psicologia Energética do Yoga, utiliza-se do instrumental: asanas, pranayamas, kriyas, bandhas, mudras, meditações etc. para sustentar o equilíbrio psíquico, emocional e energético - e conseqüentemente o equilíbrio da personalidade - de modo a proporcionar a experiência da Unidade. E para tal, trabalha com a administração da complexa fisiologia energética e das técnicas que citamos acima.

    Um dos elementos interessantes desta fisiologia (e desta filosofia) é o conceito dos Granthis, os nós psico / emocionais / energéticos que estão posicionados ao longo da Sushumna Nadi (o conduto central de energia que se localiza como contraparte sutil da coluna vertebral).

    O Sushumna nadi simboliza a consciência da Unidade (energia Kundalini) e os Granthis simboliza o fluxo do universo em forma do Fogo Sagrado. Os sistemas de corpos energéticos com seus núcleos de boicotes, limitações, sabotagens, apegos e falsas crenças e identificações que devem ser transmutados e re-significados ao longo de nossa jornada para a consciência da Unidade.

    Granthis - Os três nós psíquicos

    Os Granthis são os obstáculos gerados através do psíquico / emocional / energéticos que cada um deve passar ao longo da sua trajetória rumo ao autoconhecimento.

    Ao mesmo tempo expressam as defesas e bloqueios que construímos.
    Os samsaras (impressões psico-emocionais, que vão gerar vasanas, que são as crenças, tendências e padrões) – outro nome para os Corpos Energéticos - vai, de acordo com sua “temática”, funcionar como manutenção dos Granthis.

    É interessante procurar notar no trabalho de canalização de Corpos Energéticos, quais conteúdos estão relacionados e com que Granthis ?

    De onde se originam os padrões que estão sendo manifestados e expressos pelo canalizador?

    VRTTIS DOS CHAKRAS

    Os antigos yogues se dedicavam a ouvir os sons emitidos pelas pétalas durante suas meditações e descobriram 49 sons. A partir dos sons das pétalas, surgiram as 49 sílabas que compõem o alfabeto sânscrito.

    Mas afinal o que são estas pétalas? São sub vórtices dos Chakras chamados em sânscrito de Vrttis. São os vórtices da mente. Os yogues descobriram que cada vrtti emana uma determinada energia psíquica e podemos dizer que a combinação dos aspectos dos 50 vórtices compõe os bilhões de personalidades humanas que existem.

    De acordo com as escrituras do Tantra, as faculdades mentais (vrttis) são de cinco tipos, e podem causar ou não sofrimento. São os seguintes:

    Pramana: Correto conhecimento com base na percepção direta ou em escrituras;

    Vipariaya: opinião errônea após estudo, ou seja, interpretação ou avaliação errada e ou distorcida, quando o conhecimento de alguma coisa não é baseado em sua forma verdadeira;

    Vikalpa: ilusão ou fantasia, que repousa meramente em expressão verbal ou imaginação;

    Nidra: sono profundo sem sonhos,

    Smrti: memória, retenções de impressões do passado.

    A harmonização dos vórtices é uma tarefa árdua e até pra muitas vidas em algumas pessoas e à medida que o homem evolui espiritualmente eles passam a funcionar de uma maneira tal que nossos sentimentos e emoções não nos dominam mais.

    Quando um determinado vrtti de um Chakra é perturbado por reações psíquico emocional, mental ou até mesmo espiritual é estimulado e torna-se desequilibrado e este padrão energético flui através dos milhares de canais energéticos, os chamados Nadis de nosso corpo sutil, perturbando a tranqüilidade de nossa mente.

    Como os Chakras estão ligados a uma determinada glândula, o hormônio relacionado a ela é super ou sub estimulado, modulando sua produção e provocando sintomas físicos e emocionais perceptíveis.

    Podemos começar agora a concluir que estes vórtices de energias chamados Vrttis “são” a mente de registros passados e que podem ser também considerados como centros de consciência. Sendo assim, torna-se evidente que nossa mente não se localiza em nosso cérebro e em nenhuma estrutura física. Portanto, a mente está distribuída nos 50 aspectos existentes nestes seis Chakras sendo que o cérebro teria apenas uma função semelhante a um terminal de computador dando-nos a ilusão de que nossa consciência se localiza em um determinado local de nosso corpo: para os ocidentais espiritualistas entre as sobrancelhas, mas para os povos do oriente, mas especificamente tântrico, no coração.

    Passaremos a descrever as diversas qualidades psíquicas ligadas aos Vrttis de cada Chakra.

    Métodos para inserir o Tantra

    Para que buscar pelo o Tantra?

    Buscar pelo o Tantra é o caminho que permite resgatar o poder de força e equilíbrio. É a ferramenta que conduz ao coração. Ou seja, o aprendizado de se amar, de sentir e de se permitir ter e fazer o que deseja. Sem dogmas e paradigmas.

    O Tantra permite co-criar sensações e realizações de vida. Através do realinhamento do poder de criar – feminino – shakti e de realizar – masculino – shiva inerente a cada pessoa – ou seja, permite acessar a sua verdadeira essência.

    Quais as formas que se pode buscar pelo o Tantra?

    Hoje o Tantra é divulgado como terapias tântricas e aproveito para desmistificar ou até mesmo esclarecer que quando se pensa em Tantra se traduz sexo e ou pornografia, divulgada pelos que exploram comercialmente o rotulo Tantra.

    Mas o Tantra é a tarefa de aprender a sentir e vivenciar terapeuticamente é possível através de meditações dinâmicas denominadas de vivências.

    Vivencias são métodos de conduzir um movimento através de uma melodia compactuada pela a sensibilidade do terapeuta em reconhecer através da nota os elementos que nela se forma, exemplo – terra, água, ar, fogo. A melodia é conduzida numa seqüência que produz o movimento de forma coreografada e conduz o participante a quebrar o fluxo ativo da mente de pensar para o sentir, mudando assunto o padrão comportamental da mente e concebendo o sentir formatando um equilíbrio automático.

    Vivência tântrica.

    Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira harmoniosa. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significaria estarmos sensual e sensorial?

    Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência, aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

    Individualmente

    Através do realinhamento de chakra – Deeksha – iniciação – com mantras que são palavras entoadas que produzem comandos de força no cérebro atuando em pontos específicos do corpo que leva ao despertar do inconsciente e forma assim uma mensagem de revitalização e capacidade de poder.

    Através da massagem tântrica – pertence ao rito do maithuna – metafísica do sexo e que foi retirada do rito com a função terapêutica a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido.
    A pessoa ao ser massageado tem a sensação de carinho e de amor. Não há dores, desconforto, nem torções.

    A massagem tântrica pode ser comparada com o som de instrumento de cordas. Onde o terapeuta transporta através das pontas dos dedos e das palmas das mãos um fluxo continuo e suave de toques sobre a pele provocando a eletricidade do corpo denominada de libido. O toque é feito de forma harmonioso, sutil e amoroso.

    Esse processo de prazer ao ser canalizado durante a massagem permitir equilibrar os hormônios e revitaliza os órgãos genitais internos e externos. Favorecendo a potência nos homens e preconizando ao orgasmo seco.
    Para as mulheres proporcionarão a facilidade do sentir orgasmos, corrigindo disfunções como TPM, frigidez, timidez e valorização de si mesma como mulher deixando-a mais feminina e sensual. Os homens concebem em si a capacidade de fluir o fluxo de intuição, sensibilizando as emoções, promovendo a dose necessária para fluir no pulso dos negócios e da afetividade.

    Conclusão

    Tantra é um caminho de conexão ao Divino - uma das trilha para o sagrado, o poder latente da certeza em ser pleno e único.

    Tantra é a transformação de energia. Vivenciar a trama da vida. É Tantra o despertar para o prazer num todo.

    O Tantra não pede ao Sádhaka (praticante) que pare de agir, mas sim que a ação seja transformada em consciência interior. Não se trata de uma mudança radical de vida e sim de uma conscientização dos desejos, sentimentos e situações. Não apenas de conhecer o desconhecido, mas o de realizar o já conhecido.

    O Tantra torna o ser humano mais sensível ao seu momento histórico, revitaliza suas energias físicas e unifica suas paixões.

    Procure conhecer a filosofia do Tantra sem os olhos da religião = hinduismo e sem os olhos do sexo, como assim tem sido entendido.

    A libido é uma energia existente em todos os seres vivos e que permeia o fluir do fazer e concretizar. É a energia que permeia as paixões e o desejo. Mas é a porta para transcender a consciência O tantra diz fique aqui agora e vivencie .É assim para tudo na vida!!

    Você não pode viver o amanhã sem viver o Hoje!

    Portanto sorria, dance, vibre, celebre, isto é Tantra.

    Bibliografia

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 31/07/2012 14:20


    “Ciência” Da Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto 2.doc

    CIÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE

    Introdução à Filosofia Oriental - O Tao como caminho

    São Paulo, 30 maio de 2012

    Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas – Holística – 2012

    SUMÁRIO

    1. Introdução ....................................................................................... III

    1. Missão por uma causa nobre.......................................................... .III

    1. Dores – Holoyoga: a terapia filosófica - autoconhecimento............. IV

    1. A Terapia Holística – terapia do ser total ................................... IV

    1. Rejuvenescimento - autoestima........................................................ IV

    1. Postura e elegância: cultura ancestral ............................................... V

    1. Tao .....................................................................................................V

    1. Mensagem do Tao ..............................................................................V

    1. Alquimia ...........................................................................................VI

    1. O estudo do Yin e do Yang ..............................................................VII

    1. Criação ............................................................................................VII

    1. Mutabilidade ..................................................................................VIII

    1. O principio do Yin e do Yang ...........................................................IX

    1. Os samurais ........................................................................................X

    1. Esotérico-Yin e Exotérico Yang .......................................................XI

    1. O mundo “Terra Yin” e o outro mundo “Céu Yang” ........................XII

    1. O mundo após a morte ......................................................................XII

    1. Material e metodologia .................................................................... XIV

    1. Discussão ..........................................................................................XIV

    1. Conclusão .........................................................................................XIV

    1. Bibliografia ....................................................................................... XV

    Introdução

    O homem evoluiu vertiginosamente na ciência do capitalismo, o ‘Ter’. Assim 1% escraviza 99% da população. Negligenciou-se na ciência da espiritualidade.

    Infelizmente a humanidade se perdeu no tempo, a capacidade de enxergar a verdadeira mediunidade (conhecimento e sabedoria) a verdadeira ‘Iluminação’, sendo que é perfeitamente possível, qualquer ser pode acessar a sua mediunidade que está adormecida no inconsciente é a kundalini adormecida, que pode ser despertada. Mas antes é preciso fazer o treinamento moral orientado por um mestre elevado.

    O I Ching sempre me diz: “A simplicidade diante de Deus não é uma vergonha”. Sou muito simples e com muita dificuldade em expressar os meus pensamentos em palavras escritas ou verbalmente, e tenho muita consciência de que acabo deixando muitas coisas ou assuntos no ar. Por isso peço encarecidamente que, tenham muita paciência e compreensão.

    Ter paciência e compreensão também é uma virtude, porque as pessoas aprendem a pensar sobre qualquer motivo ou assunto, e é assim que se aprende a filosofar. Hoje entendo perfeitamente que simplicidade é o propósito Tao (natureza).

    A natureza é muito simples, ela ensina tudo, olhem mais para a natureza (Yin e Yang) com muito amor, paciência e compreensão. Eles ensinam tudo.

    O meu objetivo maior é trabalhar sobre o legado que se deteriorou, pois o I Ching sempre me orientou nesse sentido. O intuito maior é ajudar os seres humanos em sua evolução pessoal e espiritual na simplicidade do Tao.

    O Tao ensina tudo através do Yin e do Yang (A sublime unidade). O que será levado em consideração é o autoconhecimento elevando a autoestima, afeto e compreensão, eliminando os conceitos que anuviam a mente que cria a prisão mental, da qual a sua essência fica ‘engaiolada’.

    Com a eliminação dos conceitos, crenças e dos paradigmas que não funcionam o ser liberta a sua essência adquirindo vida. A vida é construir situações que desejam vivenciar e não viver as situações aleatórias e desagradáveis que são atraídos inconscientemente. O que será ensinado são os caminhos necessários para a evolução pessoal, respeitando a capacidade de cada ser que será despertado de forma necessária: suave, médio ou intenso, de acordo com a necessidade de cada um naturalmente, desde que esteja aberto e disposto para a transformação e a libertação do ser.

    Missão: Por uma causa nobre

    Na comunidade todos são livres para participar de forma que sejam espontâneos. O trabalho será organizado de maneira que todos participem, formando uma equipe de boa vontade. Uma equipe é mais que um grupo de pessoas, é uma união de todas em torno de um objetivo, é o sincronismo de todos que leva a resultados notáveis.

    Vou dizer mais uma vez: “Compartilhar é necessário para evoluir todos juntos e compartilhar a alegria de viver. Compartilhar a felicidade é felicidade em dobro, compartilhar a dor é sofrimento pela metade, compartilhar o conhecimento é conhecimento redobrado. Isso é sabedoria, isso é Tao”.

    “Ser nobre não é ser melhor do que um milhão de pessoas, a verdadeira nobreza é ser melhor do que foi no passado.”

    Provérbio Hindu

    Dores – Holoyoga: a terapia filosófica – autoconhecimento

    Holoyogaterapia como auto-cura.

    Fundamento: Filosofia do Chi

    Todos nós somos autocuradores por natureza, existimos por causa do alimento material e da combinação exclusiva das forças que nos cercam (o Tai ChiYin Yang). A necessidade diária de calorias gira em torno de 6 mil unidades, basicamente obtemos 2 mil calorias dos alimentos que vem da terra. As outras 4 mil calorias saem das forças ao nosso redor, acima e abaixo de nós. Essas forças que nos cercam são a eletricidade, o magnetismo, a energia das partículas cósmicas, a luz, a cor, o som e o calor que são alimentos da nossa alma “o corpo etérico”. Se não soubermos como absorver e transformar esse alimento cósmico, precisamos depender dos outros para nos abastecer. Então precisamos consultar um padre, um monge ou uma pessoa santa para nos dar o nosso alimento espiritual diário.

    Os taoístas descobriram que podemos aprender a absorver essas energias circundantes e universais através da pele e dos principais centros de energia. Para nos projetarmos na imensidão das galáxias e do universo e reunir reservas ilimitadas de Chi cósmico para melhorar a saúde, devemos dar os primeiros passos dessa jornada dentro de nós mesmos. Para “sair” precisamos primeiro ”entrar”.

    Terapia Holística – Terapia do ser total

    “O homem deve harmonizar o espírito e o corpo.”

    Hipócrates

    É incontestável que o homem por sua própria iniciativa volte-se agora para terapia natural, desiludido não pelos resultados, mas pelos métodos muitas vezes brutais, das medicinas oficiais.

    A terapia natural mergulha suas raízes na noite dos tempos e das civilizações: terapia indiana, ayur-védica, tradicional, chinesa, hipocrática, egípcia e etc..

    Um fator comum se levanta no meio desses métodos de saúde: a concepção de que o espírito e o corpo, a energia e a matéria estão em conexão intima e influem naturalmente um sobre o outro (mente sã e corpo são). Assim toda terapeuta deve agir de modo a harmonizar a mente e o corpo no verdadeiro trabalho psicossomático que Hipócrates descrevia da seguinte forma: “Preservar o doente do perigo e da injustiça”.

    Milhões de anos atrás da descoberta de Einstein a respeito da relatividade, o homem já sabia a integração da energia da matéria. Todas as tradições antigas e as medicinas naturais mais recentes reconhecem uma força ativa de ligação entre o pensamento e o corpo: a energia vital, a harmonização pela energia da natureza.

    Rejuvenescimento – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Rejuvenescer ganhando um corpo vibrante de energia.

    Fortalecer o corpo físico é importante, mas se quisermos realmente rejuvenescer, é necessário também fortalecer o corpo etérico, o ser. Exercitar e fortalecer os intrincados músculos esfíncteres internos M.E.1. São 6 diafragmas que se ligam com os 6 chacras, assim fortalecendo órgãos e endócrinos, como também o sistema nervoso. Isso se deve a ativação da energia vital, trazendo a melhora do reflexo dos sentidos e da lucidez.

    Postura e Elegância – cultura ancestral – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Correção da postura para a saúde e manutenção da coluna, também rejuvenesce e enaltece, pois com a postura correta a pessoa fica elegante, se sente autoconfiante e eleva a autoestima.

    Tao

    O mundo pulsa, expande e explode. A dança cósmica do Yin e do Yang impulsiona o universo transformando, evoluindo e iluminando.

    Mensagem do TaoTao filosófico

    Desembaraçando os fios de seda emaranhados, juntando-os em meadas, assim se desvenda os mistérios e segredos orientais da antiguidade.

    “O antigo será de novo útil.” Lao Tse.

    O Tao como base das doutrinas filosóficas mentais e, hoje também, ocidentais é palavra chinesa que significa caminho, via; isto é, a sobreposição do feminino e do masculino, chamado Yin e Yang. O Tao não significa uma soma de um e outro, mas tais forças existem concomitante e sincronicamente. O Tao, como caminho e como fusão de tais elementos é o sentido de ordem, é um princípio organizador. É a reunião do caos e das polaridades. É gás dispersivo, conseqüente aos movimentos de fricção se transforma em gás de combustão do próprio movimento deixando um rastro. Ao seguir o Tao vocês seguem esse rastro, os movimentos, os fluxos da vida e do caminho até que, perdendo a polaridade, vocês se transformam no próprio caminho, no Tao.

    O Tao condena a idolatria e diz: “O mestre Tao não tem nome, ele é oculto, vive no anonimato meditando (filosofando), praticando, aprendendo, orientando e semeando o bem, o cultivo da serenidade, meditando entre o céu e a terra.”.

    O homem recebeu do céu uma natureza essencialmente boa para guiá-lo em todos os seus movimentos. Entregando-se a esse principio divino dentro de si, o homem alcança uma inocência incontaminada. Ela o conduz ao bem com certeza instintiva e livre de intenções ulteriores de recompensa ou vantagem, essa certeza instintiva traz supremo sucesso e favorece através da perseverança. Nem tudo que é instintivo é também natural, nesse sentido mais elevado da palavra, mas somente o que é correto, aquilo que corresponde à vontade dos céus. Uma forma de agir instintiva e irrefletida, que não possua retidão, só poderá causar infortúnio.

    Confúcio comentava a respeito: “Aonde irá àquele que se afasta da inocência? A vontade e as bênçãos dos céus, não acompanham seus atos.” – conceito do I Ching.

    O céu é puro, mas a terra é impura, o homem está entre o céu e a terra, entre o puro e o impuro. Certo ditado antigo diz o seguinte: “O Tao não possui qualquer forma; no entanto, confere vida ao céu e à terra. O Tao é destituído de emoções; no entanto, move o sol e a lua. O Tao é destituído de nome; no entanto, nutre todas as coisas da natureza.” O Tao possui tanto aspectos puros quanto impuros. Às vezes permanece imóvel, às vezes move-se. O céu é puro e a terra impura, todas as coisas percorrem o seu respectivo curso. A origem da pureza reside na impureza. Por esse motivo nos remetemos à meditação “reflexão”. O movimento é a fundação de quietude. Se as pessoas puderem constantemente permanecer puras e imóveis, então ficaremos no estado de serenidade.

    O espírito tende para a pureza, a mente para a quietude, mas é contrariada pelo desejo de equilibrar-se. Se fores capaz de controlar, então a mente permanecerá imperturbável e puro. Aqueles que estão impossibilitados de atingir o Tao são aqueles destituídos de clareza mental e que ainda se acham escravos das emoções.

    Suportar a quietude gradualmente entrarás no verdadeiro caminho denominado Tao, não existe nada para ser atingido, mas sim para sentir. Lao Tse dizia: “Aqueles que são honrados não tem porque discutir. Os que não são preferem se entregar a discussões.”.

    Aqueles que possuem elevadas virtudes não necessitam de virtude. Quando a mente permanece selvagem o espírito torna-se distraído devido a existência da ansiedade e do estresse, o corpo e a mente são afligidos por tensões.

    Se viveres na decepção e na ansiedade afundará no oceano do sofrimento e sempre vaguearás para fora do verdadeiro caminho. Se fores capaz de perceber intuitivamente, viverás o caminho natural, se intuitivamente entenderes o Tao, sempre será puro e imóvel. Todas as meditações que fazemos são essencialmente internas, você fecha seus olhos e imaginam todas essas coisas (tais como o sofrimento dos seres e o desejo de que sejam felizes); Mas não pense que isto vai simplesmente perder-se no espaço e não vai produzir nada. Ao imaginar certas coisas você faz com que elas se tornem realidade, se você todos os dias fica irritado, não se surpreenda se continuar ficando irritado se você mantém pensamentos de irritação em sua mente, “Eu detesto ele, eu detesto ele.”, não se surpreenda se um dia acabar por dar um soco no nariz dele, porque o que o corpo e a fala fazem é simplesmente seguir aquilo que a mente está fazendo, porque eles se iniciam na mente. Refletir, pensar, oração mental, examinar atentamente, ponderar, considerar, reconsiderar, isso é meditar.

    Como qualquer outra coisa, você tem que treinar antes de agir, não é possível simplesmente entrar em um carro e sair dirigindo, é necessário treinar primeiro. Antes de tocar piano você tem que treinar e treinar. Você tem que treinar-se no desenvolvimento do amor e da compaixão e tudo isso, por fim, o tornará apto a espontaneamente expressa-los em corpo e fala, isso é algo razoável.

    Alquimia - Adquirir conhecimento e sabedoria aprendendo a filosofar.

    Para refletir, filosofar, pensar: “Aprender sem pensar é inútil. Pensar sem aprender é perigoso.” Confúcio (Kung Fu Tse).

    Filosofia do Chi: metafísica, física moderna, física quântica é a ciência geral dos primeiros princípios e das primeiras causas, conhecimento, sabedoria, força moral, (elevação espiritual) que leva próximo a Deus; conhecimento de verdades morais, conhecimento absoluto que procura a intuição direta das coisas; conhecimento racional único possível de alcançar a essência das coisas, modo de pensamento intermediário entre teológico e o positivo; método de abordar os fenômenos da natureza; aprofundar, refletir, filosofar, raciocinar, pensar e discernir, é a adequação entre o ser e a inteligência, ou seja, espírito de reflexão de crítica e de superação.

    O estudo do Yin e do Yang

    A fertilidade da natureza é uma forma de expressão e um espelho do movimento contínuo de criação que se processa incessantemente em todos os níveis de vida no Universo.

    Criação – Yin e Yang – Co-criação

    No momento da criação, da unidade nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia; uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina “o nascimento do Tao”. Os chineses deram a essas forças primárias a alguns milhares de anos a denominação de Yin e Yang, do jogo dessas energias surgiu a criação.

    O Yin feminino é fecundado continuamente pela força masculina do Yang dando origem a vida e a morte, em suas infindáveis e múltiplas formas: físico, pensamento, idéias, atos, intenções, emoções, formas, momentos, tempo, espaço e etc.. É a energia que nunca morre, ela se transforma infinitamente, que também pode ser comparado com o nosso “cérebro macaco”, que nunca para de pensar.

    As forças do Yin e do Yang se manifestam no universo inteiro como polaridade, tudo para poder existir, tem um pólo contrário, “o nosso cérebro também é assim”. Um pólo só subsiste pelo outro pólo, se uma polaridade desaparece, a outra também desaparece.

    Essa regra fundamental é aplicável a tudo. Assim, só podemos exalar quando inalamos, se deixarmos de exalar também deixamos de inalar. O interior condiciona o exterior, o dia condiciona a noite, a luz condiciona a sombra, o nascimento, à morte, a mulher, o homem, etc., no que as duas polaridades são sempre intercambiáveis, cada pólo necessita para seu complemento, um pólo contrário. O Yin e Yang simbolizam de modo evidente o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nesse sentido, o Yin representa um lado da totalidade, o feminino, expansivo, intuitivo, passivo e inconsciente, e o Yang representa o lado masculino, concentrador, racional, ativo, e consciente. Isso, contudo não envolve nenhuma avaliação no sentido de “melhor”, o equilíbrio que existe no universo que nos envolve é o resultado dos relacionamentos entre os pares contrários. Como tudo no universo se encontra num fluxo constante de movimento, tanto o Yin como o Yang já estão presentes de forma latente no pólo contrário, isso é simbolizado pelo ponto branco, no Yin preto, e pelo ponto preto, no Yang branco. Cada um dos dois pólos já encerra em si, em forma de semente o pólo contrário, e é apenas uma questão de tempo para que uma polaridade se transforme na outra. Em alguns planos, esta transformação ocorre numa fração de segundo, como por exemplo, na esfera atômica.

    No ser humano essa mudança de polaridade do masculino para o feminino ou vice-versa, é possível através de várias encarnações. O dia e a noite necessita em média doze horas para essa mudança e o exalar e o inalar precisam apenas de alguns segundos.

    Todas as coisas chegam e afastam, se movimentam e se alteram com base no intercâmbio e na ação recíproca dessas forças básicas do universo. Entretanto, somente os dois ciclos resultam na respectiva unidade perfeita.

    Também a relação entre a mulher e o homem é baseada nessa regra, dois pólos se empenham em formar uma unidade, atraindo-se como os dois pólos de um imã. Quando é atingida a união das forças opostas há um intercâmbio entre elas, esse fenômeno também se aplica na direção da rotação dos chacras.

    Na homossexualidade, vê-se, por exemplo, uma polaridade energética oposta a normal, a questão da homossexualidade hermafrodita e andrógena, também faz parte da natureza (química). Tudo pode transformar ou voltar transformando.

    Entre os mundos visíveis e invisíveis dentro do universo, existem duas forças ou essências primárias: Yin - a obscuridade, e o Yang - a claridade. A força Yin tem poder de concentração, recolhimento, de se tornar mais pesada, mais densa, é o processo de materialização. Como todas as matérias físicas, por ser mais pesada, torna-se mais lenta, receptiva e quieta.

    A força Yang tem poder de expansão, de diluição de se tornar mais leve, mais dilatada e flutuante, é a antítese da materialização, e por ser leve e flutuante Yang simboliza a inquietação e o movimento.

    Yang tem tendência ascendente: Up, alegria, euforia, ansiedade.

    Yin tem tendência descendente: Down, depressão, tristeza, apatia.

    O dinamismo de Yang lembra o fogo: seu movimento é para cima, sua qualidade energética é de diluição e expansão. O dinamismo de Yin é como a água: dirige-se para baixo, sua qualidade energética é de concentração ou coagulação; pode-se ainda relacionar a energia Yin com as matérias mais densas de cosmo (planetas), e a Yang com as matérias sutis do cosmo (as luzes das estrelas).

    Às mulheres é atribuído o símbolo Yin pela quietude do feminino, e aos homens o símbolo Yang, pela inquietação do masculino. Percebe-se, entretanto, que nem o homem nem a mulher são inteiramente Yin ou Yang, a mulher, apesar de ser respectiva (Yin), é normalmente mais suave e leve (Yang), o homem, apesar de ser impulsivo (Yang), é mais rígido e tenso (Yin).

    O símbolo Tai Chi mostra que no interior de Yang existe um núcleo Yang. Os núcleos representam o centro ou essência, que é a camada mais profunda do ser, sendo o restante, camadas periféricas. A mulher é Yin, mas dentro dela ainda existe o aspecto Yang, e vice-versa para homem. Os nossos órgãos também se movimentam dessa maneira. Os núcleos representam os centros de gravidade do Yin e do Yang, para que a unidade seja mantida é necessário que o Yang tenha um núcleo Yin, assim como que o Yin tenha um núcleo Yang.

    Centro de gravidade Yang, núcleo Yin, centro de gravidade Yin, núcleo Yang. As energias Yin e Yang se manifestam simultaneamente no Universo. Pode-se ter como exemplo, o sol do nosso sistema solar, que irradia luz para todas as direções e ao mesmo tempo retém todos os planetas em torno de si; essa irradiação é Yang e a retenção é Yin. Do centro a periferia, ou seja, do Um ao infinito é o processo Yang; da periferia ao centro, isto é, do infinito ao Um, é o processo Yin. Já pensaram sobre o Buraco Negro?

    Mutabilidade

    Os movimentos da natureza são a alternância do Yin e do Yang. Essa alternância no I Ching chama-se mutabilidade. Como a maioria dos estudos místicos, o I Ching dedica uma boa parte a questão do destino, compreender o destino é compreender o sentido da vida dentro do tempo e do espaço. Segundo o I Ching, o destino é feito de alternância. Tudo que tiver ascensão terá queda. Todos os que viverem lado Yang conscientemente viverão o lado Yin inconscientemente. Os que estão conscientes no lado Yin tem seu inconsciente no lado Yang.

    A alternância do Yin e do Yang no destino é um processo natural e inevitável, assim como a vida e a morte. Os momentos do destino são momentos sucessivos, não há bem nem mal, são apenas momentos feitos de uma contínua mutação, em que passado e futuro projetam-se infinitamente.

    O princípio do Yin e do YangTai Chi, a sublime Unidade (código de Deus)

    Diagrama do Tai Chi. Em chinês, esse conhecido símbolo que representa a integração Yin -, e Yang +.

    Yin e Yang é, na filosofia chinesa, uma representação do princípio da dualidade de Yin e Yang. O conceito tem sua origem no tao, base da filosofia e metafísica da cultura chinesa.

    Princípios complementares

    Segundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    - Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente.

    - Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio.

    Também é identificado como o tigre e o dragão representando os opostos.

    Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidades são não definições, mas analogias que exemplificam a expressão de cada um deles no mundo fenomênico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação.

    Os exemplos não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios. Assim, referir-se a Yang como positivo apenas indica que ele é positivo quando comparado com Yin, que será negativa. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a prótons e elétrons: os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.

    O diagrama do Tai Chi simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. Yang (branco) e Yin (preto) integrados num movimento contínuo de geração mútua representam a interação destas forças.

    A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe contém tanto o princípio Yin quanto o Yang. O símbolo Tai Chi expressa esse conceito: O Yin da origem ao Yang e o Yang da origem ao Yin.

    Desde os primeiros tempos, os dois pólos arquetípicos da natureza foram representados pelo claro e pelo escuro, pelo inflexível e pelo dócil, pelo acima e pelo abaixo. O Yang, o poder criador era associado ao céu e ao Sol, enquanto o Yin corresponde a terra, ao receptivo, à Lua, o céu está cima e esta cheio de movimento.

    A terra – na antiga concepção geocêntrica – está em baixo e em repouso, dessa forma, Yin passou a simbolizar o repouso, e Yang, o movimento. No reino do pensamento, Yin é a mente intuitiva, complexa, ao passo que Yang, é o intelecto, racional e claro. Yin é a tranqüilidade contemplativa do sábio, Yang a vigorosa ação criativa do rei.

    A base da teoria de Yin e Yang é a harmonia e o equilíbrio. As forças complementares de Yin e Yang são o pilar central em todo o pensamento chinês. Considera-se que estas forças afetam tudo no universo, incluindo a nós mesmos. Tradicionalmente, o Yin é o feminino, o escuro, o passivo, o frio e o negativo, e o Yang é o masculino, o claro, o ativo, o quente e o positivo. Outro modo mais simples de considerar o Yin e o Yang é que há dois lados em tudo – felicidade e tristeza, cansaço e vigor, frio e quente e demais opostos.

    Yin e Yang são os opostos que criam o todo. Cada um deles não pode existir sem o outro e nada é completamente um ou o outro, em nenhum momento.

    Há graus variados de cada um deles dentro de tudo e de todos nós. O símbolo do Tai Chi ilustra como o Yin e Yang, fluem de um para outro com um pouco de Yin sempre dentro do Yang e um pouco de Yang sempre dentro do Yin.

    No mundo, o sol e o fogo são Yang, enquanto a terra e a água são Yin. A vida só é possível por causa da interação entre estas forças. As duas forças são necessárias para a existência da vida. Veja a relação abaixo para entender a relação entre Yin e Yang.

    Forças Yin: Feminino; Escuro; Lua; Água; Passivo; Descendente; Contração; Frio; Inverno; Interior; Pesado; Osso; Frente; Interior do corpo.

    Forças Yang: Masculino; Claro; Sol; Fogo; Ativo; Ascendente; Expansão; Quente; Verão; Exterior; Leve; Pele; Dorso; Externo do corpo.

    O corpo, a mente e as emoções estão sujeitos às influências de Yin e Yang. Quando as duas forças adversárias estão em equilíbrio nos sentimos bem, mas se uma força dominar a outra se provoca um desequilíbrio que pode resultar em doença.

    A acupuntura é uma terapia de natureza Yang porque atua do exterior para o interior. Por outro lado, as terapias herbáceas e nutricionais são terapias de natureza Yin, porque atuam do interior ao longo do corpo. Muitos dos órgãos principais do corpo são classificados em pares de Yin-Yang, que trocam influências saudáveis e insalubres.

    O Chi é a energia essencial que constitui a base de todas as terapias holística: I Ching, Reiki, da acupuntura, moxa, feng shui, tai chi chuan, cromoterapia, cristalterapia, enfim, uma infinidade. Pode se ouvir o som da energia pelas mãos, pode se ouvir também o som inaudível denominado seis sons do Lao Tse. Tudo isso é possível devido a existência dos chacras em nosso corpo. As cores do arco-íris, 7 notas musicais também são atraídas pelos 7 chacras (7 níveis de energia – Aura pessoal).

    Duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    Yang: O princípio ativo, diurno, luminoso, quente, masculino.

    Yin: O princípio passivo, noturno, escuro, frio, feminino.

    Os Samurais

    Os samurais não estudavam somente os ensinamentos das escolas do Budismo esotérico, mas também estudavam música, a doutrina de Confúcio e muitos outros ramos do conhecimento, como, por exemplo, a teoria do equilíbrio do Yin e do Yang. Na cosmologia chinesa, esses são os dois pólos fundamentais do universo, respectivamente o princípio negativo e o principio positivo. Os japoneses chamam os de In e Yo.

    Todos esses estudos desempenhavam um papel na vida do guerreiro. A teoria do Yin e do Yang era usada, por exemplo, quando ele queria construir uma casa ou, se fosse rico e poderoso, fundar um castelo. Numa ocasião dessas, ele estudaria o equilíbrio entre o Yin e o Yang para determinar a melhor localização e orientação para o edifício. Sabia que, por mais esforço que empenhasse na fortificação, isso de nada valeria se os arredores não fossem condizentes com o seu objetivo.

    Seguindo a tradição chinesa, os guerreiros do Japão ocupavam-se não só da interação entre os dois pólos fundamentais do universo como também dos cinco elementos que se combinam de infinitas maneiras para criar tudo o que existe no mundo.

    Os nomes dos dias da semana correspondem aos princípios do Yin e Yang. O primeiro dia da semana é o dia do sol; o segundo, o dia da lua; e os outros cinco dias recebem os nomes dos cinco elementos físicos, determinados pelo estudo dos princípios positivo e negativo, estudo esse que foi feito na Ásia, nos tempos antigos. Os nomes dos dias são os nomes dos cinco elementos fogo, água, madeira, metal e terra. Segundo os princípios do Yin e do Yang esses cinco elementos podem dispor-se de duas maneiras. A primeira é uma ordem na qual geram um ao outro, uma ordem harmônica; a segunda é uma ordem na qual os elementos se dispõem de acordo com suas rivalidades. Nesta segunda ordem, os diversos elementos inevitavelmente destroem uns aos outros.

    No relacionamento harmonioso entre os cinco elementos, a madeira produz fogo, que por sua vez transforma a madeira em cinza, ou seja, produz terra. A terra gera o metal; o metal gera a água e a água gera a madeira.

    A segunda ordem, baseada no conceito da rivalidade dos elementos, começa com a madeira. Esta quebra a terra; a terra absorve ou impõe limites à água; a água apaga o fogo; o fogo derrete o metal e o metal corta a madeira. O estudo das forças positiva e negativa no universo; o estudo do Budismo dos encantamentos e magias, chamado mikkyo; o estudo dos cinco elementos; e os estudos das fórmulas mágicas – todos esses estudos foram reunidos e desempenhavam um papel na formação dos homens de guerra e generais militares do passado. Esses estudos constituíam a base do currículo deles.

    O verdadeiro conteúdo do que tradicionalmente se chama de ‘artes marciais’ não são simplesmente as técnicas de matar. Há muito mais coisas envolvidas. O fundador da Shinto Ryu, Choisai Sensei, propôs estudos que conduzissem ao desenvolvimento da harmonia e de uma coexistência essencialmente pacífica entre o homem e a natureza e entre o homem e seus semelhantes. É nisso que ele pensava quando disse que as artes marciais devem ser as artes da paz.

    Os melhores guerreiros e generais do passado conheciam, além da arte de matar outros seres humanos, uma larga variedade de outras artes. Sem o seu conteúdo filosófico, as artes marciais não seriam nada além da aquisição de uma força bruta semelhante à dos animais.

    Esotérico – Yin e Exotérico - Yang

    O esotérico – Yin é espiritual, procura o divino, o eu verdadeiro (o ser) dentro de si, se interiorizando e sentindo a presença do mesmo. Esse ser se conecta com Deus através do canal chamado Chitrini: o fio de luz oculto. (oriental – Yin).

    “O exotérico – Yang é a religião “religarê”, procura o Deus Cristo, os Budas, os Santos e anjos, distante exterior” que estão no céu. (ocidental – Yang).

    O mundo “terra-yin” e o outro mundo “céu-yang

    “De onde vim e para onde vou quando morrer?” Essa é uma pergunta vital que reside em algum recanto da nossa mente, mas para a qual pouquíssimas pessoas podem dar uma resposta clara. A razão disso é que, para dar a resposta, é necessário um esclarecimento sobre a relação entre este mundo e o outro mundo. Do modo como as coisas estão agora, infelizmente, não há suficiente acúmulo de conhecimento sobre o assunto nem uma metodologia estabelecida que possam dar uma explicação.

    As únicas pistas que podemos encontrar por menores que sejam vêm das atividades dos médiuns que têm aparecido na Terra de tempos em tempos. No entanto, existem muitos tipos de médiuns e, embora alguns mereçam confiança, a grande maioria ainda tem uma personalidade ligeiramente desequilibrada, motivo pelo qual as pessoas deste mundo não conseguem acreditar em suas revelações. Por exemplo, um médium pode afirmar ter falado com um determinado espírito, que lhe preveniu sobre certo acontecimento. No entanto, não há nenhuma maneira de se provar isso, o que provoca incerteza e faz com que seja muito difícil confiar na palavra do médium. O mesmo acontece quando se trata de uma explicação deste mundo e do outro. A raiz da incerteza encontra-se em nossa incapacidade de reproduzir as experiências do médium.

    Se todos nós pudéssemos compartilhar as mesmas experiências mediúnicas, ninguém duvidaria da existência do outro mundo. Mas, infelizmente, essa habilidade limita-se apenas a poucas pessoas especiais. Como resultado, a maioria das pessoas não sabe da existência do outro mundo. Pessoas de senso comum não querem aceitar a existência do outro mundo ou da relação entre ele e o mundo no qual vivemos atualmente.

    Estamos sempre refletindo sobre o sentido da vida e nos perguntando qual a razão de existirmos. Essas questões de vital importância não podem ser compreendidas até que façamos uma idéia do tipo de existência que representamos na vastidão do universo. Se, como acreditam os materialistas, a vida começa de súbito no útero materno, continua por sessenta ou setenta anos, e acaba, sendo o corpo consumido no crematório, então devemos viver simplesmente de acordo com isso. Se, porém, como aceitam os religiosos, existe outro mundo do qual nossa alma vem para nascer neste mundo e viver por várias décadas, antes de se graduar e voltar para o outro mundo, onde se empenhará para melhorar ainda mais, então precisamos de uma visão diferente da vida.

    Se compararmos a vida à educação, os materialistas, para os quais vivemos apenas uma vez, equivalem àqueles que dizem que a educação está completa após poucos anos de estudo obrigatório. Eles vêem a vida pela limitada perspectiva dessa educação fundamental. Por outro lado, aqueles que acreditam que o mundo espiritual existe e que os seres humanos vivem eternamente, passando pelos ciclos de reencarnação, podem ver a vida como um aprendizado contínuo, terminado o ensino fundamental, há o ensino médio, a universidade, a pós-graduação e, além disso, mais uma infinidade de coisas a aprender.

    Quando analisamos esses dois exemplos, torna-se óbvio que é apenas pela perspectiva da “educação” eterna que os seres humanos podem progredir.

    Aqueles que acreditam que sua vida representa uma única e breve permanência no mundo, como um fósforo que se inflama e queima até ser consumido, dificilmente descobrirão a importância ou o significado do tempo que passam aqui. Esses se dedicarão ao prazer, ao materialismo e à decadência, pensando apenas em si mesmos. Se eles acreditam que só viverão algumas décadas, é de se esperar que achem que vão sair perdendo se não aproveitarem a vida ao máximo. De modo diferente, porém, as pessoas que acreditam na vida eterna sabem que os serviços prestados a outros certamente voltarão para eles algum dia como fortalecimento para a alma. Dessa maneira vê-se que ter a perspectiva deste e do outro mundo é vital, quando refletirmos sobre a nossa visão da vida, seus propósitos e missão. Sem isso, é impossível compreender o verdadeiro sentido da vida e dos seres humanos.

    O mundo após a morte

    Nós nos referimos ao lugar para onde as pessoas vão depois de separadas do corpo físico como o “outro mundo”, mas como é esse lugar? Que tipo de mundo nos espera depois da morte? Como não sabem o que as esperam, as pessoas ficam ansiosas e temerosas, expressando seu apego à vida terrena com as palavras “Não quero morrer”.

    Seja o que for que as pessoas possam sentir, acredito que o medo delas é baseado na ignorância com respeito ao mundo após a morte. O fato de o estudo do outro mundo nunca ter sido aceito como uma ciência acaba deixando as pessoas confusas. É por essa razão que precisamos conhecer o mapa “guia” para conhecer o outro mundo. Navegar sem mapa pode ser uma experiência terrível, mas com o mapa certo, pode se fazer uma viagem tranqüila. Se soubermos de onde viemos e para onde estamos indo, que continente é nosso destino, se conseguirmos entender os mapas, podemos fazer uma viagem segura. A duração de nossa vida não é algo que possa ser contado em décadas. Não se trata meramente da vida do nosso corpo, mas de algo que existe neste mundo e continua no mundo além deste. Contudo, mesmo em face disso, ninguém quer aceitar a morte. Pacientes internados em hospitais dizem que não querem morrer e os médicos fazem tudo o que podem para que sobrevivam. Mas, se pudesse assistir a tudo isso do outro mundo, veríamos que, quando uma pessoa se aproxima da morte, seu espírito guardião, seus espíritos e os anjos estão ao seu lado, já começaram a se preparar para orientá-la.

    Quando a morte finalmente chega, o espírito sai do corpo. No entanto, a princípio, a pessoa não percebe o que está acontecendo e sente-se como se fosse duas: uma está deitada na cama “o corpo físico perecível” e a outra podem mover-se livremente “é o corpo etérico eterno”. Quando o espírito liberto tenta se comunicar com as pessoas à sua volta, vê que elas o ignoram completamente. Ao mesmo tempo, ele descobre que pode atravessar paredes e outros objetos materiais, algo que inicialmente acha muito assustador. Ainda acredita que é o corpo na cama e continua a adejar sobre ele. Você pode imaginar o choque que ele leva quando vê o próprio corpo sendo levado para o crematório. Não sabendo o que fazer, o espírito permanece nas proximidades do crematório. Ninguém nunca lhe disse que tipo de vida o aguarda e, de modo bastante compreensível, ele se sente muito inseguro.

    É nesse momento que seu espírito guardião aparece e começa a explicar o que o espera. No entanto, tendo vivido neste mundo durante décadas, o espírito tem dificuldade para compreender a explicação e, apesar de todos os esforços de seu guardião, não se deixa convencer facilmente. Assim, muitas vezes permanece na Terra por várias semanas, ouvindo as orientações de seu espírito guardião. Como sugerem os serviços fúnebres budistas, realizados no sétimo e no quadragésimo nono dia depois da morte, o espírito geralmente tem permissão para permanecer na terra entre vinte e trinta dias após a morte. Durante esse período, ele recebe instruções do guardião ou dos espíritos, até estar preparado para retornar ao mundo celestial.

    Existem, porém, aquele cujo apego a este mundo é grande demais. São apegados, por exemplo, aos filhos, aos pais, à esposa, ao marido e até a sua terra, casa, riquezas ou negócios. Esses se tornam o que chamam de “espíritos presos à terra”, condenados a vagar por este mundo. São o que as pessoas conhecem como fantasmas, seres que permanecem inconscientes de sua existência como espíritos.

    Material e Metodologia

    Esta propositura tem como apoio, o tema Sexualidade e Espiritualidade, que tem como base, o 3º Caminho do Tao, cujo fundamento é a energia criativa (Yin e Yang). Somado a minha experiência sobre o despertar da Kundalini observei atentamente a natureza ao meu redor, elucidando dúvidas a respeito do tema.

    Paralelamente procurei descobrir através de exercícios práticos e vivência, explorando o universo dos sentidos na tentativa de apurar a capacidade de auto-percepção, baseada no sentir para ver a energia fluir, circular por dentro e fora de todo o corpo. Constatei que energia é questão de sintonia.

    Discussão

    De repente, percebi que eu estava filosofando o tempo todo, e descobri que tenho mediunidade, o que sempre neguei. No entanto, reconhecer a sua própria mediunidade é fantástico; Pensando bem, na minha adolescência, curei uma pessoa por puro amor e compaixão, que por acaso, é meu irmão.

    Hoje entendo porque precisamos nos dedicar muito no treinamento do amor e da compaixão ao próximo. Para ser um bom médium curador de verdade, é necessário o aperfeiçoamento moral, ética, cívica e espiritualidade sob a Luz da Doutrina dos Chacras assim elevando a Kundalini (despertar). “Não deve ser despertada prematuramente.”.

    Conclusão

    O Dr. Motoyama pede apelo aos cientistas e médicos jovens que pesquisem e aprofundem no estudo da Kundalini, no entanto, eu acredito que o estudo terá mais eficiência na holística, pois isso só é possível no sentir, ela é percebida na mediunidade., intuitivamente. Quanto mais o médium aprofunda no conhecimento, mais a Kundalini eleva o médium, elevando a sabedoria e espiritualidade, “Iluminação”.

    Cheguei a conclusão de que mais do que nunca precisamos nos dedicar no estudo da Kundalini dentro da holística. Espero poder orientar as pessoas com o apoio do Sr. Henrique Vieira Filho.

    Deixo aqui, meus agradecimentos por mais esta oportunidade, muito obrigada.

    Mitiyo

    Bibliografia

    1. Sexualidade e Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto – Terapeuta Holística CRT: 38660

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    www.sinte.com.brcontato@sinte.com.br

    1. Dharma Chacra – ensinamento do correto coração

    Apostilas – Mitiyo Oshiro Takemoto

    mitimoto@ig.com.br

    1. Revista da Sociedade Taoísta do Brasil – O caminho da transformação interior

    1. As Leis da Eternidade – Ryuho Okawa

    Ed. Cultrix

    1. Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Sharamom / Bodo J. Baginski – Ed. Pensamento

    1. Cura cósmica 1- Mantak Chia – Ed. Cutrix

    1. Internet – www.cefle.org.br

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 31/07/2012 14:51


    PRANAYAMA – O SOPRO DA VIDA

    PRANAYAMA – O SOPRO DA VIDA

     

    CELI COUTINHO

    Terapeuta Holística

    CRT 21270

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2013

     

    Índice

     

    Apresentação

    O que é Prana?

    PRANÁYÁMA

    Técnicas de respiração

    Metodologia.

    Conclusão

    Bibliografia

     

     

    Apresentação

            Conhecer sobre as Nadis  e os pránáyamas  de acordo com a filosofia Hindu em sua total natureza é composta de duas substâncias principais. O Akasha - éter e o Prana - energia. Duas forças que corresponde a evolução onipresente permeando o universo inteiro, na verdade todo o tipo de existência que pode ser considerado sob a palavra "criado", são produtos do Akasha. Energia sutil e invisível que no final de cada ciclo volta a ponto de partida. Assim como toda força da natureza, que é conhecido pelo o homem: gravitação, luz, calor, eletricidade, magnetismo, pode ser agrupadas sob o nome genérico de "energia" à criação física é a manifestações do Prana cósmico.

     

    O que é Prana?

            A respiração é “Brahma”. Prana é o resultado de toda energia que se manifesta no universo. É a soma total de todas as forças da natureza. "Atman". Todas as forças físicas, todas as forças mentais estão sob o julgo do 'Prana'. É a força em todos os planos da existência, do mais alto ao mais baixo. O que quer que se mova ou funciona ou tem vida, é apenas a expressão ou manifestação de Prana. Akasha é a expressão do Prana. O Prana está relacionado à mente e pela mente a vontade, e através da vontade para a alma individual, e através desta ao Ser Supremo. Ao aprender como controlar as pequenas ondas de Prana através da mente, então o segredo do Prana será conhecido.

            O trabalho do Prana é visto nas ações sistólica e diastólica do coração, quando ele bombeia o sangue para as artérias na ação de inspiração e expiração, durante o percurso da respiração; na digestão de alimentos; na excreção de urina, matéria fecal e na produção de sêmen, quilo, quimo, suco gástrico, bile, suco intestinal, saliva; no fechamento e abertura das pálpebras, no caminhar, brincar, correr, falar, pensar, sentir, raciocínio, etc. Prana esta lá. È a ligação entre o corpo astral e físico. O Prana é um fio delgado ligando o corpo astral ao corpo físico. Quando a morte ocorre, o Prana que está trabalhando no corpo físico é retirado para o corpo astral.

            Este Prana permanece em estado sutil, imóvel, não manifestado Estado, indiferenciado durante o Pralaya (período) cósmico. Quando a vibração está configurada o Prana se move e age sobre o Akasha.

            Ao controlar o ato de respirar, poderão controlar de forma eficiente todos os movimentos do corpo e as diferentes correntes nervosas que estão sendo executado através do corpo. Poderá facilmente e rapidamente controlar e desenvolver a mente, corpo e alma através da respiração. É através do Pranáyáma que você pode controlar estas circunstâncias e conscientemente harmonizar a vida pessoal com a vida cósmica.

            A respiração dirigida pelo pensamento sob o controle da vontade, é regeneradora e pode utilizar conscientemente para o autodesenvolvimento.

            A sede do Prana é o coração. Embora o Antahkarana assume quatro funções na mente:

    Manas = mente.

            Manas é a mente inferior, através do qual a mente interage com o mundo externo e leva em impressões sensoriais.

            Manas é como o supervisor dos sentidos e direciona os 10 sentidos ou Indriyas :

     Karmendriyas: As cinco portas de saída ou os cinco meios de expressão. (Karma significa ação. Indriyas são os sentidos).

    Jnanendriyas: As cinco portas de entrada são os cinco sentidos cognitivos, que são chamados jnanendriyas. (Jnana significa saber. Indriyas são os sentidos.).

            Manas leva as direções dos desejos, das atrações e aversões armazenadas na memória de Chitta. 

            Ser consciente de ações e fala: Uma boa maneira de cultivar o testemunho de Manas é estar atento a ações e palavras, bem como os seus sentidos de cheirar, saborear, ver, tocar e ouvir. Ao observar isto você perceberá como Manas é a persona por trás dessas ações e sentidos. Assim, Manas é como o supervisor dos funcionários em uma fábrica. Manas não é o patrão, mas o supervisor, que está dando as ordens diretas para os sentidos ativo e cognitivo.

    Chitta = armazenamento de impressões

            Chitta é o banco de memória, que armazena impressões e experiências, e o quanto pode ser muito útil, Chitta também pode causar problemas se o seu funcionamento não é coordenado adequadamente pela as funções da mente.

    Coordenação Chitta: Se Chitta não é coordenado com as outras funções da mente as impressões guardadas no lago da mente começam a mexer e surgir. É como se essas impressões latentes voltasse à vida e todas competissem pela atenção de Manas para realizar seus desejos no mundo externo. Na ausência de um Buddhi claro, as vozes concorrentes de Chitta muitas vezes conduzem Manas para tomar ações no mundo que não são realmente tão úteis.

    Ahamkara = O Ego

            Ahamkara é o sentido de "Eu-Sou", o Ego individual que se sente como uma entidade distinta, separada. Ele fornece identidade ao nosso funcionamento, mas também cria Ahamkara nossos sentimentos de separação: da dor e de alienação também.

            Ahamkara assume parceiro: Esta onda do "eu-sou" chamado Ahamkara se alinha em formas de parcerias com os dados das imagens em Chitta e, por sua vez, com Manas, que em seguida, responde aos desejos sendo permeadas por sua "individualidade". Enquanto isso, Buddhi é a tarefa mais importante no caminho da meditação e da auto-realização.

    Buddhi = sabe, decide, julga e discrimina.

    Buddhi é a mente superior: Buddhi é o aspecto mais elevado da mente, a porta para a sabedoria interior. A palavra Buddhi em si vem do budh raiz, que significa aquele que despertou. Buddhi tem a capacidade de decidir, julgar e fazer distinções cognitivas e diferenciações. Pode determinar o caminho mais sábio de dois pólos de ação, se funcionar bem Manas vai aceitar sua orientação.

            Buddhi deve ser o tomador de decisão: Na construção da vida, queremos Buddhi para a fazer as escolhas perfeitas. Caso contrário, Manas recebe as instruções dos padrões de hábitos armazenados em Chitta, que são coloridas por Ahamkara, o Ego. Muitas vezes, Buddhi é nublada por toda a coloração e impressões no Chitta. Assim, uma das principais tarefas sadhana-práticas espirituais, é utilizada para limpar Buddhi. Então poderá sempre melhorar as escolhas que produzirão os frutos nessas práticas espirituais.

            Como já vimos em estudo anterior o Prana ele assume cinco formas:

            Prana, Apana, Samana, Udana e Vyana com diferentes funções executado por ele. Isto é denominado como Vritti Bheda. O Prana principal é chamado Mukhya Prana. O Prana se ao Ahamkara e, portanto, vive no coração. Destes cinco Prana já sabemos que o Apana são um dos principais agentes.

            E relembrando que a sede do Prana é o coração; do Apana, o ânus; de Samana, a região do naval, de Udana, a garganta, enquanto Vyana é tudo permeia. Ela se move por todo o corpo.

    Sub-Pranas e Suas Funções

    Naga: faz eructação e soluço.

    Kurma: executa a função de abrir os olhos.

    Krikara: induz a fome e a sede.

    Devadatta:o bocejar.

    Dhananjaya: provoca decomposição do corpo após a morte.

     

     

    PRANÁYÁMA

     

            Pranáyáma é a ciência do controle da respiração. Ele consiste de uma série de exercícios especialmente destinados a satisfazer as necessidades do corpo e mantê-lo em equilíbrio. Pranayama vem das seguintes palavras:

    Prana - "força da vida" ou "energia da vida”

    Yáma - "disciplina" ou "controle”

    áyama - "expansão", "contenção", ou "extensão”.

            Assim, Pranáyáma significa "técnicas de respiração" ou "controle da respiração".

            Através da prática de Pranáyáma, o equilíbrio de oxigênio e dióxido de carbono é atingido. Absorvendo prana através do controle da respiração ligando o nosso corpo, mente e espírito.

            Mas a vida é cheia de stress. Por causa do trabalho diário, família, ou pressões financeiras, ela tende a ser rápida e superficial. O uso de apenas uma fração de seus pulmões resulta da falta de oxigênio e pode levar à complicações e grandes desequilíbrios da saúde. Ao praticar a respiração profunda e sistemática, através de Pranáyáma o corpo passa a ser reenergizado e organizado em seu equilíbrio.

     

    Benefícios de Pranayama

            Pranáyáma desenvolve a concentração e foco. Ele elimina o stress e relaxa o corpo. Resultando serenidade e paz de espírito.

            Pranáyáma oferece autocontrole. Através da concentração, pode-se lidar melhor com temperamento e reações. A mente pode funcionar de forma clara, evitando argumentos e decisões erradas. Além disso, o autocontrole também envolve o controle sobre o corpo físico.

            Pranáyáma leva a jornada espiritual através de um corpo relaxado e mente desperta.

            Praticar exercícios de respiração ou Pranáyáma deve ser seguro, preferencialmente supervisionados por um instrutor.

             

     

    Tipo normal de respiração.

     

    1. Alta respiração: É a respiração que esta localizada, principalmente na parte superior do peito e dos pulmões. Isto é denominado de "respiração clavicular" ou "respiração Alta" e envolve aumentar a clavícula, costelas e ombros quando inflado. Pessoas com asma, o estômago cheio ou que sentem falta de ar tendem a recorrer à respiração alta. Respiração alta é naturalmente superficial, fazendo com que somente uma pequena parte de ar atinja os alvéolos.

            Esta é a forma menos desejável de respiração. Além disso, a caixa torácica superior é relativamente rígida. Uma grande quantidade de energia muscular é gasto para manter pressionado contra o diafragma e assim manter as costelas e ombros levantados anormalmente. Esta forma de respiração é bastante comum, especialmente entre as mulheres. É uma causa comum de problemas digestivos, de estômago, prisão de ventre e ginecológico.

     

    2. Baixa respiração: É a que se localiza principalmente na parte inferior do peito e dos pulmões. É muito mais eficaz do que a respiração alta ou média. Consiste principalmente em mover o abdômen dentro e fora e na mudança da posição do diafragma por tais movimentos. Devido a isto, é por vezes chamado de "respiração abdominal" e "respiração diafragmática". Pessoas sedentárias que habitualmente se inclinam para frente enquanto ler ou escreve tendem a cair no uso da respiração baixa. Sempre que afrouxa seu ombro e músculos do peito, ele normalmente adota a respiração baixa. Muitas vezes usamos a respiração baixo quando se dorme. Mas sempre que se tornar fisicamente ativo, como no andar, correr ou levantar, é provável encontrar a respiração abdominal insuficiente para as nossas necessidades.

            Para usar a respiração baixa você inala você empurrando gentilmente o estômago para frente sem esforço. Quando expirar lhe permita que o estômago volte para sua posição normal.

            Este tipo de respiração é muito superior a respiração alta ou média por quatro razões:

    a) - Mais ar é tomado em quando inala, devido ao maior movimento dos pulmões e do fato de que os lobos inferiores dos pulmões têm uma capacidade maior do que os lobos superiores.

    b) - O diafragma funciona como um segundo coração e com os movimentos de expandir a base dos pulmões lhe permite sugar mais sangue venoso. O aumento da circulação venosa, melhora a circulação geral.

    c) - Os órgãos abdominais são massageados pelos movimentos para cima e para baixo do diafragma.

    d) - Respiração baixa tem um efeito benéfico sobre o plexo solar, um centro nervoso muito importante.

     

    3. respiração Mediana: É um pouco mais difícil de descrever, visto que os limites de variabilidade são mais indefinidos. No entanto, a respiração ocorre principalmente nas partes centrais dos pulmões mantendo-os cheios de ar. Ele apresenta algumas das características dos estágios de respiração anterior, uma vez que o aumento do peito e costelas expande um pouco, e a respiração baixa, uma vez que o diafragma se move para cima e para baixo e o abdômen dentro e para fora um pouco. Por isso é denominada de torácica ou intercostal. Mas ainda é considerado um tipo de respiração superficial. Com esta forma de respirar, as costelas e peito são expandidos para os lados.

            Isso é melhor do que a respiração alta, mas muito inferior à respiração baixa e a técnica de respiração completa.

     

    4. A respiração completa: Tal como definido pela ioga, envolve todo o sistema respiratório e inclui não só as partes dos pulmões utilizados na respiração alta, baixa e média, mas expandem-se aos pulmões inteiro, de modo a tomar mais ar. A respiração completa não é apenas uma respiração profunda. Não é só um levantar os ombros clavícula e costelas, como na respiração alta, e também estender seu abdômen e diminuir o seu diafragma, como na respiração baixa, mas ele faz as duas coisas, tanto quanto é necessário para expandir os pulmões para a sua plena capacidade.

            A respiração de completa é a técnica básica de todos os diferentes tipos de respiração, portanto, deve ser dominado antes de praticar qualquer exercício respiratórios específicos.

            Tenha em mente que este tipo de respiração é feito somente quando você faz os exercícios de pranáyáma.

     

    Etapas da de uma Respiração Completa

            Basicamente, a respiração tem quatro estágios:

            Inalação, ou a tomada de ar na pausa antes de expirar. Expirando, ou o expurgar para fora o ar uma pausa antes de inalar novamente.

    Estes quatro estágios compreendem a um ciclo de respiração completa.

            Cada ciclo de respiração que é geralmente considerada como meramente uma única inalação seguida por uma única expiração pode ser analisadas em quatro fases ou etapas, cada uma com a sua natureza distinta e nome sânscrito tradicional.         As transições da inalação de expiração e de exalar a inalação envolvem inversões na direção dos movimentos dos músculos e dos movimentos expansivos ou contração dos pulmões, tórax e abdômen. O tempo necessário para esta inversão pode ser pequeno, No entanto, eles podem ser longos, como se pode perceber se for intencionalmente pare de respirar quando terminar de inspirar ou expiração. Os efeitos destas pausas, especialmente quando eles se tornam alongados deliberadamente e em seguida, espontaneamente, parece notável.  

            Vamos olhar para algumas técnicas de respiração tradicionais. O objetivo não é sugerir técnicas rígidas que precisavam ser seguido cegamente. Os métodos são sujeitos a algumas variações. Isto vai ajuda você a estabelecer e praticar ritmos saudáveis. Você também pode obter insight adicional sobre a natureza dos processos de respiração, e como atingir relaxamento adicional através deles.

     

    Formas que procede ao ato de respirar

     

    Puraka (inalação). O Ato de inalar denomina-se Puraka.

    Inalar primeiro e depois empurrar o estômago para frente. Segundo, empurrar as costelas para os lados enquanto ainda respirar dentro do estômago. Em terceiro lugar, levantar o peito e clavícula enquanto ainda inala o ar para dentro.

            Mesmo descrito como três processos separados, isto deve ser feito de um ritmo suave e contínuo com cada parte seguindo suavemente sobre a partir da parte anterior sem nenhum movimento brusco.

     

    Abhyantara Kumbhaka (Pausa depois de inalar) Pausa total: Kumbhaka consiste na interrupção deliberada do fluxo de ar e a retenção do mesmo nos pulmões, sem qualquer movimento dos pulmões ou nos músculos ou em qualquer parte do corpo, e sem quaisquer movimentos incipientes.

     

    Os benefícios de Kevala Kumbhaka.

            Kevala Kumbhaka envolve não só a cessação completa de movimento do ar e dos músculos, mas também a consciência de todos esses movimentos e tendências.         

    Rechaka (exalação)

            A terceira fase da exalação é denominada de Rechaka. Como na inalação a exalação deverá também ser suave e contínua, embora muitas vezes a velocidade de exalação é diferente da de inalação. Normalmente é utilizado um esforço muscular tanto para a inalação como na exalação.

     

     

    Kumbhaka Bahya: Pausa depois de expirar.

            A quarta etapa da respiração é a pausa depois de expirar, também é chamado de kumbhaka, especialmente quando a paralisação é deliberada ou prolongada. Esta pausa Kumbhaka Bahya completa o ciclo que termina com a pausa de uma inalação e novo ciclo começa para inalação, que é o início de um novo ciclo. Pausas respiratórias têm grande importância na prática do Pranáyáma – exercícios respiratórios.

     

    BANDHAS - Fecho

    Bandhas - As quatro fases da respiração ganham o nome de exercícios respiratórios – pranáyáma, quando além da respiração completa se utiliza se de vários fechos denominado de Bandhas.

    Bandhas é uma palavra sânscrita que significa "fecho". Cada um dos Bandha é empregado para prolongar pausas respiratórias o qual liga o ar nos pulmões ou bloqueia os canais de ar para escapar ou entrar.

            As partes do corpo que estão envolvidos nos Bandhas são: lábios e palato, glote e queixo e o diafragma.

            Os dois primeiros são mais importantes no prolongamento para as pausas com os pulmões cheios e enquanto os dois últimos são basicamente mais importantes para o pulmão Vazio seguida de pausa.

     

    Técnicas de respiração

            Muitos dos antigos Tantras afirmam que o corpo é um Yantra e que a respiração é seu mantra. De forma a facilitar o entendimento deste conceito, a respiração "Bhramari" é um excelente ponto de partida. É simples, ajuda na concentração e provê um sentimento de unidade entre o corpo e a respiração, uma consciência antes de simplesmente uma função do sistema nervoso autônomo.

     

    Pranayama - Técnicas de Respiração.

            Antes de praticar os exercícios, você deve ter certeza que você sabe como respirar corretamente e como fazer pleno uso do diafragma. A fim de facilitar o fluxo de Prana e garantir que os exercícios de respiração serão realizados.

     

    Respiração Completa: A maioria das pessoas respira rasamente, e mesmo aqueles que trazem a respiração conscientemente pelo abdômen podem estar deixando algum detalhe de fora.

            Inicialmente exale todo o ar, usando o abdômen para auxiliá-lo. Inale profundamente, puxando o ar pela expansão do abdômen. Continue inalando até preencher de ar todo o pulmão superior e a região da garganta. Mantenha o rosto relaxado. Retenha por alguns segundos, ainda com o rosto relaxado. Exale lentamente, primeiro o ar da parte inferior, depois superior dos pulmões e finalmente o ar que estiver na região da garganta. Contraia o abdômen até forçar todo o ar para fora. Trabalhe para aumentar o tempo de cada fase de inspiração - retenção - expiração, sempre que o tempo do ciclo em exercício seja alcançado de forma natural e não forçada.

            Não conte o tempo com um relógio, permita que seu corpo seja o relógio! A proporção da inspiração - retenção - expiração na respiração completa deve ser de 1:1:1.

     

    Purificação de Nadis.

            Pranayama é dito ser a união de Prana e Apana. A fim de limpar as impurezas do Sushumna, sente-se em Padmasana e inale o ar pela narina esquerda, deve retê-lo o quanto puder e deve exalar pela direita. Em seguida, puxando-o novamente através da narina direita e de ter retido deve exalá-lo pela esquerda e assim sucessivamente. Desta forma os Nadis purificam-se dentro de três meses. A prática deve ocorrer ao nascer do sol, ao meio-dia, ao pôr do sol e, da meia-noite, lentamente, 80 vezes por dia, durante 4 semanas. Na fase inicial pode ocorrer a transpiração, no meio do processo um pouco de tremor do corpo. Estes resultados decorrem da pressão ao executar o ato do exercício de respiração.

            Pela prática do Pranayama, a purificação das Nadis, o aumento do brilho do plexo solar, ou seja, do fogo poder, o aumento da audição dos sons distintamente espirituais e resulta em boa saúde. Quando os centros nervosos tornarem purificado mediante a prática regular da Pranayama, o ar facilmente força seu caminho para cima através da boca pelo o Sushumna distribuindo nas demais nadis, que está no meio. O Prana que alterna ordinariamente entre Ida e Pingala é contido por Kumbhaka longa. Os yogues buscam por está prática, pois ela pode ocasionar o estado chamado de Samadhi.

            Provoca jovialidade através da prática do Pranayama e doenças são perfeitamente evitadas.

            Quando o Nadis se tornaram purificados, certos sinais exteriores aparecem no corpo do Yogue. Eles são leveza do corpo, brilho na pele, aumento do fogo gástrico, magreza do corpo, e, juntamente com estes, na ausência de agitação no corpo. Eles são sinais de purificação.

     

     

     


            Nádí shodhana significa purificação das nádís, os canais da energia. Este respiratório é importantíssimo no Yoga, pois promove o bhúta shuddhi, a limpeza dos elementos do corpo sutil, requisito preliminar e indispensável para as práticas mais avançadas. Para fazê-lo corretamente, siga atentamente estas instruções. O nádí shodhana é silencioso e agradável. Se em algum momento você sentir que está perdendo o fôlego, ou que está ficando ofegante, reduza proporcionalmente a duração de cada fase até achar o tempo ideal para a sua capacidade pulmonar individual. Um detalhe: este respiratório precisa fazer-se sem forçar absolutamente nada, sem fazerem ruídos, sem ressoar, sem perder o fôlego, sem cansar-se, sem mudar de posição, sem mover-se, sem coçar, sem oscilar, firme como uma rocha. Deve praticar-se apenas pela manhã, antes das nove horas; preferentemente, entre as quatro e os seis.

            Quanto pránáyáma fazer? Vinte ciclos é uma ótima forma de se começar. Um ciclo completo de respiração alternada significa que você inspira por uma narina, retém o ar, exala pela outra, e retém sem ar.

            Como levar a contagem sem perder-se nem se distrair do exercício? Para contar, você deve usar o japa málá de dez contas da sua própria mão. Use a esquerda, pois com a direita você irá obstruir as narinas. Comece na segunda falange do dedo anular (1), e vá a sentido anti-horário, pela terceira falange do mesmo dedo (2), depois descendo para a terceira (3), a segunda (4) e a primeira falange (5) do mínimo, depois para a primeira falange do anular (6), a primeira falange do dedo médio (7), a primeira (8), a segunda (9) e finalmente a terceira falange do indicador (10). Depois se faz o caminho inverso, começando a segunda contagem no mesmo ponto em que a primeira terminou (de 11 a 20). Os números ímpares correspondem à inspiração pela narina esquerda (idá nádí); os pares, à narina direita (pingalá nádí).

            Devem usar-se as contrações (bandhas), durante o kúmbhaka: jalándhara e moola, garganta e esfíncteres. Para iniciantes, deve-se substituir o jalándhara pelo khecharí mudrá, contração da língua. Durante o a retenção vazia se faz o bandha traya, a contração tríplice.

            Para alternar a respiração, se usa o vishnu mudrá, com a mão direita frente ao nariz, e os dedos indicador e médio recolhidos na palma. A mão se movimenta o mínimo possível: apenas as pontas dos dedos obstruem alternadamente a depressão acima das narinas, sem forçar nada. O braço fica colado na caixa torácica, para não se cansar. Lembre que os yogues são mestres em economia. Tudo e qualquer movimento devem fazer-se pela lei do mínimo esforço.



    Nádí shodhana pránáyáma

            Inicie sentando numa posição firme e agradável, com as costas bem eretas. A mão esquerda fica em jñána mudrá sobre o joelho, com o polegar a o indicador se tocando, e a direita em vishnu mudrá. Usaremos apenas o polegar e o anular: o polegar para fechar a narina direita, o anular para fechar a narina esquerda. Não coloque demasiada pressão. Obstrua, não o orifício da narina, mas a depressão logo acima dela. Para iniciar, feche a narina direita com o polegar e respire profunda e ritmicamente, apenas pela esquerda. Inspire e expire pela narina esquerda. Não force nem segure a respiração.

            Esvazie por completo os pulmões. Ao inspirar, encha primeiramente o abdômen, depois a região intercostal e o peito. Concentre-se no processo da respiração. A inalação e a exalação devem ser iguais. Conte mentalmente usando o mantra Om. O mesmo número de repetições para inspirar e expirar. Se você inspira durante três repetições do mantra Om, expire também por três repetições do Om. Se você inala em cinco Om, exale no mesmo número. Consciência total no processo respiratório. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax.

            Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda. Você fará esta respiração por uns dez ciclos. Não precisa contar. Simplesmente respire. Isto é chandra nádí pránáyáma. Refresca o corpo, é sedativo e é bom para controlar o sistema nervoso. Respiração rítmica e profunda, apenas pela narina esquerda (2 minutos em silêncio). Seus olhos devem estar fechados. Consciência total no processo respiratório (1/2 minuto em silêncio).
            Agora, faça uma retenção vazia, exale e fique sem ar pelo tempo que lhe for confortável, sem forçar. Se não for possível reter por mais tempo, inspire lenta e profundamente e faça uma retenção interna, com os pulmões cheios, pelo tempo que lhe for confortável, sem forçar. Feche a narina esquerda com o dedo anular e exale pela narina direita e passe a respirar de forma profunda e consciente, apenas pela narina direita. Inalação e exalação lenta e profunda, somente pela narina direita. Lembre que os tempos da inalação e da exalação devem ser iguais. Conte mentalmente o mantra Om para pautar o ritmo. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax.

            Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda. Isto é súrya nádí pránáyáma. É muito bom para estimular a visão e a digestão e revigorar o sistema nervoso. Dá poder físico e produz intenso calor. Você fará também esta respiração por uns dez ciclos. Novamente, não precisa contar. Simplesmente respire. Respiração rítmica e profunda, apenas pela narina direita (2 minutos em silêncio).

            Agora exale e faça uma retenção vazia, pelo tempo que lhe for possível, sem forçar. Quando não for mais possível reter, inspire lentamente ainda pela narina direita e retenha o ar com os pulmões cheios, pelo máximo de tempo que puder, porém, sem forçar.

            Depois, feche a narina direita com o polegar, exale pela esquerda e inspire em seguida por ela. Troque de narina, exale pela direita e inspire por ela. Exale pela esquerda e inspire por ela. Exale pela direita, inspire pela direita. Isto é nádí shodhána pránáyáma, as respirações alternadas, que purifica os canais do corpo energético.
            Você inspira pela mesma narina pela que exalou. Somente depois, troca de narina, com os pulmões cheios. Respiração rítmica e profunda alternando as narinas. Lembre que os tempos de inspiração e exalação devem ser iguais. Faça mentalmente o mantra Om para contar os tempos de inalação e exalação. Se você inspira durante três repetições do mantra Om, expire também por três repetições do Om. Se você inala durante cinco Om, exale no mesmo número. Consciência total no processo respiratório (1/2 minuto em silêncio).

            Este exercício revigora o sistema nervoso e o intelecto, purifica o corpo sutil e dá muita energia. O processo completo de purificação do shúkshma sharíra e o sistema das nádís leva cerca de quatro meses, e deve incluir ainda cuidados com alimentação, hábitos e emoções. Esta é uma prática essencial. Sem ela, é impossível atingir estados de meditação profunda. Respiração rítmica e profunda alternando as narinas. Esta respiração deve fazer-se igualmente por dez ciclos. Novamente, não precisa contar. Simplesmente respire (2 minutos em silêncio).

            A próxima vez que você expirar pela narina esquerda faça uma retenção sem ar nos pulmões, pelo tempo que lhe for confortável. Quando não for mais possível segurar sem ar confortavelmente, inspire lentamente e retenha agora com os pulmões cheios. Depois, exale pela direita e faça mais uma retenção vazia.
            Se não for mais possível segurar sem ar confortavelmente, inspire muito lentamente e retenha agora com os pulmões cheios. Exale por ambas narinas e faça respiração rítmica e profunda. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax. Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda.
            Os tempos de inspiração e expiração devem ser iguais, pautados pelo mantra Om, feito mentalmente. A atenção concentrada no processo da respiração. Respiração profunda e consciente por ambas narinas. Isto melhora a digestão, purifica o sangue e irriga com maior intensidade o cérebro. Aproximadamente 30% do oxigênio é consumido pelo cérebro. Ao assimilar mais oxigênio, você estará alimentando melhor o seu cérebro (1/2 minuto em silêncio).

            Você poderá aplicar este exercício de respiração consciente a qualquer altura do dia ou quando você estiver cansado, menos imediatamente após as refeições. Não se preocupe em contar. Apenas respire. Agora expire e retenha pelo tempo que puder com conforto. Quando não conseguir mais reter, inspire lentamente e retenha mais uma vez. Aqui se encerra o nádí shodhána.        

            

     

    Metodologia.

            O pranayama é uma técnica que facilmente pode ser inserida no consultório aos seus clientes antes e após a aplicação de um método terapêutico.

            Na chegada do seu cliente, irá favorecer a preparação do seu cliente para que fique receptivo.

            No término da aplicação terapêutico, poderá lançar mão dos pranáyámas para que seja selado o que foi executado. Ou até mesmo para trazer o seu cliente para a consciência, caso a metodologia tenha levado-o à processo de cartase.

            O pranáyáma para beneficio ao terapeuta é perfeito permitindo a limpeza entre um atendimento e outro restabelecendo a própria energia e dissipando provável energia estagnada do cliente que tenha saído. Vital para o nosso pronto restabelecimento

     

    Conclusão

            O Pranáyáma é conhecido com técnica principal do yoga, conhecido por todos como método de relaxamento e proporcionando um caminho para a meditação.

            O pranáyáma é um legado que podemos lançar mão em qualquer momento de nossas vidas restabelecendo o equilíbrio.

            Depois de uma base sólida construída através de prática e conhecimento é hora de começar o processo de ir para práticas avançadas. Algum dos métodos é árduo, e outros mais suaves.

            Deve utilizar-se de sabedoria. É importante saber o seu nível de capacitação na execução do pranáyáma.

            Ironicamente, para aqueles que estão dispostos a trabalhar com a mente diretamente, as práticas mais simples de consciência e desaceleração suave da respiração pode ser a mais profunda e avançada.

     

    Bibliografia

     

    1 - Pranáyáma, a Dinâmica da Respiração, André Van Lysebeth,

    2 - A Ciência do Pránáyáma, Suami Shivánanda, Editora Pensamento
    3 - O Yoga, Tara Michael, Ed. Presença

     

    Autor: : CELI COUTINHO - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:19


    A Ferida e o Grande "Curador"

    O PLANETA KIRON

     

    A ferida e o grande curador

     

    Celi Coutinho - Terapeuta Holística -  CRT 21270

    Terapeuta Holística


    O caminho do equilíbrio e para reconciliação pessoal.

     

     

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2013

    Índice

    Apresentação

    O que é Quíron

    Quíron e os Signos

    Aspectos

    Sistemas de Casas astrológicas

    Metodologia

    Conclusão

    Bibliografia

     

     

     

     

     

    APRESENTAÇÃO

            Meus queridos colegas de profissão.

            A idéia que me ocorreu de dissertar sobre este tema é trazer a tona, a consciência que nós escolhemos a profissão de terapeuta, devido a energia de doador e de curador serem mais latente que das demais pessoas em nossa volta, mas em contrapartida a nossa ferida também é mais presente.

            A grande maioria procura ser um terapeuta na intenção de resolver um problema de insatisfação pessoal, seja financeiro ou descontentamento com a profissão. E alguns porque entendem e sonham em mudar a humanidade. Poucos pensaram nisto logo de pequeno, na geração das décadas anterior há 90.

            Quando crescer vou ser um “Terapeuta holístico”. Hoje já até é uma realidade presente. Nossos filhos nos vêem e já pensam em ser como nós.

            Mas o primeiro passo da nossa geração na maioria acontece, assistindo palestra em eventos místicos. Os temas tendem quase sempre abrir o leque, despertando curiosidade e, portanto buscamos aprofundar num ou mais temas e daí tornamo-nos terapeutas holístico, numa determinada modalidade, ou seja, psicoterapeuta holístico, terapeuta corporal e ou de sincronicidade. Claro tem vários caminhos que nos trazem para a profissão, citei as mais comuns.

            O importante aqui é compreender que cada um lança mão de sua parte centáurica em algum momento da vida e assim partindo para o legado do curador.

            Também é uma verdade que a grande maioria de nós encontramos grandes obstáculos são os ciclos de entendimentos e renovações, quase sempre neste período entrando em choque de crenças e paradigmas. Muitos dos que tentam adentrar na profissão desistente neste momento. Ou ficam por tempos longos sem a realização plena e às vezes quase sucumbem, mas quando tomam consciência de suas dores renascem e recriam força e levantam.

            Há uma explicação para isto é a energia vibratória de Quíron aspectado no mapa pessoal que em seu trânsito, se ocorre com saturno ou plutão nos chamam para a realidade de consciência e relembrar nossas feridas.

            Quíron no gráfico do mapa de nascimento aponta para uma área onde a alma está profundamente ferida no passado. Alguns acreditam que a ferida de Quíron é de natureza cármica, e que a infância de vida atual é o condicionamento do início dos obstáculos que ressoam com padrões por já estarem profundamente enraizados. A Posição Quíron é um ponto muito sensível no mapa de nascimento. Ele magnetiza para si experiências que reforçam a experiência primal de dor e rejeição, como criança, e continuando como adulto, recebemos mensagens dos pais, irmãos, amantes, amigos e outras pessoas em nosso meio, que reforçam o ferimento inicial. Nós internalizar nessas mensagens, trará a compreensão do padrão que se tornou profundo e do sofrimento maior. Por fim, buscar a “cura” e o alívio do sofrimento.

            A posição de Quíron nas casas astrológica, e aspecto irão revelar algo sobre a natureza desta ferida para a alma e aponta para formas de equilibrá-las.

            Creio que todos estamos conscientes, da transição energética planetária que nos impulsiona a mudar pelo amor. Mas a moeda reversa do amor é a dor.

            Portanto todos esotéricos e holísticos são alvos positivos neste momento.

    Temos que curar de fato nossas feridas para que possamos auxiliar na ferida do outro, já era fato. Agora é a verdade. Por que afirmo isto?

    Porque certamente devem observar seus clientes se não estão semelhando com suas próprias dificuldades, isto pode representar um aprendizado, mas também o padrão vibratório que está lançado.

            É um momento de expandir a consciência e elevar a atenção para si.

            Todo terapeuta são pilastras de sustentação planetária, portanto estamos em momento de grande teste.

            Por isso resolvi trazer este tema à tona. Reconhecer nossas feridas e transformar o acesso de nossa energia centáurica e cumprir nossa missão.

     

    O que é Quíron

            Além dos dez planetas "clássicos" cuja importância é reconhecida por todos os astrólogos e tem sido largamente reconhecido. Ele retrata a marca especial de heroísmo e de ajuda.

            Quíron (rei dos centauros) situado entre as órbitas de Saturno e Urano, só foi avistado em 1.977.

            Trata-se de um planetóide que leva entre 50 e 51 anos para fazer sua órbita ao redor do sol. Sua órbita elíptica faz com que ele tenha uma duração variável de tempo em cada signo. Quíron permanece em Libra não mais que 18 meses, enquanto em Áries permanece por 8 anos. Alguns astrólogos consideram Quíron o regente de Virgem, enquanto outros optam por Sagitário.

            As interpretações preliminares de Quíron não progrediram muito. Sua exploração astrológica está apenas começando. Assim como todos os planetas descobertos na era moderna, o humor e a situação geral de toda a raça humana no momento da descoberta, são levados em consideração para denominá-los uma vez que os astrônomos sabem que já eram apresentados como Corpos do Céu, ao mesmo tempo em que como Mitos / Heróis / Deuses. Quíron, cujo símbolo lembra uma chave tem sido alvo de muita curiosidade, tanto na Astrologia, como na Astronomia. Por isto e desde então, estão sendo realizadas exaustivas pesquisas em busca do significado astrológico e psicológico de Quíron e de suas possíveis influências, tanto em mapas astrais individuais como no âmbito coletivo.

            Para isso, recorreram ao simbolismo do mito, da mesma forma como aconteceu com relação a Urano, Netuno e Plutão, à medida que estes foram sendo detectados.

    Quíron representa “O Curador”

    “O Agressor”

    “O Ferido”

    A independência filosófica

    A compaixão diante do sofrimento

    O processo de aprendizagem para chegarmos a confiar no Mestre ou Guia Interno.

            O mito, a astronomia e os acontecimentos que rodeia a sua descoberta contribuiu com metáforas que nos permite compreender o arquétipo personalizado por Quíron. O fenômeno cultural mais ligado com a descoberta de Quíron é a "Nova Era”. Conta à história mitológica que Quíron foi ferido em uma briga com os centauros selvagens para interromperam o seu casamento. O casamento é uma metáfora para a união interior de sentir-se completo, onde as partes de nós mesmos se casam em harmonia. Nossa capacidade de obter tudo o que podemos Ser é interrompido constantemente por nossos próprios demônios, os centauros selvagens dentro de nós que causaram as cicatrizes da dor não resolvida.

            Quíron representa a necessidade de fundir os opostos dentro de si mesmo para se conseguir a plenitude. A ferida cultural é a divisão entre os instintos e intelecto, representado pelo o mítico centauro - metade homem e metade cavalo.

            Em um mapa de nascimento, o aspecto astrológico representado por Quíron é o ponto onde demarca a velha dor que ao ser transmutado o indivíduo toma para si o domínio de uma lição que vem em muitas vidas certamente para assimilar. A dor é o nosso professor, porque nela está a chave para a nossa cura. Cada um de nós tem um trabalho para curar nossas próprias feridas, para que possamos aprender uns com os outros.

            Quíron era um herbalista e um grande cirurgião, mas ele não podia curar a si mesmo.

            Na mitologia Quíron é um deus imortal que só foi liberado de sua ferida e da dor excruciante quando ele trocou de lugar com Prometeu, o Titã da terra. Em outras palavras, ele só encontrou libertação da sua dor em morte. Nesse meio tempo, Quíron se ocupou em ensinar jovens deuses. Passou a eles o seu conhecimento de cura, particularmente o uso de ervas medicinais, astrologia, de guerra, caça, música, ética e inúmeras outras competências.

            Através Quíron encontra-se o veículo para a expressão de um propósito maior, porque é aqui que procuramos ensinar e mostrar o caminho de autocura. Um professor ou curador é simplesmente alguém que busca compartilhar seu conhecimento, sabedoria, habilidades e amor com os outros.

             

    Quíron e os Signos

            As Constelações em suas designações negativas são as vicissitudes, as fraquezas, os erros, a “doença”, o “mal”, o ofensor, em si ou contra si.

             Em suas designações positivas são os princípios pelos quais se ocorrerá à cura a si e aos demais [Curador].

            

    Áries - é regido por Marte, ou seja, o uso da força para se atingir os objetivos e fazer com que os demais atinjam, sinceridade, generosidade, vontade, objetividade, incluindo o esforço para que os outros recebam desta força.

            

    Touro - é regido por Vênus, ou seja, o uso da atração para trazer até nós o que precisamos. A busca de solidez é tão grande que se apega às pessoas da mesma forma que aos bens. Deve escutar as necessidades vindas dele (a comida e o sono) e assim poderá por harmonia as reais necessidades com o Eu Superior.

            

    Gêmeos - é regido por Mercúrio, ou seja, o uso da capacidade da nossa mente de ajudar-nos a nos integrar e nos comunicar sobre a terra. Os nascidos com Quíron em Gêmeos, podem ter latente o potencial de uma contribuição singular aos demais, ao escrever sobre temas polêmicos, onde pontos de vistas opostos acabem transformando-se em conhecimento importante.

            

    Câncer - é regido pela Lua, ou seja, o uso da maneira de filtrarmos todas as impressões que chegam até nós e de aprendermos a responder. Compreensão Nutrição.

            

    Leão - é regido pelo Sol, ou seja, o uso de tornar-se tudo o que somos para que brilhemos e para que outros brilhem na Terra. Fraternidade. A espontaneidade pode estar ferida.

            

    Virgem - é regido por Quíron, ou seja, o uso da faculdade de aprender o método de unir a mente terrena à consciência cósmica galáctica.

            

    Libra - é regida por Vênus, ou seja, o uso de aprender a espelhar nosso eu verdadeiro no lado do outro, de modo que nossa visão seja polarizada em vez de estar dentro de nós mesmos ou localizada no outro. - Justiça, Equilíbrio para a Paz, Harmonia como produto final.

            

    Escorpião - é regido por Plutão, ou seja, o uso das jornadas ao Mundo Subterrâneo para se obter a mais poderosa fonte de energia. Capacidade de regeneração e de transformação. Comando consciente da força sexual, da mediunidade, e a conscientização do valor da vida, através da morte.

            

    Sagitário - é regido por Júpiter, ou seja, crescer para que possa entrar em contato com o Eu Superior.                        

            

    Capricórnio - é regido por Saturno, ou seja, o uso de obter a maestria sobre o plano da terra. Responsabilidade social, Maturidade, Seriedade, Respeito ao Invisível.

            

    Aquário - é regido por Urano, ou seja, o uso de galvanizar a vontade humana para o serviço universal.

            Ensina se pautar em disciplina mental para que não se deixem espaços para pensamentos que não visam o desenvolvimento como indivíduo dentro da sociedade.

            

    Peixe - É regido por Netuno, ou seja, o uso do misticismo galáctico. A Redenção, a Renuncia, o Recolhimento para saltos qualitativos.

             

    ASPECTOS

            O posicionamento de Quíron no Tema Natal mostra a área de vida em que a busca pelo alívio de qualquer sofrimento de fato, ou a busca pelo alívio de algum sofrimento que possa vir, tem mais probabilidade de ocorrer de modo particularmente intenso.

     

    Quíron / Sol

            A ferida do Sol caracteriza em anular a autocriatividade.

    Representa a ferida do pai. Medo da própria criatividade. Sentindo-se traído ou ferido pelo princípio paternal.

            Mensagem das origens genéticas: "Eu não aprovo o seu exibicionismo, de você brilhar tão intensamente”.

            Mensagem interiorizada: ". Tenho medo de brilhar / eu não me sinto completo se eu não brilhar".

            Curar a Ferida: Auto-estima de trabalho. Trabalho infantil interior. Desenvolver confiança. Todas as formas de expressão criativa.

     

    Quíron / Lua

            A mãe está ferida. O medo da vulnerabilidade. A ferida emocional. Levando experimentar ou ter empatia com a dor da mãe Sentindo-se traído ou rejeitado pelo princípio mãe.

            Mensagem das origens genéticas: "O mundo é um lugar inseguro, não confie em ninguém - Nós te amamos, mas...".

            Mensagem interiorizada: "Sinto-me rejeitado Eu sou vulnerável”. Sinto medos desconhecidos.

            Curar a Ferida: trabalho de liberação emocional. A cura através tornar-se mãe ou nutrir os outros.

     

    Quíron / Mercúrio

            A comunicação está ferida. Sentindo-se incompreendido e não consegue se comunicar.

            Mensagem de origem genética: "Nós não gostamos do jeito que você se comunica”.
            Mensagem Interiorizada: "Você não me entende. Você não me escuta eu sou burro...”.

            Curar a Ferida: falar, cantar, escrever, tocar um instrumento musical. A expressão criativa do som. Chakra da Garganta desbloqueio e cura.

            A capacidade de compreender os outros e ensinar a arte da comunicação eficaz e resolução de problemas.

     

    Quíron / Vênus.

            A ferida está na área dos relacionamentos. Ferido no amor ou ferindo outros em amor. Sentir-se amado. Uma ferida para o coração.

            Mensagem de origem genética: "Nosso amor é condicional Nós te amamos se...".

            Mensagem Interiorizada: "... Eu não gosto, não me aprovo, eu sou indigno de ser amado Ninguém me ama”.

            Curar a Ferida: Todas as experiências do amor incondicional. Trabalho com o chakra do coração. A prática do perdão e da compaixão.  Massagem, Reiki. A prática de Direitas relações humanas.

     

    Quíron / Marte

            A ferida está em torno da expressão da identidade, a sexualidade física, energia, raiva e agressão. Extremos de energia. Hiperatividade. Assumir a raiva dos outros. Sobrevivente ou perpetuador de violência.

            Mensagem de origem genética: "Você é agressivo Nós não gostamos de você quando você está irritado Você tem muita energia estou zangado com você me faz raiva...”.

            Mensagem Interiorizada: "Não há problema em expressar raiva / Eu sou destrutivo / Os outros são destrutivos”.

    Cura a Ferida: liberação criativa de energia através do esporte, artes marciais, dança, tai chi, meditação ativa. A prática da ação correta.

     

    Quiron / Júpiter

            A ferida para o sistema de crenças. O professor ferido. O medo de compartilhar o conhecimento de cada um. Inquietação interior profundo. Zelo missionário. Dogmatismo religioso. O medo de ser feliz / infeliz. Crise de fé.

            Mensagem de origem genética: "Seja otimista / Não seja demasiado otimista Nossa religião é o único caminho para Deus Nós não acreditamos em Deus grande é melhor...”.

            Mensagem Interiorizada: "Não é bom compartilhar meus conhecimentos / minha verdade é a verdade.”

    Cura a Ferida: Disseminar o conhecimento através de ensino, falando, escrevendo, publicando. Viajar.

     

    Quíron / Saturno

            A ferida com um senso de realização, estrutura e confiança. O medo de seu poder. O medo de tomar um lugar no mundo. O pai está ferido. Medos internos e rigidez. Seriedade e insegurança.

    Mensagem de origem genética: "Eu sou o chefe eu sei o que é melhor para você.".
    Mensagem Interiorizada: "Há uma voz dentro de mim que critica e me julga A culpa é minha”.

    Curar a Ferida: A capacidade de aceitar responsabilidades e posições de autoridade. Sabedoria.

     

     

    Oposição Quíron

            Oposição Quíron para si, muitas vezes, replicar a ferida original de alguma forma, despertando a consciência do mecanismo que se preocupem, se não forçá-lo, a crescer. Na minha oposição Quíron, a minha mãe adotiva - a minha mãe "real" no sentido de ligação - morreu. Esta perda replicado a ferida Quirónica original e começou a desencadear a necessidade de resolver os problemas de abandono inconscientes que contribuíram para um ciclo ininterrupto de dor e sofrimento em meus relacionamentos.

     

    Sistemas de Casas astrológicas

            As casas astrológicas mostram-nos que certas esferas ou aspectos da vida têm mais peso que outras no horóscopo. Cada casa astrológica representa uma dada esfera. A atribuição das casas num horóscopo varia de pessoa para pessoa, já que é calculada de acordo com a hora de nascimento exata e a posição geográfica do local de nascimento.

            O horóscopo é dividido em dois eixos, em direção aos hemisférios oriental e ocidental, bem como em direção aos hemisférios de dia e noite. Os quatro pontos de intercepção destes dois eixos com a eclíptica determinam a divisão das casas do horóscopo. Esta é normalmente baseada numa divisão posterior de cada quadrante em três. Existem vários modelos matemáticos de acordo com os quais as casas são calculadas.

            A transição de uma casa para outra não é tão clara como a de um signo para outro. Os planetas que ocupam uma posição perto do fim de uma casa são geralmente interpretados como pertencentes à casa seguinte.

    O horizonte

    Ascendente e Descendente

    O indivíduo e o seu complementar.

            O eixo que divide o horóscopo em um lado ‘superior’(lado-dia) e um ‘inferior’(lado-noite), representa o horizonte local na hora de nascimento. Esse ponto em que o horizonte oriental intercepta a eclíptica é chamado o ascendente. É o princípio ou cúspide da primeira casa. Em oposição a ele, na cúspide da sétima casa, encontramos o descendente. Discutiremos a interpretação das casas nas páginas seguintes. Os planetas que se encontram perto do ascendente no momento do nascimento estão a nascer ou acabaram de nascer, enquanto que os planetas perto do descendente se estão a pôr.

     

    QUÍRON NAS CASAS E NAS CONSTELAÇÕES

            As Casas onde está Quíron é o setor da vida do Indivíduo que está como palco, para que as personalidades (internas e externas) formem a cena catalisadora do agressor, do ferido, do curador. Quíron é o que é exigido do indivíduo, para que entre em conexão com o seu Dharma e com o luminoso dentro das casas Astrológicas, ou seja, dentro dos seguintes Setores de Vida:

     

     1ª Casa (Ascendente) – A personalidade individual 

    Iniciativa, Objetividade, Ações apropriadas.

     

     2ª Casa – Valores e Haveres.

     Valorização das prioridades, apropriadas aquisição, manutenção e conservação dos bens.

     

    3ª Casa – Comunicação.

    Comunicação, Expressão, pensamento, linguagem, relações e aprendizado apropriados.

     

     

    4ª Casa – Raízes e Origens

     Vínculos emocionais e atitudes apropriadas em relação à família

     

    5ª Casa – Prazer e Criatividade

    Forma adequada de auto-expressão criativa, de relacionar-se afetivamente, de gerar filhos, de educá-los e de expandir sua criatividade.

     

    6ª Casa – Trabalho e Rotina

    Forma adequada de prestar serviços a terceiros e o devido respeito ao seu corpo.

     

     

     7ª Casa – Relações.

    Relacionamentos, sociedades, parcerias e casamento com pessoas certas.

     

    8ª Casa – Perda e Propriedade Comum

    Atitude apropriada em relação às finanças dos outros sob seus cuidados, em relação à sua própria morte e à sexualidade.

     

    9ª Casa – Filosofia e Países distantes.

    Atitude oportuna com senso-social diante de suas capacidades, que devem servir para orientação da comunidade.

     

    10ª Casa (MC) – Ocupação e Chamamento

    Responsabilidade social, Maturidade para ação direta sobre a sociedade.

     

     11ª Casa – Amigos e Conhecidos

     Plasmação dos Ideais e Amizades apropriadas.

     

     12ª Casa – Para além do pessoal

     Renúncia apropriada.

     

    Aqui estão alguns dos aspectos maiores:

    Conjunção - 0° 

            A conjunção tende a ser um aspecto harmonioso. A sua qualidade depende grandemente dos planetas envolvidos, bem como da proximidade do aspecto. Por exemplo, uma conjunção entre o Sol e Mercúrio, é normalmente vista como harmoniosa. Se, por outro lado, a distância entre eles é menor do que apenas alguns graus, o Mercúrio diz-se estar "a ser queimado" ou "em combustão", com resultados a condizer. Em geral, a conjunção mostra uma relação imediata que atua de qualquer forma.

     

    Oposição - 180°

            Apesar da oposição ser vista normalmente como "desarmonia" ou dinâmica, tem muitas vezes um efeito bastante motivador e energizante. Aqui também, a qualidade do aspecto depende dos planetas envolvidos, e o que cada um faz dele. De um modo geral, uma oposição entre dois planetas cria uma tensão entre eles, que normalmente tem resultados positivos.

     

    Quadratura - 90°

            A quadratura é considerada como um aspecto desarmonioso. Os planetas envolvidos parecem estar "bloqueados". Os problemas resultantes de uma quadratura são recorrentes como uma moeda viciada. A dificuldade está em conciliar as duas forças que se querem mover em direções completamente opostas. Normalmente isto toma a forma de desejos e necessidades que são mutuamente opostas.

     

    Trígono - 120°

            O trígono é um aspecto harmonioso. Os planetas envolvidos trabalham juntos de uma forma complementar, enriquecendo-se um ao outro. Os trígonos mostram onde estão os seus talentos naturais. Se depois fazemos uso deles ou não, depende só de nós.

     

    Sextil - 60°

            O sextil tende a ser um aspecto harmonioso, dependendo é claro dos planetas envolvidos.  

     

    Aspectos menores

            Para além dos aspectos maiores mencionados acima, também existe um número de aspectos menores. A maior parte destes são subdivisões dos aspectos maiores. Os aspectos menores contribuem com profundidade e detalhe no quadro geral. As órbitas permitidas para os aspectos menores são muito menores do que as usadas para os aspectos maiores. (ver tabela abaixo). Os aspectos menores mais comuns são:  

    Semiquadratura - 45°, desarmoniso.  

     

     

    Sesquiquadratura - 135°, desarmoniso.

     

    Semisextil - 30°, neutro.

    Quincúncio ou Inconjunção - 150°, neutro. 

     

    Quintil - 72°, harmonioso. 

     

     

     

    Metodologia: Interpretação de Trânsito com abordagem de equilíbrio.

            Trânsitos e progressões revelam o ciclo de desdobramento do potencial inerente dentro do mapa natal, e marca pontos de virada ou momentos de tomada de decisão. Usando a abordagem da "transformacional", o trânsito é, portanto, visto como o fornecimento de oportunidades de crescimento. Nenhuma tentativa é feita para pré-determinar o futuro do cliente em termos específicos. O foco é psicológico e orientado para o processo em oposição ao evento apresentado.

            Esta abordagem permite que o cliente olhe para sua vida e faça suas próprias conexões. A seguir demonstra o princípio básico de olhar para o trânsito a partir de um "transformacional", cura ou perspectiva de crescimento.

     

    Quando Saturno transita - oferece oportunidades para se tornar mais realista e responsável, que nos permite priorizar a trabalhar mais no sentido da realização de projetos e superação de obstáculos. Aplicando os princípios de foco, estrutura, dedicação e disciplina, e reconhecendo o valor resultante de uma maior compromisso e realização. Um tempo para estabelecer a nossa identidade, para amadurecer, para planejar e avaliar e manifestar os nossos objetivos e ideais em uma forma sólida e concreta.

     

    Quando Quíron transita com ele próprio - oferecem oportunidades para facilitar a cura de outras pessoas, sendo curados, liberando as feridas de uma pessoa, aprendendo através da doença e do sofrimento, contatando e liberando profunda dor, orientar os outros, ou a ser tutelado, aprendendo a se tornar filosófico sobre a vida e suas feridas, integrando a polaridade oposta construindo pontes e efetuando a reconciliação. Um tempo para curar e ser curado.

     

    Quando Urano transita - Oferece oportunidade para libertar-se de estruturas caducas que impedem o crescimento, despertando uma nova forma de ser, sentir, fazer singularidade de um contato, individualidade, senso de verdade e criatividade pessoais. É hora de usar a mente, para experimentar, de se envolver em atividades humanitárias, atividade em grupo, política, ciência, computadores.

     

    Quando Netuno transita - Fornece uma possibilidade de contato com um lado mais compassivo e espiritual para a própria natureza, um despertar da sensibilidade, inspiração criativa, e o desejo de mergulhar no Divino. A oportunidade de se conectar com um propósito maior coletivo ou mais espiritual, através de dedicar a própria energia com um espírito de serviço abnegado e devoção. Um tempo para assistir sonhos, para abrir o coração, a vislumbrar novos ideais, ser imaginativo, entrar em contato com a musa.

     

    Quando Plutão transita - proporcionam oportunidades para aprofundar e intensificar enormemente a compreensão da vida, para explorar as partes mais profundas de si mesmo, a viagem no reino inconsciente da vida e se conectar com um sentido mais profundo da experiência e de vontade própria, e de propósito.         Aprender sobre energia e sentimentos poderosos, aceitar e se adaptar às mudanças e transições de vida. Aprender a deixar ir e confiar. O tempo para buscar a autotransformação, por meio da psicoterapia, encontrando a criança interior ferida, as interações profundas com os outros. Um tempo para liberar o passado e o velho, e renascer em um novo senso de self.

            Haverá aqueles que afirmam que qualquer tentativa de exercer sua vontade, responsabilidade e capacidade de escolha é o último ato de arrogância.         Há outros, de cunho psicológico particular, que temem que o foco em uma abordagem transformacional ou escolha centrada mais pode levar a uma negação ou rejeição do lado escuro dos aspectos da vida e nos lembram da necessidade de abraçar no escuro, bem como a luz na nossa natureza e na vida.

            Uma abordagem terapêutica e ou de coaching fornecerá subsídio para o reconhecimento da fonte que causa a dor e o sofrimento. Uma abordagem "transformacional" levará a reconhecer a divindade dentro de si que possuí o potencial inerente do crescer e assim, talvez o dedicar de nossas vidas a grandes propósitos.

            É o processo e o ato de exercer o livre arbítrio de alguém ou capacidade de fazer escolhas criativas e transformando em decisões de extrema importância para o equilíbrio. Essa é a parte poderosa. Nós fazemos nossas escolhas e decisões e o resto irá tomar seu curso misterioso.

            A idéia é cada um adequar sua técnica terapêutica para elevar o equilíbrio do cliente para a compreensão da sua dor e levá-lo ao equilíbrio – ou seja, alcançar o seu curador.

            Pode-se lançar mão de ferramentas como os florais, aromas e técnicas de respiração como o renascimento.

            Como mencionei no início, a minha idéia é relembrar que temos nossas fragilidades e assim também como terapeutas reconhecermos que devemos buscar a compreensão destes aspectos, para que possamos ser excelentes terapeutas e assim cumprir com nossa grande missão de sermos uma ferramenta de equilíbrio ao outro. Levando-nos a nós mesmos e o outro ao encontro de si.

     

    Conclusão

            Estamos desde 2011 na regência de Quíronn em peixes e vai até março de 2019. Ou seja, 9 anos intensos para que possamos em questão de humanidade reconhecer nossos grandes desequilíbrios e trazer a tona à consciência de equilíbrio.

    A fonte principal é o amor.

            O propósito de terapias voltadas para esse nível centáurica / Quíronica, portanto, é para restaurar essa união de mente e corpo, curando ou dissolvendo a fronteira entre os dois. Fazemos isso através da expansão de nossa identidade a partir do ego e sua visão ampliando a visão no sentido centáurica. Tocando e re-possuir nossos corpos projetados. Este é o ponto crucial do equilíbrio e do aprendizado de equilíbrio ao nível de centauro.

            A Psicoterapia holística é uma modalidade de terapias de corpo centrado, como hatha yoga, terapia da polaridade, e integração estrutural.

            Há 6 anos me oriento em minhas anamneses com o estudo da posição do Quíron nos mapas dos clientes e percebendo claramente a rapidez com a qual o mesmo percebe onde origina seu principal desequilíbrio. Facilitando o entendimento do cliente em seu caminhar terapêutico.

    Deixo aqui um link para que tenham oportunidade de conhecer mais a respeito deste novo legado que ainda há muito pra explorar.

     

    Curiosidade pertinente.

    Este conteúdo foi retirado na integra da Internet.

    Segue o link para quem desejar ler. http://www.astrosreis.com.br/netuno-e-quiron-em-peixes/

    Quíron esteve em Peixes na década de 60 (1960 -1969). Esta foi a geração chamada de “flower children” – Os Filhos da Flor, e esses indivíduos agora estão na faixa etária dos 46 a 52 anos. Eles estarão vivenciando seu primeiro e único retorno de Quíron em Peixes. Este será um trânsito tremendamente espiritual, em que teremos a chave que abre as portas para nossa verdadeira essência. A década de 60 foi marcada por diversas manifestações culturais e artísticas e movimentos pela paz, amor e liberdade; houve vários avanços tecnológicos e o surgimento das drogas psicodélicas; mas também houve o colapso da sociedade com o início de guerras e uma onda de opressão por governos militaristas....

     

    Grata pelo o universo neste momento pela a inspiração de trazer este assunto como tema de relembrança e ou de conhecimento.

     

    BIBLIOGRAFIA

    Reinhart, Melanie., Quíron ea jornada de cura. 1989.

    Sasportas, Howard., As Doze Casas. 1985. pp 345-352.

    Stein, Zane B., Chiron Interpretação (2 ª edição). 1983.

    Grande parte da conclusão foi pesquisado na Internet.

    Onde deu origem ao meu curso de Aromagia à distancia – onde ensino criar os perfumes sobre os aspectos de um mapa astrológico.

     

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:31


    KUNDALINÍ – FORÇA E CONSCIÊNCIA

    KUNDALINÍ – FORÇA E CONSCIÊNCIA

     

    A consciência de si

    Autora: Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270

     

      

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2013.

     

    SUMÁRIO

    O que é o Tantra?

    Kundalini

    Granthis - Os três nós psíquicos

    Como usufruir do Tantra

    Conclusão

    Bibliografia

     

    Introdução

     

    O TANTRA é sentir, fluir e expandir.

    O sentir não há como explicar, somente vivenciar.

    O fluir se percebe enquanto se vivencia.

    E o expandir é o resultado do vivenciar e sentir...

    Somos produtos de uma sociedade contida daqueles que precisa: sentir o toque e se expandir, ao usar a fala se entende, ao ouvir aprende-se a perceber.  
    O Tantra também é uma filosofia comportamental de vida que aplicado no cotidiano fará com que as percepções fiquem mais proeminentes.

    Isso se aprende teoricamente através dos cursos.

    Aprender a fluir acontece através da psicoterapia, ferramenta que vai auxiliar você ir de encontro ao seu EU e retirar os paradigmas que impede de simplesmente sentir e Ser.  
    Vivenciar significa aprender está aqui e agora feliz consigo mesmo.

    O Tantra não é religião, não é sexo, não  é yoga. Em seus sutras (livros) encontrou-se varias estruturas comportamentais, cientificais, terapêuticas e principalmente ritualística. Com reverencias aos fluxos dévicos, pois se acreditava que cada ser existente tem uma proteção divina um deva (deus) ou um devi (deusa) que são representados pelos yantras – formas geométricas utilizadas nos ritos e os mantras – cantos vibracional de energia qualitativamente divina. Dando assim um panteão de deidades. Reverenciado através de puja – oferenda. Onde se deu a origem ao hinduismo. 
     

    O que é o Tantra?

    Tantra é um principio filosofal comportamental de vida. A palavra Tantra significa Livros – teia – união – mas especificamente expansão. Ela é derivada das palavras Tanoti – expansão – trayati – consciência – Portanto podemos deduzir que Tantra = Expansão de consciência.

    Tantra tem um principio filosofal comportamental e matriarcal. Surgiu por volta de 12000 anos na civilização dravídiana anterior a invasão dos arianos. Que por questões políticas deixa de ser matriarcal para ser patriarcal. Mas sua origem se espalha influenciando e ou formando varias outras civilizações.

    O Samkhya que é um sistema inventarista – é a parte cientifica do tantra que deu origem aos vedas e daí então a terapia ayurvédica. Aqui não há reverencia alguma aos deuses. Apenas a observação da mente, dando origem ao yoga.

    Ainda dentro do Samkhya ele conduz em um formato de enumerar situações de acordo com a natureza de cada fato denominado prakriti (natureza). Influenciando hoje as terapias psíquicas – como a psicanálise ou o coaching. Que é através do pensamento vibrar em sintonia positiva.

    O fundamento do Tantra é dirimido através do prana – ar vital – E daí então acontecem os pránáyama – exercícios respiratórios. Assim como a observação natural do homem em postura denominado de mudrá. Que deu origem aos asanas e ou ao Yoga.

    Hoje no ocidente somos altamente influenciados pelo o sistema tântrico. E podemos fazer uso das técnicas tântricas em vários formatos que em seu conjunto vai proporcionar um caminho para o coração e o Despertar do Eu que é a lembrança de um primeiro momento existencial enquanto.Fagulha divina.

    Os textos tântricos estão entre os mais antigos do hinduísmo e do budismo. Existem Tantras hindus e budistas se auto-influenciando e os textos mais recentes refere-se ao Tantra sob o nome de Artha Veda. Os Tantras em sua origem foram manuscritos em sânscrito. Ainda guardam as diferentes épocas, lugar, cultura e religião. Tomam a forma de enciclopédia de rituais e de filosofia tântrica. Sofreram com o correr dos séculos, várias adições. Os textos mais antigos foram compilados por volta do ano 600 dessa era.

    No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas.

    O Tantra floresceu no Vale do Rio Índio, em Mohenjo-Daro. Era a cultura Harappa, da qual se encontra vestígio raro, porém importantíssimos do ponto de vista histórico. A descoberta do Vale do Rio Indo esclareceu que essa cultura foi, possivelmente, a mais antiga do planeta. Os vários objetos já mostravam figuras esculpidas ou desenhadas com formas e imagens que evocavam práticas tântricas, tais como os Ásanas (posições físicas utilizadas para desenvolver a Kundalini).

      Essas filosofias conscientizam o homem de suas energias latentes e de relação com o cosmos (a natureza). Aquele que vê a natureza apenas como vida que existe no planeta Terra está tão equivocado quanto aquele que o vê como um universo cósmico repleto de planetas, sóis e nuvens de gases. Os dois vêem o cosmo de um modo míope e incompleto.

    O mesmo erro está expresso nas ciências que estudam o homem como um ser que possui corpo, consciência e subconsciência, acabam esquecendo que o ser humano é constituído de órgão que lhe permitem ultrapassar a mente inconsciente e a mente consciente; que seu corpo é constituído de sensibilidades que ultrapassam necessariamente o intelecto e, até mesmo, a intuição.

    Convém acrescentar que o homem pensado e conhecido pelo hindú é  possuidor de um corpo de sensações, extraordinariamente complexo, do qual não temos equivalente no pensamento ocidental.

    É justamente nesse ponto que queremos insistir: no conhecimento desse homem absolutamente insólito, desconhecido da filosofia e ciência ocidentais, onde o Tantra assenta sua sabedoria. É mostrar que, aquele que vê as coisas de um ponto de vista egoísta, centralizado em seu meio limitado jamais terá consciência das energias que o animam. É a negação do cosmos, é o absurdo da condição humana não ligada ao seu princípio (Dharma). Daí percebe-se que, para se aprofundar a questão homem / natureza é importante conhecer o Tantra.

    Como já  vimos anteriormente, Tantra significa expansão da Consciência, modos de vida, sexualidade e atitude social. No sentido mais amplo da palavra expressa uma filosofia de vida, uma cultura, bem como a preparação para a ação meditativa interior.

    A transcendência dos princípios Shiva e Shakti leva ao ponto central, que é a própria Shakti kundaliní indiferenciada a resposta de tudo. Essas especulações do tantra deram origem aos inúmeros cultos às divindades femininas (devís) que hoje existem no contexto do hinduísmo.

    A característica comportamental do tantra está centrada na transgressão de valores morais e sociais (desconstrução de estereótipos e clichês culturais e psicológicos) arraigados na cultura dominante indiana. Os textos, lendas e símbolos tântricos expressam vozes que contestam as estruturas rígidas patriarcais nas quais estão construídas as concepções de diferenças de casta, o papel social e familiar submisso da mulher, a ortodoxia e poder sacerdotal, a utilização depreciativa do corpo e da sexualidade e as normas e formas de se buscar o divino que excluem as “minorias” (castas inferiores, mulheres e etc.).

    O tantra também desenvolveu técnicas (vidhis) e práticas (sádhanas) psicológicas e corporais que visa proporcionar vivência real e sensorial aos seguidores de seus princípios. Nas práticas tantricas encontra-se complexas metodologias que tem como objetivo a tomada de consciência e o domínio do corpo, da mente e das emoções; a manipulação das energias físicas e psíquicas humanas em prol do desenvolvimento de poderes para-normais (siddhis) e a utilização desses no processo mundano e espiritual; a união dos opostos e a transcendência da dualidade na imersão na Ultima Realidade.

     

     

    NADIS – condutos energéticos

     

    O nadi palavra derivado da raiz sânscrita nala (motion.). O nadi é energia em movimento. Em vários pontos focais dentro do corpo prânico, redes de nadis se cruzam para formar chakras.

      São vários canis com nomes diferentes de acordo com suas funções. Nadikas são nadis pequeno e nadichakras são gânglios ou plexos em todos os três corpos.  
     Diz-se no Varahopanisad que o nadis penetram o corpo através da sola dos pés até a coroa da cabeça. Neles é o prana, o sopro da vida e o Atma que permanece produzindo a morada de Shakti, criadora dos mundos animados e inanimados.

    Todos nadis são originários de um dos dois centros, o Kandasthana - um pouco abaixo do umbigo, e do Coração.

    Doze dedos acima do ânus e na altura dos órgãos genitais e logo abaixo do umbigo, existe um canal em forma de ovo chamado kanda distribuindo canais de passagem de energias, que totalizam 101 nadis espalhado por todo o corpo, cada uma se ramificando em outro 101 que totalizam 72.000. Se movem em todas as direções e tomam inúmeras funções.

    A Siva Samhita menciona 350.000 nadis, dos quais 14 são indicados para ser importante.

    Os mais importantes são o Sushumna, Ida, Pingala, Gandhara, Hastajihva, Kuku, Sarasvati, Pusha, Sankhini, Payaswini, Varuni, Alambhusha, Vishvodhara, Yasasvíni.  Sushumna domina a todos os demais.

     

     

    IDA, PINGALA, SUSHUMNA - Para que se possa ter uma noção desses três nadis ao longo da coluna vertebral, tomemos uma série de números "8" e os coloquemos em posição horizontal, empilhando-os ao longo da coluna vertebral; teremos então uma figura semelhante às serpentes a figura acima. O nadi brota pela esquerda é Ida; o da direita Pingala; não estão dispostos de forma paralela, eles entrecruzam-se como pode observar na figura acima. No centro corre um canal: é o nadi Sushumna. Ao longo da coluna vai formando uma série de confluências, das quais a mais importante é a existente no chakra frontal, onde desembocam Ida e Pingala estando sempre ativos, mas o Sushumna permanece inativa, devido o prana circular através dele. No interior do Sushumna acham-se três outros nadis o Vajna, Chitrini, dentro do qual se encontra o Brahma nadi, ao longo do qual se elevará a energia Kundalini através da coluna no corpo físico.

    NADI = NATUREZA - "Cada nadi tem uma natureza quíntupla e encerra cinco fibras de energia estreitamente ligadas no interior de uma camada que os recobre. Estes filamentos de energia são unidos uns aos outros em relações transversais" É preciso, entretanto notar que cinco tipos de energia formam uma unidade e que, tomados em seu conjunto eles formam o próprio corpo etérico. É através destes cinco canais que correm os cinco pranas maiores, vitalizando assim todo o organismo humano. Não existe uma só parte do corpo que não possua uma rede de nadis subjacente à sua forma.

    Essa confluência pode entrar em congestionamentos gerando desequilíbrios e desencadeando “doenças” decorrente de bloqueios ou restrições ao funcionamento do sistema de nadis. A maioria das pessoas vê o corpo humano como uma série de camadas progressivamente, cada vez mais sutis e semelhante ao de uma cebola; mas a verdade é exatamente o oposto disso. Cada um dos corpos penetra no anterior até o centro do corpo físico, ou seja, todos se interpenetram. É isso que faz com que o sistema de nadis possa existir nos corpos físico e energético simultaneamente.

    Existem seis nadis do lado direito do corpo, seis do lado esquerdo e dois no eixo central. São, portanto, quatorze no total iniciando no Muladhara chakra.

    O corpo funciona segundo uma polaridade básica: feminino / masculino - receptividade / atividade.

    Todas as tradições reconheceram a existência dessa polaridade fundamental na vida e no corpo. Os sábios védicos, metaforicamente usaram as figuras do Sol e da Lua para representar o lado ativo e o lado passivo da criação. É auxiliado nesse trabalho pelos nadis solar e lunar, respectivamente Pingala e Ida.

    Todos os métodos yogues, como o pranayama e os ásanas, trabalham com esses três nadis. O Kundalini Yoga trabalha primeiro com os nadis da direita e da esquerda e depois com o nadi central, mediante o desenvolvimento do udana vayu – o vento ascendente –, que deve resultar na ativação da Prana Shakti, ou energia prânica primordial. O equilíbrio de ojas e tejas no corpo e na mente colabora para isso. É a união de tejas e ojas quem ativa a energia da Kundalini (Prana Shakti). Ela sobe então até ao topo da cabeça. Existe um nadi que cumpre especificamente essa função que é o Brahmi nadi.

     

    Os Nadis Centrais

    1. Sushumna – Corre do chakra da raiz ao sétimo chakra onde termina a parte superior da cabeça. Facilita o fluir ascendente do prana puro que nutre o corpo inteiro. Este nadi trabalha principalmente através de Prana Vayu.

     

    2. Alambusha – vai do começo do Sushumna até o ânus. É a via de saída pela qual o prana impuro e eliminado do corpo. Alambusha nadi começa na fonte do Sushumna. Ele termina no reto onde descarrega apana a partir do corpo. Está relacionada com a raiz do primeiro chakra e o Apana Prana

     

    Os Nadis da Direita

    3. Kuhu - Vai da base da coluna até o segundo chakra e depois se dirige até a extremidade do pênis ou da vagina. Leva o prana aos sistemas reprodutivo e urinário.

    Kuhu nadi fornece prana para o sistema reprodutivo e do trato urinário. Ele sobe da base da coluna vertebral para o segundo chakra. Lá se ramifica para acabar na ponta dos órgãos reprodutores. Este nadi funciona em conjunto com o segundo chakra e Apana Prana.

    O Nadi Kuhu por exemplo, faz acontecer a ejaculação juntamente com a Nadi Chitrini. O domínio desta nadi é o principal objetivo do exercício Vajroli, permitindo que o aspirante masculino eleve o fluido seminal do segundo chakra para o Chakra Soma dentro do Chakra Sahasrara, juntamente com o fluido vaginal de sua contraparte feminina. É essa prática que muitas vezes é conhecido como sexo tântrico, que criou um monte de atração para Tantra no Ocidente.

    4. Varuna - vai da base da coluna até o quarto chakra, e divide-se para espalhar o prana pelo corpo todo. Diz-se que existe em toda parte. Varuna nadi fornece prana para todo o corpo através do sistema circulatório, pulmões e pele. Levanta-se a partir do chakra do primeiro chakra ao quarto chakra. A abertura para este nadi é a pele inteira. Ele trabalha em conjunto com o quarto chakra e Vyana Prana.

     

    5. Yashasvati - vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo, e dirige para o braço direito e a perna direita. Leva o prana aos membros e permite a movimentação destes. Yashasvati nadi sobe do primeiro chakra para o terceiro onde se ramifica fora e corre para a palma da mão direita e sola do pé direito. Ele designa ramos de energia para fora que termina na ponta dos dedos das mãos e dos pés com as suas terminações principais ocorrendo no dedo polegar. Vyana Prana e terceiro chakra trabalham em conjunto com este nadi.

     

    6. Pusha – vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se ao olho direito, alimentando-o de prana. Pusha Nadi ramifica a partir do sexto chakra e termina no olho direito. Este nadi está relacionado com o Prana Vayu e o terceiro chakra.

     

    7. Payasvini - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se ao ouvido direito, alimentando-o de prana. Payasvini Nadi fora do sexto chakra para fornecer prana para a orelha direita onde termina. Payasvini está relacionado com o chakra da garganta.

     

    8. Pingala - vai da base da coluna ate o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se à narina direita, alimentando-a de prana. Nadi Pingala sobe do primeiro chakra para o sexto chakra onde se ramifica fora e termina na passagem nasal direita. Este nadi estimula toda a nadis no lado direito do corpo, e está relacionado com o primeiro chakra.

     

    Os Nadis da Esquerda

    9. Visvodhara – vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo de onde se dirige até à região do estômago, alimentando-a de prana.. Este nadi está relacionado com o Prana Samana e a terceiro chakra. O nadi Visvodhara controla o funcionamento do sistema digestório.

     
    10. Hastijihva
     – vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo, de onde se dirige ao braço esquerdo e a perna esquerda. Leva o prana aos membros e permite a movimentação destes. Hastijihva nadi, ramifica-se do terceiro chakra e corre para o a parte esquerda do pé e palma da mão com o término na ponta do polegar.

     

    11. Saraswati - vai da base da coluna até o quinto chakra, na garganta, de onde se dirige à língua e à boca, alimentando-as de prana. Saraswati nadi fornece prana para a língua e boca. Ele se ramifica do quinto chakra e termina na ponta da língua. Saraswati nadi trabalha em conjunto com o quinto chakra e Prana Udana.

     

    12. Gandhari - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, de onde se dirige ao olho esquerdo, alimentando-o de prana. Gandhari nadi fornece prana para o olho esquerdo, onde ele termina. Ele se ramifica do sexto chakra e como o nadi Pusha relaciona-se com o terceiro chakra.

     

    13. Shankhini - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, de onde se dirige ao ouvido esquerdo, alimentando-o de prana. Shankini fora do sexto chakra e energiza a orelha esquerda onde termina. Este nadi está relacionado com o quinto chakra.

     

    14. Ida - Começa no chakra raiz onde ele sobe para o sexto. Aqui ele se ramifica para proporcionar prana e terminam na narina esquerda. Este nadi estimula todos os nadis no lado esquerdo e está relacionada com o chakra raiz. Vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se a narina direita alimentando-a de prana.

    Oito das 14 nadis se movimentam o fluxo da energia em pares.

    Ida e o Pingala conduzem o prana para dentro e para fora das passagens nasais e controlam o sentido do olfato.

    Shankhini e o Payasvini controlam os ouvidos e o sentido da audição.

    Gandhari e o Pusha controlam os olhos e o sentido da visão.

    Hastijihva e o Yashasvati controlam a atividade motora dos membros e, portanto, o movimento.

    Os outros seis nadis controlam os outros sentidos e atividades motoras.

    Saraswati controla o paladar e a língua;

    Visvodhara controla o sistema digestório e a capacidade de digerir;

    Kuhu controla os sistemas reprodutor e urinário;

    Varuna controla a respiração, a circulação, a pele e o sentido do tato;

    Alambusha controla a atividade de eliminação.

    Sushumna controla o sistema nervoso e o corpo inteiro; contém em si todos os outros nadis, pois é o pilar axial do corpo subtil (os corpos etérico, astral e mental do sistema ocidental).

     

     

    KUNDALINI - A energia vital básica reside no centro básico (muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes através da alquimia agregada nas forças dos demais  Tatwas. Api – sentimento – terra – Pritivi – matéria – Vayu – Ar – Conhecimento e Akasha – Espírito Divino e depois retornando a sua origem na Terra. Proporcionando o grande mistério do que está em cima é o mesmo que está em baixo. 

    A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

    O Tantra Sadhana (prática), atuando como uma verdadeira Psicologia Energética do Yoga,  utiliza-se do instrumental: asanas, pranayamas, kriyas, bandhas, mudras, meditações etc. para sustentar o equilíbrio psíquico, emocional e energético - e conseqüentemente o equilíbrio da personalidade - de modo a proporcionar a experiência da Unidade. E para tal, trabalha com a administração da complexa fisiologia energética e das técnicas que citamos acima.

    Um dos elementos interessantes desta fisiologia (e desta filosofia) é  o conceito dos Granthis, os nós psico / emocionais / energéticos que estão posicionados ao longo da Sushumna Nadi (o conduto central de energia que se localiza como contraparte sutil da coluna vertebral).

    O Sushumna nadi  simboliza a consciência da Unidade (energia Kundalini) e os Granthis simboliza o fluxo do universo em forma do Fogo Sagrado. Os sistemas de corpos energéticos com seus núcleos de boicotes, limitações, sabotagens, apegos e falsas crenças e identificações que devem ser transmutados e re-significados ao longo de nossa jornada para a consciência da Unidade.

     

    Granthis - Os três nós psíquicos

     

    Os Granthis  são os obstáculos gerados através do psíquico / emocional / energéticos que cada um deve passar ao longo da sua trajetória rumo ao autoconhecimento.

    Ao mesmo tempo expressam as defesas e bloqueios que construímos. 
    Os samsaras (impressões psico-emocionais, que vão gerar vasanas, que são as crenças, tendências e padrões) – outro nome para os Corpos Energéticos - vai, de acordo com sua “temática”, funcionar como manutenção dos Granthis.

    É interessante procurar notar no trabalho de canalização de Corpos Energéticos, quais conteúdos estão relacionados e com que Granthis ?

    De onde se originam os padrões que estão sendo manifestados e expressos pelo canalizador?

     

    VRTTIS DOS CHAKRAS

    Os antigos yogues se dedicavam a ouvir os sons emitidos pelas pétalas durante suas meditações e descobriram 49 sons. A partir dos sons das pétalas, surgiram as 49 sílabas que compõem o alfabeto sânscrito.

    Mas afinal o que são estas pétalas? São sub vórtices dos Chakras chamados em sânscrito de Vrttis. São os vórtices da mente. Os yogues descobriram que cada vrtti emana uma determinada energia psíquica e podemos dizer que a combinação dos aspectos dos 50 vórtices compõe os bilhões de personalidades humanas que existem.

    De acordo com as escrituras do Tantra, as faculdades mentais (vrttis) são de cinco tipos, e podem causar ou não sofrimento. São os seguintes:

    Pramana: Correto conhecimento com base na percepção direta ou em escrituras;

    Vipariaya: opinião errônea após estudo, ou seja, interpretação ou avaliação errada e ou distorcida, quando o conhecimento de alguma coisa não é baseado em sua forma verdadeira;

    Vikalpa: ilusão ou fantasia, que repousa meramente em expressão verbal ou imaginação;

    Nidra: sono profundo sem sonhos,

    Smrti: memória, retenções de impressões do passado.

    A harmonização dos vórtices é uma tarefa árdua e até pra muitas vidas em algumas pessoas e à medida que o homem evolui espiritualmente eles passam a funcionar de uma maneira tal que nossos sentimentos e emoções não nos dominam mais.

    Quando um determinado vrtti de um Chakra é perturbado por reações psíquico emocional, mental ou até mesmo espiritual é estimulado e torna-se desequilibrado e este padrão energético flui através dos milhares de canais energéticos, os chamados Nadis de nosso corpo sutil, perturbando a tranqüilidade de nossa mente.

    Como os Chakras estão ligados a uma determinada glândula, o hormônio relacionado a ela é super ou sub estimulado, modulando sua produção e provocando sintomas físicos e emocionais perceptíveis.

    Podemos começar agora a concluir que estes vórtices de energias chamados Vrttis “são” a mente de registros passados e que podem ser também considerados como centros de consciência. Sendo assim, torna-se evidente que nossa mente não se localiza em nosso cérebro e em nenhuma estrutura física. Portanto, a mente está distribuída nos 50 aspectos existentes nestes seis Chakras sendo que o cérebro teria apenas uma função semelhante a um terminal de computador dando-nos a ilusão de que nossa consciência se localiza em um determinado local de nosso corpo: para os ocidentais espiritualistas entre as sobrancelhas, mas para os povos do oriente, mas especificamente tântrico, no coração.

    Passaremos a descrever as diversas qualidades psíquicas ligadas aos Vrttis de cada Chakra.

     

     

     

    Métodos para equilíbrio Nadis e fluidez da Kundaliní.

    Como já  mencionado todo desequilíbrio, e ou doença é o resultado do congestionamento ou restrições no sistema dos Nadi. O tato ou pranáyáma são os principais meio de restaurar o funcionamento adequado de qualquer área trabalhando através do sistema dos nadis.

    O quatorze nadis principal nasce no primeiro chakra. As Nadis Central é que facilita o fluir do percurso pela a coluna, fluindo seis de cada lado, ou seja, esquerdo e direito do corpo. O nadis no lado esquerdo está relacionado com o feminino - passivo -Tamásico. O lado direito, lhes confere a qualidade masculina - ativa - Rajásico e a Central nadis são Sáttvico de natureza.

    O Prana flui e alternam entre os dois lados do nosso corpo ao longo do dia. O lado direito é geralmente ativo durante duas horas, seguida por um breve intervalo de ambos os lados da atividade, e, em seguida, desloca para o lado esquerdo, durante duas horas. Isto pode ser observado pelo o ar que flui através das narinas. Se o ar é em primeiro lugar que flui acontece é da narina esquerda, este lado está predominante. Quando o ar flui através da narina direita, então o lado direito predomina. Quando o ar flui igualmente por ambas as narinas, o prana esta ativa nos canais centrais. Tome nota da narina que predomina quando você está energizado, sonolento, calmo e pacífico. Além disso, observe a narina que predomina quando você está deprimido ou irritado.

    Praticar a respiração com a narina alternado vai ajudar a manter o equilíbrio entre os dois lados do seu corpo e irá manter o equilíbrio correto das Gunas.

     

    Como Tratar os Nadis

    Tratando o sistema de nadis, empregamos um meio direto para a harmonização dos humores (dosha). Pelo uso consciente dos nadis na automassagem e tornando possível uma rotina diária para movimentar de forma pacifica os sentidos e a atividade motora prevenindo desequilibrios.

     

    Auto -Tratamentos

    1. Sushumna – Aplicar óleo quente ao topo da cabeça com movimentos circulares leves no sentido horário (óleo de Brahmi – espécie de centelha asiática).

     
    2. Alambusha – Lavar o ânus diariamente e aplicar óleo de gergelim.

     
    3. Kuhu – aplique óleo de gergelim nos órgãos genitais e região

     
    4. Varuna – Todas as técnicas de massagem contribuem para o tratamento deste nadi. A massagem com óleo é a mais eficaz para o tratamento da pele enquanto órgão do sentido do tato. A quantidade e o tipo de óleo dependem da constituição (prakruti - doshas).

     
    5. Yashasvati – Aplicar óleo quente nas palmas das mãos e nas solas dos pés diariamente. Use o óleo de acordo com a prakruti.

     
    6. Pusha – Umedecer um pouco algodão em chá de camomila, e coloque-o sobre olhos  e em seguida fazer uma leve massagem sobre eles..

     
    7. Payasvini – molhar o dedo no óleo e aplicar com cuidado dentro do ouvido. Massagear a orelha toda também é bom.

     
    8. Pingala – Use um conta-gotas para pingar duas gotas de óleo dentro na narina (óleo de Brahmi ou de gergelim). Ou então, aplique um pouco de óleo e fazer uma leve pressão ao lado da narina.

     
    9. Visvodhara – Fazer uma massagem de óleo quente na região do abdômen. Usar o óleo de acordo com a prakruti da pessoa.

     
    10. Hastijihva – Aplicar o óleo quente nas palmas das mãos e nas solas dos pés diariamente. Usar o óleo de acordo com a prakruti da pessoa.

     
    11. Saraswati – Aplicar um pouco de óleo na região da garganta e da mandíbula. Fazer uma massagem leve nas laterais da garganta e nos músculos do maxilar serve para tratar este nadi, bem como a massagem na parte de trás do pescoço.

     
    12. Gandhari – o mesmo que Pusha.

     

    13. Shankhini – o mesmo que Payasvini.

     
    14. Ida – o mesmo que Pingala.

     

    Um dos métodos mais importantes de tratamento dos nadis é a rotina diária de manutenção.

    Essa rotina diz respeito principalmente à higiene e ao correto uso dos sentidos. A sobrecarga dos sentidos é uma das principais causas de doenças.

    Os óleos naturais, extraídos a frio, contêm quantidades elevadíssimas de vitaminas, minerais e nutrientes. A pele é um órgão de assimilação e está relacionada ao sentido do tato. O óleo nutre o corpo inteiro por meio do sistema de nadis regido por Varuna nadi, um sistema complexo de canais minúsculos que se espalham pelo corpo inteiro.

    Como as narinas são os pontos finais de Ida e Pingala (e estes são os auxílios que apoiam todos os outros nadis), elas são o ponto mais importante do corpo para o tratamento. A limpeza e a nutrição diária das vias nasais é muito importante nos regimes de saúde da Yoga e do Ayurveda. Depois da limpeza que é feita com a cabeça inclinada para trás e para os lados, para lavar as narinas com água morna salgada utilizando um lota, as vias nasais podem ser nutridas com óleo. Pingar as gotas diretamente no nariz. Quando esse processo é feito diariamente, o cérebro fica nutrido e o dosha permanece equilibrado. Um conta-gotas e um pequeno frasco de óleo de gergelim são os instrumentos necessários para conter o humor.

    As outras formas de nutrição são o silêncio, o contato direto com a natureza, o amor, alimentos saudáveis ingeridos em quantidades moderadas e a meditação.

    Embora seja geralmente aceite que o Ida termina na narina esquerda e Pingala na narina direita (tanto assim que é aconselhado para respirar alternadamente em cada narina para purificar nadis, há duas interpretações tradicional é que eles são amarrados como um arco duplo, o Ida totalmente à esquerda, o Pingala completamente à direita, e Sushumna apoiando os chakras no centro. Uma interpretação rival, e que se tornou muito popular no Ocidente, é que o Ida e Pingala o suplente, atravessando a Sushumna o em vários pontos, dando assim origem à imagem do Cauduceus. Veja a imagem a seguir, mostrando os nadis e os chacras equiparado com os cinco elementos.

     

    acima, estilizado diagrama "cauduceus" mostrando o Ida a (azul), o Pingala (laranja), e os nadis Sushumna, os seis chakras (excluindo o Sushumna) e as associações elementares de cada chakra.

     
     
    Supõem-se que o prana (ativo) circule dentro Pingala, enquanto apana (passivo) circula dentro de Ida. Kundalini quando desperta circula dentro de Sushumna. O nadi Ida controla todos os processos mentais enquanto o nadi Pingala controla todos os processos vitais. Alguns autores associam os nadis Ida e Pingala aos sistemas nervosos simpático e parassimpático. 
     Acredita-se que estes nadis tenham uma função extra-sensorial, e estão associados às respostas empáticas e instintivas.

    As técnicas de respiração ritmada supostamente influenciam as correntes energéticas que circulam nesses nadis. De acordo com esta interpretação (que é a interpretação do Yoga) as técnicas de respiração servem para purificar e desenvolver estas duas correntes energéticas e preparam para exercícios respiratórios superiores cujo objetivo é o despertar de kundalini.

     

    Para que buscar pelo o Tantra?

    Buscar pelo o Tantra é o caminho que permite resgatar o poder de força e equilíbrio. É a ferramenta que conduz ao coração. Ou seja, o aprendizado de se amar, de sentir e de se permitir ter e fazer o que deseja. Sem dogmas e paradigmas.

    O Tantra permite co-criar sensações e realizações de vida. Através do realinhamento do poder de criar – feminino – shakti e de realizar – masculino – shiva inerente a cada pessoa – ou seja, permite acessar a sua verdadeira essência.

     

    Quais as formas que se pode buscar pelo o Tantra?

    Hoje o Tantra é divulgado como terapias tântricas e aproveito para desmistificar ou até mesmo esclarecer que quando se pensa em Tantra se traduz sexo e ou pornografia, divulgada pelos que exploram comercialmente o rotulo Tantra.

    Mas o Tantra é a tarefa de aprender a sentir e vivenciar terapeuticamente é possível através de meditações dinâmicas denominadas de vivências.

    Vivencias são métodos de conduzir um movimento através de uma melodia compactuada pela a sensibilidade do terapeuta em reconhecer através da nota os elementos que nela se forma, exemplo – terra, água, ar, fogo. A melodia é conduzida numa seqüência que produz o movimento de forma coreografada e conduz o participante a quebrar o fluxo ativo da mente de pensar para o sentir, mudando assunto o padrão comportamental da mente e concebendo o sentir formatando um equilíbrio automático.

     

    Vivência tântrica.

    Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira harmoniosa. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significaria estarmos sensual e sensorial?

    Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência, aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

     

    Individualmente

    Através do realinhamento de chakra – Deeksha – iniciação – com mantras que são palavras entoadas que produzem comandos de força no cérebro atuando em pontos específicos do corpo que leva ao despertar do inconsciente e forma assim uma mensagem de revitalização e capacidade de poder.

     

    Através da massagem tântrica – pertence ao rito do maithuna – metafísica do sexo e que foi retirada do rito com a função terapêutica a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido. 
     A pessoa ao ser massageado tem a sensação de carinho e de amor. Não há dores, desconforto, nem torções.

    A massagem tântrica pode ser comparada com o som de instrumento de cordas. Onde o terapeuta transporta através das pontas dos dedos e das palmas das mãos um fluxo continuo e suave de toques sobre a pele provocando a eletricidade do corpo denominada de libido. O toque é feito de forma harmonioso, sutil e amoroso.

    Esse processo de prazer ao ser canalizado durante a massagem permitir equilibrar os hormônios e revitaliza os órgãos genitais internos e externos.  Favorecendo a potência nos homens e preconizando ao orgasmo seco. 
     Para as mulheres proporcionarão a facilidade do sentir orgasmos, corrigindo disfunções como TPM, frigidez, timidez e valorização de si mesma como mulher deixando-a mais feminina e sensual. Os homens concebem em si a capacidade de fluir o fluxo de intuição, sensibilizando as emoções, promovendo a dose necessária para fluir no pulso dos negócios e da afetividade.

     

     

    Conclusão

    Tantra é um caminho de conexão ao Divino - uma das trilha para o sagrado, o poder latente da certeza em ser pleno e único.

    Tantra é a transformação de energia. Vivenciar a trama da vida. É Tantra o despertar para o prazer num todo.

    O Tantra não pede ao Sádhaka (praticante) que pare de agir, mas sim que a ação seja transformada em consciência interior. Não se trata de uma mudança radical de vida e sim de uma conscientização dos desejos, sentimentos e situações. Não apenas de conhecer o desconhecido, mas o de realizar o já conhecido.

    O Tantra torna o ser humano mais sensível ao seu momento histórico, revitaliza suas energias físicas e unifica suas paixões.

    Procure conhecer a filosofia do Tantra sem os olhos da religião = hinduismo e sem os olhos do sexo, como assim tem sido entendido.

    A libido é uma energia existente em todos os seres vivos e que permeia o fluir do fazer e concretizar. É a energia que permeia as paixões e o desejo. Mas é a porta para transcender a consciência O tantra diz fique aqui agora e vivencie .É assim para tudo na vida!!

    Você não pode viver o amanhã sem viver o Hoje!

    Portanto sorria, dance, vibre, celebre, isto é Tantra.

     

     

    Bibliografia

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

     

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:35


    Eventos » Proposituras de Palestras » Holística 2009

    Geoterapia, Fitoterapia, Radiestesia, Radiônica E O Equilíbrio Energético À Distância

    Geoterapia, Fitoterapia, Radiestesia, Radiônica E O Equilíbrio Energético À Distância

     

    Nilma Glória Braga Siqueira - Terapeuta Holística - CRT 30758 

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    Dedico a todos que não se cansam de dedicarem-se energeticamente à procura de novos caminhos de harmonização integral.

     

    AGRADECIMENTOS

     

                   A Deus, pela vida. 

                  Ao SINTE, por dar oportunidades novas a novas manifestações de idéias aplicadas, e a todos que, com suas energias vibráteis comprovaram estas idéias aplicadas com simplicidade.

     

    “Deve-se ter sempre em mente que no universo manifesto tudo é energia em circulação, sendo que todo pensamento constitui a expressão de algum aspecto desta energia”.

                               (BAILEY)

                                

    SUMÁRIO

     

    1- Introdução                                                                                                                                                          

    2- Material e Metodologia                                                                                                                             

                  2.1- Material empregado                                                                                                                

                  2.2- Métodos realizados                                                                                                                

    3- Radiações                                                                                                                                                          

                  3.1- Radiações Físicas                                                                                                                

                  3.2- Radiações Mentais                                                                                                                

                  3.3- Ondas Radiestésicas                                                                                                               

                  3.4- Radiações Tele – Terapêuticas na atmosfera                                                        

                  3.5- Inconsciente                                                                                                                              

    4- Relação dos sete principais Chakras Espinais com a Geoterapia                            

    5- Valor da Geoterapia e suas aplicações                                                                                    

                  5.1- Algumas normas para o uso da argila como cataplasma                            

                  5.2- Efeitos obtidos com o uso da argila                                                                                    

    6- Casos exemplares                                                                                                                              

    7- Resultados                                                                                                                                            

    8- Discussão                                                                                                                                                          

    9- Conclusão                                                                                                                                                          

    10- Referências Bibliográficas                                                                                                               

     

     

    RESUMO

     

    A experiência aplicada por vários meses em atendimento a clientes à distância levou-me a escrever este trabalho que consiste em usar a Radiestesia (com o pêndulo, dual-rood, auramitter), a Radiônica com os gráficos, a Geoterapia com a argila pura e mais os chás, nos quais se dissolve a argila, pra com este conjunto se tentar a harmonização da pessoa como um todo, incluída no Universo, com êxito testado e aprovado pelos que passaram por ela.

     

    1- INTRODUÇÃO

     

                  Estamos todos envolvidos em um mar de idéias. Idéias claras e outras não tão claras. Idéias possíveis e outras menos possíveis. Há interpretações para quase tudo, mas agora é a hora de não só interpretar o mundo, mas transformá-lo, partir para a ação possível, a única eficaz porque aplicada na realidade. É como uma semente que, se plantada, cresce e dá frutos, e se não plantada, é só uma semente que não teve oportunidade de mostrar a vida que guarda. E neste estudo, as idéias são sementes plantadas que expandem a força vital, tornando-se mais vivas e mais vida.

                  Estamos todos nos beneficiando das experiências das gerações anteriores. O universo continua a se expandir em contínua vibração. A lei da atração fala que coisas e vibrações semelhantes se atraem, portanto, tudo o que existe na realidade física existe por causa de um pedido direcionado, a partir desta realidade. Daí a importância de todos aqueles que nos antecederam e que pediram. Pediram respostas para perguntas, soluções para problemas, melhorias para situações e a realização de desejos.

                  Viver a diversidade e os contrastes, definir a preferência e direcionar o desejo - é isso que produz a Energia Criativa do Universo e faz toda a vida evoluir.

                  Nesse trabalho é usada a Radiestesia que através do pêndulo contatando o inconsciente através das ondas eletromagnéticas e decodificando-as para saber das individualidades pessoais e desequilíbrios, mais o uso da Geoterapia que é um poderoso instrumento de harmonização, otimizada pela ação das energias dos princípios ativos existentes nas plantas direcionadas para os desbloqueios de meridianos, juntamente com a Radiônica, que expande em grande intensidade as energias vibratórias, há um excelente resultado na harmonização pessoal aqui, do cliente à distância.

                  Harmonização pessoal é alinhar-se com seu SER ESSENCIAL, que tem um poder de transmitir-lhe clareza, vitalidade, entusiasmo, bem-estar físico, abundancia em todas as coisas que considera boas e uma exuberante alegria. Este é o estado natural do ser que realmente é.

     

    2- MATERIAL E METODOLOGIA

     

    2.1- Material empregado:

    • Ficha do cliente, fornecida pelo SINTE com os pontos de alarme e meridianos desenhados;
    • Pêndulo neutro, dual-rood, auramiter;
    • Gráficos de Radiônica;
    • Argila;
    • Folhas desidratadas para chás fitoterápicos

     

    2.2- Métodos realizados:

                  Atendimento à distância usando as fichas dos clientes.

                  O procedimento adotado para o atendimento à distância é o seguinte: em primeiro lugar, há o contato do cliente conosco, via telefone ou e-mail solicitando ser atendido à distância, porque está impossibilitado de vir presencialmente por vários motivos: ou mora muito longe, em outra cidade, ou país, acamado, ou outros motivos. Fornece seu nome, data de nascimento e endereço, tudo isto passado para a Ficha do cliente com o desenho do corpo, os pontos de alarme e meridianos desenhados.

                  Passa-se ao estudo do cliente individualmente:

    • Qual a cor de viração da aura da personalidade?
    • A qual Movimento Chinês pertence?

    Anota-se estas informações. Continua-se a análise com o pêndulo. Quais os meridianos bloqueados?

    Providência: desbloqueio com o grafite.

    • Quais os chakras bloqueados e glândulas desequilibrada? Quais os estados emocionais mais tensos? Aqui é que entra a nossa tarefa para maximizar os resultados. Qual a planta que vai ajudar a otimizar esta maximização?

    Escolhida com o pêndulo esta planta. Faço um chá mínimo numa xícara com ela e depois de esfriado, coloca-se nele a terra pura, a argila e mistura-se com um palito novo (pau de picolé comprado na papelaria, que serve para trabalhos de criança de pré-escolar). Feito este barro, é colocado na ficha do cliente no local onde está mais bloqueado e deixado lá. Molha-se este barro durante aquele dia por três vezes e no outro dia o mesmo é jogado fora e substituído por outro novo e molhado mais três vezes. Assim, por, no mínimo, sete dias, podendo ser mais e quando se molha este barro, vai-se emitindo bons pensamentos de harmonização para aquele cliente que está sendo tratado. A energia atravessa todas as distâncias e faz efeito lá onde o cliente está e dentro de poucos dias ele terá melhorado tanto física como emocionalmente e estará equilibrado, sem nem saber como.

    É preciso que o cliente participe deste processo, colocando-se na posição de receptor que quer ser trabalhado e que acredita na emissão e recepção de boas vibrações e radiações para ele.

     

    3- RADIAÇÕES

     

                  A física atômica - molecular - nuclear nos prova que de cada corpo emana radiações, cujas ondas são tanto mais curtas, quanto maior for a sua temperatura.

                  A Radiestesia se ocupa essencialmente da captação das emanações dos corpos. Vejamos algumas espécies de radiações:

     

    3.1 - RADIAÇÕES FÍSICAS:

     

                  No mundo atômico foi descoberta uma variedade abundante de irradiações pelo fato de os átomos se comporem de elétrons, prótons, nêutrons e outras partículas que sofrem contínuos deslocamentos e combinações com elementos e partículas de outros átomos.             

                  Há uma contínua intercombinação química, todos esses fenômenos físico-químicos provocam radiações e vibrações que denominamos físicas ou eletromagnéticas.

     

    3.2 - RADIAÇÕES MENTAIS:

     

                  Toda atividade mental emite radiações com as mais variadas ondas, já comprovadas pela Medicina através do eletroencefalograma. Por isso, a morte clínica não é aceita quando for comprovada a ausência de qualquer radiação mental.

                  Outra comprovação das ondas mentais são as emanações neuroenergéticas da nossa mente que provocam a variada fenomenologia psicocinética, já largamente comprovada pela PARAPSICOLOGIA.

                  O nosso sistema nervoso é sempre estimulado pela mais variada gama de radiações que estão perto de nós e pelos nervos aferentes são conduzidas ao cérebro. Essas ondas geralmente passam despercebidas, mas no momento em que a nossa mente se coloca em sintonia com elas, o nosso cérebro, através dos nervos aferentes, pode transferir essas captações ao pêndulo ou à varinha, imprimindo-lhes variados movimentos que transistorizam as mensagens do inconsciente para o nível consciente.

                  Desta forma, podemos conhecer realidades que, de outro modo, seriam difíceis ou até impossíveis de serem conhecidas, como sejam a existência da água, minerais, tesouros escondidos no subsolo, objetos perdidos, desequilíbrios energéticos, etc.

                  O bom radiestesista nunca se cansa de estudar as radiações.

     

    3.3 - ONDAS RADIESTÉSICAS:

     

                  Se todos os corpos emitem radiações, existem inúmeras radiações que se interligam, mas só captamos as que nos interessam. Por isso, quando vamos estudar alguém, escrevemos o nome e a data de nascimento daquela pessoa para individualizar o tratamento e nosso inconsciente possa captar através das ondas, as radiações que aquela pessoa emite e assim decodificá-la. Chamo este estudo de DSN - “Decodificar Subconsciente Naturalmente”, cujo método está incluído no todo do nosso tratamento que é denominado TDNH - Terapia Despertar Notável Holístico, que é o descobrimento dentro de si mesmo de um novo modo de ver os acontecimentos para alcançar o plano harmonioso de bem-estar.

                  Os seres emitem radiações e os animais já sabiam e usavam isso desde sempre, por exemplo, a abelha tem um sistema nervoso organizado para vibrar a uma frequência determinada e sentir as flores melíferas a uma grande distância e captar as radiações características da colméia materna.

    Já foi demonstrado que as flores melíferas têm exatamente a mesma frequência vibratória da abelha. Os animais só sintonizam nas ondas que lhes são necessárias para conservar e propagar a sua espécie.

                  A pessoa humana sintoniza a onda que lhe aprouver; para isso, ela “fecha” seu cérebro outras ondas que não lhe interessam e capta as ondas que precisa no momento.

                  Um bom procedimento é esfregar as mãos estabelecendo um curto circuito desimpregnando-se das radiações estranhas e, em seguida, usando a Ficha de Cliente com as informações da pessoa, sintonizar com as radiações dela para o teste a ser estudado.

     

    3.4 - RADIAÇÕES TELE-TERAPÊUTICAS NA ATMOSFERA:

     

                  Disse Aristóteles que o mínimo movimento de um dado repercute até o fim do mundo. É sabido que todo corpo emite radiações que se espalham na atmosfera. Essas radiações, partindo de uma pessoa humana, podem ser portadoras de uma mensagem que se realiza em alguém, a que esteja afetivamente ligado, mesmo estando longe.

                  No livro Noções Práticas de Radiestesia, do Pe. Bordeaux (TASLEY, 2005), é narrado que Mme Barret equilibrava muitas pessoas só colocando a mão em direção delas. Também é relatado o fato de um terapeuta ter grande êxito de harmonizar pessoas passando a mão sobre a fotografia. Perguntavam-lhe se tinha sempre êxito, ele respondia que não e não sabia dizer porque, pensamos que era porque alguns estavam mais receptivos ou não.

                  É falado também que outro terapeuta recebeu uma carta com alguns cachos de cabelos de sua cliente, cuja febre não a largava e após colocar umas ervas sobre seus cabelos, a cliente lá longe se restabeleceu.

                  Estes fatos, em Radiestesia, são chamados de ONDAS EQUILIBRADORAS DA ENERGIA.             

                  Conclui-se daí que: a extensão das ondas existe a distâncias incomensuráveis; a possibilidade de dirigir livremente as próprias ondas e as ondas de uma planta para uma determinada meta, supondo sempre um ato de vontade.

     

    3.5 - INCONSCIENTE:

     

                  O inconsciente ocupa uma posição de primeiro plano na produção dos fenômenos radiestésicos. Quando o radiestesista opera, está em estado de vigília, e em plena posse de todas as suas faculdades conscientes. Ele se concentra voluntariamente sobre o objeto de sua pesquisa, esperando a resposta pelos movimentos do pêndulo.

                  O Radiestesista, ao iniciar sua pesquisa, precisa fixar sua atenção num objetivo bem definido. Isto estimula o inconsciente em suas faculdades perceptivas e seletivas. As interrogações claras e diretas vão determinar respostas certas.

                  Psicologicamente, é impossível compreender o inconsciente, pois ele contém, simplesmente, todos os caracteres da vida psíquica. Por isso, o seu papel é extremamente importante e condiciona uma grande parte de nossa atividade consciente, tanto mais que ele está sempre desperto, não conhecendo nem cansaço nem erro.

                  Nas pesquisas radiestésicas, as faculdades de percepção e de seleção permitem ao inconsciente perceber diretamente a resposta certa e externá-la com os movimentos do pêndulo.

                  O inconsciente efetua de uma maneira automática, em relação às coisas inacessíveis aos nossos sentidos, a operação de discernir, reconhecer e identificar as manifestações exteriores das coisas.

                  Fora dos estímulos físicos, sociais e vitais somos dirigidos por causas interiores, sejam fisiológicas, sejam psicológicas. Essas causas, ao aparecerem na consciência, prendem a atenção, mas na maioria das vezes, permanecem desconhecidas, agem do fundo do inconsciente e determinam atos independentes da inteligência.

                  A atividade do inconsciente não produz cansaço, pelo contrário, descansa, relaxa. O radiestesista deve exprimir o seu desejo com calma, serenidade e convicção, pensando somente no objeto da pesquisa. Cumpre proceder sem pressa, sem ardor e esperar o tempo necessário para a reação do inconsciente. Se essa reação não vier, deverá ser atribuído seja a uma expressão inadequada do desejo, seja a uma impossibilidade de uma resposta positiva.

                  As pesquisas radiestésicas são, em geral, simples. Quando a resposta não vem rapidamente é porque a questão é muito complexa e o inconsciente precisa de tempo para dar a solução.

                  O pesquisador, se abandonar a pesquisa por um tempo, pode ser surpreendido com a resposta em determinado momento sob a forma de um insight, um lampejo de solução favorável e completa.

                  O trabalho do inconsciente não resulta de um princípio misterioso, vindo das profundezas do infinito. É uma espécie de gestação lenta dos elementos introduzidos em nós pelo estudo, e um certo trabalho preparatório de reflexão consciente. O resultado dessa gestação não é sempre uma solução completa, toda acabada, mas inspirações, intuições, sugestões que facilitam um trabalho consciente complementar a essa solução. Um dos segredos básicos para obter uma resposta certa do inconsciente é saber formular as suas interrogações mentais.

                  O campo vital é o corpo sutil, corpo etérico, de energia, que envolve o corpo físico e é condutor das forças que, através dos chakras, estimulam o funcionamento da forma física.

                  Portanto, a função primordial do campo vital ou corpo sutil, é de conduzir a energia para o corpo físico e vitalizá-lo, integrando-o ao campo vital da terra e do sistema solar. No plano etérico, todas as distinções desaparecem, porém, a individualidade permanece. Bailey afirma: “O corpo etérico reage normalmente, como é de seu desígnio, a todos os estímulos oriundos dos veículos mais sutis. Ele é essencialmente um transmissor e não um gerador... o compensador de todas as forças que chegam ao corpo físico (denso).”

                  Eugene Cosgrove, em seu livro Letters to a Disciple fala sobre a questão da importância prática do corpo etérico.

                  O corpo etérico ou sutil tem uma influência muito grande sobre o corpo físico e esta influência é exercida através dos núcleos ou chackras que se localizam, os principais, ao longo do canal espiral etérico.

    • Cada núcleo ou vórtice de vitalidade ou chakra possui o seu correspondente no corpo físico denso.

    O importante é que os núcleos físicos ou órgãos localizados são efeitos da ação vibratória dos núcleos etéricos. Estes, por sua vez, são efeitos dos núcleos correspondentes nos níveis emocionais.

    • Em nossa fisiologia existem sete núcleos - três primários e quatro secundários. Eles não somente possuem as suas correspondências no organismo físico, como também no sistema planetário e nos organismos do sistema solar.
    • Os três principais núcleos são: a cabeça, a testa e o coração. Os quatro secundários são: o plexo solar, laríngeo, umbilical e a base da espinha.

    Cosgrove efetua esta divisão dos núcleos em primários e secundários, baseando-se nos três aspectos da energia encontrados na alma. Os núcleos da cabeça relacionados com o princípio da vontade, os da testa, com a Inteligência Ativa, e os do coração, com o Amor-Conhecimento. Os demais são um pouco menos importantes para a evolução.

    Existem além destes sete mais 21 chackras menores, distintos e inúmeros núcleos de energia menores no mecanismo humano. O núcleo umbilical, de categoria própria, recebe a energia fluida do sol e distribui aos outros núcleos e ao corpo etérico.

    Alice Bailey amplia a explanação de Cosgrove quanto à importância do corpo etérico, dizendo: “São os núcleos que mantêm o corpo coeso e fazem dele uma totalidade coerente, vitalizada e ativa... uma pessoa pode estar desarmonizada e indisposta, ou forte e saudável, de acordo com o estado dos núcleos e de seus precipitados, as glândulas”.

                  O tratamento radiônico é feito pela detecção de onde se encontra a energia estagnada para colocá-la em ação e assim revitalizar os núcleos, que são os chakras e, em consequência, harmonizar as glândulas para que a pessoa se sinta bem.

                  Este sentir-se bem só é duradouro, se a pessoa que recebe o tratamento amplia a sua consciência através da modificação do seu comportamento e de suas ações.

                  Tenho convicção de que, se prestarmos um pouco mais de atenção aos núcleos de força que geram e governam as glândulas, melhoraremos como praticantes de Radiônica, porque teremos melhores resultados.

                  Os aparelhos de Radiônica são emissores de certos tipos de ondas que permitem, por um fenômeno de harmonia vibratória próxima da Radiestesia, harmonizar as ondas pessoais do pesquisado com a desta ou daquela pessoa. Realizado esse acordo de simpatia, é então possível procurar quais são as freqüências que estão perturbadas no cliente. O Dr. Abrams, no início do século XX, constatou que se um órgão estava com problemas emitia um som diferente, uma vibração diferente. Usava o método de consulta à distância, colocando uma gota de sangue do cliente num mata-borrão (papel especial, tipo absorvente) para estudá-lo através das radiações pessoais daquele.

     

    4- RELAÇÃO DOS SETE PRINCIPAIS CHAKRAS ESPINAIS COM A GEOTERAPIA:

     

    1 - CORONÁRIO:   Cor: Violeta.

    Glândula relacionada: Pineal.

                                   Área de influência: Parte superior do cérebro; olho direito.

                                                 Atributos: Equilíbrio espiritual.

                                              Positivo: Iluminação.

                                                 Negativo: Arrogância, orgulho, fanatismo, fuga para a fantasia.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme do estômago.

     

    2- FRONTAL:              Cor: Anil.

    Glândula relacionada: Pituitária.

    Área de influência: Parte inferior do cérebro; nariz; seios; sistema nervoso.

                                                 Atributos: Intuição.

                                              Positivo: Tolerância, forte intuição, união familiar, justiça.

                                                 Negativo: Paralisia mental, cinismo, austeridade, inconveniência.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    da vesícula biliar.

     

    3- LARÍNGEO:              Cor: Azul.

    Glândula relacionada: Tireóide.

                                              Área de influência: Olho esquerdo; ouvidos.

                                                 Atributos: Essência espiritual do cosmo.

                                              Positivo: Alegria, versatilidade, espiritualidade, paranormalidade.

    Negativo: Preguiça, inércia, Fraqueza, Auto-indulgência.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do pulmão.

     

    4- CARDÍACO:       Cor: Verde ou rosa.

    Glândula relacionada: Timo.

                                              Área de influência: Coração, sangue, sistema circulatório.

                                                 Atributos: Força vital da terra.

                                              Positivo: Determinação, paciência, equilíbrio, confiança.

                                                 Negativo: Visão estreita, desejo de segurança, ciúme, inveja.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do coração.

     

    5-PLEXO-SOLAR: Cor: Amarelo.

    Glândulas relacionadas: Baço, pâncreas.

    Área de influência: Estômago , fígado, vesícula biliar.

                                                 Atributos: Intelecto.

                                              Positivo: Mente sutil, sensibilidade, comunicação, criatividade.

                                                 Negativo: Inconstância, compulsão, superficialidade, egoísmo.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do baço, pâncreas.

     

    6- ESPLÊNICO:      Cor: Alaranjado.

    Glândula relacionada: Gônadas.

                                              Área de influência: Aparelho reprodutivo.

                                                 Atributos: Equilíbrio físico, mental.

                                              Positivo: Tolerância, compreensão, organização, liderança.

                                                 Negativo: Pressa, teimosia, crítica, indecisão

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    da bexiga.

     

    7- BÁSICO:                            Cor: Vermelho.

    Glândula relacionada: Supra-renal.

    Área de influência: Coluna espinal, rins.

    Atributos: Energia física, vida

                                              Positivo: Alegria, extroversão, paixão, coragem

                                                 Negativo: Cólera, tensão nervosa, agressividade,

    possessividade.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    dos rins.

     

    5- VALOR DA GEOTERAPIA E SUAS APLICAÇÕES

     

                  Geo = origem, terra. A terra tem um poder de restauração muito grande. Nós a herdamos de graça e, muitas vezes, quase não a utilizamos. Dela vêm nossos alimentos.

                  O homem moderno não usa a terra, perdeu o contato físico com ela. Só usa calçado de borracha e outros que o isolam da mãe-terra, deixando de usufruir os benefícios advindos da proximidade com ela, como descarregar energias negativas e puxar energias positivas só com o caminhar descalço sobre a terra. Vive-se poluindo a terra por toda parte e não se usa-a para a harmonia pessoal.

                  Os índios utilizam muito a terra como processo harmonizador. Quando são picados por uma cobra venenosa ou ferroados por uma abelha ou vespa, põem terra úmida ou barro sobre o ferimento e o que acontece: sai o veneno, não incha e a dor é eliminada em poucos instantes. Para acabar com a febre, o índio também costuma enterrar-se por algum tempo e depois tomar um banho frio. Basta isso para que a febre desapareça.

                  A terra, como diz M. Lezaeta Acharan, “refresca, desinflama, descongestiona, purifica, cicatriza, absorve e acalma, é um laboratório de vida e jamais nos prejudicará a terra pura”.

                  São inúmeros os desequilíbrios energéticos capazes de se harmonizarem com o uso da argila, barro, em aplicações exteriores e no corpo, e de acordo com as radiações detectadas pelo pêndulo com a análise do cliente à distância usando a Ficha do Cliente os pontos de alarme, os chakras, vamos usando com persistência as aplicações do barro que fazem verdadeiros “milagres”.

     

    5.1- Algumas normas para o uso da argila como cataplasma:

     

    • Colher terra virgem, pura, não importa a cor, em profundidade (meio metro), de preferência no meio do mato ou cavar bastante buraco no barranco e tirar a terra do fundo;
    • Peneirar e desmanchar os torrões maiores; em seguida, secar esta terra ao sol e guardar em vasilha que não enferruje ou oxide, como é o caso do ferro, cobre e alumínio que não devem ser usados para guardar o produto. Pode-se usar a terra fresca colhida na hora sem secar, evidentemente;
    • Ao usar, misturar água limpa e deixar repousar um tempo até que a argila se desmanche por si;
    • Misturar bem até formar barro liguento; não usar metal para isso;
    • Usar a argila só uma vez e depois joga-se fora;
    • Perseverar, isto é, quando se começa a aplicação de argila, não se deve interromper durante, pelo menos, 10 dias;
    • Pode provocar dor; neste caso, usa-se por menos tempo - uma hora por dia;
    • A água em que se mistura a argila deve ser pura, natural e pode ser substituída em certos casos por chás de plantas, como alecrim, cavalinha e outras.

     

     

    5.2- Efeitos obtidos com o uso da argila:

     

    • A terra é bactericida, isto é, mata bactérias, elimina células estragadas e forma outras novas;
    • Cicatriza inflamações internas;
    • Purifica e enriquece o sangue;
    • Fortifica os órgãos internos, desperta forças vitais, sem ser um excitante;
    • Acaba com parasitas e vermes;
    • Harmoniza a pessoa como um todo.

    A argila tem poderes ainda não completamente desvendados. O notável é que ela age positivamente, mesmo sendo colocada à distância, no testemunho do cliente, como é o caso deste nosso estudo e pesquisa, aqui, na Ficha do Cliente.

     

    6- CASOS EXEMPLARES

                 

    Nomes fictícios de clientes:

     

    1º caso: M. C. feminino, 33 anos, cabeleireira. Trabalha na pastelaria, de segunda a sexta-feira, das 6 h às 16 h; de 17 h às 20 h e no sábado é cabeleireira. Há dois meses a quando estava fritando pastéis, a gordura respingou em sua mão direita, queimando-a. Iniciou-se o tratamento com argila com folha de babosa, na mão do desenho da ficha de cliente. A cliente nem precisou ir ao Pronto Socorro, porque não sentia dor e rapidamente no outro dia já não realçava nada.

     

    2º caso: N. B., feminino, 42 anos, dona de casa. Vai passar o café com muita pressa e tudo vira em cima dela, queimando-lhe a perna. Iniciou-se o tratamento com aplicação da argila com babosa, no ponto de alarme do estômago. Houve melhorias imediatas e visivelmente significativas.

     

    3º caso: J. F, feminino, 55 anos, aposentada. Muito angustiada e nervosa, não melhorava com nada; pensei: é bloqueio do meridiano do coração; apliquei barro na altura do chakra cardíaco e dentro de 2 dias, ela resolveu voltar a cantar no coral.

     

    4º caso: M, S, masculino, 35 anos, pedreiro. Agitadíssimo, e com nariz entupido, falando sem parar. Barro na barriga, no desenho, acalmou-o e desentupiu o nariz em 2 dias.

     

    5º caso: C, F, feminino, 29 anos, professora de 1º grau. Não conseguia engravidar, apesar de tratamentos com os melhores médicos da região. Coloquei barro no baixo ventre dela por 20 dias com chá de tiririca e já têm hoje 6 meses as gêmeas.

     

    6º caso: P. M, feminino, 83 anos, aposenta. Caiu da escada e foi parar no Pronto Socorro; ficou toda roxa e apresentava dores por todo o corpo. Coloquei barro na ficha dela nos braços e abdômen, até os médicos ficaram admirados como ela melhorou rápido com os remédios deles, ficou até sem olheira.

     

    7º caso: S, R, feminino, 14 anos, estudante. Brigou com outra adolescente rebelde e se feriu com estilete no rosto. Polícia e vários pontos. Coloquei barro à distância, nos ferimentos do rosto dela, e nem cicatriz ficou, mas mudou de cidade.

     

    8º caso: L.. A, masculino, 45 anos, aposentado. Trêmulo e andar vacilante. Tratamento com os melhores médicos da região devido ao fato de possuir um excelente plano de saúde, mas sem grandes resultados, nem mais conseguia levar os alimentos à boca, sua esposa já desesperada veio até mim com um retrato dele. Eu anotei seus dados na ficha de Cliente e comecei a colocar o barro (argila com chá cipó mil homens) na altura do ponto de alarme do baço-pâncreas. No final de 30 dias, ele começou a levar os alimentos à boca, hoje com 90 dias de tratamento já apareceu na minha presença, mas o pescoço continua um pouco caído, está continuando o tratamento.

     

    9° caso: M. H, feminino, 19 anos, estudante. Não queria mais estudar de maneira nenhuma, tinha parado na metade do 3° ano do Ensino Médio. Muitas sessões de Psicoterapia Holística e aplicação de argila com chá de cinco folhas, na altura do coração, já resolveu o caso com o ex-namorado, esqueceu-o, voltou a estudar e prepara-se alegre para o vestibular.

       

    7- RESULTADOS

     

                  Nós, Terapeutas Holísticos, em busca da harmonização total, passamos por várias fases em que dedicamos atenção especial a uma determinada técnica e eu nos últimos meses tenho tido bons resultados com a Geoterapia à distância, o que me tem levado a trabalhar neste sentido, quando necessário e ver como é bom não desanimar, porque, se a princípio nada muda, com o passar do tempo e as aplicações contínuas, muito se vai conseguindo, não somente no físico, mas também nos outros corpos sutis.

                  Em um grupo de 100 clientes estudados à distância em que foi feito este tratamento, o resultado é o seguinte:

    • 90% excelente resultado;
    • 5% bom resultado;
    • 4% regular resultado;
    • 1% não quis opinar

    Por esta razão, eu sinto-me matematicamente confortada para recomendar estes procedimentos, principalmente quando for bem longe na Geografia e não tiver como fazer outro procedimento presencial.

     

    8- DISCUSSÃO

     

                  A vida aqui no nosso planeta Terra está no auge e melhorando a cada dia. Isto porque, segundo as Leis do Universo, todas as coisas estão em eterna expansão e aperfeiçoamento.

                  Esta expansão é alcançada todos os dias quando um de nós se propõe a trabalhar para oferecer amor, boa vontade, carinho e paz para o outro. Assim, dá-se a expansão. Cada um de nós é agente de expansão da alegria, do bem-estar geral.

                  Neste nosso estudo sobre a Radiestesia e Geoterapia vamos como são importantíssimas as ondas vibracionais de expansão para levarem energias positivas para as pessoas equilibrando-as à distância também com a ajuda dos gráficos da Radiônica e chás de Fitoterapia.

                  Talvez ainda não tenhamos consciência que nossa natureza é vibrátil, cada um de nós é um ser vibrátil vivendo um universo vibrátil. Na verdade, tudo é vibrátil. Na hora que você concentra sua atenção em alguma coisa, como uma ideia, uma recordação, uma situação que esteja observando, um sonho ou algo que esteja visualizando, você está ativando a vibração.

    No momento em que o objeto de sua concentração provoca essa ativação, esse conteúdo vibrátil se torna seu ponto de atração. Sempre que você pensa de forma concentrada em alguma coisa, o conteúdo vibrátil dessa coisa se torna uma parte ativa de sua essência vibrátil - e o objeto da sua atenção começa a se aproximar de você.

                  A maioria das pessoas não percebe que pensar sobre alguma coisa equivale a chamar a essência dessa “alguma coisa” para a vida delas.

                  A Radiestesia usada para detectar os desequilíbrios, com o pêndulo, nos meridianos, nos faz mais objetivos quanto ao tratamento. A Radiônica com seus gráficos nos aproxima da melhor harmonização completada pela Geoterapia com chás fitoterápicos individualizados e assim desperta na pessoa em questão uma vida nova, uma melhor aspiração para desejar novas metas, trabalhar em si uma visão mais ampla de uma vida que se renova a cada dia, se expande e se fortalece.

    Esse procedimento de aplicação da Geoterapia faz parte do todo da Terapia por nós trabalhada que visa a harmonização total e o nome é “Terapia Despertar Notável Holístico” – TDNH, como já foi citado neste estudo. Através de várias técnicas como Relaxamento com Cromoterapia, Sintonizar das ondas individuais, conscientização do passado, perdão, bênção e libertação das tristezas, a pessoa vai caminhando no aperfeiçoar de si mesma e em conseqüência deixa de sentir inúmeros sintomas físicos e sem estes, ela se torna mais sensível a querer trabalhar em si mesma os sintomas energéticos e tentar eliminar as tristezas e as marcas mais profundas que lhe foram impingidas pela vida e que a fazem ser como é.

    È preciso mudanças. Mudanças positivas para se levar a vida com mais alegria e emitir radiações benéficas que irão beneficiar a todos que se aproximarem, contribuindo assim para o equilíbrio também do universo.

                  Estudo a pessoa com o pêndulo, chego a conclusões, coloco o barro feito com o chá na Ficha de Cliente com o nome, embaixo está um gráfico de Radiônica e ainda rodo o pêndulo emitindo e mandando boas vibrações, através de boas palavras que vão ajudar a pessoa a querer melhorar. 

     

    9- CONCLUSÃO

     

                  Neste mundo moderno de constante correria somos levados a vibrar, muitas vezes, ao ritmo do medo. Nós não só tememos coisas e situações que são realmente perigosas, mas mesmo nos momentos de lazer, inventamos deliberadamente coisas com que nos assustarmos. Muitos dos nossos temores nada têm a ver com o perigo físico. Eles envolvem situações que afetam o nosso ajustamento a um mundo confuso ou a pessoas igualmente confusas.

                  Passamos grande parte de nossa vida correndo em círculo como se estivéssemos em um teatro em chamas. Criamos e vivemos sob tensão nervosa. Somos intensamente emocionais, mesmo bem ajustados ao nosso ambiente. Nossa energia está sempre em tumulto. Por isso, precisamos sempre equilibrá-la.

                  O Terapeuta Holístico usa de várias técnicas e se especializa sempre, visando este harmonizar tanto dele mesmo quanto do cliente, e, neste estudo, usamos a ARGILA na Ficha do Cliente e notamos que as radiações emanadas daí vão atuar diretamente à distância nos cinco corpos do cliente, proporcionando-lhe um maior bem-estar.

                  Esta vibração da radiação conecta o cliente ao ser que realmente é, trazendo-lhe maior alegria, amor, liberdade e progresso.

                  Esta conexão da pessoa com sua essência é o equilíbrio, é a manifestação de vida perfeita, é o estado de ser mais natural.

                  Esse equilíbrio também é mantido por pensamentos, de vitalidade, entusiasmo, bem-estar físico, abundancia, exuberante alegria.

    Pensar sobre alguma coisa equivale a chamar a essência dessa “alguma coisa” para a vida, como já dissemos anteriormente. Quando se coloca a argila sobre a Ficha de Cliente individual você está atraindo energias harmonizadoras para aquele cliente, proporcionando-lhe um equilíbrio maior e duradouro. 

     

    10- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

    ARESI, A. Radiestesia hidromineral e medicinal. 1.ed. São Paulo: Ed Mens Sana, 1982.

    BRUNING, J. A saúde brota da Natureza. 16.ed. Curitiba: Editora Universitária Champagnat, 1996.

    CARDILLO, E. A energia da forma – a grande pirâmide e a antipirâmide. São Paulo: Ed Aquarius, 1982.

    EDDE, G. Cores para a sua saúde – Método prático de Cromoterapia. São Paulo: Ed Pensamento, 1997.

    HICKS, E.; HICKS, J. O extraordinário poder da intenção. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

    HOPCKE, R. H. Sincronicidade – ou por que nada é por acaso. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2001.

    KLOTSCHE, C. A medicina da cor – O uso prático das cores na cura vibracional. 9.ed. São Paulo: Ed Pensamento, 2000.

    MENDONÇA, E. P. O mundo precisa de Filosofia. 3.ed. Rio de Janeiro: Ed Agir, 1973.

    SING, C. Cura com Yoga e Plantas Medicinais. Rio de Janeiro: Ed Freitas Bastos, 1979.

    TANSLEY, D. V. Dimensões da Radiônica – Novas técnicas de cura. São Paulo: Ed Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

     

    Autor: : Nilma Glória Braga Siqueira - Terapeuta Holística - CRT 30758
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    A Radiestesia Em Terapia Holística

    A Radiestesia Em Terapia Holística

    Maurício Marcial de Araújo

    Terapeuta Holístico – CRT 43301

    mauriciomarcial@radiestesia.Com.br

    SINTE-Sindicato dos Terapeutas Holísticos.

     
     

    Um passo a mais

     

          Há momentos onde parece difícil prosseguir... 
    Algo como se não mais houvesse chão para caminhar,  
    nem palavras para falar,  
    nem risos para compartilhar, nem amor para dar... 
    Estes momentos,  
    onde perdemos o contato com nós mesmos,  
    com a fina centelha que nos banha com sua eterna amorosidade,  
    são suficientes para que o referencial seja esquecido,  
    colocando-nos numa redoma 
    onde a luz parece não estar presente,  
    pois nossos olhos estão cerrados pelos 
    lenços úmidos da ilusão. 
    Observando, aprendemos que  
    um passo a mais em nossa própria direção  
    é suficiente para recobrarmos a memória  
    daquilo que somos daquilo que representamos.

    Um passo a mais e tudo 
    a nossa volta se transforma. 
    A coragem é a bênção daqueles que  
    são determinados em crescer. 
    E quando o desejo é evoluir no amor,  
    na criação, a oportunidade é dada,  
    e a nós cabe usufruí-la ao máximo. 
    Dê mais um passo, apenas um,  
    antes de pensar em desistir.”

      

                                                                                                              (autor desconhecido)

       
     

    “A Arte e a ética associadas a Radiestesia são fundamentais para o sucesso!”

     
       

    Sumário

       

            INTRODUÇÃO:

     
      • Capítulo 1 – O que é Radiestesia?

     

               MATERIAL E METODOLOGIA:

     
      • Capítulo 2- O que você pode fazer com a Radiestesia.
     
      • Capítulo 3- Minha abordagem em Radiestesia Holística.
     
      • Capítulo 4- Técnicas para o uso do gráfico geral.
     
      • Capítulo 5- Formas de utilização da Radiônica.
     

           RESULTADOS

     
      • Capítulo 6- Evolução de casos reais.
     

           DISCUSSÃO

     
      • Capítulo 7- A Radiestesia na busca da saúde holística.
     

              CONCLUSÃO

     

              REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     
     
     
    Introdução
      

    Esta Palestra apresenta em seu contexto dois objetivos distintos: elucidar ao público sobre a Radiestesia em sua história e trajetória até os dias de hoje e suscitar o desejo por uma qualidade de vida, onde cada um, em sua totalidade, se reconheça capaz de estar em expansão através de mais esse conhecimento.

      

    A Radiestesia é uma ciência milenar que através de profundos estudos e pesquisas pode vir a ser utilizado em todos os segmentos que envolvem a saúde e o bem estar social. Cientificando a qualificação da Radiestesia e de outras técnicas holísticas já contamos com leis criadas pelo Conselho Federal de Terapia Holística, bem como leis estaduais que garantem seu reconhecimento. A criação de reguladores reconhecidos como o SINTE - Sindicato dos Terapeutas  e de outras associações e conselhos de classes, também garantem o seu compromisso, mostrando que a profissão de Radiestesista Holística está cada vez mais forte e em crescimento no Brasil, e que o brasileiro começa gradativamente a compreender que o autoconhecimento e o equilíbrio seu e do meio em que vive, é sem dúvida nenhuma a maneira mais lógica e completa para se ter uma vida longa e saudável.

     

    Hoje temos um código de ética consolidado, acrescentando através do SINTE a criação do Tutorial Terapia Holística, que é o livro da Auto-Regulamentação da Terapia Holística, as NTSVS _ Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística. É o amadurecimento da profissão no Brasil, fruto de muito trabalho da valorização dos Terapeutas Holísticos compromissados com a ética e a excelência técnica.

     

    Com muito prazer e satisfação, eu fico motivado a apresentar meus estudos e minhas técnicas de trabalho com terapia em sincronicidade (Radiestesia, psicoterapia, Odomertia, Cromoterapia, Fitoterapia, Florais de Bach entre outras) e que venho obtendo resultados extraordinários e proveitosos para o meu desenvolvimento e também dos meus clientes.

     
     Desta forma, convido você a já ir expandindo seus estudos e interpretações.
     
      

    . Capítulo 1:

     

    O que é Radiestesia?

     

    A palavra Radiestesia é a união de dois termos, Radius, que vem do latim e significa radiação e aisthesis, de origem grega e que significa sensibilidade, indicando assim a sensibilidade às radiações.

     

    Utilizando instrumentos específicos, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do nosso campo bioenergético que trabalha com as dimensões vibratórias mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando encontrar possibilidades para corrigir possíveis alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem estar da pessoa.

    Tudo no universo é uma fonte de energia que ressoa em certa freqüência ou, uma combinação de freqüências com outros elementos. Nosso corpo é feito de um número incontável de átomos e moléculas representando vários elementos. Cada molécula elementar ou átomo ressoa em harmonia com outra, quando estamos em perfeito equilíbrio. Acontece que em todo o momento estamos expostos a energias nocivas, como: ondas de rádios, TV, antenas, energias pessoais, etc... Podendo gerar uma serie de desequilíbrios. Elas passam sobre nossos corpos, da mesma forma que somos afetados pela radiação do sol, da lua, da Terra e como sabemos das outras pessoas, porque mesmo pensamentos criam energias que se irradiam através de nossos corpos.

     

    Freqüentemente durante o dia respondemos fisiologicamente, emocionalmente e intelectualmente de alguma forma às diferentes radiações que nos atingem, vindas de várias fontes.

     

    Radiestesia é uma excelente ferramenta para ampliar nossas reações sutis que experimentamos.  Se usada corretamente, a Radiestesia será uma ferramenta benéfica para a identificação e correção da fonte e transmissão das radiações nocivas existentes.

     

    Na realidade, a Radiestesia pode ser dividida em três aspectos:

     

    1- Reação física para freqüências e radiações universais de elementos ou combinações de elementos naturais ou artificiais que existem no nosso ambiente físico.

     

    2-Reação emocional dos pensamentos, condições e atitudes de outros, individualmente ou coletivamente e, de nós próprios.

     

    3- E freqüentemente intuitivamente a eventos que estão fora de nossa percepção linear do tempo, consciência física ou realidade.

     

    Com a nossa atitude e conhecimento do assunto que nos dirá definitivamente se seremos bem sucedidos no trabalho de Radiestesia ou não, e o quanto poderemos desenvolver este precioso presente. Devemos tornar-nos humildes e ter força de submetermos nossas percepções e atitudes para mudar, questionar mesmo nossas mais fortes crenças sobre um assunto específico e também ter vontade de corrigir nossas realidades.

     

    Para alguns isto será somente um meio de trabalhar com reações ou manifestações físicas, tais como procurar água, minerais e outros assuntos relativos às substâncias do universo. Outras pessoas, como eu, entretanto, podem se sentir confortável em trabalhar em áreas relativas à saúde, emoção e espiritualidade, ou seja, equilíbrio do Ser.

      
     

    Material e metodologia

      

    . Capítulo 2:

     

    O que você pode fazer com a Radiestesia.

      

    A Radiestesia pode ser usada em diversos domínios como, por exemplo: agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água, no nosso caso: pesquisa de florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas, use a sua intuição e muita pesquisa.

      
     

    . Capítulo 3:

     

    Minha abordagem em Radiestesia

      

    A recepção dos meus clientes é sempre feita com acolhimento e harmonia.

    Explico calmamente cada técnica, duração, possibilidades e dúvidas para a melhoria da qualidade de vida do futuro cliente através do equilíbrio, do aconselhamento e da busca do autoconhecimento.

      

    Logo após o nosso primeiro contato, com o cliente informado e seguro de todos os procedimentos, inicio os trabalhos utilizando músicas que confortam técnicas de respiração e relaxamento para a ambientação e tranqüilidade, com o intuito de uma boa construção da anamnese do cliente com a identificação, perfil, suas queixas principais e o histórico dos problemas e desequilíbrios relatados.

        

    Utilizando a Radiestesia inicio uma pesquisa utilizando um gráfico geral, que me orientará no tipo de técnicas a ser (em) utilizada(s) com cada cliente em especial:

     
        • Pesquisa de chakras.
        • Cinco Movimentos.
        • Pesquisa dos meridianos.
        • Moxabustão
        • Parasitas da energia vital.
        • Fitoterapia.
        • Floral de Bach.
        • Cromoterapia.
        • Psicoterapia.
        • Radiônica (Odomertia ou uso da máquina Radiônica).
     

    Pesquisa de chakras: Para a realização de um trabalho bem abrangente e com resultados positivos, pesquiso a existência de desequilíbrio nos 49 chakras do corpo humano (de entrada e saída).

    Cinco Movimentos: Após detectar e confirmar o movimento dominante individual do cliente (Terra, Água, Madeira, Metal, Fogo), começo o trabalho para a regularização de cada movimento desequilibrado.

    Meridianos: Os 12 meridianos (Pulmão, Fígado, Rins, intestino Delgado, V. Biliar, Estômago, Intestino Grosso, Bexiga, Coração, Baço-Pâncreas, Triplo Aquecedor, Circulação e Sexo) são testados e regularizados, caso haja algum em desarmonia.

    Moxabustão: É utilizada no corpo em meridianos que em caso de desequilíbrio de Yin Yang são detectados conforme a informação no gráfico dos meridianos.

    Parasita da energia vital: Pesquiso a possibilidade de encontrar parasita da energia vital que esteja impossibilitando o equilíbrio físico e energético do cliente.

    Fitoterapia: Utilizo Fitoterápicos diversos, conforme indicação encontrada através da Radiestesia e outras técnicas.

    Florais de Bach: Também são recomendados conforme as necessidades do cliente.

    Cromoterapia: Utilizando também técnica de pesquisa e tratamento que disponibilizaram melhor resposta ao desequilíbrio e problemas sentidos pelo meu cliente.

    Psicoterapia: É utilizado no decorrer de todo o processo de tratamento do meu cliente para a harmonização e equilíbrio em busca do autoconhecimento.

    Radiônica: Utilizo em casos especiais que impossibilitam a presença do cliente no decorrer do tratamento.

    Criando assim uma equação de serviços elaborados, para se chegar ao melhor condicionamento físico, mental e psicológico, com a compreensão de vida em que se resolva o problema existente, como um todo sem transferência de culpa ou novas somatizações físicas. Visando sempre que o mais importante é justamente que o terapeuta holístico seja um catalisador para a busca do conhecimento e crescimento individual de cada cliente e não um apaziguador de um problema direcionado, principalmente porque quando um cliente nos procura ele não quer ser curado de doenças, para isto ele procuraria um médico e não um terapeuta holístico, ele está atrás é sim de uma qualidade de vida dele e dos que os cercam e um equilíbrio onde possa se sentir bem com ele mesmo e com o ambiente onde vive. Sentindo- se assim feliz e produtivo sempre!

     
     

    . Capítulo 4:

     

    Técnicas para o uso do gráfico geral:

      

    Para se trabalhar com a Radiestesia em conjunto as terapias diversas, o terapeuta precisa escolher a melhor maneira de montar a sua pasta de pesquisas e análises para que de forma objetiva consiga chegar aos verdadeiros resultados encontrados e solucionados pelas técnicas utilizadas durante o processo de avaliação e restauração do equilíbrio do cliente.

     

    A minha sugestão é que em uma pasta catálogo, coloque todos os quadros ou gráficos pesquisados por você e utilize também em formato de meio círculo com subdivisões para as anotações dos temas estudados e utilizados em terapia holística, lembrando sempre que deve começar com o gráfico de orientação geral, pois o mesmo abrirá caminhos para uma investigação sólida e segura conforme proponho abaixo:

      

    GRÁFICO DE ORIENTAÇÂO GERAL: engloba todas as técnicas desenvolvidas pelo terapeuta, é o ponto de partida para as outras análises.

     

    De todas as maneiras e possibilidades de pesquisas e questionamentos para encontrar desequilíbrios e causas dos problemas de meus clientes, a Radiestesia sem dúvida nenhuma é a melhor e mais rápida forma de chegar às respostas com objetividade e satisfação do terapeuta e cliente.

     

    A primeira coisa a se fazer é acomodar-se em uma cadeira bem confortável, em frente a uma mesa vazia para não sofrer nenhuma interferência. Em seguida, procede-se a um relaxamento inicial com a respiração profunda e tranqüilizadora. Enquanto respira, comece a mentalizar o que segue: a partir deste momento, o pêndulo irá mediar à comunicação com a minha mente superior.

     

    Após estas condições e preparações, seguimos em diante com as rotinas a seguir:

     
        1. Com o pêndulo na mão, deixando uma distância de, aproximadamente, 10 a 20 cm entre os dedos e a ponta do pêndulo e o levamos ao centro inferior do gráfico de orientações geral. 
        1. Com o pêndulo na posição pedimos para girar no sentido horário (positivo) e no sentido anti-horário (negativo), logo após, ordenamos para o pêndulo parar no ponto zero e seguimos. 
        1. Fazemos então as perguntas desejadas e observamos a posição que o pêndulo vai apontar indicando as respostas, também podemos apontar com o dedo indicador da mão esquerda para as subdivisões indicadas no gráfico perguntando se o cliente que estará a sua frente necessita da técnica ou tratamento que estará indicado em cada subdivisão. A resposta será obtida, quando o Pêndulo parar de girar e balançar apenas na direção da subdivisão do gráfico ou então girar positivamente ou negativamente, no caso do uso do dedo indicador da mão esquerda. 
        1. Anotar as informações e prosseguir fazendo novas perguntas até esgotar totalmente as informações do gráfico geral. 
        1. Depois de completada todas as informações, partir para os gráficos seguintes utilizando o mesmo método para as futuras informações.
      

    . Capítulo 5:

     

    Utilização da Radiônica:

     

    Nem sempre que vamos trabalhar com a Radiestesia teremos ao nosso lado a pessoa que precisa ser tratada, ou ainda, nem sempre podemos estar no local que queremos fazer nossas averiguações.

    Como fazer quando não podemos ter a pessoa ou o objeto de nossos estudos junto de nós?

    Utilizamos a Radiônica que é a arte que pratica a emissão de energia a distância, energias com qualidades e intensidades específicas em função das formas de objetos e gráficos interagindo nos campos energéticos do macro e micro cosmo.

    É um sistema pelo qual modificamos um desequilíbrio real a distância, colocando-o de novo em equilíbrio completo.

    Os instrumentos que usamos em Radiônica são muito simples. Normalmente são gráficos com formas geométricas ou mesmo aparelhos eletrônicos chamados de Máquina Radiônica.

     

    Utilizando os gráficos podemos trabalhar com a energia de múltiplas formas: decágono, hexágono, losango, turbilhão, círculos, triângulos, pirâmides, semi-esferas, espiral, etc. Cada forma canaliza um tipo de energia; Já com a Máquina Radiônica, que é um aparelho como caixa com montagem eletro-eletrônico "Sintonizador Biológico" usamos registros de freqüência (como usado para sintonizar o rádio), o que faz a ligação com o testemunho, emitindo, amplificando ou direcionando a energia que serve para substituir a pessoa ou o objeto que precisamos pesquisar.

     

    Para o uso da Radiônica o testemunho ou testemunha é indispensável, ele pode ser confeccionado de várias formas: através de fotos, saliva, cabelo, unhas, amostra de sangue, documentos da pessoa ou do local a ser estudado; no caso de casas, o endereço completo da casa, não se esquecendo de colocar o nome da cidade e, se possível, até o CEP, pois podem existir várias ruas em uma cidade com o mesmo nome; uma planta de uma casa ou edifício também pode servir para esta finalidade, mas, se possível, a planta deve estar em escala, pois isto facilita os trabalhos.

     

    O testemunho pode ser ainda um mapa do local a ser pesquisado (ajuda muito no caso, por exemplo, de se procurar pessoas desaparecidas).

     

    Para não haver influência de outras energias, quando possível, solicitar ao cliente que coloque o testemunho dentro de um envelope para ser levado a você; pode-se ainda usar o nome completo da pessoa com a data de nascimento, para se evitar homônimos.

     

    Com animais, podemos utilizar os pelos e penas, unhas, amostras de sangue entre outros.

     

    Portanto experimente, use e abuse das técnicas da Radiestesia tanto presencial como a distância, em conjunto com a Terapia Holística; você vai se surpreender com os resultados. Pratique todos os dias. É como tocar um instrumento musical. Se seguir às instruções cuidadosamente e praticar um pouco todos os dias a sua habilidade e precisão se tornarão muito boas. E não fique desencorajado se não estiver certo o tempo todo. Até mesmo os melhores Radiestesistas às vezes têm interferências ou maus dias.

     
     

    Resultados:

    . Capítulo 6:

     

    Evolução de casos reais:

     

    Ficha de Cliente  
    De Acordo com a NTSV - TH 003 
    Maurício Marcial de Araújo - CRT 43301 - Terapeuta Holístico

    D.L., 54 anos, sexo Masculino.

    Agendamento: 
    03/11/2008 - inicial 
    10/11/2008 - 2a feira - 20hs 
    17/11/2008 - 2a feira - 20hs 
    24/11/2008 - 2a feira - 20hs 
    01/12/2008 - 2a feira - 20hs

     
    Queixas principais: problemas de pele urticárias gigantes

    Com pesquisa Radiestesica foi introduzido o uso da moxa para equilíbrio e fortalecimento do yang e equilíbrio dos chakras e 5 movimentos chineses.

    Descrição do atendimento

    Iniciou-se o atendimento com Terapia Holística. A reclamação inicial era relativa a problemas de pele (Urticárias gigantes). 
    Avaliação energética deu-se pela Radiestesia, surgindo o uso de moxa para equilibro de yang e o uso da Odomertia para equilíbrio dos cinco movimentos, chakras e uso da maquina Radionica, tudo em conjunto com a psicoterapia.

    O resultado foi ótimo, com duas semanas de aplicação das técnicas já era visível a melhora do cliente. Com quatro meses de atendimento o cliente alegou não sentir mais nada e foi liberado.

     
      

    Ficha de Cliente  
    De Acordo com a NTSV - TH 003 
    Maurício Marcial de Araújo - CRT 43301 - Terapeuta Holístico

    G.L., 49 anos, sexo feminino.

    Queixas principais: problemas emocionais por motivo de a filha ficar grávida, ansiedade, pressão alta, e tristeza por reprovação para renovação da carteira de motorista.

    Com pesquisa Radiestesica e confirmação com holopuntura, identifiquei os seguintes desequilíbrios: meridiano dos pulmões, fígado, vesícula, estomago, também os chakras: mamário, glandular (saída de energias exauridas) coronário, laríngeo, pulmonar, cardíaco e emocional (entrada de energias), trabalhados via Odomertia, Cromoterapia e fitoterápicos.

    Descrição do atendimento de 04/11/2008:

    Iniciou-se o atendimento com Terapia Holística. A reclamação inicial era relativa emocional e pressão alta. 
    Avaliação energética deu-se pela Radiestesia, surgindo desequilíbrios nos meridiano dos pulmões, fígado, vesícula, estomago, também os chakras: mamário, glandular (saída de energias exauridas) coronário, laríngeo, pulmonar, cardíaco e emocional (entrada de energias), sendo os pontos dos meridianos estimulados por massagens nas regiões indicadas pela holopuntura (pernas e braços) seguido de banho de luz e odomertia nos meridianos e chakras conforme acima cores utilizadas pela cromoterapia: Violeta, índigo, azul verde e amarela. Também foi feito odomertia de 3 minutos no coronário, 3 laríngeo, 3 pulmonar 3 cardíaco, 6 no emocional e 3 no imunológico.

    Foi indicado uso de alecrim (fitoterápicos) e psicoterapia.

    Ficha de Cliente  
    De Acordo com a NTSV - TH 003 
    Maurício Marcial de Araújo - CRT 43301 - Terapeuta Holístico

    E.G., 33 anos, sexo Masculino.

     
    Queixas principais: problemas de pele, intestino preso, irritabilidade, cansaço e ansiedade. Diz-se tranqüilo porem cansado e Alega que não tem como resolver o problema no serviço.

    Com pesquisa Radiestesica e confirmação com holopuntura, identifiquei os seguintes desequilíbrios: meridiano do coração, vesícula e do intestino grosso, pesquisa de chakras para o uso de odomertia, uso de fitoterápico e psicoterapia.

      

    Discussão:

    . Capítulo 7:
     

    A Radiestesia na busca da saúde holística:

     

    Alguns Autores restringe o uso da Radiestesia em agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água e outros.

    No meu caso a utilização da Radiestesia é uma ferramenta para o equilíbrio do Ser. Através do uso dela pesquiso: florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas e os resultados fascinantes.

     
     

    Conclusão:

     

    Criando assim uma equação de serviços elaborados, para se chegar ao melhor condicionamento físico, mental e psicológico, com a compreensão de vida em que se resolva o problema existente, como um todo sem transferência de culpa ou novas somatizações físicas. Visando sempre que o mais importante é justamente que o terapeuta holístico seja um catalisador para a busca do conhecimento e crescimento individual de cada cliente e não um apaziguador de um problema direcionado, principalmente porque quando um cliente nos procura ele não quer ser curado de doenças, para isto ele procuraria um médico e não um terapeuta holístico, ele está atrás é sim de uma qualidade de vida dele e dos que os cercam e um equilíbrio onde possa se sentir bem com ele mesmo e com o ambiente onde vive. Sentindo- se assim feliz e produtivo sempre!

      

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

     
    BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz - Um guia para a Cura através do Campo de Energia

    Humana. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    CANÇADO, Juracy Campos L.. Do-In: Livro dos primeiros socorros. 18 ed. São Paulo:

    Ed. Ground, 1994.

     

    EITEL, Ernest J. Feng-Shui - A ciência do Paisagismo Sagrado na China Antiga. Rio de

    Janeiro: Ed. Ground, 1985.

     

    GERBER, Richard. Medicina Vibracional - Uma Medicina para o Futuro. 12 ed. São Paulo:

    Cultrix, 1997.

     

    LAFFOREST, Roger de. A Magia das Energias. São Paulo: Ed. Siciliano, 1991.

     

    PENNICK, Nigel. Geometria Sagrada. Simbolismo e Intenção nas Estruturas Religiosas. São

    Paulo: Ed. Pensamento, 1980.

     

    RODRIGUES, António. Os Gráficos em Radiestesia. São Paulo: Fábrica das Letras, 2000.

     

    SIQUEIRA, Renato Guedes de. Cinestesia do Saber - Radiestesia e Radiônica, Expressão do

    Nosso Inconsciente. 2ª ed. São Paulo: Ed. Roka, 1998.

     

    TANSLEY, David V. Dimensões da Radiônica - Novas técnicas de cura. São Paulo: Ed.

    Pensamento, 1997.

     

    __________________. Chakras Raios e Radiônica. 9 ed. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    __________________. As Trajetórias dos Raios e os Portais dos Chakras. São Paulo: Ed.

    Pensamento, 1985.

     

    WATERS, Paul. A Huna Guide to the Pendulum. Princeville, Hi: Huna by Mail, 1996.

     

    WOODS, Walt. Letter to Robin - A mini-course in Pendulum Dowsing. 10th. The Print

    Shoppe,1996

    Autor: : Maurício Marcial de Araújo Terapeuta Holístico – CRT 43301
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

     

    Mitiyo Oshiro Takemoto CRT  38660 - Terapeuta Holística

      

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

      

    Sumário

     

    • Introdução ................................................................................................................... iv
    • Apelo aos cientistas........................................................................................................iv
    • Expansão.........................................................................................................................v
    • Cultivo da Energia Sexual.............................................................................................. v
    • Energia Sexual.............................................................................................................. vi
    • Chacras ponte para a consciência superior................................................................... vi

    - Chacra Básico..............................................................................................................vi

    - Conscientização..........................................................................................................vii

    -Os três Nadis principais...............................................................................................vii

    • Os Três Tan Tiens (três mentes ou três veículos) ........................................................vii
    • Dois Cérebros (relação intestino e cérebro).................................................................viii
    • Os Três Granthis (três nós)..........................................................................................viii
    • Desmistificando a Kundalini.......................................................................................viii
    • Bindú..............................................................................................................................ix
    • Pulmões – Relação pulmões e coração...........................................................................x
    • Rins – Relação órgãos sexuais e os rins..........................................................................x
    • Rejuvenescimento – dentro das técnicas taoístas...........................................................xi

    - Exercitando os músculos esfíncteres...........................................................................xi

    • Massagem.....................................................................................................................xii
    • I Ching – O mandamento Divino – A lei do Universo................................................xiii
    • Budismo.......................................................................................................................xiii
    • Material e Metodologia................................................................................................xiii
    • Discussão.....................................................................................................................xiii
    • Conclusão.....................................................................................................................xiv
    • Bibliografia...................................................................................................................xv

     

      

    INTRODUÇÃO

    Estarei relatando sobre um tema que coliga a sexualidade e a espiritualidade, assim estarei desmistificando a Kundalini.

    A filosofia do Chi faz parte da cultura chinesa há milhares de anos, sendo que a palavra Chi possui muitas traduções como: Ki, energia, ar, prana, respiração, força vital, essência vital, fogo central, bioenergia, calor interno entre outros. É a vida doando força que cria movimento e sustenta o universo. O Chi que faz os planetas, os sóis e as estrelas girarem uns ao redor dos outros. É o movimento dos átomos em todos os corpos físicos, ele que faz a semente crescer e se tornar uma vigorosa árvore, é o que faz o feto se desenvolver e tornar-se um ser humano adulto.

    O Chi é o que anima todas as coisas vivas, nutrindo os ciclos da vida. O Princípio do Yin e Yang (o símbolo Tai Chi); o Tai significa grande – e o Chi significa Energia, Grande Energia. A Kundalini , DNA, Bindú e I Ching todos estão ligados a ele.

    O mundo pulsa, expande e explode! É o macrocosmo na dança do Yin e Yang, gerando vida e movimento.

    O nosso corpo, sagrado microcosmo, é uma partícula do macrocosmo, tendo os mesmos elementos como: terra, água, fogo, ar e éter, que estão ligados aos nossos sete chacras, o nosso ser.

    Assim descreverei sobre as forças da criação, a importância da energia sexual como ela esta ligada a espiritualidade, o como se nutre adequadamente essas energias.

    A importância enorme entre a energia sexual e a saúde que estão absolutamente interligados, e que sem essa energia não existe força criativa.

    Um apelo à humanidade – Dedicado à evolução integral do ser humano. O Equilíbrio dessa energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

     

    APELO AOS CIENTISTAS

    Atualmente, a Kundalini está sendo discutida em todas as sociedades, em todas as línguas e países do mundo. Especialmente os jovem cientistas devem dedicar-se ao reconhecimento e à compreensão dos efeitos da Kundalini em si próprios e nas outras pessoas. Os médicos e os cientistas precisam formar uma ponte entre a dimensão subjetiva interior da consciência espiritual e a dimensão empírica da ciência como fizeram Einstein, Itzhak Bentov e o Dr. Motoyama. Esse é o momento para avançar audaciosamente e investigar, de forma cientifica, a experiência da Kundalini. Seu despertar é tanto um evento psicofisiológico como uma realidade espiritual. O estudo de seu amplo potencial é a mais nova fronteira da ciência. Imagine os importantes benefícios obtidos no tratamento de moléstias, quando se revelar cientificamente que determinados sons e formas (mantras e yantras) podem ativar os sistemas fisiológico e físico do organismo.

    Experiências científicas para a avaliação e determinação dos efeitos das praticas do tantra e da ioga contribuirão imensamente para acelerar a evolução do homem. Tenho absoluta convicção e confiança nos extraordinários efeitos da ioga para curar o corpo doente do homem, aprimorar sua personalidade e transformar seu nível de percepção consciente. Dr. Motoyama transpôs as divergências e demonstrou a realidade cientifica da Kundalini e o conseqüente benefício para a humanidade.

    A ioga apresentar-se-á como uma grande força mundial e alterará o curso dos acontecimentos do mundo.

    Hari Om Tat Sat.

    Swami Satyananda saraswati,

    Fundador, Bihar School of Yoga,

    Monghyr (Bihar), India

    30 de Julho de 1981

     

    EXPANSÃO

    Quando, no momento da criação, nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia: uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina. Os chineses deram a essas energias primárias, a denominação de Yin e Yang, há uns milhares de anos. Do jogo dessas duas forças surgiu a criação: o Yin feminino é fecundado continuamente pelo sêmen masculino do Yang, dando origem à vida em suas infindáveis e múltiplas formas. No plano físico do homem, esse jogo de forças se manifesta como sexualidade. Através dela, o homem esta ligado ao ato incessante de criação da vida.

     

    CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL

    No momento um óvulo Yin da mulher é fecundado pelo espermatozóide Yang do homem, imediatamente se divide em duas células básicas, uma célula Yin e uma célula Yang, logo a seguir, essas duas células se dividem em mais duas, Yin e Yang e assim sucessivamente elas vão se dividindo e se multiplicando, gerando órgãos Yin e Yang que vão dar forma à estrutura do embrião, que se transforma em feto.

    A energia sexual é a união primordial das forças Yin e Yang que impulsiona o universo, pois sem essa energia não estaríamos aqui.

     

    ENERGIA SEXUAL

    Os taoístas não vêem o sexo e a energia sexual sob uma questão moral, para eles é mais uma questão de saúde.

    A energia sexual, é a energia mais potente que existe, é a energia criativa, ou seja, a pura energia da vida.

    A sexualidade se manifesta no universo o tempo todo, através da natureza, dos animais e nos humanos. Ela é um dom que recebemos e tem que ser utilizada, assim como a natureza deu, ela cobra.

    A pessoa que não tem atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa de bloqueios energéticos.

    A energia sexual é uma força criativa que se move pelo corpo, alimentando as emoções, os pensamentos e criando o impulso do desejo. Ela não é benéfica somente para o corpo, é também o combustível das emoções e do espírito, é o alimento para todo o nosso ser: o corpo, a mente e o espírito, pois eles devem trabalhar juntos, como diziam os sábios taoístas.

    Assim que você começar a entender a sua energia, como ela é, e para o que realmente existe, terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhá-la e como interagir com as pessoas ao seu redor, principalmente com o sexo oposto.

    A energia sexual envolve vários assuntos, como a Kundalini, Bindú, DNA, Yoga, Tantra, Sahajoli, Pompoarismo, dois cérebros e Três Tan Tiens.

     

    CHACRAS – PONTE PARA A CONSCIÊNCIA SUPERIOR

    Os chacras são uma ponte amorosa de conhecimento e percepção e através deles é possível conhecer realmente a origem do Karma.

    Os sete chacras humanos (sete flores de loutus – sete virtudes); muladhara, suvadhistana, manipura, anahata, vishudh, ajna e sahasrara (em sânscrito). Sete chacras animais – sete pecados; atala, vitala, sutala, rasatala, talatala, hahatala e patala. Dentro de cada um de nós existe: um ser animal, um ser humano e um ser divino. Essas são as três dimensões da nossa existência.

    • Chacra básico – é a base de todos os chacras, é o alicerce do mundo e de tudo, é onde reside a energia mais poderosa e que dá o impulso para o nível superior, para todos os caminhos do conhecimento, é a energia da Kundalini, ela possibilita a evolução “iluminação”. É a força motriz que evolui verdadeiramente: seja física, inteligência, emoção, paixão, sexualidade, espiritualidade, clarividência, clariaudiência, paranormalidade, entre outros.

    O crescimento espiritual e os chacras: É muito difícil alcançar a evolução espiritual, abrir o horizonte e ir além da fronteira, obtendo um conhecimento profundo da natureza sem despertar os chacras e a Kundalini.

    • Conscientização (considerações gerais). O amor é como a terra, quanto mais você semeia, mais trabalho dá, então faça um esforço, trabalhe esse amor em seu próprio benefício, dando mais amor para você mesmo.
    • Os três Nadis principais e o sistema nervoso – Os Nadis principais são: sushumma, pingala e ida. A Kundalini quando é despertada sobe pelo mesmo caminho dos três Nadis principais.

    O Sistema nervoso e o endócrino comandam toda atividade do corpo. O sistema nervoso impulsiona o movimento e a ação através das secreções ou hormônios. As forças elétricas (chacras) ou vitais é que dão vida a esse sistema.

     

    OS TRÊS TAN TIENS (TRÊS MENTES OU TRÊS VEÍCULOS)

    O universo é quase todo baseado no três: três Tan Tiens, são três grandes centros reservatórios de energia que circulam dentro e fora do corpo através dos chacras.

    Os três Tan Tiens conectados significam ou representam a força “YI”: o corpo, a mente e o espírito devem trabalhar juntos, é a bioeletromagnética. Nos últimos 5000 anos os taoístas, tem utilizado essa energia bioeletromagnética para melhorar o seu modo de vida e para estabelecer uma relação com o universo.

    “Bioeletromagnetismo” é o termo ocidental para a força vital. Bio é vida, Eletro é a energia Yang do céu existente em todos os planetas e estrelas, magnetismo é a energia Yin da terra ou a força gravitacional existente em todas as estrelas e planetas.

    Três Tan Tiens – O primeiro Tan Tien é a cabeça, o centro de observação e quanto maior a energia maior é a capacidade cerebral.

    O segundo Tan Tien – É o centro da consciência, onde está o coração. O coração tem memória, guarda sensações, sentimentos e emoções. Ele pode registrar um acontecimento com todos os detalhes e se lembrar depois porque tem o seu próprio cérebro. O Dr. Pearseal, escreveu no seu livro que as pessoas que fizeram transplante cardíaco, acabam na verdade adquirindo as emoções do doador. Essas pessoas realmente sentem tudo que o doador sentiu, um dos casos foi de uma garota que foi brutalmente assassinada e não se sabia quem havia matado. No entanto o coração estava em perfeito estado e foi transplantado em outra garota. Depois disso a garota começou a ter pesadelos nos quais alguém a matava, ela foi levada ao psiquiatra que acabou entrando em contato com a policia. A garota deu a descrição exata do assassino e chegaram a fazer o retrato falado perfeitamente dele. Com essas informações a polícia foi capaz de prender o assassino.

    O terceiro Tan Tien  É a base da percepção, é o segundo cérebro, o centro sexual, é bastante sensível, e quando a cabeça fica fraca por stress, neurose ou medo, pode enfraquecer o centro sexual “a perda do bindú”, por que a cabeça e o centro sexual se comunicam intimamente entre si. Portanto, quando enfraquece a cabeça de cima enfraquece a cabeça de baixo.

     

    DOIS CÉREBROS (RELAÇÃO INTESTINO E CÉREBRO)

    Para a manutenção da saúde geral é necessário um bom funcionamento gastrintestinal. O intestino é reconhecido como “um órgão inteligente”, pela capacidade de selecionar alimentos, ou seja, ele aproveita o que é útil para o organismo. Ele possui os mesmos neurônios da célula do cérebro e por esse motivo é chamado de o segundo cérebro. O segundo cérebro é muito sensível.

    Os taoístas já tinham esse conhecimento há mais de 4700 anos.

     

    OS TRES GRANTHIS (TRÊS NÓS)

    Todos nos temos nós em níveis leve, médio ou forte e eles estão nos três Tan Tiens “três centros de energia”, muladhara, anahata e ajna, ou seja, corpo, mente e espírito. Esses nós podem ser desatados pelo sistema taoísta, a psicoterapia e a yoga terapia.

     

    DESMISTIFICANDO A KUNDALINI

     

    KUNDALINI – A FORÇA SAGRADA – FORÇA IGNEA – FOGO SERPENTINO é bastante poderosa e muito temida devido a falta de informação (conhecimento). A energia da kundalini é a energia cósmica, ela vem do sol oculto penetra na terra e aí nós absorvemos. Ela não é apenas sexual, é também emocional e espiritual. Esta energia cósmica ao ser despertada e ativada, sai do chacra raiz, através dos três nadis principais, o sushumna, ida e pingala, sobe pela medula queimando resíduos etéricos como um fogo líquido serpentino, ascendendo e ativando cada chacra em seu trajeto ou subida. Ela tem conexão direta com a espiritualidade (bindú).

    O poder da kundalini propicia o progresso do discípulo desabrochando nele vários dons: clarividência, clariaudiência, vitalidade criadora e geradora.

    Quando esta energia está desenvolvida ativa a espiritualidade e intensifica a inteligência e estimula a afeição desinteressada, desde que esta ativação se faça com a vitória do espírito sobre a matéria, pois ela tem ligação com o karma (destino).

    Neste trabalho a kundalini está focada na energia sexual e espiritual, que é a energia da felicidade (doçura) latente na espinha dorsal. Em geral, ela está enrolada e adormecida no final da base da coluna e é representada como uma serpente que se move ao longo da mesma.

    Quando ela é ativada sexualmente (orgasmo), sobe pela coluna ativando todos os chacras e órgãos até o bindú (energia sexual – iluminação – nirvana – êxtase).

    Esse fogo serpentino é bastante poderoso, no entanto instável (vulnerável), por esse motivo ela é considerada perigosa, mas, se praticarmos o sexo de maneira saudável, com muito amor, paixão, respeito, sinceridade e uma entrega total (cumplicidade entre dois seres), teremos a doce energia da kundalini circulando dentro de nós.

     

    BINDÚ

    “Gota ou marca”. O bindú pode ser interpretado como: néctar ou essência, intocado ou Portal do Brama, e é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico. É o fio que liga o cérebro a medula e os órgãos sexuais.

    Localização: cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) – está na região do chacra lalana e vishudh, e quando está cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. É aqui que armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática – hormônios sexuais; a energia sexual revitaliza o cérebro.

    O bindú circula dentro do canal principal, o sushumna, cuja substância é de três gunas (três qualidades) e encontra-se no centro da coluna vertebral. Dentro do sushumna existe um canal chamado vajra e dentro dele um outro canal chamado chitrini, e o bindú está encovado no chitrini, e seu interior alonga-se desde o pênis até a cabeça (bindú). No interior do vajra está o chitrini, que é sutil, brilhante e tão fino como o fio da teia de aranha, e ele atravessa todos os chacras que estão localizados na coluna vertebral, ele é a inteligência pura. Dentro do chitrini encontra-se o nadi brama (bindú), e é tão bonito como um reflexo de luz, tão fino como um filamento de lótus e brilha nas mentes dos sábios. É extremamente sutil, ativador do conhecimento absoluto, concretizador de todas as glórias e a sua natureza é a consciência pura. O Portal de Brama brilha em sua abertura, e esse lugar é a entrada para a região espargida por ambrósia, conhecida como Ponto Essencial; trata-se da abertura do sushumna (também envolve os dois chacras inferiores).

    Bindú Visargha quer dizer literalmente “queda da gota”, mas visto que “gota” se refere ao néctar, esta frase fica mais significativa como sendo “a sede do néctar”.

    O bindú deve ser mantido no nível mais alto, que é “o domicílio do néctar”, pois quando ele cai ao nível mais baixo vai para o centro sexual, onde se transforma em esperma.

    Segundo a tradição, o bindú localiza-se perto do topo do cérebro na direção da parte posterior da cabeça, e nesse local existe uma ligeira depressão, onde se concentra uma pequena quantidade de secreção líquida. Dentro desta depressão existe uma elevação mínima, que é a localização exata do bindú na estrutura física. Os nervos cranianos partem deste ponto, inclusive os nervos ligados ao sistema óptico. O processo pelo qual o néctar é segregado pelo bindú é estocado no chacra lalana no orifício nasal, é purificado pelo chacra vishudh. O vajra faz parte da conexão Kundalini e Bindú. É através do sahajoli (pompoarismo) que o bindú é mantido no nível mais alto.

     

    PULMÕES – RELAÇÃO PULMÕES E CORAÇÃO

    Os pulmões e o coração são inseparáveis.

    A função dos pulmões é oxigenar e eliminar as toxinas das células dentro do sangue.

    O coração recolhe o sangue do corpo e envia para os pulmões, e recebe o sangue oxigenado de volta devolvendo para o corpo. Recolhe novamente e envia para os pulmões. Esse processo se repete o tempo todo. Enquanto existir vida, o coração e os pulmões não param e não descansam, a única maneira de ajudar nesse processo é fazer o exercício de respiração correto. “O coração é o presidente e os pulmões são os ministros”.

    O ar ou prana contém nutriente (vitalizante) e é o nosso primeiro e último alimento, nos pulmões cabem de três a quatro litros de ar, e quando fazemos uma respiração superficial, apenas chegam a meio litro e isso acaba causando stress e tensão. Lembre-se que os pulmões são a bomba enquanto o coração é a válvula e não o contrário como muitos afirmam. Se ficarmos cinco minutos sem respirar morremos.

    Para fazer a respiração correta é necessário aprender a técnica de respiração de três Tan Tiens.

     

    RINS – RELAÇÃO ORGÃOS SEXUAIS E OS RINS

    Os rins têm a função de filtrar o sangue, enquanto os pulmões limpam as toxinas das células. A energia ancestral está nos rins, ele é “o repositório do vigor sexual”, por isso é necessário dar uma atenção especial a esses órgãos.

    Segundo a medicina chinesa esse órgão é o que regula a função sexual.

    Os testículos e ovários têm ligação direta com os rins e as glândulas supra renais, portanto é importante fortalecê-los se quisermos aumentar a potência e longevidade sexual, lembrando sempre que a energia sexual é a energia mais potente que existe “energia vital”. Ela não é apenas sexual é também o combustível que circula pelo corpo, alimentando as emoções os pensamentos e criando o impulso do desejo. A energia sexual é a energia criativa, ela é a pura energia da vida. 

     

    REJUVENESCIMENTO – DENTRO DAS TÉCNICAS TAOÍSTAS

    Os antigos taoístas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres internos, que são: a boca, os olhos, as narinas, o ânus, os genitais e o períneo. Eles estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo: como digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em perfeita saúde, é muito importante que esses músculos se contraiam simultaneamente estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Os taoístas descobriram os segredos dos músculos esfíncteres observando os bebês e as crianças e uma de suas metas das pratica taoísta é tornar-se tão vibrante, vigoroso e vivificante como uma criança.

    Por meio de exercícios específicos desses músculos reconduzem nosso corpo à harmonia com o Tao, assim vamos poder resgatar a juventude.

    Esses exercícios fazem parte do sahajoli. Trata-se do chacra básico e da importância do fortalecimento da base em todos os sentidos, pois ele é o chacra da Kundalini.

    Vamos poder comprovar o efeito da técnica imediatamente após o primeiro exercício. Será possível sentir a energia vital, essa vibração vivificante que tínhamos na infância.

    Observe um bebê mamando: enquanto sua boca suga ritmadamente, os olhos se contraem em uníssono, o ânus e o trato urinário se contraem e relaxam em harmonia com a boca, enquanto as mãozinhas se abrem e fecham em sincronia com a sucção exercida pela boca. Esse movimento sincronizado bombeia a energia por todo corpo.

    Consequentemente, quando nós adultos temos contrações e relaxamentos harmoniosos dos músculos esfíncteres, nosso corpo fica pleno de energia e saudável. Por outro lado, quando esse ritmo está desequilibrado, por stress, doença ou tensão, a energia do corpo se esgota.

    Todos os músculos esfíncteres do corpo se refletem uns nos outros, e a reflexologia sexual, revela essa íntima conexão. Os músculos esfíncteres do rosto revelam os músculos esfíncteres do trato urogenital, do ânus e do períneo e quando existe um desequilíbrio de energia sexual ela é revelada nas características externas da face. Além disso, esses músculos influenciam diretamente na saúde dos órgãos internos e essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas do corpo.

    • Exercitando os músculos esfíncteres.

    Contrair a boca e sugue as bochechas para dentro da boca, criando uma sucção na boca. É algo semelhante a brincar de fazer “boca de peixe”. Contraia e relaxe por, no mínimo 9-36 vezes, sinta a conexão entre a boca e o resto do corpo. Perceba a conexão entre a boca e os músculos esfíncteres inferiores, ânus, períneo e base do pênis / parte inferior da vagina.

    Piscar os olhos rapidamente e olhar ao seu redor. Exercitar os músculos esfíncteres ao redor dos olhos melhora a visão e mantém a umidade deles. Também é um ótimo exercício para despertar o corpo, pois estimula o sistema nervoso.

    Pisque os olhos durante, 30-60 segundos. Estimular esses músculos em volta dos olhos ajuda a abrir o diafragma urogenital.

    Contrair o ânus: contraia e relaxe o ânus. Sinta a energia dos centros inferiores correndo pelo seu corpo. Pela contração do ânus, fortalecemos a conexão entre todos os músculos esfíncteres do corpo.

    Contrair o períneo e a vagina: contraia e relaxe os músculos da vagina e períneo. Trata-se do mesmo músculo que é usado para interromper o fluxo da urina esse músculo, tal como o ânus é à base do centro sexual. Fortalecendo o períneo e a vagina, a mulher torna-se capaz de conter a energia sexual em vez de deixá-la escorrer para fora do corpo. O fortalecimento do períneo é o primeiro passo de muitas outras práticas taoístas, como o “impulso orgástico ascendente” e o “poderoso bloqueio”. Você pode contrair e relaxar o períneo a vagina e o ânus ao mesmo tempo, para criar mais força no diafragma urogenital.

    Contrair os olhos, a boca, o ânus e a glândula prostática é um exercício que ativa o centro cerebral. Quando um homem contrai a glândula prostática é ativada a glândula pineal, a glândula prostática tem uma conexão estreita com a glândula pineal que é considerada um segundo órgão sexual. É como dizem “o maior órgão sexual é a cabeça”.

     

     TERAPIA CORPORAL 

     

    A terapia pelo toque (obs.. "massagem" é um termo inadequado em relação à legislação e mercado brasileiros) relaxante é benéfica porque ela libera as tensões reprimidas causadas pelo stress, e estabelece comunicação entre o corpo e a mente. Ela vem sendo usada a milhares de anos como meio de alcançar a saúde o relaxamento e a longevidade. A massagem é de extrema importância, pois aumenta a circulação, elimina as tensões musculares e gera energia positiva. Dê muito carinho e amor para o seu coração, ele merece ser recompensado e a massagem ajuda o coração a relaxar, descansar, devido à melhora na circulação do sangue. A massagem Tuiná é muito especial e ela pode ser aplicada ou recebida por qualquer pessoa.

    A auto "massagem" nos rins, estimula e energiza os mesmos e é de vital importância para manter a saúde deles.

     

     

    I CHING  O MANDAMENTO DIVINO, A LEI DO UNIVERSO

     

    O tratado das mutações (natureza). O equilíbrio dinâmico dos cinco elementos faz parte do

    I Ching, os 64 hexagramas do I Ching e as 64 possíveis combinações de proteínas do código genético do DNA.

    I Ching, Tao e Budhi caminham juntos, são inseparáveis.

     

    BUDISMO

    A semente, a mãe do budismo é o hinduísmo.

    • Os três veículos do budismo.

    Primeiro veículo (primeiro TT) Hinayna, é o budismo da inocência, pureza, espiritual (jejum absoluto).

    Segundo veículo (segundo TT) Mahayana, o budismo da comunicação, expansão (jejum moderado).

    Terceiro veículo (terceiro TT), Trantrayana (vajrayana), o budismo da sexualidade. Tantra-Yoga e Kundalini-Yoga fazem parte do vajrayana, sahajoli.

    O busdismo de três veículos (três TTs) é o verdadeiro, completo e integral (é a mãe natureza).

    A mãe natureza é muito sábia, se ele é agredida ela devolve com violência, basta observar o planeta terra.

     

    MATERIAL E METODOLOGIA

     

    Foram usados livros para consultas, assisti palestras e workshops voltados à holística, estudos sobre filosofia taoísta, budista, I Ching (naureza), templos e igrejas.

    A soma de alguns conhecimentos próprio e alheios, as vivencias com alunos, colegas e professores, orientadores e amigos e também profissionais ligados a medicina ortodoxa.

     

    DISCUSSÃO

    A importância de olhar para o passado, observar o presente (refletir e filosofar) para poder projetar o futuro (novos horizontes) assim que se alcança a própria evolução.

    Apesar de me sentir às vezes leiga sobre o assunto e ser uma autodidata, usei muito e ainda uso o I Ching, e esse livro ajuda no meu caminho de evolução e no caminho de quem o utilizar. O I Ching foi baseado no principio do Yin e Yang (o Tai Chi, a grande energia).

    O Dr. Motoyama teve sua experiência pessoal com a kundalili, porém para isso usou o acetismo aquático todos os dias (banho de água gelada) por um longo período de tempo e com a prática conseguiu a levitação (o corpo já conseguia e se desligava do chão).

    Baseada em minhas experiências vivenciei as duas faces da energia da kundalini, percebi que quando ela está fluindo corretamente não existe desgaste físico ou mental, em caso dela não estar fluindo de forma positiva, ela desequilibra o corpo e a mente.

     

    CONCLUSÃO

    Conclui que os segredos de quem nós somos está nos chacras (kundalini) eles falam, eles sentem e pensam.Tudo está aqui no Tai Chi (grande energia) é o início de tudo, o começo da evolução humana. Cheguei à conclusão que todas as pessoas deveriam conhecer os chacras com profundidade para conhecer verdadeiramente a si mesmo e consequentemente conhecerá o próximo.

    O princípio do Yin e Yang está em tudo e em todo o universo porque sem essa energia, nada existiria no caso do nosso corpo essa energia flui através de nossa kundalini.

    Acredito que o conhecimento compartilhado é conhecimento em dobro, por isso compartilho.

      

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

    • Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    • Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    • Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    • Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    • Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Série Manu – Apostila número 2, segunda edição

    • Super Interessante – Edição 235 – Jan/2007
    • Curso de fundamento de I Ching – O Tratado das Mutações, apostila da Sociedade Taoísta do Brasil.

     

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - CRT 38660 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal Indiana

    Terapia Corporal Indiana

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque

     

    Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

    3. Princípio filosófico de origem.

    4. Noções básicas sobre os Chakras, Nadis.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

                  Tudo que desejamos no plano físico é possível de realizar se obtiver consciência de que a capacidade de criação é natural ao Ser Humano.

                  Devido às condições de preconceitos sociais, culturais e até mesmo religiosos, o ser perde essa capacidade de sentir e criar e passa a crê que tudo depende do mundo externo, das pessoas e quem sabe se DEUS permitir. Se sentindo vazio e frustrado.

                  A terapia corporal por si só já é um agente de carinho, permitindo que a pessoa se preencha deixando de está carente de algo que ela própria não sabe explicar. Apenas que é bom.

                  Agora imagine uma técnica que além de tocar o físico, possa tocar também o corpo energético, fortalecendo e sobrepondo a mente que boicota, para simplesmente Ser o que tem de Ser, na sua verdadeira forma de Natureza interna e individual.

                  Atingir verdadeiramente a sua essência através do toque (deeksha), insuflado através dos mantras e naturalmente o realinhamento dos chakras acontece.

                  A Terapia Corporal Indiana proporciona o realinhamento dos centros energéticos (chakra) e das emoções e conseqüentemente descongestiona o fluxo emocional negativo registrado na capa corporal.  Portanto além de extremo relaxamento, produz equilíbrio e auto estima, revigorando o desejo de ser feliz.

                 

                 

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

      

    Terapia Corporal Indiana Tântrica

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

     

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque.

     

                  Insuflar energia no corpo, limpando os elementos astrais com a identificação do toque.

                  A Terapia Corporal Indiana é uma técnica codificada através de preâmbulos advindos do livro denominado de tantra ensinando princípio comportamental de vida, onde o objetivo principal é um processo de higienização da mente, do corpo físico e do corpo emocional através de fórmula ritualística; incluindo o comportamento sexual ritualístico e metafísico. O toque é a parte principal do ritual maithuna (ato sexual metafísico). Sendo que os contextos deste toque (deekshas) foram transformados em uma técnica de Terapia Corporal sensibilizatória com o intuito de promover equilíbrio energético através do mantra, aroma, pranáyáma e manobras sutis corporal de forma circular para reconectar e polarizar a energia da pessoa que está para receber o deeksha (toque) levando a mesma ao conhecimento do seu EU INTERIOR.

                  Foi desenvolvida com a finalidade de integrar os sete corpos básicos, alinhando-os e purificando-os para que exerçam sua função da auto liberação da consciência. Em outras palavras, a Terapia Corporal Indiana Tântrica proporciona um encontro entre os elementos constitutivos do homem e os elementos essenciais do Ser.

                  O homem é terrestre, telúrico, corporal, o qual se expressa através de uma personalidade social, e sétuplo, testemunho incogniscível do Cosmos e do Ser-persona, onde está o Purusha.

                  O Purusha é o verdadeiro ser interior. Aquele que está acima e dentro do corpo, do etérico, do emocional, do mental, do intuitivo e dentro do espiritual. Domina todo ele, passivamente, aglutinando-os, mas não interferindo; organizando-os de modo não-perceptível.

                  Ao conjunto dos corpos sutis, tais como: emocional, telúrico, mental, intuicional e espiritual, dão-se o nome de psicocorpo (koshas). De modo geral, podemos chamá-lo de corpo psíquico, embora o termo não condiga com a totalidade do significado.

                  Esse corpo pode sofrer mudanças tanto benéficas quanto maléficas, dependendo de como nos comunicamos com ele. Ele sente os reveses do meio ambiente na forma de stress emocional, mental e sexual, influindo diretamente no corpo físico a nível neurológico e muscular, cristalizando-se numa gama imensa de reflexos.

                  Num esquema simples, poderíamos dizer que ao aplicarmos as manobras da terapia corporal no corpo físico, atuaremos também no psíquico. Esse procedimento se movimenta em ondas, do físico para o energético e para o emocional, do emocional para o mental, do mental para o intuitivo. Daí em diante então poderá se manifestar o Purusha. O ponto principal de atuação nesse corpo psíquico é através da respiração e dos mantras que será insuflando durante o toque físico usando como ponto principal os chakras para aportar o fluxo de energia emanada durante o procedimento de aplicação.

                  A Terapia Corporal Indiana surgiu do principio filosófico tântrico derivado da técnica do maithuna (ato sexual metafísico) que em sua primeira importância é adquirir sabedoria deixando de ser um ato sexual carnal para algo absolutamente transcendental.

                  A técnica desta terapia corporal consiste em deixar o ser humano mais sensibilizado e com a sua libido mais ordenada, podendo transmutar esta energia no dia-a-dia em forma pensamento, em forma trabalho ou em forma de expressão harmoniosa.                                                        

     

    3. PRINCÍPIO FILOSÓFICO DE ORIGEM

     

                  Tantra é um termo masculino, como em geral acontece nas palavras terminadas em "a" no idioma sânscrito. Tantra origina-se das palavras TANOTI (expansão) e TRAYATI (consciência), evocando a possibilidade de crescimento da consciência através do Sadhana (prática). A palavra também pode significar "livros". Livros onde são ensinados exercícios, história, ciência, filosofia, atitudes de higiene física e mental, bem como, modo de vida, sexualidade e atuação social. Todo tratado sistemático concernente à prática que leva à "expansão do ser" está representado pela raiz TAN (de estirar ou estender) e o sufixo TRA (instrumentalidade). Obtêm então a palavra TAN-TRA, ou seja, literalmente, "instrumento de expansão" do campo de consciência comum, para alcançar a supra consciência, raiz do Ser e receptáculo dos poderes desconhecidos que o tantra pode despertar e utilizar.

                  No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas. Já conheciam a atração interplanetária, a luz e sua velocidade, extensa teoria a respeito do calor, da gravitação, dos Nakshastras (casas lunares), bem como o ano lunar e solar. Enquanto as outras culturas do mundo ainda engatinhavam, na Índia se desenvolvia a ciência do som (sphotavada).

                  Toda a sistemática do Tantra se desenvolve principalmente através dos Tatwas (elementos: terra, fogo, água, ar e éter) que derivam a força de consciência macrocósmica. A Terapia Corporal Indiana Tântrica se desenvolve através de elementos físicos para dar ordem a elementos mais sutis. O resultado será de uma consciência pura, da energia de ação, energia de conhecimento. Traduzindo; É a recepção do ato de consagração, absorvido pelo o fluxo de energia desprendido da entoação dos mantras e, portanto serem o verdadeiro deeksha (toque divino).

                  O Nyasa (identificação): neste caso tem uma série de características especiais. Entre elas:

    a) identificação com várias partes do corpo físico.

    b) identificação com várias partes dos corpos sutis.

    c) identificação visual (auditiva externa ou interna) dos vários sons primordiais (bija-mantras ou mantra semente).

    d) identificação interior com as deidades evocadas.             

                  Por isso a Terapia Corporal Indiana é muito sutil e transcendental, a importância dela jamais será no corpo físico e sim no corpo sutil (espiritual ou energético). Depois de algumas sessões a pessoa que esta recebendo a energia passa ser um verdadeiro iniciado, mudando completamente seu padrão vibratório energético.

                  Num período muito curto ele perceberá que suas ações já não serão mais a mesma, ou seja, o ponto foco de clareza de um objeto emocional ou racional à sua frente passa ser dominável. Não sendo mais um grande obstáculo de 10 metros de altura, simplesmente é um obstáculo, mas, com 2 metros, ou seja, é possível pensar como transpô-lo.

                  Vamos relembrar ou conhecer os chakras que é a ponte principal para a passagem de energia aplicada nesta técnica.

       

    4. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE OS CHAKRAS

     

                  Chakras são centros energéticos que  trabalham em sintonia entre si e com todo nosso corpo físico e psíquico, estando inter-relacionados com os sistemas parassimpático, simpático e sistema nervoso autônomo. Sua função é vitalizar, equilibrar e interagir com o corpo físico e o corpo psíquico, trazendo o desenvolvimento para a consciência.

                  Chakra é a denominação sânscrita dada aos centros de força existentes nos corpos energético do homem; também são chamados de lótus ou rodas. O seu fluxo de movimento caminha por canais sutis denominados de nadis e seus canais principais são Sushumna, Ida, Pingala,

     

    • O chakra básico - Muladhara  Energia vital

                  Assenta o mundo dos instintos - consciente.

                  Consciência física. Posse Material

                  Discernimento espiritual

     

    • O chakra energético - Svaddhisthana  Fé - Confiança

                  É a entrada no inconsciente - novo nascimento se assim podemos dizer.

                  Impulso sexual e de luta.

                  Transmutação, Criação de uma nova personalidade

     

    • O chakra plexo solar - Manipura  Conhecimento

                  Assenta as emoções – paixões e o inferno produzido por si próprio.
                  Vida emocional instintiva e desejo de realização espiritual.

     

    • O chakra cardíaco - Anahata  Sentimentos

                  Começo do self - pensamento e valores.

                  Autoconsciência vital – Vida Afetiva – Amor Universal

     

    • O chakra laríngeo - Vishuddha  Percepção e purificação.

                  Reconhecimento da independência da psique - pensamento abstrato – conceitos -               produtos da imaginação.

                  Expressão psicológica – Inspiração e expressão criadora.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra frontal - Ajña  Conhecimento interior

                  União do self no todo, não no ego.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra coronário  Sahasrara  Sabedoria

                  É o suporte de o próprio SER.

                  Energia anímica - vontade

                  Realização espiritual.

     

    Veja abaixo  as funções, cores e  localização de cada chakra.

     

    1. Muladhara Chakra – (sico)

                  Este é o chakra que nos conecta as energias de terra, que nos enraíza. É a sede da Kundalini.

    Localização: Entre o ânus e os genitais, base da coluna vertebral.

    Glândula: Gônadas  Excitam a esfera dos sentimentos e desenvolve os instintos fundamentais

    Hiperfunção: Exagerados sentimentos altruístas e, ao mesmo tempo, egoístas. Forte vontade. Tendência à posse e ao domínio. Otimismo, expansão e iniciativa.

    Hipofunção: Timidez. Depressão. Apatia. Pouco rendimento qualitativo.

    Propósitos: Sentimentos sinestésicos, movimento.

    Lição espiritual: Interagir com o  mundo material.

    Giro: no sentido horário no homem – anti-horário na mulher

    Em desequilíbrio: Irritação, raiva, medo de viver, apego excessivo e baixo estima.

    Em equilíbrio: Confiança na vida, segurança pessoal, satisfação, estabilidade, força e coragem interior e auto-estima.

    Informações armazenadas no chakra: Convicções familiares, superstições, lealdade, instintos, prazer físico, dor, toque.

     

     

    2. Svaddhisthana Chakra –  (Energético)

                  É o centro de energia vital

    Localização: Quatro dedos abaixo do umbigo.

    Glândula: Supra Renal: Espírito de luta. Capacidade de reação. Energia das reações psíquicas.

    Hiperfunção: irrascibilidade, agressividade, espírito belicoso, ressentimento, inadaptabilidade, exaltação psíquica.

    Hipofunção: Exagerada sensibilidade a dor, perseverante, serio e trabalhador, mas dominado pela a tristeza e pela a depressão, neurastenia, submissão, abatimento.

    Giro: sentido horário na mulher e anti-horário no homem

    Lição espiritual: Manifestação, aprender a "deixar fluir".

    Em desequilíbrio: - Ciúme, possessividade, instintos reprimidos, tensão, tristeza.

    Em equilíbrio: Fluidez natural da vida em todos os sentidos: corpo e mente, entusiasmo, ações produtivas, franqueza, naturalidade.

    Informações armazenadas no chakra: Dualidade, magnetismo, controlando padrões, sentimentos emocionais (alegria, raiva, medo).

     

    3. Manipura Chakra - (Plexo solar)

                  Este é o chakra do centro do poder pessoal.

    Localização: Em média cinco dedos acima do umbigo (mas precisamente no centro do estômago).

    Glândula: Pâncreas

    Hiperfunção: apatia temperamental, lentidão psíquica.

    Hipofunção: depressão do tônus psíquico, excitabilidade, irrascibilidade.

    Propósitos: Entendimento emocional

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aceitação de seu lugar no fluxo de vida (amor-próprio).

    Em desequilíbrio: Tendência a moldar tudo sob seu próprio ponto de vista, egoísmo, inquietação, insatisfação, descontrole, nervosismo, ansiedade, falta de concentração, medo de novas experiências e medo de rejeição.

    Em equilíbrio: Auto estima, sensação de paz e harmonia, aceitação da vida e do próprio crescimento, autoconfiança, valorização das riquezas interiores e exteriores.

    Informações armazenadas no chakra do plexo solar: Poder pessoal, personalidade, consciência de o próprio ser dentro do universo (senso de pertencer).

     

     

    4.  Anahata Chakra –  (Chakra cardíaco).

                  Este  chakra é o centro da essência divina, do amor universal, inclusive é o que equilibra ou desequilibra os três primeiros com os três últimos chakras.

    Localização: No centro do peito.

    Glândula: Timo

    Hiperfunção: Emotividade excessiva, abulia, timidez, grande imaginação evocativa. Fator predisponente à preservação moral e sexual.

    Hipofunção: Apatia, debilidade mental.

    Giro: horário para a mulher e anti horário para a mulher.

    Propósitos: Abnegação, amor universal, perdão e paz.

    Lição espiritual: Perdão, amor incondicional, deixar fluir, confiança, compaixão.

    Em desequilíbrio: Doação excessiva de si, desespero, ódio, inveja, medo, ciúme, raiva, depressão, angustia, indiferença, brutalidade e frieza.

    Em equilíbrio: Amor, compaixão, confiança, inspiração, esperança, generosidade, solicitude, calma, alegria, equilíbrio.

    Informações armazenadas no chakra do coração - conexões com aqueles que amamos e o amor incondicional.

     

    5. Vishuddha Chakra – (Chakra laríngeo)

                  Este  chakra é a fonte da expressão e comunicação criativa.

    Localização: na garganta aproximadamente um dedo abaixo do pomo de Adão.

    Glândula: Tireóide

    Hiperfunção: Irreflexão, inconstância, impulsividade, inquietude, imaginação muito viva, insônia.

    Hipofunção: Apatia, lentidão nos processos psíquicos, inteligência atrasada, depressão, linguagem deficiente, muito sono.

    Propósitos: Aprender a  assumir responsabilidade pelas suas próprias necessidades, ressonância do ser, comunicação e expressão.

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aprender a render-se à vontade divina, fé, verdade sobre a  decepção.

    Em desequilíbrio: Dificuldade de se mostrar e expressar-se, tomar decisões. Insegurança, crítica, timidez, medo da opinião alheia e falta de autoridade.

    Em equilíbrio: Livre expressão de pensamentos, conhecimentos e sentimentos; criatividade na comunicação, voz potente e clara, eloqüência, capacidade de ouvir com atenção e com o coração honestidade interior, fé, vontade, sensação de total integridade.

    Informações armazenadas no chakra da garganta: Autoconhecimento, verdade, atitudes, audição, gosto, cheiro.

     

    6. Ajnã Chakra – (Terceiro olho)

                  Este  chakra é  o centro dos poderes psíquicos.

    Localização: No meio da testa, entre as sobrancelhas.

    Glândula: Hipófise

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e combatividade, tendência ao domínio, ao abuso. Crítica e rebelião, insônia

    Hipofunção: Vontade fraca, timidez, sugestionabilidade, atraso intelectual, dificuldade em manterá atenção, muito sono.

    Giro: sentido horário e sentido anti-horário.

    Propósito: Intuição e autoconhecimento.

    Lição espiritual: Entendimento, não identificação, mente aberta.

    Em desequilíbrio: Rigidez mental, racionalidade excessiva, vaidade em relação a própria inteligência, medo da verdade, confusão, fixação em determinadas idéias.

    Em equilíbrio: Agilidade mental, visualização desenvolvida, transcendência, abertura da intuição e visão interior, discernimento, inteligência emocional, conceito de realidade, capacidade de ver além das formas físicas.

    Informações armazenadas no chakra do terceiro olho: Ver com clareza e sabedoria, sabedoria, intuição, intelecto.

     

    7. Sahasrara Chakra – (Chakra da coroa)

                  Este é o chakra que nos conecta com a energia divina.

    Localização: No topo da cabeça

    Glândula: Pineal

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e compatibilidade, tendência ao domínio, ao abuso.

    Hipofunção: Atraso intelectual

    Propósitos: Sabedoria intuitiva, conexão para a espiritualidade, integração com o todo.

    Giro: sentido anti-horário nas mulheres e sentido horário nos homens.

    Lição espiritual: Espiritualidade, viver o momento.

    Em desequilíbrio: Falta de propósito, perda da identidade, medo de estar só, sentimento de separação do próprio "eu" transmitindo bloqueio aos demais chakras.

    Em equilíbrio: Descoberta do divino, facilidade para acessar diretamente o conhecimento superior a partir da conexão com o "eu universal", confiança, abnegação, humanitarismo, habilidade para ver o todo no fluxo de vida, devoção, inspiração, valores, éticas. Irradiação da vida com total plenitude e pureza.

    Informações armazenadas no chakra da coroa: Integração e conceito do todo.

     

     

     

    4. a) KUNDALINI - Fogo Serpentino

                  É energia ígnea, serpentina reside no chakra básico (Muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes:

     

    1. ANIMA (exigüidade). Esta é a faculdade que permiti identificar-se com a essência da menor parte do universo e do que ele mesmo é constituído. Permite ver o infinitamente grande (Mahima) ou, ao contrário, o infinitamente pequeno (Anima).


    2. MAHIMA (magnitude). Este é o poder de aumentar de volume, quer dizer, de alargar o círculo de sua consciência e de alcançar a plenitude do conhecimento do infinitamente grande.

     

    3. GARIMA (gravitação). Isto é relativo ao peso e à massa, e se aplica à lei de gravitação que é um dos aspectos da lei de atração. Este fenômeno é à busca dos yogues, ou seja, o estado de Samadhi.


    4. LAGHIMA (levitação). Esta é a possibilidade que tem o adepto de tornar-se mais leve que o ar, afastando a força de atração da Terra, e de desligar-se dele.


    5. PRAPTI (realizar o objetivo). Aquele que possui este poder tem a capacidade de atingir seus fins projetando sua consciência em todos os lugares que ele julga necessários, quer estejam sobre o plano físico ou sobre o plano cósmico. Este poder foi sempre muito utilizado pelos místicos do mundo inteiro. Prapti desenvolve também a clarividência, clariaudiência e telepatia.


    6. PRAKAMYA (a vontade irresistível). Este poder confere ao adepto a possibilidade de realizar todos os seus desejos pela força da vontade divina, quando esta vontade substitui, em parte, a vontade pessoal e seus desejos estão em perfeita harmonia com o plano divino.


    7. VASITVA (o poder de comandar). É o poder de tornar-se mestre das forças elementares da natureza, utilizando o poder do som criador ou mantra. Pela palavra sagrada, as vibrações são produzidas no éter e as diversas formas podem ser produzidas. Ato utilizado em grande feito de magia.


    8. ISATVA (o poder criador). Isatva se refere ao poder que tem o adepto de dispor dos elementos em suas cinco formas e de ressuscitar a vida no plano físico.

     

                  Estes elementos mencionados no item acima são de caráter de curiosidade e conhecimento. Estes aspectos devem se desenvolver através de prática específica para o desenvolvimento das energias de cada chakra.

                  A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

     

    5. OS ELEMENTOS E SEU SENTIDO OCULTO

     

                  “Saiba, que o Fogo (energia) é o primeiro tattwa; o Ar o segundo; a Água o terceiro; a Terra o quarto e o Éter o quinto.

                  “O primeiro tattwa é a panacéia que dá energia vital às criaturas e acaba com sua tristeza. O segundo provém de uma aldeia, o ar da floresta: ele desce da Água, é belo é delicioso e dispensa o poder de gerar. O quarto, pouco custoso, é produzido pela terra, dá a vida às criaturas e é a base da vida nos três reinos. O último tattwa, ó deusa, proporciona grandes alegrias; origem de todas as criaturas, sem começo e nem fim, ele é a raiz do universo. Assim falou Sadashiva de bom augúrio.”

     

    DEFINIR TATTWAS

                  É difícil definir os tattwas ou elementos, por serem ao mesmo tempo concretos e sutis, apesar de incomparáveis. De modo geral, os elementos não são objetos tangíveis, e sim, um conjunto de leis e força que condicionam um estado particular à matéria, estabelecendo-lhes propriedades específicas.

                  O elemento Terra (Priti), basta erguer a cabeça para o céu estrelado para se dar conta de que o universo é, principalmente, vazio. Entretanto, aqui e ali, a matéria cósmica torna-se densa, em vez de se distribuir uniformemente nesse vazio intergaláctico.

                  Partindo da definição de um elemento, todas as leis e todas as prodigiosas energias cósmicas que concorrem para essa densificação constituem o elemento Terra. Assim, nossa terra, simplesmente não passa de uma manifestação localizada do elemento Terra. O Sol e todos os corpos celestes são também manifestação do Elemento Terra, o mais elementar (evidentemente), pois estamos sentados sobre ele. De fato, cada átomo de cada objeto percebido é matéria cósmica densificada e faz parte de um corpo celeste incandescente. Nosso corpo é literalmente, sol resfriado, condensado.

                  O Elemento “Água” (Api) é aquele que mantém a matéria em estado líquido, a água é o fluido mais comum em nosso planeta, é o seu protótipo. Evidentemente mas que interesse há nisso? O interesse é enorme, pois esses fluidos são captadores dos ritos cósmicos, que, por sua vez, dirige todo o nosso biorritmo. O mais evidente desses ritmos é o das marés, que diuturnamente misturam os oceanos em respostas à atração lunar, mas também a solar e as marés sobre todos os líquidos do universo, não somente os de nosso planeta. Mas também, esses ritmos cósmicos não afetam só os oceanos; há uma mini maré num copo d’água, numa gota d’água: E, como no corpo 85 % é constituído de água, todo o biorritmo é a eles submetido.

                  Assim, por intermédio dos fluidos corporais, na morna intimidade dos tecidos, em cada célula, a lua e todos os corpos celestes regulam o imperceptível baile de ritmos vitais.

                  O “AR” (VAYU), embora saibamos é matéria em estado gasoso. Para o tantra, os gases veiculam energias cósmicas sutis.

                  Há milênios os tântricos sabem que o ar não é um gás inerte. Que ele “capta e transporta uma energia impalpável denominado ‘PRANA”, variável de acordo com a estação e o lugar. Eles sabem que nossa vitalidade depende dele e que “sua natureza é a do relâmpago”, intuição extraordinária, por isso é literalmente verdade.

                  Recentemente, a ciência (a biologia, em particular) se preocupava acima de tudo com a composição molecular do ar: azoto, oxigênio, gazes raros, e negligenciava sua ionização. Atualmente, sabemos que os átomos de oxigênio do ar podem ser ionizados, ou seja, ter um minúsculo “pacote” de energia excedente, portanto, disponível. Conforme a proporção de átomos de oxigênio assim ionizados, o ar pode ter propriedades vitais bem diferentes e, sabendo disso, os yogues inventaram técnicas especificas que permitem captar, acumular, controlar o Prana e aumentar nossa vitalidade.

                  O aspecto prático desse elemento está ligado às fontes de nossa vitalidade, aparece, por exemplo, na forma de Office sckiness, o “mal dos escritórios”, que ataca aqueles que vivem fechados nesses edifícios onde predomina o ar condicionado. De acordo com a teoria yogue, o “mal dos escritórios” se explica facilmente: um ar assim, sem prana, necessariamente mina a vitalidade e provoca diversos desequilíbrios. Após tê-lo ignorado ou desconhecido por muito tampo, começam pouco a pouco perceber isso, mas os orgulhosos edifícios de janelas trancadas ai estão e ficarão por muito tempo. Aqueles que são obrigados a viver neles restam o recurso de compensar esse déficit dedicando alguns minutos por dia aos exercícios de pranáyáma.

                  O ELEMENTO “FOGO” (TEJAS) é a matéria em estado “radiante”, por exemplo, a radiação do sol e das estrelas, mas também do fogo comum. Sem o elemento Fogo, nosso planeta seria gelado, pois o Sol não poderia irradiar seu calor até nós através da imensidão espacial, e nós ignoraríamos sua existência e das estrelas.

                  O elemento “Éter” (akasha) É o elemento alquímico que resistiu por mais tempo ao ataque da ciência. De fato, era axiomático considerar o vazio universal cheio de uma substância tênue ao extremo, que não oferecia nenhuma resistência à propagação das ondas e partículas de alta energia: parecia impensável quê o que quer que fosse pudesse ir propagando-se no nada. Tudo foi abalado em 1880, por causa dos resultados negativos das experiências de Michelson que queria comprovar a evidência do éter graças ao interferômetro ultra-sensível por ele inventado.

                  Para o Tantra, o elemento Éter - Akasha, E “nosso éter, ou seja, a matéria no estado mais sutil concebível, mais alguma coisa cientificamente indefinível (eu até diria “provisoriamente”), que eu chamaria, na falta de coisa melhor, de espaço dinâmico. Para o senso, ingênuo, o espaço é um grande buraco, inerte, no qual o Bom Deus concebeu o Universo. Certamente, não é essa visão da ciência, que, no entanto, não está muito melhor, pois ignora totalmente a natureza do espaço, alias, como também, a do tempo.

     

    6. Segredos dos cinco Pranas

     

                  Para que haja mudanças reais é necessário alterar a energia que cria. Este fato é verdadeiro na prática do Yoga. Para causar mudanças positiva no corpo e na mente devemos compreender a energia com qual se trabalha. A esta energia denomina-se de Prana significando a energia primordial. É traduzida a força vital, embora seja muito mais que isto.

                  Certamente o universo inteiro é uma manifestação do Prana, que é o poder criativo original. 

                  Em um nível cósmico há dois aspectos básicos de Prana.

                  O primeiro é o aspecto é a energia de Consciência pura que transcende toda a criação. O segundo ou o Prana manifesto é à força da criação própria. O Prana eleva-se a qualidade (guna) dos rajas, a força ativa da natureza (Prakriti). A natureza ela mesma consiste em três gunas: sattwa ou harmonia, que causam a mente, o rajas ou o movimento, que causa o prana, e tamas ou inércia que causam o corpo.

                  Certamente poder-se-ia discutir que Prakriti ou a natureza são primeiramente Prana ou rajas. A natureza é uma energia ou um Shakti ativo. De acordo com a tração ou a atração do Self mais elevado ou da consciência pura (Purusha) esta energia torna-se sattwica. Pela inércia da ignorância esta energia torna-se tamásica.

     

     

                  Relativo à nossa existência física, Prana ou a energia vital são uma modificação do elemento do ar, primeiramente o oxigênio que nós respiramos que permite que vivamos. Contudo enquanto o ar origina no éter ou no espaço. Prana levanta-se no espaço e remanesce-se conectada próxima a ele. Onde quer que nós criemos o espaço a energia ou Prana devem levantar-se automaticamente.

                  O elemento do ar relaciona-se ao sentido de toque. O ar em um nível sutil é toque. Com o toque nós sentimos vivos e podemos transmitir nossa vida-força a outra. Contudo enquanto o ar se levanta no espaço, assim que toca levanta-se do som, que é a qualidade do sentido que corresponde ao elemento do éter. Através do som nós elevamos e sentimos nossas conexões mais longas com a vida ao todo.

                  Ser do ser humano consiste em cinco koshas ou copos sutis:

    1) Kosha de Annamaya  alimento (Anna) - exame - os cinco elementos

    2) Kosha de Pranamaya - respiração  vital (Prana) - os cinco pranas

    3) Kosha de Manomaya - impressões  mente (Mano) exterior - os cinco tipos de impressões sensoriais

    4) Kosha de Vijnanamaya - idéias - inteligência - atividade mental dirigida – Conhecimento (Vijna).

    5) Kosha de Anandamaya - experiências - mente mais profunda - mente da memória, a subliminal e a superconsciencia – felicidade (Ananda).

     

    Pranamaya Kosha:

                  O Pranamaya Kosha é a esfera de nossas energias vitais da vida. Representa os três koshas – corpo mental (mente exterior, inteligência e mente interna) É atingível através da meditação dinâmica e as cinco impressões sensoriais.

    O melhor termo para o Pranamaya Kosha é provavelmente “corpo vital” para usar um termo do Yoga integral de Shri Aurobindo. O Pranamaya Kosha consiste em nossos impulsos vitais da sobrevivência, da reprodução, do movimento e da self-expressão, principalmente sendo conectado aos cinco órgãos do motor (excretor, urinário, genitais, os pés, as mãos, e órgão vocal).    

                  Uma pessoa com uma natureza vital forte se tornará proeminente na vida e pode imprimir sua personalidade no mundo. Aqueles com uma energia vital fraca o poder realizar-se muita tardia e ou de pouco efeito em cima da vida, geralmente estando em uma posição subordinada.

    O Pranamaya, entretanto, é importante para o trajeto espiritual é muito diferente do vital egoístico ou desejo orientado. Deriva sua força para as praticas espirituais que necessita de determinação e do poder pessoal. Na mitologia Hindu este Prana mais elevado é simbolizado pelo Sita-Rama, pode tornar-se tão grande ou pequeno como deseja, pode superar todos os inimigos e obstáculos, e realiza milagres com a energia vital, a curiosidade e o entusiasmo na vida junto com um controle dos sentidos e dos impulsos vitais realizam com aspiração elevadas.

     

    Os cinco Pranas

    O Pranamaya Kosha é composto dos cinco Pranas. O Prana preliminar divide-se em cinco tipos de acordo com seus movimento e sentido. Esta é a base da terapia ayurvédica e do o pensamento de hindu.

     

    Prana

    Prana, literalmente “o ar que move para diante, governa a recepção de todos os fluxos vitais: a ação de comer o alimento, de beber da água,  da respiração, à recepção de impressões sensoriais e de experiências mentais. É propulsor na natureza, ajustando coisas no movimento e guiando-as. Fornece a energia básica que nos dirige na vida.

     Apana

     

    Apana, literalmente o “ar que se afasta,” move-se para baixo e para fora e governam-se todos os caminhos da excreção e da reprodução (que tem também um movimento descendente). Governa o a eliminação do bolo fecal, da urina, expele o sêmen, líquido menstrual e o feto, e o dióxido de carbono através da respiração. Em um nível mais profundo governa a expressão das experiências sensoriais, emocionais e mentais negativas. É base de nossa função imune em todos os níveis.

     

    Udana

    Udana, literalmente “o ar ascendente,” os movimentos para cima e os movimentos qualitativo ou transformativo da vida-energia. Governa o crescimento do corpo, da habilidade de estar, do discurso, do esforço, do entusiasmo e da vontade. É nossa energia positiva principal na vida com que nós podemos desenvolver nossos corpos diferentes e evoluir na consciência.

     

    Samana

    Samana, literalmente “o ar balançando,” movimentos da periferia ao centro, com uma ação de discernindo. Ajuda na digestão em todos os níveis. Trabalha no intervalo gastrointestinal para digerir o alimento, nos pulmões para digerir o ar ou absorver o oxigênio, e na mente para homogeneizar e digerir experiências, seja sensorial, emocional ou mental.

     

    Vyana

    Vyana, literalmente “o ar circulante externo,” move-se do centro para a periferia. Governa a circulação em todos os níveis. Move o alimento, a água e o oxigênio durante todo o corpo, e mantém nossas emoções e pensamentos que circulam na mente, dando o movimento e fornecendo a força. Ao circular assim ajuda a todos os outros Pranas em seu movimento.

     

                  Os cinco Pranas são as energias que se distribui dentro dos tattwas em diversos níveis.

    Prana Vayu governa o movimento da energia da cabeça para baixo que é o centro Prânico no corpo físico.

    Apana Vayu governa o movimento da energia para baixo ao chakra da raiz. Samana Vayu governa o movimento da energia da parte traseira inteira do corpo. Vyana Vayu governa o movimento da energia para fora do corpo inteiro. Udana governa o movimento da energia do até a cabeça

                  O Prana governa a entrada das substâncias. Samana governa sua digestão. Vyana governa a circulação dos nutrientes. Udana governa a liberação da energia positiva. Apana governa a eliminação.

                  Isto é bem como o funcionamento da engrenagem de uma máquina. O Prana traz o combustível, Samana converte este combustível em energia, Vyana circula a energia aos vários locais da engrenagem. Apana libera os detritos ou produtos do processo da conversão. Udana governa a energia positiva criada no processo e determina o trabalho que a máquina pode fazer.

                  A chave à saúde e ao bem estar é manter nosso Pranas na harmonia. Quando um Prana se torna inaceitável o outro tendem a tornar-se desequilibrado também porque todos são ligados um no outro. Geralmente Prana e Udana trabalham o oposto da Apana como as forças da energização contra aquelas da eliminação. Similarmente Vyana e Samana são opostos como a expansão e a contração.

     

    Como o Prana cria o corpo físico?

                  Sem Prana o corpo físico não é mais do que uma protuberância de massa, gelatinosa com vários membros e órgãos. Ele circunda pelas os canais ou Nadis, através de que pode operar e energizar a matéria bruta em vários tecidos e órgãos.

     

    Prana Vayu cria as aberturas e os canais na cabeça e no cérebro para baixo ao coração. Há sete aberturas na cabeça, os dois olhos, as duas orelhas, as duas narinas e a boca. Estes são chamados de sete Pranas ou sete Rishis no pensamento Védico.

     

    Udana Vayu ajuda o Prana a criar as aberturas na parte superior do corpo, particularmente a boca e órgãos vocais. A boca, apesar de tudo, é a abertura principal na cabeça e no corpo inteiro. Poder-se-ia dizer que o corpo físico inteiro é uma extensão da boca, que é o órgão principal da atividade, de comer e de expressão físicas.

     

    Apana Vayu cria as aberturas na parte mais inferior do corpo, as dos sistemas urinário, genitais e excretores.

     

    Samana Vayu cria as aberturas na parte média do corpo, aquelas do sistema digestivo, centrado no plexo. Abre para fora os canais dos intestinos e dos órgãos, como o fígado e o pâncreas.

     

    Vyana Vayu cria os canais que vão às peças periféricas do corpo, dos braços e dos pés. Cria as veias e as artérias e também os músculos, os nervos, as junções e os ossos.

     

    Em resumo, Samana Vayu cria o tronco do corpo (que é dominado pelo intervalo gastrointestinal), quando Vyana Vayu cria os membros. Prana e Udana criam as aberturas superiores ou os orifícios corporais, enquanto Apana criar canais externos.

     

    Prana, entretanto existe não apenas no nível físico. O plexo é o centro vital principal para o corpo físico. O coração é o centro principal para o Pranamaya Kosha. A cabeça é o centro principal para o Kosha  Manomaya.

     

    Prana e a respiração

    Respirar é a principal função da atividade de Pranica no corpo. O Prana governa a inalação. Samana governa a absorção do oxigênio que ocorre principalmente durante a retenção da respiração. Vyana governa sua circulação. Apana governa a exalação e a liberação do dióxido de carbono. Udana governa a exalação e a liberação da energia positiva através da respiração, incluindo os sentimentos que alteram o movimento da respiração.

     

    Prana e a mente

    A mente tem também suas energias Pranica. Isto se deriva do alimento, da respiração e das impressões externas. Prana governa a entrada de impressões sensoriais. Samana governa a digestão mental. Vyana governa a circulação mental. Apana governa a eliminação de idéias tóxicas e de emoções negativas. Udana governa a energia, a força e o entusiasmo mentais positivos.

     

    Em um nível psicológico, Prana governa nossa receptividade às fontes positivas do relacionamento, do sentimento e do conhecimento com a mente e os sentidos. Quando desequilibrado os desejos cria instabilidade emocional. Tornamo-nos insatisfeito e geralmente fora do contrapeso.

     

    Apana em um nível psicológico governa nossa habilidade de eliminar pensamentos e emoções negativos. Quando desequilibrados gera-se depressões e nós começamos a sentir a obstrução com experiência desagradáveis que nos direciona para baixo na vida, fazendo-nos temíveis, suprimido e fraco.

     

    Samana Vayu dá-nos o sentimento e o contentamento na mente. Quando desequilibrado Nos agarramos às coisas e tornamo-nos possessivos em nosso comportamento.

     

    Vyana Vayu dá-nos o movimento livre e a independência na mente. Quando desequilibrado causa a desolamento, e alienação Nós somos incapazes de unir-se com os outros ou de permanecer conectados aqui e agora.

     

    Udana dá-nos a alegria e o entusiasmo e as ajudas nossos potenciais espirituais e criativos mais elevados. Quando desequilibrados causa o orgulho e o arrogância. Nós tornamo-nos infundados, tentando ir à elevação e perder a trilha de nossas raizes.

     

    Pranáyáma

                  É uma técnica de exercícios de respiração, No Yoga Sutras, as práticas do pranáyáma e do ásana são consideradas as mais elevadas das disciplinas de purificação da mente e do corpo.

                  As práticas produzem a sensação física de real calor, chamado tapas, ou o fogo interno de purificação. Este calor é parte importante no processo de purificação das nadis. No pranáyáma é focalizada a atenção na respiração e é conseqüentemente muito importante manter uma mente alerta, para os processos que estão sendo observados que são muito sutis. O único processo dinâmico do corpo é o ato de respirar. O Prana somente incorpora o corpo ao momento em que há uma mudança positiva na mente. Naturalmente, nosso estado da mente não se altera com cada respiração, a mudança ocorre sobre um período de tempo longo. Agora se praticar o pranáyáma você observará uma mudança da mente, pois significa que direcionou o prana através dos exercícios então as mudanças da mente podem ser observadas primeiramente em nossos relacionamentos com as pessoas.

     

    5. MÉTODO

                  A terapia corporal Indiana é aplicada da seguinte forma:

                  É necessário preparar o cliente como em qualquer outra técnica de terapia corporal, como quiropraxia no intuito de realinhamento vertebral para que se possa aplicar este método. É de suma importância que as vértebras estejam realinhadas, pois ela será o canal de passagem energético do trabalho sutil e de insuflação de energia.

                  A técnica da Terapia Corporal Indiana consiste em colocar o cliente confortavelmente na posição de decúbito frontal, com música suave, incenso e aroma no ambiente, luzes de tons azuis ou violáceas, para permitir a conexão de relaxamento. O terapeuta se colocará numa posição centrada de respiração rítmica procurando ao toque identificar a respiração do cliente, induzindo-o a um estado de respiração lenta e continuada até que a sintonia do cliente e do terapeuta esteja fluente. Depois deste momento as manobras são aplicadas em movimentos circulares dos pés em direção ao topo da cabeça e no momento em que for mudar a mão na posição do corpo, manter sempre a mão esquerda posicionada ao corpo do cliente para que ele não se sinta abandonado. Os movimentos são estritamente leves, apenas para que a energia possa fluir livremente pelos os canais sutis denominado de nadis. Feito isto sem perder o contato com o cliente, virá-lo para a posição em decúbito dorsal, trazendo a energia da mesma forma circulante em direção aos pés. As manobras poderão ser servidas de um óleo aromático constituído de rosa, sândalo e jasmim com o intuito de proporcionar a sutilização energética preparando a pessoa para a recepção do mantra que será entoada a seguir.

                  Terminando as manobras o terapeuta se sentará ao lado do corpo do cliente sem perder o contato e com toques com as pontas dos dedos indicador e médio unido um ao outro sempre tocando o centro de cada chakra, insuflando os bijas mantras (semente dos chakra) até que venha se posicionar sentada em frente ao topo da cabeça do recebendo. Onde serão insuflados mantras dos elementos com a função de consagrar, ou seja, o cliente estará recebendo um deeksha (um fluxo energético divino de iniciação), findando esta etapa deverá induzir o cliente em relaxamento falado com música de fundo sempre levando a se reconhecer como ser perfeito.

     

    CONCLUSÃO

                  Esta terapia corporal não tem intenção de debelar desequilíbrios físicos e sim desequilíbrios energéticos que na verdade onde se concentra a verdadeira dificuldade do ser humano. Apos receber o deeksha da maneira corrente o cliente terá sido codificado no seu corpo espiritual e sempre será levado a ponto do seu equilíbrio, mesmo que nunca mais receba esta técnica. Mas para que isto ocorra serão necessários à aplicação de pelo menos 10 sessões para que o realinhamento dos chakras ocorra. Estamos acostumados com vicissitudes da vida, portanto enquanto não é absorvida a energia o chakra não se equilibra por isso a necessidade de repetições.

     

    BIBLIOGRAFIA

      

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

    Em relação a Terapia Corporal Indiana – trabalho idealizado após curso com o Prof. Levi Leonel em 1983 – Rio de Janeiro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Vivência Tântrica

    Vivência Tântrica

    Ao encontro do coração e da prosperidade, assim como o equilíbrio da sexualidade e o fluxo da sensibilidade

     

     Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Libido?

    3.  Conhecimento sobre os elementos que se atinge no desenvolvimento do vivenciar.

    4. O que é Vivência tântrica.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

      

    I- INTRODUÇÃO

                 

                  A insatisfação por não produzir. O vazio por não saber amar ou não ser amado. O desejo que algo externo resolva a vida. Tudo se transforma em couraças. Onde o EU se esconde em manifestações de medo, timidez, agressividade, hipersensibilidade, improdutividade, egocentrismo. Ou ainda – “Eu sou o único” – “Sou o melhor” – “Sou eu que resolvo as coisas, ninguém faz melhor que eu” – “Eu sou festeiro e popular”. Esta última manifestação certamente é a pior forma de manifestar as couraças. Porque em algum momento do seu dia, vai se sentir exausto triste e solitário. “Não aceito falar de mim”, “Não vou transparecer o que sinto nunca, imagine!”

                  “Nunca deixo saber o que sinto e penso, não quero que invada a minha individualidade!”

                  Na verdade todas essas manifestações ou “qualidades” são fugas de si ou do mundo. É a dificuldade de apalpar a si mesmo, de si amar. Se você não se ama, não pode saber amar.

                  Se você não se equilibrar não pode perceber rapidamente e sensivelmente a forma de ensinar a se equilibrar.

                  Para o principio tântrico o equilíbrio e o desequilíbrio é um leela (jogo) uma dança no fluxo cósmico.

                  Se você simplesmente dançar o leela acontece. Você vira a água nas tempestades. O vento no vendaval. A chama na fogueira.

    De forma lúdica e sincrônica vivencia tudo aquilo que é natural em si. Você não pensa mais. Apenas sente ou simplesmente é.

                  O EU SOU ou SO HAM passa a fazer parte em cada inspiração e expiração. Inspirar e expirar constantemente em sincronia com o que deseja fará com que se conclua. Basta ensinar a mente a simplesmente ser e não mais comandar.

                  Descodificar a mente para que ela entre no leela cósmico é simples. É necessário dar à ela aquilo que não é metódico.

                  Há de convir que desde 3 ou 4 anos da idade cronológica que sua mente aprende apenas a se defender de que:

    “ “Isso não pode” - “Isso não deve” - “Seja homem” - “Seja educado no sentido formal” -”Seja rico para ser homem de bem” - Ou, pior ainda: “Quem ficou rico é inescrupuloso” ”.

                  Para as mulheres: “Olha todos os homens são iguais” - “Homens não prestam”

                  Para os homens: “Cuidado mulher é um bicho” – “Mulher é interesseira”

    Em relação ao sexo então:

    Mulheres: ”Sexo é proibido” – “Não seja sensual é feio” –

    Homens: “Para ser homem precisa ser garanhão, se não deixará de ser homem”. Para as pessoas que estão na faixa entre 40 a 60 anos cronológicos é o sentimento que impera e comanda o mental, agindo de forma inconsciente e produzindo resultados negativos. E ai o insucesso é fatal em quase todos os planos da vida.

    Enfim, infindáveis fórmulas chavões para o insucesso, o desamor, a timidez e a má relação consigo próprio. A mente codifica e lidera a frente da real sensação, desviando do verdadeiro caminho individual de simplesmente ser Natural – Integro e amável e feliz.

                  Vivenciar as emoções aparentes e sentir o coração é um caminho lúdico e sensorial, produzindo a capacidade de aumentar o fluxo da intuição, aumentar o fluxo do sentir.

                  Para isso basta utilizar-se das técnicas que o tantra propicia. Que álias, no ocidente muito bem elaborado através do contato popular com o OSHO.

                  Eu me permeio através do Tantra matriarcal e antigo onde o fluxo feminino (Shakti) que é responsável pelo o espírito das realizações natural. Simplesmente SER e Vivenciar pelo o fluxo da libido.

     

    2  - O QUE É LIBIDO?

                  Vamos conhecer a real conotação da libido em relação à parafernália tântrica, tão confundida e mal interpretada pelo o ser ocidental e os ditos “tântricos”

                  Fala-se em libido, entende-se sexo. Sexo é o significado principal e final apenas para aqueles que ainda não a entendeu ou para aquele que não sabe direcioná-lo e assim utilizar-se desta força encantadora e mágica.

                  Libido é a mola propulsora para tudo que se pensa em sentir e fazer.

                  A libido é uma energia pura incandescente no ser humano manifestada através do ato de sentir prazer.

                  O prazer de comer em equilibro = saborear.

    Mas em desequilíbrio entra em compulsão do comer porque essa forma de sentir é fálica.

                  Libido organizada faz fluir o trabalho = Prazer - produz êxtase.

                  Libido desorganizada = O trabalho não flui - não há energia propulsora.

                  O prazer de amar ao tocar o filho, o coração treme. Porque o amor é puro e transcendente. A libido ai está presente no sentir, pois provoca êxtase, felicidade.

                  O prazer de amar o sexo oposto, todos que se apaixonaram conhecem a libido se manifestando e é a forma que todos a identificamos.

                  Mas libido é o calor na pele, sem está calor. É o arrepio de uma caricia. É o ouriçar dos pelos quando se emociona. É a alegria nos olhos. É ainda a lágrima nos olhos quando se ri gostoso. É ouvir uma música e se arrepiar. É perceber o nascer de uma flor e se sentir emocionado. É ver uma criança nascer e se emocionar.

                  Quantos já desconhecem estas sensações? Se não sentem e não percebem isso, não pode mesmo perceber que a libido está além do tesão pelo o sexo oposto.

                  Alias se não sentem isso, já não consegue mais sentir Excitação pelo o sexo oposto. Acabou a excitação por si.

                  Vivenciar significa buscar isso dentro de si e por si mesmo.

                  Perceber que ao respirar, a pele se manifesta, Ao dançar o corpo arrepia, apenas no sentir da música e bailar suas emoções numa dança de sensações, sem pensar. Somente sentir e reaprender a amar-se.

                  A Libido movimenta a vida, a alegria, rejuvenesce e vitaliza.

                  Onde está a libido?

                  O tempo inteiro em você mesmo, basta um respirar profundo e ela se manifesta.

                  Basta um carinho do sexo oposto e ela se manifesta – Conhecido por todos, não é mesmo?!

                  Mas, se a música certa tocar também se manifestará. Quem aprende a conectar a libido, não ficará mais triste além do necessário. Porque saberá a medida exata do sentir.

                  Aprendemos que as pessoas importantes na vida são nossas: meus filhos, meu homem ou minha mulher, minha amiga (o), etc. Puro exercício de ego.

                  A libido direcionada de forma harmoniosa você saberá que deve apenas sentir e vivenciar. E que o conjunto de relações pessoais e interpessoais são feitas para interagir e não para possuir.

                  Porque a única posse que de verdade temos é o “EU” esse sim possuirá os efeitos de tudo que permeia a vida. E a forma de manifestação no físico do EU é através do permear da libido que é energia pura e criadora.

                  Criadora da prosperidade na forma plena da palavra.

                  Esse é o verdadeiro passo para a abundância. E o verdadeiro “Tesão” pela a vida. Sem medo, sem pré-conceito, sem negações. Simplesmente viver poeticamente a vida.

    Eu acredito piamente que o Ser passa pela a terra com a única função de vivenciar e sentir a abundância no leela (jogo ou dança) cósmico e na terra. Aprender lidar significa adquirir o nirvana. Ou seja, transcender a consciência através do coração.

                  Abundância está em todos sem distinção de raça ou credo. É para todos aqueles que se permite.

                 

    3- Conhecimento sobre os elementos que se desenvolve na prática vivencial.

     

    ANÁLISE SINTETIZADA DOS CORPOS HUMANOS.

                                                           

    1- CORPO - Anna Kosha (corpo ilusório de alimento).

                  É o nosso corpo físico grosseiro, constituído dos cinco órgãos dos sentidos: ouvido (som), pele (tato), olhos (visão), língua (paladar), nariz (olfato) e dos cinco agentes da ação: boca, genitais, mãos, pés e orelhas. Sua capa muscular, os nervos e ligamentos, bem como a sua estrutura óssea armazenam as tensões vindas dos corpos superiores, sobrecarregando alguns órgãos que sobrecarregam outros, numa cadeia de sintomas às vezes complexos. O corpo físico reage aos claramente através de movimentos, exercícios, danças e toques. Seu centro-realimentação está nas gônadas, portanto na área sexual, e seu estágio é o do mineral, dentro da natureza, como um todo, e seu oposto complementar é o olfato (narinas). Seu elemento é a Terra (ossos, dentes e unhas).                                                                                                                                                                                         

    2 - CORPO - Prana Maya Kosha (energético etérico)

                  É um corpo constituído de prana etérico, comanda os órgãos dos sentidos e contém os cinco sentidos sutis: éter, ar, fogo, água, terra aspecto prânico, energético. Alguns autores dizem que existem 300.000 canais que transportam prana, outros 72.000 que formaria o corpo etérico visível facilmente. Sua emanação energética vem das supra-renais próximos ao umbigo, e seu aspecto sutil, invisível, se relaciona também com os minerais. O corpo energético reage ao respiratório em geral, aumentando consideravelmente seu brilho externo ao corpo, com um pequeno número de exercícios de respiração. Esse corpo transmite as sensações dos corpos sutis para o físico, formando uma ponte de ligação entre as emoções e os músculos e nervos. Seu oposto complementar é a língua e o paladar. Seu elemento é a água.

     

    3 - CORPO - Kama Maya Kosha (desejo)

                  É o nosso corpo das emoções telúricas. O ponto central do corpo astral está no estômago (plexo solar) e sua irradiação sutil está relacionada com a vontade (volição) e com o desejo. Sua manifestação mais clara é o instinto, a reação reflexa, ou seja, é o órgão que se manifesta com um emocional expansivo e forte. “Ele irradia “nosso estado de espírito e é afetado pelo que vemos” o que os olhos não veem, o estômago não sente”. Está intimamente ligado com o pâncreas diretamente o sentido da visão. Seu elemento é o fogo e atua na combustão dos alimentos e reage ao desejo e à vontade.

     

    4 - CORPO - Ananda Maya Kosha (felicidade)

                  É localizado no centro cardíaco e é o nosso corpo das emoções afetivas e amorosas. É grandemente estimulado pelos vegetais superiores como legumes, verduras e frutas. O sentido do tato está intrinsecamente relacionado com o coração e se expressa de modo claro nas relações de empatia com outro. Seu elemento é o ar reage aos sentimentos em geral.

     

    5 - CORPO - Manas Maya Kosha (conhecimento)

                  O Manas (mente) se manifesta como intelecção e memória sendo essa a função desse corpo. Seu elemento é o éter que está relacionado com os ouvidos.

    É um corpo que se manifesta no nível da garganta em seu aspecto mais sensorial a reage aos Mantras de “H” aspirados, como no Inglês de horse. Seu corpo é de manifestação sonora e, portanto, o som faz vibrar em ondas que vão do mental ao intuicional.

     

    6 - CORPO - Jñana Maya Kosha (sabedoria)

                  Este corpo se manifesta como sabedoria pura, percepção clarividente. Ele reage à ação contemplativa, após as vibrações da mente cessar. Reage ainda aos Bija-Mantra, e especificamente, aos sons nasalizados. É a sabedoria após o conhecimento.

     

    7- CORPO - Buddhi Maya Kosha (corpo ilusório feito de intuição)

                  É o mais próximo da mônada espiritual humana. Não tem som específico, nem reage ao toque, mas como é um arquétipo humano reage aos símbolos inconscientes tais como, os Mandalas ou Yantras e os Mula-Mantra, tais como o “OM”.

     

                                              OS SETE PLANOS e as suas cores

    Podemos entrar em contato com cada plano vibrando na sua cor correspondente.

    FÍSICO

    1- PLANO - FILOSÓFICO - LIGADO AO CORPO FÍSICO - (MINERAL)

                  É o plano mais denso que trata do material, do físico, é onde o indivíduo se relaciona com o outro através de atitude e postura física. Através desse plano, aprendemos a constituição do homem centenário, do macrocosmo e do microcosmo sempre por meios dos estudos ou da filosofia esotérica começando a compreender a história da evolução do homem.

    COR AZUL - Representa a espiritualidade, a energia cósmica, dependendo da intensidade do azul ele sugere crescimento e evolução espiritual - mais intenso = a necessidade de contemplação serena, menos intenso = verificar os sentimentos descontrolados.

      

    2  - PLANO - ARTÍSTICO - LIGADO AO CORPO ENERGÉTICO - VEGETAL

                  É o plano onde começamos a perceber a energia vital, através de meditação das nossas próprias atitudes e organização dando-nos conta do mundo que nos rodeia. Por esse plano começamos a trabalhar o mundo das cores do som, da harmonia, do ritmo, e como eles afetam nosso corpo energético.

    COR AMARELA - Muito positivo, significa sabedoria, representa um guia interior ou o nosso lado superior (eu) concretizando os nossos ideais, indica clareza e luz.

    COR LARANJA - Maior energia, entusiasmo, juventude, alegria, favorece empreendimentos.

     

    3 - PLANO - POLÍTICO - LIGADO AO CORPO EMOCIONAL - ANIMAL

                  É neste plano que começa a evolução do homem, é através da razão que controlamos as nossas emoções, quanto menos oscilarmos o nosso corpo emocional, mais nos tornou estáticos. Não ser instável é ser um verdadeiro político e manipulador da energia da vontade. É através de leis e regras interiores que o mental controla o emocional e podemos através desse plano criar novas atitudes, nova cultura, nova civilização.

    COR ROSA - Simboliza o amor, a afeição sem paixão (amor universal) significa proteção, traz insegurança, suavidade das emoções.

     

    4 - PLANO - EDUCACIONAL - LIGADO AO MENTAL CONCRETO (HOMINAL)

                  É o plano da meditação, e onde também atua a evolução do homem, este plano está muito ligado ao plano político. É onde educamos nossas energias através da meditação das próprias atitudes e organizações. Através desse plano estamos ligados a ciência da iniciação.

                  O resultado do estudo e prática dessa ciência produz o verdadeiro homem consciente.

    COR BRANCA - Simboliza a pureza da inocência e ingenuidade, é a cor da juventude, a pureza do coração e a simplicidade, traz a facilidade da transmutação de energia, equilibra as energias negativas. 

    MENTAL

    5 - PLANO - CIENTÍFICO - LIGADO AO MENTAL ABSTRATO.

                  Este plano faz parte do plano mental que é ligado ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados a seres superiores que nos enviam através de canais, todas as técnicas da ciência para que possamos atuar com mais perfeição em nossas vidas.

                  Conseguimos compreender a ciência de vida e espaço (onde o outro começa e você termina), ou seja, mais sensibilidade, termos condição de entender as leis ocultas do cosmos, a lei da evolução e do Karma. É nesses planos que poderemos ajudar o outro com a ciência da sabedoria.

    COR VERDE - Simboliza vida, fertilidade e criatividade, afinidade, diplomacia e adaptabilidade, regeneração.

      

    6 - PLANO - INTUITIVO - LIGADO AO CORPO DA INTUIÇÃO

                  Neste plano nós seremos mestres de nós mesmo, será o fim dos falsos mestres e profetas.

                  Dentro deste plano teremos o contato com a hierarquia oculta, e a cooperação desses seres dentro do nosso trabalho de evolução pessoal. Teremos também total controle de nosso ego.              É neste plano que teremos o conhecimento da Nova Era.

    COR VERMELHA - Simboliza a energia ativa em grande quantidade, fluxo da vida, vitalidade, traz o impulso da vida, a vontade de vencer, o poder.

      

    7 - PLANO - INTEGRAÇÃO - LIGADO A CENTELHA DIVINA

                  Neste plano teremos total controle das leis do físico. Sendo assim poderemos ter maior domínio sobre nós mesmos em relação ao relacionamento entre matéria e espírito, alma e personalidade. Seremos mais honestos com nós mesmos e assim estaremos mais harmonizados com o universo. A nossa canalização estará aberta com total integração com o cosmos.

    COR VIOLETA - E a cor ligada a espiritualidade, traz o conhecimento e a magia, representa a consciência cósmica, representa a evolução interior com pleno conhecimento da realidade traz a sensibilidade e individualidade

     

    KARMA

    Karma é a lei de causa e efeito. Qualquer atitude tomada ou pensada cria uma reação na vida física ou na vida astral.

     

    TIPOS DE KARMA

    1 - Karma Individual - É quando você é totalmente responsável pelos seus próprios atos.

     

    2 - Karma Familiar - quando os atos interferem nas atitudes das pessoas da sua família negativamente ou positivamente.

     

    3 - Karma Coletivo - quando seus atos estão ligados a comunidade que você se relaciona.

     

    4 - Karma Racial - parte da sua opção, que você teve antes de nascer, em ser branco, negro, vermelho, ou amarelo.

     

    5 - Karma Nacional - Você nasce no país que melhor se adapta a sua missão, para que sua vida possa fluir melhor.

     

    6 - Karma Mundial - Nós optamos nascer nesse planeta porque nosso padrão de consciência é o mesmo dentro da evolução desse sistema, e nossas atitudes particulares pode modificar uma atitude um planeta inteiro.

     

    7 - Karma Universal - É quando nós já conseguimos obter uma consciência cósmica e nossas atitudes são todas voltadas pela Paz Universal.

     

    SENSO DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada ação temos um grau de responsabilidade a cumprir.

                  Responsabilidade - É a habilidade de dar uma resposta a si mesmo. A partir de agora seja responsável por si só. Voltando-se para dentro e repensando os seus atos.

                  Para cada ação existe uma reação e você é o centro de sua vida. Tomar consciência do seu poder e criar as situações que vivem, é ser 100% responsável por si mesmo.

     

    TIPOS DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada plano temos um tipo de responsabilidade a cumprir.

    1 - Paciência: É a habilidade de suportar as primeiras mudanças do ego que causam ilusoriamente dor e sofrimento.

     

    2 - PERSEVERANÇA - É a habilidade de se conservar firme e constante, permanecer sem mudar ou sem variar em cada atitude tomada mediante a um objetivo.

     

    3 - SEGURANÇA - É a habilidade de estar confiante em si mesmo e na vida.

                 

    4 - GENEROSIDADE - É a habilidade de ir ao encontro das necessidades dos outros sem desperdício de tempo e matéria, é a disposição para compartilhar.

     

    5 - TOLERÂNCIA - É a habilidade de compreender os motivos e pontos de vistas dos outros tão precisamente quanto possível, é o poder da supervisão.

     

    6 - SENSIBILIDADE - É a habilidade de sentir as próprias necessidades e a dos outros, é uma grande virtude e desenvolve independência e desperta confiança em si mesmo.

     

    7 - HUMILDADE - É a habilidade de se contrapor ao seu ego e vaidade e aparentar o que você é na realidade.

      

    DHARMA - O CAMINHO PESSOAL

                  Alguma de nossas emoções advém de registros/código, que chamamos cósmicos, e têm um princípio básico de inconsciência, e podemos colocar nessa lista as pulsões sexuais como uma necessidade imanente nos seres vivos de proliferação da espécie. O desejo sexual então, é o impulso genésico do ser vivo e é esse mesmo impulso que leva o homem e mulheres a se unirem na intenção inconsciente de procriarem, e estes impulsos acrescidos das intenções emocionais, também delineiam o caminho de uma pessoa (Dharma).

                  Dizemos então, que todos estão onde devemos estar, onde precisamos estar, onde merecemos estar, pois nossa intencionalidade e nosso adhikara (índole, temperamento, caráter, dom inato) nos colocaram ali; havendo consciência do modo pelo qual trabalhamos nossas intenções, nos iluminamos e podemos traçar, então, qualquer caminho.

                  O Dharma é o caminho, é o destino e é também o caminhante. O Dharma será concebido por aquele que se concentra no agora, aqui, usufruindo do ato de caminhar como a única meta, conquistando serenidade. Este caminhante saberá que não há nada a ser feito no futuro, um destino pré-existente a ele que deverá ser cumprido. Há sim, uma fatalidade das emoções, aquelas mesmas emoções que atraem certas desgraças pessoais, inexoravelmente; essas emoções que é traduzida como intencionalidade.

                  Intencionalidade do ser humano depende de um fator muito importante, melhor dizendo, imprescindível, que é a relação com o outro indivíduo, outra sensação, outro desejo. Sem a reciprocidade de intenções inexistiram as relações interpessoais e, portanto, não haveria a possibilidade de crescimento pessoal e muito menos de estudo das próprias emoções e sensações. Seria impossível a percepção sequer da existência da intencionalidade.

     

    O CORPO É O INCONSCIENTE HUMANO

                  Todo ser humano é uma soma de adhikara mais comportamento personalizado. O Adhikara e a personalidade “marcam” o corpo de acordo com suas características, somando a esta herança genética, que engendra o corpo junto com aquelas emoções e impulso do caráter. Dessa interação nascem corpos saudáveis ou não.

                  A saúde ou doença são balizamentos que o corpo cria para regrar a senda de seu habitante. Ele tem o código do adhikara de uma pessoa e sempre que essa pessoa mente para si mesma ou trai suas emoções profundas ou frusta-se consigo mesma, sem estarem conscientes desse fato, males físicos sobrevêm e tensões energéticas, nervosas e glandulares avassalam suas estruturas. Neste sentido dizemos que a doença é um bem maior, na medida em que ela tem a função de avisar, através do corpo, sobre a condição da emoção.

                  O ser humano é dotado de seis diferentes consciências para se manifestar no seu ambiente vital, no seu eco sistema.

                  Infraconsciência - é a consciência genésica, sexual, procriadora, mantenedora da espécie humana. Trata-se da atração magnética onipresente na vida das pessoas, traduzidas simplesmente em atração sexual entre os seres. Os principais pontos de tensão da infraconsciência são:

    a) Impulsos genésicos, geradores, procriadores;

    b) Rege todos os órgãos do sentido.

    c) A expressão mais sutil em termos de fluidos corporais tais como sangue, linfa, hormônios, líquidos sinuviais, liquor espinhal.

    d) A infraconsciência está ligada ao reino mineral e vegetal.

                  A natureza por si só é regida pela a força que se traduz na fórmula vive melhor quem melhor pode viver e no estigma da força e esperteza. Por isso os homens competem em seu dia-a-dia chegando as raias da morte, porque ainda contém o código de defesa da vida contra o agressor. As pessoas ainda se sentem mortalmente feridas ao perder um lugar na fila, ou o troco a menos na padaria, etc. Essa agressividade ainda pode ser canalizada pelo processo civilizatório por simples falta de tempo. Algo nas pessoas as faz defender o que é delas às tapas, mesmo que seja apenas algumas moedas, transformando isso tudo em neuroses.

     

    Subconsciência é responsável pela nossa contínua experimentação das nuanças do corpo energético que tem sua base no Chakra energético (Svaddhisthana). Veja as várias partes do indivíduo que são regidas por esta mente.

    a) - Motricidade corporal: função motriz dos nervos e órgãos.

    b) - Aprendizado reflexo de atividades automatizava;

    c) - Está também ligado ao mundo mineral e vegetal;

    d) - Seu centro físico são as supra-renais.

    h) - Os órgãos dos sentidos.

                  A subconsciência está ligada ao movimento corporal em si mesmo. Podemos exemplificar dizendo que uma criança aprenderá a andar sem ter uma imagem para se basear. Mas não falará uma língua a não ser que possa ouvi-la. São funções de diferentes consciências. A motricidade faz parte do código da subconsciência; o impulso de andar é infraconsciencial, mas a energia para criar o movimento e do subconsciente.

                  O subconsciente está para a sensibilidade vegetal, ou seja, não permanece “estático” como o reino mineral, sob os influxos de tempos muito mais longos que as medidas de tempo do reino vegetal. Além disso, podemos dizer que o vegetal contém e organiza o mineral em seqüências sensíveis que contém os sentidos do tato, algo praticamente inexistente no reino mineral bruto. Portanto a sensibilidade táctil é uma capacidade muito afeita ao chakra energético, que seria a sede do subconsciente.

                  A subconsciência é energia prânica, que em termos gerais pode ser manipulada e automatizada, em última análise, a força do “campo de energia” Esse deposito de energia (prana, Ki, Chi, orgônio), é uma inesgotável fonte de poder que é usada também para proceder as transformações, magnética através das mãos. Esse “órgão” energético está para o tato nos vegetais e tanto na visão como audição nos seres humanos, embora sua maior regência seja a sensibilidade tátil.

                  Os desequilíbrios psíquicos do subconsciente - Todas as perdas de motricidade por traumas emocionais, medo, sustos, são relacionadas com essa mente. Os delírios generalizantes estão relacionados com perda mineral (coloca os pés no chão) e hipersensibilidade nervosa. Convém dizer então que toda a rede nervosa, que vai do cérebro à superfície da pele é a manifestação física da rede Pranica (ou nadis), os condutos do Vayu pelo o corpo. Isso equivale a dizer que as repetições de gestos do modo distorcidos e até esquizofrênico em vários graus e perda de consciência espacial por envelhecimento.

     

    O INCONSCIENTE

                  No inconsciente fica a sede das emoções e intenções do indivíduo. Provavelmente neste ponto, na altura do estômago, diafragma e tórax, fica os códigos do Adhikara aquele elemento sutil de discernimento do temperamento e da alma de uma pessoa. Além disso, podemos alinhar as seguintes organizações psíquicas que o inconsciente promove:

    a) Todo o processo onírico (sonhos), vigília;

    b) Emoções impulsivas raivas e pânicos;

    c) Emoções de vontade, desejos;

    d) O condicionamento social;

    e) Psicose em geral;

    f) Chakra solar e cardíaco;

    g) Reações vegeto /animais.

    h) Os órgãos em que atuam as energias inconscientes: fígado, baço, vesícula, pâncreas, estômago, duodeno, coração, pulmões, timo.

                  O inconsciente está relacionado ao que chamamos corpo astral, portanto, invertendo, podemos dizer que o corpo astral é o corpo inconsciêncial. Nesta mente ocorrem os sonhos e os transportes para fora do corpo, tanto inconscientes como conscientes; as várias mensagens através dos sonhos são regidas por essa região corporal.

                  As preferências, os medos, as raivas, prepotências, orgulhos, inseguranças, estão para esses chakras; o chakra cardíaco e os órgãos pulmões e coração viabilizam na emoção os impulsos e desejos, e no organismo prânico as energias dos cinco pranas que ficam então, vinculados ao inconsciente e de certo modo direcionados pelas emoções.

                  As emoções são as impulsionadoras dos Vayu pela corrente nervosa eletro-magnético, corrente essa ligada aos rins e supra-renais. A hipertensão arterial é uma dessas confluências de tensão emocional inconsciente e bloqueio energético (prânico) subconsciente não raramente com a infraconsciência.

                  O inconsciente é responsável pela automatização das sensações, ou seja, essa mente cuida para que o indivíduo tenha uma espécie de condicionamento, para dar a resposta emocional esperada de um indivíduo social.

                  Por isso dizemos que são chakras dos reflexos condicionado social, onde as pessoas agem sentindo certas emoções reais.

                  Nossas mentes podem assinalar o reflexo condicionado do amor “que tem de ser de tal modo”, para corresponder as necessidades do processo civilizatório.

                  Grande parte do amor que o indivíduo sente, na verdade está relacionado apenas com as condições necessárias para sobrevivência, seja moral (religião, justiça social), ou afetiva (matrimônio, filiação, economia). O amor verdadeiro não viria, então, mesclado de nenhuma necessidade ou receio, por isso não se condiciona a nenhum modelo político, cultural ou econômico. Esse amor é quase impossível, porque é absolutamente revolucionário e incompreensível para as forças do ego inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Neuroses e psicoses do inconsciente - relacionados entre homens e mulheres, afetivo/sexuais, são extremamente bem assentadas no plano inconsciente. É nessa mente que a pessoa, por condicionamento sócio-econômico-cultural, força a si mesma a fazer certas ligações afetivas, amorosas, filiais, paternais, maternais, fraternais, sem estarem sendo honestas consigo mesmas e com o outro. São as relações constituídas de fachadas tão bem arquitetadas, que a mãe e o pai, se sentem responsáveis até a própria morte, por passarem essas “verdades” aos filhos.

    - Neurose de eficiência num trabalho, escolhido por modelos financeiros e não emocionais.

    - Conflitos entre os objetivos da pessoa e os objetivos das organizações/ emprego, nação, etc.

    - Excesso de objetivos, objetivos inalcançáveis, objetivos imprecisos, competição. Atingir certos objetivos e ficar na incerteza de que fez o melhor possível.

    - Casamentos que não satisfazem necessidades inconscientes, mas permanecem sendo mantidos por condicionamento amorosos sociais.

    - Angustia de ter uma família ideal, sonho do paraíso social.

     

    CONSCIÊNCIA

                  É uma parte que responde e processa o resultado das aquisições das outras mentes ou consciências e das 10 percepções humanas. Percebe-se então que os sentidos dão informações que a consciência usa para sua própria ampliação e percepção; a consciência não está em nenhum momento separado das 3 primeiras emissões mentais.

                  A consciência está para a intelectualidade e a razão; vamos ver como se desenvolvem suas várias atuações:

    a) A mente consciente atém-se aos resultados das outras 5 mentes racionalizando-os e arquivando-os para uso em momento oportuno.

    b) - Está dirigido para a intelecção, o entendimento;

    c) - É analítica, faz aferição.

    d) - Situa-se no chakra laringe.

    e) - Os órgãos regidos pelo chakra laríngeo (cognição) são: tireóide, cordas vocais, cérebro, laringe, úvula, dentes.

                  Através da mente consciente analisamos e entendemos certas ações que podemos automatizar com o sub e o inconsciente desde que a emoção se satisfaça plenamente com a mudança. A emoção aqui lembrada se refere às sensações do adhikara, que jamais se acalmam se não foram satisfeitas. A partir de então passam a ser subconscientes e inconscientes.

                  A consciência trabalha com duas memórias simultâneas. A primeira é ativa, portanto útil e fluida, pronta para uso imediato e faz parte daquele conjunto de lembranças que uma pessoa tem e que foi tocada pela emoção profunda, despertando interesse em guardá-la como algo prazeroso ou o mínimo necessário para o seu processo de vida.

                  A segunda memória é passiva, contendo dados inúteis para o indivíduo, na medida em que dificilmente serão evocadas por não terem tocado com profundidade a emoção.

                  Sendo assim, quase nunca vêm à tona do consciente porque nem sequer foram adquiridas e armazenadas sob a influência e a força do interesse emocional genuíno, íntimo, agradável.

                  Esta última só passará a ser uma memória atualizável se o indivíduo, por uma situação qualquer, tiver na emoção essa necessidade, e somente depois de uma seqüência de lembranças muito bem relacionadas entre si que leve a pessoa a emocionar-se com aquele dado quase morto.

                  Por isso dizemos que a memória é emocional, a emoção é que se lembra e não o cérebro. O cérebro é frio, é cálculo puro. O coração sente através das emoções que “viu” no banco de recordações.

                  A memória depende do que o indivíduo gosta, pretende, intencional, anseia, necessita, portanto, depende das emoções.

                  Uma pessoa perde a memória e às vezes fica tentando recuperar lembranças que nunca foram verdadeiramente importantes, e há casos onde seria interessante não relembrar. O terapeuta deverá conduzir tais clientes a entender a verdade da emoção a respeito do que tenta recuperar na memória.

                  A memória é emocional e só se manifesta plenamente na medida em que o indivíduo tenha se emocionado com os fatos a serem gravados nela, a ponto de impressionarem o inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Mudando radicalmente de enfoque, podemos afirmar que um ato executado com real prazer desmorona toda a inverdade das emoções e, por conseguinte, ativa a memória, excepcionalmente. Memória é consciência; é resultado de verdadeira emoção de prazer no momento de captar a informação a ser arquivada.

     

    SUPRACONSCIÊNCIA

                  A supra-consciência está relacionada com a Buddhi, que é o Juiz Interno uma espécie  de juiz de todas as ações internas (intenções) corroborando tudo que “ouve” ou “sente” com o verdadeiro caráter (adhikara) do indivíduo (Jiva). Não se trata “superego” social de acordo com o modelo freudiano, e sim, de um superego muito sutil, que conhece todas as necessidades do caráter daquele ser. Como é uma parte da pessoa, ele cria os conflitos pela simples presença da emoção, do dia-a-dia, que não corresponde de verdade aos legítimos e íntimos anseios daquele ser. Vejamos em itens qual é seu alcance.

    a) A supra-consciência é a Buddhi (vide em filosofia mais detalhes sobre sua atuação);

    b) Trata-se da qualidade de compreensão (entendimento foi estudado em consciente);

    c) Testemunho absolutamente imparcial consigo próprio;

    d) Intuição pura, sutil, espiritual; juízo do ego.

    e) localiza-se no chakra ajña; hipofísico, hipofisiário, 3- olho;

    g) Seu guna é sattva - padma, de cor amarela, dourada ou rosa;

    h) compadecimento e percepções espirituais.

                  As percepções da supra-consciência assemelham-se a um “advogado do diabo”, porque ao fazer o julgamento das emoções, e do quanto elas são honestas com o adhikara, o resultado sempre será ananda (felicidade), se coincidirem exatamente. No entanto o que se observa comumente é o acontecimento do klesha (dores); um estado de desequilíbrio que sobrevém às pessoas por estar realizando seu adhikara.

                  A supra-consciência é camada de mestre interno por algumas seitas e grupos filosófico. Por motivos que se perdem no tempo, é chamada de anjo-da-guarda, um “ser” interno, protetor e evanescente, invisível e perceptível ao mesmo tempo; às nomenclaturas adotadas para explicá-la, a supra consciência é divina, deificada; está acima da mente consciente e é imparcial.

                 

    MAHACONSCIÊNCIA

                                A mahaconsciência é a consciência de unidade com o todo e tudo, e tem nomes diferentes em culturas diferentes; é a Consciência Crística entre os cristãos, a consciência búdica entre os budistas, Purusha no Samkhya.

                  Essa consciência Shiváica, ao ser percebido, dá a sabedoria total. Quando ela se manifesta o Dharma e o karma é absolutamente resolvido, tornam-se um só. Vejamos os itens a seguir:

    a) - O Mahaconsciência é Shiva/Purusha;

    b) - Com sua manifestação ocorre a plenitude do adhikara;

    c) - Dharma e karma tornam-se um só;

    d) - Quietude existencial;

    f) - Ação pura, sem rajas;

    g) - Rajas e tamas ficam iluminadas;

    h) - Há predominância do sattva shukla, branco.

                  No mahaconsciência há a predominância do guna sattva de cor branca, relacionada com a imparcialidade, desapaixonamento e desinteresse pelos movimentos da matéria; é pura seidade, pureza, quietude, plenitude e consciência.

     

    O que é vivência tântrica?

     

    Vivência tântrica é uma forma lúdica de sentir e perceber as emoções e, portanto, é uma técnica de terapia corporal feita através da indução em movimento com a intenção de que ocorram desbloqueios em nossas couraças que são causadas por desequilíbrios emocionais advindas do campo da sexualidade, ou seja. Quando você pensa em sexo o que ele representa para você? Apenas uma satisfação biológica indispensável. Apenas feito por amor. Apenas feito para procriação. Apenas feito por fazer. Ou ele nem se quer existe em sua vida, ou está existindo somente em suas fantasias.

    Você já percebeu até aqui que uma vez que a Libido organizada – a sua vida poderá ficar equilibrada. Como?

    Tomando consciência de que você em primeiro lugar não é feito somente de carne e osso, e sim de um corpo espiritual, um corpo mental, um corpo emocional e que todos residem num espaço físico denominado de corpo humano. E que este corpo físico é a resposta de tudo que você sente, pensa e vê ao seu redor. Já percebeu também até aqui que não provemos a nossa vida em todos os sentidos, porque não provemos uma boa sexualidade.

    Aqueles que não estão provendo a vida transportam para a sexualidade a impotência do prover, como impotência sexual. E as mulheres resultam na frigidez. E ou o oposto.

    Este fluxo nos diz como devemos delegar a nossa libido, mas os conceitos sociais, profissionais, nos fazem interpretar de forma enganosa, deixando assim de perceber a essência da vida que deriva de uma sexualidade plena e saudável. Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira tranqüila. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significa estarmos sensual e sensorial. Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

    MÉTODO

     

    O Vivenciar não há como explicar tecnicamente, mas se desenvolve através do fluxo de um grupo ou de um momento individual.

    Cada grupo vivencial é uma energia única.

    I – passo: O trabalho normalmente se inicia com uma meditação dinâmica que flui através de respirações alteradas e acopladas ao movimento proporcionado pelo o som de uma musica dinâmica, que produzirá limpezas das emoções contidas no emocional.

    II – passo: Indução de uma técnica que proporcione novas emoções promovendo um renascimento.

    III – técnica indutiva para reconhecimento do Eu, e as mais comuns são Ekagrata - visualizações, através de um espelho, visualizar Mandala, ou simplesmente no olho do outro. Permitindo identificar as emoções que estão inseridas no contexto do EU e do outro. Formando um reconhecimento, identificação e sintonia com o próprio Ego.

    IV – passo. É induzido a um tipo de técnica que envolva toques no contexto de técnicas corporais. Para que desperte o fluxo original da libido.

    V – Finalização do sistema vivencial em grupo.

     

    Conclusões

                  Se utilizar de método vivencial como foi possível perceber até então é uma forma de brincar com a mente fazendo-a a ficar em segundo plano. E simplesmente sentir e permear a vida através do leela cósmico.

                  Se permitir ser feliz. Aprender a usar as ferramentas corpóreas e que divinamente nos foi concedido. Tomar conscienciência de que somos além de ossos, veias, sangue, músculos, órgãos, etc. Que as sensações e intuições são as ferramentas reais e mais importantes que induzem ao coração e expande a consciência para Ser e está Feliz.

     

    Bibliografia.

    Eu até então desconheço bibliografia sobre sistema vivencial tântrico.

    Aqui está um trabalho desenvolvido através da minha experiência em vivenciar e transmitir vivências.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 22/07/2009 13:53


    Numeroterapia

    Numeroterapia

    O reequilíbrio energético através da codificação numerológica pessoal

      

    Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    Sumário

    1. Introdução.

    2. Significado geral dos números.

    3. Números Karmáticos.

    4. Grade.

    5. Método.

    6. Interpretação.

    7. Como deverá ser procedido com o consulente?

    8. Indicação de tratamento.

    9. Conclusão.

     

     

    1 . INTRODUÇÃO

                  A numerologia é uma técnica de sincronicidade que já existe a pouco mais de 11.000 anos, sendo modernizada através dos séculos e sua influência principal é de característica grega. Pitágoras foi o Pai da matemática e da Numerologia que hoje conhecemos nascido no ano 580 a.C.

                  Pitágoras traduziu a importância do ciclo que vai do número “1” para o número 9, chegando à perfeição com o Número 10.    

                  Como exemplo e terminar esta introdução, sabemos que a vida começa com a gravidez, que é um ciclo de 9 meses e a vida (perfeição) é manifestado no 10º mês.

    História da Numerologia

                  Por volta de 3000 a C., os sumérios já possuíam um sofisticado sistema numérico que originou o sistema hora contendo 60 minutos e o minuto de 60 segundos. Mais tarde foi aperfeiçoado pelos babilônios e caldeus. Por volta do ano 356 a C., no período de Alexandre - o Grande, os caldeus preconizavam que seus conhecimentos de numerologia e astrologia já existiam cerca de 470 mil anos antes.               300 anos antes da construção das pirâmides, os egípcios já conheciam os cálculos e exercícios numéricos. Os egípcios aprenderam a matemática com os hebreus cativos que já conheciam álgebra e cálculos diferenciais;

                  O uso do sistema numérico nos foi repassado por gregos e romanos trazendo os números para o ocidente.

                  Pesquisadores, sábios, rosa cruzes e magos, há milhares de anos, utilizam o conhecimento numerológico no mundo, como por exemplo: Platão, Aristóteles, Nicômaco, Fludd, Hermes Trimesgistus, Nostradamus, Cornelius Agrippa, Cagliostro, Eliphas Levi, Aleister Crowley, etc;

                  O sistema numerológico mais praticado no Ocidente se baseia nos ensinamentos do respeitado filósofo Pitágoras, nascido no século VI a C., na ilha grega de Samos, no Mar Egeu, viajou para o Oriente, tendo estudado com líderes espirituais do Egito, Índia, Arábia, Pérsia, Palestina, Fenícia, Caldéia e Babilônia. Acredita-se que estudou com o sábio persa Zoroastro e aprendeu cabala na Judéia. Depois de girar o mundo em busca de conhecimento, estabeleceu-se em Crótona, no Sul da Itália, abrindo uma escola para formar discípulos. Suas teorias posteriormente inspiraram Platão - a quem se deve a maioria dos dados sobre os ensinamentos pitagóricos, já que Pitágoras nada deixou por escrito. 

                  No tocante à Numerologia, PITÁGORAS desenvolveu os conceitos vibracionais dos números na vida humana. Sendo, a partir destes estudos, chamados de vibrações numéricas. Além de estudar pela observação como as vibrações numéricas atuam e influenciam na vida humana, criou, também, a Tabela Pitagórica, que transforma as letras em vibrações numéricas. Após estudar e desenvolver estas influências elaborou as técnicas para o cálculo do Mapa Numerológico Natal.

     

    FILOSOFIA DA NUMEROLOGIA

                    A premissa fundamental da numerologia é o universo como um todo em um sistema de ordem, na qual os números refletem a regularidade. Números é por definição uma ordem.      

                  Na realidade, nós sabemos que a física, a matemática; a biologia, a química e a astronomia se baseia na regularidade da lei natural. Além disso, se o universo fosse governado através de eventos imprevisíveis, não haveria nenhuma estrutura sustentável a isto. Pelo contrário, o universo não só mantém a forma e a estrutura, como também mudam de forma precisa e ordenada.  

                  A Numerologia esta baseada numa unidade subjacente. Uma unidade que se manifesta de um modo muito íntimo em tudo de nossas vidas. O nome e data de nascimento, estão de certo modo conectados com o ser interno de forma tão profundo que a mente racional não pode entender imediatamente. Porém, a mente intuitiva é capaz de perceber estas relações, e interpretar nos ajudando melhorar e entender nossas vidas.

                  O ato de nomear não é um esforço superficial ou intelectual, mas sim um ato reflexivo de nossa experiência interna e da essência da energia a qual nós estamos nomeando.  

                  Por exemplo, a palavra tempestade em sua combinação especial de vogais e consoantes, nos dá um sentimento do movimento e poder e de uma força invisível. Tempestade. Ao dizer você sente o que representa.  

                  Outro exemplo é a palavra poder que nomeia algo, mas ao mesmo tempo dá a experiência da coisa que nós estamos nomeando: Dê poder a! O movimento da mandíbula nos faz sentir isto. 

                  A palavra amor nos abraça suavemente. Dá-lhe a experiência de seu significado. Toda palavra, em todo idioma, reflete o sentimento e espírito da coisa que é nomeada pelas pessoas perfeitamente que usa o idioma. Alguns discutirão que as palavras nomeavam as coisas que eram arbitrariamente e originalmente escolhidas, e então era integrado em nossos sentimentos internos. Porém, nossa compreensão de som vem de forma arquetipica e inconsciente de nosso ser. Está intimamente conectado com nossa avaliação de música; todos nós temos a capacidade inata para discernir música de barulho caótico. Música é harmonia. E a música está dentro de nós.

                  A Natureza também está repleta de eventos que nos treina associar certas qualidades com sons: O batem palmas de trovão, o zumbido de um pássaro em vôo.  

                  De nosso entender inato de música e harmonia vem o ato de nomear coisas de acordo com nossa percepção das naturezas internas. Este ato intuitivo é a fonte de nosso idioma. Todos os idiomas emergem do ato de representar a natureza das pessoas que os usam. 

                  Tudo isto apontam a um único e inacreditável importante fato: Som e tempo são ambos arraigados em harmonia e ordem universal.  

                  Esta é a fonte de numerologia. O numerólogo auxilia para que cada um de nós leve o nome perfeito e que permita nossa natureza interna a se manifestar. O nome é uma coleção de sons e uma melodia que traduz a vestimenta para o espírito.

     

    O CONCEITO DOS NÚMEROS

                  O pilar fundamental da Numerologia é o valor qualitativo do número. Cada número possui uma característica arquetipica da idéia que forma a correspondência nesta Terra. Usamos esses valores para conjugar combinações que irá capturar a realidade do indivíduo que está oculta e transportar para a realidade da consciência (concretização). 

                  Em Numerologia não existem números melhor ou pior que os outros todos são necessários em algum momento de nossas vidas, são as definições dos números que nos darão à informação das perspectivas de maneiras diferentes:

                  Quando determinados números estão presentes em nosso mapa eles indicará a característica de compromisso com o cosmos que vieram cumprir, a ausência de determinados números nos dará a característica karmática, o excesso indicará o defeito de nossa personalidade.    

                  O número é um aspecto do Plano espiritual. Tem as leis particulares de construção e evolução e o seu estudo é um dos pontos mais importante que o ocultista deveria procurar antes de uma tentativa de crescimento espiritual para obter as suas regras de direcionamento.

                  O nome de uma pessoa é uma autobiografia da vida e pós-vida, fazendo do seu passado o seu presente e seu futuro. Ganhando esse aspecto numerológico você poderá saber o porquê e como alguém se comportará em sua estadia aqui na terra.

                  Os números possuem quatro categorias:

    I - Efeito positivo: o lado vibracional naturalmente atuando na personalidade.

    II - Efeito negativo: os conflitos ocasionados quando os números estão ausentes, em excesso ou quando são incompatíveis; seja com o outro ou consigo mesmo (indicado em seu próprio mapa, você conhecerá este fato mais para frente).

    III - Oportunidades e vocação: Os números indicando abertura para uma carreira e campos pessoais de atividades de negócio.

    IV - Comportamento: com os relacionamentos pessoais e impessoais.

     

     

    SIGNIFICADO GERAL DE CADA NÚMERO.   

     

    1. - É individualista.  Um líder. Deseja ser independente.   

    2. -Serve como equilíbrio, em face de forças contrárias. É pacificador, tímido, sensível e diplomático nunca gosta de ser o líder.   

    3. - Expressões orais, escritas ou faladas é o seu lema e sempre unindo ao prazer. Focaliza a solução, não o problema.

    4. - Sempre com os pés na terra. Gosta da disciplina e da ordem. É sistemático.   

    5. - A liberdade. A mudança lhe é constante e necessária, sempre sedento de curiosidade. Quer tentar pelo menos uma vez tudo. É aventureiro.    

    6. - Representa a família.    

    7. - É um intelectual, um pensador. Quando precisa saber algo se torna um especialista.

    8. - Sempre trabalha arduamente; está interessado mais no dinheiro do que na parte espiritual.    

    9. - É o amor universal e o amor ao próximo. O Humanitário.   

     

                  Os números MESTRES são especiais porque indicam um grau de espiritualidade mais avançado.

    11. – É muito intuitivo e deverá escutar a sua voz interior para superar as dificuldades.

    22. – Nasceram para construir coisas grandes tanto materiais como espirituais; serem líderes e se tornarem importantes.

    33. - É um número muito potente. Poucas pessoas podem viver à altura deste número. Se viverem positivamente serão grandes líderes espirituais.

     

     

    NÚMEROS KARMÁTICOS

                  De acordo com a teoria Pitagoreana e da Transmutação do Karma, uma pessoa leva um período inteiro da vida em influência vibratória do que ela viveu além desta encarnação.               E sua vida, no momento, é feita dessas conseqüências. A análise dos números kármicos em um nome trará noção em que inclinações esse processo karmático está sendo guiado.

                  Daremos mais ênfase ao número karmático quando eles aparecerem em posição do mapa mais importante: Na Expressão, Imagem, Essência, Dia de Nascimento ou na Estrada da Vida, lembrando que apesar de sua força karmática está enquanto não deduzido, ou seja, em seu dígito dobrado, mas a interpretação do mapa permanecerá depois de reduzido para saber a característica inerente naquele ponto. Lembrem-se: somente números mestres que não reduzimos, os números karmático são apenas indicações de como se guiar principalmente no campo energético.

    13 = 1 + 3 = 4 - O número 13 pode trazer, desde a infância, dificuldades financeiras ou a necessidade de trabalhar muito cedo para que alguma distorção de valores trazidos pelo espírito seja corrigida.

     

    14 = 1 + 4 = 5 - Caso a pessoa tenha este número no seu mapa e tiver uma educação rígida e conseguir ter disciplina e valores morais sólidos, a vida transcorrerá com normalidade, caso contrário poderá haver muitas perdas e desapontamentos até que a lição seja aprendida.

                  As lições e testes referentes a tudo relacionado à sensualidade previnem contra a luxúria e os excessos.   

     

    16 = 1 + 6 = 7 - Este número está relacionado com o excesso de orgulho, a posição e ou a possível perda de posição que o force a lutar e recuperar novamente.   

                  Pode ter vários começos até que seja possível adquirir um equilíbrio que o faça memorizar a lição que será durável.   

                  Indicações de que houve abuso de poder em vidas anteriores.

      

    19 = 1 + 9 = 1 - Este número revela um passado de poder e tirania, que foi exercido com crueldade e prepotência. O verdadeiro líder é aquela pessoa que vai à frente iluminando o caminho dos seguidores, e, a partir do instante que a pessoa aprende esta lição, ela se sentirá livre e a vida transcorrerá com normalidade de forma mais tranqüila e positiva.

                  Há perigo de perda de bens para aquelas pessoas que não se preocupam em conservar o que têm.

      

    GRADE.

                  A análise do mapa numerológico, além de revelar vários aspectos da sua personalidade, vai mostrar também a relação com as cores e como você pode utilizar para a sua saúde. 

                  Como eu já expliquei, os números que se repetem no seu nome podem trazer um desequilíbrio na energia que ele representa.

     

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    a

    b

    c

    d

    e

    f

    g

    h

    i

    j

    k

    l

    m

    n

    o

    p

    q

    r

    s

    t

    u

    v

    w

    x

    y

    z

     

     

    Números                                1              2              3              4              5              6              7              8              9

    Excesso se for acima 3              2              3              2              3              2              1              1              3

    Se você tiver excesso da energia do nº 1 representado pelas letras AJS e que equivalem à cor VERMELHA ou das letras GPY, que equivalem à cor VIOLETA.

                  Você vai utilizar a cor, o aroma e o floral para equilibrarem a energia que você não tem e evitar quando essa energia é dominante... Você só vai usar quando precisar dela.

                  A cor ausente deve ser utilizada sempre que vamos iniciar um projeto novo (de acordo com a característica do número, um encontro ou até quando precisamos de uma energia adicional para superar tristezas, depressão, dar impulso às ações que forem executadas).

     

     

    MÉTODO

                 

                  Numeroterapia é uma técnica ampliada e desenvolvida por mim depois de muito tempo de consultório observando nesses 20 anos as reações dos meus clientes.

                  No princípio me utilizava de alguma técnica que proporcionasse cartazes (expurgar emoções), às vezes de forma simples como o floral ou até mais complexas como exercícios de respirações (principalmente a técnica de renascimento) para atingir o bloqueio que dificultava o desenvolvimento da pessoa, como isso significava ir tateando no escuro e paulatinamente conhecendo o cliente. Passei cinco anos depois me utilizar de ferramentas como a Quirologia e a Numerologia para sair em busca de caminhos para induzir melhor o processo terapêutico.

                  A verdade é que se o cliente tivesse a noção exata do que ocorre consigo, talvez não viesse procurar pela Terapia Holística. Mas não. Além de procurar pela a Terapia holística que deveria ser de forma preventiva. O cliente vem normalmente já em situações somatizadas convividas por longo tempo e até de certa forma acostumado e descaracterizado e mal ocorre um resultado (aparente). A tendência é parar porque já se sente melhor “fuga” daquilo que seu inconsciente indica como forma de transpor obstáculos, mas geralmente é o medo (não consciente) que impede vindo os sintomas ocorrerem novamente mais no futuro.

                  Sendo que se o terapeuta tiver ferramenta que fale da essência principal, o resultado será mais intenso e completo, e dificilmente teremos alguém dizendo assim: - Fiz terapia holística por um tempo, mas, depois voltaram os mesmos problemas, porque na verdade eliminou o aparente e não a essência do problema.

                  Foi daí que resolvi denominar este trabalho de Numeroterapia. É através deste método, como já mencionei que avalio os meus clientes e delineio o seu atendimento. Com resultado muito rápido, encurtando o período de atendimento; às vezes em até 6 meses. Depois de adotar esta forma de trabalho, nunca perdurou um cliente por mais de 12 meses, ficando na opção, o quê com freqüência ocorre, o retorno do cliente somente para um processo de terapia corporal, que na maioria das vezes as pessoas necessitam simplesmente do aspecto relaxar.

                  A Numeroterapia consiste em observar no mapa os aspectos que se encontram em desequilíbrio, analisando quando ocorrem números karmáticos na expressão, na imagem, na essência, no número poderoso, na estrada da vida, na grade numerológica quando há números ausentes (A grade representa a missão de vida que a pessoa herdou através do seu nome), e, principalmente, na pirâmide. A pirâmide indica como será ela com ela mesma no grande jogo da vida.

                  Ao olharmos o esqueleto de um mapa em seu resultado final, não é suficiente para tirarmos a conclusão de desequilíbrio. São os pontos ocultos nos itens mencionados que irão concluir realmente o que ocorre. O resultado de qualquer parte do mapa poderá ser excelente, mas quando derivado de um número kármico, ele automaticamente representa obstáculo que a pessoa terá que tomar consciência e transformá-lo. É nesse caso que encaixa a Numeroterapia, ou seja, cada número tem sua própria cor regente, sua pedra, seu aroma, os florais que devem ser aplicados sempre que se observar que o consulente apresenta dados emocionais negativos da característica numerológica de forma acentuada.              Seja coadjuvante com outras técnicas ou no atendimento numeroterapêutico.

                  Afinal estamos falando de um método de numerologia mais aprofundado sem aquele aspecto místico de simples deduções e sim do reequilíbrio energético da codificação numerológica pessoal.

     

    Como deverá ser procedido com o consulente?

                  No momento da anamnese, prepara-se o cálculo básico do consulente em busca de números que estejam em desequilíbrio. Calculando a pirâmide, ela trará aspectos que somente concerne ao modo do consulente encarar a si própria. Ou seja, a pirâmide não traz características do caráter, personalidade, missão e estrada a ser seguida. Ela indica os caminhos naturais positivos que a pessoa terá que seguir, e quais são os obstáculos gerados durante períodos de nove anos (não tem nada a ver com os ciclos) que se inicia no momento do nascimento até aproximadamente 81 anos de idade. Esta idade é fixa, mas os números flutuantes em períodos entre as idades é que irão traçar, na verdade, a forma como o consulente poderá caminhar. Terapeuticamente é neste ponto que vamos encontrar a forma de trabalhar com o consulente. A pirâmide facilita para sabermos se é karmático ou se simplesmente emocional, facilitando assim as técnicas coadjuvantes.

                  Por que este trabalho está sendo denominado de Numeroterapia, já que serão utilizados de caminhos como os fitoterápicos, alimentar e aromático para auxiliá-lo? Porque, na verdade, o processo terapêutico é trabalhar a vibração que temporariamente se encontra negativada. Todo número deverá ser vivenciado pelos aspectos positivos e sua influência é tão forte que a casos que pequenas mudanças no nome farão com que a pessoa mude completamente e de forma aparentemente positiva. Apesar de que a minha opinião é que o nome não deve ser mudado, e sim aproveitado do seu próprio aspecto vibratório de nascimento. Ex. Utilizar somente o primeiro e o segundo nome; nem sempre é aconselhável usar o sobrenome a não ser que o seu conjunto seja positivo, principalmente no âmbito profissional. A mudança de nome de forma radical ou troca de letras fará com que viva apenas outra vibração e, portanto, não deixará de estar inserido o lado negativo, portanto, profissionalmente, o consulente poderá se destacar, mas no âmbito pessoal, amor, por exemplo, poderá se desequilibrar totalmente e é simplesmente pelo fato de estar vivendo uma nova vibração.

                  Eu, particularmente, gosto de acreditar na simples estória de que em algum lugar do registro akashico (cosmos) no dia em que você recebeu seu quinhão de missão para nascer, você escolheu a cidade, o país e principalmente a raiz familiar. o é simplesmente um ato de “fazer amor” dos pais que concebe uma criança e sim a sincronia da criança com aquela família para que ela possa galgar seu caminho. 

     

                  YANTRAS

                  Os símbolos sagrados conhecidos na Índia como Yantras e no Tibet como Mandala, tem o poder de através da fixação dos olhos em seu ponto central, auxiliar na meditação, paz interior e iluminação de insight do momento em questão.

                  O uso destes diagramas mágicos irá reconectar ao fluxo do inconsciente produzindo a força para obter equilíbrio. Os Yantras foram escolhidos de acordo com a característica negativa do número quando eles se encontram ausente, em excesso ou derivados de números karmáticos que naturalmente por si só são obstáculos passando a serem proveitosos depois de trabalhos terapêuticos ou meditativos. Como coadjuvante o floral, a fitoterapia doméstica, a cromoterapia irá auxiliar muito. Caso o efeito não venha ser percebido ai então é necessário de um acompanhamento psicoterapêutico holístico mais profundo.

                  Em relação à cromoterapia ela deverá ser utilizada como peças de roupa, pedras cravadas em jóias na cor correspondente, colocar lâmpada no ambiente em que vive não mais que um período de duas quando as cores forem quentes, e as cores frias poderão ser utilizadas para dormir.

                  O floral deverá ser feito em farmácia homeopático e tomar 4 gotas direto na língua 4 x ao dia por um período de três meses.

                  A fitoterapia sempre que se sentir em desequilíbrio usar na forma de chá e tomar uma xícara 2 vezes ao dia por um período de uma semana. E retornar somente quando sentir necessitada.

                  O aroma pode ser diluído em óleo de amêndoa, ou álcool de cereal numa proporção de 10 ml. de essência para 90ml. de líquido. E usar a vontade como perfume ou óleo para o banho.

                  As frutas devem ser adicionadas em seu cardápio diário e comer a vontade. Exceto o limão que deverá ser ingerido somente o sumo dele puro em jejum com pausa de meia hora antes do café da manhã.

                  Os elementos.

                  Os quatro elementos ajudam a entender a natureza essencial da formação do temperamento do indivíduo. O Temperamento ou humores é constituído através da predominância de um determinado elemento no mapa astral ou numerológico.

    Fogo: produz a característica de impulsão direta para ações. Essa personalidade necessita se destacar.

    Terra: já produz a capacidade de ser pragmaticamente realista e até ascético. Precisa da manifestação das coisas na matéria para que lhe tenha sentido as coisas.

    Ar: são de características mentais, reflexivos e instáveis. Necessita compreender o que está sua volta, principalmente aquilo que não é palpável.

    Água: são sentimentais, imaginativos, sonhadores e sensíveis. Necessita estar envolvido plenamente no que faz para se realizar.

    Éter: São volúveis, místicos e instáveis. Toda a explicação da vida está além da terra. Quase sempre precisando de outros para colocá-lo na realidade.

                  Estarei explanando aqui resumos das técnicas que serão utilizas para proporcional o fluxo numeroterapêutico.

                  Aconselho aqueles que não dominam qualquer técnica aqui explanada se aprofundarem para melhor domínio no momento de indicá-los.

     

    Pontos principais a observar no mapa:

    Para indicação do uso numeroterapêutico; os pontos a serem observados quando houver são:

    Números karmáticos – considerados obstáculos para aprendizado.

    Números mestres – Missão a ser comprida.

    Esses números aparecem na:

    Chave do nome: representando obstáculo na vida emocional.

    Expressão: a forma mascarada que se apresenta às pessoas.

    Imagem: obstáculo na aparência.

    Essência: o desejo

    Destino: o caminho a percorrer.

    Estrada da vida: representando a missão e a forma de levar a vida e a característica principal da personalidade.

    Ano pessoal: representando os feitos ou entraves que será vivenciado.

    Nos ciclos: representando a forma oculta de resolver um caminho do período. 

     

    1 2 3 4 5 6 7 8 9
    A B C D E F G H I
    J K L M N O P Q R
    S T U V W X Y Z  

    Números: 1 2 3 4 5 6 7 8 9
    Quantidade Ideal: 3 2 3 2 3 2 1 1 3



    A GRADE

     

     

    Quando em excesso determinada vibração: representa desequilíbrio exacerbado da característica da vibração em si, representando a somatização no plano emocional, mental, físico e espiritual.

    Faltando: a dificuldade em realização de certos pontos positivos do mapa que pode estar dizendo em acontecer e ou a inabilidade é por não vibrar numa determinada vibração formando assim o verdadeiro obstáculo.

    Ausente: é a dificuldade kármica que encontra para objetivar a vida de acordo com a classificação do número ausente.

     

    Aplicações dos florais no ano pessoal.

                  Para a Numerologia, além das nossas características individuais, cada pessoa vive ciclos ou fases diferentes a cada nove anos. Dentro desses ciclos, vão ocorrendo mudanças significativas, ano a ano. Assim enquanto uma pessoa vive uma época em que está apta a liberar algum de seus talentos latentes, outra se encontra no ano perfeito para desenvolver-se economicamente.

                  Antes de mais nada, relembrando que você precisa identificar o número de seu ano pessoal, ou seja, a energia que o ano reserva para você. Para isso, some os algarismos do dia e mês de seu nascimento com o algarismo reduzido do ano em que você se encontra. Reduza tudo a um algarismo. Por exemplo, se você nasceu no dia 16 de outubro, proceda assim: 16 + 10 + 2002=1+6+1+0+2+0+0+2=12 => = 3. Portanto, seu ano pessoal é 3.

                  Considere agora que os algarismos de 1 a 9 representam os temas principais de cada ano pessoal. Podemos relacionar cada um desses temas às essências florais descobertas pelo Dr. Bach. Essas essências ajudam a enfrentar melhor as características de cada ano, permitindo que a pessoa explore ao máximo o que o período oferece.

                  Antes de escolher cada essência, no entanto, você precisa levar em conta suas características pessoais e o seu contexto de vida emocional, mental e físico. Este enfoque das essências do Dr. Bach não funcionará como tratamento individualizado. É utilizado, sobretudo, como um instrumento a mais dentro das diferentes opções para se trabalhar com as essências florais.


    CHAKRAS

                  A palavra chakra vem do sânscrito e significa roda, círculo ou movimento, e é essa a definição básica de um chakra, tem aparência de uma roda sempre circulando, sempre em movimento.

                  O que são os chakras?

                  Chakras são centros energéticos do nosso corpo que funcionam como portais de energia fazendo a captação, contenção e distribuição desta energia para todos os corpos que possuímos. Os chakras estão localizados num destes corpos, o duplo etérico e fisicamente podemos localizá-los tendo como base a espinha dorsal e a cabeça.
                  São sete os principais chakras, cada qual correspondendo a um dos sete corpos, porém existem milhares destes centros de energia espalhados pelo corpo. Os principais chakras estão diretamente ligados ao sistema nervoso e as glândulas endócrinas e possuem funções e características específicas. Seu funcionamento varia de acordo com as energias captadas interna e externamente e sua rotatividade pode ser tanto no sentido horário quanto anti-horário variando de acordo com a energia do indivíduo.
    São divididos em três grupos: inferior (1º, 2º e 3º), médio (4º) e superior (5º, 6º e               7º) e existem três nós (1º, 4º e 6º) a serem quebrados por onde é liberado o fluxo de subida da energia Kundalini.

                  Como equilibrar ou energisar os chakras:


    Existem diversas formas e práticas que equilibram e ativam o funcionamento destes chakras. São elas o Yoga, Massagem Tântrica, Mantra, Mentalização, Meditação, Cromoterapia, Aromaterapia, Cristaloterapia, florais, etc.

    Cuidados:
                  É importante  que conheça profundamente os chakras, seu funcionamento e efeitos para então definir quais serão trabalhados e qual técnica melhor utilizada para cada caso, sendo prejudicial misturar muitas técnicas.

    Para o nosso assunto o interesse é conhecimento para entenderem melhor a relação com a vibração numérica.

                  Por que a vibração numérica em excesso ou ausente influenciará intrinsecamente nos centros energéticos e fazendo uso das técnicas numeroterápica automaticamente estará influenciando nos centros energéticos.

    Como deverá ser procedido com o consulente?

                  No momento da anamnese, prepara-se o cálculo básico do consulente em busca de números que estejam em desequilíbrio. Calculando a pirâmide, ela trará aspectos que somente concerne ao modo do consulente encarar a si próprio. Ou seja, a pirâmide não traz características do caráter, personalidade, missão e estrada a ser seguida. Ela indica os caminhos naturais positivos que a pessoa terá que seguir, e quais são os obstáculos gerados durante períodos de nove anos (não tem nada a ver com os ciclos) que se inicia no momento do nascimento até aproximadamente 81 anos de idade. Esta idade é fixa, mas os números flutuantes em períodos entre as idades é que irão traçar, na verdade, a forma como o consulente poderá caminhar. Terapeuticamente é neste ponto que vamos encontrar a forma de trabalhar com o consulente. A pirâmide facilita para sabermos se é karmático ou se simplesmente emocional, facilitando assim as técnicas coadjuvantes.

     

     

    6. INTERPRETAÇÃO.

                  Para concluir e entendermos como funciona a Numeroterapia escolhi um nome para usá-lo como exemplo.

    Cálculo Básico como complementação de anamnese:

    Expressão - Personalidade

    F L Á V I O L E O N E L  D E  S O U Z A

    6 3  1  4  9 6  3  5  6  5  5 3    4 5  1 6  3  8 1

              29               27              9          19

               11               9               9          1 =  30 = 3

     

    Imagem

    Derivado das consoantes

    6 3 4   3 5 3    4     1 8

      13      11      4       9

       4       11      4      9 = 28 = 10=1

     

    Essência

    Derivado das vogais

    1 9 6      5 6 5     5  6 3 1

      16         16        5  1

       7           7        5    1 = 20 = 2

     

    Estrada da vida = data completa de nascimento 21/05/1980

    2+1+5+1+9+8+0 =26 = 8

     

    Número do destino

    3 + 8= 11 É um número mestre terá como destino o princípio da intuição aflorada e terá que ensinar para as pessoas.

     

     

    Grade

    1              2              3              4              5              6              7              8              9

    3              0              4              2              4              4              0              1              1

     

                  Neste caso temos ausência do 2 que produz dificuldade familiar, desequilíbrio emocional a ponto de se sentir como se fosse perseguido o tempo todo, tendência à baixa estima.

                  Ausência do número 7 que indica a falta de fé, é o tipo São Tomé, só acredita quando prova. Dificuldade para administrar a paranormalidade que acontecerá espontaneamente. Como não acredita em nada que é de ordem energética terá muita dificuldade para administrar se tornando depressivo.

                  Pouco número 8 dificuldade com o materializar os objetivos.

                  Pouca vibração do número 9 terá dificuldade em abrir o coração, terá medo de se envolver com qualquer projeto.

                  Não há excessos exatamente nesta grade os números 3, 5 e o 6 passaram um pouco mas neste caso é até interessante para que se possa fluir com objetivo de vida.

                  O número 1 está equilibrado em termos de grade isso é quase uma raridade, portanto, o Flávio terá os impulsos de forma comedida e administrada. Isso facilita para absorver um processo terapêutico.

     

    PIRÂMIDE

     

                                                           0

                                                       1 40 1

                                                  1  36  0 45 1

                                            031-32 140-41149-50 0

                                    1 26-28 135-37 244-47 1 53-55 1

                              0 21-24 130-33 039-42 2 48-51157-60 0

                         116-20125-29234-38 2 43-45 0 52-54 1 61-651

                   39-17 2 18-26  3 27-35 5 36-44  345-53 3 54-62 2 63-71 1

        6 5-13   3 14-22  1 23-31 4  32-40 941-49 650-58 359-67 568-76 6

    0              9              18              27              36              45              54              63              72              81

        F         L        A       V        I        O        L       E        O

          6   5-13 3 14-22  23-31 4 32-40 941-49 6 50-58 359-67 568-76 6

                   99-17 4 18-26 527-35 13/436-44 645-53 954-62 863-71 11/2

                     13/416-20 925-29 934-38 1 43-45 652-54 861-65 1

                           13/4 21-24 9 30-33139-42 748-51 14/5 57-60 9

                                13/4 26-28  135-37 8 44-47353-55 14/5

                                         531-32 940-41 11/249-50 8

                                             14/5 36 11/2  45   1                                                          

                                                     7   40   3

                                                            1

    * Ocorrência de número mestre pertencente ao corpo da pirâmide.

    **Ocorrência de número karmático no corpo da pirâmide.

    *** Ocorrência de resultados com números mestres.

    **** Ocorrência de resultados com números karmáticos.

     

     

    Resultado do fundo da pirâmide:

    1. Individualidade e iniciativa. Pessoa solitária e independente reconhecida pelo seu jeito único.

    Resultado no corpo central do topo da pirâmide

    11. São vários períodos em que a vibração estará para o reconhecimento público, a inspiração e a cooperação estarão eminentes para esta pessoa. Mas serão períodos que ocorrerão de forma complicada porque aparecem no topo da pirâmide e os números correspondentes ao topo são obstáculos por isso necessitará de apoio terapêutico porque é provável que se não tiver este tipo de estímulo poderá passar despercebido pela vida.

     

    Dezena tanto no topo como na parte inferior da pirâmide.

    14. A energia da libido ativa traz competições e compromissos sociais, podendo, conforme a idade, ter um processo de sexualidade completamente aflorado.

                  Na parte inferior ele entra como positivo indicando as competições e os compromissos sociais.

                  Na parte superior ele entra como obstáculo, devido a idade que estará ocorrendo será atingida na sexualidade, o número 5 que é o resultado do 14 é pura sexualidade. Isto poderá causar compulsão sexual, devido à ansiedade que será gerada pelas oportunidades que aparecerão. 

     

    16. É uma vibração que produz mudanças radicais e dolorosas, reflexão interior, fatalidades.

                  Esta dezena aparece na parte inferior. Apesar de aparecer de forma positiva, o 16 é um número karmático e por si só complicado de vivenciá-lo. No caso do nosso exemplo, aparece na faixa entre 43 e 45 anos, que normalmente se tem para a concretização do planejado e uma vibração de como esta fará com que tudo fique muito lento e cheio de obstáculos e, conseqüentemente, atingirá o mental e o emocional de forma negativa, trazendo característica de falta de estímulo, ansiedade para ver resultado monetário na vida, podendo agir de forma inescrupulosa e inconseqüente.

                  O numero 13 aparece nos resultados que se forma 4 = trabalho, realização, mas advindo do 13 significa grandes obstáculos de realização.

                  Então para concluirmos a anamnese do Flávio Leonel de Souza.

                  Aqueles que entendem de numerologia percebem que o resultado da base numerológica do Flávio - Expressão 3  indica expressividade, criatividade, domínio da fala, capacidade até mesmo de ser reconhecido em literatura.

    A Imagem =1 – Indicando equilíbrio de ação em sua aparência, até porque a sua grade contém o 1 em absoluto equilíbrio. As pessoas terão uma imagem do Flávio de alguém altamente equilibrado.

    A sua Essência (desejo interior está negativa devido à ausência do dois na grade trazendo dificuldade familiar) demonstra que ele deseja ter família, viver em harmonia sem muitas mudanças.

    A Estrada da Vida diz que o Flávio é bastante materialista, precisa estar sempre à frente de grandes negócios, não gosta de administrar coisas pequenas, tudo para ter sucesso na vida, mas o fundo da pirâmide indica dificuldades para realizar isto devido a presença do 16 = 7 e em sua grade ele está ausente tornando-o mais negativo ainda.

    O Destino do Flávio é necessariamente ser uma pessoa mística e religiosa. Terá que aprender a equilibrar o seu lado intuitivo, deverá se envolver no mundo esotérico para conseguir concluir muito bem na vida, até porque o 11 aparece na parte inferior da pirâmide confirmando que seu destino realmente é este, mas também aparece na parte superior indicando que é o seu principal obstáculo. Sabe o ditado? Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come”. É simplesmente a situação do nosso amigo Flávio. Terapeuticamente falando, dá um bom período de tratamento, porque são aspectos nada simples de se resolver. É o caso clássico do cliente que chega num ponto e o desenvolvimento terapêutico para. Aqui tudo facilita porque como terapeutas podem ir ao fundo da questão.

     

    8. Indicação de tratamento

                  Em termos de floral ele necessitará tomar Aspen (para fazer a transformação do negativo surreal e trabalhar o seu lado místico), Mustard (para transpor o efeito do 16 de nuvens negras repentinas). Clematis (para assentar as energias e obter concentração). Honeysuckle (para trabalhar o efeito do quatro derivado do 13 o ato de ficar preso ao passado).

     

                  Em termos de cromoterapia poderá usar de cores amarelo para sobressair à criatividade e a expressão, e o rosa para acalmar e dar concentração. O laranja sempre que perceber o efeito do número 2 mesmo o que vem derivado do 11, para absorver energia. O verde para trabalhar a freqüência do “4”, derivado do 13 ou seja, equilibrar e renovar as energias.

                  Em termos de aromaterapia de preferência utilizá-lo em forma de perfume contendo as essências de sustentação (aspecto positivo do mapa) e essência de transformação (regente dos aspectos negativos). Porque em perfume, par facilitar o uso que deverá ser usado por um período relativamente longo ou até que sinta que os aspectos negativos se dissiparem.               Normalmente recomendamos o uso por quatro meses, parar por um mês e observar o que se dissipou.

    02  - Jasmim.

    11  Âmbar.

    13 - 4 - Couro da Rússia, vetiver.

    14  Jacinto.

    16 - Violeta, patchouli.

     

                 

    CONCLUSÃO

                  Como podemos observar, a Numeroterapia é uma técnica complementar a qualquer outro processo terapêutico, no intuito de conquistar uma maior absorção do trabalho que está sendo feito com o Cliente.

     

     

    Bibliografia

    Sobre especificamente Numeroterapia eu desconheço, pois me utilizei de estudos auto didáticos e aplicativos para chegar a essa conclusão.

     

    NUMEROLOGIA

    Numerologia – A importância do nome no seu destino.

    Autor: Monique Cissay

    Editora: Pensamento

     

    MANUAL DE NUMEROLOGIA

    Autores: Ellin Dodge Young e Carol Ann Schuler

    Editora: Pensamento

     

    A NUMEROLOGIA E O TRIÂNGULO DIVINO

    Autor: Faith Javane e Dusty Bunker

    Editora: Pensamento

     

    UM NOVO SISTEMA DE NUMEROLOGIA

    Autor: Dan Millman

    Editora: Pensamento.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Yôga dos Números: Numeronataraja

    Yôga dos Números: Numeronataraja

     

        Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009


    PREFÁCIO 

          Inspirei-me na Numerologia Tântrica conjugado ao Yoga e o Shivanataraja para desenvolver e codificar a NUMERONATARAJA ou Yoga dos Números, uma forma de através do sádhana (prática) e dos Mudras (gestos reflexológicos) vi uma nova perspectiva de utilizar e sedimentar o padrão vibratório dos números em forma prática e vivencial.

          É a oportunidade de destravar e reconhecer essas energias latentes na força humana e que de certa forma completamente desconhecida. Palpáveis mas não conscientes.

          A data nascimento é o dia mais auspicioso de um Ser vivente, onde emana toda a sua força e traduzindo o seu trilhar pela a face da terra à evolução do SER Espiritual.

          É a prática da renegociação continua; é a maneira que nos damos forma ao nosso espaço físico e psicológico com a finalidade de entendermos o karma (efeito) e o Dharma (ação ou lei) divino; E esta negociação ocorre sempre com relação a outros seres humanos e nunca a nós mesmo.

          Trabalhar uma pessoa ou em grupo (de estudo, cliente ou familiar), a Numeronataraja é uma perspectiva de mudança que facilita a viagem da alma.

          O trabalho prático da Numeronataraja é eclético, podendo inclusive ser associada às várias outras disciplinas de acordo com o contexto particular do trabalho que está sendo apresentado. É também um método a ser acrescentado aos terapeutas corporais e psicoterapeutas de trabalhar com o cliente de uma maneira improvisada, desde que cada situação possa convidar para uma aproximação original.

          Através dos números captados na data de nascimento nós podemos perceber os vários mapas do tempo e do espaço existente em cada um, e desta forma obter um sentido de proporção mais desobstruído.

          Esta cosmologia do tempo e do espaço fornece as janelas através da qual o relacionamento entre a vida pessoal específica e os princípios universais governado pode se encontrar em uma harmonia criativa.

          A prática da Numeronataraja ou Yoga dos Números requer em executar os exercícios cadenciados em forma de dança cósmica percebendo as sensações por ela emanada, a fluidez da intuição informal, a clareza da idéias se formando sob a natureza da viagem proporcionada pelas as forças vibratórias dadas nas influências pessoais.

          O fantástico neste método é o fato de combinar a data de nascimento com a energia produzida pela prática do Numeronataraja que é uma verdadeira dança cósmica e pela potencialidade da mente neutra que vêm do ato de  medir o sentir e produzir a ação de sentir com os princípios universais se manifestando ao longo da prática e da não prática (não prática é quando não se está em Numeronataraja e sim no leela(dança) da vida). As ações pessoais são a resposta desta sincronicidade com o padrão vibratório da força universal maior e dévico. De uma outra perspectiva é o universo, ou coletivo, que a alma expressa, e sua consistência abstrata na diversidade das manifestações múltiplas. Chegar neste estado, do fluxo intuitivo e espontâneo ao fluxo cósmico em situações intima da vida, requer o relacionamento direto à mente.

          O corpo e a mente transformam-se em instrumentos saudáveis da alma, codificada através dos gestos reflexológico feitos como corpo e ou com as mãos (Mudrá). Simbolizando um reconhecimento de si com o cosmo naquele momento e tornando-se o receptáculo de energia vibratória reservada numa sintonia, que ao executar o Mudra em princípio de dança tornará neste momento aberto e receptivo a vibração emanante.

          A seguir conheceremos cada etapa por onde me inspirei a criação do  NUMEROTARAJA OU  YOGA DOS NÚMEROS. 

    MUDRA

          O Termo Mudra significa gesto, selo, contração, fecho, lembrando sempre que tais gestos são executados com fins perfeitamente terapêuticos. Embora dentro da Numeronataraja eles tomem um caráter de dança cósmica (meditacional). Sua maior contribuição será na formação de uma consciência corporal plena, definindo muito bem os limites atuais do corpo do praticante proporcionando um estado de contemplação, ou seja, um estado lúdico onde a alma emocional envolve-se com o objeto da contemplação (corpo) produzido pelo o gesto (Mudra); permanecendo em concentração (dharana) em si mesmo; abstraindo-se (pratyahara) dos movimentos emocionais do medo, insegurança, ansiedades, angústias e outras sensações que retiram a pessoa de seu centro. 

    Mitologia

    O Rig Veda cita 33 deuses dos quais se destacam cinco:

    Indra: O rei dos deuses, o governador do céu, representando o poder do raio e da energia.

    Agni: o Fogo, considerado o mensageiro dos deuses. No ritual ele depura a oferenda e a leva em forma sutil a Deus. É a conexão entre homens e deuses. É também a luz para a mente ver e compreender a verdade.

    Surya: o Sol. É dito que ele é a alma suprema dos Vedas e deve ser adorado por todos que desejam a liberação da ignorância.

    Vayu: é o deus do Vento, do Ar e do Prana. Divide seu poder com Indra, o Senhor do Céu. É invisível e habita em nossos corpos na forma dos cinco ares vitais (Prana, Apana, Samana, Vyana e Udana).

    Varuna: uma das mais antigas deidades védicas, associado à Água, aos Rios e aos Oceanos. Seu poder é ilimitado, assim como seu conhecimento. Inspeciona todo o mundo, sendo o Senhor das leis morais.

          No início dos tempos tudo estava em repouso e equilíbrio total e só Brahma existia.

          Houve então a primeira vibração, Om, o Som Primordial e a partir dele todo o universo foi criado.

          A partir daí surge à trindade hindu, formada por Brahma, Vishnu e Shiva que correspondem aos 3 gunas e as características de toda a criação.

          Brahma representa Rajas, o movimento, responsável pela criação.

          Vishnu representa Sattva, o poder de existência, preservação e proteção.

          Shiva representa Tamas, o poder de dissolução do universo.

          Aqui para o nosso contexto destaco Shiva devido à inspiração produzida por Shivanataraja. 

    image imagem retirada do site www.indiavilas.com com a perfeita representatividade da mitologia de Shiva. 

          Shiva é um Deva que além de representar a preservação e a proteção. Para que isso aconteça se manifesta como o renovador ou o Transformador.

          Uma das duas principais linhas gerais do Hinduísmo é chamada de Shivaísmo em referência a Shiva.

          Na tradição hindu, Shiva é o destruidor. Na verdade ele destrói para construir algo novo, assim, prefiro chamá-lo de "renovador" ou "transformador".  Suas primeiras representações surgem no neolítico (4.000 a.C.) na forma de Pashupati, o Senhor dos Animais. A criação do Yoga é atribuída a ele e o Yoga é uma prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, está intimamente ligado ao deus da transformação. Shiva é a deidade suprema (Mahadeva). O pacificador (Shankara) e o benevolente onde reside toda a alegria.

          O tridente que aparece nas ilustrações de Shiva é denominado Trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades da matéria: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio).

          A Naja é a mais mortal das serpentes. Usa uma serpente em volta da cintura e do pescoço, simboliza que Shiva dominou a morte e tornou-se imortal. Na tradição do Yoga clássico, ela também representa Kundaliní, a energia de fogo que reside adormecida na base da coluna. Quando se desperta essa energia, ela sobe pela coluna, ativando os centros de energia (chakras) e produzindo a iluminação (Samadhi), um estado de consciência expandida.

          No topo da cabeça de Shiva se vê um jorro d’água. Na verdade é o rio Ganges ou Ganga que nasce dos cabelos de Shiva. Há uma lenda que diz que Ganga era um rio muito violento e não podia descer a Terra, pois a destruiria com a força do impacto. Então, os homens pediram a Shiva que ajudasse e ele permitiu que o rio caísse primeiro sobre sua cabeça, amortecendo o impacto e depois mais tranquilo corresse pela Terra.

          Outro símbolo é o lingham. Ele representa o pênis, o instrumento da criação e da força vital, a energia masculina que está presente na origem do universo. Está associado ao poder criador de Shiva. A palavra "lingham" significa "emblema, distintivo, signo".

          O lingham é o emblema de Shiva. Na Índia, reverenciar o lingham é o mesmo que reverenciar a Shiva. Ele pode ser feito em qualquer material, embora o preferido seja o de pedra negra. Na falta de uma escultura, se constrói um lingham com a areia da praia ou argila do leito do rio; ou simplesmente se coloca em pé uma pedra ovalada.

          É comum nos templos pendurar acima do lingham uma vasilha com um pequeno orifício no fundo. A água é derramada constantemente sobre ele numa forma de reverência. A base do lingham representa a yoní, o genital feminino, mostrando que a criação se dá com a união do masculino e feminino.

          O tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do universo, o universo brota da sílaba OM. “No princípio era o Verbo (a sílaba, o som). E o Verbo era a criação. Tudo foi feito por Ele (o Verbo) e sem Ele nada se fez."

          É com o som do Damaru (tambor) que Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança. Às vezes, ele deixa de tocar por um instante para ajustar o som do tambor ou para achar um ritmo melhor e, então, todo o universo se desfaz e só reaparece quando a música recomeça.

          Shiva está intimamente associado ao elemento fogo representando a transformação. Nada que tenha passado pelo fogo, permanecerá o mesmo: o alimento vai ao fogo e se transforma; a água evapora; os corpos cremados viram cinzas. Assim, Shiva nos convida a nos transformarmos através do fogo ou do sadhana (prática). O calor físico e psíquico que essa prática produz nos auxilia a transcender nossos próprios limites.

          Nandi é o touro branco que acompanha Shiva, sua montaria e seu mais fiel servo. O touro está associado às forças telúricas e à virilidade. Também representa a força física e a violência. Montar o touro branco significa dominar a violência e controlar sua própria força.

          A palavra "Nandi" significa "aquele que dá a alegria". Na representatividade da devoção sempre se encontra esta figura diante dos templos dedicados a Shiva. Ele está deitado, guardando o portão principal.

          LUA CRESCENTE que muda de fase constantemente representa a ciclocidade da natureza e a renovação contínua a qual todos estamos sujeitos. Ela também representa as emoções e nossos humores que são regidos por esse astro. Usar o símbolo da lua crescente nos cabelos simboliza que Shiva está além das emoções. Ele não é mais manipulado por seus humores como são os humanos está acima das variações e mudanças, ou melhor, não se importa com as mudanças, pois sabe que elas fazem parte do mundo manifesto. Os mestres hindus que se iluminaram afirmam que as transformações pelas quais passamos durante os ciclos de nascimento e morte, o final de uma relação, mudança de emprego, etc. não afetam nosso ser verdadeiro e, portanto, não deveríamos nos preocupar tanto com elas. Simplesmente perceber e viver as transformações. 

    NATARAJA

    image

          Neste aspecto, Shiva aparece como o Rei Raja ou o Dançarino. Ele dança dentro de um círculo de fogo, símbolo da renovação e, através de sua dança o Nataraja acontece à criação, a conservação e destruição do universo.  Ela representa o eterno movimento do universo que foi impulsionado pelo ritmo do tambor e da dança. Apesar de seus movimentos serem dinâmicos, como mostram seus cabelos esvoaçantes, Shiva Nataraja permanece com seus olhos parados, olhando internamente, em atitude meditativa. Ele não se envolve com a dança do universo, pois sabe que ela não é permanente. Como um yogue que se fixa em sua própria natureza, seu ser interior, que é perene. Em uma das mãos, ele segura o Damaru, o tambor em forma de ampulheta com o qual marca o ritmo cósmico e o fluir do tempo. Na outra, traz uma chama, símbolo da transformação e da destruição de tudo que é ilusório. As outras mãos estão em gestos (mudra) específicos. À direita, cuja palma está à mostra, representa um gesto de proteção e benção (abhaya mudra). A esquerda representa a tromba de um elefante, aquele que destrói os obstáculos.

          Nataraja pisa com seu pé direito sobre as costas de um anão. Ele é o demônio da ignorância interior, a ignorância que nos impede de perceber nosso verdadeiro eu. O pedestal da estátua é uma flor de lótus, símbolo do mundo manifestado.

          A imagem toda nos diz: "Vá além do mundo das aparências, vença a ignorância interior e torne-se Shiva, o meditador, aquele que enxerga a verdade através do olho que tudo vê (terceiro olho, Ajnã Chakra)." 

    Devis ou deusasAfter digging a pit, he should recite the Mahishamardini (vidya) 800,000 times, then offering 1,000 times in the cremation ground.

          São as deusas, as mães divinas, aquela que resplandece.

          Nos Vedas eram apresentadas como energia ou poder do criador, a Shakti.

          Nos Puranas aparecem como devis.

          Representando a sabedoria do universo, o aspecto protetor, maternal do Absoluto.

          Apresentam-se de 5 formas diferentes: Parvati, Durga, Kali, Lakshmi e Sarasvati. 

    Parvati

          É a Mãe do Universo e consorte ou esposa de Shiva. Simboliza a disciplina, a renúncia, o esforço que leva o devoto ao Conhecimento. 

    Durga

          Representa o aspecto feroz de Parvati. Montada em um leão ou tigre.

          Tem 12 ou 18 braços e em cada mão tem armas dadas pelos deuses.

          Seu objetivo é ser implacável com os demônios que representam nosso ego e nossa ignorância.

          Ela nos mostra que devemos ser decididos na destruição de tudo que nos impede de percebermos nossa verdadeira natureza divina. 

    Kalí

          Aspecto mais feroz ainda de Parvati. Tem língua roxa, não usa roupa e seu corpo é coberto pelos longos cabelos negros. Usa um colar de caveira, tem quatro braços e leva em cada mão armas de destruição e uma cabeça sangrando. É a devoradora do tempo. 

    Lakshmi

          Ela é muito popular na Índia, sendo considerada a mais próxima dos seres humanos. Quer o bem estar de todos sem se preocupar com suas ações ou seu passado.

          Surgiu das águas cósmicas, da eternidade.

          É a consorte ou esposa de Vishnu.

          Simboliza a riqueza material e espiritual, representando o nosso universo ilusório.

          Usa um sári vermelho, que simboliza rajas, a ação para manter a vida, tem muitas jóias e moedas de ouro, que representam a riqueza e a prosperidade.

          É apresentada sobre um lótus, símbolo do conhecimento. 

    Sarasvati

          Esta associada à fertilidade, a purificação, a fala, a linguagem e a palavra.

          É considerada a personificação de todos os conhecimentos, artes, ciências e letras. Sem ela Brahma, seu consorte, não poderia ter criado o mundo.

          Usa um sári branco (a pureza do conhecimento), está sentada em um lótus branco (o conhecimento) ou numa pedra (a base sólida na busca do conhecimento). Possui sempre ao seu lado um cisne (discernimento) ou um pavão (silêncio necessário para escutar, refletir e meditar).

    Possuí quatro braços e em cada mão um japa-mala (colar) indicando disciplina da meditação, Vija (o som, o chamado à busca do Conhecimento) e os Vedas (o ensinamento). 
     
     

    NUMEROLOGIA TÂNTRICA

          A Numerologia tântrica é diferente da numerologia pitagórica. Ela é baseada apenas na data de nascimento. Conhecida também como Karam Krya. Os cálculos apresentam caminhos para acessar o crescimento espiritual, que desenvolvido através de uma prática esse processo se acelera e se torna a ponte vibracional para o Eu. 

    Nos cálculos da Numerologia tântrica toma-se conhecimento dos Objetivos que se deve  trabalhar através de uma prática. 

    Desdobrar o potencial do indivíduo inerente ao conceito da integridade e os processos da vida que implicam também num relacionamento entre o corpo e a mente e a habilidades para controlar o processo energético da vida (o respirar, uso da voz, as artes, a meditação consciente, exercício, etc..) 

    Compreensão - encontrar uma cosmologia pessoal que ajude criar e manter um sentido saudável da perspectiva realística da terra comum a tudo. 

    Comportamento - uma mudança significativa na vontade e na compreensão influenciado no sono, no meio social, no modo psicológico, ou seja, a mudança consciente do comportamento pode trazer aproximadamente uma mudança e uma compreensão melhor das pessoas e de outros. 

    Consciência - de ego em relação ao mundo, ou seja, uma independência que provocará freqüentemente mudanças espontâneas. Consciência também tende a provocar uma redefinição da responsabilidade e a capacidade de um indivíduo para responder ao mundo.

          Portanto a numerologia Tântrica é um método para estudar o processo do passado, presente e futuro.

          Segundo o Yogui Bhajan ele explica que os seres humanos são formados por dez corpos espirituais, cada um deles corresponde a uma característica de cada guru os Shiks, cultura da qual provem esta numerologia.

          A numerologia tântrica é uma ferramenta para enriquecer a vida e ajudar a conectar com o espírito. Não é uma forma de "adivinhação" e nem conta o futuro. A numerologia tântrica utiliza de dez energias ou corpos, que são a representação de aspectos diferentes manifestado da psique. Oito destes corpos correspondem aos Chakras.  

               Uma vez identificado os equilíbrios e desequilíbrios dentro desses dez corpos de cada individuo, poderá começar então a aplicar técnicas que vão equilibrá-lo com mais facilidade. É melhor quando for utilizar-se pessoalmente da numerologia tântrica ter orientação de outro profissional, porque mesmo sendo conhecedor você poderá se negar a enxergar a realidade. 
     
    Os dez corpos espirituais são: 

    1. O Corpo da Alma. 

          Este é primeiro corpo e também corresponde ao primeiro chakra que fica situado no períneo entre o ânus e o genital.  Este corpo se conecta com a infinidade interna e permite que o ego interno flua livremente por você.  

          Se este corpo for fraco, poderá sofrer grande insegurança. Os órgãos associados com este corpo são o estômago, baço e pâncreas. Se tiver domínio deste corpo será calmo e criativo.  

    2.  Mente Negativa  

          O segundo corpo corresponde adequadamente ao segundo chakra que se localiza acima do púbis. A mente negativa necessariamente não é uma mente ruim. Simplesmente é a mente protetora, é ele que coordena o caminhar.  Porém, esta mente também pode impedir de fluir. É o corpo que alimenta a independência do ego, podendo se tornar em ego-destrutivo.  Por causa da correlação do segundo corpo com o chakra energético a pessoa pode ficar muito dependente do sexo ou pode levar o oposto e pode temer qualquer contato sexual. Quando a mente negativa for saudável, você tem grande orientação interna e está confortável em sua própria pele.

     
    3.  A Mente Positiva  

          O terceiro corpo fica situado no centro de umbigo e corresponde ao terceiro chakra. Este é o centro de energia do corpo. Quando for equilibrado, é forte e projeta autoridade. Transmitirá otimismo, porém, se este corpo estiver desequilibrado pode se tornar muito obcecado com o próprio poder e pode levar a autoridade a um nível perigoso. Também pode ficar muito intolerante com outros e por outro lado, você pode ter medo assumir responsabilidade. Fisicamente, as manifestações somatizadas se manifestarão no fígado, bexiga  e nos pés. 

     

    4. A Mente Neutra.  

          A Mente Neutra corresponde ao centro de coração, chakra cardíaco. Este é o aspecto da sua mente de qual você queira se projetar. Combinam os benefícios de ambas as mentes positivas e negativas. Quando esta mente for equilibrada, a pessoa poderá resolver qualquer situação. Poderá depressa ter acesso todas as partes de uma situação e depressa se conduzir à escolha correta. Porém, se esta mente for fraca, poderá resultar em fechamento para amar e freqüentemente terá dificuldades para resolver as situações. Os órgãos que correspondem são o coração, pulmões e intestino grosso.

     

    5. O Corpo Físico.  

          O quinto corpo é extremamente importante, é nele que está a absorção de todos os corpos.  Muitas pessoas focalizam muito no espiritual e ignoram os corpos físicos.  Mas se você só trabalha sua mente e sua alma, seu corpo físico ficará desequilibrado.  O físico é da mesma maneira importante como o espiritual e o mental.  Nós viemos todos vestidos desta forma para este plano da existência por alguma razão.  É importante aceitar este “presente” e desenvolver este potencial em plenitude. 

    O quinto corpo corresponde ao quinto chakra, ou seja, o laríngeo, portanto algumas pessoas experimentam dificuldades com esta região por não estar corretamente equilibrado.  Porém, quando equilibrado, você será um orador eloqüente e verdadeiro.  Você poderá compartilhar seu conhecimento facilmente com outros porque você não terá nenhum medo deste plano físico. 

    6. Arco de luz 

    Homens e mulheres têm uma linha de arco, uma linha de energia, indo de em orelha para o outro sobre a cabeça.  Este é seu “halo” como mostrado nas imagens de santos e anjos.  

    Estas linhas de arco é o equilíbrio entre as dimensões físicas e as dimensões cósmicas.  Este corpo regula seu sistema nervoso e equilibra suas glândulas.  Corresponde a sua glândula pituitária que fica situado entre suas sobrancelhas.   Este é o terceiro olho. A glândula pituitária é a glândula mestre.  Quando esta glândula está funcionando corretamente a pessoa terá a intuição para se proteger e radiará como uma pessoa que é centrada e calma. Se estiver desequilibrada sofrerá de variação de humor contínuo.    

    7. A Aura  

    Embora aura fique situada “fora” do corpo cercando como um campo magnético, ela  corresponde ao 7º chakra que é o topo da cabeça.  É a glândula pineal.   É dito que a glândula de pineal deixa de segregar seus fluidos depois da puberdade e que então conduz ao processo de envelhecimento.  Há muitas atividades que podem estimular esta glândula para segregar uma vez mais e, portanto retarda o envelhecimento precoce.  

    Este chakra é conhecido como o coronário “mil pétalas” ele proporciona para a pessoa segurança e o poder para ser misericordiosos.  

    Se a aura for forte a pessoa terá uma presença positiva e você sentirá contido dentro de seu próprio corpo. Pessoas que têm uma aura desequilibrada poderão se sentir ameaçado por outras auras mais forte ou eles podem ser vampiros de energia.

      

    8. O Corpo de Prânico  

    O corpo corresponde ao Prana é a vida-força, é o que o mantém vivo.  Se o ser vivente deixar de respirar, deixa de viver.  Se o prana for baixo numa pessoa ela não estará usando o seu diafragma de maneira correta. Sem oxigênio esse corpo poderá experimentar fadiga, ficará defensivo e amedrontado do mundo.  Por conseqüência disto este corpo não receberá bastante oxigênio e o coração será enfraquecido. 

    Quando este corpo for equilibrado terá a certeza de estar vivo e pleno de criação.  Respirar profundamente permite que todo o fluxo prânico energize o sistema.  Este corpo, quando equilibrado, também alinha o negativo, positivo e a mentes neutras.

     

    9. O Corpo Sutil  

    O corpo sutil dá o poder para ver além das ilusões de vida e ego.  Quando dominamos este corpo, nada na vida é um mistério e você se ajusta a qualquer situação com facilidade. Porém, se estiver fora de equilíbrio, você pode ser absorvido facilmente pelo maya (ilusão) deste mundo e a pessoa poderá ser enganado facilmente, ou por ela mesma ou através de outros tirando vantagem de si mesmo.  Este corpo pode sentir inquieto com a falta da paz para fluir facilmente de uma situação a outra.    
     

    10. O Corpo Brilhante  

    O corpo brilhante é extremamente importante.  Coincide com a aura e proporciona energia fora do corpo.  

    Quando esta esfera é centrada a pessoa irradia coragem e realeza. Os outros respeitarão e quererão estar na presença de uma pessoa assim em sua presença.  Esta pessoa afrontará todo desafio e excede expectativas.  

    Porém, ao contrário de um corpo brilhante equilibrado é alguém que não só não satisfaz as expectativas. Como pode temer responsabilidade e então escolhe não reconhecer seu próprio brilho e graça porque teme que nunca satisfará para a expectativa de alguém qualquer que seja.

     

    11. CORPO RADIANTE

          Embora haja só Dez Corpos no ponto de vista Numerológico, há uma Décima primeira incorporação. Este é o centro de comando que dirige todos os outros aspectos.  A pessoa com o número 11 no quadro leva um presente extremo com eles.  Este é o presente de infinidade e conclusão.   Eles têm a habilidade nesta vida de dominar completamente o físico e o reino espiritual.  Eles também têm a capacidade para chamar qualquer um dos 10 corpos para trabalhar para eles em qualquer determinado momento.  Porém, é importante saber que todos os outros aspectos devem ser desenvolvidos para que esta 11ª incorporação se manifeste.  Se a pessoa tiver este número em seu quadro, necessariamente não significa que o conhecimento do universo visivelmente e imediatamente dela.  Ainda terá que levar o tempo para se reconhecer e brando nas emoções e ai sim perceber. Este corpo em desequilíbrio representa o ego exaltado.

    Portanto, o décimo primeiro corpo representa a harmonia interior dos outros dez corpos.   
     

          A Numerologia tântrica nos facilita o conhecimento dos caminhos que temos de percorrer em nossa missão e na vida presente.

    Obs. Os números na numerologia tântrica diferem da numerologia pitagórica.  Os valores são interpretados somente até o ONZE, se o número for maior então deverá ser reduzido a um só numero. Por exemplo: 11+12+1952 = 22 = 4.

          É extraído da data de nascimento que é o presente herdado divinamente.

          Tomaremos aqui no que consiste a Numerologia Tântrica sem adentrar no fluxo interpretativo que não vem ao contexto geral deste trabalho neste momento.

       

    CHAVE:

     

    1 - O número da ALMA =  Dia de nascimento.

    2 – O número do KARMA = Personalidade =  Mês de nascimento.

    3 – O número do PRESENTE =  A soma dos dois últimos dígitos do ano de nascimento.

    4 - O número do DESTINO = última vida = A soma do ano de nascimento.

    5 - O número do trajeto de VIDA= A MISSÃO = A soma do dia, mês e ano de nascimento. 

     

    OS NÚMEROS:

    1. O número da ALMA:

          É extraído do da soma do dia de nascimento

          O número da alma indica seu relacionamento com sua própria alma, com seu self interno e a fonte de sua criatividade. Este é o número do trabalho interno.

          É a conexão com o coração e não com a cabeça e fonte de energia criativa.  Uma vez você conectado com o corpo desta posição, você nunca se sentirá abandonado ou separado do divino.  Porém, a maioria das pessoas está desconectada necessitando cuidar deste aspecto e normalmente precisa desenvolver o corpo nesta posição, portanto não se preocupe isto é extremamente comum!  

     
    2. O número de KARMA - PERSONALIDADE

          A soma do número do mês marca o número do karma. Exemplo: se você nasceu em junho, seu karma é 6, se você nasceu em dezembro, seu karma é (1+2 =) 3. Com exceção dos meses outubro = 10 e novembro = 11 que não se reduz. 

          O karma nos mostra a relação existente com o mundo externo, vem ser nossa personalidade. É a posição que expressa os conflitos que você enfrentará nesta vida, é a indicação de seus pontos fracos e desafios que você terá que superar. O número do Karma determina a relação que teremos com o mundo externo e como vamos tratá-los. Indica seu relacionamento com o outro. Indica a forma de comunicação e a área principal de limitação que necessita o trabalho. 
     

    3. O número do PRESENTE

          É extraído da soma dos dois últimos dígitos do ano que você nasceu: 1951 = 5+1 = 6; 1960 = 6+0 = 6

          Este é o número que indicará a qualidade espiritual que nos foi dado nesta vida por isso é denominado de presente divino vem do reflexo das virtudes que obtivemos em outra vida, mas normalmente os presentes vêm com uma enorme responsabilidade, como por exemplo: ter que desfazer do próprio ego e se focalizar em projetas luz e amar os outros. Para se fazer uso corretamente do presente terá que gozar de um grau de consciência elevado. Podemos também entender como talentos naturais.   

    4. O número do DESTINO

          É obtido através da  soma dos quatro dígitos do ano de nascimento.

    Exemplo: 1951 = 1+9+5+1=16 (1+6 =) 7; 1982 = 1+9+8+2=20 (2+0) 2 

          O número do destino indica as habilidades que foram desenvolvidas em outra vida podendo ser desenvolvido de forma positiva ou não. Indica como OUTRO nos vê. Normalmente não percebemos como somos para o outro causando aqueles conflitos que não entendemos por que.

     
    5. O número do TRAJETO

    QUINTO ASPECTO é a MISSÃO   

          É obtido por meio da soma total da data de nascimento.    

          Exemplo: 12 de maio de 1951 = 1+2+5+1+9+5+1 = 24 (2+4) = 6   

    18 de fevereiro de 1953 = 1+8+2+1+9+5+3 = 29 (2+9) = 11   

          O estado de paz e harmonia permanente só é adquirido quando nós tivermos a certeza absoluta que nós estamos completos e estamos desenvolvendo nossa missão.    

          Se uma pessoa pode harmonizar cada um dos números dela ou aspectos, mas não está completando a missão, não ESTARÁ satisfeita internamente. O quinto aspecto é seu caminho de perfeição. É seu número que guia permanentemente presente em sua vida.    

          Primeiro você deverá transformar os primeiros quatro aspectos para se dedicar a sua missão para que possa cumpri-la na terra. Quando você estiver enviando luz aos outros neste mundo ai então, você dominou este reino verdadeiramente. 

        

    NUMEROLOGÍA REFLEXIVO

          Quando alma e karma são os mesmos números. Por exemplo, 10 de outubro (10 dos 10). Esta pessoa é um espelho, ela é como você vê por dentro e por fora.     

          Pessoas que possuem esta forma de número costumam ter dificuldades para aceitar e entender o outro, desde que eles não concebem que aquela diferença pode existir entre alma e personalidade (karma).   

          Eles são Tudo ou qualquer coisa, desde que eles estejam bem em ambos os corpos ou terrível em ambos.    

        

    NUMEROLOGÍA DHARMICA.   

          É determinado quando o número do terceiro aspecto (presente de Deus) se repete no número da alma, da personalidade, da missão ou das últimas vidas.   

          Este tipo de numerologia é um Dharma ou abençoando, como é um presente de DIVINO, sempre é positivo, estarão reforçando o aspecto que é semelhante a ele.    

        

    NUMEROLOGIA COM PROBLEMAS EM ÚLTIMAS VIDAS.   

          É determinado quando um número se repete por várias dentro da carta natal em qualquer um dos aspectos.   

          Significa que aquela pessoa não pôde polir aquela virtude ou força.    

          Em algum ponto falhou, então terão que começar um ciclo novo de encarnações até alcançar isto.  

     

    MÉTODO

     

          O NUMERONATARAJA ou Yoga dos números é a codificação do padrão vibratório dos números em aspecto vivencial formatado em sinais corporais denominados mudrás (gesto reflexológico). Que permite gerar força de impacto pelo o movimento causado pela a coreografia que os movimentos de ação (o mudra) juntamente com o fluxo da consciência gera assim um movimento, uma dança que vibra nos corpos harmonizando e percebendo o fluxo através do prana que é fluido automaticamente, mudando a forma de pensamento e de sensação. Produzindo o eixo para entrar em meditação dinâmica e a consciência de si mesmo. A prática consiste na habilidade de coreografar os movimentos de forma natural e automaticamente onde se concentra os bloqueios a atenção para produzir a performance fará com a energia flua e a execução se torna perfeita pelo o fato do sentir e não do racionalizar.

          Enquanto os movimentos ocorrem é feitos fechos (bandhas) impulsionando a energia prana para que flua pelo os canais das nadis e glândulas, exercitando e aflorando a energia de cada chakra que naturalmente equilibrará os corpos. Mudando toda a vibração comportamental energético, emocional, mental e físico. Proporcionando a ponte do religar-se e reconhecimento do EU.

          É uma prática que pode ser executada em grupos ou de forma individual, mas sempre acompanhado de instrução de um terapeuta já conhecedor da técnica e que possa fazer as devidas correções.

    Sejam elas virtuais ou pessoalmente. Até que isso seja natural na pessoa e daí sim poderá executar a qualquer momento que desejar ir para o seu interior e responder questões  que o próprio SER já sabe a resposta. 

     

    Funções terapêuticas

          Proporcionará o equilíbrio de todos os corpos simultaneamente e na sequência necessária individual, mesmo que executado em grupo. 

    Funções estéticas

          O Numeronataraja não é preocupado com esta função.  Mas naturalmente a execução continua colocará as glândulas endócrinas em equilíbrio e consequetemente altera o padrão físico do praticante, melhorando o aspecto físico. No mínimo proporcionará maior brilho e vivacidade do aspecto físico aumentando a estima.  

    Funções lúdicas

          Obviamente o Numeronataraja propõe o prazer, o êxtase de só está, só fazer, usufruindo da prática ludicamente. Sem o ludismo, a alegria de brincar ou dançar não existe. A prática (sadhana) é uma celebração de vida. A celebração leva o ser em contato com o Seu EU Divino e natural.  

    Funções da sexualidade.

          Sexualidade é a propriedade que tem o ser humano de sentir e perseguir o prazer. É a vontade de reunir-se a outra energia que o complemente ou que o realize. O Numeronataraja proporciona a possibilidade de o praticante entrar em contato com seus vários pontos de tensão energética, que o impede de exercer sua sexualidade plenamente. 

    Funções arquetípicas ou simbólicas de uma egrégora.

          Cada exercício é simbólico, significa algo para a consciência e para o inconsciente coletivo. O Mudrá é sempre um gesto que simboliza força, energia sabedoria, consciência ou simplesmente percepção metafísica. O gesto (Mudra) leva uma pessoa a entrar em contato com uma egrégora especifica. 

    KOSHA MUDRAS – São os gestos feitos com o corpo todo. Após executá-los e coreografá-los corretamente os gestos com as mãos podem ser acrescentado transformando numa dança cósmica e passando a ter a vibração do Numeronataraja ou Yoga dos números.

          Cada exercício foi similarmente inspirados em ásana ou Mudras já existente, trazendo em seu contexto a vibração da energia que cada número  em equilíbrio produz. Portanto é a verdadeira fidelidade personificada da vibração que movimentarão fluxo do corpo.  

     

    Conclusão.

          Este é mais um trabalho inspirado nas observações dos clientes em consultórios, cursos e vivencias que necessitam de um caminho mais sutil para acessarem o caminho de parar a mente de turbilhonar e ensinar o fluxo da emoção a simplesmente está consigo mesmo.

          Apesar de inserir em seu contexto o movimento da dança, é absolutamente forte e sensível, belo e sensual.

          Qualquer pessoa pode lançar mão deste método, pois é apenas um exercício codificado que gera o compromisso consigo mesmo de trilhar um autoconhecimento, sem exigir excelentes performances físicas. Podendo ser executado por qualquer pessoa que apenas deseja aprender o SENTIR. 
      

    BIBLIOGRAFIA.

    Do Numeronataraja não há ainda, pois espero que esta sinopse se torne uma no futuro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    BA ZI - PILARES DO DESTINO - Astrologia Chinesa

    BA ZI - PILARES DO DESTINO 

     Astrologia Chinesa

     

     Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística 
    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS –  Holística 2009

     

     

      “Para alcançar o conhecimento, acrescente coisas todos os dias. Para alcançar a sabedoria, remova coisas todos os dias.” (Lao Tse) 
     

    Dedicatória 

    Dedico este trabalho àquela força que impulsiona, preenche e domina, de muitos nomes e que poucos entendem, para uns força Maior, para outros DEUS.

     

    Agradecimentos 
     Meus agradecimentos ao meu marido Alexandre de Oliveira Baptista pelo apoio e incentivo, à minha irmã pelo incentivo e por acreditar em mim, à minha filha Sarah, pela paciência, aos meus gurus e mestres, pelas informações e desfechos.

      

    Sumário:

    1 – Qi

    2 – Wu Xing - 5 transformações do Qi

    3 - 10 Troncos Celestes e 12 ramos terrestres

    4 - 60 binômios

    5 - Estações energéticas

    6 -Constituição energética dos meses

    7 -Cálculo do Acerto da Hora

    8 - Cálculo dos 4 pilares do destino

    9 - os 10 deuses

    10 - combinação de tronco

    11 -relacionamento entre os 12 ramos

    12 - Deuses e demônios.

    13- Resultados

    14- conclusões

    15 – Referências Bibliográficas

     

    Resumo  
     

    Nesta palestra serão pinceladas o que são os 4 pilares do destino, como calculá-los e quais os benefícios que este sistema poderá proporcionar tanto aos pacientes, clientes, enfim a comunidade a ser atendida, quanto aos terapeutas em geral que terão uma ferramenta a mais no tratamento dos diversos sintomas de desequilíbrio energético e físico que poderão ser lidos pelos 4 pilares do destino.

    Mais uma vez temos a certeza de que o bem-estar físico de uma pessoa é a soma de diversos elementos energéticos que se inter-relacionam e dão uma resposta positiva. Quando não há o bem estar, concluímos que há um desequilíbrio entre esses elementos, com os 4 pilares do destino é possível ler este momento energético de cada pessoa. 
      

    Introdução 

    Os Quatro Pilares mostram os prós e os contras da sua constituição energética, a força ou fraqueza dos meridianos de energia e o seu reflexo no corpo, alertando-o de tendências e doenças em potencial. Ele pode lhe indicar como buscar o equilíbrio dos 5 elementos por meio de atividades, hobbies, atitudes, esportes, alimentos, relacionamentos e terapias, que vão incorporar ao seu sistema os elementos que você tanto precisa para em equilíbrio e saudável. Daí a importância em compreender sua constituição e saber por qual momento energético você está passando, por qual momento energético o universo está passando. Nada pode ser feito em relação ao curso do universo, mas você pode fazer muito por você respeitando a sua constituição e o que ela pode ou não lhe propiciar, o que faz bem ao seu organismo e à sua vida como um todo.  

     

    1 - O Qi (Chi) 

    Conhecido como muitos nomes, pode-se resumir como um tipo de energia que permeia e nutre todos os fenômenos do mundo físico e extra-físico. É a vitalidade energéticas responsável por todas as manifestações de vida no universo. É dispersado pelo vento e retido pela água. Na matéria é o que edifica e coordena as moléculas.

    O Qi em movimento é a interação perpétua entre o yin e yang. Contínuo processo de transformação. Somos todos produtos do Qi e estamos sujeitos a sua influência.

    A Trindade chinesa é formada por:

    - Qi cósmico (Tian Qi)

    É o Qi que vem em direção à Terra, provém do Sol, Lua, planetas, estrelas e galáxias. Pode afetar o Qi Terrestre e até cancelar seu efeito.

    - Qi humano (Ren Qi)

    Determinado na primeira respiração do indivíduo. Qi forte que interage com o Qi da terra e Qi cósmico.

    - Qi da terra (Di Qi)

    Qi que viaja pelo solo (sobre e sob) se manifesta nas mudanças da topografia, vales, picos e montanhas, desertos, planícies, florestas e cachoeiras.

    Para tudo é importante encontrar uma forma de combinar essa trindade em tudo o que fazemos. 

     

    2 - WU XING – CINCO TRANSFORMAÇÕES DO QI 

    Compreender como o Wu Xing flui é desvendar a linguagem da natureza.

    Os 5 elementos estão ligados entre si, não devemos analisá-los isoladamente. Na visão ocidental temos 4 elementos (Fogo, ar, água e terra) e a relação entre eles é estática. Já na visão chinesa temos 5 elementos e a relação entre eles é uma constante transformação. 

    Temos Três relações básicas entre os elementos: 

    1 – Ciclo de Geração

    Aqui um elemento gera o outro de forma cíclica. 

    - Madeira gera fogo: Madeira alimenta o fogo.

    - Fogo gera Terra: Quando a madeira queima gera cinzas e essas cinzas geram a terra.

    - Terra gera Metal: A Terra produz o metal sob alta pressão e por um longo período de tempo.

    - Metal gera Água: Metal, sob influência do fogo, derreterá e fluirá de forma líquida.

    - Água gera Madeira: A água é alimento para as plantas. 

    2 – Ciclo de controle

    Aqui um elemento controla o outro energeticamente. 

    - Madeira controla a Terra: raízes penetram na terra e se alimentam dela.

    - Fogo controla o Metal: Fogo amolece ou derrete o Metal.

    - Terra controla a Água: Terra controla o curso da água, a suja.

    - Água controla o Fogo: Água esfria ou extingue o Fogo. 

    3 – Ciclo de Domínio

    Aqui o elemento dominado reage contra o dominador. 

    - Madeira prejudica o Metal: Madeira pode esfacelar ou até mesmo quebrar o Metal e cega seu corte.

    - Metal prejudica o Fogo: Metal pode extinguir ou sufocar o Fogo.

    - Fogo prejudica a Água: Fogo evapora a Água.

    - Água prejudica a Terra: Água pode lavar a Terra.

    - Terra prejudica a Madeira: Terra alterará o caminho e forma das raízes. 

    Existem outras relações possíveis entre os cinco Elementos: 

    4 – Ciclo de Desgaste

    Aqui o elemento gerado desgasta ou enfraquece o elemento gerador.

    - Madeira desgasta a água: raízes chupam a água para as folhas que podem esconder ou guardar a água.

    - Água desgasta o Metal: Água pode enferrujar o metal.

    - Metal desgasta a Terra: Metal pode envenenar a Terra.

    - Terra desgasta o Fogo: Terra pode extinguir ou sufocar o fogo.

    - Fogo desgasta a Madeira: Fogo consome a madeira. 

    5 – Ciclo Fortalecedor

    Aqui dois elementos iguais fortalecem um ao outro. 

    Os 5 elementos alimentam um ao outro, ao mesmo tempo em que controlam uns aos outros, gerando uma relação de interdependência e um equilíbrio dinâmico onde: 

    - A Água alimenta a Madeira ao mesmo tempo em que apaga o Fogo e é bloqueada pela Terra.

    - A Madeira alimenta o Fogo ao mesmo tempo que suga a energia da Terra e é podada pelo Metal.

    - O Fogo alimenta a Terra ao mesmo tempo em que derrete o Metal e é apagado pela Água.

    - A Terra alimenta o Metal ao mesmo tempo em que retém a Água e é sugada pela Madeira.

    - O Metal alimenta a Água ao mesmo tempo em que corta a Madeira e é derretido pelo Fogo. 

    As Cinco Transformações tem sua fundamentação em realidades astronômicas (Periélio e Afélio), não em leis do Meio ambiente. 

     

    3 - OS 10 TRONCOS CELESTES 

    Os 10 Troncos nada mais são do que os 5 elementos em suas polaridades Yin e Yang. Desenham assim o padrão do movimento do Qi Celeste. 

    1 Madeira Yang, em chinês JIA

    2 Madeira Yin, em chinês YI

    3 Fogo Yang, em chinês BING

    4 Fogo Yin, em chinês DING

    5 Terra Yang, em chinês WU

    6 Terra Yin, em chinês JI

    7 Metal Yang, em chinês GENG

    8 Metal Yin, em chinês XIN

    9 Água Yang, em chinês REN

    10 Água Yin, em chinês GUI 

    Os troncos sempre são numerados em números arábicos. 

     

    OS 12 RAMOS TERRESTRES 

    Os 12 ramos desenham o padrão do movimento do Qi terrestre. Os ramos terrestres são numerados em algarismos romanos para não confundir com os Troncos Celestes. A associação dos ramos aos 12 animais foi feita através da lenda de que ao entrar em Nirvana Buda reuniu o reino animal. Por alguma razão somente 12 animais compareceram. Como recompensa, Buda nomeou os anos de acordo com a chegada de cada animal. Como o rato chegou primeiro, ficou com o primeiro ano, o búfalo com o segundo e assim sucessivamente. Claro que esta é somente uma lenda, ninguém sabe ao certo o porque dessa associação.

    O fato é que os ramos são tão antigos quanto os troncos celestes, que davam seus nomes aos dias da semana, logo os chineses começaram a usar os nomes dos ramos terrestres para os meses. São eles: 

      1. Rato (Zi)
      2. Búfalo (Chou)
      3. Tigre (Yin)
      4. Coelho (Mao)
      5. Dragão (Chen)
      6. Serpente (Si)
      7. Cavalo (Wu)
      8. Cabra (Wei)
      9. Macaco (Shen)
      10. Galo (You)
      11. Cachorro (Xu)
      12. Javali (Hai)
     

     

    O CICLO SEXAGENÁRIO DOS TRONCOS E RAMOS 

    O encontro entre o Qi Celeste e o Qi Terrestre. Esse sistema de combinações é chamado de Ghanzi = Gan (Tronco) + Zhi (ramo). Ao combinarmos 10 Troncos com 12 ramos, matematicamente teríamos 120 combinações, mas isso não ocorre, porque os troncos formam dois grupos de 5, um dos 5 elementos na polaridade yin e os outros cinco na polaridade yang. Isso resulta em 5 x 12 = 60 combinações, que chamaremos de 60 binômios (alguns métodos chamas de 60 imagens ou 60 dragões).

    M+

    F+

    T+

    Me+

    A+

     
     
    Combina com
    Rato

    Tigre

    Dragão

    Cavalo

    Macaco

    Cachorro

      M-

    F-

    T-

    Me-

    A-

     
     
    Combina com
    Búfalo

    Coelho

    Serpente

    Cabra

    Galo

    Javali

     

    Logo, o binômio 1 é Rato de Madeira Yang (Jia Zi). Os anos são denominados pela combinação referente àquele ano, por exemplo 2004 – Macaco de Madeira Yang (Jia Shen). 

    Essas combinações são usadas para meses, dias e horas. Isso pode parecer complicado, mas cada data traz informações importantes sobre a interação do Qi. Essa é a base de qualquer análise, seja para a astrologia Chinesa como para o Feng shui. 

     

    4 - OS 60 BINÔMIOS 

    A Análise dos 60 binômios é feita por meio da leitura vertical entre os elementos que compõe a estrutura de um binômio. Compreendendo a estrutura analisamos a força, o elemento predominante e a imagem gerada. Esse método é usado na análise de 4 pilares do destino, onde as imagens formadas indicam qual a missão a cumprir nessa vida (binômio do ano de nascimento) associada à imagem do binômio do dia de nascimento. Este método é usado para verificar se a pessoa está indo de encontro ao seu destino ou lutando contra ele. 

    Tabela 7.4 

     

    5 - AS ESTAÇÕES ENERGÉTICAS 

    Algo que causa discussão entre os praticantes de Feng shui é a diferença entre os hemisférios Norte e Sul, nos cálculos e aplicações das técnicas tradicionais.

    Um dos argumentos apresentados pelos que defendem a inversão dos cálculos é o clima.

    Na realidade, quando nos referimos a estação em termos de Feng Shui e Astrologia chinesa, não estamos nos referindo à estação climática, mas aos ciclos cósmicos. Chamemos então de estações climáticas as 4 estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno. E chamemos de Estações Energéticas as 4 fases identificadas na relação Terra e Sol.

    Como a cosmologia chinesa engloba 5 elementos e cada um desses 5 elementos rege a uma Quinta parte do ano, logo 365 dias / 5 = 73, cada elemento rege 73 dias no ano.

    Cada uma das 4 estações (energéticas) do ano tem predomínio de um elemento:

    Primavera – Madeira

    Verão – Fogo

    Outono – Metal

    Inverno - Água 

    A primavera energética corresponde aos signos de Tigre, Coelho e Dragão e também ao início do ano chinês que ocorre no mês do Tigre. Porque no mês do Tigre se o primeiro animal é o rato? Simpples, porque cada animal tem uma energia específica e a do rato é Água e água corresponde ao inverno energético, no mês seguinte que é o Búfalo esta água entra em declínio, para no mês do Tigre a Madeira brotar após o inverno. 

    O Verão energético corresponde aos meses de Serpente, Cavalo e Cabra.

    O Outono energético corresponde aos meses de Macaco, Galo e Cachorro.

    O Inverno energético corresponde aos meses de Javali, Rato e Búfalo. 

    Cada animal (ramo) corresponde a um mês solar, que inicia sempre quando o Sol atinge o 15° de cada um dos signos solares ocidentais. Reparemos que o Rato corresponde ao ápice do Inverno energético, o coelho ao ápice da Primavera energética, o cavalo ao ápice do verão energético e o galo ao ápice do outono energético. 

    Como já devem ter reparado há 4 estações no ano e existem 5 elementos, não há uma estação associada ao elemento terra. Isso porque a Terra rege os 18 últimos dias de cada estação.

    Lembremos da divisão:

    365 dias do ano / 5 elementos = 73 dias para cada elemento.

    Os 73 dias atribuídos ao elemento terra, se subdividem-se em 4 estações o que gera aproximadamente 18 dias em cada uma das 4 estações. Os dias do elemento terra é chamado de entre-estações.

    Por isso os meses Dragão, Cabra, Cachorro e Búfalo são divididos em 2 partes. Os primeiros 12 dias são regidos pelo elemento predominante na estação. Os últimos 18 dias são regidos pela terra, sendo chamados de Entre-estações e marcam a transição de uma estação a outra. 

    AS FASES DO CIRCUITO SEM FIM 

    Os doze meses do ano, doze animais associados às estações energéticas, mostra que para filosofia Chinesa, o ciclo da vida se divide em doze partes: 

    1. Nascimento
    2. Crescimento – primeiro banho
    3. Adolescência
    4. Diploma – Exame
    5. Apogeu da Carreira
    6. Declínio
    7. Doença
    8. Morte
    9. Enterro – Armazenagem
    10. Desaparecimento total
    11. Embrião
    12. Desenvolvimento do embrião
     

    Este mesmo ciclo rege toda a vida no Universo.

    A energia nasce (fase 1), passa por duas fases de desenvolvimento onde ainda é frágil (fases 2 e 3), chega à fase 4, onde se prepara para atingir o ápice, chega ao ápice na fase 5, e como tudo que chega ao apogeu inicia o declínio na fase 6, adoece na fase 7, chegando à morte na fase 8.

    Após a morte, a vida e o ciclo de nergia não terminam. A fase 9 representa a armazenagem da energia, a aglutinação da energia para ser devolvida ao cosmo, a fase 10 representa a diluição da energia na energia cósmica, a fase 11 o embrião, a fase 12 representa o desenvolvimento da energia embrionária. As fases 9, 10, 11 e 12 são consideradas momentos em que a energia está desaparecida, ou seja, não está presente da forma como a conhecemos. 

    Logo, podemos marcar as fases do circuito sem fim para cada um dos elementos: 

    MADEIRA 

    Sabemos que o ápice da madeira é o mês do Coelho, fase 5, se numerarmos os meses seguintes dentro do ciclo temos: 

    6, Dragão

    7, Serpente

    8, Cavalo

    9, Cabra

    10, Macaco

    11, Galo

    12, Cachorro

    1, Javali

    2, Rato

    3, Búfalo

    4, Tigre

    Isso quer dizer que a Madeira nasce no Javali, está frágil no Rato e no Búfalo. Passa pelo pré apogeu no Tigre, tem o apogeu no Coelho, declínio no Dragão, está doente na Serpente, morta no Cavalo, armazenada na Cabra, desaparecida no Macaco, Galo e Cachorro. 

    Seguindo este mesmo raciocínio para cada um dos outros elementos, teremos cada um dos elementos em uma fase diferente do circuito sem fim a cada mês, conforme tabela abaixo:

     

     

    6 - ANÁLISE DA  CONSTITUIÇÃO ENERGÉTICA DOS MESES CHINESES 

     

    No mês do Rato temos:

    Agua na fase 5 – ápice;

    Madeira na fase 2 – recém-nascida

    Fogo na fase 11 – embrionária

    Metal na fase 8 – morto 

    Já no mês do Javali, temos:

    Água na fase 4 – pré-apogeu

    Madeira na fase 1 – nascimento da Madeira

    Fogo na fase 10 – desaparecido

    Metal na fase 7 – doente. 

    Todo animal que inicia o mês tem resquício de terra da entre-estação, mas o Javali é um exceção, pois a Água na fase 4 é Yang no Javali e a terra que viria do cachorro não consegue se fixar exatamente por isso. 

    As fases mais energéticas são: 

    5 – apogeu

    1 – nascimento

    9 – armazenagem da energia

    4 – pré-apogeu, fase de ascensão

    6 – apogeu iniciando declínio 

    Essas são as únicas fases capazes de se combinarem na formação da energia do momento.

    Logo cada mês tem uma constituição dos 5 elementos cada um deles em uma determinada fase, quando estão nas fases 2,3,7,8,10,11 e 12, os elementos dessas fases são chamados de inoportunos, pois não possuem força suficiente para se manifestar. 

    Considerando esses fatos, notamos que no mês do rato o único elemento com força para se sobressair é a água. O mês do rato é um mês puramente água, em fase 5 (apogeu). 

    No mês do Javali, os únicos elementos com força para se sobressair são água (fase 4) e madeira (fase1). 

    Vemos que o ramo, animal, nada mais é do que o nome dado a uma composição energética de força do ciclo sem fim, com uns elementos fortes para se fazerem visíveis e outros não tão fortes assim. 

    Das fases mais energéticas 3 delas são particularmente importantes:

    A fase 1 – nascimento

    A fase 5 – apogeu

    A fase 9 – armazenagem 

    É como se essas 3 fases da energia representassem o ciclo de vida da energia, por formarem um ângulo de 120° entre si, formam uma combinação de triangulação. 

    Por exemplo na triangulação da água temos:

    O macaco, fase 1 do nascimento da água.

    O rato, fase 5 do apogeu da água.

    O dragão, fase 9 da armazenagem da água. 

    E isso ocorre com os outros 4 elementos. 

     

    7 - CÁLCULO DO ACERTO DE HORA 

    Tendo por base o meridiano 0° de longitude que passa na Inglaterra e é conhecido como meridiano de Greenwich, os meridianos localizados à direita são Leste e à esquerda de Greenwich, Oeste. Cada meridiano ocupa 15°. O Brasil tem como meridiano oficial o 45° Oeste. Logo, estamos a 3 meridianos de diferença do meridiano 0°. A cada meridiano somam-se horas ou subtraem-se horas. À Oeste, subtraem-se horas e à Leste, somam-se horas.

    A hora real não corresponde à hora local, mesmo porque não são todas as cidades brasileiras que estão localizadas no meridiano 45°. Assim temos que todas as cidades localizadas em longitudes maiores que 45° subtraem-se horas ou minutos do horário local, já quando possuem longitude menores que 45°, somamos horas ou minutos na hora local. 

    Exemplo: Uma pessoa nasceu às 19h28min em Campinas, esta cidade está a 47°03´00´´, para saber a hora real neste caso devemos subtrair de 45°. 

    Longitude oficial do Brasil 45°00´00´´

    Longitude de Campinas 47°03´00´´

    Subtraindo-se temos  - 2°03´ 

    15° equivalem a 60 minutos

    1° equivale a aproximadamente 4 minutos 

    -2°03´ X 4 = -8 minutos e 12 segundos 

    Agora basta subtrairmos da hora informada os minutos e segundos encontrados na conta para obtermos a hora real. 

    19h28´00´´

    00h08´12´´

    --------------

    19h19´48´´ 

    Depois de encontrada a hora real, procuramos na tabela abaixo para sabermos a hora chinesa:

    1 – Rato – das 23h às 01 h.

    2 – Búfalo – das 01 h às 03 h

    3 – Tigre - das 03 h às 05 h

    4 – Coelho - das 05 h às 07 h

    5 – Dragão - das 07 h às 09 h

    6 – Serpente - das 09 h às 11 h

    7 – Cavalo - das 11 h às 13 h

    8 – Cabra - das 13 h às 15 h

    9 – Macaco - das 15 h às 17 h

    10 – Galo - das 17 h às 19 h

    11 – Cachorro - das 19 h às 21 h

    12 – Javali - das 21 h às 23 h 

    No exemplo que fizemos a hora, 19:19:48 é a do cachorro.

    Devemos nos preocupar em fazer o acerto de hora nos casos em que as pessoas nasceram nos horários limítrofes, caso contrário não haverá mudanças na constituição energética do pilar da hora.

    Antes de iniciar os cálculos é importante verificar se houve ou não horário de verão no ano em questão, dentro do período de Nascimento da pessoa, caso positivo, subtraímos uma hora do horário de nascimento.

    Período Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Abrangência
    1931-1932 03             Todo o Território
    1932-1933 03             Todo o Território
    1949-1950     01       16 Todo o Território
    1950-1951     01   28     Todo o Território
    1951-1952     01   28     Todo o Território
    1952-1953     01   28     Todo o Território
    1963-1964 23         01   Todo o Território
    1965       31   31   Todo o Território
    1965-1966   30       31   Todo o Território
    1966-1967   01       01   Todo o Território
    1967-1968   01       01   Todo o Território
    1985-1986   02       15   Todo o Território
    1986-1987 25       14     Todo o Território
    1987-1988 25       07     Todo o Território
    1988-1989 16     29       S/SE/CO/NE/Tocantins
    1989-1990 15       11     S/SE/CO/MT/Bahia
    1990-1991 21       17     S/SE/CO/Bahia
    1991-1992 20       09     S/SE/CO/Bahia
    1992-1993 25     31       S/SE/CO/Bahia
    1993-1994 17       20     S/SE/CO/Bahia/AM
    1994-1995 16       19     S/SE/CO/Bahia
    1995-1996 15       11     S/SE/CO/BA/TO/AL/SE
    1996-1997 06       16     S/SE/CO/Bahia/TO
    1997-1998 06         01   S/SE/CO/Bahia/TO
    1998-1999 11       21     S/SE/CO/Bahia/TO
    1999-2000 03       27     S/SE/CO/NE/TO/RR
    2000-2001 08       18     S/SE/CO/Bahia/TO
    2001-2002 14       17     S/SE/CO/NE/TO
    2002-2003   02     16     S/SE/CO/NE/TO
    2003-2004 19       14     S/SE/CO/NE/TO
     

     

    8 - QUATRO PILARES DO DESTINO 

    Os 4 pilares do destino é uma forma de ler a interação da energia do universo. Cada instante é diferente do instante anterior, e há um Qi (energia) dominante. No momento da primeira respiração este Qi impregna a pessoa e terá um efeito sobre a vida da pessoa, sua personalidade, seus gostos e seu destino. Essa primeira energia é determinante na vida da pessoa, por isso usa-se o diagrama de nascimento, através do calendário solar, existem astrólogos que fazem pelo calendário lunar. 

    O mapa é lido da direita para a esquerda, e a profundidade segue essa ordem também, do mais superficial ao mais profundo. 

    Hora Dia Mês Ano
    O íntimo

    A sexualidade

    Os subalternos

    Os relacionamentos

    As parcerias

    O marido

    Os parceiros

     
    Os pais

    O meio-social

     
    O mundo

    A Conjuntura

     

    PARA CALCULAR OS 4 PILARES 

    Escreva dia, mês, ano, hora e local de nascimento.

    Exemplo: 11/04/65 às 11:45 hs em São Paulo SP

    - Verificamos a Tebela de horário de verão e vimos que neste período não teve horário de verão.

    - Encontremos a hora real, como é São Paulo SP, basta subtrairmos 6 minutos do horário, e temos 11:39 hs. 

    1° Pilar do Ano 

    Procuramos no calendário dos 10.000 anos ou na tabela fornecida o animal e elemento do ano de nascimento.

    Ano 65 – Serpente de Madeira Yin 

    2° Pilar do Mês 

    Este pilar além de nos mostrar os pais, o meio social, nos mostra parte de nossa personalidade externa que pode ser enriquecida pela cultura e meio social.

    No exemplo dado, é o 3° mês – Dragão de Metal Yang 

    3° Pilar do Dia 

    Antigamente era comum definir traços essenciais da personalidade de uma pessoa pelo pilar do dia, por isso esse pilar é o mais afetado pelo elemento sorte e pela referência das Xius, (estrelas fixas).

    Para calcular este pilar basta sabermos qual o binômio do dia primeiro de janeiro, depois é só contar quantos dias se passaram do dia primeiro de janeiro ao dia de interesse. No caso, o binômio do dia primeiro de janeiro de 1965 é 1. Logo do dia primeiro de Janeiro ao dia 11 de abril de 1965 passaram-se 101 dias, este é o número de série do nascimento.

    Ainda nos falta uma informação: a que número do ciclo de 60 binômios corresponde cada início do ano ocidental. Para isso segue a tabela com o número do binômio corresponde ao primeiro de janeiro de cada ano. Os anos em negrito são anos bissextos, aos quais deve-se acrescentar 1 à soma, caso a pessoa tenha nascido após 28 de Fevereiro. 

    Tabela 12.2 

    Vamos calcular o nosso exemplo, 11/04/1965

    11/04 – 101° dia do ano

    65 – em primeiro de Janeiro, 51.

    101+51 = 152 / 60 = 2 resto 32 (O que nos interessa é o resto)

    Binômio 32 = Cabra de Madeira Yin 

    Tabela 12.3 

    Cada binômio é associado a uma imagem, que muda a tônica da interpretação do mapa, por isso é importante o seu conhecimento. Mas este é um conhecimento para um curso mais avançado, onde é possível detalhar o significado de cada uma das imagens. 

    No calendário dos 10.000 anos já temos estas contas todas prontas, basta procurar ano, dia e mês desejados. 

    4° Pilar da Hora 

    Neste pilar nos diz se o recém-nascido é ou não bem vindo na família, e a hora corresponde a parte mais íntima do ser de alguém, pode ser associado ao subconsciente. É a parte mais inviolável da personalidade. 

    A hora chinesa equivale a 2 horas, a primeira parte da hora é a parte yang e a segunda é a parte yin. A hora real é a que vai ser utilizada, pois é a hora que de acordo com o local vai acentuar a qualidade Yin e Yang do mapa. 

    COMO ESTABELECER O TRONCO CELESTE (ELEMENTO) DO PILAR DA HORA 

    Para saber qual deve ser o elemento associado à hora chinesa, cruzamos o ramo terrestre (animal) da hora real, com o Tronco Celeste (elemento) do dia de nascimento. 

    Por exemplo, Se o dia é Madeira Yang Rato

    Hora: 19:19:48 – Décima primeira hora, que é a do Cachorro

    Encontramos Madeira Yang, por isso, Cachorro de Madeira Yang 

    Veja abaixo: 

    Tabela 12.5 

     

    9 - OS DEZ DEUSES 

    Cada elemento no mapa tem um significado. O ponto de partida para a análise é o Tronco Celeste do dia e sua relação com os outros elementos que serão denominados de Deuses. O Tronco Celeste (Elemento) do pilar do dia é chamado de “EU” ou “MESTRE DO DIA”.

    No Universo somos movimento, geramos algo.

    Pois bem, o “EU” gera algo e esse algo é chamado de PRODUÇÃO.

    Temos que a Produção é gerada pelo emento do “EU”, se tiver mesma polaridade é considerada Produção Justa e se tiver polaridade contrária é considerada Produção Injusta.

    A Produção gera RIQUEZA, se esta tiver polaridade igual ao “EU” é Riqueza Injusta, polaridade diferente é Riqueza Justa.

    A Riqueza gera PODER, se este tiver polaridade igual ao “EU” é Poder Injusto e diferente é Poder Justo.

    O Poder gera SUSTENTAÇÃO, se tiver mesma polaridade do “EU” é Sustentação Injusta e diferente é Sustentação Justa.

    Podem existir elementos IGUAIS ao “EU”, que serão chamados de PARALELOS, tendo a mesma polaridade do “EU” serão Paralelos Justos e com polaridades diferentes serão Paralelos Injustos. 

    Tabela 13.1 

    PODER 

    Poder Justo (Zheng Guan)

    Controle apropriado. O poder num mapa masculino representa a ambição e num mapa feminino representa o marido. Quando Yin e Yang se encontram nesta relação, mesmo se um controla o outro, é uma relação harmônica, é um controle com amor, como numa relação entre pais e filhos. Porém quando há um excesso de poder, mesmo se poder justo, pode se transformar num controle doentio e sua natureza de benéfica, passa a ser ruim, como no poder injusto. A ambição aqui é nobre, a pessoa se compara a ela mesma, quer se superar, e não aos outros. 

    Poder Injusto (Pian Guan)

    Controle excessivo, desmedido

    Dois elementos iguais se repelem, há uma batalha, é como um tirano ou um governo ditador, o poder injusto é considerado um deus prejudicial. Se existe produção e essa produção consegue controlar esse poder, ele não consegue fazer mal, mas se não há produção o poder injusto passa a se chamar 7 demônios, e pode ser comparado à indisciplina, revolta, excesso de ambição, e com os fins justificando os meios. 

    São pessoas realizadoras de grandes feitos, mas com muito poder injusto a pessoa não tem medida, a ambição está descontrolada, não sabe quando parar. 

    Se o Poder Injusto não tem raiz, a pessoa pode ser a melhor, mas não consegue se manter, ou a pessoa pensa que é a melhor e quando descobre que não é pode se deixar abater seriamente, chegando ao suicídio. 

    SUSTENTAÇÃO 

    Sustentação Justa (Zheng Yin)

    Ajuda, apoio na medida certa.

    Amor, recursos, alento, possibilidade, apoio, suporte e conhecimento.

    É como uma mãe que educa, sustenta e dá segurança ao seu filho, sendo bem dosado, é considerado um bom deus. Não é desfavorável à produção. 

    Sustentação Injusta (Pian Yin)

    Excesso de zelo, vira mimo.

    É eficaz somente quando o “EU” é fraco, mas pode ser desfavorável à produção, já que a Sustentação controla a produção. É como uma mãe que não educa, deixando os filhos fazerem o que querem, mima demais, sustenta depois de adulto, etc. 

    Em geral, Sustentação injusta é exagerada. Muita sustentação faz com que a pessoa ache que pode tudo, que não precisa de ninguém, SOMENTE poder ser favorável se o “EU” for muito frágil. 

    RIQUEZA 

    Riqueza Justa (Zheng Cai)

    Num mapa masculino é a esposa. A Riqueza é boa para um “eu” forte, que pode controlá-la e tem energia de sobra para controlar suas oportunidades de ganho, já para um “eu” fraco é ruim, pois a riqueza sem controle passa a ser um prejuízo.

    Riqueza com produção é dinheiro ganho com talento. Não importa muito se existe ou não produção, se o “eu” for forte e a riqueza estiver presente, pode tirar partido, não importando se é justa ou injusta. 

    Riqueza Injusta (Pian Cai)

    Tanto a Riqueza Justa ou Injusta pode ser bom, desde que o “eu” seja forte, como dito anteriormente. 

    PRODUÇÃO 

    Produção Justa (Shi Shen)

    Carisma, atitude, aparência, o que mostra aos outros. Se o “eu” for forte ele se alia a produção e usam a energia para uma boa causa e ajudam a manter o equilíbrio energético da pessoa. A produção justa é utilizada para gerar riqueza e para controlar os 7 demônios (poder Injusto), mas não pode ser útil a não ser a um “eu” forte. 

    Produção Injusta (Shang Guan)

    Estratégia, talento, sabedoria, a produção controla o poder, ou seja, usando a produção você pode diminuir o controle dos outros sobre você.

    Se o “eu” é frágil, ele é esgotado pela energia da produção. A produção injusta também pode gerar riqueza para controlar os sete demônios, mas sua capacidade de produzir e gerar não é tão boa.

    Para drenar a energia do “eu”, a produção injusta é mais eficaz do que a produção justa.

    A Produção Injusta denota um comportamento diferente, bizarro, muitos artistas são assim, e as pessoas com muita produção injusta podem agir de modo diferente ou serem mal compreendidas. 

    PARALELO 

    Paralelo Justo

    Podem ser amigos ou concorrentes.

    Se o “eu” é frágil tanto o paralelo justo como o injusto o auxiliam, os dois lhe ajudam a resistir ao poder e protegem o seu “eu” de ser drenado pela produção. Se o “eu” for forte, os dois trazem riqueza ao seu “eu” e drenam o poder. 

    Paralelo Injusto

    Concorrente, inimigo que leva a riqueza, já que o paralelo controla a riqueza. A diferença é que o paralelo justo é puro e bom, e o injusto é mal e impuro. 

    Num âmbito geral, o paralelo para um “eu” forte indicam concorrentes e para um “eu” fraco indicam amigos que o apóiam e ajudam no trabalho. 

     

    10 - COMBINAÇÃO DE TRONCO 

    Esta combinação somente é válida se ocorrer entre pilares adjacentes. São simpatias entre os troncos celestes:

    1 Madeira + se dá bem com 6 Terra –

    2 Madeira - se dá bem com 7 Metal +

    3 Fogo + se dá bem com 8 Metal –

    4 Fogo - se dá bem com 9 Água +

    5 Terra + se dá bem com 10 Água – 

    Essas combinações presentes no mapa, podem gerar outro elemento que irão substituir os elementos combinados. 

    Como a seguir, com exceção do pilar do dia, que tem regras diferenciadas. 

    AS CINCO COMBINAÇÕES 

    M+ e T- pode gerar T

    M- e Me+ pode gerar Me

    F+ e Me- pode gerar A

    F- e A+ pode gerar M

    T+ e A- pode gerar F 

    Se no mapa existe essa combinação entre os pilares adjacentes, forma um elo muito forte entre os elementos envolvidos e o deus que cada elemento representa nesta combinação. 

    Exemplo: Mulher nascida em: 05/04/1965 às 11 hrs. Em Juiz de Fora 

    Hora dia Mês Ano
    Me+ T- Me+ M-
    Cavalo Búfalo Dragão Serpente
    F- T- T+ F+
    T- A- M- T+
      Me- A- Me+
     

    Aqui a combinação se dá entre a M- do tronco do ano com o Me+ do tronco do mês.

    O Metal nesse mapa representa a produção e a Madeira o poder. Indica que existe uma ligação estreita entre esses dois aspectos da vida dessa pessoa. 

    Para saber se essa ligação vai ou não gerar a transformação, é preciso olhar se o produto da combinação está ou não presente no pilar do mês. Caso esteja presente, o elemento transformado adquire a polaridade Yin ou Yang do elemento no pilar do mês. 

    Em nosso exemplo a combinação M- com Me+, poderia gerar mais Me, mas observamos que no pilar do mês não há mais Me, além do que está no Tronco fazendo a ligação. Logo, esta combinação não gera o elemento produto que seria Me, a transformação não acontece e os elementos permanecem como estão. 

    Existem outros tipos de combinação que precisam ser citadas: 

    A COMBINAÇÃO DO CIÚME

    Hora Dia Mês
    A- T+ A-
     

    Como o mapa é lido da direita para a esquerda a combinação que ocorre é a Mês + dia. Aqui o Tronco do Dia representa o “EU” e se combina com a A- do Mês, mas existe uma tendência, uma intenção de se combinar com a hora. Se fosse um mapa masculino, o “eu” terra faz com que a Riqueza seja a água, e a riqueza representa as mulheres de sua vida, é como se o homem estivesse entre o amor de duas mulheres, ou que ama duas mulheres, a esposa e a amante. No caso duas mulheres disputassem ele. 

    A COMBINAÇÃO DA CONCORRÊNCIA 

    Dia Mês Ano
    T+ A- T+
     

    Aqui o homem em questão se apaixona por uma mulher já comprometida com outro homem. Neste caso existe a competição mas o “eu” sai perdedor, pois quem combina com a A- do Mês é a T+ do ano. A competição com paralelo mostra que perde a Riqueza para um concorrente ou amigo. 

    Se a competição se faz por poder, cada vez que a pessoa batalha por promoção, o poder é perdido. Essa é uma combinação estruturalmente ruim. 

    COMBINAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO ENVOLVENDO O “EU” 

    Há regras a ser seguidas para saber se há ou não transformação:

    - O elemento transformado tem que estar oportuno no mapa, isso quer dizer estar presente como raiz no pilar do mês.

    - O mapa não deve ter paralelos, o pilar do dia não deve ter raízes.

    - O elemento que controla o elemento transformado não pode estar presente como Tronco ou Raiz maior no mapa e nem no mês.

    - O elemento transformado deve ter paralelos e sustentação.

    - O binômio gerado da transformação tem que ser válido (se o ramo é yin, o elemento tem que ter polaridade yin). 

    Para que uma transformação Terra aconteça existem 2 regras:

    - O mês de nascimento tem que ser Búfalo, Dragão, Cabra ou Cachorro, ou ainda é aceitável os meses tigre, serpente, cavalo e macaco, por possuírem em sua formação o elemento terra.

    - Não pode ter Madeira como Tronco ou raiz maior, com exceção do tigre, que em alguns casos é aceitável. 

    Exemplo: 

    Hora Dia Mês Ano
      M+ T-  
     

    Como a terra do mês envolvida na combinação é yin, o ramo do mês deve ser yin também para que a combinação aconteça, além de ter terra em sua formação energética. 

    Búfalo Dragão Cabra Cachorro Tigre Serpente Cavalo Macaco
    Yin Yang Yin Yang Yang Yin Yang Yang
     

    Dos animais que possuem terra em sua formação, somente Búfalo, Cabra e Serpente são ramos yin. 

    Búfalo Cabra Serpente
    T- T- F+
    A- F- T+
    Me- M- Me+
     

    Como a Madeira não poderá estar presente no mês de nascimento, a transformação só ocorrerá se o mês for Búfalo ou Serpente, caso contrário, a combinação existe mas não gera Terra. 

     

    11 - A RELAÇÃO ENERGÉTICA ENTRE OS DOZE RAMOS TERRESTRES 

    - Combinação Triangular

    Os 12 ramos terrestres dependendo de sua configuração energética podem ter entre si uma simpatia ou antipatia. Como já disse anteriormente os animais que estão nas fases 1, nascimento, 5 apogeu e 9 armazenagem de cada um dos 4 elementos, possuem entre si uma estreita ligação, chamada combinação triangular.

    Num mapa este fato é lido pelos animais presentes. Eles são aliados da mesma energia e não precisam estar em pilares adjacentes. Se o ramo da fase 5 está presente, a pessoa pode ter somente mais um ramo da fase 1 ou 9 de determinada energia, para ter uma semi-combinação. Quando o ramo faltante chega com o pilar de sorte ou influência do ramo anual, a combinação está completa e ativa, e o elemento referente a esta combinação terá um peso enorme no mapa, que nada destrói essa combinação e a semi-combinação também é igualmente forte. Mesmo que um conflito chegue não destruirá esta combinação. 

    Triangulação da Água – Macaco (fase 1), Rato (fase 5) e Dragão (fase 9)

    Triangulação da Madeira – Javali (fase 1), Coelho (fase 5) e Cabra (fase 9)

    Triangulação do Fogo – Tigre (fase 1), Cavalo (fase 5) e Cachorro (fase 9)

    Triangulação do Metal – Serpente (fase 1), Galo (fase 5) e Búfalo (fase 9) 

    - Combinação de direção

    Quando nos pilares aparecerem os ramos referentes às direções norte, sul, leste e oeste, temos a combinação direcional, que podem ser: 

    Norte – Javali, Rato e Búfalo.

    Sul – Serpente, Cavalo e Cabra

    Leste – Tigre, Coelho e Dragão

    Oeste – Macaco, Galo e Cachorro 

    Da mesma forma que a triangulação, esta combinação é igualmente forte e inquebrável por conflitos ou qualquer influência entre os ramos e troncos. Mesmo se houver meia-combinação de direção ela tem força e como na triangular, pode ser completada com a chegada do ramo faltante pelo pilar de sorte ou influência anual, potencializando o elemento presente. 

    - Combinação entre os Ramos (animais) – pilares adjacentes

    Aqui  somente dois animais se combinam como um casamento entre os ramos, mas um impede o outro de agir, como alguém que impede alguma coisa, tanto boa quanto ruim. Esta combinação é boa se ocorre entre dois elementos desfavoráveis no mapa, pois ambos ficam impedidos de agir. Somente é válida a combinação entre pilares adjacentes. 

    - Conflitos entre os ramos (animais)

    No caso de um combate entre os ramos, não basta saber as raízes dos animais, mas quando este combate se passa. Por exemplo, um conflito entre rato e cavalo no inverno, o vencedor é o rato, pois a raiz maior do rato é A e a água é forte no inverno.

    De qualquer modo o vencedor ganha, mas se debilita.

    No caso de um conflito entre dois ramos terra, o qi da terra desaparece e o elemento que vem à tona é o que está armazenado.

    Se num mapa o elemento terra é ruim, é bom que haja este conflito entre a terra, assim ela desaparece e dá lugar a novos elementos.

    Quando o conflito não é entre pilares adjacentes, há uma intenção de conflito que não se concretiza por conta do pilar que os separa. 

    - conflito de Troncos 

    A+ X F+

    A- X F-

    Me+ X M+

    Me- X M- 

    Os conflitos entre os elementos de mesma polaridade são muito mais fortes do que os de elementos de polaridades diferentes. Isso gera uma segunda complicação que são binômios de estrutura frágil. 

    Como o rato e o cavalo estão em conflito, os elementos associados a eles também estão. 

    - Lesões entre os ramos 

    Lesão é uma briga gratuita. Por exemplo, o rato é casado com o búfalo, e como a cabra tem conflito com o búfalo, ela passa a não gostar do rato também.

    A Lesão tem um peso menor na análise.

     

    12- Deuses e Demônios

    Tronco do dia Nobre Celeste Lu (prosperi-dade) Espada Inteligência Carruagem de Ouro Flor erótica
    M+ Búfalo, Cabra Tigre Coelho Serpente Dragão Cavalo
    M- Rato, Macaco Coelho Tigre Cavalo Serpente Cavalo
    F+ Javali, Galo Serpente Cavalo Macaco Cabra Tigre
    F- Javali, Galo Cavalo Serpente Galo Macaco Cabra
    T+ Búfalo, Cabra Serpente Cavalo Macaco Cabra Dragão
    T- Rato, Macaco Cavalo Serpente Galo Macaco Dragão
    Me+ Búfalo, Cabra Macaco Galo Javali Cachorro Cachorro
    Me- Cavalo, Tigre Galo Macaco Rato Javali Galo
    A+ Coelho, Serpente Javali Rato Tigre Búfalo Rato
    A- Coelho, Serpente Rato Javali Coelho Tigre Macaco
     

    Verifica-se pelo “eu”, qual é o ramo e procura-se nesta lista. 

    Nobre Celeste: Benéfico para quem possui, ele mostra de onde vem a ajuda quando a pessoa está em dificuldade.

    - Se posicionado no pilar do ano a ajuda vem de longe ou pode ser de uma mudança.

    - Se posicionado no pilar do mês a ajuda vem dos pais.

    - Se posicionado no pilar do dia a ajuda vem do casamento, do parceiro e se há dificuldades no casamento sempre alguém ajuda.

    - Se posicionado no pilar da hora a ajuda vem dos filhos ou de alguém que está sob seu comando, subalternos.

    Se não aparece no mapa, pode ser que venha com os pilares de sorte, se isso ocorre, a ajuda dura enquanto o pilar de sorte durar. 

    Prosperidade: Para um pilar forte, traz prosperidade, já num pilar fraco é ruim. 

    Espada: Boa para dinheiro num mapa fraco, traz problemas físicos num mapa forte. É associada à violência e agressividade. Bom para quem trabalha com concorrência. 

    Inteligência: Boa para exames e estudos em geral num mapa forte, num mapa fraco é debilitador. 

    Carruagem de Ouro: Indica status. 

    Flor Erótica – a Bela flor de Pêssego vermelha: Indica pessoas sexualmente atrativas e com fortes impulsos sexuais, numerosos relacionamentos. Charmosa, convincente. Pode ser um demônio, por indicar falta de disciplina sexual. Se o elemento for favorável será um deus, caso contrário um demônio. Se vier com os pilares de sorte, no período a pessoa estará mais sedutora. 

    Ramo do dia Estrela do General Cobertura Elegante Cavalo do Correio Flor de Pêssego Roubo Morte
    Macaco

    Rato

    Dragão

     
    Rato
     
    Dragão
     
    Tigre
     
    Galo
     
    Serpente
     
    Javali
    Javali

    Coelho

    Cabra

     
    Coelho
     
    Cabra
     
    Serpente
     
    Rato
     
    Macaco
     
    Tigre
    Tigre

    Cavalo

    Cachorro

     
    Cavalo
     
    Cachorro
     
    Macaco
     
    Coelho
     
    Javali
     
    Serpente
    Serpente

    Galo

    Búfalo

     
    Galo
     
    Búfalo
     
    Javali
     
    Cavalo
     
    Tigre
     
    Macaco
     

    Verificar o ramo (animal) do dia.

    Estrela do General: Possibilidade de carreira política ou militar, indica facilidade de comando.

    Cobertura Elegante: Traz tendência artística, filosófica e religiosa, leva as pessoas a viver num mundo irreal, tendências escapistas e elucubração.

    Cavalo do Correio: Mostra viagens e mudanças freqüentes se for favorável, pode mostrar também negócios no exterior. Pode trazer aventuras em viagens, facilidade de meditação, projeção astral, etc.

    Flor de Pêssego: Se está posicionada no pilar do ano ou mês, é a flor de pêssego interna, mostra bom relacionamento entre parceiros, marido e esposa. Pode ser ativada a partir do braço do ano para melhorar os relacionamentos.

    Se posicionada na hora, chamada flor de pêssego externa, mostra relacionamento extraconjugal.

    Roubo: Traz algo negativo, não necessariamente o roubo, mas ser enganado se for ruim no mapa, caso contrário a pessoa tende a enganar e trapacear.

    Morte: Não indica forçosamente morte, nem acidente, indica grande capacidade de planejamento. Se desfavorável traz processos advindos do parceiro. 

    Ramo do dia Solitária Abandono
    Javali

    Rato

    Búfalo

     
    Tigre
     
    Cachorro
    Tigre

    Coelho

    Dragão

     
    Serpente
     
    Búfalo
    Serpente

    Cavalo

    Cabra

     
    Macaco
     
    Dragão
    Macaco

    Galo

    Cachorro

     
    Javali
     
    Cabra
     

    Tanto a Estrela solitária quanto a Estrela do Abandono querem dizer a mesma coisa. 

    Prejudica os relacionamentos, pode indicar infortúnios em relação à família, como separação, viuvez ou abandono. 

     

     

    13- Resultados

    Os Quatro Pilares do Destino podem ser utilizados por acupuntores para encontrar os melhores horários de tratamento para seus clientes. Conhecer os horários de abertura dos vasos maravilhosos, fazer recomendações de alimentação, terapias auxiliares e hobbies para seus pacientes, assim como escolher o tratamento adequado não só ao paciente, como ao momento.

    Terapeutas podem conhecer melhor previamente a reação de seus pacientes ao tratamento empregado e entender por que um tipo de tratamento funciona maravilhosamente em algumas pessoas e não em outras.

    Terapeutas florais podem usar os Quatro Pilares do destino para entender melhor os bloqueios de seus pacientes. Por meio dos 5 elementos, podem escolher com melhor precisão a essência indicada à pessoa ou a influência momentânea pela qual ela está passando, sem depender apenas da narrativa de seus problemas por parte da pessoa tratada. Se você trabalha com saúde integral, Quatro Pilares do Destino é uma ferramenta perfeita para lhe dar as informações não só sobre a pessoa, seus problemas, suas fases de vida, mas também, e mais importante do que isso, lhe permite avaliar as fases pelas quais ela está passando, passou e passará, indicando o que fazer em cada uma delas.

    Diversos sistemas astrológicos podem lhe dar informações comportamentais, de temperamento, falar de fases, mas os Quatro Pilares vão muito além disso, uma vez que indica ao mesmo tempo o problema e a solução. Essa parte do tema é  sub-dividida em módulos, que incluem cálculo, análise estrutural de relacionamento, de saúde, de alimentação, de potencial de trabalho, análise de fases, influências periódicas, recomendações de equilíbrio, etc. 

     

    14- Conclusões

    É um vasto conhecimento na arte astrológica chinesa, englobando vários aspectos da sabedoria chinesa, como meridianos de energia e chacras, e até mesmo podendo indicar uma alimentação que os 4 pilares do destino é muito mais fundamentada que a Astrologia Ocidental.

     

    15- Referências Bibliográficas 

    Sacramento, Silvia –  Instituto Ming Tang, Curso de Ba Zi

                      Anotações em aula, também foram consultadas.

    Autor: : Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    As Convergências Entre As Modernas Técnicas Psicopedagógicas Da Escola Humanista E A Terapia Holística

     As Convergências Entre As Modernas Técnicas Psicopedagógicas Da Escola Humanista E A Terapia Holística

     

    Sidney Rosa Nascimento Junior - Terapeuta Holístico - CRT 44269

    SINTE - Sindicato dos Terapeutas - Holística 2009

     

    DEDICATÓRIA

      

    A todas as pessoas crentes em sua missão como construtora da paz e de um mundo mais humano e feliz, aquelas e aqueles que já perceberam que, na medida em que cada um melhora, o mundo também se torna melhor.

       

    AGRADECIMENTOS 

     

    À Comunidade de Terapia Holística e toda equipe de SINTE, diretores, docentes e colaboradores que possibilitaram a realização e divulgação deste trabalho. 

    Aos pesquisadores e pesquisadoras que acreditam e acreditaram na pessoa humana e na capacidade de cada um de se transformar e de gerar ambientes mais humanos com paz e prosperidade e ousaram publicar suas descobertas

    Aos mestres Carl Rogers e André Rochais que ousaram pesquisar e acreditar na natureza positiva do ser humano, mesmo na contramão das críticas e dos paradigmas dos donos daverdade.

     A Maria de Lourdes Sávio, que me recebeu e me incentivou em um momento especial e me fez acreditar estar caminhando no rumo certo da minha missão, como profeta do desabrochar da Vida em Plenitude.

     

    O ser humano traz no coração a certeza de que todas as pessoas são semelhantes... Tudo está aí neste subsolo da Humanidade, neste subsolo de homens e de mulheres deste planeta; tudo está aí para forjar um mundo mais humano (ANDRÉ ROCHAIS, 1980).

     

    SUMÁRIO

    RESUMO
    INTRODUÇÃO
    1 - Justificativa
    2 - Objetivo Geral
    3 - Objetivos Específicos
    4 - Questão Norteadora 
    CAPÍTULO I – METODOLOGIA 
    ANTECEDENTES DA PSICOPEDAGOGIA HUMANISTA
    1 - Por que psicopedagogia?
    2 - Por que humanista?
    3 - Conceito de Pessoa 
    CAPÍTULO II – A PESQUISA HUMANISTA
    1 – Contribuição de Carl Rogers
    2 - Contribuição de André Rochais 
    3 – Contribuições de Sávio e outros
    4 – As principais linhas humanistas
    CAPÍTULO III – DISCUSSÃO
    CONCLUSÕES
    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    RESUMO

     

     

    NASCIMENTO JUNIOR Sidney R. As Convergências entre as Modernas Técnicas Psicopedagógicas da Escola Humanista e a Terapia Holística. Brasília, Distrito Federal, 2009. Dissertação (Curso de Capacitação de instrutores EAD). SINTE – Sindicato dos Terapeutas.

     

    Este trabalho tem por objetivo demonstrar as diversas convergências existentes entre as descobertas e técnicas Escola da pisicopedagogia Humanista e a Terapia Holística, dentro de um universo multifocal da pessoa. No Capítulo I é feita uma abordagem genérica a respeito da pesquisa realizada pelos autores descobridores e expoentes da pisicopedagogia humanista, com foco na pessoa como um ser integral. O Capítulo II se dedica a um resumo da fundamentação da pesquisa e dos esforços contemporâneos, consubstanciados através de publicações que retratam iniciativas, dificuldades e conquistas a respeito da educação e da terapia humanista. O Capítulo III traz uma síntese da pesquisa com conclusões do autor, nesse vasto território da pisicopedagogia humanista, tanto no nível do crescimento pessoal, como no trabalho junto a clientes.

    Palavra-chave: Psicopedagogia humanista. Atividade centrada na Pessoa. Vida em Plenitude.

     

    INTRODUÇÃO

     

                  O objetivo deste trabalho é o de traçar um paralelo entre as descobertas da psicopedagogia humanista e a terapia holística. Há uma incrível convergência entre elas, como serádemonstrado, tomando-se por base o ensinamento e as descobertas dos mestres humanistas Carl Rogers (1961) e André Rochais (1985).. Como se sabe, a pesquisa humanista tem comobase a “Abordagem Centrada na Pessoa” e na “Escuta Ativa”.

    O aprendizado e o crescimento se baseiam no “Aprender Fazendo” e no “Aprender a Apreender”.

    Em resumo, pode-se dizer que esse trabalho é uma arte, que trata cada pessoa como única e integral e cujo resultado só se obtém pela prática, a semelhança de um esporte (só se aprende a nadar, nadando), como diz o próprio Rogers: “Para mim as descobertas são a suprema autoridade, reafirmada mais tarde por Rochais, nessa mesma linha, quando diz: “Meu grande mestre é aquilo que é real”.

    Isso significa dizer que não há uma regra fixa, cada caso sempre será uma nova realidade e caberá à própria pessoa descobrir o que lhe vai bem ou o que está menos bem ou o que precisa ser mudado.

    A figura do terapeuta, então, não será de um conselheiro e sim de uma espécie de farol capaz de iluminar os caminhos disponíveis e a ajudar no discernimento para onde seguir.

    Por se tratar de uma escola novíssima, se contada pelo tempo da ciência, é possível que nem todos a conhecem ou estão prontos a vivenciá-la, já que para isso é exigida uma verdadeira mudança cultural na forma de se ver a sim mesmo e a pessoa humana como ser único e ao mesmo tempo relacionado com diversos elementos e circunstâncias.

    É verdade que esta visão holística do indivíduo já é praticada pela comunidade do SINTE, entretanto, esse trabalho sugere uma navegação para águas mais profundas, sendo desejável a libertação de velhos paradigmas e das velhas amarras de grades de leitura e de eventuais discriminações, mesmo que inconscientes, com uma  irrestrita na capacidade de cada um crescer, enquanto existir vida.

     

    1.1  Justificativa

    O primeiro contato do autor com a linha humanista se deu no início da década de setenta, quando se encantou pelas descobertas de Rogers no livro “Tornar-se Pessoa” (ROGERS, Carl R. – On Beioming a Person, 1961). Logo percebeu uma tendência de outros pesquisadores e pedagogos em abarcar essas descobertas, tendo no Brasil, o pedagogo e filósofo Paulo Freire como seu principal seguidor e, em cuja estrutura, criou seu próprio método de alfabetização de adultos. Na década seguinte o autor se tornou amigo de um canadense e de uma brasileira que lhe apresentaram as pesquisas do psicopedagogo francês “André Rochais” e o seu fabuloso método denominado Personalidade e Relações Humanas - PRH. Outras referências a respeito desse método lhe foram chegando até que lhe foi possível iniciar seu aprendizado e formação, tanto pessoal, como em nível de relação de ajuda, fato tão marcante que se tornou uma das diversas referências de transformação da própria vida.  A partir de então pode resgatar a si mesmo, crescer na relação de casal, com os filhos e com a família mais próxima. Diante desse resultado tão eficaz e promissor não seria justo guardar só para si, já que poderá ser útil a outras pessoas, especialmente à comunidade do SINTE.

    1.2 – OBJETIVO GERAL

    Demonstrar as semelhanças entre as terapias humanistas e holísticas. Verificar quais as vantagens da influência da pisicopedagogia humanista, como contribuição ao trabalho profissional de cada um.

    1.3 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

    • Apresentar, em linhas gerais, a base da psicopedagogia humanista;
    • Descrever o método desenvolvido e atualmente aplicado por PRH – Personalidade e Relações Humanas.;
    • Apresentar fatores relevantes, resultante da prática humanista.

    1.4  Questão Norteadora

    Possibilitar aos colegas da comunidade holística um contato maior com a escola humanista, ainda embrionária em nosso país e cujos fundamentos poderão ser muito úteis no trabalho pessoal e profissional do dia a dia.

    CAPÍTULO I - METODOLOGIA

    ANTECEDENTES DA PSICOPEDAGOGIA HUMANISTA

    1 - Por que psicopedagogia?

    Na prática humanista há um redirecionamento da terapia convencional (diretiva) e focada no trauma, para uma postura de confiança na pessoa e na sua capacidade de crescimento e de autogestão da própria vida. Baseia-se na escuta ativa, sem grades de leitura ou preocupação com diagnósticos.

                                Sem querer fazer qualquer vínculo religioso, é interessante lembrar que Tereza d’Ávila, considerada doutora da Igreja Católica, já dizia no início do século XVI que:quando algo em nós está funcionando mal é porque alguma virtude está precisando crescer”.

    Uma das principais descobertas de Rogers é a de que toda pessoa tem um núcleo essencialmente positivo ao qual chamou de “Self”. Dessa premissa partiram todas as suas teses, tendo como objetivo final levar a pessoa “ser o que realmente se é ROGERS, Carl R. – On Beioming a Person, 1961, pag. 37 e 146.

    Ao contrário do desejo de muitos, que querem se livrar dos incômodos buscando uma solução psicoterapêutica como se busca uma cirurgia capaz de arrancar o mal pela raiz e, num passe de mágica voltar para casa completamente curados, na visão humanista, tal como na terapia holística, a pessoa é vista como um todo e o seu universo interior é único, portanto, não há soluções milagrosas ou rotulagem com diagnósticos tópicos.

    Com esse foco, caberá só à própria, descobrir as causas (ou holisticamente, canalizar energias) e ganhar estatura emocional suficiente para então, ancorada em um porto seguro em si mesma, livrar-se dos funcionamentos indesejáveis.

    Isso significa primeiramente que ela deve crescer em suas capacidades de gerir a própria vida, tomando posse de sua real identidade interior, formada pelas potencialidades, habilidades e capacidade de discernimento, livre e inteligente de si mesma.

    Numa segunda fase, que se inicia de modo natural em decorrência do crescimento interior, é necessária uma re-ordenação da própria vida e uma re-educação interior compatível com sua estatura adulta e com maturidade.

    Não é vazio o ditado popularizado no meio humanístico de que o princípio básico da loucura é querer que amanhã seja diferente, fazendo hoje as mesmas coisas de ontem.

    É preciso haver uma quebra de muitos paradigmas, dogmas e princípios, talvez fundamentais para sobreviver no passado e hoje imprestáveis como um mero depósito de esqueletosfossilizados, atrapalhando as tomadas de boas decisões, principalmente quando se procura explicações ou justificativas no entorno humano ou material, para justificar o presente.

    Somente depois dessas fases é que pode se dar início a cura interior, muitas vezes, sem esforço, numa conseqüência eficaz do crescimento e da reordenação da sua vida.

    O processo se assemelha à cura de um ferimento na pele, no qual as novas células surgem de dentro para fora até a completa cicatrização. Muitas vezes, tal qual na terapia, uma intervenção externa, querendo fazer o caminho inverso, pode até agravar mais a ferida e atrasar ou dificultar sua cura.

    É bem verdade que nem tudo será curado e poderão ficar seqüelas, aí sim entrará um processo de cura, mas apenas naquilo que impede a pessoa de viver em plenitude e ser si mesma.

    Em resumo, pode-se afirmar que antes da cura é necessário todo um processo de crescimento e de re-educação.

    Por isso, se convencionou o termo psicopedagogia, resultante da pedagogia intrinsecamente ligada à psicologia, visando o crescimento, a reeducação e a cura.

    2 – Por que humanista?

    O termo humanista foi introduzido na psicanálise na metade do século passado, tendo como principal patrocinador o psicólogo americano Abraham Maslow (1950). Entretanto, ele mesmo disse que a linha da psicanálise humanista não tem um líder isolado por ser fruto de uma descoberta universal.

    Para não entrar numa exaustiva explanação teórica, é possível extrair para este trabalho alguns conceitos básicos do humanismo, assim resumido:

    1. Todo ser humano é capaz de decidir por si mesmo como conduzir adequadamente a sua própria vida, sem necessidade de paradigmas, rótulos ou intervenções externas;
    2. Quando isso não acontece, é porque o poder e a capacidade interior de ser si mesmo estão adormecidos ou inibidos. Maslow afirmava que:

    “O homem seria um ser com poderes e capacidades amortecidos, inibidos. Adoecemos, não só por termos aspectos patológicos, mas muitas vezes, por bloquearmos elementos saudáveis. A impossibilidade de manifestarmos nossa criatividade e de atualizarmos nosso potencial como seres humanos realizados traria comoconseqüência a neurose”;

    Pouco tempo depois, André Rochais também afirmaria algo semelhante, confirmando essa linha de descobertas:

    “Dormimos sobre tesouros, sobre poços de energia, sobre um vulcão de criatividade, sobre reservas incríveis de amor verdadeiro”.

    1. Cada pessoa é única e possui identidade própria, entretanto há características universais comuns ao ser humano. O olhar humanista é o respeitoso ao direito de cada um ser diferente, dentro de uma unidade humana na diversidade de características individuais.

    Em resumo, a visão humanista não segue a linha do pensamento dedutivo, com base em paradigmas, conceitos e princípios, ao contrário, ela é indutiva a partir das realidades interiores da pessoa, direcionando a ela todo foco de atenção, para ajudá-la, por si mesma canalizar suas próprias energias para o escopo da sua razão de vida. 

    3 - Conceito de Pessoa:

    Para alguns antropólogos, cuja tese foi abraçada pelo teólogo brasileiro Leonardo Boff, a humanidade surgiu junto com a formação da pessoa, colocando-se como marco inicial o momento em que o indivíduo deixou de utilizar o bando como objeto de ajuda para facilitar a caça e passou a repartir, sem disputa, os resultados obtidos.

    Surgiu daí a refeição coletiva com base na empatia e nos laços interpessoais. Até hoje, em praticamente todas as culturas, a refeição é considerada sagrada e símbolo da acolhida hospitaleira e amiga.

    Tem-se, então, que a base da pessoa está nas relações interpessoais, exemplificando: quando se diz mãe, implicitamente se estabelece uma relação com a existência de filho ou filha, bem como de um pai. Não poderia haver mãe sem filho.

    O mesmo não se dá com as coisas, por mais cadeiras que possamos colocar em torno de uma mesa, jamais haverá uma família e cada objeto existe por si mesmo.

    Alguém poderia levantar a hipótese de que no mundo animal também existem mãe e filhotes. Trata-se, entretanto, de linguagem figurada, porque não há os laços de afetividade e de amor gratuito. A relação no reino animal é gerada pelo instinto natural de conservação da espécie e não com o ingrediente da personalidade, como nos seres humanos.

    Também, no mundo moderno, pode ocorrer a contrapartida da coisificação da pessoa, transformando a relação humana numa mera relação parasítica, tratando-a como objeto, que dura enquanto houver jeito de tirar proveito, como, por exemplo, chupar uma laranja, acabou o suco, joga-se o bagaço fora.

    A relação da qual se trata na formação da pessoa tem fundamento na afetividade e no sentido de pertença, seja a pertença ao menor dos grupos ou à própria caravana humana.

    Esta pertença e empatia fizeram que o ser humano cuidasse até de seus mortos, velando e sepultando-os com dignidade. É um sentimento profundo e universal, recentemente, num desastre aéreo com um vôo intercontinental, a preocupação dos familiares era a de encontrar os seus mortos para poder prestar as últimas homenagens.

    Em resumo: tornar-se pessoa é implicitamente tomar posse de suas relações e desenvolver empaticamente a afetividade. Portanto, para a psicopedagogia humanista, de modo semelhante à visão holística, a pessoa não pode ser segmentada, há toda uma universalidade de valores interiores e um ambiente relacional a ser considerado. 

     

    CAPÍTULO II - A PESQUISA HUMANISTA

         

     

    1 – A Contribuição de Carl Rogers:

    Rogers é considerado um dos principais expoentes da terapia ou da pedagogia humanista, por duas razões básicas:

    - foi o primeiro a romper com a psicologia tradicional e demonstrar cientificamente a descoberta da pessoa como inata na gestão da própria vida, sem necessidade de qualquer ação diretiva externa;

    - criou a técnica da Abordagem Centrada na Pessoa, hoje seguida por diversos pedagogos e terapeutas.

    A pesquisa de Rogers sobreveio a um processo meticuloso de investigação científica levado a cabo por ele, ao longo de sua atuação profissional e concluiu que toda pessoa humana tem uma natureza essencialmente positiva, ao contrário da idéia reinante de que todo ser humano possuía uma neurose básica, defendendo que, na verdade, o núcleo básico da personalidade humana era tendente à saúde, ao bem-estar.

    Definiu esse núcleo de energias e potencialidades como “Self” e que a ação do terapeuta consiste em ajudar o cliente liberar e canalizar essas forças para o seu benefício e crescimentocomo pessoa.

    Andres_Rochais_100x141        André Rochais

    (1921 a 1990)

     

    2 – A Contribuição de André Rochais:

    Muito embora, seu nome e seu meticuloso trabalho, especialmente no Brasil, sejam pouco conhecidos, André Rochais foi, sem a menor sombra de dúvidas, o maior patrono da escola humanista, o qual, influenciado e encantado pelas descobertas de Rogers, prosseguiu com as pesquisas na mesma linha e criou o método denominado “PRH – Personalidade e Relações Humanas”, hoje divulgado por PRH Internacional.

     

    Rochais, como pedagogo, logo percebeu que a integralização da personalidade se passava pela autodescoberta da identidade interior (o self de Rogers), para tanto deveria haver um aprendizado sobre si mesmo, cabendo a pessoa desvendar os obstáculos que a impedem de ser ela mesma.

    Seu propósito ia mais além, haveria de existir um método, de tal modo simples, que fosse acessível a qualquer pessoa, independente de credo, de condições sociais ou intelectuais, enfim, algo que fosse universalmente capaz de ajudar qualquer indivíduo e de fácil aplicação e aceitação.

    Ele mesmo diz que para seguir suas intuições profundas seria necessário afastar-se um pouco dos grandes mestres de pedagogia e da psicanálise e assim dar mais volume as suas luzes interiores para permitir traduzi-las em atos concretos.

    Com essa visão ele traçou um gráfico das engrenagens da personalidade ao qual denominou “Esquema da Pessoa”, inicialmente, com três instâncias, depois de simplificado e depurado, em 1985 assim definiu: o Ser, a Sensibilidade e o Eu-cerebral.  

     

    O Ser: Para Rochais o Ser, à semelhança de Rogers, é essencialmente positivo e é o local da identidade profunda da pessoa, onde estão todas suas potencialidades, já despertadas ou não.

    O Eu-cerebral: lugar onde funcionam a inteligência, a vontade e a liberdade.

    A Sensibilidade: região que faz a interface entre todas as instâncias e é uma espécie de gravador das emoções vividas. Através do corpo se comunica com o mundo exterior: ambientehumano e ambiente material.

    O corpo, no seu modo de ver, tem uma dimensão especial, o próprio esquema da pessoa foi desenhado tendo por base as hipotéticas regiões nas quais a pessoa parece viver esses funcionamentos.

    O método de Rochais se baseia na “Escuta Ativa” e no “Aprender Fazendo”. A escuta ativa é condição presente em todos os trabalhos, especialmente na terapia, a qual ele denomina “Relação de Ajuda”. O aprender fazendo se realiza através de cursos formativos em pequenos grupos (máximo de 16 pessoas) e se prossegue na formação metódica de observação de si mesmo no dia a dia. Todos esses trabalhos têm como base a análise escrita, motivada de acordo com o tipo de curso a ser realizado ou pelo trabalho da ajuda individual.

    Os resultados obtidos são surpreendentes. Atualmente foi divulgado um compêndio com a narrativa de diversos “cases”, ocorridos em vários países, com o título “Pour que la Vie Reprenne ses Droits”, 2003, (ainda, sem tradução para o Português).

    O maior segredo do sucesso do método é deslocar a pessoa do tradicional funcionamento intelectual, onde impera e lógica, o saber, a imaginação e o fundamentalismo, em qualquer dimensão ou campo que seja, para sua vocação inata e alicerçada naquilo que a faz ficar segura de si.

    Para tanto, Rochais observou que há três núcleos de consciências que regem a tomada de decisões da pessoa da mais simples à mais complexa:

    • Consciência-socializada: é adquirida através da influência dos ambientes vividos (costumes familiares, religiosidade, hábitos, regras e outros.). É uma forma da pessoa se adequar as exigências dos diversos grupos para ser aceita e reconhecida por eles. É considerada como a consciência infantil, porque é formada desde a infância, quando se exige que a pessoa viva presa aos outros e às regras, impostas de fora para dentro;
    • Consciência-cerebral: é a formada por princípios interiores e crenças pessoais. Ela surge principalmente na adolescência, quando a pessoa inicia um processo de contra-dependência familiar.

    Por isso é considerada a consciência do adolescente, também aprisiona a pessoa aos seus próprios conceitos, tais como: “eu sou assim mesmo e não mudo”, “não levo desaforo para casa” e outros;

    • Consciência-profunda: é construída pela autonomia, leva a um constante discernimento entre o que bem ou ao que é menos ruim para o momento. É chamada a consciência da maturidade. As decisões baseadas neste nível de consciência produzem segurança e paz.

    No pensamento de Rochais, tanto as instâncias da pessoa como os diversos tipos de consciências, funcionam em conjunto, ora predominando um, ora outro, dependendo da cultura, das circunstâncias e do vivido de cada um. Entretanto, a pessoa funciona em unidade, cabendo ao ajudante e ao método proposto ajustar e alinhar em trilhos essas instâncias numa direção de crescimento e de autenticidade.

    Para Rochais, a pessoa só encontrará a plenitude quando viver de acordo com o seu Ser e guiado pela sua Consciência profunda. 

    3  A Contribuição de Sávio e outros:

    Maria de Lourdes Sávio, psicóloga e religiosa, foi discípula de Rochais e o acompanhou de perto nas suas pesquisas. Para ela são mantidas as instâncias da pessoa tal como definidas por Rochais. Entretanto, como religiosa que é, incrementou uma visão transcendente.

    Para Sávio toda pessoa tem uma abertura natural à transcendência, não importa a denominação a dada, cada qual tem um modo de viver uma espiritualidade intrínseca.

    Não há como frear essa abertura ao Absoluto, a não ser substituindo-o por bezerros de ouro.

    A conotação do bezerro está ligada a imaturidade, o bezerro depende é totalmente dependente para sobreviver.

    Remetendo-se à uma visão cristã, considerando que a pessoa foi criada a imagem e semelhança de Deus, há uma unidade trina internamente.

    O Pai que tem a liberdade de criar, a inteligência de como fazer e a vontade de colocar em prática. O Verbo que pratica a ação, sente, se alegra e sofre, interage com o ambiente, traz para si as marcas, os estigmas do passado vivido, sente no próprio corpo a fragilidade humana. O Espírito que aponta caminhos, que desvenda virtudes, contempla e conduz à felicidade e a paz.

    4 – As principais linhas humanistas:

    Há duas principais correntes na linha humanista: a de Carl Rogers e a de André Rochais, com bases semelhantes, entretanto com métodos diferenciados.

    Tanto numa como na outra é necessária uma nova visão da pessoa, como um ser integral (visão holística), uma abordagem multifocal, sempre centrada na pessoal e fundamentalmente uma mudança cultural radical do saber para o sentir.

    ROGERS foi quem desenvolveu a Pedagogia da Relação de Ajuda com a lógica da Terapia Centrada na Pessoa. A ajuda na concepção rogeriana é concebida como uma relação na qual pelo menos uma das partes procura promover na outra o crescimento, o desenvolvimento, a maturidade, um melhor funcionamento e uma maior capacidade de enfrentar a vida, ao reconhecer seus recursos internos. O que implica ver na pessoa suas potencialidades para se desenvolver e encontrar os meios para resolver seus problemas com autonomia.

    Para Rochais a pessoa é construída pela solidez de seu Ser. Cabe ao ajudante fazê-la tomar posse do que reconhece e, ao mesmo tempo, ajudá-la a descobrir as potencialidades emergentes. A terapia ou a psicopedagogia (semântica melhor adotada por se centrar na re-educação e não nas neuroses) humanista se apresenta como um imenso campo aberto à pesquisa. O remédio acertado para um pode servir como veneno para outros, já que ninguém é igual ninguém e não existem pessoas incompletas ou segmentadas.

      

    CAPÍTULO III - DISCUSSÃO

     

    Como foi dito no início, a diferença entre pessoa e coisas é que tornar-se pessoa, significa, em suma, viver bem suas relações: a relação consigo mesma, as relações transcendentes e as relações com o entorno humano e material.

    Se não há pessoa sem relações humanas, essas são a base da pessoa. São as relações vividas com o entorno humano e material que geram os comportamentos do presente, sejam os bons funcionamentos ou os que prejudicam o crescimento e as relações interpessoais ou com o entorno material ou transcendente.

    Sem prejuízo da abordagem das demais instâncias (O Intelecto ou Eu-cerebral e a Sensibilidade), com foco na aproximação do Ser (ou Eu-essencial ou Eu-profundo), no qual se aloja as principais dimensões: as relações, a identidade profunda e a abertura à transcendência, pode-se representar graficamente o funcionamento ideal da pessoa com um triângulo eqüilátero, como na figura abaixo:

    • O equilíbrio é obtido quando há harmonia no crescimento das arestas;
    • A base da personalidade é estabelecida pelo modo de se relacionar com o entorno humano e material;
    • A verdadeira identidade, formada pelas potencialidades, habilidades e seus limites, caracteriza cada Ser como único; e
    • A relação com a transcendência, independente de qualquer crença, estabelece a direção do crescimento e o “eu mais o além de mim” e um agir essencial que dá sentido à vida.

     

    Quando não se obtém essa harmonia ou quando a leitura realizada pelas outras instâncias distorce essa realidade interior, podem-se ocorrer várias hipóteses de funcionamentos desajustados, dentre as quais, selecionamos as mais extremadas:

      1. Crescimento das relações sem a contrapartida da identidade e da abertura à transcendência:

    Nesse caso pela falta de crescimento da real identidade de si a pessoa pode sentir uma baixa auto-estima e um embotamento da verdadeira transcendência, direcionando sua vida em função dos outros, chagando até a poder viver uma fusão com alguém ou alguma instituição.


      1. Crescimento da imagem de si em detrimento das relações e da abertura à transcendência:

     

    Nesse caso não há um crescimento da identidade profunda, devido à falta de ingredientes essenciais como o amor gratuito, a empatia e outros. Por isso o crescimento foi representado por uma linha pontilhada. A conseqüência dessa supervalorização de si é um egoísmo exacerbado, pouco se importando com as relações ou com a abertura à transcendência. São pessoas de difícil relacionamento e podem viver compensações para suprir as carências afetivas ou cair na depressão ou outras crises geradas por contínuas frustrações.

     

     

      1. Apego demasiado à transcendência em detrimento das relações e da identidade profunda:

     

     

    Como no caso anterior não houve uma harmonia no crescimento e sim um apego demasiado a algo transcendente, por isso está representado com linha pontilhada. A conseqüência disso pode ser um fanatismo de qualquer ordem ou um fundamentalismo sem lógica. Os outros ou o crescimento pessoal ficam relativizados.

     

    É uma árdua caminhada, não é fácil sair da robotização de que fomos levados a ser. Basta alguém importante apertar o botão “liga” e, provavelmente, lá estaremos agindo como máquina programada para repetir funcionamentos.

     

     

    CONCLUSÕES

    O trabalho, dentro de uma proposta humanista, tem um pano de fundo de ajuste à realidade. No Brasil se vive praticamente uma cultura de subsistência, diferente da realidade de outros países economicamente mais desenvolvidos.

    Nesse contexto cultural é comum se relegar os cuidados profiláticos pessoais ou de grupos a um segundo plano, especialmente os voltados ao crescimento pessoal (priorizando-se a intelectualidade) e a ajuda psicopedagógicas, esta não raramente, confundida com fraqueza de caráter ou insanidade mental.

    Toda mudança cultural necessita de um processo, geralmente demorado e com um dinamismo próprio. Por isso, é muito comum a procura da ajuda com a intenção de buscar milagres imediatos, como se o terapeuta tivesse um bisturi capaz de extirpar as dores produzidas pela vida, o que não é possível na visão humanista. O trabalho é sempre desafiante e longo e dependente da colaboração do cliente.

    Caso contrário, a ajuda torna-se um mero local de desabafo ou de explanação de bravatas, sem qualquer resultado prático.

    Pelo que foi visto a psicoterapia humanista tem muitas convergências com a terapia holística e vem para somar sem qualquer concorrência ou competição, haja vista a possibilidade de se trabalhar simultaneamente.

    Alias, a terapia ou psicopedagogia humanista, no plano de fundo, está mais próxima da Holística do que da psicoterapia convencional.

    Dentre as principais convergências, pode-se elencar:

    1. Uma visão holística da pessoa;
    2. A pessoa como ser único, com identidade própria;
    3. O corpo como expressão da sensibilidade, local onde se manifestam as tensões e conflitos;
    4. A canalização de energias para a vida em plenitude, desbloqueando e revelando suas fontes.

     

    BIBLIOGRAFIA:

    ROGERS, Carl R. – On Becoming a Person, 1961 – pag. 37 e 146;

    ROCHAIS, Andre – La Personne et sa Croissance – Fundaments Antropologiques de Formation PRH – Publicado por PRH Internacional, 1997;

    SÁVIO, Maria de Lourdes – Encontros Vida em Plenitude – Apresentação do Esquema da personalidade – 2ª Edição, 1990;

    Diversos Autores  Pour que la Vie Reprenne ses Droits – Analyse de Cheminements de Croissance, 1ª Edição, 2003;

    MEDNICOFF, Elizabeth - www.novoequilibrio.com.br – 2009;

    WIKIPÉDIA - pt.wikipedia.org  Carl Rogers  Maslow – 2009.

                                             

    Autor: : Sidney Rosa Nascimento Junior - Terapeuta Holístico - CRT 44269
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico

    Índice

    Resumo

    Introdução.

    Material e Metodologia

    Acupuntura

    Discussão.

    Conclusão.

    Bibliografia. 
     

    Resumo 

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia. 

      Hapki-do e uma luta Arte Marcial Milenar Coreana que utiliza pontos de Acupuntura para neutralizar os seus oponentes, também utiliza os mesmos pontos para tratar o desequilíbrio da energia utilizando vários métodos como: Acupuntura Sistêmica, Acupuntura Auricular, Quiro-Acupuntura, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida), Moxa, Ventosa  e Terapia  Corporal como massagem.

    E uma luta muito violenta e ao mesmo tempo muito delicada porque se atingir algum ponto de acupuntura com certa violência pode paralisar ou até causar traumas irreversíveis.

    Os Coreanos encaram o Hapki-do e acupuntura na sua cultura tradicional, com muita naturalidade, pois faz parte do costume e folclore trazidos por gerações e gerações através de milhares de anos.

    Quando alguém se machucava ou tinha algum problema de saúde, eles procuravam ajuda aos mestres de Artes Marciais, principalmente de Hapki-do. 

     
     

    Introdução 

    A Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia.

    O tema escolhido para holísticas 2009 foi demonstrar na pratica a relação de Hapki-do com as terapias orientais como Acupunturas, Terapia Corporal, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida).

    Realizei vários cursos de acupuntura e massagem com grandes Mestres internacionais nas Artes de Hapki-do.

    Pode observar e aprender várias técnicas de manobras e alongamentos de Quiropraxia utilizadas por eles nos atletas em campeonatos. 

    E também pelo fato de estar engajado em vários trabalhos sociais há muito tempo e com mais de 9000 clientes na carteira e trabalhando em varias entidades como Delegacia Geral, Delegacia da Mulher, Receita Federal, APROFEM (Sindicato dos Funcionários e professores Municipais de São Paulo),e neste ano começou a ser preparados em Hapki-do as Forças Armadas Brasileiras e Academia Kim. Observei que podemos ajudar na qualidade de vida e diminuindo sofrimentos físicos e emocionais.  
     

    Material e Metodologia 

     

    Há aproximadamente 4.500 anos, quando as pessoas começavam a viver em grupos, já  existiam sinais de defesa instintiva necessária para a sobrevivência, ir, defender e contra-atacar para proteger a si próprio e aos outros. Isso pode ser constatado pelos sinais deixados em cavernas da China e da Coréia.

    Antigamente, a região da Coréia era dividida em três partes, entre elas a civilização SIN-LA que era a mais adiantada das três, por isso, foi lá onde começou uma infiltração cultural de origem Budista.

    O SIN-LA era liderado pelo general KIM YU SIN que formou um grupo chamado HWA RANG-DO, que tinha por finalidade unir as três partes.

    O HWA RANG-DO era um grupo de jovens doutrinistas que praticavam certo tipo de defesa, fanaticamente, com a finalidade de conseguir essa união e tinham como lema: 

    -Amar a Pátria;

    -Confraternização mútua;

    -Não recuar um só passo na luta;

    -Respeitar os pais e

    -Ajudar os fracos. 

    Com essa filosofia nasceu o HAPKI-DO que foi responsável pelo engrandecimento da civilização de SIN-LA durante todos os anos de sua existência.

    Começa aí  o Império Kório (Coréia). Naquela época, se criavam e praticavam vários tipos de lutas que eram ensinadas nos exércitos, entre elas:

    YU-SUL (tipo de Judô)

    SU-BAK (tipo de Sumo)

    HAPKI-DO (que já na época, defendia-se de todas as lutas)

    Os nossos trajes atuais de lutas, são cópias fiéis dos trajes daquela época. Hoje, as faixas representam graus de hierarquia, porém, naquela época, representavam as várias classes sociais. 

    O Hapki-do foi escolhidos pelo próprio Imperador para fazer parte do treinamento de sua guarda de honra. 

    Foi escolhido o HAPKI-DO, porque era a única luta que possuía 25 tipos de técnicas e defendia terceiros. Enfim, era e ainda é a luta mais completa.

    Passados mais de 500 anos, o general LEE SUNG KIE fundou o Império YI DO tomando o lugar do Império KORIO. Mandou então matar todos os praticantes de defesa pessoal. Em conseqüência disso, os praticantes dessas lutas foram se esconder nas montanhas, alguns escapando, outros morrendo. Mas o HAPKI-DO continuou. 

    HAPKI-DO;

    KUM-DO (esgrima);

    YO-DO (tipo de Judô) e

    TEA KIUM (tipo de Karatê)

    Depois da Primeira Guerra Mundial, foi criada a R.O.K (Republic of  KOREA), na qual foi adotado o HAPKI-DO para o treino da guarda pessoal do Presidente da República.

    Após a Segunda Guerra Mundial, o HAPKI-DO que até então era uma luta reservada para a presidência e para os nobres, passou a ser conhecida pelo povo. 

    O HAPKI-DO possui cerca de 3.876 golpes  incluindo chutes, saltos, socos, torções, balões, defesa contra faca, manejo de bastões, espadas, etc. 

          Hierarquia das Faixas 

          8º  ao 7º Gub - Faixa Amarela

          6º  ao 4º Gub - Faixa Azul

          3º  ao 1º Gub - Faixa Vermelha

          1º  Dan - Faixa Preta

     

    O HAPKI-DO inspira-se em certos princípios que são rigorosamente respeitados por seus adeptos. Por isso, é a luta mais popular da Coréia.

     

    O HAPKI-DO, hoje, é praticado em quase todo o mundo. Foi difundido no Brasil após o ano de 1.970, pelo Grão Mestre PARK SUNG JAE que ensinou, em princípio, quase 200 homens do Exército Brasileiro foi incentivado pelo Coronel Paulo da Silva Freitas, sendo logo depois de condecorado patrono do HAPKI-DO no Brasil. O Grão Mestre PARK SUNG JAE é Secretário Geral da Confederação Internacional e comanda uma rede de academias no Brasil.

    Está  academia é a mais antiga em funcionamento, com 31 anos de existência, e é administrados pelo mestre Song Un Kim 8o Dan, Bi-Campeão Mundial, Medalha de Ouro na Korea em 1990 e Medalha de Ouro e Prata no México 1993. Atualmente administra cursos de Acupuntura e massagens em diversos locais. 

    Hapki-do não é  apenas mais outra arte marcial ou uma mera combinação de outras artes ou técnicas de lutas. Porém, antes de entender o que é Hapki-do, faz-se necessário entender o que é o "Hap Ki". Hap ki significa uma combinação harmoniosa de (KI) "energia vital interior", não apenas a sua energia, mas a de seus colegas de treino, ou mesmo seu oponente. 
     
    Quando observamos o KI universal, vemos o que conhecemos por energia Yin e Yang; pois é algo que a natureza cria, o fluxo do Yin e Yang, etc. Numa alternância infinita entre os dois.

    Este "KI" gerado é um mistério da natureza que o homem tenta usar a seu favor, a força natural do HAP KI. O Hapki-do envolve estratégias usando o principio do "Hap Ki" na execução de seus movimentos.  
    O "KI" sempre flui em círculos. Hapki-do envolve todos os seus movimentos com fluxo circulares, sem uso de força ou de técnicas traumáticas, que gerem conflitos ou confrontos diretos, sem harmonia. O universo se move circularmente, e no mesmo contexto o Hapki-do usa os movimentos circulares sem o uso da força como base para todas suas técnicas. Quando trazemos nosso oponente para dentro de nosso círculo imaginário (próximo a nós) ou o "adaptamos" a nosso próprio círculo de alcance, teremos o controle total sobre nossos oponentes.  
    Estes movimentos tampouco são violentos ou lineares; eles são certamente muito suaves gentis e sempre circulares. Assim, quando se faz e se torna o centro produzindo um fluxo como um redemoinho de água, como se originando de dentro (do centro) de um furacão, a energia perfeita dos movimentos faz com que alcancemos uma paz profunda interior indescritível.  
    O Hapki-do possui muitas torções, chaves estranguladoras, socos, perfurações, que são usadas para controlar o oponente, bem como uma vastidão de chutes e técnicas de bater (traumatizantes). Muitas escolas de Hapki-do ensinam técnicas com armas brancas para os alunos mais graduados, como bastões longos, médios e curtos, facas, faixas, panos, nunchacos, cordas, leques, lanças, e vários tipos de espadas.  
    Os movimentos do Hapki-do seguem alguns princípios naturais, que quando praticados com empenho e dedicação levam o praticante a atingir a perfeição dos mesmos. Estes movimentos fazem a grande diferença entre o Hapki-do e as outras artes marciais.

     

    Hapki-do se faz necessária compressão de três palavras distintas:

     

    Hap - Combinar, Unir, Coordenar, Para Harmonizar.

    Ki - Força Interior, Energia Vital, Força, Energia Dinâmica.

    Do - O Caminho, O Sistema, O Método.

    O currículo abaixo é  o atual, ensinado pelo Hapki-do:

    1. Ho Shin Do Bup (técnicas básicas de defesa pessoal) 
    2. Moo Ye Do Bup (técnicas com movimentos estritamente circulares) 
    3. Su Jok Do Bup (técnicas traumatizantes) 
    4. Kyuk Ki Do Bup (técnicas de combate com oponentes) 
    5. Ki Hap Do Bup (técnicas de concentração e energização espirituais) 
    6. Byung Sool Do Bup (técnicas com armamentos)  
    7. Su Chim Do Bup (Manipulação e uso de pontos de pressão) 
    8. Hwan Sang Do Bup (Técnicas de visualização de movimentos)

    Os modos do HAPKIDO e a forma como ele se apresenta parecem ser de outro mundo, e muitas de suas técnicas são estranhos, para todas as artes marciais. 

    Hoje em dia existem varias academias no Brasil, e o Hapki-do continua se expandindo.

      

    "É  melhor praticar uma técnica milhares de vezes, do que aprender um milhão de técnicas e praticá-las apenas uma vez." - Grão Mestre MYUNG Jae Nam

     

    Acupuntura
     

    A acupuntura e a técnica mais antiga que existe, parti do conceito de que o desequilíbrio se deve à má distribuição de energia pelo corpo, sendo assim aplicam-se algumas agulhas para ativar alguns pontos de acupuntura para equilibrar yin e yang dos órgãos e vísceras.

    Cada Órgãos e Vísceras têm uma função energética diferente da função alopática.

    Na Antigüidade, os chineses haviam comprovado que um órgão do corpo humano, alterado em seu funcionamento, deixava sensíveis, certos pontos de revestimento cutâneo. A localização desses pontos (situados nos mesmos lugares em todas as pessoas) variava de acordo com o órgão afetado. Concluíram assim que cada órgão correspondia pontos específicos, demonstraram então que uma ação sobre esses pontos repercute sobre o órgão correspondente, produzindo um alívio.

    Esses pontos constituem uma espécie de cadeia, como se uns fossem a continuação de outros. Unindo-os por traços imaginários obtêm-se linhas longitudinais denominadas passagem, canais ou meridianos.

    Os meridianos estão relacionados aos órgãos diretamente. Inserindo uma agulha em um determinado ponto de um meridiano, tem a sensação de que algo esta transitando entre eles, os chineses chamam de Qi, que significa energia.

    Restaurar o equilíbrio energético 

    A energia circula através do organismo, meridiano a meridiano, de forma regular, distribuindo-se harmoniosamente e segue o seguinte percurso diário: das 3 às 5h, passa pelo meridiano dos pulmões (P); das 5 às 7h, do intestino grosso (IG); das 7 às 9h, do estômago (E); das 9 às 11h, do baço pâncreas (BP); das 11 às 13h, do coração (C); das 13 às 15h, do intestino delgado (ID); das 15 às 17h, da bexiga (B); das 17 às 19h, dos rins (R); das 19 às 21h, da circulação-sexualidade (CS); das 21 às 23h, do triplo-aquecedor (TA); das 23 à 1h, da vesícula biliar (VB); da 1 às 3h, do fígado (F).

    Os desequilíbrios são conseqüências naturais da má distribuição de energia. Alguns sintomas da falta dessa energia são: sensação de vazio, fraqueza, insatisfação, insegurança, desânimo, frio, suor, agressividade, agitação dor, calor, e outros...

    A acupuntura tem por objetivo reequilibrar a circulação de energia no organismo, tornando-o harmônico, pois constitui no princípio básico da ordem universal. A saúde é o resultado do equilíbrio dessas duas forças (Yin (negativo) e Yang (positivo), que ativam os corpos).

    O Yin e Yang expressam-se em todo e qualquer nível de existência, com alternância de cada força.

    Alguns elementos Yang são: a luz, o calor, o verão, o vermelho, o homem, a atividade, o sistema nervoso simpático, as partes superficiais do corpo. O elemento Yin é: o escuro, o frio, o inverno, o azul, a mulher, o sistema nervoso parassimpático, as partes profundas do corpo e outros.

    O intestino delgado, o intestino grosso, a vesícula, o estômago, a bexiga e o triplo-aquecedor são órgãos de Yang. O coração, os pulmões, o fígado, o baço, os rins e a circulação-sexualidade são órgãos Yin.

    Alguns físicos descobriram que a teoria oriental de que não existe distinção entre matéria e energia está certa, elas são consideradas dois pólos de uma mesma unidade.

    Para análise, uma técnica peculiar

     Yin e Yang são duas forças que condicionam a vida de cada indivíduo e o seu estado de saúde, a pergunta que se faz ao especialista de acupuntura é: qual órgão esta deficiente e qual órgão apresentam um excesso de vitalidade? Dá-se, então o analise, na qual, usam-se alguns métodos: ver o cliente escutá-lo, perguntar, apalpar seu corpo nos pontos  ou LO (pontos de alarme) e leitura pelo pulso, todos eles são importantes.

    O analise do pulso é realizado na artéria radial do punho. E requer silencio e tranqüilidade. Os três dedos têm que se manter como um arco, com as pontas bem alinhadas e se examina o pulso com a polpa dos dedos. A distancia dos dedos depende da estatura do cliente: É dividida em três zonas, cada qual com uma posição superficial e outra profunda.

    Coloque levemente a polpa de um dedo sobre a artéria radial, em cada uma das três posições, é possível perceber que a sensação obtida difere em cada local – com exceção de pessoa em perfeito estado de saúde (se a pressão for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensação ou percepção torna-se diversa). Se os pulsos da primeira posição apresentar vibrações mais fortes do que os da terceira, quer dizer que o Yang esta mais poderoso do que Yin, e vice-versa.

    Na mão  esquerda, com pressão superficial, faz-se a análise do intestino delgado, da vesícula e da bexiga; com pressão profunda faz-se análise do coração, fígado e rins. Na mão direita, com pressão superficial o intestino grosso o estômago e o triplo-aquecedor, com pressão profunda o pulmão, baço/pâncreas e a circulação-sexualmente.

    As pulsações podem ser classificadas em: a) alteração de freqüências b) ritmos c) superficial ou profunda; d) lisa ou grossa; e) cheias ou vazia; f) longa ou curta e etc.

    Tanto para se realizar um tratamento ou realizar uma simples análise, é  imprescindível o conhecimento dos meridianos, da origem de seus pontos principais e das leis que regem esta forma de terapia.

    Existem doze meridianos que estão relacionados a doze órgãos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou mais desses órgãos. Assim sendo, esses doze órgãos – ou funções corporais são considerados primários, e os outros secundários.

    Os meridianos são bilaterais, um em cada lado do corpo, sendo classificados como profundos e superficiais, de Yin e de Yang. Os meridianos profundos de Yin são os do coração, da circulação-sexualidade e dos pulmões. Meridianos superficiais de Yang: do intestino delgado, do triplo-aquecedor e do intestino grosso. Meridianos inferiores de Yin (de dentro para fora): do baço/pâncreas do fígado e dos rins. 

     
     

    Discussão 

     

    Hapki-do como é uma arte marcial muito antiga que tem mais de 3500 anos de existência, não se sabe realmente quem foi o mentor da arte. Existem varias teorias. 

    Hoje em dia, vários mestres, modificaram a arte tradicional de hapki-do para falar que e o mentor, e alguns modificaram até o nome e outros colocaram outro nome para falar que e um estilo diferente de Hapki-do.  

    Mas no fundo aqueles que realmente conhecem a Arte Marcial Hapki-do eles trabalham com acupuntura e terapia corporal (obs. "massagem" é termo inadequado à legislação brasileira e mercado).  

    São aqueles que só usam o nome Hapki-do para se promover, não sabe nem onde fica um ponto de acupuntura.   
     

    Conclusões 

     

    Posso afirmar que acupuntura e Quiropraxia têm relação direta com Hapki-do para equilibrar a sua energia interna e para imobilizar e neutralizar os seus oponentes, fazendo gerar muita dor e sofrimento utilizando compressão nos pontos de acupuntura e alterando a sua função biomecânica da coluna.

    Hapki-do e excelente em tratamentos preventivos para alongamento das articulações e melhorando sistema cardiorrespiratório.

    Excelente para tratamento da dor e da sua causa.

    Podemos provar realizando alguns golpes nos pontos de acupuntura, verificando aumento da sensibilidade e diminuição da resistência do local (sem machucar, claro).

    Podemos pressionar alguns pontos para mostrar anestesia do local, para tirar a dor, ou melhor, a hiper sensibilidade do local.

    O hapki-do e uma luta Arte Marcial Coreana que usa pontos de Acupuntura para Neutralizar oponentes e também serve para equilibrar a desarmonia da energia utilizando os mesmos pontos de Acupuntura.

    Por isso Hapki-do e utilizado na Coréia em forças armadas, Policia, Guarda Costa e quando se fala em proteger  alguma pessoa ou alguma coisa e utilizado Hapki-do. 
     

    Referências bibliográficas 

     

    Hapki-do: Hoo sin sool.

    Seul,Korea 1987. 

    Hapki-Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    Self Defence Martial Art.

    Seul,Korea 1987 

    Hoo sin Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    General Description of Hapki-do.

    Seul, Korea 1986. 

    Autor: : Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    A Abordagem Holística Através da Estética

    A Abordagem Holística Através da Estética

     

    Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    Sumário

    Resumo
    Introdução
    Material e Metodologia
    Resultados
    Discussão
    Conclusões
    Referências Bibliográficas
    Anexos e Apêndices

    Resumo

    A maximização de resultados em atendimentos de Estética por meio da abordagem Holística, incluindo aos equipamentos e produtos esteticistas o trabalho paralelo e simultâneo com aconselhamento psicoterápico, terapia floral, cromoterapia, sugestões alimentares e posturais, além de técnicas respiratórias e de conscientização sobre si mesmo.

    Introdução

    A indústria da Estética e Beleza, por meio de campanhas de marketing que incluem assessoria de imprensa e participação ativa em congressos, promovem a idéia de que os bons resultados advém de equipamentos eletrônicos e produtos cosméticos cada vez mais custosos e sofisticados. Contrariando esta hipótese, minha experiência pessoal conduziu meu trabalho de forma a valorizar mais ao PROFISSIONAL, devolvendo aparelhos e cosméticos ao papel de coadjuvantes.  Enfatizando a conversação, ao mesmo tempo em que suprindo a Clientela com orientaçãos posturais, formas de respiração, consciência corporal e chegando até a sugestões alimentares, o que se obtém é a excelência de resultados, indo além dos que se conseguiria se simplesmente seguisse os procedimentos estéticos propostos pelas empresas, escolas e congressos voltados à Estética convencional.

    Material e Metodologia

    A idade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o profissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do Cliente.

    O profissional deve explicar seu modo de trabalhar em detalhes e certificar-se de que seu Cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso.

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o profissional, que também deve inquerir quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Estética aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao profissional aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo, conduzindo este ao autoconhecimento.

    Os produtos para estética devem ser adquiridos em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto, sendo vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não). Outra opção é o Cliente adquirir diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo. O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o profissional deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    Caso trabalhe com agulhas de Terapia em Estética, devem ser DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, sendo descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante. Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.O  armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final, por coleta especializada oficial ou eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    O Terapeuta Em Estética promove a avaliação das queixas estéticas do Cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    Resultados

    A forma convencional de trabalho Esteticista, limitada a aplicações de aparelhagens e produtos, obtém os resultados estéticos propostos em menos de 50% dos casos, além de baixo índice de fidelização da Clientela, já que não há conscientização dos benefícios de um trabalho continuado. Já a abordagem holística aplicada à Estética atinge as metas de beleza em mais de 90% dos casos, além de elevado índice de fidelização e de expectativa de continuidade e retorno, já que a Clientela se conscientiza de que o a proposta de trabalho pode e deve extrapolar as queixas iniciais, antes focadas na aparência exterior.

    Discussão

    É inegável a importância de bons produtos e equipamentos no trabalho de todo Esteticista. O que convém questionar é a supervalorização destes ítens acessórios, em detrimento do profissional em si. A predominância de revistas e congressos especializados em beleza que são patrocinados e organizados justamente pelos fabricantes de cosméticos e aparelhagens resulta em apresentações de trabalhos que tendem mais à propaganda destes ítens, do que a valorizar a capacitação técnica do profissional da Estética. Daí ser muito importante iniciativas como a do SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS que desenvolve Congressos como o Holística, onde todo profissional tem condições de apresentar proposituras de palestras sem preocupar-se com intervenções de patrocinadores ou expositores. A imparcialidade do SINTE também é construtiva a que o Terapeuta Em Estética tenha seu merecido reconhecimento junto aos demais colegas que também compõem o rol da Terapia Holística. Verdade seja dita: alguns colegas, ainda desinformados, são preconceituosos em supor que focar na beleza como "portal de entrada" à terapia profunda possa ser uma postura "superficial"... Porém, existe uma outra perspectiva a ser considerada. A mídia em geral pressiona por padrões estéticos cada vez mais pré-definidos e globalizados e, para o bem ou para o mal, cria uma grande demanda por profissionais que atuem dentro do enfoque da beleza. Não raro, esta Clientela potencial nem sequer procuraria um consultório SE não fossem as questões estéticas; uma vez tomando contato com o amplo leque de abordagens e técnicas da Terapia Holística e, desde que, é claro, suas aspirações estéticas iniciais tenham sido atendidas, é grande a oportunidade de que se abra à possibilidade de dispor-se a ampliar a terapia para os demais aspectos de sua vida.

    A Terapia Holística parte da premissa que tudo está interligado em um só contínuo, razão pela qual, o Cliente sempre deve ser considerado em sua totalidade. Porém, comumente cada técnica de nossa profissão privilegia uma "porta de entrada". Por exemplo, mesmo sendo inseparáveis (na verdade, uma só unidade...), a Terapia Corporal utiliza o físico para igualmente ingerir no psíquico, enquanto a Psicoterapia atua no psiquismo e, paralelamente, obter resultados corporais. Cada técnica elege uma via de acesso específica para trabalhar, cabendo ao profissional escolher aquela com a qual o Cliente está mais receptivo. Existe uma grande parcela da sociedade justamente receptiva a ser abordada pela "porta" da Estética, razão pela qual é importante que os profissionais igualmente se disponham a conhecer e atuar com mais esta linha técnica.

    Conclusões

    Minha experiência profissional me leva a concluir que a beleza duradoura e verdadeira surge "de dentro para fora", como consequência natural da harmonização. Paralelamente, propiciar resultados estéticos exteriores igualmente induz a um incremento na auto-estima, predispondo a Clientela ao bem-estar e a investir de forma mais intensa em sua Qualidade de Vida.

    Em nossa profissão, o Cliente tem que ser considerado em sua totalidade e desta, a BELEZA é parte integrante, tornando a Estética mais um caminho igualmente válido e eficaz para a abordagem Holística em nossos consultórios.

    Referências Bibliográficas

    Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    Anexos e Apêndices

     

    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Estética conta com grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização, bem como a qual legislação se aplica. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    4.2 Objetivo
    Definir boas práticas, adequação de terminologia e de materiais

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TO 001 — Terapia Ortomolecular — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.5 TERAPEUTA EM ESTÉTICA — promove a avaliação das queixas estéticas do cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, massoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TE — Terapia Estética
    THE — Terapeuta em Estética
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Estética aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TE

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TE com dNTSV — estetica.sdwetalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o TH detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    5.3.3.3 — O TH deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    5.3.3.3.1 — O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do cliente para com o TH;
    5.3.3.3.2 — O cliente deve ser inquerido pelo TH quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    5.3.3.4 A TE aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao TH aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.4 Produtos para Estética, Ortomoleculares e assemelhados — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.4.3 Agulhas de TE — adequação

    5.3.4.3.1 Opção 1: Aquisição de agulhas de DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do TH, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, as agulhas serão doadas, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir agulhas ou não).
    5.3.4.3.2 Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.4.4 — Descarte das Agulhas de TE

    5.3.4.4.1 As agulhas de TE obrigatoriamente serão sempre DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, e, mesmo cientes de que inexiste caso registrado de contaminação por este tipo de agulha (por ser maciça, não retem sangue), ainda assim terá tratamento semelhante aos resíduos infectantes perfurantes ou cortantes.
    5.3.4.4.2 As agulhas de TE serão descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante, os quais, após serem devidamente lacrados, deverão ser acondicionados em sacos plásticos individualizados, branco leitosos e identificados pela simbologia de substância infectante.
    5.3.4.4.3 Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.
    5.3.4.4.4 O armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final.
    5.3.4.4.5 Nos municípios onde existir coleta especializada gratuita, o TH deve se inscrever, apresentando para tanto cópia de CCM (Inscrição Municipal como autônomo) e do CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado.
    5.3.4.4.6 As agulhas de TE igualmente podem ser eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    Autor: : Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Iridologia: Novos Rumos A Seguir

    Iridologia: Novos Rumos A Seguir


    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    III - Resultados

    IV - Discussão

            Ciência Versus Iridologia

    Inadequações de Termos e Métodos: Legislação e Jurisprudência Versus Iridologia

    Problemas e Soluções

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

     

     Resumo


    Um breve relato sobre as origens da Iridologia, até os dias atuais, dissertando seus principais problemas em relação à legislação, à ciência, ao foco de aplicação e mercado potencial, propondo-se como solução, o desenvolvimento de uma NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária específica, a ser embasada pelos dados conclusivos que serão gerados por uma ampla pesquisa nacional, denominada Projeto Iridologia, coordenado pelo SINTE - Sindicato dos Terapeutas.

     

    I - Introdução

     

    A Reflexologia pela Íris ressurgiu à pauta trazida por médicos do Século 19, época esta em que os exames laboratoriais não gozavam do mesmo grau de precisão de nossos dias. Atualmente, insistir no argumento de que a Iridologia pode detectar enfermidades de forma mais eficaz que as análises clínicas convencionais, além de pretencioso, afronta diretamente a visão da dita "ciência oficial" e, como esta é apoiada pelos órgãos de governo e da imprensa, esse é um confronto que em nada ajuda ao desenvolvimento da técnica em questão.

    Paralelamente à questão tecnologia, existe as polêmicas judiciais, não raro colocando o Iridólogo frente a acusações de exercício ilegal de medicina (apesar desta técnica ser proibida aos médicos, pelo Conselho de Medicina...).

     

    A Iridologia necessita ser redefinida quanto à sua proposta e formato de trabalho, adequando-se à legislação e valorizando seus diferenciais em relação à medicina, abraçando sua verdadeira vocação que é a Terapia Holística.

     

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS é o representante OFICIAL da Iridologia em nosso país e único organismo com experiência e aptidão para desenvolver e implantar uma NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Holística específica para a Iridologia.

     

    Para que a Norma Técnica reflita as necessidades do setor, será embasada no Projeto Iridologia, onde profissionais de todo o Brasil, oriundos das mais diversas escolas diferentes de Iridologia, participarão de uma pesquisa, analisando centenas de imagens de iris de voluntários mantidos no anonimato. As análises serão transformadas em dados estatísticos e confrontados às informações coletadas diretamente às pessoas que forneceram as imagens, com o objetivo de identificar quais correntes iridológicas apresentaram melhor nível de acerto, bem como em quais tópicos a técnica, como um todo, obteve melhor desempenho.

     

    O Projeto Iridologia inicia durante o Holística 2009, onde tanto os profissionais, quanto os voluntários firmarão Termo De Compromisso e terá continuidade pelos meses seguintes, com os resultados previstos para divulgação oficial durante o Holística 2010.

     

    Sob orientação da futura Norma Técnica, os iridólogos de todo o Brasil terão os parâmetros de que precisam para trabalhar com eficiência e dignidade, minimizando os riscos de confronto com outras profissões, além de focar naquilo que a Iridologia comprovar maior eficácia.

     

    II - Material e Metodologia

     

    Durante o Holística 2009 (4, 5 e 6 de setembro de 2009) serão coletadas imagens das íris (sempre com o mesmo tipo de equipamento e condições...) de 50 a 100 voluntários, os quais, permanecendo anônimos, terão as fotos analisadas por PROFISSIONAIS (ou seja, Iridólogos compromissados com CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado) das mais variadas correntes e escolas iridológicas. 

     

    Todos os participantes firmarão TERMO DE COMPROMISSO, autorizando a divulgação das imagens e análises, seja por meio eletrônico, impresso ou vídeo, mantendo-se o anonimato quanto à autoria de cada análise ou a quem pertence cada imagem.

     

    As partes serão mantidas em contato por meio eletrônico (e-mail) e as imagens e respectivas análises serão disponibilizadas em site na internet, sendo acessível por senha individual, tanto para os Iridólogos participantes visualizarem as imagens e postarem suas interpretações, quanto para os voluntários conhecerem as avaliações e tecerem suas considerações.


    As análises serão confrontadas com o quadro real coletado de cada voluntário, resultando em informações estatísticas de grau de acerto e/ou erro para cada "escola" de Iridologia e para a técnica em si, como um todo.

    Destes estudos e pesquisas, serão publicados tanto o livro Projeto Iridologia, quanto a  NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Holística - IRID 01 especificamente desenvolvida para a Iridologia.

    Em retribuição à colaboração, os Iridólogos participantes constarão na co-autoria dos trabalhos e os voluntários, além de receberem gratuitamente todas as análises, caso desejem, também constarão nos agradecimentos.

     

    III - Resultados

     

    Este tópico permanece em aberto, pois só poderá ser preenchido mediante a coleta de dados obtidos via Projeto Iridologia, que se inicia em setembro deste ano, no Holística 2009, sendo o término previsto para o mesmo mês e evento, em 2010.

     

    IV - Discussão

     

    A Iridologia é uma das técnicas mais fascinantes e igualmente polêmicas da Terapia Holística. 


    À tradição milenar de "os olhos como espelhos d'alma", em que as terapias ancestrais observavam formato, grau de opacidade e coloração como indícios de saúde (ou falta dela...), modernamente surgiram (e continuam a surgir...) novas "escolas" de Iridologia, que se propõem a analisar a imagem da iris até mesmo ao nível microscópico, coletando dados que, pela "ciência oficial" só seriam possíveis via exames laboratoriais convencionais, ou, indo além dos aspectos físicos, onde raios da iris seriam capazes de desvendar até características psíquicas inconscientes.

    A evolução dos equipamentos iridológicos, que da simples inspeção visual, passando por lupas, até o grau atual de captação de imagens digitais (hoje em dia, a custo bem acessível...) contribuiu para a disseminação da técnica, despertando cada vez mais adeptos apaixonados, bem como ferrenhos críticos igualmente exaltados. Tamanho passionalismo resulta em exageros, que ora substimam, ora superestimam as reais possibilidades práticas da Iridologia.

    A premissa de que qualquer parte do corpo pode refletir o estado geral do indivíduo é milenarmente conhecida e utilizada nas mais variadas culturas. Porém, especificamente a Reflexologia pela íris, ao menos na forma em que é atualmente praticada, é relativamente recente, daí o fato de que muito ainda está por ser discutido. Atribui-se ao húngaro Ignatz von Peczely a "paternidade" da Iridologia, que no século XIX, associou estados mórbidos a sinais apresentados na íris, tendo desenvolvido os primeiros mapeamentos conhecidos, publicando em 1881, o estudo "Discoveries In The Field Of Natural Science And Medicine: Instruction In The Study Of Diagnoses From The Eye" (Descobertas No Campo das ciências Naturais e da Medicina: Instrução no Estudo de Diagnóstico Pelo Olho). Sob esta origem pesa uma estória, sabidamente um mito, em que, quando criança, acidentalmente quebrou a pata de uma ave, observando o surgimento imediato de um sinal na íris do animal, o qual foi desaparecendo paralelamente ao restabelecimento do pássaro. Este que deveria ser apenas um conto lúdico a ilustrar, metaforicamente, os primórdios da técnica, lamentavelmente é propagado como se verídico fosse, o que em nada contribui para a credibilidade da técnica.

    Muitos novos autores publicaram tratados sobre a Iridologia, cada qual com variantes quanto ao mapeamento reflexológico da íris. A maior parte dos profissionais brasileiros adotou a cartografia proposta pelo quiropraxista americano Bernard Jensen.

    Pertinente observar que a Iridologia não é uma terapia em si, mas sim, uma técnica de avaliação. Na hora de trabalhar o Cliente, o Iridólogo terá que aplicar OUTRAS técnicas, estas sim, terapêuticas, para efetivar seu atendimento; as mais usuais seriam a Fitoterapia, a Terapia Floral, a Ortomolecular e a Acupuntura. 

        Ciência Versus Iridologia

    Muitos opositores de nossa profissão profetizaram que a Iridologia estava sepultada em definitivo com o advento da Biometria. Esta técnica realiza medições relacionadas às características particulares de cada indivíduo, sendo utilizada em processos de reconhecimento de identidade. A opção mais conhecida é a utilização da impressão digital, que é um atributo individual único e que se mantém inalterado pelo tempo. Atualmente, existem diversas opções de identificação, como por exemplos, reconhecimento de faces, de voz, de retina, da geometria da mão, e, o que mais vem ao caso, o reconhecimento de íris. Considerando que a Iridologia parte do princípio de que a iris se modifica acompanhando o estado do Cliente, ao passo que a Biometria parte da idéia oposta de que a imagem se mantém imutável, a tal ponto que permite identificar um indivíduo, uma hipótese parece excluir a outra... Ainda mais com a popularização da Biometria pela íris, a tal ponto de já existir no mercado até mesmo celulares com esta capacidade.



     






    Imagens obtidas da monografia "Biometria - Reconhecimento de Iris", de Priscila Pecchio Belmont Albuquerque, Universidade Federal do RJ, em http://www.gta.ufrj.br/grad/07_2/priscila/index.html

    Outrossim, uma breve análise comparativa nos mostra que não são propostas excludentes entre si. Para a Biometria  importa os padrões de limites em relação da íris para com a esclerótica, para com a pupila, além de ponto médio em relação à pupila e os limites impostos pelas pálpebras do globo ocular. Tais proporções, segundo a Biometria, são únicos para cada indivíduo e imutáveis. Já os aspectos que são considerados na Iridologia, que por premissa tem que ser mutáveis acompanhando o estado do Cliente, tais como os raios, "desenhos", pontos, "buracos" ou mudanças de cores, etc, são descartados pela Biometria, considerados "ruídos" e desconsiderados na leitura da imagem.

    Se por um lado, está superada a hipótese de conflito entre Iridologia e Biometria, por outro, a tese de que serviria para diagnóstico de doenças (importante: pela legislação, tanto o diagnóstico, quanto tratamento de doenças é monopólio MÉDICO...) foi rejeitada em todos os testes até então realizados e impressos em conceituadas publicações voltadas à ciência.

    Em 1979, o JAMA - The Journal Of The American Medical Association (Jornal da Associação Médica Americana) publica o estudo "An Evaluation of Iridology" (Uma Avaliação de Iridologia),
    conduzido pelo doutor em medicina, Allie Simon (dentre outros...), no qual cerca de 150 voluntários foram analisados por iridólogos ilibados, dentre eles, o famoso Bernard Jensen (quiropraxista que popularizou a Iridologia nos EUA), resultando em diagnósticos incorretos na grande maioria dos casos e praticamente não houve concordância entre os próprios profissionais entre si, quanto às suas conclusões.

    Quadro semelhante foi obtido em "A Study Of The Validity Of Iris Diagnosis" (Um Estudo Da Validade Da Iris Diagnose), publicado em 1981, no "Australian Journal of Optometry" (Jornal Australiano de Optometria). Em 1988, o Departamento de Epidemiologia e Saúde Investigação, Universidade de Limburg, Maastricht, Holanda, submeteu os mais consagrados iridólogos do pais a descobrir problemas de vesícula examinando imagens de iris de voluntários, concluindo que pela ineficácia do método, publicando o estudo "Looking for Gall Bladder Disease In The Patient's Iris" (Procurando Doença Na Vesícula Biliar Por Meio da Íris do Paciente), no BMJ - British Medical Journal (Jornal Médico Britânico).

     

    Em meados do ano 2000, o doutor em medicina, E. Ernst, do Departamento de Medicina Complementar, da Universidade de Exeter, Inglaterra, publica um artigo denominado "Iridology - Not Useful and Potentially Harmful" (Iridologia - Inútil E Potencialmente Nociva), onde afirma ter analisado cerca de 80 estudos, originados de diversos países, somando milhares fotos de íris analisadas por centenas de profissionais, sem acerto significativo quanto ao quadro clínico, além de evidentes discordâncias das análises obtidas pelo irídólogos entre si. Conclui afirmando que tanto os profissionais, quanto os Clientes devem ser desencorajados em valer-se da técnica.

     

    Pertinente observarmos, que, na ânsia em combater a Iridologia, as próprias publicações admitem ainda que os estudos analisados não seguiram metodologia cientìfica. Ora, assim sendo, não deveriam ser acatados como definitivos, quer concluíssem a favor, quer contra a técnica !

     

        Inadequações de Termos e Métodos: Legislação e Jurisprudência Versus Iridologia

     

    A Iridologia é uma TÉCNICA e, como tal, poderia ser exercida por várias profissões distintas, cada qual respeitando os seus limites de atribuições. Por exemplos: Iridologia em animais, só pode o veterinário ... para avaliação dentária , só o odontólogo.... para DOENÇAS, só os médicos... para avaliação energética e psíquica, os Terapeutas Holísticos...

     

    Lamentavelmente, a maior parte dos cursos de Iridologia insistem em manter-se inadequados quanto ao modo em que ensinam a trabalhar, ferindo frontalmente a legislação brasileira. 

    Tanto diagnosticar, quanto tratar DOENÇA é exclusividade médica. Assim sendo, quando os cursos de Iridologia ensinam a descobrir "doenças" pela iris, automaticamente estão ensinando a serem presos por exercício ilegal de medicina. Da mesma forma, escolher fitoterápicos, oligoelementos, vitaminas, etc, basendo-se no quadro de "doenças", novamente está caracterizado o exercício ilegal de medicina... TUDO deveria basear-se em questões "energéticas" (meridianos, chacras, etc...) e psíquicas, pois, com isso, evitariam as controvérsias judiciais. Outro erro comum é mandar aviar formulações: excetuando-se o caso da terapia floral, TODA formulação é considerada monopólio médico, inclusive, quanto a produtos ortomoleculares. 

    SE a avaliação iridológica focasse naquilo que ela realmente deveria, ou seja, ser uma reflexologia do estado QUALITATIVO do Cliente, nenhum problema haveria; já ao extrapolar sua utilização e desandar a se propor a obter informações QUANTITATIVAS  que nem sequer refinados exames laboratoriais conseguiriam e a estabelecer patologias, aí é franca invasão de profissão alheia à nossa, ou seja, exercício ilegal de medicina.

     

    No mais, pertinente observar que médicos são PROIBIDOS de exercer iridologia, não por nós, mas por seu próprio conselho fiscalizador, que considera a técnica como charlatanismo.

     

    Há determinadas providências e atitudes que cada profissional pode fazer para reduzir os riscos processuais. Primeiramente, jamais vender produto algum: é unânime de que tal procedimento é anti-ético e considerado ilegal para a maioria dos juristas, que aplicam por analogia as mesmas leis que proíbem aos médicos se associarem a farmácias. 

     

    Mais cômodo e seguro é orientar o Cliente adquirir por conta própria nas boas casas do ramo. Para o caso de uso em aplicações de consultório, atente que o valor pelo atendimento deve ser sempre igual, usando ou não os produtos, pois, se houver acréscimo, caracterizará a "venda" do que está sendo utilizado. 

     

    Para poder ter algum produto guardado para uso, tem que manter a NOTA FISCAL (não mero recibo...) em que conste claramente os dados identificatórios da empresa responsável; desta forma, compartilha a sua responsabilidade. Jamais manter "estoque" (mais de um kit, por exemplo...) no consultório, pois é indício de que estaria revendendo. 

     

      Problemas e Soluções

     

    A Iridologia herdou uma postura médica, focando na avaliação de "doenças", atitude esta que a coloca em franca desvantagem em relação à oficial eficiência dos atuais exames laboratoriais, além de implicar em enorme probabilidade de culminar em processos judiciais e corporativos: se for exercida por médicos, além de passível de punição por seu próprio órgão fiscalizador, já que o Conselho de Medicina proíbe aos médicos exercerem Iridologia, igualmente pode resultar em processo penal por charlatanismo; se for exercida por não-médico, ao associar a prática com "doenças", de pronto funciona como confissão de crime de exercício ilegal de medicina (tanto diagnóstico, quanto tratamento de "doenças" é monopólio médico), quanto de curandeirismo. 

     

    Como agravante de indícios de ilícito penal, muitos colegas insistem em se uniformizar de roupas brancas (para a maioria das autoridades brasileiras, significa estar "trajado de médico"...) e em se apresentar com títulos de "doutorado" e/ou "médico" obtidos em cursos estrangeiros que nada valem em nosso país, acrescentando "falsidade ideológica" às acusações já mencionadas.


    O estudo da jurisprudência (casos julgados em tribunais) realizado pelo SINTE - Sindicato dos Terapeutas aponta que o fator de maior peso é o hábito, infelizmente ainda arraigado entre os Iridólogos, de vender aos Clientes os próprios produtos que recomendam. Qualquer autoridade oficial, desde fiscais fazendários e sanitários, passando por delegados e juízes, são unânimes em concluir que tal atitude é mais do que antiética, sendo igualmente ilegal, estimulando a que apliquem todos os enquadramentos legais possíveis para coibir a popularmente conhecida prática da "empurroterapia", o que, por sinal, também é péssima propaganda, pois de pronto afasta a Clientela mais esclarecida, que certamente interpreta como suspeita e  enxerga um óbvio conflito de interesses em tal situação.

     

    O caminho para a revitalização e segurança legal da Iridologia, é assumir a vocação para a Terapia Holística, descartando a "herança médica" do Século 19 e tal qual as demais Reflexologias (podal, quiro e auricular, dentre outras...), reformular sua proposta, terminologia e postura, abolindo a associação com "doenças" e descobrir novos potenciais de aplicação, tais como avaliações energéticas, psíquicas e predisposições funcionais.

     

    Para tal, o único órgão oficial e de postura neutra capaz de conciliar, sem favoritismos, as mais diversas correntes da Iridologia é o SINTE, em especial, por sua já consagrada experiência em desenvolver padrões de trabalho adequados à legislação e mercado brasileiros, sintetizando na forma de NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária específica para esta técnica. Eis a razão pela qual coordena o Projeto Iridologia, aqui descrito, que certamente é a maior e mais importante pesquisa a ser realizada, que resultará em novos rumos, acrescentando mais um capítulo essencial na História da Iridologia mundial.

     

      

    V - Conclusões

     

    Este tópico permanece em aberto, pois só poderá ser concluído mediante a coleta e interpretação de dados obtidos via Projeto Iridologia, que se inicia em setembro deste ano, no Holística 2009, sendo o término previsto para o mesmo mês e evento, em 2010.

     

    VI - Referências bibliográficas

     

    Allie Simon, An Evaluation of Iridology", JAMA - The Journal Of The American Medical Association

    Cockburn DM., A Study Of The Validity Of Iris Diagnosis, Australian Journal of Optometry, 1981

    Knipschild P.,  Looking for Gall Bladder Disease In The Patient's Iris, British Medical Journal, 1988

    E. Ernst, Iridology - Not Useful and Potentially Harmful, Archives of Ophthalmology, American Medical Association, 2000

    Albuquerque, Priscila Pecchio Belmont, Biometria - Reconhecimento de Iris, Universidade Federal do RJ, 2007

    Bourdiol, René J., Traité D'Irido-Diagnostic, Maisonneuve, 1975

    Vieira Filho, Henrique - Tutorial Terapia Holística - Sintebooks

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    II.I - Definições

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

    VII.I - Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    VII.II - Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística
    VII.III -
    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Resumo

    Esta propositura disserta sobra a integração das técnicas corporais orientais seculares com as modernas e ocidentais abordagens psicanalísticas reichianas e derivadas, resultando em uma Terapia Corporal de abordagem holística. Resgata a importância do tocar e ser tocado como instrumento de catarse terapêutica e de harmonização psicofísica, resultando em ampliação da qualidade de vida e autoconhecimento, tanto para o Cliente, quanto para o profissional.

    Introdução

    Muito se aborda a globalização e o acesso universal a informações em todos os campos de conhecimento, incluindo a Terapia Holística. Porém, mesmo no Brasil, de ampla tradição de sincretismo e fusão das mais variadas vertentes de pensamento, ainda deparamos com um separatismo entre as técnicas corporais orientais e ocidentais, bem como uma distância entre o discurso de paradigma holístico e uma real aplicação deste conceito, a tal ponto de ainda encontrarmos profissionais que iludem-se de atuar em questões físicas e outros, em aspectos psíquicos, como se tais existissem de forma isolada...

    São inegáveis as qualidades técnicas das manobras corporais tradicionais, tais como o shiatsu, tuina, anma, sparsha, dentre outras, assim como é fundamental a contribuição da psicanálise quanto aos aspectos inconscientes de nossa personalidade serem corporificados. Contudo, ambas as vertentes ainda não convergiram, resultando em "massagistas" (termo totalmente inadequado à legislação brasileira...) que desconhecem o fato de seu trabalho pode resultar em catarses, como também em profissionais da vegetoterapia e bioenergética propondo técnicas de toque, respiratórias e posturais que já estariam eficientemente supridas nas já seculares técnicas corporais, como as já citadas, bem como as oriundas do yôga e tai-chi-chuan.

    Cabe ao Brasil eliminar a iniciativa em superar desinformações, preconceitos e vaidades, promovendo a integração entre todas estas linhas complementares de tratamento, formando Terapeutas Corporais que honrem a sabedoria milenar, da mesma forma que abraçam a modernidade psicanalítica, fazendo justiça a que mais esta modalidade terapêutica seja integrante da Terapia Holística, atendendo a Clientela ciente de que físico-psíquico-social-transcendente é uma só unidade indissociável.

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

    ACONSELHAMENTO — processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.

    BIOENERGÉTICA —Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.
    CALATONIA —técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.

    CATARSE extravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    ID é a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego.

    INSIGHT "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    LEITURA CORPORAL — método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    PERSONA — é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

    RELAXAMENTO — vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    TERAPIA CORPORAL — uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

    TERAPIA REICHIANA — desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    VIVÊNCIAS — realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal:

    Idade mínima do cliente para Terapia Corporal: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    Explicar o processo de Terapia Corporal com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    O Terapeuta Holístico deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico;

    O Cliente deve ser inquerido pelo Terapeuta Holístico quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Corporal aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    III - Resultados

    Constatou-se ganhos significativos oriundos do sincretismo entre as abordagens ocidentais modernas e orientais milenares da Terapia Corporal. As manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, mostraram-se mais adaptáveis a cada Cliente, em comparação às mais recentes, oriundas das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética. Em contraponto, a proposta analítica destas últimas são indispensáveis à interpretação emocional refletida via corpo, já que essa capacidade fora perdida no decorrer do tempo, no que se refere ao ensino e prática das técnicas orientais, na forma como nos chegam atualmente.

    Clientes originados de queixas físicas apresentam resultados mais rápidos e eficazes quando a Terapia Corporal aflora as emoções reprimidas simultaneamente ao trabalho de toque. É perceptível ao tato do profissional, o relaxamento nas áreas antes tensas, imediatamente à manifestação da emoção e/ou lembrança que emerge sincronisticanente ao contato físico com a zona reflexa e/ou diretamente sobre a região corpórea. Da mesma forma, regiões sem tônus de pronto manifestam retorno da tonicidade, assim que afloram os sentimentos e lembranças induzidos pelo toque de volta à consciência. Quadros de dores e de dificuldade de movimentos apresentam reversão drástica, ainda que temporária, imediatamente à catarse emocional desencadeada pelo toque e indução verbal.

    Ratificando o acima descrito, quadro similar ocorre com a Clientela de queixas emocionais, onde o trabalho de toque serve tanto para detectar quais regiões corpóreas estão refletindo o quadro psíquico, quanto para aflorar à consciência as emoções reprimidas, bem como lembranças de situações traumáticas.

    Em ambas as situações, a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, incluindo o ACONSELHAMENTO, desempenha papel fundamental em facilitar ao Cliente a compreender o conteúdo aflorado, o que se mostra fundamental para que o quadro queixoso anterior não reincida. A catarse emocional por si só, apresenta resultado temporário, com imediata melhoria do quadro geral, porém, com retorno do estado original poucos dias após. A durabilidade do resultado é mantida quando o Cliente é simultaneamente amparado com técnicas de foco psicoterápico.

    A inclusão do contato físico na relação CLIENTE e TERAPEUTA HOLÍSTICO acelera o ritmo e intensifica a terapia, traduzindo-se em resultados de espectro mais amplo e, uma aumento da frequência e intensidade nas transferências e contra-transferências, exigindo grande preparo do profissional.

    IV - Discussão

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos.

    Modernas ideologias, governos ditatoriais e o cientificismo mecanicista influenciaram uma ruptura no paradigma holístico terapêutico. Seja por necessidade de sobrevivência às perseguições, seja em concessões e adaptações para tentar enquadrar nos limites do "científico", fato é que ao século 20, terapias como shiatsu, tuiná, anma, seitai e similares, chegaram até nós amputadas de sua original tradição sistêmica, passando a tratar o "corpo" como se fosse uma "máquina", composta de "partes" a serem manipuladas pelo toque para que "funcionem" melhor... A excelência técnica das manobras corporais se manteve, porém, perdeu-se a "alma" em algum momento de sua história.

    A partir da década de 70, com o movimento da contracultura, "revolução aquariana", ecologia e retomada do paradigma holístico, as abordagens corporais se permitiram a reintegração com os conceitos de "energia", reassumindo a interação com meridianos (canais de circulação energética da acupuntura - terapia tradicional chinesa), chacras (ou chakras, vórtices de energia estudados na ayurvédica - terapia tradicional indiana) e "corpos sutis" (matrizes energéticas paralelas ao corpo material, conceito este comum a todas as culturas milenares). Ao mesmo tempo, readmitiu-se que a terapia pelo toque igualmente atua nas emoções, porém, sem aprofundar na questão, deixando de integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

    Desenvolvendo-se de forma complementar, contamos com a Psicánalise, pela qual Freud demonstra a grande atuação das questões psíquicas nas somatizações, sendo até possível a reversão destas, como decorrência da análise, ao resgatar do inconsciente, os traumas, lembranças, emoções reprimidas e integrá-las ao consciente.

    Quer seja por preocupar-se em manter-se dentro de uma certo paralelo com a metodologia científica (isolar-se do "objeto" estudado...), quer seja para evitar maiores controvérsias e envolvimentos, TOCAR o Cliente era algo fora de discussão, até a dissidência de Wilhelm Reich, que “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”).

    A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante).

    Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento, também conhecido como Couraças Musculares do Caráter, aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bioenergia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas.

    A linha reichiana "clássica", a Vegetoterapia, segue um padrão relativamente rígido e pré-fixado para a sequência de desbloqueio das couraças, enquanto que as chamadas correntes neoreichianas, como a Bioenergética (que tem Alexander Lowen como seu expoente...) são mais flexíveis quanto à ordem e formas de trabalhar os bloqueios, utilizando-se, além do toque, técnicas respiratórias e posturais, que contém muitos paralelos ao Yôga e Tai-Chi-Chuan...

    Estas últimas vertentes, de origens ocidentais e modernas, em contraponto com as demais linhas aqui inicialmentes descritas, milenares e orientais, permaneceram distanciadas, uma corrente desconhecendo totalmente a outra. Não raro deparamos com reichianos que desconhecem chacras e shiatsuterapeutas que nem sequer imaginam que desbloqueiam "couraças do caráter"...

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar. Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge. É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor. Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA. É consenso que a maioria dos Terapeutas possui profundas feridas narcisísticas em aberto, as quais tentamos cicatrizar ao dar atenção aos Clientes, da forma que jamais tivemos... Não raro, tivemos que amadurecer cedo, quando deveríamos ter tido a permissão de ser crianças e nossos cuidados com os outros é a sublimação do ressentimento de que nosso amor não bastava para sermos correspondidos pelos pais, pois só sendo "produtivos" e "perfeitos" para sermos amados. Por isso, oculta-se no TOCAR em nossos Clientes, o desejo de acolhimento e amor.

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente. Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em contínua terapia e supervisão, inclusive, em grupos de discussão, pois o que se constata na prática é que, independente do quão experiente seja um analista, quando está em momento de contratransferência, sua visão do caso fica prejudicada, enquanto que para os demais colegas, que não estão emocionalmente envolvidos na situação, muito mais facilmente detectam o que está ocorrendo.

    V - Conclusões

    O contato físico intensifica o ritmo da terapia e igualmente aumenta o grau de responsabilidade e exigência técnica, o que é plenamente compensado pela excelência de resultados e gratificação profissional.

    Não há mais justificativa, em nosso atual tempo de acesso globalizado às mais variadas correntes terapêuticas, à ilusão de abordar o psicofísico como se fosse "partes separadas".

    A fusão entre as manobras orientais já tradicionais e a conscientização do efeito psíquico do toque reavivada pelas correntes psicoterápicas reichianas e neo-reichianas, resulta em uma terapia mais profunda e abrangente do que a simples soma das partes.

    Tanto as reclamações de origem física, quanto as de foco emocionais são atendidas na mesma proposta de trabalho, em conformidade com o paradigma holístico, ampliando o leque de oportunidades em atender quantitativa e qualitativamente à Clientela potencial.

    A ampliação da transferência e contratransferência pelo fator do tocar e ser tocado, obriga o Terapeuta Holístico a manter-se em contínua terapia e supervisão, resultando num indivíduo mais equilibrado e autoconsciente e, como tal, um profissional mais eficiente e um ser humano mais feliz.

    VI - Referências bibliográficas

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    VII - Anexos e Apêndices

    VII.I

    Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

     

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

     

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

     

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

     

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

     

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

     

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

     

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça"

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

     

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

     

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

     

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

     

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

     

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contratransferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Imaginem uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Se não estiver atenta à possibilidade de contra-transferência, é capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

     

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

    VII.II -


    Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística

    Se o profissional faz uso de técnicas corporais, jamais deverá chamar este trabalho de "massagem", não só pelo sentido pejorativo que a confusão com prostituição trouxe à palavra, como, também , pelo fato de que estaria sendo enquadrado dentro de alguns requisitos impossíveis de serem cumpridos, pois estaria sujeito às seguintes diretrizes, dentre outras:

    DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942
    Regula a Propaganda de Médico, Cirurgiões Dentistas, Parteiras, Massagistas, Enfermeiros, de Casas de Saúde e de Estabelecimentos Congêneres, e a de Preparados Farmacêuticos
    Das Parteiras, dos Massagistas e Enfermeiros (artigos 2 e 3)
    ART.2 - é proibido às parteiras, aos massagistas e aos enfermeiros fazer referências a tratamentos de doenças ou de estado mórbido de qualquer espécie.
    ART.3 - As parteiras, os massagistas e os enfermeiros estão obrigados a mencionar em seus anúncios o nome, título profissional e local o nde são encontrados.


    LEI 3.968 DE 05/10/1961
    Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Massagista, e dá outras Providências.
    ART.1 - O exercício da profissão de Massagista só é permitido a quem possua certificado de habilitação expedido e registrado pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina após aprovação, em exame, perante o mesmo órgão.
    ART.2 - O massagista devidamente habilitado, poderá manter gabinete em seu próprio nome, obedecidas as seguintes normas:
    1 - a aplicação da massagem dependerá de prescrição médica, registrada a receita em livro competente e arquivada no gabinete;
    2 - somente em casos de urgência, em que não seja encontrado o médico para a prescrição de que trata o item anterior, poderá ser esta dispensada;
    3 - será, somente, permitida a aplicação de massagem manual sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou fisioterápica;
    4 - a propaganda dependerá de prévia aprovação da autoridade sanitária fiscalizadora.

    Como podem perceber, será muito melhor nominar seus trabalhos como "Terapia Corporal", evitando, assim, se enquadrarem nas leis acima citadas, as quais só podem ter sido criadas para coibir a prática da Massagem.

    Já há anos o SINTE recomenda abolir o termo "massagem" (tanto por ser associada popularmente à prostituição, como por enquadrar-se em legislação impossível de ser cumprida) , que deve ser substituída por "Massoterapia", ou, melhor ainda "Terapia Corporal".

    Ultimamente, a expressão "massoterapia" igualmente passou a ser sinônimo de prostituição, além de que, no Paraná, os órgãos públicos identificam como sinônimo de "massagem" e passaram a exigir daqueles que alegam trabalhar com esta técnica, o cumprimento das legislações impraticáveis (DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942 e LEI 3.968 DE 05/10/1961).

    Portanto, a melhor solução é o termo "Terapia Corporal" e aproveitar a oportunidade para que os cursos se aperfeiçõem para fazer justiça a este nome e acrescentem ensinamentos de Reich e Lowen (psicanálise/vegetoterapia e bioenergética) às já consagradas manobras corporais orientais e ocidentais.

    VII.III -

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho

    Estruturas da Psique:

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.


    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.


    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.


    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;
    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;
    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.


    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.


    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.


    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/07/2009 16:24


    I Ching - O Software Do EU

     I Ching - O Software Do EU

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

     

    Sumário


    Resumo

    Introdução

    Material e Metodologia

    Resultados

    Discussão

    Conclusões

    Referências Bibliográficas

    Anexos e Apêndices

     

     

    Resumo

    Este trabalho aborda a utilização do I Ching como instrumento auxiliar à Psicoterapia Holística, análogo às técnicas de associação "livre" e de interpretação de sonhos. 

    Igualmente discursa sobre sobre a sincronicidade (coincidências emocionalmente significativas) entre os símbolos gerados aleatoriamente (hexagramas) e o inconsciente do Cliente, como forma de propiciar "insights" e catarses durante a interpretação conjunta dos textos e imagens milenares.

    E, a título lúdico, apresenta o I Ching como o antecessor do código binário utilizado na moderna computação, tendo as linhas, ora Yin, ora Yang, o mesmo papel dos numerais zero e um, a compor todo o Universo de possibilidades, sintetizadas em 64 situações arquetípicas com as quais todo indivíduo inconscientemente se percebe refletido.

     
     Introdução

    Milenarmenteutilizado como forma de meditação pelos estudiosos e como oráculo pelosleigos, o I Ching foi apresentando ao século 20 como viável instrumentoterapêutico, graças à pública simpatia de Carl Gustav Jung,um dos maiores nomes da Psicanálise, por este instrumento, demonstradaem seu prefácio à obra "I Ching - O Livro Das Mutações", de RichardWilhelm, principal responsável em introduzir o sistema ao Ocidente.

    Também na lista de célebres admiradores do I Ching, contamos com Gottfried Wilheim Leibniz,que assumiu a grande similaridade com o sistema binário (a basematemática da linguagem de computação...) por ele desenvolvido, assimcomo Niels Bohr, umdos pais da física quântica, que reconheceu as semelhanças entre suaciência das partículas e as mutações descritas neste que é consideradoo livro mais antigo do mundo (cerca de 5 mil anos), além do polêmicocientista biomolecular Johnson F. Yan, que demonstrou a curiosasemelhança entre a matemática do DNA e a do I Ching, popularizado emsua obra "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" e, claro, o mais reverenciadofilósofo chinês, cujo nome latinizado é Confúcio, a quem se atribuivários textos interpretativos aos hexagramas.

    OI Ching atua como "espelho" onde refletimos nosso próprio inconscientee sua eficácia neste sentindo é tamanha, a tal ponto de renomadosmatemáticos, físicos, biólogos, filósofos e, mais diretamenterelacionado à nossa proposta, psicanalistas, enxergarem a si e a seustrabalhos espelhados nos símbolos antigos. 

    Da mesma forma, o Terapeuta Holístico podefazer uso deste instrumento, tanto para acessar seu próprioinconsciente e maximizar-se como pessoa e profissional, quanto comométodo lúdico de contornar a resistência racional dos Clientes emaflorar materiais psíquicos não conscientes, bem como clarificar oentendimento do momento. 

     

    Material e Metodologia

    Aidade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmentepoderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houverautorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e oprofissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional docandidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha doCliente.

    O profissional que atua com o I Ching é um TERAPEUTA HOLÍSTICO, Modalidade: Terapia Em Sincronicidade,que distingue-se dos demais por atuar junto ao seu cliente sem aobrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumassituações nem sequer é necessária a presença do mesmo. 

    Esteprofissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidadejunguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, taiscomo radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, IChing, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliaçãodo quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição eo pensamento não-linear. 

    Deposse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas comoreiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além dadiscussão interativa com o cliente de aspectos levantados ouastrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodostradicionais de "previsão", acrescidos de aconselhamento, levando aoautoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns:comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma,incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida(aumento máximo das oportunidades e minimização das condiçõesadversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões,inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além departiculares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada dedecisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promovera harmonização energética de ambientes.

    OTerapeuta Holístico deve explicar o processo de Terapia emSincronicidade com detalhes e certificar-se de que seu clientecompreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexistevinculação religiosa ou de credo ao trabalho. Deve esclarecer que ossímbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.)jamais determinam as características e acontecimentossócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regeremsincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos dereferência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos. 

    Necessitatornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsõestaxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposiçõescom maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um períodoou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões. 

    Pertinentefazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, queao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração deletras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso depedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-secom as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim,considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativosenvolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    Oconsultório deve estar aparelhado para proporcionar temperaturaambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena,minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente paracom o profissional.

    OTerapeuta Holístico, por meio de variadas técnicas (relaxamento viatoque ou induzido verbalmente, musicoterapia, aromaterapia,cromoterapia e similares), deve propiciar ao Cliente um estado deserenidade, condição ideal para melhor aproveitamento da sessão em queincluir o I Ching. Opensamento deve focar em uma pergunta objetiva sobre a situação quedesejam aprofundar em terapia. Isto feito, opta por um método de geraraleatoriamente o hexagrama que servirá de "espelho" arquetípico onde oconsulente refletirá a si mesmo. 

    Ohexagrama, como o nome sugere, é composto por seis linhas, cada qualpodendo ser classificada como yin (representada graficamente por umalinha interrompida: _ _ ), ou yang (representada por uma linha contínua: ___ ),sendo unidas umas sobre as outras, de baixo para cima. Originalmenterealizado por varetas de milefólio, o "sorteio" popularizou-se via usode três moedas de duas faces distintas, arbitrando-se o valor numérico2 (dois) para o lado par e 3 (três) para o ímpar. A soma das trêsmoedas sendo par, está pré-definida como sendo uma linha yin ( _ _ ) e,caso ímpar, resulta em linha yang ( __ ), sendo repetido o procedimento até obter as 6 linhas que comporão o hexagrama. 

    Com o auxílio da literatura sobre o I Ching (recomendamos o excelente "I Ching: o Livro das Mutações",de Richard Wilhelm, impresso pela Editora Pensamento-Cultrix), queincluem uma tabela como a seguinte, identifica-se o númerocorrespondente ao hexagrama obtido e consulta-se os textos relacionados.

     

    Trigrama
    superior
     
    ----------------
    Trigrama inferior 
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Trigramme zhèn du Yi Jing 
    Chên, o Incitar

    Trovão
    Trigramme kǎn du Yi Jing 
    K´an, o Abismal

    Água
    Trigramme gèn du Yi Jing 
    Kên, a Quietude
    Montanha
    Trigramme kūn du Yi Jing 
    K´un, o Receptivo

    Terra
    Trigramme xùn du Yi Jing 
    Sun, a Suavidade

    Vento
    Trigramme lí du Yi Jing 
    Li, o Aderir

    Fogo
    Trigramme duì du Yi Jing 
    Tui, a Alegria

    Lago
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Hexagramme 1 du Yi Jing
    1
    Hexagramme 34 du Yi Jing
    34
    Hexagramme 5 du Yi Jing
    5
    Hexagramme 26 du Yi Jing
    26
    Hexagramme 11 du Yi Jing
    11
    Hexagramme 9 du Yi Jing
    09
    Hexagramme 14 du Yi Jing
    14
    Hexagramme 43 du Yi Jing
    43
    Trigramme zhèn du Yi Jing Chên, o Incitar
    Trovão
    Hexagramme 25 du Yi Jing
    25
    Hexagramme 51 du Yi Jing
    51
    Hexagramme 3 du Yi Jing
    3
    Hexagramme 27 du Yi Jing
    27
    Hexagramme 24 du Yi Jing
    24
    Hexagramme 42 du Yi Jing
    42
    Hexagramme 21 du Yi Jing
    21
    Hexagramme 17 du Yi Jing
    17
    Trigramme kǎn du Yi Jing K´an, o Abisma
    Água
    Hexagramme 6 du Yi Jing
    6
    Hexagramme 40 du Yi Jing
    40
    Hexagramme 29 du Yi Jing
    29
    Hexagramme 4 du Yi Jing
    4
    Hexagramme 7 du Yi Jing
    7
    Hexagramme 59 du Yi Jing
    59
    Hexagramme 64 du Yi Jing
    64
    Hexagramme 47 du Yi Jing
    47
    Trigramme gèn du Yi Jing Kên, a Quietude
    Montanha
    Hexagramme 33 du Yi Jing
    33
    Hexagramme 62 du Yi Jing
    62
    Hexagramme 39 du Yi Jing
    39
    Hexagramme 52 du Yi Jing
    52
    Hexagramme 15 du Yi Jing
    15
    Hexagramme 53 du Yi Jing
    53
    Hexagramme 56 du Yi Jing
    56
    Hexagramme 31 du Yi Jing
    31
    Trigramme kūn du Yi Jing K´un, o Receptivo
    Terra
    Hexagramme 12 du Yi Jing
    12
    Hexagramme 16 du Yi Jing
    16
    Hexagramme 8 du Yi Jing
    8
    Hexagramme 23 du Yi Jing
    23
    Hexagramme 2 du Yi Jing
    2
    Hexagramme 20 du Yi Jing
    20
    Hexagramme 35 du Yi Jing
    35
    Hexagramme 45 du Yi Jing
    45
    Trigramme xùn du Yi Jing Sun, a Suavidade
    Vento
    Hexagramme 44 du Yi Jing
    44
    Hexagramme 32 du Yi Jing
    32
    Hexagramme 48 du Yi Jing
    48
    Hexagramme 18 du Yi Jing
    18
    Hexagramme 46 du Yi Jing
    46
    Hexagramme 57 du Yi Jing
    57
    Hexagramme 50 du Yi Jing
    50
    Hexagramme 28 du Yi Jing
    28
    Trigramme lí du Yi Jing Li, o Aderir
    Fogo
    Hexagramme 13 du Yi Jing
    13
    Hexagramme 55 du Yi Jing
    55
    Hexagramme 63 du Yi Jing
    63
    Hexagramme 22 du Yi Jing
    22
    Hexagramme 36 du Yi Jing
    36
    Hexagramme 37 du Yi Jing
    37
    Hexagramme 30 du Yi Jing
    30
    Hexagramme 49 du Yi Jing
    49
    Trigramme duì du Yi Jing Tui, a Alegria
    Lago
    Hexagramme 10 du Yi Jing
    10
    Hexagramme 54 du Yi Jing
    54
    Hexagramme 60 du Yi Jing
    60
    Hexagramme 41 du Yi Jing
    41
    Hexagramme 19 du Yi Jing
    19
    Hexagramme 61 du Yi Jing
    61
    Hexagramme 38 du Yi Jing
    38
    Hexagramme 58 du Yi Jing
    58


    Comumente,o nome dos trigramas (hexagramas são compostos por dois trigramas), bemcomo do hexagrama em si, por si só, induzem a imagens mentais desituações análogas na natureza, provocando respostas emocionais. Nolivro recomendado existe também descrições e comentários, quanto àslinhas, aos trigramas e ao hexagrama em si, tanto de origem milenar,quanto do próprio autor e a e leitura dos mesmos frequentemente causa"insights", onde o consulente percebe coincidências significativasentre o descrito e a resposta que procura.

    Portradição, as linhas que resultem das três moedas com a mesma face (3"caras", ou 3 "coroas"), ou, no caso de outro sistema de sorteio, omaior número par possível (seis), ou maior número ímpar possível(nove), por si só seriam objeto de atenção especial, existendo textosespecíficos a serem lidos e interpretados, para cada linha nestasituação, que são chamadas de "linhas móveis". 

    A"mobilidade" sugerida implica que, estando na soma numérica máxima dacondição par (yin) ou ímpar (yang), as linhas nestas condições estãoprestes a se transformar em seu oposto ( de _ _ passaria para __ evice-versa...), obtendo-se assim, um novo hexagrama, desta vezrelacionado a uma situação futura, que seria decorrência natural datransmutação no tempo, do quadro apresentado inicialmente, que é focadono momento presente. Novamente, a consulta à tabela acima, levaria aostextos correspondentes, que acrescentariam mais subsídios para oconsulente espelhar-se e obter conclusões.

    Atualmente,existe muitos softwares capazes de realizar o sorteio do hexagrama, bemcomo já localizar os textos correspondentes ao mesmo. O próprio SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS vem desenvolvendo uma versão online, para uso de seus associados.

    OTerapeuta Holístico traz à pauta terapêutica as sincronicidadespercebidas pelo Cliente em relação à sessão com o I Ching, tal comofaria nas técnicas de interpretação de sonhos e de associações"livres", realizando uma discussão interativa sobre os aspectoslevantados, auxiliando o consulente a reconhecer conteúdos psíquicosseus que projetou durante o exercício lúdico de interpretação dohexagrama. 

     

    Resultados

    Ométodo mostrou-se eficaz como forma de acesso ao inconsciente,contornando as defesas racionais que comumente bloqueiam o aflorar dematerial psíquico, bem como foi particularmente útil com Clientes quetenham resistência maior perante as alternativas mais usuais deampliação da consciência, tais como análise de sonhos e associaçõeslivres. A interpretação e discussão de hexagramas obtidos possibilitauma sequência de pautas a serem trabalhadas em sessões continuadas,funcionando como fio de meada eficiente para a evolução dos processosde autoconhecimento almejados na terapia.


    Discussão 

    Boaparte do esforço terapêutico se dá no sentido de acessar o conteúdopsíquico inconsciente do Cliente, trazendo-o à consciência e auxiliar àmaior compreensão e assimilação, resultando em autoconhecimento e, porconsequência, uma melhoria na Qualidade de Vida

    Quantomais objetivo e racional for o método adotado para este fim, tanto maisfácil será para que as defesas e a resistência à terapia criemobstáculos ao aflorar de material reprimido. É válido, pois, que seutilize igualmente técnicas de cunho subjetivo, capazes de contornar aresistência do racional e possibilitar que, de forma indireta, semanifestem aspectos psíquicos, projetados em algo externo ao que sejacomumente associado com o "eu". O analista atento será capaz deidentificar as projeções e colher subsídios para a evolução da terapia.A Psicanálise clássica tira bom proveito da técnica de associaçãolivre, na qual o Cliente, ao entregar-se ao "jogo" de expressar tudoque lhe vier à mente, sem censura e da forma mais espontânea eimpensada, frequentemente traz à tona informações reprimidas sobre simesmo, sem se dar conta de imediato, contornando desta forma, aresistência natural que impede o aflorar destes conteúdos. Ainterpretação de sonhos segue este mesmo caminho, pois, nosso racionalnão se dá conta, a princípio, de que ao falar do que aconteceu nouniverso onírico, estamos, na verdade, contando sobre nós mesmos. OPsicodrama, a Arteterapia, igualmente possibilitam "palco" e "tela"onde o Cliente interpreta e pinta a si mesmo, sem se dar conta imediatado processo, evitando dessa forma que as defesas racionais bloqueiem oeclodir do material psíquico.

    Dentro desta mesma linha, os métodos que utilizam o conceito junguiano de SINCRONICIDADE, tais como Astrologia, Numerologia, Tarô e, mais particularmente ao caso, o I Ching,funcionam perfeitamente como formas de acessar o inconsciente e detrazer à tona material antes reprimido, no decorrer do exercício deinterpretação.

    Aindaque de origem milenar e oriental, o I Ching, quanto à forma, está emparalelo com as mais modernas e ocidentais concepções. O conceito de umuniverso em contínua mutação possui evidentes analogias com a visão domicroscosmo das partículas, antes tida como imutáveis, e que agora sãoconcebidas como transmutáveis umas nas outras, na visão da físicaquântica. 

    Jáa incrível coincidência entre a matemática do DNA e as suas 64possíveis combinações e igual número e forma de hexagramas do I Ching,novamente colocam o secular sistema em sintonia com os nossos tempos.

    Maispróxima ao cotidiano de todos, a computação, onipresente na vidamoderna, simplesmente se baseia na mesma matemática que o I Ching: TUDOé sintetizável e expresso sob  combinações de tão somente duasvariáveis opostas e complementares: "0" (desligado, negativo) e "1"(ligado, positivo), ou seja, yin ( _ _ ) e yang ( __ ) !

    Veja a palavra ALEGRIA, escrita em linguagem de computação: 

     

    01000001011011000110010101100111011100100110100101100001

     

    E a mesma expressão, sintetizada em um hexagrama:

     

    _  _  0
    ___  1
    ___  1
    _  _  0
    ___  1
    ___  1

    Damesma forma como a linguagem "pura" do computador nos é incompreensívele precisamos de sistemas operacionais (DOS, Windows, Linux...) quefaçam a tradução, bem como de "softwares" (aplicativos) para tarefasespecíficas, igualmente o entendimento direto de um hexagrama nosescapa e necessitamos de "traduções" desta linguagem primordial,servindo para tal, os textos de autores seculares e modernos, que nostrazem suas interpretações quanto às linhas, trigramas e hexagramas.

    Assimcomo o computador, tão somente variando entre zero e um, nos dá acessoa textos, imagens, sons, vídeos, cores, igualmente o I Ching,alternando entre yin e yang, resulta em combinações que evocam em cadaum de nós, situações típicas pelas quais todos passamos em algummomento, mais precisamente, 64 circunstâncias "universais", ARQUETÍPICAS, tão antigas e primordiais que fazem parte do INCONSCIENTE COLETIVO e, como tal, automaticamente evocam nossa empatia. 

    Cadahexagrama é um espelho no qual refletimos uma faceta de nós mesmos.Neste quesito, até o mais cético e racional dos indivíduos éperfeitamente capaz de compreender e aceitar. O que realmente causaadmiração a quem pratica e suspeição em quem nunca experienciou ofenômeno, é que o signo gerado ao "acaso" pelas variáveis do yin eyang, resulta em algo mais do que uma "tela" em que projetamos aspectosinconsciente de nosso psiquismo... Até mesmo um "observador externo" aoevento percebe evidentes coincidências entre a pergunta original e osímbolo resultante pelo método do I Ching. Não existe uma relaçãocausal, mas, subjetivamente, emocionalmente, é sentido que é ocorrecontinuadamente coincidências significativas, ou seja, SINCRONICIDADES entre o momento vivenciado pelo consulente e a interpretação clássica do hexagrama resultante.

     

    Nestetrabalho aqui apresentado, teceu-se várias metáforas relacionando osistema com "telas" onde o Cliente pinta a si mesmo; neste ponto datese, convém ampliarmos a analogia, considerando cada hexagrama comouma obra-prima retratada há milhares de anos, cuja interpretação já foiobjeto de dedicação de inúmeros especialistas no decorrer dos tempos. AMona Lisa, de Da Vinci, é coletivamente conhecida por seu sorrisoenigmático. Individualmente, pode ocorrer de alguém olhar ao quadro econsiderar a mulher retratada como estando, por exemplo, triste. Nestasituação hipotética, há grandes chances da pessoa estar PROJETANDO suatristeza como se fosse algo externo a si, defensivamente atribuindo suaemoção não compreendida para a tela. Claro que, em terapia, a situaçãodescrita, por si só, teria proporcionado um bom subsídio... 

    Já no contexto terapêutico em que se emprega o I Ching, o procedimento terá que ser complementado. Quando um profissional, um Terapeuta Holístico,se propõe a incluir esta técnica a disposição de seus Clientes, há deestudar as interpretações clássicas de cada hexagrama, pois,partindo-se do pressuposto da SINCRONICIDADE, ainda que sejafundamental tudo o que o consulente projetar de si sobre os símbolos,também será importante o arquétipo, quanto ao seu consensointerpretativo clássico, cabendo levantar a hipótese de o indivíduoenquadrar-se no contexto e estar resistindo inconscientemente emconstatar. 

    Aindano campo metafórico, algo como um espelho refletindo uma pessoa magra(dentro de parâmetros de interpretação padronizados pela sociedade..),que vê a si como estando acima do peso, pois, devido a educaçãorecebida, traumas, etc..., desenvolveu uma auto-imagem de inadequação.Caberia ao Terapeuta Holístico constatar a provável disparidade eincluir na pauta das sessões uma forma de auxiliar o Cliente em rever aimagem que fixou sobre si mesmo. Também no espelhamento frente a umhexagrama, o profissional deve observar se há discrepânciasignificativa entre a interpretação pessoal do consulente e a versãoclássica e se é caso de propor e proporcionar oportunidade dereavaliação de sua percepção do momento.

    O I Ching, quanto empregado no âmbito terapêutico, tem claro enfoque de que está sendo acessado o INCONSCIENTE,não apenas o coletivo, mas essencialmente o INDIVIDUAL, cabendo aoTerapeuta Holístico catalizar a interpretação do Cliente quanto aoshexagramas, inclusive, suprindo-o de informações quanto à visãoclássica de seus significados, mantendo-se atento a identificar oconteúdo psíquico que se apresentar refletido, para que possa, nomomento oportuno, reapresentar à pauta das sessões.


    Conclusões

    Boaparte da Clientela da Terapia Holística possui curiosidade e aceitaçãoquanto a técnicas que envolvam a Sincronicidade, como é o caso do I Ching, especialmentedestacado graças à simpatia pública de grandes pensadores, e, ainda quemilenar, mantendo-se em surpreendente atualidade quanto ao linguajarmatemático em que se estrutura, similar ao dos computadores, que estãocada vez mais inseridos no dia-a-dia de nossa vida moderna.

    Aampliação do autoconhecimento é premissa para toda Terapia, o que exigedos profissionais o conhecimento e aplicação de técnicas que propiciemacesso ao inconsciente de cada Cliente, trazendo à consciênciaconteúdos psíquicos para serem compreendidos e integrados. Os sistemas("mecanismos"...) de defesa criam a natural e esperada resistência aeste processo de aflorar do psiquismo, cabendo ao analista encontrarformas de contornar e abrandar esta reação contrária, elegendo qual atécnica adotar, para cada indivíduo e a cada momento. 

    Somando-seà milenar análise dos sonhos, às técnicas vivenciais de catarse, àserena e freudiana associação livre de idéias, dentre inúmeros outrosinstrumentos, este trabalho apresenta o uso do I Ching como mais umeficaz e lúdico sistema a ser aplicado nos consultórios.

    OPsicanalista Carl G. Jung o considerou um guia para o inconsciente. Jáesta dissertação, de forma bem-humorada quanto à sua analogia com osmodernos sistemas de informática, acrescenta que o I Ching é umverdadeiro "software" do Eu.

     

    Referências Bibliográficas

    "I Ching: o Livro das Mutações" - Richard Wilhelm - Editora Pensamento-Cultrix

    “Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" - Johnson F. Yan - Madras

    "I Ching - O Livro Do Yin E Do Yang" - Cyrille Javary -Editora Pensamento-Cultrix

    "O Tao Da Física: Um Paralelo Entre A Física Moderna E O Misticismo Oriental" - Fritjof Capra - Editora Pensamento-Cultrix

     

    Anexos e Apêndices

     

    Coincidência entre os estudos do DNA e do I Ching

    Quadro-resumo das semelhanças

    DNA I Ching
    O DNA encerra todos os processos vitais de todos os seres vivos, determinados por uma estrutura com formação precisa. O I Ching engloba todos os processos existenciais dos seres vivos, através de uma estrutura com formação precisa.
    A base do DNA é constituída pela polaridade da dupla hélice, sendo a manifestação fundamental da vida. A base do I Ching é constituída pela polaridade Yin-Yang, manifestação fundamental do princípio universal.
    Quatro moléculas compõem a hélice dupla do DNA: adenina, timina, citosina e guanina; elas se interligam aos pares. Quatro símbolos são utilizados para compor uma codificação: yang-repouso, yang-móvel, yin-repouso e yin-móvel; eles se interligam aos pares.
    Três destas moléculas formam uma palavra-código para a síntese da proteína. Três destes símbolos formam um trigrama, que é a imagem fundamental a formar os hexagramas.
    Cada palavra é constituída de três letras dentre quatro possíveis. Cada trigrama é constituída de três símbolos dentre quatro possíveis.
    A direção de leitura das palavras-código é estritamente determinada. A direção de leitura dos trigramas é estritamente determinada.
    Duas das tríades denominam-se "início" e "fim". Marcam o começo e o término de uma frase-código. Dois dos hexagramas denominam-se "Antes do Fim" e "Após o Fim". Marcam fim e início de uma situação vivencial.
    A programação da identidade genética é determinada por um código de 64 palavras. Os hexagramas são as identidades de interpretação e formam um conjunto de 64 condições.
    Uma ou diversas tríades programam a construção de cada um dos vinte aminoácidos; seqüências bem determinadas dessas tríades elaboram a forma e construção de todos os seres vivos, dento de um contexto evolutivo. Uma ou diversas tríades formam hexagramas que fornecem imagens vívidas e precisas de estados dinâmicos da vivência; seqüências bem determinadas dessas tríades determinam uma programação de destino, dentro de um contexto evolutivo.

    Fonte: http://www.mlopes.eng.br/iching/dna2.htm


     

    NTSV — TS 001-Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    1. SUMÁRIO


    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TS 001 - Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

     

    2. PREFÁCIO


      Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas= regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais;setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias= sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõeuma atitude voluntária dos profissionais a partir de umaconscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerápontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, taiscomo Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética,Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força deLei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião dafiliação espontânea de cada membro junto à entidadeauto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissõesregulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido atémesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, asentidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sançõesestatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quandomuito, excluir um membro do quadro social.
       As entidadesAuto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos àsociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aosserviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internasda organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado públicoatravés de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicase Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo semobrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencialmuito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei demercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada veztem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostracrescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total oudo total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos AnexosInformativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídiospara melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV,além de facilitar a co


    3. INTRODUÇÃO 

     

    ATerapia em Sincronicidade conta com uma vasta bibliografia e grandeaceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentesquanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípiosbásicos para as boas práticas profissionais que nortearão aauto-regulamentação da Terapia Holística.

     

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

     

    4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE — Boas Práticas

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

     

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

     

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 
    TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear. De posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.
    5.1.3 
    CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 
    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 
    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 
    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 
    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 
    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 
    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro TH, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 
    SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 
    JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 
    TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 
    ARQUÉTIPO: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.
    5.1.14 
    SÍMBOLO: é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Muitas vezes representado na forma de imagens ou sons, funciona como uma forma de linguagem do inconsciente, expressa nos sonhos, nas artes, nos exercícios de imaginação ativa, dentre outras situações. Pode ter um significado individual ou coletivo.
    5.1.15 
    TERAPIA EM SINCRONICIDADE: sistema que utiliza métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo ou organização, catalisando o cliente ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas) e na habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais, além de promover a harmonização de ambientes.
    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas


    TH — Terapeuta Holístico;
    TS — Terapia em Sincronicidade;
    THS — Terapeuta em Sincronicidade;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TS

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TS com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vinculação religiosa ou de credo ao trabalho.

    5.3.3.2.1 — Esclarecer que os símbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.) jamais determinam as características e acontecimentos sócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regerem sincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos de referência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos.
    5.3.3.2.2 — Tornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsões taxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposições com maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um período ou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões.
    5.3.3.2.3 — Fazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, que ao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração de letras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso de pedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-se com as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim, considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativos envolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    5.3.3.3 — O THS tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver sua intuição e pensamento não-linear, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de interferências estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.

    5.3.3.3.4 — O THS avalia o cliente e/ou do ambiente, interpretando os símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo, identificando quais as potencialidades e predisposições a serem adequadamente trabalhadas por aconselhamento e demais técnicas pertinentes.
    5.3.3.3.5 — O THS ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:

    5.3.3.3.5.1 — Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE — Sindicato dos Terapeutas.
    5.3.3.3.5.2 — Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
    .

    5.3.3.3.6 — Cabe ao THS a avaliação racional da análise sincronística obtida para detectar o efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.

    5.3.4 Produtos para TS — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio THS em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 29/09/2009 11:45


    Terapia em Sincronicidade » Numerologia e Numeroterapia

    Numeroterapia

    Numeroterapia

    O reequilíbrio energético através da codificação numerológica pessoal

      

    Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    Sumário

    1. Introdução.

    2. Significado geral dos números.

    3. Números Karmáticos.

    4. Grade.

    5. Método.

    6. Interpretação.

    7. Como deverá ser procedido com o consulente?

    8. Indicação de tratamento.

    9. Conclusão.

     

     

    1 . INTRODUÇÃO

                  A numerologia é uma técnica de sincronicidade que já existe a pouco mais de 11.000 anos, sendo modernizada através dos séculos e sua influência principal é de característica grega. Pitágoras foi o Pai da matemática e da Numerologia que hoje conhecemos nascido no ano 580 a.C.

                  Pitágoras traduziu a importância do ciclo que vai do número “1” para o número 9, chegando à perfeição com o Número 10.    

                  Como exemplo e terminar esta introdução, sabemos que a vida começa com a gravidez, que é um ciclo de 9 meses e a vida (perfeição) é manifestado no 10º mês.

    História da Numerologia

                  Por volta de 3000 a C., os sumérios já possuíam um sofisticado sistema numérico que originou o sistema hora contendo 60 minutos e o minuto de 60 segundos. Mais tarde foi aperfeiçoado pelos babilônios e caldeus. Por volta do ano 356 a C., no período de Alexandre - o Grande, os caldeus preconizavam que seus conhecimentos de numerologia e astrologia já existiam cerca de 470 mil anos antes.               300 anos antes da construção das pirâmides, os egípcios já conheciam os cálculos e exercícios numéricos. Os egípcios aprenderam a matemática com os hebreus cativos que já conheciam álgebra e cálculos diferenciais;

                  O uso do sistema numérico nos foi repassado por gregos e romanos trazendo os números para o ocidente.

                  Pesquisadores, sábios, rosa cruzes e magos, há milhares de anos, utilizam o conhecimento numerológico no mundo, como por exemplo: Platão, Aristóteles, Nicômaco, Fludd, Hermes Trimesgistus, Nostradamus, Cornelius Agrippa, Cagliostro, Eliphas Levi, Aleister Crowley, etc;

                  O sistema numerológico mais praticado no Ocidente se baseia nos ensinamentos do respeitado filósofo Pitágoras, nascido no século VI a C., na ilha grega de Samos, no Mar Egeu, viajou para o Oriente, tendo estudado com líderes espirituais do Egito, Índia, Arábia, Pérsia, Palestina, Fenícia, Caldéia e Babilônia. Acredita-se que estudou com o sábio persa Zoroastro e aprendeu cabala na Judéia. Depois de girar o mundo em busca de conhecimento, estabeleceu-se em Crótona, no Sul da Itália, abrindo uma escola para formar discípulos. Suas teorias posteriormente inspiraram Platão - a quem se deve a maioria dos dados sobre os ensinamentos pitagóricos, já que Pitágoras nada deixou por escrito. 

                  No tocante à Numerologia, PITÁGORAS desenvolveu os conceitos vibracionais dos números na vida humana. Sendo, a partir destes estudos, chamados de vibrações numéricas. Além de estudar pela observação como as vibrações numéricas atuam e influenciam na vida humana, criou, também, a Tabela Pitagórica, que transforma as letras em vibrações numéricas. Após estudar e desenvolver estas influências elaborou as técnicas para o cálculo do Mapa Numerológico Natal.

     

    FILOSOFIA DA NUMEROLOGIA

                    A premissa fundamental da numerologia é o universo como um todo em um sistema de ordem, na qual os números refletem a regularidade. Números é por definição uma ordem.      

                  Na realidade, nós sabemos que a física, a matemática; a biologia, a química e a astronomia se baseia na regularidade da lei natural. Além disso, se o universo fosse governado através de eventos imprevisíveis, não haveria nenhuma estrutura sustentável a isto. Pelo contrário, o universo não só mantém a forma e a estrutura, como também mudam de forma precisa e ordenada.  

                  A Numerologia esta baseada numa unidade subjacente. Uma unidade que se manifesta de um modo muito íntimo em tudo de nossas vidas. O nome e data de nascimento, estão de certo modo conectados com o ser interno de forma tão profundo que a mente racional não pode entender imediatamente. Porém, a mente intuitiva é capaz de perceber estas relações, e interpretar nos ajudando melhorar e entender nossas vidas.

                  O ato de nomear não é um esforço superficial ou intelectual, mas sim um ato reflexivo de nossa experiência interna e da essência da energia a qual nós estamos nomeando.  

                  Por exemplo, a palavra tempestade em sua combinação especial de vogais e consoantes, nos dá um sentimento do movimento e poder e de uma força invisível. Tempestade. Ao dizer você sente o que representa.  

                  Outro exemplo é a palavra poder que nomeia algo, mas ao mesmo tempo dá a experiência da coisa que nós estamos nomeando: Dê poder a! O movimento da mandíbula nos faz sentir isto. 

                  A palavra amor nos abraça suavemente. Dá-lhe a experiência de seu significado. Toda palavra, em todo idioma, reflete o sentimento e espírito da coisa que é nomeada pelas pessoas perfeitamente que usa o idioma. Alguns discutirão que as palavras nomeavam as coisas que eram arbitrariamente e originalmente escolhidas, e então era integrado em nossos sentimentos internos. Porém, nossa compreensão de som vem de forma arquetipica e inconsciente de nosso ser. Está intimamente conectado com nossa avaliação de música; todos nós temos a capacidade inata para discernir música de barulho caótico. Música é harmonia. E a música está dentro de nós.

                  A Natureza também está repleta de eventos que nos treina associar certas qualidades com sons: O batem palmas de trovão, o zumbido de um pássaro em vôo.  

                  De nosso entender inato de música e harmonia vem o ato de nomear coisas de acordo com nossa percepção das naturezas internas. Este ato intuitivo é a fonte de nosso idioma. Todos os idiomas emergem do ato de representar a natureza das pessoas que os usam. 

                  Tudo isto apontam a um único e inacreditável importante fato: Som e tempo são ambos arraigados em harmonia e ordem universal.  

                  Esta é a fonte de numerologia. O numerólogo auxilia para que cada um de nós leve o nome perfeito e que permita nossa natureza interna a se manifestar. O nome é uma coleção de sons e uma melodia que traduz a vestimenta para o espírito.

     

    O CONCEITO DOS NÚMEROS

                  O pilar fundamental da Numerologia é o valor qualitativo do número. Cada número possui uma característica arquetipica da idéia que forma a correspondência nesta Terra. Usamos esses valores para conjugar combinações que irá capturar a realidade do indivíduo que está oculta e transportar para a realidade da consciência (concretização). 

                  Em Numerologia não existem números melhor ou pior que os outros todos são necessários em algum momento de nossas vidas, são as definições dos números que nos darão à informação das perspectivas de maneiras diferentes:

                  Quando determinados números estão presentes em nosso mapa eles indicará a característica de compromisso com o cosmos que vieram cumprir, a ausência de determinados números nos dará a característica karmática, o excesso indicará o defeito de nossa personalidade.    

                  O número é um aspecto do Plano espiritual. Tem as leis particulares de construção e evolução e o seu estudo é um dos pontos mais importante que o ocultista deveria procurar antes de uma tentativa de crescimento espiritual para obter as suas regras de direcionamento.

                  O nome de uma pessoa é uma autobiografia da vida e pós-vida, fazendo do seu passado o seu presente e seu futuro. Ganhando esse aspecto numerológico você poderá saber o porquê e como alguém se comportará em sua estadia aqui na terra.

                  Os números possuem quatro categorias:

    I - Efeito positivo: o lado vibracional naturalmente atuando na personalidade.

    II - Efeito negativo: os conflitos ocasionados quando os números estão ausentes, em excesso ou quando são incompatíveis; seja com o outro ou consigo mesmo (indicado em seu próprio mapa, você conhecerá este fato mais para frente).

    III - Oportunidades e vocação: Os números indicando abertura para uma carreira e campos pessoais de atividades de negócio.

    IV - Comportamento: com os relacionamentos pessoais e impessoais.

     

     

    SIGNIFICADO GERAL DE CADA NÚMERO.   

     

    1. - É individualista.  Um líder. Deseja ser independente.   

    2. -Serve como equilíbrio, em face de forças contrárias. É pacificador, tímido, sensível e diplomático nunca gosta de ser o líder.   

    3. - Expressões orais, escritas ou faladas é o seu lema e sempre unindo ao prazer. Focaliza a solução, não o problema.

    4. - Sempre com os pés na terra. Gosta da disciplina e da ordem. É sistemático.   

    5. - A liberdade. A mudança lhe é constante e necessária, sempre sedento de curiosidade. Quer tentar pelo menos uma vez tudo. É aventureiro.    

    6. - Representa a família.    

    7. - É um intelectual, um pensador. Quando precisa saber algo se torna um especialista.

    8. - Sempre trabalha arduamente; está interessado mais no dinheiro do que na parte espiritual.    

    9. - É o amor universal e o amor ao próximo. O Humanitário.   

     

                  Os números MESTRES são especiais porque indicam um grau de espiritualidade mais avançado.

    11. – É muito intuitivo e deverá escutar a sua voz interior para superar as dificuldades.

    22. – Nasceram para construir coisas grandes tanto materiais como espirituais; serem líderes e se tornarem importantes.

    33. - É um número muito potente. Poucas pessoas podem viver à altura deste número. Se viverem positivamente serão grandes líderes espirituais.

     

     

    NÚMEROS KARMÁTICOS

                  De acordo com a teoria Pitagoreana e da Transmutação do Karma, uma pessoa leva um período inteiro da vida em influência vibratória do que ela viveu além desta encarnação.               E sua vida, no momento, é feita dessas conseqüências. A análise dos números kármicos em um nome trará noção em que inclinações esse processo karmático está sendo guiado.

                  Daremos mais ênfase ao número karmático quando eles aparecerem em posição do mapa mais importante: Na Expressão, Imagem, Essência, Dia de Nascimento ou na Estrada da Vida, lembrando que apesar de sua força karmática está enquanto não deduzido, ou seja, em seu dígito dobrado, mas a interpretação do mapa permanecerá depois de reduzido para saber a característica inerente naquele ponto. Lembrem-se: somente números mestres que não reduzimos, os números karmático são apenas indicações de como se guiar principalmente no campo energético.

    13 = 1 + 3 = 4 - O número 13 pode trazer, desde a infância, dificuldades financeiras ou a necessidade de trabalhar muito cedo para que alguma distorção de valores trazidos pelo espírito seja corrigida.

     

    14 = 1 + 4 = 5 - Caso a pessoa tenha este número no seu mapa e tiver uma educação rígida e conseguir ter disciplina e valores morais sólidos, a vida transcorrerá com normalidade, caso contrário poderá haver muitas perdas e desapontamentos até que a lição seja aprendida.

                  As lições e testes referentes a tudo relacionado à sensualidade previnem contra a luxúria e os excessos.   

     

    16 = 1 + 6 = 7 - Este número está relacionado com o excesso de orgulho, a posição e ou a possível perda de posição que o force a lutar e recuperar novamente.   

                  Pode ter vários começos até que seja possível adquirir um equilíbrio que o faça memorizar a lição que será durável.   

                  Indicações de que houve abuso de poder em vidas anteriores.

      

    19 = 1 + 9 = 1 - Este número revela um passado de poder e tirania, que foi exercido com crueldade e prepotência. O verdadeiro líder é aquela pessoa que vai à frente iluminando o caminho dos seguidores, e, a partir do instante que a pessoa aprende esta lição, ela se sentirá livre e a vida transcorrerá com normalidade de forma mais tranqüila e positiva.

                  Há perigo de perda de bens para aquelas pessoas que não se preocupam em conservar o que têm.

      

    GRADE.

                  A análise do mapa numerológico, além de revelar vários aspectos da sua personalidade, vai mostrar também a relação com as cores e como você pode utilizar para a sua saúde. 

                  Como eu já expliquei, os números que se repetem no seu nome podem trazer um desequilíbrio na energia que ele representa.

     

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    a

    b

    c

    d

    e

    f

    g

    h

    i

    j

    k

    l

    m

    n

    o

    p

    q

    r

    s

    t

    u

    v

    w

    x

    y

    z

     

     

    Números                                1              2              3              4              5              6              7              8              9

    Excesso se for acima 3              2              3              2              3              2              1              1              3

    Se você tiver excesso da energia do nº 1 representado pelas letras AJS e que equivalem à cor VERMELHA ou das letras GPY, que equivalem à cor VIOLETA.

                  Você vai utilizar a cor, o aroma e o floral para equilibrarem a energia que você não tem e evitar quando essa energia é dominante... Você só vai usar quando precisar dela.

                  A cor ausente deve ser utilizada sempre que vamos iniciar um projeto novo (de acordo com a característica do número, um encontro ou até quando precisamos de uma energia adicional para superar tristezas, depressão, dar impulso às ações que forem executadas).

     

     

    MÉTODO

                 

                  Numeroterapia é uma técnica ampliada e desenvolvida por mim depois de muito tempo de consultório observando nesses 20 anos as reações dos meus clientes.

                  No princípio me utilizava de alguma técnica que proporcionasse cartazes (expurgar emoções), às vezes de forma simples como o floral ou até mais complexas como exercícios de respirações (principalmente a técnica de renascimento) para atingir o bloqueio que dificultava o desenvolvimento da pessoa, como isso significava ir tateando no escuro e paulatinamente conhecendo o cliente. Passei cinco anos depois me utilizar de ferramentas como a Quirologia e a Numerologia para sair em busca de caminhos para induzir melhor o processo terapêutico.

                  A verdade é que se o cliente tivesse a noção exata do que ocorre consigo, talvez não viesse procurar pela Terapia Holística. Mas não. Além de procurar pela a Terapia holística que deveria ser de forma preventiva. O cliente vem normalmente já em situações somatizadas convividas por longo tempo e até de certa forma acostumado e descaracterizado e mal ocorre um resultado (aparente). A tendência é parar porque já se sente melhor “fuga” daquilo que seu inconsciente indica como forma de transpor obstáculos, mas geralmente é o medo (não consciente) que impede vindo os sintomas ocorrerem novamente mais no futuro.

                  Sendo que se o terapeuta tiver ferramenta que fale da essência principal, o resultado será mais intenso e completo, e dificilmente teremos alguém dizendo assim: - Fiz terapia holística por um tempo, mas, depois voltaram os mesmos problemas, porque na verdade eliminou o aparente e não a essência do problema.

                  Foi daí que resolvi denominar este trabalho de Numeroterapia. É através deste método, como já mencionei que avalio os meus clientes e delineio o seu atendimento. Com resultado muito rápido, encurtando o período de atendimento; às vezes em até 6 meses. Depois de adotar esta forma de trabalho, nunca perdurou um cliente por mais de 12 meses, ficando na opção, o quê com freqüência ocorre, o retorno do cliente somente para um processo de terapia corporal, que na maioria das vezes as pessoas necessitam simplesmente do aspecto relaxar.

                  A Numeroterapia consiste em observar no mapa os aspectos que se encontram em desequilíbrio, analisando quando ocorrem números karmáticos na expressão, na imagem, na essência, no número poderoso, na estrada da vida, na grade numerológica quando há números ausentes (A grade representa a missão de vida que a pessoa herdou através do seu nome), e, principalmente, na pirâmide. A pirâmide indica como será ela com ela mesma no grande jogo da vida.

                  Ao olharmos o esqueleto de um mapa em seu resultado final, não é suficiente para tirarmos a conclusão de desequilíbrio. São os pontos ocultos nos itens mencionados que irão concluir realmente o que ocorre. O resultado de qualquer parte do mapa poderá ser excelente, mas quando derivado de um número kármico, ele automaticamente representa obstáculo que a pessoa terá que tomar consciência e transformá-lo. É nesse caso que encaixa a Numeroterapia, ou seja, cada número tem sua própria cor regente, sua pedra, seu aroma, os florais que devem ser aplicados sempre que se observar que o consulente apresenta dados emocionais negativos da característica numerológica de forma acentuada.              Seja coadjuvante com outras técnicas ou no atendimento numeroterapêutico.

                  Afinal estamos falando de um método de numerologia mais aprofundado sem aquele aspecto místico de simples deduções e sim do reequilíbrio energético da codificação numerológica pessoal.

     

    Como deverá ser procedido com o consulente?

                  No momento da anamnese, prepara-se o cálculo básico do consulente em busca de números que estejam em desequilíbrio. Calculando a pirâmide, ela trará aspectos que somente concerne ao modo do consulente encarar a si própria. Ou seja, a pirâmide não traz características do caráter, personalidade, missão e estrada a ser seguida. Ela indica os caminhos naturais positivos que a pessoa terá que seguir, e quais são os obstáculos gerados durante períodos de nove anos (não tem nada a ver com os ciclos) que se inicia no momento do nascimento até aproximadamente 81 anos de idade. Esta idade é fixa, mas os números flutuantes em períodos entre as idades é que irão traçar, na verdade, a forma como o consulente poderá caminhar. Terapeuticamente é neste ponto que vamos encontrar a forma de trabalhar com o consulente. A pirâmide facilita para sabermos se é karmático ou se simplesmente emocional, facilitando assim as técnicas coadjuvantes.

                  Por que este trabalho está sendo denominado de Numeroterapia, já que serão utilizados de caminhos como os fitoterápicos, alimentar e aromático para auxiliá-lo? Porque, na verdade, o processo terapêutico é trabalhar a vibração que temporariamente se encontra negativada. Todo número deverá ser vivenciado pelos aspectos positivos e sua influência é tão forte que a casos que pequenas mudanças no nome farão com que a pessoa mude completamente e de forma aparentemente positiva. Apesar de que a minha opinião é que o nome não deve ser mudado, e sim aproveitado do seu próprio aspecto vibratório de nascimento. Ex. Utilizar somente o primeiro e o segundo nome; nem sempre é aconselhável usar o sobrenome a não ser que o seu conjunto seja positivo, principalmente no âmbito profissional. A mudança de nome de forma radical ou troca de letras fará com que viva apenas outra vibração e, portanto, não deixará de estar inserido o lado negativo, portanto, profissionalmente, o consulente poderá se destacar, mas no âmbito pessoal, amor, por exemplo, poderá se desequilibrar totalmente e é simplesmente pelo fato de estar vivendo uma nova vibração.

                  Eu, particularmente, gosto de acreditar na simples estória de que em algum lugar do registro akashico (cosmos) no dia em que você recebeu seu quinhão de missão para nascer, você escolheu a cidade, o país e principalmente a raiz familiar. o é simplesmente um ato de “fazer amor” dos pais que concebe uma criança e sim a sincronia da criança com aquela família para que ela possa galgar seu caminho. 

     

                  YANTRAS

                  Os símbolos sagrados conhecidos na Índia como Yantras e no Tibet como Mandala, tem o poder de através da fixação dos olhos em seu ponto central, auxiliar na meditação, paz interior e iluminação de insight do momento em questão.

                  O uso destes diagramas mágicos irá reconectar ao fluxo do inconsciente produzindo a força para obter equilíbrio. Os Yantras foram escolhidos de acordo com a característica negativa do número quando eles se encontram ausente, em excesso ou derivados de números karmáticos que naturalmente por si só são obstáculos passando a serem proveitosos depois de trabalhos terapêuticos ou meditativos. Como coadjuvante o floral, a fitoterapia doméstica, a cromoterapia irá auxiliar muito. Caso o efeito não venha ser percebido ai então é necessário de um acompanhamento psicoterapêutico holístico mais profundo.

                  Em relação à cromoterapia ela deverá ser utilizada como peças de roupa, pedras cravadas em jóias na cor correspondente, colocar lâmpada no ambiente em que vive não mais que um período de duas quando as cores forem quentes, e as cores frias poderão ser utilizadas para dormir.

                  O floral deverá ser feito em farmácia homeopático e tomar 4 gotas direto na língua 4 x ao dia por um período de três meses.

                  A fitoterapia sempre que se sentir em desequilíbrio usar na forma de chá e tomar uma xícara 2 vezes ao dia por um período de uma semana. E retornar somente quando sentir necessitada.

                  O aroma pode ser diluído em óleo de amêndoa, ou álcool de cereal numa proporção de 10 ml. de essência para 90ml. de líquido. E usar a vontade como perfume ou óleo para o banho.

                  As frutas devem ser adicionadas em seu cardápio diário e comer a vontade. Exceto o limão que deverá ser ingerido somente o sumo dele puro em jejum com pausa de meia hora antes do café da manhã.

                  Os elementos.

                  Os quatro elementos ajudam a entender a natureza essencial da formação do temperamento do indivíduo. O Temperamento ou humores é constituído através da predominância de um determinado elemento no mapa astral ou numerológico.

    Fogo: produz a característica de impulsão direta para ações. Essa personalidade necessita se destacar.

    Terra: já produz a capacidade de ser pragmaticamente realista e até ascético. Precisa da manifestação das coisas na matéria para que lhe tenha sentido as coisas.

    Ar: são de características mentais, reflexivos e instáveis. Necessita compreender o que está sua volta, principalmente aquilo que não é palpável.

    Água: são sentimentais, imaginativos, sonhadores e sensíveis. Necessita estar envolvido plenamente no que faz para se realizar.

    Éter: São volúveis, místicos e instáveis. Toda a explicação da vida está além da terra. Quase sempre precisando de outros para colocá-lo na realidade.

                  Estarei explanando aqui resumos das técnicas que serão utilizas para proporcional o fluxo numeroterapêutico.

                  Aconselho aqueles que não dominam qualquer técnica aqui explanada se aprofundarem para melhor domínio no momento de indicá-los.

     

    Pontos principais a observar no mapa:

    Para indicação do uso numeroterapêutico; os pontos a serem observados quando houver são:

    Números karmáticos – considerados obstáculos para aprendizado.

    Números mestres – Missão a ser comprida.

    Esses números aparecem na:

    Chave do nome: representando obstáculo na vida emocional.

    Expressão: a forma mascarada que se apresenta às pessoas.

    Imagem: obstáculo na aparência.

    Essência: o desejo

    Destino: o caminho a percorrer.

    Estrada da vida: representando a missão e a forma de levar a vida e a característica principal da personalidade.

    Ano pessoal: representando os feitos ou entraves que será vivenciado.

    Nos ciclos: representando a forma oculta de resolver um caminho do período. 

     

    1 2 3 4 5 6 7 8 9
    A B C D E F G H I
    J K L M N O P Q R
    S T U V W X Y Z  

    Números: 1 2 3 4 5 6 7 8 9
    Quantidade Ideal: 3 2 3 2 3 2 1 1 3



    A GRADE

     

     

    Quando em excesso determinada vibração: representa desequilíbrio exacerbado da característica da vibração em si, representando a somatização no plano emocional, mental, físico e espiritual.

    Faltando: a dificuldade em realização de certos pontos positivos do mapa que pode estar dizendo em acontecer e ou a inabilidade é por não vibrar numa determinada vibração formando assim o verdadeiro obstáculo.

    Ausente: é a dificuldade kármica que encontra para objetivar a vida de acordo com a classificação do número ausente.

     

    Aplicações dos florais no ano pessoal.

                  Para a Numerologia, além das nossas características individuais, cada pessoa vive ciclos ou fases diferentes a cada nove anos. Dentro desses ciclos, vão ocorrendo mudanças significativas, ano a ano. Assim enquanto uma pessoa vive uma época em que está apta a liberar algum de seus talentos latentes, outra se encontra no ano perfeito para desenvolver-se economicamente.

                  Antes de mais nada, relembrando que você precisa identificar o número de seu ano pessoal, ou seja, a energia que o ano reserva para você. Para isso, some os algarismos do dia e mês de seu nascimento com o algarismo reduzido do ano em que você se encontra. Reduza tudo a um algarismo. Por exemplo, se você nasceu no dia 16 de outubro, proceda assim: 16 + 10 + 2002=1+6+1+0+2+0+0+2=12 => = 3. Portanto, seu ano pessoal é 3.

                  Considere agora que os algarismos de 1 a 9 representam os temas principais de cada ano pessoal. Podemos relacionar cada um desses temas às essências florais descobertas pelo Dr. Bach. Essas essências ajudam a enfrentar melhor as características de cada ano, permitindo que a pessoa explore ao máximo o que o período oferece.

                  Antes de escolher cada essência, no entanto, você precisa levar em conta suas características pessoais e o seu contexto de vida emocional, mental e físico. Este enfoque das essências do Dr. Bach não funcionará como tratamento individualizado. É utilizado, sobretudo, como um instrumento a mais dentro das diferentes opções para se trabalhar com as essências florais.


    CHAKRAS

                  A palavra chakra vem do sânscrito e significa roda, círculo ou movimento, e é essa a definição básica de um chakra, tem aparência de uma roda sempre circulando, sempre em movimento.

                  O que são os chakras?

                  Chakras são centros energéticos do nosso corpo que funcionam como portais de energia fazendo a captação, contenção e distribuição desta energia para todos os corpos que possuímos. Os chakras estão localizados num destes corpos, o duplo etérico e fisicamente podemos localizá-los tendo como base a espinha dorsal e a cabeça.
                  São sete os principais chakras, cada qual correspondendo a um dos sete corpos, porém existem milhares destes centros de energia espalhados pelo corpo. Os principais chakras estão diretamente ligados ao sistema nervoso e as glândulas endócrinas e possuem funções e características específicas. Seu funcionamento varia de acordo com as energias captadas interna e externamente e sua rotatividade pode ser tanto no sentido horário quanto anti-horário variando de acordo com a energia do indivíduo.
    São divididos em três grupos: inferior (1º, 2º e 3º), médio (4º) e superior (5º, 6º e               7º) e existem três nós (1º, 4º e 6º) a serem quebrados por onde é liberado o fluxo de subida da energia Kundalini.

                  Como equilibrar ou energisar os chakras:


    Existem diversas formas e práticas que equilibram e ativam o funcionamento destes chakras. São elas o Yoga, Massagem Tântrica, Mantra, Mentalização, Meditação, Cromoterapia, Aromaterapia, Cristaloterapia, florais, etc.

    Cuidados:
                  É importante  que conheça profundamente os chakras, seu funcionamento e efeitos para então definir quais serão trabalhados e qual técnica melhor utilizada para cada caso, sendo prejudicial misturar muitas técnicas.

    Para o nosso assunto o interesse é conhecimento para entenderem melhor a relação com a vibração numérica.

                  Por que a vibração numérica em excesso ou ausente influenciará intrinsecamente nos centros energéticos e fazendo uso das técnicas numeroterápica automaticamente estará influenciando nos centros energéticos.

    Como deverá ser procedido com o consulente?

                  No momento da anamnese, prepara-se o cálculo básico do consulente em busca de números que estejam em desequilíbrio. Calculando a pirâmide, ela trará aspectos que somente concerne ao modo do consulente encarar a si próprio. Ou seja, a pirâmide não traz características do caráter, personalidade, missão e estrada a ser seguida. Ela indica os caminhos naturais positivos que a pessoa terá que seguir, e quais são os obstáculos gerados durante períodos de nove anos (não tem nada a ver com os ciclos) que se inicia no momento do nascimento até aproximadamente 81 anos de idade. Esta idade é fixa, mas os números flutuantes em períodos entre as idades é que irão traçar, na verdade, a forma como o consulente poderá caminhar. Terapeuticamente é neste ponto que vamos encontrar a forma de trabalhar com o consulente. A pirâmide facilita para sabermos se é karmático ou se simplesmente emocional, facilitando assim as técnicas coadjuvantes.

     

     

    6. INTERPRETAÇÃO.

                  Para concluir e entendermos como funciona a Numeroterapia escolhi um nome para usá-lo como exemplo.

    Cálculo Básico como complementação de anamnese:

    Expressão - Personalidade

    F L Á V I O L E O N E L  D E  S O U Z A

    6 3  1  4  9 6  3  5  6  5  5 3    4 5  1 6  3  8 1

              29               27              9          19

               11               9               9          1 =  30 = 3

     

    Imagem

    Derivado das consoantes

    6 3 4   3 5 3    4     1 8

      13      11      4       9

       4       11      4      9 = 28 = 10=1

     

    Essência

    Derivado das vogais

    1 9 6      5 6 5     5  6 3 1

      16         16        5  1

       7           7        5    1 = 20 = 2

     

    Estrada da vida = data completa de nascimento 21/05/1980

    2+1+5+1+9+8+0 =26 = 8

     

    Número do destino

    3 + 8= 11 É um número mestre terá como destino o princípio da intuição aflorada e terá que ensinar para as pessoas.

     

     

    Grade

    1              2              3              4              5              6              7              8              9

    3              0              4              2              4              4              0              1              1

     

                  Neste caso temos ausência do 2 que produz dificuldade familiar, desequilíbrio emocional a ponto de se sentir como se fosse perseguido o tempo todo, tendência à baixa estima.

                  Ausência do número 7 que indica a falta de fé, é o tipo São Tomé, só acredita quando prova. Dificuldade para administrar a paranormalidade que acontecerá espontaneamente. Como não acredita em nada que é de ordem energética terá muita dificuldade para administrar se tornando depressivo.

                  Pouco número 8 dificuldade com o materializar os objetivos.

                  Pouca vibração do número 9 terá dificuldade em abrir o coração, terá medo de se envolver com qualquer projeto.

                  Não há excessos exatamente nesta grade os números 3, 5 e o 6 passaram um pouco mas neste caso é até interessante para que se possa fluir com objetivo de vida.

                  O número 1 está equilibrado em termos de grade isso é quase uma raridade, portanto, o Flávio terá os impulsos de forma comedida e administrada. Isso facilita para absorver um processo terapêutico.

     

    PIRÂMIDE

     

                                                           0

                                                       1 40 1

                                                  1  36  0 45 1

                                            031-32 140-41149-50 0

                                    1 26-28 135-37 244-47 1 53-55 1

                              0 21-24 130-33 039-42 2 48-51157-60 0

                         116-20125-29234-38 2 43-45 0 52-54 1 61-651

                   39-17 2 18-26  3 27-35 5 36-44  345-53 3 54-62 2 63-71 1

        6 5-13   3 14-22  1 23-31 4  32-40 941-49 650-58 359-67 568-76 6

    0              9              18              27              36              45              54              63              72              81

        F         L        A       V        I        O        L       E        O

          6   5-13 3 14-22  23-31 4 32-40 941-49 6 50-58 359-67 568-76 6

                   99-17 4 18-26 527-35 13/436-44 645-53 954-62 863-71 11/2

                     13/416-20 925-29 934-38 1 43-45 652-54 861-65 1

                           13/4 21-24 9 30-33139-42 748-51 14/5 57-60 9

                                13/4 26-28  135-37 8 44-47353-55 14/5

                                         531-32 940-41 11/249-50 8

                                             14/5 36 11/2  45   1                                                          

                                                     7   40   3

                                                            1

    * Ocorrência de número mestre pertencente ao corpo da pirâmide.

    **Ocorrência de número karmático no corpo da pirâmide.

    *** Ocorrência de resultados com números mestres.

    **** Ocorrência de resultados com números karmáticos.

     

     

    Resultado do fundo da pirâmide:

    1. Individualidade e iniciativa. Pessoa solitária e independente reconhecida pelo seu jeito único.

    Resultado no corpo central do topo da pirâmide

    11. São vários períodos em que a vibração estará para o reconhecimento público, a inspiração e a cooperação estarão eminentes para esta pessoa. Mas serão períodos que ocorrerão de forma complicada porque aparecem no topo da pirâmide e os números correspondentes ao topo são obstáculos por isso necessitará de apoio terapêutico porque é provável que se não tiver este tipo de estímulo poderá passar despercebido pela vida.

     

    Dezena tanto no topo como na parte inferior da pirâmide.

    14. A energia da libido ativa traz competições e compromissos sociais, podendo, conforme a idade, ter um processo de sexualidade completamente aflorado.

                  Na parte inferior ele entra como positivo indicando as competições e os compromissos sociais.

                  Na parte superior ele entra como obstáculo, devido a idade que estará ocorrendo será atingida na sexualidade, o número 5 que é o resultado do 14 é pura sexualidade. Isto poderá causar compulsão sexual, devido à ansiedade que será gerada pelas oportunidades que aparecerão. 

     

    16. É uma vibração que produz mudanças radicais e dolorosas, reflexão interior, fatalidades.

                  Esta dezena aparece na parte inferior. Apesar de aparecer de forma positiva, o 16 é um número karmático e por si só complicado de vivenciá-lo. No caso do nosso exemplo, aparece na faixa entre 43 e 45 anos, que normalmente se tem para a concretização do planejado e uma vibração de como esta fará com que tudo fique muito lento e cheio de obstáculos e, conseqüentemente, atingirá o mental e o emocional de forma negativa, trazendo característica de falta de estímulo, ansiedade para ver resultado monetário na vida, podendo agir de forma inescrupulosa e inconseqüente.

                  O numero 13 aparece nos resultados que se forma 4 = trabalho, realização, mas advindo do 13 significa grandes obstáculos de realização.

                  Então para concluirmos a anamnese do Flávio Leonel de Souza.

                  Aqueles que entendem de numerologia percebem que o resultado da base numerológica do Flávio - Expressão 3  indica expressividade, criatividade, domínio da fala, capacidade até mesmo de ser reconhecido em literatura.

    A Imagem =1 – Indicando equilíbrio de ação em sua aparência, até porque a sua grade contém o 1 em absoluto equilíbrio. As pessoas terão uma imagem do Flávio de alguém altamente equilibrado.

    A sua Essência (desejo interior está negativa devido à ausência do dois na grade trazendo dificuldade familiar) demonstra que ele deseja ter família, viver em harmonia sem muitas mudanças.

    A Estrada da Vida diz que o Flávio é bastante materialista, precisa estar sempre à frente de grandes negócios, não gosta de administrar coisas pequenas, tudo para ter sucesso na vida, mas o fundo da pirâmide indica dificuldades para realizar isto devido a presença do 16 = 7 e em sua grade ele está ausente tornando-o mais negativo ainda.

    O Destino do Flávio é necessariamente ser uma pessoa mística e religiosa. Terá que aprender a equilibrar o seu lado intuitivo, deverá se envolver no mundo esotérico para conseguir concluir muito bem na vida, até porque o 11 aparece na parte inferior da pirâmide confirmando que seu destino realmente é este, mas também aparece na parte superior indicando que é o seu principal obstáculo. Sabe o ditado? Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come”. É simplesmente a situação do nosso amigo Flávio. Terapeuticamente falando, dá um bom período de tratamento, porque são aspectos nada simples de se resolver. É o caso clássico do cliente que chega num ponto e o desenvolvimento terapêutico para. Aqui tudo facilita porque como terapeutas podem ir ao fundo da questão.

     

    8. Indicação de tratamento

                  Em termos de floral ele necessitará tomar Aspen (para fazer a transformação do negativo surreal e trabalhar o seu lado místico), Mustard (para transpor o efeito do 16 de nuvens negras repentinas). Clematis (para assentar as energias e obter concentração). Honeysuckle (para trabalhar o efeito do quatro derivado do 13 o ato de ficar preso ao passado).

     

                  Em termos de cromoterapia poderá usar de cores amarelo para sobressair à criatividade e a expressão, e o rosa para acalmar e dar concentração. O laranja sempre que perceber o efeito do número 2 mesmo o que vem derivado do 11, para absorver energia. O verde para trabalhar a freqüência do “4”, derivado do 13 ou seja, equilibrar e renovar as energias.

                  Em termos de aromaterapia de preferência utilizá-lo em forma de perfume contendo as essências de sustentação (aspecto positivo do mapa) e essência de transformação (regente dos aspectos negativos). Porque em perfume, par facilitar o uso que deverá ser usado por um período relativamente longo ou até que sinta que os aspectos negativos se dissiparem.               Normalmente recomendamos o uso por quatro meses, parar por um mês e observar o que se dissipou.

    02  - Jasmim.

    11  Âmbar.

    13 - 4 - Couro da Rússia, vetiver.

    14  Jacinto.

    16 - Violeta, patchouli.

     

                 

    CONCLUSÃO

                  Como podemos observar, a Numeroterapia é uma técnica complementar a qualquer outro processo terapêutico, no intuito de conquistar uma maior absorção do trabalho que está sendo feito com o Cliente.

     

     

    Bibliografia

    Sobre especificamente Numeroterapia eu desconheço, pois me utilizei de estudos auto didáticos e aplicativos para chegar a essa conclusão.

     

    NUMEROLOGIA

    Numerologia – A importância do nome no seu destino.

    Autor: Monique Cissay

    Editora: Pensamento

     

    MANUAL DE NUMEROLOGIA

    Autores: Ellin Dodge Young e Carol Ann Schuler

    Editora: Pensamento

     

    A NUMEROLOGIA E O TRIÂNGULO DIVINO

    Autor: Faith Javane e Dusty Bunker

    Editora: Pensamento

     

    UM NOVO SISTEMA DE NUMEROLOGIA

    Autor: Dan Millman

    Editora: Pensamento.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Yôga dos Números: Numeronataraja

    Yôga dos Números: Numeronataraja

     

        Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009


    PREFÁCIO 

          Inspirei-me na Numerologia Tântrica conjugado ao Yoga e o Shivanataraja para desenvolver e codificar a NUMERONATARAJA ou Yoga dos Números, uma forma de através do sádhana (prática) e dos Mudras (gestos reflexológicos) vi uma nova perspectiva de utilizar e sedimentar o padrão vibratório dos números em forma prática e vivencial.

          É a oportunidade de destravar e reconhecer essas energias latentes na força humana e que de certa forma completamente desconhecida. Palpáveis mas não conscientes.

          A data nascimento é o dia mais auspicioso de um Ser vivente, onde emana toda a sua força e traduzindo o seu trilhar pela a face da terra à evolução do SER Espiritual.

          É a prática da renegociação continua; é a maneira que nos damos forma ao nosso espaço físico e psicológico com a finalidade de entendermos o karma (efeito) e o Dharma (ação ou lei) divino; E esta negociação ocorre sempre com relação a outros seres humanos e nunca a nós mesmo.

          Trabalhar uma pessoa ou em grupo (de estudo, cliente ou familiar), a Numeronataraja é uma perspectiva de mudança que facilita a viagem da alma.

          O trabalho prático da Numeronataraja é eclético, podendo inclusive ser associada às várias outras disciplinas de acordo com o contexto particular do trabalho que está sendo apresentado. É também um método a ser acrescentado aos terapeutas corporais e psicoterapeutas de trabalhar com o cliente de uma maneira improvisada, desde que cada situação possa convidar para uma aproximação original.

          Através dos números captados na data de nascimento nós podemos perceber os vários mapas do tempo e do espaço existente em cada um, e desta forma obter um sentido de proporção mais desobstruído.

          Esta cosmologia do tempo e do espaço fornece as janelas através da qual o relacionamento entre a vida pessoal específica e os princípios universais governado pode se encontrar em uma harmonia criativa.

          A prática da Numeronataraja ou Yoga dos Números requer em executar os exercícios cadenciados em forma de dança cósmica percebendo as sensações por ela emanada, a fluidez da intuição informal, a clareza da idéias se formando sob a natureza da viagem proporcionada pelas as forças vibratórias dadas nas influências pessoais.

          O fantástico neste método é o fato de combinar a data de nascimento com a energia produzida pela prática do Numeronataraja que é uma verdadeira dança cósmica e pela potencialidade da mente neutra que vêm do ato de  medir o sentir e produzir a ação de sentir com os princípios universais se manifestando ao longo da prática e da não prática (não prática é quando não se está em Numeronataraja e sim no leela(dança) da vida). As ações pessoais são a resposta desta sincronicidade com o padrão vibratório da força universal maior e dévico. De uma outra perspectiva é o universo, ou coletivo, que a alma expressa, e sua consistência abstrata na diversidade das manifestações múltiplas. Chegar neste estado, do fluxo intuitivo e espontâneo ao fluxo cósmico em situações intima da vida, requer o relacionamento direto à mente.

          O corpo e a mente transformam-se em instrumentos saudáveis da alma, codificada através dos gestos reflexológico feitos como corpo e ou com as mãos (Mudrá). Simbolizando um reconhecimento de si com o cosmo naquele momento e tornando-se o receptáculo de energia vibratória reservada numa sintonia, que ao executar o Mudra em princípio de dança tornará neste momento aberto e receptivo a vibração emanante.

          A seguir conheceremos cada etapa por onde me inspirei a criação do  NUMEROTARAJA OU  YOGA DOS NÚMEROS. 

    MUDRA

          O Termo Mudra significa gesto, selo, contração, fecho, lembrando sempre que tais gestos são executados com fins perfeitamente terapêuticos. Embora dentro da Numeronataraja eles tomem um caráter de dança cósmica (meditacional). Sua maior contribuição será na formação de uma consciência corporal plena, definindo muito bem os limites atuais do corpo do praticante proporcionando um estado de contemplação, ou seja, um estado lúdico onde a alma emocional envolve-se com o objeto da contemplação (corpo) produzido pelo o gesto (Mudra); permanecendo em concentração (dharana) em si mesmo; abstraindo-se (pratyahara) dos movimentos emocionais do medo, insegurança, ansiedades, angústias e outras sensações que retiram a pessoa de seu centro. 

    Mitologia

    O Rig Veda cita 33 deuses dos quais se destacam cinco:

    Indra: O rei dos deuses, o governador do céu, representando o poder do raio e da energia.

    Agni: o Fogo, considerado o mensageiro dos deuses. No ritual ele depura a oferenda e a leva em forma sutil a Deus. É a conexão entre homens e deuses. É também a luz para a mente ver e compreender a verdade.

    Surya: o Sol. É dito que ele é a alma suprema dos Vedas e deve ser adorado por todos que desejam a liberação da ignorância.

    Vayu: é o deus do Vento, do Ar e do Prana. Divide seu poder com Indra, o Senhor do Céu. É invisível e habita em nossos corpos na forma dos cinco ares vitais (Prana, Apana, Samana, Vyana e Udana).

    Varuna: uma das mais antigas deidades védicas, associado à Água, aos Rios e aos Oceanos. Seu poder é ilimitado, assim como seu conhecimento. Inspeciona todo o mundo, sendo o Senhor das leis morais.

          No início dos tempos tudo estava em repouso e equilíbrio total e só Brahma existia.

          Houve então a primeira vibração, Om, o Som Primordial e a partir dele todo o universo foi criado.

          A partir daí surge à trindade hindu, formada por Brahma, Vishnu e Shiva que correspondem aos 3 gunas e as características de toda a criação.

          Brahma representa Rajas, o movimento, responsável pela criação.

          Vishnu representa Sattva, o poder de existência, preservação e proteção.

          Shiva representa Tamas, o poder de dissolução do universo.

          Aqui para o nosso contexto destaco Shiva devido à inspiração produzida por Shivanataraja. 

    image imagem retirada do site www.indiavilas.com com a perfeita representatividade da mitologia de Shiva. 

          Shiva é um Deva que além de representar a preservação e a proteção. Para que isso aconteça se manifesta como o renovador ou o Transformador.

          Uma das duas principais linhas gerais do Hinduísmo é chamada de Shivaísmo em referência a Shiva.

          Na tradição hindu, Shiva é o destruidor. Na verdade ele destrói para construir algo novo, assim, prefiro chamá-lo de "renovador" ou "transformador".  Suas primeiras representações surgem no neolítico (4.000 a.C.) na forma de Pashupati, o Senhor dos Animais. A criação do Yoga é atribuída a ele e o Yoga é uma prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, está intimamente ligado ao deus da transformação. Shiva é a deidade suprema (Mahadeva). O pacificador (Shankara) e o benevolente onde reside toda a alegria.

          O tridente que aparece nas ilustrações de Shiva é denominado Trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades da matéria: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio).

          A Naja é a mais mortal das serpentes. Usa uma serpente em volta da cintura e do pescoço, simboliza que Shiva dominou a morte e tornou-se imortal. Na tradição do Yoga clássico, ela também representa Kundaliní, a energia de fogo que reside adormecida na base da coluna. Quando se desperta essa energia, ela sobe pela coluna, ativando os centros de energia (chakras) e produzindo a iluminação (Samadhi), um estado de consciência expandida.

          No topo da cabeça de Shiva se vê um jorro d’água. Na verdade é o rio Ganges ou Ganga que nasce dos cabelos de Shiva. Há uma lenda que diz que Ganga era um rio muito violento e não podia descer a Terra, pois a destruiria com a força do impacto. Então, os homens pediram a Shiva que ajudasse e ele permitiu que o rio caísse primeiro sobre sua cabeça, amortecendo o impacto e depois mais tranquilo corresse pela Terra.

          Outro símbolo é o lingham. Ele representa o pênis, o instrumento da criação e da força vital, a energia masculina que está presente na origem do universo. Está associado ao poder criador de Shiva. A palavra "lingham" significa "emblema, distintivo, signo".

          O lingham é o emblema de Shiva. Na Índia, reverenciar o lingham é o mesmo que reverenciar a Shiva. Ele pode ser feito em qualquer material, embora o preferido seja o de pedra negra. Na falta de uma escultura, se constrói um lingham com a areia da praia ou argila do leito do rio; ou simplesmente se coloca em pé uma pedra ovalada.

          É comum nos templos pendurar acima do lingham uma vasilha com um pequeno orifício no fundo. A água é derramada constantemente sobre ele numa forma de reverência. A base do lingham representa a yoní, o genital feminino, mostrando que a criação se dá com a união do masculino e feminino.

          O tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do universo, o universo brota da sílaba OM. “No princípio era o Verbo (a sílaba, o som). E o Verbo era a criação. Tudo foi feito por Ele (o Verbo) e sem Ele nada se fez."

          É com o som do Damaru (tambor) que Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança. Às vezes, ele deixa de tocar por um instante para ajustar o som do tambor ou para achar um ritmo melhor e, então, todo o universo se desfaz e só reaparece quando a música recomeça.

          Shiva está intimamente associado ao elemento fogo representando a transformação. Nada que tenha passado pelo fogo, permanecerá o mesmo: o alimento vai ao fogo e se transforma; a água evapora; os corpos cremados viram cinzas. Assim, Shiva nos convida a nos transformarmos através do fogo ou do sadhana (prática). O calor físico e psíquico que essa prática produz nos auxilia a transcender nossos próprios limites.

          Nandi é o touro branco que acompanha Shiva, sua montaria e seu mais fiel servo. O touro está associado às forças telúricas e à virilidade. Também representa a força física e a violência. Montar o touro branco significa dominar a violência e controlar sua própria força.

          A palavra "Nandi" significa "aquele que dá a alegria". Na representatividade da devoção sempre se encontra esta figura diante dos templos dedicados a Shiva. Ele está deitado, guardando o portão principal.

          LUA CRESCENTE que muda de fase constantemente representa a ciclocidade da natureza e a renovação contínua a qual todos estamos sujeitos. Ela também representa as emoções e nossos humores que são regidos por esse astro. Usar o símbolo da lua crescente nos cabelos simboliza que Shiva está além das emoções. Ele não é mais manipulado por seus humores como são os humanos está acima das variações e mudanças, ou melhor, não se importa com as mudanças, pois sabe que elas fazem parte do mundo manifesto. Os mestres hindus que se iluminaram afirmam que as transformações pelas quais passamos durante os ciclos de nascimento e morte, o final de uma relação, mudança de emprego, etc. não afetam nosso ser verdadeiro e, portanto, não deveríamos nos preocupar tanto com elas. Simplesmente perceber e viver as transformações. 

    NATARAJA

    image

          Neste aspecto, Shiva aparece como o Rei Raja ou o Dançarino. Ele dança dentro de um círculo de fogo, símbolo da renovação e, através de sua dança o Nataraja acontece à criação, a conservação e destruição do universo.  Ela representa o eterno movimento do universo que foi impulsionado pelo ritmo do tambor e da dança. Apesar de seus movimentos serem dinâmicos, como mostram seus cabelos esvoaçantes, Shiva Nataraja permanece com seus olhos parados, olhando internamente, em atitude meditativa. Ele não se envolve com a dança do universo, pois sabe que ela não é permanente. Como um yogue que se fixa em sua própria natureza, seu ser interior, que é perene. Em uma das mãos, ele segura o Damaru, o tambor em forma de ampulheta com o qual marca o ritmo cósmico e o fluir do tempo. Na outra, traz uma chama, símbolo da transformação e da destruição de tudo que é ilusório. As outras mãos estão em gestos (mudra) específicos. À direita, cuja palma está à mostra, representa um gesto de proteção e benção (abhaya mudra). A esquerda representa a tromba de um elefante, aquele que destrói os obstáculos.

          Nataraja pisa com seu pé direito sobre as costas de um anão. Ele é o demônio da ignorância interior, a ignorância que nos impede de perceber nosso verdadeiro eu. O pedestal da estátua é uma flor de lótus, símbolo do mundo manifestado.

          A imagem toda nos diz: "Vá além do mundo das aparências, vença a ignorância interior e torne-se Shiva, o meditador, aquele que enxerga a verdade através do olho que tudo vê (terceiro olho, Ajnã Chakra)." 

    Devis ou deusasAfter digging a pit, he should recite the Mahishamardini (vidya) 800,000 times, then offering 1,000 times in the cremation ground.

          São as deusas, as mães divinas, aquela que resplandece.

          Nos Vedas eram apresentadas como energia ou poder do criador, a Shakti.

          Nos Puranas aparecem como devis.

          Representando a sabedoria do universo, o aspecto protetor, maternal do Absoluto.

          Apresentam-se de 5 formas diferentes: Parvati, Durga, Kali, Lakshmi e Sarasvati. 

    Parvati

          É a Mãe do Universo e consorte ou esposa de Shiva. Simboliza a disciplina, a renúncia, o esforço que leva o devoto ao Conhecimento. 

    Durga

          Representa o aspecto feroz de Parvati. Montada em um leão ou tigre.

          Tem 12 ou 18 braços e em cada mão tem armas dadas pelos deuses.

          Seu objetivo é ser implacável com os demônios que representam nosso ego e nossa ignorância.

          Ela nos mostra que devemos ser decididos na destruição de tudo que nos impede de percebermos nossa verdadeira natureza divina. 

    Kalí

          Aspecto mais feroz ainda de Parvati. Tem língua roxa, não usa roupa e seu corpo é coberto pelos longos cabelos negros. Usa um colar de caveira, tem quatro braços e leva em cada mão armas de destruição e uma cabeça sangrando. É a devoradora do tempo. 

    Lakshmi

          Ela é muito popular na Índia, sendo considerada a mais próxima dos seres humanos. Quer o bem estar de todos sem se preocupar com suas ações ou seu passado.

          Surgiu das águas cósmicas, da eternidade.

          É a consorte ou esposa de Vishnu.

          Simboliza a riqueza material e espiritual, representando o nosso universo ilusório.

          Usa um sári vermelho, que simboliza rajas, a ação para manter a vida, tem muitas jóias e moedas de ouro, que representam a riqueza e a prosperidade.

          É apresentada sobre um lótus, símbolo do conhecimento. 

    Sarasvati

          Esta associada à fertilidade, a purificação, a fala, a linguagem e a palavra.

          É considerada a personificação de todos os conhecimentos, artes, ciências e letras. Sem ela Brahma, seu consorte, não poderia ter criado o mundo.

          Usa um sári branco (a pureza do conhecimento), está sentada em um lótus branco (o conhecimento) ou numa pedra (a base sólida na busca do conhecimento). Possui sempre ao seu lado um cisne (discernimento) ou um pavão (silêncio necessário para escutar, refletir e meditar).

    Possuí quatro braços e em cada mão um japa-mala (colar) indicando disciplina da meditação, Vija (o som, o chamado à busca do Conhecimento) e os Vedas (o ensinamento). 
     
     

    NUMEROLOGIA TÂNTRICA

          A Numerologia tântrica é diferente da numerologia pitagórica. Ela é baseada apenas na data de nascimento. Conhecida também como Karam Krya. Os cálculos apresentam caminhos para acessar o crescimento espiritual, que desenvolvido através de uma prática esse processo se acelera e se torna a ponte vibracional para o Eu. 

    Nos cálculos da Numerologia tântrica toma-se conhecimento dos Objetivos que se deve  trabalhar através de uma prática. 

    Desdobrar o potencial do indivíduo inerente ao conceito da integridade e os processos da vida que implicam também num relacionamento entre o corpo e a mente e a habilidades para controlar o processo energético da vida (o respirar, uso da voz, as artes, a meditação consciente, exercício, etc..) 

    Compreensão - encontrar uma cosmologia pessoal que ajude criar e manter um sentido saudável da perspectiva realística da terra comum a tudo. 

    Comportamento - uma mudança significativa na vontade e na compreensão influenciado no sono, no meio social, no modo psicológico, ou seja, a mudança consciente do comportamento pode trazer aproximadamente uma mudança e uma compreensão melhor das pessoas e de outros. 

    Consciência - de ego em relação ao mundo, ou seja, uma independência que provocará freqüentemente mudanças espontâneas. Consciência também tende a provocar uma redefinição da responsabilidade e a capacidade de um indivíduo para responder ao mundo.

          Portanto a numerologia Tântrica é um método para estudar o processo do passado, presente e futuro.

          Segundo o Yogui Bhajan ele explica que os seres humanos são formados por dez corpos espirituais, cada um deles corresponde a uma característica de cada guru os Shiks, cultura da qual provem esta numerologia.

          A numerologia tântrica é uma ferramenta para enriquecer a vida e ajudar a conectar com o espírito. Não é uma forma de "adivinhação" e nem conta o futuro. A numerologia tântrica utiliza de dez energias ou corpos, que são a representação de aspectos diferentes manifestado da psique. Oito destes corpos correspondem aos Chakras.  

               Uma vez identificado os equilíbrios e desequilíbrios dentro desses dez corpos de cada individuo, poderá começar então a aplicar técnicas que vão equilibrá-lo com mais facilidade. É melhor quando for utilizar-se pessoalmente da numerologia tântrica ter orientação de outro profissional, porque mesmo sendo conhecedor você poderá se negar a enxergar a realidade. 
     
    Os dez corpos espirituais são: 

    1. O Corpo da Alma. 

          Este é primeiro corpo e também corresponde ao primeiro chakra que fica situado no períneo entre o ânus e o genital.  Este corpo se conecta com a infinidade interna e permite que o ego interno flua livremente por você.  

          Se este corpo for fraco, poderá sofrer grande insegurança. Os órgãos associados com este corpo são o estômago, baço e pâncreas. Se tiver domínio deste corpo será calmo e criativo.  

    2.  Mente Negativa  

          O segundo corpo corresponde adequadamente ao segundo chakra que se localiza acima do púbis. A mente negativa necessariamente não é uma mente ruim. Simplesmente é a mente protetora, é ele que coordena o caminhar.  Porém, esta mente também pode impedir de fluir. É o corpo que alimenta a independência do ego, podendo se tornar em ego-destrutivo.  Por causa da correlação do segundo corpo com o chakra energético a pessoa pode ficar muito dependente do sexo ou pode levar o oposto e pode temer qualquer contato sexual. Quando a mente negativa for saudável, você tem grande orientação interna e está confortável em sua própria pele.

     
    3.  A Mente Positiva  

          O terceiro corpo fica situado no centro de umbigo e corresponde ao terceiro chakra. Este é o centro de energia do corpo. Quando for equilibrado, é forte e projeta autoridade. Transmitirá otimismo, porém, se este corpo estiver desequilibrado pode se tornar muito obcecado com o próprio poder e pode levar a autoridade a um nível perigoso. Também pode ficar muito intolerante com outros e por outro lado, você pode ter medo assumir responsabilidade. Fisicamente, as manifestações somatizadas se manifestarão no fígado, bexiga  e nos pés. 

     

    4. A Mente Neutra.  

          A Mente Neutra corresponde ao centro de coração, chakra cardíaco. Este é o aspecto da sua mente de qual você queira se projetar. Combinam os benefícios de ambas as mentes positivas e negativas. Quando esta mente for equilibrada, a pessoa poderá resolver qualquer situação. Poderá depressa ter acesso todas as partes de uma situação e depressa se conduzir à escolha correta. Porém, se esta mente for fraca, poderá resultar em fechamento para amar e freqüentemente terá dificuldades para resolver as situações. Os órgãos que correspondem são o coração, pulmões e intestino grosso.

     

    5. O Corpo Físico.  

          O quinto corpo é extremamente importante, é nele que está a absorção de todos os corpos.  Muitas pessoas focalizam muito no espiritual e ignoram os corpos físicos.  Mas se você só trabalha sua mente e sua alma, seu corpo físico ficará desequilibrado.  O físico é da mesma maneira importante como o espiritual e o mental.  Nós viemos todos vestidos desta forma para este plano da existência por alguma razão.  É importante aceitar este “presente” e desenvolver este potencial em plenitude. 

    O quinto corpo corresponde ao quinto chakra, ou seja, o laríngeo, portanto algumas pessoas experimentam dificuldades com esta região por não estar corretamente equilibrado.  Porém, quando equilibrado, você será um orador eloqüente e verdadeiro.  Você poderá compartilhar seu conhecimento facilmente com outros porque você não terá nenhum medo deste plano físico. 

    6. Arco de luz 

    Homens e mulheres têm uma linha de arco, uma linha de energia, indo de em orelha para o outro sobre a cabeça.  Este é seu “halo” como mostrado nas imagens de santos e anjos.  

    Estas linhas de arco é o equilíbrio entre as dimensões físicas e as dimensões cósmicas.  Este corpo regula seu sistema nervoso e equilibra suas glândulas.  Corresponde a sua glândula pituitária que fica situado entre suas sobrancelhas.   Este é o terceiro olho. A glândula pituitária é a glândula mestre.  Quando esta glândula está funcionando corretamente a pessoa terá a intuição para se proteger e radiará como uma pessoa que é centrada e calma. Se estiver desequilibrada sofrerá de variação de humor contínuo.    

    7. A Aura  

    Embora aura fique situada “fora” do corpo cercando como um campo magnético, ela  corresponde ao 7º chakra que é o topo da cabeça.  É a glândula pineal.   É dito que a glândula de pineal deixa de segregar seus fluidos depois da puberdade e que então conduz ao processo de envelhecimento.  Há muitas atividades que podem estimular esta glândula para segregar uma vez mais e, portanto retarda o envelhecimento precoce.  

    Este chakra é conhecido como o coronário “mil pétalas” ele proporciona para a pessoa segurança e o poder para ser misericordiosos.  

    Se a aura for forte a pessoa terá uma presença positiva e você sentirá contido dentro de seu próprio corpo. Pessoas que têm uma aura desequilibrada poderão se sentir ameaçado por outras auras mais forte ou eles podem ser vampiros de energia.

      

    8. O Corpo de Prânico  

    O corpo corresponde ao Prana é a vida-força, é o que o mantém vivo.  Se o ser vivente deixar de respirar, deixa de viver.  Se o prana for baixo numa pessoa ela não estará usando o seu diafragma de maneira correta. Sem oxigênio esse corpo poderá experimentar fadiga, ficará defensivo e amedrontado do mundo.  Por conseqüência disto este corpo não receberá bastante oxigênio e o coração será enfraquecido. 

    Quando este corpo for equilibrado terá a certeza de estar vivo e pleno de criação.  Respirar profundamente permite que todo o fluxo prânico energize o sistema.  Este corpo, quando equilibrado, também alinha o negativo, positivo e a mentes neutras.

     

    9. O Corpo Sutil  

    O corpo sutil dá o poder para ver além das ilusões de vida e ego.  Quando dominamos este corpo, nada na vida é um mistério e você se ajusta a qualquer situação com facilidade. Porém, se estiver fora de equilíbrio, você pode ser absorvido facilmente pelo maya (ilusão) deste mundo e a pessoa poderá ser enganado facilmente, ou por ela mesma ou através de outros tirando vantagem de si mesmo.  Este corpo pode sentir inquieto com a falta da paz para fluir facilmente de uma situação a outra.    
     

    10. O Corpo Brilhante  

    O corpo brilhante é extremamente importante.  Coincide com a aura e proporciona energia fora do corpo.  

    Quando esta esfera é centrada a pessoa irradia coragem e realeza. Os outros respeitarão e quererão estar na presença de uma pessoa assim em sua presença.  Esta pessoa afrontará todo desafio e excede expectativas.  

    Porém, ao contrário de um corpo brilhante equilibrado é alguém que não só não satisfaz as expectativas. Como pode temer responsabilidade e então escolhe não reconhecer seu próprio brilho e graça porque teme que nunca satisfará para a expectativa de alguém qualquer que seja.

     

    11. CORPO RADIANTE

          Embora haja só Dez Corpos no ponto de vista Numerológico, há uma Décima primeira incorporação. Este é o centro de comando que dirige todos os outros aspectos.  A pessoa com o número 11 no quadro leva um presente extremo com eles.  Este é o presente de infinidade e conclusão.   Eles têm a habilidade nesta vida de dominar completamente o físico e o reino espiritual.  Eles também têm a capacidade para chamar qualquer um dos 10 corpos para trabalhar para eles em qualquer determinado momento.  Porém, é importante saber que todos os outros aspectos devem ser desenvolvidos para que esta 11ª incorporação se manifeste.  Se a pessoa tiver este número em seu quadro, necessariamente não significa que o conhecimento do universo visivelmente e imediatamente dela.  Ainda terá que levar o tempo para se reconhecer e brando nas emoções e ai sim perceber. Este corpo em desequilíbrio representa o ego exaltado.

    Portanto, o décimo primeiro corpo representa a harmonia interior dos outros dez corpos.   
     

          A Numerologia tântrica nos facilita o conhecimento dos caminhos que temos de percorrer em nossa missão e na vida presente.

    Obs. Os números na numerologia tântrica diferem da numerologia pitagórica.  Os valores são interpretados somente até o ONZE, se o número for maior então deverá ser reduzido a um só numero. Por exemplo: 11+12+1952 = 22 = 4.

          É extraído da data de nascimento que é o presente herdado divinamente.

          Tomaremos aqui no que consiste a Numerologia Tântrica sem adentrar no fluxo interpretativo que não vem ao contexto geral deste trabalho neste momento.

       

    CHAVE:

     

    1 - O número da ALMA =  Dia de nascimento.

    2 – O número do KARMA = Personalidade =  Mês de nascimento.

    3 – O número do PRESENTE =  A soma dos dois últimos dígitos do ano de nascimento.

    4 - O número do DESTINO = última vida = A soma do ano de nascimento.

    5 - O número do trajeto de VIDA= A MISSÃO = A soma do dia, mês e ano de nascimento. 

     

    OS NÚMEROS:

    1. O número da ALMA:

          É extraído do da soma do dia de nascimento

          O número da alma indica seu relacionamento com sua própria alma, com seu self interno e a fonte de sua criatividade. Este é o número do trabalho interno.

          É a conexão com o coração e não com a cabeça e fonte de energia criativa.  Uma vez você conectado com o corpo desta posição, você nunca se sentirá abandonado ou separado do divino.  Porém, a maioria das pessoas está desconectada necessitando cuidar deste aspecto e normalmente precisa desenvolver o corpo nesta posição, portanto não se preocupe isto é extremamente comum!  

     
    2. O número de KARMA - PERSONALIDADE

          A soma do número do mês marca o número do karma. Exemplo: se você nasceu em junho, seu karma é 6, se você nasceu em dezembro, seu karma é (1+2 =) 3. Com exceção dos meses outubro = 10 e novembro = 11 que não se reduz. 

          O karma nos mostra a relação existente com o mundo externo, vem ser nossa personalidade. É a posição que expressa os conflitos que você enfrentará nesta vida, é a indicação de seus pontos fracos e desafios que você terá que superar. O número do Karma determina a relação que teremos com o mundo externo e como vamos tratá-los. Indica seu relacionamento com o outro. Indica a forma de comunicação e a área principal de limitação que necessita o trabalho. 
     

    3. O número do PRESENTE

          É extraído da soma dos dois últimos dígitos do ano que você nasceu: 1951 = 5+1 = 6; 1960 = 6+0 = 6

          Este é o número que indicará a qualidade espiritual que nos foi dado nesta vida por isso é denominado de presente divino vem do reflexo das virtudes que obtivemos em outra vida, mas normalmente os presentes vêm com uma enorme responsabilidade, como por exemplo: ter que desfazer do próprio ego e se focalizar em projetas luz e amar os outros. Para se fazer uso corretamente do presente terá que gozar de um grau de consciência elevado. Podemos também entender como talentos naturais.   

    4. O número do DESTINO

          É obtido através da  soma dos quatro dígitos do ano de nascimento.

    Exemplo: 1951 = 1+9+5+1=16 (1+6 =) 7; 1982 = 1+9+8+2=20 (2+0) 2 

          O número do destino indica as habilidades que foram desenvolvidas em outra vida podendo ser desenvolvido de forma positiva ou não. Indica como OUTRO nos vê. Normalmente não percebemos como somos para o outro causando aqueles conflitos que não entendemos por que.

     
    5. O número do TRAJETO

    QUINTO ASPECTO é a MISSÃO   

          É obtido por meio da soma total da data de nascimento.    

          Exemplo: 12 de maio de 1951 = 1+2+5+1+9+5+1 = 24 (2+4) = 6   

    18 de fevereiro de 1953 = 1+8+2+1+9+5+3 = 29 (2+9) = 11   

          O estado de paz e harmonia permanente só é adquirido quando nós tivermos a certeza absoluta que nós estamos completos e estamos desenvolvendo nossa missão.    

          Se uma pessoa pode harmonizar cada um dos números dela ou aspectos, mas não está completando a missão, não ESTARÁ satisfeita internamente. O quinto aspecto é seu caminho de perfeição. É seu número que guia permanentemente presente em sua vida.    

          Primeiro você deverá transformar os primeiros quatro aspectos para se dedicar a sua missão para que possa cumpri-la na terra. Quando você estiver enviando luz aos outros neste mundo ai então, você dominou este reino verdadeiramente. 

        

    NUMEROLOGÍA REFLEXIVO

          Quando alma e karma são os mesmos números. Por exemplo, 10 de outubro (10 dos 10). Esta pessoa é um espelho, ela é como você vê por dentro e por fora.     

          Pessoas que possuem esta forma de número costumam ter dificuldades para aceitar e entender o outro, desde que eles não concebem que aquela diferença pode existir entre alma e personalidade (karma).   

          Eles são Tudo ou qualquer coisa, desde que eles estejam bem em ambos os corpos ou terrível em ambos.    

        

    NUMEROLOGÍA DHARMICA.   

          É determinado quando o número do terceiro aspecto (presente de Deus) se repete no número da alma, da personalidade, da missão ou das últimas vidas.   

          Este tipo de numerologia é um Dharma ou abençoando, como é um presente de DIVINO, sempre é positivo, estarão reforçando o aspecto que é semelhante a ele.    

        

    NUMEROLOGIA COM PROBLEMAS EM ÚLTIMAS VIDAS.   

          É determinado quando um número se repete por várias dentro da carta natal em qualquer um dos aspectos.   

          Significa que aquela pessoa não pôde polir aquela virtude ou força.    

          Em algum ponto falhou, então terão que começar um ciclo novo de encarnações até alcançar isto.  

     

    MÉTODO

     

          O NUMERONATARAJA ou Yoga dos números é a codificação do padrão vibratório dos números em aspecto vivencial formatado em sinais corporais denominados mudrás (gesto reflexológico). Que permite gerar força de impacto pelo o movimento causado pela a coreografia que os movimentos de ação (o mudra) juntamente com o fluxo da consciência gera assim um movimento, uma dança que vibra nos corpos harmonizando e percebendo o fluxo através do prana que é fluido automaticamente, mudando a forma de pensamento e de sensação. Produzindo o eixo para entrar em meditação dinâmica e a consciência de si mesmo. A prática consiste na habilidade de coreografar os movimentos de forma natural e automaticamente onde se concentra os bloqueios a atenção para produzir a performance fará com a energia flua e a execução se torna perfeita pelo o fato do sentir e não do racionalizar.

          Enquanto os movimentos ocorrem é feitos fechos (bandhas) impulsionando a energia prana para que flua pelo os canais das nadis e glândulas, exercitando e aflorando a energia de cada chakra que naturalmente equilibrará os corpos. Mudando toda a vibração comportamental energético, emocional, mental e físico. Proporcionando a ponte do religar-se e reconhecimento do EU.

          É uma prática que pode ser executada em grupos ou de forma individual, mas sempre acompanhado de instrução de um terapeuta já conhecedor da técnica e que possa fazer as devidas correções.

    Sejam elas virtuais ou pessoalmente. Até que isso seja natural na pessoa e daí sim poderá executar a qualquer momento que desejar ir para o seu interior e responder questões  que o próprio SER já sabe a resposta. 

     

    Funções terapêuticas

          Proporcionará o equilíbrio de todos os corpos simultaneamente e na sequência necessária individual, mesmo que executado em grupo. 

    Funções estéticas

          O Numeronataraja não é preocupado com esta função.  Mas naturalmente a execução continua colocará as glândulas endócrinas em equilíbrio e consequetemente altera o padrão físico do praticante, melhorando o aspecto físico. No mínimo proporcionará maior brilho e vivacidade do aspecto físico aumentando a estima.  

    Funções lúdicas

          Obviamente o Numeronataraja propõe o prazer, o êxtase de só está, só fazer, usufruindo da prática ludicamente. Sem o ludismo, a alegria de brincar ou dançar não existe. A prática (sadhana) é uma celebração de vida. A celebração leva o ser em contato com o Seu EU Divino e natural.  

    Funções da sexualidade.

          Sexualidade é a propriedade que tem o ser humano de sentir e perseguir o prazer. É a vontade de reunir-se a outra energia que o complemente ou que o realize. O Numeronataraja proporciona a possibilidade de o praticante entrar em contato com seus vários pontos de tensão energética, que o impede de exercer sua sexualidade plenamente. 

    Funções arquetípicas ou simbólicas de uma egrégora.

          Cada exercício é simbólico, significa algo para a consciência e para o inconsciente coletivo. O Mudrá é sempre um gesto que simboliza força, energia sabedoria, consciência ou simplesmente percepção metafísica. O gesto (Mudra) leva uma pessoa a entrar em contato com uma egrégora especifica. 

    KOSHA MUDRAS – São os gestos feitos com o corpo todo. Após executá-los e coreografá-los corretamente os gestos com as mãos podem ser acrescentado transformando numa dança cósmica e passando a ter a vibração do Numeronataraja ou Yoga dos números.

          Cada exercício foi similarmente inspirados em ásana ou Mudras já existente, trazendo em seu contexto a vibração da energia que cada número  em equilíbrio produz. Portanto é a verdadeira fidelidade personificada da vibração que movimentarão fluxo do corpo.  

     

    Conclusão.

          Este é mais um trabalho inspirado nas observações dos clientes em consultórios, cursos e vivencias que necessitam de um caminho mais sutil para acessarem o caminho de parar a mente de turbilhonar e ensinar o fluxo da emoção a simplesmente está consigo mesmo.

          Apesar de inserir em seu contexto o movimento da dança, é absolutamente forte e sensível, belo e sensual.

          Qualquer pessoa pode lançar mão deste método, pois é apenas um exercício codificado que gera o compromisso consigo mesmo de trilhar um autoconhecimento, sem exigir excelentes performances físicas. Podendo ser executado por qualquer pessoa que apenas deseja aprender o SENTIR. 
      

    BIBLIOGRAFIA.

    Do Numeronataraja não há ainda, pois espero que esta sinopse se torne uma no futuro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Numeromancia - Um Guia Numerológico

    PROPOSITURA - Numeromancia (1).doc
    NUMEROMANCIA - UM GUIA NUMEROLÓGICO




    Celi Aparecida Coutinho

    Terapeuta Holística -  CRT 21270


    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2012.


    Sumário

    Introdução

    Característica simbólica das lâminas.

    Método

    Conclusão


    INTRODUÇÃO

    A NUMEROMANCIA é um Guia Numerológico inspirado no tarô apesar de conter somente 16 lâminas é um formato inovador de trabalhar com os números, criado com o intuito de gerar uma orientação às pessoas de forma que através da vibração da lâmina escolhida, ela possa saber em que energia está vibrando durante determinados períodos. Esses períodos poderão ser diários, semanais, mensais ou quadrimestrais.

    A palavra Numeromancia aqui tem a conotação de caminho energético e não o ato adivinhatório até porque, a palavra mancia agregada a qualquer método decifrável, como quiro (mão – quiromancia), carta (cartomancia), geo (pedras – geomancia), etc; e os números têm a característica adivinatória, ou seja, vibração divina, que traduzida significa uma ferramenta perfeita que auxilia no entendimento da sincronicidade das coisas abstratas e invisíveis, mas que são percebidas no coração, no mental, no energético e na razão. A razão normalmente é a pior vilã do ser humano, porque ela mascara as capacidades intuitivas do homem, fazendo com que seu caminho mude de direção. E um método mântico que indicará em qual caminho deverá ser seguido, sem interferência psicofísica.

    Este método utilizado por terapeutas holístico que irá auxiliar no processo de anamnese e aconselhamento energético do cliente através do movimento leela (jogo) em seu período integral e claramente mostrará o que falta a ser trabalhado e que caminho seguir com este cliente.

    Celi Coutinho.


    CARACTERÍSTICA SIMBÓLICA DAS LÂMINAS


    LÂMINA 1 – CRIATIVIDADE - É a origem de todas as coisas, contém todos os números, distribui sua influência em todos os planos.


    Palavra - Chave: Ação, Individualidade e criatividade.

    Arcano principal: O mago.

    Arcanos oculto: Roda da fortuna

    A = Originalidade, independência e insatisfação.

    J =  Desejo de vitória, incerteza.

    S = Emotividade exagerada.

    Planeta regente - Sol: Ego Ativo

    Signo regente - Leão: Vontade corporal com ação para intuição e da vontade sobre a base física.

    Elemento: fogo: Intuição ou vontade.

    Naipe: Paus - Simboliza o poder e a dominação

    Cor - Vermelha: está relacionado com a iniciativa e a vitalidade


    LÂMINA 2 – ASSOCIAÇÃO - É uma necessidade, representa a vida que não é, mas a ação na luta.



    Palavra chave: Associação paz, parceria, espiritualidade.

    Arcano Principal: Sarcedotiza.

    Arcanos ocultos: Força /Mundo.

    B: Necessidade de amor, emotividade e timidez.

    K: Inspiração e nervosismo.

    T: Amor, sentido de humor.

    Planeta regente - Lua: O Ego.

    Signo regente - Câncer: Ego sensitivo.

    Elemento - Água: Sentimento ou emoção.

    Naipe: Copas –As ações são advindas do instinto.

    Cor - Laranja: induz ao entendimento com o outro e a reconciliação.


    LÂMINA 3 – REGENERAÇÃO - É o número da criação.


    Arcano principal: Imperatriz

    Arcano oculto: enforcado.

    Palavra chave: criatividade, auto-expressão.

    C: Intuição e equilíbrio.

    L: Inteligência, excitação e lentidão.

    U: Lentidão, espírito de conservação, espírito rebelde, perdas de dinheiro.

    Planeta regente - Júpiter: Inserção otimista na vida.

    Planeta regente - Vênus: Contato afetivo com o meio externo..

    Signo regente - Sagitário: Vontade espiritual com ação da intuição e da vontade sobre a base espiritual.

    Elemento – AR. Intuição.

    Naipe – Paus –. Indicando alegria e boa sorte.

    Cor - Amarelo: a felicidade e a prosperidade.


    LÂMINA 4 – SOLIDEZ – É o número da força; unidade rebelde reconciliada com a trindade soberana.

    Palavra chave: Estrutura

    Arcano principal: Imperador

    Arcanos ocultos: Morte e o Bobo.

    D: Sentido prático e fatiga física.

    M: Cinismo, caráter e humor sombrios.

    V: Inspiração reveladora.

    Planeta regente - Saturno: a longevidade.

    Signos regentes-Capricórnio:. Ego concentrado.

    Aquário: com capacidade de absorção do ambiente circundante inteligente e hábil.

    Elemento - Terra: Percepção ou sensação. É a base onde germina o ciclo vital.

    Naipe: Ouro – Representa o dinheiro e os interesses e o desenvolvimento.

    Cor - verde: está equilibrando e está renovando, induz à passividade.


    LÂMINA 5 – MOVIMENTO - É o número das descobertas de outros lugares, da evolução e transformação.

    .

    Palavra Chave: Mudança

    Arcano principal: O Papa

    Arcano oculto: A temperança

    E: Ternura.

    N: Amor pelo luxo, sexualidade e prazer.

    W: Potencialidade, insegurança, emotividade e cólera.

    Planeta regente - Mercúrio: Contato intelectual com o meio externo.

    Signos regentes - Gêmeos: alegria, curiosidade.

    Virgem: Manifestação energética.

    Elemento: Ar: É o processo de respiração do ciclo de vida.

    Naipe: Espadas..Está ligada a espiritualidade.

    Cor - azul turquesa: com a capacidade para guiar qualquer iniciativa positivamente.


    LÂMINA 6 – AJUSTAMENTO - É o número do amor, responsabilidade pela família e sociedade.

    Palavra chave: Ajustamento, Perfeição, harmonia, equilíbrio.

    Arcano principal: Enamorados

    Arcano oculto: Diabo

    F: Intuição, amor por la vida privada, sentido de la responsabilidade.

    O: Desejo de viajar, tristeza.

    X: Agitación, sexualidad

    Planeta - Vênus: é o símbolo da beleza e a perfeição natural tipo perfeito da forma e o bonito.

    Signo regente -Touro: Ego expansivo afetivo.

    Libra: Manifestação energética ativadora.

    Elemento - Ar: Razão ou pensamento - É o processo de respiração do ciclo de vida.

    Terra: É a base onde germina o ciclo vital.

    Naipe: Ouros

    Cor - azul anil:Transmite uma sensação de pureza, proteção e de tranqüilidade.


    LÂMINA 7 – SABEDORIA - é o conhecimento, a análise, a espiritualidade.

    Palavra chave: Sabedoria, análise.

    Arcano principal: O Carro

    Arcano oculto: Torre

    G: Sorte, Inteligência e Solidariedade.

    P: Discrição

    Y: Mistério, rapidez e segurança.

    Planeta - Netuno: A metamorfose.

    Mercúrio: Contato intelectual com o meio externo.

    Signo - Peixes: Sentimento espiritual com ação das emoções sobre o espírito.

    Elemento - Água: Sentimento ou emoção fertiliza a germinação do ciclo vital.

    Naipe: Copas – Relacionado a conservação e ao ensino.

    Cor - violeta: Simboliza a espiritualidade, o sacrifício e as perdas.


    LÂMINA 8 – ORGANIZAÇÃO- É a justiça, a conquista de valores econômicos.

    Palavra Chave: Organização, poder e satifação.

    Arcano principal: Justiça

    Arcano oculto: Estrela

    H: Prosperidade, ambição e generosidade.

    Q: Intuição, riquezas e misticismos.

    Z: Compreenção, dinheiro e secretos.

    Planeta - Saturno: Corresponde aos obstáculos e impedimentos..

    Signo - capricórnio: Prevalecem a autoridade implacável, a ambição, a ação perseverante no meio exterior.

    Elemento - Terra: Percepção ou sensação.

    Naipe- Ouros: Desenvolvimento – dinheiro – comércio.

    Cor - Rosa: expressa os afetos espontâneos.


    LÂMINA 9 – HUMANITÁRIO - É a abertura para novos espaços.

    Palavra chave: Humanitário / Generosidade.

    Arcano pricipal: Ermitão

    Arcano oculto: Lua

    I: Paixão, tensão, incerteza.

    R: Potência, emotividade.

    Planeta regente - representa o desejo e a ação, a força e o poder físico.

    Vênus representa as atrações e a sedução da beleza perfeita.

    Signo regente - Áries: Ego ativo e agressivo.

    Elemento Fogo: Com sua força ígnea é a renovação do ciclo vital.

    Naipe: Paus – O poder e a criação, boa sorte e alegria.

    Cor Ouro: simboliza a perfeição


    LÂMINA 11 – IDEALISMO - sabedoria e poderes de intuição.

    Palavra Chave: IDEALISMO.

    Arcano principal: A Força.

    Arcano oculto: Imperatriz.

    K: Inspiração e nervosismo.

    Planeta regente - Urano: A força de decisão.

    Lua: controla os ritmos e flutuações.

    Signo - Aquário: Simpatia. Manifestação energética.

    Elemento - Ar: Razão ou pensamento - É o processo de respiração do ciclo de vida.

    Naipe – espadas: Ligado a espiritualidade, conhecimento intuitivo do karma

    Cor: Prata - a novidade, a inovação.


    LÂMINA 13 – DESAPEGO - sustentar um esforço fixo e consistente.

    Palavra Chave: trabalho no campo material.

    Arcano principal: A morte.

    Arcano oculto: O Imperador.

    M: Cinismo, carater e humor alternados.

    Planeta regente: Jupiter- Representa a fortuna.

    Signo regente:.Capricórnio: a ambição, a ação perseverante no meio exterior.

    Elemento:Terra: Percepção ou sensação. É a base onde germina o ciclo vital.

    Naipe: Ouros: Desenvolvimento – dinheiro-comércio.

    Cor: Verde Musgo - Indicando a renovação da vida e sua vibração mais elevada reflete o espírito de evolução.


    LÂMINA 14 – LIBERDADE- a liberdade; caos e a falta de escolha.

    Palavra Chave: equilíbrio e compromisso.

    Arcano Principal: Temperança

    Arcano oculto: O Papa

    N: Amor pelo luxo, senxualidade e locura.

    Planeta regente - Vênus: corresponde ao início da adaptação social.

    Signo regente - Áries: a ação da intuição e da vontade.

    Elemento - Éter: É o processo de animação do ciclo de vida.

    Naipe: Espadas – Transformação, Intuição, manipulação e inteligência.

    Cor - Azul turqueza: a capacidade para guiar qualquer iniciativa positivamente.


    LÂMINA 16 – ORGULHO- este processo de destruição e renascimento.

    Palavra Chave:derrocada do ego.

    Arcano Principal: Torre

    Arcano oculto: o Carro

    P: Discreção

    Planeta regente - Marte:.Exalta a coragem, a combatividade, o entusiasmo e a liberdade.

    Urano:A força de decisão. às mudanças repentinas..

    Saturno:Inserção racional na vida.

    Signo regente - escorpião: ação das emoções sobre a base corporal.

    Elemento - Água: fertiliza a germinação do ciclo vital.

    Naipe – Copas – Conservação e ensino.

    Cor: Roxa: as O roxo significa espiritualidade e intuição, portanto, é uma cor que simboliza o mundo metafísico. É a cor da alquimia e da magia.


    LÂMINA 19 – CONFIANÇA - Negócios bem sucedidos.

    Palavra chave: Liderança positiva

    Arcano principal -Sol

    Arcano oculto – Roda da fortuna – O Mago

    S = Irrascibilidade, Emotividade exagerada.

    Planeta regente - Sol energia criativa. Governa o fluxo vital

    Signo regente - Leão: ação para intuição e da vontade sobre a base física.

    Elemento: fogo: Com sua força ígnea é a renovação do ciclo vital

    Naipe:Paus –Representa a criação e indica a boa sorte.

    Cor: Ouro maciço - O dourado representa o Sol e por isso é a cor associada ao luxo e ao sucesso!


    LÂMINA 22 - É potencialmente o mais próspero de todos os números.

    Palavra chave: Materialização, construção

    V: inteligencia superior.

    Arcano principal: Bobo

    Arcano oculto: Imperador

    Planeta regente - Urano: A força de decisão.

    Planeta regente: Plutão Impulsiona os instintos profundos, a energia sexual.

    Signo regente - Escorpião: Inserção rebelde do ego aos contextos convencionais.

    Elemento: Água: Sentimento ou emoção fertiliza a germinação do ciclo vital.

    Naipe:Copas – Materializar sentimentos

    Cor: Ouro velho: É associada com a luz a felicidade e a prosperidade, estimula a inteligência espiritual.


    LÂMINA 33Representa a integralidade.



    Palabra Chave: O Grande Construtor

    Arcano Oculto : Os Enamorados

    Planeta Regente: Júpiter: Inserção otimista na vida.


    Urano. A força de decisão.

    Signo regente: Aquário. Pensamento corporal com ação da razão sobre a base física.

    Elemento: Éter: Percepção ou emoção - É o processo de animação do ciclo de vida.



    Método.

    Acessar o pensamento com o poder dos números em níveis mais profundos da mente. O método consiste em embaralhar as cartas e dispor nas casas correspondentes do Passado – Presente e Futuro de uma pauta em questão. As demais lâminas serão distribuídas em círculo complementando o entendimento do jogo. Sendo colocada dentro de cada questão que deseja tomar conhecimento do inconsciente para o consciente.

    Este método ensinará a ouvir a sua voz interior através da numeromancia. Servirá para avaliar novos projetos no nível subconsciente e buscar as perspectivas.


    Conclusão.

    Como já dizia Hermes Trimegistro, "no Universo tudo vibra!" E estamos sujeitos à essas vibrações.

    Se conhecermos nossas falhas ficará bem mais fácil chegarmos ao sucesso pessoal e profissional não é?

    Se soubermos por que não conseguimos contar uma piada, guardar dinheiro, ser feliz e alguém nos mostrar como conquistarmos tudo isso, será bem mais fácil chegar à nossa realização e evolução na vida!

    Através da prática da numeromancia dentro de um jogo das cartas é possível tudo isso e muito mais, pois saberemos que atitudes tomar em determinado dia do mês ou tratar com aquele sócio que acreditávamos poder confiar totalmente!

    Esta é a forma mais inovadora da junção da lógica de nosso mestre Pitágoras com os aspectos astrológicos e as dinvidades hindus, proporcionando um caminho de sintonia e sincronia aplicada em nosso benefício!


    Bibliografia recomendada.

    Um novo sistema de numerologia – Dan Millman – Editora pensamento.

    A numerologia e o triangulo divino – Faith Javane e Dusty Buncker – Editora Pensamento.

    Manual de Numerologia – Elliin Dodge Young e Carol Ann Schuler – Editora Pensamento.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho -Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 31/07/2012 13:55


    Terapia em Sincronicidade » Astrologia

    BA ZI - PILARES DO DESTINO - Astrologia Chinesa

    BA ZI - PILARES DO DESTINO 

     Astrologia Chinesa

     

     Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística 
    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS –  Holística 2009

     

     

      “Para alcançar o conhecimento, acrescente coisas todos os dias. Para alcançar a sabedoria, remova coisas todos os dias.” (Lao Tse) 
     

    Dedicatória 

    Dedico este trabalho àquela força que impulsiona, preenche e domina, de muitos nomes e que poucos entendem, para uns força Maior, para outros DEUS.

     

    Agradecimentos 
     Meus agradecimentos ao meu marido Alexandre de Oliveira Baptista pelo apoio e incentivo, à minha irmã pelo incentivo e por acreditar em mim, à minha filha Sarah, pela paciência, aos meus gurus e mestres, pelas informações e desfechos.

      

    Sumário:

    1 – Qi

    2 – Wu Xing - 5 transformações do Qi

    3 - 10 Troncos Celestes e 12 ramos terrestres

    4 - 60 binômios

    5 - Estações energéticas

    6 -Constituição energética dos meses

    7 -Cálculo do Acerto da Hora

    8 - Cálculo dos 4 pilares do destino

    9 - os 10 deuses

    10 - combinação de tronco

    11 -relacionamento entre os 12 ramos

    12 - Deuses e demônios.

    13- Resultados

    14- conclusões

    15 – Referências Bibliográficas

     

    Resumo  
     

    Nesta palestra serão pinceladas o que são os 4 pilares do destino, como calculá-los e quais os benefícios que este sistema poderá proporcionar tanto aos pacientes, clientes, enfim a comunidade a ser atendida, quanto aos terapeutas em geral que terão uma ferramenta a mais no tratamento dos diversos sintomas de desequilíbrio energético e físico que poderão ser lidos pelos 4 pilares do destino.

    Mais uma vez temos a certeza de que o bem-estar físico de uma pessoa é a soma de diversos elementos energéticos que se inter-relacionam e dão uma resposta positiva. Quando não há o bem estar, concluímos que há um desequilíbrio entre esses elementos, com os 4 pilares do destino é possível ler este momento energético de cada pessoa. 
      

    Introdução 

    Os Quatro Pilares mostram os prós e os contras da sua constituição energética, a força ou fraqueza dos meridianos de energia e o seu reflexo no corpo, alertando-o de tendências e doenças em potencial. Ele pode lhe indicar como buscar o equilíbrio dos 5 elementos por meio de atividades, hobbies, atitudes, esportes, alimentos, relacionamentos e terapias, que vão incorporar ao seu sistema os elementos que você tanto precisa para em equilíbrio e saudável. Daí a importância em compreender sua constituição e saber por qual momento energético você está passando, por qual momento energético o universo está passando. Nada pode ser feito em relação ao curso do universo, mas você pode fazer muito por você respeitando a sua constituição e o que ela pode ou não lhe propiciar, o que faz bem ao seu organismo e à sua vida como um todo.  

     

    1 - O Qi (Chi) 

    Conhecido como muitos nomes, pode-se resumir como um tipo de energia que permeia e nutre todos os fenômenos do mundo físico e extra-físico. É a vitalidade energéticas responsável por todas as manifestações de vida no universo. É dispersado pelo vento e retido pela água. Na matéria é o que edifica e coordena as moléculas.

    O Qi em movimento é a interação perpétua entre o yin e yang. Contínuo processo de transformação. Somos todos produtos do Qi e estamos sujeitos a sua influência.

    A Trindade chinesa é formada por:

    - Qi cósmico (Tian Qi)

    É o Qi que vem em direção à Terra, provém do Sol, Lua, planetas, estrelas e galáxias. Pode afetar o Qi Terrestre e até cancelar seu efeito.

    - Qi humano (Ren Qi)

    Determinado na primeira respiração do indivíduo. Qi forte que interage com o Qi da terra e Qi cósmico.

    - Qi da terra (Di Qi)

    Qi que viaja pelo solo (sobre e sob) se manifesta nas mudanças da topografia, vales, picos e montanhas, desertos, planícies, florestas e cachoeiras.

    Para tudo é importante encontrar uma forma de combinar essa trindade em tudo o que fazemos. 

     

    2 - WU XING – CINCO TRANSFORMAÇÕES DO QI 

    Compreender como o Wu Xing flui é desvendar a linguagem da natureza.

    Os 5 elementos estão ligados entre si, não devemos analisá-los isoladamente. Na visão ocidental temos 4 elementos (Fogo, ar, água e terra) e a relação entre eles é estática. Já na visão chinesa temos 5 elementos e a relação entre eles é uma constante transformação. 

    Temos Três relações básicas entre os elementos: 

    1 – Ciclo de Geração

    Aqui um elemento gera o outro de forma cíclica. 

    - Madeira gera fogo: Madeira alimenta o fogo.

    - Fogo gera Terra: Quando a madeira queima gera cinzas e essas cinzas geram a terra.

    - Terra gera Metal: A Terra produz o metal sob alta pressão e por um longo período de tempo.

    - Metal gera Água: Metal, sob influência do fogo, derreterá e fluirá de forma líquida.

    - Água gera Madeira: A água é alimento para as plantas. 

    2 – Ciclo de controle

    Aqui um elemento controla o outro energeticamente. 

    - Madeira controla a Terra: raízes penetram na terra e se alimentam dela.

    - Fogo controla o Metal: Fogo amolece ou derrete o Metal.

    - Terra controla a Água: Terra controla o curso da água, a suja.

    - Água controla o Fogo: Água esfria ou extingue o Fogo. 

    3 – Ciclo de Domínio

    Aqui o elemento dominado reage contra o dominador. 

    - Madeira prejudica o Metal: Madeira pode esfacelar ou até mesmo quebrar o Metal e cega seu corte.

    - Metal prejudica o Fogo: Metal pode extinguir ou sufocar o Fogo.

    - Fogo prejudica a Água: Fogo evapora a Água.

    - Água prejudica a Terra: Água pode lavar a Terra.

    - Terra prejudica a Madeira: Terra alterará o caminho e forma das raízes. 

    Existem outras relações possíveis entre os cinco Elementos: 

    4 – Ciclo de Desgaste

    Aqui o elemento gerado desgasta ou enfraquece o elemento gerador.

    - Madeira desgasta a água: raízes chupam a água para as folhas que podem esconder ou guardar a água.

    - Água desgasta o Metal: Água pode enferrujar o metal.

    - Metal desgasta a Terra: Metal pode envenenar a Terra.

    - Terra desgasta o Fogo: Terra pode extinguir ou sufocar o fogo.

    - Fogo desgasta a Madeira: Fogo consome a madeira. 

    5 – Ciclo Fortalecedor

    Aqui dois elementos iguais fortalecem um ao outro. 

    Os 5 elementos alimentam um ao outro, ao mesmo tempo em que controlam uns aos outros, gerando uma relação de interdependência e um equilíbrio dinâmico onde: 

    - A Água alimenta a Madeira ao mesmo tempo em que apaga o Fogo e é bloqueada pela Terra.

    - A Madeira alimenta o Fogo ao mesmo tempo que suga a energia da Terra e é podada pelo Metal.

    - O Fogo alimenta a Terra ao mesmo tempo em que derrete o Metal e é apagado pela Água.

    - A Terra alimenta o Metal ao mesmo tempo em que retém a Água e é sugada pela Madeira.

    - O Metal alimenta a Água ao mesmo tempo em que corta a Madeira e é derretido pelo Fogo. 

    As Cinco Transformações tem sua fundamentação em realidades astronômicas (Periélio e Afélio), não em leis do Meio ambiente. 

     

    3 - OS 10 TRONCOS CELESTES 

    Os 10 Troncos nada mais são do que os 5 elementos em suas polaridades Yin e Yang. Desenham assim o padrão do movimento do Qi Celeste. 

    1 Madeira Yang, em chinês JIA

    2 Madeira Yin, em chinês YI

    3 Fogo Yang, em chinês BING

    4 Fogo Yin, em chinês DING

    5 Terra Yang, em chinês WU

    6 Terra Yin, em chinês JI

    7 Metal Yang, em chinês GENG

    8 Metal Yin, em chinês XIN

    9 Água Yang, em chinês REN

    10 Água Yin, em chinês GUI 

    Os troncos sempre são numerados em números arábicos. 

     

    OS 12 RAMOS TERRESTRES 

    Os 12 ramos desenham o padrão do movimento do Qi terrestre. Os ramos terrestres são numerados em algarismos romanos para não confundir com os Troncos Celestes. A associação dos ramos aos 12 animais foi feita através da lenda de que ao entrar em Nirvana Buda reuniu o reino animal. Por alguma razão somente 12 animais compareceram. Como recompensa, Buda nomeou os anos de acordo com a chegada de cada animal. Como o rato chegou primeiro, ficou com o primeiro ano, o búfalo com o segundo e assim sucessivamente. Claro que esta é somente uma lenda, ninguém sabe ao certo o porque dessa associação.

    O fato é que os ramos são tão antigos quanto os troncos celestes, que davam seus nomes aos dias da semana, logo os chineses começaram a usar os nomes dos ramos terrestres para os meses. São eles: 

      1. Rato (Zi)
      2. Búfalo (Chou)
      3. Tigre (Yin)
      4. Coelho (Mao)
      5. Dragão (Chen)
      6. Serpente (Si)
      7. Cavalo (Wu)
      8. Cabra (Wei)
      9. Macaco (Shen)
      10. Galo (You)
      11. Cachorro (Xu)
      12. Javali (Hai)
     

     

    O CICLO SEXAGENÁRIO DOS TRONCOS E RAMOS 

    O encontro entre o Qi Celeste e o Qi Terrestre. Esse sistema de combinações é chamado de Ghanzi = Gan (Tronco) + Zhi (ramo). Ao combinarmos 10 Troncos com 12 ramos, matematicamente teríamos 120 combinações, mas isso não ocorre, porque os troncos formam dois grupos de 5, um dos 5 elementos na polaridade yin e os outros cinco na polaridade yang. Isso resulta em 5 x 12 = 60 combinações, que chamaremos de 60 binômios (alguns métodos chamas de 60 imagens ou 60 dragões).

    M+

    F+

    T+

    Me+

    A+

     
     
    Combina com
    Rato

    Tigre

    Dragão

    Cavalo

    Macaco

    Cachorro

      M-

    F-

    T-

    Me-

    A-

     
     
    Combina com
    Búfalo

    Coelho

    Serpente

    Cabra

    Galo

    Javali

     

    Logo, o binômio 1 é Rato de Madeira Yang (Jia Zi). Os anos são denominados pela combinação referente àquele ano, por exemplo 2004 – Macaco de Madeira Yang (Jia Shen). 

    Essas combinações são usadas para meses, dias e horas. Isso pode parecer complicado, mas cada data traz informações importantes sobre a interação do Qi. Essa é a base de qualquer análise, seja para a astrologia Chinesa como para o Feng shui. 

     

    4 - OS 60 BINÔMIOS 

    A Análise dos 60 binômios é feita por meio da leitura vertical entre os elementos que compõe a estrutura de um binômio. Compreendendo a estrutura analisamos a força, o elemento predominante e a imagem gerada. Esse método é usado na análise de 4 pilares do destino, onde as imagens formadas indicam qual a missão a cumprir nessa vida (binômio do ano de nascimento) associada à imagem do binômio do dia de nascimento. Este método é usado para verificar se a pessoa está indo de encontro ao seu destino ou lutando contra ele. 

    Tabela 7.4 

     

    5 - AS ESTAÇÕES ENERGÉTICAS 

    Algo que causa discussão entre os praticantes de Feng shui é a diferença entre os hemisférios Norte e Sul, nos cálculos e aplicações das técnicas tradicionais.

    Um dos argumentos apresentados pelos que defendem a inversão dos cálculos é o clima.

    Na realidade, quando nos referimos a estação em termos de Feng Shui e Astrologia chinesa, não estamos nos referindo à estação climática, mas aos ciclos cósmicos. Chamemos então de estações climáticas as 4 estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno. E chamemos de Estações Energéticas as 4 fases identificadas na relação Terra e Sol.

    Como a cosmologia chinesa engloba 5 elementos e cada um desses 5 elementos rege a uma Quinta parte do ano, logo 365 dias / 5 = 73, cada elemento rege 73 dias no ano.

    Cada uma das 4 estações (energéticas) do ano tem predomínio de um elemento:

    Primavera – Madeira

    Verão – Fogo

    Outono – Metal

    Inverno - Água 

    A primavera energética corresponde aos signos de Tigre, Coelho e Dragão e também ao início do ano chinês que ocorre no mês do Tigre. Porque no mês do Tigre se o primeiro animal é o rato? Simpples, porque cada animal tem uma energia específica e a do rato é Água e água corresponde ao inverno energético, no mês seguinte que é o Búfalo esta água entra em declínio, para no mês do Tigre a Madeira brotar após o inverno. 

    O Verão energético corresponde aos meses de Serpente, Cavalo e Cabra.

    O Outono energético corresponde aos meses de Macaco, Galo e Cachorro.

    O Inverno energético corresponde aos meses de Javali, Rato e Búfalo. 

    Cada animal (ramo) corresponde a um mês solar, que inicia sempre quando o Sol atinge o 15° de cada um dos signos solares ocidentais. Reparemos que o Rato corresponde ao ápice do Inverno energético, o coelho ao ápice da Primavera energética, o cavalo ao ápice do verão energético e o galo ao ápice do outono energético. 

    Como já devem ter reparado há 4 estações no ano e existem 5 elementos, não há uma estação associada ao elemento terra. Isso porque a Terra rege os 18 últimos dias de cada estação.

    Lembremos da divisão:

    365 dias do ano / 5 elementos = 73 dias para cada elemento.

    Os 73 dias atribuídos ao elemento terra, se subdividem-se em 4 estações o que gera aproximadamente 18 dias em cada uma das 4 estações. Os dias do elemento terra é chamado de entre-estações.

    Por isso os meses Dragão, Cabra, Cachorro e Búfalo são divididos em 2 partes. Os primeiros 12 dias são regidos pelo elemento predominante na estação. Os últimos 18 dias são regidos pela terra, sendo chamados de Entre-estações e marcam a transição de uma estação a outra. 

    AS FASES DO CIRCUITO SEM FIM 

    Os doze meses do ano, doze animais associados às estações energéticas, mostra que para filosofia Chinesa, o ciclo da vida se divide em doze partes: 

    1. Nascimento
    2. Crescimento – primeiro banho
    3. Adolescência
    4. Diploma – Exame
    5. Apogeu da Carreira
    6. Declínio
    7. Doença
    8. Morte
    9. Enterro – Armazenagem
    10. Desaparecimento total
    11. Embrião
    12. Desenvolvimento do embrião
     

    Este mesmo ciclo rege toda a vida no Universo.

    A energia nasce (fase 1), passa por duas fases de desenvolvimento onde ainda é frágil (fases 2 e 3), chega à fase 4, onde se prepara para atingir o ápice, chega ao ápice na fase 5, e como tudo que chega ao apogeu inicia o declínio na fase 6, adoece na fase 7, chegando à morte na fase 8.

    Após a morte, a vida e o ciclo de nergia não terminam. A fase 9 representa a armazenagem da energia, a aglutinação da energia para ser devolvida ao cosmo, a fase 10 representa a diluição da energia na energia cósmica, a fase 11 o embrião, a fase 12 representa o desenvolvimento da energia embrionária. As fases 9, 10, 11 e 12 são consideradas momentos em que a energia está desaparecida, ou seja, não está presente da forma como a conhecemos. 

    Logo, podemos marcar as fases do circuito sem fim para cada um dos elementos: 

    MADEIRA 

    Sabemos que o ápice da madeira é o mês do Coelho, fase 5, se numerarmos os meses seguintes dentro do ciclo temos: 

    6, Dragão

    7, Serpente

    8, Cavalo

    9, Cabra

    10, Macaco

    11, Galo

    12, Cachorro

    1, Javali

    2, Rato

    3, Búfalo

    4, Tigre

    Isso quer dizer que a Madeira nasce no Javali, está frágil no Rato e no Búfalo. Passa pelo pré apogeu no Tigre, tem o apogeu no Coelho, declínio no Dragão, está doente na Serpente, morta no Cavalo, armazenada na Cabra, desaparecida no Macaco, Galo e Cachorro. 

    Seguindo este mesmo raciocínio para cada um dos outros elementos, teremos cada um dos elementos em uma fase diferente do circuito sem fim a cada mês, conforme tabela abaixo:

     

     

    6 - ANÁLISE DA  CONSTITUIÇÃO ENERGÉTICA DOS MESES CHINESES 

     

    No mês do Rato temos:

    Agua na fase 5 – ápice;

    Madeira na fase 2 – recém-nascida

    Fogo na fase 11 – embrionária

    Metal na fase 8 – morto 

    Já no mês do Javali, temos:

    Água na fase 4 – pré-apogeu

    Madeira na fase 1 – nascimento da Madeira

    Fogo na fase 10 – desaparecido

    Metal na fase 7 – doente. 

    Todo animal que inicia o mês tem resquício de terra da entre-estação, mas o Javali é um exceção, pois a Água na fase 4 é Yang no Javali e a terra que viria do cachorro não consegue se fixar exatamente por isso. 

    As fases mais energéticas são: 

    5 – apogeu

    1 – nascimento

    9 – armazenagem da energia

    4 – pré-apogeu, fase de ascensão

    6 – apogeu iniciando declínio 

    Essas são as únicas fases capazes de se combinarem na formação da energia do momento.

    Logo cada mês tem uma constituição dos 5 elementos cada um deles em uma determinada fase, quando estão nas fases 2,3,7,8,10,11 e 12, os elementos dessas fases são chamados de inoportunos, pois não possuem força suficiente para se manifestar. 

    Considerando esses fatos, notamos que no mês do rato o único elemento com força para se sobressair é a água. O mês do rato é um mês puramente água, em fase 5 (apogeu). 

    No mês do Javali, os únicos elementos com força para se sobressair são água (fase 4) e madeira (fase1). 

    Vemos que o ramo, animal, nada mais é do que o nome dado a uma composição energética de força do ciclo sem fim, com uns elementos fortes para se fazerem visíveis e outros não tão fortes assim. 

    Das fases mais energéticas 3 delas são particularmente importantes:

    A fase 1 – nascimento

    A fase 5 – apogeu

    A fase 9 – armazenagem 

    É como se essas 3 fases da energia representassem o ciclo de vida da energia, por formarem um ângulo de 120° entre si, formam uma combinação de triangulação. 

    Por exemplo na triangulação da água temos:

    O macaco, fase 1 do nascimento da água.

    O rato, fase 5 do apogeu da água.

    O dragão, fase 9 da armazenagem da água. 

    E isso ocorre com os outros 4 elementos. 

     

    7 - CÁLCULO DO ACERTO DE HORA 

    Tendo por base o meridiano 0° de longitude que passa na Inglaterra e é conhecido como meridiano de Greenwich, os meridianos localizados à direita são Leste e à esquerda de Greenwich, Oeste. Cada meridiano ocupa 15°. O Brasil tem como meridiano oficial o 45° Oeste. Logo, estamos a 3 meridianos de diferença do meridiano 0°. A cada meridiano somam-se horas ou subtraem-se horas. À Oeste, subtraem-se horas e à Leste, somam-se horas.

    A hora real não corresponde à hora local, mesmo porque não são todas as cidades brasileiras que estão localizadas no meridiano 45°. Assim temos que todas as cidades localizadas em longitudes maiores que 45° subtraem-se horas ou minutos do horário local, já quando possuem longitude menores que 45°, somamos horas ou minutos na hora local. 

    Exemplo: Uma pessoa nasceu às 19h28min em Campinas, esta cidade está a 47°03´00´´, para saber a hora real neste caso devemos subtrair de 45°. 

    Longitude oficial do Brasil 45°00´00´´

    Longitude de Campinas 47°03´00´´

    Subtraindo-se temos  - 2°03´ 

    15° equivalem a 60 minutos

    1° equivale a aproximadamente 4 minutos 

    -2°03´ X 4 = -8 minutos e 12 segundos 

    Agora basta subtrairmos da hora informada os minutos e segundos encontrados na conta para obtermos a hora real. 

    19h28´00´´

    00h08´12´´

    --------------

    19h19´48´´ 

    Depois de encontrada a hora real, procuramos na tabela abaixo para sabermos a hora chinesa:

    1 – Rato – das 23h às 01 h.

    2 – Búfalo – das 01 h às 03 h

    3 – Tigre - das 03 h às 05 h

    4 – Coelho - das 05 h às 07 h

    5 – Dragão - das 07 h às 09 h

    6 – Serpente - das 09 h às 11 h

    7 – Cavalo - das 11 h às 13 h

    8 – Cabra - das 13 h às 15 h

    9 – Macaco - das 15 h às 17 h

    10 – Galo - das 17 h às 19 h

    11 – Cachorro - das 19 h às 21 h

    12 – Javali - das 21 h às 23 h 

    No exemplo que fizemos a hora, 19:19:48 é a do cachorro.

    Devemos nos preocupar em fazer o acerto de hora nos casos em que as pessoas nasceram nos horários limítrofes, caso contrário não haverá mudanças na constituição energética do pilar da hora.

    Antes de iniciar os cálculos é importante verificar se houve ou não horário de verão no ano em questão, dentro do período de Nascimento da pessoa, caso positivo, subtraímos uma hora do horário de nascimento.

    Período Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Abrangência
    1931-1932 03             Todo o Território
    1932-1933 03             Todo o Território
    1949-1950     01       16 Todo o Território
    1950-1951     01   28     Todo o Território
    1951-1952     01   28     Todo o Território
    1952-1953     01   28     Todo o Território
    1963-1964 23         01   Todo o Território
    1965       31   31   Todo o Território
    1965-1966   30       31   Todo o Território
    1966-1967   01       01   Todo o Território
    1967-1968   01       01   Todo o Território
    1985-1986   02       15   Todo o Território
    1986-1987 25       14     Todo o Território
    1987-1988 25       07     Todo o Território
    1988-1989 16     29       S/SE/CO/NE/Tocantins
    1989-1990 15       11     S/SE/CO/MT/Bahia
    1990-1991 21       17     S/SE/CO/Bahia
    1991-1992 20       09     S/SE/CO/Bahia
    1992-1993 25     31       S/SE/CO/Bahia
    1993-1994 17       20     S/SE/CO/Bahia/AM
    1994-1995 16       19     S/SE/CO/Bahia
    1995-1996 15       11     S/SE/CO/BA/TO/AL/SE
    1996-1997 06       16     S/SE/CO/Bahia/TO
    1997-1998 06         01   S/SE/CO/Bahia/TO
    1998-1999 11       21     S/SE/CO/Bahia/TO
    1999-2000 03       27     S/SE/CO/NE/TO/RR
    2000-2001 08       18     S/SE/CO/Bahia/TO
    2001-2002 14       17     S/SE/CO/NE/TO
    2002-2003   02     16     S/SE/CO/NE/TO
    2003-2004 19       14     S/SE/CO/NE/TO
     

     

    8 - QUATRO PILARES DO DESTINO 

    Os 4 pilares do destino é uma forma de ler a interação da energia do universo. Cada instante é diferente do instante anterior, e há um Qi (energia) dominante. No momento da primeira respiração este Qi impregna a pessoa e terá um efeito sobre a vida da pessoa, sua personalidade, seus gostos e seu destino. Essa primeira energia é determinante na vida da pessoa, por isso usa-se o diagrama de nascimento, através do calendário solar, existem astrólogos que fazem pelo calendário lunar. 

    O mapa é lido da direita para a esquerda, e a profundidade segue essa ordem também, do mais superficial ao mais profundo. 

    Hora Dia Mês Ano
    O íntimo

    A sexualidade

    Os subalternos

    Os relacionamentos

    As parcerias

    O marido

    Os parceiros

     
    Os pais

    O meio-social

     
    O mundo

    A Conjuntura

     

    PARA CALCULAR OS 4 PILARES 

    Escreva dia, mês, ano, hora e local de nascimento.

    Exemplo: 11/04/65 às 11:45 hs em São Paulo SP

    - Verificamos a Tebela de horário de verão e vimos que neste período não teve horário de verão.

    - Encontremos a hora real, como é São Paulo SP, basta subtrairmos 6 minutos do horário, e temos 11:39 hs. 

    1° Pilar do Ano 

    Procuramos no calendário dos 10.000 anos ou na tabela fornecida o animal e elemento do ano de nascimento.

    Ano 65 – Serpente de Madeira Yin 

    2° Pilar do Mês 

    Este pilar além de nos mostrar os pais, o meio social, nos mostra parte de nossa personalidade externa que pode ser enriquecida pela cultura e meio social.

    No exemplo dado, é o 3° mês – Dragão de Metal Yang 

    3° Pilar do Dia 

    Antigamente era comum definir traços essenciais da personalidade de uma pessoa pelo pilar do dia, por isso esse pilar é o mais afetado pelo elemento sorte e pela referência das Xius, (estrelas fixas).

    Para calcular este pilar basta sabermos qual o binômio do dia primeiro de janeiro, depois é só contar quantos dias se passaram do dia primeiro de janeiro ao dia de interesse. No caso, o binômio do dia primeiro de janeiro de 1965 é 1. Logo do dia primeiro de Janeiro ao dia 11 de abril de 1965 passaram-se 101 dias, este é o número de série do nascimento.

    Ainda nos falta uma informação: a que número do ciclo de 60 binômios corresponde cada início do ano ocidental. Para isso segue a tabela com o número do binômio corresponde ao primeiro de janeiro de cada ano. Os anos em negrito são anos bissextos, aos quais deve-se acrescentar 1 à soma, caso a pessoa tenha nascido após 28 de Fevereiro. 

    Tabela 12.2 

    Vamos calcular o nosso exemplo, 11/04/1965

    11/04 – 101° dia do ano

    65 – em primeiro de Janeiro, 51.

    101+51 = 152 / 60 = 2 resto 32 (O que nos interessa é o resto)

    Binômio 32 = Cabra de Madeira Yin 

    Tabela 12.3 

    Cada binômio é associado a uma imagem, que muda a tônica da interpretação do mapa, por isso é importante o seu conhecimento. Mas este é um conhecimento para um curso mais avançado, onde é possível detalhar o significado de cada uma das imagens. 

    No calendário dos 10.000 anos já temos estas contas todas prontas, basta procurar ano, dia e mês desejados. 

    4° Pilar da Hora 

    Neste pilar nos diz se o recém-nascido é ou não bem vindo na família, e a hora corresponde a parte mais íntima do ser de alguém, pode ser associado ao subconsciente. É a parte mais inviolável da personalidade. 

    A hora chinesa equivale a 2 horas, a primeira parte da hora é a parte yang e a segunda é a parte yin. A hora real é a que vai ser utilizada, pois é a hora que de acordo com o local vai acentuar a qualidade Yin e Yang do mapa. 

    COMO ESTABELECER O TRONCO CELESTE (ELEMENTO) DO PILAR DA HORA 

    Para saber qual deve ser o elemento associado à hora chinesa, cruzamos o ramo terrestre (animal) da hora real, com o Tronco Celeste (elemento) do dia de nascimento. 

    Por exemplo, Se o dia é Madeira Yang Rato

    Hora: 19:19:48 – Décima primeira hora, que é a do Cachorro

    Encontramos Madeira Yang, por isso, Cachorro de Madeira Yang 

    Veja abaixo: 

    Tabela 12.5 

     

    9 - OS DEZ DEUSES 

    Cada elemento no mapa tem um significado. O ponto de partida para a análise é o Tronco Celeste do dia e sua relação com os outros elementos que serão denominados de Deuses. O Tronco Celeste (Elemento) do pilar do dia é chamado de “EU” ou “MESTRE DO DIA”.

    No Universo somos movimento, geramos algo.

    Pois bem, o “EU” gera algo e esse algo é chamado de PRODUÇÃO.

    Temos que a Produção é gerada pelo emento do “EU”, se tiver mesma polaridade é considerada Produção Justa e se tiver polaridade contrária é considerada Produção Injusta.

    A Produção gera RIQUEZA, se esta tiver polaridade igual ao “EU” é Riqueza Injusta, polaridade diferente é Riqueza Justa.

    A Riqueza gera PODER, se este tiver polaridade igual ao “EU” é Poder Injusto e diferente é Poder Justo.

    O Poder gera SUSTENTAÇÃO, se tiver mesma polaridade do “EU” é Sustentação Injusta e diferente é Sustentação Justa.

    Podem existir elementos IGUAIS ao “EU”, que serão chamados de PARALELOS, tendo a mesma polaridade do “EU” serão Paralelos Justos e com polaridades diferentes serão Paralelos Injustos. 

    Tabela 13.1 

    PODER 

    Poder Justo (Zheng Guan)

    Controle apropriado. O poder num mapa masculino representa a ambição e num mapa feminino representa o marido. Quando Yin e Yang se encontram nesta relação, mesmo se um controla o outro, é uma relação harmônica, é um controle com amor, como numa relação entre pais e filhos. Porém quando há um excesso de poder, mesmo se poder justo, pode se transformar num controle doentio e sua natureza de benéfica, passa a ser ruim, como no poder injusto. A ambição aqui é nobre, a pessoa se compara a ela mesma, quer se superar, e não aos outros. 

    Poder Injusto (Pian Guan)

    Controle excessivo, desmedido

    Dois elementos iguais se repelem, há uma batalha, é como um tirano ou um governo ditador, o poder injusto é considerado um deus prejudicial. Se existe produção e essa produção consegue controlar esse poder, ele não consegue fazer mal, mas se não há produção o poder injusto passa a se chamar 7 demônios, e pode ser comparado à indisciplina, revolta, excesso de ambição, e com os fins justificando os meios. 

    São pessoas realizadoras de grandes feitos, mas com muito poder injusto a pessoa não tem medida, a ambição está descontrolada, não sabe quando parar. 

    Se o Poder Injusto não tem raiz, a pessoa pode ser a melhor, mas não consegue se manter, ou a pessoa pensa que é a melhor e quando descobre que não é pode se deixar abater seriamente, chegando ao suicídio. 

    SUSTENTAÇÃO 

    Sustentação Justa (Zheng Yin)

    Ajuda, apoio na medida certa.

    Amor, recursos, alento, possibilidade, apoio, suporte e conhecimento.

    É como uma mãe que educa, sustenta e dá segurança ao seu filho, sendo bem dosado, é considerado um bom deus. Não é desfavorável à produção. 

    Sustentação Injusta (Pian Yin)

    Excesso de zelo, vira mimo.

    É eficaz somente quando o “EU” é fraco, mas pode ser desfavorável à produção, já que a Sustentação controla a produção. É como uma mãe que não educa, deixando os filhos fazerem o que querem, mima demais, sustenta depois de adulto, etc. 

    Em geral, Sustentação injusta é exagerada. Muita sustentação faz com que a pessoa ache que pode tudo, que não precisa de ninguém, SOMENTE poder ser favorável se o “EU” for muito frágil. 

    RIQUEZA 

    Riqueza Justa (Zheng Cai)

    Num mapa masculino é a esposa. A Riqueza é boa para um “eu” forte, que pode controlá-la e tem energia de sobra para controlar suas oportunidades de ganho, já para um “eu” fraco é ruim, pois a riqueza sem controle passa a ser um prejuízo.

    Riqueza com produção é dinheiro ganho com talento. Não importa muito se existe ou não produção, se o “eu” for forte e a riqueza estiver presente, pode tirar partido, não importando se é justa ou injusta. 

    Riqueza Injusta (Pian Cai)

    Tanto a Riqueza Justa ou Injusta pode ser bom, desde que o “eu” seja forte, como dito anteriormente. 

    PRODUÇÃO 

    Produção Justa (Shi Shen)

    Carisma, atitude, aparência, o que mostra aos outros. Se o “eu” for forte ele se alia a produção e usam a energia para uma boa causa e ajudam a manter o equilíbrio energético da pessoa. A produção justa é utilizada para gerar riqueza e para controlar os 7 demônios (poder Injusto), mas não pode ser útil a não ser a um “eu” forte. 

    Produção Injusta (Shang Guan)

    Estratégia, talento, sabedoria, a produção controla o poder, ou seja, usando a produção você pode diminuir o controle dos outros sobre você.

    Se o “eu” é frágil, ele é esgotado pela energia da produção. A produção injusta também pode gerar riqueza para controlar os sete demônios, mas sua capacidade de produzir e gerar não é tão boa.

    Para drenar a energia do “eu”, a produção injusta é mais eficaz do que a produção justa.

    A Produção Injusta denota um comportamento diferente, bizarro, muitos artistas são assim, e as pessoas com muita produção injusta podem agir de modo diferente ou serem mal compreendidas. 

    PARALELO 

    Paralelo Justo

    Podem ser amigos ou concorrentes.

    Se o “eu” é frágil tanto o paralelo justo como o injusto o auxiliam, os dois lhe ajudam a resistir ao poder e protegem o seu “eu” de ser drenado pela produção. Se o “eu” for forte, os dois trazem riqueza ao seu “eu” e drenam o poder. 

    Paralelo Injusto

    Concorrente, inimigo que leva a riqueza, já que o paralelo controla a riqueza. A diferença é que o paralelo justo é puro e bom, e o injusto é mal e impuro. 

    Num âmbito geral, o paralelo para um “eu” forte indicam concorrentes e para um “eu” fraco indicam amigos que o apóiam e ajudam no trabalho. 

     

    10 - COMBINAÇÃO DE TRONCO 

    Esta combinação somente é válida se ocorrer entre pilares adjacentes. São simpatias entre os troncos celestes:

    1 Madeira + se dá bem com 6 Terra –

    2 Madeira - se dá bem com 7 Metal +

    3 Fogo + se dá bem com 8 Metal –

    4 Fogo - se dá bem com 9 Água +

    5 Terra + se dá bem com 10 Água – 

    Essas combinações presentes no mapa, podem gerar outro elemento que irão substituir os elementos combinados. 

    Como a seguir, com exceção do pilar do dia, que tem regras diferenciadas. 

    AS CINCO COMBINAÇÕES 

    M+ e T- pode gerar T

    M- e Me+ pode gerar Me

    F+ e Me- pode gerar A

    F- e A+ pode gerar M

    T+ e A- pode gerar F 

    Se no mapa existe essa combinação entre os pilares adjacentes, forma um elo muito forte entre os elementos envolvidos e o deus que cada elemento representa nesta combinação. 

    Exemplo: Mulher nascida em: 05/04/1965 às 11 hrs. Em Juiz de Fora 

    Hora dia Mês Ano
    Me+ T- Me+ M-
    Cavalo Búfalo Dragão Serpente
    F- T- T+ F+
    T- A- M- T+
      Me- A- Me+
     

    Aqui a combinação se dá entre a M- do tronco do ano com o Me+ do tronco do mês.

    O Metal nesse mapa representa a produção e a Madeira o poder. Indica que existe uma ligação estreita entre esses dois aspectos da vida dessa pessoa. 

    Para saber se essa ligação vai ou não gerar a transformação, é preciso olhar se o produto da combinação está ou não presente no pilar do mês. Caso esteja presente, o elemento transformado adquire a polaridade Yin ou Yang do elemento no pilar do mês. 

    Em nosso exemplo a combinação M- com Me+, poderia gerar mais Me, mas observamos que no pilar do mês não há mais Me, além do que está no Tronco fazendo a ligação. Logo, esta combinação não gera o elemento produto que seria Me, a transformação não acontece e os elementos permanecem como estão. 

    Existem outros tipos de combinação que precisam ser citadas: 

    A COMBINAÇÃO DO CIÚME

    Hora Dia Mês
    A- T+ A-
     

    Como o mapa é lido da direita para a esquerda a combinação que ocorre é a Mês + dia. Aqui o Tronco do Dia representa o “EU” e se combina com a A- do Mês, mas existe uma tendência, uma intenção de se combinar com a hora. Se fosse um mapa masculino, o “eu” terra faz com que a Riqueza seja a água, e a riqueza representa as mulheres de sua vida, é como se o homem estivesse entre o amor de duas mulheres, ou que ama duas mulheres, a esposa e a amante. No caso duas mulheres disputassem ele. 

    A COMBINAÇÃO DA CONCORRÊNCIA 

    Dia Mês Ano
    T+ A- T+
     

    Aqui o homem em questão se apaixona por uma mulher já comprometida com outro homem. Neste caso existe a competição mas o “eu” sai perdedor, pois quem combina com a A- do Mês é a T+ do ano. A competição com paralelo mostra que perde a Riqueza para um concorrente ou amigo. 

    Se a competição se faz por poder, cada vez que a pessoa batalha por promoção, o poder é perdido. Essa é uma combinação estruturalmente ruim. 

    COMBINAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO ENVOLVENDO O “EU” 

    Há regras a ser seguidas para saber se há ou não transformação:

    - O elemento transformado tem que estar oportuno no mapa, isso quer dizer estar presente como raiz no pilar do mês.

    - O mapa não deve ter paralelos, o pilar do dia não deve ter raízes.

    - O elemento que controla o elemento transformado não pode estar presente como Tronco ou Raiz maior no mapa e nem no mês.

    - O elemento transformado deve ter paralelos e sustentação.

    - O binômio gerado da transformação tem que ser válido (se o ramo é yin, o elemento tem que ter polaridade yin). 

    Para que uma transformação Terra aconteça existem 2 regras:

    - O mês de nascimento tem que ser Búfalo, Dragão, Cabra ou Cachorro, ou ainda é aceitável os meses tigre, serpente, cavalo e macaco, por possuírem em sua formação o elemento terra.

    - Não pode ter Madeira como Tronco ou raiz maior, com exceção do tigre, que em alguns casos é aceitável. 

    Exemplo: 

    Hora Dia Mês Ano
      M+ T-  
     

    Como a terra do mês envolvida na combinação é yin, o ramo do mês deve ser yin também para que a combinação aconteça, além de ter terra em sua formação energética. 

    Búfalo Dragão Cabra Cachorro Tigre Serpente Cavalo Macaco
    Yin Yang Yin Yang Yang Yin Yang Yang
     

    Dos animais que possuem terra em sua formação, somente Búfalo, Cabra e Serpente são ramos yin. 

    Búfalo Cabra Serpente
    T- T- F+
    A- F- T+
    Me- M- Me+
     

    Como a Madeira não poderá estar presente no mês de nascimento, a transformação só ocorrerá se o mês for Búfalo ou Serpente, caso contrário, a combinação existe mas não gera Terra. 

     

    11 - A RELAÇÃO ENERGÉTICA ENTRE OS DOZE RAMOS TERRESTRES 

    - Combinação Triangular

    Os 12 ramos terrestres dependendo de sua configuração energética podem ter entre si uma simpatia ou antipatia. Como já disse anteriormente os animais que estão nas fases 1, nascimento, 5 apogeu e 9 armazenagem de cada um dos 4 elementos, possuem entre si uma estreita ligação, chamada combinação triangular.

    Num mapa este fato é lido pelos animais presentes. Eles são aliados da mesma energia e não precisam estar em pilares adjacentes. Se o ramo da fase 5 está presente, a pessoa pode ter somente mais um ramo da fase 1 ou 9 de determinada energia, para ter uma semi-combinação. Quando o ramo faltante chega com o pilar de sorte ou influência do ramo anual, a combinação está completa e ativa, e o elemento referente a esta combinação terá um peso enorme no mapa, que nada destrói essa combinação e a semi-combinação também é igualmente forte. Mesmo que um conflito chegue não destruirá esta combinação. 

    Triangulação da Água – Macaco (fase 1), Rato (fase 5) e Dragão (fase 9)

    Triangulação da Madeira – Javali (fase 1), Coelho (fase 5) e Cabra (fase 9)

    Triangulação do Fogo – Tigre (fase 1), Cavalo (fase 5) e Cachorro (fase 9)

    Triangulação do Metal – Serpente (fase 1), Galo (fase 5) e Búfalo (fase 9) 

    - Combinação de direção

    Quando nos pilares aparecerem os ramos referentes às direções norte, sul, leste e oeste, temos a combinação direcional, que podem ser: 

    Norte – Javali, Rato e Búfalo.

    Sul – Serpente, Cavalo e Cabra

    Leste – Tigre, Coelho e Dragão

    Oeste – Macaco, Galo e Cachorro 

    Da mesma forma que a triangulação, esta combinação é igualmente forte e inquebrável por conflitos ou qualquer influência entre os ramos e troncos. Mesmo se houver meia-combinação de direção ela tem força e como na triangular, pode ser completada com a chegada do ramo faltante pelo pilar de sorte ou influência anual, potencializando o elemento presente. 

    - Combinação entre os Ramos (animais) – pilares adjacentes

    Aqui  somente dois animais se combinam como um casamento entre os ramos, mas um impede o outro de agir, como alguém que impede alguma coisa, tanto boa quanto ruim. Esta combinação é boa se ocorre entre dois elementos desfavoráveis no mapa, pois ambos ficam impedidos de agir. Somente é válida a combinação entre pilares adjacentes. 

    - Conflitos entre os ramos (animais)

    No caso de um combate entre os ramos, não basta saber as raízes dos animais, mas quando este combate se passa. Por exemplo, um conflito entre rato e cavalo no inverno, o vencedor é o rato, pois a raiz maior do rato é A e a água é forte no inverno.

    De qualquer modo o vencedor ganha, mas se debilita.

    No caso de um conflito entre dois ramos terra, o qi da terra desaparece e o elemento que vem à tona é o que está armazenado.

    Se num mapa o elemento terra é ruim, é bom que haja este conflito entre a terra, assim ela desaparece e dá lugar a novos elementos.

    Quando o conflito não é entre pilares adjacentes, há uma intenção de conflito que não se concretiza por conta do pilar que os separa. 

    - conflito de Troncos 

    A+ X F+

    A- X F-

    Me+ X M+

    Me- X M- 

    Os conflitos entre os elementos de mesma polaridade são muito mais fortes do que os de elementos de polaridades diferentes. Isso gera uma segunda complicação que são binômios de estrutura frágil. 

    Como o rato e o cavalo estão em conflito, os elementos associados a eles também estão. 

    - Lesões entre os ramos 

    Lesão é uma briga gratuita. Por exemplo, o rato é casado com o búfalo, e como a cabra tem conflito com o búfalo, ela passa a não gostar do rato também.

    A Lesão tem um peso menor na análise.

     

    12- Deuses e Demônios

    Tronco do dia Nobre Celeste Lu (prosperi-dade) Espada Inteligência Carruagem de Ouro Flor erótica
    M+ Búfalo, Cabra Tigre Coelho Serpente Dragão Cavalo
    M- Rato, Macaco Coelho Tigre Cavalo Serpente Cavalo
    F+ Javali, Galo Serpente Cavalo Macaco Cabra Tigre
    F- Javali, Galo Cavalo Serpente Galo Macaco Cabra
    T+ Búfalo, Cabra Serpente Cavalo Macaco Cabra Dragão
    T- Rato, Macaco Cavalo Serpente Galo Macaco Dragão
    Me+ Búfalo, Cabra Macaco Galo Javali Cachorro Cachorro
    Me- Cavalo, Tigre Galo Macaco Rato Javali Galo
    A+ Coelho, Serpente Javali Rato Tigre Búfalo Rato
    A- Coelho, Serpente Rato Javali Coelho Tigre Macaco
     

    Verifica-se pelo “eu”, qual é o ramo e procura-se nesta lista. 

    Nobre Celeste: Benéfico para quem possui, ele mostra de onde vem a ajuda quando a pessoa está em dificuldade.

    - Se posicionado no pilar do ano a ajuda vem de longe ou pode ser de uma mudança.

    - Se posicionado no pilar do mês a ajuda vem dos pais.

    - Se posicionado no pilar do dia a ajuda vem do casamento, do parceiro e se há dificuldades no casamento sempre alguém ajuda.

    - Se posicionado no pilar da hora a ajuda vem dos filhos ou de alguém que está sob seu comando, subalternos.

    Se não aparece no mapa, pode ser que venha com os pilares de sorte, se isso ocorre, a ajuda dura enquanto o pilar de sorte durar. 

    Prosperidade: Para um pilar forte, traz prosperidade, já num pilar fraco é ruim. 

    Espada: Boa para dinheiro num mapa fraco, traz problemas físicos num mapa forte. É associada à violência e agressividade. Bom para quem trabalha com concorrência. 

    Inteligência: Boa para exames e estudos em geral num mapa forte, num mapa fraco é debilitador. 

    Carruagem de Ouro: Indica status. 

    Flor Erótica – a Bela flor de Pêssego vermelha: Indica pessoas sexualmente atrativas e com fortes impulsos sexuais, numerosos relacionamentos. Charmosa, convincente. Pode ser um demônio, por indicar falta de disciplina sexual. Se o elemento for favorável será um deus, caso contrário um demônio. Se vier com os pilares de sorte, no período a pessoa estará mais sedutora. 

    Ramo do dia Estrela do General Cobertura Elegante Cavalo do Correio Flor de Pêssego Roubo Morte
    Macaco

    Rato

    Dragão

     
    Rato
     
    Dragão
     
    Tigre
     
    Galo
     
    Serpente
     
    Javali
    Javali

    Coelho

    Cabra

     
    Coelho
     
    Cabra
     
    Serpente
     
    Rato
     
    Macaco
     
    Tigre
    Tigre

    Cavalo

    Cachorro

     
    Cavalo
     
    Cachorro
     
    Macaco
     
    Coelho
     
    Javali
     
    Serpente
    Serpente

    Galo

    Búfalo

     
    Galo
     
    Búfalo
     
    Javali
     
    Cavalo
     
    Tigre
     
    Macaco
     

    Verificar o ramo (animal) do dia.

    Estrela do General: Possibilidade de carreira política ou militar, indica facilidade de comando.

    Cobertura Elegante: Traz tendência artística, filosófica e religiosa, leva as pessoas a viver num mundo irreal, tendências escapistas e elucubração.

    Cavalo do Correio: Mostra viagens e mudanças freqüentes se for favorável, pode mostrar também negócios no exterior. Pode trazer aventuras em viagens, facilidade de meditação, projeção astral, etc.

    Flor de Pêssego: Se está posicionada no pilar do ano ou mês, é a flor de pêssego interna, mostra bom relacionamento entre parceiros, marido e esposa. Pode ser ativada a partir do braço do ano para melhorar os relacionamentos.

    Se posicionada na hora, chamada flor de pêssego externa, mostra relacionamento extraconjugal.

    Roubo: Traz algo negativo, não necessariamente o roubo, mas ser enganado se for ruim no mapa, caso contrário a pessoa tende a enganar e trapacear.

    Morte: Não indica forçosamente morte, nem acidente, indica grande capacidade de planejamento. Se desfavorável traz processos advindos do parceiro. 

    Ramo do dia Solitária Abandono
    Javali

    Rato

    Búfalo

     
    Tigre
     
    Cachorro
    Tigre

    Coelho

    Dragão

     
    Serpente
     
    Búfalo
    Serpente

    Cavalo

    Cabra

     
    Macaco
     
    Dragão
    Macaco

    Galo

    Cachorro

     
    Javali
     
    Cabra
     

    Tanto a Estrela solitária quanto a Estrela do Abandono querem dizer a mesma coisa. 

    Prejudica os relacionamentos, pode indicar infortúnios em relação à família, como separação, viuvez ou abandono. 

     

     

    13- Resultados

    Os Quatro Pilares do Destino podem ser utilizados por acupuntores para encontrar os melhores horários de tratamento para seus clientes. Conhecer os horários de abertura dos vasos maravilhosos, fazer recomendações de alimentação, terapias auxiliares e hobbies para seus pacientes, assim como escolher o tratamento adequado não só ao paciente, como ao momento.

    Terapeutas podem conhecer melhor previamente a reação de seus pacientes ao tratamento empregado e entender por que um tipo de tratamento funciona maravilhosamente em algumas pessoas e não em outras.

    Terapeutas florais podem usar os Quatro Pilares do destino para entender melhor os bloqueios de seus pacientes. Por meio dos 5 elementos, podem escolher com melhor precisão a essência indicada à pessoa ou a influência momentânea pela qual ela está passando, sem depender apenas da narrativa de seus problemas por parte da pessoa tratada. Se você trabalha com saúde integral, Quatro Pilares do Destino é uma ferramenta perfeita para lhe dar as informações não só sobre a pessoa, seus problemas, suas fases de vida, mas também, e mais importante do que isso, lhe permite avaliar as fases pelas quais ela está passando, passou e passará, indicando o que fazer em cada uma delas.

    Diversos sistemas astrológicos podem lhe dar informações comportamentais, de temperamento, falar de fases, mas os Quatro Pilares vão muito além disso, uma vez que indica ao mesmo tempo o problema e a solução. Essa parte do tema é  sub-dividida em módulos, que incluem cálculo, análise estrutural de relacionamento, de saúde, de alimentação, de potencial de trabalho, análise de fases, influências periódicas, recomendações de equilíbrio, etc. 

     

    14- Conclusões

    É um vasto conhecimento na arte astrológica chinesa, englobando vários aspectos da sabedoria chinesa, como meridianos de energia e chacras, e até mesmo podendo indicar uma alimentação que os 4 pilares do destino é muito mais fundamentada que a Astrologia Ocidental.

     

    15- Referências Bibliográficas 

    Sacramento, Silvia –  Instituto Ming Tang, Curso de Ba Zi

                      Anotações em aula, também foram consultadas.

    Autor: : Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    As Emoções Na Fitoterapia

    TCC - Trabalho de Conclusão de Cursos

    RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD - Terapeuta Holístico - CRT 38326 

     RESUMO                                                                 .

    Aprendemos a enxergar a natureza das plantas de tal forma, que cada espécie aparece disposta dentro de um organismo global do Reino Vegetal, do mesmo modo como cada órgão humano aparece disposto dentro do organismo do Ser Humano.  A rigor, as plantas, para realmente crescerem, devem ter também uma espécie de sensibilidade. Consideramos também a ciclícidade, que é a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS vão formar o Zodíaco, o que pode ser correlacionado com as nossas emoções (nossas águas). Os Terapeutas Holísticos sabem disto.

    Certamente os estudos da presente Monografia são conhecidos; mas é preciso reconhecê-los a partir dos fundamentos aqui tratados, pois do contrário, nos afastaremos ainda mais da tradição, pelo emprego das novidades.

    CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO.

    1.1 O presente trabalho não tem propriamente a pretensão de ser uma tese que esgote o tema num sentido acadêmico, não vamos falar aqui de remédios porque as plantas, a rigor, não conseguem realmente adoecer, tampouco de um processo de cura, e sim de um processo inverso.

    1.2 As plantas não são compreensíveis por si. Ao se tratar de plantas, precisamos, portanto, não somente erguer os olhos para os Elementos: Vegetal, Animal, Mineral e Humano; precisamos também consultar o Universo. Porquanto toda a vida provém do Universo inteiro, e não apenas daquilo que a vida nos entrega.

    1.3 A Natureza é um conjunto, e de todos os lados atuam forças. Quem tiver um sentido aberto para a evidente atuação das forças, esse compreenderá a Natureza. Entretanto, o que é feito hoje? Exatamente o contrário do que realmente se deve fazer para obter tal compreensão. No entanto, quando vierem a encontrar o caminho do Macrocosmo, as pessoas voltarão a compreender algo da Natureza e muitas coisas mais.

    1.4 Também é verdade que nesse sentido, aqui se trata inteira e naturalmente de pontos de vista dirigidos à natureza dos trabalhosFITOTERÁPICOS combinados com a Psicoterapia, e não de quaisquer teorias.

    1.5 Entretanto, não somos infantis para acreditar nas definições da ciência contemporânea que atua na vizinhança imediata das plantas ou no seu ambiente imediato. Todo o céu e suas estrelas, participam da vegetação! Precisamos saber disto.

    1.6 Com certeza as pessoas nem sabem, hoje, como se alimentam o homem e o animal; o que dizer então da planta? As pessoas crêem que a nutrição consiste em o Ser Humano comer as substâncias do seu entorno. Ele as introduz na boca e em seguida elas chegam ao estômago. Ali uma parte é reservada e uma parte vai embora. Depois disso, a primeira é utilizada, indo também embora a seguir. Depois disso é novamente reposto. Atualmente imaginamos a nutrição de um modo totalmente externo.

    1.7 Entretanto, não são com os alimentos absorvidos pelo estômago do Ser Humano que são reconstituídos os ossos, os músculos e os demais tecidos, pois isto só vale claramente para a cabeça humana. A disgetão, absolutamente não se forma pela alimentação recebida pela boca, porém são absorvidas pela respiração e até mesmo pelos órgãos dos sentidos a partir de todos os arredores. No Ser Humano se realiza continuamente um processo pelo qual o que é absorvido pelo estômago flui, por sua vez para baixo, disto constituindo-se os órgãos do sistema digestivo ou os membros.

    1.8 Estes são assuntos que precisarão ser ponderados por inteiro. Por esse motivo temos esta separação entre a teoria e a prática.

    1.9 Por outro lado, ficar satisfeito com a presente Monografia é, naturalmente, uma questão que provavelmente se tornará cada vez mais discutível, embora queiramos fazer tudo para também nos entender-mos em várias discussões a respeito do que houver sido aqui exposto.

    1.10 Quando se tem uma planta crescendo na terra, tomá-la como é, dentro de seus limites estreitos, constitui no momento um disparate, por ser uma planta, em seu crescimento, talvez dependente de incontáveis condições que absolutamente não se manifestam sobre a terra, mas em suas imediações cósmicas.

    1.11 E assim se explica muita coisa, e na vida prática se organiza muita coisa como se tivéssemos a ver somente com as coisas estreitamente limitadas, e não com os efeitos provenientes do mundo inteiro.

    1.12 Hoje em dia as pessoas recebem prescrições de quantos gramas de carne deve comer, quanto de líquido deve beber e etc., – algumas pessoas têm a seu lado uma balança-, pesando tudo o que vai para o seu prato. É evidente que isto é bom. Mas para que isso coincida com a Fisiologia Humana adequada, é preciso saber também que é bom que tais pessoas sintam fome caso ainda não lhe baste o que foi pesado. É bom que o instinto ainda se manifeste.

    1.13 O solo é um órgão real, um órgão que se quisermos, poderemos eventualmente compará-lo ao diafragma humano. Chegamos a essa idéia, dizendo-nos o seguinte: acima do diafragma, se encontram, no Ser Humano, determinados segmentos e órgãos- sobretudo a cabeça e aquilo que abastece o homem de respiração e circulação, e abaixo do diafragma, estão outros órgãos e segmentos.

    1.14 Tudo que está na proximidade imediata da terra – como o ar, os vapores e também o calor, em cujo âmbito estamos, em cujo âmbito nós próprios respiramos, e de onde tudo isso provém, isto é, de onde as plantas recebem, juntamente conosco, esse calor, esse ar exterior e também essa sua água exterior-, corresponde ao que no homem, é a região abdominal.

    1.15 Admita-se que haja uma planta crescendo para o alto a partir da raiz. Na extremidade do caule forma-se o grãozinho de semente. As folhas e as flores se estendem para fora. Ora, vejam: na folha e na flor se encontra aquele lado terrestre no feitio e também no preenchimento com o ELEMENTO TERRA, de forma que o motivo pelo qual uma folha ou um grão intumesce e absorve as substancialidades interiores, e assim por diante, reside no que adicionamos o ELEMENTO TERRA à planta.

    1.16 Observem as verdes folhas vegetais. Elas carregam o aspecto do ELEMENTO TERRA em sua forma, em sua espessura, em sua cor verde. Entretanto não seriam verdes se nelas não vivesse também a força cósmica do Sol. Chegando-se, porém, até a inflorescência colorida, vê-se que nela não vive apenas a força cósmica do Sol, mas também aquele apoio que as forças cósmicas do Sol recebem – pelo menos- dos planetas Marte, Júpiter e Saturno, só quando vemos a vegetação neste contexto é que podemos olhar para a Rosa enxergando em sua cor avermelhada a força de Marte.


    1.17 – Ao observarmos o Girassol Amarelo: é inteiramente correto denominá-lo “Flor do Sol”; ele só é chamado assim por causa de sua forma, sendo que por seu tom amarelo, deveria realmente ser chamado de “Flor de Júpiter”, pois a força de Júpiter, apoiando a força cósmica do Sol, produz nas flores as cores branca e amarela.

    1.18 Quando nos deparamos com uma Tanchagem, ou seja uma chicória selvagem com sua cor azulada, devemos pressentir nessa cor azulada a atuação de Saturno, que apóia a influência do Sol. Temos, portanto, toda possibilidade de ver Marte na inflorescência vermelha, Júpiter na branca e amarela, Saturno na inflorescência azul, enquanto na folha verde vemos o próprio Sol.

    CAPÍTULO 2. MATERIAL.

    2.1 A presente Monografia tem como referência: os resultados de atendimentos realizados; o Curso de FITOTERAPIA Turma 2008 promovido pelo SINTE – Sindicato dos Terapeutas, sito na Alameda Santos 211- conj. 1403- Cerqueira César- São Paulo – Brasil CEP 01419-000, site www.sinte.com.br, e-mail contato@sinte.com.br , através da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística; a formação do autor como Psicoterapeuta Holístico e a sua certificação, entre outros, em: Psicoterapia; Leitura Corporal; Terapia Corporal, Antroposofia; Teosofia, Filosofia; assim como a Monografia A ANÁLISE DA IMAGEM HOLISTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA.

    CAPÍTULO 3. METODOLOGIA.

    3.1 O OXIGÊNIO.

    3.1.1 É pelo processo respiratório que absorvemos o oxigênio. O oxigênio vive, por toda parte, no ar que nos circunda. No ar respiratório, a parte vivente do oxigênio está morta para que não desmaiemos por causa do oxigênio vivo. O oxigênio à nossa volta precisa ser morto. Porém desde o nascimento o oxigênio é o portador da vida, do etérico. Ele também se torna imediatamente portador da vida quando extrapola a esfera de tarefas que lhe é atribuída por precisar envolver-nos, a nós Seres Humanos externamente pelos sentidos.

    3.1.2 Por outro lado, ao penetrar pela respiração em nosso interior, onde pode viver, ele se torna vivo. O oxigênio que circula dentro de nós não é o mesmo que nos envolve externamente. Dentro de nós é um oxigênio vivo. O oxigênio é “irmão” do nitrogênio, do carbono, do hidrogênio e do enxofre. Uma folha, uma flor ou uma raiz são dependentes dessas matérias- não são autônomos-. Só se tornam independentes por um de dois caminhos; ou quando o hidrogênio leva tudo isto para fora, ou então quando o hidrogênio impele para dentro.

    3.2 O MILEFÓLIO.

    3.2.1 Milefólio (Achillea millefolium ou mil - folhas). O Milefólio é uma planta maravilhosa; toda planta o é, mas quando a comparamos com qualquer outra flor, podemos sentir como ela é. Ela contém carbono, nitrogênio e assim por diante. O Milefólio se apresenta na Natureza como se um criador qualquer de plantas tivesse nela um modelo para levar corretamente o enxofre, em proporção adequada, às outras substâncias vegetais. Diríamos que em nenhuma outra planta a Natureza consegue tal perfeição no emprego do enxofre como no Milefólio, e quando se está familiarizado com a atuação do Milefólio no organismo animal e humano, é quando se sabe como esse Milefólio, ao ser introduzido de forma correta no âmbito biológico, consegue efetivamente melhorias em quase tudo.

    3.2.2 O Milefólio não é nocivo, mas pode tornar -se importuno – do mesmo modo como certas pessoas simpáticas atuam na sociedade por mera presença, e não pelo que dizem, assim o Milefólio atua numa região onde cresce em abundância graças a sua presença, e de modo extraordinariamente favorável.

    3.2.3 Com o Milefólio, também se pode fazer o seguinte: tome-se a parte alta das inflorescências, as inflorescências em forma de guarda-chuva. Quando se dispõe de Milefólio natural, pode-se colhê-las o mais fresca possível e em seguida deixá-las apenas secar por um período muito curto. Nem é preciso deixá-las secar muito. Não conseguindo obter o Milefólio fresco, mas apenas o que se pode adquirir nas lojas especializadas, antes de empregá-lo tente espremer o suco das folhas, que pode ser obtido por um cozimento da folhagem seca, e regue-se a inflorescência com um pouco desse suco.

    3.3 A CAMOMILA.

    3.3.1 A Camomila (Chamomilla officinalis). Não se pode dizer que a Camomila se distingue por conter intensamente potassa e cálcio. No entanto, a Camomila elabora adicionalmente o cálcio e, desse modo, aquilo que pode contribuir em essência para excluir da planta aqueles efeitos frutificantes nocivos, mantendo-a em bom estado de saúde; é maravilhoso que a Camomila contenha também um pouco de enxofre, pois precisa elaborar juntamente cálcio.

    3.3.2 É realmente verdadeira a Camomila que se encontra, por aí junto aos trilhos da estrada de ferro.

     

                                                                   3.4 O DENTE- DE LEÃO.                                             .                                                                                             

    O Dente-de-Leão (Taraxacum officinalis), em qualquer região que cresça, é extraordinariamente benfazejo. Porque ele é o mediador do ácido silícico. O Dente-de-Leão; porém deve ser empregado de forma correta quando se quer torná-lo atuante.

                                                         3.5 A CAVALINHA.

    A Cavalinha (Equisetum arvense) exerce indiretamente, notável influência sobre o organismo humano, pela função renal, não ainda sendo possível averiguá-lo em minúcias nem deduzi-lo.

               3.6 OS QUATRO ELEMENTOS NO PENSAMENTO PRÉ-SOCRATICO.

    3.6.1 TALES DE MILETO (?-425 a. C.). Partiu do princípio da unidade de tudo e considerava a ÁGUA o elemento primordial onde tudo se originava.

    3.6.2 ANAXIMANDRO (610-550 a.C.). Diz que não é nenhum elemento determinado, mas “tudo inclui e tudo governa...”.

    3.6.3 DEMÓCRITO (460-370 a.C.). Desenvolveu a teoria sobre a constituição da matéria: ela seria composta por átomos.

    3.6.4 ANAXÁGORAS (500-428 a.C.). Partiu do princípio de que a Natureza era composta por uma infinidade de partículas minúsculas e invisíveis, que chamava sementes. Dizia que na menor das partes existe um pouco de tudo.

    3.6.5 ANAXÍMENES (550-486 a.C.). Dizia que existe como origem de tudo uma realidade, submetida ao julgamento da experiência, ainda que num sentido indeterminado. Este princípio será o AR, elemento invisível e imponderável e, no entanto observável: o AR é a própria vida. ANAXÍMENES explica que a rarefação do AR produz o calor; a condensação o frio; uma condensação cada vez mais forte produz sucessivamente vento, nuvem, chuva, TERRA e rocha.

    3.6.6 EMPÉDOCLES DE ACRAGAS (490-430 a.C.). Diz que não há nada de semelhante a uma unidade primeira, mas em seu lugar, uma pluralidade de elementos primeiros, que chama de “raízes”, “as raízes de tudo”. Em número de quatro, colocadas todas elas sobre o mesmo plano, igualmente vivas e divinas, cada qual inalterável em sua qualidade própria e concebível como conjunto de partículas homogêneas, são elas, o FOGO, a TERRA, o AR, e a ÁGUA. Suscetíveis de se moverem e de se misturarem.

    3.6.7 Os Pensadores Pré-Socráticos são – pelo menos os maiores- iniciadores: no começo histórico da livre reflexão, conservam por isso mesmo um privilégio que poderia ser o de um frescor originário onde seria de boa inspiração ir frequentemente re-temperar, re-visitar e renovar o mais absoluto modernismo.

         3.7 OS QUATRO ELEMENTOS, SUAS QUALIDADES E SUAS EMOÇÕES.

    Consideremos agora o tema da ciclícidade, que é também a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS são chamados de triplicidade e as qualidades também chamadas de gunas, quadruplicidade ou cruzes vão formar o Zodíaco. Sabemos que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos do Zodíaco através dos QUATRO ELEMENTOS e das suas emoções.

                               3.7.1 OS SIGNOS DO ELEMENTO AR.

    Os signos de AR são considerados úmidos e quentes. Então o ELEMENTO AR que é caracterizado pelos signos de Gêmeos, Libra e Aquário tem uma tendência mais jovial, o úmido representa o flexível e o quente é expansivo. Os antigos relacionavam o ELEMENTO AR ao temperamento sanguíneo.

                                 3.7.2 OS SIGNOS DO ELEMENTO FOGO.

    3.7.2.1 Sabemos que o ELEMENTO FOGO é também expansivo, ou seja extrovertido, mas também seco e, portanto, não se dobra, é mais rígido, ele quer dobrar o mundo à sua vontade, se impor ao mundo ao invés de receber dele a sua influência. Desta forma, os signos de Áries, Leão e Sagitário tem fama de ser mais mandões, auto-suficientes ou exagerados na sua auto-afirmação. Os antigos atribuíam ao ELEMENTO FOGO o temperamento colérico.

    3.7.2.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO FOGO: Alecrim; Lavanda; Angélica; Manjerona; Melissa; Milefólio; Passiflora e Salvia., e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO FOGO às emoções de excitação/apatia.

                              3.7.3 OS SIGNOS DO ELEMENTO TERRA.

    3.7.3.1 Os signos de Touro, Virgem e Capricórnio, representam o ELEMENTO TERRA. Como se sabe são secos e frios, o que quer dizer que permanece aquela tendência de se firmar perante o mundo, de dobrar circunstâncias perante a sua própria vontade, mas por outro lado, o frio já tem emoções mais para dentro, mais introspectivas, por isso os antigos relacionavam o ELEMENTO TERRA ao temperamento melancólico.

    3.7.3.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO TERRA: Calêndula; Cavalinha; Lavanda; Tomilho; Angélica; Artemísa; Bardana;Camomila; Coentro; Hortelã; Limão; Malva; Manjericão; Melissa; Salvia e Tanchagem, e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO TERRA à reflexão/dúvida e insatisfação.

                                 3.7.4 OS SIGNOS DO ELEMENTO ÁGUA.

    3.7.4.1 No ELEMENTO ÁGUA, temos o temperamento flegmático, porque apesar de ter emoções intensas, introspectivas ou frias e de ser voltado para dentro de si, é o contrário do expansivo que é quente. Acrescenta-se que o ELEMENTO ÁGUA tem ainda o temperamento úmido, ou seja, que tenta se adaptar. O ELEMENTO ÁGUA tem um certo efeito esponja, ele assimila as demais tendências do ambiente e pode ter pouca defesa. Por isso por exemplo, o Peixe tende ao isolamento, o Escorpião tende a querer se vingar, e o Câncer se escaramuja dentro de casa e com a família, daí o símbolo do caranguejo que carrega a casca e a casa consigo, são temperamentos um pouco mais defensivos e hipersensíveis, são signos que correspondem ao temperamento fleumático dos antigos.

    3.7.4.2 HENRIQUE VIEIRA FILHO, em sua obra FITOTECA EM CINCO MOVIMENTOS página 23, classifica como interação entre Yin e Yang no ELEMENTO ÁGUA: Alecrim; Cavalinha; Lavanda; Tomilho; Dente-de-Leão; Limão; Milefólio, Passiflora e Sálvia, e ás pg. 38 relaciona o ELEMENTO ÁGUA ao medo/força.

                              3.7.5 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO TERRA.

    3.7.5.1 A partir do conhecimento das quadruplicidades dos ELEMENTOS, temos a capacidade de distinguir claramente qual é a especificidade de cada um dos ELEMENTOS. Por exemplo: vamos observar os signos do ELEMENTO TERRA: Capricórnio, o semeador, que é o mais ativo.

    3.7.5.2 Depois Touro, que é o mais passivo, que sabe esperar, e é o mais perseverante, que mantém posição, que cuida, que protege a vida, que evita que qualquer coisa acidental aconteça, por isso ele não gosta de mudança e não quer correr perigo. Touro protege, como a mãe grávida de nove meses, toma todos os cuidados, porque trará uma vida ao mundo.

    3.7.5.3 Por último encontramos o signo encontramos o signo de Virgem que representa a colheita. Primeiro surge o grão do plantio, que é semeado no período do Capricórnio, germinado no Touro, para ser colhido em Virgem. O signo de Virgem representa a atitude classificadora que discrimina, que separa o grão ruim do bom, ou vai separar o joio do trigo, tendo aí um elemento de discernimento.

    3.7.5.4 O ideal do ELEMENTO TERRA é a busca de segurança no Plano Material.

                            3.7.6 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO ÁGUA,

    3.7.6.1 Com esse entendimento, compreenderemos melhor agora a especificidade dos signos do ELEMENTO ÁGUA, dos quaisCâncer é o que mais tenta realizar externamente o ideal do ELEMENTO ÁGUA que é a buscar a segurança no Plano Emocional.- nossas águas-.

    3.7.6.2 Então, os signos do ELEMENTO ÁGUA buscam segurança das emoções, e isso na forma de ação está mais exteriorizado na família, motivo da fixação do caranguejo ou Câncer, em tomar a iniciativa de criar uma família estável e se dedicar aos filhos, aos pais, toda essa inter-relação familiar. O signo de Câncer rege o estômago e as glândulas mamárias e representa a maternidade e a ação de proteção da família.

    3.7.6.3 O próximo signo do ELEMENTO ÁGUA é o Escorpião, que é um signo de emoções fixas, por isso ele tem a fama de vingativo, porque não quer que as emoções mudem, e qualquer fonte de contrariedade ou perturbação emocional trará uma reação igualmente proporcional.

    Quando se fala de idéia fixa, fala-se de Aquário por que as idéias são representadas pelo ELEMENTO AR. Sabemos que a emoção fixa, quando contrariada, é obsessiva e vingativa, correspondendo ao lado sombrio de Escorpião que tem aquela emoção concentrada em atingir o objetivo, sendo para ele uma questão de tudo ou nada, de vida ou de morte, vai ou racha, que caracteriza o seu lado destemido e determinado, mas também radical.

    3.7.6.4 O último dos signos do ELEMENTO ÁGUA é Peixes – ele é mais transcedentalista, tem menos defesa para este mundo. É um signo mais sonhador que busca a colheita das emoções sublimadas ou na transcendência espiritual.

    3.7.7 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO AR.

    3.7.7.1 O signo de Libra busca expressar os ideais da justiça, da beleza, da harmonia, seja nas atividades artísticas, ou no equilíbrio das Leis.

    3.7.7.2 O signo de Aquário de alguma forma é o signo da fraternidade, da amizade, mas como todos os signos do ELEMENTO AR, é à vezes um pouco distante, preferindo a independência e a liberdade.

    3.7.7.3 O signo de Gêmeos é o que mais dúvidas têm - por ser dominado pela curiosidade. É o signo mais imprevisível e muitas vezes não consegue fazer uma coisa só, e quer fazer duas ao mesmo tempo. Porém Gêmeos tem uma flexibilidade mental extraordinária , uma adaptação para o diálogo e para aprender novos idiomas, que é a sua grande virtude. Na verdade, ele é capaz de dançar duas músicas ao mesmo tempo, e assobiar e chupar cana.

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

                          3.7.8 A ESPECIFICIDADE DO ELEMENTO FOGO.


    3.7.8.1 O signo de Áries, vem para decidir, para se impor sobre o ambiente, para nascer, para conquistar seu espaço e sua auto-afirmação. Ele é representado no corpo humano, pela cabeça, que é a primeira parte do corpo que nasce. Vai direto à ação e é impulsivo.

    3.7.8.2 O signo de Leão, não vai tanto à ação, mas manda os outros irem. O signo de Leão é mais comandante, ele senta no trono e indica quem deve fazer o que, organiza a casa, da um urro e “..., cada macaco no seu galho”.

    O signo de Leão estabelece limite nas coisas e impõe disciplina. É também muito presente, com o seu calor humano ele protege as pessoas, por isso representa a função paternal. Às vezes é um pouco interferente porque ele quer dirigir todas as coisas de acordo com a sua vontade, de acordo com as suas normas, por isso pode ser um pouco rígido e teimoso.

    3.7.8.3 O signo de Sagitário, é mais filosófico, é uma mistura de Áries com Leão. Tem a impulsividade de Áries, é rápido como uma flecha para chegar direto ao assunto, por isso é representado por uma flecha. “Sagitta”, em latim, quer dizer “flecha”, “Sagittarius”, o arqueiro.

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

                 3.8 A CARACTERÍSTICA DOS APÓSTOLOS NA ÚLTIMA CEIA.


    3.8.1 OS SIGNOS DAS QUATRO ESTAÇÕES DO ANO E OS APÓSTÓLOS.

    Lembrando-nos das características dos Apóstolos na Última Ceia de Leonardo da Vinci (1452-1519), um afresco, um mural pintado em 1495-9, no refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, que se encontra na cidade de Milão, na Itália, veremos que cada um dos quatro grupos de três Apóstolos, sempre da direita para a esquerda, o primeiro está numa posição inicial, depois o segundo está no meio e o terceiro apóstolo já está no fim da Estação.

    3.8.2 A PRIMEIRA ESTAÇÃO DO ANO. PRIMAVERA.

    Na primeira Estação do Ano está representada a PRIMAVERA, por Áries, Touro e Gêmeos, representados por Simão, Judas Tadeu e Mateus, respectivamente.

    3.8.3 A SEGUNDA ESTAÇÃO DO ANO. VERÃO.

    Temos o VERÃO representado por Câncer, Leão e Virgem, representados, respectivamente, por Felipe, Tiago Menor e São Tomé.

    3.8.4 A TERCEIRA ESTAÇÃO DO ANO. OUTUNO.

    Observamos na seqüência o OUTONO que é representado por Libra, Escorpião e Sagitário, representado por São João, Judas Iscariotes e São Pedro.

    3.8.5 A QUARTA ESTAÇÃO DO ANO. INVERNO.

    O INVERNO, está representado por André, Tiago Maior e Bartolomeu, respectivamente. Bartolomeu é o único Apóstolo que têm os pés na luz.

    3.8.6 Quando entendermos melhor como se aplica o úmido e o seco, o quente e o frio, veremos que aquele centro em torno do qual tudo converge, e que na Última Ceia de Leonardo da Vinci é justamente o ponto equilibrante do quadro, é o Cristo, que na verdade, ele não é nem quente , nem úmido tampouco seco, ele é considerado pelos religiosos o equilíbrio perfeito e imparcial entre todas as tendências.

    3.8.7 O nosso desiderato aqui foi demonstrar aos Terapeutas Holísticos, que de certa maneira, os doze signos representam correlações de polaridades opostas, e que existe toda uma simbologia astrológica, que Carl Gustav Jung (1875-1961) valorizava, ao afirmar:

    “A astrologia merece o reconhecimento da psicologia, porque a astrologia representa a soma de todo o conhecimento psicológico da antiguidade”.(TRES iniciados O CABALION. São Paulo, Editora Pensamento, 1994 p. 24).

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.



    4.1 Os Chakras, também chamados “plexus”, “padmas” ou “lótus”: na teoria hindu, adotada por muito ocultistas ocidentais, são pontos em que se ligam o corpo físico e o corpo astral, ou sutil, e centros de energia física. O ocultismo hindu reconhece 88.000 deles, mas considera apenas trinta suficientemente importantes para ter nome próprio. Há sete Chakras principais próximos ao corpo físico. A palavra Chakra é sânscrita e também significa giro ou roda.

    4.2 Os Chakras são de importância vital, pois é por meio deles que a força vital e as energias entram no corpo físico sendo então direcionadas para qualquer área com desequilibro, e uma vez tenha sido absorvida essa força equilibradora, ela revitaliza a área devolvendo-lhe o estado de equilíbrio.

    4.3 Os religiosos afirmam que em Jesus todos os sete Chakras principais funcionavam perfeitamente, e estavam corretamente despertos e energizados – daí o homem perfeito. Esse é o exemplo pode ser uma promessa válida para cada um e todos nós.

    4.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra FITOTERAPIA EM CINCO MOVIMENTOS à pág. 15, afirma no tópico PONTOS DE ALARME SISTÊMICO que “As tradições milenares chinesas trouxeram aos nossos dias a teoria dos, assim traduzidos “meridianos”, que são caminhos de energia que circulam junto ao corpo e que refletem nosso estado holístico (físico, emocional, social, etc,etc...). Em tese, são infinitos... Contudo, como nosso objetivo é ser prático, trabalharemos com 12 principais”. Neste sentido, somente destacaremos os Chakras relacionados com os doze “medianos”.

    4.5 A parte sacral do segundo Chakra é responsável pelo correto funcionamento dos órgãos reprodutores. O segundo Chakra é chamado de esplênico, conhecido como o energizador, ou vitalizador, pois é por meio dele que muito da energia cósmica flui para o interior do corpo, o pâncreas, a vesícula biliar, o baço e os intestinos, prevenindo o espasmo muscular e a cãibra.

    4.6 O terceiro Chakra é responsável pelos desequilíbrios nervosos, digestivos, vesícula biliar, rins, erupções na pele, etc. O terceiro Chakra é há muito tempo considerado o centro emocional psicossomático onde o medo, o nervosismo e a preocupação, tendem a causar um “frio na boca do estômago”.

    4.7 O quarto Chakra traz a harmonia. A glândula Pituitária é também estimulada a partir daqui. E isso tende a trazer algum controle a todas as glândulas. A circulação também é controlada daqui: o mesmo acontece com o Sistema Nervoso Autônomo. O Nervo Vago funciona em conjunção com a pulsação do coração, e se pulsa demais, isso pode ser trazido sob controle mediante uma pressão gentil com as pontas dos dedos sobre os olhos (pressionando cada olho).



    CAPÍTULO 4. RESULTADOS.


    4.1 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A FITOTERAPIA combinada com as demais técnicas Psicoterapêuticas impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno.

    4.2 Os sinais e os sintomas percebidos e verbalizados pelo Terapeuta Holístico, progressivamente, levam o Cliente, a desenvolver o autoconhecimento e a rápida aceitação das demais técnicas Psicoterapêuticas, validando e aceitando os processos de transformação que são orientados por suas principais queixas.


    CAPÍTULO 5. DISCUSSÃO.


    5.1 Vimos neste trabalho a forma de enxergar a Natureza das plantas, e em apertadas sínteses as vantagens do Milefólio, da Camomila, do Dente-de-Leão e da Cavalinha, todas também de usos possíveis como técnica suplementar na FITOTERAPIA e na Psicoterapia Holística.

    5.2 Vimos também, que nos Pensamentos Pré-Socráticos, notadamente em Empédocles, que concebeu como conjunto de partículas homogêneas o FOGO, a TERRA, o AR e a ÁGUA, colocando-os sobre os mesmo planos igualmente vivos e divinos suas qualidades próprias e inalteráveis.

    5.3 Está evidenciado na ampla bibliografia existente que os Pensamentos Pré-Socráticos também fazem parte integrante dos CINCO MOVIMENTOS CHINESES, no qual se apóia, entre outros, a FITOTERAPIA.

    5.4 Vimos também a idéia da evolução de como os Quatro Elementos vão formar o Zodíaco, sabendo-se que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos através dos Quatro Elementos.

    5.5 Por fim, vimos às relações entre os Chakras e os Meridianos.

    5.6 A comparação da linha seguida por esta Monografia com a bibliografia existente poderia ser fundamentada no princípio orientador da Monografia ora apresentada que leva também em considerações os aspectos sócio-somato-psíquicos, em que as interações das estruturas física, dinâmico funcional e psíquico correspondentes, podem ser reveladas.

    5.7 Por outro lado, a bibliografia especializada é estreitamente limitada no enfoque das técnicas de “como fazer”, “como não fazer” e “para o que serve”, etc. Não menos importante, e talvez melhor do que tudo isso, pôde ser aprendido pelo autor no Curso deFITOTERAPIA turma 2008, objeto da presente Monografia. Porém, não há razões para discordar dos diversos autores que já publicaram seus livros com objetivos específicos, merecem aplausos! Deixamos para os Terapeutas Holísticos e para a Comunidade de Estudos Avançados em Psicoterapia Holística, se for o caso, a ampla discussão sobre a presente Monografia.


    CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES.


    6.1 Considerem este trabalho como resultados da intervenção em vários atendimentos, de estudos e pesquisas realizados pelo autor. É uma opção que abrange a complexidade da FITOTERAPIA com os estados humanos em conjugação com o somático, dos pontos de vista objetivo, subjetivo e psíquico,

    6.2 O desiderato do autor em apresentar as especificidades dos Quatro Elementos é para que a mesma seja amplamente discutida, testada, validada e, finalmente, que os Terapeutas Holísticos, a utilizem como um equipamento suplementar do seu atendimento. Neste modelo não há irracionalismos.




    6.3 Observamos sempre fenômenos físicos e químicos ao nosso entorno. Quase tudo que nos cerca é considerado matéria (tudo que tem massa e ocupa lugar no Universo), o ELEMENTO AR, o ELEMENTO ÁGUA, o ELEMENTO TERRA, o ELEMENTO FOGO, os movimentos MADEIRA e METAL, etc. A matéria é formada pelo hidrogênio e pelo oxigênio.

    6.4 Todos os vegetais são seres multicelulares e eucariontes. Também são autótrofos, ou seja, capazes de produzir o seu próprio alimento e o fazem por meio do processo chamado fotossíntese.

    6.5 As plantas possuem um pigmento de cor verde chamado de clorofila. A clorofila ocorre na presença do ELEMENTO ÁGUA e da luz Solar, exigindo também gás carbônico obtido do ELEMENTO AR. Nesse processo, são produzidos açúcar, O ELEMENTO ÁGUA e o oxigênio (ELEMENTO AR), que é lançado de volta à atmosfera. O ELEMENTO ÁGUA quando adicionado ao açúcar produzido na fotosíntesse, é o combustível natural da planta.

    6.6 As folhas são os órgãos responsáveis por importantes funções para a planta que são: a fotossíntese, a respiração e a transpiração. As folhas normalmente apresentam-se em tipos muito variados devido a sua especialização em relação ao meio em que se desenvolvem. No caso de se encontrarem em regiões de baixa umidade e grande luminosidade, como nos desertos, as folhas apresentam-se pequenas e em pouca quantidade, enquanto que nas regiões de alta umidade e pouca luminosidade, como nas florestas, as plantas apresentam folhas grandes e numerosas.

    6.7 Desde o final do século XIX as plantas são classificadas em suas bases reprodutivas, e a presença ou não de sementes nas plantas é parte fundamental dessa distinção. Elas são na verdade, divididas em dois grandes grupos chamados de Criptogramas (Crípto = oculto) que são o grupo de plantas sem sementes e as Fanerógamas (Fânero= aparente), que são as plantas com sementes.

    6.8 Consideramos também o tema da ciclícidade, que é também a idéia da evolução, e de como os QUATRO ELEMENTOS também chamados de triplicidade e as qualidades também chamadas gunas, quadruplicidade ou cruzes vão formar o Zodíaco. Sabemos que o ciclo das Quatro Estações do Ano pode ser correlacionado com os signos do Zodíaco através dos QUATRO ELEMENTOS e das emoções.

    6.9 A partir do conhecimento das quadruplicidades dos ELEMENTOS, temos a capacidade de distinguir claramente qual é a especificidade de cada um Por exemplo: vamos observar os signos do ELEMENTO TERRA: Capricórnio, o semeador, que é o mais ativo. Depois Touro, que é o mais passivo. Por último encontramos o signo de Virgem que representa a colheita.

    6.10 Passamos para os signos do ELEMENTO ÁGUA que buscam segurança das emoções. A fixação do caranguejo ou Câncer, em tomar a iniciativa de criar uma família estável e se dedicar aos filhos. O signo de Escorpião é um signo de emoções fixas e por isso ele tem a fama de vingativo, porque não quer que as emoções mudem, e qualquer fonte de contrariedade ou perturbação emocional trará uma reação igualmente proporcional.

    6.11 O último dos signos do ELEMENTO ÁGUA é Peixes – ele é mais transcendentalista, tem menos defesa para este mundo. É um signo mais sonhador que busca a colheita das emoções sublimadas ou na transcendência espiritual.

    6.12 Re-visitando o ELEMENTO AR, chegamos ao signo de Libra que busca expressar os ideais da justiça, da beleza, da harmonia, seja nas atividades artísticas, ou no equilíbrio das Leis.

    6.13 O signo de Aquário de alguma forma é o signo da fraternidade, da amizade, mas como todos os signos do ELEMENTO AR, é à vezes um pouco distante, preferindo a independência e a liberdade.

    6.14 O signo de Gêmeos é o que mais dúvidas têm - por ser dominado pela curiosidade. É o signo mais imprevisível e muitas vezes não consegue fazer uma coisa só, e quer fazer duas ao mesmo tempo. Porém Gêmeos tem uma flexibilidade mental extraordinária.

    6.15 O primeiro signo signo do ELEMENTO FOGO é Áries, que vem para decidir, para se impor sobre o ambiente, para nascer, para conquistar seu espaço e sua auto-afirmação. Vai direto à ação e é impulsivo.

    6.16 O signo de Leão, não vai tanto à ação, mas manda os outros irem. O signo de Leão é mais comandante, ele senta no trono e indica quem deve fazer o que, organiza a casa, da um urro e “..., cada macaco no seu galho”.

    6.17 O signo de Sagitário, é mais filosófico, é uma mistura de Áries com Leão. Tem a impulsividade do Áries, é rápido como uma flecha para chegar direto ao assunto, por isso é representado por uma flecha. “Sagitta”, em latim, quer dizer “flecha”, “Sagittarius”, o arqueiro.



    6.18 Re-visitamos também os conceitos das QUATRO ESTAÇÕES DO ANO, então, na primeira está representada a PRIMAVERA, com os signos de Áries, Touro e Gêmeos. Na segunda, temos o VERÃO representado por Câncer, Leão e Virgem. Observamos na terceira, o OUTONO que é representado por Libra, Escorpião e Sagitário.  Na quarta, INVERNO que está representado por Capricórnio, Aquário, Peixes.

    6.19 Também destacamos os Chakras relacionados com os doze “medianos”.

    7. Destarte, a Análise acontece à luz do que todos nos sabemos, e sabemos mais do que se pode imaginar superficialmente, ou já detemos informações em um nível para justificar a aplicação parcial ou total da presente Monografia.

    7.2 Observa-se que a maioria dos Clientes busca no externo o “equilíbrio”. A FITOTERAPIA combinada com Psicoterapia Holística, impõe que o verdadeiro equilíbrio se encontra no interno e que o cultivo de comportamentos que satisfazem mais aos outros do que a si mesmo exige a inibição de vontades e necessidades, limita a expressão, a criatividade, e estimula o predomínio da racionalidade.

    7.3 Através da observação da presente Monografia o Terapeuta Holístico poderá determinar outros procedimentos para sua estratégia, bem como as diretrizes eficazes para a terapêutica holística aplicável, pois em se tratando de uma queixa qualquer, o pensamento abstrato do Terapeuta Holístico nunca deixa de inquirir repetidamente sobre a causa.

    7.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra O MICROCOSMO SAGRADO à pág. 16 afirma que “A planta, de modo geral, simboliza a energia solar condensada e manifesta, um prisma, decompondo o espectro solar em cores variadas. Captam também as forças ígneas da terra.Enquanto manifestações da vida, são inseparáveis das águas, que representam o não manifesto, portadora de todos os germes, das potencialidades, as latências, sendo as plantas a representação do manifesto, da criação cósmica”.







    8. Aquele que desejar firmar os pés nas técnicas básicas de ACONSELHAMENTO, deve ter bem claro, mediante profunda reflexão, que a inquirição sobre a origem da causa da queixa do Cliente deve cessar em algum ponto, pois ao ultrapassá-lo, estará praticando um mero jogo de pensamento, por exemplo:


    8.1 Ao observarmos os “sulcos” em uma pista de pouso, poderíamos inquirir a origem desses sulcos e como resposta teríamos que provêm das rodas de aeronave.


    8.2 Podemos continuar a perguntar: por que foram os sulcos traçados pela aeronave? Sendo respondido: porque a aeronave passou pela pista de pouso.


    8.3 Podemos continuar a perguntar: por que passou pela pista de pouso? Recebendo a resposta: porque transportava pessoas e cargas. Com estas perguntas chega-se finalmente, a saber, quais motivos dos sulcos na pista de pouso. E se não pararmos no fato, perderemos o verdadeiro fio do assunto e permaneceremos num mero jogo de perguntas.


    8.4 HENRIQUE VIEIRA FILHO em sua obra  PSICOTERAPIA HOLÍSTICA à pág. 6 e 7, define “ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudança em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e a habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote”.


    CAPÍTULO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESTRITAS.


    AUBENQUE PIERRE, BERNHARDT JENA, CHÂTELET FRANÇOIS. “História da Filosofia, Idéias e Doutrinas”, 1a edição, Rio de Janeiro-RJ, Editora Zahar Editores, 1973;

    HADDAD LIMA AMIM RAIMUNDO. A ANÁLISE HOLÍSTICA DO CLIENTE E SUA APLICAÇÃO NA PSICOTERAPIA. HOLOPÉDIA – SINTE – 29/05/2008;

    LINDEMANN RICARDO. A CIÊNCIA DA ASTROLOGIA E AS ESCOLAS DE MISTÉRIOS. 1ª Edição, Brasília-DF, Editora Teosófica, 2007;

    REVISTA THEOSOFIA - JAN/FEV/MAR/2009, Sociedade Teosófica no Brasil –site www.sociedadeteosofica.org.br

    STEINER RUDOLF –FUNDAMENTOS DA AGRICULTURA BIODINÂMICA- 1ª Edição, São Paulo-SP, Editora Antroposófica, 1993.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “O Microcosmo Sagrado, 2a edição, São Paulo-SP , SinteBooks, 2006;

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Psicoterapia Holística, 1a edição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2007.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Fitoterapia em Cinco Movimentos, Volume I -1aedição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2005.

    VIEIRA FILHO HENRIQUE. “Fitoteca Em Cinco Movimentos, 1a edição, São Paulo-SP, SinteBooks, 2005.

    ANEXOS E APÊNDICES. Não apresentamos.

    Autor: : RAIMUNDO AMIM LIMA HADDAD
    Última atualização: 09/09/2009 14:47


    A Ferida e o Grande "Curador"

    O PLANETA KIRON

     

    A ferida e o grande curador

     

    Celi Coutinho - Terapeuta Holística -  CRT 21270

    Terapeuta Holística


    O caminho do equilíbrio e para reconciliação pessoal.

     

     

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2013

    Índice

    Apresentação

    O que é Quíron

    Quíron e os Signos

    Aspectos

    Sistemas de Casas astrológicas

    Metodologia

    Conclusão

    Bibliografia

     

     

     

     

     

    APRESENTAÇÃO

            Meus queridos colegas de profissão.

            A idéia que me ocorreu de dissertar sobre este tema é trazer a tona, a consciência que nós escolhemos a profissão de terapeuta, devido a energia de doador e de curador serem mais latente que das demais pessoas em nossa volta, mas em contrapartida a nossa ferida também é mais presente.

            A grande maioria procura ser um terapeuta na intenção de resolver um problema de insatisfação pessoal, seja financeiro ou descontentamento com a profissão. E alguns porque entendem e sonham em mudar a humanidade. Poucos pensaram nisto logo de pequeno, na geração das décadas anterior há 90.

            Quando crescer vou ser um “Terapeuta holístico”. Hoje já até é uma realidade presente. Nossos filhos nos vêem e já pensam em ser como nós.

            Mas o primeiro passo da nossa geração na maioria acontece, assistindo palestra em eventos místicos. Os temas tendem quase sempre abrir o leque, despertando curiosidade e, portanto buscamos aprofundar num ou mais temas e daí tornamo-nos terapeutas holístico, numa determinada modalidade, ou seja, psicoterapeuta holístico, terapeuta corporal e ou de sincronicidade. Claro tem vários caminhos que nos trazem para a profissão, citei as mais comuns.

            O importante aqui é compreender que cada um lança mão de sua parte centáurica em algum momento da vida e assim partindo para o legado do curador.

            Também é uma verdade que a grande maioria de nós encontramos grandes obstáculos são os ciclos de entendimentos e renovações, quase sempre neste período entrando em choque de crenças e paradigmas. Muitos dos que tentam adentrar na profissão desistente neste momento. Ou ficam por tempos longos sem a realização plena e às vezes quase sucumbem, mas quando tomam consciência de suas dores renascem e recriam força e levantam.

            Há uma explicação para isto é a energia vibratória de Quíron aspectado no mapa pessoal que em seu trânsito, se ocorre com saturno ou plutão nos chamam para a realidade de consciência e relembrar nossas feridas.

            Quíron no gráfico do mapa de nascimento aponta para uma área onde a alma está profundamente ferida no passado. Alguns acreditam que a ferida de Quíron é de natureza cármica, e que a infância de vida atual é o condicionamento do início dos obstáculos que ressoam com padrões por já estarem profundamente enraizados. A Posição Quíron é um ponto muito sensível no mapa de nascimento. Ele magnetiza para si experiências que reforçam a experiência primal de dor e rejeição, como criança, e continuando como adulto, recebemos mensagens dos pais, irmãos, amantes, amigos e outras pessoas em nosso meio, que reforçam o ferimento inicial. Nós internalizar nessas mensagens, trará a compreensão do padrão que se tornou profundo e do sofrimento maior. Por fim, buscar a “cura” e o alívio do sofrimento.

            A posição de Quíron nas casas astrológica, e aspecto irão revelar algo sobre a natureza desta ferida para a alma e aponta para formas de equilibrá-las.

            Creio que todos estamos conscientes, da transição energética planetária que nos impulsiona a mudar pelo amor. Mas a moeda reversa do amor é a dor.

            Portanto todos esotéricos e holísticos são alvos positivos neste momento.

    Temos que curar de fato nossas feridas para que possamos auxiliar na ferida do outro, já era fato. Agora é a verdade. Por que afirmo isto?

    Porque certamente devem observar seus clientes se não estão semelhando com suas próprias dificuldades, isto pode representar um aprendizado, mas também o padrão vibratório que está lançado.

            É um momento de expandir a consciência e elevar a atenção para si.

            Todo terapeuta são pilastras de sustentação planetária, portanto estamos em momento de grande teste.

            Por isso resolvi trazer este tema à tona. Reconhecer nossas feridas e transformar o acesso de nossa energia centáurica e cumprir nossa missão.

     

    O que é Quíron

            Além dos dez planetas "clássicos" cuja importância é reconhecida por todos os astrólogos e tem sido largamente reconhecido. Ele retrata a marca especial de heroísmo e de ajuda.

            Quíron (rei dos centauros) situado entre as órbitas de Saturno e Urano, só foi avistado em 1.977.

            Trata-se de um planetóide que leva entre 50 e 51 anos para fazer sua órbita ao redor do sol. Sua órbita elíptica faz com que ele tenha uma duração variável de tempo em cada signo. Quíron permanece em Libra não mais que 18 meses, enquanto em Áries permanece por 8 anos. Alguns astrólogos consideram Quíron o regente de Virgem, enquanto outros optam por Sagitário.

            As interpretações preliminares de Quíron não progrediram muito. Sua exploração astrológica está apenas começando. Assim como todos os planetas descobertos na era moderna, o humor e a situação geral de toda a raça humana no momento da descoberta, são levados em consideração para denominá-los uma vez que os astrônomos sabem que já eram apresentados como Corpos do Céu, ao mesmo tempo em que como Mitos / Heróis / Deuses. Quíron, cujo símbolo lembra uma chave tem sido alvo de muita curiosidade, tanto na Astrologia, como na Astronomia. Por isto e desde então, estão sendo realizadas exaustivas pesquisas em busca do significado astrológico e psicológico de Quíron e de suas possíveis influências, tanto em mapas astrais individuais como no âmbito coletivo.

            Para isso, recorreram ao simbolismo do mito, da mesma forma como aconteceu com relação a Urano, Netuno e Plutão, à medida que estes foram sendo detectados.

    Quíron representa “O Curador”

    “O Agressor”

    “O Ferido”

    A independência filosófica

    A compaixão diante do sofrimento

    O processo de aprendizagem para chegarmos a confiar no Mestre ou Guia Interno.

            O mito, a astronomia e os acontecimentos que rodeia a sua descoberta contribuiu com metáforas que nos permite compreender o arquétipo personalizado por Quíron. O fenômeno cultural mais ligado com a descoberta de Quíron é a "Nova Era”. Conta à história mitológica que Quíron foi ferido em uma briga com os centauros selvagens para interromperam o seu casamento. O casamento é uma metáfora para a união interior de sentir-se completo, onde as partes de nós mesmos se casam em harmonia. Nossa capacidade de obter tudo o que podemos Ser é interrompido constantemente por nossos próprios demônios, os centauros selvagens dentro de nós que causaram as cicatrizes da dor não resolvida.

            Quíron representa a necessidade de fundir os opostos dentro de si mesmo para se conseguir a plenitude. A ferida cultural é a divisão entre os instintos e intelecto, representado pelo o mítico centauro - metade homem e metade cavalo.

            Em um mapa de nascimento, o aspecto astrológico representado por Quíron é o ponto onde demarca a velha dor que ao ser transmutado o indivíduo toma para si o domínio de uma lição que vem em muitas vidas certamente para assimilar. A dor é o nosso professor, porque nela está a chave para a nossa cura. Cada um de nós tem um trabalho para curar nossas próprias feridas, para que possamos aprender uns com os outros.

            Quíron era um herbalista e um grande cirurgião, mas ele não podia curar a si mesmo.

            Na mitologia Quíron é um deus imortal que só foi liberado de sua ferida e da dor excruciante quando ele trocou de lugar com Prometeu, o Titã da terra. Em outras palavras, ele só encontrou libertação da sua dor em morte. Nesse meio tempo, Quíron se ocupou em ensinar jovens deuses. Passou a eles o seu conhecimento de cura, particularmente o uso de ervas medicinais, astrologia, de guerra, caça, música, ética e inúmeras outras competências.

            Através Quíron encontra-se o veículo para a expressão de um propósito maior, porque é aqui que procuramos ensinar e mostrar o caminho de autocura. Um professor ou curador é simplesmente alguém que busca compartilhar seu conhecimento, sabedoria, habilidades e amor com os outros.

             

    Quíron e os Signos

            As Constelações em suas designações negativas são as vicissitudes, as fraquezas, os erros, a “doença”, o “mal”, o ofensor, em si ou contra si.

             Em suas designações positivas são os princípios pelos quais se ocorrerá à cura a si e aos demais [Curador].

            

    Áries - é regido por Marte, ou seja, o uso da força para se atingir os objetivos e fazer com que os demais atinjam, sinceridade, generosidade, vontade, objetividade, incluindo o esforço para que os outros recebam desta força.

            

    Touro - é regido por Vênus, ou seja, o uso da atração para trazer até nós o que precisamos. A busca de solidez é tão grande que se apega às pessoas da mesma forma que aos bens. Deve escutar as necessidades vindas dele (a comida e o sono) e assim poderá por harmonia as reais necessidades com o Eu Superior.

            

    Gêmeos - é regido por Mercúrio, ou seja, o uso da capacidade da nossa mente de ajudar-nos a nos integrar e nos comunicar sobre a terra. Os nascidos com Quíron em Gêmeos, podem ter latente o potencial de uma contribuição singular aos demais, ao escrever sobre temas polêmicos, onde pontos de vistas opostos acabem transformando-se em conhecimento importante.

            

    Câncer - é regido pela Lua, ou seja, o uso da maneira de filtrarmos todas as impressões que chegam até nós e de aprendermos a responder. Compreensão Nutrição.

            

    Leão - é regido pelo Sol, ou seja, o uso de tornar-se tudo o que somos para que brilhemos e para que outros brilhem na Terra. Fraternidade. A espontaneidade pode estar ferida.

            

    Virgem - é regido por Quíron, ou seja, o uso da faculdade de aprender o método de unir a mente terrena à consciência cósmica galáctica.

            

    Libra - é regida por Vênus, ou seja, o uso de aprender a espelhar nosso eu verdadeiro no lado do outro, de modo que nossa visão seja polarizada em vez de estar dentro de nós mesmos ou localizada no outro. - Justiça, Equilíbrio para a Paz, Harmonia como produto final.

            

    Escorpião - é regido por Plutão, ou seja, o uso das jornadas ao Mundo Subterrâneo para se obter a mais poderosa fonte de energia. Capacidade de regeneração e de transformação. Comando consciente da força sexual, da mediunidade, e a conscientização do valor da vida, através da morte.

            

    Sagitário - é regido por Júpiter, ou seja, crescer para que possa entrar em contato com o Eu Superior.                        

            

    Capricórnio - é regido por Saturno, ou seja, o uso de obter a maestria sobre o plano da terra. Responsabilidade social, Maturidade, Seriedade, Respeito ao Invisível.

            

    Aquário - é regido por Urano, ou seja, o uso de galvanizar a vontade humana para o serviço universal.

            Ensina se pautar em disciplina mental para que não se deixem espaços para pensamentos que não visam o desenvolvimento como indivíduo dentro da sociedade.

            

    Peixe - É regido por Netuno, ou seja, o uso do misticismo galáctico. A Redenção, a Renuncia, o Recolhimento para saltos qualitativos.

             

    ASPECTOS

            O posicionamento de Quíron no Tema Natal mostra a área de vida em que a busca pelo alívio de qualquer sofrimento de fato, ou a busca pelo alívio de algum sofrimento que possa vir, tem mais probabilidade de ocorrer de modo particularmente intenso.

     

    Quíron / Sol

            A ferida do Sol caracteriza em anular a autocriatividade.

    Representa a ferida do pai. Medo da própria criatividade. Sentindo-se traído ou ferido pelo princípio paternal.

            Mensagem das origens genéticas: "Eu não aprovo o seu exibicionismo, de você brilhar tão intensamente”.

            Mensagem interiorizada: ". Tenho medo de brilhar / eu não me sinto completo se eu não brilhar".

            Curar a Ferida: Auto-estima de trabalho. Trabalho infantil interior. Desenvolver confiança. Todas as formas de expressão criativa.

     

    Quíron / Lua

            A mãe está ferida. O medo da vulnerabilidade. A ferida emocional. Levando experimentar ou ter empatia com a dor da mãe Sentindo-se traído ou rejeitado pelo princípio mãe.

            Mensagem das origens genéticas: "O mundo é um lugar inseguro, não confie em ninguém - Nós te amamos, mas...".

            Mensagem interiorizada: "Sinto-me rejeitado Eu sou vulnerável”. Sinto medos desconhecidos.

            Curar a Ferida: trabalho de liberação emocional. A cura através tornar-se mãe ou nutrir os outros.

     

    Quíron / Mercúrio

            A comunicação está ferida. Sentindo-se incompreendido e não consegue se comunicar.

            Mensagem de origem genética: "Nós não gostamos do jeito que você se comunica”.
            Mensagem Interiorizada: "Você não me entende. Você não me escuta eu sou burro...”.

            Curar a Ferida: falar, cantar, escrever, tocar um instrumento musical. A expressão criativa do som. Chakra da Garganta desbloqueio e cura.

            A capacidade de compreender os outros e ensinar a arte da comunicação eficaz e resolução de problemas.

     

    Quíron / Vênus.

            A ferida está na área dos relacionamentos. Ferido no amor ou ferindo outros em amor. Sentir-se amado. Uma ferida para o coração.

            Mensagem de origem genética: "Nosso amor é condicional Nós te amamos se...".

            Mensagem Interiorizada: "... Eu não gosto, não me aprovo, eu sou indigno de ser amado Ninguém me ama”.

            Curar a Ferida: Todas as experiências do amor incondicional. Trabalho com o chakra do coração. A prática do perdão e da compaixão.  Massagem, Reiki. A prática de Direitas relações humanas.

     

    Quíron / Marte

            A ferida está em torno da expressão da identidade, a sexualidade física, energia, raiva e agressão. Extremos de energia. Hiperatividade. Assumir a raiva dos outros. Sobrevivente ou perpetuador de violência.

            Mensagem de origem genética: "Você é agressivo Nós não gostamos de você quando você está irritado Você tem muita energia estou zangado com você me faz raiva...”.

            Mensagem Interiorizada: "Não há problema em expressar raiva / Eu sou destrutivo / Os outros são destrutivos”.

    Cura a Ferida: liberação criativa de energia através do esporte, artes marciais, dança, tai chi, meditação ativa. A prática da ação correta.

     

    Quiron / Júpiter

            A ferida para o sistema de crenças. O professor ferido. O medo de compartilhar o conhecimento de cada um. Inquietação interior profundo. Zelo missionário. Dogmatismo religioso. O medo de ser feliz / infeliz. Crise de fé.

            Mensagem de origem genética: "Seja otimista / Não seja demasiado otimista Nossa religião é o único caminho para Deus Nós não acreditamos em Deus grande é melhor...”.

            Mensagem Interiorizada: "Não é bom compartilhar meus conhecimentos / minha verdade é a verdade.”

    Cura a Ferida: Disseminar o conhecimento através de ensino, falando, escrevendo, publicando. Viajar.

     

    Quíron / Saturno

            A ferida com um senso de realização, estrutura e confiança. O medo de seu poder. O medo de tomar um lugar no mundo. O pai está ferido. Medos internos e rigidez. Seriedade e insegurança.

    Mensagem de origem genética: "Eu sou o chefe eu sei o que é melhor para você.".
    Mensagem Interiorizada: "Há uma voz dentro de mim que critica e me julga A culpa é minha”.

    Curar a Ferida: A capacidade de aceitar responsabilidades e posições de autoridade. Sabedoria.

     

     

    Oposição Quíron

            Oposição Quíron para si, muitas vezes, replicar a ferida original de alguma forma, despertando a consciência do mecanismo que se preocupem, se não forçá-lo, a crescer. Na minha oposição Quíron, a minha mãe adotiva - a minha mãe "real" no sentido de ligação - morreu. Esta perda replicado a ferida Quirónica original e começou a desencadear a necessidade de resolver os problemas de abandono inconscientes que contribuíram para um ciclo ininterrupto de dor e sofrimento em meus relacionamentos.

     

    Sistemas de Casas astrológicas

            As casas astrológicas mostram-nos que certas esferas ou aspectos da vida têm mais peso que outras no horóscopo. Cada casa astrológica representa uma dada esfera. A atribuição das casas num horóscopo varia de pessoa para pessoa, já que é calculada de acordo com a hora de nascimento exata e a posição geográfica do local de nascimento.

            O horóscopo é dividido em dois eixos, em direção aos hemisférios oriental e ocidental, bem como em direção aos hemisférios de dia e noite. Os quatro pontos de intercepção destes dois eixos com a eclíptica determinam a divisão das casas do horóscopo. Esta é normalmente baseada numa divisão posterior de cada quadrante em três. Existem vários modelos matemáticos de acordo com os quais as casas são calculadas.

            A transição de uma casa para outra não é tão clara como a de um signo para outro. Os planetas que ocupam uma posição perto do fim de uma casa são geralmente interpretados como pertencentes à casa seguinte.

    O horizonte

    Ascendente e Descendente

    O indivíduo e o seu complementar.

            O eixo que divide o horóscopo em um lado ‘superior’(lado-dia) e um ‘inferior’(lado-noite), representa o horizonte local na hora de nascimento. Esse ponto em que o horizonte oriental intercepta a eclíptica é chamado o ascendente. É o princípio ou cúspide da primeira casa. Em oposição a ele, na cúspide da sétima casa, encontramos o descendente. Discutiremos a interpretação das casas nas páginas seguintes. Os planetas que se encontram perto do ascendente no momento do nascimento estão a nascer ou acabaram de nascer, enquanto que os planetas perto do descendente se estão a pôr.

     

    QUÍRON NAS CASAS E NAS CONSTELAÇÕES

            As Casas onde está Quíron é o setor da vida do Indivíduo que está como palco, para que as personalidades (internas e externas) formem a cena catalisadora do agressor, do ferido, do curador. Quíron é o que é exigido do indivíduo, para que entre em conexão com o seu Dharma e com o luminoso dentro das casas Astrológicas, ou seja, dentro dos seguintes Setores de Vida:

     

     1ª Casa (Ascendente) – A personalidade individual 

    Iniciativa, Objetividade, Ações apropriadas.

     

     2ª Casa – Valores e Haveres.

     Valorização das prioridades, apropriadas aquisição, manutenção e conservação dos bens.

     

    3ª Casa – Comunicação.

    Comunicação, Expressão, pensamento, linguagem, relações e aprendizado apropriados.

     

     

    4ª Casa – Raízes e Origens

     Vínculos emocionais e atitudes apropriadas em relação à família

     

    5ª Casa – Prazer e Criatividade

    Forma adequada de auto-expressão criativa, de relacionar-se afetivamente, de gerar filhos, de educá-los e de expandir sua criatividade.

     

    6ª Casa – Trabalho e Rotina

    Forma adequada de prestar serviços a terceiros e o devido respeito ao seu corpo.

     

     

     7ª Casa – Relações.

    Relacionamentos, sociedades, parcerias e casamento com pessoas certas.

     

    8ª Casa – Perda e Propriedade Comum

    Atitude apropriada em relação às finanças dos outros sob seus cuidados, em relação à sua própria morte e à sexualidade.

     

    9ª Casa – Filosofia e Países distantes.

    Atitude oportuna com senso-social diante de suas capacidades, que devem servir para orientação da comunidade.

     

    10ª Casa (MC) – Ocupação e Chamamento

    Responsabilidade social, Maturidade para ação direta sobre a sociedade.

     

     11ª Casa – Amigos e Conhecidos

     Plasmação dos Ideais e Amizades apropriadas.

     

     12ª Casa – Para além do pessoal

     Renúncia apropriada.

     

    Aqui estão alguns dos aspectos maiores:

    Conjunção - 0° 

            A conjunção tende a ser um aspecto harmonioso. A sua qualidade depende grandemente dos planetas envolvidos, bem como da proximidade do aspecto. Por exemplo, uma conjunção entre o Sol e Mercúrio, é normalmente vista como harmoniosa. Se, por outro lado, a distância entre eles é menor do que apenas alguns graus, o Mercúrio diz-se estar "a ser queimado" ou "em combustão", com resultados a condizer. Em geral, a conjunção mostra uma relação imediata que atua de qualquer forma.

     

    Oposição - 180°

            Apesar da oposição ser vista normalmente como "desarmonia" ou dinâmica, tem muitas vezes um efeito bastante motivador e energizante. Aqui também, a qualidade do aspecto depende dos planetas envolvidos, e o que cada um faz dele. De um modo geral, uma oposição entre dois planetas cria uma tensão entre eles, que normalmente tem resultados positivos.

     

    Quadratura - 90°

            A quadratura é considerada como um aspecto desarmonioso. Os planetas envolvidos parecem estar "bloqueados". Os problemas resultantes de uma quadratura são recorrentes como uma moeda viciada. A dificuldade está em conciliar as duas forças que se querem mover em direções completamente opostas. Normalmente isto toma a forma de desejos e necessidades que são mutuamente opostas.

     

    Trígono - 120°

            O trígono é um aspecto harmonioso. Os planetas envolvidos trabalham juntos de uma forma complementar, enriquecendo-se um ao outro. Os trígonos mostram onde estão os seus talentos naturais. Se depois fazemos uso deles ou não, depende só de nós.

     

    Sextil - 60°

            O sextil tende a ser um aspecto harmonioso, dependendo é claro dos planetas envolvidos.  

     

    Aspectos menores

            Para além dos aspectos maiores mencionados acima, também existe um número de aspectos menores. A maior parte destes são subdivisões dos aspectos maiores. Os aspectos menores contribuem com profundidade e detalhe no quadro geral. As órbitas permitidas para os aspectos menores são muito menores do que as usadas para os aspectos maiores. (ver tabela abaixo). Os aspectos menores mais comuns são:  

    Semiquadratura - 45°, desarmoniso.  

     

     

    Sesquiquadratura - 135°, desarmoniso.

     

    Semisextil - 30°, neutro.

    Quincúncio ou Inconjunção - 150°, neutro. 

     

    Quintil - 72°, harmonioso. 

     

     

     

    Metodologia: Interpretação de Trânsito com abordagem de equilíbrio.

            Trânsitos e progressões revelam o ciclo de desdobramento do potencial inerente dentro do mapa natal, e marca pontos de virada ou momentos de tomada de decisão. Usando a abordagem da "transformacional", o trânsito é, portanto, visto como o fornecimento de oportunidades de crescimento. Nenhuma tentativa é feita para pré-determinar o futuro do cliente em termos específicos. O foco é psicológico e orientado para o processo em oposição ao evento apresentado.

            Esta abordagem permite que o cliente olhe para sua vida e faça suas próprias conexões. A seguir demonstra o princípio básico de olhar para o trânsito a partir de um "transformacional", cura ou perspectiva de crescimento.

     

    Quando Saturno transita - oferece oportunidades para se tornar mais realista e responsável, que nos permite priorizar a trabalhar mais no sentido da realização de projetos e superação de obstáculos. Aplicando os princípios de foco, estrutura, dedicação e disciplina, e reconhecendo o valor resultante de uma maior compromisso e realização. Um tempo para estabelecer a nossa identidade, para amadurecer, para planejar e avaliar e manifestar os nossos objetivos e ideais em uma forma sólida e concreta.

     

    Quando Quíron transita com ele próprio - oferecem oportunidades para facilitar a cura de outras pessoas, sendo curados, liberando as feridas de uma pessoa, aprendendo através da doença e do sofrimento, contatando e liberando profunda dor, orientar os outros, ou a ser tutelado, aprendendo a se tornar filosófico sobre a vida e suas feridas, integrando a polaridade oposta construindo pontes e efetuando a reconciliação. Um tempo para curar e ser curado.

     

    Quando Urano transita - Oferece oportunidade para libertar-se de estruturas caducas que impedem o crescimento, despertando uma nova forma de ser, sentir, fazer singularidade de um contato, individualidade, senso de verdade e criatividade pessoais. É hora de usar a mente, para experimentar, de se envolver em atividades humanitárias, atividade em grupo, política, ciência, computadores.

     

    Quando Netuno transita - Fornece uma possibilidade de contato com um lado mais compassivo e espiritual para a própria natureza, um despertar da sensibilidade, inspiração criativa, e o desejo de mergulhar no Divino. A oportunidade de se conectar com um propósito maior coletivo ou mais espiritual, através de dedicar a própria energia com um espírito de serviço abnegado e devoção. Um tempo para assistir sonhos, para abrir o coração, a vislumbrar novos ideais, ser imaginativo, entrar em contato com a musa.

     

    Quando Plutão transita - proporcionam oportunidades para aprofundar e intensificar enormemente a compreensão da vida, para explorar as partes mais profundas de si mesmo, a viagem no reino inconsciente da vida e se conectar com um sentido mais profundo da experiência e de vontade própria, e de propósito.         Aprender sobre energia e sentimentos poderosos, aceitar e se adaptar às mudanças e transições de vida. Aprender a deixar ir e confiar. O tempo para buscar a autotransformação, por meio da psicoterapia, encontrando a criança interior ferida, as interações profundas com os outros. Um tempo para liberar o passado e o velho, e renascer em um novo senso de self.

            Haverá aqueles que afirmam que qualquer tentativa de exercer sua vontade, responsabilidade e capacidade de escolha é o último ato de arrogância.         Há outros, de cunho psicológico particular, que temem que o foco em uma abordagem transformacional ou escolha centrada mais pode levar a uma negação ou rejeição do lado escuro dos aspectos da vida e nos lembram da necessidade de abraçar no escuro, bem como a luz na nossa natureza e na vida.

            Uma abordagem terapêutica e ou de coaching fornecerá subsídio para o reconhecimento da fonte que causa a dor e o sofrimento. Uma abordagem "transformacional" levará a reconhecer a divindade dentro de si que possuí o potencial inerente do crescer e assim, talvez o dedicar de nossas vidas a grandes propósitos.

            É o processo e o ato de exercer o livre arbítrio de alguém ou capacidade de fazer escolhas criativas e transformando em decisões de extrema importância para o equilíbrio. Essa é a parte poderosa. Nós fazemos nossas escolhas e decisões e o resto irá tomar seu curso misterioso.

            A idéia é cada um adequar sua técnica terapêutica para elevar o equilíbrio do cliente para a compreensão da sua dor e levá-lo ao equilíbrio – ou seja, alcançar o seu curador.

            Pode-se lançar mão de ferramentas como os florais, aromas e técnicas de respiração como o renascimento.

            Como mencionei no início, a minha idéia é relembrar que temos nossas fragilidades e assim também como terapeutas reconhecermos que devemos buscar a compreensão destes aspectos, para que possamos ser excelentes terapeutas e assim cumprir com nossa grande missão de sermos uma ferramenta de equilíbrio ao outro. Levando-nos a nós mesmos e o outro ao encontro de si.

     

    Conclusão

            Estamos desde 2011 na regência de Quíronn em peixes e vai até março de 2019. Ou seja, 9 anos intensos para que possamos em questão de humanidade reconhecer nossos grandes desequilíbrios e trazer a tona à consciência de equilíbrio.

    A fonte principal é o amor.

            O propósito de terapias voltadas para esse nível centáurica / Quíronica, portanto, é para restaurar essa união de mente e corpo, curando ou dissolvendo a fronteira entre os dois. Fazemos isso através da expansão de nossa identidade a partir do ego e sua visão ampliando a visão no sentido centáurica. Tocando e re-possuir nossos corpos projetados. Este é o ponto crucial do equilíbrio e do aprendizado de equilíbrio ao nível de centauro.

            A Psicoterapia holística é uma modalidade de terapias de corpo centrado, como hatha yoga, terapia da polaridade, e integração estrutural.

            Há 6 anos me oriento em minhas anamneses com o estudo da posição do Quíron nos mapas dos clientes e percebendo claramente a rapidez com a qual o mesmo percebe onde origina seu principal desequilíbrio. Facilitando o entendimento do cliente em seu caminhar terapêutico.

    Deixo aqui um link para que tenham oportunidade de conhecer mais a respeito deste novo legado que ainda há muito pra explorar.

     

    Curiosidade pertinente.

    Este conteúdo foi retirado na integra da Internet.

    Segue o link para quem desejar ler. http://www.astrosreis.com.br/netuno-e-quiron-em-peixes/

    Quíron esteve em Peixes na década de 60 (1960 -1969). Esta foi a geração chamada de “flower children” – Os Filhos da Flor, e esses indivíduos agora estão na faixa etária dos 46 a 52 anos. Eles estarão vivenciando seu primeiro e único retorno de Quíron em Peixes. Este será um trânsito tremendamente espiritual, em que teremos a chave que abre as portas para nossa verdadeira essência. A década de 60 foi marcada por diversas manifestações culturais e artísticas e movimentos pela paz, amor e liberdade; houve vários avanços tecnológicos e o surgimento das drogas psicodélicas; mas também houve o colapso da sociedade com o início de guerras e uma onda de opressão por governos militaristas....

     

    Grata pelo o universo neste momento pela a inspiração de trazer este assunto como tema de relembrança e ou de conhecimento.

     

    BIBLIOGRAFIA

    Reinhart, Melanie., Quíron ea jornada de cura. 1989.

    Sasportas, Howard., As Doze Casas. 1985. pp 345-352.

    Stein, Zane B., Chiron Interpretação (2 ª edição). 1983.

    Grande parte da conclusão foi pesquisado na Internet.

    Onde deu origem ao meu curso de Aromagia à distancia – onde ensino criar os perfumes sobre os aspectos de um mapa astrológico.

     

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:31


    Eventos » Proposituras de Palestras » Holística 2011

    Terapia em Técnicas Tradicionais - Acupuntura Sistêmica

    Terapia em Técnicas Tradicionais

    (Acupuntura Sistêmica) 
     
     

    Song Un Kim
    Terapeuta Holístico - CRT 23108

    Resumo 

    A necessidade da acupuntura nas diversas culturas: Oriental e Ocidental. 

    Os orientais (Coreanos, Japoneses e Chineses) encaram acupuntura na sua cultura tradicional, com muita naturalidade, pois faz parte do costume e folclore trazidos por gerações e gerações através de milhares de anos.

    Os coreanos atualmente estão perdendo um pouco desta tradição por avanços tecnológicos, capitalismo e da influência americanas, muitas já estão substituindo o tratamento de acupuntura, chás e ervas por remédios alopáticos que é muito mais cômodo.

    Os ocidentais estão fazendo o caminho inverso, pois estão cansados de consumir tantos remédios com contra indicações. E as pessoas estão procurando as terapias alternativas que não tem contra indicação, ou melhor, que não prejudica outros órgãos.

    A alopatia cada vez mais está se subdividindo e não se preocupando com a pessoa como um todo, tratando o problema e não a causa. Por esse motivo as pessoas estão preferindo terapias orientais como acupuntura que procura equilibrar os sistemas orgânicos, fortalecendo os mecanismos de defesa naturais do cliente e proporcionando o equilíbrio harmônico na sua totalidade.    

     
     
     
     
     

    Introdução 

    A necessidade da Acupuntura nas diversas culturas: Oriental e Ocidental, foi tentar mostrar aos congressistas, a visão e a experiências adquiridas ao longo dos trinta e seis anos de atividades relacionados a arte marcial Hapki-do que utiliza os pontos de Acupuntura e terapia corporal para aplicar os seus golpes.

    Viajando por vários paises, pode realizar vários cursos de acupuntura e terapia corporal com grandes Mestres internacionais nas Artes de Hapki-do.

    Observando e aprendendo várias técnicas utilizadas por estes mestres.

    E também pelo fato de estar engajado em vários trabalhos sociais há muito tempo e com mais de 9000 clientes na carteira e trabalhando em varias entidades como Delegacia Geral, Delegacia da Mulher, Receita Federal, APROFEM (Sindicato dos Funcionários e professores Municipais de São Paulo) e Academia Kim. Observei que podemos ajudar na qualidade de vida e diminuindo sofrimentos físicos e emocionais do homem contemporâneo.  
     
     

    Material e Metodologia 

    No ocidente acupuntura foi introduzida para tratamentos de alívio da dor, e depois verificou se que também podia auxiliar em vários tratamentos como: no alivio de enjôos e queimações em gestantes, aliviar as cólicas ou gases provocados pelos intestinos, agora se usa acupuntura para quase todos os tipos de problemas causados por desarmonia do corpo humano.    

    A TTC - Terapia Tradicional Chinesa procura equilibrar os sistemas orgânicos internos, fortalecendo os mecanismos de defesa interna, permitindo que o corpo equilibre a si próprio. Diferente da medicina ocidental que tende a tratar os sintomas e não as causas.

    Na TTC é tudo baseado nos conceitos do KI, Yin e Yang e dos Cinco Movimentos.

    Para que haja harmonia e equilíbrio entre corpo e mente e preciso que tenha fluxo do KI e da inter-relação entre Yin e Yang gerados nos Cinco Movimentos. Quando essa harmonia for interrompida, haverá desarmonia do corpo e mente, causando má funcionamento do corpo humano.

    Os fatores que levam o corpo e a mente em desarmonia são: rompimentos ou mau fluxo de energia KI, diminuição de energia da defesa, presença da energia perversa, qualidade da energia da respiração, Vento, Frio, Calor, Umidade e Secura.

    O mecanismo de ação da acupuntura nos seres humanos, em que a dor e aliviada, observam-se aumento de Beta-Endorfina no líquido cefalorraquidiano (LCR), conforme relatado por Clement-Jones em 1980. Estudo realizado em ratos observou se liberação de substâncias semelhantes a metencefalina, parecido com substancia liberado no estimulo da acupuntura.

    E muito importante ressaltar que grande parte dos pontos de acupuntura esta localizados sobre ou muito próximo das terminações nervosas, nervos, vasos sangüíneos, tendões, periósteos e cápsulas articulares, assim possibilitando acesso direto ao sistema nervoso central.

    Foi observado que os pontos de acupuntura, ou melhor, a região da acupuntura há uma grande diferença potencial elétrico, elevada condutância elétrica e diminuição da resistência sobre a pele. Por esse motivo utiliza-se muito estimulo elétrico para realizar tratamentos de acupuntura, na sedação e tonificação.

    Cabe ao terapeuta, utilizar através de várias técnicas como: Moxa, Ventosa, Laser, Eletro-Acupuntura, Acupuntura Auricular, Quiro-Acupuntura, Acupuntura Constitucional, Acupuntura Craniana, Acupuntura Facial, Massagem Tui-ná, Shiatsu, Do-In, e muitas outras para promover o fluxo do Ki e do equilíbrio entre Yin e Yang e transformações gerados pelos Cinco Movimentos.

    ENERGIA

     

          Tchi       Ki ou Qi 

          China      Korea / Japão 
     

                                  Yeng Tchi   Ar 

          Energia   Kou Tchi    Alimentos 

                                  Yuen Tchi   Ancestral 
     
     

          Rim  Morada da energia vital (ancestral ). 
     

     ENERGIA 

    Energia chamado pelos Chineses de TCHI, pelos Coreanos de KI e pelos Japoneses de QI. 

    Jing (essência), KI (energia), XUE (sangue) e JINYE (líquidos orgânicos). 

    Jing, Ki, Xue e Jinye constituem as substâncias básicas do corpo e também a base material para as atividades fisiológicas de Zang-Fu (órgãos e vísceras internos).  

    Jing (Essência)

    Significa energia ancestral (Essência), e a morada da energia ancestral são os Rins (armazenam a Essência). 

    Ki (energia) 

    O Ki (energia) e uma substância essencial que faz parte do corpo e que pode produzir funções distintas tais como Yin Ki (Ki nutritivo), Ki (ar) de respiração, e outro lado, referem-se às atividades funcionais de Zang-Fu e dos tecidos, por exemplo, o Ki dos Zang-Fu, o Ki dos canais, etc. As energias Yuan Ki, Zhong Ki, Yin Ki, Wei Ki, etc. são diferentes na origem, na distribuição e nas características funcionais.

    Yuan Ki (verdadeiro) 

    Ki original ou Ki verdadeiro. O Yuan Ki é considerado o mais importante e o mais fundamental entre o Ki do corpo e é formado pelo Ki essencial, pelo Ki produzido dos alimentos pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas e pelo ar límpido da natureza aspirado pelo Pulmão. O Yuan Ki exerce a função de estimular e de impulsionar as atividades funcionais dos diversos Zang-Fu dos tecidos do corpo, razão pela qual pode-se considerá-lo como uma força motriz do corpo.  

    Zhong Ki (principal) 

    Zhong significa “grande ou principal” por isso, Zhong Ki também é chamado “Daqi” (Ki grande). O Zhong Ki está integrado pelo Ki de matérias essenciais, da água e dos alimentos; o ar límpido aspirado pelo Pulmão acumula-se no tórax, entra no Coração e nos vasos sangüíneos para impulsionar a circulação do Sangue e ocorre por todo o corpo. Zhong Ki constitui a força motora que promove a respiração do Pulmão e da circulação do Sangue do Coração.  

    Yong Ki (nutrição) 

    “Yong” significa nutrição. O Yong Ki é produzido a partir das matérias essenciais da Água e dos alimentos transformados pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas e constitui a parte mais substancial do Ki da água e dos alimentos.  

    Wei Ki (defensivo) 

    É o Ki defensivo ou protetor. Wei Ki é produzido principalmente pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas dos alimentos. A insuficiência de Ki do Estômago e do Baço/ Pâncreas leva, com freqüência, à insuficiência de Yang e como conseqüência, o cliente tem temor ao frio, os membros frios e facilidade em apresentar secreção pulmonar. Os movimentos de Ki constituem uma manifestação da vida e do corpo, e uma vez parado esse movimento, termina a vida.

    O subir, descer, entrar e sair do Ki manifeste-se corretamente nas atividades funcionais dos diferentes Zang-Fu, assim como nas relações de coordenação entre Zang-Fu. O Estômago domina a recepção, por isso o Ki do Estômago desce e o Baço/Pâncreas encarrega-se da transformação e transporte, por isso o Ki do Baço/Pâncreas sobe; os Rins encarregam-se de distribuir a Água elevando o límpido e descendo o turvo; o Pulmão controla a expiração e os Rins, a recepção do ar; o Fogo do Coração abaixa, enquanto a Água dos Rins sobe; assim como o Fígado domina a drenagem. Qualquer transtorno na circulação de Qi, tais como alterações na subida e descida, obstáculos na entrada e na saída, podem afetar as atividades funcionais normais dos Zang-Fu. O corpo mantém a temperatura normal e realiza diversas atividades com o aquecimento pelo Qi. O transporte e a transformação das matérias dos alimentos pelo Estômago e pelo Baco/Pâncreas, a produção de Yong (Qi nutritivo), Wei (Qi defensivo), Qi (Emergia), Xue (Sangue), Jing (Qi essencial) e os líquidos orgânicos; a distribuição dos líquidos orgânicos pelo Triplo Aquecedor e a excreção de urina da Bexiga são realizadas sob a ação de Qi.

     

    Xue (Qi nutritivo) 

    A principal fonte do Sangue é o Yong Qi (Qi nutritivo) gerado por matérias substanciais da Água e dos alimentos digeridos pelo Estômago e pelo Baço/pâncreas. O Yin Qi é à base do Sangue e os líquidos também fazem parte do Sangue. O Sangue origina-se primeiro das Essências inatas; depois do nascimento, tem como fonte, o Qi e Energia essencial adquirida da Água e dos alimentos.

    A circulação do Sangue depende do impulso do Qi do Coração e do Qi do Pulmão e depende também da função de regularização e de drenagem do Fígado e do controle do Qi do Baço/Pâncreas. Por isso, a deficiência do Baço/Pâncreas faz com que o Sangue perca o autocontrole produzindo-se a hemorragia crônica; a deficiência do Baço/Pâncreas leva à disfunção, de transporte e de transformação levando à insuficiência de Sangue nutritivo. A estagnação de Qi do Fígado causa a estagnação do Qi e a estase do Sangue; deficiência de Qi do Pulmão e do Coração faz com que o Sangue circule sem força, provocando a estase de Sangue do Coração. 

    Jinye (líquidos orgânicos) 

    Os líquidos orgânicos têm por função umedecer e nutrir os Zang-Fu, tecidos e constituem um dos elementos importantes para a formação do Sangue.

    Os líquidos orgânicos formam-se da Água e dos alimentos, através da função do Estômago e das funções de transformação e de transporte do Baço/Pâncreas, os Jinye são enviados para o Pulmão e, através da sua função de difusão, são distribuídos pelas vias do Triplo Aquecedor para todo o corpo, chegando externamente até a pele e internamente, filtrando nos Zang-Fu, a fim de umedecer e nutrir aos órgãos e tecidos. A insuficiência dos líquidos nos órgãos internos produz também sintomas de secura, tais como: tosse seca por secura no pulmão, sede devido à secura no estômago, constipação por causa da secura no intestino grosso, etc. Os transtornos na distribuição e na excreção podem causar retenção de água, sintomas como abundância de Mucosidade, edema, etc. 

    ACUPUNTURA 
     

    A acupuntura e a técnica mais antiga que existe, parti do conceito de que o desequilíbrio se deve à má distribuição de energia pelo corpo, sendo assim aplicam-se algumas agulhas para ativar alguns pontos de acupuntura para equilibrar yin e yang dos órgãos e vísceras.

    Cada Órgãos e Vísceras têm uma função energética diferente da função alopática.

    Na Antigüidade, os chineses haviam comprovado, que um órgão do corpo humano, alterado em seu funcionamento, deixavam sensíveis, certos pontos de revestimento cutâneo. A localização desses pontos (situados nos mesmos lugares em todas as pessoas) variava de acordo com o órgão afetado. Concluíram assim que cada órgão correspondia pontos específicos, demonstraram então que uma ação sobre esses pontos repercute sobre o órgão correspondente, produzindo um alívio.

    Esses pontos constituem uma espécie de cadeia, como se uns fossem a continuação de outros. Unindo-os por traços imaginários obtêm-se linhas longitudinais denominadas passagem, canais ou meridianos.

    Os meridianos estão relacionados aos órgãos diretamente. Inserindo uma agulha em um determinado ponto de um meridiano, tem a sensação de que algo esta transitando entre eles, os chineses chamam de Qi, que significa energia.

    Restaurar o equilíbrio energético

     

    A energia circula através do organismo, meridiano a meridiano, de forma regular, distribuindo-se harmoniosamente e segue o seguinte percurso diário: das 3 às 5h, passa pelo meridiano dos pulmões (P); das 5 às 7h, do intestino grosso (IG); das 7 às 9h, do estômago (E); das 9 às 11h, do baço pâncreas (BP); das 11 às 13h, do coração (C); das 13 às 15h, do intestino delgado (ID); das 15 às 17h, da bexiga (B); das 17 às 19h, dos rins (R); das 19 às 21h, da circulação-sexualidade (CS); das 21 às 23h, do triplo-aquecedor (TA); das 23 à 1h, da vesícula biliar (VB); da 1 às 3h, do fígado (F).

    Os desequilíbrios são conseqüências naturais da má distribuição de energia. Alguns sintomas da falta dessa energia são: sensação de vazio, fraqueza, insatisfação, insegurança, desânimo, frio, suor, agressividade, agitação dor, calor, e outros...

    A acupuntura tem por objetivo reequilibrar a circulação de energia no organismo, tornando-o harmônico, pois constitui no princípio básico da ordem universal. A saúde é o resultado do equilíbrio dessas duas forças (Yin (negativo) e Yang (positivo), que ativam os corpos).

    O Yin e Yang expressam-se em todo e qualquer nível de existência, com alternância de cada força.

    Alguns elementos Yang são: a luz, o calor, o verão, o vermelho, o homem, a atividade, o sistema nervoso simpático, as partes superficiais do corpo. O elemento Yin é: o escuro, o frio, o inverno, o azul, a mulher, o sistema nervoso parassimpático, as partes profundas do corpo e outros.

    O intestino delgado, o intestino grosso, a vesícula, o estômago, a bexiga e o triplo-aquecedor são órgãos de Yang. O coração, os pulmões, o fígado, o baço, os rins e a circulação-sexualidade são órgãos Yin.

    Alguns físicos descobriram que a teoria oriental de que não existe distinção entre matéria e energia está certa, elas são consideradas dois pólos de uma mesma unidade.

    Para análise, uma técnica peculiar.

     

    Yin e Yang são duas forças que condicionam a vida de cada indivíduo e o seu estado de saúde, a pergunta que se faz ao especialista de acupuntura é: qual órgão esta deficiente e qual órgão apresentam um excesso de vitalidade? Dá-se, então o analise, na qual, usam-se alguns métodos: ver o cliente escutá-lo, perguntar, apalpar seu corpo nos pontos ou LO (pontos de alarme) e leitura pelo pulso, todos eles são importantes.

    O analise do pulso é realizado na artéria radial do punho. E requer silencio e tranqüilidade. Os três dedos têm que se manter como um arco, com as pontas bem alinhadas e se examina o pulso com a polpa dos dedos. A distancia dos dedos depende da estatura do cliente: É dividida em três zonas, cada qual com uma posição superficial e outra profunda.

    Coloque levemente a polpa de um dedo sobre a artéria radial, em cada uma das três posições, é possível perceber que a sensação obtida difere em cada local – com exceção de pessoa em perfeito estado de saúde (se a pressão for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensação ou percepção torna-se diversa). Se os pulsos da primeira posição apresentar vibrações mais fortes do que os da terceira, quer dizer que o Yang esta mais poderoso do que Yin, e vice-versa.

    Na mão esquerda, com pressão superficial, faz-se a análise do intestino delgado, da vesícula e da bexiga; com pressão profunda faz-se análise do coração, fígado e rins. Na mão direita, com pressão superficial o intestino grosso o estômago e o triplo-aquecedor, com pressão profunda o pulmão, baço/pâncreas e a circulação-sexualmente.

    As pulsações podem ser classificadas em: a) alteração de freqüências b) ritmos c) superficial ou profunda; d) lisa ou grossa; e) cheias ou vazia; f) longa ou curta e etc.

    Tanto para se realizar um tratamento ou realizar uma simples análise, é imprescindível o conhecimento dos meridianos, da origem de seus pontos principais e das leis que regem esta forma de terapia.

    Existem doze meridianos que estão relacionados a doze órgãos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou mais desses órgãos. Assim sendo, esses doze órgãos – ou funções corporais são considerados primários, e os outros secundários.

    Os meridianos são bilaterais, um em cada lado do corpo, sendo classificados como profundos e superficiais, de Yin e de Yang. Os meridianos profundos de Yin são os do coração, da circulação-sexualidade e dos pulmões. Meridianos superficiais de Yang: do intestino delgado, do triplo-aquecedor e do intestino grosso. Meridianos inferiores de Yin (de dentro para fora): do baço/pâncreas do fígado e dos rins. 

    Conclusões 

    Posso afirmar que acupuntura pode ajudar muita gente a equilibrar a sua energia interna, e melhorar a qualidade de vida com tratamento de acupuntura.

    Excelente em tratamentos preventivos.

    Excelente para tratamento da dor e da sua causa.

    Se a eficácia do tratamento não fosse comprovada, os clientes não me procurariam ao longo dos 36 anos praticamente no mesmo local, tratando varias gerações da mesma família.

    Podemos provar realizando alguns golpes nos pontos de acupuntura, verificando aumento da sensibilidade e diminuição da resistência do local (sem machucar, claro).

    Podemos pressionar alguns pontos para mostrar anestesia do local, para tirar a dor, ou melhor, a hiper sensibilidade do local. 
     
     
       

    Referências bibliográficas 

    Yamamura, Y. Acupuntura Tradicional: A arte de inserir.

          2ª ed. Roca, São Paulo, 2001. 

    Ross, J. Zang Fu: Órgãos e Vísceras da Medicina Tradicional Chinesa.

          Roca, São Paulo, 1994. 

    Maciocia, G. A pratica da Medicina Chinesa: Tratamento com Acupuntura e Ervas Chinesas.

          Roca, São Paulo, 1996. 

    Spyros, Alexandros. Fitoterapia Chinesa e Plantas Brasileiras.

          Ícone, São Paulo, 1995.  

    Maike, Sonia. Fundamentos Essenciais da Acupuntura Chinesa.

          Ícone, São Paulo, 1995. 

    Yamanaka, M. Acupuntura em dermatologia.

          LMP, São Paulo, 2005. 

    Xi Wenbu, Tratado de Medicina Chinesa.

          Roca, São Paulo, 1993. 

    Focks, C. Atlas de Acupuntura.

          Manole, São Paulo, 2005. 

    Jae-Nam, M. Ho Shin Môo Yea.

          World Hapki-do HeadQuarters, Seul, Korea,1986. 

    Jae-Nam, M. Self Defence Martial Art.

          World Hapki-do HeadQuarters, Seul, Korea,1987. 

    Won, Seo. Quiro Acupuntura.

          Ícone, São Paulo, 2000. 

    Wood e Becker. Massagem de Beard.

          Manole, São Paulo, 1990.

    Souza, Matheus. Magneto Terapia.

          Ibraqui, São Paulo, 1999.

    Autor: : Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108
    Última atualização: 04/07/2011 14:11


    O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    Ana Luiza Iughetti Feres

    Terapeuta Holística

    CRT 42969

    Propositura de Palestra para

    Holística 2011

    Ribeirão Preto

    2011

    RESUMO

    A análise dos mitos é fundamental na Psicoterapia proposta por Jung. Os símbolos do inconsciente coletivo que os mitos trazem nos permitem perceber outras dimensões do nosso próprio inconsciente e caminhar no processo terapêutico. O mito de sísifo nos ajuda a refletir sobre vários aspectos específicos da sociedade contemporânea e sofrimentos humanos atemporais como a dicotomia vida e morte, o trabalho interior e a religiosidade; trazendo vários "insights" para o processo terapêutico.

     

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução
    1. O Mito de Sísifo
    1. Conceitos de Psicologia Analítica
    1. Imagem Mitológica de Sísifo e o Homem Contemporâneo
    1. Considerações Finais
    1. Referências Bibliográficas

     

    1. INTRODUÇÃO

    De que nos fala o Mito de Sísifo? Da morte? Do trabalho? Da disputa entre humanos e deuses? Do castigo dos deuses? Que relação podemos fazer entre o que nos fala esse mito e os processos psíquicos do homem contemporâneo?

    A Psicologia profunda de C.G.Jung descobriu que há uma relação muito próxima entre os processos psicológicos do homem moderno e a imensa gama de conhecimento que nos foi deixado como herança pelos povos antigos e que podemos conhecer através da mitologia.

    Para Jung, o mito é um estágio intermediário entre a cognição inconsciente e consciente, como uma ponte necessária e facilitadora. É como um "tradutor" dos Arquétipos - que formam o psiquismo humano - decodificando-os a partir das mais diversas mitologias do mundo. Podem-se estabelecer muitos paralelos entre os mitos e o que está acontecendo na psique e na vida de uma pessoa ou sociedade.

    Esse é o objetivo dessa palestra: entender o Mito de Sísifo à luz da Psicologia Junguiana, para que possamos ampliar e aprofundar a compreensão desse mito, analisando suas possíveis implicações na psique do homem contemporâneo.

     

    1. O MITO DE SÍSIFO

    Segundo Brandão (1996), Sísifo era originário da cidade grega de Corinto, um rei que desafiou os deuses e até mesmo a morte. Diz que Zeus observou a filha Egina do deus do rio, Asopo e a raptou. Quando seu pai quis saber sobre o ocorrido, ninguém queria falar com medo da reação de Zeus.

    Mas Sísifo percebeu ali uma grande oportunidade e não pensou em deixá-la passar. A cidade de Corinto tinha na época um problema bem sério, não havia em seu perímetro uma fonte de água doce. O povo precisava ir buscar água em lugares distantes para satisfazer suas necessidades. Sísifo conversou com o deus do rio e fez um acordo, dava informações em troca de água. O deus concordou e uma fonte nasceu dentro da cidade de Corinto.

    Asopo foi atrás de Zeus e este teve de devolver-lhe a filha que havia roubado. Zeus sabia quem ousou dar as informações e chamou seu irmão, Hades, o senhor do inferno e este mandou a morte, Tânatos, para buscar Sísifo.

    A morte com missão precisa apareceu no mundo dos vivos. Geralmente recebida com grande espanto e terror pelas pessoas, ficou surpresa quando o esperto Sísifo a convidou para sentar-se em sua mesa para comer e beber. Foi uma boa conversa com piadas e descontração. Então, Sísifo ofereceu a ela um par de algemas que havia feito. Como já havia confiança e boa vontade entre eles, a morte colocou as algemas no pulso. Só depois de certo tempo é que ficou claro que ela, a morte havia ficado prisioneira de Sísifo.  

    Um fato desses abala o Universo todo. Nada e nem ninguém morria, pessoas, plantas ou animais. Com a morte no cativeiro haveria muitos efeitos colaterais: como superpopulação e aqueles que estavam doentes permaneceriam assim sem esperança de alivio. A vida sem a presença da morte faz pouco ou nenhum sentido. Até o tempo e a evolução param. Nem a guerra faz sentido, pois os soldados mortos em luta se levantam para agir de novo. Isto também enfureceu o deus da guerra Ares. A morte é um dos poucos controles que os deuses têm sobre os humanos.

    Zeus, que é o senhor do Olimpo, percebeu a confusão que Sísifo havia arrumado e mandou o próprio Ares para buscá-lo e levá-lo para o inferno. Desta vez a missão foi cumprida com sucesso.  Ares libertou a morte e levou a alma de Sísifo. Mas as coisas não acabaram nisso. Sísifo ainda tinha outros truques para executar.

    Ele havia instruído sua esposa para não enterrar seu corpo e nem fazer os rituais fúnebres exigidos pelos deuses. Chegando na terra dos mortos, Sísifo foi reclamar que seu cadáver não havia sido devidamente enterrado. Pediu permissão para voltar para a Terra e castigar sua esposa por causa do desrespeito aos deuses. Hades concedeu a ele três dias para ir e retornar aos infernos. Mas quando chegou na superfície ficou evidente que não tinha nenhuma intenção de retornar novamente. Mais uma vez ele se saiu bem no confronto com os deuses.

    Para resolver o problema de modo definitivo, Zeus mandou Hermes, o mensageiro dos deuses e aquele que acompanha as almas dos mortos até o outro mundo. Hermes capturou a alma de Sísifo e a levou para Hades, depois enterrou seu cadáver com os rituais necessários, exigidos pelos deuses e encerrou o assunto. No inferno o astuto Sísifo recebeu o seu castigo: devia rolar por toda a eternidade uma pedra montanha acima para ver em seguida a mesma voltar ao ponto de origem e ele ter que repetir todo o ciclo novamente.

    1. CONCEITOS DE PSICOTERAPIA ANALITICA

    O Ego: O centro da consciência. 

    Para Jung o ego é um complexo - o principal -, formado a partir dos registros da memória e das sensações corporais, tendo base somática. O ego não é equivalente à totalidade da consciência, é apenas o seu centro, sendo que todos os acontecimentos da vida precisam entrar em contato com ele para se tornar conscientes - pensamento, emoções, idéias, experiências, etc.  

    O ego tem diversas funções, como promover a adaptação da pessoa às exigências da vida, fazer diferenciação de conteúdos conscientes e inconscientes e mediar prazer e realidade. Ele organiza os conteúdos da vida psíquica, avalia, critica e raciocina em busca de soluções para os problemas que a pessoa enfrenta.

    Uma consideração importante sobre a consciência é que não pode haver elemento consciente que não tenha o ego como ponto de referência. Assim, o que não se relacionar com o ego não atingirá a consciência. A partir desse dado, podemos definir a consciência com a relação dos fatos psíquicos com o ego. (JUNG, 2001, p. 7)

    A consciência do ego tem uma importante característica de seletividade, o que equivale a dizer que certos conteúdos tornam-se conscientes e outros não. Esses conteúdos eliminados vão aos poucos formando o que conhecemos como inconsciente pessoal ou a sombra do próprio ego, onde mesmo potenciais criativos podem ficar reprimidos.

    O ego, em seu processo adaptativo, vai precisar formar algumas defesas, sendo algumas úteis e necessárias, outras neuróticas, e outras ainda, psicóticas e psicopatológicas. O ego é um complexo funcional no campo da consciência que é variável de indivíduo para indivíduo, variando em extensão e profundidade.

    A consciência, na opinião de Jung, não é algo fixo e imutável. Ela sofre modificações constantes e evolui ao longo do tempo. Após a estruturação do ego, este precisa se defrontar com o inconsciente para continuar evoluindo. É preciso que o ego consiga estabelecer contato com o inconsciente e consiga também assimilar seus conteúdos para não sofrer a estagnação.

    Complexos

    Todas as experiências modificam a bioquímica celular. A cada nova vivência, ficam marcas na memória celular. É nossa capacidade de ser afetado (afetividade) de modo variado e diferenciado pelas coisas que nos cercam que faz com que não sejamos robôs.

    Quando entramos em contato com algo que nos afeta é que esse algo passa a ter significado. E a repetição de experiências que têm valor fundamental e vão se associando por semelhança e analogia em torno de uma experiência centralizadora, é que dá origem aos complexos.

    Complexo é então um conjunto de experiências capazes de nos afetar em torno de uma experiência centralizadora. É a unidade funcional básica da psique. Ou seja, conteúdos com forte carga emocional e energética porque estão associados, por semelhança e analogia, às experiências centralizadoras. É o que mobiliza a nossa energia psíquica.

    Os complexos contaminam todas as nossas percepções das coisas e por isso as experiências da infância são tão importantes, porque formam as primeiras memórias celulares ou os primeiros complexos. Em função dos complexos, só ouvimos o que queremos e sentimos o que podemos. Somos uma rede de complexos que são acionados por vários mecanismos possíveis

    Inconsciente Coletivo e Arquétipos

    Diferente de Freud que considerava que o inconsciente era formado a partir de conteúdos reprimidos somente, portanto individuais, Jung descobriu que há camadas na psique que nunca foram conscientes e nem se formaram de conteúdos das experiências pessoais reprimidas.

    Essa dimensão do inconsciente, que Jung chamou de Inconsciente Coletivo, não diria respeito aos conteúdos individuais reprimidos do sujeito em questão, mas sim a símbolos comuns a toda a humanidade, disponíveis para todos. Esse inconsciente forma a base do nosso psiquismo e é formado pelos Arquétipos.

    Arquétipos são imagens primordiais carregadas de energia que advém das experiências coletivas que reforçam, a todo o momento, essa carga energética, que fica à disposição da humanidade, para ser acessada, na forma de imagens primordiais, a cada necessidade adaptativa. É a nossa matriz, fonte geradora de material para a consciência. Esta matriz produz um conjunto enorme de fenômenos, como sonhos, visões, os chamados acontecimentos espíritas e afins. As imagens arquetípicas são o suporte energético para o funcionamento adequado da consciência. Para que o ego seja revigorado sempre, precisa do contato constante com sua usina de força.

    Dei o nome de arquétipos a esses padrões, valendo-me de uma expressão de Santo Agostinho: Arquétipo significa um "Typos" (impressão, merca-impressão), um agrupamento definido de caracteres arcaicos, que, em forma e significado, encerra motivos mitológicos, os quais surgem em forma pura nos contos de fadas, nos mitos, nas lendas e no folclore. (JUNG, 2001, p.34, grifos do autor)

    Jung, ao longo de sua vida, deixou muitos estudos a respeito dessa camada mais profunda do psiquismo humano, como a alquimia, os contos de fada, a gnose, as religiões comparadas e a mitologia.

    Através do conceito de arquétipo e do inconsciente coletivo foi possível para a psicologia abrir caminho para a compreensão de rico material pertencente aos mitos e ajudar o homem moderno na compreensão de todas as dimensões de si.

    A função transcendente e a dinâmica psíquica

    Esta é a função que, segundo Jung, no processo de desenvolvimento do ego vai ligar a vida consciente ao inconsciente de modo construtivo e cooperador. O Ego e o Self - centro da psique - de modo geral não estão em harmonia, podendo até mesmo estar em oposição.

    Como o inconsciente se comporta de modo compensatório ou complementar em relação à consciência, e vice-versa, para a Psicologia Analítica a transcendência de uma atitude a outra ocorre a partir da busca de significado e finalidade dos conteúdos que o inconsciente está trazendo.

    Jung entendia a dinâmica da psique, dentro do conceito da complementariedade - não há opostos com começo e fim e sim um continuum de experiências entre os opostos que vão se modificando e afetando todo o tempo.

    É esse jogo de forças que vai produzir os símbolos. Símbolo = aquilo que une. Nossos símbolos individuais - nossos sonhos, nossas marcas, emoções e sentimentos, nossa forma de funcionar no mundo - é o que une a nossa expressão consciente ao nosso inconsciente mais profundo, tendo no processo de individuação seu ponto máximo.

    Energia Psíquica para Jung, diferente de Freud, não se limita à energia sexual, mas diz respeito à energia vital. Energia não é algo que se define, apenas sabemos a sua manifestação. Energia que vem de ergos = que produz trabalho, modificação.

    Nas palavras de Grinberg (1997, p.9) "Assim como calor, luz e eletricidade são manifestações diferentes da energia física, fome, sexo e agressividade seriam expressões variadas da energia psíquica."

    A dinâmica psíquica se estabelece num jogo de forças entre o consciente e o inconsciente. Quando uma imagem surge na consciência tem uma força, resultado energético que tem a capacidade de nos afetar. E a consciência vai lidar com essa imagem de diferentes maneiras: projeção, repressão, assimilação ou integração.

    Sacrifício

    No processo de evolução psicológico chega um momento que o sacrifício se impõe de modo natural, sendo que o ego deve abrir mão do que está sendo solicitado, pois do contrário vem a estagnação.

    Para a Psicologia, este termo descreve o sacrifício da energia psíquica que está organizada numa dada direção. O modelo na civilização cristã ocidental é o sacrifício de Cristo na Cruz, para transcender o mundo e alcançar a ressurreição, cumprindo, assim a vontade de Deus. Este pode ser vivido como um momento de grande tensão e pavor, como ficou gravado na história cristã.

    Na relação Ego-Self, chega-se a um desses momentos em que ao ego é solicitado algo muito parecido. O ego pode não estar preparado para essa situação e entrar em conflito e sofrimento. Esses são os momentos de transição de uma situação ou estado a outro.

    O próprio Jung é exemplo disso, quando, para continuar avançando no que acreditava, precisou sacrificar sua amizade com Freud, carreira universitária e de médico no hospital psiquiátrico. Vem disso a perda do rumo da vida, a desorientação, a falta de solo firme que o ego está acostumado. O ego precisa renunciar livremente sem ter garantias do que vai receber e quais os novos rumos a vida terá.

    O sacrifício equivale a uma morte simbólica e, portanto, a um renascimento.

    Sombra

    Para Magaldi, "a sombra representa na psicologia junguiana os aspectos inconsciente de si mesmo, bons e maus, que por algum motivo e ego não consegue integrar." (2009)

    Podemos dizer que a sombra é a parte do Self que foi rejeitada pelo ego consciente. A sombra compõe-se de vários aspectos, indo desde a sombra pessoal, familiar, social em suas muitas facetas, até o arquétipo da sombra. Este último apresenta dificuldades bem maiores de conscientização, devido estar muito longe da experiência comum. Sua vivência pode levar ao estado de possessão, como na história de Fausto ou no confronto entre Cristo e o diabo, como nos conta o novo testamento.

    A sombra também funciona como o elemento provocador, irritante, perturbador. Aquele que desaloja a pessoa de seu estado de inércia psíquica para movimentá-la em outra direção, mesmo que seja contra a sua vontade. Às vezes ameaça a consciência de regressão e desintegração.

    Em geral, como há pouca consciência de sua constante presença, ela é encontrada em projeção. Este mecanismo parece ser o mais eficaz para localizá-la. Nos sonhos aparece como pessoas do mesmo sexo e nos mitos, ela é o vilão que combate o herói. A sombra possui enorme quantidade de energia que quando aceita, passa a ser útil ao ego, tirando o mesmo de suas limitações e bloqueios.

    Individuação

    Processo de desenvolvimento psicológico através do qual o indivíduo vai se aproximando cada vez mais de sua singularidade e totalidade. Para Jung, há no ser humano uma tendência, um impulso ou instinto, de tornar- se um ser cada vez mais completo do que se é no momento.

    O ego não é a totalidade da psique. Há um centro maior que abarca o ego e está muito além dele. O ego é o representante do Self (Ser Total), mas este é sempre percebido por cada um de nós como maior do que aquele. Porque temos uma disposição inata para a transcendência. Transcender nossa condição humana de existir. Existir = ex-estar = "condenados ao futuro" na expressão de Heiddeger. Estamos sempre diferentes a cada momento, sendo projetados, ou seja, somos sempre um projeto de ser, uma promessa de ser e essa é a angústia vital do ser humano. Tudo com uma única certeza, a da morte.

    É o ego que faz o processo de individuação. Precisa desapegar do corpo e se entregar à Alma. Desde que nascemos buscamos nos adaptar ao ambiente, às regras, à família e à sociedade, como forma de sobreviver e ser amado, mas essa adaptação pode nos afastar de nosso verdadeiro eu, nossa Alma inata que viemos realizar.

    Se não houver o confronto entre o Self e o ego, não há oportunidade para nascer o novo ego, mais integrado ao Self. O analista vai ajudar a integrar as partes, sair do conflito, na sua função de cura vai ajudar a encontrar o caminho para integrar as partes dissociadas. Esse é o início do processo de individuação.

    A individuação é um processo que permeia toda a vida humana. É o potencial latente a ser trabalhado, vivido. Segundo Jung "Só aquilo que somos tem o poder de curar-nos" (JUNG, 2007, §258)

    O processo de individuação, portanto, consiste em integrar nossas partes dissociadas, inconscientes, ao ego, consciência, para realizar o nosso Self, Si-Mesmo. Individuar é realizar o ser único que somos, nos diferenciando cada vez mais do comportamento em massa.

    Assim, individuação não é um ego bem adaptado, que vive profundamente o mundo racional e que contribui para que o indivíduo leve vantagens materiais sobre os demais. A individuação vai desnudar o self dos vários invólucros da persona e das imagens primordiais que tanto interferem em nossa vida. Então, individuar-se não nos exclui do mundo, mas aproxima o mundo de nós. (MAGALDI, 2009)

    Para Jung, nesse processo, a religiosidade é uma dimensão do homem que não pode ser negada. Jung coloca a religiosidade como uma função natural, inerente à psique, encontrada em todos os povos conhecidos.

    A psicologia junguiana põe em relevo a presença, no âmago da psique, do arquétipo de Deus ("indistinguível do arquétipo do Self"), sem pretender jamais afirmar nem negar a existência de Deus como ser em si mesmo. (SILVEIRA, 1997, p.133)

    Jung usa a palavra religião no sentido do religio = re e ligare. Ou seja, religar os aspectos conscientes (ego) às profundezas do inconsciente (Self), individuar-se.

    Entre todos os meus doentes na segunda metade da vida, isto é, tendo mais de 35 anos, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse constituído pela questão de sua atitude religiosa. Todos, em última instância, estavam doentes por ter perdido aquilo que uma religião viva sempre deu em todos os tempos a seus adeptos, e nenhum curou-se realmente sem recobrar a atitude religiosa que lhe fosse própria. Isto está claro, não depende absolutamente de adesão a um credo particular ou de tornar-se membro de uma igreja. (JUNG apud SILVEIRA, 1997, p.125-126)

    1. IMAGEM MITOLÓGICA DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    Se tentarmos ver em Sísifo um modelo de homem, ele então será alguém tão convencido de sua força, de sua inteligência e de suas capacidades criativas que se considerará imortal. Morte, mudança, renúncia, reveses, nada disso existe para ele. (KAST, 1997)

    A morte é um controle poderoso que os deuses têm sobre os seres humanos. Seus mistérios nunca foram revelados a nenhum mortal que se tenha noticia. E Sísifo ousou desafiar a morte e o poder dos deuses.

    O castigo que Sísifo recebeu - ficar rolando a pedra cume acima da montanha infinitamente, apenas para vê-la rolar montanha abaixo justo antes de alcançar o cume - foi em decorrência de ter trapaceados os deuses, fugindo da morte. Os truques de Sísifo estavam alterando a ordem estabelecida das coisas, da vida e da morte.

    Vida e Morte. A dicotomia da existência que impulsiona, dá esperança, força para a realização. Vida e Morte, dois lados da mesma moeda; continuidade sem fim? Quando Sísifo desafia Zeus conseguindo a fonte de água para Corinto, está presente essa dicotomia também. Poder do Homem x Poder de Deus. Esse mundo e o outro mundo.  

    Não podemos ver o mesmo comportamento no homem contemporâneo que desafia a morte com seus avanços tecnológicos, a medicina e suas técnicas de rejuvenescimento? Escravos da juventude e da saúde, com pânico da morte. Não querem morrer, querem vencer os deuses. Mas quando não há a perspectiva da morte, será a vida uma eterna repetição infinita?

    Por outro lado, é a repetição de experiências, padrões de comportamento e situações, que permite a tomada de consciência e por conseqüência, mudança e evolução. Mas a repetição, paralisia no mesmo lugar, é uma forma de morte, pois sem possibilidade de mudança, conclusão de ciclos, não há vida.

    Portanto, se vida é transformação, Sísifo está morto no seu esforço repetitivo? Mas ele pode ter se vingado mais uma vez porque a cada vez que Sísifo levanta a pedra montanha acima, uma nova esperança renasce de que novo fim aconteça.

    Aqui aparece uma nova dicotomia que o mito traz - como saber até quando lutar, persistir, roubar um pouco mais de vida da morte e quando reconhecer que é sensato entregar-se, admitir a derrota, largar a pedra e seguir adiante.

    Quantos na nossa sociedade sentem-se sobrecarregados com a quantidade ou qualidade do trabalho; trabalho não prazeroso na maioria das vezes e não tem coragem de largar a pedra e começar uma nova história? Ficar preso numa mesma luta constante, num mesmo objetivo, com a energia focada em uma única direção - seja o trabalho, ou qualquer outro pilar da vida - leva a uma morte em vida.

    Talvez o modo como a maioria das pessoas vivencia a si mesmo atualmente, sem refletir e questionar a possibilidade de mudar, seja de fato um trabalho de Sísifo. Quando o homem contemporâneo foca no trabalho sua energia total, acreditando que do dinheiro daí advindo, virá a realização, a felicidade, ignorando outras necessidades de realização individual, coletiva e espiritual, pode ficar reduzido ao vazio da repetição infinita.

    Assim o homem da sociedade capitalista é visto como alguém que se coisifica pela moral utilitarista, tendo como meta a redução da capacidade do homem produtor, suprimindo as alegrias e a paixão, condenando-o ao papel de máquina entregue ao trabalho contínuo sem trégua nem piedade. (MAGALDI, 2009).

    Mas devemos olhar para o trabalho de Sísifo não apenas como o trabalho externo, mas como o trabalho interno, necessário ao homem para evoluir, integrar-se, individuar-se. No processo terapêutico, por exemplo, há uma repetição criativa de situações, pois a evolução é uma espiral que parece sempre voltar ao mesmo ponto. Mas a cada nova experiência, fica diferente a manifestação, o sentimento, a neurose.

    Se Sísifo simboliza o ego e seu trabalho de criar mais e mais consciência, os deuses simbolizam o inconsciente coletivo e neste caso uma reação compensatória destrutiva, o que indica que a atitude da consciência é inadequada, para lidar com a situação.

    Sísifo tinha uma relação conturbada com os deuses, de disputa constante, não dimensionando adequadamente as forças que estavam em jogo. Em terapia, ao longo do processo de individuação, quando o ego está isolado ou com uma relação destrutiva com o inconsciente, ele não consegue perceber que está em desvantagem frente à psique objetiva.

    Com suas atitudes e comportamentos não adaptados, Sísifo se expôs à ira e vingança dos deuses - ou a uma reação destrutiva do inconsciente. O que fez teve conseqüências não só pessoais, mas também para todos. Sísifo não foi capaz de aceitar os desígnios dos deuses, seu destino. Tentou mudar a ordem da criação e a realidade humana.

    Jung ressalta quando de seu confronto com o inconsciente o quanto é importante para o ego aceitar seu destino. No processo de individuação chega-se a um momento crucial, que é o momento do sacrifício. Ao ego é solicitado algo do qual não quer abrir mão. É uma situação angustiante. Há uma luta interna muito grande para abrir mão de coisas consideradas preciosas. Mas se isso não for feito, a evolução não avança.

    O objetivo do confronto com o inconsciente é criar a função transcendente que vai unir os dois lados em conflito, procurando chegar a uma cooperação construtiva.

    No mito de Sísifo parece-nos que isso não foi possível. A relação entre ele e os deuses era de disputa, de tentar vencer o inconsciente através de truques e artimanhas bem simplistas.

    1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

    O homem contemporâneo carece de lentes para auxiliá-lo a enxergar os deuses que o rodeiam, e aqui deuses são manifestações arquetípicas com conteúdos energéticos de pólos opostos, que podem ativar a sombra ou trazer a luz para mostrar o caminho da individuação.

    A função transcendente nesse caso pode se manifestar como um obstáculo que paralisa o ego temporariamente de seguir o caminho, até então apresentado como único possível.

    Sísifo recebeu esses "obstáculos" como desafios e seu ego obsessivo fez com que ele canalizasse a energia para superá-los ao invés de tentar entendê-los como possibilidade de integrar seus conteúdos inconscientes.

    Os deuses contemporâneos se apresentam nos menores detalhes, nos processos de sedução que se desdobram em assedio moral, na carreira meteórica que pode trazer um câncer consigo, na desumanização das relações, eliminando todas as possibilidades de respeito. No mito de Sísifo, os deuses Tânatos, Ares, Hades e Hermes se apresentam aparentemente como os obstáculos a serem vencidos, porém na realidade eles representam a oportunidade de redenção se observados de forma intuitiva.

    1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    BIERLEIN, J. F. Mitos Paralelos. Ed. Ediouro, 2003.

    BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega, Ed. Vozes, 1996.

    BRENNAN, Anne e BREWI, Janice. Arquétipos Junguianos, A espiritualidade na meia-idade. Ed. Madras, 2004.

    GRINBERG, Luiz Paulo. Jung, o homem criativo. FTD, 1997

    JUNG, Carl Gustav. O Eu e o Inconsciente in Obras Completas, Vol. VII/2. Ed. Vozes, 16ª Ed., 2002

    JUNG, Carl Gustav. Fundamentos da Psicologia Analítica in Obras Completas, Vol. XVIII/1, Ed. Vozes. 10ª Ed. 2001

    JUNG, Carl Gustav. (Org.) O Homem e seus Símbolos. Ed. Nova Fronteira, 1977.

    JUNG, Carl Gustav. Memórias, Sonhos e Reflexões. Ed. Nova Fronteira, 1975.

    JUNG, Carl Gustav. Símbolos da Transformação. Ed. Vozes, 1975.

    KAST, Verena. Sísifo. A Mesma Pedra-Um Novo caminho. Ed. Cultrix, 10ª Ed., 1997

    MAGALDI, Waldemar. Dinheiro, Saúde e Sagrado. Eleva Cultural, 2ª Ed., 2009

    SILVEIRA, Nise da. Jung, vida & obra. Paz e Terra, 18ª Ed. 1997.

    Autor: : Ana Luiza Iughetti Feres - Terapeuta Holística - CRT 42969
    Última atualização: 02/06/2011 15:05


    A Dança-Terapia em Cinco Movimentos

    A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística

    Propositura de Palestra: 

    Palestrante:

    José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43 913

    Arte-Terapia EMANUEL 

    Rua 15 de Novembro, 910, Sala "A" 

    Palotina, PR 

    CEP: 85950 000 

    Autor: José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913

    Titulo: "A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística"

    Local: Sala de Arte-Terapia Emanuel, Rua 15 de Novembro, 910, Sala: A  -Centro-

    Palotina, Paraná, CEP: 85950-000 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

    "Temos que nos unir na dança, para aprender a cantar a musica da VIDA"

    Augusto Cury. 

    "A Dança-Terapia, é a arte para o movimento, criatividade para a mente. Tudo isso se mistura e entrelaça. Criando uma tensão similar ao beijo entre a beleza e a feiúra. Barrando os preconceitos da sociedade" (Tomado do pensamento da mestra em Dança-Terapia a espanhola, Maité León) 

    "O ser Humano é um nu de relações"

    Leonardo Boff 

    Dedicatória: "Minha modesta homenagem a todas as pessoas que acreditaram na minha proposta e até hoje embarcam neste navegar pelas águas transparentes da nossa lagoa imaginaria"

    José. 

    SUMÁRIO: 

    1. Introdução ao método.
    2. Breve resenha histórica da Dança-Terapia.
    3. Breve resenha histórica da Dança-Terapia na minha vida profissional no Brasil e sua relação com a Psicoterapia Holística.
    4. Os cinco movimentos chineses e sua relação com a Dança-Terapia.
    5. O texto das músicas e sua relação com o histórico emocional do cliente.
    6. A Psicoterapia Holística fonte de diagnóstico e prognostico do emocional do cliente segundo o paradigma Vigostkyano.
    7. Os ritmos latinos: samba, salsa, tango, bolero e sua relação com os nossos arquétipos. Nossos ancestrais africanos.
    8. O Método, alguns exemplos.
    9. Conclusões.
    10. Bibliografia.

    TERMOS:

    1. TH, Terapeuta Holístico.

    1. DTH, Dança Terapia Holística.

    1. SH, Psicoterapia Holística


    RESUMO: A DTH em cinco movimentos é uma terapia complementar que auxilia o TH que desenvolve as técnicas da SH (Aconselhamento) a resolver e canalizar conflitos emocionais de seus clientes que não foram tirados para fora na catarse, por diferentes tipos de bloqueios que o cliente enfrenta no momento da SH e que tem muito a ver com seu estado emocional no momento em que foi a plicada a técnica como exemplo: "A Vivência", fatores ambientais, de saúde, barreiras etc. A DTH se enriquecem com a pantomima, o balé clássico, as danças modernas e contemporâneas, assim como as do folclore das diferentes culturas com seus movimentos: condensados, leves e quebrados como catalisadores de emoções reprimidas. Nossa cultura ocidental não pode perder de vista os arquétipos trazidos pelos africanos que fazem parte dos campos energéticos do continente junto aos da Antiga Grécia e toda a mistura cultural e a miscigenação que nossos países latino-americanos sofrem, assim como nossas culturas aborígenes que tem uma riqueza enorme de imagens arquetípicas, por esses fatos históricos a DTH trabalha os ritmos latinos e caribenhos assim como os nordestinos e os movimentos de nossos orixás que na rumba, conga, guaguancó, salsa e etc. estão muito presentes.

    Não podemos perder a perspectiva que os orixás têm a mesma condição arquetípica que os deuses politeístas gregos eles se debatem entre o HERÓI E A VÍTIMA da mesma maneira, só mudando a embalagem e estes orixás estão cheios de erotismo e sensualidade. Por isso o DTH associa o rimo a cor dos meridianos em dependência da sua intensidade. A salsa com o movimento fogo e cor vermelha que o TH já trabalha com o cliente na sessão de cromoterapia. Outro fator importante é o envolvimento com o texto já que cada movimento terá uma justificativa em relação com a mensagem que o conteúdo poético da música nos passa como, por exemplo, a música: Vitoriosa, de Ivan Lins, muito apropriada para resolver conflitos relacionados com a sexualidade. A DTH é uma terapia de grupo que permite a  

    abordagem indireta do conflito que muitas vezes o cliente na sala não que falar ou simplesmente não faz o INSIGHT pela própria resistência. É de fácil aceitação pelos clientes e traz muito bem estar psicofísico para eles, por isso sua condição holística. 

    ESCLARECIMENTO: Sempre vou falar de clientes no termo feminino já que até hoje só e tido esta experiência em mulheres, meu sonho e formar uma turma de homens, mas eu estou no Sul onde o machismo é muito forte e só consegui reunir turmas de DTH de casais que seria outro trabalho a abordar no futuro. Meus clientes homens só fazem TH ou recebem a técnica da psicanálise. 

    1 - INTRODUÇÂO: 

    "A DTH em Cinco Movimentos" é uma terapia alternativa que auxilia o trabalho do TH, como outro canal para complementar e comprometer aqueles aspectos emocionais do cliente que no consultório não ficaram resolvidos. Comprometendo o corpo em conjunção com a alma, assumindo a emoção como um todo indivisível o cliente por meio dos movimentos condensados, quebrados e leves, assim como pela mímica em sintonia com a música e seguindo o texto do compositor, sua compreensão e expressão do conteúdo mediante o corpo tiram para fora emoções reprimidas e passa por estados catárticos sem sofrer, além de que compartilha com o grupo assumindo-se como ele é na totalidade em outra dimensão cósmica. A DTH em Cinco Movimentos é além de preventiva para doenças da terceira idade como o Mal do Alzheimer.

     

    2 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA: 

    Após da caída do franquismo na Espanha, o terapeutas e pedagogos assim como todas as pessoas de boa vontade, saíram na rua com os síndromes de down e todo tipo de deficientes físicos e mentais como uma forma de dizer ao mundo que todos tem o direito a expressão na diversidade. As teorias de Vigostky e seus postulados cognitivos (entre eles o mais significativo o referente a ZDP Zona de Desenvolvimento Proximal) trouxeram uma forma nova de intervenção terapêutica, novos paradigmas desafiarem os profissionais da saúde entre eles, os terapeutas, que tiverem que ser mais criativos e abrir-se as novas formas que os novos tempos exigiam. E foram os terapeutas que tiverem um destaque no campo da dança-terapia e a sua relação entre: "Texto - compreensão - movimento - expressão" O nome da técnica na Europa e em Cuba países que destacam  até hoje na sua aplicação é: PSICOBALLET. Podem ser encontrado nos livros ou na internet. Sua pioneira e promotora até hoje a Sra. Maité León. 

    3 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA NA MINHA VIDA PROFISSIONAL NO BRASIL E A SUA RELAÇÃO COM A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA.    

    O Psicobalé entrou na minha vida profissional depois da queda dos muros de Berlin, no princípio dos anos 90 que comecei trabalhar como terapeuta na ONG Cáritas Internacional trabalhando a técnica com crianças portadoras da Síndrome de Down e, logo depois, já com deficientes cognitivos e físicos assim como pessoas da terceira idade que na época pelas limitações econômicas que enfrentava o governo de Cuba, não conseguia oferecer mais de graça a população este serviço e uma grande quantidade de profissionais capacitados para esses fins terapêuticos tinham escolhido o exílio (o pais enfrentou o maior déficit de profissionais da sua historia naquela época). Isso me permitiu até capacitar-me e sair fora do pais para me profissionalizar e trabalhar para a ONG.

    No ano 2004 quando cheguei ao Brasil com quarenta e seis anos e, quase trinta de experiência profissional tive que buscar uma maneira de sobreviver e ajudar a minha Sra. na construção do novo projeto de vida (O casamento). E, encontrei no PSICOBALÈ uma forma de trabalhar honradamente e tornar-me conhecido como profissional sem agredir aos outros terapeutas que não conheciam esta técnica.

    Tive como primeiro desafio, que mudar o nome por PSICODANÇA, que após de entrar nos terapeutas holísticos no ano 2008, definitivamente leva o nome de (DTH) DANÇA-TERAPIA HOLÌSTICA. Como uma forma de cumprir com as NTSV, já que alguns psicólogos mal intencionados se sentiam invadidos pelo prefixo (psico-). Foi então, que decidi montar minha própria sala seguindo as regras de marketing aprendidas no curso de Psicoterapia Holística da Turma de 2008, a qual pertencia, de como montar um consultório seguindo a NTSV. Foi no ano 2008 em que comecei a relacionar o corpo com a mente já que por vir de uma ditadura onde trabalhei quase trinta anos eu mesmo, como terapeuta tinha meus próprios preconceitos.

    Ter o Consultório junto com a sala de Psicoterapia Holística me proporcionou uma melhor pratica e interação com as técnicas numa retroalimentação dialética e uma dinâmica de trabalho que até hoje no ano 2011 continuo com resultados, muito mais obtive a perseverança das clientes. E, até não fiquei tão preso na psicanálise como  

    uma técnica a aplicar. Comprovei na pratica que muitos clientes aplicando a técnica: Aconselhamentos caminhavam mais de presa na sua evolução emocional e pessoal já que a DTH complementava a parte do toque que não tinham no consultório, toque em coletivo que me deixava mais leve e confiado que aquele que poderia ter sozinho no consultório com o cliente. Já que na DTH o toque e direcionado pelo terapeuta entre eles e faz parte da coreografia, entrando na vida daquelas, mais fechadas de uma maneira natural. 

    4 - OS CINCO MOVIMENTOS CHINESES E SUA RELAÇÃO COM A DTH. 

    O cliente durante as sessões de PH através da técnica de Aconselhamento vai conhecendo e se familiarizando com as cores dos CINCO MOVIMENTOS CHINESES. Além de que minha abordagem é de ordem integrativa, não descarto nada sempre que me seja útil, e não transgrida as NTSV. Meus clientes na sua maioria tiveram algumas vezes sessões de cromoterapia e o bastão cromático, que os ajudou a encontrar a nível consciente as cores na sua imaginação. Por isso na hora da DTH os ajudou a encontrar as cores pelo conteúdo da musica, ou seja, a mensagem do texto assim como pela sua estrutura melódica.

    1- A musica: Camarada água do grupo Teatro Mágico, é bem explícita no meridiano que aborda e a cor azul já que o cliente e que sempre todos nós associamos o azul-água, embora que no momento coreográfico e a mímica dos movimentos tenha alguns bem condensados.

    2- A música: Pássaro de Fogo da Paula Fernandez, pelo conteúdo da música já a palavra FOGO explicitamente leva ao cliente a cor vermelha e durante toda a dança se imaginam vestidas de vermelho.

    3A música: VITORIOSA de Ivan Lins, é mais branco, mais para dentro, centrípeta, por isso se associa ao metal, muito apropriada para trabalhar frigidez e anorgasmia. O MOVIMENTO metal leva a se relacionar a cliente com a introdução do falo como fonte de prazer, é um ato de VITÓRIA é a heroína que consegue satisfazer ao macho. 

    Estes três exemplos ilustram um pouco, como abordo os movimentos chineses e as cores além de que após das vivencias para tirar as clientes do sofrimento já tenho trabalhado com todas elas uma Lagoa de águas transparentes imaginária, que todas têm, e uma ave que representam como gaivotas, cisnes, beija flor. Então essa lagoa contém as cinco cores dos movimentos e seus significados e no momento de voltar a realidade ou de sair do momento catártico o TH coloca a música e faz lembrar a lagoa imaginaria e coloca o elemento que a cliente precisa mais, por exemplo si a cliente esta precisando de equilibro o TH enfatiza em que ela observe os girassóis pela cor amarela (nossa terra que foi feita em prefeito equilibro) A música da LAGOA e trabalhada na DTH com movimentos muito leves e condensados, como não tem texto o TH direciona este exercício corporal a relaxar o corpo. A música: Ar de João Sebastião Bach numa versão que inclui sons das aves e da natureza, numa versão do grupo Café Do Mar (grupo de musica contemporâneo eletroacústica que revive a música erudita dos grandes clássicos da humanidade)  

     

    5 - O TEXTO DAS MÚSICAS E SUA RELAÇÃO COM O HISTÓRICO-EMOCIONAL DAS CLIENTES.

    Já tenho abordado que minhas clientes me oferecem muito material emocional para trabalhar na DTH no momento da VIVÊNCIA, assim como nas sessões da psicanálise, nos momentos de resistência. Esse material é guardado e na hora de montar o roteiro das músicas para trabalhar na DTH, eu tenho em cada sessão a oportunidade de trabalhar de oito a nove músicas e algumas vão direcionadas a uma cliente em específico numa abordagem indireta de seu conflito. O exemplo da música Sonho impossível de Maria Betânia pode ilustrar já que o conteúdo do texto vai direcionado a resgatar a possibilidade de voltar a sonhar até com o impossível e uma delas pode ter me falado na TH que queria já se entregar e renunciar a seus objetivos ou pelo contrário em sua linguagem não estava explícito e sim na sua fase o simplesmente se fecha a progredir. 

    6 - A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA FONTE DE ANAMNESE E PROGNÓSTICOS DO EMOCIONAL DO CLIENTE SEGUINDO O PARADIGAMA VIGOSTKYANO. 

    O paradigma vigostkyano: de diagnóstico - intervenção - prognóstico, oferece ao TH uma dinâmica de trabalho muito rica. Seu descobrimento da Zona de Desenvolvimento Próximo na área da pedagogia deixou aos terapeutas muito mais otimistas e hoje além de que o Império Socialista Russo não existe mai, não podemos esquecer e deixar de valorizar as descobertas deles na sua urgência de construir um mundo melhor e mais participativo. Todos nossos clientes têm essa zona já que é uma descoberta reconhecida pela OMS. Ter conhecimento dela e de suas infinitas possibilidades permitem ao terapeuta enriquecer sua intervenção com o cliente e muito mais, reduzir o tempo de intervenção, obtendo resultados mais imediatos que sei bem, o cliente se recupera mais rápido e, é um cliente que perdemos e nos indicará outros já que pela minha experiência pessoal nossos melhores marqueteiros são nossos próprios clientes. Eu tenho o costume de chamar: Marketing de boca a boca. Para a DTH a descoberta da ZDP de Vigostky é muito importante no sentido de que as pessoas que chegam a nossos consultórios são muito carentes e bem muito contaminadas cheias de limitações que elas mesmas colocaram em sua cabeça é uma barreira contra a qual temos que lutar no dia a dia já que DTH pela complexidade que vão alcançando os movimentos e por ser uma terapia de grupo onde a cliente pode se frustrar pelos progressos das outras e não compreender suas limitações e se desenvolver no grupo com elas, sofrem o perigo de desistir. 

    7 - OS RITMOS LATINOS E CARIBENHOS: SALSA, SAMBA, BOLERO, RUMBA, GUAGUANCÓ E SUA RELAÇÃO COM OS NOSSOS ARQUÉTIPOS. NOSSOS ANCESTRAIS AFRICANOS. 

    Quando eu falo do Brasil estou me referindo ao marco estreito da cidade de Palotina onde moro faz oito anos, aqui desempenhei minhas experiências profissionais. Por "isso sempre nas palestras e no meu livro em português uso o termo "Impressão" O seja, "Impressão diagnóstica, cultural, social etc."

    Na cidade onde moro nos seus ancestrais culturais predominam as culturas: alemã e italiana, falar de arquétipo no sentido clássico junguiano não é tão compreensível  e  

    de fácil aceitação. Mas, quando a gente fala dos ancestrais do povo de Bahia o nordestino, é outro o assunto (Os ancestrais africanos). Um empobrecimento da visão cósmica de Deus e sua presença, essa "Energia de fundo" (Que muito bem aborda Boff na sua literatura teológica e latino-americana) Que nos capacita para acolher a Deus em todas as coisas, é muito limitada e empobrecida pela falta de cultura e o fanatismo religioso de alguns que querem cosificar a DEUS. Além de que no ano 2004 alguns pseudo-terapeutas holísticos tinham deixado a cidade no espanto (todo ao contrário que logo após conheci no SINTE)

    Nessa realidade tive que colocar os ritmos latinos que eram aqueles que conheciam para começar meus projetos e tornar conhecido meu trabalho, era minhas ferramentas terapêuticas de como me projetar profissionalmente nessa área. Tudo começou com a músicaSimbalaiê da cantora Maria Gadú e os movimentos de braços semelhante Yemaya (o uso do port de bras e suas ondulações) Uma coincidência significativa já que Filipo Taiglione o mestre do balé quando desenvolveu este movimento nas suas bailarinas não tinha conhecimento das danças africanas (ele era Frances e não viajou a África). Todo muito bem explicado pelo Jung nos seus estudos da sincronicidade.

    Então tive que explicar para elas conceitos como politeísmo e revelar que as danças caribenhas dançadas durante quase três anos vinham dessa cultura que elas rejeitavam por se sentir traindo sua religião: conga, rumba, guaguancó não são outra coisa que a imitação dos movimentos do Deus Xangó. Estes bailes nascidos em Cuba se espalharam muito rápido pelos países do Caribe e deram origem ao "Ritmo Salsa" hoje dançado no mundo e que até um Congresso Internacional anualmente se celebra em São Paulo.

    Explicar a elas a história da musica Simbalaiê foi muito significativo já que a maioria após da experiência tiveram muitos insight e após de voltar das vivências conseguiam ver o mar, os barquinhos, os pescadores,... E saíram da técnica muito, mas relaxadas e tirando um maior proveito depois na DTH no momento de dançar a música.

    Ao respeito de Simbalaiê:  

    "Shimbalaiê é uma canção da cantora Maria Gadú do seu álbum homônimo. Lançada como primeiro single, em agosto, a canção foi incluída na trilha sonora da novela Viver a Vida e, a partir daí, se tornou um sucesso pelo Brasil inteiro.

    A canção foi sua primeira composição, composta aos 10 anos de idade, que segundo a cantora, foi feita no momento do pôr do sol em uma praia quando ela estava sozinha olhando o feito e sem o violão. Afirmando que "Shimbalaiê" foi uma espécie de susto e que não gostava tanto de escrever (em forma de composição), assim Maria Gadú só voltou a compor 9 anos depois.

    -"Eu só  estava descrevendo uma paisagem."

    A cantora afirma que a palavra não tem nenhum significado, mas na verdade a expressão deriva de um dialeto africano.

    Existem várias formas de se escrever, no entanto, a forma correta é Ximbhalaijè, que poderia ser traduzida assim: Ximbha (natureza, meio ambiente) - Laijè (alma, deus, espírito)".

    Nossa condição de Holísticos tem também que priorizar a parte CULTURAL l do cliente algo a sugerir nas NTSV porque o brasileiro não tem hábitos de leitura e o país tem o lugar 53 em desenvolvimineto educacional mundial, então a ignorância pode conspirar contra as interpretações de nosssas técnicas. Nesse sentido temos que ficar bem de plantão para ter sempre uma resposta convincente na ponta da língua. 

    8 - O MÉTODO E, ALGUNS EXEMPLOS: 

    No meu canal: Z1957A, em Youtube se podem encontrar alguns exemplos das DTH (com músicas com texto e sem texto compreensível ou não). Quando trabalho música em espanhol antes dou uma folha com a tradução do texto ao português para que elas tenham idéia da mímica a imitar como neste primeiro exemplo de uma das músicas que além de ser interpretada em espanhol me tem acompanhado sempre e com muita aceitação: 

    1. O despertar música da cantora e compositora Liuba Maria Hevia (cubana)

    http://www.youtube.com/watch?v=L1BwHBRE2X4 

    Muito importante esclarecer que o uso da bola de pilates só esta em função da dança, não como meio de treinamento físico e assim respeitar as NTSV. 

    1. Uma salsa: A do biquíni vermelho, a compreensão do texto não é o que importa, é o movimento fogo (cor vermelho) e o trabalho da lateralidade direita e esquerda com a bolinha que tem na mão em função do equilibro. Estes exercícios vão direcionados a prevenir o MAL do Alsaimer.

    http://www.youtube.com/watch?v=xfpd12XCzGs 

    1. Felicidade musica que seus movimentos e compreensão do texto viraram uma coreografia para torcer pela Copa do Mundo com o predomino da cor verde (o movimento madeira) mostra como elas se expandem fazendo uso do espaço e dos movimentos circulares.

    http://www.youtube.com/watch?v=JD3JfqiNW6Q 

    1. Música: Quero-te, um texto poético do Mario Benedetti, um dos poetas uruguaios mais conhecidos na contemporaneidade o texto foi musicado por Alberto Fávero e o interprete é o cantor Jairo (ambos argentinos). Os movimentos direcionados ao movimento metal (cor branca). Condensados, leves, em movimentos circulares mais avançados enfrentando o desafio de dos círculos já que o texto expressa a unidade e a solidariedade em grupo, cotovelo com cotovelo para ser, muito mais que dois!

    http://www.youtube.com/watch?v=PbXxIFe84Us 

     

    9 - CONCLUSÕES: 

    A DTH em Cinco Movimentos é uma terapia alternativa de grupo que auxilia o trabalho do TH como complemento de seu trabalho no consultório. Insere ao cliente num grupo e trabalha a socialização e os laços interpessoais. A diferença de outras técnicas corporais aplicadas no Brasil a DTH em Cinco Movimentos compromete a área cognitiva da personalidade além da afetiva porque se trabalha a compreensão dos textos músicas desenvolvendo e ativando os processos do pensamento: análise, síntese, comparação, generalização e abstração. Por isso é preventiva na ordem de doenças mentais futuras a da própria terceira idade dependendo da faixa etária do cliente, doenças como o Mal do Alzheimer, isquemias, paralises cerebrais e faciais etc. Dos grupos de DTH se formou um subgrupo de Dança Contemporânea da Terceira Idade: EMANUEL. Temos participado de quatro festivais nacionais e três internacionais e durante meu intercâmbio com outros terapeutas que aplicam a técnica não descobri nenhum que na sua abordagem trabalhe as áreas cognitivas da personalidade. Nosso grupo já tem dez prêmios (seis primeiros lugares, três internacionais e três no Brasil, e quatro segundos lugares três no Brasil e um internacional). 

    10 - BIBLIOGRAFIA: 

    * Boff, Leonardo. - O terapeuta do deserto.

    -O tempo da transcendência. Editoras Vozes

    * Vieira Filho, Henrique. O corpo como portal do conhecimento. Conferências tomadas do curso de Holística Turma 2008: Terapia Holística, Marketing assim como as NTSV. CONAN, Conselho Nacional de Auto-Regulamento e Normalização Voluntaria, São Paulo - SP - Brasil

    * L.S. Vigostky. Pensamento e Linguagem. Editorial Povo e Educação, Cuba.

    * Reich fala de Freud, Editora Moraes.

    * Guerra Ramiro. Eros baila: Dança e sexualidade. A Havana, Editorial Letras Cubanas

    Autor: : José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913
    Última atualização: 03/06/2011 07:49


    A RADIESTESIA, A RADIÔNICA, A GEOBIOLOGIA E A HARMONIZAÇÃO DOS AMBIENTES À DISTÂNCIA

    A RADIESTESIA, A RADIÔNICA, A GEOBIOLOGIA E A HARMONIZAÇÃO DOS AMBIENTES À DISTÂNCIA  

    Muriaé(MG)

    Maio/2011 

    NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA

    CRT 30758 TERAPEUTA HOLÍSTICA 

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2011 

                "Podemos aprender a sabedoria através de três métodos: primeiro, refletindo, o que é mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, pela experiência, que é o mais amargo".

    (CONFÚCIO) 

                Dedico este estudo aos incansáveis que na sua eterna pesquisa pensam que descobriram alguma coisa. Agradeço a Deus pela vida e pela consciência que tento centrar em mim. Ao SINTE pela oportunidade de externar minhas pesquisas e as minhas filhas pela paciência em tentarem me entender e me ajudarem. 

    SUMARIO 

    1- Introdução             07

    2- Material e metodologia                    08

    2.1- Material empregado          08

    2.2- Métodos realizados                                                                       08

    3- Vibrações energéticas do planeta terra                  09

    3.1- Esferas            10

    3.2- Micro e macrocosmos          10

    3.3- Luz            10

    3.4- Trevas                                                                                         11

    4- Linhas HARTMANN           12

    5- Linhas CURRY            13

    6- Polaridades            14

    6.1- Centros energéticos de ambientes        15

    6.2- Drenagem           15

    6.3- Capacidade vital - vibrações em ANGSTRONS                         15 

    7- Como proceder para harmonização                  15

    7.1- Impregnação            15

    7.2- Desimpregnação          16

    7.3- Remanência                                                                                  16

    8- Paralelo entre Geobiologia e Feng Shui                                                     17

    9- Exemplos de sucesso           18

    9.1- Procedimentos a observar                                                            19

    10- Resultados                                                                                                20

    11- Discussão                                                                                                  20

    12- Conclusão                                                                                                  21

    13- Referências bibliográficas                                                                      23 





    RESUMO 

    O importante desta vida é nunca se cansar de pesquisar, procurar descobrir caminhos novos, se não para os outros, pelos menos para aquele que procura e é por este caminho novo de HARMONIZAÇÃO DE AMBIENTES, aqui entendido como pequena área como a própria casa de morada, ou grandes áreas como um sítio ou fazenda, que resolvi me aventurar, visto que muitos clientes meus demoram mais a se harmonizar pelo simples fato de estarem em ambientes desarmonizados e isto pode e deve ser mudado, bastando boa vontade, estudo, ação e a ajuda da Radiestesia e Radiônica. Os gráficos da Radiônica e o rodar do pêndulo, seja no sentido anti-horário para tirar energias negativas, seja no sentido horário para colocar energias positivas, fazem acontecer resultados esplendorosos. 

    1. INTRODUÇÃO

    Geralmente, por volta dos sete anos de idade, diz-se que chegamos à "idade da razão", é quando começamos a perceber a realidade do mundo à nossa volta, e a medida que vamos vivendo e estudando, esta realidade vai se ampliando e nossa consciência sendo gradualmente alterada com a expansão, pressão energética e com as vibrações mais sutis. Além disso percebemos e assistimos muitas mudanças em nossos sistemas sociais, comerciais, industriais, religiosos e institucionais.

    Há  muito mais o que se descobrir no universo porque o que conseguimos ver e observar não passa de 3% e os 97% restantes permanecem ocultos para nós. Por isso, é importantíssimo o pesquisar, descobrir algo para melhorar o interior e o exterior. É necessário equilíbrio e harmonia para se ter uma vida plena de alegria e abundante de saúde. A nossa plenitude e força interior dependem das forças e energias da natureza, água, florestas, terra com todos os seres vivos visíveis e invisíveis.

    O ritmo de nossa vida espiritual, profissional e amorosa depende dos ritmos de nossa Mãe Natureza. Isto nos leva a estudar um pouco sobre ela. Nossa pele, ao contrário da maioria dos animais, ditos irracionais, não apresenta nada que a cubra como pelos espessos, couro, penas, nada. Por isso, a importância da proteção da "CASA". Nossa casa é nosso refúgio, nosso aconchego, nosso lar. Refletindo sobre este habitat chegamos à seguinte reflexão: o que torna uma casa doente, atraindo azar, brigas frequentes, traições, suicídios, maus negócios e acidentes? O que torna os lugares densos, os consultórios sem clientes, as lojas sem fregueses? O que causa a compulsão pelo uso de drogas e alcoolismo? E tal pedaço de estrada ser palco de frequentes acidentes com vítimas fatais?

    Há  estudos comprobatórios de que a maior parte das causas destes desconfortos todos são as energias negativas que fluem do subsolo, que entrelaçam no ar, que passam por nós, por nossas casas e terrenos, sítios, fazendas, deixam aquele desequilíbrio e nem percebemos. Neste estudo, vamos aprofundar um pouco sobre isto.

    Mas para que esta harmonização chegue é preciso que permitamos nossa conexão pessoal com o fluxo de bem-estar e com tudo que é absolutamente bom. A vida está sempre fluindo para você e através de você. O equilíbrio vibrátil consciente é nosso objetivo. 

    2- MATERIAL E METODOLOGIA  

    2.1- Material empregado

    • Plantas das casas;
    • Mapas dos terrenos;
    • Gráficos de Radiônica;
    • Pêndulos;
    • Cristais

    2.2- Métodos realizados

    Harmonização dos ambientes a distância usando os mapas e plantas baixas de casa.

    Quando um cliente está apresentando dificuldade de harmonização, mesmo nós terapeutas estando empenhados nisto, fazendo o melhor que podemos, notamos que o que está ocorrendo é uma desarmonia na casa deste cliente. Para termos sucesso neste processo, é necessário, portanto, partir para o estudo da casa dele. Para isto, é necessário trazer a planta baixa e nela vamos analisando junto com o cliente os pontos básicos:

    • Onde está sua cama?
    • Sabe onde passa a rede de esgoto?
    • E a parte hidráulica?

    Anota-se tudo na planta baixa e, a partir daí, vamos também pesquisando com o pêndulo:

    • Onde estão as linhas negativas?
    • Onde se cruzam?
    • Quais os pontos positivos e negativos?

    Depois de analisar tudo isto e marcar na planta, vai se proceder ao desbloqueio dos pontos negativos, com rotações do pêndulo primeiro no sentido anti-horário e depois no sentido horário, quantas vezes for necessário.

    Coloca-se a planta em cima de um gráfico da Radiônica que pode ser: Pantáculo, Escudo Protetor, Losango solar, Turbilhão com sol, Estrela (Pentagrama), ou outro que o pêndulo indicar.

    Nos pontos negativos coloca-se um cristal durante o tempo que o pêndulo determinar, geralmente um ou dois dias.

    Quanto à cama, coloca-se a cabeceira no sentido do Norte da Terra e se não for possível, coloca-se um gráfico voltado para o Norte debaixo da cama e energiza-se este gráfico com rotações do pêndulo pelo menos duas vezes por semana.

    Se for para estudar um terreno como lote urbano, ou sítio, ou fazenda, procede-se da mesma maneira:

    • Verificar onde estão as linhas de energia;
    • Onde estão os pontos positivos e negativos que é a polaridade;
    • Onde as linhas se cruzam?

    Feito este estudo, marcamos os pontos, vamos pendular em cima, primeiro no sentido anti-horário para retirar as energias negativas, depois no sentido horário para colocar energias positivas, tantas vezes ou tantos minutos indicados pelo pêndulo e colocar os cristais nos pontos negativos para maior êxito e inverter a polaridade.

    Pode-se também fazer o estudo da casa, ou terreno, "in loco" com o dual-rood para captar as radiações negativas, mas é muito difícil devido as grandes distâncias, por isso, prefiro fazer nos mapas e plantas porque as radiações não têm fronteiras. 

    3- VIBRAÇÕES ENERGÉTICAS DO PLANETA TERRA 

    A crosta planetária da terra é formada por partículas antes existentes na esteira horizontal solar, que se aglomeraram em uma de suas faixas magnéticas e se posicionaram na elíptica solar. As partículas se uniram de tal modo que geraram um grande atrito e se fundiram, tornando-se um núcleo com grande calor e uma pressão em direção à periferia e por estar em constante rotação, se resfria quando em oposição ao sol e se condensa, tornando-se a base da crosta em formação.

    Esta rotação faz receber a energia positiva do sol e a energia negativa do núcleo, obtendo como resultado, um ponto neutro que é a faixa que envolve o núcleo formando a crosta. A parte que é aquecida pelo sol libera grande quantidade de gases e a que não é aquecida libera os gases pelo calor do núcleo.

    A estabilidade da Terra girando se deve ao equilíbrio do peso de sua massa e a faixa magnética em que ela se encontra em torno do sol.

    A água é o elemento catalisador e homogeneizador dos elementos. A água é portadora e condutora do fluido vital, compatível ao sangue em um organismo humano. É vital tanto na superfície quanto nas entranhas da Terra. O planeta Terra é um organismo vivo, com todos os seus elementos e forças.

    3.1- Esferas

    Tudo o que existe no Cosmos tem como modelo matriz as esferas. Todas as energias são esferas que se movimentam, se interagem, se aglomeram formando planos dimensionais diversos que existem no infinito.

    Tudo se movimenta no sentido circular formando novas esferas que passam por transmutações e formam cadeias que se expandido e encontrando outras de polaridade oposta, se juntam, formando um sistema com forças equilibradas entre si, fechando em ciclo, que estará sujeito a outro ainda maior.

    As esferas são alimentadas por outras já formadas e possuem suas características próprias.

    Todos somos formados pelas esferas, somos únicos e alimentados pela mesma essência primordial em suas constantes mutações.  

    3.2- Micro e macrocosmos

    Há  uma correlação entre tudo no universo. O Microcosmos é igual ao Macrocosmos, aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo. Semelhança entre o superior e o inferior, porém em lados diferentes.

    O movimento da galáxia está correlacionado com o movimento do átomo.

    Os desequilíbrios estão correlacionados com os organismos desarmônicos.

    Os átomos dos corpos têm correlação na estruturação de suas matérias. Se não houvesse tal correlação, não haveria matéria. Vemos essa vibração pela movimentação das energias que comandam o espaço eletromagnético, propriedade etérico, invisível aos nossos olhos e aparelhos físicos.

    Os mundos etérico e eletromagnético são os responsáveis pelos comportamentos dos átomos dentro da matéria, proporcionando-lhes as devidas características.

    Observar a matéria sem considerar sua base etérica e eletromagnética é  não compreender seu fundamento e não saber o que ela é. 

    3.3- Luz

    A luz que é percebida pelos sentidos pertence aos corpos celestes de natureza polarizada e que é resultado de cruzamento de partículas energéticas que se cruzam em vórtices de velocidade crescente e promovendo dois movimentos distintos que são causados pela subdivisão das partículas em alta frequência microcósmica.

    É o que gera a luz, que se expande em movimentos opostos em todas as direções, gerando assim o movimento macrocósmico, por isso é que a luz está em toda parte. É uma energia de grande potencial eletrônico que faz vibrar qualquer substância que a reflita, passando de invisível a visível aos sentidos.

    O reflexo da luz nas partículas que formam outras substâncias causa o fenômeno conhecido como refração e tudo tem partículas, a luz é refletida em qualquer lugar, em qualquer direção, no universo todo. As Escrituras falam que Deus é luz e possui mil faces porque reflete nos dois sentidos, de fora para dentro e de dentro para fora, e é nos cruzamentos dos raios que derivam todos os corpos celestes no espaço infinito.

    Cada cruzamento entre os raios formará partículas diferenciadas que, por sua vez, preencherão todo o espaço que existe no quadrante em que se encontram, formando assim uma espécie de malha entre partículas menores, com partículas maiores, entre planetas e sóis e entre sistemas em escala infinita, até encontrarem finalmente consigo mesmas, portanto, despertando em si a consciência de que existe, por ser parte de um único sistema, e que existe porque é composto por alguma espécie de matéria e que esta matéria é composta de partículas de luz e energia. 

    3.4- Trevas

    Onde não há luz há treva. A luz cria os sistemas e as trevas dissolvem e renovam os sistemas obedecendo à lei dos ciclos: nascer, crescer, memorizar e transformar.

    A treva e a luz jamais se misturam porque se extinguem. A luz tem polaridade positiva e a treva, negativa. A luz é um ponto que se expande e se dobra procurando o outro lado negativo, formando, portanto, uma esfera que torna a se expandir e formar novas esferas e tudo que existe, acabando com as trevas e neste centro é gerado um sol que impulsiona o crescimento constante.  É o ser e o não ser.

    As trevas são um "nada" enquanto não polarizar com a luz, é uma energia em potencial. E o nada é o limite entre o que existe e o que está por existir. Muito há de se estudar para se obter maiores esclarecimento sobre as diversas frequências da luz, sobre como aproveitar a energia contida no próprio ar, ou no éter, promovendo a aceleração de elétrons sem o emprego de força motriz. As trevas darão lugar à luz com a evolução dos sentidos e da inteligência humana. 

    4- LINHAS HARTMANN 

    As Linhas HARTMANN são quadriculados telúricos, comprimidos em malhas que encontram-se por toda a superfície da Terra. Na década de 50, o Dr. Ernest Hartmann descobriu uma rede energética que é responsável por um fenômeno conhecido como "tensão geopática" que pode provocar, quando em desequilíbrio, vários outros desequilíbrios na pessoa deixando esta pessoa desequilibrada em diversos aspectos.

    As nocividades do magnetismo terrestre são carregadas por estas linhas conhecidas como "linhas Hartmann". As linhas Hartmann se cruzam, formando como uma rede, uma grade, em volta da terra e não são fixas, são flutuantes, sendo assim, de dimensões relativas. Há variações de um lugar para outro. Indo na direção do Equador, estas distâncias aumentam. Vejamos: 1,80 m a 2,30 no sentido NORTE/SUL; 2,50 m a 3,20 no sentido LESTE/OESTE.

    As linhas Hartmann se intensificam a cada 9 m. Também elas se cruzam e este ponto de cruzamento é chamado de Ponto Geopático. Ao todo, são conhecidos 4 cruzamentos por retângulo.

    Para se ampliar os conhecimentos destas linhas sobre o solo, foram necessários muitos estudos de cientistas de diversas áreas, como Geofísica, Hidrologia, Geobiologia, Microbiologia e Bioeletrônica. Esses geobiologistas estabeleceram relações estreitas entre a presença das ondas nocivas e seus efeitos sobre o ser vivo.

    "Se um bebê for colocado num berço sobre uma linha Hartmann, ele chorará feito louco! Quando você muda o berço de lugar, o bebê para de chorar" (Dr. HARTMANN).

    Certa vez, um cavalo foi colocado em cima de uma linha Hartmann, toda noite. Um ano depois, ele estava cego.

    Observação: falhas geológicas, veios d'água, redes de esgoto, podem intensificar o efeito nocivo de uma zona geopática.

    Ao aproximarmos a mão de uma linha Hartmann, podemos no campo, sentir cócegas ou quase uma câimbra que sobe pelo braço e vai incomodando.

    RESUMO DA REDE HARTMANN

    • Envolver a terra;
    • Padrão: rede de pescador;
    • Fluxo do Sul para o Norte e do Oeste para o Leste;
    • Medidas: têm em torno de 50 cm de largura, altura de 18 a 108 metros. Por penetrar tudo em seu caminho, até os moradores de um último andar de um prédio são afetados por ela. As linhas são mais intensas à noite, mas não se detectam em noites de lua cheia. Sua intensidade é maior no verão do que no inverno.

    Variações já estudadas na apresentação da Rede Hartmann:

      1. A meteorologia;
      2. A natureza do solo;
      3. O clima;
      4. A irradiação cósmica;
      5. As induções artificiais geradas pela indústria no ar e no solo.

    5- LINHAS CURRY 

    Dr. Curry, pesquisador, médico e investigador alemão, começou a estudar as Redes Hartmann e chegou à conclusão de que havia também as linhas diagonais entre as linhas paralelas estudadas por Hartmann. Chamou estas diagonais de Linhas CURRY e pelas pesquisas constatou que elas são mais nocivas que as outras. A parte mais forte são os pontos de cruzamento que possuem efeitos de carga ou descarga.

    A Rede Curry tem uma frequência vibratória mais baixa que a Rede Hartmann e age no psiquismo humano de uma forma ativa e determinante. A polaridade "positiva" nos traz a sensação de conforto, a polaridade "negativa" afeta o nosso estômago com frio e desconforto muito forte. Os raios telúricos que formam a rede Curry (0,50 m) são alternadamente positivos e negativos e seus pontos de cruzamento também o são.

    As casas podem matar?

    "Sua casa é cercada por múltiplos campos de energia; você é separado de sua casa, sua casa tem vida, tem consciência" (DENISE LINN).

    Existem muitas casas e apartamentos que prejudicam, e muito, quem reside nelas. Isto, por quê? Podem ser várias causas, como pedras, paredes, radiações telúricas, raios cósmicos e todo e qualquer tipo de influências específicas dos materiais agregados que podem gerar "ondas de formas", remanescências de antigas maldições registradas em suas paredes, ou terrenos. Estas e outras causas podem fazer de sua casa uma inconveniência para você.

    6- POLARIDADES 

    Em tudo o que existe há dois polos: o positivo e o negativo e isto é a Lei das Polaridades existentes dentro da energética. Um núcleo divide seu espaço esférico com a sua devida contraparte e isto gera as polaridades positivo-negativo (+ e -), sendo que isto gera uma linha alternada em um eixo horizontal que chamamos linha do Equador, esta linha é chamada de Zona Neutra.

    A Lei da Polaridade estabelece as ordens de comportamento dos átomos das substâncias que compõem a matéria. É a Lei de Sustentação da matéria, onde o Duplo Etérico interage nos campos eletromagnéticos. É a composição dos pólos em qualquer objeto criado, desde os homens, animais, plantas, etc. A dualidade é igual à polaridade, onde a criação sustenta as forças opostas fundamentadas na formatação das substâncias e circunstâncias da vida.

    Quanto às pessoas, elas não são igualmente polarizadas. Segundo Frei Benoit Padey, a polaridade humana depende menos de um estado nervoso que de um estado anatômico. Segundo este estudioso, se a espinha dorsal estivesse mais simétrica, ele perceberia mais as radiações e polaridades.

    Método de René Lacroix para saber as polaridades humanas valendo-se de um pêndulo neutro:

    Mulher - polaridade normal - girações no dorso da mão direita e palma da esquerda; oscilações no dorso da mão esquerda e palma da mão direita.

    Homem - polaridade normal; oscilações no dorso da mão direita e na palma da mão esquerda. Girações no dorso da mão esquerda e palma da mão direita.

    Como se vê, a polaridade feminina é o inverso da masculina.

    Existem também as polaridades invertidas. Se uma mulher tem polaridade invertida, ela não se dará bem com um homem normal, só com um de polaridade invertida. Assim: + x + = + ou - x -  = + e inversamente: - x + ou + x - = -

    Isto também existe nos terrenos e nas casas. É preciso saber os pontos de polaridades. Quais os pontos negativos quais os pontos positivos no solo e depois de determinar pelos mapas e plantas, vai se colocando energias com rotações do pêndulo. Se tem energia negativa, roda-se o pêndulo anti-horário e aí vai se tornar positiva. Se é um ponto positivo, roda-se o pêndulo no sentido horário, vai-se potencializar esta energia positiva. 

    6.1- Centros energéticos de ambientes

    Em todos os ambientes há os centros energéticos. São os chackras da terra, estes pontos, onde a energia é mais atuante. Por isso, através da polaridade, determinando os pontos negativos e positivos e equilibrando-os com as rotações do pêndulo e colocando estes mapas e plantas da casa em cima dos gráficos de Radiônica, vamos harmonizando os ambientes, tornando-os mais agradáveis, saudáveis para se viver e mais comerciais também.

    Se você estiver pensando em se mudar para uma casa ou apartamento novo, verifique com o pêndulo a polaridade: negativo-positivo do local e veja se é bom para você e sua família tal mudança. Pergunte ao pêndulo: Em uma escala de 0 a 10, devo morar no endereço X? Um 9 ou um 10 indica um lugar positivo para se viver. O campo energético das pessoas é diferente, das casas e apartamentos também. Se não há compatibilidade, você não mudando, poupa tempo, energia e dinheiro. 

    6.2- Drenagem

    É necessário determinar os pontos de drenagem que são pontos de coletar água de chuva, a boca aberta do universo, não mexer. 

    6.3- Capacidade vital - vibrações em ANGSTRONS

    Os pontos energéticos vibram positivamente depois de equilibrados. Então marca-se no mapa ou planta quais os pontos de maior vibração energética na escala de ANGSTRONS e se liga com o lápis os pontos mais energizados aos pontos menos energizados para um maior equilíbrio do ambiente. Esta vibração energética é um meio de prevenção de aparecimento de desequilíbrios aumentando a qualidade dos solos. 

    7- COMO PROCEDER PARA HARMONIZAÇÃO 

    Há  vários métodos para se harmonizar casas e terrenos. Eu uso o método das rotações do pêndulo, além dos gráficos e cristais. 

    7.1- Impregnação

    Impregnar é o conjunto de radiações de um corpo que pode se implantar em outro. Os corpos metálicos e os radioativos possuem o maior poder de penetração pelas suas radiações. Pode também este fenômeno não se realizar devido à neutralidade de um dos corpos em contato, sendo o suporte em particular.

    Quando se está trabalhando num mesmo ambiente, numa mesma mesa ou cadeira, mudando-se apenas os corpos pode acontecer a impregnação.  São muitas as circunstâncias que ocasionam a impregnação dos objetos nessas circunstâncias de manipulações, e isto pode levar o operador a erros. 

    7.2- Desimpregnação

    A fim de evitar os erros causados pela impregnação, é necessário que seja feita após cada operação ou experiência, e antes de iniciar outra, a desimpregnação dos objetos possivelmente impregnados. Para isto, empregam-se meios tirados do magnetismo: sacudir com energia as mãos, dirigindo os dedos para o chão, soprar neles, fazer fortes aspirações profundas, tocar o chão com a mão que sustenta o pêndulo e friccionar as mãos uma na outra; colocar durante alguns instantes o pêndulo em contato com o chão. Valer-se de um bastão de enxofre como corpo aspirador de ondas residuais.

    Para descarregar um lugar, uma mesa, uma sala, emprega-se com êxito o giro do pêndulo em sentido horário muitas vezes, onde o dual-rood assinalou que existem energias desarmônicas.

    Se você trabalha com mapas e planta baixa de residência, é  recomendável colocar três folhas de papel em branco entre elas para não haver impregnação de umas energias em outras. E quando for começar o estudo de cada uma delas, perguntar ao pêndulo se tem impregnações de outro ali. 

    7.3- Remanência

    As radiações dos corpos se dirigem de todos os lados e em todas as direções, sem, contudo, se misturarem porque se assim não fosse não teríamos a possibilidade de sua captação, mas estas radiações não deixam de impregnar os objetos ou outros corpos com que, mesmo por um certo espaço de tempo, se acham em contato. Essa impregnação conserva-se por algum tempo e em função da massa do corpo depositado e da duração do contato. Então, quando se retira o objeto ou o corpo, há a "remanência", devido à impregnação do suporte, remanência que permanece durante quanto tempo durar a impregnação, que pode ir de meia hora até algumas horas seguidas.

    Assim, durante este período, pode ocorrer captação do corpo que estivesse aí, e se colocado outro corpo, pode-se confundir umas com outras, as radiações. Para evitar confusões, há de se desimpregnar o lugar, o suporte e as mãos do operador, depois de um estudo e antes de outro. Para saber se existe a remanência, coloca-se o pêndulo acima do mapa e não precisa perguntar nada, o pêndulo para se há remanência e se não há, ele gira, então pode-se começar o estudo. 

    8- PARALELO ENTRE GEOBIOLOGIA E FENG SHUI 

    Muitas são as pessoas que podem achar que a Geobiologia e o Feng Shui são muito parecidos e até mesmo iguais. Porém com esse paralelo, podemos analisar que possuem suas peculiaridades, mesmo com alguns objetivos que possam ter semelhanças.

    A Geobiologia estuda as formas de contaminação do equilíbrio de vida humana, como radiações cósmicas e gases emanados do solo. Como não poderia deixar de ser, ela se preocupa com o efeito exercido pela explosão tecnológica que vivemos nos últimos anos e que hoje é seu maior campo de pesquisa. Um de seus principais objetivos é, portanto, investigar quais são os custos, além dos monetários, que estamos pagando pelo "conforto" advindo dos novos aparelhos e usos da eletricidade e das radiações de microondas, bem como dos materiais de construção modernos. O que se busca é a utilização saudável dessa tecnologia.

    Pode-se traduzir literalmente a expressão Feng-Shui como Vento e Água. Esses dois elementos representam a interação, o caminho e o movimento da energia vital nos ambientes a serem estudados. Sendo o que o vento transporta e a água armazena a energia vital.

    O Feng Shui estuda a distribuição dos objetos no ambiente, além da disposição, do arranjo, da estruturação, da cor e da forma das estruturas arquitetônicas. Ao indivíduo é permitido fazer arranjos ideais, no tempo e no lugar ideais, a partir da perspectiva do folclore, do talento artístico e da crença religiosa. Portanto, o principal objetivo do Feng Shui é expelir a negatividade e dar passagem ao que é favorável, ao mesmo tempo que alcança um estado de longevidade e prosperidade.

    Embora ambas as ciências busquem um objetivo em comum, que é tornar um ambiente harmonioso e saudável, sua meta é sempre equilibrar o Céu e a Terra, gerando, assim, um canal de manifestação da vida. No princípio ambas logravam com facilidade esta façanha, mas, a Geobiologia focou mais a Terra e o Feng Shui se sintonizou mais com o Céu, de modo que, hoje, podem ser consideradas ciências complementares.

    O trabalho da Geobiologia ganha mais movimento e suavidade quando acompanhado por uma boa consultoria de Feng Shui, ao passo que uma harmonização feita seguindo os parâmetros chineses se beneficia de solidez e ancoramento quando complementada por uma prospecção geobiológica. Fazendo uma comparação grosseira, é como se a Geobiologia estivesse para o Feng Shui assim como a Engenharia está para a Arquitetura.

    Através da Geobiologia, o fluxo do Chi é aumentado e dinamizado em um local e, logo depois pode ser otimizado e trabalhado pelo Feng Shui na forma dos Cinco Movimentos da Energia. Terra, Fogo, Metal, Água e Madeira são aspectos da energia Chi, composta pelo Yin e Yang que devem ser harmonizados e para isto são utilizadas as técnicas do Feng Shui. O ambiente estando assim harmonizado, pode acontecer de a pessoa que está ali, não sentir-se bem por causa do cruzamento específico de linhas e águas prejudiciais àquela saúde, portanto, é preciso buscar um ponto neutro dentro dessa área para a pessoa sentir-se em harmonia, tanto com o céu quanto com a Terra.

    Nossa pesquisa é harmonização de ambientes e pessoas neste ambiente, por isso tentamos nos empenhar em descobrir como a Geobiologia e o Feng Shui podem se completarem sem se prejudicarem. E que tenhamos humildade suficiente para entendermos que não sabemos quase nada, é preciso muito estudo, pois estamos tratando de energias da Terra, da Pessoa e do Céu. 

    9- EXEMPLOS DE SUCESSO 

    a) Começaram a construir um shopping, onde passava um córrego, cujas águas estavam poluídas por descargas de esgotos in natura provindas de três bairros, canalizaram o córrego, tiraram a água das terras em volta, fizeram um ótimo serviço de dragagem das águas, e do local, deu muito trabalho. Resultado: ficou linda a construção, mas não agradou a ninguém, todas as lojas vendidas perderam o preço, houve muito prejuízo e nada ali ia para a frente, até que consultaram um especialista de energia que mandou colocar gráficos diversos nas lojas em locais pouco visíveis como porta dos banheiros e copas-cozinhas, também mandou instalar uma pirâmide no sentido Norte Sul no terraço. Só assim começaram a alugar as lojas e melhoraram o movimento.

    b) Um terreno para ser vendido que não encontrava comprador, de jeito nenhum, apesar da boa localização e preço compatível com o mercado. Foi estudado e notou-se que logo no começo do terreno havia linhas negativas fortes o que não deixava ser vendido, loja nenhuma dava certo ali. Foi feita a harmonização com gráficos, pedras e rotações do pêndulo. Na outra semana já encontrou comprador, pelo preço certo.

    c) Um sítio onde se construiu uma casa haviam cupins atacando as portas e janelas de madeira, mesmo estas sendo novas, tinham sido trocadas. Após estudo, constatou-se que as energias negativas atravessavam a casa em vários lugares. Procedeu-se a harmonização através dos gráficos, cristais, rotações do pêndulo e os cupins sumiram, não precisando mais trocar as madeiras.

    d) Uma casa onde todos: pai, mãe e dois filhos viviam brigando sem motivo. Após estudo constatou-se que havia antes ali, onde agora é a cozinha, uma cisterna profunda e uma fossa, onde agora é o quarto. Muitos gráficos, cristais e rotações do pêndulo e a harmonia entre eles voltou a reinar. 

    9.1- Procedimentos a observar

    • Telhados com forma positiva são aqueles que apontam para o infinito como uma pirâmide;
    • Telhados com forma negativa são os retos e convexos para baixo como um U;

    Evite:

    • Fechar chaminés, nichos, orifícios de ventilações e todos os tipos de passagens feitas de alvenaria;
    • Construir um quarto ou uma sala em cima de locais que emitem ondas nocivas como cano de esgoto;
    • Muitos aparelhos no seu quarto, quanto menos, melhor;
    • Destruir a harmonia geométrica de seu telhado;
    • Morar em prédios antigos sem reformas;
    • Lugares onde o sol não penetre;
    • Evite áreas onde o nível de barulho ultrapasse os limites permitidos.


    10- RESULTADOS 

    Em todo estudo, é necessário, muitas vezes, a repetição das experiências para se proceder com exatidão a observação das radiações existentes em determinado lugar, portanto, um principiante pode enganar-se em uma primeira experiência, daí a importância da repetição. Observar bem para partir para a ação.

    Em dez casos estudados com bastante firmeza e determinação, notou-se o seguinte resultado em:

    • Duas casas, a harmonia entre os familiares foi restabelecida;
    • Dois terrenos foram vendidos pelo preço certo e em pouco tempo;
    • Dois sítios foram harmonizados voltando a produzir mais café e milho;
    • Duas hortas produziram melhor e mais verduras;
    • Os cupins de uma casa acabaram;
    • O telhado de uma casa foi modificado e a dona conseguiu ficar livre de um desequilíbrio sério.

    11- DISCUSSÃO 

    Hoje sabemos que o que conhecemos é muito pouco em relação às energias. Energias que fluem abaixo de nossas casas, ao redor delas e dentro delas. As ondas de energia são invisíveis e estão presentes em todos os lugares. Algumas são benéficas e nos desarmonizam, são as ondas nocivas. Ondas nocivas são anomalias do subsolo, de correntes telúricas, ou de causas diversas, transmitidas por ondas portadoras igualmente propagadas pelo subsolo. Produzem danos no físico, psíquico, vitalidade, comportamento, humor, a sorte e o destino dos homens e mulheres viventes.

    As emanações destas ondas nocivas podem ser de natureza elétrica, eletromagnética ou até radioativas. Os locais que sofrem a influência destas emanações conhecidos como "Zonas Geopáticas" devem ser evitados.

    O homem é constituído por vários corpos sutis imersos em planos vibratórios. O funcionamento deste computador humano é um milagre de equilíbrio instável. Esta máquina mágica é gigantesca, portanto, é propensa a sofrer incidentes que podem tanto ser exteriores como interiores.

    Nós não podemos frear o desenvolvimento tecnológico e achar que antes sem estas transformações é que era melhor de se viver. Vamos nos adaptar a este modo atual tomando algumas providências que nos protegem de extremas radiações dos aparelhos modernos:

    • A cama deve estar afastada dos aparelhos elétricos ou eletrônicos pelo menos 1,4 m, bem como não é aconselhável dormir com celular ou telefone sem fio sobre a cama;
    • Mudar constantemente de ouvido ao falar ao celular;
    • Sempre que possível, utilizar o celular, onde estiver correndo o ar;
    • Despluque os aparelhos da parede quando for dormir, se possível;
    • Dê intervalos quando no uso do computador;
    • Nos quartos, evite lâmpadas fluorescentes;
    • Se estiver a sua casa frente a um transformador de energia, na rua, não durma no quarto em frente para ele sem antes usar gráficos na janela ou cortiça nos vidros;
    • As plantas dentro e fora das casas atuam como ajudantes da harmonização;
    • As camas metálicas e colchões com molas favorecem a desarmonia e insônia.

    Muitos desequilíbrios nas pessoas são devido a exposições variadas a campos eletromagnéticos pouco estudados, o que impulsiona a nós terapeutas maiores pesquisas e dedicação. 

    12- CONCLUSÃO 

    Pessoas harmonizadas em ambientes igualmente harmonizados é o nosso objetivo último e primeiro. Neste estudo nos dedicamos aos ambientes tanto pequenos quanto grandes e para se determinar o que é possível fazer precisamos usar da Observação e Prospecção.

    A observação consiste em observar um terreno pelos indícios que a própria natureza oferece através dos vegetais e animais.

    Vegetais: posicionamento das árvores e plantas inclinadas para uma determinada direção indicam que elas tentam fugir de uma zona bastante alterada, principalmente por cursos d'água subterrânea. Neste local, não se pode construir quartos e escritórios, só corredor e área de pouco movimento; é área ideal para um poço artesiano.

    As hortaliças e as árvores que geram frutos delicados são muito sensíveis às radiações telúricas, deste modo quando existe uma concentração destes vegetais, aquela área tem grandes chances de estar relativamente equilibrada. 

    Se existem ervas daninhas em um local indica alterações de subsolo exatamente abaixo delas. Ao se plantar algo e não crescer pode indicar uma zona de alteração geobiológica. Falhas geológicas provocam más formações nas árvores e muitas pragas.

    Animais também nos indicam áreas específicas: os currais, no interior, são construídos onde o gado se reúne naturalmente para dormir e é  sabido que o cão busca lugares "bons" para dormir e o gato busca os "maus". Aqui, "bom" e "mau" é relativo. E para aproveitar-se estas linguagens, devemos utilizar o lugar do cachorro para dormir e do gato para cavar um poço, já que naturalmente se situa sobre um cruzamento de águas, podendo variar.

    Onde existem abelhas, formigas e cupins indicam zonas de falhas e águas subterrâneas com cruzamento de rede bastante ativos, e a vitalidade terrestre está bem falha. Os pássaros, geralmente quando livres, costumam fazer seus ninhos em locais considerados livres e bons. Além da observação, também é necessária a Prospecção que é o estudo das linhas Hartmann e Curry, bem como as águas subterrâneas e as falhas geológicas.

    É necessário estudar bastante os mapas, as plantas, selecionando os itens, um de cada vez, para assim que for determinado procurar através dos gráficos, das pedras e do girar do pêndulo, tentar harmonizar estes efeitos para se conseguir um equilíbrio razoável. Tudo isto sem preconceitos, porque se deixarmos os preconceitos agirem teremos a visão estreitada, as percepções diminuídas e as informações deformadas, ocasionando distúrbios.

    Todos e cada um de nós possuímos esta capacidade de sentir as energias, o que precisamos é confiar em nós mesmos, termos perseverança sempre para alcançar as metas a que nos propomos, e aí seremos como os druídas antigos que só tendo sua percepção corporal, utilizavam-na de tal maneira acertada que conseguiam fazer fluir a energia sobre a Terra, utilizando grandes pedras em vários pontos e dinamizando com formas específicas (acupuntura da terra).

    Urge que pesquisemos e trabalhemos para esta harmonização dos ambientes e da Terra porque o nosso tempo é hoje e agora! 

    13- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

    HICKS, E.; HICKS, J. O extraordinário poder da intenção. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

    HOR, A. Universo - Como tudo começou. São Paulo: Robe Editorial, 2002.

    NIELSEN, G. Além do poder dos pêndulos. 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 1988.

    PIETRO, N.S. Feng Shui - Harmonia dos espaços. 5.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2000.

    PIRES, A. L; SAEZ, J. Geobiologia - A arte do bem sentir. São Paulo: Triom, 2006.

    SAEVARIUS,E. Manual teórico e prático de radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998. 

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA CRT 30758 TERAPEUTA HOLÍSTICA
    Última atualização: 03/06/2011 10:01


    Quem Sou Eu - Kundalini- a origem sexual da espiritualidade

    QUEM SOU EU?

    Kundalini- a origem sexual da espiritualidade

    Mensagem do TAO sobre a energia sexual 

    São Paulo, 25  de  Maio   2011. 


    Mitiyo OshiroTakemoto  CRT: 38660  Terapeuta  Holistica

    SINTE-Sindicato Dos Terapeutas-  Holistico - 2011 

    SUMÁRIO

    • Introdução...........................................................................IV
    • História................................................................................V
    • Metafisica............................................................................V
    • Filosofia do chi....................................................................V
    • 3 grandes fragmentos..........................................................V

    -     Capitalismo e monopólio ...................................................V

    • Bioenergia ..........................................................................V
    • Prâna: filosofia da respiração.............................................VI
    • 7 chacras ............................................................................VI
    • Corpo etèrico .....................................................................VI
    • Corpo keterico .................................................................VIII
    • Kundalini o poder ígneo ..................................................VIII
    • Bindu .................................................................................IX
    • Budismo para leigos ..........................................................IX
    • Bioeletromagnética e religião ............................................X
    • I ching .................................................................................X
    • Karma - destino e livre arbítrio    ..................................... XI
    • 5 religiões básicas do mundo ............................................XI
    • Quem escreveu a Bíblia? .................................................XII
    • Material e Metodologia ..................................................XIII
    • Discussão .......................................................................XIV
    • Conclusão .........................................................................XV
    • Bibliografia .....................................................................XVI

    Introdução

    Tao que revela a sabedoria oriental, a ciência do futuro a revelação à natureza, autoconhecimento, transformação, o gostar do próprio eu.

    Quase todos se ocupam, num determinado momento da vida, com as perguntas: "QUEM SOU EU?",  "QUE FORÇA AGE DENTRO DE MIM?", "QUE FACULDADES AINDA SE ESCONDEM NO MEU INTERIOR?", "COMO POSSO USUFRUIR TODO MEU POTENCIAL DE SORTE E CRIATIVIDADE". "Acreditamos que nenhum outro campo científico pode responder a essas perguntas tão amplamente, como a ciência dos centros energéticos do homem".

    Ao compreender a tarefa e a função dos chacras em toda a sua extensão, forma-se uma imagem do ser humano que, na sua possível perfeição, é tão fascinante e sublime a ponto de mais uma vez nos determos para admirar a maravilha da criação.

    O homem vive hoje num profundo descontentamento no que tange a sua própria existência.

    Durante longos anos, ocupou-se com a exploração impensada de tudo que seus sentidos, captavam do mundo externo. Alicerçou seu conceito de segurança, poder e felicidade no resultado das suas conquistas materiais. Enquanto se manteve ocupado, perseguindo o tal objetivo alimentando-se mentalmente de todas as informações necessárias para conseguir seu intento. Desenvolveu-se brilhantemente no campo da ciência e da tecnologia, mas não percebeu que seu ser nutria-se concomitantemente de toda espécie de emoção, gerada pela própria ação antética e objetivada. Assustando consigo mesmo inicialmente pela forma adotada, depois pelo conteúdo raivoso, atormentado e triste, lançou-se num processo incansável de questionamentos acerca da própria natureza e seu relacionamento com o universo.

    Deixando escapar sua energia cósmica entre os dedos levando-os a sua desgraça. 

    HISTÓRIA 

    Metafisica

    Ciência geral dos princípios e causas: conhecimento, sabedoria, força moral "elevação espiritual que conduz ao DEUS CRIADOR". 

    Filosofia do Chi

    Teoria do yin e yang "sublime unidade" o ser absoluto a consciência de DEUS a energia que rege (comanda) o vasto universo. Yin e yang se manifesta no mundo inteiro o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nascimento, vida e morte: a dança cósmica do Universo: no plano físico do homem, essa dança se manifesta como sexualidade. Através dela, o homem está  ligado ao ato incessante de criação da vida. Dizem que hoje, a cada 8 segundos nascem 34 crianças. Podemos observar esse processo nos animais e nas plantas. 

    3 Grandes fragmentos - capitalismo e monopólio

    Quando construirmos uma ponte entre as três grandes medicinas: ayuvedica (chacra e kundalini), chinesa (taoista, bioeletromagnética), ocidental (medicina atual, que se deve ao Leonardo Da Vinci a proeza).

    Este termo "a união faz a força" não cabe dentro dessas medicinas, pois elas trabalham separadas seguindo caminhos paralelos. Hoje tais medicinas estão monopolizadas e comercializadas, seguindo interesses alheios perdendo seu verdadeiro conteúdo.

    Prejudicando o curado e o curador.  

    Bioenergia

    Reconhecida pela medicina oficial em 1990. Passou a constar no conselho de especialidades medicas da Associação Brasileira de Medicina, deixando assim a fazer parte das terapias alternativas fragmentando-se, adotaremos então a bioeltromagnética que é, mais adequada para a holística. 

    Prâna - filosofia da respiração

    Prâna, chi, ki e a própria filosofia como diziam os sábios taoista; vivendo de ar e orvalho respiração e saliva. No ar contem os elementos que nutre a vida, a inteligência, a força física e sustenta um mundo (pensamento) que traz conhecimento, intenção e sabedoria que leva a "iluminação".

    Sublime unidade yin e yang que impulsiona o universo, o Prâna representa a fonte primaria de todas as formas de energia "absoluta". 

    7 Chacras                                                                                 

    Como ponte para a consciência interior. Autoconhecimento. Relacionados a órgão, ele tem a importância decisiva para a nossa vida mental e espiritual. Atuam diretamente sobre as emoções, disposição e alegria de viver. Quando seu fluxo é  bloqueado, surgem as doenças físicas, a má concentração de energia e alimentação são verdadeiros ladrões dos sete centros energéticos. Os chacras regem a força vital "prâna" e espiritual "kundalini", que se manifesta de modos diferentes e existem sete chacras abaixo (atala, vitala, rasatala, mahatala, hahatala, sutala e patala) sete acima estamos longe dessa compreensão que é obtido por meio do desenvolvimento e purificação da consciência.

    Corpo Etérico                                                                                                                                        A maioria das pessoas considera o mundo material, como também o corpo físico como a racional. Caso seja um desses que só podem aceitar como realidade o corpo material, pense uma única realidade, pois são perceptíveis pelos sentidos físicos e compreendido pelo intelecto vez o que acontece, por ventura com a energia, força vital que anima um corpo físico e lhe oferece sensibilidade e capacidade de expressão depois da morte deste corpo. Segundo uma lei da física a energia nunca se perde, mas se transforma. A força que está "em ação" por traz dos aspectos matérias do corpo, com suas funções e habilidades, é constituída de um complexo sistema de energia, sem o qual o corpo não poderia existir. Esse sistema compõe-se de três elementos básicos: físico mais denso, etérico denso e o keterico subtil.

    Muitos esclarecidos em outros pontos energéticos, não conseguem perceber o campo ou corpo etérico, essa percepção extra-sensorial não se abre magicamente e como todos são filtrados através da mente determina o GRAU  DO OBSERVADOR, por isso é considerado pelos espíritas um produto semi-material, onde existem manifestações ectoplasmáticas atuação fundamental das incorporações, certas situações pode se ver ao olho nu. A Aura  Etérica  uma luz em volta dos corpos como uma onda de calor sob a terra, além disso, existe uma sutil teia delicada que atua como barreira entre o corpo etérico e astral protegendo o individuo, prematura abertura de comunicação entre esses dois mundos.

    Os diferentes planos de consciência o ser humano é divino e é constituído por hierarquia de energia subtil (leve e sublime), para facilitar nosso entendimento somos seres holísticos fracionados como:

    Corpos "inferiores", o corpo etérico é o corpo mais denso depois do corpo físico que modela e consolida a matéria física dos tecidos do corpo, que só existe graças ao campo vital e permite o físico viver porque é este que vitaliza com a energia do prâna.

    Corpo emocional a energia suave que reflete emoções e os desejos das pessoas colocando em contato com o meio do universo.

    Corpo mental (ou causal) governa nossa faculdade de raciocínio, pensamentos intuitivo do nosso ser, transição entre a matéria e espirito em forma de crenças ou pensamentos limitativos.

    Corpo astral passagem entre os dois corpos "personalidade e celestial", energia que vibram a partir do corpo astral influenciando as portas do plano celeste e terrestre. Podemos dizer assim; a energia que circula entre a terra e o céu  ( bioeletromagnetica).

    Corpos "Superiores" 

    Corpo celeste permite sentir as vibrações do plano e comunicar com seus guias de luz.

    Corpo divino, de luz o mais leve concede a licença a alma a se comunicar com a fonte (ojás).

    Corpo supra-astral concede e encerra a qualidade mais alta do amor incondicional, da compaixão e do desprendimento. A estrutura do corpo eterico tem a função mais importante de transferência da energia vital do campo universal para o campo individual (físico), o corpo etérico não carrega a consciência, ele atua como ELO entre os veículos físicos, emocional e mental intercalando-se e constituído juntos o EU;( o corpo etérico pesa 21 grama, na morte do corpo físico perde-se  21 gramas)

    Porém esta teia numa única camada de átomos etéricos que separam os chacras situados ao longo do corpo na verdade é um dispositivo de proteção, se danificado pode trazer transtorno mental e físico.

    Tendo em vista suas funções etericas (pela teosofia)

    Receptor do prâna rede de finos canais o qual é parte do elo magnético que une os corpos físico e astral, cortando ao retirar-se o corpo etérico do físico denso no momento da morte.

    Assimilador do prâna circula três vezes por todo o triângulo (três centros principais) antes de ser transmitido ao corpo eterico e deste ao corpo denso, se o homem estiver sã a emanação será intensificada pela vibração (frequência), caso contrária o processo será lenta, essas emanações saem finalmente do sistema etérico, irradiando-se pela superfície a essência sai levando a qualidade individual.

    Transmissor do prâna e absorvido por tudo que evolui dentro do circulo, consiste em vitalizar o veiculo de expressão material física de qualquer dos sete (chacras) homens celestiais, consiste em liberar a vida dos veículos que a confiam o altar terreno o lugar onde nasce o espirito.  

    O Corpo Ketérico

    Vimos acima que a relação entre os dois corpos ou energia poderia ser vista e sentida. No keterico está além das nossas faculdades, o nosso grau de evolução e consciência precisa estar bem apurado, sete nível acima do plano espiritual, nós sentimos próximo do criador, os campos emitindo uma aura dourada reluzente pulsante.

    Ketérico é o último nível áurico do plano espiritual. Contém o plano da vida e é o último nível diretamente relacionado com esta encarnação. 

    Kundalini o poder Ígneo

    De encontro ao Bindu, a grande força magnética, o princípio universal da vida que existe em toda a matéria também chamado "fogo serpentino" é vida que flui através dos centros vitais ou chacras.

    Principio ativo que tanto pode criar ou destruir especialmente no ser humano, ela estabelece laços entre os corpos físicos e astrais e vise e versa á medida que a evolução prossegue esses laços, são vivificados pela vontade que libera e guia essa energia. Embora de maneira meio desordenada por isso o correto deve ser orientado por um mestre eminente. Kundalini a origem sexual da espiritualidade para a teoria da evolução GOPI KRISHNA -  um filósofo iogue hindu pioneiro da união entre a filósofa oriental e a ciência ocidental - kundalini é um termo chave, pois é a base para o acesso a um estado superior de consciência tal que, se atingido por amplas massas da população representaria uma nova espécie da humanidade.

    É uma das forças emanantes do sol, inteiramente independente e distinta de fohat e prâna, e que, no estado atual dos nossos conhecimentos, acreditamos que seremos convertidos a qualquer dessas duas energias percorrendo o corpo as curvas de uma serpente; "Mãe do Mundo" é um nome bastante apropriado, porque e por ela que podem ser vivificados, com sete nós, que naturalmente representa os sete chacras ou centro de força e parece apresentar sete camadas ou graus de potência. Esta força se encaminhou assim no corpo astral, a faculdade de sentir, de ser impressionado por toda a espécie de influencias, porém sem lhe dar ainda a compreensão precisa ou inexplicável.

    O mecanismo que nos dá  a consciência do que se passa no astral é interessante e merece ser bem compreendido, mas para obter esses resultados, o fogo serpentino passa de chacra em chacra, em certa ordem e maneiras variáveis por isso essa energia sobe de formato espiral na intenção de encontrar seu objetivo; como o dia percorre para o encontro da noite. Assim é a kundalini que sobe com força e grau para o encontro do bindu, o feito é inexplicável o mais alto graal (santo) da plenitude. 

    Bindu

    Portal do brahama é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico. É o fio que liga o cérebro a medula e aos órgãos sexuais e quando cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta, aqui que armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente ligada ao útero e a glândula prostática - hormônios sexuais a energia sexual revitaliza o cérebro.

    O bindú circula dentro do canal principal o sushumna, quando é mantido no alto o homem mantem-se revitalizado e mais jovem, assim que desce veem a perda de energia causando o envelhecimento físico e mental. 

    Budismo para Leigos

    De todas as ramificações existentes, podemos distinguir três grandes correntes, chamados "os três veículos" (três mentes ou três Tan Tiens).

    1º Veículo -  Hinayana do hinduísmo uma das várias ramificações é o hara krishna: difundido principalmente no Ceilão, Bermânia, Tailândia e Indonésia.

    2º veículo- - Mahayana, impôs-se, sobretudo na China, Coréia e Japão.

    3ºVeículo-Tantrayana budismo da sexualidade "Kundalini". Atualmente está sendo divulgado também no Japão.

    obs: O Buda original está dentro de você, budismo não é religião: é filosofia da vida, é ciência.  

    Bioeletromagnética e Religião 

    Raich foi em direção ao corpo, ao biológico, á ciência literalmente palpável e visível e encontrou o espirito, a religião, o transcendente. Se os conceitos de bioenergia parecem estar como um peixe fora d'água no campo da ciência, na religião oriental pisa-se em terreno familiar. Para o hinduísmo, budismo e taoísmo o conceito de uma energia vital que flui ao longo do corpo, cujo bloqueio leva a sintomas e doenças físicas e mentais, é algo aceito há milhares de anos porque está, dentro da Bioeletromagnética, a força "Yi" (três  tan tiens -  três mentes ou três veículos) a energia sexual é Ching, a energia vital Chi e a espiritual e Shen. Essas circulam dentro dos três tan tiens  é o equilíbrio dentre o céu e a terra

    (o homem - bioeletromagnetica). Assim podemos entender porque o budismo de três veículos é integral. 

    I Ching

    Assim como a água nutre a vida, o conhecimento pode nutrir nossa consciência. O I Ching é  como um poço. Dele podemos extrair uma saberia profunda e autêntica, oculta no mistério sutil que sustenta o universo. Como filosofia, é  um espelho fiel da imensa realidade que nos abraça. Como oraculo é  uma lente poderosa que revela a unidade harmônica entre a compreensão e o incompreensível. Beber de sua água é experimentar o sabor indescritível de uma consciência ampla e abrangente que enxerga, nos movimentos do mundo, os mecanismos da nossa própria natureza. Combinando filosofia e oraculo, sabedoria e mistério, o estudo do I Ching é  fundamental para todo aquele que busca uma observação mais ampla e profunda dos mecanismos do universo, da vida e de si próprio.

    O I Ching pede: comprometimento com responsabilidade, lealdade ética moral e espiritualidade (sinceridade).

    "É aquela pessoa que faz e cuida de suas coisas e deveres com sinceridade no coração".

    Nesse estagio de evolução (revolução humana) poderemos pensar em paz mundial.

    É o que desejamos profundamente...

    E a mãe natureza pede urgência! .     

    Karma - Destino e Livre Arbítrio

    No taoísmo, acreditamos que nossa vida é resultado de nossas ações, ou seja, acreditamos que as ações passadas e presentes geram o futuro cenário de nossas vidas. A isso chamamos de Pequeno Destino.

    A partir de um instante qualquer, o futuro pode ser modificado como consequência de ações, mais conscientes, tarefa pessoal e intransferível, que não significa que não possamos ser ajudado. Mas, significa que, mesmo com ajuda externa, sem uma forte vontade e esforço pessoal não conseguimos progredir, melhorar, crescer.

    O destino não e algo pré-estabelecido pela vontade de DEUS se o fosse, este não seria DEUS, seria apenas uma consciência repleta de desejos, intenções e expectativas de retornos pessoais. A consciência universal (DEUS) é livre: não tem apegos e não faz julgamentos. É natural e espontânea. Não reconhece bem ou mal como antagônicos, mas complementares, em que o bom é  o resultado do equilíbrio e da harmonia entre forças aparentemente opostas. Esta consciência segue naturalmente o grande fluxo da imensa dança cósmica. Ela é a própria dança cósmica, é o próprio universo a isso chamamos Grande Destino: funciona como enorme pátio de fundo para o pequeno destino. Em termo pratico, o grande destino seria o conjunto das circunstâncias maiores do momento que vivemos capazes de definir a resposta não intencionada do universo ás nossas ações pessoais e coletivas.

    Deste modo, nossos méritos e punições são grandes por nós como consequência natural de nossas ações.       

    5 Religiões Básica do Mundo

    Histórias cheias de Fé.

    A sabedoria dos tempos tem sido preservada de muitos modos, mas nenhuma com mais apelo do que as simples alegorias chamadas Parábolas. Estas cinco histórias(descrita abaixo) se apresentam tão ativas hoje como no dia em que foram contadas pela primeira vez. Elas captam a essência de cinco religiões: budismo, judaísmo, confucionismo, islamismo e cristianismo.

    Budismo - O grão de mostarda; nascimento, vida e morte: a lei dos 7 chacras - "7 flores de lótus": Sutra de Lótus,(a revelação do Buda Sakyamuni)

    Judaísmo - A Parábola e a verdade.

    Confucionismo- O diplomata e o Rei-Espiritualidade - Conduta.

    Islamismo- O escravo e o filosofo.

    Cristianismo- A mensagem de João: Amai-vos uns aos outros, agora e sempre.

    Atenção: Os chineses taoístas usam muitos termos ou expressões como: filosofia, contos, fábulas, lendas, aforismo, metaforísmo, subjetivo, analogia; que confunde o raciocínio das pessoas, principalmente dos ocidentais, mas ai é que está o segredo para adquirir o conhecimento e saberia: "filosofia - pensar"

    Aprender sem pensar é  inútil

    Pensar sem aprender é  perigoso

    Kung Fú Tsé CONFÚCIO 

    Quem escreveu a Bíblia?

    A história de DEUS foi escrita pelos homens. Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos?

    As respostas são recentes - e vão mudar sua maneira de ver as escrituras.

    Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.c, uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, maquina e folha de papiro (planta importada do Egito e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que havia sido escrito).

    Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes outras pessoas continuaram reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best-seller de todos os tempos: a BÍBLIA. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo do Islã, mudou a história da arte- sem a bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci -  e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu?. Quem era e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo e quem ditou a voz e o estilo de DEUS?.  O que está na bíblia que deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados?. A resposta tradicional você já deve conhecer, segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso. A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidencias concretas da maioria deles, a chave para encontra-los está na própria Bíblia.

    Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Alias o termo "Bíblia", que usamos no singular, vem do plural grego ta bíblia ta hagia -"os livros sagrados". A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os cinco primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.c. Os Salmos seria obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel. E assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso. As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã. Que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo Canaã não foi um Estado, mas uma terra  sem fronteira habitada por diversos povos- os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, suas culturas e seus escritos foram fortemente influenciados por vizinhos cananeus, que viviam ali desde o ano.

    5.000 a.c e eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado. 

    Material e Metodologia

    Foram usados livros para consulta, acesso a home Page, assistir palestras voltadas á holística, estudos em grupos. Este trabalho foi realizado pela equipe na comunidade de estudos em grupo, com ajuda dos meus discípulos e alunos no curso de vivencia visando a consciência do corpo e da mente, fundamental nas práticas de exercícios taoista. Sendo que, um exercício e outro a meditação e muito importante no ganho de consciência do corpo, da mente e do espírito. Dentro do trabalho, trocamos idéias e compartilhamos conhecimentos vivenciados inclusive a experiência do despertar da kundalini: síndrome da kundalini" .

    Compartilhar:

    A beleza uma ação sempre gera uma reação; o esforço de uma ação.

    Os anos haverão de passar, mas a arte de compartilhar torna a todos mais humanos, que constrói ponte para o caminho do tão; que cuida da terra estagnada, colhendo o reconhecimento e sabedoria assim se alcança a iluminação.

    3 caminho do tao, dizem que existe três caminhos para a iluminação:1 é o da prece e da adoração, chega-se lá ,mas nunca se sabe  quando, por que ou como. 2 é o da boas ações e do serviço aos outros: mas tampouco se sabe quando ,por que ou como se chega lá. 3 é o caminho do Tao, que é um caminho de conhecimento e sabedoria. Você sabe quando, porque e como se chega lá, porque se trata de um processo alquímico no nível molecular,  que trabalho com a forma mais elevada de energia do corpo (a energia sexual) e que se torna claro  à medida que você pratica. Você sabe quando deve ser duro como a pedra e quando ser suave como a água. Isso é sabedoria, isso é o Tao.

    A soma de alguns conhecimentos próprios e alheios, as vivencias, orientadores, amigos e também profissional ligado à medicina. 

    Discussão

    Esta obra é a sequência (é continuação) das proposituras anteriores: sexualidade e espiritualidade/2008 - o principio do Yin e o Yang/2009.

    Selecionei o tema em questão, pelo caminho mais simples e eficaz para o aprendizado: o caminho do tao (filosofia do Chi) para o publico geral.

    Focado na energia fundamental, a energia sexual que vem do absoluto "o nada - o inacessível". Explicação do absoluto o nada: O ser sem forma: surgiu o Yin e o Yang (dualidade) a sublime unidade que impregnou o vasto universo; o Sois, Planetas, Luas, Estrelas, Microcosmos, etc...

    A energia sexual Yin e Yang: uma força fecundante masculina Yang, e uma força receptora feminina Yin (a energia é criativa, a união primordial das forças Yin e Yang que impulsiona o universo). Sem essa energia não estaríamos aqui, ou não existiríamos, viemos do nada, ao nada voltaremos "Tao Budh" sobre a kundalini atualmente muitas pessoas ouvem falar da kundalini; isso significa que a humanidade esta á caminho da evolução espiritual "pode ser comparado a kundalini que sobe para evoluir alcançando o bindu Brahma".

    Recebi uma mensagem do pássaro voador sobre a kundalini e compreendi que, grandeza da potencia que representa realmente ela; é perigosíssima, mas nem por isso podemos ignorá-la, precisamos mais do que nunca estar-mos preparados para o encontro, não para enfrentá-la, mas para recebê-la amorosamente com muita serenidade do Tão e alcançarmos a iluminação.

    Agradecimentos ao Sinte pela inestimável oportunidade que me proporciona. Gostaria de agradecer ao senhor Henrique Vieira Filho, a quem admiro pela sua inteligência e compreensão.

    Muito obrigada, Mitiyo              


    Conclusão

    Descobrir que os segredos de quem nós somos estão nos chacras (kundalini). Eles falam, eles sentem e pensam. Tudo estar na bioeletromagnética e quando adotamos esses conhecimentos e inserimos a filosofia do tao, entre este a kundalini. E a expansão da consciência, ai atraímos para nós, e não precisamos dizer ou perguntar:" QUEM SOU EU OU O QUE SOMOS".

    O Drº Motoyama expressa isso da seguinte forma: e faz um apelo; a ioga apresentar-se-á como uma grande força mundial e alterará o curso dos acontecimentos do mundo. Atualmente a kundalini está sendo discutida em todas as sociedades, em todas as línguas e países do mundo. Especialmente os jovens cientistas devem dedicar-se ao reconhecimento e á compreensão dos efeitos da kundalini - em si próprio e nas outras pessoas. Os médicos e os cientistas precisam formar uma ponte entre a dimensão subjetiva interior da consciência espiritual e a dimensão empírica da ciência como fizeram: Einstein. Ytzhak, Bentov e o dr Motoyama. Esse é o momento para avançar audaciosamente e investigar, de forma científica, a experiência da kundalini. Seu despertar é tanto, um evento psicofisiológico como uma realidade espiritual. O estudo do seu amplo potencial é a mais nova fronteira da ciência. Imaginem o s importantes benefícios obtidos no tratamento de moléstias, quando se revelar cientificamente que determinados sons e formas (mantras e yantras) podem ativar os sistemas fisiológicos e físicos do organismo.

    Experiência cientifica para a avaliação e determinação dos efeitos práticos do tantra e da ioga contribuirá imensamente para acelerar a evolução do homem. Tendo absoluta convicção e confiança nos extraordinários efeitos da ioga para curar o corpo doente do homem, aprimorar sua personalidade e transformar seu nível de percepção consciente. O Drº Motoyama transpõe a divergência e demostrou a realidade cientifica da kundalini e o consequente benefício para a humanidadeO Gopi Krishna relata que no futuro próximo, surgira indivíduos (sem diploma) com grau de clarividência além do normal.   

    Bibliografia

    Sexualidade e Espiritualidade - Mitiyo O Takemoto - Sinte; sindicato dos terapeutas.

    Sexo - Mandak Chia e Wu Wei - ed - Cultrix

    Chi Nei Tsang - Mantak Chia: ed  Cultrix

    Chi Nei Tsang ll - Mantak chia -  ed Cultrix

    Tao yin- Mantak Chia - ed Cultrix

    Automassagem - Mantak Chia ed Cultrix

    Segredos Taoista do amor- Mantak Chia e Michel Winn - ed Roca

    O orgasmo múltiplo do homem - Mantak Chia e Douglas Abrans Araya - ed objetivo

    Quem escreveu a bíblia -  texto: Jose Francisco Botelho: revista Super dez/2008

    Chacras- os centros energéticos da saúde plena: física, mental, emocional e espiritual-

    rev. Claudia /2006

    O duplo etérico - major Arthur E. Powel - ed. Pensamento

    O despertar da kundalini - Gopi krishna - ed. pensamento

    A origem sexual da espiritualidade - texto; John Wite

    Revista da sociedade taoista do brasil: ano I -  n°1- primavera 2005

    Bioenergia - curso básico - Maria Divina de Jesus

    Budismo para leigos -  Dummies - Londaw - Bodian - ed - a alta Books

    Bioenergia - apostilas nível I e II - Texto: Alberto Cabral Fusaro- Centro de estudofilosóficos laboratório Evolutivo

    Site:

    www.google.com.br

    www.gigabusca.com.br

    www.cefle.or.br- webite- info@cefle.org.br.

    Autor: : Mitiyo OshiroTakemoto - CRT 38660 - Terapeuta Holistica
    Última atualização: 03/06/2011 10:10


    COACHING HOLÍSTICO

    COACHING HOLÍSTICO 

    Um método de encadear resultados positivos para liderar a vida em qualquer âmbito desejável.  


    Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270

    Personal colching Holístico

    www.celicoutinho.com.br

    Terapeuta Tântrica

    www.celishakti.com.br

    E-mail: contato@celicoutinho.com.br 

     

    Índice

    Prefacio...................................................01 

    PRINCIPIOS DO CONCEITO DE FORMAÇÃO DO COACHING HOLÍSTICO

    O que é Samkhya?..............................................06

    COACHING - MITOS E VERDADES..................07 

    Conclusão.................................................09

    Bibliografia................................................11 


    Prefácio

    Primeiramente deixo claro que a intenção aqui não é inovar. E sim trazer ao conhecimento algo que já tomou um rumo de sucesso.

    Basta utilizar um pouco do seu tempo para navegar na Internet e logo se percebe que ha tempos outros orientadores, consultores e ou terapeutas já desenvolve um trabalho particularmente próprio de coaching.

    Ouvimos já um tempo o termo coaching, amplamente divulgado e a impressão que temos que sua origem é completamente moderna e pertencente basicamente ao nosso século.

    Mesmo na estória do coaching percebemos que seu inicio acontece baseado no conceito filosofal da Grécia, com o principio de orientar no esporte, o esportista que precisa ter o incentivo de que ele é ganhador, único em sua modalidade.  E assim transformar pequenos homens em grandes nomes do esporte, já nos tempos modernos americano.

    E com a modernização global o coaching ganha um corpo metodológico para auxiliar nas grandes empresas a formação de líder de equipe a serem prósperos em suas idéias, ganhando ranks em marketing, vendas e estratégias administrativas.

    Mas o homem não é só corpo mental, é também um corpo emocional, e espiritual, amplamente fáceis de formar uma estratégia de expansão dos conhecimentos, realização dos desejos e metas a cumprir em vida.

    Se formos buscar de fato uma origem pode-se facilmente perceber, que dá Grécia se pularmos um pouco, mais vamos cair nos princípios filosofais da índia antiga, e seguindo de encontro com o Samkhya que deu origem a uma metodologia de estudo comportamental do homem enumerando as formas de entendimento de como o Ser humano pode processar suas emoções, mente para evoluir como um ser livre de amarras negativas.

    É do Samkhya que acontece a origem de duas vertentes muito importante no mundo holístico hoje em dia, ou seja, o Yoga e o Tantra. Formando assim um um mundo denominado de holística.

    A holística não é uma ciência e nem uma filosofia. Não  é uma religião nem uma disciplina mística. Também não constitui um paradigma científico. É tão somente uma visão de mundo que vem se contrapor à visão dualista e mecanicista que despojou o ser humano da sua unidade, ao longo desses séculos de civilizações tecnológicas e racionalismo exacerbado.

    A holística basicamente é uma atitude diante da realidade, uma forma de ver e compreender o mundo, um espaço onde são permitidos um intercâmbio dinâmico entre Ciência, Arte Filosófica e as Tradições Espirituais, sendo exatamente esse intercâmbio que se propõem como uma das mais criativas formas de enfrentamento dos desafios deste final de século.

    Sendo uma atitude diante da vida uma forma de compreender e de estar no mundo, o pensamento holístico permeia todos os níveis de atuação do indivíduo.

    Inicio então aqui a intenção de promover com essas linhas um caminho para nós terapeutas holísticos, para um caminhar de prosperidade e crescimento, não somente como uma profissão complementar a qualquer outra renda que  tenhamos e sim um movimento de energia motora de que escolhemos como profissão de onde  somos únicos capazes de gerir uma ferramenta, não somente para os nossos clientes equilibrarem e se libertarem de doenças físicas, mas certamente buscar empreendedorismos seja lá no que foi escolhido.

    Li um artigo esses dias onde um terapeuta criticava as pessoas que dizem que a movimentação holística não dá mais para o sustento.

    E ele observa que muitos terapeutas se fundem em descredibilidade por não acreditar naquilo que de fato escolheu e dando razões para fracassos como, agora é final de ano e não é mais possível seguir. Bom, agora o ano começa apenas depois do carnaval.

    O aspecto astrológico inerentes agora é impossível fluir em produtividade.

    È de fato as intempéries existem, e não trilhamos nela com sucesso se acreditarmos que nosso sucesso está no mundo lá fora.

    Mas se soubermos o caminho da ação e da reação de nós mesmo, trilhar um caminho pra a prosperidade, certamente é bem mais agradável e palpável. E esta é a proposta do Coaching Holístico.

    Enumerar uma série de questões para os objetivos pessoais serem colocados em prática. 

    PRINCIPIOS DO CONCEITO DE FORMAÇÃO DO COACHING HOLÍSTICO 

    O que é Samkhya

    Samkhya é considerado como o mais antigo dos sistemas filosófico ortodoxo indiano .Sua filosofia considera o universo como constituído de duas realidades eternas:  Purusha (consciência) e Prakriti (corpo físico), é, portanto, fortemente dualistas  caracterizada por uma cosmovisão que vê o universo como uma mistura evolução de dualidades distinta (claro / escuro, masculino / feminino, etc.).

    Shamkhya advém do idioma sânscrito, um dos ramos do grande tronco lingüístico e cultural Indo-Ária, tendo parentesco com o latim, o árabe e mais uma dúzia de línguas indianas. Apesar desta influência o sânscrito é uma língua morta, sendo usada em situações ritualísticas, pujas com mantras.

    Samkhya, então literalmente, significa "descrição enumerativa", inventário, enumeração, sendo uma palavra adotada por kapila, um literato indiano por volta de 27 séculos atrás. Para descrever a estrutura do cosmo e do homem, bem como as relações entre pessoas e do individuo como o cosmo, no sentido da natureza.

    Devido às dificuldades com os estudos e registros históricos daqueles séculos, não se sabe ao certo se Kapila foi realmente um personagem histórico ou uma criação folclórica; não se sabe também a data de seu nascimento (talvez 750 a. C), se foi contemporâneo depois de Buda (200 anos depois), se viveu no século II a.C ou II d.C

    Metafisicamente, Samkhya mantém uma dualidade radical entre o espírito / consciência (Purusha) e matéria (Prakriti). Todos os eventos físicos são considerados manifestações da evolução da Prakriti,  ou natureza primária (do qual todos os corpos físicos são derivados). Cada ser ciente é um Purusha, e é ilimitado e irrestrito ao seu corpo

    O espírito em si é apenas uma testemunha da evolução. A evolução obedece a relações de causa e efeito, com a natureza primordial em si ser a causa material de toda a criação física. A teoria da causa e efeito da Samkhya é chamado Satkaarya Vaada, e afirma que nada pode ser criado a partir ou destruídas em nada - toda evolução é simplesmente a transformação da natureza primordial de uma forma para outra.

    Toda a matéria tem três gunas (qualidades)  ou atributos fundamentais - sattva (atributo criativo), rajas (atributo preservacionista) e tamas (atributo destrutiva). A evolução da questão ocorre quando a relação de forças entre as mudanças de atributos. A evolução cessa quando o espírito percebe que é diferente da natureza primária e, portanto, não pode evoluir. Isso destrói o propósito da evolução, impedindo assim Prakriti de evoluir para Purusha.

    O Purusha (almas) é consciente e livre de todas as qualidades. Eles são os espectadores silenciosos de prakriti (matéria ou a natureza), que é composto de três gunas (disposições), satva rajas e tamas (atividade estabilidade e estagnação). Quando o equilíbrio dos gunas se movimenta, a ordem mundial evolui. Este movimento causa um desequilíbrio natural, ou seja, um distúrbio é devido à proximidade de Purusha e Prakriti. Libertação (kaivalya), então, consiste na realização da diferença entre os dois.

    Esta era uma filosofia dualista. Mas há diferenças entre o Samkhya e as formas ocidentais de dualismo. No Ocidente, a distinção fundamental é entre a mente e o corpo. No Samkhya, no entanto, é entre o (purusha) e da matéria, e este último incorpora o que os ocidentais normalmente se referem como "mente". Isso significa que o Self como o Samkhya entende que é mais transcendente do que "mente". 

    COACHING - MITOS E VERDADES

    Ser Coach é ter paixão em ajudar as pessoas a alcançar as suas metas, sonhos e objetivos mais rápidos.

    COACH é uma palavra de origem inglesa antiga, por volta de meados de 1500, que significa um veiculo para transportar pessoas de um lugar para outro.  
    O nome Coach é muito usado nos esporte, para denominar o treinador ou o técnico. Timothy Gallwey, quando escreveu "O JOGO INTERIOR DE TÊNIS" deu uma nova concepção na maneira de ensinar o Tênis e colaborou muito no processo de coaching que hoje conhecemos.

    Segundo o I.C.I. (Integrated Coaching Institute), Coaching é um processo focado em ações do coachee (cliente), para a realização de suas metas e desejos.  Ações no sentido de desenvolvimento e / ou aprimoramento de suas próprias competências, equipando-o com as ferramentas, conhecimentos e oportunidades para se expandir.

    O processo de Coaching não diz às pessoas o que fazer para se tornarem melhores, as apóia e a avalia, o que e como estão fazendo de modo a responsabilizarem-se pela própria vida, caminhando em busca de seus próprios objetivos. 
    Podemos também dizer que o Coach é o profissional que auxilia as pessoas a estruturar-se e realizar o seu sonho.

    Segundo Leonardo Wolk, "Coaching é a Arte de Soprar Brasas". 

    O coach, portanto é o profissional que conduz o processo de desenvolvimento. 

    Coaching é o nome do processo (literalmente treinamento em inglês). 

    Coachee é o nome que se dá ao cliente que contrata o coach. 

    O que é Coaching?

    É uma nova disciplina que nos leva à realização de permitir um desenvolvimento pessoal e profissional forte. É um conjunto de perguntas é a partir da aceitação dos outros e não julgar, com o objetivo de descobrir quem você é e ajudá-lo a alcançá-lo. .

    É uma formulação que ajuda você a pensar diferente. É uma nova maneira de ver as coisas que lhe permite operar de forma eficaz e responsável para seus objetivos, aumentando a imagem que você tem de si mesmo, melhorar as comunicações, aprofundar suas relações e mantê-las.

    Qual situação te leva a utilizar-se do coaching:

    - Quando você tem uma meta ou um objetivo e não sabe especificar.  

    - Quando você quiser encontrar um propósito na sua vida e nada faz sentido  

    Quando você responder não a uma das seguintes questões:  


    - Você gosta do que faz? 


    - Você está animado sobre o seu futuro? 


    - É esta a vida que você escolhe? 


    - Você acha sentido no que você faz? 


    - Você está satisfeito com seus relacionamentos? 


    - Usa bem seu tempo livre?


    Portanto o Coaching te chama para a ação ao invés de levá-lo aos seus pensamentos. 


    Coaching aponta para o que você quer e é possível que você  em vez de se concentrar no que aconteceu com você. 



    Um plano para o seu futuro  em sua vida pessoal

    Você tem um sonho difícil de realizar? 


    Você está sempre envolvido em problemas em seus relacionamentos? 


    Você se sente preso ou contido em qualquer área da sua vida? 


    Gostaria de ter mais tempo para si? 


    Em sua vida profissional

    Gostaria de ter mais sucesso? 


    Você reconhece que você poderia melhorar a comunicação? 


    Necessidade de organizar melhor o seu trabalho e sua mesa? 


    Você muitas vezes falta o tempo? 


    Gostaria de promover o seu crescimento, mas você não tem idéia por onde começar? 


    Você gostaria de aumentar sua renda ou lucro em seu negócio?


    Você toma altos níveis de stress? 

    Operação de Sessões de Coaching 

    A duração do processo de coaching é uma função do número de sessões e a freqüência dos mesmos, e duas questões dependem de você.

    Sobre a freqüência, nota que não fará mais do que uma sessão por semana e raramente perduram para além das próximas 4 a 6 semanas. Em geral, cada sessão dura aproximadamente uma hora e será individual.  

    Conclusão  

    O Coaching Holístico

    Coaching não é  terapia.

    A terapia é uma solução para entender o passado, reavaliar os erros para preparar-se para o presente.

    O Coaching concentra-se no presente e no futuro. Ou seja, independente de qualquer fato, dos sucessos e dos insucessos, o que e como fazer daqui pra frente, para continuar a escalada.

    A Terapia é um recurso para lidar com as dificuldades da existência, sob aspectos psicoemocionais em situações como crises pessoais, conflitos conjugais e familiares, transtornos psicopatológicos, distúrbios psicossomáticos, crises existenciais e problemas nas transições entre as fases da vida, etc. A terapia, diferentemente do coaching, adota uma abordagem holística que envolve processos de ordem psíquica, orgânica e social oferecendo recursos direcionados para atender na orientação de pessoas em situações de desestruturação e crise, quando o mesmo se sente inapto para lidar com as dificuldades em sua vida.

    O Coaching holístico vai lhe propor um caminho do momento do aqui e agora através de seus próprios recursos naturais.

    Serão utilizados de ferramentas de métodos vivenciais para auxiliar ao encontro de respostas que o processo vai lhe conduzir, para melhor absorção.   

    "Se, por um dia apenas, ou mesmo algumas horas e não raro por apenas alguns minutos, você se permitir mudar, um pouco que seja, seu ângulo de visão e abordar as questões existenciais de uma posição outra, além daquela que está habituado a vivenciar, isto operará milagres em sua saúde e no meio ambiente"       Levi Leonel 

    BIBLIOGRAFIA

    Pesquizas feitas pela a Internet.

    Livro - Energia Vital - Editora Roka - Autor - Levi Leonel

    Título: Coaching: Desenvolvendo Excelência Pessoal e Profissional;

    Autor: James Flaherty;

    Editora: Qualitymark;

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 03/06/2011 10:18


    Tratamento Através da Radiestesia e Radiônica

    Tratamento Através da Radiestesia e Radiônica

    Tendo em vista o perfil individual do cliente determinado pelos cinco movimentos chineses e meridianos

     

    Maurício Marcial Araújo
    TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 43301

     

    Só aquele que governa a si próprio pode governar os outros. Só aquele que é livre pode libertar. O Homem é feito de luz e a Luz é do Homem. Será difícil a transmutação do indivíduo? É difícil ser bondoso, compassivo, amar, trabalhar, construir e criar um mundo cada vez melhor? A dificuldade é que temos uma natureza dualista. Deus e Lúcifer, ambos estão em cada um de nós. Este confronto entre glorificação amorosa e egocentrismo destrutivo é que nos obriga a usar o livre arbítrio. Se não tivéssemos que optar sempre entre o bem e o mal não haveria degraus a subir em nossa eterna viagem para o Criador. Em certos estágios, devemos dar um salto e transmutar nossa alma. Como? Amando sem restrições. A energia da vida, a energia cósmica, faz o resto.

    THOTH (50.000 a.C. d.C.)

     

     

    SUMÁRIO

     

    RESUMO.............................................................................................................2

    INTRODUÇÃO.............................................................................................................2

     

    1 MATERIAL E METODOLOGIA...........................................................................3

     

    1.1  Material empregado...............................................................................................3

     

    1.2  Métodos.................................................................................................................3

     

    1.2.1     Estudos de pessoa presente...............................................................3

     

    1.2.2     Estudos de pessoa Ausente......................... ................................................4

     

    1.3  Para apreciação e conhecimento.....................................................................................................5

     

    2      DISCUSSÃO............................................................................................................6

     

     

    CONCLUSÃO.............................................................................................................7

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................8

     

    RESUMO

    Depois de tanto tempo começamos enfim, a descobrir que somos seres Bioenergéticos, ou seja, Magnético elétrico e que todos os desequilíbrios, dores e forma pensamentos nada mais é que energia concentrada; e que existe varias maneiras e técnicas holísticas de retirar ou mesmo inverter estas energias estagnadas. Estou aqui para demonstrar através da radiestesia e Radiônica como  identificar, neutralizar e modificar estas energias estagnadas.

     

     

    INTRODUÇÃO

    Quando fui a São Paulo no congresso do SINTE pela primeira vez, Henrique, Presidente do SINDICATO, fez uma colocação sobre qual a função de nossos trabalhos. Elucidou-nos que para ser terapeuta holístico a pessoa tem que se gostar e gostar muito de ajudar a outras pessoas. Reforçou que se nós não tivermos a intenção pura e verdadeira de ajudar certamente não seremos bons Terapeutas Holísticos e estaria na profissão errada.

    Então, vejo no passar destes anos, Clientes desequilibrados, com parasitas da energia vital, meridianos e cinco movimentos Chineses precisando de energização e desbloqueios. Quero compartilhar com vocês essas Técnicas e propor uma nova visão e meios de equilíbrio através da Radiestesia. Que possamos repensar sobre essas questões: isto não estaria acontecendo justamente neste momento em especial para nós; profissional pensar em executar este trabalho PARA o próximo com a melhor das intenções, com mais uma ferramenta importante para equilibrada e trazer de volta a qualidade de vida desejada pelos nossos clientes.  E o mais importante com a CONSCIÊNCIA de que está trabalhando com o amor e intenção de melhorar a vida dele.

    Tudo no universo é energia e essa energia não morre ela é sim transformada e acredito que não existem benefícios e prosperidades sem troca desta energia, o grande PRESENTE para a nossa profissão é justamente procurar encontrar juntos com nossos clientes um  ambiente melhor para nós,  nossos clientes, crescimento e maturidade pessoal, adequação mais tranqüila na sociedade porque uma relação de riqueza não se baseia apenas no VALOR enquanto espécie monetária, cédulas, ele é muito maior, se conseguimos enxergá-lo.

    Com isso descobrimos uma melhora do Universo em que vivemos  com seres que entraram em contato com este NOVO SER equilibrado e cheio de propósitos novos.

    Para ajudar o próximo precisamos acima de tudo de amor, coragem e sensibilidade. As mudanças chegam de forma sutil, em pequenas doses... 

    Qual é o objetivo de um terapeuta Holístico? Qual é a sua proposta verdadeira?

    Pensem, quantos terapeutas holísticos morreram no passado ou foram presos, sozinhos sem ajuda e comprometimento do próximo apenas lutando por uma causa altruísta. Estamos no momento em que existe um sindicato forte e com pessoas querendo nos ajudar a erguer o nome de Terapeuta Holístico e colocá-lo no lugar que os do passado, presente e do futuro merece.. Por que então não nos unirmos com um só propósito que é de ajudar o outro, trocar idéias, experiências, informações e fundamentalmente lutar juntos por interesses que são coletivos, diria ainda que seja de todos.

    Pense sempre no próximo sem esperar recompensas, pois a recompensa verdadeira e concreta está intimamente entrelaçada com a nossa INTENÇÃO VERDADEIRA. E esta resposta, como o nosso tratamento, é sutil e fortificada, sendo apenas questão de tempo.

    Não se recebe energia tipo "A" emanando energia tipo "C", o aspecto energético depende da purificação e troca e isso só acontece com mudanças na ação e paciência. Não conseguiremos chegar a ser o que queremos sozinhos, dependemos da energia do outro e só receberemos a energia "A" se tratarmos com Amor ao próximo, isso é troca.

    1 - MATERIAL E METODOLOGIA

    1.1 Material empregado

    • Pêndulo;
    • Ficha de cliente;
    • Pasta com Gráficos de radiônica encontrados no livro A Radiestesia em Terapia Holística (informações no SINTE);
    • MAPA DOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES como o fornecido pelo SINTE;
    • Mapa de Holopuntura fornecido pelo SINTE;

     

    1.2 Métodos

    1.2.1 Estudo da pessoa presente.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente.

    1.2.1 Estudo da pessoa presente

    • Pede-se que o Cliente relaxe e deite na maca;
    • Preencha a ficha do cliente com as informações necessárias para a investigação com o uso do Pêndulo (Radiestesia);
    • Se pega o pêndulo e coloque-o no ponto zero e começa-se a passá-lo pelo corpo do cliente a uma distância de mais ou menos quinze centímetros do corpo na altura do coração, pulmões, baço e pâncreas, rins e fígado etc... No local onde houver predominância da energia estagnada, o pêndulo oscilará em rotações afirmativas seguindo sentido horário;
    • Obtida as respostas afirmativas, anotam-se na ficha do cliente os pontos de desequilíbrio e consulte ao cliente se sente dores ou incômodos no local;
    • Segue-se o atendimento com o uso da Odomertia equilibrando e desbloqueando os chakras de entrada e saída que estiverem desequilibrados;
    • Pergunta-se ao pêndulo quantas voltas ou quantos minutos são necessários para se restabelecer a harmoniae o equilíbrio dos chakras que necessitam da Odomertia;
    • Segue-se o atendimento com o uso do pêndulo para a identificação dos cinco movimentos chineses desequilibrados e o movimento individual do cliente sobre as seguintes partes do corpo: uns três dedosacima da mama esquerda (Coração) - movimentoFogo, no meio do peito- movimento Metal, baço e pâncreas - movimento Terra, rins- movimento Água e fígado- movimento Madeira;.
    • Pergunta-se ao pêndulo quantas voltas ou quantos minutos são necessários para se restabelecer a harmonianaquele Movimento e com o Pendulo girando no sentido horário faça a Odomertia para o equilíbrio do movimento.
    • Próxima etapa é verificar se o cliente encontra-se com Parasitas da energia vital, qual tipo de parasitas e recomendar a melhor forma para a eliminação dos mesmos.
    • Próxima etapa é verificar se algum meridiano se encontra bloqueado no momento e usar técnicas diversas como cromoputura, cromoterapia, Florais, Fitoterápicos etc..
    • Pergunta-se ao pêndulo se são necessárias outras sessões, caso positivo, informa-se ao cliente;
    • Verificar se o cliente necessita do uso da Psicoterapia Holística e ACONSELHAMENTO adequado.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente

    Sabendo-se que os corpos humanos por ser Bioenergético emitem radiações energéticas distintas e peculiar podemos através do uso de testemunhos captarem a freqüência energética de cada cliente como se fossem uma captação de rádio, ou seja, única.

    As células do corpo estão compostas por um núcleo atômico e elétrons e como se compusessem uma central elétrica comum com um sistema bioelétrico circular central que não depende do sistema nervoso central. Se este sistema se altera, chegam-se-se a mudanças morfológicas na célula e, por conseqüência, a desequilíbrio ou dano contínuo do órgão afetado ou os órgãos afetados.

    Quando se cria novamente o potencial enérgico da célula, a "central elétrica Homem" está em equilíbrio de novo. O desequilibrio e a dor desaparecem.

    Muitos estudiosos como o Abade Bouly e outros radiestesistas em suas experiências captaram as radiações de seres infinitamente pequenos como os microrganismos dentro de um organismo. Estas radiações são de uma sutileza grande.

    Chamamos de Radiônica a arte que nos permite  perceber e captar as radiações dos corpos e das matérias a distâncias pequenas ou grandes, utilizando mapas, croquis, fotos, etc.

    Mesmo dentro da Radiestesia, há os céticos que duvidam desta captação.

    O retrato ou foto é uma transmissão vibratória da luz, vinda do corpo fotografado diretamente no filme que captou, condensou e transmitiu as vibrações emitidas pelo corpo.

    Para as vibrações ou radiações que expelem os corpos, não há obstáculos nem distâncias. O tempo e o espaço não existem e como a força de penetração é muito grande, abre passagens e segue adiante.

    Estas radiações são perfeitamente percebidas quando o radiestesista regula e acorda o seu sistema receptor (sistema nervoso) com o comprimento das ondas que a foto ou mapa emite.

    Não há uma explicação formal e científica que possa satisfazer, mas sua exatidão é certa.

    Essas emissões de radiações embora já existissem desde a origem do mundo, somente no século XX, foi possível organizar uma disciplina para estudá-las cientificamente.

    Os animais, sendo animais, não precisaram esperar até o século passado para detectá-las e tirar proveito delas para a sua vida. O sistema nervoso da abelha, organizado para vibrar a uma freqüência determinada, desde sempre soube sentir as flores melíferas a uma grande distância, e captar radiações características da colméia materna.

    Foi demonstrado que as flores melíferas têm exatamente a mesma freqüência vibratória da abelha. Maravilhas do instinto e, sobretudo, maravilhas do Criador.

    Não há dúvida nenhuma que o instinto guia os animais com mais segurança que a inteligência humana, mas é certo também que o cérebro humano tem mais capacidade do que qualquer animal.

    Os animais só detectam as ondas que lhes são essenciais para a vida e para preservar a espécie, e nosso cérebro é como um receptor que detecta e amplia qualquer tipo de onda.

    Detectar uma radiação é por o cérebro em ressonância com um comprimento de onda, escolhido propositalmente, em vista de algum interesse.

    É necessário encontrar um meio de sintonizar somente as ondas do objeto que nos interessa e deixar de lado todas as outras radiações, estabelecendo assim a seleção.

    Cuida-se da pessoa ausente como se cuida da presente, só diferenciando ser a foto ou figura e não o corpo material. Interessante é que esse tipo de terapia pode ser utilizada desde o período intra-uterino até uma idade bastante avançada de cada pessoal.

    1.3  Para Apreciação e conhecimento

    - Como os Cinco Movimentos influenciam a personalidade

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO FOGO

    Pessoas nascidas sob a influência deste movimento são líderes naturais, carismáticas e dinâmicas no falar e no agir. Aventureiros, ambiciosos, impulsivos e sem medo dos riscos, eles possuem enorme capacidade para inspirar os outros a atingir seus objetivos. Sua grande energia e ambição, entretanto, podem também trabalhar contra eles, que correm o risco de se tornar egoístas, desconsiderados e inquietos quando não são capazes de obter o que desejam.

    O calor e o brilho do movimento FOGO atraem naturalmente as pessoas até eles, mas isso também pode ser destrutivo quando não mantido sob controle.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO TERRA

    Os que se enquadram neste movimento são conhecidos por sua natureza pragmática e conservadora. São prudentes com suas finanças, planejadores e administradores eficientes. Confiáveis e metódicos, não são dados a exageros e embelezamentos e podem apresentar as coisas da forma simples como elas são, ou pelo menos como eles as vêem. No lado negativo, podem sofrer de uma certa falta de imaginação e espírito de aventura e podem se tornar muito críticos e excessivamente preocupados em proteger seus próprios interesses.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO METAL

    Os que são controlados pelo Metal são ambiciosos, orientados para o sucesso, determinados e perseverantes. Resolutos e sem hesitação na conduta e na expressão, eles são guiados por sentimentos poderosos e podem, às vezes, ser irracionalmente teimosos e inflexíveis. Têm forte perspicácia financeira (Metal é o elemento associado ao dinheiro) e irão usá-la para aumentar seu apetite por luxo e poder. Voluntariosos e dogmáticos, eles precisam aprender o valor da conciliação e deixar de insistir rigidamente em sempre ter as coisas feitas a sua maneira.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO ÁGUA

    Os regidos pela Água são fluidos como ela. Elas (as águas) mais penetram do que dominam, e, como um rio ou regato, são capazes de se desviar de quaisquer obstáculos em seu caminho através de sua calma e indomável perseverança. São habilidosos, comunicadores, capazes de transmitir idéias e influenciar os outros. Em seu estado negativo, podem ser muito conciliadores e passivos, e se apoiar demais no apoio dos outros. Para obter sucesso, eles devem aprender a ser mais afirmativos e usar ativamente seus poderes de persuasão para transformar seus sonhos e visões em realidade.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO MADEIRA

    Daqueles nascidos sob a influência do movimento Madeira diz-se que possuem elevados padrões morais e defendem o crescimento consistente e a renovação. São extremamente autoconfiantes e progressistas, com habilidades executivas que os capacitam a assumir empreitadas cooperativas de grande porte. Por causa de sua generosidade e de sua capacidade inata e solidária de compreensão dos outros, são capazes de produzir apoio moral e financeiro para todos os empreendimentos com que se comprometam. Sua maior desvantagem é uma tendência entusiástica e excessivamente confiante para assumir mais do que o recomendável e, portanto, correr o risco de nada conquistar.

     

    Sobre o Pêndulo:

    Se você já consegue fazer com que o seu pêndulo diga SIM e Não é hora de adquirir confiança nas suas respostas. Independente de ele estar respondendo a alguma coisa importante, já está a princípio treinado para responder o que você quer. SIM e NÃO são polaridades. Coisas opostas. Você pode portanto utilizar o pêndulo para escolher entre quaisquer pares opostos - sim ou não, positivo ou negativo, masculino ou feminino, ying ou yang, preto ou branco. Basta você indicar por substituição a SIM e NÃO, qual a resposta que se encaixa a cada movimento.

     

    Percepção:

    A percepção é a criação ativa que elaboramos com base no estímulo externo e no referencial interno. Aspas e reticências abrem e fecham o processo perceptivo de cada um. Parece confuso; então pense no seguinte: O que é uma floresta? Um agricultor diz que é uma porção de arvores; já para o caçador é uma reserva de caça; para um perseguido a floresta pode significar um refúgio; na cabeça de uma criança é um lugar desconhecido e misterioso... E todos vivem felizes, cada um com sua idéia fixa sobre a questão. Estão errados? Claro que não, afinal tudo depende da perspectiva do observador, cada um vê as coisas de acordo com seu próprio referencial. Nossa capacidade de perceber, de relembrar e de relatar algo de forma completa e objetiva é muito limitada.

     

    Viver é sentir, mas só saber disso não basta.

     

    Imagine essa situação: estão na esquina parados, um médico, um advogado, um espiritualista e um mecânico, então houve um acidente e os quatros presenciaram.

    Quando foram interrogados sobre o caso, cada um relatou o mesmo acidente de maneira diferente.

    O médico percebeu os ferimentos e a gravidade do acidente.

    O advogado percebeu a posição dos carros e atribuiu a responsabilidade do acidente ao motorista que tentou uma ultrapassagem perigosa.

    O espiritualista percebeu além dos ferimentos físicos das vítimas, os danos emocionais e traumáticos que poderia ter causado tal acidente.

    O mecânico observou a condição dos carros e calculou os custos dos reparos.

     

    Cada observador viu os fatos de acordo com seus interesses e experiências vividas.

     

    É preciso crer para ver. Não, você não entendeu errado, vemos aquilo em que acreditamos. Um exemplo comum que você vai encontrar no seu cotidiano é o chamado efeito Halo (é a possibilidade de que a avaliação de um item possa interferir no julgamento sobre outros fatores, contaminando o resultado geral). Quando temos uma impressão global positiva de alguém temos a tendência de super valorizar o lado positivo e desvalorizar o lado negativo da pessoa. Ao contrario, quando nossa impressão é completamente desfavorável, temos a tendência de supervalorizar os aspectos negativos dela.

     

    Por isso, mesmo que você pense que tem a mente aberta e sem preconceitos e que tem condições de ver todos os lados de uma questão, lembre-se que existe sempre a tendência para manter uma visão estreita da realidade e perder a verdade objetiva.

     

    Antes de tudo então, seja um observador de si mesmo, pois o que vemos é em parte o que existe, mas também é em parte o que somos.

     

    Portanto, pesquise e estude a Radiestesia como ciência e arte. Sua percepção sobre o conhecimento de tudo se expandirá trazendo a tona um ser humano equilibrado e mais justo.

     

     DISCUSSÃO

    O nosso corpo serve como uma antena que capta as vibrações à nossa volta (ou as que queremos ter contato) levando ao cérebro físico que as envia ao inconsciente que, por sua vez fará as pesquisas necessárias e retorná-las-á ao cérebro físico, que produzirá o movimento do pêndulo relativo à resposta de nossa pergunta. O pêndulo nada mais é que um amplificador tanto das energias que captamos através de nosso corpo físico, como das respostas obtidas durante as pesquisas; por tanto, o Trabalho de Terapia Holística com o uso da Radiestesia e Radiônica requer apenas estudos e treinamento para se chegar as respostas mais precisas e corretas.

    Com o uso da Radiestesia podemos equilibrar e melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas, animais, ambientes e outros. A Radiestesia é uma ferramenta importante no trabalho terapêutico e com tempo e dedicação e a percepção teremos avançado e muito na nossa área que é a saúde do individuo.

     

    CONCLUSÃO

     

    "A tendência moderna de separar o todo em partes para melhor análise, por um lado, proporcionou grandes avanços científicos, por outro, dificultou-nos o poder de síntese, a capacidade de entendimento integral.

    Soma-se a isto que várias correntes filosóficas e até religiosas desapercebidamente estimularam a que o CORPO deixasse de ser percebido como sendo EU, estando mais visto como uma "máquina", ou "roupa" que usamos!

    Na visão holística, inexiste separação de corpo, psique e coletivo, tudo é um só ente, o Universo que somos. Tal qual a água manifesta-se ora como sólido, ora como líquido e até mesmo gasoso, nosso EU apresenta-se sob diferentes graus de condensação, desde a mais densa matéria, até o mais sutil pensamento. Assim sendo, aqui não cabe a expressão "meu corpo", mas sim, "EU-Corpo", pois a matéria não é apenas algo que possuímos, mas sim, aquilo que TAMBÉM somos..."

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001.

    - Do que se predomina a Radiestesia e Radiônica.

     

    Utilizando instrumentos específicos, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do nosso campo bioenergético que trabalha com as dimensões vibratórias mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando encontrar possibilidades para corrigir possíveis alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem estar da pessoa.Tudo no universo é uma fonte de energia que ressoa em certa freqüência ou, uma combinação de freqüências com outros elementos. Nosso corpo é feito de um número incontável de átomos e moléculas representando vários elementos. Cada molécula elementar ou átomo ressoa em harmonia com outra, quando estamos em perfeito equilíbrio. Acontece que em todo o momento estamos expostos a energias nocivas, como: ondas de rádios, TV, antenas, energias pessoais, etc... Podem gerar uma serie de desequilíbrios. Elas passam sobre nossos corpos, da mesma forma que somos afetados pela radiação do sol, da lua, da Terra e como sabemos das outras pessoas, porque mesmo pensamentos criam energias que se irradiam através de nossos corpos.O humor e as atitudes de um grupo de pessoas podem afetar-nos se estivermos cientes deles e, formos suficientemente sensitivos.Freqüentemente durante o dia respondemos fisiologicamente, emocionalmente e intelectualmente de alguma forma às diferentes radiações que nos atingem, vindas de várias fontes.Radiestesia é uma excelente ferramenta para ampliar nossas reações sutis que experimentamos. Se usada corretamente, a Radiestesia será uma ferramenta benéfica para a identificação e correção da fonte e transmissão das radiações nocivas existentes.Na realidade, a Radiestesia pode ser dividida em três aspectos:1- Reação física para freqüências e radiações universais de elementos ou combinações de elementos naturais ou artificiais que existem no nosso ambiente físico.2-Reação emocional dos pensamentos, condições e atitudes de outros, individualmente ou coletivamente e, de nós próprios.3- E freqüentemente intuitivamente a eventos que estão fora de nossa percepção linear do tempo, consciência física ou realidade.Com a nossa atitude e conhecimento do assunto que nos dirá definitivamente se seremos bem sucedidos no trabalho de Radiestesia ou não, e o quanto poderemos desenvolver este precioso presente. Devemos tornar-nos humildes e ter força de submetermos nossas percepções e atitudes para mudar, questionar mesmo nossas mais fortes crenças sobre um assunto específico e também ter vontade de corrigir nossas realidades.Para alguns isto será somente um meio de trabalhar com reações ou manifestações físicas, tais como procurar água, minerais e outros assuntos relativos às substâncias do universo. Outras pessoas, como eu, entretanto, podem se sentir confortável em trabalhar em áreas relativas à saúde, emoção e espiritualidade, ou seja, equilíbrio do Ser. O principal instrumento utilizado na Radiestesia é o Pêndulo. Qualquer objeto simétrico suspenso por um fio ou corrente pode ser um pêndulo. Eles podem ter formas esféricas, cônicas, cilíndricas, etc. Os melhores para iniciantes são os pêndulos neutros, isto é, feitos de madeira, baquelita, vidro ou aço inox, pois, possuem polaridades que se anulam entre si. Escolha um pêndulo de preferência neutro que pode ser da cor verde, a cor preta ou a cor natural da madeira ou do material utilizado. Use a sua intuição e escolha um pêndulo que melhor se afine com você e suas propostas de trabalho.Eu pessoalmente gosto de trabalhar com o pêndulo feito com a pedra Olho de Tigre porque me sinto mais seguro e confiante ao utilizar esta pedra.O olho de tigre normalmente é utilizado para proteção em geral, afastar o sentimento da inveja e manter a clareza dos pensamentos. Ele pertence ao grupo do quartzo e sua coloração é amarela dourada até marrom dourado, marrom até marrom enegrecido, opaco.Os efeitos terapêuticos do olho de tigre são: propriedades para o equilíbrio da cabeça, fortalecimento do cérebro, melhora a coordenação dos movimentos do nosso corpo e é excelente coadjuvante para a meditação e relaxamento.Outros instrumentos úteis para os que futuramente se interessarem em aprofundar os seus conhecimentos em Radiestesia, é: o Dual Rod, Aurímetro, o bastão atlante, os cristais, as réguas radiestésicas, o pêndulo Egípcio, o pêndulo cromático, o pêndulo eletromagnético, o pêndulo universal, etc.Procure conhecer e estudar a forma de uso de todos os instrumentos, mas lembre-se o importante é trabalhar e desenvolver o seu processo terapêutico com o instrumento que mais te agrade e te faça se sentir seguro e confortável.  

    Maurício marcial Araújo -CRT 43301

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

    ARESI, Albino. Radiestesia Hidromineral e Medicinal. 1. ed. São Paulo: Editora Mens Sana,1982.

    ATTESHLIS, Dr. Stylianos. Os ensinamentos esotéricos - uma abordagem cristã da verdade. 1. ed. São Paulo: Editora Ground, 1994.

    JAGOT, Paul Clement. A influência à distância - curso prático de telepsiquia - 9. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1999.

    MENDONÇA, Sávio. A Arte de curar pela Radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 1980.

    NIELSEN, Greg. Além do poder dos pêndulos - O ingresso no mundo de energia - 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1998.

    NIELSEN, Greg ; POLANSKY, Joseph. O poder dos pêndulos.13. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1999.

    SAEVARIUS, Dr. E. Manual teórico e prático de Radiestesia. 14. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    SHARP, Damian. O que é Astrologia chinesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 2003.

    TANSLEY, David V. Dimensões da radiônica - Novas técnicas de cura - 10. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1995.

    VIEIRA, Henrique Filho. O Microcosmo Sagrado. 1. ed. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

     

     

     

    Autor: : Maurício Marcial Araújo - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 43301
    Última atualização: 05/06/2011 12:45


    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista

    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA

    Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista


    Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico - CRT 21001

     


    Resumo:

    Milernarmente, os SONHOS são uma forma de contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso os indivíduos recorriam aos Xamãs, ao Sacerdotes, antecessores dos Terapeutas Holísticos, para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, inclusive, divinatórias, por meio de rituais sagrados.

    No ocidente moderno, sua importância foi negligenciada, até o advento da PSICANÁLISE, reencontrando nas teorias de Freud e Jung a sua função de eficaz meio de acesso ao conteúdo inconsciente, aplicando-se a associação livre como um dos instrumentos a trabalhar o conteúdo onírico.

    A TERAPIA HOLÍSTICA une o antigo e o novo em suas melhores qualidades, aproveitando tanto os sonhos espontaneamente recordados, quanto os induzidos via técnicas de relaxamento, toque e exercícios de imaginação ativa.

     

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras.

    Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem "científica-reducionista-elitista" cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem "empírica-holística-acessível" de nossos ancestrais xamãnicos.

    A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do "cientificismo", mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes.

    Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a "alma", desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

    No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se "dissolvem espontaneamente" no decorrer destes procedimentos (método catártico).

    A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

    Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte "inacessível" de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( "eu") e Censor ("juiz" do Ego, o Ego "Idealizado").

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO.

    Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

    Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Especificamente sobre os SONHOS, porém, a Terapia Reichiana pouco abordou, sendo enfatizada a observação do CORPO como o revelador dos aspectos visíveis do mundo inconsciente. Já Freud, autoproclama seu livro A Interpretação dos Sonhos como sua obra mais importante. Por sua vez, a Psicanálise Junguiana seria inimaginável sem a análise do universo onírico dos Clientes.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Interpretação dos Sonhos no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, bem como as técnicas de indução ao "sonho acordado" que já praticavam nossos antecessores, os sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.


    Material e Metodologia:

     

    1. Definições

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

    ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO - procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE - usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal - "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

    LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

    TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    SONHO: Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente. Para as culturas milenares, é o contato com o transcendente, de caráter orientativo e divinatório, com acesso ao divino e até ao mundo dos mortos.


    2. Procedimentos


    ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

     

    Análise de Sonhos:

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ..."o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro"... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as "chaves" transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado "o sono sagrado", onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de "sonho acordado", muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão "científico". Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, "a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma". Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma "auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material "espontâneo" que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a "dramatização", onde a pessoa "encarna", um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura "incorporada". Outra ferramenta de interpretação é a "ampliação" do sonho, onde se é estimulado para "prolongar" o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de "ampliação" é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que "ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico". O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.


    Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

    Do mesmo modo como "evocamos" os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma "lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais "pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram "especializações" funcionais, "desenhando-se" no holograma certos "caminhos" bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa "tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. "Mapeando" esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos "meridianos" de Acupuntura, na China milenar, e os "chacras" na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a "circulação" energética, induzimos à "circulação" das informações psíquicas, ocorrendo os chamados "insights" ("flashs", lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que "digerir", compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro "equilíbrio energético". O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

     

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

     

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

     

    Resultados:

     

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade. Especificamente quanto às vivências oníricas e análises dos SONHOS, foram objetos de grande atenção, ocupando boa parte dos atendimentos, tornando-se o fator mais significativo na produção de INSIGHTS percebidos como de grande importância emocional e motivacional na vida dos Clientes.


    Discussão:

     

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a "imitar" o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE - Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.


    Conclusões:


    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    A análise dos SONHOS, sejam os espontaneamente lembrados, sejam os induzidos por técnicas vivenciais se traduziram nos momentos mais surpreendentes e reveladores destes meus quase 25 anos de Terapia.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui a interpretação dos sonhos, regressão, progressão, vivências, etc...). A própria tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.


    Referências bibliográficas:


    "O Corpo Fala" - Pierre Weil e Roland Tompakow - Editora Vozes;

    "Counseling, Santé et Développement" em www.counselingvih.org;

    "Florais de Bach - Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica" - Henrique Vieira Filho - Editora Pensamento;

    "Jung e Reich - O Corpo Como Sombra" - Jonh P. Conger - Summus Editorial;

    "O Microcosmo Sagrado" - 2a Edição - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Orgônio, Reich e Eros" - W. Edward Mann - Summus Editorial;

    "O Processo de Aconselhamento" - Paterson / Einsenberg - Martins Fontes 1988;

    "Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung" - Reis, Magalhães e Gonçalves - EPU - Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

    "Tutorial Terapia Holística" - Henrique Vieira Filho - SinteBooks.

    "Interpretação dos Sonhos: Ed. Comemorativa - 100 Anos" - Sigmudn Freud - Editora: Imago;

    "Psicoterapia Holística" - - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    Anexos e Apêndices:

     

    1) Textos selecionados da obra "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    O sonho só é estudado aqui como veí­culo e criador de símbolos. Manifesta tam­bém a natureza complexa, representativa, emotiva, vetorial do símbolo, assim como as dificuldades de uma interpretação justa. A maior parte dos elementos deste verbete são aplicáveis ao conjunto dos símbolos, e u cada um em particular, pois todo símbolo participa do sonho e vice-versa.

    A parcela de sonho

    Segundo as mais recentes pesquisas científicas, um homem de 60 anos teria sonha­do, dormindo, um mínimo de cinco anos. Se o sono ocupa um terço da vida, aproxi­madamente 25% do sono é atravessado por sonhos: o sonho noturno ocupa, portanto, um duodécimo da existência entre a maioria dos homens. Que dizer do sonho acordado e do devaneio diurno que se acrescentam a esta parcela já impressionante!

    Sobre o sonho, Frédéric Gaussen disse muito bem: símbolo da aventura indivi­dual, tão profundamente alojado na intimi­dade da consciência que se subtrai a seu próprio criador, o sonho nos aparece como a expressão mais secreta e mais impudica de nós mesmos. Ao menos duas horas por noite vivemos neste mundo onírico dos símbolos. Que fonte de conhecimentos so­bre nós próprios e sobre a humanidade, se pudéssemos sempre recordá-los e interpre­tá-los! A interpretação dos sonhos, disse Freud, é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma. Também as chaves dos sonhos se multiplicaram desde a antiguidade. Hoje em dia, a psicanálise as substituiu.

    O fenômeno do sonho

    As idéias sobre o sonho, como sobre o símbolo, evoluíram muito e não temos por que fazer o histórico dessa evolução. Mas mesmo hoje em dia, os especialistas ainda estão divididos a respeito. Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente; para J. Sutter, esta é a menos interpretativa das defini­ções, o sonho é um fenômeno psicológico que se produz durante o sono, constituído por uma série de imagens cujo desenrolamento representa um drama mais ou meios concatenado.

    O sonho se subtrai, portanto, à vontade e à responsabilidade do homem, em virtude de sua dramaturgia noturna ser espontânea e incontrolada. É por isso que o homem vive o drama sonhado, como se ele existisse realmente fora de sua imaginação. A consciência das realidades se obli­tera, o sentimento de identidade se aliena e se dissolve. Tchuang-tcheu não sabe mais se foi Tcheu que sonhou que era uma bor­boleta ou se foi a borboleta que sonhou que era Tcheu. Se um artesão, escreve Pas­cal, tivesse certeza de sonhar todas as noi­tes, durante doze horas que era o rei, creio que seria tão feliz quanto um rei que so­nhasse todas as noite, durante doze horas, que era um artesão. Sintetizando o pensa­mento de Jung, Roland Cahen escreve: O sonho é a expressão desta atividade men­tal que está viva em nós, que pensa, sente, experimenta, especula, à margem de nossa atividade diurna, e em todos os níveis, do plano mais biológico ao plano mais espi­ritual do ser, sem que o saibamos. Mani­festando uma corrente psíquica subjacente e as necessidades de um programa vital inscrito no mais profundo do ser, o sonho exprime as aspirações profundas do indi­víduo e, portanto, será para nós uma fonte infinitamente preciosa de informações de toda ordem.

    Classificação dos sonhos

    O Egito antigo atribuía aos sonhos um valor sobretudo premonitório: O deus criou os sonhos para indicar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o fututro, diz um livro de sabedoria. Sacerdotes-leitores, escribas sagrados ou onirólogos interpretavam nos templos os símbolos dos sonhos, segundo chaves transmitidas de era em era. A oniromancia, ou a divinação por meio dos sonhos, era prati­cada em todos os lugares.

    Para os negritos das ilhas Andamã, os sonhos são produzidos pela alma, que é considerada como a parte maléfica do ser. Sai pelo nariz e realiza fora do corpo as proezas de que o homem toma consciência em sonho.

    Para todos os índios da América do Nor­te, o sonho é o signo final e decisivo da experiência. Os sonhos estão na origem das liturgias; estabelecem a escolha dos sacer­dotes e conferem a qualidade de xamã; é deles que provêm a ciência médica, o nome que se dará às crianças, e os tabus; eles ordenam as guerras, as caçadas, as conde­nações à morte e a ajuda a ser ministrada; só eles compreendem a obscuridade escatológica. Enfim o sonho... confirma a tradição: é o selo da legalidade k da autori­dade.

    Para os bantus do Kasai (bacia congolesa), certos sonhos são produzidos pelas almas que se separam do corpo durante o sono e vão conversar com as almas dos mortos. Esses sonhos têm um caráter premonitório referente à pessoa, ou então podem consistir em verdadeiras men­sagens dos mortos aos vivos, que interes­sam a toda a comunidade.

    (Sobre o papel dos sonhos e sobre sua interpretação nas civilizações orientais, po­de-se consultar a erudita obra coletiva SOUS; e sobre exemplos de sonhos histó­ricos célebres, religiosos, políticos e cultu­rais).

    Os exemplos de sonhos são inumeráveis; tentou-se diversas vezes classificá-los. As pesquisas analíticas, etnológicas e parapsicológicas dividiram os sonhos noturnos, para facilitar o estudo, em um certo núme­ro de categorias:

    1.  o sonho profético ou didático, aviso mais ou menos disfarçado sobre um acon­tecimento crítico, passado, presente ou fu­turo; sua origem é freqüentemente atribuí­da a uma força celeste;

    2.  o  sonho  iniciatório  do  xamã  ou do budista tibetano de Bardo-Todol, carregado de eficácia mágica e destinado a introduzir o homem num outro mundo por meio de um conhecimento e de uma viagem imagi­nários;

    3.  o sonho telepático, que estabelece co­municação com o pensamento e os senti­mentos de pessoas ou de grupos distantes;

    4.  o sonho visionário, que transporta ao que H.  Corbin chama  de  o  mundo  das imagens, e que pressupõe no ser humano, num  certo  nível  de  consciência,  poderes que nossa civilização ocidental talvez tenha atrofiado ou paralisado, poderes sobre os quais H. Corbin encontra testemunhos en­tre os místicos iranianos; trata-se aqui, não de presságio, nem de viagem, mas de visão;

    5.  o sonho pressentimento, que pressente e privilegia uma possibilidade entre mil...

    6.  o sonho mitológico, que reproduz al­gum grande arquétipo e reflete uma angús­tia fundamental e universal.

     

    Guardadas todas as proporções, o sonho acordado pode ser comparado ao sonho no­turno, tanto pelos símbolos que coloca em ação, como pelas funções psíquicas que é capaz de cumprir. Maria Zambrano mostra, ao mesmo tempo, seu risco e suas vanta­gens: Na vigília, o sonho apodera-se imperceptivelmente da pessoa e engendra um certo esquecimento, ou antes Uma lembran­ça cujo contorno se transfere a um plano da consciência que não pode acolhê-lo. O sonho torna-se então germe de obsessão, de mudança da realidade. Ao contrário, se é transferido a um plano adequado da consciência, ao lugar onde a consciência e a alma entram em simbiose, torna-se forma de criação, tanto no processo da vida pes­soal, como na realização de uma obra.

    A prática psicoterápica do sonho acor­dado engendrou a onirotécnica. Derivada dos trabalhos de Galton e Binet, das expe­riências de Desoille, de Guillerez e de Caslant, desenvolvida e aperfeiçoada por Frétigny e Virei até o onirodrama, esta técnica consiste num devaneio dirigido, a partir de uma imagem ou de um tema sugerido pelo intérprete e geralmente tirados dos símbo­los de ascensão e queda. Ela utiliza a fa­culdade que o homem possui, quando co­locado em estado de hipovigília de viver um universo arcaico de cuja existência nem suspeita quando acordado e do qual o so­nho noturno dá apenas uma ideia muito infiel e desalinhavada.

    A técnica comporta um primeiro tempo de relaxamento cientificamente conduzido, devendo chegar à aparição de ondas eletroencefalográficas alfa. O sujeito recebe a instrução de verbalizar simultaneamente as imagens que lhe aparecerem e os estados que experimenta. A experiência mostra que estes estados são vividos, isto ê, que o su­jeito tem um Eu Corpóreo Imaginário e que age num mundo visionário sobre o qual projeta as estruturas de seu Eu arcaico. Se, neste ponto da experiência, o ope­rador propõe uma imagem indutora ou su­gere uma ação imaginária, o sujeito vai integrar a sugestão no universo em que vive e desenvolver as suas conseqüências, segundo o modo simbólico próprio a este universo. Por este meio e alguns outros, vê-se surgir, no sujeito menos predisposto à fantasia ou à compreensão poética, seqüências de imagens e situações que po­dem ser, em todos os pontos, sobrepostas aos dados da mitologia ou da psicossociologia dos estados mais primitivos da huma­nidade.

    Funções do sonho

    O sonho é tão necessário ao equilíbrio biológico e mental como o sono, o oxigênio e uma alimentação sadia. Alternativamen­te relaxamento e tensão do psiquismo, ele cumpre uma função vital; a morte ou a demência podem ser o resultado de uma falta total de sonhos. Serve de exutório a impulsos reprimidos durante o dia, faz emergir problemas a serem resolvidos, e, ao representá-los, sugere soluções. Sua fun­ção seletiva, como a da memória, alivia a vida consciente. Mas desempenha ainda um papel de uma profundidade bem diferente.

    O sonho é um dos melhores agentes de informação sobre o estado psíquico de quem sonha. Fornece-lhe, num símbolo vivo, um quadro de sua situação existen­cial presente: ele é para quem sonha uma imagem freqüentemente insuspeitada de si mesmo; é um revelador do ego e do self. Mas ao mesmo tempo os dissimula, exata-mente como um símbolo, sob imagens de seres distintos do sujeito. Os processos de identificação não são controláveis no so­nho. O sujeito se projeta na imagem de um outro ser: aliena-se, identificando-se com o outro. Pode ser representado com traços que não têm aparentemente nada em co­mum com ele, homem ou mulher, animal ou planta, veículo ou planeta etc. Um dos papéis da análise onírica ou simbólica é desvendar essas identificações e descobrir suas causas e fins; tem como finalidade res­tituir a pessoa à sua identidade própria, descobrindo o sentido de suas alienações.

    O papel do sonho, talvez o mais funda­mental, é estabelecer no psiquismo de uma pessoa uma espécie de equilíbrio compen­sador. Ele assegura uma auto-regulação psicobiológica. A carência de sonhos cria de­sequilíbrios mentais, assim como a carência de proteínas animais provoca perturbações fisiológicas. Esta função biológica do so­nho, confirmada pelas mais recentes expe­riências científicas, não deixa de ter conseqüências sobre a própria interpretação, que pode então evocar a lei das relações complementares. O intérprete procurará com efeito a relação de complementação entre a situação consciente vivida, objetiva, do sonhador e as imagens de seu sonho. Porque existe, escreve Roland Cahen, uma relação de contrapeso (de balança) real­mente dinâmica, entre o consciente e o in­consciente, manifestada na atualidade de sua movimentação pelo sonho. . . Os de­sejos, as angústias, as defesas, as aspirações (e as frustrações) do consciente encontra­rão nas imagens oníricas bem compreendi­das uma compensação salutar e, conseqüentemente, correções essenciais. O drama onírico pode conceder o que a vida exterior recusa e revelar o es­tado de satisfação ou insatisfação em que se encontra a capacidade energética (libi­do) do sujeito. Mas, às vezes, a distância entre o sonho e a realidade é tal que adqui­re um caráter patológico e deixa transpa­recer na própria libido um descomedimen­to que nada consegue compensar. Deve-se observar que nos casos normais a compen­sação se produzia, nas perspectivas de Freud, segundo uma linha horizontal, isto é, no mesmo nível da sexualidade, en­quanto, segundo Jung, todo equilíbrio psi­cológico do ser se faz, entre seus planos conscientes e seus planos inconscientes, na dimensão da verticalidade, tal como, num veleiro, o equilíbrio entre a vela e a quilha. No mesmo sentido, para o Dr. Guillerey, toda perturbação psíquica cor­respondia a uma atividade superior entra­vada, e o apelo do herói, no sentido bergsoniano do termo, cumpriria uma função não apenas moral, mas terapêutica, de sal­vamento.

    O sonho, enfim, acelera os processos de individualização que regem a evolução de ascensão e integração do homem. Em seu nível, já tem uma função totalizadora. A análise, como veremos, permitirá que entre em comunicação quase regular com a cons­ciência e desempenhe então um papel de criador de integração em todos os níveis. Não apenas exprimirá a totalidade do ser, mas contribuirá para formá-la.

    Análise do sonho

    A análise dos símbolos oníricos baseia-se em triplo exame: o do conteúdo do sonho (as imagens e sua dramaturgia); o da es­trutura do sonho (em diversas imagens, um conjunto formal de relações de um certo tipo); o do sentido do sonho (sua orienta­ção, sua finalidade, sua intenção). Os prin­cípios de interpretação da análise se apli­cariam aliás a todos os símbolos e não só aos dos sonhos, e, em especial, aos que se exprimem nas mitologias. O sonho pode ser concebido como uma mitologia perso­nalizada.

    O conteúdo do sonho, isto é, a fantas­magoria puramente descritiva, procede do cinco tipos de operações espontâneas: uma elaboração dos dados do inconsciente para transformá-lo cm imagens efetivas; uma condensação de múltiplos elementos numa imagem ou numa seqüência de imagens; um deslocamento ou uma transferência da afetividade para estas imagens de substituição, por meio de identificação, repressão ou sublimação; uma dramatização des­te conjunto de imagens e cargas afetivas numa fatia de vida mais ou menos intensa; enfim, uma simbolização que oculta sob as imagens do sonho realidades diferentes das que são diretamente representadas. No meio dessas formas disfarçadas por tantas operações inconscientes, a análise onírica deverá pesquisar o conteúdo latente dessas expressões psíquicas, que encobrem opres­sões, necessidades e pulsões, ambivalências, conflitos ou aspirações que se escondem nas profundezas da alma. O conteúdo do sonho compreende não apenas as representações e sua dinâmica, mas também sua totalidade, isto é, a carga emotiva e ansiosa que as afeta.

    Fantasmagorias diversas podem encobrir estruturas idênticas, isto é, conjuntos ar­ranjados e articulados segundo o mesmo esquema profundo; inversamente, imagens semelhantes podem aparecer em estruturas diferentes. Numerosos confrontos de ima­gens e de situações sonhadas testemunha­ram uma espécie de temática constante, isto é, um conjunto de esquemas eidolomotores, onde séries de imagens diferentes revelam uma mesma orientação, mesmos sentimentos, mesmas preocupações, bem tomo a existência de uma rede de comuni­cação interna de uma mesma estrutura en­tre os diversos níveis e as diversas pulsões do psiquismo. É possível assim julgar-se o conteúdo latente do sonho. Roger Bastide anota no seu diário: Começo a me tornar africano. Esta noite sonhei com Ogum (deus ioruba do ferro e dos ferreiros). . . um psicanalista teria todas as condições de me mostrar que não fiz mais que trocar de símbolo, que Ogum desempenha exata-mente o mesmo papel nas minhas noites africanas que aquele outro personagem de meus sonhos da Europa. Sob a diversidade dos conteúdos, seria exatamente a mesma estrutura fundamental que apareceria a um analista. Deixaremos pois de lado a materialidade das imagens dos sonhos para ir buscar us estruturas que as enformam. Freud pensava que todos os sonhos de uma mesma noite pertencem a  um mesmo conjunto.

    Esta estrutura do sonho é concebida ge­ralmente como um drama em quatro atos, no qual atua um aparato imaginário que pode variar consideravelmente, embora y quadro subjacente permaneça o menino Roland Cahen resume assim esses quatro atos:

    1.  sua exposição e suas personagens, seu lugar geográfico, sua época, seus cenários;

    2.  a ação que aí se anuncia e se desen­volve;

    3.  a peripécia do drama;

    4.  este drama evolui para seu término, sua solução, sua lyse, repouso, indicação ou conclusão.

    O que complica ainda essa estrutura é que ela deve ser explorada em diferentes níveis, que não deixam de ter interferên­cias entre si. A nível profundo, serão en­contrados problemas metafísicos, que sim­bolizam mais ou menos diretamente us angustiantes questões da ontogênese ou do vida depois da morte. No plano médio, as preocupações sexuais exprimem-se no meio dos símbolos que, de um modo geral, a individualização da adolescência gera. A nível superficial, aparecerão sob uma for­ma simbólica, mais ou menos inacabada, aliás, as preocupações do indivíduo isolado pela complexidade da civilização e equivocando-se sobre as causas de suas dificul­dades de adaptação.

    No meio de todos esses mundos de sím­bolos que, assim classificados, se articulam segundo uma analogia bastante límpida, alguns eixos privilegiados se desenham, por outro lado, com bastante clareza, tais co­mo: a relação quase constante entre a ascensão e a luz (Caslant-Desoille); entre a integração e o calor (Frétigny-Virel). Deve-se notar também as grandes direções analógicas da centralização (Godel), da direita e da esquerda. Essas redes de coordenadas e outras que têm um valor puramente ex­perimental formariam um código de esquemas eidolomotores, graças ao qual se poderia explorar o simbolismo onírico de um modo relativamente científico.

    Enfim, todo sonho possui um sentido. Esse sentido pode ser buscado lá atrás, na causa do sonho: é o método freudiano, etiológico e retrospectivo. Ou adiante: é o método junguiano, Ideológico ou prospec­tivo. Os sonhos, diz Jung, são amiúde an­tecipações que perdem todo o seu sentido se examinadas de um ponto de vista pura­mente causal.

    O sonho, como todo processo vivo, é não somente uma seqüência causal mas também um processo orientado para um fim. ... pode-se pois exigir do sonho - que é uma autodescrição do processo da vida psíquica - indicações sobre as causas objetivas da vida psíquica e sobre as ten­dências objetivas desta. Em lugar de se situar sob a dependência de um consciente que a precede, como acon­tece com a função compensadora, a função prospectiva do sonho se apresenta, ao contrário, sob a forma de uma antecipação, nascida no inconsciente, da atividade cons­ciente futura; ela evoca um esboço prepa­ratório, um bosquejo de grandes linhas, um projeto de plano executivo. Mas essa orientação para um fim é expressa sob a forma de símbolos, e não com a clareza descritiva de um filme de aventuras ou de um encadeamento conceitual.

    Comparando o sonho às construções ima­ginárias feitas em estado de vigília, Edgar Morin estima que: todo sonho é uma rea­lização irreal, mas aspira à realização prá­tica. É por isso que as utopias sociais pre­figuram as sociedades futuras, as alquimias prefiguram as químicas, as asas de Ícaro prefiguram as asas do avião. Cada sonho, dirá Adler, tende a criar o ambiente mais favorável a um objetivo dis­tante. Esta finalidade do sonho é distinta do sonho premonitório dos Antigos: ela não anuncia um acontecimento futuro, re­vela e libera uma energia que tende a criar o acontecimento. É a grande diferença entre o profético e o que se pode prever, entre o divinatório e o operacional. O sonho é uma preparação para a vida (Moeder); o futuro é conquistado em sonhos, antes de ser conquistado nas experiências (de Becker, a propósito de Gaston Bachelard). O sonho é o prelúdio da vida ativa.

    Interpretação

    - O sonhador está no âmago de seu so­nho. Não se deve esperar deste verbete uma chave dos sonhos. Toda esta reunião de símbolos, sejam eles astecas, bantos ou chineses, pôde servir à interpretação dos sonhos. Mas por mais útil que seja, não seria suficiente. O sonho anima e combina imagens carregadas de afetividade: sua lin­guagem é exatamente a dos símbolos. Mas a arte de interpretá-los não depende apenas de regras, procedimentos ou significações codificados e aplicados mecanicamente. É necessária uma compreensão ao mesmo tempo íntima e ampla. O sonhador que possuir este livro poderá ler, nos verbetes que correspondem às imagens de seus so­nhos, os valores simbólicos que são ligados a essas imagens. Nos sonhos, esses valores são fundamentalmente os mesmos que apa­recem nas artes plásticas, na literatura ou nos mitos; como em toda parte, porém, estão em simbiose com outros e especial­mente com um meio psíquico, pessoal e social, portador também de símbolos. É a síntese de todos esses elementos que, a par­tir das luzes dispersadas aqui e ali neste livro, conduzirá o leitor a uma justa in­terpretação de sua experiência e, em geral, de sua vida a nível do imaginário ou da construção de imagens. A verdadeira cha­ve dos sonhos está no molde dos símbolos, percebidos ou despercebidos, mas sempre vivazes no inconsciente. É através de si mesmo que o leitor compreenderá o senti­do dos símbolos evocados neste livro, assim como também o sentido dos sonhos. Ê preciso não esquecer, escreve C. G. Jung, que se sonha em primeiro lugar, e quase exclusivamente, consigo mesmo e através de si mesmo. O célebre analista opõe jus­tamente à interpretação dos sonhos no pla­no do objeto, que seria causal e mecânica, a interpretação no plano do sujeito. Esta estabelece uma relação entre a psicologia do próprio sonhador e cada elemento do sonho, como por exemplo cada uma das pessoas atuantes que nele figuram. Cada uma é como que um símbolo do sujeito. O primeiro tipo de interpretação é analí­tico: decompõe o conteúdo do sonho em sua trama complexa de reminiscências, de lembranças que são o eco de condições ex­teriores. A interpretação do segundo tipo é, ao contrário, sintética: na medida em que separa das causas contingentes os complexos de reminiscências e os apresenta co­mo tendências ou componentes do sujeito, ao qual, por proceder desse modo, os in­tegra de novo. Nesse caso, todos os conteúdos do sonho são considerados como símbolos de conteúdos subjetivos. Poder-se-ia dizer de toda percepção aprofundada e vivida de um valor simbó­lico - que só se realiza evidentemente no plano do sujeito - o que Jung diz do sonhou se acaso nosso sonho reproduz algumas representações, essas são antes de tudo nossas representações, para cuja ela­boração a totalidade de nosso ser contri­buiu; são fatores subjetivos que no sonho (como na percepção do símbolo) se agru­pam de tal ou tal modo, exprimindo tal ou tal sentido, não por motivos exteriores (apenas), mas pelos movimentos mais sutis de nossa alma. Toda esta gênese é essen­cialmente subjetiva, e o sonho é o teatro onde o sonhador é ao mesmo tempo o ator, a cena, o ponto, o diretor, o autor, o pú­blico e o crítico. O sonho do homem é uma manifestação -cósmica e às vezes uma teofania, como um sonho da natureza no homem e um sonho dele so­bre a natureza (Raymond de Becker), ou, segundo os Antigos, um signo de Deus nele e um sinal dele a Deus. As pulsações vin­das dos três níveis do universo e do Ser se conjugam no sonho.

    - O sonhador está no âmago da histó­ria. A interpretação dos símbolos oníricos exige que cada um dos três elementos da análise seja remetido a um contexto, escla­recido por associações espontâneas e, se possível, ampliado, como se fosse uma am­pliação fotográfica.

    A primeira regra, a do contexto, coloca-nos de sobreaviso contra a interpretação de um sonho isolado. Se convém escutar o relato de um sonho, feito com toda a precisão desejável, não é menos necessário conhecer vários sonhos do mesmo sujeito, sonhos ocorridos numa data próxima, de­pois em datas diversas e em lugares di­versos; um sonho faz parte de todo um conjunto imaginativo, é apenas uma cena num grande drama de cem atos diversos. Não se trata de confundir ou sobrepor essas cenas, mas de julgar suas articula­ções. Este contexto implica igualmente o conhecimento do próprio sonhador, de sua própria história, de sua consciência, da idéia que tem de si mesmo e de sua situa­ção. Porque sua vida imaginária é, ...ela própria, parte de um conjunto, que é a vida total da pessoa em sociedade. Esta exigência leva igualmente a se pesquisar os í m b lentes em que o sujeito age c que rea­gem sobre ele. Apesar de sua aparência desalinhavada, o sonho inscreve-se numa continuidade. A interpretação dos símbo­los, noturnos ou diurnos, é uma cadeia sem fim de relações. A inteligência do imaginário não é um simples caso de imagi­nação.

    -  O recurso às associações. A associação acrescenta ao estudo do contexto, de certo modo objetivo, o do contexto subjetivo. O sonhador é convidado a exprimir espontaneamente tudo o que as imagens, u» cores, os gestos, as palavras de seu sonho, tomadas isoladamente ou em grupo, evo­cam nele. É uma ocasião em que ele pode manifestar laços que estavam apenas laten­tes, laços emotivos ou imaginativos insuspeitados.   Essas   associações   são   capitais para   a  interpretação   dos   símbolos,   mas são freqüentemente frágeis, artificiais, mais ou menos desejadas, deformantes e aberrantes, em suma, necessitam de muita cau­tela.

    -  Os bastidores do sonho. A ampliação consiste em  dar  ao  sonho  analisado  seu máximo de ressonância. Chega-se a isso por associações espontâneas do sujeito, ou ins­tando-se para que ele prolongue, continue a cena do sonho, como faria a partir de um dado  vivido no estado de  vigília. A ampliação voluntária pode ser do tipo acor­dado, com um mínimo de controle, ou do tipo do sonho conscientemente dirigido. P, possível, certamente, que ela provoque uma ruptura   de   sentido;   mas   freqüentemente também esclarecerá o sentido do sonho e suas ambigüidades, assim como  as linhas prolongadas   de   um   triângulo   miniatura mostram melhor  o  seu  desenho e como uma projeção ampliada revela melhor um cristal de neve ou os veios de um mármo­re. Se essa ampliação da linha do sonho, feita pelo sujeito, ainda não é o suficiente para decifrar os símbolos, existe uma outra ampliação na qual o intérprete toma a ini­ciativa, recorrendo com uma prudente cir­cunspecção ao imenso tesouro das diversas ciências humanas. Estes paralelos históricos, sociológicos, mitológicos, etnológicos, tirados tanto do folclore como da história das religiões, permitem relacionar o conteúdo do sonho, privado de associações, ao patrimônio psíquico e humano geral. Este tipo de  ampliação é característico da escola de Jung e, manipulado com uma sábia reserva, decifrou mais de um enigma. Num ensaio de socio­logia do sonho, Roger Bastide mostra bem este arraigamento social do imaginário: Etnólogos mostraram claramente o que se poderia chamar de os bastidores dos so­nhos: o sonhador vai procurar todos os aparatos de seus sonhos na vasta panóplia de representações coletivas que sua civili­zação lhe fornece, o que faz com que a porta esteja sempre aberta entre as duas metades da vida do homem, que mudan­ças incessantes se efetuem entre o sonho c o mito, entre as ficções individuais e as restrições sociais, que o cultural penetre no psíquico e que o psíquico se inscreva no cultural.

    Sonho e símbolo, princípios de integração

    A interpretação do sonho, como a decriptação do símbolo, não são apenas res­postas a uma curiosidade do espírito. Ele­vam a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Só por esta qualificação, e no plano do psiquismo mais normal, a análise onírica ou simbólica é uma das vias de integração da personali­dade. O homem mais bem esclarecido e equilibrado tende a substituir o homem despedaçado entre seus desejos, suas aspi­rações e suas dúvidas, e que não se com­preende a si próprio. O professor C. A. Meier, que Roland Cahen cita, diz com razão: a síntese da atividade psíquica cons­ciente e da atividade psíquica inconsciente constitui a própria essência do trabalho mental criador.


    2)A História da Terapia Holística

    "Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos"

    (paráfrase sobre texto de 1986,

    do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico - de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico - de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por "sincronicidades", por "sinais", cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este "status", o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os "iniciados" compreendiam as "instruções" incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História "ocidentalizada" registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem "científica", ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro "médico", já que estabeleceu "doenças" como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo "desmembramento de seus componentes". Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de "doenças" que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

    trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este "movimento separatista elitizado", continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem "científica" e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o "consolo espiritual" da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência "exata"...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a "desumanização" do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte --importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva - da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas - a história, a filosofia, a literatura e a psicologia - não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de "A (re)humanização da medicina",

    de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

    e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada "Revolução Aquariana". Movimentos "hippies", de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura "científica", onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais "científico". Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas "traduzidas" para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.


    3) Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Jung, Freud e o Cálice Terapêutico - Ilustração de Henrique Vieira Filho

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje... A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:
    *
    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho



    Estruturas da Psique:
    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente: CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento; PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência; INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo. As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada. Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia. A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos. M

    uitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras. Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo. A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições.

    Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística. Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas. Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas". De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente. Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.
    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva.

    Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação (assista a vídeo-aula sobre Psicoterapia Junguiana em Vídeo Aula - Introdução à Psicoterapia ).

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta...

    Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves. Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos. A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos... A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora "explicações", "boas razões", para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa. A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava. A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça". 5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes. A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...". 6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema. A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...". 7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico... A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...". 8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida... A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão. Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento. Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br (11) 3171-1193

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 07/06/2011 10:44


    OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS

    OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS  


      Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989 

    EPÍGRAFE  

    "Navegar é preciso, viver não é preciso"

                                   Fernando Pessoa. 

    "Viajar é preciso, viver não é preciso" 

                      DEDICATÓRIA 

            Dedico este trabalho a minha filha Giulia Beatriz Torres Marquezini, principal personagem de minha Lenda Pessoal. 

    AGRADECIMENTOS 

    Agradeço a Deus, aos meus mentores espirituais, aos ciganos: Rosa e Simão, a todos de minha família cármica e aos clientes e amigos que fazem parte da Teia de Minha Vida.  

    Agradeço a amigos Mestres de meu caminho como Facelucia Barros Côrtes de Souza sempre disposta a me ajudar nas bifurcações e nas certezas da minha Trilha da Vida. 

    SUMÁRIO                                                                      

    1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. pg.8 

    1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia.....................................................pg.9 

    1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e

    Intervenção Sincronística..............................................................................................pg.12 

    1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de

    Autoconhecimento..........................................................................................................pg.13 

    2. METODOLOGIA...............................................................................................pg.14 

    3. DISCUSSÕES ...........................................................................................................pg.15 

    4. RESULTADOS .................................................................................................pg.16 

    5. CONCLUSÃO..................................................................................................pg.17 

    6. REFERÊNCIAS ...............................................................................................pg.18 

    RESUMO 

    Novo método de mudanças pessoais e empresariais é proposto utilizando práticas terapêutica sincronistas. O método está fundamentado, neste trabalho, através das teorias de Carl Gustav Jung, da Física Quântica da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia, nas discussões de Fritjof Capra, mas está baseado, também, no empirismo e na instrumentação do Tarô como oráculo. A metodologia consiste em utilizar consultas, cursos, visitações e viagens dos arquétipos, de forma integrada e natural que facilitem o autoconhecimento. Espera-se como resultado um processo de aprendizagem e autoconhecimento com interesses objetivando aprender a aprender e no aprender a ensinar através de momentos lúdicos, elevando a consciência de grupo e disseminar o respeito para com o objeto de visitação.  


    PALAVRAS CHAVE 

    Sincronicidade. Inconsciente Coletivo. Arquétipos. Insights. Física Quântica. Teoria dos Sistemas. Holismo. Ecologia. Tarô. Viagens. 

                                                                                                                                          8

    1. INTRODUÇÃO 

    Este trabalho visa apresentar uma nova metodologia baseada em conhecimento prático em Tarô Mitológico, roteiros turísticos e culturais com fundamentação teórica em Filosofia, Psicologia e Física, Holismo e Ecologia, para o autoconhecimento pessoal e empresarial, conforme descrito a seguir.

    Ele se baseia, sobretudo, nas práticas aleatórias ou induzidas realizadas, ao longo de 17 anos, utilizando como instrumentos de autoconhecimento, o Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua e os roteiros turísticos e culturais: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru - Formação da Cidade do Salvador.

    No primeiro item serão apresentadas as práticas fundamentadas em conceitos da Teoria da Sincronicidade e também dos conceitos de Inconsciente Coletivo, Arquétipos e Insights de Carl Gustav Jung, da Física Quântica, da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia na visão de Fritjof Capra, que serão discutidas, traçando um estudo cronológico de tendências dos pensamentos filosóficos e científicos.

    Em segundo item será avaliado o Tarô, seus arquétipos, a simbologia e a os fenômenos sincronísticos, aliados a uma breve avaliação de marcos históricos e religiosos que validam a importância dos deslocamentos (passeios e viagem), como componentes de autoconhecimento.

    A metodologia é a práxis do autoconhecimento e desenvolvimento de pessoas e empresas, onde serão associados os conceitos do primeiro capítulo e "arquetipizados" os atores, conteúdos, integrados aos lugares visitados. Os resultados são baseados nesta prática dos conceitos discutidos.

    A idéia é contribuir para visão holística do mundo contemporâneo e tornar esta prática reconhecida no sistema das terapias da sincronicidade. 

    1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria Dos Sistemas, Holismo e Ecologia. 

    Após o mundo mágico dos tempos antigos, a filosofia aristotélica e teologia cristã que marcaram o período medieval, as teorias cartesianas e mecanicistas, trouxeram, sob a ótica das ciências, a individualização, a separatividade e a redução do sujeito, como sintetizado abaixo:

                "Nos séculos XVI e XVII a visão de mundo medieval, baseada na filosofia aristotélica e na teologia cristâ, mudou radicalmente. A noção de um universo orgânico, vivo e espiritual foi substituída pela noção do mundo como uma máquina, e a máquina do mundo tornou-se a metáfora dominante da era moderna. Essa mudança radical foi realizada pelas novas descobertas em física, astronomia e matemática, conhecidas como Revolução Científica e associadas aos nomes de Copérnico, Galileu, Descartes, Bacon e Newton. Galileu Galilei expulsou a qualidade da ciência, restringindo esta última ao estudo dos fenômenos que podiam ser medidos e quantificados." (CAPRA, Teia da Vida, 1996). 

    Com a Revolução Científica a qualidade desaparece da análise, os fenômenos passam a ser medidos e quantificados. Os cincos sentidos, a estética, a ética, a alma, a consciência e o espírito são extintos (LAING apud CAPRA, 1996). O pensamento analítico de Descartés, com os fenômenos sendo analisados em partes para se chegar ao todo, impera.

    Com a chegada do século XVIII e os diversos fracassos científicos, a busca é pela sobrevivência do cartesianismo, porém ao final daquele século e inicio do século XIX a arte, literatura e filosofia se contrapõem as ciências e retornam a idéia da terra como um ser vivo e provocam mudanças significativas, através de poetas, como o inglês romântico William Blake que, entre seus pensamentos, está a da falência do mecanicismo e reducionismo científicos, como se pode ver no verso: "Possa Deus nos proteger da visão unilateral e do sono de Newton". (BLAKE apud de Capra, 1996)

    Goethe, poeta romântico alemão, analisa uma "ordem móvel" da natureza e da forma das relações do todo, que segundo Capra (1996) vai ser a linha de frente da concepção sistêmica.

    Porém em meados do século XIX há um retrocesso e as explicações físicas, biológicas e químicas da vida passam a ser o centro das discussões. Algumas descobertas e teorias propiciam isto, como por exemplo, a descoberta das células.

    Nessa "gangorra" de conceitos científicos, no inicio do Século XX os biólogos e bioquímicos organicistas voltam a se opor aos mecanicistas, retornam a idéia dos românticos e de Aristóteles e ao conceito de sistemas. As células combinadas levam aos tecidos, órgãos e organismos, que atestam a soma das partes formando o todo.

    A Física apresenta mudanças substanciais, a exemplo de Werner Heisenberg, um dos percussores da Teoria Quântica:

    10

      "O mundo aparece assim, como um complicado tecido de eventos, no qual conexões de diferentes tipos se alternam, se sobrepõem ou se combinam e, por meio disso, determinam a textura do todo." (HEISENBERG, apud CAPRA, 1996).  

    Na Psicologia, os alemães com a Teoria da Gestalt, Max Wertheimer e Wolfgang Kõhler, criam uma terceira forma de pensamento, que nem era o mecanicismo da Revolução Científica e tão pouco o vitalismo dos organicistas com a Teoria das Células, onde a idéia central era de que o todo era mais que a soma das partes.

    Porém, anterior as teorias "gestaltianas", Carl Gustav Jung, médico e psiquiatra, em suas experiências a partir da teoria da Livre Associação de Freud, pai da Psicanálise e de quem foi discípulo, contribuiu com conceitos que mostraram que as coisas tendiam acontecer e serem representadas por símbolos e que havia uma memória mental, além do individuo e que esses optam por acessá-la ou não, como produto do livre arbítrio e de suas intelectualidades.

    Estava criada a Teoria da Sincronicidade "coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos" (JUNG, 2000), observada em acontecimentos sem relação de causa e efeito, um interior e outro exterior ao individuo, que podem se materializar em forma de símbolos e eventos que costumamos chamar de "acaso" ou "coincidências", como por exemplo: desejar algo e recebê-lo de presente.

    A partir do conceito de sincronicidade se pode perceber que para que ocorressem fenômenos sincronísticos era preciso mais do que o desejo individual e assim nascia a Teoria do Inconsciente Coletivo, que pode ser explicado como uma fonte de todo conhecimento que se situa fora da alma humana, um conhecimento absoluto.

    Esse "local coletivo" é como uma memória de "computador", onde estão "salvos" aprendizados, energias e tendências que podem ser acessados através de Arquétipos em situações espontâneas como em crises, sonhos, febres, perturbações, fenômenos de sincronicidade ou situações de indução. Nas formas indutivas, podemos classificar as terapias que utilizam oráculos.

    Esses "acessos" a consciência maior na teoria junguiana, são os "Insights": lembrança simbólica repentinas de uma consciência maior, que podem ser decifradas através da tomada de consciência, quer espontânea ou induzida por técnicas terapêuticas.

    O uso da mitologia nas ciências é baseado nas histórias e nos arquétipos e revelam verdades profundas que muitas vezes não estão evidentes para a consciência, existe independente do mundo e são instrumentos de acesso ao que Freud chamou de Inconsciente e que Jung classificou como interno e externo, recebendo este último o nome de Inconsciente Coletivo.

    As teorias de Jung foram baseadas em várias teorias cientificas como as de Hipócrates: "simpatia de todas as coisas", a "união por um vínculo entre o que chamou de sensível e supra-sensível" de Teofastro, em Zózimo e suas alquimias, entre outros. Porém, serão nas teorias de Schopenhauer e Gottfried Wilhelm Leibniz as mais consideradas por Jung. Com o primeiro dialogou com o que chamou de "simultaneidade significativa" batizando o termo "sincronicidade", já de Leibniz utilizou os conceitos da "realidade através de quatro princípios: espaço, tempo, causalidade e correspondência", só discordando sobre a constância destes fatores, pois para Jung os "eventos sincronísticos" ocorrem irregularmente, de forma esporádica (CAPRIOTTI, 2007).

    A partir do século XX proliferam as teorias chamadas "holísticas" e "sistêmicas" e a ecologia, para dar conta de um mundo repleto de tecnologias e um exemplo do pensamento sistêmico se pode observar no trecho abaixo:

      "Uma visão holística, digamos, de uma bicicleta significa ver a bicicleta como um todo funcional e compreender, em conformidade com isso, as interdependências das  suas partes. Uma visão ecológica da bicicleta inclui isso, mas acrescenta-lhe a percepção de como a bicicleta está encaixada no seu ambiente natural e social - de onde vêm as matérias-primas que entram nela, como foi fabricada, como seu uso afeta o meio ambiente natural e a comunidade pela qual ela é usada, e assim por diante. Essa distinção entre "holístico" e "ecológico" é ainda mais importante quando falamos sobre sistemas vivos, para os quais as conexões com o meio ambiente são muito mais vitais.O sentido em que eu uso o termo "ecológico" está associado com uma escola filosófica específica e, além disso, com um movimento popular global conhecido como "ecologia profunda"

      (CAPRA, A Teia da Vida, 1996). 

    Todos estes conceitos, ciências, terapias têm como objetivo descobrir o objetivo e as melhores formas de relação do homem com a vida e, em resumo, descobrir a felicidade. As técnicas na contemporaneidade são inúmeras. O filósofo brasileiro descendente de libaneses, empresário e faixa preta em artes marciais, Talal Husseini, ao ser entrevistado pelo Jornal a Tarde em Salvador, onde fora lançar seu livro Paz Guerreira - O Caminho das 16 Pétalas, afirma: "Nós perdemos muito tempo porque não desenvolvemos certas faculdades mentais, como concentração, imaginação, memória, discernimento, consciência e atenção." (HUSSEINI, 2011).

    Diante desta análise cronológica, a questão é: no século XXI as ciências e os ideais ecológicos e de sustentabilidade darão conta das almas e dos homens? 

    1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e Intervenção Sincronística. 

    A origem das cartas de Tarô ainda é muito obscura, fazem parte da bibliografia do ocultismo e exercem fascínio nas pessoas há pelo menos 600 anos, visto que alguns pesquisadores dão conta de sua presença na Europa do século XVI.

    Alguns acreditam que tenha surgido no antigo Egito, nas crenças célticas pagãs ou nos ciclos da poesia romântica do Santo Graal na Idade Média da Europa.

    Percussor de nossas atuais cartas de jogar, divididas em naipes: paus, ouros, copas e espadas trazendo ilustrações de figuras e situações que, como no exemplo dos sonhos, representam insights, conteúdos da psique humana, trazem o consciente e inconsciente do sujeito e dá acesso ao que Jung chamou "Inconsciente Coletivo".

    Funciona como um caminho de observação para que venham à tona os aspectos negligenciados do sujeito de análise, utilizando figuras arquetípicas.

    Uma das formas de utilizar as cartas de Tarô como instrumento de autoconhecimento é observar o que Nichols (1980), chamou de Mapa da Jornada dos Arcanos, conjunto de 22 cartas repletas de símbolos, conhecidas como Arcanos Maiores.

    O Louco é um personagem para alguns baralhos sem número, para outros recebe o número 22.  O fato é que funciona como um coringa, representando a força que impulsiona a jornada. A curiosidade é a mola que impulsiona a seguir, um viajante que se lança na estrada, sempre buscando, se aventurando e caminhando. Ele transita entre todos os símbolos das cartas, da primeira carta que recebe o nome de O Mago à vigésima primeira, o Julgamento, no Mapa da Jornada. São representadas estações de amadurecimento do herói, o Louco, e podem ser associadas aos estágios inconscientes aplicados a processos terapêuticos holísticos.

    São 22 estações de aprendizados, chamados de Arcanos maiores, 56 cartas chamadas de Arcanos Menores, explicações, detalhamentos das estações de aprendizado subdivididas em 4 naipes de 14 cartas, agrupadas por área de significação. Paus que representa o aspecto espiritual, Ouros o físico, Copas o emocional e Espadas o mental. Somadas são 78 arcanos.

    Seja no Mapa da Jornada de Sallie Nichols, seja em diversas obras e terapias e vivências de Tarô que sugerem caminhos, viagens e movimento, os arquétipos do Tarô são fortes instrumentos de movimentação interna e se associados a fluxos externos, como deslocamentos, caminhadas, trilhas, peregrinações ou viagens de lazer ou negócios, desde que objetivando os "insights e sincronicidades", podem ser potencializados. 

    13

    1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de Autoconhecimento. 

    Os motivos religiosos figuram como umas das primeiras motivações de deslocamentos dos povos.

    Vários foram os momentos culturais de vulto onde a viagem, o deslocamento é o instrumento de mudança, seja na fuga guiada por Moisés pelo Mar Vermelho ou na saída de Maomé e seu povo de Meca ou nas viagens a Terra Santa e a Roma pelos cristãos ou na contemporaneidade as viagens a Santiago de Compostela pelos místicos e católicos ou a ida a Israel pelas mais diversas religiões cristãs..

    As Cruzadas, as Grandes Navegações, as dominações, as colonizações, a Primeira e Segunda Guerra, mudaram a face da humanidade, as fronteiras e a alma humana.

    Hoje nas práticas turísticas se observa um numero grande de ações religiosas, culturais e místicas como ingrediente, onde se busca o conhecimento do externo tendo como instrumento as viagens, o deslocar-se para retornar a si. Muitos são as trilhas e caminhadas com intenções religiosas ou místicas criadas pelo mundo.

    Paulo Coelho em suas obras trata sempre desta instrumentação para alquimia pessoal e a utiliza para criar seus enredos. Para escrever o Alquimista foi as Pirâmides do Egito e ao Deserto de Saara, o que significa que em nossas trilhas pessoais podemos achar caminhos, criar atalhos, virar esquinas, buscar saídas, encontrar e ser encontrado, escutar o vento, perceber os sinais, acessar as memórias das árvores ou das pedras e viajar em busca do que está dentro de cada um. Enredando a magia dos "insights", dos sinais, das sincronicidades: "- Esta é a magia dos sinais - continuou o rapaz. - Tenho visto como os guias lêem os sinais do deserto, e como a alma da caravana conversa com a alma do deserto." (COELHO., O Alquimista, 1988). 

    2. METODOLOGIA 

    A metodologia utilizada por ser exemplificada com uma visita o Centro Histórico de Salvador, onde ficando-se atentos aos aspectos culturais materializados na arquitetura, no modo de vida dos habitantes locais e ancorados nos personagens da literatura de Jorge Amado, se pode correlacionar tanto o arquétipo do Quincas Berro D' água ou de Tereza Batista, quanto às cartas do Diabo ou da Força no Tarô. O simbolismo do que se deixa levar pelos vícios ou pela luxúria podem desencadear fenômenos sincronísticos que podem levar a compreensão individual e coletiva do visitante.

    Ao se deparar com o passado nas visitas aos engenhos do Recôncavo Baiano é possível ter insghts sobre o dia a dia de e os planejamentos empresariais, bem como sobre formato das relações profissionais.

    Ou então, simplesmente caminhar a beira da praia saudando a "avó Lua", simultaneamente observando como caminhamos em nossa vida, tendo lampejos da forma, as distrações e as inflexibilidades.

    A metodologia utilizada e associar à técnica de jogos e tiragem de cartas dos Arcanos Maiores do Tarô Mitológico as realizações de trilhas urbanas ou não, viagens e caminhadas. Ou simplesmente usar as viagens e visitas como autoconhecimento.  


    3. DISCUSSÕES 

    Ninguém volta de uma viagem igual, seja de férias, a trabalho ou direcionada ao autoconhecimento.

    Há  quem acredite que as viagens, os aeroportos, as rodoviárias e as estradas são palcos onde o fenômeno da sincronicidade, o acesso ao inconsciente coletivo e a ancoração dos arquétipos, encontram terreno fértil. O fato é que quando estamos mais relaxados e em estados de crise ou felicidade estes aprendizados são mais eficazes.

    É evidente que se estivermos mais atentos aos aprendizados que as viagens podem nos proporcionar, ao contrário de quem viaja para fugir da realidade ou em turismo de massa, os aprendizados acontecerão.

                  "Eu acabara de escrever "As Valkirias", e estava no aeroporto de Brasília, esperando a hora de embarcar; para distrair-me, comecei a imaginar que capa deveria colocar neste novo trabalho. O avião atrasou, comecei a passear pelo saguão, e  descobri uma pequena galeria de arte no segundo andar, onde vi um quadro do Arcanjo Miguel, tema central do livro. Bastou ler a assinatura da pintora - Valkiria - para decidir que aquele quadro seria a capa. As coincidências não param ai.  "As Valkirias" foi publicado no dia 3 de agosto de 1992. Na semana seguinte, meu editor recebeu uma carta da pintora: "Faz exatamente um ano - 3 de agosto de 1991 - que terminei uma restauração numa igreja de Goiás.  Fiz sem cobrar nada, apenas por amor.  Neste dia, o padre me chamou e disse: "Deus encontrará uma maneira de lhe pagar.  Em um ano, um trabalho seu será muito conhecido".)COELHO, http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/ - postado em 18/01/10).

    Paulo Coelho e a pintora estavam atentos aos aprendizados e esta experiência nos faz afirmar que podemos usar desses expedientes para o autoconhecimento.

    Os locais e experiências culturais podem desenvolver pessoas e empreendimentos; há sempre um aprendizado ao virar uma esquina e isto não é produto de "acaso" ou mérito do marketing de destinos. Em um universo de tantas ofertas, mesmo que sem se dar conta, qual o aprendizado de ter escolhido Miami ao invés de Machu Picchu. E se ao início, durante e ao término se fizer uma associação às cartas do Tarô, isto se potenciará. 


    4. RESULTADOS  

    Espera-se conduzir o viajante ou visitante a aprender mais ou tanto em uma viagem de trabalho em um centro cosmopolita., quanto ao peregrinar no Caminho de Santiago de Compostela, por um mês, a pé para acessar o autoconhecimento.

    Assim como agendamos um jogo com uma taróloga ou marcamos uma consulta em um psicanalista, após lhes conhecer o oráculo e o método, espera-se poder agendar, propositalmente, uma forma e um destino para nosso aprendizado ou apenas observar viagens necessárias ou escolhidas.

    Assim, viajar pode ser uma experiência muito mais rica, aliando arquétipos do Tarô, as técnicas de terapias da sincronicidade como instrumento de busca de respostas que povoam o mais profundo do viajante, o inconsciente.

    E diante de um mundo contemporâneo onde os bens selecionados pela sociedade, chamada de Sociedade do Espetáculo, segundo Debord (1997), produzem isolamento, as viagens em grupo ou individual por seu componente sistêmico e de inter relações, podem ser profundamente integradoras, conduzindo mais facilmente ao inconsciente coletivo e as sincronicidades.

    Os resultados destas práticas têm sido atestados por clientes que optam pelo Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua, Roteiros: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru e Formação da Cidade do Salvador, que aliam o aprendizado sócio cultural a busca interior induzida ou que relatam suas descobertas aleatórias em viagens de trabalho e lazer, parte de suas agendas. 

    5. CONCLUSÃO 

    Os 17 anos de prática com Tarô Mitológico, fundamentado pelos conceitos e teorias de Jung, aliado ao desenvolvimento de roteiros turísticos históricos sociais e culturais e aos valores tem atingido um objetivo maior que é o desenvolvimento de pessoas e empresas dentro de padrões de qualidade humana, sustentabilidade e ecologia profunda discutidas neste texto com as pesquisas de Capra.

    A missão do programa de consultas, cursos, visitações e viagens é contribuir com a vida no planeta com roteiros e visitas que facilitem os processos de aprendizagens e autoconhecimento, com interesses objetivados no aprender a aprender e no aprender a ensinar, através de momentos lúdicos, eleva a consciência de grupo, dissemina o respeito para com o objeto de visitação, cultura local, meio ambiente e parceiros contidos no programa.

    Esta Prática Terapêutica Holística de Sincronicidade é uma Lenda Pessoal parte do Inconsciente Coletivo, descoberta através de Insights em sincronicidade com crescente sistema de outras Lendas Pessoais e diversas Teias.  

    6. REFERÊNCIAS 

    CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida.S.Paulo: Cutrix, 1996.

    COELHO, Paulo. O Alquimista. S. Paulo: Editora Rocco, 1988.

    _____________. As Valkirias. S. Paulo: Editora Rocco, 1982.

    DEIKE, Begg. Sincronicidade. S. Paulo: Cultrix, 2004.

    DEBORD , Guy. A Sociedade do Espetáculo. S. Paulo: Contraponto Editores, 1997.

    GREENE, Liz e SHARMAN - BURKE, Juliet. O Tarô Mitológico. Uma Abordagem para a Leitura do Tarô. S.Paulo: Siciliano, 1988.

    JUNG, Carl Gustav. Sincronicidade - Um princípio de Conexões. S>Paulo:Vozes,2000.

    JAWORSKI, Joseph. Sincronicidade - O Caminho Interior da Liderança. S.Paulo, Best Seller, 2005.

    MACGREGOR, ROB e Trish. Os 7 Segredos da Sincronicidade. Estrela Polar, 2011.

    NICHOLS, Sallie. Jung e o Tarô - Uma Jornada Arquetípica. S.Paulo: Cutrix, 1980.   

    Entrevista publicada na Revista Muito numero 168 de 19 de junho de 2011 em Salvador/BA de Talal Husseini autor de Paz Guerreira o Caminho das 16 Pétalas. S. Paulo: Edições Nova Acrópole, 2011. 

    http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/. Acesso 20 de junho, 2011.

    Autor: : Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989
    Última atualização: 04/07/2011 14:18


    Eventos » Proposituras de Palestras » Holística 2012

    Quiro Acupuntura - Acupuntura na Mão

    Quiro Acupuntura 

    (Acupuntura na Mão) 

    Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108 

     

    RESUMO

    Quiro-Acupuntura ou Acupuntura na mão.

    É uma técnica de acupuntura que utiliza somente as mãos para equilibrar a energia do corpo.
    O Quiro Acupuntura e considerada uma reflexologia, como a Orelha, sola dos Pés, Olhos e etc..

    È uma técnica que muito simples de aprender e praticar, porque nos temos as duas mãos na nossa frente .

    Na Coréia esta acupuntura na mão, esta sendo divulgado em massa, por meio de comunicação popular como na TV, Jornal, Revistas e etc.

    Uma boa parte da população coreana já se auto trata com acupuntura na mão como se fosse receita caseira.

    Quero transmitir um pouco do meu conhecimento aos terapeutas para conseguir se auto tratar.( e a única técnica que não depende de ninguém para se tratar ) e não tem contra indicação.

    Qualquer pessoa tem a capacidade de localizar um ponto correspondente numa mão, observando simplesmente um mapa da mão.

    Basta pressionar ou esfregar o ponto ou a região, de maior sensibilidade podemos equilibrar a energia do local alterado.

       ÍNDICE 

          I- Prólogo. 

          II- Histórico. 

          III- As Três teorias da Acupuntura na mão. 

          1- Reflexos dos órgãos e Vísceras na Palma da Mão.

          2- Reflexos dos órgãos e Vísceras no Dorso da Mão.

          3- Lateralidade do Corpo em Relação a Palma da Mão.

          4- Lateralidade do Corpo em Relação ao Dorso da Mão. 

          IV- Material Utilizados no Tratamentos. 

          1- Agulhas.

          2- Aplicadores de Agulhas.

          3- Moxa.

          4- Aparelho de Alumínio .

          5- Anel.

          6- Aparelho de eletro-Acupuntura.

          7- Plaquetas de alumínio ou ouro. 
     

          V- Terapia da Correspondência. 

          1- Dor na testa.

          2- Dor de cabeça lateral.

          3- Olho.

          4- Nariz.

          5- Boca.

          6- Dor na mandíbula.

          7- Distúrbios na bochecha.

          8- Dor na laringe.

          9- Brônquios.

          10- Dor na parte da fonte.

          11- Dor de ouvido.

          12- Dor na lateral da occipital.

          13- Dor na occipital.

          14- Dor na cervical.

          15- Dor na escápula, escápula superior e coluna torácica.

          16- Dores na cervical, torácica, lombar, cóccix.

          17- Dores na Escápula e no Osso da Bacia.

          18- Dores ao lado da coluna lombar.

          19- Pontos correspondentes dos Meridianos IG5, TA4 e ID5.

          20- Pontos correspondentes dos Meridianos P9, CS7, C7.

          21- Pontos correspondentes dos Meridianos E41(T), VB40 (fonte) e                                                                B60( fogo ).

          22- Pontos correspondentes dos Meridianos F4 (metal), BP5(S), e R3 (fonte e terra).

     

          VI- Teoria dos 5 dedos ( 5 elementos ). 

          VII- Teoria dos 14  micro meridianos . 

          1- Relação da Nomenclatura do Quiro-Acupuntura com a Sistêmica.

          2- Meridianos na Palma da Mão.

          3- Meridianos no Dorso da Mão.

          4- Meridiano do Vaso Concepção ( A ).

          5- Meridiano do Vaso Governador ( B ).

          6- Meridiano do Pulmão ( C ).

          7- Meridiano do Int. Grosso ( D ).

          8- Meridiano do Estômago ( E  ).

          9- Meridiano do Baço Pâncreas ( F ).

          10- Meridiano do Coração ( G ).

          11- Meridiano do Int. Delgado ( H ).

          12- Meridiano da Bexiga ( I ).

          13- Meridiano do Rim ( J ).

          14- Meridiano do Pericárdio ( K ).

          15- Meridiano do Triplo Aquecedor  ( L ).

          16- Meridiano do Vesícula Biliar (  M ).

          17- Meridiano do Fígado ( N ). 
     

         VIII) Recursos para aplicar sobre o Micro Meridianos. 

    1. Aplicação Simples.
    2. Aplicação com Tonificação  e Sedação.
      1. Recurso de Tonificação ou Sedação.
    1. Tonificação ou Sedação pela agulha.
    2. Tonificação ou Sedação pelo Magnetismo.
    3. Tonificação ou Sedação pelo estimulador elétrico.

     
     
     
     
     

      IX) Cuidados básicos na utilização da Terapia na Mão. 

         X) Alguns métodos para observar o desequilíbrio do organismo (da energia). 

    1. A temperatura das mãos e dos pés.
    2. A aorta abdominal (que é uma veia grossa que se localiza acima e abaixo da corrente umbilical) deve pulsar suavemente.
    3. Aparelho digestivo deve estar funcionando normalmente sem dores.
    4. As pulsações dos seis pontos (em cada braço existem três pontos) devem pulsar suavemente e igual.
    5. O abdômen, não deve apresentar reação de dor ao ser apalpado.
    6. Coluna vertebral.
    7. Pulsação.

       XI) Medidas utilizadas para localizar os pontos. 

    1. Dorso da mão.
    2. Palma da mão.

       XII) Dicas em casos de Emergência. 

    1. Em casos leves.
    2. Em casos graves.
     

    I - Prólogo 

          O segredo do equilíbrio do organismo está na suas mãos. A mão é um corpo humano em miniatura, pois existem todos os pontos correspondentes do corpo humano  na mão.

          Através da mão podemos tratar todos os tipos de desarmonia da energia do corpo humano promovendo o equilíbrio.

          Essa terapia de tratamento pelas mãos, nos chamamos de Quiro-Acupuntura ( acupuntura somente nas mãos). 

          Características do Quiro-Acupuntura 

          - Esta nova técnica e de fácil aplicação (somente na mão) .

         - Aplicação das agulhas são indolores e menos agressivos se comparados á acupuntura tradicional, e são aplicados superficialmente na palma ou dorso da mão.

          - Ë uma terapia muito fácil de ser ensinada e aprendida.

          - Não tem contra indicação.

          - Não existem restrições quanto ao local de atendimento ou a hora de aplicação.

          - Não há efeitos danosos quando aplicados em pontos errados.

          - Excelentes resultados na harmonização das energias dos órgãos e vísceras.

          -  Muito utilizados em prevenção do desequilíbrio energético.

          - É uma técnica que pode ser utilizados como receita caseira. Porque é muito fácil de ser manuseadas como receita de bolo.

         - Os fundamentos dessa teoria coincide com os da Acupuntura Sistêmica, isto é , teoria dos Yin e Yang, dos Cinco Elementos , Zang-Fu (Órgãos e Vísceras) e dos meridianos . 
     


    II - Histórico 

          Quiro acupuntura surgiu na Korea em agosto de 1971, através do Tae Woo Yoo ( presidente da academia Sooji - medicina da Korea ), que defendeu a tese em 31/12/75.

          Fundador e Instrutor do Instituto de Sooji - Chim da Korea do Sul.

          Quiro Acupuntura estuda o desequilíbrio energético do corpo humano através das mãos. É um novo tipo de acupuntura, que pode promover o equilíbrio energético através da inserção de agulhas nas mãos.

          A Mão é um corpo humano reduzido, os problemas existentes no organismo se refletem nas mãos, sendo assim é possível tratar e promover o equilíbrio energético através da  reflexologia das mãos. 

     

          Primeiro Ponto descoberto em 1971, M5 = VB 20 ( sistêmica ). 

          Desde então, com as intensificações e aperfeiçoamento dos estudos chegou a conclusão das três teorias. 

    1a Teoria : Teoria da correspondência da mão com o corpo humano.

                  ( mão é um corpo humano reduzido ) 

    2 a Teoria : Teoria dos 14  micro-meridianos da Mão, com 345 pontos. 

    3 a Teoria : Teoria dos Dedos das Mãos ( 5 elementos ). 

     

    III - AS TEORIAS DA TERAPIA NA MÃO. 

          1 - Reflexos dos órgãos e Vísceras na Palma da Mão. 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.2 -Reflexos dos Órgãos e Vísceras no Dorso da Mão 

    3-Lateralidade do Corpo em Relação a Palma da Mão. 

    4-Lateralidade do Corpo em Relação ao Dorso da Mão. 
     

    IV- Materiais utilizados no tratamento. 

    1- Agulhas de 2 cm com 13 mm de cabo e 7 mm de agulha. 

    Aplicação de agulha e feita através de um aplicador . Agulha e colocado no aplicador e aplica de forma suave sem fazer força, e a penetração é de 1 à 2 mm sobre a superfície da pele.

    Duração de aplicação de 20 à 30 min. 

    2- Aplicadores de agulha. 

    3- Moxa . 

    Moxa é feita de uma erva chamada de Artemísia, e serve para promover equilíbrio energético do organismo através do calor.  

    4- Aparelho de alumínio . 

    5- Anel   

    6- Aparelho de Eletro-Acupuntura. 

    7- Plaquetas de alumínio ou ouro. 

    São pequenas placas prateadas e douradas, variando de tamanho e quantidade de pontas.  
     

    V- Terapia da correspondência. 

     

    1-Dor na testa. 

    2-Dor de cabeça lateral. 

    3-Olho. 

    4- Nariz. 

    5- Boca. 

    6- Dor na Mandíbula. 

    7- Distúrbios na bochecha. 

    8- Dor na Laringe. 

    9- Brônquios. 

    10- Dor na parte da fonte. 

    11- Dor de Ouvido. 

    12- Dor na Lateral da Occipital. 

    13- Dor Na Occipital. 

    14- Dor na Cervical. 

    15- Dores na Escapula, Escapula superior e coluna torácica. 

    16- Dores na Cervical, Torácica, Lombar e Cóccix. 

    17- Dores na Escápula e no Ilíaco ( Osso da Bacia ). 

    18- Dores ao lado da Coluna Lombar. 

    19- Pontos correspondentes dos Meridianos  IG5, TA4 e ID5. 

    20- Pontos correspondentes dos Meridianos  P9, CS7 e C7. 

    21- Pontos correspondentes dos Meridianos E41(T),VB40 (Fonte)e B60.

                 

    22- Pontos Correspondentes dos Meridianos F4 (Metal), BP5 ( S ) e R3  )       

    VI ) Teoria dos 5 dedos ( 5 elementos). 

    Cada dedo representa um órgão e uma víscera. 

    Dedo polegar: Fígado / Vesícula Biliar ( Estômago e  Int.Grosso ).

    Dedo indicador: Coração / Int.Delgado ( Bexiga e Int.Grosso ).

    Dedo médio : Baço Pâncreas / Estômago (Bexiga e Vesícula Biliar).

    Dedo anular : Pulmão / Int.Grosso ( Útero e Intestino Delgado ).

    Dedo mínimo : Rim /Bexiga ( estômago, Útero e Int.Delgado). 

          É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

     
     
     
     
     

    VII - Teoria  dos 14  micro meridianos  

    Na mão existem 14 micro meridianos. A qual utilizamos para promover equilíbrio de energia  do órgão ou víscera. 

    1- Relação da Nomenclatura do Quiro-Acupuntura com a Sistêmica. 

           Sistêmica            Quiro-Acupuntura 
     

          VC -----------------A   Meridiano Vaso Concepção  

          VG -----------------B   Meridiano Vaso Governador 

          P    -----------------C   Meridiano do Pulmão 

          IG  -----------------D  Meridiano do Intestino Grosso  

          E    -----------------E   Meridiano do Estômago 

          BP  -----------------F   Meridiano do Baço / Pâncreas  

          C    -----------------G   Meridiano do Coração  

          ID  -----------------H   Meridiano do Intestino Delgado 

          B    -----------------I    Meridiano do Bexiga 

          R    -----------------J    Meridiano do Rim  

          CS  -----------------K   Meridiano do Pericárdio  

          TA -----------------L    Meridiano do Triplo Aquecedor  

          VB -----------------M   Meridiano do Vesícula Biliar  

          F    -----------------N    Meridiano do Fígado  

     
     
     
     
     

    2- Meridianos na palma da Mão. 

    3-Meridianos no Dorso da Mão 

    4- Meridiano do Vaso Concepção ( A ). 

    ( A ) nasce no ponto A1 e passa pelo centro da palma da mão, e termina no ponto A33 situado na extremidade do dedo médio.  
     

    5-Meridiano do Vaso Governador ( B  ). 

    ( B ) nasce no ponto B1 e passa no centro do dorso da mão, e termina no ponto B27. 

    6- Meridiano do Pulmão ( C  ). 

    ( C ) nasce no A12 (Jung wan ) e passa pelo C1 até C13 ao longo das bordas do dedo indicador e anular. 

    7- Meridiano do Int. Grosso ( D ).( D ) nasce no ponto D1 do lado da raiz da unha do dedo indicador e anular, passando até D12,dirigindo-se para cima e centralmente em ambos os lados do dedo médio até D22 o qual está localizado ao lado do A28. 

    8- Meridiano do Estômago ( E  ). 

    ( E ) nasce no ponto de A28 desenvolve-se até E2 quando passa a fluir  próximo à lateral do ( A ) até a primeira articulação, quando flui pela palma, passando a correr distalmente ao longo dos dedos polegar e mínimo nos lados distantes do dedo médio. 

    9- Meridiano do Baço/ Pâncreas ( F  ). 

    ( F ) nasce no ponto F1, que está localizado na ponta do polegar e do mínimo e flui ao longo da linha central de cada dedo até ponto F22. 

    10- Meridiano do Coração ( G ). 

    ( G ) nasce no ponto A16 e desenvolve-se no ponto G1, e sobe até G15 ao longo dos dedos indicador e anular, nos lados distantes do dedo médio. 

    11- Meridiano  do Int. Delgado ( H ). 

    ( H ) nasce no ponto H1 e passa ao longo das linhas centrais do dorso dos dedos indicador e anular até H11, quando mudam de direção subindo pelos lados do dedo médio até H14. 

    12- Meridiano de Bexiga ( I ). 

    ( I ) nasce no ponto I1 que fica ao lado do B27, dirigindo-se à linha ao lado do (B ) até I24 , espalha em duas ramificações para fluir pela linha central do dorso do polegar e do mínimo. 

    13- Meridiano do Rim ( J  ). 

    ( J ) nasce ponto J1 na parte externa da raiz da unha do polegar e anular, Flui ao longo da linha vermelha/ branca  até J16, e vai lateralmente ao ( A )   até terceira articulação do dedo médio.

                                                                                                     

    14- Meridiano do Pericárdio ( K ). 

    ( K ) nasce no ponto A18, e flui pelo A16, e é gerado no ponto K1, localizado próximo das linhas da primeira articulação dos dedos indicador e anular na palma da mão. E flui até um ponto final das unhas dos dedos indicador e anular.

            

    15- Meridiano do Triplo-Aquecedor ( L ). 

    ( L ) nasce no ponto L1, na linha posterior interna dos dedos indicador e anular do dedo médio, flui ao longo do indicador e do anular, vira e sobe até aos lados do dedo médio. 

    16- Meridiano do Vesícula Biliar ( M ). 

    ( M ) nasce no ponto M1, que está localizado na lateral do ponto A33, flui para baixo na direção do dorso do dedo médio, e no dorso da mão gira, orientando-se para cima e nos lados do polegar e do mínimo próximo ao dedo médio. 

    17- Meridiano do Fígado ( N ). 

    ( N ) nasce no ponto N1, que está localizado próximo à unha do polegar e do mínimo no lado do dedo médio, flui pela palma, reverte sua direção e sobe até os lados do dedo médio.               

    VIII ) Recursos para aplicar sobre o  Micro-Meridianos. 

    1) Aplicação Simples. 

    É aplicar simplesmente no ponto sobre o Micro-Meridianos, sem técnica de Tonificação ou Sedação.

    A aplicação simples não regula voluntariamente a função do órgão, mas ele somente estimula o micro-meridiano.

    Aplicação da Agulha é 1mm verticalmente sobre a pele. Se cair algumas agulhas não haverá problemas, porque várias agulhas caem em várias direções. É  também não ocorrerá tonificação ou sedação. Ocorre sim o funcionamento pelas características do próprio ponto.

    Por isso no caso da aplicação simples deve estudar em conteúdo o seguinte:

    Ex.: Para indigestão, no caso simples, é eficaz aplicar apenas no ponto A12. E no caso pior, é eficaz aplicar no ponto A12 e mais quatro ponto da periferia na distância de 1 cm acima e abaixo e a direita e esquerda do ponto A12. E no caso crônico , deve ser aplicado sobre o micro meridiano. A aplicação sobre o micro meridiano, em qualquer ponto será eficaz. 

    2) Aplicação com tonificação e sedação. 

    A excelência da Terapia é conseguir certamente o funcionamento da tonificação e sedação  do micro meridiano, para excesso ou deficiência de energia do órgão ou víscera. É a tonificação ou sedação que regulam voluntariamente a função dos órgãos e vísceras se existir problemas. Quando existe problema na função do órgão estará em estado de excitação, excesso de energia, e a víscera correspondente estará em debilidade ( 5 elementos ).Neste momento podemos trabalhar em órgão correspondente para promover o equilíbrio .

                         

    Ex.: Quando existe Dor no ponto (Es25) do lado esquerdo ,pelo diagnóstico descobrimos que existe a síndrome de excesso de energia do int.grosso / deficiência da energia do pulmão. Aplicar pela tonificação do

    C (Pulmão)  micro meridiano do lado esquerdo sumirá ou diminuirá [ porque a tonificação no C (Pulmão) micro meridiano dará o efeito de sedação no D (int.grosso) micro meridiano ].

    Aplicar novamente pela sedação do C(Pulmão) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, a Dor do ponto (Es25) do lado esquerdo reaparecerá. Neste momento aplicar pela sedação do D(Int.Grosso) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, também a dor do ponto (Es25) sumirá ou diminuirá. Outra vez aplicaria pela tonificação do D (Int.Grosso) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, Também a dor do ponto (Es25) reaparecerá.

    Assim, a tonificação ou sedação tem a característica para regular voluntariamente a função do órgão. Isto aparece certamente só no micro meridiano da Terapia . 

    1. Recurso de tonificação ou sedação :

    Tonificação ou Sedação  da Terapia usa se a lei de YUNG SU BO SA

    (o fluxo do micro meridiano é somente em uma direção, isto é do menor para os maiores números).

    YUNG: é a técnica de Sedação que supre o fluxo do micro meridiano pela aplicação contrária a direção do fluxo micro meridiano .

    SU: é a técnica de  Tonificação que supre o fluxo do micro meridiano pela aplicação na mesma direção do fluido do micro meridiano.

    BO: é uma palavra coreana que significa a Tonificação.

    SA : é uma palavra coreana que significa a Sedação. 

    1. Tonificação ou sedação pela agulha:

     

    A eficácia da tonificação ou da sedação pela agulha é bom para qualquer ponto sobre o micro meridiano dos quatro dedos, à exceção do dedo médio.

    Especialmente a melhor maneira para tonificar ou sedar é no intervalo da Segunda articulação e da terceira articulação de cada dedo, porque no final do

    dedo sente-se muita dor ao aplicar, e nas outras partes é lenta a reação ao aplicar.

    • A penetração da agulha na pele 2 a 3mm.
    • O ângulo com a pele 30o a 45o .
    • Tempo de permanência da agulha : 10 à 20 min.
    • Acrescentar os pontos básicos e o ponto importante ou o ponto correspondente.
    1. Tonificação ou Sedação pelo magnetismo:

    O magnetismo é o poder de atração dos pólos negativos com o positivos, e sempre indica os pólos N(norte) ao S (sul). 

    d) Tonificação ou Sedação pelo  estimulador elétrico . 

    1. Tonificação ou Sedação pelas placas de metal Prateado e Dourado ).

    Existem dois tipos de ionização do metal : 

    Prateado ( um metal sem cor ) é o caráter Negativo (-).

    Dourado ( um metal com cor ) é o caráter Positivo (+).  

     
     

    IX - Cuidados básicos na utilização da Terapia na Mão. 

    Primeiramente as mãos devem ser limpas com  água corrente ou passar álcool a 70 graus com 2% de iodo. 

    • Cada pessoa deve ter suas próprias agulhas ou utilizar agulhas descartáveis.
    • Antes da aplicação é bom massagear as mãos, podendo utilizar para isso o massageador.
    • O cliente deve se sentir à vontade, sentado ou deitado se for grave.
    • Tempo de duração : no casos leves como dor de cabeça. Aplicar agulhas e depois de  passar  a dor, deixar por mais 5 min.
    • Nos casos graves ou crônicos: aplicação das agulhas deve ser de 20 à 30min.
    • Número de aplicações: Varia de acordo com o desequilíbrio energético da pessoa.
    • Desequilíbrio Energético leve : Uma vez ao dia, podendo equilibrar com 5 aplicações.
    • Desequilíbrio Energético graves: Uma vez ao dia, podendo equilibrar em 6 à 12 meses ou por tempo indeterminado.
    • Para obter melhores resultados é recomendado o uso de vários instrumentos, na seguinte ordem: massageador, Agulhas, plaquetas de Prata ou Ouro, Anel e Moxa.
    • Quando estiver com as agulhas é bom fazer movimentos leves, para ativar a circulação de energia nas mãos.

    Cuidados e Precauções extremas quanto ao uso,  em situações abaixo:

    • Se o cliente estiver em jejum ou com muita fome.
    • Se o cliente tiver perdido significativa quantidade de sangue por, vômitos, ou eliminação pelo reto.
    • Se o cliente estiver desidratado ou embriagado.
    • Se o cliente estiver exausto pela viagem ou por outro motivo.
    • Se a pressão for instável, alta ou baixa demais.
    • Se o cliente for extremamente fraco.
    • Se o pulso do cliente não puder ser sentido quer pela carótida ou pelas artérias radiais.
    • Se for extremamente alérgico ou reumático.
    • Se o micro meridiano estiver infectado por doença epidêmica ou necessitar de cirurgia.
    • Se o cliente estiver  tendo um ataque.
    • Se o cliente tiver febre ou calafrio extremos.
    • Se o cliente estiver emocionalmente  hiper estimulado, nervoso, alegre, triste, bravo ou assustado.

    Em caso de cliente entrar em choque. 

    1. Tirar as Agulhas ou outros instrumentos.
    2. Repousar com respiração profunda.
    3. Aplicar a Agulha nos pontos A8,12 e 16.
    4. Picar no ponto J1.
    5. Ou aplicar a Agulha nos pontos B24, I2, A33 e E2.
    6. Em casos graves : deve picar a ponta dos 10  dedos.
    7. Aplique Agulha nos pontos da receita de Jeong-Bang do coração na mão direita e Jeong-Bang do rim na mão esquerda.
    8. Após recuperação deverá descansar, comer e  aplicar moxabustão nos pontos A1,3 e 12.

     

    X -  Alguns  Métodos para observar o desequilíbrio do organismo (da energia ). 

    1. A temperatura das mãos e dos pés.

    Se a temperatura das mãos estiverem normal, quer dizer que a circulação do corpo permanece estável. Quando ocorre dos pés e mãos estarem frios, são sinais e sintomas de que o estado do equilíbrio não se encontra normal, necessitando de cuidados. Através do controle da temperatura das mãos e pés podemos concluir a normalidade do corpo humano.

    2) A aorta abdominal (que é  uma veia grossa que se localiza acima e abaixo da corrente umbilical ) deve pulsar suavemente.

    Quando o seu funcionamento ocorre normalmente, a circulação do sangue e a pulsação transcorrem  normalmente . Porém, quando se encontra lesada, com pulsações intensas ou fracas seu funcionamento é prejudicado. Na Terapia Oriental a pulsação da aorta é observada para verificar a normalidade da saúde.

    Quando a pulsação é intensa, o organismo não se encontra normal, dificultando a circulação do sangue.

    1. Aparelho digestivo deve estar funcionando normalmente sem dores.

    Se ao pressionar o estômago, ocasionar dores agudas e apresentar tensões, como uma massa dura, são sinais de que o organismo não está bem.

    1. As pulsações dos seis pontos ( em cada braço existem três pontos) devem pulsar suavemente e igualmente. São os pontos geralmente usados para tomar pulso, o equilíbrio na Terapia  Oriental.
    2. O abdômen, não deve apresentar reação de dor ao ser apalpado .

    A pele do abdômen deve estar mole, assim como intestino, e também a sua temperatura deve estar sempre morna. Se sentir tensão ou uma contração do músculo, e dores ao ser pressionado com as mãos, conclui-se que o organismo está com alguns órgãos e vísceras em desequilíbrio. 

    1. Coluna Vertebral.

    A coluna vertebral que sustenta o corpo humano, é a proteção para sistema nervoso, órgãos e vísceras. Por isso se houver algum problema, poderá causar outros males. 

    Verificação:

    1. Verificar alinhamento da coluna.
    2. Verificar saliência da coluna.
    3. Verificar a sensibilidade da coluna.
    4. Verificar a reentrância da coluna.
    5. Apalpar sutilmente sobre a coluna observando a fisionomia do cliente.
    6. Apalpar sutilmente sobre a lateral da coluna observando a fisionomia do cliente.
    7. Perguntar ao cliente.
    1. Pulsação.

    Para ter saúde, o estado do cérebro  deve estar estável. O estado instável do cérebro é causado pelo descontrole das funções de todo o organismo.

    Na artéria carótida deve haver 4 carótidas . O volume de sangue nestas 4 carótidas devem estar em equilíbrio, se houver desequilíbrio, existira algum desequilíbrio energético .

    Na Terapia para descobrir em que estado se encontra a circulação no cérebro é preciso tomar a pulsação de Yin/Yang. 

    Posição para tomar a pulsação de Yin/Yang: 

    Pulsação de Yin – É tomada no ponto  ( Pu9 ).

    Pulsação de Yang – Localizar o gogó ( pomo de Adão ). Do lado do gogó localiza-se um ponto chamado de  (IG18) que varia de 1,5 à 3,0 tsun de pessoa para pessoa. Neste ponto toma-se a pulsação de Yang. 

    1. A pulsação deve ser tomada da seguinte maneira : comparar a pulsação do punho esquerdo com a pulsação do lado esquerdo do pescoço, e a pulsação do punho direito com a pulsação do lado direito do pescoço.
    2. Comparar as pulsações do pescoço e do pulso   (Pu9) e  (IG18) : Qual das duas será mais grossa ?

    Deve comparar só o volume de sangue entre duas artérias dos pontos  (Pu9 ) e ( IG18 ), sem relação com a força (forte ou fraca ) e a suavidade ou dureza. 
     
     

    XI ) Medidas utilizadas para localizar os pontos. 

    Na mão existem 345 pontos definidos em 14 micro-meridianos. Para saber  a localização exata, utiliza-se Tsun-bun.

    Tsun é uma unidade de medida oriental.

    Bun é 1/10 do Tsun.

    Com exceção a mão deformada. 

    1) Dorso da  Mão. 

    No comprimento.

    1. O dorso da mão mede 6 tsun mais 7 Bun do ponto B1 ao B27 ( que localiza-se na raiz da unha do dedo médio).
    2. Do ponto B1 a primeira falange do dedo médio B14 mede 3 tsun.
    3. O comprimento da primeira articulação ( do ponto B14 ao B19 ) é de 2  tsun.
    4. O comprimento da Segunda articulação ( do ponto B19 ao B24 ) é de 1 tsun mais 4 Bun.
    5. Do ponto B24 ao B27 ( localizado na raiz da unha do dedo médio ) mede 3 Bun.

    Na  largura: 

    1. Do ponto de separação do dedo polegar com o dorso da mão ao extremo (em direção ao dedo mínimo ), mede 4 tsun.
    2. A largura da primeira articulação do dedo médio é de 8 Bun.

    2) Palma da Mão.

    No Comprimento. 

    1. Do ponto A1 ao ponto localizado no extremo do dedo médio A33  mede 7 tsun mais 8 Bun.
    2. Do ponto A1 ao A16 mede 4 tsun mais 2 Bun.
    3. Do ponto A16 ao A20 mede 1 tsun.
    4. Do ponto A20 ao A24 mede 1 tsun mais 1 Bun.
    5. Do ponto A24 ao A33 mede 1 tsun mais 5 Bun.

    Na Largura.

    1. Do ponto A12 ao extremo da palma da mão ( em direção ao dedo polegar ) mede 1 tsun mais 5 Bun.
    2. Do ponto A8 ao extremo da palma da mão ( em direção ao dedo mínimo ) mede 4 tsun mais 2 Bun.
    3. A largura da falange do dedo médio é 8 Bun.

    Obs.: Deve usar  a própria mão da pessoa que for tratar.

    XII – Dicas em casos de Emergência. 

    1. Em casos leves.

    As mãos frias significam má circulação sangüínea, gerando o aumento da quantidade de sangue que flui para cabeça, causando tontura ou desmaio.  

    Quando ocorrer um choque, intoxicação por gás, má digestão aguda (forte) e desmaio pela pressão alta do sangue, as mãos ficarão muito frias. 

    Por isso deve abaixar a pressão alta da cabeça, picando a ponta do dedo médio da mão . 

    No caso de sintomas acima serem leves, podem picar apenas o ponto A33, e nos pontos A8,12,16,E8 e I2 aplicar agulhas ou massageador.

     

    2) Em casos graves.

    Em casos graves deve picar a ponta dos dez dedos das mãos e (em alguns casos deve picar a ponta dos dedos dos pés ) todos os dias até o restabelecimento.

    E em caso de problemas respiratórios utilizar pontos A8, 12, 16, 18, 20, 22, 24, 28, 33, E8 e I2 para normalizar a respiração.

    RESULTADOS

     

    Resultados são muito bons, centenas ou melhor milhares.

    Exemplo da Coréia de onde surgiu a técnica, o governo adotou como receita caseira, se não tivesse resultado, já mais, iria adotar o método para diminuir pessoas em hospitais públicos .

    CONCLUSÃO
     

    E  um método de tratamento muito bom que não podemos deixar de aprender.

    Que tem um resultado muito bom no equilíbrio dos Órgãos e Vísceras e suas funções.

    Excelente em tratamentos preventivos.

    E muito fácil de aprender.

    Muito fácil de aplicar também.

    Autor: : Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108
    Última atualização: 14/06/2013 14:52


    GEOMETRIA, RUNAS, RADIESTESIA E A PESSOA COMO TAL

    GEOMETRIA, RUNAS, RADIESTESIA E A PESSOA COMO TAL

    MAIO/2012

     NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA

    TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758


    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    HOLÍSTICA / 2012

     

    “No mundo do conhecimento, a última  coisa a ser percebida, e com muita dificuldade, é a forma essencial do Bem (...). Sem ter uma visão desta forma ninguém pode agir com sabedoria, seja na própria vida, seja em questões de Estado.

                                                 (Platão)

     

    A todos que nunca desistem de procurar o conhecimento na certeza de que é através desta procura que se encontra a certeza do nunca desistir, mesmo que se saiba da utopia que é este objetivo.

     

     

     

    AGRADECIMENTOS

     

            A Deus , por minha vida.

     

            Às minhas filhas, Janira e Niara, pelo apoio.

     

            A todos que me acompanham na caminhada de pesquisa e procura do melhor para todos no dia-a-dia.

     

            Ao SINTE, por me deixar apresentar o resultado de minhas pesquisas e estudos.

     

    SUMARIO

     

    1. INTRODUÇÃO...........................................................................................7

    2. MATERIAL E METODOLOGIA..................................................................7

         2.1 Material empregado............................................................................7

         2.2 Métodos..............................................................................................8

         

    3. A GEOMETRIA E SUA RELAÇÃO COM O EQUILÍBRIO.........................9

        3.1 Yin e Yang.........................................................................................11

        3.2 Formas geométricas..........................................................................11

        3.3 Runas................................................................................................12

     

    4. A FORÇA MAGNÉTICA DAS PIRÂMIDES.............................................17

     

    5. RESULTADOS........................................................................................20

     

    6. DISCUSSÃO...........................................................................................20

     

    7. CONCLUSÃO..........................................................................................22

     

    8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................23

     

     


     

    RESUMO

     

    A Radiestesia já era utilizada pelos homens das civilizações antigas através de bastões, varinhas, forquilhas. Nas pinturas das cavernas, descobriu-se que o homem daquele tempo, segurava bastões de osso, utilizados para encontrar caças, que tinham, ao longo de sua extensão, desenhos de animais que eram tocados com as mãos que direcionavam o bastão. A Radiestesia foi testemunhada entre diversos povos, e em todos os estudos, vemos utilização de algum instrumento de forma. Aqui, estudamos as formas geométricas, as suas radiações diversas e, dentre estas formas, as Runas, que também emanam boas vibrações de origem desconhecida podendo ser até de povos lemurianos e atlantes. As formas geométricas transmitem energia. Pirâmide também. Energia positiva que deve ser utilizada para o equilíbrio.

     

     
    1. INTRODUÇÃO

            A Radiestesia, estudo das radiações emitidas pelos corpos já era de domínio dos povos antigos, como Indus, Persas, Etruscos, Citas, Hebreus, Romanos, Gauleses, Peruanos, Polinésios, etc., mas esta ciência nos foi deixada pelos Lemurianos e Atlantes, bem antes, afirmam estudiosos.

            A ciência da Radiestesia ficou esquecida por muitos e usada por poucos, que detinham os conhecimentos e os usavam como forma de poder. Se fosse só uma arte sem fundamento não conseguia passar pelos séculos e ressurgir fortalecida em 1688 na França e em toda a Europa.

            Nos mosteiros, o conhecimento era passado sem alarde e em 1892 os Abades Bouly e Bayarden criaram este termo RADIESTESIA. Outro Abade, o Alex Mermet instituiu regras sistematizando seu funcionamento.

            Quem trouxe a Radiestesia para o Brasil  foi Jean Louis Bordeaux que ficou de 1905 a 1921 em uma missão franciscana no Mato Grosso e com as escolhas feitas através  da Radiestesia se equilibrou de sérios problemas físicos com os produtos da FLORA local, e indicações indígenas.

            A partir daí, novos estudos e novos pesquisadores como Dr. Alfredo Becker, Virgilio Goulart, Maria Luiza Azevedo, José de Castelo Branco, FM Palhoto e outros até nossos dias.

            Neste estudo, pesquisamos as formas geométricas e suas radiações para equilíbrio do corpo como tal: suas funções físicas, energéticas, emocionais, mentais e espirituais.

            Incluem-se aqui o estudo das RUNAS que podem ser muito benéficas levando-as a sério e com estudo profundo e as pirâmides.

     

    2. MATERIAL E METODOLOGIA

            Todos os nossos esforços de pesquisa e experimentação são no sentido de despertar a consciência para se evitar o sofrimento desnecessário, a fim de guiar os seres humanos à realização pessoal e ao equilíbrio social.

    2.1 Material empregado

    1. Ficha do cliente;

            Utilizando um pêndulo neutro, vamos estudando a energia do cliente através  de suas radiações captadas pelo nome e data de nascimento e conforme as suas necessidades de harmonização de seus meridianos, utilizamos alguma forma  geométrica desenhada na ficha do cliente  e também uma Runa desenhada ou confeccionada em cobre, por tantos dias, conforme for solicitado pelo pêndulo e a forma de pirâmide, se for o caso.

            Se for estudo de mapa, terreno, casa também vamos estudando as energias e colocando o desenho de alguma forma geométrica, Runa, pirâmide aonde, quanto tempo, conforme for indicado pelo pêndulo.

    1. Pêndulo neutro;
    2. Peças de cobre para confecção de Runas;
    3. Mapas

    2.2 Métodos

    1. Alfagenia;
    2. Tábua de BOVIS;
    3. Harmonização dos centros energéticos

     Alfagenia

            Para se praticar bem a Radiestesia, é preciso aprender a entrar em ALFA, atingir os níveis do subconsciente. Existe a mente consciente e o inconsciente profundo, onde estão gravados todos os acontecimentos. Entre um (consciente) e outro (inconsciente), existe o subconsciente que é onde o radiestesista trabalha. É o Estado ALFA de tranquilidade, harmonia, equilíbrio, mente aberta e sem interferir nas informações recebidas. É um treinamento.

            Hans Berger, psiquiatra austríaco, em 1929, criou o eletroencefalograma porque descobriu através de muitas pesquisas que o cérebro emite radiações ou ondas elétricas, tendo impulsos eletromagnéticos.  

            São quatro as freqüências cerebrais: beta, alfa, teta e delta.

    1. Beta – sinal forte, consciência exterior, utilização dos cinco sentidos, participação no mundo – vibração de 14 a 28 ciclos por segundo.
    2. Alfa Relaxamento, frequência mais baixa – nível de tranquilidade, paz, criatividade e saúde – pode haver fenômenos parapsicológicos neste estado a frequência de 7 a 14 ciclos por segundo.
    3. Teta – meditação, levitação, regressão às lembranças passadas, tratamento para traumas – descobertas. O ritmo oscila em 4 a 7 ciclos por segundo.
    4. Delta – abaixo de 4 ciclos por segundo. Sono profundo, é incógnita, pode ser coma, catalepsia, inconsciência. É preciso treinamento para se chegar ao estado alfa e ali trabalhar, recebendo as radiações e vibrações do inconsciente, sem interferir nelas.

     

     Tábua de BOVIS

     Harmonização dos centros energéticos

            A pessoa humana possui 7 Centros Energéticos Principais. São localizados também no corpo dos animais e no solo.

    1.         Coronário (pituitária) – centro intelectual superior;
    2. Frontal (pineal) – centro intelectual inferior;
    3. Laríngeo (tireoide) – centro motor;
    4. Cardíaco (timo) – centro emocional inferior;
    5. Umbelical (plexo solar) – centro instintivo;
    6. Sacral (supra renal) – centro instintivo;
    7. Básico (glândula sexual) – centro sexual

    Os centros energéticos podem ser harmonizados com o uso de homeopatias, florais e elixir, com formas geométricas, runas e pirâmides. A ressonância com auxílio do pêndulo ajuda a desbloquear os Centros Energéticos Magnéticos, bem como contribui com a ampliação e expansão das informações veiculadas pelos produtos utilizados.

     

    3. A GEOMETRIA E SUA RELAÇÃO COM O EQUILÍBRIO

            Geometria é uma palavra grega que significa “medição de terra”. A importância da geometria é imensa. Em tudo que se constrói, é preciso proporcionalidade, portanto, geometria. Desde que o homem começou a construir tendas saindo da caverna precisou da proporção certa, da geometria. Os animais constroem, instintivamente e dá tudo certo. Os homens precisam aprender ou talvez como Platão acreditava, precisam é lembrar.

            Os humanos primitivos precisavam calcular quanto peso podiam carregar, como fazer para construir suas tendas, suas armas, suas vestes. Precisavam proteger a família, a propriedade, os acampamentos, em tudo precisavam da geometria. Foram se desenvolvendo e a arquitetura elaborada e a navegação confiável foram exigindo mais geometria euclidiana e seus descendentes diretos, como a trigonometria. Com o avanço da ciência, a geometria evoluiu para a medição cronográfica da latitude, a medição telescópica de nosso sistema solar da nossa galáxia, das outras galáxias e do próprio cosmo; e para medições microscópicas e microcósmicas de entidades celulares, atômicas e mesmo quânticas.

            Os seres humanos estão no meio do caminho da escala de medição. Assim, “uma ordem de grandeza” significa 10 vezes. Se for a ordem de grandeza maior é 10 vezes maior do que o ser humano, se for de ordem de grandeza menor é 10 vezes menor do que o ser humano.

            A geometria tem conexões com a filosofia e a música. Platão, célebre filósofo colocou acima da entrada de sua academia, modelo para as nossas próprias universidades. “Só quem sabe geometria pode entrar na academia”. Mas, durante os séculos, a geometria foi se distanciando e os cálculos matemáticos foram se escasseando e a mente passou a ficar muito bloqueada pela falta de cálculos, o que acontece nos dias de hoje. Falta esta visão de novos caminhos que só o raciocínio geométrico pode dar.

            Pitágoras era fascinado pelos números e até hoje seu teorema ajuda a resolver problemas matemáticos. Ele descobriu um problema geométrico na música que os 12 semitons que abrangem uma oitava completa e da qual todos os modos musicais ocidentais são retirados, não se relacionam um com o outro em proporções integrais. Isto significa que nenhum instrumento pode ser perfeitamente afinado. Se você afina o ciclo das quintas com exatidão, as oitavas soarão sustenidas. Se você bemoliza ligeiramente as quintas, as oitavas soarão afinadas. Isto nada tem a ver com a fabricação dos instrumentos, mas sim a propriedade da geometria dos próprios intervalos musicais. Mas um instrumento bem afinado dentro das proporções, dá o som harmonioso.

            Os gregos antigo                                                           s, assim como os chineses antigos, valorizavam o equilíbrio e a harmonia. A palavra latina “racional” reflete exatamente isto, pois embora tenha passado a razoável, ela deriva de um termo                               geometricamente mais preciso: “razão” ou equilíbrio integral entre duas (ou mais) partes de um todo. Os romanos usaram isto da geometria grega. Os gregos pregavam que o mundo era um lugar ordenado (COSMO) e não desordenado (CAOS), mas acreditaram incorretamente que a mesma ordem era refletida no equilíbrio proporcional de todos os números também. Os gregos entendiam que as quantidades geométricas podiam ser expressas como razões de números inteiros. Euclides com seus axiomas, definições e postulados deixou uma luz orientadora para a posteridade.

            Euclides apurou a arte da construção geométrica com o desenho de duas figuras bidimensionais em um plano daí a ajuda para construção de trabalhos arquitetônicos e artísticos, a geometria aplicada. Usava só a régua e o compasso.

            A conexão entre razões geométricas, indivíduos racionais e sociedades bem ordenadas está muito enraizada na mente helênica. A ordem cósmica seria estabelecida também na individualidade e na sociedade bem equilibradas.

    3.1 Yin e Yang

            São duas forças criativas que se completam para a criação. Yin é terra, força feminina e Yang é ar, força masculina. São duas forças ligadas, mas diferentes. Ligadas no que cada um contém do outro.

            Todo o universo é composto por figuras geométricas perfeitas. Vejamos o símbolo do Yin e Yang, usa-se só 5 círculos: 1 maior, 2 menores e 2 pequenos. Formam um equilíbrio estético perfeito por causa de proporção certa.

            Os estudiosos antigos sempre afirmaram que os seres humanos estão sujeitos às leis naturais e que todas as leis têm uma razão e proporção perfeita. Por isso, a geometria ser muito importante, porque ela é o equilíbrio, a proporcionalidade que deve ser buscada por todos.

    3.2 Formas geométricas

            Tudo o que existe é uma forma geométrica. Esta forma geométrica é a base da formação dos números e emanam energias que podem ser medidas. Vejamos:

    FIGURA

    NÚMERO

    BOYD

    HERTZ

    ANGSTRONS

    Círculo

    1

    1

    7,0 Hz

    9.000

     

    Par Dualidade

    2

    2

    8,0 Hz

    12.000

    Triângulo

    3

    3

    8,2 Hz

    13.000

    Quadrado

    4

    4

    8,8 Hz

    14.500

    Pentágono

    5

    5

    9,5 Hz

    17.500

    Hexágono

    6

    6

    10,0 Hz

    18.200

    Heptágono

    7

    7

    10,7 Hz

    19.000

    Octógono

    8

    8

    11,0 Hz

    19.600

    Eneágono

    9

    9

    11,6 Hz

    20.300

     

            As figuras geométricas são o protótipo das formas que podem ser programadas no plano terrestre.

            Pitágoras vê em toda estrutura, mesmo as biológicas, uma ordem numérica oculta, por onde se baseia a forma presencial daquele corpo. É como se fosse o esqueleto de toda criação. O número está intrínseco a todo e qualquer raciocínio nas formas materiais que definem esse planeta.

    3.3 Runas

            As RUNAS são símbolos usados desde imemoráveis tempos e que permaneceram por muito tempo esquecidas, e depois voltaram a ser estudados.

            O nome RUNA significa mistério, secreto. São símbolos mágicos e sua mais profunda significação só era conhecida por sacerdotes antigos e usados como oráculo. Surgiram estes símbolos em lugares mais improváveis da Iugoslávia a Orkney e da Groenlândia à Grécia.

    Um grande estudioso dos símbolos, Ralph W. V. Elliot, no seu livro “Runes: An Introduction” escreveu que foram observados estranhos símbolos desenhados em ferramentas e armas antigas, moedas de prata e cruzes de pedra. E que estes símbolos influenciavam a vida de quem os usava.

    As Runas tinham muitas interpretações e assim continua até hoje, pode-se interpretá-las com seu significado místico ou significado mundano como muito se vê por aí. Para nós, terapeutas holísticos, devemos usar as Runas como ferramentas de desenvolvimento pessoal, transformação e estudo interior profundo.

    Heródoto, provavelmente no século VIII viajou pelo Mar Negro, ali encontrou descendentes de tribos citas antigas que se enfiavam debaixo de mantas, fumavam até ficar em uma espécie de transe (até hoje existe este costume nas altas montanhas caucásicas) e então lançavam gravetos no ar, “lendo” seu significado quando caíram ao chão. Estes gravetos eram classificados como RUNAS.

    Para se confeccionar as RUNAS precisamos de canos de cobre: 3 canos de 30 cm; 4 canos de 15 cm; 1 cano de 7,5 cm.

    Desde o início do uso de RUNAS, elas sempre tiveram uma função ritual, servindo para serem lançados sorteios para a adivinhação e evocação de poderes superiores capazes de influenciar a vida e a sorte das pessoas. Usavam RUNAS e encantações para influenciar o tempo, as marés, plantações, amor e saúde. Os símbolos das Runas eram esculpidos em amuletos, copos, lanças de batalha, sobre o portal das casas e nas proas dos barcos vikings. Entre os teutões e vikings, os lançadores de RUNAS usavam roupas vistosas que os destacavam dos outros. Eram homenageados, bem acolhidos, temidos, esses xamãs eram famosos e tinham certos poderes. Há evidências que as mulheres também eram praticantes rúnicas.

    Na época de Tácito, o historiador romano, as Runas já estavam ficando conhecidas mais amplamente no continente. Eram transportadas de lugar para lugar pelos mercadores, aventureiros, guerreiros e, eventualmente por missionários anglo-saxões. Com este objetivo precisaram de um alfabeto, que ficou conhecido como FUTHARK, devido às suas primeiras seis letras ou glifos.

    O FUTHARK germânico tradicional abrangia 24 RUNAS. Foram divididas em três “famílias” de 8 RUNAS – o 3 e o 8 sendo número que se acreditava possuidores de potência especial. Conhecidos como aetter, os três grupos tinham os nomes dos deuses escandinavos FREYR, HAGAL e TYR. Posteriormente, acrescentou-se uma RUNA em branco.

    As Runas, mesmo sendo de difícil compreensão, com muito esforço consegue-se captar o que elas têm para dizer sobre a situação apresentada. Elas são uma dádiva de ODIN e, portanto, sagradas.

    ODIN é a divindade máxima no panteão dos deuses escandinavos. Seu nome é derivado do escandinavo antigo para “vento” e “espírito” e foi através de sua paixão, de seu sacrifício transformador do eu, que ODIN nos trouxe as RUNAS.

    De acordo com a lenda, ele ficou pendurado por 9 noites na IGGDRASIL, a Árvore do Mundo, ferido pela própria  lâmina, atormentado pela fome, pela sede e pela dor, sem auxílio e sozinho até que, antes de cair, avistou as RUNAS e conseguiu apanhá-las, em um último  e tremendo esforço. A partir daí, tudo começou a melhorar para ele e conseguiu ficar são e salvo. E assim começa a sagrada história das RUNAS. A mensagem que as Runas transmitem é a mesma de Sócrates: “Conhece a ti mesmo”, porém alguns não querem encarar este processo evolutivo, querem encarar como diversão, isto é um equívoco.

    As RUNAS são oráculos, jogos sagrados, instrumentos de utilização séria e elevada, o valor de sua utilização é que nos liberta do esforço de aprender, libera-nos para que aprendamos como aprendem as crianças.

    Utilizar as RUNAS é colocar-se na própria orientação interior, aquela parte nossa que sabe tudo quanto precisamos conhecer sobre nossa vida, agora.

    Sintonizar-se no momento presente, prestar atenção no que está acontecendo e como agir parar melhorar, são orientações que nos vêm das RUNAS, se consultada seriamente.

    A consulta às RUNAS permite que ultrapassemos as censuras da razão, as correntes do condicionamento e o repetir do hábito, porque tudo isso nos impede de ser livres, como também o julgamento, a comparação e a impulsividade de saber por que. O “porquê” se apresenta quando avançamos no conhecimento.

    Interagindo com as RUNAS, estabelece-se uma zona livre, onde a nossa vida se torna maleável, vulnerável e aberta à mudança.

    Atualmente, vivemos uma época de muita descontinuidade. As informações nos chegam muito rápido e o universo está nos impelindo para um novo crescimento. De repente, as águas que nos eram familiares parecem conter perigos, cheias de redemoinhos e areias movediças. Os mapas de outrora ficaram ultrapassados: precisamos de novas direções para navegar pela vida. E quem poderá nos ajudar do mesmo jeito que os vikings utilizaram a direção sugerida pelos mestres rúnicos para que seus barcos navegassem sob céus nublados, também você, agora poderá usar as RUNAS para dar uma boa direção ao curso de sua própria vida. Um diferencial de alguns graus no início de qualquer viagem significará uma posição largamente diferente quando chegar a alto mar.

    Refletindo no que são as RUNAS – uma ponte entre o eu e o EU, uma corrente entre o EU e o DIVINO, uma direção para a vida – a energia que as envolve é a nossa própria e, em consequência, a sabedoria. Deste modo, quando começamos a contactar nossas direções interiores e sábias mais íntimas passamos a ouvir mensagens de profunda beleza e real utilidade. Porque sendo cada um de nós um indivíduo único, sob a orientação das RUNAS, vislumbraremos horizontes que nos fazem muito bem.

     

     

       

    Ar

    A mudança, a regeneração – o advento do fogo, o despertar da kundaline – oportunidades – vitalidade e discernimento.

       

    Ur

    Aprender aos pés da divina mãe. Conecção e consciência com a mãe  natureza. Novo ciclo. Recomeço – correlação do passado com o novo.

     

    Torn

    A vontade consciente, diferente do desejo. Espera. Tempo de analisar o que passou avaliando com maior clareza. Interiorização.

     

    Fa

    Força para despertar a consciência, força do amor. Lucros, alimento. Preservação do que já foi conquistado.

       

    Rita

    O juízo interno. Despertar do juízo da consciência. Viagem, conhecimento, mudança. Mudar-se para melhorar os caminhos.

       

    Kaum

    Triunfo sobre as tentações mundanas. Vibrar no amor. Proteção, luz, fogo. Novo momento, aquele que souber ver as indicações do tempo, será iluminado pela luz divina.

     

    Gibur

    O mistério da vida, união, raciocínio equilibrado. Expansão da sensibilidade e a harmonia interna e externa.

       

    Wunjo

    Mudança radical, revolução dos atos e fatos, transformações, felicidade. Retorno de todos os esforços, uma recompensa.

       

    Hagal

    A conquista de poderes. Hora de quebrar os laços. O ponto crucial entre a iniciativa e a passividade está no grau de discernimento de cada um é preciso expandir a consciência.

       

    Not

    Pedido de misericórdia. Crescimento obstruído, aprendizagem. Reavaliar os planos devido às más influências. Espera.

         

    IS

    O real ser, a divina mãe. Canaliza o poder da mãe natureza. Esperar as forças extremas passar. Tempo de análise.

         

    Jera

    Fecundação, germinação. Ideias novas, projetos. Positividade. Confiar e esperar. Paciência. Plantar e colher no momento certo.

            

    Sig

    O poder que nos guia no secreto. A vitória pelo pacto cumprido. Concentração e meditação. Prudência. Aproveitar as mensagens da intuição.

       

    Perth

    Mudar prognósticos. Força das ações corretas. Novos caminhos, o inesperado. Novos conhecimento e início de algo novo.

    Man

    Os poderes ocultos. Proteção contra os males. Desafios, reunião, amparo. Saber lidar com o que se sente, encontrar a verdade interior.

         

    Esse

    Equilíbrio físico, emocional. Força solar, produzir, planejar. Seguir em frente para construir algo valorizando a todos e que todos colham frutos.

       

    Tyr

    Derivado do deus da guerra, por isso há batalhas, favorece o discernimento. Força de vontade e paciência, sacrifícios e despertar da consciência.

     

    Bar

    A transformação, o regresso ao divino, a origem, crescimento, metas definidas para o alcance dos objetivos reais.

       

    Eme

    A esperança, a redenção, não temer o novo, deixar as coisas do passado para trás. Ascensão, tempo de transição. Atenção aos fatos novos.

       

    Mannaz

    Humildade, memórias de sonhos revelados, autoconhecimento. Interiorização. Meditação profunda e maior conhecimento do EU superior.

       

    Laf

    A misericórdia divina age. A graça conseguida, fluência. O homem sábio sabe discernir entre imaginação e realidade.

       

    Inguz

    Perda do medo, coragem, bravura, memória racional, intuição. Novo tempo de esperança e realizações. Cuidado com desperdício de energias.

       

    Dorn

    Alteração das situações, resultados surpreendentes, milagres, fenômenos. A roda gira trazendo para você perspectivas sólidas.

            

    OS

    Conservação; neste momento nada de mudar, espere um pouco, adaptação ao que está aqui e agora, reavaliação de valores, equilíbrio familiar.

     

    4. A FORÇA MAGNÉTICA DAS PIRÂMIDES

    Ninguém até hoje conseguiu desvendar os mistérios das pirâmides. De acordo com estudiosos foram construídas as pirâmides, em, provavelmente, 2200 a. C. e como foram feitas, como transportaram aquelas pedras de um lugar tão longe, continua sendo uma indagação. Faraós, escravos, matemáticos, todos juntos por dezenas de anos construíram as pirâmides?

    Há uma versão constante no livre “Projeto Y – série jardineiros do universo”, autor ANANKEN – pode ser pseudônimo – página 77, sobre a construção da Pirâmide de Quéop e da Esfinge, atribuindo a seres planetármanente.eogride  Napole da sabedoria, e ao nr                     ope e da Esfinge, atribuindo a seres planetstruiramas de um lugar tao cance dos objetivos reais. . ssionarios s vikings  at    ários da décima terceira Galáxia Central da Constelação de Sirius, comandados pelo engenheiro espacial GINVIHZNA. Para este autor, a grande pirâmide e a esfinge são emissoras de radiações para guiarem naves espaciais. A estes seres também se atribuem a construção de outros grandes monumentos, como as pirâmides da América do Sul.

            Muitos estudiosos de pirâmides divergem em suas pesquisas: como foram feitas, para que, sua finalidade, funerária, ou não.

    Há os que afirmam que o sarcófago que existia na “Câmara do Rei” não era uma urna funerária e sim uma prova de resistência para o jovem que ia ser o novo faraó. Vamos estudar o que se diz sobre as pirâmides as “Sete chaves de Isis”, nome que se dá ao processo interpretativo, em homenagem a Isis, deusa da sabedoria, e ao número “Sete” que na cabala representa “o triunfo do espírito sobre a matéria”. São as chaves: Geográfica Astronômica, Geométrica, Hemerológica, Historiosófica, Alquímica e Metafísica.

     

    A chave geográfica

    A grande pirâmide está localizada num ponto de convergência dos raios de um leque constituído pelo baixo Egito sobre um arco de 90º, é colocada no centro físico do delta. Do relatório feito pelos sábios franceses do instituto do Egito, criado por Napoleão Bonaparte, foi o meridiano da grande pirâmide o eleito para o zero de longitude. Aqueles sábios afirmavam que para as coordenadas geográficas essa devia ser a norma permanente. A verdade telúrica foi desprezada e a posição geográfica da grande pirâmide não foi considerada.

    A chave astronômica

    Na época do reinado dos faraós de Tebas, os edifícios eram construídos sem levar em conta os ângulos em relação aos pontos cardeais da Terra. Na Babilônia e Assíria, as quinas dos monumentos eram em uma ou outra direção, mas na grande pirâmide os pontos cardeais, isto é, fazem face exatamente a Leste, a Oeste, ao Norte e ao Sul. A entrada da grande pirâmide fica voltada para o Norte.

    A chave geométrica

    São inúmeras as mensagens geométricas fornecidas pela grande pirâmide. Vamos destacar só “a razão Pi (3,1416) que se acha incorporada à estrutura, “a relação entre o diâmetro e a circunferência”.

    A chave hemerológica

    A hemerologia trata de estabelecer a concordância a respeito dos calendários, sendo uma arte o adaptar uma data do calendário juliano à sua equivalente do calendário gregoriano.

    Hoje, sabe-se que esta fração é 342/1000. Os sábios pré-faraônicos conheciam o tema, pois a grande pirâmide revela: o comprimento da ante câmara que precede a peça denominada câmara do rei, multiplicada pelo já dito e conhecido “PI (3,1416)” dá exatamente 365,342 polegadas sagradas: o número de dias que compõem um ano.

    A chave historiosófica

    Segundo esta visão, a humanidade está sempre em conflito entre trevas e luz, mas invariavelmente a luz prevalece porque é mais forte. Há pontos na grande pirâmide que seriam marcas de datas importantes da humanidade, mas que a paz vence sempre.

    A chave alquímica

    Alquimia sempre fascinou a humanidade, o aspecto da transformação do metal em ouro. Aqui a alquimia tem um tríplice aspecto: terrestre, humano e cósmico, aspecto aliás relacionado respectivamente à trilogia: matéria, alma e espírito.

    A alquimia da grande pirâmide abarca esses três mundos, quanto no físico sintoniza uma “força” que é detectada pela sua própria “forma geométrica”, quanto do psíquico aprimora a alma; e no espírito, porque fornece ao homem que a compreende, na sua arquitetura inspirada pelos “deuses” uma sintonia com a verdade cósmica.

    A chave metafísica

    Metafísica é o termo utilizado pela primeira vez por Andrônico de Rodes, referindo-se aos livros de Aristóteles que foram posteriores aos que tratam de física. A meta é a essência das coisas, mas o seu significado varia: ora diz respeito ao que está fora de nossos sentidos, como o conceito de Deus; ora indica o estudo das coisas em si mesmas. Metafísica é o conhecimento absoluto obtido pela intuição e não pela razão.

    Neste mundo de energia, estudamos as radiações das pirâmides como um “projetar-se além” do âmbito da ciência. Jacques Bergier, cientista respeitado afirma: “A forma piramidal modifica o espaço e concentra radiações”.

    Raymond Abello, cientista e escritor, publicou várias obras, entre elas “La Bible – Document Chiffré” editora Gallimard, 1950, Paris, onde metafisicamente restituiu as chaves da ciência numeral secreta. Fez experimentos e constatou que os campos eletromagnéticos, de fraca intensidade, delimitados num quadrado ou nas arestas de um cubo, aceleram todos os processos químicos e biológicos. E essas observações leva-nos a considerar a espantosa sêxtupla polarização da esfera.

    Conclui-se que as energias não se condicionam dentro das leis quantitativas da física clássica, e, se não se condicionam, mas operam, são apreciáveis nesta faixa de realidades pouco conhecidas, que são “a realização de possibilidade daquilo que parece impossível”. No dizer de Arthur Koestler, autor do livro “Do zero ao infinito” e outra obra “As razões de coincidência” (Editora Nova Fronteira, 1972, Rio de Janeiro), na folha 48 diz: “Uma vez chegado ao nível atômico, o mundo objetivo do espaço e do tempo deixa de existir, e os símbolos matemáticos da física teórica, referem-se meramente a possibilidades, não a fatos”.

    As energias das formas são comprovadas, importa em estudá-las e aproveitá-las.

     

     

    5. RESULTADOS

    É importante quando se trabalha com as formas, ter-se consciência que elas transmitem informações, recados, de nosso inconsciente para o consciente.

    Na busca pelo equilíbrio tanto pessoal como ambiental, vamos nos utilizando de técnicas visto que, tudo em todo tempo e lugar, aqui incluindo as pessoas, tende ao desequilíbrio.

    Neste estudo nosso, estamos nos utilizando das formas geométricas, das runas e das pirâmides. Para um conjunto de trinta pessoas dividias em três grupos de dez estudadas, o resultado foi o que se segue:

    1. Dez pessoas conseguiram eliminar o que lhes causava desconforto físico ao se colocar uma runa em seu local de repouso por vinte dias e na sua ficha de cliente;
    2. Dez pessoas se sentiram mais dispostas ao trabalho e atividades tendo seu nome inscrito dentro de uma figura geométrica;
    3. Dez pessoas conseguiram sentir-se mais ágeis e inspiradas ao se colocar uma pirâmide de fio de cobre em sua cabeça por uma hora;
    4. Nenhuma pessoa deixou de apresentar alguma reação positiva aos experimentos;
    5. Nos mapas houve equilíbrio geobiológico com as runas e formas geométricas. Vamos comprovando, assim, o valor das formas geométricas, das runas e das pirâmides.

    6. DISCUSSÃO

    No nosso dia-a-dia, trabalhando como Terapeutas Holísticos, vemos que o equilíbrio deve ser uma meta a ser alcançada, mas que a maior parte do povo acostumou-se a ser infeliz e o que é pior, a cultivar esta infelicidade porque não se dá conta que ele é o agente transformador de sua vida em ação.

    Cabe ao terapeuta, com suas técnicas despertar a vontade daquele ou daquela que está diante dele, de melhorar e ser feliz.

            Vejamos o pensamento de um grande filósofo e inteligência privilegiada, Aristóteles, que afirmava: “A felicidade é um fim em si, a única coisa que vale a pena ser atingida na vida humana. A felicidade é, então, a melhor, a mais nobre e a mais agradável coisa do mundo”, diz ele em sua Ética. Se você não está tão feliz como gostaria, então, talvez a sabedoria de Aristóteles possa ajudar. Aristóteles acreditava firmemente na noção de propósito: todos têm um propósito na vida, e a felicidade duradoura vem atrás de sua realização. Todos possuem capacidade e talento e, quando os cultivamos virtuosamente, ficamos realizados. É também o dever da família, e responsabilidade do governo, criar ambientes que conduzam ao cultivo da excelência e à prática da virtude

    a qual “precisa de bens externos, igualmente, porque é impossível, ou difícil, agir nobremente sem o equipamento adequado”.

            Famílias desajustadas, culturas disfuncionais e regimes despóticos são profundamente não-aristotélicos, assim como as crenças que sacrificam o potencial real desta vida para a recompensa incerta ou esquecimento da próxima.

            Aristóteles advoga o uso da razão para nos guiar até a felicidade, que é possível nesta vida. Sua ética nos ensina a reconhecer e a evitar os extremos, porque são os extremos ou nosso desejo por extremos, que sempre causam a infelicidade.

    Não comer suficientemente o tornará fraco, infeliz e prematuramente morto, ao passo que comer em demasia fará com que você fique acima do peso, infeliz e morra prematuramente. O que é verdadeiro para a comida também é verdadeiro para o trabalho, para o dinheiro, para o sexo e para quase todo o resto que as pessoas perseguem produzem ou consomem no curso normal de suas vidas. Os extremos também valem para dosar a temperança, a coragem e as outras virtudes. Aristóteles nos ensina a encontrar o equilíbrio entre a escassez e o excesso, um caminho do meio, entre o insuficiente e o excessivo. A felicidade duradoura surge da descoberta e da manutenção desse equilíbrio que é a “proporção de ouro”, ao passo que a infelicidade é um produto de aventurar-se muito longe em direção a qualquer dos extremos.

            No mundo há desigualdades sociais que levam ao sofrimento, mas e nos países desenvolvidos ou socialistas não há sofrimentos? Estamos fora da ordem global que leva à felicidade?

            Segundo Aristóteles, pela razão conseguiremos resolver nossos problemas humanos porque teremos seguido uma reta proporção.

            A pessoa humana é muito mais do que simples razão, é sentimento, emoção, alma, psiquê, energia, mas neste estudo nós nos utilizamos das formas geométricas para trazerem para a pessoa humana o que elas podem transmitir de bom, porque se utilizarmos estas energias positivas vamos aumentando as faces da felicidade em nós e nos outros e, consequentemente, por irradiação no mundo, antes proporcionalmente equilibrado e hoje confusamente desorganizado pela ação humana que, a cada dia, deve se conscientizar para a construção do melhor.

    7. CONCLUSÃO

            O mundo do conhecimento é vasto e impossível de ser alcançado, só temos uns vislumbres de alguma parte, porque nossa racionalidade é pequena e equivocada.

            No meio deste caminhar, deparei-me com as ENERGIAS DAS FORMAS que nos transmitem alguma coisa além das aparências. É um círculo que isola e protege, é um quadrado que afasta e imuniza.

            Pesquisando sobre RUNAS, formas usadas desde antigamente pelos povos anglo-saxões descobri que elas nos transmitem muitas mensagens que podem nos guiar naquele momento e também podem melhorar a energia daquele cliente que está por perto de nós.

            Há vários modos de se consultar as RUNAS:

    1. Pode ser colocando uma RUNA escolhida para a pessoa através  do pêndulo;
    2. Tirar uma ou três RUNAS em resposta a uma pergunta;
    3. Colocar uma RUNA no aposento por um determinado tempo citado pelo pêndulo;
    4. Usar uma RUNA no carro para proteção;
    5. Ou outro modo que você quiser, sempre para o bem.

    Quanto à PIRÂMIDE, esta é uma forma perfeita de geometria. Também nos transmite boas vibrações. É impressionante como faz a pessoa sentir-se bem colocando uma pirâmide de cobre – de proporções certas – na cabeça por um tempo. As formas geométricas, as RUNAS, as Pirâmides são auxiliadoras na nossa ARTE DE TERAPEUTAS incansáveis em busca do equilíbrio melhor de se viver.

    Para Aristóteles, tudo deve estar dentro da geometria da proporcionalidade, tudo está dentro de uma proporção geométrica, inclusive a beleza. Para ele, á uma questão de proporção. As pessoas que se submetem à cirurgia plástica para melhorar seu “visual” estão ajustando as proporções de algum traço para melhorar a proporção geral de seu rosto. Segundo Aristóteles, a fé e a razão, ajudando a pessoa na prática da virtude, proporcionam à pessoa um tipo de felicidade sustentável que não pode ser tirada e a pessoa se sente realizada. Realizada e feliz.

    É muito gratificante estudar as formas geométricas, as pirâmides e as Runas, pois vemos que sempre há algo a ser acrescentado na nossa busca pela melhoria progressiva da direção da vida em busca deste desejável equilíbrio.

    “A verdadeira viagem de descoberta consiste em não procurar novas paisagens, mas em ter novos olhos” (Marcel Proust).

    8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    BLUM, R. O Livro de Runas. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1994.

    CARDILLO, E. A Energia da Forma. São Paulo: Editora Aquarius, 1992.

    Disponível em < http://www.gnosisonline.org/magia-cosmica/runas-a-danca-cosmica-dos-deuses> Acesso em 18 mai 2012.

    GIMBEL, T. Forma, Som, Cor e Cura. São Paulo: Editora Pensamento, 1997.

    MARINOFF, L. O Caminho do meio. Rio de Janeiro: Editora Record, 2008.

    SAEVARIUS,E. Manual teórico e prático de radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758
    Última atualização: 31/07/2012 10:45


    TERAPIA HOLÍSTICA COM “LIFE COACHING”

    TERAPIA HOLÍSTICA COM “LIFE COACHING

    Escola Humanista

    SIDNEY ROSA NASCIMENTO JUNIOR - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 44269

     Trabalho apresentado ao SINTE  Sindicato dos Terapeutas - Holística 2012

     

     BRASÍLIA – DF

     

    2012

      O ser humano traz no coração a certeza de que todas as pessoas são semelhantes... Tudo está aí neste subsolo da Humanidade, neste subsolo de homens e de mulheres deste planeta; tudo está aí para forjar um mundo mais humano (ANDRÉ ROCHAIS, 1980).

     

     

    2012

    SUMÁRIO

                           Pag.

    RESUMO...................................................................................................          2

    INTRODUÇÃO ..........................................................................................           3

    Objetivo Geral ....................................................................................          4

    CAPÍTULO I – METODOLOGIA ...............................................................          5

    1 - Por que Terapia Holística. ...........................................................          5

    2 - Por que Life Coaching..................................................................          6

    3 – Por que Humanista ......................................................................          7

    CAPÍTULO II – A PESQUISA HUMANISTA..............................................        11

    1 – Contribuição de Carl Rogers.......................................................        11

    2 - Contribuição de André Rochais ..................................................        11

    4 – As Oficinas de Crescimento e Vida.............................................        14

    CAPÍTULO III – RESULTADOS .................................................................        16

    CAPÍTULO IV – DISCUSSÃO ....................................................................        17

    CAPÍTULO V – CONCLUSÕES  ................................................................        19

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................        20

     

     

     

     

     

     

     

     

    RESUMO

    Neste trabalho será apresentada uma síntese das descobertas dos mestres humanistas Carl Rogers (1961) e André Rochais (1985). O Capítulo I é dedicado à conceituação dos termos e processos utilizados. No capítulo II é abordada a narrativa teórica das principais linhas humanistas e da adaptação dessa escola para a realidade brasileira, levando-se em conta os aspectos culturais, econômicos e sociais. No capítulo III são relatados dois casos de sucesso. Num segundo momento será abordada a discussão dessas práticas e a conclusão final.

     

     

    INTRODUÇÃO

    NASCIMENTO JUNIOR Sidney R. A Terapia Holística com “Life Coaching” – Escola Humanista. Brasília, Distrito Federal, 2012. Propositura de palestra para a Holística 2012. SINTE – Sindicato dos Terapeutas.

    O primeiro contato do autor com a linha humanista se deu no início da década de setenta, quando se encantou pelas descobertas de Rogers no livro “Tornar-se Pessoa” (ROGERS, Carl R. – On Beioming a Person, 1961).

    Outros pesquisadores e pedagogos abarcaram essas descobertas. No Brasil, o pedagogo e filósofo Paulo Freire foi um dos principais seguidores.

    Posteriormente, o autor conheceu o fabuloso método denominado Personalidade e Relações Humanas – PRH, fruto das pesquisas do psicopedagogo francês “André Rochais”.

    Sua participação em diversos cursos com esse método produziu resultados surpreendentes. Houve excelente ganho de qualidade de vida e a melhoria das suas relações em todos os setores: casal, família, trabalho, grupos variados e outros.

    Ao sentir em si mesmo esses excelentes resultados, o autor ingressou na Formação Pessoal Metódica – FPM e na Formação para a Relação de Ajuda – FRA. Cursos formativos oferecidos por PRH.

    Por se tratar de formação continuada, prosseguiu e ainda segue se atualizando naquela fonte. Com a formação e a prática como profissional independente na relação de ajuda, criou as Oficinas de Crescimento e Vida – OCV.

     Possuidor da formação em coaching, o autor juntou as novidades e eficácia deste processo com os fundamentos humanistas. As Oficinas de Crescimento e Vida possuem metodologia própria, segundo este embasamento.

    Nestas, além dos cursos oferecidos, há o regular acompanhamento individual ou em grupo específico (casal, família ou trabalho).

    São utilizados os princípios da Psicoterapia Holística, com base nas propostas rogerianas.

    Esse experimento pessoal e profissional dão a segurança e a motivação para a apresentação deste trabalho para a comunidade terapeuta.

     

    OBJETIVO GERAL

    O objetivo deste trabalho é demonstrar para a comunidade terapêutica a eficácia da Terapia Holística com Life Coaching e fundamentos da psicopedagogia humanista.

     

    Palavra-chave: Psicopedagogia Humanista. Atividade centrada na Pessoa. Vida em Plenitude. Life Coaching. Terapia Holística.

     

     

     

    CAPÍTULO I - METODOLOGIA

    Conceituação Metodológica

    1. Por que Terapia Holística?

    As línguas vivas, e o português é uma delas, são evolutivas. Com o passar do tempo, surgem novos vocábulos. Outros vão ampliando seu significado. Um caso típico desta ampliação se deu com a palavra “Terapia”. Segundo o dicionário Houaiss (2009) a palavra “Terapia” significaria: tratamento de doentes[1].

    Entretanto, a evolução das práticas terapêuticas mudou essa definição. Hoje há um consenso definindo “Terapia” como:

    “Toda intervenção que visa tratar problemas somáticos, psíquicos ou psicossomáticos, suas causas e seus sintomas, com o fim de obter um restabelecimento da saúde ou do bem-estar.

    Intervenção, restabelecimento e bem-estar são palavras chaves. Terapia, portanto, já não é de uso exclusivo da área da medicina ou da psicologia. O termo intervenção lhe dá um sentido amplo. Vai além do tratamento de doentes.

    Por exemplo: hidroterapia significa exercício na água orientado por um profissional não médico ou psicólogo. Há outras tantas especialidades semelhantes.

    A expressão “Terapia Holística” refere-se à compreensão da realidade como um todo integrado (Terapia = harmonizar, equilibrar; Holística = do grego holus: totalidade).

    Esta modalidade utiliza uma somatória de técnicas milenares e modernas, sempre suaves e naturais. Proporciona harmonia, autoconhecimento e incrementa a capacidade de a pessoa ser bem-sucedida. Gera mais Qualidade e Bem-Estar na vida[2].

     

    Em síntese, a Terapia Holística utiliza-se de técnicas alternativas, não invasivas. Busca alinhar as energias da pessoa, esta considerada única e, ao mesmo tempo, integrada ao Universo Cósmico. Ela não trata de doenças ou de cura e sim de realinhamento de energias ou aprendizado.

    Obviamente, uma pessoa equilibrada e com bem-estar estará menos sujeita às doenças. Sua energia interior poderá produzir cura natural, como consequência e não como objeto do tratamento da Terapia Holística.

    1. Por que Life Coaching?

    A tradução literal minimiza a abrangência da técnica: Life: vida; Coaching: treinamento (Treinamento para a vida). Trata-se de um processo com o fim específico: alavancar a pessoa para encontrar o máximo de si.

    Por isso, não é fácil definir tal processo. A definição mais aceita para coaching é:

     “Processo de estímulo para que a pessoa se desenvolva e se torne mais efetiva (metodologia personalizada) com foco em ações praticadas para a realização de suas metas e desejos, com base no refinamento e desenvolvimento de suas próprias competências”.

    A palavra “coaching” tem origem na Europa. O Espanhol designa veículos como “coche”. Vem das antigas carruagens.

    A carruagem servia para conduzir a pessoa com rapidez, segurança e com um mínimo gasto de energias. O destino é determinado pelo passageiro e não pelo condutor. Por analogia, o processo é o mesmo oferecido pelos taxis de hoje.

     

    Essa imagem representa razoavelmente o processo de coaching. De modo semelhante, coaching é um processo cujo objetivo é o de conduzir a pessoa até um determinado ponto por ela (pessoa) escolhido.

    No lugar do condutor (cocheiro ou motorista) está o “coach”. Seu papel é o de ajudar, orientar, aconselhar, facilitar, questionar o “coachee”  (pessoa orientada) a chegar eficazmente ao seu destino de crescimento.

    Para isso, o coach e coachee negociam um plano de ação. É comum elaborar também um plano alternativo (plano B). Contudo, caberá sempre ao coachee a escolha e a decisão sobre todo o projeto.

    Durante a elaboração dos planos e do processo de execução, o coach utiliza as chamadas “perguntas poderosas” para ajudar o coachee prosseguir no seu itinerário.

    O projeto deve ter o ponto inicial, a meta a alcançar, os pontos de avaliação e o tempo necessário em cada etapa. Sempre haverá uma avaliação em todos os sentidos (360º) para produzir feedbacks (retorno) ao coachee.

    Existem várias modalidades de coaching. A maioria voltada para atividades empresariais. Recentemente, foi criada a versão para a pessoa e suas relações próximas. Isto é, fora do ambiente de trabalho, sem, contudo, excluí-lo.

    Ou seja, se o processo é eficaz no desenvolvimento da pessoa dentro da empresa, por que não ampliá-lo para a vida cotidiana do indivíduo? O life coaching veio responder este questionamento.

    Assim como nos Coaching tradicional, existem muitass escolas de life coaching. Aqui será abordada a metodologia humanista. A versatilidade da psicopedagogia humanista com a também versatilidade do processo criou uma associação perfeita.

    1. Por que Humanista?

    A respeito da psicopedagogia humanista, a professora Tereza Cristina B. Siqueira assim se expressa:

    “A Psicologia Humanista fundamenta-se nos pressupostos da Fenomenologia e Filosofia Existencial; é centrada na pessoa e não no comportamento, enfatiza a condição de liberdade contra a pretensão determinista. Visa à compreensão e o bem-estar da pessoa não o controle. Segundo esta concepção, a psicologia não seria a ciência do comportamento, seria a ciência da pessoa.

    Caracteriza-se também, por uma contínua crença nas responsabilidades do indivíduo e na sua capacidade de prever que passos o levarão a um confronto mais decisivo com sua realidade[3]”.

    Os principais constituintes deste movimento são: Carl Rogers (1985), Abraham Maslow (1908) e André Rouchais (1990).

    Na prática humanista há um redirecionamento da terapia convencional (diretiva) e focada no trauma, para uma postura de confiança na pessoa e na sua capacidade de crescimento e de autogestão da própria vida. Baseia-se na escuta ativa, sem grades de leitura ou preocupação com diagnósticos.

                    Sem querer fazer qualquer vínculo religioso, é interessante lembrar que Tereza d’Ávila, considerada doutora da Igreja Católica, já dizia no início do século XVI:

    quando algo em nós está funcionando mal é porque alguma virtude está precisando crescer”.

    Uma das principais descobertas de Rogers é a de que toda pessoa tem um núcleo essencialmente positivo ao qual chamou de “Self”. Dessa premissa partiram todas as suas teses, tendo como objetivo final levar a pessoa “ser aquilo que realmente é[4].

    O Self de Rogers

    Núcleo

    Essencialmente

    Positivo

     

                          

     

            

    Tal como na terapia holística, a pessoa é vista como um todo.

    Caberá à própria pessoa encontrar dentro de si as respostas para suas dificuldades. Descobrir as causas (ou holisticamente, canalizar energias). Ganhar estatura emocional.

    Assim, ancorada em um porto seguro em si mesma, livrar-se dos funcionamentos indesejáveis.

    Isso significa primeiramente que ela deve crescer em suas capacidades de gerir a própria vida. Tomar posse de sua real identidade interior, formada por potencialidades, habilidades e capacidade de discernimento, livre e inteligente de si mesma.

    A segunda fase se inicia de modo natural. Decorre do crescimento interior. Nela há uma reordenação da própria vida. Uma reeducação compatível com a nova estatura adquirida.

    É preciso haver uma quebra de muitos paradigmas, dogmas e princípios. Talvez, fundamentais para sobrevivência no passado. Porem, hoje, desnecessários.

    Dificilmente haverá crescimento enquanto a pessoa permanecer presa a essas referências. Foram adquirida e não pertencem à essência da sua natureza. Por isso impedem a pessoa de ser sim mesma. Ela vive uma verdadeira escravidão inconsciente aprisionada por essas regras ou dogmas.

    A pessoa assim possuída fica incapacitada de tomar boas decisões. Escuta o que não é seu (o que foi adquirido). Vive insegura e à mercê da imagem que constrói para “parecer” segundo a exigência do entorno. Ou seja: daquilo que os outros “acham”.

    Diante dessa insegurança de atender os desejos alheios, vive a procura explicações ou justificativas para se defender de eventuais faltas.

    Enfim, para não entrar numa exaustiva explanação teórica, é possível extrair para este trabalho alguns conceitos básicos da psicopedagogia humanista, assim resumidos:

    1. Todo ser humano é capaz de decidir por si mesmo como conduzir adequadamente a sua própria vida, sem necessidade de paradigmas, rótulos ou intervenções externas;
    2. Quando isso não acontece, é porque o poder e a capacidade interior de ser si mesmo estão adormecidos ou inibidos. Maslow afirmava que:

    “O homem seria um ser com poderes e capacidades amortecidos, inibidos. Adoecemos, não só por termos aspectos patológicos, mas muitas vezes, por bloquearmos elementos saudáveis.

    A impossibilidade de manifestarmos nossa criatividade e de atualizarmos nosso potencial como seres humanos realizados traria como consequência a neurose”;

    Pouco tempo depois, André Rochais também afirmaria algo semelhante, confirmando essa linha de descobertas:

    “Dormimos sobre tesouros, sobre poços de energia, sobre um vulcão de criatividade, sobre reservas incríveis de amor verdadeiro”.

    1. Cada pessoa é única e possui identidade própria. Entretanto há características universais comuns ao ser humano. O olhar humanista é respeitoso ao direito de cada um ser diferente. Dentro de uma unidade humana há uma diversidade de características individuais.

    Em resumo, a visão humanista não segue a linha do pensamento dedutivo, com base em paradigmas, conceitos e princípios. Ela é indutiva a partir das realidades interiores da própria pessoa. Direciona a ela todo foco de atenção para ajudá-la, por si mesma, canalizar suas próprias energias para o escopo da sua razão de viver.    

     

     

     

    CAPÍTULO II - A PESQUISA HUMANISTA[5]

            Carl Ransom Rogers

    (1902 a 1987)

     

    1 – Contribuição de Carl Rogers:Rogers é considerado um dos principais expoentes da terapia ou da pedagogia humanista, por duas razões básicas:

    1. Foi o primeiro a romper com a psicologia tradicional;
    2.  Demonstrou cientificamente a descoberta inata na capacidade da pessoa gerir sua da própria vida, sem necessidade de qualquer ação diretiva externa;
    3. Criou a técnica da Abordagem Centrada na Pessoa, hoje seguida por diversos pedagogos e terapeutas.

    A pesquisa de Rogers sobreveio a um processo meticuloso de investigação científica. Concluiu que toda pessoa humana tem uma natureza essencialmente positiva. A ideia dominante era que todo ser humano possuía uma neurose básica. Rogers defende que o núcleo básico da personalidade humana é tendente à saúde, ao bem-estar.

    Definiu esse núcleo de energias e potencialidades como Self. Substantivo que pode ser traduzido para o Português como: “si mesmo”; ”natureza”; “personalidade”; “caráter”...

            André Rochais

    (1921 a 1990)

     

    2 – A Contribuição de André Rochais:Muito embora, seu nome e seu meticuloso trabalho, especialmente no Brasil, sejam pouco conhecidos, André Rochais foi, sem a menor dúvida, o maior patrono da escola humanista.

    Influenciado e encantado pelas descobertas de Rogers, prosseguiu com as pesquisas na mesma linha. Criou o método denominado “PRH – Personalidade e Relações Humanas”. Hoje divulgado por PRH Internacional.

    Rochais percebeu que a integralização da personalidade passava pela autodescoberta da identidade interior (o Self de Rogers).

    Para tanto, deveria haver um aprendizado sobre si mesmo. Caberá à pessoa desvendar os obstáculos que a impedem de ser ela mesma.

    Seu propósito ia mais além. Haveria um método, de tal modo simples, que fosse acessível a qualquer pessoa, independente das condições sociais ou intelectuais. Algo que fosse universalmente capaz de ajudar qualquer indivíduo. De fácil aplicação e aceitação.

    Com essa visão ele traçou um gráfico das engrenagens da personalidade ao qual denominou “Esquema da Pessoa”. Inicialmente, com três instâncias. Depois de simplificado e depurado, em 1985 assim definiu: o Ser, a Sensibilidade e o Eu-cerebral.  

     

     

     

    Os outros                         Entorno                                  Mate        Material                

    A Pessoa e o seu corpo

    Eu Cerebral

     

     

    Sensibilidade

     

    Ser

    Além do Ser

     

     

     

    “Fundaments Antropologiques de Formation PRH” – Publicado por PRH Internacional, 1997, pag. 55)

    O Ser: Para Rochais o Ser, à semelhança de Rogers, é essencialmente positivo e é o local da identidade profunda da pessoa, onde estão todas suas potencialidades, já despertadas ou não.

    O Eu-cerebral: lugar onde funcionam a inteligência, a vontade e a liberdade.

    A Sensibilidade: região que faz a interface entre todas as instâncias. É uma espécie de gravador das emoções vividas. Através do corpo se comunica com o mundo exterior: ambiente humano e ambiente material.

    O corpo, no seu modo de ver, tem uma dimensão especial. O próprio esquema da pessoa foi desenhado tendo por base as hipotéticas regiões nas quais a pessoa parece viver esses funcionamentos.

    Com essa descoberta, Rochais pode elaborar um método bem eficaz para ajudar a pessoa identificar essas instâncias. A finalidade última é fazer cada um chegar até o seu ser (Self de Rogers). Só assim, desvendando seu potencial interior, a pessoa encontrará sua real identidade. Esse lugar fantástico possui todas ferramentas e as condições para progredir.

    O maior segredo do sucesso do método é permitir que a pessoa saia do tradicional funcionamento intelectual,  onde imperam a lógica, o saber, a imaginação e o fundamentalismo, para então, adquirir a capacidade de se escutar em profundidade.

    Assim, a pessoa guiada pelo melhor de si passa a viver com liberdade, segurança e autenticidade.

    Por outro lado, ao experimentar o crescimento, terá maior domínio sobre suas emoções.

    Rochais em sua pesquisa observou que há três núcleos de consciências que regem a tomada de decisões:  

    1. Consciência-socializada: é adquirida através da influência dos ambientes vividos (costumes familiares, religiosidade, hábitos, regras e outros.). É uma forma da pessoa se adequar as exigências dos diversos grupos para ser aceita e reconhecida por eles. É considerada como a consciência infantil, porque é formada desde a infância, quando se exige que a pessoa viva presa aos outros e às regras impostas de fora para dentro;
    2. Consciência-cerebral: é a formada por princípios interiores e crenças pessoais. Ela surge na adolescência, quando a pessoa inicia um processo de contradependência familiar.

    É considerada a consciência do adolescente. Aprisiona a pessoa aos seus próprios conceitos, tais como: “eu sou assim mesmo e não mudo”, “não levo desaforo para casa” e outros;

    1. Consciência-profunda: é construída pela autonomia, leva a um constante discernimento entre o que bom ou ao que bom para o momento. É chamada a consciência da maturidade. As decisões baseadas neste nível de consciência produzem segurança e paz.

    Essa visão é a base do sistema explicativo criado por Rochais: “PRH – Personalidade e Relações Humanas”. São oferecidos cursos, acompanhamento pessoal e grupos de aprofundamento.

    No pensamento de Rochais, tanto as instâncias da pessoa como os diversos tipos de consciências, funcionam em conjunto, ora predominando um, ora outro. Dependem da cultura, das circunstâncias e do vivido de cada um.

    Para Rochais, a pessoa só encontrará a plenitude quando passar viver de acordo com o seu Ser e guiado pela sua Consciência profunda.

    1. - Oficinas de Crescimento e Vida

    As Oficinas de Crescimento e Vida são módulos interativos elaborados numa sequência didaticamente distribuída. Têm por objetivo promover a autodescoberta de cada instância da personalidade, segundo a pesquisa de Rochais. Cada módulo é baseado num tema específico para o crescimento interior.

    Por se tratar de um método de autodescoberta, torna-se praticamente impossível apresentar teoricamente seu conteúdo. São baseados na “Abordagem Centrada na Pessoa” e na “Escuta Ativa”. O aprendizado se baseia no sentir em lugar do saber ou conhecer.

    Sentir não é tão simples. Será preciso mudar do pensamento dedutivo, daquilo que se conhece para o novo, para a construção indutiva – do novo para o aprendizado.

    Uma boa comparação didática dessa mudança é a perícia criminal. O raciocínio dedutivo levaria iniciar os trabalhos arrolando-se os criminosos conhecidos. Uma vez eleito o provável criminoso, se tentará de todas as formas provar sua culpa. Obviamente, o resultado poderá ser desastroso.

    Do outro lado, com o raciocínio indutivo, a pesquisa parte do crime para, através das pistas deixadas, chegar ao verdadeiro autor. Paradoxalmente, nossa cultura utiliza mais o raciocínio dedutivo. Talvez, devido o segundo (indutivo) ser mais exigente.

    A mudança do tipo de raciocínio é o primeiro objetivo dos cursos oferecidos pelas Oficinas de Crescimento e Vida – OCV.

    Além dos módulos já citados, são oferecidas sessões de counseling, com base na psicoterapia holística e no processo de life coaching. 

    A finalidade de todo o processo é proporcionar ao acompanhado (coachee) o acesso e a ordenação das suas instâncias interiores.

    Diferentemente de Rochais, nas Oficinas de Crescimento e Vida, essas instâncias são denominadas: área racional, área emocional e ser ou identidade profunda.

    Sem uma ordenação interior dessas instâncias, há perda desnecessária de energias. Caso fossem comparadas - apenas para efeito didático - com uma bicicleta. Dificilmente o condutor  chegará a algum lugar, se cada roda apontar para direções diferentes.

     

     

     

     

     

    CAPÍTULO III - RESULTADOS

    Os resultados obtidos são surpreendentes. Como forma coletados dois “cases” observados na pesquisa da terapia holística com life coaching:

    1. Maria[6], meia idade, casada, dois filhos, escolaridade superior, condição socioeconômica média: A queixa inicial era o relacionamento com o marido. Reclamava do alcoolismo. Mesmo sóbrio, o marido era mandão, dono da verdade e opressor. Quando bebia, ficava violento. Nas sessões iniciais, falava repetidamente da história de sua infância sofrida com a opressão dos pais. Mediante a pergunta: quando você vai parar de falar dessa menina sofrida do passado e passar para a mulher do presente? Tocada por isso, iniciou o processo de falar de si e da realidade do tempo presente. Foi a porta de entrada para um trabalho promissor. Após encontrar solidez dentro de si e ousar existir, pode mudar o comportamento diante do marido. Depois de uma breve separação, o mesmo procurou ajuda especializada. Hoje vivem razoavelmente em paz.
    2. Silvio: casado, meia idade, cinco filhos, executivo, boa condição social. Queixava do recente estado depressivo em que se encontrava. A anamnese revelou uma pessoa cheia de atividades. Vivia um ativismo crônico. Parecia ter uma imagem supervalorizada de si. Dizia ser só ele capaz de atender todas as demandas. Nada delegava a outros. Durante os acompanhamentos, foi questionado a respeito da dificuldade de delegar e do desperdício de energia verificado. Aprofundando mais, revelou o sentimento de nunca ter sido valorizado pelo pai. Este dava toda atenção ao irmão menor. A linha adotada foi questionar sobre até quando iria mostrar suas inúmeras capacidades para os outros, praticamente mendigando reconhecimento. Auxiliado com o acompanhamento e cursos formativos, identificou esse comportamento desajustado. Pode concluir que vivia uma transferência do pai histórico para outras pessoas importantes da atualidade. A partir desta constatação foi paulatinamente mudando seu comportamento.

    Há muitos outros casos semelhantes, contudo suas descrições se tornariam exaustivas.

     

    CAPÍTULO IV - DISCUSSÃO

    Segundo o que foi apresentado nos capítulos anteriores, para o pensamento humanista, tornar-se pessoa significa, em suma, viver à luz da sua identidade interior (self ou ser).

    Só desse modo, será possível se ordenar interiormente. Uma vez assim ordenado se adquire qualidade de vida e felicidade. A pessoa ajustada passará a:

    1. Viver bem suas relações:
    2. Encontrar e ocupar seu lugar na sociedade;
    3. Agir segundo aquilo que lhe dê satisfação;
    4. Organizar sua vida financeira;
    5. Encontrar alegria, prosperidade e qualidade de vida.

    O maior desafio é o de a pessoa conseguir se libertar do domínio racional e aprender sentir sinais interiores de sua verdadeira identidade. É nela que estão todos os ingredientes, sempre positivos, formando o seu caráter.

    Para alguns poderá parecer utopia. Porém, os expoentes da psicopedagogia humanista encontraram em si mesmo esse lugar. Se assim não o fosse, não poderiam descrevê-lo com tanta precisão e segurança.

    O que mais dificulta o encontro da pessoa com suas riquezas interiores é a resistência produzida pelo medo.  Medo de sofrer, de encontrar coisas ruins, de se desinstalar, do novo...

    Isso ocorre possivelmente porque a pessoa, para sobreviver psicologicamente, teve que se adequar às exigências do meio (família, escola, amigos, trabalho, religião, política, ideologias etc.).

    Assim vivendo aprendeu parecer em vez de ser. A necessidade de ser aceita pelo meio a fez ocultar o melhor de si.

    Rochais fala do efeito cebola. São várias camadas de proteção a serem removidas, até se chegar ao cerne.

    Na pessoa essas camadas seriam as linhas de defesas interiores criadas para agradar ou se defender dos outros.

     

    O objetivo da Terapia Holística com Life Coaching, com base na Psicopedagogia Humanista, é ajudar a pessoa transpor essas linhas de defesa, para então desvendar suas riquezas interiores – sua verdadeira identidade.

     

    CAPÍTULO IV - CONCLUSÕES

     

    Somos seres em construção. Não nascemos prontos. Vimos ao mundo com total dependência dos outros. Para se libertar desta dependência, não basta apenas crescer fisicamente. Precisamos crescer psicologicamente. Tornar-se pessoa autônoma, inteligente de si e feliz. Pelo menos assim deveria ser.

    Entretanto, muitos permanecem emocionalmente infantis. Outros se tornam escravos de paradigmas e de princípios. Revoltam-se com a frustração ou decepção diante dos fracassos.

    A família, a escola e a sociedade estão mais preocupadas com o aprendizado intelectual e o sucesso profissional, do que com a formação do caráter da pessoa. Infelizmente a formação da personalidade tem ficado em segundo plano.

    Como foi demonstrado, a escola humanista veio suprir essa lacuna. Por focar na pessoa e não nos efeitos dos desajustes, têm como finalidade o desvendamento da real identidade e a formação da personalidade.

    Este trabalho não esgotou a riqueza dessa escola e nem era seu objetivo. Contudo, foi lançada uma luz para essas novas descobertas tão pouco conhecidas, entretanto eficazes.

    O caminho está aberto. É lento, exigente e desafiante, mas vale a pena experimentá-lo.

    A Terapia Holística associada ao processo de Life Coaching, com base na escola humanista vem oferecer, ao lado do já consagrado PRH – Personalidade e Relações Humanas – cada um com sua própria metodologia – uma excelente oportunidade para se iniciar nessa caminhada.

     

     

    BIBLIOGRAFIA:

    ROGERS, Carl R. – On Becoming a Person, 1961 – pag. 37 e 146;

    ROCHAIS, Andre – La Personne et sa Croissance – Fundaments Antropologiques de Formation PRH – Publicado por PRH Internacional, 1997;

    Diversos Autores – Pour que la Vie Reprenne ses Droits – Analyse de Cheminements de Croissance, 1ª Edição, 2003;

    MEDNICOFF, Elizabeth - www.novoequilibrio.com.br – 2009;

    WIKIPÉDIA - pt.wikipedia.org – Carl Rogers – Maslow – 2009.

                            


    [1] HOUAISS, Antônio. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro – RJ,– Editora Objetiva, 2009.

    [2] SINTE, Sindicato dos Terapeutas. Holopédia. Glossário, São Paulo – SP – Portal SINTE – 2007.

    [3] SIQUEIRA, Teresa Cristina. Apontamentos sobre Psicologia Humanista. PUC Goiás.

    [4] ROGERS, Carl R. On Beioming a Person, 1961, pag. 37 e 146

    [5] Capítulo atualizado com nova versão dada à apresentação do autor na Holística de 2009.

    [6] Nomes fictícios para preservar as identidades.

    Autor: : SIDNEY ROSA NASCIMENTO JUNIOR - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 44269
    Última atualização: 31/07/2012 11:21


    Aromagia - O Poder Secreto Dos Aromas

    AROMAGIA

    O PODER SECRETO DOS AROMAS

    Celi Aparecida Coutinho

    Terapeuta Holistica.

    CRT 21270

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2012.

    SUMÁRIO

    Introdução.

    Metodologia.

    Material.

    Perfumes astrológicos.

    Estudos dos Elementos na Aromagia

    O 4 Elementos Sutis.

    Quíron – O sinalizador das feridas.

    Quíron nas casas e nas constelações.

    Característica da numerologia.

    Tabela de aromas para numerologia.

    Perfume Talismã.

    Tabela simplificada para criação de um perfume.

    Método

    Conclusão

    Bibliografia.

    Introdução

            O objetivo desta apresentação não é falar especificamente de aromaterapia, pois no meio holístico, poucos não dominam esta técnica.

            O meu objetivo é acrescentar o uso mágico dos aromas no intuito de equilibrar o aspecto vibratório de uma pessoa através do seu mapa de nascimento, astrológico, numerológico ou ambos.

            Para se manter um bom equilíbrio, podemos nos basear nos aspectos astrológicos criando fórmulas que poderá ser utilizado como PERFUME PESSOAL. Sendo então uma composição alquímica totalmente personalizada.

            O ato de equilibrar um padrão vibratório dentro dos aspectos de um mapa astrológico e numerológico pode-se denominar de Aromagia.

    ”Eis o poder secreto dos aromas”.

            Porque a ação vai ocorrer através da composição alquímica criada em aspectos desarmônicos ou para ressaltar qualidades até então desconhecidas de forma consciente, mas que se é sabido ser inerente ao portador de uma carta natal, trabalhando através da mudança vibracional e isto é uma magia de alto poder de resolução efetiva.

            Aqui apresento os elementos dos aspectos astrológicos, com ênfase em Quíron e nos elementos no propósito de ir direto ao equilíbrio do ser levando-o a curar suas feridas, com a experiência aplicativo, percebo que o cliente ao utilizar um Perfume pessoal baseado em primeiro momento no aspecto do Quíron no mapa ele ganha uma consciência de si muito rápido, permitindo facilmente a ação através de outras ferramentas dentro da Terapia holística, principalmente no cunho da psicoterapia holística.

    Celi Coutinho.

    Metodologia

            Antes de seguirmos adiante no aprendizado em confeccionar um perfume com o objetivo da aromagia, precisamos conhecer os elementos por onde ocorrerão à base da criação de uma alquimia pessoal – denominado perfume Talismã, ou perfume astrológico. Ou as poções mágicas aromáticas.

            Vejamos uma breve análise sobre cada um dos elementos, elaborada por mim, por base em estudos sobre Hermetismo, ao longo de 20 anos. Tal síntese será apresentada em uma seqüência ordenada de tal forma, que possa sintetizar, da melhor maneira possível, a natureza dos elementos de acordo com uma ideologia magística, ou seja, como princípio de transformação de um estado vibratório em desequilíbrio, para então equilibrado e consciente. Assim, poderemos obter uma visão mais ampla e maior compreensão, acerca dos nossos processos criativos interiores em suas diversas fases:

    Material

            Saliento que as explicações são resumidas indo de encontro com a necessidade de explanar como é executada a escolha de um conteúdo num mapa astrológico e ou numerológico para concluir um produto alquímico aromático.
            Aconselho aprofundar em cada elemento através de cursos e leituras dos temas aqui apresentados.

    PERFUMES ASTROLÓGICOS

            Os perfumes astrológicos trazem aos nativos, equilíbrio humoral permitindo-lhe atuar e usar o máximo de possibilidades que lhe é dada ao nascer em seu mapa natal.

            Para achar uma base de perfume conveniente a um determinado temperamento sem agir por tateamento. Esta base de perfume deverá ser constituída pelo MAPA NATAL do indivíduo utilizando o quadro essência regente dos planetas que no mapa encontra-se em desarmonia para representar a composição. Devemos observar, por exemplo, que um aroma do signo de Áries é conseqüentemente também do planeta Marte, e que um aroma do signo de Touro é o mesmo para o planeta Vênus, e assim por diante.

            Para fazer a sua base, você parte de um odor que mais lhe agrade, mas que seja atuante do seu signo solar, consultando você mesmo qual é o tipo constituinte, revelado em seu MAPA NATAL.

            Observando que terás vários tipos de aromas para escolher, deve-se estar atento na escolha dos mesmos para executar uma composição equilibrada para o buquê ser agradável.    

            Pode-se usar a essência pelo signo regente, pelo signo ascendente, pela a lua, pelos planetas e signos conflitantes ou pelos desequilíbrios apresentados.
            Através da elaboração de um perfume baseado no Mapa Natal astrológico ou numerológico é que se obtém o verdadeiro Perfume Talismã.

    Estudos dos Elementos na Aromagia

            Na Aromagia não é necessário interpretar exatamente um mapa e sim saber localizar questões aflitivas e utilizar-se da escolha do aroma regente para diminuir aspectos negativos e ou exaltar um determinado aspecto desconhecido ao consulente até então.

            Claro que aconselho o aluno se dedicar em aprofundar no assunto astrologia e numerologia para que cada vez mais possa conhecer o seu cliente em questão para confeccionar um bom talismã aromático e ou perfume pessoal.

            Segue separadamente a explicação breve de cada aspecto astrológico e numerológico para a composição adequada da aromagia.

    Áries

    Os perfumes de Áries são de natureza viril, ardente e masculino.

    Aromas de Marte: cedro, cereja, mirra, bergamota, limão, cravo, lavanda, narciso.

    Aromas de Áries: bergamota, alecrim, canela, limão, almíscar, alecrim, rosa, gerânio, verbena.

    TOURO

    Os perfumes de Touro são naturalmente receptivos e femininos. Eles tendem fixar as coisas e materializar os desejos.

    Aromas de Vênus: rosa, cravo, limão, verbena.

    Aromas de Touro: anis, jasmim, lilás, magnólia.

    GÊMEOS

    Os perfumes de Gêmeos são naturalmente: quente, masculino, afetivo e doce.

    Aromas de Mercúrio: acácia, canela, gardênia, jasmim, lavanda, magnólia, vetiver, mangerona, junquilho, madressilva.    

    Aromas de Gêmeos: alfazema, jacinto, mirra, narciso, tuberosa.

    CÂNCER

    Os perfumes de Câncer inclinam à passividade e a indiferença, é feminino, frio e receptivo.

    Aromas da Lua: âmbar, lilás, lírio, néroli, patchouly, rosa.

    Aromas de Câncer: acácia, néroli, lírio, junquilho.

    LEÃO

    Os perfumes de Leão são os perfumes de natureza viril, quente, emitente e masculino. Eles tendem a melhorar a relação entre sexos opostos. Refreiam os excessos físicos e morais. Eles contribuem a obter paciência para realizar suas ambições.

    Aromas do Sol: heliotrópio, jacinto, melissa, alecrim, sândalo, mangerona.

    Aromas de Leão: âmbar, cedro, cravo, mimosa, lavanda.

    VIRGEM

    São perfumes que agem sobre o tônus nervoso, por isso, elevam a moral, dando sensação de confiança em si mesmo.

    Aromas de Mercúrio: acácia, anis, cravo-da-índia, gardênia, jasmim, lavanda, magnólia, vetiver, junquilho.

    Aromas de Virgem: gardênia, cravo-da-índia, heliotrópio, rosa.

    LIBRA

    Os perfumes de Libra são de natureza equilibrada, quente, positivo e afetivo.

    Aromas de Vênus: rosa, cravo-da-índia, limão, verbena, gerânio.

    Aromas de Libra: benjoim, canela, gerânio, musk, rosa, lírio do vale, madressilva.

    ESCORPIÃO

    Os perfumes de Escorpião são naturalmente feminino, passivos, defensivos. Eles tendem a eliminar a energia de violência e as contrariedades da sorte

    Perfumes de Marte: bergamota, canela, cedro, limão, menta, mirra, narciso, cravo-da-índia.

    Aromas de Plutão: cipreste, urze, magnólia

    Aromas de Escorpião: melissa, cravo-da-índia, lima, mangerona.

    SAGITÁRIO

    Os perfumes de Sagitário são de natureza fecunda e vital, são emitentes e masculinos.

    Aromas de Júpiter: cedro, couro-da-Rússia, kourus, olíbano, tuberosa, lírio do vale, capim cheiroso.

    Aromas de Sagitário: lavanda, musgo de carvalho, orquídea, violeta, mangerona.

    CAPRICÓRNIO

    Os perfumes de Capricórnio são naturalmente receptivos e passivos. Eles são antídotos contra a inquietude, ansiedade e desencorajamento.

    Aromas de Saturno: pinho, âmbar, benjoim, gerânio, cravo-da-índia, musgo de carvalho, musk, orquídea, violeta, agulhas de pinho.

    Aromas de Capricórnio: Cravo-da-índia, cedro, couro da Russia, kourus sândalo, olíbano, angélica.

    AQUÁRIO

    Os perfumes de aquário são de natureza masculina e ativa.

    Aromas de Urano: âmbar, cravo-da-índia, musgo de carvalho, sândalo

    Aromas  de Aquário: patchouly, vetiver, mangerona.

     

    PEIXES

    Os perfumes de Peixe são de natureza instintiva (estômago), feminino e fecundo. Fixam os desejos, aumentam a praticidade e habilidade para estudos e negócios.

    Aromas de Netuno: Imortalle.

    Aromas de Peixes: agulhas de pinho, menta, resedá, olíbano.

    O 4 Elementos Sutis

    Os estudos das forças ocultas da natureza, presente nos quatro elementos e seus elementais, são comuns a todas as culturas, por tratar-se de uma necessidade latente do ser humano. A Iniciação Hermética, quase sempre, têm início com base nos quatro elementos grosseiros da natureza: ar, terra, fogo e água. A partir de uma evolução interior, o iniciado passa a estudar os quatro elementos em sua forma mais sutil, através de uma analogia entre o material tangível e o abstrato, psíquico ou espiritual.

            Tal síntese será apresentada em uma seqüência ordenada de tal forma, que possa sintetizar, da melhor maneira possível, a natureza dos elementos de acordo com a ideologia magística proposta.

    Ao elemento AR corresponde à função do PENSAMENTO.

            A ênfase reside em teorias e idéias, na relação entre os fatos, na capacidade de abstrair, de comunicar e de se relacionar mentalmente com algo ou alguém.

    Os signos regidos por esse elemento examinam o seu comportamento e dos que os cercam, buscando a compreensão mental.

    GÊMEOS: um vento “leve” sem direção definida - os primeiros contatos, o relacionamento com o meio mais próximo.

    LIBRA: um vento “dirigido” - os contatos escolhidos, as relações sociais.
    AQUÁRIO: o ar dos cumes - idealismo, progresso, a relação global (além fronteiras)
    Pense no
    ar: espalha-se, está presente em toda parte, é o mais leve dos elementos, liga as coisas da terra (todos os seres respiram o mesmo ar, que está em constante movimento sobre a terra).

            O excesso de ar gera alguém “fora do ar”, isto é, excessivamente abstrato e pouco prático. Pode haver dificuldade de lidar com sentimentos, pois a concentração está no lado racional da vida. Outras características são: sistema nervoso frágil, facilmente abalável, ansiedade na comunicação, possíveis tiques nervosos.
            A
    falta de ar pode gerar: irreflexão, dificuldade em se entender e relacionar com os outros, dificuldade em se ajustar a pessoas e coisas novas ou diferentes, pode haver problemas de articulação, comunicação e expressão verbal.

            As pessoas de ar são rápidas e animadas. Usam as suas energias de formas muito variadas. Têm tendência para intelectualizar os seus sentimentos e expectativas.

    Ao elemento ÁGUA corresponde à função do SENTIMENTO.

            A água percebe as coisas via emocional. O importante é o sentimento despertado por uma pessoa, objeto ou situação. É a subjetividade, o instinto, a intimidade, a imaginação, o sonho, a mediunidade, a profundidade.
            
    CÂNCER é a água primordial das fontes que protege a prole (instinto de proteger o que é frágil): sensibilidade, imaginação.

            ESCORPIÃO é a água dos pântanos, a água que “dorme”: mistério, transformação, magnetismo.

            PEIXES é a água dos oceanos, nos quais todos os rios vêm fundir-se: osmose, empatia.

            Pense na água: é moldável, não tem forma definida, flui, jorra, remete-nos a algo interior.

            O excesso de água gera sensibilidade exagerada, suscetibilidade psíquica e emocional, emoções à flor da pele, carências, medos, apreensões, inseguranças. Também uma intensa vida interior com fantasia, imaginação e criatividade, que, no entanto, deve ser canalizada positivamente.

            A falta de água pode ocasionar dificuldade em admitir e expressar sentimentos e emoções, desconfiança de intuições e da vida interior.

            As pessoas com uma forte ênfase do elemento água são sentimentais e muito sensíveis. As suas capacidades emocionais e imaginativas são profundas e ricas.  

    Ao elemento TERRA corresponde a SENSAÇÃO.

            O que pode ser captado através dos sentidos. A idéia central é perceber o que está visível (conhece e acredita naquilo que vê!), desfrutar dos prazeres que o mundo físico proporciona.

    TOURO é a fase de crescimento individual, de absorver e acumular, fazer crescer.
    É a terra fértil, estabilidade, sensualidade.

    VIRGEM é a terra ceifada, utilizada: estruturação, seleção e aperfeiçoamento.
    CAPRICÓRNIO é a terra despojada, mas contendo o germe da vida: reflexão, paciência, construção, organização, crescimento social.

            As pessoas de terra reagem silenciosa e lentamente. Elas empenham-se com "endurance". Emocionalmente elas são fortemente enraizadas e lentas na mudança. 

    O excesso de terra num mapa sinaliza uma grande preocupação com coisas material e concreta, dificuldade de mudar, inflexibilidade, utilitarismo, dificuldade de lidar com pensamentos abstratos, conceitos e teorias, pois tudo tem uma conotação muito concreta. Pode gerar também excesso de rotina, possessividade, teimosia, avareza ou obsessão pelo trabalho.

    A falta de terra provoca dificuldade em lidar com o mundo material e concreto. A pessoa pode ser muito sonhadora, mas pouco prática. A falta desse elemento pode ocasionar problemas para alcançar estabilidade, pois falta o “pé no chão”. Pode haver dificuldade de prover as necessidades físicas e de sobrevivência.

    Ao elemento FOGO corresponde a INTUIÇÃO.

    Conceitos como futuro, possibilidades, dinamismo, energia, ação faz parte do universo dos signos regidos por este elemento.

    O excesso do elemento fogo no mapa pode gerar: orgulho, arrogância, autoritarismo, impaciência, impulsividade, imediatismo, egoísmo, excessiva autoconfiança.

    ÁRIES é o fogo inicial, a faísca da vida que incendeia o que estiver ao redor, entusiasmo, impulso.

    LEÃO é o fogo no auge de seu poder: força, autoridade.
    SAGITÁRIO é o fogo dominado, utilizado: o conhecimento, a expansão de horizontes.

            As pessoas com uma ênfase forte do elemento de fogo são espontâneas e impulsivas e usam as suas energias com todo o entusiasmo. A sua resposta emocional é rápida e têm uma imaginação muito viva.

    A falta do fogo gera uma diminuição no nível de ação e entusiasmo perante a vida. A pessoa necessitará ser estimulada para agir, pois tende a faltar-lhe iniciativa, otimismo e alegria. Pode haver também medo de desafios. Pense no fogo e nas qualidades que ele emana: calor, energia, paixão.

    .

    Quíron o sinalizador das feridas

            Além dos dez planetas "clássicos" cuja importância é reconhecida por todos os astrólogos, Quíron no mapa retrata a marca especial de heroísmo e de ajuda.

            Quíron (rei dos centauros) situado entre as órbitas de Saturno e Urano, só foi avistado em 1.977.

            Trata-se de um planetóide que leva entre 50 e 51 anos para fazer sua órbita ao redor do sol. Sua órbita elíptica faz com que ele tenha uma duração variável de tempo em cada signo. Quíron permanece em Libra não mais que 18 meses, enquanto em Áries permanece por 8 anos. Alguns astrólogos consideram Quíron o regente de Virgem, enquanto outros optam por Sagitário.

            Quiron representa “O Curador”

    “O Agressor” - “O Ferido”

    A independência filosófica - A compaixão diante do sofrimento.

            O processo de aprendizagem para chegarmos a confiar no Mestre ou Guia Interno.

            O fenômeno cultural mais ligado com a descoberta de Quíron é a "Nova Era”. Conta à história mitológica que Quíron foi ferido em uma briga com os centauros selvagens para interromperam o seu casamento. O casamento é uma metáfora para a união interior de sentir-se completo, onde as partes de nós mesmos se casam em harmonia. Nossa capacidade de obter tudo o que podemos Ser é interrompido constantemente por nossos próprios demônios, os centauros selvagens dentro de nós que causaram as cicatrizes da dor não resolvida.

            Quíron representa a necessidade de fundir os opostos dentro de si mesmo para se conseguir a plenitude. A ferida cultural é a divisão entre os instintos e intelecto, representado pelo o mítico centauro - metade homem e metade cavalo.

            Em um mapa de nascimento, o aspecto astrológico representado por Quíron é o ponto onde demarca a velha dor que ao ser transmutado o indivíduo toma para si o domínio de uma lição que vem em muitas vidas certamente para assimilar. A dor é o nosso professor, porque nela está a chave para a nossa cura. Cada um de nós tem um trabalho para curar nossas próprias feridas, para que possamos aprender uns com os outros. Então, muitas vezes, onde ocorre a ferida maior.

            Quíron era um herbalista e um grande cirurgião, mas ele não podia curar a si mesmo.

    QUÍRON NAS CASAS E NAS CONSTELAÇÕES

    As Casas onde está Quíron é o setor da vida do Indivíduo que está como palco, para que as personalidades (internas e externas) formem a cena catalisadora do agressor, do ferido, do curador.

    1a. Casa - Iniciativa, Objetividade, Ação apropriadas.

    2a. Casa - Valorização das prioridades, apropriadas aquisição, manutenção e conservação dos bens.

    3a. Casa - Comunicação, Expressão, pensamento, linguagem, relações e aprendizado apropriados.

    4a. Casa - Vínculos emocionais e atitudes apropriadas em relação à família

    5a. Casa - Forma adequada de auto-expressão criativa, de relacionar-se afetivamente, de gerar filhos, de educá-los e de expandir sua criatividade.

    6a. Casa - Forma adequada de prestar serviços a terceiros e o devido respeito ao seu corpo.

    7a. Casa - Relacionamentos, sociedades, parcerias e casamento com pessoas certas.

    8a. Casa - Atitude apropriada em relação às finanças dos outros sob seus cuidados, em relação à sua própria morte e à sexualidade.

    9a. Casa - Atitude oportuna com senso-social diante de suas capacidades, que devem servir para orientação da comunidade.

    10a. Casa - Responsabilidade social, Maturidade para ação direta sobre a sociedade.

    11a. Casa – Plasmar os Ideais e Amizades apropriadas.

    12a. Casa - Renúncia apropriada.

    Quíron e os Signos

            As Constelações em suas designações negativas são as vicissitudes, as fraquezas, os erros, a doença, o “mal”, o ofensor, em si ou contra si.

             Em suas designações positivas são os princípios pelos quais se ocorrerá à cura a si e aos demais.

    Quíron em Áries sempre tenderá acreditar que deve fazer tudo sozinho, sem pedir ajuda dos demais. Podem advir temores profundos de expressar o que deseja, e em alguns casos pode até deliberar o desejo de morrer.

    Quíron em Touro - Ponderação, ritmo, edificações.Tem uma certa tendência a se sentir insegura(o) e vulnerável. A busca de solidez é tão grande que se apega às pessoas da mesma forma que aos bens.

    Quíron em Gêmeos - Em geral tem grande dificuldade de expressar seus sentimentos mais profundos, mas tende a exprimir com clareza temas polêmicos.

    Quíron em Câncer - predispõe à identificação excessiva com o pai, seja para negá-lo ou para deificá-lo.

            

    Quíron em Leão - querem mostrar para o mundo sua importância fazendo com que os filhos sigam as carreiras que eles desejaram para si e não conseguiram.

    Quíron em Virgem - consiste em aprender a aceitar também o que são imperfeitos, feridos, feios ou sujos.

    Quíron em Libra - tende a não manifestar suas emoções e seus pensamentos com medo de que possam ferir os demais.

    Quíron em Escorpião - leva o Nativo a passar por experiências que o coloca em contacto com tragédias e com a morte. Há feridas também na área da sexualidade

    Quíron em Sagitário -. Com freqüência a mulher com Quíron nesse posicionamento é detentora de uma forma de sabedoria natural que ultrapassa aquela que é própria de sua idade, aquela predominante na maioria das mulheres.

    Quíron em Capricórnio - Existem muitos conflitos com pessoas de autoridade. Existe a tendência em abraçar responsabilidades que não são do indivíduo, para fugir à luta que representa o arcar com seus próprios problemas, principalmente os materiais.

            A ferida também pode estar relacionada com o pai pessoal.        O pai ou a mãe pode desempenhar um papel importante na conduta dos nascidos com Quíron em Capricórnio.

    Quíron em Aquário - tem dificuldade em aceitar as responsabilidades necessárias na conquista de liberdade e esta liberdade não se agrega a qualquer ação positiva, útil, ou ainda pela luta por qualquer valor atemporal.

            As mulheres com esta posição podem ter tido pais que tem tais características; frios, distantes, críticos, insensíveis ou autoritários.

    Quíron em Peixes -a pessoa poderá ter amores platônicos e consumir-se em ardentes paixões por artistas ou personagens inalcançáveis, ou com pessoas casadas, de tal forma que o desejo seja irrealizável.

            

    ASPECTOS: O posicionamento de Quíron no Tema Natal mostra a área de vida em que a busca pelo alívio de qualquer sofrimento de fato, ou a busca pelo alívio de algum sofrimento que possa vir, tem mais probabilidade de ocorrer de modo particularmente intenso. Quíron estará mostrando ali os valores pelos quais deverá se pautar em seu relativo livre-arbítrio.

    Quíron / Sol: A ferida do Sol caracteriza em anular a autocriatividade.

    Representa a ferida do pai. Medo da própria criatividade. Sentindo-se traído ou ferido pelo princípio paternal. Curar a Ferida: Utilizar os aromas do sol.

    Quíron / Lua: A mãe está ferida. O medo da vulnerabilidade. A ferida emocional. Levando experimentar ou ter empatia com a dor da mãe Sentindo-se traído ou rejeitado pelo princípio mãe. Curar a Ferida: Usar aromas da Lua e dos signos em que está o Quíron.

    Quíron / Mercúrio: A comunicação está ferida. Sentindo-se incompreendido e não consegue se comunicar. Curar a Ferida: Aromas de Mercúrio e do signo da casa onde está aspectado.

    Quíron / Vênus: A ferida está na área dos relacionamentos. Ferido no amor ou ferindo outros em amor. Sentir-se amado. Uma ferida para o coração. Curar a Ferida: usar os aromas de Vênus e do signo da casa em questão.

    Quíron / Marte: A ferida está em torno da expressão da identidade, a sexualidade física, energia, raiva e agressão. Extremos de energia. Hiperatividade. Assumir a raiva dos outros. Sobrevivente ou perpetuador de violência. Curar a Ferida: Usar o aroma de marte e do signo da casa no qual está aspectado.

    Quiron / Júpiter: A ferida para o sistema de crenças. O professor ferido. O medo de compartilhar o conhecimento de cada um. Inquietação interior profundo. Zelo missionário. Dogmatismo religioso. O medo de ser feliz / infeliz. Crise de fé.
    Cura a Ferida: Usar o aroma de Júpiter de do signo da casa em está aspectado.

    Quíron / Saturno:         A ferida com um senso de realização, estrutura e confiança. O medo de seu poder. O medo de tomar um lugar no mundo. O pai está ferido. Medos internos e rigidez. Seriedade e insegurança.

    Curar a Ferida: Usar o aroma d Saturno e do signo da casa em que está aspectado.

    CARACTERISTICA DA NUMEROLOGIA.

                     O nome e data de nascimento estão de certo modo conectados com o ser interno de forma tão profundo que a mente racional não pode entender imediatamente. Porém, a mente intuitiva é capaz de perceber estas relações, e interpretar nos ajudando melhorar e entender nossas vidas.

            O nome é uma coleção de sons e uma melodia que traduz a vestimenta para o Espírito.

    GRADE: A análise do mapa numerológico, além de revelar vários aspectos da sua personalidade,  os números que se repetem no seu nome podem trazer um desequilíbrio na energia que ele representa.

     

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    a

    b

    c

    d

    e

    f

    g

    h

    i

    j

    k

    l

    m

    n

    o

    p

    q

    r

    s

    t

    u

    v

    w

    x

    y

    z

     

     

    Números         1             2          3         4        5        6        7     8        9

    Excesso

    se for

    acima:                   3            2          3         2         3       2        1      1       3 

             Você vai utilizar o aroma para equilibrar a energia que você não tem e ou em excesso.

    Regência vibracional

    1

    A = Originalidade, independência e insatisfação.

    J =  Desejo de vitória, incerteza.

    S = Emotividade exagerada.

    2

    B: Necessidade de amor, emotividade e timidez.

    K: Inspiração e nervosismo.

    T: Amor, sentido de humor.

    3

    C: Intuição e equilíbrio.

    L: Inteligência, excitação e lentidão.

    U: Lentidão, espírito de conservação, espírito rebelde, perdas de dinheiro.

    4

    D: Sentido prático e fatiga física.

    M: Cinismo, caráter e humor sombrios.

    V: Inspiração reveladora.

    5

    E: Ternura, tendência a buscar em outra parte aquilo que existe na própria casa.

    N: Amor pelo luxo, sexualidade e prazer.

    W: Potencialidade, insegurança, emotividade e cólera.

    6

    F: Intuição, amor pela vida privada, senso de responsabilidade.

    O: Desejo de viajar, tristeza e melancolia.

    X: Agitação, sexualidade.

    7

    G: Sorte, Inteligência e Solidariedade.

    P: Discrição.

    Y: Mistério, rapidez e segurança.

    8

    H: Prosperidade, ambição e generosidade.

    Q: Intuição, riquezas e misticismos.

    Z: Compreensão, dinheiro e secretos.

    9

    I: Paixão, tensão, incerteza e enfermidade nervosa.

    R: Potência, emotividade, nervosismo.

    11

    K: Inspiração e nervosismo.

    13

    M: Cinismo, caráter e humor alternados.

    14

    N: Amor pelo luxo, sensualidade e loucura.

    16

    P: Discrição.

    19

    S = Irrascibilidade, Emotividade exagerada.

    22

    V: Inspiração reveladora, misticismo, inteligência superior.

    33 - É o Grande Instrutor. Idealismo.

    Não tem letra vibratória é a 8 do 6


    Elemntos Sutis e a Numerologia.

    Fogo: produz a característica de impulsão direta para ações. Essa personalidade necessita se destacar.

    São os números: 1, 9, 19

    Terra:  já produz a capacidade de ser pragmaticamente realista e até ascético. Precisa da manifestação das coisas na matéria para que lhe tenha sentido as coisas.

    São os números: 13, 4, 8, 6

    Ar:  são de características mentais, reflexivos e instáveis. Necessita compreender o que está sua volta, principalmente aquilo que não é palpável.

    São os números: 3, 5, 14

    Água:  são sentimentais, imaginativos, sonhadores e sensíveis. Necessita estar envolvido plenamente no que faz para se realizar.

    São os números: 2,7, 16, 22

    Éter: São volúveis, místicos e instáveis. Toda a explicação da vida está além da terra. Quase sempre precisando de outros para colocá-lo na realidade.

    11, 33

    Como deverá ser procedido com o consulente?

    Prepara-se um cálculo básico do consulente em busca de números que estejam em desequilíbrio. Como a tabela numerológico acima.

     

    TABELA DE AROMA PARA NUMEROLOGIA

    01 - cedro, âmbar, canela, mirra.

    02 - cânfora, jasmim, lírio, néroli, sândalo.

    03  - anis, cravo, musgo de carvalho, orquídea.

    04 - couro-da-rússia, sândalo, vetiver, musgo de carvalho, orquídea, hortelã.

    05 - acácia, canela, jasmim, lavanda, vetiver, jacinto, narciso, cravo, heliotrópio.

    06 - benjoim, canela, rosa, musk, sândalo, almíscar, verbena, anis, jasmim.

    07 - violeta, patchouly, cedro, anis, menta, pinho.

    08 - almíscar, couro-da-rússia, musk, orquídea, sândalo,  musgo de carvalho.

    09 - cedro, bergamota, limão, almíscar, alecrim, rosa, verbena, melissa, cravo.

    11 - imortalle, lilás, âmbar, lírio, cravo da índia, néroli, patchouly, musgo de carvalho, rosa, sândalo.

    22 - melissa, cravo da índia, lima, mangerona, âmbar, musgo de carvalho, sândalo.

    33 - cipreste, urze.

    PERFUME TALISMÃ

            Os egípcios entre outros, constataram que o perfume é a melhor forma para trabalhar com iniciação energética e mágica, por possuírem ação profunda e dupla e por terem a capacidade de atuar no corpo astral dos viventes.

            Em magia, o corpo astral algumas vezes é chamado de intermediário, que serve de veículo para as influências que nós emitimos. O corpo astral dirige elegantemente nossas atividades orgânicas vegetativas e automáticas; é o centro do nosso subconsciente, e de nossos sentimentos, de nossas emoções e de nossas paixões.

            O perfume é um dos veículos mais sutis para nossas percepções espirituais. Ao impressionar as mucosas olfativas o aroma consegue milagrosamente, fazer uma ponte entre as realidades físicas e espirituais.         Predispondo a quem o utilize o sentir claramente da elevação espiritual em suas diversas "camadas", e assim sucessivamente, até que se atinja a plenitude mágica que permite elevados estados de consciência de si mesmo, o que equivale à procura dos desígnios humanos na Terra.

            A fabricação de perfumes tradicionais não tem efeitos aromaterapêutico. Aqui iremos utilizar óleos essenciais puros sem nenhuma adição de químicas sintéticas para que o propósito da aromagia aconteça.

            No momento de acrescentar a essência podem-se colocarem várias, desde que sejam respeitadas as medidas.

            A criação de um perfume obedece a um princípio fundamental que se divide em partes chamadas de notas. A seguir vejam quais são elas:

    TABELA SIMPLIFICADA PARA CRIAÇÃO DE UM PERFUME

    a - Notas de cabeça - (permanece alguns minutos).

     Bergamota - laranja – lavanda, etc.

    b - Notas de Coração - (permanecem horas).

     Rosa - gerânio

    c - Notas de Fundo - (chamadas fixadoras) pode permanecer dias.

     Jasmim - vetiver - musgo de carvalho - almíscar, etc.

    PERFUME                        EXTRATO                        ÁGUA DE COLÔNIA

    Álcool Cereais 800 ml.        Álcool Cereais 60 ml.        Álcool Cereais 850 ml.  

    Fixador 20 ml.                Fixador 5 ml.                            Fixador      20 ml.

    Essência 60 ml.                Essência 10 ml.                Essência     60 ml.  

    Água Destilada 20 ml.                                                         Água destilada 20 ml.

    Obs: As essências deverão ser de sua própria criação de acordo com a sua necessidade.

    MÉTODO.

                 

                 A Aromagia consiste em observar nos mapa os aspectos que se encontram em desequilíbrio energético da codificação numerológico pessoal e ou mapa astrológico.

              Conhecendo os elementos básicos da numerologia e ou astrologia poderá fazer uso através dos óleos essências com correspondência vibratória.

               Os cinco elementos ajudam a entender a natureza essencial da formação do temperamento do indivíduo. As características de acordo com o elemento assim como na numerologia e ou astrologia descrito acima caracterizando o padrão vibracional de cada aspecto que deseja harmonizar.

    Aplicações da aromagia

                Para o equilíbrio de um aspecto Numerológico, recorra à tabela acima e procure pelos os números que estão ausentes e ou em excesso.

    Escolha os aromas na classificação adequada e reserve.

            Dentro dos aspectos numerológicos pode ser considerado o cálculo do ano pessoal para auxiliar nas mudanças significativas, ano a ano. Assim enquanto uma pessoa vive uma época em que está apta a liberar algum de seus talentos latentes, outra se encontra no ano perfeito para desenvolver-se economicamente.

                  Antes de tudo, relembrando que você precisa identificar o número de seu ano pessoal, ou seja, a energia que o ano reserva para você. Para isso, some os algarismos do dia e mês de seu nascimento com o algarismo reduzido do ano em que você se encontra. Reduza tudo a um algarismo. Por exemplo, se você nasceu no dia 16 de outubro, proceda assim: 16 + 10 + 2002=1+6+1+0+2+0+0+2=12 => = 3. Portanto, seu ano pessoal é 3.

                  Considere agora que os algarismos de 1 a 9 que representam os temas principais de cada ano pessoal. Podemos relacionar cada um desses temas ao óleo essencial. Essas essências ajudam a enfrentar melhor a característica de cada ano, permitindo que a pessoa explore ao máximo o que o período oferece.

            Dentro do aspecto astrológico. Basta tirar a carta natal do cliente por um bom programa de astrologia e analisar em que casa e planeta estão o Quíron.

            Analisar os elementos quais estão com mais ou menos de 3 e escolher as essências de acordo com os elementos. No quadro acima dos aromas astrológicos pelo o signo e planetas.

                  Antes de escolher cada aroma, no entanto, você precisa levar em conta suas características pessoais e o seu contexto de vida emocional, mental e físico.

            

    Indicações de aromas para poções alquímicas.

            O uso dos aromas para trabalhar em ordem ambiental nas residências, comércios e consultórios.

            

    Benefícios e Aplicações

    Almiscar: Purificação de ambientes, harmonização e as pessoas, atrai amor e dinheiro.
    Alecrim: Estimulante, promove a memória, afrodisíaco.

    Anis: Produz capacidade extra-sensorial e estimula o cérebro.

    Âmbar: Atrai clientes, energiza e é afrodisíaco.

    Benjoim: Protetor e purificador.

    Bergamota: elevação espiritual, relaxamento. Gera energia positiva.

    Canela: Energiza. O aroma ajuda a romper o bloqueio psíquico quando é a causa dos problemas financeiros. Ao inalar o aroma, visualize sua situação financeira melhorando consideravelmente.

    Cânfora: ambientes depurador.

    Cedro: Sedativo, anti-séptico, repelente de insetos.

    Eucalipto: Limpa as vias aéreas, purifica o ambiente.

    Gerânio: fadiga mental, de economia de energia, antidepressivo.

    Heliotropio: Harmonizando geral.

    Incenso: contra danos, purificador, alivia o stress, desperta a consciência superior.
    Jasmim: Atrai riqueza, eleva a auto-estima, a criatividade aumenta.

    Júnipero: Purificação de corpo, repelindo a negatividade em todas as suas formas
    Laranja: Serena e aplausos o espírito, desperta alegria.

    Lavanda: Prosperidade, poder, contra nervosismo, ideal para os negócios.

    Lilas: Harmonizando, afrodisíaco.

    Lemon Grass: purificador, desodorizante e anti-séptico.Contra os maus espíritos.
    LIMÃO: Depurativo, cura, dissipa a tristeza, insetos longe, limpa a mente.
    Lotus: Saúde, vitalidade.

    Madeira do oriente: Promove o empreendedorismo, contra a negatividade.
    Magnólia: Promove a meditação e elevação, obstáculos de desbloqueio.
    Maçã: dinheiro, trabalho, melhorias.

    Manjerona: sedativo, ansiolítico combater a tristeza.

    Melissa: calmante, limpa a mente, atrai dinheiro.

    Menta: estimulante mental, tônico do sistema nervoso, tonifica a energia

    Mirra: casa Lava, desperta o terceiro olho, a proteção, a meditação.
    Musk:Meditação, artístico, abundância, erótico.

    Nardo: Atrai dinheiro, negócios, trabalho, acalmar as emoções.

    Néroli: elevação espiritual, tranqüiliza, afrodisíaco..

    Opium: União, atraente, estimulante.

    Patchouly: Amplia males, estimulante, desinibe, afrodisíaco.

    Pinho: Equilibra, limpeza, energização, abre caminhos.

    Rosa: felicidade, união familiar, equilíbrio físico e mental.

    Rosa búlgara: Energético.

    Sálvia: Relaxante nervoso, agir sobre o stress e exaustão mental.

    Sândalo: Atrai dinheiro, negócios, meditação, sexo.

    Sândalo indiano: a paz Meditação, espiritual.

    Sândalo doce: Depurador, serenidade.

    Tabaco: Prosperidade.

    Tilia: Serenidade.

    Tomilho: Ajuda a alcançar objetivo.

    Vetiver: Ajuda nas condições econômicas, protege contra energias negativas.
    Violeta: Contra a inveja, transmuta as energias negativas em positivas.
    Ylang ylang: antidepressivos, sedativos, especialmente para situações extremas, entrevistas importantes, etc

    Rosa e Gerânio - Bom para mulheres, dá a sensação de uma mulher decidida, que sabe o que quer, são suavemente quentes e estimulantes;

    Vetiver, Patchouli - Bom para homens, aromas fortes, inspiram capacidade e segurança.

    Aroma no Ambiente

    Os óleos essenciais harmonizam a energia dos ambientes.

    Difusão – para cada 200 ml. de água, pingue de 3 a 5 gotas de óleo essencial de alecrim (ativa a memória); gengibre, vetiver, patchouli ou angélica (auxiliam na concentração).

    Puro – uma gotinha de óleo essencial no travesseiro combate insônia (lavanda) ou alivia a respiração de quem tem bronquite ou rinite (eucalipto).

    Poção aromática

    Pode ser inserido em álcool de cereal na proporção de 5% e utilizar aspergindo nos ambientes, não se esqueçam de utilizar óleos essenciais.         Procurando utilizar entre 4 a 5 essências em cada poção.

            
    Não é necessário macerar este produto.

    Conclusão: A aromagia quiçá o meio mais importante dentro de todos elementos mágicos utilizados na holística. Com resposta rápida e efetiva.

    Para você que sente que está confuso ao explanar em minha palestra o Tema será demonstrado claramente o método de confecção desta potente ferramenta.

    Meus agradecimentos pela a oportunidade em transmitir este legado.

    BIBLIOGRAFIA

    Magie Astrale dês Parfums – Edition du Chariot – Autor : Georges Muchery.
    O Poder Secreto do Aromas – Celi Coutinho – Editora Midtron – 2011

    Sincronia dos Números – Celi Coutinho – Ainda não editado.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 31/07/2012 12:39


    Numeromancia - Um Guia Numerológico

    PROPOSITURA - Numeromancia (1).doc
    NUMEROMANCIA - UM GUIA NUMEROLÓGICO




    Celi Aparecida Coutinho

    Terapeuta Holística -  CRT 21270


    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2012.


    Sumário

    Introdução

    Característica simbólica das lâminas.

    Método

    Conclusão


    INTRODUÇÃO

    A NUMEROMANCIA é um Guia Numerológico inspirado no tarô apesar de conter somente 16 lâminas é um formato inovador de trabalhar com os números, criado com o intuito de gerar uma orientação às pessoas de forma que através da vibração da lâmina escolhida, ela possa saber em que energia está vibrando durante determinados períodos. Esses períodos poderão ser diários, semanais, mensais ou quadrimestrais.

    A palavra Numeromancia aqui tem a conotação de caminho energético e não o ato adivinhatório até porque, a palavra mancia agregada a qualquer método decifrável, como quiro (mão – quiromancia), carta (cartomancia), geo (pedras – geomancia), etc; e os números têm a característica adivinatória, ou seja, vibração divina, que traduzida significa uma ferramenta perfeita que auxilia no entendimento da sincronicidade das coisas abstratas e invisíveis, mas que são percebidas no coração, no mental, no energético e na razão. A razão normalmente é a pior vilã do ser humano, porque ela mascara as capacidades intuitivas do homem, fazendo com que seu caminho mude de direção. E um método mântico que indicará em qual caminho deverá ser seguido, sem interferência psicofísica.

    Este método utilizado por terapeutas holístico que irá auxiliar no processo de anamnese e aconselhamento energético do cliente através do movimento leela (jogo) em seu período integral e claramente mostrará o que falta a ser trabalhado e que caminho seguir com este cliente.

    Celi Coutinho.


    CARACTERÍSTICA SIMBÓLICA DAS LÂMINAS


    LÂMINA 1 – CRIATIVIDADE - É a origem de todas as coisas, contém todos os números, distribui sua influência em todos os planos.


    Palavra - Chave: Ação, Individualidade e criatividade.

    Arcano principal: O mago.

    Arcanos oculto: Roda da fortuna

    A = Originalidade, independência e insatisfação.

    J =  Desejo de vitória, incerteza.

    S = Emotividade exagerada.

    Planeta regente - Sol: Ego Ativo

    Signo regente - Leão: Vontade corporal com ação para intuição e da vontade sobre a base física.

    Elemento: fogo: Intuição ou vontade.

    Naipe: Paus - Simboliza o poder e a dominação

    Cor - Vermelha: está relacionado com a iniciativa e a vitalidade


    LÂMINA 2 – ASSOCIAÇÃO - É uma necessidade, representa a vida que não é, mas a ação na luta.



    Palavra chave: Associação paz, parceria, espiritualidade.

    Arcano Principal: Sarcedotiza.

    Arcanos ocultos: Força /Mundo.

    B: Necessidade de amor, emotividade e timidez.

    K: Inspiração e nervosismo.

    T: Amor, sentido de humor.

    Planeta regente - Lua: O Ego.

    Signo regente - Câncer: Ego sensitivo.

    Elemento - Água: Sentimento ou emoção.

    Naipe: Copas –As ações são advindas do instinto.

    Cor - Laranja: induz ao entendimento com o outro e a reconciliação.


    LÂMINA 3 – REGENERAÇÃO - É o número da criação.


    Arcano principal: Imperatriz

    Arcano oculto: enforcado.

    Palavra chave: criatividade, auto-expressão.

    C: Intuição e equilíbrio.

    L: Inteligência, excitação e lentidão.

    U: Lentidão, espírito de conservação, espírito rebelde, perdas de dinheiro.

    Planeta regente - Júpiter: Inserção otimista na vida.

    Planeta regente - Vênus: Contato afetivo com o meio externo..

    Signo regente - Sagitário: Vontade espiritual com ação da intuição e da vontade sobre a base espiritual.

    Elemento – AR. Intuição.

    Naipe – Paus –. Indicando alegria e boa sorte.

    Cor - Amarelo: a felicidade e a prosperidade.


    LÂMINA 4 – SOLIDEZ – É o número da força; unidade rebelde reconciliada com a trindade soberana.

    Palavra chave: Estrutura

    Arcano principal: Imperador

    Arcanos ocultos: Morte e o Bobo.

    D: Sentido prático e fatiga física.

    M: Cinismo, caráter e humor sombrios.

    V: Inspiração reveladora.

    Planeta regente - Saturno: a longevidade.

    Signos regentes-Capricórnio:. Ego concentrado.

    Aquário: com capacidade de absorção do ambiente circundante inteligente e hábil.

    Elemento - Terra: Percepção ou sensação. É a base onde germina o ciclo vital.

    Naipe: Ouro – Representa o dinheiro e os interesses e o desenvolvimento.

    Cor - verde: está equilibrando e está renovando, induz à passividade.


    LÂMINA 5 – MOVIMENTO - É o número das descobertas de outros lugares, da evolução e transformação.

    .

    Palavra Chave: Mudança

    Arcano principal: O Papa

    Arcano oculto: A temperança

    E: Ternura.

    N: Amor pelo luxo, sexualidade e prazer.

    W: Potencialidade, insegurança, emotividade e cólera.

    Planeta regente - Mercúrio: Contato intelectual com o meio externo.

    Signos regentes - Gêmeos: alegria, curiosidade.

    Virgem: Manifestação energética.

    Elemento: Ar: É o processo de respiração do ciclo de vida.

    Naipe: Espadas..Está ligada a espiritualidade.

    Cor - azul turquesa: com a capacidade para guiar qualquer iniciativa positivamente.


    LÂMINA 6 – AJUSTAMENTO - É o número do amor, responsabilidade pela família e sociedade.

    Palavra chave: Ajustamento, Perfeição, harmonia, equilíbrio.

    Arcano principal: Enamorados

    Arcano oculto: Diabo

    F: Intuição, amor por la vida privada, sentido de la responsabilidade.

    O: Desejo de viajar, tristeza.

    X: Agitación, sexualidad

    Planeta - Vênus: é o símbolo da beleza e a perfeição natural tipo perfeito da forma e o bonito.

    Signo regente -Touro: Ego expansivo afetivo.

    Libra: Manifestação energética ativadora.

    Elemento - Ar: Razão ou pensamento - É o processo de respiração do ciclo de vida.

    Terra: É a base onde germina o ciclo vital.

    Naipe: Ouros

    Cor - azul anil:Transmite uma sensação de pureza, proteção e de tranqüilidade.


    LÂMINA 7 – SABEDORIA - é o conhecimento, a análise, a espiritualidade.

    Palavra chave: Sabedoria, análise.

    Arcano principal: O Carro

    Arcano oculto: Torre

    G: Sorte, Inteligência e Solidariedade.

    P: Discrição

    Y: Mistério, rapidez e segurança.

    Planeta - Netuno: A metamorfose.

    Mercúrio: Contato intelectual com o meio externo.

    Signo - Peixes: Sentimento espiritual com ação das emoções sobre o espírito.

    Elemento - Água: Sentimento ou emoção fertiliza a germinação do ciclo vital.

    Naipe: Copas – Relacionado a conservação e ao ensino.

    Cor - violeta: Simboliza a espiritualidade, o sacrifício e as perdas.


    LÂMINA 8 – ORGANIZAÇÃO- É a justiça, a conquista de valores econômicos.

    Palavra Chave: Organização, poder e satifação.

    Arcano principal: Justiça

    Arcano oculto: Estrela

    H: Prosperidade, ambição e generosidade.

    Q: Intuição, riquezas e misticismos.

    Z: Compreenção, dinheiro e secretos.

    Planeta - Saturno: Corresponde aos obstáculos e impedimentos..

    Signo - capricórnio: Prevalecem a autoridade implacável, a ambição, a ação perseverante no meio exterior.

    Elemento - Terra: Percepção ou sensação.

    Naipe- Ouros: Desenvolvimento – dinheiro – comércio.

    Cor - Rosa: expressa os afetos espontâneos.


    LÂMINA 9 – HUMANITÁRIO - É a abertura para novos espaços.

    Palavra chave: Humanitário / Generosidade.

    Arcano pricipal: Ermitão

    Arcano oculto: Lua

    I: Paixão, tensão, incerteza.

    R: Potência, emotividade.

    Planeta regente - representa o desejo e a ação, a força e o poder físico.

    Vênus representa as atrações e a sedução da beleza perfeita.

    Signo regente - Áries: Ego ativo e agressivo.

    Elemento Fogo: Com sua força ígnea é a renovação do ciclo vital.

    Naipe: Paus – O poder e a criação, boa sorte e alegria.

    Cor Ouro: simboliza a perfeição


    LÂMINA 11 – IDEALISMO - sabedoria e poderes de intuição.

    Palavra Chave: IDEALISMO.

    Arcano principal: A Força.

    Arcano oculto: Imperatriz.

    K: Inspiração e nervosismo.

    Planeta regente - Urano: A força de decisão.

    Lua: controla os ritmos e flutuações.

    Signo - Aquário: Simpatia. Manifestação energética.

    Elemento - Ar: Razão ou pensamento - É o processo de respiração do ciclo de vida.

    Naipe – espadas: Ligado a espiritualidade, conhecimento intuitivo do karma

    Cor: Prata - a novidade, a inovação.


    LÂMINA 13 – DESAPEGO - sustentar um esforço fixo e consistente.

    Palavra Chave: trabalho no campo material.

    Arcano principal: A morte.

    Arcano oculto: O Imperador.

    M: Cinismo, carater e humor alternados.

    Planeta regente: Jupiter- Representa a fortuna.

    Signo regente:.Capricórnio: a ambição, a ação perseverante no meio exterior.

    Elemento:Terra: Percepção ou sensação. É a base onde germina o ciclo vital.

    Naipe: Ouros: Desenvolvimento – dinheiro-comércio.

    Cor: Verde Musgo - Indicando a renovação da vida e sua vibração mais elevada reflete o espírito de evolução.


    LÂMINA 14 – LIBERDADE- a liberdade; caos e a falta de escolha.

    Palavra Chave: equilíbrio e compromisso.

    Arcano Principal: Temperança

    Arcano oculto: O Papa

    N: Amor pelo luxo, senxualidade e locura.

    Planeta regente - Vênus: corresponde ao início da adaptação social.

    Signo regente - Áries: a ação da intuição e da vontade.

    Elemento - Éter: É o processo de animação do ciclo de vida.

    Naipe: Espadas – Transformação, Intuição, manipulação e inteligência.

    Cor - Azul turqueza: a capacidade para guiar qualquer iniciativa positivamente.


    LÂMINA 16 – ORGULHO- este processo de destruição e renascimento.

    Palavra Chave:derrocada do ego.

    Arcano Principal: Torre

    Arcano oculto: o Carro

    P: Discreção

    Planeta regente - Marte:.Exalta a coragem, a combatividade, o entusiasmo e a liberdade.

    Urano:A força de decisão. às mudanças repentinas..

    Saturno:Inserção racional na vida.

    Signo regente - escorpião: ação das emoções sobre a base corporal.

    Elemento - Água: fertiliza a germinação do ciclo vital.

    Naipe – Copas – Conservação e ensino.

    Cor: Roxa: as O roxo significa espiritualidade e intuição, portanto, é uma cor que simboliza o mundo metafísico. É a cor da alquimia e da magia.


    LÂMINA 19 – CONFIANÇA - Negócios bem sucedidos.

    Palavra chave: Liderança positiva

    Arcano principal -Sol

    Arcano oculto – Roda da fortuna – O Mago

    S = Irrascibilidade, Emotividade exagerada.

    Planeta regente - Sol energia criativa. Governa o fluxo vital

    Signo regente - Leão: ação para intuição e da vontade sobre a base física.

    Elemento: fogo: Com sua força ígnea é a renovação do ciclo vital

    Naipe:Paus –Representa a criação e indica a boa sorte.

    Cor: Ouro maciço - O dourado representa o Sol e por isso é a cor associada ao luxo e ao sucesso!


    LÂMINA 22 - É potencialmente o mais próspero de todos os números.

    Palavra chave: Materialização, construção

    V: inteligencia superior.

    Arcano principal: Bobo

    Arcano oculto: Imperador

    Planeta regente - Urano: A força de decisão.

    Planeta regente: Plutão Impulsiona os instintos profundos, a energia sexual.

    Signo regente - Escorpião: Inserção rebelde do ego aos contextos convencionais.

    Elemento: Água: Sentimento ou emoção fertiliza a germinação do ciclo vital.

    Naipe:Copas – Materializar sentimentos

    Cor: Ouro velho: É associada com a luz a felicidade e a prosperidade, estimula a inteligência espiritual.


    LÂMINA 33Representa a integralidade.



    Palabra Chave: O Grande Construtor

    Arcano Oculto : Os Enamorados

    Planeta Regente: Júpiter: Inserção otimista na vida.


    Urano. A força de decisão.

    Signo regente: Aquário. Pensamento corporal com ação da razão sobre a base física.

    Elemento: Éter: Percepção ou emoção - É o processo de animação do ciclo de vida.



    Método.

    Acessar o pensamento com o poder dos números em níveis mais profundos da mente. O método consiste em embaralhar as cartas e dispor nas casas correspondentes do Passado – Presente e Futuro de uma pauta em questão. As demais lâminas serão distribuídas em círculo complementando o entendimento do jogo. Sendo colocada dentro de cada questão que deseja tomar conhecimento do inconsciente para o consciente.

    Este método ensinará a ouvir a sua voz interior através da numeromancia. Servirá para avaliar novos projetos no nível subconsciente e buscar as perspectivas.


    Conclusão.

    Como já dizia Hermes Trimegistro, "no Universo tudo vibra!" E estamos sujeitos à essas vibrações.

    Se conhecermos nossas falhas ficará bem mais fácil chegarmos ao sucesso pessoal e profissional não é?

    Se soubermos por que não conseguimos contar uma piada, guardar dinheiro, ser feliz e alguém nos mostrar como conquistarmos tudo isso, será bem mais fácil chegar à nossa realização e evolução na vida!

    Através da prática da numeromancia dentro de um jogo das cartas é possível tudo isso e muito mais, pois saberemos que atitudes tomar em determinado dia do mês ou tratar com aquele sócio que acreditávamos poder confiar totalmente!

    Esta é a forma mais inovadora da junção da lógica de nosso mestre Pitágoras com os aspectos astrológicos e as dinvidades hindus, proporcionando um caminho de sintonia e sincronia aplicada em nosso benefício!


    Bibliografia recomendada.

    Um novo sistema de numerologia – Dan Millman – Editora pensamento.

    A numerologia e o triangulo divino – Faith Javane e Dusty Buncker – Editora Pensamento.

    Manual de Numerologia – Elliin Dodge Young e Carol Ann Schuler – Editora Pensamento.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho -Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 31/07/2012 13:55


    Tantra - Conexão Ao Divino

    TANTRA - conexão ao divino.doc

    TANTRA – CONEXÃO AO DIVINO

    Iniciação ao Tantra – A consciência de si –Uma ferramenta que conduz ao coração.


    Celi Aparecida Coutinho

    Terapeuta Holística -  CRT 21270

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2012.

    SUMÁRIO

    O que é o Tantra?

    A Rota do Tantra.

    COSMOGONIA TÂNTRICA

    Kundalini

    Granthis - Os três nós psíquicos

    Como usufruir do Tantra

    Conclusão

    Bibliografia

    Introdução

    O TANTRA é sentir, fluir e expandir.

    O sentir não há como explicar, somente vivenciar.

    O fluir se percebe enquanto se vivencia.

    E o expandir é o resultado do vivenciar e sentir...

    Somos produtos de uma sociedade contida daqueles que precisa: sentir o toque e se expandir, ao usar a fala se entende, ao ouvir aprende-se a perceber.
    O Tantra também é uma filosofia comportamental de vida que aplicado no cotidiano fará com que as percepções fiquem mais proeminentes.

    Isso se aprende teoricamente através dos cursos.

    Aprender a fluir acontece através da psicoterapia, ferramenta que vai auxiliar você ir de encontro ao seu EU e retirar os paradigmas que impede de simplesmente sentir e Ser.
    Vivenciar significa aprender está aqui e agora feliz consigo mesmo.

    O Tantra não é religião, não é sexo, não é yoga. Em seus sutras (livros) encontrou-se varias estruturas comportamentais, cientificais, terapêuticas e principalmente ritualística. Com reverencias aos fluxos dévicos, pois se acreditava que cada ser existente tem uma proteção divina um deva (deus) ou um devi (deusa) que são representados pelos yantras – formas geométricas utilizadas nos ritos e os mantras – cantos vibracional de energia qualitativamente divina. Dando assim um panteão de deidades. Reverenciado através de puja – oferenda. Onde se deu a origem ao hinduismo.

    O que é o Tantra?

    Tantra é um principio filosofal comportamental de vida. A palavra Tantra significa Livros – teia – união – mas especificamente expansão. Ela é derivada das palavras Tanoti – expansão – trayati – consciência – Portanto podemos deduzir que Tantra = Expansão de consciência.

    Tantra tem um principio filosofal comportamental e matriarcal. Surgiu por volta de 12000 anos na civilização dravídiana anterior a invasão dos arianos. Que por questões políticas deixa de ser matriarcal para ser patriarcal. Mas sua origem se espalha influenciando e ou formando varias outras civilizações.

    O Samkhya que é um sistema inventarista – é a parte cientifica do tantra que deu origem aos vedas e daí então a terapia ayurvédica. Aqui não há reverencia alguma aos deuses. Apenas a observação da mente, dando origem ao yoga.

    Ainda dentro do Samkhya ele conduz em um formato de enumerar situações de acordo com a natureza de cada fato denominado prakriti (natureza). Influenciando hoje as terapias psíquicas – como a psicanálise ou o coaching. Que é através do pensamento vibrar em sintonia positiva.

    O fundamento do Tantra é dirimido através do prana – ar vital – E daí então acontecem os pránáyama – exercícios respiratórios. Assim como a observação natural do homem em postura denominado de mudrá. Que deu origem aos asanas e ou ao Yoga.

    Hoje no ocidente somos altamente influenciados pelo o sistema tântrico. E podemos fazer uso das técnicas tântricas em vários formatos que em seu conjunto vai proporcionar um caminho para o coração e o Despertar do Eu que é a lembrança de um primeiro momento existencial enquanto.Fagulha divina.

    Os textos tântricos estão entre os mais antigos do hinduísmo e do budismo. Existem Tantras hindus e budistas se auto-influenciando e os textos mais recentes refere-se ao Tantra sob o nome de Artha Veda. Os Tantras em sua origem foram manuscritos em sânscrito. Ainda guardam as diferentes épocas, lugar, cultura e religião. Tomam a forma de enciclopédia de rituais e de filosofia tântrica. Sofreram com o correr dos séculos, várias adições. Os textos mais antigos foram compilados por volta do ano 600 dessa era.

    No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas.

    O Tantra floresceu no Vale do Rio Índio, em Mohenjo-Daro. Era a cultura Harappa, da qual se encontra vestígio raro, porém importantíssimos do ponto de vista histórico. A descoberta do Vale do Rio Indo esclareceu que essa cultura foi, possivelmente, a mais antiga do planeta. Os vários objetos já mostravam figuras esculpidas ou desenhadas com formas e imagens que evocavam práticas tântricas, tais como os Ásanas (posições físicas utilizadas para desenvolver a Kundalini).

    Essas filosofias conscientizam o homem de suas energias latentes e de relação com o cosmos (a natureza). Aquele que vê a natureza apenas como vida que existe no planeta Terra está tão equivocado quanto aquele que o vê como um universo cósmico repleto de planetas, sóis e nuvens de gases. Os dois vêem o cosmo de um modo míope e incompleto.

    O mesmo erro está expresso nas ciências que estudam o homem como um ser que possui corpo, consciência e subconsciência, acabam esquecendo que o ser humano é constituído de órgão que lhe permitem ultrapassar a mente inconsciente e a mente consciente; que seu corpo é constituído de sensibilidades que ultrapassam necessariamente o intelecto e, até mesmo, a intuição.

    Convém acrescentar que o homem pensado e conhecido pelo hindú é possuidor de um corpo de sensações, extraordinariamente complexo, do qual não temos equivalente no pensamento ocidental.

    É justamente nesse ponto que queremos insistir: no conhecimento desse homem absolutamente insólito, desconhecido da filosofia e ciência ocidentais, onde o Tantra assenta sua sabedoria. É mostrar que, aquele que vê as coisas de um ponto de vista egoísta, centralizado em seu meio limitado jamais terá consciência das energias que o animam. É a negação do cosmos, é o absurdo da condição humana não ligada ao seu princípio (Dharma). Daí percebe-se que, para se aprofundar a questão homem / natureza é importante conhecer o Tantra.

    Como já vimos anteriormente, Tantra significa expansão da Consciência, modos de vida, sexualidade e atitude social. No sentido mais amplo da palavra expressa uma filosofia de vida, uma cultura, bem como a preparação para a ação meditativa interior.

    O Tantra não é sexo, yoga do sexo, tantra yoga ou yôga, nem religião de espécie alguma. É necessário esclarecer que as literaturas encontrada a disposição do leigo, a respeito de Tantra, tem visado o “marketing” do sexo porque é viável economicamente e porque é produto de ignorância dos conceitos da cultura dravídica, anterior à ortodoxia ariana Brahmacharya na Índia. É possível até, que alguns autores (eticamente não podemos citá-los) estejam se utilizando com má fé porque sabidamente alguns deles conhecem bem a matéria da qual se trata o assunto.

    No Brasil o tantra tem sido maltratado pelos “gurus” do tantra que reuniam grupos (e ainda reúnem) para promover pura, e simplesmente experiências corporais de que nada têm a ver com o tantra; além de quê, não raramente terminavam em verdadeiros bacanais com nomes pomposos e filosóficos. Não é a toa que hoje, ao pronunciar-se a palavra “Tantra” alguns até coram de vergonha ou medo.

    A ROTA DO TANTRA

    O tantra é o resultado de elementos mágicos, conceitos religiosos pré-arianos e hinduísta, cultos populares e ritos de iniciação. Os Tantras (livros) contêm todos os ritos e os princípios mágicos. Se bem que a respeito da tradição védica, considera-se que o tantra surgiu no momento de crise e decadência religiosa. Podemos falar de um novo movimento religioso (antigas raízes) para uma nova época. Eles propõem um novo caminho para a Divindade. Tais textos estendem-se aos cerimoniais, às práticas yóguicas, aos procedimentos esotéricos, sem deixar de fazer referências às potências Criadoras, à Cosmologia, à Metafísica e a Mística. Também instruem sobre a iniciação, a consagração de imagens, o culto (puja), as fórmulas mântricas (cânticos), os mudrás e métodos de meditação.

    Não há dúvida de que o Tantra é altamente iniciático, misterioso, esotérico, que concede excepcional importância ao rito capaz de transmutar o indivíduo, modificar sua consciência e reordenar todo seu potencial para a verdade transcendental. A prática consiste em: rituais, yoga, cerimônias esotéricas, modos iniciáticos de concentração-meditação e ritos de purificação.

    Existem dezenas de Tantras, sendo os mais notáveis os Kaula. Tendo toda uma extensão sobre cosmologia, teogonia, medicina e muitas outras disciplinas, desde uma banal especulação até uma assídua prática. Estes textos compõem-se de várias partes: O conhecimento da divindade, a união mística como meio de realização, as técnicas de yoga reorientadas até a realização final, todo o culto propriamente dita, os princípios religiosos e os deveres morais e sociais.

    O Tantra foi assim considerado por seus seguidores com uma revelação especial para uma época. A concepção vedântica de Maya (ilusão) é considerada energia, a qual é aproveitada como veículo para a auto-realização.

    Na civilização do Vale Indo alguns elementos representativos da tradição tântrica eram evidentes: o culto da Deusa Mãe (devi) e o princípio feminino (shakti), associado às técnicas do Yoga. Mas nós precisamos ir aos primórdios do substrato tântrico para que possamos localizar sua origem, pois é na busca pelas sociedades primitivas cuja orientação social fora marcada pelo princípio matriarcal.

    Nos primórdios desta civilização, quando o papel do homem era desconhecido no processo de fecundação, quando nenhuma conexão era sabida existir entre a gravidez e o intercurso sexual, a orientação social, política e religiosa estava centrada na figura da mulher, mais especificamente, da mãe. Neste tipo de sociedade matriarcal, a mãe representa o principio de liderança e ela é o único laço de união com a família. O pai não possuía parentesco com seus filhos. A mulher se encontrava em uma posição especial, a ela era atribuída uma aura mística de extremo poder que lhe dava o status de líder da comunidade. Com sua inexplicável natureza e inúmeros atributos como o fenômeno da menstruação, a gestação, o dar a luz a uma criança e a amamentação, ela tornava-se uma pessoa misteriosa e fascinante, mantenedora da chama espiritual de seu clã.

    O papel da mulher na vida religiosa, sua identificação com a Deusa Mãe, o simbolismo de vários conceitos e relações atribuídos à mulher, a insistência em um culto de orientação sexual devotado a yoni (vulva) como fonte de adoração e de toda felicidade, a função da mulher como a sacerdotisa ou xamã, a idéia de superioridade da Deusa sobre o Deus, o conceito de Ser Supremo como feminino e etc. possuíam uma base social muito consolidada. As deidades femininas eram alocadas aos níveis mais elevados entre todos os deuses, e isso dependia da natureza da organização social em que a posição da mulher era assegurada. A chefe do clã adorada como mãe era a ligação espiritual com a Deusa Mãe e portanto seu status era a suprema posição como guia do grupo.

    Assim, a superioridade da Deusa sobre o Deus, da sacerdotisa sobre o sacerdote pode ser explicada nos termos de um sistema social no qual a maternidade possuía mais valor que a paternidade, onde a linha de descendência era traçada a partir da mulher e não do homem.

    Agora no século 21 podemos absorver do Tantra em formatos de técnicas de terapias tântricas: vivências, cursos, Terapias corporais denominadas de forma popular de massagem Tântrica e realinhamento de chakra e ou Deeksha (toques divinos).

    Mas o ponto de maior importância é resgatar a fluxo iniciático divino em cada um sem necessariamente está ligado a método religioso e sim no fluxo do religare ou conscientizar de si, do eu e do seu poder e capacidade de realizar. Sendo, portanto o caminho mais rápido dentro das técnicas o fluxo da libido conhecido como kundalini.

    O Tantra é transformação. Todas as potências negativas são energias que pode transformar-se em positiva. A mesma energia que envolve o ódio, a ira, o ciúme, a inveja e outras qualidades negativas, e até mesmo as que envolvem o amor, a compaixão, a tolerância e a generosidade, o tântrico com sagacidade maneja essas energias e vai transformando todo negativo em positivo; essas energias tornam-se a pedra filosofal de toda transmutação.

    Um fator de reconhecimento comum de que o Tantra está mais ligado aos cerimoniais e rituais do que qualquer outro estilo clássico, é que as principais correntes do Tantra, trabalham a partir do plano interior complementado e facilitado pelas ações externas (Kriya) conjuntamente aos rituais.

    Entre os tântricos, as sacerdotisas – conhecidas como bhairavís –, e yoginís ocupam lugar fundamental. Na maioria das tradições elas são as iniciadoras. Os sete chakras ( compêndio-1 em anexo) ao longo do sushumná nádí são os assentos das shaktis que são concebidas nos rituais vámáchárya como a forma externa representada pelas sacerdotisas (dhútís). Até mesmo entre os Sahajiyás a kundaliní é concebida como Rádhá, e o Princípio Feminino vaishnava.

    A partir do século V d.C., com o início das codificações literárias de alguns dos antigos tratados tântricos, transmitidos anteriormente somente pela tradição oral, a estrutura filosófica e prática do tantra adquire maior transparência. De forma simplificada, através de três perspectivas: filosófica, comportamental e técnica. No aspecto filosófico, o tantra baseia-se em especulações que apontam o processo de criação universal como responsabilidade da Energia Primordial conhecida como Shakti. Este termo sânscrito é traduzido literalmente como “poder”, mas representa também o principio dinâmico que atua na produção de toda a matéria que compõe o universo e de tudo que nele existe. Também é sinônimo de esposa, feminino e mulher. A contraparte filosófica, ou biônimo, de Shakti é conhecido pelo termo Shiva. Este os Princípios Primordiais estático, impotentes perante o poder de Shakti, mero espectador no processo criador, sinônimo de marido, masculino e homem. Para o tantra, Shiva e Shakti são um. Um sem o outro é Shava (cadáver), eles só existem em função de si mesmos. A dualidade é apenas aparente, uma distração de leela (jogo, ou brincadeira) da Grande Mãe (Kula kundaliní) para se divertir e dar continuidade aos ciclos cósmicos da existência (samsára).

    A transcendência dos princípios Shiva e Shakti leva ao ponto central, que é a própria Shakti kundaliní indiferenciada a resposta de tudo. Essas especulações do tantra deram origem aos inúmeros cultos às divindades femininas (devís) que hoje existem no contexto do hinduísmo.

    A característica comportamental do tantra está centrada na transgressão de valores morais e sociais (desconstrução de estereótipos e clichês culturais e psicológicos) arraigados na cultura dominante indiana. Os textos, lendas e símbolos tântricos expressam vozes que contestam as estruturas rígidas patriarcais nas quais estão construídas as concepções de diferenças de casta, o papel social e familiar submisso da mulher, a ortodoxia e poder sacerdotal, a utilização depreciativa do corpo e da sexualidade e as normas e formas de se buscar o divino que excluem as “minorias” (castas inferiores, mulheres e etc.).

    O tantra também desenvolveu técnicas (vidhis) e práticas (sádhanas) psicológicas e corporais que visa proporcionar vivência real e sensorial aos seguidores de seus princípios. Nas práticas tantricas encontra-se complexas metodologias que tem como objetivo a tomada de consciência e o domínio do corpo, da mente e das emoções; a manipulação das energias físicas e psíquicas humanas em prol do desenvolvimento de poderes para-normais (siddhis) e a utilização desses no processo mundano e espiritual; a união dos opostos e a transcendência da dualidade na imersão na Ultima Realidade.

    As bases documentais do Tantra, denominadas ágamas (palavra sânscrita que significa origem, fonte de conhecimento, conhecimento adquirido, doutrina tradicional ou preceito), são uma coletânea de escrituras tão antigas quanto os vedas, expondo o conhecimento das tradições shaivas e shaktas. Diferentemente dos vedas, cuja composição seguiu a evolução do sânscrito.
    Os ágamas foram originalmente escritos em quase todas os idiomas da Índia antiga. Por serem as bases documentais das tradições shaktas e shaivas, Os ágamas são considerados as escrituras fundamentais do tantra. Seu conteúdo temático trata dos aspectos ontológicos da natureza do Ser e sua relação com o Todo, assim como a cosmologia e a ilusória realidade emergente pela cognição.

    Os vaishnavágamas são as escrituras sagradas dos vaishnavas, a tradição que reverencia Vishnu como a face do Absoluto, guardião do dharma e da fé (shraddhá). Entre as escrituras vaishnavas de interesse para o tantra, as que se relacionam com a tradição Sahajiyá são as mais importantes.

    Os shaivágamas são as escrituras sagradas dos shaivas, a tradição que reverencia Shiva como o Absoluto. Existem 92 escrituras divididas em dois grandes grupos: o primeiro com 64 textos relacionados ao Shaivismo da Caxemira e o segundo com 28 textos relacionados à tradição Shaiva Siddhánta. Neste último conjunto, dez escrituras são consideradas dualistas (dvaitas) e pertencentes à tradição Shivabheda.

    Os shaktágamas são escrituras dos seguidores da face feminina do Absoluto, a Grande Deusa (Mahádeví). Portanto, qualquer escritura para ser considerada shakta deve abordar o Divino sob o aspecto feminino, na forma da onisciência dinâmica do Cosmos, o poder absoluto e supremo, denominado Ádi-Shakti Deví.

    Praticamente todas as tradições tântricas são orientadas ao culto a feminilidade, presente na natureza e no Cosmos e, portanto, de conotação shakta, mesmo quando Shiva é a divindade central da tradição. Por isso suas escrituras são simplesmente denominadas tantras.

    O primeiro texto tântrico a ter uma transmissão por escrito, rompendo com a tradição unicamente oral, foi o Guhyasamája Tantra. Trata-se de um texto que teve sua origem nas escolas tântricas budistas e contêm as bases da doutrina tântrica, de forma que muitos textos posteriores não fariam outra coisa que precisar ou ampliar algum detalhe dos ensinamentos desta escritura. Para compreender o nascimento deste texto, que fora um marco no desenvolvimento do tantra, temos de buscar suas raízes dentro do Budismo pré-classico.

    Alguns princípios tântricos já estavam presentes nas práticas dos budistas na época de Buddha, que reconhecia os poderes sobrenaturais (siddhi), associados às práticas tântricas, e o método em quatro etapas para alcançá-los que ele denominou iddhipáda.

    Embora seja pouco conhecido entre a maioria dos budistas, Buddha praticava uma forma de Yoga denominada Ásphánaka Yoga, com o objetivo de expandir as estruturas psíquicas para obtenção de poderes.

    Essa foi uma das principais causas da grande ascensão do Budismo em seus primeiros anos. A outra foi à abertura de seu sádhana a todas as castas.

    Diferentemente da sociedade brâmanica, em que o sannyása era uma etapa da vida somente acessível aos devotos brâmanes que passaram pelas fases anteriores, brahmáchárya (estudante), gárhasthya (chefe de família) e vanaprastha, no Budismo todas as castas tinham acesso direto à etapa monástica.

    Entretanto, com o passar do tempo, o Budismo fora se tornando uma ordem mais rígida, pois Buddha possuía uma forte crença na necessidade da aplicação de regras morais e éticas a todos os monges, principalmente para aqueles que viviam nos monastérios. Entre as normas impostas havia a proibição da ingestão de carne, peixe e vinho durante as refeições e também qualquer relação ou contato com o sexo oposto.

    Entretanto, a maioria dos monges não estava preparada para uma vida monastica.Os dissidentes, sentindo-se a parte do movimento budista convencional, e como os budistas em geral estavam fora do sistema de castas, não tinham acesso ao movimento brâmanico; sua única alternativa seria conseguir a legalização de suas práticas dentro do próprio corpo do Budismo.

    COSMOGONIA TÂNTRICA - tattwas

    Tattwa é uma palavra que significa em sânscrito energia. Os Tattwa pode ser traduzido como verdade ou princípio. É aplicada no sentido de enumerar as qualidades, partes, composição de algo. Por exemplo: os tattwas de uma árvore poderiam ser: a raiz, o tronco, ramos, folhas, flores e frutos.

    Samkhya é considerado como o mais antigo dos sistemas filosófico ortodoxo indiano .Sua filosofia considera o universo como constituído de duas realidades eternas: Purusha (consciência) e Prakriti (corpo físico), é, portanto, fortemente dualistas caracterizada por uma cosmovisão que vê o universo como uma mistura evolução de dualidades distinta (claro / escuro, masculino / feminino, etc.).

    Shamkhya advém do idioma sânscrito, um dos ramos do grande tronco lingüístico e cultural Indo-Ária, tendo parentesco com o latim, o árabe e mais uma dúzia de línguas indianas. Apesar desta influência o sânscrito é uma língua morta, sendo usada em situações ritualísticas, pujas com mantras.

    Samkhya, então literalmente, significa “descrição enumerativa”, inventário, enumeração, sendo uma palavra adotada por kapila, um literato indiano por volta de 27 séculos atrás. Para descrever a estrutura do cosmo e do homem, bem como as relações entre pessoas e do individuo como o cosmo, no sentido da natureza.

    Devido às dificuldades com os estudos e registros históricos daqueles séculos, não se sabe ao certo se Kapila foi realmente um personagem histórico ou uma criação folclórica; não se sabe também a data de seu nascimento (talvez 750 a. C), se foi contemporâneo depois de Buda (200 anos depois), se viveu no século II a.C ou II d.C

    Metafisicamente, Samkhya mantém uma dualidade radical entre o espírito / consciência (Purusha) e matéria (Prakriti). Todos os eventos físicos são considerados manifestações da evolução da Prakriti, ou natureza primária (do qual todos os corpos físicos são derivados). Cada ser ciente é um Purusha, e é ilimitado e irrestrito ao seu corpo

    O espírito em si é apenas uma testemunha da evolução. A evolução obedece a relações de causa e efeito, com a natureza primordial em si ser a causa material de toda a criação física. A teoria da causa e efeito da Samkhya é chamado Satkaarya Vaada, e afirma que nada pode ser criado a partir ou destruídas em nada - toda evolução é simplesmente a transformação da natureza primordial de uma forma para outra.

    Toda a matéria tem três gunas (qualidades) ou atributos fundamentais - sattva (atributo criativo), rajas (atributo preservacionista) e tamas (atributo destrutivo).

    A evolução da questão ocorre quando a relação de forças entre as mudanças de atributos. A evolução cessa quando o espírito percebe que é diferente da natureza primária e, portanto, não pode evoluir. Isso destrói o propósito da evolução, impedindo assim Prakriti de evoluir para Purusha.

    O Purusha (Ser) é consciente e livre de todas as qualidades. Eles são os espectadores silenciosos de prakriti (matéria ou a natureza), que é composto de três gunas (disposições), satva rajas e tamas (atividade estabilidade e estagnação). Quando o equilíbrio dos gunas se movimenta, a ordem mundial evolui. Este movimento causa um desequilíbrio natural, ou seja, um distúrbio é devido à proximidade de Purusha e Prakriti. Libertação (kaivalya), então, consiste na realização da diferença entre os dois.

    Esta era uma filosofia dualista. Mas há diferenças entre o Samkhya e as formas ocidentais de dualismo. No Ocidente, a distinção fundamental é entre a mente e o corpo. No Samkhya, no entanto, é entre o (purusha) e da matéria, e este último incorpora o que os ocidentais normalmente se referem como "mente". Isso significa que o Self como o Samkhya entende que é mais transcendente do que "mente".

    No caso do samkhya temos 24 tattwas na vertente mais antiga e 25 nas mais novas.

    A vertente mais antiga: Niríshwarasámkhya - Chama-se nir (sem) íshwara aquele samkhya que não tem em seus tattwas o íshwara como princípio. Ele somente foi incluído na época do yôga sútra e foi na idade média é que obteve notoriedade.

    Podermos contar o sámkhyas com 24 (sem púrusha), 25 (com púrusha) e 26 (com íshwara) tattwas. Contudo Pátañjali não afirmou que íshwara era um dos tattwas do sámkhya. Esse conceito veio a ser embutido dentro do samkhya mais tardiamente advindo da influência do vêdánta. Por isso prefiro somente citar os samkhyas com 24 e 25 tattwas.

    A vertente clássica se chama: sêshwarasámkhya (26 tattwas), ou seja com (sa) íshwara. No sânscrito há um fenômeno fonético que faz o A+ I virar E, por isso sa+íshwara torna-se sêshwara.

    Tattwas do niríshwarasámkhya, sua cosmogonia.

    TATWAS PUROS (consciência macrocósmica)

    1. CONSCIÊNCIA PURA (chit) -Macrocósmica, Shivatatwa, Samvit.

    2. ENERGIA PURA (Ananda) - Shakti, Tatwas.

    3. ENERGIA DE VOLIÇÃO (Icchá) - Sadashiva.

    4. ENERGIA DO CONHECIMENTO (Jnana) - Ishvara.

    5. ENERGIA DE AÇÃO (Kriya) - Shuddhavidya.

    TATWAS PSÍQUICOS (consciência microcósmica)

    6. MAYA SHAKTI - Energia de ilusão (Kanchukas).

    7. KALÁ - Poder de Shiva.

    8. VIDYA - Energia da Sabedoria.

    9. RAGA - Energia do Desejo.

    10. KÁLA - Energia do Tempo.

    11. NIYATI - Energia da Causalidade.

    TATWAS FÍSICOS (universo material)

    12. Consciência hominal - PURUSHA.

    13. A Matéria - PRAKRTI.

    14. Intuição - BUDDHI.

    15. Sentido do Ego - AHAMKARA.

    16. Mente Cognitiva - MANAS.

    17. Os cinco órgãos dos sentidos: Ouvido (som), Pele (tato), Olhos (visão),

    Língua (paladar) e Nariz (olfato).

    18. Os cincos agentes da ação: Boca, genitais, mãos e pés.

    19. Elementos sutis: Éter, ar, fogo, água e terra.

    20. Elementos grosseiros: Ar, fogo, água e terra.

    Tattwas são cinco símbolos geométricos que representam as cinco energias universais. Cada tattwas simboliza energias puras com propriedades específicas, os potenciais e as freqüências. Em combinações variadas, estas cinco energias compõem a totalidade somática de tudo em nosso universo físico e espiritual.
    Possui cinco símbolos básicos que são combinados para criar símbolos geométricos de tipos diferentes.

    Os símbolos são o Tattwa ovóide, o triângulo, a meia-lua, o círculo e o quadrado.
    Essas definições são mínimas e de forma alguma representam a totalidade do símbolo.

    “Saiba, que o fogo - Agni (energia) é o primeiro tattwa; o ar - Vayu (conhecimento) o segundo; a água – Api (sentimentos) o terceiro; a terra- Pritivi (matéria) o quarto e o éter – Akasha (sabedoria) o quinto. Pela ciência dos cinco tattwas e dos ritos do kaula, o homem se emancipa na vida nesta vida.

    .Uma constatação: os cincos elementos do tantra (a terra, a água, o ar, o fogo, o éter) são os mesmo da alquimia, cuja meta suprema é regenerar os homens banais, profanos, ou lhe revelar sua dimensão superior, assim como seus poderes ocultam em sua natureza aparente.

    São na transformação dos tatwas que tudo na vida ocorre e lapidam o homem em ser divino.

    Tudo ocorre no tantra em primeiro instante através do de Agni – fogo – representado na força serpentina denominado de kundaliní.

    KUNDALINI - A energia vital básica reside no centro básico (muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes através da alquimia agregada nas forças dos demais Tatwas. Api – sentimento – terra – Pritivi – matéria – Vayu – Ar – Conhecimento e Akasha – Espírito Divino e depois retornando a sua origem na Terra. Proporcionando o grande mistério do que está em cima é o mesmo que está em baixo.

    1. ANIMA (exigüidade). Esta é a faculdade que permiti identificar-se com a essência da menor parte do universo e do que ele mesmo é constituído. Permite ver o infinitamente grande (Mahima) ou, ao contrário, o infinitamente pequeno (Anima).


    2. MAHIMA (magnitude). Este é o poder de aumentar de volume, quer dizer, de alargar o círculo de sua consciência e de alcançar a plenitude do conhecimento do infinitamente grande.

    3. GARIMA (gravitação). Isto é relativo ao peso e à massa, e se aplica à lei de gravitação que é um dos aspectos da lei de atração. Este fenômeno é à busca dos yogues, ou seja, o estado de Samadhi.


    4. LAGHIMA (levitação). Esta é a possibilidade que tem o adepto de tornar-se mais leve que o ar, afastando a força de atração da Terra, e de desligar-se dele.


    5. PRAPTI (realizar o objetivo). Aquele que possui este poder tem a capacidade de atingir seus fins projetando sua consciência em todos os lugares que ele julga necessários, quer estejam sobre o plano físico ou sobre o plano cósmico. Este poder foi sempre muito utilizado pelos místicos do mundo inteiro. Prapti desenvolve também a clarividência, clariaudiência e telepatia.


    6. PRAKAMYA (a vontade irresistível). Este poder confere ao adepto a possibilidade de ver e realizar todos os seus desejos pela força da vontade divina, quando esta vontade substitui, em parte, a vontade pessoal e seus desejos estão em perfeita harmonia com o plano divino.


    7. VASITVA (o poder de comandar). É o poder de tornar-se mestre das forças elementares da natureza, utilizando o poder do som criador ou mantra. Pela palavra sagrada, as vibrações são produzidas no éter e as diversas formas podem ser produzidas. Ato utilizado em grande feitos de magia.


    8. ISATVA (o poder criador). Isatva se refere ao poder que tem o adepto de dispor dos elementos em suas cinco formas e de ressuscitar a vida no plano físico.

    Estes elementos mencionados no item acima são de caráter de curiosidade e conhecimento. Estes aspectos devem se desenvolver através de prática específica para o desenvolvimento das energias de cada chakra orientados a principio por um Mestre de Tantra.

    A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

    O Tantra Sadhana (prática), atuando como uma verdadeira Psicologia Energética do Yoga, utiliza-se do instrumental: asanas, pranayamas, kriyas, bandhas, mudras, meditações etc. para sustentar o equilíbrio psíquico, emocional e energético - e conseqüentemente o equilíbrio da personalidade - de modo a proporcionar a experiência da Unidade. E para tal, trabalha com a administração da complexa fisiologia energética e das técnicas que citamos acima.

    Um dos elementos interessantes desta fisiologia (e desta filosofia) é o conceito dos Granthis, os nós psico / emocionais / energéticos que estão posicionados ao longo da Sushumna Nadi (o conduto central de energia que se localiza como contraparte sutil da coluna vertebral).

    O Sushumna nadi simboliza a consciência da Unidade (energia Kundalini) e os Granthis simboliza o fluxo do universo em forma do Fogo Sagrado. Os sistemas de corpos energéticos com seus núcleos de boicotes, limitações, sabotagens, apegos e falsas crenças e identificações que devem ser transmutados e re-significados ao longo de nossa jornada para a consciência da Unidade.

    Granthis - Os três nós psíquicos

    Os Granthis são os obstáculos gerados através do psíquico / emocional / energéticos que cada um deve passar ao longo da sua trajetória rumo ao autoconhecimento.

    Ao mesmo tempo expressam as defesas e bloqueios que construímos.
    Os samsaras (impressões psico-emocionais, que vão gerar vasanas, que são as crenças, tendências e padrões) – outro nome para os Corpos Energéticos - vai, de acordo com sua “temática”, funcionar como manutenção dos Granthis.

    É interessante procurar notar no trabalho de canalização de Corpos Energéticos, quais conteúdos estão relacionados e com que Granthis ?

    De onde se originam os padrões que estão sendo manifestados e expressos pelo canalizador?

    VRTTIS DOS CHAKRAS

    Os antigos yogues se dedicavam a ouvir os sons emitidos pelas pétalas durante suas meditações e descobriram 49 sons. A partir dos sons das pétalas, surgiram as 49 sílabas que compõem o alfabeto sânscrito.

    Mas afinal o que são estas pétalas? São sub vórtices dos Chakras chamados em sânscrito de Vrttis. São os vórtices da mente. Os yogues descobriram que cada vrtti emana uma determinada energia psíquica e podemos dizer que a combinação dos aspectos dos 50 vórtices compõe os bilhões de personalidades humanas que existem.

    De acordo com as escrituras do Tantra, as faculdades mentais (vrttis) são de cinco tipos, e podem causar ou não sofrimento. São os seguintes:

    Pramana: Correto conhecimento com base na percepção direta ou em escrituras;

    Vipariaya: opinião errônea após estudo, ou seja, interpretação ou avaliação errada e ou distorcida, quando o conhecimento de alguma coisa não é baseado em sua forma verdadeira;

    Vikalpa: ilusão ou fantasia, que repousa meramente em expressão verbal ou imaginação;

    Nidra: sono profundo sem sonhos,

    Smrti: memória, retenções de impressões do passado.

    A harmonização dos vórtices é uma tarefa árdua e até pra muitas vidas em algumas pessoas e à medida que o homem evolui espiritualmente eles passam a funcionar de uma maneira tal que nossos sentimentos e emoções não nos dominam mais.

    Quando um determinado vrtti de um Chakra é perturbado por reações psíquico emocional, mental ou até mesmo espiritual é estimulado e torna-se desequilibrado e este padrão energético flui através dos milhares de canais energéticos, os chamados Nadis de nosso corpo sutil, perturbando a tranqüilidade de nossa mente.

    Como os Chakras estão ligados a uma determinada glândula, o hormônio relacionado a ela é super ou sub estimulado, modulando sua produção e provocando sintomas físicos e emocionais perceptíveis.

    Podemos começar agora a concluir que estes vórtices de energias chamados Vrttis “são” a mente de registros passados e que podem ser também considerados como centros de consciência. Sendo assim, torna-se evidente que nossa mente não se localiza em nosso cérebro e em nenhuma estrutura física. Portanto, a mente está distribuída nos 50 aspectos existentes nestes seis Chakras sendo que o cérebro teria apenas uma função semelhante a um terminal de computador dando-nos a ilusão de que nossa consciência se localiza em um determinado local de nosso corpo: para os ocidentais espiritualistas entre as sobrancelhas, mas para os povos do oriente, mas especificamente tântrico, no coração.

    Passaremos a descrever as diversas qualidades psíquicas ligadas aos Vrttis de cada Chakra.

    Métodos para inserir o Tantra

    Para que buscar pelo o Tantra?

    Buscar pelo o Tantra é o caminho que permite resgatar o poder de força e equilíbrio. É a ferramenta que conduz ao coração. Ou seja, o aprendizado de se amar, de sentir e de se permitir ter e fazer o que deseja. Sem dogmas e paradigmas.

    O Tantra permite co-criar sensações e realizações de vida. Através do realinhamento do poder de criar – feminino – shakti e de realizar – masculino – shiva inerente a cada pessoa – ou seja, permite acessar a sua verdadeira essência.

    Quais as formas que se pode buscar pelo o Tantra?

    Hoje o Tantra é divulgado como terapias tântricas e aproveito para desmistificar ou até mesmo esclarecer que quando se pensa em Tantra se traduz sexo e ou pornografia, divulgada pelos que exploram comercialmente o rotulo Tantra.

    Mas o Tantra é a tarefa de aprender a sentir e vivenciar terapeuticamente é possível através de meditações dinâmicas denominadas de vivências.

    Vivencias são métodos de conduzir um movimento através de uma melodia compactuada pela a sensibilidade do terapeuta em reconhecer através da nota os elementos que nela se forma, exemplo – terra, água, ar, fogo. A melodia é conduzida numa seqüência que produz o movimento de forma coreografada e conduz o participante a quebrar o fluxo ativo da mente de pensar para o sentir, mudando assunto o padrão comportamental da mente e concebendo o sentir formatando um equilíbrio automático.

    Vivência tântrica.

    Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira harmoniosa. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significaria estarmos sensual e sensorial?

    Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência, aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

    Individualmente

    Através do realinhamento de chakra – Deeksha – iniciação – com mantras que são palavras entoadas que produzem comandos de força no cérebro atuando em pontos específicos do corpo que leva ao despertar do inconsciente e forma assim uma mensagem de revitalização e capacidade de poder.

    Através da massagem tântrica – pertence ao rito do maithuna – metafísica do sexo e que foi retirada do rito com a função terapêutica a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido.
    A pessoa ao ser massageado tem a sensação de carinho e de amor. Não há dores, desconforto, nem torções.

    A massagem tântrica pode ser comparada com o som de instrumento de cordas. Onde o terapeuta transporta através das pontas dos dedos e das palmas das mãos um fluxo continuo e suave de toques sobre a pele provocando a eletricidade do corpo denominada de libido. O toque é feito de forma harmonioso, sutil e amoroso.

    Esse processo de prazer ao ser canalizado durante a massagem permitir equilibrar os hormônios e revitaliza os órgãos genitais internos e externos. Favorecendo a potência nos homens e preconizando ao orgasmo seco.
    Para as mulheres proporcionarão a facilidade do sentir orgasmos, corrigindo disfunções como TPM, frigidez, timidez e valorização de si mesma como mulher deixando-a mais feminina e sensual. Os homens concebem em si a capacidade de fluir o fluxo de intuição, sensibilizando as emoções, promovendo a dose necessária para fluir no pulso dos negócios e da afetividade.

    Conclusão

    Tantra é um caminho de conexão ao Divino - uma das trilha para o sagrado, o poder latente da certeza em ser pleno e único.

    Tantra é a transformação de energia. Vivenciar a trama da vida. É Tantra o despertar para o prazer num todo.

    O Tantra não pede ao Sádhaka (praticante) que pare de agir, mas sim que a ação seja transformada em consciência interior. Não se trata de uma mudança radical de vida e sim de uma conscientização dos desejos, sentimentos e situações. Não apenas de conhecer o desconhecido, mas o de realizar o já conhecido.

    O Tantra torna o ser humano mais sensível ao seu momento histórico, revitaliza suas energias físicas e unifica suas paixões.

    Procure conhecer a filosofia do Tantra sem os olhos da religião = hinduismo e sem os olhos do sexo, como assim tem sido entendido.

    A libido é uma energia existente em todos os seres vivos e que permeia o fluir do fazer e concretizar. É a energia que permeia as paixões e o desejo. Mas é a porta para transcender a consciência O tantra diz fique aqui agora e vivencie .É assim para tudo na vida!!

    Você não pode viver o amanhã sem viver o Hoje!

    Portanto sorria, dance, vibre, celebre, isto é Tantra.

    Bibliografia

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 31/07/2012 14:20


    “Ciência” Da Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto 2.doc

    CIÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE

    Introdução à Filosofia Oriental - O Tao como caminho

    São Paulo, 30 maio de 2012

    Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas – Holística – 2012

    SUMÁRIO

    1. Introdução ....................................................................................... III

    1. Missão por uma causa nobre.......................................................... .III

    1. Dores – Holoyoga: a terapia filosófica - autoconhecimento............. IV

    1. A Terapia Holística – terapia do ser total ................................... IV

    1. Rejuvenescimento - autoestima........................................................ IV

    1. Postura e elegância: cultura ancestral ............................................... V

    1. Tao .....................................................................................................V

    1. Mensagem do Tao ..............................................................................V

    1. Alquimia ...........................................................................................VI

    1. O estudo do Yin e do Yang ..............................................................VII

    1. Criação ............................................................................................VII

    1. Mutabilidade ..................................................................................VIII

    1. O principio do Yin e do Yang ...........................................................IX

    1. Os samurais ........................................................................................X

    1. Esotérico-Yin e Exotérico Yang .......................................................XI

    1. O mundo “Terra Yin” e o outro mundo “Céu Yang” ........................XII

    1. O mundo após a morte ......................................................................XII

    1. Material e metodologia .................................................................... XIV

    1. Discussão ..........................................................................................XIV

    1. Conclusão .........................................................................................XIV

    1. Bibliografia ....................................................................................... XV

    Introdução

    O homem evoluiu vertiginosamente na ciência do capitalismo, o ‘Ter’. Assim 1% escraviza 99% da população. Negligenciou-se na ciência da espiritualidade.

    Infelizmente a humanidade se perdeu no tempo, a capacidade de enxergar a verdadeira mediunidade (conhecimento e sabedoria) a verdadeira ‘Iluminação’, sendo que é perfeitamente possível, qualquer ser pode acessar a sua mediunidade que está adormecida no inconsciente é a kundalini adormecida, que pode ser despertada. Mas antes é preciso fazer o treinamento moral orientado por um mestre elevado.

    O I Ching sempre me diz: “A simplicidade diante de Deus não é uma vergonha”. Sou muito simples e com muita dificuldade em expressar os meus pensamentos em palavras escritas ou verbalmente, e tenho muita consciência de que acabo deixando muitas coisas ou assuntos no ar. Por isso peço encarecidamente que, tenham muita paciência e compreensão.

    Ter paciência e compreensão também é uma virtude, porque as pessoas aprendem a pensar sobre qualquer motivo ou assunto, e é assim que se aprende a filosofar. Hoje entendo perfeitamente que simplicidade é o propósito Tao (natureza).

    A natureza é muito simples, ela ensina tudo, olhem mais para a natureza (Yin e Yang) com muito amor, paciência e compreensão. Eles ensinam tudo.

    O meu objetivo maior é trabalhar sobre o legado que se deteriorou, pois o I Ching sempre me orientou nesse sentido. O intuito maior é ajudar os seres humanos em sua evolução pessoal e espiritual na simplicidade do Tao.

    O Tao ensina tudo através do Yin e do Yang (A sublime unidade). O que será levado em consideração é o autoconhecimento elevando a autoestima, afeto e compreensão, eliminando os conceitos que anuviam a mente que cria a prisão mental, da qual a sua essência fica ‘engaiolada’.

    Com a eliminação dos conceitos, crenças e dos paradigmas que não funcionam o ser liberta a sua essência adquirindo vida. A vida é construir situações que desejam vivenciar e não viver as situações aleatórias e desagradáveis que são atraídos inconscientemente. O que será ensinado são os caminhos necessários para a evolução pessoal, respeitando a capacidade de cada ser que será despertado de forma necessária: suave, médio ou intenso, de acordo com a necessidade de cada um naturalmente, desde que esteja aberto e disposto para a transformação e a libertação do ser.

    Missão: Por uma causa nobre

    Na comunidade todos são livres para participar de forma que sejam espontâneos. O trabalho será organizado de maneira que todos participem, formando uma equipe de boa vontade. Uma equipe é mais que um grupo de pessoas, é uma união de todas em torno de um objetivo, é o sincronismo de todos que leva a resultados notáveis.

    Vou dizer mais uma vez: “Compartilhar é necessário para evoluir todos juntos e compartilhar a alegria de viver. Compartilhar a felicidade é felicidade em dobro, compartilhar a dor é sofrimento pela metade, compartilhar o conhecimento é conhecimento redobrado. Isso é sabedoria, isso é Tao”.

    “Ser nobre não é ser melhor do que um milhão de pessoas, a verdadeira nobreza é ser melhor do que foi no passado.”

    Provérbio Hindu

    Dores – Holoyoga: a terapia filosófica – autoconhecimento

    Holoyogaterapia como auto-cura.

    Fundamento: Filosofia do Chi

    Todos nós somos autocuradores por natureza, existimos por causa do alimento material e da combinação exclusiva das forças que nos cercam (o Tai ChiYin Yang). A necessidade diária de calorias gira em torno de 6 mil unidades, basicamente obtemos 2 mil calorias dos alimentos que vem da terra. As outras 4 mil calorias saem das forças ao nosso redor, acima e abaixo de nós. Essas forças que nos cercam são a eletricidade, o magnetismo, a energia das partículas cósmicas, a luz, a cor, o som e o calor que são alimentos da nossa alma “o corpo etérico”. Se não soubermos como absorver e transformar esse alimento cósmico, precisamos depender dos outros para nos abastecer. Então precisamos consultar um padre, um monge ou uma pessoa santa para nos dar o nosso alimento espiritual diário.

    Os taoístas descobriram que podemos aprender a absorver essas energias circundantes e universais através da pele e dos principais centros de energia. Para nos projetarmos na imensidão das galáxias e do universo e reunir reservas ilimitadas de Chi cósmico para melhorar a saúde, devemos dar os primeiros passos dessa jornada dentro de nós mesmos. Para “sair” precisamos primeiro ”entrar”.

    Terapia Holística – Terapia do ser total

    “O homem deve harmonizar o espírito e o corpo.”

    Hipócrates

    É incontestável que o homem por sua própria iniciativa volte-se agora para terapia natural, desiludido não pelos resultados, mas pelos métodos muitas vezes brutais, das medicinas oficiais.

    A terapia natural mergulha suas raízes na noite dos tempos e das civilizações: terapia indiana, ayur-védica, tradicional, chinesa, hipocrática, egípcia e etc..

    Um fator comum se levanta no meio desses métodos de saúde: a concepção de que o espírito e o corpo, a energia e a matéria estão em conexão intima e influem naturalmente um sobre o outro (mente sã e corpo são). Assim toda terapeuta deve agir de modo a harmonizar a mente e o corpo no verdadeiro trabalho psicossomático que Hipócrates descrevia da seguinte forma: “Preservar o doente do perigo e da injustiça”.

    Milhões de anos atrás da descoberta de Einstein a respeito da relatividade, o homem já sabia a integração da energia da matéria. Todas as tradições antigas e as medicinas naturais mais recentes reconhecem uma força ativa de ligação entre o pensamento e o corpo: a energia vital, a harmonização pela energia da natureza.

    Rejuvenescimento – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Rejuvenescer ganhando um corpo vibrante de energia.

    Fortalecer o corpo físico é importante, mas se quisermos realmente rejuvenescer, é necessário também fortalecer o corpo etérico, o ser. Exercitar e fortalecer os intrincados músculos esfíncteres internos M.E.1. São 6 diafragmas que se ligam com os 6 chacras, assim fortalecendo órgãos e endócrinos, como também o sistema nervoso. Isso se deve a ativação da energia vital, trazendo a melhora do reflexo dos sentidos e da lucidez.

    Postura e Elegância – cultura ancestral – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Correção da postura para a saúde e manutenção da coluna, também rejuvenesce e enaltece, pois com a postura correta a pessoa fica elegante, se sente autoconfiante e eleva a autoestima.

    Tao

    O mundo pulsa, expande e explode. A dança cósmica do Yin e do Yang impulsiona o universo transformando, evoluindo e iluminando.

    Mensagem do TaoTao filosófico

    Desembaraçando os fios de seda emaranhados, juntando-os em meadas, assim se desvenda os mistérios e segredos orientais da antiguidade.

    “O antigo será de novo útil.” Lao Tse.

    O Tao como base das doutrinas filosóficas mentais e, hoje também, ocidentais é palavra chinesa que significa caminho, via; isto é, a sobreposição do feminino e do masculino, chamado Yin e Yang. O Tao não significa uma soma de um e outro, mas tais forças existem concomitante e sincronicamente. O Tao, como caminho e como fusão de tais elementos é o sentido de ordem, é um princípio organizador. É a reunião do caos e das polaridades. É gás dispersivo, conseqüente aos movimentos de fricção se transforma em gás de combustão do próprio movimento deixando um rastro. Ao seguir o Tao vocês seguem esse rastro, os movimentos, os fluxos da vida e do caminho até que, perdendo a polaridade, vocês se transformam no próprio caminho, no Tao.

    O Tao condena a idolatria e diz: “O mestre Tao não tem nome, ele é oculto, vive no anonimato meditando (filosofando), praticando, aprendendo, orientando e semeando o bem, o cultivo da serenidade, meditando entre o céu e a terra.”.

    O homem recebeu do céu uma natureza essencialmente boa para guiá-lo em todos os seus movimentos. Entregando-se a esse principio divino dentro de si, o homem alcança uma inocência incontaminada. Ela o conduz ao bem com certeza instintiva e livre de intenções ulteriores de recompensa ou vantagem, essa certeza instintiva traz supremo sucesso e favorece através da perseverança. Nem tudo que é instintivo é também natural, nesse sentido mais elevado da palavra, mas somente o que é correto, aquilo que corresponde à vontade dos céus. Uma forma de agir instintiva e irrefletida, que não possua retidão, só poderá causar infortúnio.

    Confúcio comentava a respeito: “Aonde irá àquele que se afasta da inocência? A vontade e as bênçãos dos céus, não acompanham seus atos.” – conceito do I Ching.

    O céu é puro, mas a terra é impura, o homem está entre o céu e a terra, entre o puro e o impuro. Certo ditado antigo diz o seguinte: “O Tao não possui qualquer forma; no entanto, confere vida ao céu e à terra. O Tao é destituído de emoções; no entanto, move o sol e a lua. O Tao é destituído de nome; no entanto, nutre todas as coisas da natureza.” O Tao possui tanto aspectos puros quanto impuros. Às vezes permanece imóvel, às vezes move-se. O céu é puro e a terra impura, todas as coisas percorrem o seu respectivo curso. A origem da pureza reside na impureza. Por esse motivo nos remetemos à meditação “reflexão”. O movimento é a fundação de quietude. Se as pessoas puderem constantemente permanecer puras e imóveis, então ficaremos no estado de serenidade.

    O espírito tende para a pureza, a mente para a quietude, mas é contrariada pelo desejo de equilibrar-se. Se fores capaz de controlar, então a mente permanecerá imperturbável e puro. Aqueles que estão impossibilitados de atingir o Tao são aqueles destituídos de clareza mental e que ainda se acham escravos das emoções.

    Suportar a quietude gradualmente entrarás no verdadeiro caminho denominado Tao, não existe nada para ser atingido, mas sim para sentir. Lao Tse dizia: “Aqueles que são honrados não tem porque discutir. Os que não são preferem se entregar a discussões.”.

    Aqueles que possuem elevadas virtudes não necessitam de virtude. Quando a mente permanece selvagem o espírito torna-se distraído devido a existência da ansiedade e do estresse, o corpo e a mente são afligidos por tensões.

    Se viveres na decepção e na ansiedade afundará no oceano do sofrimento e sempre vaguearás para fora do verdadeiro caminho. Se fores capaz de perceber intuitivamente, viverás o caminho natural, se intuitivamente entenderes o Tao, sempre será puro e imóvel. Todas as meditações que fazemos são essencialmente internas, você fecha seus olhos e imaginam todas essas coisas (tais como o sofrimento dos seres e o desejo de que sejam felizes); Mas não pense que isto vai simplesmente perder-se no espaço e não vai produzir nada. Ao imaginar certas coisas você faz com que elas se tornem realidade, se você todos os dias fica irritado, não se surpreenda se continuar ficando irritado se você mantém pensamentos de irritação em sua mente, “Eu detesto ele, eu detesto ele.”, não se surpreenda se um dia acabar por dar um soco no nariz dele, porque o que o corpo e a fala fazem é simplesmente seguir aquilo que a mente está fazendo, porque eles se iniciam na mente. Refletir, pensar, oração mental, examinar atentamente, ponderar, considerar, reconsiderar, isso é meditar.

    Como qualquer outra coisa, você tem que treinar antes de agir, não é possível simplesmente entrar em um carro e sair dirigindo, é necessário treinar primeiro. Antes de tocar piano você tem que treinar e treinar. Você tem que treinar-se no desenvolvimento do amor e da compaixão e tudo isso, por fim, o tornará apto a espontaneamente expressa-los em corpo e fala, isso é algo razoável.

    Alquimia - Adquirir conhecimento e sabedoria aprendendo a filosofar.

    Para refletir, filosofar, pensar: “Aprender sem pensar é inútil. Pensar sem aprender é perigoso.” Confúcio (Kung Fu Tse).

    Filosofia do Chi: metafísica, física moderna, física quântica é a ciência geral dos primeiros princípios e das primeiras causas, conhecimento, sabedoria, força moral, (elevação espiritual) que leva próximo a Deus; conhecimento de verdades morais, conhecimento absoluto que procura a intuição direta das coisas; conhecimento racional único possível de alcançar a essência das coisas, modo de pensamento intermediário entre teológico e o positivo; método de abordar os fenômenos da natureza; aprofundar, refletir, filosofar, raciocinar, pensar e discernir, é a adequação entre o ser e a inteligência, ou seja, espírito de reflexão de crítica e de superação.

    O estudo do Yin e do Yang

    A fertilidade da natureza é uma forma de expressão e um espelho do movimento contínuo de criação que se processa incessantemente em todos os níveis de vida no Universo.

    Criação – Yin e Yang – Co-criação

    No momento da criação, da unidade nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia; uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina “o nascimento do Tao”. Os chineses deram a essas forças primárias a alguns milhares de anos a denominação de Yin e Yang, do jogo dessas energias surgiu a criação.

    O Yin feminino é fecundado continuamente pela força masculina do Yang dando origem a vida e a morte, em suas infindáveis e múltiplas formas: físico, pensamento, idéias, atos, intenções, emoções, formas, momentos, tempo, espaço e etc.. É a energia que nunca morre, ela se transforma infinitamente, que também pode ser comparado com o nosso “cérebro macaco”, que nunca para de pensar.

    As forças do Yin e do Yang se manifestam no universo inteiro como polaridade, tudo para poder existir, tem um pólo contrário, “o nosso cérebro também é assim”. Um pólo só subsiste pelo outro pólo, se uma polaridade desaparece, a outra também desaparece.

    Essa regra fundamental é aplicável a tudo. Assim, só podemos exalar quando inalamos, se deixarmos de exalar também deixamos de inalar. O interior condiciona o exterior, o dia condiciona a noite, a luz condiciona a sombra, o nascimento, à morte, a mulher, o homem, etc., no que as duas polaridades são sempre intercambiáveis, cada pólo necessita para seu complemento, um pólo contrário. O Yin e Yang simbolizam de modo evidente o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nesse sentido, o Yin representa um lado da totalidade, o feminino, expansivo, intuitivo, passivo e inconsciente, e o Yang representa o lado masculino, concentrador, racional, ativo, e consciente. Isso, contudo não envolve nenhuma avaliação no sentido de “melhor”, o equilíbrio que existe no universo que nos envolve é o resultado dos relacionamentos entre os pares contrários. Como tudo no universo se encontra num fluxo constante de movimento, tanto o Yin como o Yang já estão presentes de forma latente no pólo contrário, isso é simbolizado pelo ponto branco, no Yin preto, e pelo ponto preto, no Yang branco. Cada um dos dois pólos já encerra em si, em forma de semente o pólo contrário, e é apenas uma questão de tempo para que uma polaridade se transforme na outra. Em alguns planos, esta transformação ocorre numa fração de segundo, como por exemplo, na esfera atômica.

    No ser humano essa mudança de polaridade do masculino para o feminino ou vice-versa, é possível através de várias encarnações. O dia e a noite necessita em média doze horas para essa mudança e o exalar e o inalar precisam apenas de alguns segundos.

    Todas as coisas chegam e afastam, se movimentam e se alteram com base no intercâmbio e na ação recíproca dessas forças básicas do universo. Entretanto, somente os dois ciclos resultam na respectiva unidade perfeita.

    Também a relação entre a mulher e o homem é baseada nessa regra, dois pólos se empenham em formar uma unidade, atraindo-se como os dois pólos de um imã. Quando é atingida a união das forças opostas há um intercâmbio entre elas, esse fenômeno também se aplica na direção da rotação dos chacras.

    Na homossexualidade, vê-se, por exemplo, uma polaridade energética oposta a normal, a questão da homossexualidade hermafrodita e andrógena, também faz parte da natureza (química). Tudo pode transformar ou voltar transformando.

    Entre os mundos visíveis e invisíveis dentro do universo, existem duas forças ou essências primárias: Yin - a obscuridade, e o Yang - a claridade. A força Yin tem poder de concentração, recolhimento, de se tornar mais pesada, mais densa, é o processo de materialização. Como todas as matérias físicas, por ser mais pesada, torna-se mais lenta, receptiva e quieta.

    A força Yang tem poder de expansão, de diluição de se tornar mais leve, mais dilatada e flutuante, é a antítese da materialização, e por ser leve e flutuante Yang simboliza a inquietação e o movimento.

    Yang tem tendência ascendente: Up, alegria, euforia, ansiedade.

    Yin tem tendência descendente: Down, depressão, tristeza, apatia.

    O dinamismo de Yang lembra o fogo: seu movimento é para cima, sua qualidade energética é de diluição e expansão. O dinamismo de Yin é como a água: dirige-se para baixo, sua qualidade energética é de concentração ou coagulação; pode-se ainda relacionar a energia Yin com as matérias mais densas de cosmo (planetas), e a Yang com as matérias sutis do cosmo (as luzes das estrelas).

    Às mulheres é atribuído o símbolo Yin pela quietude do feminino, e aos homens o símbolo Yang, pela inquietação do masculino. Percebe-se, entretanto, que nem o homem nem a mulher são inteiramente Yin ou Yang, a mulher, apesar de ser respectiva (Yin), é normalmente mais suave e leve (Yang), o homem, apesar de ser impulsivo (Yang), é mais rígido e tenso (Yin).

    O símbolo Tai Chi mostra que no interior de Yang existe um núcleo Yang. Os núcleos representam o centro ou essência, que é a camada mais profunda do ser, sendo o restante, camadas periféricas. A mulher é Yin, mas dentro dela ainda existe o aspecto Yang, e vice-versa para homem. Os nossos órgãos também se movimentam dessa maneira. Os núcleos representam os centros de gravidade do Yin e do Yang, para que a unidade seja mantida é necessário que o Yang tenha um núcleo Yin, assim como que o Yin tenha um núcleo Yang.

    Centro de gravidade Yang, núcleo Yin, centro de gravidade Yin, núcleo Yang. As energias Yin e Yang se manifestam simultaneamente no Universo. Pode-se ter como exemplo, o sol do nosso sistema solar, que irradia luz para todas as direções e ao mesmo tempo retém todos os planetas em torno de si; essa irradiação é Yang e a retenção é Yin. Do centro a periferia, ou seja, do Um ao infinito é o processo Yang; da periferia ao centro, isto é, do infinito ao Um, é o processo Yin. Já pensaram sobre o Buraco Negro?

    Mutabilidade

    Os movimentos da natureza são a alternância do Yin e do Yang. Essa alternância no I Ching chama-se mutabilidade. Como a maioria dos estudos místicos, o I Ching dedica uma boa parte a questão do destino, compreender o destino é compreender o sentido da vida dentro do tempo e do espaço. Segundo o I Ching, o destino é feito de alternância. Tudo que tiver ascensão terá queda. Todos os que viverem lado Yang conscientemente viverão o lado Yin inconscientemente. Os que estão conscientes no lado Yin tem seu inconsciente no lado Yang.

    A alternância do Yin e do Yang no destino é um processo natural e inevitável, assim como a vida e a morte. Os momentos do destino são momentos sucessivos, não há bem nem mal, são apenas momentos feitos de uma contínua mutação, em que passado e futuro projetam-se infinitamente.

    O princípio do Yin e do YangTai Chi, a sublime Unidade (código de Deus)

    Diagrama do Tai Chi. Em chinês, esse conhecido símbolo que representa a integração Yin -, e Yang +.

    Yin e Yang é, na filosofia chinesa, uma representação do princípio da dualidade de Yin e Yang. O conceito tem sua origem no tao, base da filosofia e metafísica da cultura chinesa.

    Princípios complementares

    Segundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    - Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente.

    - Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio.

    Também é identificado como o tigre e o dragão representando os opostos.

    Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidades são não definições, mas analogias que exemplificam a expressão de cada um deles no mundo fenomênico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação.

    Os exemplos não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios. Assim, referir-se a Yang como positivo apenas indica que ele é positivo quando comparado com Yin, que será negativa. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a prótons e elétrons: os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.

    O diagrama do Tai Chi simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. Yang (branco) e Yin (preto) integrados num movimento contínuo de geração mútua representam a interação destas forças.

    A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe contém tanto o princípio Yin quanto o Yang. O símbolo Tai Chi expressa esse conceito: O Yin da origem ao Yang e o Yang da origem ao Yin.

    Desde os primeiros tempos, os dois pólos arquetípicos da natureza foram representados pelo claro e pelo escuro, pelo inflexível e pelo dócil, pelo acima e pelo abaixo. O Yang, o poder criador era associado ao céu e ao Sol, enquanto o Yin corresponde a terra, ao receptivo, à Lua, o céu está cima e esta cheio de movimento.

    A terra – na antiga concepção geocêntrica – está em baixo e em repouso, dessa forma, Yin passou a simbolizar o repouso, e Yang, o movimento. No reino do pensamento, Yin é a mente intuitiva, complexa, ao passo que Yang, é o intelecto, racional e claro. Yin é a tranqüilidade contemplativa do sábio, Yang a vigorosa ação criativa do rei.

    A base da teoria de Yin e Yang é a harmonia e o equilíbrio. As forças complementares de Yin e Yang são o pilar central em todo o pensamento chinês. Considera-se que estas forças afetam tudo no universo, incluindo a nós mesmos. Tradicionalmente, o Yin é o feminino, o escuro, o passivo, o frio e o negativo, e o Yang é o masculino, o claro, o ativo, o quente e o positivo. Outro modo mais simples de considerar o Yin e o Yang é que há dois lados em tudo – felicidade e tristeza, cansaço e vigor, frio e quente e demais opostos.

    Yin e Yang são os opostos que criam o todo. Cada um deles não pode existir sem o outro e nada é completamente um ou o outro, em nenhum momento.

    Há graus variados de cada um deles dentro de tudo e de todos nós. O símbolo do Tai Chi ilustra como o Yin e Yang, fluem de um para outro com um pouco de Yin sempre dentro do Yang e um pouco de Yang sempre dentro do Yin.

    No mundo, o sol e o fogo são Yang, enquanto a terra e a água são Yin. A vida só é possível por causa da interação entre estas forças. As duas forças são necessárias para a existência da vida. Veja a relação abaixo para entender a relação entre Yin e Yang.

    Forças Yin: Feminino; Escuro; Lua; Água; Passivo; Descendente; Contração; Frio; Inverno; Interior; Pesado; Osso; Frente; Interior do corpo.

    Forças Yang: Masculino; Claro; Sol; Fogo; Ativo; Ascendente; Expansão; Quente; Verão; Exterior; Leve; Pele; Dorso; Externo do corpo.

    O corpo, a mente e as emoções estão sujeitos às influências de Yin e Yang. Quando as duas forças adversárias estão em equilíbrio nos sentimos bem, mas se uma força dominar a outra se provoca um desequilíbrio que pode resultar em doença.

    A acupuntura é uma terapia de natureza Yang porque atua do exterior para o interior. Por outro lado, as terapias herbáceas e nutricionais são terapias de natureza Yin, porque atuam do interior ao longo do corpo. Muitos dos órgãos principais do corpo são classificados em pares de Yin-Yang, que trocam influências saudáveis e insalubres.

    O Chi é a energia essencial que constitui a base de todas as terapias holística: I Ching, Reiki, da acupuntura, moxa, feng shui, tai chi chuan, cromoterapia, cristalterapia, enfim, uma infinidade. Pode se ouvir o som da energia pelas mãos, pode se ouvir também o som inaudível denominado seis sons do Lao Tse. Tudo isso é possível devido a existência dos chacras em nosso corpo. As cores do arco-íris, 7 notas musicais também são atraídas pelos 7 chacras (7 níveis de energia – Aura pessoal).

    Duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    Yang: O princípio ativo, diurno, luminoso, quente, masculino.

    Yin: O princípio passivo, noturno, escuro, frio, feminino.

    Os Samurais

    Os samurais não estudavam somente os ensinamentos das escolas do Budismo esotérico, mas também estudavam música, a doutrina de Confúcio e muitos outros ramos do conhecimento, como, por exemplo, a teoria do equilíbrio do Yin e do Yang. Na cosmologia chinesa, esses são os dois pólos fundamentais do universo, respectivamente o princípio negativo e o principio positivo. Os japoneses chamam os de In e Yo.

    Todos esses estudos desempenhavam um papel na vida do guerreiro. A teoria do Yin e do Yang era usada, por exemplo, quando ele queria construir uma casa ou, se fosse rico e poderoso, fundar um castelo. Numa ocasião dessas, ele estudaria o equilíbrio entre o Yin e o Yang para determinar a melhor localização e orientação para o edifício. Sabia que, por mais esforço que empenhasse na fortificação, isso de nada valeria se os arredores não fossem condizentes com o seu objetivo.

    Seguindo a tradição chinesa, os guerreiros do Japão ocupavam-se não só da interação entre os dois pólos fundamentais do universo como também dos cinco elementos que se combinam de infinitas maneiras para criar tudo o que existe no mundo.

    Os nomes dos dias da semana correspondem aos princípios do Yin e Yang. O primeiro dia da semana é o dia do sol; o segundo, o dia da lua; e os outros cinco dias recebem os nomes dos cinco elementos físicos, determinados pelo estudo dos princípios positivo e negativo, estudo esse que foi feito na Ásia, nos tempos antigos. Os nomes dos dias são os nomes dos cinco elementos fogo, água, madeira, metal e terra. Segundo os princípios do Yin e do Yang esses cinco elementos podem dispor-se de duas maneiras. A primeira é uma ordem na qual geram um ao outro, uma ordem harmônica; a segunda é uma ordem na qual os elementos se dispõem de acordo com suas rivalidades. Nesta segunda ordem, os diversos elementos inevitavelmente destroem uns aos outros.

    No relacionamento harmonioso entre os cinco elementos, a madeira produz fogo, que por sua vez transforma a madeira em cinza, ou seja, produz terra. A terra gera o metal; o metal gera a água e a água gera a madeira.

    A segunda ordem, baseada no conceito da rivalidade dos elementos, começa com a madeira. Esta quebra a terra; a terra absorve ou impõe limites à água; a água apaga o fogo; o fogo derrete o metal e o metal corta a madeira. O estudo das forças positiva e negativa no universo; o estudo do Budismo dos encantamentos e magias, chamado mikkyo; o estudo dos cinco elementos; e os estudos das fórmulas mágicas – todos esses estudos foram reunidos e desempenhavam um papel na formação dos homens de guerra e generais militares do passado. Esses estudos constituíam a base do currículo deles.

    O verdadeiro conteúdo do que tradicionalmente se chama de ‘artes marciais’ não são simplesmente as técnicas de matar. Há muito mais coisas envolvidas. O fundador da Shinto Ryu, Choisai Sensei, propôs estudos que conduzissem ao desenvolvimento da harmonia e de uma coexistência essencialmente pacífica entre o homem e a natureza e entre o homem e seus semelhantes. É nisso que ele pensava quando disse que as artes marciais devem ser as artes da paz.

    Os melhores guerreiros e generais do passado conheciam, além da arte de matar outros seres humanos, uma larga variedade de outras artes. Sem o seu conteúdo filosófico, as artes marciais não seriam nada além da aquisição de uma força bruta semelhante à dos animais.

    Esotérico – Yin e Exotérico - Yang

    O esotérico – Yin é espiritual, procura o divino, o eu verdadeiro (o ser) dentro de si, se interiorizando e sentindo a presença do mesmo. Esse ser se conecta com Deus através do canal chamado Chitrini: o fio de luz oculto. (oriental – Yin).

    “O exotérico – Yang é a religião “religarê”, procura o Deus Cristo, os Budas, os Santos e anjos, distante exterior” que estão no céu. (ocidental – Yang).

    O mundo “terra-yin” e o outro mundo “céu-yang

    “De onde vim e para onde vou quando morrer?” Essa é uma pergunta vital que reside em algum recanto da nossa mente, mas para a qual pouquíssimas pessoas podem dar uma resposta clara. A razão disso é que, para dar a resposta, é necessário um esclarecimento sobre a relação entre este mundo e o outro mundo. Do modo como as coisas estão agora, infelizmente, não há suficiente acúmulo de conhecimento sobre o assunto nem uma metodologia estabelecida que possam dar uma explicação.

    As únicas pistas que podemos encontrar por menores que sejam vêm das atividades dos médiuns que têm aparecido na Terra de tempos em tempos. No entanto, existem muitos tipos de médiuns e, embora alguns mereçam confiança, a grande maioria ainda tem uma personalidade ligeiramente desequilibrada, motivo pelo qual as pessoas deste mundo não conseguem acreditar em suas revelações. Por exemplo, um médium pode afirmar ter falado com um determinado espírito, que lhe preveniu sobre certo acontecimento. No entanto, não há nenhuma maneira de se provar isso, o que provoca incerteza e faz com que seja muito difícil confiar na palavra do médium. O mesmo acontece quando se trata de uma explicação deste mundo e do outro. A raiz da incerteza encontra-se em nossa incapacidade de reproduzir as experiências do médium.

    Se todos nós pudéssemos compartilhar as mesmas experiências mediúnicas, ninguém duvidaria da existência do outro mundo. Mas, infelizmente, essa habilidade limita-se apenas a poucas pessoas especiais. Como resultado, a maioria das pessoas não sabe da existência do outro mundo. Pessoas de senso comum não querem aceitar a existência do outro mundo ou da relação entre ele e o mundo no qual vivemos atualmente.

    Estamos sempre refletindo sobre o sentido da vida e nos perguntando qual a razão de existirmos. Essas questões de vital importância não podem ser compreendidas até que façamos uma idéia do tipo de existência que representamos na vastidão do universo. Se, como acreditam os materialistas, a vida começa de súbito no útero materno, continua por sessenta ou setenta anos, e acaba, sendo o corpo consumido no crematório, então devemos viver simplesmente de acordo com isso. Se, porém, como aceitam os religiosos, existe outro mundo do qual nossa alma vem para nascer neste mundo e viver por várias décadas, antes de se graduar e voltar para o outro mundo, onde se empenhará para melhorar ainda mais, então precisamos de uma visão diferente da vida.

    Se compararmos a vida à educação, os materialistas, para os quais vivemos apenas uma vez, equivalem àqueles que dizem que a educação está completa após poucos anos de estudo obrigatório. Eles vêem a vida pela limitada perspectiva dessa educação fundamental. Por outro lado, aqueles que acreditam que o mundo espiritual existe e que os seres humanos vivem eternamente, passando pelos ciclos de reencarnação, podem ver a vida como um aprendizado contínuo, terminado o ensino fundamental, há o ensino médio, a universidade, a pós-graduação e, além disso, mais uma infinidade de coisas a aprender.

    Quando analisamos esses dois exemplos, torna-se óbvio que é apenas pela perspectiva da “educação” eterna que os seres humanos podem progredir.

    Aqueles que acreditam que sua vida representa uma única e breve permanência no mundo, como um fósforo que se inflama e queima até ser consumido, dificilmente descobrirão a importância ou o significado do tempo que passam aqui. Esses se dedicarão ao prazer, ao materialismo e à decadência, pensando apenas em si mesmos. Se eles acreditam que só viverão algumas décadas, é de se esperar que achem que vão sair perdendo se não aproveitarem a vida ao máximo. De modo diferente, porém, as pessoas que acreditam na vida eterna sabem que os serviços prestados a outros certamente voltarão para eles algum dia como fortalecimento para a alma. Dessa maneira vê-se que ter a perspectiva deste e do outro mundo é vital, quando refletirmos sobre a nossa visão da vida, seus propósitos e missão. Sem isso, é impossível compreender o verdadeiro sentido da vida e dos seres humanos.

    O mundo após a morte

    Nós nos referimos ao lugar para onde as pessoas vão depois de separadas do corpo físico como o “outro mundo”, mas como é esse lugar? Que tipo de mundo nos espera depois da morte? Como não sabem o que as esperam, as pessoas ficam ansiosas e temerosas, expressando seu apego à vida terrena com as palavras “Não quero morrer”.

    Seja o que for que as pessoas possam sentir, acredito que o medo delas é baseado na ignorância com respeito ao mundo após a morte. O fato de o estudo do outro mundo nunca ter sido aceito como uma ciência acaba deixando as pessoas confusas. É por essa razão que precisamos conhecer o mapa “guia” para conhecer o outro mundo. Navegar sem mapa pode ser uma experiência terrível, mas com o mapa certo, pode se fazer uma viagem tranqüila. Se soubermos de onde viemos e para onde estamos indo, que continente é nosso destino, se conseguirmos entender os mapas, podemos fazer uma viagem segura. A duração de nossa vida não é algo que possa ser contado em décadas. Não se trata meramente da vida do nosso corpo, mas de algo que existe neste mundo e continua no mundo além deste. Contudo, mesmo em face disso, ninguém quer aceitar a morte. Pacientes internados em hospitais dizem que não querem morrer e os médicos fazem tudo o que podem para que sobrevivam. Mas, se pudesse assistir a tudo isso do outro mundo, veríamos que, quando uma pessoa se aproxima da morte, seu espírito guardião, seus espíritos e os anjos estão ao seu lado, já começaram a se preparar para orientá-la.

    Quando a morte finalmente chega, o espírito sai do corpo. No entanto, a princípio, a pessoa não percebe o que está acontecendo e sente-se como se fosse duas: uma está deitada na cama “o corpo físico perecível” e a outra podem mover-se livremente “é o corpo etérico eterno”. Quando o espírito liberto tenta se comunicar com as pessoas à sua volta, vê que elas o ignoram completamente. Ao mesmo tempo, ele descobre que pode atravessar paredes e outros objetos materiais, algo que inicialmente acha muito assustador. Ainda acredita que é o corpo na cama e continua a adejar sobre ele. Você pode imaginar o choque que ele leva quando vê o próprio corpo sendo levado para o crematório. Não sabendo o que fazer, o espírito permanece nas proximidades do crematório. Ninguém nunca lhe disse que tipo de vida o aguarda e, de modo bastante compreensível, ele se sente muito inseguro.

    É nesse momento que seu espírito guardião aparece e começa a explicar o que o espera. No entanto, tendo vivido neste mundo durante décadas, o espírito tem dificuldade para compreender a explicação e, apesar de todos os esforços de seu guardião, não se deixa convencer facilmente. Assim, muitas vezes permanece na Terra por várias semanas, ouvindo as orientações de seu espírito guardião. Como sugerem os serviços fúnebres budistas, realizados no sétimo e no quadragésimo nono dia depois da morte, o espírito geralmente tem permissão para permanecer na terra entre vinte e trinta dias após a morte. Durante esse período, ele recebe instruções do guardião ou dos espíritos, até estar preparado para retornar ao mundo celestial.

    Existem, porém, aquele cujo apego a este mundo é grande demais. São apegados, por exemplo, aos filhos, aos pais, à esposa, ao marido e até a sua terra, casa, riquezas ou negócios. Esses se tornam o que chamam de “espíritos presos à terra”, condenados a vagar por este mundo. São o que as pessoas conhecem como fantasmas, seres que permanecem inconscientes de sua existência como espíritos.

    Material e Metodologia

    Esta propositura tem como apoio, o tema Sexualidade e Espiritualidade, que tem como base, o 3º Caminho do Tao, cujo fundamento é a energia criativa (Yin e Yang). Somado a minha experiência sobre o despertar da Kundalini observei atentamente a natureza ao meu redor, elucidando dúvidas a respeito do tema.

    Paralelamente procurei descobrir através de exercícios práticos e vivência, explorando o universo dos sentidos na tentativa de apurar a capacidade de auto-percepção, baseada no sentir para ver a energia fluir, circular por dentro e fora de todo o corpo. Constatei que energia é questão de sintonia.

    Discussão

    De repente, percebi que eu estava filosofando o tempo todo, e descobri que tenho mediunidade, o que sempre neguei. No entanto, reconhecer a sua própria mediunidade é fantástico; Pensando bem, na minha adolescência, curei uma pessoa por puro amor e compaixão, que por acaso, é meu irmão.

    Hoje entendo porque precisamos nos dedicar muito no treinamento do amor e da compaixão ao próximo. Para ser um bom médium curador de verdade, é necessário o aperfeiçoamento moral, ética, cívica e espiritualidade sob a Luz da Doutrina dos Chacras assim elevando a Kundalini (despertar). “Não deve ser despertada prematuramente.”.

    Conclusão

    O Dr. Motoyama pede apelo aos cientistas e médicos jovens que pesquisem e aprofundem no estudo da Kundalini, no entanto, eu acredito que o estudo terá mais eficiência na holística, pois isso só é possível no sentir, ela é percebida na mediunidade., intuitivamente. Quanto mais o médium aprofunda no conhecimento, mais a Kundalini eleva o médium, elevando a sabedoria e espiritualidade, “Iluminação”.

    Cheguei a conclusão de que mais do que nunca precisamos nos dedicar no estudo da Kundalini dentro da holística. Espero poder orientar as pessoas com o apoio do Sr. Henrique Vieira Filho.

    Deixo aqui, meus agradecimentos por mais esta oportunidade, muito obrigada.

    Mitiyo

    Bibliografia

    1. Sexualidade e Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto – Terapeuta Holística CRT: 38660

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    www.sinte.com.brcontato@sinte.com.br

    1. Dharma Chacra – ensinamento do correto coração

    Apostilas – Mitiyo Oshiro Takemoto

    mitimoto@ig.com.br

    1. Revista da Sociedade Taoísta do Brasil – O caminho da transformação interior

    1. As Leis da Eternidade – Ryuho Okawa

    Ed. Cultrix

    1. Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Sharamom / Bodo J. Baginski – Ed. Pensamento

    1. Cura cósmica 1- Mantak Chia – Ed. Cutrix

    1. Internet – www.cefle.org.br

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 31/07/2012 14:51


    Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

    Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2012

     

    Sumário

     

    Resumo

    I - Introdução

    II - Material e Metodologia

    II.I - Definições

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

     

    Resumo

     

    Esta propositura disserta sobra a importância para o Terapeuta Holístico em compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, bem como ressalta que, conforme as técnicas adotadas pelo profissional (especialmente, a terapia corporal, a terapia tântrica e o trabalho com dependentes químicos), as consequências podem ser ainda mais complexas.

     

    Introdução

     

    Ainda que ocorra em inúmeros relacionamentos (professores & alunos, médicos & pacientes, líderes & colaboradores, sacerdotes & devotos, mestres & discípulos, etc, etc...), devemos à Psicanálise a teorização desse fenômeno, que a detectou na dinâmica entre Terapeuta & Cliente.

     

    Sua conceituação passou por várias revisões e complementações através dos anos.

     

    Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão.

     

    Assim sendo, sobre o Terapeuta, o Cliente “projeta” muitas figuras de seu mundo interno (reprimido e inconsciente) e cada vez que se refere a pessoas de seu passado ou do seu presente, pode estar também falando também do Terapeuta, que nesse momento, por diversos motivos, aparentemente se transforma nessa pessoa: ora, aparenta ser ameaçador, ora objeto de amor, tais como pai ou mãe, ou qualquer outro ser significativo da sua vida com as características do que dela foi registrado no inconsciente.

     

    Conjuntamente ou após superadas as resistências iniciais do Cliente (exemplos: será que isto vai me ajudar?; é só falando que vou conseguir resolver meus problemas?; não será que ele ou ela é muito jovem (ou muito velho) para me entender?) aí, sim, começa o processo transferencial e, geralmente, o analisando vê seu analista já como um pai (ora severo, ora indulgente, ora omisso), ou como uma mãe com suas (ora protetora, ora severa , ora negligente...).

     

    O Cliente, ao projetar no Terapeuta tais personagens de sua história, vive esses momentos com intensa realidade, se irrita ou busca mais carinho e proteção.

     

    Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

     

    O Terapeuta é um ser humano, com seus próprios problemas, conflitos e caraterísticas de personalidade.

     

    Cada um de nós tem sua própria história, seus conflitos infantis, e sua conduta (mais ou menos também conflitiva ) e sua forma particular de interpretação, ou seja, como todo ser humano, igualmente vulnerável, sensível, vaidoso, ambicioso, invejoso, que ama e odeia, que ainda que capacitado para sua prática terapêutica, também sente, segundo as circunstâncias, carinho, afeto, rejeição, tédio, frente ao que seu Cliente fala, relata, apresenta, projeta nele/nela (transferência), e se irrita, fica entediado, sente empatia e segundo o material da temática tratada, se angustia e sofre.

     

    O Profissional, é claro, tem obrigação técnica e ética de estar treinado para tudo isso, porém não poucas vezes tem que pensar e repensar numa interpretação, talvez produto de seus próprios conflitos e personalidade, ou procurar supervisar esse caso ou situação.

     

    Isto é a Contratransferência, importante elemento do tratamento, que quando não bem conhecido ou ignorado, pode levar a graves erros terapêuticos. Também quando bem interpretado, pode se tornar um valioso instrumento para compreender melhor o que está acontecendo numa situação ou em um tratamento.

     

    Devemos lembrar que assim como existem transferências resistenciais, amor de transferência, idealização do profissional e outras nuances, estas são próprias deste tipo de tratamento, e também existem nos Terapeutas, que tem o recurso de se corrigir procurando ajuda de seus colegas, supervisão e até uma outra análise a mais.

     

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao Profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

     

    É fundamental para o Terapeuta Holístico compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, pois ocorrerão independente de quais técnicas sejam adotadas nos atendimentos.

     

    Outrossim, em algumas vertentes terapêuticas, as consequências podem ser ainda mais complexas, como é o caso da terapia corporal, da terapia tântrica e do trabalho com dependentes químicos.

     

     

     

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

            

            ACONSELHAMENTO processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.         

             BIOENERGÉTICA — Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.        

    CALATONIA — técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.       

            CATARSEextravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

             CLIENTEusuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.         

     

            DEPENDÊNCIA QUÍMICA (Síndrome da Dependência Química, Drogadição)considerada uma DOENÇA e, como tal, somente pode ser diagnostica e tratada por médicos, em especial, os psiquiatras. Caracteriza-se pelo consumo freqüente, compulsivo e descontrolado de substâncias, visando aliviar sintomas de mal estar e desconforto físico e mental, reconhecidamente acompanhados por síndrome de abstinência, problemas psíquicos e sociais. Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)... Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

       NARCÓTICOS ANÔNIMOS (N.A.)grupos de ajuda para drogaditos, onde não se objetiva, em si, uma proposta de terapia; outrossim, oferecem um plano eficiente para a recuperação diária, por meio de uma série de atividades pessoais conhecidas como Doze Passos (adaptados dos Alcoólicos Anônimos). Algo enfático no programa é o chamado despertar espiritual, ressaltado como valor prático e não sua importância filosófica ou metafísica. Encoraja cada membro a cultivar um entendimento pessoal, religioso ou não, de um despertar espiritual. Nas reuniões, cada membro partilha experiências pessoais com os outros participantes buscando ajuda, simplesmente como pessoas que tiveram problemas similares e encontraram uma solução. Narcóticos Anônimos não têm terapeutas, não oferece moradia, não encaminha o dependente para clínicas ou para serviços médicos. A coisa mais próxima do que eles chamam de conselheiro do programa de NA é o padrinho ou madrinha, um membro experiente que oferece ajuda informal aos membros mais recentes. No grupo, a recaída é vista como uma parte necessária no processo de adicção/recuperação para muitos indivíduos.

             PSICANÁLISE — método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

     

            PSICOTERAPIA HOLÍSTICA — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

     

            PSICOTERAPIA PSICODINÂMICA — com embasamento teórico similar ao da Psicanálise, uma das diferenciações é que o terapeuta participa mais ativamente, valendo-se de um amplo repertório de intervenções para promover conversações que conduzam a novos insights e catalizar mudanças, tais como:

    Questionar o Cliente, pedir-lhe dados precisos, ampliações e aclarações do relato; explorar em detalhe suas respostas;

    Proporcionar informações, em especial, sobre os procedimentos que constituem a psicoterapia;

    Confirmar ou retificar os conceitos do Cliente sobre sua situação ou sobre a realidade externa;

    Clarificar, reformular o relato do cliente, de modo a que certos conteúdos e relações do mesmo adquiram maior relevo;

    Recapitular, resumir pontos essenciais surgidos no processo exploratório de cada sessão e do conjunto do tratamento;

    Assinalar relações entre dados, os temas, as suas seqüências, e capacidades manifestas e latentes do Cliente (ou seja, conscientes e inconscientes);

    Interpretar o significado dos comportamentos, motivações e finalidades latentes, em particular os conflituosos;

    Sugerir atitudes determinadas, mudanças a título de experiência, ou novas medidas terapêuticas, quando se mostrar necessário.

     

             RELAXAMENTO vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

     

            RESISTÊNCIA atitudes e verbalizações do Cliente, as quais, fazem oposição ao acesso de seu inconsciente, ou impede o retorno do material reprimido. Por extensão, Freud falou de resistência à psicanálise, para designar uma atitude de oposição às suas descobertas, na medida em que elas revelam os desejos inconscientes e infligem ao homem um "vexame psicológico" ao contrariar os seus valores (ideal de ego). Os conceitos de defesa e resistência se confundem e se sobrepõem às vezes, pois uma grande parte da resistência é derivada da defesa (recalques, sintomas derivados da deformação e ganhos primários e secundários de manter o estado atual - gerando a resistência contra à mudança).

     

    Uma das classificações mais adotadas quanto às Resistências:

     

    De 1o. nível: tentam impedir qualquer acesso ao inconsciente:

     

             Acting Out - Agressividade ao receber uma pergunta do terapeuta, negando-se a responder de forma incisiva.

             Fugir do consultório - sair mais cedo, faltas às consultas, ao perceber que terá que falar de algo que não deseja enfrentar.

             Benefícios diretos e indireto sem manter o quadro atual.       Exemplo: receber carinho e atenção.

           “Amnésia” - esquecimento do tema que foi levantado pelo terapeuta.

      Reação Terapêutica Negativa - piora ao invés de melhora no quadro, uma vez que o Cliente não se permite abandonar a culpa.

     

    De 2o. nível: após a quebra (acesso ao conteúdo do inconsciente), elas surgem por contra-investimento do Cliente, impedindo o retorno do conteúdo reprimido:

             Formação Reativa - atos extremados de contra-investimento: puritanismo, pudor exagerado, “condenando” o conteúdo antes aflorado.

     

             Idealização - exaltação de pessoas, engrandecendo suas virtudes, para proteger o material reprimido que encobre as deficiências que todos notam, menos aquele que idealiza, como a mãe que protege o filho desajustado.
            Atuação - representação auto-ilusória, negando suas emoções, desejos e lembranças. Exemplos: _ Nunca sentiria raiva, sou uma pessoa evoluída !

     

             Intelectualização - justificativas racionalizadas que encobrem o desejo reprimido, para explicar por que tomou ou deixou de tomar, esta ou aquela atitude.

     

            TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)resulta da combinação  de um conjunto de técnicas objetivando a modificação de aspectos do pensamento (cognição) e do comportamento do indivíduo e, conseqüentemente, também dos sentimentos em relação aos outros e a si próprio. Trata-se de um modelo de interação psicoeducativa, no qual o terapeuta ocupa uma função muito mais diretiva e educacional que nas terapias baseadas no conhecimento psicanalítico.

     

    Principais procedimentos na TCC:

     

    Análise comportamental: registro dos pensamentos e comportamentos em associação com eventos desencadeantes;

    Aproximação gradual: organização de tarefas na forma de etapas a serem cumpridas;

    Formato experimental: o incentivo a experimentar mudanças.

    O pensamento mal-adaptativo é identificado;

    O pensamento é contestado;

    Formas alternativas de pensar são trabalhadas;

    São experimentadas novas formas de enfrentar situações.

    Treinamento de relaxamento, para evitar a reação ansiosa;

    Exposição, principalmente nos transtornos fóbicos, com o que se busca a dessensibilização;

    Prevenção de resposta, principalmente nos rituais obsessivos, busca a supressão do ritual através do enfrentamento;

    Parada do pensamento, que a utilização de um estímulo que ajude a interromper o pensamento obsessivo;

    Treinamento de assertividade, utilizado especialmente para superar fobias sociais, com o objetivo de aumentar a confiança do cliente;

    Autocontrole, que inclui o uso de automonitorização e o auto-reforço;

    Manejo de contingências, ou seja, identificar e controlar comportamentos indesejáveis (por exemplo, explosões de raiva) e recompensar mudanças positivas;

    Terapia de aversão, que é baseada no reforço negativo.

    TERAPIA CORPORAL uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

     

    TERAPIA EM GRUPOas psicoterapias de grupo podem ser realizadas segundo uma orientação psicanalítica (psicoterapia analítica de grupo), segundo as técnicas psicodramática, transpessoal, gestáltica, TCC, ou outras. Estes grupos terapêuticos são geralmente heterogêneos, ou seja, formados por pessoas de diferentes origens e com diversos problemas. Há grupos que são homogêneos, formados por pessoas com problemas semelhantes, como os dependentes químicos; neste caso, a TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) é a mais comumente utilizada.

    Por fim, existem as terapias que atendem a pessoas do mesmo grupo familiar, e que podem ser conjugais ou familiares. Estas também podem ser realizadas segundo várias orientações, inclusive a psicodinâmica. Entretanto, o modelo que foi desenvolvido especificamente para o atendimento de casais e famílias é o da terapia sistêmica.

     

            TERAPIA SISTÊMICA  — mais uma vertente de Terapia Em Grupo, focada mais para família e casais, indicada numa gama de situações em que os problemas são mais “relacionais” do que propriamente “psíquicos”, especialmente em situações de conflitos conjugais, geracionais, e resultantes de mudanças no ciclo de vida da família (nascimento, adolescência, separação, morte, doença grave, etc.).

            TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.         

     

             TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.         

     

             TERAPIA REICHIANA desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

     

    TERAPIA TÂNTRICAA Terapia Tântrica tem sua origem no conceito filosófico do Tantra. Diferenciando-se das técnicas tradicionais de terapias corporais. A técnica é direcionada a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido.

    Tem por objetivo:

    · Trazer consciência corporal.

    · Despertar regiões sensoriais adormecidas.

    · Conectar a respiração e a voz às sensações.

    · Mudar os padrões energéticos, aumentando a quantidade de fluxo de energia.

    · Liberar traumas e paradigmas.

    · Mudar conceitos e idéias pré-estabelecidos que não permitam ampliar as possibilidades de prazer e êxtase.

    · Desenvolver novas ferramentas de comunicação e expressão do afeto.

    · Devolver a auto-estima e o amor por si mesmo.

     

            

             TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

              

    III - Resultados

     

    Constatou-se um risco maior de complicações decorrentes do fenômeno transferência/contratransferência quando se trabalha com técnicas que envolvem o contato físico direto, bem como aquelas linhas terapêuticas focadas no problema com drogas, em especial, quanto o profissional passou pela mesma situação de vida.

     

    Por sua forte corrente teórica psicanalítica, as técnicas corporais das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética, estudam a transferência / contratransferência, e, ainda que mais suscetíveis a este fenômeno (em comparaçao à Psicanálise “clássica”...), tradicionalmente saem-se bem nesse processo.

     

    O mesmo não ocorre com os Terapeutas que atuam com manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, lamentavelmente, não costumam ter em sua pauta de estudos, sequer conhecimentos rudimentares de Psicoterapia, ficando sujeitos aos “apaixonamentos” e “ódios” transferencias, já que desconhecem a teoria e, consequentemente, não os identificam, nem desenvolvem defesas, e, menos ainda, conseguem extrair um uso terapêutico destas ocorrências.

     

    O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras e igualmente deixam de incluir o estudo do Aconselhamento e Psicoterapia. Comumente, estes profissionais tem sua origem justamente na superação pessoal de terem enfrentado a dependência química e, ao focarem seu público alvo justamente nos drogaditos, estão perante seus “fantasmas” interiores em tempo integral. Em tese, estão mais aptos do que qualquer outro profissional a compreender e vincular-se com o Cliente drogadito; por outro lado, vivenciam grande sofrimento ao contratransferir, por exemplo, perante cada “recaída” da pessoa atendida, além de tender a “nublar” a percepção da história de vida do Cliente, projetando a sua própria. Ainda assim, apesar de todos os inconvenientes acima descritos, grupos como o N.A. Narcóticos Anônimos são os que obtém melhores resultados terapêuticos (do ponto de vista da sociedade...) nesta pauta.

     

    Outro fenômeno recente é o aumento de profissionais que se auto-identificam como Terapeutas Tântricos. Tradicionalmente, o ensino e a prática tântrica era destinada a casais e, ainda que terapêutica, não era considerada uma terapia em si. Atualmente, existir um casal deixou de ser pré-requisito, passando um ou mais profissionais a somar os papéis de orientador e de parceiro no contato físico, em graus menores e maiores de intimidade, via de regra, sem incluir o coito em si.

     

    Ainda que sem fundamento teórico psicanalítico, os que realmente estudaram os fundamentos da Terapia Tradicional Indiana (Ayuervedica) possuem uma versão “energética” da teoria da transferência/contratransferência, estando cientes da inevitável troca que ocorre entre Cliente e Terapeuta, especialmente ao mobilizarem a libido (energia kundalini) e, tanto desenvolvem “defesas” dessa influenciação, como igualmente possuem técnicas capazes de aplicar terapeuticamente a energia, em prol do equilíbrio e autoconhecimento.

     

    Lamentavelmente, a nova geração de profissionais desta linha não foi preparada com tais conhecimentos milenares e, menos ainda, tiveram um embasamento em Psicoterapia. Perante este perfil, constata-se uma Clientela extremamente “flutuante”, que não parece criar um vínculo terapêutico duradouro, ao mesmo tempo em que profissionais abruptamente abandonam esta linha de atendimento, por não ter condições emocionais / energéticas de lidar com as inevitáveis (e, para a maioria, sequer estudadas...) transferências / contratransferências.

     

     

    IV - Discussão

     

    Grandes gênios da humanidade, como Freud, Jung e Ferenczi, que tanto contribuíram para o entendimento da psique, em seus atendimentos terapêuticos iniciais, sucumbiram aos ódios e amores, envolveram-se passionalmente com seus Clientes, sofreram com isso e causaram sérios prejuízos emocionais a estas pessoas e às de seus círculos. Pioneiros, desconheciam o fenômeno da transferência / contratransferência e só se deram conta ao sentirem em si e em sua Cllientela, as consequências de ignorar.

     

    Se intelectos privilegiados como os acima citados foram surpreendidos, imagine indivíduos comuns, como o somos nós, a grande maioria dos Terapeutas...

     

    A diferença é que, aqueles, por serem pioneiros, atuavam em território desconhecido, enquanto que nós, em pleno século 21, temos total acesso aos ensinamentos oriundos daqueles e de outros mestres, cabendo-nos a obrigação de conhecer, estudar e compreender as bases da Psicoterapia.

     

    Situações transferênciais ocorrem em todas as terapias, inclusive, as  que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade.

     

    O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

     

    Trabalhar a resistência à terapia e estar aberto a espelhar os papéis transferenciais (tais como pai, mãe, cônjuge, etc...), aparentemente, são mais facilmente aceitos pelo Terapeuta.

     

    Já o caminho oposto, a contratransferência, é mais “temida”, visto que não raro, escapa à percepção consciente do profissional, durante o atendimento, sendo melhor compreendida, sob supervisão de terceiros.

     

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

     

    Nem a clássica e esteriotipada postura do analista “distante”, protegido pelo distanciamento do divã foi capaz de impedir sua ocorrência. Hoje em dia, sabemos que a contratranferência é inevitável e, portanto, deve ser aceita, estudada, compreendida e utilizada como instrumento de autoconhecimento e de aperfeiçoamento, inclusive, de nossos atendimentos.

     

    Assim sendo, ainda que envolva (em tese...), riscos de intensificar a TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, não há sentido para a Terapia Holística abrir mão dos recursos das técnicas em que ocorram contato direto com o Cliente.

     

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos, cabendo integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

     

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

     

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

     

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar.

     

    Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge.

     

    É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor.

     

    Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

     

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

     

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

     

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente.

     

    Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

     

    Outrossim, este limite torna-se extremamente tênue quando de trata da Terapia Tântrica. O toque, ao buscar o livre fluxo energético, ao atenuar as couraças, ao mobilizar a libido, comumente conduz a sensações de prazer orgásticas (às vezes, literalmente...). Em tese, na hipótese de estar ocorrendo a transferência da figura paterna ou materna, pode equivaler a concretizar o complexo de Édipo / Electra e gerar as mesmas consequências emocionais de um “incesto”. O alto risco desta estratégia poderia resultar em grandes ganhos terapêuticos em alguns raros casos de exceção, mas, via de regra, o mais provável é uma grande desestabilização emocional tanto do Cliente, quanto do Terapeuta.

     

    Felizmente, não tenho ciência de muitos casos onde o Cliente tenha experienciado a hipótese acima. Por ser uma proposta muito recente (ao menos, no atual formato de atendimento...), boa parte dos que procuram esta linha terapêutica, o fazem por curiosidade temporária, sequer chegando a criar um vínculo analítico com o profissional, resultando em poucas oportunidades de continuidade da proposta terapêutica.

     

    Por outro lado, a fartura de reportagens sobre o tema, a oportunidade (consciente ou não...) de rendimentos maiores, resultou no aumento da procura por formação em Terapia Tântrica, e na diminuição do número de horas/aulas necessárias, antes de iniciar-se atendimentos profissionais. Paralelamente, da mesma forma que ocorreu com a “massagem”, houve e continua havendo uma grande migração de profissionais do sexo, quer por realmente desejarem mudar de ramo de atuação, quer por buscarem adaptar as técnicas à profissão que já exercem.

     

    O alto custo dos cursos e atividades complementares propostos por inúmeros dos atuais mestres da Terapia Tântrica, favorece a precipitação de novos profissionais no mercado, atendendo prematuramente, para conseguir custear os aperfeiçoamentos, supervisões e locações das salas de atendimento, submetendo-se a uma Clientela movida em sua maioria pela curiosidade, ao invés de um real anseio por terapia. Boa parte dos colegas que conheci, atuantes de coração aberto e lotadas das melhores intenções, abruptamente abandonaram a proposta, tamanha foi a exigência emocional e energética de atuar nesta linha. A tese que levanto é que foram vítimas de sonegação de conhecimento; lhes foram negadas as informações e práticas de equilíbrio energético e ficaram totalmente de fora de suas formações, nem mesmo os mais rudimentares embasamentos da Psicoterapia, quanto mais, os fenômenos transferenciais.

     

    Outro grupo profundamente bem intencionado, mas extremanente órfão de embasamento psicanalítico é o dos autodenominados Terapeutas Em Dependência Química.

    Pertinente observar que, a drogadição é considerada uma DOENÇA e, como tal, do ponto de vista extritamente legal, só pode ser diagnosticada e tratada por médicos. Na prática, o tratamento oficialmente adotado é o de um trabalho multidisciplinar (médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais...), em estabelecimentos especializados, nos quais médicos psiquiatras diagnosticam e avaliam a necessidade ou não de internação (se voluntária, basta o aval do laudo psiquiátrico; se involuntária, além deste, igualmente é necessária uma ordem judicial).

     

    Outrossim, os organismos que melhores resultados obtém, não funcionam no formato acima descrito, mas sim, atuam como organizações não-governamentais, onde não se assume papéis de médicos, nem psicólgos, nem de terapeutas, mas sim, de iguais, todos unidos pelo anonimato e por terem passado por experiências semelhantes. Este é o caso do N.A. - Narcóticos Anônimos, os quais, sem pretensões terapêuticas e de forma gratuita, cada membro apoia ao outro, e estabelecem metas a serem cumpridas, os assim chamados Doze Passos. Justamente o passo final é o de ajudar a todos quanto possíveis, a igualmente conseguir contornar o problema da dependência química.

     

    Um formato “híbrido” dos dois acima, vem se proliferando na sociedade. Grupos bem intencionados, mas, comumente, ignorantes quanto à legislação que rege o tema, montam comunidades terapêuticas que se propõem a acolher e tratar, de forma remunerada, indivíduos com problemas relacionados ao abuso de drogas. Praticam uma somatória de técnicas comportamentais, mescladas com os ensinamentos dos Doze Passos. Boa parte das próprias pessoas tratadas, ao atingir o passo final, encontram-se na obrigação moral de ajudar aos demais e, ao mesmo tempo, necessitam de um papel produtivo e remunerado na sociedade, resultando numa demanda (rapidamente atendida...) por cursos de formação de “terapeutas em dependência química” (comumente ministrados em entidades religiosas e/ou nas próprias comunidades em que antes se trataram). Assim sendo, não raro por necessidades econômicas, passam a atender, de forma remunerada, aos colegas que estão passando pelos mesmos problemas que vivenciaram. Ou seja, dia após dia, Cliente após Cliente, todos são “espelhos” a recordar, o tempo todo, os traumas pelos quais o novo Terapeuta tão recentemente passou.

     

    Por um lado, é reconhecido pela imensa maioria dos grandes nomes da Psicoterapia, a grande dificuldade do drogadito em transferir, fenômeno essencial para a evolução da terapia. A interpretação psicanalítica tradicional mais aceita é a de não ter conseguido introjetar uma figura materna, a qual substituiu pelo prazer das drogas. Ora, não havendo uma imagem maternal a projetar no analista, não raro igualmente transferem para estes a relação com as drogas, não estabelecendo vínculo afetivo, mas podendo criar uma “dependência”, muitas vezes extrapolando limites, procurando o terapeuta de forma desordenada, sempre que sentir necessidade, tal qual o faria, com as drogas.

     

    O distanciamento profissional da postura psicanalítica clássica mostra-se pouco efeciente no trato com o drogadito. Por outro lado, alguém que passou exatamente pelos mesmos problemas consegue estabelecer um vínculo mais eficiente. Por este ângulo, a figura de um “Terapeuta Em Dependência Química” parece muito bem vinda a somar. Outrossim, ainda que bem intencionados, os cursos pouco somam de conhecimentos complementares, além dos Doze Passos, resultando em um profissional pouco mais preparado do que os gratuitos “padrinhos” no Narcóticos Anônimos.

     

    Sem embasamento sobre TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, este profissional sofre intensamente a cada recaída de seus Clientes, pois reverbera em suas próprias histórias de recaídas, sentirá compaixão além da terapia, capaz de amparar em sua casa, tal qual gostaria que tivesse acontecido, quanto aconteceu consigo; odiará o mal que o Cliente faz para si mesmo e para os outros, tanto quanto odeia o que ele próprio fez em igual situação...

     

    Em um limbo intermediário, não é mais o gratuito e voluntário padrinho do N.A., nem igualmente atingiu o estágio de um Terapeuta profissional, visto que lhe foi sonegado o ensino das técnicas e a necessária supervisão.

     

    Urge uma formação mais ampla para estes profissionais, em especial, as Terapias Cognitivas Comportamentais, muito úteis para cuidar dos momentos iniciais e de crise, que bem poderiam ser estendidas para Terapias Psicodinâmicas. Até mesmo a própria limitação de percepção tem que ser ampliada; uma vez superada a urgência e necessidade de retirar o Cliente de seu risco de morte, uma vez obtido o equilíbrio inicial, poderá exercer a TERAPIA HOLÍSTICA, em sim, na qual, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

     

     

    V - Conclusões

     

    É essencial o estudo e a compreensão da transferência e contratransferência, independente de quais técnicas serão exercidas.

     

    Outrossim, tanto o contato físico (técnicas corporais e tântricas), quanto a identificação quase que absoluta do histórico de vida do Terapeuta e do Cliente (dependente recuperado tratando de drogadito), intensificam a relação transferencial.

     

    A amplificação do inevitável fenômeno da transferência e contratransferência, se bem trabalhada, acelera o ritmo da terapia, mas igualmente aumentam o grau de responsabilidade e exigência técnica.

     

    O que se constata na sociedade é um crescente número de indivíduos muito bem intencionados, ansiosos em atender terapeuticamente, mas que são lançados prematuramente no mercado de trabalho, privados de conhecimentos essenciais.

     

    Os cursos tem a obrigação de incluir em suas grades curriculares os embasamentos da Psicoterapia, visto que o Aconselhamento é parte integrante da Terapia Holística e conhecer os fundamentos da Psicanálise, tais como a resistência e os fenômenos transferenciais, mais do que enriquecer a Terapia Holística, é essencial para o bem estar tanto dos Clientes, quanto dos Profissionais.

     

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em constante reciclagem de aprendizado e em contínua terapia e supervisão.

     

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS deve exercer seu papel de gerenciador do conhecimento coletivo e disponibilizar a todos os colegas a oportunidade de aperfeiçoamento profissional, para o bem tanto dos Terapeutas Holísticos, quanto de seus Clientes.

     

    VI - Referências bibliográficas

     

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul - vol.25  suppl.1 Porto Alegre Apr. 2003 - Psicodinâmica do adolescente envolvido com drogas

    CORDIOLLI A.V. Como atuam as psicoterapias. In: Psicoterapias: abordagens atuais, Porto Alegre, Artmed, 1998(pág. 34-45).

    FREUD, Sigmund (1905). Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

    FREUD, Sigmund (1930). Mal-estar na cultura. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

    FREUD, Sigmund (1915). “Observações sobre o amor transferencial”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XII, p. 175-190.

    FREUD, Sigmund (1921).“Psicanálise e telepatia”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XVIII, p. 187-204.

    FREUD, Sigmund (1937).“Análise terminável e interminável”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XXIII, p. 225-270.

    FREUD, S.& FERENCZI, S. (1908-1911) Correspondência. Rio de Janeiro: Imago, 1994.

    JONES, E. (1979) Vida e Obra de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Zahar Editores S.A.

    LA PLANCHE, Jean e PONTALIS, J.B..Vocabulário de Psicanálise. 3ª edição, São Paulo, Ed. Martins Fontes, 1998.

    SILVA, Cláudio Jerônimo da. SERRA, Ana Maria. Terapias Cognitiva e Cognitivo-Comportamental em dependência química. In: Rer. Bras. Psiquiatr. 2004, nº 26 (Supl-I), p. 33-39.

    MARTINS, Ana Carolina Borges Leão - Contratransferência e desejo do analista: a transmissão de um sintoma analítico

    SAFOUAN, M. (1985) Jacques Lacan e a questão da formação dos analistas. Porto Alegre: Artes Médicas.

    SOFOUAN, M. (1991) A Transferência e o Desejo do Analista. Campinas: Papirus.

     

    SANTOS, Marinalva Batista Dos - A transferência e a contratransferência no espaço terapêutico

     

     

     

    VII - Anexos e Apêndices

     

    VII.I

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

     

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

     

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de algumas premissas da Psicanálise:

                             

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho                         

     

    Estruturas da Psique:

     

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

     

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

     

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

     

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;

    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;

    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

     

    VII.II

    Freud, Nossas Bisavós E Os Vibradores

    Orgasmo - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

    As milenares Técnicas Tântricas aliam-se ao centenário Orgasmo eletromecânico e a curiosa origem dos vibradores no Século 19 como tratamento para todos os males da mulher, atualmente resgatado como instrumento terapêutico nas versões modernas da milenar arte tântrica.

    Quando iniciei-me no universo "alternativo", há algumas décadas, o Tantra era quase exclusivo aos pares formados entre os próprios terapeutas, como meio para equilibrar os centros energéticos e atingir a transcendência, tendo a sexualidade e amor como instrumentos. Eventualmente, era ofertada como terapia para casais, com estes participando de cursos onde aprendiam a teoria e prática tântricas.

    Já nos últimos cinco anos, surgiu uma nova turma de "gurus do sexo", propondo outras formas de dispor do tantrismo como terapia. Polêmicas à parte, no formato adotado por estes grupos neo-tântricos, já não é mais pré-requisito o casal, sendo que, no caso do Cliente procurar a terapia individual, caberá aos profissionais fazerem o papel complementar, seja o masculino, ou o feminino. Por meio do toque, respiração e movimentos, propõe-se a ativação da energia da líbido, harmonizando e redistribuindo por todo o ser. O orgasmo, ainda que não seja a finalidade, é comum ocorrer neste processo. Neste contexto tão diferente do que era há algumas décadas, deparamos também com o uso de luvas de borracha (assepsia e tentativa de minimizar a erotização do toque por parte dos profissionais) e, no caso da clientela feminina, o acréscimo de um recurso eletromecânico: os vibradores...

     

    Por sinal, esta metodologia vem obtendo grande atenção da imprensa, como as recentes matérias nas revistas Nova e Trip. Em primeira impressão, parece uma "modernização" da técnica, porém, a verdade é que nada mais é do que a volta a uma prática muito comum no final do Século 19 e primeiras décadas do 20, justificada por milenares interpretações machistas atribuídas a Hipócrates. Este chamava de histeria, aos sintomas físicos sem causa aparente, condição que considerava tipicamente feminina, razão pela qual, pressupunha que a origem do problema deveria estar no útero, ao qual atribuiam o estado de "ardente"...

    Eis que no puritano universo ocidental nos idos de 1850, uma "epidemia" do gênero tomou conta das recatadas damas da sociedade e, o único tratamento conhecido para a "histeria" era o toque clitoriano, que era realizado pelos médicos, em seus consultórios. A manipulação era continuada até que a Cliente atingisse o "paroxismo histérico", que era considerado um espécie de "ataque de histeria" obtido em ambiente controlado. Em decorrência disto, os sintomas físicos desapareciam e os maridos ficavam satisfeitos em constatar esposas mais calmas e felizes. Ou seja, pareciam desconhecer o que era um ORGASMO feminino, mas, pelo menos, já usufruiam de seus benefícios para o equilíbrio somatopsíquico...

     

    Eis que aqui, já podemos justificar a presença de Freud no título deste artigo, pois, foi justamente trocando informações com seus colegas que trabalhavam nesta linha de terapia, que firmou sua convicção de que problemas ligados à sexualidade eram a origem e a chave para solucionar inúmeros distúrbios. A Psicanálise trabalhou esta hipótese e, nesta linha, ninguém ousou mais que seu discípulo dissidente, Wilhelm Reich, que publicou os inúmeros benefícios do "clímax" sexual, em sua obra: "A Função Do Orgasmo".

     

    A procura por esta terapia "miraculosa" era tamanha que os consultórios não davam conta de atender, já que dependiam da destreza manual dos profissionais, que começavam a sofrer danos por esforços repetitivos.

     

    Como alternativa, experimentava-se os jatos de água, mas, como podemos constatar pela figura ao lado, no formato que adotaram, não era prático, nem eficiente.

     

     

    Eis que em 1880, o doutor Joseph Mortimer Granville, patenteia o primeiro vibrador eletromecânico, de fabricação encomendada com seu relojoeiro.Rapidamente, a idéia foi aperfeiçoada por várias empresas, até conseguirem tamanhos portáteis e baixo custo, o que possibilitou que todo lar pudesse ter ao menos um equipamento para o tratamento da "histeria" sem mais depender de ir a consultórios médicos.

     

    A popularidade era grande e com as bençãos da sociedade machista, que bem ignorava as demais potencialidades deste instrumento terapêutico.

    Propaganda de época

     

    Propagandas em revistas, jornais e cartazes, não raro, anunciavam os equipamentos como "a maior descoberta médica de todos os tempos", capazes de proporcionar "paroxismos histéricos" de alta intensidade, eficentes para tratar de todas as mazelas femininas.

     

    Seja a bateria, ou a manivela e até por ar comprimido, há grandes chances de nossas bisavós (isso se o leitor for da mesma faixa etária que eu, claro...) terem usufruído das maravilhosas invenções terapêuticas, porém, é bem provável que nossas avós e mães não tenham tido a mesma oportunidade, pois, a partir de 1920, com o advento dos filmes pornográficos, finalmente a sociedade machista e puritana tomou conhecimento dos potenciais usos destes equipamentos. Assim sendo, de terapia doméstica indispensável em qualquer lar que se preze, os vibradores passaram a ser enquadrados como inadequados às "mulheres de bem".

     

    Os fabricantes não se deram por vencidos, e buscaram outras formas de divulgar de forma mais discreta, a disponibilidade para compra. Desde anúncios em que as figuras estavam aplicando os vibradores na... têmpora (!), até literalmente vendidos disfarçados em caixas que anunciavam aspiradores de pó, e outros ofertados como aparelhos de "múltiplas utilidades", onde os motores serviam, em primeira análise, como batedeiras de bolo, mas, que possuiam acessórios que, uma vez conectados, possibilitavam utilidades bem diferentes. Apesar desta estratégia, é fato que entre as décadas posteriores a 1940, a popularidade dos vibradores desapareceu, vindo a ressurgir, nos anos 70 em diante, assumindo seu caráter de instrumento voltado ao prazer feminino.

     

    Assim sendo, como a Terapia Holística tem por tradição resgatar terapêuticas milenares ou, ao menos, seculares, até que não é de estranharmos que a linha tântrica traga de volta, mais uma antiga prática do tempo de nossas bisavós, ou seja, o vibrador, como uma panacéia universal...

     

    Na certeza de que o tema é muito polêmico e que ainda carece de normas técnicas específicas, que só poderão ser criadas após amplo debate entre os profissionais, aliados à análise jurídica da questão, que fique este artigo, como uma forma bem-humorada e curiosa de trazer o assunto para discussão.

     

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br

     

    Texto extraído de:

    http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/tradicionais/69-sexualidade-tantrico/197-vibrador-tantrico#ixzz23jhKUtNR 

    Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

     

    VII.III

     

    Os Doze Passos de Narcóticos Anônimos

       

    Os Doze Passos de NA tem como objetivo convidar os nossos membros a empenharem-se numa viagem de recuperação, e servir como meio para se alcançar uma compreensão pessoal dos príncipios espirituais de cada passo e a forma como os experimentos nas nossas vidas acreditamos que os passos estão apresentados de uma forma que abrange a diversidade da nossa irmandade e reflecte o despertar espiritual descrito no nosso 12º passo..

     

    OS DOZE PASSOS

     

    PRIMEIRO PASSO:

    Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.

     

    SEGUNDO PASSO:

    Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.

     

    TERCEIRO PASSO:

    Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós o compreendíamos.

     

    QUARTO PASSO:

    Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.

     

    QUINTO PASSO:

    Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.

     

    SEXTO PASSO:

    Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

     

    SÉTIMO PASSO:

    Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.

     

    OITAVO PASSO:

    Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.

     

    NONO PASSO:

    Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse prejudicá-las ou a outras.

     

    DÉCIMO PASSO:

    Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

     

    DÉCIMO PRIMEIRO PASSO:

    Procuramos, através de prece e meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.

     

    DÉCIMO SEGUNDO PASSO:

    Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.

     

    Fonte: http://www.na.org.br/

     

     

    VII.IV

     

    Drogas: Êxtase e Dependência

    Êxtase e Dependência - Modelo: Pollyana - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

    Antes de aprofundar a questão, apresento meu posicionamento neste tema tão polêmico: creio que tudo o que se busca por meio das drogas, pode ser obtido por alternativas menos drásticas, tais como técnicas especiais de respiração, posturais, corporais e de induções vivenciais, que igualmente produzem estados alterados de consciência, sem os riscos inerentes de exposição a produtos cujos efeitos a curto e longo prazo ainda não são bem conhecidos.

    Milenarmente, todas as culturas praticaram rituais religiosos que se propunham a alterar as percepções da realidade, comumente associando ritmos musicais repetitivos, em alto som, regado a bebidas de teor alcoólico (vinhos, aguardentes, fermentados...) e danças, com a variante de ingestão de vegetais com poderes alucinógenos, muitas vezes restritas aos sacerdotes, em outras, compartilhado com toda a tribo. Tal somatória resulta na dissolução dos padrões rígidos da personalidade, permitindo contato direto ao conteúdo inconsciente. Os objetivos eram transcendentes, uma jornada "espiritual", "sagrada".

     

    Modernamente, a tradição ressurgiu nos festivais "hippies", inclusive, mantendo-se a busca pela transcendência. Nos dias de hoje, temos as festas denominadas "raves", outrossim, sem um objetivo "espiritual" no contexto. Seja como for, o que se constata é um "padrão" que faz parte da história da humanidade e, certamente, merece ser analisado mais profundamente.

     

    Em nossos consultórios, ainda que parte integrante do contexto coletivo/social, o mais comum é que a questão das drogas chegue até nós, de forma individualizada, ou seja trazida pelo Cliente. A ausência de julgamento, seja positivo, ou negativo, é exigência fundamental em nosso trabalho e o foco é a PESSOA, em seu TODO. Ou seja, o uso das drogas seria mais um dos tópicos a serem trabalhados, visto que é inseparável dos demais. Devemos, em conjunto com o Cliente, descobrir as motivações, conscientes e inconscientes, que levaram a este padrão de comportamento. Seria uma busca religiosa ? Estaria abafando pensamentos, sentimentos, desejos, lembranças ? Auto-estima em baixa sendo compensada via comportamentos tidos como moda ? Enfim, infindáveis hipóteses e cada caso é um caso, cada momento é único. Só o transcorrer da terapia pode trazer mais clareza sobre o que ocorre. E, paralelamente à análise, a inclusão de técnicas vivenciais, alternando relaxamento, hipnose, técnicas corporais de toque, respiratórias, renascimento, em suma, uma vasta gama de opções terapêuticas capazes de produzir estados alterados de consciência, sem uso de "aditivos".

     

    Os produtos consumidos nos dias de hoje, "refinados" quimicamente em laboratórios, certamente são muito mais danosos do que as poções milenares, que eram praticamente em estado natural. Daí que na sociedade moderna surge a alcunha de "dependente químico", aquele indivíduo que perde o controle sobre o uso da substância, associado com sintomas de abstinência e tolerância, evitadas com o uso constante e cada vez maior, privilegiando o consumo a outras coisas que antes valorizava. Dentre os colegas de profissão, existe um grupo crescente que foca seu atendimento a este tipo de situação, quase como uma "especialidade", correndo o risco de perder o enfoque holístico e, o que é ainda mais grave, inadvertidamente ferindo a legislação, com o risco de prisão, sendo irrelevante à justiça humana se suas intenções eram nobres ou não.

     

    O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras.

     

    Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)...

     

    Ou seja, ainda que não trabalhe com internações, quem definir seu trabalho desta forma, corre o sério risco de enquadrar-se em exercício ilegal de medicina...

     

    Extremamente preocupante é o fator "internação", muitas vezes propagandeada com mais um serviço prestado por estes colegas... Isto se deve porque, em várias escolas, fazem interpretações distorcidas, tentando justificar este procedimento, citando legislação que nem sequer mais existe (como é o caso da Lei nº 6.368, que foi REVOGADA pela Lei nº 11.343, de 23/09/2006) ou da Lei nº 10.216, cujo objetivo (dentro outros...) é justamente PROTEGER o cidadão para IMPEDIR que ele seja internado involuntariamente !!! Ou seja, é exatamente o OPOSTO da interpretação que os cursos vem divulgando !!!

     

    Nós sabemos que erram na boa fé, porém, nenhuma autoridade policial e/ou judicial aceitaria tal alegação... Conforme claramente expressa a lei, toda internação, até mesmo as voluntárias, dependem de um laudo MÉDICO PSIQUIÁTRICO; sem isso, estarão ferindo os direitos da pessoa em questão, além de cometer crimes de sequestro e cárcere privado, dentre outros possíveis enquadramentos...  

     

    Mesmo de posse do laudo médico, ainda assim, o estabelecimento precisará prestar "serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros"; sem tais requisitos, jamais a instituição poderá sequer candidatar-se a esse papel.

     

    Sabemos que muitos colegas trabalham como aprenderam nestas escolas, contudo, verdade seja dita, infelizmente tais cursos, ainda que talvez bem intencionados, ensinam de forma totalmente equivocada no que diz respeito a adequar-se às leis em vigor.... Urge uma adequação radical na forma de se expressar e modo de trabalhar, pois, a continuar no formato atual, é questão de tempo para muitos colegas serem presos e processados.

     

    Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br

    (11) 3171-1913

     

     

    Texto extraído de: http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/psicoterapia/aconselhamento/232-drogas-dependencia-quimica#ixzz23olhqDgL 

    Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    Autor: : Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico
    Última atualização: 17/08/2012 17:42


    Eventos » Proposituras de Palestras » Holística 2013

    Quiro Acupuntura - Acupuntura na Mão

    Quiro Acupuntura 

    (Acupuntura na Mão) 

    Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108 

     

    RESUMO

    Quiro-Acupuntura ou Acupuntura na mão.

    É uma técnica de acupuntura que utiliza somente as mãos para equilibrar a energia do corpo.
    O Quiro Acupuntura e considerada uma reflexologia, como a Orelha, sola dos Pés, Olhos e etc..

    È uma técnica que muito simples de aprender e praticar, porque nos temos as duas mãos na nossa frente .

    Na Coréia esta acupuntura na mão, esta sendo divulgado em massa, por meio de comunicação popular como na TV, Jornal, Revistas e etc.

    Uma boa parte da população coreana já se auto trata com acupuntura na mão como se fosse receita caseira.

    Quero transmitir um pouco do meu conhecimento aos terapeutas para conseguir se auto tratar.( e a única técnica que não depende de ninguém para se tratar ) e não tem contra indicação.

    Qualquer pessoa tem a capacidade de localizar um ponto correspondente numa mão, observando simplesmente um mapa da mão.

    Basta pressionar ou esfregar o ponto ou a região, de maior sensibilidade podemos equilibrar a energia do local alterado.

       ÍNDICE 

          I- Prólogo. 

          II- Histórico. 

          III- As Três teorias da Acupuntura na mão. 

          1- Reflexos dos órgãos e Vísceras na Palma da Mão.

          2- Reflexos dos órgãos e Vísceras no Dorso da Mão.

          3- Lateralidade do Corpo em Relação a Palma da Mão.

          4- Lateralidade do Corpo em Relação ao Dorso da Mão. 

          IV- Material Utilizados no Tratamentos. 

          1- Agulhas.

          2- Aplicadores de Agulhas.

          3- Moxa.

          4- Aparelho de Alumínio .

          5- Anel.

          6- Aparelho de eletro-Acupuntura.

          7- Plaquetas de alumínio ou ouro. 
     

          V- Terapia da Correspondência. 

          1- Dor na testa.

          2- Dor de cabeça lateral.

          3- Olho.

          4- Nariz.

          5- Boca.

          6- Dor na mandíbula.

          7- Distúrbios na bochecha.

          8- Dor na laringe.

          9- Brônquios.

          10- Dor na parte da fonte.

          11- Dor de ouvido.

          12- Dor na lateral da occipital.

          13- Dor na occipital.

          14- Dor na cervical.

          15- Dor na escápula, escápula superior e coluna torácica.

          16- Dores na cervical, torácica, lombar, cóccix.

          17- Dores na Escápula e no Osso da Bacia.

          18- Dores ao lado da coluna lombar.

          19- Pontos correspondentes dos Meridianos IG5, TA4 e ID5.

          20- Pontos correspondentes dos Meridianos P9, CS7, C7.

          21- Pontos correspondentes dos Meridianos E41(T), VB40 (fonte) e                                                                B60( fogo ).

          22- Pontos correspondentes dos Meridianos F4 (metal), BP5(S), e R3 (fonte e terra).

     

          VI- Teoria dos 5 dedos ( 5 elementos ). 

          VII- Teoria dos 14  micro meridianos . 

          1- Relação da Nomenclatura do Quiro-Acupuntura com a Sistêmica.

          2- Meridianos na Palma da Mão.

          3- Meridianos no Dorso da Mão.

          4- Meridiano do Vaso Concepção ( A ).

          5- Meridiano do Vaso Governador ( B ).

          6- Meridiano do Pulmão ( C ).

          7- Meridiano do Int. Grosso ( D ).

          8- Meridiano do Estômago ( E  ).

          9- Meridiano do Baço Pâncreas ( F ).

          10- Meridiano do Coração ( G ).

          11- Meridiano do Int. Delgado ( H ).

          12- Meridiano da Bexiga ( I ).

          13- Meridiano do Rim ( J ).

          14- Meridiano do Pericárdio ( K ).

          15- Meridiano do Triplo Aquecedor  ( L ).

          16- Meridiano do Vesícula Biliar (  M ).

          17- Meridiano do Fígado ( N ). 
     

         VIII) Recursos para aplicar sobre o Micro Meridianos. 

    1. Aplicação Simples.
    2. Aplicação com Tonificação  e Sedação.
      1. Recurso de Tonificação ou Sedação.
    1. Tonificação ou Sedação pela agulha.
    2. Tonificação ou Sedação pelo Magnetismo.
    3. Tonificação ou Sedação pelo estimulador elétrico.

     
     
     
     
     

      IX) Cuidados básicos na utilização da Terapia na Mão. 

         X) Alguns métodos para observar o desequilíbrio do organismo (da energia). 

    1. A temperatura das mãos e dos pés.
    2. A aorta abdominal (que é uma veia grossa que se localiza acima e abaixo da corrente umbilical) deve pulsar suavemente.
    3. Aparelho digestivo deve estar funcionando normalmente sem dores.
    4. As pulsações dos seis pontos (em cada braço existem três pontos) devem pulsar suavemente e igual.
    5. O abdômen, não deve apresentar reação de dor ao ser apalpado.
    6. Coluna vertebral.
    7. Pulsação.

       XI) Medidas utilizadas para localizar os pontos. 

    1. Dorso da mão.
    2. Palma da mão.

       XII) Dicas em casos de Emergência. 

    1. Em casos leves.
    2. Em casos graves.
     

    I - Prólogo 

          O segredo do equilíbrio do organismo está na suas mãos. A mão é um corpo humano em miniatura, pois existem todos os pontos correspondentes do corpo humano  na mão.

          Através da mão podemos tratar todos os tipos de desarmonia da energia do corpo humano promovendo o equilíbrio.

          Essa terapia de tratamento pelas mãos, nos chamamos de Quiro-Acupuntura ( acupuntura somente nas mãos). 

          Características do Quiro-Acupuntura 

          - Esta nova técnica e de fácil aplicação (somente na mão) .

         - Aplicação das agulhas são indolores e menos agressivos se comparados á acupuntura tradicional, e são aplicados superficialmente na palma ou dorso da mão.

          - Ë uma terapia muito fácil de ser ensinada e aprendida.

          - Não tem contra indicação.

          - Não existem restrições quanto ao local de atendimento ou a hora de aplicação.

          - Não há efeitos danosos quando aplicados em pontos errados.

          - Excelentes resultados na harmonização das energias dos órgãos e vísceras.

          -  Muito utilizados em prevenção do desequilíbrio energético.

          - É uma técnica que pode ser utilizados como receita caseira. Porque é muito fácil de ser manuseadas como receita de bolo.

         - Os fundamentos dessa teoria coincide com os da Acupuntura Sistêmica, isto é , teoria dos Yin e Yang, dos Cinco Elementos , Zang-Fu (Órgãos e Vísceras) e dos meridianos . 
     


    II - Histórico 

          Quiro acupuntura surgiu na Korea em agosto de 1971, através do Tae Woo Yoo ( presidente da academia Sooji - medicina da Korea ), que defendeu a tese em 31/12/75.

          Fundador e Instrutor do Instituto de Sooji - Chim da Korea do Sul.

          Quiro Acupuntura estuda o desequilíbrio energético do corpo humano através das mãos. É um novo tipo de acupuntura, que pode promover o equilíbrio energético através da inserção de agulhas nas mãos.

          A Mão é um corpo humano reduzido, os problemas existentes no organismo se refletem nas mãos, sendo assim é possível tratar e promover o equilíbrio energético através da  reflexologia das mãos. 

     

          Primeiro Ponto descoberto em 1971, M5 = VB 20 ( sistêmica ). 

          Desde então, com as intensificações e aperfeiçoamento dos estudos chegou a conclusão das três teorias. 

    1a Teoria : Teoria da correspondência da mão com o corpo humano.

                  ( mão é um corpo humano reduzido ) 

    2 a Teoria : Teoria dos 14  micro-meridianos da Mão, com 345 pontos. 

    3 a Teoria : Teoria dos Dedos das Mãos ( 5 elementos ). 

     

    III - AS TEORIAS DA TERAPIA NA MÃO. 

          1 - Reflexos dos órgãos e Vísceras na Palma da Mão. 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.2 -Reflexos dos Órgãos e Vísceras no Dorso da Mão 

    3-Lateralidade do Corpo em Relação a Palma da Mão. 

    4-Lateralidade do Corpo em Relação ao Dorso da Mão. 
     

    IV- Materiais utilizados no tratamento. 

    1- Agulhas de 2 cm com 13 mm de cabo e 7 mm de agulha. 

    Aplicação de agulha e feita através de um aplicador . Agulha e colocado no aplicador e aplica de forma suave sem fazer força, e a penetração é de 1 à 2 mm sobre a superfície da pele.

    Duração de aplicação de 20 à 30 min. 

    2- Aplicadores de agulha. 

    3- Moxa . 

    Moxa é feita de uma erva chamada de Artemísia, e serve para promover equilíbrio energético do organismo através do calor.  

    4- Aparelho de alumínio . 

    5- Anel   

    6- Aparelho de Eletro-Acupuntura. 

    7- Plaquetas de alumínio ou ouro. 

    São pequenas placas prateadas e douradas, variando de tamanho e quantidade de pontas.  
     

    V- Terapia da correspondência. 

     

    1-Dor na testa. 

    2-Dor de cabeça lateral. 

    3-Olho. 

    4- Nariz. 

    5- Boca. 

    6- Dor na Mandíbula. 

    7- Distúrbios na bochecha. 

    8- Dor na Laringe. 

    9- Brônquios. 

    10- Dor na parte da fonte. 

    11- Dor de Ouvido. 

    12- Dor na Lateral da Occipital. 

    13- Dor Na Occipital. 

    14- Dor na Cervical. 

    15- Dores na Escapula, Escapula superior e coluna torácica. 

    16- Dores na Cervical, Torácica, Lombar e Cóccix. 

    17- Dores na Escápula e no Ilíaco ( Osso da Bacia ). 

    18- Dores ao lado da Coluna Lombar. 

    19- Pontos correspondentes dos Meridianos  IG5, TA4 e ID5. 

    20- Pontos correspondentes dos Meridianos  P9, CS7 e C7. 

    21- Pontos correspondentes dos Meridianos E41(T),VB40 (Fonte)e B60.

                 

    22- Pontos Correspondentes dos Meridianos F4 (Metal), BP5 ( S ) e R3  )       

    VI ) Teoria dos 5 dedos ( 5 elementos). 

    Cada dedo representa um órgão e uma víscera. 

    Dedo polegar: Fígado / Vesícula Biliar ( Estômago e  Int.Grosso ).

    Dedo indicador: Coração / Int.Delgado ( Bexiga e Int.Grosso ).

    Dedo médio : Baço Pâncreas / Estômago (Bexiga e Vesícula Biliar).

    Dedo anular : Pulmão / Int.Grosso ( Útero e Intestino Delgado ).

    Dedo mínimo : Rim /Bexiga ( estômago, Útero e Int.Delgado). 

          É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

     
     
     
     
     

    VII - Teoria  dos 14  micro meridianos  

    Na mão existem 14 micro meridianos. A qual utilizamos para promover equilíbrio de energia  do órgão ou víscera. 

    1- Relação da Nomenclatura do Quiro-Acupuntura com a Sistêmica. 

           Sistêmica            Quiro-Acupuntura 
     

          VC -----------------A   Meridiano Vaso Concepção  

          VG -----------------B   Meridiano Vaso Governador 

          P    -----------------C   Meridiano do Pulmão 

          IG  -----------------D  Meridiano do Intestino Grosso  

          E    -----------------E   Meridiano do Estômago 

          BP  -----------------F   Meridiano do Baço / Pâncreas  

          C    -----------------G   Meridiano do Coração  

          ID  -----------------H   Meridiano do Intestino Delgado 

          B    -----------------I    Meridiano do Bexiga 

          R    -----------------J    Meridiano do Rim  

          CS  -----------------K   Meridiano do Pericárdio  

          TA -----------------L    Meridiano do Triplo Aquecedor  

          VB -----------------M   Meridiano do Vesícula Biliar  

          F    -----------------N    Meridiano do Fígado  

     
     
     
     
     

    2- Meridianos na palma da Mão. 

    3-Meridianos no Dorso da Mão 

    4- Meridiano do Vaso Concepção ( A ). 

    ( A ) nasce no ponto A1 e passa pelo centro da palma da mão, e termina no ponto A33 situado na extremidade do dedo médio.  
     

    5-Meridiano do Vaso Governador ( B  ). 

    ( B ) nasce no ponto B1 e passa no centro do dorso da mão, e termina no ponto B27. 

    6- Meridiano do Pulmão ( C  ). 

    ( C ) nasce no A12 (Jung wan ) e passa pelo C1 até C13 ao longo das bordas do dedo indicador e anular. 

    7- Meridiano do Int. Grosso ( D ).( D ) nasce no ponto D1 do lado da raiz da unha do dedo indicador e anular, passando até D12,dirigindo-se para cima e centralmente em ambos os lados do dedo médio até D22 o qual está localizado ao lado do A28. 

    8- Meridiano do Estômago ( E  ). 

    ( E ) nasce no ponto de A28 desenvolve-se até E2 quando passa a fluir  próximo à lateral do ( A ) até a primeira articulação, quando flui pela palma, passando a correr distalmente ao longo dos dedos polegar e mínimo nos lados distantes do dedo médio. 

    9- Meridiano do Baço/ Pâncreas ( F  ). 

    ( F ) nasce no ponto F1, que está localizado na ponta do polegar e do mínimo e flui ao longo da linha central de cada dedo até ponto F22. 

    10- Meridiano do Coração ( G ). 

    ( G ) nasce no ponto A16 e desenvolve-se no ponto G1, e sobe até G15 ao longo dos dedos indicador e anular, nos lados distantes do dedo médio. 

    11- Meridiano  do Int. Delgado ( H ). 

    ( H ) nasce no ponto H1 e passa ao longo das linhas centrais do dorso dos dedos indicador e anular até H11, quando mudam de direção subindo pelos lados do dedo médio até H14. 

    12- Meridiano de Bexiga ( I ). 

    ( I ) nasce no ponto I1 que fica ao lado do B27, dirigindo-se à linha ao lado do (B ) até I24 , espalha em duas ramificações para fluir pela linha central do dorso do polegar e do mínimo. 

    13- Meridiano do Rim ( J  ). 

    ( J ) nasce ponto J1 na parte externa da raiz da unha do polegar e anular, Flui ao longo da linha vermelha/ branca  até J16, e vai lateralmente ao ( A )   até terceira articulação do dedo médio.

                                                                                                     

    14- Meridiano do Pericárdio ( K ). 

    ( K ) nasce no ponto A18, e flui pelo A16, e é gerado no ponto K1, localizado próximo das linhas da primeira articulação dos dedos indicador e anular na palma da mão. E flui até um ponto final das unhas dos dedos indicador e anular.

            

    15- Meridiano do Triplo-Aquecedor ( L ). 

    ( L ) nasce no ponto L1, na linha posterior interna dos dedos indicador e anular do dedo médio, flui ao longo do indicador e do anular, vira e sobe até aos lados do dedo médio. 

    16- Meridiano do Vesícula Biliar ( M ). 

    ( M ) nasce no ponto M1, que está localizado na lateral do ponto A33, flui para baixo na direção do dorso do dedo médio, e no dorso da mão gira, orientando-se para cima e nos lados do polegar e do mínimo próximo ao dedo médio. 

    17- Meridiano do Fígado ( N ). 

    ( N ) nasce no ponto N1, que está localizado próximo à unha do polegar e do mínimo no lado do dedo médio, flui pela palma, reverte sua direção e sobe até os lados do dedo médio.               

    VIII ) Recursos para aplicar sobre o  Micro-Meridianos. 

    1) Aplicação Simples. 

    É aplicar simplesmente no ponto sobre o Micro-Meridianos, sem técnica de Tonificação ou Sedação.

    A aplicação simples não regula voluntariamente a função do órgão, mas ele somente estimula o micro-meridiano.

    Aplicação da Agulha é 1mm verticalmente sobre a pele. Se cair algumas agulhas não haverá problemas, porque várias agulhas caem em várias direções. É  também não ocorrerá tonificação ou sedação. Ocorre sim o funcionamento pelas características do próprio ponto.

    Por isso no caso da aplicação simples deve estudar em conteúdo o seguinte:

    Ex.: Para indigestão, no caso simples, é eficaz aplicar apenas no ponto A12. E no caso pior, é eficaz aplicar no ponto A12 e mais quatro ponto da periferia na distância de 1 cm acima e abaixo e a direita e esquerda do ponto A12. E no caso crônico , deve ser aplicado sobre o micro meridiano. A aplicação sobre o micro meridiano, em qualquer ponto será eficaz. 

    2) Aplicação com tonificação e sedação. 

    A excelência da Terapia é conseguir certamente o funcionamento da tonificação e sedação  do micro meridiano, para excesso ou deficiência de energia do órgão ou víscera. É a tonificação ou sedação que regulam voluntariamente a função dos órgãos e vísceras se existir problemas. Quando existe problema na função do órgão estará em estado de excitação, excesso de energia, e a víscera correspondente estará em debilidade ( 5 elementos ).Neste momento podemos trabalhar em órgão correspondente para promover o equilíbrio .

                         

    Ex.: Quando existe Dor no ponto (Es25) do lado esquerdo ,pelo diagnóstico descobrimos que existe a síndrome de excesso de energia do int.grosso / deficiência da energia do pulmão. Aplicar pela tonificação do

    C (Pulmão)  micro meridiano do lado esquerdo sumirá ou diminuirá [ porque a tonificação no C (Pulmão) micro meridiano dará o efeito de sedação no D (int.grosso) micro meridiano ].

    Aplicar novamente pela sedação do C(Pulmão) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, a Dor do ponto (Es25) do lado esquerdo reaparecerá. Neste momento aplicar pela sedação do D(Int.Grosso) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, também a dor do ponto (Es25) sumirá ou diminuirá. Outra vez aplicaria pela tonificação do D (Int.Grosso) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, Também a dor do ponto (Es25) reaparecerá.

    Assim, a tonificação ou sedação tem a característica para regular voluntariamente a função do órgão. Isto aparece certamente só no micro meridiano da Terapia . 

    1. Recurso de tonificação ou sedação :

    Tonificação ou Sedação  da Terapia usa se a lei de YUNG SU BO SA

    (o fluxo do micro meridiano é somente em uma direção, isto é do menor para os maiores números).

    YUNG: é a técnica de Sedação que supre o fluxo do micro meridiano pela aplicação contrária a direção do fluxo micro meridiano .

    SU: é a técnica de  Tonificação que supre o fluxo do micro meridiano pela aplicação na mesma direção do fluido do micro meridiano.

    BO: é uma palavra coreana que significa a Tonificação.

    SA : é uma palavra coreana que significa a Sedação. 

    1. Tonificação ou sedação pela agulha:

     

    A eficácia da tonificação ou da sedação pela agulha é bom para qualquer ponto sobre o micro meridiano dos quatro dedos, à exceção do dedo médio.

    Especialmente a melhor maneira para tonificar ou sedar é no intervalo da Segunda articulação e da terceira articulação de cada dedo, porque no final do

    dedo sente-se muita dor ao aplicar, e nas outras partes é lenta a reação ao aplicar.

    • A penetração da agulha na pele 2 a 3mm.
    • O ângulo com a pele 30o a 45o .
    • Tempo de permanência da agulha : 10 à 20 min.
    • Acrescentar os pontos básicos e o ponto importante ou o ponto correspondente.
    1. Tonificação ou Sedação pelo magnetismo:

    O magnetismo é o poder de atração dos pólos negativos com o positivos, e sempre indica os pólos N(norte) ao S (sul). 

    d) Tonificação ou Sedação pelo  estimulador elétrico . 

    1. Tonificação ou Sedação pelas placas de metal Prateado e Dourado ).

    Existem dois tipos de ionização do metal : 

    Prateado ( um metal sem cor ) é o caráter Negativo (-).

    Dourado ( um metal com cor ) é o caráter Positivo (+).  

     
     

    IX - Cuidados básicos na utilização da Terapia na Mão. 

    Primeiramente as mãos devem ser limpas com  água corrente ou passar álcool a 70 graus com 2% de iodo. 

    • Cada pessoa deve ter suas próprias agulhas ou utilizar agulhas descartáveis.
    • Antes da aplicação é bom massagear as mãos, podendo utilizar para isso o massageador.
    • O cliente deve se sentir à vontade, sentado ou deitado se for grave.
    • Tempo de duração : no casos leves como dor de cabeça. Aplicar agulhas e depois de  passar  a dor, deixar por mais 5 min.
    • Nos casos graves ou crônicos: aplicação das agulhas deve ser de 20 à 30min.
    • Número de aplicações: Varia de acordo com o desequilíbrio energético da pessoa.
    • Desequilíbrio Energético leve : Uma vez ao dia, podendo equilibrar com 5 aplicações.
    • Desequilíbrio Energético graves: Uma vez ao dia, podendo equilibrar em 6 à 12 meses ou por tempo indeterminado.
    • Para obter melhores resultados é recomendado o uso de vários instrumentos, na seguinte ordem: massageador, Agulhas, plaquetas de Prata ou Ouro, Anel e Moxa.
    • Quando estiver com as agulhas é bom fazer movimentos leves, para ativar a circulação de energia nas mãos.

    Cuidados e Precauções extremas quanto ao uso,  em situações abaixo:

    • Se o cliente estiver em jejum ou com muita fome.
    • Se o cliente tiver perdido significativa quantidade de sangue por, vômitos, ou eliminação pelo reto.
    • Se o cliente estiver desidratado ou embriagado.
    • Se o cliente estiver exausto pela viagem ou por outro motivo.
    • Se a pressão for instável, alta ou baixa demais.
    • Se o cliente for extremamente fraco.
    • Se o pulso do cliente não puder ser sentido quer pela carótida ou pelas artérias radiais.
    • Se for extremamente alérgico ou reumático.
    • Se o micro meridiano estiver infectado por doença epidêmica ou necessitar de cirurgia.
    • Se o cliente estiver  tendo um ataque.
    • Se o cliente tiver febre ou calafrio extremos.
    • Se o cliente estiver emocionalmente  hiper estimulado, nervoso, alegre, triste, bravo ou assustado.

    Em caso de cliente entrar em choque. 

    1. Tirar as Agulhas ou outros instrumentos.
    2. Repousar com respiração profunda.
    3. Aplicar a Agulha nos pontos A8,12 e 16.
    4. Picar no ponto J1.
    5. Ou aplicar a Agulha nos pontos B24, I2, A33 e E2.
    6. Em casos graves : deve picar a ponta dos 10  dedos.
    7. Aplique Agulha nos pontos da receita de Jeong-Bang do coração na mão direita e Jeong-Bang do rim na mão esquerda.
    8. Após recuperação deverá descansar, comer e  aplicar moxabustão nos pontos A1,3 e 12.

     

    X -  Alguns  Métodos para observar o desequilíbrio do organismo (da energia ). 

    1. A temperatura das mãos e dos pés.

    Se a temperatura das mãos estiverem normal, quer dizer que a circulação do corpo permanece estável. Quando ocorre dos pés e mãos estarem frios, são sinais e sintomas de que o estado do equilíbrio não se encontra normal, necessitando de cuidados. Através do controle da temperatura das mãos e pés podemos concluir a normalidade do corpo humano.

    2) A aorta abdominal (que é  uma veia grossa que se localiza acima e abaixo da corrente umbilical ) deve pulsar suavemente.

    Quando o seu funcionamento ocorre normalmente, a circulação do sangue e a pulsação transcorrem  normalmente . Porém, quando se encontra lesada, com pulsações intensas ou fracas seu funcionamento é prejudicado. Na Terapia Oriental a pulsação da aorta é observada para verificar a normalidade da saúde.

    Quando a pulsação é intensa, o organismo não se encontra normal, dificultando a circulação do sangue.

    1. Aparelho digestivo deve estar funcionando normalmente sem dores.

    Se ao pressionar o estômago, ocasionar dores agudas e apresentar tensões, como uma massa dura, são sinais de que o organismo não está bem.

    1. As pulsações dos seis pontos ( em cada braço existem três pontos) devem pulsar suavemente e igualmente. São os pontos geralmente usados para tomar pulso, o equilíbrio na Terapia  Oriental.
    2. O abdômen, não deve apresentar reação de dor ao ser apalpado .

    A pele do abdômen deve estar mole, assim como intestino, e também a sua temperatura deve estar sempre morna. Se sentir tensão ou uma contração do músculo, e dores ao ser pressionado com as mãos, conclui-se que o organismo está com alguns órgãos e vísceras em desequilíbrio. 

    1. Coluna Vertebral.

    A coluna vertebral que sustenta o corpo humano, é a proteção para sistema nervoso, órgãos e vísceras. Por isso se houver algum problema, poderá causar outros males. 

    Verificação:

    1. Verificar alinhamento da coluna.
    2. Verificar saliência da coluna.
    3. Verificar a sensibilidade da coluna.
    4. Verificar a reentrância da coluna.
    5. Apalpar sutilmente sobre a coluna observando a fisionomia do cliente.
    6. Apalpar sutilmente sobre a lateral da coluna observando a fisionomia do cliente.
    7. Perguntar ao cliente.
    1. Pulsação.

    Para ter saúde, o estado do cérebro  deve estar estável. O estado instável do cérebro é causado pelo descontrole das funções de todo o organismo.

    Na artéria carótida deve haver 4 carótidas . O volume de sangue nestas 4 carótidas devem estar em equilíbrio, se houver desequilíbrio, existira algum desequilíbrio energético .

    Na Terapia para descobrir em que estado se encontra a circulação no cérebro é preciso tomar a pulsação de Yin/Yang. 

    Posição para tomar a pulsação de Yin/Yang: 

    Pulsação de Yin – É tomada no ponto  ( Pu9 ).

    Pulsação de Yang – Localizar o gogó ( pomo de Adão ). Do lado do gogó localiza-se um ponto chamado de  (IG18) que varia de 1,5 à 3,0 tsun de pessoa para pessoa. Neste ponto toma-se a pulsação de Yang. 

    1. A pulsação deve ser tomada da seguinte maneira : comparar a pulsação do punho esquerdo com a pulsação do lado esquerdo do pescoço, e a pulsação do punho direito com a pulsação do lado direito do pescoço.
    2. Comparar as pulsações do pescoço e do pulso   (Pu9) e  (IG18) : Qual das duas será mais grossa ?

    Deve comparar só o volume de sangue entre duas artérias dos pontos  (Pu9 ) e ( IG18 ), sem relação com a força (forte ou fraca ) e a suavidade ou dureza. 
     
     

    XI ) Medidas utilizadas para localizar os pontos. 

    Na mão existem 345 pontos definidos em 14 micro-meridianos. Para saber  a localização exata, utiliza-se Tsun-bun.

    Tsun é uma unidade de medida oriental.

    Bun é 1/10 do Tsun.

    Com exceção a mão deformada. 

    1) Dorso da  Mão. 

    No comprimento.

    1. O dorso da mão mede 6 tsun mais 7 Bun do ponto B1 ao B27 ( que localiza-se na raiz da unha do dedo médio).
    2. Do ponto B1 a primeira falange do dedo médio B14 mede 3 tsun.
    3. O comprimento da primeira articulação ( do ponto B14 ao B19 ) é de 2  tsun.
    4. O comprimento da Segunda articulação ( do ponto B19 ao B24 ) é de 1 tsun mais 4 Bun.
    5. Do ponto B24 ao B27 ( localizado na raiz da unha do dedo médio ) mede 3 Bun.

    Na  largura: 

    1. Do ponto de separação do dedo polegar com o dorso da mão ao extremo (em direção ao dedo mínimo ), mede 4 tsun.
    2. A largura da primeira articulação do dedo médio é de 8 Bun.

    2) Palma da Mão.

    No Comprimento. 

    1. Do ponto A1 ao ponto localizado no extremo do dedo médio A33  mede 7 tsun mais 8 Bun.
    2. Do ponto A1 ao A16 mede 4 tsun mais 2 Bun.
    3. Do ponto A16 ao A20 mede 1 tsun.
    4. Do ponto A20 ao A24 mede 1 tsun mais 1 Bun.
    5. Do ponto A24 ao A33 mede 1 tsun mais 5 Bun.

    Na Largura.

    1. Do ponto A12 ao extremo da palma da mão ( em direção ao dedo polegar ) mede 1 tsun mais 5 Bun.
    2. Do ponto A8 ao extremo da palma da mão ( em direção ao dedo mínimo ) mede 4 tsun mais 2 Bun.
    3. A largura da falange do dedo médio é 8 Bun.

    Obs.: Deve usar  a própria mão da pessoa que for tratar.

    XII – Dicas em casos de Emergência. 

    1. Em casos leves.

    As mãos frias significam má circulação sangüínea, gerando o aumento da quantidade de sangue que flui para cabeça, causando tontura ou desmaio.  

    Quando ocorrer um choque, intoxicação por gás, má digestão aguda (forte) e desmaio pela pressão alta do sangue, as mãos ficarão muito frias. 

    Por isso deve abaixar a pressão alta da cabeça, picando a ponta do dedo médio da mão . 

    No caso de sintomas acima serem leves, podem picar apenas o ponto A33, e nos pontos A8,12,16,E8 e I2 aplicar agulhas ou massageador.

     

    2) Em casos graves.

    Em casos graves deve picar a ponta dos dez dedos das mãos e (em alguns casos deve picar a ponta dos dedos dos pés ) todos os dias até o restabelecimento.

    E em caso de problemas respiratórios utilizar pontos A8, 12, 16, 18, 20, 22, 24, 28, 33, E8 e I2 para normalizar a respiração.

    RESULTADOS

     

    Resultados são muito bons, centenas ou melhor milhares.

    Exemplo da Coréia de onde surgiu a técnica, o governo adotou como receita caseira, se não tivesse resultado, já mais, iria adotar o método para diminuir pessoas em hospitais públicos .

    CONCLUSÃO
     

    E  um método de tratamento muito bom que não podemos deixar de aprender.

    Que tem um resultado muito bom no equilíbrio dos Órgãos e Vísceras e suas funções.

    Excelente em tratamentos preventivos.

    E muito fácil de aprender.

    Muito fácil de aplicar também.

    Autor: : Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108
    Última atualização: 14/06/2013 14:52


    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para crianças e pré-adolescentes utilizando RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS

    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para crianças e pré-adolescentes utilizando RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    HOLÍSTICA / 2013

     

    “Aqueles que confundem o não-real com o real e o real com o não-real e, por conseguinte, são vítimas de noções errôneas, nunca alcançam a essência da realidade”

                                                 (Buda)

     

     

    Dedico a todos os que gostam de estudar o comportamento infantil, às vezes tão incompreendido e muitas vezes difícil de amar.

     

     

    AGRADECIMENTOS

     

    Agradeço a Deus pela vida, às minhas filhas Janira e Niara por me apoiarem em minhas pesquisas aos meus clientes por consentirem experiências novas e ao SINTE por deixar-me apresentar estas experiências que a todos tem feito bem apresentando resultados positivos.

            

     

     

    SUMARIO

     

    1. INTRODUÇÃO...........................................................................................7

    2. MATERIAL E METODOLOGIA..................................................................8

         2.1 Material empregado............................................................................8

         2.2 Métodos..............................................................................................8

            2.2.1 Estudo da criança presente .........................................................8

            2.2.2 – Estudo da criança ausente .......................................................8

         2.3 Divisão Cronológica e suas características .......................................9

         2.4 Análise dos perfis das crianças ........................................................15

    3. COMO A RADIESTESIA, AS RUNAS, AS FIGURAS GEOMÉTRICAS

    E OS FLORAIS PODEM AJUDAR AS CRIANÇAS NO SEU EQUILÍBRIO ENERGÉTICO..............................................................................................17

        3.1 A Radiestesia ....................................................................................17

        3.2 As Runas............................................................................................18

        3.3 As Figuras Geométricas.....................................................................18

        3.4 Os Florais ..........................................................................................19

    4. RESULTADOS.........................................................................................20

    5. DISCUSSÃO............................................................................................21

    6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................22

     

     

     

     

     

     

    RESUMO

     

    A Psicoterapia Holística tem como objetivo ajudar o cliente a se conhecer melhor e assim sendo tomar outras decisões e escolhas que o possam direcionar melhor na vida para o equilíbrio energético de si mesmo, na família e na sociedade. Muitas vezes na vida dos adultos, as crianças são relegadas a segundo plano em suas necessidades energéticas, daí tornarem-se muito agitadas e aflitas, o que as torna pouco acolhidas. Neste estudo, utilizando Runas, Figuras Geométricas, Florais e a Radiestesia, buscamos o equilíbrio das crianças para que seja mais agradável o convívio com elas e mais interativo o aprendizado, entre nós e elas.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

     

    A Meta principal a ser atingida pelo Terapeuta Holístico é o equilíbrio de seu cliente em todos os níveis, entretanto nota-se que as crianças muito agitadas neste mundo moderno, conseguem desequilibrar os pais que muitas vezes não sabem como proceder para melhorar o comportamento dos filhos, então resolvi estudar o perfil das crianças para ver qual atitude poderíamos tomar para que elas se equilibrassem e não desestabilizar tanto os pais. Daí comecei a ter contato com as crianças, logicamente com a presença ou do pai ou da mãe (ou responsável) junto ao atendimento e através de técnicas como colagens, desenhos, conversas e escritos, pude analisá-las e com a ajuda das Runas, Figuras Geométricas e Florais aliados com a Radiestesia, conseguimos alguns resultados excelentes de melhorias de comportamento e mais atenção para o aprendizado.

            Eu uso alguma técnica para os bebês de 0 a 3 anos, outras técnicas para os de 3 a 7 anos, outras para os de 7 a 10 anos e outras ainda para os de 10 a 12 anos. Para os de 0 a 3 anos são só brinquedos que fazem barulhinhos como chocalho e bichinho de borracha de apertar.

            Para os de 3 a 7 anos é desenhar com lápis e giz de cera, usar tecidos coloridos, papéis de presente, de 7 a 10 anos é colar figuras recortadas e escrever palavras-chave e de 10 a 12 anos é escrever frases que o marcaram e a mensagem que gostaria de receber e de quem.

            Sempre aparecem pais aflitos que não sabem o que fazer para os filhos comerem vegetais, como fazê-los estudar, como fazerem para ter limites. Defendo o método de combater os “nós” que não deixam a energia fluir, defendo o diálogo, defendo o acompanhamento nas atividades, os limites que devem existir e o bom exemplo dos pais e responsáveis, em tudo aplicando a teoria do AMOR RESPONSÁVEL para a construção de um mundo sustentável e bom de se viver para todos.

            Esses “nós” ou bloqueios energéticos que não deixam a energia fluir devem ser combatidos e serem desfeitos o melhor e o mais rapidamente possível.

     

     

    2. MATERIAL E METODOLOGIA

     

    1. - Material empregado

    - Pêndulo neutro

    - Runas de cobre

    - Fichas de cliente

    - Grafites

    - Papel de presente colorido e estampado

    - Brinquedos de borracha e chocalho

    - Lápis e giz de cera

    - Fitas coloridas

    - Papéis A4

    1. - Métodos

    1.2.1- Estudo da criança presente

    1.2.2- Estudo da criança ausente

    2.2.1 – Estudo da criança presente

            De acordo com a idade da criança presente fazemos vários testes para verificar se a idade cronológica corresponde a idade mental ou se está atrasada e porque está atrasada. Qual o ponto que está atrapalhando o desenvolvimento da criança e qual o ponto que está amarrando a energia não deixando ela fluir. Estes testes nos dão a resposta para nós começarmos a agir e acertar.

            Estes “nós” da energia determinam vários tipos de sofrimentos para a criança e a família, o que vem refletir na escola e na sociedade.

     

    2.2.2 – Estudo da criança ausente

            É o estudo que capta as vibrações emanadas pelo inconsciente de uma pessoa e captadas pelo terapeuta, através das ondas radiestésicas através do pêndulo, não tendo barreiras nem distancias porque as ondas circulam livremente e vão carregando as informações.

            Para este captar é necessário informar-se o nome e data de nascimento da criança ou uma foto.

    - Tendo determinado em qual cor vibra a criança já se tem aí uma informação importante principalmente se esta cor for a vermelha. Toda criança que vibra na cor vermelha já trás “nós” que a fazem ser muito agitadas, impacientes e dispersivas.

    - Confeccionar a ficha de cliente da criança com o nome dela, idade, data de nascimento, e nome da mãe e pai ou do responsável.

    - Determinar quais “nós” aquela criança trás já naquela idade, se são vindas do pai ou da mãe.

    - Desenhar uma figura geométrica escolhida pelo pêndulo, sintonizada pela cor individual da criança, e dentro desta figura desenhar uma runa e escrever o nome da criança e os “nós” que precisam ser desfeitos. Este desenho é feito com grafite que é grande transmissor de energia.

    - Comunicar com os pais e aconselhá-los a fazer junto com a criança, se for possível, por um ou dois minutos ou mais, a figura da Runa com o corpo para melhor sintonia com a mesma runa e aumentar a potência de ação.

    - Escolher pelo pêndulo qual floral a criança precisa tomar e informar aos pais

    - Determinar qual cor complementar a criança está precisando mais e incluir esta cor na roupa de cama da criança porque é o local onde ela passa mais tempo.

    - Verificar se está precisando de alguma cor principal na alimentação e incluir esta cor para ajudar o equilíbrio energético.

    - Energizar com o pêndulo o desenho feito na ficha de cliente por quanto tempo for indicado.

     

    1. - Divisão Cronológica e suas características

     

    - De 0 a 1 ano de vida = O recém-nascido desenvolve ao mesmo tempo sua maturação biológica e sua aprendizagem experimental por causa de ter em si o duplo impulso: de suas forças genotípicas e dos estímulos ambientais (externos e internos). Estas duas energias levam a criança a reagir perante estímulos e com o tempo se transformará em “hábito de reação” e lentamente se transformará em ato reflexo, local e automático.

            A criança neste primeiro ano de vida poderá aprender muito mais, se desde a primeira semana de vida nós agirmos mais corretamente com os objetos que a estimulam. Por exemplo, a mãe ao se colocar um “babador” antes de dar o seio para mamar, se faz uma ligeira pressão em seu peito. A criança começa a sugar logo após a pressão no peito porque sente que é hora de mamar. Se antes de dar o mamar se toca um chocalho, a criança quando ouve o chocalho já começa a sugar, sem esperar o contato com a mamadeira. É o reflexo condicionado, alvo de estudo por muito tempo de PAVLOV. Passado o primeiro mês o lactente é agora mais sensível aos estímulos da reação afetuosa que é conseguida com muito mais facilidade.

            A criança vai se desenvolver evolutivamente e este desenvolvimento deve ser o quanto possível, compensado, equilibrado ou harmonizado pela ação corretora da educação, que deverá a todo momento, evitar o excesso de distância ou desnível entre os diversos setores funcionais do sistema nervoso central, nem predomínio da sensibilidade, nem prepotência da motricidade, nem excesso de variedade (instabilidade), nem excesso de rigidez (habituação automatizante). Atendendo uma ou outra de tais modalidades a pessoa não se desenvolve como um todo, podendo ficar ou neurótico, ou apático, ou tímido, ou impulsivo, ou fanático, ou um autômato, qualquer coisa, menos um “verdadeiro HOMEM”.

            Por isso, na educação pós-moderna dar-se tanta importância ao desenvolvimento das aptidões psico-motoras quanto ao das aptidões puramente intelectuais.

    - De 1 a 2 anos = Quando a criança começa a querer sair de seu berço e arrastando-se = “engatinhando-se”, vai de um lado a outro puxando tudo e mexendo em tudo, é preciso ser vigiada sempre para evitar desgostos. É a época da readaptação a outros alimentos porque geralmente para de mamar no peito e começa a comer mais alguma coisa como sopinhas e sucos.

            A criança nesta idade quer “aquisição de poder”, enfiar-se em qualquer lugar, qualquer janela, com sua curiosidade exploradora.

            Esta possibilidade de deslocamento ativa e voluntária aumenta consideravelmente na criança a vivência de sua subjetividade, independência e poder, contribuindo para firmar em si sua noção do EU. O mundo deixa de ser uma sucessão de aparentes fatos para ser mais ordenado e estruturado de impressões estáveis.

            A criança começa a entender o “EU”, o “TU”, mas não sabe o que é o “NÓS”. É egocêntrica, brinca com os outros mas para satisfazer seus interesses. Quer brincar com as partes de seu corpo, o adulto não deixa, então ela adquire uma obscura noção da relatividade e complexidade da conduta social, começa a ter “segredos”, “vida íntima” ou “privada”. Começa a ser pessoa social e deixa de ser pessoa natural.

    - De 2 a 3 anos = Já falando e aprendendo novas palavras, a criança nesta fase já pensa, estabelece relações e vínculos entre o que é real e o imaginário.

            O pensamento mágico encontra-se aos 3 anos no seu apogeu formativo. A criança começa a ter fantasia, isto é, capacidade de combinar suas recordações e de criar elas novos estímulos (internos) para continuar estabelecendo relações ou conexões associativas. É hora de saber que existem dois mundos: o real ou objetivo onde imperam a razão, o dever e o trabalho e o imaginário ou subjetivo onde dominam a Fantasia, o prazer e o brinquedo. Estes dois mundos vão caminhando com a criança ao longo de sua vida e pode chegar até a fase adulta quando ao se deparar com um estado emocional de medo, cólera ou amor, podem misturarem-se as crenças mágicas com os elementos do raciocínio lógico dando origem a confusões mentais e até no modo de agir.

    -  De 3 a 4 anos = Já tem bastante progresso quanto à linguagem e na interpretação de fatos. E vive situações fictícias como se fosse real, porque para ele basta calçar o sapato do pai, para ser o pai, mostrar uma cadeira e contar a história, ela já é o “trono do Rei”. Nesta fase o “todo faz um intercambio com suas partes”. Se ao chamá-la para almoçar, falta a colher, se nega a comer, não porque é birra, mas porque com isto é destruída a imagem configuracional da situação nutritiva, faltou um elemento da série perceptiva que constitui o hábito alimentício, rompeu a umidade da mesma e ela desaparece como tal, criando a consequente reação negativa. A criança é TUDO ou NADA. Ou segue o ritual e come ou faltando um elemento não come. Dá atenção aos detalhes. Com a experiência do dia a dia a criança aprende que as partes não equivalem ao todo não basta calçar o sapato da mãe para ser a mãe.

    Vai se estabelecendo este processo de diferenciação e estruturação hierárquica e só no final do 4° ou 5° ano de vida que a criança vai entender que o TODO contem as partes, porém as partes não são o todo, embora partes dele.

    Até os 3 anos a criança quebra objetos e a partir desta data começa a CONSTRUIR, e esta construção é muitas vezes desenvolvida a partir dos desenhos, dos rabiscos que vão se formando em desenhos.

    - Entre os 4 a 7 anos = São poucas as vezes em que a noção de causalidade chega a estabelecer-se de um modo independente da sucessão temporal. A criança rege-se pelo princípio “depois disso, logo por isso” e esquece que a antecedência da causa é a razão necessária porém não suficiente para sua ação. Ex: primeiro é necessário cair a chuva para fazer a lama e a lama não faz a chuva cair.

            Por causa da dificuldade com que se processa a transição do primeiro realismo infantil cheio de complicadas noções de causas e efeitos, a criança tem pensamentos cheios de paradoxos, ora com precisão e profundidade de raciocínio ora com ausência de lógica e incoerência e tem interpretações diversas da mesma realidade. Neste período de 4 a 7 anos a criança trava contato com a problemática dos chamados “valores” e aplica em sua resolução, inicialmente, os mesmos processos que a levaram a conseguir sua adaptação ao mundo das coisas. Para a criança “BOM” é o que o adulto deixa-a fazer, e “MAU” é o que não pode fazer e se ela fizer terá consequências desagradáveis. Por exemplo: ao se perguntar uma criança de cinco anos se roer as unhas era bom ou mau, ela respondeu sem errar: “é mau” porque não se pode fazer se fizer vão te pegar. “Bom” e “mau” não tem para a criança um valor ético, mas um valor utilitário.

            BOM é o que lhe serve para satisfazer um desejo e proporcionar-lhe um prazer e MAU é o que não lhe serve ou com sua simples presença provoca um desprazer.

            A evolução do conceito de valor verifica-se no sentido de uma progressiva objetivação ou racionalização do mesmo, seja qual for o valor considerado. A criança afirmando que algo é bom ou mau, feio ou lindo, justifica seu juízo de valor em algo além da impressão afetiva, apoia em algo irracional, esta justificativa é incoerente e invariável.

            Na terceira infância já terá a delimitação do valor de justiça e começa a diferenciar o “direito” da “obrigação”.

            No final da infância psíquica, nem sempre coincidente, é claro com a cronológica – que se apresentam os fatores favoráveis do descobrimento do valor da “VERDADE”, isto é, do conhecimento universal e certo que caracteriza a vida científica.

            O desenvolvimento da criança portanto psiquicamente falando vai do egocêntrico até a parte mais social onde desenvolve elementos mais elevados de gratidão, simpatia, compaixão, etc.

            A medida em que a criança vai se sociabilizando saindo de seu ambiente familiar para o ambiente escolar e diferentes ambientes sociais vai começando a delinear o caminho do seu destino se bem que tal caminho ainda modifique muitas vezes o seu curso até se realizar.

            A criança de 4 a 7 anos estruturou definitivamente o mundo objetivo e descobriu a objetividade das coisas.

    - Entre os 7 a 10 anos = É a época do progresso do conhecimento, desenvolvimento intelectual, onde ocorrem muitas idéias já desenvolvendo novas relações de sentido. Por exemplo, já tendo noção de peso, balança, metragem e moeda. Começa a orientar toda a atividade vital por um critério de contabilidade de tempo, de espaço, de distância, de velocidade, de peso, de dinheiro e algumas vezes se desvia para o “colecionismo”. E no mundo pós-moderno a criança quer tudo o que vê com a sua mania de coleção. Isto porque esta atividade intelectual tem mais importância que a atividade motora.

            Nesta fase a criança já começa a deduzir por si mesma sem aceitar tudo que lhe diziam como antes, quando tudo era verdade sem titubear. Nesta fase as relações familiares ficam meio abaladas porque o pré-adolescente certifica-se de que em muitas ocasiões lhe ocultaram a verdade.

            Agora, nesta idade, os adultos, os pais, os ascendentes, são vistos como pessoas comuns, com seus erros e defeitos, então a criança começa a rebelar-se interiormente e só se manifesta exteriormente no menino quando da crise da puberdade, e na criança do sexo feminino só se tornará evidente alguns anos mais tarde, isto é, em plena adolescência, pelo aparecimento de crises injustificadas de mau humor e de choro como também, pelo aumento da irascibilidade e angustia.

            O pré-adolescente começará a pensar no seu destino e ficará inquieto com perguntas como esta: - Quem serei? – Que farei? – Que devo dizer?. E ante dessa fase só se preocupava com as questões: - Que me deixam fazer? O que meus pais querem que eu seja?

            A criança sente necessidade de pensar por si só nesta fase e para de perguntar aos pais e começa a dirigir-se aos seus companheiros de escola para argumentar e discutir suas primeiras opiniões sobre a vida.

            É nesta fase que se observa a duplicidade de atitudes da criança em relação a seus companheiros de idade ou a seus superiores (em poder, mas já não em valor). Tem dificuldade de se abrir apesar de estar participando da escola e da família, quer ter seus segredos e explorar o desconhecido.

            No terreno da conduta moral, a criança de 7 a 10 anos de moral homoniana à fase da moral autônoma. Se até agora, a atitude diante de uma regra era absoluta: submissão ou repulsão, agora ela começa a admitir a relatividade de toda norma, variando de acordo com as circunstâncias oportunas. Exemplificando: nos jogos, quer fazer novas regras, não quer aceitar as infrações que os adultos codificaram.

            Sobre à curiosidade das coisas da vida, estas diferem, conforme sejam as condições de cultura e ambiente. A criança nesta fase de 8 a 10 anos quer saber mais sobre a vida, a morte, os seres, etc, mas acha que os pais já não são fonte suficiente para responder-lhes, então passa a inquirir seus colegas mais adiantados e os serviçais e pessoas nas quais deposita confiança mais do que a seus pais.

            A criança quer alguma precisão nas respostas porque já está com a capacidade de crítica bem acentuada. A esta fase a criança já se considera bem superior intelectualmente e mistura as informações recebidas com a fantasia imaginativa e resíduos de crenças, mágicas, fazem as histórias serem aventuras surpreendentes e misteriosas, o que muito agrada estes pré-adolescentes, os raios, forças misteriosas e conflitos internos dos personagens, que são possantes, mas podem chorar e gostar.

            A partir dos 9 anos o corpo começa a formar-se e os meninos e meninas começam a pesquisar sobre o corpo, o sexo, e interessam muito pelas aulas de ciência onde se estuda o corpo e suas funções. Há o aparecimento das diferenças no modo do menino e da menina ser e de reagir. As meninas temem e admiram os meninos e estes tendem a ter menosprezo e tendência protetora com as meninas. Na adolescência esta tendência se transforma por causa do despontar do desejo sexual, e pode ser uma atitude de timidez ou agressão, não quer que nenhuma menina tente impedi-lo de fazer algo. O menino só é tolerante para com a companheira quando a vê fraca, chorosa, ou submissa. Há vários níveis de amadurecimento, o que deve ser aproveitado nas salas de aulas. Neste período na criança amplia a base de seus contatos sociais, quer ficar com os colegas para estudar e brincar, mas os pais devem ficar vigilantes para com as amizades por causa da atual disseminação das drogas e outros males. Esta constante vigília pode desenvolver no pré-adolescente a ideia de que “os outros” são maus e até fazer diminuir o sentimento de fraternidade universal que deve unir os homens e mulheres do planeta todo. É preciso coerência e muita interpretação dos fatos para que este AMOR AO PRÓXIMO não diminua e o mundo não fique prejudicado.

    - Criança de 10 a 12 anos de idade = A adolescência (do latim “adolescere” que significa crescer) é um breve espaço de tempo entre a segunda infância e a puberdade, que corresponde aproximadamente ao período entre os 11 e 13 anos nas meninas e os 12 e 14 nos meninos. Neste período ocorrem as mudanças em ambos os sexos, alterações de condutas e mudanças morfológicas sensíveis. É o momento do crescimento físico.

            Spranger descreveu 2 problemas essenciais a este período:

    1. Descobrimento do eu e formação de um plano de vida
    2. Independência subjetiva

    Mas, pode-se considerar como próprios desta fase evolutiva, os seguintes fatos:

    1. Alteração do esquema físico e obrigação do reajustamento entre o SER e o PARECER. O crescimento e a aparência criam uma inquietação e preocupação constantes, daí querem sempre estar diante do espelho para ver a transformação de seu corpo que lhe parece diferente todo dia, podendo criar uma certa desorientação e angústia.
    2. Alteração dos sentimentos vitais: Junto com a transformação do corpo há também uma transformação metabólica com o aparecimentos de novos hormônios (as glândulas sexuais ou gônadas), há as mudanças bruscas de humor de alegria à tristeza, entusiasmo e preguiça.
    3. Erotização do campo de consciência e necessidade de achar o complemento: O organismo fica sensibilizado pelos hormônios e acentua-se o masculino e feminino.
    4. O mistério da vida e da morte: Os adolescentes em geral pensam na sua origem e no seu destino, isto é, como terminará sua vida e essas atitudes de filosofias, ocuparão tempo e profundidades diversas e é o tempo de ajudá-los a ter uma orientação religiosa e filosófica para não ficarem sem explicação do inexplicável.
    5. Independência ou detesto psicológico do ambiente familiar: Liberação de tutelas. O jovem deverá passar por uma fase de oposição e negação das sugestões e ordens vindas dos familiares. E se estes não conceder-lhe esta oportunidade de “não concordar com nada” há muita briga inútil dentro de casa e pode complicar pela vida afora. Deixar o jovem ter uma opinião contrária a alguma coisa o deixa mais feliz.
    6. Fixação do papel a representar social e profissional: O adolescente que saber o que vai ser e o que vai fazer, quer fazer planos para a vida e prever e usar seu cérebro para se sair bem de situações imaginadas para ele mesmo e para o que vai ser na sociedade.

     

    2.4 – Análise dos perfis das crianças

    Esta análise é fundamental para ver se as crianças estão na idade cronológica relativa à idade mental.

     

     

    . até 1 ano:

            - Verificar se a criança acompanha o barulho dos chocalhos e se sentem alegria ou choram

    . até 2 anos:

            - Verificar se a criança consegue localizar 2 bolas de cor igual no meio de outras ou se joga tudo fora.

    . até 3 anos:

            - Verificar se a criança consegue reconhecer o retrato de um cãozinho no meio de outro desenho ou se rasga o papel.

    . até 4 anos:

            - Verificar se a criança consegue juntar dois triângulos de tecidos coloridos iguais no meio de outros estampados diferentes ou se amassa tudo e joga fora.

    . até 5 anos:

            - Verificar se a criança consegue colar dois triângulos sobrepostos formando uma estrela ou se irrita e estraga tudo.

    . até 6 anos:

            - Verificar se com giz de cera a criança já faz um desenho de flor ou de casa ou se fica aborrecida e sai correndo.

    . até 7 anos:

            - Verificar se a criança consegue recortar dois presentes (desenhos) do papel de presente, para dar para o pai ou mãe ou se recusa-se a isso.

    . até 8 anos:

            - Verificar se a criança consegue desenhar a família e quem aparece de mais destaque ou se ela não quer desenhar.

    . até 9 anos:

            - Verificar se a criança quer desenhar alguma coisa importante para ela ou não quer desenhar nada.

    . até 10 anos:

            - Pedir para a criança fazer uma margem no papel com uma cor e escrever três palavras ou frases importantes para ela ou se ela se recusa a fazer isto.

    . até 11 anos:

            - Pedir para a criança escrever uma mensagem para seus pais no celular agradecendo-lhes pela vida ou se não quer fazer isso.

     

     

    . até 12 anos:

            - Pedir para a criança escrever o nome de 3 amigos importantes no papel e o que quer desejar para eles ou se recusa a fazer isso.

    . depois de 12 anos:

            - Perguntar qual mensagem gostaria de receber, de quem, por que.

            

    3. COMO A RADIESTESIA, AS RUNAS, AS FIGURAS GEOMÉTRICAS E OS FLORAIS PODEM AJUDAR AS CRIANÇAS NO SEU EQUILÍBRIO ENERGÉTICO.

            

    3.1 – A RADIESTESIA:

            Esta ciência tem seus princípios em base experimental, capaz de ser verificada por pesquisadores em diversas partes do mundo. Mas é também uma ARTE porque é preciso ter treinado bastante a intuição para captar suas mensagens ou radiações. É muito antiga a prática de Radiestesia que surgiu com a técnica da procura de poços d’água e de jazidas subterrâneas por meio da forquilha ou varinha. Passou muito tempo esquecida e ressurgiu para ser estudada com mais atenção.

            A RADIESTESIA  se relaciona com as radiações, que os corpos emitem e que podem ser captados à distância, não havendo empecilhos porque são levados pelas ondas magnéticas e chegam sem alardes.

            O pêndulo é um instrumento simples que na mão do radiestesista capta e amplifica os efeitos das radiações. O pêndulo deve ser neutro. O Radiestesista deve ficar atento para não ser influenciado pela Remanência que é a permanência de radiações no mesmo lugar. Para isso deve “limpar o pendulo” entre um e outro atendimento colocando-o no chão ou lavando-o com água e sabão. Outra influência, a AUTO-SUGESTÃO deve ser também banida, mantendo-se o Radiestesista numa posição de pensamento neutro, só captando radiações.

            Aqui neste nosso estudo, usamos o pêndulo para determinar em qual cor de onda radiestésica o cliente vibra, quais seus “nós” energéticos, qual Runa usar para abrir-lhe os caminhos energéticos, qual Figura Geométrica utilizar para otimizar esta abertura energética e quais Florais, aqui os de Bach podem ser utilizados para haver resultados bons, benéficos e duradouros.

            Ser Radiestesista não é privilégio de alguns geralmente com prática prolongada se desenvolve esta sensibilidade basta ter dedicação, disciplina e estudo. Algumas pessoas têm mais facilidades do que outras, porque são mais intuitivas mas nada como o trabalho consciente e equilibrado para desenvolver esta sensibilidade e assim poder ajudar muitas pessoas.

     

    3.2 – AS RUNAS:

            São símbolos secretos cuja ação é indicar um caminho a seguir ou chamar a atenção para um caminho que se está seguindo e deve ser mudado. Eram muito utilizadas nos povos antigos para se orientarem em viagens e qual direção tomar nas caçadas e na busca de local apropriado para morar.

            As Runas nos dão mensagens energéticas que já estão traçadas em campos de forma no mental Superior.

            Em cada letra Rúnica há um sentido de expressão daquilo que está em harmonia ou em desarmonia com o COSMOS.

            As Runas ajudam a esclarecer e energizar os campos eletromagnéticos.

     

     

    3.3 – AS FIGURAS GEOMÉTRICAS:

            De acordo com Pitágoras “todas as coisas são números”. Para Pitágoras base de todas as estruturas existentes no mundo são os números. E só a geometria estabelece ordem e exatidão em toda criação. Tudo está sob a influência da energia dos números (do latim “fractus” que significa fração da estrutura geométrica).

            A matéria toma forma pela Geométria Fractal, onde as figuras tem um propósito DIVINO, através dos números e figuras geométricas. Todas as formas vão para o infinito, dando uma informação de progressão geométrica e não aritmética.

            Do infinitamente pequeno para dentro do infinitamente grande e vice-versa.

            Os poliedros são formas geométricas que compõe o mundo.

    - ICOSAEDRO – Água – 20 faces

    - OCTAEDRO – Ar – 8 faces

    - ESTRELA TETRAEDRON – Fogo – 4 faces

    - HEXAEDRO – Terra – 6 faces

    - DODECAEDRO – Prana – 20 faces

            Todas as formas geométricas derivam destes poliedros e transmitem muita energia, daí a utilização das figuras geométricas para ajudar na harmonização das crianças aqui estudadas.

     

     

    3.4 – OS FLORAIS (aqui os de Bach)

            Edward Bach nasceu em 24 de Setembro de 1886 na Inglaterra em uma pequena vila chamada Moseley. Desde a infância Bach sempre gostou muito da natureza. Com muita dedicação formou-se médico, bacteriologista, patologista e em Saúde pública. Queria conseguir melhorar a pessoa em todo aspecto: físico, emocional e mental.

            Teve doente e contrariando a previsão médica se curou por causa da vontade firme de viver. Descobriu assim que a parte emocional é importante. Estudou e praticou homeopatia e como gostava de pesquisa, através das plantas e folhas encontrou as flores. Passou a desenvolver suas fórmulas e a experimentar em grupos de pessoas que ele classificava segundo tipos previamente definidos de comportamento. Ele tratava as pessoas com inicialmente três primeiras flores de seu sistema: IMPATIENS, MIMULUS e CLEMATIS.

            A partir de 1930 (43 anos) abandonou a vida de conforto na cidade e foi para o campo para estudar e pesquisar “in loco” as ações das flores no emocional das pessoas. Daí até 1935 Bach descobre as 38 essências do seu sistema. Sempre testava em si mesmo os efeitos das essências. Este trabalho intenso o desgastava muito e se sentia satisfeito com os resultados benefícios de suas essências. Morreu em 27 de novembro de 1936 enquanto dormia.  Realizou um grande sonho: descobriu um método de cura simples e natural, de fácil compreensão e fácil aplicação. E esclareceu para muitos como o estado emocional e mental influencia nos desequilíbrios.

     

     

    4. RESULTADOS

     

    Como hoje as crianças são geralmente muito agitadas e ligadas em tudo o que acontece, os pais muitas vezes têm dificuldades no relacionamento com elas, e trazem-nas para que possamos fazer alguma coisa para ajudá-las a equilibrá-las. Então, comecei a fazer esta formatização no atendimento para eu ter um plano de ação, individualizado porque cada um é diferente do outro mas coletivo porque o procedimento é o mesmo.

    Assim a pesquisa e o tratamento com a RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS deu-nos o seguinte resultado:

    - De 10 crianças tratadas de 0 a 1 ano: Este tratamento fez com que chorassem muito menos, dormissem mais tranquilas e por mais tempo contínuo e expressarem maior alegria rindo mais. Não houve diferença a menor, isto é, todas reagiram positivamente.

    - De 10 crianças tratadas de 1 a 3 anos: Notamos que ficaram estas crianças mais atentas ao que falavam com elas, destruíram bem pouco os brinquedos e dormiram calmas.

    - De 10 crianças tratadas de 4 a 7 anos: Tiveram bastante melhorias no comportamento sem “birras” e entendendo mais as explicações dos pais sobre o que “pode” ou “não pode”. Sono tranquilo.

    - De 10 crianças tratadas de 7 a 10 anos: Sob tratamento constatou-se que conseguiram se concentrar mais nos estudos, tendo melhor aproveitamento escolar e menos desentendimentos com os irmãos, caindo até só para a faixa de 10% que não reagiram positivamente desde o dia do início do estudo.

    - De 10 crianças tratadas de 10 a 12 anos: Notou-se muita melhoria no comportamento passando a ser mais responsável no cumprimento das tarefas da escola e também melhoras na alimentação aceitando mais a comida saudável, principalmente os sucos naturais.

    - De 10 crianças tratadas de 12 anos em diante: Notou-se muitas melhorias no nível de exigência do ter: “quero isto”, “quero aquilo”, isto diminuiu bastante e houve um certo amadurecimento emocional diminuindo muito as notas baixas, aumentando a responsabilidade em estudar.

            Não notamos nada que pudesse contrair este tipo de tratamento porque em todos os casos estudados houve melhorias. Algumas mais significativas que são a maioria, em torno de 70% outras menos em torno de 20% e os que melhoraram pouco foi no nível de 10%.

            Matematicamente falando estes procedimentos aqui apresentados são favoráveis às melhorias no comportamento infantil.

     

    5. CONCLUSÃO

     

    Estudar as crianças é um desafio do qual gosto de participar. A evolução, o crescimento, as mudanças, o modo de ser, tudo é fascinante neste universo infantil.

            A arte de viver envolve a habilidade de integrar a preocupação, o nervosismo da mudança, do desenvolvimento e do renascimento contínuo. O treinamento apropriado, neste sentido, começa nos joelhos da mãe. Uma mãe por demais protetora pode estragar a criança. Uma mãe negligente, cuja principal preocupação é sua felicidade pessoal ou sua posição social, deixa a criança emocionalmente desprovida de recursos para dominar a preocupação, o nervosismo. Este nervosismo deixa de ser um agente nocivo somente quando a criança, em processo de crescimento é adequadamente nutrida pelo amor e orientada a fazer as coisas por si só. Na vida em desenvolvimento de um indivíduo autoconfiante, o nervosismo existente nas situações radicalmente novas torna-se um fator estimulante, inspirando a pessoa até o máximo da sua habilidade.

            A forma de vencer a inércia ou estagnação produzidas pelo nervosismo é entender a significação da mudança como matéria-prima da vida. A vida é criação sempre nova. O que nos faz resistir à mudança é um falso sentimento de segurança.

            O segredo da existência é fluir com o fluxo da transformação e ainda assim permanecer ancorado no eterno. Nossa maior segurança reside na nossa capacidade de nos movermos para a frente com uma visão de novos horizontes, sem deixar-se ser levado para trás. O nervosismo pode ser dominado hoje, não pensando no passado mas tendo em vista o futuro bom e promissor.

            Isto vale também para as crianças que estão crescendo e precisam de ajuda das técnicas dos terapeutas para viver melhor o hoje, desmanchando os “nós” do passado e preparando o progresso para o futuro. Futuro da vida deles mesmos, da sociedade, do país e do mundo. Ajudar as crianças é preparar um MUNDO NOVO cujas idéias de hoje renovadas vão se expandir e irradiar boas energias para a conservação e expansão do Universo.

     

    6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    CHAUDHURI, HARIDAS. Como enfrentar os problemas da vida. São Paulo: Editora Pensamento, 1994.

    LADE, ARNIE. Energia Vital. Novos Conceitos de Cura. São Paulo: Editora Cultrix, 2005.

    LOPEZ, EMILIO MIRA Y. Psicologia Evolutiva da Criança e do Adolescente. Rio de Janeiro: Editora Científica, 2009.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

    VIEIRA FILHO, H. Tutorial Terapia Holística. São Paulo: SINTE – Sindicato dos Terapeutas, 2004.

     

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758
    Última atualização: 12/06/2013 19:41


    Tratamento através de frequências energéticas com o uso da Radiestesia

    Tratamento através de frequências energéticas com o uso da Radiestesia.

     

     

    Maurício Marcial de Araújo

    Terapeuta Holístico – CRT 43301

    mauriciomarcial@radiestesia.com.br

    SINTE  Sindicato dos Terapeutas

     

     

    PENSAMENTO

     

     

     

            Não é possível sequer imaginar a imensa força do pensamento.

            É o poder maior e supera a todos os demais.

            Esse potencial está à disposição do ser humano e é capaz de abrir todas as portas, todavia são poucos os que sabem dirigir esse patrimônio de forma equilibrada.

            Grande parte das pessoas não consegue discipliná-los e eles nascem e se perdem em inconstância ímpar e flutuam na mente sem objetivos definidos.

            Como toda energia, ele deve ser bem dirigido. Não pode esgueirar-se pelos cantos do cérebro como inebriante faz-de-conta.

            É uma força incalculável e até perigosa quando largada a esmo.

            Eu já disse algures que o pensamento é a maior alavanca, maior até do que a energia atômica. Mas ninguém conhece o seu potencial e desperdiça os seus dons.

            No momento em que a força do pensamento for conhecida, será aplicada para reequilibrio físico e mental, para abrir caminhos e formular reformas íntimas.

            É claro que seria perigoso se o homem já soubesse manejar esse poder e não estivesse ainda aperfeiçoado espiritualmente. Seria como deixar a eletricidade nas mãos tenras e inocentes de uma criança.

            O pensamento é algo etéreo que deve ser usado com sabedoria e erudição.

            As religiões aí estão para disciplinar o interior de cada homem. Quando cada um souber nortear os seus passos com sabedoria, uma nova era se abrirá.

            Não mais teremos tristezas e improdutividade. O melhor material para construir destino estará às mãos, e com a perfeição adquirida surgirão grandes prenúncios de alegria e paz.

     

     

     

    “A Arte e a ética associadas à Radiestesia são fundamentais para o sucesso!”



     

    Sumário

     

     

          INTRODUÇÃO:

     

    1. Capítulo 1 – Porque existe certa relutância em aceitar um modo de vida conforme as leis Cósmicas?

     

               MATERIAL E METODOLOGIA:

     

    1. Capítulo 2- O que você pode fazer com a Radiestesia.

     

    1. Capítulo 3- Minha abordagem em Radiestesia Holística.

     

    1. Capítulo 4- Técnicas para o uso do gráfico geral.

     

    1. Capítulo 5- Formas de utilização da Radiônica.

     

         RESULTADOS

     

    1. Capítulo 6- Evolução de casos reais.

     

         DISCUSSÃO

     

    1. Capítulo 7- A Radiestesia na busca da saúde holística.

     

              CONCLUSÃO

     

              REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

     

     

    Introdução

     

     


         
    Esta nova Palestra apresenta em seu contexto dois objetivos distintos: esclarecer e pontuar a importância ao público sobre a Radiestesia em sua técnica e utilização, também, suscitar o desejo pela busca do conhecimento e comprometimento na qualidade de vida nossa e de nossos clientes, onde cada terapeuta, em sua totalidade, se reconheça capaz de entender, trabalhar e modificar as frequências relacionadas a estrutura física, emocional e áurico em expansão através de mais esse conhecimento.

     

     

            Reforçando o nosso entendimento; A Radiestesia é uma técnica milenar que através de profundos estudos e pesquisas pode vir a ser utilizado em todos os segmentos que envolvem a saúde e o bem estar social. Descrevendo a qualificação da Radiestesia e de outras técnicas holísticas já contamos com Normas Técnicas Setoriais Voluntárias criadas pelo SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS, bem como leis estaduais que garantem seu reconhecimento. A criação de reguladores reconhecidos como o SINTE (Sindicato dos Terapeutas) e de outras associações e conselhos de classes, também garantem o seu compromisso, mostrando que a profissão de Radiestesista Holística está cada vez mais forte e em crescimento no Brasil, e que o brasileiro começa gradativamente a compreender que o autoconhecimento e o equilíbrio seu e do meio em que vive, é sem dúvida nenhuma a maneira mais lógica e completa para se ter uma vida longa e saudável.

            Hoje temos um código de ética consolidado, acrescentando através do SINTE a criação do Tutorial Terapia Holística, que é o livro da Auto-Regulamentação da Terapia Holística, as NTSVS _ Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística. É o amadurecimento da profissão no Brasil, fruto de muito trabalho da valorização dos Terapeutas Holísticos compromissados com a ética e a excelência técnica.

            Com muito prazer e satisfação, eu fico motivado a apresentar meus estudos e minhas técnicas de trabalho com terapia em sincronicidade (Radiestesia, Psicoterapia, Odomertia, Cromoterapia, Fitoterapia, Florais de Bach entre outras) e que venho obtendo resultados extraordinários e proveitosos para o meu desenvolvimento e também dos meus clientes.

     

     

            Desta forma, convido você a já ir expandindo seus estudos e interpretações.

     

     

     

    Capítulo 1:

     

     

    Porque existe certa relutância em aceitar um modo de vida conforme as leis Cósmicas?

     

            É que estamos  ainda em evolução, eivados de tendências próprias da matéria.

            A própria questão de sobrevivência impõe certos limites.

            Os instintos naturais clamam mais alto.

            A busca de conforto é também imperioso motivo.

            Peça a uma criança faminta que dê a sua porção de alimento ao irmão e ela irá agarrar-se à fonte da vida.

            Peça que doe os seus brinquedos preferidos e ela os aconchegará ao peito.

            É quase uma dependência, e todos são assim.

            Não se trata propriamente de egoísmo.

            É uma questão de garantir o bem-estar.

            Na Terapia Holística também é assim, acreditamos que a nossa técnica é que vai salvar o mundo e as dos outros não; e ainda buscamos conforto e respaldo na Ciência, absurdo não é?

            O Terapeuta Holístico utiliza como ferramenta principal em seu trabalho o amor ao próximo, o desejo de ajudar na melhora da qualidade do outro, mas, esbarra no ego profissional.  

            O altruísmo é ainda moeda preciosa, em escassez no tesouro íntimo e o dever do terapeuta é justamente distribuir e ensinar ao cliente a fazer o mesmo.

            Em geral, oferta-se o que não faz falta imediata.

            As sociedades vicejam na base do lucro, então há especulação e até mesmo comércio ilícito.

            A avareza e o egoísmo ainda são as marcas características.

            As vantagens proclamadas são apenas chamarizes para vender mais.

            Olhando-se as páginas que narram à vida de Jesus e de outros grandes iluminados, vê-se que todos eles eram extremamente simples.

            Vieram de planos mais adiantados, onde a fraternidade é legítima.

            Somos profissionais e merecemos receber pelo nosso trabalho de forma correta e honesta.

            Os animais e os aborígenes primitivos têm a sabedoria instintiva para a sobrevivência, e isso não significa que obedeçam a certos princípios: até matam se for preciso. Mas o homem, alcandorado (colocado em lugar de elevada altura) a novas certezas, deve disciplinar-se e conduzir seus passos com altruísmo.

            Sem renúncia aos mais baixos instintos, será impossível vislumbrar melhores dias com profissionais.

            A utilização de técnica utilizando as mãos para transferência e renovação das energias estagnadas no corpo dos clientes exige certo grau de altruísmo, pois somente assim conseguiremos emitir uma energia limpa e reformadora.

            A utilização da Radiestesia neste processo nos possibilita visualizar e conferir com nitidez o tipo de frequências e a necessidade de transformação da mesma.

            Mas como funciona a Radiestesia?

           A palavra Radiestesia é a união de dois termos, Radius, que vem do latim e significa radiação e aisthesis, de origem grega e que significa sensibilidade, indicando assim a sensibilidade às radiações.

     

            Utilizando instrumentos específicos, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do nosso campo bioenergético que trabalha com as dimensões vibratórias mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando encontrar possibilidades para corrigir possíveis alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem estar da pessoa.        

     

            Tudo no universo é uma fonte de energia que ressoa em certa freqüência ou, uma combinação de freqüências com outros elementos. Nosso corpo é feito de um número incontável de átomos e moléculas representando vários elementos. Cada molécula elementar ou átomo ressoa em harmonia com outra, quando estamos em perfeito equilíbrio. Acontece que em todo o momento estamos expostos a energias nocivas, como: ondas de rádios, TV, antenas, energias pessoais, etc... Podendo gerar uma serie de desequilíbrios. Elas passam sobre nossos corpos, da mesma forma que somos afetados pela radiação do sol, da lua, da Terra e como sabemos das outras pessoas, porque mesmo pensamentos criam energias que se irradiam através de nossos corpos.

     

            Frequentemente durante o dia respondemos fisiologicamente, emocionalmente e intelectualmente de alguma forma às diferentes radiações que nos atingem, vindas de várias fontes.

     

            Radiestesia é uma excelente ferramenta para ampliar nossas reações sutis que experimentamos.  Se usada corretamente, a Radiestesia será uma ferramenta benéfica para a identificação e correção da fonte e transmissão das radiações nocivas existentes.

     

            Na realidade, a Radiestesia pode ser dividida em três aspectos:

     

    1- Reação física para frequências e radiações universais de elementos ou combinações de elementos naturais ou artificiais que existem no nosso ambiente físico.

     

    2 - Reação emocional dos pensamentos, condições e atitudes de outros, individualmente ou coletivamente e, de nós próprios.

     

    3 - E frequentemente intuitivamente a eventos que estão fora de nossa percepção linear do tempo, consciência física ou realidade.

     

             Com a nossa atitude e conhecimento do assunto que nos dirá definitivamente se seremos bem sucedidos no trabalho de Radiestesia ou não, e o quanto poderemos desenvolver este precioso presente. Devemos tornar-nos humildes e ter força de submetermos nossas percepções e atitudes para mudar, questionar mesmo nossas mais fortes crenças sobre um assunto específico e também ter vontade de corrigir nossas realidades.

     

           Para alguns isto será somente um meio de trabalhar com reações ou manifestações físicas, tais como procurar água, minerais e outros assuntos relativos às substâncias do universo. Outras pessoas, como eu, entretanto, podem se sentir confortável em trabalhar em áreas relativas à saúde, emoção e espiritualidade, ou seja, equilíbrio do Ser.

     

     

     

    Material e metodologia

     

     

    Capítulo 2:

     

    O que você pode fazer com a Radiestesia.

     

     

    A Radiestesia pode ser usada em diversos domínios como, por exemplo: agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água, no nosso caso: pesquisa de florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas, use a sua intuição e muita pesquisa.

     

     

     

     

    Capítulo 3:

     

    Tratamento com o uso das mãos e freqüências energéticas através de índices

     

     

            A troca de energia através das mãos tem sua eficácia divulgada em várias correntes filosóficas e, nos últimos 40 anos, a ciência traz pesquisas da aplicação e benefícios da mesma na área da saúde; é importante saber que a Terapia Holística faz parte deste processo de desenvolvimento e aprendizado universal desde os primórdios e saber como identificar através da Radiestesia as frequências saudáveis e também as desequilibradas é importante e revelador para todos.

     

            O Toque Terapêutico é uma técnica contemporânea de terapia complementar desenvolvida por Dolores Krieger e Dora Kunz, na década de 70.  A expressão “toque terapêutico” corresponde à conhecida técnica de “imposição de mãos”, amplamente estudada pela Doutrina Espírita como fator promotor de benefícios na área da saúde. Por ser um meio não invasivo, pode ser utilizado como complemento de várias terapias e também em clientes submetidos à medicina alopática.

            

            O toque terapêutico tem registros antigos: aparece no Papiro de Ebers, um dos tratados médicos mais antigos e importantes que é conhecido. Este tratado foi escrito no Antigo Egito e é datado de 1552 a.C. A confirmação deste achado aparece também no livro “O Espiritismo perante à Ciência”, de Gabriel Delanne no trecho “Os egípcios ... empregavam, no alívio dos sofrimentos, os passes e a aposição de mãos, como os executamos ainda em nossos dias”. Esta prática aparece por toda a história da humanidade, como na Bíblia, na época dos romanos, na ascensão da medicina árabe com Aviccena, em épocas medievais, etc.      

     

            Atualmente, utilizo às frequências necessárias para o restabelecimento do equilíbrio holístico através do uso de índices encontrados com o uso da Radiestesia:

     

    Exemplos:

    Artérias

    Adiposa - 4965

    Aorta, abdominal - 432

    Aorta, arco da - 6023

    Aorta, torácica - 978

    Artéria coronária – 492

    Artérias - 497

    Arteríolas - 495

    Auricular posterior - 847

    Axilar - 648

    Braquial - 491

    Carótida comum - 526

    Carótida externa - 516

    Carótida interna - 536

    Cerebral – 2947

     

            Estes índices grafados numericamente são o registro correspondente ao ponto exato do equilíbrio que cada parte ou substância que compõe a estrutura orgânica deveria alcançar para manter ou restabelecer qualidade de vida do indivíduo.

     

     

     

     

     

    Capítulo 4:

     

    Técnicas para a utilização das frequências:

     

     

            Para entender melhor o procedimento desta técnica, utilizarei o conceito da relatividade como exemplo.

            O tratamento com frequências e índices segue a estrutura da teoria da relatividade.

            O conceito da equivalência massa-energia une os conceitos de conservação da massa e conservação da energia. O inverso também é válido, energia pode ser convertida em partículas com massa de repouso. A quantidade total de massa e energia em um sistema fechado permanece constante. Energia não pode ser criada nem destruída, e em qualquer forma, energia acumulada exibe massa. Na Teoria da Relatividade, massa e energia são duas formas da mesma coisa, e uma não existe sem a outra.

            Por tanto, se podemos corrigir desequilíbrios no campo físico, podemos também através de frequências (radiações) corrigi-los no campo energético do ser.

            A principal forma de desenvolvimento para este tratamento é:

    1. Retirar o excesso de energia estagnada do corpo de nosso cliente através de um bastão, cristal ou mesmo uma pedra vulcânica. (para este procedimento é necessário a programação radiestesica conforme foi citada em palestras e cursos anteriores.)
    2. Em rastrear e encontrar com o uso do pendulo pontos, órgãos, meridianos e chakras  em desequilíbrio.
    3. Com o uso dos índices corretos e programados inserirem as frequências necessárias o tempo necessário até o restabelecimento daquele órgão etc...
    4. Necessitando de repetição do processo, marcar retorno e executar novamente até a melhora da qualidade de nosso cliente.

       

            Trabalhando com vários clientes e vários tipos de desequilíbrios cheguei a resultados extremamente positivos e acredito que esta será uma das  técnicas mais úteis no desenvolvimento e evolução de ser como um todo.

     

     

    Capítulo 5:

     

    Podemos trabalhar com esta técnica a distância?

     

     

            Utilizando frequências podemos também trabalhar com o cliente a distância já que dependendo do caso, por motivos diversos não teremos ao nosso lado o cliente que precisa ser tratada, ou ainda, nem sempre podemos estar no local que queremos fazer nossas averiguações e tratamentos.

            Como fazer quando não podemos ter o cliente junto de nós?

            Utilizamos a Radiônica que é a arte que pratica a emissão de energia a distância, energias com qualidades e intensidades específicas em função das formas de objetos e gráficos interagindo nos campos energéticos do macro e micro cosmo.

     

            É um sistema pelo qual modificamos um desequilíbrio real a distância, colocando-o de novo em equilíbrio completo com a utilização dos índices citados.

            Os instrumentos que usamos em Radiônica são muito simples. Normalmente são gráficos com formas geométricas ou mesmo aparelhos eletrônicos chamados de Máquina Radiônica.

     

            Utilizando os gráficos podemos trabalhar com a energia de múltiplas formas: decágono, hexágono, losango, turbilhão, círculos, triângulos, pirâmides, semi-esferas, espiral, etc. Cada forma canaliza um tipo de energia; Já com a Máquina Radiônica, que é um aparelho como caixa com montagem eletro-eletrônico "Sintonizador Biológico" usamos registros de frequência (como usado para sintonizar o rádio), o que faz a ligação com o testemunho, emitindo, amplificando ou direcionando a energia que serve para substituir a pessoa ou o objeto que precisamos pesquisar.

     

            Para o uso da Radiônica o testemunho ou testemunha é indispensável, ele pode ser confeccionado de várias formas: através de fotos, saliva, cabelo, unhas, amostra de sangue, documentos da pessoa e também com a localização a ser estudado; no caso de casas, o endereço completo da casa, não se esquecendo de colocar o nome da cidade e, se possível, até o CEP, pois podem existir várias ruas em uma cidade com o mesmo nome.

     

            O testemunho pode ser ainda um mapa com o registro da pessoa e do local a ser pesquisado.

     

            Para não haver influência de outras energias, quando possível, solicitar ao cliente que coloque o testemunho dentro de um envelope para ser levado a você; pode-se ainda usar o nome completo da pessoa com a data de nascimento, para se evitar homônimos.

     

            Portanto experimente, busque conhecer e utilizar das técnicas da Radiestesia tanto presencial como a distância, em conjunto com o uso dos índices e freqüências; você vai se surpreender com os resultados. Pratique todos os dias. É como tocar um instrumento musical. Se seguir às instruções cuidadosamente e praticar um pouco todos os dias a sua habilidade e precisão se tornarão muito boas, tornando-se assim um terapeuta melhor a cada dia.

     

     

     

     

    Resultados:

     

     

    Capítulo 6:

     

    Evolução de casos reais:

     

    C.A.V – chegou até a mim se queixando de distúrbios diversos como palpitações fortes, desmaios, angústia profunda e imenso desânimo alegando ter recebido diagnóstico médico de síndrome do pânico. Após 3 sessões utilizando os índices através da imposição de mãos já não sentia nenhum tipo de desequilíbrio físico, tornando assim o tratamento psicoterapêutico mais ativo e com respostas mais eficientes. Está em tratamento holístico há três meses e não teve mais nenhuma das sensações relatadas no início do acompanhamento.

     

    V.E.C – chegou até a mim por indicação  de outro cliente que obteve excelentes resultados em uma situação semelhante. Havia um prognostico médico reservado ou considerado irreversível, alegando ter enfermidades celulares disseminadas pelo corpo, incluindo intestino, pulmão e ossos.

    Mantém o tratamento alopático indicado para o caso e, de forma complementar, é acompanhada por mim . A sua melhora física e o fortalecimento de seus órgãos estão em um processo bem rápido e com muita qualidade, refletindo-se no ganho de peso,  aumento da força muscular e ânimo para, inclusive passear, redecorar seu quarto e realizar compras em Shopping Center. Antes, acamada, caquética e sem perspectivas de recuperação, se queixava de fraqueza extrema, desânimo, dores, vômitos e diarréia.

     

    A.L.S. – apresentou-se a mim queixando-se de dores no corpo, excesso de peso e desânimo. Utilizei frequências relativas à queima de gordura e aumento na velocidade de seu metabolismo, também equilibrando a estrutura hormonal e aplicando a frequência de alguns florais e fitoterápicos.  A dor desapareceu, a auto-estima melhorou e começou a perder peso (entre 300 gramas a 1 quilo e 100 gramas semanalmente) de forma saudável  e sem perda de líquidos e minerais importantes.

     

            Com este trabalho e pesquisas, o campo de energia individual é acessado e a troca de energia estagnada e desequilibrada por energia saudável e de qualidade faz-se real. Com o uso da Radiestesia e das mãos como ferramentas podem agir como um instrumento único onde a sensibilidade e a intuição ficam mais vulneráveis a sensações que indicam onde a energia do cliente possa apresentar algum bloqueio ou desequilíbrio e assim pontuar e tratar a causa diretamente no ponto aonde foi criado o desequilíbrio indicado. Após a determinação onde das áreas que possam estar em desequilíbrio, o Terapeuta começa a inverter a energia nociva e distribuir e corrigir a energia pelo corpo, aliviando partes doloridas ou congestionadas e melhorando aquelas que estão com as frequências desafinadas, ou seja, como se parte de seu corpo fosse uma estação de radio desalinhada com muita caieira e após tratamento ficasse na sintonia correta com nitidez e pureza.

            Esta terapia pode se comparar a um dial preciso que encontra a energia saudável.

     

     

     

    Discussão

     

     

     

    Capítulo 7:

     

    A Radiestesia na busca da saúde holística:

     

            Alguns autores restringe o uso da Radiestesia em agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água e outros.

     

             No meu caso a utilização da Radiestesia é uma ferramenta para a busca da melhor qualidade de vida e o equilíbrio do Ser. Através do uso dela venho pesquisando varias técnicas no decorrer dos anos: florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas e os resultados fascinantes.

            

            Aconselho a você conhecer esta técnica e utilizá-la.

     

    Conclusão:

     

            Criando assim uma equação de serviços elaborados, para se chegar ao melhor condicionamento físico e mental, com a compreensão de vida em que se resolva o problema existente, como um todo sem transferência de culpa ou novas somatizações físicas. Visando sempre que o mais importante é justamente que o terapeuta holístico seja um catalisador para a busca do conhecimento e crescimento individual de cada cliente e não um apaziguador de um problema direcionado, principalmente porque quando um cliente nos procura ele não quer ser “curado de doenças”, para isto ele procuraria um médico e não um terapeuta holístico, ele está atrás é sim de uma qualidade de vida dele e dos que os cercam e um equilíbrio onde possa se sentir bem com ele mesmo e com o ambiente onde vive. Sentindo- se assim feliz e produtivo sempre!

            Ninguém entrega um objeto precioso aos cuidados de outrem se não tiver absoluta certeza de que será bem cuidado. Qual mãe entregaria seu filho aos braços de um brutamonte?

            Assim é com a energia, o bem mais caro e essencial. Se ela for entregue aos cuidados de Deus é por confiança insofismável. O Terapeuta Holístico é um instrumento de restauração energética.

            A confiabilidade se constrói através do tempo. As provas vão chegando, umas após as outras para confirmar ou não se a força íntima e o caráter de alguém são impolutos.

            Da mesma forma, no reino dos valores mais pesados. Um indivíduo só arranja para comparsas quem vibra na mesma sintonia e seja capaz de cometer os mesmos crimes. A afinidade de propósitos é indispensável.

            A entrega total só existe entre seres absolutamente certos da igualdade de sentimentos. Se há falta de semelhanças não há confiança.

            É possível haver identidade independentemente da idade cronológica. Uma criança pode ficar serena ao entregar-se aos braços dos avós. Às vezes, a entrega se faz entre um acurado leitor e um livro, a bíblia, por exemplo, capaz de mudar a conduta e redimir.

            Nota-se que entre os animais e os humanos, as mães se entregam em abandono para doar o leite vital; é pura dádiva. Daí deveria vir o exemplo do desapego e altruísmo. Podes retrucar que é mero instinto. Mas, dentro dele pulsa algo mais etéreo e eterno. A criança não suga apenas o leite material, mas também a força de viver. Há sempre elos entre quem doa e quem recebe.

    É uma simbiose energética digna de apreço e imitação.

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

     

    ARAÚJO, Mauricio Marcial – Gráficos Radiestésicos e Radiônicos para o Uso em Terapia Holística.

     

    ARAÚJO, Maurício Marcial – Radiestesia na Terapia Holística – A Arte e a Ética Associadas a Radiestesia são:

     

    ARAÚJO, Maurício Marcial – Radiestesia e Poder das Mãos – Técnica de Tratamento com troca de energia através das mãos

     

    BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz - Um guia para a Cura através do Campo de Energia Humana. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    CANÇADO, Juracy Campos L.. Do-In: Livro dos primeiros socorros. 18 ed. São Paulo: Ed. Ground, 1994.

     

    EITEL, Ernest J. Feng-Shui - A ciência do Paisagismo Sagrado na China Antiga. Rio de Janeiro: Ed. Ground, 1985.

     

    GERBER, Richard. Medicina Vibracional - Uma Medicina para o Futuro. 12 ed. São Paulo: Cultrix, 1997.

     

    LAFFOREST, Roger de. A Magia das Energias. São Paulo: Ed. Siciliano, 1991.

     

    PENNICK, Nigel. Geometria Sagrada. Simbolismo e Intenção nas Estruturas Religiosas. São Paulo: Ed. Pensamento, 1980.

     

    RODRIGUES, António. Os Gráficos em Radiestesia. São Paulo: Fábrica das Letras, 2000.

     

    SIQUEIRA, Renato Guedes de. Cinestesia do Saber - Radiestesia e Radiônica, Expressão do Nosso Inconsciente. 2ª ed. São Paulo: Ed. Roka, 1998.

     

    TANSLEY, David V. Dimensões da Radiônica - Novas técnicas de cura. São Paulo: Ed. Pensamento, 1997.

     

    TANSLEY, David V. Chakras Raios e Radiônica. 9 ed. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    TANSLEY, David V. As Trajetórias dos Raios e os Portais dos Chakras. São Paulo: Ed. Pensamento, 1985.

     

    WATERS, Paul. A Huna Guide to the Pendulum. Princeville, Hi: Huna by Mail, 1996.

     

    WOODS, Walt. Letter to Robin - A mini-course in Pendulum Dowsing. 10th. The Print

    Shoppe,1996

    Autor: : Maurício Marcial de Araújo - Terapeuta Holístico - CRT 43301
    Última atualização: 12/06/2013 19:55


    A MORTE DA COADJUVANTE E O NASCER DA PROTAGONISTA: O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO UMA PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO ATRAVÉS DA DIALÉTICA ENTRE A TEORIA SISTÊMICA E A LEITURA JUNGUIANA SOBRE OS MITOS

    A MORTE DA COADJUVANTE E O NASCER DA PROTAGONISTA: O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO

    UMA PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO ATRAVÉS DA DIALÉTICA ENTRE A TEORIA SISTÊMICA E A LEITURA JUNGUIANA SOBRE OS MITOS

     

    Ligia Alvares Mata Virgem - Terapeuta Holística - CRT 47968


    Salvador

    2013


     

     

    Trabalho apresentado ao Sindicato dos Terapeutas – SINTE, como resultado para a obtenção da habilitação definitiva de terapeuta holística nas abordagens sistêmica e reiki.

    Salvador

    2013


     


    RESUMO


    Este trabalho apresenta um estudo de caso de aconselhamento terapêutico realizado em um Instituto de Estudos e Intervenções em Psicologia de Salvador e tem como objetivo demonstrar as possibilidades de entrelaçamentos da teoria junguiana e a teoria sistêmica familiar como recursos para o processo de individuação do sujeito. O embasamento teórico abordou os conceitos sobre a teoria geral dos sistemas, elucidando a importância dos processos iniciais de vinculação afetiva constantes na teoria do apego e as configurações dos sistemas parentais na contribuição dos padrões relacionais constituídos, de acordo com o entendimento sobre subsistemas e fronteiras. Além disto, trouxe os recursos lúdicos da prática narrativa sistêmica, pelo manejo clínico da externalização do problema e das interpretações dos mitos pela leitura Junguiana como possibilidades para a amplitude da consciência da cliente. Participou deste trabalho apenas um indivíduo, tendo sido uma pesquisa qualitativa baseada num estudo de caso. Os resultados parciais já alcançados demonstram: a) identificação do estilo de apego na infância; b) reparação do vínculo afetivo com a família de origem; b) nomeação do sentimento responsável pelo sofrimento; c) reconhecimento do comportamento de desejabilidade social como garantidor do sentimento de pertença; d) ampliação de consciência quanto ao papel que exerce na família e estabelecimento das fronteiras relacionais; e) deflagração do sentimento de abandono como sabotador da sua autonomia; f) O contato e escuta da própria intuição como base segura emocional.

    Palavras-chaves: Aconselhamento terapêutico, apego, subsistemas e fronteiras, externalização do problema, mitos.


     


    SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO.................................................................................................3

    2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................4-10

    3. MÉTODO..................................................................................................11-17

    3.1 Participante...........................................................................................11

    3.2 Instrumento...........................................................................................11

    3.3 Procedimento de Coleta e Análise de Dados...................................12

    3.4 Considerações Éticas..........................................................................12

    3.5 Resultados e Discussões...............................................................12-17

    4. Considerações finais...................................................................................18

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................19-20


     


    3

    1. INTRODUÇÃO

    Este trabalho apresenta um estudo de caso de atendimentos terapêuticos que aconteceram em um Instituto de Estudos e Intervenções Psicológicas de Salvador, cujo propósito foi demonstrar a convergência das teorias sistêmica e junguiana na prática clínica para o suporte ao cliente no seu processo de individuação.

    A principal motivação foi ampliar as possibilidades de oferta de recursos indiretos que estimulassem o consulente a iniciar a viagem interna, com menos resistência e abrisse a porta do inconsciente com maior leveza. A utilização de recursos lúdicos permitem acessar a fantasia e o imaginário e desativar os mecanismos de defesas, dando a permissão para a o contato com os conteúdos intrapsíquicos.

    A apresentação deste trabalho está estruturada em:

    1. Introdução – breve apresentação do trabalho, com o objetivo, motivo e

    estrutura. 2. Fundamentação Teórica – demonstrando quais teorias e pensadores

    influenciaram e embasaram o estudo aqui apresentado. 3. Método – relato da pesquisa, instrumento, procedimento de coleta e análise

    de dados, bem como discussões e resultados alcançados. 4. Considerações Finais – conclusão do autor sobre os estudos, análise e

    resultados obtidos.


     


    4

    2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

    Quando ouvimos as histórias sobre as civilizações - mesmo na época da formação de bandos, quando os grupos humanos se organizaram para viver em comunidade - o papel de escuta sempre era exercido por algum membro. Este conselheiro contribuía para o direcionamento das atitudes do grupo, orientando e ajudando aqueles que o consultavam em como lidarem com as relações interpessoais e o mundo em que interagiam, adequando-se ao meio em que conviviam. Eram representados por sábios, profetas, pajés, sacerdotes, gurus, filósofos, entre outros, o que denota que o aconselhamento está presente na vida do homem desde tempos muito remotos (PIÑERO & MESEGUER; 1970 apud FORGHIERI; 2007).

    Segundo Piñero & Meseguer (1970) apud Forghieri (2007), 450 anos A.C. já existia o processo denominado de “cura pela palavra” feita pelo filósofo, Empédocles. Tal filósofo fazia tratamento de doentes através da conversa buscando descobrir quais eram as queixas, se de ordem física ou psicológica. Outros filósofos após Empédocles, como Platão e Aristóteles, além de Hipócrates que era médico, se utilizavam da escuta e da conversa para iniciar tratamentos. Todos estes pensadores contribuíram para a evolução do processo de aconselhamento terapêutico e do estudo sobre as dores da alma.

    Desde então, muitas teorias e pensamentos foram desenvolvidos e o ser humano passou a ser entendido não mais como corpo e alma desconectados, mas como um todo. Este todo é a interação do dualismo – alma e corpo – e é resultado da relação com o contexto em que vive, sendo afetado por ele e também agindo sobre ele (VASCONCELOS, 2002).

    Nesta cronologia do estudo sobre a alma, Carl Jung por volta de 1900 trouxe grandes contribuições para o processo de autoconhecimento do sujeito, a individuação. A prática terapêutica pela teoria Junguiana, pode acontecer com a ajuda de vários recursos associativos e imagéticos, entre eles, as leituras e interpretações dos mitos, uma das ferramentas foco deste trabalho.

    Serbena (2010) explica que a visão de inconsciente para Jung amplia a Freudiana pois:

    “...a visão da psique e do inconsciente modifica, pois ela passa a não ser “uma página em branco” no nascimento e o inconsciente amplia-se incluindo uma camada constituída de estruturas e imagens comuns a toda a humanidade (os arquétipos) que se manifestam nos sonhos, mitos, religiões e contos de fadas”.

    Para Jung (1951; 2000) apud Serbena (2010) a psique é formada por concepções individuais e coletivas, as quais são trazidas dos elementos da família, cultura, etnia e da espécie humana. Estas imagens e símbolos arquetípicos são considerados instintivos e automáticos.


     


    5

    Os símbolos são mediadores dos paradoxos entre os conteúdos da consciência e o inconsciente, manifestados de forma simbólica, a fim de compensar o não trazer de forma explicita e direta tais conflitos. (SERBENA; 2010)

    Tais recursos ajudam ao consulente entrar em contato com os elementos inconscientes, como poderemos ver mais adiante no manejo clínico do caso aqui apresentado através das interpretações sobre os mitos do Barba-Azul e Vasalisa

    Conforme relata Grandesso (2000) apud Vogel (2011), dando prosseguimento ao estudo da alma, na época de 1950 os holofotes da terapia passam a ser direcionados às relações, indo para além do indivíduo. O foco passa a ser o modo relacional que ele estabelece e os vínculos que dele derivavam onde o sintoma passa a ser visto não coo algo do sujeito, mas uma forma disfuncional de comunicação da estrutura familiar (RELVAS, 1999 apud CARVALHAL & SILVA).

    Este passa a ser o fator mais importante para a constituição do sujeito e seu estar no mundo, influenciado, sobretudo, pelo pensamento da teoria geral dos sistemas, criada pelo biólogo Ludwing Bertalanffy por volta de 1930. Vogel (2011) esclarece que esta teoria foi aplicada aos estudos psicológicos com a contribuição de Gregory Betason (antropólogo e biólogo), por volta de 1950, com o surgimento da terapia familiar no período pós-guerra nos Estados Unidos (RELVAS, 1999 apud CARVALHAL & SILVA, 2011).

    Segundo Relvas (2003) apud Carvalhal & Silva (2011), sistema é a relação de pelo menos dois elementos que interagem entre si e entre outros subsistemas. Por exemplo, uma pessoa que se casa está em interação com o companheiro e ao mesmo tempo está em relação com o subsistema da sua família de origem, da família de origem do companheiro, do trabalho, etc., influenciando-os e sendo influenciado por eles.

    Este conceito surge em contraposição à ideia mecanicista de Descartes que defendia a concepção do todo como a soma das partes. Para o pensamento Cartesiano, o sujeito anteriormente exemplificado, seria a soma da pessoa que ela é para a família, com a que ele é para a família do companheiro, no trabalho e assim sucessivamente. Negava-se aí a possibilidade de que parte do que ela é num subsistema também estivesse presente no outro e gerasse um produto destes entrelaçamentos (VASCONCELOS, 2002).

    A partir da teoria geral dos sistemas os estudos sobre a psique e doenças mentais ganharam força para o foco nas relações familiares. Os estudos liderados por John Bowlby, após a Segunda Guerra Mundial - evento que provocou muitas separações de crianças e pais - foi um marco importante para o entendimento acerca das repercussões que a separação ou rejeição da figura materna na primeira infância pode causar ao sujeito, desde danos psíquicos até problemas de ordem psiquiátrica, podendo gerar efeitos até a fase adulta (BOWLBY, 1997; PARKERS, 2009).


     


    6

    Bowlby (1977) apud Parkers (2009) criou a Teoria do Apego, a qual se debruça sobre os aspectos psicológicos que as formações e rompimentos dos vínculos afetivos trazem à vida do indivíduo e as estratégias comportamentais utilizadas no enfrentamento de situações novas ou estressoras.

    Como cita Bowlby (1997) apud PARKERS (2009), tais estratégias estão ligadas aos modelos internos mentais desenvolvidos na infância a partir da resposta do cuidador às necessidades emocionais da criança, denominadas de comportamentos de apego. Com os avanços dos estudos de Bowlby, outros pesquisadores, como Mary Ainsworth e Mary Main, ampliaram a pesquisa contribuindo significativamente para a categorização destes comportamentos a partir da relação entre a díade figura materna e criança. Foram estabelecidos dois estilos comportamentais: Apego Seguro e Apego Inseguro, sendo este subdividido em Ansioso ou Ambivalente; Evitador ou Esquivo e Desorganizado ou Desorientado.

    No Apego Seguro as crianças tem um nível de tolerância aceitável quando em situações de separação do cuidador, demonstrando sentirem falta ao primeiro momento, mas adequando-se à ausência dele após alguns instantes. Costumam explorar o ambiente em que se encontram, até mesmo interagindo com estranhos e ao retorno da figura materna, há boa receptividade e comportamento de busca pelo reencontro (BOWLBY, 1997; PARKERS, 2009).

    A criança com Apego Inseguro pode responder à separação de três formas:

    Ansioso ou ambivalente - Caso a figura de apego seja muito ansiosa e por isto tende a não perceber a real demanda do filho e até mesmo não o estimulando às novas experiências. Isto provoca um comportamento na criança de agarrar-se a ela, resistindo à sua saída e tendo um tempo de sofrimento mais prolongado em comparação às seguras, provocando muita raiva no momento do reencontro (PARKERS, 2009).

    Evitador ou esquivo - as crianças comportam-se ignorando a separação e o retorno da mãe, pois aprenderam com o modelo parental, sua figura de apego, a conter as expressões de afeto e de desejo pela aproximação. Entretanto nos estudos de Ainsworth, foi constatado que estas crianças apresentaram alto nível de estress, com batimentos cardíacos alterados, tanto quando as mães as deixavam até momentos após a sua volta. Tal comportamento confirma que estas crianças são afetadas pela falta de cuidados responsivos da figura materna, mas aprendem a tolhê-los como forma de adequarem-se (PARKERS, 2009).

    Desorganizado ou desorientado - apresenta comportamentos polarizados, estereotipados, podendo chorar desesperadamente, atirar-se no chão, até mesmo se machucando compulsivamente ou fazendo movimentos pendulares e repetitivos. Comporta-se de forma extrema para obter alguma resposta da figura materna, devido a esta não apresentar respostas às demandas da criança. Nas pesquisas de Main e Hesse foram verificadas que a maioria destas mães sofreu de depressão pós-parto por terem vivido situações traumáticas na gravidez ou logo após o


     


    7

    nascimento do filho, tornando-as voltadas para as suas questões internas e “alheias” à criança, portanto, com muito pouco investimento parental afetivo (PARKERS, 2009).

    O estilo de Apego Ansioso ou Ambivalente, sobretudo, pode gerar uma forma relacional paradoxal, onde mais do que o conteúdo da comunicação entre os sujeitos em relação, ou seja, forma como eles estabelecem esta comunicação influencia o seu comportamento. Neste estilo, a demonstração do afeto passa a ser entendida como a antítese dela. Numa situação onde o cuidador ressalta constantemente à criança o quanto ela não é capaz de fazer conquistas independentes, autônomas, sendo sempre necessária a ajuda do adulto; ao mesmo tempo em que parece ser uma forma de proteger o infante, implicitamente pode estar sendo dito “não acredito no desenvolvimento desta capacidade”. Este tipo de atitude remete ao questionamento sobre o porquê o cuidador não vê ou aceita este avanço da criança, ou ainda, o quanto a manutenção da criança-sujeito no lugar de incapaz traz uma funcionalidade ou poder para a figura de apego.

    Por estes questionamentos, Beaston desenvolveu a teoria do duplo vínculo quando estudava em Palo Alto o processo comunicacional e relacional das famílias de veteranos de guerra com esquizofrenia. Ele notou que os feedbacks emitidos pelos cuidadores geravam conflitos internos nos sujeitos com sintomas esquizofrênicos, mas que o foco não estava no portador do sintoma, mas na forma de comunicação padrão da família (VOGEL, 2011).

    Nestes sistemas familiares o terapeuta pode entrar como um elemento morfogenético, isto é, promovendo mudanças significativas no modelo relacional aprendido e estereotipado, uma vez que coloca o sujeito portador do sintoma não mais como o centro das atenções, mas também, implica os demais membros a constante relação terapêutica (PAIXÃO, 1995 apud CARVALHAL & SILVA, 2011). Além disto, permite trazer novas perspectivas; um novo olhar sobre a estrutura e a forma de se comunicarem e se decodificarem, promovendo uma nova dinâmica no sistema familiar, mais adaptativa ao meio (MARUYAMA, 1968 apud VOGEL, 2011).

    O sistema deixa de se retroalimentar com os padrões homeostáticos, ou seja, com as mesmas formas de se comportarem e de se autoregularem que são mantenedores do sintoma. O Terapeuta estimula novas formas de estarem em relação, promovendo novas estratégias de comunicação e, portanto, descobertas de recursos internos até então adormecidos, iniciando o processo de despatologização e de auto-organização funcional (MARVIN & STWART, 2006).

    Para Bloch (1999) apud Carvalhal & Silva (2011), mesmo em atendimentos de terapia individual, os avanços conquistados são ampliados e reverberados no sistema familiar quando o terapeuta propõe tarefas que busquem a interação do sujeito com os familiares. Uma das práticas importantes para isto é o manejo clínico estimulando o indivíduo para o seu processo de diferenciação de self, a busca pela individuação.


     


    8

    A construção da identidade estimula o sujeito a manifestar-se integralmente, com o lado muitas vezes não acolhido pelo sistema familiar por não corresponder às expectativas deste. A segurança e autonomia para defender as suas próprias ideias e manter-se neste lugar, independente de não seguir o fluxo esperado pela família, é uma das principais metas terapêuticas do caso trazido neste trabalho (ANDOLFI, 2002).

    A utilização do mito Barba Azul, pela leitura junguiana, como instrumento auxiliar na prática terapêutica, permite ao cliente fazer conexões com a sua própria estória. Isto facilita o contato do sujeito com a sua realidade, entretanto não tão diretamente, por não estar pronto, às vezes, para encará-lo de forma objetiva.

    Para Estes (1994), tal mito traz a representação arquetípica da jovem ingênua que desconhece os seus conteúdos internos e se expõe ao predador, em prol de apenas se deleitar dos prazeres, negligenciando as profundezas da sua alma. O encontro com Ele é o conflito vivido pelo feminino a caminho da sua libertação, é entrar em contato com a sua agressividade mais crua, porém criativa e fazer dela a sua força impulsionadora para a busca de si mesmo. Sem dúvida deparar-se com Ele é olhar suas questões mais difíceis, sua intransigência, de apenas querer ver o mundo ao seu modo e fazer com que os outros também o façam. Na passagem desta estória, no momento em que a menina começa a enxergar o Barba Azul com barba menos azul, e alguém dócil e sensível pode-se notar o conflito mencionado.

    No decorrer da estória, esta “cegueira” vai ficando insuportável de sustentar, pois a convivência e as circunstâncias da vida vão exigindo da menina novas posturas e novas visões do mundo. Isto fica claro, na parte em que a menina se vê como a responsável pela casa, quando o marido viaja e a deixa como “cuidadora das chaves”. Mesmo com a ressalva feita pelo Barba Azul para que ela não abrisse o aposento da chavinha, a intuição e curiosidade feminina a faz motivar-se junto com as irmãs a testarem todas as chaves até descobrirem a qual quarto ela pertence (ESTES, 1994).

    Estes (1994) ainda comenta que o comportamento de buscar a verdade para si mesma demonstra o seu dom farejador e a necessidade de descobrir-se e fazer por si mesma as suas escolhas. Ao achar a porta que a chavinha encaixava e abri-la, percebe-se nesta metáfora que, uma vez aberta a porta do inconsciente, uma vez tendo entrado em contato com as dores e a angústia da psique, não há mais como sair sem “sequelas”. Ao abrir a porta do quartinho proibido pelo Barba Azul, a menina não consegue mais esconder e esquecer o conteúdo nele existente, pois a chave continuará sangrando até que ela enfrente o seu predador, o seu lado mais sombrio, aquele sabotador e vampiro da sua energia vital.

    O Aconselhamento Terapêutico contribui neste processo de abertura, de contato com o inconsciente, ajudando ao cliente a sustentar este contato e encarar o seu predador. Ao conhecer o “inimigo” é possível desenvolver estratégias de lidar com ele e neutralizar suas forças quando tenta sabotar a busca pela individuação.

    Autor: : Ligia Alvares Mata Virgem - Terapeuta Holística - CRT 47968
    Última atualização: 12/06/2013 22:22


    Consciência da filosofia e metafísica da saúde

     

    Filosofia em Ação


    Quem sou eu? “Segredo?”


    Consciência da filosofia e metafísica da saúde


    São Paulo, 31 de Maio de 2013


    Mitiyo Oshiro Takemoto

    Terapeuta Holística

    CRT 38660

     

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas – Holístico 2013


     


    Sumário

    Introdução...................................................................................................................................I

    Prefácio.......................................................................................................................................II

    Filosofia......................................................................................................................................III

    Alquimia.....................................................................................................................................III

    Tao.............................................................................................................................................IV

    Holoyoga – reflexologia.............................................................................................................V

    Reflexão.....................................................................................................................................VI

    Evolução....................................................................................................................................VI

    Despertar...................................................................................................................................VII

    O estudo da Kundalini...............................................................................................................VII

    Energia sexual Kundalini............................................................................................................VII

    Evolução humana......................................................................................................................VIII

    O que são 7 chacras?.................................................................................................................VIII

    O que é Corpo Etérico?...............................................................................................................X

    O que é Corpo Espiritual?...........................................................................................................XI

    Material e Metodologia..............................................................................................................XII

    Discussão....................................................................................................................................XII

    Conclusão...................................................................................................................................XII

    Bibliografia.................................................................................................................................XIII


     


    Introdução

    Pensamos ser inadiável o desenvolvimento do Ser consciente. Os seres humanos, diferentemente dos seres animais, possuem um potencial criativo. Adaptamos- nos às modificações impostas pelo tempo, pela tecnologia, pelos novos modelos sociais. Mas existem características espirituais básicas que nunca sofreram modificações, assim como as forças que movimentam o Ser humano, continuam sendo as mesmas, impulsos emocionais básicos e intensos e a busca pelo conforto e segurança. Há ainda outros objetivos comuns a todo ser humano, que muitas vezes assolam a humanidade com guerras e desordens psico-sociais que também parecem não sofrer alterações, como a busca pelo poder, a exaltação do status social, o poder monetário entre outros... Todo esse desequilíbrio evolutivo vem se retratando na mente humana ao longo de muitas décadas, e porque não falar séculos, criando uma humanidade egoísta e violenta às defesas de suas aquisições. O ser humano não evolui internamente, não é capaz de controlar suas emoções, de corrigir pequenas falhas de conduta, de se auto-domar em certos aspectos, mas isso por pura falta de consciência. Consciência que não é pensamento, mas percepção. Transmitimos aos nossos filhos, e recebemos também de nossos antepassados essa cultura equivocada que faz com que as pessoas fiquem alienadas em relação às suas possibilidades. Se emanamos amor, recebemos amor. Se emanamos respeito e aceitação, é isso que receberemos, respeito e aceitação. Se emanamos ódio, geramos a condição de receber ódio. Como temos a tendência a ser impulsivos, ansiosos e até descontrolados, costumamos reagir ao ódio com mais ódio, criando um ambiente tomado pelo ódio num ciclo difícil de ser quebrado, mas sempre reagimos ao amor com mais amor. O mesmo acontece com a energia. O campo energético pessoal reflete nossos padrões mentais, o que somos por dentro costumamos demonstrar por fora. Em forma de ação ou pensamento. A nossa energia é capaz de influenciar todos os que estão a nossa volta. Ao tomarmos conhecimento da capacidade que temos de controlar esta energia, ganhamos controle sobre inúmeras capacidades. Aquele que se guia pelo amor e pela índole sempre dinamiza o que aprende, transformando em experiência evolutiva toda e qualquer situação.

    I


     


    Prefácio

    Bem vindos ao Mundo mágico. O meu intuito é apresentar aos interessados no conhecimento do oculto que se refere a fenômenos conexos, transmitindo à humanidade o poder sutil e sublime da Kundalini. Esse conhecimento está disperso e fragmentado em grande número de livros e artigos de vários autores. O universo místico que existe na consciência do homem, mas que está adormecido no inconsciente, desde os tempos imemoráveis. Sendo que, no meu caso, o despertar aconteceu quando iniciei a investigação da energia sexual. Posso afirmar com certeza, que é realmente fantástico, que significa evolução espiritual e humana dentro da pessoa. A Kundalini sobe da base da coluna vertebral dentro da medula até chegar no crânio, o centro de energia espiritual Shen – o Bindu-Brahma. Atualmente, muitos místicos, eruditos, médiuns e cientistas que se dedicam no estudo, têm os impulsos mais evidentes que é o próprio impulso da Kundalini – a indomável. Eles persistem em investigar, muitas vezes mesmo contra os deboches incrédulos e contra o sarcasmo de incorrigíveis céticos, nos quais o impulso por várias causas que serão discutidas em detalhes mais esclarecedores, em outra ocasião. Uma mulher frígida olha com desdém para a natureza apaixonada de uma amiga e muitas vezes se considera superior a ela, esquecendo sua própria carência. Portanto, os que, como a mulher frígida, se orgulham de sua inflexível atitude “resistente”, a despeito de convincente testemunho em contrário, revelam um desinteresse muito grande pelo tema, que é tão fundamental para despertar o que está no inconsciente: trazer o inconsciente ao consciente e ampliar a visão mental. Essas pessoas são incapazes de perceber a própria deficiência, como Bernard Russel, que ao ser posto diante da ponderável evidência oferecida pela pesquisa, para algum tipo de sobrevivência, observou que, embora a evidência psíquica fosse bastante forte, a evidência biológica contra a sobrevivência ainda era mais forte. Sendo que, o tema em questão é essencial e fundamental para explorar a dimensão do corpo, da alma e do espírito, pois a nossa inteligência não tem limite, não tem fronteira, e tem a capacidade de transcender o eu, o outro, a parede, o horizonte e expandir para o universo e chegar mais próximo de Deus. “Fazer do raso o profundo, do incompreensível o compreensível, do incogniscível o congniscível.” – I CHING. Palavras de advertência: com certeza, não se deve evocar a Kundalini propositadamente, inadvertidamente, sem o aprimoramento espiritual, em hipótese alguma, no entanto, em algumas pessoas, ela desperta espontaneamente. O aluno deverá ser orientado com o Dharma do Coração. Dharma quer dizer “Ensino Correto”, dentro do ensinamento apropriado.

    II


     


    Filosofia

    Afinal, o que é filosofia? Em nosso contexto diário e para muitas pessoas, a Filosofia acabou se tornando sinônimo de algo distante e sem muita utilidade. No entanto, foi por intermédio dela em que as grandes mentes chegaram a um passo significativo na história humana. Ela é uma ferramenta única e capaz de nos conduzir as respostas para tudo aquilo que buscamos. A etimologia da palavra “Filos” indica buscador, ao passo que “Sophia” representa a sabedoria. Assim, o filósofo – isto é, o buscador da sabedoria – é um indivíduo que procura se contextuar no Universo e perante suas Leis, visando resgatar o conhecimento sobre quem de fato somos, de onde viemos, para onde vamos e para que serve a vida e todas as coisas que nos cercam. É através da Filosofia que podemos sair da imensa crise social e moral em que estamos inseridos: os preceitos filosóficos possibilitam ao homem deixar de agir sobre os efeitos e passar a agir sobre as causas das questões que tem levado a sociedade ao sofrimento a ao desespero. A violência, a corrupção, a depressão, a solidão, a dor da perda de uma forma geral como diversos outros malefícios não são as causas, mas sim efeitos de nossa incapacidade de amar e agir de maneira moralmente correta. Por isso, afirmamos que Filosofia tem a função de nos conduzir, sobretudo ao resgate de nossa autoestima, além de nos recolocar socialmente como homens livres e independentes. *Texto extraído do Jornal Filosófico

    Alquimia

    A Alquimia busca entender a natureza em todas as suas formas, de maneira holística, amparada na sabedoria dos grandes conhecimentos antigos. É muito importante esclarecer e desmitificar o conceito de Alquimia. A palavra alquimia (AL KHEMY), de origem árabe significa “a química”. É a mais antiga das ciências e influenciou todas as demais pois pertence a raiz de todas. Combina elementos da química, antropologia, astrologia, magia, filosofia, metalurgia, matemática, misticismo e religião, mas sob uma ótica própria. Na antiguidade se tem registro de sua existência entre os babilônios, egípcios, chineses e os indianos, assim como na idade média, onde sua prática era realizada sob o mais absoluto dos segredos, pois era considerada como uma ciência oculta, sendo perseguidos pela Santa Inquisição da Igreja Católica. Com isso, os grandes personagens do pensamento hermético anotavam suas investigações em códigos e as chaves decifradoras só eram conhecidas pelos iniciados. Em seus laboratórios os alquimistas atribuíam propriedades que transcendiam ao comum, relativas às plantas, letras, pedras, figuras geométricas e números, para satisfazer o seu principal objetivo que é compreender a natureza e reproduzir seus fenômenos para conseguir uma ascensão a um estado superior de consciência de si próprio e de quem o procura. Para eles, transformar metal em ouro ou criar o elixir da longa vida eram coisas pequenas diante da compreensão do que somos, pois essa arte hermética era a busca maior do entendimento da natureza plena e holística onde o ser humano está inserido. O estudante de alquimia é um buscador que corre atrás de se conhecer. Hoje, assim como

    antigamente, na realização dos experimentos e por meio de constantes leituras e releituras, o Alquimista nas várias etapas da transformação no seu laboratório ou consultório vai gradativamente

    III


     


    transformando a própria consciência que é o ouro espiritual, a perfeição dentro de si mesmo. Porém é importante trazer esses conceitos filosóficos para o lado prático da vida, estamos encarnados em um corpo, no planeta terra, tridimensional, sofrendo influência do meio e do inconsciente coletivo da nossa época. Desta forma, o alquimista que hoje está representado muitas vezes pelo médico, ou terapeuta holístico, deve observar no dia a dia, de forma mais aprimorada, a natureza e suas manifestações, ficando atento as transformações e aos ciclos astrológicos – sol, lua e planeta – e terrestres – semear ou colher. Sabendo interpretá-las, ele poderá ajudar melhor a quem o procura, maximizando seus efeitos para saúde e bem estar.

    (autor desconhecido)

    Tao

    O Tao como base das doutrinas filosóficas mentais e também ocidentais é palavra chinesa que significa caminho, via, isto é a sobreposição do feminino e do masculino chamado Yin e Yang. O Tao não significa a soma de um e outro, mas tais forças existem concomitantemente e sincronicamente. O Tao como caminho e como fusão de tais elementos é o sentido de ordem, é um princípio organizador. É a reunião do caos e das polaridades. É gás dispersivo, consequente aos movimentos de fricção, se transforma em gás de combustão do próprio movimento deixando um rastro. Ao seguir o Tao vocês seguem este rastro, os movimentos, o fluxo da vida e do caminho até que, perdendo a polaridade, vocês se transformam no próprio caminho, no Tao. O Tao condena a idolatria e diz: “O mestre Tao não tem nome, ele é oculto, vive no anonimato meditando (filosofando), praticando, aprendendo, orientando e semeando o bem, o cultivo, a serenidade, meditando entre o céu e a terra.” O homem recebeu do céu uma natureza essencialmente boa para guiá-lo em todos os seus movimentos. Entregando-se a esse princípio divino dentro de si, o homem alcança uma inocência incontaminada. Ela o conduz ao bem com certeza instintiva e livre de intenções ulteriores de recompensa ou vantagem, essa certeza instintiva trás supremo sucesso e favorece através da perseverança. Nem tudo que é instintivo é também natural, nesse sentido mais elevado da palavra, mas somente o que é correto, aquilo que corresponde à vontade dos céus. Uma forma de agir instintiva e irrefletida, que não possua retidão, só poderia causar infortúnio. Confúcio comentava a respeito: “Aonde irá aquele que se afasta da inocência? A vontade e as bênçãos dos céus, não acompanham seus ato.” I Ching O céu é puro, e a terra é impura, o homem está entre o céu e a terra, entre o puro e o impuro. Certo ditado antigo diz o seguinte: “O Tao não possui qualquer forma; no entanto confere vida ao céu e a terra. O Tao é destituído de emoções; no entanto, move o sol e a lua. O Tao é destituído de nome; no entanto nutre todas as coisas da natureza.” O Tao possui tanto aspectos puros como impuros. Às vezes permanece imóvel, às vezes move-se. O céu é puro e a terra impura, todas as coisas percorrendo seu respectivo curso. A origem da pureza reside na impureza. Por esse motivo nos remetemos à meditação, reflexão. O movimento é a fundação da quietude. Se as pessoas puderem constantemente permanecer puras e imóveis, então ficaremos no estado de serenidade.

    IV


     


    O espírito tende para a pureza, a mente para a quietude, mas é contrariado pelo desejo de equilibrar- se. Se fores capaz de controlar, então a mente permanecerá imperturbável e pura. Aqueles que estão impossibilitados de atingir o Tao são destituídos de clareza mental e que ainda se acham escravos das emoções. Suportar a quietude gradualmente entrará no verdadeiro caminho denominado Tao, não existe nada para ser atingido, mas sim para sentir. Lao Tsé dizia: “Aqueles que são honrados não tem porque discutir. Os que não são preferem se entregar as discussões.” Aqueles que possuem elevadas virtudes não necessitam de virtude. Quando a mente permanece selvagem o espírito torna-se distraído devido à existência da ansiedade e do estresse, o corpo e a mente são afligidos por tensões. Se viveres na decepção e na ansiedade afundará no oceano do sofrimento e sempre vaguearás para fora do verdadeiro caminho. Se fores capaz de perceber intuitivamente viverás o caminho natural, se intuitivamente entenderes o Tao, sempre será puro e imóvel. Todas as meditações que fazemos são essencialmente internas, você fecha os olhos e imagina todas essas coisas (tais como sofrimento dos seres e o desejo de que sejam felizes). Mas não pense que isto vai simplesmente perder-se no espaço e não vai produzir nada. Ao imaginar certas coisas você faz com que elas se tornem realidade, se você todos os dias fica irritado, não se surpreenda se continuar ficando irritado se você mantém pensamento de irritação em sua mente. “Eu detesto ele, eu detesto ele”, não se surpreenda se você der um soco na cara dele, porque o que corpo e a fala fazem é simplesmente seguir aquilo que a mente está fazendo porque eles se iniciam na sua mente. Refletir, pensar, oração mental, examinar atentamente, ponderar, considerar, reconsiderar, isso é meditar. Como qualquer coisa, você tem que treinar antes de agir, não é possível simplesmente entrar em um carro e sair dirigindo, é necessário treinar primeiro. Antes de tocar piano você tem que treinar e treinar. Você tem que treinar-se no desenvolvimento do amor e da compaixão e tudo isso, por fim, o tornará apto a espontaneamente expressá-los em corpo e fala. Isto é algo razoável. Mencius comentava a respeito: Para verificar se alguém é um homem superior ou inferior, só precisamos observar a que parte de si ele atribui uma especial importância. O corpo tem partes superiores e inferiores; importantes e secundárias. “Não devemos sacrificar o superior em favor do inferior e nem devemos sacrificar o inferior em favor do superior, devemos sim, manter o equilíbrio.”

    Holoyoga – Reflexologia – Autocura Fundamento: Tantrayana, o Veículo de Diamante

    Tantrayana: 2 cérebros, o equilíbrio dinâmico do Yin e Yang. Holoyogaterapia é uma prática simultânea do Tantra, Yoga e Budh: os 3 Tan Tiens, a consciência da filosofia e metafísica do Tao-Yin; conscientização do corpo, da mente e do espírito, pois dentro de cada um de nós existe: um ser animal (corpo), um ser humano (mente) e um ser divino (espírito). Essas são as 3 dimensões da nossa existência. Daí a explicação sobre os 3 Tan Tiens, 3 mentes ou 3 veículos (Bioeletromagnética): a força vital.

    V


     


    Reflexão

    Para refletir, filosofar: “Aprender sem pensar é inútil. Pensar sem aprender é perigoso.” (Kung Fu Tsé (Confúcio). Filosofia e metafísica: ciência geral dos primeiros princípios e das primeiras causas, conhecimento, sabedoria, força moral, (elevação espiritual) que leva ao Deus: conhecimento de verdades morais, conhecimento absoluto que procura a intuição direta das coisas; conhecimento racional único possível de alcançar a essência das coisas, modo de pensamento intermediário entre teológico e positivo; método de abordar os fenômenos da natureza, aprofundar, refletir, raciocinar, pensar e discernir, é a adequação entre o ser e a inteligência, ou seja, espírito de crítica e de superação. Nas palavras e atos do passado jaz oculto um tesouro que o homem pode utilizar para fortalecer e elevar seu próprio caráter. O estudo do passado não deve se limitar a um mero conhecimento da história, mas deve, através da aplicação desse conhecimento, procurar dar atualidade ao passado. Desembaraçando os fios de seda emaranhados, juntando-os em meadas, assim se desvenda os mistérios e segredos orientais da antiguidade. “O antigo será de novo útil.” I Ching – Lao Tsé

    Evolução

    A evolução da Kundalini: a fonte da força, fonte do gênio a partir do seu repositório nos órgãos reprodutores, uma fina corrente de energia vivente filtra-se para dentro do cérebro, como lubrificante para o processo evolutivo. A medida que a energia se move para cima, vai passando pelos vários chacras ao longo da medula espinhal até chegar ao chacra capital localizado no cérebro, a pessoa sente uma luz entre branca e dourada no interior do cérebro. Dizem que o fenômeno desperta requintadas sensações que se assemelham ao orgasmo, mas ultrapassam em muitas ordens de magnitude. Tais sensações são mais intensamente percebidas logo acima do palato no cérebro médio no arco descendente paralelo à curva palatal, o canal encurvado através do qual o bioplasma passa para dentro do cérebro. A Kundalini está em ação o tempo todo e em forma de energia “torrente”. Essa torrente ascensional que é uma reconceituação do que FREUD aparentemente quis dizer com a expressão “sublimação da libido” – explica a fonte da criatividade do artista ou do intelectual. Para muito além destes há aqueles raros a quem Gopi Krishna chama “espécimes acabados do homem perfeito do futuro” tais como BUDA, CRISTO e VYASA, a consciência dos seres evoluídos . Drogas como cigarros, álcool, entorpecentes, paixão, emoção, pela comida, pelo ambiente, pelo modo de vida, ambição, pela conduta e pelo comportamento e; de fato por todos os milhares de tipos de influência, desde o mais forte ao mais leve, que dão forma à vida desde o nascimento até a morte. Assim a necessidade de uma vida moral equilibrada é baseada no imperativo biológico. O desvio da Kundalini é a causa do surgimento dos gênios maus da história, como HITLER. Neste caso a Kundalini esteve em ação desde o nascimento, tal como nos gênios. A vida destas pessoas superdotadas é geralmente tão cheia de dificuldades que a energia Kundalini pode tornar-se maligna se as qualidades mais sutis necessárias a estabilidades psíquicas não se tornarem parte integrante da sua formação: a falta desses traços mais sutis constitui uma barreira interna que impede o acesso aos níveis mais elevados da consciência.

    VI


     


    Despertar

    O meu objetivo maior é trabalhar sobre o legado que se deteriorou, pois o I CHING sempre me orientou nesse sentido. O intuito aqui é ajudar os seres humanos em sua evolução pessoal e espiritual na simplicidade do TAO (natureza). O Tao ensina tudo sabiamente através do Yin e Yang. Yi e Yang é a base da filosofia e metafísica chinesa. Tudo se aprende intuitivamente. O que será levado em consideração é o autoconhecimento elevando a auto-estima, afeto e compreensão, eliminando os conceitos que anuviam a mente que cria a prisão mental da qual sua essência fica engaiolada. Com a eliminação dos conceitos, crenças e paradigmas que não funcionam, o Ser liberta a sua essência adquirindo a vida. A vida é construir situações que desejam vivência e não viver as situações desagradáveis que são atraídas inconscientemente. O que será ensinado serão os caminhos necessários para a evolução pessoal respeitando a capacidade de cada Ser que será despertada de forma necessária, suave, média ou intensa, de acordo com a necessidade de cada um, naturalmente, desde que esteja aberto e disposto para a transformação e a libertação do Ser.

    O estudo da Kundalini

    Todos são livres para participar de forma que sejam espontâneos. O trabalho será organizado de maneira que todos participem formando uma equipe de boa vontade. Uma equipe é mais que um grupo de pessoas, é a soma de “energia-pensamento”, uma união de todos em torno de um objetivo, é o sincronismo de todos que leva a resultados notáveis. Todas as pessoas tem algum tipo de conhecimento para ensinar, vamos ensinar, vamos aprender, transformar, evoluir e vamos compartilhar a alegria de viver na jornada da evolução humana. Compartilhar a felicidade é felicidade em dobro, compartilhar a dor é dor pela metade, compartilhar o conhecimento é conhecimento redobrado. O mundo é reflexo de nossas ações. Os anos haverão de passar, mas a arte de compartilhar nunca será em vão. Essa é a beleza de uma ação que sempre gera uma reação e conquista um mundo melhor. Missão: por uma causa nobre, trabalho sobre o legado que se deteriorou. Nobreza: ser nobre não é ser melhor do que um milhão de pessoas, a verdadeira nobreza é ser melhor do que foi no passado. – Provérbio Hindu Objetivo: resgatar o elo perdido: esta sublime ciência (essência) que ficou no esquecimento, no decorrer de milênios, sem que e humanidade a percebesse.

    Energia sexual - Kundalini

    A energia sexual é a união primordial das forças yin e yang que impulsiona o universo. Sem essa energia, nenhum de nós estaria aqui, ou simplesmente não existiríamos. Kundalini – a Fonte da Juventude – fonte da energia vital. Gopi Krishna, conhecedor da filosofia clássica iogue, acredita na existência de uma poderosa ligação biológica entre o sexo e a consciência superior, ligação que é a força motivadora subjacente a todos os fenômenos espirituais e

    VII


     


    paranormais já testemunhadas na história. O sistema reprodutivo é o mecanismo pelo qual se processa a evolução. Esse conceito, entretanto, não está limitado à literatura indiana. Foi descrito nos antigos registros do Tibet, do Egito, da Suméria, da China, da Grécia e outras culturas e tradições, incluindo o cristianismo primitivo. A serpente: símbolo da energia vital. A fonte do “poder da serpente” é o prana-chi – yin e yang, a energia cósmica primal que está fora do espectro eletromagnético e das outras formas de energia conhecida na ciência oficial do Ocidente.

    Evolução humana

    Quase todos se ocupam, num determinado momento da vida com as perguntas: “quem sou eu:”, “que forças agem dentro de mim:”, “que faculdades ainda se escondem no meu interior:” e “como posso usufruir todo o meu potencial de sorte e criatividade:”. Acreditamos que nenhum outro campo científico pode responder a essa pergunta tão amplamente como a ciência dos centros energéticos do homem. Ao compreender as tarefas e as funções dos chacras em toda a sua extensão, forma-se uma imagem do ser humano que, na sua possível perfeição é tão fascinante e sublime a ponto de mais uma vez determos para admirar a maravilha da criação. Para trabalhar eficientemente com os chacras, não é necessário que você seja clarividente, intuitivo ou sensitivo. Todavia, notará que, com essa ação, sua sensibilidade com relação aos planos etéricos aumentará substancialmente. Desenvolvendo-se também a compreensão dos relacionamentos, que unem muitos fragmentos do conhecimento e da experiência num todo harmônico, de modo inteligível.

    O que são os 7 Chacras

    Chacras: são o prisma sob influxo do Sol que se divide em raios coloridos. O prisma do corpo-mente- espírito humano. São o arco-íris. Um arco. A ponte entre o Céu e a Terra. São a expressão da força mental em saída e todas as possibilidades de poder mental manifestado! São canais que se alimentam por ambos os pólos: pelo polo sul ou pelo chakra base com o alimento feminino da Terra, da Mãe Divina: pelo polo norte ou chacra coronário, com o alimento masculino do Céu, da mente do Pai ou do Um, e pelos lados com todas as forças possíveis e existentes. Através do chacra do plexo solar, o corpo absorve energias vitais do SOL e, através do chacra básico, energias vitais da terra. Ele armazena essas energias e as leva, através dos chacras e nádis em fluxos vitais ininterruptos, ao corpo físico. Essas duas formas de energia cuidam do espírito vital nas células corporais. Quando a “FOME DE ENERGIA” do organismo é saciada, a energia excessiva é irradiada para fora, pelo corpo etérico através dos chacras e dos poros. Ela sai dos poros em forma de fios retos, com cerca de 5 cm, formando a aura etérica, que em regra é percebida pelos clarividentes como a primeira parte setorial da aura total. Esses raios cobrem o corpo físico como um manto de proteção, impedindo que micróbios patogênicos e corpos estranhos se infiltrem no corpo, e irradiam, simultaneamente, um fluxo constante de energia vital no meio ambiente.

    VIII

    É um sistema pelo qual o ser humano se relaciona com os seres vivos que habitam o meio ambiente.  

    São os centros de energia psicofísica (energia pensante) que se localizam ao longo da coluna

    vertebral e se relacionam com os órgãos e endócrinos, através do sistema nervoso, que possibilita a

    transformação da energia psicofísica em energia espiritual.

    Conhecer e assimilar os chacras é constatar o sistema humano de integração global, a integração de

    diversos planos e vibrações dentro do corpo. Os chacras tem a forma de disco circular, símbolo da

    perfeição e do sol (LUZ DE DEUS) que hospedam a espiritualidade, a qual tem valor ascensional,

    também indica proteção a cerca espiritual que envolve a alma humana, e que na essência exprima a

    totalidade de um círculo solar e ainda a luz do sol que cerca a vida e circula por ela em várias esferas

    que também são rodeadas.

    Observa-se que a nossa galáxia é espiralar, o nosso corpo também é em espiral, o planeta também, é

    só observar o movimento da natureza, no pensamento e no movimento em que a pessoa entra em

    sintonia e se envolve com seus chacras, a energia prana-pensante psicofísica, já entra em ação a

    favor. Isso quer dizer que Kundalini já entrou em ação a favor dos chacras impulsionando-os para

    cima revitalizando-os.

    A Kundalini é feita de vontade-ação, confiança que hospeda o pensamento de Deus e tem o valor

    ascensional e se sobrepõem ao processo de conquista progressiva no sentido de transformação e

    evolução espiritual. Kundalini é a alegria serena que governa o nosso interior através dos chacras e é

    a lei mística maravilhosa que eleva ao estado de graça, inteligência emocional, consciência sutil que

    ensina o homem a compreender o conhecimento e a viver com sabedoria em harmonia com a

    natureza, equilibrando o corpo, a mente e o espírito feito de confiança. Prana-yin yang, a fina

    essência biológica, inteligência, consciência, o meio de nutrir equipamento receptivo da nossa

    consciência, que é o sistema nervoso, o nosso contato com a consciência universal. Durante o

    processo de ascensão da Kundalini, o sistema nervoso inteiro atravessa uma transformação

    microbiológica que atinge especial         

     

    esgotado em seus recursos.  

    Os escritos de GOPI visam uma nova estrutura da sociedade humana a uma nova ordem política e

    social que habilite a totalidade da raça humana a devotar-se ao desenvolvimento de seus poderes e

    possibilidades latentes. O antigo conceito IOGUE vem sendo pesquisado cientificamente com base

    nas ciências fisiológicas da medicina que teve inicio na INDIA sob o apoio do governo. Hoje acontece

    em vários países do mundo, envolvendo religião, psicologia, psicanálise, teologia e outros.  

    Teoricamente a Kundalini tem o mesmo conteúdo do DNA, e pode nos revelar muitos segredos

    ocultos desde a antiguidade, que remonta os 25 mil anos.

     

     

    O que é corpo etérico?

     

    Corpo Etérico: é o que abriga o EU verdadeiro, o SER (Kundalini)

    A maioria das pessoas considera o mundo material, e com isso também o corpo físico e

    compreendidos pelo intelecto racional. Os clarividentes como Tao e Budh; todavia, veem uma grande

    variedade de estruturas de energia, de movimentos energéticos, de formas e cores, que são

    perceptíveis dentro e em volta do corpo físico do homem.

    Caso você também seja um desses que só podem aceitar como realidade o corpo material, pense

    uma vez o que acontece, porventura, com a energia, com a força vital, que anima um corpo físico e

    lhe confere sensibilidade e capacidade de expressão depois da morte desse corpo. Segundo uma lei

    da Física, a energia nunca se perde, mas se transforma. A força que está em ação por trás dos

    aspectos materiais do corpo, com suas funções e habilidades, é constituída de um complexo sistema

    de energia, sem o qual o corpo físico não poderia existir.

    Esse sistema compõe-se de três elementos básicos:

    1)  Os corpos etéricos ou energéticos: o que constitui a aura humana

    2)  Os chacras, ou centros de energia: guiados por Kundalini e Bindu  

    3)  Os nádis, ou canais de energia: transmite energia psíquico-físico dentro e fora do corpo

    através dos chacras via sistema nervoso.

    O corpo etérico tem aproximadamente a mesma dimensão e configuração que o corpo físico. Daí a

    denominação “duplo etérico” ou “corpo físico interior”. Ele é o portador das forças

    do corpo físico, bem como da força vital e criadora, e de todas as sensações físicas.

    O corpo etérico é formado de novo a cada reencarnação do ser humano e se dissolve três a cinco dias

    depois da morte.

    O corpo físico pode pesar muitos e muitos quilos, mas o duplo etérico pesa em geral 21 gramas –

    todas as pessoas “perdem” 21 gramas imedia e após o decesso.

    A Kundalini carrega os corpos astral, mental e causal que continuam existindo depois da morte e se

     

             

     

    matéria física dos tecidos do corpo, que

     

             

     

    Discussão

     

    Kundalini adormecida – uma nova orientação é necessária à ciência.

    O despertar acontece muito naturalmente, quando o aluno faz contato com os seus próprios chacras,

    naturalmente devendo ser bem orientado e  assimilado com muita seriedade, sob a orientação prévia

    de um mestre.

    Quando o aluno assimila e assume os seus próprios chacras sob orientação do Yin e do Yang dentro

    dos chacras, a Kundalini é acionada para dinamizar os chacras assim ligando o Yin e Yang, ou seja, o

    crânio e o sacro dinamizando o corpo, a mente e o espírito. Isso se aprende com as práticas do Tao-

    Yin. O aluno adquire uma consciência integral, antes nunca vivenciando.

    Percebe-se  que o tema em questão são os fragmentos dos 3 corpos. Juntar esses fragmentos

    (“quebra-cabeça”) significa assimilar o eu integralmente. Dessa maneira, se fortalece

    das práticas meditativas: a filosofia e metafísica em questão. Não existe maneira de aprender

    didaticamente. Esse ensinamento se assimila no sistema param param, como já foi dito

    anteriormente. Se aprende e assimila entre diálogos, repetidas vezes entre o mestre e o discípulo,

    passo a passo intuitivamente, analogicamente e teologicamente, pois envolve alguns segredos. O

    aluno vai perceber quando assimila o Tao. Leva algum tempo mas se tiver paciência, muita paciência,

    vale muito a pena, certeza.

     

     

    Conclusão

     

    Chegar no estágio de desenvolvimento pessoal em que me encontro foi graças à compreensão e

    apoio constante do Sr. Henrique Vieira Filho, que é uma pessoa de visão mais ampla e é isso que me

    dá coragem, pois preciso de muita coragem, a Kundalini é uma verdadeira prova de fogo. Ela recebeu

    vários nomes

     

             

     

    Bibliografia    

     

    Chakras que Falam! 
    Sonia Szeligowsk Ramos - Ed. Arcobaleno
    Chakras – Mandalas de Vitalidade e Poder
    Shalila Sharamon. Bodo J. Bainski - Ed. Pensamento
    Teoria dos Chacras – Ponte para a Consciência Superior
    Hiroshi Motoyama - Ed. Pensamentos


    O Duplo Etérico
    Major Arthur E. Powell - Ed. Pensamento


    Tao Yin
    Mantak Chia - Ed. Cultrix


    Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico
    Mantak Chia - Ed. Cultrix


    Reflexologia Sexual
    Mantakchia - Ed. Cultrix


    Chakras – Centros de Energia de Transformação
    Harish Johari - Ed. Pensamentos
    Dicionário ilustrado da Língua Portuguesa
    Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas
    Planeta Extra – Hathayoga
    Eduardo araia - 1ª edição: Dezembro/83; 2ª edição: Outubro/87
    Internet
    XIII

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT. 38660
    Última atualização: 13/06/2013 13:11


    PRANAYAMA – O SOPRO DA VIDA

    PRANAYAMA – O SOPRO DA VIDA

     

    CELI COUTINHO

    Terapeuta Holística

    CRT 21270

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2013

     

    Índice

     

    Apresentação

    O que é Prana?

    PRANÁYÁMA

    Técnicas de respiração

    Metodologia.

    Conclusão

    Bibliografia

     

     

    Apresentação

            Conhecer sobre as Nadis  e os pránáyamas  de acordo com a filosofia Hindu em sua total natureza é composta de duas substâncias principais. O Akasha - éter e o Prana - energia. Duas forças que corresponde a evolução onipresente permeando o universo inteiro, na verdade todo o tipo de existência que pode ser considerado sob a palavra "criado", são produtos do Akasha. Energia sutil e invisível que no final de cada ciclo volta a ponto de partida. Assim como toda força da natureza, que é conhecido pelo o homem: gravitação, luz, calor, eletricidade, magnetismo, pode ser agrupadas sob o nome genérico de "energia" à criação física é a manifestações do Prana cósmico.

     

    O que é Prana?

            A respiração é “Brahma”. Prana é o resultado de toda energia que se manifesta no universo. É a soma total de todas as forças da natureza. "Atman". Todas as forças físicas, todas as forças mentais estão sob o julgo do 'Prana'. É a força em todos os planos da existência, do mais alto ao mais baixo. O que quer que se mova ou funciona ou tem vida, é apenas a expressão ou manifestação de Prana. Akasha é a expressão do Prana. O Prana está relacionado à mente e pela mente a vontade, e através da vontade para a alma individual, e através desta ao Ser Supremo. Ao aprender como controlar as pequenas ondas de Prana através da mente, então o segredo do Prana será conhecido.

            O trabalho do Prana é visto nas ações sistólica e diastólica do coração, quando ele bombeia o sangue para as artérias na ação de inspiração e expiração, durante o percurso da respiração; na digestão de alimentos; na excreção de urina, matéria fecal e na produção de sêmen, quilo, quimo, suco gástrico, bile, suco intestinal, saliva; no fechamento e abertura das pálpebras, no caminhar, brincar, correr, falar, pensar, sentir, raciocínio, etc. Prana esta lá. È a ligação entre o corpo astral e físico. O Prana é um fio delgado ligando o corpo astral ao corpo físico. Quando a morte ocorre, o Prana que está trabalhando no corpo físico é retirado para o corpo astral.

            Este Prana permanece em estado sutil, imóvel, não manifestado Estado, indiferenciado durante o Pralaya (período) cósmico. Quando a vibração está configurada o Prana se move e age sobre o Akasha.

            Ao controlar o ato de respirar, poderão controlar de forma eficiente todos os movimentos do corpo e as diferentes correntes nervosas que estão sendo executado através do corpo. Poderá facilmente e rapidamente controlar e desenvolver a mente, corpo e alma através da respiração. É através do Pranáyáma que você pode controlar estas circunstâncias e conscientemente harmonizar a vida pessoal com a vida cósmica.

            A respiração dirigida pelo pensamento sob o controle da vontade, é regeneradora e pode utilizar conscientemente para o autodesenvolvimento.

            A sede do Prana é o coração. Embora o Antahkarana assume quatro funções na mente:

    Manas = mente.

            Manas é a mente inferior, através do qual a mente interage com o mundo externo e leva em impressões sensoriais.

            Manas é como o supervisor dos sentidos e direciona os 10 sentidos ou Indriyas :

     Karmendriyas: As cinco portas de saída ou os cinco meios de expressão. (Karma significa ação. Indriyas são os sentidos).

    Jnanendriyas: As cinco portas de entrada são os cinco sentidos cognitivos, que são chamados jnanendriyas. (Jnana significa saber. Indriyas são os sentidos.).

            Manas leva as direções dos desejos, das atrações e aversões armazenadas na memória de Chitta. 

            Ser consciente de ações e fala: Uma boa maneira de cultivar o testemunho de Manas é estar atento a ações e palavras, bem como os seus sentidos de cheirar, saborear, ver, tocar e ouvir. Ao observar isto você perceberá como Manas é a persona por trás dessas ações e sentidos. Assim, Manas é como o supervisor dos funcionários em uma fábrica. Manas não é o patrão, mas o supervisor, que está dando as ordens diretas para os sentidos ativo e cognitivo.

    Chitta = armazenamento de impressões

            Chitta é o banco de memória, que armazena impressões e experiências, e o quanto pode ser muito útil, Chitta também pode causar problemas se o seu funcionamento não é coordenado adequadamente pela as funções da mente.

    Coordenação Chitta: Se Chitta não é coordenado com as outras funções da mente as impressões guardadas no lago da mente começam a mexer e surgir. É como se essas impressões latentes voltasse à vida e todas competissem pela atenção de Manas para realizar seus desejos no mundo externo. Na ausência de um Buddhi claro, as vozes concorrentes de Chitta muitas vezes conduzem Manas para tomar ações no mundo que não são realmente tão úteis.

    Ahamkara = O Ego

            Ahamkara é o sentido de "Eu-Sou", o Ego individual que se sente como uma entidade distinta, separada. Ele fornece identidade ao nosso funcionamento, mas também cria Ahamkara nossos sentimentos de separação: da dor e de alienação também.

            Ahamkara assume parceiro: Esta onda do "eu-sou" chamado Ahamkara se alinha em formas de parcerias com os dados das imagens em Chitta e, por sua vez, com Manas, que em seguida, responde aos desejos sendo permeadas por sua "individualidade". Enquanto isso, Buddhi é a tarefa mais importante no caminho da meditação e da auto-realização.

    Buddhi = sabe, decide, julga e discrimina.

    Buddhi é a mente superior: Buddhi é o aspecto mais elevado da mente, a porta para a sabedoria interior. A palavra Buddhi em si vem do budh raiz, que significa aquele que despertou. Buddhi tem a capacidade de decidir, julgar e fazer distinções cognitivas e diferenciações. Pode determinar o caminho mais sábio de dois pólos de ação, se funcionar bem Manas vai aceitar sua orientação.

            Buddhi deve ser o tomador de decisão: Na construção da vida, queremos Buddhi para a fazer as escolhas perfeitas. Caso contrário, Manas recebe as instruções dos padrões de hábitos armazenados em Chitta, que são coloridas por Ahamkara, o Ego. Muitas vezes, Buddhi é nublada por toda a coloração e impressões no Chitta. Assim, uma das principais tarefas sadhana-práticas espirituais, é utilizada para limpar Buddhi. Então poderá sempre melhorar as escolhas que produzirão os frutos nessas práticas espirituais.

            Como já vimos em estudo anterior o Prana ele assume cinco formas:

            Prana, Apana, Samana, Udana e Vyana com diferentes funções executado por ele. Isto é denominado como Vritti Bheda. O Prana principal é chamado Mukhya Prana. O Prana se ao Ahamkara e, portanto, vive no coração. Destes cinco Prana já sabemos que o Apana são um dos principais agentes.

            E relembrando que a sede do Prana é o coração; do Apana, o ânus; de Samana, a região do naval, de Udana, a garganta, enquanto Vyana é tudo permeia. Ela se move por todo o corpo.

    Sub-Pranas e Suas Funções

    Naga: faz eructação e soluço.

    Kurma: executa a função de abrir os olhos.

    Krikara: induz a fome e a sede.

    Devadatta:o bocejar.

    Dhananjaya: provoca decomposição do corpo após a morte.

     

     

    PRANÁYÁMA

     

            Pranáyáma é a ciência do controle da respiração. Ele consiste de uma série de exercícios especialmente destinados a satisfazer as necessidades do corpo e mantê-lo em equilíbrio. Pranayama vem das seguintes palavras:

    Prana - "força da vida" ou "energia da vida”

    Yáma - "disciplina" ou "controle”

    áyama - "expansão", "contenção", ou "extensão”.

            Assim, Pranáyáma significa "técnicas de respiração" ou "controle da respiração".

            Através da prática de Pranáyáma, o equilíbrio de oxigênio e dióxido de carbono é atingido. Absorvendo prana através do controle da respiração ligando o nosso corpo, mente e espírito.

            Mas a vida é cheia de stress. Por causa do trabalho diário, família, ou pressões financeiras, ela tende a ser rápida e superficial. O uso de apenas uma fração de seus pulmões resulta da falta de oxigênio e pode levar à complicações e grandes desequilíbrios da saúde. Ao praticar a respiração profunda e sistemática, através de Pranáyáma o corpo passa a ser reenergizado e organizado em seu equilíbrio.

     

    Benefícios de Pranayama

            Pranáyáma desenvolve a concentração e foco. Ele elimina o stress e relaxa o corpo. Resultando serenidade e paz de espírito.

            Pranáyáma oferece autocontrole. Através da concentração, pode-se lidar melhor com temperamento e reações. A mente pode funcionar de forma clara, evitando argumentos e decisões erradas. Além disso, o autocontrole também envolve o controle sobre o corpo físico.

            Pranáyáma leva a jornada espiritual através de um corpo relaxado e mente desperta.

            Praticar exercícios de respiração ou Pranáyáma deve ser seguro, preferencialmente supervisionados por um instrutor.

             

     

    Tipo normal de respiração.

     

    1. Alta respiração: É a respiração que esta localizada, principalmente na parte superior do peito e dos pulmões. Isto é denominado de "respiração clavicular" ou "respiração Alta" e envolve aumentar a clavícula, costelas e ombros quando inflado. Pessoas com asma, o estômago cheio ou que sentem falta de ar tendem a recorrer à respiração alta. Respiração alta é naturalmente superficial, fazendo com que somente uma pequena parte de ar atinja os alvéolos.

            Esta é a forma menos desejável de respiração. Além disso, a caixa torácica superior é relativamente rígida. Uma grande quantidade de energia muscular é gasto para manter pressionado contra o diafragma e assim manter as costelas e ombros levantados anormalmente. Esta forma de respiração é bastante comum, especialmente entre as mulheres. É uma causa comum de problemas digestivos, de estômago, prisão de ventre e ginecológico.

     

    2. Baixa respiração: É a que se localiza principalmente na parte inferior do peito e dos pulmões. É muito mais eficaz do que a respiração alta ou média. Consiste principalmente em mover o abdômen dentro e fora e na mudança da posição do diafragma por tais movimentos. Devido a isto, é por vezes chamado de "respiração abdominal" e "respiração diafragmática". Pessoas sedentárias que habitualmente se inclinam para frente enquanto ler ou escreve tendem a cair no uso da respiração baixa. Sempre que afrouxa seu ombro e músculos do peito, ele normalmente adota a respiração baixa. Muitas vezes usamos a respiração baixo quando se dorme. Mas sempre que se tornar fisicamente ativo, como no andar, correr ou levantar, é provável encontrar a respiração abdominal insuficiente para as nossas necessidades.

            Para usar a respiração baixa você inala você empurrando gentilmente o estômago para frente sem esforço. Quando expirar lhe permita que o estômago volte para sua posição normal.

            Este tipo de respiração é muito superior a respiração alta ou média por quatro razões:

    a) - Mais ar é tomado em quando inala, devido ao maior movimento dos pulmões e do fato de que os lobos inferiores dos pulmões têm uma capacidade maior do que os lobos superiores.

    b) - O diafragma funciona como um segundo coração e com os movimentos de expandir a base dos pulmões lhe permite sugar mais sangue venoso. O aumento da circulação venosa, melhora a circulação geral.

    c) - Os órgãos abdominais são massageados pelos movimentos para cima e para baixo do diafragma.

    d) - Respiração baixa tem um efeito benéfico sobre o plexo solar, um centro nervoso muito importante.

     

    3. respiração Mediana: É um pouco mais difícil de descrever, visto que os limites de variabilidade são mais indefinidos. No entanto, a respiração ocorre principalmente nas partes centrais dos pulmões mantendo-os cheios de ar. Ele apresenta algumas das características dos estágios de respiração anterior, uma vez que o aumento do peito e costelas expande um pouco, e a respiração baixa, uma vez que o diafragma se move para cima e para baixo e o abdômen dentro e para fora um pouco. Por isso é denominada de torácica ou intercostal. Mas ainda é considerado um tipo de respiração superficial. Com esta forma de respirar, as costelas e peito são expandidos para os lados.

            Isso é melhor do que a respiração alta, mas muito inferior à respiração baixa e a técnica de respiração completa.

     

    4. A respiração completa: Tal como definido pela ioga, envolve todo o sistema respiratório e inclui não só as partes dos pulmões utilizados na respiração alta, baixa e média, mas expandem-se aos pulmões inteiro, de modo a tomar mais ar. A respiração completa não é apenas uma respiração profunda. Não é só um levantar os ombros clavícula e costelas, como na respiração alta, e também estender seu abdômen e diminuir o seu diafragma, como na respiração baixa, mas ele faz as duas coisas, tanto quanto é necessário para expandir os pulmões para a sua plena capacidade.

            A respiração de completa é a técnica básica de todos os diferentes tipos de respiração, portanto, deve ser dominado antes de praticar qualquer exercício respiratórios específicos.

            Tenha em mente que este tipo de respiração é feito somente quando você faz os exercícios de pranáyáma.

     

    Etapas da de uma Respiração Completa

            Basicamente, a respiração tem quatro estágios:

            Inalação, ou a tomada de ar na pausa antes de expirar. Expirando, ou o expurgar para fora o ar uma pausa antes de inalar novamente.

    Estes quatro estágios compreendem a um ciclo de respiração completa.

            Cada ciclo de respiração que é geralmente considerada como meramente uma única inalação seguida por uma única expiração pode ser analisadas em quatro fases ou etapas, cada uma com a sua natureza distinta e nome sânscrito tradicional.         As transições da inalação de expiração e de exalar a inalação envolvem inversões na direção dos movimentos dos músculos e dos movimentos expansivos ou contração dos pulmões, tórax e abdômen. O tempo necessário para esta inversão pode ser pequeno, No entanto, eles podem ser longos, como se pode perceber se for intencionalmente pare de respirar quando terminar de inspirar ou expiração. Os efeitos destas pausas, especialmente quando eles se tornam alongados deliberadamente e em seguida, espontaneamente, parece notável.  

            Vamos olhar para algumas técnicas de respiração tradicionais. O objetivo não é sugerir técnicas rígidas que precisavam ser seguido cegamente. Os métodos são sujeitos a algumas variações. Isto vai ajuda você a estabelecer e praticar ritmos saudáveis. Você também pode obter insight adicional sobre a natureza dos processos de respiração, e como atingir relaxamento adicional através deles.

     

    Formas que procede ao ato de respirar

     

    Puraka (inalação). O Ato de inalar denomina-se Puraka.

    Inalar primeiro e depois empurrar o estômago para frente. Segundo, empurrar as costelas para os lados enquanto ainda respirar dentro do estômago. Em terceiro lugar, levantar o peito e clavícula enquanto ainda inala o ar para dentro.

            Mesmo descrito como três processos separados, isto deve ser feito de um ritmo suave e contínuo com cada parte seguindo suavemente sobre a partir da parte anterior sem nenhum movimento brusco.

     

    Abhyantara Kumbhaka (Pausa depois de inalar) Pausa total: Kumbhaka consiste na interrupção deliberada do fluxo de ar e a retenção do mesmo nos pulmões, sem qualquer movimento dos pulmões ou nos músculos ou em qualquer parte do corpo, e sem quaisquer movimentos incipientes.

     

    Os benefícios de Kevala Kumbhaka.

            Kevala Kumbhaka envolve não só a cessação completa de movimento do ar e dos músculos, mas também a consciência de todos esses movimentos e tendências.         

    Rechaka (exalação)

            A terceira fase da exalação é denominada de Rechaka. Como na inalação a exalação deverá também ser suave e contínua, embora muitas vezes a velocidade de exalação é diferente da de inalação. Normalmente é utilizado um esforço muscular tanto para a inalação como na exalação.

     

     

    Kumbhaka Bahya: Pausa depois de expirar.

            A quarta etapa da respiração é a pausa depois de expirar, também é chamado de kumbhaka, especialmente quando a paralisação é deliberada ou prolongada. Esta pausa Kumbhaka Bahya completa o ciclo que termina com a pausa de uma inalação e novo ciclo começa para inalação, que é o início de um novo ciclo. Pausas respiratórias têm grande importância na prática do Pranáyáma – exercícios respiratórios.

     

    BANDHAS - Fecho

    Bandhas - As quatro fases da respiração ganham o nome de exercícios respiratórios – pranáyáma, quando além da respiração completa se utiliza se de vários fechos denominado de Bandhas.

    Bandhas é uma palavra sânscrita que significa "fecho". Cada um dos Bandha é empregado para prolongar pausas respiratórias o qual liga o ar nos pulmões ou bloqueia os canais de ar para escapar ou entrar.

            As partes do corpo que estão envolvidos nos Bandhas são: lábios e palato, glote e queixo e o diafragma.

            Os dois primeiros são mais importantes no prolongamento para as pausas com os pulmões cheios e enquanto os dois últimos são basicamente mais importantes para o pulmão Vazio seguida de pausa.

     

    Técnicas de respiração

            Muitos dos antigos Tantras afirmam que o corpo é um Yantra e que a respiração é seu mantra. De forma a facilitar o entendimento deste conceito, a respiração "Bhramari" é um excelente ponto de partida. É simples, ajuda na concentração e provê um sentimento de unidade entre o corpo e a respiração, uma consciência antes de simplesmente uma função do sistema nervoso autônomo.

     

    Pranayama - Técnicas de Respiração.

            Antes de praticar os exercícios, você deve ter certeza que você sabe como respirar corretamente e como fazer pleno uso do diafragma. A fim de facilitar o fluxo de Prana e garantir que os exercícios de respiração serão realizados.

     

    Respiração Completa: A maioria das pessoas respira rasamente, e mesmo aqueles que trazem a respiração conscientemente pelo abdômen podem estar deixando algum detalhe de fora.

            Inicialmente exale todo o ar, usando o abdômen para auxiliá-lo. Inale profundamente, puxando o ar pela expansão do abdômen. Continue inalando até preencher de ar todo o pulmão superior e a região da garganta. Mantenha o rosto relaxado. Retenha por alguns segundos, ainda com o rosto relaxado. Exale lentamente, primeiro o ar da parte inferior, depois superior dos pulmões e finalmente o ar que estiver na região da garganta. Contraia o abdômen até forçar todo o ar para fora. Trabalhe para aumentar o tempo de cada fase de inspiração - retenção - expiração, sempre que o tempo do ciclo em exercício seja alcançado de forma natural e não forçada.

            Não conte o tempo com um relógio, permita que seu corpo seja o relógio! A proporção da inspiração - retenção - expiração na respiração completa deve ser de 1:1:1.

     

    Purificação de Nadis.

            Pranayama é dito ser a união de Prana e Apana. A fim de limpar as impurezas do Sushumna, sente-se em Padmasana e inale o ar pela narina esquerda, deve retê-lo o quanto puder e deve exalar pela direita. Em seguida, puxando-o novamente através da narina direita e de ter retido deve exalá-lo pela esquerda e assim sucessivamente. Desta forma os Nadis purificam-se dentro de três meses. A prática deve ocorrer ao nascer do sol, ao meio-dia, ao pôr do sol e, da meia-noite, lentamente, 80 vezes por dia, durante 4 semanas. Na fase inicial pode ocorrer a transpiração, no meio do processo um pouco de tremor do corpo. Estes resultados decorrem da pressão ao executar o ato do exercício de respiração.

            Pela prática do Pranayama, a purificação das Nadis, o aumento do brilho do plexo solar, ou seja, do fogo poder, o aumento da audição dos sons distintamente espirituais e resulta em boa saúde. Quando os centros nervosos tornarem purificado mediante a prática regular da Pranayama, o ar facilmente força seu caminho para cima através da boca pelo o Sushumna distribuindo nas demais nadis, que está no meio. O Prana que alterna ordinariamente entre Ida e Pingala é contido por Kumbhaka longa. Os yogues buscam por está prática, pois ela pode ocasionar o estado chamado de Samadhi.

            Provoca jovialidade através da prática do Pranayama e doenças são perfeitamente evitadas.

            Quando o Nadis se tornaram purificados, certos sinais exteriores aparecem no corpo do Yogue. Eles são leveza do corpo, brilho na pele, aumento do fogo gástrico, magreza do corpo, e, juntamente com estes, na ausência de agitação no corpo. Eles são sinais de purificação.

     

     

     


            Nádí shodhana significa purificação das nádís, os canais da energia. Este respiratório é importantíssimo no Yoga, pois promove o bhúta shuddhi, a limpeza dos elementos do corpo sutil, requisito preliminar e indispensável para as práticas mais avançadas. Para fazê-lo corretamente, siga atentamente estas instruções. O nádí shodhana é silencioso e agradável. Se em algum momento você sentir que está perdendo o fôlego, ou que está ficando ofegante, reduza proporcionalmente a duração de cada fase até achar o tempo ideal para a sua capacidade pulmonar individual. Um detalhe: este respiratório precisa fazer-se sem forçar absolutamente nada, sem fazerem ruídos, sem ressoar, sem perder o fôlego, sem cansar-se, sem mudar de posição, sem mover-se, sem coçar, sem oscilar, firme como uma rocha. Deve praticar-se apenas pela manhã, antes das nove horas; preferentemente, entre as quatro e os seis.

            Quanto pránáyáma fazer? Vinte ciclos é uma ótima forma de se começar. Um ciclo completo de respiração alternada significa que você inspira por uma narina, retém o ar, exala pela outra, e retém sem ar.

            Como levar a contagem sem perder-se nem se distrair do exercício? Para contar, você deve usar o japa málá de dez contas da sua própria mão. Use a esquerda, pois com a direita você irá obstruir as narinas. Comece na segunda falange do dedo anular (1), e vá a sentido anti-horário, pela terceira falange do mesmo dedo (2), depois descendo para a terceira (3), a segunda (4) e a primeira falange (5) do mínimo, depois para a primeira falange do anular (6), a primeira falange do dedo médio (7), a primeira (8), a segunda (9) e finalmente a terceira falange do indicador (10). Depois se faz o caminho inverso, começando a segunda contagem no mesmo ponto em que a primeira terminou (de 11 a 20). Os números ímpares correspondem à inspiração pela narina esquerda (idá nádí); os pares, à narina direita (pingalá nádí).

            Devem usar-se as contrações (bandhas), durante o kúmbhaka: jalándhara e moola, garganta e esfíncteres. Para iniciantes, deve-se substituir o jalándhara pelo khecharí mudrá, contração da língua. Durante o a retenção vazia se faz o bandha traya, a contração tríplice.

            Para alternar a respiração, se usa o vishnu mudrá, com a mão direita frente ao nariz, e os dedos indicador e médio recolhidos na palma. A mão se movimenta o mínimo possível: apenas as pontas dos dedos obstruem alternadamente a depressão acima das narinas, sem forçar nada. O braço fica colado na caixa torácica, para não se cansar. Lembre que os yogues são mestres em economia. Tudo e qualquer movimento devem fazer-se pela lei do mínimo esforço.



    Nádí shodhana pránáyáma

            Inicie sentando numa posição firme e agradável, com as costas bem eretas. A mão esquerda fica em jñána mudrá sobre o joelho, com o polegar a o indicador se tocando, e a direita em vishnu mudrá. Usaremos apenas o polegar e o anular: o polegar para fechar a narina direita, o anular para fechar a narina esquerda. Não coloque demasiada pressão. Obstrua, não o orifício da narina, mas a depressão logo acima dela. Para iniciar, feche a narina direita com o polegar e respire profunda e ritmicamente, apenas pela esquerda. Inspire e expire pela narina esquerda. Não force nem segure a respiração.

            Esvazie por completo os pulmões. Ao inspirar, encha primeiramente o abdômen, depois a região intercostal e o peito. Concentre-se no processo da respiração. A inalação e a exalação devem ser iguais. Conte mentalmente usando o mantra Om. O mesmo número de repetições para inspirar e expirar. Se você inspira durante três repetições do mantra Om, expire também por três repetições do Om. Se você inala em cinco Om, exale no mesmo número. Consciência total no processo respiratório. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax.

            Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda. Você fará esta respiração por uns dez ciclos. Não precisa contar. Simplesmente respire. Isto é chandra nádí pránáyáma. Refresca o corpo, é sedativo e é bom para controlar o sistema nervoso. Respiração rítmica e profunda, apenas pela narina esquerda (2 minutos em silêncio). Seus olhos devem estar fechados. Consciência total no processo respiratório (1/2 minuto em silêncio).
            Agora, faça uma retenção vazia, exale e fique sem ar pelo tempo que lhe for confortável, sem forçar. Se não for possível reter por mais tempo, inspire lenta e profundamente e faça uma retenção interna, com os pulmões cheios, pelo tempo que lhe for confortável, sem forçar. Feche a narina esquerda com o dedo anular e exale pela narina direita e passe a respirar de forma profunda e consciente, apenas pela narina direita. Inalação e exalação lenta e profunda, somente pela narina direita. Lembre que os tempos da inalação e da exalação devem ser iguais. Conte mentalmente o mantra Om para pautar o ritmo. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax.

            Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda. Isto é súrya nádí pránáyáma. É muito bom para estimular a visão e a digestão e revigorar o sistema nervoso. Dá poder físico e produz intenso calor. Você fará também esta respiração por uns dez ciclos. Novamente, não precisa contar. Simplesmente respire. Respiração rítmica e profunda, apenas pela narina direita (2 minutos em silêncio).

            Agora exale e faça uma retenção vazia, pelo tempo que lhe for possível, sem forçar. Quando não for mais possível reter, inspire lentamente ainda pela narina direita e retenha o ar com os pulmões cheios, pelo máximo de tempo que puder, porém, sem forçar.

            Depois, feche a narina direita com o polegar, exale pela esquerda e inspire em seguida por ela. Troque de narina, exale pela direita e inspire por ela. Exale pela esquerda e inspire por ela. Exale pela direita, inspire pela direita. Isto é nádí shodhána pránáyáma, as respirações alternadas, que purifica os canais do corpo energético.
            Você inspira pela mesma narina pela que exalou. Somente depois, troca de narina, com os pulmões cheios. Respiração rítmica e profunda alternando as narinas. Lembre que os tempos de inspiração e exalação devem ser iguais. Faça mentalmente o mantra Om para contar os tempos de inalação e exalação. Se você inspira durante três repetições do mantra Om, expire também por três repetições do Om. Se você inala durante cinco Om, exale no mesmo número. Consciência total no processo respiratório (1/2 minuto em silêncio).

            Este exercício revigora o sistema nervoso e o intelecto, purifica o corpo sutil e dá muita energia. O processo completo de purificação do shúkshma sharíra e o sistema das nádís leva cerca de quatro meses, e deve incluir ainda cuidados com alimentação, hábitos e emoções. Esta é uma prática essencial. Sem ela, é impossível atingir estados de meditação profunda. Respiração rítmica e profunda alternando as narinas. Esta respiração deve fazer-se igualmente por dez ciclos. Novamente, não precisa contar. Simplesmente respire (2 minutos em silêncio).

            A próxima vez que você expirar pela narina esquerda faça uma retenção sem ar nos pulmões, pelo tempo que lhe for confortável. Quando não for mais possível segurar sem ar confortavelmente, inspire lentamente e retenha agora com os pulmões cheios. Depois, exale pela direita e faça mais uma retenção vazia.
            Se não for mais possível segurar sem ar confortavelmente, inspire muito lentamente e retenha agora com os pulmões cheios. Exale por ambas narinas e faça respiração rítmica e profunda. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax. Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda.
            Os tempos de inspiração e expiração devem ser iguais, pautados pelo mantra Om, feito mentalmente. A atenção concentrada no processo da respiração. Respiração profunda e consciente por ambas narinas. Isto melhora a digestão, purifica o sangue e irriga com maior intensidade o cérebro. Aproximadamente 30% do oxigênio é consumido pelo cérebro. Ao assimilar mais oxigênio, você estará alimentando melhor o seu cérebro (1/2 minuto em silêncio).

            Você poderá aplicar este exercício de respiração consciente a qualquer altura do dia ou quando você estiver cansado, menos imediatamente após as refeições. Não se preocupe em contar. Apenas respire. Agora expire e retenha pelo tempo que puder com conforto. Quando não conseguir mais reter, inspire lentamente e retenha mais uma vez. Aqui se encerra o nádí shodhána.        

            

     

    Metodologia.

            O pranayama é uma técnica que facilmente pode ser inserida no consultório aos seus clientes antes e após a aplicação de um método terapêutico.

            Na chegada do seu cliente, irá favorecer a preparação do seu cliente para que fique receptivo.

            No término da aplicação terapêutico, poderá lançar mão dos pranáyámas para que seja selado o que foi executado. Ou até mesmo para trazer o seu cliente para a consciência, caso a metodologia tenha levado-o à processo de cartase.

            O pranáyáma para beneficio ao terapeuta é perfeito permitindo a limpeza entre um atendimento e outro restabelecendo a própria energia e dissipando provável energia estagnada do cliente que tenha saído. Vital para o nosso pronto restabelecimento

     

    Conclusão

            O Pranáyáma é conhecido com técnica principal do yoga, conhecido por todos como método de relaxamento e proporcionando um caminho para a meditação.

            O pranáyáma é um legado que podemos lançar mão em qualquer momento de nossas vidas restabelecendo o equilíbrio.

            Depois de uma base sólida construída através de prática e conhecimento é hora de começar o processo de ir para práticas avançadas. Algum dos métodos é árduo, e outros mais suaves.

            Deve utilizar-se de sabedoria. É importante saber o seu nível de capacitação na execução do pranáyáma.

            Ironicamente, para aqueles que estão dispostos a trabalhar com a mente diretamente, as práticas mais simples de consciência e desaceleração suave da respiração pode ser a mais profunda e avançada.

     

    Bibliografia

     

    1 - Pranáyáma, a Dinâmica da Respiração, André Van Lysebeth,

    2 - A Ciência do Pránáyáma, Suami Shivánanda, Editora Pensamento
    3 - O Yoga, Tara Michael, Ed. Presença

     

    Autor: : CELI COUTINHO - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:19


    A Ferida e o Grande "Curador"

    O PLANETA KIRON

     

    A ferida e o grande curador

     

    Celi Coutinho - Terapeuta Holística -  CRT 21270

    Terapeuta Holística


    O caminho do equilíbrio e para reconciliação pessoal.

     

     

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2013

    Índice

    Apresentação

    O que é Quíron

    Quíron e os Signos

    Aspectos

    Sistemas de Casas astrológicas

    Metodologia

    Conclusão

    Bibliografia

     

     

     

     

     

    APRESENTAÇÃO

            Meus queridos colegas de profissão.

            A idéia que me ocorreu de dissertar sobre este tema é trazer a tona, a consciência que nós escolhemos a profissão de terapeuta, devido a energia de doador e de curador serem mais latente que das demais pessoas em nossa volta, mas em contrapartida a nossa ferida também é mais presente.

            A grande maioria procura ser um terapeuta na intenção de resolver um problema de insatisfação pessoal, seja financeiro ou descontentamento com a profissão. E alguns porque entendem e sonham em mudar a humanidade. Poucos pensaram nisto logo de pequeno, na geração das décadas anterior há 90.

            Quando crescer vou ser um “Terapeuta holístico”. Hoje já até é uma realidade presente. Nossos filhos nos vêem e já pensam em ser como nós.

            Mas o primeiro passo da nossa geração na maioria acontece, assistindo palestra em eventos místicos. Os temas tendem quase sempre abrir o leque, despertando curiosidade e, portanto buscamos aprofundar num ou mais temas e daí tornamo-nos terapeutas holístico, numa determinada modalidade, ou seja, psicoterapeuta holístico, terapeuta corporal e ou de sincronicidade. Claro tem vários caminhos que nos trazem para a profissão, citei as mais comuns.

            O importante aqui é compreender que cada um lança mão de sua parte centáurica em algum momento da vida e assim partindo para o legado do curador.

            Também é uma verdade que a grande maioria de nós encontramos grandes obstáculos são os ciclos de entendimentos e renovações, quase sempre neste período entrando em choque de crenças e paradigmas. Muitos dos que tentam adentrar na profissão desistente neste momento. Ou ficam por tempos longos sem a realização plena e às vezes quase sucumbem, mas quando tomam consciência de suas dores renascem e recriam força e levantam.

            Há uma explicação para isto é a energia vibratória de Quíron aspectado no mapa pessoal que em seu trânsito, se ocorre com saturno ou plutão nos chamam para a realidade de consciência e relembrar nossas feridas.

            Quíron no gráfico do mapa de nascimento aponta para uma área onde a alma está profundamente ferida no passado. Alguns acreditam que a ferida de Quíron é de natureza cármica, e que a infância de vida atual é o condicionamento do início dos obstáculos que ressoam com padrões por já estarem profundamente enraizados. A Posição Quíron é um ponto muito sensível no mapa de nascimento. Ele magnetiza para si experiências que reforçam a experiência primal de dor e rejeição, como criança, e continuando como adulto, recebemos mensagens dos pais, irmãos, amantes, amigos e outras pessoas em nosso meio, que reforçam o ferimento inicial. Nós internalizar nessas mensagens, trará a compreensão do padrão que se tornou profundo e do sofrimento maior. Por fim, buscar a “cura” e o alívio do sofrimento.

            A posição de Quíron nas casas astrológica, e aspecto irão revelar algo sobre a natureza desta ferida para a alma e aponta para formas de equilibrá-las.

            Creio que todos estamos conscientes, da transição energética planetária que nos impulsiona a mudar pelo amor. Mas a moeda reversa do amor é a dor.

            Portanto todos esotéricos e holísticos são alvos positivos neste momento.

    Temos que curar de fato nossas feridas para que possamos auxiliar na ferida do outro, já era fato. Agora é a verdade. Por que afirmo isto?

    Porque certamente devem observar seus clientes se não estão semelhando com suas próprias dificuldades, isto pode representar um aprendizado, mas também o padrão vibratório que está lançado.

            É um momento de expandir a consciência e elevar a atenção para si.

            Todo terapeuta são pilastras de sustentação planetária, portanto estamos em momento de grande teste.

            Por isso resolvi trazer este tema à tona. Reconhecer nossas feridas e transformar o acesso de nossa energia centáurica e cumprir nossa missão.

     

    O que é Quíron

            Além dos dez planetas "clássicos" cuja importância é reconhecida por todos os astrólogos e tem sido largamente reconhecido. Ele retrata a marca especial de heroísmo e de ajuda.

            Quíron (rei dos centauros) situado entre as órbitas de Saturno e Urano, só foi avistado em 1.977.

            Trata-se de um planetóide que leva entre 50 e 51 anos para fazer sua órbita ao redor do sol. Sua órbita elíptica faz com que ele tenha uma duração variável de tempo em cada signo. Quíron permanece em Libra não mais que 18 meses, enquanto em Áries permanece por 8 anos. Alguns astrólogos consideram Quíron o regente de Virgem, enquanto outros optam por Sagitário.

            As interpretações preliminares de Quíron não progrediram muito. Sua exploração astrológica está apenas começando. Assim como todos os planetas descobertos na era moderna, o humor e a situação geral de toda a raça humana no momento da descoberta, são levados em consideração para denominá-los uma vez que os astrônomos sabem que já eram apresentados como Corpos do Céu, ao mesmo tempo em que como Mitos / Heróis / Deuses. Quíron, cujo símbolo lembra uma chave tem sido alvo de muita curiosidade, tanto na Astrologia, como na Astronomia. Por isto e desde então, estão sendo realizadas exaustivas pesquisas em busca do significado astrológico e psicológico de Quíron e de suas possíveis influências, tanto em mapas astrais individuais como no âmbito coletivo.

            Para isso, recorreram ao simbolismo do mito, da mesma forma como aconteceu com relação a Urano, Netuno e Plutão, à medida que estes foram sendo detectados.

    Quíron representa “O Curador”

    “O Agressor”

    “O Ferido”

    A independência filosófica

    A compaixão diante do sofrimento

    O processo de aprendizagem para chegarmos a confiar no Mestre ou Guia Interno.

            O mito, a astronomia e os acontecimentos que rodeia a sua descoberta contribuiu com metáforas que nos permite compreender o arquétipo personalizado por Quíron. O fenômeno cultural mais ligado com a descoberta de Quíron é a "Nova Era”. Conta à história mitológica que Quíron foi ferido em uma briga com os centauros selvagens para interromperam o seu casamento. O casamento é uma metáfora para a união interior de sentir-se completo, onde as partes de nós mesmos se casam em harmonia. Nossa capacidade de obter tudo o que podemos Ser é interrompido constantemente por nossos próprios demônios, os centauros selvagens dentro de nós que causaram as cicatrizes da dor não resolvida.

            Quíron representa a necessidade de fundir os opostos dentro de si mesmo para se conseguir a plenitude. A ferida cultural é a divisão entre os instintos e intelecto, representado pelo o mítico centauro - metade homem e metade cavalo.

            Em um mapa de nascimento, o aspecto astrológico representado por Quíron é o ponto onde demarca a velha dor que ao ser transmutado o indivíduo toma para si o domínio de uma lição que vem em muitas vidas certamente para assimilar. A dor é o nosso professor, porque nela está a chave para a nossa cura. Cada um de nós tem um trabalho para curar nossas próprias feridas, para que possamos aprender uns com os outros.

            Quíron era um herbalista e um grande cirurgião, mas ele não podia curar a si mesmo.

            Na mitologia Quíron é um deus imortal que só foi liberado de sua ferida e da dor excruciante quando ele trocou de lugar com Prometeu, o Titã da terra. Em outras palavras, ele só encontrou libertação da sua dor em morte. Nesse meio tempo, Quíron se ocupou em ensinar jovens deuses. Passou a eles o seu conhecimento de cura, particularmente o uso de ervas medicinais, astrologia, de guerra, caça, música, ética e inúmeras outras competências.

            Através Quíron encontra-se o veículo para a expressão de um propósito maior, porque é aqui que procuramos ensinar e mostrar o caminho de autocura. Um professor ou curador é simplesmente alguém que busca compartilhar seu conhecimento, sabedoria, habilidades e amor com os outros.

             

    Quíron e os Signos

            As Constelações em suas designações negativas são as vicissitudes, as fraquezas, os erros, a “doença”, o “mal”, o ofensor, em si ou contra si.

             Em suas designações positivas são os princípios pelos quais se ocorrerá à cura a si e aos demais [Curador].

            

    Áries - é regido por Marte, ou seja, o uso da força para se atingir os objetivos e fazer com que os demais atinjam, sinceridade, generosidade, vontade, objetividade, incluindo o esforço para que os outros recebam desta força.

            

    Touro - é regido por Vênus, ou seja, o uso da atração para trazer até nós o que precisamos. A busca de solidez é tão grande que se apega às pessoas da mesma forma que aos bens. Deve escutar as necessidades vindas dele (a comida e o sono) e assim poderá por harmonia as reais necessidades com o Eu Superior.

            

    Gêmeos - é regido por Mercúrio, ou seja, o uso da capacidade da nossa mente de ajudar-nos a nos integrar e nos comunicar sobre a terra. Os nascidos com Quíron em Gêmeos, podem ter latente o potencial de uma contribuição singular aos demais, ao escrever sobre temas polêmicos, onde pontos de vistas opostos acabem transformando-se em conhecimento importante.

            

    Câncer - é regido pela Lua, ou seja, o uso da maneira de filtrarmos todas as impressões que chegam até nós e de aprendermos a responder. Compreensão Nutrição.

            

    Leão - é regido pelo Sol, ou seja, o uso de tornar-se tudo o que somos para que brilhemos e para que outros brilhem na Terra. Fraternidade. A espontaneidade pode estar ferida.

            

    Virgem - é regido por Quíron, ou seja, o uso da faculdade de aprender o método de unir a mente terrena à consciência cósmica galáctica.

            

    Libra - é regida por Vênus, ou seja, o uso de aprender a espelhar nosso eu verdadeiro no lado do outro, de modo que nossa visão seja polarizada em vez de estar dentro de nós mesmos ou localizada no outro. - Justiça, Equilíbrio para a Paz, Harmonia como produto final.

            

    Escorpião - é regido por Plutão, ou seja, o uso das jornadas ao Mundo Subterrâneo para se obter a mais poderosa fonte de energia. Capacidade de regeneração e de transformação. Comando consciente da força sexual, da mediunidade, e a conscientização do valor da vida, através da morte.

            

    Sagitário - é regido por Júpiter, ou seja, crescer para que possa entrar em contato com o Eu Superior.                        

            

    Capricórnio - é regido por Saturno, ou seja, o uso de obter a maestria sobre o plano da terra. Responsabilidade social, Maturidade, Seriedade, Respeito ao Invisível.

            

    Aquário - é regido por Urano, ou seja, o uso de galvanizar a vontade humana para o serviço universal.

            Ensina se pautar em disciplina mental para que não se deixem espaços para pensamentos que não visam o desenvolvimento como indivíduo dentro da sociedade.

            

    Peixe - É regido por Netuno, ou seja, o uso do misticismo galáctico. A Redenção, a Renuncia, o Recolhimento para saltos qualitativos.

             

    ASPECTOS

            O posicionamento de Quíron no Tema Natal mostra a área de vida em que a busca pelo alívio de qualquer sofrimento de fato, ou a busca pelo alívio de algum sofrimento que possa vir, tem mais probabilidade de ocorrer de modo particularmente intenso.

     

    Quíron / Sol

            A ferida do Sol caracteriza em anular a autocriatividade.

    Representa a ferida do pai. Medo da própria criatividade. Sentindo-se traído ou ferido pelo princípio paternal.

            Mensagem das origens genéticas: "Eu não aprovo o seu exibicionismo, de você brilhar tão intensamente”.

            Mensagem interiorizada: ". Tenho medo de brilhar / eu não me sinto completo se eu não brilhar".

            Curar a Ferida: Auto-estima de trabalho. Trabalho infantil interior. Desenvolver confiança. Todas as formas de expressão criativa.

     

    Quíron / Lua

            A mãe está ferida. O medo da vulnerabilidade. A ferida emocional. Levando experimentar ou ter empatia com a dor da mãe Sentindo-se traído ou rejeitado pelo princípio mãe.

            Mensagem das origens genéticas: "O mundo é um lugar inseguro, não confie em ninguém - Nós te amamos, mas...".

            Mensagem interiorizada: "Sinto-me rejeitado Eu sou vulnerável”. Sinto medos desconhecidos.

            Curar a Ferida: trabalho de liberação emocional. A cura através tornar-se mãe ou nutrir os outros.

     

    Quíron / Mercúrio

            A comunicação está ferida. Sentindo-se incompreendido e não consegue se comunicar.

            Mensagem de origem genética: "Nós não gostamos do jeito que você se comunica”.
            Mensagem Interiorizada: "Você não me entende. Você não me escuta eu sou burro...”.

            Curar a Ferida: falar, cantar, escrever, tocar um instrumento musical. A expressão criativa do som. Chakra da Garganta desbloqueio e cura.

            A capacidade de compreender os outros e ensinar a arte da comunicação eficaz e resolução de problemas.

     

    Quíron / Vênus.

            A ferida está na área dos relacionamentos. Ferido no amor ou ferindo outros em amor. Sentir-se amado. Uma ferida para o coração.

            Mensagem de origem genética: "Nosso amor é condicional Nós te amamos se...".

            Mensagem Interiorizada: "... Eu não gosto, não me aprovo, eu sou indigno de ser amado Ninguém me ama”.

            Curar a Ferida: Todas as experiências do amor incondicional. Trabalho com o chakra do coração. A prática do perdão e da compaixão.  Massagem, Reiki. A prática de Direitas relações humanas.

     

    Quíron / Marte

            A ferida está em torno da expressão da identidade, a sexualidade física, energia, raiva e agressão. Extremos de energia. Hiperatividade. Assumir a raiva dos outros. Sobrevivente ou perpetuador de violência.

            Mensagem de origem genética: "Você é agressivo Nós não gostamos de você quando você está irritado Você tem muita energia estou zangado com você me faz raiva...”.

            Mensagem Interiorizada: "Não há problema em expressar raiva / Eu sou destrutivo / Os outros são destrutivos”.

    Cura a Ferida: liberação criativa de energia através do esporte, artes marciais, dança, tai chi, meditação ativa. A prática da ação correta.

     

    Quiron / Júpiter

            A ferida para o sistema de crenças. O professor ferido. O medo de compartilhar o conhecimento de cada um. Inquietação interior profundo. Zelo missionário. Dogmatismo religioso. O medo de ser feliz / infeliz. Crise de fé.

            Mensagem de origem genética: "Seja otimista / Não seja demasiado otimista Nossa religião é o único caminho para Deus Nós não acreditamos em Deus grande é melhor...”.

            Mensagem Interiorizada: "Não é bom compartilhar meus conhecimentos / minha verdade é a verdade.”

    Cura a Ferida: Disseminar o conhecimento através de ensino, falando, escrevendo, publicando. Viajar.

     

    Quíron / Saturno

            A ferida com um senso de realização, estrutura e confiança. O medo de seu poder. O medo de tomar um lugar no mundo. O pai está ferido. Medos internos e rigidez. Seriedade e insegurança.

    Mensagem de origem genética: "Eu sou o chefe eu sei o que é melhor para você.".
    Mensagem Interiorizada: "Há uma voz dentro de mim que critica e me julga A culpa é minha”.

    Curar a Ferida: A capacidade de aceitar responsabilidades e posições de autoridade. Sabedoria.

     

     

    Oposição Quíron

            Oposição Quíron para si, muitas vezes, replicar a ferida original de alguma forma, despertando a consciência do mecanismo que se preocupem, se não forçá-lo, a crescer. Na minha oposição Quíron, a minha mãe adotiva - a minha mãe "real" no sentido de ligação - morreu. Esta perda replicado a ferida Quirónica original e começou a desencadear a necessidade de resolver os problemas de abandono inconscientes que contribuíram para um ciclo ininterrupto de dor e sofrimento em meus relacionamentos.

     

    Sistemas de Casas astrológicas

            As casas astrológicas mostram-nos que certas esferas ou aspectos da vida têm mais peso que outras no horóscopo. Cada casa astrológica representa uma dada esfera. A atribuição das casas num horóscopo varia de pessoa para pessoa, já que é calculada de acordo com a hora de nascimento exata e a posição geográfica do local de nascimento.

            O horóscopo é dividido em dois eixos, em direção aos hemisférios oriental e ocidental, bem como em direção aos hemisférios de dia e noite. Os quatro pontos de intercepção destes dois eixos com a eclíptica determinam a divisão das casas do horóscopo. Esta é normalmente baseada numa divisão posterior de cada quadrante em três. Existem vários modelos matemáticos de acordo com os quais as casas são calculadas.

            A transição de uma casa para outra não é tão clara como a de um signo para outro. Os planetas que ocupam uma posição perto do fim de uma casa são geralmente interpretados como pertencentes à casa seguinte.

    O horizonte

    Ascendente e Descendente

    O indivíduo e o seu complementar.

            O eixo que divide o horóscopo em um lado ‘superior’(lado-dia) e um ‘inferior’(lado-noite), representa o horizonte local na hora de nascimento. Esse ponto em que o horizonte oriental intercepta a eclíptica é chamado o ascendente. É o princípio ou cúspide da primeira casa. Em oposição a ele, na cúspide da sétima casa, encontramos o descendente. Discutiremos a interpretação das casas nas páginas seguintes. Os planetas que se encontram perto do ascendente no momento do nascimento estão a nascer ou acabaram de nascer, enquanto que os planetas perto do descendente se estão a pôr.

     

    QUÍRON NAS CASAS E NAS CONSTELAÇÕES

            As Casas onde está Quíron é o setor da vida do Indivíduo que está como palco, para que as personalidades (internas e externas) formem a cena catalisadora do agressor, do ferido, do curador. Quíron é o que é exigido do indivíduo, para que entre em conexão com o seu Dharma e com o luminoso dentro das casas Astrológicas, ou seja, dentro dos seguintes Setores de Vida:

     

     1ª Casa (Ascendente) – A personalidade individual 

    Iniciativa, Objetividade, Ações apropriadas.

     

     2ª Casa – Valores e Haveres.

     Valorização das prioridades, apropriadas aquisição, manutenção e conservação dos bens.

     

    3ª Casa – Comunicação.

    Comunicação, Expressão, pensamento, linguagem, relações e aprendizado apropriados.

     

     

    4ª Casa – Raízes e Origens

     Vínculos emocionais e atitudes apropriadas em relação à família

     

    5ª Casa – Prazer e Criatividade

    Forma adequada de auto-expressão criativa, de relacionar-se afetivamente, de gerar filhos, de educá-los e de expandir sua criatividade.

     

    6ª Casa – Trabalho e Rotina

    Forma adequada de prestar serviços a terceiros e o devido respeito ao seu corpo.

     

     

     7ª Casa – Relações.

    Relacionamentos, sociedades, parcerias e casamento com pessoas certas.

     

    8ª Casa – Perda e Propriedade Comum

    Atitude apropriada em relação às finanças dos outros sob seus cuidados, em relação à sua própria morte e à sexualidade.

     

    9ª Casa – Filosofia e Países distantes.

    Atitude oportuna com senso-social diante de suas capacidades, que devem servir para orientação da comunidade.

     

    10ª Casa (MC) – Ocupação e Chamamento

    Responsabilidade social, Maturidade para ação direta sobre a sociedade.

     

     11ª Casa – Amigos e Conhecidos

     Plasmação dos Ideais e Amizades apropriadas.

     

     12ª Casa – Para além do pessoal

     Renúncia apropriada.

     

    Aqui estão alguns dos aspectos maiores:

    Conjunção - 0° 

            A conjunção tende a ser um aspecto harmonioso. A sua qualidade depende grandemente dos planetas envolvidos, bem como da proximidade do aspecto. Por exemplo, uma conjunção entre o Sol e Mercúrio, é normalmente vista como harmoniosa. Se, por outro lado, a distância entre eles é menor do que apenas alguns graus, o Mercúrio diz-se estar "a ser queimado" ou "em combustão", com resultados a condizer. Em geral, a conjunção mostra uma relação imediata que atua de qualquer forma.

     

    Oposição - 180°

            Apesar da oposição ser vista normalmente como "desarmonia" ou dinâmica, tem muitas vezes um efeito bastante motivador e energizante. Aqui também, a qualidade do aspecto depende dos planetas envolvidos, e o que cada um faz dele. De um modo geral, uma oposição entre dois planetas cria uma tensão entre eles, que normalmente tem resultados positivos.

     

    Quadratura - 90°

            A quadratura é considerada como um aspecto desarmonioso. Os planetas envolvidos parecem estar "bloqueados". Os problemas resultantes de uma quadratura são recorrentes como uma moeda viciada. A dificuldade está em conciliar as duas forças que se querem mover em direções completamente opostas. Normalmente isto toma a forma de desejos e necessidades que são mutuamente opostas.

     

    Trígono - 120°

            O trígono é um aspecto harmonioso. Os planetas envolvidos trabalham juntos de uma forma complementar, enriquecendo-se um ao outro. Os trígonos mostram onde estão os seus talentos naturais. Se depois fazemos uso deles ou não, depende só de nós.

     

    Sextil - 60°

            O sextil tende a ser um aspecto harmonioso, dependendo é claro dos planetas envolvidos.  

     

    Aspectos menores

            Para além dos aspectos maiores mencionados acima, também existe um número de aspectos menores. A maior parte destes são subdivisões dos aspectos maiores. Os aspectos menores contribuem com profundidade e detalhe no quadro geral. As órbitas permitidas para os aspectos menores são muito menores do que as usadas para os aspectos maiores. (ver tabela abaixo). Os aspectos menores mais comuns são:  

    Semiquadratura - 45°, desarmoniso.  

     

     

    Sesquiquadratura - 135°, desarmoniso.

     

    Semisextil - 30°, neutro.

    Quincúncio ou Inconjunção - 150°, neutro. 

     

    Quintil - 72°, harmonioso. 

     

     

     

    Metodologia: Interpretação de Trânsito com abordagem de equilíbrio.

            Trânsitos e progressões revelam o ciclo de desdobramento do potencial inerente dentro do mapa natal, e marca pontos de virada ou momentos de tomada de decisão. Usando a abordagem da "transformacional", o trânsito é, portanto, visto como o fornecimento de oportunidades de crescimento. Nenhuma tentativa é feita para pré-determinar o futuro do cliente em termos específicos. O foco é psicológico e orientado para o processo em oposição ao evento apresentado.

            Esta abordagem permite que o cliente olhe para sua vida e faça suas próprias conexões. A seguir demonstra o princípio básico de olhar para o trânsito a partir de um "transformacional", cura ou perspectiva de crescimento.

     

    Quando Saturno transita - oferece oportunidades para se tornar mais realista e responsável, que nos permite priorizar a trabalhar mais no sentido da realização de projetos e superação de obstáculos. Aplicando os princípios de foco, estrutura, dedicação e disciplina, e reconhecendo o valor resultante de uma maior compromisso e realização. Um tempo para estabelecer a nossa identidade, para amadurecer, para planejar e avaliar e manifestar os nossos objetivos e ideais em uma forma sólida e concreta.

     

    Quando Quíron transita com ele próprio - oferecem oportunidades para facilitar a cura de outras pessoas, sendo curados, liberando as feridas de uma pessoa, aprendendo através da doença e do sofrimento, contatando e liberando profunda dor, orientar os outros, ou a ser tutelado, aprendendo a se tornar filosófico sobre a vida e suas feridas, integrando a polaridade oposta construindo pontes e efetuando a reconciliação. Um tempo para curar e ser curado.

     

    Quando Urano transita - Oferece oportunidade para libertar-se de estruturas caducas que impedem o crescimento, despertando uma nova forma de ser, sentir, fazer singularidade de um contato, individualidade, senso de verdade e criatividade pessoais. É hora de usar a mente, para experimentar, de se envolver em atividades humanitárias, atividade em grupo, política, ciência, computadores.

     

    Quando Netuno transita - Fornece uma possibilidade de contato com um lado mais compassivo e espiritual para a própria natureza, um despertar da sensibilidade, inspiração criativa, e o desejo de mergulhar no Divino. A oportunidade de se conectar com um propósito maior coletivo ou mais espiritual, através de dedicar a própria energia com um espírito de serviço abnegado e devoção. Um tempo para assistir sonhos, para abrir o coração, a vislumbrar novos ideais, ser imaginativo, entrar em contato com a musa.

     

    Quando Plutão transita - proporcionam oportunidades para aprofundar e intensificar enormemente a compreensão da vida, para explorar as partes mais profundas de si mesmo, a viagem no reino inconsciente da vida e se conectar com um sentido mais profundo da experiência e de vontade própria, e de propósito.         Aprender sobre energia e sentimentos poderosos, aceitar e se adaptar às mudanças e transições de vida. Aprender a deixar ir e confiar. O tempo para buscar a autotransformação, por meio da psicoterapia, encontrando a criança interior ferida, as interações profundas com os outros. Um tempo para liberar o passado e o velho, e renascer em um novo senso de self.

            Haverá aqueles que afirmam que qualquer tentativa de exercer sua vontade, responsabilidade e capacidade de escolha é o último ato de arrogância.         Há outros, de cunho psicológico particular, que temem que o foco em uma abordagem transformacional ou escolha centrada mais pode levar a uma negação ou rejeição do lado escuro dos aspectos da vida e nos lembram da necessidade de abraçar no escuro, bem como a luz na nossa natureza e na vida.

            Uma abordagem terapêutica e ou de coaching fornecerá subsídio para o reconhecimento da fonte que causa a dor e o sofrimento. Uma abordagem "transformacional" levará a reconhecer a divindade dentro de si que possuí o potencial inerente do crescer e assim, talvez o dedicar de nossas vidas a grandes propósitos.

            É o processo e o ato de exercer o livre arbítrio de alguém ou capacidade de fazer escolhas criativas e transformando em decisões de extrema importância para o equilíbrio. Essa é a parte poderosa. Nós fazemos nossas escolhas e decisões e o resto irá tomar seu curso misterioso.

            A idéia é cada um adequar sua técnica terapêutica para elevar o equilíbrio do cliente para a compreensão da sua dor e levá-lo ao equilíbrio – ou seja, alcançar o seu curador.

            Pode-se lançar mão de ferramentas como os florais, aromas e técnicas de respiração como o renascimento.

            Como mencionei no início, a minha idéia é relembrar que temos nossas fragilidades e assim também como terapeutas reconhecermos que devemos buscar a compreensão destes aspectos, para que possamos ser excelentes terapeutas e assim cumprir com nossa grande missão de sermos uma ferramenta de equilíbrio ao outro. Levando-nos a nós mesmos e o outro ao encontro de si.

     

    Conclusão

            Estamos desde 2011 na regência de Quíronn em peixes e vai até março de 2019. Ou seja, 9 anos intensos para que possamos em questão de humanidade reconhecer nossos grandes desequilíbrios e trazer a tona à consciência de equilíbrio.

    A fonte principal é o amor.

            O propósito de terapias voltadas para esse nível centáurica / Quíronica, portanto, é para restaurar essa união de mente e corpo, curando ou dissolvendo a fronteira entre os dois. Fazemos isso através da expansão de nossa identidade a partir do ego e sua visão ampliando a visão no sentido centáurica. Tocando e re-possuir nossos corpos projetados. Este é o ponto crucial do equilíbrio e do aprendizado de equilíbrio ao nível de centauro.

            A Psicoterapia holística é uma modalidade de terapias de corpo centrado, como hatha yoga, terapia da polaridade, e integração estrutural.

            Há 6 anos me oriento em minhas anamneses com o estudo da posição do Quíron nos mapas dos clientes e percebendo claramente a rapidez com a qual o mesmo percebe onde origina seu principal desequilíbrio. Facilitando o entendimento do cliente em seu caminhar terapêutico.

    Deixo aqui um link para que tenham oportunidade de conhecer mais a respeito deste novo legado que ainda há muito pra explorar.

     

    Curiosidade pertinente.

    Este conteúdo foi retirado na integra da Internet.

    Segue o link para quem desejar ler. http://www.astrosreis.com.br/netuno-e-quiron-em-peixes/

    Quíron esteve em Peixes na década de 60 (1960 -1969). Esta foi a geração chamada de “flower children” – Os Filhos da Flor, e esses indivíduos agora estão na faixa etária dos 46 a 52 anos. Eles estarão vivenciando seu primeiro e único retorno de Quíron em Peixes. Este será um trânsito tremendamente espiritual, em que teremos a chave que abre as portas para nossa verdadeira essência. A década de 60 foi marcada por diversas manifestações culturais e artísticas e movimentos pela paz, amor e liberdade; houve vários avanços tecnológicos e o surgimento das drogas psicodélicas; mas também houve o colapso da sociedade com o início de guerras e uma onda de opressão por governos militaristas....

     

    Grata pelo o universo neste momento pela a inspiração de trazer este assunto como tema de relembrança e ou de conhecimento.

     

    BIBLIOGRAFIA

    Reinhart, Melanie., Quíron ea jornada de cura. 1989.

    Sasportas, Howard., As Doze Casas. 1985. pp 345-352.

    Stein, Zane B., Chiron Interpretação (2 ª edição). 1983.

    Grande parte da conclusão foi pesquisado na Internet.

    Onde deu origem ao meu curso de Aromagia à distancia – onde ensino criar os perfumes sobre os aspectos de um mapa astrológico.

     

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:31


    KUNDALINÍ – FORÇA E CONSCIÊNCIA

    KUNDALINÍ – FORÇA E CONSCIÊNCIA

     

    A consciência de si

    Autora: Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270

     

      

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2013.

     

    SUMÁRIO

    O que é o Tantra?

    Kundalini

    Granthis - Os três nós psíquicos

    Como usufruir do Tantra

    Conclusão

    Bibliografia

     

    Introdução

     

    O TANTRA é sentir, fluir e expandir.

    O sentir não há como explicar, somente vivenciar.

    O fluir se percebe enquanto se vivencia.

    E o expandir é o resultado do vivenciar e sentir...

    Somos produtos de uma sociedade contida daqueles que precisa: sentir o toque e se expandir, ao usar a fala se entende, ao ouvir aprende-se a perceber.  
    O Tantra também é uma filosofia comportamental de vida que aplicado no cotidiano fará com que as percepções fiquem mais proeminentes.

    Isso se aprende teoricamente através dos cursos.

    Aprender a fluir acontece através da psicoterapia, ferramenta que vai auxiliar você ir de encontro ao seu EU e retirar os paradigmas que impede de simplesmente sentir e Ser.  
    Vivenciar significa aprender está aqui e agora feliz consigo mesmo.

    O Tantra não é religião, não é sexo, não  é yoga. Em seus sutras (livros) encontrou-se varias estruturas comportamentais, cientificais, terapêuticas e principalmente ritualística. Com reverencias aos fluxos dévicos, pois se acreditava que cada ser existente tem uma proteção divina um deva (deus) ou um devi (deusa) que são representados pelos yantras – formas geométricas utilizadas nos ritos e os mantras – cantos vibracional de energia qualitativamente divina. Dando assim um panteão de deidades. Reverenciado através de puja – oferenda. Onde se deu a origem ao hinduismo. 
     

    O que é o Tantra?

    Tantra é um principio filosofal comportamental de vida. A palavra Tantra significa Livros – teia – união – mas especificamente expansão. Ela é derivada das palavras Tanoti – expansão – trayati – consciência – Portanto podemos deduzir que Tantra = Expansão de consciência.

    Tantra tem um principio filosofal comportamental e matriarcal. Surgiu por volta de 12000 anos na civilização dravídiana anterior a invasão dos arianos. Que por questões políticas deixa de ser matriarcal para ser patriarcal. Mas sua origem se espalha influenciando e ou formando varias outras civilizações.

    O Samkhya que é um sistema inventarista – é a parte cientifica do tantra que deu origem aos vedas e daí então a terapia ayurvédica. Aqui não há reverencia alguma aos deuses. Apenas a observação da mente, dando origem ao yoga.

    Ainda dentro do Samkhya ele conduz em um formato de enumerar situações de acordo com a natureza de cada fato denominado prakriti (natureza). Influenciando hoje as terapias psíquicas – como a psicanálise ou o coaching. Que é através do pensamento vibrar em sintonia positiva.

    O fundamento do Tantra é dirimido através do prana – ar vital – E daí então acontecem os pránáyama – exercícios respiratórios. Assim como a observação natural do homem em postura denominado de mudrá. Que deu origem aos asanas e ou ao Yoga.

    Hoje no ocidente somos altamente influenciados pelo o sistema tântrico. E podemos fazer uso das técnicas tântricas em vários formatos que em seu conjunto vai proporcionar um caminho para o coração e o Despertar do Eu que é a lembrança de um primeiro momento existencial enquanto.Fagulha divina.

    Os textos tântricos estão entre os mais antigos do hinduísmo e do budismo. Existem Tantras hindus e budistas se auto-influenciando e os textos mais recentes refere-se ao Tantra sob o nome de Artha Veda. Os Tantras em sua origem foram manuscritos em sânscrito. Ainda guardam as diferentes épocas, lugar, cultura e religião. Tomam a forma de enciclopédia de rituais e de filosofia tântrica. Sofreram com o correr dos séculos, várias adições. Os textos mais antigos foram compilados por volta do ano 600 dessa era.

    No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas.

    O Tantra floresceu no Vale do Rio Índio, em Mohenjo-Daro. Era a cultura Harappa, da qual se encontra vestígio raro, porém importantíssimos do ponto de vista histórico. A descoberta do Vale do Rio Indo esclareceu que essa cultura foi, possivelmente, a mais antiga do planeta. Os vários objetos já mostravam figuras esculpidas ou desenhadas com formas e imagens que evocavam práticas tântricas, tais como os Ásanas (posições físicas utilizadas para desenvolver a Kundalini).

      Essas filosofias conscientizam o homem de suas energias latentes e de relação com o cosmos (a natureza). Aquele que vê a natureza apenas como vida que existe no planeta Terra está tão equivocado quanto aquele que o vê como um universo cósmico repleto de planetas, sóis e nuvens de gases. Os dois vêem o cosmo de um modo míope e incompleto.

    O mesmo erro está expresso nas ciências que estudam o homem como um ser que possui corpo, consciência e subconsciência, acabam esquecendo que o ser humano é constituído de órgão que lhe permitem ultrapassar a mente inconsciente e a mente consciente; que seu corpo é constituído de sensibilidades que ultrapassam necessariamente o intelecto e, até mesmo, a intuição.

    Convém acrescentar que o homem pensado e conhecido pelo hindú é  possuidor de um corpo de sensações, extraordinariamente complexo, do qual não temos equivalente no pensamento ocidental.

    É justamente nesse ponto que queremos insistir: no conhecimento desse homem absolutamente insólito, desconhecido da filosofia e ciência ocidentais, onde o Tantra assenta sua sabedoria. É mostrar que, aquele que vê as coisas de um ponto de vista egoísta, centralizado em seu meio limitado jamais terá consciência das energias que o animam. É a negação do cosmos, é o absurdo da condição humana não ligada ao seu princípio (Dharma). Daí percebe-se que, para se aprofundar a questão homem / natureza é importante conhecer o Tantra.

    Como já  vimos anteriormente, Tantra significa expansão da Consciência, modos de vida, sexualidade e atitude social. No sentido mais amplo da palavra expressa uma filosofia de vida, uma cultura, bem como a preparação para a ação meditativa interior.

    A transcendência dos princípios Shiva e Shakti leva ao ponto central, que é a própria Shakti kundaliní indiferenciada a resposta de tudo. Essas especulações do tantra deram origem aos inúmeros cultos às divindades femininas (devís) que hoje existem no contexto do hinduísmo.

    A característica comportamental do tantra está centrada na transgressão de valores morais e sociais (desconstrução de estereótipos e clichês culturais e psicológicos) arraigados na cultura dominante indiana. Os textos, lendas e símbolos tântricos expressam vozes que contestam as estruturas rígidas patriarcais nas quais estão construídas as concepções de diferenças de casta, o papel social e familiar submisso da mulher, a ortodoxia e poder sacerdotal, a utilização depreciativa do corpo e da sexualidade e as normas e formas de se buscar o divino que excluem as “minorias” (castas inferiores, mulheres e etc.).

    O tantra também desenvolveu técnicas (vidhis) e práticas (sádhanas) psicológicas e corporais que visa proporcionar vivência real e sensorial aos seguidores de seus princípios. Nas práticas tantricas encontra-se complexas metodologias que tem como objetivo a tomada de consciência e o domínio do corpo, da mente e das emoções; a manipulação das energias físicas e psíquicas humanas em prol do desenvolvimento de poderes para-normais (siddhis) e a utilização desses no processo mundano e espiritual; a união dos opostos e a transcendência da dualidade na imersão na Ultima Realidade.

     

     

    NADIS – condutos energéticos

     

    O nadi palavra derivado da raiz sânscrita nala (motion.). O nadi é energia em movimento. Em vários pontos focais dentro do corpo prânico, redes de nadis se cruzam para formar chakras.

      São vários canis com nomes diferentes de acordo com suas funções. Nadikas são nadis pequeno e nadichakras são gânglios ou plexos em todos os três corpos.  
     Diz-se no Varahopanisad que o nadis penetram o corpo através da sola dos pés até a coroa da cabeça. Neles é o prana, o sopro da vida e o Atma que permanece produzindo a morada de Shakti, criadora dos mundos animados e inanimados.

    Todos nadis são originários de um dos dois centros, o Kandasthana - um pouco abaixo do umbigo, e do Coração.

    Doze dedos acima do ânus e na altura dos órgãos genitais e logo abaixo do umbigo, existe um canal em forma de ovo chamado kanda distribuindo canais de passagem de energias, que totalizam 101 nadis espalhado por todo o corpo, cada uma se ramificando em outro 101 que totalizam 72.000. Se movem em todas as direções e tomam inúmeras funções.

    A Siva Samhita menciona 350.000 nadis, dos quais 14 são indicados para ser importante.

    Os mais importantes são o Sushumna, Ida, Pingala, Gandhara, Hastajihva, Kuku, Sarasvati, Pusha, Sankhini, Payaswini, Varuni, Alambhusha, Vishvodhara, Yasasvíni.  Sushumna domina a todos os demais.

     

     

    IDA, PINGALA, SUSHUMNA - Para que se possa ter uma noção desses três nadis ao longo da coluna vertebral, tomemos uma série de números "8" e os coloquemos em posição horizontal, empilhando-os ao longo da coluna vertebral; teremos então uma figura semelhante às serpentes a figura acima. O nadi brota pela esquerda é Ida; o da direita Pingala; não estão dispostos de forma paralela, eles entrecruzam-se como pode observar na figura acima. No centro corre um canal: é o nadi Sushumna. Ao longo da coluna vai formando uma série de confluências, das quais a mais importante é a existente no chakra frontal, onde desembocam Ida e Pingala estando sempre ativos, mas o Sushumna permanece inativa, devido o prana circular através dele. No interior do Sushumna acham-se três outros nadis o Vajna, Chitrini, dentro do qual se encontra o Brahma nadi, ao longo do qual se elevará a energia Kundalini através da coluna no corpo físico.

    NADI = NATUREZA - "Cada nadi tem uma natureza quíntupla e encerra cinco fibras de energia estreitamente ligadas no interior de uma camada que os recobre. Estes filamentos de energia são unidos uns aos outros em relações transversais" É preciso, entretanto notar que cinco tipos de energia formam uma unidade e que, tomados em seu conjunto eles formam o próprio corpo etérico. É através destes cinco canais que correm os cinco pranas maiores, vitalizando assim todo o organismo humano. Não existe uma só parte do corpo que não possua uma rede de nadis subjacente à sua forma.

    Essa confluência pode entrar em congestionamentos gerando desequilíbrios e desencadeando “doenças” decorrente de bloqueios ou restrições ao funcionamento do sistema de nadis. A maioria das pessoas vê o corpo humano como uma série de camadas progressivamente, cada vez mais sutis e semelhante ao de uma cebola; mas a verdade é exatamente o oposto disso. Cada um dos corpos penetra no anterior até o centro do corpo físico, ou seja, todos se interpenetram. É isso que faz com que o sistema de nadis possa existir nos corpos físico e energético simultaneamente.

    Existem seis nadis do lado direito do corpo, seis do lado esquerdo e dois no eixo central. São, portanto, quatorze no total iniciando no Muladhara chakra.

    O corpo funciona segundo uma polaridade básica: feminino / masculino - receptividade / atividade.

    Todas as tradições reconheceram a existência dessa polaridade fundamental na vida e no corpo. Os sábios védicos, metaforicamente usaram as figuras do Sol e da Lua para representar o lado ativo e o lado passivo da criação. É auxiliado nesse trabalho pelos nadis solar e lunar, respectivamente Pingala e Ida.

    Todos os métodos yogues, como o pranayama e os ásanas, trabalham com esses três nadis. O Kundalini Yoga trabalha primeiro com os nadis da direita e da esquerda e depois com o nadi central, mediante o desenvolvimento do udana vayu – o vento ascendente –, que deve resultar na ativação da Prana Shakti, ou energia prânica primordial. O equilíbrio de ojas e tejas no corpo e na mente colabora para isso. É a união de tejas e ojas quem ativa a energia da Kundalini (Prana Shakti). Ela sobe então até ao topo da cabeça. Existe um nadi que cumpre especificamente essa função que é o Brahmi nadi.

     

    Os Nadis Centrais

    1. Sushumna – Corre do chakra da raiz ao sétimo chakra onde termina a parte superior da cabeça. Facilita o fluir ascendente do prana puro que nutre o corpo inteiro. Este nadi trabalha principalmente através de Prana Vayu.

     

    2. Alambusha – vai do começo do Sushumna até o ânus. É a via de saída pela qual o prana impuro e eliminado do corpo. Alambusha nadi começa na fonte do Sushumna. Ele termina no reto onde descarrega apana a partir do corpo. Está relacionada com a raiz do primeiro chakra e o Apana Prana

     

    Os Nadis da Direita

    3. Kuhu - Vai da base da coluna até o segundo chakra e depois se dirige até a extremidade do pênis ou da vagina. Leva o prana aos sistemas reprodutivo e urinário.

    Kuhu nadi fornece prana para o sistema reprodutivo e do trato urinário. Ele sobe da base da coluna vertebral para o segundo chakra. Lá se ramifica para acabar na ponta dos órgãos reprodutores. Este nadi funciona em conjunto com o segundo chakra e Apana Prana.

    O Nadi Kuhu por exemplo, faz acontecer a ejaculação juntamente com a Nadi Chitrini. O domínio desta nadi é o principal objetivo do exercício Vajroli, permitindo que o aspirante masculino eleve o fluido seminal do segundo chakra para o Chakra Soma dentro do Chakra Sahasrara, juntamente com o fluido vaginal de sua contraparte feminina. É essa prática que muitas vezes é conhecido como sexo tântrico, que criou um monte de atração para Tantra no Ocidente.

    4. Varuna - vai da base da coluna até o quarto chakra, e divide-se para espalhar o prana pelo corpo todo. Diz-se que existe em toda parte. Varuna nadi fornece prana para todo o corpo através do sistema circulatório, pulmões e pele. Levanta-se a partir do chakra do primeiro chakra ao quarto chakra. A abertura para este nadi é a pele inteira. Ele trabalha em conjunto com o quarto chakra e Vyana Prana.

     

    5. Yashasvati - vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo, e dirige para o braço direito e a perna direita. Leva o prana aos membros e permite a movimentação destes. Yashasvati nadi sobe do primeiro chakra para o terceiro onde se ramifica fora e corre para a palma da mão direita e sola do pé direito. Ele designa ramos de energia para fora que termina na ponta dos dedos das mãos e dos pés com as suas terminações principais ocorrendo no dedo polegar. Vyana Prana e terceiro chakra trabalham em conjunto com este nadi.

     

    6. Pusha – vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se ao olho direito, alimentando-o de prana. Pusha Nadi ramifica a partir do sexto chakra e termina no olho direito. Este nadi está relacionado com o Prana Vayu e o terceiro chakra.

     

    7. Payasvini - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se ao ouvido direito, alimentando-o de prana. Payasvini Nadi fora do sexto chakra para fornecer prana para a orelha direita onde termina. Payasvini está relacionado com o chakra da garganta.

     

    8. Pingala - vai da base da coluna ate o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se à narina direita, alimentando-a de prana. Nadi Pingala sobe do primeiro chakra para o sexto chakra onde se ramifica fora e termina na passagem nasal direita. Este nadi estimula toda a nadis no lado direito do corpo, e está relacionado com o primeiro chakra.

     

    Os Nadis da Esquerda

    9. Visvodhara – vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo de onde se dirige até à região do estômago, alimentando-a de prana.. Este nadi está relacionado com o Prana Samana e a terceiro chakra. O nadi Visvodhara controla o funcionamento do sistema digestório.

     
    10. Hastijihva
     – vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo, de onde se dirige ao braço esquerdo e a perna esquerda. Leva o prana aos membros e permite a movimentação destes. Hastijihva nadi, ramifica-se do terceiro chakra e corre para o a parte esquerda do pé e palma da mão com o término na ponta do polegar.

     

    11. Saraswati - vai da base da coluna até o quinto chakra, na garganta, de onde se dirige à língua e à boca, alimentando-as de prana. Saraswati nadi fornece prana para a língua e boca. Ele se ramifica do quinto chakra e termina na ponta da língua. Saraswati nadi trabalha em conjunto com o quinto chakra e Prana Udana.

     

    12. Gandhari - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, de onde se dirige ao olho esquerdo, alimentando-o de prana. Gandhari nadi fornece prana para o olho esquerdo, onde ele termina. Ele se ramifica do sexto chakra e como o nadi Pusha relaciona-se com o terceiro chakra.

     

    13. Shankhini - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, de onde se dirige ao ouvido esquerdo, alimentando-o de prana. Shankini fora do sexto chakra e energiza a orelha esquerda onde termina. Este nadi está relacionado com o quinto chakra.

     

    14. Ida - Começa no chakra raiz onde ele sobe para o sexto. Aqui ele se ramifica para proporcionar prana e terminam na narina esquerda. Este nadi estimula todos os nadis no lado esquerdo e está relacionada com o chakra raiz. Vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se a narina direita alimentando-a de prana.

    Oito das 14 nadis se movimentam o fluxo da energia em pares.

    Ida e o Pingala conduzem o prana para dentro e para fora das passagens nasais e controlam o sentido do olfato.

    Shankhini e o Payasvini controlam os ouvidos e o sentido da audição.

    Gandhari e o Pusha controlam os olhos e o sentido da visão.

    Hastijihva e o Yashasvati controlam a atividade motora dos membros e, portanto, o movimento.

    Os outros seis nadis controlam os outros sentidos e atividades motoras.

    Saraswati controla o paladar e a língua;

    Visvodhara controla o sistema digestório e a capacidade de digerir;

    Kuhu controla os sistemas reprodutor e urinário;

    Varuna controla a respiração, a circulação, a pele e o sentido do tato;

    Alambusha controla a atividade de eliminação.

    Sushumna controla o sistema nervoso e o corpo inteiro; contém em si todos os outros nadis, pois é o pilar axial do corpo subtil (os corpos etérico, astral e mental do sistema ocidental).

     

     

    KUNDALINI - A energia vital básica reside no centro básico (muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes através da alquimia agregada nas forças dos demais  Tatwas. Api – sentimento – terra – Pritivi – matéria – Vayu – Ar – Conhecimento e Akasha – Espírito Divino e depois retornando a sua origem na Terra. Proporcionando o grande mistério do que está em cima é o mesmo que está em baixo. 

    A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

    O Tantra Sadhana (prática), atuando como uma verdadeira Psicologia Energética do Yoga,  utiliza-se do instrumental: asanas, pranayamas, kriyas, bandhas, mudras, meditações etc. para sustentar o equilíbrio psíquico, emocional e energético - e conseqüentemente o equilíbrio da personalidade - de modo a proporcionar a experiência da Unidade. E para tal, trabalha com a administração da complexa fisiologia energética e das técnicas que citamos acima.

    Um dos elementos interessantes desta fisiologia (e desta filosofia) é  o conceito dos Granthis, os nós psico / emocionais / energéticos que estão posicionados ao longo da Sushumna Nadi (o conduto central de energia que se localiza como contraparte sutil da coluna vertebral).

    O Sushumna nadi  simboliza a consciência da Unidade (energia Kundalini) e os Granthis simboliza o fluxo do universo em forma do Fogo Sagrado. Os sistemas de corpos energéticos com seus núcleos de boicotes, limitações, sabotagens, apegos e falsas crenças e identificações que devem ser transmutados e re-significados ao longo de nossa jornada para a consciência da Unidade.

     

    Granthis - Os três nós psíquicos

     

    Os Granthis  são os obstáculos gerados através do psíquico / emocional / energéticos que cada um deve passar ao longo da sua trajetória rumo ao autoconhecimento.

    Ao mesmo tempo expressam as defesas e bloqueios que construímos. 
    Os samsaras (impressões psico-emocionais, que vão gerar vasanas, que são as crenças, tendências e padrões) – outro nome para os Corpos Energéticos - vai, de acordo com sua “temática”, funcionar como manutenção dos Granthis.

    É interessante procurar notar no trabalho de canalização de Corpos Energéticos, quais conteúdos estão relacionados e com que Granthis ?

    De onde se originam os padrões que estão sendo manifestados e expressos pelo canalizador?

     

    VRTTIS DOS CHAKRAS

    Os antigos yogues se dedicavam a ouvir os sons emitidos pelas pétalas durante suas meditações e descobriram 49 sons. A partir dos sons das pétalas, surgiram as 49 sílabas que compõem o alfabeto sânscrito.

    Mas afinal o que são estas pétalas? São sub vórtices dos Chakras chamados em sânscrito de Vrttis. São os vórtices da mente. Os yogues descobriram que cada vrtti emana uma determinada energia psíquica e podemos dizer que a combinação dos aspectos dos 50 vórtices compõe os bilhões de personalidades humanas que existem.

    De acordo com as escrituras do Tantra, as faculdades mentais (vrttis) são de cinco tipos, e podem causar ou não sofrimento. São os seguintes:

    Pramana: Correto conhecimento com base na percepção direta ou em escrituras;

    Vipariaya: opinião errônea após estudo, ou seja, interpretação ou avaliação errada e ou distorcida, quando o conhecimento de alguma coisa não é baseado em sua forma verdadeira;

    Vikalpa: ilusão ou fantasia, que repousa meramente em expressão verbal ou imaginação;

    Nidra: sono profundo sem sonhos,

    Smrti: memória, retenções de impressões do passado.

    A harmonização dos vórtices é uma tarefa árdua e até pra muitas vidas em algumas pessoas e à medida que o homem evolui espiritualmente eles passam a funcionar de uma maneira tal que nossos sentimentos e emoções não nos dominam mais.

    Quando um determinado vrtti de um Chakra é perturbado por reações psíquico emocional, mental ou até mesmo espiritual é estimulado e torna-se desequilibrado e este padrão energético flui através dos milhares de canais energéticos, os chamados Nadis de nosso corpo sutil, perturbando a tranqüilidade de nossa mente.

    Como os Chakras estão ligados a uma determinada glândula, o hormônio relacionado a ela é super ou sub estimulado, modulando sua produção e provocando sintomas físicos e emocionais perceptíveis.

    Podemos começar agora a concluir que estes vórtices de energias chamados Vrttis “são” a mente de registros passados e que podem ser também considerados como centros de consciência. Sendo assim, torna-se evidente que nossa mente não se localiza em nosso cérebro e em nenhuma estrutura física. Portanto, a mente está distribuída nos 50 aspectos existentes nestes seis Chakras sendo que o cérebro teria apenas uma função semelhante a um terminal de computador dando-nos a ilusão de que nossa consciência se localiza em um determinado local de nosso corpo: para os ocidentais espiritualistas entre as sobrancelhas, mas para os povos do oriente, mas especificamente tântrico, no coração.

    Passaremos a descrever as diversas qualidades psíquicas ligadas aos Vrttis de cada Chakra.

     

     

     

    Métodos para equilíbrio Nadis e fluidez da Kundaliní.

    Como já  mencionado todo desequilíbrio, e ou doença é o resultado do congestionamento ou restrições no sistema dos Nadi. O tato ou pranáyáma são os principais meio de restaurar o funcionamento adequado de qualquer área trabalhando através do sistema dos nadis.

    O quatorze nadis principal nasce no primeiro chakra. As Nadis Central é que facilita o fluir do percurso pela a coluna, fluindo seis de cada lado, ou seja, esquerdo e direito do corpo. O nadis no lado esquerdo está relacionado com o feminino - passivo -Tamásico. O lado direito, lhes confere a qualidade masculina - ativa - Rajásico e a Central nadis são Sáttvico de natureza.

    O Prana flui e alternam entre os dois lados do nosso corpo ao longo do dia. O lado direito é geralmente ativo durante duas horas, seguida por um breve intervalo de ambos os lados da atividade, e, em seguida, desloca para o lado esquerdo, durante duas horas. Isto pode ser observado pelo o ar que flui através das narinas. Se o ar é em primeiro lugar que flui acontece é da narina esquerda, este lado está predominante. Quando o ar flui através da narina direita, então o lado direito predomina. Quando o ar flui igualmente por ambas as narinas, o prana esta ativa nos canais centrais. Tome nota da narina que predomina quando você está energizado, sonolento, calmo e pacífico. Além disso, observe a narina que predomina quando você está deprimido ou irritado.

    Praticar a respiração com a narina alternado vai ajudar a manter o equilíbrio entre os dois lados do seu corpo e irá manter o equilíbrio correto das Gunas.

     

    Como Tratar os Nadis

    Tratando o sistema de nadis, empregamos um meio direto para a harmonização dos humores (dosha). Pelo uso consciente dos nadis na automassagem e tornando possível uma rotina diária para movimentar de forma pacifica os sentidos e a atividade motora prevenindo desequilibrios.

     

    Auto -Tratamentos

    1. Sushumna – Aplicar óleo quente ao topo da cabeça com movimentos circulares leves no sentido horário (óleo de Brahmi – espécie de centelha asiática).

     
    2. Alambusha – Lavar o ânus diariamente e aplicar óleo de gergelim.

     
    3. Kuhu – aplique óleo de gergelim nos órgãos genitais e região

     
    4. Varuna – Todas as técnicas de massagem contribuem para o tratamento deste nadi. A massagem com óleo é a mais eficaz para o tratamento da pele enquanto órgão do sentido do tato. A quantidade e o tipo de óleo dependem da constituição (prakruti - doshas).

     
    5. Yashasvati – Aplicar óleo quente nas palmas das mãos e nas solas dos pés diariamente. Use o óleo de acordo com a prakruti.

     
    6. Pusha – Umedecer um pouco algodão em chá de camomila, e coloque-o sobre olhos  e em seguida fazer uma leve massagem sobre eles..

     
    7. Payasvini – molhar o dedo no óleo e aplicar com cuidado dentro do ouvido. Massagear a orelha toda também é bom.

     
    8. Pingala – Use um conta-gotas para pingar duas gotas de óleo dentro na narina (óleo de Brahmi ou de gergelim). Ou então, aplique um pouco de óleo e fazer uma leve pressão ao lado da narina.

     
    9. Visvodhara – Fazer uma massagem de óleo quente na região do abdômen. Usar o óleo de acordo com a prakruti da pessoa.

     
    10. Hastijihva – Aplicar o óleo quente nas palmas das mãos e nas solas dos pés diariamente. Usar o óleo de acordo com a prakruti da pessoa.

     
    11. Saraswati – Aplicar um pouco de óleo na região da garganta e da mandíbula. Fazer uma massagem leve nas laterais da garganta e nos músculos do maxilar serve para tratar este nadi, bem como a massagem na parte de trás do pescoço.

     
    12. Gandhari – o mesmo que Pusha.

     

    13. Shankhini – o mesmo que Payasvini.

     
    14. Ida – o mesmo que Pingala.

     

    Um dos métodos mais importantes de tratamento dos nadis é a rotina diária de manutenção.

    Essa rotina diz respeito principalmente à higiene e ao correto uso dos sentidos. A sobrecarga dos sentidos é uma das principais causas de doenças.

    Os óleos naturais, extraídos a frio, contêm quantidades elevadíssimas de vitaminas, minerais e nutrientes. A pele é um órgão de assimilação e está relacionada ao sentido do tato. O óleo nutre o corpo inteiro por meio do sistema de nadis regido por Varuna nadi, um sistema complexo de canais minúsculos que se espalham pelo corpo inteiro.

    Como as narinas são os pontos finais de Ida e Pingala (e estes são os auxílios que apoiam todos os outros nadis), elas são o ponto mais importante do corpo para o tratamento. A limpeza e a nutrição diária das vias nasais é muito importante nos regimes de saúde da Yoga e do Ayurveda. Depois da limpeza que é feita com a cabeça inclinada para trás e para os lados, para lavar as narinas com água morna salgada utilizando um lota, as vias nasais podem ser nutridas com óleo. Pingar as gotas diretamente no nariz. Quando esse processo é feito diariamente, o cérebro fica nutrido e o dosha permanece equilibrado. Um conta-gotas e um pequeno frasco de óleo de gergelim são os instrumentos necessários para conter o humor.

    As outras formas de nutrição são o silêncio, o contato direto com a natureza, o amor, alimentos saudáveis ingeridos em quantidades moderadas e a meditação.

    Embora seja geralmente aceite que o Ida termina na narina esquerda e Pingala na narina direita (tanto assim que é aconselhado para respirar alternadamente em cada narina para purificar nadis, há duas interpretações tradicional é que eles são amarrados como um arco duplo, o Ida totalmente à esquerda, o Pingala completamente à direita, e Sushumna apoiando os chakras no centro. Uma interpretação rival, e que se tornou muito popular no Ocidente, é que o Ida e Pingala o suplente, atravessando a Sushumna o em vários pontos, dando assim origem à imagem do Cauduceus. Veja a imagem a seguir, mostrando os nadis e os chacras equiparado com os cinco elementos.

     

    acima, estilizado diagrama "cauduceus" mostrando o Ida a (azul), o Pingala (laranja), e os nadis Sushumna, os seis chakras (excluindo o Sushumna) e as associações elementares de cada chakra.

     
     
    Supõem-se que o prana (ativo) circule dentro Pingala, enquanto apana (passivo) circula dentro de Ida. Kundalini quando desperta circula dentro de Sushumna. O nadi Ida controla todos os processos mentais enquanto o nadi Pingala controla todos os processos vitais. Alguns autores associam os nadis Ida e Pingala aos sistemas nervosos simpático e parassimpático. 
     Acredita-se que estes nadis tenham uma função extra-sensorial, e estão associados às respostas empáticas e instintivas.

    As técnicas de respiração ritmada supostamente influenciam as correntes energéticas que circulam nesses nadis. De acordo com esta interpretação (que é a interpretação do Yoga) as técnicas de respiração servem para purificar e desenvolver estas duas correntes energéticas e preparam para exercícios respiratórios superiores cujo objetivo é o despertar de kundalini.

     

    Para que buscar pelo o Tantra?

    Buscar pelo o Tantra é o caminho que permite resgatar o poder de força e equilíbrio. É a ferramenta que conduz ao coração. Ou seja, o aprendizado de se amar, de sentir e de se permitir ter e fazer o que deseja. Sem dogmas e paradigmas.

    O Tantra permite co-criar sensações e realizações de vida. Através do realinhamento do poder de criar – feminino – shakti e de realizar – masculino – shiva inerente a cada pessoa – ou seja, permite acessar a sua verdadeira essência.

     

    Quais as formas que se pode buscar pelo o Tantra?

    Hoje o Tantra é divulgado como terapias tântricas e aproveito para desmistificar ou até mesmo esclarecer que quando se pensa em Tantra se traduz sexo e ou pornografia, divulgada pelos que exploram comercialmente o rotulo Tantra.

    Mas o Tantra é a tarefa de aprender a sentir e vivenciar terapeuticamente é possível através de meditações dinâmicas denominadas de vivências.

    Vivencias são métodos de conduzir um movimento através de uma melodia compactuada pela a sensibilidade do terapeuta em reconhecer através da nota os elementos que nela se forma, exemplo – terra, água, ar, fogo. A melodia é conduzida numa seqüência que produz o movimento de forma coreografada e conduz o participante a quebrar o fluxo ativo da mente de pensar para o sentir, mudando assunto o padrão comportamental da mente e concebendo o sentir formatando um equilíbrio automático.

     

    Vivência tântrica.

    Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira harmoniosa. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significaria estarmos sensual e sensorial?

    Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência, aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

     

    Individualmente

    Através do realinhamento de chakra – Deeksha – iniciação – com mantras que são palavras entoadas que produzem comandos de força no cérebro atuando em pontos específicos do corpo que leva ao despertar do inconsciente e forma assim uma mensagem de revitalização e capacidade de poder.

     

    Através da massagem tântrica – pertence ao rito do maithuna – metafísica do sexo e que foi retirada do rito com a função terapêutica a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido. 
     A pessoa ao ser massageado tem a sensação de carinho e de amor. Não há dores, desconforto, nem torções.

    A massagem tântrica pode ser comparada com o som de instrumento de cordas. Onde o terapeuta transporta através das pontas dos dedos e das palmas das mãos um fluxo continuo e suave de toques sobre a pele provocando a eletricidade do corpo denominada de libido. O toque é feito de forma harmonioso, sutil e amoroso.

    Esse processo de prazer ao ser canalizado durante a massagem permitir equilibrar os hormônios e revitaliza os órgãos genitais internos e externos.  Favorecendo a potência nos homens e preconizando ao orgasmo seco. 
     Para as mulheres proporcionarão a facilidade do sentir orgasmos, corrigindo disfunções como TPM, frigidez, timidez e valorização de si mesma como mulher deixando-a mais feminina e sensual. Os homens concebem em si a capacidade de fluir o fluxo de intuição, sensibilizando as emoções, promovendo a dose necessária para fluir no pulso dos negócios e da afetividade.

     

     

    Conclusão

    Tantra é um caminho de conexão ao Divino - uma das trilha para o sagrado, o poder latente da certeza em ser pleno e único.

    Tantra é a transformação de energia. Vivenciar a trama da vida. É Tantra o despertar para o prazer num todo.

    O Tantra não pede ao Sádhaka (praticante) que pare de agir, mas sim que a ação seja transformada em consciência interior. Não se trata de uma mudança radical de vida e sim de uma conscientização dos desejos, sentimentos e situações. Não apenas de conhecer o desconhecido, mas o de realizar o já conhecido.

    O Tantra torna o ser humano mais sensível ao seu momento histórico, revitaliza suas energias físicas e unifica suas paixões.

    Procure conhecer a filosofia do Tantra sem os olhos da religião = hinduismo e sem os olhos do sexo, como assim tem sido entendido.

    A libido é uma energia existente em todos os seres vivos e que permeia o fluir do fazer e concretizar. É a energia que permeia as paixões e o desejo. Mas é a porta para transcender a consciência O tantra diz fique aqui agora e vivencie .É assim para tudo na vida!!

    Você não pode viver o amanhã sem viver o Hoje!

    Portanto sorria, dance, vibre, celebre, isto é Tantra.

     

     

    Bibliografia

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

     

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:35


    Eventos » Proposituras de Palestras

    Aula de Psicoterapia - Comunidade de Estudos Avnçados em Terapia Holística PSICOTERAPIA NA ABORDAGEM HOLÍSTICA - Associando técnicas milenares à psicanálise moderna

    PSICOTERAPIA NA ABORDAGEM HOLÍSTICA

    Associando técnicas milenares à psicanálise moderna

    Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico – CRT 21001

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    Resumo:

    A Psicoterapia é parte integrante do atendimento na Terapia Holística e um de seus maiores diferenciais em relação a outras profissões correlatas. Em publicação recente, já destacamos que uma das formas mais práticas e eficientes de introduzir a proposta em consultórios é a implementação de técnicas básicas de Aconselhamento. Outrossim, para este momento, a proposta é a de incrementar a idéia inicial, somando a esta outras formas de abordagens psicoterápicas, em especial, algumas correntes básicas da psicanálise.

    Na transcrição, incluiremos paralelismos entre as idéias de Freud, Reich e Jung e as tradições terapêuticas milenares, mostrando que existe compatibilidade entre todos, passíveis de serem sintetizadas em procedimentos de consultório dos Terapeutas Holísticos.

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras. Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem “científica-reducionista-elitista” cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem “empírica-holística-acessível” de nossos ancestrais xamãnicos. A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do “cientificismo”, mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes. Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a “alma”, desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

    No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se “dissolvem espontaneamente” no decorrer destes procedimentos (método catártico).

    A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

    Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte “inacessível” de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( “eu”) e Censor (“juiz” do Ego, o Ego “Idealizado”).

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

    Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Psicoterapia no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, nome moderno que se dá àquilo que tão bem já praticavam nossos antecessores sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.

    Material e Metodologia:

    1. Definições

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

    ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao “molde-informação” de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um “Ancião Sábio”, que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

    LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

    TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    2. Procedimentos

    ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

    Na sequência, abordaremos algumas opções complementares:

    Análise de Sonhos:

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ...”o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro”... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as “chaves” transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado “o sono sagrado”, onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de “sonho acordado”, muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão “científico”. Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, “a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma”. Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma “auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material “espontâneo” que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a “dramatização”, onde a pessoa “encarna”, um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura “incorporada”. Outra ferramenta de interpretação é a “ampliação” do sonho, onde se é estimulado para “prolongar” o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de “ampliação” é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que “ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico”. O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.

    Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

    Do mesmo modo como “evocamos” os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma “lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais “pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram “especializações” funcionais, “desenhando-se” no holograma certos “caminhos” bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa “tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. “Mapeando” esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos “meridianos” de Acupuntura, na China milenar, e os “chacras” na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a “circulação” energética, induzimos à “circulação” das informações psíquicas, ocorrendo os chamados “insights” (“flashs”, lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que “digerir”, compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro “equilíbrio energético”. O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

    Resultados:

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade.

    Discussão:

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a “imitar” o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE – Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.

    Conclusões:

    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    O Aconselhamento, cujo aprendizado é relativamente simples e intuitivo, em especial para quem exerce outras formas de Terapia, é de fácil integração às demais técnicas já adotadas em consultório. Tamanhos são os ganhos tanto para a Clientela, quanto ao Terapeuta Holístico, ampliando exponencialmente o leque de atuação, que este é um caminho obrigatório a qualquer profissional que deseje maximizar seus potenciais e sua realização na carreira.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Reichiana e Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui regressão, progressão, vivências, etc...). A própra tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.

    Referências bibliográficas:

    O Corpo Fala” - Pierre Weil e Roland Tompakow – Editora Vozes;

    "Counseling, Santé et Développement” em www.counselingvih.org;

    Florais de Bach – Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica” - Henrique Vieira Filho – Editora Pensamento;

    Jung e Reich – O Corpo Como Sombra” - Jonh P. Conger – Summus Editorial;

    O Microcosmo Sagrado” - 2a Edição - Henrique Vieira Filho – SinteBooks;

    Orgônio, Reich e Eros” - W. Edward Mann – Summus Editorial;

    O Processo de Aconselhamento” – Paterson / Einsenberg – Martins Fontes 1988;

    Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung” - Reis, Magalhães e Gonçalves – EPU – Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

    Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks.

    Anexos e Apêndices:

    1)

    Terapia Holística: Ciência ou Arte ?

    Yin, Yang... Ciência, Arte...

    Aparentes opostos, com certeza, complementares,

    ambas somam as faces da moeda do Conhecimento.

    ...

    O conhecimento humano poderia ser dividido entre o conhecimento organizado e o conhecimento ingênuo. O conhecimento ingênuo nada mais seria do que um conhecer intuitivo que pode ter algum grau de reflexão, mas de que certo modo só pertence àquele ser que o percebeu e que sobre ele refletiu. É uma forma de conhecimento muito pessoal. Já o conhecimento organizado nos propicia o surgimento da própria civilização. Esse é o conhecimento registrado, que pode ser transmitido para outras pessoas sem a presença daquele que o desenvolveu, e que se despessoaliza no sentido de criar uma cultura, que pode se realimentar para criar conhecimentos novos, e mais sofisticados.

    Dentro do conhecimento organizado podemos encontrar uma nova subdivisão: ciência e arte.

    ...

    Textos extraídos de www.ricardohage.com/artigos/estetica.pdf

    A Ciência aplica a lógica formal e metodologia, resulta de uma atitude consciente em direção ao entendimento e um esforço fundamental de comprovação, objetivando a intervenção no que se conveniou chamar de realidade. Já a Arte, atua sobre uma lógica subjetiva, isenta de compromissos com a verificação e nasce de uma atitude inconsciente do ser humano, que no geral quer deixar sua marca nessa mesma realidade.

    Com o advento da Modernidade, a sociedade ocidental pautou-se por uma crescente racionalização, assumindo a Ciência como o fundamento geral de nossa orientação no mundo. Nossa civilização passou por uma ditadura religiosa, onde os dogmas da Igreja constituiam a verdade inquestionável, para um atual estado de ditadura científica, na qual confundem aquilo que a Ciência não consegue explicar, como sendo algo impossível de existir.

    A Terapia Holística, que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, possui sua própria lógica singular, muito mais para a subjetividade da Arte, do que para a objetividade da Ciência. Os resultados obtidos pelos Terapeutas Holísticos não cabem nos moldes da pesquisa científica tida como “oficial”, resultando daí, ter sua validade e eficácia injustamente questionadas. Na Idade Média, milhares de nossos antecessores tiveram que negar suas práticas, ocultar seus conhecimentos, esconder suas poções, enfim, renunciar às suas essências (em vários sentidos...) para escapar das fogueiras da Inquisição. Ainda traumatizados com a perseguição histórica, nos tempos modernos, novamente renegam suas origens, tentando sobreviver à inquisição do que se convencionou chamar Ciência. Submetendo-se ao julgo de seus atuais algozes, a Terapia Holística perdeu parte de sua identidade, abrindo mão de seu linguajar, de seus fundamentos, gerando um sincretismo que não surtiu o efeito desejado. Incabíveis em tubos de ensaio, ao tentar “discursar em língua estrangeira” (“cientificês”...), a maior parte das técnicas terapêuticas milenares soaram ainda mais estranhas aos donos da verdade oficial e aí sim foram condenadas, de vez, às fogueiras purificadoras dos dogmas de laboratório. Algumas técnicas tiveram destino ainda mais cruel: tanto abriram mão de suas origens, tanto se adaptaram, que correm o risco de se transformar em “monstros transgênicos”, produtos artificiais adequados aos padrões de consumo “oficial”. A Terapia Tradicional Chinesa, por exemplo, se perder sua alma, transformará seus praticantes em meros espetadores de agulhas, máquinas automáticas de aplicações de tabelas... Já a Fitoterapia, se perder suas “raízes”, será mais um serviçal da indústria de patentes, do que ao bem-estar de seus adeptos.

    Yin e Yang... noite e dia... ciência e arte... faces alternantes de um mesmo fenômeno. Em algum momento no tempo, a Terapia Holística será Ciência, também. No presente, há que ser percebida, compreendida e aceita como ARTE, pois esta é a faceta que agora se mostra. E se valoriza ! Afinal, enquanto a Ciência é inconstante e temporal (o que é fato científico hoje, pode ser a falácia teórica, amanhã...), a Arte é eterna... Resgatemos a auto-estima de nossa profissão, nossa herança milenar e assumamos que

    A Terapia Holística é a ARTE da Qualidade de Vida !

    2)

    A História da Terapia Holística

    Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos”

    (paráfrase sobre texto de 1986,

    do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico – de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico – de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por “sincronicidades”, por “sinais”, cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este “status”, o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os “iniciados” compreendiam as “instruções” incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História “ocidentalizada” registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem “científica”, ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro “médico”, já que estabeleceu “doenças” como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo “desmembramento de seus componentes”. Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de “doenças” que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

    trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,

    de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente

    do Departamento de Clínica Médica

    Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este “movimento separatista elitizado”, continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem “científica” e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o “consolo espiritual” da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência “exata”...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a “desumanização” do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte –-importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva – da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas – a história, a filosofia, a literatura e a psicologia – não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de “A (re)humanização da medicina”,

    de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

    e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada “Revolução Aquariana”. Movimentos “hippies”, de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura “científica”, onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais “científico”. Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas “traduzidas” para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 06/05/2008 14:13


    RADIESTESIA - O poder vibratório de todo o que existe

    RADIESTESIA

    O poder vibratório de todo o que existe

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    EPÍGRAFE

    A radiestesia é a energia vibratória a disposição de Ser Humano”

    Nelson Zuniga

    DEDICATÓRIA

    A minha Família

    AGRADECIMENTOS

    Ao SINTE – Sindicato dos Terapeutas, Presidente e Equipe, Clientes e Amigos.

    SUMÁRIO

    1 Resumo 2

    2 Introdução 2

    3 Material e Metodologia 3

    4 Resultados 8

    5 Discussão 9

    6 Conclusões 10

    7 Bibliografias 11

    RESUMO

    Radiestesia

    Ser Terapeuta Holístico Radiestesista: E um ser que lida com o universo energético utilizando a Radiestesia e Radiônica. Pode transformar energias vibratórias, espiritualidade, emoções, pensamentos, e através do livre arbítrio do cliente, equilibrar os Cinco Corpos e os sete Centros de Energia, ambientes, tudo o que se consiga imaginar.

    Podemos ajudar alguém, mas sempre com a autorização energética do necessitado, se este estiver à distância.

    Na Radiestesia não há limites de tempo nem de espaço, as energias são detectadas instantaneamente independente de distâncias e dimensões.

    O verdadeiro Terapeuta Holístico conhece todas as energias, normalmente conheceu muitas linhas de pensamento e em todas elas encontrou diferentes pontos de vista. Trabalhar as energias elimina e quando necessário, neutralizar as vibrações desnecessárias e crescer para cumprir a missão de vida, no universo holístico do ser humano.

    Introdução

    De alguns profissionais que conheci tenho excelentes lembranças, devido no só, ao alto grau de cultura e competência, mas sim por eles serem flexíveis no entendimento de que os seres humanos têm cinco corpos (físico, mental, emocional, espiritual e energético). Também concordamos com o paradigma holístico que quando estes cinco corpos estão em equilíbrio a qualidade de vida e melhor.

    A Radiestesia pode ter um papel fundamental para a prevenção antes mesmo que os problemas se manifestem, esta técnica de reconhecimento vibratório se complementa com a de indução energética chamada de Radiônica. O radiestesista experiente se transforma com o tempo em um “Pendulo Radiônico” sem a necessidade de instrumentos.

    As NTSV Terapia em Sincronicidade – Radiestesia e radiônica. TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE – distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares. Faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares além da discussão interativa com o cliente, acrescido de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração de realidade e/ou preocupação com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.

    RADIESTESIA: Técnica de anamnese paranormal, onde se utiliza de instrumentos tais como um pêndulo e suas variantes para amplificar os movimentos inconscientes perante perguntas, meridianos ou ambientes, até mesmo a distância, por fotos, objetos ou mapas. Pela interpretação do movimento do instrumento, avalia-se os desequilíbrios energéticos do cliente ou do local, os quais serão harmonizados pelas mais variadas técnicas pertinentes à Terapia Holística, especialmente a Radiônica.

    Material e metodologia

    A Importância da radiestesia na Terapia Holística conclui que: a vibração para encontrar o equilíbrio perfeito, tanto para um ser ou um ambiente, está no corpo energético.

    Esta energia começa a ser trabalhada pelo ser humano desde os primórdios dos tempos, com a finalidade de encontrar água no subsolo, utilizando-se de uma forquilha (graveto em forma de Y) que passou de geração em geração agregando múltiplas variantes até o dia de hoje.

    Uma grande maioria de seres humanos cria defesas psíquicas contra os medos, sonhos que assolam o desenvolvimento, alguns levamos tão a serio que terminamos usando essas técnicas para ajudar os outros, nesse momento desenvolvemos a paranormalidade.

    Aprendizado

    Cada terapeuta, trilha seu próprio Sendero. Mas mesmo assim precisamos dos ensinamentos de outros que aprenderam, vivenciaram, estudaram ou nasceram com esses dons.

    A compreensão da necessidade de estudar, praticar e aprender nós leva a reconhecer nossas próprias limitações, é neste momento, que iniciamos o caminho dos mestres. Assim reconhecemos os símbolos e as cores da consciência muitas vezes representada por animais, flores, frutos, paisagens, elementos da natureza, as características e a densidade ou a leveza desses elementos sinalizarão o crescimento.

    O Terapeuta Holístico Radiestesista, vê e enxerga onde não há nada para enxergar, escuta o silêncio dos seres e das coisas, apalpa as energias, quando dorme viaja para outra dimensão e não tem medo da morte física porque já descobriu que é um ser eterno. Com esta descoberta consegue passar sabedoria e serenidade aos seus clientes.

    O caminho do Terapeuta Holístico não separa o Pensamento da Emoção, ao contrário as une com Atitude e Ação.

    Em Radiestesia, podemos adquirir a essência da lição em seu primeiro dia e desenvolver um processo de aprendizado onde cada dia deverá agregar valor ao anterior além de ativar a percepção e a criatividade, mantendo o interesse e a descoberta em cada conhecimento adquirido.

    Consultando os Gráficos

    Assuma uma posição de serenidade e neutralidade para não interferir nós resultados.

    Acalme suas emoções.

    Crie uma aura de proteção para você.

    Peça autorização as energias do ser humano consultado.

    Coloque o testemunho, nome, foto, objeto ou pensamento que represente o motivo da consulta.

    Deixe o Pêndulo reconhecer a missão que lhe foi encomendada e aguarde a comunicação.

    Analise o resultado, sinta-o, aconselhe ou coloque-o em prática.

    Tenha paz, persistência, perseverança e paciência.

    Sucesso nestas descobertas...

    Antes de começar na quietude da sua preparação profissional, equilibre seus Centros de Energia e seus Cinco Corpos. Após os atendimentos e importante que você terapeuta se harmonize novamente.

    Pêndulo

    As oscilações radiestésicas podem ser falseadas pela absorção de energias ou pela auto-sugestão do radiestesista.

    Oscilações unindo dois pontos denotam sintonia, comunhão, harmonia vibratória entre seres vivos ou objetos.

    Rotações horárias revelam afirmação, sintonia.

    Rotações anti-horárias indicam negação.

    Oscilações separando denotam desarmonia.

    Oscilações unindo denotam harmonia, sintonia, comunicação.

    Nunca pergunte quando fulano vai morrer. Jamais! Mesmo que lê seja solicitado, ou pago generosamente.

    Use sempre a energia de uma pedra na mesa e lave-a ao terminar cada sessão.

    Preste atenção na inversão de polaridade dos ciclos da vida.

    Quando consultar alguém sem o seu conhecimento, peça a autorização com o pêndulo à energia vibratória do consultado. O pendulo dirá com oscilações negativas ou positivas se pode interagir nesse momento. Esta situação e comum no espaço holístico devido a que muitas pessoas solicitam ajuda para seus entes queridos, que se encontram longe e precisando de harmonização na profissão, vida ou relacionamento.

    Orientação geográfica tem uma relativa importância facilitando o diálogo entre cliente e terapeuta: Cliente de frente para o Sul. Terapeuta de Frente para o norte.

    A cor necessária pela Radiestesia

    A influência das cores é primordial para o desenvolvimento do ser humano e o meio em que vive e trabalha.

    Numa rosa cromática, encontre com o pêndulo às três cores essenciais, use-as e adquira equilíbrio na sua vida.

    As cores que precisamos, costumam ser transitórias de acordo com as emoções do momento, atuando diretamente nos centros de energias das pessoas ou objetos.

    Comida, roupa, mentalização, são alternativas para absorver cor.

    Centros de Energia

    Os sete centros de energia determinam o estado geral do ser humano, bicho ou planta de estimação e ambientes, assim temos:

    • Básico: localizado no púbis e rege a produtividade, remove obstáculos, busca alimento para o corpo, para a mente e o coração. É o Centro de Energia da sobrevivência. Absorve mal e bons fluídos, desenvolve a conexão com a terra.

    • Umbilical: Ligado à procriação, a desejos e fantasias, criatividade e perpetuação, desenvolve a flexibilidade da água.

    • Plexo Solar: Sede das emoções, ligado as atividades intelectuais, desenvolve o elemento fogo.

    • Coração: Ligado ao auto-conhecimento, afeto, auto-estima, amor, equipe, arte, família, beleza, leveza e desenvolve o elemento do pensamento: o Ar.

    • Garganta: Ligado a contato profundo consigo mesmo, assim como a comunicação com os outros seres, intenções e metas aqui são alcançadas. Desenvolve o som.

    • Frontal: Ligado à intuição, clarividência, telepatia, visualiza estratégias, desenvolve o Ser Holístico.

    • Aura: Ligado a iluminação, ao espiritual, ao equilíbrio, mestria, serenidade, identidade e missão. Desenvolve o Eu Interior.

    • Cinco Corpos

    • Físico, vibrações do corpo.

    • Mental, pensamentos, comunicação, conceitos, idéias.

    • Emocional, gostos, valores, crenças, biografia, experiências.

    • Espiritual, aura, dimensões.

    • Energético, Ligação com a espiritualidade.

    Mantra pessoal pelas notas musicais usando o Pêndulo

    Com o Pêndulo conheça os três sons básicos que formam a essência do ser humano ou de ambiente. É de vital importância porque como seres rítmicos, temos que estar sintonizados com a vibração do todo. O universo nos mostra que foi criado à partir de uma grande explosão que gerou ondas rítmicas que influenciam todo o que existe visível e invisível. A galáxia tem o sol e a própria freqüência, os planetas, a lua, as mares, até chegar a nós mesmos: rítmo para respirar, para o coração pulsar, para comer, para dormir...

    O mantra pessoal nos dá a oportunidade para ajustar nosso micro-universo com o macro-universo.

    A vibração energética da terra equivale ao estado de freqüência alfa do ser humano entre 08 e 13 impulsos por segundo, medição feita pelo cientista Hans Berger em 1929.

    O mantra pessoal é uma chave única que abre e fecha as portas energéticas da sua casa (corpo), por isso permita-se cantar, assobiar ou simplesmente escutar ou dançar. Use e abuse de sua melodia, energia única do universo. Ao exemplo das cores, dos florais, os sons mudam quando equilibrado o corpo vibratório.

    As forças energéticas geradas pelas notas musicais, trarão equilíbrio aos centros de energia restaurando-os, posteriormente, com o pêndulo, verifique se o objetivo foi alcançado, harmonizando a aura da qualidade de vida, profissão e relacionamentos. Desta maneira seu código musical restabelecerá seu equilíbrio.

    Os Cinco Movimentos usando o Pêndulo

    No pôster “Os Cinco Movimentos”, com os dedos do cliente encostado na borda do desenho, fotografia ou nome, verifique com o Pêndulo, qual movimento está desequilibrado. Na própria ficha do cliente faça um gráfico (positivo __1 à 10 ______ Ideal ______ 1 à 10 Negativo). Tanto o excesso como a falta de energia, trazem desequilíbrios aos Cinco Movimentos que estão ligados ao Doze Meridianos e aos Sete Centros de Energia.

    Assim podemos criar várias pesquisas e as recomendações: Número próprio, Meridianos, Chás, Florais, Fitoterápicos.

    O passo seguinte é aprimorar a energia da Radiestesia e da Radiônica, e interferir diretamente nesse universo Energético.

    Auto-equilíbrio, Equilíbrio à distância, Relacionamentos, Profissão, Bens, Qualidade de vida, Prevenção, são algumas das tantas virtudes da Radiestesia.

    Resultados

    A Radiestesia vê além das aparências, a gaveta do criado mudo, o abrigo da pia, a bolsa, o porta-malas do carro, o guarda-roupas, a fachada, o telhado, o teto, o piso, a despensa, o porta-ferramenta, o jardim, eles são a extensão de seu corpo, eles falam de você. Assim como a profissão fala de virtudes e valores escolhidos por você.

    O verdadeiro terapeuta enxerga o cliente através da postura do corpo, da vestimenta, da caneta, do celular, do carro, do trabalho, da casa, da família, enfim, todo o universo desse ser humano, e somente conhecendo esse todo, é que trará verdadeiros resultados.

    Por isso, para a Radiestesia, os cinco corpos e os sete centros de energia (chakras) são de extrema importância. Como falar do ar se nunca prendeu a respiração? Como falar de amor, quem nunca amou? Como falar da água quem não conhece seus estados, a falta ou a abundância?

    Ser Radiestesista e Terapeuta Holístico é testar, vivenciar e aprovar toda técnica, com respeito ao livre arbítrio dos outros.

    Caso da cliente Holly (nome fictício)

    Acompanho o crescimento de uma cliente há mais de dez anos, muito bem equilibrada e resolvida. Vi seu desenvolvimento e maturidade, desde a adolescência, faculdade, casamento, filhos, mudança de estado.

    O relacionamento cliente-terapeuta, se sucedeu mais como uma manutenção, em esporádicas viagens ao meu espaço, ou atendimento via telefone, em datas como aniversários dela, do marido, do casamento, véspera de carnaval, semana santa, Natal e finados e quando faz investimentos importantes.

    Tudo corria muito bem no casamento, saúde da família, desenvolvimento profissional, felizes pela compra da sonhada casa própria com varanda colorida de flores, cachorro e gansos...

    Até que algumas semanas, curtindo esse crescimento e aproveitando o aniversário de casamento, comemoram com alguns amigos em bonita e agradável festa.

    Após alguns dias, começaram a ter calafrios, mau humor, ansiedade, impaciência, sonhos terríveis ao ponto de se agredirem, verbal e fisicamente, sendo que isso nunca antes tinha acontecido. Eu que pessoalmente faço a harmonização do casal e tinha aprovado a planta da residência como energeticamente limpa em seus sete pontos de energia, e em cada m2 e em todo seu perímetro.

    O que poderia ter acontecido? Com o Pêndulo descobri energia desarmônica emanada por algum objeto na sala. Foi fácil chegar a um cálice de prata presenteado com carinho e sem segundas intenções por um casal de amigos.

    Após limpar o cálice à distância, pedi que o embrulhasse em um saco preto de plástico e o colocasse fora da casa por alguns dias. Pedi também que agradecesse o presente e averiguasse a procedência (ele tinha sido comprado num antiquário da cidade), peça maravilhosa, mas seus donos, espiritualmente continuavam apegados a ele.

    Após encaminhamento para o Portal da Luz dessas energias, o casal decidiu revender ao antiquário. Tudo voltou ao normal, e uma coisa é certa, eles não gostam mais de antiguidades...

    Discussão

    Profissão, Relacionamentos, Qualidade de Vida.

    Profissão, Relacionamento e Qualidade de Vida, são os temas mais preocupantes desde o início da humanidade.

    A Profissão está ligada ao “ter”, as posses que sustentam a si mesmo e as que podem ser oferecidas à uma pessoa amada.

    O Relacionamento está ligado ao “ser”, a índole espiritual hereditária dos pais e criadores, do meio ambiente onde se desenvolveram os próprios valores e virtudes, e, que mesmo enraizados no mais profundo da alma, podem ser modificados.

    A Qualidade de Vida, “estar” esta ligada ao medo de perdê-la, portanto para não perdê-la ou para restaurá-la, deve ser entregue aos profissionais competentes dessa área.

    Cabe ao Terapeuta Holístico e ao Radiestesia, analisar o efeito vibratório da Qualidade de Vida e verificar quais são os padrões de pensamento que criaram um determinado efeito físico e, uma vez descoberto, sintonizar um pensamento padrão positivo e repetitivo que aliviará o sofrimento dos corpos emocional, espiritual e energético primeiramente.

    Estes três verbos “Ter” “Ser” “Estar” estarão relacionadas a todos os consulentes, que buscam solucionar os desequilíbrios em qualquer Centro de Energia ou nos Cinco Corpos.

    Para distinguir a força energética predominante na situação consultada torna-se necessário o uso do Pêndulo Radiestésico, que com a experiência passa a ser um excelente instrumento, até o terapeuta se transformar num Pêndulo Humano, capaz de ver, sentir, ouvir a comunicação implícita não verbal do consulente. De posse desta condição poderá alterar ondas vibratórias de restauração equilíbrio energético.

    Conclusões

    Não há um pêndulo que se adapte a qualquer radiestesista. É como os cristais, cada um encontra sintonia com um próprio. Seja artesanal, de fabricantes excelsos, uma simples gargantilha, um feito por você mesmo. O principal é que você seja o pêndulo, lembrando que o instrumento é uma ferramenta importante, mas que sua consciência está por trás dele.

    O Pêndulo e uma antena intuitiva, e você é o receptor e o emissor, evite usar esta virtude como muleta.

    Alguns clientes consultam para decidir a escolha de seus colaboradores, mesmo eles tendo decidido a níveis acadêmicos muito eficientes. O valor agregado a esta decisão são as energias vibratórias das inteligências espirituais e energéticas, que vão interagir com a energia do ambiente de trabalho, empreendedores e colaboradores, lembrando que uma pessoa, família ou uma empresa podem ser eficientes ou excelentes. A eficiente usa apenas a inteligência racional e a Excelentes todas as inteligências em suas devidas porcentagens para não esquecer os resultados.

    Referência bibliográfica

    • Experiência auto-didata à partir do sete anos.

    • O poder dos Pêndulos Ed. Book Plus – J. Polansky 1980 Nevada EEUU

    • Além do Poder dos Pêndulos – Greg Nielsen Ed. Record 1988 RJ

    • O Tao da Física Ed. Fritjof Capra EEUU

    • O Caminho do Mago Ed. Rocco Deepak Chopra 1997 RJ

    • Dinâmica da Cromoterapia Ed.Linha Gráfica – René Nunes 1993 Brasília

    • A Paz Começa com Você – Ed. Gente – Ken O´Donnell 1991 SP

    • Quem tem medo da Obsessão? - Ed. São João - Richard Simonetti – 1993 SP

    • Cure Seu Corpo Ed. Best Seller - Louise L. Hay 2005 RJ

    Autor: : Nelson Nibaldo Flores Zuniga -Terapeuta Holístico- CRT 34429
    Última atualização: 20/05/2008 13:35


    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS - Terapia de Vidas passadas

    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS ”

    Terapia de Vidas passadas”

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    Santos, 30 de Abril de 2007

    EPÍGRAFE

    A Regressão de Memórias e Terapia de Vidas Passadas interagem sobre os cinco corpos”

    Nelson Zuniga

    DEDICATÓRIA

    A minha Família

    AGRADECIMENTOS

    Ao SINTE – Sindicato dos Terapeutas, Presidente e Equipe, Clientes e Amigos.

    SUMÁRIO

    1 Resumo 2

    2 Introdução 3

    3 Material e Metodologia 5

    4 Resultados 12

    5 Discussão 13

    6 Conclusões 14

    7 Bibliografias 15

    RESUMO

    Para fazer uma Regressão de Memórias com qualidade, segurança e benefícios reais, é importante cuidar primeiro do equilíbrio dos cinco corpos e dos sete Centros de Energia.

    Os desequilíbrios energéticos começam atingir os corpos, físico, mental, emocional, espiritual ou da identidade e vibratório. Atuar neste quadro em qualquer uma das suas etapas é realmente um milagre, que todos os seres humanos temos capacidade de realizar desde que seja com conhecimento e responsabilidade.

    O Ser Humano como órgão universal, recebe e emite vibrações a cada instante, se comunicando com o Eu superior e com universo que o criou. Muitas vezes não entende a linguagem sutil pelo excesso de racionalidade e pouco desenvolvimento emocional e espiritual, sem contar com as dificuldades que temos para administrar veículo físico e menos ainda o corpo vibratório. Para suprir estas dificuldades a Radiestesia e a Radiônica são técnicas muito efetivas.

    Todo ser humano deve aprender a utilizar o Pensamento, Sentimento e Ação, e ter flexibilidade para desenvolvê-los de forma correta, separadas e unidas ao mesmo tempo e no momento certo.

    O Ser Humano é um micro-universo que emite vibrações do seu equilíbrio e quando este é alterado, podemos e devemos saber interpretar estes sinais. Quando começamos a nos afastar da natureza para morar em centros urbanos, nossa percepção foi se limitando aos ruídos da cidade, ao excesso de raciocínio que separou a arte do pensamento e a Filosofia da Ciência.

    Hoje, torna-se necessário, saber ouvir, ver, apalpar, perceber e interpretar como faziam nossos ancestrais xamãs do Brasil, da Europa, Norte América, América do Sul, África, China, Japão, Coréia. Em cada vila do planeta sempre existiu um “Terapeuta Holístico” com diferentes nomes, mas, excelentes observadores do próprio universo.

    A observação dos cinco sentidos, dos cinco corpos, dos sete Centros de Energia traz ao momento atual a experiência daqueles sábios versados ou autodidatas, que faziam desde um simples chá, até uma viagem xamânica, psico-viajando pelo universo.

    O primeiro resgate que faremos é a observação do Manual do Terapeuta Holístico Pagina 66- 5.1.4 “TERAPIA DE REGRESSÃO”: “Técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência, desse modo, induzir “insight” sobre a infância, a vida intra-uterina e até mesmo transpessoais (informações além da personalidade) , com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados pela Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo esta parte, fundamental e integrante da terapia”.

    Para realizar a Regressão de Memórias e Terapias de Vidas Passadas devem-se ter algumas condições básicas importantes para um bom resultado, e não seja frustrante para o cliente e terapeuta:

    1. Terapeuta bem equilibrado com profundo conhecimento das emoções humanas.

    2. Estar preparado para manifestações mediúnicas e incorporação espiritual.

    3. Fazer o resgate biográfico do cliente e trabalhá-lo terapeuticamente.

    4. Dominar o equilíbrio dos sete Centros de Energia.

    5. Saber lidar com os Cinco Corpos.

    6. Conhecer as técnicas de indução, neste caso, Estado Alfa.

    7. Dominar a Radiestesia e a Radiônica.

    8. Dominar a Holopuntura e os Florais de Bach.

    9. Ser um bom interpretador de símbolos e um sábio conselheiro.

    DANÇA DO UNIVERSO: Os movimentos de inspiração e expiração somados aos rítmos dos “Cinco Movimentos Chineses” desenvolvem a harmonia de todos os corpos (físico, mental, emocional, espiritual) o que trás à nossa consciência, de que somos cópia do universo energético, tornando-nos assim... Eternos.

    INTRODUÇÃO

    A Regressão de Memórias como técnica se conecta com todas as técnicas da Terapia Holística por isso aqui veremos a importância que fazem parte da experiência pessoal e profissional para ajudar o Ser Humano que precisa desta terapia.

    A vida é um processo que tem início, meio e fim, já as experiências emocionais, espirituais e energéticas são eternas, apenas procurando um veículo físico para aprender. A Regressão de Memórias e Terapia de Vidas Passadas atua em todo o processo, mas na minha experiência as faixas etárias médias de 21 a 42 anos e de 42 a 63 são as que mais se destacam, sendo a primeira, voltada para os pontos que se referem as conquistas e luta; a segunda faixa etária preocupada mais com a consolidação do já conquistado e a preservação do equilíbrio mental, físico, emocional, espiritual e energético.

    A Regressão de Memórias vê o ser humano como uma réplica do universo, organismo com vida própria, dependentes entre si, que conservam a natureza primordial que o criou, onde a energia deve estar sempre em equilíbrio.

    Precauções ao usar a técnica

    A Regressão é um método de terapia que permite trazer alívio aos desequilíbrios apresentados por nossos clientes. Não é recomendado para mulheres grávidas, pessoas que por recomendação médica estejam sendo tratados por problemas cerebrais e para menores de 12 anos. Para menores de 18 anos veja: O Manual Oficial do Terapeuta Holístico, pág 188 modelo de autorização de atendimento com Terapia Holística a cliente menor de 18 anos .

    Para o cliente em estado alfa, em processo de regressão, jamais se deve dar ordens e nunca se deve insistir em sugestões que causem medo ou desespero.

    Evite pedir tomar atitudes que estão além da capacidade emocional e física.

    Nunca use frases negativas e evite falar a palavra não.

    Use a frase “você sabe” somente para coisas positivas.

    Níveis de regressão:

    1. Lampejos ocasionais.

    2. Observar sem participar.

    3. Ouvem-se sons, experimentam-se emoções de maneira desconexa.

    4. Envolve-se tendo consciência da vida atual.

    5. Envolve-se inconsciente de todo resto.

    Cuidados paralelos que podem influenciar:

    • Distúrbios cerebrais.

    • Memória familiar ou racial.

    • Memória oculta de livros, filmes, lendas etc.

    • Inconsciente coletivo.

    • Possessão de espíritos.

    • Sugestão.

    • Leitura mediúnica do local.

    Causas possíveis em vidas passadas:

    • Ansiedade, medo relativos a animais.

    • Prisão ou liberdade.

    • Fome ou fartura.

    • Sexualidade.

    • Emoção.

    • Vícios.

    • Qualidade de Vida

    Terapia Holística” Nas minhas pesquisas encontrei uma forte ligação com todas as técnicas existentes cadastradas no SINTE: As técnicas trazem uma resposta energética muito poderosa porque reconstroem o sistema em desequilíbrio e o fortalece contra a perda de energia gerada por energias internas ou externas. Este conhecimento aliado às informações geradas na sessão é uma fonte rica em informação verbal e não verbal do Cliente.

    O objetivo desta proposta é transformar meus pensamentos e práticas terapêuticas em algo simples sem tabus nem hermetismo, porque considero que o hermético não deixou desenvolver mais rapidamente a humanidade.

    Assim como nós podemos equilibrar pessoas, podemos encontrar esse equilíbrio no universo desbloqueando tensões ou adquirindo energia. Assim identificamos nossas fraquezas e virtudes, reconhecendo a bagagem que transportamos na nossa mochila, limpando e tornando mais leve o caminhar para ultrapassar barreiras e desvios que atrasam nosso aprendizado, principalmente ao adquirir luz interior, superar nossos medos e só quando superamos os próprios medos, é que nos tornamos verdadeiramente terapeutas. Lembrando uma milenar frase “Só se pode dar o que se tem”.

    • Sonhar faz parte de alguns seres vivos, segundo pesquisas do instituto do sonho, é uma atividade cerebral que se desenvolve no período da gestação aproximadamente à partir da vigésima oitava semana. Este treinamento involuntário, mais tarde desperta o interesse por interpretar os símbolos que apareceram nos sonhos e também a curiosidade de ver o futuro.

    • Sabemos que o futuro é o resultado matemático de ( pa + pr = f ) passado mais presente é igual ao futuro, então modificar o futuro alterando o presente, o que me leva a pensar que posso sonhar com várias possibilidades exemplo: “sonho minha empresa desenvolvendo a mesma atividade daqui a cinco anos” “Sonho ela fazendo parcerias com outras empresas” “Sonho sendo uni e polivalente, especializando-se em consultoria”.

    • Aqui que começa a Progressão de Memórias.

    MATERIAL E METODOLOGIA

    • Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000

    • Curso de Holopuntura 2004

    • Ver Bibliografia

    Anthropós, “homem” , sophia, “sabedoria”, significa, “ Sabedoria a respeito do homem ”

    Elaborada pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner (1861-1925), procura satisfazer a busca de conhecimento do homem moderno a respeito de si mesmo e de suas relações com todo o Universo, respondendo de forma adequada a seu nível de consciência, as antigas e recorrentes perguntas do ser humano : Quem sou? De onde venho? Aonde vou? Qual é o sentido de minha existência?

    5.1.2 TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE – distingui-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao auto-conhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incrementando a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.

    Ver: Manual Oficial do Terapeuta Holístico SINTE – Ed. Madras. Autor: Henrique Vieira Filho – 2000 e

    Referências normativas NTSV TH 001 Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos.

    Hoje, acredito que estamos no limiar da história tendo a oportunidade de aprender e de usar a sabedoria em nossas vidas. O que antes eram disciplinas ocultas, agora torna-se disponível através dos veículos de comunicação. Esta é uma grande responsabilidade porque nos abre as portas para tornar-nos consciências elevadas sem esquecer que quanto mais elevação encontramos, criamos mais profundezas a serem desvendadas.

    A Regressão de Memórias como terapia holística, vê o ser como um todo único sem focalizar um elemento determinado e sim uma disfunção, enxerga o cerne sadio para restaurar-lo de possíveis disfunções.

    Como terapia em Regressão de Memórias, é uma técnica absolutamente segura, sendo o objetivo terapêutico: trazer equilíbrio. Isso nos permite ir além do problema detectado, que é chegar a causa de determinado desequilíbrio, e nesse momento é que conseguimos estabilizar o processo com resultados positivos e duradouros.

    O desequilíbrio do estresse e a perda da qualidade de vida trouxeram efeitos nocivos ao ser humano. Mas, como viver nesse mundo moderno e voltado para o desenvolvimento do futuro? Meu pensamento é que não devemos esquecer nossa natureza cósmica que foi criada a partir de luz, energia e os quatro elementos ou cinco movimentos devidamente harmonizados. Tomando exemplo das quatro estações temos o inverno, em que a semente fica no invólucro guardando energia para a chegada da primavera, pedindo para cair em um solo fértil, frutificando no verão e se preparando no outono para uma nova missão.

    Aprender a meditar no meio do estresse tornou-se obrigatório: isso mesmo, essa é minha proposta, que para viver neste mundo atual temos que aprender a meditar no meio da pressão, da correria, das contas a pagar, das greves, nas ruas, da ausência do silêncio. Como fazer isso? Indo em busca da nossa natureza interior, cinco minutos de contato verdadeiro com nosso eu interior nos trás o equilíbrio necessário para cada período do dia, a auto-regressão, projeção, viagem astral, nos permitem este milagre.

    Alfa-terapia

    Na Alfa-terapia O pensar, faz parte do método e do processo correto. O sentir busca encontrar a qualidade de vida e o agir consiste em aplicar a técnica correta de regressão.

    A alfa-terapia é um estado intermediário entre sono e vigília, portanto não é preciso dormir para entrar em alfa.

    A mente permanece consciente e em alerta, o cliente tem discernimento para analisar todas as ordens que recebe durante a regressão.

    Os valores e as virtudes do cliente são preservados porque a mente só aceita ordens que não interfiram em sua moral.

    O nível alfa vai de 08 a 13 ciclos por segundo, na pesquisa do Dr. Hans Berger em 1929. É um estágio de sonolência e consciência passiva, calma e de humor agradável onde é mais produtivo trabalhar por símbolos.

    Influências de Vidas Passadas

    Segundo o Cabalista Rav Philip S. Berg o mapa astral contém uma posição que revela os segredos de nossas vidas passadas: o Nodo Lunar, ou ponto de correção (pagamento) Essa possição engloba dois aspectos diametralmente opostos que a astrologia convencional chama de “Nodo Sul e Nodo Norte”. O ponto de correção traz a luz às barreiras que ficaram profundamente enterradas dentro de nós ao longo dos tempos. Assim nosso atual signo, tem um oposto e um ascendente anterior que se não ficaram bem resolvidos, interferem descaracterizando o atual.

    Eu acredito que o propósito do Ser Humano é o crescimento e como parâmetro podemos colocar que conseguimos avançar em busca do Divino na medida em que passamos por todos os Símbolos do Zodíaco onde devemos aprender os extremos e o meio. Com a Radiestesia e Radiônica tenho comprovado isso, sem haver uma ordem lógica e seqüencial, isso significa que temos doze macro-encarnações e entre elas, algumas sem relevância o que nos obriga a crescer em busca da luz.

    Técnicas de regressão

    As técnicas para induzir são variadas sendo as mais comuns:

    Imaginação ativa: O terapeuta baseado no estudo astrológico, na biografia, lesões, emocionais ou físicas, medos, erros ou acertos e sonhos do cliente, cria a cena até que se torne real e o vai conduzindo em diversas ações. Esta técnica é usada quando se torna difícil a primeira regressão porque atinge varias profundidades de regressão.

    Criação mental orientada: O cliente será conduzido a uma viagem que o levará a uma imagem de uma vida passada, perguntado “que tipo de roupa está usando?” “que emoções está sentindo?” o controle da visão permanece com o cliente orientado quando necessário pelo terapeuta. A reentrada na vida atual pode ser marcante ou simples e exige muito tato do terapeuta.

    Técnica Christos: O relaxamento profundo é induzido esfregando-se os pés e a testa. É uma técnica mais demorada onde a tela mental é criada pelo cliente que se apega a essa visão, tornando mais difícil o trabalho do terapeuta.

    Viagens Xamânica: O Xamã ou terapeuta treinado conduzirá o cliente sendo seu guia. Nas culturas nativas costuma-se usar ervas chás para facilitar a mudança de consciência, sons, tambores e cantos, bem como, movimentos ritmados também podem ser utilizados.

    Restauração da alma: Este é um processo semelhante ao da viagem xamânica ou da criação mental orientada “um pedaço da alma” é visto como se estivesse preso a outras vidas ou experiências da infância, cliente e terapeuta viajam até onde esse pedaço da alma está preso, para libertá-lo e reintegrá-lo a vida atual. O valor terapêutico é profundo e o resultado vai depender da capacidade de ambos (cliente e terapeuta).

    Memória distante: O profissional irá sintonizar vidas passadas importantes, passando ao cliente o insight captado. O terapeuta também pode utilizar energia para retirar obsessores que perturbaram a vida do cliente em memória distante e passaram para uma nova encarnação. Quando isto acontece os caminhos do cliente se abrem numa forma significativa, além de tirar uma mochila pesada de índole espiritual.

    Regressão de Memórias

    No capítulo anterior fiz referência a alguns ítens do “Manual Oficial do Terapeuta Holístico” para fundamentar a importância “física” Regressão de memórias e Terapia de Vidas Passadas junto ao desenvolvimento de outras técnicas inclusive a “para-normalidade” e a Sincronicidade.

    Como estas se conectam? Para interligar estes elementos é necessário formar o mapa energético do Ser Humano verbal e não verbal, introduzindo resultado das pesquisas relacionando-a com os estudos realizados, experiência, intuição, bom senso, etc.

    Seria pretensão minha, achar que estou descobrindo algo novo nestas ciências de mais de 5000 anos. O valor que estou agregando a regressão de memórias é que posso combinar estes conhecimentos à partir do aconselhamento das atitudes e das emoções, da sincronicidade, com os “Florais de Bach” “Memória Corporal” “Centros de Energia” “Cinco Movimentos”. Tudo isto detectado na comunicação verbal, postural, energética, que se manifesta de diferentes formas em consultório, é, importante também acrescentar que estes elementos ajudam a formar o mapa energético e poderemos corrigir quando necessário o desequilíbrio encontrado.

    REGRESSÃO PONTOS DE ALARME E CENTROS DE ENERGIA

    Muitas vezes o cliente chega manifestando que deseja fazer uma regressão, mas, que tem alguns desconfortos.

    Os Centros de Energia relatam o que acontece no corpo, na mente e na alma antes de se manifestarem nos Pontos de Alarme dos Meridianos e se ramificam por toda a árvore meridiana, por isso a importância de desenvolver diferentes técnicas terapêuticas para detectar os níveis de equilíbrio do cliente.

    Vou pular o básico dos Centros de Energia, porque é algo elementar que todo terapeuta deveria manipular, além de ser altamente divulgado em todos os canais de comunicação.

    Como todos sabem, eles são como portas que se abrem e fecham de acordo com o mecanismo físico, mental, emocional, espiritual e energético. No aprendizado de vida todo ser humano em base ao paradigma da polaridade ( negativo – equilibrado – positivo) desenvolve um sistema de armazenamento único de informações, onde a realidade, experiências e sonhos deixam gravada a biografia.

    Os Centros de Energia e os Doze Meridianos formam uma rede de comunicação energética permeando todos os corpos, e necessita de constante manutenção. Por isso que uma única técnica, não corrige o problema, só o ameniza.

    Assim lembramos que os Centros de Energia da Base, Umbigo e Plexo Solar são os detentores básicos da vida que alimentam a vontade do indivíduo.

    O Centro de Energia do Coração é um desbravador, transforma energias pessoais em sonhos, e a vontade de amar e ser amado até os limites do universo. Ele representa o equilíbrio entre os três Centros de Energia básicos e três Centros de Energia superiores.

    Os três Centros de Energia superiores Garganta, Fronte e Coroa, são o contato vibracional entre terra e universo. Se os básicos se resumem a ação, o coração ao sentimento, os superiores, tem a função do pensamento racional e a ligação com o Divino.

    Na regressão, a sincronia das energias nos ensinam com estas estão agindo e circulando ao longo do ser humano, o enrijecimento muscular reflete excesso de energia meridiana, da mesma forma a flacidez ou fraqueza, significa a perda de energia e normalmente esta começa a ser exaurida pelos chakras.

    Observe sempre o equilíbrio do corpo, alinhamento dos ombros, dos pés, mediana do corpo conservando o eixo central, curvatura da coluna e cabeça, a influência meridiana e dos centros de energia estão ligados diretamente a postura.

    Porque algumas pessoas têm dificuldade para atingir uma regressão? A resposta é simples, falta equilíbrio. Como fazemos a correção? Detectando a disfunção e posteriormente, harmonizamos e equilibramos com as técnicas necessárias.

    Como Terapeuta Hoilístico tenho a obrigação de pesquisar quais são os conflitos emocionais que incidem no cliente antes de fazer a rgressão.

    ANTES DA REGRESSÃO VER: MEMÓRIA CORPORAL E PONTOS DE ALARME

    Segundo Roger Woolger. Other Lives (Outra forma de viver), Other Selves (Outra maneira de ser seguro de si). Bantam, NY, 1988, todo ser vivo tem memória corporal. Incorporada às células do corpo.

    Meridiano do Pulmão: Região do peito:

    Tristeza, sufocamento, perda, medo, culpa, abafamento.

    Meridiano do coração: Região do coração:

    Frieza do coração, bloqueio emocional, ferimentos antigos.

    Meridiano da Vesícula Biliar: Lateral das costelas:

    Raiva, impotência. Afeta também o Meridiano do Fígado

    Meridiano do Fígado: A vida não é agradável o bastante, amargor, não é justo. Afeta também o meridiano do Baço Pâncreas.

    Meridiano do Estômago: Região do Estômago:

    Medo, amargor, terror. O que vai acontecer? “Não consigo digerir isso”

    Meridiano do Baço-Pâncreas: Região da cintura:

    Insegurança, falta de apoio, medo, vergonha, inflexibilidade.

    Meridiano dos Rins: Região dos Rins:

    Medo, vão me pegar, terrível ansiedade.

    Meridiano do Intestino Grosso: Região umbilical:

    Nunca será o bastante, não desista, não demonstre medo, seja forte.

    Meridiano do Triplo Aquecedor: Região abaixo do umbigo:

    Não quero fazer isso, sinto-me preso.

    Meridiano do Intestino Delgado:

    Meridiano da Bexiga:

    Meridiano da Circulação e sexo: Região da pélvis:

    Medo, rigidez, confusão, vergonha, pudor excessivo. “Não devo sentir isso” Não devo fazer isso” “Sexo é ruim” “Isso vai me matar” “Preciso fugir” “Corre-corre” “falta de conteúdo espiritual” -

    Podemos encontrar mais informação na “TERAPIA REICHIANA: desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalizadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilhelm: psiquiatra, discípulo dissidente Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que a cada tipo de trauma é “gravado” na musculatura de partes específicas do corpo, criando “couraças” musculares de caráter, causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de “orgone”. Manual Oficial do Terapeuta Holístico – pág 91 - 5.1.14.

    CENTROS DE ENERGIA

    Chakras Positivo Negativo

    Aura = Servir Obsessão, fobia, histeria, irracionalidade, possessão

    Fronte = Liderar Arrogância, ganância, vícios, alienação, introspecção, manipulação

    Garganta = Criar Apatia, desespero, fracasso, submissão, auto-reprovação, limitações

    Coração = Amar Desilusão, falta de fé, o desconhecido, sensibilidade, pânico

    Plexo = Saber Ansiedade, mentiras, indecisão, preconceito, desconfiança, negligência

    Umbigo = Ter Ciúme, inveja, solidão, vingança, Rejeição, fome, pobreza, ressentimento

    Base = Ser Raiva, dor, violência, culpa, vergonha, impaciência

    O estudo das influências negativas foram extraídas do livro “A Busca do Equilíbrio” de Rita J. McMamara Ed. Ground SP 1989

    Os Centros de Energia (Chakras) são energias sutís do animal instintivo que existe no âmago do ser humano, mais, as impurezas energéticas da terra, às intenções primárias: como medo, raiva, tristeza, culpa, afeto, alegria. Tudo isto enraizado em perfeita harmonia, como uma árvore que cresce em busca das energias sutis do Universo, fazendo um contato Divino, para manter o equilíbrio.

    Esta energia que flui no ser humano tem recebido diferentes nomes de acordo aos seus pesquisadores, nós estaremos focalizando do ponto de vista de “Terapias Energéticas” onde nos deparamos com “Energias” ainda ausentes dos aparelhos científicos de medição. Mas muito presente nos resultados de consultórios de centenas de “Terapeutas Holísticos”

    Os Centros de Energia irradiam seu equilíbrio em duas dimensões: Física e Espiritual, e esta energia quando desequilibrada afeta os pontos de Acupuntura os quais aparecem como “alertas” com o início de uma somatização.

    Por isso eu penso que antes de realizar uma Regressão em Cliente, os Centros de Energia deste, devem ser “Energizados, Equilibrados e Fechados”.

    (ENERGIZAR, é literalmente, transferir energia universal para o cliente.

    EQUILIBRAR é garantir que os opostos não lutem entre si e mantenham as oscilações de acordo com as necessidades do cliente.

    FECHAR, é bom lembrar que os Centros de Energia são abertos do Básico para o Coronário, e devem ser fechados do Coronário para o Básico, não deixando assim portas abertas.

    Rever estes conceitos me coloca frente aos meus próprios conflitos, identificar meus padrões e sempre me surpreendo de não me conhecer totalmente, todo o aprendizado desde a minha gestação até este momento tem deixado registrado cada segundo em meu reservatório físico, mental, emocional, espiritual e energético. É um grande desafio se defrontar a si mesmo e transmutar os medos, crescer, olhar que nesta caminhada não estamos só, e que fomos criados para cumprir a missão individual escolhida por cada um. Agradecer, a natureza sempre foi generosa conosco.

    RESULTADO 1

    REGRESSÃO E DINHEIRO: Não é a primeira vez que um caso de bens materiais e dinheiro se resolvem na Regressão de Memórias. O causo de hoje, começa com uma criança cujo pai viciado em jogo prega o que não faz e uma mãe que vê o dinheiro como algo sujo pelos muitos altos e baixos financeiros que afetam a família e por conseqüência o consulente.

    Posteriormente, esta criança é colocada num colégio religioso extremamente tradicional, onde lhe é ensinado numa forma preconceituosa, que um camelo pode passar pelo olho de uma agulha mais não um rico.

    Anos mais tarde esta criança vira adolescente, se forma, inicia sua vida adulta e com sacrifício, luta e perseverança constrói seu primeiro patrimônio material. Feliz pela sua conquista decide fazer uma festa e, entre seus amigos e colaboradores uma amiga fala o seguinte para ele “parabéns, agora você é um homem rico”. Alguns meses depois desse acontecimento, nosso cliente arranja um sócio que em pouco tempo rouba tudo dele...

    A pesar da perda, nosso novo pobre não se abalou, e com paciência, persistência e perseverança após alguns anos consegue colocar sua nova marca, entre as bem sucedidas empresas.

    Estava tudo tranqüilo, quando pelas necessidades naturais da vida, começa a sentir o vazio da sua casa e em seu coração. Então, se casa com uma mulher inteligente e bonita com quem forma um lar tranqüilo e sereno, com crianças alegrando a vida da família.

    Todo crescimento profissional e material exige uma rede de contatos e relacionamentos e aproveitando mais um ano de sucesso decide fazer um churrasco de confraternização... Um dos convidados que não pode comparecer manda a seguinte mensagem para ele “Obrigado pelo convite, parabéns pelo sucesso da sua empresa e a riqueza da família que você tem...”

    Seis meses depois, sem motivo aparente ele trai a esposa, e em um divórcio litigioso, ela; leva a riqueza da felicidade familiar e grande parte da riqueza material, restando para ele a falência da empresa.

    Foi na construção do terceiro empreendimento, que ele veio nos consultar para fazer uma Regressão de Memórias e Terapia de Vidas Passadas, pois, um amigo dele o convenceu que existia alguma coisa errada em encarnação anterior.

    Começamos a regressão, partindo do momento atual até o instante em que o cliente, em estado alfa, manifestou o alto grau de influência do pai que “ganhava mais sempre perdia” e da influência religiosa ancorada nas raízes da alma dele, trazendo uma relação dolorosa com a riqueza material e emocional.

    Estas ancoras de auto-sabotagens que eram levantadas quando se sentia rico. A força poderosa do inconsciente soprava na consciência “Você não é merecedor” “o dinheiro é sujo” “Você não vai para o céu” “Tudo o que se ganha, se perde” “Pode passar um camelo...”.

    Descoberta a causa veio à solução, que para nosso cliente foi um milagre terapêutico que o ajudou a construir seu terceiro patrimônio material, hoje com uma crescente empresa e um amoroso relacionamento que ele tem certeza que é o definitivo, porque fez as pazes com a riqueza material, emocional e espiritual.

    Segue...

    Este relato mostra que nem sempre os problemas estão em Vidas Passadas, e sim no aprendizado emocional adquirido.

    DISCUSSÃO

    Como terapeuta é necessário estar em constante equilíbrio tendo o caminho das percepções abertas, especialmente os canais de comunicação: auditivo, visual e do tato. A forma de falar, a entoação da voz o rítmo da fala, a maneira de olhar, a postura do corpo, dos ombros, das mãos, dos pés. Só um aperto de mão já fala muito do nosso cliente.

    Com a Regressão de Memórias temos uma técnica altamente assertiva combinada com a Terapia de Vidas Passadas, Neurolinguística e Aconselhamento, resolvendo muitos desequilíbrios no ato.

    Encontrado algum desconforto vivido temos que transmutar o impacto negativo em conforto, verificando essa mudança. Terapias Vibratórias como Cor, Cristais, Reiki, Radiônica. Sem esquecer a análise do conflito emocional que deu origem ao desequilíbrio, trabalhando em conjunto um Floral de Bach de acordo com os sentimentos manifestados.

    Já falamos que somos cópia do universo. Cliente e Terapeuta são dois universos onde alguns rítmos devem estar sincronizados: respiração, postura, atitude mental entre outras, trazendo o Cliente para a descoberta da paz do Terapeuta. Para isso, pode ser utilizado até um simples exercício de respiração ou mentalização positiva.

    Deu para perceber que não adianta, nos orgulharmos de ser um excelente Terapeuta em uma única técnica. Para cumprir nossa missão terapêutica temos que ser excelente em uma técnica e ótimo em várias outras, por isso que nosso aprendizado é contínuo, porque na medida em que ampliamos nosso conhecimento e luz, proporcionalmente ampliamos as dimensões do desconhecido.

    CONCLUSÕES

    A Regressão de Memórias, Viagens Astrais, Terapia de Vidas Passadas são técnicas eficientes confiáveis que nas mãos de um bom profissional operam milagres para seus clientes.

    Todos os dias quando acordamos, estamos por alguns segundos ou minutos em estado alfa e não aproveitamos essa virtude, assim como cada noite, pode escrever para conduzir os sonhos para trabalhá-los, durante o estado alfa ou em estado de vigília. Deixe sempre lápis e papel no criado mudo ou um pequeno gravador.

    Você pode lembrar da sua gestação? Do seu nascimento? Dos primeiros dentes? De quando parou de mamar? Dos seus primeiros passos? De quando tiraram sua chupeta? Você lembra quando falou pela primeira vez Eu quero? Como foi o primeiro dia na escola? Essa e outras centenas de perguntas precisam ser respondidas para aquietar a alma em cada setênio, porque você pode não lembrar, mas tenha certeza que elas estão escritas na história da alma e a Regressão de Memórias resgata os textos e os desenhos perdidos.

    Centenas de terapeutas dão o melhor de si para cumprir os sonhos profissionais, e os sonhos de seus clientes. Por isso a importância de ser sindicalizado no SINTE Sindicato dos Terapeutas do Brasil. Praticar as NTSV Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, é muito importante, estar sempre atualizado no CEA Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística ou AED ensino a Distância via internet, que o SINTE tem a disposição dos associados.

    Esta palestra não poderia ser realizada sem o incentivo natural do seu Presidente e Equipe.

    Nelson Nibaldo Flores Zuniga

    Terapeuta Holístico

    CRT 34429

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    • Astrologia Cabalística – Rav. Philip S Berg edi. Imago – 2000 RJ

    • Terapia de vidas Passadas – Judy Hall – Ed. Avatar -1996 SP

    • Viagens Astrais – Dharma Latzang – Ed. Traço – 1993 SP

    • Psiconavegação – John Perkins – Ed. Gente – 1990 SP

    • Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística – Curso de Holopuntura 2004

    • O melhor da Terapia Holística – Aut. SINTE Edição colecionador Ciência ou Arte: 2004

    • Sincronicidade – C.G. Jung – Ed Vozes 11ª edição – 2002 RJ

    • Os Cinco Movimentos – Pôster - Autor Henrique Vieira Filho – 2004 SP

    • Holopuntura – TCC Nelson Zuniga SINTE – 2004 SP

    • Fitoterapia – TCC Nelson Zuniga SINTE – 2005 SP

    • O Corpo Fala – Editora Vozes – Aut. Pierre Weil e Rland Tompakow – 1986-2002 SP

    Autor: : Nelson Nibaldo Flores Zuniga - Terapeuta Holístico - CRT 34429
    Última atualização: 13/05/2007 19:43


    TERAPIA ESTÉTICA - Manifestando a essência interior através da Leitura Corporal

    TERAPIA ESTÉTICA

    Manifestando a essência interior através da

    Leitura Corporal

    Incluindo textos NTSV TE 001

    Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Estética


    Rosemi Fernandes - Terapeuta Holística - CRT 21007

    SÃO PAULO

    2007

    TERAPIA ESTÉTICA

    Manifestando a essência interior através da

    leitura Corporal

    Incluindo NTSV TE 001

    Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Estética

    Rosemi Fernandes

    Terapeuta Holística - CRT 21007

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    HOLÍSTICA 2007

    Através da leitura corporal e da compreensão

    da história individual, devemos

    perceber como um ser humano vive, age, sente,

    se defende, seu estar no mundo.

    Exercitando a percepção interna e de

    identificação de si,

    trazendo aqueles temas

    para o aqui e agora, procurando que

    o corpo volte a ter

    sua espontaneidade original perdida,

    com suas expressões adequadas

    de sentimentos, de pensamentos

    através da fala e de

    movimentos através da ação.

    (Catanhede, Solange – mimeo 1994 RJ )

    SUMÁRIO

    RESUMO pág. 05

    1. INTRODUÇÃO pág. 06

    2. MATERIAL pág.

      2.1 Mental – Emocional – Instintivo – Físico - Energético

      2.1.1 Mental

      2.1.2 Emocional

      2.1.3 Instintivo

      2.1.4 Físico

      2.1.5 Energético pág.07

      2.2 Prática Terapêutica : Utilizando os Recursos da análise geral e leitura corporal pág. 08

      2.2.1 Evidência

      2.2.2 Análise

      2.2.3 Síntese

      2.3 .Leitura Facial com enfoque nos 3 pilares pág. 09

      2.3.1 Intelecto/Mental pág. 10

      1º Pilar - Testa e Sobrancelhas

      2.3.2 Emoções pág. 10

      2º Pilar – Olhos, Nariz e Orelhas

      2.3.3 Instinto

      3º Pilar – Queixo pág. 10

      2.4. Leitura do Corpo com enfoque no FACIAL (1) Algumas disfunções pág. 10

      2.5. Leitura do Corpo com enfoque no CORPORAL (2) exemplos mais comuns pág. 11

      2.5.1 Manias – Alguns exemplos pág. 11

    3. METODOLOGIA

      3.1. AGRUPAMENTOS pág. 12

      3.1.2 Técnicas Terapêuticas mais utilizadas pág. 12, 13 e 14

    4. RESULTADOS pág. 14

    5. DISCUSSÃO pág. 15

    6.CONCLUSÃO pág. 15

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS pág. 16


    RESUMO

    TERAPEUTA EM ESTÉTICA — promove a avaliação das queixas estéticas do cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    (Autor:Henrique Vieira Filho - livro: Tutorial Terapia Holística NTSV TE 001- def., 5.1.5 pag.5)

    A Estética busca oferecer às pessoas, caminhos para um corpo belo e rosto perfeito, paralelamente o mercado dispõe de um leque de opções tais como cosméticos, exercícios corporais ,orientações alimentares, e um desfile interminável de produtos e serviços, para que as pessoas dentro de sua escolha, encontre a felicidade pessoal, a auto-estima e os valores estampadas no externo. Claro, que são ferramentas importantíssimas e algumas funcionais, contudo o objetivo deste trabalho é apresentar a Terapia Estética, como um conceito muito mais abrangente do que os aspectos exteriores, pois abordaremos as manifestações inestéticas do corpo físico que atuam como sinalizadoras no processo de auto conhecimento.

    Na verdade o corpo é reflexo de tudo que a própria pessoa vive, já viveu, ou vislumbra em viver. Todo tipo de sofrimento, dor, angústia, decepções, ou mesmo experiências contrarias, tais como êxtase, empolgação, prazer e alegria, não são obras do acaso, nem previsões do destino, mas apenas efeitos das escolhas humanas. Ao criarmos nossa realidade dentro das opções existentes, também exteriorizamos nossos defeitos e qualidades. Apesar de tudo cabe a cada um o livre-arbítrio para incrementar ainda mais a beleza interna, e automaticamente evidenciar a beleza externa. A Terapia Estética contribui como ferramenta eficaz no processo de descoberta da auto-estima valorizando ainda mais a BELEZA.


    1 - INTRODUÇÃO

    Os Terapeutas em Estética vivenciam quase as mesmas situações no dia-dia, as questões levantadas sempre são relacionadas ao físico. As pessoas se apresentavam como um "pacote" se preocupando com o volume, tamanho, e defeitos, e nunca ao conteúdo. E este será nosso desafio, mostrar de forma simples, que somos espelhos daquilo que sentimos, vivemos e pensamos.

    A indústria da beleza exerce um forte apelo nos dias de hoje, mas o ser humano é vaidoso desde que o mundo é mundo. Na Grécia, arqueólogos encontraram pentes, porta-pintura para o rosto que já eram utilizados desde o Egito Antigo. Em muitas tribos da África, as mulheres usam argolas de cobre para tracionar o pescoço, logo quanto maior o alongamento mais bela e mais desejada se tornam. Na renascença (início idade média séc XIV), por exemplo, o ideal de beleza era de mulheres roliças, mas no decorrer do tempo o padrão de beleza mudou para mulheres esquálidas, tipo tábua, e para atingir o modelo exigido as pessoas começaram a recorrer a todo tipo

    de ajuda. Com isso foi sendo deixando de lado os motivos pelos quais a mudança seria benéfica por : preciso agradar ao mundo, a sociedade, o parceiro(a), os amigos ... etc. Apesar de todos esses conceitos estarem ligados à preocupação com o físico tais como: tamanho da barriga, largura do quadril, cintura, coxas, etc..o que esta faltando é o amor próprio sem medo da rejeição, muito menos tornando-se escravos da beleza, e enterrando assim a essência que todos nós possuímos.

    "Parece que em todos os séculos se falou da Beleza da proporção, mas que

    segundo as épocas, apesar dos princípios aritméticos e geométricos

    declarados, o sentido dessa proporção foi mudando'', Umberto Eco

    A pedra fundamental para se criar a Beleza, não esta no padrão enganoso de felicidade que tem como pano de fundo a coleção de mitos e ilusões fabricada pela indústria do belo, na tentativa enfurecida de mostrar que ter beleza é ter corpo e rosto perfeitos. Beleza Estética é um estado interior de satisfação pessoal e emocional, algo como aceitar-se plenamente, valorizando também as potencialidade interiores que com certeza serão afloradas de dentro para fora.



    2 -MATERIAL

    Em respeito ao trabalho clássico utilizado pelos Terapeutas em Estética, notamos que muitas destas técnicas , em geral se perdem no meio de tantos recursos que podem culminar em resultados negativos, positivos ou sem nenhuma alteração. Quase sempre isto deve-se não ao " tipo " de tratamento que deveria ser realizado, mas sim ao " tipo" de cliente, analisando principalmente qual seu momento de vida. Muitas outras técnicas da Terapia Holística contribuem para este aprimoramento e em conjunto podem trabalhar o indivíduo como um todo. Mas quando se trata em equilibrar o ser humano podemos oferecer as pessoas ótimas possibilidades, chegando a resultados surpreendentes. De certa forma podemos contribuir com as melhorias despertando dentro de cada um, a capacidade de se conhecer e viver melhor.

    Para escolha correta das técnicas é importante que na abordagem inicial, ou seja na primeira consulta haja o apontamento detalhado do modo de vida do indivíduo, tomando com base os cinco princípios de avaliação. Para melhor compreensão citaremos os cinco corpos e que propõe cada um:

    2.1 Mental – Emocional – Instintivo – Físico - Energético

      2.1.1 Mental corresponde ao racional humano, ele que move nossa sobrevivência. O primeiro passo para atrair boas oportunidades , saúde perfeita , equilíbrio em todos os setores da nossa vida é possuir um estado mental saudável.

      2.1.2 Emocional com a predominância do desequilíbrio emocional quer seja menor ou maior, sabemos que sua influência esta diretamente ligado ao temperamento da pessoa. Todavia sabemos que a personalidade humana é sujeita a outras e múltiplas influências, e são pontos relevantes que devem ser apontados já na primeira consulta.

      2.1.3 Instintivo: Podemos traduzir com o sendo a parte mais animal do seres humanos, da qual são aguçados as vontades como conforto, boa comida, um bom local para descansar , sexo regular, e beleza fisica.

      2.1.4 Físico Com base no conhecimento Holístico, podemos afirmar que o individuo é influenciado pela natureza , modo de vida .Na verdade muito de nossas cargas mentais e emocionais são descarregadas no externo, como um efeito sincrônico, para que percebamos os sinais internos, estes sinais podem vir através de problemas estéticos, ou ainda problemas que afetam nossa saúde diretamente.

      2.1.5 Energético podemos afirmar que o estado energético das pessoas pode influenciar a carreira, relacionamentos afetivos, vida social e até da modalidade esportiva. Conhecê-los é essencial para sabermos quem e como somos, o porquê de nossos hábitos e atitudes e o modo como agimos.

    A leitura corporal traduz a desarmonia facial ou corporal, que normalmente é reforçado por atitudes e pensamentos errôneos feitos por nos mesmos, daí aparecem os problemas estéticos. Como também pode revelar características tais como: caráter, intenções boas ou más, medos, inseguranças e muito mais. Podemos desvendar isso, observando o desenho do corpo das pessoas. É claro que não basta saber analisá-lo, pois estamos sujeitos á leis universais e precisamos respeitá-las. De posse da análise dos 5 métodos(corpos) somado à avaliação da Leitura do Corpo, poderemos traçar um tratamento geral através de várias técnicas no universo Holístico.

    2.2 Prática Terapêutica : Utilizando os recursos da análise geral e leitura corporal

    Em geral todos nós temos tendências a desenvolver características de acordo com nosso tipo físico, temperamento, signos, local de nascimento, como o meio em que vivemos, incluindo criação e estudo. Para ilustrar melhor, um dos métodos muito interessantes de introduzir na prática terapêutica e analise individual seria o uso do estudo dos 12 temperamentos humanos ( Acesse o site www.sinte.com.brEvento Holística/ palestra 2006 – Conhecendo seu cliente através dos 12 temperamentos humanos . Os 12 temperamentos tem como base as características da personalidade individual). Baseado em cada perfil poderemos afirmar que existem tendências que influenciam carreira, parceiro(a) vida social dentro outros. Conhecê-los é essencial para sabermos quem e como somos, o porquê de nossos hábitos e atitudes e o modo como agimos.

    Levamos em conta a Leitura do Corpo e qual a disfunção FACIAL (1) e CORPORAL(2) que a pessoa está manifestando, somando também as características que reune os CINCO corpos(citado anterioremente). Para sintetizar seguiremos algumas regras básicas:

    2.2.1 EVIDÊNCIA : Qualidade daquilo que é evidente, que é incontestável, que todos vêem ou podem ver e verificar. (Dicionário Michaelis). Evidência seria obtermos as informações seguindo o quadro abaixo.

    Corpo

    Temperamento

    Regência

    Signos

    Reino

    Físico

    Tendência

    Mental

    Sanguineo

    Ar

    Libra

    Aquário

    gêmeos

    Hominal

    Pulmão

    Alegria/Tristeza

    Emocional

    Fleumático

    Água

    Cancer escorpião

    peixes

    Vegetal

    Rins

    Medo/Força

    Instintivo

    Melancólico

    Terra

    Capricornio-Touro

    Virgem

    Mineral

    Fígado

    extroversão/Raiva

    Energético

    Colérico

    Fogo

    Sagitário

    Leão

    Aries

    Animal

    Coração

    Ira / Apatia

    Físico

    Todos

    2.2.2 ANÁLISE: Há de analisar o individuo, ou seja Não-Divisível (in= não; dividuo = divisivel) pelo todo

    O trabalho não se resume à análise da linguagem do corpo, na verdade a conversa é fundamental e, para acertar, temos que saber o que a pessoa quer expressar com o seu visual, quem ela tem que convencer, ou para que ? Por isso é preciso saber um pouco da vida, sua profissão, etc. Temos que ajudar a pessoa a refletir sobre quem ela é e o que quer passar. A Terapia Estética aflora à consciência reprimida, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento (ver3.1.2) para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao auto-conhecimento.

    2.2.3 SÍNTESE: Generalização, agrupamento de fatos particulares em um todo que os abrange e os resume. 3 Resumo Método de demonstração que parte do simples para o composto, das causas para os efeitos, das partes para o todo, e, em matéria de raciocínio, do princípio para as conseqüências.( Dicionário Michaelis)

    1. Leitura do Corpo com enfoque na disfunção FACIAL (1)

    Usaremos na Síntese os "sinais" que o corpo manifesta através dos aspectos Facias e Corporais do individuo.

    Neste capítulo serão obedecidas os termos mais adequados sugeridos NTSV

    Pela legislação, tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de "doença" é MONOPÓLIO médico. Assim sendo, ao afirmar, por exemplo, que Estética facial trata cloasma (que é uma doença...), ou em estética Corporal trataria "obesidade" que também do ponto de vista legal, estaria assinando uma confissão de crime de exercício ilegal de medicina. Para evitar isto, vamos abolir tais termos por " queixas mais comuns" sendo que as palavras empregadas pelo Terapeuta em Estética seriam na ordem dos desequilíbrios, disfunções( ver na íntegra -NTSV — TE 001Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais)

    Muitos pesquisadores apresentaram seus métodos e conceitos que pudessem ajudar na compreensão da comunicação do corpo. Na verdade a chamada comunicação não-verbal sempre demonstrou grande fascinação, porém alguns preferiram enganosas declarações sobre a linguagem do corpo, relatando que algumas disfunções poderia estar relacionado à religião, ou misticismo à genética etc... Por outro lado sabe-se que nosso corpo pode apresentar alterações conforme o clima, estado emocional ou mental que podem ocorrer em determinados momentos da vida de cada um. Na teoria Junguiana existe a possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".

    Para melhor compreensão da Leitura Facial, utilizaremos os recursos dos 3 pilares, que seriam:

    • 2.3.1 INTELECTO / METAL

      1º Pilar - Testa e Sobrancelhas

    • 2.3.2 EMOÇÕES

      2º Pilar – Olhos, Nariz e Orelhas

    • 2.3.3 INSTINTO

      3º Pilar – Queixo

    Testa é um ponto bastante interessante de ser observado, sendo mais desenvolvida, ou não, com saliência superior ou inferior, pode indicar qual é o plano que domina a pessoa:

    2 exemplos dentre os vários que serão abordados:

    • Testa Redonda, bem feita: Indica bondade

    • Testa Larga, alta, saliente: Denota inteligência, pessoas de raciocínio lógico, bom-senso

    Sombrancelhas : Ponto onde se localiza o 6º Chakra – Terceiro olho ( Ajna ),no meio das sombrancelhas , e segundo o hinduísmo, é neste ponto que são captados, armazenados e direcionada a energia.

    2 exemplos dentre os vários que serão abordados:

    • Fortes: Lógica forte, bondade, humanitarismo

    • Fracas e finas: Necessitam de proteção, buscam apoio no outro

    Olhos: É através dos olhos que entra a luz solar que clareia a inteligência e alimenta o Espírito.

    2 exemplos dentre os vários que serão abordados:

    • Grandes : Calma, energia e sabedoria

    • Pequenos: Sinceridade, dedicação, interiorização

    Nariz: Uma das coisas mais importantes que possuímos é a capacidade de respirar, por isso o nariz que o veículo de condução do oxigênio, também simboliza as situações boas ou más que permitimos adentrar em nosso sistema.

    1 exemplo dentre os que serão abordados:

    • Adunco: abas muito abertas: revela certo egocentrismo e prepotência.

    Faces: Regiões frias como Antártica, as pessoas têm os traços do rosto rígidos. Esta seria uma das características que servem às suas necessidades de sobrevivência - como: caçar e enfrentar tempestades de neves .

    Orelha: A orelha traduz um simbolismo especial para humanidade, citaremos como exemplo o Hinduismo da qual mostra a Divindade Ganesha (ou Ganesh), em que a imagem da divindade monstra suas orelhas grandes que simboliza o ouvir mais . Segundo a mesma tradição, a própria criação é "aquilo que pode ser ouvido" e o AUM, som primordial, que a tudo originou, estaria encerrado numa concha, a qual é repetida no ouvido humano, cuja forma de labirinto lembra uma mandala, usada em todas as culturas para induzir à meditação

    1 exemplo dentre os que serão abordados

    • Grandes: representam a sabedoria, a capacidade de ouvir

    Queixo Representa o lado forte e enérgico, busca assim expressar a força interior do espírito, e como utilizar esta força para o trabalho, e sustento financeiro.

    1 exemplo dentre os que serão abordados

    • Prognata Quem tem essa parte do rosto projetada para a frente tende a falar tudo o que quer ou lhe vem à cabeça, e se não o fizer ter várias sinais externos.

    - 2.4. Leitura do Corpo com enfoque na disfunção FACIAL (1) Algumas disfunções

    Alguns exemplos dentre os vários que serão abordados:

    Sinais de expressão conhecidos também como "pés de galinha" . São as marcas da vida, como ela interage com os acontecimentos passados, até que ponto esta disposto(a) a deixar "pra lá " certas atitudes, achando que as respostas está no outro.

    Papadinha localizado embaixo do queixo. São pessoas que não aceitam críticas.

    Espinhas pontinhos doloridos podem ser avermelhados ou com pontos brancos na superfície. São pessoas que crêem na feiúra, culpa, ódio de si.

    Cravinhos – pontinhos escuros. Indica que a pessoa precisa resolver pendências.

    2.5. Leitura do Corpo com enfoque na disfunção CORPORAL(2

    Algumas disfunções

    Alguns exemplos dentre os vários que serão abordados:

    Seios grandes: Mãezona, essa é a principal característica das donas de seios avantajados. Esse tipo de mulher gosta de proteger e acolher os que a cercam.

    Cintura: Se for fina, mostra a flexibilidade e a facilidade que a mulher tem para lidar com diferentes situações, daí o termo " jogo de cintura ".

    Distúrbios circulatórios : É o fluir das coisas da vida e revela que o fluxo das vontades e dos pensamentos está paralisado. A pessoa se sente presa a determinada situação e frustrada com sua vida, mas não tem coragem de mudar por acredita que deve aceitar as coisas como elas são.

    Casca de laranja (conhecida popularmente como Celulite) O mal é definido como o resultado do acúmulo de toxinas no organismo. Entretanto na visão holística acredita-se que essas toxinas são provenientes da retenção de sentimentos como mágoas, nervosismo e raiva. Seria uma forma de a mulher se punir por não ter coragem de assumir o que quer.

    2.5.1 Leitura do Corpo com enfoque nas MANIASAlguns exemplos

    Alguns exemplos dentre os vários que serão abordados

    Roer Unhas: Ressentimento e mágoa de pais ausentes ou repressores

    Tiques Nervosos: Desconfiança

    Coceira : Rejeição, preocupação ou pode ser um incômodo momentâneo pela fala, pensamento ou ação.

    3 METODOLOGIA

    No decorrer de nossas vidas, atravessamos muitas experiências que podem ser aflorados através de problemas estéticos. Exemplo: uma pessoa pode ser Energética com tendência a ira/apatia e apresentar problemas manchas no queixo que normalmente é uma tendência de uma pessoa instintiva(terra) , que poderia ser por exemplo , contudo naquele momento os sinais no queixo do elemento Fogo(energética), estão indicando um pouco mais de cuidados com sentimentos de extroversão/Raiva que é justamente a tendência de pessoas regidas pelo elemento Terra

      3.1. AGRUPAMENTOS Para Descartes, esta última regra é a fundamental, ou seja os DESMEMBRAMENTOS Ver: Desmembrar: Dividir(-se), separar(-se) de um todo uma ou mais partes (Dicionário Michaelis) Seguindo a visão Holística podemos alterar o termo Desmembrar por agrupar . Reunir os elementos mais destacados dentro do contexto geral, fazendo as devidas comparações com o temperamento original, e elaborar um roteiro de técnicas terapêuticas mais adequadas a cada caso.

    Existem várias técnicas no universo da Estética que podem servir como ferramentas poderosas aos tratamentos, citaremos a seguir os exemplos mais comuns.

    3.1.2 Técnicas Terapêuticas mais utilizadas

    Introdução básica às técnicas terapêuticas mais usadas no Brasil e no mundo; o uso integrado de várias técnicas no atendimento individual, em grupo , auxiliando-o na escolha das mais adeqüadas para cada caso, bem como a trabalhar com várias delas integradas num mesmo objetivo final.

    Aconselhamento- processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida.

    Abordagem Holística do Cliente – A abordagem do cliente nas diferentes linhas terapêuticas; a concepção holográfica do complexo corpo/mente/universo.E nesta fase que podemos usar a analise dos 12 temperamentos, que servirá como caminho inicial, para ajudar o cliente a manifestar o que realmente precisa com o tratamento estético

    Técnicas Terapêuticas mais utilizadas - introdução básica às técnicas terapêuticas mais usadas no Brasil e no mundo; o uso integrado de várias técnicas no atendimento individual, em grupo , auxiliando-o na escolha das mais adeqüadas para cada caso, bem como a trabalhar com várias delas integradas num mesmo objetivo final.

    Terapia Corporal: toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In e Drenagem.

    Calatonia: técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em TH.

    Vivências realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    Relaxamento vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a manobras corporais, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    Reflexoterapia: avaliação e tratamento onde o corpo está em seus mínimos detalhes representado numa zona específica de uma de suas partes, como por exemplo, nos pés, nas mãos e nas orelhas, sendo o trabalho feita por meio do toque ou da aplicação de estímulos, tais como agulhas, imãs e cores.

    Terapia Reichiana: desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na TH. Reich, Wilheim: psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    Terapia Floral: padrões de energias sutis extraídas de flores especiais, gravadas e conservadas numa mistura líquida de água e conhaque (às vezes, vinagre), sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção específica, tais como medo, angústia, tristeza, etc. Não é nem homeopatia, nem alopatia, constituindo-se, pois, num sistema à parte.

    Aparelhagem Eletrônica Muitas dos aparatos eletrônicos existentes no mercado brasileiro possuem a capacidade de realizar a os pontos desequilibrados e de estimulá-los das mais variadas maneiras.

    Utilização de Equipamentos de Estética e Similares Inexiste qualquer impedimento legal ao uso deste tipo de equipamentos, desde que, é claro, jamais seja utilizado para diagnóstico ou tratamento de doenças, ou seja, só o use para avaliar e tratar desequilíbrios energéticos. Da mesma forma, jamais os usem com ou para testar produtos que necessitem de receita médica, utilize-os apenas para produtos de venda livre. Estes cuidados básicos ajudam, mas não garantem que não terá dor-de-cabeça. Afinal, pela legislação brasileira, todo tipo de aparelho destinado à saúde tem que ter registro no Ministério da Saúde, ou uma certidão do mesmo, dispensando-o deste registro. Simplesmente, nenhum equipamento de nossa área conseguiu vencer esta etapa burocrática.

    Produtos : Na Terapia em Estética é permitida o uso de cosméticos, cremes desde que sejam de Venda Livre (sem necessidade de receita médica) e que já venham de fábrica previamente formulados, com a empresa e farmacêutico ou químico responsável estampados na rotulagem. Existem máscaras coloridas, ótimas para serem utilizadas também como técnica de Cromoterapia.

    Alguns exemplos de cores e seus respectivos significados:

    A máscara pode ser na cor, ou através da luz direta

    Cromoterapia: uso de cores adeqüadas como estímulos para a harmonização, sob as mais diversas formas, dentre elas, mentalização, pintura ambiente, roupas, alimentos, cristais e pedras coloridas, águas sobre a influência da cor dos vasilhames, além das conhecidas lâmpadas coloridas, hoje em dia, substituídas por fibras óticas especiais, para "banhar" com cores o corpo todo ou a região problemática, havendo uma tendência atual a aplicar-se em regiões energéticas chaves chamadas de "Chacras"* ou em pontos de Acupuntura* (Cromopuntura*).

    Quando usados como máscaras:

    MASCARA LARANJA Essa cor é ideal para as pessoas que estão se sentindo desencorajadas, apáticas, fechadas e tristes .(exemplo de desequilibrio: marcas de expressão)

    MÁSCARA VERDE pessoas que precisam controlar suas emoções e para um julgamento claro sobre si mesmas.(exemplo de desequilibrio: Espinhas)

    4. RESULTADOS

    Seguindo a premissa que nosso corpo mantém uma linguagem especial conosco e com o meio, e que tudo é que o reflexo daquilo que sentimos. Basicamente demostramos um método de analise através de várias técnicas Holisticas, como também citamos alguns exemplos da leitura co corpo. Na verdade o conjunto destes dois elementos é que nos mostrará como traçar um tratamento coerente, tanto os tratamentos e recursos utilizados na estética, como também ajudar o cliente a se conhecer.

    5. DISCUSSÃO: Quando analisamos os movimentos do corpo ou o funcionamento de cada órgão percebemos que carregamos diferentes sentimentos para diferentes movimentos : o desejo de mover qualquer parte do corpo é movido por um instinto. Mas existem desejos inconscientes que também fazem com que o cérebro impulsione energia para mover ou imobilizar partes do corpo. Tudo deve ser observado e estudado com cautela. Sabemos que existem autores sérios que relatam o tema de forma saudável e objetiva, entretanto ainda existem pessoas que persistem na teoria que o corpo pode estar ligado a " carmas de vidas passadas, mistiscismo, uso continuo de remédios etc... O importante é desconfiar e praticar a técnica com fundamentação e seriedade.

    6.CONCLUSÃO

    A Leitura Corporal surgiu como forma de alcançar qualidade de vida a partir da tradução dos sentimentos e dos sinais emitidos pelo corpo. As manifestações do corpo físico exercem o papel de sinalizadoras no processo de auto-conhecimento. De acordo com a proposta da Leitura Corporal, as mensagens emitidas pelo corpo, quando compreendidas, nos indicam quais caminhos devem ser percorridos para que as experiências e todo o percurso seguido pelo indivíduo indiquem, e localizem, aquilo que não está adequado e deve ser revisto. Aquilo que falta ,que não satisfaz as bem como as necessidades internas do ser humano.

    Tudo o que é vivido pelo indivíduo como por exemplo: emoções, comportamentos, é descrito e sinalizado e armazenado pelo corpo, se algo não corresponder à proposta harmônica ele enviara sinais, através de algum desequilíbrio, que não deve ser visto como fraqueza ou punição, mas a oportunidade de identificar o que precisa ser reavaliado e melhorado. O formato do corpo revela características e traços de personalidade, identificando como cada um lida com suas emoções. O tamanho dos quadris, glúteos, ombros, peito entre outros problemas estéticos, demonstram como está o interior do ser humano e seus conflitos mais íntimos.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

    Vieira Filho, Henrique - Tutorial –Terapia Holística –Edição 2002 –SINTE-Sindicato dos Terapeutas

    Vieira Filho, Henrique - Microcosmo Sagrado - Lumina Editorial, 1998

    JUNG, C.G. Fundamentos de psicologia analítica 11 ed. - Petrópolis, RJ - Editora Vozes - 2003 - 177 p.

    WEIL, Pierre & Tompakow, Roland. O Corpo Fala.- a Linguagem Silenciosa da Comunicação Não-Verbal" (Ed. Vozes)Petrópolis, Editora Vozes, 1988, 19ª edição, pg 7

    Cairo Cristina a Linguagem do Corpo Aprenda a ouvi-lo para uma vida saudável - editora Mercúrio 1999

    Clayton, Peter Linguagem do Corpo no Trabalho Editora: Larousse Brasil 2006

    Eco Umberto Arte e beleza na estética medieval Editorial Presença,2000

    Autor: : Rosemi Fernandes - Terapeuta Holística - CRT 21007
    Última atualização: 13/05/2007 19:59


    SAHAJÔLI - Energia Sexual e Qualidade de Vida

    SAHAJÔLI

    Energia Sexual e Qualidade de Vida


    Jussara Hadadd Aguiar Duarte

    Terapeuta Holística

    CRT 39518




    Propositura de palestra apresentando alternativas de terapia com o foco na sexualidade feminina através da técnica do Sahajôli, associando a utilização dos Florais de Bach e a aplicação da Reflexoterapia Podal









    Rio de Janeiro

    2007




    SUMÁRIO


    AGRADECIMENTOS 4

    INTRODUÇÃO 5

    RESUMO 6

    SAHAJÔLI 8

    Origem 8

    Preconização 8

    Indicações 9

    Benefícios 9

    SAHAJÔLI COMO TERAPIA HOLÍSTICA 11

    A Filosofia Comportamental e a Qualidade de Vida 11

    Associação dos Florais de Bach 11

    Associação com a Reflexoterapia Podal 13

    A MULHER 14

    O movimento feminista 14

    A redescoberta do prazer 14

    O reencontro com o poder da Deusa 15

    ENERGIA SEXUAL 16

    Ativação dos Chakras 16

    Energia Kundalini 16

    Energia Vital 17

    Sexo Tântrico 17

    Tao do Amor e do Sexo 18

    SEXUALIDADE 19

    Individualidade 19

    Casamento 19

    Família 20

    Mundo 20

    Os Homens 21

    EXERCÍCIOS 22

    Contrações 22

    Consciência Corporal 22

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 23



    AGRADECIMENTOS


    A minha família, berço de toda a minha proposta de evolução e aos desafios que me foram impostos através das dificuldades e das pedras, cuidadosamente, colocadas no meu caminho.




    INTRODUÇÃO


    A energia sexual é um rico tesouro de alegria, felicidade e amor. Ela é uma ferramenta para criar e manter o nível ideal de saúde e vitalidade, transmutando uma vida medíocre em uma vida genial, transformando uma vida infeliz e estressada em uma vida plena de sucessos e realizações.

    As vibrações da mente são facilmente aumentadas e ativadas por diferentes tipos de estímulos. A mente responde facilmente ao amor, à amizade profunda e a musica, bem como ao medo, à inveja, às drogas, ao álcool e coisas do gênero. Um estímulo muito intenso, porém, é o desejo de expressar a energia sexual. Quando combinada ao amor, a energia sexual é uma das mais poderosas; mas ela só permanece uma virtude na medida em que é utilizada com discernimento, sabedoria, compaixão e compreensão. Ao entender essa verdade, a pessoa assume a responsabilidade de usar positiva e amorosamente a energia “extra” que ganhou. Esse é um bom meio de criarmos uma vida rica e plena.


    RESUMO


    Esclarecer pessoas de todos os níveis sociais, idades e crenças religiosas, sobre a importância que uma sexualidade bem resolvida tem para o aumento da qualidade de vida.

    Apontar as maneiras de associar ao Sahajôli as Terapias com Florais de Bach e com a Reflexoterapia Podal, através da análise atenciosa do perfil emocional da Cliente.

    Informar melhor sobre a preciosa técnica do Sahajôli, valorizando sua origem sob a ótica do Tantra Yoga, e das Filosofias Orientais Milenares comprovadamente capazes de trazer para o indivíduo conforto espiritual, equilíbrio emocional e felicidade através do autoconhecimento.

    Resgatar o real valor do Sahajôli, retirando-o cada dia mais dos circuitos da pornografia, onde esteve por muitos anos, escondido e sendo muito mal utilizado.

    Ressaltar a importância de se autoconhecer, de conhecer o próprio corpo, de sentir prazer, de reconhecer que o sexo, principalmente o feito com amor, está ligado à divindade e, através dessas riquezas, combater os estados de tristeza que vêm se tornando cada dia mais freqüentes nas mulheres, nos casais, nas famílias e no mundo.

    Criar, nos Terapeutas Holísticos, a consciência para a atenção sobre a sexualidade de seus Clientes como fator significativo de desequilíbrio energético. O tempo em que a sexualidade era tratada com hipocrisia, em que ela propositalmente era deixada de lado, porque era “feio” ou pecado tocar neste assunto, acabou. Duraram uns dois mil anos, mas acabou! E porque não os Terapeutas Holísticos, detentores de tanta sabedoria, serem os orientadores e os conselheiros de seus Clientes sobre esta valiosa alternativa, na interminável busca do ser humano pela paz interior e pela alegria de viver?


    SAHAJÔLI

    Origem


    Nascida no Oriente há mais de três mil anos, advinda do Tantra Yoga, com o nome clássico de Sahajôli, a técnica era passada sabiamente de mãe para filha gerações após gerações para amenizar diversos males que acometiam as mulheres daquele lugar pelos motivos que serão apresentados nos tópicos indicações e benefícios. O termo Pompoar como ficou mais conhecida, vem do Tamil, língua falada na região do Siri Lanka, sul da Índia e foi atribuída à técnica quando descoberta pelas mulheres que queriam impressionar os homens e lucrar com isso. Em sânscrito, Pompoar significa “sugar’”. Sahajôli por sua vez significa o controle absoluto dos músculos da vagina e região pélvica.

    Preconização


    O ginecologista americano Dr. Arnold Kegel, por volta de 1949, instituiu os exercícios de contração vaginal para suas Clientes que constantemente apresentavam queixas de incontinência urinária no pós-parto e frigidez sexual com quadros de depressão. Infelizmente, o Dr. Kegel não fez alusão ao Sahajôli nem ao Pompoarismo. O método apresentou excelentes resultados e foi inserido na cadeira de ginecologia da faculdade de medicina, mas não se escuta falar de ginecologistas que ensinem os exercícios em consultório. Atualmente, os graduados em Fisioterapia e especializados em Uroginecologia usam o método para tratar de seus pacientes incontinentes. Os terapeutas holísticos e psicólogos mais antenados o usam para trazer à tona a vivacidade das suas clientes.

    Indicações

    • Desequilíbrios energéticos

    • Relações sexuais anorgásmicas

    • Insegurança

    • Baixa auto estima

    • Flacidez Vaginal

    • Incontinência Urinária

    • Ameaça de prolapso genital


    Benefícios


    A mulher se sente mais segura em qualquer tempo da vida se ela, no âmbito sexual, aplicar o Sahajôli a sua rotina de vida. Simples de praticar, seus exercícios promovem verdadeiros milagres. Sozinha ou acompanhada ela será uma mulher mais bem humorada, decidida e equilibrada. As que de alguma forma têm algum bloqueio decorrente de repressão ou de trauma, encontram, no Sahajôli, a necessidade de cuidar do próprio corpo, em especial da região pélvica onde está concentrada grande parte de sua energia e poder. Cabe dizer que a mulher atenta aos cuidados com esta região, sobretudo no aspecto físico, se torna uma mulher segura, com auto-estima elevada, com menos risco de ter que enfrentar as crises conjugais, o abandono e as doenças oriundas da atrofia desta musculatura, como por exemplo a constrangedora incontinência urinária, que compromete sobremaneira sua vida social, levando-a ao isolamento e à infelicidade. Cabe, ainda, citar os casos de prolapso genital (queda de órgãos como a bexiga e o útero) que as leva para a mesa de cirurgia, o que poderia ser evitado se uma técnica comportamental como a do Sahajôli, fosse aplicada como proposta preventiva e até corretiva. Se alguém tem de alertá-las para isso por que não nós, os Terapeutas Holísticos? Afinal, nem só de medicamentos e cirurgias são constituídos os recursos para cuidar do corpo das pessoas e... “Mente sã em corpo são”!


    SAHAJÔLI COMO TERAPIA HOLÍSTICA


    A Filosofia Comportamental e a Qualidade de Vida


    Muitos pesquisadores afirmam que medidas comportamentais podem aumentar a auto-estima das pessoas e melhorar sua qualidade de vida. Os orientais praticam isto há milênios. EDUCAÇÂO! POSTURA! CONDUTA! Neste caso, a educação voltada para atenção com a sexualidade! O combate à promiscuidade é uma das propostas da terapia, porque pior que não fazer é fazer mal feito, catalisando energias negativas. Há que se atentar quanto a isto.



    Associação dos Florais de Bach


    A Cliente chega ao nosso consultório, disfarçada de mulher feliz e realizada. Já no final da primeira sessão, após o questionário de rotina, se encontra a vontade para relatar pequenos fatos de sua intimidade. A partir do segundo encontro, já bem confiante e esperançosa na proposta da terapia, desabafa sobre sua infância, sua criação, seus bloqueios, suas culpas e medos. O terapeuta atencioso conhecedor da Terapia com os Florais de Bach, vai saber aplicar as essências certas para cada tipo de emoção que a Cliente apresentar.


    Ex: A Srtª A.V.S., 21 anos, recém casada tinha total dificuldade em aceitar a penetração do pênis do seu marido. Caso clássico de Síndrome de Vaginismo.

    Após atenciosa análise de seu comportamento, descobrimos que A. trazia, desde a infância, conceitos plantados por sua avó de que as mulheres haviam sido criadas por Deus para trazer vidas ao mundo e que “aquela” parte do corpo, se não fosse usada somente com esta finalidade, estaria sujeita a doenças com dores insuportáveis. Sua avó desencarnou quando A. tinha 14 anos e a fez prometer que se casaria virgem e que seria uma esposa recatada.

    Aplicamos os exercícios de contrações e relaxamento da musculatura circunvaginal, aconselhamos e, em seguida, indicamos a utilização dos Florais de Bach com a seguinte composição em uma primeira tentativa:


    Influências do passado - Walnut

    Culpa - Pine

    Medo - Mimulus

    Insegurança - Larch


    Acertamos e mantivemos a composição por um mês. Após alteração no seu quadro emocional, iniciamos o Treinamento com os Acessórios, que ela sozinha tinha que introduzir na vagina com a proposta de romper o elo com a repressão imposta pela avó. O marido ajudou, a terapia foi eficaz. Hoje, aos 23 anos já tem o primeiro filho e se diz feliz no casamento, bem resolvida com a sexualidade e o prazer. Ainda usamos por dois meses o Impatiens, pois as novas propostas a deixavam um pouco ansiosa. Controlamos.






    Associação com a Reflexoterapia Podal


    Mulheres experientes e bem resolvidas também se deparam com dificuldades relacionadas ao sexo. Estresse, ansiedade, tristeza, ou seja, desequilíbrios de ordem energética, causados na maioria das vezes pelos atropelos da vida moderna, se refletem nelas com a falta de libido e a anorgasmia que se transforma em um círculo vicioso.

    Nestes casos, além do Treinamento com o Sahajôli, aplicamos algumas sessões de Reflexoterapia Podal, com ênfase nos pontos reflexos onde estão instalados os bloqueios de energia sexual. Após o desbloqueio do meridiano, que está localizado em ambos os pés, no lado externo, a meio caminho entre o osso do tornozelo e a parte de traz do calcanhar elas, se sentem mais calmas e equilibradas e serão capazes de se entregar novamente aos momentos de prazer e de usar esta energia para se manterem em ótimo estado de equilíbrio.

    É bom lembrar que este é um erro muito freqüente, quando as pessoas estão desequilibradas, numa ação inconsciente e na maioria das vezes arquetipada, (eu sofro então eu não me permito a felicidade em sacrifício assim como santa fulana de tal), se condenam à falta do prazer. Deveria ser exatamente o contrário: no lugar da punição, lançar mão da recarga da energia através de um mecanismo tão simples como o Sahajôli. Quando este tipo de pessoa vive sozinha, o mal já é enorme e piora quando ela tem um companheiro e o condena à solidão e à abstinência sexual. Neste caso, existe o grande risco de serem dois a contaminar o mundo com a tristeza e o mal humor.


    A MULHER

    O movimento feminista


    Após séculos relegada ao desprezo e taxada como louca fútil e inútil, a mulher, vem há quase cem anos lutando para rever seus direitos, impor sua inteligência e seu real valor que foram, através dos interesses de algumas religiões e igrejas, suplantados e fantasiosamente sobrepostos pelo poder dos homens. Foi plantado o mito da insuficiência feminina.


    A redescoberta do prazer


    Sufocada em conceitos que realçavam a culpa e o pecado, a mulher passou, por séculos, reprimindo o prazer sexual. Nem mesmo com seus maridos lhe era permitida nenhuma manifestação de prazer. Não era permitido que ela sentisse desejo e orgasmo. Isso não era coisa de mulher honesta. Rebaixada a simples serva dos senhores, cabia à mulher, até bem pouco tempo, somente a tarefa de procriar e gerar herdeiros para os seus senhores. Mantida em cativeiro domiciliar e sem direito à verdadeira felicidade, vendo-se constantemente traída e maltratada, desenvolvia a histeria e lotava os hospícios, consumia todo estoque de barbitúricos das farmácias, embriagava-se e cometia suicídio. Tudo isso até bem pouco tempo atrás.






    O reencontro com o poder da Deusa


    Tanto na Índia como na China e em grande parte do Oriente, a mulher sempre encarnou a Deusa. No inicio do século passado, as mulheres apesar de terem exagerado um pouco dentro do movimento feminista o que as levou a perder também parte de sua feminilidade, resgataram o direito à informação e, hoje, buscando em culturas como as orientais milenares, começam a terem reveladas suas origens de força e inteligência, fato que a própria ciência, vem constatando. A mulher é supraconsciente, tem o poder de gerar a vida, detém a sabedoria, a calma, o amor e a intuição. Sendo assim, faz-se crer que mais alguns poucos ajustes entre o que já foram, e onde estão agora, em bem pouco tempo terão readquirido o poder que ficou perdido entre os conceitos que foram impostos.


    ENERGIA SEXUAL


    Ativação dos Chakras


    Com os exercícios de contração da musculatura pélvica e circunvaginal, o Chakra Sacral é ativado instantaneamente. Em sânscrito, o segundo Chakra é Svadhisthana, que significa “doçura”. Esse é um nome apropriado para a doçura do desejo, do prazer e da sexualidade. O segundo Chakra incorpora a natureza do “dois” e rege a polaridade, instigando movimento no corpo e na psique que começa o processo de ascensão da Kundalini enrolada ao subir através dos Chakras. Encontrar o “outro”, cria desejo e o desejo nos faz mover, alcançar, crescer e mudar.


    Energia Kundalini


    Kundalini é um conceito com freqüência citado em relação aos Chakras. Na mitologia, Kundalini é uma Deusa Serpente que dorme na base da coluna vertebral, enrolada 3 vezes e meia ao redor do primeiro Chakra, aguardando a expansão. Acordada, dentre as várias formas, pela atividade sexual, pode se transformar em rica fonte de energia. De forma geral não é aconselhável que se invoque a Kundalini sem um instrutor ou um sistema de apoio que possa ajudá-lo a processar as mudanças que ela pode trazer. Ela é, porém, uma força de equilibrio, e nos é muito benéfica quando conseguimos nos render a ela com graça.




    Energia Vital


    O corpo é um campo de energia dinâmico. Os chineses descobriram que essa energia - C’hi - circula ao longo de 12 meridianos que existem dentro do corpo. A teoria de que alguma forma de energia anima o corpo agora está sendo mais amplamente reconhecida. Os Indianos também descobriram que esta energia, chamada Prana, percorre os Chakras e nos leva a um estado de iluminação. Nossa

    energia vital é mantida em nível estável por mais tempo e assim garantimos a longevidade.


    Sexo Tântrico


    Surgida na Índia, há 5 mil anos, o Tantra é uma filosofia matriarcal, onde a mulher é considerada uma divindade. Em sânscrito, Tantra significa "o que conduz ao conhecimento". O sexo Tantrico é uma forma de adiar ao máximo o orgasmo, para obter prazer prolongado. Segundo os praticantes, este é um processo que vai elevar o nível do sexo, segurando o orgasmo cada vez mais. Toda a energia retida, quando liberada, se transformará num êxtase total. O tantrico transcende a união sexual e a transpõe para o plano cósmico. Para o tantra, qualquer união sexual é sagrada.









    Tao do Amor e do Sexo


    Um dos valores mais importantes do mundo é dos relacionamentos. Estabelecer relacionamentos harmoniosos em todos os aspectos da vida é meta da prática taoísta. O Universo, a Natureza e o mundo em que vivemos operam por meio de relações, conexões e intercâmbios sociais. Estabelecer relacionamentos harmoniosos e equilibrados é o processo do Tao. É o equilíbrio de todos os opostos aparentes, masculino e feminino, luz e escuridão, repouso e atividade, eletricidade e magnetismo. É importante compreender a diferença entre a energia sexual masculina (yang) e a energia sexual feminina (Yin). Os taoistas entendiam que homens e mulheres são destinados ao equilíbrio, como duas metades opostas de um todo universal. Isso quer dizer que cada um de nós precisa respeitar as diferenças e compreender que é natural sentir-se diferente e ser diferente. Sem essa percepção, o homem e a mulher estarão sempre em desacordo. Se esquecermos essa verdade, será fácil nos irritarmos com o sexo oposto e nos sentirmos frustrados. Entretanto, quando respeitamos essa diferença, o amor floresce como um jardim bem adubado.


    SEXUALIDADE


    Individualidade


    Desde que a pessoa não tenha sublimado em si o sentimento de amor carnal em decorrência de uma opção religiosa, ou de um alto nível de intelectualização ou então em favor de um parceiro há quem muito amou e dividiu com ele os melhores momentos de sua vida, mas que agora, devido a uma enfermidade qualquer não pode mais compartilhar com ela momentos de intimidade sexual, enfim, desde que tenha optado por uma vida assexuada, toda pessoa que goza de boa saúde física e mental deve estar atenta as suas necessidades sexuais. Para tanto, mesmo estando sozinha, não deve abrir mão do prazer sexual. A masturbação, tratada erroneamente sob a ótica do preconceito, é um excelente recurso para os que estão momentaneamente sem parceiros. E mais, é um santo remédio para evitar que as pessoas carentes demais se atirem nos braços de outros, muitas vezes mal intencionados e pior, irresponsáveis, doentes e transmissores potenciais do vírus da Aids e das DST’s.



    Casamento


    Casais com sexualidade mal resolvida, mal discutida, mal cuidada e mal usada, vivem amargurados, mal humorados e têm muita dificuldade em atribuir os dias mal vividos juntos, ao sexo mal feito. Culpam a situação financeira, os filhos, os sogros, os patrões, Deus e o mundo. Não investem em carinho, em perdão, em diálogo e em informação. Ao invés de buscarem recarregar suas energias no encontro sexual que um dia os motivou a união conjugal, passam a dormir de costas um para o outro, sem se beijarem, se abraçarem e sem nem mesmo manifestarem verbalmente o sentimento que os une. Casais que se amam fortemente estão se separando por não conseguirem se comunicar sexualmente. Buscam em relações fugazes o que na realidade gostariam de viver em casa. Stress, ansiedade, competividade, egoísmo e exagero de vaidade são fatores a serem combatidos com seriedade.


    Família


    Os casais que vivem em harmonia sexual, têm mais facilidade para conduzirem famílias felizes e filhos sorridentes e bem educados. É claro, que outros valores, são muito importantes também, porém estes casais, por causa da troca das energias sexuais, são capazes de se comunicarem através do olhar, não brigam, conservam um clima de paixão no seu cotidiano e em sua casa flui uma atmosfera de paz e de equilíbrio. Não permitem que suas neuroses e psicoses ou mesmo problemas educacionais ponham em risco os seus relacionamentos. Casais assim, buscam resolver as diferenças que pesam e incomodam o parceiro temendo perde-lo e o prazer que sentem em sua companhia. Assim sendo, tudo em volta se beneficia.


    Mundo


    O mundo melhor que todos almejamos, começa dentro dos lares. As pessoas realizadas, bem humoradas, bem dispostas e que pensam positivamente, são as responsáveis pela parcela do mundo bom para viver com a harmonia que tanto procuramos.


    Os Homens


    É importante citar, que muito embora meu trabalho se restrinja as mulheres, existem técnicas similares dedicadas aos homens e capazes de promover neles os mesmos benefícios. Cabe ao terapeuta definir o seu publico e oferecer a ele a preocupação com sua sexualidade e alternativas eficazes como a técnica do Sahajôli. Os homens da mesma forma que as mulheres têm sofrido muito em decorrência destes desajustes.


    EXERCÍCIOS


    Contrações


    Os exercícios do Sahajôli são muito simples. São feitos através de contagem de tempo e quantidade de repetições. Não exige privacidade, o que facilita a execução em qualquer lugar, desde, é claro, que a mulher já esteja bem familiarizada com eles. Podem ser feitos também com o auxilio de acessórios como as Ben Wa, o Vibrador e os Cones Vaginais, mas para tanto ela precisa estar um pouco mais orientada e o acompanhamento do terapeuta é fundamental. A avaliação é totalmente verbal sem nenhum contato físico.


    Consciência Corporal


    Através de concentração e respiração adequadas, a mulher passa a conhecer melhor o seu corpo, a região pélvica, os músculos a serem fortalecidos e passa ainda a dominá-los. Assim, através da sua vontade, pode utilizar-se deste rico recurso para obtenção de maior prazer sexual e saúde genital e mental.


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS



    A Experiência Junguiana.

    Hall, James - S.Paulo – Ed.Cultrix.


    Mulheres que correm com os lobos

    Estes, Clarissa Pendula- S. Paulo – Ed. Racco.


    Um Guia Passo a Passo Para a Reflexologia

    Dougans, Inge e Ellis, Suzanne – S.Paulo – Ed. Pensamento/Cultrix


    Reflexologia – Como Restabelecer o Equilíbrio Energético

    Kunz, Kevin e Bárbara –S.Paulo – Ed. Pensamento.


    Reflexologia Sexual

    Chia, Mantak e Wei, W.U. – S.Paulo - Ed. Cultrix.


    A Cintura Pélvica

    Lee – S.Paulo – Ed. Manole


    Fisioterapia em Uroginecologia

    Moreno, Adriana L. – S.Paulo – Ed. Manole.


    Benefícios Terapêuticos da Acupressura

    F.M.Houston, D.C.,D.D.,PhD. – S.Paulo – Ed. Pensamento


    A Terapia Sexual – Vol.III

    Gillan, Patrícia e Richard – Portugal – Ed. Persona.


    Tantra – O Culto da Feminilidade

    Van Lysebeth, André – Ed. Summus.


    O Homem Moderno

    Brewer, Sarah – S.Paulo – Ed. Manole.


    O Tao do Amor e do Sexo

    Chang, Jolan - . RJ – Ed. Nordica

    Autor: : Jussara Hadadd Aguiar Duarte - Terapeuta Holística - CRT 39518
    Última atualização: 13/05/2007 20:08


    TERAPIA ENERGÉTICA INSTANTÂNEA

    TERAPIA  ENERGÉTICA 

    INSTANTÂNEA 
     
     

    Seiiti Arata - Terapeuta Holístico – CRT 31513 
     

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2007 
     

    São Paulo - SP

    2007 

     

    SUMÁRIO 

    INTRODUÇÃO         4 

    CAPÍTULO 1         5

    Corpo humano multidimensional       5

    Sombra: um corpo reflexo        6

    Corpo físico: sombra do Corpo Emocional      6 

    CAPÍTULO 2         8

    Energia          8

    Energia condensada         9

    Energia Sutil          9 

    CAPÍTULO 3         10

    As sete camadas energéticas de um indivíduo     10

    Corpo Físico (1): Energia Condensada      10

    Corpo Etérico/Duplo Etérico (2): Camada energética de conexão   10

    Corpo Astral/Emocional (3): compõe o caráter     10

    Corpo Mental Instintivo (4): herança genética     11

    Corpo Mental Cósmico (5): define a individualidade única    11

    Corpo Mental Intelectual (6): adquirida pelas experiências e livre arbítrio  11

    Corpo Espiritual (7): conectado com energias mais sutis do Universo  13

    Outras dimensões mais sutis e elevadas      13 

    CAPÍTULO 4         14

    Tratamento Energético através da camada energética (duplo etérico)  14

    Importância das boas condições da camada que conecta ao corpo físico  14

    Terapia Energética Instantânea        15

    Vantagens do tratamento emergencial        15 

    CAPÍTULO 5         16

    Inter-relação entre corpos energéticos        16

    Corpo Emocional como reflexo do Corpo Mental     16

    Necessidade do aperfeiçoamento Espiritual      17 

    CAPÍTULO 6          18

    Primeiros Socorros/Pronto atendimento por tratamentos energéticos   18

    Trabalhando com o Corpo Etérico e seus resultados no Corpo Físico  18

    Tratamento emergencial de cinco minutos, tirando da crise aguda   18

    Tratamentos posteriores ao emergencial      18 

    CAPÍTULO 7         19

    O que pode ser tratado pela Terapia Energética Instantânea    19

    1. Cabeça         19
    2. Garganta         19
    3. Pescoço (cervical)        19
    4. Ombros         20
    5. Braços, antebraços, mãos e dedos      21
    6. Costas (dorsal)        21
    7. Costas (lombar)        22
    8. Ciático          23
    9. Joelho          23
    10. Pernas          24
    11. Tornozelo, pé e artelhos       24
    12. Aparelho digestivo        24
    13. Aparelho respiratório        25
    14. Tosse          26
     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS      26 
     

    INTRODUÇÃO 

     

    Em muitos anos de dedicação ao estudo de terapias holísticas, sempre me perguntei:

    “Qual é o meio mais rápido e eficiente de tratar problemas de saúde que pedem uma solução urgente?”. 

    O Programa Terapia Energética Instantânea ensina as técnicas práticas necessárias para superar os obstáculos nos tratamentos energéticos emergenciais, direcionando o terapeuta no caminho do sucesso imediato em diversos problemas de saúde. 

    Demorei anos para adquirir novas descobertas e técnicas de ponta e as reunir em um programa conciso que amplifica o sucesso do trabalho de terapia. 

    Apresento aqui um procedimento que pode ser aplicado instantaneamente em qualquer situação (consultório, estabelecimentos comerciais, casa de amigos e mesmo em espaços de lazer em que um imprevisto pode ocorrer, como em um barco em alto-mar, um acampamento, uma praia distante, uma festa de aniversário... enfim, qualquer situação em que não é possível ou conveniente levar a pessoa imediatamente a um consultório). 

    O Programa que é aqui apresentado está estruturado para equipar o terapeuta com os elementos essenciais para torná-lo capaz de prestar atendimento a qualquer hora, independentemente de instrumentos que não sejam sua mente e suas próprias mãos. 

    Meu estudo em diversas áreas da terapia holística permite afirmar que desconheço qualquer programa de resultados tão efetivos com técnicas práticas que podem ser utilizadas imediatamente. O Programa Terapia Energética Instantânea amplifica seu conhecimento, habilidade e recursos para qualquer situação. 

    O método está dividido em duas partes que são rapidamente apresentadas: a primeira é uma introdução conceitual que desenvolve a base fundamental de trabalho. A segunda parte é a aplicação prática para os problemas de saúde mais corriqueiros. 

    Antes de começarmos a parte conceitual, vou fazer algumas perguntas: 

    E se eu dissesse que centenas de milhões de pessoas passam por um desequilíbrio energético de alguma natureza a cada dia? 

    E se eu dissesse que a maioria delas não tem a menor idéia do que está acontecendo com seus corpos? 

    E se eu dissesse ainda que a grande maioria dos tratamentos holísticos podem ser classificados como tratamentos energéticos, objetivando alcançar o equilíbrio do sistema de energia das pessoas tratadas? 

    Que, em última instância, tudo é energia? 

    Sim, eu estou falando do conceito de energia e a sua relação com a matéria, que será abordada no Capítulo 2.

     

    CAPÍTULO 1 
     

    Corpo humano multidimensional 

    Para se buscar uma melhoria na qualidade de vida não basta zelar apenas pelo corpo físico. O que denominamos corpo físico e que está compreendido internamente à pele(*), não é tudo que somos e sim apenas uma de nossas manifestações. Os demais corpos envolvem o corpo físico se apresentam em forma de camadas energéticas sutis. 

    (*) Até para se definir o que é internamente à pele necessita de reflexão:

    Tomemos como exemplo o nosso roto: - com a boca fechada é fácil imaginarmos a parte externa e a interna. Entretanto, mantendo-se a boca aberta, uma formiguinha que caminha por sobre a parte externa de nossa face, pode perfeitamente entrar e caminhar por todo o céu da boca que era considerada como nossa parte interna (boca fechada). 

    Se ao invés da formiguinha, imaginarmos o ar que respiramos, que está em contato com o nosso corpo físico através de nossa pele, pode penetrar o nosso corpo através das vias respiratórias e chegar aos órgãos que chamamos de internos, tal qual a formiguinha. E o oxigênio que é um dos componentes do ar, chega a todas as nossas células. 

    Então, que parte do nosso corpo é considerado interno ou externo em relação ao ar? E se analisarmos a nossa pele cheia de poros, que nada mais são do que nossas aberturas?

    Se pudéssemos enxergar o nosso corpo como um conjunto de partículas atômicas, teríamos a exata noção de que somos um corpo de vazio! E para que este nosso vazio esteja em harmonia dependemos de uma coisa chamada de homeostase energética. 

    Uma observação mais atenta ao corpo físico nos possibilita avaliar como as demais camadas mais externas estão, pois o corpo físico é apenas o reflexo das influências das outras camadas mais externas. Quando um corpo físico está enfraquecido e com disfunção acentuada é porque as outras camadas já se encontram muito comprometidas. 

    Um exemplo bastante comum é o que se passa com o estômago que se debilita por problemas emocionais, causando grandes distúrbios. Não basta tomar medidas apenas fisiológicas como cicatrização de algumas feridas eventualmente detectadas, pois são apenas sintomas e não as causas. Deve-se trabalhar buscando o fortalecimento da camada emocional. 

    Por exemplo: quem fica excessivamente irritado por problemas de trânsito congestionado dispara um turbilhão de desordens internas envolvendo hormônios, enzimas e outros agentes prejudiciais ao bom funcionamento energético do organismo. O que se faz necessário é criar um mecanismo para neutralização das emoções nocivas ao corpo, pois o problema que atacou o estômago é apenas o reflexo do distúrbio emocional.

    Mas como fazer com que o indivíduo não reaja com tanta cólera diante de um fato cada vez mais corriqueiro? – Há que se tratar o seu corpo mental, pois a camada emocional é simplesmente um reflexo da camada pertencente ao corpo mental. Assim, para se tratar o estômago irritado, há que se tratar a parte mental do indivíduo. 

    O corpo mental tem basicamente três compartimentos, que dentre diversas nomenclaturas: o instintivo, o cósmico e o intelectual. Entretanto, só é possível atuar apenas no último, e que depende do livre arbítrio. Há necessidade de uma verdadeira reprogramação da mente implementando mecanismos que propiciem resultados de reações favoráveis para o corpo físico. No caso exemplificado, há que se substituir o programa: (“o trânsito me deixa nervoso!”) por outra programação mais inteligente: (“hoje em dia, nem ligo para os problemas de trânsito!”).    – Pronto. Está resolvida a questão crucial. 

    Esta camada de mente intelectual precisa ser continuamente fortalecida. Pois, analogamente a uma musculatura, o desuso “atrofia” seu desempenho. O enfraquecimento desta mente intelectual permitirá a predominância das outras duas mentes: a instintiva e a cósmica, e que são mobilizadas predominantemente por impulso. 
     

    Sombra: um corpo reflexo 

    É importante para melhor compreensão do tema proposto observar-se o comportamento de uma sombra. Na maioria das vezes nem prestamos tanta atenção.  A sombra é uma figura bidimensional, mesmo que o corpo que a projeta seja tridimensional. Para que possamos alterar o desenho formado pela sombra, não adianta tentar qualquer coisa com a mesma e, sim, alterar o corpo que está projetando aquela sombra.  

    Da mesma forma podemos fazer analogia com nosso corpo físico, como se fosse sombra de um corpo com mais dimensões. Temos que mudar o que está projetando a correspondente imagem refletida e que possa estar nos afetando desfavoravelmente. 
     

    Corpo físico: sombra do Corpo Emocional 

    Assim como o Corpo Físico é sombra do Corpo Emocional, este é também sombra do Corpo Mental e que, também é sombra do Corpo Espiritual ou outros mais sutis. Existem literaturas que afirmam existir mais de vinte camadas energéticas, mas se pudermos administrar as sete dimensões mencionadas anteriormente já será um grande passo. 
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

    CAPÍTULO 2 

    As ciências modernas estão somando ao antigo conceito newtoniano (de Isaac Newton) a visão einsteiniana (de Albert Einstein), tornando-se muito mais eficazes. 

    A rigor, se considerarmos a composição de nossos corpos físicos, todos sabemos que predominantemente somos mais água do que outra coisa. Estima-se que em peso somos aproximadamente setenta por cento constituídos por água (H2O). São dois átomos de hidrogênio que se agrupam com um átomo de oxigênio através de forças de atração entre partículas. 

    Conforme modelo clássico, ambos os elementos hidrogênio e oxigênio são constituídos de certo número de prótons, nêutrons e elétrons, e as diferenças de quantidades destas partículas é que os diferenciam. Tanto num como noutro, em sua constituição, o que predomina é o vazio, pois a sua massa é uma insignificante partícula (aglomerado de prótons e nêutrons) que fica no centro de uma nuvem formada pela vibração de elétrons e de massa desprezível. 

    O modelo é muito semelhante ao de outros grandes corpos onde predomina o vazio, como o Sistema Solar, outros eventuais sistemas semelhantes ao que habitamos: a Via Láctea, a nossa Galáxia e outras eventuais Galáxias, que possivelmente devem existir. Como o que predomina é o vazio, podemos admitir que tudo que se conhece, provavelmente seria apenas uma manifestação energética. 

    Assim, o nosso corpo físico passou a ser denominado de energia condensada, embora não seja tão condensada assim, visto que somos do ponto de vista de matéria: um grande vazio. As outras formas de energia são denominadas sutis, por serem menos condensadas. 

    Einstein formulou a equação E=m.c2 (Energia é igual à massa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado). Então, pode-se afirmar também que m=E/c2 (Massa é igual à energia dividida pelo quadrado da velocidade da luz). Portanto, o que estamos acostumados a chamar de uma quantidade de massa nada mais é do que a manifestação de uma quantidade de energia dividida por um número muito grande. 

    A partir desta nova visão propiciada pela genialidade de Einstein, e da física quântica, hoje, podemos entender com clareza, os fenômenos que afetam os nossos corpos. 
     

    Energia 

    Não há como se fugir do conceito de energia envolvendo as minúsculas partículas atômicas assim como suas sub-partículas carregadas ou não energeticamente como prótons, elétrons, nêutrons, pósitrons e outras. 

    Assim como o Sistema Solar com o Sol ao centro e todos os seus planetas orbitando à sua volta ser predominantemente um grande vazio, assim o é a Via Láctea, a Galáxia, e o Universo. Assim também é o nosso corpo físico por ser constituído de partículas atômicas, igualmente, com predominância de vazio. Portanto, somos também basicamente energia! 

    Corpos energéticos produzem campos energéticos, assim como uma corrente elétrica produz campo magnético e que é conhecido há muitos anos pela física clássica e mensurável por magnetômetros de precisão.

     
     
     
     
     
     

    Energia condensada 

    A designação energia condensada refere-se ao corpo que chamamos de físico, onde podemos perceber através dos nossos órgãos sensoriais: visão, audição tato, paladar e olfato. A maioria das pessoas tem menor percepção das demais camadas. Por esta razão chamamos de corpos sutis, embora tenham importância fundamental nas boas condições ou não do nosso corpo físico e, portanto da qualidade de vida. 
     

    Energia Sutil 

    Todas as outras seis camadas são consideradas sutis. Estes outros corpos acabam compondo a personalidade do indivíduo tanto emocional como fisicamente, na medida em que as influências chegam a ele. 

    Também entre os animais, inclusive de uma recente ninhada, é possível se perceber as tendências de comportamento individual. Uns são mais dóceis e outros mais agressivos por sua própria natureza. Até mesmo os mais calmos, se submetidos a tratamentos violentos, poderão se tornar bastantes agressivos e perigosos pelo simples efeito das experiências a que forem submetidos. Por esta razão é importante tratá-los adequadamente.

    O que impele um ser a atitudes de impulso não é exclusivamente a força de seu instinto, mas, também a sua experiência de vida. Estas influências também podem ser chamadas de energias sutis e que acabam integrando às suas características comportamentais podendo ser as responsáveis principais por atitudes efetivas. 

    Quando se faz referência a um indivíduo quanto às suas características físicas, estas podem ser facilmente percebidas pelos nossos órgãos sensoriais. Entretanto as características sutis requerem maior observação e tempo de convivência para percebê-las devidamente. Mesmo assim, elas certamente irão compor a personalidade final e descrição de uma pessoa. 

    Por esta razão é importante uma análise completa, incluindo também as camadas sutis. Elas são responsáveis pelo estado geral de um indivíduo bem como de seu comportamento predominante. 

    Decepções e desilusões muitas vezes se devem ao total desconhecimento da existência de de certas forças sutis existentes e ocultas que se manifestam de forma inesperada.  
    CAPÍTULO 3
     
     

    As sete camadas energéticas de um indivíduo 

    Dentre as diversas nomenclaturas existentes, pode-se enumerar as seguintes camadas:

    Corpo Físico (1), Corpo Etérico (2), Corpo Emocional (3), Corpo Mental Instintivo (4), Corpo Mental Cósmico (5), corpo Mental Intelectual (6) e Corpo Espiritual (7). 
     

    Corpo Físico (1): Energia Condensada 

    O corpo físico que é chamado de corpo de energia condensada, como já foi mencionado é constituído predominantemente de água: H2O, que nada mais é do que dois átomos de hidrogênio (H) unidos a um átomo de oxigênio (O), que corresponde em peso aproximadamente 65 a 70 por cento do peso total. Analogamente, existem na composição corporal, outros elementos químicos como: carbono (C), nitrogênio (N), fósforo (P), manganês (Mn), magnésio (Mg), potássio (K) e uma infinidade de outros elementos químicos. Todos eles formados de partículas atômicas, e, portanto, de energia. 
     

    Corpo Etérico/Duplo Etérico (2): Camada energética de conexão 

    Uma camada de alguns centímetros envolve o Corpo Físico conectando-o de forma mais ou menos eficiente com as outras camadas sutis. 

    Existem portais por onde a se processam mais efetivamente as entradas e saídas de energias. São os conhecidos chakras, pontos de acupuntura, incluindo-se toda rede de meridianos, que propiciam a troca de energias do Corpo Físico com tudo à sua volta, incluindo as suas camadas energéticas mais sutis. 

    A deficiência nesta troca de energias por problemas devidos a bloqueios, congestão ou dificuldades de fluidez, pode acabar resultando em algum desequilíbrio do organismo. Em tais casos, pode-se recorrer a uma das diversas técnicas de tratamento energético conhecidas da terapia holística de modo a se restaurar, novamente, a homeostase. Portanto, esta camada energética é de fundamental importância, neste processo de recuperação do estado de bem-estar. 
     

    Corpo Astral/Emocional (3): Compõe o caráter 

    É o que pode ser considerado como a envoltória que fica logo além do Corpo Etérico. É tão relevante que as pessoas nos definem através dele, por caracterizar as nossas reações e atitudes diante dos fatos do dia a dia. É por isso que ouvimos falar coisa do tipo: “É uma mulher bonita, porém insuportável!”; ou: “Ela é bem jovem, entretanto, nunca vi pessoa tão madura e emocionalmente controlada!”.  

    As nossas reações, provocadas pela camada emocional, passam a fazer parte de nossa identidade e têm o poder de nos causar grandes benefícios ou até mesmo grandes prejuízos. 

    Portanto, ao descobrirmos quaisquer de nossas tendências a atidudes que possam nos prejudicar, devemos procurar soluções para neutralizar tais impulsos. É o que fazemos durante toda a nossa vida, num constante processo de amadurecimento: detectando problemas, mudando o que for possível, re-avaliando e promovendo constantes ajustes para melhoria. 
     

    Corpo Mental Instintivo (4): Herança genética 

    É o nome dado ao corpo energético onde estão as nossas heranças genéticas. Assim como é comum nascermos com algumas características físicas semelhantes aos nossos antepassados, como cor de cabelo, formato do nariz, jeito de andar, herdamos também algumas características emocionais de nossos ancestrais. 

    Esta herança genética, dificilmente poderá ser mudada. Ela está gravada na nossa mente inconsciente. O que está ao nosso alcance é administrá-la, não deixando que ela se aflore livremente, a ponto de nos causar prejuízos. 
     

    Corpo Mental Cósmico (5): Define a individualidade 

    É o que nos foi destinado desde a hora da concepção até o nascimento. É a característica pessoal que nos identifica e que resultou de uma situação muitíssimo especial, como a influência dos nossos progenitores na hora da fecundação, localização dos astros e outros fatores que nem conhecemos devidamente. Quando elas são boas apresentam-se em forma de talentos, dons e outras qualidades admiradas e invejadas. Quando são más, representam os defeitos de nossas personalidades como tendência à tristeza, maldade, espírito vingativo, sadismo e outros. Nem mesmo os gêmeos são indivíduos idênticos. 
     

    Corpo Mental Intelectual (6): Adquirida pelas experiências e livre arbítrio 

    É o Corpo Energético que está ao nosso alcance. Pode ser desenvolvida seguindo apenas as ordens do livre arbítrio, perseverança e dedicação. Somam-se também as experiências do dia a dia, quer sejam intencionais ou involuntárias. Dependem dos livros que lemos, filmes que assistimos, nossa convivência com outras pessoas, fatos, acidentes, sonhos, imaginação, crenças e outras influências. 

    A grande vantagem é que esta Mente pode ser aprimorada ilimitadamente. Ela pode crescer tanto, a ponto de predominar sobre as outras duas. Pode tornar-se tão poderosa e ocupar quase a totalidade da nossa mente, de forma que as outras duas podem parecer inexistentes.  

    Porém, esta mente requer cuidados especiais: ela precisa ser incrementada continuamente sob risco de perder a força e ser dominada pelas outras duas: a Instintiva e a Cósmica. E se isto acontecer, o Corpo Emocional poderá ser o resultado de puro impulso. Tanto para o bem como para o mal na condição de risco total. 

    A necessidade de se desenvolver continuamente a Mente Intelectual que é a racional e inteligente pode ser comparada ao condicionamento físico de um atleta, que para manutenção do seu desempenho adquirido ao longo de tantos anos, há que se praticar continuamente. Mas, para se aumentarem as condições, há que se dedicar sempre um pouco mais. Por outro lado, o descuido e a inatividade causarão grandes perdas.

     

    Corpo Espiritual (7): Conectado com as energias mais sutis do Universo 

    Este corpo é o principal responsável pela paz interior. De nada adiantará um copo plasticamente perfeito, e cheio de energia muscular, se o indivíduo é freqüentemente acometido por uma apatia advinda dos processos mentais espirituais. Dificilmente poderá sentir a felicidade em sua plenitude. Ao contrário – poderá tornar-se extremamente infeliz e debilitado.  

    Por esta razão é que na Terapia Holística o objetivo é a promoção do equilíbrio: do corpo-mente-espírito. 

    Dentre os sete corpos, este é o mais importante e deve ser continuamente aprimorado.  

    É muito comum observarmos através das diversas mídias, o colossal investimento no sentido da promoção do corpo físico perfeito e mais longevo. Por mais que a modernidade desenvolva recursos espetaculares, jamais atingirão à imortalidade do corpo físico.  

    Pessoas que percebem cedo esta realidade vivem mais tranqüilas, em paz e, portanto, mais felizes. 

    Segundo Richard Gerber: o corpo físico (F), corpo etérico (E), corpo astral (A), corpo mental instintivo (M1), corpo mental Intelectual (M2), corpo mental espiritual (M3) e corpo espiritual (S) constituem as sete camadas energéticas. (p.126 op. cit).

     
     
     
     
     
     
     

    Outras dimensões mais sutis e elevadas 

    Existem literaturas que afirmam a existência de mais de vinte camadas energéticas e, portanto, igual número de corpos energéticos. Neste caso, o que mencionamos como o sétimo corpo, será apenas o reflexo do oitavo corpo, certamente mais sutil. Mas para efeito desta matéria, aqueles que levarem em conta os sete corpos mencionados e trabalharem adequadamente, obterão resultados compensadores. 

    Mas, afinal, como podemos definir saúde? 

    Neste trabalho proponho que consideremos a saúde ideal: não somente como a ausência de sintomas de mau funcionamento orgânico, mas também como um estado de plena paz e felicidade que sente o indivíduo, propiciando-lhe suficiente e espontânea disposição para praticar, compartilhar, entender e perdoar – num estado de contínua doação, como a razão de sua existência, enquanto se processa o seu contínuo aperfeiçoamento espiritual, evitando causar danos ao seu meio ambiente. 

     

    CAPÍTULO 4 
     

    Tratamento Energético através da camada energética (duplo etérico) 

    Vários tratamentos podem ser denominados energéticos e trabalham no sentido do aumento da eficiência dos fluxos energéticos que chegam e saem do Corpo Físico. 

    O corpo etérico é também chamado de corpo bioplasmático ou corpo de energia. Bio significa vida e plasma pode ser entendido como o quarto estado da matéria, que vem se somar aos: sólidos, líquidos e gasosos. Plasma é o gás ionizado. Está carregado de partículas eletrizadas: tanto positiva como negativamente. Não deve ser confundido com o plasma sangüíneo. 

    Corpo bioplasmático pode ser entendido como um corpo de energia viva que é composto por matéria sutil e invisível chamado também de matéria etérica. É através deste corpo que a energia vital como: prana, ki, ch´i, pneuma, mana, ruah e outras são absorvidas e distribuídas por todo o corpo físico e que podemos sentir através dos nossos cinco sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar. 

    A energia vital pode ser absorvida através do ar, solo, água, luz solar, e dos alimentos. Andar descalço propicia receber prana do solo. Se o piso for natural como terra ou grama, a absorção é mais eficiente.

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

    Todos os tratamentos corporais que visam incrementar a melhora neste sentido podem se considerados como energéticos como: Acupuntura, Shiatsu, Do In, Seitai, Tuiná, Acupressão, Acupressura, Auriculoterapia, Reflexoterapia, Reiki, Método Prânico, Toque Quântico, Polaridade, Florais, Homeopatia, Colorpuntura, e outros. 
     

    Importância das boas condições da camada que conecta ao corpo físico 

    A camada que constitui o Corpo Etérico é também chamada camada energética e funciona como um tipo de agasalho, que ajuda ou dificulta a troca do Corpo Físico com outros Corpos à sua volta. Pode ser comparado aos diversos materiais que existem para se fabricar um fio condutor. Existem uns que são mais condutores e outros que são menos condutores. Existem também materiais que são considerados isolantes, pois, dificultam a passagem da energia. Analogamente existem camadas que sob o ponto de vista energético funcionam conectando ou isolando o corpo físico. 

    Terapia Energética Instantânea 
     

    Desenvolvida pelo autor deste trabalho, é o resultado da conjunção de diversas técnicas e experiências de tratamento com as mãos, é natural, não invasiva e praticamente sem contra indicações. 

    A concentração mental durante a aplicação desta técnica é muito importante. Da mesma forma, a respiração deve ser cadenciada profunda, e ritmada.  

    Não há problema em se manter o diálogo com a pessoa tratada, perguntando, na medida em que acontece o tratamento, como ela está se sentindo, promovendo desta forma, a melhor conexão físico-mental, para harmonização da energia vital da mesma. Neste momento acontece uma verdadeira sintonia de energias etéricas de ambos. 
     

    Vantagens do tratamento emergencial 

    Em muitas circunstâncias, estamos sem as condições mínimas de uma clínica para um tratamento holístico normal. Entretanto, estamos diante de uma pessoa que está em condições precárias precisando de um atendimento mesmo que simplificado e emergencial. 

    Para atendimentos emergenciais a Terapia Energética instantânea é um método interessante, eficaz e imediato podendo promover bem-estar num intervalo de três a cinco minutos. 

    Os resultados alcançados têm sido espetaculares. A maioria das pessoas tratadas sente-se bastante recuperada, recompensada e agradecida, podendo retornar imediatamente às suas atividades normais.  

    Este pronto atendimento que, inicialmente, partia de mim a iniciativa de sua aplicação, hoje em dia, as coisas mudaram. – As pessoas é que me procuram freqüentemente, dada à facilidade e simplicidade de sua aplicação. Posso dizer que se tornou um verdadeiro serviço de emergência, o que, aliás, sempre tenho feito com muita satisfação. 

    Assim, quero compartilhar com todos os interessados, o que resolvi chamar de TERAPIA ENERGÉTICA INSTANTÂNEA. 

    A aplicação dos procedimentos desta terapia energética instantânea serve para diminuir ou eliminar dores generalizadas, problema na coluna, problemas respiratórios, garganta inflamada, dificuldade digestiva e outras disfunções mais corriqueiras.

     

    CAPÍTULO 5 
     

    Inter-relação entre corpos energéticos 

    A obra do Mestre Stephen Co e Dr. Eric B. Robins com John Merryman: YOUR HANDS CAN HEAL YOU (suas mão podem tratá-lo) aborda técnicas energéticas de tratamento pelo método Prânico para aumentar a vitalidade e acelerar a recuperação de problemas mais comum de saúde. 

    Seguem abaixo algumas afirmações dos autores;

     
     
     
     
     
     
     
     

    Na página 48 consta:

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

    Corpo Emocional como reflexo do Corpo Mental

    Segundo Mestre Stephen Co e Dr. Eric B. Robins com John Merryman existem seis passos para a promoção da melhoria na qualidade da saúde que são:

     
     
     
     
     
     
     
     
     

     

    Necessidade do aperfeiçoamento Espiritual

    De acordo com Richard Gerber, M.D. através de sua obra: Medicina Vibracional, p. 135: 

     
     
     
     
     
     
     
     
     

    Na mesma obra consta um interessante conceito para reflexão:

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

     

    CAPÍTULO 6 
     

    Atendimentos rápidos através de tratamentos energéticos 

    Todas as pessoas podem necessitar de serviços, repentinamente, devido a distúrbios ou súbitos sintomas de mal-estar. É sempre providencial haver qualquer tipo de serviços que prontamente, possam minimizar o sofrimento. 

    Neste sentido, o presente trabalho propõe tratamentos holísticos, empregando métodos naturais e que são praticados há milhares de anos pelas antigas civilizações. 
     

    Trabalhando com o Corpo Etérico e seus resultados no Corpo Físico 

    Nos tratamentos executados na hora, os estímulos deverão ser aplicados no corpo físico onde estão localizados os portais, pontos principais de energias e seus respectivos meridianos, incluindo os chakras, mini-chakras e pontos gatilho, para desobstrução energética. 

    Ao se desobstruir os meridianos de energia: será resgatada a conexão do corpo físico com o corpo etérico que é a camada energética que envolve o corpo. Os pontos com acúmulo de energia que se encontram em excesso serão equilibrados com o espalhamento para as áreas menos energizadas, até que se atinja novamente o estado de homeostase, que é o equilíbrio. 
     

    Tratamento emergencial de cinco minutos, tirando da crise aguda. 

    São procedimentos basicamente executados com as mãos. Os métodos aplicados são os conhecidos como quiropraxia, reflexologia, shiatsu, acupressão, acupressura, do-in, toque quântico, polaridade, tratamento prânico e outros. 

    Pessoas presentes no auditório que queiram experimentar a Terapia Energética Instantânea poderão se apresentar voluntariamente. Receberão uma aplicação de 3 a 5 minutos e no minuto seguinte poderão prestar seus depoimentos à platéia dizendo se melhoraram e quanto melhoraram percentualmente. 
     

    Tratamentos posteriores ao emergencial 

    Após o atendimento emergencial proposto, com o indivíduo efetivamente fora da crise aguda e dores insuportáveis, será possível que o mesmo retorne às suas atividades rotineiras, e em boas condições para decidir pelos tratamentos posteriores sejam eles preferencialmente naturais ou até mesmo os ortodóxicos. 

    Em muitos casos de aplicação do programa de Terapia Energética Instantânea nem foram necessários outros tratamentos posteriores, dada a eficácia do método.  
    CAPÍTULO 7
     
     

    O que pode ser tratado pela Terapia Energética Instantânea 

    A seguir, serão apresentados sucintamente os principais procedimentos para os distúrbios mais comuns na rotina diária. 
     
     

    1. Cabeça

      Para dores de cabeça relacionadas à tensão, excesso de trabalho em posição sentada, e que alivia com determinadas posições da mesma, provavelmente se deve a problemas de excesso de energias. 

      Para destros: De frente para o ombro esquerdo da pessoa a ser tratada, colocar a mão esquerda frontal à testa para fins de apoio e com a mão direita segurando com o polegar e o indicador: pressionar os pontos   VB20,    B10, e    VG15,  por aproximadamente 10 a 15 segundos cada um deles. 
       

     

    1. Garganta

      No caso de garganta inflamada, pressionar suavemente os pontos      E9,      E10,

         VC23 com o indicador e o polegar, em forma de pinça por aproximadamente10 segundos em cada um dos pontos. Enquanto uma das mãos pressiona, a outra em forma espalmada, apóia-se na região da nuca, de forma a manter o local tratado entre as mãos. O calor promovido pela mão passiva ajuda na recuperação. 

    1. Pescoço (coluna cervical)

      Para desconfortos na região do pescoço, na região da cervical, deve-se iniciar pela sedação dos pontos   VB21,   IG16,    ID12,    ID15 e   TA15, através de pressionar por aproximadamente 5 a 10 segundos, cada ponto. Logo em seguida toma-se o depoimento da pessoa tratada e que já deve confirmar uma certa melhoria na região tratada.

                                                                               

     
     
     
     
     
     
     


      Em seguida, um pequeno movimento para liberação das vértebras cervicais eventualmente presas, podendo ser executado com a pessoa sentada, de pé ou deitada. Este procedimento deve ser feito com muito cuidado, especialmente em pessoas idosas, crianças ou nos casos da existência de muita dor. 
       
       

    1. Ombros

      Quando os ombros estão doloridos, deve-se trabalhar os seguintes pontos:    VB21,

         IG16,   ID15 e   TA15 mencionados anteriormente, acrescentando-se também os pontos:    TA13,    TA14,    ID9,    ID10,    ID11,    ID12 e    ID13,    P1,    P2 e   

         C1. Deve-se aplicar pressão digital por aproximadamente 5 a 10 segundos em cada ponto.


      Terminada a sessão de pressionamento, deve-se segurar o braço esquerdo com a mão esquerda e com o polegar, pressionar os pontos   IG10 e   IG11 com o polegar da mão direita por 5 segundos. Em seguida, pressionar os pontos    BP20 e    BP21. 

    1. Braços, antebraços, mãos e dedos.

      Aplicar pressão nos pontos IG10, IG11, P2,  TA4,   TA5,  ID7 e   ID8 por 3 segundos de forma gradual, até o limite suportável da dor por uns 5 segundos. 

      Aplicar puxões dos dedos, começando pelo polegar, indicador, médio anular e mínimo, de forma a soltar as articulações. A intensidade da manipulação deve sempre levar em conta a estrutura da pessoa tratada. No caso de crianças e idosos, o cuidado deve ser maior.

      Balançar e vibrar o braço de forma a promover total relaxamento do mesmo, com a soltura das articulações.


    1. Costas (coluna dorsal)

      Com a pessoa de bruços, com o rosto virado para um dos lados, mantendo os braços ao lado do corpo e em máximo relaxamento, alinhar e ajustar as vértebras começando da região lombar para a região cervical. Os movimentos devem ser cadenciados e com força controlada e adequada a cada situação específica que deve levar em conta a resistência, idade, e outros fatores importantes de cada um. 

      Após alinhamento, promover pressões nos pontos ao longo da coluna principalmente seguindo o meridiano da bexiga entre os pontos 11 a 23 e também entre os pontos 36 a. Esta pressão pode ser feita com o dedo indicador, respeitando-se, sempre, o limite da condição da dor. 
       

    1. Costas (coluna lombar)

      Para tratamento das costas no trecho da coluna lombar, deve-se primeiramente trabalhar os pés, especialmente o Ponto R1,   B62,   B60,   B40 e    B57 por 5 segundos, aproximadamente.

    Em seguida, os pontos 23 a 30 do meridiano da bexiga devem ser pressionados por 3 segundos, em ambos os lados da coluna. 

       
       
       

    1. Ciático

      A inflamação do nervo ciático pode ser tratada, primeiramente seguindo os procedimentos para tratamento da coluna lombar. Em seguida deve ser complementado com pressionamento dos pontos     BP6,     BP7,     BP9,     BP10,

          VB37, e    VB38.

    1. Joelho

      Para tratamento do joelho, podem ser aplicados, inicialmente, os procedimentos para a coluna lombar, nervo ciático e em seguida trabalhar os pontos:    R10,   BP9

         BP10,   F7,    F8,   F9,    E34,   E35,   E36 e     E37. Além destes, se necessário podem ser trabalhados os pontos   VB34,   VB35, e   VB36.  Em todos os pontos a pressão deve ser até o limite da dor e por 3 segundos. 


    1. Pernas

      Adotar os procedimentos para tratamento da coluna lombar e em seguida aplicar os pontos reflexos dos pés tanto da sola (Reflexologia convencional) como do dorso (TRV – Terapia Reflexológica Vertical.) Deve-se trabalhar também os tornozelos, liberando a articulação aplicando a quiropraxia. 
       
       

    1. Tornozelo, pé e artelhos.


     
     

      Diversos pontos precisam ser estimulados, sendo o R1 um dos mais importantes.

      Os demais pontos do meridiano do rim devem ser pressionados: R2, R3, R4, R5, R6. Em seguida, o pé deve ser tracionado através de puxões e balanços, com a pessoa tratada sentada em uma cadeira fixa. 
       

    1. Aparelho digestivo

      Os pontos E21, E22, E23 e E24 devem ser pressionados por 3 segundos.

      Deve-se verificar o alinhamento da coluna dorsal, especialmente entre a quinta e a oitava vértebra dorsal. A manobra pode ser executada com a pessoa deitada em uma superfície firme estando de bruços durante o tratamento. 
       
       

                            É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 
       
       
       

    1. Aparelho respiratório

      Os pontos   IG20 e o   E2 devem ser pressionados delicadamente por 10 segundos, orientando a pessoa a permanecer relaxada e com respiração tranqüila. A desobstrução das narinas acontece quase de imediato. 

                                É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    1. Tosse

      Quando possível, as C6, C7, D1, D2 e D3 devem ser ajustadas.

      Uma aplicação de acupressura nos pontos VG14, R27, VC20, VC17, P9 e E36 ritmadas de 30 movimentos em um intervalo de 10 segundos em cada um dos pontos costuma dar resultados espetaculares.

      
     
     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
     
     

    CHOA KOK SUI – Miracles Through Pranic Healing (Milagres do “tratamento” prânico) – 1998. Ed. PENSAMENTO. 

    EDNÉA I.S.MARTINS e LUIZ.B.LEONELLI – A prática do Shiatsu – 2002. Ed. ROCA. 

    FRANK BAHAR – Akupressur (O livro de “tratamento” pela Acupressura) – 2004. Ed. NOVA ERA. 

    LYNE BOOTH – Reflexologia Vertical – 2000. Ed. PENSAMENTO. 

    RICHAR GERBER – Vibracional Medicine – New Choices for Healing Ourselves (Medicina Vibracional – Uma Medicina para o Futuro) – 1999. Ed. CULTRIX. 

    RICHARD GERBER – Vibracional Medicine for the 21st Century (Um Guia Prático de Medicina Vibracional). 2000. Ed. CULTRIX. 

    STEPHEN CO e ERIC B. ROBINS com JOHN MERRYMAN – Your Hands Can Heal You (Suas mãos podem “tratá-lo”) – 2002. Ed. PENSAMENTO. 
     

    Autor: : Seiiti Arata - Terapeuta Holístico – CRT 31513
    Última atualização: 13/05/2007 20:16


    O Tarô Terapêutico e sua relação com os Florais de St. Germain

    O Tarô Terapêutico e sua relação com os Florais de St. Germain


    Andrea Rodrigues Teixeira - Terapeuta Holística - CRT 41933



    A grande invocação
    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra


    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra


    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem.


    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal.


    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.


    Dedicatória
    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes, que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.

    Dedico também a Aparecida Dutra Azevedo, por ser minha terapeuta e mentora dos meus processos emocionais e espirituais.


    Agradecimentos
    Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem a oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

    Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

    Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

    Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.


    Sumário

    1. Introdução..............................................................................................................8

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo..............................................................................8

    1.2.O método freudiano da associação livre................................................................9

    1.3.. Tarô – história e apresentação...........................................................................10

    1.4. Os Florais de Saint. Germain..............................................................................11

    2. Material e metodologia................................................................................................12

    2.1. O método do tarô terapêutico............................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................13

    4. Discussão.....................................................................................................................25

    5. Conclusão....................................................................................................................27

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................28

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................29



    Resumo

    O presente trabalho visa demonstrar, de maneira teórica, a relação que existe entre a aplicação terapêutica dos Florais de Saint Germain, sintonizados por Neide Margonari no Brasil, e as cartas do tarô com uma abordagem junguiana, utilizadas dentro de seu fundamento terapêutico.

    Este importante meio de demonstração dos arquétipos mundiais, presentes em todas as culturas e religiões de diferentes maneiras, pode ser útil e ajudar a esclarecer processos inconscientes que, na sua maioria, não conseguem ser facilmente acessados pelos clientes em terapia. Da mesma maneira, os florais podem ajudar na cura dos diagnósticos proporcionados pelo tarô, num processo terapêutico complementar e que pode apresentar resultados mais eficazes e rápidos dentro da terapia.

    Assim, este trabalho faz esta relação direta entre os dois conhecimentos, demonstrando, no final, que os dois tem mais em comum do que se possa imaginar num primeiro momento.


    1. Introdução


    1.1. Jung e o inconsciente coletivo


    A psicologia analítica, desenvolvida por Carl Gustav Jung, é a que mais pode contribuir para a orientação teórica deste trabalho. Isso porque Jung estudou, inclusive, os arcanos do tarô e várias outras formas dos chamados eventos extrafísicos, ou seja, casos que não podem ser comprovados pela ciência tradicional e que não são aceitos pela mesma, sendo consideradas mitos ou inverdades. De fato, os eventos analisados por Jung, como o tarô, a sincronicidade e tantos outros, não poderiam ser comprovados pela ciência empírica, cega as manifestações energéticas do homem e que não o considera como um todo, ou seja, como um ser holístico.

    Isto posto, vamos analisar, primeiramente a noção básica da psicologia analítica, o conceito de personalidade total (Self). Segundo este conceito, a psicologia humana se desenvolve de duas maneiras concomitantes. Primeiramente uma psique extraconsciente cujos conteúdos são pessoais. E, paralelamente, uma psique cujos conteúdos são impessoais e coletivos, o chamado inconsciente coletivo. (Magalhães, 1984).

    Por inconsciente coletivo podemos compreender uma psique mais profunda, comum a todos os humanos e sem distinção de cultura, raça ou religião. Essa psique seria formada por padrões de estruturação da personalidade nas diferentes fases da vida (infância, adolescência, relação conjugal e profissional, velhice, preparação para morte) chamados de arquétipos. (Magalhães, 1984). A explicação dos arquétipos seria a do “modo como os pássaros fazem o ninho, por exemplo, é um código inato, assim como certos fenômenos simbióticos entre insetos e plantas. Da mesma maneira o homem nasce com certo funcionamento, certo padrão que a torna especificamente humano. Este padrão está expresso nas imagens arquetípicas, ou formas arquetípicas”.

    ( Evans apud Magalhães, 1984).


    A noção de arquétipo, postulando a existência de uma base psíquica comum a todos os humanos, permite compreender por que em lugares e épocas diferentes aparecem temas idênticos, nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de modo geral – seja nos sonhos das pessoas normais, seja no delírio dos loucos”. (Silveira apud Magalhães, 1984).

    Jung ainda coloca os arquétipos como imagens “primordiais” (Burckhardt apud Jung, 1987), ou seja, uma aptidão da mente humana de manter as imagens como elas eram nos primórdios da humanidade.

    Essa hereditariedade explica o fenômeno, no fundo surpreendente, de alguns temas e motivos de lendas se repetirem no mundo inteiro e em formas idênticas...” (Jung, 1987).


    Uma outra noção junguiana muito importante no presente trabalho é a teoria da sincronicidade, desenvolvida pelo autor. Segundo ele, a sincronicidade é a “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos” (Jung, 1971). Porém, estes fatos não são somente uma coincidência estatisticamente comprovada, mas uma manifestação do psiquismo da pessoa com a qual ocorre o fato, a sincronicidades. Jung começou a pensar nisso quando, ouvindo o sonho de uma paciente sobre um besouro, viu o mesmo besouro entrar pela janela de seu consultório. De fato, a possibilidade matemática disto acontecer com eles (médico e paciente) era remotíssima, apesar de possível, o que o fez acreditar que algo no inconsciente coletivo fazia com que os acontecimentos certos aparecessem para determinada pessoa, como um modo de mensagem que deveria ser decifrada como algo importante e que trouxesse desenvolvimento e evolução ao ser em questão. Assim “o fato psíquico modifica ou elimina os princípios da explicação física do mundo está ligado à afetividade do sujeito da experimentação” (Jung, 1971). Ou seja, os fatores da psique humana são capazes de modificar os conteúdos do mundo físico, fazendo com que ocorram as chamadas sincronicidades. A sincronicidade é, portanto, “uma percepção de uma simultaneidade de acontecimentos internos e externos, não necessariamente no mesmo momento – daí serem sincronísticos e não sincrônicos.” (Guimarães, 2004).


    1.2. O método freudiano da associação livre


    Freud, considerado o pai da psicanálise, cunhou o termo associação livre como método eficaz dentro do seu trabalho terapêutico. Por associação livre podemos entender:


    Método que consiste em exprimir indiscriminadamente todos os pensamentos que ocorrem ao espírito, quer a partir de um elemento dado (palavra, número, imagem de um sonho, qualquer representação), quer de forma espontânea.” (Laplanche e Pontalis, 2001).


    Assim, todos os pensamentos que ocorrem ao paciente no momento da sessão são importantes e interessantes no processo da terapia. É como uma porta que se abre no inconsciente e “escolhe” os assuntos ou associações que determinado indivíduo faz em alusão a alguma coisa. Podemos, com isso, pesquisar farto material sobre o assunto em questão e o que poderia parecer mero acaso de fala passa a se tonar material para o trabalho de conscientização.


    1.3. Tarô – história e apresentação


    Vejamos, primeiramente, o que Banzhaf nos diz sobre o tarô:


    “O tarô é um oráculo de cartas que, em sua estrutura atual, é conhecida desde o século XVI. Consiste em 78 cartas, divididas em dois grupos principais: as 22 cartas chamadas Arcanos Maiores (do latim arcanum, que significa “segredo”) e as 56 cartas chamadas Arcanos Menores. Os Arcanos Maiores apresentam figuras ou “personagens” individuais e inconfundíveis, numerados em seqüência clara. Já os Arcanos Menores são precursores do atual baralho de jogo, pois se dividem em quatro séries de naipes” (Banzhaf, 2001).


    Para o presente trabalho vamos considerar somente os Arcanos Maiores do tarô.

    “Erupções dramáticas deste gênero usualmente significam que aspectos negligenciados de nós mesmos buscam reconhecimento.” (Nichols, 1980). Assim, o tarô utiliza-se dos arquétipos do inconsciente coletivo para nos mostrar, por meio de importantes mensagens, aspectos nossos abandonados ou deixados de lado por alguma motivação consciente ou não. A sincronicidade entra na escolha de cada uma das cartas pelo consulente ou pelo tarôlogo. Assim, não é a toa que uma determinada carta é puxada quando o consulente concentra-se em um determinado aspecto de sua vida. O tarô responderá de acordo com a energia psíquica que aquela pessoa desprende no momento da jogada.

    Veja bem, não se trata de uma mágica barata. É toda uma teoria psicológica que respalda os indícios de que as figuras que aparecem no tarô representam de alguma maneira aspectos de nosso inconsciente coletivo. Assim, as cartas podem ser utilizadas por qualquer pessoa, a qualquer tempo. São atemporais como o é o próprio inconsciente, onde não se separa presente, passado ou futuro. Os eventos apresentados nas cartas do tarô podem tanto vir de eventos futuros (aparecendo como previsões) como de eventos passados ou presentes, exatamente pela atemporalidade do aspecto inconsciente. O importante é saber que esses aspectos, quando solicitados pelo consulente no momento da consulta de tarô, aparecerão de acordo com a sua importância na vida psíquica da pessoa, ou de aspectos escondidos que precisam vir à tona (ou seja, eventos inconscientes que precisam ser conscientizados) de coisas que já aconteceram, como de eventos que tem um potencial para acontecerem no futuro e que, de alguma maneira, ainda poderão ser modificados. Por isso que não podemos falar em destino como uma tabula rasa escrita por alguma outra força que não esteja em nós mesmos, mas sim como uma possibilidade dentro dos eventos da vida da pessoa que serão levados a cabo de acordo com cada uma de suas escolhas.

    Assim, os arquétipos representarão o encenar de uma peça que já acontece há muitos séculos, desde os primórdios da civilização, mesmo que mude seu cenário. Por isso a grande quantidade de diferentes modelos de tarô, de diferentes épocas, religiões e conceitos. O aspecto principal é que as figuras não mudam, os arquétipos são apresentados sob diferentes roupagens, mas sempre serão os mesmos.


    1.4. Os Florais de Saint Germain


    Os Florais de St. Germain foram sintonizados pela terapeuta Neide Margonari, a partir de seu chamamento pessoal em 1990. Eles abrangem 79 essências retiradas de flores presentes na Mata Atlântica, nativa da costa brasileira. Conta também com uma fórmula chamada de Fórmula Emergencial. Esta Fórmula Emergencial é usada na maioria dos casos para uma limpeza prévia da aura do paciente e, em alguns casos emergenciais como choques, perdas e o momento de uma notícia que abale a estrutura emocional e espiritual do paciente.

    Na sua maioria, dos Florais de St. Germain são utilizados para o tratamento de doenças nos campos físico, emocional e espiritual, como obsessores e vampirismo psíquico. Por esse motivo, estes foram os florais escolhidos para realizar o trabalho terapêutico dentro da clínica, pois trata o homem como um ser holístico, com todas as suas faces e necessidades específicas.

    A seguir, apresenta-se uma tabela de todas as essências florais de St.Germain e sua utilização clínica.






    2. Material e metodologia


    2.1. O método do tarô terapêutico


    O método do tarô terapêutico é de uso e aplicação simples, mas com grande poder de síntese do processo principal pelo qual a pessoa está passando. Separam-se os 22 arcanos maiores do tarô e é pedido que o consulente embaralhe as cartas concentrando-se, principalmente, no motivo real de seus problemas atuais. O consulente também pode se concentrar em um problema específico. Logo após, o terapeuta abre o baralho à sua frente, de maneira que todas as cartas fiquem viradas para baixo e seja possível puxar qualquer uma delas. Ainda concentrado, o consulente precisa puxar uma única carta, que será o motivo da meditação durante todo o restante da sessão. O terapeuta precisa explicar o máximo sobre a carta em questão e pedir que o consulente faça suas associações com os problemas pelos quais está passando ou conte uma história do que acha que está acontecendo na figura. Assim que terminar o processo, o terapeuta já saberá em quais aspectos da carta é preciso atuar e quais os florais que representam esses aspectos.

    Para cada uma das cartas do tarô, com cada uma de suas representações arquetípicas, é possível relacionar um ou mais florais. Cada floral vai trabalhar um aspecto diretivo da carta em questão, por isso que é necessário o tempo de associação livre entre o terapeuta e o cliente. Neste período, é necessário descobrir porque aquela carta especificamente está entrando na vida do cliente e como as mudanças desses aspectos poderão ser mudados. Os florais servirão como o remédio para a alma, mas o processo de cura vai começar já com o uso da associação livre.

    Assim, como cada arquétipo trabalha determinados aspectos da psique humana e os florais de St. Germain também, foi possível fazer a associação dos aspectos presentes nos arcanos do tarô (arquétipos) e as soluções apresentadas por cada um dos florais. Assim, dependendo de cada aspecto que seja encontrado na elaboração terapêutica do tarô é possível receitar determinado floral, respeitando a sua aplicação para aquele determinado caso. Nos resultados, apresentam-se as relações possíveis entre cada arcano arquetípico e o uso dos Florais de St. Germain.





    3. Resultados


    A seguir, apresentam-se as relações entre os florais, as cartas do tarô e as possíveis associações terapêuticas:


    O Louco“O louco é o andarilho, enérgico, ubíquo e imoral” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa a pessoa que precisa soltar-se mais, precisa esquecer o passado, as mágoas e impulsionar em direção à vida e ao futuro. Pode representar pessoas que tem um louco dentro de si, mas tornaram-se metódicas e enfadonhas, atingindo um alto grau de depressão ou desespero sem motivo. Pode evocar estados de síndrome do pânico, onde toda a energia represada precisa ser solta de alguma maneira. Também evoca a energia presa que gera estados de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na divindade), Algodão (desbloqueia a ligação com a intuição e com o instinto), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Gerânio (depressão, ansiedade e medos infundados), Bom dia (dificuldade de enfrentar a vida), Dulcis (estagnados na sua jornada), Embaúba (mágoa profundas), Ipê roxo (fortalecimento do Self), Panicum (Síndrome do pânico), Piper (se sentem travados, hábitos obsessivos), Saint Germain (insanidade, desligamento com o Eu interior), Verbena (rigidez mental), Anis (pessoas que não se entregam pra viver sua vida na plenitude), Coronarium (Trabalha os estados de mania, paranóia, insanidade, demência e loucura), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Lírio Real (ser livre em qualquer situação), Ameixa (perda do controle mental), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes inúteis), Madressilva (aprisionadas ao passado) e Pinheiro Libertação (Liberta aspectos aprisionados na alma).


    O Mago “O mago é capaz de realizar sua mágica diante de nós, bastando para isso que assistamos às suas representações.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa o adolescente, que acaba de começar a sua jornada ou alguém que acaba de começar uma coisa nova. Pessoas muito ligadas com o superficial, identificadas quase que totalmente com o ego, que precisam do outro para se sentir queridas, amadas ou reconhecidas. Falta de reconhecimento da realidade, pessoas muito iludidas ou presas a fantasias.

    Florais relacionados: Aloe (Independência e autoconfiança), Gerânio (desligado da realidade), Erianthum (egoísmo, autocentramento e superficialidade), Capim Seda (pessoas que se deixam levar pela energia dos outros), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Gloxínea (novos começos), Amygdalus (presa no mundo das ilusões), Grandflora (algozes e sádicas), Helicônia (Aprisionadas nas malhas da ilusão das glorias da ascensão social), Limão (de índole mentirosa), Purpureum (manipuladores), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Bambusa (desviaram-se do seu caminho por influência dos outros), Indica (revela o oculto, o que está por traz das aparências), Myrtus (para pessoas presas no mental do outro), Triunfo (só dar valor às aparências), Vitória (autenticidade), Pau Brasil (energia para despertar nossos talentos latentes, nossa real vocação) e Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real).



    A Sacerdotisa“Dela é o reino da profunda experiência interior; dela não é o mundo do conhecimento exterior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Representa a pessoa que não consegue se ligar à sua espiritualidade por não estar ligada ao seu lado feminino. São mulheres com dificuldades no feminino sagrado e homens que não conseguem acessar sua porção mulher, gerando machismo e falta de respeito pelo feminino. Mulheres que perderam a intuição por conta do mundo competitivo em que vivemos e do acúmulo de tarefas. Pessoas que, em geral, precisam refazer seu contato com o seu espírito. Mulheres com forte TPM por conta desse distanciamento.

    Florais relacionados: Abundância (amor incondicional), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Luz (emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Cidreira (pessoas sobrecarregadas), Gloxínea (baixa auto-estima e acumulo de afazeres), Patiens (desenvolvimento da paciência, flexibilidade e tolerância), Pectus (padrões de submissão), Purpureum (TPM e acúmulo de líquidos), Indica (desperta a intuição), Rosa Rosa (amor incondicional), Vitória (sentimento de inadequação), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Lótus do Egito (expansão da consciência e da espiritualidade) e Cocos (personalidade capacho).


    A Imperatriz “É, portanto, a Imperatriz quem faz às vezes de ponte entre o Mundo Mãe de inspiração e o Mundo Pai de lógica e laboratórios...” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa travada no seu processo criativo por afastamento do seu lado feminino. Falta de inspiração para mudar o que precisa ser mudado. Excesso de “amor”, relacionamentos destrutivos e sufocantes. Falta de fertilidade e de prosperidade. Excesso de dramaticidade do real. Pessoa ciumenta e invejosa.

    Florais relacionados: Abundância (amor incondicional), Algodão (bloqueio no ouvir e ver internos), Aloe (acessar a independência e a autoconfiança), Capim Seda (desbloqueio do fluxo natural), Erianthum (não se aprofundam na vida e nos relacionamentos), Leucantha (conexão com a grande Mãe interna), Limão (personalidade invejosa), Perpétua (perdas afetivas), Pepo (dificuldade de perceber e despertar para as situações da vida), Abricó (dificuldade de concretizar), Boa Sorte (remove os obstáculos para prosperar), Indica (intuição), Monterey (culpa consciente ou inconsciente), Rosa Rosa (amor incondicional), Fórmula Leucantha ( rejeição da gravidez) e Poaia Rosa (amor incondicional e espiritual).


    O Imperador – “Aqui começa o mundo patriarcal da palavra criativa, que inicia o domínio masculino do espírito sobre a natureza.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de senso prático. Excesso de ilusões e fantasias. Falta de concretude. Problemas com figuras de poder, como chefes. Racionalizar demais como mecanismo de defesa. Falta do princípio da ação, pessoa acomodada. Falta contato com a realidade, vive no mundo mental, das idéias sem concretizar nada. Problemas em se destacarem do todo e em encontrar soluções na vida profissional.

    Florais relacionados: Abundância (expansão da consciência), Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor, útil para governantes e políticos), Aloe (verdades que o inconsciente sabe mas a pessoa não quer enxergar), Amygdalus (pessoas presas no mundo da ilusão), Bom dia (depressão camuflada), Cidreira (ansiedade), Embaúba (vistos como preguiçosos e passivos por questões internas), Erianthum (mau humor, ira e teimosia), Gerânio (postura mental negativa, desligadas da realidade), Grandflora (pais que batem nos filhos), Pectus (energia para enfrentar), Pepo (dificuldade de perceber e despertar para as situações da vida), Sapientum (impotência sexual), Verbena (rigidez mental), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Chapéu de Sol (útil aos que começam a se destacar), Cocos (se sente fraco e sem fibra diante de certas situações), Mimozinha (dificuldade de se articular nas situações), Monterey (complexo de inferioridade), Vitória (trabalha a autenticidade), Aveia Selvagem (poder sobre suas próprias decisões), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Pau Brasil (nossa real vocação).


    O Sumo Sacerdote – “... a personificação exteriorizada da luta do homem pela conexão com a divindade – da sua dedicação à busca do significado, que coloca o homem acima dos animais” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Perda da ponte entre Deus e o homem. Crenças infundadas. Necessidade do outro para ver suas próprias questões. Projeção. Inveja. Falta de consciência do seu poder espiritual. Complexo de herói. Afastamento da parte sagrada do Self. Fanatismo religioso.

    Florais relacionados: Allium (Proteção espiritual), Capim Seda (se deixam influenciar pela energia dos outros), Erbum (sincronismo entre alma e corpo), Gloxínea (baixa auto-estima), Helicônia (padrões voltado ao externo), Limão (personalidade invejosa), Pepo (muito apegadas a bens materiais), Purpureum (manipuladores), Saint Germain (desligamento com o Eu Superior), Scorpius (pessoas críticas e provocadoras), Tuia (culpa inconsciente do “pecado”), Verbena (idéia fixa e falta de flexibilidade), Wedélia (desligamento do Eu Superior), Mangífera (perderam a fé), Cocos (personalidade capacho), Laurus Nobilis (romper ligações com crenças religiosas), Rosa Rosa (perda da fé), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Poaia Rosa (sincronicidade da nova ordem planetária).


    O Enamorado – “Podemos ver nesse moço a personificação do jovem e vigoroso ego, pronto para enfrentar a vida e seus problemas sem a ajuda de ninguém.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Fragilidade do ego. Fraqueza para tomar decisões. Excesso de indecisão. Processo de fuga dos conflitos. Excesso de fantasia como fuga da realidade. Não consegue se conectar com a mãe interna, não cortou o cordão umbilical da mãe real. Dependência emocional. Imaturidade.

    Florais relacionados: Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor), Aloe (inadequação e negação de si mesmo), Amygdalus (controle das emoções pela compreensão da mente), Bom dia (dificuldade para enfrentar a vida), Curculigum (dificuldades de impor limites), Leucantha (acessar a Mãe interna/ personalidades indecisas, confusas e dependentes), Pectus (energia para enfrentar), Perpétua (perdas efetivas), Sapientum (útil para pessoas imaturas), Thea (útil em situações de mudanças e conflitos), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Anis (não se soltam para viver a vida em plenitude), Carrapichão (combate o vampirismo), Grevílea (invadidos no seu espaço pelo outro), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Lírio da Paz (proteção dos envolvimentos que nos prejudicam), Lírio Real (ser livre), Aveia Selvagem (pessoas muito indecisas), Lótus/ Magnólia (perceber o que é nosso e o que é do outro) e Pau Brasil (útil para adolescentes que estão procurando os seus caminhos).


    O Carro – “ A jornada exterior não é apenas um símbolo da jornada interior, mas também o veículo para o nosso autodescobrimento” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Inflação do ego. Falta de equilíbrio e discernimento. Ter energia, mas não ter objetivos claros. Instabilidade emocional. Somatização de doenças por conta do emocional. Estados de mania e ansiedade. A pessoa que “coloca o carro na frente dos bois”. Medos infundados. Estagnação. Medo de tomar as rédeas e de dirigir.

    Florais relacionados: Algodão (remoção de energias negativas n corpo físico), Allium (devolve a calma e o discernimento), Amygdalus (controle dos desejos), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Cidreira (ansiedade), Dulcis (se sentem estagnados em sua jornada), Erbum (ritmo das pessoas rápidas demais), Erianthum (egoísmo), Focum (medo de dirigir), Gerânio (ansiedade e medos infundados), Helicônia (vaidade e exibicionismo), Pectus (energia para enfrentar), Perpétua (saudades de quem partiu por viagem), Piper (para quem se sente travado), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Boa Sorte (proteção), Cocos (estado de resignação), Coronarium (mania, agitação interna), Ameixa (perda do controle mental), Lótus do Egito (harmonia e enlevo da alma sem o envolvimento do Ego), Lótus/Magnólia (proteção) e Sergipe (abertura e amplitude da mente).


    A Justiça – “O equilíbrio é a base da Grande Obra” (Aforismo alquímico apud Nichols, 1980)

    No processo terapêutico: Estado de regressão infantil. Pessoa que usa a raiva contra os outros e comete crimes. Auto-culpa acentuada. Falta de equilíbrio mental. Mudanças repentinas de humor. Em casos mais graves Transtorno Bipolar (estados alternados de mania e depressão). Falta de responsabilidade. Sentimento de injustiça.

    Florais relacionados: Allium (discernimento), Curculigum (conflitos e culpas internas), Embaúba (sentimento de injustiça), Gloxínea (confusão de desordem interna), Grandflora (pessoas algozes e sádicas), Patiens (disciplina interna e organização mental), Purpureum (Limpeza dos corpos inferiores), Saint Germain (Estado de insanidade), Sapientum (energia da sabedoria), Unitatum (criança interior ferida), Varus (culpa), Coronarium (mania, paranóia), Indica (revela o que já sabíamos inconscientemente), Grevílea (transmutação dos sentimentos de raiva), Monterey (culpas conscientes ou inconscientes), Arnica Silvestre (pessoas injustiçadas), Myrtus (presas no mental do outro) e Ameixa (perda do controle mental).


    O Eremita – “... o frade aqui retratado personifica uma sabedoria que não se encontra em livros”. (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Sentir solidão por distância do si mesmo (vazio da alma). Fanatismo religioso. Depressão. Projeção em figuras místicas ou religiosas. Falta de sabedoria com as experiências. Retirar-se da vida por vontade própria. Falta de senso de observação e dificuldade de introspeção. Pessoa espiritualmente atacada. Superficialidade. Desligamento do Eu Superior.

    Florais relacionados: Algodão (bloqueio no ouvir e ver interno), Allium (proteção contra vampirismo astral), Begônia (acessar seu oráculo interno), Bom dia (dificuldade de enfrentar a vida), Capim Seda (pessoas que se deixam influenciar pela energia dos outros), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados), Erianthum (superficialidade), Gerânio (depressão), Helicônia (padrões voltados ao externo), Incensum (elevação do nível vibratório), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (liberta o corpo da vítima de trabalhos de magia), Sorgo (vazio da alma), Thea (útil na meditação), Wedélia (desligamento do Eu Superior), Abricó (sentimento de solidão), Bambusa (desviaram-se do seu caminho por influencia dos outros), Boa Sorte (proteção), Carrapichão (vampirismo por sondas astrais), Indica (revela o que está por traz das aparências), Lírio da Paz (proteção dos envolvimentos que nos prejudicam), Myrtus (presas no mental do outro, seitas), Rosa Rosa (perda da fé), Triunfo (só dão valor as aparências), Vitória (ilumina o lado obscuro da alma), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Lótus do Egito (harmonia e enlevo da alma sem o envolvimento do ego), Lótus/Magnólia (proteção, perceber o que nosso o que é do outro), Pinheiro Libertação (campos profundos da alma) e Poaia Rosa (alinhamento rítmico das nossas atividades no cotidiano com as energias mais aceleradas do plano espiritual).


    A Roda da Fortuna – “... estamos presos no intérmino girar predestinado da Roda da Fortuna? Ou essa carta nos oferece outras mensagens, mais cheias de esperança?” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Estagnação. Envolver-se demais com os problemas externos desconsiderando a sua essência. Não aceitação dos fatos da vida como naturais e excesso de sofrimento por isso. Pessoa dramática e vitimesca. Pessoa que não consegue acessar transformações e mudanças necessárias à evolução humana e espiritual. Pessoa presa ao passado, que espera que sempre as coisas se repitam. Não consegue mudar o comportamento e, consequentemente, não consegue mudar as coisas. Precisa entender a relação entre seu interno e seu externo.

    Florais relacionados: Algodão (ajuda a enxergar a realidade ao nosso redor), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Seda (desfazer o bloqueio energético do fluxo natural), Dulcis (se sentem estagnados em sua jornada), Erbum (pessoas que sofreram os revezes da vida), Erianthum (não se aprofundam na vida e nos relacionamentos), Pectus (abandonar padrões repetitivos de submissão e resignação), Piper (para quem se sente travado), Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real), Anis (pessoas que não se soltam para viver a vida na sua plenitude), Boa Deusa (aos que levaram rasteira da vida), Lírio Real (ser livre), Alcachofra (traz abertura e receptividade), Canela (ampla visão das questões da vida), Flor branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada) e Populus Panicum (sentimento de insegurança com relação à própria vida e compreensão dos acontecimentos e o caminho certo a seguir).


    A Força – “As energias outrora empenhadas na adaptação exterior começarão agora a preocupar-se mais com o crescimento interior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Lado emocional exacerbado. Ser dominado pelas emoções. Falta de controle da raiva e do ódio. Violência. Doenças psicossomáticas. A pessoa não consegue aceitar as suas emoções e elas acabam o engolindo. Fraqueza física e emocional. Sexualidade desequilibrada. Indecisão quanto à própria identidade sexual.

    Florais relacionados: Aloe (pessoas fragilizadas e vulneráveis), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Capim Luz (remover emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Embaúba (vistos como preguiçosos e passivos – quando isso é gerado pela sensação de fraqueza), Erianthum (mau humor e ira), Focum (traumas violentos), Gloxínea (sentem-se inúteis e incapazes), Limão (pessoa de personalidade destrutiva), Melissa (distúrbios de ordem nervosa), Saint Germain (conflito com a identidade sexual), Sapientum (impotência sexual ou sexualidade exacerbada), Tuia (falta de controle dos impulsos sexuais) e Cocos (para quem se sente fraco, sem fibra).


    O Enforcado – “Com as mãos amarradas atrás das costas, o Enforcado se acha tão indefeso quanto um nabo. Está nas mãos do Destino” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de coragem para abandonar o velho e conquistar o novo. Acomodação extrema. Necessidade de se voltar para dentro para voltar como uma pessoa renascida. Deixar-se nas mãos do Destino.

    Florais relacionados: Aloe (sentem-se desprezados e traídos), Arnica Silvestre (ferimentos e traumas morais e físicos), Bom dia (dificuldade de levantar pela manhã), Embaúba (preguiça e passividade), Gloxínea (novos começos), Ipê Roxo (situação sem saída de grandes traumas e estresse), Pectus (energia para enfrentar), Piper (estagnação), Unitatum (carregam a sensação constante de traição), Boa Deusa (traições), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado/ posturas condicionadas e ultrapassadas), Lírio Real (liberta), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes e velhas cargas mentais e emocionais), Madressilva (aprisionados ao passado) e Pinheiro Libertação (liberta aspectos aprisionados na alma).


    A Morte – “Na natureza nada se perde. O rei está morto. Viva o rei” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Apego. Dificuldade de aceitar as mudanças. Pessoas arraigadas às velhas formas e velhas crenças. Apego a pessoas ou situações. Carregar um cadáver que não tem mais utilidade.

    Florais relacionados: Capim Luz (dissolver emoções difíceis do inconsciente), Focum (remove traumas violentos dessa vida e de vidas passadas), Gerânio (ancoragem no momento presente), Gloxínea (novos começos), Alcachofra (força para perceber as posturas arraigadas que nos prendem ao passado), Helicônia (medo de perder o que não tem), Perpétua (perdas afetivas e perdas de pessoas queridas irreparáveis), Verbena (rigidez mental), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Flor Branca (desfazer-se de velhas atitudes e velhas cargas mentais e emocionais) e Madressilva (para os que estão aprisionados ao passado).


    A Temperança – “O tema dessa carta associa a temperança à Aquário, o carregador da água, o décimo primeiro signo do zodíaco.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de equilíbrio das emoções. Pessoa muito fria ou muito calorosa. Problemas em deixar fluir a vida e resolver, de forma natural, os seus conflitos. Pessoa não consegue ver a saída porque não analisa todas as partes do problema. Problemas circulatórios. Falta de confiança no fluxo da vida. Impaciência.

    Florais relacionados: Abundância (confiar no Universo), Capim Seda (desfazer o bloqueio energético do fluxo natural), Amygdalus (controle das emoções pela compreensão da mente), Erbum (ritmo das pessoas rápidas ou lentas demais), Ipê Roxo (situações sem saída), Melissa (energia da alegria, felicidade e vontade de ser melhor), Patiens (desenvolvimento da paciência), Sapientum (energia de sabedoria), Sorgo (entrega e confiança), Anis (pessoas que não se entregam para viver a vida em plenitude), Mangífera (para os que perderam a fé), Mimozinha (dificuldade de se articular nas situações), Aveia Selvagem (falta de discernimento) e Canela (ampla visão das questões da vida).


    O Diabo – “Chegou o momento de enfrentar o Diabo” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A não aceitação dos aspectos negativos do Ego como a arrogância, a inveja, a ganância, faz com que acabemos escravos deles. Ser escravizado por sua própria sombra por medo de enfrentá-la. Pode tornar-se uma pessoa malévola para si mesmo, descuidando de si por sentir-se culpado e gerar doenças e tragédias. Abertura de mediunidade não trabalhada, que leva a problemas espirituais. Falta de proteção. Promiscuidade e mau uso da sexualidade.

    Florais relacionados: Algodão (remove energias negativas, dissolve rombos na aura), Allium (desobsessão, proteção e desafaz encantamentos), Aloe (verdades que o inconsciente sabe, mas que não quer enxergar), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Arnica Silvestre (costura rombos na aura), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados), Erianthum (egoísmo, autocentramento e superficialidade), Grandflora (pessoas algozes e sádicas), Helicônia (personalidades narcisistas, vaidade e exibicionismo), Incensum (elevação do nível vibratório), Limão (personalidade amarga, de índole mentirosa, destrutiva e invejosa), Pepo (pessoas muito apegadas aos bens materiais), Purpureum (limpeza dos corpos inferiores, ladrões, manipuladores), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (desmanchar trabalhos de magia negra), Scorpius (personalidade índole escorpião), Tuia (personalidade promíscua, sem pudor), Wedélia (corrupção e ganância da personalidade), Carrapichão (vampirismo), Triunfo (pessoas que estão no negativo, só dão valor às aparências), Pinheiro Libertação (Liberta aspectos aprisionados da alma) e Poaia Rosa (amor incondicional).


    A Torre – “Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Preso a padrões mentais destrutivos e antigos. Não consegue se jogar de sua prisão inconsciente. Preso a crenças antigas ou a situações desagradáveis. Pode representar uma pessoa que passou por uma destruição (como tragédias e problemas de saúde) e não consegue se reestruturar do trauma. Falta de fé na intervenção divina e em si mesmo. Falta de autoconfiança.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na Divindade e no Universo), Aloe (acessar a independência e a autoconfiança), Arnica Silvestre (ferimentos e traumas morais e físicos), Curculigum (separação, rupturas amorosas ou grandes traumas por morte de pessoa próxima), Focum (remove traumas violentos), Ipê Roxo (situações sem saída de grandes traumas e estresse), Pectus (energia para enfrentar e interromper padrões repetitivos de submissão e resignação), Perpétua (perdas efetivas e perdas de pessoas queridas irreparáveis), Boa Deusa (aos que levaram rasteira da vida), Laurus Nobilis (romper ligações com o passado), Mangífera (para os que perderam a fé e a esperança por situações de grande sofrimento), Rosa Rosa (perda da fé) e Flor Branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada).


    A Estrela – “Não usando nenhuma proteção ou máscara, releva a sua natureza básica” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Espiritualidade usada para ter poder. Egoísmo. Inflação do ego. Arrogância e falta de preocupação com o outro. Falha nos projetos. Estagnação dos projetos de vida. Confunde aquilo que se é na essência com a sua máscara. Falta de contato consigo mesmo.

    Florais relacionados: Algodão (remoção dos bloqueios causados por forças psíquicas astrais), Allium (anula mal olhado), Amygdalus (controle dos desejos, das paixões e da cobiça), Dulcis (sintonização com os planos mais elevados, se sentem estagnados na sua jornada), Erianthum (longe do propósito da sua essência), Incensum (elevação do nível vibratório), Limão (carregam o sentimento de amargura por causa dos outros), Piper (para os que se sentem travados), São Miguel (desmanchar trabalhos de magia negra), Verbena (Presunçosos, idealistas, intolerantes, arrogantes), Alcachofra (vergonha do próprio desenvolvimento espiritual), Aveia Selvagem (contato interno com as energias superiores), Flor Branca (limpeza e desbloqueio de energia estagnada), Lótus do Egito (expansão da consciência) e Poaia Rosa (sincronicidade).


    A Lua – “... o próprio herói está ausente” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Loucura, depressão profunda. Não consegue enxergar as saídas para nenhum problema. Estado catatônico. Se perder o contato com a consciência, estados psicóticos. Mediunidade se confunde com problemas psiquiátricos. Perda do limite entre a razão e a loucura. Tendência a vícios. Baixa auto-estima. Síndrome do pânico.

    Florais relacionados: Algodão (remove energias negativas, limpeza de vícios ou abusos do corpo físico), Aloe (baixa auto-estima, angústia), Embaúba (feridas crônicas), Gerânio (depressão, ansiedade e medos infundados), Gloxínea (baixa auto-estima), Ipê Roxo (situações sem saída de grandes traumas e estresse), Panicum (síndrome do pânico), Saint Germain (depressão profunda), São Miguel (desmanchar trabalhos), Thea (combate a depressão), Abricó (sentimento de solidão), Carrapichão (vampirismo por sondas astrais), Coronarium (mania, paranóia, insanidade, demência e loucura), Triunfo (pessoas que estão no negativo), Lótus/Magnólia (floral de proteção) e Pinheiro Libertação (liberta os aspectos aprisionados da alma).


    O Sol – “... onde a vida não é mais um desafio a ser vencido, mas uma experiência a ser desfrutada.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Tristeza, aprisionamento do ego, falta de auto-estima e de autoconfiança. Pessoa não consegue ser feliz com o que tem, não consegue ver as pequenas alegrias da vida. Mau humor. Hipocrisia. Critica demasiada. Orgulho. Vaidade.

    Florais relacionados: Abundância (confiar na Divindade), Aloe (sentimento de desvalorização, inadequação e negação de si mesmo), Capim Seda (desbloqueio do fluxo natural), Cidreira (preocupação, pensamentos obsessivos), Gloxínea (Sentem-se inúteis e incapazes), Helicônia (para personalidades narcisistas, vaidade, exibicionismo), Ipê Roxo (esperança dos sonhos realizados), Melissa (desesperança), Scorpius (pessoas críticas e provocadoras), Sorgo (entrega e confiança), Unitatum (criança interior ferida), Wedélia (ganância), Anis (pessoas que não se soltam), Boa Sorte (remove obstáculos para prosperar), Chapéu de Sol (pessoas invejadas), Lírio Real (ser livre), Mangífera (perderam a fé e a esperança) e Canela (ampla visão das questões da vida).


    O Julgamento – “O Julgamento dramatiza o momento da ressurreição espiritual de diversas maneiras.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Desequilíbrio. Ficar preso na experiência em si e não na sua análise. Resistência a mudanças. Depressão, tristeza e falta de discernimento e senso crítico. Racionalizar demais as emoções ou dramatizar demasiado. Dificuldade de impor limite e dizer não. Culpas.

    Florais relacionados: Amygdalus (pessoas presas no mundo da ilusão), Curculigum (dificuldade de impor limites e dizer não), Dulcis (estagnados na jornada), Embaúba (sentimento de injustiça), Gerânio (desligada da realidade, depressão), Patiens (suportar situações de grande pressão), Sorgo (perdão), Grevílea (transmutação dos sentimentos) e Monterey (culpa).


    O Mundo – “Chegamos à culminação da longa jornada” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de elementos no ego. Fracassos acumulados. Pessoa que não consegue concluir o que começou, pois sente que se perdeu. Sensação de estar perdido, de ter esquecido algo no meio do caminho. Problemas de memória. Falta de conscientização. Coloca a culpa de tudo nos outros e não assume a sua responsabilidade. Idealização demasiada das pessoas e das situações.

    Florais relacionados: Algodão (enxergar a realidade ao nosso redor), Begônia (pureza para chegar ao autoconhecimento), Capim Luz (remover emoções difíceis de serem acessadas no inconsciente), Dulcis (tônico espiritual), Gerânio (ancoragem no momento presente), Gloxínea (medo de errar), Goiaba (medo da perda de controle), Melissa (desesperança, ansiedade e tristeza), Sapientum (acessar a sabedoria de vidas passadas), Varus (conflito entre a vida idealizada e a vida real), Abricó (dificuldade de realizar e concretizar), Boa Sorte (abre caminhos), Coronarium (dificuldade de aprendizado, ativa a memória), Alcachofra (transformações na consciência), Ameixa (perturbação interior), Lótus do Egito (expansão da consciência), Sergipe (abertura, amplitude da mente) e Poaia Rosa (sincronicidade com a nova ordem planetária).


    1. Discussão


    Podemos perceber que a descrição dos arquétipos apresentados por Nichols guarda sempre uma relação com os florais apresentados por Neide Margonari. Os arquétipos se repetem como disse Jung, em todas as manifestações culturais globais o que nos faz perceber que, do ponto de vista terapêutico, tanto o tarô quanto os florais possuem a mesma função, só que utilizam métodos diferenciados de execução. Ambos pretendem melhorar o estado global do ser humano, do ponto de vista “biopsicoespiritosocial”. Ambos empenham-se em descobrir e corrigir as facetas mais instintivas do homem, bem como suas manifestações psicológicas de maneira geral.

    Podemos perceber, também, que um mesmo floral pode ser usado em diferentes situações. A Fórmula Emergencial, por exemplo, serve para qualquer uma das situações, sendo usada conjuntamente com outras fórmulas, se esse for o caso. Cabe ao terapeuta entender quais os florais que mais se adequam a situação em que o cliente está exposto, mesmo que isso signifique uma fórmula com vários florais, já que os Florais de St. Germain não estabelecem um número limite de uso.

    A Fórmula Emergencial não foi mencionada especificamente por poder fazer parte de qualquer um dos diagnósticos fornecidos pelo tarô, como um floral de limpeza e fortificação de todos os corpos para receber o tratamento. Neide Margonari recomenda que ele seja usado durante uma ou duas semanas antes do início de um tratamento, seja ele qual for, ou concomitante à fórmula proposta. Assim, ele serve como um bálsamo até mesmo para esperar que o terapeuta tenha mais elementos para diagnosticar a situação.

    Os arquétipos universais do tarô trabalham de maneira a despertar no cliente elucubrações sobre o tema proposto. Abrem os caminhos da consciência para elucidação de seus mais íntimos e inacabados processos terapêuticos e nos fazem meditar à medida que aprendemos a usar todos os nossos potenciais.

    Por outro lado, os florais agem no nível inconsciente diretamente, num caminho que não nos parece oferecer placas de sinalização. De maneira geral, o cliente toma o floral sem nem mesmo saber as razões claras e conscientes para aquilo. Porém, ele age nos níveis mais profundos dos corpos sutis e da alma.

    Assim, enquanto o tarô trabalha de fora para dentro, através da conscientização, os florais trabalham de dentro para fora. É inevitável que se encontrem no meio do caminho da cura do paciente e potencialize um ao outro.

    Ainda é possível pensar num diagnóstico casado, com mais de uma carta do tarô, onde a possibilidade de interpretação e de precisão ficaria ainda maior. Assim, é possível utilizar duas ou três cartas, principalmente quando o diagnóstico parece difícil de ser acessado por uma limitação do cliente ou, por vezes, do próprio terapeuta. Seria interessante utilizar essa técnica e procurar os florais que se repetem no diagnóstico como os mais importantes para a elaboração da fórmula.

    Nota-se também que cada uma das cartas tem mais de uma possibilidade de interpretação. Esse aspecto deve ser levado em conta e procurar encontrar o exato ponto de confluência entre a carta e a história relatada pelo cliente. Assim, pode-se precisar o diagnóstico sem margens de erros. Por vezes, pode ser necessária mais de uma sessão para que o processo de associação livre fique claro e livre de interferências.



    1. Conclusão



    Fica esclarecido, assim, de que forma a união das duas técnicas terapêuticas, tarô e florais, e quando o tarô também se propõe a isso e não a mero objeto divinatório, potencializa a cura do paciente tornando-a mais eficaz e mais rápida. Os dois caminhos (interno para o externo, e externo para o interno) estão sendo trabalhados. Enquanto o cliente toma o seu floral, sabe os motivos e os processos que o estão levando a tomá-lo e cria a consciência necessária para que seus corpos sutis também possam aceitar as mudanças propostas.

    De fato, tanto as relações entre os florais e o tarô, quando as maneiras como essa relação pode ser usada na terapia ainda não estão finalizadas. Ainda podemos perceber que existe muito a estudar e pesquisar sobre o tema, inclusive com o relato direto de casos e comprovações. Este trabalho apenas se propôs a demonstrar as coincidências teóricas que podem ser levadas a cabo ao longo de um processo terapêutico. Este trabalho foi o início de uma jornada arquetípica para, uma vez mais, desenvolver técnicas que ajudem as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida e, em muitos casos, estabelecer a cura de suas feridas emocionais mais profundas. Tanto na evolução da humanidade, num contexto geral, como dos seres humanos, no contexto individual.

























    1. Referências bibliográficas




    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994.


    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo. Editora Madras.2004.


    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.


    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004.


    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964


    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999.


    JUNG.C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.


    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.


    MARGONARI.N. Florais de Saint Germain – os doze raios divinos. 2ª edição.São Paulo. Edições Florais de Saint Germain. 1999


    MARGONARI.N. Os florais de saint Germain – repertório- dicionário – atuação dos 12 raios divinos. 4ª edição. São Paulo. Edições Florais de Saint Germain.s/d.


    NICHOLS, S. Jung e o Tarô: Uma jornada arquetípica. Edição 9.São Paulo.Cultrix.2000


    PIERI.P.F. Dicionário Junguiano.. 1ª edição. São Paulo. Editora Vozes. Paulus Editora. 1998.


    RAPPAPORT, C.R. Teorias da personalidade em Freud, Reich e Jung. 1ª edição. São Paulo. EPU. 1984.










    1. Anexos e Apêndices


    Tabela 1 – Significado arquetípico das cartas do tarô


    Arcano

    Nomenclatura

    Significado

    0

    O Louco

    É a carta que não tem número. Liga o mundo real ao mundo espiritual .O inconsciente na sua forma mais pura, lado instintivo. Por saber usar esse lado instintivo, é ele que impulsiona nossas vidas para frente.

    1

    O Mago

    Inicio do processo de individuação proposto por Jung. Começo do pé na realidade da vida. Pode ser tanto mágico criador como embusteiro. Energias domesticadas, elementos para começar no caminho da vida. Porém, pode criar ainda as ilusões, aparência da realidade. Sugere ação.

    2

    A Sacerdotisa

    Representa o princípio feminino da divindade, o yin primário e as deusas femininas. Receptividade. Passividade. Contenção e tradição. Persistência, amor e paciência feminina. Experiência interior. Espiritualização.

    3

    A Imperatriz

    O princípio feminino no sentido Terra, Mãe, mundano. Capacidade criativa. Poder do amor. Sociabilidade e socialização. Ação e conclusão. Criação. Capacidade intuitiva. Inspiração.

    4

    O Imperador

    Princípio masculino yang. Racionalidade. Princípio da realidade. Ação. Consciência. Responsabilidade. Figuras masculinas de poder (pai, chefe). Mente.

    5

    O Sumo Sacerdote

    Liga o mundo interno e externo de maneira mais consciente. União do masculino e do feminino sagrado. Ponte entre o homem e Deus. Contato do homem com o seu espírito. Consciência do poder espiritual. Principio masculino e racional da espiritualidade.

    6

    O Enamorado

    Conflito. Princípio da realidade. Consciência. Desejos antagônicos. Romper o cordão umbilical. Encontrar a força dentro de si. Dúvidas. Ligar a vida espiritual e emocional. Conflito como fonte de crescimento e evolução.

    7

    O Carro

    A viagem pela vida. Autodescobrimento através das vivências e experiências. Ação. O próprio corpo do consulente. Estabilidade. Proteção.

    8

    A Justiça

    Dualidade humana. Inocência e culpa. Equilíbrio. Responsabilidade gerada pelo conhecimento. Fim das ilusões e da inconsciência. Poder de discriminação entre o certo e o errado. Necessidade de pesar as coisas. Opostos trabalhando juntos.

    9

    O Eremitha

    Necessidade de solidão e meditação. Encontrar os significados interiores. Espiritualização. Observação. Sabedoria. Aspectos ligados à mediunidade.

    10

    A Roda da Fortuna

    O dentro e o fora. O eterno girar da vida e dos acontecimentos. Dentro é a essência e fora o acontecer. Equilíbrio quando no meio da roda, olhando a situação de dentro e deixando com que as coisas aconteçam. Mudanças. Nascimento e morte. Uso do instinto e do mental como forma de equilíbrio.

    11

    A Força

    Força do instinto. Domínio das emoções através da anima (força feminina). Domínio do nosso lado animal. Sexualidade equilibrada. Emoções equilibradas. Força interior.

    12

    O Enforcado

    Período de transição. Abandono de velhas atitudes e se deparar com o novo. Necessidade de coragem e sacrifício. Acomodação. Traição das velhas tradições.

    13

    A Morte

    Transformações, mudanças repentinas. As grandes fases de mudanças. Morte do velho para renascer o novo. Período de desapego. Revitalização. Renovação.

    14

    A Temperança

    Temperar as emoções. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Emoções profundas e desafios da alma. Dissolução das velhas formas e o desatamento de nos rígidos. Situações de conflito em que se deve ser os dois lados da moeda.

    15

    O Diabo

    Estagnação. Energias negativas circundando a questão. Nossa sombra, nosso lado negro e cruel. Arrogância, orgulho, inveja, cobiça. Magia negra.

    16

    A Torre

    Destruição das velhas crenças e das velhas formas de viver. Quando não é mais possível, pela própria ordem natural das coisas e do Universo, manter uma situação que não está de acordo. Pode representar a ira e a intervenção divina.

    17

    A Estrela

    Auto-aceitação da sua natureza básica. Ligação com a alma e não somente com o Ego. Entendimento. Compreensão do todo. Intuição e luz. Espiritualidade. O pessoal e o transpessoal.

    18

    A Lua

    Aquilo que está escondido na noite do inconsciente. Depressão. Fuga da realidade para o mundo interior. Mediunidade. Desolamento. Infertilidade. Mergulho no deserto do inconsciente.

    19

    O Sol

    Alegria. Consciência. Auto-estima elevada. Sensação de liberdade. Inocência infantil. Prosperidade. Proximidade com a nossa natureza e aceitação desta.

    20

    O Julgamento

    Finalização de processo. Separar o joio do trigo para um novo recomeço futuro. Análise profunda das situações da vida. Equilíbrio entre a razão e a emoção, sensação e intuição. Aceitação das mudanças.

    21

    O Mundo

    Eu como centro do equilíbrio psíquico. Interação dos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água). Integração dos aspectos femininos e masculinos, negativos e positivos do ego. O ego está completo e se sentindo pleno de sentido. Vitória. Triunfo.

    Fonte: “Jung e o Tarô – uma jornada arquetípica” – Sallie Nichols – Ed.Cultrix

    Autor: : Andrea Rodrigues Teixeira - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 13/05/2007 20:24


    HARMONIZAÇÃO TOTAL ATRAVÉS DA RADIESTESIA E RADIÔNICA TENDO EM VISTA O PERFIL INDIVIDUAL DO CLIENTE DETERMINADO PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES

    HARMONIZAÇÃO TOTAL ATRAVÉS DA RADIESTESIA E RADIÔNICA TENDO EM VISTA O PERFIL INDIVIDUAL DO CLIENTE DETERMINADO PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES


    NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA
    TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758

    “A vibração de todos os corpos físicos da Terra e de todas as outras manifestações da Energia, considerada a partir do plano terrestre é, em termos magnéticos, essencialmente a mesma, porém, a FORÇA VITAL, ou VIDA INDIVIDUAL, ou Energia Irradiante, considerada a partir do plano do éter, é completamente diferente”.

    (Drª Ruth Drown, D. C.)


    A todos que gostam de pesquisar, experimentar, e experienciar coisas novas e que ajudam a construir um mundo melhor.


    AGRADECIMENTOS

    A Deus e às minhas filhas, Janira e Niara; à minha mãe, Ruth e meus clientes que, de um jeito ou outro, sempre me desafiam para crescer.

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO.............................................................................................................7

    1 MATERIAL E METODOLOGIA...........................................................................8

    1.1 Material empregado...............................................................................................8

    1.2 Métodos.................................................................................................................8

    1.3 Descobrindo seu perfil e de seu cliente...............................................................10

    1.4 Como os Cinco Movimentos influenciam a personalidade.................................11

    2 VALORIZAÇÃO DA CAPACIDADE RADIESTÉSICA NO MUNDO MODERNO.................................................................................................................13

    3 COMPATIBILIDADE ENTRE OS PERFIS INDIVIDUAIS ESTABELECIDOS PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES..................................................................................................................16

    4 RESULTADOS........................................................................................................19

    5 DISCUSSÃO............................................................................................................20

    CONCLUSÃO.............................................................................................................22

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................23


    RESUMO

    A TERAPIA HOLÍSTICA visa a harmonização do cliente em seus vários “corpos”: físico, mental, emocional, energético e espiritual e para se chegar a isto, é necessário que se tenha uma visão individualizada do ser como criatura única, porém, inserida na totalidade dos seres viventes e neste estudo unimos os conhecimentos da Radiestesia e Radiônica com a individualidade detectada pelas irradiações emanadas da classificação quanto aos Cinco Movimentos Chineses e com este conjunto o equilíbrio almejado fica menos difícil de ser alcançado.


    INTRODUÇÃO

    HARMONIZAÇÃO TOTAL é o fim primeiro e último de nosso trabalho, nosso objetivo a ser incansavelmente procurado, mesmo sabendo que a totalidade é utópica, não podemos nos cansar nem mesmo desistir, por isso, neste estudo usamos dos métodos da Radiestesia e Radiônica para, de acordo com as radiações da pessoa, quer seja ele mesmo, o terapeuta, quer seja o cliente, traçar o perfil individual e em conseqüência uma melhor direção para o objetivo proposto.

    A física (atômica – molecular – nuclear) nos prova que de cada corpo emanam radiações, cujas ondas são tanto mais curtas, quanto maior for a sua temperatura.

    Como a radiestesia se ocupa essencialmente da captação das emanações dos corpos, aqui neste estudo nós nos ocuparemos das radiações físicas, do órgão ou dos órgãos predominantes de cada corpo a fim de se determinar a qual movimento pertence e como fazer para harmonizá-lo.

    Toda atividade mental emite irradiações com as mais variadas ondas, já comprovadas pela medicina através do eletroencefalograma. Tanto é verdade que a morte clínica só é aceita quando for comprovada a ausência de qualquer radiação mental.

    Outra comprovação das ondas mentais são as emanações neuroenergéticas da nossa mente, que provocam a variada fenomenologia psicocinética já largamente comprovada pela Parapsicologia. O nosso sistema nervoso é continuamente estimulado pela mais variada gama de radiações que nos rodeiam e que, pelos nervos aferentes são imperceptivelmente conduzidas ao cérebro. Essas ondas comumente passam despercebidas, mas, no momento em que nossa mente se coloca em sintonia com elas, o nosso cérebro, através dos nervos eferentes, pode transferir essas captações ao pêndulo ou varinha imprimindo-lhes variados movimentos que transistorizam as mensagens do inconsciente para o nível consciente.

    Desse modo, podemos conhecer realidades que, de outro modo, seriam difíceis ou até impossíveis de ser conhecidas como sejam a predominância de um tipo de perfil ou compatibilidade energética de um casal, como estudaremos aqui.

    1 - MATERIAL E METODOLOGIA

    1.1 Material empregado

    • MAPA DOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES como o fornecido pelo SINTE;

    • Pêndulo neutro;

    • Ficha de cliente;

    • Gráficos de radiônica (ANEXOS): DIAFRAGMA II, PANTÁCULO, ESCUDO PROTETOR; ESTRELA (PENTAGRAMA), TURBILHÂO C/ SOL.

    1.2 Métodos

    1.2.1 Estudo da pessoa presente.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente.

    1.2.1 Estudo da pessoa presente

    • Pede-se que a pessoa coloque longe de si os metais usados, como pulseiras, celular e outros;

    • Escuta-se por cerca de 20 minutos o que o cliente tem a dizer, quais suas reclamações específicas e gerais, o que mais o incomoda e o modo como os demais ou o incomoda ou o agrada;

    • Pega-se o pêndulo já regulado na cor da aura da personalidade do cliente e começa-se a passá-lo a uma distância de mais ou menos quinze centímetros do corpo na altura do coração, pulmões, baço e pâncreas, rins e fígado. No local onde houver predominância da energia individualizada, o pêndulo oscilará em rotações afirmativas seguindo sentido horário;

    • Obtida a resposta afirmativa, anota-se na ficha do cliente o nome do Movimento ao qual o cliente pertence;

    • Segue-se o atendimento perguntando ao cliente as questões relativas ao seu perfil individual-movimento;

    • Pergunta-se ao pêndulo quantas voltas ou quantos minutos são necessários para se restabelecer a harmonia naquele Movimento;

    • Coloca-se um gráfico da Rodiônica sobre o local do perfil individual-movimento e roda-se sobre ele o pêndulo tantas vezes ou tantos minutos necessários;

    • Em 100% dos casos estudados, o que foi estabelecido pelo pêndulo é o seguinte:

    - Perfil individual-movimento Fogo = Gráfico DIAFRAGMA II;

    - Perfil individual–movimento Terra = Gráfico PANTÁCULO;

    - Perfil individual-movimento Metal = Gráfico ESCUDO PROTETOR;

    - Perfil individual-movimento Água = Gráfico ESTRELA (PENTAGRAMA);

    - Perfil individual-movimento Madeira = Gráfico TURBILHÃO C/ SOL.

    • Pergunta-se ao pêndulo se são necessárias outras sessões, caso positivo, informa-se ao cliente;

    • Cuidar da parte emocional com rotações do pêndulo na cabeça e ACONSELHAMENTO adequado.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente

    A radioatividade, nascida do estudo do (elemento químico) radium, autoriza a hipótese de que todos os corpos emitem radiações.

    Muitos estudiosos como o Abade Bouly e outros radiestesistas em suas experiências captaram as radiações de seres infinitamente pequenos como os microrganismos dentro de um organismo. Estas radiações são de uma sutileza grande.

    Ninguém conseguiu até hoje um aparelho que fosse capaz de barrar a penetração das ondas radiestésicas. Graças a Deus não somos capazes de captar conscientemente essas ondas, senão ficaríamos insanos.

    A maioria das ondas passa despercebidas, a menos que tenhamos um aparelho para captá-las como rádio, celular, televisão e aqui no nosso estudo, um pêndulo.

    Chamamos de TELERRADIESTESIA a arte que nos permite, aplicando a ciência, perceber e captar as radiações dos corpos e das matérias a distâncias pequenas ou grandes, utilizando mapas, croquis, fotos, etc.

    Mesmo dentro da Radiestesia, há os céticos que duvidam desta captação.

    O retrato ou foto é uma transmissão vibratória da luz, vinda do corpo fotografado diretamente no filme que captou, condensou e transmitiu as vibrações emitidas pelo corpo.

    Para as vibrações ou radiações que expelem os corpos, não há obstáculos nem distâncias. O tempo e o espaço não existem e como a força de penetração é muito grande, abre passagens e segue adiante.

    Estas radiações são perfeitamente percebidas quando o radiestesista regula e acorda o seu sistema receptor (sistema nervoso) com o comprimento das ondas que a foto ou mapa emite.

    Não há uma explicação formal e científica que possa satisfazer, mas sua exatidão é certa.

    Essas emissões de radiações embora já existissem desde a origem do mundo, somente no século XX, foi possível organizar uma disciplina para estudá-las cientificamente.

    Os animais, sendo animais, não precisaram esperar até o século passado para detectá-las e tirar proveito delas para a sua vida. O sistema nervoso da abelha, organizado para vibrar a uma freqüência determinada, desde sempre soube sentir as flores melíferas a uma grande distância, e captar radiações características da colméia materna.

    Foi demonstrado que as flores melíferas têm exatamente a mesma freqüência vibratória da abelha. Maravilhas do instinto e, sobretudo, maravilhas do Criador.

    Não há dúvida nenhuma que o instinto guia os animais com mais segurança que a inteligência humana, mas é certo também que o cérebro humano tem mais capacidade do que qualquer animal.

    Os animais só detectam as ondas que lhes são essenciais para a vida e para preservar a espécie, e nosso cérebro é como um receptor que detecta e amplia qualquer tipo de onda.

    Detectar uma radiação é por o cérebro em ressonância com um comprimento de onda, escolhido propositalmente, em vista de algum interesse.

    É necessário encontrar um meio de sintonizar somente as ondas do objeto que nos interessa e deixar de lado todas as outras radiações, estabelecendo assim a seleção.

    Cuida-se da pessoa ausente como se cuida da presente, só diferenciando ser a foto ou figura e não o corpo material.

    1.3 Descobrindo seu perfil e de seu cliente

    Para que possamos descobrir nosso perfil quanto aos Cinco Movimentos Chineses, é necessário o seguinte procedimento: esfrega-se as mãos para estabelecer um curto circuito, capaz de nos desimpregnar das radiações estranhas.

    Coloca-se o pêndulo em contato com a terra para haver uma limpeza, em seguida, com a mão direita segurando o fio sintonizado em sua cor da aura da personalidade, passa-se o pêndulo a uns 10 ou 15 cm distante do próprio corpo no local dos órgãos dos cinco movimentos, ou seja: 1) coração; 2) baço/pâncreas; 3) pulmão; 4) fígado; 5) rins. Onde o pêndulo girar em sentido horário é ali seu movimento predominante. Em resumo: o pêndulo gira no sentido horário, quando o nosso cérebro, por efeito da ressonância, sintoniza com as emissões radiestésicas do órgão pesquisado.

    Quanto a seu cliente, o procedimento é o mesmo, isto é, pesquisando com o pêndulo sobre o corpo do cliente em pé (se puder) a uns 10 ou 15 cm de distância do corpo e sobre qual órgão dos Cinco Movimentos o pêndulo girar em sentido horário, é ali o órgão predominante, isto é, o perfil do cliente estabelecido por um dos Cinco Movimentos Chineses.

    Pode-se também fazer uma análise do cliente ausente com algum testemunho do mesmo. Exemplo: um retrato, pedaço de unha, de cabelo ou saliva. Quando não se tem um testemunho concreto, pode-se criar um testemunho, colocando o nome, e se possível a data de nascimento na ficha e esta ficaria caracterizada como sendo a representação do cliente, ou pode-se desenhar um boneco na ficha e ir passando o lápis nos pontos dos órgãos dos Cinco Movimentos com a mão esquerda e com a direita segurando firmemente o pêndulo, sobre qual parte do corpo o pêndulo girar é ali o órgão predominante e em conseqüência seu perfil quanto aos Cinco Movimentos Chineses.

    1.3.1 Alimentação adequada

    Cada perfil de cliente frente a um dos Cinco Movimentos Chineses tem uma relação de alimentos que lhes são adequados tomando-se como base a alimentação mais natural possível, sendo os mais aconselhados:

    Perfil individual-movimento FOGO: alimentação verde e branca, como verduras e frutas para aquietar o fogo, favorecendo maior equilíbrio.

    Perfil individual-movimento TERRA: alimentação de legumes e frutas azul e violeta para favorecer a integração com outros movimentos.

    Perfil individual-movimento METAL: alimentação mais forte com a cor vermelha e alaranjada podendo até ser carne magra e frutas alaranjadas.

    Perfil individual-movimento ÁGUA: alimentação amarela e alaranjada como frutas e legumes destas cores.

    Perfil individual-movimento MADEIRA: alimentação branca como peixe, frutas de polpa branca e o verde.

    O verde é adequado a todos os perfis porque promove por si só o equilíbrio no organismo. Estas sugestões são só dos mais sintonizados alimentos, sabendo que a alimentação desordenada leva ao caos.

    1.4 Como os Cinco Movimentos influenciam a personalidade

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO FOGO

    Pessoas nascidas sob a influência deste movimento são líderes naturais, carismáticas e dinâmicas no falar e no agir. Aventureiros, ambiciosos, impulsivos e sem medo dos riscos, eles possuem enorme capacidade para inspirar os outros a atingir seus objetivos. Sua grande energia e ambição, entretanto, podem também trabalhar contra eles, que correm o risco de se tornar egoístas, desconsiderados e inquietos quando não são capazes de obter o que desejam.

    O calor e o brilho do movimento FOGO atraem naturalmente as pessoas até eles, mas isso também pode ser destrutivo quando não mantido sob controle.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO TERRA

    Os que se enquadram neste movimento são conhecidos por sua natureza pragmática e conservadora. São prudentes com suas finanças, planejadores e administradores eficientes. Confiáveis e metódicos, não são dados a exageros e embelezamentos e podem apresentar as coisas da forma simples como elas são, ou pelo menos como eles as vêem. No lado negativo, podem sofrer de uma certa falta de imaginação e espírito de aventura e podem se tornar muito críticos e excessivamente preocupados em proteger seus próprios interesses.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO METAL

    Os que são controlados pelo Metal são ambiciosos, orientados para o sucesso, determinados e perseverantes. Resolutos e sem hesitação na conduta e na expressão, eles são guiados por sentimentos poderosos e podem, às vezes, ser irracionalmente teimosos e inflexíveis. Têm forte perspicácia financeira (Metal é o elemento associado ao dinheiro) e irão usá-la para aumentar seu apetite por luxo e poder. Voluntariosos e dogmáticos, eles precisam aprender o valor da conciliação e deixar de insistir rigidamente em sempre ter as coisas feitas a sua maneira.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO ÁGUA

    Os regidos pela Água são fluidos como ela. Elas (as águas) mais penetram do que dominam, e, como um rio ou regato, são capazes de se desviar de quaisquer obstáculos em seu caminho através de sua calma e indomável perseverança. São habilidosos, comunicadores, capazes de transmitir idéias e influenciar os outros. Em seu estado negativo, podem ser muito conciliadores e passivos, e se apoiar demais no apoio dos outros. Para obter sucesso, eles devem aprender a ser mais afirmativos e usar ativamente seus poderes de persuasão para transformar seus sonhos e visões em realidade.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO MADEIRA

    Daqueles nascidos sob a influência do movimento Madeira diz-se que possuem elevados padrões morais e defendem o crescimento consistente e a renovação. São extremamente autoconfiantes e progressistas, com habilidades executivas que os capacitam a assumir empreitadas cooperativas de grande porte. Por causa de sua generosidade e de sua capacidade inata e solidária de compreensão dos outros, são capazes de produzir apoio moral e financeiro para todos os empreendimentos com que se comprometam. Sua maior desvantagem é uma tendência entusiástica e excessivamente confiante para assumir mais do que o recomendável e, portanto, correr o risco de nada conquistar.

    2 - VALORIZAÇÃO DA CAPACIDADE RADIESTÉSICA NO MUNDO MODERNO

    A princípio, quando começamos a praticar a Radiestesia, muitas vezes, nos sentimos temerosos face a algumas incompreensões encontradas em certas pessoas, mas todos os dias precisamos refletir sobre a importância de que nós nos coliguemos principalmente no SINTE para praticar e promover a Radiestesia e Radiônica nestes tempos pós-modernos.

    Estou convicta de que temos uma grande contribuição a fazer, uma contribuição muito mais formidável do que supomos ou imaginamos, na medida em que nos achamos de posse de uma chave fundamental que poderia descerrar muitas das portas dos problemas aparentemente insolúveis colocados pelos tempos atuais, principalmente o da poluição em escala mundial sob suas diversas formas.

    Esta chave é a Faculdade Radiestésica, o desenvolvimento de suas plenas potencialidades e a sua utilização e aplicação à prática, que ultrapassam de muito a tradicional prospecção de água, minérios e petróleo.

    O fenômeno da rabdomancia é bastante antigo, os homens já dominavam estes conhecimentos como os antigos egípcios para as fundações de suas construções e templos, mas só em 1240 surgiu a primeira referência ao fenômeno em documentos europeus, sendo que a primeira referência na Inglaterra data de 1638, num livro escrito em latim, por Robert Feudd, intitulado Philosophic Moysaiko, seguido no ano seguinte por um certo Gabriel Platts que escreveu acerca do “Descobrimento de um Tesouro Subterrâneo”. Escreve ele que amarrou uma vírgula DIVINA numa varinha e foi descendo o morro até a planície e esta o guiou a um filão de minério de chumbo. Alguns atribuíram esta faculdade não explicada racionalmente a Deus, outras pessoas ao Demônio, ou espíritos.

    A partir daí, foi-se desenvolvendo os estudos e, em 1897, o Prof. William Barret publicou um documento acerca das ATAS DA SOCIEDADE DE INVESTIGAÇÕES PSÍQUICAS sobre uma pesquisa feita com várias pessoas com a Varinha Mágica ou Vírgula Divina e mostras estatísticas de descobertas de águas e minérios. Esta pesquisa e outras mais tarde foram juntadas sob a forma de livro, publicado em 1926 com o título de THE DIVINING ROD.

    EM 1933 organizou-se uma sociedade na Inglaterra, a BRITISH SOCIETY OF DOWSERS, com o objetivo de “incentivar o estudo de todos os aspectos relacionados à percepção da radiação pelo organismo humano com ou sem o concurso de instrumentos”.

    Esta sociedade não se limitou a descobertas de água e minérios, sendo muito mais abrangentes seus objetivos: “radiações”.

    Na sociedade, alguns defendiam ser as radiações aspectos físicos, outros psíquicos.

    Mr. Maby, defensor dos aspectos físicos, publicou em 1949 um livro THE PHYSICS OF THE DIVINING ROD. O lado supra-sensível ainda não era compreendido, nem usado, muito embora eles já se encontrassem acessíveis.

    Estes aspectos se fossem só físicos, seriam fatalmente superados pelos modernos aparelhos. Mas até 1953 não houve muito progresso.

    Nesta época, Rudolf Steiner diz ser a rabdomancia uma “ciência espiritual” e em uma conferência, exortou os rabdomancistas a deixarem de lado a inércia e a preguiça e partirem para a ajuda na resolução dos problemas cruciais da humanidade.

    Na França, a radiestesia já vinha sendo praticada com êxito por muitos sacerdotes como os abades BOULEY e MERMET e técnicos renomados como TURRENE, LESOURD, BOVIS e muitos outros.

    Nos anos 50 e 60, os estudos foram muito desenvolvidos e Dr. George Laurence reuniu as pesquisas da Medicina Psiônica (pesquisa científica e taxonomia), pesquisas de MacDONAGH, Teoria de Doença Crônica de Hahnemann, pesquisas de DNA e RNA e alguns aspectos de ciência espiritual de Steiner, tudo subordinado ao funcionamento da faculdade radiestésica. Em 1969, a PSIONIC MEDICAL SOCIETY, formada tanto por médicos quanto por leigos, estudava não só os sintomas, mas procurava descobrir as causas das doenças e tratá-las com remédios homeopáticos determinados pela radiestesia e, utilizando o pêndulo, gráfico de diagnóstico e mostras efetivas promovia precisão e, portanto, sucesso no tratamento.

    Dr. Albert Abrams, da América, impulsionou também os estudos com a criação da “CAIXA” depois desenvolvido por Drown e De La Warr, os quais deram origem à Radiônica e à Radiestesia instrumental. A Associação Radiônica fundada em 1943 com o objetivo de “incentivar a pesquisa científica e difundir os seus resultados” não foi compreendida por causa de alguns que queriam explicá-la com base na física convencional e como estavam envolvidos com um grande número de instrumentos, confundiram muita coisa e omitiram outras.

    Mas, gradualmente o papel da faculdade radiestésica foi sendo reconhecido e a rabdomancia foi se dividindo em duas formas: Radiestesia e Radiônica.

    A Radiestesia aumenta o nível da consciência, amplia os nossos conhecimentos e a nossa compreensão. Está situada no meio caminho entre os nossos sentidos físicos comuns destinados à apreensão do mundo material e os sentidos ocultos a serem futuramente desenvolvidos, e que um dia nos tornarão capazes de apreender diretamente o mundo supra-sensível. Esta faculdade opera a partir de vários níveis especialmente do subconsciente.

    Desde esta data, 1955 a 1972 e até hoje, estão sendo feitos muitos estudos para ajudar com a sensibilidade do operador a melhorar as soluções para problemas graves, como:

    1. Procura de água, petróleo e depósitos minerais;

    2. Exploração arqueológica – pesquisas históricas;

    3. Arquitetura e cuidar das radiações nocivas do subsolo;

    4. Infração da lei em casos criminais e civis;

    5. Na agricultura e horticultura;

    6. Testes de personalidade – aptidões, potencialidades, distúrbios;

    7. Medicina e veterinária – aumentar a vitalidade, força e resistência dos animais domésticos e de criação;

    8. Homeopatia – solução para indicação, seleção e preparação de potência dos remédios;

    9. Dilema moderno - problema da poluição e contaminação do meio ambiente, tão disseminados que podem até contaminar a estrutura helicoidal do DNA e RNA. É preciso usar de abordagens “transcientíficas” como já afirmou o Dr. Weinberg (EUA);

    10. Método de perguntas e respostas - o intelecto, para a formulação das questões e a avaliação das respostas e a intuição, através do uso da faculdade radiestésica, para se chegar à verdade. É a ponte entre dois mundos – o sensível e o supra-sensível. P & R.

    Cuidado com as perguntas e respostas, é preciso ser claro, objetivo e dar o melhor de si para ter as respostas certas e estabelecer esta ponte entre dois mundos – o sensível e o supra-sensível.

    O ideal é formular a pergunta num enunciado correto e preciso e, sem perder o fio da meada, fazê-la seguir por outras exatamente complementares. Há de se desenvolver um raciocínio rápido e ágil, porém, ao mesmo tempo equilibrado e sob o controle da razão altamente informada.

    3 - COMPATIBILIDADE ENTRE OS PERFIS INDIVIDUAIS ESTABELECIDOS PELOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES

    Muitas pessoas nos perguntam sobre seus relacionamentos amorosos. Se Fulana combina com Cicrano, a toda hora somos questionados. Não podemos responder evasiva nem superficialmente, haja vista que estamos lidando com pessoas, importantes na construção do mundo melhor sempre almejado.


    Quando alguém me pergunta sobre isso, faço o seguinte preenchimento da ficha:



    Vamos dar um exemplo de duas pessoas que querem ser analisadas: para se preencher esta ficha procede-se às seguintes perguntas:

    1. NOME DOS ANALISADOS. Ex: Maria e João;

    2. DATA DA ANÁLISE – é muito importante colocar a data, porque sendo a vida dinâmica e sempre em evolução, as idéias podem partir para outra direção, a vontade pode mudar e o que é hoje pode não ser, em um tempo próximo ou longo;

    3. O perfil individual quanto aos Cinco Movimentos Chineses também é importante classificar, porque a Lei de Geração “Mãe e Filho” e a Lei da Dominação “Dominante e Dominado” também influenciam o relacionamento;

    4. FÍSICO – neste momento Maria e João são “fisicamente” compatíveis? Explicando o que quer dizer fisicamente: as vibrações do corpo, caminham em determinado nível ou entram em conflito em determinado nível. Popularmente fala-se em “questão de pele” ou “química entre ambos”.

    Se a resposta for sim, pega-se um lápis e coloca-o sobre os números abaixo da ficha com a mão esquerda, e na direita o pêndulo e pergunta-se: O nível de compatibilidade física entre Maria e João hoje é de 5,6,7,8,9 ou 10? Começar com 5 quando souber que há algum tipo de harmonia física.

    Aqui foi recebida uma resposta afirmativa no 8. Anotar este número no traço depois do segundo físico.

    1. EMOCIONAL – neste momento Maria e João são emocionalmente compatíveis? Emocionalmente aqui quer dizer: gostos individuais, emoções, experiências, etc. Desta vez, o pêndulo não girou de imediato. Finalmente, depois de mais ou menos trinta segundos, o pêndulo começou a girar, quase de modo relutante, no sentido horário, uma resposta afirmativa.

    Continuar usando a escala 0-10 como antes. Desta vez, no entanto, começou com o número 4 e não foi preciso ir em frente. O pêndulo deu uma resposta afirmativa imediata. Anotar o nº 4 no traço depois do segundo emocional.

    1. ENERGÉTICO – Se quando os dois estão juntos, sentem-se alegres, felizes, risonhos ou tristes, exauridos, cansados e indiferentes.

    A resposta sobre a compatibilidade energética foi sim/8. Anotar no traço.

    1. MENTAL – a compatibilidade mental está relacionada com os pensamentos, a razão, a comunicação, os sistemas de mundo, conceitos e idéias.

    Um grande fazendeiro criador de gado, quase nunca tem compatibilidade mental com uma defensora de árvores, ativista da ecologia. Seus pontos de vista são opostos.

    A resposta para a compatibilidade mental aqui neste caso foi 7. Anotar no traço.

    1. ESPIRITUAL – o nível espiritual é uma faixa de alta freqüência da consciência. Não é um dogma religioso. É a vivência consciente de freqüências, forças e campos em muitas dimensões. Duas pessoas podem ter maneiras muito semelhantes ou diferentes de vivenciar as realidades espirituais. É o NÍVEL DE SER da pessoa. Neste caso, a resposta afirmativa se deu no nº 8.

    AVALIAÇÃO: olhando os resultados vemos que: físico – 8; emocional – 4; energético – 8; mental – 7; espiritual – 8.

    SUBTOTAL = 35

    Olhando este quadro preenchido, vemos que as respostas foram afirmativas e bem altas, exceto o EMOCIONAL, que precisa melhorar mais do que os outros, e a análise final é que, sendo o total 35 multiplica-se por 2 = 70. 70% é a compatibilidade entre ambos hoje, 100% é a compatibilidade total muito difícil de ser atingida.

    Avaliação dos relacionamentos:

    90% a 100% – superior

    75% a 89% – excelente

    50% a 74% – bom

    26% a 49% – regular

    Abaixo de 25% – ruim

    Este teste deve ser feito de vez em quando, durante o relacionamento, para avaliar o que se precisa melhorar, quais as falhas detectadas e sempre colocar a data. No entanto, o teste não é o relacionamento em si.

    “Todos os relacionamentos são dinâmicos, não estáticos. Vivemos num universo energético. Os relacionamentos liberam e geram energia”.

    Em um determinado momento, uma relação superior em todos os sentidos pode se tornar temporariamente ruim, se surgir um conflito espontâneo. Por outro lado, um relacionamento ruim pode, em determinados momentos, tornar-se excelente ou até mesmo superior.


    4 - RESULTADOS

    Para se trabalhar com o pêndulo, é necessário ter concentração mental não deixando nada externo provocar distração, sentar-se com os pés firmemente plantados sobre o piso, não devendo se tocarem as mãos, uma na outra, também as pernas não devem tocar-se uma na outra, o local deve ser sossegado, com o mínimo de equipamento elétrico na área. Então, pode-se ter bons resultados.

    Vejamos:

    Num universo de 100 clientes encontrei:

      • 40 pertencem ao Movimento Madeira;

      • 30 pertencem ao Movimento Água;

      • 15 pertencem ao Movimento Fogo;

      • 15 pertencem ao Movimento Terra;

      • 0 pertence ao Movimento Metal.

    Relacionamentos mais compatíveis encontrados na análise de 100 casais:

    MADEIRA X MADEIRA – 90%

    MADEIRA X ÁGUA – 60%

    MADEIRA X FOGO – 50%

    MADEIRA X TERRA – 40%

    MADEIRA X METAL – NÃO ENCONTREI

    FOGO X FOGO – 50%

    FOGO X ÁGUA – 20%

    FOGO X TERRA – 50%

    FOGO X MADEIRA – 50%

    FOGO X METAL – NÃO ENCONTREI

    TERRA X TERRA – 80%

    TERRA X FOGO – 50%

    TERRA X MADEIRA – 40%

    TERRA E ÁGUA – 60%

    TERRA X METAL – NÃO ENCONTREI

    ÁGUA X ÁGUA – 90%

    ÁGUA X MADEIRA – 60%

    ÁGUA X FOGO – 20%

    ÁGUA X TERRA – 60%

    ÁGUA X METAL – NÃO ENCONTREI

    Esta estatística foi determinada do seguinte modo:

    Total geral: 100 casais. Destes, encontrei 10 casais Madeira X Madeira; a compatibilidade média entre eles é 90%. Encontrei 8 casais Fogo X Terra; a compatibilidade média entre eles é 50% e assim por diante.

    Há também o que logicamente pertence a um determinado perfil-individual-movimento e não combina em nada (0% de compatibilidade) com outro de determinado movimento.

    5 - DISCUSSÃO

    À primeira vista, a ciência material e a ciência espiritual podem parecer estranhos parceiros, e, no entanto, os conhecimentos holísticos proporcionam um profundo entendimento de aspectos materiais.

    Neste nosso estudo, o que almejamos é a HARMONIA.

    HARMONIA INDIVIDUAL – determinando qual o perfil-individual-movimento e quais suas sensibilidades maiores e mais claramente detectáveis. O modo de cuidar destas, aqui nós propomos o rodar do pêndulo. Primeiro, roda-se em sentido anti-horário para tirar as energias estagnadas no local e a seguir roda-se o pêndulo no sentido horário, tendo colocado no local um gráfico da Radiônica (ANEXOS) – tantas voltas ou tantos minutos previamente determinado pelo pêndulo.

    Essas emissões radiônicas conseguem restaurar a harmonia do padrão vibratório dos tecidos dos diversos corpos, porque chegam ao local sensível com um padrão vibratório maior do que o encontrado ali, então, ocasiona assim a renovação e conseqüente expulsão das desarmonias existentes.

    HARMONIA DO CASAL – quando se vai testar duas pessoas, antes de preencher a ficha de compatibilidade, é necessário dispor a mente em um estado de neutralidade. Cancelar todas as opiniões prévias. Respirar de modo suave, lento e profundo algumas vezes, procurar sentir-se relaxado e tranqüilo. Segurar o pêndulo sobre os dois nomes do início da ficha e perguntar: “São estas duas pessoas compatíveis?”. Quando as duas pessoas são realmente compatíveis, você obtém voltas perfeitas do pêndulo no sentido positivo – horário. Se incompatíveis, o movimento será no sentido contrário. E você poderá medir o grau de compatibilidade preenchendo o restante da ficha.

    Algumas vezes, quando você testa duas pessoas, você não obtém um movimento circular. O movimento é irregular, saltitante, errático, espasmódico, dançante. Se você é realmente sensível você sente o braço até entorpecido, mas não há nada de errado com você. Você está em contato com dois campos de força incrivelmente desarmoniosos entre si. É desastroso até estas duas pessoas ficarem juntas numa sala, e um relacionamento romântico entre elas? Desastre total. É muito triste ver pessoas casadas, levando o relacionamento adiante só por razões práticas, legais, religiosas, financeiras e outras.

    Quando a atração é só física, o certo é se dar este momento de paixão que se esvai rápido e não fica nada.

    O relacionamento para ser duradouro precisa ser e estar em bons números dos vários níveis: físico, emocional, energético, mental e espiritual.

    A vontade, o escolher, é muito maior do que a energia vibracional, assim algumas pessoas escolhem ficar com o par errado por razões para elas relevantes e ficam infelizes espalhando más energias onde vão e estão.

    Para se viver de acordo com o Universo Energético e estar em sincronia com ele, é preciso coragem, determinação e ação, o que, muitas vezes, sendo difícil, muitos não o fazem.

    CONCLUSÃO

    Todo pensamento humano é passível de erro e inverdade, somente unidos ao Espírito da Verdade, podemos nos preservar, nestes tempos materialistas de falsidade e pensamento destrutivo.

    Aos olhos do mundo científico, a Radiestesia é algo sem a menor importância, se comparada às investigações nucleares, astrofísicas ou atômicas, mas quando corretamente entendida, ela nos ensina os mistérios tanto deste mundo quanto do mundo invisível. Ela pode nos revelar a verdade, na medida em que nossas mentes finitas sejam capazes de compreendê-la.

    Creio que cabe à Radiestesia e à Radiônica o privilégio de fazer uma contribuição bastante especial e, em certo sentido, única, para a integração da ciência material e espiritual e a busca de uma nova visão e boas perspectivas para a melhoria do mundo em nossa época.

    Gosto muito de estudar as pessoas que encaro cada uma como um universo dentro do grande Universo, neste pequeno universo tem todas as informações do grande Universo. É o micro dentro do macro, sendo que no micro consta tudo do macro, por isso considero desafiador o harmonizar, o sintonizar de ondas, o “estar bem” na linguagem simples.

    Sempre busco este ideal, talvez utópico, porém, quando recebo informações de melhorias desta ou daquela pessoa, de vida conjugal ativada e estimulada deste ou daquele casal, sinto-me recompensada por todo trabalho e dedicação aos estudos.

    Todo aquele que passa a se ocupar da Radiestesia e Radiônica, está se empenhando numa jornada que o conduzirá do mundo da forma física até as esferas transcendentes e, finalmente, à prática do verdadeiro equilíbrio espiritual. A prática da Radiestesia e da Radiônica apura, afia e prepara a mente de modo a torná-la um canal absolutamente livre para o trânsito das energias puras do universo e, sendo uma abordagem mental de harmonização, esta acontece tanto no sujeito que a pratica, quanto no praticando ou cliente, que pode estar presente ou ausente a alguns ou muitos quilômetros de distância.

    É muito bom participar da Terapia Holística que tem esta visão da pessoa como ser físico, emocional, energético, mental e espiritual, porque, assim, se restabelece o que Deus sempre quis: a união de um com o TODO nesta mesma abordagem pluralista do Universo, “que todos sejam um”.

    Agradeço a Deus por isso.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

    ARESI, Albino. Radiestesia Hidromineral e Medicinal. 1. ed. São Paulo: Editora Mens Sana,1982.

    ATTESHLIS, Dr. Stylianos. Os ensinamentos esotéricos – uma abordagem cristã da verdade. 1. ed. São Paulo: Editora Ground, 1994.

    JAGOT, Paul Clement. A influência à distância – curso prático de telepsiquia – 9. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1999.

    MENDONÇA, Sávio. A Arte de curar pela Radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 1980.

    NIELSEN, Greg. Além do poder dos pêndulos - O ingresso no mundo de energia – 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1998.

    NIELSEN, Greg ; POLANSKY, Joseph. O poder dos pêndulos.13. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1999.

    SAEVARIUS, Dr. E. Manual teórico e prático de Radiestesia. 14. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    SHARP, Damian. O que é Astrologia chinesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 2003.

    TANSLEY, David V. Dimensões da radiônica - Novas técnicas de cura - 10. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1995.

    VIEIRA, Henrique Filho. O Microcosmo Sagrado. 1. ed. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

    COMPATIBILIDADE DE RELACIONAMENTO

    Data: ____/____/____

    Mulher: ______________________________ Homem:____________________________

    Perfil individual quanto aos Cinco Movimentos Chineses

    _____________________________ __________________________________

    _______________

    _______________

    _______________

    _______________

    _______________

    SUBTOTAL X 2

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    TOTAL =

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 TOTAL =

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758
    Última atualização: 20/05/2008 13:33


    Quiro Acupuntura - Acupuntura na Mão

    Quiro Acupuntura 

    (Acupuntura na Mão) 

    Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108 

     

    RESUMO

    Quiro-Acupuntura ou Acupuntura na mão.

    É uma técnica de acupuntura que utiliza somente as mãos para equilibrar a energia do corpo.
    O Quiro Acupuntura e considerada uma reflexologia, como a Orelha, sola dos Pés, Olhos e etc..

    È uma técnica que muito simples de aprender e praticar, porque nos temos as duas mãos na nossa frente .

    Na Coréia esta acupuntura na mão, esta sendo divulgado em massa, por meio de comunicação popular como na TV, Jornal, Revistas e etc.

    Uma boa parte da população coreana já se auto trata com acupuntura na mão como se fosse receita caseira.

    Quero transmitir um pouco do meu conhecimento aos terapeutas para conseguir se auto tratar.( e a única técnica que não depende de ninguém para se tratar ) e não tem contra indicação.

    Qualquer pessoa tem a capacidade de localizar um ponto correspondente numa mão, observando simplesmente um mapa da mão.

    Basta pressionar ou esfregar o ponto ou a região, de maior sensibilidade podemos equilibrar a energia do local alterado.

       ÍNDICE 

          I- Prólogo. 

          II- Histórico. 

          III- As Três teorias da Acupuntura na mão. 

          1- Reflexos dos órgãos e Vísceras na Palma da Mão.

          2- Reflexos dos órgãos e Vísceras no Dorso da Mão.

          3- Lateralidade do Corpo em Relação a Palma da Mão.

          4- Lateralidade do Corpo em Relação ao Dorso da Mão. 

          IV- Material Utilizados no Tratamentos. 

          1- Agulhas.

          2- Aplicadores de Agulhas.

          3- Moxa.

          4- Aparelho de Alumínio .

          5- Anel.

          6- Aparelho de eletro-Acupuntura.

          7- Plaquetas de alumínio ou ouro. 
     

          V- Terapia da Correspondência. 

          1- Dor na testa.

          2- Dor de cabeça lateral.

          3- Olho.

          4- Nariz.

          5- Boca.

          6- Dor na mandíbula.

          7- Distúrbios na bochecha.

          8- Dor na laringe.

          9- Brônquios.

          10- Dor na parte da fonte.

          11- Dor de ouvido.

          12- Dor na lateral da occipital.

          13- Dor na occipital.

          14- Dor na cervical.

          15- Dor na escápula, escápula superior e coluna torácica.

          16- Dores na cervical, torácica, lombar, cóccix.

          17- Dores na Escápula e no Osso da Bacia.

          18- Dores ao lado da coluna lombar.

          19- Pontos correspondentes dos Meridianos IG5, TA4 e ID5.

          20- Pontos correspondentes dos Meridianos P9, CS7, C7.

          21- Pontos correspondentes dos Meridianos E41(T), VB40 (fonte) e                                                                B60( fogo ).

          22- Pontos correspondentes dos Meridianos F4 (metal), BP5(S), e R3 (fonte e terra).

     

          VI- Teoria dos 5 dedos ( 5 elementos ). 

          VII- Teoria dos 14  micro meridianos . 

          1- Relação da Nomenclatura do Quiro-Acupuntura com a Sistêmica.

          2- Meridianos na Palma da Mão.

          3- Meridianos no Dorso da Mão.

          4- Meridiano do Vaso Concepção ( A ).

          5- Meridiano do Vaso Governador ( B ).

          6- Meridiano do Pulmão ( C ).

          7- Meridiano do Int. Grosso ( D ).

          8- Meridiano do Estômago ( E  ).

          9- Meridiano do Baço Pâncreas ( F ).

          10- Meridiano do Coração ( G ).

          11- Meridiano do Int. Delgado ( H ).

          12- Meridiano da Bexiga ( I ).

          13- Meridiano do Rim ( J ).

          14- Meridiano do Pericárdio ( K ).

          15- Meridiano do Triplo Aquecedor  ( L ).

          16- Meridiano do Vesícula Biliar (  M ).

          17- Meridiano do Fígado ( N ). 
     

         VIII) Recursos para aplicar sobre o Micro Meridianos. 

    1. Aplicação Simples.
    2. Aplicação com Tonificação  e Sedação.
      1. Recurso de Tonificação ou Sedação.
    1. Tonificação ou Sedação pela agulha.
    2. Tonificação ou Sedação pelo Magnetismo.
    3. Tonificação ou Sedação pelo estimulador elétrico.

     
     
     
     
     

      IX) Cuidados básicos na utilização da Terapia na Mão. 

         X) Alguns métodos para observar o desequilíbrio do organismo (da energia). 

    1. A temperatura das mãos e dos pés.
    2. A aorta abdominal (que é uma veia grossa que se localiza acima e abaixo da corrente umbilical) deve pulsar suavemente.
    3. Aparelho digestivo deve estar funcionando normalmente sem dores.
    4. As pulsações dos seis pontos (em cada braço existem três pontos) devem pulsar suavemente e igual.
    5. O abdômen, não deve apresentar reação de dor ao ser apalpado.
    6. Coluna vertebral.
    7. Pulsação.

       XI) Medidas utilizadas para localizar os pontos. 

    1. Dorso da mão.
    2. Palma da mão.

       XII) Dicas em casos de Emergência. 

    1. Em casos leves.
    2. Em casos graves.
     

    I - Prólogo 

          O segredo do equilíbrio do organismo está na suas mãos. A mão é um corpo humano em miniatura, pois existem todos os pontos correspondentes do corpo humano  na mão.

          Através da mão podemos tratar todos os tipos de desarmonia da energia do corpo humano promovendo o equilíbrio.

          Essa terapia de tratamento pelas mãos, nos chamamos de Quiro-Acupuntura ( acupuntura somente nas mãos). 

          Características do Quiro-Acupuntura 

          - Esta nova técnica e de fácil aplicação (somente na mão) .

         - Aplicação das agulhas são indolores e menos agressivos se comparados á acupuntura tradicional, e são aplicados superficialmente na palma ou dorso da mão.

          - Ë uma terapia muito fácil de ser ensinada e aprendida.

          - Não tem contra indicação.

          - Não existem restrições quanto ao local de atendimento ou a hora de aplicação.

          - Não há efeitos danosos quando aplicados em pontos errados.

          - Excelentes resultados na harmonização das energias dos órgãos e vísceras.

          -  Muito utilizados em prevenção do desequilíbrio energético.

          - É uma técnica que pode ser utilizados como receita caseira. Porque é muito fácil de ser manuseadas como receita de bolo.

         - Os fundamentos dessa teoria coincide com os da Acupuntura Sistêmica, isto é , teoria dos Yin e Yang, dos Cinco Elementos , Zang-Fu (Órgãos e Vísceras) e dos meridianos . 
     


    II - Histórico 

          Quiro acupuntura surgiu na Korea em agosto de 1971, através do Tae Woo Yoo ( presidente da academia Sooji - medicina da Korea ), que defendeu a tese em 31/12/75.

          Fundador e Instrutor do Instituto de Sooji - Chim da Korea do Sul.

          Quiro Acupuntura estuda o desequilíbrio energético do corpo humano através das mãos. É um novo tipo de acupuntura, que pode promover o equilíbrio energético através da inserção de agulhas nas mãos.

          A Mão é um corpo humano reduzido, os problemas existentes no organismo se refletem nas mãos, sendo assim é possível tratar e promover o equilíbrio energético através da  reflexologia das mãos. 

     

          Primeiro Ponto descoberto em 1971, M5 = VB 20 ( sistêmica ). 

          Desde então, com as intensificações e aperfeiçoamento dos estudos chegou a conclusão das três teorias. 

    1a Teoria : Teoria da correspondência da mão com o corpo humano.

                  ( mão é um corpo humano reduzido ) 

    2 a Teoria : Teoria dos 14  micro-meridianos da Mão, com 345 pontos. 

    3 a Teoria : Teoria dos Dedos das Mãos ( 5 elementos ). 

     

    III - AS TEORIAS DA TERAPIA NA MÃO. 

          1 - Reflexos dos órgãos e Vísceras na Palma da Mão. 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.2 -Reflexos dos Órgãos e Vísceras no Dorso da Mão 

    3-Lateralidade do Corpo em Relação a Palma da Mão. 

    4-Lateralidade do Corpo em Relação ao Dorso da Mão. 
     

    IV- Materiais utilizados no tratamento. 

    1- Agulhas de 2 cm com 13 mm de cabo e 7 mm de agulha. 

    Aplicação de agulha e feita através de um aplicador . Agulha e colocado no aplicador e aplica de forma suave sem fazer força, e a penetração é de 1 à 2 mm sobre a superfície da pele.

    Duração de aplicação de 20 à 30 min. 

    2- Aplicadores de agulha. 

    3- Moxa . 

    Moxa é feita de uma erva chamada de Artemísia, e serve para promover equilíbrio energético do organismo através do calor.  

    4- Aparelho de alumínio . 

    5- Anel   

    6- Aparelho de Eletro-Acupuntura. 

    7- Plaquetas de alumínio ou ouro. 

    São pequenas placas prateadas e douradas, variando de tamanho e quantidade de pontas.  
     

    V- Terapia da correspondência. 

     

    1-Dor na testa. 

    2-Dor de cabeça lateral. 

    3-Olho. 

    4- Nariz. 

    5- Boca. 

    6- Dor na Mandíbula. 

    7- Distúrbios na bochecha. 

    8- Dor na Laringe. 

    9- Brônquios. 

    10- Dor na parte da fonte. 

    11- Dor de Ouvido. 

    12- Dor na Lateral da Occipital. 

    13- Dor Na Occipital. 

    14- Dor na Cervical. 

    15- Dores na Escapula, Escapula superior e coluna torácica. 

    16- Dores na Cervical, Torácica, Lombar e Cóccix. 

    17- Dores na Escápula e no Ilíaco ( Osso da Bacia ). 

    18- Dores ao lado da Coluna Lombar. 

    19- Pontos correspondentes dos Meridianos  IG5, TA4 e ID5. 

    20- Pontos correspondentes dos Meridianos  P9, CS7 e C7. 

    21- Pontos correspondentes dos Meridianos E41(T),VB40 (Fonte)e B60.

                 

    22- Pontos Correspondentes dos Meridianos F4 (Metal), BP5 ( S ) e R3  )       

    VI ) Teoria dos 5 dedos ( 5 elementos). 

    Cada dedo representa um órgão e uma víscera. 

    Dedo polegar: Fígado / Vesícula Biliar ( Estômago e  Int.Grosso ).

    Dedo indicador: Coração / Int.Delgado ( Bexiga e Int.Grosso ).

    Dedo médio : Baço Pâncreas / Estômago (Bexiga e Vesícula Biliar).

    Dedo anular : Pulmão / Int.Grosso ( Útero e Intestino Delgado ).

    Dedo mínimo : Rim /Bexiga ( estômago, Útero e Int.Delgado). 

          É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

     
     
     
     
     

    VII - Teoria  dos 14  micro meridianos  

    Na mão existem 14 micro meridianos. A qual utilizamos para promover equilíbrio de energia  do órgão ou víscera. 

    1- Relação da Nomenclatura do Quiro-Acupuntura com a Sistêmica. 

           Sistêmica            Quiro-Acupuntura 
     

          VC -----------------A   Meridiano Vaso Concepção  

          VG -----------------B   Meridiano Vaso Governador 

          P    -----------------C   Meridiano do Pulmão 

          IG  -----------------D  Meridiano do Intestino Grosso  

          E    -----------------E   Meridiano do Estômago 

          BP  -----------------F   Meridiano do Baço / Pâncreas  

          C    -----------------G   Meridiano do Coração  

          ID  -----------------H   Meridiano do Intestino Delgado 

          B    -----------------I    Meridiano do Bexiga 

          R    -----------------J    Meridiano do Rim  

          CS  -----------------K   Meridiano do Pericárdio  

          TA -----------------L    Meridiano do Triplo Aquecedor  

          VB -----------------M   Meridiano do Vesícula Biliar  

          F    -----------------N    Meridiano do Fígado  

     
     
     
     
     

    2- Meridianos na palma da Mão. 

    3-Meridianos no Dorso da Mão 

    4- Meridiano do Vaso Concepção ( A ). 

    ( A ) nasce no ponto A1 e passa pelo centro da palma da mão, e termina no ponto A33 situado na extremidade do dedo médio.  
     

    5-Meridiano do Vaso Governador ( B  ). 

    ( B ) nasce no ponto B1 e passa no centro do dorso da mão, e termina no ponto B27. 

    6- Meridiano do Pulmão ( C  ). 

    ( C ) nasce no A12 (Jung wan ) e passa pelo C1 até C13 ao longo das bordas do dedo indicador e anular. 

    7- Meridiano do Int. Grosso ( D ).( D ) nasce no ponto D1 do lado da raiz da unha do dedo indicador e anular, passando até D12,dirigindo-se para cima e centralmente em ambos os lados do dedo médio até D22 o qual está localizado ao lado do A28. 

    8- Meridiano do Estômago ( E  ). 

    ( E ) nasce no ponto de A28 desenvolve-se até E2 quando passa a fluir  próximo à lateral do ( A ) até a primeira articulação, quando flui pela palma, passando a correr distalmente ao longo dos dedos polegar e mínimo nos lados distantes do dedo médio. 

    9- Meridiano do Baço/ Pâncreas ( F  ). 

    ( F ) nasce no ponto F1, que está localizado na ponta do polegar e do mínimo e flui ao longo da linha central de cada dedo até ponto F22. 

    10- Meridiano do Coração ( G ). 

    ( G ) nasce no ponto A16 e desenvolve-se no ponto G1, e sobe até G15 ao longo dos dedos indicador e anular, nos lados distantes do dedo médio. 

    11- Meridiano  do Int. Delgado ( H ). 

    ( H ) nasce no ponto H1 e passa ao longo das linhas centrais do dorso dos dedos indicador e anular até H11, quando mudam de direção subindo pelos lados do dedo médio até H14. 

    12- Meridiano de Bexiga ( I ). 

    ( I ) nasce no ponto I1 que fica ao lado do B27, dirigindo-se à linha ao lado do (B ) até I24 , espalha em duas ramificações para fluir pela linha central do dorso do polegar e do mínimo. 

    13- Meridiano do Rim ( J  ). 

    ( J ) nasce ponto J1 na parte externa da raiz da unha do polegar e anular, Flui ao longo da linha vermelha/ branca  até J16, e vai lateralmente ao ( A )   até terceira articulação do dedo médio.

                                                                                                     

    14- Meridiano do Pericárdio ( K ). 

    ( K ) nasce no ponto A18, e flui pelo A16, e é gerado no ponto K1, localizado próximo das linhas da primeira articulação dos dedos indicador e anular na palma da mão. E flui até um ponto final das unhas dos dedos indicador e anular.

            

    15- Meridiano do Triplo-Aquecedor ( L ). 

    ( L ) nasce no ponto L1, na linha posterior interna dos dedos indicador e anular do dedo médio, flui ao longo do indicador e do anular, vira e sobe até aos lados do dedo médio. 

    16- Meridiano do Vesícula Biliar ( M ). 

    ( M ) nasce no ponto M1, que está localizado na lateral do ponto A33, flui para baixo na direção do dorso do dedo médio, e no dorso da mão gira, orientando-se para cima e nos lados do polegar e do mínimo próximo ao dedo médio. 

    17- Meridiano do Fígado ( N ). 

    ( N ) nasce no ponto N1, que está localizado próximo à unha do polegar e do mínimo no lado do dedo médio, flui pela palma, reverte sua direção e sobe até os lados do dedo médio.               

    VIII ) Recursos para aplicar sobre o  Micro-Meridianos. 

    1) Aplicação Simples. 

    É aplicar simplesmente no ponto sobre o Micro-Meridianos, sem técnica de Tonificação ou Sedação.

    A aplicação simples não regula voluntariamente a função do órgão, mas ele somente estimula o micro-meridiano.

    Aplicação da Agulha é 1mm verticalmente sobre a pele. Se cair algumas agulhas não haverá problemas, porque várias agulhas caem em várias direções. É  também não ocorrerá tonificação ou sedação. Ocorre sim o funcionamento pelas características do próprio ponto.

    Por isso no caso da aplicação simples deve estudar em conteúdo o seguinte:

    Ex.: Para indigestão, no caso simples, é eficaz aplicar apenas no ponto A12. E no caso pior, é eficaz aplicar no ponto A12 e mais quatro ponto da periferia na distância de 1 cm acima e abaixo e a direita e esquerda do ponto A12. E no caso crônico , deve ser aplicado sobre o micro meridiano. A aplicação sobre o micro meridiano, em qualquer ponto será eficaz. 

    2) Aplicação com tonificação e sedação. 

    A excelência da Terapia é conseguir certamente o funcionamento da tonificação e sedação  do micro meridiano, para excesso ou deficiência de energia do órgão ou víscera. É a tonificação ou sedação que regulam voluntariamente a função dos órgãos e vísceras se existir problemas. Quando existe problema na função do órgão estará em estado de excitação, excesso de energia, e a víscera correspondente estará em debilidade ( 5 elementos ).Neste momento podemos trabalhar em órgão correspondente para promover o equilíbrio .

                         

    Ex.: Quando existe Dor no ponto (Es25) do lado esquerdo ,pelo diagnóstico descobrimos que existe a síndrome de excesso de energia do int.grosso / deficiência da energia do pulmão. Aplicar pela tonificação do

    C (Pulmão)  micro meridiano do lado esquerdo sumirá ou diminuirá [ porque a tonificação no C (Pulmão) micro meridiano dará o efeito de sedação no D (int.grosso) micro meridiano ].

    Aplicar novamente pela sedação do C(Pulmão) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, a Dor do ponto (Es25) do lado esquerdo reaparecerá. Neste momento aplicar pela sedação do D(Int.Grosso) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, também a dor do ponto (Es25) sumirá ou diminuirá. Outra vez aplicaria pela tonificação do D (Int.Grosso) micro meridiano do lado esquerdo da mão esquerda, Também a dor do ponto (Es25) reaparecerá.

    Assim, a tonificação ou sedação tem a característica para regular voluntariamente a função do órgão. Isto aparece certamente só no micro meridiano da Terapia . 

    1. Recurso de tonificação ou sedação :

    Tonificação ou Sedação  da Terapia usa se a lei de YUNG SU BO SA

    (o fluxo do micro meridiano é somente em uma direção, isto é do menor para os maiores números).

    YUNG: é a técnica de Sedação que supre o fluxo do micro meridiano pela aplicação contrária a direção do fluxo micro meridiano .

    SU: é a técnica de  Tonificação que supre o fluxo do micro meridiano pela aplicação na mesma direção do fluido do micro meridiano.

    BO: é uma palavra coreana que significa a Tonificação.

    SA : é uma palavra coreana que significa a Sedação. 

    1. Tonificação ou sedação pela agulha:

     

    A eficácia da tonificação ou da sedação pela agulha é bom para qualquer ponto sobre o micro meridiano dos quatro dedos, à exceção do dedo médio.

    Especialmente a melhor maneira para tonificar ou sedar é no intervalo da Segunda articulação e da terceira articulação de cada dedo, porque no final do

    dedo sente-se muita dor ao aplicar, e nas outras partes é lenta a reação ao aplicar.

    • A penetração da agulha na pele 2 a 3mm.
    • O ângulo com a pele 30o a 45o .
    • Tempo de permanência da agulha : 10 à 20 min.
    • Acrescentar os pontos básicos e o ponto importante ou o ponto correspondente.
    1. Tonificação ou Sedação pelo magnetismo:

    O magnetismo é o poder de atração dos pólos negativos com o positivos, e sempre indica os pólos N(norte) ao S (sul). 

    d) Tonificação ou Sedação pelo  estimulador elétrico . 

    1. Tonificação ou Sedação pelas placas de metal Prateado e Dourado ).

    Existem dois tipos de ionização do metal : 

    Prateado ( um metal sem cor ) é o caráter Negativo (-).

    Dourado ( um metal com cor ) é o caráter Positivo (+).  

     
     

    IX - Cuidados básicos na utilização da Terapia na Mão. 

    Primeiramente as mãos devem ser limpas com  água corrente ou passar álcool a 70 graus com 2% de iodo. 

    • Cada pessoa deve ter suas próprias agulhas ou utilizar agulhas descartáveis.
    • Antes da aplicação é bom massagear as mãos, podendo utilizar para isso o massageador.
    • O cliente deve se sentir à vontade, sentado ou deitado se for grave.
    • Tempo de duração : no casos leves como dor de cabeça. Aplicar agulhas e depois de  passar  a dor, deixar por mais 5 min.
    • Nos casos graves ou crônicos: aplicação das agulhas deve ser de 20 à 30min.
    • Número de aplicações: Varia de acordo com o desequilíbrio energético da pessoa.
    • Desequilíbrio Energético leve : Uma vez ao dia, podendo equilibrar com 5 aplicações.
    • Desequilíbrio Energético graves: Uma vez ao dia, podendo equilibrar em 6 à 12 meses ou por tempo indeterminado.
    • Para obter melhores resultados é recomendado o uso de vários instrumentos, na seguinte ordem: massageador, Agulhas, plaquetas de Prata ou Ouro, Anel e Moxa.
    • Quando estiver com as agulhas é bom fazer movimentos leves, para ativar a circulação de energia nas mãos.

    Cuidados e Precauções extremas quanto ao uso,  em situações abaixo:

    • Se o cliente estiver em jejum ou com muita fome.
    • Se o cliente tiver perdido significativa quantidade de sangue por, vômitos, ou eliminação pelo reto.
    • Se o cliente estiver desidratado ou embriagado.
    • Se o cliente estiver exausto pela viagem ou por outro motivo.
    • Se a pressão for instável, alta ou baixa demais.
    • Se o cliente for extremamente fraco.
    • Se o pulso do cliente não puder ser sentido quer pela carótida ou pelas artérias radiais.
    • Se for extremamente alérgico ou reumático.
    • Se o micro meridiano estiver infectado por doença epidêmica ou necessitar de cirurgia.
    • Se o cliente estiver  tendo um ataque.
    • Se o cliente tiver febre ou calafrio extremos.
    • Se o cliente estiver emocionalmente  hiper estimulado, nervoso, alegre, triste, bravo ou assustado.

    Em caso de cliente entrar em choque. 

    1. Tirar as Agulhas ou outros instrumentos.
    2. Repousar com respiração profunda.
    3. Aplicar a Agulha nos pontos A8,12 e 16.
    4. Picar no ponto J1.
    5. Ou aplicar a Agulha nos pontos B24, I2, A33 e E2.
    6. Em casos graves : deve picar a ponta dos 10  dedos.
    7. Aplique Agulha nos pontos da receita de Jeong-Bang do coração na mão direita e Jeong-Bang do rim na mão esquerda.
    8. Após recuperação deverá descansar, comer e  aplicar moxabustão nos pontos A1,3 e 12.

     

    X -  Alguns  Métodos para observar o desequilíbrio do organismo (da energia ). 

    1. A temperatura das mãos e dos pés.

    Se a temperatura das mãos estiverem normal, quer dizer que a circulação do corpo permanece estável. Quando ocorre dos pés e mãos estarem frios, são sinais e sintomas de que o estado do equilíbrio não se encontra normal, necessitando de cuidados. Através do controle da temperatura das mãos e pés podemos concluir a normalidade do corpo humano.

    2) A aorta abdominal (que é  uma veia grossa que se localiza acima e abaixo da corrente umbilical ) deve pulsar suavemente.

    Quando o seu funcionamento ocorre normalmente, a circulação do sangue e a pulsação transcorrem  normalmente . Porém, quando se encontra lesada, com pulsações intensas ou fracas seu funcionamento é prejudicado. Na Terapia Oriental a pulsação da aorta é observada para verificar a normalidade da saúde.

    Quando a pulsação é intensa, o organismo não se encontra normal, dificultando a circulação do sangue.

    1. Aparelho digestivo deve estar funcionando normalmente sem dores.

    Se ao pressionar o estômago, ocasionar dores agudas e apresentar tensões, como uma massa dura, são sinais de que o organismo não está bem.

    1. As pulsações dos seis pontos ( em cada braço existem três pontos) devem pulsar suavemente e igualmente. São os pontos geralmente usados para tomar pulso, o equilíbrio na Terapia  Oriental.
    2. O abdômen, não deve apresentar reação de dor ao ser apalpado .

    A pele do abdômen deve estar mole, assim como intestino, e também a sua temperatura deve estar sempre morna. Se sentir tensão ou uma contração do músculo, e dores ao ser pressionado com as mãos, conclui-se que o organismo está com alguns órgãos e vísceras em desequilíbrio. 

    1. Coluna Vertebral.

    A coluna vertebral que sustenta o corpo humano, é a proteção para sistema nervoso, órgãos e vísceras. Por isso se houver algum problema, poderá causar outros males. 

    Verificação:

    1. Verificar alinhamento da coluna.
    2. Verificar saliência da coluna.
    3. Verificar a sensibilidade da coluna.
    4. Verificar a reentrância da coluna.
    5. Apalpar sutilmente sobre a coluna observando a fisionomia do cliente.
    6. Apalpar sutilmente sobre a lateral da coluna observando a fisionomia do cliente.
    7. Perguntar ao cliente.
    1. Pulsação.

    Para ter saúde, o estado do cérebro  deve estar estável. O estado instável do cérebro é causado pelo descontrole das funções de todo o organismo.

    Na artéria carótida deve haver 4 carótidas . O volume de sangue nestas 4 carótidas devem estar em equilíbrio, se houver desequilíbrio, existira algum desequilíbrio energético .

    Na Terapia para descobrir em que estado se encontra a circulação no cérebro é preciso tomar a pulsação de Yin/Yang. 

    Posição para tomar a pulsação de Yin/Yang: 

    Pulsação de Yin – É tomada no ponto  ( Pu9 ).

    Pulsação de Yang – Localizar o gogó ( pomo de Adão ). Do lado do gogó localiza-se um ponto chamado de  (IG18) que varia de 1,5 à 3,0 tsun de pessoa para pessoa. Neste ponto toma-se a pulsação de Yang. 

    1. A pulsação deve ser tomada da seguinte maneira : comparar a pulsação do punho esquerdo com a pulsação do lado esquerdo do pescoço, e a pulsação do punho direito com a pulsação do lado direito do pescoço.
    2. Comparar as pulsações do pescoço e do pulso   (Pu9) e  (IG18) : Qual das duas será mais grossa ?

    Deve comparar só o volume de sangue entre duas artérias dos pontos  (Pu9 ) e ( IG18 ), sem relação com a força (forte ou fraca ) e a suavidade ou dureza. 
     
     

    XI ) Medidas utilizadas para localizar os pontos. 

    Na mão existem 345 pontos definidos em 14 micro-meridianos. Para saber  a localização exata, utiliza-se Tsun-bun.

    Tsun é uma unidade de medida oriental.

    Bun é 1/10 do Tsun.

    Com exceção a mão deformada. 

    1) Dorso da  Mão. 

    No comprimento.

    1. O dorso da mão mede 6 tsun mais 7 Bun do ponto B1 ao B27 ( que localiza-se na raiz da unha do dedo médio).
    2. Do ponto B1 a primeira falange do dedo médio B14 mede 3 tsun.
    3. O comprimento da primeira articulação ( do ponto B14 ao B19 ) é de 2  tsun.
    4. O comprimento da Segunda articulação ( do ponto B19 ao B24 ) é de 1 tsun mais 4 Bun.
    5. Do ponto B24 ao B27 ( localizado na raiz da unha do dedo médio ) mede 3 Bun.

    Na  largura: 

    1. Do ponto de separação do dedo polegar com o dorso da mão ao extremo (em direção ao dedo mínimo ), mede 4 tsun.
    2. A largura da primeira articulação do dedo médio é de 8 Bun.

    2) Palma da Mão.

    No Comprimento. 

    1. Do ponto A1 ao ponto localizado no extremo do dedo médio A33  mede 7 tsun mais 8 Bun.
    2. Do ponto A1 ao A16 mede 4 tsun mais 2 Bun.
    3. Do ponto A16 ao A20 mede 1 tsun.
    4. Do ponto A20 ao A24 mede 1 tsun mais 1 Bun.
    5. Do ponto A24 ao A33 mede 1 tsun mais 5 Bun.

    Na Largura.

    1. Do ponto A12 ao extremo da palma da mão ( em direção ao dedo polegar ) mede 1 tsun mais 5 Bun.
    2. Do ponto A8 ao extremo da palma da mão ( em direção ao dedo mínimo ) mede 4 tsun mais 2 Bun.
    3. A largura da falange do dedo médio é 8 Bun.

    Obs.: Deve usar  a própria mão da pessoa que for tratar.

    XII – Dicas em casos de Emergência. 

    1. Em casos leves.

    As mãos frias significam má circulação sangüínea, gerando o aumento da quantidade de sangue que flui para cabeça, causando tontura ou desmaio.  

    Quando ocorrer um choque, intoxicação por gás, má digestão aguda (forte) e desmaio pela pressão alta do sangue, as mãos ficarão muito frias. 

    Por isso deve abaixar a pressão alta da cabeça, picando a ponta do dedo médio da mão . 

    No caso de sintomas acima serem leves, podem picar apenas o ponto A33, e nos pontos A8,12,16,E8 e I2 aplicar agulhas ou massageador.

     

    2) Em casos graves.

    Em casos graves deve picar a ponta dos dez dedos das mãos e (em alguns casos deve picar a ponta dos dedos dos pés ) todos os dias até o restabelecimento.

    E em caso de problemas respiratórios utilizar pontos A8, 12, 16, 18, 20, 22, 24, 28, 33, E8 e I2 para normalizar a respiração.

    RESULTADOS

     

    Resultados são muito bons, centenas ou melhor milhares.

    Exemplo da Coréia de onde surgiu a técnica, o governo adotou como receita caseira, se não tivesse resultado, já mais, iria adotar o método para diminuir pessoas em hospitais públicos .

    CONCLUSÃO
     

    E  um método de tratamento muito bom que não podemos deixar de aprender.

    Que tem um resultado muito bom no equilíbrio dos Órgãos e Vísceras e suas funções.

    Excelente em tratamentos preventivos.

    E muito fácil de aprender.

    Muito fácil de aplicar também.

    Autor: : Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108
    Última atualização: 14/06/2013 14:52


    ACONSELHAMENTO NA TERAPIA HOLÍSTICA Maximizando seu atendimento com a inclusão da Psicoterapia

    ACONSELHAMENTO NA TERAPIA HOLÍSTICAMaximizando seu atendimento com a inclusão da Psicoterapia

     Henrique Vieira Filho
    Terapeuta Holístico – CRT 21001

    A Psicoterapia é parte integrante do atendimento na Terapia Holística e um de seus maiores diferenciais em relação a outras profissões correlatas. Uma das formas mais práticas e eficientes de introduzir a proposta em consultórios é a implementação de técnicas básicas de Aconselhamento. Diferente do que popularmente se entende como “dar conselhos”, a conversação terapêutica aplica muito do saber ouvir, pontuando tópicos relevantes com perguntas pertinentes e convites à reflexão. A receptividade sem julgamentos e empatia que se desenvolve entre Terapeuta Holístico e Cliente conduz a uma relação terapêutica mais eficaz e mutuamente gratificante, implementando o autoconhecimento e, com este, a maximização da Qualidade de Vida, que é o objetivo maior de nosso trabalho.

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras. Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem “científica-reducionista-elitista” cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem “empírica-holística-acessível” de nossos ancestrais xamãnicos. A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do “cientificismo”, mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes. Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a “alma”, desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder do Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas.

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em uma revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Para o resgate da abordagem Holística, havemos de compensar a ênfase de décadas aos aspectos físicos-objetivos, revitalizando as terapêuticas focadas ao psíquico-subjetivo-transcendente.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Psicoterapia no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém iniciarmos pelo básico, ou seja, o ACONSELHAMENTO, nome moderno que se dá àquilo que tão bem já praticavam nossos antecessores sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.

    Material e Metodologia:

    1. Definição

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    Na cultura anglo-saxônica, o termo Aconselhamento ("counseling") é utilizado para designar um conjunto de práticas que são tão diversas quanto as que configuram as práticas de: orientar, ajudar, informar, amparar, tratar. H.B e A.C. English definem o aconselhamento como "uma relação na qual uma pessoa tenta ajudar uma outra a compreender e a resolver problemas aos quais ela tem que enfrentar ".

    Um tema que concerne à filosofia do aconselhamento, predomina em toda a literatura anglo-saxônica: a crença na dignidade e no valor do indivíduo pelo reconhecimento de sua liberdade em determinar seus próprios valores e objetivos e no seu direito de seguir seu estilo de vida.

    O indivíduo tem um valor em si, independentemente do que pode realizar. Muitas vezes, a pessoa não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. O aconselhamento visa ajudá-la a desenvolver sua singularidade e a acentuar sua individualidade. Mais que uma filosofia que poderia ser interpretada, à primeira vista, como uma forma de individualismo selvagem, todos os grandes textos do aconselhamento fazem referência à responsabilidade da pessoa diante dela mesma, do outro e do mundo em torno dela. O individuo não é nem bom, nem ruim por natureza ou por hereditariedade. Ele possui um potencial de evolução e de mudança. O(A) aconselhador(a) deve considerar o sentido e os valores que o Cliente atribui à vida, às suas próprias atitudes e comportamentos porque quando uma mudança se impõe no contexto de vida, isto pode se chocar com as opções filosóficas da pessoa em questão e ser em si uma causa de dificuldade (ex. : mudança de atitude diante do trabalho, da família, da sexualidade, da morte,…).

    Segundo Catherine Tourette-Turgis, "o princípio de coerência do aconselhamento reside fundamentalmente no fato de que muitas situações da vida são, elas mesmas, causas de sofrimentos psíquicos e sociais, necessitando uma conceitualização e que dispositivos de apoio sejam colocados à disposição das pessoas que as vivem ".

    Para ela, "o aconselhamento é uma forma de "psicoterapia situacionista", isto é, a situação é causa do sintoma e não o inverso. O aconselhamento, forma de acompanhamento psicoterápico e social, designa uma situação na qual duas pessoas estabelecem uma relação, uma fazendo explicitamente apelo à outra através de um pedido (verbalizado) com objetivo de tratar, resolver, assumir um ou mais problemas que lhe dizem respeito… A expressão "acompanhamento psicoterápico" seria insuficiente na medida em que os campos de aplicação do aconselhamento designam muitas vezes realidades sociais produtoras em si mesmas de um conjunto de distúrbios ou de dificuldades para os indivíduos".

    Neste sentido, o aconselhamento responde às necessidades de pessoas que procuram ajuda de uma outra para resolver, em um tempo relativamente breve, problemas que não são oriundos necessariamente de questões profundas (do ponto de vista psicoterápico). Estes problemas podem estar ligados, na verdade, aos empecilhos ou a um contexto específico com o qual elas precisam se adaptar ou aos quais elas devem sobreviver e pelos quais, na maior parte do tempo, a sociedade não as preparou (ex.: traumatismos de guerra, prevenção da aids, desemprego, …) ou não assegura as funções de apoio adequadas em tempo real, ou seja, de imediato.

    Existem pontos comuns no desenvolvimento do aconselhamento que podem ser resumidos pela importância dada:

    Aos métodos ativos na relação de ajuda;

    À crença no potencial de um indivíduo ou de um grupo;

    À crença na transformação em um curto espaço de tempo;

    Ao estabelecimento de uma relação aonde a autoridade é substituída pela empatia;

    A um ambiente facilitador de mudança e de evolução pessoal.

    2. Bases do aconselhamento: ATITUDES

    2.1 ESCUTAR

    A escuta, no aconselhamento, se diferencia daquela que nós experimentamos cotidianamente. Significa uma forma de engajamento em relação ao outro, implicando estar sensível e atento a este.

    Escutar não se resume ao fato de captar os conteúdos e os sentimentos que o Cliente expõe. Da mesma maneira, a escuta não é um processo terapêutico em si e não é suficiente para completar o desenvolvimento e realizar mudanças.

    A escuta é a competência de base indispensável ao exercício de outras capacidades, como a de reformular os conteúdos de uma entrevista, sentimentos e emoções expressas.

    O que é a escuta ?

    A escuta em aconselhamento, é uma prática que induz imediatamente a um certo tipo de relação entre o(a) aconselhador(a) e o Cliente. Tal experiência de escuta é frequentemente a primeira vivida pelo o aconselhado. Na verdade, ele se sente escutado sem os filtros habituais constituídos pelo julgamento, pela opinião ativa da vida social ordinária, pela avaliação e o análise em certos métodos convencionais.

    Os níveis de escuta:

    1 - O primeiro nível concerne o que é dito na relação. No entanto, se ficarmos neste nível, a relação não se desenvolve muito e o Terapeuta Holístico fica em posição “de escutar uma história”.

    2 - O segundo nível, definido por certos autores como uma “atenção flutuante”, concerne não somente o que é dito mas também o que existe “além das palavras”. O Terapeuta Holístico fica atento às palavras, mas também aos aspectos não-verbais (expressão do rosto, gestos, movimentos dos olhos…) e para-lingüísticos (volume, tom, rapidez…) utilizados pelo Cliente.

    3 - Além destes dois níveis de escuta, o(a) aconselhador(a) deve também estar atento ao que ele pensa, às suas próprias emoções, às suas próprias sensações corporais. Pois estes indícios podem lhe servir de indicadores do que se passa na relação e o Terapeuta Holístico pode utilizá-los como uma espécie de “caixa de ressonância” do desenvolvimento da relação.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Eu sou capaz de escutar o que a pessoa quer me dizer sem me sentir em perigo ?

    Por que sinto certas dificuldades ao escutar pessoas que provocam em mim sentimentos excessivos e pertubam minha escuta ?

    Até onde eu posso escutar alguém mantendo-me neutro ?

    Reflexões:

    Frequentemente é dificil escutar o outro porque evito escutar o que se passa em mim mesmo.

    As mensagens contraditórias da minha comunicação podem parasitar minha escuta.

    2.2 ACEITAR

    A aceitação é uma atitude fundamental no aconselhamento. Comunicar sua aceitação implica que todas as atitudes e os comportamentos verbais e não verbais do profissional indicam à pessoa que alguém está tentando compreendê-la, aceitá-la completamente.

    A aceitação é, algumas vezes, mais importante que a compreensão. A pessoa tem antes de tudo a necessidade de ser aceita como ela é, como se sente, como diz que se sente antes de poder explorar a mudança. Frequentemente, no momento de um evento desequilibrante, a pessoa descobre que a aceitação que acreditava ter conquistada, de tal ou tal pessoa à sua volta, na verdade, não era real. Por exemplo, as pessoas soropositivas viram-se, quase sempre, confrontadas com o luto do amor incondicional dos seus. A confrontação de uma deficiência, em função das angústias que ela suscita, reduz a capacidade de aceitação de pessoas que estão em volta e que têm dificuldades de se confrontar ao sofrimento da pessoa, mantendo-se distantes.

    Como manifestar seu grau de aceitação ?

    Ajudando a pessoa a restaurar a auto-imagem e a auto-estima,

    Ajudando a pessoa a desenvolver uma maior aceitação de si mesma (frequentemente as pessoas são muito severas com elas mesmas: por exemplo, elas não se autorizam ao repouso, elas se sentem culpadas de estarem com problemas…).

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Sou capaz de aceitar totalmente a personalidade do outro, em uma relação de Conselho?

    Por que, algumas vezes, aceito certos comportamentos de uma pessoa e desaprovo totalmente outros ?

    Como posso comunicar minha aceitação em relação aos sentimentos do outro ?

    Se eu desaprovo uma pessoa, o que faço ?

    Reflexões:

    Posso me sentir ameaçado (a) por certos comportamentos de uma pessoa: é importante que eu aceite meus próprios sentimentos em relação à esta para em seguida desenvolver minha aceitação em relação a ela.

    2.3 AUSÊNCIA DE JULGAMENTO

    O julgamento é um obstáculo na progressão da relação de ajuda. Ele bloqueia a capacidade do outro de se responsabilizar, já que o mantêm na dependência deste. A relação de Conselho deve se estabelecer sem julgamento de valor.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Eu posso reduzir o receio que a pessoa tem de ser julgada ?

    Até onde posso trabalhar minha falta de julgamento ?

    Por que o julgamento positivo pode ser tão ameaçador quanto o julgamento negativo ?

    Reflexões:

    É difícil liberar uma pessoa do seu próprio receio de ser julgada pelos outros.

    Um julgamento positivo significa que nós avaliamos as capacidades e o valor da pessoa; ela pode deduzir que poderíamos, da mesma maneira, atribuir-lhe um valor negativo.

    2.4 EMPATIA

    A empatia é uma forma de compreensão definida como a capacidade de perceber e de compreender os sentimentos de uma outra pessoa.

    Diferentemente da simpatia ou da antipatia, a empatia é um processo no qual o profissional tenta fazer a abstração de seu próprio universo de referência, mas sem perder o contato com ele, para se centralizar na maneira como a pessoa percebe sua própria realidade. A empatia se resume em uma questão a ser colocada regularmente:

    O que se passa, neste instante, com a pessoa que está diante de mim ?

    Numerosos trabalhos afirmam que a empatia é fundamental na entrevista e que a qualidade desta está diretamente ligada à experiência do(a) aconselhado(a) e a qualidade do laço terapêutico, independentemente da teoria à qual o Terapeuta Holístico se identifica. Outros estudos (Mitchell, Bozarth, Krauff et Sloan por exemplo) demonstram bem sua importância, mas não a consideram como determinante.

    A adoção desta atitude é dificil em certas situações graves que nos forçam naturalmente a nos sentirmos, ao mesmo tempo, afetados, impotentes e que mobilizam em nós, sentimentos como o da injustiça ou o da inquietude. No entanto, uma pessoa confrontada com uma situação dificil precisa em primeiro lugar de alguém presente ao seu lado que a ajude à enfrentar o que ela está vivendo e não uma pessoa que reaja por ela. Pela compreensão empática, o conselheiro ajuda a pessoa à entrar em contato com seus próprios sentimentos e a descobrir o que estes significam.

    Como manifestar sua empatia ?

    Verbalizando o que é percebido na pessoa como emoção dominante,

    Pedindo-lhe para nos dizer o que precisaria mais neste momento,

    Tentando compreender o ponto de vista da pessoa e o reformulando sem tentar transformá-lo (é por ela mesma que a pessoa, em um segundo momento, modificará seu ponto de vista da situação).

    Os efeitos da empatia na relação de cuidados:

    Aumento do nível de auto-estima: “é possível então compreender o que eu sinto sem me dizer que eu estou errada de pensar assim”;

    Melhora da qualidade da comunicação: “ele não me responde dizendo que ele também pode morrer a qualquer momento, basta por o pé na rua”;

    Abertura à possibilidade da expressão de emoções profundas: “é verdade que atrás desta raiva se encontram todos os meus medos”.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Posso entrar no mundo íntimo de uma outra pessoa e conseguir compreender o que ela sente e o que ela percebe ?

    Posso me sentir suficientemente próximo de uma outra pessoa me sentindo ao mesmo tempo diferente e perder toda vontade de julgá-la e de avaliá-la ?

    Reflexões:

    Pode ser difícil para mim, dizer a alguém como eu a compreendo.

    O mínimo de compreensão reformulada, mesmo incompleta, ajuda consideravelmente o outro a avançar na compreensão dele mesmo.

    2.5 CONGRUÊNCIA

    A congruência pode ser definida como: “o estado de espírito” do profissional de aconselhamento quando suas intervenções durante a entrevista são coerentes com as emoções e as reflexões suscitadas nele pelo Cliente.

    Supõe, da parte do(a) aconselhador(a), disponibilidade com relação às emoções e aceitação destas. Na verdade, Carl Rogers desenvolve a hipótese que “a mudança da pessoa é facilitada quando o terapeuta é o que é”; quando seus contatos com o cliente são autênticos, sem máscara nem fachada, onde se expressa abertamente os sentimentos e atitudes que invadem seu interior neste momento preciso.

    A congruência do Terapeuta Holístico vai, de uma certa maneira, autorizar a do cliente. O profissional oferece um espelho de possíveis efeitos que podem provocar a atitude e o comportamento do Cliente numa relação interpessoal onde a integridade e o profissionalismo do(a) aconselhador(a) dão uma garantia que este (a) não está colocando na relação suas próprias neuroses. Muitas vezes, isto favorece ao Cliente,entrar em contato com seus próprios sentimentos.

    Perguntas que o Terapeuta Holístico pode se fazer:

    Será que me expresso de maneira a comunicar ao outro a minha imagem ?

    Como posso distingüir minhas proprias reações das dos outros ?

    Como posso permitir a uma outra pessoa que ela possa perceber o que eu sou e me aceitar como tal ?

    Reflexões:

    Se posso me mostrar tal como sou, se posso reconhecer e aceitar meus próprios sentimentos, posso então favorecer, ao outro, o crescimento e o seu desenvolvimento.

    Se posso permitir que o outro descubra certos aspectos de minha personalidade, que ele de toda maneira se apercebeu, ele poderá se aceitar melhor.

    3. Bases do aconselhamento: TÉCNICAS

    3.1 Questão aberta

    Esta é uma técnica muitas vezes usada para recolher informações ou esclarecimentos sobre um ponto preciso. Em princípio, as questões utilizadas pelo(a)s aconselhadore(a)s são "questões abertas” necessitando de uma resposta mais longa que um simples "sim" ou "não".

    As questões abertas encorajam os Clientes a compartilhar seus pontos de vista com o(a) aconselhador(a). Responsabilizam o aconselhado, durante a entrevista e lhe permitem explorar por ele mesmo as atitudes, os sentimentos, os valores e os comportamentos sem ser influenciado pelo universo de referência do(a) aconselhador(a).

    O(A) aconselhador(a), através de suas perguntas deve, essencialmente, ser guiado(a) pelo desejo de compreender e ajudar e não pelo único desejo de ser informado(a). A maneira de questionar é determinante, a forma e o tom devem ser o mais distante possível de toda forma parecendo ou lembrando uma inquisição ou um interrogatório.

    Como fazer ?

    A melhor maneira de praticar uma técnica de Questão aberta é a de focalizar as expressões que são “lugar comum” e que aparecem durante a entrevista considerando que tudo deve ser sujeito de descrição. Por exemplo, uma frase simples como : "estou triste ", é uma expressão "lugar comum " que necessita de ser descrita de maneira mais detalhada porque cada pessoa tem sua própria definição da tristeza. É possível então, por uma simples questão aberta, tentar focalizar mais precisamente o que a pessoa sente realmente (Seria possível me dizer o que sente exatamente quando está triste ? No que pensa nestes momentos ? etc.).

    3.2 Reformulação dos conteúdos

    A reformulação do conteúdo nos permite verificar se compreendemos bem o que a pessoa queria nos dizer, o que permite re-focalizar a entrevista quando esta parece tomar várias direções ao mesmo tempo. A capacidade de reformar o que o outro acabou de expressar constitui o primeiro nível na aprendizagem da escuta.

    A reformulação tem os seguintes objetivos :

    Permitir ao profissional verificar seu nível de percepção, para estar certo que ele compreende bem o que a pessoa está lhe descrevendo;

    Fazer a pessoa entender que ela está realmente sendo escutada;

    Concretizar as observações e os comentários da pessoa retomando o que ela disse de uma maneira mais concisa.

    3.3 Esclarecimento (Clarificação)

    O “esclarecimento” consiste em tornar mais claro certos aspectos evocados durante a entrevista.

    Tem como objetivo aumentar a capacidade de análise e de verbalização do cliente no que concerne as situações, eventos ou sentimentos.

    Exemplo :

    "Você disse que estava decepcionado. Como assim, decepcionado ?"

    3.4 Focalização

    A “focalização” tem como objetivo estimular o processo exploratório e de facilitar a resolução de problemas.

    As funções da focalização :

    Desencadear a expressão de uma emoção mais profunda;

    Encontrar a origem de um sentimento;

    Permitir a pessoa de se reapropriar de seu problema;

    Facilitar a resolução de problemas.

    Exemplos de perguntas facilitando a focalização :

    Poderia tentar me dizer ou imaginar de quem tem raiva ?

    O que tem vontade de dizer para esta pessoa ? Se ela estivesse aqui conosco, o que lhe diria ?

    Como poderia lhe dizer o que sente ?

    Como pensa que as pessoas a sua volta vão reagir ?

    O que deduz disto tudo ?

    O que vai fazer de tudo que acabou de aprender de si mesmo ?

    Como vê a solução do seu problema ?

    O que esta solução supõe ?

    Como se sente diante deste novo problema ?

    3.5 Confrontação

    A confrontação consiste em fazer com que a pessoa descubra seu grau de implicação ou de contradição em uma situação e tem como objetivo ajudar e esclarecer.

    A confrontação exige do profissional uma grande confiança na sua capacidade de ajudar e também da pessoa ou do grupo de progredir. A confrontação é uma potente “alavanca” propulsora do crescimento das pessoas e do grupo.

    Exemplo:

    “A senhora me diz se sentir livre para tomar esta decisão mas antes estava dizendo que com ela nunca se sentiu realmente à vontade. Será que poderíamos voltar a este sentimento e examinar os meios que tem para tomar esta decisão ?”

    3.6 Os silêncios

    O aparecimento de momentos silenciosos é em geral favorável ao processo do aconselhamento, com a exceção daqueles que acontecem no momento das primeiras entrevistas e que podem revelar o medo e o desconforto do Cliente ou do(a) aconselhador(a), ligados ao encontro.

    A maior parte do(a)s aconselhadore(a)s ficam em silêncio quando este vem do Cliente e intervem em função do lugar deste na entrevista e do que eles percebem como sendo uma necessidade do outro. O silêncio favorece o começo da relação da pessoa com ela mesma. Será um momento de elaboração importante se puder ser vivido na presença de uma outra pessoa.

    Ele favorece a autoconscientização e faz descobrir uma outra forma de presença no mundo.

    Tipos de silêncio :

    A pausa depois da expressão de um sentimento;

    A passagem de um tema a um outro;

    A pausa contemplativa;

    A pausa dolorosa;

    De timidez;

    A necessidade de apoio;

    Depois da descoberta.

    3.7 Técnica do reflexo

    A técnica do reflexo dos sentimentos é uma tentativa de compreensão do ponto de vista do Cliente. Consiste em comunicar ao este o que se percebe de suas emoções e sentimentos no momento presente ou o que diz ter vivenciado durante as situações evocadas durante a entrevista. Isto necessita que aquele que pratica esta técnica se concentre não somente no que a pessoa diz, mas também na maneira como ela diz.

    O "reflexo" dos sentimentos é um meio e não um fim. Esta técnica não serve apenas para trazer à tona o que foi vivenciado mas, também, para evidenciar um certo número de problemas. O papel do profissional de aconselhamento consiste em funcionar como um espelho. Esta atitude aumenta a capacidade de compreensão do cliente sobre si mesmo.

    Existem númerosos casos de má utilização desta técnica. A mais comum delas consiste em acreditar que a expressão e a identificação dos sentimentos e emoções possuem, por elas mesmas, um valor terapêutico, as vezes mesmo, de transformá-la em técnica principal. No aconselhamento as coisas não funcionam assim, e a eficácia da técnica do reflexo reside essencialmente no fato de que a expressão dos sentimentos é um meio e não um fim. É importante que o Cliente se dê conta por ele mesmo (para conduzir sua vida), não só do interesse que pode existir no fato de expressar seus sentimentos, em certas situações, mas, também no interesse que pode existir no fato de conhecer e confiar nestes quando está diante das pessoas e das situações.

    A expressão dos sentimentos negativos ou hostis em uma relação e em um clima de aceitação tem habitualmente o efeito de desarmar os "acting out" (forte transferência, não devidamente analisada, que se traduz em ações reflexas por parte do Cliente). Sentir-se compreendido e aceito é um elemento importante em aconselhamento mas, em hipótese alguma, o trabalho do(a) aconselhador(a) deve ser reduzido a esta técnica.

    O trabalho de formulação é muito importante, porque ele ajuda as pessoas a descobrir e ter confiança no que sentem e vivenciam.

    Funções do reflexo:

    Permitir a pessoa a se abrir ao que um determinado sentimento ou emoção lhe indica (por exemplo: o medo indica a existência de ameaça; a tristeza indica a existência de uma “ferida”, a raiva pode indicar a existência de um empecilho);

    Ajudar a pessoa a reconhecer o sentimento expresso;

    Verificar que houve uma boa compreensão;

    Permitir que a pessoa tenha acesso (em seguida) a uma emoção subentendida.

    4. Indo Além do Aconselhamento: Outras Técnicas Psicoterápicas

    Uma vez bem compreendido e exercitado o Aconselhamento, estará facilitado o caminho para a inclusão de outras formas de Psicoterapia. Na sequência, abordaremos duas opções complementares:

    4.1 Análise de Sonhos

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ...”o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro”... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as “chaves” transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado “o sono sagrado”, onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de “sonho acordado”, muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão “científico”. Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, “a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma”. Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma “auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material “espontâneo” que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a “dramatização”, onde a pessoa “encarna”, um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura “incorporada”. Outra ferramenta de interpretação é a “ampliação” do sonho, onde se é estimulado para “prolongar” o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de “ampliação” é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que “ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico”. O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.

    4.2 Vivências

    Do mesmo modo como “evocamos” os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Um “massoterapeuta” convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma “lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais “pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram “especializações” funcionais, “desenhando-se” no holograma certos “caminhos” bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa “tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. “Mapeando” esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos “meridianos” de Acupuntura, na China milenar, e os “chacras” na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a “circulação” energética, induzimos à “circulação” das informações psíquicas, ocorrendo os chamados “insights” (“flashs”, lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que “digerir”, compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro “equilíbrio energético”. O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

    Resultados:

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade.

    Discussão:

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a “imitar” o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE – Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de ministrar aulas pelo método EAD – Ensino à Distância, propiciando aprendizado independente da localidade em que o interessado estiver.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.

    Conclusões:

    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    O Aconselhamento, cujo aprendizado é relativamente simples e intuitivo, em especial para quem exerce outras formas de Terapia, é de fácil integração às demais técnicas já adotadas em consultório. Tamanhos são os ganhos tanto para a Clientela, quanto ao Terapeuta Holístico, ampliando exponencialmente o leque de atuação, que este é um caminho obrigatório a qualquer profissional que deseje maximizar seus potenciais e sua realização na carreira.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Reichiana e Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui regressão, progressão, vivências, etc...).

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.

    Referências bibliográficas:

    "Counseling, Santé et Développement” em www.counselingvih.org;

    “O Processo de Aconselhamento” – Paterson / Einsenberg – Martins Fontes 1988;

    “Tutorial Terapia Holística” - SINTEbooks

    Anexos e Apêndices:

    PLANILHA - RESUMO: ACONSELHAMENTO
    ATITUDES
    EscutarReceptividade total ao que o Cliente transmite verbalmente e corporalmente
    AceitarAceitação do Cliente como ele é, como diz que se sente, contribuindo com sua auto-estima
    Ausência de JulgamentoJamais julgar, nem a favor, nem contra
    EmpatiaCompreender o ponto de vista do Cliente sem tentar transformá-lo
    CongruênciaSinceridade e coerência na relação com o Cliente
    TÉCNICAS
    Questão abertaIdentificar expressões tipo "lugar comum" e estimular ao Cliente que aprofunde o tema, focalizando mais especificamente o que realmente sente.
    Reformulação dos conteúdosVerbalizar, resumidamente, as observações e os comentários do Cliente, retomando o que ele disse de uma maneira mais concisa, para melhor compreensão e também para que fique claro que realmente o está escutando.
    ClarificaçãoRetomar certos tópicos da consulta, solicitando ao Cliente que os esclareça mais profundamente, objetivando ampliar a capacidade do mesmo em compreender tais situações, eventos, emoções.
    FocalizaçãoFocar a conversação sobre um único tópico em destaque, estimulando o Cliente a contatar mais profundamente a emoção e as origens do problema
    ConfrontaçãoPontuar, sem julgar, algumas contradições nos relatos do Cliente, ajudando-o a repensar o assunto.
    SilênciosDetectar e respeitar as pausas do Cliente que se originam depois da expressão de emoções, de insights, de auto-reflexão, permanecendo receptivo
    EspelhamentoDemonstrar sua compreensão do ponto de vista do Cliente, comunicando-o quanto às emoções detectadas no atendimento, fazendo-se de "espelho", facilitando-lhe a sua capacidade de auto-compreensão.

    1)

    Terapia Holística: Ciência ou Arte ?

    Yin, Yang... Ciência, Arte...

    Aparentes opostos, com certeza, complementares,

    ambas somam as faces da moeda do Conhecimento.

    ...

    O conhecimento humano poderia ser dividido entre o conhecimento organizado e o conhecimento ingênuo. O conhecimento ingênuo nada mais seria do que um conhecer intuitivo que pode ter algum grau de reflexão, mas de que certo modo só pertence àquele ser que o percebeu e que sobre ele refletiu. É uma forma de conhecimento muito pessoal. Já o conhecimento organizado nos propicia o surgimento da própria civilização. Esse é o conhecimento registrado, que pode ser transmitido para outras pessoas sem a presença daquele que o desenvolveu, e que se despessoaliza no sentido de criar uma cultura, que pode se realimentar para criar conhecimentos novos, e mais sofisticados.

    Dentro do conhecimento organizado podemos encontrar uma nova subdivisão: ciência e arte.

    ...

    Textos extraídos de www.ricardohage.com/artigos/estetica.pdf

    A Ciência aplica a lógica formal e metodologia, resulta de uma atitude consciente em direção ao entendimento e um esforço fundamental de comprovação, objetivando a intervenção no que se conveniou chamar de realidade. Já a Arte, atua sobre uma lógica subjetiva, isenta de compromissos com a verificação e nasce de uma atitude inconsciente do ser humano, que no geral quer deixar sua marca nessa mesma realidade.

    Com o advento da Modernidade, a sociedade ocidental pautou-se por uma crescente racionalização, assumindo a Ciência como o fundamento geral de nossa orientação no mundo. Nossa civilização passou por uma ditadura religiosa, onde os dogmas da Igreja constituiam a verdade inquestionável, para um atual estado de ditadura científica, na qual confundem aquilo que a Ciência não consegue explicar, como sendo algo impossível de existir.

    A Terapia Holística, que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, possui sua própria lógica singular, muito mais para a subjetividade da Arte, do que para a objetividade da Ciência. Os resultados obtidos pelos Terapeutas Holísticos não cabem nos moldes da pesquisa científica tida como “oficial”, resultando daí, ter sua validade e eficácia injustamente questionadas. Na Idade Média, milhares de nossos antecessores tiveram que negar suas práticas, ocultar seus conhecimentos, esconder suas poções, enfim, renunciar às suas essências (em vários sentidos...) para escapar das fogueiras da Inquisição. Ainda traumatizados com a perseguição histórica, nos tempos modernos, novamente renegam suas origens, tentando sobreviver à inquisição do que se convencionou chamar Ciência. Submetendo-se ao julgo de seus atuais algozes, a Terapia Holística perdeu parte de sua identidade, abrindo mão de seu linguajar, de seus fundamentos, gerando um sincretismo que não surtiu o efeito desejado. Incabíveis em tubos de ensaio, ao tentar “discursar em língua estrangeira” (“cientificês”...), a maior parte das técnicas terapêuticas milenares soaram ainda mais estranhas aos donos da verdade oficial e aí sim foram condenadas, de vez, às fogueiras purificadoras dos dogmas de laboratório. Algumas técnicas tiveram destino ainda mais cruel: tanto abriram mão de suas origens, tanto se adaptaram, que correm o risco de se transformar em “monstros transgênicos”, produtos artificiais adequados aos padrões de consumo “oficial”. A Terapia Tradicional Chinesa, por exemplo, se perder sua alma, transformará seus praticantes em meros espetadores de agulhas, máquinas automáticas de aplicações de tabelas... Já a Fitoterapia, se perder suas “raízes”, será mais um serviçal da indústria de patentes, do que ao bem-estar de seus adeptos.

    Yin e Yang... noite e dia... ciência e arte... faces alternantes de um mesmo fenômeno. Em algum momento no tempo, a Terapia Holística será Ciência, também. No presente, há que ser percebida, compreendida e aceita como ARTE, pois esta é a faceta que agora se mostra. E se valoriza ! Afinal, enquanto a Ciência é inconstante e temporal (o que é fato científico hoje, pode ser a falácia teórica, amanhã...), a Arte é eterna... Resgatemos a auto-estima de nossa profissão, nossa herança milenar e assumamos que

    A Terapia Holística é a ARTE da Qualidade de Vida !


    2)

    A História da Terapia Holística

    Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos

    (paráfrase sobre texto de 1986, do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico – de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico – de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por “sincronicidades”, por “sinais”, cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este “status”, o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os “iniciados” compreendiam as “instruções” incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História “ocidentalizada” registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem “científica”, ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro “médico”, já que estabeleceu “doenças” como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo “desmembramento de seus componentes”. Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de “doenças” que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e

    descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA, de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica - Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este “movimento separatista elitizado”, continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem “científica” e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o “consolo espiritual” da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência “exata”...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a “desumanização” do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte –-importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva – da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas – a história, a filosofia, a literatura e a psicologia – não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de “A (re)humanização da medicina”, de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada “Revolução Aquariana”. Movimentos “hippies”, de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura “científica”, onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais “científico”. Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas “traduzidas” para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.






    Copyright © por SINTE - Sindicato dos Terapeutas Todos os direitos reservados.

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico – CRT 21001
    Última atualização: 13/05/2008 15:06


    Regressão e Progressão: Espelhando o Presente, Desvendando o Inconsciente Holística 2005

    Regressão e Progressão: Espelhando o Presente, Desvendando o Inconsciente
    Holística 2005

    Henrique Vieira Filho
    CRT 21001
    Terapeuta Holístico

    Resumo

    Por meio de relaxamento associado a induções verbais, conduz-se o Cliente a exercícios de imaginação no qual projete-se em diferentes contextos no tempo e espaço, proporcionando catarses emocionais que resultam em alívios, simultaneamente ao contato com novos insights, que traduzem-se em maior compreensão do presente.

    Introdução

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO — técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    Material e Metodologia

    Definições:

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

    Procedimento em primeira consulta:

    Avaliar pré-requisitos e inadequações:

    Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes entre 14 a 18 anos, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.

    Inadequações: imaturidade emocional (a ser detectada pelo TH), gravidez, deficiência mental, problemas cardíacos, neurológicos e psiquiátricos (diagnosticados pelo médico responsável pelo cliente).

    Explicar o processo em detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial: quanto à duração e continuidade do trabalho; que é um método terapêutico e que se a motivação do cliente for a mera curiosidade deve desistir da proposta.

    Procedimento para as demais sessões:

    Após a 2a consulta já pode ser praticadas as técnicas específicas da Terapia de Regressão e Progressão.

    Cada consulta terá a duração mínima de uma hora e peridiocidade semanal, cabendo ao Terapeuta Holístico avaliar exceções.

    Aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o Cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo, conduzindo este ao autoconhecimento.

    O estado de relaxamento é fator determinante a facilitar os demais procedimentos e pode ser induzido por diversos meios, tais como a música, sugestões verbais, terapia corporal, etc, ou mesmo a somatória destes recursos. Fisica e mentalmente relaxado, o Cliente está mais propício ao livro fluxo de associação de idéias, pensamentos e imaginação.

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.


    Resultados

    Superando-se os preconceitos, curiosidades e até temores, propagados popularmente sobre tais técnicas, a Regressão induzida mostrou-se mais rápida em trazer à consciência as possíveis origens dos traumas, quando comparada à associação livre freudiana, além de produzir catarses muito mais intensas.

    A Progressão mostrou-se ferramenta eficaz em maximizar a capacidade dos Clientes em tomar decisões, possibilitanto viagens imaginativas sobre variadas "linhas do tempo" alternativas, geradas a partir das diversas opções de ação cogitadas. Em muitos casos, as "previsões" projetadas no futuro imaginário produziram insights que geraram soluções não cogitadas a princípio pelos Clientes.

    Discussão

    Experiências de Freud são utilizadas como argumentos contra e também a favor das técnicas regressivas. Nos primórdios da Psicanálise, aplicou-se a hipnose para induzir os clientes a revivenciar momentos traumáticos, sob o pressuposto de que tal catarse produziria a superação dos efeitos do trauma. De fato, bons resultados foram obtidos; contudo, Freud optou por abrir mão dos métodos hipnóticos, substituindo-os pelo divã, para que o Cliente, em uma posição confortável, fizesse um esforço para lembrar os traumas que estariam na origem de seus problemas. Com o Cliente relaxado, Freud conduzia uma livre associação de idéias, através da qual terminava por encontrar lembranças "recalcadas" e que eram, em tese, a causa de seus distúrbios.

    Assim sendo, de acordo com a conveniência de quem historeia, utilizam o Pai da Psicanálise tanto para argumentar que as técnicas regressivas por indução verbal "direta" estariam ultrapassadas, quanto para alegar que ele era adepto e que teria continuado, caso conhecesse outras formas diferentes da hipnose para atingir o objetivo.

    De fato, a "aura mística" associada ao hipnotismo pode ter sido um dos fatores que mais contribuiram a que Freud o abandonasse, já que anseiava a que a Psicanálise fosse aceita nos meios "científicos"...

    A partir dos anos 70, com o movimento de contra-cultura, a revalorização das filosofias orientais, o crescente interesse pelo esoterismo, gerou-se tamanho movimento (a chamada "revolução aquariana"...) que igualmente repercutiu na Terapia Holística, com a integração de "novas" técnicas nascidas da adaptação miscigenada de rituais religiosos de rememorização de "vidas passadas", com as pesquisas investigativas de casos sugestivos de reencarnações e a retomada das primeiras linhas da psicanálise, o que incluia até a hipnose regressiva.

    Alvos de grande curiosidade por parte do público e veículos de comunicação, a popularização da proposta gerou várias correntes divergentes, muitas das quais "pecaram" ao permitir que a crença religiosa/filosófica de seus defensores influenciasse diretamente na interpretação dos conteúdos vivenciados.

    Uma das linhas mais conhecidas, é a chamada TVP – Terapia de Vidas Passadas, a qual, já a partir do nome, demonstra que o profissional assume equivocadamente para si próprio, o papel que só compete à religião/filosofia particular de cada Cliente, ou seja, definir que existe reencarnação... Na prática, tal posicionamento em nada beneficiou aos resultados terapêuticos, além de ferir, desnecessariamente, a crença de muitas pessoas, que de pronto se afastam desta forma de terapia. Outro fator que diminui a eficácia da proposta foi a tendência de muitos dos praticante da técnica em contentar-se apenas com a catarse, pressupondo que o alívio decorrente do "descarrego" das emoções reprimidas era o fim em si da terapia, quando na verdade, está mais para o primeiro passo, visto que sobre o material aflorado, muito há o que se compreender e utilizar como fonte para autoconhecimento e, especialmente, em como transmutar a vivência em conteúdo útil ao PRESENTE.

    Em muitas vertentes dessa linha terapêutica, os resultados pareciem afastar ainda mais os Clientes de confrontar com seus reais traumas, servindo equivocadamente para justificá-los e até reforçá-los, passando a ser interpretados como inevitáveis e consequências de "lei da causa e efeito".

    Um exemplo baseado em caso real: " _ Meu relacionamento com meu marido é muito ruím, mas tenho que me conformar, pois em outra vida, eu o prejudiquei terrivelmente e agora, é minha vez de sofrer as consequências"... Tal dedução seria bastante razoável se originada na religião; contudo, ela foi gerida em consultório terapêutico, por meio de técnicas regressivas... Por meio desta "racionalização", a pessoa em questão procurou tornar "o inaceitável mais aceitável". Enquanto obstáculo ao crescimento, a Racionalização dificulta à pessoa aceitar a realidade e de trabalhar com as forças motivadoras genuínas, o que poderia reverter o sofrimento em que vive.

    "Racionalização é o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que causa angústia. Usa-se a Racionalização para justificar comportamentos quando, na realidade, as razões para esses atos não são recomendáveis".

    Nada justifica, no contexto terapêutico, de buscar-se especificamente em "vidas passadas" as respostas aos problemas do presente; pode sim, ser uma alternativa, mas jamais a opção única... Se a vivência, espontaneamente, traduzir-se em "insights" transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), tais como experienciar personagens e até épocas distintas da que se tem consciência, é natural e certamente trará ricos materiais a serem trabalhados em terapia. Porém, induzir especificamente a "viagens" antes do período da concepção (claro, salvo honradas exceções...), pode ser fruto de entusiamo exarcebado pela própria filosofia/religião, ou, até mesmo, simples concessões à curiosidade, nem sempre sadia...

    Muito mais ético e adequado é que o Terapeuta Holístico trabalhe o conteúdo aflorado, da mesma forma que trabalharia ossonhos (a psicanálise Junguiana, os pós-junguianos e a Psicoterapia Transpessoal fornecem excelentes subsídios para esta finalidade) e essa premissa é aplicável tanto para conteúdo transpessoal, quanto para visualizações de momentos traumáticos situados na vida "atual". Esta postura permite ao profissional trabalhar, independentemente de ser o material aflorado, um FATO em si, ou uma visão simbólica projetada, o nírica. Compete EXCLUSIVAMENTE ao Cliente ter para si, se o que vivenciou realmente ocorreu, ou não; se é "vida passada", ou não; e até mesmo manter-se "neutro" quanto a quaisquer destas hipóteses. O que realmente importa é obter-se um aprendizado APLICÁVEL em seu presente, que amplie seu autoconhecimento e, consequentemente, sua Qualidade de Vida.

    A análise trabalha com a realidade que o Cliente "sente" e traz nas sessões. Se ele experiencia uma dor referente a um "fato" da infância, porém essa história nunca ocorreu explicitamente, para a terapia de regressão é pouco relevante, pois, o que conta é que existe um "registro" disso e que gera sequelas ainda atuantes no presente do Cliente. Esse "fato" assume importância real e precisa ser trabalhado nas sessões, independente de sua veracidade ou não. O mesmo raciocínio se aplica ao conteúdo transpessoal: se o Cliente vivenciar a si mesmo como "outra pessoa", quem sabe até em "outras épocas", independentemente de crenças pessoais, a terapia sempre trabalhará o conteúdo como sendo uma projeção.

    "Projeção: O ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio, é denominado projeção. É um mecanismo de defesa através do qual os aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo. A pessoa com Projeção pode, então, lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou estar consciente do fato de que a idéia ou comportamento temido é dela mesma".

    Um exemplo, baseado em caso divulgado em um programa televisivo de grande popularidade: a pessoa sofria de fortes dores de cabeça; participou de uma terapia regressiva e viu-se na Idade Média, em uma masmorra, sendo torturada com uma morsa que gradativamente lhe apertava o crânio. Após a cartarse, com a explosão de emoções que a vivência ocasionou, as dores cessaram. Cliente e profissional satisfeitos, deram por encerrada a terapia... Uma crítica construtiva cabe a este procedimento, pois ao invés de contentar-se com a simples remissão do sintoma da dor, poderiam ter sido mais ambiciosos na proposta terapêutica e investigar mais profundamente a questão. Independente de ser ou não "vida passada", a dor está no presente... e isto significa que ela AINDA está em uma "câmara de tortura"... seria sua vida familiar ? seu trabalho ? tudo isso junto ? outra hipótese não tão previsível ? Toda a história aflorada por meio da vivência poderia (deveria...) ser aprofundada, o que pode ser trabalhado com técnicas de associação de idéias, que pode ser realizada na versão "clássica" e/ou sob relaxamento, retomar a vivência e aprofundar-se gradativamente, em sessões seguintes.

    "Associações de Idéias: são um Processo intelectivo segundo o qual a mente humana, a partir de uma idéia inicial (indutora), é imediatamente levada a suscitar uma outra, isto em razão de alguma "conexão natural" existente entre ambas. A idéia indutora pode ser representada no caso, tanto por uma palavra, como por um objeto, uma imagem, ou mesmo uma emoção (da qual o sujeito toma consciência) cujo simples aparecimento na mente é suficiente para despertar uma segunda idéia, e esta uma terceira, e assim por diante, num processo praticamente sem limite e no qual, conforme a expressão popular, uma coisa puxa a outra."

    Toda a discussão aqui exposta sobre a Regressão é igualmente aplicável para a Progressão. Da mesma forma que espelhamos nosso presente imaginativamente em tempo passado, igualmente podemos projetar para o futuro. Este procedimento é particularmente útil a auxiliar o Cliente na tomada de decisões presentes, já que possibilita ao mesmo, criar mentalmente as possíveis consequências de suas atitudes atuais.

    Temática amplamente explorada na ficção científica, é como se existisse incontáveis futuros alternativos, "linhas do tempo", nas quais o indivíduo transitaria consequentemente às escolhas e atitudes do presente.

    Em minha prática de consultório, o exercício imaginativo em direção a um futuro hipotético inicia-se sobre uma premissa, comumente, as possíveis consequências geradas a partir de uma escolha presente. Por exemplos: mudar ou não de emprego, casar ou não, separar ou manter o casamento, opções de carreira, dentre as mais comuns ansiedades trazidas em consultório... A proposta é possibilitar ao Cliente, "vivenciar" o que seu inconsciente projeta para o futuro, de acordo com cada escolha possível. Continuando os exemplos: uma projeção de como será o seu dia-a-dia daqui a 1, 2, 3, 4, 5 anos, continuando no emprego atual... Depois, o mesmo exercício imaginativo futuro, perante a opção de demitir-se no presente... O mesmo procedimento nas progressões: casado... ou descasado... E assim, caso a caso.

    Algumas idiossincrasias observados nos procedimentos que envolvem a Progressão:

    Ao contrário do que ocorre em exercício imaginativos em direção ao passado, o nde espontaneamente surgem vivências passíveis de interpretação (critério exclusivo do Cliente...) como "vidas passadas", nunca encontrei um caso em que alguém experienciasse uma situação de "vidas futuras"...

    Clientes praticantes de técnicas de mentalização consciente para "programar seu futuro", comumente se surpreendem com grandes discrepâncias entre o ideal que conscientemente planejam e aqueles traduzidos pelo inconsciente, nas vivências progressivas; por sinal, via de regra, estes é que se "concretizam" na prática...

    Conclusões

    A vinculação desnecessária ao misticismo e religiosidade é um obstáculo ao desenvolvimento das técnicas vivenciais. O Terapeuta Holístico, ao abster-se de posicionamento pessoal, mantendo a neutralidade necessária e respeitando o direito do Cliente em considerar o material aflorado como fato, ou como exercício de imaginação, tem na Regressão e Progressão uma excelente ferramenta terapêutica, capaz de acelerar o processo de autoconhecimento e em transmutar os desconfortos em mais Qualidade de Vida para os Clientes.

    Referências bibliográficas

    CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982.

    GRANET, Marcel - La pensée chinoise. Paris, Éditions Albin Michel, 1980.

    HALL, James A. - A Experiência Junguiana. S. Paulo, Cultrix, 1989.

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    JACOBI, Jolande - Complexo - Arquétipo - Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1986.

    JUNG, C. G. - Psicologia e Alquimia. 5. Paulo, Vozes, 1991.

    LEXIKON, Herder - Dicionário de Símbolos. 5. Paulo, Cultrix, 1992.

    MACHADO, José Pedro Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa, Editorial Confluência Ltda., 1967.

    MARKEY, Christopher - Yin-Yang. 5. Paulo, Cultrix, 1987.

    MASPERO, Henry - Le Taoisme et les Religions Chinoises. Paris, Ed. Gallimard.

    NETHERTON, Morris e SHIFFRIN Nancy – Vidas Passadas em Terapia. São Paulo, ARAI-JU, 1984.

    PINCHERLE, Lívio Túlio; LIRA, Alberto e outros – Psicoterapias e Estados de Transe. São Paulo, Summus Editorial, 1985.

    TABONE, Márcia - A Psicologia Transpessoal. São Paulo, Cultrix, 1987.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Marketing Para Consultórios de Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2003.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE – Florais de Bach – Uma Visão Mitológica, Etimológica e Arquetípica – Incluindo NTSV – TF 001 – Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Floral – 4a Edição - Editora Pensamento, 1994.

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    WHITMONT; Edward C. - A Busca do Símbolo. S. Paulo, Cultrix, 1990.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 26/01/2009 15:31


    QUIROPRAXIA: A ARTE DE TRATAR COM AS MÃOS

    QUIROPRAXIA:  A   ARTE  DE  TRATAR COM AS  MÃOS  

    SANDRO PEDROL  

    TERAPEUTA HOLISTICO  

    CRT 39529 
     

    Sumário  

    Resumo

    1 – Introdução

    2 – História da Quiropraxia

    3 – Metodologia

    4 – Resultados

    5 – Discussão

    6 – Conclusão

    7 – Referencia Bibliográfica

    8 – Apêndice e Anexos 
     
     
    Resumo

    Este trabalho sobre a Quiropraxia vem de encontro às minhas crenças e observações da influência da relação mente-corpo e corpo-mente, sendo isto tudo uma só “via” de expressão, mas com muitas formas de abordar esta intrigante relação na visão holística do ser humano, que ao invés de se prender a uma “técnica” para tratar uma pessoa, olha para o momento da pessoa e procura deste ponto, ver o melhor para tratar seus desequilíbrios e distúrbios. Neste sentido a Quiropraxia tem se mostrado uma ferramenta importante para cuidar do ser humano durante a historia, com resultados reconhecidos por vários profissionais ligados a área da saúde e qualidade de vida no mundo todo como este trabalho pretende dissertar.  
     

    1 - Introdução  

    Desde tempos imemoráveis o homem tem utilizado das mãos, um dos métodos mais conhecidos e largamente empregado nas práticas terapêuticas de todas as épocas. E na verdade apenas estamos re-aprendendo o que nos primórdios da historia humana se fazia naturalmente em busca da saúde e equilíbrio do ser.

    A Quiropraxia como método terapêutico tem se mostrado altamente eficaz nos desequilíbrios osteoarticulares, bem como em distúrbios relacionados ao Sistema Nervoso humano e sua relação com as dores nas costas.

    Como se trata de uma técnica com as mãos, a posição do terapeuta em relação a seu cliente, tem uma influencia direta no contato e percepção de ambos nesta forma de tratamento, assim, o conforto ou desconforto de um destes se refletirá na forma desta relação terapêutica.

    Por se tratar de um tratamento holístico devido a sua origem histórica, o terapeuta que se utiliza desta técnica, deve estar bem relacionado com uma visão integral do ser, e não apenas com um distúrbio localizado em determinada área do corpo, pois se assim proceder, estará pecando no sentido de ajudar no restabelecimento da saúde e qualidade de vida de seu cliente.

    Quando todos chegarem a este entendimento, nesta busca incessante de mais saúde e qualidade de vida para o ser humano, podemos afirmar que realmente teremos chegado a um consenso comum de todos os profissionais que cuidam de pessoas, que o maior bem é fazer o bem e nunca causar dano, tanto no aspecto físico quanto nas emoções humanas, e a Quiropraxia pode ser uma grande aliada neste sentido.    
     

    2 – História da Quiropraxia

    Na narrativa histórica milenar notamos que a Quiropraxia era cuidadosamente, Hebreus, Persas, Chineses, Babilônicos e Gregos (1) (2), os quais tinham algum conhecimento desta arte, ainda que praticada de forma incipiente e não mediante protocolos reconhecidamente científicos. Os Gregos, Romanos e os Árabes identificaram os princípios básicos e fundamentais, e descreveram e registraram os valiosos e sábios conhecimentos adquiridos, lançando os fundamentos desta ciência para o mundo.

    Deste modo, verificamos que a Quiropraxia é uma herança e uma verdade científica desenvolvida durante muitos séculos.

    Para Hipócrates, a arte e a ciência da Quiropraxia confirmam a verdadeiramente ciência. Ele, repetidamente advertida que "é mais importante conhecer a natureza da coluna vertebral, o que deve ser um propósito natural, ... obtendo-se o conhecimento indispensável para diagnosticar as muitas enfermidades". E, prosseguia, dizendo: "... a negligência para com a coluna vertebral, quando a vértebra está descolada, resulta em sérias e permanentes complicações".

    DANIEL DAVID PALMER (3), considerado o PAI da Quiropraxia, um professor Canadense, desenvolveu esse conhecimentos e criou a moderna Quiropraxia nos Estados Unidos da América, em 1895, tendo publicado "THE SCIENCE AND ART OF CHIROPRACTIC", obra referencial para aquela que viria a ser uma das profissões mais almejada e promissora na área da saúde.

    Passados mais de 100 de anos da revelação da Quiropraxia para o mundo, o legado de PALMER chega ao século XXI, representado por escolas e universidades, centros quiropráxicos e profissionais especializados, modernas indústrias de equipamentos e produtos complementares, editoras e milhões de pessoas que se beneficiam diariamente dos procedimentos concebidos por aquele que, para alguns de sua época, não passava de um louco ou visionário. Felizmente, a história nos garante que sempre haverá um amanhã.

    No Brasil, a Quiropraxia foi introduzida em 1922 pelos norte-americanos, Dr. Willian F. Fipps, D.C., o qual foi sucedido após 1945, pelo Dr. Henry Wilson Young, D.C., ambos estabelecidos na cidade de São Paulo, constituindo-se nos pioneiros da introdução desta filosofia, arte e ciência em nosso país.

    Já em 1958, por inspiração e iniciativa de Dr. Henry Wilson Young, foi firmado um convênio entre a Associação de Renovação Biológica (ARB), de Curitiba, PR, e a University of Natural Healing Arts, de Denver, CO, EUA, tendo início o primeiro curso de Quiropraxia no Brasil. 
     
     

    Lamentavelmente em face das dificuldades políticas havidas no início dos anos 60 em nosso país, o curso foi encerrado após a formação e graduação da primeira e única turma de Quiropraxistas, representada por 28 profissionais que receberam o título de Quiropraxistas, dentre os quais se destacava o jovem M. Matheus de Souza, sendo o único profissional remanescente em atuação, desta histórica turma. Repetindo a saga de PALMER, MATHEUS revelou-se um dos mais dedicados estudiosos e competentes profissionais, assumindo naturalmente a condição de líder e maior expoente da Quiropraxia no Brasil nos tempos difíceis que se seguiram.

    Atualmente porem no Brasil, graças a abertura de muitas portas, dentre a que mais se destaca o SINTE (SINDICATO DOS TERAPEUTAS) por expandir este conhecimento, muitas outras formas de abordagem da Quiropraxia tem se tornado conhecidas e reconhecidas.  

    3 – Metodologia

    A Quiropraxia apresenta aspectos singulares de sua abordagem na ênfase no tratamento do complexo das subluxações relacionados às manifestações de dor e desequilíbrios musculares, revelando o seu sinergismo aplicado à prática terapêutica.

    Esta técnica tem como base o uso das mãos (4) em movimentos semelhantes a “trancos”, em regiões articulares que se apresentam com “hipo-mobilidade” isto é, sem a amplitude total de seu movimento normal, assim afetando negativamente toda a estrutura osteoarticular, levando aos mais diversos estados de desequilíbrios físicos e emocionais, bem como nas diversas formas de dores.   

    Na área da saúde pode-se dizer que a principal referência sobre os diferentes aspectos de biomecânica, desequilíbrios musculares, avaliação e tratamentos dos distúrbios relacionados às dores, desta nobre filosofia que fundamentada a ciência da arte de tratar com as mãos, concebida nos tempos modernos por PALMER e sustentada no Brasil por MATHEUS e muitos outros profissionais respeitados.

    Historicamente, em português, o primeiro termo a ser usado para definir a profissão foi Quiroprática, uma vez que é a tradução literal de Chiropractic, palavra que identifica essa atividade nos países de língua inglesa e cujos fundamentos nos serviram de base e inspiração para o desenvolvimento desta atividade no Brasil. No entanto, nas línguas latinas quando se associa a palavra prática a uma atividade qualquer, parece tratar-se de uma profissão adquirida apenas pela prática, não havendo necessidade de estudos formais nem de treinamento específico para exercê-la.

    Para evitar esse equívoco, a partir de 1965 decidiu-se adotar o termo Quiropatia por identidade ou afinidade fonética a outras profissões, também na área da saúde, como Homeopatia, Alopatia, Osteopatia, Isopatia, etc.

    Com a vinda de novos profissionais dos EUA a partir de 1992, convencionou-se usar o termo QUIROPRAXIA uma vez que estaria mais de acordo com a origem grega do nome. Isto significa que em português possuímos três grafias com o mesmo significado.

    O princípio básico é o de que um procedimento deve ser reproduzível por qualquer indivíduo que tenha sido treinado e desenvolvido experiência nesse procedimento. Parece que a Quiropraxia, às vezes, trabalha com "padrões de energia" muito sutis do corpo. 

    Parece também que alguns indivíduos podem empregar técnicas terapêuticas aparentes, obtendo resultados que não são conseguidos por outros, embora tais procedimentos possam ser válidos para aquele indivíduo em particular, não podem ser ensinados a outros que não tenham as mesmas habilidades e matrizes mentais. Isto nos leva a classificar as técnicas terapêuticas em duas categorias básicas:

    Aquelas que funcionam para qualquer indivíduo treinado na atividade; e

    Aquelas que operam no princípio das matrizes mentais e dependem de imagens mentais poderosas, entrando no domínio das técnicas somático emocionais, na qual o princípio poderoso do “toque” pode produzir resultados positivos em vários estados de “dor”. 

    A Quiropraxia registra de modo definitivo que o código genético representa o projeto individual de cada ser vivo e possui também, todas as informações necessárias para manter a plenitude de manifestação durante um determinado espaço de tempo, significando, portanto, que cada organismo tem um potencial de recuperação extraordinário que se expressa através de um pleno fluxo de informações e que no ser humano, transmitam preferencialmente pelo Sistema Nervoso em cada célula do corpo. Esse potencial simplesmente espera pelas mãos, coração e mente do quiropraxista, para torná-lo ativo e propiciar a recuperação possível, tornando a vida digna de ser vivida, pois é a herança natural do homem viver em plenitude. Beneficiando a todo aquele que procurar um Quiropraxista com expectativa e confiar no corpo deste profissional, os seus cuidados; e beneficiando ao cliente, os conhecimentos adquiridos nos cursos, atuando com certeza dos resultados e por que deve ser feito com sucesso e profissionalismo.

    Aplicar os procedimentos da Quiropraxia significa liberar entradas e saídas do fluxo interno de informação no organismo, a fim de reduzir a entropia e incrementar as capacidades de manutenção do equilíbrio orgânico, resultando na recuperação ou manutenção da saúde, que equivale a um nível adequado de informação. Repetindo, saúde equivale a um nível adequado de informação, entropia mínima. 

    O corpo humano é dotado de certas qualidades inerentes, naturais, que visam propiciar a proteção, manutenção e recuperação da saúde individual, em conformidade com um projeto superior, onde o ser tem a capacidade de auto equilíbrio desde o momento da fecundação.

    Destas qualidades, a função normal do sistema nervoso, transmissor e receptor desta ressonância genética, é principal força integrante. A partir disso, conclui-se que, quando a transmissão e expressão normal da energia nervosa recebem qualquer tipo de interferência, em especial nas articulações, seja no esqueleto axial (coluna vertebral) ou no apendicular (demais articulações), podem se desenvolver processos negativos e distúrbios gerais na saúde do ser humano.

    O sistema nervoso, portanto, é o agente que libera entradas e saídas do fluxo de informação no organismo, para a manutenção do equilíbrio orgânico.

    A ciência quiropráxica preocupa-se com o relacionamento no corpo entre a estrutura (sistema músculo-esqueletal), comandada principalmente pelo sistema nervoso, visto que esse relacionamento pode afetar a comunicação necessária para a manifestação, preservação e recuperação da saúde.

    A Quiropraxia é a disciplina, dentro das artes naturais ligadas à saúde, que se preocupa com a terapêutica dos distúrbios funcionais, de dor e outros efeitos neurofisiológicos relacionados com a estática e a dinâmica do sistema neuro-músculo-esqueletal, relacionados a todas as articulações axiais, apendiculares e crânios-faciais.

    A aplicação desta ciência e arte quiropráxica, refere-se a qualquer serviço prestado por um quiropraxista, para exercer a profissão, cujo objetivo é recuperar e manter a saúde de maneira natural. 
     
     

    4 – Resultados

    - Um estudo do estado da Flórida, analisando 10.652 casos de compensação empregatícia por falta ao trabalho, em 1988, foi conduzido pelo pesquisador Wolk e relatado pela Fundação para a Educação e Pesquisa em Quiropraxia. De acordo com Wolk, pessoas com problemas da coluna, tratados por quiropraxistas em vez de médicos ou osteopatas, tinham menos probabilidade de desenvolver lesões compensáveis (lesões resultantes em tempo de trabalho perdido e, portanto, demandando compensação) e também menores chances de hospitalização. Os autores explicaram que os quiropraxistas são mais eficazes ao tratar lesões da coluna lombar porque "o tratamento quiroprático, ao proporcionar maior ajuda ao cliente, no início do quadro, pode produzir resultados terapêuticos mais imediatos, permitindo, assim, reduzir o tempo de trabalho perdido" (Wolk e Steve, 1988).

    - Bronfort (1999) conduziu a revisão de literatura concernente à eficácia do tratamento quiroprático em casos de dor lombar. O autor encontrou "evidência de eficácia a curto prazo para a terapia manipulativa da coluna no tratamento da dor aguda da coluna lombar". Além disso, o autor descobriu que a combinação da manipulação e mobilização da coluna é mais eficaz no tratamento das dores lombares, quando "comparada a placebo e terapias comumente usadas, tais como o tratamento médico em geral".

    - Em um estudo conduzido pelo Ministério da Saúde de Ontário, o autor Manga e cols. (1993) relatou que a manipulação da coluna é o tratamento mais eficaz para as dores lombares e que a manipulação da coluna é "mais segura do que o tratamento médico para a dor da coluna lombar".

    - Vários estudos (Howe, Newcombe e Wade, 1983; Verhoef, Page e Wadell, 1997) concluíram que a manipulação da coluna melhora a mobilidade cervical e diminui a dor. Do mesmo modo, Verhoef, Page e Wadell ( 1997) concluíram que "pessoas apresentando queixas de dor lombar e/ou cervical têm comprovado o tratamento quiroprático como um meio eficaz de resolver ou melhorar a dor e as deficiências funcionais".

    - Em 1998, Hack e cols. relataram uma nova descoberta anatômica: pontes de tecido conectivo estabelecem uma ligação direta entre músculos cervicais e a membrana protetora do cérebro e da medula espinhal. Essa descoberta sugere uma provável conexão do tipo causa e efeito entre dores de cabeça e disfunção da coluna cervical. Os autores levantaram a hipótese de que o tratamento quiroprático de dores de cabeça, originadas por tensão muscular, é eficaz porque ele pode "diminuir a tensão muscular e, portanto, reduzir ou eliminar a dor, ao diminuir as forças potenciais exercidas na dura-máter, via conexão entre músculos e a dura-máter".  
     

    5 – Discussão

    Se realmente está se tornando claro que o tratamento quiroprático é superior aos tratamentos convencionais, aqui cabe uma pergunta, até que ponto?! Segundo o pensamento de “especialistas” até mesmo intervenções cirúrgicas tem se mostrado limitadas no alívio das “dores” da pessoa relacionadas ao sistema neuro-muscular e osteoarticular, assim a Quiropraxia tem uma vasta vantagem para a saúde e qualidade de vida da pessoa, sem os inconvenientes e altos riscos de uma intervenção cirúrgica invasiva ou tratamentos medicamentosos paliativos, com efeitos colaterais danosos á saúde.  
     

    6 – Conclusão

    De acordo com a exposição feita neste documento, embora as palavras apenas mostrem apenas uma “realidade parcial” do papel da QUIROPRAXIA durante a historia e desenvolvimento humano, ficam claros os aspectos positivos da aplicação desta, que por se tratar de uma técnica simples que visa o restabelecimento do equilíbrio natural da estrutura biomecânica do ser humano, onde até mesmo pesquisas denominadas “cientificas” mostram estes mesmos resultados em muitos distúrbios e desequilíbrios biomecânicos, são óbvias e visíveis como as pessoas que sofrem e convivem com a dor, são as maiores beneficiadas com o uso da Quiropraxia.

    Mesmo no campo “extra cientifico” estes resultados positivos são bem mais aparentes, pois muitos Terapeutas tem testemunhado em sua prática clinica diária que sua “prática com as mãos”, ou seja a Quiropraxia, tem ajudado a muitas pessoas a alcançar mais saúde e qualidade de vida em seu dia-a-dia.

    Sendo este o objetivo mor das terapias denominadas holísticas, pode-se afirmar e confirmar que a Quiropraxia tende a se tornar uma técnica cada vez mais reconhecida e utilizada por pessoas de todas as idades.

    Ao mesmo tempo, procurar dar atenção a desequilíbrios energéticos segundo a visão chinesa dos cinco movimentos aliada a Quiropraxia, resultados se mostram ainda mais positivos e com uma visão mais integral do ser, em todos os aspectos, muito além do mero físico da visão ortodoxo-cartesiana, com um maior vislumbre do vitalismo que rege o todo em suas várias e infinitas combinações 
     

    7 – Referencia Bibliográfica

    Bronfort, Gert. 1999. "Spinal Manipulation: Current State of Research and Its Indications." Neurologic Clinics of North America 17, no. 1: 91-111.

    Hack, D.G., G. Dunn et al. 1998. "The Anatomist's New Tools." 1998 Medical and Health Annual. Chicago: Encyclopaedia Brittanica, Inc.

    Howe, D.H., R.G. Newcombe and M.T. Wade, 1983. "Manipulation of the Cervical Spine-A Pilot Study." Journal of the Royal College of General Practitioners 33:574-579.

    Manga, Pran, Doug Angus, Costa Papadopoulos and William Swan. 1993. The Effectiveness and Cost-Effectiveness of Chiropractic Management of Low-Back Pain. Ottawa University. 
     
    Manga, Pran and Doug Angus. 1998. Enhanced Chiropractic Coverage under OHIP as a Means of Reducing Health Care Costs, Attaining Better Health Outcomes and Achieving Equitable Access to Health Services.

    Mitchell, Barry S., B. Kim Humphreys and Elizaben O'Sullivan. 1998. "Attachments of the Ligamentum Nuchae to Cervical Posterior Spinal Dura and the Lateral Part of the Occipital Bone." Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics 21, no. 3: 145-48.

    Mosley, Carrie D., Ilama G. Cohen and Roy M. Arnold, 1996. "Cost-Effectiveness of Chiropractic Care in a Managed Care Setting." American Journal of Managed Care 2, no. 3: 280-282.

    Ruggieri, Juan. SITE: www.quiropraxiasemdor.com/quiropraxia.htm

    Wolk, Steve. 1988 "An Analysis of Workers' Compensation Medical Claims for Back-Related Injuries." ACA Journal of Chiropractic (July): 50-59.

    Wolk, Steve. 1988 "An Analysis of Workers' Compensation Medical Claims for Back-Related Injuries." ACA Journal of Chiropractic (July): 50-59. 

    Greenman, Philip. 1996 “Principios da Medicina Manual (2ª edição)”. Ed. Manole. Pág. 543-544. 
     
     
     
     

    8 – Apêndice e Anexos 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (1) – Este pictograma representa Asclépio “o Curador” acompanhado por "Hegeia", a deusa da Saúde, realizando uma manipulação na coluna vertebral. (Este pictograma foi encontrado numa escavação na entrada do Santuario de Asclépio em Pireas e está exposto no museu de Pireas na Grécia). 
     
     

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (2) – Forma de Quiropraxia praticada na China antiga.  
     

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (3) – DANIEL DAVID PALMER  
     
     

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. 

    (4) – O uso das mãos durante as sessões de Quiropraxia. 

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 18/02/2008 17:24


    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS E TERAPIA DE VIVÊNCIAS PASSADAS

    REGRESSÃO DE MEMÓRIAS E TERAPIA DE VIVÊNCIAS PASSADAS

    VIDA – TRABALHO - RELACIONAMENTO

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    www.zuniga.terapiaholistica.net 

    Apresentação

    Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas são técnicas que em Terapia Holística contribuem para descobrir as origens vivenciadas dos problemas ou da felicidade.

    Descobrir as vivências passadas recentes, adolescência, enquanto criança ou na gestação é o que chamamos de Regressão de Memórias, e caberá ao cliente a interpretação segundo as próprias crenças e religiosidade. O Terapeuta Holístico assume a condição de moderador baseado na experiência, sabedoria e conhecimento permitindo assim fluir o livre arbítrio do cliente.

     

    Só que para fazer estas viagens é necessário encontrar a paz, diminuir o estresse, desenvolver harmonia. Fortalecer a auto-estima e o auto-respeito.

    A Terapia de Vivências Passadas tem início quando já foram superadas as etapas anteriores e é, neste momento, que esta técnica traz resultados para a melhoria da qualidade de vida, profissão ou relacionamento.

    A Hipnose e o estado Alfa são necessários para entrar num processo de sono e vigília, onde cliente e terapeuta interagem neste estado.

    Conta muito à experiência e o domínio absoluto de várias técnicas em terapia holística, para aconselhar as infinitas situações que aparecem.

    A Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Hipnose, Meditação e Viagens Astrais; estão envolvidas pelo medo, falta de informação correta e muitas vezes pela banalização destas excelentes ferramentas.

    A Radiestesia e Radiônica têm a função de detectar energias, amplificá-las, neutralizá-las ou corrigi-las, se necessário.

    O ser humano como um ser simbólico, utiliza muitas figuras, como linguagem universal para se comunicar. Estas aparecem no cotidiano através da sincronicidade, dos sonhos ou induzidos.

    Temos que cuidar com carinho do corpo físico, sem esquecer do corpo mental, emocional, identidade/espiritual e energético.

    O maior desafio dos seres humanos que confiam nesta arte, é harmonizar a própria vida, a profissão e seus relacionamentos.

    A união da Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Radiestesia e Radiônica e Análise Simbólica, resultaram numa terapia individual e única com excelentes resultados a curto prazo, ganhando a confiança e a fidelidade do cliente que retorna para lapidações, harmonização, energização de seus cinco corpos, profissão ou relacionamentos.

    É cada vez maior o número de pessoas que desejam conhecer suas próprias vivências, para entender de onde vem, onde está e qual e a razão da sua existência. 

    Todo ser humano se preocupa com o equilíbrio da sua vida física, que fica relegada ao temperamento hereditário, aprendizado, meio ambiente, relacionamento, religiosidade, identidade e a própria individualidade. 

    Este conjunto de energias e aprendizados influencia diretamente a profissão, determinantes de fracasso ou de sucesso. 

    Os relacionamentos não estão separados das energias anteriores e será resultado de apatia, tristeza ou de alegria. 

    Este desafio nos leva a refletir sobre o momento atual da humanidade e das nossas atitudes para com o indivíduo, comunidade e meio ambiente. Estes espelhos do universo refletem com intensidade o equivalente nas manifestações físicas e psíquicas do planeta, mas para consertar este, temos primeiro que consertar a nós mesmos. 

    Introdução 

    Memórias: (Faculdade de reter idéias, impressões e conhecimentos adquiridos, lembranças, recordações, reminiscência. Vivência: Existência, vida, modo hábitos de vida, sentir. Dicionário de Português – Edições poliglota). A retenção de impressões se processa em vários níveis que o Ser Humano costuma ver como um só e integral. Em termos holísticos separamos em Cinco Corpos, Cinco Movimentos, Quatro Elementos, Sete Chakras para depois uni-los. 

    A Regressão de Memórias vai interagir nessas experiências adquiridas conscientes ou não, com a finalidade se assim o cliente permitir, redirecionar a ação vibratória registrada em reminiscências ou vivências. 

    Estas vibrações determinarão influências marcantes no desempenho de vida, trabalho e principalmente no relacionamento. 

    Os Cinco Corpos, Dentro de todo ser humano existem um historiador e um poeta, (razão & emoção) que relatam sua vida com detalhes e acontecimentos que até então não faziam sentido encobrindo muitas vezes a possibilidade de abrir caminhos. Para explicar melhor esta proposta, falarei em termos de energia emanada, recebida e impregnada em cada corpo. 

    Corpo Físico, ele reflete o mapa atual e de vidas passadas, naturalmente tentaremos buscar uma definição racional para determinado problema com profissionais competentes, mas na impossibilidade de respostas, recorreremos a perguntas energéticas. 

    Perguntas energéticas são detectadas com alto índice de acertos, através da Radiestesia e Radiônica que desenvolverá gráficos especialmente criados para cada tipo de questionamento. Neste corpo com seus cinco sentidos, são vivenciadas todas as experiências de aprendizado. 

    Corpo Mental, a energia do pensamento uma fonte poderosa de radiação energética que destrói, neutraliza ou constrói. Algumas pessoas têm uma defesa natural e outras precisam desenvolver estes escudos invisíveis muito necessários para o crescimento e desenvolvimento do ser humano. 

    Corpo Emocional, ele é o centro de equilíbrio dos cinco corpos, nele atuam as energias herdadas de todos os ancestrais diretos, do meio ambiente, relacionamentos e as negociações com a vida. 

    Corpo da Identidade ou Espiritual, este corpo pode ser visto por várias facetas: como Corpo da Identidade fica issento de crença e religiosidade usando a capacidade e o livre arbítrio para direcionar sua vida. Já do ponto de vista espiritual são inúmeras as opções, uma delas são as energias de aprendizado astrológico, dando em cada um a oportunidade de interpretar se assim o desejar e fazer sentido para efetuar mudanças, desenvolvimento e crescimento. 

    Corpo Energético, este corpo intangível cresce e desenvolve com as energias de equilíbrio de todos os outros corpos de acordo a qualidade e quantidade de energia recebida. 

    Este corpo quando energizado corretamente tem um crescimento tal que pode se desdobrar dando vida a um novo corpo de energia. 

    Influências possíveis ancoradas nos cinco corpos 

    Memórias de medo: Alguns clientes consultam por causa dos medos de nadar, e tremem com água acima do joelho, isto é comum e primeiro devemos descobrir como foi a interação com o precioso líquido, também alguns adultos manipulam pelo temor as crianças para que não cheguem perto de  águas perigosas, ancorando na memória da vivência, ações que não fazem parte das próprias experiências, assim se desdobram inúmeras situações a serem vivenciadas e transformadas a partir do cliente.

    Memórias com animais peçonhentos: Hoje sabemos que qualquer inseto por simples que seja tem a capacidade de afetar-nos seriamente, então é natural a aversão a barata, pernilongo, mosca, escorpião, borboleta, etc. Em Terapia de Vivências Passadas, encontramos, pessoas que tiveram vivências dramáticas lutando pela vida, e quando isso acontece o cliente consegue discernir corretamente sobre o acontecido solucionando essa âncora energética.  

    Memórias de altura: Quem não se lembra de ver ou ser levado sentado de cavalinho nos ombros do pai ou da mãe, é uma sensação gostosa e agradável. O sentido de altura para outras pessoas está relacionado à insegurança, quedas reais já acontecidas e, que se encontram fixadas na memória de alguns dos cinco corpos. 

    Memória alimentar: Uma cliente sadia com apetite insaciável, numa vivência sente a dor da inanição, pedindo a vida, que nunca mais a deixe passar fome, o fato de ela conhecer essa parte traumática, a fez compreender que nesta vida, isso seria impossível de acontecer por ser atualmente dona de um bem sucedido mercado de alimentos. 

    Memória de vícios: Aqui se entrelaçam vários fatores, o que torna a mais difícil das terapias, envolvendo os Sete Chakras, Cinco Movimentos, Cinco Corpos e os Quatro elementos. Os desequilíbrios em cada uma destas técnicas promoverão sensação energética da enbriaguês ou do estado alterado de consciência de forma artificial induzindo a fuga. 

    Memória de vida: Experiências traumáticas e ferimentos em vidas passadas são a causa de inúmeras emoções não compreendidas na atualidade de muitas pessoas. Estas experiências ancoradas na emoção se manifestam na maioria dos casos indiretamente, exemplo: um cliente canhoto que foi obrigado pelos pais a fazer tudo como se fosse destro. Em Terapia de Vivência Passada, havia perdido a mão direita e, esta descoberta o libertou para ser ele mesmo nesta vida. 

    Memória profissional: As profissões e atividades exercidas pelo homem ou pela mulher no passado têm uma relação com pensamentos, sentimentos e atitudes de vivências passadas, conectando-se a vivência atual. Exemplo: numa Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas a pessoa vivenceu um padre que foi queimado numa fogueira junto a pessoas que ajudou e que foram julgadas como praticantes de bruxaria. Esta vivência desenvolveu outras atitudes de crescimento e desenvolvimento a este profissional que exerce a profissão de Terapeuta Holístico. 

    Memória de relacionamentos: Relacionamentos oh, os relacionamentos! Auto sentencias: Te amarei por toda uma eternidade. Nunca mais amarei ninguém. Homem presta. Nenhuma mulher merece meu amor. Você não presta (será que os outros prestam? Então vou buscar nos outros) Por isso, que quando se fala, vê, ouve e sente uma sentença, se deve ter muito cuidado em aceitá-la ou não, exemplo: se eu falo "vocês sabem? Estou feliz, em paz, e sentindo-me realizado ao preparar esta palestra" a frase "vocês sabem?" obriga ao interlocutor a puxar o arquivo saber a questão, neste caso o arquivo solicitado é de conteúdo positivo e você aceita. Caso contrário, numa mensagem negativa, fale "Eu não sei!". 

    Na memória dos relacionamentos, geralmente se culpa o outro e dificilmente se pega um espelho para se ver a si mesmo. Isto faz parte de uma das terapias que está baseada naquele conto oriental: (quando era jovem queria mudar os outros, quando fiquei adulto quis mudar as pessoas que me rodeavam, e agora que estou velho apenas desejo mudar a mim mesmo... É por onde deveria ter começado). 

    Material e Metodologia – Definições 

    Hipnose: Estado semelhante ao sono profundo e no qual  a pessoa age por sugestão (Dicionário de Português, Edições Poliglota – Melhoramento 2005). Como podemos perceber o livre arbítrio do cliente neste estado fica comprometido, isso não significa que não será utilizada esta técnica importante quando há reminiscências muito fortes, vai depender da flexibilidade do terapeuta. Assim direcionamos a pressão que essas lembranças exercem nas lembranças físicas e psíquicas.

    Diminuir o estresse com o alinhamento dos Chakras: Alinhar, equilibrar e proteger os Chakras traz o benefício da redução do estresse. Se mentalizar o campo energético de cada um, de maneira ascendente e depois descendente irradiando energia para todos os meridianos e cinco corpos, teremos alcançado o primeiro passo para entrar em estado Alfa ou de relaxamento.

    Vivemos num palco de muitos egos o que intoxica a clareza de pensamentos e o descanso, para fazer esta harmonização devemos pelo menos dormir bem, momento em que corpo mente e energias se expandem permitindo a limpeza e recuperação energética.

    Sono e vigília: Costumo chamá-la de Terapia Alfa, porque permite interagir num diálogo único com a vivência do cliente. Neste roteiro individual existem interações com o universo, pessoas e consigo mesmo, tudo registrado e emergindo, porque para os registros energéticos não existe tempo nem espaço. 

    Regressão de Memórias: Nas memórias da vida atual se acumulam inúmeras situações a partir da gestação, algumas serão recordadas outras não, sendo estas últimas as mais difíceis de descobrir até pelo mecanismo de defesa natural que temos. Assim o cliente descobrirá experiências vivenciadas na gestação, nascimento e desenvolvimento tendo uma nova compreensão da vida. 

    Terapia de Vivências Passadas: Como podemos perceber para se chegar com qualidade e excelência a uma Terapia de Vivências Passadas, existem uns passos preliminares que requerem responsabilidade, experiência, pesquisa e profissionalismo. Acessar vivências passadas é fazer contato com o campo energético palco de um conjunto de aprendizados. 

    Vivências com interferência astrológica: Perceberemos que a biografia energética é proporcional ao aprendizado.  Doze influências testarão as evoluções de cada ser humano ligadas às características negativas e positivas de cada símbolo astrológico. A virtude da astrologia e que nos mostra várias personalidades das quais podemos aprender.

     

    As vinte e quatro energias contidas nos doze signos zodiacais têm um significado de força, influência ou uma virtude para fazer opções.   

    Resultados 

    O primeiro resultado acontece na interação cliente terapeuta, o cliente desenvolve a capacidade de analisar seus problemas e resolver-los tomando rédeas ou o timão da própria vida. O terapeuta aprende com cada ser humano que passa por seu consultório podendo algumas vezes ser histórias parecidas, mas nunca iguais.

    Os resultados espontâneos e descritos por algúns clientes foram: aprendizado do relaxamento porque encontraram paz, diminuíram o estresse encontrando harmonia, neste estado veio à meditação que é a musculação dos sete chakras, dos cinco corpos aprendendo a se elevar e voltar fortalecidos dessa experiência. 

    A limpeza energética feita através da radiestesia e a radiônica foi sentida como "tirar um peço da mochila". A regressão de memórias colocou novamente frente a "situações mal resolvidas ou de vivências felizes" podendo alterá-las ou degustá-las. 

    Já a terapia de vivências passadas, permitiu a interação de vidas anteriores com o desenvolvimento atual, fazendo cair fichas decisivas para abertura de caminhos para a vida, profissão e relacionamento. 

    Maria  

    Trinta e quatro anos, bonita, inteligente, mestra e doutora, casa própria, carro do ano, feliz física e profissionalmente... Triste em relacionamentos. 

    Após o relaxamento, meditação e purificação aúrica, descobrimos a forte influência da mãe com quem morava e que exercia uma forte influência sobre sua vida, além de menosprezar os homens porque ela teve poucos momentos de felicidade. 

    Recomendei alguns Florais de Bach e na interação ela tomou a decisão de ter seu próprio apartamento e uma vida própria, coisa que aconteceu em poucas semanas, foi quando decidimos que era momento de uma Terapia de Vivências Passadas, Maria vivenciou no ano 500 dC maltrato por vários homens, posteriormente na Europa pós queda da bastilha, traída e abandonada "jurando que nunca mais amaria um homem na sua vida". Como estava sofrendo muito durante a regressão, lembrei a ela que isso é uma vivência, podendo agora apenas observar para tomar decisões. 

    A "magia" da Regressão de Memórias e Terapia de Vivências Passadas e que podemos rever cenas, neutralizá-las e modificá-las linguisticamente, assim como o juramento que Maria fizera nessa vivência. 

    Os dois eventos vivenciados e relatados por Maria tiveram uma forte influência energética que provocava o afastamento dos seus relacionamentos. 

    Após esta vivência, passaram três meses de ausência ao consultório. Até que uma quarta feira ela retornou sem marcar hora, fiquei feliz de ver que o visual circunspeto de doutora, tinha dado passo ao visual da moda e escutei algo que já esperava e disse textualmente: "Encontrei o lírio que o senhor falou" (o lírio é a carta 30 do tarô de Lenormand, carta que previa junto com outras, essa mudança e o encontro de uma pessoa transparente e de boas intenções, se ela mudasse o script da vida atual). Hoje Maria e seu lírio vêm regularmente para harmonização individual e do casal. Tenho certeza que a próxima vivência da vida de Maria será a maternidade de uma Menina...

    Discussão 

    A Regressão de Memórias, Terapia de Vivências Passadas, Hipnose, Meditação e Viagens Astrais; estão envolvidas pelo medo, falta de informação correta e muitas vezes pela banalização destas ferramentas. 

    Só vivenciando uma regressão de memórias e terapia de Vivências passadas, para poder dar uma definição correta dos estados de consciência descobertos e às conexões com as situações que nos interessam, trazendo soluções para os mais diversos problemas. 

    A Regressão de Memórias atua sobre o processo de gestação e o momento atual, focando principalmente o aprendizado corporal, mental, emocional, identidade/espiritual e energético. 

    A Terapia de Vivências Passadas é um complemento necessário quando os caminhos parecem que se fecharão na vida. Os insight e as vivências que aparecem fazem sentido para receber uma chave para fechar e abrir portas do livre arbítrio.

    A Hipnose adotada neste trabalho é uma técnica que permite baixar a freqüência energética do cliente que o leva a um estado de sono e vigília, conhecida também como estado alfa. O curioso é que alguns clientes fazem questão de serem hipnotizados passando pelo processo de hipnose total, preferindo posteriormente a alfa-terapia.

    A Meditação é uma parte importante deste trabalho que busca atingir não só o cliente, mas também o ser humano que está ávido de paz. Falar de meditação é falar de respiração, processo a ser reaprendido para equilibrar os cinco corpos.

    A boa respiração permite equilibrar cada meridiano, corpo, chakra, jogando fora ressentimento, sapos engolidos, etc. Incorpora equilíbrio no pensamento, sentimento e atitudes.

    As Viagens Astrais, esta ferramenta de planejamento só vai servir se soubermos aproveitar os ensinamentos do passado no presente, para projetá-los no futuro para não recriar os erros do passado e viajar até os níveis das conseqüências. 

    Este conjunto de técnicas que fazem parte da busca de conhecimento do ser humano atual, de si mesmo e sua íntima relação com o meio ambiente e as percepções a respeito de seu papel no universo e o sentido da própria existência. 

    Marcas físicas, intelectuais, morais, espirituais e energéticas. 

    Gestação e nascimento é um processo energético para o ser que está sendo concebido, porque implica diretamente rejeição ou amor, estas duas vivências podem marcantes para o ser em desenvolvimento, aparecendo mais tarde na vida adulta.

    Abandonar o estado de aconchego do útero vai ser um passo importante para as situações futuras, e de mudanças ao longo da vida.

    Aprender a andar e falar por volta de um ano, possivelmente terá uma conexão profunda com a comunicação, cair e se levantar na vida. 

    (Segundo Bernard Lievegoed em seu livro desvendando o crescimento editora Antroposófica. Refere-se a crises no encontro do eu, quando ao redor dos três anos e meio a criança deixa de falar o nenê não quer... fala até ríspido, Eu não quero). O entendimento e a compreensão deste momento são muito importantes, ela apenas está descobrindo que é, um ser único que precisa ser respeitado.  

    Mesmo que a modernidade inclua as crianças no aprendizado com uma tenra idade, existe uma crise aos sete anos, onde percebemos pela primeira vez, que o mundo belo, às vezes se transforma em feio.

    As imagens guardadas desta passagem aparecem com o peso de situações análogas no futuro, nem sempre compreendidas como remanescente de memórias ou de vivências. 

    Na medida em que as crianças crescem aparecem os medos próprios, e os condicionados pelos adultos, controlando mais pelo medo, que pelo amor, os limites e os desafios para a vida podem ser colocados a partir da amamentação, para não ter que fazer correções quando adulto.

    Nessa caminhada, nos defrontamos com a sexualidade, para algumas pessoas algo pecaminoso, para outras, parte integrante no desenvolvimento do ser humano, esta situação trará importantes informações para o cliente adulto em crise. 

    Como podemos ver nesta discussão, os cinco corpos atuam com catalisadores de memórias e de vivências que liberam informações sem serem solicitadas, assim teremos, marcas físicas, intelectuais, morais, espirituais e energéticas. 

    Conclusões 

    Os processos de aprendizado

    Efeito quebra-cabeça: os processos de aprendizado são reconhecidos apenas pelo caminho da instrução de maneira racional, com conceitos oferecidos e com aplicação prática valorizando o pensar, é um “quebra-cabeça” bem montado, só que quando falta uma peça esse ser humano entra em crise. 

    Efeito Mosaico: Já no processo de aprendizado misto Racional e Vivencial uma grande parte da humanidade vê, escuta e sente as virtudes dos conceitos extraídos tanto pela experimentação autodidata e o descobrimento de novos caminhos. Aqui já não se é mais um quebra cabeças, se é um mosaico onde mesmo faltando alguma peça se produz um a organização natural e criativa, como na natureza. 

    A instrução, experimentação e os estímulos recebidos pelos Sete Chakras, Cinco Corpos e Cinco Sentidos vão trazer um padrão de resposta, podendo ser um comportamento externo ou uma representação interna da vida, profissão ou relacionamento. 

    As vivências marcantes na vida dependerão da intensidade e do local atingido em uma das tantas memórias e o momento específico de uma forte emoção. 

    O procedimento para minimizar as condições adversas através da Terapia de Vivências Passadas, será encontrar as âncoras que seguram seu veículo físico ao navegar livremente pelo oceano da vida. 

    Sonhar? Pensar? Sentir? Agir? Fantasiar? Realidade? Este trabalho tenta desmistificar a Regressão de Memórias e a Terapia de Vivências Passadas, mostrando que o processo começa na boa respiração, passa pelo relaxamento evoluindo para a meditação, chega à auto-hipnose descobrindo o estado alfa para finalmente chegar a uma regressão de memórias e terapia de Vivências Passadas, sendo assim uma viagem com muitas escalas.

    Crises ao longo da vida, As primeiras situações de aprendizado vivencial começam em como fomos recebidos ao descobrir o estado de embaraço (espanhol) gravidez (português), notamos que as duas palavras denotam (momentos difíceis) dando início a uma série de crises que se manifestarão ao longo da vida, que nos obrigam sadiamente a crescer. 

    Crises de adotar um veículo físico, talvez sejam a primeira decisão do corpo energético ou da identidade para lapidar as pendências deixadas em vivências anteriores ou pela hierarquia ancestral (pai/mãe, avós, visavôs, tataravôs, tetravôs, etc.)

    Crise da gestação, como foi recebida? Qual foi à primeira emoção da mãe, pai, parentes, amigos. A memória energética guardou tudo isso e pode estar influenciando a vida de um ser agora.

    Crise do nascimento, do ponto de vista energético e holístico, deve-se procurar que o parto seja o mais normal possível. Na vida, o parto estará simbolizando os constantes processos de mudanças que vivenciamos e devemos fazê-los com segurança, flexibilidade e amor. 

    Crise do aleitamento, além da alimentação física e protetora que os médicos recomendam, está o sentido energético da troca de carinho importante para no futuro como auto-estima, confiança, busca e desafios. 

    Crises do andar, falar, pensar, este momento é tão importante devido a influência que terá ao longo da vida. (Bernard Lievegoed em seu livro desvendando o crescimento diz: Durante este aprendizado da posição ereta se desenvolve a capacidade exclusivamente humana "a fala") Em termo energético a criança começa abrir as janelas para o mundo físico e do pensamento com alguns toques de emoção, se ela aprender a respirar corretamente encontrará maior equilíbrio em pensamento, sentimento e ação. 

    Crise do "Eu", muito adulto não entende quando uma criança troca a fala, a nenê, o nenê e de repente fala "eu não quero" sendo muitas vezes repreendida como desafiadora ou mal criada. Esta atitude inibe o ser humano futuro que tem que se colocar todos os dias como um indivíduo com pensamentos, sentimentos e atitudes próprias.

    Crise do primeiro momento só, é um aprendizado único que deve ser compartilhado e bem direcionado para evitar os extremos. Este momento é o descobrimento do espaço próprio, auto-respeito e auto-aprendizado. Quando insinuo relembrar de um momento só, feliz e com tranqüilidade, algumas pessoas tem uma grande dificuldade de lembrar e é comum escutar que receberam muitas críticas por desejar se isolar. 

    Crise dos medos, estes aparecem colocados por adultos nas crianças no tempo que gostam de escutar contos e estórias. Outros medos são colocados para controlar, manipular, chantagear emocionalmente, ficando na memória energética e aparecendo como símbolos esmaecidos em momentos importantes na vida, profissão ou relacionamentos. 

    Crise da sexualidade, a puberdade é interferida pelo fator do equilíbrio emocional, dos pais, protetores ou educadores, espiritualidade, meio ambiente, cultura social. Ao aparecimento da puberdade as mensagens emitidas e recebidas farão parte dessa vida, as virtudes de uma terapia serão que essas vivências podem ser reescritas pela própria pessoa. 

    Crise da maioridade dos corpos, esta fase une os cinco corpos em um só querendo ser único, sair de casa, perder os medos e ser ele mesmo, questionar as pessoas e o mundo em que vive. As conseqüências disso incomodam as mentes já pré-estabelecidas e que querem sossego, esquecendo que já passaram por essa fase. 

    Crises da escolha, exatas ou humanas? Todas as crises anteriores afetarão neste momento, mesmo em famílias herdeiras de profissões, sem contar com a influência e direcionamento de vivências passadas. 

    Crise das forças, "o céu é o limite" nesta fase de vida, esportes radicais, baladas, velocidade, sons, experimentação do proibido, uma grande maioria adere a esta situação que não mede conseqüências que afetarão o futuro próximo. 

    Crises Crística, símbolo do sofrimento que leva muitas pessoas a um estado de tristeza profunda, que pode ser facilmente cuidado com Florais de Bach e aconselhamento.

    Crise de olhar para traz, chega um momento na vida de muitas pessoas quando olham para traz, sentem insatisfação, tristeza, desassossego. Outras pessoas relatam que se sentem como se estivessem num porão, num túnel ou numa noite sem fim, enquanto outras recebem este momento como mais um desafio. E o momento para algumas pessoas de entrar em contato com as vivências ancoradas.

    Crise da segunda oportunidade, Analisando o processo de vida do homem observamos que muitos símbolos que apareceram à partir do nascimento até o final da adolescência, se repetem até duas vezes no decorrer da vida adulta. Estes símbolos revestidos como perdas ou ganhos em qualidade de vida, aprendizado/profissão, relacionamentos afetivos. 

    Crise do corpo físico mental, nesta fase o medo de perder o equilíbrio físico, esquecer, ser esquecido ou ignorado, produz um estresse físico e mental que leva a uma longa peregrinação por consultórios de todo tipo. Em Regressão e aconselhamento a estas pessoas lhes é mostrado a progressão baseada num planejamento de vida racional/mental, certificando-se de unir o que já foi plantado, somado com as sementes atuais. Esta adição mostrará o que vai ser colhido no futuro. O livre arbítrio nunca teve tanta importância neste momento de vida, porque pode ter protelado a metade da vida seus sonhos e fantasias e passar o resto da vida se queixando e culpando os outros. 

    Crise da morte e das perdas, provavelmente esta é a ultima crise do ser humano na caminhada física que é inevitável. Atua próximo ou depois da aposentadoria e é como um livro que tem inicio meio e fim. Alguns ficam escrevendo sempre primeiros capítulos, outros se acomodam nas páginas intermediarias e uns poucos sabem ou aprendem a finalizar o livro da própria vida com sabedoria, serenidade e dignidade. (a sabedoria oriental se refere a quatro grandes momentos da vida. Dos 0 aos 21 anos é o momento de Aprender. Dos 21 anos aos 42 anos é o momento de Lutar. Dos 42 aos 63 é o momento de se tornar Sábio. Dos 63 em diante, é o momento de Ser Sábio). 

    Anexos 

    "TERAPIA DE REGRESSÃO”

    Técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência, desse modo, induzir "insight" sobre a infância, a vida intra-uterina e até mesmo transpessoais (informações alem da personalidade), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados pela Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou. Até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional. Os conteúdos vivenciados durante o processo de regressão devem ser elaborados conjuntamente pelo cliente e pelo terapeuta holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo esta parte fundamental e integrante da terapia.  

    “TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE”

    Distingui-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de previsão, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tart, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não linear; de posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrecidos de aconselhamento,levando ao auto-conhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incrementando a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes. 

    “TERAPEUTA FLORAL”

    Procede ao estudo e a análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja proposta é predominantemente preventiva e que atuam através das questões psíquicas, sendo cada essência indicada para harmonizar um tipo de emoção específica. O uso contínuo da terapia floral leva a uma maior compreensão das emoções, permitindo o aflorar de um material psíquico mais profundo, ampliando, assim, o auto-conhecimento, o que resulta numa melhoria da qualidade de vida como um todo, podendo chegar até à reversão das somatizações. É normalmente associada a outras técnicas terapêuticas, em especial, o aconselhamento, possibilitando mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou a preocupação com a mesma, incremento na capacidade de ser bem sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. 

    “PARAPSICOLOGIA”

    Estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicados pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamado fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente, (viagem astral), regressão e vivências passadas, “poltergeist” possessão e similares.

    Referencias bibliográficas 

    Brian Weiss

    • Muitas Vidas Muitos Mestres
    • Meditando com Brian Weiss
    • A cura através da Terapia de Vidas Passadas
    • Editora Sextante - 2000

     

    Bernard Lievegoed

    • Desvendando o Crescimento – Fases evolutivas da infância e da adolescência
    • Editora Antroposófica - 2000

     

    Judy Hall

    • Terapia de Vidas Passadas
    • Editora Avatar - 1998

     

    James Van Praagh

    • Em Busca do Perdão
    • Editora Sextante - 2000

     

    Louise L. Hay

    • Cure seu Corpo
    • Editora Best Seller - 2005

     

    Ghanshyam Singh Bipla, Colkete Hemlin

    • Magnetoterapia
    • Editora Pensamento - 1999

     

    Clássicos de bolso.

    • Rei Édipo, Sófocles. Antígone
    • Ediouro, 1993

     

    Fátima Ferreira Duque

    • Florais de Bach na Astrologia
    • Editora Madras – 2004

     

    Joaquim Gervásio de Figueiredo

    • Dicionário de Maçonaria
    • Editora Pensamento
     

    NTSV Normas Técnicas Setoriais Voluntárias

    • Auto-Regulamento que pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da disciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras, éticas e técnicas de atuação

     

    Nelson Zuniga

    • Palestras proferidas e artigos publicados no SINTE, LEVEN entre outras.
     
     

    Nelson Zuniga

    CRT 34429

    Terapeuta Holístico

    13 de Março de 2008

    www.zuniga.terapiaholistica.net

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/05/2008 13:30


    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA PARA GRUPOS EM CONJUNTO COM A FILOSOFIA E ARTETERAPIA

    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA PARA GRUPOS EM CONJUNTO COM A FILOSOFIA E ARTETERAPIA

    Muriaé(MG)

    Abril de 2008

    NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA

    TERAPEUTA HOLÍSTICA CRT 30758

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2008

    Dedico a todos que, querendo mudar sua vida, mudam seu modo de pensar, reagindo a não pensar de acordo com seu modo de viver.

    AGRADECIMENTOS

    A Deus que me segura a mão e me impulsiona para a frente.

    Ao SINTE que, democraticamente, deixa que todos se manifestem oportunamente.

    A maior descoberta de minha geração é que os seres humanos podem alterar sua vida alterando suas atitudes”.

    (WILLIAM JAMES)

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO...........................................................................................................

    7

    1 MATERIAL E METODOLOGIA..........................................................................

    1.1 Material empregado.............................................................................................

    1.2 Métodos................................................................................................................

    2 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E FILOSOFIA....................................................

    2.1 Crenças sobre Crenças..........................................................................................

    2.2 O que nos faz pensar?...........................................................................................

    2.3 Pensa que algo não está funcionando bem?.........................................................

    2.4 Quando o passar pela vida é um passo na vida.....................................................

    3 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E ARTETERAPIA.........................

    4 INTERAÇÃO ENTRE PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, FILOSOFIA E ARTETERAPIA..........................................................................................................

    5 RESULTADOS.........................................................................................................

    6 DISCUSSÃO.............................................................................................................

    CONCLUSÃO.............................................................................................................

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................

    9

    9

    9

    7

    13

    14

    1517

    18

    19

    20

    20

    21

    22

    RESUMO

    A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA tem como objetivo uma maximização da qualidade de vida do cliente, através do autoconhecimento e, para isso, utiliza-se de técnicas, sendo a mais básica o aconselhamento. Aconselhamento que, antes de ser “dar conselhos”, é saber ouvir, é convite à reflexão, é conversa terapêutica que ouve sem julgar, pontua tópicos relevantes conduzindo a uma empatia entre terapeuta holístico e cliente a fim de conseguir resultados satisfatórios que irão influenciar beneficamente a vida do cliente. Aqui neste estudo incluímos a FILOSOFIA, com sua análise das palavras e textos, com a ARTETERAPIA que, de maneira lúdica, complementa o trabalho para o fim proposto com muito sucesso.

    INTRODUÇÃO

    A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA visa o AUTOCONHECIMENTO para uma melhor adequação da pessoa no momento em que está vivendo, no seu meio, com seus semelhantes, mudando para melhor suas atitudes para alcançar a HARMONIZAÇÃO TOTAL, ou seja, visa a harmonização de seus cinco corpos: físico, emocional, mental, energético e espiritual.

    Para que este AUTOCONHECIMENTO seja mais explícito, é necessária alguma forma de expressão que pode ser corporal, como gestos, mudanças faciais, ou palavras. As palavras são a maneira mais corriqueira da pessoa se expressar, sendo que, em todas as situações da vida, busca-se questionar o porquê, desenvolvendo-se assim uma completa resposta. O questionamento é infindo.

    Há também outra forma de expressar-se que é através da ARTE e no trabalho realizado há o enfoque da ARTETERAPIA sob a forma de PINTURAS COM TÉCNICAS CRIATIVAS, sem compromisso com Escolas de Arte, apenas como um meio de deixar o inconsciente se manifestar e agir.

    Neste “Conhecer-te a ti mesmo”, do mestre Sócrates, a Filosofia aplicada a todos os mortais pode muito ajudar. A Filosofia aqui entendida é como um bom senso em grau mais adiantado.

    Nós, os terapeutas, pretendemos que nossos clientes mudem suas atitudes perante os fatos passados ou presentes para que os mesmos não se transformem em desequilíbrios permanentes, mas sim em simples “mal-estares” que podem ser sanados e, portanto, deixem de fazer sofrer.

    Todas as pessoas passam por experiências na vida que causam profunda impressão. Se são más experiências como, assalto, estupro, surra, acidente de carro, ataque de um animal raivoso, participação em combates, ou outra situação ameaçadora, e isso lhe deixou lembranças amargas que teimam em permanecer atuando no seu presente, o fato torna-se muito incômodo e precisa ser sanado.

    As lembranças do passado e os sentimentos a respeito dessas lembranças, as perguntas sobre ele e o desejo de entendê-lo são trabalhados nessa experiência para uma preservação de uma vida melhor.

    O passado de cada indivíduo é constituído de inúmeros acontecimentos e muitos se lamentam por terem, ou não, feito determinadas coisas, mas todos conseguem recordar coisas agradáveis e desagradáveis que aconteceram. Quem se sente incomodado com o passado possui algum mal-estar, mas não necessariamente um desequilíbrio. Tratar o desequilíbrio como se fosse um mal-estar é um tipo de erro, tratar o mal-estar como se fosse desequilíbrio é outro. Onde está a diferença? Nem sempre é fácil detectá-la. Em primeiro lugar, há de se equilibrar o físico com as técnicas disponíveis. E, enquanto não lhe provém o contrário, a pessoa está bem, estável, funcional e saudável.

    Nos últimos anos, a suposição de inocência e sanidade foram desgastados por forças políticas, sociais e comerciais que têm trabalhado arduamente para diminuir as liberdades fundamentais da pessoa. Por exemplo: há algum tipo de coisa acontecendo em sua vida? Tem que se levantar cedo para ir trabalhar toda manhã? Tem reuniões marcadas, agendas lotadas, prazos a cumprir? Está cursando algo? Passando por um período difícil, como separação ou mudança de emprego? Tem filhos adolescentes? Ainda tenta entender a violência? Se algum desses tópicos traz à pessoa alguma preocupação, então é provável que esta pense que é um desequilibrado, precise de tratamentos para melhorar.

    Nós, os PSICOTERAPEUTAS HOLÍSTICOS dizemos que ocupar-se com os acontecimentos importantes da vida é perfeitamente natural. Preparar os caminhos a serem trilhados para a solução de cada tópico em cada situação e momento da vida, é envolver-se no processo e fazer o melhor. Quando essas ocupações começam a ficar demasiadas, ou seja, começam a causar angústias, então, é hora de agir com A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA EM GRUPO, usando a FILOSOFIA e a ARTETERAPIA para sanar o mal-estar específico.

    Todos os acontecimentos da vida não são desequilíbrios, são oportunidades para melhorar os tratamentos dos desafios normais da vida, são talvez algum mal-estar que pode ser sanado com inteligência e reflexão.

    Examinar o modo de pensar e de viver. Entender a situação e aplicar os princípios que melhor guiarão cada um em sua vida. Isso tudo feito em grupo gera um bem-estar nas pessoas que irá irradiar para sua família e, conseqüentemente, para a comunidade.

    1 MATERIAL E METODOLOGIA

    1.1 Material empregado:

    • Apostila;

    • Tinta guache (caixa com seis cores);

    • Tinta relevo preta e dourada;

    • Pincéis variados pequenos;

    • Cartolinas cortadas em forma de retângulo;

    • Ficha de cliente;

    • Caderno de capa dura para anotar presença;

    • Lápis, borracha

    1.2 Métodos:

    1.2.1 Estudo da apostila;

    1.2.2 Estudo das palavras selecionadas;

    1.2.3 Confecção do quadro com pinturas criativas

    1.2.1 Estudo da apostila

    As apostilas usadas para estudo dos nossos “ENCONTROS PSICOTERÁPICOS”, ou “ENCONTROS ALTO-ASTRAIS”, possuem mensagens positivas, que visam ao exame minucioso, a atenção focalizada, a consideração que cada pessoa direciona para um aspecto de sua vida para apreciar, avaliar, decidir e, por fim, agir.

    São vários “Encontros”, um a cada 15 dias. Em cada um deles a pessoa recebe duas folhas da Apostila para ser estudada naquele dia. Se a pessoa não faltar a nenhum encontro, terá a apostila completa. Se faltar, ficam faltando aquelas páginas que só serão conseguidas se ela mesma pedir a algum colega para copiar, ou seja, não há o fornecimento a quem falta.

    PRIMEIRA APOSTILA: ASPECTOS GERAIS DA BUSCA DO AUTOCONHECIMENTO

    1. Vontade;

    2. Busca da felicidade;

    3. Caminhos a seguir: Auto-estima; O relaxamento, A visualização, Ver o outro lado do acontecido; Sorriso curador; Participação e doação; Seu meio ambiente; Ressaltar as qualidades; Importância da linguagem;

    4. Fases da vida;

    5. Vencendo o medo;

    6. Crenças;

    7. Perdão e bênção;

    8. Estresse;

    9. Alimentação saudável;

    10. Jogar fora;

    11. Repousar;

    12. Respirar;

    13. Relaxamento mental

    1.2.2 Estudo das palavras selecionadas

    Cada participante do grupo recebe um papel azul (meia folha A4) para que ele escreva: – no primeiro encontro, a letra A mais bonita que ele puder fazer. Separando a metade do papel com um traço, coloca-se numa parte o sinal + (positivo) e na outra parte o sinal – (negativo), e escreve-se algumas palavras começadas com A no lado positivo, palavras que cada parcicipante quer acrescentar e cultivar em sua vida.

    Geralmente, aparecem: AMOR, AMIZADE, ATENÇÃO, AFETO, ALIMENTOS, ALTRUÍSMO, AJUDAR, ATIVAR, ANIMAR, etc. Deve-se sublinhar a palavra para ele (participante) mais importante. Na segunda coluna deve-se escrever as palavras negativas começadas com A que a pessoa quer tirar de sua vida. Costumam aparecer: ANSIEDADE; ANIQUILAR, ANGÚSTIA, AZIA, etc. Cada encontro ocorre o mesmo procedimento com as letras posteriores, seguindo o alfabeto.

    Depois de escritas as palavras e reservada a mais importante, passa-se para outro momento da reunião, onde há a elaboração do quadro individual, realizado com o emprego prático de pinturas criativas.

    1.2.3 Confecção do quadro com pinturas criativas

    Cada pessoa recebe uma cartolina retangular branca de 15 x 20 cm. São várias técnicas criativas de decoração. Como nosso idioma é proveniente do latim e grego, nossas técnicas de pintura são denominadas em “latim” para homenagear nossa língua mãe e também reavivar nossa cultura. São palavras simples e fáceis de entender.

    As instruções sobre as pinturas, se seguidas passo a passo têm um excelente resultado e confirmam o poeta popular que diz existir um artista em cada um de nós. O importante é a conscientização do valor individual, da capacidade de produzir coisas lindas que encantam, e descobrir coisas novas que contribuem para a construção de um mundo melhor.

    Técnicas realizadas na confecção dos quadros:

    1. LAUTUS LIGNUM – Pátina lixada;

    2. ROTAE RURSUS – Rodar outra vez;

    3. SPUMARE – Esponjado;

    4. SPARGERE – Espalhar – escorrer;

    5. IMMERGE LIQUOR – Imersão em água;

    6. CIRCUNDARE – Semicírculos;

    7. IMMISCERE PRIUS – Misturar antes, granitado;

    8. LONGUS PINUS – Xadrez;

    9. PELLIS APPLICARE – Papel amassado;

    10. VASIS DECORIS – Tipo vaso de cimento;

    11. TINGERE SUTOR – Com tinta de sapateiro;

    12. AURUM – Dourado;

    13. ELEVARE EFECTUS – Estuque levantado;

    14. FORMAE VASTA – Com stencil;

    15. SACCUS RUPTUS – Plástico;

    16. FUNDERE COLORIS – Furta-cor;

    17. CORIUM VETUS – Cobre velho;

    18. REGIONIS AUREUS ET PULLUM – Relevo dourado e preto;

    19. MARMOREUM – Marmorização;

    20. PICTUM VETERIS – Pintura envelhecida;

    21. SPLENDIDUS PURPUREUM – Metalização;

    22. MOLES FIDELIS – Massa firma decapê;

    23. SAPIS RENOVARE – Saber renovar satinê;

    24. CINGERE – Cercar – rolo papel H;

    25. BASIS FLORIS – Flor como base;

    26. EXPINGERE LAMINAE Nº 01 – Estamparia em lata;

    Em cada encontro é aplicada uma técnica diferente conforme acima. Em seguida, escreve-se a palavra considerada mais importante pela pessoa e reservada anteriormente com letra dourada ou preta, como por exemplo, AMOR (no primeiro encontro) e, a partir daí, cada pessoa mostra seu quadro para os demais, fala as palavras que escreveu e o porquê de tê-las escrito. Essa demonstração funciona terapeuticamente porque a pessoa só fala e reflete sobre o que é importante em sua vida, ali na hora, todos gostam muito, prestam atenção e sentem-se participantes da história do outro.

    2 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E FILOSOFIA

    Cada pessoa precisa de ajuda em muitas situações da vida. Se apresenta algum determinado desequilíbrio sério no corpo, procura um profissional competente naquela área e este a ajuda, mas se apresenta um mal-estar, é necessário um aconselhamento correto e eficaz, tarefa essa do PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO.

    O Psicoterapeuta Holístico não é, necessariamente, um filósofo, mas a Filosofia pode ajudar muito alguém se tornar um excelente Psicoterapeuta Holístico. Aprimorar o ponto de vista para transformar o mal-estar em bem-estar, entender, de modo filosófico as circunstâncias da vida, é como encontrar o olho do furacão: fica-se num estado calmo e tranqüilo, ainda que muita coisa possa rodopiar à sua volta.

    Um mal-estar, quando não transformado em bem-estar, pode acabar originando um desequilíbrio em fase avançada. É muito mais fácil tratar um mal-estar com boas idéias antes que ele cresça. Um estado persistente de mal-estar pode influenciar ou estragar os pensamentos, as palavras e atos, mas pode afetar também, negativamente, o bem-estar emocional e físico. Um dilema moral não resolvido, uma injustiça não sanada ou um objetivo não atingido são fontes de mal-estar, se não forem examinados filosoficamente.

    Ao se lidar com todos os desafios normais do cotidiano, precisa-se de uma filosofia de vida. A vida com todas as dificuldades e tribulações, pode provocar um mal-estar, que é um desconforto na consciência, e não uma disfunção do corpo. O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO, com ajuda da FILOSOFIA, é o profissional adequado para ajudar a pessoa que apresenta mal-estar . Examinar o medo de pensar e de viver. Entender a situação e aplicar os princípios que o guiarão nessa fase. É o que se chama “FILOSOFIA APLICADA”. O nome que Aristóteles atribuía a esta análise era PHRONESIS, ou sabedoria prática.

    Nem sempre é possível mudar as circunstâncias da vida, mas sempre se pode mudar a maneira como são interpretadas. O modo como cada pessoa encara essas circunstâncias é a filosofia de vida individual. Realiza-se, portanto, as seguintes questões aos participantes dos grupos de ENCONTROS PSICOTERÁPICOS: sua filosofia de vida funciona a seu favor, contra você ou não funciona? Se já funciona, ótimo, mas pode-se melhorar. Se funciona contra você, é hora de revê-la e fazer algo para que ela funcione a seu favor. Se não funciona, é perda de tempo e urge consertá-la e colocá-la em funcionamento.

    Em alguma situação da vida, a pessoa precisa de vários profissionais. Por exemplo, se ela estiver passando por uma partilha de herança, são vários os profissionais envolvidos: advogados, contadores, psicólogos, mediadores e um o PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO, que seja também orientador filosófico para que a pessoa siga bem a vida e não perca tempo e dinheiro.

    O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO, com base na filosofia, tem uma grande facilidade de dialogar eficazmente com seus clientes sobre questões de significado, propósito e valor na experiência de vida.

    2.1 CRENÇAS SOBRE CRENÇAS:

    O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO FILOSÓFICO interessa-se profundamente pelos sistemas de crenças. Muitos filósofos, de Platão a William James, notaram o papel fundamental de nossas crenças para o bem ou para o mal em nosso dia-a-dia. Hobbes observou que o mundo humano é governado pela opinião. As opiniões são apenas crenças prematuras sobre questões que atraem nossa atenção imediata. O exame filosófico de um sistema de crenças envolve tentar compreender não só em que as pessoas acreditam, mas também como passaram a acreditar naquilo, que razões têm para acreditar no que acreditam, como suas crenças afetam seu modo de viver e até que ponto suas crenças são fontes de bem-estar, de mal-estar ou de desequilíbrio.

    É sempre espantoso nas crenças humanas ver que se alguém acredita em alguma coisa, outra pessoa acredita em algo diametralmente oposto. Isso leva a ações humanas contraditórias e incompatíveis. Por exemplo: homens-bomba que se explodem, explodindo várias pessoas juntas, causando grande estrago. Para muitos são terroristas violentos que afrontam a humanidade e a civilização. Para outras são pessoas mártires, heróis e guerreiros.

    O nosso objetivo da PSICOTERAPIA HOLÍSTICA FILOSÓFICA é ajudar a pessoa a efetuar pacificamente uma mudança pessoal, mudando a filosofia pessoal, sem guerra nem violência. Outro exemplo: um governo invade um país, supostamente para combater um terrorismo, causando mais terrorismo ainda. Com estes exemplos extremos ou violentos, vemos não só o papel fundamental das crenças que governam a conduta na vida, mas também como as crenças sobre as crenças dos outros governam de forma fundamental a conduta na vida. Compreender tudo isso é uma tarefa filosófica.

    Compreender como as crenças e as crenças sobre crenças que podem tornar melhor ou pior a vida humana também é uma tarefa filosófica. Aquele que defende o relativismo moral acredita que tanto o terrorista suicida está certo em se matar, como também está correto tal governo invadir um país para combater o terrorismo causando mais terrorismo, pois o relativismo moral defende a tese de que tudo está certo sob tal ponto de vista, sob tal ótica. Isso proporciona grandes discussões e desentendimentos mundiais. O que falta é uma bússola moral, entre outras ferramentas filosóficas necessárias para examinar e compreender os sistemas de crenças. Toda crença é válida desde que não prejudique de forma nenhuma a outrem.

    Se uma pessoa tem liberdade para ter suas crenças, não pode tolher a liberdade de outros terem suas próprias crenças, nem matá-los por isso. Nossas crenças não podem trazer sofrimento. Todo sofrimento sai fora da sincronia universal. Antigamente os chamados “sofistas” eram defensores de todo e qualquer ponto de vista, não importando se eram bons ou causadores de sofrimento. Hoje, os “advogados” são treinados para serem defensores e muitas vezes o que defendem é causador de sofrimento.

    O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO FILOSÓFICO deve estar interessado no que os seus clientes acreditam. Se suas crenças fazem com que sintam mal-estar e se estão carentes de orientação filosófica para lidar positivamente com isto, estão fadados a sofrer sem necessidade e, talvez, espalhar seu mal-estar destrutivamente entre outras pessoas, como algum contágio virulento da mente.

    Algumas crenças provocam mais mal-estar do que outras e algumas são mais prejudiciais do que outras. Isso não é relativismo moral. Há muitas maneiras de causar danos a si e aos outros, e causar dano é mau. Isso é absoluto. Há também muitos modos de ajudar a si e aos outros, e ajudar é bom. Isso também é absoluto. Se vai preferir ajudar a si mesmo e aos outros, cabe à própria pessoa decidir. Isso é relativo.

    2.2 O QUE NOS FAZ PENSAR?

    Para os neurocientistas o que nos faz pensar é o cérebro e ponto final. Será que se entendermos o cérebro, entenderemos o pensamento?

    Se pararmos para pensar sobre o pensamento veremos que nada sabemos sobre ele: tem cor? É grande? Tem forma? Massa? E os pensamentos que chamamos de lembranças, como se mantêm? Como conseguimos acessá-los?

    Como não se tem resposta para essas e outras perguntas, conclui-se daí que o cérebro não é o pensamento. Cada pensamento ativa alguns circuitos cerebrais. Uma fotografia do cérebro não é uma fotografia da mente porque a mente não é algo físico. Não há como tirar fotografia de volições, intenções, atitudes, crenças, alegrias ou tristezas, possivelmente, porque estas se originam na mente e só se espelham no cérebro. Mesmo que a mente nasça do cérebro, as mentes têm propriedades que independem dos cérebros. É a vontade de cada pessoa, ou seja, a focalização de sua consciência, que determina, em parte, o seu estado cerebral.

    O que faz pensar não é o cérebro, mais do que isso, é a consciência. As mentes são fontes locais de consciência. O pensamento é a irradiação da mente.

    A consciência é a fonte que permite pensar e também consome muito alimento mental. Ingere todo tipo de ração, algumas mais tóxicas que as outras: intenções, volições, revelações, preconceitos, razões, paixões. O alimento melhor para a mente é a filosofia, pensamento de primeira ao contrário do pensamento estragado.

    A vida é um veículo. O cérebro é o motor do veículo. Se o motor funciona direito (e os outros sistemas estão bem), o veículo pode se mover. Depois vêm outras questões: para onde irá? Depressa ou devagar? Quem vai com você? Para que essas questões tenham significado, é necessário um motorista. Esse motorista é a mente. Sem mente, o veículo, sem motorista, de sua vida, não vai a lugar nenhum. Mas, com a mente ao volante, o veículo pode levar cada um a lugares lindos. É a viagem de uma vida.

    2.3 PENSA QUE ALGO NÃO ESTÁ FUNCIONANDO BEM?

    São somente duas coisas que podem fazer uma pessoa pensar que algo não está bem: desequilíbrio em fase avançada e mal-estar. Se fisicamente, algum desequilíbrio em fase avançada o ataca, como a dengue, por exemplo, pode-se ter sintomas desconfortáveis, como febre ou dor no corpo, então, os sintomas estão avisando que há algo errado, e procurando ajuda adequada, há o restabelecimento do equilíbrio. O aviso do desconforto é, portanto, benéfico pois alerta que algo não está indo bem.

    A moral filosófica desse estudo é que a dor e o desconforto não são sempre, necessariamente, ruins. E o prazer não é sempre, necessariamente, uma coisa boa. As dores são boas quando são sintomas a avisar que algo não vai bem. Do mesmo modo os prazeres são ruins quando deixam de avisar que há algo errado que exige atenção, como, por exemplo, o vício da bebida. Bebe-se e sente-se bem, solto, alegre. Mas, é provável que sempre se vai beber mais e quando notar já está com um problema grave, sem solução.

    O desequilíbrio em fase avançada traz consigo um conjunto de sintomas que faz uma pessoa se sentir diferente do normal, é uma situação interna. O mal-estar é diferente. Tem sempre uma origem externa. Os cinco sentidos que geralmente todos têm, podem cada um fazer com que nossa atenção se fixe em um estímulo que seja perturbador. Por exemplo, se um indivíduo caminhando por seu bairro, vê um catador de papel recolhendo o material no lixo, uma moça de cabelo vermelho cheia de piercing no corpo, um senhor idoso de mãos dadas com uma mulher muito enfeitada, percebe que estas pessoas não representam perigo, nem ameaça pessoal, mas, ao avistá-las, o indivíduo apresenta um mal-estar. Por quê? Porque as imagens vistas nesse momento se chocam com alguma noção preconcebida; sobre reciclagem (pode-se não estar fazendo sua parte, separando o lixo), jovens na moda pós-moderna e preconceito sobre o idoso (muitos acham que idoso não pode namorar, acha que o outro quer é aproveitar a parte financeira daquele).

    Há três maneiras de lidar com esse problema: em primeiro lugar, pode-se tentar tirar essas pessoas do bairro, da linha de visão, o que vai causar inúmeros problemas. Em segundo lugar, pode-se tentar convencê-los a ser como antigamente: confuso ao jogar as coisas no lixo sem separar, com idéias antiquadas quanto à moda e intransigente quanto à terceira idade. Isso, sem dúvida, é um grande desperdício de tempo. Em terceiro lugar, pode-se perguntar exatamente quais as crenças que fazem estes estímulos visuais gerarem mal-estar. Já que essas pessoas referidas não são prejudiciais, seria mais fácil e melhor modificar os preconceitos, para aceitar as diferenças individuais e seguir em frente. Esse procedimento se aplica aos outros sentidos: audição, olfato, paladar e tato. Se não causa danos o estímulo, o mal-estar, resulta de conceitos anteriores sobre ele. Se quer tirar o mal-estar e sentir conforto, deve tirar os preconceitos.

    Há milhares de prazeres e dores na nossa caminhada: bem-estar, mal-estar e desequilíbrios. A norma da vida é o bem-estar, embora haja disfunções que precisam ser sanadas e quando o são, volta novamente a sensação do bem-estar.

    As duas únicas razões para supor que há algo errado são os desequilíbrios e o mal-estar, que podem dar origem a dois tipos de avisos: dor e sofrimento. Muitos desequilíbrios não causam dor imediata, por isso, ficam incubadas, daí a melhor solução é a prevenção. Se seu corpo sente uma dor incomum, isso deve ser pesquisado, mas se está sentindo sofrimento, é preciso pesquisar o que está desencadeando o desequilíbrio energético individual. Pode-se culpar os outros por seu mal-estar, mas seu sofrimento é só seu. E se é só seu, pode-se deixar de tê-lo.

    Se uma pessoa sofre de tristeza profunda, esta pode ser causada por um problema químico no cérebro, este não transmite sinais de dor e pode haver sofrimento da mente. Há muitas dores que são criações da mente. Exemplo disso são os amputados que, mesmo faltando alguma parte do corpo, sentem dor e coceira nesses membros perdidos.

    Nossa principal tarefa é entender os tipos de sofrimentos criados pelas crenças, pelos preconceitos e hábitos da própria pessoa e que, portanto, podem ser aliviados pela modificação das crenças, pelo enfrentar dos preconceitos e pela alteração dos hábitos. A isso chamamos de prática filosófica.

    Não se deve buscar o sofrimento para, depois de cessá-lo, ficar tudo melhor. Mas, se já está sofrendo e busca compreender as verdadeiras causas de seu sofrimento, talvez descubra ser, a própria pessoa, a verdadeira causa. Se esse for o caso, e para muita gente é, então a pessoa escolhe sofrer, e assim tem o poder de reduzir ou eliminar o sofrimento escolhendo não sofrer.

    Nós, os PSICOTERAPEUTAS HOLÍSTICOS FILOSÓFICOS temos que analisar se a pessoa estiver escolhendo sofrer, usar os métodos para ele parar de fazer essa escolha, parar de agir errado consigo mesmo. Sempre é possível mudar algo na vida.

    2.4 QUANDO O PASSAR PELA VIDA É UM PASSO NA VIDA

    Para muitos, pensar na vida é algo simples. Pensar sobre os acontecimentos passados, presentes e futuros. Imaginar outros passos a dar em outra direção, em outros passos, que poderiam ter sido dados. Julga-se que isto seja pensar na vida. Mas, pensar na vida não é algo assim tão simples.

    Segundo Platão, o homem vive preso a uma falsa imagem do real. Para ele, não se contempla em geral à própria realidade, mas apenas às imagens, que estão para o real como a sombra de um objeto para o próprio objeto. Caracterizando este fato, ele criou a alegoria da caverna: os homens vivem acorrentados, numa caverna, votados para o seu interior; a luz que nela chega projeta sobre as suas paredes e interiores, sombra dos objetos reais, assim, vê-se as sombras projetadas e julga-se que estas sombras são a realidade; de fato, estas sombras têm alguma coisa de forma real, mas são uma imagem pálida e imprecisa da realidade, e não a sua visão efetiva e direta.

    Para Platão, o conhecimento sensível está para o conhecimento intelectual, assim como a sombra está para o objeto de que ela é uma imprecisa projeção. Para ele, a missão do filósofo é libertar dessa visão subalterna, para que eles pudessem contemplar a verdadeira realidade. Esta análise de Platão continua válida na sua essência.

    A missão fundamental do filósofo é aqui junto com o PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO que juntos formam um só, no agir e no modo de pensar, consiste em libertar o homem de um tipo de visão espontânea e superficial para conduzi-lo a um outro tipo de visão do mundo. Não se pode refletir convenientemente sobre os problemas que afligem a existência humana se não pudermos ultrapassar uma visão imaginativa da vida por uma visão conceitual.

    Esta distinção entre imagem e conceito é fundamental. Sair do plano confuso em que se desenrola espontaneamente o conhecimento humano é, antes de tudo, ter consciência da distinção que existe entre o conhecimento – imagem e o conhecimento – conceito. Após haver o domínio sobre um conhecimento restrito ao processo imaginativo, e sobre o conhecimento que se processa no plano conceitual.

    Bérgson fala do “eu de superfície” e “eu profundo”. “Eu de superfície” é a reação automática diante de estímulos de acordo com interesses práticos e “eu profundo” é a participação nos acontecimentos com o agir da personalidade individual e escolhas realizada.

    O PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO FILOSÓFICO busca com a escolha de palavras pelo próprio cliente, sua classificação e opção por melhores diretrizes para a vida, saindo do plano automático para o verdadeiro conceito.

    3 PSICOTERAPIA HOLÍSTICA E ARTETERAPIA

    Nesse mundo pós-moderno, as pessoas usam, geralmente, critérios para realizar os juízos de valor, de acordo com a produtividade e a utilidade.

    A noção do útil, como um valor por excelência, passou a fazer parte de uma consciência coletiva por duas razões: uma, de ordem prática e outra, de ordem teórica. Na ordem prática, o advento levou a primeiro plano o problema da produção e com isso difundiu uma mentalidade utilitarista que levou a que se julgasse o homem pelo que ele é capaz de produzir e não pelo que ele é. Na ordem teórica, o pragmatismo doutrinário firmou-se na concepção de que seria válido apenas o que favorecesse o progresso da vida humana. Tais fatores, de natureza prática e teórica, fundiram-se numa concepção que marcou a mentalidade humana, voltada para o culto do útil.

    Mas, o produzir simplesmente por produzir sem saber qual fim atingir, não satisfaz a pessoa que, por isso, se angustia. É preciso levar em conta o plano do útil que é a produção, mas também o plano do inútil que se localiza na esfera do não-prático da vida humana.

    Vamos encarar o mundo das crianças. Na infância tudo é lúdico, tudo é um jogo para exercitar o desenvolvimento do seu ser. A criança não é pragmática, ela pergunta “porque” e não “para que”. Os adultos, querendo saber para que tal comportamento vão conduzindo-as aos interesses práticos.

    O mundo da criança se prolonga na existência dos artistas. O mundo da arte não tem “para que”. O mundo da arte exprime um anseio de expressão, uma comunicação de sensibilidade, um traço de simpatia, pelo desejo de exprimir uma visão original, que nada tem a ver com o rotineiro ou o prático da vida comum. O artista vê na sua obra, o que ninguém antes vira. O artista revela uma visão nova, desperta os homens automatizados da visão rotineira de tudo, promove a liberdade de expressão, mantendo a consciência do homem sempre ativa e atuante.

    As categorias da vida artística não são do domínio do útil: a graça, o belo, o grandioso, o sublime, e outras, são a contribuição do não prático, no mundo das artes para uma vida humana mais humana.

    Nesse nosso trabalho, enquanto as pessoas pintam, elas vão deixando fluir o artista que está em cada uma delas e, através das técnicas aprendidas, são produzidos lindos quadros pequenos, é verdade, mas que conseguem expressar seu ponto de vista e quiçá modificá-los. Desse modo, a ARTETERAPIA funciona como coadjuvante nesse processo de equilíbrio.

    4 INTERAÇÃO ENTRE PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, FILOSOFIA E ARTETERAPIA

    Há uma interação muito proveitosa entre essas maneiras de equilibrar a pessoa, elas se completam. A filosofia continua a experiência artística. A filosofia procura alcançar um tipo de saber desinteressado, o que significa um tipo de saber que não está comprometido com nenhuma aplicação prática imediata.

    É verdade que o homem tem o direito de conhecer para atender à solução das dificuldades de ordem prática que surgem em sua vida; mas, não é só isso, pois ele se engrandece na medida em que se dispõe à investigação das explicações mais profundas, movidas pelo desejo de encontrar uma resposta que satisfaça a sua disposição inata de perguntar. Através dessa satisfação de compreender ele já demonstra alegria interior, a conciliação dele com ele mesmo, a harmonia brota no interior de seu próprio ser.

    Através das pinturas, das palavras escolhidas, da reflexão sobre elas, o destaque da palavra mais importante, do que aquela palavra significa para ele, as cores, tudo, fazem com que ele se sinta não apenas um instrumento ou uma engrenagem da máquina da natureza, mas sim um ser ciente e consciente, um ser no mundo, um ser diante do mundo, um ser capaz de testemunhar e contemplar a existência do mundo.

    Em grupo ele se expressa melhor, aproveita da experiência do outro e soma coisas boas à sua vida.

    5 RESULTADOS

    Nesse nosso trabalho de unir a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA COM FILOSOFIA e ARTETERAPIA para fins de harmonização da pessoa humana como um todo, em grupo, nos utilizamos da especulação intelectual como forma de desenvolver a inteligência na perfeição de si mesmo.

    Há três anos que realizo o “ENCONTRO ALTO ASTRAL” aqui no meu atendimento, na FUNDARTE – Fundação de Cultura e Arte de Muriaé - que é um Órgão da Prefeitura que já me emprestou uma sala completa várias vezes e também em uma Casa de Cursos anexa da Paróquia que sempre me concede o espaço físico para a realização dos ENCONTROS com os participantes convidados, preferencialmente meus clientes mais desequilibrados . Uns aceitam e ficam fãs ardorosos. Outros vêm uma, duas, ou até quatro vezes ou cinco, outros não aparecem e nem falam do convite. Eis a estatística do resultado:

    Em 100 convidados a participar:

    • 10 continuam desde o primeiro encontro até hoje, gostam muito, já melhoraram muito sua vida de um modo geral e, mais especificamente, no emocional e profissional, pois já se descobriram capazes. Cinco mudaram de emprego e estão se saindo bem na vida;

    • 15 vieram cinco vezes e melhoraram bastante com maior conscientização de suas capacidades e descobertas de novas potencialidades;

    • 30 participaram quatro vezes, melhoraram alguma coisa, acharam que estava bom e só;

    • 25 compareceram duas vezes, se encantaram momentaneamente, voltaram, começaram a melhorar e sumiram;

    • 20 vieram só uma vez, assustaram tanto com a solicitação para que pusessem a cabeça a funcionar e refletir sobre as palavras em suas vidas, não quiseram melhorar e desapareceram.

    6 DISCUSSÃO

    Nesse nosso trabalho de desenvolvimento da PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para grupos em conjunto com a FILOSOFIA E ARTETERAPIA destacamos o estudo do significado das palavras para os componentes do grupo e este significado quando discutido torna-se muito mais atuante e possível de assimilação e, muitas vezes, de mudanças benéficas que trarão maior bem-estar.

    As pessoas vivem muito apressadas e orientadas sempre para a satisfação das necessidades da vida humana. Só querem fazer o que é útil. O útil está dirigido a atender a uma necessidade e, por isso, de um modo geral, representa um condicionamento à sobrevivência. Mas o homem e a mulher não precisam só sobreviver, porque assim seriam como os vegetais. É preciso conceber a vida humana em termos de liberdade, que é a emancipação do útil. Não desprezar o útil, mas dar lugar também ao não-útil, portanto, inútil: a vida lúdica, a vida estética, a vida especulativa, a vida moral, a vida religiosa são expressões dessa experiência não prática, dessa existência não-útil e, portanto, inútil.

    “Útil” significa tudo aquilo que tem um fim noutro, e não em si mesmo. Exemplo: uma caneta é útil porque o seu fim é escrever. O “útil” não tem valor em si mesmo, mas só tem valor por aquilo a que serve. O “Inútil” sempre é usado de modo pejorativo, o que não serve, não tem finalidade. No entanto, usado no sentido certo, o INÚTIL significa aquilo que “tem um fim em si mesmo”, define a vida humana na ordem da perfeição e da liberdade.

    A atividade lúdica é uma manifestação da infância, mas da infância de todas as idades. A pessoa humana necessita para o seu equilíbrio total de momentos de desligamento da perspectiva prática da vida. Por isso, em grupos e pintando quadros com técnicas de pintura criativa, as pessoas se desligando da vida útil por duas horas consecutivas e refletindo sobre o significado para elas das palavras usadas no encontro, vão se soltando, se deixando conhecer e participando do grupo. Isso gera um bem-estar incrível nelas que, sentindo-se bem, se dominam mais e ficam mais harmonizadas e felizes.

    CONCLUSÃO

    Participar do ENCONTRO PSICOTERÁPICO ou ENCONTRO ALTO ASTRAL é recuperar a própria vitalidade energética, se estiver aberto para receber as boas energias. Todos emitem conceitos e opiniões sobre as palavras em suas próprias vidas, vão fazer interação uns com os outros e assimilar força, encorajamento, compaixão, esperança e amor, através do contato real.

    Desejamos um desenvolvimento da vida humana marcada pelo progresso, sem dúvida alguma, porém, não concordamos com a redução do conceito de progresso ao puro desenvolvimento técnico e ao aperfeiçoamento dos instrumentos de proteção.

    O que se procura é um maior bem-estar da pessoa humana, externamente pelo conforto e internamente a possibilidade de um desenvolvimento mais completo voltado para o “útil”, mas também para o “inútil” significando aqui um caminho de maior aperfeiçoamento pessoal. Só o útil não soluciona o problema do homem em toda a sua complexidade, nem atende suas aspirações mais profundas. Urge que se recupere a noção de outros valores que, ao lado do útil, contribuirá para uma melhor qualidade de vida.

    Viver se exprime como consciência pelo fato de ligar o passado e o futuro na permanente renovação dos atos de escolha.

    O grupo exprimindo seus conceitos, suas idéias, seus motivos pelas escolhas feitas, vão se desenvolvendo amizades, interações, convivências que geram melhorias pessoais e, conseqüentemente, no seu lar, no seu ambiente de trabalho e na sociedade.

    Pensar a vida não é pensá-la em termos de caminho que percorremos, porque viver não é passar, mas é ser. O que importa é saber como participamos da vida, como sentimos a vida, o que construímos de nosso próprio ser no nosso próprio modo de ser.

    A vida, em cada encontro do grupo, é repensada, analisada e melhorada para o equilíbrio do hoje, tendo em vista o bem-estar do amanhã.

    É muito gratificante trabalhar com cada um e com o grupo em geral porque fica claro que, juntos, somos mais fortes, mais audazes, mais eficazes.

    Caminhar na vida é construir paulatinamente o seu próprio ser.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

    FILHO, H.V. Auto-Regulamentação da Terapia Holística. São Paulo: Sinte Books, 2001

    FILHO, H.V. Marketing para consultórios. 2.ed. São Paulo: Sinte, 2004

    FILHO, H.V. Tutorial da Terapia Holística. 3.ed. São Paulo: Sinte, 2004

    HOR, A. Universo, como tudo começou. São Paulo: Produção Editorial, 2002

    MARINOFF, L. Pergunte a Platão. 3.ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 2005

    MENDONÇA, E.P. O mundo precisa de Filosofia. 3.ed. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1973

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA CRT 30758
    Última atualização: 16/06/2008 19:17


    O atendimento virtual e o uso dos Florais de Bach: um estudo de caso

    Nota da organização: o trabalho a seguir trata-se do primeiro estudo de atendimento à distância com Terapia Holística. Não é intenção do SINTE, nem da autora do trabalho, passar a impressão de que este formato substitua o contato pessoal entre Cliente e Terapeuta Holístico em ambiente de consultório.

    O atendimento virtual e o uso dos Florais de Bach: um estudo de caso 

    Andrea Pavlovitsch

    Terapeuta Holística -

    Disciplina: Terapia Floral de Bach

    Orientador: Henrique Vieira Filho – CRT 21001 
     
     
     
     
     
     

    São Paulo

    2008 
     
     
     

    Epígrafe
    A grande invocação
     
     

    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra 

    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra 

    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem. 

    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal. 

    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra. 


     Dedicatória 

    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.  

    Dedico a meus amigos e colaboradores. 
      

    Agradecimentos 

          Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem à oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

          Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

          Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

          Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.  
     
     
     
     
    Sumário

     
     
     
     
    1. Introdução..............................................................................................................8

       1.1 A história da internet              ...............................................................................8

       1.2 Internet inserida na cultura atual          .................................................................9

       1.3 Os Florais de Bach e seu uso terapêutico.............................................................10

          2. Material e metodologia...........................................................................................12

          2.1. Material ...............................................................................................................12

          2.2 . Método...............................................................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................14

    4. Discussão.....................................................................................................................18

    5. Conclusão....................................................................................................................19

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................20

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................21 
     
     
     
     
     
     
     Resumo

     

    O presente trabalho visa demostrar um caso de uso dos Florais de Bach e a eventual resposta da cliente ao seu uso associado ao aconselhamento terapêutico. A diferença, porém, é que, neste caso, foi usada a via virtual de comunicação, ou seja, uma cliente de uma outra cidade, não a da terapeuta, e que realizava sessões através do uso de um comunicador MSN Messenger, na rede mundial de computadores.

    O objetivo do trabalho é demostrar como o uso da internet pode ser benéfico ou não para um novo tipo de atendimento, utilizando as novas ferramentas. Quais são as vantagens e desvantagens deste novo meio de comunicação e as facilidade e dificuldade encontradas durante o caminho.  
     
     

    1. Introdução

    1.1. A história da internet

     

    A internet surgiu, inicialmente, como um rede de proteção de dados nos EUA na época da Guerra Fria, na década de 60. Temendo um ataque inimigo, o Departamento de Defesa Americano criou um sistema de dados que poderiam ser configurados num local e visto em outro, mesmo a dezenas de quilômetros de distancia, num sistema chamado de chaveamento de pacotes. Depois do fim da Guerra Fria entre as duas grandes potencias mundiais da época (Estados Unidos e União Soviética) algumas universidades receberam a incumbência de desenvolver os sistemas utilizados, dado origem, então, a internet: 

      A mesma lógica se deu com a Internet. Jovens da contracultura, ideologicamente engajados ou não em uma utopia de difusão da informação, contribuíram decisivamente para a formação da Internet como hoje é conhecida. A tal ponto que o sociólogo espanhol e estudioso da rede, Manuel Castells, afirmou em seu livro "A Galáxia da Internet" (2003) que "A Internet é, acima de tudo, uma criação cultural". (Wikipédia) 

    Já nos anos 80, o interesse pela rede mundial de computadores era tamanha que ela passou a despertar mais e mais interesses dos pesquisadores. "Em 1989 a contribuição do cientista Sir Tim Berners-Lee do CERN, Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares) muda definitivamente a face da Internet" (Wikipédia). Estava então criada a Word Wide Web (a famosa www) um sistema que inicialmente interligava sistemas de pesquisas científicas e acadêmicas, interligando universidades. Depois dos anos 90 porém, com a divulgação da internet para o grande público, este passou a ser o sistema que gerencia todo e qualquer conteúdo deixado na internet, que deve ser acessado diretamente de um computador através de um navegador.

    No Brasil a internet passou a vigorar da maneira como conhecemos a partir de 1995, quando o governo abriu os sistemas, antes restritos as pesquisas e universidades, para a comercialização.  
     
     
     

    1.2. Internet inserida na cultura atual 

    Segundo levantamento feito pelo IBOPE sobre o número de usuários de internet no Brasil, em 2001 haviam 9,8 milhões de internautas , o que perfaz 5,7% da população brasileira. Já em 2007 este número já chega a 21,5 milhões de indivíduos, ou seja, 14% da população, o que nos mostra a rapidez com que este meio ingressou na vida dos brasileiros. Além disso, o Brasil é considerado o país com maior tempo médio de navegação residencial por internauta . Isso entre os 10 países monitorados pela Nielsen/Netratings. Ele está à frente da França, EUA, Alemanha e Reino Unido. O crescimento da internet nos lares brasileiros cresce ao assombroso ritmo de 45,5% ao ano.

    Várias são as pesquisas indicando o crescimento da importância da internet na vida dos brasileiros. O Brasil é, por exemplo, o maior usurário mundial do site de relacionamento ORKUT, merecendo até mesmo uma versão em português (o site foi criado pelo turco Orkut Büyükkökten) já nos primeiros meses de sua existência. A internet é utilizada também  para fazer compras (gerando R$ 7,5 bilhões em vendas em 2004), fazer boletins de ocorrência (de 2000 a 2004 haviam sido registrados 432.177 mil boletins), pesquisas, educação a distancia (até mesmo de cursos universitários), procura de vagas para emprego e toda sorte de divulgações e publicidades. Hoje, é considerada ferramenta essencial para publicitários, havendo mesmo propagandas televisivas que fazem alusão aos sites de internet. A maior parte ainda dos usuários é da classe A e B, mas este quadro está mudando com a popularização dos preços dos equipamentos (computadores) e barateamento do custo do acesso mensal devido a grande oferta, dando maior possibilidade a classe C.

    Diante deste quadro é impossível negar a sua importância e importância da cultura que se gera em volta desta ferramenta. Jovens e crianças hoje utilizam a internet como algo essencial em suas vidas, marcando encontros com os amigos, paquerando ou apenas jogando no computador. É quase impossível encontrar um jovem que não tenha um endereço de e-mail (endereço de correspondência eletrônica) e até mesmo os adultos e a terceira idade estão aprendendo a utilizar a ferramenta para trabalho, diversão ou mesmo economia na hora de falar com parentes distantes. Aliás, a Internet rompe distancias e limites que antes eram colocados para as pessoas além de protege-las de um mundo cada vez mais violento e perigoso. É possível conversar com qualquer pessoa ao redor do mundo, apenas pagando uma taxa local de ligação (através de programas como Skipe) ou conversar através dos chamados "Messengers", ferramentas altamente populares que permite a conversação online de pessoa em diferentes pontos do planeta. Além disso, a cultura ficou muito mais acessível. Se antes era impossível ter acesso aos números do IBOPE, por exemplo, (que só eram liberados para os que encomendavam as pesquisas), hoje é possível encontrar números com apenas alguns cliques. Artistas estão colocando seus trabalhos (fotografia, designer, vídeos, músicas) na internet e tornando-se populares sem nem mesmo bater na porta de uma gravadora. É possível saber as notícias no exato momento em que elas acontecem e até mesmo a televisão teve que adaptar seu conteúdo à internet. Hoje a interatividade é crucial para o bom funcionamento de uma emissora de TV, gerando programas em que o telespectador pode participar ativamente, no momento do programa, através de e-mail ou de votos (no caso do Big Brother Brasil ou do extinto Você Decide, ambos da Rede Globo de televisão).

    Mas a internet também pode ser uma ferramenta maléfica, dependendo de por quem for usada. É cada vez maior o número de pedófilos que acessam a rede atrás do sustento dos seus problemas psicológicos, gerando fotos de crianças e adolescentes nus ou maltratados.  Também cresce o numero de golpes pela internet, como falsificação de e-mail, senhas e até mesmo desvios bancários. Mas, como toda a mera ferramenta, a internet está somente espelhando o próprio comportamento social vigente, com suas parte positivas e negativas.

    Mas o que podemos afirmar com certeza é que todo este contexto mudou a cabeça, a cultura das pessoas. Hoje se pensa diferente do que antes, e é possível expressar a sua opinião através de blogs (diários virtuais), ou mostrar sua família e amigos pelos fotologs (álbuns de fotos digitais) 

    1.3. Os Florais de Bach e seu uso terapêutico 

    Os Florais de Bach foram criados pelo inglês Edward Bach, no início do século XX. Ele utilizou o princípio das essências vibracionais das flores para "...tratar a personalidade e não a enfermidade..." (Vieira Filho, 1994).  O médico Dr. Bach acreditava que os "males do espírito" ou melhor dizendo os desequilíbrios psicoemocionais poderiam ser tratados através do uso das flores e isso geraria uma maior sensação de bem estar ao indivíduo.  

        " Devido a traumas e repressões, conscientes ou inconscientes, passamos a negar certos desejos, emoções e acontecimentos, tentando mante-los longe da lembrança, criando máscaras ou véus que encobrem o verdadeiro "eu" . (...) Desse modo, as chamadas "enfermidades" não são vistas como um mal em si, nem como meros acasos, mas sim como verdadeiros avisos que inconscientemente passamos para nós mesmo de que algo falta ser compreendido" (Vieira Filho, 1994) 
         

    Assim, o uso dos florais ajuda o indivíduo a encontrar um estado de equilíbrio dentro de determinado problema que ele apresenta para o terapeuta. Se ele estiver com medo, por exemplo, pode-se indicar um floral que trabalhe esse medo e, mais tarde, ele poderá entender as origens deste medo. Assim, a psique humana pode ser compreendida como um sistema de camadas onde cada emoção trabalhada dá vazão a uma nova emoção que necessitará dos devidos cuidados e é nesta senda que atua o terapeuta holístico floral.

    O terapeuta holístico é alguém que trabalha para a manutenção ou restabelecimento da harmonia do sistema integrado de uma pessoa. Cada emoção de um indivíduo poderá atingir outros níveis, como uma somatização no nível físico, por exemplo, gerando desconforto e perigos para a vida em alguns casos. Para a ciência convencional, como a psicologia e a medicina, o uso de florais não é indicado, pois não possui uma "validação científica". De fato, os florais não atuam na matéria em que os cientistas convencionais estão acostumados a mexer, e sim numa mais profunda e mais sutil, chamada energia. Assim, a energia da flor consegue adentrar o misterioso universo das emoções e, através de sua interação (por serem da mesma natureza) promover o restabelecimento do equilíbrio daquele sistema.

    O Dr. Bach elegeu 38 essências florais que dão conta da grande maioria das emoções humanas como o medo, angústia, timidez e fobias.  
     
     
     

    2. Material e metodologia

     

      1. Material
     

    Para os atendimentos foram utilizados recursos virtuais. O programa mais utilizado foi o MSN Messenger, um comunicador que permite a conversação online de duas pessoas através de texto e uma conexão do PC com a rede mundial de computadores (internet). Foi proposto que utilizássemos também o Skipe e a câmera de vídeo (webcam - que chegou a ser utilizada em algumas sessões). O Skipe é um programa que permite a conversação (por voz) de duas pessoas, mas este recurso foi recusado pela cliente, por desconhecimento.

     

      1. Metodologia
     

    As sessões foram feitas uma vez por semana, sempre no mesmo horário, e durante uma hora.

    Após as sessões de aconselhamento eram indicadas as essências florais, de acordo com o que havia sido trabalhado na sessão. As essências foram ministradas para serem tomadas 4 vezes ao dia, diretamente sob a língua, 4 gotas de cada vez. O máximo de essências utilizadas em cada fórmula eram em número de 6, como reza a correta utilização dos Florais e mantidos em frascos com 30% de brandy, para a perfeita manutenção da fórmula.

    S. me ligou numa tarde depois de eu colocar um pequeno anúncio no meu  site angariando pessoas  que quisessem participar de um estudo sobre o uso da internet e os florais de Bach. Ela tem 40 anos, é carioca de nascença, e estava já de malas prontas para se mudar para outro local dali a um ano. Estava muito confusa com a sua vida e apresentava diversos comportamentos que queria trabalhar com o uso de florais. Parecia bastante ansiosa ao telefone e pediu que começássemos o quanto antes. Pedi que ela me desse certeza que de poderia contar com ela por 1 ano em sessões de 1 hora, 1 vez por semana, pelo menos, e ela aceitou prontamente.. 
     
     
     
     
     

    Dados da cliente

    Nome: S.

    Local de residência: Rio de Janeiro

    Sexo: feminino 
    Idade: 40 anos

    Estado Civil: casada

    Escolaridade: formação superior completa em Direito

    Filhos: 3 filhos

    Comportamento que queria modificar: problemas com a auto-imagem 
     
     

    3. Resultados 

    A primeira sessão foi marcada pelo MSN para dali a uma semana. Disse a ela que gostaria de pudéssemos conversar pelo Skype  (descrito acima) mas ela desconhecia o sistema. Utilizamos portanto o MSN, que não permite a visualização da cliente (tanto o tom de voz quando os movimentos corporais), apenas contando com os relatos escritos pela cliente.

    Logo na primeira sessão S. contou que sentia-se angustiada com o problema de excesso de peso, querendo muito voltar a velha forma de antes de uma esterectomia por conta de um cisto no ovário. Também tinha uma doença chama hipoglicemia reativa. Havia feito um trabalho de leitura corporal e tinha sérios  problemas com a sua imagem. A princípio percebi pelo seu relato que parecia um pouco cismada com datas e números, e me dizia todas as datas, de tudo o que havia acontecido em sua vida, de maneira ansiosa. A conversa foi extremamente rica em informações. Ela não parecia ter nenhuma dificuldade para confiar em mim e para me contar sobre aquilo que mais a afligia. Contou alguma particularidades interessante e que me fizeram pensar em atitudes um pouco obsessivas, como a pesagem diária, a leitura de rótulos de comida no supermercado e confessou somente comprar as coisas em pares (se comprava um par de sapatos, tinha que levar outro). Ela estava há meses sem comprar nenhuma roupa e começava a se sentir fora dos padrões, por não poder sair por conta das roupas. Isso parecia mais um desculpa para os seus problemas do que realmente uma motivação. As que ganhava de presente da mãe e das irmãs e as que eventualmente comprava eram de tamanhos menores ao seu e eram mantidas dentro das sacolas, dentro dos armários. Neste primeiro momento, a orientação dos florais foi justamente em cima destes pensamentos obsessivos. Foram indicados: Cherry Plum (para o medo de perder o controle); Cerato (para a sensível falta de auto- confiança); White Chestnut (para o trabalho dos pensamentos obsessivos); Larch (para trabalhar a baixa auto-estima) e Crab Apple (sensação de impureza). De fato, estes florais fizeram  parte de grande parte do tratamento de S. 

    Logo na primeira semana S. relatou estar se sentindo melhor e mais determinada em seus objetivos de perder peso. Pela primeira vez percebeu que a visão que tinha de si mesma tinha a ver com seu estado emocional, quando se olhou num espelho, depois de uma briga com o marido e se sentiu "horrorosa" (como ela descrevia a si mesma até então). Disse que queria se ver livre daquela sensação de desconforto com relação a si mesma  "Eu gostaria de viver esta emoção... esta sou eu... esta é a minha imagem... com defeitos e qualidades... esta sou eu... e não algo repugnante... entende?" (SIC). Aqui ainda haviam problemas, mas os florais e os aconselhamentos começavam a surtir efeito, ao menos fazendo com que ela se desse conta dos seus verdadeiros problemas. A primeira camada da cebola, estava tirada.

    Começamos então a trabalhar o fato dela não querer nem ao menos comprar coisas que servissem nela. O trabalho foi feito como um princípio da aceitação da sua imagem corporal e eventualmente, o aumento de sua auto-estima. Na 6º sessão ela havia saído para compra-las, mas ainda não se sentia confortável. Ficou magoada com a mãe, por um comentário inoportuno, que acabou fazendo com que ela desistisse do seu intento. Continuei trabalhando isso e utilizando os mesmo florais de base, somente mudando alguns que apareciam na sessão como algo realmente importante, como a não aceitação da opinião do outros (onde eu utilizava a essência Beech), a culpa pelo excesso de peso (Pine) e Willow quando essas mágoas pareciam ser realmente profundas em sua alma. Percebi a ela era muito preocupada com a opinião dos outros e que era extremamente controladora. Algo nela achava que não poderia se ausentar nem mesmo para fazer seus tão amados exercícios físicos. Trabalhamos isso com o Cherry Plum.

    Na sessão 8 ela chegou dizendo que "...essa semana exerci o descontrole" (SIC). Quando perguntei o que significava ela disse que havia saído para fazer seus exercícios e não havia nem levado o celular. Ela dizia morrer de medo que alguém precisasse dela e ela estivesse incomunicável e entrava em desespero que estava sem seu celular. Isso, para ela, significou uma espécie de libertação do seu papel de mãe e esposa dedicadas, coisas que ela vinha demonstrando nas sessões estar precisando muito. Diz ter se sentido livre, dona da própria vida e aliviada. De fato, nas sessões posteriores, mostrou-se bem mais leve com relação a seu controle sobre os filhos e sobre o marido e o Cherry Plum foi suspenso. Depois deste episódio de libertação, ela pareceu também querer se libertar da terapeuta, não aparecendo por duas sessões nos horários marcados no MSN. Mandou e-mails posteriores, dizendo que havia tinha algum tipo de problema. E reapareceu na sessão posterior.

    Quando voltou disse que as duas semanas que havia faltado foram boas e que havia abandonado a idéia fixa de emagrecer. Ela chegou a comentar, no início das sessões, que não dormia pensando em perder peso e isso não acontecia mais. Continuava com uma reeducação alimentar e exercícios, mas não tinha mais tantas características obsessivas com relação a perda de peso. Também havia, finalmente, feito compras de tecidos que, depois, transformou em vestidos estampados. Fez o seguinte comentário :  "A Luísa (filha) até me repreendeu semana passada. Cruzes mãe...você gosta de roupas de cores! Horrível!!! Parece até que quando você nasceu disseram: a ordem é: APAREÇA!"(SIC). Nesta fala dela podemos perceber que ela estava realmente começando a reconhecer seus gostos, mas ainda tinha medo dos comentários dos outros. Com esta frase ela começou a perceber que gosta de cores, mas que, mesmo quando magra o guarda-roupas dela era mais discreto. Peguei a deixa e fui tentando fazê-la entender o quanto ela se reprimia enquanto mulher e o quanto negava a sua natureza mais exuberante e menos "menina de família". Logo em seguida disse que não se importava com o comentário da filha e que, realmente, gostava mais de cores. Aqui ela se lembrou da repressão que sofria na infância por ser uma mulher grande e que aparecia. Com havia muitas mulheres na sua família, e ela sempre apareceu mais por ser "maior" e mais "falantes" a mãe e as irmãs pareciam reprimi-la, fazendo com que ela também se reprimisse. Lembrou de um episódio em que vestiu uma roupa para uma apresentação de balé "... fiquei linda, já tinha corpo de mulher aos 14 anos, mas minha mãe me mandou tirar aquilo e minhas irmãs riam de mim" (SIC). No final da sessão concluiu que era mesmo exibida e gostava mesmo era de aparecer. Aqui foi introduzido o Rock Water, para que ela pudesse combater esta auto-repressão. Na sessão 12 ela voltou a vender produtos da Natura (que sua filha estava vendendo para ela) e disse que estava sentindo-se como nova. Explicou, em pormenores, como ela realizava as vendas, que era muito boa nisso que queria montar uma pequena loja quando se mudasse para a sua nova cidade. Aqui, todos os florais anteriores foram suspensos e utilizei o Impatiens, pois se mostrava muito ansiosa com as mudanças que estavam por vir.

    A partir deste ponto ela já não apresentava mais as características obsessivas. O fato de poder ter encontrado a si mesma de uma maneira mais completa, e conseguir aceitar algumas coisas em si, como a sua exuberância feminina,por exemplo, fizeram com que ela conseguisse concentrar-se na sua vida como um todo. Malhava alguns dias por semana, passou a respeitar mais os seus horários (mesmo quando os filhos ou o marido a solicitavam fora de hora), e passou a se arrumar mais, maquiando-se para sair como, havia dito ela,não fazia há muito tempo. Fez compras numa loja mesmo e não se sentiu mal por experimentar vestidos e até se assustou  com o fato da loja ter roupas para "o seu tamanho". Comprava mais bijuterias e até mesmo peças que, acreditava, eram só do gosto dela. Ela chegou a tirar do armários as roupas que não serviam mais, e tirou das sacolas os vestidos que ainda estavam guardados. "Quero usar tudo o que tenho direito" (SIC), dizia animada.

    A partir deste ponto, porém, começou a faltar nas sessões. Dizia sentir-se bem e precisar de tempo para organizar a mudança. Sumiu do MSN e não respondia a maioria dos meus e-mail perguntando como ela estava. Aos que respondia, dizia estar muito bem. Assim, dei como encerrado o caso, por abandono da terapia.  
     

    1. Discussão
     

    De fato, poucas vezes (a não ser no final do tratamento, quando finalmente se mudou para Belém) ela faltou às sessões e apresentou uma melhorar rápida e significativa já nas primeiras semanas como descrito acima.

    O principal objetivo dela, que era se livrar do problema de auto-imagem, se não resolvido foi ao menos diminuído. Ela começou a se olhar no espelho e, nas sessões pelo MSN, conseguiu resgatar pontos da sua história onde tudo havia começado. As repressões do inconsciente, lentamente vieram a tona e ela conseguiu mudar o seu comportamento tão logo percebia os sentimentos diferentes que isso gerava. Claro que é impossível relatar todo o tratamento, mas ela parece ter conseguido excelentes resultados.

    No meu entendimento, se a internet dificultou, também facilitou o processo. Se por um lado eu, como terapeuta, não tinha acesso a sua voz ou a suas expressões não-verbais, por outro lado tinha outros materiais para analisar. Começando pela própria linguagem que o MSN proporciona, com emoticons (desenhos que representam estados de espírito da pessoa) e frases de efeito. Quando ela queria enfatizar algo ela utilizava letras maiúsculas, muitas reticências, desenhos e palavras cheias de sílabas como "Maraaaaaaaaaaavilhoso" (SIC), por exemplo. Estes são recursos que as pessoas acostumadas ao MSN conhecem e que podem identificar mesmo sem a voz ou a expressão facial da pessoa do outro lado.

    Do mesmo modo, talvez S. não tivesse conseguido contar tantas coisas, tão rápido, a um terapeuta convencional. Coisas que ela dizia sem vergonha, justamente porque eu estava no outro lado de um computador e ela não temia represálias ou caras repreendedoras. As minhas expressões de eventuais julgamentos, por exemplo, poderiam não ser entendidas por ela e, assim, ela pode se expressar mais, contar mais e ser mais ela mesma.

    Os resultados mais concretos foram medidos com a própria mudança de comportamento da cliente e com tudo aquilo que ela trazia que havia feito durante a semana. De fato, vi uma foto dela quando começou o tratamento (morena) e depois no final (quando havia pintado os cabelos de loiro). Ela estava com uma fisionomia diferente, parecendo mais tranqüila. Mas isso pode somente ser uma inferência pelos resultados apresentados. 
     
     

    1. Conclusão
     

    A internet é, de fato, uma nova ferramenta. E como nova ainda precisa de novas maneiras de adaptação. Se podemos utilizá-la para tantas coisas, porque não para o atendimento terapêutico? Isso se mostrou possível neste caso, mas ainda noto a necessidade de mais estudos e talvez do desenvolvimento ou utilização de outras ferramentas que parecem importantes. O uso de vídeo, por exemplo, com certeza enriqueceria o tratamento, fazendo que com que quase fosse o mesmo que o real. Senti falta de "sentir", como terapeuta, a voz e as expressões faciais.

    A meu ver, de qualquer maneira, o tratamento com S. denotou resultados positivos e acredito mais rápidos em comparação com as sessões de aconselhamento e florais mais convencionais. Mas ainda seriam necessárias mais pesquisas para saber se isso aconteceu com uma cliente específica ou aconteceria a qualquer pessoa. De qualquer maneira, com certeza, foi uma experiência válida e enriquecedora.  
     
     
      

    1. Referências bibliográficas
     
     
     

    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000. 

    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994. 

    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo.  Editora Madras.2004. 

    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000. 

    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004. 

    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964 

    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999. 

    JUNG.C.G. Psicologia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001. 

    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.  

    FILHO. H. V. Florais de Bach: uma visão mitológica, etimológica e arquetípica. 4º edição. São Paulo. Ed. Pensamento. 2004. 

    WIKIPÉDIA – A história da internet.(http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Internet) 

    ABRANET  História da Internet  (http://www.abranet.org.br/historiadainternet/ocomeco.htm) 

    REDE NACIONAL DE ENSINO E PESQUISA. A Internet no Brasil

    (http://www.rnp.br/noticias/imprensa/2001/not-imp-010310.html) 

    ANA CARMEM Números na internet no Brasil batem record

    (http://www.anacarmen.com/blog/2008/03/26/numeros-da-internet-no-brasil-batem-recorde/) 

    FOLHA DE S. PAULO - Confira um raio x da internet no brasil

    (http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u18521.shtml) 

    BLOG NONATO - Orkut e sua história

    (http://blognonato.com/2007/07/25/orkut-e-sua-historia/) 
     

    1. Anexos e Apêndices
     
    Emoções PresentesPalavras-chavesEssências
    MEDO Pânico ROCK ROSE
    De coisas, de situações concretasMIMULUS
    De perder o controleCHERRY PLUM
    Inexplicável ASPEN
    Temem pelos outros RED CHESNUT
    INCERTEZAFalta de auto-confiançaCERATO
    Indecisão entre duas coisasSCHLERANTUS
    Desânimo, tristeza por fato acontecidoGENTIAN
    Sem esperança, desistênciaGORSE
    Cansaço com a rotinaHORNBEAN
    Indecisão geralWILD OAT
    DESCONEXÃO AO PRESENTEDistraçãoCLEMATIS
    NostalgiaHONEYSUCKLE
    ApatiaWILD ROSE
    Esgotamento físico e mentalOLIVE
    Pensamentos ObsessivosWHITE CHESTNUT
    Tristeza cíclica de origem incertaMUSTARD
    Dificuldade de aprendizadoCHESTNUT BUD
    SOLIDÃOReservados, isoladosWATER VIOLET
    Ansiedade, impaciênciaIMPATIENS
    Não suportam a solidão, carentesHEATHER
    INFLUÊNCIAS EXTERNASFuga dos ProblemasAGRIMONY
    SubmissãoCENTAURY
    Protege das influênciasWALNUT
    Inveja, Ciúme, Suspeita, RaivaHOLLY
    ABATIMENTOBaixa-estimaLARCH
    CulpaPINE
    Excesso de ResponsabilidadeELM
    Angústia ExtremaSWEET CHESTNUT
    Traumas, choquesSTAR OF BETHLEHEM
    Ressentimento, mágoaWILLOW
    Excedem os limites da resistênciaOAK
    Sensação de impurezaCRAB APPLE
    (PRE) OCUPAÇÃO COM OS OUTROSPossessividade, chantagem emocionalCHICORY
    Fanatismo, idealismo excessivoVERVAIN
    AutoritarismoVINE
    Intolerância, crítica excessivaBEECH
    Auto-repressãoROCK WATER
     
    Fonte: Sinte – Comunidade de Estudos Avançados – Florais de BachHenrique Vieira Filho 
    CRT 21001 
    Terapeuta Holístico

    CRT 41933

    Autor: : Andrea Pavlovitsch - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 06/05/2008 13:14


    O Tarô Terapêutico e a Jornada Arquetípica

     O Tarô Terapêutico e a Jornada Arquetípica

    Andrea Pavlovitsch
    Terapeuta Holística - CRT 41933

     São Paulo

    2008

     

    Epígrafe

    A grande invocação

    Do ponto de Luz na Mente de Deus

    Flua luz às mentes dos homens:

    Desça a luz a Terra

    Do ponto de Amor no Coração de Deus

    Flua amor aos corações dos homens;

    Volte Cristo a Terra

    Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,

    Guie o propósito às pequenas vontades dos homens:

    O propósito que os Mestres conhecem e servem.

    Do centro a que chamamos a raça dos homens,

    Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz

    E mure-se a porta onde mora o mal.

    Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.

     

    Dedicatória

    Dedico este trabalho a cada um dos meus clientes, que tanto tem me ajudado a ser uma profissional melhor e um ser humano mais evoluído.

     

    Agradecimentos

    Agradeço primeiramente aos meus mentores espirituais e aos Mestres Ascenscionados, por me darem a oportunidade de evolução através do estudo e da terapia.

    Agradeço ao meu pai Inácio Teixeira pela força e pelo auxílio às mais diferentes manifestações que apresentei ao longo de minha vida.

    Agradeço à minha mãe Alice Pavlovitsch e as minhas irmãs Janaina e Luciana pelo apoio incondicional e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu soube que poderia fazer sozinha.

    Agradeço a cada um dos meus compreensivos amigos, professores, autores do mais diferentes livros que li até hoje, pois cada um me trouxe um pouco mais de entendimento sobre o processo que desenvolvo na Terra.

     

    Sumário

    1. Introdução..............................................................................................................8

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo..............................................................................8

    1.2.. Tarô – história e apresentação...........................................................................10

    2. Material e metodologia................................................................................................12

    2.1. O método do tarô terapêutico............................................................................12

    3. Resultados....................................................................................................................13

    4. Discussão.....................................................................................................................25

    5. Conclusão....................................................................................................................27

    6. Referências bibliográficas...........................................................................................28

    7. Anexos e Apêndices....................................................................................................29

     

    Resumo

     

    O presente trabalho visa demonstrar, de maneira teórica, a orientação que o tarô, enquanto instrumento terapêutico de leitura do inconsciente, pode nos fornecer numa consulta de qualquer tipo.

    Todas as pessoas estão sempre passando por ciclos em suas vidas. Estes ciclos são parte da própria evolução humana. Jung chamou essa jornada de “Jornada Arquetípica”, ou seja, cada pessoa está passando, em determinado momento, por um dos arquétipos representados no tarô.

    Neste trabalho faremos uma breve análise de cada um dos arcanos maiores do tarô e como eles podem nos fornecer pistas importantes sobre o momento em que se encontrar, na senda da evolução, cada um dos nossos clientes, para que possamos fazer um trabalho mais específico com cada um, e conseguir melhores resultados ao final do tratamento, tratando o ser humano como um ser holístico, e biopsicosocial e espiritual.

    1. Introdução

    1.1. Jung e o inconsciente coletivo

    A Psicoterapia analítica, desenvolvida por Carl Gustav Jung, é a que mais pode contribuir para a orientação teórica deste trabalho. Isso porque Jung estudou, inclusive, os arcanos do tarô e várias outras formas dos chamados eventos extrafísicos, ou seja, casos que não podem ser comprovados pela ciência tradicional e que não são aceitos pela mesma, sendo consideradas mitos ou inverdades. De fato, os eventos analisados por Jung, como o tarô, a sincronicidade e tantos outros, não poderiam ser comprovados pela ciência empírica, cega as manifestações energéticas do homem e que não o considera como um todo, ou seja, como um ser holístico.

    Isto posto, vamos analisar, primeiramente a noção básica da Psicoterapia analítica, o conceito de personalidade total (Self). Segundo este conceito, a Psicoterapia humana se desenvolve de duas maneiras concomitantes. Primeiramente uma psique extraconsciente cujos conteúdos são pessoais. E, paralelamente, uma psique cujos conteúdos são impessoais e coletivos, o chamado inconsciente coletivo. (Magalhães, 1984).

    Por inconsciente coletivo podemos compreender uma psique mais profunda, comum a todos os humanos e sem distinção de cultura, raça ou religião. Essa psique seria formada por padrões de estruturação da personalidade nas diferentes fases da vida (infância, adolescência, relação conjugal e profissional, velhice, preparação para morte) chamados de arquétipos. (Magalhães, 1984). A explicação dos arquétipos seria a do “modo como os pássaros fazem o ninho, por exemplo, é um código inato, assim como certos fenômenos simbióticos entre insetos e plantas. Da mesma maneira o homem nasce com certo funcionamento, certo padrão que a torna especificamente humano. Este padrão está expresso nas imagens arquetípicas, ou formas arquetípicas”.( Evans apud Magalhães, 1984).

    A noção de arquétipo, postulando a existência de uma base psíquica comum a todos os humanos, permite compreender por que em lugares e épocas diferentes aparecem temas idênticos, nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de modo geral – seja nos sonhos das pessoas normais, seja no delírio dos loucos”. (Silveira apud Magalhães, 1984).

    Jung ainda coloca os arquétipos como imagens “primordiais” (Burckhardt apud Jung, 1987), ou seja, uma aptidão da mente humana de manter as imagens como elas eram nos primórdios da humanidade.

    Essa hereditariedade explica o fenômeno, no fundo surpreendente, de alguns temas e motivos de lendas se repetirem no mundo inteiro e em formas idênticas...” (Jung, 1987).

    Uma outra noção junguiana muito importante no presente trabalho é a teoria da sincronicidade, desenvolvida pelo autor. Segundo ele, a sincronicidade é a “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos” (Jung, 1971). Porém, estes fatos não são somente uma coincidência estatisticamente comprovada, mas uma manifestação do psiquismo da pessoa com a qual ocorre o fato, a sincronicidade. Jung começou a pensar nisso quando, ouvindo o sonho de uma paciente sobre um besouro, viu o mesmo besouro entrar pela janela de seu consultório. De fato, a possibilidade matemática disto acontecer com eles (médico e paciente) era remotíssima, apesar de possível, o que o fez acreditar que algo no inconsciente coletivo fazia com que os acontecimentos certos aparecessem para determinada pessoa, como um modo de mensagem que deveria ser decifrada como algo importante e que trouxesse desenvolvimento e evolução ao ser em questão. Assim “o fato psíquico modifica ou elimina os princípios da explicação física do mundo está ligado à afetividade do sujeito da experimentação” (Jung, 1971). Ou seja, os fatores da psique humana são capazes de modificar os conteúdos do mundo físico, fazendo com que ocorram as chamadas sincronicidades. A sincronicidade é, portanto, “uma percepção de uma simultaneidade de acontecimentos internos e externos, não necessariamente no mesmo momento – daí serem sincronísticos e não sincrônicos.” (Guimarães, 2004).

    1.2. Tarô – história e apresentação

    Vejamos, primeiramente, o que Banzhaf nos diz sobre o tarô:

    “O tarô é um oráculo de cartas que, em sua estrutura atual, é conhecida desde o século XVI. Consiste em 78 cartas, divididas em dois grupos principais: as 22 cartas chamadas Arcanos Maiores (do latim arcanum, que significa “segredo”) e as 56 cartas chamadas Arcanos Menores. Os Arcanos Maiores apresentam figuras ou “personagens” individuais e inconfundíveis, numerados em seqüência clara. Já os Arcanos Menores são precursores do atual baralho de jogo, pois se dividem em quatro séries de naipes” (Banzhaf, 2001).

    Para o presente trabalho vamos considerar somente os Arcanos Maiores do tarô.

    “Erupções dramáticas deste gênero usualmente significam que aspectos negligenciados de nós mesmos buscam reconhecimento.” (Nichols, 1980). Assim, o tarô utiliza-se dos arquétipos do inconsciente coletivo para nos mostrar, por meio de importantes mensagens, aspectos nossos abandonados ou deixados de lado por alguma motivação consciente ou não. A sincronicidade entra na escolha de cada uma das cartas escolhidas pelo consulente ou pelo tarôlogo. Assim, não é a toa que uma determinada carta é puxada quando o consulente concentra-se em um determinado aspecto de sua vida. O tarô responderá de acordo com a energia psíquica que aquela pessoa desprende no momento da jogada.

    Veja bem, não se trata de uma mágica barata. É toda uma teoria psicológica que respalda os indícios de que as figuras que aparecem no tarô representam de alguma maneira aspectos de nosso inconsciente coletivo. Assim, as cartas podem ser utilizadas por qualquer pessoa, a qualquer tempo. São atemporais como o é o próprio inconsciente, onde não se separa presente, passado ou futuro. Os eventos apresentados nas cartas do tarô podem tanto vir de eventos futuros (aparecendo como previsões) como de eventos passados ou presentes, exatamente pela atemporalidade do aspecto inconsciente. O importante é saber que esses aspectos, quando solicitados pelo consulente no momento da consulta de tarô, aparecerão de acordo com a sua importância na vida psíquica da pessoa, ou de aspectos escondidos que precisam vir à tona (ou seja, eventos inconscientes que precisam ser conscientizados) de coisas que já aconteceram, como de eventos que tem um potencial para acontecerem no futuro e que, de alguma maneira, ainda poderão ser modificados. Por isso que não podemos falar em destino como uma tabula rasa escrita por alguma outra força que não esteja em nós mesmos, mas sim como uma possibilidade dentro dos eventos da vida da pessoa que serão levados a cabo de acordo com cada uma de suas escolhas.

    Assim, os arquétipos representarão o encenar de uma peça que já acontece há muitos séculos, desde os primórdios da civilização, mesmo que mude seu cenário. Por isso a grande quantidade de diferentes modelos de tarô, de diferentes épocas, religiões e conceitos. O aspecto principal é que as figuras não mudam, os arquétipos são apresentados sob diferentes roupagens, mas sempre serão os mesmos.

     

    2. Material e metodologia

    2.1. O método do tarô terapêutico

    O método do tarô terapêutico é de uso e aplicação simples, mas com grande poder de síntese do processo principal pelo qual a pessoa está passando. Separam-se os 22 arcanos maiores do tarô e é pedido que o consulente embaralhe as cartas concentrando-se, principalmente, no motivo real de seus problemas atuais. O consulente também pode se concentrar em um problema específico. Logo após, o terapeuta abre o baralho à sua frente, de maneira que todas as cartas fiquem viradas para baixo e seja possível puxar qualquer uma delas. Ainda concentrado, o consulente precisa puxar uma única carta, que será o motivo da meditação durante todo o restante da sessão. O terapeuta precisa explicar o máximo sobre a carta em questão e pedir que o consulente faça suas associações com os problemas pelos quais está passando ou conte uma história do que acha que está acontecendo na figura. Assim que terminar o processo, o terapeuta já saberá em quais aspectos da carta é preciso atuar .

     

    3. Resultados

    A seguir, apresentam-se as cartas do tarô e as possíveis associações terapêuticas:

    O Louco“O louco é o andarilho, enérgico, ubíquo e imoral” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa imatura, criança, dependente ou infantil. Não quer se responsabilizar pela sua própria vida ou precisa parar de procurar um “papai” que lhe resolva os problemas. Parar de culpar os outros pelas nossas responsabilidades.

    Representa a pessoa que precisa soltar-se mais, soltar a sua criança interior e impulsionar em direção à vida e ao futuro. Pode representar pessoas que tem um louco dentro de si, mas tornaram-se metódicas e enfadonhas, atingindo um alto grau de depressão ou desespero sem motivo. Pode evocar estados de síndrome do pânico, onde toda a energia represada precisa ser solta de alguma maneira. Também evoca a energia presa que gera estados de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

     

    O Mago “O mago é capaz de realizar sua mágica diante de nós, bastando para isso que assistamos às suas representações.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Aqui está uma pessoa que se esconde no seu lado ativo, masculino e faz, faz, faz para não parar e olhar para si. Não suporta o silencio e precisa sempre de estímulos ou tarefas.

    Pessoas muito ligadas com o superficial, identificadas quase que totalmente com o ego, que precisam do outro para se sentir queridas, amadas ou reconhecidas. Falta de reconhecimento da realidade, pessoas muito iludidas ou presas a fantasias. Precisa aprender a se conhecer, a olhar mais para si mesmo independente do que estão ou não fazendo.

     

    A Sacerdotisa“Dela é o reino da profunda experiência interior; dela não é o mundo do conhecimento exterior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A pessoa que precisa acalmar-se, olhar para si mesma e escutar a voz do coração. Tem dificuldades com a sua ternura, em demonstrar sentimentos, sendo introspectiva, tímida e desconfiada.

    Representa a pessoa que não consegue se ligar à sua espiritualidade por não estar ligada ao seu lado feminino ou tem uma máscara de espiritualidade para não mostrar seus verdadeiros sentimentos. São mulheres com dificuldades no feminino sagrado e homens que não conseguem acessar sua porção mulher, gerando machismo e falta de respeito pelo feminino. Mulheres que perderam a intuição por conta do mundo competitivo em que vivemos e do acúmulo de tarefas. Pessoas que, em geral, precisam refazer seu contato com o seu espírito. Mulheres com forte TPM por conta desse distanciamento.

     

    A Imperatriz “É, portanto, a Imperatriz quem faz às vezes de ponte entre o Mundo Mãe de inspiração e o Mundo Pai de lógica e laboratórios...” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: É aquela pessoa que cuida de todo mundo, menos dela. Uma pessoa que se trava em detrimentos do que os outros vão pensar ou sentir por ela. A mãe superprotetora ou a filha problemática e dependente entram neste arquétipo também.

    Pessoa travada no seu processo criativo por afastamento do seu lado feminino. Falta de inspiração para mudar o que precisa ser mudado. Excesso de “amor”, relacionamentos destrutivos e sufocantes. Falta de fertilidade e de prosperidade. Excesso de dramaticidade do real. Precisa se dar permissão para viver mais as coisas boas da vida e cuida de si como cuida dos outros.


     

    O Imperador – “Aqui começa o mundo patriarcal da palavra criativa, que inicia o domínio masculino do espírito sobre a natureza.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa que dedicada demais a tudo o que é prático e racional, justamente por saber que isso lhe falta de maneira natural. Pessoa controladora (de si e dos outros) ou, se for para o outro lado, revoltada com todas as figura de poder.

    Falta de senso prático. Excesso de ilusões e fantasias. Falta de concretude. Problemas com figuras de poder, como chefes. Racionalizar demais como mecanismo de defesa. Falta do princípio da ação, pessoa acomodada. Falta contato com a realidade, vive no mundo mental, das idéias sem concretizar nada. Problemas em se destacarem do todo e em encontrar soluções na vida profissional. Saber que é o senhor de si, seu próprio imperador, e necessita incorporar o arquétipo para ser mais si mesmo.

    O Sumo Sacerdote – “... a personificação exteriorizada da luta do homem pela conexão com a divindade – da sua dedicação à busca do significado, que coloca o homem acima dos animais” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Pessoa que está distante de si e sempre precisa do outro (que acredita ser mais inteligente) para resolver as suas questões internas. Pode identificar pessoas que precisam sempre de um mestre, um guru ou qualquer coisa assim para chegar a Deus.

    Perda da ponte entre Deus e o homem. Crenças infundadas. Necessidade do outro para ver suas próprias questões. Projeção. Inveja. Falta de consciência do seu poder espiritual. Complexo de herói. Afastamento da parte sagrada do Self. Fanatismo religioso. Precisa aprender a ser o seu próprio mestre interior e confiar nas coisas que faz e diz, sem deixar suas decisões nas mãos de outras pessoas. Sair do mental e entrar mais no sentir.


     

    O Enamorado – “Podemos ver nesse moço a personificação do jovem e vigoroso ego, pronto para enfrentar a vida e seus problemas sem a ajuda de ninguém.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Fragilidade do ego. Fraqueza para tomar decisões. Excesso de indecisão. Processo de fuga dos conflitos. Excesso de fantasia como fuga da realidade. Não consegue se conectar com a mãe interna, não cortou o cordão umbilical da mãe real. Dependência emocional. Imaturidade. Enfrenta uma dualidade, utilizando fatores internos para não assumir a responsabilidade por si. Deixar sua indecisão e escolher seguir a sua alma, escolhendo o que precisa para crescer.

    O Carro – “ A jornada exterior não é apenas um símbolo da jornada interior, mas também o veículo para o nosso autodescobrimento” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Inflação do ego. Falta de equilíbrio e discernimento. Ter energia, mas não ter objetivos claros. Instabilidade emocional. Somatização de doenças por conta do emocional. Estados de mania e ansiedade. A pessoa que “coloca o carro na frente dos bois”. Medos infundados. Estagnação. Medo de tomar as rédeas e de dirigir.

    A pessoa completou um ciclo de sua vida e está sentindo necessidade de mudanças, principalmente a procura da sua independência e autonomia. Pode se apresentar como excessivamente independente, auto-suficiente e desapegado, ou o contrário. Nos dois casos denota a sua fraqueza e carencia afetiva. Deve realizar essa mudança profunda, esquecer o passado e ouvir mais o coração.

     

    A Justiça – “O equilíbrio é a base da Grande Obra” (Aforismo alquímico apud Nichols, 1980)

    No processo terapêutico: Estado de regressão infantil, pois tenta passar o tempo todo uma idéia de pessoa perfeita, somente para agradar aos outros. Pessoa que usa a raiva contra os outros e comete crimes. Auto-culpa acentuada. Falta de equilíbrio mental. Mudanças repentinas de humor. Falta de responsabilidade no sentido de não entender que o Universo nos manda o que precisamos. Sentimento de injustiça ou de ser o seu próprio juiz, julgando a si e aos outros com destreza, denotando seu ego rígido. Pode significar o momento em que a pessoa percebe que não pode mais ficar nesta posição agradadora o tempo todo.

     

     

    O Eremita – “... o frade aqui retratado personifica uma sabedoria que não se encontra em livros”. (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Sentir solidão por distância do si mesmo (vazio da alma). Fanatismo religioso. Tristeza profunda. Falta de sabedoria com as experiências. Retirar-se da vida por vontade própria. Falta de senso de observação e dificuldade de introspeção. Pessoa espiritualmente atacada. Superficialidade. Desligamento do Eu Superior. Pessoa tímida e compulsivamente introvertida, sexualmente imaturo por negar sua natureza instintiva. Precisa voltar a si mesmo estando alerta pra seus impulsos internos. Perceber que as circunstancias não são o problema e encontrar sua alma.

     

    A Roda da Fortuna – “... estamos presos no intérmino girar predestinado da Roda da Fortuna? Ou essa carta nos oferece outras mensagens, mais cheias de esperança?” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Estagnação. Envolver-se demais com os problemas externos desconsiderando a sua essência. Não aceitação dos fatos da vida como naturais e excesso de sofrimento por isso. Pessoa dramática e vitimesca. Pessoa que não consegue acessar transformações e mudanças necessárias à evolução humana e espiritual. Pessoa presa ao passado, que espera que sempre as coisas se repitam. Não consegue mudar o comportamento e, consequentemente, não consegue mudar as coisas. Precisa entender a relação entre seu interno e seu externo.

     

    A Força – “As energias outrora empenhadas na adaptação exterior começarão agora a preocupar-se mais com o crescimento interior” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Lado emocional exacerbado. Ser dominado pelas emoções. Falta de controle da raiva e do ódio. Violência. Doenças psicossomáticas. A pessoa não consegue aceitar as suas emoções e elas acabam o engolindo. Fraqueza física e emocional. Sexualidade desequilibrada. Indecisão quanto à própria identidade sexual.

     

    O Enforcado – “Com as mãos amarradas atrás das costas, o Enforcado se acha tão indefeso quanto um nabo. Está nas mãos do Destino” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de coragem para abandonar o velho e conquistar o novo. Acomodação extrema. Necessidade de se voltar para dentro para voltar como uma pessoa renascida. Deixar-se nas mãos do Destino.

     

    A Morte – “Na natureza nada se perde. O rei está morto. Viva o rei” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Apego. Dificuldade de aceitar as mudanças. Pessoas arraigadas às velhas formas e velhas crenças. Apego a pessoas ou situações. Carregar um cadáver que não tem mais utilidade.

     

    A Temperança – “O tema dessa carta associa a temperança à Aquário, o carregador da água, o décimo primeiro signo do zodíaco.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de equilíbrio das emoções. Pessoa muito fria ou muito calorosa. Problemas em deixar fluir a vida e resolver, de forma natural, os seus conflitos. Pessoa não consegue ver a saída porque não analisa todas as partes do problema. Problemas circulatórios. Falta de confiança no fluxo da vida. Impaciência.

     

    O Diabo – “Chegou o momento de enfrentar o Diabo” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: A não aceitação dos aspectos negativos do Ego como a arrogância, a inveja, a ganância, faz com que acabemos escravos deles. Ser escravizado por sua própria sombra por medo de enfrentá-la. Pode tornar-se uma pessoa malévola para si mesmo, descuidando de si por sentir-se culpado e gerar doenças e tragédias. Abertura de mediunidade não trabalhada, que leva a problemas espirituais. Falta de proteção. Promiscuidade e mau uso da sexualidade.

     

    A Torre – “Não há dúvida de que suas mentes e corações também eram tão frios e escuros quanto o seu ambiente e tão firmemente cerrados à possibilidade de uma intervenção milagrosa” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Preso a padrões mentais destrutivos e antigos. Não consegue se jogar de sua prisão inconsciente. Preso a crenças antigas ou a situações desagradáveis. Pode representar uma pessoa que passou por uma destruição (como tragédias e problemas de saúde) e não consegue se reestruturar do trauma. Falta de fé na intervenção divina e em si mesmo. Falta de autoconfiança.

     

    A Estrela – “Não usando nenhuma proteção ou máscara, releva a sua natureza básica” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Espiritualidade usada para ter poder. Egoísmo. Inflação do ego. Arrogância e falta de preocupação com o outro. Falha nos projetos. Estagnação dos projetos de vida. Confunde aquilo que se é na essência com a sua máscara. Falta de contato consigo mesmo.

     

    A Lua – “... o próprio herói está ausente” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Loucura, depressão profunda. Não consegue enxergar as saídas para nenhum problema. Estado catatônico. Se perder o contato com a consciência, estados psicóticos. Mediunidade se confunde com problemas psiquiátricos. Perda do limite entre a razão e a loucura. Tendência a vícios. Baixa auto-estima. Síndrome do pânico.

     

    O Sol – “... onde a vida não é mais um desafio a ser vencido, mas uma experiência a ser desfrutada.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Tristeza, aprisionamento do ego, falta de auto-estima e de autoconfiança. Pessoa não consegue ser feliz com o que tem, não consegue ver as pequenas alegrias da vida. Mau humor. Hipocrisia. Critica demasiada. Orgulho. Vaidade.

     

    O Julgamento – “O Julgamento dramatiza o momento da ressurreição espiritual de diversas maneiras.” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Desequilíbrio. Ficar preso na experiência em si e não na sua análise. Resistência a mudanças. Depressão, tristeza e falta de discernimento e senso crítico. Racionalizar demais as emoções ou dramatizar demasiado. Dificuldade de impor limite e dizer não. Culpas.

    O Mundo – “Chegamos à culminação da longa jornada” (Nichols, 1980).

    No processo terapêutico: Falta de elementos no ego. Fracassos acumulados. Pessoa que não consegue concluir o que começou, pois sente que se perdeu. Sensação de estar perdido, de ter esquecido algo no meio do caminho. Problemas de memória. Falta de conscientização. Coloca a culpa de tudo nos outros e não assume a sua responsabilidade. Idealização demasiada das pessoas e das situações.

     


     

    1. Discussão

    Notamos que o tarô há muito deixou de ser um instrumento apenas usado por “curandeiros” ou até mesmo charlatãs para tirar dinheiro das pessoas em praça pública. Não que isso, infelizmente, não exista, assim como existem as sombras de todas as profissões. O tarô é apresentado aqui como mais uma ferramenta de entendimento do ser humano, de análise profunda de sua psiquê de que como isso tudo poderá ajudar o cliente a encontra um ponto dentro de si mesmo que o ajude a encontrar seu equilíbrio.

    Hoje sabemos das relações entre o psíquico e o físico, por exemplo. Com certeza, um desequilíbrio psicológico ou energético, ou até mesmo uma maneira errônea de encarar determinadas fases naturais da vida, poderiam acarretar qualquer um destes problemas físicos. Assim, quando quer profissional terapeuta holístico identifica um desequilíbrio pode, ao mesmo tempo, identificar um padrão psicológico que precisa ser mexido e mudado pela pessoa, para que o completo restabelecimento do cliente aconteça. Aqui, o tarô poderia fornecer o momento arquetípico do cliente e auxiliar no uso de quaisquer outras técnicas, já que sua função é somente “retirar” da inconsciência aquilo que lhe é necessário saber.

    Nota-se também que cada uma das cartas tem mais de uma possibilidade de interpretação. Esse aspecto deve ser levado em conta e procurar encontrar o exato ponto de confluência entre a carta e a história relatada pelo cliente. Assim, pode-se precisar a avaliação sem margens de erros. Por vezes, pode ser necessária mais de uma sessão para que o processo de associação livre fique claro e livre de interferências.

     

     

    1. Conclusão

    Fica esclarecido neste trabalho como o tarô pode ajudar em qualquer processo de mudança e de melhora que o cliente esteja passando, tanto para orientação da técnica a ser utilizada a seguir, quando do tempo arquetípico em si.

    De fato estes estudos e a maneira como ele pode ser usado dentro da sessão terapeutica ainda não estão finalizadas. Ainda podemos perceber que existe muito a estudar e pesquisar sobre o tema, inclusive com o relato direto de casos e comprovações. Este trabalho apenas se propôs a demonstrar as coincidências teóricas que podem ser levadas a cabo ao longo de um processo terapêutico. Este trabalho foi o início de uma jornada arquetípica para, uma vez mais, desenvolver técnicas que ajudem as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida e, em muitos casos, estabelecer a harmonização de suas feridas emocionais mais profundas. Tanto na evolução da humanidade, num contexto geral, como dos seres humanos, no contexto individual.

     

    1. Referências bibliográficas

    BIASE. F. O homem holístico – A unidade mente natureza. 2ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    FONTENELE. L. A interpretação. 1ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2002.

     

    GARCIA-ROZA. L. Freud e o inconsciente. 20ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 1994.

    GUIMARÃES. C. A.F. Carl Gustav Jung e os fenômenos psíquicos. São Paulo. Editora Madras.2004.

    JUNG. C.G. Sincronicidade. 10ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2000.

    JUNG.C.G. A prática da psicoterapia. 9ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2004.

    JUNG.C.G. O homem e seus símbolos. 22ª impressão. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1964

    JUNG.C.G. Presente e futuro. 4ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 1999.

    JUNG.C.G. Psicoterapia do inconsciente. 13ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. 2001.

    LAPLANCE E PONTALIS. Vocabulário de psicanálise. 4º edição. São Paulo. Martins Fontes. 2001.

    NICHOLS, S. Jung e o Tarô: Uma jornada arquetípica. Edição 9.São Paulo.Cultrix.2000

    PIERI.P.F. Dicionário Junguiano.. 1ª edição. São Paulo. Editora Vozes. Paulus Editora. 1998.

    PRAMAD,V. Curso de tarô e seu uso terapêutico. 3º edição. São Paulo. Madras. 2008

    RAPPAPORT, C.R. Teorias da personalidade em Freud, Reich e Jung. 1ª edição. São Paulo. EPU. 1984.

     

     

    1. Anexos e Apêndices

    Tabela 1 – Significado arquetípico das cartas do tarô

    Arcano

    Nomenclatura

    Significado

    0

    O Louco

    É a carta que não tem número. Liga o mundo real ao mundo espiritual .O inconsciente na sua forma mais pura, lado instintivo. Por saber usar esse lado instintivo, é ele que impulsiona nossas vidas para frente.

    1

    O Mago

    Inicio do processo de individuação proposto por Jung. Começo do pé na realidade da vida. Pode ser tanto mágico criador como embusteiro. Energias domesticadas, elementos para começar no caminho da vida. Porém, pode criar ainda as ilusões, aparência da realidade. Sugere ação.

    2

    A Sacerdotisa

    Representa o princípio feminino da divindade, o yin primário e as deusas femininas. Receptividade. Passividade. Contenção e tradição. Persistência, amor e paciência feminina. Experiência interior. Espiritualização.

    3

    A Imperatriz

    O princípio feminino no sentido Terra, Mãe, mundano. Capacidade criativa. Poder do amor. Sociabilidade e socialização. Ação e conclusão. Criação. Capacidade intuitiva. Inspiração.

    4

    O Imperador

    Princípio masculino yang. Racionalidade. Princípio da realidade. Ação. Consciência. Responsabilidade. Figuras masculinas de poder (pai, chefe). Mente.

    5

    O Sumo Sacerdote

    Liga o mundo interno e externo de maneira mais consciente. União do masculino e do feminino sagrado. Ponte entre o homem e Deus. Contato do homem com o seu espírito. Consciência do poder espiritual. Principio masculino e racional da espiritualidade.

    6

    O Enamorado

    Conflito. Princípio da realidade. Consciência. Desejos antagônicos. Romper o cordão umbilical. Encontrar a força dentro de si. Dúvidas. Ligar a vida espiritual e emocional. Conflito como fonte de crescimento e evolução.

    7

    O Carro

    A viagem pela vida. Autodescobrimento através das vivências e experiências. Ação. O próprio corpo do consulente. Estabilidade. Proteção.

    8

    A Justiça

    Dualidade humana. Inocência e culpa. Equilíbrio. Responsabilidade gerada pelo conhecimento. Fim das ilusões e da inconsciência. Poder de discriminação entre o certo e o errado. Necessidade de pesar as coisas. Opostos trabalhando juntos.

    9

    O Eremitha

    Necessidade de solidão e meditação. Encontrar os significados interiores. Espiritualização. Observação. Sabedoria. Aspectos ligados à mediunidade.

    10

    A Roda da Fortuna

    O dentro e o fora. O eterno girar da vida e dos acontecimentos. Dentro é a essência e fora o acontecer. Equilíbrio quando no meio da roda, olhando a situação de dentro e deixando com que as coisas aconteçam. Mudanças. Nascimento e morte. Uso do instinto e do mental como forma de equilíbrio.

    11

    A Força

    Força do instinto. Domínio das emoções através da anima (força feminina). Domínio do nosso lado animal. Sexualidade equilibrada. Emoções equilibradas. Força interior.

    12

    O Enforcado

    Período de transição. Abandono de velhas atitudes e se deparar com o novo. Necessidade de coragem e sacrifício. Acomodação. Traição das velhas tradições.

    13

    A Morte

    Transformações, mudanças repentinas. As grandes fases de mudanças. Morte do velho para renascer o novo. Período de desapego. Revitalização. Renovação.

    14

    A Temperança

    Temperar as emoções. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Emoções profundas e desafios da alma. Dissolução das velhas formas e o desatamento de nos rígidos. Situações de conflito em que se deve ser os dois lados da moeda.

    15

    O Diabo

    Estagnação. Energias negativas circundando a questão. Nossa sombra, nosso lado negro e cruel. Arrogância, orgulho, inveja, cobiça. Magia negra.

    16

    A Torre

    Destruição das velhas crenças e das velhas formas de viver. Quando não é mais possível, pela própria ordem natural das coisas e do Universo, manter uma situação que não está de acordo. Pode representar a ira e a intervenção divina.

    17

    A Estrela

    Auto-aceitação da sua natureza básica. Ligação com a alma e não somente com o Ego. Entendimento. Compreensão do todo. Intuição e luz. Espiritualidade. O pessoal e o transpessoal.

    18

    A Lua

    Aquilo que está escondido na noite do inconsciente. Depressão. Fuga da realidade para o mundo interior. Mediunidade. Desolamento. Infertilidade. Mergulho no deserto do inconsciente.

    19

    O Sol

    Alegria. Consciência. Auto-estima elevada. Sensação de liberdade. Inocência infantil. Prosperidade. Proximidade com a nossa natureza e aceitação desta.

    20

    O Julgamento

    Finalização de processo. Separar o joio do trigo para um novo recomeço futuro. Análise profunda das situações da vida. Equilíbrio entre a razão e a emoção, sensação e intuição. Aceitação das mudanças.

    21

    O Mundo

    Eu como centro do equilíbrio psíquico. Interação dos quatro elementos da natureza (terra, fogo, ar e água). Integração dos aspectos femininos e masculinos, negativos e positivos do ego. O ego está completo e se sentindo pleno de sentido. Vitória. Triunfo.

    Fonte: “Jung e o Tarô – uma jornada arquetípica” – Sallie Nichols – Ed.Cultrix

    Autor: : Andrea Pavlovitsch - Terapeuta Holística - CRT 41933
    Última atualização: 06/05/2008 13:38


    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Cristalopuntura: Uma Ajuda “Pontual” na Terapia Holística

    Simone Kobayashi de NoronhaTerapeuta Holística – CRT 37166

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2008

    Agradeço aos meus colegas, que a cada Congresso que nos encontramos, trocamos experiências e energia, acrescentando apoio e conhecimento na minha trajetória.

    Agradeço ao Sinte, pela dedicação a nós todos, pelo suporte à Terapia Holística, aos Terapeutas Holísticos e a mim; e às pessoas do Sinte, pelo carinho, atenção e cuidado com que nos tratam e atendem.

    Sumário:

    I Resumo

    II Introdução

    III Metodologia

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    V Cristalopuntura

    VI Aplicação Terapêutica

    VII Bibliografia

    I Resumo

    A acupuntura faz parte da terapia tradicional chinesa, uma prática com cerca de cinco mil anos, e consiste na inserção de agulhas metálicas na pele para reequilíbrar a pessoa como um todo - o físico, o mental, o emocional e o energético.

    Mas, nem sempre as pessoas sentem-se confortáveis para fazer acupuntura. Temos outros estímulos (sem ser as agulhas) que podem ajudar nas dificuldades e desequilíbrio encontrados. Dentre esses estímulos podemos utilizar as pedras e cristais, que de uma forma menos física, mas mesmo assim eficiente e rápida ajuda a estabelecer o equilíbrio e o bem-estar.

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    II Introdução

    Essa técnica de Puntura - ato de estimular pontos, com as pedras e cristais, chama-se Cristalopuntura.

    Um atendimento (bem feito) utilizando a Cristalopuntura traz para nós e para nossos clientes uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida..

    III Metodologia

    Descobrindo-se pelos Pontos de Alarme os movimentos em desequilíbrio e os meridianos relacionados, pelo toque no caminho do meridiano, os pontos que estiverem mais doloridos serão os que necessitam ser estimulados. Cabe ao Terapeuta Holístico capacitado, a melhor escolha (entre as pedras e cristais) mais adequadas ao momento do cliente e relacionadas aos 5 Movimentos Chineses ,para ajudar a harmonizar o cliente e equilibrar o seu momento.

    Da mesma forma que a acupuntura tradicional, a Cristalopuntura baseia-se nos 5 Movimentos Chineses e o equilíbrio do corpo físico, mental, emocional e energético através da estimulação de pontos nos meridianos.


    Trabalhar esses processos terapêuticamente é acrescentar a habilidade de lidar com os sentimentos e os desequilíbrios de uma forma mais consciente, leve e saudável.

    IV Definições de Pedras, Cristais e Gemas

    Pedras: popularmente pedra é o nome coletivo para todos os constituintes sólidos da crosta terrestre; agregados naturais de minerais, e ainda podem ser separadas por preciosas e semi-preciosas, ou seja, podem ser caras ou baratas. Mas o valor comercial não é motivo para que sejam divididas assim, já que é uma distinção arbitrária, confusa e desnecessária.

    Cristais: é um corpo uniforme com um retículo geométrico, normalmente apresenta forma limitada externamente por superfícies planas e lisas, e em um arranjo ordenado dos átomos da estrutura de um composto.

    Gemas: designação coletiva para todas as pedras ornamentais. Não há, na verdade, uma linha divisória definida entre pedras mais ou menos valiosas, preciosas ou semi-preciosas. Todas elas são minerais, materiais inorgânicos naturais com uma composição química fixa e estrutura interna regular (com exceção das pérolas, do âmbar e do coral).

    Assim definido, fica mais fácil de explicar a razão de utilizarmos os termos Pedras e Cristais e não o termo gema, pois nós não utilizamos somente as ornamentais e sim toda e qualquer pedra que traga benefícios terapêuticos.

    V Cristalopuntura

    Já sabemos que os cristais funcionam como amplificadores de energia nos processos de equilíbrio e autoconhecimento e a sua força consiste na capacidade de ampliar e direcionar nossos próprios poderes e, por isso, o mais importante ao se lidar com os cristais é que conseguimos sintonizar nossas vibrações com as vibrações dessas pedras.

    Nosso objetivo nesse curso é capacitar as pessoas que Já conhecem a técnica de puntura com a junção de mais uma ferramenta de estímulo, a Cristalopuntura.

    Diferente das agulhas, as pedras e cristais dispõem de uma maior diversidade de sintonia que pode ajudar mais eficazmente na puntura para equilíbrio do cliente.

    Esses são os objetivos da utilização de pedras e cristais como estímulos na Cristalopuntura, iniciar uma busca através de autoconhecimento e nos capacitar, e aos nossos clientes, ao equilíbrio e a superação de obstáculos, alcançando a harmonia e realização interior.

    VI Aplicação Terapêutica

    Precisamos lembrar o que cada uma das pedras e cristais trazem suas características próprias para o trabalho terapêutico. Tendo, então essas características, elas também têm suas relações com os 5 Movimentos Chineses.

    Quero acrescentar que não somente a resposta às pedras e cristais dos Pontos de Alarme ou pontos doloridos nos meridianos são eficazes para a melhor escolha do estímulo, mas um conhecimento das pedras e cristais disponíveis e também um bom “ouvido” do terapeuta e ajudam a pré-selecionar alguns estímulos de referência. Com a prática, o “ouvido” guiará melhor e a resposta dos pontos confirmará ou não às escolhas.

    Pontos de Alarme: Tradição Milenar Chinesa

    A Tradição Milenar Chinesa trouxe até a atualidade como parte de sua sabedoria, a teoria dos meridianos que são caminhos de energia que circulam no nosso corpo e refletem o nosso estado energético nos corpos físico, emocional, mental, etc.

    Aqui, trabalharemos com 12 meridianos considerados principais e seus Pontos de Alarme correspondentes (o material para localização dos pontos de alarme foi disponibilizado em vídeo pelo Sinte – Sindicato dos Terapeutas)

    Para saber quais os meridianos que estão em desequilíbrio energético, vamos tocar os pontos de alarme de cada um desses 12 meridianos principais e perguntar ao próprio cliente quais (por comparação) estão mais doloridos ao toque.

    Para algumas pessoas, todo ponto de alarme é sensível, por isso, sugiro fazer por comparação entre eles e saberemos quais deverão ser trabalhados. Um bom objetivo é achar os que estariam em primeiro e em segundo lugar entre os mais doloridos. Como trabalharemos com os 12 meridianos principais, teremos 12 sequências de toque para avaliar comparativamente.

    Sabendo então, quais os pontos de alarme mais sensíveis (primeiro e segundo lugar), iremos buscar os pontos doloridos nos caminhos dos meridianos correspondentes. Por exemplo, se os Pontos de Alarme mais doloridos foram (1o. Lugar) o do meridiano do Estômago e o (2o. Lugar) o meridiano do Triplo Aquecedor, vamos buscar primeiro os pontos doloridos no caminho do meridiano do estômago e depois os pontos doloridos no caminho do meridiano do triplo aquecedor.

    Agora, como saberemos quais entre tantas pedras e cristais será a mais adequada ao estímulo nos pontos do meridiano do cliente?

    Teremos que pré-selecionar algumas pedras e cristais que tenham afinidade com o MOVIMENTO ao qual o meridiano em desequilíbrio corresponde. Somente a partir daí teremos condições de realizar testes para a escolha do melhor estímulo.

    Coloca-se em contato com a pele do Cliente (no ponto de alarme ou mesmo no próprio ponto dolorido do meridiano) cada opção pré-selecionada e verifica-se qual entre essas pedras a que diminui a a sensação dolorida.

    Pronto! Já temos o ponto a ser estimulado e o estímulo mais adequado ao momento do cliente. Agora basta deixar o estímulo (pode-se fixar pedrinhas ou cristais pequenos com “micropore”) por alguns minutos e começar novamente o processo com o 2o. Meridiano mais dolorido.

    cristalopuntura.gif


    Os Cinco Movimentos Chineses

    A base da filosofia chinesa é o Tao, que é o principio de toda a matéria, sejam as estrelas e os minerais, passando por todos os seres vivos. O Tao não se explica, ele simplesmente É.

    Dentro do conceito do Tao, entende-se que existam duas forcas opostas e complementares, em movimento constante, o yin e o yang. O yin é visto como passivo, feminino, escuro e todos os simbolismos relacionados como: a noite, a lua, a emoção, etc; e o yang como ativo, masculino, claro e também suas outras relações como: o dia, o sol, a razão, etc.

    Essas forcas estão em constante e harmoniosa oposição, mudando, movimentando e se fundindo, sempre buscando o equilíbrio. Desse movimento cria-se energia, que os chineses chamam de “chi”, ou forca vital. O “chi” flui através dos seres e dos ambientes.

    Determinando-se que se o chi está ou não fluindo naturalmente, a pessoa, o ser ou ambiente está ou não equilibrado. Se houver um desequilíbrio entre o yin e o yang o fluxo de energia vital está desarmônico.

    Nada é absolutamente yin ou yang. Um não existe sem o outro e não existe separação. Um contém em si a semente do outro, atraem-se mutualmente e se repelem ao mesmo tempo, em um movimento constante.

    Surge com esse movimento constante outra manifestação do Tao: os Cinco Movimentos. O ascendente, descendente, centrípeto, centrifugo e equilibrante; que chamamos de fogo, água, metal, madeira e terra, respectivamente. Na tradição chinesa tudo que lembre e represente um dos movimentos relaciona-se a ele. Cada um desses movimentos tem suas características próprias que podem ser relacionadas com tudo o que existe, sejam seres vivos, incluindo animais, humanos e plantas, sejam inanimados como as pedras, cristais e ambientes, e ainda, as emoções, sabores, cores, etc.

    Por exemplo, ao movimento centrífugo, como o Movimento Madeira, relaciona-se a expansão e o crescimento, aos meridianos do Fígado e da Vesícula Biliar, sentimento de raiva e extroversão, a cor verde; ao Movimento Fogo, relaciona-se com ascendente, que lembra a excitação (excesso de fogo) e a apatia (falta de fogo), o verão, o calor, os meridianos do coração, intestino delgado, circulação e sexo e triplo aquecedor, a cor vermelha; ao Movimento equilibrante chamado Terra, oque centraliza, controla, equilibra, a cor amarela, os meridianos do estômago e baço-pâncreas; ao movimento centrípeto que relaciona-se com o Metal, lembra o agregar, condensar, o contrair; e assim acontece com todos os movimentos.

    Como fazem parte de um movimento constante, o excesso ou falta de um deles, ou seja, qualquer desequilíbrio acaba afetando o Todo, por meio de suas relações.

    Em suas interações temos a Lei da Geração ou Mãe-Filho: Madeira nutre o Fogo, que forma a Terra (cinzas), de o­nde nasce o Metal ou Rocha, de onde nasce a Água que nutre a Madeira, que volta ao início do ciclo fechando-o. E a Lei da Dominância ou Dominante-Dominado: a Madeira consome a Terra, que absorve a Água que domina o Fogo, este derrete o Metal ou Rocha, que corta a Madeira.

    Pensando assim, as pedras e cristais por formarem-se na Terra, relacionam-se ao Movimento Metal e tendem para a interiorização, introspecção, mas um olhar mais atento nos faz observar as interações de outros movimentos.

    Assim como cada um dos movimentos contêm dentro de si os outros, os detalhes de cada pedra ou cristal nos guiaria para a relação mais focada com os 5 movimentos, como: a água-marinha, e sua óbvia relação com o movimento ?gua, o quartzo fumê, que tornou-se “fumê” pela exposição prolongada ao calor (Fogo), a ágata com suas camadas concêntricas de expansão (Madeira), e assim com todas as outras pedras, não só observando as características físicas, mas também os simbolismos e associações com os nomes, histórias, usos e costumes relacionados a elas.

    VII Conclusões

    Em todo trabalho de Terapia Holística desenvolvido com aprofundamento, vemos que não existem tabelas a serem seguidas. O melhor meio para se aproveitar de todas as características e possibilidades que as diferentes técnicas nos trazem é o aprofundamento do conhecimento, seja para aprimorar nossa própria busca de equilíbrio e harmonia, e/ou pela melhor relação entre o momento do cliente e a escolha da técnica ou estímulo.

    VII Bibliografia

    Boström, F. - A sabedoria das pedras - Ed. Best Seller, 1994.
    Boström, F. - O Mago dos Cristais - Círculo do Livro, 1994.
    CavalcantE, V. - O equilíbrio da energia está no salto do tigre - Ed. Objetiva, 1998.
    Duncan, A. - ABC dos Cristais - Ed. Nórdica.
    Duncan, A. - Caminho das Pedras - Ed. Nórdica, 1998.
    Noronha, S. - Pedras e Cristais: Em Busca do Equilíbrio - Ed. Sinte, 2006
    Raphael, K. - Transmissões Cristalinas: Uma Síntese de Luz - Ed. Pensamento, 1997.
    Raphael, K. - A Cura pelos Cristais - Ed. Pensamento, 1995.
    Raphael, K. - As Propriedades Curativas dos Cristais e das Pedras Preciosas - Ed. Pensamento, 1996.
    SINTE - Normas Técnicas Setoriais Voluntárias - www.sinte.com.br
    Schumann, W. - Gemstones of the World - Sterling Publishing, 1997.
    Vieira Filho, H. - Tutorial Terapia Holistica, Sinte, 2004.
    Weil, P. - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real, Ed. Palas Athenas, 1990.

    Autor: : Simone Kobayashi de Noronha - Terapeuta Holística – CRT 37166
    Última atualização: 13/05/2008 14:44


    Terapia em Técnicas Tradicionais - Acupuntura Sistêmica

    Terapia em Técnicas Tradicionais

    (Acupuntura Sistêmica) 
     
     

    Song Un Kim
    Terapeuta Holístico - CRT 23108

    Resumo 

    A necessidade da acupuntura nas diversas culturas: Oriental e Ocidental. 

    Os orientais (Coreanos, Japoneses e Chineses) encaram acupuntura na sua cultura tradicional, com muita naturalidade, pois faz parte do costume e folclore trazidos por gerações e gerações através de milhares de anos.

    Os coreanos atualmente estão perdendo um pouco desta tradição por avanços tecnológicos, capitalismo e da influência americanas, muitas já estão substituindo o tratamento de acupuntura, chás e ervas por remédios alopáticos que é muito mais cômodo.

    Os ocidentais estão fazendo o caminho inverso, pois estão cansados de consumir tantos remédios com contra indicações. E as pessoas estão procurando as terapias alternativas que não tem contra indicação, ou melhor, que não prejudica outros órgãos.

    A alopatia cada vez mais está se subdividindo e não se preocupando com a pessoa como um todo, tratando o problema e não a causa. Por esse motivo as pessoas estão preferindo terapias orientais como acupuntura que procura equilibrar os sistemas orgânicos, fortalecendo os mecanismos de defesa naturais do cliente e proporcionando o equilíbrio harmônico na sua totalidade.    

     
     
     
     
     

    Introdução 

    A necessidade da Acupuntura nas diversas culturas: Oriental e Ocidental, foi tentar mostrar aos congressistas, a visão e a experiências adquiridas ao longo dos trinta e seis anos de atividades relacionados a arte marcial Hapki-do que utiliza os pontos de Acupuntura e terapia corporal para aplicar os seus golpes.

    Viajando por vários paises, pode realizar vários cursos de acupuntura e terapia corporal com grandes Mestres internacionais nas Artes de Hapki-do.

    Observando e aprendendo várias técnicas utilizadas por estes mestres.

    E também pelo fato de estar engajado em vários trabalhos sociais há muito tempo e com mais de 9000 clientes na carteira e trabalhando em varias entidades como Delegacia Geral, Delegacia da Mulher, Receita Federal, APROFEM (Sindicato dos Funcionários e professores Municipais de São Paulo) e Academia Kim. Observei que podemos ajudar na qualidade de vida e diminuindo sofrimentos físicos e emocionais do homem contemporâneo.  
     
     

    Material e Metodologia 

    No ocidente acupuntura foi introduzida para tratamentos de alívio da dor, e depois verificou se que também podia auxiliar em vários tratamentos como: no alivio de enjôos e queimações em gestantes, aliviar as cólicas ou gases provocados pelos intestinos, agora se usa acupuntura para quase todos os tipos de problemas causados por desarmonia do corpo humano.    

    A TTC - Terapia Tradicional Chinesa procura equilibrar os sistemas orgânicos internos, fortalecendo os mecanismos de defesa interna, permitindo que o corpo equilibre a si próprio. Diferente da medicina ocidental que tende a tratar os sintomas e não as causas.

    Na TTC é tudo baseado nos conceitos do KI, Yin e Yang e dos Cinco Movimentos.

    Para que haja harmonia e equilíbrio entre corpo e mente e preciso que tenha fluxo do KI e da inter-relação entre Yin e Yang gerados nos Cinco Movimentos. Quando essa harmonia for interrompida, haverá desarmonia do corpo e mente, causando má funcionamento do corpo humano.

    Os fatores que levam o corpo e a mente em desarmonia são: rompimentos ou mau fluxo de energia KI, diminuição de energia da defesa, presença da energia perversa, qualidade da energia da respiração, Vento, Frio, Calor, Umidade e Secura.

    O mecanismo de ação da acupuntura nos seres humanos, em que a dor e aliviada, observam-se aumento de Beta-Endorfina no líquido cefalorraquidiano (LCR), conforme relatado por Clement-Jones em 1980. Estudo realizado em ratos observou se liberação de substâncias semelhantes a metencefalina, parecido com substancia liberado no estimulo da acupuntura.

    E muito importante ressaltar que grande parte dos pontos de acupuntura esta localizados sobre ou muito próximo das terminações nervosas, nervos, vasos sangüíneos, tendões, periósteos e cápsulas articulares, assim possibilitando acesso direto ao sistema nervoso central.

    Foi observado que os pontos de acupuntura, ou melhor, a região da acupuntura há uma grande diferença potencial elétrico, elevada condutância elétrica e diminuição da resistência sobre a pele. Por esse motivo utiliza-se muito estimulo elétrico para realizar tratamentos de acupuntura, na sedação e tonificação.

    Cabe ao terapeuta, utilizar através de várias técnicas como: Moxa, Ventosa, Laser, Eletro-Acupuntura, Acupuntura Auricular, Quiro-Acupuntura, Acupuntura Constitucional, Acupuntura Craniana, Acupuntura Facial, Massagem Tui-ná, Shiatsu, Do-In, e muitas outras para promover o fluxo do Ki e do equilíbrio entre Yin e Yang e transformações gerados pelos Cinco Movimentos.

    ENERGIA

     

          Tchi       Ki ou Qi 

          China      Korea / Japão 
     

                                  Yeng Tchi   Ar 

          Energia   Kou Tchi    Alimentos 

                                  Yuen Tchi   Ancestral 
     
     

          Rim  Morada da energia vital (ancestral ). 
     

     ENERGIA 

    Energia chamado pelos Chineses de TCHI, pelos Coreanos de KI e pelos Japoneses de QI. 

    Jing (essência), KI (energia), XUE (sangue) e JINYE (líquidos orgânicos). 

    Jing, Ki, Xue e Jinye constituem as substâncias básicas do corpo e também a base material para as atividades fisiológicas de Zang-Fu (órgãos e vísceras internos).  

    Jing (Essência)

    Significa energia ancestral (Essência), e a morada da energia ancestral são os Rins (armazenam a Essência). 

    Ki (energia) 

    O Ki (energia) e uma substância essencial que faz parte do corpo e que pode produzir funções distintas tais como Yin Ki (Ki nutritivo), Ki (ar) de respiração, e outro lado, referem-se às atividades funcionais de Zang-Fu e dos tecidos, por exemplo, o Ki dos Zang-Fu, o Ki dos canais, etc. As energias Yuan Ki, Zhong Ki, Yin Ki, Wei Ki, etc. são diferentes na origem, na distribuição e nas características funcionais.

    Yuan Ki (verdadeiro) 

    Ki original ou Ki verdadeiro. O Yuan Ki é considerado o mais importante e o mais fundamental entre o Ki do corpo e é formado pelo Ki essencial, pelo Ki produzido dos alimentos pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas e pelo ar límpido da natureza aspirado pelo Pulmão. O Yuan Ki exerce a função de estimular e de impulsionar as atividades funcionais dos diversos Zang-Fu dos tecidos do corpo, razão pela qual pode-se considerá-lo como uma força motriz do corpo.  

    Zhong Ki (principal) 

    Zhong significa “grande ou principal” por isso, Zhong Ki também é chamado “Daqi” (Ki grande). O Zhong Ki está integrado pelo Ki de matérias essenciais, da água e dos alimentos; o ar límpido aspirado pelo Pulmão acumula-se no tórax, entra no Coração e nos vasos sangüíneos para impulsionar a circulação do Sangue e ocorre por todo o corpo. Zhong Ki constitui a força motora que promove a respiração do Pulmão e da circulação do Sangue do Coração.  

    Yong Ki (nutrição) 

    “Yong” significa nutrição. O Yong Ki é produzido a partir das matérias essenciais da Água e dos alimentos transformados pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas e constitui a parte mais substancial do Ki da água e dos alimentos.  

    Wei Ki (defensivo) 

    É o Ki defensivo ou protetor. Wei Ki é produzido principalmente pelo Estômago e pelo Baço/ Pâncreas dos alimentos. A insuficiência de Ki do Estômago e do Baço/ Pâncreas leva, com freqüência, à insuficiência de Yang e como conseqüência, o cliente tem temor ao frio, os membros frios e facilidade em apresentar secreção pulmonar. Os movimentos de Ki constituem uma manifestação da vida e do corpo, e uma vez parado esse movimento, termina a vida.

    O subir, descer, entrar e sair do Ki manifeste-se corretamente nas atividades funcionais dos diferentes Zang-Fu, assim como nas relações de coordenação entre Zang-Fu. O Estômago domina a recepção, por isso o Ki do Estômago desce e o Baço/Pâncreas encarrega-se da transformação e transporte, por isso o Ki do Baço/Pâncreas sobe; os Rins encarregam-se de distribuir a Água elevando o límpido e descendo o turvo; o Pulmão controla a expiração e os Rins, a recepção do ar; o Fogo do Coração abaixa, enquanto a Água dos Rins sobe; assim como o Fígado domina a drenagem. Qualquer transtorno na circulação de Qi, tais como alterações na subida e descida, obstáculos na entrada e na saída, podem afetar as atividades funcionais normais dos Zang-Fu. O corpo mantém a temperatura normal e realiza diversas atividades com o aquecimento pelo Qi. O transporte e a transformação das matérias dos alimentos pelo Estômago e pelo Baco/Pâncreas, a produção de Yong (Qi nutritivo), Wei (Qi defensivo), Qi (Emergia), Xue (Sangue), Jing (Qi essencial) e os líquidos orgânicos; a distribuição dos líquidos orgânicos pelo Triplo Aquecedor e a excreção de urina da Bexiga são realizadas sob a ação de Qi.

     

    Xue (Qi nutritivo) 

    A principal fonte do Sangue é o Yong Qi (Qi nutritivo) gerado por matérias substanciais da Água e dos alimentos digeridos pelo Estômago e pelo Baço/pâncreas. O Yin Qi é à base do Sangue e os líquidos também fazem parte do Sangue. O Sangue origina-se primeiro das Essências inatas; depois do nascimento, tem como fonte, o Qi e Energia essencial adquirida da Água e dos alimentos.

    A circulação do Sangue depende do impulso do Qi do Coração e do Qi do Pulmão e depende também da função de regularização e de drenagem do Fígado e do controle do Qi do Baço/Pâncreas. Por isso, a deficiência do Baço/Pâncreas faz com que o Sangue perca o autocontrole produzindo-se a hemorragia crônica; a deficiência do Baço/Pâncreas leva à disfunção, de transporte e de transformação levando à insuficiência de Sangue nutritivo. A estagnação de Qi do Fígado causa a estagnação do Qi e a estase do Sangue; deficiência de Qi do Pulmão e do Coração faz com que o Sangue circule sem força, provocando a estase de Sangue do Coração. 

    Jinye (líquidos orgânicos) 

    Os líquidos orgânicos têm por função umedecer e nutrir os Zang-Fu, tecidos e constituem um dos elementos importantes para a formação do Sangue.

    Os líquidos orgânicos formam-se da Água e dos alimentos, através da função do Estômago e das funções de transformação e de transporte do Baço/Pâncreas, os Jinye são enviados para o Pulmão e, através da sua função de difusão, são distribuídos pelas vias do Triplo Aquecedor para todo o corpo, chegando externamente até a pele e internamente, filtrando nos Zang-Fu, a fim de umedecer e nutrir aos órgãos e tecidos. A insuficiência dos líquidos nos órgãos internos produz também sintomas de secura, tais como: tosse seca por secura no pulmão, sede devido à secura no estômago, constipação por causa da secura no intestino grosso, etc. Os transtornos na distribuição e na excreção podem causar retenção de água, sintomas como abundância de Mucosidade, edema, etc. 

    ACUPUNTURA 
     

    A acupuntura e a técnica mais antiga que existe, parti do conceito de que o desequilíbrio se deve à má distribuição de energia pelo corpo, sendo assim aplicam-se algumas agulhas para ativar alguns pontos de acupuntura para equilibrar yin e yang dos órgãos e vísceras.

    Cada Órgãos e Vísceras têm uma função energética diferente da função alopática.

    Na Antigüidade, os chineses haviam comprovado, que um órgão do corpo humano, alterado em seu funcionamento, deixavam sensíveis, certos pontos de revestimento cutâneo. A localização desses pontos (situados nos mesmos lugares em todas as pessoas) variava de acordo com o órgão afetado. Concluíram assim que cada órgão correspondia pontos específicos, demonstraram então que uma ação sobre esses pontos repercute sobre o órgão correspondente, produzindo um alívio.

    Esses pontos constituem uma espécie de cadeia, como se uns fossem a continuação de outros. Unindo-os por traços imaginários obtêm-se linhas longitudinais denominadas passagem, canais ou meridianos.

    Os meridianos estão relacionados aos órgãos diretamente. Inserindo uma agulha em um determinado ponto de um meridiano, tem a sensação de que algo esta transitando entre eles, os chineses chamam de Qi, que significa energia.

    Restaurar o equilíbrio energético

     

    A energia circula através do organismo, meridiano a meridiano, de forma regular, distribuindo-se harmoniosamente e segue o seguinte percurso diário: das 3 às 5h, passa pelo meridiano dos pulmões (P); das 5 às 7h, do intestino grosso (IG); das 7 às 9h, do estômago (E); das 9 às 11h, do baço pâncreas (BP); das 11 às 13h, do coração (C); das 13 às 15h, do intestino delgado (ID); das 15 às 17h, da bexiga (B); das 17 às 19h, dos rins (R); das 19 às 21h, da circulação-sexualidade (CS); das 21 às 23h, do triplo-aquecedor (TA); das 23 à 1h, da vesícula biliar (VB); da 1 às 3h, do fígado (F).

    Os desequilíbrios são conseqüências naturais da má distribuição de energia. Alguns sintomas da falta dessa energia são: sensação de vazio, fraqueza, insatisfação, insegurança, desânimo, frio, suor, agressividade, agitação dor, calor, e outros...

    A acupuntura tem por objetivo reequilibrar a circulação de energia no organismo, tornando-o harmônico, pois constitui no princípio básico da ordem universal. A saúde é o resultado do equilíbrio dessas duas forças (Yin (negativo) e Yang (positivo), que ativam os corpos).

    O Yin e Yang expressam-se em todo e qualquer nível de existência, com alternância de cada força.

    Alguns elementos Yang são: a luz, o calor, o verão, o vermelho, o homem, a atividade, o sistema nervoso simpático, as partes superficiais do corpo. O elemento Yin é: o escuro, o frio, o inverno, o azul, a mulher, o sistema nervoso parassimpático, as partes profundas do corpo e outros.

    O intestino delgado, o intestino grosso, a vesícula, o estômago, a bexiga e o triplo-aquecedor são órgãos de Yang. O coração, os pulmões, o fígado, o baço, os rins e a circulação-sexualidade são órgãos Yin.

    Alguns físicos descobriram que a teoria oriental de que não existe distinção entre matéria e energia está certa, elas são consideradas dois pólos de uma mesma unidade.

    Para análise, uma técnica peculiar.

     

    Yin e Yang são duas forças que condicionam a vida de cada indivíduo e o seu estado de saúde, a pergunta que se faz ao especialista de acupuntura é: qual órgão esta deficiente e qual órgão apresentam um excesso de vitalidade? Dá-se, então o analise, na qual, usam-se alguns métodos: ver o cliente escutá-lo, perguntar, apalpar seu corpo nos pontos ou LO (pontos de alarme) e leitura pelo pulso, todos eles são importantes.

    O analise do pulso é realizado na artéria radial do punho. E requer silencio e tranqüilidade. Os três dedos têm que se manter como um arco, com as pontas bem alinhadas e se examina o pulso com a polpa dos dedos. A distancia dos dedos depende da estatura do cliente: É dividida em três zonas, cada qual com uma posição superficial e outra profunda.

    Coloque levemente a polpa de um dedo sobre a artéria radial, em cada uma das três posições, é possível perceber que a sensação obtida difere em cada local – com exceção de pessoa em perfeito estado de saúde (se a pressão for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensação ou percepção torna-se diversa). Se os pulsos da primeira posição apresentar vibrações mais fortes do que os da terceira, quer dizer que o Yang esta mais poderoso do que Yin, e vice-versa.

    Na mão esquerda, com pressão superficial, faz-se a análise do intestino delgado, da vesícula e da bexiga; com pressão profunda faz-se análise do coração, fígado e rins. Na mão direita, com pressão superficial o intestino grosso o estômago e o triplo-aquecedor, com pressão profunda o pulmão, baço/pâncreas e a circulação-sexualmente.

    As pulsações podem ser classificadas em: a) alteração de freqüências b) ritmos c) superficial ou profunda; d) lisa ou grossa; e) cheias ou vazia; f) longa ou curta e etc.

    Tanto para se realizar um tratamento ou realizar uma simples análise, é imprescindível o conhecimento dos meridianos, da origem de seus pontos principais e das leis que regem esta forma de terapia.

    Existem doze meridianos que estão relacionados a doze órgãos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou mais desses órgãos. Assim sendo, esses doze órgãos – ou funções corporais são considerados primários, e os outros secundários.

    Os meridianos são bilaterais, um em cada lado do corpo, sendo classificados como profundos e superficiais, de Yin e de Yang. Os meridianos profundos de Yin são os do coração, da circulação-sexualidade e dos pulmões. Meridianos superficiais de Yang: do intestino delgado, do triplo-aquecedor e do intestino grosso. Meridianos inferiores de Yin (de dentro para fora): do baço/pâncreas do fígado e dos rins. 

    Conclusões 

    Posso afirmar que acupuntura pode ajudar muita gente a equilibrar a sua energia interna, e melhorar a qualidade de vida com tratamento de acupuntura.

    Excelente em tratamentos preventivos.

    Excelente para tratamento da dor e da sua causa.

    Se a eficácia do tratamento não fosse comprovada, os clientes não me procurariam ao longo dos 36 anos praticamente no mesmo local, tratando varias gerações da mesma família.

    Podemos provar realizando alguns golpes nos pontos de acupuntura, verificando aumento da sensibilidade e diminuição da resistência do local (sem machucar, claro).

    Podemos pressionar alguns pontos para mostrar anestesia do local, para tirar a dor, ou melhor, a hiper sensibilidade do local. 
     
     
       

    Referências bibliográficas 

    Yamamura, Y. Acupuntura Tradicional: A arte de inserir.

          2ª ed. Roca, São Paulo, 2001. 

    Ross, J. Zang Fu: Órgãos e Vísceras da Medicina Tradicional Chinesa.

          Roca, São Paulo, 1994. 

    Maciocia, G. A pratica da Medicina Chinesa: Tratamento com Acupuntura e Ervas Chinesas.

          Roca, São Paulo, 1996. 

    Spyros, Alexandros. Fitoterapia Chinesa e Plantas Brasileiras.

          Ícone, São Paulo, 1995.  

    Maike, Sonia. Fundamentos Essenciais da Acupuntura Chinesa.

          Ícone, São Paulo, 1995. 

    Yamanaka, M. Acupuntura em dermatologia.

          LMP, São Paulo, 2005. 

    Xi Wenbu, Tratado de Medicina Chinesa.

          Roca, São Paulo, 1993. 

    Focks, C. Atlas de Acupuntura.

          Manole, São Paulo, 2005. 

    Jae-Nam, M. Ho Shin Môo Yea.

          World Hapki-do HeadQuarters, Seul, Korea,1986. 

    Jae-Nam, M. Self Defence Martial Art.

          World Hapki-do HeadQuarters, Seul, Korea,1987. 

    Won, Seo. Quiro Acupuntura.

          Ícone, São Paulo, 2000. 

    Wood e Becker. Massagem de Beard.

          Manole, São Paulo, 1990.

    Souza, Matheus. Magneto Terapia.

          Ibraqui, São Paulo, 1999.

    Autor: : Song Un Kim - Terapeuta Holístico - CRT 23108
    Última atualização: 04/07/2011 14:11


    Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade-Desmistificando a Kundalini

     Saúde pela Sexualidade e Espiritualidade - Desmistificando a Kundalini

    Mitiyo Oshiro Takemoto
    Terapeuta Holística
    CRT – 38660


    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2008

    Sumário

    Introdução ............................................................................... iv

    Sahajoli e Seus Benefícios.........................................................v

    - História.......................................................................................v

    - Cultura Ocidente e Oriente........................................................ vi

    Sexo.......................................................................................... vi

    Dois Cérebros........................................................................... vii

    Três Veículos.............................................................................vii

    Cérebro......................................................................................vii

    Órgãos do Corpo.......................................................................viii

    Órgãos Sexuais..........................................................................viii

    Os Três Tan Tiens.....................................................................viii

    Tantra.........................................................................................ix

    Vantagens da Pratica Sexual......................................................x

    - Os órgãos sexuais e o Cérebro..................................................x

    Rejuvenescimento (dentro das técnicas Taoistas)......................x.

    - A importância da Saliva...........................................................xi

    - Esperma....................................................................................xi

    Kundalini....................................................................................xii

    Sexualidade.................................................................................xii

    Reeducação Sexual.....................................................................xiii

    - Filosofia do Chi........................................................................xiii

    - Chacras, Tantrismo, Budismo e Hinduísmo..............................xiii

    O Cultivo da Energia Sexual e Espiritual..................................xiv

    Os Órgão Sexuais e o Cérebro...................................................xiv

    Material e Metodologia..............................................................xiv

    Discussão....................................................................................xv

    Conclusão...................................................................................xv

    Bibliografia................................................................................xvi


    Introdução

    SEXUALIDADE, ENERGIA E RELACIONAMENTOS.

    A relação entre homens e mulheres tem desconcertado e confundido filósofos, cientistas e pensadores ao longo dos tempos. A sexualidade é uma “doença” que abarca as páginas da história de todas as sociedades. É um ritual que tem absorvido as atividades humanas através das eras e que ainda constitui um dilema para as culturas atuais. Diante de algo que existe há tanto tempo e que faz parte da vida de toda criatura ao longo da história, poderíamos pensar que a raça humana já fosse especialista no tema da sexualidade. Entretanto, ainda hoje, os relacionamentos sexuais continuam ofuscando e confundindo profundamente o espírito das pessoas. Por um lado, criam paixão e amor, acendem o romance e o prazer, despertam as chamas do desejo que tornam a vida digna de ser vivida, mas, por outro lado, a sexualidade é também uma fonte de destruição e negatividade, a causa de infinitos problemas na sociedade. Os taoistas não vêem o sexo ou a energia sexual como uma questão moral. Para eles é mais uma questão de saúde. Assim que você começar a entender sua energia, como ela é e para que realmente existe, você terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhar com ela e como interagir com as pessoas ao seu redor, especialmente com o sexo oposto. A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidos nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultuando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente. A saúde sexual depende intrinsecamente da energia sexual, é a energia mais potente que existe, pois é uma energia criativa, a energia criativa é a pura energia da vida, a sexualidade se manifesta o tempo todo no universo, desde a natureza, plantas, flores, animais e nós humanos, ela flui no universo o tempo todo, ela é um dom que recebemos e que tem que ser utilizada, a natureza deu e a natureza cobra, a pessoa que não sente atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa dos bloqueios energéticos. Sobre a energia sexual se envolve vários assuntos, um deles é a energia da Kundalini.

    Sahajoli e Seus Bebefícios

    O Sahajoli se resume basicamente em exercícios para fortalecer os músculos vaginais e região pélvica. Em primeiro lugar estaremos passando as técnicas de como proceder esse exercício. Em primeiro lugar trabalha-se o fortalecimento de todo assoalho pélvico (vagina, uretra e anus) e é chamado de Uddiana Banda, ou seja, com essa pratica trabalha-se todos os esfíncter, anal, vaginal e uretra através das contrações dos anéis da vagina, anus e uretra. Na segunda fase desse exercício aprende-se a sugar e não apenas apertar para cima os músculos e esfíncter. Conforme ofortalecimento de todo assoalho pélvico, estaremos alcançando o sahajoli, vajroli e amaroli, pois a energia flui até chegar no bindu (comparada a energia do orgasmo). Exercícios para os homens(aqui a intenção é preservar o bindu, ou seja preservar o semen, pois com a ejaculação perde-se a energia e acelera o envelhecimento). Bindu é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico, é um fio que liga o cérebro, medula e órgãos sexuais.

    HISTÓRIA

    Sahajoli é uma arte milenar das mulheres orientais. Antigamente o Sahajoli era praticado naturalmente. Os pais orientavam seus filhos naturalmente com relação a este legado, através do sistema Paran Paran; quer dizer oralmente, nada de leituras ou escritas. Entre os nobres: o pai da jovem contratava uma orientadora, mestra na arte de amar, com a finalidade de preparar a jovem moça Shakti “Deusa do Amor” com intenção de entregar ao pretendente Shiva “Deus do Amor”. Assim se formava um casamento perfeito, inabalável. Com a invasão dos ingleses, devido ao moralismo vitoriano, eles foram proibidos de praticar e caiu no esquecimento.

    Há aproximadamente dois séculos, as prostitutas orientais, as gueixas, se apoderaram dessa técnica para obter mais lucro, ganhar mais clientes. Na China, os Ensinamentos Sexuais da Tigresa Branca, Segredos das Mestras Taoistas –Hsi Lai – ainda existe em grupo secreto, um treinamento concentrado de três anos, com a finalidade de educar e reeducar no “refinamento” aperfeiçoamento para a “imortalidade” sexual e espiritual (valorização da mulher). Esse sistema é compatível com o Tantra.

    No ocidente, o sahajoli feminino se tornou conhecido através do Dr. Kegel, médico americano que popularizou os exercícios de contração vaginal, trazendo muitos benefícios à saúde e sexualidade da mulher. Tomemos como exemplo a cura de muitos casos de incontinência urinária, queda de útero e bexiga. Assim como mulheres antes consideradas frígidas, após aprenderem as técnicas conseguem prazer e orgasmo.

    As praticantes de sahajoli, tem uma aparência mais jovem em conseqüência do reequilíbrio hormonal obtido através destes exercícios. Um famoso mestre de yoga da Bélgica, André Lysebeth diz em seu livro que uma praticante desta técnica ancestral será mais apreciada do que qualquer outra mulher, e não será trocada nem por uma bela rainha.

    O sahajoli entre as mulheres está rapidamente se tornando popular em nosso país para a felicidade de muitos casais que hoje desfrutam deste criativo e saudável em suas relações sexuais.

    O sahajoli masculino, isto é, os movimentos com a musculatura do pubococcigeo no homem, além da movimentação voluntária do esfíncter anal e períneo chamados de exercícios do mulabhanda no yoga, incluindo também os vários tipos de movimentos pélvicos e penianos, que praticados pelos homens, melhora a circulação da áreas pélvica, aumentando consequentemente a potência e o prazer do praticante.

    Os homens que praticam possuem vitalidade e potência sexual até a longevidade, pois em várias regiões do Oriente estes exercícios são utilizados naturalmente no dia-a-dia. Esse conhecimento provém de ensinamentos legados de seus antepassados.

    São homens que realmente fazem amor por horas seguidas, dando mais prazer as suas companheiras. Este conhecimento é fundamental para a prática do sexo Tântrico. A saúde sexual eleva a totalidade do indivíduo (auto estima).

    CULTURA: OCIDENTE E ORIENTE

    Cultura Ocidental: é patriarcal (machista, possessivo, ciúmes, violência, muita dor, remorso, guerra). A mulher não tinha o direito de ter prazer sexual. Os inquisidores da igreja condenavam severamente.

    Cultura Oriental: é matriarcal (paz, amor, compreensão, respeito, não ciúmes). Culto a mulher, a mulher (divindade).

    SEXO

    Dakshina marga – perda do Bindú (ejaculação) é ocidental, primitivo, inferior, meramente físico e mecânico. Resultado: fadiga, cansaço.

    O sexo é feio, vergonha, dão nomes ou apelidos feios aos órgãos genitais: cheios de preconceitos e proibições. Hoje o sexo é liberado sem freios!? Vama marga – manter o Bindú (orgasmo), é oriental, superior, evoluído – é um fenômeno físico-psíquico-emocional. Resultado: saúde e vitalidade, devido a Energia da Kundalini (Energia Vital). Ativa todos os órgãos internos e os chacras, do primeiro até o sétimo chacra. Nesse caso podemos dizer que atingiu o nirvana (iluminação-conceito taoista). Os orientais dão nomes poéticos aos órgãos genitais como: Flor, Rosa, Margarida, Orquídea, Girassol, etc.

    2 CÉREBROS: primeiro cérebro cabeça e segundo cérebro intestino

    Relação Intestino e o Cérebro.

    A ciência e as pesquisas médicas têm demonstrado através de estudos recentes a importância do sistema gastrintestinal e mais especificamente do intestino, para a manutenção da saúde e do bem estar. O intestino passou a ser reconhecido como um ''órgão inteligente'' por sua capacidade de selecionar entre o que comemos, o que nos é ou não útil, e por ser o único órgão do corpo humano capaz de executar funções independentemente do Sistema Nervoso Central, chegando a ser recentemente denominado por especialistas como um ''segundo cérebro''.

    O livro do Dr. Michel Gerson, o “Segundo Cérebro”, menciona que os intestinos possuem uma rica rede neuronal, cerca de 100 milhões de neurônios (semelhante à medula espinhal) que elaboram neurotransmissores. As últimas pesquisas demonstraram que quarenta hormônios e vinte neurotransmissores são secretados também pelo eixo-cérebro-intestinal, ou seja, pelo cérebro e intestino simultaneamente, e que 80% do nosso potencial imunológico esta presente neste órgão. Com isso ao regular todo o nosso organismo os intestinos funcionam como órgãos inteligentes.

    Para que o corpo entre em equilíbrio é importante que haja uma consciência entre a conexão desses dois cérebros, para fazer circular a energia “yin e yang.”

    TRÊS VEÍCULOS OU TRÊS MENTES

    Mente, órgãos e órgãos sexuais.

    Parece que algumas pessoas estão desligadas de si mesmas e dos seus órgãos sexuais. A mente e os órgãos estão, portanto, separados. O taoísmo acredita que a mente, o corpo e o espírito devem trabalhar juntos. Os resultados dependem da assimilação de cada aluno. No Tao, aprendemos a criar um Tempo Sagrado dentro de nós. Com a técnica simples de sorrir em todos os órgãos, podemos integrar o nosso corpo, a nossa mente e o nosso espírito.

    Eles não ficam mais separados. A prática sexual conecta a mente com os órgãos sexuais e o cérebro. Forma uma ponte de ligação entre essas nossas partes e cria-se a sinergia.

    CÉREBRO

    O Cérebro pode acessar e gerar as forças superiores, mas não é fácil armazenar essa energia no próprio cérebro. Precisamos treinar o cérebro para aumentar a sua capacidade e a sua destreza em armazenar a energia. A energia do cérebro, quando aumentada até um determinado nível, podepermitir um maior numero de sinapses e ajudar a converter proteínas em células cerebrais. O Tao acredita que, com o treinamento e a pratica é possível aprender a aumentar o numero de células cerebrais e nervosas, assim como aumentar o numero de sinapses no sistema nervoso central.

    ORGÃOS DO CORPO

    Os órgãos também podem gerar energia, mas muito menos do que os órgãos sexuais e o cérebro. Eles também têm uma capacidade muito maior de armazenar e transformar energia.

    ORGÃOS SEXUAIS

    O Tao descobriu que os órgãos sexuais são os únicos órgãos que podem gerar uma quantidade significativa de energia (força vital ou kundalini).

    OS TRES TAN TIENS

    Eles também podem armazenar energia, transformá-la e fornecê-la para o cérebro, a coluna vertebral, os órgãos sexuais e os outros órgãos.

    Três mentes ou três Tan Tiens conectados significa força “YI”.

    Na pratica do Tao, armazenamos a energia nos três tan tiens, que são os reservatórios de energia dentro de nós. O Tan Tien superior (Bindú) localiza-se no cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) e, quando esta cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. Aqui armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. Todos os Tan Tiens apresentam uma face yin e outra yang. Na natureza, Yin e Yang estão presentes em todas as coisas. Pelo por do sol, o dia (Yang) se converte em noite (Yin). É muito importante sentir os aspectos de Yin dentro de Yang e de Yang dentro de Yin (nascer e por do sol). Um aspecto não existe sem o outro, pois são aspectos inseparáveis da mesma força.

    O centro Tan Tien do coração, entre os dois mamilos é o Tan Tien médio. Ele é associado ao elemento fogo. Ainda assim, dentro do fogo sempre existe água. O espírito original (Shen) é armazenado aqui (glândulas monada e timo).

    O baixo ventre a altura do umbigo é o universo, ou oceano, vazio. Queremos sentir um universo de energia no Tan Tien inferior. Dentro desse universo ou oceano, existe um fogo como um vulcão sob o oceano: “fogo sob a água” (glândulas gônadas).

    Os três Tan Tiens referem-se a esses três reservatórios de energia dentro do corpo. Esses reservatórios são lugares onde podemos armazenar transformar e coletar a energia. Os reservatórios são a fonte de energia que flui através do corpo. Os meridianos são os rios de energia alimentados por esses reservatórios.

    TANTRA (Há muita especulação em torno do Tantra)

    Definição: É uma filosofia comportamental naturalista. É basicamente o sexo, espiritualidade e Yoga. É um instrumento de elevação que leva a espiritualidade. O Tantra pede dedicação, concentração, disciplina. O Tantra organizou os rituais da Magna Mater, transformando-os em um método de emancipação que busca na psique humanda a manifestação da Shakti, a energia primordial que move o Cosmos. Este movimento teve uma forte influencia sobre a religião, a ética, a arte e a literatura indiana, havendo ressurgido com inusitada força entre 400 e 600 d.C, quando chegou a transformar-se em uma moda que acabou por influenciar os modos de pensar e agir da sociedade indiana medieval. Aqui ela se afirma, populariza e estende ainda mais, dando origem a um grande numero de correntes e manifestações filosóficas, religiosas, mágicas e artísticas algumas antagônicas. “Não se trata de uma religião nova senão de uma nova caracterização de fatos que pertence ao hinduísmo comum, mas que as vezes só se apresenta precisamente em suas formas tantricas encontra-se a marca do Tantrismo na mitologia e cosmogonia, mas, principalmente, no ritual.

    O ritual trântrico propõe um caminho chamado Caminho do Vale, que é o mais fácil, pouco movimentado e baseado no relaxamento físico e mental. Ele nos abre para um mundo de sensações e experiências desconhecidas, gera uma plenitude prolongada e a integração total entre dois seres.

    Para o Tantra o corpo é mais do que um maravilhoso instrumento ou admirável mecânica biológica: ele é divino. O Tantra nesse trabalho proposto é chamado de Tantra Branco, focado no casal e não na poligamia.

    Exercício trantrico: o mula bandha

    Este exercício também pode ser praticado por homens e por mulheres. Deitada (o), sentada (o) ou em pé coloque seu pensamento na região anal. Respire com tranqüilidade. Depois de alguns minutos tentando manter a concentração, contraia delicadamente o primeiro esfíncter do ânus, o mais externo. Depois, apertando um pouco mais, dirija sua concentração para o segundo anel muscular, enfim, contraia o eretor do ânus, levando assim os dois esfíncteres anais e períneo para dentro e para cima. Lenta e gradualmente, distinguem-se bem estes três níveis, mesmo na primeira tentativa. Depois, aperte com toda a força que puder até fazer vibrar toda região anal e períneo. Mantenha esta contração ao máximo, retendo o fôlego, por no mínimo 6 segundos. Depois relaxe, mantendo a concentração. Repita no mínimo 5 vezes seguidas.

    VANTAGENS DA PRÁTICA SEXUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    Os Órgãos Sexuais e o Cérebro

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas:”faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”(Bindú).

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Outras vantagens conseguidas através dos exercícios de sahajoli são a parada da incontinência urinária através do fortalecimento do assoalho pélvico, retardamento da ejaculação (ejaculação precoce), anorgasmia (dificuldade ou não chegar ao orgasmo).

    Pompoarismo Tantra Yoga = exercício dos músculos vaginais e do assoalho pélvico (pubococcigeo):

    • Previne desequilíbrios pelo fato de deixar os tecidos da região mais fortes e lubrificadas.

    • - Evita a queda do útero, da bexiga e incontinência urinária, previne contra hérnia, hemorróida

    e varizes.

    - Auxilia a gestante no parto normal e na recuperação pós parto.

    - Elimina a cólica menstrual, auxilia no tratamento de bloqueios, impotência, frigidez e vaginismo.

    - Ativa a circulação do sangue, harmoniza os chacras e equilibra a energia Yin e Yang.

    - Ajuda no equilíbrio da produção hormonal (rejuvenesce).

    • Mais mobilidade dos quadris e das areas pélvicas, melhora a performance da mulher no ato sexual devido ao aumento da libido.

      REJUVENESCIMENTO (DENTRO DAS TÉCNICAS TAOISTAS)

    Os antigos taoistas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres que existem dentro do corpo e que estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo, como o digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em estado ótimo de saúde é muito importante que os músculos esfíncteres se contraiam simultaneamente, estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Quando existe um desequilíbrio de energia sexual, ela é revelada nas características externas da face. Quando os músculos esfíncteres estão em desequilíbrio, os órgãos se esgotam. Essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual, pois são eles que suprem de energia o centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas gerais do corpo.

    Postura dos Três Tan Tiens e no sistema dos 7 chacras para a saúde e manutenção da coluna.

    A IMPORTÂNCIA DA SALIVA

    A saliva marca a primeira fase do desenvolvimento libidinal; para o taoista, a produção de grandes quantidades de saliva assinala as energias restaurativas do nosso corpo. Os taoistas estavam certos nesse pressuposto porque a saliva estimula e é parte do sistema imunológico. Os taoistas vão muito mais longe a seus louvores e na aplicação da saliva. Ao ser refinada, a saliva se torna muito espessa e embranquece, parecendo-se muito com o próprio sêmem. Sabe-se que os taoistas subsistem com esta saliva refinada por longos períodos, vivendo de “ar e orvalho”, respiração e saliva, como costumavam dizer. Eles alegaram que era um catalisador para se atingir a imortalidade.

    Exercícios para ativar as glândulas salivares (importante para a manutenção da saúde geral).

    Os três nós

    - Três Tan Tiens – sorriso interior

    desatar os três Granthis (nó)

    Muladhara – Anahata – Ajna

    ESPERMA

    As células do esperma são da maior importância, pois elas carregam os elementos restauradores. Segundo a bioquímica, o sêmem é quase inteiramente proteína pura, com enormes quantidades de fósforo, cálcio e vitamina C. Ele contém ainda propriedades antibióticas. De modo geral, o sêmem contém muito dos micronutrientes necessários para a saúde do organismo humano, especialmente a pele e cabelo. É muito eficaz para ajudar na restauração da juventude da mulher.

    Para os antigos taoistas, o sêmem e o sangue pareciam ser a mesma coisa: o sêmem era uma destilação do sangue. Um texto remoto alegava que quarenta e nove gotas de sangue equivaliam a uma gota de sêmem. Por esta razão, os taoistas procuravam preservar o seu sêmem, pois assim estariam preservando a própria essência da vida. Levando-se em conta os ingredientes do sêmem, esse antigo diagnóstico intuitivo não está muito longe do que a bioquímica também descobriu sobre o sêmem.

    KUNDALINI

    A energia da felicidade latente dentro da espinha dorsal, até ser ativada pelas práticas tântricas. Geralmente ela é representada como uma serpente encolhida que se move ao longo da coluna. A energia da kundalini poderá ser ativada através de exercícios tântricos e energia sexual.

    Essa é uma energia que deve ser ativada com conhecimento e orientação, levando sempre em consideração o limite de cada ser. A energia nuca morre, ela se transforma.

    SEXUALIDADE

    A energia sexual provém da melhor energia do corpo, porque ele está envolvido no processo de fornecer energia ao centro sexual. Portanto, o centro sexual é a condensação de toda energia do corpo e é essa a razão pela qual a saúde do centro sexual é necessária para a nossa saúde mental, emocional e física.

    A energia sexual é o alimento para a totalidade do nosso ser: o corpo, a mente e o espírito. Ela é a água da vida, que reabastece os jardins do templo humano. Os exercícios para a energia sexual desenvolvidas nos ensinamentos taoistas são muito mais sofisticados e focados do que no Ocidente. Esses exercícios taoistas vão diretamente à fonte de nossa sexualidade, cultivando-a de maneira a trazer energia e força sexual para quem os utiliza apropriadamente.

    O polo que juntamente com o clitóris proporciona intensa satisfação sexual na mulher é um ponto profundo localizado próximo ao útero na parede anterior da vagina, possui uma textura diferente dos outros tecidos vaginais e fica intumescida na excitação feminina. Esta área ficou conhecida como o Ponto G depois que o médico alemão Dr. Ernest Granferg revelou este ponto em que havendo uma excitação adequada pode aumentar o prazer e levar ao orgasmo feminino.

    O tamanho e a consistência do Ponto G variam de mulher para mulher. É melhor que a mulher sozinha descubra o seu próprio Ponto G e as maneiras e ritmos de manipular este local que lhe proporcionem prazer, dando-lhe mais autoconfiança quando estiver acompanhada do seu parceiro. A harmonia entre o casal é de extrema importância para este momento que desenvolverá uma conexão íntima e mais afetuosa entre o casal.

    Localização do Ponto G na prática para mulheres.

    REEDUCAÇÃO SEXUAL

    Desenvolver um curso no sentido de orientar homens, mulheres e adolescentes para uma prática sexual saudável, com a finalidade de preservar a família e a harmonia nos relacionamentos.

    FILOSOFIA DO CHI (DEDICADO À EVOLUÇÃO INTEGRAL DO SER HUMANO

    ATRAVÉS DA CONSCIÊNCIA)

    O equilíbrio desta energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

    A força vital é uma forma sutil de energia eletromagnética uma realidade fisiológica do organismo. As técnicas de toque físico e não físico, são usadas para mandar energia através de todo organismo “abrindo” pontos bloqueados.

    Lowen elaborou uma síntese dos conhecimentos sobre as energias do corpo e as reuniu na bioenergética, que tem como finalidade liberar as emoções acumuladas por meio de práticas.

    As atividades que tencionam as pessoas acabam por bloquear o feixo energético interior, provocando diretamente enfermidades e ou até contribuindo para formá-las. É aí que pode ser utilizada a bioenergética.

    Em 1990 Lowen publica espiritualidade do corpo. Após alcançar um extremo de polaridade, radicalizando a postura de que todo o problema era defeso contra a sexualidade, ele pôde seguir adiante em sua exploração e introduzir na Terapia um outro eixo deste pólo, a espiritualidade.

    Em 1992 Lowen colocou que o objetivo da terapia passava a ser para ele, auto-percepção, auto expressão, ou seja, conhecer-se, expressar sua verdade e ser dono de si mesmo. Passou a colocar o ego saudável como objeto principal da terapia, e a manifestação da sexualidade como uma das formas de expressão desse ego saudável.

    Chacras,Tantrismo,Budismo e Hinduismo

    A principal diferença repousa na maneira diferente de tratar os mesmos fatos fundamentais. O sistema hindu enfatiza mais o aspecto estático dos centros e suas ligações com a natureza elementar:...isso porque os chacras de um conteúdo objetivo na forma de sílabas-semente permanentemente fixas (símbolos estáticos).

    O sistema budista preocupa-se menos com o aspecto estático-objetivo dos chacras, e mais com o que flui através deles, com suas funções dinâmicas, ou seja, com a transformação da corrente de energias cósmicas ou naturais em possibilidades espirituais.

    A concepção dos chacras apresentada por DVK se assemelha ao dinamismo do sistema budista. Sistema + Movimento: é sentido e percebido = emoção-psíquico-físico-espírito.

    Sincronizadores das energias emocionais, mentais e etéricas, corpo-espírito-mente.

    O sétimo chacra: coronário-o maior é a sede dominante e faz a conexão direta com o primeiro chacra-kundalini.

    O CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL E ESPIRITUAL

    Os taoistas descobriram como aproveitar a energia mais poderosa da experiência humana – a energia sexual e aplica-la na busca pela saúde, juventude, longevidade e imortalidade espiritual.

    OS ÓRGÃOS SEXUAIS E O CÉREBRO

    Os órgãos sexuais tem uma estreita conexão com o centro do cérebro, especialmente a glândula pineal. Fazer a energia sexual circular descendo até o sacro e depois subindo até o cérebro, melhora a memória. Dizem os sábios taoistas: “faça a energia sexual voltar para revitalizar o cérebro”.(Bindú)

    O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática. Contrair e relaxar os órgãos sexuais, sahajoli (pompoarismo), aumenta a circulação de sangue e hormônios sexuais no centro do cérebro.

    Material e Metodologia

    Sobre os tópicos citados, e os referentes autores os quais menciono, é de grande valia ressaltar a interligação entre o sexo e a espiritualidade, estão relacionadas à saúde física, um não está desvinculado do outro.

    A importância dos chacras e a energia que flui em todo corpo seguindo uma vida sexual saudável, junto com os exercícios citados como o sahajoli é de extrema importância para a melhora constante de todo o corpo, não é apenas sexual, mas a energia que flui dos exercícios são ligados a saúde física levando ao desenvolvimento e crescimento espiritual, esse crescimento está nas técnicas tantricas e nas explicações sobre os chacras e a energia da Kundalini.

    Discussão

    Os autores mencionados em grande maioria cita a energia dos chácras como centro de energia, no livro de Hiroshi Motoyama relata sobre o Tantra Yoga, Kundalini , e a teoria dos chacras e os meridianos da acupuntura, o autor cita que existe a possibilidade da energia dos chacras serem comparados aos meridianos na acupuntura, e em outro ponto de vista a autora relata que a função dos chacras estão mais ligados a fatores emocionais. Acredito que os trabalhos dos autores citados são complementares, pois dizer algo sobre energia pode ser complicado, porque esbarramos no campo dos estudos. É através dos exercícios que se pode dizer mais sobre a energia que flui, pois não se trata necessariamente de uma ciência comprovada, ela não é vista, mas sim sentida. Sobre esses relatos complementares cheguei à conclusão que não existe a sexualidade desligada da espiritualidade, pois, através dos mesmos canais energéticos fluem as mesmas energias.

    Através desta visão a energia sexual é uma questão de saúde, pois ela é potente por ser uma energia vital e manifestada o tempo todo no universo. A pessoa que bloqueia esta energia desenvolve desequilíbrios.

    Através dos exercícios do Sahajoli trazemos benefícios à saúde, curando muitos casos de incontinência urinária, queda de útero, bexiga, ejaculação precoce, entre outros, sendo assim poderosa técnica para manter a saúde física de forma geral.

    Conclusão

    Conclui em meu trabalho e exercícios que realizei em meu próprio corpo, mais os relatos de alunos que também citaram suas experiências, onde através dos mesmos canais energéticos, flui a energia ligada ao sexo e a espiritualidade, sendo assim, quando se tem uma experiência sexual, as energias do orgasmo se reflete em todos os demais chacras, do primeiro ao sétimo chacra podendo ser comparada a iluminação ou nirvana da espiritualidade.

    A energia do primeiro chacra, chamado de Kundalini, é ativada através da atividade sexual, fantasias sexuais e dos exercícios do Sahajoli, criando uma potente energia que quando despertada passa do primeiro chacra e sobe para os demais, levando a ascensão espiritual.

    A finalidade do trabalho é também fortalecer a relação entre homens e mulheres dentro da monogamia através dos exercícios tantricos.

    A saúde está ligada ao fortalecimento do assoalho pélvico, onde se preserva a energia de todos os órgãos do corpo, não apenas os órgãos sexuais, pois se a base está flácida, todos os demais órgãos tendem a cair, assim, quanto mais os exercícios forem feitos, mais saúde de forma geral se tem e é por isso que os taoista entendiam que aproveitando a energia sexual o ser humano conseguiria manter por mais tempo a saúde, a juventude, a longevidade sexual e imortalidade espiritual.

    Conhecendo a energia do corpo, fica simples pensar e discutir sobre a sexualidade, e saber que através do conhecimento do nosso corpo e da energia que flui através dele, é possível chegar à saúde plena tanto física quanto psíquica, pois nossas ações e pensamentos são frutos da energia que circula em nossos corpos.

    Bibliografia

    Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    A cura pela meditação

    Cristina Cairo, Ed. Mercuryo

    Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    Os ensinamentos sexuais da Tigresa Branca – Segredos dos Mestres Taoistas

    Hsi lai, Ed. Aquariana

    Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Energia Sexual e Yoga

    Elisabeth brunton, Ed. Pensamento

    A deusa Durga

    Cláudio Duarte, Ed, Sexto Sentido

    A Espiritualidade nas Empresas

    Marilu Mastinelli, Ed. Sexto Sentido

    Teoria dos Chacras, Hiroshi Motoyama, Ed Pensamento

    Site Pesquisado : http://www.yogalotus.com.br/vamamarga.htm

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 20/05/2008 11:03


    O VILÃO QUE VOCÊ NÃO ENXERGA

    O VILÃO QUE VOCÊ NÃO ENXERGA 

    Seiiti Arata

    Terapeuta Holístico - CRT 31513 

    SINTE - Sindicato dos Terapeutas

    Holística 2008

    São Paulo - SP

    2008  
     
     
     

    O vilão que você não enxerga 
     
     

    RESUMO 

    O objetivo do presente trabalho é o de prestar contribuição para os profissionais da área de saúde, especialmente aos que atuam dentro da visão holística, para que seu trabalho possa atingir um grau mais elevado de satisfação junto ao cliente, independente de sua especialidade. 

    Para isso, serão abordadas diversas situações existentes na vida cotidiana das pessoas, as quais, por desconhecimento, acabam se expondo de forma inocente. 

    Isto acaba contribuindo para as freqüentes recidivas que tanto causa frustração ao profissional, em que pese a sua melhor técnica utilizada, bem como ao cliente que irá se desapontar com a aparente pouca durabilidade de resultado do tratamento recebido. 
     
     

    INTRODUÇÃO 

    De que adianta atuar de modo impecável com clientes usando as diversas técnicas da terapia holística, se em pouco tempo os mesmos problemas voltam a se manifestar? 

    É isso o que ocorre com diversos casos se alguns vilões invisíveis não forem identificados e neutralizados.  

    O cliente recebe um ótimo atendimento, sai satisfeito como o resultado e retorna para seus hábitos e ambientes insalubres, reativando mais uma vez o ciclo negativo. 

    Por isso, é importante que se possa identificar o que está acontecendo com os clientes mais recorrentes, que apesar de obter um alívio imediato na sessão, retornam constantemente com as mesmas queixas.  

    As técnicas estão sendo bem aplicadas, porém o problema maior pode ser o estilo de vida do cliente ou o local de permanência prolongada e exposição do mesmo. 

    O objetivo deste trabalho é procurar desvendar as causas dos principais elementos ocultos que podem estar causando esse retorno problemático.  

    O terapeuta que dominar esses “segredos” poderá alertar e orientar seus clientes e assim manter o resultado duradouro de suas sessões, aumentando a satisfação de sua clientela e, assim, sua reputação como um profissional de qualidade. 

    Devido ao limite de espaço, o presente trabalho apenas focaliza os principais elementos que causam o fenômeno do retorno dos problemas.  

    A lista de fatores perniciosos é longa e até assustadora. A mídia de modo geral parece não reconhecer ainda as descobertas mais avançadas e há muita controvérsia a respeito de determinados alertas, talvez até por interesses econômicos de grandes grupos. 

    Durante o desenvolvimento deste trabalho, serão expostos os resultados das mais avançadas pesquisas científicas a respeito de contaminação por alimentos e bebidas, poluição ambiental, ergonomia, campos eletromagnéticos, radioatividade e também, hábitos que podem desfazer o valioso resultado das sessões entre o terapeuta e seu cliente. 

    Esta matéria revelará técnicas de fácil aprendizado e aplicação propiciando uma alta taxa de permanência dos resultados terapêuticos positivos alcançados, indo um pouco além; graças ao conhecimento de fatores igualmente sutis, porém benéficos, que efetivamente auxiliam muito no processo de recuperação. 
     
     

    MATERIAL E METODOLOGIA 

    Para detalhar a metodologia e material, peço permissão para contar um pouco de minha história pessoal. 

    Há mais de vinte anos atrás sofri um grande mal em minha coluna cervical e lombar, a ponto de acreditar que nunca mais poderia voltar a caminhar e correr normalmente. Com grande dificuldade consultei diversas autoridades no assunto dentro da área tradicional que não me deram outra alternativa a não ser a intervenção cirúrgica. Alguns inclusive me recomendavam praticar natação, sendo que eu sequer conseguia me locomover! Estava claro que as soluções ortodoxas não eram adequadas para mim, naquela precária situação. 

    Para encurtar uma longa história, durante esses anos freqüentei diversos cursos e estudei profundamente tudo o que encontrava pela frente: auriculoterapia, shiatsu, acupressão, fitoterapia, trofoterapia, oligoterapia, reflexoterapias, magnetoterapia e outras. Até mesmo as modalidades menos conhecidas como apiterapia, geoterapia, terapia do limão, alimentação ajustada ao tipo sangüíneo, terapia com cristais, radiestesia e radiônica fizeram parte de uma lista ainda maior. 

    Todos esses estudos acabaram por resultar num sistema próprio de terapia conjugada que foi denominada de Método Arata. Parte desse método foi apresentado no Holística 2006 através da palestra “Terapia Corporal Descomplicada” e no Holística 2007 com a palestra “Terapia Energética Instantânea”. 

    A facilidade de aplicação do Método, e, principalmente pelos resultados impressionantes que podem ser obtidos por qualquer pessoa despertou grande interesse, e que pode ser mostrado em números: “Terapia Corporal Descomplicada” é o artigo número um em visitas no portal Sinte (*1) e “Terapia Energética Instantânea” é o artigo de oitavo maior interesse da Holopédia (*2) 

    Sinto-me gratificado em poder compartilhar experiências que contribuem para o trabalho de colegas que têm interesses semelhantes. 

    De modo análogo aos trabalhos anteriores, utilizo os conhecimentos obtidos ao longo dessas décadas e experiências de milhares de pessoas para enfrentar um tema o qual desconheço ter sido apresentado em outro cursos, ou palestras do gênero: o perigo dos invisíveis vilões ao nosso bem estar. 

    Caminhamos no sentido de equiparmos os nossos lares com aparelhos cada vez mais sofisticados graças à tecnologia moderna, visando facilidades, conforto, lazer e entretenimento. 

    A contrapartida dos benefícios apresentados pela vida contemporânea é uma maior tendência ao sedentarismo, que passa a incluir crianças que mudam seus hábitos desde pequenas.  

    Não apenas as áreas públicas para atividades físicas ficam cada vez mais reduzidas com a urbanização, mas também a falta de segurança se transforma em um motivo adicional para a permanência exagerada em espaços fechados. 

    Além dos hábitos que envolvem atividades físicas, a alimentação é um fator que também não pode ser deixado de lado. Conforme aumenta a industrialização de alimentos, maiores são os processos químicos envolvidos: não apenas aromatizantes, conservantes, adoçantes e essências são adicionados aos alimentos processados, mas até mesmo as frutas e cereais recebem camadas de cera para terem mais brilho e atrair o consumidor, além dos inseticidas que recebem e que podem contaminar em níveis acima do recomendável. 

    Tanto o sedentarismo como os hábitos alimentares podem ser os responsáveis por uma notável mudança do biotipo da população atual, sendo a obesidade o problema mais visível. E as outras disfunções de difícil correlação com este estilo de vida? 

    Em vista de tantos elementos que afetam a saúde e bem estar, é extremamente complexo encontrar as informações apropriadas para a orientação de quais são as melhores práticas a respeito desses fatores. Que alimentos escolher? Como lidar com ondas eletromagnéticas? 

    Quais metais pesados podem estar contaminando nossa alimentação? São inúmeras as preocupações que fazem parte de nosso cotidiano. Demandaria um tempo enorme listar todas as que conhecemos e assim a pesquisa realizada enfatiza os pontos mais recorrentes e de maior impacto, que serão sintetizadas de modo simples para a compreensão de todos. 

    É de fundamental importância o conhecimento básico a respeito dos fatores nocivos bem como as condições benéficas para a saúde e bem estar para a orientação das pessoas. 
     
     

    RESULTADOS 

    Os resultados são extremamente gratificantes e espetaculares. O Método Arata, por utilizar princípios apresentados também neste trabalho, produz espantosos resultados para diversas condições de clientes em poucos minutos e com baixa necessidade de retorno. 

    Problemas que persistiam por muitos anos, e num caso excepcional: cinqüenta anos de dor e enfraquecimento do joelho, a recuperação foi igualmente fantástica desde a primeira aplicação, em menos de cinco minutos! - apenas com o uso das mãos. 
     
     

    DISCUSSÃO 

    Como já exposto, são muitos os vilões invisíveis e assim a presente abordagem é direta aos pontos fundamentais que devem ser levados em conta aos terapeutas independentemente de suas técnicas favoritas, sobretudo considerando que a terapia holística se propõe a utilizar uma somatória de diferentes técnicas e conhecimentos em busca de harmonia e bem-estar. 
     

    Alimentos e bebidas 

    Apesar da grande oferta de produtos que hoje, são capazes de contornar a barreira de suas respectivas temporadas e chegam a todos nós, nem sempre são tão benéficos como gostaríamos que fossem. Os recursos artificiais envolvidos nos processos produtivos não são desprezíveis. 

    De acordo com Kurzweil (2004), dores abdominais, distensão abdominal por ar deglutido ou gases intestinais de fermentação, movimentos intestinais irregulares, desarranjos intestinais e/ou prisão de ventre, sensação de evacuação incompleta por movimentos intestinais, gases, enjôos e azia podem ser resultado de alimentação incorreta como excesso de açúcar, alimentos à base de amido com elevada carga glicêmica, gorduras pró-inflamatórias e bactérias e outras influências alimentares que resultam em inflamações e bactérias intestinais nocivas. 

    Recomendam-se alimentos integrais onde os mesmos não foram polidos. O polimento remove a importante camada que contém selênio que é um excelente mineral antioxidante. Perdem-se também as fibras e outros nutrientes essenciais ao organismo. 

    Os processos no preparo do alimento também podem contribuir para a perda de nutrientes como o cozimento. Da mesma maneira, no lugar de se tomar sucos de frutas, é preferível comê-las. O suco é o resultado de perda de vitaminas e fibras além da possível oxidação da polpa. 

    Ao se consumir produtos não orgânicos, devidos sua contaminação, recomenda-se passar pela imersão em peróxido de hidrogênio diluído antes do cozimento ou ingestão, por pelo menos 20 minutos. 

    Definem-se produtos orgânicos como os produzidos sem fertilizantes artificiais, pesticidas, inseticidas, herbicidas, hormônios, antibióticos e outros agrotóxicos. O terbutrin é um tipo de herbicida usado para destruir ervas daninhas em lavoura de trigo e cevada. Em cobaias, os testes revelaram anomalias no sistema nervoso, distúrbios graves degenerativos e fatais, bem como lesões nos rins e fígado. 

    O mesmo autor recomenda também a diminuição do açúcar, que aparece com diversas designações e em geral terminados com “ose”. As alternativas seriam o mascavo ou a stévia. 

    Um dos piores adoçantes é o aspartame que é responsável por muitos problemas graves.  

    Ao mau hábito alimentar está atribuída a grande incidência da obesidade que, conforme JAMA- Journal of the American Medical Association um obeso com 20 anos de idade, tem expectativa de vida reduzido em 13 anos comparado ao não obeso!  

    A obesidade além dos problemas fisiológicos conhecidos é causa, também, de problemas emocionais. 

    Outro problema relevante é o da possibilidade de ingestão de carnes de animais contaminados com metal pesado, especialmente pescados como atum, peixe-espada, agulhão e tubarão que podem conter grandes quantidades de mercúrio.  

    Geralmente quem foi intoxicado por mercúrio pode apresentar sintomas como dor de estômago, tremores, tristeza, gosto de metal na boca, dentes moles com inflamação e sangramento nas gengivas, sono irregular, falhas de memória e fraqueza muscular, nervosismo, mudanças de humor, agressividade, dificuldade de prestar atenção e até demência. 

    Outro problema digestivo comum é o relacionado à permeabilidade intestinal que é causada por inflamação crônica permitindo que toxinas, bactérias e partículas alimentares não digeridas no quimo intestinal entrem diretamente na corrente sangüínea. Isso pode resultar em problemas respiratórios, articulares e outras do tipo auto-imune. (Ibid Pg 113 ). 

    O mesmo autor enfatiza os malefícios das bebidas à base de cola que contribui para dificultar a fixação de cálcio. Sugere também a substituição do café que promove o aumento da acidificação do organismo, pelo chá de boa qualidade, que tem muitos componentes saudáveis. O chá reduz significativamente (44%) o risco de morte por causas cardíacas. 

    Quanto ao chá verde associa às suas qualidades antioxidantes reduzindo incidência de vários problemas graves. 

    Especificamente à questão alimentar, o Livro: “A D. do Tipo Sangüíneo” constitui uma boa referência a ser considerada e, também, recomendada neste trabalho. 
     

    Materiais de construção e poluição do ar 

    Nem todos sabem que certos tipos de materiais utilizados na construção (*3) podem afetar significativamente a quem habita ou que utilizam como ambiente de longa permanência.  

    O morador deve sair para o terraço ou quintal, pois lá o campo magnético já está mais próximo do natural. 

    Por outro lado, pisos de granito, ardósia, porcelanato de certas espécies, pisos de madeira tratados e envernizados que emitem toxidez por longo período de tempo são também nocivos. 

    Alguns materiais por serem sintéticos carregam-se de cargas eletrostáticas. São fatores que também podem debilitar o ocupante de tais ambientes. 

    Nestes casos, é fundamental que se deixe o ambiente bem ventilado de modo a se possibilitar a renovação do ar saturado, principalmente se o recinto esteve fechado por muitas horas. O problema é em estações de baixa temperatura, onde se costuma manter os cômodos fechados(*4)  

    Alguns tipos de lâmpada como as fluorescentes à base de reatores eletromagnéticos tendem a causar danos à vista. As que funcionam com reatores eletrônicos são melhores, pois, ao invés de 60 Hz trabalha com 35.000 Hz; assim, não causam o efeito estroboscópico. 

    Certos tipos de tintas utilizadas em paredes também apresentam toxidez devido ao excesso de metais pesados como chumbo. O ideal é não permanecer por muito tempo em ambientes recém pintados devido à maior concentração de gases tóxicos. Deve-se também favorecer uma boa ventilação até que as emanações diminuam com o tempo.  

    Grande parte destes problemas pode ser evitada no momento da aquisição das tintas e vernizes que devem conter baixa quantidade de metais pesados e baixa emissão de compostos orgânicos voláteis. 
     

    Produtos de limpeza e de higiene pessoal 

    Aparentemente inofensivos, mantêm contato com nosso organismo podendo causar intoxicações ao longo do tempo, especialmente os produtos clandestinos. Como já é de nosso conhecimento, os nossos ambientes domésticos apresentam uma lista impressionante de produtos altamente tóxicos, especialmente os utilizados para a limpeza e lavagem de utensílios domésticos. 

    Segundo pesquisa espanhola publicada no American Journal of Respiratory and Critical Care Medic. que analisou 3,5 mil pessoas - indicam que o risco de desenvolver inflamações crônicas no sistema respiratório (tosse, chiado) aumentaria de acordo com a freqüência da limpeza e o número de diferentes produtos usados. Produtos para perfumar o ar, e os utilizados para limpar móveis e vidros estariam entre os que representam maior risco. 

    Nestes casos, quando inevitáveis, a utilização de luvas, máscaras e filtros em determinados casos são as melhores saídas, até que os produtos passem a ser menos agressivos desde sua fabricação. 
     

    Ergonomia 

    A adaptação do ser humano às suas atividades laborais é de fundamental importância. Porém, quase sempre vem sendo relegada a planos secundários. Atualmente, cada vez mais, os computadores fazem parte de nossa realidade, desde a infância. 

    Horas e horas na mesma posição, que é a característica predominante nestas atividades, acabam por exaurir a resistência da maioria, queixando-se de diversos incômodos na coluna, pescoço, costas, braços e mãos, além de influências negativas sobre a gravidez.  

    Condições propícias para o surgimento de fadigas que podem se tornar crônicas com o passar do tempo, se nada for feito. 

    Elevados índices de absenteísmo estão relacionados à ergonomia. Muitos se licenciam por incapacidade física e sequer chegam à idade requerida para aposentadoria. Em muitos casos, quando ela chega, é, lamentavelmente, por incapacidade física. 

    A NR17 é uma Norma Regulamentadora publicada pelo Ministério do Trabalho. Esta norma estabelece uma série de condições que devam ser seguidas de modo a proteger o trabalhador sob o ponto de vista da ergonomia. Auditores Fiscais do Trabalho poderão autuar as empresas e condena-las ao pagamento de pesadas multas em caso de não obediência da mesma. 

    Recentemente descobriu-se que os teclados dos computadores são potenciais vetores para contágios de distúrbios como gripes, resfriados, problemas digestivos e intestinais devido ao grande número de germes e bactérias que são resultados da falta de higiene dos usuários. É muito comum que mesmo sem lavar as mãos, têm o hábito de comer durante o trabalho que não é o ambiente adequado para o ato de alimentar. 
     

    Estilo de vida 

    Porque o ser humano vem adotando atitudes que lhe são tão desfavoráveis? Porque ele é atraído tão fortemente ao ritmo, quase irracional dos novos tempos? 

    São apenas questões mentais; ou seja: de paradigmas. Suas convicções estão encravadas em sua mente, fazendo com que suas atitudes venham a ser exatamente dessa maneira. Quer trabalhar muito, produzir cada vez mais de modo a ganhar mais dinheiro ou trabalhar para alguém que considera a produtividade como prioridade máxima, exigindo-lhe ritmos insanos de produção. Porém isso gera tensão e empobrecimento emocional. 

    De acordo com Bacci (2005) a respiração descontraída promove o relaxamento muscular, assim como as emoções positivas propiciam a boa concentração mental. Por outro lado, a respiração contida dá origem à tensão muscular e as emoções negativas como medo, cólera, etc. causam agitação mental. A autora afirma ainda que respirar diafragmaticamente aguça a concentração mental, acalma as emoções e alivia a tensão muscular e as dores. 

    Como a tensão física desempenha um papel fundamental na etiologia da dor crônica, a importância na minimização da tensão no corpo, de modo a reduzir ou eliminar a dor, leva a se recomendar uma respiração calma, profunda e, portanto, diafragmática; ao contrário do que se verifica nos momentos de agitação mental onde a respiração é curta, pobre e não relaxante. 

    Sentir nervosismo excessivo em ambientes de trabalho seja por assédio, injustiças, excesso de cobranças e outros problemas de relacionamento tanto com os superiores como com demais colegas provocam agitação mental que tem sérios desdobramentos e que acabam comprometendo uma vida saudável. - Mas como sair dessas situações? 

    Carnegie (2006) explora diversas saídas para as situações mais corriqueiras e indesejáveis que acontecem em quase todos os ambientes, inclusive nos de trabalho. Em geral, as pessoas que se consideram vítimas de tais circunstâncias são as principais culpadas por tais situações. 

    Se a consecução de resultados visando sucesso profissional for o maior problema, recomenda-se a leitura de Covey (2007), de onde se destaca: “Os reativos são levados por sentimentos, circunstâncias, condições e ambiente. Os proativos são guiados por seus valores, cuidadosamente pensados, selecionados e interiorizados”. 
     

    Campos magnéticos 

    O planeta Terra apresenta campo magnético próprio (*5). Este campo afeta diretamente todos os processos biológicos incluindo a saúde humana. Esta energia é utilizada inclusive por aves, animais aquáticos e outros seres vivos como borboletas em sua migração anual. As bússolas, por exemplo, têm seus ponteiros orientados em função da força magnética dos pólos terrestres, indicando a direção do pólo norte. 

    Tanto os cabos de alta tensão como fios energizados criam campos magnéticos. Isto se deve à passagem da corrente elétrica por eles. Os equipamentos elétricos, especialmente transformadores, também criam um campo magnético. 

    Um transformador instalado num poste, localizado nas proximidades de uma residência, emite certa intensidade de campo magnético. Igualmente, Bueno (2005) reporta que um rádio relógio localizado a alguns centímetros da cabeça emite o seu campo magnético surpreendentemente elevado devido à má qualidade de seus transformadores internos. 

    Qual destes casos (transformador ou rádio relógio) pode ser mais prejudicial ao organismo da pessoa que está exposta? Não há como responder se não forem medidas (*6) as suas intensidades, por aparelhos de boa precisão e, posteriormente, comparados aos parâmetros de confiabilidade considerados máximos admissíveis (*7). 

    De uma maneira geral, o campo magnético verificado no interior das casas, especialmente quando a construção é em concreto armado (devido às ferragens) é bem inferior ao existente em ambiente natural externo. Isto significa que uma pessoa que permanece grande parte de sua vida no interior de uma edificação de concreto armado está com deficiência de exposição a campo magnético de maior intensidade quando comparado a outros em ambiente externo. A armadura de aço no interior do concreto funciona como uma gaiola isolante interceptando a emanação do campo magnético terrestre. 

    Um físico russo, George Lakhovisky, lançou a seguinte teoria: cada componente da célula deveria oscilar a uma freqüência específica para manter a sua função normal e assim manter-se saudável. Um distúrbio da saúde seria a alteração da freqüência de um ou mais dos componentes celulares. 

    Ele construiu um aparelho (*8) que oferecia uma faixa enorme de freqüências para, através do fenômeno da ressonância, as células terem a oportunidade de captar a freqüência específica que lhe era peculiar. Os pesquisadores que empregaram o MWO nunca observaram efeitos colaterais e descreveram grande sucesso no tratamento de problemas crônicos e metabólicos. 

    A máquina de Lakhovisky estava recuperando um organismo com desequilíbrio eletromagnético. Mas, então devemos nos perguntar: O que causou tais problemas? 

    Analisar as condições ambientais parece ser de grande relevância. Medir a intensidade dos campos magnéticos nas proximidades, principalmente nos ambientes onde o indivíduo permanece por longos períodos de tempo não pode ser desprezado. O local onde se dorme e onde se trabalha costumam ser os recintos que demandam maiores análises quantitativas. 
     

    Campos elétricos 

    Assim como os campos magnéticos, os campos elétricos causam influência nos organismos e, portanto aos humanos. Os limites recomendados pela OMS para campos elétricos (*9) oriundos de linhas de alta tensão, seguindo os padrões da Comissão Internacional de Proteção contra Radiação Não Ionizantes para público em geral são: 4,17 kV/m para Campo Elétrico e de 83,3 µT (microtesla) ou 833 mG (miligauss) para Densidade de Fluxo Magnético. As ocorrências de carcinog. foram levadas em conta nos estudos. 

    Analogamente ao caso da influência eletromagnética, o indivíduo deve procurar um geobiologista e verificar eventual excesso ao qual possa estar exposto e tomar as providências necessárias e possíveis. 
     

    Radiações não ionizantes 

    Ondas ionizantes são aquelas que têm a força capaz de deslocar elétrons da camada de um átomo, causando o que se chama de ionização. Todo átomo que perder elétron ficará com a somatória de sua carga elétrica positiva em maior número que a negativa, tornando-se, portanto, instável, ou seja: perdeu o seu estado de equilíbrio que tinha antes de ser ionizado. 

    As ondas não ionizantes são as que não chegar a causar esta ionização. Mas será que são totalmente inócuas e apenas causam aumento de temperatura das células? 

    Os fornos de microondas funcionam através de aquecimento promovido por vibrações de partículas constituintes aquosas das células, durante certo intervalo de tempo. Estas vibrações não são suficientes para deslocarem elétrons das camadas dos átomos. Mas, segundo várias correntes afirmam, acontece uma substancial perda nutricional dos alimentos preparados com este tipo de aquecimento. 

    Se esta suspeita for confirmada, poderá ser uma importante causa dentre as de deficiência nutricional a que certamente estará relacionada uma série de problemas fisiológicos que irão demandar tratamentos tradicionais ou holísticos. 

    Em muitos casos, dependendo dos vasilhames utilizados, como os de plásticos, acaba havendo séria contaminação tóxica dos alimentos por dioxinas que uma vez liberadas pelo forno contaminam os alimentos, e, portanto, um gravíssimo problema que é pouco divulgado. 

    Muitos dos fornos de microondas de uso doméstico não têm o sistema eficiente de vedação das portas como deveriam ter e permitem vazamentos de radiação pelas frestas. Nestas condições, uma pessoa pode ser atingida, involuntariamente, podendo sofrer danos, pois é muito comum permanecerem nas proximidades do mesmo, principalmente as suas cabeças. 

    Dependendo da intensidade da radiação de ondas não ionizantes emitidas por quaisquer aparelhos poderá haver maior ou menor capacidade de aquecimento da matéria em exposição ao campo. Mesmo quando a intensidade de radiação é mais baixa, um considerável aquecimento será possível, bastando apenas que a exposição seja por um intervalo de tempo maior. 

    Por isso que ao se utilizar telefones sem fio, desses de uso doméstico, por um determinado tempo, pode-se perceber uma sensação de calor superior do que com o uso do telefone com fio, na região da cabeça onde esteve encostado. É o efeito da radiação de microondas de menor intensidade por alguns minutos. Esses aparelhos funcionam sem fio, graças à base que está instalada em algum local da casa. Esta base é, também, uma Mini-Estação Rádio Base (Mini ERB (*10)). 

    Estas ERBs emitem radiações não ionizantes que podem ser prejudiciais, dependendo da intensidade e tempo de exposição. Nas suas proximidades, a intensidade é maior, diminuindo com a distância da mesma. O importante é, justamente, determinar a distância mínima de segurança que se deve manter da torre destas antenas, de modo a não receber os efeitos nocivos que ela pode causar. A preocupação torna-se maior às pessoas que permanecem mais tempo nas proximidades e especialmente as crianças, pelo fato de serem mais frágeis e possuírem menos massa corpórea, sujeitando-se a um dano ainda maior. 

    A utilização do aparelho de telefone portátil junto ao corpo não é recomendada, mesmo em estado de espera (stand by), pois, até nestas condições, de tempo em tempo, existe a intercomunicação deste aparelho com a estação mais próxima para ajuste de sinal. Neste momento, a radiação emitida aumenta e a parte do tecido mais próxima do aparelho recebe esta radiação. Mantida esta condição de exposição, por hábito e por muito tempo, pode resultar em lesões ou prejuízos nos órgãos mais frágeis e sensíveis nesta região. 

    Segundo resultado de algumas pesquisas, o simples fato de se utilizar um aparelho celular durante uma ligação por um período de apenas três minutos, causa alterações e danos às células cerebrais mais próximas ao aparelho, que necessitam de aproximadamente quinze dias consecutivos sem o uso do mesmo para seu completo restabelecimento. 

    Telefones celulares podem causar uma significativa exposição eletromagnética. Ninguém realmente sabe (*11) quais são os efeitos de longo prazo em segurar um transmissor de rádio (que é o que o telefone celular é no fim das contas) próximo de sua cabeça por centenas ou milhares de horas por ano. 

    Portanto, é importante limitar o uso de telefone celular. Se isso não for algo prático, pelo menos tente tomar passos para reduzir sua exposição eletromagnética enquanto o usa. Usando um aparelho de mãos livres com um fone de ouvido e microfone permite que o aparelho fique a alguns centímetros de distância de sua cabeça, assim você pode achar que está reduzindo a radiação que vem do telefone. Porém o fio que vai até seu ouvido pode na realidade funcionar como uma antena e assim seu ouvido e cérebro podem receber uma quantidade ainda maior de radiação em certas condições. 

    Atualmente, existem muitos usuários de computador portátil sem fio que se conecta à internet pelo sistema chamado “wireless” que nada mais é do que o mesmo sistema do telefone celular, captando sinal através de uma ERB - Estação Rádio Base instalada. Estas radiações são também do tipo não ionizantes. Outros aparelhos ou acessórios estão em nosso dia a dia como teclados, mouses e outros aparatos sem fio. O funcionamento é o mesmo: através de radiações não ionizantes. Portanto, ainda são preferíveis os que funcionam conectados por meio de fios. 
     

    Radioatividade 

    É muito comum o emprego de diversos materiais em ambientes de permanência prolongada e que emitem um tipo característico de radioatividade. O caso clássico mais comum é o do piso de granito ou ardósia que são aplicados em muitas residências. Igualmente, alguns pisos industrializados como os porcelanatos também podem emitir radioatividade considerável. 

    Uma casa ou apartamento novo, mas sem ventilação pode ser uma fonte de radônio (*12), um gás muito nocivo que exala do material de construção extraído de rochas contendo urânio, segundo afirmação do biólogo Vandir Gouveia, do Instituto de Engenharia Nuclear, no Rio de Janeiro. 

    O radônio, cujo nível permitido é de 200 bequerréis por metro cúbico, pode estar presente em materiais como granito, ladrilho e cimento. Dentre os problemas mais graves, relaciona-se aos da tireóide que pode chegar a ponto de ser até fatal; semelhantes aos causados por acidentes de usinas nucleares. 
     

    Ondas nocivas 

    Pode-se entender ondas como qualquer tipo de vibração, freqüência ou radiação. Dessa forma pode-se afirmar que existe um incalculável número delas. Estas têm a capacidade de alterar os corpos sutis e, que por conseqüência poderá alterar o corpo físico provocando incômodos ao indivíduo que acaba procurando tratamentos. 

    Dentre as diversas emissões de ondas nocivas naturais podem ser citadas algumas delas: correntes de ar subterrâneas, falhas geológicas, jazidas minerais radioativas, perturbações magnéticas, correntes telúricas, tudo que circula, tudo que estagna, tudo que produz disparidade, assimetria e disjunção. 

    A escolha de local energeticamente favorável para a construção de casa saudável vem merecendo cada vez mais atenção com auxílio da ciência denominada geobiologia. Desde as civilizações milenares o assunto era tratado com muito cuidado pelos estudiosos da época. 

    Muitos casos de problemas graves de saúde estão documentados e atribuídos aos fatores relativos às ondas nocivas. Käthe Bachler em “RADIESTESIA E SAÚDE” relata uma infinidade de casos de ocorrência de problemas relacionados à energia telúrica. 

    Dentre as diversas fontes de ondas nocivas relacionadas à modernidade pela atividade humana pode-se citar a eletricidade. Redes de alta tensão, instalações elétricas normais, falta de aterramento adequado, aparelhos eletro-eletrônicos, aparelhos de informática, telefonia, e outros. Todos eles produzem os seus campos elétricos, campos magnéticos e irradiações de todos os tipos. 
     

    CONCLUSÃO 

    É importante investigar profundamente todas as possíveis causas de tais desordens da saúde sem o que, os distúrbios poderão voltar em pouco tempo, fazendo parecer que o tratamento foi ineficaz ou apenas um mero paliativo. 

    Quais são os vilões invisíveis atacando o bem estar do cliente assim que ele sai da sessão com seu terapeuta holístico? Que conhecimentos básicos o terapeuta holístico deve transmitir ao seu cliente para lhe proporcionar harmonia e resultados duradouros, ampliando os benefícios do tratamento? 

    Durante uma sessão de atendimento normal, o Terapeuta Holístico deve se preocupar com os detalhes relatados pelo seu cliente. Normalmente as pessoas apontam os sintomas como dores, disfunções de qualquer natureza, cansaço, dificuldade de dormir, agitação e outros problemas que possa estar sentindo naquele dia. 

    Enquanto o profissional está praticando o seu atendimento, é recomendável também que observe outros detalhes como: início do problema, quando é mais acentuado, em que situação existe melhora ou piora dos sintomas, onde está localizada a moradia do cliente, se existe proximidade a algo que possa ser considerado como possíveis fontes de emissão de ondas nocivas como antenas, torres, transformadores, subestações, e similares junto ao seu habitat normal. Segue uma prática lista de pontos importantes a serem considerados: 

    Alimentação: 

      Perguntar quais são os alimentos que fazem parte de sua rotina, verificando a compatibilidade com seu tipo sanguíneo conforme obra de D'Adamo, altamente recomendada. 

      Proceder com orientação geral a respeito de boas práticas alimentares através de redução de fontes que podem iniciar processos negativos (refrigerantes a base de cola, adoçantes, alimentos contaminados com pesticidas e metais pesados, açúcar branco, farinha branca e arroz branco), assim como alimentos menos ricos em vitalidade como congelados, enlatados, embutidos (nitritos) e preparados em fornos de microondas. 

      Estimular o consumo de fontes benéficas como alimentos orgânicos, cereais integrais, preferência por frutas em seu estado natural ao invés de sucos processados, preferência pelo chá verde ao invés de café, preferência pelo açúcar mascavo ou stévia. 

    Materiais de construção: 

      Para itens de difícil substituição, como pisos de granito, porcelanato, verniz e tintas emissoras de compostos orgânicos voláteis, estimular hábitos saudáveis como caminhar regularmente em ambientes saudáveis, manter janelas abertas permitindo a circulação e renovação do ar, e orientando a escolha de materiais em futuras reformas. 

      Geralmente tintas com baixo brilho possuem menos solventes e, portanto, emitem menos compostos orgânicos voláteis. 

      Substituição imediata de itens práticos de remoção como lâmpadas fluorescentes e aquisição de itens como ventiladores que favorecem a circulação do ar. 

    Produtos de limpeza e higiene pessoal: 

      Assegurar-se de haver excelente circulação de ar durante e após o uso de produtos de limpeza de forma a reduzir sua inalação. 

      Utilização de luvas e filtros. 

      Cuidadosa limpeza das mãos após o contato com tais produtos, em especial antes de manusear alimentos. 

    Ergonomia: 

      Aplicação da NR 17 (*13) no ambiente de trabalho. 

      Implementação de hábito de periodicamente interromper o trabalho repetitivo diante do computador ou outra atividade para exercício simples e alongamento. 

      Cuidado especial ao manusear teclados de computador, geralmente altamente contaminados com bactérias e germes. 

    Estilo de vida: 

      Desenvolvimento mental e espiritual através de meditação, yoga e exercícios de respiração. 

      Sessões de reiki e alinhamento de chakras também contribuem para o bem estar e postura. 

      Desenvolvimento pessoal em comunicação e em lidar com situações desfavoráveis através de valores claros e atitude proativa, assumindo responsabilidade pelos próprios atos. 

    Campos magnéticos e elétricos: 

      Manter aparelhos eletrônicos como televisores, computadores, rádio relógio, roteadores wifi, telefones sem fio e celulares distantes da cama e locais de longa permanência. 

      Se possível, eliminar completamente o uso de fornos de microondas. Caso imprescindível, utilizar vasilhames e recipientes de vidro e permanecer distante do forno durante seu funcionamento. 

      Quando possível, experimentar mudar a cama em diferentes posições dentro do quarto e observar as diferenças na qualidade de sono e bem estar. 

      Consultar profissionais de geobiologia, radiestesia e feng-shui para uma verificação geral do ambiente, principalmente em ocasiões de mudanças e reformas que permitem uma maior adaptação ao cenário ideal. 

      Reduzir o uso de telefones celulares, usando o recurso de viva voz quando possível para evitar a proximidade do aparelho junto à cabeça. Não utilizar fones de ouvido que podem atuar como antenas e concentrar a ação das radiações diretamente na cabeça. 

    Profissional experiente presta atenção até no que não lhe foi relatado, no que não lhe é perceptível aos seus órgãos sensoriais. Deve recorrer aos seus conhecimentos e à sua capacidade intuitiva. - Durante o tratamento, terapeuta e cliente são dois corpos energéticos em sincronia procurando resgatar a harmonia energética universal. - Ambos e todo o resto são uma coisa só: O Todo. 
     
     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

    ALTENBACH Gilbert - Viver Mais e Melhor - Habitat e Saúde - Ed. Letras e Letras, 1995. 

    BACCI Ingrid - Livre-se Facilmente da Dor Crônica - Ed. Cultrix, 2007. 

    BACHLER Käthe - Radiestesia e Saúde - Ed. Cultrix, 1995. 

    BUENO Mariano - O Grande Livro da Casa Saudável - Ed. Roca, 1995. 

    BUENO Mariano - Viver em Casa Saudável - Ed. Roca, 1997. 

    CAMPADELLO Píer - Feng Shui para Harmonizar seu Lar e sua vida - Ed. Madras, 1998. 

    CARNEGIE Dale - Como Fazer Amigos & Influenciar Pessoas - Ed. Nacional, 2006. 

    COVEY Stephen R. - Os 7 Hábitos das Pessoas Alt. Eficazes. Ed. Best Seller, 2007. 

    DADAMO J. Peter - A Dieta do Tipo Sangüíneo - Ed. Campus, 2005. 

    DAHLKE Rüdiger - Qual é a doen. do mundo? - Ed. Cultrix, 2001. 

    GERBER Richard - Med. Vibracional - ED. Cultrix, 1988. 

    GIMBEL Theo - Energia Curativa Através das Cores - Ed. Pensamento, 1995. 

    KURZWEIL R & GROSMAN T - A Med. da Imortalidade - Ed. Aleph, 2004. 

    CORONA, Marly Del - Energias Além das Formas - Casa Ed. Schimidt, 1994. 

    MAYA Jacques La - Med. da Habitação - Ed. Roca, 1994. 

    POGACNIK Marko - Mudança Planetária - Destino Humano - Ed. Triom, 2002. 

    PÓVOA Helion - Radicais Livres - Ed. Imago, 1995. 
     

    NOTAS DE RODAPÉ 

    (*1) http://classico.sinte.com.br/modules.php?name=Top - Em 19.05.2008, o artigo Terapia Corporal Descomplicada lidera o interesse dos leitores em primeiro lugar com 26.288 leituras. 

    (*2) http://www.holopedia.com.br/ - Em 19.05.2008, o artigo Terapia Energética Instantânea lidera em oitavo lugar com 8953 leituras. 

    (*3) Existem estudos quanto à nocividade das construções em concreto armado, que acaba agindo como uma espécie de gaiola de Faraday, isolando e blindando o seu ocupante em relação aos campos de energia que são essencialmente vitais à sua saúde, podendo causar debilidades orgânicas. O campo elétrico que deveria estar numa faixa de 90 a 100 V/m acaba apresentando valores próximos de zero ou até valores negativos. ( MAYA , 1994, p. 95). 

    (*4) Vale lembrar a filosofia do Feng Shui: “tudo aquilo que não circula perde a sua energia vital - especialmente o ar e a água, essenciais à boa saúde” 

    (*5) Que tem intensidade aproximada de 300 mG (miligauss) na região equatorial e de 600 mG na região dos pólos 

    (*6) Existem aparelhos que tornam audível e visível a existência destes campos, trabalhando numa freqüência de 0,1 Hz a 20 KHz. (Med. da habitação - pg. 215 - J. La Maya - ROCA). 

    (*7) Segundo ICNIRP (International Commission on Non Ionizing Radiation Protection) as intensidades devem ser inferiores a 833mG para Campo Magnético e de 4,17 kV/m de Campo Elétrico. 

    (*8) O oscilador de múltiplas ondas (MWO) através de radio freqüência gerava campo eletromagnético harmônico que variava de 750 mil a 3 milhões de ciclos por segundo (750 kHz a 3 MHz), o qual alimentava antena de múltiplos círculos concêntricos, os quais por somatória de ondas harmônicas cobriam um espectro que variava de 1 a 300 trilhões de ciclos por segundo ( 1 a 300 Giga Hz ). 

    (*9) Segundo a OMS, sob as Linhas de Alta tensão o limite para a intensidade do campo magnético está na faixa dos 20 µT; e para residências na faixa de 0,10 µT. Acima de 100 µT, mesmo em exposição de curta duração, pode haver estimulação dos nervos e do sistema nervoso central. Para as residências, recomenda-se, por cautela, não ultrapassar a casa dos 0,3 a 0,4 µT. Acima destes valores, existem registros de que os casos de leuc. infantis teriam as suas taxas de incidência de duas vezes à taxa normal. 

    (*10) No caso de telefonia celular, as ERBs são as que estão em locais estratégicos das cidades, onde diversas barras verticais fixadas em um local relativamente alto, em torno da torre, compõem uma instalação típica demodo a cobrir uma determinada área fornecendo o sinal necessário tanto para recepção como para efetivação de uma ligação telefônica. 

    (*11) Contrariando a própria tese das empresas, que afirmam serem insignificantes os efeitos maléficos, como o do aparelho celular, - elas próprias recomendam, por outro lado que não sejam utilizados no interior das aeronaves, próximo de postos de gasolina, hospitais, escolas etc. 

    (*12) Nos Estados Unidos, já rotina a solicitação de laudos sobre o radônio antes de se mudar para um imóvel. Vandir utiliza um detector de radônio no ar, que fica instalado no local durante três meses consecutivos, fornecendo diariamente a quantidade média do gás. 

    (*13) http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_17.asp 

    Autor: : Seiiti Arata - Terapeuta Holístico – CRT 31513
    Última atualização: 26/05/2008 10:39


    Geoterapia, Fitoterapia, Radiestesia, Radiônica E O Equilíbrio Energético À Distância

    Geoterapia, Fitoterapia, Radiestesia, Radiônica E O Equilíbrio Energético À Distância

     

    Nilma Glória Braga Siqueira - Terapeuta Holística - CRT 30758 

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    Dedico a todos que não se cansam de dedicarem-se energeticamente à procura de novos caminhos de harmonização integral.

     

    AGRADECIMENTOS

     

                   A Deus, pela vida. 

                  Ao SINTE, por dar oportunidades novas a novas manifestações de idéias aplicadas, e a todos que, com suas energias vibráteis comprovaram estas idéias aplicadas com simplicidade.

     

    “Deve-se ter sempre em mente que no universo manifesto tudo é energia em circulação, sendo que todo pensamento constitui a expressão de algum aspecto desta energia”.

                               (BAILEY)

                                

    SUMÁRIO

     

    1- Introdução                                                                                                                                                          

    2- Material e Metodologia                                                                                                                             

                  2.1- Material empregado                                                                                                                

                  2.2- Métodos realizados                                                                                                                

    3- Radiações                                                                                                                                                          

                  3.1- Radiações Físicas                                                                                                                

                  3.2- Radiações Mentais                                                                                                                

                  3.3- Ondas Radiestésicas                                                                                                               

                  3.4- Radiações Tele – Terapêuticas na atmosfera                                                        

                  3.5- Inconsciente                                                                                                                              

    4- Relação dos sete principais Chakras Espinais com a Geoterapia                            

    5- Valor da Geoterapia e suas aplicações                                                                                    

                  5.1- Algumas normas para o uso da argila como cataplasma                            

                  5.2- Efeitos obtidos com o uso da argila                                                                                    

    6- Casos exemplares                                                                                                                              

    7- Resultados                                                                                                                                            

    8- Discussão                                                                                                                                                          

    9- Conclusão                                                                                                                                                          

    10- Referências Bibliográficas                                                                                                               

     

     

    RESUMO

     

    A experiência aplicada por vários meses em atendimento a clientes à distância levou-me a escrever este trabalho que consiste em usar a Radiestesia (com o pêndulo, dual-rood, auramitter), a Radiônica com os gráficos, a Geoterapia com a argila pura e mais os chás, nos quais se dissolve a argila, pra com este conjunto se tentar a harmonização da pessoa como um todo, incluída no Universo, com êxito testado e aprovado pelos que passaram por ela.

     

    1- INTRODUÇÃO

     

                  Estamos todos envolvidos em um mar de idéias. Idéias claras e outras não tão claras. Idéias possíveis e outras menos possíveis. Há interpretações para quase tudo, mas agora é a hora de não só interpretar o mundo, mas transformá-lo, partir para a ação possível, a única eficaz porque aplicada na realidade. É como uma semente que, se plantada, cresce e dá frutos, e se não plantada, é só uma semente que não teve oportunidade de mostrar a vida que guarda. E neste estudo, as idéias são sementes plantadas que expandem a força vital, tornando-se mais vivas e mais vida.

                  Estamos todos nos beneficiando das experiências das gerações anteriores. O universo continua a se expandir em contínua vibração. A lei da atração fala que coisas e vibrações semelhantes se atraem, portanto, tudo o que existe na realidade física existe por causa de um pedido direcionado, a partir desta realidade. Daí a importância de todos aqueles que nos antecederam e que pediram. Pediram respostas para perguntas, soluções para problemas, melhorias para situações e a realização de desejos.

                  Viver a diversidade e os contrastes, definir a preferência e direcionar o desejo - é isso que produz a Energia Criativa do Universo e faz toda a vida evoluir.

                  Nesse trabalho é usada a Radiestesia que através do pêndulo contatando o inconsciente através das ondas eletromagnéticas e decodificando-as para saber das individualidades pessoais e desequilíbrios, mais o uso da Geoterapia que é um poderoso instrumento de harmonização, otimizada pela ação das energias dos princípios ativos existentes nas plantas direcionadas para os desbloqueios de meridianos, juntamente com a Radiônica, que expande em grande intensidade as energias vibratórias, há um excelente resultado na harmonização pessoal aqui, do cliente à distância.

                  Harmonização pessoal é alinhar-se com seu SER ESSENCIAL, que tem um poder de transmitir-lhe clareza, vitalidade, entusiasmo, bem-estar físico, abundancia em todas as coisas que considera boas e uma exuberante alegria. Este é o estado natural do ser que realmente é.

     

    2- MATERIAL E METODOLOGIA

     

    2.1- Material empregado:

    • Ficha do cliente, fornecida pelo SINTE com os pontos de alarme e meridianos desenhados;
    • Pêndulo neutro, dual-rood, auramiter;
    • Gráficos de Radiônica;
    • Argila;
    • Folhas desidratadas para chás fitoterápicos

     

    2.2- Métodos realizados:

                  Atendimento à distância usando as fichas dos clientes.

                  O procedimento adotado para o atendimento à distância é o seguinte: em primeiro lugar, há o contato do cliente conosco, via telefone ou e-mail solicitando ser atendido à distância, porque está impossibilitado de vir presencialmente por vários motivos: ou mora muito longe, em outra cidade, ou país, acamado, ou outros motivos. Fornece seu nome, data de nascimento e endereço, tudo isto passado para a Ficha do cliente com o desenho do corpo, os pontos de alarme e meridianos desenhados.

                  Passa-se ao estudo do cliente individualmente:

    • Qual a cor de viração da aura da personalidade?
    • A qual Movimento Chinês pertence?

    Anota-se estas informações. Continua-se a análise com o pêndulo. Quais os meridianos bloqueados?

    Providência: desbloqueio com o grafite.

    • Quais os chakras bloqueados e glândulas desequilibrada? Quais os estados emocionais mais tensos? Aqui é que entra a nossa tarefa para maximizar os resultados. Qual a planta que vai ajudar a otimizar esta maximização?

    Escolhida com o pêndulo esta planta. Faço um chá mínimo numa xícara com ela e depois de esfriado, coloca-se nele a terra pura, a argila e mistura-se com um palito novo (pau de picolé comprado na papelaria, que serve para trabalhos de criança de pré-escolar). Feito este barro, é colocado na ficha do cliente no local onde está mais bloqueado e deixado lá. Molha-se este barro durante aquele dia por três vezes e no outro dia o mesmo é jogado fora e substituído por outro novo e molhado mais três vezes. Assim, por, no mínimo, sete dias, podendo ser mais e quando se molha este barro, vai-se emitindo bons pensamentos de harmonização para aquele cliente que está sendo tratado. A energia atravessa todas as distâncias e faz efeito lá onde o cliente está e dentro de poucos dias ele terá melhorado tanto física como emocionalmente e estará equilibrado, sem nem saber como.

    É preciso que o cliente participe deste processo, colocando-se na posição de receptor que quer ser trabalhado e que acredita na emissão e recepção de boas vibrações e radiações para ele.

     

    3- RADIAÇÕES

     

                  A física atômica - molecular - nuclear nos prova que de cada corpo emana radiações, cujas ondas são tanto mais curtas, quanto maior for a sua temperatura.

                  A Radiestesia se ocupa essencialmente da captação das emanações dos corpos. Vejamos algumas espécies de radiações:

     

    3.1 - RADIAÇÕES FÍSICAS:

     

                  No mundo atômico foi descoberta uma variedade abundante de irradiações pelo fato de os átomos se comporem de elétrons, prótons, nêutrons e outras partículas que sofrem contínuos deslocamentos e combinações com elementos e partículas de outros átomos.             

                  Há uma contínua intercombinação química, todos esses fenômenos físico-químicos provocam radiações e vibrações que denominamos físicas ou eletromagnéticas.

     

    3.2 - RADIAÇÕES MENTAIS:

     

                  Toda atividade mental emite radiações com as mais variadas ondas, já comprovadas pela Medicina através do eletroencefalograma. Por isso, a morte clínica não é aceita quando for comprovada a ausência de qualquer radiação mental.

                  Outra comprovação das ondas mentais são as emanações neuroenergéticas da nossa mente que provocam a variada fenomenologia psicocinética, já largamente comprovada pela PARAPSICOLOGIA.

                  O nosso sistema nervoso é sempre estimulado pela mais variada gama de radiações que estão perto de nós e pelos nervos aferentes são conduzidas ao cérebro. Essas ondas geralmente passam despercebidas, mas no momento em que a nossa mente se coloca em sintonia com elas, o nosso cérebro, através dos nervos aferentes, pode transferir essas captações ao pêndulo ou à varinha, imprimindo-lhes variados movimentos que transistorizam as mensagens do inconsciente para o nível consciente.

                  Desta forma, podemos conhecer realidades que, de outro modo, seriam difíceis ou até impossíveis de serem conhecidas, como sejam a existência da água, minerais, tesouros escondidos no subsolo, objetos perdidos, desequilíbrios energéticos, etc.

                  O bom radiestesista nunca se cansa de estudar as radiações.

     

    3.3 - ONDAS RADIESTÉSICAS:

     

                  Se todos os corpos emitem radiações, existem inúmeras radiações que se interligam, mas só captamos as que nos interessam. Por isso, quando vamos estudar alguém, escrevemos o nome e a data de nascimento daquela pessoa para individualizar o tratamento e nosso inconsciente possa captar através das ondas, as radiações que aquela pessoa emite e assim decodificá-la. Chamo este estudo de DSN - “Decodificar Subconsciente Naturalmente”, cujo método está incluído no todo do nosso tratamento que é denominado TDNH - Terapia Despertar Notável Holístico, que é o descobrimento dentro de si mesmo de um novo modo de ver os acontecimentos para alcançar o plano harmonioso de bem-estar.

                  Os seres emitem radiações e os animais já sabiam e usavam isso desde sempre, por exemplo, a abelha tem um sistema nervoso organizado para vibrar a uma frequência determinada e sentir as flores melíferas a uma grande distância e captar as radiações características da colméia materna.

    Já foi demonstrado que as flores melíferas têm exatamente a mesma frequência vibratória da abelha. Os animais só sintonizam nas ondas que lhes são necessárias para conservar e propagar a sua espécie.

                  A pessoa humana sintoniza a onda que lhe aprouver; para isso, ela “fecha” seu cérebro outras ondas que não lhe interessam e capta as ondas que precisa no momento.

                  Um bom procedimento é esfregar as mãos estabelecendo um curto circuito desimpregnando-se das radiações estranhas e, em seguida, usando a Ficha de Cliente com as informações da pessoa, sintonizar com as radiações dela para o teste a ser estudado.

     

    3.4 - RADIAÇÕES TELE-TERAPÊUTICAS NA ATMOSFERA:

     

                  Disse Aristóteles que o mínimo movimento de um dado repercute até o fim do mundo. É sabido que todo corpo emite radiações que se espalham na atmosfera. Essas radiações, partindo de uma pessoa humana, podem ser portadoras de uma mensagem que se realiza em alguém, a que esteja afetivamente ligado, mesmo estando longe.

                  No livro Noções Práticas de Radiestesia, do Pe. Bordeaux (TASLEY, 2005), é narrado que Mme Barret equilibrava muitas pessoas só colocando a mão em direção delas. Também é relatado o fato de um terapeuta ter grande êxito de harmonizar pessoas passando a mão sobre a fotografia. Perguntavam-lhe se tinha sempre êxito, ele respondia que não e não sabia dizer porque, pensamos que era porque alguns estavam mais receptivos ou não.

                  É falado também que outro terapeuta recebeu uma carta com alguns cachos de cabelos de sua cliente, cuja febre não a largava e após colocar umas ervas sobre seus cabelos, a cliente lá longe se restabeleceu.

                  Estes fatos, em Radiestesia, são chamados de ONDAS EQUILIBRADORAS DA ENERGIA.             

                  Conclui-se daí que: a extensão das ondas existe a distâncias incomensuráveis; a possibilidade de dirigir livremente as próprias ondas e as ondas de uma planta para uma determinada meta, supondo sempre um ato de vontade.

     

    3.5 - INCONSCIENTE:

     

                  O inconsciente ocupa uma posição de primeiro plano na produção dos fenômenos radiestésicos. Quando o radiestesista opera, está em estado de vigília, e em plena posse de todas as suas faculdades conscientes. Ele se concentra voluntariamente sobre o objeto de sua pesquisa, esperando a resposta pelos movimentos do pêndulo.

                  O Radiestesista, ao iniciar sua pesquisa, precisa fixar sua atenção num objetivo bem definido. Isto estimula o inconsciente em suas faculdades perceptivas e seletivas. As interrogações claras e diretas vão determinar respostas certas.

                  Psicologicamente, é impossível compreender o inconsciente, pois ele contém, simplesmente, todos os caracteres da vida psíquica. Por isso, o seu papel é extremamente importante e condiciona uma grande parte de nossa atividade consciente, tanto mais que ele está sempre desperto, não conhecendo nem cansaço nem erro.

                  Nas pesquisas radiestésicas, as faculdades de percepção e de seleção permitem ao inconsciente perceber diretamente a resposta certa e externá-la com os movimentos do pêndulo.

                  O inconsciente efetua de uma maneira automática, em relação às coisas inacessíveis aos nossos sentidos, a operação de discernir, reconhecer e identificar as manifestações exteriores das coisas.

                  Fora dos estímulos físicos, sociais e vitais somos dirigidos por causas interiores, sejam fisiológicas, sejam psicológicas. Essas causas, ao aparecerem na consciência, prendem a atenção, mas na maioria das vezes, permanecem desconhecidas, agem do fundo do inconsciente e determinam atos independentes da inteligência.

                  A atividade do inconsciente não produz cansaço, pelo contrário, descansa, relaxa. O radiestesista deve exprimir o seu desejo com calma, serenidade e convicção, pensando somente no objeto da pesquisa. Cumpre proceder sem pressa, sem ardor e esperar o tempo necessário para a reação do inconsciente. Se essa reação não vier, deverá ser atribuído seja a uma expressão inadequada do desejo, seja a uma impossibilidade de uma resposta positiva.

                  As pesquisas radiestésicas são, em geral, simples. Quando a resposta não vem rapidamente é porque a questão é muito complexa e o inconsciente precisa de tempo para dar a solução.

                  O pesquisador, se abandonar a pesquisa por um tempo, pode ser surpreendido com a resposta em determinado momento sob a forma de um insight, um lampejo de solução favorável e completa.

                  O trabalho do inconsciente não resulta de um princípio misterioso, vindo das profundezas do infinito. É uma espécie de gestação lenta dos elementos introduzidos em nós pelo estudo, e um certo trabalho preparatório de reflexão consciente. O resultado dessa gestação não é sempre uma solução completa, toda acabada, mas inspirações, intuições, sugestões que facilitam um trabalho consciente complementar a essa solução. Um dos segredos básicos para obter uma resposta certa do inconsciente é saber formular as suas interrogações mentais.

                  O campo vital é o corpo sutil, corpo etérico, de energia, que envolve o corpo físico e é condutor das forças que, através dos chakras, estimulam o funcionamento da forma física.

                  Portanto, a função primordial do campo vital ou corpo sutil, é de conduzir a energia para o corpo físico e vitalizá-lo, integrando-o ao campo vital da terra e do sistema solar. No plano etérico, todas as distinções desaparecem, porém, a individualidade permanece. Bailey afirma: “O corpo etérico reage normalmente, como é de seu desígnio, a todos os estímulos oriundos dos veículos mais sutis. Ele é essencialmente um transmissor e não um gerador... o compensador de todas as forças que chegam ao corpo físico (denso).”

                  Eugene Cosgrove, em seu livro Letters to a Disciple fala sobre a questão da importância prática do corpo etérico.

                  O corpo etérico ou sutil tem uma influência muito grande sobre o corpo físico e esta influência é exercida através dos núcleos ou chackras que se localizam, os principais, ao longo do canal espiral etérico.

    • Cada núcleo ou vórtice de vitalidade ou chakra possui o seu correspondente no corpo físico denso.

    O importante é que os núcleos físicos ou órgãos localizados são efeitos da ação vibratória dos núcleos etéricos. Estes, por sua vez, são efeitos dos núcleos correspondentes nos níveis emocionais.

    • Em nossa fisiologia existem sete núcleos - três primários e quatro secundários. Eles não somente possuem as suas correspondências no organismo físico, como também no sistema planetário e nos organismos do sistema solar.
    • Os três principais núcleos são: a cabeça, a testa e o coração. Os quatro secundários são: o plexo solar, laríngeo, umbilical e a base da espinha.

    Cosgrove efetua esta divisão dos núcleos em primários e secundários, baseando-se nos três aspectos da energia encontrados na alma. Os núcleos da cabeça relacionados com o princípio da vontade, os da testa, com a Inteligência Ativa, e os do coração, com o Amor-Conhecimento. Os demais são um pouco menos importantes para a evolução.

    Existem além destes sete mais 21 chackras menores, distintos e inúmeros núcleos de energia menores no mecanismo humano. O núcleo umbilical, de categoria própria, recebe a energia fluida do sol e distribui aos outros núcleos e ao corpo etérico.

    Alice Bailey amplia a explanação de Cosgrove quanto à importância do corpo etérico, dizendo: “São os núcleos que mantêm o corpo coeso e fazem dele uma totalidade coerente, vitalizada e ativa... uma pessoa pode estar desarmonizada e indisposta, ou forte e saudável, de acordo com o estado dos núcleos e de seus precipitados, as glândulas”.

                  O tratamento radiônico é feito pela detecção de onde se encontra a energia estagnada para colocá-la em ação e assim revitalizar os núcleos, que são os chakras e, em consequência, harmonizar as glândulas para que a pessoa se sinta bem.

                  Este sentir-se bem só é duradouro, se a pessoa que recebe o tratamento amplia a sua consciência através da modificação do seu comportamento e de suas ações.

                  Tenho convicção de que, se prestarmos um pouco mais de atenção aos núcleos de força que geram e governam as glândulas, melhoraremos como praticantes de Radiônica, porque teremos melhores resultados.

                  Os aparelhos de Radiônica são emissores de certos tipos de ondas que permitem, por um fenômeno de harmonia vibratória próxima da Radiestesia, harmonizar as ondas pessoais do pesquisado com a desta ou daquela pessoa. Realizado esse acordo de simpatia, é então possível procurar quais são as freqüências que estão perturbadas no cliente. O Dr. Abrams, no início do século XX, constatou que se um órgão estava com problemas emitia um som diferente, uma vibração diferente. Usava o método de consulta à distância, colocando uma gota de sangue do cliente num mata-borrão (papel especial, tipo absorvente) para estudá-lo através das radiações pessoais daquele.

     

    4- RELAÇÃO DOS SETE PRINCIPAIS CHAKRAS ESPINAIS COM A GEOTERAPIA:

     

    1 - CORONÁRIO:   Cor: Violeta.

    Glândula relacionada: Pineal.

                                   Área de influência: Parte superior do cérebro; olho direito.

                                                 Atributos: Equilíbrio espiritual.

                                              Positivo: Iluminação.

                                                 Negativo: Arrogância, orgulho, fanatismo, fuga para a fantasia.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme do estômago.

     

    2- FRONTAL:              Cor: Anil.

    Glândula relacionada: Pituitária.

    Área de influência: Parte inferior do cérebro; nariz; seios; sistema nervoso.

                                                 Atributos: Intuição.

                                              Positivo: Tolerância, forte intuição, união familiar, justiça.

                                                 Negativo: Paralisia mental, cinismo, austeridade, inconveniência.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    da vesícula biliar.

     

    3- LARÍNGEO:              Cor: Azul.

    Glândula relacionada: Tireóide.

                                              Área de influência: Olho esquerdo; ouvidos.

                                                 Atributos: Essência espiritual do cosmo.

                                              Positivo: Alegria, versatilidade, espiritualidade, paranormalidade.

    Negativo: Preguiça, inércia, Fraqueza, Auto-indulgência.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do pulmão.

     

    4- CARDÍACO:       Cor: Verde ou rosa.

    Glândula relacionada: Timo.

                                              Área de influência: Coração, sangue, sistema circulatório.

                                                 Atributos: Força vital da terra.

                                              Positivo: Determinação, paciência, equilíbrio, confiança.

                                                 Negativo: Visão estreita, desejo de segurança, ciúme, inveja.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do coração.

     

    5-PLEXO-SOLAR: Cor: Amarelo.

    Glândulas relacionadas: Baço, pâncreas.

    Área de influência: Estômago , fígado, vesícula biliar.

                                                 Atributos: Intelecto.

                                              Positivo: Mente sutil, sensibilidade, comunicação, criatividade.

                                                 Negativo: Inconstância, compulsão, superficialidade, egoísmo.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    do baço, pâncreas.

     

    6- ESPLÊNICO:      Cor: Alaranjado.

    Glândula relacionada: Gônadas.

                                              Área de influência: Aparelho reprodutivo.

                                                 Atributos: Equilíbrio físico, mental.

                                              Positivo: Tolerância, compreensão, organização, liderança.

                                                 Negativo: Pressa, teimosia, crítica, indecisão

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    da bexiga.

     

    7- BÁSICO:                            Cor: Vermelho.

    Glândula relacionada: Supra-renal.

    Área de influência: Coluna espinal, rins.

    Atributos: Energia física, vida

                                              Positivo: Alegria, extroversão, paixão, coragem

                                                 Negativo: Cólera, tensão nervosa, agressividade,

    possessividade.

                                                 Onde colocar o barro (argila com chá): Altura do ponto de alarme

    dos rins.

     

    5- VALOR DA GEOTERAPIA E SUAS APLICAÇÕES

     

                  Geo = origem, terra. A terra tem um poder de restauração muito grande. Nós a herdamos de graça e, muitas vezes, quase não a utilizamos. Dela vêm nossos alimentos.

                  O homem moderno não usa a terra, perdeu o contato físico com ela. Só usa calçado de borracha e outros que o isolam da mãe-terra, deixando de usufruir os benefícios advindos da proximidade com ela, como descarregar energias negativas e puxar energias positivas só com o caminhar descalço sobre a terra. Vive-se poluindo a terra por toda parte e não se usa-a para a harmonia pessoal.

                  Os índios utilizam muito a terra como processo harmonizador. Quando são picados por uma cobra venenosa ou ferroados por uma abelha ou vespa, põem terra úmida ou barro sobre o ferimento e o que acontece: sai o veneno, não incha e a dor é eliminada em poucos instantes. Para acabar com a febre, o índio também costuma enterrar-se por algum tempo e depois tomar um banho frio. Basta isso para que a febre desapareça.

                  A terra, como diz M. Lezaeta Acharan, “refresca, desinflama, descongestiona, purifica, cicatriza, absorve e acalma, é um laboratório de vida e jamais nos prejudicará a terra pura”.

                  São inúmeros os desequilíbrios energéticos capazes de se harmonizarem com o uso da argila, barro, em aplicações exteriores e no corpo, e de acordo com as radiações detectadas pelo pêndulo com a análise do cliente à distância usando a Ficha do Cliente os pontos de alarme, os chakras, vamos usando com persistência as aplicações do barro que fazem verdadeiros “milagres”.

     

    5.1- Algumas normas para o uso da argila como cataplasma:

     

    • Colher terra virgem, pura, não importa a cor, em profundidade (meio metro), de preferência no meio do mato ou cavar bastante buraco no barranco e tirar a terra do fundo;
    • Peneirar e desmanchar os torrões maiores; em seguida, secar esta terra ao sol e guardar em vasilha que não enferruje ou oxide, como é o caso do ferro, cobre e alumínio que não devem ser usados para guardar o produto. Pode-se usar a terra fresca colhida na hora sem secar, evidentemente;
    • Ao usar, misturar água limpa e deixar repousar um tempo até que a argila se desmanche por si;
    • Misturar bem até formar barro liguento; não usar metal para isso;
    • Usar a argila só uma vez e depois joga-se fora;
    • Perseverar, isto é, quando se começa a aplicação de argila, não se deve interromper durante, pelo menos, 10 dias;
    • Pode provocar dor; neste caso, usa-se por menos tempo - uma hora por dia;
    • A água em que se mistura a argila deve ser pura, natural e pode ser substituída em certos casos por chás de plantas, como alecrim, cavalinha e outras.

     

     

    5.2- Efeitos obtidos com o uso da argila:

     

    • A terra é bactericida, isto é, mata bactérias, elimina células estragadas e forma outras novas;
    • Cicatriza inflamações internas;
    • Purifica e enriquece o sangue;
    • Fortifica os órgãos internos, desperta forças vitais, sem ser um excitante;
    • Acaba com parasitas e vermes;
    • Harmoniza a pessoa como um todo.

    A argila tem poderes ainda não completamente desvendados. O notável é que ela age positivamente, mesmo sendo colocada à distância, no testemunho do cliente, como é o caso deste nosso estudo e pesquisa, aqui, na Ficha do Cliente.

     

    6- CASOS EXEMPLARES

                 

    Nomes fictícios de clientes:

     

    1º caso: M. C. feminino, 33 anos, cabeleireira. Trabalha na pastelaria, de segunda a sexta-feira, das 6 h às 16 h; de 17 h às 20 h e no sábado é cabeleireira. Há dois meses a quando estava fritando pastéis, a gordura respingou em sua mão direita, queimando-a. Iniciou-se o tratamento com argila com folha de babosa, na mão do desenho da ficha de cliente. A cliente nem precisou ir ao Pronto Socorro, porque não sentia dor e rapidamente no outro dia já não realçava nada.

     

    2º caso: N. B., feminino, 42 anos, dona de casa. Vai passar o café com muita pressa e tudo vira em cima dela, queimando-lhe a perna. Iniciou-se o tratamento com aplicação da argila com babosa, no ponto de alarme do estômago. Houve melhorias imediatas e visivelmente significativas.

     

    3º caso: J. F, feminino, 55 anos, aposentada. Muito angustiada e nervosa, não melhorava com nada; pensei: é bloqueio do meridiano do coração; apliquei barro na altura do chakra cardíaco e dentro de 2 dias, ela resolveu voltar a cantar no coral.

     

    4º caso: M, S, masculino, 35 anos, pedreiro. Agitadíssimo, e com nariz entupido, falando sem parar. Barro na barriga, no desenho, acalmou-o e desentupiu o nariz em 2 dias.

     

    5º caso: C, F, feminino, 29 anos, professora de 1º grau. Não conseguia engravidar, apesar de tratamentos com os melhores médicos da região. Coloquei barro no baixo ventre dela por 20 dias com chá de tiririca e já têm hoje 6 meses as gêmeas.

     

    6º caso: P. M, feminino, 83 anos, aposenta. Caiu da escada e foi parar no Pronto Socorro; ficou toda roxa e apresentava dores por todo o corpo. Coloquei barro na ficha dela nos braços e abdômen, até os médicos ficaram admirados como ela melhorou rápido com os remédios deles, ficou até sem olheira.

     

    7º caso: S, R, feminino, 14 anos, estudante. Brigou com outra adolescente rebelde e se feriu com estilete no rosto. Polícia e vários pontos. Coloquei barro à distância, nos ferimentos do rosto dela, e nem cicatriz ficou, mas mudou de cidade.

     

    8º caso: L.. A, masculino, 45 anos, aposentado. Trêmulo e andar vacilante. Tratamento com os melhores médicos da região devido ao fato de possuir um excelente plano de saúde, mas sem grandes resultados, nem mais conseguia levar os alimentos à boca, sua esposa já desesperada veio até mim com um retrato dele. Eu anotei seus dados na ficha de Cliente e comecei a colocar o barro (argila com chá cipó mil homens) na altura do ponto de alarme do baço-pâncreas. No final de 30 dias, ele começou a levar os alimentos à boca, hoje com 90 dias de tratamento já apareceu na minha presença, mas o pescoço continua um pouco caído, está continuando o tratamento.

     

    9° caso: M. H, feminino, 19 anos, estudante. Não queria mais estudar de maneira nenhuma, tinha parado na metade do 3° ano do Ensino Médio. Muitas sessões de Psicoterapia Holística e aplicação de argila com chá de cinco folhas, na altura do coração, já resolveu o caso com o ex-namorado, esqueceu-o, voltou a estudar e prepara-se alegre para o vestibular.

       

    7- RESULTADOS

     

                  Nós, Terapeutas Holísticos, em busca da harmonização total, passamos por várias fases em que dedicamos atenção especial a uma determinada técnica e eu nos últimos meses tenho tido bons resultados com a Geoterapia à distância, o que me tem levado a trabalhar neste sentido, quando necessário e ver como é bom não desanimar, porque, se a princípio nada muda, com o passar do tempo e as aplicações contínuas, muito se vai conseguindo, não somente no físico, mas também nos outros corpos sutis.

                  Em um grupo de 100 clientes estudados à distância em que foi feito este tratamento, o resultado é o seguinte:

    • 90% excelente resultado;
    • 5% bom resultado;
    • 4% regular resultado;
    • 1% não quis opinar

    Por esta razão, eu sinto-me matematicamente confortada para recomendar estes procedimentos, principalmente quando for bem longe na Geografia e não tiver como fazer outro procedimento presencial.

     

    8- DISCUSSÃO

     

                  A vida aqui no nosso planeta Terra está no auge e melhorando a cada dia. Isto porque, segundo as Leis do Universo, todas as coisas estão em eterna expansão e aperfeiçoamento.

                  Esta expansão é alcançada todos os dias quando um de nós se propõe a trabalhar para oferecer amor, boa vontade, carinho e paz para o outro. Assim, dá-se a expansão. Cada um de nós é agente de expansão da alegria, do bem-estar geral.

                  Neste nosso estudo sobre a Radiestesia e Geoterapia vamos como são importantíssimas as ondas vibracionais de expansão para levarem energias positivas para as pessoas equilibrando-as à distância também com a ajuda dos gráficos da Radiônica e chás de Fitoterapia.

                  Talvez ainda não tenhamos consciência que nossa natureza é vibrátil, cada um de nós é um ser vibrátil vivendo um universo vibrátil. Na verdade, tudo é vibrátil. Na hora que você concentra sua atenção em alguma coisa, como uma ideia, uma recordação, uma situação que esteja observando, um sonho ou algo que esteja visualizando, você está ativando a vibração.

    No momento em que o objeto de sua concentração provoca essa ativação, esse conteúdo vibrátil se torna seu ponto de atração. Sempre que você pensa de forma concentrada em alguma coisa, o conteúdo vibrátil dessa coisa se torna uma parte ativa de sua essência vibrátil - e o objeto da sua atenção começa a se aproximar de você.

                  A maioria das pessoas não percebe que pensar sobre alguma coisa equivale a chamar a essência dessa “alguma coisa” para a vida delas.

                  A Radiestesia usada para detectar os desequilíbrios, com o pêndulo, nos meridianos, nos faz mais objetivos quanto ao tratamento. A Radiônica com seus gráficos nos aproxima da melhor harmonização completada pela Geoterapia com chás fitoterápicos individualizados e assim desperta na pessoa em questão uma vida nova, uma melhor aspiração para desejar novas metas, trabalhar em si uma visão mais ampla de uma vida que se renova a cada dia, se expande e se fortalece.

    Esse procedimento de aplicação da Geoterapia faz parte do todo da Terapia por nós trabalhada que visa a harmonização total e o nome é “Terapia Despertar Notável Holístico” – TDNH, como já foi citado neste estudo. Através de várias técnicas como Relaxamento com Cromoterapia, Sintonizar das ondas individuais, conscientização do passado, perdão, bênção e libertação das tristezas, a pessoa vai caminhando no aperfeiçoar de si mesma e em conseqüência deixa de sentir inúmeros sintomas físicos e sem estes, ela se torna mais sensível a querer trabalhar em si mesma os sintomas energéticos e tentar eliminar as tristezas e as marcas mais profundas que lhe foram impingidas pela vida e que a fazem ser como é.

    È preciso mudanças. Mudanças positivas para se levar a vida com mais alegria e emitir radiações benéficas que irão beneficiar a todos que se aproximarem, contribuindo assim para o equilíbrio também do universo.

                  Estudo a pessoa com o pêndulo, chego a conclusões, coloco o barro feito com o chá na Ficha de Cliente com o nome, embaixo está um gráfico de Radiônica e ainda rodo o pêndulo emitindo e mandando boas vibrações, através de boas palavras que vão ajudar a pessoa a querer melhorar. 

     

    9- CONCLUSÃO

     

                  Neste mundo moderno de constante correria somos levados a vibrar, muitas vezes, ao ritmo do medo. Nós não só tememos coisas e situações que são realmente perigosas, mas mesmo nos momentos de lazer, inventamos deliberadamente coisas com que nos assustarmos. Muitos dos nossos temores nada têm a ver com o perigo físico. Eles envolvem situações que afetam o nosso ajustamento a um mundo confuso ou a pessoas igualmente confusas.

                  Passamos grande parte de nossa vida correndo em círculo como se estivéssemos em um teatro em chamas. Criamos e vivemos sob tensão nervosa. Somos intensamente emocionais, mesmo bem ajustados ao nosso ambiente. Nossa energia está sempre em tumulto. Por isso, precisamos sempre equilibrá-la.

                  O Terapeuta Holístico usa de várias técnicas e se especializa sempre, visando este harmonizar tanto dele mesmo quanto do cliente, e, neste estudo, usamos a ARGILA na Ficha do Cliente e notamos que as radiações emanadas daí vão atuar diretamente à distância nos cinco corpos do cliente, proporcionando-lhe um maior bem-estar.

                  Esta vibração da radiação conecta o cliente ao ser que realmente é, trazendo-lhe maior alegria, amor, liberdade e progresso.

                  Esta conexão da pessoa com sua essência é o equilíbrio, é a manifestação de vida perfeita, é o estado de ser mais natural.

                  Esse equilíbrio também é mantido por pensamentos, de vitalidade, entusiasmo, bem-estar físico, abundancia, exuberante alegria.

    Pensar sobre alguma coisa equivale a chamar a essência dessa “alguma coisa” para a vida, como já dissemos anteriormente. Quando se coloca a argila sobre a Ficha de Cliente individual você está atraindo energias harmonizadoras para aquele cliente, proporcionando-lhe um equilíbrio maior e duradouro. 

     

    10- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

    ARESI, A. Radiestesia hidromineral e medicinal. 1.ed. São Paulo: Ed Mens Sana, 1982.

    BRUNING, J. A saúde brota da Natureza. 16.ed. Curitiba: Editora Universitária Champagnat, 1996.

    CARDILLO, E. A energia da forma – a grande pirâmide e a antipirâmide. São Paulo: Ed Aquarius, 1982.

    EDDE, G. Cores para a sua saúde – Método prático de Cromoterapia. São Paulo: Ed Pensamento, 1997.

    HICKS, E.; HICKS, J. O extraordinário poder da intenção. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

    HOPCKE, R. H. Sincronicidade – ou por que nada é por acaso. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2001.

    KLOTSCHE, C. A medicina da cor – O uso prático das cores na cura vibracional. 9.ed. São Paulo: Ed Pensamento, 2000.

    MENDONÇA, E. P. O mundo precisa de Filosofia. 3.ed. Rio de Janeiro: Ed Agir, 1973.

    SING, C. Cura com Yoga e Plantas Medicinais. Rio de Janeiro: Ed Freitas Bastos, 1979.

    TANSLEY, D. V. Dimensões da Radiônica – Novas técnicas de cura. São Paulo: Ed Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

     

    Autor: : Nilma Glória Braga Siqueira - Terapeuta Holística - CRT 30758
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    A Radiestesia Em Terapia Holística

    A Radiestesia Em Terapia Holística

    Maurício Marcial de Araújo

    Terapeuta Holístico – CRT 43301

    mauriciomarcial@radiestesia.Com.br

    SINTE-Sindicato dos Terapeutas Holísticos.

     
     

    Um passo a mais

     

          Há momentos onde parece difícil prosseguir... 
    Algo como se não mais houvesse chão para caminhar,  
    nem palavras para falar,  
    nem risos para compartilhar, nem amor para dar... 
    Estes momentos,  
    onde perdemos o contato com nós mesmos,  
    com a fina centelha que nos banha com sua eterna amorosidade,  
    são suficientes para que o referencial seja esquecido,  
    colocando-nos numa redoma 
    onde a luz parece não estar presente,  
    pois nossos olhos estão cerrados pelos 
    lenços úmidos da ilusão. 
    Observando, aprendemos que  
    um passo a mais em nossa própria direção  
    é suficiente para recobrarmos a memória  
    daquilo que somos daquilo que representamos.

    Um passo a mais e tudo 
    a nossa volta se transforma. 
    A coragem é a bênção daqueles que  
    são determinados em crescer. 
    E quando o desejo é evoluir no amor,  
    na criação, a oportunidade é dada,  
    e a nós cabe usufruí-la ao máximo. 
    Dê mais um passo, apenas um,  
    antes de pensar em desistir.”

      

                                                                                                              (autor desconhecido)

       
     

    “A Arte e a ética associadas a Radiestesia são fundamentais para o sucesso!”

     
       

    Sumário

       

            INTRODUÇÃO:

     
      • Capítulo 1 – O que é Radiestesia?

     

               MATERIAL E METODOLOGIA:

     
      • Capítulo 2- O que você pode fazer com a Radiestesia.
     
      • Capítulo 3- Minha abordagem em Radiestesia Holística.
     
      • Capítulo 4- Técnicas para o uso do gráfico geral.
     
      • Capítulo 5- Formas de utilização da Radiônica.
     

           RESULTADOS

     
      • Capítulo 6- Evolução de casos reais.
     

           DISCUSSÃO

     
      • Capítulo 7- A Radiestesia na busca da saúde holística.
     

              CONCLUSÃO

     

              REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     
     
     
    Introdução
      

    Esta Palestra apresenta em seu contexto dois objetivos distintos: elucidar ao público sobre a Radiestesia em sua história e trajetória até os dias de hoje e suscitar o desejo por uma qualidade de vida, onde cada um, em sua totalidade, se reconheça capaz de estar em expansão através de mais esse conhecimento.

      

    A Radiestesia é uma ciência milenar que através de profundos estudos e pesquisas pode vir a ser utilizado em todos os segmentos que envolvem a saúde e o bem estar social. Cientificando a qualificação da Radiestesia e de outras técnicas holísticas já contamos com leis criadas pelo Conselho Federal de Terapia Holística, bem como leis estaduais que garantem seu reconhecimento. A criação de reguladores reconhecidos como o SINTE - Sindicato dos Terapeutas  e de outras associações e conselhos de classes, também garantem o seu compromisso, mostrando que a profissão de Radiestesista Holística está cada vez mais forte e em crescimento no Brasil, e que o brasileiro começa gradativamente a compreender que o autoconhecimento e o equilíbrio seu e do meio em que vive, é sem dúvida nenhuma a maneira mais lógica e completa para se ter uma vida longa e saudável.

     

    Hoje temos um código de ética consolidado, acrescentando através do SINTE a criação do Tutorial Terapia Holística, que é o livro da Auto-Regulamentação da Terapia Holística, as NTSVS _ Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística. É o amadurecimento da profissão no Brasil, fruto de muito trabalho da valorização dos Terapeutas Holísticos compromissados com a ética e a excelência técnica.

     

    Com muito prazer e satisfação, eu fico motivado a apresentar meus estudos e minhas técnicas de trabalho com terapia em sincronicidade (Radiestesia, psicoterapia, Odomertia, Cromoterapia, Fitoterapia, Florais de Bach entre outras) e que venho obtendo resultados extraordinários e proveitosos para o meu desenvolvimento e também dos meus clientes.

     
     Desta forma, convido você a já ir expandindo seus estudos e interpretações.
     
      

    . Capítulo 1:

     

    O que é Radiestesia?

     

    A palavra Radiestesia é a união de dois termos, Radius, que vem do latim e significa radiação e aisthesis, de origem grega e que significa sensibilidade, indicando assim a sensibilidade às radiações.

     

    Utilizando instrumentos específicos, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do nosso campo bioenergético que trabalha com as dimensões vibratórias mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando encontrar possibilidades para corrigir possíveis alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem estar da pessoa.

    Tudo no universo é uma fonte de energia que ressoa em certa freqüência ou, uma combinação de freqüências com outros elementos. Nosso corpo é feito de um número incontável de átomos e moléculas representando vários elementos. Cada molécula elementar ou átomo ressoa em harmonia com outra, quando estamos em perfeito equilíbrio. Acontece que em todo o momento estamos expostos a energias nocivas, como: ondas de rádios, TV, antenas, energias pessoais, etc... Podendo gerar uma serie de desequilíbrios. Elas passam sobre nossos corpos, da mesma forma que somos afetados pela radiação do sol, da lua, da Terra e como sabemos das outras pessoas, porque mesmo pensamentos criam energias que se irradiam através de nossos corpos.

     

    Freqüentemente durante o dia respondemos fisiologicamente, emocionalmente e intelectualmente de alguma forma às diferentes radiações que nos atingem, vindas de várias fontes.

     

    Radiestesia é uma excelente ferramenta para ampliar nossas reações sutis que experimentamos.  Se usada corretamente, a Radiestesia será uma ferramenta benéfica para a identificação e correção da fonte e transmissão das radiações nocivas existentes.

     

    Na realidade, a Radiestesia pode ser dividida em três aspectos:

     

    1- Reação física para freqüências e radiações universais de elementos ou combinações de elementos naturais ou artificiais que existem no nosso ambiente físico.

     

    2-Reação emocional dos pensamentos, condições e atitudes de outros, individualmente ou coletivamente e, de nós próprios.

     

    3- E freqüentemente intuitivamente a eventos que estão fora de nossa percepção linear do tempo, consciência física ou realidade.

     

    Com a nossa atitude e conhecimento do assunto que nos dirá definitivamente se seremos bem sucedidos no trabalho de Radiestesia ou não, e o quanto poderemos desenvolver este precioso presente. Devemos tornar-nos humildes e ter força de submetermos nossas percepções e atitudes para mudar, questionar mesmo nossas mais fortes crenças sobre um assunto específico e também ter vontade de corrigir nossas realidades.

     

    Para alguns isto será somente um meio de trabalhar com reações ou manifestações físicas, tais como procurar água, minerais e outros assuntos relativos às substâncias do universo. Outras pessoas, como eu, entretanto, podem se sentir confortável em trabalhar em áreas relativas à saúde, emoção e espiritualidade, ou seja, equilíbrio do Ser.

      
     

    Material e metodologia

      

    . Capítulo 2:

     

    O que você pode fazer com a Radiestesia.

      

    A Radiestesia pode ser usada em diversos domínios como, por exemplo: agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água, no nosso caso: pesquisa de florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas, use a sua intuição e muita pesquisa.

      
     

    . Capítulo 3:

     

    Minha abordagem em Radiestesia

      

    A recepção dos meus clientes é sempre feita com acolhimento e harmonia.

    Explico calmamente cada técnica, duração, possibilidades e dúvidas para a melhoria da qualidade de vida do futuro cliente através do equilíbrio, do aconselhamento e da busca do autoconhecimento.

      

    Logo após o nosso primeiro contato, com o cliente informado e seguro de todos os procedimentos, inicio os trabalhos utilizando músicas que confortam técnicas de respiração e relaxamento para a ambientação e tranqüilidade, com o intuito de uma boa construção da anamnese do cliente com a identificação, perfil, suas queixas principais e o histórico dos problemas e desequilíbrios relatados.

        

    Utilizando a Radiestesia inicio uma pesquisa utilizando um gráfico geral, que me orientará no tipo de técnicas a ser (em) utilizada(s) com cada cliente em especial:

     
        • Pesquisa de chakras.
        • Cinco Movimentos.
        • Pesquisa dos meridianos.
        • Moxabustão
        • Parasitas da energia vital.
        • Fitoterapia.
        • Floral de Bach.
        • Cromoterapia.
        • Psicoterapia.
        • Radiônica (Odomertia ou uso da máquina Radiônica).
     

    Pesquisa de chakras: Para a realização de um trabalho bem abrangente e com resultados positivos, pesquiso a existência de desequilíbrio nos 49 chakras do corpo humano (de entrada e saída).

    Cinco Movimentos: Após detectar e confirmar o movimento dominante individual do cliente (Terra, Água, Madeira, Metal, Fogo), começo o trabalho para a regularização de cada movimento desequilibrado.

    Meridianos: Os 12 meridianos (Pulmão, Fígado, Rins, intestino Delgado, V. Biliar, Estômago, Intestino Grosso, Bexiga, Coração, Baço-Pâncreas, Triplo Aquecedor, Circulação e Sexo) são testados e regularizados, caso haja algum em desarmonia.

    Moxabustão: É utilizada no corpo em meridianos que em caso de desequilíbrio de Yin Yang são detectados conforme a informação no gráfico dos meridianos.

    Parasita da energia vital: Pesquiso a possibilidade de encontrar parasita da energia vital que esteja impossibilitando o equilíbrio físico e energético do cliente.

    Fitoterapia: Utilizo Fitoterápicos diversos, conforme indicação encontrada através da Radiestesia e outras técnicas.

    Florais de Bach: Também são recomendados conforme as necessidades do cliente.

    Cromoterapia: Utilizando também técnica de pesquisa e tratamento que disponibilizaram melhor resposta ao desequilíbrio e problemas sentidos pelo meu cliente.

    Psicoterapia: É utilizado no decorrer de todo o processo de tratamento do meu cliente para a harmonização e equilíbrio em busca do autoconhecimento.

    Radiônica: Utilizo em casos especiais que impossibilitam a presença do cliente no decorrer do tratamento.

    Criando assim uma equação de serviços elaborados, para se chegar ao melhor condicionamento físico, mental e psicológico, com a compreensão de vida em que se resolva o problema existente, como um todo sem transferência de culpa ou novas somatizações físicas. Visando sempre que o mais importante é justamente que o terapeuta holístico seja um catalisador para a busca do conhecimento e crescimento individual de cada cliente e não um apaziguador de um problema direcionado, principalmente porque quando um cliente nos procura ele não quer ser curado de doenças, para isto ele procuraria um médico e não um terapeuta holístico, ele está atrás é sim de uma qualidade de vida dele e dos que os cercam e um equilíbrio onde possa se sentir bem com ele mesmo e com o ambiente onde vive. Sentindo- se assim feliz e produtivo sempre!

     
     

    . Capítulo 4:

     

    Técnicas para o uso do gráfico geral:

      

    Para se trabalhar com a Radiestesia em conjunto as terapias diversas, o terapeuta precisa escolher a melhor maneira de montar a sua pasta de pesquisas e análises para que de forma objetiva consiga chegar aos verdadeiros resultados encontrados e solucionados pelas técnicas utilizadas durante o processo de avaliação e restauração do equilíbrio do cliente.

     

    A minha sugestão é que em uma pasta catálogo, coloque todos os quadros ou gráficos pesquisados por você e utilize também em formato de meio círculo com subdivisões para as anotações dos temas estudados e utilizados em terapia holística, lembrando sempre que deve começar com o gráfico de orientação geral, pois o mesmo abrirá caminhos para uma investigação sólida e segura conforme proponho abaixo:

      

    GRÁFICO DE ORIENTAÇÂO GERAL: engloba todas as técnicas desenvolvidas pelo terapeuta, é o ponto de partida para as outras análises.

     

    De todas as maneiras e possibilidades de pesquisas e questionamentos para encontrar desequilíbrios e causas dos problemas de meus clientes, a Radiestesia sem dúvida nenhuma é a melhor e mais rápida forma de chegar às respostas com objetividade e satisfação do terapeuta e cliente.

     

    A primeira coisa a se fazer é acomodar-se em uma cadeira bem confortável, em frente a uma mesa vazia para não sofrer nenhuma interferência. Em seguida, procede-se a um relaxamento inicial com a respiração profunda e tranqüilizadora. Enquanto respira, comece a mentalizar o que segue: a partir deste momento, o pêndulo irá mediar à comunicação com a minha mente superior.

     

    Após estas condições e preparações, seguimos em diante com as rotinas a seguir:

     
        1. Com o pêndulo na mão, deixando uma distância de, aproximadamente, 10 a 20 cm entre os dedos e a ponta do pêndulo e o levamos ao centro inferior do gráfico de orientações geral. 
        1. Com o pêndulo na posição pedimos para girar no sentido horário (positivo) e no sentido anti-horário (negativo), logo após, ordenamos para o pêndulo parar no ponto zero e seguimos. 
        1. Fazemos então as perguntas desejadas e observamos a posição que o pêndulo vai apontar indicando as respostas, também podemos apontar com o dedo indicador da mão esquerda para as subdivisões indicadas no gráfico perguntando se o cliente que estará a sua frente necessita da técnica ou tratamento que estará indicado em cada subdivisão. A resposta será obtida, quando o Pêndulo parar de girar e balançar apenas na direção da subdivisão do gráfico ou então girar positivamente ou negativamente, no caso do uso do dedo indicador da mão esquerda. 
        1. Anotar as informações e prosseguir fazendo novas perguntas até esgotar totalmente as informações do gráfico geral. 
        1. Depois de completada todas as informações, partir para os gráficos seguintes utilizando o mesmo método para as futuras informações.
      

    . Capítulo 5:

     

    Utilização da Radiônica:

     

    Nem sempre que vamos trabalhar com a Radiestesia teremos ao nosso lado a pessoa que precisa ser tratada, ou ainda, nem sempre podemos estar no local que queremos fazer nossas averiguações.

    Como fazer quando não podemos ter a pessoa ou o objeto de nossos estudos junto de nós?

    Utilizamos a Radiônica que é a arte que pratica a emissão de energia a distância, energias com qualidades e intensidades específicas em função das formas de objetos e gráficos interagindo nos campos energéticos do macro e micro cosmo.

    É um sistema pelo qual modificamos um desequilíbrio real a distância, colocando-o de novo em equilíbrio completo.

    Os instrumentos que usamos em Radiônica são muito simples. Normalmente são gráficos com formas geométricas ou mesmo aparelhos eletrônicos chamados de Máquina Radiônica.

     

    Utilizando os gráficos podemos trabalhar com a energia de múltiplas formas: decágono, hexágono, losango, turbilhão, círculos, triângulos, pirâmides, semi-esferas, espiral, etc. Cada forma canaliza um tipo de energia; Já com a Máquina Radiônica, que é um aparelho como caixa com montagem eletro-eletrônico "Sintonizador Biológico" usamos registros de freqüência (como usado para sintonizar o rádio), o que faz a ligação com o testemunho, emitindo, amplificando ou direcionando a energia que serve para substituir a pessoa ou o objeto que precisamos pesquisar.

     

    Para o uso da Radiônica o testemunho ou testemunha é indispensável, ele pode ser confeccionado de várias formas: através de fotos, saliva, cabelo, unhas, amostra de sangue, documentos da pessoa ou do local a ser estudado; no caso de casas, o endereço completo da casa, não se esquecendo de colocar o nome da cidade e, se possível, até o CEP, pois podem existir várias ruas em uma cidade com o mesmo nome; uma planta de uma casa ou edifício também pode servir para esta finalidade, mas, se possível, a planta deve estar em escala, pois isto facilita os trabalhos.

     

    O testemunho pode ser ainda um mapa do local a ser pesquisado (ajuda muito no caso, por exemplo, de se procurar pessoas desaparecidas).

     

    Para não haver influência de outras energias, quando possível, solicitar ao cliente que coloque o testemunho dentro de um envelope para ser levado a você; pode-se ainda usar o nome completo da pessoa com a data de nascimento, para se evitar homônimos.

     

    Com animais, podemos utilizar os pelos e penas, unhas, amostras de sangue entre outros.

     

    Portanto experimente, use e abuse das técnicas da Radiestesia tanto presencial como a distância, em conjunto com a Terapia Holística; você vai se surpreender com os resultados. Pratique todos os dias. É como tocar um instrumento musical. Se seguir às instruções cuidadosamente e praticar um pouco todos os dias a sua habilidade e precisão se tornarão muito boas. E não fique desencorajado se não estiver certo o tempo todo. Até mesmo os melhores Radiestesistas às vezes têm interferências ou maus dias.

     
     

    Resultados:

    . Capítulo 6:

     

    Evolução de casos reais:

     

    Ficha de Cliente  
    De Acordo com a NTSV - TH 003 
    Maurício Marcial de Araújo - CRT 43301 - Terapeuta Holístico

    D.L., 54 anos, sexo Masculino.

    Agendamento: 
    03/11/2008 - inicial 
    10/11/2008 - 2a feira - 20hs 
    17/11/2008 - 2a feira - 20hs 
    24/11/2008 - 2a feira - 20hs 
    01/12/2008 - 2a feira - 20hs

     
    Queixas principais: problemas de pele urticárias gigantes

    Com pesquisa Radiestesica foi introduzido o uso da moxa para equilíbrio e fortalecimento do yang e equilíbrio dos chakras e 5 movimentos chineses.

    Descrição do atendimento

    Iniciou-se o atendimento com Terapia Holística. A reclamação inicial era relativa a problemas de pele (Urticárias gigantes). 
    Avaliação energética deu-se pela Radiestesia, surgindo o uso de moxa para equilibro de yang e o uso da Odomertia para equilíbrio dos cinco movimentos, chakras e uso da maquina Radionica, tudo em conjunto com a psicoterapia.

    O resultado foi ótimo, com duas semanas de aplicação das técnicas já era visível a melhora do cliente. Com quatro meses de atendimento o cliente alegou não sentir mais nada e foi liberado.

     
      

    Ficha de Cliente  
    De Acordo com a NTSV - TH 003 
    Maurício Marcial de Araújo - CRT 43301 - Terapeuta Holístico

    G.L., 49 anos, sexo feminino.

    Queixas principais: problemas emocionais por motivo de a filha ficar grávida, ansiedade, pressão alta, e tristeza por reprovação para renovação da carteira de motorista.

    Com pesquisa Radiestesica e confirmação com holopuntura, identifiquei os seguintes desequilíbrios: meridiano dos pulmões, fígado, vesícula, estomago, também os chakras: mamário, glandular (saída de energias exauridas) coronário, laríngeo, pulmonar, cardíaco e emocional (entrada de energias), trabalhados via Odomertia, Cromoterapia e fitoterápicos.

    Descrição do atendimento de 04/11/2008:

    Iniciou-se o atendimento com Terapia Holística. A reclamação inicial era relativa emocional e pressão alta. 
    Avaliação energética deu-se pela Radiestesia, surgindo desequilíbrios nos meridiano dos pulmões, fígado, vesícula, estomago, também os chakras: mamário, glandular (saída de energias exauridas) coronário, laríngeo, pulmonar, cardíaco e emocional (entrada de energias), sendo os pontos dos meridianos estimulados por massagens nas regiões indicadas pela holopuntura (pernas e braços) seguido de banho de luz e odomertia nos meridianos e chakras conforme acima cores utilizadas pela cromoterapia: Violeta, índigo, azul verde e amarela. Também foi feito odomertia de 3 minutos no coronário, 3 laríngeo, 3 pulmonar 3 cardíaco, 6 no emocional e 3 no imunológico.

    Foi indicado uso de alecrim (fitoterápicos) e psicoterapia.

    Ficha de Cliente  
    De Acordo com a NTSV - TH 003 
    Maurício Marcial de Araújo - CRT 43301 - Terapeuta Holístico

    E.G., 33 anos, sexo Masculino.

     
    Queixas principais: problemas de pele, intestino preso, irritabilidade, cansaço e ansiedade. Diz-se tranqüilo porem cansado e Alega que não tem como resolver o problema no serviço.

    Com pesquisa Radiestesica e confirmação com holopuntura, identifiquei os seguintes desequilíbrios: meridiano do coração, vesícula e do intestino grosso, pesquisa de chakras para o uso de odomertia, uso de fitoterápico e psicoterapia.

      

    Discussão:

    . Capítulo 7:
     

    A Radiestesia na busca da saúde holística:

     

    Alguns Autores restringe o uso da Radiestesia em agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água e outros.

    No meu caso a utilização da Radiestesia é uma ferramenta para o equilíbrio do Ser. Através do uso dela pesquiso: florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas e os resultados fascinantes.

     
     

    Conclusão:

     

    Criando assim uma equação de serviços elaborados, para se chegar ao melhor condicionamento físico, mental e psicológico, com a compreensão de vida em que se resolva o problema existente, como um todo sem transferência de culpa ou novas somatizações físicas. Visando sempre que o mais importante é justamente que o terapeuta holístico seja um catalisador para a busca do conhecimento e crescimento individual de cada cliente e não um apaziguador de um problema direcionado, principalmente porque quando um cliente nos procura ele não quer ser curado de doenças, para isto ele procuraria um médico e não um terapeuta holístico, ele está atrás é sim de uma qualidade de vida dele e dos que os cercam e um equilíbrio onde possa se sentir bem com ele mesmo e com o ambiente onde vive. Sentindo- se assim feliz e produtivo sempre!

      

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

     
    BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz - Um guia para a Cura através do Campo de Energia

    Humana. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    CANÇADO, Juracy Campos L.. Do-In: Livro dos primeiros socorros. 18 ed. São Paulo:

    Ed. Ground, 1994.

     

    EITEL, Ernest J. Feng-Shui - A ciência do Paisagismo Sagrado na China Antiga. Rio de

    Janeiro: Ed. Ground, 1985.

     

    GERBER, Richard. Medicina Vibracional - Uma Medicina para o Futuro. 12 ed. São Paulo:

    Cultrix, 1997.

     

    LAFFOREST, Roger de. A Magia das Energias. São Paulo: Ed. Siciliano, 1991.

     

    PENNICK, Nigel. Geometria Sagrada. Simbolismo e Intenção nas Estruturas Religiosas. São

    Paulo: Ed. Pensamento, 1980.

     

    RODRIGUES, António. Os Gráficos em Radiestesia. São Paulo: Fábrica das Letras, 2000.

     

    SIQUEIRA, Renato Guedes de. Cinestesia do Saber - Radiestesia e Radiônica, Expressão do

    Nosso Inconsciente. 2ª ed. São Paulo: Ed. Roka, 1998.

     

    TANSLEY, David V. Dimensões da Radiônica - Novas técnicas de cura. São Paulo: Ed.

    Pensamento, 1997.

     

    __________________. Chakras Raios e Radiônica. 9 ed. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    __________________. As Trajetórias dos Raios e os Portais dos Chakras. São Paulo: Ed.

    Pensamento, 1985.

     

    WATERS, Paul. A Huna Guide to the Pendulum. Princeville, Hi: Huna by Mail, 1996.

     

    WOODS, Walt. Letter to Robin - A mini-course in Pendulum Dowsing. 10th. The Print

    Shoppe,1996

    Autor: : Maurício Marcial de Araújo Terapeuta Holístico – CRT 43301
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

    O Princípio do Yin e do Yang – Da Kundalini ao Bindú

     

    Mitiyo Oshiro Takemoto CRT  38660 - Terapeuta Holística

      

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

      

    Sumário

     

    • Introdução ................................................................................................................... iv
    • Apelo aos cientistas........................................................................................................iv
    • Expansão.........................................................................................................................v
    • Cultivo da Energia Sexual.............................................................................................. v
    • Energia Sexual.............................................................................................................. vi
    • Chacras ponte para a consciência superior................................................................... vi

    - Chacra Básico..............................................................................................................vi

    - Conscientização..........................................................................................................vii

    -Os três Nadis principais...............................................................................................vii

    • Os Três Tan Tiens (três mentes ou três veículos) ........................................................vii
    • Dois Cérebros (relação intestino e cérebro).................................................................viii
    • Os Três Granthis (três nós)..........................................................................................viii
    • Desmistificando a Kundalini.......................................................................................viii
    • Bindú..............................................................................................................................ix
    • Pulmões – Relação pulmões e coração...........................................................................x
    • Rins – Relação órgãos sexuais e os rins..........................................................................x
    • Rejuvenescimento – dentro das técnicas taoístas...........................................................xi

    - Exercitando os músculos esfíncteres...........................................................................xi

    • Massagem.....................................................................................................................xii
    • I Ching – O mandamento Divino – A lei do Universo................................................xiii
    • Budismo.......................................................................................................................xiii
    • Material e Metodologia................................................................................................xiii
    • Discussão.....................................................................................................................xiii
    • Conclusão.....................................................................................................................xiv
    • Bibliografia...................................................................................................................xv

     

      

    INTRODUÇÃO

    Estarei relatando sobre um tema que coliga a sexualidade e a espiritualidade, assim estarei desmistificando a Kundalini.

    A filosofia do Chi faz parte da cultura chinesa há milhares de anos, sendo que a palavra Chi possui muitas traduções como: Ki, energia, ar, prana, respiração, força vital, essência vital, fogo central, bioenergia, calor interno entre outros. É a vida doando força que cria movimento e sustenta o universo. O Chi que faz os planetas, os sóis e as estrelas girarem uns ao redor dos outros. É o movimento dos átomos em todos os corpos físicos, ele que faz a semente crescer e se tornar uma vigorosa árvore, é o que faz o feto se desenvolver e tornar-se um ser humano adulto.

    O Chi é o que anima todas as coisas vivas, nutrindo os ciclos da vida. O Princípio do Yin e Yang (o símbolo Tai Chi); o Tai significa grande – e o Chi significa Energia, Grande Energia. A Kundalini , DNA, Bindú e I Ching todos estão ligados a ele.

    O mundo pulsa, expande e explode! É o macrocosmo na dança do Yin e Yang, gerando vida e movimento.

    O nosso corpo, sagrado microcosmo, é uma partícula do macrocosmo, tendo os mesmos elementos como: terra, água, fogo, ar e éter, que estão ligados aos nossos sete chacras, o nosso ser.

    Assim descreverei sobre as forças da criação, a importância da energia sexual como ela esta ligada a espiritualidade, o como se nutre adequadamente essas energias.

    A importância enorme entre a energia sexual e a saúde que estão absolutamente interligados, e que sem essa energia não existe força criativa.

    Um apelo à humanidade – Dedicado à evolução integral do ser humano. O Equilíbrio dessa energia é reconhecido como um dos mais poderosos instrumentos na manutenção da saúde integral.

     

    APELO AOS CIENTISTAS

    Atualmente, a Kundalini está sendo discutida em todas as sociedades, em todas as línguas e países do mundo. Especialmente os jovem cientistas devem dedicar-se ao reconhecimento e à compreensão dos efeitos da Kundalini em si próprios e nas outras pessoas. Os médicos e os cientistas precisam formar uma ponte entre a dimensão subjetiva interior da consciência espiritual e a dimensão empírica da ciência como fizeram Einstein, Itzhak Bentov e o Dr. Motoyama. Esse é o momento para avançar audaciosamente e investigar, de forma cientifica, a experiência da Kundalini. Seu despertar é tanto um evento psicofisiológico como uma realidade espiritual. O estudo de seu amplo potencial é a mais nova fronteira da ciência. Imagine os importantes benefícios obtidos no tratamento de moléstias, quando se revelar cientificamente que determinados sons e formas (mantras e yantras) podem ativar os sistemas fisiológico e físico do organismo.

    Experiências científicas para a avaliação e determinação dos efeitos das praticas do tantra e da ioga contribuirão imensamente para acelerar a evolução do homem. Tenho absoluta convicção e confiança nos extraordinários efeitos da ioga para curar o corpo doente do homem, aprimorar sua personalidade e transformar seu nível de percepção consciente. Dr. Motoyama transpôs as divergências e demonstrou a realidade cientifica da Kundalini e o conseqüente benefício para a humanidade.

    A ioga apresentar-se-á como uma grande força mundial e alterará o curso dos acontecimentos do mundo.

    Hari Om Tat Sat.

    Swami Satyananda saraswati,

    Fundador, Bihar School of Yoga,

    Monghyr (Bihar), India

    30 de Julho de 1981

     

    EXPANSÃO

    Quando, no momento da criação, nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia: uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina. Os chineses deram a essas energias primárias, a denominação de Yin e Yang, há uns milhares de anos. Do jogo dessas duas forças surgiu a criação: o Yin feminino é fecundado continuamente pelo sêmen masculino do Yang, dando origem à vida em suas infindáveis e múltiplas formas. No plano físico do homem, esse jogo de forças se manifesta como sexualidade. Através dela, o homem esta ligado ao ato incessante de criação da vida.

     

    CULTIVO DA ENERGIA SEXUAL

    No momento um óvulo Yin da mulher é fecundado pelo espermatozóide Yang do homem, imediatamente se divide em duas células básicas, uma célula Yin e uma célula Yang, logo a seguir, essas duas células se dividem em mais duas, Yin e Yang e assim sucessivamente elas vão se dividindo e se multiplicando, gerando órgãos Yin e Yang que vão dar forma à estrutura do embrião, que se transforma em feto.

    A energia sexual é a união primordial das forças Yin e Yang que impulsiona o universo, pois sem essa energia não estaríamos aqui.

     

    ENERGIA SEXUAL

    Os taoístas não vêem o sexo e a energia sexual sob uma questão moral, para eles é mais uma questão de saúde.

    A energia sexual, é a energia mais potente que existe, é a energia criativa, ou seja, a pura energia da vida.

    A sexualidade se manifesta no universo o tempo todo, através da natureza, dos animais e nos humanos. Ela é um dom que recebemos e tem que ser utilizada, assim como a natureza deu, ela cobra.

    A pessoa que não tem atração sexual é uma pessoa que tende a adoecer, por causa de bloqueios energéticos.

    A energia sexual é uma força criativa que se move pelo corpo, alimentando as emoções, os pensamentos e criando o impulso do desejo. Ela não é benéfica somente para o corpo, é também o combustível das emoções e do espírito, é o alimento para todo o nosso ser: o corpo, a mente e o espírito, pois eles devem trabalhar juntos, como diziam os sábios taoístas.

    Assim que você começar a entender a sua energia, como ela é, e para o que realmente existe, terá uma compreensão bem mais saudável de como trabalhá-la e como interagir com as pessoas ao seu redor, principalmente com o sexo oposto.

    A energia sexual envolve vários assuntos, como a Kundalini, Bindú, DNA, Yoga, Tantra, Sahajoli, Pompoarismo, dois cérebros e Três Tan Tiens.

     

    CHACRAS – PONTE PARA A CONSCIÊNCIA SUPERIOR

    Os chacras são uma ponte amorosa de conhecimento e percepção e através deles é possível conhecer realmente a origem do Karma.

    Os sete chacras humanos (sete flores de loutus – sete virtudes); muladhara, suvadhistana, manipura, anahata, vishudh, ajna e sahasrara (em sânscrito). Sete chacras animais – sete pecados; atala, vitala, sutala, rasatala, talatala, hahatala e patala. Dentro de cada um de nós existe: um ser animal, um ser humano e um ser divino. Essas são as três dimensões da nossa existência.

    • Chacra básico – é a base de todos os chacras, é o alicerce do mundo e de tudo, é onde reside a energia mais poderosa e que dá o impulso para o nível superior, para todos os caminhos do conhecimento, é a energia da Kundalini, ela possibilita a evolução “iluminação”. É a força motriz que evolui verdadeiramente: seja física, inteligência, emoção, paixão, sexualidade, espiritualidade, clarividência, clariaudiência, paranormalidade, entre outros.

    O crescimento espiritual e os chacras: É muito difícil alcançar a evolução espiritual, abrir o horizonte e ir além da fronteira, obtendo um conhecimento profundo da natureza sem despertar os chacras e a Kundalini.

    • Conscientização (considerações gerais). O amor é como a terra, quanto mais você semeia, mais trabalho dá, então faça um esforço, trabalhe esse amor em seu próprio benefício, dando mais amor para você mesmo.
    • Os três Nadis principais e o sistema nervoso – Os Nadis principais são: sushumma, pingala e ida. A Kundalini quando é despertada sobe pelo mesmo caminho dos três Nadis principais.

    O Sistema nervoso e o endócrino comandam toda atividade do corpo. O sistema nervoso impulsiona o movimento e a ação através das secreções ou hormônios. As forças elétricas (chacras) ou vitais é que dão vida a esse sistema.

     

    OS TRÊS TAN TIENS (TRÊS MENTES OU TRÊS VEÍCULOS)

    O universo é quase todo baseado no três: três Tan Tiens, são três grandes centros reservatórios de energia que circulam dentro e fora do corpo através dos chacras.

    Os três Tan Tiens conectados significam ou representam a força “YI”: o corpo, a mente e o espírito devem trabalhar juntos, é a bioeletromagnética. Nos últimos 5000 anos os taoístas, tem utilizado essa energia bioeletromagnética para melhorar o seu modo de vida e para estabelecer uma relação com o universo.

    “Bioeletromagnetismo” é o termo ocidental para a força vital. Bio é vida, Eletro é a energia Yang do céu existente em todos os planetas e estrelas, magnetismo é a energia Yin da terra ou a força gravitacional existente em todas as estrelas e planetas.

    Três Tan Tiens – O primeiro Tan Tien é a cabeça, o centro de observação e quanto maior a energia maior é a capacidade cerebral.

    O segundo Tan Tien – É o centro da consciência, onde está o coração. O coração tem memória, guarda sensações, sentimentos e emoções. Ele pode registrar um acontecimento com todos os detalhes e se lembrar depois porque tem o seu próprio cérebro. O Dr. Pearseal, escreveu no seu livro que as pessoas que fizeram transplante cardíaco, acabam na verdade adquirindo as emoções do doador. Essas pessoas realmente sentem tudo que o doador sentiu, um dos casos foi de uma garota que foi brutalmente assassinada e não se sabia quem havia matado. No entanto o coração estava em perfeito estado e foi transplantado em outra garota. Depois disso a garota começou a ter pesadelos nos quais alguém a matava, ela foi levada ao psiquiatra que acabou entrando em contato com a policia. A garota deu a descrição exata do assassino e chegaram a fazer o retrato falado perfeitamente dele. Com essas informações a polícia foi capaz de prender o assassino.

    O terceiro Tan Tien  É a base da percepção, é o segundo cérebro, o centro sexual, é bastante sensível, e quando a cabeça fica fraca por stress, neurose ou medo, pode enfraquecer o centro sexual “a perda do bindú”, por que a cabeça e o centro sexual se comunicam intimamente entre si. Portanto, quando enfraquece a cabeça de cima enfraquece a cabeça de baixo.

     

    DOIS CÉREBROS (RELAÇÃO INTESTINO E CÉREBRO)

    Para a manutenção da saúde geral é necessário um bom funcionamento gastrintestinal. O intestino é reconhecido como “um órgão inteligente”, pela capacidade de selecionar alimentos, ou seja, ele aproveita o que é útil para o organismo. Ele possui os mesmos neurônios da célula do cérebro e por esse motivo é chamado de o segundo cérebro. O segundo cérebro é muito sensível.

    Os taoístas já tinham esse conhecimento há mais de 4700 anos.

     

    OS TRES GRANTHIS (TRÊS NÓS)

    Todos nos temos nós em níveis leve, médio ou forte e eles estão nos três Tan Tiens “três centros de energia”, muladhara, anahata e ajna, ou seja, corpo, mente e espírito. Esses nós podem ser desatados pelo sistema taoísta, a psicoterapia e a yoga terapia.

     

    DESMISTIFICANDO A KUNDALINI

     

    KUNDALINI – A FORÇA SAGRADA – FORÇA IGNEA – FOGO SERPENTINO é bastante poderosa e muito temida devido a falta de informação (conhecimento). A energia da kundalini é a energia cósmica, ela vem do sol oculto penetra na terra e aí nós absorvemos. Ela não é apenas sexual, é também emocional e espiritual. Esta energia cósmica ao ser despertada e ativada, sai do chacra raiz, através dos três nadis principais, o sushumna, ida e pingala, sobe pela medula queimando resíduos etéricos como um fogo líquido serpentino, ascendendo e ativando cada chacra em seu trajeto ou subida. Ela tem conexão direta com a espiritualidade (bindú).

    O poder da kundalini propicia o progresso do discípulo desabrochando nele vários dons: clarividência, clariaudiência, vitalidade criadora e geradora.

    Quando esta energia está desenvolvida ativa a espiritualidade e intensifica a inteligência e estimula a afeição desinteressada, desde que esta ativação se faça com a vitória do espírito sobre a matéria, pois ela tem ligação com o karma (destino).

    Neste trabalho a kundalini está focada na energia sexual e espiritual, que é a energia da felicidade (doçura) latente na espinha dorsal. Em geral, ela está enrolada e adormecida no final da base da coluna e é representada como uma serpente que se move ao longo da mesma.

    Quando ela é ativada sexualmente (orgasmo), sobe pela coluna ativando todos os chacras e órgãos até o bindú (energia sexual – iluminação – nirvana – êxtase).

    Esse fogo serpentino é bastante poderoso, no entanto instável (vulnerável), por esse motivo ela é considerada perigosa, mas, se praticarmos o sexo de maneira saudável, com muito amor, paixão, respeito, sinceridade e uma entrega total (cumplicidade entre dois seres), teremos a doce energia da kundalini circulando dentro de nós.

     

    BINDÚ

    “Gota ou marca”. O bindú pode ser interpretado como: néctar ou essência, intocado ou Portal do Brama, e é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico. É o fio que liga o cérebro a medula e os órgãos sexuais.

    Localização: cérebro (o salão de cristal, o terceiro ventrículo) – está na região do chacra lalana e vishudh, e quando está cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta. É aqui que armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente. O centro do cérebro está ligado ao útero e a glândula prostática – hormônios sexuais; a energia sexual revitaliza o cérebro.

    O bindú circula dentro do canal principal, o sushumna, cuja substância é de três gunas (três qualidades) e encontra-se no centro da coluna vertebral. Dentro do sushumna existe um canal chamado vajra e dentro dele um outro canal chamado chitrini, e o bindú está encovado no chitrini, e seu interior alonga-se desde o pênis até a cabeça (bindú). No interior do vajra está o chitrini, que é sutil, brilhante e tão fino como o fio da teia de aranha, e ele atravessa todos os chacras que estão localizados na coluna vertebral, ele é a inteligência pura. Dentro do chitrini encontra-se o nadi brama (bindú), e é tão bonito como um reflexo de luz, tão fino como um filamento de lótus e brilha nas mentes dos sábios. É extremamente sutil, ativador do conhecimento absoluto, concretizador de todas as glórias e a sua natureza é a consciência pura. O Portal de Brama brilha em sua abertura, e esse lugar é a entrada para a região espargida por ambrósia, conhecida como Ponto Essencial; trata-se da abertura do sushumna (também envolve os dois chacras inferiores).

    Bindú Visargha quer dizer literalmente “queda da gota”, mas visto que “gota” se refere ao néctar, esta frase fica mais significativa como sendo “a sede do néctar”.

    O bindú deve ser mantido no nível mais alto, que é “o domicílio do néctar”, pois quando ele cai ao nível mais baixo vai para o centro sexual, onde se transforma em esperma.

    Segundo a tradição, o bindú localiza-se perto do topo do cérebro na direção da parte posterior da cabeça, e nesse local existe uma ligeira depressão, onde se concentra uma pequena quantidade de secreção líquida. Dentro desta depressão existe uma elevação mínima, que é a localização exata do bindú na estrutura física. Os nervos cranianos partem deste ponto, inclusive os nervos ligados ao sistema óptico. O processo pelo qual o néctar é segregado pelo bindú é estocado no chacra lalana no orifício nasal, é purificado pelo chacra vishudh. O vajra faz parte da conexão Kundalini e Bindú. É através do sahajoli (pompoarismo) que o bindú é mantido no nível mais alto.

     

    PULMÕES – RELAÇÃO PULMÕES E CORAÇÃO

    Os pulmões e o coração são inseparáveis.

    A função dos pulmões é oxigenar e eliminar as toxinas das células dentro do sangue.

    O coração recolhe o sangue do corpo e envia para os pulmões, e recebe o sangue oxigenado de volta devolvendo para o corpo. Recolhe novamente e envia para os pulmões. Esse processo se repete o tempo todo. Enquanto existir vida, o coração e os pulmões não param e não descansam, a única maneira de ajudar nesse processo é fazer o exercício de respiração correto. “O coração é o presidente e os pulmões são os ministros”.

    O ar ou prana contém nutriente (vitalizante) e é o nosso primeiro e último alimento, nos pulmões cabem de três a quatro litros de ar, e quando fazemos uma respiração superficial, apenas chegam a meio litro e isso acaba causando stress e tensão. Lembre-se que os pulmões são a bomba enquanto o coração é a válvula e não o contrário como muitos afirmam. Se ficarmos cinco minutos sem respirar morremos.

    Para fazer a respiração correta é necessário aprender a técnica de respiração de três Tan Tiens.

     

    RINS – RELAÇÃO ORGÃOS SEXUAIS E OS RINS

    Os rins têm a função de filtrar o sangue, enquanto os pulmões limpam as toxinas das células. A energia ancestral está nos rins, ele é “o repositório do vigor sexual”, por isso é necessário dar uma atenção especial a esses órgãos.

    Segundo a medicina chinesa esse órgão é o que regula a função sexual.

    Os testículos e ovários têm ligação direta com os rins e as glândulas supra renais, portanto é importante fortalecê-los se quisermos aumentar a potência e longevidade sexual, lembrando sempre que a energia sexual é a energia mais potente que existe “energia vital”. Ela não é apenas sexual é também o combustível que circula pelo corpo, alimentando as emoções os pensamentos e criando o impulso do desejo. A energia sexual é a energia criativa, ela é a pura energia da vida. 

     

    REJUVENESCIMENTO – DENTRO DAS TÉCNICAS TAOÍSTAS

    Os antigos taoístas descobriram o sutil e intrincado poder dos músculos esfíncteres internos, que são: a boca, os olhos, as narinas, o ânus, os genitais e o períneo. Eles estão localizados nas extremidades de importantes sistemas do organismo: como digestivo, o respiratório e o trato urogenital. Para que o corpo esteja em perfeita saúde, é muito importante que esses músculos se contraiam simultaneamente estabelecendo o ritmo interno e a estrutura do corpo.

    Os taoístas descobriram os segredos dos músculos esfíncteres observando os bebês e as crianças e uma de suas metas das pratica taoísta é tornar-se tão vibrante, vigoroso e vivificante como uma criança.

    Por meio de exercícios específicos desses músculos reconduzem nosso corpo à harmonia com o Tao, assim vamos poder resgatar a juventude.

    Esses exercícios fazem parte do sahajoli. Trata-se do chacra básico e da importância do fortalecimento da base em todos os sentidos, pois ele é o chacra da Kundalini.

    Vamos poder comprovar o efeito da técnica imediatamente após o primeiro exercício. Será possível sentir a energia vital, essa vibração vivificante que tínhamos na infância.

    Observe um bebê mamando: enquanto sua boca suga ritmadamente, os olhos se contraem em uníssono, o ânus e o trato urinário se contraem e relaxam em harmonia com a boca, enquanto as mãozinhas se abrem e fecham em sincronia com a sucção exercida pela boca. Esse movimento sincronizado bombeia a energia por todo corpo.

    Consequentemente, quando nós adultos temos contrações e relaxamentos harmoniosos dos músculos esfíncteres, nosso corpo fica pleno de energia e saudável. Por outro lado, quando esse ritmo está desequilibrado, por stress, doença ou tensão, a energia do corpo se esgota.

    Todos os músculos esfíncteres do corpo se refletem uns nos outros, e a reflexologia sexual, revela essa íntima conexão. Os músculos esfíncteres do rosto revelam os músculos esfíncteres do trato urogenital, do ânus e do períneo e quando existe um desequilíbrio de energia sexual ela é revelada nas características externas da face. Além disso, esses músculos influenciam diretamente na saúde dos órgãos internos e essa exaustão dos órgãos é refletida no centro sexual. Toda essa dinâmica interna se reflete na face, nas mãos, nos cabelos e nas características externas do corpo.

    • Exercitando os músculos esfíncteres.

    Contrair a boca e sugue as bochechas para dentro da boca, criando uma sucção na boca. É algo semelhante a brincar de fazer “boca de peixe”. Contraia e relaxe por, no mínimo 9-36 vezes, sinta a conexão entre a boca e o resto do corpo. Perceba a conexão entre a boca e os músculos esfíncteres inferiores, ânus, períneo e base do pênis / parte inferior da vagina.

    Piscar os olhos rapidamente e olhar ao seu redor. Exercitar os músculos esfíncteres ao redor dos olhos melhora a visão e mantém a umidade deles. Também é um ótimo exercício para despertar o corpo, pois estimula o sistema nervoso.

    Pisque os olhos durante, 30-60 segundos. Estimular esses músculos em volta dos olhos ajuda a abrir o diafragma urogenital.

    Contrair o ânus: contraia e relaxe o ânus. Sinta a energia dos centros inferiores correndo pelo seu corpo. Pela contração do ânus, fortalecemos a conexão entre todos os músculos esfíncteres do corpo.

    Contrair o períneo e a vagina: contraia e relaxe os músculos da vagina e períneo. Trata-se do mesmo músculo que é usado para interromper o fluxo da urina esse músculo, tal como o ânus é à base do centro sexual. Fortalecendo o períneo e a vagina, a mulher torna-se capaz de conter a energia sexual em vez de deixá-la escorrer para fora do corpo. O fortalecimento do períneo é o primeiro passo de muitas outras práticas taoístas, como o “impulso orgástico ascendente” e o “poderoso bloqueio”. Você pode contrair e relaxar o períneo a vagina e o ânus ao mesmo tempo, para criar mais força no diafragma urogenital.

    Contrair os olhos, a boca, o ânus e a glândula prostática é um exercício que ativa o centro cerebral. Quando um homem contrai a glândula prostática é ativada a glândula pineal, a glândula prostática tem uma conexão estreita com a glândula pineal que é considerada um segundo órgão sexual. É como dizem “o maior órgão sexual é a cabeça”.

     

     TERAPIA CORPORAL 

     

    A terapia pelo toque (obs.. "massagem" é um termo inadequado em relação à legislação e mercado brasileiros) relaxante é benéfica porque ela libera as tensões reprimidas causadas pelo stress, e estabelece comunicação entre o corpo e a mente. Ela vem sendo usada a milhares de anos como meio de alcançar a saúde o relaxamento e a longevidade. A massagem é de extrema importância, pois aumenta a circulação, elimina as tensões musculares e gera energia positiva. Dê muito carinho e amor para o seu coração, ele merece ser recompensado e a massagem ajuda o coração a relaxar, descansar, devido à melhora na circulação do sangue. A massagem Tuiná é muito especial e ela pode ser aplicada ou recebida por qualquer pessoa.

    A auto "massagem" nos rins, estimula e energiza os mesmos e é de vital importância para manter a saúde deles.

     

     

    I CHING  O MANDAMENTO DIVINO, A LEI DO UNIVERSO

     

    O tratado das mutações (natureza). O equilíbrio dinâmico dos cinco elementos faz parte do

    I Ching, os 64 hexagramas do I Ching e as 64 possíveis combinações de proteínas do código genético do DNA.

    I Ching, Tao e Budhi caminham juntos, são inseparáveis.

     

    BUDISMO

    A semente, a mãe do budismo é o hinduísmo.

    • Os três veículos do budismo.

    Primeiro veículo (primeiro TT) Hinayna, é o budismo da inocência, pureza, espiritual (jejum absoluto).

    Segundo veículo (segundo TT) Mahayana, o budismo da comunicação, expansão (jejum moderado).

    Terceiro veículo (terceiro TT), Trantrayana (vajrayana), o budismo da sexualidade. Tantra-Yoga e Kundalini-Yoga fazem parte do vajrayana, sahajoli.

    O busdismo de três veículos (três TTs) é o verdadeiro, completo e integral (é a mãe natureza).

    A mãe natureza é muito sábia, se ele é agredida ela devolve com violência, basta observar o planeta terra.

     

    MATERIAL E METODOLOGIA

     

    Foram usados livros para consultas, assisti palestras e workshops voltados à holística, estudos sobre filosofia taoísta, budista, I Ching (naureza), templos e igrejas.

    A soma de alguns conhecimentos próprio e alheios, as vivencias com alunos, colegas e professores, orientadores e amigos e também profissionais ligados a medicina ortodoxa.

     

    DISCUSSÃO

    A importância de olhar para o passado, observar o presente (refletir e filosofar) para poder projetar o futuro (novos horizontes) assim que se alcança a própria evolução.

    Apesar de me sentir às vezes leiga sobre o assunto e ser uma autodidata, usei muito e ainda uso o I Ching, e esse livro ajuda no meu caminho de evolução e no caminho de quem o utilizar. O I Ching foi baseado no principio do Yin e Yang (o Tai Chi, a grande energia).

    O Dr. Motoyama teve sua experiência pessoal com a kundalili, porém para isso usou o acetismo aquático todos os dias (banho de água gelada) por um longo período de tempo e com a prática conseguiu a levitação (o corpo já conseguia e se desligava do chão).

    Baseada em minhas experiências vivenciei as duas faces da energia da kundalini, percebi que quando ela está fluindo corretamente não existe desgaste físico ou mental, em caso dela não estar fluindo de forma positiva, ela desequilibra o corpo e a mente.

     

    CONCLUSÃO

    Conclui que os segredos de quem nós somos está nos chacras (kundalini) eles falam, eles sentem e pensam.Tudo está aqui no Tai Chi (grande energia) é o início de tudo, o começo da evolução humana. Cheguei à conclusão que todas as pessoas deveriam conhecer os chacras com profundidade para conhecer verdadeiramente a si mesmo e consequentemente conhecerá o próximo.

    O princípio do Yin e Yang está em tudo e em todo o universo porque sem essa energia, nada existiria no caso do nosso corpo essa energia flui através de nossa kundalini.

    Acredito que o conhecimento compartilhado é conhecimento em dobro, por isso compartilho.

      

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

    • Os chacras que falam!

    Sonia Szeligowski Ramos, Ed. Arcobaleno

    • Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Shararon e Bodo J. Baginski, Ed. Pensamento

    • Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico

    Mantak Chia, ed Cultrix

    • Reflexologia Sexual – O Tao do Amor e do Sexo

    Mantak Chia e W.U. Wei, Ed. Cultrix

    • Cores Para a Sua Saúde

    Gerard Ede, Ed. Pensamento

    Série Manu – Apostila número 2, segunda edição

    • Super Interessante – Edição 235 – Jan/2007
    • Curso de fundamento de I Ching – O Tratado das Mutações, apostila da Sociedade Taoísta do Brasil.

     

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - CRT 38660 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal Indiana

    Terapia Corporal Indiana

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque

     

    Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

    3. Princípio filosófico de origem.

    4. Noções básicas sobre os Chakras, Nadis.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

                  Tudo que desejamos no plano físico é possível de realizar se obtiver consciência de que a capacidade de criação é natural ao Ser Humano.

                  Devido às condições de preconceitos sociais, culturais e até mesmo religiosos, o ser perde essa capacidade de sentir e criar e passa a crê que tudo depende do mundo externo, das pessoas e quem sabe se DEUS permitir. Se sentindo vazio e frustrado.

                  A terapia corporal por si só já é um agente de carinho, permitindo que a pessoa se preencha deixando de está carente de algo que ela própria não sabe explicar. Apenas que é bom.

                  Agora imagine uma técnica que além de tocar o físico, possa tocar também o corpo energético, fortalecendo e sobrepondo a mente que boicota, para simplesmente Ser o que tem de Ser, na sua verdadeira forma de Natureza interna e individual.

                  Atingir verdadeiramente a sua essência através do toque (deeksha), insuflado através dos mantras e naturalmente o realinhamento dos chakras acontece.

                  A Terapia Corporal Indiana proporciona o realinhamento dos centros energéticos (chakra) e das emoções e conseqüentemente descongestiona o fluxo emocional negativo registrado na capa corporal.  Portanto além de extremo relaxamento, produz equilíbrio e auto estima, revigorando o desejo de ser feliz.

                 

                 

    2. O que é Terapia Corporal Indiana?

      

    Terapia Corporal Indiana Tântrica

    Karanyasabhutasuddhikoshapranapratistha

     

    A identificação dos elementos de limpeza do corpo insuflando energia através do toque.

     

                  Insuflar energia no corpo, limpando os elementos astrais com a identificação do toque.

                  A Terapia Corporal Indiana é uma técnica codificada através de preâmbulos advindos do livro denominado de tantra ensinando princípio comportamental de vida, onde o objetivo principal é um processo de higienização da mente, do corpo físico e do corpo emocional através de fórmula ritualística; incluindo o comportamento sexual ritualístico e metafísico. O toque é a parte principal do ritual maithuna (ato sexual metafísico). Sendo que os contextos deste toque (deekshas) foram transformados em uma técnica de Terapia Corporal sensibilizatória com o intuito de promover equilíbrio energético através do mantra, aroma, pranáyáma e manobras sutis corporal de forma circular para reconectar e polarizar a energia da pessoa que está para receber o deeksha (toque) levando a mesma ao conhecimento do seu EU INTERIOR.

                  Foi desenvolvida com a finalidade de integrar os sete corpos básicos, alinhando-os e purificando-os para que exerçam sua função da auto liberação da consciência. Em outras palavras, a Terapia Corporal Indiana Tântrica proporciona um encontro entre os elementos constitutivos do homem e os elementos essenciais do Ser.

                  O homem é terrestre, telúrico, corporal, o qual se expressa através de uma personalidade social, e sétuplo, testemunho incogniscível do Cosmos e do Ser-persona, onde está o Purusha.

                  O Purusha é o verdadeiro ser interior. Aquele que está acima e dentro do corpo, do etérico, do emocional, do mental, do intuitivo e dentro do espiritual. Domina todo ele, passivamente, aglutinando-os, mas não interferindo; organizando-os de modo não-perceptível.

                  Ao conjunto dos corpos sutis, tais como: emocional, telúrico, mental, intuicional e espiritual, dão-se o nome de psicocorpo (koshas). De modo geral, podemos chamá-lo de corpo psíquico, embora o termo não condiga com a totalidade do significado.

                  Esse corpo pode sofrer mudanças tanto benéficas quanto maléficas, dependendo de como nos comunicamos com ele. Ele sente os reveses do meio ambiente na forma de stress emocional, mental e sexual, influindo diretamente no corpo físico a nível neurológico e muscular, cristalizando-se numa gama imensa de reflexos.

                  Num esquema simples, poderíamos dizer que ao aplicarmos as manobras da terapia corporal no corpo físico, atuaremos também no psíquico. Esse procedimento se movimenta em ondas, do físico para o energético e para o emocional, do emocional para o mental, do mental para o intuitivo. Daí em diante então poderá se manifestar o Purusha. O ponto principal de atuação nesse corpo psíquico é através da respiração e dos mantras que será insuflando durante o toque físico usando como ponto principal os chakras para aportar o fluxo de energia emanada durante o procedimento de aplicação.

                  A Terapia Corporal Indiana surgiu do principio filosófico tântrico derivado da técnica do maithuna (ato sexual metafísico) que em sua primeira importância é adquirir sabedoria deixando de ser um ato sexual carnal para algo absolutamente transcendental.

                  A técnica desta terapia corporal consiste em deixar o ser humano mais sensibilizado e com a sua libido mais ordenada, podendo transmutar esta energia no dia-a-dia em forma pensamento, em forma trabalho ou em forma de expressão harmoniosa.                                                        

     

    3. PRINCÍPIO FILOSÓFICO DE ORIGEM

     

                  Tantra é um termo masculino, como em geral acontece nas palavras terminadas em "a" no idioma sânscrito. Tantra origina-se das palavras TANOTI (expansão) e TRAYATI (consciência), evocando a possibilidade de crescimento da consciência através do Sadhana (prática). A palavra também pode significar "livros". Livros onde são ensinados exercícios, história, ciência, filosofia, atitudes de higiene física e mental, bem como, modo de vida, sexualidade e atuação social. Todo tratado sistemático concernente à prática que leva à "expansão do ser" está representado pela raiz TAN (de estirar ou estender) e o sufixo TRA (instrumentalidade). Obtêm então a palavra TAN-TRA, ou seja, literalmente, "instrumento de expansão" do campo de consciência comum, para alcançar a supra consciência, raiz do Ser e receptáculo dos poderes desconhecidos que o tantra pode despertar e utilizar.

                  No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas. Já conheciam a atração interplanetária, a luz e sua velocidade, extensa teoria a respeito do calor, da gravitação, dos Nakshastras (casas lunares), bem como o ano lunar e solar. Enquanto as outras culturas do mundo ainda engatinhavam, na Índia se desenvolvia a ciência do som (sphotavada).

                  Toda a sistemática do Tantra se desenvolve principalmente através dos Tatwas (elementos: terra, fogo, água, ar e éter) que derivam a força de consciência macrocósmica. A Terapia Corporal Indiana Tântrica se desenvolve através de elementos físicos para dar ordem a elementos mais sutis. O resultado será de uma consciência pura, da energia de ação, energia de conhecimento. Traduzindo; É a recepção do ato de consagração, absorvido pelo o fluxo de energia desprendido da entoação dos mantras e, portanto serem o verdadeiro deeksha (toque divino).

                  O Nyasa (identificação): neste caso tem uma série de características especiais. Entre elas:

    a) identificação com várias partes do corpo físico.

    b) identificação com várias partes dos corpos sutis.

    c) identificação visual (auditiva externa ou interna) dos vários sons primordiais (bija-mantras ou mantra semente).

    d) identificação interior com as deidades evocadas.             

                  Por isso a Terapia Corporal Indiana é muito sutil e transcendental, a importância dela jamais será no corpo físico e sim no corpo sutil (espiritual ou energético). Depois de algumas sessões a pessoa que esta recebendo a energia passa ser um verdadeiro iniciado, mudando completamente seu padrão vibratório energético.

                  Num período muito curto ele perceberá que suas ações já não serão mais a mesma, ou seja, o ponto foco de clareza de um objeto emocional ou racional à sua frente passa ser dominável. Não sendo mais um grande obstáculo de 10 metros de altura, simplesmente é um obstáculo, mas, com 2 metros, ou seja, é possível pensar como transpô-lo.

                  Vamos relembrar ou conhecer os chakras que é a ponte principal para a passagem de energia aplicada nesta técnica.

       

    4. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE OS CHAKRAS

     

                  Chakras são centros energéticos que  trabalham em sintonia entre si e com todo nosso corpo físico e psíquico, estando inter-relacionados com os sistemas parassimpático, simpático e sistema nervoso autônomo. Sua função é vitalizar, equilibrar e interagir com o corpo físico e o corpo psíquico, trazendo o desenvolvimento para a consciência.

                  Chakra é a denominação sânscrita dada aos centros de força existentes nos corpos energético do homem; também são chamados de lótus ou rodas. O seu fluxo de movimento caminha por canais sutis denominados de nadis e seus canais principais são Sushumna, Ida, Pingala,

     

    • O chakra básico - Muladhara  Energia vital

                  Assenta o mundo dos instintos - consciente.

                  Consciência física. Posse Material

                  Discernimento espiritual

     

    • O chakra energético - Svaddhisthana  Fé - Confiança

                  É a entrada no inconsciente - novo nascimento se assim podemos dizer.

                  Impulso sexual e de luta.

                  Transmutação, Criação de uma nova personalidade

     

    • O chakra plexo solar - Manipura  Conhecimento

                  Assenta as emoções – paixões e o inferno produzido por si próprio.
                  Vida emocional instintiva e desejo de realização espiritual.

     

    • O chakra cardíaco - Anahata  Sentimentos

                  Começo do self - pensamento e valores.

                  Autoconsciência vital – Vida Afetiva – Amor Universal

     

    • O chakra laríngeo - Vishuddha  Percepção e purificação.

                  Reconhecimento da independência da psique - pensamento abstrato – conceitos -               produtos da imaginação.

                  Expressão psicológica – Inspiração e expressão criadora.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra frontal - Ajña  Conhecimento interior

                  União do self no todo, não no ego.

                  Integração de si mesmo. Vida intelectual.

     

    • O chakra coronário  Sahasrara  Sabedoria

                  É o suporte de o próprio SER.

                  Energia anímica - vontade

                  Realização espiritual.

     

    Veja abaixo  as funções, cores e  localização de cada chakra.

     

    1. Muladhara Chakra – (sico)

                  Este é o chakra que nos conecta as energias de terra, que nos enraíza. É a sede da Kundalini.

    Localização: Entre o ânus e os genitais, base da coluna vertebral.

    Glândula: Gônadas  Excitam a esfera dos sentimentos e desenvolve os instintos fundamentais

    Hiperfunção: Exagerados sentimentos altruístas e, ao mesmo tempo, egoístas. Forte vontade. Tendência à posse e ao domínio. Otimismo, expansão e iniciativa.

    Hipofunção: Timidez. Depressão. Apatia. Pouco rendimento qualitativo.

    Propósitos: Sentimentos sinestésicos, movimento.

    Lição espiritual: Interagir com o  mundo material.

    Giro: no sentido horário no homem – anti-horário na mulher

    Em desequilíbrio: Irritação, raiva, medo de viver, apego excessivo e baixo estima.

    Em equilíbrio: Confiança na vida, segurança pessoal, satisfação, estabilidade, força e coragem interior e auto-estima.

    Informações armazenadas no chakra: Convicções familiares, superstições, lealdade, instintos, prazer físico, dor, toque.

     

     

    2. Svaddhisthana Chakra –  (Energético)

                  É o centro de energia vital

    Localização: Quatro dedos abaixo do umbigo.

    Glândula: Supra Renal: Espírito de luta. Capacidade de reação. Energia das reações psíquicas.

    Hiperfunção: irrascibilidade, agressividade, espírito belicoso, ressentimento, inadaptabilidade, exaltação psíquica.

    Hipofunção: Exagerada sensibilidade a dor, perseverante, serio e trabalhador, mas dominado pela a tristeza e pela a depressão, neurastenia, submissão, abatimento.

    Giro: sentido horário na mulher e anti-horário no homem

    Lição espiritual: Manifestação, aprender a "deixar fluir".

    Em desequilíbrio: - Ciúme, possessividade, instintos reprimidos, tensão, tristeza.

    Em equilíbrio: Fluidez natural da vida em todos os sentidos: corpo e mente, entusiasmo, ações produtivas, franqueza, naturalidade.

    Informações armazenadas no chakra: Dualidade, magnetismo, controlando padrões, sentimentos emocionais (alegria, raiva, medo).

     

    3. Manipura Chakra - (Plexo solar)

                  Este é o chakra do centro do poder pessoal.

    Localização: Em média cinco dedos acima do umbigo (mas precisamente no centro do estômago).

    Glândula: Pâncreas

    Hiperfunção: apatia temperamental, lentidão psíquica.

    Hipofunção: depressão do tônus psíquico, excitabilidade, irrascibilidade.

    Propósitos: Entendimento emocional

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aceitação de seu lugar no fluxo de vida (amor-próprio).

    Em desequilíbrio: Tendência a moldar tudo sob seu próprio ponto de vista, egoísmo, inquietação, insatisfação, descontrole, nervosismo, ansiedade, falta de concentração, medo de novas experiências e medo de rejeição.

    Em equilíbrio: Auto estima, sensação de paz e harmonia, aceitação da vida e do próprio crescimento, autoconfiança, valorização das riquezas interiores e exteriores.

    Informações armazenadas no chakra do plexo solar: Poder pessoal, personalidade, consciência de o próprio ser dentro do universo (senso de pertencer).

     

     

    4.  Anahata Chakra –  (Chakra cardíaco).

                  Este  chakra é o centro da essência divina, do amor universal, inclusive é o que equilibra ou desequilibra os três primeiros com os três últimos chakras.

    Localização: No centro do peito.

    Glândula: Timo

    Hiperfunção: Emotividade excessiva, abulia, timidez, grande imaginação evocativa. Fator predisponente à preservação moral e sexual.

    Hipofunção: Apatia, debilidade mental.

    Giro: horário para a mulher e anti horário para a mulher.

    Propósitos: Abnegação, amor universal, perdão e paz.

    Lição espiritual: Perdão, amor incondicional, deixar fluir, confiança, compaixão.

    Em desequilíbrio: Doação excessiva de si, desespero, ódio, inveja, medo, ciúme, raiva, depressão, angustia, indiferença, brutalidade e frieza.

    Em equilíbrio: Amor, compaixão, confiança, inspiração, esperança, generosidade, solicitude, calma, alegria, equilíbrio.

    Informações armazenadas no chakra do coração - conexões com aqueles que amamos e o amor incondicional.

     

    5. Vishuddha Chakra – (Chakra laríngeo)

                  Este  chakra é a fonte da expressão e comunicação criativa.

    Localização: na garganta aproximadamente um dedo abaixo do pomo de Adão.

    Glândula: Tireóide

    Hiperfunção: Irreflexão, inconstância, impulsividade, inquietude, imaginação muito viva, insônia.

    Hipofunção: Apatia, lentidão nos processos psíquicos, inteligência atrasada, depressão, linguagem deficiente, muito sono.

    Propósitos: Aprender a  assumir responsabilidade pelas suas próprias necessidades, ressonância do ser, comunicação e expressão.

    Giro: sentido anti-horário na mulher e horário no homem

    Lição espiritual: Aprender a render-se à vontade divina, fé, verdade sobre a  decepção.

    Em desequilíbrio: Dificuldade de se mostrar e expressar-se, tomar decisões. Insegurança, crítica, timidez, medo da opinião alheia e falta de autoridade.

    Em equilíbrio: Livre expressão de pensamentos, conhecimentos e sentimentos; criatividade na comunicação, voz potente e clara, eloqüência, capacidade de ouvir com atenção e com o coração honestidade interior, fé, vontade, sensação de total integridade.

    Informações armazenadas no chakra da garganta: Autoconhecimento, verdade, atitudes, audição, gosto, cheiro.

     

    6. Ajnã Chakra – (Terceiro olho)

                  Este  chakra é  o centro dos poderes psíquicos.

    Localização: No meio da testa, entre as sobrancelhas.

    Glândula: Hipófise

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e combatividade, tendência ao domínio, ao abuso. Crítica e rebelião, insônia

    Hipofunção: Vontade fraca, timidez, sugestionabilidade, atraso intelectual, dificuldade em manterá atenção, muito sono.

    Giro: sentido horário e sentido anti-horário.

    Propósito: Intuição e autoconhecimento.

    Lição espiritual: Entendimento, não identificação, mente aberta.

    Em desequilíbrio: Rigidez mental, racionalidade excessiva, vaidade em relação a própria inteligência, medo da verdade, confusão, fixação em determinadas idéias.

    Em equilíbrio: Agilidade mental, visualização desenvolvida, transcendência, abertura da intuição e visão interior, discernimento, inteligência emocional, conceito de realidade, capacidade de ver além das formas físicas.

    Informações armazenadas no chakra do terceiro olho: Ver com clareza e sabedoria, sabedoria, intuição, intelecto.

     

    7. Sahasrara Chakra – (Chakra da coroa)

                  Este é o chakra que nos conecta com a energia divina.

    Localização: No topo da cabeça

    Glândula: Pineal

    Hiperfunção: Caráter lento e frio, mas espírito de aventura e compatibilidade, tendência ao domínio, ao abuso.

    Hipofunção: Atraso intelectual

    Propósitos: Sabedoria intuitiva, conexão para a espiritualidade, integração com o todo.

    Giro: sentido anti-horário nas mulheres e sentido horário nos homens.

    Lição espiritual: Espiritualidade, viver o momento.

    Em desequilíbrio: Falta de propósito, perda da identidade, medo de estar só, sentimento de separação do próprio "eu" transmitindo bloqueio aos demais chakras.

    Em equilíbrio: Descoberta do divino, facilidade para acessar diretamente o conhecimento superior a partir da conexão com o "eu universal", confiança, abnegação, humanitarismo, habilidade para ver o todo no fluxo de vida, devoção, inspiração, valores, éticas. Irradiação da vida com total plenitude e pureza.

    Informações armazenadas no chakra da coroa: Integração e conceito do todo.

     

     

     

    4. a) KUNDALINI - Fogo Serpentino

                  É energia ígnea, serpentina reside no chakra básico (Muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes:

     

    1. ANIMA (exigüidade). Esta é a faculdade que permiti identificar-se com a essência da menor parte do universo e do que ele mesmo é constituído. Permite ver o infinitamente grande (Mahima) ou, ao contrário, o infinitamente pequeno (Anima).


    2. MAHIMA (magnitude). Este é o poder de aumentar de volume, quer dizer, de alargar o círculo de sua consciência e de alcançar a plenitude do conhecimento do infinitamente grande.

     

    3. GARIMA (gravitação). Isto é relativo ao peso e à massa, e se aplica à lei de gravitação que é um dos aspectos da lei de atração. Este fenômeno é à busca dos yogues, ou seja, o estado de Samadhi.


    4. LAGHIMA (levitação). Esta é a possibilidade que tem o adepto de tornar-se mais leve que o ar, afastando a força de atração da Terra, e de desligar-se dele.


    5. PRAPTI (realizar o objetivo). Aquele que possui este poder tem a capacidade de atingir seus fins projetando sua consciência em todos os lugares que ele julga necessários, quer estejam sobre o plano físico ou sobre o plano cósmico. Este poder foi sempre muito utilizado pelos místicos do mundo inteiro. Prapti desenvolve também a clarividência, clariaudiência e telepatia.


    6. PRAKAMYA (a vontade irresistível). Este poder confere ao adepto a possibilidade de realizar todos os seus desejos pela força da vontade divina, quando esta vontade substitui, em parte, a vontade pessoal e seus desejos estão em perfeita harmonia com o plano divino.


    7. VASITVA (o poder de comandar). É o poder de tornar-se mestre das forças elementares da natureza, utilizando o poder do som criador ou mantra. Pela palavra sagrada, as vibrações são produzidas no éter e as diversas formas podem ser produzidas. Ato utilizado em grande feito de magia.


    8. ISATVA (o poder criador). Isatva se refere ao poder que tem o adepto de dispor dos elementos em suas cinco formas e de ressuscitar a vida no plano físico.

     

                  Estes elementos mencionados no item acima são de caráter de curiosidade e conhecimento. Estes aspectos devem se desenvolver através de prática específica para o desenvolvimento das energias de cada chakra.

                  A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

     

    5. OS ELEMENTOS E SEU SENTIDO OCULTO

     

                  “Saiba, que o Fogo (energia) é o primeiro tattwa; o Ar o segundo; a Água o terceiro; a Terra o quarto e o Éter o quinto.

                  “O primeiro tattwa é a panacéia que dá energia vital às criaturas e acaba com sua tristeza. O segundo provém de uma aldeia, o ar da floresta: ele desce da Água, é belo é delicioso e dispensa o poder de gerar. O quarto, pouco custoso, é produzido pela terra, dá a vida às criaturas e é a base da vida nos três reinos. O último tattwa, ó deusa, proporciona grandes alegrias; origem de todas as criaturas, sem começo e nem fim, ele é a raiz do universo. Assim falou Sadashiva de bom augúrio.”

     

    DEFINIR TATTWAS

                  É difícil definir os tattwas ou elementos, por serem ao mesmo tempo concretos e sutis, apesar de incomparáveis. De modo geral, os elementos não são objetos tangíveis, e sim, um conjunto de leis e força que condicionam um estado particular à matéria, estabelecendo-lhes propriedades específicas.

                  O elemento Terra (Priti), basta erguer a cabeça para o céu estrelado para se dar conta de que o universo é, principalmente, vazio. Entretanto, aqui e ali, a matéria cósmica torna-se densa, em vez de se distribuir uniformemente nesse vazio intergaláctico.

                  Partindo da definição de um elemento, todas as leis e todas as prodigiosas energias cósmicas que concorrem para essa densificação constituem o elemento Terra. Assim, nossa terra, simplesmente não passa de uma manifestação localizada do elemento Terra. O Sol e todos os corpos celestes são também manifestação do Elemento Terra, o mais elementar (evidentemente), pois estamos sentados sobre ele. De fato, cada átomo de cada objeto percebido é matéria cósmica densificada e faz parte de um corpo celeste incandescente. Nosso corpo é literalmente, sol resfriado, condensado.

                  O Elemento “Água” (Api) é aquele que mantém a matéria em estado líquido, a água é o fluido mais comum em nosso planeta, é o seu protótipo. Evidentemente mas que interesse há nisso? O interesse é enorme, pois esses fluidos são captadores dos ritos cósmicos, que, por sua vez, dirige todo o nosso biorritmo. O mais evidente desses ritmos é o das marés, que diuturnamente misturam os oceanos em respostas à atração lunar, mas também a solar e as marés sobre todos os líquidos do universo, não somente os de nosso planeta. Mas também, esses ritmos cósmicos não afetam só os oceanos; há uma mini maré num copo d’água, numa gota d’água: E, como no corpo 85 % é constituído de água, todo o biorritmo é a eles submetido.

                  Assim, por intermédio dos fluidos corporais, na morna intimidade dos tecidos, em cada célula, a lua e todos os corpos celestes regulam o imperceptível baile de ritmos vitais.

                  O “AR” (VAYU), embora saibamos é matéria em estado gasoso. Para o tantra, os gases veiculam energias cósmicas sutis.

                  Há milênios os tântricos sabem que o ar não é um gás inerte. Que ele “capta e transporta uma energia impalpável denominado ‘PRANA”, variável de acordo com a estação e o lugar. Eles sabem que nossa vitalidade depende dele e que “sua natureza é a do relâmpago”, intuição extraordinária, por isso é literalmente verdade.

                  Recentemente, a ciência (a biologia, em particular) se preocupava acima de tudo com a composição molecular do ar: azoto, oxigênio, gazes raros, e negligenciava sua ionização. Atualmente, sabemos que os átomos de oxigênio do ar podem ser ionizados, ou seja, ter um minúsculo “pacote” de energia excedente, portanto, disponível. Conforme a proporção de átomos de oxigênio assim ionizados, o ar pode ter propriedades vitais bem diferentes e, sabendo disso, os yogues inventaram técnicas especificas que permitem captar, acumular, controlar o Prana e aumentar nossa vitalidade.

                  O aspecto prático desse elemento está ligado às fontes de nossa vitalidade, aparece, por exemplo, na forma de Office sckiness, o “mal dos escritórios”, que ataca aqueles que vivem fechados nesses edifícios onde predomina o ar condicionado. De acordo com a teoria yogue, o “mal dos escritórios” se explica facilmente: um ar assim, sem prana, necessariamente mina a vitalidade e provoca diversos desequilíbrios. Após tê-lo ignorado ou desconhecido por muito tampo, começam pouco a pouco perceber isso, mas os orgulhosos edifícios de janelas trancadas ai estão e ficarão por muito tempo. Aqueles que são obrigados a viver neles restam o recurso de compensar esse déficit dedicando alguns minutos por dia aos exercícios de pranáyáma.

                  O ELEMENTO “FOGO” (TEJAS) é a matéria em estado “radiante”, por exemplo, a radiação do sol e das estrelas, mas também do fogo comum. Sem o elemento Fogo, nosso planeta seria gelado, pois o Sol não poderia irradiar seu calor até nós através da imensidão espacial, e nós ignoraríamos sua existência e das estrelas.

                  O elemento “Éter” (akasha) É o elemento alquímico que resistiu por mais tempo ao ataque da ciência. De fato, era axiomático considerar o vazio universal cheio de uma substância tênue ao extremo, que não oferecia nenhuma resistência à propagação das ondas e partículas de alta energia: parecia impensável quê o que quer que fosse pudesse ir propagando-se no nada. Tudo foi abalado em 1880, por causa dos resultados negativos das experiências de Michelson que queria comprovar a evidência do éter graças ao interferômetro ultra-sensível por ele inventado.

                  Para o Tantra, o elemento Éter - Akasha, E “nosso éter, ou seja, a matéria no estado mais sutil concebível, mais alguma coisa cientificamente indefinível (eu até diria “provisoriamente”), que eu chamaria, na falta de coisa melhor, de espaço dinâmico. Para o senso, ingênuo, o espaço é um grande buraco, inerte, no qual o Bom Deus concebeu o Universo. Certamente, não é essa visão da ciência, que, no entanto, não está muito melhor, pois ignora totalmente a natureza do espaço, alias, como também, a do tempo.

     

    6. Segredos dos cinco Pranas

     

                  Para que haja mudanças reais é necessário alterar a energia que cria. Este fato é verdadeiro na prática do Yoga. Para causar mudanças positiva no corpo e na mente devemos compreender a energia com qual se trabalha. A esta energia denomina-se de Prana significando a energia primordial. É traduzida a força vital, embora seja muito mais que isto.

                  Certamente o universo inteiro é uma manifestação do Prana, que é o poder criativo original. 

                  Em um nível cósmico há dois aspectos básicos de Prana.

                  O primeiro é o aspecto é a energia de Consciência pura que transcende toda a criação. O segundo ou o Prana manifesto é à força da criação própria. O Prana eleva-se a qualidade (guna) dos rajas, a força ativa da natureza (Prakriti). A natureza ela mesma consiste em três gunas: sattwa ou harmonia, que causam a mente, o rajas ou o movimento, que causa o prana, e tamas ou inércia que causam o corpo.

                  Certamente poder-se-ia discutir que Prakriti ou a natureza são primeiramente Prana ou rajas. A natureza é uma energia ou um Shakti ativo. De acordo com a tração ou a atração do Self mais elevado ou da consciência pura (Purusha) esta energia torna-se sattwica. Pela inércia da ignorância esta energia torna-se tamásica.

     

     

                  Relativo à nossa existência física, Prana ou a energia vital são uma modificação do elemento do ar, primeiramente o oxigênio que nós respiramos que permite que vivamos. Contudo enquanto o ar origina no éter ou no espaço. Prana levanta-se no espaço e remanesce-se conectada próxima a ele. Onde quer que nós criemos o espaço a energia ou Prana devem levantar-se automaticamente.

                  O elemento do ar relaciona-se ao sentido de toque. O ar em um nível sutil é toque. Com o toque nós sentimos vivos e podemos transmitir nossa vida-força a outra. Contudo enquanto o ar se levanta no espaço, assim que toca levanta-se do som, que é a qualidade do sentido que corresponde ao elemento do éter. Através do som nós elevamos e sentimos nossas conexões mais longas com a vida ao todo.

                  Ser do ser humano consiste em cinco koshas ou copos sutis:

    1) Kosha de Annamaya  alimento (Anna) - exame - os cinco elementos

    2) Kosha de Pranamaya - respiração  vital (Prana) - os cinco pranas

    3) Kosha de Manomaya - impressões  mente (Mano) exterior - os cinco tipos de impressões sensoriais

    4) Kosha de Vijnanamaya - idéias - inteligência - atividade mental dirigida – Conhecimento (Vijna).

    5) Kosha de Anandamaya - experiências - mente mais profunda - mente da memória, a subliminal e a superconsciencia – felicidade (Ananda).

     

    Pranamaya Kosha:

                  O Pranamaya Kosha é a esfera de nossas energias vitais da vida. Representa os três koshas – corpo mental (mente exterior, inteligência e mente interna) É atingível através da meditação dinâmica e as cinco impressões sensoriais.

    O melhor termo para o Pranamaya Kosha é provavelmente “corpo vital” para usar um termo do Yoga integral de Shri Aurobindo. O Pranamaya Kosha consiste em nossos impulsos vitais da sobrevivência, da reprodução, do movimento e da self-expressão, principalmente sendo conectado aos cinco órgãos do motor (excretor, urinário, genitais, os pés, as mãos, e órgão vocal).    

                  Uma pessoa com uma natureza vital forte se tornará proeminente na vida e pode imprimir sua personalidade no mundo. Aqueles com uma energia vital fraca o poder realizar-se muita tardia e ou de pouco efeito em cima da vida, geralmente estando em uma posição subordinada.

    O Pranamaya, entretanto, é importante para o trajeto espiritual é muito diferente do vital egoístico ou desejo orientado. Deriva sua força para as praticas espirituais que necessita de determinação e do poder pessoal. Na mitologia Hindu este Prana mais elevado é simbolizado pelo Sita-Rama, pode tornar-se tão grande ou pequeno como deseja, pode superar todos os inimigos e obstáculos, e realiza milagres com a energia vital, a curiosidade e o entusiasmo na vida junto com um controle dos sentidos e dos impulsos vitais realizam com aspiração elevadas.

     

    Os cinco Pranas

    O Pranamaya Kosha é composto dos cinco Pranas. O Prana preliminar divide-se em cinco tipos de acordo com seus movimento e sentido. Esta é a base da terapia ayurvédica e do o pensamento de hindu.

     

    Prana

    Prana, literalmente “o ar que move para diante, governa a recepção de todos os fluxos vitais: a ação de comer o alimento, de beber da água,  da respiração, à recepção de impressões sensoriais e de experiências mentais. É propulsor na natureza, ajustando coisas no movimento e guiando-as. Fornece a energia básica que nos dirige na vida.

     Apana

     

    Apana, literalmente o “ar que se afasta,” move-se para baixo e para fora e governam-se todos os caminhos da excreção e da reprodução (que tem também um movimento descendente). Governa o a eliminação do bolo fecal, da urina, expele o sêmen, líquido menstrual e o feto, e o dióxido de carbono através da respiração. Em um nível mais profundo governa a expressão das experiências sensoriais, emocionais e mentais negativas. É base de nossa função imune em todos os níveis.

     

    Udana

    Udana, literalmente “o ar ascendente,” os movimentos para cima e os movimentos qualitativo ou transformativo da vida-energia. Governa o crescimento do corpo, da habilidade de estar, do discurso, do esforço, do entusiasmo e da vontade. É nossa energia positiva principal na vida com que nós podemos desenvolver nossos corpos diferentes e evoluir na consciência.

     

    Samana

    Samana, literalmente “o ar balançando,” movimentos da periferia ao centro, com uma ação de discernindo. Ajuda na digestão em todos os níveis. Trabalha no intervalo gastrointestinal para digerir o alimento, nos pulmões para digerir o ar ou absorver o oxigênio, e na mente para homogeneizar e digerir experiências, seja sensorial, emocional ou mental.

     

    Vyana

    Vyana, literalmente “o ar circulante externo,” move-se do centro para a periferia. Governa a circulação em todos os níveis. Move o alimento, a água e o oxigênio durante todo o corpo, e mantém nossas emoções e pensamentos que circulam na mente, dando o movimento e fornecendo a força. Ao circular assim ajuda a todos os outros Pranas em seu movimento.

     

                  Os cinco Pranas são as energias que se distribui dentro dos tattwas em diversos níveis.

    Prana Vayu governa o movimento da energia da cabeça para baixo que é o centro Prânico no corpo físico.

    Apana Vayu governa o movimento da energia para baixo ao chakra da raiz. Samana Vayu governa o movimento da energia da parte traseira inteira do corpo. Vyana Vayu governa o movimento da energia para fora do corpo inteiro. Udana governa o movimento da energia do até a cabeça

                  O Prana governa a entrada das substâncias. Samana governa sua digestão. Vyana governa a circulação dos nutrientes. Udana governa a liberação da energia positiva. Apana governa a eliminação.

                  Isto é bem como o funcionamento da engrenagem de uma máquina. O Prana traz o combustível, Samana converte este combustível em energia, Vyana circula a energia aos vários locais da engrenagem. Apana libera os detritos ou produtos do processo da conversão. Udana governa a energia positiva criada no processo e determina o trabalho que a máquina pode fazer.

                  A chave à saúde e ao bem estar é manter nosso Pranas na harmonia. Quando um Prana se torna inaceitável o outro tendem a tornar-se desequilibrado também porque todos são ligados um no outro. Geralmente Prana e Udana trabalham o oposto da Apana como as forças da energização contra aquelas da eliminação. Similarmente Vyana e Samana são opostos como a expansão e a contração.

     

    Como o Prana cria o corpo físico?

                  Sem Prana o corpo físico não é mais do que uma protuberância de massa, gelatinosa com vários membros e órgãos. Ele circunda pelas os canais ou Nadis, através de que pode operar e energizar a matéria bruta em vários tecidos e órgãos.

     

    Prana Vayu cria as aberturas e os canais na cabeça e no cérebro para baixo ao coração. Há sete aberturas na cabeça, os dois olhos, as duas orelhas, as duas narinas e a boca. Estes são chamados de sete Pranas ou sete Rishis no pensamento Védico.

     

    Udana Vayu ajuda o Prana a criar as aberturas na parte superior do corpo, particularmente a boca e órgãos vocais. A boca, apesar de tudo, é a abertura principal na cabeça e no corpo inteiro. Poder-se-ia dizer que o corpo físico inteiro é uma extensão da boca, que é o órgão principal da atividade, de comer e de expressão físicas.

     

    Apana Vayu cria as aberturas na parte mais inferior do corpo, as dos sistemas urinário, genitais e excretores.

     

    Samana Vayu cria as aberturas na parte média do corpo, aquelas do sistema digestivo, centrado no plexo. Abre para fora os canais dos intestinos e dos órgãos, como o fígado e o pâncreas.

     

    Vyana Vayu cria os canais que vão às peças periféricas do corpo, dos braços e dos pés. Cria as veias e as artérias e também os músculos, os nervos, as junções e os ossos.

     

    Em resumo, Samana Vayu cria o tronco do corpo (que é dominado pelo intervalo gastrointestinal), quando Vyana Vayu cria os membros. Prana e Udana criam as aberturas superiores ou os orifícios corporais, enquanto Apana criar canais externos.

     

    Prana, entretanto existe não apenas no nível físico. O plexo é o centro vital principal para o corpo físico. O coração é o centro principal para o Pranamaya Kosha. A cabeça é o centro principal para o Kosha  Manomaya.

     

    Prana e a respiração

    Respirar é a principal função da atividade de Pranica no corpo. O Prana governa a inalação. Samana governa a absorção do oxigênio que ocorre principalmente durante a retenção da respiração. Vyana governa sua circulação. Apana governa a exalação e a liberação do dióxido de carbono. Udana governa a exalação e a liberação da energia positiva através da respiração, incluindo os sentimentos que alteram o movimento da respiração.

     

    Prana e a mente

    A mente tem também suas energias Pranica. Isto se deriva do alimento, da respiração e das impressões externas. Prana governa a entrada de impressões sensoriais. Samana governa a digestão mental. Vyana governa a circulação mental. Apana governa a eliminação de idéias tóxicas e de emoções negativas. Udana governa a energia, a força e o entusiasmo mentais positivos.

     

    Em um nível psicológico, Prana governa nossa receptividade às fontes positivas do relacionamento, do sentimento e do conhecimento com a mente e os sentidos. Quando desequilibrado os desejos cria instabilidade emocional. Tornamo-nos insatisfeito e geralmente fora do contrapeso.

     

    Apana em um nível psicológico governa nossa habilidade de eliminar pensamentos e emoções negativos. Quando desequilibrados gera-se depressões e nós começamos a sentir a obstrução com experiência desagradáveis que nos direciona para baixo na vida, fazendo-nos temíveis, suprimido e fraco.

     

    Samana Vayu dá-nos o sentimento e o contentamento na mente. Quando desequilibrado Nos agarramos às coisas e tornamo-nos possessivos em nosso comportamento.

     

    Vyana Vayu dá-nos o movimento livre e a independência na mente. Quando desequilibrado causa a desolamento, e alienação Nós somos incapazes de unir-se com os outros ou de permanecer conectados aqui e agora.

     

    Udana dá-nos a alegria e o entusiasmo e as ajudas nossos potenciais espirituais e criativos mais elevados. Quando desequilibrados causa o orgulho e o arrogância. Nós tornamo-nos infundados, tentando ir à elevação e perder a trilha de nossas raizes.

     

    Pranáyáma

                  É uma técnica de exercícios de respiração, No Yoga Sutras, as práticas do pranáyáma e do ásana são consideradas as mais elevadas das disciplinas de purificação da mente e do corpo.

                  As práticas produzem a sensação física de real calor, chamado tapas, ou o fogo interno de purificação. Este calor é parte importante no processo de purificação das nadis. No pranáyáma é focalizada a atenção na respiração e é conseqüentemente muito importante manter uma mente alerta, para os processos que estão sendo observados que são muito sutis. O único processo dinâmico do corpo é o ato de respirar. O Prana somente incorpora o corpo ao momento em que há uma mudança positiva na mente. Naturalmente, nosso estado da mente não se altera com cada respiração, a mudança ocorre sobre um período de tempo longo. Agora se praticar o pranáyáma você observará uma mudança da mente, pois significa que direcionou o prana através dos exercícios então as mudanças da mente podem ser observadas primeiramente em nossos relacionamentos com as pessoas.

     

    5. MÉTODO

                  A terapia corporal Indiana é aplicada da seguinte forma:

                  É necessário preparar o cliente como em qualquer outra técnica de terapia corporal, como quiropraxia no intuito de realinhamento vertebral para que se possa aplicar este método. É de suma importância que as vértebras estejam realinhadas, pois ela será o canal de passagem energético do trabalho sutil e de insuflação de energia.

                  A técnica da Terapia Corporal Indiana consiste em colocar o cliente confortavelmente na posição de decúbito frontal, com música suave, incenso e aroma no ambiente, luzes de tons azuis ou violáceas, para permitir a conexão de relaxamento. O terapeuta se colocará numa posição centrada de respiração rítmica procurando ao toque identificar a respiração do cliente, induzindo-o a um estado de respiração lenta e continuada até que a sintonia do cliente e do terapeuta esteja fluente. Depois deste momento as manobras são aplicadas em movimentos circulares dos pés em direção ao topo da cabeça e no momento em que for mudar a mão na posição do corpo, manter sempre a mão esquerda posicionada ao corpo do cliente para que ele não se sinta abandonado. Os movimentos são estritamente leves, apenas para que a energia possa fluir livremente pelos os canais sutis denominado de nadis. Feito isto sem perder o contato com o cliente, virá-lo para a posição em decúbito dorsal, trazendo a energia da mesma forma circulante em direção aos pés. As manobras poderão ser servidas de um óleo aromático constituído de rosa, sândalo e jasmim com o intuito de proporcionar a sutilização energética preparando a pessoa para a recepção do mantra que será entoada a seguir.

                  Terminando as manobras o terapeuta se sentará ao lado do corpo do cliente sem perder o contato e com toques com as pontas dos dedos indicador e médio unido um ao outro sempre tocando o centro de cada chakra, insuflando os bijas mantras (semente dos chakra) até que venha se posicionar sentada em frente ao topo da cabeça do recebendo. Onde serão insuflados mantras dos elementos com a função de consagrar, ou seja, o cliente estará recebendo um deeksha (um fluxo energético divino de iniciação), findando esta etapa deverá induzir o cliente em relaxamento falado com música de fundo sempre levando a se reconhecer como ser perfeito.

     

    CONCLUSÃO

                  Esta terapia corporal não tem intenção de debelar desequilíbrios físicos e sim desequilíbrios energéticos que na verdade onde se concentra a verdadeira dificuldade do ser humano. Apos receber o deeksha da maneira corrente o cliente terá sido codificado no seu corpo espiritual e sempre será levado a ponto do seu equilíbrio, mesmo que nunca mais receba esta técnica. Mas para que isto ocorra serão necessários à aplicação de pelo menos 10 sessões para que o realinhamento dos chakras ocorra. Estamos acostumados com vicissitudes da vida, portanto enquanto não é absorvida a energia o chakra não se equilibra por isso a necessidade de repetições.

     

    BIBLIOGRAFIA

      

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

    Em relação a Terapia Corporal Indiana – trabalho idealizado após curso com o Prof. Levi Leonel em 1983 – Rio de Janeiro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Vivência Tântrica

    Vivência Tântrica

    Ao encontro do coração e da prosperidade, assim como o equilíbrio da sexualidade e o fluxo da sensibilidade

     

     Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução.

    2. O que é Libido?

    3.  Conhecimento sobre os elementos que se atinge no desenvolvimento do vivenciar.

    4. O que é Vivência tântrica.

    5. Método.

    6. Conclusão.

    7. Bibliografia.

      

    I- INTRODUÇÃO

                 

                  A insatisfação por não produzir. O vazio por não saber amar ou não ser amado. O desejo que algo externo resolva a vida. Tudo se transforma em couraças. Onde o EU se esconde em manifestações de medo, timidez, agressividade, hipersensibilidade, improdutividade, egocentrismo. Ou ainda – “Eu sou o único” – “Sou o melhor” – “Sou eu que resolvo as coisas, ninguém faz melhor que eu” – “Eu sou festeiro e popular”. Esta última manifestação certamente é a pior forma de manifestar as couraças. Porque em algum momento do seu dia, vai se sentir exausto triste e solitário. “Não aceito falar de mim”, “Não vou transparecer o que sinto nunca, imagine!”

                  “Nunca deixo saber o que sinto e penso, não quero que invada a minha individualidade!”

                  Na verdade todas essas manifestações ou “qualidades” são fugas de si ou do mundo. É a dificuldade de apalpar a si mesmo, de si amar. Se você não se ama, não pode saber amar.

                  Se você não se equilibrar não pode perceber rapidamente e sensivelmente a forma de ensinar a se equilibrar.

                  Para o principio tântrico o equilíbrio e o desequilíbrio é um leela (jogo) uma dança no fluxo cósmico.

                  Se você simplesmente dançar o leela acontece. Você vira a água nas tempestades. O vento no vendaval. A chama na fogueira.

    De forma lúdica e sincrônica vivencia tudo aquilo que é natural em si. Você não pensa mais. Apenas sente ou simplesmente é.

                  O EU SOU ou SO HAM passa a fazer parte em cada inspiração e expiração. Inspirar e expirar constantemente em sincronia com o que deseja fará com que se conclua. Basta ensinar a mente a simplesmente ser e não mais comandar.

                  Descodificar a mente para que ela entre no leela cósmico é simples. É necessário dar à ela aquilo que não é metódico.

                  Há de convir que desde 3 ou 4 anos da idade cronológica que sua mente aprende apenas a se defender de que:

    “ “Isso não pode” - “Isso não deve” - “Seja homem” - “Seja educado no sentido formal” -”Seja rico para ser homem de bem” - Ou, pior ainda: “Quem ficou rico é inescrupuloso” ”.

                  Para as mulheres: “Olha todos os homens são iguais” - “Homens não prestam”

                  Para os homens: “Cuidado mulher é um bicho” – “Mulher é interesseira”

    Em relação ao sexo então:

    Mulheres: ”Sexo é proibido” – “Não seja sensual é feio” –

    Homens: “Para ser homem precisa ser garanhão, se não deixará de ser homem”. Para as pessoas que estão na faixa entre 40 a 60 anos cronológicos é o sentimento que impera e comanda o mental, agindo de forma inconsciente e produzindo resultados negativos. E ai o insucesso é fatal em quase todos os planos da vida.

    Enfim, infindáveis fórmulas chavões para o insucesso, o desamor, a timidez e a má relação consigo próprio. A mente codifica e lidera a frente da real sensação, desviando do verdadeiro caminho individual de simplesmente ser Natural – Integro e amável e feliz.

                  Vivenciar as emoções aparentes e sentir o coração é um caminho lúdico e sensorial, produzindo a capacidade de aumentar o fluxo da intuição, aumentar o fluxo do sentir.

                  Para isso basta utilizar-se das técnicas que o tantra propicia. Que álias, no ocidente muito bem elaborado através do contato popular com o OSHO.

                  Eu me permeio através do Tantra matriarcal e antigo onde o fluxo feminino (Shakti) que é responsável pelo o espírito das realizações natural. Simplesmente SER e Vivenciar pelo o fluxo da libido.

     

    2  - O QUE É LIBIDO?

                  Vamos conhecer a real conotação da libido em relação à parafernália tântrica, tão confundida e mal interpretada pelo o ser ocidental e os ditos “tântricos”

                  Fala-se em libido, entende-se sexo. Sexo é o significado principal e final apenas para aqueles que ainda não a entendeu ou para aquele que não sabe direcioná-lo e assim utilizar-se desta força encantadora e mágica.

                  Libido é a mola propulsora para tudo que se pensa em sentir e fazer.

                  A libido é uma energia pura incandescente no ser humano manifestada através do ato de sentir prazer.

                  O prazer de comer em equilibro = saborear.

    Mas em desequilíbrio entra em compulsão do comer porque essa forma de sentir é fálica.

                  Libido organizada faz fluir o trabalho = Prazer - produz êxtase.

                  Libido desorganizada = O trabalho não flui - não há energia propulsora.

                  O prazer de amar ao tocar o filho, o coração treme. Porque o amor é puro e transcendente. A libido ai está presente no sentir, pois provoca êxtase, felicidade.

                  O prazer de amar o sexo oposto, todos que se apaixonaram conhecem a libido se manifestando e é a forma que todos a identificamos.

                  Mas libido é o calor na pele, sem está calor. É o arrepio de uma caricia. É o ouriçar dos pelos quando se emociona. É a alegria nos olhos. É ainda a lágrima nos olhos quando se ri gostoso. É ouvir uma música e se arrepiar. É perceber o nascer de uma flor e se sentir emocionado. É ver uma criança nascer e se emocionar.

                  Quantos já desconhecem estas sensações? Se não sentem e não percebem isso, não pode mesmo perceber que a libido está além do tesão pelo o sexo oposto.

                  Alias se não sentem isso, já não consegue mais sentir Excitação pelo o sexo oposto. Acabou a excitação por si.

                  Vivenciar significa buscar isso dentro de si e por si mesmo.

                  Perceber que ao respirar, a pele se manifesta, Ao dançar o corpo arrepia, apenas no sentir da música e bailar suas emoções numa dança de sensações, sem pensar. Somente sentir e reaprender a amar-se.

                  A Libido movimenta a vida, a alegria, rejuvenesce e vitaliza.

                  Onde está a libido?

                  O tempo inteiro em você mesmo, basta um respirar profundo e ela se manifesta.

                  Basta um carinho do sexo oposto e ela se manifesta – Conhecido por todos, não é mesmo?!

                  Mas, se a música certa tocar também se manifestará. Quem aprende a conectar a libido, não ficará mais triste além do necessário. Porque saberá a medida exata do sentir.

                  Aprendemos que as pessoas importantes na vida são nossas: meus filhos, meu homem ou minha mulher, minha amiga (o), etc. Puro exercício de ego.

                  A libido direcionada de forma harmoniosa você saberá que deve apenas sentir e vivenciar. E que o conjunto de relações pessoais e interpessoais são feitas para interagir e não para possuir.

                  Porque a única posse que de verdade temos é o “EU” esse sim possuirá os efeitos de tudo que permeia a vida. E a forma de manifestação no físico do EU é através do permear da libido que é energia pura e criadora.

                  Criadora da prosperidade na forma plena da palavra.

                  Esse é o verdadeiro passo para a abundância. E o verdadeiro “Tesão” pela a vida. Sem medo, sem pré-conceito, sem negações. Simplesmente viver poeticamente a vida.

    Eu acredito piamente que o Ser passa pela a terra com a única função de vivenciar e sentir a abundância no leela (jogo ou dança) cósmico e na terra. Aprender lidar significa adquirir o nirvana. Ou seja, transcender a consciência através do coração.

                  Abundância está em todos sem distinção de raça ou credo. É para todos aqueles que se permite.

                 

    3- Conhecimento sobre os elementos que se desenvolve na prática vivencial.

     

    ANÁLISE SINTETIZADA DOS CORPOS HUMANOS.

                                                           

    1- CORPO - Anna Kosha (corpo ilusório de alimento).

                  É o nosso corpo físico grosseiro, constituído dos cinco órgãos dos sentidos: ouvido (som), pele (tato), olhos (visão), língua (paladar), nariz (olfato) e dos cinco agentes da ação: boca, genitais, mãos, pés e orelhas. Sua capa muscular, os nervos e ligamentos, bem como a sua estrutura óssea armazenam as tensões vindas dos corpos superiores, sobrecarregando alguns órgãos que sobrecarregam outros, numa cadeia de sintomas às vezes complexos. O corpo físico reage aos claramente através de movimentos, exercícios, danças e toques. Seu centro-realimentação está nas gônadas, portanto na área sexual, e seu estágio é o do mineral, dentro da natureza, como um todo, e seu oposto complementar é o olfato (narinas). Seu elemento é a Terra (ossos, dentes e unhas).                                                                                                                                                                                         

    2 - CORPO - Prana Maya Kosha (energético etérico)

                  É um corpo constituído de prana etérico, comanda os órgãos dos sentidos e contém os cinco sentidos sutis: éter, ar, fogo, água, terra aspecto prânico, energético. Alguns autores dizem que existem 300.000 canais que transportam prana, outros 72.000 que formaria o corpo etérico visível facilmente. Sua emanação energética vem das supra-renais próximos ao umbigo, e seu aspecto sutil, invisível, se relaciona também com os minerais. O corpo energético reage ao respiratório em geral, aumentando consideravelmente seu brilho externo ao corpo, com um pequeno número de exercícios de respiração. Esse corpo transmite as sensações dos corpos sutis para o físico, formando uma ponte de ligação entre as emoções e os músculos e nervos. Seu oposto complementar é a língua e o paladar. Seu elemento é a água.

     

    3 - CORPO - Kama Maya Kosha (desejo)

                  É o nosso corpo das emoções telúricas. O ponto central do corpo astral está no estômago (plexo solar) e sua irradiação sutil está relacionada com a vontade (volição) e com o desejo. Sua manifestação mais clara é o instinto, a reação reflexa, ou seja, é o órgão que se manifesta com um emocional expansivo e forte. “Ele irradia “nosso estado de espírito e é afetado pelo que vemos” o que os olhos não veem, o estômago não sente”. Está intimamente ligado com o pâncreas diretamente o sentido da visão. Seu elemento é o fogo e atua na combustão dos alimentos e reage ao desejo e à vontade.

     

    4 - CORPO - Ananda Maya Kosha (felicidade)

                  É localizado no centro cardíaco e é o nosso corpo das emoções afetivas e amorosas. É grandemente estimulado pelos vegetais superiores como legumes, verduras e frutas. O sentido do tato está intrinsecamente relacionado com o coração e se expressa de modo claro nas relações de empatia com outro. Seu elemento é o ar reage aos sentimentos em geral.

     

    5 - CORPO - Manas Maya Kosha (conhecimento)

                  O Manas (mente) se manifesta como intelecção e memória sendo essa a função desse corpo. Seu elemento é o éter que está relacionado com os ouvidos.

    É um corpo que se manifesta no nível da garganta em seu aspecto mais sensorial a reage aos Mantras de “H” aspirados, como no Inglês de horse. Seu corpo é de manifestação sonora e, portanto, o som faz vibrar em ondas que vão do mental ao intuicional.

     

    6 - CORPO - Jñana Maya Kosha (sabedoria)

                  Este corpo se manifesta como sabedoria pura, percepção clarividente. Ele reage à ação contemplativa, após as vibrações da mente cessar. Reage ainda aos Bija-Mantra, e especificamente, aos sons nasalizados. É a sabedoria após o conhecimento.

     

    7- CORPO - Buddhi Maya Kosha (corpo ilusório feito de intuição)

                  É o mais próximo da mônada espiritual humana. Não tem som específico, nem reage ao toque, mas como é um arquétipo humano reage aos símbolos inconscientes tais como, os Mandalas ou Yantras e os Mula-Mantra, tais como o “OM”.

     

                                              OS SETE PLANOS e as suas cores

    Podemos entrar em contato com cada plano vibrando na sua cor correspondente.

    FÍSICO

    1- PLANO - FILOSÓFICO - LIGADO AO CORPO FÍSICO - (MINERAL)

                  É o plano mais denso que trata do material, do físico, é onde o indivíduo se relaciona com o outro através de atitude e postura física. Através desse plano, aprendemos a constituição do homem centenário, do macrocosmo e do microcosmo sempre por meios dos estudos ou da filosofia esotérica começando a compreender a história da evolução do homem.

    COR AZUL - Representa a espiritualidade, a energia cósmica, dependendo da intensidade do azul ele sugere crescimento e evolução espiritual - mais intenso = a necessidade de contemplação serena, menos intenso = verificar os sentimentos descontrolados.

      

    2  - PLANO - ARTÍSTICO - LIGADO AO CORPO ENERGÉTICO - VEGETAL

                  É o plano onde começamos a perceber a energia vital, através de meditação das nossas próprias atitudes e organização dando-nos conta do mundo que nos rodeia. Por esse plano começamos a trabalhar o mundo das cores do som, da harmonia, do ritmo, e como eles afetam nosso corpo energético.

    COR AMARELA - Muito positivo, significa sabedoria, representa um guia interior ou o nosso lado superior (eu) concretizando os nossos ideais, indica clareza e luz.

    COR LARANJA - Maior energia, entusiasmo, juventude, alegria, favorece empreendimentos.

     

    3 - PLANO - POLÍTICO - LIGADO AO CORPO EMOCIONAL - ANIMAL

                  É neste plano que começa a evolução do homem, é através da razão que controlamos as nossas emoções, quanto menos oscilarmos o nosso corpo emocional, mais nos tornou estáticos. Não ser instável é ser um verdadeiro político e manipulador da energia da vontade. É através de leis e regras interiores que o mental controla o emocional e podemos através desse plano criar novas atitudes, nova cultura, nova civilização.

    COR ROSA - Simboliza o amor, a afeição sem paixão (amor universal) significa proteção, traz insegurança, suavidade das emoções.

     

    4 - PLANO - EDUCACIONAL - LIGADO AO MENTAL CONCRETO (HOMINAL)

                  É o plano da meditação, e onde também atua a evolução do homem, este plano está muito ligado ao plano político. É onde educamos nossas energias através da meditação das próprias atitudes e organizações. Através desse plano estamos ligados a ciência da iniciação.

                  O resultado do estudo e prática dessa ciência produz o verdadeiro homem consciente.

    COR BRANCA - Simboliza a pureza da inocência e ingenuidade, é a cor da juventude, a pureza do coração e a simplicidade, traz a facilidade da transmutação de energia, equilibra as energias negativas. 

    MENTAL

    5 - PLANO - CIENTÍFICO - LIGADO AO MENTAL ABSTRATO.

                  Este plano faz parte do plano mental que é ligado ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados ao espiritual, sendo assim nós homens estamos ligados a seres superiores que nos enviam através de canais, todas as técnicas da ciência para que possamos atuar com mais perfeição em nossas vidas.

                  Conseguimos compreender a ciência de vida e espaço (onde o outro começa e você termina), ou seja, mais sensibilidade, termos condição de entender as leis ocultas do cosmos, a lei da evolução e do Karma. É nesses planos que poderemos ajudar o outro com a ciência da sabedoria.

    COR VERDE - Simboliza vida, fertilidade e criatividade, afinidade, diplomacia e adaptabilidade, regeneração.

      

    6 - PLANO - INTUITIVO - LIGADO AO CORPO DA INTUIÇÃO

                  Neste plano nós seremos mestres de nós mesmo, será o fim dos falsos mestres e profetas.

                  Dentro deste plano teremos o contato com a hierarquia oculta, e a cooperação desses seres dentro do nosso trabalho de evolução pessoal. Teremos também total controle de nosso ego.              É neste plano que teremos o conhecimento da Nova Era.

    COR VERMELHA - Simboliza a energia ativa em grande quantidade, fluxo da vida, vitalidade, traz o impulso da vida, a vontade de vencer, o poder.

      

    7 - PLANO - INTEGRAÇÃO - LIGADO A CENTELHA DIVINA

                  Neste plano teremos total controle das leis do físico. Sendo assim poderemos ter maior domínio sobre nós mesmos em relação ao relacionamento entre matéria e espírito, alma e personalidade. Seremos mais honestos com nós mesmos e assim estaremos mais harmonizados com o universo. A nossa canalização estará aberta com total integração com o cosmos.

    COR VIOLETA - E a cor ligada a espiritualidade, traz o conhecimento e a magia, representa a consciência cósmica, representa a evolução interior com pleno conhecimento da realidade traz a sensibilidade e individualidade

     

    KARMA

    Karma é a lei de causa e efeito. Qualquer atitude tomada ou pensada cria uma reação na vida física ou na vida astral.

     

    TIPOS DE KARMA

    1 - Karma Individual - É quando você é totalmente responsável pelos seus próprios atos.

     

    2 - Karma Familiar - quando os atos interferem nas atitudes das pessoas da sua família negativamente ou positivamente.

     

    3 - Karma Coletivo - quando seus atos estão ligados a comunidade que você se relaciona.

     

    4 - Karma Racial - parte da sua opção, que você teve antes de nascer, em ser branco, negro, vermelho, ou amarelo.

     

    5 - Karma Nacional - Você nasce no país que melhor se adapta a sua missão, para que sua vida possa fluir melhor.

     

    6 - Karma Mundial - Nós optamos nascer nesse planeta porque nosso padrão de consciência é o mesmo dentro da evolução desse sistema, e nossas atitudes particulares pode modificar uma atitude um planeta inteiro.

     

    7 - Karma Universal - É quando nós já conseguimos obter uma consciência cósmica e nossas atitudes são todas voltadas pela Paz Universal.

     

    SENSO DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada ação temos um grau de responsabilidade a cumprir.

                  Responsabilidade - É a habilidade de dar uma resposta a si mesmo. A partir de agora seja responsável por si só. Voltando-se para dentro e repensando os seus atos.

                  Para cada ação existe uma reação e você é o centro de sua vida. Tomar consciência do seu poder e criar as situações que vivem, é ser 100% responsável por si mesmo.

     

    TIPOS DE RESPONSABILIDADE

                  Em cada plano temos um tipo de responsabilidade a cumprir.

    1 - Paciência: É a habilidade de suportar as primeiras mudanças do ego que causam ilusoriamente dor e sofrimento.

     

    2 - PERSEVERANÇA - É a habilidade de se conservar firme e constante, permanecer sem mudar ou sem variar em cada atitude tomada mediante a um objetivo.

     

    3 - SEGURANÇA - É a habilidade de estar confiante em si mesmo e na vida.

                 

    4 - GENEROSIDADE - É a habilidade de ir ao encontro das necessidades dos outros sem desperdício de tempo e matéria, é a disposição para compartilhar.

     

    5 - TOLERÂNCIA - É a habilidade de compreender os motivos e pontos de vistas dos outros tão precisamente quanto possível, é o poder da supervisão.

     

    6 - SENSIBILIDADE - É a habilidade de sentir as próprias necessidades e a dos outros, é uma grande virtude e desenvolve independência e desperta confiança em si mesmo.

     

    7 - HUMILDADE - É a habilidade de se contrapor ao seu ego e vaidade e aparentar o que você é na realidade.

      

    DHARMA - O CAMINHO PESSOAL

                  Alguma de nossas emoções advém de registros/código, que chamamos cósmicos, e têm um princípio básico de inconsciência, e podemos colocar nessa lista as pulsões sexuais como uma necessidade imanente nos seres vivos de proliferação da espécie. O desejo sexual então, é o impulso genésico do ser vivo e é esse mesmo impulso que leva o homem e mulheres a se unirem na intenção inconsciente de procriarem, e estes impulsos acrescidos das intenções emocionais, também delineiam o caminho de uma pessoa (Dharma).

                  Dizemos então, que todos estão onde devemos estar, onde precisamos estar, onde merecemos estar, pois nossa intencionalidade e nosso adhikara (índole, temperamento, caráter, dom inato) nos colocaram ali; havendo consciência do modo pelo qual trabalhamos nossas intenções, nos iluminamos e podemos traçar, então, qualquer caminho.

                  O Dharma é o caminho, é o destino e é também o caminhante. O Dharma será concebido por aquele que se concentra no agora, aqui, usufruindo do ato de caminhar como a única meta, conquistando serenidade. Este caminhante saberá que não há nada a ser feito no futuro, um destino pré-existente a ele que deverá ser cumprido. Há sim, uma fatalidade das emoções, aquelas mesmas emoções que atraem certas desgraças pessoais, inexoravelmente; essas emoções que é traduzida como intencionalidade.

                  Intencionalidade do ser humano depende de um fator muito importante, melhor dizendo, imprescindível, que é a relação com o outro indivíduo, outra sensação, outro desejo. Sem a reciprocidade de intenções inexistiram as relações interpessoais e, portanto, não haveria a possibilidade de crescimento pessoal e muito menos de estudo das próprias emoções e sensações. Seria impossível a percepção sequer da existência da intencionalidade.

     

    O CORPO É O INCONSCIENTE HUMANO

                  Todo ser humano é uma soma de adhikara mais comportamento personalizado. O Adhikara e a personalidade “marcam” o corpo de acordo com suas características, somando a esta herança genética, que engendra o corpo junto com aquelas emoções e impulso do caráter. Dessa interação nascem corpos saudáveis ou não.

                  A saúde ou doença são balizamentos que o corpo cria para regrar a senda de seu habitante. Ele tem o código do adhikara de uma pessoa e sempre que essa pessoa mente para si mesma ou trai suas emoções profundas ou frusta-se consigo mesma, sem estarem conscientes desse fato, males físicos sobrevêm e tensões energéticas, nervosas e glandulares avassalam suas estruturas. Neste sentido dizemos que a doença é um bem maior, na medida em que ela tem a função de avisar, através do corpo, sobre a condição da emoção.

                  O ser humano é dotado de seis diferentes consciências para se manifestar no seu ambiente vital, no seu eco sistema.

                  Infraconsciência - é a consciência genésica, sexual, procriadora, mantenedora da espécie humana. Trata-se da atração magnética onipresente na vida das pessoas, traduzidas simplesmente em atração sexual entre os seres. Os principais pontos de tensão da infraconsciência são:

    a) Impulsos genésicos, geradores, procriadores;

    b) Rege todos os órgãos do sentido.

    c) A expressão mais sutil em termos de fluidos corporais tais como sangue, linfa, hormônios, líquidos sinuviais, liquor espinhal.

    d) A infraconsciência está ligada ao reino mineral e vegetal.

                  A natureza por si só é regida pela a força que se traduz na fórmula vive melhor quem melhor pode viver e no estigma da força e esperteza. Por isso os homens competem em seu dia-a-dia chegando as raias da morte, porque ainda contém o código de defesa da vida contra o agressor. As pessoas ainda se sentem mortalmente feridas ao perder um lugar na fila, ou o troco a menos na padaria, etc. Essa agressividade ainda pode ser canalizada pelo processo civilizatório por simples falta de tempo. Algo nas pessoas as faz defender o que é delas às tapas, mesmo que seja apenas algumas moedas, transformando isso tudo em neuroses.

     

    Subconsciência é responsável pela nossa contínua experimentação das nuanças do corpo energético que tem sua base no Chakra energético (Svaddhisthana). Veja as várias partes do indivíduo que são regidas por esta mente.

    a) - Motricidade corporal: função motriz dos nervos e órgãos.

    b) - Aprendizado reflexo de atividades automatizava;

    c) - Está também ligado ao mundo mineral e vegetal;

    d) - Seu centro físico são as supra-renais.

    h) - Os órgãos dos sentidos.

                  A subconsciência está ligada ao movimento corporal em si mesmo. Podemos exemplificar dizendo que uma criança aprenderá a andar sem ter uma imagem para se basear. Mas não falará uma língua a não ser que possa ouvi-la. São funções de diferentes consciências. A motricidade faz parte do código da subconsciência; o impulso de andar é infraconsciencial, mas a energia para criar o movimento e do subconsciente.

                  O subconsciente está para a sensibilidade vegetal, ou seja, não permanece “estático” como o reino mineral, sob os influxos de tempos muito mais longos que as medidas de tempo do reino vegetal. Além disso, podemos dizer que o vegetal contém e organiza o mineral em seqüências sensíveis que contém os sentidos do tato, algo praticamente inexistente no reino mineral bruto. Portanto a sensibilidade táctil é uma capacidade muito afeita ao chakra energético, que seria a sede do subconsciente.

                  A subconsciência é energia prânica, que em termos gerais pode ser manipulada e automatizada, em última análise, a força do “campo de energia” Esse deposito de energia (prana, Ki, Chi, orgônio), é uma inesgotável fonte de poder que é usada também para proceder as transformações, magnética através das mãos. Esse “órgão” energético está para o tato nos vegetais e tanto na visão como audição nos seres humanos, embora sua maior regência seja a sensibilidade tátil.

                  Os desequilíbrios psíquicos do subconsciente - Todas as perdas de motricidade por traumas emocionais, medo, sustos, são relacionadas com essa mente. Os delírios generalizantes estão relacionados com perda mineral (coloca os pés no chão) e hipersensibilidade nervosa. Convém dizer então que toda a rede nervosa, que vai do cérebro à superfície da pele é a manifestação física da rede Pranica (ou nadis), os condutos do Vayu pelo o corpo. Isso equivale a dizer que as repetições de gestos do modo distorcidos e até esquizofrênico em vários graus e perda de consciência espacial por envelhecimento.

     

    O INCONSCIENTE

                  No inconsciente fica a sede das emoções e intenções do indivíduo. Provavelmente neste ponto, na altura do estômago, diafragma e tórax, fica os códigos do Adhikara aquele elemento sutil de discernimento do temperamento e da alma de uma pessoa. Além disso, podemos alinhar as seguintes organizações psíquicas que o inconsciente promove:

    a) Todo o processo onírico (sonhos), vigília;

    b) Emoções impulsivas raivas e pânicos;

    c) Emoções de vontade, desejos;

    d) O condicionamento social;

    e) Psicose em geral;

    f) Chakra solar e cardíaco;

    g) Reações vegeto /animais.

    h) Os órgãos em que atuam as energias inconscientes: fígado, baço, vesícula, pâncreas, estômago, duodeno, coração, pulmões, timo.

                  O inconsciente está relacionado ao que chamamos corpo astral, portanto, invertendo, podemos dizer que o corpo astral é o corpo inconsciêncial. Nesta mente ocorrem os sonhos e os transportes para fora do corpo, tanto inconscientes como conscientes; as várias mensagens através dos sonhos são regidas por essa região corporal.

                  As preferências, os medos, as raivas, prepotências, orgulhos, inseguranças, estão para esses chakras; o chakra cardíaco e os órgãos pulmões e coração viabilizam na emoção os impulsos e desejos, e no organismo prânico as energias dos cinco pranas que ficam então, vinculados ao inconsciente e de certo modo direcionados pelas emoções.

                  As emoções são as impulsionadoras dos Vayu pela corrente nervosa eletro-magnético, corrente essa ligada aos rins e supra-renais. A hipertensão arterial é uma dessas confluências de tensão emocional inconsciente e bloqueio energético (prânico) subconsciente não raramente com a infraconsciência.

                  O inconsciente é responsável pela automatização das sensações, ou seja, essa mente cuida para que o indivíduo tenha uma espécie de condicionamento, para dar a resposta emocional esperada de um indivíduo social.

                  Por isso dizemos que são chakras dos reflexos condicionado social, onde as pessoas agem sentindo certas emoções reais.

                  Nossas mentes podem assinalar o reflexo condicionado do amor “que tem de ser de tal modo”, para corresponder as necessidades do processo civilizatório.

                  Grande parte do amor que o indivíduo sente, na verdade está relacionado apenas com as condições necessárias para sobrevivência, seja moral (religião, justiça social), ou afetiva (matrimônio, filiação, economia). O amor verdadeiro não viria, então, mesclado de nenhuma necessidade ou receio, por isso não se condiciona a nenhum modelo político, cultural ou econômico. Esse amor é quase impossível, porque é absolutamente revolucionário e incompreensível para as forças do ego inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Neuroses e psicoses do inconsciente - relacionados entre homens e mulheres, afetivo/sexuais, são extremamente bem assentadas no plano inconsciente. É nessa mente que a pessoa, por condicionamento sócio-econômico-cultural, força a si mesma a fazer certas ligações afetivas, amorosas, filiais, paternais, maternais, fraternais, sem estarem sendo honestas consigo mesmas e com o outro. São as relações constituídas de fachadas tão bem arquitetadas, que a mãe e o pai, se sentem responsáveis até a própria morte, por passarem essas “verdades” aos filhos.

    - Neurose de eficiência num trabalho, escolhido por modelos financeiros e não emocionais.

    - Conflitos entre os objetivos da pessoa e os objetivos das organizações/ emprego, nação, etc.

    - Excesso de objetivos, objetivos inalcançáveis, objetivos imprecisos, competição. Atingir certos objetivos e ficar na incerteza de que fez o melhor possível.

    - Casamentos que não satisfazem necessidades inconscientes, mas permanecem sendo mantidos por condicionamento amorosos sociais.

    - Angustia de ter uma família ideal, sonho do paraíso social.

     

    CONSCIÊNCIA

                  É uma parte que responde e processa o resultado das aquisições das outras mentes ou consciências e das 10 percepções humanas. Percebe-se então que os sentidos dão informações que a consciência usa para sua própria ampliação e percepção; a consciência não está em nenhum momento separado das 3 primeiras emissões mentais.

                  A consciência está para a intelectualidade e a razão; vamos ver como se desenvolvem suas várias atuações:

    a) A mente consciente atém-se aos resultados das outras 5 mentes racionalizando-os e arquivando-os para uso em momento oportuno.

    b) - Está dirigido para a intelecção, o entendimento;

    c) - É analítica, faz aferição.

    d) - Situa-se no chakra laringe.

    e) - Os órgãos regidos pelo chakra laríngeo (cognição) são: tireóide, cordas vocais, cérebro, laringe, úvula, dentes.

                  Através da mente consciente analisamos e entendemos certas ações que podemos automatizar com o sub e o inconsciente desde que a emoção se satisfaça plenamente com a mudança. A emoção aqui lembrada se refere às sensações do adhikara, que jamais se acalmam se não foram satisfeitas. A partir de então passam a ser subconscientes e inconscientes.

                  A consciência trabalha com duas memórias simultâneas. A primeira é ativa, portanto útil e fluida, pronta para uso imediato e faz parte daquele conjunto de lembranças que uma pessoa tem e que foi tocada pela emoção profunda, despertando interesse em guardá-la como algo prazeroso ou o mínimo necessário para o seu processo de vida.

                  A segunda memória é passiva, contendo dados inúteis para o indivíduo, na medida em que dificilmente serão evocadas por não terem tocado com profundidade a emoção.

                  Sendo assim, quase nunca vêm à tona do consciente porque nem sequer foram adquiridas e armazenadas sob a influência e a força do interesse emocional genuíno, íntimo, agradável.

                  Esta última só passará a ser uma memória atualizável se o indivíduo, por uma situação qualquer, tiver na emoção essa necessidade, e somente depois de uma seqüência de lembranças muito bem relacionadas entre si que leve a pessoa a emocionar-se com aquele dado quase morto.

                  Por isso dizemos que a memória é emocional, a emoção é que se lembra e não o cérebro. O cérebro é frio, é cálculo puro. O coração sente através das emoções que “viu” no banco de recordações.

                  A memória depende do que o indivíduo gosta, pretende, intencional, anseia, necessita, portanto, depende das emoções.

                  Uma pessoa perde a memória e às vezes fica tentando recuperar lembranças que nunca foram verdadeiramente importantes, e há casos onde seria interessante não relembrar. O terapeuta deverá conduzir tais clientes a entender a verdade da emoção a respeito do que tenta recuperar na memória.

                  A memória é emocional e só se manifesta plenamente na medida em que o indivíduo tenha se emocionado com os fatos a serem gravados nela, a ponto de impressionarem o inconsciente, subconsciente e infraconsciente.

                  Mudando radicalmente de enfoque, podemos afirmar que um ato executado com real prazer desmorona toda a inverdade das emoções e, por conseguinte, ativa a memória, excepcionalmente. Memória é consciência; é resultado de verdadeira emoção de prazer no momento de captar a informação a ser arquivada.

     

    SUPRACONSCIÊNCIA

                  A supra-consciência está relacionada com a Buddhi, que é o Juiz Interno uma espécie  de juiz de todas as ações internas (intenções) corroborando tudo que “ouve” ou “sente” com o verdadeiro caráter (adhikara) do indivíduo (Jiva). Não se trata “superego” social de acordo com o modelo freudiano, e sim, de um superego muito sutil, que conhece todas as necessidades do caráter daquele ser. Como é uma parte da pessoa, ele cria os conflitos pela simples presença da emoção, do dia-a-dia, que não corresponde de verdade aos legítimos e íntimos anseios daquele ser. Vejamos em itens qual é seu alcance.

    a) A supra-consciência é a Buddhi (vide em filosofia mais detalhes sobre sua atuação);

    b) Trata-se da qualidade de compreensão (entendimento foi estudado em consciente);

    c) Testemunho absolutamente imparcial consigo próprio;

    d) Intuição pura, sutil, espiritual; juízo do ego.

    e) localiza-se no chakra ajña; hipofísico, hipofisiário, 3- olho;

    g) Seu guna é sattva - padma, de cor amarela, dourada ou rosa;

    h) compadecimento e percepções espirituais.

                  As percepções da supra-consciência assemelham-se a um “advogado do diabo”, porque ao fazer o julgamento das emoções, e do quanto elas são honestas com o adhikara, o resultado sempre será ananda (felicidade), se coincidirem exatamente. No entanto o que se observa comumente é o acontecimento do klesha (dores); um estado de desequilíbrio que sobrevém às pessoas por estar realizando seu adhikara.

                  A supra-consciência é camada de mestre interno por algumas seitas e grupos filosófico. Por motivos que se perdem no tempo, é chamada de anjo-da-guarda, um “ser” interno, protetor e evanescente, invisível e perceptível ao mesmo tempo; às nomenclaturas adotadas para explicá-la, a supra consciência é divina, deificada; está acima da mente consciente e é imparcial.

                 

    MAHACONSCIÊNCIA

                                A mahaconsciência é a consciência de unidade com o todo e tudo, e tem nomes diferentes em culturas diferentes; é a Consciência Crística entre os cristãos, a consciência búdica entre os budistas, Purusha no Samkhya.

                  Essa consciência Shiváica, ao ser percebido, dá a sabedoria total. Quando ela se manifesta o Dharma e o karma é absolutamente resolvido, tornam-se um só. Vejamos os itens a seguir:

    a) - O Mahaconsciência é Shiva/Purusha;

    b) - Com sua manifestação ocorre a plenitude do adhikara;

    c) - Dharma e karma tornam-se um só;

    d) - Quietude existencial;

    f) - Ação pura, sem rajas;

    g) - Rajas e tamas ficam iluminadas;

    h) - Há predominância do sattva shukla, branco.

                  No mahaconsciência há a predominância do guna sattva de cor branca, relacionada com a imparcialidade, desapaixonamento e desinteresse pelos movimentos da matéria; é pura seidade, pureza, quietude, plenitude e consciência.

     

    O que é vivência tântrica?

     

    Vivência tântrica é uma forma lúdica de sentir e perceber as emoções e, portanto, é uma técnica de terapia corporal feita através da indução em movimento com a intenção de que ocorram desbloqueios em nossas couraças que são causadas por desequilíbrios emocionais advindas do campo da sexualidade, ou seja. Quando você pensa em sexo o que ele representa para você? Apenas uma satisfação biológica indispensável. Apenas feito por amor. Apenas feito para procriação. Apenas feito por fazer. Ou ele nem se quer existe em sua vida, ou está existindo somente em suas fantasias.

    Você já percebeu até aqui que uma vez que a Libido organizada – a sua vida poderá ficar equilibrada. Como?

    Tomando consciência de que você em primeiro lugar não é feito somente de carne e osso, e sim de um corpo espiritual, um corpo mental, um corpo emocional e que todos residem num espaço físico denominado de corpo humano. E que este corpo físico é a resposta de tudo que você sente, pensa e vê ao seu redor. Já percebeu também até aqui que não provemos a nossa vida em todos os sentidos, porque não provemos uma boa sexualidade.

    Aqueles que não estão provendo a vida transportam para a sexualidade a impotência do prover, como impotência sexual. E as mulheres resultam na frigidez. E ou o oposto.

    Este fluxo nos diz como devemos delegar a nossa libido, mas os conceitos sociais, profissionais, nos fazem interpretar de forma enganosa, deixando assim de perceber a essência da vida que deriva de uma sexualidade plena e saudável. Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira tranqüila. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significa estarmos sensual e sensorial. Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

    MÉTODO

     

    O Vivenciar não há como explicar tecnicamente, mas se desenvolve através do fluxo de um grupo ou de um momento individual.

    Cada grupo vivencial é uma energia única.

    I – passo: O trabalho normalmente se inicia com uma meditação dinâmica que flui através de respirações alteradas e acopladas ao movimento proporcionado pelo o som de uma musica dinâmica, que produzirá limpezas das emoções contidas no emocional.

    II – passo: Indução de uma técnica que proporcione novas emoções promovendo um renascimento.

    III – técnica indutiva para reconhecimento do Eu, e as mais comuns são Ekagrata - visualizações, através de um espelho, visualizar Mandala, ou simplesmente no olho do outro. Permitindo identificar as emoções que estão inseridas no contexto do EU e do outro. Formando um reconhecimento, identificação e sintonia com o próprio Ego.

    IV – passo. É induzido a um tipo de técnica que envolva toques no contexto de técnicas corporais. Para que desperte o fluxo original da libido.

    V – Finalização do sistema vivencial em grupo.

     

    Conclusões

                  Se utilizar de método vivencial como foi possível perceber até então é uma forma de brincar com a mente fazendo-a a ficar em segundo plano. E simplesmente sentir e permear a vida através do leela cósmico.

                  Se permitir ser feliz. Aprender a usar as ferramentas corpóreas e que divinamente nos foi concedido. Tomar conscienciência de que somos além de ossos, veias, sangue, músculos, órgãos, etc. Que as sensações e intuições são as ferramentas reais e mais importantes que induzem ao coração e expande a consciência para Ser e está Feliz.

     

    Bibliografia.

    Eu até então desconheço bibliografia sobre sistema vivencial tântrico.

    Aqui está um trabalho desenvolvido através da minha experiência em vivenciar e transmitir vivências.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 22/07/2009 13:53


    Numeroterapia

    Numeroterapia

    O reequilíbrio energético através da codificação numerológica pessoal

      

    Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

    Sumário

    1. Introdução.

    2. Significado geral dos números.

    3. Números Karmáticos.

    4. Grade.

    5. Método.

    6. Interpretação.

    7. Como deverá ser procedido com o consulente?

    8. Indicação de tratamento.

    9. Conclusão.

     

     

    1 . INTRODUÇÃO

                  A numerologia é uma técnica de sincronicidade que já existe a pouco mais de 11.000 anos, sendo modernizada através dos séculos e sua influência principal é de característica grega. Pitágoras foi o Pai da matemática e da Numerologia que hoje conhecemos nascido no ano 580 a.C.

                  Pitágoras traduziu a importância do ciclo que vai do número “1” para o número 9, chegando à perfeição com o Número 10.    

                  Como exemplo e terminar esta introdução, sabemos que a vida começa com a gravidez, que é um ciclo de 9 meses e a vida (perfeição) é manifestado no 10º mês.

    História da Numerologia

                  Por volta de 3000 a C., os sumérios já possuíam um sofisticado sistema numérico que originou o sistema hora contendo 60 minutos e o minuto de 60 segundos. Mais tarde foi aperfeiçoado pelos babilônios e caldeus. Por volta do ano 356 a C., no período de Alexandre - o Grande, os caldeus preconizavam que seus conhecimentos de numerologia e astrologia já existiam cerca de 470 mil anos antes.               300 anos antes da construção das pirâmides, os egípcios já conheciam os cálculos e exercícios numéricos. Os egípcios aprenderam a matemática com os hebreus cativos que já conheciam álgebra e cálculos diferenciais;

                  O uso do sistema numérico nos foi repassado por gregos e romanos trazendo os números para o ocidente.

                  Pesquisadores, sábios, rosa cruzes e magos, há milhares de anos, utilizam o conhecimento numerológico no mundo, como por exemplo: Platão, Aristóteles, Nicômaco, Fludd, Hermes Trimesgistus, Nostradamus, Cornelius Agrippa, Cagliostro, Eliphas Levi, Aleister Crowley, etc;

                  O sistema numerológico mais praticado no Ocidente se baseia nos ensinamentos do respeitado filósofo Pitágoras, nascido no século VI a C., na ilha grega de Samos, no Mar Egeu, viajou para o Oriente, tendo estudado com líderes espirituais do Egito, Índia, Arábia, Pérsia, Palestina, Fenícia, Caldéia e Babilônia. Acredita-se que estudou com o sábio persa Zoroastro e aprendeu cabala na Judéia. Depois de girar o mundo em busca de conhecimento, estabeleceu-se em Crótona, no Sul da Itália, abrindo uma escola para formar discípulos. Suas teorias posteriormente inspiraram Platão - a quem se deve a maioria dos dados sobre os ensinamentos pitagóricos, já que Pitágoras nada deixou por escrito. 

                  No tocante à Numerologia, PITÁGORAS desenvolveu os conceitos vibracionais dos números na vida humana. Sendo, a partir destes estudos, chamados de vibrações numéricas. Além de estudar pela observação como as vibrações numéricas atuam e influenciam na vida humana, criou, também, a Tabela Pitagórica, que transforma as letras em vibrações numéricas. Após estudar e desenvolver estas influências elaborou as técnicas para o cálculo do Mapa Numerológico Natal.

     

    FILOSOFIA DA NUMEROLOGIA

                    A premissa fundamental da numerologia é o universo como um todo em um sistema de ordem, na qual os números refletem a regularidade. Números é por definição uma ordem.      

                  Na realidade, nós sabemos que a física, a matemática; a biologia, a química e a astronomia se baseia na regularidade da lei natural. Além disso, se o universo fosse governado através de eventos imprevisíveis, não haveria nenhuma estrutura sustentável a isto. Pelo contrário, o universo não só mantém a forma e a estrutura, como também mudam de forma precisa e ordenada.  

                  A Numerologia esta baseada numa unidade subjacente. Uma unidade que se manifesta de um modo muito íntimo em tudo de nossas vidas. O nome e data de nascimento, estão de certo modo conectados com o ser interno de forma tão profundo que a mente racional não pode entender imediatamente. Porém, a mente intuitiva é capaz de perceber estas relações, e interpretar nos ajudando melhorar e entender nossas vidas.

                  O ato de nomear não é um esforço superficial ou intelectual, mas sim um ato reflexivo de nossa experiência interna e da essência da energia a qual nós estamos nomeando.  

                  Por exemplo, a palavra tempestade em sua combinação especial de vogais e consoantes, nos dá um sentimento do movimento e poder e de uma força invisível. Tempestade. Ao dizer você sente o que representa.  

                  Outro exemplo é a palavra poder que nomeia algo, mas ao mesmo tempo dá a experiência da coisa que nós estamos nomeando: Dê poder a! O movimento da mandíbula nos faz sentir isto. 

                  A palavra amor nos abraça suavemente. Dá-lhe a experiência de seu significado. Toda palavra, em todo idioma, reflete o sentimento e espírito da coisa que é nomeada pelas pessoas perfeitamente que usa o idioma. Alguns discutirão que as palavras nomeavam as coisas que eram arbitrariamente e originalmente escolhidas, e então era integrado em nossos sentimentos internos. Porém, nossa compreensão de som vem de forma arquetipica e inconsciente de nosso ser. Está intimamente conectado com nossa avaliação de música; todos nós temos a capacidade inata para discernir música de barulho caótico. Música é harmonia. E a música está dentro de nós.

                  A Natureza também está repleta de eventos que nos treina associar certas qualidades com sons: O batem palmas de trovão, o zumbido de um pássaro em vôo.  

                  De nosso entender inato de música e harmonia vem o ato de nomear coisas de acordo com nossa percepção das naturezas internas. Este ato intuitivo é a fonte de nosso idioma. Todos os idiomas emergem do ato de representar a natureza das pessoas que os usam. 

                  Tudo isto apontam a um único e inacreditável importante fato: Som e tempo são ambos arraigados em harmonia e ordem universal.  

                  Esta é a fonte de numerologia. O numerólogo auxilia para que cada um de nós leve o nome perfeito e que permita nossa natureza interna a se manifestar. O nome é uma coleção de sons e uma melodia que traduz a vestimenta para o espírito.

     

    O CONCEITO DOS NÚMEROS

                  O pilar fundamental da Numerologia é o valor qualitativo do número. Cada número possui uma característica arquetipica da idéia que forma a correspondência nesta Terra. Usamos esses valores para conjugar combinações que irá capturar a realidade do indivíduo que está oculta e transportar para a realidade da consciência (concretização). 

                  Em Numerologia não existem números melhor ou pior que os outros todos são necessários em algum momento de nossas vidas, são as definições dos números que nos darão à informação das perspectivas de maneiras diferentes:

                  Quando determinados números estão presentes em nosso mapa eles indicará a característica de compromisso com o cosmos que vieram cumprir, a ausência de determinados números nos dará a característica karmática, o excesso indicará o defeito de nossa personalidade.    

                  O número é um aspecto do Plano espiritual. Tem as leis particulares de construção e evolução e o seu estudo é um dos pontos mais importante que o ocultista deveria procurar antes de uma tentativa de crescimento espiritual para obter as suas regras de direcionamento.

                  O nome de uma pessoa é uma autobiografia da vida e pós-vida, fazendo do seu passado o seu presente e seu futuro. Ganhando esse aspecto numerológico você poderá saber o porquê e como alguém se comportará em sua estadia aqui na terra.

                  Os números possuem quatro categorias:

    I - Efeito positivo: o lado vibracional naturalmente atuando na personalidade.

    II - Efeito negativo: os conflitos ocasionados quando os números estão ausentes, em excesso ou quando são incompatíveis; seja com o outro ou consigo mesmo (indicado em seu próprio mapa, você conhecerá este fato mais para frente).

    III - Oportunidades e vocação: Os números indicando abertura para uma carreira e campos pessoais de atividades de negócio.

    IV - Comportamento: com os relacionamentos pessoais e impessoais.

     

     

    SIGNIFICADO GERAL DE CADA NÚMERO.   

     

    1. - É individualista.  Um líder. Deseja ser independente.   

    2. -Serve como equilíbrio, em face de forças contrárias. É pacificador, tímido, sensível e diplomático nunca gosta de ser o líder.   

    3. - Expressões orais, escritas ou faladas é o seu lema e sempre unindo ao prazer. Focaliza a solução, não o problema.

    4. - Sempre com os pés na terra. Gosta da disciplina e da ordem. É sistemático.   

    5. - A liberdade. A mudança lhe é constante e necessária, sempre sedento de curiosidade. Quer tentar pelo menos uma vez tudo. É aventureiro.    

    6. - Representa a família.    

    7. - É um intelectual, um pensador. Quando precisa saber algo se torna um especialista.

    8. - Sempre trabalha arduamente; está interessado mais no dinheiro do que na parte espiritual.    

    9. - É o amor universal e o amor ao próximo. O Humanitário.   

     

                  Os números MESTRES são especiais porque indicam um grau de espiritualidade mais avançado.

    11. – É muito intuitivo e deverá escutar a sua voz interior para superar as dificuldades.

    22. – Nasceram para construir coisas grandes tanto materiais como espirituais; serem líderes e se tornarem importantes.

    33. - É um número muito potente. Poucas pessoas podem viver à altura deste número. Se viverem positivamente serão grandes líderes espirituais.

     

     

    NÚMEROS KARMÁTICOS

                  De acordo com a teoria Pitagoreana e da Transmutação do Karma, uma pessoa leva um período inteiro da vida em influência vibratória do que ela viveu além desta encarnação.               E sua vida, no momento, é feita dessas conseqüências. A análise dos números kármicos em um nome trará noção em que inclinações esse processo karmático está sendo guiado.

                  Daremos mais ênfase ao número karmático quando eles aparecerem em posição do mapa mais importante: Na Expressão, Imagem, Essência, Dia de Nascimento ou na Estrada da Vida, lembrando que apesar de sua força karmática está enquanto não deduzido, ou seja, em seu dígito dobrado, mas a interpretação do mapa permanecerá depois de reduzido para saber a característica inerente naquele ponto. Lembrem-se: somente números mestres que não reduzimos, os números karmático são apenas indicações de como se guiar principalmente no campo energético.

    13 = 1 + 3 = 4 - O número 13 pode trazer, desde a infância, dificuldades financeiras ou a necessidade de trabalhar muito cedo para que alguma distorção de valores trazidos pelo espírito seja corrigida.

     

    14 = 1 + 4 = 5 - Caso a pessoa tenha este número no seu mapa e tiver uma educação rígida e conseguir ter disciplina e valores morais sólidos, a vida transcorrerá com normalidade, caso contrário poderá haver muitas perdas e desapontamentos até que a lição seja aprendida.

                  As lições e testes referentes a tudo relacionado à sensualidade previnem contra a luxúria e os excessos.   

     

    16 = 1 + 6 = 7 - Este número está relacionado com o excesso de orgulho, a posição e ou a possível perda de posição que o force a lutar e recuperar novamente.   

                  Pode ter vários começos até que seja possível adquirir um equilíbrio que o faça memorizar a lição que será durável.   

                  Indicações de que houve abuso de poder em vidas anteriores.

      

    19 = 1 + 9 = 1 - Este número revela um passado de poder e tirania, que foi exercido com crueldade e prepotência. O verdadeiro líder é aquela pessoa que vai à frente iluminando o caminho dos seguidores, e, a partir do instante que a pessoa aprende esta lição, ela se sentirá livre e a vida transcorrerá com normalidade de forma mais tranqüila e positiva.

                  Há perigo de perda de bens para aquelas pessoas que não se preocupam em conservar o que têm.

      

    GRADE.

                  A análise do mapa numerológico, além de revelar vários aspectos da sua personalidade, vai mostrar também a relação com as cores e como você pode utilizar para a sua saúde. 

                  Como eu já expliquei, os números que se repetem no seu nome podem trazer um desequilíbrio na energia que ele representa.

     

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    a

    b

    c

    d

    e

    f

    g

    h

    i

    j

    k

    l

    m

    n

    o

    p

    q

    r

    s

    t

    u

    v

    w

    x

    y

    z

     

     

    Números                                1              2              3              4              5              6              7              8              9

    Excesso se for acima 3              2              3              2              3              2              1              1              3

    Se você tiver excesso da energia do nº 1 representado pelas letras AJS e que equivalem à cor VERMELHA ou das letras GPY, que equivalem à cor VIOLETA.

                  Você vai utilizar a cor, o aroma e o floral para equilibrarem a energia que você não tem e evitar quando essa energia é dominante... Você só vai usar quando precisar dela.

                  A cor ausente deve ser utilizada sempre que vamos iniciar um projeto novo (de acordo com a característica do número, um encontro ou até quando precisamos de uma energia adicional para superar tristezas, depressão, dar impulso às ações que forem executadas).

     

     

    MÉTODO

                 

                  Numeroterapia é uma técnica ampliada e desenvolvida por mim depois de muito tempo de consultório observando nesses 20 anos as reações dos meus clientes.

                  No princípio me utilizava de alguma técnica que proporcionasse cartazes (expurgar emoções), às vezes de forma simples como o floral ou até mais complexas como exercícios de respirações (principalmente a técnica de renascimento) para atingir o bloqueio que dificultava o desenvolvimento da pessoa, como isso significava ir tateando no escuro e paulatinamente conhecendo o cliente. Passei cinco anos depois me utilizar de ferramentas como a Quirologia e a Numerologia para sair em busca de caminhos para induzir melhor o processo terapêutico.

                  A verdade é que se o cliente tivesse a noção exata do que ocorre consigo, talvez não viesse procurar pela Terapia Holística. Mas não. Além de procurar pela a Terapia holística que deveria ser de forma preventiva. O cliente vem normalmente já em situações somatizadas convividas por longo tempo e até de certa forma acostumado e descaracterizado e mal ocorre um resultado (aparente). A tendência é parar porque já se sente melhor “fuga” daquilo que seu inconsciente indica como forma de transpor obstáculos, mas geralmente é o medo (não consciente) que impede vindo os sintomas ocorrerem novamente mais no futuro.

                  Sendo que se o terapeuta tiver ferramenta que fale da essência principal, o resultado será mais intenso e completo, e dificilmente teremos alguém dizendo assim: - Fiz terapia holística por um tempo, mas, depois voltaram os mesmos problemas, porque na verdade eliminou o aparente e não a essência do problema.

                  Foi daí que resolvi denominar este trabalho de Numeroterapia. É através deste método, como já mencionei que avalio os meus clientes e delineio o seu atendimento. Com resultado muito rápido, encurtando o período de atendimento; às vezes em até 6 meses. Depois de adotar esta forma de trabalho, nunca perdurou um cliente por mais de 12 meses, ficando na opção, o quê com freqüência ocorre, o retorno do cliente somente para um processo de terapia corporal, que na maioria das vezes as pessoas necessitam simplesmente do aspecto relaxar.

                  A Numeroterapia consiste em observar no mapa os aspectos que se encontram em desequilíbrio, analisando quando ocorrem números karmáticos na expressão, na imagem, na essência, no número poderoso, na estrada da vida, na grade numerológica quando há números ausentes (A grade representa a missão de vida que a pessoa herdou através do seu nome), e, principalmente, na pirâmide. A pirâmide indica como será ela com ela mesma no grande jogo da vida.

                  Ao olharmos o esqueleto de um mapa em seu resultado final, não é suficiente para tirarmos a conclusão de desequilíbrio. São os pontos ocultos nos itens mencionados que irão concluir realmente o que ocorre. O resultado de qualquer parte do mapa poderá ser excelente, mas quando derivado de um número kármico, ele automaticamente representa obstáculo que a pessoa terá que tomar consciência e transformá-lo. É nesse caso que encaixa a Numeroterapia, ou seja, cada número tem sua própria cor regente, sua pedra, seu aroma, os florais que devem ser aplicados sempre que se observar que o consulente apresenta dados emocionais negativos da característica numerológica de forma acentuada.              Seja coadjuvante com outras técnicas ou no atendimento numeroterapêutico.

                  Afinal estamos falando de um método de numerologia mais aprofundado sem aquele aspecto místico de simples deduções e sim do reequilíbrio energético da codificação numerológica pessoal.

     

    Como deverá ser procedido com o consulente?

                  No momento da anamnese, prepara-se o cálculo básico do consulente em busca de números que estejam em desequilíbrio. Calculando a pirâmide, ela trará aspectos que somente concerne ao modo do consulente encarar a si própria. Ou seja, a pirâmide não traz características do caráter, personalidade, missão e estrada a ser seguida. Ela indica os caminhos naturais positivos que a pessoa terá que seguir, e quais são os obstáculos gerados durante períodos de nove anos (não tem nada a ver com os ciclos) que se inicia no momento do nascimento até aproximadamente 81 anos de idade. Esta idade é fixa, mas os números flutuantes em períodos entre as idades é que irão traçar, na verdade, a forma como o consulente poderá caminhar. Terapeuticamente é neste ponto que vamos encontrar a forma de trabalhar com o consulente. A pirâmide facilita para sabermos se é karmático ou se simplesmente emocional, facilitando assim as técnicas coadjuvantes.

                  Por que este trabalho está sendo denominado de Numeroterapia, já que serão utilizados de caminhos como os fitoterápicos, alimentar e aromático para auxiliá-lo? Porque, na verdade, o processo terapêutico é trabalhar a vibração que temporariamente se encontra negativada. Todo número deverá ser vivenciado pelos aspectos positivos e sua influência é tão forte que a casos que pequenas mudanças no nome farão com que a pessoa mude completamente e de forma aparentemente positiva. Apesar de que a minha opinião é que o nome não deve ser mudado, e sim aproveitado do seu próprio aspecto vibratório de nascimento. Ex. Utilizar somente o primeiro e o segundo nome; nem sempre é aconselhável usar o sobrenome a não ser que o seu conjunto seja positivo, principalmente no âmbito profissional. A mudança de nome de forma radical ou troca de letras fará com que viva apenas outra vibração e, portanto, não deixará de estar inserido o lado negativo, portanto, profissionalmente, o consulente poderá se destacar, mas no âmbito pessoal, amor, por exemplo, poderá se desequilibrar totalmente e é simplesmente pelo fato de estar vivendo uma nova vibração.

                  Eu, particularmente, gosto de acreditar na simples estória de que em algum lugar do registro akashico (cosmos) no dia em que você recebeu seu quinhão de missão para nascer, você escolheu a cidade, o país e principalmente a raiz familiar. o é simplesmente um ato de “fazer amor” dos pais que concebe uma criança e sim a sincronia da criança com aquela família para que ela possa galgar seu caminho. 

     

                  YANTRAS

                  Os símbolos sagrados conhecidos na Índia como Yantras e no Tibet como Mandala, tem o poder de através da fixação dos olhos em seu ponto central, auxiliar na meditação, paz interior e iluminação de insight do momento em questão.

                  O uso destes diagramas mágicos irá reconectar ao fluxo do inconsciente produzindo a força para obter equilíbrio. Os Yantras foram escolhidos de acordo com a característica negativa do número quando eles se encontram ausente, em excesso ou derivados de números karmáticos que naturalmente por si só são obstáculos passando a serem proveitosos depois de trabalhos terapêuticos ou meditativos. Como coadjuvante o floral, a fitoterapia doméstica, a cromoterapia irá auxiliar muito. Caso o efeito não venha ser percebido ai então é necessário de um acompanhamento psicoterapêutico holístico mais profundo.

                  Em relação à cromoterapia ela deverá ser utilizada como peças de roupa, pedras cravadas em jóias na cor correspondente, colocar lâmpada no ambiente em que vive não mais que um período de duas quando as cores forem quentes, e as cores frias poderão ser utilizadas para dormir.

                  O floral deverá ser feito em farmácia homeopático e tomar 4 gotas direto na língua 4 x ao dia por um período de três meses.

                  A fitoterapia sempre que se sentir em desequilíbrio usar na forma de chá e tomar uma xícara 2 vezes ao dia por um período de uma semana. E retornar somente quando sentir necessitada.

                  O aroma pode ser diluído em óleo de amêndoa, ou álcool de cereal numa proporção de 10 ml. de essência para 90ml. de líquido. E usar a vontade como perfume ou óleo para o banho.

                  As frutas devem ser adicionadas em seu cardápio diário e comer a vontade. Exceto o limão que deverá ser ingerido somente o sumo dele puro em jejum com pausa de meia hora antes do café da manhã.

                  Os elementos.

                  Os quatro elementos ajudam a entender a natureza essencial da formação do temperamento do indivíduo. O Temperamento ou humores é constituído através da predominância de um determinado elemento no mapa astral ou numerológico.

    Fogo: produz a característica de impulsão direta para ações. Essa personalidade necessita se destacar.

    Terra: já produz a capacidade de ser pragmaticamente realista e até ascético. Precisa da manifestação das coisas na matéria para que lhe tenha sentido as coisas.

    Ar: são de características mentais, reflexivos e instáveis. Necessita compreender o que está sua volta, principalmente aquilo que não é palpável.

    Água: são sentimentais, imaginativos, sonhadores e sensíveis. Necessita estar envolvido plenamente no que faz para se realizar.

    Éter: São volúveis, místicos e instáveis. Toda a explicação da vida está além da terra. Quase sempre precisando de outros para colocá-lo na realidade.

                  Estarei explanando aqui resumos das técnicas que serão utilizas para proporcional o fluxo numeroterapêutico.

                  Aconselho aqueles que não dominam qualquer técnica aqui explanada se aprofundarem para melhor domínio no momento de indicá-los.

     

    Pontos principais a observar no mapa:

    Para indicação do uso numeroterapêutico; os pontos a serem observados quando houver são:

    Números karmáticos – considerados obstáculos para aprendizado.

    Números mestres – Missão a ser comprida.

    Esses números aparecem na:

    Chave do nome: representando obstáculo na vida emocional.

    Expressão: a forma mascarada que se apresenta às pessoas.

    Imagem: obstáculo na aparência.

    Essência: o desejo

    Destino: o caminho a percorrer.

    Estrada da vida: representando a missão e a forma de levar a vida e a característica principal da personalidade.

    Ano pessoal: representando os feitos ou entraves que será vivenciado.

    Nos ciclos: representando a forma oculta de resolver um caminho do período. 

     

    1 2 3 4 5 6 7 8 9
    A B C D E F G H I
    J K L M N O P Q R
    S T U V W X Y Z  

    Números: 1 2 3 4 5 6 7 8 9
    Quantidade Ideal: 3 2 3 2 3 2 1 1 3



    A GRADE

     

     

    Quando em excesso determinada vibração: representa desequilíbrio exacerbado da característica da vibração em si, representando a somatização no plano emocional, mental, físico e espiritual.

    Faltando: a dificuldade em realização de certos pontos positivos do mapa que pode estar dizendo em acontecer e ou a inabilidade é por não vibrar numa determinada vibração formando assim o verdadeiro obstáculo.

    Ausente: é a dificuldade kármica que encontra para objetivar a vida de acordo com a classificação do número ausente.

     

    Aplicações dos florais no ano pessoal.

                  Para a Numerologia, além das nossas características individuais, cada pessoa vive ciclos ou fases diferentes a cada nove anos. Dentro desses ciclos, vão ocorrendo mudanças significativas, ano a ano. Assim enquanto uma pessoa vive uma época em que está apta a liberar algum de seus talentos latentes, outra se encontra no ano perfeito para desenvolver-se economicamente.

                  Antes de mais nada, relembrando que você precisa identificar o número de seu ano pessoal, ou seja, a energia que o ano reserva para você. Para isso, some os algarismos do dia e mês de seu nascimento com o algarismo reduzido do ano em que você se encontra. Reduza tudo a um algarismo. Por exemplo, se você nasceu no dia 16 de outubro, proceda assim: 16 + 10 + 2002=1+6+1+0+2+0+0+2=12 => = 3. Portanto, seu ano pessoal é 3.

                  Considere agora que os algarismos de 1 a 9 representam os temas principais de cada ano pessoal. Podemos relacionar cada um desses temas às essências florais descobertas pelo Dr. Bach. Essas essências ajudam a enfrentar melhor as características de cada ano, permitindo que a pessoa explore ao máximo o que o período oferece.

                  Antes de escolher cada essência, no entanto, você precisa levar em conta suas características pessoais e o seu contexto de vida emocional, mental e físico. Este enfoque das essências do Dr. Bach não funcionará como tratamento individualizado. É utilizado, sobretudo, como um instrumento a mais dentro das diferentes opções para se trabalhar com as essências florais.


    CHAKRAS

                  A palavra chakra vem do sânscrito e significa roda, círculo ou movimento, e é essa a definição básica de um chakra, tem aparência de uma roda sempre circulando, sempre em movimento.

                  O que são os chakras?

                  Chakras são centros energéticos do nosso corpo que funcionam como portais de energia fazendo a captação, contenção e distribuição desta energia para todos os corpos que possuímos. Os chakras estão localizados num destes corpos, o duplo etérico e fisicamente podemos localizá-los tendo como base a espinha dorsal e a cabeça.
                  São sete os principais chakras, cada qual correspondendo a um dos sete corpos, porém existem milhares destes centros de energia espalhados pelo corpo. Os principais chakras estão diretamente ligados ao sistema nervoso e as glândulas endócrinas e possuem funções e características específicas. Seu funcionamento varia de acordo com as energias captadas interna e externamente e sua rotatividade pode ser tanto no sentido horário quanto anti-horário variando de acordo com a energia do indivíduo.
    São divididos em três grupos: inferior (1º, 2º e 3º), médio (4º) e superior (5º, 6º e               7º) e existem três nós (1º, 4º e 6º) a serem quebrados por onde é liberado o fluxo de subida da energia Kundalini.

                  Como equilibrar ou energisar os chakras:


    Existem diversas formas e práticas que equilibram e ativam o funcionamento destes chakras. São elas o Yoga, Massagem Tântrica, Mantra, Mentalização, Meditação, Cromoterapia, Aromaterapia, Cristaloterapia, florais, etc.

    Cuidados:
                  É importante  que conheça profundamente os chakras, seu funcionamento e efeitos para então definir quais serão trabalhados e qual técnica melhor utilizada para cada caso, sendo prejudicial misturar muitas técnicas.

    Para o nosso assunto o interesse é conhecimento para entenderem melhor a relação com a vibração numérica.

                  Por que a vibração numérica em excesso ou ausente influenciará intrinsecamente nos centros energéticos e fazendo uso das técnicas numeroterápica automaticamente estará influenciando nos centros energéticos.

    Como deverá ser procedido com o consulente?

                  No momento da anamnese, prepara-se o cálculo básico do consulente em busca de números que estejam em desequilíbrio. Calculando a pirâmide, ela trará aspectos que somente concerne ao modo do consulente encarar a si próprio. Ou seja, a pirâmide não traz características do caráter, personalidade, missão e estrada a ser seguida. Ela indica os caminhos naturais positivos que a pessoa terá que seguir, e quais são os obstáculos gerados durante períodos de nove anos (não tem nada a ver com os ciclos) que se inicia no momento do nascimento até aproximadamente 81 anos de idade. Esta idade é fixa, mas os números flutuantes em períodos entre as idades é que irão traçar, na verdade, a forma como o consulente poderá caminhar. Terapeuticamente é neste ponto que vamos encontrar a forma de trabalhar com o consulente. A pirâmide facilita para sabermos se é karmático ou se simplesmente emocional, facilitando assim as técnicas coadjuvantes.

     

     

    6. INTERPRETAÇÃO.

                  Para concluir e entendermos como funciona a Numeroterapia escolhi um nome para usá-lo como exemplo.

    Cálculo Básico como complementação de anamnese:

    Expressão - Personalidade

    F L Á V I O L E O N E L  D E  S O U Z A

    6 3  1  4  9 6  3  5  6  5  5 3    4 5  1 6  3  8 1

              29               27              9          19

               11               9               9          1 =  30 = 3

     

    Imagem

    Derivado das consoantes

    6 3 4   3 5 3    4     1 8

      13      11      4       9

       4       11      4      9 = 28 = 10=1

     

    Essência

    Derivado das vogais

    1 9 6      5 6 5     5  6 3 1

      16         16        5  1

       7           7        5    1 = 20 = 2

     

    Estrada da vida = data completa de nascimento 21/05/1980

    2+1+5+1+9+8+0 =26 = 8

     

    Número do destino

    3 + 8= 11 É um número mestre terá como destino o princípio da intuição aflorada e terá que ensinar para as pessoas.

     

     

    Grade

    1              2              3              4              5              6              7              8              9

    3              0              4              2              4              4              0              1              1

     

                  Neste caso temos ausência do 2 que produz dificuldade familiar, desequilíbrio emocional a ponto de se sentir como se fosse perseguido o tempo todo, tendência à baixa estima.

                  Ausência do número 7 que indica a falta de fé, é o tipo São Tomé, só acredita quando prova. Dificuldade para administrar a paranormalidade que acontecerá espontaneamente. Como não acredita em nada que é de ordem energética terá muita dificuldade para administrar se tornando depressivo.

                  Pouco número 8 dificuldade com o materializar os objetivos.

                  Pouca vibração do número 9 terá dificuldade em abrir o coração, terá medo de se envolver com qualquer projeto.

                  Não há excessos exatamente nesta grade os números 3, 5 e o 6 passaram um pouco mas neste caso é até interessante para que se possa fluir com objetivo de vida.

                  O número 1 está equilibrado em termos de grade isso é quase uma raridade, portanto, o Flávio terá os impulsos de forma comedida e administrada. Isso facilita para absorver um processo terapêutico.

     

    PIRÂMIDE

     

                                                           0

                                                       1 40 1

                                                  1  36  0 45 1

                                            031-32 140-41149-50 0

                                    1 26-28 135-37 244-47 1 53-55 1

                              0 21-24 130-33 039-42 2 48-51157-60 0

                         116-20125-29234-38 2 43-45 0 52-54 1 61-651

                   39-17 2 18-26  3 27-35 5 36-44  345-53 3 54-62 2 63-71 1

        6 5-13   3 14-22  1 23-31 4  32-40 941-49 650-58 359-67 568-76 6

    0              9              18              27              36              45              54              63              72              81

        F         L        A       V        I        O        L       E        O

          6   5-13 3 14-22  23-31 4 32-40 941-49 6 50-58 359-67 568-76 6

                   99-17 4 18-26 527-35 13/436-44 645-53 954-62 863-71 11/2

                     13/416-20 925-29 934-38 1 43-45 652-54 861-65 1

                           13/4 21-24 9 30-33139-42 748-51 14/5 57-60 9

                                13/4 26-28  135-37 8 44-47353-55 14/5

                                         531-32 940-41 11/249-50 8

                                             14/5 36 11/2  45   1                                                          

                                                     7   40   3

                                                            1

    * Ocorrência de número mestre pertencente ao corpo da pirâmide.

    **Ocorrência de número karmático no corpo da pirâmide.

    *** Ocorrência de resultados com números mestres.

    **** Ocorrência de resultados com números karmáticos.

     

     

    Resultado do fundo da pirâmide:

    1. Individualidade e iniciativa. Pessoa solitária e independente reconhecida pelo seu jeito único.

    Resultado no corpo central do topo da pirâmide

    11. São vários períodos em que a vibração estará para o reconhecimento público, a inspiração e a cooperação estarão eminentes para esta pessoa. Mas serão períodos que ocorrerão de forma complicada porque aparecem no topo da pirâmide e os números correspondentes ao topo são obstáculos por isso necessitará de apoio terapêutico porque é provável que se não tiver este tipo de estímulo poderá passar despercebido pela vida.

     

    Dezena tanto no topo como na parte inferior da pirâmide.

    14. A energia da libido ativa traz competições e compromissos sociais, podendo, conforme a idade, ter um processo de sexualidade completamente aflorado.

                  Na parte inferior ele entra como positivo indicando as competições e os compromissos sociais.

                  Na parte superior ele entra como obstáculo, devido a idade que estará ocorrendo será atingida na sexualidade, o número 5 que é o resultado do 14 é pura sexualidade. Isto poderá causar compulsão sexual, devido à ansiedade que será gerada pelas oportunidades que aparecerão. 

     

    16. É uma vibração que produz mudanças radicais e dolorosas, reflexão interior, fatalidades.

                  Esta dezena aparece na parte inferior. Apesar de aparecer de forma positiva, o 16 é um número karmático e por si só complicado de vivenciá-lo. No caso do nosso exemplo, aparece na faixa entre 43 e 45 anos, que normalmente se tem para a concretização do planejado e uma vibração de como esta fará com que tudo fique muito lento e cheio de obstáculos e, conseqüentemente, atingirá o mental e o emocional de forma negativa, trazendo característica de falta de estímulo, ansiedade para ver resultado monetário na vida, podendo agir de forma inescrupulosa e inconseqüente.

                  O numero 13 aparece nos resultados que se forma 4 = trabalho, realização, mas advindo do 13 significa grandes obstáculos de realização.

                  Então para concluirmos a anamnese do Flávio Leonel de Souza.

                  Aqueles que entendem de numerologia percebem que o resultado da base numerológica do Flávio - Expressão 3  indica expressividade, criatividade, domínio da fala, capacidade até mesmo de ser reconhecido em literatura.

    A Imagem =1 – Indicando equilíbrio de ação em sua aparência, até porque a sua grade contém o 1 em absoluto equilíbrio. As pessoas terão uma imagem do Flávio de alguém altamente equilibrado.

    A sua Essência (desejo interior está negativa devido à ausência do dois na grade trazendo dificuldade familiar) demonstra que ele deseja ter família, viver em harmonia sem muitas mudanças.

    A Estrada da Vida diz que o Flávio é bastante materialista, precisa estar sempre à frente de grandes negócios, não gosta de administrar coisas pequenas, tudo para ter sucesso na vida, mas o fundo da pirâmide indica dificuldades para realizar isto devido a presença do 16 = 7 e em sua grade ele está ausente tornando-o mais negativo ainda.

    O Destino do Flávio é necessariamente ser uma pessoa mística e religiosa. Terá que aprender a equilibrar o seu lado intuitivo, deverá se envolver no mundo esotérico para conseguir concluir muito bem na vida, até porque o 11 aparece na parte inferior da pirâmide confirmando que seu destino realmente é este, mas também aparece na parte superior indicando que é o seu principal obstáculo. Sabe o ditado? Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come”. É simplesmente a situação do nosso amigo Flávio. Terapeuticamente falando, dá um bom período de tratamento, porque são aspectos nada simples de se resolver. É o caso clássico do cliente que chega num ponto e o desenvolvimento terapêutico para. Aqui tudo facilita porque como terapeutas podem ir ao fundo da questão.

     

    8. Indicação de tratamento

                  Em termos de floral ele necessitará tomar Aspen (para fazer a transformação do negativo surreal e trabalhar o seu lado místico), Mustard (para transpor o efeito do 16 de nuvens negras repentinas). Clematis (para assentar as energias e obter concentração). Honeysuckle (para trabalhar o efeito do quatro derivado do 13 o ato de ficar preso ao passado).

     

                  Em termos de cromoterapia poderá usar de cores amarelo para sobressair à criatividade e a expressão, e o rosa para acalmar e dar concentração. O laranja sempre que perceber o efeito do número 2 mesmo o que vem derivado do 11, para absorver energia. O verde para trabalhar a freqüência do “4”, derivado do 13 ou seja, equilibrar e renovar as energias.

                  Em termos de aromaterapia de preferência utilizá-lo em forma de perfume contendo as essências de sustentação (aspecto positivo do mapa) e essência de transformação (regente dos aspectos negativos). Porque em perfume, par facilitar o uso que deverá ser usado por um período relativamente longo ou até que sinta que os aspectos negativos se dissiparem.               Normalmente recomendamos o uso por quatro meses, parar por um mês e observar o que se dissipou.

    02  - Jasmim.

    11  Âmbar.

    13 - 4 - Couro da Rússia, vetiver.

    14  Jacinto.

    16 - Violeta, patchouli.

     

                 

    CONCLUSÃO

                  Como podemos observar, a Numeroterapia é uma técnica complementar a qualquer outro processo terapêutico, no intuito de conquistar uma maior absorção do trabalho que está sendo feito com o Cliente.

     

     

    Bibliografia

    Sobre especificamente Numeroterapia eu desconheço, pois me utilizei de estudos auto didáticos e aplicativos para chegar a essa conclusão.

     

    NUMEROLOGIA

    Numerologia – A importância do nome no seu destino.

    Autor: Monique Cissay

    Editora: Pensamento

     

    MANUAL DE NUMEROLOGIA

    Autores: Ellin Dodge Young e Carol Ann Schuler

    Editora: Pensamento

     

    A NUMEROLOGIA E O TRIÂNGULO DIVINO

    Autor: Faith Javane e Dusty Bunker

    Editora: Pensamento

     

    UM NOVO SISTEMA DE NUMEROLOGIA

    Autor: Dan Millman

    Editora: Pensamento.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Yôga dos Números: Numeronataraja

    Yôga dos Números: Numeronataraja

     

        Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270

     

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009


    PREFÁCIO 

          Inspirei-me na Numerologia Tântrica conjugado ao Yoga e o Shivanataraja para desenvolver e codificar a NUMERONATARAJA ou Yoga dos Números, uma forma de através do sádhana (prática) e dos Mudras (gestos reflexológicos) vi uma nova perspectiva de utilizar e sedimentar o padrão vibratório dos números em forma prática e vivencial.

          É a oportunidade de destravar e reconhecer essas energias latentes na força humana e que de certa forma completamente desconhecida. Palpáveis mas não conscientes.

          A data nascimento é o dia mais auspicioso de um Ser vivente, onde emana toda a sua força e traduzindo o seu trilhar pela a face da terra à evolução do SER Espiritual.

          É a prática da renegociação continua; é a maneira que nos damos forma ao nosso espaço físico e psicológico com a finalidade de entendermos o karma (efeito) e o Dharma (ação ou lei) divino; E esta negociação ocorre sempre com relação a outros seres humanos e nunca a nós mesmo.

          Trabalhar uma pessoa ou em grupo (de estudo, cliente ou familiar), a Numeronataraja é uma perspectiva de mudança que facilita a viagem da alma.

          O trabalho prático da Numeronataraja é eclético, podendo inclusive ser associada às várias outras disciplinas de acordo com o contexto particular do trabalho que está sendo apresentado. É também um método a ser acrescentado aos terapeutas corporais e psicoterapeutas de trabalhar com o cliente de uma maneira improvisada, desde que cada situação possa convidar para uma aproximação original.

          Através dos números captados na data de nascimento nós podemos perceber os vários mapas do tempo e do espaço existente em cada um, e desta forma obter um sentido de proporção mais desobstruído.

          Esta cosmologia do tempo e do espaço fornece as janelas através da qual o relacionamento entre a vida pessoal específica e os princípios universais governado pode se encontrar em uma harmonia criativa.

          A prática da Numeronataraja ou Yoga dos Números requer em executar os exercícios cadenciados em forma de dança cósmica percebendo as sensações por ela emanada, a fluidez da intuição informal, a clareza da idéias se formando sob a natureza da viagem proporcionada pelas as forças vibratórias dadas nas influências pessoais.

          O fantástico neste método é o fato de combinar a data de nascimento com a energia produzida pela prática do Numeronataraja que é uma verdadeira dança cósmica e pela potencialidade da mente neutra que vêm do ato de  medir o sentir e produzir a ação de sentir com os princípios universais se manifestando ao longo da prática e da não prática (não prática é quando não se está em Numeronataraja e sim no leela(dança) da vida). As ações pessoais são a resposta desta sincronicidade com o padrão vibratório da força universal maior e dévico. De uma outra perspectiva é o universo, ou coletivo, que a alma expressa, e sua consistência abstrata na diversidade das manifestações múltiplas. Chegar neste estado, do fluxo intuitivo e espontâneo ao fluxo cósmico em situações intima da vida, requer o relacionamento direto à mente.

          O corpo e a mente transformam-se em instrumentos saudáveis da alma, codificada através dos gestos reflexológico feitos como corpo e ou com as mãos (Mudrá). Simbolizando um reconhecimento de si com o cosmo naquele momento e tornando-se o receptáculo de energia vibratória reservada numa sintonia, que ao executar o Mudra em princípio de dança tornará neste momento aberto e receptivo a vibração emanante.

          A seguir conheceremos cada etapa por onde me inspirei a criação do  NUMEROTARAJA OU  YOGA DOS NÚMEROS. 

    MUDRA

          O Termo Mudra significa gesto, selo, contração, fecho, lembrando sempre que tais gestos são executados com fins perfeitamente terapêuticos. Embora dentro da Numeronataraja eles tomem um caráter de dança cósmica (meditacional). Sua maior contribuição será na formação de uma consciência corporal plena, definindo muito bem os limites atuais do corpo do praticante proporcionando um estado de contemplação, ou seja, um estado lúdico onde a alma emocional envolve-se com o objeto da contemplação (corpo) produzido pelo o gesto (Mudra); permanecendo em concentração (dharana) em si mesmo; abstraindo-se (pratyahara) dos movimentos emocionais do medo, insegurança, ansiedades, angústias e outras sensações que retiram a pessoa de seu centro. 

    Mitologia

    O Rig Veda cita 33 deuses dos quais se destacam cinco:

    Indra: O rei dos deuses, o governador do céu, representando o poder do raio e da energia.

    Agni: o Fogo, considerado o mensageiro dos deuses. No ritual ele depura a oferenda e a leva em forma sutil a Deus. É a conexão entre homens e deuses. É também a luz para a mente ver e compreender a verdade.

    Surya: o Sol. É dito que ele é a alma suprema dos Vedas e deve ser adorado por todos que desejam a liberação da ignorância.

    Vayu: é o deus do Vento, do Ar e do Prana. Divide seu poder com Indra, o Senhor do Céu. É invisível e habita em nossos corpos na forma dos cinco ares vitais (Prana, Apana, Samana, Vyana e Udana).

    Varuna: uma das mais antigas deidades védicas, associado à Água, aos Rios e aos Oceanos. Seu poder é ilimitado, assim como seu conhecimento. Inspeciona todo o mundo, sendo o Senhor das leis morais.

          No início dos tempos tudo estava em repouso e equilíbrio total e só Brahma existia.

          Houve então a primeira vibração, Om, o Som Primordial e a partir dele todo o universo foi criado.

          A partir daí surge à trindade hindu, formada por Brahma, Vishnu e Shiva que correspondem aos 3 gunas e as características de toda a criação.

          Brahma representa Rajas, o movimento, responsável pela criação.

          Vishnu representa Sattva, o poder de existência, preservação e proteção.

          Shiva representa Tamas, o poder de dissolução do universo.

          Aqui para o nosso contexto destaco Shiva devido à inspiração produzida por Shivanataraja. 

    image imagem retirada do site www.indiavilas.com com a perfeita representatividade da mitologia de Shiva. 

          Shiva é um Deva que além de representar a preservação e a proteção. Para que isso aconteça se manifesta como o renovador ou o Transformador.

          Uma das duas principais linhas gerais do Hinduísmo é chamada de Shivaísmo em referência a Shiva.

          Na tradição hindu, Shiva é o destruidor. Na verdade ele destrói para construir algo novo, assim, prefiro chamá-lo de "renovador" ou "transformador".  Suas primeiras representações surgem no neolítico (4.000 a.C.) na forma de Pashupati, o Senhor dos Animais. A criação do Yoga é atribuída a ele e o Yoga é uma prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, está intimamente ligado ao deus da transformação. Shiva é a deidade suprema (Mahadeva). O pacificador (Shankara) e o benevolente onde reside toda a alegria.

          O tridente que aparece nas ilustrações de Shiva é denominado Trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades da matéria: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio).

          A Naja é a mais mortal das serpentes. Usa uma serpente em volta da cintura e do pescoço, simboliza que Shiva dominou a morte e tornou-se imortal. Na tradição do Yoga clássico, ela também representa Kundaliní, a energia de fogo que reside adormecida na base da coluna. Quando se desperta essa energia, ela sobe pela coluna, ativando os centros de energia (chakras) e produzindo a iluminação (Samadhi), um estado de consciência expandida.

          No topo da cabeça de Shiva se vê um jorro d’água. Na verdade é o rio Ganges ou Ganga que nasce dos cabelos de Shiva. Há uma lenda que diz que Ganga era um rio muito violento e não podia descer a Terra, pois a destruiria com a força do impacto. Então, os homens pediram a Shiva que ajudasse e ele permitiu que o rio caísse primeiro sobre sua cabeça, amortecendo o impacto e depois mais tranquilo corresse pela Terra.

          Outro símbolo é o lingham. Ele representa o pênis, o instrumento da criação e da força vital, a energia masculina que está presente na origem do universo. Está associado ao poder criador de Shiva. A palavra "lingham" significa "emblema, distintivo, signo".

          O lingham é o emblema de Shiva. Na Índia, reverenciar o lingham é o mesmo que reverenciar a Shiva. Ele pode ser feito em qualquer material, embora o preferido seja o de pedra negra. Na falta de uma escultura, se constrói um lingham com a areia da praia ou argila do leito do rio; ou simplesmente se coloca em pé uma pedra ovalada.

          É comum nos templos pendurar acima do lingham uma vasilha com um pequeno orifício no fundo. A água é derramada constantemente sobre ele numa forma de reverência. A base do lingham representa a yoní, o genital feminino, mostrando que a criação se dá com a união do masculino e feminino.

          O tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do universo, o universo brota da sílaba OM. “No princípio era o Verbo (a sílaba, o som). E o Verbo era a criação. Tudo foi feito por Ele (o Verbo) e sem Ele nada se fez."

          É com o som do Damaru (tambor) que Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança. Às vezes, ele deixa de tocar por um instante para ajustar o som do tambor ou para achar um ritmo melhor e, então, todo o universo se desfaz e só reaparece quando a música recomeça.

          Shiva está intimamente associado ao elemento fogo representando a transformação. Nada que tenha passado pelo fogo, permanecerá o mesmo: o alimento vai ao fogo e se transforma; a água evapora; os corpos cremados viram cinzas. Assim, Shiva nos convida a nos transformarmos através do fogo ou do sadhana (prática). O calor físico e psíquico que essa prática produz nos auxilia a transcender nossos próprios limites.

          Nandi é o touro branco que acompanha Shiva, sua montaria e seu mais fiel servo. O touro está associado às forças telúricas e à virilidade. Também representa a força física e a violência. Montar o touro branco significa dominar a violência e controlar sua própria força.

          A palavra "Nandi" significa "aquele que dá a alegria". Na representatividade da devoção sempre se encontra esta figura diante dos templos dedicados a Shiva. Ele está deitado, guardando o portão principal.

          LUA CRESCENTE que muda de fase constantemente representa a ciclocidade da natureza e a renovação contínua a qual todos estamos sujeitos. Ela também representa as emoções e nossos humores que são regidos por esse astro. Usar o símbolo da lua crescente nos cabelos simboliza que Shiva está além das emoções. Ele não é mais manipulado por seus humores como são os humanos está acima das variações e mudanças, ou melhor, não se importa com as mudanças, pois sabe que elas fazem parte do mundo manifesto. Os mestres hindus que se iluminaram afirmam que as transformações pelas quais passamos durante os ciclos de nascimento e morte, o final de uma relação, mudança de emprego, etc. não afetam nosso ser verdadeiro e, portanto, não deveríamos nos preocupar tanto com elas. Simplesmente perceber e viver as transformações. 

    NATARAJA

    image

          Neste aspecto, Shiva aparece como o Rei Raja ou o Dançarino. Ele dança dentro de um círculo de fogo, símbolo da renovação e, através de sua dança o Nataraja acontece à criação, a conservação e destruição do universo.  Ela representa o eterno movimento do universo que foi impulsionado pelo ritmo do tambor e da dança. Apesar de seus movimentos serem dinâmicos, como mostram seus cabelos esvoaçantes, Shiva Nataraja permanece com seus olhos parados, olhando internamente, em atitude meditativa. Ele não se envolve com a dança do universo, pois sabe que ela não é permanente. Como um yogue que se fixa em sua própria natureza, seu ser interior, que é perene. Em uma das mãos, ele segura o Damaru, o tambor em forma de ampulheta com o qual marca o ritmo cósmico e o fluir do tempo. Na outra, traz uma chama, símbolo da transformação e da destruição de tudo que é ilusório. As outras mãos estão em gestos (mudra) específicos. À direita, cuja palma está à mostra, representa um gesto de proteção e benção (abhaya mudra). A esquerda representa a tromba de um elefante, aquele que destrói os obstáculos.

          Nataraja pisa com seu pé direito sobre as costas de um anão. Ele é o demônio da ignorância interior, a ignorância que nos impede de perceber nosso verdadeiro eu. O pedestal da estátua é uma flor de lótus, símbolo do mundo manifestado.

          A imagem toda nos diz: "Vá além do mundo das aparências, vença a ignorância interior e torne-se Shiva, o meditador, aquele que enxerga a verdade através do olho que tudo vê (terceiro olho, Ajnã Chakra)." 

    Devis ou deusasAfter digging a pit, he should recite the Mahishamardini (vidya) 800,000 times, then offering 1,000 times in the cremation ground.

          São as deusas, as mães divinas, aquela que resplandece.

          Nos Vedas eram apresentadas como energia ou poder do criador, a Shakti.

          Nos Puranas aparecem como devis.

          Representando a sabedoria do universo, o aspecto protetor, maternal do Absoluto.

          Apresentam-se de 5 formas diferentes: Parvati, Durga, Kali, Lakshmi e Sarasvati. 

    Parvati

          É a Mãe do Universo e consorte ou esposa de Shiva. Simboliza a disciplina, a renúncia, o esforço que leva o devoto ao Conhecimento. 

    Durga

          Representa o aspecto feroz de Parvati. Montada em um leão ou tigre.

          Tem 12 ou 18 braços e em cada mão tem armas dadas pelos deuses.

          Seu objetivo é ser implacável com os demônios que representam nosso ego e nossa ignorância.

          Ela nos mostra que devemos ser decididos na destruição de tudo que nos impede de percebermos nossa verdadeira natureza divina. 

    Kalí

          Aspecto mais feroz ainda de Parvati. Tem língua roxa, não usa roupa e seu corpo é coberto pelos longos cabelos negros. Usa um colar de caveira, tem quatro braços e leva em cada mão armas de destruição e uma cabeça sangrando. É a devoradora do tempo. 

    Lakshmi

          Ela é muito popular na Índia, sendo considerada a mais próxima dos seres humanos. Quer o bem estar de todos sem se preocupar com suas ações ou seu passado.

          Surgiu das águas cósmicas, da eternidade.

          É a consorte ou esposa de Vishnu.

          Simboliza a riqueza material e espiritual, representando o nosso universo ilusório.

          Usa um sári vermelho, que simboliza rajas, a ação para manter a vida, tem muitas jóias e moedas de ouro, que representam a riqueza e a prosperidade.

          É apresentada sobre um lótus, símbolo do conhecimento. 

    Sarasvati

          Esta associada à fertilidade, a purificação, a fala, a linguagem e a palavra.

          É considerada a personificação de todos os conhecimentos, artes, ciências e letras. Sem ela Brahma, seu consorte, não poderia ter criado o mundo.

          Usa um sári branco (a pureza do conhecimento), está sentada em um lótus branco (o conhecimento) ou numa pedra (a base sólida na busca do conhecimento). Possui sempre ao seu lado um cisne (discernimento) ou um pavão (silêncio necessário para escutar, refletir e meditar).

    Possuí quatro braços e em cada mão um japa-mala (colar) indicando disciplina da meditação, Vija (o som, o chamado à busca do Conhecimento) e os Vedas (o ensinamento). 
     
     

    NUMEROLOGIA TÂNTRICA

          A Numerologia tântrica é diferente da numerologia pitagórica. Ela é baseada apenas na data de nascimento. Conhecida também como Karam Krya. Os cálculos apresentam caminhos para acessar o crescimento espiritual, que desenvolvido através de uma prática esse processo se acelera e se torna a ponte vibracional para o Eu. 

    Nos cálculos da Numerologia tântrica toma-se conhecimento dos Objetivos que se deve  trabalhar através de uma prática. 

    Desdobrar o potencial do indivíduo inerente ao conceito da integridade e os processos da vida que implicam também num relacionamento entre o corpo e a mente e a habilidades para controlar o processo energético da vida (o respirar, uso da voz, as artes, a meditação consciente, exercício, etc..) 

    Compreensão - encontrar uma cosmologia pessoal que ajude criar e manter um sentido saudável da perspectiva realística da terra comum a tudo. 

    Comportamento - uma mudança significativa na vontade e na compreensão influenciado no sono, no meio social, no modo psicológico, ou seja, a mudança consciente do comportamento pode trazer aproximadamente uma mudança e uma compreensão melhor das pessoas e de outros. 

    Consciência - de ego em relação ao mundo, ou seja, uma independência que provocará freqüentemente mudanças espontâneas. Consciência também tende a provocar uma redefinição da responsabilidade e a capacidade de um indivíduo para responder ao mundo.

          Portanto a numerologia Tântrica é um método para estudar o processo do passado, presente e futuro.

          Segundo o Yogui Bhajan ele explica que os seres humanos são formados por dez corpos espirituais, cada um deles corresponde a uma característica de cada guru os Shiks, cultura da qual provem esta numerologia.

          A numerologia tântrica é uma ferramenta para enriquecer a vida e ajudar a conectar com o espírito. Não é uma forma de "adivinhação" e nem conta o futuro. A numerologia tântrica utiliza de dez energias ou corpos, que são a representação de aspectos diferentes manifestado da psique. Oito destes corpos correspondem aos Chakras.  

               Uma vez identificado os equilíbrios e desequilíbrios dentro desses dez corpos de cada individuo, poderá começar então a aplicar técnicas que vão equilibrá-lo com mais facilidade. É melhor quando for utilizar-se pessoalmente da numerologia tântrica ter orientação de outro profissional, porque mesmo sendo conhecedor você poderá se negar a enxergar a realidade. 
     
    Os dez corpos espirituais são: 

    1. O Corpo da Alma. 

          Este é primeiro corpo e também corresponde ao primeiro chakra que fica situado no períneo entre o ânus e o genital.  Este corpo se conecta com a infinidade interna e permite que o ego interno flua livremente por você.  

          Se este corpo for fraco, poderá sofrer grande insegurança. Os órgãos associados com este corpo são o estômago, baço e pâncreas. Se tiver domínio deste corpo será calmo e criativo.  

    2.  Mente Negativa  

          O segundo corpo corresponde adequadamente ao segundo chakra que se localiza acima do púbis. A mente negativa necessariamente não é uma mente ruim. Simplesmente é a mente protetora, é ele que coordena o caminhar.  Porém, esta mente também pode impedir de fluir. É o corpo que alimenta a independência do ego, podendo se tornar em ego-destrutivo.  Por causa da correlação do segundo corpo com o chakra energético a pessoa pode ficar muito dependente do sexo ou pode levar o oposto e pode temer qualquer contato sexual. Quando a mente negativa for saudável, você tem grande orientação interna e está confortável em sua própria pele.

     
    3.  A Mente Positiva  

          O terceiro corpo fica situado no centro de umbigo e corresponde ao terceiro chakra. Este é o centro de energia do corpo. Quando for equilibrado, é forte e projeta autoridade. Transmitirá otimismo, porém, se este corpo estiver desequilibrado pode se tornar muito obcecado com o próprio poder e pode levar a autoridade a um nível perigoso. Também pode ficar muito intolerante com outros e por outro lado, você pode ter medo assumir responsabilidade. Fisicamente, as manifestações somatizadas se manifestarão no fígado, bexiga  e nos pés. 

     

    4. A Mente Neutra.  

          A Mente Neutra corresponde ao centro de coração, chakra cardíaco. Este é o aspecto da sua mente de qual você queira se projetar. Combinam os benefícios de ambas as mentes positivas e negativas. Quando esta mente for equilibrada, a pessoa poderá resolver qualquer situação. Poderá depressa ter acesso todas as partes de uma situação e depressa se conduzir à escolha correta. Porém, se esta mente for fraca, poderá resultar em fechamento para amar e freqüentemente terá dificuldades para resolver as situações. Os órgãos que correspondem são o coração, pulmões e intestino grosso.

     

    5. O Corpo Físico.  

          O quinto corpo é extremamente importante, é nele que está a absorção de todos os corpos.  Muitas pessoas focalizam muito no espiritual e ignoram os corpos físicos.  Mas se você só trabalha sua mente e sua alma, seu corpo físico ficará desequilibrado.  O físico é da mesma maneira importante como o espiritual e o mental.  Nós viemos todos vestidos desta forma para este plano da existência por alguma razão.  É importante aceitar este “presente” e desenvolver este potencial em plenitude. 

    O quinto corpo corresponde ao quinto chakra, ou seja, o laríngeo, portanto algumas pessoas experimentam dificuldades com esta região por não estar corretamente equilibrado.  Porém, quando equilibrado, você será um orador eloqüente e verdadeiro.  Você poderá compartilhar seu conhecimento facilmente com outros porque você não terá nenhum medo deste plano físico. 

    6. Arco de luz 

    Homens e mulheres têm uma linha de arco, uma linha de energia, indo de em orelha para o outro sobre a cabeça.  Este é seu “halo” como mostrado nas imagens de santos e anjos.  

    Estas linhas de arco é o equilíbrio entre as dimensões físicas e as dimensões cósmicas.  Este corpo regula seu sistema nervoso e equilibra suas glândulas.  Corresponde a sua glândula pituitária que fica situado entre suas sobrancelhas.   Este é o terceiro olho. A glândula pituitária é a glândula mestre.  Quando esta glândula está funcionando corretamente a pessoa terá a intuição para se proteger e radiará como uma pessoa que é centrada e calma. Se estiver desequilibrada sofrerá de variação de humor contínuo.    

    7. A Aura  

    Embora aura fique situada “fora” do corpo cercando como um campo magnético, ela  corresponde ao 7º chakra que é o topo da cabeça.  É a glândula pineal.   É dito que a glândula de pineal deixa de segregar seus fluidos depois da puberdade e que então conduz ao processo de envelhecimento.  Há muitas atividades que podem estimular esta glândula para segregar uma vez mais e, portanto retarda o envelhecimento precoce.  

    Este chakra é conhecido como o coronário “mil pétalas” ele proporciona para a pessoa segurança e o poder para ser misericordiosos.  

    Se a aura for forte a pessoa terá uma presença positiva e você sentirá contido dentro de seu próprio corpo. Pessoas que têm uma aura desequilibrada poderão se sentir ameaçado por outras auras mais forte ou eles podem ser vampiros de energia.

      

    8. O Corpo de Prânico  

    O corpo corresponde ao Prana é a vida-força, é o que o mantém vivo.  Se o ser vivente deixar de respirar, deixa de viver.  Se o prana for baixo numa pessoa ela não estará usando o seu diafragma de maneira correta. Sem oxigênio esse corpo poderá experimentar fadiga, ficará defensivo e amedrontado do mundo.  Por conseqüência disto este corpo não receberá bastante oxigênio e o coração será enfraquecido. 

    Quando este corpo for equilibrado terá a certeza de estar vivo e pleno de criação.  Respirar profundamente permite que todo o fluxo prânico energize o sistema.  Este corpo, quando equilibrado, também alinha o negativo, positivo e a mentes neutras.

     

    9. O Corpo Sutil  

    O corpo sutil dá o poder para ver além das ilusões de vida e ego.  Quando dominamos este corpo, nada na vida é um mistério e você se ajusta a qualquer situação com facilidade. Porém, se estiver fora de equilíbrio, você pode ser absorvido facilmente pelo maya (ilusão) deste mundo e a pessoa poderá ser enganado facilmente, ou por ela mesma ou através de outros tirando vantagem de si mesmo.  Este corpo pode sentir inquieto com a falta da paz para fluir facilmente de uma situação a outra.    
     

    10. O Corpo Brilhante  

    O corpo brilhante é extremamente importante.  Coincide com a aura e proporciona energia fora do corpo.  

    Quando esta esfera é centrada a pessoa irradia coragem e realeza. Os outros respeitarão e quererão estar na presença de uma pessoa assim em sua presença.  Esta pessoa afrontará todo desafio e excede expectativas.  

    Porém, ao contrário de um corpo brilhante equilibrado é alguém que não só não satisfaz as expectativas. Como pode temer responsabilidade e então escolhe não reconhecer seu próprio brilho e graça porque teme que nunca satisfará para a expectativa de alguém qualquer que seja.

     

    11. CORPO RADIANTE

          Embora haja só Dez Corpos no ponto de vista Numerológico, há uma Décima primeira incorporação. Este é o centro de comando que dirige todos os outros aspectos.  A pessoa com o número 11 no quadro leva um presente extremo com eles.  Este é o presente de infinidade e conclusão.   Eles têm a habilidade nesta vida de dominar completamente o físico e o reino espiritual.  Eles também têm a capacidade para chamar qualquer um dos 10 corpos para trabalhar para eles em qualquer determinado momento.  Porém, é importante saber que todos os outros aspectos devem ser desenvolvidos para que esta 11ª incorporação se manifeste.  Se a pessoa tiver este número em seu quadro, necessariamente não significa que o conhecimento do universo visivelmente e imediatamente dela.  Ainda terá que levar o tempo para se reconhecer e brando nas emoções e ai sim perceber. Este corpo em desequilíbrio representa o ego exaltado.

    Portanto, o décimo primeiro corpo representa a harmonia interior dos outros dez corpos.   
     

          A Numerologia tântrica nos facilita o conhecimento dos caminhos que temos de percorrer em nossa missão e na vida presente.

    Obs. Os números na numerologia tântrica diferem da numerologia pitagórica.  Os valores são interpretados somente até o ONZE, se o número for maior então deverá ser reduzido a um só numero. Por exemplo: 11+12+1952 = 22 = 4.

          É extraído da data de nascimento que é o presente herdado divinamente.

          Tomaremos aqui no que consiste a Numerologia Tântrica sem adentrar no fluxo interpretativo que não vem ao contexto geral deste trabalho neste momento.

       

    CHAVE:

     

    1 - O número da ALMA =  Dia de nascimento.

    2 – O número do KARMA = Personalidade =  Mês de nascimento.

    3 – O número do PRESENTE =  A soma dos dois últimos dígitos do ano de nascimento.

    4 - O número do DESTINO = última vida = A soma do ano de nascimento.

    5 - O número do trajeto de VIDA= A MISSÃO = A soma do dia, mês e ano de nascimento. 

     

    OS NÚMEROS:

    1. O número da ALMA:

          É extraído do da soma do dia de nascimento

          O número da alma indica seu relacionamento com sua própria alma, com seu self interno e a fonte de sua criatividade. Este é o número do trabalho interno.

          É a conexão com o coração e não com a cabeça e fonte de energia criativa.  Uma vez você conectado com o corpo desta posição, você nunca se sentirá abandonado ou separado do divino.  Porém, a maioria das pessoas está desconectada necessitando cuidar deste aspecto e normalmente precisa desenvolver o corpo nesta posição, portanto não se preocupe isto é extremamente comum!  

     
    2. O número de KARMA - PERSONALIDADE

          A soma do número do mês marca o número do karma. Exemplo: se você nasceu em junho, seu karma é 6, se você nasceu em dezembro, seu karma é (1+2 =) 3. Com exceção dos meses outubro = 10 e novembro = 11 que não se reduz. 

          O karma nos mostra a relação existente com o mundo externo, vem ser nossa personalidade. É a posição que expressa os conflitos que você enfrentará nesta vida, é a indicação de seus pontos fracos e desafios que você terá que superar. O número do Karma determina a relação que teremos com o mundo externo e como vamos tratá-los. Indica seu relacionamento com o outro. Indica a forma de comunicação e a área principal de limitação que necessita o trabalho. 
     

    3. O número do PRESENTE

          É extraído da soma dos dois últimos dígitos do ano que você nasceu: 1951 = 5+1 = 6; 1960 = 6+0 = 6

          Este é o número que indicará a qualidade espiritual que nos foi dado nesta vida por isso é denominado de presente divino vem do reflexo das virtudes que obtivemos em outra vida, mas normalmente os presentes vêm com uma enorme responsabilidade, como por exemplo: ter que desfazer do próprio ego e se focalizar em projetas luz e amar os outros. Para se fazer uso corretamente do presente terá que gozar de um grau de consciência elevado. Podemos também entender como talentos naturais.   

    4. O número do DESTINO

          É obtido através da  soma dos quatro dígitos do ano de nascimento.

    Exemplo: 1951 = 1+9+5+1=16 (1+6 =) 7; 1982 = 1+9+8+2=20 (2+0) 2 

          O número do destino indica as habilidades que foram desenvolvidas em outra vida podendo ser desenvolvido de forma positiva ou não. Indica como OUTRO nos vê. Normalmente não percebemos como somos para o outro causando aqueles conflitos que não entendemos por que.

     
    5. O número do TRAJETO

    QUINTO ASPECTO é a MISSÃO   

          É obtido por meio da soma total da data de nascimento.    

          Exemplo: 12 de maio de 1951 = 1+2+5+1+9+5+1 = 24 (2+4) = 6   

    18 de fevereiro de 1953 = 1+8+2+1+9+5+3 = 29 (2+9) = 11   

          O estado de paz e harmonia permanente só é adquirido quando nós tivermos a certeza absoluta que nós estamos completos e estamos desenvolvendo nossa missão.    

          Se uma pessoa pode harmonizar cada um dos números dela ou aspectos, mas não está completando a missão, não ESTARÁ satisfeita internamente. O quinto aspecto é seu caminho de perfeição. É seu número que guia permanentemente presente em sua vida.    

          Primeiro você deverá transformar os primeiros quatro aspectos para se dedicar a sua missão para que possa cumpri-la na terra. Quando você estiver enviando luz aos outros neste mundo ai então, você dominou este reino verdadeiramente. 

        

    NUMEROLOGÍA REFLEXIVO

          Quando alma e karma são os mesmos números. Por exemplo, 10 de outubro (10 dos 10). Esta pessoa é um espelho, ela é como você vê por dentro e por fora.     

          Pessoas que possuem esta forma de número costumam ter dificuldades para aceitar e entender o outro, desde que eles não concebem que aquela diferença pode existir entre alma e personalidade (karma).   

          Eles são Tudo ou qualquer coisa, desde que eles estejam bem em ambos os corpos ou terrível em ambos.    

        

    NUMEROLOGÍA DHARMICA.   

          É determinado quando o número do terceiro aspecto (presente de Deus) se repete no número da alma, da personalidade, da missão ou das últimas vidas.   

          Este tipo de numerologia é um Dharma ou abençoando, como é um presente de DIVINO, sempre é positivo, estarão reforçando o aspecto que é semelhante a ele.    

        

    NUMEROLOGIA COM PROBLEMAS EM ÚLTIMAS VIDAS.   

          É determinado quando um número se repete por várias dentro da carta natal em qualquer um dos aspectos.   

          Significa que aquela pessoa não pôde polir aquela virtude ou força.    

          Em algum ponto falhou, então terão que começar um ciclo novo de encarnações até alcançar isto.  

     

    MÉTODO

     

          O NUMERONATARAJA ou Yoga dos números é a codificação do padrão vibratório dos números em aspecto vivencial formatado em sinais corporais denominados mudrás (gesto reflexológico). Que permite gerar força de impacto pelo o movimento causado pela a coreografia que os movimentos de ação (o mudra) juntamente com o fluxo da consciência gera assim um movimento, uma dança que vibra nos corpos harmonizando e percebendo o fluxo através do prana que é fluido automaticamente, mudando a forma de pensamento e de sensação. Produzindo o eixo para entrar em meditação dinâmica e a consciência de si mesmo. A prática consiste na habilidade de coreografar os movimentos de forma natural e automaticamente onde se concentra os bloqueios a atenção para produzir a performance fará com a energia flua e a execução se torna perfeita pelo o fato do sentir e não do racionalizar.

          Enquanto os movimentos ocorrem é feitos fechos (bandhas) impulsionando a energia prana para que flua pelo os canais das nadis e glândulas, exercitando e aflorando a energia de cada chakra que naturalmente equilibrará os corpos. Mudando toda a vibração comportamental energético, emocional, mental e físico. Proporcionando a ponte do religar-se e reconhecimento do EU.

          É uma prática que pode ser executada em grupos ou de forma individual, mas sempre acompanhado de instrução de um terapeuta já conhecedor da técnica e que possa fazer as devidas correções.

    Sejam elas virtuais ou pessoalmente. Até que isso seja natural na pessoa e daí sim poderá executar a qualquer momento que desejar ir para o seu interior e responder questões  que o próprio SER já sabe a resposta. 

     

    Funções terapêuticas

          Proporcionará o equilíbrio de todos os corpos simultaneamente e na sequência necessária individual, mesmo que executado em grupo. 

    Funções estéticas

          O Numeronataraja não é preocupado com esta função.  Mas naturalmente a execução continua colocará as glândulas endócrinas em equilíbrio e consequetemente altera o padrão físico do praticante, melhorando o aspecto físico. No mínimo proporcionará maior brilho e vivacidade do aspecto físico aumentando a estima.  

    Funções lúdicas

          Obviamente o Numeronataraja propõe o prazer, o êxtase de só está, só fazer, usufruindo da prática ludicamente. Sem o ludismo, a alegria de brincar ou dançar não existe. A prática (sadhana) é uma celebração de vida. A celebração leva o ser em contato com o Seu EU Divino e natural.  

    Funções da sexualidade.

          Sexualidade é a propriedade que tem o ser humano de sentir e perseguir o prazer. É a vontade de reunir-se a outra energia que o complemente ou que o realize. O Numeronataraja proporciona a possibilidade de o praticante entrar em contato com seus vários pontos de tensão energética, que o impede de exercer sua sexualidade plenamente. 

    Funções arquetípicas ou simbólicas de uma egrégora.

          Cada exercício é simbólico, significa algo para a consciência e para o inconsciente coletivo. O Mudrá é sempre um gesto que simboliza força, energia sabedoria, consciência ou simplesmente percepção metafísica. O gesto (Mudra) leva uma pessoa a entrar em contato com uma egrégora especifica. 

    KOSHA MUDRAS – São os gestos feitos com o corpo todo. Após executá-los e coreografá-los corretamente os gestos com as mãos podem ser acrescentado transformando numa dança cósmica e passando a ter a vibração do Numeronataraja ou Yoga dos números.

          Cada exercício foi similarmente inspirados em ásana ou Mudras já existente, trazendo em seu contexto a vibração da energia que cada número  em equilíbrio produz. Portanto é a verdadeira fidelidade personificada da vibração que movimentarão fluxo do corpo.  

     

    Conclusão.

          Este é mais um trabalho inspirado nas observações dos clientes em consultórios, cursos e vivencias que necessitam de um caminho mais sutil para acessarem o caminho de parar a mente de turbilhonar e ensinar o fluxo da emoção a simplesmente está consigo mesmo.

          Apesar de inserir em seu contexto o movimento da dança, é absolutamente forte e sensível, belo e sensual.

          Qualquer pessoa pode lançar mão deste método, pois é apenas um exercício codificado que gera o compromisso consigo mesmo de trilhar um autoconhecimento, sem exigir excelentes performances físicas. Podendo ser executado por qualquer pessoa que apenas deseja aprender o SENTIR. 
      

    BIBLIOGRAFIA.

    Do Numeronataraja não há ainda, pois espero que esta sinopse se torne uma no futuro.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    BA ZI - PILARES DO DESTINO - Astrologia Chinesa

    BA ZI - PILARES DO DESTINO 

     Astrologia Chinesa

     

     Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística 
    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS –  Holística 2009

     

     

      “Para alcançar o conhecimento, acrescente coisas todos os dias. Para alcançar a sabedoria, remova coisas todos os dias.” (Lao Tse) 
     

    Dedicatória 

    Dedico este trabalho àquela força que impulsiona, preenche e domina, de muitos nomes e que poucos entendem, para uns força Maior, para outros DEUS.

     

    Agradecimentos 
     Meus agradecimentos ao meu marido Alexandre de Oliveira Baptista pelo apoio e incentivo, à minha irmã pelo incentivo e por acreditar em mim, à minha filha Sarah, pela paciência, aos meus gurus e mestres, pelas informações e desfechos.

      

    Sumário:

    1 – Qi

    2 – Wu Xing - 5 transformações do Qi

    3 - 10 Troncos Celestes e 12 ramos terrestres

    4 - 60 binômios

    5 - Estações energéticas

    6 -Constituição energética dos meses

    7 -Cálculo do Acerto da Hora

    8 - Cálculo dos 4 pilares do destino

    9 - os 10 deuses

    10 - combinação de tronco

    11 -relacionamento entre os 12 ramos

    12 - Deuses e demônios.

    13- Resultados

    14- conclusões

    15 – Referências Bibliográficas

     

    Resumo  
     

    Nesta palestra serão pinceladas o que são os 4 pilares do destino, como calculá-los e quais os benefícios que este sistema poderá proporcionar tanto aos pacientes, clientes, enfim a comunidade a ser atendida, quanto aos terapeutas em geral que terão uma ferramenta a mais no tratamento dos diversos sintomas de desequilíbrio energético e físico que poderão ser lidos pelos 4 pilares do destino.

    Mais uma vez temos a certeza de que o bem-estar físico de uma pessoa é a soma de diversos elementos energéticos que se inter-relacionam e dão uma resposta positiva. Quando não há o bem estar, concluímos que há um desequilíbrio entre esses elementos, com os 4 pilares do destino é possível ler este momento energético de cada pessoa. 
      

    Introdução 

    Os Quatro Pilares mostram os prós e os contras da sua constituição energética, a força ou fraqueza dos meridianos de energia e o seu reflexo no corpo, alertando-o de tendências e doenças em potencial. Ele pode lhe indicar como buscar o equilíbrio dos 5 elementos por meio de atividades, hobbies, atitudes, esportes, alimentos, relacionamentos e terapias, que vão incorporar ao seu sistema os elementos que você tanto precisa para em equilíbrio e saudável. Daí a importância em compreender sua constituição e saber por qual momento energético você está passando, por qual momento energético o universo está passando. Nada pode ser feito em relação ao curso do universo, mas você pode fazer muito por você respeitando a sua constituição e o que ela pode ou não lhe propiciar, o que faz bem ao seu organismo e à sua vida como um todo.  

     

    1 - O Qi (Chi) 

    Conhecido como muitos nomes, pode-se resumir como um tipo de energia que permeia e nutre todos os fenômenos do mundo físico e extra-físico. É a vitalidade energéticas responsável por todas as manifestações de vida no universo. É dispersado pelo vento e retido pela água. Na matéria é o que edifica e coordena as moléculas.

    O Qi em movimento é a interação perpétua entre o yin e yang. Contínuo processo de transformação. Somos todos produtos do Qi e estamos sujeitos a sua influência.

    A Trindade chinesa é formada por:

    - Qi cósmico (Tian Qi)

    É o Qi que vem em direção à Terra, provém do Sol, Lua, planetas, estrelas e galáxias. Pode afetar o Qi Terrestre e até cancelar seu efeito.

    - Qi humano (Ren Qi)

    Determinado na primeira respiração do indivíduo. Qi forte que interage com o Qi da terra e Qi cósmico.

    - Qi da terra (Di Qi)

    Qi que viaja pelo solo (sobre e sob) se manifesta nas mudanças da topografia, vales, picos e montanhas, desertos, planícies, florestas e cachoeiras.

    Para tudo é importante encontrar uma forma de combinar essa trindade em tudo o que fazemos. 

     

    2 - WU XING – CINCO TRANSFORMAÇÕES DO QI 

    Compreender como o Wu Xing flui é desvendar a linguagem da natureza.

    Os 5 elementos estão ligados entre si, não devemos analisá-los isoladamente. Na visão ocidental temos 4 elementos (Fogo, ar, água e terra) e a relação entre eles é estática. Já na visão chinesa temos 5 elementos e a relação entre eles é uma constante transformação. 

    Temos Três relações básicas entre os elementos: 

    1 – Ciclo de Geração

    Aqui um elemento gera o outro de forma cíclica. 

    - Madeira gera fogo: Madeira alimenta o fogo.

    - Fogo gera Terra: Quando a madeira queima gera cinzas e essas cinzas geram a terra.

    - Terra gera Metal: A Terra produz o metal sob alta pressão e por um longo período de tempo.

    - Metal gera Água: Metal, sob influência do fogo, derreterá e fluirá de forma líquida.

    - Água gera Madeira: A água é alimento para as plantas. 

    2 – Ciclo de controle

    Aqui um elemento controla o outro energeticamente. 

    - Madeira controla a Terra: raízes penetram na terra e se alimentam dela.

    - Fogo controla o Metal: Fogo amolece ou derrete o Metal.

    - Terra controla a Água: Terra controla o curso da água, a suja.

    - Água controla o Fogo: Água esfria ou extingue o Fogo. 

    3 – Ciclo de Domínio

    Aqui o elemento dominado reage contra o dominador. 

    - Madeira prejudica o Metal: Madeira pode esfacelar ou até mesmo quebrar o Metal e cega seu corte.

    - Metal prejudica o Fogo: Metal pode extinguir ou sufocar o Fogo.

    - Fogo prejudica a Água: Fogo evapora a Água.

    - Água prejudica a Terra: Água pode lavar a Terra.

    - Terra prejudica a Madeira: Terra alterará o caminho e forma das raízes. 

    Existem outras relações possíveis entre os cinco Elementos: 

    4 – Ciclo de Desgaste

    Aqui o elemento gerado desgasta ou enfraquece o elemento gerador.

    - Madeira desgasta a água: raízes chupam a água para as folhas que podem esconder ou guardar a água.

    - Água desgasta o Metal: Água pode enferrujar o metal.

    - Metal desgasta a Terra: Metal pode envenenar a Terra.

    - Terra desgasta o Fogo: Terra pode extinguir ou sufocar o fogo.

    - Fogo desgasta a Madeira: Fogo consome a madeira. 

    5 – Ciclo Fortalecedor

    Aqui dois elementos iguais fortalecem um ao outro. 

    Os 5 elementos alimentam um ao outro, ao mesmo tempo em que controlam uns aos outros, gerando uma relação de interdependência e um equilíbrio dinâmico onde: 

    - A Água alimenta a Madeira ao mesmo tempo em que apaga o Fogo e é bloqueada pela Terra.

    - A Madeira alimenta o Fogo ao mesmo tempo que suga a energia da Terra e é podada pelo Metal.

    - O Fogo alimenta a Terra ao mesmo tempo em que derrete o Metal e é apagado pela Água.

    - A Terra alimenta o Metal ao mesmo tempo em que retém a Água e é sugada pela Madeira.

    - O Metal alimenta a Água ao mesmo tempo em que corta a Madeira e é derretido pelo Fogo. 

    As Cinco Transformações tem sua fundamentação em realidades astronômicas (Periélio e Afélio), não em leis do Meio ambiente. 

     

    3 - OS 10 TRONCOS CELESTES 

    Os 10 Troncos nada mais são do que os 5 elementos em suas polaridades Yin e Yang. Desenham assim o padrão do movimento do Qi Celeste. 

    1 Madeira Yang, em chinês JIA

    2 Madeira Yin, em chinês YI

    3 Fogo Yang, em chinês BING

    4 Fogo Yin, em chinês DING

    5 Terra Yang, em chinês WU

    6 Terra Yin, em chinês JI

    7 Metal Yang, em chinês GENG

    8 Metal Yin, em chinês XIN

    9 Água Yang, em chinês REN

    10 Água Yin, em chinês GUI 

    Os troncos sempre são numerados em números arábicos. 

     

    OS 12 RAMOS TERRESTRES 

    Os 12 ramos desenham o padrão do movimento do Qi terrestre. Os ramos terrestres são numerados em algarismos romanos para não confundir com os Troncos Celestes. A associação dos ramos aos 12 animais foi feita através da lenda de que ao entrar em Nirvana Buda reuniu o reino animal. Por alguma razão somente 12 animais compareceram. Como recompensa, Buda nomeou os anos de acordo com a chegada de cada animal. Como o rato chegou primeiro, ficou com o primeiro ano, o búfalo com o segundo e assim sucessivamente. Claro que esta é somente uma lenda, ninguém sabe ao certo o porque dessa associação.

    O fato é que os ramos são tão antigos quanto os troncos celestes, que davam seus nomes aos dias da semana, logo os chineses começaram a usar os nomes dos ramos terrestres para os meses. São eles: 

      1. Rato (Zi)
      2. Búfalo (Chou)
      3. Tigre (Yin)
      4. Coelho (Mao)
      5. Dragão (Chen)
      6. Serpente (Si)
      7. Cavalo (Wu)
      8. Cabra (Wei)
      9. Macaco (Shen)
      10. Galo (You)
      11. Cachorro (Xu)
      12. Javali (Hai)
     

     

    O CICLO SEXAGENÁRIO DOS TRONCOS E RAMOS 

    O encontro entre o Qi Celeste e o Qi Terrestre. Esse sistema de combinações é chamado de Ghanzi = Gan (Tronco) + Zhi (ramo). Ao combinarmos 10 Troncos com 12 ramos, matematicamente teríamos 120 combinações, mas isso não ocorre, porque os troncos formam dois grupos de 5, um dos 5 elementos na polaridade yin e os outros cinco na polaridade yang. Isso resulta em 5 x 12 = 60 combinações, que chamaremos de 60 binômios (alguns métodos chamas de 60 imagens ou 60 dragões).

    M+

    F+

    T+

    Me+

    A+

     
     
    Combina com
    Rato

    Tigre

    Dragão

    Cavalo

    Macaco

    Cachorro

      M-

    F-

    T-

    Me-

    A-

     
     
    Combina com
    Búfalo

    Coelho

    Serpente

    Cabra

    Galo

    Javali

     

    Logo, o binômio 1 é Rato de Madeira Yang (Jia Zi). Os anos são denominados pela combinação referente àquele ano, por exemplo 2004 – Macaco de Madeira Yang (Jia Shen). 

    Essas combinações são usadas para meses, dias e horas. Isso pode parecer complicado, mas cada data traz informações importantes sobre a interação do Qi. Essa é a base de qualquer análise, seja para a astrologia Chinesa como para o Feng shui. 

     

    4 - OS 60 BINÔMIOS 

    A Análise dos 60 binômios é feita por meio da leitura vertical entre os elementos que compõe a estrutura de um binômio. Compreendendo a estrutura analisamos a força, o elemento predominante e a imagem gerada. Esse método é usado na análise de 4 pilares do destino, onde as imagens formadas indicam qual a missão a cumprir nessa vida (binômio do ano de nascimento) associada à imagem do binômio do dia de nascimento. Este método é usado para verificar se a pessoa está indo de encontro ao seu destino ou lutando contra ele. 

    Tabela 7.4 

     

    5 - AS ESTAÇÕES ENERGÉTICAS 

    Algo que causa discussão entre os praticantes de Feng shui é a diferença entre os hemisférios Norte e Sul, nos cálculos e aplicações das técnicas tradicionais.

    Um dos argumentos apresentados pelos que defendem a inversão dos cálculos é o clima.

    Na realidade, quando nos referimos a estação em termos de Feng Shui e Astrologia chinesa, não estamos nos referindo à estação climática, mas aos ciclos cósmicos. Chamemos então de estações climáticas as 4 estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno. E chamemos de Estações Energéticas as 4 fases identificadas na relação Terra e Sol.

    Como a cosmologia chinesa engloba 5 elementos e cada um desses 5 elementos rege a uma Quinta parte do ano, logo 365 dias / 5 = 73, cada elemento rege 73 dias no ano.

    Cada uma das 4 estações (energéticas) do ano tem predomínio de um elemento:

    Primavera – Madeira

    Verão – Fogo

    Outono – Metal

    Inverno - Água 

    A primavera energética corresponde aos signos de Tigre, Coelho e Dragão e também ao início do ano chinês que ocorre no mês do Tigre. Porque no mês do Tigre se o primeiro animal é o rato? Simpples, porque cada animal tem uma energia específica e a do rato é Água e água corresponde ao inverno energético, no mês seguinte que é o Búfalo esta água entra em declínio, para no mês do Tigre a Madeira brotar após o inverno. 

    O Verão energético corresponde aos meses de Serpente, Cavalo e Cabra.

    O Outono energético corresponde aos meses de Macaco, Galo e Cachorro.

    O Inverno energético corresponde aos meses de Javali, Rato e Búfalo. 

    Cada animal (ramo) corresponde a um mês solar, que inicia sempre quando o Sol atinge o 15° de cada um dos signos solares ocidentais. Reparemos que o Rato corresponde ao ápice do Inverno energético, o coelho ao ápice da Primavera energética, o cavalo ao ápice do verão energético e o galo ao ápice do outono energético. 

    Como já devem ter reparado há 4 estações no ano e existem 5 elementos, não há uma estação associada ao elemento terra. Isso porque a Terra rege os 18 últimos dias de cada estação.

    Lembremos da divisão:

    365 dias do ano / 5 elementos = 73 dias para cada elemento.

    Os 73 dias atribuídos ao elemento terra, se subdividem-se em 4 estações o que gera aproximadamente 18 dias em cada uma das 4 estações. Os dias do elemento terra é chamado de entre-estações.

    Por isso os meses Dragão, Cabra, Cachorro e Búfalo são divididos em 2 partes. Os primeiros 12 dias são regidos pelo elemento predominante na estação. Os últimos 18 dias são regidos pela terra, sendo chamados de Entre-estações e marcam a transição de uma estação a outra. 

    AS FASES DO CIRCUITO SEM FIM 

    Os doze meses do ano, doze animais associados às estações energéticas, mostra que para filosofia Chinesa, o ciclo da vida se divide em doze partes: 

    1. Nascimento
    2. Crescimento – primeiro banho
    3. Adolescência
    4. Diploma – Exame
    5. Apogeu da Carreira
    6. Declínio
    7. Doença
    8. Morte
    9. Enterro – Armazenagem
    10. Desaparecimento total
    11. Embrião
    12. Desenvolvimento do embrião
     

    Este mesmo ciclo rege toda a vida no Universo.

    A energia nasce (fase 1), passa por duas fases de desenvolvimento onde ainda é frágil (fases 2 e 3), chega à fase 4, onde se prepara para atingir o ápice, chega ao ápice na fase 5, e como tudo que chega ao apogeu inicia o declínio na fase 6, adoece na fase 7, chegando à morte na fase 8.

    Após a morte, a vida e o ciclo de nergia não terminam. A fase 9 representa a armazenagem da energia, a aglutinação da energia para ser devolvida ao cosmo, a fase 10 representa a diluição da energia na energia cósmica, a fase 11 o embrião, a fase 12 representa o desenvolvimento da energia embrionária. As fases 9, 10, 11 e 12 são consideradas momentos em que a energia está desaparecida, ou seja, não está presente da forma como a conhecemos. 

    Logo, podemos marcar as fases do circuito sem fim para cada um dos elementos: 

    MADEIRA 

    Sabemos que o ápice da madeira é o mês do Coelho, fase 5, se numerarmos os meses seguintes dentro do ciclo temos: 

    6, Dragão

    7, Serpente

    8, Cavalo

    9, Cabra

    10, Macaco

    11, Galo

    12, Cachorro

    1, Javali

    2, Rato

    3, Búfalo

    4, Tigre

    Isso quer dizer que a Madeira nasce no Javali, está frágil no Rato e no Búfalo. Passa pelo pré apogeu no Tigre, tem o apogeu no Coelho, declínio no Dragão, está doente na Serpente, morta no Cavalo, armazenada na Cabra, desaparecida no Macaco, Galo e Cachorro. 

    Seguindo este mesmo raciocínio para cada um dos outros elementos, teremos cada um dos elementos em uma fase diferente do circuito sem fim a cada mês, conforme tabela abaixo:

     

     

    6 - ANÁLISE DA  CONSTITUIÇÃO ENERGÉTICA DOS MESES CHINESES 

     

    No mês do Rato temos:

    Agua na fase 5 – ápice;

    Madeira na fase 2 – recém-nascida

    Fogo na fase 11 – embrionária

    Metal na fase 8 – morto 

    Já no mês do Javali, temos:

    Água na fase 4 – pré-apogeu

    Madeira na fase 1 – nascimento da Madeira

    Fogo na fase 10 – desaparecido

    Metal na fase 7 – doente. 

    Todo animal que inicia o mês tem resquício de terra da entre-estação, mas o Javali é um exceção, pois a Água na fase 4 é Yang no Javali e a terra que viria do cachorro não consegue se fixar exatamente por isso. 

    As fases mais energéticas são: 

    5 – apogeu

    1 – nascimento

    9 – armazenagem da energia

    4 – pré-apogeu, fase de ascensão

    6 – apogeu iniciando declínio 

    Essas são as únicas fases capazes de se combinarem na formação da energia do momento.

    Logo cada mês tem uma constituição dos 5 elementos cada um deles em uma determinada fase, quando estão nas fases 2,3,7,8,10,11 e 12, os elementos dessas fases são chamados de inoportunos, pois não possuem força suficiente para se manifestar. 

    Considerando esses fatos, notamos que no mês do rato o único elemento com força para se sobressair é a água. O mês do rato é um mês puramente água, em fase 5 (apogeu). 

    No mês do Javali, os únicos elementos com força para se sobressair são água (fase 4) e madeira (fase1). 

    Vemos que o ramo, animal, nada mais é do que o nome dado a uma composição energética de força do ciclo sem fim, com uns elementos fortes para se fazerem visíveis e outros não tão fortes assim. 

    Das fases mais energéticas 3 delas são particularmente importantes:

    A fase 1 – nascimento

    A fase 5 – apogeu

    A fase 9 – armazenagem 

    É como se essas 3 fases da energia representassem o ciclo de vida da energia, por formarem um ângulo de 120° entre si, formam uma combinação de triangulação. 

    Por exemplo na triangulação da água temos:

    O macaco, fase 1 do nascimento da água.

    O rato, fase 5 do apogeu da água.

    O dragão, fase 9 da armazenagem da água. 

    E isso ocorre com os outros 4 elementos. 

     

    7 - CÁLCULO DO ACERTO DE HORA 

    Tendo por base o meridiano 0° de longitude que passa na Inglaterra e é conhecido como meridiano de Greenwich, os meridianos localizados à direita são Leste e à esquerda de Greenwich, Oeste. Cada meridiano ocupa 15°. O Brasil tem como meridiano oficial o 45° Oeste. Logo, estamos a 3 meridianos de diferença do meridiano 0°. A cada meridiano somam-se horas ou subtraem-se horas. À Oeste, subtraem-se horas e à Leste, somam-se horas.

    A hora real não corresponde à hora local, mesmo porque não são todas as cidades brasileiras que estão localizadas no meridiano 45°. Assim temos que todas as cidades localizadas em longitudes maiores que 45° subtraem-se horas ou minutos do horário local, já quando possuem longitude menores que 45°, somamos horas ou minutos na hora local. 

    Exemplo: Uma pessoa nasceu às 19h28min em Campinas, esta cidade está a 47°03´00´´, para saber a hora real neste caso devemos subtrair de 45°. 

    Longitude oficial do Brasil 45°00´00´´

    Longitude de Campinas 47°03´00´´

    Subtraindo-se temos  - 2°03´ 

    15° equivalem a 60 minutos

    1° equivale a aproximadamente 4 minutos 

    -2°03´ X 4 = -8 minutos e 12 segundos 

    Agora basta subtrairmos da hora informada os minutos e segundos encontrados na conta para obtermos a hora real. 

    19h28´00´´

    00h08´12´´

    --------------

    19h19´48´´ 

    Depois de encontrada a hora real, procuramos na tabela abaixo para sabermos a hora chinesa:

    1 – Rato – das 23h às 01 h.

    2 – Búfalo – das 01 h às 03 h

    3 – Tigre - das 03 h às 05 h

    4 – Coelho - das 05 h às 07 h

    5 – Dragão - das 07 h às 09 h

    6 – Serpente - das 09 h às 11 h

    7 – Cavalo - das 11 h às 13 h

    8 – Cabra - das 13 h às 15 h

    9 – Macaco - das 15 h às 17 h

    10 – Galo - das 17 h às 19 h

    11 – Cachorro - das 19 h às 21 h

    12 – Javali - das 21 h às 23 h 

    No exemplo que fizemos a hora, 19:19:48 é a do cachorro.

    Devemos nos preocupar em fazer o acerto de hora nos casos em que as pessoas nasceram nos horários limítrofes, caso contrário não haverá mudanças na constituição energética do pilar da hora.

    Antes de iniciar os cálculos é importante verificar se houve ou não horário de verão no ano em questão, dentro do período de Nascimento da pessoa, caso positivo, subtraímos uma hora do horário de nascimento.

    Período Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Abrangência
    1931-1932 03             Todo o Território
    1932-1933 03             Todo o Território
    1949-1950     01       16 Todo o Território
    1950-1951     01   28     Todo o Território
    1951-1952     01   28     Todo o Território
    1952-1953     01   28     Todo o Território
    1963-1964 23         01   Todo o Território
    1965       31   31   Todo o Território
    1965-1966   30       31   Todo o Território
    1966-1967   01       01   Todo o Território
    1967-1968   01       01   Todo o Território
    1985-1986   02       15   Todo o Território
    1986-1987 25       14     Todo o Território
    1987-1988 25       07     Todo o Território
    1988-1989 16     29       S/SE/CO/NE/Tocantins
    1989-1990 15       11     S/SE/CO/MT/Bahia
    1990-1991 21       17     S/SE/CO/Bahia
    1991-1992 20       09     S/SE/CO/Bahia
    1992-1993 25     31       S/SE/CO/Bahia
    1993-1994 17       20     S/SE/CO/Bahia/AM
    1994-1995 16       19     S/SE/CO/Bahia
    1995-1996 15       11     S/SE/CO/BA/TO/AL/SE
    1996-1997 06       16     S/SE/CO/Bahia/TO
    1997-1998 06         01   S/SE/CO/Bahia/TO
    1998-1999 11       21     S/SE/CO/Bahia/TO
    1999-2000 03       27     S/SE/CO/NE/TO/RR
    2000-2001 08       18     S/SE/CO/Bahia/TO
    2001-2002 14       17     S/SE/CO/NE/TO
    2002-2003   02     16     S/SE/CO/NE/TO
    2003-2004 19       14     S/SE/CO/NE/TO
     

     

    8 - QUATRO PILARES DO DESTINO 

    Os 4 pilares do destino é uma forma de ler a interação da energia do universo. Cada instante é diferente do instante anterior, e há um Qi (energia) dominante. No momento da primeira respiração este Qi impregna a pessoa e terá um efeito sobre a vida da pessoa, sua personalidade, seus gostos e seu destino. Essa primeira energia é determinante na vida da pessoa, por isso usa-se o diagrama de nascimento, através do calendário solar, existem astrólogos que fazem pelo calendário lunar. 

    O mapa é lido da direita para a esquerda, e a profundidade segue essa ordem também, do mais superficial ao mais profundo. 

    Hora Dia Mês Ano
    O íntimo

    A sexualidade

    Os subalternos

    Os relacionamentos

    As parcerias

    O marido

    Os parceiros

     
    Os pais

    O meio-social

     
    O mundo

    A Conjuntura

     

    PARA CALCULAR OS 4 PILARES 

    Escreva dia, mês, ano, hora e local de nascimento.

    Exemplo: 11/04/65 às 11:45 hs em São Paulo SP

    - Verificamos a Tebela de horário de verão e vimos que neste período não teve horário de verão.

    - Encontremos a hora real, como é São Paulo SP, basta subtrairmos 6 minutos do horário, e temos 11:39 hs. 

    1° Pilar do Ano 

    Procuramos no calendário dos 10.000 anos ou na tabela fornecida o animal e elemento do ano de nascimento.

    Ano 65 – Serpente de Madeira Yin 

    2° Pilar do Mês 

    Este pilar além de nos mostrar os pais, o meio social, nos mostra parte de nossa personalidade externa que pode ser enriquecida pela cultura e meio social.

    No exemplo dado, é o 3° mês – Dragão de Metal Yang 

    3° Pilar do Dia 

    Antigamente era comum definir traços essenciais da personalidade de uma pessoa pelo pilar do dia, por isso esse pilar é o mais afetado pelo elemento sorte e pela referência das Xius, (estrelas fixas).

    Para calcular este pilar basta sabermos qual o binômio do dia primeiro de janeiro, depois é só contar quantos dias se passaram do dia primeiro de janeiro ao dia de interesse. No caso, o binômio do dia primeiro de janeiro de 1965 é 1. Logo do dia primeiro de Janeiro ao dia 11 de abril de 1965 passaram-se 101 dias, este é o número de série do nascimento.

    Ainda nos falta uma informação: a que número do ciclo de 60 binômios corresponde cada início do ano ocidental. Para isso segue a tabela com o número do binômio corresponde ao primeiro de janeiro de cada ano. Os anos em negrito são anos bissextos, aos quais deve-se acrescentar 1 à soma, caso a pessoa tenha nascido após 28 de Fevereiro. 

    Tabela 12.2 

    Vamos calcular o nosso exemplo, 11/04/1965

    11/04 – 101° dia do ano

    65 – em primeiro de Janeiro, 51.

    101+51 = 152 / 60 = 2 resto 32 (O que nos interessa é o resto)

    Binômio 32 = Cabra de Madeira Yin 

    Tabela 12.3 

    Cada binômio é associado a uma imagem, que muda a tônica da interpretação do mapa, por isso é importante o seu conhecimento. Mas este é um conhecimento para um curso mais avançado, onde é possível detalhar o significado de cada uma das imagens. 

    No calendário dos 10.000 anos já temos estas contas todas prontas, basta procurar ano, dia e mês desejados. 

    4° Pilar da Hora 

    Neste pilar nos diz se o recém-nascido é ou não bem vindo na família, e a hora corresponde a parte mais íntima do ser de alguém, pode ser associado ao subconsciente. É a parte mais inviolável da personalidade. 

    A hora chinesa equivale a 2 horas, a primeira parte da hora é a parte yang e a segunda é a parte yin. A hora real é a que vai ser utilizada, pois é a hora que de acordo com o local vai acentuar a qualidade Yin e Yang do mapa. 

    COMO ESTABELECER O TRONCO CELESTE (ELEMENTO) DO PILAR DA HORA 

    Para saber qual deve ser o elemento associado à hora chinesa, cruzamos o ramo terrestre (animal) da hora real, com o Tronco Celeste (elemento) do dia de nascimento. 

    Por exemplo, Se o dia é Madeira Yang Rato

    Hora: 19:19:48 – Décima primeira hora, que é a do Cachorro

    Encontramos Madeira Yang, por isso, Cachorro de Madeira Yang 

    Veja abaixo: 

    Tabela 12.5 

     

    9 - OS DEZ DEUSES 

    Cada elemento no mapa tem um significado. O ponto de partida para a análise é o Tronco Celeste do dia e sua relação com os outros elementos que serão denominados de Deuses. O Tronco Celeste (Elemento) do pilar do dia é chamado de “EU” ou “MESTRE DO DIA”.

    No Universo somos movimento, geramos algo.

    Pois bem, o “EU” gera algo e esse algo é chamado de PRODUÇÃO.

    Temos que a Produção é gerada pelo emento do “EU”, se tiver mesma polaridade é considerada Produção Justa e se tiver polaridade contrária é considerada Produção Injusta.

    A Produção gera RIQUEZA, se esta tiver polaridade igual ao “EU” é Riqueza Injusta, polaridade diferente é Riqueza Justa.

    A Riqueza gera PODER, se este tiver polaridade igual ao “EU” é Poder Injusto e diferente é Poder Justo.

    O Poder gera SUSTENTAÇÃO, se tiver mesma polaridade do “EU” é Sustentação Injusta e diferente é Sustentação Justa.

    Podem existir elementos IGUAIS ao “EU”, que serão chamados de PARALELOS, tendo a mesma polaridade do “EU” serão Paralelos Justos e com polaridades diferentes serão Paralelos Injustos. 

    Tabela 13.1 

    PODER 

    Poder Justo (Zheng Guan)

    Controle apropriado. O poder num mapa masculino representa a ambição e num mapa feminino representa o marido. Quando Yin e Yang se encontram nesta relação, mesmo se um controla o outro, é uma relação harmônica, é um controle com amor, como numa relação entre pais e filhos. Porém quando há um excesso de poder, mesmo se poder justo, pode se transformar num controle doentio e sua natureza de benéfica, passa a ser ruim, como no poder injusto. A ambição aqui é nobre, a pessoa se compara a ela mesma, quer se superar, e não aos outros. 

    Poder Injusto (Pian Guan)

    Controle excessivo, desmedido

    Dois elementos iguais se repelem, há uma batalha, é como um tirano ou um governo ditador, o poder injusto é considerado um deus prejudicial. Se existe produção e essa produção consegue controlar esse poder, ele não consegue fazer mal, mas se não há produção o poder injusto passa a se chamar 7 demônios, e pode ser comparado à indisciplina, revolta, excesso de ambição, e com os fins justificando os meios. 

    São pessoas realizadoras de grandes feitos, mas com muito poder injusto a pessoa não tem medida, a ambição está descontrolada, não sabe quando parar. 

    Se o Poder Injusto não tem raiz, a pessoa pode ser a melhor, mas não consegue se manter, ou a pessoa pensa que é a melhor e quando descobre que não é pode se deixar abater seriamente, chegando ao suicídio. 

    SUSTENTAÇÃO 

    Sustentação Justa (Zheng Yin)

    Ajuda, apoio na medida certa.

    Amor, recursos, alento, possibilidade, apoio, suporte e conhecimento.

    É como uma mãe que educa, sustenta e dá segurança ao seu filho, sendo bem dosado, é considerado um bom deus. Não é desfavorável à produção. 

    Sustentação Injusta (Pian Yin)

    Excesso de zelo, vira mimo.

    É eficaz somente quando o “EU” é fraco, mas pode ser desfavorável à produção, já que a Sustentação controla a produção. É como uma mãe que não educa, deixando os filhos fazerem o que querem, mima demais, sustenta depois de adulto, etc. 

    Em geral, Sustentação injusta é exagerada. Muita sustentação faz com que a pessoa ache que pode tudo, que não precisa de ninguém, SOMENTE poder ser favorável se o “EU” for muito frágil. 

    RIQUEZA 

    Riqueza Justa (Zheng Cai)

    Num mapa masculino é a esposa. A Riqueza é boa para um “eu” forte, que pode controlá-la e tem energia de sobra para controlar suas oportunidades de ganho, já para um “eu” fraco é ruim, pois a riqueza sem controle passa a ser um prejuízo.

    Riqueza com produção é dinheiro ganho com talento. Não importa muito se existe ou não produção, se o “eu” for forte e a riqueza estiver presente, pode tirar partido, não importando se é justa ou injusta. 

    Riqueza Injusta (Pian Cai)

    Tanto a Riqueza Justa ou Injusta pode ser bom, desde que o “eu” seja forte, como dito anteriormente. 

    PRODUÇÃO 

    Produção Justa (Shi Shen)

    Carisma, atitude, aparência, o que mostra aos outros. Se o “eu” for forte ele se alia a produção e usam a energia para uma boa causa e ajudam a manter o equilíbrio energético da pessoa. A produção justa é utilizada para gerar riqueza e para controlar os 7 demônios (poder Injusto), mas não pode ser útil a não ser a um “eu” forte. 

    Produção Injusta (Shang Guan)

    Estratégia, talento, sabedoria, a produção controla o poder, ou seja, usando a produção você pode diminuir o controle dos outros sobre você.

    Se o “eu” é frágil, ele é esgotado pela energia da produção. A produção injusta também pode gerar riqueza para controlar os sete demônios, mas sua capacidade de produzir e gerar não é tão boa.

    Para drenar a energia do “eu”, a produção injusta é mais eficaz do que a produção justa.

    A Produção Injusta denota um comportamento diferente, bizarro, muitos artistas são assim, e as pessoas com muita produção injusta podem agir de modo diferente ou serem mal compreendidas. 

    PARALELO 

    Paralelo Justo

    Podem ser amigos ou concorrentes.

    Se o “eu” é frágil tanto o paralelo justo como o injusto o auxiliam, os dois lhe ajudam a resistir ao poder e protegem o seu “eu” de ser drenado pela produção. Se o “eu” for forte, os dois trazem riqueza ao seu “eu” e drenam o poder. 

    Paralelo Injusto

    Concorrente, inimigo que leva a riqueza, já que o paralelo controla a riqueza. A diferença é que o paralelo justo é puro e bom, e o injusto é mal e impuro. 

    Num âmbito geral, o paralelo para um “eu” forte indicam concorrentes e para um “eu” fraco indicam amigos que o apóiam e ajudam no trabalho. 

     

    10 - COMBINAÇÃO DE TRONCO 

    Esta combinação somente é válida se ocorrer entre pilares adjacentes. São simpatias entre os troncos celestes:

    1 Madeira + se dá bem com 6 Terra –

    2 Madeira - se dá bem com 7 Metal +

    3 Fogo + se dá bem com 8 Metal –

    4 Fogo - se dá bem com 9 Água +

    5 Terra + se dá bem com 10 Água – 

    Essas combinações presentes no mapa, podem gerar outro elemento que irão substituir os elementos combinados. 

    Como a seguir, com exceção do pilar do dia, que tem regras diferenciadas. 

    AS CINCO COMBINAÇÕES 

    M+ e T- pode gerar T

    M- e Me+ pode gerar Me

    F+ e Me- pode gerar A

    F- e A+ pode gerar M

    T+ e A- pode gerar F 

    Se no mapa existe essa combinação entre os pilares adjacentes, forma um elo muito forte entre os elementos envolvidos e o deus que cada elemento representa nesta combinação. 

    Exemplo: Mulher nascida em: 05/04/1965 às 11 hrs. Em Juiz de Fora 

    Hora dia Mês Ano
    Me+ T- Me+ M-
    Cavalo Búfalo Dragão Serpente
    F- T- T+ F+
    T- A- M- T+
      Me- A- Me+
     

    Aqui a combinação se dá entre a M- do tronco do ano com o Me+ do tronco do mês.

    O Metal nesse mapa representa a produção e a Madeira o poder. Indica que existe uma ligação estreita entre esses dois aspectos da vida dessa pessoa. 

    Para saber se essa ligação vai ou não gerar a transformação, é preciso olhar se o produto da combinação está ou não presente no pilar do mês. Caso esteja presente, o elemento transformado adquire a polaridade Yin ou Yang do elemento no pilar do mês. 

    Em nosso exemplo a combinação M- com Me+, poderia gerar mais Me, mas observamos que no pilar do mês não há mais Me, além do que está no Tronco fazendo a ligação. Logo, esta combinação não gera o elemento produto que seria Me, a transformação não acontece e os elementos permanecem como estão. 

    Existem outros tipos de combinação que precisam ser citadas: 

    A COMBINAÇÃO DO CIÚME

    Hora Dia Mês
    A- T+ A-
     

    Como o mapa é lido da direita para a esquerda a combinação que ocorre é a Mês + dia. Aqui o Tronco do Dia representa o “EU” e se combina com a A- do Mês, mas existe uma tendência, uma intenção de se combinar com a hora. Se fosse um mapa masculino, o “eu” terra faz com que a Riqueza seja a água, e a riqueza representa as mulheres de sua vida, é como se o homem estivesse entre o amor de duas mulheres, ou que ama duas mulheres, a esposa e a amante. No caso duas mulheres disputassem ele. 

    A COMBINAÇÃO DA CONCORRÊNCIA 

    Dia Mês Ano
    T+ A- T+
     

    Aqui o homem em questão se apaixona por uma mulher já comprometida com outro homem. Neste caso existe a competição mas o “eu” sai perdedor, pois quem combina com a A- do Mês é a T+ do ano. A competição com paralelo mostra que perde a Riqueza para um concorrente ou amigo. 

    Se a competição se faz por poder, cada vez que a pessoa batalha por promoção, o poder é perdido. Essa é uma combinação estruturalmente ruim. 

    COMBINAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO ENVOLVENDO O “EU” 

    Há regras a ser seguidas para saber se há ou não transformação:

    - O elemento transformado tem que estar oportuno no mapa, isso quer dizer estar presente como raiz no pilar do mês.

    - O mapa não deve ter paralelos, o pilar do dia não deve ter raízes.

    - O elemento que controla o elemento transformado não pode estar presente como Tronco ou Raiz maior no mapa e nem no mês.

    - O elemento transformado deve ter paralelos e sustentação.

    - O binômio gerado da transformação tem que ser válido (se o ramo é yin, o elemento tem que ter polaridade yin). 

    Para que uma transformação Terra aconteça existem 2 regras:

    - O mês de nascimento tem que ser Búfalo, Dragão, Cabra ou Cachorro, ou ainda é aceitável os meses tigre, serpente, cavalo e macaco, por possuírem em sua formação o elemento terra.

    - Não pode ter Madeira como Tronco ou raiz maior, com exceção do tigre, que em alguns casos é aceitável. 

    Exemplo: 

    Hora Dia Mês Ano
      M+ T-  
     

    Como a terra do mês envolvida na combinação é yin, o ramo do mês deve ser yin também para que a combinação aconteça, além de ter terra em sua formação energética. 

    Búfalo Dragão Cabra Cachorro Tigre Serpente Cavalo Macaco
    Yin Yang Yin Yang Yang Yin Yang Yang
     

    Dos animais que possuem terra em sua formação, somente Búfalo, Cabra e Serpente são ramos yin. 

    Búfalo Cabra Serpente
    T- T- F+
    A- F- T+
    Me- M- Me+
     

    Como a Madeira não poderá estar presente no mês de nascimento, a transformação só ocorrerá se o mês for Búfalo ou Serpente, caso contrário, a combinação existe mas não gera Terra. 

     

    11 - A RELAÇÃO ENERGÉTICA ENTRE OS DOZE RAMOS TERRESTRES 

    - Combinação Triangular

    Os 12 ramos terrestres dependendo de sua configuração energética podem ter entre si uma simpatia ou antipatia. Como já disse anteriormente os animais que estão nas fases 1, nascimento, 5 apogeu e 9 armazenagem de cada um dos 4 elementos, possuem entre si uma estreita ligação, chamada combinação triangular.

    Num mapa este fato é lido pelos animais presentes. Eles são aliados da mesma energia e não precisam estar em pilares adjacentes. Se o ramo da fase 5 está presente, a pessoa pode ter somente mais um ramo da fase 1 ou 9 de determinada energia, para ter uma semi-combinação. Quando o ramo faltante chega com o pilar de sorte ou influência do ramo anual, a combinação está completa e ativa, e o elemento referente a esta combinação terá um peso enorme no mapa, que nada destrói essa combinação e a semi-combinação também é igualmente forte. Mesmo que um conflito chegue não destruirá esta combinação. 

    Triangulação da Água – Macaco (fase 1), Rato (fase 5) e Dragão (fase 9)

    Triangulação da Madeira – Javali (fase 1), Coelho (fase 5) e Cabra (fase 9)

    Triangulação do Fogo – Tigre (fase 1), Cavalo (fase 5) e Cachorro (fase 9)

    Triangulação do Metal – Serpente (fase 1), Galo (fase 5) e Búfalo (fase 9) 

    - Combinação de direção

    Quando nos pilares aparecerem os ramos referentes às direções norte, sul, leste e oeste, temos a combinação direcional, que podem ser: 

    Norte – Javali, Rato e Búfalo.

    Sul – Serpente, Cavalo e Cabra

    Leste – Tigre, Coelho e Dragão

    Oeste – Macaco, Galo e Cachorro 

    Da mesma forma que a triangulação, esta combinação é igualmente forte e inquebrável por conflitos ou qualquer influência entre os ramos e troncos. Mesmo se houver meia-combinação de direção ela tem força e como na triangular, pode ser completada com a chegada do ramo faltante pelo pilar de sorte ou influência anual, potencializando o elemento presente. 

    - Combinação entre os Ramos (animais) – pilares adjacentes

    Aqui  somente dois animais se combinam como um casamento entre os ramos, mas um impede o outro de agir, como alguém que impede alguma coisa, tanto boa quanto ruim. Esta combinação é boa se ocorre entre dois elementos desfavoráveis no mapa, pois ambos ficam impedidos de agir. Somente é válida a combinação entre pilares adjacentes. 

    - Conflitos entre os ramos (animais)

    No caso de um combate entre os ramos, não basta saber as raízes dos animais, mas quando este combate se passa. Por exemplo, um conflito entre rato e cavalo no inverno, o vencedor é o rato, pois a raiz maior do rato é A e a água é forte no inverno.

    De qualquer modo o vencedor ganha, mas se debilita.

    No caso de um conflito entre dois ramos terra, o qi da terra desaparece e o elemento que vem à tona é o que está armazenado.

    Se num mapa o elemento terra é ruim, é bom que haja este conflito entre a terra, assim ela desaparece e dá lugar a novos elementos.

    Quando o conflito não é entre pilares adjacentes, há uma intenção de conflito que não se concretiza por conta do pilar que os separa. 

    - conflito de Troncos 

    A+ X F+

    A- X F-

    Me+ X M+

    Me- X M- 

    Os conflitos entre os elementos de mesma polaridade são muito mais fortes do que os de elementos de polaridades diferentes. Isso gera uma segunda complicação que são binômios de estrutura frágil. 

    Como o rato e o cavalo estão em conflito, os elementos associados a eles também estão. 

    - Lesões entre os ramos 

    Lesão é uma briga gratuita. Por exemplo, o rato é casado com o búfalo, e como a cabra tem conflito com o búfalo, ela passa a não gostar do rato também.

    A Lesão tem um peso menor na análise.

     

    12- Deuses e Demônios

    Tronco do dia Nobre Celeste Lu (prosperi-dade) Espada Inteligência Carruagem de Ouro Flor erótica
    M+ Búfalo, Cabra Tigre Coelho Serpente Dragão Cavalo
    M- Rato, Macaco Coelho Tigre Cavalo Serpente Cavalo
    F+ Javali, Galo Serpente Cavalo Macaco Cabra Tigre
    F- Javali, Galo Cavalo Serpente Galo Macaco Cabra
    T+ Búfalo, Cabra Serpente Cavalo Macaco Cabra Dragão
    T- Rato, Macaco Cavalo Serpente Galo Macaco Dragão
    Me+ Búfalo, Cabra Macaco Galo Javali Cachorro Cachorro
    Me- Cavalo, Tigre Galo Macaco Rato Javali Galo
    A+ Coelho, Serpente Javali Rato Tigre Búfalo Rato
    A- Coelho, Serpente Rato Javali Coelho Tigre Macaco
     

    Verifica-se pelo “eu”, qual é o ramo e procura-se nesta lista. 

    Nobre Celeste: Benéfico para quem possui, ele mostra de onde vem a ajuda quando a pessoa está em dificuldade.

    - Se posicionado no pilar do ano a ajuda vem de longe ou pode ser de uma mudança.

    - Se posicionado no pilar do mês a ajuda vem dos pais.

    - Se posicionado no pilar do dia a ajuda vem do casamento, do parceiro e se há dificuldades no casamento sempre alguém ajuda.

    - Se posicionado no pilar da hora a ajuda vem dos filhos ou de alguém que está sob seu comando, subalternos.

    Se não aparece no mapa, pode ser que venha com os pilares de sorte, se isso ocorre, a ajuda dura enquanto o pilar de sorte durar. 

    Prosperidade: Para um pilar forte, traz prosperidade, já num pilar fraco é ruim. 

    Espada: Boa para dinheiro num mapa fraco, traz problemas físicos num mapa forte. É associada à violência e agressividade. Bom para quem trabalha com concorrência. 

    Inteligência: Boa para exames e estudos em geral num mapa forte, num mapa fraco é debilitador. 

    Carruagem de Ouro: Indica status. 

    Flor Erótica – a Bela flor de Pêssego vermelha: Indica pessoas sexualmente atrativas e com fortes impulsos sexuais, numerosos relacionamentos. Charmosa, convincente. Pode ser um demônio, por indicar falta de disciplina sexual. Se o elemento for favorável será um deus, caso contrário um demônio. Se vier com os pilares de sorte, no período a pessoa estará mais sedutora. 

    Ramo do dia Estrela do General Cobertura Elegante Cavalo do Correio Flor de Pêssego Roubo Morte
    Macaco

    Rato

    Dragão

     
    Rato
     
    Dragão
     
    Tigre
     
    Galo
     
    Serpente
     
    Javali
    Javali

    Coelho

    Cabra

     
    Coelho
     
    Cabra
     
    Serpente
     
    Rato
     
    Macaco
     
    Tigre
    Tigre

    Cavalo

    Cachorro

     
    Cavalo
     
    Cachorro
     
    Macaco
     
    Coelho
     
    Javali
     
    Serpente
    Serpente

    Galo

    Búfalo

     
    Galo
     
    Búfalo
     
    Javali
     
    Cavalo
     
    Tigre
     
    Macaco
     

    Verificar o ramo (animal) do dia.

    Estrela do General: Possibilidade de carreira política ou militar, indica facilidade de comando.

    Cobertura Elegante: Traz tendência artística, filosófica e religiosa, leva as pessoas a viver num mundo irreal, tendências escapistas e elucubração.

    Cavalo do Correio: Mostra viagens e mudanças freqüentes se for favorável, pode mostrar também negócios no exterior. Pode trazer aventuras em viagens, facilidade de meditação, projeção astral, etc.

    Flor de Pêssego: Se está posicionada no pilar do ano ou mês, é a flor de pêssego interna, mostra bom relacionamento entre parceiros, marido e esposa. Pode ser ativada a partir do braço do ano para melhorar os relacionamentos.

    Se posicionada na hora, chamada flor de pêssego externa, mostra relacionamento extraconjugal.

    Roubo: Traz algo negativo, não necessariamente o roubo, mas ser enganado se for ruim no mapa, caso contrário a pessoa tende a enganar e trapacear.

    Morte: Não indica forçosamente morte, nem acidente, indica grande capacidade de planejamento. Se desfavorável traz processos advindos do parceiro. 

    Ramo do dia Solitária Abandono
    Javali

    Rato

    Búfalo

     
    Tigre
     
    Cachorro
    Tigre

    Coelho

    Dragão

     
    Serpente
     
    Búfalo
    Serpente

    Cavalo

    Cabra

     
    Macaco
     
    Dragão
    Macaco

    Galo

    Cachorro

     
    Javali
     
    Cabra
     

    Tanto a Estrela solitária quanto a Estrela do Abandono querem dizer a mesma coisa. 

    Prejudica os relacionamentos, pode indicar infortúnios em relação à família, como separação, viuvez ou abandono. 

     

     

    13- Resultados

    Os Quatro Pilares do Destino podem ser utilizados por acupuntores para encontrar os melhores horários de tratamento para seus clientes. Conhecer os horários de abertura dos vasos maravilhosos, fazer recomendações de alimentação, terapias auxiliares e hobbies para seus pacientes, assim como escolher o tratamento adequado não só ao paciente, como ao momento.

    Terapeutas podem conhecer melhor previamente a reação de seus pacientes ao tratamento empregado e entender por que um tipo de tratamento funciona maravilhosamente em algumas pessoas e não em outras.

    Terapeutas florais podem usar os Quatro Pilares do destino para entender melhor os bloqueios de seus pacientes. Por meio dos 5 elementos, podem escolher com melhor precisão a essência indicada à pessoa ou a influência momentânea pela qual ela está passando, sem depender apenas da narrativa de seus problemas por parte da pessoa tratada. Se você trabalha com saúde integral, Quatro Pilares do Destino é uma ferramenta perfeita para lhe dar as informações não só sobre a pessoa, seus problemas, suas fases de vida, mas também, e mais importante do que isso, lhe permite avaliar as fases pelas quais ela está passando, passou e passará, indicando o que fazer em cada uma delas.

    Diversos sistemas astrológicos podem lhe dar informações comportamentais, de temperamento, falar de fases, mas os Quatro Pilares vão muito além disso, uma vez que indica ao mesmo tempo o problema e a solução. Essa parte do tema é  sub-dividida em módulos, que incluem cálculo, análise estrutural de relacionamento, de saúde, de alimentação, de potencial de trabalho, análise de fases, influências periódicas, recomendações de equilíbrio, etc. 

     

    14- Conclusões

    É um vasto conhecimento na arte astrológica chinesa, englobando vários aspectos da sabedoria chinesa, como meridianos de energia e chacras, e até mesmo podendo indicar uma alimentação que os 4 pilares do destino é muito mais fundamentada que a Astrologia Ocidental.

     

    15- Referências Bibliográficas 

    Sacramento, Silvia –  Instituto Ming Tang, Curso de Ba Zi

                      Anotações em aula, também foram consultadas.

    Autor: : Karen Andreza da Silva -CRT 37980 - Terapeuta Holística
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    As Convergências Entre As Modernas Técnicas Psicopedagógicas Da Escola Humanista E A Terapia Holística

     As Convergências Entre As Modernas Técnicas Psicopedagógicas Da Escola Humanista E A Terapia Holística

     

    Sidney Rosa Nascimento Junior - Terapeuta Holístico - CRT 44269

    SINTE - Sindicato dos Terapeutas - Holística 2009

     

    DEDICATÓRIA

      

    A todas as pessoas crentes em sua missão como construtora da paz e de um mundo mais humano e feliz, aquelas e aqueles que já perceberam que, na medida em que cada um melhora, o mundo também se torna melhor.

       

    AGRADECIMENTOS 

     

    À Comunidade de Terapia Holística e toda equipe de SINTE, diretores, docentes e colaboradores que possibilitaram a realização e divulgação deste trabalho. 

    Aos pesquisadores e pesquisadoras que acreditam e acreditaram na pessoa humana e na capacidade de cada um de se transformar e de gerar ambientes mais humanos com paz e prosperidade e ousaram publicar suas descobertas

    Aos mestres Carl Rogers e André Rochais que ousaram pesquisar e acreditar na natureza positiva do ser humano, mesmo na contramão das críticas e dos paradigmas dos donos daverdade.

     A Maria de Lourdes Sávio, que me recebeu e me incentivou em um momento especial e me fez acreditar estar caminhando no rumo certo da minha missão, como profeta do desabrochar da Vida em Plenitude.

     

    O ser humano traz no coração a certeza de que todas as pessoas são semelhantes... Tudo está aí neste subsolo da Humanidade, neste subsolo de homens e de mulheres deste planeta; tudo está aí para forjar um mundo mais humano (ANDRÉ ROCHAIS, 1980).

     

    SUMÁRIO

    RESUMO
    INTRODUÇÃO
    1 - Justificativa
    2 - Objetivo Geral
    3 - Objetivos Específicos
    4 - Questão Norteadora 
    CAPÍTULO I – METODOLOGIA 
    ANTECEDENTES DA PSICOPEDAGOGIA HUMANISTA
    1 - Por que psicopedagogia?
    2 - Por que humanista?
    3 - Conceito de Pessoa 
    CAPÍTULO II – A PESQUISA HUMANISTA
    1 – Contribuição de Carl Rogers
    2 - Contribuição de André Rochais 
    3 – Contribuições de Sávio e outros
    4 – As principais linhas humanistas
    CAPÍTULO III – DISCUSSÃO
    CONCLUSÕES
    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    RESUMO

     

     

    NASCIMENTO JUNIOR Sidney R. As Convergências entre as Modernas Técnicas Psicopedagógicas da Escola Humanista e a Terapia Holística. Brasília, Distrito Federal, 2009. Dissertação (Curso de Capacitação de instrutores EAD). SINTE – Sindicato dos Terapeutas.

     

    Este trabalho tem por objetivo demonstrar as diversas convergências existentes entre as descobertas e técnicas Escola da pisicopedagogia Humanista e a Terapia Holística, dentro de um universo multifocal da pessoa. No Capítulo I é feita uma abordagem genérica a respeito da pesquisa realizada pelos autores descobridores e expoentes da pisicopedagogia humanista, com foco na pessoa como um ser integral. O Capítulo II se dedica a um resumo da fundamentação da pesquisa e dos esforços contemporâneos, consubstanciados através de publicações que retratam iniciativas, dificuldades e conquistas a respeito da educação e da terapia humanista. O Capítulo III traz uma síntese da pesquisa com conclusões do autor, nesse vasto território da pisicopedagogia humanista, tanto no nível do crescimento pessoal, como no trabalho junto a clientes.

    Palavra-chave: Psicopedagogia humanista. Atividade centrada na Pessoa. Vida em Plenitude.

     

    INTRODUÇÃO

     

                  O objetivo deste trabalho é o de traçar um paralelo entre as descobertas da psicopedagogia humanista e a terapia holística. Há uma incrível convergência entre elas, como serádemonstrado, tomando-se por base o ensinamento e as descobertas dos mestres humanistas Carl Rogers (1961) e André Rochais (1985).. Como se sabe, a pesquisa humanista tem comobase a “Abordagem Centrada na Pessoa” e na “Escuta Ativa”.

    O aprendizado e o crescimento se baseiam no “Aprender Fazendo” e no “Aprender a Apreender”.

    Em resumo, pode-se dizer que esse trabalho é uma arte, que trata cada pessoa como única e integral e cujo resultado só se obtém pela prática, a semelhança de um esporte (só se aprende a nadar, nadando), como diz o próprio Rogers: “Para mim as descobertas são a suprema autoridade, reafirmada mais tarde por Rochais, nessa mesma linha, quando diz: “Meu grande mestre é aquilo que é real”.

    Isso significa dizer que não há uma regra fixa, cada caso sempre será uma nova realidade e caberá à própria pessoa descobrir o que lhe vai bem ou o que está menos bem ou o que precisa ser mudado.

    A figura do terapeuta, então, não será de um conselheiro e sim de uma espécie de farol capaz de iluminar os caminhos disponíveis e a ajudar no discernimento para onde seguir.

    Por se tratar de uma escola novíssima, se contada pelo tempo da ciência, é possível que nem todos a conhecem ou estão prontos a vivenciá-la, já que para isso é exigida uma verdadeira mudança cultural na forma de se ver a sim mesmo e a pessoa humana como ser único e ao mesmo tempo relacionado com diversos elementos e circunstâncias.

    É verdade que esta visão holística do indivíduo já é praticada pela comunidade do SINTE, entretanto, esse trabalho sugere uma navegação para águas mais profundas, sendo desejável a libertação de velhos paradigmas e das velhas amarras de grades de leitura e de eventuais discriminações, mesmo que inconscientes, com uma  irrestrita na capacidade de cada um crescer, enquanto existir vida.

     

    1.1  Justificativa

    O primeiro contato do autor com a linha humanista se deu no início da década de setenta, quando se encantou pelas descobertas de Rogers no livro “Tornar-se Pessoa” (ROGERS, Carl R. – On Beioming a Person, 1961). Logo percebeu uma tendência de outros pesquisadores e pedagogos em abarcar essas descobertas, tendo no Brasil, o pedagogo e filósofo Paulo Freire como seu principal seguidor e, em cuja estrutura, criou seu próprio método de alfabetização de adultos. Na década seguinte o autor se tornou amigo de um canadense e de uma brasileira que lhe apresentaram as pesquisas do psicopedagogo francês “André Rochais” e o seu fabuloso método denominado Personalidade e Relações Humanas - PRH. Outras referências a respeito desse método lhe foram chegando até que lhe foi possível iniciar seu aprendizado e formação, tanto pessoal, como em nível de relação de ajuda, fato tão marcante que se tornou uma das diversas referências de transformação da própria vida.  A partir de então pode resgatar a si mesmo, crescer na relação de casal, com os filhos e com a família mais próxima. Diante desse resultado tão eficaz e promissor não seria justo guardar só para si, já que poderá ser útil a outras pessoas, especialmente à comunidade do SINTE.

    1.2 – OBJETIVO GERAL

    Demonstrar as semelhanças entre as terapias humanistas e holísticas. Verificar quais as vantagens da influência da pisicopedagogia humanista, como contribuição ao trabalho profissional de cada um.

    1.3 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

    • Apresentar, em linhas gerais, a base da psicopedagogia humanista;
    • Descrever o método desenvolvido e atualmente aplicado por PRH – Personalidade e Relações Humanas.;
    • Apresentar fatores relevantes, resultante da prática humanista.

    1.4  Questão Norteadora

    Possibilitar aos colegas da comunidade holística um contato maior com a escola humanista, ainda embrionária em nosso país e cujos fundamentos poderão ser muito úteis no trabalho pessoal e profissional do dia a dia.

    CAPÍTULO I - METODOLOGIA

    ANTECEDENTES DA PSICOPEDAGOGIA HUMANISTA

    1 - Por que psicopedagogia?

    Na prática humanista há um redirecionamento da terapia convencional (diretiva) e focada no trauma, para uma postura de confiança na pessoa e na sua capacidade de crescimento e de autogestão da própria vida. Baseia-se na escuta ativa, sem grades de leitura ou preocupação com diagnósticos.

                                Sem querer fazer qualquer vínculo religioso, é interessante lembrar que Tereza d’Ávila, considerada doutora da Igreja Católica, já dizia no início do século XVI que:quando algo em nós está funcionando mal é porque alguma virtude está precisando crescer”.

    Uma das principais descobertas de Rogers é a de que toda pessoa tem um núcleo essencialmente positivo ao qual chamou de “Self”. Dessa premissa partiram todas as suas teses, tendo como objetivo final levar a pessoa “ser o que realmente se é ROGERS, Carl R. – On Beioming a Person, 1961, pag. 37 e 146.

    Ao contrário do desejo de muitos, que querem se livrar dos incômodos buscando uma solução psicoterapêutica como se busca uma cirurgia capaz de arrancar o mal pela raiz e, num passe de mágica voltar para casa completamente curados, na visão humanista, tal como na terapia holística, a pessoa é vista como um todo e o seu universo interior é único, portanto, não há soluções milagrosas ou rotulagem com diagnósticos tópicos.

    Com esse foco, caberá só à própria, descobrir as causas (ou holisticamente, canalizar energias) e ganhar estatura emocional suficiente para então, ancorada em um porto seguro em si mesma, livrar-se dos funcionamentos indesejáveis.

    Isso significa primeiramente que ela deve crescer em suas capacidades de gerir a própria vida, tomando posse de sua real identidade interior, formada pelas potencialidades, habilidades e capacidade de discernimento, livre e inteligente de si mesma.

    Numa segunda fase, que se inicia de modo natural em decorrência do crescimento interior, é necessária uma re-ordenação da própria vida e uma re-educação interior compatível com sua estatura adulta e com maturidade.

    Não é vazio o ditado popularizado no meio humanístico de que o princípio básico da loucura é querer que amanhã seja diferente, fazendo hoje as mesmas coisas de ontem.

    É preciso haver uma quebra de muitos paradigmas, dogmas e princípios, talvez fundamentais para sobreviver no passado e hoje imprestáveis como um mero depósito de esqueletosfossilizados, atrapalhando as tomadas de boas decisões, principalmente quando se procura explicações ou justificativas no entorno humano ou material, para justificar o presente.

    Somente depois dessas fases é que pode se dar início a cura interior, muitas vezes, sem esforço, numa conseqüência eficaz do crescimento e da reordenação da sua vida.

    O processo se assemelha à cura de um ferimento na pele, no qual as novas células surgem de dentro para fora até a completa cicatrização. Muitas vezes, tal qual na terapia, uma intervenção externa, querendo fazer o caminho inverso, pode até agravar mais a ferida e atrasar ou dificultar sua cura.

    É bem verdade que nem tudo será curado e poderão ficar seqüelas, aí sim entrará um processo de cura, mas apenas naquilo que impede a pessoa de viver em plenitude e ser si mesma.

    Em resumo, pode-se afirmar que antes da cura é necessário todo um processo de crescimento e de re-educação.

    Por isso, se convencionou o termo psicopedagogia, resultante da pedagogia intrinsecamente ligada à psicologia, visando o crescimento, a reeducação e a cura.

    2 – Por que humanista?

    O termo humanista foi introduzido na psicanálise na metade do século passado, tendo como principal patrocinador o psicólogo americano Abraham Maslow (1950). Entretanto, ele mesmo disse que a linha da psicanálise humanista não tem um líder isolado por ser fruto de uma descoberta universal.

    Para não entrar numa exaustiva explanação teórica, é possível extrair para este trabalho alguns conceitos básicos do humanismo, assim resumido:

    1. Todo ser humano é capaz de decidir por si mesmo como conduzir adequadamente a sua própria vida, sem necessidade de paradigmas, rótulos ou intervenções externas;
    2. Quando isso não acontece, é porque o poder e a capacidade interior de ser si mesmo estão adormecidos ou inibidos. Maslow afirmava que:

    “O homem seria um ser com poderes e capacidades amortecidos, inibidos. Adoecemos, não só por termos aspectos patológicos, mas muitas vezes, por bloquearmos elementos saudáveis. A impossibilidade de manifestarmos nossa criatividade e de atualizarmos nosso potencial como seres humanos realizados traria comoconseqüência a neurose”;

    Pouco tempo depois, André Rochais também afirmaria algo semelhante, confirmando essa linha de descobertas:

    “Dormimos sobre tesouros, sobre poços de energia, sobre um vulcão de criatividade, sobre reservas incríveis de amor verdadeiro”.

    1. Cada pessoa é única e possui identidade própria, entretanto há características universais comuns ao ser humano. O olhar humanista é o respeitoso ao direito de cada um ser diferente, dentro de uma unidade humana na diversidade de características individuais.

    Em resumo, a visão humanista não segue a linha do pensamento dedutivo, com base em paradigmas, conceitos e princípios, ao contrário, ela é indutiva a partir das realidades interiores da pessoa, direcionando a ela todo foco de atenção, para ajudá-la, por si mesma canalizar suas próprias energias para o escopo da sua razão de vida. 

    3 - Conceito de Pessoa:

    Para alguns antropólogos, cuja tese foi abraçada pelo teólogo brasileiro Leonardo Boff, a humanidade surgiu junto com a formação da pessoa, colocando-se como marco inicial o momento em que o indivíduo deixou de utilizar o bando como objeto de ajuda para facilitar a caça e passou a repartir, sem disputa, os resultados obtidos.

    Surgiu daí a refeição coletiva com base na empatia e nos laços interpessoais. Até hoje, em praticamente todas as culturas, a refeição é considerada sagrada e símbolo da acolhida hospitaleira e amiga.

    Tem-se, então, que a base da pessoa está nas relações interpessoais, exemplificando: quando se diz mãe, implicitamente se estabelece uma relação com a existência de filho ou filha, bem como de um pai. Não poderia haver mãe sem filho.

    O mesmo não se dá com as coisas, por mais cadeiras que possamos colocar em torno de uma mesa, jamais haverá uma família e cada objeto existe por si mesmo.

    Alguém poderia levantar a hipótese de que no mundo animal também existem mãe e filhotes. Trata-se, entretanto, de linguagem figurada, porque não há os laços de afetividade e de amor gratuito. A relação no reino animal é gerada pelo instinto natural de conservação da espécie e não com o ingrediente da personalidade, como nos seres humanos.

    Também, no mundo moderno, pode ocorrer a contrapartida da coisificação da pessoa, transformando a relação humana numa mera relação parasítica, tratando-a como objeto, que dura enquanto houver jeito de tirar proveito, como, por exemplo, chupar uma laranja, acabou o suco, joga-se o bagaço fora.

    A relação da qual se trata na formação da pessoa tem fundamento na afetividade e no sentido de pertença, seja a pertença ao menor dos grupos ou à própria caravana humana.

    Esta pertença e empatia fizeram que o ser humano cuidasse até de seus mortos, velando e sepultando-os com dignidade. É um sentimento profundo e universal, recentemente, num desastre aéreo com um vôo intercontinental, a preocupação dos familiares era a de encontrar os seus mortos para poder prestar as últimas homenagens.

    Em resumo: tornar-se pessoa é implicitamente tomar posse de suas relações e desenvolver empaticamente a afetividade. Portanto, para a psicopedagogia humanista, de modo semelhante à visão holística, a pessoa não pode ser segmentada, há toda uma universalidade de valores interiores e um ambiente relacional a ser considerado. 

     

    CAPÍTULO II - A PESQUISA HUMANISTA

         

     

    1 – A Contribuição de Carl Rogers:

    Rogers é considerado um dos principais expoentes da terapia ou da pedagogia humanista, por duas razões básicas:

    - foi o primeiro a romper com a psicologia tradicional e demonstrar cientificamente a descoberta da pessoa como inata na gestão da própria vida, sem necessidade de qualquer ação diretiva externa;

    - criou a técnica da Abordagem Centrada na Pessoa, hoje seguida por diversos pedagogos e terapeutas.

    A pesquisa de Rogers sobreveio a um processo meticuloso de investigação científica levado a cabo por ele, ao longo de sua atuação profissional e concluiu que toda pessoa humana tem uma natureza essencialmente positiva, ao contrário da idéia reinante de que todo ser humano possuía uma neurose básica, defendendo que, na verdade, o núcleo básico da personalidade humana era tendente à saúde, ao bem-estar.

    Definiu esse núcleo de energias e potencialidades como “Self” e que a ação do terapeuta consiste em ajudar o cliente liberar e canalizar essas forças para o seu benefício e crescimentocomo pessoa.

    Andres_Rochais_100x141        André Rochais

    (1921 a 1990)

     

    2 – A Contribuição de André Rochais:

    Muito embora, seu nome e seu meticuloso trabalho, especialmente no Brasil, sejam pouco conhecidos, André Rochais foi, sem a menor sombra de dúvidas, o maior patrono da escola humanista, o qual, influenciado e encantado pelas descobertas de Rogers, prosseguiu com as pesquisas na mesma linha e criou o método denominado “PRH – Personalidade e Relações Humanas”, hoje divulgado por PRH Internacional.

     

    Rochais, como pedagogo, logo percebeu que a integralização da personalidade se passava pela autodescoberta da identidade interior (o self de Rogers), para tanto deveria haver um aprendizado sobre si mesmo, cabendo a pessoa desvendar os obstáculos que a impedem de ser ela mesma.

    Seu propósito ia mais além, haveria de existir um método, de tal modo simples, que fosse acessível a qualquer pessoa, independente de credo, de condições sociais ou intelectuais, enfim, algo que fosse universalmente capaz de ajudar qualquer indivíduo e de fácil aplicação e aceitação.

    Ele mesmo diz que para seguir suas intuições profundas seria necessário afastar-se um pouco dos grandes mestres de pedagogia e da psicanálise e assim dar mais volume as suas luzes interiores para permitir traduzi-las em atos concretos.

    Com essa visão ele traçou um gráfico das engrenagens da personalidade ao qual denominou “Esquema da Pessoa”, inicialmente, com três instâncias, depois de simplificado e depurado, em 1985 assim definiu: o Ser, a Sensibilidade e o Eu-cerebral.  

     

    O Ser: Para Rochais o Ser, à semelhança de Rogers, é essencialmente positivo e é o local da identidade profunda da pessoa, onde estão todas suas potencialidades, já despertadas ou não.

    O Eu-cerebral: lugar onde funcionam a inteligência, a vontade e a liberdade.

    A Sensibilidade: região que faz a interface entre todas as instâncias e é uma espécie de gravador das emoções vividas. Através do corpo se comunica com o mundo exterior: ambientehumano e ambiente material.

    O corpo, no seu modo de ver, tem uma dimensão especial, o próprio esquema da pessoa foi desenhado tendo por base as hipotéticas regiões nas quais a pessoa parece viver esses funcionamentos.

    O método de Rochais se baseia na “Escuta Ativa” e no “Aprender Fazendo”. A escuta ativa é condição presente em todos os trabalhos, especialmente na terapia, a qual ele denomina “Relação de Ajuda”. O aprender fazendo se realiza através de cursos formativos em pequenos grupos (máximo de 16 pessoas) e se prossegue na formação metódica de observação de si mesmo no dia a dia. Todos esses trabalhos têm como base a análise escrita, motivada de acordo com o tipo de curso a ser realizado ou pelo trabalho da ajuda individual.

    Os resultados obtidos são surpreendentes. Atualmente foi divulgado um compêndio com a narrativa de diversos “cases”, ocorridos em vários países, com o título “Pour que la Vie Reprenne ses Droits”, 2003, (ainda, sem tradução para o Português).

    O maior segredo do sucesso do método é deslocar a pessoa do tradicional funcionamento intelectual, onde impera e lógica, o saber, a imaginação e o fundamentalismo, em qualquer dimensão ou campo que seja, para sua vocação inata e alicerçada naquilo que a faz ficar segura de si.

    Para tanto, Rochais observou que há três núcleos de consciências que regem a tomada de decisões da pessoa da mais simples à mais complexa:

    • Consciência-socializada: é adquirida através da influência dos ambientes vividos (costumes familiares, religiosidade, hábitos, regras e outros.). É uma forma da pessoa se adequar as exigências dos diversos grupos para ser aceita e reconhecida por eles. É considerada como a consciência infantil, porque é formada desde a infância, quando se exige que a pessoa viva presa aos outros e às regras, impostas de fora para dentro;
    • Consciência-cerebral: é a formada por princípios interiores e crenças pessoais. Ela surge principalmente na adolescência, quando a pessoa inicia um processo de contra-dependência familiar.

    Por isso é considerada a consciência do adolescente, também aprisiona a pessoa aos seus próprios conceitos, tais como: “eu sou assim mesmo e não mudo”, “não levo desaforo para casa” e outros;

    • Consciência-profunda: é construída pela autonomia, leva a um constante discernimento entre o que bem ou ao que é menos ruim para o momento. É chamada a consciência da maturidade. As decisões baseadas neste nível de consciência produzem segurança e paz.

    No pensamento de Rochais, tanto as instâncias da pessoa como os diversos tipos de consciências, funcionam em conjunto, ora predominando um, ora outro, dependendo da cultura, das circunstâncias e do vivido de cada um. Entretanto, a pessoa funciona em unidade, cabendo ao ajudante e ao método proposto ajustar e alinhar em trilhos essas instâncias numa direção de crescimento e de autenticidade.

    Para Rochais, a pessoa só encontrará a plenitude quando viver de acordo com o seu Ser e guiado pela sua Consciência profunda. 

    3  A Contribuição de Sávio e outros:

    Maria de Lourdes Sávio, psicóloga e religiosa, foi discípula de Rochais e o acompanhou de perto nas suas pesquisas. Para ela são mantidas as instâncias da pessoa tal como definidas por Rochais. Entretanto, como religiosa que é, incrementou uma visão transcendente.

    Para Sávio toda pessoa tem uma abertura natural à transcendência, não importa a denominação a dada, cada qual tem um modo de viver uma espiritualidade intrínseca.

    Não há como frear essa abertura ao Absoluto, a não ser substituindo-o por bezerros de ouro.

    A conotação do bezerro está ligada a imaturidade, o bezerro depende é totalmente dependente para sobreviver.

    Remetendo-se à uma visão cristã, considerando que a pessoa foi criada a imagem e semelhança de Deus, há uma unidade trina internamente.

    O Pai que tem a liberdade de criar, a inteligência de como fazer e a vontade de colocar em prática. O Verbo que pratica a ação, sente, se alegra e sofre, interage com o ambiente, traz para si as marcas, os estigmas do passado vivido, sente no próprio corpo a fragilidade humana. O Espírito que aponta caminhos, que desvenda virtudes, contempla e conduz à felicidade e a paz.

    4 – As principais linhas humanistas:

    Há duas principais correntes na linha humanista: a de Carl Rogers e a de André Rochais, com bases semelhantes, entretanto com métodos diferenciados.

    Tanto numa como na outra é necessária uma nova visão da pessoa, como um ser integral (visão holística), uma abordagem multifocal, sempre centrada na pessoal e fundamentalmente uma mudança cultural radical do saber para o sentir.

    ROGERS foi quem desenvolveu a Pedagogia da Relação de Ajuda com a lógica da Terapia Centrada na Pessoa. A ajuda na concepção rogeriana é concebida como uma relação na qual pelo menos uma das partes procura promover na outra o crescimento, o desenvolvimento, a maturidade, um melhor funcionamento e uma maior capacidade de enfrentar a vida, ao reconhecer seus recursos internos. O que implica ver na pessoa suas potencialidades para se desenvolver e encontrar os meios para resolver seus problemas com autonomia.

    Para Rochais a pessoa é construída pela solidez de seu Ser. Cabe ao ajudante fazê-la tomar posse do que reconhece e, ao mesmo tempo, ajudá-la a descobrir as potencialidades emergentes. A terapia ou a psicopedagogia (semântica melhor adotada por se centrar na re-educação e não nas neuroses) humanista se apresenta como um imenso campo aberto à pesquisa. O remédio acertado para um pode servir como veneno para outros, já que ninguém é igual ninguém e não existem pessoas incompletas ou segmentadas.

      

    CAPÍTULO III - DISCUSSÃO

     

    Como foi dito no início, a diferença entre pessoa e coisas é que tornar-se pessoa, significa, em suma, viver bem suas relações: a relação consigo mesma, as relações transcendentes e as relações com o entorno humano e material.

    Se não há pessoa sem relações humanas, essas são a base da pessoa. São as relações vividas com o entorno humano e material que geram os comportamentos do presente, sejam os bons funcionamentos ou os que prejudicam o crescimento e as relações interpessoais ou com o entorno material ou transcendente.

    Sem prejuízo da abordagem das demais instâncias (O Intelecto ou Eu-cerebral e a Sensibilidade), com foco na aproximação do Ser (ou Eu-essencial ou Eu-profundo), no qual se aloja as principais dimensões: as relações, a identidade profunda e a abertura à transcendência, pode-se representar graficamente o funcionamento ideal da pessoa com um triângulo eqüilátero, como na figura abaixo:

    • O equilíbrio é obtido quando há harmonia no crescimento das arestas;
    • A base da personalidade é estabelecida pelo modo de se relacionar com o entorno humano e material;
    • A verdadeira identidade, formada pelas potencialidades, habilidades e seus limites, caracteriza cada Ser como único; e
    • A relação com a transcendência, independente de qualquer crença, estabelece a direção do crescimento e o “eu mais o além de mim” e um agir essencial que dá sentido à vida.

     

    Quando não se obtém essa harmonia ou quando a leitura realizada pelas outras instâncias distorce essa realidade interior, podem-se ocorrer várias hipóteses de funcionamentos desajustados, dentre as quais, selecionamos as mais extremadas:

      1. Crescimento das relações sem a contrapartida da identidade e da abertura à transcendência:

    Nesse caso pela falta de crescimento da real identidade de si a pessoa pode sentir uma baixa auto-estima e um embotamento da verdadeira transcendência, direcionando sua vida em função dos outros, chagando até a poder viver uma fusão com alguém ou alguma instituição.


      1. Crescimento da imagem de si em detrimento das relações e da abertura à transcendência:

     

    Nesse caso não há um crescimento da identidade profunda, devido à falta de ingredientes essenciais como o amor gratuito, a empatia e outros. Por isso o crescimento foi representado por uma linha pontilhada. A conseqüência dessa supervalorização de si é um egoísmo exacerbado, pouco se importando com as relações ou com a abertura à transcendência. São pessoas de difícil relacionamento e podem viver compensações para suprir as carências afetivas ou cair na depressão ou outras crises geradas por contínuas frustrações.

     

     

      1. Apego demasiado à transcendência em detrimento das relações e da identidade profunda:

     

     

    Como no caso anterior não houve uma harmonia no crescimento e sim um apego demasiado a algo transcendente, por isso está representado com linha pontilhada. A conseqüência disso pode ser um fanatismo de qualquer ordem ou um fundamentalismo sem lógica. Os outros ou o crescimento pessoal ficam relativizados.

     

    É uma árdua caminhada, não é fácil sair da robotização de que fomos levados a ser. Basta alguém importante apertar o botão “liga” e, provavelmente, lá estaremos agindo como máquina programada para repetir funcionamentos.

     

     

    CONCLUSÕES

    O trabalho, dentro de uma proposta humanista, tem um pano de fundo de ajuste à realidade. No Brasil se vive praticamente uma cultura de subsistência, diferente da realidade de outros países economicamente mais desenvolvidos.

    Nesse contexto cultural é comum se relegar os cuidados profiláticos pessoais ou de grupos a um segundo plano, especialmente os voltados ao crescimento pessoal (priorizando-se a intelectualidade) e a ajuda psicopedagógicas, esta não raramente, confundida com fraqueza de caráter ou insanidade mental.

    Toda mudança cultural necessita de um processo, geralmente demorado e com um dinamismo próprio. Por isso, é muito comum a procura da ajuda com a intenção de buscar milagres imediatos, como se o terapeuta tivesse um bisturi capaz de extirpar as dores produzidas pela vida, o que não é possível na visão humanista. O trabalho é sempre desafiante e longo e dependente da colaboração do cliente.

    Caso contrário, a ajuda torna-se um mero local de desabafo ou de explanação de bravatas, sem qualquer resultado prático.

    Pelo que foi visto a psicoterapia humanista tem muitas convergências com a terapia holística e vem para somar sem qualquer concorrência ou competição, haja vista a possibilidade de se trabalhar simultaneamente.

    Alias, a terapia ou psicopedagogia humanista, no plano de fundo, está mais próxima da Holística do que da psicoterapia convencional.

    Dentre as principais convergências, pode-se elencar:

    1. Uma visão holística da pessoa;
    2. A pessoa como ser único, com identidade própria;
    3. O corpo como expressão da sensibilidade, local onde se manifestam as tensões e conflitos;
    4. A canalização de energias para a vida em plenitude, desbloqueando e revelando suas fontes.

     

    BIBLIOGRAFIA:

    ROGERS, Carl R. – On Becoming a Person, 1961 – pag. 37 e 146;

    ROCHAIS, Andre – La Personne et sa Croissance – Fundaments Antropologiques de Formation PRH – Publicado por PRH Internacional, 1997;

    SÁVIO, Maria de Lourdes – Encontros Vida em Plenitude – Apresentação do Esquema da personalidade – 2ª Edição, 1990;

    Diversos Autores  Pour que la Vie Reprenne ses Droits – Analyse de Cheminements de Croissance, 1ª Edição, 2003;

    MEDNICOFF, Elizabeth - www.novoequilibrio.com.br – 2009;

    WIKIPÉDIA - pt.wikipedia.org  Carl Rogers  Maslow – 2009.

                                             

    Autor: : Sidney Rosa Nascimento Junior - Terapeuta Holístico - CRT 44269
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia

    Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico

    Índice

    Resumo

    Introdução.

    Material e Metodologia

    Acupuntura

    Discussão.

    Conclusão.

    Bibliografia. 
     

    Resumo 

    Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia. 

      Hapki-do e uma luta Arte Marcial Milenar Coreana que utiliza pontos de Acupuntura para neutralizar os seus oponentes, também utiliza os mesmos pontos para tratar o desequilíbrio da energia utilizando vários métodos como: Acupuntura Sistêmica, Acupuntura Auricular, Quiro-Acupuntura, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida), Moxa, Ventosa  e Terapia  Corporal como massagem.

    E uma luta muito violenta e ao mesmo tempo muito delicada porque se atingir algum ponto de acupuntura com certa violência pode paralisar ou até causar traumas irreversíveis.

    Os Coreanos encaram o Hapki-do e acupuntura na sua cultura tradicional, com muita naturalidade, pois faz parte do costume e folclore trazidos por gerações e gerações através de milhares de anos.

    Quando alguém se machucava ou tinha algum problema de saúde, eles procuravam ajuda aos mestres de Artes Marciais, principalmente de Hapki-do. 

     
     

    Introdução 

    A Relação entre Hapki-do, Acupuntura e Quiropraxia.

    O tema escolhido para holísticas 2009 foi demonstrar na pratica a relação de Hapki-do com as terapias orientais como Acupunturas, Terapia Corporal, Quiropraxia (ajuste e realinhamento da coluna  e das articulações superiores ou inferiores e sua biomecânica comprometida).

    Realizei vários cursos de acupuntura e massagem com grandes Mestres internacionais nas Artes de Hapki-do.

    Pode observar e aprender várias técnicas de manobras e alongamentos de Quiropraxia utilizadas por eles nos atletas em campeonatos. 

    E também pelo fato de estar engajado em vários trabalhos sociais há muito tempo e com mais de 9000 clientes na carteira e trabalhando em varias entidades como Delegacia Geral, Delegacia da Mulher, Receita Federal, APROFEM (Sindicato dos Funcionários e professores Municipais de São Paulo),e neste ano começou a ser preparados em Hapki-do as Forças Armadas Brasileiras e Academia Kim. Observei que podemos ajudar na qualidade de vida e diminuindo sofrimentos físicos e emocionais.  
     

    Material e Metodologia 

     

    Há aproximadamente 4.500 anos, quando as pessoas começavam a viver em grupos, já  existiam sinais de defesa instintiva necessária para a sobrevivência, ir, defender e contra-atacar para proteger a si próprio e aos outros. Isso pode ser constatado pelos sinais deixados em cavernas da China e da Coréia.

    Antigamente, a região da Coréia era dividida em três partes, entre elas a civilização SIN-LA que era a mais adiantada das três, por isso, foi lá onde começou uma infiltração cultural de origem Budista.

    O SIN-LA era liderado pelo general KIM YU SIN que formou um grupo chamado HWA RANG-DO, que tinha por finalidade unir as três partes.

    O HWA RANG-DO era um grupo de jovens doutrinistas que praticavam certo tipo de defesa, fanaticamente, com a finalidade de conseguir essa união e tinham como lema: 

    -Amar a Pátria;

    -Confraternização mútua;

    -Não recuar um só passo na luta;

    -Respeitar os pais e

    -Ajudar os fracos. 

    Com essa filosofia nasceu o HAPKI-DO que foi responsável pelo engrandecimento da civilização de SIN-LA durante todos os anos de sua existência.

    Começa aí  o Império Kório (Coréia). Naquela época, se criavam e praticavam vários tipos de lutas que eram ensinadas nos exércitos, entre elas:

    YU-SUL (tipo de Judô)

    SU-BAK (tipo de Sumo)

    HAPKI-DO (que já na época, defendia-se de todas as lutas)

    Os nossos trajes atuais de lutas, são cópias fiéis dos trajes daquela época. Hoje, as faixas representam graus de hierarquia, porém, naquela época, representavam as várias classes sociais. 

    O Hapki-do foi escolhidos pelo próprio Imperador para fazer parte do treinamento de sua guarda de honra. 

    Foi escolhido o HAPKI-DO, porque era a única luta que possuía 25 tipos de técnicas e defendia terceiros. Enfim, era e ainda é a luta mais completa.

    Passados mais de 500 anos, o general LEE SUNG KIE fundou o Império YI DO tomando o lugar do Império KORIO. Mandou então matar todos os praticantes de defesa pessoal. Em conseqüência disso, os praticantes dessas lutas foram se esconder nas montanhas, alguns escapando, outros morrendo. Mas o HAPKI-DO continuou. 

    HAPKI-DO;

    KUM-DO (esgrima);

    YO-DO (tipo de Judô) e

    TEA KIUM (tipo de Karatê)

    Depois da Primeira Guerra Mundial, foi criada a R.O.K (Republic of  KOREA), na qual foi adotado o HAPKI-DO para o treino da guarda pessoal do Presidente da República.

    Após a Segunda Guerra Mundial, o HAPKI-DO que até então era uma luta reservada para a presidência e para os nobres, passou a ser conhecida pelo povo. 

    O HAPKI-DO possui cerca de 3.876 golpes  incluindo chutes, saltos, socos, torções, balões, defesa contra faca, manejo de bastões, espadas, etc. 

          Hierarquia das Faixas 

          8º  ao 7º Gub - Faixa Amarela

          6º  ao 4º Gub - Faixa Azul

          3º  ao 1º Gub - Faixa Vermelha

          1º  Dan - Faixa Preta

     

    O HAPKI-DO inspira-se em certos princípios que são rigorosamente respeitados por seus adeptos. Por isso, é a luta mais popular da Coréia.

     

    O HAPKI-DO, hoje, é praticado em quase todo o mundo. Foi difundido no Brasil após o ano de 1.970, pelo Grão Mestre PARK SUNG JAE que ensinou, em princípio, quase 200 homens do Exército Brasileiro foi incentivado pelo Coronel Paulo da Silva Freitas, sendo logo depois de condecorado patrono do HAPKI-DO no Brasil. O Grão Mestre PARK SUNG JAE é Secretário Geral da Confederação Internacional e comanda uma rede de academias no Brasil.

    Está  academia é a mais antiga em funcionamento, com 31 anos de existência, e é administrados pelo mestre Song Un Kim 8o Dan, Bi-Campeão Mundial, Medalha de Ouro na Korea em 1990 e Medalha de Ouro e Prata no México 1993. Atualmente administra cursos de Acupuntura e massagens em diversos locais. 

    Hapki-do não é  apenas mais outra arte marcial ou uma mera combinação de outras artes ou técnicas de lutas. Porém, antes de entender o que é Hapki-do, faz-se necessário entender o que é o "Hap Ki". Hap ki significa uma combinação harmoniosa de (KI) "energia vital interior", não apenas a sua energia, mas a de seus colegas de treino, ou mesmo seu oponente. 
     
    Quando observamos o KI universal, vemos o que conhecemos por energia Yin e Yang; pois é algo que a natureza cria, o fluxo do Yin e Yang, etc. Numa alternância infinita entre os dois.

    Este "KI" gerado é um mistério da natureza que o homem tenta usar a seu favor, a força natural do HAP KI. O Hapki-do envolve estratégias usando o principio do "Hap Ki" na execução de seus movimentos.  
    O "KI" sempre flui em círculos. Hapki-do envolve todos os seus movimentos com fluxo circulares, sem uso de força ou de técnicas traumáticas, que gerem conflitos ou confrontos diretos, sem harmonia. O universo se move circularmente, e no mesmo contexto o Hapki-do usa os movimentos circulares sem o uso da força como base para todas suas técnicas. Quando trazemos nosso oponente para dentro de nosso círculo imaginário (próximo a nós) ou o "adaptamos" a nosso próprio círculo de alcance, teremos o controle total sobre nossos oponentes.  
    Estes movimentos tampouco são violentos ou lineares; eles são certamente muito suaves gentis e sempre circulares. Assim, quando se faz e se torna o centro produzindo um fluxo como um redemoinho de água, como se originando de dentro (do centro) de um furacão, a energia perfeita dos movimentos faz com que alcancemos uma paz profunda interior indescritível.  
    O Hapki-do possui muitas torções, chaves estranguladoras, socos, perfurações, que são usadas para controlar o oponente, bem como uma vastidão de chutes e técnicas de bater (traumatizantes). Muitas escolas de Hapki-do ensinam técnicas com armas brancas para os alunos mais graduados, como bastões longos, médios e curtos, facas, faixas, panos, nunchacos, cordas, leques, lanças, e vários tipos de espadas.  
    Os movimentos do Hapki-do seguem alguns princípios naturais, que quando praticados com empenho e dedicação levam o praticante a atingir a perfeição dos mesmos. Estes movimentos fazem a grande diferença entre o Hapki-do e as outras artes marciais.

     

    Hapki-do se faz necessária compressão de três palavras distintas:

     

    Hap - Combinar, Unir, Coordenar, Para Harmonizar.

    Ki - Força Interior, Energia Vital, Força, Energia Dinâmica.

    Do - O Caminho, O Sistema, O Método.

    O currículo abaixo é  o atual, ensinado pelo Hapki-do:

    1. Ho Shin Do Bup (técnicas básicas de defesa pessoal) 
    2. Moo Ye Do Bup (técnicas com movimentos estritamente circulares) 
    3. Su Jok Do Bup (técnicas traumatizantes) 
    4. Kyuk Ki Do Bup (técnicas de combate com oponentes) 
    5. Ki Hap Do Bup (técnicas de concentração e energização espirituais) 
    6. Byung Sool Do Bup (técnicas com armamentos)  
    7. Su Chim Do Bup (Manipulação e uso de pontos de pressão) 
    8. Hwan Sang Do Bup (Técnicas de visualização de movimentos)

    Os modos do HAPKIDO e a forma como ele se apresenta parecem ser de outro mundo, e muitas de suas técnicas são estranhos, para todas as artes marciais. 

    Hoje em dia existem varias academias no Brasil, e o Hapki-do continua se expandindo.

      

    "É  melhor praticar uma técnica milhares de vezes, do que aprender um milhão de técnicas e praticá-las apenas uma vez." - Grão Mestre MYUNG Jae Nam

     

    Acupuntura
     

    A acupuntura e a técnica mais antiga que existe, parti do conceito de que o desequilíbrio se deve à má distribuição de energia pelo corpo, sendo assim aplicam-se algumas agulhas para ativar alguns pontos de acupuntura para equilibrar yin e yang dos órgãos e vísceras.

    Cada Órgãos e Vísceras têm uma função energética diferente da função alopática.

    Na Antigüidade, os chineses haviam comprovado que um órgão do corpo humano, alterado em seu funcionamento, deixava sensíveis, certos pontos de revestimento cutâneo. A localização desses pontos (situados nos mesmos lugares em todas as pessoas) variava de acordo com o órgão afetado. Concluíram assim que cada órgão correspondia pontos específicos, demonstraram então que uma ação sobre esses pontos repercute sobre o órgão correspondente, produzindo um alívio.

    Esses pontos constituem uma espécie de cadeia, como se uns fossem a continuação de outros. Unindo-os por traços imaginários obtêm-se linhas longitudinais denominadas passagem, canais ou meridianos.

    Os meridianos estão relacionados aos órgãos diretamente. Inserindo uma agulha em um determinado ponto de um meridiano, tem a sensação de que algo esta transitando entre eles, os chineses chamam de Qi, que significa energia.

    Restaurar o equilíbrio energético 

    A energia circula através do organismo, meridiano a meridiano, de forma regular, distribuindo-se harmoniosamente e segue o seguinte percurso diário: das 3 às 5h, passa pelo meridiano dos pulmões (P); das 5 às 7h, do intestino grosso (IG); das 7 às 9h, do estômago (E); das 9 às 11h, do baço pâncreas (BP); das 11 às 13h, do coração (C); das 13 às 15h, do intestino delgado (ID); das 15 às 17h, da bexiga (B); das 17 às 19h, dos rins (R); das 19 às 21h, da circulação-sexualidade (CS); das 21 às 23h, do triplo-aquecedor (TA); das 23 à 1h, da vesícula biliar (VB); da 1 às 3h, do fígado (F).

    Os desequilíbrios são conseqüências naturais da má distribuição de energia. Alguns sintomas da falta dessa energia são: sensação de vazio, fraqueza, insatisfação, insegurança, desânimo, frio, suor, agressividade, agitação dor, calor, e outros...

    A acupuntura tem por objetivo reequilibrar a circulação de energia no organismo, tornando-o harmônico, pois constitui no princípio básico da ordem universal. A saúde é o resultado do equilíbrio dessas duas forças (Yin (negativo) e Yang (positivo), que ativam os corpos).

    O Yin e Yang expressam-se em todo e qualquer nível de existência, com alternância de cada força.

    Alguns elementos Yang são: a luz, o calor, o verão, o vermelho, o homem, a atividade, o sistema nervoso simpático, as partes superficiais do corpo. O elemento Yin é: o escuro, o frio, o inverno, o azul, a mulher, o sistema nervoso parassimpático, as partes profundas do corpo e outros.

    O intestino delgado, o intestino grosso, a vesícula, o estômago, a bexiga e o triplo-aquecedor são órgãos de Yang. O coração, os pulmões, o fígado, o baço, os rins e a circulação-sexualidade são órgãos Yin.

    Alguns físicos descobriram que a teoria oriental de que não existe distinção entre matéria e energia está certa, elas são consideradas dois pólos de uma mesma unidade.

    Para análise, uma técnica peculiar

     Yin e Yang são duas forças que condicionam a vida de cada indivíduo e o seu estado de saúde, a pergunta que se faz ao especialista de acupuntura é: qual órgão esta deficiente e qual órgão apresentam um excesso de vitalidade? Dá-se, então o analise, na qual, usam-se alguns métodos: ver o cliente escutá-lo, perguntar, apalpar seu corpo nos pontos  ou LO (pontos de alarme) e leitura pelo pulso, todos eles são importantes.

    O analise do pulso é realizado na artéria radial do punho. E requer silencio e tranqüilidade. Os três dedos têm que se manter como um arco, com as pontas bem alinhadas e se examina o pulso com a polpa dos dedos. A distancia dos dedos depende da estatura do cliente: É dividida em três zonas, cada qual com uma posição superficial e outra profunda.

    Coloque levemente a polpa de um dedo sobre a artéria radial, em cada uma das três posições, é possível perceber que a sensação obtida difere em cada local – com exceção de pessoa em perfeito estado de saúde (se a pressão for gradualmente aumentada chega-se a um ponto onde a sensação ou percepção torna-se diversa). Se os pulsos da primeira posição apresentar vibrações mais fortes do que os da terceira, quer dizer que o Yang esta mais poderoso do que Yin, e vice-versa.

    Na mão  esquerda, com pressão superficial, faz-se a análise do intestino delgado, da vesícula e da bexiga; com pressão profunda faz-se análise do coração, fígado e rins. Na mão direita, com pressão superficial o intestino grosso o estômago e o triplo-aquecedor, com pressão profunda o pulmão, baço/pâncreas e a circulação-sexualmente.

    As pulsações podem ser classificadas em: a) alteração de freqüências b) ritmos c) superficial ou profunda; d) lisa ou grossa; e) cheias ou vazia; f) longa ou curta e etc.

    Tanto para se realizar um tratamento ou realizar uma simples análise, é  imprescindível o conhecimento dos meridianos, da origem de seus pontos principais e das leis que regem esta forma de terapia.

    Existem doze meridianos que estão relacionados a doze órgãos. As demais partes do organismo encontram-se sob controle de um ou mais desses órgãos. Assim sendo, esses doze órgãos – ou funções corporais são considerados primários, e os outros secundários.

    Os meridianos são bilaterais, um em cada lado do corpo, sendo classificados como profundos e superficiais, de Yin e de Yang. Os meridianos profundos de Yin são os do coração, da circulação-sexualidade e dos pulmões. Meridianos superficiais de Yang: do intestino delgado, do triplo-aquecedor e do intestino grosso. Meridianos inferiores de Yin (de dentro para fora): do baço/pâncreas do fígado e dos rins. 

     
     

    Discussão 

     

    Hapki-do como é uma arte marcial muito antiga que tem mais de 3500 anos de existência, não se sabe realmente quem foi o mentor da arte. Existem varias teorias. 

    Hoje em dia, vários mestres, modificaram a arte tradicional de hapki-do para falar que e o mentor, e alguns modificaram até o nome e outros colocaram outro nome para falar que e um estilo diferente de Hapki-do.  

    Mas no fundo aqueles que realmente conhecem a Arte Marcial Hapki-do eles trabalham com acupuntura e terapia corporal (obs. "massagem" é termo inadequado à legislação brasileira e mercado).  

    São aqueles que só usam o nome Hapki-do para se promover, não sabe nem onde fica um ponto de acupuntura.   
     

    Conclusões 

     

    Posso afirmar que acupuntura e Quiropraxia têm relação direta com Hapki-do para equilibrar a sua energia interna e para imobilizar e neutralizar os seus oponentes, fazendo gerar muita dor e sofrimento utilizando compressão nos pontos de acupuntura e alterando a sua função biomecânica da coluna.

    Hapki-do e excelente em tratamentos preventivos para alongamento das articulações e melhorando sistema cardiorrespiratório.

    Excelente para tratamento da dor e da sua causa.

    Podemos provar realizando alguns golpes nos pontos de acupuntura, verificando aumento da sensibilidade e diminuição da resistência do local (sem machucar, claro).

    Podemos pressionar alguns pontos para mostrar anestesia do local, para tirar a dor, ou melhor, a hiper sensibilidade do local.

    O hapki-do e uma luta Arte Marcial Coreana que usa pontos de Acupuntura para Neutralizar oponentes e também serve para equilibrar a desarmonia da energia utilizando os mesmos pontos de Acupuntura.

    Por isso Hapki-do e utilizado na Coréia em forças armadas, Policia, Guarda Costa e quando se fala em proteger  alguma pessoa ou alguma coisa e utilizado Hapki-do. 
     

    Referências bibliográficas 

     

    Hapki-do: Hoo sin sool.

    Seul,Korea 1987. 

    Hapki-Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    Self Defence Martial Art.

    Seul,Korea 1987 

    Hoo sin Moo ye do.

    Seul,Korea 1979. 

    General Description of Hapki-do.

    Seul, Korea 1986. 

    Autor: : Song Un Kim - CRT 23108 - Terapeuta Holístico
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    A Abordagem Holística Através da Estética

    A Abordagem Holística Através da Estética

     

    Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

    Sumário

    Resumo
    Introdução
    Material e Metodologia
    Resultados
    Discussão
    Conclusões
    Referências Bibliográficas
    Anexos e Apêndices

    Resumo

    A maximização de resultados em atendimentos de Estética por meio da abordagem Holística, incluindo aos equipamentos e produtos esteticistas o trabalho paralelo e simultâneo com aconselhamento psicoterápico, terapia floral, cromoterapia, sugestões alimentares e posturais, além de técnicas respiratórias e de conscientização sobre si mesmo.

    Introdução

    A indústria da Estética e Beleza, por meio de campanhas de marketing que incluem assessoria de imprensa e participação ativa em congressos, promovem a idéia de que os bons resultados advém de equipamentos eletrônicos e produtos cosméticos cada vez mais custosos e sofisticados. Contrariando esta hipótese, minha experiência pessoal conduziu meu trabalho de forma a valorizar mais ao PROFISSIONAL, devolvendo aparelhos e cosméticos ao papel de coadjuvantes.  Enfatizando a conversação, ao mesmo tempo em que suprindo a Clientela com orientaçãos posturais, formas de respiração, consciência corporal e chegando até a sugestões alimentares, o que se obtém é a excelência de resultados, indo além dos que se conseguiria se simplesmente seguisse os procedimentos estéticos propostos pelas empresas, escolas e congressos voltados à Estética convencional.

    Material e Metodologia

    A idade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o profissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do Cliente.

    O profissional deve explicar seu modo de trabalhar em detalhes e certificar-se de que seu Cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso.

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o profissional, que também deve inquerir quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Estética aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao profissional aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo, conduzindo este ao autoconhecimento.

    Os produtos para estética devem ser adquiridos em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto, sendo vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não). Outra opção é o Cliente adquirir diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo. O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o profissional deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    Caso trabalhe com agulhas de Terapia em Estética, devem ser DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, sendo descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante. Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.O  armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final, por coleta especializada oficial ou eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    O Terapeuta Em Estética promove a avaliação das queixas estéticas do Cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    Resultados

    A forma convencional de trabalho Esteticista, limitada a aplicações de aparelhagens e produtos, obtém os resultados estéticos propostos em menos de 50% dos casos, além de baixo índice de fidelização da Clientela, já que não há conscientização dos benefícios de um trabalho continuado. Já a abordagem holística aplicada à Estética atinge as metas de beleza em mais de 90% dos casos, além de elevado índice de fidelização e de expectativa de continuidade e retorno, já que a Clientela se conscientiza de que o a proposta de trabalho pode e deve extrapolar as queixas iniciais, antes focadas na aparência exterior.

    Discussão

    É inegável a importância de bons produtos e equipamentos no trabalho de todo Esteticista. O que convém questionar é a supervalorização destes ítens acessórios, em detrimento do profissional em si. A predominância de revistas e congressos especializados em beleza que são patrocinados e organizados justamente pelos fabricantes de cosméticos e aparelhagens resulta em apresentações de trabalhos que tendem mais à propaganda destes ítens, do que a valorizar a capacitação técnica do profissional da Estética. Daí ser muito importante iniciativas como a do SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS que desenvolve Congressos como o Holística, onde todo profissional tem condições de apresentar proposituras de palestras sem preocupar-se com intervenções de patrocinadores ou expositores. A imparcialidade do SINTE também é construtiva a que o Terapeuta Em Estética tenha seu merecido reconhecimento junto aos demais colegas que também compõem o rol da Terapia Holística. Verdade seja dita: alguns colegas, ainda desinformados, são preconceituosos em supor que focar na beleza como "portal de entrada" à terapia profunda possa ser uma postura "superficial"... Porém, existe uma outra perspectiva a ser considerada. A mídia em geral pressiona por padrões estéticos cada vez mais pré-definidos e globalizados e, para o bem ou para o mal, cria uma grande demanda por profissionais que atuem dentro do enfoque da beleza. Não raro, esta Clientela potencial nem sequer procuraria um consultório SE não fossem as questões estéticas; uma vez tomando contato com o amplo leque de abordagens e técnicas da Terapia Holística e, desde que, é claro, suas aspirações estéticas iniciais tenham sido atendidas, é grande a oportunidade de que se abra à possibilidade de dispor-se a ampliar a terapia para os demais aspectos de sua vida.

    A Terapia Holística parte da premissa que tudo está interligado em um só contínuo, razão pela qual, o Cliente sempre deve ser considerado em sua totalidade. Porém, comumente cada técnica de nossa profissão privilegia uma "porta de entrada". Por exemplo, mesmo sendo inseparáveis (na verdade, uma só unidade...), a Terapia Corporal utiliza o físico para igualmente ingerir no psíquico, enquanto a Psicoterapia atua no psiquismo e, paralelamente, obter resultados corporais. Cada técnica elege uma via de acesso específica para trabalhar, cabendo ao profissional escolher aquela com a qual o Cliente está mais receptivo. Existe uma grande parcela da sociedade justamente receptiva a ser abordada pela "porta" da Estética, razão pela qual é importante que os profissionais igualmente se disponham a conhecer e atuar com mais esta linha técnica.

    Conclusões

    Minha experiência profissional me leva a concluir que a beleza duradoura e verdadeira surge "de dentro para fora", como consequência natural da harmonização. Paralelamente, propiciar resultados estéticos exteriores igualmente induz a um incremento na auto-estima, predispondo a Clientela ao bem-estar e a investir de forma mais intensa em sua Qualidade de Vida.

    Em nossa profissão, o Cliente tem que ser considerado em sua totalidade e desta, a BELEZA é parte integrante, tornando a Estética mais um caminho igualmente válido e eficaz para a abordagem Holística em nossos consultórios.

    Referências Bibliográficas

    Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    Anexos e Apêndices

     

    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    1. SUMÁRIO
    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística
    NTSV — TE 001 - Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    2. PREFÁCIO
       Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas = regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais; setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias = sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõe uma atitude voluntária dos profissionais a partir de uma conscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerá pontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, tais como Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética, Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força de Lei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião da filiação espontânea de cada membro junto à entidade auto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissões regulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido até mesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, as entidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sanções estatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quando muito, excluir um membro do quadro social.
       As entidades Auto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos à sociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aos serviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internas da organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado público através de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicas e Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo sem obrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencial muito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei de mercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada vez tem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostra crescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total ou do total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos Anexos Informativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídios para melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV, além de facilitar a compreensão de suas aplicações práticas.

    3. INTRODUÇÃO
       A Terapia Estética conta com grande aceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentes quanto a sua correta utilização, bem como a qual legislação se aplica. Esta Norma define alguns princípios básicos para as boas práticas profissionais que nortearão a auto-regulamentação da Terapia Holística.

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

    4.1 Título
    Terapia Estética — Boas Práticas e Adequação de Terminologia e Materiais

    4.2 Objetivo
    Definir boas práticas, adequação de terminologia e de materiais

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente
    NTSV — TO 001 — Terapia Ortomolecular — Boas Práticas e Adequação de Terminologia

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.
    5.1.3 CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.5 TERAPEUTA EM ESTÉTICA — promove a avaliação das queixas estéticas do cliente sob um enfoque holístico, analisando a sincronicidade destas com os distúrbios energéticos, bem como o quanto estas resultam de e/ou por consequências de questões a nível sócio-somato-psíquicos; atua fazendo uso, além dos recursos esteticistas convencionais, acrescentando a estes métodos naturalistas de harmonização energética, tais como acupuntura (e derivadas), fitoterapia, massoterapia, cromoterapia, ressonância biofotônica, terapia floral, terapia corporal, ortomolecular, dentre outros, sempre acompanhados de aconselhamento, promovendo a maior auto-aceitação psicocorpórea e despertando, assim, a beleza estética do interior para o exterior.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas
    TH — Terapeuta Holístico;
    TE — Terapia Estética
    THE — Terapeuta em Estética
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária;

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre Terapia Estética aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TE

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TE com dNTSV — estetica.sdwetalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o TH detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    5.3.3.3 — O TH deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    5.3.3.3.1 — O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do cliente para com o TH;
    5.3.3.3.2 — O cliente deve ser inquerido pelo TH quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    5.3.3.4 A TE aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao TH aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    5.3.4 Produtos para Estética, Ortomoleculares e assemelhados — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.
    5.3.4.3 Agulhas de TE — adequação

    5.3.4.3.1 Opção 1: Aquisição de agulhas de DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO pelo próprio TH em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório do TH, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, as agulhas serão doadas, jamais serão cobradas à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir agulhas ou não).
    5.3.4.3.2 Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.

    5.3.4.4 — Descarte das Agulhas de TE

    5.3.4.4.1 As agulhas de TE obrigatoriamente serão sempre DESCARTÁVEIS e de USO ÚNICO, e, mesmo cientes de que inexiste caso registrado de contaminação por este tipo de agulha (por ser maciça, não retem sangue), ainda assim terá tratamento semelhante aos resíduos infectantes perfurantes ou cortantes.
    5.3.4.4.2 As agulhas de TE serão descartadas em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados pela simbologia de substância infectante, os quais, após serem devidamente lacrados, deverão ser acondicionados em sacos plásticos individualizados, branco leitosos e identificados pela simbologia de substância infectante.
    5.3.4.4.3 Existe kits prontos e adequados para descarte comercializados nas casas do ramo.
    5.3.4.4.4 O armazenamento dos resíduos deverá ser em dependência externa às salas de atendimento até que os mesmos sejam coletados para a destinação final.
    5.3.4.4.5 Nos municípios onde existir coleta especializada gratuita, o TH deve se inscrever, apresentando para tanto cópia de CCM (Inscrição Municipal como autônomo) e do CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado.
    5.3.4.4.6 As agulhas de TE igualmente podem ser eliminadas fazendo-se uso de aparelhos Desintegradores de Agulhas, cujos resíduos em pó podem ser descartados de forma comum, considerando a perda de suas características perfurantes.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.

    Autor: : Maria de Lourdes Federizzi - Terapeuta Holística - CRT 27197
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Iridologia: Novos Rumos A Seguir

    Iridologia: Novos Rumos A Seguir


    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    III - Resultados

    IV - Discussão

            Ciência Versus Iridologia

    Inadequações de Termos e Métodos: Legislação e Jurisprudência Versus Iridologia

    Problemas e Soluções

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

     

     Resumo


    Um breve relato sobre as origens da Iridologia, até os dias atuais, dissertando seus principais problemas em relação à legislação, à ciência, ao foco de aplicação e mercado potencial, propondo-se como solução, o desenvolvimento de uma NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária específica, a ser embasada pelos dados conclusivos que serão gerados por uma ampla pesquisa nacional, denominada Projeto Iridologia, coordenado pelo SINTE - Sindicato dos Terapeutas.

     

    I - Introdução

     

    A Reflexologia pela Íris ressurgiu à pauta trazida por médicos do Século 19, época esta em que os exames laboratoriais não gozavam do mesmo grau de precisão de nossos dias. Atualmente, insistir no argumento de que a Iridologia pode detectar enfermidades de forma mais eficaz que as análises clínicas convencionais, além de pretencioso, afronta diretamente a visão da dita "ciência oficial" e, como esta é apoiada pelos órgãos de governo e da imprensa, esse é um confronto que em nada ajuda ao desenvolvimento da técnica em questão.

    Paralelamente à questão tecnologia, existe as polêmicas judiciais, não raro colocando o Iridólogo frente a acusações de exercício ilegal de medicina (apesar desta técnica ser proibida aos médicos, pelo Conselho de Medicina...).

     

    A Iridologia necessita ser redefinida quanto à sua proposta e formato de trabalho, adequando-se à legislação e valorizando seus diferenciais em relação à medicina, abraçando sua verdadeira vocação que é a Terapia Holística.

     

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS é o representante OFICIAL da Iridologia em nosso país e único organismo com experiência e aptidão para desenvolver e implantar uma NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Holística específica para a Iridologia.

     

    Para que a Norma Técnica reflita as necessidades do setor, será embasada no Projeto Iridologia, onde profissionais de todo o Brasil, oriundos das mais diversas escolas diferentes de Iridologia, participarão de uma pesquisa, analisando centenas de imagens de iris de voluntários mantidos no anonimato. As análises serão transformadas em dados estatísticos e confrontados às informações coletadas diretamente às pessoas que forneceram as imagens, com o objetivo de identificar quais correntes iridológicas apresentaram melhor nível de acerto, bem como em quais tópicos a técnica, como um todo, obteve melhor desempenho.

     

    O Projeto Iridologia inicia durante o Holística 2009, onde tanto os profissionais, quanto os voluntários firmarão Termo De Compromisso e terá continuidade pelos meses seguintes, com os resultados previstos para divulgação oficial durante o Holística 2010.

     

    Sob orientação da futura Norma Técnica, os iridólogos de todo o Brasil terão os parâmetros de que precisam para trabalhar com eficiência e dignidade, minimizando os riscos de confronto com outras profissões, além de focar naquilo que a Iridologia comprovar maior eficácia.

     

    II - Material e Metodologia

     

    Durante o Holística 2009 (4, 5 e 6 de setembro de 2009) serão coletadas imagens das íris (sempre com o mesmo tipo de equipamento e condições...) de 50 a 100 voluntários, os quais, permanecendo anônimos, terão as fotos analisadas por PROFISSIONAIS (ou seja, Iridólogos compromissados com CRT - Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado) das mais variadas correntes e escolas iridológicas. 

     

    Todos os participantes firmarão TERMO DE COMPROMISSO, autorizando a divulgação das imagens e análises, seja por meio eletrônico, impresso ou vídeo, mantendo-se o anonimato quanto à autoria de cada análise ou a quem pertence cada imagem.

     

    As partes serão mantidas em contato por meio eletrônico (e-mail) e as imagens e respectivas análises serão disponibilizadas em site na internet, sendo acessível por senha individual, tanto para os Iridólogos participantes visualizarem as imagens e postarem suas interpretações, quanto para os voluntários conhecerem as avaliações e tecerem suas considerações.


    As análises serão confrontadas com o quadro real coletado de cada voluntário, resultando em informações estatísticas de grau de acerto e/ou erro para cada "escola" de Iridologia e para a técnica em si, como um todo.

    Destes estudos e pesquisas, serão publicados tanto o livro Projeto Iridologia, quanto a  NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária da Terapia Holística - IRID 01 especificamente desenvolvida para a Iridologia.

    Em retribuição à colaboração, os Iridólogos participantes constarão na co-autoria dos trabalhos e os voluntários, além de receberem gratuitamente todas as análises, caso desejem, também constarão nos agradecimentos.

     

    III - Resultados

     

    Este tópico permanece em aberto, pois só poderá ser preenchido mediante a coleta de dados obtidos via Projeto Iridologia, que se inicia em setembro deste ano, no Holística 2009, sendo o término previsto para o mesmo mês e evento, em 2010.

     

    IV - Discussão

     

    A Iridologia é uma das técnicas mais fascinantes e igualmente polêmicas da Terapia Holística. 


    À tradição milenar de "os olhos como espelhos d'alma", em que as terapias ancestrais observavam formato, grau de opacidade e coloração como indícios de saúde (ou falta dela...), modernamente surgiram (e continuam a surgir...) novas "escolas" de Iridologia, que se propõem a analisar a imagem da iris até mesmo ao nível microscópico, coletando dados que, pela "ciência oficial" só seriam possíveis via exames laboratoriais convencionais, ou, indo além dos aspectos físicos, onde raios da iris seriam capazes de desvendar até características psíquicas inconscientes.

    A evolução dos equipamentos iridológicos, que da simples inspeção visual, passando por lupas, até o grau atual de captação de imagens digitais (hoje em dia, a custo bem acessível...) contribuiu para a disseminação da técnica, despertando cada vez mais adeptos apaixonados, bem como ferrenhos críticos igualmente exaltados. Tamanho passionalismo resulta em exageros, que ora substimam, ora superestimam as reais possibilidades práticas da Iridologia.

    A premissa de que qualquer parte do corpo pode refletir o estado geral do indivíduo é milenarmente conhecida e utilizada nas mais variadas culturas. Porém, especificamente a Reflexologia pela íris, ao menos na forma em que é atualmente praticada, é relativamente recente, daí o fato de que muito ainda está por ser discutido. Atribui-se ao húngaro Ignatz von Peczely a "paternidade" da Iridologia, que no século XIX, associou estados mórbidos a sinais apresentados na íris, tendo desenvolvido os primeiros mapeamentos conhecidos, publicando em 1881, o estudo "Discoveries In The Field Of Natural Science And Medicine: Instruction In The Study Of Diagnoses From The Eye" (Descobertas No Campo das ciências Naturais e da Medicina: Instrução no Estudo de Diagnóstico Pelo Olho). Sob esta origem pesa uma estória, sabidamente um mito, em que, quando criança, acidentalmente quebrou a pata de uma ave, observando o surgimento imediato de um sinal na íris do animal, o qual foi desaparecendo paralelamente ao restabelecimento do pássaro. Este que deveria ser apenas um conto lúdico a ilustrar, metaforicamente, os primórdios da técnica, lamentavelmente é propagado como se verídico fosse, o que em nada contribui para a credibilidade da técnica.

    Muitos novos autores publicaram tratados sobre a Iridologia, cada qual com variantes quanto ao mapeamento reflexológico da íris. A maior parte dos profissionais brasileiros adotou a cartografia proposta pelo quiropraxista americano Bernard Jensen.

    Pertinente observar que a Iridologia não é uma terapia em si, mas sim, uma técnica de avaliação. Na hora de trabalhar o Cliente, o Iridólogo terá que aplicar OUTRAS técnicas, estas sim, terapêuticas, para efetivar seu atendimento; as mais usuais seriam a Fitoterapia, a Terapia Floral, a Ortomolecular e a Acupuntura. 

        Ciência Versus Iridologia

    Muitos opositores de nossa profissão profetizaram que a Iridologia estava sepultada em definitivo com o advento da Biometria. Esta técnica realiza medições relacionadas às características particulares de cada indivíduo, sendo utilizada em processos de reconhecimento de identidade. A opção mais conhecida é a utilização da impressão digital, que é um atributo individual único e que se mantém inalterado pelo tempo. Atualmente, existem diversas opções de identificação, como por exemplos, reconhecimento de faces, de voz, de retina, da geometria da mão, e, o que mais vem ao caso, o reconhecimento de íris. Considerando que a Iridologia parte do princípio de que a iris se modifica acompanhando o estado do Cliente, ao passo que a Biometria parte da idéia oposta de que a imagem se mantém imutável, a tal ponto que permite identificar um indivíduo, uma hipótese parece excluir a outra... Ainda mais com a popularização da Biometria pela íris, a tal ponto de já existir no mercado até mesmo celulares com esta capacidade.



     






    Imagens obtidas da monografia "Biometria - Reconhecimento de Iris", de Priscila Pecchio Belmont Albuquerque, Universidade Federal do RJ, em http://www.gta.ufrj.br/grad/07_2/priscila/index.html

    Outrossim, uma breve análise comparativa nos mostra que não são propostas excludentes entre si. Para a Biometria  importa os padrões de limites em relação da íris para com a esclerótica, para com a pupila, além de ponto médio em relação à pupila e os limites impostos pelas pálpebras do globo ocular. Tais proporções, segundo a Biometria, são únicos para cada indivíduo e imutáveis. Já os aspectos que são considerados na Iridologia, que por premissa tem que ser mutáveis acompanhando o estado do Cliente, tais como os raios, "desenhos", pontos, "buracos" ou mudanças de cores, etc, são descartados pela Biometria, considerados "ruídos" e desconsiderados na leitura da imagem.

    Se por um lado, está superada a hipótese de conflito entre Iridologia e Biometria, por outro, a tese de que serviria para diagnóstico de doenças (importante: pela legislação, tanto o diagnóstico, quanto tratamento de doenças é monopólio MÉDICO...) foi rejeitada em todos os testes até então realizados e impressos em conceituadas publicações voltadas à ciência.

    Em 1979, o JAMA - The Journal Of The American Medical Association (Jornal da Associação Médica Americana) publica o estudo "An Evaluation of Iridology" (Uma Avaliação de Iridologia),
    conduzido pelo doutor em medicina, Allie Simon (dentre outros...), no qual cerca de 150 voluntários foram analisados por iridólogos ilibados, dentre eles, o famoso Bernard Jensen (quiropraxista que popularizou a Iridologia nos EUA), resultando em diagnósticos incorretos na grande maioria dos casos e praticamente não houve concordância entre os próprios profissionais entre si, quanto às suas conclusões.

    Quadro semelhante foi obtido em "A Study Of The Validity Of Iris Diagnosis" (Um Estudo Da Validade Da Iris Diagnose), publicado em 1981, no "Australian Journal of Optometry" (Jornal Australiano de Optometria). Em 1988, o Departamento de Epidemiologia e Saúde Investigação, Universidade de Limburg, Maastricht, Holanda, submeteu os mais consagrados iridólogos do pais a descobrir problemas de vesícula examinando imagens de iris de voluntários, concluindo que pela ineficácia do método, publicando o estudo "Looking for Gall Bladder Disease In The Patient's Iris" (Procurando Doença Na Vesícula Biliar Por Meio da Íris do Paciente), no BMJ - British Medical Journal (Jornal Médico Britânico).

     

    Em meados do ano 2000, o doutor em medicina, E. Ernst, do Departamento de Medicina Complementar, da Universidade de Exeter, Inglaterra, publica um artigo denominado "Iridology - Not Useful and Potentially Harmful" (Iridologia - Inútil E Potencialmente Nociva), onde afirma ter analisado cerca de 80 estudos, originados de diversos países, somando milhares fotos de íris analisadas por centenas de profissionais, sem acerto significativo quanto ao quadro clínico, além de evidentes discordâncias das análises obtidas pelo irídólogos entre si. Conclui afirmando que tanto os profissionais, quanto os Clientes devem ser desencorajados em valer-se da técnica.

     

    Pertinente observarmos, que, na ânsia em combater a Iridologia, as próprias publicações admitem ainda que os estudos analisados não seguiram metodologia cientìfica. Ora, assim sendo, não deveriam ser acatados como definitivos, quer concluíssem a favor, quer contra a técnica !

     

        Inadequações de Termos e Métodos: Legislação e Jurisprudência Versus Iridologia

     

    A Iridologia é uma TÉCNICA e, como tal, poderia ser exercida por várias profissões distintas, cada qual respeitando os seus limites de atribuições. Por exemplos: Iridologia em animais, só pode o veterinário ... para avaliação dentária , só o odontólogo.... para DOENÇAS, só os médicos... para avaliação energética e psíquica, os Terapeutas Holísticos...

     

    Lamentavelmente, a maior parte dos cursos de Iridologia insistem em manter-se inadequados quanto ao modo em que ensinam a trabalhar, ferindo frontalmente a legislação brasileira. 

    Tanto diagnosticar, quanto tratar DOENÇA é exclusividade médica. Assim sendo, quando os cursos de Iridologia ensinam a descobrir "doenças" pela iris, automaticamente estão ensinando a serem presos por exercício ilegal de medicina. Da mesma forma, escolher fitoterápicos, oligoelementos, vitaminas, etc, basendo-se no quadro de "doenças", novamente está caracterizado o exercício ilegal de medicina... TUDO deveria basear-se em questões "energéticas" (meridianos, chacras, etc...) e psíquicas, pois, com isso, evitariam as controvérsias judiciais. Outro erro comum é mandar aviar formulações: excetuando-se o caso da terapia floral, TODA formulação é considerada monopólio médico, inclusive, quanto a produtos ortomoleculares. 

    SE a avaliação iridológica focasse naquilo que ela realmente deveria, ou seja, ser uma reflexologia do estado QUALITATIVO do Cliente, nenhum problema haveria; já ao extrapolar sua utilização e desandar a se propor a obter informações QUANTITATIVAS  que nem sequer refinados exames laboratoriais conseguiriam e a estabelecer patologias, aí é franca invasão de profissão alheia à nossa, ou seja, exercício ilegal de medicina.

     

    No mais, pertinente observar que médicos são PROIBIDOS de exercer iridologia, não por nós, mas por seu próprio conselho fiscalizador, que considera a técnica como charlatanismo.

     

    Há determinadas providências e atitudes que cada profissional pode fazer para reduzir os riscos processuais. Primeiramente, jamais vender produto algum: é unânime de que tal procedimento é anti-ético e considerado ilegal para a maioria dos juristas, que aplicam por analogia as mesmas leis que proíbem aos médicos se associarem a farmácias. 

     

    Mais cômodo e seguro é orientar o Cliente adquirir por conta própria nas boas casas do ramo. Para o caso de uso em aplicações de consultório, atente que o valor pelo atendimento deve ser sempre igual, usando ou não os produtos, pois, se houver acréscimo, caracterizará a "venda" do que está sendo utilizado. 

     

    Para poder ter algum produto guardado para uso, tem que manter a NOTA FISCAL (não mero recibo...) em que conste claramente os dados identificatórios da empresa responsável; desta forma, compartilha a sua responsabilidade. Jamais manter "estoque" (mais de um kit, por exemplo...) no consultório, pois é indício de que estaria revendendo. 

     

      Problemas e Soluções

     

    A Iridologia herdou uma postura médica, focando na avaliação de "doenças", atitude esta que a coloca em franca desvantagem em relação à oficial eficiência dos atuais exames laboratoriais, além de implicar em enorme probabilidade de culminar em processos judiciais e corporativos: se for exercida por médicos, além de passível de punição por seu próprio órgão fiscalizador, já que o Conselho de Medicina proíbe aos médicos exercerem Iridologia, igualmente pode resultar em processo penal por charlatanismo; se for exercida por não-médico, ao associar a prática com "doenças", de pronto funciona como confissão de crime de exercício ilegal de medicina (tanto diagnóstico, quanto tratamento de "doenças" é monopólio médico), quanto de curandeirismo. 

     

    Como agravante de indícios de ilícito penal, muitos colegas insistem em se uniformizar de roupas brancas (para a maioria das autoridades brasileiras, significa estar "trajado de médico"...) e em se apresentar com títulos de "doutorado" e/ou "médico" obtidos em cursos estrangeiros que nada valem em nosso país, acrescentando "falsidade ideológica" às acusações já mencionadas.


    O estudo da jurisprudência (casos julgados em tribunais) realizado pelo SINTE - Sindicato dos Terapeutas aponta que o fator de maior peso é o hábito, infelizmente ainda arraigado entre os Iridólogos, de vender aos Clientes os próprios produtos que recomendam. Qualquer autoridade oficial, desde fiscais fazendários e sanitários, passando por delegados e juízes, são unânimes em concluir que tal atitude é mais do que antiética, sendo igualmente ilegal, estimulando a que apliquem todos os enquadramentos legais possíveis para coibir a popularmente conhecida prática da "empurroterapia", o que, por sinal, também é péssima propaganda, pois de pronto afasta a Clientela mais esclarecida, que certamente interpreta como suspeita e  enxerga um óbvio conflito de interesses em tal situação.

     

    O caminho para a revitalização e segurança legal da Iridologia, é assumir a vocação para a Terapia Holística, descartando a "herança médica" do Século 19 e tal qual as demais Reflexologias (podal, quiro e auricular, dentre outras...), reformular sua proposta, terminologia e postura, abolindo a associação com "doenças" e descobrir novos potenciais de aplicação, tais como avaliações energéticas, psíquicas e predisposições funcionais.

     

    Para tal, o único órgão oficial e de postura neutra capaz de conciliar, sem favoritismos, as mais diversas correntes da Iridologia é o SINTE, em especial, por sua já consagrada experiência em desenvolver padrões de trabalho adequados à legislação e mercado brasileiros, sintetizando na forma de NTSV - Norma Técnica Setorial Voluntária específica para esta técnica. Eis a razão pela qual coordena o Projeto Iridologia, aqui descrito, que certamente é a maior e mais importante pesquisa a ser realizada, que resultará em novos rumos, acrescentando mais um capítulo essencial na História da Iridologia mundial.

     

      

    V - Conclusões

     

    Este tópico permanece em aberto, pois só poderá ser concluído mediante a coleta e interpretação de dados obtidos via Projeto Iridologia, que se inicia em setembro deste ano, no Holística 2009, sendo o término previsto para o mesmo mês e evento, em 2010.

     

    VI - Referências bibliográficas

     

    Allie Simon, An Evaluation of Iridology", JAMA - The Journal Of The American Medical Association

    Cockburn DM., A Study Of The Validity Of Iris Diagnosis, Australian Journal of Optometry, 1981

    Knipschild P.,  Looking for Gall Bladder Disease In The Patient's Iris, British Medical Journal, 1988

    E. Ernst, Iridology - Not Useful and Potentially Harmful, Archives of Ophthalmology, American Medical Association, 2000

    Albuquerque, Priscila Pecchio Belmont, Biometria - Reconhecimento de Iris, Universidade Federal do RJ, 2007

    Bourdiol, René J., Traité D'Irido-Diagnostic, Maisonneuve, 1975

    Vieira Filho, Henrique - Tutorial Terapia Holística - Sintebooks

    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 28/06/2009 12:41


    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Terapia Corporal - O Toque Como Fator de Equilíbrio e Autoconhecimento

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2009



    Sumário

    Resumo

    I - Introdução

    II- Material e Metodologia

    II.I - Definições

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

    VII.I - Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    VII.II - Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística
    VII.III -
    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Resumo

    Esta propositura disserta sobra a integração das técnicas corporais orientais seculares com as modernas e ocidentais abordagens psicanalísticas reichianas e derivadas, resultando em uma Terapia Corporal de abordagem holística. Resgata a importância do tocar e ser tocado como instrumento de catarse terapêutica e de harmonização psicofísica, resultando em ampliação da qualidade de vida e autoconhecimento, tanto para o Cliente, quanto para o profissional.

    Introdução

    Muito se aborda a globalização e o acesso universal a informações em todos os campos de conhecimento, incluindo a Terapia Holística. Porém, mesmo no Brasil, de ampla tradição de sincretismo e fusão das mais variadas vertentes de pensamento, ainda deparamos com um separatismo entre as técnicas corporais orientais e ocidentais, bem como uma distância entre o discurso de paradigma holístico e uma real aplicação deste conceito, a tal ponto de ainda encontrarmos profissionais que iludem-se de atuar em questões físicas e outros, em aspectos psíquicos, como se tais existissem de forma isolada...

    São inegáveis as qualidades técnicas das manobras corporais tradicionais, tais como o shiatsu, tuina, anma, sparsha, dentre outras, assim como é fundamental a contribuição da psicanálise quanto aos aspectos inconscientes de nossa personalidade serem corporificados. Contudo, ambas as vertentes ainda não convergiram, resultando em "massagistas" (termo totalmente inadequado à legislação brasileira...) que desconhecem o fato de seu trabalho pode resultar em catarses, como também em profissionais da vegetoterapia e bioenergética propondo técnicas de toque, respiratórias e posturais que já estariam eficientemente supridas nas já seculares técnicas corporais, como as já citadas, bem como as oriundas do yôga e tai-chi-chuan.

    Cabe ao Brasil eliminar a iniciativa em superar desinformações, preconceitos e vaidades, promovendo a integração entre todas estas linhas complementares de tratamento, formando Terapeutas Corporais que honrem a sabedoria milenar, da mesma forma que abraçam a modernidade psicanalítica, fazendo justiça a que mais esta modalidade terapêutica seja integrante da Terapia Holística, atendendo a Clientela ciente de que físico-psíquico-social-transcendente é uma só unidade indissociável.

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

    ACONSELHAMENTO — processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.

    BIOENERGÉTICA —Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.
    CALATONIA —técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.

    CATARSE extravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

    CLIENTE — usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    ID é a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego.

    INSIGHT "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    LEITURA CORPORAL — método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    PERSONA — é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

    RELAXAMENTO — vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    TERAPIA CORPORAL — uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.

    TERAPIA REICHIANA — desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

    TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    VIVÊNCIAS — realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    II.II - Boas práticas em Terapia Corporal:

    Idade mínima do cliente para Terapia Corporal: 18 anos; excepcionalmente poderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houver autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e o TH avaliar como adequada a maturidade emocional do candidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha do cliente.
    Explicar o processo de Terapia Corporal com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, quanto ao fato de que será tocado, com o Terapeuta Holístico detectando seus limites, pudores e estabelecendo quais as técnicas corporais aplicáveis ao caso;
    O Terapeuta Holístico deve se adaptar aos pudores e limites de cada cliente, respeitando-os e ampliando-os de acordo com a necessidade técnica e com a conquista gradativa de confiança mútua;

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico;

    O Cliente deve ser inquerido pelo Terapeuta Holístico quanto ao uso de óleos, cremes, aromas e músicas, para que se tenha certeza de que serão bem aceitos e de que estejam em conformidade com cada caso.

    A Terapia Corporal aflora à consciência material psíquico reprimido, bem como catalisa a manifestação das emoções, daí ser essencial ao Terapeuta Holístico aplicar ênfase ao Aconselhamento para que o cliente elabore o conteúdo vivenciado durante o processo de toque, conduzindo este ao autoconhecimento.

    III - Resultados

    Constatou-se ganhos significativos oriundos do sincretismo entre as abordagens ocidentais modernas e orientais milenares da Terapia Corporal. As manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, mostraram-se mais adaptáveis a cada Cliente, em comparação às mais recentes, oriundas das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética. Em contraponto, a proposta analítica destas últimas são indispensáveis à interpretação emocional refletida via corpo, já que essa capacidade fora perdida no decorrer do tempo, no que se refere ao ensino e prática das técnicas orientais, na forma como nos chegam atualmente.

    Clientes originados de queixas físicas apresentam resultados mais rápidos e eficazes quando a Terapia Corporal aflora as emoções reprimidas simultaneamente ao trabalho de toque. É perceptível ao tato do profissional, o relaxamento nas áreas antes tensas, imediatamente à manifestação da emoção e/ou lembrança que emerge sincronisticanente ao contato físico com a zona reflexa e/ou diretamente sobre a região corpórea. Da mesma forma, regiões sem tônus de pronto manifestam retorno da tonicidade, assim que afloram os sentimentos e lembranças induzidos pelo toque de volta à consciência. Quadros de dores e de dificuldade de movimentos apresentam reversão drástica, ainda que temporária, imediatamente à catarse emocional desencadeada pelo toque e indução verbal.

    Ratificando o acima descrito, quadro similar ocorre com a Clientela de queixas emocionais, onde o trabalho de toque serve tanto para detectar quais regiões corpóreas estão refletindo o quadro psíquico, quanto para aflorar à consciência as emoções reprimidas, bem como lembranças de situações traumáticas.

    Em ambas as situações, a PSICOTERAPIA HOLÍSTICA, incluindo o ACONSELHAMENTO, desempenha papel fundamental em facilitar ao Cliente a compreender o conteúdo aflorado, o que se mostra fundamental para que o quadro queixoso anterior não reincida. A catarse emocional por si só, apresenta resultado temporário, com imediata melhoria do quadro geral, porém, com retorno do estado original poucos dias após. A durabilidade do resultado é mantida quando o Cliente é simultaneamente amparado com técnicas de foco psicoterápico.

    A inclusão do contato físico na relação CLIENTE e TERAPEUTA HOLÍSTICO acelera o ritmo e intensifica a terapia, traduzindo-se em resultados de espectro mais amplo e, uma aumento da frequência e intensidade nas transferências e contra-transferências, exigindo grande preparo do profissional.

    IV - Discussão

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos.

    Modernas ideologias, governos ditatoriais e o cientificismo mecanicista influenciaram uma ruptura no paradigma holístico terapêutico. Seja por necessidade de sobrevivência às perseguições, seja em concessões e adaptações para tentar enquadrar nos limites do "científico", fato é que ao século 20, terapias como shiatsu, tuiná, anma, seitai e similares, chegaram até nós amputadas de sua original tradição sistêmica, passando a tratar o "corpo" como se fosse uma "máquina", composta de "partes" a serem manipuladas pelo toque para que "funcionem" melhor... A excelência técnica das manobras corporais se manteve, porém, perdeu-se a "alma" em algum momento de sua história.

    A partir da década de 70, com o movimento da contracultura, "revolução aquariana", ecologia e retomada do paradigma holístico, as abordagens corporais se permitiram a reintegração com os conceitos de "energia", reassumindo a interação com meridianos (canais de circulação energética da acupuntura - terapia tradicional chinesa), chacras (ou chakras, vórtices de energia estudados na ayurvédica - terapia tradicional indiana) e "corpos sutis" (matrizes energéticas paralelas ao corpo material, conceito este comum a todas as culturas milenares). Ao mesmo tempo, readmitiu-se que a terapia pelo toque igualmente atua nas emoções, porém, sem aprofundar na questão, deixando de integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

    Desenvolvendo-se de forma complementar, contamos com a Psicánalise, pela qual Freud demonstra a grande atuação das questões psíquicas nas somatizações, sendo até possível a reversão destas, como decorrência da análise, ao resgatar do inconsciente, os traumas, lembranças, emoções reprimidas e integrá-las ao consciente.

    Quer seja por preocupar-se em manter-se dentro de uma certo paralelo com a metodologia científica (isolar-se do "objeto" estudado...), quer seja para evitar maiores controvérsias e envolvimentos, TOCAR o Cliente era algo fora de discussão, até a dissidência de Wilhelm Reich, que “corporificou” o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”).

    A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante).

    Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento, também conhecido como Couraças Musculares do Caráter, aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bioenergia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas.

    A linha reichiana "clássica", a Vegetoterapia, segue um padrão relativamente rígido e pré-fixado para a sequência de desbloqueio das couraças, enquanto que as chamadas correntes neoreichianas, como a Bioenergética (que tem Alexander Lowen como seu expoente...) são mais flexíveis quanto à ordem e formas de trabalhar os bloqueios, utilizando-se, além do toque, técnicas respiratórias e posturais, que contém muitos paralelos ao Yôga e Tai-Chi-Chuan...

    Estas últimas vertentes, de origens ocidentais e modernas, em contraponto com as demais linhas aqui inicialmentes descritas, milenares e orientais, permaneceram distanciadas, uma corrente desconhecendo totalmente a outra. Não raro deparamos com reichianos que desconhecem chacras e shiatsuterapeutas que nem sequer imaginam que desbloqueiam "couraças do caráter"...

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar. Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge. É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor. Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA. É consenso que a maioria dos Terapeutas possui profundas feridas narcisísticas em aberto, as quais tentamos cicatrizar ao dar atenção aos Clientes, da forma que jamais tivemos... Não raro, tivemos que amadurecer cedo, quando deveríamos ter tido a permissão de ser crianças e nossos cuidados com os outros é a sublimação do ressentimento de que nosso amor não bastava para sermos correspondidos pelos pais, pois só sendo "produtivos" e "perfeitos" para sermos amados. Por isso, oculta-se no TOCAR em nossos Clientes, o desejo de acolhimento e amor.

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente. Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em contínua terapia e supervisão, inclusive, em grupos de discussão, pois o que se constata na prática é que, independente do quão experiente seja um analista, quando está em momento de contratransferência, sua visão do caso fica prejudicada, enquanto que para os demais colegas, que não estão emocionalmente envolvidos na situação, muito mais facilmente detectam o que está ocorrendo.

    V - Conclusões

    O contato físico intensifica o ritmo da terapia e igualmente aumenta o grau de responsabilidade e exigência técnica, o que é plenamente compensado pela excelência de resultados e gratificação profissional.

    Não há mais justificativa, em nosso atual tempo de acesso globalizado às mais variadas correntes terapêuticas, à ilusão de abordar o psicofísico como se fosse "partes separadas".

    A fusão entre as manobras orientais já tradicionais e a conscientização do efeito psíquico do toque reavivada pelas correntes psicoterápicas reichianas e neo-reichianas, resulta em uma terapia mais profunda e abrangente do que a simples soma das partes.

    Tanto as reclamações de origem física, quanto as de foco emocionais são atendidas na mesma proposta de trabalho, em conformidade com o paradigma holístico, ampliando o leque de oportunidades em atender quantitativa e qualitativamente à Clientela potencial.

    A ampliação da transferência e contratransferência pelo fator do tocar e ser tocado, obriga o Terapeuta Holístico a manter-se em contínua terapia e supervisão, resultando num indivíduo mais equilibrado e autoconsciente e, como tal, um profissional mais eficiente e um ser humano mais feliz.

    VI - Referências bibliográficas

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    VII - Anexos e Apêndices

    VII.I

    Consciente, Inconsciente, Sistemas de Defesa - Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

     

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

     

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

     

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

     

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

     

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

     

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

     

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça"

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

     

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

     

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

     

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

     

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

     

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contratransferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Imaginem uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Se não estiver atenta à possibilidade de contra-transferência, é capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

     

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

    VII.II -


    Inadequação de Termos e Usos - "massagem" e "massagista" na Terapia Holística

    Se o profissional faz uso de técnicas corporais, jamais deverá chamar este trabalho de "massagem", não só pelo sentido pejorativo que a confusão com prostituição trouxe à palavra, como, também , pelo fato de que estaria sendo enquadrado dentro de alguns requisitos impossíveis de serem cumpridos, pois estaria sujeito às seguintes diretrizes, dentre outras:

    DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942
    Regula a Propaganda de Médico, Cirurgiões Dentistas, Parteiras, Massagistas, Enfermeiros, de Casas de Saúde e de Estabelecimentos Congêneres, e a de Preparados Farmacêuticos
    Das Parteiras, dos Massagistas e Enfermeiros (artigos 2 e 3)
    ART.2 - é proibido às parteiras, aos massagistas e aos enfermeiros fazer referências a tratamentos de doenças ou de estado mórbido de qualquer espécie.
    ART.3 - As parteiras, os massagistas e os enfermeiros estão obrigados a mencionar em seus anúncios o nome, título profissional e local o nde são encontrados.


    LEI 3.968 DE 05/10/1961
    Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Massagista, e dá outras Providências.
    ART.1 - O exercício da profissão de Massagista só é permitido a quem possua certificado de habilitação expedido e registrado pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina após aprovação, em exame, perante o mesmo órgão.
    ART.2 - O massagista devidamente habilitado, poderá manter gabinete em seu próprio nome, obedecidas as seguintes normas:
    1 - a aplicação da massagem dependerá de prescrição médica, registrada a receita em livro competente e arquivada no gabinete;
    2 - somente em casos de urgência, em que não seja encontrado o médico para a prescrição de que trata o item anterior, poderá ser esta dispensada;
    3 - será, somente, permitida a aplicação de massagem manual sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou fisioterápica;
    4 - a propaganda dependerá de prévia aprovação da autoridade sanitária fiscalizadora.

    Como podem perceber, será muito melhor nominar seus trabalhos como "Terapia Corporal", evitando, assim, se enquadrarem nas leis acima citadas, as quais só podem ter sido criadas para coibir a prática da Massagem.

    Já há anos o SINTE recomenda abolir o termo "massagem" (tanto por ser associada popularmente à prostituição, como por enquadrar-se em legislação impossível de ser cumprida) , que deve ser substituída por "Massoterapia", ou, melhor ainda "Terapia Corporal".

    Ultimamente, a expressão "massoterapia" igualmente passou a ser sinônimo de prostituição, além de que, no Paraná, os órgãos públicos identificam como sinônimo de "massagem" e passaram a exigir daqueles que alegam trabalhar com esta técnica, o cumprimento das legislações impraticáveis (DECRETO-LEI 4.113 DE 14/02/1942 e LEI 3.968 DE 05/10/1961).

    Portanto, a melhor solução é o termo "Terapia Corporal" e aproveitar a oportunidade para que os cursos se aperfeiçõem para fazer justiça a este nome e acrescentem ensinamentos de Reich e Lowen (psicanálise/vegetoterapia e bioenergética) às já consagradas manobras corporais orientais e ocidentais.

    VII.III -

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho

    Estruturas da Psique:

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.


    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.


    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.


    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;
    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;
    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.


    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.


    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.


    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 20/07/2009 16:24


    I Ching - O Software Do EU

     I Ching - O Software Do EU

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2009

     

     

    Sumário


    Resumo

    Introdução

    Material e Metodologia

    Resultados

    Discussão

    Conclusões

    Referências Bibliográficas

    Anexos e Apêndices

     

     

    Resumo

    Este trabalho aborda a utilização do I Ching como instrumento auxiliar à Psicoterapia Holística, análogo às técnicas de associação "livre" e de interpretação de sonhos. 

    Igualmente discursa sobre sobre a sincronicidade (coincidências emocionalmente significativas) entre os símbolos gerados aleatoriamente (hexagramas) e o inconsciente do Cliente, como forma de propiciar "insights" e catarses durante a interpretação conjunta dos textos e imagens milenares.

    E, a título lúdico, apresenta o I Ching como o antecessor do código binário utilizado na moderna computação, tendo as linhas, ora Yin, ora Yang, o mesmo papel dos numerais zero e um, a compor todo o Universo de possibilidades, sintetizadas em 64 situações arquetípicas com as quais todo indivíduo inconscientemente se percebe refletido.

     
     Introdução

    Milenarmenteutilizado como forma de meditação pelos estudiosos e como oráculo pelosleigos, o I Ching foi apresentando ao século 20 como viável instrumentoterapêutico, graças à pública simpatia de Carl Gustav Jung,um dos maiores nomes da Psicanálise, por este instrumento, demonstradaem seu prefácio à obra "I Ching - O Livro Das Mutações", de RichardWilhelm, principal responsável em introduzir o sistema ao Ocidente.

    Também na lista de célebres admiradores do I Ching, contamos com Gottfried Wilheim Leibniz,que assumiu a grande similaridade com o sistema binário (a basematemática da linguagem de computação...) por ele desenvolvido, assimcomo Niels Bohr, umdos pais da física quântica, que reconheceu as semelhanças entre suaciência das partículas e as mutações descritas neste que é consideradoo livro mais antigo do mundo (cerca de 5 mil anos), além do polêmicocientista biomolecular Johnson F. Yan, que demonstrou a curiosasemelhança entre a matemática do DNA e a do I Ching, popularizado emsua obra "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" e, claro, o mais reverenciadofilósofo chinês, cujo nome latinizado é Confúcio, a quem se atribuivários textos interpretativos aos hexagramas.

    OI Ching atua como "espelho" onde refletimos nosso próprio inconscientee sua eficácia neste sentindo é tamanha, a tal ponto de renomadosmatemáticos, físicos, biólogos, filósofos e, mais diretamenterelacionado à nossa proposta, psicanalistas, enxergarem a si e a seustrabalhos espelhados nos símbolos antigos. 

    Da mesma forma, o Terapeuta Holístico podefazer uso deste instrumento, tanto para acessar seu próprioinconsciente e maximizar-se como pessoa e profissional, quanto comométodo lúdico de contornar a resistência racional dos Clientes emaflorar materiais psíquicos não conscientes, bem como clarificar oentendimento do momento. 

     

    Material e Metodologia

    Aidade mínima da pessoa atendida deve ser 18 anos; excepcionalmentepoderão ser aceitos clientes menores de idade, somente se houverautorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal e oprofissional deve avaliar como adequada a maturidade emocional docandidato; a autorização deve permancer guardada junto à ficha doCliente.

    O profissional que atua com o I Ching é um TERAPEUTA HOLÍSTICO, Modalidade: Terapia Em Sincronicidade,que distingue-se dos demais por atuar junto ao seu cliente sem aobrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumassituações nem sequer é necessária a presença do mesmo. 

    Esteprofissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidadejunguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, taiscomo radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, IChing, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliaçãodo quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição eo pensamento não-linear. 

    Deposse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas comoreiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além dadiscussão interativa com o cliente de aspectos levantados ouastrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodostradicionais de "previsão", acrescidos de aconselhamento, levando aoautoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns:comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma,incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida(aumento máximo das oportunidades e minimização das condiçõesadversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões,inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além departiculares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada dedecisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promovera harmonização energética de ambientes.

    OTerapeuta Holístico deve explicar o processo de Terapia emSincronicidade com detalhes e certificar-se de que seu clientecompreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexistevinculação religiosa ou de credo ao trabalho. Deve esclarecer que ossímbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.)jamais determinam as características e acontecimentossócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regeremsincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos dereferência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos. 

    Necessitatornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsõestaxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposiçõescom maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um períodoou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões. 

    Pertinentefazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, queao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração deletras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso depedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-secom as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim,considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativosenvolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    Oconsultório deve estar aparelhado para proporcionar temperaturaambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena,minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente paracom o profissional.

    OTerapeuta Holístico, por meio de variadas técnicas (relaxamento viatoque ou induzido verbalmente, musicoterapia, aromaterapia,cromoterapia e similares), deve propiciar ao Cliente um estado deserenidade, condição ideal para melhor aproveitamento da sessão em queincluir o I Ching. Opensamento deve focar em uma pergunta objetiva sobre a situação quedesejam aprofundar em terapia. Isto feito, opta por um método de geraraleatoriamente o hexagrama que servirá de "espelho" arquetípico onde oconsulente refletirá a si mesmo. 

    Ohexagrama, como o nome sugere, é composto por seis linhas, cada qualpodendo ser classificada como yin (representada graficamente por umalinha interrompida: _ _ ), ou yang (representada por uma linha contínua: ___ ),sendo unidas umas sobre as outras, de baixo para cima. Originalmenterealizado por varetas de milefólio, o "sorteio" popularizou-se via usode três moedas de duas faces distintas, arbitrando-se o valor numérico2 (dois) para o lado par e 3 (três) para o ímpar. A soma das trêsmoedas sendo par, está pré-definida como sendo uma linha yin ( _ _ ) e,caso ímpar, resulta em linha yang ( __ ), sendo repetido o procedimento até obter as 6 linhas que comporão o hexagrama. 

    Com o auxílio da literatura sobre o I Ching (recomendamos o excelente "I Ching: o Livro das Mutações",de Richard Wilhelm, impresso pela Editora Pensamento-Cultrix), queincluem uma tabela como a seguinte, identifica-se o númerocorrespondente ao hexagrama obtido e consulta-se os textos relacionados.

     

    Trigrama
    superior
     
    ----------------
    Trigrama inferior 
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Trigramme zhèn du Yi Jing 
    Chên, o Incitar

    Trovão
    Trigramme kǎn du Yi Jing 
    K´an, o Abismal

    Água
    Trigramme gèn du Yi Jing 
    Kên, a Quietude
    Montanha
    Trigramme kūn du Yi Jing 
    K´un, o Receptivo

    Terra
    Trigramme xùn du Yi Jing 
    Sun, a Suavidade

    Vento
    Trigramme lí du Yi Jing 
    Li, o Aderir

    Fogo
    Trigramme duì du Yi Jing 
    Tui, a Alegria

    Lago
    Trigramme qián du Yi Jing Chi´ien, o Criativo
    Céu
    Hexagramme 1 du Yi Jing
    1
    Hexagramme 34 du Yi Jing
    34
    Hexagramme 5 du Yi Jing
    5
    Hexagramme 26 du Yi Jing
    26
    Hexagramme 11 du Yi Jing
    11
    Hexagramme 9 du Yi Jing
    09
    Hexagramme 14 du Yi Jing
    14
    Hexagramme 43 du Yi Jing
    43
    Trigramme zhèn du Yi Jing Chên, o Incitar
    Trovão
    Hexagramme 25 du Yi Jing
    25
    Hexagramme 51 du Yi Jing
    51
    Hexagramme 3 du Yi Jing
    3
    Hexagramme 27 du Yi Jing
    27
    Hexagramme 24 du Yi Jing
    24
    Hexagramme 42 du Yi Jing
    42
    Hexagramme 21 du Yi Jing
    21
    Hexagramme 17 du Yi Jing
    17
    Trigramme kǎn du Yi Jing K´an, o Abisma
    Água
    Hexagramme 6 du Yi Jing
    6
    Hexagramme 40 du Yi Jing
    40
    Hexagramme 29 du Yi Jing
    29
    Hexagramme 4 du Yi Jing
    4
    Hexagramme 7 du Yi Jing
    7
    Hexagramme 59 du Yi Jing
    59
    Hexagramme 64 du Yi Jing
    64
    Hexagramme 47 du Yi Jing
    47
    Trigramme gèn du Yi Jing Kên, a Quietude
    Montanha
    Hexagramme 33 du Yi Jing
    33
    Hexagramme 62 du Yi Jing
    62
    Hexagramme 39 du Yi Jing
    39
    Hexagramme 52 du Yi Jing
    52
    Hexagramme 15 du Yi Jing
    15
    Hexagramme 53 du Yi Jing
    53
    Hexagramme 56 du Yi Jing
    56
    Hexagramme 31 du Yi Jing
    31
    Trigramme kūn du Yi Jing K´un, o Receptivo
    Terra
    Hexagramme 12 du Yi Jing
    12
    Hexagramme 16 du Yi Jing
    16
    Hexagramme 8 du Yi Jing
    8
    Hexagramme 23 du Yi Jing
    23
    Hexagramme 2 du Yi Jing
    2
    Hexagramme 20 du Yi Jing
    20
    Hexagramme 35 du Yi Jing
    35
    Hexagramme 45 du Yi Jing
    45
    Trigramme xùn du Yi Jing Sun, a Suavidade
    Vento
    Hexagramme 44 du Yi Jing
    44
    Hexagramme 32 du Yi Jing
    32
    Hexagramme 48 du Yi Jing
    48
    Hexagramme 18 du Yi Jing
    18
    Hexagramme 46 du Yi Jing
    46
    Hexagramme 57 du Yi Jing
    57
    Hexagramme 50 du Yi Jing
    50
    Hexagramme 28 du Yi Jing
    28
    Trigramme lí du Yi Jing Li, o Aderir
    Fogo
    Hexagramme 13 du Yi Jing
    13
    Hexagramme 55 du Yi Jing
    55
    Hexagramme 63 du Yi Jing
    63
    Hexagramme 22 du Yi Jing
    22
    Hexagramme 36 du Yi Jing
    36
    Hexagramme 37 du Yi Jing
    37
    Hexagramme 30 du Yi Jing
    30
    Hexagramme 49 du Yi Jing
    49
    Trigramme duì du Yi Jing Tui, a Alegria
    Lago
    Hexagramme 10 du Yi Jing
    10
    Hexagramme 54 du Yi Jing
    54
    Hexagramme 60 du Yi Jing
    60
    Hexagramme 41 du Yi Jing
    41
    Hexagramme 19 du Yi Jing
    19
    Hexagramme 61 du Yi Jing
    61
    Hexagramme 38 du Yi Jing
    38
    Hexagramme 58 du Yi Jing
    58


    Comumente,o nome dos trigramas (hexagramas são compostos por dois trigramas), bemcomo do hexagrama em si, por si só, induzem a imagens mentais desituações análogas na natureza, provocando respostas emocionais. Nolivro recomendado existe também descrições e comentários, quanto àslinhas, aos trigramas e ao hexagrama em si, tanto de origem milenar,quanto do próprio autor e a e leitura dos mesmos frequentemente causa"insights", onde o consulente percebe coincidências significativasentre o descrito e a resposta que procura.

    Portradição, as linhas que resultem das três moedas com a mesma face (3"caras", ou 3 "coroas"), ou, no caso de outro sistema de sorteio, omaior número par possível (seis), ou maior número ímpar possível(nove), por si só seriam objeto de atenção especial, existendo textosespecíficos a serem lidos e interpretados, para cada linha nestasituação, que são chamadas de "linhas móveis". 

    A"mobilidade" sugerida implica que, estando na soma numérica máxima dacondição par (yin) ou ímpar (yang), as linhas nestas condições estãoprestes a se transformar em seu oposto ( de _ _ passaria para __ evice-versa...), obtendo-se assim, um novo hexagrama, desta vezrelacionado a uma situação futura, que seria decorrência natural datransmutação no tempo, do quadro apresentado inicialmente, que é focadono momento presente. Novamente, a consulta à tabela acima, levaria aostextos correspondentes, que acrescentariam mais subsídios para oconsulente espelhar-se e obter conclusões.

    Atualmente,existe muitos softwares capazes de realizar o sorteio do hexagrama, bemcomo já localizar os textos correspondentes ao mesmo. O próprio SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS vem desenvolvendo uma versão online, para uso de seus associados.

    OTerapeuta Holístico traz à pauta terapêutica as sincronicidadespercebidas pelo Cliente em relação à sessão com o I Ching, tal comofaria nas técnicas de interpretação de sonhos e de associações"livres", realizando uma discussão interativa sobre os aspectoslevantados, auxiliando o consulente a reconhecer conteúdos psíquicosseus que projetou durante o exercício lúdico de interpretação dohexagrama. 

     

    Resultados

    Ométodo mostrou-se eficaz como forma de acesso ao inconsciente,contornando as defesas racionais que comumente bloqueiam o aflorar dematerial psíquico, bem como foi particularmente útil com Clientes quetenham resistência maior perante as alternativas mais usuais deampliação da consciência, tais como análise de sonhos e associaçõeslivres. A interpretação e discussão de hexagramas obtidos possibilitauma sequência de pautas a serem trabalhadas em sessões continuadas,funcionando como fio de meada eficiente para a evolução dos processosde autoconhecimento almejados na terapia.


    Discussão 

    Boaparte do esforço terapêutico se dá no sentido de acessar o conteúdopsíquico inconsciente do Cliente, trazendo-o à consciência e auxiliar àmaior compreensão e assimilação, resultando em autoconhecimento e, porconsequência, uma melhoria na Qualidade de Vida

    Quantomais objetivo e racional for o método adotado para este fim, tanto maisfácil será para que as defesas e a resistência à terapia criemobstáculos ao aflorar de material reprimido. É válido, pois, que seutilize igualmente técnicas de cunho subjetivo, capazes de contornar aresistência do racional e possibilitar que, de forma indireta, semanifestem aspectos psíquicos, projetados em algo externo ao que sejacomumente associado com o "eu". O analista atento será capaz deidentificar as projeções e colher subsídios para a evolução da terapia.A Psicanálise clássica tira bom proveito da técnica de associaçãolivre, na qual o Cliente, ao entregar-se ao "jogo" de expressar tudoque lhe vier à mente, sem censura e da forma mais espontânea eimpensada, frequentemente traz à tona informações reprimidas sobre simesmo, sem se dar conta de imediato, contornando desta forma, aresistência natural que impede o aflorar destes conteúdos. Ainterpretação de sonhos segue este mesmo caminho, pois, nosso racionalnão se dá conta, a princípio, de que ao falar do que aconteceu nouniverso onírico, estamos, na verdade, contando sobre nós mesmos. OPsicodrama, a Arteterapia, igualmente possibilitam "palco" e "tela"onde o Cliente interpreta e pinta a si mesmo, sem se dar conta imediatado processo, evitando dessa forma que as defesas racionais bloqueiem oeclodir do material psíquico.

    Dentro desta mesma linha, os métodos que utilizam o conceito junguiano de SINCRONICIDADE, tais como Astrologia, Numerologia, Tarô e, mais particularmente ao caso, o I Ching,funcionam perfeitamente como formas de acessar o inconsciente e detrazer à tona material antes reprimido, no decorrer do exercício deinterpretação.

    Aindaque de origem milenar e oriental, o I Ching, quanto à forma, está emparalelo com as mais modernas e ocidentais concepções. O conceito de umuniverso em contínua mutação possui evidentes analogias com a visão domicroscosmo das partículas, antes tida como imutáveis, e que agora sãoconcebidas como transmutáveis umas nas outras, na visão da físicaquântica. 

    Jáa incrível coincidência entre a matemática do DNA e as suas 64possíveis combinações e igual número e forma de hexagramas do I Ching,novamente colocam o secular sistema em sintonia com os nossos tempos.

    Maispróxima ao cotidiano de todos, a computação, onipresente na vidamoderna, simplesmente se baseia na mesma matemática que o I Ching: TUDOé sintetizável e expresso sob  combinações de tão somente duasvariáveis opostas e complementares: "0" (desligado, negativo) e "1"(ligado, positivo), ou seja, yin ( _ _ ) e yang ( __ ) !

    Veja a palavra ALEGRIA, escrita em linguagem de computação: 

     

    01000001011011000110010101100111011100100110100101100001

     

    E a mesma expressão, sintetizada em um hexagrama:

     

    _  _  0
    ___  1
    ___  1
    _  _  0
    ___  1
    ___  1

    Damesma forma como a linguagem "pura" do computador nos é incompreensívele precisamos de sistemas operacionais (DOS, Windows, Linux...) quefaçam a tradução, bem como de "softwares" (aplicativos) para tarefasespecíficas, igualmente o entendimento direto de um hexagrama nosescapa e necessitamos de "traduções" desta linguagem primordial,servindo para tal, os textos de autores seculares e modernos, que nostrazem suas interpretações quanto às linhas, trigramas e hexagramas.

    Assimcomo o computador, tão somente variando entre zero e um, nos dá acessoa textos, imagens, sons, vídeos, cores, igualmente o I Ching,alternando entre yin e yang, resulta em combinações que evocam em cadaum de nós, situações típicas pelas quais todos passamos em algummomento, mais precisamente, 64 circunstâncias "universais", ARQUETÍPICAS, tão antigas e primordiais que fazem parte do INCONSCIENTE COLETIVO e, como tal, automaticamente evocam nossa empatia. 

    Cadahexagrama é um espelho no qual refletimos uma faceta de nós mesmos.Neste quesito, até o mais cético e racional dos indivíduos éperfeitamente capaz de compreender e aceitar. O que realmente causaadmiração a quem pratica e suspeição em quem nunca experienciou ofenômeno, é que o signo gerado ao "acaso" pelas variáveis do yin eyang, resulta em algo mais do que uma "tela" em que projetamos aspectosinconsciente de nosso psiquismo... Até mesmo um "observador externo" aoevento percebe evidentes coincidências entre a pergunta original e osímbolo resultante pelo método do I Ching. Não existe uma relaçãocausal, mas, subjetivamente, emocionalmente, é sentido que é ocorrecontinuadamente coincidências significativas, ou seja, SINCRONICIDADES entre o momento vivenciado pelo consulente e a interpretação clássica do hexagrama resultante.

     

    Nestetrabalho aqui apresentado, teceu-se várias metáforas relacionando osistema com "telas" onde o Cliente pinta a si mesmo; neste ponto datese, convém ampliarmos a analogia, considerando cada hexagrama comouma obra-prima retratada há milhares de anos, cuja interpretação já foiobjeto de dedicação de inúmeros especialistas no decorrer dos tempos. AMona Lisa, de Da Vinci, é coletivamente conhecida por seu sorrisoenigmático. Individualmente, pode ocorrer de alguém olhar ao quadro econsiderar a mulher retratada como estando, por exemplo, triste. Nestasituação hipotética, há grandes chances da pessoa estar PROJETANDO suatristeza como se fosse algo externo a si, defensivamente atribuindo suaemoção não compreendida para a tela. Claro que, em terapia, a situaçãodescrita, por si só, teria proporcionado um bom subsídio... 

    Já no contexto terapêutico em que se emprega o I Ching, o procedimento terá que ser complementado. Quando um profissional, um Terapeuta Holístico,se propõe a incluir esta técnica a disposição de seus Clientes, há deestudar as interpretações clássicas de cada hexagrama, pois,partindo-se do pressuposto da SINCRONICIDADE, ainda que sejafundamental tudo o que o consulente projetar de si sobre os símbolos,também será importante o arquétipo, quanto ao seu consensointerpretativo clássico, cabendo levantar a hipótese de o indivíduoenquadrar-se no contexto e estar resistindo inconscientemente emconstatar. 

    Aindano campo metafórico, algo como um espelho refletindo uma pessoa magra(dentro de parâmetros de interpretação padronizados pela sociedade..),que vê a si como estando acima do peso, pois, devido a educaçãorecebida, traumas, etc..., desenvolveu uma auto-imagem de inadequação.Caberia ao Terapeuta Holístico constatar a provável disparidade eincluir na pauta das sessões uma forma de auxiliar o Cliente em rever aimagem que fixou sobre si mesmo. Também no espelhamento frente a umhexagrama, o profissional deve observar se há discrepânciasignificativa entre a interpretação pessoal do consulente e a versãoclássica e se é caso de propor e proporcionar oportunidade dereavaliação de sua percepção do momento.

    O I Ching, quanto empregado no âmbito terapêutico, tem claro enfoque de que está sendo acessado o INCONSCIENTE,não apenas o coletivo, mas essencialmente o INDIVIDUAL, cabendo aoTerapeuta Holístico catalizar a interpretação do Cliente quanto aoshexagramas, inclusive, suprindo-o de informações quanto à visãoclássica de seus significados, mantendo-se atento a identificar oconteúdo psíquico que se apresentar refletido, para que possa, nomomento oportuno, reapresentar à pauta das sessões.


    Conclusões

    Boaparte da Clientela da Terapia Holística possui curiosidade e aceitaçãoquanto a técnicas que envolvam a Sincronicidade, como é o caso do I Ching, especialmentedestacado graças à simpatia pública de grandes pensadores, e, ainda quemilenar, mantendo-se em surpreendente atualidade quanto ao linguajarmatemático em que se estrutura, similar ao dos computadores, que estãocada vez mais inseridos no dia-a-dia de nossa vida moderna.

    Aampliação do autoconhecimento é premissa para toda Terapia, o que exigedos profissionais o conhecimento e aplicação de técnicas que propiciemacesso ao inconsciente de cada Cliente, trazendo à consciênciaconteúdos psíquicos para serem compreendidos e integrados. Os sistemas("mecanismos"...) de defesa criam a natural e esperada resistência aeste processo de aflorar do psiquismo, cabendo ao analista encontrarformas de contornar e abrandar esta reação contrária, elegendo qual atécnica adotar, para cada indivíduo e a cada momento. 

    Somando-seà milenar análise dos sonhos, às técnicas vivenciais de catarse, àserena e freudiana associação livre de idéias, dentre inúmeros outrosinstrumentos, este trabalho apresenta o uso do I Ching como mais umeficaz e lúdico sistema a ser aplicado nos consultórios.

    OPsicanalista Carl G. Jung o considerou um guia para o inconsciente. Jáesta dissertação, de forma bem-humorada quanto à sua analogia com osmodernos sistemas de informática, acrescenta que o I Ching é umverdadeiro "software" do Eu.

     

    Referências Bibliográficas

    "I Ching: o Livro das Mutações" - Richard Wilhelm - Editora Pensamento-Cultrix

    “Tutorial Terapia Holística” - Henrique Vieira Filho – SinteBooks

    "DNA e o I Ching: o Tao da Vida" - Johnson F. Yan - Madras

    "I Ching - O Livro Do Yin E Do Yang" - Cyrille Javary -Editora Pensamento-Cultrix

    "O Tao Da Física: Um Paralelo Entre A Física Moderna E O Misticismo Oriental" - Fritjof Capra - Editora Pensamento-Cultrix

     

    Anexos e Apêndices

     

    Coincidência entre os estudos do DNA e do I Ching

    Quadro-resumo das semelhanças

    DNA I Ching
    O DNA encerra todos os processos vitais de todos os seres vivos, determinados por uma estrutura com formação precisa. O I Ching engloba todos os processos existenciais dos seres vivos, através de uma estrutura com formação precisa.
    A base do DNA é constituída pela polaridade da dupla hélice, sendo a manifestação fundamental da vida. A base do I Ching é constituída pela polaridade Yin-Yang, manifestação fundamental do princípio universal.
    Quatro moléculas compõem a hélice dupla do DNA: adenina, timina, citosina e guanina; elas se interligam aos pares. Quatro símbolos são utilizados para compor uma codificação: yang-repouso, yang-móvel, yin-repouso e yin-móvel; eles se interligam aos pares.
    Três destas moléculas formam uma palavra-código para a síntese da proteína. Três destes símbolos formam um trigrama, que é a imagem fundamental a formar os hexagramas.
    Cada palavra é constituída de três letras dentre quatro possíveis. Cada trigrama é constituída de três símbolos dentre quatro possíveis.
    A direção de leitura das palavras-código é estritamente determinada. A direção de leitura dos trigramas é estritamente determinada.
    Duas das tríades denominam-se "início" e "fim". Marcam o começo e o término de uma frase-código. Dois dos hexagramas denominam-se "Antes do Fim" e "Após o Fim". Marcam fim e início de uma situação vivencial.
    A programação da identidade genética é determinada por um código de 64 palavras. Os hexagramas são as identidades de interpretação e formam um conjunto de 64 condições.
    Uma ou diversas tríades programam a construção de cada um dos vinte aminoácidos; seqüências bem determinadas dessas tríades elaboram a forma e construção de todos os seres vivos, dento de um contexto evolutivo. Uma ou diversas tríades formam hexagramas que fornecem imagens vívidas e precisas de estados dinâmicos da vivência; seqüências bem determinadas dessas tríades determinam uma programação de destino, dentro de um contexto evolutivo.

    Fonte: http://www.mlopes.eng.br/iching/dna2.htm


     

    NTSV — TS 001-Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

    1. SUMÁRIO


    Norma Técnica Setorial Voluntária para a Terapia Holística - NTSV — TS 001 - Terapia em Sincronicidade — Boas Práticas

     

    2. PREFÁCIO


      Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística (normas= regras; técnicas = padrões adequados de procedimentos profissionais;setoriais = específicas para o setor da Terapia Holística; voluntárias= sem obrigação por Lei Federal).
       A Auto-Regulamentação pressupõeuma atitude voluntária dos profissionais a partir de umaconscientização para a necessidade da autodisciplina que abrangerápontos básicos, estabelecendo regras éticas e técnicas de atuação, taiscomo Normas Técnicas Setoriais Voluntárias, Códigos de Ética,Resoluções, Pareceres, os quais deverão ser cumpridos não por força deLei, mas sim, por força contratual que se estabelece por ocasião dafiliação espontânea de cada membro junto à entidadeauto-regulamentadora.
       Ao contrário do que ocorre nas profissõesregulamentadas por Lei Federal, onde um membro pode ser punido atémesmo com a cassação de seu direito ao exercício profissional, asentidades auto-regulamentadoras se limitam a aplicar sançõesestatutárias aos seus associados espontaneamente filiados e, quandomuito, excluir um membro do quadro social.
       As entidadesAuto-Regulamentadoras divulgam através da mídia seus regulamentos àsociedade a qual, esclarecida, espontaneamente dá preferência aosserviços e produtos que se enquadrem voluntariamente às regras internasda organização. O reconhecimento ao enquadramento é tornado públicoatravés de Selos de Qualidade aos produtos e por Certificações Técnicase Carteiras de Associados aos serviços e profissionais. Mesmo semobrigatoriedade legal, este reconhecimento torna-se um diferencialmuito favorável a quem o obtém, que passa a ser favorecido pela "lei demercado".
       A Auto-Regulamentação é o caminho do meio, que cada veztem mais seguidores e que na teoria, tanto quanto na prática, mostracrescentes vantagens sobre os sistemas utópicos de liberdade total oudo total controle do governo.
       Ao final, foram acrescidos AnexosInformativos que apresentam dados adicionais a servirem de subsídiospara melhor entendimento do contexto que norteou a elaboração da NTSV,além de facilitar a co


    3. INTRODUÇÃO 

     

    ATerapia em Sincronicidade conta com uma vasta bibliografia e grandeaceitação em nosso país, tendo sofrido interpretações divergentesquanto a sua correta utilização. Esta Norma define alguns princípiosbásicos para as boas práticas profissionais que nortearão aauto-regulamentação da Terapia Holística.

     

    4. ELEMENTOS NORMATIVOS GERAIS

     

    4.1 TítuloTERAPIA EM SINCRONICIDADE — Boas Práticas

    4.2 Objetivo
    Definir a adequação padrão de utilização.

    4.3 Referências Normativas
    NTSV — TH 001 — Código de Ética da Categoria dos Terapeutas Holísticos
    NTSV — TH 002 — BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica
    NTSV — TH 003 — FC — Ficha de Cliente

     

    5. ELEMENTOS NORMATIVOS TÉCNICOS

     

    5.1 Definições

    5.1.1 TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.
    5.1.2 
    TERAPEUTA EM SINCRONICIDADE: distingue-se dos demais terapeutas por atuar junto ao seu cliente sem a obrigatoriedade do contato físico direto, sendo que em algumas situações nem sequer é necessária a presença do mesmo. Este profissional faz aplicações práticas da teoria da sincronicidade junguiana, utilizando métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares, como formas auxiliares da avaliação do quadro do cliente, ou terapeuticamente, estimulando-lhe a intuição e o pensamento não-linear. De posse da análise sincronística, faz uso terapêutico de técnicas como reiki, radiônica, psicotrônica, mentalizações e similares, além da discussão interativa com o cliente de aspectos levantados ou astrologicamente, ou numerologicamente ou por demais métodos tradicionais de previsão, acrescidos de aconselhamento, levando ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais. Realiza consultoria junto a empresas, além de particulares, aconselhando e otimizando a habilidade para tomada de decisões tanto na esfera pessoal, quanto profissional, além de promover a harmonização energética de ambientes.
    5.1.3 
    CLIENTE: usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.
    5.1.4 
    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.
    5.1.5 
    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.
    5.1.6 
    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.
    5.1.7 
    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal — "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.
    5.1.8 
    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.
    5.1.9 
    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro TH, independentemente de quais outros métodos adote.
    5.1.10 
    SINCRONICIDADE: teoria Junguiana da possibilidade de relação significativa, mas não causal, entre eventos; termo criado C. G. Jung para descrever a ocorrência quase simultânea de dois eventos, um interior e o outro, exterior, que parecem ter uma relação em comum, que não seja a de "causa e efeito".
    5.1.11 
    JUNG — CARL GUSTAV JUNG: médico psiquiatra, discípulo dissidente de Freud, contribuiu de forma admirável à psicoterapia desenvolvendo as teorias da Sincronicidade e do Inconsciente Coletivo, dentre outras.
    5.1.12 
    TRANSPESSOAL / TRANSPESSOALIDADE: expansão da consciência para além dos limites usuais do ego e da personalidade, levando, até mesmo, a estados alterados de consciência com sensações espirituais e religiosas.
    5.1.13 
    ARQUÉTIPO: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como preferia Jung, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.
    5.1.14 
    SÍMBOLO: é a melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras. Muitas vezes representado na forma de imagens ou sons, funciona como uma forma de linguagem do inconsciente, expressa nos sonhos, nas artes, nos exercícios de imaginação ativa, dentre outras situações. Pode ter um significado individual ou coletivo.
    5.1.15 
    TERAPIA EM SINCRONICIDADE: sistema que utiliza métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo ou organização, catalisando o cliente ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas) e na habilidade para tomada de decisões, inclusive, profissionais, além de promover a harmonização de ambientes.
    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    5.2 Símbolos e Abreviaturas


    TH — Terapeuta Holístico;
    TS — Terapia em Sincronicidade;
    THS — Terapeuta em Sincronicidade;
    NTSV — Norma Técnica Setorial Voluntária.

     

    5.3 Requisitos e Métodos de Ensaio

    5.3.1 CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado — O fato do Terapeuta Holístico possuir ou não CRT — Carteira de Terapeuta Holístico Credenciado ou estar filiado a qualquer entidade de nossa área, do ponto de vista legal, é irrelevante, uma vez que inexiste obrigatoriedade por Lei Federal. Entretanto, possuir um CRT é motivo cada vez maior de orgulho e de aceitação, tanto é que as Carteiras de Terapeuta Holístico Credenciado são impressas dentro dos mais rigorosos requisitos de qualidade e segurança. A população, por sua vez, finalmente pode ficar segura quanto ao profissional que procura, pois jamais haverá possibilidade de confundir um Terapeuta Holístico com um Psicólogo, ou um Fisioterapeuta, ou um Médico, justamente graças à utilização do número de CRT em seus cartões e anúncios. Esta diferenciação foi e sempre será objeto de ampla campanha de esclarecimento nos mais variados veículos de comunicação.
    5.3.2 Qualificação Técnica — (neste item, preencher no mínimo um dos requisitos):

    5.3.2.1 — Diploma de cursos da área reconhecidos pelo MEC ou pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.2 — Diploma de curso superior na área de saúde ou outro a critério exclusivo do SINTE; e/ou
    5.3.2.3 — Notório Saber: monografia sobre RD e RDN aprovada pelo SINTE; e/ou
    5.3.2.4 — Direito Adquirido: Comprovação de atuação há mais de 4 anos, seja por registro como empregado, autônomo ou como empresa da área, apresentando os documentos pertinentes: em caso de empregado, cópia do conteúdo da Carteira de Trabalho; se for profissional autônomo, cópia do ISS contendo a data de início da atividade; se for empresa, CNPJ e Contrato Social, onde comprove a vinculação com a nossa profissão.

    5.3.3 Boas práticas em TS

    5.3.3.1 — Idade mínima do cliente: 18 anos; poderão ser aceitos clientes menores de idade, se permancerem presentes pelo menos um dos pais ou responsável legal ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permancer guardada junto à ficha do cliente.
    5.3.3.2 — Explicar o processo de TS com detalhes e certificar-se de que seu cliente compreendeu a proposta terapêutica, em especial, que inexiste vinculação religiosa ou de credo ao trabalho.

    5.3.3.2.1 — Esclarecer que os símbolos e arquétipos (astros, cartas, números, hexagramas, etc.) jamais determinam as características e acontecimentos sócio-psico-físicos do indivíduo, mas sim, por todos se regerem sincronisticamente pelas mesmas leis universais, servem como pontos de referência exteriores onde espelhamos e estudamos a nós mesmos.
    5.3.3.2.2 — Tornar claro que a análise sincronística jamais se presta a previsões taxativas, podendo outrossim, detectar as tendências e predisposições com maior ou menor probabilidade de ocorrência em relação a um período ou opção, servindo de subsídio para a tomada de decisões.
    5.3.3.2.3 — Fazer compreender os limites da intervenção sincronística, ou seja, que ao atuar intencionalmente sobre um símbolo ou arquétipo (alteração de letras em um nome, seleção astrológica de datas para eventos, uso de pedras, gráficos, aromas e similares) com o objetivo de sincronizar-se com as influências desejadas, aumenta-se tal predisposição, outrossim, considerando-se a infinidade de fenômenos igualmente significativos envolvidos, é vedada qualquer promessa taxativa de resultados.

    5.3.3.3 — O THS tem por obrigação manter-se em treinamento sistemático para desenvolver sua intuição e pensamento não-linear, observando a sua adequação quanto a superar a interferência de seu próprio consciente ou de interferências estranhas ao objeto de pesquisa, a fadiga e os estados emocionais alterados.

    5.3.3.3.4 — O THS avalia o cliente e/ou do ambiente, interpretando os símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo, identificando quais as potencialidades e predisposições a serem adequadamente trabalhadas por aconselhamento e demais técnicas pertinentes.
    5.3.3.3.5 — O THS ao selecionar as terapêuticas a serem recomendadas caso a caso:

    5.3.3.3.5.1 — Somente fará uso das técnicas em TH para as quais esteja devidamente registrado junto ao SINTE — Sindicato dos Terapeutas.
    5.3.3.3.5.2 — Ao detectar a necessidade de técnicas que extrapolem suas atribuições, encaminhar ao profissional especializado.
    .

    5.3.3.3.6 — Cabe ao THS a avaliação racional da análise sincronística obtida para detectar o efeito de deslocamento pré ou pós-cognitivo e desvios negativos provocados por condições inibitórias, situações estas onde o profissional fará a devida correção.

    5.3.4 Produtos para TS — aquisição e indicação

    5.3.4.1 Opção 1: aquisição pelo próprio THS em estabelecimentos legalmente constituídos, devendo ser conservada a Nota Fiscal comprovando a origem do produto. Importante: é vedada a comercialização no consultório, devendo ter isso em conta ao estabelecer o valor da consulta pois, neste caso, os produtos serão doados, jamais serão cobrados à parte (um só preço, quer o cliente vá consumir produtos ou não).
    Opção 2: o cliente adquire diretamente nas boas casas do ramo, devendo ser utilizado o BRT — Bloco de Recomendação Terapêutica para instruí-lo.
    5.3.4.2 — O BRT jamais deve ser utilizado para prescrever fórmulas para manipulação; o TH deve indicar produtos já prontos para consumo, de venda livre, cuja rotulagem em português conste as especificações do produto, o farmacêutico e empresa responsáveis pela formulação e manipulação, o mesmo sendo válido para produtos importados, que deverão ter suas embalagens e rotulagens adequadas e traduzidas para o consumidor brasileiro.

    5.3.5 Constatação de Conformidade: O TH que voluntariamente se compromete ao cumprimento desta NTSV igualmente se coloca à disposição do SINTE — Sindicato dos Terapeutas para que este averigue a qualquer tempo o integral cumprimento da mesma, estando este compromisso firmado pela expedição da Certificação Técnica que a esta Norma se vincula e cuja validade pode ser suspensa ou revogada pelo órgão expedidor, em caso de comprovado descumprimento.


    Autor: : Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001
    Última atualização: 29/09/2009 11:45


    O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    O MITO DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    Ana Luiza Iughetti Feres

    Terapeuta Holística

    CRT 42969

    Propositura de Palestra para

    Holística 2011

    Ribeirão Preto

    2011

    RESUMO

    A análise dos mitos é fundamental na Psicoterapia proposta por Jung. Os símbolos do inconsciente coletivo que os mitos trazem nos permitem perceber outras dimensões do nosso próprio inconsciente e caminhar no processo terapêutico. O mito de sísifo nos ajuda a refletir sobre vários aspectos específicos da sociedade contemporânea e sofrimentos humanos atemporais como a dicotomia vida e morte, o trabalho interior e a religiosidade; trazendo vários "insights" para o processo terapêutico.

     

     

    SUMÁRIO

    1. Introdução
    1. O Mito de Sísifo
    1. Conceitos de Psicologia Analítica
    1. Imagem Mitológica de Sísifo e o Homem Contemporâneo
    1. Considerações Finais
    1. Referências Bibliográficas

     

    1. INTRODUÇÃO

    De que nos fala o Mito de Sísifo? Da morte? Do trabalho? Da disputa entre humanos e deuses? Do castigo dos deuses? Que relação podemos fazer entre o que nos fala esse mito e os processos psíquicos do homem contemporâneo?

    A Psicologia profunda de C.G.Jung descobriu que há uma relação muito próxima entre os processos psicológicos do homem moderno e a imensa gama de conhecimento que nos foi deixado como herança pelos povos antigos e que podemos conhecer através da mitologia.

    Para Jung, o mito é um estágio intermediário entre a cognição inconsciente e consciente, como uma ponte necessária e facilitadora. É como um "tradutor" dos Arquétipos - que formam o psiquismo humano - decodificando-os a partir das mais diversas mitologias do mundo. Podem-se estabelecer muitos paralelos entre os mitos e o que está acontecendo na psique e na vida de uma pessoa ou sociedade.

    Esse é o objetivo dessa palestra: entender o Mito de Sísifo à luz da Psicologia Junguiana, para que possamos ampliar e aprofundar a compreensão desse mito, analisando suas possíveis implicações na psique do homem contemporâneo.

     

    1. O MITO DE SÍSIFO

    Segundo Brandão (1996), Sísifo era originário da cidade grega de Corinto, um rei que desafiou os deuses e até mesmo a morte. Diz que Zeus observou a filha Egina do deus do rio, Asopo e a raptou. Quando seu pai quis saber sobre o ocorrido, ninguém queria falar com medo da reação de Zeus.

    Mas Sísifo percebeu ali uma grande oportunidade e não pensou em deixá-la passar. A cidade de Corinto tinha na época um problema bem sério, não havia em seu perímetro uma fonte de água doce. O povo precisava ir buscar água em lugares distantes para satisfazer suas necessidades. Sísifo conversou com o deus do rio e fez um acordo, dava informações em troca de água. O deus concordou e uma fonte nasceu dentro da cidade de Corinto.

    Asopo foi atrás de Zeus e este teve de devolver-lhe a filha que havia roubado. Zeus sabia quem ousou dar as informações e chamou seu irmão, Hades, o senhor do inferno e este mandou a morte, Tânatos, para buscar Sísifo.

    A morte com missão precisa apareceu no mundo dos vivos. Geralmente recebida com grande espanto e terror pelas pessoas, ficou surpresa quando o esperto Sísifo a convidou para sentar-se em sua mesa para comer e beber. Foi uma boa conversa com piadas e descontração. Então, Sísifo ofereceu a ela um par de algemas que havia feito. Como já havia confiança e boa vontade entre eles, a morte colocou as algemas no pulso. Só depois de certo tempo é que ficou claro que ela, a morte havia ficado prisioneira de Sísifo.  

    Um fato desses abala o Universo todo. Nada e nem ninguém morria, pessoas, plantas ou animais. Com a morte no cativeiro haveria muitos efeitos colaterais: como superpopulação e aqueles que estavam doentes permaneceriam assim sem esperança de alivio. A vida sem a presença da morte faz pouco ou nenhum sentido. Até o tempo e a evolução param. Nem a guerra faz sentido, pois os soldados mortos em luta se levantam para agir de novo. Isto também enfureceu o deus da guerra Ares. A morte é um dos poucos controles que os deuses têm sobre os humanos.

    Zeus, que é o senhor do Olimpo, percebeu a confusão que Sísifo havia arrumado e mandou o próprio Ares para buscá-lo e levá-lo para o inferno. Desta vez a missão foi cumprida com sucesso.  Ares libertou a morte e levou a alma de Sísifo. Mas as coisas não acabaram nisso. Sísifo ainda tinha outros truques para executar.

    Ele havia instruído sua esposa para não enterrar seu corpo e nem fazer os rituais fúnebres exigidos pelos deuses. Chegando na terra dos mortos, Sísifo foi reclamar que seu cadáver não havia sido devidamente enterrado. Pediu permissão para voltar para a Terra e castigar sua esposa por causa do desrespeito aos deuses. Hades concedeu a ele três dias para ir e retornar aos infernos. Mas quando chegou na superfície ficou evidente que não tinha nenhuma intenção de retornar novamente. Mais uma vez ele se saiu bem no confronto com os deuses.

    Para resolver o problema de modo definitivo, Zeus mandou Hermes, o mensageiro dos deuses e aquele que acompanha as almas dos mortos até o outro mundo. Hermes capturou a alma de Sísifo e a levou para Hades, depois enterrou seu cadáver com os rituais necessários, exigidos pelos deuses e encerrou o assunto. No inferno o astuto Sísifo recebeu o seu castigo: devia rolar por toda a eternidade uma pedra montanha acima para ver em seguida a mesma voltar ao ponto de origem e ele ter que repetir todo o ciclo novamente.

    1. CONCEITOS DE PSICOTERAPIA ANALITICA

    O Ego: O centro da consciência. 

    Para Jung o ego é um complexo - o principal -, formado a partir dos registros da memória e das sensações corporais, tendo base somática. O ego não é equivalente à totalidade da consciência, é apenas o seu centro, sendo que todos os acontecimentos da vida precisam entrar em contato com ele para se tornar conscientes - pensamento, emoções, idéias, experiências, etc.  

    O ego tem diversas funções, como promover a adaptação da pessoa às exigências da vida, fazer diferenciação de conteúdos conscientes e inconscientes e mediar prazer e realidade. Ele organiza os conteúdos da vida psíquica, avalia, critica e raciocina em busca de soluções para os problemas que a pessoa enfrenta.

    Uma consideração importante sobre a consciência é que não pode haver elemento consciente que não tenha o ego como ponto de referência. Assim, o que não se relacionar com o ego não atingirá a consciência. A partir desse dado, podemos definir a consciência com a relação dos fatos psíquicos com o ego. (JUNG, 2001, p. 7)

    A consciência do ego tem uma importante característica de seletividade, o que equivale a dizer que certos conteúdos tornam-se conscientes e outros não. Esses conteúdos eliminados vão aos poucos formando o que conhecemos como inconsciente pessoal ou a sombra do próprio ego, onde mesmo potenciais criativos podem ficar reprimidos.

    O ego, em seu processo adaptativo, vai precisar formar algumas defesas, sendo algumas úteis e necessárias, outras neuróticas, e outras ainda, psicóticas e psicopatológicas. O ego é um complexo funcional no campo da consciência que é variável de indivíduo para indivíduo, variando em extensão e profundidade.

    A consciência, na opinião de Jung, não é algo fixo e imutável. Ela sofre modificações constantes e evolui ao longo do tempo. Após a estruturação do ego, este precisa se defrontar com o inconsciente para continuar evoluindo. É preciso que o ego consiga estabelecer contato com o inconsciente e consiga também assimilar seus conteúdos para não sofrer a estagnação.

    Complexos

    Todas as experiências modificam a bioquímica celular. A cada nova vivência, ficam marcas na memória celular. É nossa capacidade de ser afetado (afetividade) de modo variado e diferenciado pelas coisas que nos cercam que faz com que não sejamos robôs.

    Quando entramos em contato com algo que nos afeta é que esse algo passa a ter significado. E a repetição de experiências que têm valor fundamental e vão se associando por semelhança e analogia em torno de uma experiência centralizadora, é que dá origem aos complexos.

    Complexo é então um conjunto de experiências capazes de nos afetar em torno de uma experiência centralizadora. É a unidade funcional básica da psique. Ou seja, conteúdos com forte carga emocional e energética porque estão associados, por semelhança e analogia, às experiências centralizadoras. É o que mobiliza a nossa energia psíquica.

    Os complexos contaminam todas as nossas percepções das coisas e por isso as experiências da infância são tão importantes, porque formam as primeiras memórias celulares ou os primeiros complexos. Em função dos complexos, só ouvimos o que queremos e sentimos o que podemos. Somos uma rede de complexos que são acionados por vários mecanismos possíveis

    Inconsciente Coletivo e Arquétipos

    Diferente de Freud que considerava que o inconsciente era formado a partir de conteúdos reprimidos somente, portanto individuais, Jung descobriu que há camadas na psique que nunca foram conscientes e nem se formaram de conteúdos das experiências pessoais reprimidas.

    Essa dimensão do inconsciente, que Jung chamou de Inconsciente Coletivo, não diria respeito aos conteúdos individuais reprimidos do sujeito em questão, mas sim a símbolos comuns a toda a humanidade, disponíveis para todos. Esse inconsciente forma a base do nosso psiquismo e é formado pelos Arquétipos.

    Arquétipos são imagens primordiais carregadas de energia que advém das experiências coletivas que reforçam, a todo o momento, essa carga energética, que fica à disposição da humanidade, para ser acessada, na forma de imagens primordiais, a cada necessidade adaptativa. É a nossa matriz, fonte geradora de material para a consciência. Esta matriz produz um conjunto enorme de fenômenos, como sonhos, visões, os chamados acontecimentos espíritas e afins. As imagens arquetípicas são o suporte energético para o funcionamento adequado da consciência. Para que o ego seja revigorado sempre, precisa do contato constante com sua usina de força.

    Dei o nome de arquétipos a esses padrões, valendo-me de uma expressão de Santo Agostinho: Arquétipo significa um "Typos" (impressão, merca-impressão), um agrupamento definido de caracteres arcaicos, que, em forma e significado, encerra motivos mitológicos, os quais surgem em forma pura nos contos de fadas, nos mitos, nas lendas e no folclore. (JUNG, 2001, p.34, grifos do autor)

    Jung, ao longo de sua vida, deixou muitos estudos a respeito dessa camada mais profunda do psiquismo humano, como a alquimia, os contos de fada, a gnose, as religiões comparadas e a mitologia.

    Através do conceito de arquétipo e do inconsciente coletivo foi possível para a psicologia abrir caminho para a compreensão de rico material pertencente aos mitos e ajudar o homem moderno na compreensão de todas as dimensões de si.

    A função transcendente e a dinâmica psíquica

    Esta é a função que, segundo Jung, no processo de desenvolvimento do ego vai ligar a vida consciente ao inconsciente de modo construtivo e cooperador. O Ego e o Self - centro da psique - de modo geral não estão em harmonia, podendo até mesmo estar em oposição.

    Como o inconsciente se comporta de modo compensatório ou complementar em relação à consciência, e vice-versa, para a Psicologia Analítica a transcendência de uma atitude a outra ocorre a partir da busca de significado e finalidade dos conteúdos que o inconsciente está trazendo.

    Jung entendia a dinâmica da psique, dentro do conceito da complementariedade - não há opostos com começo e fim e sim um continuum de experiências entre os opostos que vão se modificando e afetando todo o tempo.

    É esse jogo de forças que vai produzir os símbolos. Símbolo = aquilo que une. Nossos símbolos individuais - nossos sonhos, nossas marcas, emoções e sentimentos, nossa forma de funcionar no mundo - é o que une a nossa expressão consciente ao nosso inconsciente mais profundo, tendo no processo de individuação seu ponto máximo.

    Energia Psíquica para Jung, diferente de Freud, não se limita à energia sexual, mas diz respeito à energia vital. Energia não é algo que se define, apenas sabemos a sua manifestação. Energia que vem de ergos = que produz trabalho, modificação.

    Nas palavras de Grinberg (1997, p.9) "Assim como calor, luz e eletricidade são manifestações diferentes da energia física, fome, sexo e agressividade seriam expressões variadas da energia psíquica."

    A dinâmica psíquica se estabelece num jogo de forças entre o consciente e o inconsciente. Quando uma imagem surge na consciência tem uma força, resultado energético que tem a capacidade de nos afetar. E a consciência vai lidar com essa imagem de diferentes maneiras: projeção, repressão, assimilação ou integração.

    Sacrifício

    No processo de evolução psicológico chega um momento que o sacrifício se impõe de modo natural, sendo que o ego deve abrir mão do que está sendo solicitado, pois do contrário vem a estagnação.

    Para a Psicologia, este termo descreve o sacrifício da energia psíquica que está organizada numa dada direção. O modelo na civilização cristã ocidental é o sacrifício de Cristo na Cruz, para transcender o mundo e alcançar a ressurreição, cumprindo, assim a vontade de Deus. Este pode ser vivido como um momento de grande tensão e pavor, como ficou gravado na história cristã.

    Na relação Ego-Self, chega-se a um desses momentos em que ao ego é solicitado algo muito parecido. O ego pode não estar preparado para essa situação e entrar em conflito e sofrimento. Esses são os momentos de transição de uma situação ou estado a outro.

    O próprio Jung é exemplo disso, quando, para continuar avançando no que acreditava, precisou sacrificar sua amizade com Freud, carreira universitária e de médico no hospital psiquiátrico. Vem disso a perda do rumo da vida, a desorientação, a falta de solo firme que o ego está acostumado. O ego precisa renunciar livremente sem ter garantias do que vai receber e quais os novos rumos a vida terá.

    O sacrifício equivale a uma morte simbólica e, portanto, a um renascimento.

    Sombra

    Para Magaldi, "a sombra representa na psicologia junguiana os aspectos inconsciente de si mesmo, bons e maus, que por algum motivo e ego não consegue integrar." (2009)

    Podemos dizer que a sombra é a parte do Self que foi rejeitada pelo ego consciente. A sombra compõe-se de vários aspectos, indo desde a sombra pessoal, familiar, social em suas muitas facetas, até o arquétipo da sombra. Este último apresenta dificuldades bem maiores de conscientização, devido estar muito longe da experiência comum. Sua vivência pode levar ao estado de possessão, como na história de Fausto ou no confronto entre Cristo e o diabo, como nos conta o novo testamento.

    A sombra também funciona como o elemento provocador, irritante, perturbador. Aquele que desaloja a pessoa de seu estado de inércia psíquica para movimentá-la em outra direção, mesmo que seja contra a sua vontade. Às vezes ameaça a consciência de regressão e desintegração.

    Em geral, como há pouca consciência de sua constante presença, ela é encontrada em projeção. Este mecanismo parece ser o mais eficaz para localizá-la. Nos sonhos aparece como pessoas do mesmo sexo e nos mitos, ela é o vilão que combate o herói. A sombra possui enorme quantidade de energia que quando aceita, passa a ser útil ao ego, tirando o mesmo de suas limitações e bloqueios.

    Individuação

    Processo de desenvolvimento psicológico através do qual o indivíduo vai se aproximando cada vez mais de sua singularidade e totalidade. Para Jung, há no ser humano uma tendência, um impulso ou instinto, de tornar- se um ser cada vez mais completo do que se é no momento.

    O ego não é a totalidade da psique. Há um centro maior que abarca o ego e está muito além dele. O ego é o representante do Self (Ser Total), mas este é sempre percebido por cada um de nós como maior do que aquele. Porque temos uma disposição inata para a transcendência. Transcender nossa condição humana de existir. Existir = ex-estar = "condenados ao futuro" na expressão de Heiddeger. Estamos sempre diferentes a cada momento, sendo projetados, ou seja, somos sempre um projeto de ser, uma promessa de ser e essa é a angústia vital do ser humano. Tudo com uma única certeza, a da morte.

    É o ego que faz o processo de individuação. Precisa desapegar do corpo e se entregar à Alma. Desde que nascemos buscamos nos adaptar ao ambiente, às regras, à família e à sociedade, como forma de sobreviver e ser amado, mas essa adaptação pode nos afastar de nosso verdadeiro eu, nossa Alma inata que viemos realizar.

    Se não houver o confronto entre o Self e o ego, não há oportunidade para nascer o novo ego, mais integrado ao Self. O analista vai ajudar a integrar as partes, sair do conflito, na sua função de cura vai ajudar a encontrar o caminho para integrar as partes dissociadas. Esse é o início do processo de individuação.

    A individuação é um processo que permeia toda a vida humana. É o potencial latente a ser trabalhado, vivido. Segundo Jung "Só aquilo que somos tem o poder de curar-nos" (JUNG, 2007, §258)

    O processo de individuação, portanto, consiste em integrar nossas partes dissociadas, inconscientes, ao ego, consciência, para realizar o nosso Self, Si-Mesmo. Individuar é realizar o ser único que somos, nos diferenciando cada vez mais do comportamento em massa.

    Assim, individuação não é um ego bem adaptado, que vive profundamente o mundo racional e que contribui para que o indivíduo leve vantagens materiais sobre os demais. A individuação vai desnudar o self dos vários invólucros da persona e das imagens primordiais que tanto interferem em nossa vida. Então, individuar-se não nos exclui do mundo, mas aproxima o mundo de nós. (MAGALDI, 2009)

    Para Jung, nesse processo, a religiosidade é uma dimensão do homem que não pode ser negada. Jung coloca a religiosidade como uma função natural, inerente à psique, encontrada em todos os povos conhecidos.

    A psicologia junguiana põe em relevo a presença, no âmago da psique, do arquétipo de Deus ("indistinguível do arquétipo do Self"), sem pretender jamais afirmar nem negar a existência de Deus como ser em si mesmo. (SILVEIRA, 1997, p.133)

    Jung usa a palavra religião no sentido do religio = re e ligare. Ou seja, religar os aspectos conscientes (ego) às profundezas do inconsciente (Self), individuar-se.

    Entre todos os meus doentes na segunda metade da vida, isto é, tendo mais de 35 anos, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse constituído pela questão de sua atitude religiosa. Todos, em última instância, estavam doentes por ter perdido aquilo que uma religião viva sempre deu em todos os tempos a seus adeptos, e nenhum curou-se realmente sem recobrar a atitude religiosa que lhe fosse própria. Isto está claro, não depende absolutamente de adesão a um credo particular ou de tornar-se membro de uma igreja. (JUNG apud SILVEIRA, 1997, p.125-126)

    1. IMAGEM MITOLÓGICA DE SÍSIFO E O HOMEM CONTEMPORÂNEO

    Se tentarmos ver em Sísifo um modelo de homem, ele então será alguém tão convencido de sua força, de sua inteligência e de suas capacidades criativas que se considerará imortal. Morte, mudança, renúncia, reveses, nada disso existe para ele. (KAST, 1997)

    A morte é um controle poderoso que os deuses têm sobre os seres humanos. Seus mistérios nunca foram revelados a nenhum mortal que se tenha noticia. E Sísifo ousou desafiar a morte e o poder dos deuses.

    O castigo que Sísifo recebeu - ficar rolando a pedra cume acima da montanha infinitamente, apenas para vê-la rolar montanha abaixo justo antes de alcançar o cume - foi em decorrência de ter trapaceados os deuses, fugindo da morte. Os truques de Sísifo estavam alterando a ordem estabelecida das coisas, da vida e da morte.

    Vida e Morte. A dicotomia da existência que impulsiona, dá esperança, força para a realização. Vida e Morte, dois lados da mesma moeda; continuidade sem fim? Quando Sísifo desafia Zeus conseguindo a fonte de água para Corinto, está presente essa dicotomia também. Poder do Homem x Poder de Deus. Esse mundo e o outro mundo.  

    Não podemos ver o mesmo comportamento no homem contemporâneo que desafia a morte com seus avanços tecnológicos, a medicina e suas técnicas de rejuvenescimento? Escravos da juventude e da saúde, com pânico da morte. Não querem morrer, querem vencer os deuses. Mas quando não há a perspectiva da morte, será a vida uma eterna repetição infinita?

    Por outro lado, é a repetição de experiências, padrões de comportamento e situações, que permite a tomada de consciência e por conseqüência, mudança e evolução. Mas a repetição, paralisia no mesmo lugar, é uma forma de morte, pois sem possibilidade de mudança, conclusão de ciclos, não há vida.

    Portanto, se vida é transformação, Sísifo está morto no seu esforço repetitivo? Mas ele pode ter se vingado mais uma vez porque a cada vez que Sísifo levanta a pedra montanha acima, uma nova esperança renasce de que novo fim aconteça.

    Aqui aparece uma nova dicotomia que o mito traz - como saber até quando lutar, persistir, roubar um pouco mais de vida da morte e quando reconhecer que é sensato entregar-se, admitir a derrota, largar a pedra e seguir adiante.

    Quantos na nossa sociedade sentem-se sobrecarregados com a quantidade ou qualidade do trabalho; trabalho não prazeroso na maioria das vezes e não tem coragem de largar a pedra e começar uma nova história? Ficar preso numa mesma luta constante, num mesmo objetivo, com a energia focada em uma única direção - seja o trabalho, ou qualquer outro pilar da vida - leva a uma morte em vida.

    Talvez o modo como a maioria das pessoas vivencia a si mesmo atualmente, sem refletir e questionar a possibilidade de mudar, seja de fato um trabalho de Sísifo. Quando o homem contemporâneo foca no trabalho sua energia total, acreditando que do dinheiro daí advindo, virá a realização, a felicidade, ignorando outras necessidades de realização individual, coletiva e espiritual, pode ficar reduzido ao vazio da repetição infinita.

    Assim o homem da sociedade capitalista é visto como alguém que se coisifica pela moral utilitarista, tendo como meta a redução da capacidade do homem produtor, suprimindo as alegrias e a paixão, condenando-o ao papel de máquina entregue ao trabalho contínuo sem trégua nem piedade. (MAGALDI, 2009).

    Mas devemos olhar para o trabalho de Sísifo não apenas como o trabalho externo, mas como o trabalho interno, necessário ao homem para evoluir, integrar-se, individuar-se. No processo terapêutico, por exemplo, há uma repetição criativa de situações, pois a evolução é uma espiral que parece sempre voltar ao mesmo ponto. Mas a cada nova experiência, fica diferente a manifestação, o sentimento, a neurose.

    Se Sísifo simboliza o ego e seu trabalho de criar mais e mais consciência, os deuses simbolizam o inconsciente coletivo e neste caso uma reação compensatória destrutiva, o que indica que a atitude da consciência é inadequada, para lidar com a situação.

    Sísifo tinha uma relação conturbada com os deuses, de disputa constante, não dimensionando adequadamente as forças que estavam em jogo. Em terapia, ao longo do processo de individuação, quando o ego está isolado ou com uma relação destrutiva com o inconsciente, ele não consegue perceber que está em desvantagem frente à psique objetiva.

    Com suas atitudes e comportamentos não adaptados, Sísifo se expôs à ira e vingança dos deuses - ou a uma reação destrutiva do inconsciente. O que fez teve conseqüências não só pessoais, mas também para todos. Sísifo não foi capaz de aceitar os desígnios dos deuses, seu destino. Tentou mudar a ordem da criação e a realidade humana.

    Jung ressalta quando de seu confronto com o inconsciente o quanto é importante para o ego aceitar seu destino. No processo de individuação chega-se a um momento crucial, que é o momento do sacrifício. Ao ego é solicitado algo do qual não quer abrir mão. É uma situação angustiante. Há uma luta interna muito grande para abrir mão de coisas consideradas preciosas. Mas se isso não for feito, a evolução não avança.

    O objetivo do confronto com o inconsciente é criar a função transcendente que vai unir os dois lados em conflito, procurando chegar a uma cooperação construtiva.

    No mito de Sísifo parece-nos que isso não foi possível. A relação entre ele e os deuses era de disputa, de tentar vencer o inconsciente através de truques e artimanhas bem simplistas.

    1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

    O homem contemporâneo carece de lentes para auxiliá-lo a enxergar os deuses que o rodeiam, e aqui deuses são manifestações arquetípicas com conteúdos energéticos de pólos opostos, que podem ativar a sombra ou trazer a luz para mostrar o caminho da individuação.

    A função transcendente nesse caso pode se manifestar como um obstáculo que paralisa o ego temporariamente de seguir o caminho, até então apresentado como único possível.

    Sísifo recebeu esses "obstáculos" como desafios e seu ego obsessivo fez com que ele canalizasse a energia para superá-los ao invés de tentar entendê-los como possibilidade de integrar seus conteúdos inconscientes.

    Os deuses contemporâneos se apresentam nos menores detalhes, nos processos de sedução que se desdobram em assedio moral, na carreira meteórica que pode trazer um câncer consigo, na desumanização das relações, eliminando todas as possibilidades de respeito. No mito de Sísifo, os deuses Tânatos, Ares, Hades e Hermes se apresentam aparentemente como os obstáculos a serem vencidos, porém na realidade eles representam a oportunidade de redenção se observados de forma intuitiva.

    1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    BIERLEIN, J. F. Mitos Paralelos. Ed. Ediouro, 2003.

    BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega, Ed. Vozes, 1996.

    BRENNAN, Anne e BREWI, Janice. Arquétipos Junguianos, A espiritualidade na meia-idade. Ed. Madras, 2004.

    GRINBERG, Luiz Paulo. Jung, o homem criativo. FTD, 1997

    JUNG, Carl Gustav. O Eu e o Inconsciente in Obras Completas, Vol. VII/2. Ed. Vozes, 16ª Ed., 2002

    JUNG, Carl Gustav. Fundamentos da Psicologia Analítica in Obras Completas, Vol. XVIII/1, Ed. Vozes. 10ª Ed. 2001

    JUNG, Carl Gustav. (Org.) O Homem e seus Símbolos. Ed. Nova Fronteira, 1977.

    JUNG, Carl Gustav. Memórias, Sonhos e Reflexões. Ed. Nova Fronteira, 1975.

    JUNG, Carl Gustav. Símbolos da Transformação. Ed. Vozes, 1975.

    KAST, Verena. Sísifo. A Mesma Pedra-Um Novo caminho. Ed. Cultrix, 10ª Ed., 1997

    MAGALDI, Waldemar. Dinheiro, Saúde e Sagrado. Eleva Cultural, 2ª Ed., 2009

    SILVEIRA, Nise da. Jung, vida & obra. Paz e Terra, 18ª Ed. 1997.

    Autor: : Ana Luiza Iughetti Feres - Terapeuta Holística - CRT 42969
    Última atualização: 02/06/2011 15:05


    A Dança-Terapia em Cinco Movimentos

    A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística

    Propositura de Palestra: 

    Palestrante:

    José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43 913

    Arte-Terapia EMANUEL 

    Rua 15 de Novembro, 910, Sala "A" 

    Palotina, PR 

    CEP: 85950 000 

    Autor: José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913

    Titulo: "A Dança-Terapia em Cinco Movimentos, uma terapia complementar da Psicoterapia Holística"

    Local: Sala de Arte-Terapia Emanuel, Rua 15 de Novembro, 910, Sala: A  -Centro-

    Palotina, Paraná, CEP: 85950-000 

    É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

    "Temos que nos unir na dança, para aprender a cantar a musica da VIDA"

    Augusto Cury. 

    "A Dança-Terapia, é a arte para o movimento, criatividade para a mente. Tudo isso se mistura e entrelaça. Criando uma tensão similar ao beijo entre a beleza e a feiúra. Barrando os preconceitos da sociedade" (Tomado do pensamento da mestra em Dança-Terapia a espanhola, Maité León) 

    "O ser Humano é um nu de relações"

    Leonardo Boff 

    Dedicatória: "Minha modesta homenagem a todas as pessoas que acreditaram na minha proposta e até hoje embarcam neste navegar pelas águas transparentes da nossa lagoa imaginaria"

    José. 

    SUMÁRIO: 

    1. Introdução ao método.
    2. Breve resenha histórica da Dança-Terapia.
    3. Breve resenha histórica da Dança-Terapia na minha vida profissional no Brasil e sua relação com a Psicoterapia Holística.
    4. Os cinco movimentos chineses e sua relação com a Dança-Terapia.
    5. O texto das músicas e sua relação com o histórico emocional do cliente.
    6. A Psicoterapia Holística fonte de diagnóstico e prognostico do emocional do cliente segundo o paradigma Vigostkyano.
    7. Os ritmos latinos: samba, salsa, tango, bolero e sua relação com os nossos arquétipos. Nossos ancestrais africanos.
    8. O Método, alguns exemplos.
    9. Conclusões.
    10. Bibliografia.

    TERMOS:

    1. TH, Terapeuta Holístico.

    1. DTH, Dança Terapia Holística.

    1. SH, Psicoterapia Holística


    RESUMO: A DTH em cinco movimentos é uma terapia complementar que auxilia o TH que desenvolve as técnicas da SH (Aconselhamento) a resolver e canalizar conflitos emocionais de seus clientes que não foram tirados para fora na catarse, por diferentes tipos de bloqueios que o cliente enfrenta no momento da SH e que tem muito a ver com seu estado emocional no momento em que foi a plicada a técnica como exemplo: "A Vivência", fatores ambientais, de saúde, barreiras etc. A DTH se enriquecem com a pantomima, o balé clássico, as danças modernas e contemporâneas, assim como as do folclore das diferentes culturas com seus movimentos: condensados, leves e quebrados como catalisadores de emoções reprimidas. Nossa cultura ocidental não pode perder de vista os arquétipos trazidos pelos africanos que fazem parte dos campos energéticos do continente junto aos da Antiga Grécia e toda a mistura cultural e a miscigenação que nossos países latino-americanos sofrem, assim como nossas culturas aborígenes que tem uma riqueza enorme de imagens arquetípicas, por esses fatos históricos a DTH trabalha os ritmos latinos e caribenhos assim como os nordestinos e os movimentos de nossos orixás que na rumba, conga, guaguancó, salsa e etc. estão muito presentes.

    Não podemos perder a perspectiva que os orixás têm a mesma condição arquetípica que os deuses politeístas gregos eles se debatem entre o HERÓI E A VÍTIMA da mesma maneira, só mudando a embalagem e estes orixás estão cheios de erotismo e sensualidade. Por isso o DTH associa o rimo a cor dos meridianos em dependência da sua intensidade. A salsa com o movimento fogo e cor vermelha que o TH já trabalha com o cliente na sessão de cromoterapia. Outro fator importante é o envolvimento com o texto já que cada movimento terá uma justificativa em relação com a mensagem que o conteúdo poético da música nos passa como, por exemplo, a música: Vitoriosa, de Ivan Lins, muito apropriada para resolver conflitos relacionados com a sexualidade. A DTH é uma terapia de grupo que permite a  

    abordagem indireta do conflito que muitas vezes o cliente na sala não que falar ou simplesmente não faz o INSIGHT pela própria resistência. É de fácil aceitação pelos clientes e traz muito bem estar psicofísico para eles, por isso sua condição holística. 

    ESCLARECIMENTO: Sempre vou falar de clientes no termo feminino já que até hoje só e tido esta experiência em mulheres, meu sonho e formar uma turma de homens, mas eu estou no Sul onde o machismo é muito forte e só consegui reunir turmas de DTH de casais que seria outro trabalho a abordar no futuro. Meus clientes homens só fazem TH ou recebem a técnica da psicanálise. 

    1 - INTRODUÇÂO: 

    "A DTH em Cinco Movimentos" é uma terapia alternativa que auxilia o trabalho do TH, como outro canal para complementar e comprometer aqueles aspectos emocionais do cliente que no consultório não ficaram resolvidos. Comprometendo o corpo em conjunção com a alma, assumindo a emoção como um todo indivisível o cliente por meio dos movimentos condensados, quebrados e leves, assim como pela mímica em sintonia com a música e seguindo o texto do compositor, sua compreensão e expressão do conteúdo mediante o corpo tiram para fora emoções reprimidas e passa por estados catárticos sem sofrer, além de que compartilha com o grupo assumindo-se como ele é na totalidade em outra dimensão cósmica. A DTH em Cinco Movimentos é além de preventiva para doenças da terceira idade como o Mal do Alzheimer.

     

    2 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA: 

    Após da caída do franquismo na Espanha, o terapeutas e pedagogos assim como todas as pessoas de boa vontade, saíram na rua com os síndromes de down e todo tipo de deficientes físicos e mentais como uma forma de dizer ao mundo que todos tem o direito a expressão na diversidade. As teorias de Vigostky e seus postulados cognitivos (entre eles o mais significativo o referente a ZDP Zona de Desenvolvimento Proximal) trouxeram uma forma nova de intervenção terapêutica, novos paradigmas desafiarem os profissionais da saúde entre eles, os terapeutas, que tiverem que ser mais criativos e abrir-se as novas formas que os novos tempos exigiam. E foram os terapeutas que tiverem um destaque no campo da dança-terapia e a sua relação entre: "Texto - compreensão - movimento - expressão" O nome da técnica na Europa e em Cuba países que destacam  até hoje na sua aplicação é: PSICOBALLET. Podem ser encontrado nos livros ou na internet. Sua pioneira e promotora até hoje a Sra. Maité León. 

    3 - BREVE RESENHA HISTORICA DA DANÇA-TERAPIA NA MINHA VIDA PROFISSIONAL NO BRASIL E A SUA RELAÇÃO COM A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA.    

    O Psicobalé entrou na minha vida profissional depois da queda dos muros de Berlin, no princípio dos anos 90 que comecei trabalhar como terapeuta na ONG Cáritas Internacional trabalhando a técnica com crianças portadoras da Síndrome de Down e, logo depois, já com deficientes cognitivos e físicos assim como pessoas da terceira idade que na época pelas limitações econômicas que enfrentava o governo de Cuba, não conseguia oferecer mais de graça a população este serviço e uma grande quantidade de profissionais capacitados para esses fins terapêuticos tinham escolhido o exílio (o pais enfrentou o maior déficit de profissionais da sua historia naquela época). Isso me permitiu até capacitar-me e sair fora do pais para me profissionalizar e trabalhar para a ONG.

    No ano 2004 quando cheguei ao Brasil com quarenta e seis anos e, quase trinta de experiência profissional tive que buscar uma maneira de sobreviver e ajudar a minha Sra. na construção do novo projeto de vida (O casamento). E, encontrei no PSICOBALÈ uma forma de trabalhar honradamente e tornar-me conhecido como profissional sem agredir aos outros terapeutas que não conheciam esta técnica.

    Tive como primeiro desafio, que mudar o nome por PSICODANÇA, que após de entrar nos terapeutas holísticos no ano 2008, definitivamente leva o nome de (DTH) DANÇA-TERAPIA HOLÌSTICA. Como uma forma de cumprir com as NTSV, já que alguns psicólogos mal intencionados se sentiam invadidos pelo prefixo (psico-). Foi então, que decidi montar minha própria sala seguindo as regras de marketing aprendidas no curso de Psicoterapia Holística da Turma de 2008, a qual pertencia, de como montar um consultório seguindo a NTSV. Foi no ano 2008 em que comecei a relacionar o corpo com a mente já que por vir de uma ditadura onde trabalhei quase trinta anos eu mesmo, como terapeuta tinha meus próprios preconceitos.

    Ter o Consultório junto com a sala de Psicoterapia Holística me proporcionou uma melhor pratica e interação com as técnicas numa retroalimentação dialética e uma dinâmica de trabalho que até hoje no ano 2011 continuo com resultados, muito mais obtive a perseverança das clientes. E, até não fiquei tão preso na psicanálise como  

    uma técnica a aplicar. Comprovei na pratica que muitos clientes aplicando a técnica: Aconselhamentos caminhavam mais de presa na sua evolução emocional e pessoal já que a DTH complementava a parte do toque que não tinham no consultório, toque em coletivo que me deixava mais leve e confiado que aquele que poderia ter sozinho no consultório com o cliente. Já que na DTH o toque e direcionado pelo terapeuta entre eles e faz parte da coreografia, entrando na vida daquelas, mais fechadas de uma maneira natural. 

    4 - OS CINCO MOVIMENTOS CHINESES E SUA RELAÇÃO COM A DTH. 

    O cliente durante as sessões de PH através da técnica de Aconselhamento vai conhecendo e se familiarizando com as cores dos CINCO MOVIMENTOS CHINESES. Além de que minha abordagem é de ordem integrativa, não descarto nada sempre que me seja útil, e não transgrida as NTSV. Meus clientes na sua maioria tiveram algumas vezes sessões de cromoterapia e o bastão cromático, que os ajudou a encontrar a nível consciente as cores na sua imaginação. Por isso na hora da DTH os ajudou a encontrar as cores pelo conteúdo da musica, ou seja, a mensagem do texto assim como pela sua estrutura melódica.

    1- A musica: Camarada água do grupo Teatro Mágico, é bem explícita no meridiano que aborda e a cor azul já que o cliente e que sempre todos nós associamos o azul-água, embora que no momento coreográfico e a mímica dos movimentos tenha alguns bem condensados.

    2- A música: Pássaro de Fogo da Paula Fernandez, pelo conteúdo da música já a palavra FOGO explicitamente leva ao cliente a cor vermelha e durante toda a dança se imaginam vestidas de vermelho.

    3A música: VITORIOSA de Ivan Lins, é mais branco, mais para dentro, centrípeta, por isso se associa ao metal, muito apropriada para trabalhar frigidez e anorgasmia. O MOVIMENTO metal leva a se relacionar a cliente com a introdução do falo como fonte de prazer, é um ato de VITÓRIA é a heroína que consegue satisfazer ao macho. 

    Estes três exemplos ilustram um pouco, como abordo os movimentos chineses e as cores além de que após das vivencias para tirar as clientes do sofrimento já tenho trabalhado com todas elas uma Lagoa de águas transparentes imaginária, que todas têm, e uma ave que representam como gaivotas, cisnes, beija flor. Então essa lagoa contém as cinco cores dos movimentos e seus significados e no momento de voltar a realidade ou de sair do momento catártico o TH coloca a música e faz lembrar a lagoa imaginaria e coloca o elemento que a cliente precisa mais, por exemplo si a cliente esta precisando de equilibro o TH enfatiza em que ela observe os girassóis pela cor amarela (nossa terra que foi feita em prefeito equilibro) A música da LAGOA e trabalhada na DTH com movimentos muito leves e condensados, como não tem texto o TH direciona este exercício corporal a relaxar o corpo. A música: Ar de João Sebastião Bach numa versão que inclui sons das aves e da natureza, numa versão do grupo Café Do Mar (grupo de musica contemporâneo eletroacústica que revive a música erudita dos grandes clássicos da humanidade)  

     

    5 - O TEXTO DAS MÚSICAS E SUA RELAÇÃO COM O HISTÓRICO-EMOCIONAL DAS CLIENTES.

    Já tenho abordado que minhas clientes me oferecem muito material emocional para trabalhar na DTH no momento da VIVÊNCIA, assim como nas sessões da psicanálise, nos momentos de resistência. Esse material é guardado e na hora de montar o roteiro das músicas para trabalhar na DTH, eu tenho em cada sessão a oportunidade de trabalhar de oito a nove músicas e algumas vão direcionadas a uma cliente em específico numa abordagem indireta de seu conflito. O exemplo da música Sonho impossível de Maria Betânia pode ilustrar já que o conteúdo do texto vai direcionado a resgatar a possibilidade de voltar a sonhar até com o impossível e uma delas pode ter me falado na TH que queria já se entregar e renunciar a seus objetivos ou pelo contrário em sua linguagem não estava explícito e sim na sua fase o simplesmente se fecha a progredir. 

    6 - A PSICOTERAPIA HOLÍSTICA FONTE DE ANAMNESE E PROGNÓSTICOS DO EMOCIONAL DO CLIENTE SEGUINDO O PARADIGAMA VIGOSTKYANO. 

    O paradigma vigostkyano: de diagnóstico - intervenção - prognóstico, oferece ao TH uma dinâmica de trabalho muito rica. Seu descobrimento da Zona de Desenvolvimento Próximo na área da pedagogia deixou aos terapeutas muito mais otimistas e hoje além de que o Império Socialista Russo não existe mai, não podemos esquecer e deixar de valorizar as descobertas deles na sua urgência de construir um mundo melhor e mais participativo. Todos nossos clientes têm essa zona já que é uma descoberta reconhecida pela OMS. Ter conhecimento dela e de suas infinitas possibilidades permitem ao terapeuta enriquecer sua intervenção com o cliente e muito mais, reduzir o tempo de intervenção, obtendo resultados mais imediatos que sei bem, o cliente se recupera mais rápido e, é um cliente que perdemos e nos indicará outros já que pela minha experiência pessoal nossos melhores marqueteiros são nossos próprios clientes. Eu tenho o costume de chamar: Marketing de boca a boca. Para a DTH a descoberta da ZDP de Vigostky é muito importante no sentido de que as pessoas que chegam a nossos consultórios são muito carentes e bem muito contaminadas cheias de limitações que elas mesmas colocaram em sua cabeça é uma barreira contra a qual temos que lutar no dia a dia já que DTH pela complexidade que vão alcançando os movimentos e por ser uma terapia de grupo onde a cliente pode se frustrar pelos progressos das outras e não compreender suas limitações e se desenvolver no grupo com elas, sofrem o perigo de desistir. 

    7 - OS RITMOS LATINOS E CARIBENHOS: SALSA, SAMBA, BOLERO, RUMBA, GUAGUANCÓ E SUA RELAÇÃO COM OS NOSSOS ARQUÉTIPOS. NOSSOS ANCESTRAIS AFRICANOS. 

    Quando eu falo do Brasil estou me referindo ao marco estreito da cidade de Palotina onde moro faz oito anos, aqui desempenhei minhas experiências profissionais. Por "isso sempre nas palestras e no meu livro em português uso o termo "Impressão" O seja, "Impressão diagnóstica, cultural, social etc."

    Na cidade onde moro nos seus ancestrais culturais predominam as culturas: alemã e italiana, falar de arquétipo no sentido clássico junguiano não é tão compreensível  e  

    de fácil aceitação. Mas, quando a gente fala dos ancestrais do povo de Bahia o nordestino, é outro o assunto (Os ancestrais africanos). Um empobrecimento da visão cósmica de Deus e sua presença, essa "Energia de fundo" (Que muito bem aborda Boff na sua literatura teológica e latino-americana) Que nos capacita para acolher a Deus em todas as coisas, é muito limitada e empobrecida pela falta de cultura e o fanatismo religioso de alguns que querem cosificar a DEUS. Além de que no ano 2004 alguns pseudo-terapeutas holísticos tinham deixado a cidade no espanto (todo ao contrário que logo após conheci no SINTE)

    Nessa realidade tive que colocar os ritmos latinos que eram aqueles que conheciam para começar meus projetos e tornar conhecido meu trabalho, era minhas ferramentas terapêuticas de como me projetar profissionalmente nessa área. Tudo começou com a músicaSimbalaiê da cantora Maria Gadú e os movimentos de braços semelhante Yemaya (o uso do port de bras e suas ondulações) Uma coincidência significativa já que Filipo Taiglione o mestre do balé quando desenvolveu este movimento nas suas bailarinas não tinha conhecimento das danças africanas (ele era Frances e não viajou a África). Todo muito bem explicado pelo Jung nos seus estudos da sincronicidade.

    Então tive que explicar para elas conceitos como politeísmo e revelar que as danças caribenhas dançadas durante quase três anos vinham dessa cultura que elas rejeitavam por se sentir traindo sua religião: conga, rumba, guaguancó não são outra coisa que a imitação dos movimentos do Deus Xangó. Estes bailes nascidos em Cuba se espalharam muito rápido pelos países do Caribe e deram origem ao "Ritmo Salsa" hoje dançado no mundo e que até um Congresso Internacional anualmente se celebra em São Paulo.

    Explicar a elas a história da musica Simbalaiê foi muito significativo já que a maioria após da experiência tiveram muitos insight e após de voltar das vivências conseguiam ver o mar, os barquinhos, os pescadores,... E saíram da técnica muito, mas relaxadas e tirando um maior proveito depois na DTH no momento de dançar a música.

    Ao respeito de Simbalaiê:  

    "Shimbalaiê é uma canção da cantora Maria Gadú do seu álbum homônimo. Lançada como primeiro single, em agosto, a canção foi incluída na trilha sonora da novela Viver a Vida e, a partir daí, se tornou um sucesso pelo Brasil inteiro.

    A canção foi sua primeira composição, composta aos 10 anos de idade, que segundo a cantora, foi feita no momento do pôr do sol em uma praia quando ela estava sozinha olhando o feito e sem o violão. Afirmando que "Shimbalaiê" foi uma espécie de susto e que não gostava tanto de escrever (em forma de composição), assim Maria Gadú só voltou a compor 9 anos depois.

    -"Eu só  estava descrevendo uma paisagem."

    A cantora afirma que a palavra não tem nenhum significado, mas na verdade a expressão deriva de um dialeto africano.

    Existem várias formas de se escrever, no entanto, a forma correta é Ximbhalaijè, que poderia ser traduzida assim: Ximbha (natureza, meio ambiente) - Laijè (alma, deus, espírito)".

    Nossa condição de Holísticos tem também que priorizar a parte CULTURAL l do cliente algo a sugerir nas NTSV porque o brasileiro não tem hábitos de leitura e o país tem o lugar 53 em desenvolvimineto educacional mundial, então a ignorância pode conspirar contra as interpretações de nosssas técnicas. Nesse sentido temos que ficar bem de plantão para ter sempre uma resposta convincente na ponta da língua. 

    8 - O MÉTODO E, ALGUNS EXEMPLOS: 

    No meu canal: Z1957A, em Youtube se podem encontrar alguns exemplos das DTH (com músicas com texto e sem texto compreensível ou não). Quando trabalho música em espanhol antes dou uma folha com a tradução do texto ao português para que elas tenham idéia da mímica a imitar como neste primeiro exemplo de uma das músicas que além de ser interpretada em espanhol me tem acompanhado sempre e com muita aceitação: 

    1. O despertar música da cantora e compositora Liuba Maria Hevia (cubana)

    http://www.youtube.com/watch?v=L1BwHBRE2X4 

    Muito importante esclarecer que o uso da bola de pilates só esta em função da dança, não como meio de treinamento físico e assim respeitar as NTSV. 

    1. Uma salsa: A do biquíni vermelho, a compreensão do texto não é o que importa, é o movimento fogo (cor vermelho) e o trabalho da lateralidade direita e esquerda com a bolinha que tem na mão em função do equilibro. Estes exercícios vão direcionados a prevenir o MAL do Alsaimer.

    http://www.youtube.com/watch?v=xfpd12XCzGs 

    1. Felicidade musica que seus movimentos e compreensão do texto viraram uma coreografia para torcer pela Copa do Mundo com o predomino da cor verde (o movimento madeira) mostra como elas se expandem fazendo uso do espaço e dos movimentos circulares.

    http://www.youtube.com/watch?v=JD3JfqiNW6Q 

    1. Música: Quero-te, um texto poético do Mario Benedetti, um dos poetas uruguaios mais conhecidos na contemporaneidade o texto foi musicado por Alberto Fávero e o interprete é o cantor Jairo (ambos argentinos). Os movimentos direcionados ao movimento metal (cor branca). Condensados, leves, em movimentos circulares mais avançados enfrentando o desafio de dos círculos já que o texto expressa a unidade e a solidariedade em grupo, cotovelo com cotovelo para ser, muito mais que dois!

    http://www.youtube.com/watch?v=PbXxIFe84Us 

     

    9 - CONCLUSÕES: 

    A DTH em Cinco Movimentos é uma terapia alternativa de grupo que auxilia o trabalho do TH como complemento de seu trabalho no consultório. Insere ao cliente num grupo e trabalha a socialização e os laços interpessoais. A diferença de outras técnicas corporais aplicadas no Brasil a DTH em Cinco Movimentos compromete a área cognitiva da personalidade além da afetiva porque se trabalha a compreensão dos textos músicas desenvolvendo e ativando os processos do pensamento: análise, síntese, comparação, generalização e abstração. Por isso é preventiva na ordem de doenças mentais futuras a da própria terceira idade dependendo da faixa etária do cliente, doenças como o Mal do Alzheimer, isquemias, paralises cerebrais e faciais etc. Dos grupos de DTH se formou um subgrupo de Dança Contemporânea da Terceira Idade: EMANUEL. Temos participado de quatro festivais nacionais e três internacionais e durante meu intercâmbio com outros terapeutas que aplicam a técnica não descobri nenhum que na sua abordagem trabalhe as áreas cognitivas da personalidade. Nosso grupo já tem dez prêmios (seis primeiros lugares, três internacionais e três no Brasil, e quatro segundos lugares três no Brasil e um internacional). 

    10 - BIBLIOGRAFIA: 

    * Boff, Leonardo. - O terapeuta do deserto.

    -O tempo da transcendência. Editoras Vozes

    * Vieira Filho, Henrique. O corpo como portal do conhecimento. Conferências tomadas do curso de Holística Turma 2008: Terapia Holística, Marketing assim como as NTSV. CONAN, Conselho Nacional de Auto-Regulamento e Normalização Voluntaria, São Paulo - SP - Brasil

    * L.S. Vigostky. Pensamento e Linguagem. Editorial Povo e Educação, Cuba.

    * Reich fala de Freud, Editora Moraes.

    * Guerra Ramiro. Eros baila: Dança e sexualidade. A Havana, Editorial Letras Cubanas

    Autor: : José Antonio Rodríguez Reina - Terapeuta Holístico - CRT 43913
    Última atualização: 03/06/2011 07:49


    A RADIESTESIA, A RADIÔNICA, A GEOBIOLOGIA E A HARMONIZAÇÃO DOS AMBIENTES À DISTÂNCIA

    A RADIESTESIA, A RADIÔNICA, A GEOBIOLOGIA E A HARMONIZAÇÃO DOS AMBIENTES À DISTÂNCIA  

    Muriaé(MG)

    Maio/2011 

    NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA

    CRT 30758 TERAPEUTA HOLÍSTICA 

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2011 

                "Podemos aprender a sabedoria através de três métodos: primeiro, refletindo, o que é mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, pela experiência, que é o mais amargo".

    (CONFÚCIO) 

                Dedico este estudo aos incansáveis que na sua eterna pesquisa pensam que descobriram alguma coisa. Agradeço a Deus pela vida e pela consciência que tento centrar em mim. Ao SINTE pela oportunidade de externar minhas pesquisas e as minhas filhas pela paciência em tentarem me entender e me ajudarem. 

    SUMARIO 

    1- Introdução             07

    2- Material e metodologia                    08

    2.1- Material empregado          08

    2.2- Métodos realizados                                                                       08

    3- Vibrações energéticas do planeta terra                  09

    3.1- Esferas            10

    3.2- Micro e macrocosmos          10

    3.3- Luz            10

    3.4- Trevas                                                                                         11

    4- Linhas HARTMANN           12

    5- Linhas CURRY            13

    6- Polaridades            14

    6.1- Centros energéticos de ambientes        15

    6.2- Drenagem           15

    6.3- Capacidade vital - vibrações em ANGSTRONS                         15 

    7- Como proceder para harmonização                  15

    7.1- Impregnação            15

    7.2- Desimpregnação          16

    7.3- Remanência                                                                                  16

    8- Paralelo entre Geobiologia e Feng Shui                                                     17

    9- Exemplos de sucesso           18

    9.1- Procedimentos a observar                                                            19

    10- Resultados                                                                                                20

    11- Discussão                                                                                                  20

    12- Conclusão                                                                                                  21

    13- Referências bibliográficas                                                                      23 





    RESUMO 

    O importante desta vida é nunca se cansar de pesquisar, procurar descobrir caminhos novos, se não para os outros, pelos menos para aquele que procura e é por este caminho novo de HARMONIZAÇÃO DE AMBIENTES, aqui entendido como pequena área como a própria casa de morada, ou grandes áreas como um sítio ou fazenda, que resolvi me aventurar, visto que muitos clientes meus demoram mais a se harmonizar pelo simples fato de estarem em ambientes desarmonizados e isto pode e deve ser mudado, bastando boa vontade, estudo, ação e a ajuda da Radiestesia e Radiônica. Os gráficos da Radiônica e o rodar do pêndulo, seja no sentido anti-horário para tirar energias negativas, seja no sentido horário para colocar energias positivas, fazem acontecer resultados esplendorosos. 

    1. INTRODUÇÃO

    Geralmente, por volta dos sete anos de idade, diz-se que chegamos à "idade da razão", é quando começamos a perceber a realidade do mundo à nossa volta, e a medida que vamos vivendo e estudando, esta realidade vai se ampliando e nossa consciência sendo gradualmente alterada com a expansão, pressão energética e com as vibrações mais sutis. Além disso percebemos e assistimos muitas mudanças em nossos sistemas sociais, comerciais, industriais, religiosos e institucionais.

    Há  muito mais o que se descobrir no universo porque o que conseguimos ver e observar não passa de 3% e os 97% restantes permanecem ocultos para nós. Por isso, é importantíssimo o pesquisar, descobrir algo para melhorar o interior e o exterior. É necessário equilíbrio e harmonia para se ter uma vida plena de alegria e abundante de saúde. A nossa plenitude e força interior dependem das forças e energias da natureza, água, florestas, terra com todos os seres vivos visíveis e invisíveis.

    O ritmo de nossa vida espiritual, profissional e amorosa depende dos ritmos de nossa Mãe Natureza. Isto nos leva a estudar um pouco sobre ela. Nossa pele, ao contrário da maioria dos animais, ditos irracionais, não apresenta nada que a cubra como pelos espessos, couro, penas, nada. Por isso, a importância da proteção da "CASA". Nossa casa é nosso refúgio, nosso aconchego, nosso lar. Refletindo sobre este habitat chegamos à seguinte reflexão: o que torna uma casa doente, atraindo azar, brigas frequentes, traições, suicídios, maus negócios e acidentes? O que torna os lugares densos, os consultórios sem clientes, as lojas sem fregueses? O que causa a compulsão pelo uso de drogas e alcoolismo? E tal pedaço de estrada ser palco de frequentes acidentes com vítimas fatais?

    Há  estudos comprobatórios de que a maior parte das causas destes desconfortos todos são as energias negativas que fluem do subsolo, que entrelaçam no ar, que passam por nós, por nossas casas e terrenos, sítios, fazendas, deixam aquele desequilíbrio e nem percebemos. Neste estudo, vamos aprofundar um pouco sobre isto.

    Mas para que esta harmonização chegue é preciso que permitamos nossa conexão pessoal com o fluxo de bem-estar e com tudo que é absolutamente bom. A vida está sempre fluindo para você e através de você. O equilíbrio vibrátil consciente é nosso objetivo. 

    2- MATERIAL E METODOLOGIA  

    2.1- Material empregado

    • Plantas das casas;
    • Mapas dos terrenos;
    • Gráficos de Radiônica;
    • Pêndulos;
    • Cristais

    2.2- Métodos realizados

    Harmonização dos ambientes a distância usando os mapas e plantas baixas de casa.

    Quando um cliente está apresentando dificuldade de harmonização, mesmo nós terapeutas estando empenhados nisto, fazendo o melhor que podemos, notamos que o que está ocorrendo é uma desarmonia na casa deste cliente. Para termos sucesso neste processo, é necessário, portanto, partir para o estudo da casa dele. Para isto, é necessário trazer a planta baixa e nela vamos analisando junto com o cliente os pontos básicos:

    • Onde está sua cama?
    • Sabe onde passa a rede de esgoto?
    • E a parte hidráulica?

    Anota-se tudo na planta baixa e, a partir daí, vamos também pesquisando com o pêndulo:

    • Onde estão as linhas negativas?
    • Onde se cruzam?
    • Quais os pontos positivos e negativos?

    Depois de analisar tudo isto e marcar na planta, vai se proceder ao desbloqueio dos pontos negativos, com rotações do pêndulo primeiro no sentido anti-horário e depois no sentido horário, quantas vezes for necessário.

    Coloca-se a planta em cima de um gráfico da Radiônica que pode ser: Pantáculo, Escudo Protetor, Losango solar, Turbilhão com sol, Estrela (Pentagrama), ou outro que o pêndulo indicar.

    Nos pontos negativos coloca-se um cristal durante o tempo que o pêndulo determinar, geralmente um ou dois dias.

    Quanto à cama, coloca-se a cabeceira no sentido do Norte da Terra e se não for possível, coloca-se um gráfico voltado para o Norte debaixo da cama e energiza-se este gráfico com rotações do pêndulo pelo menos duas vezes por semana.

    Se for para estudar um terreno como lote urbano, ou sítio, ou fazenda, procede-se da mesma maneira:

    • Verificar onde estão as linhas de energia;
    • Onde estão os pontos positivos e negativos que é a polaridade;
    • Onde as linhas se cruzam?

    Feito este estudo, marcamos os pontos, vamos pendular em cima, primeiro no sentido anti-horário para retirar as energias negativas, depois no sentido horário para colocar energias positivas, tantas vezes ou tantos minutos indicados pelo pêndulo e colocar os cristais nos pontos negativos para maior êxito e inverter a polaridade.

    Pode-se também fazer o estudo da casa, ou terreno, "in loco" com o dual-rood para captar as radiações negativas, mas é muito difícil devido as grandes distâncias, por isso, prefiro fazer nos mapas e plantas porque as radiações não têm fronteiras. 

    3- VIBRAÇÕES ENERGÉTICAS DO PLANETA TERRA 

    A crosta planetária da terra é formada por partículas antes existentes na esteira horizontal solar, que se aglomeraram em uma de suas faixas magnéticas e se posicionaram na elíptica solar. As partículas se uniram de tal modo que geraram um grande atrito e se fundiram, tornando-se um núcleo com grande calor e uma pressão em direção à periferia e por estar em constante rotação, se resfria quando em oposição ao sol e se condensa, tornando-se a base da crosta em formação.

    Esta rotação faz receber a energia positiva do sol e a energia negativa do núcleo, obtendo como resultado, um ponto neutro que é a faixa que envolve o núcleo formando a crosta. A parte que é aquecida pelo sol libera grande quantidade de gases e a que não é aquecida libera os gases pelo calor do núcleo.

    A estabilidade da Terra girando se deve ao equilíbrio do peso de sua massa e a faixa magnética em que ela se encontra em torno do sol.

    A água é o elemento catalisador e homogeneizador dos elementos. A água é portadora e condutora do fluido vital, compatível ao sangue em um organismo humano. É vital tanto na superfície quanto nas entranhas da Terra. O planeta Terra é um organismo vivo, com todos os seus elementos e forças.

    3.1- Esferas

    Tudo o que existe no Cosmos tem como modelo matriz as esferas. Todas as energias são esferas que se movimentam, se interagem, se aglomeram formando planos dimensionais diversos que existem no infinito.

    Tudo se movimenta no sentido circular formando novas esferas que passam por transmutações e formam cadeias que se expandido e encontrando outras de polaridade oposta, se juntam, formando um sistema com forças equilibradas entre si, fechando em ciclo, que estará sujeito a outro ainda maior.

    As esferas são alimentadas por outras já formadas e possuem suas características próprias.

    Todos somos formados pelas esferas, somos únicos e alimentados pela mesma essência primordial em suas constantes mutações.  

    3.2- Micro e macrocosmos

    Há  uma correlação entre tudo no universo. O Microcosmos é igual ao Macrocosmos, aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo. Semelhança entre o superior e o inferior, porém em lados diferentes.

    O movimento da galáxia está correlacionado com o movimento do átomo.

    Os desequilíbrios estão correlacionados com os organismos desarmônicos.

    Os átomos dos corpos têm correlação na estruturação de suas matérias. Se não houvesse tal correlação, não haveria matéria. Vemos essa vibração pela movimentação das energias que comandam o espaço eletromagnético, propriedade etérico, invisível aos nossos olhos e aparelhos físicos.

    Os mundos etérico e eletromagnético são os responsáveis pelos comportamentos dos átomos dentro da matéria, proporcionando-lhes as devidas características.

    Observar a matéria sem considerar sua base etérica e eletromagnética é  não compreender seu fundamento e não saber o que ela é. 

    3.3- Luz

    A luz que é percebida pelos sentidos pertence aos corpos celestes de natureza polarizada e que é resultado de cruzamento de partículas energéticas que se cruzam em vórtices de velocidade crescente e promovendo dois movimentos distintos que são causados pela subdivisão das partículas em alta frequência microcósmica.

    É o que gera a luz, que se expande em movimentos opostos em todas as direções, gerando assim o movimento macrocósmico, por isso é que a luz está em toda parte. É uma energia de grande potencial eletrônico que faz vibrar qualquer substância que a reflita, passando de invisível a visível aos sentidos.

    O reflexo da luz nas partículas que formam outras substâncias causa o fenômeno conhecido como refração e tudo tem partículas, a luz é refletida em qualquer lugar, em qualquer direção, no universo todo. As Escrituras falam que Deus é luz e possui mil faces porque reflete nos dois sentidos, de fora para dentro e de dentro para fora, e é nos cruzamentos dos raios que derivam todos os corpos celestes no espaço infinito.

    Cada cruzamento entre os raios formará partículas diferenciadas que, por sua vez, preencherão todo o espaço que existe no quadrante em que se encontram, formando assim uma espécie de malha entre partículas menores, com partículas maiores, entre planetas e sóis e entre sistemas em escala infinita, até encontrarem finalmente consigo mesmas, portanto, despertando em si a consciência de que existe, por ser parte de um único sistema, e que existe porque é composto por alguma espécie de matéria e que esta matéria é composta de partículas de luz e energia. 

    3.4- Trevas

    Onde não há luz há treva. A luz cria os sistemas e as trevas dissolvem e renovam os sistemas obedecendo à lei dos ciclos: nascer, crescer, memorizar e transformar.

    A treva e a luz jamais se misturam porque se extinguem. A luz tem polaridade positiva e a treva, negativa. A luz é um ponto que se expande e se dobra procurando o outro lado negativo, formando, portanto, uma esfera que torna a se expandir e formar novas esferas e tudo que existe, acabando com as trevas e neste centro é gerado um sol que impulsiona o crescimento constante.  É o ser e o não ser.

    As trevas são um "nada" enquanto não polarizar com a luz, é uma energia em potencial. E o nada é o limite entre o que existe e o que está por existir. Muito há de se estudar para se obter maiores esclarecimento sobre as diversas frequências da luz, sobre como aproveitar a energia contida no próprio ar, ou no éter, promovendo a aceleração de elétrons sem o emprego de força motriz. As trevas darão lugar à luz com a evolução dos sentidos e da inteligência humana. 

    4- LINHAS HARTMANN 

    As Linhas HARTMANN são quadriculados telúricos, comprimidos em malhas que encontram-se por toda a superfície da Terra. Na década de 50, o Dr. Ernest Hartmann descobriu uma rede energética que é responsável por um fenômeno conhecido como "tensão geopática" que pode provocar, quando em desequilíbrio, vários outros desequilíbrios na pessoa deixando esta pessoa desequilibrada em diversos aspectos.

    As nocividades do magnetismo terrestre são carregadas por estas linhas conhecidas como "linhas Hartmann". As linhas Hartmann se cruzam, formando como uma rede, uma grade, em volta da terra e não são fixas, são flutuantes, sendo assim, de dimensões relativas. Há variações de um lugar para outro. Indo na direção do Equador, estas distâncias aumentam. Vejamos: 1,80 m a 2,30 no sentido NORTE/SUL; 2,50 m a 3,20 no sentido LESTE/OESTE.

    As linhas Hartmann se intensificam a cada 9 m. Também elas se cruzam e este ponto de cruzamento é chamado de Ponto Geopático. Ao todo, são conhecidos 4 cruzamentos por retângulo.

    Para se ampliar os conhecimentos destas linhas sobre o solo, foram necessários muitos estudos de cientistas de diversas áreas, como Geofísica, Hidrologia, Geobiologia, Microbiologia e Bioeletrônica. Esses geobiologistas estabeleceram relações estreitas entre a presença das ondas nocivas e seus efeitos sobre o ser vivo.

    "Se um bebê for colocado num berço sobre uma linha Hartmann, ele chorará feito louco! Quando você muda o berço de lugar, o bebê para de chorar" (Dr. HARTMANN).

    Certa vez, um cavalo foi colocado em cima de uma linha Hartmann, toda noite. Um ano depois, ele estava cego.

    Observação: falhas geológicas, veios d'água, redes de esgoto, podem intensificar o efeito nocivo de uma zona geopática.

    Ao aproximarmos a mão de uma linha Hartmann, podemos no campo, sentir cócegas ou quase uma câimbra que sobe pelo braço e vai incomodando.

    RESUMO DA REDE HARTMANN

    • Envolver a terra;
    • Padrão: rede de pescador;
    • Fluxo do Sul para o Norte e do Oeste para o Leste;
    • Medidas: têm em torno de 50 cm de largura, altura de 18 a 108 metros. Por penetrar tudo em seu caminho, até os moradores de um último andar de um prédio são afetados por ela. As linhas são mais intensas à noite, mas não se detectam em noites de lua cheia. Sua intensidade é maior no verão do que no inverno.

    Variações já estudadas na apresentação da Rede Hartmann:

      1. A meteorologia;
      2. A natureza do solo;
      3. O clima;
      4. A irradiação cósmica;
      5. As induções artificiais geradas pela indústria no ar e no solo.

    5- LINHAS CURRY 

    Dr. Curry, pesquisador, médico e investigador alemão, começou a estudar as Redes Hartmann e chegou à conclusão de que havia também as linhas diagonais entre as linhas paralelas estudadas por Hartmann. Chamou estas diagonais de Linhas CURRY e pelas pesquisas constatou que elas são mais nocivas que as outras. A parte mais forte são os pontos de cruzamento que possuem efeitos de carga ou descarga.

    A Rede Curry tem uma frequência vibratória mais baixa que a Rede Hartmann e age no psiquismo humano de uma forma ativa e determinante. A polaridade "positiva" nos traz a sensação de conforto, a polaridade "negativa" afeta o nosso estômago com frio e desconforto muito forte. Os raios telúricos que formam a rede Curry (0,50 m) são alternadamente positivos e negativos e seus pontos de cruzamento também o são.

    As casas podem matar?

    "Sua casa é cercada por múltiplos campos de energia; você é separado de sua casa, sua casa tem vida, tem consciência" (DENISE LINN).

    Existem muitas casas e apartamentos que prejudicam, e muito, quem reside nelas. Isto, por quê? Podem ser várias causas, como pedras, paredes, radiações telúricas, raios cósmicos e todo e qualquer tipo de influências específicas dos materiais agregados que podem gerar "ondas de formas", remanescências de antigas maldições registradas em suas paredes, ou terrenos. Estas e outras causas podem fazer de sua casa uma inconveniência para você.

    6- POLARIDADES 

    Em tudo o que existe há dois polos: o positivo e o negativo e isto é a Lei das Polaridades existentes dentro da energética. Um núcleo divide seu espaço esférico com a sua devida contraparte e isto gera as polaridades positivo-negativo (+ e -), sendo que isto gera uma linha alternada em um eixo horizontal que chamamos linha do Equador, esta linha é chamada de Zona Neutra.

    A Lei da Polaridade estabelece as ordens de comportamento dos átomos das substâncias que compõem a matéria. É a Lei de Sustentação da matéria, onde o Duplo Etérico interage nos campos eletromagnéticos. É a composição dos pólos em qualquer objeto criado, desde os homens, animais, plantas, etc. A dualidade é igual à polaridade, onde a criação sustenta as forças opostas fundamentadas na formatação das substâncias e circunstâncias da vida.

    Quanto às pessoas, elas não são igualmente polarizadas. Segundo Frei Benoit Padey, a polaridade humana depende menos de um estado nervoso que de um estado anatômico. Segundo este estudioso, se a espinha dorsal estivesse mais simétrica, ele perceberia mais as radiações e polaridades.

    Método de René Lacroix para saber as polaridades humanas valendo-se de um pêndulo neutro:

    Mulher - polaridade normal - girações no dorso da mão direita e palma da esquerda; oscilações no dorso da mão esquerda e palma da mão direita.

    Homem - polaridade normal; oscilações no dorso da mão direita e na palma da mão esquerda. Girações no dorso da mão esquerda e palma da mão direita.

    Como se vê, a polaridade feminina é o inverso da masculina.

    Existem também as polaridades invertidas. Se uma mulher tem polaridade invertida, ela não se dará bem com um homem normal, só com um de polaridade invertida. Assim: + x + = + ou - x -  = + e inversamente: - x + ou + x - = -

    Isto também existe nos terrenos e nas casas. É preciso saber os pontos de polaridades. Quais os pontos negativos quais os pontos positivos no solo e depois de determinar pelos mapas e plantas, vai se colocando energias com rotações do pêndulo. Se tem energia negativa, roda-se o pêndulo anti-horário e aí vai se tornar positiva. Se é um ponto positivo, roda-se o pêndulo no sentido horário, vai-se potencializar esta energia positiva. 

    6.1- Centros energéticos de ambientes

    Em todos os ambientes há os centros energéticos. São os chackras da terra, estes pontos, onde a energia é mais atuante. Por isso, através da polaridade, determinando os pontos negativos e positivos e equilibrando-os com as rotações do pêndulo e colocando estes mapas e plantas da casa em cima dos gráficos de Radiônica, vamos harmonizando os ambientes, tornando-os mais agradáveis, saudáveis para se viver e mais comerciais também.

    Se você estiver pensando em se mudar para uma casa ou apartamento novo, verifique com o pêndulo a polaridade: negativo-positivo do local e veja se é bom para você e sua família tal mudança. Pergunte ao pêndulo: Em uma escala de 0 a 10, devo morar no endereço X? Um 9 ou um 10 indica um lugar positivo para se viver. O campo energético das pessoas é diferente, das casas e apartamentos também. Se não há compatibilidade, você não mudando, poupa tempo, energia e dinheiro. 

    6.2- Drenagem

    É necessário determinar os pontos de drenagem que são pontos de coletar água de chuva, a boca aberta do universo, não mexer. 

    6.3- Capacidade vital - vibrações em ANGSTRONS

    Os pontos energéticos vibram positivamente depois de equilibrados. Então marca-se no mapa ou planta quais os pontos de maior vibração energética na escala de ANGSTRONS e se liga com o lápis os pontos mais energizados aos pontos menos energizados para um maior equilíbrio do ambiente. Esta vibração energética é um meio de prevenção de aparecimento de desequilíbrios aumentando a qualidade dos solos. 

    7- COMO PROCEDER PARA HARMONIZAÇÃO 

    Há  vários métodos para se harmonizar casas e terrenos. Eu uso o método das rotações do pêndulo, além dos gráficos e cristais. 

    7.1- Impregnação

    Impregnar é o conjunto de radiações de um corpo que pode se implantar em outro. Os corpos metálicos e os radioativos possuem o maior poder de penetração pelas suas radiações. Pode também este fenômeno não se realizar devido à neutralidade de um dos corpos em contato, sendo o suporte em particular.

    Quando se está trabalhando num mesmo ambiente, numa mesma mesa ou cadeira, mudando-se apenas os corpos pode acontecer a impregnação.  São muitas as circunstâncias que ocasionam a impregnação dos objetos nessas circunstâncias de manipulações, e isto pode levar o operador a erros. 

    7.2- Desimpregnação

    A fim de evitar os erros causados pela impregnação, é necessário que seja feita após cada operação ou experiência, e antes de iniciar outra, a desimpregnação dos objetos possivelmente impregnados. Para isto, empregam-se meios tirados do magnetismo: sacudir com energia as mãos, dirigindo os dedos para o chão, soprar neles, fazer fortes aspirações profundas, tocar o chão com a mão que sustenta o pêndulo e friccionar as mãos uma na outra; colocar durante alguns instantes o pêndulo em contato com o chão. Valer-se de um bastão de enxofre como corpo aspirador de ondas residuais.

    Para descarregar um lugar, uma mesa, uma sala, emprega-se com êxito o giro do pêndulo em sentido horário muitas vezes, onde o dual-rood assinalou que existem energias desarmônicas.

    Se você trabalha com mapas e planta baixa de residência, é  recomendável colocar três folhas de papel em branco entre elas para não haver impregnação de umas energias em outras. E quando for começar o estudo de cada uma delas, perguntar ao pêndulo se tem impregnações de outro ali. 

    7.3- Remanência

    As radiações dos corpos se dirigem de todos os lados e em todas as direções, sem, contudo, se misturarem porque se assim não fosse não teríamos a possibilidade de sua captação, mas estas radiações não deixam de impregnar os objetos ou outros corpos com que, mesmo por um certo espaço de tempo, se acham em contato. Essa impregnação conserva-se por algum tempo e em função da massa do corpo depositado e da duração do contato. Então, quando se retira o objeto ou o corpo, há a "remanência", devido à impregnação do suporte, remanência que permanece durante quanto tempo durar a impregnação, que pode ir de meia hora até algumas horas seguidas.

    Assim, durante este período, pode ocorrer captação do corpo que estivesse aí, e se colocado outro corpo, pode-se confundir umas com outras, as radiações. Para evitar confusões, há de se desimpregnar o lugar, o suporte e as mãos do operador, depois de um estudo e antes de outro. Para saber se existe a remanência, coloca-se o pêndulo acima do mapa e não precisa perguntar nada, o pêndulo para se há remanência e se não há, ele gira, então pode-se começar o estudo. 

    8- PARALELO ENTRE GEOBIOLOGIA E FENG SHUI 

    Muitas são as pessoas que podem achar que a Geobiologia e o Feng Shui são muito parecidos e até mesmo iguais. Porém com esse paralelo, podemos analisar que possuem suas peculiaridades, mesmo com alguns objetivos que possam ter semelhanças.

    A Geobiologia estuda as formas de contaminação do equilíbrio de vida humana, como radiações cósmicas e gases emanados do solo. Como não poderia deixar de ser, ela se preocupa com o efeito exercido pela explosão tecnológica que vivemos nos últimos anos e que hoje é seu maior campo de pesquisa. Um de seus principais objetivos é, portanto, investigar quais são os custos, além dos monetários, que estamos pagando pelo "conforto" advindo dos novos aparelhos e usos da eletricidade e das radiações de microondas, bem como dos materiais de construção modernos. O que se busca é a utilização saudável dessa tecnologia.

    Pode-se traduzir literalmente a expressão Feng-Shui como Vento e Água. Esses dois elementos representam a interação, o caminho e o movimento da energia vital nos ambientes a serem estudados. Sendo o que o vento transporta e a água armazena a energia vital.

    O Feng Shui estuda a distribuição dos objetos no ambiente, além da disposição, do arranjo, da estruturação, da cor e da forma das estruturas arquitetônicas. Ao indivíduo é permitido fazer arranjos ideais, no tempo e no lugar ideais, a partir da perspectiva do folclore, do talento artístico e da crença religiosa. Portanto, o principal objetivo do Feng Shui é expelir a negatividade e dar passagem ao que é favorável, ao mesmo tempo que alcança um estado de longevidade e prosperidade.

    Embora ambas as ciências busquem um objetivo em comum, que é tornar um ambiente harmonioso e saudável, sua meta é sempre equilibrar o Céu e a Terra, gerando, assim, um canal de manifestação da vida. No princípio ambas logravam com facilidade esta façanha, mas, a Geobiologia focou mais a Terra e o Feng Shui se sintonizou mais com o Céu, de modo que, hoje, podem ser consideradas ciências complementares.

    O trabalho da Geobiologia ganha mais movimento e suavidade quando acompanhado por uma boa consultoria de Feng Shui, ao passo que uma harmonização feita seguindo os parâmetros chineses se beneficia de solidez e ancoramento quando complementada por uma prospecção geobiológica. Fazendo uma comparação grosseira, é como se a Geobiologia estivesse para o Feng Shui assim como a Engenharia está para a Arquitetura.

    Através da Geobiologia, o fluxo do Chi é aumentado e dinamizado em um local e, logo depois pode ser otimizado e trabalhado pelo Feng Shui na forma dos Cinco Movimentos da Energia. Terra, Fogo, Metal, Água e Madeira são aspectos da energia Chi, composta pelo Yin e Yang que devem ser harmonizados e para isto são utilizadas as técnicas do Feng Shui. O ambiente estando assim harmonizado, pode acontecer de a pessoa que está ali, não sentir-se bem por causa do cruzamento específico de linhas e águas prejudiciais àquela saúde, portanto, é preciso buscar um ponto neutro dentro dessa área para a pessoa sentir-se em harmonia, tanto com o céu quanto com a Terra.

    Nossa pesquisa é harmonização de ambientes e pessoas neste ambiente, por isso tentamos nos empenhar em descobrir como a Geobiologia e o Feng Shui podem se completarem sem se prejudicarem. E que tenhamos humildade suficiente para entendermos que não sabemos quase nada, é preciso muito estudo, pois estamos tratando de energias da Terra, da Pessoa e do Céu. 

    9- EXEMPLOS DE SUCESSO 

    a) Começaram a construir um shopping, onde passava um córrego, cujas águas estavam poluídas por descargas de esgotos in natura provindas de três bairros, canalizaram o córrego, tiraram a água das terras em volta, fizeram um ótimo serviço de dragagem das águas, e do local, deu muito trabalho. Resultado: ficou linda a construção, mas não agradou a ninguém, todas as lojas vendidas perderam o preço, houve muito prejuízo e nada ali ia para a frente, até que consultaram um especialista de energia que mandou colocar gráficos diversos nas lojas em locais pouco visíveis como porta dos banheiros e copas-cozinhas, também mandou instalar uma pirâmide no sentido Norte Sul no terraço. Só assim começaram a alugar as lojas e melhoraram o movimento.

    b) Um terreno para ser vendido que não encontrava comprador, de jeito nenhum, apesar da boa localização e preço compatível com o mercado. Foi estudado e notou-se que logo no começo do terreno havia linhas negativas fortes o que não deixava ser vendido, loja nenhuma dava certo ali. Foi feita a harmonização com gráficos, pedras e rotações do pêndulo. Na outra semana já encontrou comprador, pelo preço certo.

    c) Um sítio onde se construiu uma casa haviam cupins atacando as portas e janelas de madeira, mesmo estas sendo novas, tinham sido trocadas. Após estudo, constatou-se que as energias negativas atravessavam a casa em vários lugares. Procedeu-se a harmonização através dos gráficos, cristais, rotações do pêndulo e os cupins sumiram, não precisando mais trocar as madeiras.

    d) Uma casa onde todos: pai, mãe e dois filhos viviam brigando sem motivo. Após estudo constatou-se que havia antes ali, onde agora é a cozinha, uma cisterna profunda e uma fossa, onde agora é o quarto. Muitos gráficos, cristais e rotações do pêndulo e a harmonia entre eles voltou a reinar. 

    9.1- Procedimentos a observar

    • Telhados com forma positiva são aqueles que apontam para o infinito como uma pirâmide;
    • Telhados com forma negativa são os retos e convexos para baixo como um U;

    Evite:

    • Fechar chaminés, nichos, orifícios de ventilações e todos os tipos de passagens feitas de alvenaria;
    • Construir um quarto ou uma sala em cima de locais que emitem ondas nocivas como cano de esgoto;
    • Muitos aparelhos no seu quarto, quanto menos, melhor;
    • Destruir a harmonia geométrica de seu telhado;
    • Morar em prédios antigos sem reformas;
    • Lugares onde o sol não penetre;
    • Evite áreas onde o nível de barulho ultrapasse os limites permitidos.


    10- RESULTADOS 

    Em todo estudo, é necessário, muitas vezes, a repetição das experiências para se proceder com exatidão a observação das radiações existentes em determinado lugar, portanto, um principiante pode enganar-se em uma primeira experiência, daí a importância da repetição. Observar bem para partir para a ação.

    Em dez casos estudados com bastante firmeza e determinação, notou-se o seguinte resultado em:

    • Duas casas, a harmonia entre os familiares foi restabelecida;
    • Dois terrenos foram vendidos pelo preço certo e em pouco tempo;
    • Dois sítios foram harmonizados voltando a produzir mais café e milho;
    • Duas hortas produziram melhor e mais verduras;
    • Os cupins de uma casa acabaram;
    • O telhado de uma casa foi modificado e a dona conseguiu ficar livre de um desequilíbrio sério.

    11- DISCUSSÃO 

    Hoje sabemos que o que conhecemos é muito pouco em relação às energias. Energias que fluem abaixo de nossas casas, ao redor delas e dentro delas. As ondas de energia são invisíveis e estão presentes em todos os lugares. Algumas são benéficas e nos desarmonizam, são as ondas nocivas. Ondas nocivas são anomalias do subsolo, de correntes telúricas, ou de causas diversas, transmitidas por ondas portadoras igualmente propagadas pelo subsolo. Produzem danos no físico, psíquico, vitalidade, comportamento, humor, a sorte e o destino dos homens e mulheres viventes.

    As emanações destas ondas nocivas podem ser de natureza elétrica, eletromagnética ou até radioativas. Os locais que sofrem a influência destas emanações conhecidos como "Zonas Geopáticas" devem ser evitados.

    O homem é constituído por vários corpos sutis imersos em planos vibratórios. O funcionamento deste computador humano é um milagre de equilíbrio instável. Esta máquina mágica é gigantesca, portanto, é propensa a sofrer incidentes que podem tanto ser exteriores como interiores.

    Nós não podemos frear o desenvolvimento tecnológico e achar que antes sem estas transformações é que era melhor de se viver. Vamos nos adaptar a este modo atual tomando algumas providências que nos protegem de extremas radiações dos aparelhos modernos:

    • A cama deve estar afastada dos aparelhos elétricos ou eletrônicos pelo menos 1,4 m, bem como não é aconselhável dormir com celular ou telefone sem fio sobre a cama;
    • Mudar constantemente de ouvido ao falar ao celular;
    • Sempre que possível, utilizar o celular, onde estiver correndo o ar;
    • Despluque os aparelhos da parede quando for dormir, se possível;
    • Dê intervalos quando no uso do computador;
    • Nos quartos, evite lâmpadas fluorescentes;
    • Se estiver a sua casa frente a um transformador de energia, na rua, não durma no quarto em frente para ele sem antes usar gráficos na janela ou cortiça nos vidros;
    • As plantas dentro e fora das casas atuam como ajudantes da harmonização;
    • As camas metálicas e colchões com molas favorecem a desarmonia e insônia.

    Muitos desequilíbrios nas pessoas são devido a exposições variadas a campos eletromagnéticos pouco estudados, o que impulsiona a nós terapeutas maiores pesquisas e dedicação. 

    12- CONCLUSÃO 

    Pessoas harmonizadas em ambientes igualmente harmonizados é o nosso objetivo último e primeiro. Neste estudo nos dedicamos aos ambientes tanto pequenos quanto grandes e para se determinar o que é possível fazer precisamos usar da Observação e Prospecção.

    A observação consiste em observar um terreno pelos indícios que a própria natureza oferece através dos vegetais e animais.

    Vegetais: posicionamento das árvores e plantas inclinadas para uma determinada direção indicam que elas tentam fugir de uma zona bastante alterada, principalmente por cursos d'água subterrânea. Neste local, não se pode construir quartos e escritórios, só corredor e área de pouco movimento; é área ideal para um poço artesiano.

    As hortaliças e as árvores que geram frutos delicados são muito sensíveis às radiações telúricas, deste modo quando existe uma concentração destes vegetais, aquela área tem grandes chances de estar relativamente equilibrada. 

    Se existem ervas daninhas em um local indica alterações de subsolo exatamente abaixo delas. Ao se plantar algo e não crescer pode indicar uma zona de alteração geobiológica. Falhas geológicas provocam más formações nas árvores e muitas pragas.

    Animais também nos indicam áreas específicas: os currais, no interior, são construídos onde o gado se reúne naturalmente para dormir e é  sabido que o cão busca lugares "bons" para dormir e o gato busca os "maus". Aqui, "bom" e "mau" é relativo. E para aproveitar-se estas linguagens, devemos utilizar o lugar do cachorro para dormir e do gato para cavar um poço, já que naturalmente se situa sobre um cruzamento de águas, podendo variar.

    Onde existem abelhas, formigas e cupins indicam zonas de falhas e águas subterrâneas com cruzamento de rede bastante ativos, e a vitalidade terrestre está bem falha. Os pássaros, geralmente quando livres, costumam fazer seus ninhos em locais considerados livres e bons. Além da observação, também é necessária a Prospecção que é o estudo das linhas Hartmann e Curry, bem como as águas subterrâneas e as falhas geológicas.

    É necessário estudar bastante os mapas, as plantas, selecionando os itens, um de cada vez, para assim que for determinado procurar através dos gráficos, das pedras e do girar do pêndulo, tentar harmonizar estes efeitos para se conseguir um equilíbrio razoável. Tudo isto sem preconceitos, porque se deixarmos os preconceitos agirem teremos a visão estreitada, as percepções diminuídas e as informações deformadas, ocasionando distúrbios.

    Todos e cada um de nós possuímos esta capacidade de sentir as energias, o que precisamos é confiar em nós mesmos, termos perseverança sempre para alcançar as metas a que nos propomos, e aí seremos como os druídas antigos que só tendo sua percepção corporal, utilizavam-na de tal maneira acertada que conseguiam fazer fluir a energia sobre a Terra, utilizando grandes pedras em vários pontos e dinamizando com formas específicas (acupuntura da terra).

    Urge que pesquisemos e trabalhemos para esta harmonização dos ambientes e da Terra porque o nosso tempo é hoje e agora! 

    13- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

    HICKS, E.; HICKS, J. O extraordinário poder da intenção. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

    HOR, A. Universo - Como tudo começou. São Paulo: Robe Editorial, 2002.

    NIELSEN, G. Além do poder dos pêndulos. 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 1988.

    PIETRO, N.S. Feng Shui - Harmonia dos espaços. 5.ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2000.

    PIRES, A. L; SAEZ, J. Geobiologia - A arte do bem sentir. São Paulo: Triom, 2006.

    SAEVARIUS,E. Manual teórico e prático de radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998. 

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA CRT 30758 TERAPEUTA HOLÍSTICA
    Última atualização: 03/06/2011 10:01


    Quem Sou Eu - Kundalini- a origem sexual da espiritualidade

    QUEM SOU EU?

    Kundalini- a origem sexual da espiritualidade

    Mensagem do TAO sobre a energia sexual 

    São Paulo, 25  de  Maio   2011. 


    Mitiyo OshiroTakemoto  CRT: 38660  Terapeuta  Holistica

    SINTE-Sindicato Dos Terapeutas-  Holistico - 2011 

    SUMÁRIO

    • Introdução...........................................................................IV
    • História................................................................................V
    • Metafisica............................................................................V
    • Filosofia do chi....................................................................V
    • 3 grandes fragmentos..........................................................V

    -     Capitalismo e monopólio ...................................................V

    • Bioenergia ..........................................................................V
    • Prâna: filosofia da respiração.............................................VI
    • 7 chacras ............................................................................VI
    • Corpo etèrico .....................................................................VI
    • Corpo keterico .................................................................VIII
    • Kundalini o poder ígneo ..................................................VIII
    • Bindu .................................................................................IX
    • Budismo para leigos ..........................................................IX
    • Bioeletromagnética e religião ............................................X
    • I ching .................................................................................X
    • Karma - destino e livre arbítrio    ..................................... XI
    • 5 religiões básicas do mundo ............................................XI
    • Quem escreveu a Bíblia? .................................................XII
    • Material e Metodologia ..................................................XIII
    • Discussão .......................................................................XIV
    • Conclusão .........................................................................XV
    • Bibliografia .....................................................................XVI

    Introdução

    Tao que revela a sabedoria oriental, a ciência do futuro a revelação à natureza, autoconhecimento, transformação, o gostar do próprio eu.

    Quase todos se ocupam, num determinado momento da vida, com as perguntas: "QUEM SOU EU?",  "QUE FORÇA AGE DENTRO DE MIM?", "QUE FACULDADES AINDA SE ESCONDEM NO MEU INTERIOR?", "COMO POSSO USUFRUIR TODO MEU POTENCIAL DE SORTE E CRIATIVIDADE". "Acreditamos que nenhum outro campo científico pode responder a essas perguntas tão amplamente, como a ciência dos centros energéticos do homem".

    Ao compreender a tarefa e a função dos chacras em toda a sua extensão, forma-se uma imagem do ser humano que, na sua possível perfeição, é tão fascinante e sublime a ponto de mais uma vez nos determos para admirar a maravilha da criação.

    O homem vive hoje num profundo descontentamento no que tange a sua própria existência.

    Durante longos anos, ocupou-se com a exploração impensada de tudo que seus sentidos, captavam do mundo externo. Alicerçou seu conceito de segurança, poder e felicidade no resultado das suas conquistas materiais. Enquanto se manteve ocupado, perseguindo o tal objetivo alimentando-se mentalmente de todas as informações necessárias para conseguir seu intento. Desenvolveu-se brilhantemente no campo da ciência e da tecnologia, mas não percebeu que seu ser nutria-se concomitantemente de toda espécie de emoção, gerada pela própria ação antética e objetivada. Assustando consigo mesmo inicialmente pela forma adotada, depois pelo conteúdo raivoso, atormentado e triste, lançou-se num processo incansável de questionamentos acerca da própria natureza e seu relacionamento com o universo.

    Deixando escapar sua energia cósmica entre os dedos levando-os a sua desgraça. 

    HISTÓRIA 

    Metafisica

    Ciência geral dos princípios e causas: conhecimento, sabedoria, força moral "elevação espiritual que conduz ao DEUS CRIADOR". 

    Filosofia do Chi

    Teoria do yin e yang "sublime unidade" o ser absoluto a consciência de DEUS a energia que rege (comanda) o vasto universo. Yin e yang se manifesta no mundo inteiro o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nascimento, vida e morte: a dança cósmica do Universo: no plano físico do homem, essa dança se manifesta como sexualidade. Através dela, o homem está  ligado ao ato incessante de criação da vida. Dizem que hoje, a cada 8 segundos nascem 34 crianças. Podemos observar esse processo nos animais e nas plantas. 

    3 Grandes fragmentos - capitalismo e monopólio

    Quando construirmos uma ponte entre as três grandes medicinas: ayuvedica (chacra e kundalini), chinesa (taoista, bioeletromagnética), ocidental (medicina atual, que se deve ao Leonardo Da Vinci a proeza).

    Este termo "a união faz a força" não cabe dentro dessas medicinas, pois elas trabalham separadas seguindo caminhos paralelos. Hoje tais medicinas estão monopolizadas e comercializadas, seguindo interesses alheios perdendo seu verdadeiro conteúdo.

    Prejudicando o curado e o curador.  

    Bioenergia

    Reconhecida pela medicina oficial em 1990. Passou a constar no conselho de especialidades medicas da Associação Brasileira de Medicina, deixando assim a fazer parte das terapias alternativas fragmentando-se, adotaremos então a bioeltromagnética que é, mais adequada para a holística. 

    Prâna - filosofia da respiração

    Prâna, chi, ki e a própria filosofia como diziam os sábios taoista; vivendo de ar e orvalho respiração e saliva. No ar contem os elementos que nutre a vida, a inteligência, a força física e sustenta um mundo (pensamento) que traz conhecimento, intenção e sabedoria que leva a "iluminação".

    Sublime unidade yin e yang que impulsiona o universo, o Prâna representa a fonte primaria de todas as formas de energia "absoluta". 

    7 Chacras                                                                                 

    Como ponte para a consciência interior. Autoconhecimento. Relacionados a órgão, ele tem a importância decisiva para a nossa vida mental e espiritual. Atuam diretamente sobre as emoções, disposição e alegria de viver. Quando seu fluxo é  bloqueado, surgem as doenças físicas, a má concentração de energia e alimentação são verdadeiros ladrões dos sete centros energéticos. Os chacras regem a força vital "prâna" e espiritual "kundalini", que se manifesta de modos diferentes e existem sete chacras abaixo (atala, vitala, rasatala, mahatala, hahatala, sutala e patala) sete acima estamos longe dessa compreensão que é obtido por meio do desenvolvimento e purificação da consciência.

    Corpo Etérico                                                                                                                                        A maioria das pessoas considera o mundo material, como também o corpo físico como a racional. Caso seja um desses que só podem aceitar como realidade o corpo material, pense uma única realidade, pois são perceptíveis pelos sentidos físicos e compreendido pelo intelecto vez o que acontece, por ventura com a energia, força vital que anima um corpo físico e lhe oferece sensibilidade e capacidade de expressão depois da morte deste corpo. Segundo uma lei da física a energia nunca se perde, mas se transforma. A força que está "em ação" por traz dos aspectos matérias do corpo, com suas funções e habilidades, é constituída de um complexo sistema de energia, sem o qual o corpo não poderia existir. Esse sistema compõe-se de três elementos básicos: físico mais denso, etérico denso e o keterico subtil.

    Muitos esclarecidos em outros pontos energéticos, não conseguem perceber o campo ou corpo etérico, essa percepção extra-sensorial não se abre magicamente e como todos são filtrados através da mente determina o GRAU  DO OBSERVADOR, por isso é considerado pelos espíritas um produto semi-material, onde existem manifestações ectoplasmáticas atuação fundamental das incorporações, certas situações pode se ver ao olho nu. A Aura  Etérica  uma luz em volta dos corpos como uma onda de calor sob a terra, além disso, existe uma sutil teia delicada que atua como barreira entre o corpo etérico e astral protegendo o individuo, prematura abertura de comunicação entre esses dois mundos.

    Os diferentes planos de consciência o ser humano é divino e é constituído por hierarquia de energia subtil (leve e sublime), para facilitar nosso entendimento somos seres holísticos fracionados como:

    Corpos "inferiores", o corpo etérico é o corpo mais denso depois do corpo físico que modela e consolida a matéria física dos tecidos do corpo, que só existe graças ao campo vital e permite o físico viver porque é este que vitaliza com a energia do prâna.

    Corpo emocional a energia suave que reflete emoções e os desejos das pessoas colocando em contato com o meio do universo.

    Corpo mental (ou causal) governa nossa faculdade de raciocínio, pensamentos intuitivo do nosso ser, transição entre a matéria e espirito em forma de crenças ou pensamentos limitativos.

    Corpo astral passagem entre os dois corpos "personalidade e celestial", energia que vibram a partir do corpo astral influenciando as portas do plano celeste e terrestre. Podemos dizer assim; a energia que circula entre a terra e o céu  ( bioeletromagnetica).

    Corpos "Superiores" 

    Corpo celeste permite sentir as vibrações do plano e comunicar com seus guias de luz.

    Corpo divino, de luz o mais leve concede a licença a alma a se comunicar com a fonte (ojás).

    Corpo supra-astral concede e encerra a qualidade mais alta do amor incondicional, da compaixão e do desprendimento. A estrutura do corpo eterico tem a função mais importante de transferência da energia vital do campo universal para o campo individual (físico), o corpo etérico não carrega a consciência, ele atua como ELO entre os veículos físicos, emocional e mental intercalando-se e constituído juntos o EU;( o corpo etérico pesa 21 grama, na morte do corpo físico perde-se  21 gramas)

    Porém esta teia numa única camada de átomos etéricos que separam os chacras situados ao longo do corpo na verdade é um dispositivo de proteção, se danificado pode trazer transtorno mental e físico.

    Tendo em vista suas funções etericas (pela teosofia)

    Receptor do prâna rede de finos canais o qual é parte do elo magnético que une os corpos físico e astral, cortando ao retirar-se o corpo etérico do físico denso no momento da morte.

    Assimilador do prâna circula três vezes por todo o triângulo (três centros principais) antes de ser transmitido ao corpo eterico e deste ao corpo denso, se o homem estiver sã a emanação será intensificada pela vibração (frequência), caso contrária o processo será lenta, essas emanações saem finalmente do sistema etérico, irradiando-se pela superfície a essência sai levando a qualidade individual.

    Transmissor do prâna e absorvido por tudo que evolui dentro do circulo, consiste em vitalizar o veiculo de expressão material física de qualquer dos sete (chacras) homens celestiais, consiste em liberar a vida dos veículos que a confiam o altar terreno o lugar onde nasce o espirito.  

    O Corpo Ketérico

    Vimos acima que a relação entre os dois corpos ou energia poderia ser vista e sentida. No keterico está além das nossas faculdades, o nosso grau de evolução e consciência precisa estar bem apurado, sete nível acima do plano espiritual, nós sentimos próximo do criador, os campos emitindo uma aura dourada reluzente pulsante.

    Ketérico é o último nível áurico do plano espiritual. Contém o plano da vida e é o último nível diretamente relacionado com esta encarnação. 

    Kundalini o poder Ígneo

    De encontro ao Bindu, a grande força magnética, o princípio universal da vida que existe em toda a matéria também chamado "fogo serpentino" é vida que flui através dos centros vitais ou chacras.

    Principio ativo que tanto pode criar ou destruir especialmente no ser humano, ela estabelece laços entre os corpos físicos e astrais e vise e versa á medida que a evolução prossegue esses laços, são vivificados pela vontade que libera e guia essa energia. Embora de maneira meio desordenada por isso o correto deve ser orientado por um mestre eminente. Kundalini a origem sexual da espiritualidade para a teoria da evolução GOPI KRISHNA -  um filósofo iogue hindu pioneiro da união entre a filósofa oriental e a ciência ocidental - kundalini é um termo chave, pois é a base para o acesso a um estado superior de consciência tal que, se atingido por amplas massas da população representaria uma nova espécie da humanidade.

    É uma das forças emanantes do sol, inteiramente independente e distinta de fohat e prâna, e que, no estado atual dos nossos conhecimentos, acreditamos que seremos convertidos a qualquer dessas duas energias percorrendo o corpo as curvas de uma serpente; "Mãe do Mundo" é um nome bastante apropriado, porque e por ela que podem ser vivificados, com sete nós, que naturalmente representa os sete chacras ou centro de força e parece apresentar sete camadas ou graus de potência. Esta força se encaminhou assim no corpo astral, a faculdade de sentir, de ser impressionado por toda a espécie de influencias, porém sem lhe dar ainda a compreensão precisa ou inexplicável.

    O mecanismo que nos dá  a consciência do que se passa no astral é interessante e merece ser bem compreendido, mas para obter esses resultados, o fogo serpentino passa de chacra em chacra, em certa ordem e maneiras variáveis por isso essa energia sobe de formato espiral na intenção de encontrar seu objetivo; como o dia percorre para o encontro da noite. Assim é a kundalini que sobe com força e grau para o encontro do bindu, o feito é inexplicável o mais alto graal (santo) da plenitude. 

    Bindu

    Portal do brahama é uma ligação entre o chacra coronário e o chacra básico. É o fio que liga o cérebro a medula e aos órgãos sexuais e quando cheio de energia, a capacidade do cérebro aumenta, aqui que armazenamos a nossa inteligência espiritual, a nossa mente ligada ao útero e a glândula prostática - hormônios sexuais a energia sexual revitaliza o cérebro.

    O bindú circula dentro do canal principal o sushumna, quando é mantido no alto o homem mantem-se revitalizado e mais jovem, assim que desce veem a perda de energia causando o envelhecimento físico e mental. 

    Budismo para Leigos

    De todas as ramificações existentes, podemos distinguir três grandes correntes, chamados "os três veículos" (três mentes ou três Tan Tiens).

    1º Veículo -  Hinayana do hinduísmo uma das várias ramificações é o hara krishna: difundido principalmente no Ceilão, Bermânia, Tailândia e Indonésia.

    2º veículo- - Mahayana, impôs-se, sobretudo na China, Coréia e Japão.

    3ºVeículo-Tantrayana budismo da sexualidade "Kundalini". Atualmente está sendo divulgado também no Japão.

    obs: O Buda original está dentro de você, budismo não é religião: é filosofia da vida, é ciência.  

    Bioeletromagnética e Religião 

    Raich foi em direção ao corpo, ao biológico, á ciência literalmente palpável e visível e encontrou o espirito, a religião, o transcendente. Se os conceitos de bioenergia parecem estar como um peixe fora d'água no campo da ciência, na religião oriental pisa-se em terreno familiar. Para o hinduísmo, budismo e taoísmo o conceito de uma energia vital que flui ao longo do corpo, cujo bloqueio leva a sintomas e doenças físicas e mentais, é algo aceito há milhares de anos porque está, dentro da Bioeletromagnética, a força "Yi" (três  tan tiens -  três mentes ou três veículos) a energia sexual é Ching, a energia vital Chi e a espiritual e Shen. Essas circulam dentro dos três tan tiens  é o equilíbrio dentre o céu e a terra

    (o homem - bioeletromagnetica). Assim podemos entender porque o budismo de três veículos é integral. 

    I Ching

    Assim como a água nutre a vida, o conhecimento pode nutrir nossa consciência. O I Ching é  como um poço. Dele podemos extrair uma saberia profunda e autêntica, oculta no mistério sutil que sustenta o universo. Como filosofia, é  um espelho fiel da imensa realidade que nos abraça. Como oraculo é  uma lente poderosa que revela a unidade harmônica entre a compreensão e o incompreensível. Beber de sua água é experimentar o sabor indescritível de uma consciência ampla e abrangente que enxerga, nos movimentos do mundo, os mecanismos da nossa própria natureza. Combinando filosofia e oraculo, sabedoria e mistério, o estudo do I Ching é  fundamental para todo aquele que busca uma observação mais ampla e profunda dos mecanismos do universo, da vida e de si próprio.

    O I Ching pede: comprometimento com responsabilidade, lealdade ética moral e espiritualidade (sinceridade).

    "É aquela pessoa que faz e cuida de suas coisas e deveres com sinceridade no coração".

    Nesse estagio de evolução (revolução humana) poderemos pensar em paz mundial.

    É o que desejamos profundamente...

    E a mãe natureza pede urgência! .     

    Karma - Destino e Livre Arbítrio

    No taoísmo, acreditamos que nossa vida é resultado de nossas ações, ou seja, acreditamos que as ações passadas e presentes geram o futuro cenário de nossas vidas. A isso chamamos de Pequeno Destino.

    A partir de um instante qualquer, o futuro pode ser modificado como consequência de ações, mais conscientes, tarefa pessoal e intransferível, que não significa que não possamos ser ajudado. Mas, significa que, mesmo com ajuda externa, sem uma forte vontade e esforço pessoal não conseguimos progredir, melhorar, crescer.

    O destino não e algo pré-estabelecido pela vontade de DEUS se o fosse, este não seria DEUS, seria apenas uma consciência repleta de desejos, intenções e expectativas de retornos pessoais. A consciência universal (DEUS) é livre: não tem apegos e não faz julgamentos. É natural e espontânea. Não reconhece bem ou mal como antagônicos, mas complementares, em que o bom é  o resultado do equilíbrio e da harmonia entre forças aparentemente opostas. Esta consciência segue naturalmente o grande fluxo da imensa dança cósmica. Ela é a própria dança cósmica, é o próprio universo a isso chamamos Grande Destino: funciona como enorme pátio de fundo para o pequeno destino. Em termo pratico, o grande destino seria o conjunto das circunstâncias maiores do momento que vivemos capazes de definir a resposta não intencionada do universo ás nossas ações pessoais e coletivas.

    Deste modo, nossos méritos e punições são grandes por nós como consequência natural de nossas ações.       

    5 Religiões Básica do Mundo

    Histórias cheias de Fé.

    A sabedoria dos tempos tem sido preservada de muitos modos, mas nenhuma com mais apelo do que as simples alegorias chamadas Parábolas. Estas cinco histórias(descrita abaixo) se apresentam tão ativas hoje como no dia em que foram contadas pela primeira vez. Elas captam a essência de cinco religiões: budismo, judaísmo, confucionismo, islamismo e cristianismo.

    Budismo - O grão de mostarda; nascimento, vida e morte: a lei dos 7 chacras - "7 flores de lótus": Sutra de Lótus,(a revelação do Buda Sakyamuni)

    Judaísmo - A Parábola e a verdade.

    Confucionismo- O diplomata e o Rei-Espiritualidade - Conduta.

    Islamismo- O escravo e o filosofo.

    Cristianismo- A mensagem de João: Amai-vos uns aos outros, agora e sempre.

    Atenção: Os chineses taoístas usam muitos termos ou expressões como: filosofia, contos, fábulas, lendas, aforismo, metaforísmo, subjetivo, analogia; que confunde o raciocínio das pessoas, principalmente dos ocidentais, mas ai é que está o segredo para adquirir o conhecimento e saberia: "filosofia - pensar"

    Aprender sem pensar é  inútil

    Pensar sem aprender é  perigoso

    Kung Fú Tsé CONFÚCIO 

    Quem escreveu a Bíblia?

    A história de DEUS foi escrita pelos homens. Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos?

    As respostas são recentes - e vão mudar sua maneira de ver as escrituras.

    Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.c, uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, maquina e folha de papiro (planta importada do Egito e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que havia sido escrito).

    Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes outras pessoas continuaram reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best-seller de todos os tempos: a BÍBLIA. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo do Islã, mudou a história da arte- sem a bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci -  e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu?. Quem era e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo e quem ditou a voz e o estilo de DEUS?.  O que está na bíblia que deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados?. A resposta tradicional você já deve conhecer, segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso. A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidencias concretas da maioria deles, a chave para encontra-los está na própria Bíblia.

    Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Alias o termo "Bíblia", que usamos no singular, vem do plural grego ta bíblia ta hagia -"os livros sagrados". A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os cinco primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.c. Os Salmos seria obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel. E assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso. As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã. Que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo Canaã não foi um Estado, mas uma terra  sem fronteira habitada por diversos povos- os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, suas culturas e seus escritos foram fortemente influenciados por vizinhos cananeus, que viviam ali desde o ano.

    5.000 a.c e eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado. 

    Material e Metodologia

    Foram usados livros para consulta, acesso a home Page, assistir palestras voltadas á holística, estudos em grupos. Este trabalho foi realizado pela equipe na comunidade de estudos em grupo, com ajuda dos meus discípulos e alunos no curso de vivencia visando a consciência do corpo e da mente, fundamental nas práticas de exercícios taoista. Sendo que, um exercício e outro a meditação e muito importante no ganho de consciência do corpo, da mente e do espírito. Dentro do trabalho, trocamos idéias e compartilhamos conhecimentos vivenciados inclusive a experiência do despertar da kundalini: síndrome da kundalini" .

    Compartilhar:

    A beleza uma ação sempre gera uma reação; o esforço de uma ação.

    Os anos haverão de passar, mas a arte de compartilhar torna a todos mais humanos, que constrói ponte para o caminho do tão; que cuida da terra estagnada, colhendo o reconhecimento e sabedoria assim se alcança a iluminação.

    3 caminho do tao, dizem que existe três caminhos para a iluminação:1 é o da prece e da adoração, chega-se lá ,mas nunca se sabe  quando, por que ou como. 2 é o da boas ações e do serviço aos outros: mas tampouco se sabe quando ,por que ou como se chega lá. 3 é o caminho do Tao, que é um caminho de conhecimento e sabedoria. Você sabe quando, porque e como se chega lá, porque se trata de um processo alquímico no nível molecular,  que trabalho com a forma mais elevada de energia do corpo (a energia sexual) e que se torna claro  à medida que você pratica. Você sabe quando deve ser duro como a pedra e quando ser suave como a água. Isso é sabedoria, isso é o Tao.

    A soma de alguns conhecimentos próprios e alheios, as vivencias, orientadores, amigos e também profissional ligado à medicina. 

    Discussão

    Esta obra é a sequência (é continuação) das proposituras anteriores: sexualidade e espiritualidade/2008 - o principio do Yin e o Yang/2009.

    Selecionei o tema em questão, pelo caminho mais simples e eficaz para o aprendizado: o caminho do tao (filosofia do Chi) para o publico geral.

    Focado na energia fundamental, a energia sexual que vem do absoluto "o nada - o inacessível". Explicação do absoluto o nada: O ser sem forma: surgiu o Yin e o Yang (dualidade) a sublime unidade que impregnou o vasto universo; o Sois, Planetas, Luas, Estrelas, Microcosmos, etc...

    A energia sexual Yin e Yang: uma força fecundante masculina Yang, e uma força receptora feminina Yin (a energia é criativa, a união primordial das forças Yin e Yang que impulsiona o universo). Sem essa energia não estaríamos aqui, ou não existiríamos, viemos do nada, ao nada voltaremos "Tao Budh" sobre a kundalini atualmente muitas pessoas ouvem falar da kundalini; isso significa que a humanidade esta á caminho da evolução espiritual "pode ser comparado a kundalini que sobe para evoluir alcançando o bindu Brahma".

    Recebi uma mensagem do pássaro voador sobre a kundalini e compreendi que, grandeza da potencia que representa realmente ela; é perigosíssima, mas nem por isso podemos ignorá-la, precisamos mais do que nunca estar-mos preparados para o encontro, não para enfrentá-la, mas para recebê-la amorosamente com muita serenidade do Tão e alcançarmos a iluminação.

    Agradecimentos ao Sinte pela inestimável oportunidade que me proporciona. Gostaria de agradecer ao senhor Henrique Vieira Filho, a quem admiro pela sua inteligência e compreensão.

    Muito obrigada, Mitiyo              


    Conclusão

    Descobrir que os segredos de quem nós somos estão nos chacras (kundalini). Eles falam, eles sentem e pensam. Tudo estar na bioeletromagnética e quando adotamos esses conhecimentos e inserimos a filosofia do tao, entre este a kundalini. E a expansão da consciência, ai atraímos para nós, e não precisamos dizer ou perguntar:" QUEM SOU EU OU O QUE SOMOS".

    O Drº Motoyama expressa isso da seguinte forma: e faz um apelo; a ioga apresentar-se-á como uma grande força mundial e alterará o curso dos acontecimentos do mundo. Atualmente a kundalini está sendo discutida em todas as sociedades, em todas as línguas e países do mundo. Especialmente os jovens cientistas devem dedicar-se ao reconhecimento e á compreensão dos efeitos da kundalini - em si próprio e nas outras pessoas. Os médicos e os cientistas precisam formar uma ponte entre a dimensão subjetiva interior da consciência espiritual e a dimensão empírica da ciência como fizeram: Einstein. Ytzhak, Bentov e o dr Motoyama. Esse é o momento para avançar audaciosamente e investigar, de forma científica, a experiência da kundalini. Seu despertar é tanto, um evento psicofisiológico como uma realidade espiritual. O estudo do seu amplo potencial é a mais nova fronteira da ciência. Imaginem o s importantes benefícios obtidos no tratamento de moléstias, quando se revelar cientificamente que determinados sons e formas (mantras e yantras) podem ativar os sistemas fisiológicos e físicos do organismo.

    Experiência cientifica para a avaliação e determinação dos efeitos práticos do tantra e da ioga contribuirá imensamente para acelerar a evolução do homem. Tendo absoluta convicção e confiança nos extraordinários efeitos da ioga para curar o corpo doente do homem, aprimorar sua personalidade e transformar seu nível de percepção consciente. O Drº Motoyama transpõe a divergência e demostrou a realidade cientifica da kundalini e o consequente benefício para a humanidadeO Gopi Krishna relata que no futuro próximo, surgira indivíduos (sem diploma) com grau de clarividência além do normal.   

    Bibliografia

    Sexualidade e Espiritualidade - Mitiyo O Takemoto - Sinte; sindicato dos terapeutas.

    Sexo - Mandak Chia e Wu Wei - ed - Cultrix

    Chi Nei Tsang - Mantak Chia: ed  Cultrix

    Chi Nei Tsang ll - Mantak chia -  ed Cultrix

    Tao yin- Mantak Chia - ed Cultrix

    Automassagem - Mantak Chia ed Cultrix

    Segredos Taoista do amor- Mantak Chia e Michel Winn - ed Roca

    O orgasmo múltiplo do homem - Mantak Chia e Douglas Abrans Araya - ed objetivo

    Quem escreveu a bíblia -  texto: Jose Francisco Botelho: revista Super dez/2008

    Chacras- os centros energéticos da saúde plena: física, mental, emocional e espiritual-

    rev. Claudia /2006

    O duplo etérico - major Arthur E. Powel - ed. Pensamento

    O despertar da kundalini - Gopi krishna - ed. pensamento

    A origem sexual da espiritualidade - texto; John Wite

    Revista da sociedade taoista do brasil: ano I -  n°1- primavera 2005

    Bioenergia - curso básico - Maria Divina de Jesus

    Budismo para leigos -  Dummies - Londaw - Bodian - ed - a alta Books

    Bioenergia - apostilas nível I e II - Texto: Alberto Cabral Fusaro- Centro de estudofilosóficos laboratório Evolutivo

    Site:

    www.google.com.br

    www.gigabusca.com.br

    www.cefle.or.br- webite- info@cefle.org.br.

    Autor: : Mitiyo OshiroTakemoto - CRT 38660 - Terapeuta Holistica
    Última atualização: 03/06/2011 10:10


    COACHING HOLÍSTICO

    COACHING HOLÍSTICO 

    Um método de encadear resultados positivos para liderar a vida em qualquer âmbito desejável.  


    Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270

    Personal colching Holístico

    www.celicoutinho.com.br

    Terapeuta Tântrica

    www.celishakti.com.br

    E-mail: contato@celicoutinho.com.br 

     

    Índice

    Prefacio...................................................01 

    PRINCIPIOS DO CONCEITO DE FORMAÇÃO DO COACHING HOLÍSTICO

    O que é Samkhya?..............................................06

    COACHING - MITOS E VERDADES..................07 

    Conclusão.................................................09

    Bibliografia................................................11 


    Prefácio

    Primeiramente deixo claro que a intenção aqui não é inovar. E sim trazer ao conhecimento algo que já tomou um rumo de sucesso.

    Basta utilizar um pouco do seu tempo para navegar na Internet e logo se percebe que ha tempos outros orientadores, consultores e ou terapeutas já desenvolve um trabalho particularmente próprio de coaching.

    Ouvimos já um tempo o termo coaching, amplamente divulgado e a impressão que temos que sua origem é completamente moderna e pertencente basicamente ao nosso século.

    Mesmo na estória do coaching percebemos que seu inicio acontece baseado no conceito filosofal da Grécia, com o principio de orientar no esporte, o esportista que precisa ter o incentivo de que ele é ganhador, único em sua modalidade.  E assim transformar pequenos homens em grandes nomes do esporte, já nos tempos modernos americano.

    E com a modernização global o coaching ganha um corpo metodológico para auxiliar nas grandes empresas a formação de líder de equipe a serem prósperos em suas idéias, ganhando ranks em marketing, vendas e estratégias administrativas.

    Mas o homem não é só corpo mental, é também um corpo emocional, e espiritual, amplamente fáceis de formar uma estratégia de expansão dos conhecimentos, realização dos desejos e metas a cumprir em vida.

    Se formos buscar de fato uma origem pode-se facilmente perceber, que dá Grécia se pularmos um pouco, mais vamos cair nos princípios filosofais da índia antiga, e seguindo de encontro com o Samkhya que deu origem a uma metodologia de estudo comportamental do homem enumerando as formas de entendimento de como o Ser humano pode processar suas emoções, mente para evoluir como um ser livre de amarras negativas.

    É do Samkhya que acontece a origem de duas vertentes muito importante no mundo holístico hoje em dia, ou seja, o Yoga e o Tantra. Formando assim um um mundo denominado de holística.

    A holística não é uma ciência e nem uma filosofia. Não  é uma religião nem uma disciplina mística. Também não constitui um paradigma científico. É tão somente uma visão de mundo que vem se contrapor à visão dualista e mecanicista que despojou o ser humano da sua unidade, ao longo desses séculos de civilizações tecnológicas e racionalismo exacerbado.

    A holística basicamente é uma atitude diante da realidade, uma forma de ver e compreender o mundo, um espaço onde são permitidos um intercâmbio dinâmico entre Ciência, Arte Filosófica e as Tradições Espirituais, sendo exatamente esse intercâmbio que se propõem como uma das mais criativas formas de enfrentamento dos desafios deste final de século.

    Sendo uma atitude diante da vida uma forma de compreender e de estar no mundo, o pensamento holístico permeia todos os níveis de atuação do indivíduo.

    Inicio então aqui a intenção de promover com essas linhas um caminho para nós terapeutas holísticos, para um caminhar de prosperidade e crescimento, não somente como uma profissão complementar a qualquer outra renda que  tenhamos e sim um movimento de energia motora de que escolhemos como profissão de onde  somos únicos capazes de gerir uma ferramenta, não somente para os nossos clientes equilibrarem e se libertarem de doenças físicas, mas certamente buscar empreendedorismos seja lá no que foi escolhido.

    Li um artigo esses dias onde um terapeuta criticava as pessoas que dizem que a movimentação holística não dá mais para o sustento.

    E ele observa que muitos terapeutas se fundem em descredibilidade por não acreditar naquilo que de fato escolheu e dando razões para fracassos como, agora é final de ano e não é mais possível seguir. Bom, agora o ano começa apenas depois do carnaval.

    O aspecto astrológico inerentes agora é impossível fluir em produtividade.

    È de fato as intempéries existem, e não trilhamos nela com sucesso se acreditarmos que nosso sucesso está no mundo lá fora.

    Mas se soubermos o caminho da ação e da reação de nós mesmo, trilhar um caminho pra a prosperidade, certamente é bem mais agradável e palpável. E esta é a proposta do Coaching Holístico.

    Enumerar uma série de questões para os objetivos pessoais serem colocados em prática. 

    PRINCIPIOS DO CONCEITO DE FORMAÇÃO DO COACHING HOLÍSTICO 

    O que é Samkhya

    Samkhya é considerado como o mais antigo dos sistemas filosófico ortodoxo indiano .Sua filosofia considera o universo como constituído de duas realidades eternas:  Purusha (consciência) e Prakriti (corpo físico), é, portanto, fortemente dualistas  caracterizada por uma cosmovisão que vê o universo como uma mistura evolução de dualidades distinta (claro / escuro, masculino / feminino, etc.).

    Shamkhya advém do idioma sânscrito, um dos ramos do grande tronco lingüístico e cultural Indo-Ária, tendo parentesco com o latim, o árabe e mais uma dúzia de línguas indianas. Apesar desta influência o sânscrito é uma língua morta, sendo usada em situações ritualísticas, pujas com mantras.

    Samkhya, então literalmente, significa "descrição enumerativa", inventário, enumeração, sendo uma palavra adotada por kapila, um literato indiano por volta de 27 séculos atrás. Para descrever a estrutura do cosmo e do homem, bem como as relações entre pessoas e do individuo como o cosmo, no sentido da natureza.

    Devido às dificuldades com os estudos e registros históricos daqueles séculos, não se sabe ao certo se Kapila foi realmente um personagem histórico ou uma criação folclórica; não se sabe também a data de seu nascimento (talvez 750 a. C), se foi contemporâneo depois de Buda (200 anos depois), se viveu no século II a.C ou II d.C

    Metafisicamente, Samkhya mantém uma dualidade radical entre o espírito / consciência (Purusha) e matéria (Prakriti). Todos os eventos físicos são considerados manifestações da evolução da Prakriti,  ou natureza primária (do qual todos os corpos físicos são derivados). Cada ser ciente é um Purusha, e é ilimitado e irrestrito ao seu corpo

    O espírito em si é apenas uma testemunha da evolução. A evolução obedece a relações de causa e efeito, com a natureza primordial em si ser a causa material de toda a criação física. A teoria da causa e efeito da Samkhya é chamado Satkaarya Vaada, e afirma que nada pode ser criado a partir ou destruídas em nada - toda evolução é simplesmente a transformação da natureza primordial de uma forma para outra.

    Toda a matéria tem três gunas (qualidades)  ou atributos fundamentais - sattva (atributo criativo), rajas (atributo preservacionista) e tamas (atributo destrutiva). A evolução da questão ocorre quando a relação de forças entre as mudanças de atributos. A evolução cessa quando o espírito percebe que é diferente da natureza primária e, portanto, não pode evoluir. Isso destrói o propósito da evolução, impedindo assim Prakriti de evoluir para Purusha.

    O Purusha (almas) é consciente e livre de todas as qualidades. Eles são os espectadores silenciosos de prakriti (matéria ou a natureza), que é composto de três gunas (disposições), satva rajas e tamas (atividade estabilidade e estagnação). Quando o equilíbrio dos gunas se movimenta, a ordem mundial evolui. Este movimento causa um desequilíbrio natural, ou seja, um distúrbio é devido à proximidade de Purusha e Prakriti. Libertação (kaivalya), então, consiste na realização da diferença entre os dois.

    Esta era uma filosofia dualista. Mas há diferenças entre o Samkhya e as formas ocidentais de dualismo. No Ocidente, a distinção fundamental é entre a mente e o corpo. No Samkhya, no entanto, é entre o (purusha) e da matéria, e este último incorpora o que os ocidentais normalmente se referem como "mente". Isso significa que o Self como o Samkhya entende que é mais transcendente do que "mente". 

    COACHING - MITOS E VERDADES

    Ser Coach é ter paixão em ajudar as pessoas a alcançar as suas metas, sonhos e objetivos mais rápidos.

    COACH é uma palavra de origem inglesa antiga, por volta de meados de 1500, que significa um veiculo para transportar pessoas de um lugar para outro.  
    O nome Coach é muito usado nos esporte, para denominar o treinador ou o técnico. Timothy Gallwey, quando escreveu "O JOGO INTERIOR DE TÊNIS" deu uma nova concepção na maneira de ensinar o Tênis e colaborou muito no processo de coaching que hoje conhecemos.

    Segundo o I.C.I. (Integrated Coaching Institute), Coaching é um processo focado em ações do coachee (cliente), para a realização de suas metas e desejos.  Ações no sentido de desenvolvimento e / ou aprimoramento de suas próprias competências, equipando-o com as ferramentas, conhecimentos e oportunidades para se expandir.

    O processo de Coaching não diz às pessoas o que fazer para se tornarem melhores, as apóia e a avalia, o que e como estão fazendo de modo a responsabilizarem-se pela própria vida, caminhando em busca de seus próprios objetivos. 
    Podemos também dizer que o Coach é o profissional que auxilia as pessoas a estruturar-se e realizar o seu sonho.

    Segundo Leonardo Wolk, "Coaching é a Arte de Soprar Brasas". 

    O coach, portanto é o profissional que conduz o processo de desenvolvimento. 

    Coaching é o nome do processo (literalmente treinamento em inglês). 

    Coachee é o nome que se dá ao cliente que contrata o coach. 

    O que é Coaching?

    É uma nova disciplina que nos leva à realização de permitir um desenvolvimento pessoal e profissional forte. É um conjunto de perguntas é a partir da aceitação dos outros e não julgar, com o objetivo de descobrir quem você é e ajudá-lo a alcançá-lo. .

    É uma formulação que ajuda você a pensar diferente. É uma nova maneira de ver as coisas que lhe permite operar de forma eficaz e responsável para seus objetivos, aumentando a imagem que você tem de si mesmo, melhorar as comunicações, aprofundar suas relações e mantê-las.

    Qual situação te leva a utilizar-se do coaching:

    - Quando você tem uma meta ou um objetivo e não sabe especificar.  

    - Quando você quiser encontrar um propósito na sua vida e nada faz sentido  

    Quando você responder não a uma das seguintes questões:  


    - Você gosta do que faz? 


    - Você está animado sobre o seu futuro? 


    - É esta a vida que você escolhe? 


    - Você acha sentido no que você faz? 


    - Você está satisfeito com seus relacionamentos? 


    - Usa bem seu tempo livre?


    Portanto o Coaching te chama para a ação ao invés de levá-lo aos seus pensamentos. 


    Coaching aponta para o que você quer e é possível que você  em vez de se concentrar no que aconteceu com você. 



    Um plano para o seu futuro  em sua vida pessoal

    Você tem um sonho difícil de realizar? 


    Você está sempre envolvido em problemas em seus relacionamentos? 


    Você se sente preso ou contido em qualquer área da sua vida? 


    Gostaria de ter mais tempo para si? 


    Em sua vida profissional

    Gostaria de ter mais sucesso? 


    Você reconhece que você poderia melhorar a comunicação? 


    Necessidade de organizar melhor o seu trabalho e sua mesa? 


    Você muitas vezes falta o tempo? 


    Gostaria de promover o seu crescimento, mas você não tem idéia por onde começar? 


    Você gostaria de aumentar sua renda ou lucro em seu negócio?


    Você toma altos níveis de stress? 

    Operação de Sessões de Coaching 

    A duração do processo de coaching é uma função do número de sessões e a freqüência dos mesmos, e duas questões dependem de você.

    Sobre a freqüência, nota que não fará mais do que uma sessão por semana e raramente perduram para além das próximas 4 a 6 semanas. Em geral, cada sessão dura aproximadamente uma hora e será individual.  

    Conclusão  

    O Coaching Holístico

    Coaching não é  terapia.

    A terapia é uma solução para entender o passado, reavaliar os erros para preparar-se para o presente.

    O Coaching concentra-se no presente e no futuro. Ou seja, independente de qualquer fato, dos sucessos e dos insucessos, o que e como fazer daqui pra frente, para continuar a escalada.

    A Terapia é um recurso para lidar com as dificuldades da existência, sob aspectos psicoemocionais em situações como crises pessoais, conflitos conjugais e familiares, transtornos psicopatológicos, distúrbios psicossomáticos, crises existenciais e problemas nas transições entre as fases da vida, etc. A terapia, diferentemente do coaching, adota uma abordagem holística que envolve processos de ordem psíquica, orgânica e social oferecendo recursos direcionados para atender na orientação de pessoas em situações de desestruturação e crise, quando o mesmo se sente inapto para lidar com as dificuldades em sua vida.

    O Coaching holístico vai lhe propor um caminho do momento do aqui e agora através de seus próprios recursos naturais.

    Serão utilizados de ferramentas de métodos vivenciais para auxiliar ao encontro de respostas que o processo vai lhe conduzir, para melhor absorção.   

    "Se, por um dia apenas, ou mesmo algumas horas e não raro por apenas alguns minutos, você se permitir mudar, um pouco que seja, seu ângulo de visão e abordar as questões existenciais de uma posição outra, além daquela que está habituado a vivenciar, isto operará milagres em sua saúde e no meio ambiente"       Levi Leonel 

    BIBLIOGRAFIA

    Pesquizas feitas pela a Internet.

    Livro - Energia Vital - Editora Roka - Autor - Levi Leonel

    Título: Coaching: Desenvolvendo Excelência Pessoal e Profissional;

    Autor: James Flaherty;

    Editora: Qualitymark;

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 03/06/2011 10:18


    Tratamento Através da Radiestesia e Radiônica

    Tratamento Através da Radiestesia e Radiônica

    Tendo em vista o perfil individual do cliente determinado pelos cinco movimentos chineses e meridianos

     

    Maurício Marcial Araújo
    TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 43301

     

    Só aquele que governa a si próprio pode governar os outros. Só aquele que é livre pode libertar. O Homem é feito de luz e a Luz é do Homem. Será difícil a transmutação do indivíduo? É difícil ser bondoso, compassivo, amar, trabalhar, construir e criar um mundo cada vez melhor? A dificuldade é que temos uma natureza dualista. Deus e Lúcifer, ambos estão em cada um de nós. Este confronto entre glorificação amorosa e egocentrismo destrutivo é que nos obriga a usar o livre arbítrio. Se não tivéssemos que optar sempre entre o bem e o mal não haveria degraus a subir em nossa eterna viagem para o Criador. Em certos estágios, devemos dar um salto e transmutar nossa alma. Como? Amando sem restrições. A energia da vida, a energia cósmica, faz o resto.

    THOTH (50.000 a.C. d.C.)

     

     

    SUMÁRIO

     

    RESUMO.............................................................................................................2

    INTRODUÇÃO.............................................................................................................2

     

    1 MATERIAL E METODOLOGIA...........................................................................3

     

    1.1  Material empregado...............................................................................................3

     

    1.2  Métodos.................................................................................................................3

     

    1.2.1     Estudos de pessoa presente...............................................................3

     

    1.2.2     Estudos de pessoa Ausente......................... ................................................4

     

    1.3  Para apreciação e conhecimento.....................................................................................................5

     

    2      DISCUSSÃO............................................................................................................6

     

     

    CONCLUSÃO.............................................................................................................7

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................8

     

    RESUMO

    Depois de tanto tempo começamos enfim, a descobrir que somos seres Bioenergéticos, ou seja, Magnético elétrico e que todos os desequilíbrios, dores e forma pensamentos nada mais é que energia concentrada; e que existe varias maneiras e técnicas holísticas de retirar ou mesmo inverter estas energias estagnadas. Estou aqui para demonstrar através da radiestesia e Radiônica como  identificar, neutralizar e modificar estas energias estagnadas.

     

     

    INTRODUÇÃO

    Quando fui a São Paulo no congresso do SINTE pela primeira vez, Henrique, Presidente do SINDICATO, fez uma colocação sobre qual a função de nossos trabalhos. Elucidou-nos que para ser terapeuta holístico a pessoa tem que se gostar e gostar muito de ajudar a outras pessoas. Reforçou que se nós não tivermos a intenção pura e verdadeira de ajudar certamente não seremos bons Terapeutas Holísticos e estaria na profissão errada.

    Então, vejo no passar destes anos, Clientes desequilibrados, com parasitas da energia vital, meridianos e cinco movimentos Chineses precisando de energização e desbloqueios. Quero compartilhar com vocês essas Técnicas e propor uma nova visão e meios de equilíbrio através da Radiestesia. Que possamos repensar sobre essas questões: isto não estaria acontecendo justamente neste momento em especial para nós; profissional pensar em executar este trabalho PARA o próximo com a melhor das intenções, com mais uma ferramenta importante para equilibrada e trazer de volta a qualidade de vida desejada pelos nossos clientes.  E o mais importante com a CONSCIÊNCIA de que está trabalhando com o amor e intenção de melhorar a vida dele.

    Tudo no universo é energia e essa energia não morre ela é sim transformada e acredito que não existem benefícios e prosperidades sem troca desta energia, o grande PRESENTE para a nossa profissão é justamente procurar encontrar juntos com nossos clientes um  ambiente melhor para nós,  nossos clientes, crescimento e maturidade pessoal, adequação mais tranqüila na sociedade porque uma relação de riqueza não se baseia apenas no VALOR enquanto espécie monetária, cédulas, ele é muito maior, se conseguimos enxergá-lo.

    Com isso descobrimos uma melhora do Universo em que vivemos  com seres que entraram em contato com este NOVO SER equilibrado e cheio de propósitos novos.

    Para ajudar o próximo precisamos acima de tudo de amor, coragem e sensibilidade. As mudanças chegam de forma sutil, em pequenas doses... 

    Qual é o objetivo de um terapeuta Holístico? Qual é a sua proposta verdadeira?

    Pensem, quantos terapeutas holísticos morreram no passado ou foram presos, sozinhos sem ajuda e comprometimento do próximo apenas lutando por uma causa altruísta. Estamos no momento em que existe um sindicato forte e com pessoas querendo nos ajudar a erguer o nome de Terapeuta Holístico e colocá-lo no lugar que os do passado, presente e do futuro merece.. Por que então não nos unirmos com um só propósito que é de ajudar o outro, trocar idéias, experiências, informações e fundamentalmente lutar juntos por interesses que são coletivos, diria ainda que seja de todos.

    Pense sempre no próximo sem esperar recompensas, pois a recompensa verdadeira e concreta está intimamente entrelaçada com a nossa INTENÇÃO VERDADEIRA. E esta resposta, como o nosso tratamento, é sutil e fortificada, sendo apenas questão de tempo.

    Não se recebe energia tipo "A" emanando energia tipo "C", o aspecto energético depende da purificação e troca e isso só acontece com mudanças na ação e paciência. Não conseguiremos chegar a ser o que queremos sozinhos, dependemos da energia do outro e só receberemos a energia "A" se tratarmos com Amor ao próximo, isso é troca.

    1 - MATERIAL E METODOLOGIA

    1.1 Material empregado

    • Pêndulo;
    • Ficha de cliente;
    • Pasta com Gráficos de radiônica encontrados no livro A Radiestesia em Terapia Holística (informações no SINTE);
    • MAPA DOS CINCO MOVIMENTOS CHINESES como o fornecido pelo SINTE;
    • Mapa de Holopuntura fornecido pelo SINTE;

     

    1.2 Métodos

    1.2.1 Estudo da pessoa presente.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente.

    1.2.1 Estudo da pessoa presente

    • Pede-se que o Cliente relaxe e deite na maca;
    • Preencha a ficha do cliente com as informações necessárias para a investigação com o uso do Pêndulo (Radiestesia);
    • Se pega o pêndulo e coloque-o no ponto zero e começa-se a passá-lo pelo corpo do cliente a uma distância de mais ou menos quinze centímetros do corpo na altura do coração, pulmões, baço e pâncreas, rins e fígado etc... No local onde houver predominância da energia estagnada, o pêndulo oscilará em rotações afirmativas seguindo sentido horário;
    • Obtida as respostas afirmativas, anotam-se na ficha do cliente os pontos de desequilíbrio e consulte ao cliente se sente dores ou incômodos no local;
    • Segue-se o atendimento com o uso da Odomertia equilibrando e desbloqueando os chakras de entrada e saída que estiverem desequilibrados;
    • Pergunta-se ao pêndulo quantas voltas ou quantos minutos são necessários para se restabelecer a harmoniae o equilíbrio dos chakras que necessitam da Odomertia;
    • Segue-se o atendimento com o uso do pêndulo para a identificação dos cinco movimentos chineses desequilibrados e o movimento individual do cliente sobre as seguintes partes do corpo: uns três dedosacima da mama esquerda (Coração) - movimentoFogo, no meio do peito- movimento Metal, baço e pâncreas - movimento Terra, rins- movimento Água e fígado- movimento Madeira;.
    • Pergunta-se ao pêndulo quantas voltas ou quantos minutos são necessários para se restabelecer a harmonianaquele Movimento e com o Pendulo girando no sentido horário faça a Odomertia para o equilíbrio do movimento.
    • Próxima etapa é verificar se o cliente encontra-se com Parasitas da energia vital, qual tipo de parasitas e recomendar a melhor forma para a eliminação dos mesmos.
    • Próxima etapa é verificar se algum meridiano se encontra bloqueado no momento e usar técnicas diversas como cromoputura, cromoterapia, Florais, Fitoterápicos etc..
    • Pergunta-se ao pêndulo se são necessárias outras sessões, caso positivo, informa-se ao cliente;
    • Verificar se o cliente necessita do uso da Psicoterapia Holística e ACONSELHAMENTO adequado.

    1.2.2 Estudo da pessoa ausente

    Sabendo-se que os corpos humanos por ser Bioenergético emitem radiações energéticas distintas e peculiar podemos através do uso de testemunhos captarem a freqüência energética de cada cliente como se fossem uma captação de rádio, ou seja, única.

    As células do corpo estão compostas por um núcleo atômico e elétrons e como se compusessem uma central elétrica comum com um sistema bioelétrico circular central que não depende do sistema nervoso central. Se este sistema se altera, chegam-se-se a mudanças morfológicas na célula e, por conseqüência, a desequilíbrio ou dano contínuo do órgão afetado ou os órgãos afetados.

    Quando se cria novamente o potencial enérgico da célula, a "central elétrica Homem" está em equilíbrio de novo. O desequilibrio e a dor desaparecem.

    Muitos estudiosos como o Abade Bouly e outros radiestesistas em suas experiências captaram as radiações de seres infinitamente pequenos como os microrganismos dentro de um organismo. Estas radiações são de uma sutileza grande.

    Chamamos de Radiônica a arte que nos permite  perceber e captar as radiações dos corpos e das matérias a distâncias pequenas ou grandes, utilizando mapas, croquis, fotos, etc.

    Mesmo dentro da Radiestesia, há os céticos que duvidam desta captação.

    O retrato ou foto é uma transmissão vibratória da luz, vinda do corpo fotografado diretamente no filme que captou, condensou e transmitiu as vibrações emitidas pelo corpo.

    Para as vibrações ou radiações que expelem os corpos, não há obstáculos nem distâncias. O tempo e o espaço não existem e como a força de penetração é muito grande, abre passagens e segue adiante.

    Estas radiações são perfeitamente percebidas quando o radiestesista regula e acorda o seu sistema receptor (sistema nervoso) com o comprimento das ondas que a foto ou mapa emite.

    Não há uma explicação formal e científica que possa satisfazer, mas sua exatidão é certa.

    Essas emissões de radiações embora já existissem desde a origem do mundo, somente no século XX, foi possível organizar uma disciplina para estudá-las cientificamente.

    Os animais, sendo animais, não precisaram esperar até o século passado para detectá-las e tirar proveito delas para a sua vida. O sistema nervoso da abelha, organizado para vibrar a uma freqüência determinada, desde sempre soube sentir as flores melíferas a uma grande distância, e captar radiações características da colméia materna.

    Foi demonstrado que as flores melíferas têm exatamente a mesma freqüência vibratória da abelha. Maravilhas do instinto e, sobretudo, maravilhas do Criador.

    Não há dúvida nenhuma que o instinto guia os animais com mais segurança que a inteligência humana, mas é certo também que o cérebro humano tem mais capacidade do que qualquer animal.

    Os animais só detectam as ondas que lhes são essenciais para a vida e para preservar a espécie, e nosso cérebro é como um receptor que detecta e amplia qualquer tipo de onda.

    Detectar uma radiação é por o cérebro em ressonância com um comprimento de onda, escolhido propositalmente, em vista de algum interesse.

    É necessário encontrar um meio de sintonizar somente as ondas do objeto que nos interessa e deixar de lado todas as outras radiações, estabelecendo assim a seleção.

    Cuida-se da pessoa ausente como se cuida da presente, só diferenciando ser a foto ou figura e não o corpo material. Interessante é que esse tipo de terapia pode ser utilizada desde o período intra-uterino até uma idade bastante avançada de cada pessoal.

    1.3  Para Apreciação e conhecimento

    - Como os Cinco Movimentos influenciam a personalidade

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO FOGO

    Pessoas nascidas sob a influência deste movimento são líderes naturais, carismáticas e dinâmicas no falar e no agir. Aventureiros, ambiciosos, impulsivos e sem medo dos riscos, eles possuem enorme capacidade para inspirar os outros a atingir seus objetivos. Sua grande energia e ambição, entretanto, podem também trabalhar contra eles, que correm o risco de se tornar egoístas, desconsiderados e inquietos quando não são capazes de obter o que desejam.

    O calor e o brilho do movimento FOGO atraem naturalmente as pessoas até eles, mas isso também pode ser destrutivo quando não mantido sob controle.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO TERRA

    Os que se enquadram neste movimento são conhecidos por sua natureza pragmática e conservadora. São prudentes com suas finanças, planejadores e administradores eficientes. Confiáveis e metódicos, não são dados a exageros e embelezamentos e podem apresentar as coisas da forma simples como elas são, ou pelo menos como eles as vêem. No lado negativo, podem sofrer de uma certa falta de imaginação e espírito de aventura e podem se tornar muito críticos e excessivamente preocupados em proteger seus próprios interesses.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO METAL

    Os que são controlados pelo Metal são ambiciosos, orientados para o sucesso, determinados e perseverantes. Resolutos e sem hesitação na conduta e na expressão, eles são guiados por sentimentos poderosos e podem, às vezes, ser irracionalmente teimosos e inflexíveis. Têm forte perspicácia financeira (Metal é o elemento associado ao dinheiro) e irão usá-la para aumentar seu apetite por luxo e poder. Voluntariosos e dogmáticos, eles precisam aprender o valor da conciliação e deixar de insistir rigidamente em sempre ter as coisas feitas a sua maneira.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO ÁGUA

    Os regidos pela Água são fluidos como ela. Elas (as águas) mais penetram do que dominam, e, como um rio ou regato, são capazes de se desviar de quaisquer obstáculos em seu caminho através de sua calma e indomável perseverança. São habilidosos, comunicadores, capazes de transmitir idéias e influenciar os outros. Em seu estado negativo, podem ser muito conciliadores e passivos, e se apoiar demais no apoio dos outros. Para obter sucesso, eles devem aprender a ser mais afirmativos e usar ativamente seus poderes de persuasão para transformar seus sonhos e visões em realidade.

    • PERFIL INDIVIDUAL-MOVIMENTO MADEIRA

    Daqueles nascidos sob a influência do movimento Madeira diz-se que possuem elevados padrões morais e defendem o crescimento consistente e a renovação. São extremamente autoconfiantes e progressistas, com habilidades executivas que os capacitam a assumir empreitadas cooperativas de grande porte. Por causa de sua generosidade e de sua capacidade inata e solidária de compreensão dos outros, são capazes de produzir apoio moral e financeiro para todos os empreendimentos com que se comprometam. Sua maior desvantagem é uma tendência entusiástica e excessivamente confiante para assumir mais do que o recomendável e, portanto, correr o risco de nada conquistar.

     

    Sobre o Pêndulo:

    Se você já consegue fazer com que o seu pêndulo diga SIM e Não é hora de adquirir confiança nas suas respostas. Independente de ele estar respondendo a alguma coisa importante, já está a princípio treinado para responder o que você quer. SIM e NÃO são polaridades. Coisas opostas. Você pode portanto utilizar o pêndulo para escolher entre quaisquer pares opostos - sim ou não, positivo ou negativo, masculino ou feminino, ying ou yang, preto ou branco. Basta você indicar por substituição a SIM e NÃO, qual a resposta que se encaixa a cada movimento.

     

    Percepção:

    A percepção é a criação ativa que elaboramos com base no estímulo externo e no referencial interno. Aspas e reticências abrem e fecham o processo perceptivo de cada um. Parece confuso; então pense no seguinte: O que é uma floresta? Um agricultor diz que é uma porção de arvores; já para o caçador é uma reserva de caça; para um perseguido a floresta pode significar um refúgio; na cabeça de uma criança é um lugar desconhecido e misterioso... E todos vivem felizes, cada um com sua idéia fixa sobre a questão. Estão errados? Claro que não, afinal tudo depende da perspectiva do observador, cada um vê as coisas de acordo com seu próprio referencial. Nossa capacidade de perceber, de relembrar e de relatar algo de forma completa e objetiva é muito limitada.

     

    Viver é sentir, mas só saber disso não basta.

     

    Imagine essa situação: estão na esquina parados, um médico, um advogado, um espiritualista e um mecânico, então houve um acidente e os quatros presenciaram.

    Quando foram interrogados sobre o caso, cada um relatou o mesmo acidente de maneira diferente.

    O médico percebeu os ferimentos e a gravidade do acidente.

    O advogado percebeu a posição dos carros e atribuiu a responsabilidade do acidente ao motorista que tentou uma ultrapassagem perigosa.

    O espiritualista percebeu além dos ferimentos físicos das vítimas, os danos emocionais e traumáticos que poderia ter causado tal acidente.

    O mecânico observou a condição dos carros e calculou os custos dos reparos.

     

    Cada observador viu os fatos de acordo com seus interesses e experiências vividas.

     

    É preciso crer para ver. Não, você não entendeu errado, vemos aquilo em que acreditamos. Um exemplo comum que você vai encontrar no seu cotidiano é o chamado efeito Halo (é a possibilidade de que a avaliação de um item possa interferir no julgamento sobre outros fatores, contaminando o resultado geral). Quando temos uma impressão global positiva de alguém temos a tendência de super valorizar o lado positivo e desvalorizar o lado negativo da pessoa. Ao contrario, quando nossa impressão é completamente desfavorável, temos a tendência de supervalorizar os aspectos negativos dela.

     

    Por isso, mesmo que você pense que tem a mente aberta e sem preconceitos e que tem condições de ver todos os lados de uma questão, lembre-se que existe sempre a tendência para manter uma visão estreita da realidade e perder a verdade objetiva.

     

    Antes de tudo então, seja um observador de si mesmo, pois o que vemos é em parte o que existe, mas também é em parte o que somos.

     

    Portanto, pesquise e estude a Radiestesia como ciência e arte. Sua percepção sobre o conhecimento de tudo se expandirá trazendo a tona um ser humano equilibrado e mais justo.

     

     DISCUSSÃO

    O nosso corpo serve como uma antena que capta as vibrações à nossa volta (ou as que queremos ter contato) levando ao cérebro físico que as envia ao inconsciente que, por sua vez fará as pesquisas necessárias e retorná-las-á ao cérebro físico, que produzirá o movimento do pêndulo relativo à resposta de nossa pergunta. O pêndulo nada mais é que um amplificador tanto das energias que captamos através de nosso corpo físico, como das respostas obtidas durante as pesquisas; por tanto, o Trabalho de Terapia Holística com o uso da Radiestesia e Radiônica requer apenas estudos e treinamento para se chegar as respostas mais precisas e corretas.

    Com o uso da Radiestesia podemos equilibrar e melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas, animais, ambientes e outros. A Radiestesia é uma ferramenta importante no trabalho terapêutico e com tempo e dedicação e a percepção teremos avançado e muito na nossa área que é a saúde do individuo.

     

    CONCLUSÃO

     

    "A tendência moderna de separar o todo em partes para melhor análise, por um lado, proporcionou grandes avanços científicos, por outro, dificultou-nos o poder de síntese, a capacidade de entendimento integral.

    Soma-se a isto que várias correntes filosóficas e até religiosas desapercebidamente estimularam a que o CORPO deixasse de ser percebido como sendo EU, estando mais visto como uma "máquina", ou "roupa" que usamos!

    Na visão holística, inexiste separação de corpo, psique e coletivo, tudo é um só ente, o Universo que somos. Tal qual a água manifesta-se ora como sólido, ora como líquido e até mesmo gasoso, nosso EU apresenta-se sob diferentes graus de condensação, desde a mais densa matéria, até o mais sutil pensamento. Assim sendo, aqui não cabe a expressão "meu corpo", mas sim, "EU-Corpo", pois a matéria não é apenas algo que possuímos, mas sim, aquilo que TAMBÉM somos..."

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001.

    - Do que se predomina a Radiestesia e Radiônica.

     

    Utilizando instrumentos específicos, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do nosso campo bioenergético que trabalha com as dimensões vibratórias mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando encontrar possibilidades para corrigir possíveis alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem estar da pessoa.Tudo no universo é uma fonte de energia que ressoa em certa freqüência ou, uma combinação de freqüências com outros elementos. Nosso corpo é feito de um número incontável de átomos e moléculas representando vários elementos. Cada molécula elementar ou átomo ressoa em harmonia com outra, quando estamos em perfeito equilíbrio. Acontece que em todo o momento estamos expostos a energias nocivas, como: ondas de rádios, TV, antenas, energias pessoais, etc... Podem gerar uma serie de desequilíbrios. Elas passam sobre nossos corpos, da mesma forma que somos afetados pela radiação do sol, da lua, da Terra e como sabemos das outras pessoas, porque mesmo pensamentos criam energias que se irradiam através de nossos corpos.O humor e as atitudes de um grupo de pessoas podem afetar-nos se estivermos cientes deles e, formos suficientemente sensitivos.Freqüentemente durante o dia respondemos fisiologicamente, emocionalmente e intelectualmente de alguma forma às diferentes radiações que nos atingem, vindas de várias fontes.Radiestesia é uma excelente ferramenta para ampliar nossas reações sutis que experimentamos. Se usada corretamente, a Radiestesia será uma ferramenta benéfica para a identificação e correção da fonte e transmissão das radiações nocivas existentes.Na realidade, a Radiestesia pode ser dividida em três aspectos:1- Reação física para freqüências e radiações universais de elementos ou combinações de elementos naturais ou artificiais que existem no nosso ambiente físico.2-Reação emocional dos pensamentos, condições e atitudes de outros, individualmente ou coletivamente e, de nós próprios.3- E freqüentemente intuitivamente a eventos que estão fora de nossa percepção linear do tempo, consciência física ou realidade.Com a nossa atitude e conhecimento do assunto que nos dirá definitivamente se seremos bem sucedidos no trabalho de Radiestesia ou não, e o quanto poderemos desenvolver este precioso presente. Devemos tornar-nos humildes e ter força de submetermos nossas percepções e atitudes para mudar, questionar mesmo nossas mais fortes crenças sobre um assunto específico e também ter vontade de corrigir nossas realidades.Para alguns isto será somente um meio de trabalhar com reações ou manifestações físicas, tais como procurar água, minerais e outros assuntos relativos às substâncias do universo. Outras pessoas, como eu, entretanto, podem se sentir confortável em trabalhar em áreas relativas à saúde, emoção e espiritualidade, ou seja, equilíbrio do Ser. O principal instrumento utilizado na Radiestesia é o Pêndulo. Qualquer objeto simétrico suspenso por um fio ou corrente pode ser um pêndulo. Eles podem ter formas esféricas, cônicas, cilíndricas, etc. Os melhores para iniciantes são os pêndulos neutros, isto é, feitos de madeira, baquelita, vidro ou aço inox, pois, possuem polaridades que se anulam entre si. Escolha um pêndulo de preferência neutro que pode ser da cor verde, a cor preta ou a cor natural da madeira ou do material utilizado. Use a sua intuição e escolha um pêndulo que melhor se afine com você e suas propostas de trabalho.Eu pessoalmente gosto de trabalhar com o pêndulo feito com a pedra Olho de Tigre porque me sinto mais seguro e confiante ao utilizar esta pedra.O olho de tigre normalmente é utilizado para proteção em geral, afastar o sentimento da inveja e manter a clareza dos pensamentos. Ele pertence ao grupo do quartzo e sua coloração é amarela dourada até marrom dourado, marrom até marrom enegrecido, opaco.Os efeitos terapêuticos do olho de tigre são: propriedades para o equilíbrio da cabeça, fortalecimento do cérebro, melhora a coordenação dos movimentos do nosso corpo e é excelente coadjuvante para a meditação e relaxamento.Outros instrumentos úteis para os que futuramente se interessarem em aprofundar os seus conhecimentos em Radiestesia, é: o Dual Rod, Aurímetro, o bastão atlante, os cristais, as réguas radiestésicas, o pêndulo Egípcio, o pêndulo cromático, o pêndulo eletromagnético, o pêndulo universal, etc.Procure conhecer e estudar a forma de uso de todos os instrumentos, mas lembre-se o importante é trabalhar e desenvolver o seu processo terapêutico com o instrumento que mais te agrade e te faça se sentir seguro e confortável.  

    Maurício marcial Araújo -CRT 43301

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

    ARESI, Albino. Radiestesia Hidromineral e Medicinal. 1. ed. São Paulo: Editora Mens Sana,1982.

    ATTESHLIS, Dr. Stylianos. Os ensinamentos esotéricos - uma abordagem cristã da verdade. 1. ed. São Paulo: Editora Ground, 1994.

    JAGOT, Paul Clement. A influência à distância - curso prático de telepsiquia - 9. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1999.

    MENDONÇA, Sávio. A Arte de curar pela Radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 1980.

    NIELSEN, Greg. Além do poder dos pêndulos - O ingresso no mundo de energia - 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1998.

    NIELSEN, Greg ; POLANSKY, Joseph. O poder dos pêndulos.13. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 1999.

    SAEVARIUS, Dr. E. Manual teórico e prático de Radiestesia. 14. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    SHARP, Damian. O que é Astrologia chinesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 2003.

    TANSLEY, David V. Dimensões da radiônica - Novas técnicas de cura - 10. ed. São Paulo: Editora Pensamento, 1995.

    VIEIRA, Henrique Filho. O Microcosmo Sagrado. 1. ed. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

     

     

     

    Autor: : Maurício Marcial Araújo - TERAPEUTA HOLÍSTICO - CRT 43301
    Última atualização: 05/06/2011 12:45


    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista

    OS SONHOS - UMA INTERPRETAÇÃO HOLÍSTICA

    Da Tenda Do Xamã Ao Divã Do Psicanalista


    Henrique Vieira Filho

    Terapeuta Holístico - CRT 21001

     


    Resumo:

    Milernarmente, os SONHOS são uma forma de contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso os indivíduos recorriam aos Xamãs, ao Sacerdotes, antecessores dos Terapeutas Holísticos, para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, inclusive, divinatórias, por meio de rituais sagrados.

    No ocidente moderno, sua importância foi negligenciada, até o advento da PSICANÁLISE, reencontrando nas teorias de Freud e Jung a sua função de eficaz meio de acesso ao conteúdo inconsciente, aplicando-se a associação livre como um dos instrumentos a trabalhar o conteúdo onírico.

    A TERAPIA HOLÍSTICA une o antigo e o novo em suas melhores qualidades, aproveitando tanto os sonhos espontaneamente recordados, quanto os induzidos via técnicas de relaxamento, toque e exercícios de imaginação ativa.

     

    Introdução:

    A Terapia Holística, ainda que sob outros nomes, existe desde os primórdios da humanidade, tendo na figura dos xamãs-sacerdotes a sua personificação conhecida mais antiga. Desde o princípio, nossa profissão aplicou a devida importância à conversação e à empatia como caminhos para obtenção de melhores resultados terapêuticos. Além de manter-se sempre bons ouvintes, várias técnicas eram acrescidas para ampliar a compreensão do que estava além do alcance das palavras.

    Neste quesito, fatores subjetivos como os sonhos eram bastante valorizados como portal para o autoconhecimento, sendo a sua interpretação facilitada pela indução a estados alterados de consciência. Os próprios sintomas físicos do Cliente e, até mesmo, os acontecimentos sociais, eram passíveis de análise com estas mesmas técnicas.

    Naqueles tempos, o paradigma Holístico reinava absoluto, porém, a partir do século V a.C., sacerdócio e terapia iniciam seu divórcio e a abordagem "científica-reducionista-elitista" cria uma nova personagem, a medicina, nascida antagônica à aborgadem "empírica-holística-acessível" de nossos ancestrais xamãnicos.

    A Terapia Holística, forçada a se adaptar para sobreviver às fogueiras da inquisição e, mais modernamente, à ditadura do "cientificismo", mudou várias vezes de nome, fez concessões demais, na tentativa de incorporar a postura reducionista e mecanicista de seus algozes.

    Simplesmente, focou no físico, ignorou os aspectos sócio-culturais e perdeu a "alma", desprezando o psíquico e o transcendente, esquecendo do poder das abordagens Psicoterápicas.

    No começo do século 20, Sigmund Freud inicia o movimento da Psicanálise, com a divulgação de estudos que demonstravam síntomas físicos sendo criados ou suprimidos mediante sugestões hipnóticas e, numa evolução da proposta, onde se otimiza condições para que os Clientes por si só encontrem origens e explicações para seus sintomas incomodativos, que se "dissolvem espontaneamente" no decorrer destes procedimentos (método catártico).

    A Psicanálise recebeu a adesão e contribuição de grandes pensadores, sendo que dois deles, em especial, podem ser assimilados com maior ênfase e compreensão à Terapia Holística: Wilhelm Reich e Carl Gustav Jung.

    Um dos tópicos de maior atenção na Psicanálise é o desenvolvimento de teorias sobre as Estruturas da Personalidade. Freud, influenciado por sua formação, buscava explicar percepção, memória, pensamento, afetividade, enfim, que todo objeto de discussão relacionado ao psiquismo, a uma sistematização sobre neurônios, modificações fisiológicas, enfim, que todos os processos psíquicos repousassem sobre aquilo que fosse FISICAMENTE mensurável. Contudo, tamanha limitação de visão foi desacartada, libertando Freud para sistematizar de forma subjetiva, estruturando didaticamente, a Personalidade em Id, Ego e Superego, aqui resumidos, de forma ultra-simplificada, em Inconsciente (a parte "inacessível" de nossa personalidade, impulsos em busca de satisfaçao), Consciente ( "eu") e Censor ("juiz" do Ego, o Ego "Idealizado").

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO.

    Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Aplicação prática da teoria da sincronicidade junguiana e do paradigma holístico, faz uso da extreita conexão existente entre o objeto da análise e o instante universal em que ele se apresenta, o qual se torna interpretável por técnicas que exponham símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo (astros, números, cartas, hexagramas, etc), pontos estes de referência sobre os quais tanto o profissional, quanto o Cliente projetam seu psiquismo, intuição e o pensamento não-linear, identificando por "insight" simultaneidades significativas acausais, aflorando à consciência a síntese uma série de fatores até então não compreendidos. Desta forma, perante uma abordagem de linha junguiana, podemos incorporar métodos tradicionais e modernos de análise, tais como radiestesia, paranormalidade, astrologia, numerologia, tarot, I Ching, búzios, runas e similares para conhecimento e compreensão da personalidade e habilidades de um indivíduo.

    Com este breve paralelo entre três grandes nomes da Psicanálise e as semelhanças (ainda que JAMAIS assumidas...) entre suas abordagens e as terapias milenares, fica aqui a propositura de que se pode (e deve...) revisitar as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom...

    Especificamente sobre os SONHOS, porém, a Terapia Reichiana pouco abordou, sendo enfatizada a observação do CORPO como o revelador dos aspectos visíveis do mundo inconsciente. Já Freud, autoproclama seu livro A Interpretação dos Sonhos como sua obra mais importante. Por sua vez, a Psicanálise Junguiana seria inimaginável sem a análise do universo onírico dos Clientes.

    A proposta aqui apresentada busca RE-incluir a Interpretação dos Sonhos no dia-a-dia das técnicas de abordagens somáticas (tais como Acupuntura, Fitoterapia, Terapia Corporal, Cromoterapia, Cristalterapia, etc.). Para tal, convém incluirmos o clássico, ou seja, a PSICANÁLISE, bem como as técnicas de indução ao "sonho acordado" que já praticavam nossos antecessores, os sacerdotes-xamãs.

    Este trabalho é reflexo da experiência pessoal do autor, o qual, de 1982 a 1989, atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e, a partir de 1990, integrou técnicas de Relaxamento, Terapia Floral, Psicoterapia Transpessoal (Vivências sobre Sonhos e Acontecimentos, Regressão/Progressão, etc), Psicanálise Reichiana e Junguiana ao seu consultório, iniciando o novo século, crendo-as bem integradas para fazer justiça à sua titulagem de Terapeuta Holístico.


    Material e Metodologia:

     

    1. Definições

    ACONSELHAMENTO: processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e Cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta Holístico, independentemente de quais outros métodos adote.

    PSICANÁLISE: método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

    ARQUÉTIPOS E SÍMBOLOS: são padrões ou motivos universais que emanam do Inconsciente Coletivo (ou, como prefiria Jung*, Psique Objetiva), que foram incorporados por experiências reiteradas, coletivas e significativas da humanidade. Irrepresentáveis em si mesmos, contatamos seus efeitos quando se manifestam na conciência como imagens e idéias arquetípicas, ou seja, os Símbolos (melhor expressão possível para algo essencialmente desconhecido). Arquétipo e Símbolo* são opostos complementares. O primeiro representa o passado, o herdado, o coletivo, aquilo que é a Verdadeira Realidade, a qual não pode ser contactada diretamente pelo nosso racional, mas apenas indiretamente, pelos seus efeitos. O segundo, constitui a cultura, o adquirido, o individual e se manifestam na realidade relativa de nosso conhecimento e consciência. Assim sendo, os arquétipos representam a dinâmica de nosso inconsciente e os símbolos*, são as referências de nossa consciência. As estruturas arquetípicas podem ser comparadas ao eixo, ao "molde-informação" de um cristal: este, ao formar-se, obedece a um padrão de forma pré-determinado por um eixo axial, o qual não possui, entretanto, existência própria, sendo, pois, pura forma. Mesmo assim, ele pré-determina a estrutura geométrica do cristal, não impedindo, porém que surjam particularidades que os diferenciem uns dos outros. Igualmente, as estruturas arquetípicas são pura forma, que dão estrutura aos símbolos*. O arquétipo não é, necessariamente, um resíduo de experiências realmente acontecidas, sendo mais um desejo, que como tal, busca realizar-se e repetir-se. Por exemplo, não que alguma vez haja existido um "Ancião Sábio", que a tudo conhecia. O que sempre houve foi o desejo universal no homem de que ele existisse... O universo dos arquétipos é nosso passado vivo e nosso futuro possível, coordenadores de nossas energias, moldes comportamentais aos quais recorremos e incorporamos inconscientemente ou não, atraídos que somos pela ressonância entre nossa situação e a que eles representam.

    TERAPEUTA HOLÍSTICO, em geral, procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.

    PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO - procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    CLIENTE - usuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.

    PARAPSICOLOGIA: estudo de uma série de fenômenos psíquicos, fisiológicos e físicos, inabituais, ainda não explicáveis pelas leis naturais conhecidas, os quais comumente, atuam como que dotados de intencionalidade e inteligência. Linha terapêutica que trabalha especificamente os chamados fenômenos paranormais, tais como, desdobramento consciente ("viagem astral"), regressão a vidas passadas, "poltergeist", possessão e similares.

    VIVÊNCIAS: realizadas individualmente ou em grupo, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Terapia Corporal, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal.

    "INSIGHT": termo utilizado na terapia junguiana e transpessoal - "lampejos" repentinos de uma consciência maior (quer seja sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas) que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos.

    TERAPIA TRANSPESSOAL: a proposta é a transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-se, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo.

    TERAPIA DE REGRESSÃO E PROGRESSÃO: técnica terapêutica que faz uso de diversos recursos de indução para conduzir o cliente a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, induzir "insights" sobre a infância, a vida intra-uterina e a até mesmo transpessoais (informações além da personalidade e livres no tempo e espaço), com o aflorar de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), além de despertar a sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de suas questões, possibilitando desbloqueios e harmonia emocional.

    Os conteúdos vivenciados durante o processo terapêutico devem ser elaborados conjuntamente pelo Cliente e pelo Terapeuta Holístico, o qual fará uso de aconselhamento, sendo este parte fundamental e integrante da terapia.

    Realizada individualmente, utiliza tanto da Terapia Corporal, quanto do Relaxamento como introdução a estados profundos de auto-consciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

    A interpretação do material psíquico aflorado como sendo um fato real ou meramente símbólico é de exclusivo direito do cliente, que o fará de acordo com sua filosofia e crenças religiosas, jamais devendo o Terapeuta Holístico impor seu ponto de vista pessoal. Quer seja interpretado como fato concreto, quer seja considerado uma fantasia do inconsciente, tecnicamente, o que importa é que a vivência proporciona "insights" sob a forma de lembranças ou de imagens simbólicas a serem decifradas em conjunto pelo Cliente e Terapeuta Holístico, o que possibilita apreender na forma de síntese uma série de fatores até então não compreendidos, os quais, via aconselhamento, proporcionam ao Cliente condições de elaborar a vivência em autoconhecimento.

    RELAXAMENTO: vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

    LEITURA CORPORAL: método de avaliação onde a interpretação do formato corpóreo ou de seus gestos, posturas e movimentos é capaz de expressar sua história de vida ou, até, mesmo, seus próprios sentimentos e pensamentos.

    TERAPIA CORPORAL: uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente.

    TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    SONHO: Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente. Para as culturas milenares, é o contato com o transcendente, de caráter orientativo e divinatório, com acesso ao divino e até ao mundo dos mortos.


    2. Procedimentos


    ADAPTAÇÕES DE TÉCNICAS PSICANALÍTICAS À TERAPIA HOLÍSTICA:

    O consultório deve estar aparelhado para proporcionar temperatura ambiente adequada ao conforto da pessoa atendida, luz amena, minimização de ruídos, bem como privacidade, inclusive do Cliente para com o Terapeuta Holístico.

     

    Análise de Sonhos:

    Um dos grandes indícios do bom andamento do processo terapêutico é o emergir constante de sonhos significativos. O sonho é parte natural do psiquismo, veículo e criador de Símbolos (melhor expressão possível para designar algo desconhecido ou incapaz de ser descrito por palavras). Contribuem no processo de individuação (percepção consciente da realidade psíquica única de um indivíduo, incluindo forças e limitações; leva à constatação de que o centro regulador da personalidade transcende o ego). Tratados com a devida atenção, ampliarão nosso autoconhecimento, trazendo subsídios para uma vida melhor.

    Há milênios o material onírico é visto como um contato com o transcendente (algo além dos limites da personalidade), por isso recorriam aos antecessores dos Terapeutas Holísticos para interpretá-los, ou, ainda, para evocá-los como orientação para a vida, por meio de rituais sagrados. Podemos observar em diversas passagens do Nei Ching, milenar tratado terapêutico chinês, a importância dos sonhos para a avaliação psicofísica. Para os índios norte-americanos, os sonhos estabelecem a escolha dos xamãs; deles provém a terapêutica, o nome que se dará às crianças, além de orientar as mais diversas decisões. O Egito antigo atribuia aos sonhos um valor basicamente premonitório: ..."o deus criou os sonhos para mostrar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o futuro"... Os sacerdotes interpretavam nos templos os símbolos oníricos de acordo com as "chaves" transmitidas de era em era, além de utilizarem de um recurso chamado "o sono sagrado", onde a pessoa era colocada em estado de relaxamento e a sua imaginação era dirigida, provocando uma espécie de "sonho acordado", muito semelhante à técnica que o autor destes textos pratica em meu consultório. Mais recentemente, a partir de Freud, a interpretação dos sonhos tenta adquirir um padrão "científico". Para ele, o sonho é expressão ou a realização de um desejo reprimido, "a interpretação dos sonhos é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma". Após Jung, a tendência é tê-lo como uma compensação da visão limitada do ego (complexo central da consciência) vígil, uma "auto-representação espontânea e simbólica da situação atual do inconsciente" . O sonho seria, assim, um processo psíquico regulador, semelhante aos fenômenos compensatórios do funcionamento corporal.

    A interpretação do sonho, assim como a decifração de seus símbolos, não é apenas resposta a uma curiosidade: leva a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Uma das regras para trabalhar os sonhos é não avaliá-los isoladamente. É necessário conhecer vários sonhos da pessoa, ocorridos tanto em datas próximas, quanto de outras épocas, além de, é claro, conhecer a história do sonhador, a idéia que tem de si mesmo e de sua situação, o ambiente em que ele age e como este reage nele... Cada sonho faz parte de um conjunto imaginativo; é como uma cena de um grande romance de infinitos atos. Apesar de sua aparente descontinuidade, cada um pode ter íntima correlação com os demais.

    Um dos recursos que podemos utilizar é o das associações, onde o sonhador é instigado a expressar tudo o que as imagens, os objetos, as palavras, os atos, etc., de seu sonho, tomadas em grupo ou isoladamente, evocam nele, podendo assim, surgir conexões entre diversos fatores que estavam apenas latentes, manifestando laços emotivos e imaginativos insuspeitos, a princípio. Apesar da importância deste recurso, é comum uma provável interferência do racional no livre fluxo das associações. Por isso, é necessária a devida cautela na avaliação do material "espontâneo" que aflora. Um modo de dinamizar e contornar resistências do racional às associações é a "dramatização", onde a pessoa "encarna", um a um, os personagens e imagens do sonho, passando a responder a perguntas do Terapeuta Holístico como se fosse realmente a figura "incorporada". Outra ferramenta de interpretação é a "ampliação" do sonho, onde se é estimulado para "prolongar" o sonho, completando-o, dando-lhe continuidade às cenas, dirigindo-o, assim, até que se esclareça o sentido do sonho. Outra forma de "ampliação" é aquela em que o intérprete recorre, com a devida prudência, a paralelos históricos, mitológicos, etnológicos, retirados tanto do folclore, como da história das religiões e tradições, relacionando o sonho ao patrimônio psíquico e humano geral, extraindo das imagens e idéias arquetípicas (padrões universais que constituem o conteúdo básico das religiões, mitologias, lendas, etc.), os subsídios para a interpretação.

    Ninguém melhor que o próprio sonhador para interpretar seu sonho, já que "ele é o autor, o ator, a cena, o diretor, o público e o crítico". O mesmo se aplica aos sintomas e às enfermidades, que podem e devem ser submetidos aos mesmos processos e técnicas com que trabalhamos os sonhos. Compete ao Terapeuta Holístico catalisar o processo, dando apoio ao Cliente, dirigindo suas associações, facilitando-as não só por meio de técnicas como as acima descritas, como também com o uso da Terapia Floral, de equilíbrio energético por meio da Calatonia Auricular, com a Terapia Corporal, ou técnicas similares. Aliás, com o auxílio destes recursos, todo processo psicossomatoterápico acontece com maior fluidez e rapidez, num ritmo raramente visto nos tratamentos convencionais.


    Vivências induzidas pela TERAPIA DO TOQUE:

    Do mesmo modo como "evocamos" os sonhos para serem trabalhados e analisados, pode-se fazer o mesmo com o corpo, interpretando tensões, zonas flácidas, partes doloridas ou sensíveis. Uma abordagem pelo toque convencional, perante situações como estas, trataria apenas de relaxar as partes tensas e enrigecer as flácidas. Já um profissional pleno, um Terapeuta Holístico, avaliaria estes dados como uma "lingüagem corporal", uma mensagem para ser decifrada e compreendida, tal qual o sonho: uma oportunidade de contato com o inconsciente. Separar o psíquico do corpo é impossível, já que ambos, na realidade, são um só, um continuum. Todo o material psíquico que tentamos manter longe de nossa consciência, corporifica, somatiza. Ou seja, o inconsciente individual é corporal. Quanto mais reprimido, quanto mais "pesado" , quanto maior o esforço para negar certos desejos e lembranças, maior será o grau de somatização, sendo esta a profunda e verdadeira causa das enfermidades. O único modo de realmente alguém se Harmonizar é através do autoconhecimento. Quanto mais material psíquico reprimido aflorar à consciência, mais e mais se revertem as somatizações. Metaforicamente, podemos dizer que fazemos parte de e que somos um Holograma Universal, onde tudo está intimamente ligado entre si, nada ocorrendo ao acaso. Microcosmos que somos, nossas energias formam um holograma onde toda e qualquer informação psíquica/física se encontra acessível em qualquer parte de nosso ser. Entretanto, decorrente do aprendizado de nossa espécie, ocorreram "especializações" funcionais, "desenhando-se" no holograma certos "caminhos" bioenergéticos pelos quais as informações circulam com maior facilidade e, até mesmo, com uma certa "tendência" a determinadas emoções-informações-energia específicas percorrerem, também, partes do corpo em particular. "Mapeando" esta tendência é que surgiram as teorias milenares dos Cinco Movimentos e dos "meridianos" de Acupuntura, na China milenar, e os "chacras" na Índia. Ao bloquearmos, consciente ou inconscientemente, as informações psíquicas, igualmente bloqueamos as informações biológicas, prejudicando nossa capacidade de auto-equilíbrio, predispondo-nos às somatizações. Ao reequilibrarmos a "circulação" energética, induzimos à "circulação" das informações psíquicas, ocorrendo os chamados "insights" ("flashs", lampejos de uma consciência maior). Uma vez aflorando à consciência estas informações e que estas venham acompanhadas de suas respectivas emoções (ex-movere = mover para fora), aí sim haverá uma verdadeira mobilização, uma chance de uma mudança na vida da pessoa. À medida em que "digerir", compreender e assimilar o material aflorado, somente aí é que ocorrerá o verdadeiro "equilíbrio energético". O desconhecimento dos profissionais de hoje destes fatores que sempre foram as bases das Terapias Milenares tem feito com que se contentem unicamente com a remissão dos sintomas, o que não significa uma solução em si. Acaba ocorrendo, isto sim, um simples adiamento ou desvio do desequilíbrio, que voltará a se manifestar no mesmo local ou desviará para outra parte do organismo. Contudo, quando o Cliente realmente aprende mais sobre si durante o procedimento, o que se constata é uma verdadeira transmutação do desequilíbro (que simplesmente deixa de manifestar-se, ou minimiza..) em autoconhecimento.

     

    Regressão:

    Para os Clientes que trazem à terapia informes de traumas, estes podem servir de ponto focal para o exercício de imaginação, no qual o Terapeuta Holístico induzirá verbalmente a uma "volta" a estas ocorrências significativas, para que as RE-vivencie em ambiente "protegido" de consultório, sendo estimulado a que exteriorize toda a gama de emoções relacionadas.

    Por sua vez, existe Clientes que não trazem à terapia informações de origens de seus traumas, o que pode ser contornado induzindo-o verbalmente a que "viage" imaginativamente "voltando no tempo" até o momento de origem do problema. Em alguns casos, artifícios imaginativos podem ser aplicados, tais como, por exemplos, a imagem de um relógio cujos ponteiros girem no anti-horário, calendários com dias, meses e anos retrocedendo e outras adaptações personalizadas que evoquem a idéia de "viagem no tempo"...

    Quando bem sucedido o procedimento, manifestará uma catarse, expurgando sentimentos reprimidos, trazendo-os à consciência e exteriorizando-os, comumente em "explosões" emotivas, tais como raiva, tristeza, que devem ser acolhidas pelo Terapeuta Holístico, que prestará amparo e atenção ao Cliente.

    Ainda que a catarse, por si só, produza inúmeros benefícios (sensações de alívio e bem-estar, que se traduzem nos aspectos físicos-psíquicos), o processo terapêutico tem sua continuidade com Cliente e Terapeuta Holístico interpretando conjuntamente as informações afloradas, ou seja, exercita-se o ACONSELHAMENTO e PSICANÁLISE para que o conteúdo vivenciado seja traduzido para o momento presente, ampliando-se o autoconhecimento e, com isso, a capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão.

     

    Progressão:

    Para a Progressão, ainda que os procedimentos sejam os mesmos descritos acima (adaptando-se, é claro, o sentido dos artifícios do relógio e calendário a que "avancem no tempo"...), via de regra, ocorre espontaneamente durante as vivências, mas igualmente pode ser induzida, sendo aplicável para casos em que o Cliente esteja sofrendo com as possíveis repercussões futuras de suas decisões (ou falta destas...), comumente gerando ansiedades e temores.

     

    Resultados:

     

    Os anos de 1982 a 1989, época em que o autor atuou sob o paradigma reducionista-mecanicista com Hipnose, Acupuntura, Auriculoterapia, Shiatsu e similares, comparados com o período pós 1990, quando inclui-se as abordagens psicoterápicas que possuem o Aconselhamento e demais abordagens Psicoterápicas como pontos essenciais, apresentam uma receptividade por perfis diferentes de Clientes, bem como resultados quantitativos e qualitativos díspares.

    A fase mecanicista atraia Clientes de uma vasta gama de idades, ambos os sexos em igualdade e das mais variadas classes sociais, queixando-se basicamente de sintomas físicos, via de regra, já em tratamento médico e que permaneciam em atendimento semanal até a remissão da sintomática, em média, de um a dois meses. Uma vez que a proposta terapêutica limitava-se a objetivos mais focados ao físico, a terapêutica era breve, resultando em alta rotatividade da clientela.

    Nos anos 90 e seguintes, onde se incluiu o Aconselhamento e demais técnicas Psicoterápicas, tais como a PSICANÁLISE, a proposta de trabalho ampliou-se para critérios subjetivos, tais como incremento do autoconhecimento e qualidade de vida. O perfil da clientela igualmente mudou, com predominância do sexo feminino, idade adulta, classe social alta e média alta, queixas físicas, emocionais, existenciais em igualdade e que permaneciam em atendimento semanal por longos períodos de tempo, variando de 3 a 5 anos, resultando num mínimo de rotatividade. Especificamente quanto às vivências oníricas e análises dos SONHOS, foram objetos de grande atenção, ocupando boa parte dos atendimentos, tornando-se o fator mais significativo na produção de INSIGHTS percebidos como de grande importância emocional e motivacional na vida dos Clientes.


    Discussão:

     

    O longo período histórico em que a abordagem Holística na terapia foi duramente perseguida, culminou na perda da identidade dos profissionais da área, que passaram a "imitar" o modo de agir de OUTRAS atividades estabelecidas, em especial, a classe médica, herdando destes o modo impessoal de interagir com o Cliente, seu linguajar e até os uniformes. Como parte da herança, tanto profissionais, quanto a clientela, contentavam-se com o simples alívio dos sintomas incômodos, encerrando de forma breve o vínculo, o qual, por si só, mantinha-se na superficialidade. Desta forma, tanto Médicos, quanto Terapeutas Holísticos, disputavam o mesmo mercado e também compartilhavam a crescente insatisfação profissional, dependente cada vez mais da quantidade de atendimentos para se atingir a justa gratificação pessoal e financeira.

    Com o crescente resgate e revalorização das tradições milenares, a Terapia Holística se dá conta de que a abordagem puramente somática e reducionista lhe é insuficiente. Assim sendo, a conversação, a análise de sonhos, a interpretação das sincronicidades entre sintomas, acontecimentos da vida, os anseios transpessoais de evolução dos Clientes, enfim, um enfoque bem mais SUBJETIVO foi reintegrado ao atendimento. Este DIFERENCIAL, na verdade, uma retomada das raízes da profissão, resulta em que o público alvo deixa de ser o mesmo da medicina, e o vínculo terapêutico se torna muito mais profundo e duradouro. Desta forma, a GRATIFICAÇÃO (em todos os sentidos) origina-se da QUALIDADE da relação. Uma vez que a proposta não mais se limita à remissão de sintomas incômodos, ela se abre ao infinito, já que o autoconhecimento é um caminho contínuo e a qualidade de vida sempre pode ser ampliada, independente do estado em que se encontra o Cliente.

    Tal movimento de resgate da Terapia Holística como ARTE é relativamente recente e se depara com o despreparo de muitas escolas, que esquecem de ensinar os fundamentos, no caso, o ACONSELHAMENTO, e que, contudo, ofertam em separado técnicas mais complexas, tais como Regressão/Progressão, Vivências Catárticas, resultando em pouco aproveitamento do potencial destes recursos. Desperdício equivalente ocorre nas escolas PSICANALÍSTICAS, as quais, mal conseguiram conciliar as várias vertentes dissidentes entre si e, muito menos, sequer cogitam a idéia de incluir em suas matérias as técnicas milenares, ignorando por completo as várias correlações e paralelismos entre tais abordagens.

    Em contraponto, o Brasil apresenta-se pioneiro na (R)evolução da Terapia Holística, coordenando-se por meio do SINTE - Sindicato dos Terapeutas, em seus contínuos esforços para o aperfeiçoamento dos materiais didáticos disponíveis, simultaneamente ao estímulo de novos talentos, dispondo-lhes de oportunidades para exposição e publicação de seus trabalhos. Objetivando a democratização do acesso à boa informação, destaca-se o trabalho da Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística, que incluiu o Aconselhamento como disciplina obrigatória em todos os seus cursos, além de incluir, a parti de 2007, mais variantes do imenso leque de abordagens da PSICOTERAPIA.

    Cabe à categoria profissional vencer a inércia, unir-se e apoiar intensamente estas iniciativas.


    Conclusões:


    A somatória das técnicas de abordagens somáticas com as de enfoque psíquico resultam em algo maior que a soma das partes. Bem integradas, constituem a essência da Terapia Holística e em Clientes e Profissionais vivenciando uma relação terapêutica mais profunda e GRATIFICANTE.

    A análise dos SONHOS, sejam os espontaneamente lembrados, sejam os induzidos por técnicas vivenciais se traduziram nos momentos mais surpreendentes e reveladores destes meus quase 25 anos de Terapia.

    Bem fundamentado nas técnicas de Aconselhamento, o Terapeuta Holístico mais facilmente pode diversificar, acrescentando outras formas de Psicoterapia ao seu currículo, tais como a Psicanálise Freudiana, Junguiana e a Terapia Transpessoal (que inclui a interpretação dos sonhos, regressão, progressão, vivências, etc...). A própria tragetória de consultório deste autor comprova que não é necessária uma dedicação exclusiva à Psicanálise, podendo conviver construtivamente com muitas outras técnicas igualmente adotadas pela Terapia Holística.

    Considerando que a gratificação inclui parâmetros subjetivos, é impossível quantificar-se o ganho que se obtém ao enfatizar a abordagem psicoterápica aos consultórios. Do ponto de vista meramente financeiro, o mercado certamente valoriza crescentemente aos profissionais que integram abordagens corporais às psíquicas. Quanto ao incremento na satisfação pessoal e profissional, por serem ganhos QUALITATIVOS, só existe um modo de constatar: VIVENCIANDO... E o trabalho aqui apresentado convida a todos a experienciar esta proposta.


    Referências bibliográficas:


    "O Corpo Fala" - Pierre Weil e Roland Tompakow - Editora Vozes;

    "Counseling, Santé et Développement" em www.counselingvih.org;

    "Florais de Bach - Uma Visão Mitológia, Etimológica e Arquetípica" - Henrique Vieira Filho - Editora Pensamento;

    "Jung e Reich - O Corpo Como Sombra" - Jonh P. Conger - Summus Editorial;

    "O Microcosmo Sagrado" - 2a Edição - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Orgônio, Reich e Eros" - W. Edward Mann - Summus Editorial;

    "O Processo de Aconselhamento" - Paterson / Einsenberg - Martins Fontes 1988;

    "Teorias da Personalidade em Freud, Reich e Jung" - Reis, Magalhães e Gonçalves - EPU - Editora Pedagógica e Universitária Ltda;

    "Tutorial Terapia Holística" - Henrique Vieira Filho - SinteBooks.

    "Interpretação dos Sonhos: Ed. Comemorativa - 100 Anos" - Sigmudn Freud - Editora: Imago;

    "Psicoterapia Holística" - - Henrique Vieira Filho - SinteBooks;

    "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    Anexos e Apêndices:

     

    1) Textos selecionados da obra "Dicionário de Símbolos - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números" - Jean Chevalier, Alain Gheerbrant - Editora: José Olympio


    O sonho só é estudado aqui como veí­culo e criador de símbolos. Manifesta tam­bém a natureza complexa, representativa, emotiva, vetorial do símbolo, assim como as dificuldades de uma interpretação justa. A maior parte dos elementos deste verbete são aplicáveis ao conjunto dos símbolos, e u cada um em particular, pois todo símbolo participa do sonho e vice-versa.

    A parcela de sonho

    Segundo as mais recentes pesquisas científicas, um homem de 60 anos teria sonha­do, dormindo, um mínimo de cinco anos. Se o sono ocupa um terço da vida, aproxi­madamente 25% do sono é atravessado por sonhos: o sonho noturno ocupa, portanto, um duodécimo da existência entre a maioria dos homens. Que dizer do sonho acordado e do devaneio diurno que se acrescentam a esta parcela já impressionante!

    Sobre o sonho, Frédéric Gaussen disse muito bem: símbolo da aventura indivi­dual, tão profundamente alojado na intimi­dade da consciência que se subtrai a seu próprio criador, o sonho nos aparece como a expressão mais secreta e mais impudica de nós mesmos. Ao menos duas horas por noite vivemos neste mundo onírico dos símbolos. Que fonte de conhecimentos so­bre nós próprios e sobre a humanidade, se pudéssemos sempre recordá-los e interpre­tá-los! A interpretação dos sonhos, disse Freud, é a estrada principal para se chegar ao conhecimento da alma. Também as chaves dos sonhos se multiplicaram desde a antiguidade. Hoje em dia, a psicanálise as substituiu.

    O fenômeno do sonho

    As idéias sobre o sonho, como sobre o símbolo, evoluíram muito e não temos por que fazer o histórico dessa evolução. Mas mesmo hoje em dia, os especialistas ainda estão divididos a respeito. Para Freud, o sonho é a expressão, ou a realização, de um desejo reprimido; para Jung, ele é a auto-representação, espontâ­nea e simbólica, da situação atual do in­consciente; para J. Sutter, esta é a menos interpretativa das defini­ções, o sonho é um fenômeno psicológico que se produz durante o sono, constituído por uma série de imagens cujo desenrolamento representa um drama mais ou meios concatenado.

    O sonho se subtrai, portanto, à vontade e à responsabilidade do homem, em virtude de sua dramaturgia noturna ser espontânea e incontrolada. É por isso que o homem vive o drama sonhado, como se ele existisse realmente fora de sua imaginação. A consciência das realidades se obli­tera, o sentimento de identidade se aliena e se dissolve. Tchuang-tcheu não sabe mais se foi Tcheu que sonhou que era uma bor­boleta ou se foi a borboleta que sonhou que era Tcheu. Se um artesão, escreve Pas­cal, tivesse certeza de sonhar todas as noi­tes, durante doze horas que era o rei, creio que seria tão feliz quanto um rei que so­nhasse todas as noite, durante doze horas, que era um artesão. Sintetizando o pensa­mento de Jung, Roland Cahen escreve: O sonho é a expressão desta atividade men­tal que está viva em nós, que pensa, sente, experimenta, especula, à margem de nossa atividade diurna, e em todos os níveis, do plano mais biológico ao plano mais espi­ritual do ser, sem que o saibamos. Mani­festando uma corrente psíquica subjacente e as necessidades de um programa vital inscrito no mais profundo do ser, o sonho exprime as aspirações profundas do indi­víduo e, portanto, será para nós uma fonte infinitamente preciosa de informações de toda ordem.

    Classificação dos sonhos

    O Egito antigo atribuía aos sonhos um valor sobretudo premonitório: O deus criou os sonhos para indicar o caminho aos homens, quando esses não podem ver o fututro, diz um livro de sabedoria. Sacerdotes-leitores, escribas sagrados ou onirólogos interpretavam nos templos os símbolos dos sonhos, segundo chaves transmitidas de era em era. A oniromancia, ou a divinação por meio dos sonhos, era prati­cada em todos os lugares.

    Para os negritos das ilhas Andamã, os sonhos são produzidos pela alma, que é considerada como a parte maléfica do ser. Sai pelo nariz e realiza fora do corpo as proezas de que o homem toma consciência em sonho.

    Para todos os índios da América do Nor­te, o sonho é o signo final e decisivo da experiência. Os sonhos estão na origem das liturgias; estabelecem a escolha dos sacer­dotes e conferem a qualidade de xamã; é deles que provêm a ciência médica, o nome que se dará às crianças, e os tabus; eles ordenam as guerras, as caçadas, as conde­nações à morte e a ajuda a ser ministrada; só eles compreendem a obscuridade escatológica. Enfim o sonho... confirma a tradição: é o selo da legalidade k da autori­dade.

    Para os bantus do Kasai (bacia congolesa), certos sonhos são produzidos pelas almas que se separam do corpo durante o sono e vão conversar com as almas dos mortos. Esses sonhos têm um caráter premonitório referente à pessoa, ou então podem consistir em verdadeiras men­sagens dos mortos aos vivos, que interes­sam a toda a comunidade.

    (Sobre o papel dos sonhos e sobre sua interpretação nas civilizações orientais, po­de-se consultar a erudita obra coletiva SOUS; e sobre exemplos de sonhos histó­ricos célebres, religiosos, políticos e cultu­rais).

    Os exemplos de sonhos são inumeráveis; tentou-se diversas vezes classificá-los. As pesquisas analíticas, etnológicas e parapsicológicas dividiram os sonhos noturnos, para facilitar o estudo, em um certo núme­ro de categorias:

    1.  o sonho profético ou didático, aviso mais ou menos disfarçado sobre um acon­tecimento crítico, passado, presente ou fu­turo; sua origem é freqüentemente atribuí­da a uma força celeste;

    2.  o  sonho  iniciatório  do  xamã  ou do budista tibetano de Bardo-Todol, carregado de eficácia mágica e destinado a introduzir o homem num outro mundo por meio de um conhecimento e de uma viagem imagi­nários;

    3.  o sonho telepático, que estabelece co­municação com o pensamento e os senti­mentos de pessoas ou de grupos distantes;

    4.  o sonho visionário, que transporta ao que H.  Corbin chama  de  o  mundo  das imagens, e que pressupõe no ser humano, num  certo  nível  de  consciência,  poderes que nossa civilização ocidental talvez tenha atrofiado ou paralisado, poderes sobre os quais H. Corbin encontra testemunhos en­tre os místicos iranianos; trata-se aqui, não de presságio, nem de viagem, mas de visão;

    5.  o sonho pressentimento, que pressente e privilegia uma possibilidade entre mil...

    6.  o sonho mitológico, que reproduz al­gum grande arquétipo e reflete uma angús­tia fundamental e universal.

     

    Guardadas todas as proporções, o sonho acordado pode ser comparado ao sonho no­turno, tanto pelos símbolos que coloca em ação, como pelas funções psíquicas que é capaz de cumprir. Maria Zambrano mostra, ao mesmo tempo, seu risco e suas vanta­gens: Na vigília, o sonho apodera-se imperceptivelmente da pessoa e engendra um certo esquecimento, ou antes Uma lembran­ça cujo contorno se transfere a um plano da consciência que não pode acolhê-lo. O sonho torna-se então germe de obsessão, de mudança da realidade. Ao contrário, se é transferido a um plano adequado da consciência, ao lugar onde a consciência e a alma entram em simbiose, torna-se forma de criação, tanto no processo da vida pes­soal, como na realização de uma obra.

    A prática psicoterápica do sonho acor­dado engendrou a onirotécnica. Derivada dos trabalhos de Galton e Binet, das expe­riências de Desoille, de Guillerez e de Caslant, desenvolvida e aperfeiçoada por Frétigny e Virei até o onirodrama, esta técnica consiste num devaneio dirigido, a partir de uma imagem ou de um tema sugerido pelo intérprete e geralmente tirados dos símbo­los de ascensão e queda. Ela utiliza a fa­culdade que o homem possui, quando co­locado em estado de hipovigília de viver um universo arcaico de cuja existência nem suspeita quando acordado e do qual o so­nho noturno dá apenas uma ideia muito infiel e desalinhavada.

    A técnica comporta um primeiro tempo de relaxamento cientificamente conduzido, devendo chegar à aparição de ondas eletroencefalográficas alfa. O sujeito recebe a instrução de verbalizar simultaneamente as imagens que lhe aparecerem e os estados que experimenta. A experiência mostra que estes estados são vividos, isto ê, que o su­jeito tem um Eu Corpóreo Imaginário e que age num mundo visionário sobre o qual projeta as estruturas de seu Eu arcaico. Se, neste ponto da experiência, o ope­rador propõe uma imagem indutora ou su­gere uma ação imaginária, o sujeito vai integrar a sugestão no universo em que vive e desenvolver as suas conseqüências, segundo o modo simbólico próprio a este universo. Por este meio e alguns outros, vê-se surgir, no sujeito menos predisposto à fantasia ou à compreensão poética, seqüências de imagens e situações que po­dem ser, em todos os pontos, sobrepostas aos dados da mitologia ou da psicossociologia dos estados mais primitivos da huma­nidade.

    Funções do sonho

    O sonho é tão necessário ao equilíbrio biológico e mental como o sono, o oxigênio e uma alimentação sadia. Alternativamen­te relaxamento e tensão do psiquismo, ele cumpre uma função vital; a morte ou a demência podem ser o resultado de uma falta total de sonhos. Serve de exutório a impulsos reprimidos durante o dia, faz emergir problemas a serem resolvidos, e, ao representá-los, sugere soluções. Sua fun­ção seletiva, como a da memória, alivia a vida consciente. Mas desempenha ainda um papel de uma profundidade bem diferente.

    O sonho é um dos melhores agentes de informação sobre o estado psíquico de quem sonha. Fornece-lhe, num símbolo vivo, um quadro de sua situação existen­cial presente: ele é para quem sonha uma imagem freqüentemente insuspeitada de si mesmo; é um revelador do ego e do self. Mas ao mesmo tempo os dissimula, exata-mente como um símbolo, sob imagens de seres distintos do sujeito. Os processos de identificação não são controláveis no so­nho. O sujeito se projeta na imagem de um outro ser: aliena-se, identificando-se com o outro. Pode ser representado com traços que não têm aparentemente nada em co­mum com ele, homem ou mulher, animal ou planta, veículo ou planeta etc. Um dos papéis da análise onírica ou simbólica é desvendar essas identificações e descobrir suas causas e fins; tem como finalidade res­tituir a pessoa à sua identidade própria, descobrindo o sentido de suas alienações.

    O papel do sonho, talvez o mais funda­mental, é estabelecer no psiquismo de uma pessoa uma espécie de equilíbrio compen­sador. Ele assegura uma auto-regulação psicobiológica. A carência de sonhos cria de­sequilíbrios mentais, assim como a carência de proteínas animais provoca perturbações fisiológicas. Esta função biológica do so­nho, confirmada pelas mais recentes expe­riências científicas, não deixa de ter conseqüências sobre a própria interpretação, que pode então evocar a lei das relações complementares. O intérprete procurará com efeito a relação de complementação entre a situação consciente vivida, objetiva, do sonhador e as imagens de seu sonho. Porque existe, escreve Roland Cahen, uma relação de contrapeso (de balança) real­mente dinâmica, entre o consciente e o in­consciente, manifestada na atualidade de sua movimentação pelo sonho. . . Os de­sejos, as angústias, as defesas, as aspirações (e as frustrações) do consciente encontra­rão nas imagens oníricas bem compreendi­das uma compensação salutar e, conseqüentemente, correções essenciais. O drama onírico pode conceder o que a vida exterior recusa e revelar o es­tado de satisfação ou insatisfação em que se encontra a capacidade energética (libi­do) do sujeito. Mas, às vezes, a distância entre o sonho e a realidade é tal que adqui­re um caráter patológico e deixa transpa­recer na própria libido um descomedimen­to que nada consegue compensar. Deve-se observar que nos casos normais a compen­sação se produzia, nas perspectivas de Freud, segundo uma linha horizontal, isto é, no mesmo nível da sexualidade, en­quanto, segundo Jung, todo equilíbrio psi­cológico do ser se faz, entre seus planos conscientes e seus planos inconscientes, na dimensão da verticalidade, tal como, num veleiro, o equilíbrio entre a vela e a quilha. No mesmo sentido, para o Dr. Guillerey, toda perturbação psíquica cor­respondia a uma atividade superior entra­vada, e o apelo do herói, no sentido bergsoniano do termo, cumpriria uma função não apenas moral, mas terapêutica, de sal­vamento.

    O sonho, enfim, acelera os processos de individualização que regem a evolução de ascensão e integração do homem. Em seu nível, já tem uma função totalizadora. A análise, como veremos, permitirá que entre em comunicação quase regular com a cons­ciência e desempenhe então um papel de criador de integração em todos os níveis. Não apenas exprimirá a totalidade do ser, mas contribuirá para formá-la.

    Análise do sonho

    A análise dos símbolos oníricos baseia-se em triplo exame: o do conteúdo do sonho (as imagens e sua dramaturgia); o da es­trutura do sonho (em diversas imagens, um conjunto formal de relações de um certo tipo); o do sentido do sonho (sua orienta­ção, sua finalidade, sua intenção). Os prin­cípios de interpretação da análise se apli­cariam aliás a todos os símbolos e não só aos dos sonhos, e, em especial, aos que se exprimem nas mitologias. O sonho pode ser concebido como uma mitologia perso­nalizada.

    O conteúdo do sonho, isto é, a fantas­magoria puramente descritiva, procede do cinco tipos de operações espontâneas: uma elaboração dos dados do inconsciente para transformá-lo cm imagens efetivas; uma condensação de múltiplos elementos numa imagem ou numa seqüência de imagens; um deslocamento ou uma transferência da afetividade para estas imagens de substituição, por meio de identificação, repressão ou sublimação; uma dramatização des­te conjunto de imagens e cargas afetivas numa fatia de vida mais ou menos intensa; enfim, uma simbolização que oculta sob as imagens do sonho realidades diferentes das que são diretamente representadas. No meio dessas formas disfarçadas por tantas operações inconscientes, a análise onírica deverá pesquisar o conteúdo latente dessas expressões psíquicas, que encobrem opres­sões, necessidades e pulsões, ambivalências, conflitos ou aspirações que se escondem nas profundezas da alma. O conteúdo do sonho compreende não apenas as representações e sua dinâmica, mas também sua totalidade, isto é, a carga emotiva e ansiosa que as afeta.

    Fantasmagorias diversas podem encobrir estruturas idênticas, isto é, conjuntos ar­ranjados e articulados segundo o mesmo esquema profundo; inversamente, imagens semelhantes podem aparecer em estruturas diferentes. Numerosos confrontos de ima­gens e de situações sonhadas testemunha­ram uma espécie de temática constante, isto é, um conjunto de esquemas eidolomotores, onde séries de imagens diferentes revelam uma mesma orientação, mesmos sentimentos, mesmas preocupações, bem tomo a existência de uma rede de comuni­cação interna de uma mesma estrutura en­tre os diversos níveis e as diversas pulsões do psiquismo. É possível assim julgar-se o conteúdo latente do sonho. Roger Bastide anota no seu diário: Começo a me tornar africano. Esta noite sonhei com Ogum (deus ioruba do ferro e dos ferreiros). . . um psicanalista teria todas as condições de me mostrar que não fiz mais que trocar de símbolo, que Ogum desempenha exata-mente o mesmo papel nas minhas noites africanas que aquele outro personagem de meus sonhos da Europa. Sob a diversidade dos conteúdos, seria exatamente a mesma estrutura fundamental que apareceria a um analista. Deixaremos pois de lado a materialidade das imagens dos sonhos para ir buscar us estruturas que as enformam. Freud pensava que todos os sonhos de uma mesma noite pertencem a  um mesmo conjunto.

    Esta estrutura do sonho é concebida ge­ralmente como um drama em quatro atos, no qual atua um aparato imaginário que pode variar consideravelmente, embora y quadro subjacente permaneça o menino Roland Cahen resume assim esses quatro atos:

    1.  sua exposição e suas personagens, seu lugar geográfico, sua época, seus cenários;

    2.  a ação que aí se anuncia e se desen­volve;

    3.  a peripécia do drama;

    4.  este drama evolui para seu término, sua solução, sua lyse, repouso, indicação ou conclusão.

    O que complica ainda essa estrutura é que ela deve ser explorada em diferentes níveis, que não deixam de ter interferên­cias entre si. A nível profundo, serão en­contrados problemas metafísicos, que sim­bolizam mais ou menos diretamente us angustiantes questões da ontogênese ou do vida depois da morte. No plano médio, as preocupações sexuais exprimem-se no meio dos símbolos que, de um modo geral, a individualização da adolescência gera. A nível superficial, aparecerão sob uma for­ma simbólica, mais ou menos inacabada, aliás, as preocupações do indivíduo isolado pela complexidade da civilização e equivocando-se sobre as causas de suas dificul­dades de adaptação.

    No meio de todos esses mundos de sím­bolos que, assim classificados, se articulam segundo uma analogia bastante límpida, alguns eixos privilegiados se desenham, por outro lado, com bastante clareza, tais co­mo: a relação quase constante entre a ascensão e a luz (Caslant-Desoille); entre a integração e o calor (Frétigny-Virel). Deve-se notar também as grandes direções analógicas da centralização (Godel), da direita e da esquerda. Essas redes de coordenadas e outras que têm um valor puramente ex­perimental formariam um código de esquemas eidolomotores, graças ao qual se poderia explorar o simbolismo onírico de um modo relativamente científico.

    Enfim, todo sonho possui um sentido. Esse sentido pode ser buscado lá atrás, na causa do sonho: é o método freudiano, etiológico e retrospectivo. Ou adiante: é o método junguiano, Ideológico ou prospec­tivo. Os sonhos, diz Jung, são amiúde an­tecipações que perdem todo o seu sentido se examinadas de um ponto de vista pura­mente causal.

    O sonho, como todo processo vivo, é não somente uma seqüência causal mas também um processo orientado para um fim. ... pode-se pois exigir do sonho - que é uma autodescrição do processo da vida psíquica - indicações sobre as causas objetivas da vida psíquica e sobre as ten­dências objetivas desta. Em lugar de se situar sob a dependência de um consciente que a precede, como acon­tece com a função compensadora, a função prospectiva do sonho se apresenta, ao contrário, sob a forma de uma antecipação, nascida no inconsciente, da atividade cons­ciente futura; ela evoca um esboço prepa­ratório, um bosquejo de grandes linhas, um projeto de plano executivo. Mas essa orientação para um fim é expressa sob a forma de símbolos, e não com a clareza descritiva de um filme de aventuras ou de um encadeamento conceitual.

    Comparando o sonho às construções ima­ginárias feitas em estado de vigília, Edgar Morin estima que: todo sonho é uma rea­lização irreal, mas aspira à realização prá­tica. É por isso que as utopias sociais pre­figuram as sociedades futuras, as alquimias prefiguram as químicas, as asas de Ícaro prefiguram as asas do avião. Cada sonho, dirá Adler, tende a criar o ambiente mais favorável a um objetivo dis­tante. Esta finalidade do sonho é distinta do sonho premonitório dos Antigos: ela não anuncia um acontecimento futuro, re­vela e libera uma energia que tende a criar o acontecimento. É a grande diferença entre o profético e o que se pode prever, entre o divinatório e o operacional. O sonho é uma preparação para a vida (Moeder); o futuro é conquistado em sonhos, antes de ser conquistado nas experiências (de Becker, a propósito de Gaston Bachelard). O sonho é o prelúdio da vida ativa.

    Interpretação

    - O sonhador está no âmago de seu so­nho. Não se deve esperar deste verbete uma chave dos sonhos. Toda esta reunião de símbolos, sejam eles astecas, bantos ou chineses, pôde servir à interpretação dos sonhos. Mas por mais útil que seja, não seria suficiente. O sonho anima e combina imagens carregadas de afetividade: sua lin­guagem é exatamente a dos símbolos. Mas a arte de interpretá-los não depende apenas de regras, procedimentos ou significações codificados e aplicados mecanicamente. É necessária uma compreensão ao mesmo tempo íntima e ampla. O sonhador que possuir este livro poderá ler, nos verbetes que correspondem às imagens de seus so­nhos, os valores simbólicos que são ligados a essas imagens. Nos sonhos, esses valores são fundamentalmente os mesmos que apa­recem nas artes plásticas, na literatura ou nos mitos; como em toda parte, porém, estão em simbiose com outros e especial­mente com um meio psíquico, pessoal e social, portador também de símbolos. É a síntese de todos esses elementos que, a par­tir das luzes dispersadas aqui e ali neste livro, conduzirá o leitor a uma justa in­terpretação de sua experiência e, em geral, de sua vida a nível do imaginário ou da construção de imagens. A verdadeira cha­ve dos sonhos está no molde dos símbolos, percebidos ou despercebidos, mas sempre vivazes no inconsciente. É através de si mesmo que o leitor compreenderá o senti­do dos símbolos evocados neste livro, assim como também o sentido dos sonhos. Ê preciso não esquecer, escreve C. G. Jung, que se sonha em primeiro lugar, e quase exclusivamente, consigo mesmo e através de si mesmo. O célebre analista opõe jus­tamente à interpretação dos sonhos no pla­no do objeto, que seria causal e mecânica, a interpretação no plano do sujeito. Esta estabelece uma relação entre a psicologia do próprio sonhador e cada elemento do sonho, como por exemplo cada uma das pessoas atuantes que nele figuram. Cada uma é como que um símbolo do sujeito. O primeiro tipo de interpretação é analí­tico: decompõe o conteúdo do sonho em sua trama complexa de reminiscências, de lembranças que são o eco de condições ex­teriores. A interpretação do segundo tipo é, ao contrário, sintética: na medida em que separa das causas contingentes os complexos de reminiscências e os apresenta co­mo tendências ou componentes do sujeito, ao qual, por proceder desse modo, os in­tegra de novo. Nesse caso, todos os conteúdos do sonho são considerados como símbolos de conteúdos subjetivos. Poder-se-ia dizer de toda percepção aprofundada e vivida de um valor simbó­lico - que só se realiza evidentemente no plano do sujeito - o que Jung diz do sonhou se acaso nosso sonho reproduz algumas representações, essas são antes de tudo nossas representações, para cuja ela­boração a totalidade de nosso ser contri­buiu; são fatores subjetivos que no sonho (como na percepção do símbolo) se agru­pam de tal ou tal modo, exprimindo tal ou tal sentido, não por motivos exteriores (apenas), mas pelos movimentos mais sutis de nossa alma. Toda esta gênese é essen­cialmente subjetiva, e o sonho é o teatro onde o sonhador é ao mesmo tempo o ator, a cena, o ponto, o diretor, o autor, o pú­blico e o crítico. O sonho do homem é uma manifestação -cósmica e às vezes uma teofania, como um sonho da natureza no homem e um sonho dele so­bre a natureza (Raymond de Becker), ou, segundo os Antigos, um signo de Deus nele e um sinal dele a Deus. As pulsações vin­das dos três níveis do universo e do Ser se conjugam no sonho.

    - O sonhador está no âmago da histó­ria. A interpretação dos símbolos oníricos exige que cada um dos três elementos da análise seja remetido a um contexto, escla­recido por associações espontâneas e, se possível, ampliado, como se fosse uma am­pliação fotográfica.

    A primeira regra, a do contexto, coloca-nos de sobreaviso contra a interpretação de um sonho isolado. Se convém escutar o relato de um sonho, feito com toda a precisão desejável, não é menos necessário conhecer vários sonhos do mesmo sujeito, sonhos ocorridos numa data próxima, de­pois em datas diversas e em lugares di­versos; um sonho faz parte de todo um conjunto imaginativo, é apenas uma cena num grande drama de cem atos diversos. Não se trata de confundir ou sobrepor essas cenas, mas de julgar suas articula­ções. Este contexto implica igualmente o conhecimento do próprio sonhador, de sua própria história, de sua consciência, da idéia que tem de si mesmo e de sua situa­ção. Porque sua vida imaginária é, ...ela própria, parte de um conjunto, que é a vida total da pessoa em sociedade. Esta exigência leva igualmente a se pesquisar os í m b lentes em que o sujeito age c que rea­gem sobre ele. Apesar de sua aparência desalinhavada, o sonho inscreve-se numa continuidade. A interpretação dos símbo­los, noturnos ou diurnos, é uma cadeia sem fim de relações. A inteligência do imaginário não é um simples caso de imagi­nação.

    -  O recurso às associações. A associação acrescenta ao estudo do contexto, de certo modo objetivo, o do contexto subjetivo. O sonhador é convidado a exprimir espontaneamente tudo o que as imagens, u» cores, os gestos, as palavras de seu sonho, tomadas isoladamente ou em grupo, evo­cam nele. É uma ocasião em que ele pode manifestar laços que estavam apenas laten­tes, laços emotivos ou imaginativos insuspeitados.   Essas   associações   são   capitais para   a  interpretação   dos   símbolos,   mas são freqüentemente frágeis, artificiais, mais ou menos desejadas, deformantes e aberrantes, em suma, necessitam de muita cau­tela.

    -  Os bastidores do sonho. A ampliação consiste em  dar  ao  sonho  analisado  seu máximo de ressonância. Chega-se a isso por associações espontâneas do sujeito, ou ins­tando-se para que ele prolongue, continue a cena do sonho, como faria a partir de um dado  vivido no estado de  vigília. A ampliação voluntária pode ser do tipo acor­dado, com um mínimo de controle, ou do tipo do sonho conscientemente dirigido. P, possível, certamente, que ela provoque uma ruptura   de   sentido;   mas   freqüentemente também esclarecerá o sentido do sonho e suas ambigüidades, assim como  as linhas prolongadas   de   um   triângulo   miniatura mostram melhor  o  seu  desenho e como uma projeção ampliada revela melhor um cristal de neve ou os veios de um mármo­re. Se essa ampliação da linha do sonho, feita pelo sujeito, ainda não é o suficiente para decifrar os símbolos, existe uma outra ampliação na qual o intérprete toma a ini­ciativa, recorrendo com uma prudente cir­cunspecção ao imenso tesouro das diversas ciências humanas. Estes paralelos históricos, sociológicos, mitológicos, etnológicos, tirados tanto do folclore como da história das religiões, permitem relacionar o conteúdo do sonho, privado de associações, ao patrimônio psíquico e humano geral. Este tipo de  ampliação é característico da escola de Jung e, manipulado com uma sábia reserva, decifrou mais de um enigma. Num ensaio de socio­logia do sonho, Roger Bastide mostra bem este arraigamento social do imaginário: Etnólogos mostraram claramente o que se poderia chamar de os bastidores dos so­nhos: o sonhador vai procurar todos os aparatos de seus sonhos na vasta panóplia de representações coletivas que sua civili­zação lhe fornece, o que faz com que a porta esteja sempre aberta entre as duas metades da vida do homem, que mudan­ças incessantes se efetuem entre o sonho c o mito, entre as ficções individuais e as restrições sociais, que o cultural penetre no psíquico e que o psíquico se inscreva no cultural.

    Sonho e símbolo, princípios de integração

    A interpretação do sonho, como a decriptação do símbolo, não são apenas res­postas a uma curiosidade do espírito. Ele­vam a um nível superior as relações entre o consciente e o inconsciente e aperfeiçoam suas redes de comunicação. Só por esta qualificação, e no plano do psiquismo mais normal, a análise onírica ou simbólica é uma das vias de integração da personali­dade. O homem mais bem esclarecido e equilibrado tende a substituir o homem despedaçado entre seus desejos, suas aspi­rações e suas dúvidas, e que não se com­preende a si próprio. O professor C. A. Meier, que Roland Cahen cita, diz com razão: a síntese da atividade psíquica cons­ciente e da atividade psíquica inconsciente constitui a própria essência do trabalho mental criador.


    2)A História da Terapia Holística

    "Em todo lugar e em todas as épocas,

    sempre existiram Terapeutas Holísticos"

    (paráfrase sobre texto de 1986,

    do historiador alemão Werner Jaeger,

    uma das maiores autoridades em Grécia Clássica)

    Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento, artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam pela observação.

    As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era um Homo erectus de 800.000 anos atrás.

    Nossos parentes da Idade da Pedra (Paleolítico - até 8000 a.C., Mesolítico - de 8000 a 6000 a.C. e Neolítico - de 6000 a 3000 a.C.) eram acometidos por muitas das mesmas disfunções que o homem moderno. Eram bons observadores, e deduziram a estrutura e funções básicas de vários órgãos e a ação terapêutica das plantas. Já possuiam uma relativa interpretação Holística dos acontecimentos; a aflição de um membro do grupo, era igualmente um caso para toda a comunidade, que de alguma forma, estaria em desarmonia com o Universo e isso se refletia em um ou mais dos integrantes da tribo. Alguns se destacavam em compreender e lidar com estas questões, surgindo assim, nossos mais antigos colegas de profissão: os Xamãs!

    ...

    O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua gente ao longo das gerações.

    O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.

    O universo xamânico, podemos afirmar, é sincronístico; isto é, longe da relação de causa e efeito a que o mundo civilizado ocidental, filho da ciência moderna, acostumou-se a viver nos últimos três séculos de história, o modo de viver xamânico privilegia as sincronicidades. Tal termo, no sentido que lhe deu Jung (1875-1961), diz respeito ao fenômeno de coincidirem no tempo dois ou mais eventos objetivos, claramente perceptíveis na realidade exterior, sem relação causal entre os mesmos, mas que, simultaneamente, são consonantes com algum estado psíquico fortemente emocional, o que permite àquele que presencia tal experiência, abstrair dela algum significado súbito e evidente, capaz até mesmo de subverter suas próximas condutas, ainda que tal entendimento se faça por vias não racionais.

    ...

    O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.

    ...

    Os textos acima foram obtidos em www.amigodaalma.com.br

    Existe uma imagem, talvez seja a mais antiga a retratar um ancestral de nossa profissão, ou seja, um Terapeuta Holístico que atuava entre 15.000 a 10.000 a.C, cuja figura foi pintada na caverna-templo de Trois Frères, sul da França, onde um indivíduo, com corpo de cavalo, patas de urso e chifres de veado está dançando. No mesmo local, também foi encontrada outra imagem de um homem vestindo pele de animais e tocando flauta.

    Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida, cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a comunidade no tratamento.

    O xamã-sacerdote atuaria como intérprete da vontade das forças universais; compreendendo tudo como profundamente interconectado, pesquisaria nas estrelas do céu, nos ventos, na natureza, nos sonhos, enfim, buscaria por "sincronicidades", por "sinais", cuja leitura lhe transmitiria o caminho da terapia. Via de regra, os xamãs eram pessoas que se recuperaram de grandes perdas, traumas e situações de quase-morte, o que, inspiraria admiração e, em tese, implicaria que teriam intimidade e conhecimento maior junto as forças do universo. Este respeito adquirido destacava-os perante a comunidade, gerando o natural desejo de perpetuar este "status", o que estimulou para que registrassem suas experiências, para poder transmitir seus conhecimentos aos sucessores, comumente, seus próprios descendentes. Oralmente, por canções, histórias e lendas, muito dessa sabedoria era perpetuada e transmitida de geração a geração.

    A fitoterapia, associada a energizações e catarses induzidas pelo canto e dança, eram poderosos instrumentos terapêuticos conduzidos coletivamente pelo sacerdote. Ao atribuírem nomes significativos às plantas, vincular-lhes várias histórias e as sacramentarem para divindades específicas, de forma didática e lúdica, garantiam que suas utilizações seriam difundidas pelas gerações seguintes. Muitas vezes, somente os "iniciados" compreendiam as "instruções" incutidas nas lendas, histórias, cantigas...

    O crescimento de grandes civilizações propiciou o advento da escrita, acrescentando mais um instrumento de perpetuação do conhecimento terapêutico e, ao mesmo tempo, de elitização, já que a leitura e a escrita eram privilégios para poucos. No período do 2o milênio a.C., a História "ocidentalizada" registra o surgimento das primeiras escolas no Egito e na Mesopotâmia, com a elaboração de tratados e códigos de conduta, muitos dos quais chegaram até nossos dias. A terapêutica era associada aos templos, continuando atribuição do sacerdócio, já que as desarmonias de cada um resultavam de sua inadequação perante os desígnios do universo, representados pelas divindades.

    Na antiga civilização Grega, as obras de Homero (750 a.C.) divinizavam a terapêutica, atribuindo-a aos deuses e heróis mitológicos. Haviam os templos destinados à terapêutica, muitas vezes sem a intervenção dos sacerdotes, com o povo rezando diretamente às divindades. A Grécia, em meados do século V a.C., começa a sistematizar a terapêutica, por meio dos filósofos pré-socráticos, culminando em Hipócrates, cujos textos pregavam a abordagem holística, mas cuja prática estimulou a separação da terapia dos demais ramos do conhecimento, dando nascimento ao que hoje se chama medicina. Além da elitização das escolas, observa-se o início da tendência a interpretar o binômio saúde-doença como elementos isolados do universo à sua volta. O sacerdócio começa a romper com a terapêutica, surgindo os primórdios da figura do médico atual e da abordagem "científica", ruptura esta que culmina com Galeno, grego que atuava em Roma, em meados de 164 a.C., talvez sendo o primeiro "médico", já que estabeleceu "doenças" como sendo de natureza orgânica, e o estudo do corpo pelo "desmembramento de seus componentes". Por este personagem também se desenvolveu a justificativa para que surgissem diversas especialidades médicas, para fazer frente ao crescente número de "doenças" que passaram a ser identificadas e definidas suas formas de diagnósticos e procedimentos.

    Referindo-se a Galeno e suas consequências:

    ...

    Exteriorizou de tal forma a complexidade das doenças que justificou o surgimento das diferentes especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado órgão ou sistema orgânico, quase sempre relegando a segundo plano a abordagem do ser como um todo. Isto é, o médico especialista tem um conhecimento vertical profundo e horizontal limitado. (Atribui-se a A. Einstein a observação de que o especialista sabe quase-tudo de quase-nada, numa crítica velada ao fragmentismo).

    O método analítico cartesiano, inquestionavelmente, foi um dos pilares da fantástica evolução do mundo moderno. No entanto, é igualmente inegável que contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo, para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual - e isto explica, em parte, os desequilíbrios sociais (que tão bem conhecemos) e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

    Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade e, principalmente, o amor! Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo, crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e descaso pelos verdadeiros valores do ser. O conhecimento, tal como é hoje, sufoca a sabedoria e se impõe desastrosamente a ela.

    ...

    Os textos acima foram extraídos de www.uninet.edu/cin2001/html/conf/teixeira/teixeira.html;

    trechos selecionados da palestra HOLISMO E MEDICINA,de Hélio Teixeira, Professor Titular e Livre Docente do Departamento de Clínica Médica Universidade Federal de Uberlândia

    Paralelamente a este "movimento separatista elitizado", continuava a tradição xamãnica, que manteve a terapêutica como indissociável do autoconhecimento. Pertinente observarmos que as escolas médicas, elitistas por natureza, eram exclusivas para os letrados abastados e ao gênero masculino; já as tradições xamãnicas, diretamente vinculadas à Natureza, à espiritualidade, à intuição, à vocação, eram comparativamente mais democráticas, acessíveis a homens e mulheres, mesmo que originados da base da pirâmide social.

    Na Idade Média, apesar das grandes transformações desencadeadas pelas invasões bárbaras e pela difusão do Cristianismo e Islamismo, mantiveram-se Hipócrates e Galeno como paradigmas incontestáveis, com sua abordagem "científica" e separatista. A Igreja Católica estabeleceu-se pela força como proprietária da verdade divina e seus sacerdotes já não atribuem mais a si o papel de terapeutas; na verdade, cada vez mais em oposição se estabeleciam os poderes da da igreja e os da medicina, pois esta abraçara a ciência, cuja objetividade frequentemente se defrontava com a interpretação e até à existência em si, dos dogmas da fé. O povo, por sua vez, perante a inacessibilidade elitista dos médicos e o "consolo espiritual" da igreja, tinham que encontrar outros caminhos para tratar suas mazelas, cabendo-lhes recorrer aos que ainda mantinham as tradições terapêuticas, agora rebatizados de Feiticeiras... Propositadamente, apliquei o gênero feminino ao termo, para contrapor ao machismo da igreja e das escolas médicas, cujo protagonismo era exclusivo aos homens. Relegada a um segundo plano na sociedade, a mulher vivia em íntima relação com a Natureza, da qual intuia as propriedades terapêuticas, além de aprender pela transmissão oral entre as gerações. Herdeiras da sabedoria milenar, as feiticeiras não se submetiam nem à Igreja, nem ao Estado e muitas gozavam de grande prestígio pela eficiência de seus tratamentos e aconselhamentos. Acusadas de satanismo por um lado, e de viver de crendices infundadas pelo outro, isso em nada abalou sua aceitação pelo povo, que encontrava respostas para suas questões físicas, emocionais e espirituais na terapia das Feiticeiras.

    ...

    Dividiu-se habilmente o reino de Satã: contra sua filha, sua esposa, a feiticeira, se armou seu filho, a medicina. A Igreja, que odiava profundamente aos médicos, lhe deixou fundar o monopólio de sua arte com a extinção da feiticeira, declarando no séc. XIV que, se a mulher ousar tratar, sem ter estudado, será considerada feiticeira e deve morrer.

    ...

    Texto extraído do livro A Feiticeira, do historiador Jules Michelet

    Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente, nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.

    Já com o Renascimento, no alvorecer da Modernidade, muitos dos postulados clássicos começaram a ser revistos, sendo que até mesmo a medicina passou a se definir como uma ciência essencialmente humanística. Até mesmo o Iluminismo, que estabeleceu as bases do método científico contemporâneo, ainda estimulava que a medicina fosse tanto ciência, quanto arte, visão romântica que perdurou até a metade do século XIX, pois na sequência, com o desenvolvimento da microbiologia, da patologia, das análises laboratoriais e da indústria farmacêutica, a medicina tendeu a abandonar a sua visão humanística e passou a posar como ciência "exata"...

    ...

    De fato, todo esse processo de supervalorização das ciências biológicas, da super-especialização e dos meios tecnológicos que acompanharam o desenvolvimento da medicina nestas últimas décadas trouxe como conseqüência mais visível, a "desumanização" do médico. Um sujeito que foi se transformando cada vez mais em um técnico, um especialista, profundo conhecedor de exames complexos, precisos e especializados, porém, em muitos casos, ignorante dos aspectos humanos presentes no paciente que assiste. E isso, não apenas por força das exigências de uma formação cada vez mais especializada, mas também em função das transformações nas condições sociais de trabalho que tenderam a proletarizar o médico, restringindo barbaramente a disponibilidade deste para o contato com o paciente, assim como para a reflexão e a formação mais abrangente.

    Esses dilemas éticos de relação, entretanto, são apenas uma parte --importantíssima, sem dúvida, porém não exclusiva - da questão.

    A desumanização da medicina deve ser encarada não apenas do ponto de vista ético, de relação entre médico e paciente, mas também do ponto de vista epistemológico.

    Será que, efetivamente, nas circunstâncias atuais, as ciências humanas - a história, a filosofia, a literatura e a psicologia - não têm mais nada a dizer no campo do diagnóstico e do tratamento médico?

    ...

    Texto extraído de "A (re)humanização da medicina",

    de autoria de Dante MC Gallian, do Centro de História

    e Filosofia das Ciências da Saúde da Unifesp - EPM

    Com a evolução da sociedade, cada vez mais consciente e democrática, o questionamento aos valores estabelecidos fez surgir em pleno século XX, uma revolução silenciosa, pacífica, sem lideranças pré-definidas, que eclodia espontaneamente em várias partes do globo: a chamada "Revolução Aquariana". Movimentos "hippies", de contra-cultura, de revisitação das tradições, fez com que as feiticeiras, xamãs, sacerdotes, herdeiros das artes terapêuticas antigas, ressurgissem das cinzas da Inquisição e, à luz do dia, voltassem a exercer seus ofícios.

    Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura "científica", onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos tempos modernos a procura se dá por livre escolha.

    Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos que admitir que alguma coisa melhorou...

    Novamente perseguidos, os herdeiros das tradições terapêuticas se viram na necessidade de miscigenar para sobreviver. Tentaram se expressar, vestir e portar à semelhança de seus perseguidores, numa tentativa de aceitação. Revisitaram suas teorias, adaptando-as àquilo que lhes pareceu ser mais "científico". Com isso, ao invés de garantirem seus espaços, acabou por surtir efeito contrário: os algozes, que tanto criticavam as técnicas, agora que as mesmas lhes foram apresentadas "traduzidas" para seu linguajar, passaram a desejá-las para si... E como MONOPÓLIO !

    Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o DIFERENCIAL; constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam perdendo sua IDENTIDADE !

    Em nova revolução silenciosa, se reorganizaram para resgatar sua herança, sua tradição e o orgulho de ser o que são. Revisitaram as técnicas ancestrais, sem desprezar o que a modernidade acrescentou de bom... Sem revanchismo, fizeram as pazes com o Estado, dando a Cesar o que é de Cesar, e reverenciaram a medicina, como uma irmã nascida do mesmo berço e com a qual devem se reconciliar e viver em paz.

    Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje, orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.


    3) Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

    Jung, Freud e o Cálice Terapêutico - Ilustração de Henrique Vieira Filho

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje... A seguir, um gráfico didático ilustrativo de alguns premissas da Psicanálise:
    *
    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho



    Estruturas da Psique:
    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente: CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento; PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência; INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo. As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada. Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich "corporificou" o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada "orgone"). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia. A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos. M

    uitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas ("couraças"), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras. Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, "separado" para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo. A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições.

    Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma "ponte" de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística. Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas. Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas". De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente. Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.
    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva.

    Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação (assista a vídeo-aula sobre Psicoterapia Junguiana em Vídeo Aula - Introdução à Psicoterapia ).

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta...

    Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves. Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos. A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos... A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora "explicações", "boas razões", para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa. A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava. A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça". 5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes. A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...". 6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema. A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...". 7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico... A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...". 8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida... A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão. Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento. Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro... Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br (11) 3171-1193

    Autor: : SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS
    Última atualização: 07/06/2011 10:44


    OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS

    OS ARQUÉTIPOS DO TARÔ, OS DESLOCAMENTOS E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA COMO INSTRUMENTOS DE MUDANÇAS PESSOAIS E EMPRESARIAIS  


      Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989 

    EPÍGRAFE  

    "Navegar é preciso, viver não é preciso"

                                   Fernando Pessoa. 

    "Viajar é preciso, viver não é preciso" 

                      DEDICATÓRIA 

            Dedico este trabalho a minha filha Giulia Beatriz Torres Marquezini, principal personagem de minha Lenda Pessoal. 

    AGRADECIMENTOS 

    Agradeço a Deus, aos meus mentores espirituais, aos ciganos: Rosa e Simão, a todos de minha família cármica e aos clientes e amigos que fazem parte da Teia de Minha Vida.  

    Agradeço a amigos Mestres de meu caminho como Facelucia Barros Côrtes de Souza sempre disposta a me ajudar nas bifurcações e nas certezas da minha Trilha da Vida. 

    SUMÁRIO                                                                      

    1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. pg.8 

    1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia.....................................................pg.9 

    1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e

    Intervenção Sincronística..............................................................................................pg.12 

    1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de

    Autoconhecimento..........................................................................................................pg.13 

    2. METODOLOGIA...............................................................................................pg.14 

    3. DISCUSSÕES ...........................................................................................................pg.15 

    4. RESULTADOS .................................................................................................pg.16 

    5. CONCLUSÃO..................................................................................................pg.17 

    6. REFERÊNCIAS ...............................................................................................pg.18 

    RESUMO 

    Novo método de mudanças pessoais e empresariais é proposto utilizando práticas terapêutica sincronistas. O método está fundamentado, neste trabalho, através das teorias de Carl Gustav Jung, da Física Quântica da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia, nas discussões de Fritjof Capra, mas está baseado, também, no empirismo e na instrumentação do Tarô como oráculo. A metodologia consiste em utilizar consultas, cursos, visitações e viagens dos arquétipos, de forma integrada e natural que facilitem o autoconhecimento. Espera-se como resultado um processo de aprendizagem e autoconhecimento com interesses objetivando aprender a aprender e no aprender a ensinar através de momentos lúdicos, elevando a consciência de grupo e disseminar o respeito para com o objeto de visitação.  


    PALAVRAS CHAVE 

    Sincronicidade. Inconsciente Coletivo. Arquétipos. Insights. Física Quântica. Teoria dos Sistemas. Holismo. Ecologia. Tarô. Viagens. 

                                                                                                                                          8

    1. INTRODUÇÃO 

    Este trabalho visa apresentar uma nova metodologia baseada em conhecimento prático em Tarô Mitológico, roteiros turísticos e culturais com fundamentação teórica em Filosofia, Psicologia e Física, Holismo e Ecologia, para o autoconhecimento pessoal e empresarial, conforme descrito a seguir.

    Ele se baseia, sobretudo, nas práticas aleatórias ou induzidas realizadas, ao longo de 17 anos, utilizando como instrumentos de autoconhecimento, o Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua e os roteiros turísticos e culturais: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru - Formação da Cidade do Salvador.

    No primeiro item serão apresentadas as práticas fundamentadas em conceitos da Teoria da Sincronicidade e também dos conceitos de Inconsciente Coletivo, Arquétipos e Insights de Carl Gustav Jung, da Física Quântica, da Teoria dos Sistemas, Holismo e Ecologia na visão de Fritjof Capra, que serão discutidas, traçando um estudo cronológico de tendências dos pensamentos filosóficos e científicos.

    Em segundo item será avaliado o Tarô, seus arquétipos, a simbologia e a os fenômenos sincronísticos, aliados a uma breve avaliação de marcos históricos e religiosos que validam a importância dos deslocamentos (passeios e viagem), como componentes de autoconhecimento.

    A metodologia é a práxis do autoconhecimento e desenvolvimento de pessoas e empresas, onde serão associados os conceitos do primeiro capítulo e "arquetipizados" os atores, conteúdos, integrados aos lugares visitados. Os resultados são baseados nesta prática dos conceitos discutidos.

    A idéia é contribuir para visão holística do mundo contemporâneo e tornar esta prática reconhecida no sistema das terapias da sincronicidade. 

    1.1 Conceito de Sicronicidade, Inconsciente Coletivo, Arquétipos, Insights, Física Quântica, Teoria Dos Sistemas, Holismo e Ecologia. 

    Após o mundo mágico dos tempos antigos, a filosofia aristotélica e teologia cristã que marcaram o período medieval, as teorias cartesianas e mecanicistas, trouxeram, sob a ótica das ciências, a individualização, a separatividade e a redução do sujeito, como sintetizado abaixo:

                "Nos séculos XVI e XVII a visão de mundo medieval, baseada na filosofia aristotélica e na teologia cristâ, mudou radicalmente. A noção de um universo orgânico, vivo e espiritual foi substituída pela noção do mundo como uma máquina, e a máquina do mundo tornou-se a metáfora dominante da era moderna. Essa mudança radical foi realizada pelas novas descobertas em física, astronomia e matemática, conhecidas como Revolução Científica e associadas aos nomes de Copérnico, Galileu, Descartes, Bacon e Newton. Galileu Galilei expulsou a qualidade da ciência, restringindo esta última ao estudo dos fenômenos que podiam ser medidos e quantificados." (CAPRA, Teia da Vida, 1996). 

    Com a Revolução Científica a qualidade desaparece da análise, os fenômenos passam a ser medidos e quantificados. Os cincos sentidos, a estética, a ética, a alma, a consciência e o espírito são extintos (LAING apud CAPRA, 1996). O pensamento analítico de Descartés, com os fenômenos sendo analisados em partes para se chegar ao todo, impera.

    Com a chegada do século XVIII e os diversos fracassos científicos, a busca é pela sobrevivência do cartesianismo, porém ao final daquele século e inicio do século XIX a arte, literatura e filosofia se contrapõem as ciências e retornam a idéia da terra como um ser vivo e provocam mudanças significativas, através de poetas, como o inglês romântico William Blake que, entre seus pensamentos, está a da falência do mecanicismo e reducionismo científicos, como se pode ver no verso: "Possa Deus nos proteger da visão unilateral e do sono de Newton". (BLAKE apud de Capra, 1996)

    Goethe, poeta romântico alemão, analisa uma "ordem móvel" da natureza e da forma das relações do todo, que segundo Capra (1996) vai ser a linha de frente da concepção sistêmica.

    Porém em meados do século XIX há um retrocesso e as explicações físicas, biológicas e químicas da vida passam a ser o centro das discussões. Algumas descobertas e teorias propiciam isto, como por exemplo, a descoberta das células.

    Nessa "gangorra" de conceitos científicos, no inicio do Século XX os biólogos e bioquímicos organicistas voltam a se opor aos mecanicistas, retornam a idéia dos românticos e de Aristóteles e ao conceito de sistemas. As células combinadas levam aos tecidos, órgãos e organismos, que atestam a soma das partes formando o todo.

    A Física apresenta mudanças substanciais, a exemplo de Werner Heisenberg, um dos percussores da Teoria Quântica:

    10

      "O mundo aparece assim, como um complicado tecido de eventos, no qual conexões de diferentes tipos se alternam, se sobrepõem ou se combinam e, por meio disso, determinam a textura do todo." (HEISENBERG, apud CAPRA, 1996).  

    Na Psicologia, os alemães com a Teoria da Gestalt, Max Wertheimer e Wolfgang Kõhler, criam uma terceira forma de pensamento, que nem era o mecanicismo da Revolução Científica e tão pouco o vitalismo dos organicistas com a Teoria das Células, onde a idéia central era de que o todo era mais que a soma das partes.

    Porém, anterior as teorias "gestaltianas", Carl Gustav Jung, médico e psiquiatra, em suas experiências a partir da teoria da Livre Associação de Freud, pai da Psicanálise e de quem foi discípulo, contribuiu com conceitos que mostraram que as coisas tendiam acontecer e serem representadas por símbolos e que havia uma memória mental, além do individuo e que esses optam por acessá-la ou não, como produto do livre arbítrio e de suas intelectualidades.

    Estava criada a Teoria da Sincronicidade "coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos" (JUNG, 2000), observada em acontecimentos sem relação de causa e efeito, um interior e outro exterior ao individuo, que podem se materializar em forma de símbolos e eventos que costumamos chamar de "acaso" ou "coincidências", como por exemplo: desejar algo e recebê-lo de presente.

    A partir do conceito de sincronicidade se pode perceber que para que ocorressem fenômenos sincronísticos era preciso mais do que o desejo individual e assim nascia a Teoria do Inconsciente Coletivo, que pode ser explicado como uma fonte de todo conhecimento que se situa fora da alma humana, um conhecimento absoluto.

    Esse "local coletivo" é como uma memória de "computador", onde estão "salvos" aprendizados, energias e tendências que podem ser acessados através de Arquétipos em situações espontâneas como em crises, sonhos, febres, perturbações, fenômenos de sincronicidade ou situações de indução. Nas formas indutivas, podemos classificar as terapias que utilizam oráculos.

    Esses "acessos" a consciência maior na teoria junguiana, são os "Insights": lembrança simbólica repentinas de uma consciência maior, que podem ser decifradas através da tomada de consciência, quer espontânea ou induzida por técnicas terapêuticas.

    O uso da mitologia nas ciências é baseado nas histórias e nos arquétipos e revelam verdades profundas que muitas vezes não estão evidentes para a consciência, existe independente do mundo e são instrumentos de acesso ao que Freud chamou de Inconsciente e que Jung classificou como interno e externo, recebendo este último o nome de Inconsciente Coletivo.

    As teorias de Jung foram baseadas em várias teorias cientificas como as de Hipócrates: "simpatia de todas as coisas", a "união por um vínculo entre o que chamou de sensível e supra-sensível" de Teofastro, em Zózimo e suas alquimias, entre outros. Porém, serão nas teorias de Schopenhauer e Gottfried Wilhelm Leibniz as mais consideradas por Jung. Com o primeiro dialogou com o que chamou de "simultaneidade significativa" batizando o termo "sincronicidade", já de Leibniz utilizou os conceitos da "realidade através de quatro princípios: espaço, tempo, causalidade e correspondência", só discordando sobre a constância destes fatores, pois para Jung os "eventos sincronísticos" ocorrem irregularmente, de forma esporádica (CAPRIOTTI, 2007).

    A partir do século XX proliferam as teorias chamadas "holísticas" e "sistêmicas" e a ecologia, para dar conta de um mundo repleto de tecnologias e um exemplo do pensamento sistêmico se pode observar no trecho abaixo:

      "Uma visão holística, digamos, de uma bicicleta significa ver a bicicleta como um todo funcional e compreender, em conformidade com isso, as interdependências das  suas partes. Uma visão ecológica da bicicleta inclui isso, mas acrescenta-lhe a percepção de como a bicicleta está encaixada no seu ambiente natural e social - de onde vêm as matérias-primas que entram nela, como foi fabricada, como seu uso afeta o meio ambiente natural e a comunidade pela qual ela é usada, e assim por diante. Essa distinção entre "holístico" e "ecológico" é ainda mais importante quando falamos sobre sistemas vivos, para os quais as conexões com o meio ambiente são muito mais vitais.O sentido em que eu uso o termo "ecológico" está associado com uma escola filosófica específica e, além disso, com um movimento popular global conhecido como "ecologia profunda"

      (CAPRA, A Teia da Vida, 1996). 

    Todos estes conceitos, ciências, terapias têm como objetivo descobrir o objetivo e as melhores formas de relação do homem com a vida e, em resumo, descobrir a felicidade. As técnicas na contemporaneidade são inúmeras. O filósofo brasileiro descendente de libaneses, empresário e faixa preta em artes marciais, Talal Husseini, ao ser entrevistado pelo Jornal a Tarde em Salvador, onde fora lançar seu livro Paz Guerreira - O Caminho das 16 Pétalas, afirma: "Nós perdemos muito tempo porque não desenvolvemos certas faculdades mentais, como concentração, imaginação, memória, discernimento, consciência e atenção." (HUSSEINI, 2011).

    Diante desta análise cronológica, a questão é: no século XXI as ciências e os ideais ecológicos e de sustentabilidade darão conta das almas e dos homens? 

    1.2 Os Arquétipos do Tarô e Símbolos como Instrumentos de Investigação e Intervenção Sincronística. 

    A origem das cartas de Tarô ainda é muito obscura, fazem parte da bibliografia do ocultismo e exercem fascínio nas pessoas há pelo menos 600 anos, visto que alguns pesquisadores dão conta de sua presença na Europa do século XVI.

    Alguns acreditam que tenha surgido no antigo Egito, nas crenças célticas pagãs ou nos ciclos da poesia romântica do Santo Graal na Idade Média da Europa.

    Percussor de nossas atuais cartas de jogar, divididas em naipes: paus, ouros, copas e espadas trazendo ilustrações de figuras e situações que, como no exemplo dos sonhos, representam insights, conteúdos da psique humana, trazem o consciente e inconsciente do sujeito e dá acesso ao que Jung chamou "Inconsciente Coletivo".

    Funciona como um caminho de observação para que venham à tona os aspectos negligenciados do sujeito de análise, utilizando figuras arquetípicas.

    Uma das formas de utilizar as cartas de Tarô como instrumento de autoconhecimento é observar o que Nichols (1980), chamou de Mapa da Jornada dos Arcanos, conjunto de 22 cartas repletas de símbolos, conhecidas como Arcanos Maiores.

    O Louco é um personagem para alguns baralhos sem número, para outros recebe o número 22.  O fato é que funciona como um coringa, representando a força que impulsiona a jornada. A curiosidade é a mola que impulsiona a seguir, um viajante que se lança na estrada, sempre buscando, se aventurando e caminhando. Ele transita entre todos os símbolos das cartas, da primeira carta que recebe o nome de O Mago à vigésima primeira, o Julgamento, no Mapa da Jornada. São representadas estações de amadurecimento do herói, o Louco, e podem ser associadas aos estágios inconscientes aplicados a processos terapêuticos holísticos.

    São 22 estações de aprendizados, chamados de Arcanos maiores, 56 cartas chamadas de Arcanos Menores, explicações, detalhamentos das estações de aprendizado subdivididas em 4 naipes de 14 cartas, agrupadas por área de significação. Paus que representa o aspecto espiritual, Ouros o físico, Copas o emocional e Espadas o mental. Somadas são 78 arcanos.

    Seja no Mapa da Jornada de Sallie Nichols, seja em diversas obras e terapias e vivências de Tarô que sugerem caminhos, viagens e movimento, os arquétipos do Tarô são fortes instrumentos de movimentação interna e se associados a fluxos externos, como deslocamentos, caminhadas, trilhas, peregrinações ou viagens de lazer ou negócios, desde que objetivando os "insights e sincronicidades", podem ser potencializados. 

    13

    1.3 O Deslocamento como Componente Cultural e Religioso e de Autoconhecimento. 

    Os motivos religiosos figuram como umas das primeiras motivações de deslocamentos dos povos.

    Vários foram os momentos culturais de vulto onde a viagem, o deslocamento é o instrumento de mudança, seja na fuga guiada por Moisés pelo Mar Vermelho ou na saída de Maomé e seu povo de Meca ou nas viagens a Terra Santa e a Roma pelos cristãos ou na contemporaneidade as viagens a Santiago de Compostela pelos místicos e católicos ou a ida a Israel pelas mais diversas religiões cristãs..

    As Cruzadas, as Grandes Navegações, as dominações, as colonizações, a Primeira e Segunda Guerra, mudaram a face da humanidade, as fronteiras e a alma humana.

    Hoje nas práticas turísticas se observa um numero grande de ações religiosas, culturais e místicas como ingrediente, onde se busca o conhecimento do externo tendo como instrumento as viagens, o deslocar-se para retornar a si. Muitos são as trilhas e caminhadas com intenções religiosas ou místicas criadas pelo mundo.

    Paulo Coelho em suas obras trata sempre desta instrumentação para alquimia pessoal e a utiliza para criar seus enredos. Para escrever o Alquimista foi as Pirâmides do Egito e ao Deserto de Saara, o que significa que em nossas trilhas pessoais podemos achar caminhos, criar atalhos, virar esquinas, buscar saídas, encontrar e ser encontrado, escutar o vento, perceber os sinais, acessar as memórias das árvores ou das pedras e viajar em busca do que está dentro de cada um. Enredando a magia dos "insights", dos sinais, das sincronicidades: "- Esta é a magia dos sinais - continuou o rapaz. - Tenho visto como os guias lêem os sinais do deserto, e como a alma da caravana conversa com a alma do deserto." (COELHO., O Alquimista, 1988). 

    2. METODOLOGIA 

    A metodologia utilizada por ser exemplificada com uma visita o Centro Histórico de Salvador, onde ficando-se atentos aos aspectos culturais materializados na arquitetura, no modo de vida dos habitantes locais e ancorados nos personagens da literatura de Jorge Amado, se pode correlacionar tanto o arquétipo do Quincas Berro D' água ou de Tereza Batista, quanto às cartas do Diabo ou da Força no Tarô. O simbolismo do que se deixa levar pelos vícios ou pela luxúria podem desencadear fenômenos sincronísticos que podem levar a compreensão individual e coletiva do visitante.

    Ao se deparar com o passado nas visitas aos engenhos do Recôncavo Baiano é possível ter insghts sobre o dia a dia de e os planejamentos empresariais, bem como sobre formato das relações profissionais.

    Ou então, simplesmente caminhar a beira da praia saudando a "avó Lua", simultaneamente observando como caminhamos em nossa vida, tendo lampejos da forma, as distrações e as inflexibilidades.

    A metodologia utilizada e associar à técnica de jogos e tiragem de cartas dos Arcanos Maiores do Tarô Mitológico as realizações de trilhas urbanas ou não, viagens e caminhadas. Ou simplesmente usar as viagens e visitas como autoconhecimento.  


    3. DISCUSSÕES 

    Ninguém volta de uma viagem igual, seja de férias, a trabalho ou direcionada ao autoconhecimento.

    Há  quem acredite que as viagens, os aeroportos, as rodoviárias e as estradas são palcos onde o fenômeno da sincronicidade, o acesso ao inconsciente coletivo e a ancoração dos arquétipos, encontram terreno fértil. O fato é que quando estamos mais relaxados e em estados de crise ou felicidade estes aprendizados são mais eficazes.

    É evidente que se estivermos mais atentos aos aprendizados que as viagens podem nos proporcionar, ao contrário de quem viaja para fugir da realidade ou em turismo de massa, os aprendizados acontecerão.

                  "Eu acabara de escrever "As Valkirias", e estava no aeroporto de Brasília, esperando a hora de embarcar; para distrair-me, comecei a imaginar que capa deveria colocar neste novo trabalho. O avião atrasou, comecei a passear pelo saguão, e  descobri uma pequena galeria de arte no segundo andar, onde vi um quadro do Arcanjo Miguel, tema central do livro. Bastou ler a assinatura da pintora - Valkiria - para decidir que aquele quadro seria a capa. As coincidências não param ai.  "As Valkirias" foi publicado no dia 3 de agosto de 1992. Na semana seguinte, meu editor recebeu uma carta da pintora: "Faz exatamente um ano - 3 de agosto de 1991 - que terminei uma restauração numa igreja de Goiás.  Fiz sem cobrar nada, apenas por amor.  Neste dia, o padre me chamou e disse: "Deus encontrará uma maneira de lhe pagar.  Em um ano, um trabalho seu será muito conhecido".)COELHO, http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/ - postado em 18/01/10).

    Paulo Coelho e a pintora estavam atentos aos aprendizados e esta experiência nos faz afirmar que podemos usar desses expedientes para o autoconhecimento.

    Os locais e experiências culturais podem desenvolver pessoas e empreendimentos; há sempre um aprendizado ao virar uma esquina e isto não é produto de "acaso" ou mérito do marketing de destinos. Em um universo de tantas ofertas, mesmo que sem se dar conta, qual o aprendizado de ter escolhido Miami ao invés de Machu Picchu. E se ao início, durante e ao término se fizer uma associação às cartas do Tarô, isto se potenciará. 


    4. RESULTADOS  

    Espera-se conduzir o viajante ou visitante a aprender mais ou tanto em uma viagem de trabalho em um centro cosmopolita., quanto ao peregrinar no Caminho de Santiago de Compostela, por um mês, a pé para acessar o autoconhecimento.

    Assim como agendamos um jogo com uma taróloga ou marcamos uma consulta em um psicanalista, após lhes conhecer o oráculo e o método, espera-se poder agendar, propositalmente, uma forma e um destino para nosso aprendizado ou apenas observar viagens necessárias ou escolhidas.

    Assim, viajar pode ser uma experiência muito mais rica, aliando arquétipos do Tarô, as técnicas de terapias da sincronicidade como instrumento de busca de respostas que povoam o mais profundo do viajante, o inconsciente.

    E diante de um mundo contemporâneo onde os bens selecionados pela sociedade, chamada de Sociedade do Espetáculo, segundo Debord (1997), produzem isolamento, as viagens em grupo ou individual por seu componente sistêmico e de inter relações, podem ser profundamente integradoras, conduzindo mais facilmente ao inconsciente coletivo e as sincronicidades.

    Os resultados destas práticas têm sido atestados por clientes que optam pelo Tarô Mitológico, a Caminhada da Lua, Roteiros: Chapada Mística, Os Segredos do Recôncavo, Farinha com Dendê e Caramuru e Formação da Cidade do Salvador, que aliam o aprendizado sócio cultural a busca interior induzida ou que relatam suas descobertas aleatórias em viagens de trabalho e lazer, parte de suas agendas. 

    5. CONCLUSÃO 

    Os 17 anos de prática com Tarô Mitológico, fundamentado pelos conceitos e teorias de Jung, aliado ao desenvolvimento de roteiros turísticos históricos sociais e culturais e aos valores tem atingido um objetivo maior que é o desenvolvimento de pessoas e empresas dentro de padrões de qualidade humana, sustentabilidade e ecologia profunda discutidas neste texto com as pesquisas de Capra.

    A missão do programa de consultas, cursos, visitações e viagens é contribuir com a vida no planeta com roteiros e visitas que facilitem os processos de aprendizagens e autoconhecimento, com interesses objetivados no aprender a aprender e no aprender a ensinar, através de momentos lúdicos, eleva a consciência de grupo, dissemina o respeito para com o objeto de visitação, cultura local, meio ambiente e parceiros contidos no programa.

    Esta Prática Terapêutica Holística de Sincronicidade é uma Lenda Pessoal parte do Inconsciente Coletivo, descoberta através de Insights em sincronicidade com crescente sistema de outras Lendas Pessoais e diversas Teias.  

    6. REFERÊNCIAS 

    CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida.S.Paulo: Cutrix, 1996.

    COELHO, Paulo. O Alquimista. S. Paulo: Editora Rocco, 1988.

    _____________. As Valkirias. S. Paulo: Editora Rocco, 1982.

    DEIKE, Begg. Sincronicidade. S. Paulo: Cultrix, 2004.

    DEBORD , Guy. A Sociedade do Espetáculo. S. Paulo: Contraponto Editores, 1997.

    GREENE, Liz e SHARMAN - BURKE, Juliet. O Tarô Mitológico. Uma Abordagem para a Leitura do Tarô. S.Paulo: Siciliano, 1988.

    JUNG, Carl Gustav. Sincronicidade - Um princípio de Conexões. S>Paulo:Vozes,2000.

    JAWORSKI, Joseph. Sincronicidade - O Caminho Interior da Liderança. S.Paulo, Best Seller, 2005.

    MACGREGOR, ROB e Trish. Os 7 Segredos da Sincronicidade. Estrela Polar, 2011.

    NICHOLS, Sallie. Jung e o Tarô - Uma Jornada Arquetípica. S.Paulo: Cutrix, 1980.   

    Entrevista publicada na Revista Muito numero 168 de 19 de junho de 2011 em Salvador/BA de Talal Husseini autor de Paz Guerreira o Caminho das 16 Pétalas. S. Paulo: Edições Nova Acrópole, 2011. 

    http://www.blogolhada.com.br/g1-blogs/PID30732/. Acesso 20 de junho, 2011.

    Autor: : Julia T. Santos - Terapeuta Holística - CRT 30989
    Última atualização: 04/07/2011 14:18


    GEOMETRIA, RUNAS, RADIESTESIA E A PESSOA COMO TAL

    GEOMETRIA, RUNAS, RADIESTESIA E A PESSOA COMO TAL

    MAIO/2012

     NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA

    TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758


    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    HOLÍSTICA / 2012

     

    “No mundo do conhecimento, a última  coisa a ser percebida, e com muita dificuldade, é a forma essencial do Bem (...). Sem ter uma visão desta forma ninguém pode agir com sabedoria, seja na própria vida, seja em questões de Estado.

                                                 (Platão)

     

    A todos que nunca desistem de procurar o conhecimento na certeza de que é através desta procura que se encontra a certeza do nunca desistir, mesmo que se saiba da utopia que é este objetivo.

     

     

     

    AGRADECIMENTOS

     

            A Deus , por minha vida.

     

            Às minhas filhas, Janira e Niara, pelo apoio.

     

            A todos que me acompanham na caminhada de pesquisa e procura do melhor para todos no dia-a-dia.

     

            Ao SINTE, por me deixar apresentar o resultado de minhas pesquisas e estudos.

     

    SUMARIO

     

    1. INTRODUÇÃO...........................................................................................7

    2. MATERIAL E METODOLOGIA..................................................................7

         2.1 Material empregado............................................................................7

         2.2 Métodos..............................................................................................8

         

    3. A GEOMETRIA E SUA RELAÇÃO COM O EQUILÍBRIO.........................9

        3.1 Yin e Yang.........................................................................................11

        3.2 Formas geométricas..........................................................................11

        3.3 Runas................................................................................................12

     

    4. A FORÇA MAGNÉTICA DAS PIRÂMIDES.............................................17

     

    5. RESULTADOS........................................................................................20

     

    6. DISCUSSÃO...........................................................................................20

     

    7. CONCLUSÃO..........................................................................................22

     

    8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................23

     

     


     

    RESUMO

     

    A Radiestesia já era utilizada pelos homens das civilizações antigas através de bastões, varinhas, forquilhas. Nas pinturas das cavernas, descobriu-se que o homem daquele tempo, segurava bastões de osso, utilizados para encontrar caças, que tinham, ao longo de sua extensão, desenhos de animais que eram tocados com as mãos que direcionavam o bastão. A Radiestesia foi testemunhada entre diversos povos, e em todos os estudos, vemos utilização de algum instrumento de forma. Aqui, estudamos as formas geométricas, as suas radiações diversas e, dentre estas formas, as Runas, que também emanam boas vibrações de origem desconhecida podendo ser até de povos lemurianos e atlantes. As formas geométricas transmitem energia. Pirâmide também. Energia positiva que deve ser utilizada para o equilíbrio.

     

     
    1. INTRODUÇÃO

            A Radiestesia, estudo das radiações emitidas pelos corpos já era de domínio dos povos antigos, como Indus, Persas, Etruscos, Citas, Hebreus, Romanos, Gauleses, Peruanos, Polinésios, etc., mas esta ciência nos foi deixada pelos Lemurianos e Atlantes, bem antes, afirmam estudiosos.

            A ciência da Radiestesia ficou esquecida por muitos e usada por poucos, que detinham os conhecimentos e os usavam como forma de poder. Se fosse só uma arte sem fundamento não conseguia passar pelos séculos e ressurgir fortalecida em 1688 na França e em toda a Europa.

            Nos mosteiros, o conhecimento era passado sem alarde e em 1892 os Abades Bouly e Bayarden criaram este termo RADIESTESIA. Outro Abade, o Alex Mermet instituiu regras sistematizando seu funcionamento.

            Quem trouxe a Radiestesia para o Brasil  foi Jean Louis Bordeaux que ficou de 1905 a 1921 em uma missão franciscana no Mato Grosso e com as escolhas feitas através  da Radiestesia se equilibrou de sérios problemas físicos com os produtos da FLORA local, e indicações indígenas.

            A partir daí, novos estudos e novos pesquisadores como Dr. Alfredo Becker, Virgilio Goulart, Maria Luiza Azevedo, José de Castelo Branco, FM Palhoto e outros até nossos dias.

            Neste estudo, pesquisamos as formas geométricas e suas radiações para equilíbrio do corpo como tal: suas funções físicas, energéticas, emocionais, mentais e espirituais.

            Incluem-se aqui o estudo das RUNAS que podem ser muito benéficas levando-as a sério e com estudo profundo e as pirâmides.

     

    2. MATERIAL E METODOLOGIA

            Todos os nossos esforços de pesquisa e experimentação são no sentido de despertar a consciência para se evitar o sofrimento desnecessário, a fim de guiar os seres humanos à realização pessoal e ao equilíbrio social.

    2.1 Material empregado

    1. Ficha do cliente;

            Utilizando um pêndulo neutro, vamos estudando a energia do cliente através  de suas radiações captadas pelo nome e data de nascimento e conforme as suas necessidades de harmonização de seus meridianos, utilizamos alguma forma  geométrica desenhada na ficha do cliente  e também uma Runa desenhada ou confeccionada em cobre, por tantos dias, conforme for solicitado pelo pêndulo e a forma de pirâmide, se for o caso.

            Se for estudo de mapa, terreno, casa também vamos estudando as energias e colocando o desenho de alguma forma geométrica, Runa, pirâmide aonde, quanto tempo, conforme for indicado pelo pêndulo.

    1. Pêndulo neutro;
    2. Peças de cobre para confecção de Runas;
    3. Mapas

    2.2 Métodos

    1. Alfagenia;
    2. Tábua de BOVIS;
    3. Harmonização dos centros energéticos

     Alfagenia

            Para se praticar bem a Radiestesia, é preciso aprender a entrar em ALFA, atingir os níveis do subconsciente. Existe a mente consciente e o inconsciente profundo, onde estão gravados todos os acontecimentos. Entre um (consciente) e outro (inconsciente), existe o subconsciente que é onde o radiestesista trabalha. É o Estado ALFA de tranquilidade, harmonia, equilíbrio, mente aberta e sem interferir nas informações recebidas. É um treinamento.

            Hans Berger, psiquiatra austríaco, em 1929, criou o eletroencefalograma porque descobriu através de muitas pesquisas que o cérebro emite radiações ou ondas elétricas, tendo impulsos eletromagnéticos.  

            São quatro as freqüências cerebrais: beta, alfa, teta e delta.

    1. Beta – sinal forte, consciência exterior, utilização dos cinco sentidos, participação no mundo – vibração de 14 a 28 ciclos por segundo.
    2. Alfa Relaxamento, frequência mais baixa – nível de tranquilidade, paz, criatividade e saúde – pode haver fenômenos parapsicológicos neste estado a frequência de 7 a 14 ciclos por segundo.
    3. Teta – meditação, levitação, regressão às lembranças passadas, tratamento para traumas – descobertas. O ritmo oscila em 4 a 7 ciclos por segundo.
    4. Delta – abaixo de 4 ciclos por segundo. Sono profundo, é incógnita, pode ser coma, catalepsia, inconsciência. É preciso treinamento para se chegar ao estado alfa e ali trabalhar, recebendo as radiações e vibrações do inconsciente, sem interferir nelas.

     

     Tábua de BOVIS

     Harmonização dos centros energéticos

            A pessoa humana possui 7 Centros Energéticos Principais. São localizados também no corpo dos animais e no solo.

    1.         Coronário (pituitária) – centro intelectual superior;
    2. Frontal (pineal) – centro intelectual inferior;
    3. Laríngeo (tireoide) – centro motor;
    4. Cardíaco (timo) – centro emocional inferior;
    5. Umbelical (plexo solar) – centro instintivo;
    6. Sacral (supra renal) – centro instintivo;
    7. Básico (glândula sexual) – centro sexual

    Os centros energéticos podem ser harmonizados com o uso de homeopatias, florais e elixir, com formas geométricas, runas e pirâmides. A ressonância com auxílio do pêndulo ajuda a desbloquear os Centros Energéticos Magnéticos, bem como contribui com a ampliação e expansão das informações veiculadas pelos produtos utilizados.

     

    3. A GEOMETRIA E SUA RELAÇÃO COM O EQUILÍBRIO

            Geometria é uma palavra grega que significa “medição de terra”. A importância da geometria é imensa. Em tudo que se constrói, é preciso proporcionalidade, portanto, geometria. Desde que o homem começou a construir tendas saindo da caverna precisou da proporção certa, da geometria. Os animais constroem, instintivamente e dá tudo certo. Os homens precisam aprender ou talvez como Platão acreditava, precisam é lembrar.

            Os humanos primitivos precisavam calcular quanto peso podiam carregar, como fazer para construir suas tendas, suas armas, suas vestes. Precisavam proteger a família, a propriedade, os acampamentos, em tudo precisavam da geometria. Foram se desenvolvendo e a arquitetura elaborada e a navegação confiável foram exigindo mais geometria euclidiana e seus descendentes diretos, como a trigonometria. Com o avanço da ciência, a geometria evoluiu para a medição cronográfica da latitude, a medição telescópica de nosso sistema solar da nossa galáxia, das outras galáxias e do próprio cosmo; e para medições microscópicas e microcósmicas de entidades celulares, atômicas e mesmo quânticas.

            Os seres humanos estão no meio do caminho da escala de medição. Assim, “uma ordem de grandeza” significa 10 vezes. Se for a ordem de grandeza maior é 10 vezes maior do que o ser humano, se for de ordem de grandeza menor é 10 vezes menor do que o ser humano.

            A geometria tem conexões com a filosofia e a música. Platão, célebre filósofo colocou acima da entrada de sua academia, modelo para as nossas próprias universidades. “Só quem sabe geometria pode entrar na academia”. Mas, durante os séculos, a geometria foi se distanciando e os cálculos matemáticos foram se escasseando e a mente passou a ficar muito bloqueada pela falta de cálculos, o que acontece nos dias de hoje. Falta esta visão de novos caminhos que só o raciocínio geométrico pode dar.

            Pitágoras era fascinado pelos números e até hoje seu teorema ajuda a resolver problemas matemáticos. Ele descobriu um problema geométrico na música que os 12 semitons que abrangem uma oitava completa e da qual todos os modos musicais ocidentais são retirados, não se relacionam um com o outro em proporções integrais. Isto significa que nenhum instrumento pode ser perfeitamente afinado. Se você afina o ciclo das quintas com exatidão, as oitavas soarão sustenidas. Se você bemoliza ligeiramente as quintas, as oitavas soarão afinadas. Isto nada tem a ver com a fabricação dos instrumentos, mas sim a propriedade da geometria dos próprios intervalos musicais. Mas um instrumento bem afinado dentro das proporções, dá o som harmonioso.

            Os gregos antigo                                                           s, assim como os chineses antigos, valorizavam o equilíbrio e a harmonia. A palavra latina “racional” reflete exatamente isto, pois embora tenha passado a razoável, ela deriva de um termo                               geometricamente mais preciso: “razão” ou equilíbrio integral entre duas (ou mais) partes de um todo. Os romanos usaram isto da geometria grega. Os gregos pregavam que o mundo era um lugar ordenado (COSMO) e não desordenado (CAOS), mas acreditaram incorretamente que a mesma ordem era refletida no equilíbrio proporcional de todos os números também. Os gregos entendiam que as quantidades geométricas podiam ser expressas como razões de números inteiros. Euclides com seus axiomas, definições e postulados deixou uma luz orientadora para a posteridade.

            Euclides apurou a arte da construção geométrica com o desenho de duas figuras bidimensionais em um plano daí a ajuda para construção de trabalhos arquitetônicos e artísticos, a geometria aplicada. Usava só a régua e o compasso.

            A conexão entre razões geométricas, indivíduos racionais e sociedades bem ordenadas está muito enraizada na mente helênica. A ordem cósmica seria estabelecida também na individualidade e na sociedade bem equilibradas.

    3.1 Yin e Yang

            São duas forças criativas que se completam para a criação. Yin é terra, força feminina e Yang é ar, força masculina. São duas forças ligadas, mas diferentes. Ligadas no que cada um contém do outro.

            Todo o universo é composto por figuras geométricas perfeitas. Vejamos o símbolo do Yin e Yang, usa-se só 5 círculos: 1 maior, 2 menores e 2 pequenos. Formam um equilíbrio estético perfeito por causa de proporção certa.

            Os estudiosos antigos sempre afirmaram que os seres humanos estão sujeitos às leis naturais e que todas as leis têm uma razão e proporção perfeita. Por isso, a geometria ser muito importante, porque ela é o equilíbrio, a proporcionalidade que deve ser buscada por todos.

    3.2 Formas geométricas

            Tudo o que existe é uma forma geométrica. Esta forma geométrica é a base da formação dos números e emanam energias que podem ser medidas. Vejamos:

    FIGURA

    NÚMERO

    BOYD

    HERTZ

    ANGSTRONS

    Círculo

    1

    1

    7,0 Hz

    9.000

     

    Par Dualidade

    2

    2

    8,0 Hz

    12.000

    Triângulo

    3

    3

    8,2 Hz

    13.000

    Quadrado

    4

    4

    8,8 Hz

    14.500

    Pentágono

    5

    5

    9,5 Hz

    17.500

    Hexágono

    6

    6

    10,0 Hz

    18.200

    Heptágono

    7

    7

    10,7 Hz

    19.000

    Octógono

    8

    8

    11,0 Hz

    19.600

    Eneágono

    9

    9

    11,6 Hz

    20.300

     

            As figuras geométricas são o protótipo das formas que podem ser programadas no plano terrestre.

            Pitágoras vê em toda estrutura, mesmo as biológicas, uma ordem numérica oculta, por onde se baseia a forma presencial daquele corpo. É como se fosse o esqueleto de toda criação. O número está intrínseco a todo e qualquer raciocínio nas formas materiais que definem esse planeta.

    3.3 Runas

            As RUNAS são símbolos usados desde imemoráveis tempos e que permaneceram por muito tempo esquecidas, e depois voltaram a ser estudados.

            O nome RUNA significa mistério, secreto. São símbolos mágicos e sua mais profunda significação só era conhecida por sacerdotes antigos e usados como oráculo. Surgiram estes símbolos em lugares mais improváveis da Iugoslávia a Orkney e da Groenlândia à Grécia.

    Um grande estudioso dos símbolos, Ralph W. V. Elliot, no seu livro “Runes: An Introduction” escreveu que foram observados estranhos símbolos desenhados em ferramentas e armas antigas, moedas de prata e cruzes de pedra. E que estes símbolos influenciavam a vida de quem os usava.

    As Runas tinham muitas interpretações e assim continua até hoje, pode-se interpretá-las com seu significado místico ou significado mundano como muito se vê por aí. Para nós, terapeutas holísticos, devemos usar as Runas como ferramentas de desenvolvimento pessoal, transformação e estudo interior profundo.

    Heródoto, provavelmente no século VIII viajou pelo Mar Negro, ali encontrou descendentes de tribos citas antigas que se enfiavam debaixo de mantas, fumavam até ficar em uma espécie de transe (até hoje existe este costume nas altas montanhas caucásicas) e então lançavam gravetos no ar, “lendo” seu significado quando caíram ao chão. Estes gravetos eram classificados como RUNAS.

    Para se confeccionar as RUNAS precisamos de canos de cobre: 3 canos de 30 cm; 4 canos de 15 cm; 1 cano de 7,5 cm.

    Desde o início do uso de RUNAS, elas sempre tiveram uma função ritual, servindo para serem lançados sorteios para a adivinhação e evocação de poderes superiores capazes de influenciar a vida e a sorte das pessoas. Usavam RUNAS e encantações para influenciar o tempo, as marés, plantações, amor e saúde. Os símbolos das Runas eram esculpidos em amuletos, copos, lanças de batalha, sobre o portal das casas e nas proas dos barcos vikings. Entre os teutões e vikings, os lançadores de RUNAS usavam roupas vistosas que os destacavam dos outros. Eram homenageados, bem acolhidos, temidos, esses xamãs eram famosos e tinham certos poderes. Há evidências que as mulheres também eram praticantes rúnicas.

    Na época de Tácito, o historiador romano, as Runas já estavam ficando conhecidas mais amplamente no continente. Eram transportadas de lugar para lugar pelos mercadores, aventureiros, guerreiros e, eventualmente por missionários anglo-saxões. Com este objetivo precisaram de um alfabeto, que ficou conhecido como FUTHARK, devido às suas primeiras seis letras ou glifos.

    O FUTHARK germânico tradicional abrangia 24 RUNAS. Foram divididas em três “famílias” de 8 RUNAS – o 3 e o 8 sendo número que se acreditava possuidores de potência especial. Conhecidos como aetter, os três grupos tinham os nomes dos deuses escandinavos FREYR, HAGAL e TYR. Posteriormente, acrescentou-se uma RUNA em branco.

    As Runas, mesmo sendo de difícil compreensão, com muito esforço consegue-se captar o que elas têm para dizer sobre a situação apresentada. Elas são uma dádiva de ODIN e, portanto, sagradas.

    ODIN é a divindade máxima no panteão dos deuses escandinavos. Seu nome é derivado do escandinavo antigo para “vento” e “espírito” e foi através de sua paixão, de seu sacrifício transformador do eu, que ODIN nos trouxe as RUNAS.

    De acordo com a lenda, ele ficou pendurado por 9 noites na IGGDRASIL, a Árvore do Mundo, ferido pela própria  lâmina, atormentado pela fome, pela sede e pela dor, sem auxílio e sozinho até que, antes de cair, avistou as RUNAS e conseguiu apanhá-las, em um último  e tremendo esforço. A partir daí, tudo começou a melhorar para ele e conseguiu ficar são e salvo. E assim começa a sagrada história das RUNAS. A mensagem que as Runas transmitem é a mesma de Sócrates: “Conhece a ti mesmo”, porém alguns não querem encarar este processo evolutivo, querem encarar como diversão, isto é um equívoco.

    As RUNAS são oráculos, jogos sagrados, instrumentos de utilização séria e elevada, o valor de sua utilização é que nos liberta do esforço de aprender, libera-nos para que aprendamos como aprendem as crianças.

    Utilizar as RUNAS é colocar-se na própria orientação interior, aquela parte nossa que sabe tudo quanto precisamos conhecer sobre nossa vida, agora.

    Sintonizar-se no momento presente, prestar atenção no que está acontecendo e como agir parar melhorar, são orientações que nos vêm das RUNAS, se consultada seriamente.

    A consulta às RUNAS permite que ultrapassemos as censuras da razão, as correntes do condicionamento e o repetir do hábito, porque tudo isso nos impede de ser livres, como também o julgamento, a comparação e a impulsividade de saber por que. O “porquê” se apresenta quando avançamos no conhecimento.

    Interagindo com as RUNAS, estabelece-se uma zona livre, onde a nossa vida se torna maleável, vulnerável e aberta à mudança.

    Atualmente, vivemos uma época de muita descontinuidade. As informações nos chegam muito rápido e o universo está nos impelindo para um novo crescimento. De repente, as águas que nos eram familiares parecem conter perigos, cheias de redemoinhos e areias movediças. Os mapas de outrora ficaram ultrapassados: precisamos de novas direções para navegar pela vida. E quem poderá nos ajudar do mesmo jeito que os vikings utilizaram a direção sugerida pelos mestres rúnicos para que seus barcos navegassem sob céus nublados, também você, agora poderá usar as RUNAS para dar uma boa direção ao curso de sua própria vida. Um diferencial de alguns graus no início de qualquer viagem significará uma posição largamente diferente quando chegar a alto mar.

    Refletindo no que são as RUNAS – uma ponte entre o eu e o EU, uma corrente entre o EU e o DIVINO, uma direção para a vida – a energia que as envolve é a nossa própria e, em consequência, a sabedoria. Deste modo, quando começamos a contactar nossas direções interiores e sábias mais íntimas passamos a ouvir mensagens de profunda beleza e real utilidade. Porque sendo cada um de nós um indivíduo único, sob a orientação das RUNAS, vislumbraremos horizontes que nos fazem muito bem.

     

     

       

    Ar

    A mudança, a regeneração – o advento do fogo, o despertar da kundaline – oportunidades – vitalidade e discernimento.

       

    Ur

    Aprender aos pés da divina mãe. Conecção e consciência com a mãe  natureza. Novo ciclo. Recomeço – correlação do passado com o novo.

     

    Torn

    A vontade consciente, diferente do desejo. Espera. Tempo de analisar o que passou avaliando com maior clareza. Interiorização.

     

    Fa

    Força para despertar a consciência, força do amor. Lucros, alimento. Preservação do que já foi conquistado.

       

    Rita

    O juízo interno. Despertar do juízo da consciência. Viagem, conhecimento, mudança. Mudar-se para melhorar os caminhos.

       

    Kaum

    Triunfo sobre as tentações mundanas. Vibrar no amor. Proteção, luz, fogo. Novo momento, aquele que souber ver as indicações do tempo, será iluminado pela luz divina.

     

    Gibur

    O mistério da vida, união, raciocínio equilibrado. Expansão da sensibilidade e a harmonia interna e externa.

       

    Wunjo

    Mudança radical, revolução dos atos e fatos, transformações, felicidade. Retorno de todos os esforços, uma recompensa.

       

    Hagal

    A conquista de poderes. Hora de quebrar os laços. O ponto crucial entre a iniciativa e a passividade está no grau de discernimento de cada um é preciso expandir a consciência.

       

    Not

    Pedido de misericórdia. Crescimento obstruído, aprendizagem. Reavaliar os planos devido às más influências. Espera.

         

    IS

    O real ser, a divina mãe. Canaliza o poder da mãe natureza. Esperar as forças extremas passar. Tempo de análise.

         

    Jera

    Fecundação, germinação. Ideias novas, projetos. Positividade. Confiar e esperar. Paciência. Plantar e colher no momento certo.

            

    Sig

    O poder que nos guia no secreto. A vitória pelo pacto cumprido. Concentração e meditação. Prudência. Aproveitar as mensagens da intuição.

       

    Perth

    Mudar prognósticos. Força das ações corretas. Novos caminhos, o inesperado. Novos conhecimento e início de algo novo.

    Man

    Os poderes ocultos. Proteção contra os males. Desafios, reunião, amparo. Saber lidar com o que se sente, encontrar a verdade interior.

         

    Esse

    Equilíbrio físico, emocional. Força solar, produzir, planejar. Seguir em frente para construir algo valorizando a todos e que todos colham frutos.

       

    Tyr

    Derivado do deus da guerra, por isso há batalhas, favorece o discernimento. Força de vontade e paciência, sacrifícios e despertar da consciência.

     

    Bar

    A transformação, o regresso ao divino, a origem, crescimento, metas definidas para o alcance dos objetivos reais.

       

    Eme

    A esperança, a redenção, não temer o novo, deixar as coisas do passado para trás. Ascensão, tempo de transição. Atenção aos fatos novos.

       

    Mannaz

    Humildade, memórias de sonhos revelados, autoconhecimento. Interiorização. Meditação profunda e maior conhecimento do EU superior.

       

    Laf

    A misericórdia divina age. A graça conseguida, fluência. O homem sábio sabe discernir entre imaginação e realidade.

       

    Inguz

    Perda do medo, coragem, bravura, memória racional, intuição. Novo tempo de esperança e realizações. Cuidado com desperdício de energias.

       

    Dorn

    Alteração das situações, resultados surpreendentes, milagres, fenômenos. A roda gira trazendo para você perspectivas sólidas.

            

    OS

    Conservação; neste momento nada de mudar, espere um pouco, adaptação ao que está aqui e agora, reavaliação de valores, equilíbrio familiar.

     

    4. A FORÇA MAGNÉTICA DAS PIRÂMIDES

    Ninguém até hoje conseguiu desvendar os mistérios das pirâmides. De acordo com estudiosos foram construídas as pirâmides, em, provavelmente, 2200 a. C. e como foram feitas, como transportaram aquelas pedras de um lugar tão longe, continua sendo uma indagação. Faraós, escravos, matemáticos, todos juntos por dezenas de anos construíram as pirâmides?

    Há uma versão constante no livre “Projeto Y – série jardineiros do universo”, autor ANANKEN – pode ser pseudônimo – página 77, sobre a construção da Pirâmide de Quéop e da Esfinge, atribuindo a seres planetármanente.eogride  Napole da sabedoria, e ao nr                     ope e da Esfinge, atribuindo a seres planetstruiramas de um lugar tao cance dos objetivos reais. . ssionarios s vikings  at    ários da décima terceira Galáxia Central da Constelação de Sirius, comandados pelo engenheiro espacial GINVIHZNA. Para este autor, a grande pirâmide e a esfinge são emissoras de radiações para guiarem naves espaciais. A estes seres também se atribuem a construção de outros grandes monumentos, como as pirâmides da América do Sul.

            Muitos estudiosos de pirâmides divergem em suas pesquisas: como foram feitas, para que, sua finalidade, funerária, ou não.

    Há os que afirmam que o sarcófago que existia na “Câmara do Rei” não era uma urna funerária e sim uma prova de resistência para o jovem que ia ser o novo faraó. Vamos estudar o que se diz sobre as pirâmides as “Sete chaves de Isis”, nome que se dá ao processo interpretativo, em homenagem a Isis, deusa da sabedoria, e ao número “Sete” que na cabala representa “o triunfo do espírito sobre a matéria”. São as chaves: Geográfica Astronômica, Geométrica, Hemerológica, Historiosófica, Alquímica e Metafísica.

     

    A chave geográfica

    A grande pirâmide está localizada num ponto de convergência dos raios de um leque constituído pelo baixo Egito sobre um arco de 90º, é colocada no centro físico do delta. Do relatório feito pelos sábios franceses do instituto do Egito, criado por Napoleão Bonaparte, foi o meridiano da grande pirâmide o eleito para o zero de longitude. Aqueles sábios afirmavam que para as coordenadas geográficas essa devia ser a norma permanente. A verdade telúrica foi desprezada e a posição geográfica da grande pirâmide não foi considerada.

    A chave astronômica

    Na época do reinado dos faraós de Tebas, os edifícios eram construídos sem levar em conta os ângulos em relação aos pontos cardeais da Terra. Na Babilônia e Assíria, as quinas dos monumentos eram em uma ou outra direção, mas na grande pirâmide os pontos cardeais, isto é, fazem face exatamente a Leste, a Oeste, ao Norte e ao Sul. A entrada da grande pirâmide fica voltada para o Norte.

    A chave geométrica

    São inúmeras as mensagens geométricas fornecidas pela grande pirâmide. Vamos destacar só “a razão Pi (3,1416) que se acha incorporada à estrutura, “a relação entre o diâmetro e a circunferência”.

    A chave hemerológica

    A hemerologia trata de estabelecer a concordância a respeito dos calendários, sendo uma arte o adaptar uma data do calendário juliano à sua equivalente do calendário gregoriano.

    Hoje, sabe-se que esta fração é 342/1000. Os sábios pré-faraônicos conheciam o tema, pois a grande pirâmide revela: o comprimento da ante câmara que precede a peça denominada câmara do rei, multiplicada pelo já dito e conhecido “PI (3,1416)” dá exatamente 365,342 polegadas sagradas: o número de dias que compõem um ano.

    A chave historiosófica

    Segundo esta visão, a humanidade está sempre em conflito entre trevas e luz, mas invariavelmente a luz prevalece porque é mais forte. Há pontos na grande pirâmide que seriam marcas de datas importantes da humanidade, mas que a paz vence sempre.

    A chave alquímica

    Alquimia sempre fascinou a humanidade, o aspecto da transformação do metal em ouro. Aqui a alquimia tem um tríplice aspecto: terrestre, humano e cósmico, aspecto aliás relacionado respectivamente à trilogia: matéria, alma e espírito.

    A alquimia da grande pirâmide abarca esses três mundos, quanto no físico sintoniza uma “força” que é detectada pela sua própria “forma geométrica”, quanto do psíquico aprimora a alma; e no espírito, porque fornece ao homem que a compreende, na sua arquitetura inspirada pelos “deuses” uma sintonia com a verdade cósmica.

    A chave metafísica

    Metafísica é o termo utilizado pela primeira vez por Andrônico de Rodes, referindo-se aos livros de Aristóteles que foram posteriores aos que tratam de física. A meta é a essência das coisas, mas o seu significado varia: ora diz respeito ao que está fora de nossos sentidos, como o conceito de Deus; ora indica o estudo das coisas em si mesmas. Metafísica é o conhecimento absoluto obtido pela intuição e não pela razão.

    Neste mundo de energia, estudamos as radiações das pirâmides como um “projetar-se além” do âmbito da ciência. Jacques Bergier, cientista respeitado afirma: “A forma piramidal modifica o espaço e concentra radiações”.

    Raymond Abello, cientista e escritor, publicou várias obras, entre elas “La Bible – Document Chiffré” editora Gallimard, 1950, Paris, onde metafisicamente restituiu as chaves da ciência numeral secreta. Fez experimentos e constatou que os campos eletromagnéticos, de fraca intensidade, delimitados num quadrado ou nas arestas de um cubo, aceleram todos os processos químicos e biológicos. E essas observações leva-nos a considerar a espantosa sêxtupla polarização da esfera.

    Conclui-se que as energias não se condicionam dentro das leis quantitativas da física clássica, e, se não se condicionam, mas operam, são apreciáveis nesta faixa de realidades pouco conhecidas, que são “a realização de possibilidade daquilo que parece impossível”. No dizer de Arthur Koestler, autor do livro “Do zero ao infinito” e outra obra “As razões de coincidência” (Editora Nova Fronteira, 1972, Rio de Janeiro), na folha 48 diz: “Uma vez chegado ao nível atômico, o mundo objetivo do espaço e do tempo deixa de existir, e os símbolos matemáticos da física teórica, referem-se meramente a possibilidades, não a fatos”.

    As energias das formas são comprovadas, importa em estudá-las e aproveitá-las.

     

     

    5. RESULTADOS

    É importante quando se trabalha com as formas, ter-se consciência que elas transmitem informações, recados, de nosso inconsciente para o consciente.

    Na busca pelo equilíbrio tanto pessoal como ambiental, vamos nos utilizando de técnicas visto que, tudo em todo tempo e lugar, aqui incluindo as pessoas, tende ao desequilíbrio.

    Neste estudo nosso, estamos nos utilizando das formas geométricas, das runas e das pirâmides. Para um conjunto de trinta pessoas dividias em três grupos de dez estudadas, o resultado foi o que se segue:

    1. Dez pessoas conseguiram eliminar o que lhes causava desconforto físico ao se colocar uma runa em seu local de repouso por vinte dias e na sua ficha de cliente;
    2. Dez pessoas se sentiram mais dispostas ao trabalho e atividades tendo seu nome inscrito dentro de uma figura geométrica;
    3. Dez pessoas conseguiram sentir-se mais ágeis e inspiradas ao se colocar uma pirâmide de fio de cobre em sua cabeça por uma hora;
    4. Nenhuma pessoa deixou de apresentar alguma reação positiva aos experimentos;
    5. Nos mapas houve equilíbrio geobiológico com as runas e formas geométricas. Vamos comprovando, assim, o valor das formas geométricas, das runas e das pirâmides.

    6. DISCUSSÃO

    No nosso dia-a-dia, trabalhando como Terapeutas Holísticos, vemos que o equilíbrio deve ser uma meta a ser alcançada, mas que a maior parte do povo acostumou-se a ser infeliz e o que é pior, a cultivar esta infelicidade porque não se dá conta que ele é o agente transformador de sua vida em ação.

    Cabe ao terapeuta, com suas técnicas despertar a vontade daquele ou daquela que está diante dele, de melhorar e ser feliz.

            Vejamos o pensamento de um grande filósofo e inteligência privilegiada, Aristóteles, que afirmava: “A felicidade é um fim em si, a única coisa que vale a pena ser atingida na vida humana. A felicidade é, então, a melhor, a mais nobre e a mais agradável coisa do mundo”, diz ele em sua Ética. Se você não está tão feliz como gostaria, então, talvez a sabedoria de Aristóteles possa ajudar. Aristóteles acreditava firmemente na noção de propósito: todos têm um propósito na vida, e a felicidade duradoura vem atrás de sua realização. Todos possuem capacidade e talento e, quando os cultivamos virtuosamente, ficamos realizados. É também o dever da família, e responsabilidade do governo, criar ambientes que conduzam ao cultivo da excelência e à prática da virtude

    a qual “precisa de bens externos, igualmente, porque é impossível, ou difícil, agir nobremente sem o equipamento adequado”.

            Famílias desajustadas, culturas disfuncionais e regimes despóticos são profundamente não-aristotélicos, assim como as crenças que sacrificam o potencial real desta vida para a recompensa incerta ou esquecimento da próxima.

            Aristóteles advoga o uso da razão para nos guiar até a felicidade, que é possível nesta vida. Sua ética nos ensina a reconhecer e a evitar os extremos, porque são os extremos ou nosso desejo por extremos, que sempre causam a infelicidade.

    Não comer suficientemente o tornará fraco, infeliz e prematuramente morto, ao passo que comer em demasia fará com que você fique acima do peso, infeliz e morra prematuramente. O que é verdadeiro para a comida também é verdadeiro para o trabalho, para o dinheiro, para o sexo e para quase todo o resto que as pessoas perseguem produzem ou consomem no curso normal de suas vidas. Os extremos também valem para dosar a temperança, a coragem e as outras virtudes. Aristóteles nos ensina a encontrar o equilíbrio entre a escassez e o excesso, um caminho do meio, entre o insuficiente e o excessivo. A felicidade duradoura surge da descoberta e da manutenção desse equilíbrio que é a “proporção de ouro”, ao passo que a infelicidade é um produto de aventurar-se muito longe em direção a qualquer dos extremos.

            No mundo há desigualdades sociais que levam ao sofrimento, mas e nos países desenvolvidos ou socialistas não há sofrimentos? Estamos fora da ordem global que leva à felicidade?

            Segundo Aristóteles, pela razão conseguiremos resolver nossos problemas humanos porque teremos seguido uma reta proporção.

            A pessoa humana é muito mais do que simples razão, é sentimento, emoção, alma, psiquê, energia, mas neste estudo nós nos utilizamos das formas geométricas para trazerem para a pessoa humana o que elas podem transmitir de bom, porque se utilizarmos estas energias positivas vamos aumentando as faces da felicidade em nós e nos outros e, consequentemente, por irradiação no mundo, antes proporcionalmente equilibrado e hoje confusamente desorganizado pela ação humana que, a cada dia, deve se conscientizar para a construção do melhor.

    7. CONCLUSÃO

            O mundo do conhecimento é vasto e impossível de ser alcançado, só temos uns vislumbres de alguma parte, porque nossa racionalidade é pequena e equivocada.

            No meio deste caminhar, deparei-me com as ENERGIAS DAS FORMAS que nos transmitem alguma coisa além das aparências. É um círculo que isola e protege, é um quadrado que afasta e imuniza.

            Pesquisando sobre RUNAS, formas usadas desde antigamente pelos povos anglo-saxões descobri que elas nos transmitem muitas mensagens que podem nos guiar naquele momento e também podem melhorar a energia daquele cliente que está por perto de nós.

            Há vários modos de se consultar as RUNAS:

    1. Pode ser colocando uma RUNA escolhida para a pessoa através  do pêndulo;
    2. Tirar uma ou três RUNAS em resposta a uma pergunta;
    3. Colocar uma RUNA no aposento por um determinado tempo citado pelo pêndulo;
    4. Usar uma RUNA no carro para proteção;
    5. Ou outro modo que você quiser, sempre para o bem.

    Quanto à PIRÂMIDE, esta é uma forma perfeita de geometria. Também nos transmite boas vibrações. É impressionante como faz a pessoa sentir-se bem colocando uma pirâmide de cobre – de proporções certas – na cabeça por um tempo. As formas geométricas, as RUNAS, as Pirâmides são auxiliadoras na nossa ARTE DE TERAPEUTAS incansáveis em busca do equilíbrio melhor de se viver.

    Para Aristóteles, tudo deve estar dentro da geometria da proporcionalidade, tudo está dentro de uma proporção geométrica, inclusive a beleza. Para ele, á uma questão de proporção. As pessoas que se submetem à cirurgia plástica para melhorar seu “visual” estão ajustando as proporções de algum traço para melhorar a proporção geral de seu rosto. Segundo Aristóteles, a fé e a razão, ajudando a pessoa na prática da virtude, proporcionam à pessoa um tipo de felicidade sustentável que não pode ser tirada e a pessoa se sente realizada. Realizada e feliz.

    É muito gratificante estudar as formas geométricas, as pirâmides e as Runas, pois vemos que sempre há algo a ser acrescentado na nossa busca pela melhoria progressiva da direção da vida em busca deste desejável equilíbrio.

    “A verdadeira viagem de descoberta consiste em não procurar novas paisagens, mas em ter novos olhos” (Marcel Proust).

    8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    BLUM, R. O Livro de Runas. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1994.

    CARDILLO, E. A Energia da Forma. São Paulo: Editora Aquarius, 1992.

    Disponível em < http://www.gnosisonline.org/magia-cosmica/runas-a-danca-cosmica-dos-deuses> Acesso em 18 mai 2012.

    GIMBEL, T. Forma, Som, Cor e Cura. São Paulo: Editora Pensamento, 1997.

    MARINOFF, L. O Caminho do meio. Rio de Janeiro: Editora Record, 2008.

    SAEVARIUS,E. Manual teórico e prático de radiestesia. São Paulo: Editora Pensamento, 2005.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758
    Última atualização: 31/07/2012 10:45


    Aromagia - O Poder Secreto Dos Aromas

    AROMAGIA

    O PODER SECRETO DOS AROMAS

    Celi Aparecida Coutinho

    Terapeuta Holistica.

    CRT 21270

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2012.

    SUMÁRIO

    Introdução.

    Metodologia.

    Material.

    Perfumes astrológicos.

    Estudos dos Elementos na Aromagia

    O 4 Elementos Sutis.

    Quíron – O sinalizador das feridas.

    Quíron nas casas e nas constelações.

    Característica da numerologia.

    Tabela de aromas para numerologia.

    Perfume Talismã.

    Tabela simplificada para criação de um perfume.

    Método

    Conclusão

    Bibliografia.

    Introdução

            O objetivo desta apresentação não é falar especificamente de aromaterapia, pois no meio holístico, poucos não dominam esta técnica.

            O meu objetivo é acrescentar o uso mágico dos aromas no intuito de equilibrar o aspecto vibratório de uma pessoa através do seu mapa de nascimento, astrológico, numerológico ou ambos.

            Para se manter um bom equilíbrio, podemos nos basear nos aspectos astrológicos criando fórmulas que poderá ser utilizado como PERFUME PESSOAL. Sendo então uma composição alquímica totalmente personalizada.

            O ato de equilibrar um padrão vibratório dentro dos aspectos de um mapa astrológico e numerológico pode-se denominar de Aromagia.

    ”Eis o poder secreto dos aromas”.

            Porque a ação vai ocorrer através da composição alquímica criada em aspectos desarmônicos ou para ressaltar qualidades até então desconhecidas de forma consciente, mas que se é sabido ser inerente ao portador de uma carta natal, trabalhando através da mudança vibracional e isto é uma magia de alto poder de resolução efetiva.

            Aqui apresento os elementos dos aspectos astrológicos, com ênfase em Quíron e nos elementos no propósito de ir direto ao equilíbrio do ser levando-o a curar suas feridas, com a experiência aplicativo, percebo que o cliente ao utilizar um Perfume pessoal baseado em primeiro momento no aspecto do Quíron no mapa ele ganha uma consciência de si muito rápido, permitindo facilmente a ação através de outras ferramentas dentro da Terapia holística, principalmente no cunho da psicoterapia holística.

    Celi Coutinho.

    Metodologia

            Antes de seguirmos adiante no aprendizado em confeccionar um perfume com o objetivo da aromagia, precisamos conhecer os elementos por onde ocorrerão à base da criação de uma alquimia pessoal – denominado perfume Talismã, ou perfume astrológico. Ou as poções mágicas aromáticas.

            Vejamos uma breve análise sobre cada um dos elementos, elaborada por mim, por base em estudos sobre Hermetismo, ao longo de 20 anos. Tal síntese será apresentada em uma seqüência ordenada de tal forma, que possa sintetizar, da melhor maneira possível, a natureza dos elementos de acordo com uma ideologia magística, ou seja, como princípio de transformação de um estado vibratório em desequilíbrio, para então equilibrado e consciente. Assim, poderemos obter uma visão mais ampla e maior compreensão, acerca dos nossos processos criativos interiores em suas diversas fases:

    Material

            Saliento que as explicações são resumidas indo de encontro com a necessidade de explanar como é executada a escolha de um conteúdo num mapa astrológico e ou numerológico para concluir um produto alquímico aromático.
            Aconselho aprofundar em cada elemento através de cursos e leituras dos temas aqui apresentados.

    PERFUMES ASTROLÓGICOS

            Os perfumes astrológicos trazem aos nativos, equilíbrio humoral permitindo-lhe atuar e usar o máximo de possibilidades que lhe é dada ao nascer em seu mapa natal.

            Para achar uma base de perfume conveniente a um determinado temperamento sem agir por tateamento. Esta base de perfume deverá ser constituída pelo MAPA NATAL do indivíduo utilizando o quadro essência regente dos planetas que no mapa encontra-se em desarmonia para representar a composição. Devemos observar, por exemplo, que um aroma do signo de Áries é conseqüentemente também do planeta Marte, e que um aroma do signo de Touro é o mesmo para o planeta Vênus, e assim por diante.

            Para fazer a sua base, você parte de um odor que mais lhe agrade, mas que seja atuante do seu signo solar, consultando você mesmo qual é o tipo constituinte, revelado em seu MAPA NATAL.

            Observando que terás vários tipos de aromas para escolher, deve-se estar atento na escolha dos mesmos para executar uma composição equilibrada para o buquê ser agradável.    

            Pode-se usar a essência pelo signo regente, pelo signo ascendente, pela a lua, pelos planetas e signos conflitantes ou pelos desequilíbrios apresentados.
            Através da elaboração de um perfume baseado no Mapa Natal astrológico ou numerológico é que se obtém o verdadeiro Perfume Talismã.

    Estudos dos Elementos na Aromagia

            Na Aromagia não é necessário interpretar exatamente um mapa e sim saber localizar questões aflitivas e utilizar-se da escolha do aroma regente para diminuir aspectos negativos e ou exaltar um determinado aspecto desconhecido ao consulente até então.

            Claro que aconselho o aluno se dedicar em aprofundar no assunto astrologia e numerologia para que cada vez mais possa conhecer o seu cliente em questão para confeccionar um bom talismã aromático e ou perfume pessoal.

            Segue separadamente a explicação breve de cada aspecto astrológico e numerológico para a composição adequada da aromagia.

    Áries

    Os perfumes de Áries são de natureza viril, ardente e masculino.

    Aromas de Marte: cedro, cereja, mirra, bergamota, limão, cravo, lavanda, narciso.

    Aromas de Áries: bergamota, alecrim, canela, limão, almíscar, alecrim, rosa, gerânio, verbena.

    TOURO

    Os perfumes de Touro são naturalmente receptivos e femininos. Eles tendem fixar as coisas e materializar os desejos.

    Aromas de Vênus: rosa, cravo, limão, verbena.

    Aromas de Touro: anis, jasmim, lilás, magnólia.

    GÊMEOS

    Os perfumes de Gêmeos são naturalmente: quente, masculino, afetivo e doce.

    Aromas de Mercúrio: acácia, canela, gardênia, jasmim, lavanda, magnólia, vetiver, mangerona, junquilho, madressilva.    

    Aromas de Gêmeos: alfazema, jacinto, mirra, narciso, tuberosa.

    CÂNCER

    Os perfumes de Câncer inclinam à passividade e a indiferença, é feminino, frio e receptivo.

    Aromas da Lua: âmbar, lilás, lírio, néroli, patchouly, rosa.

    Aromas de Câncer: acácia, néroli, lírio, junquilho.

    LEÃO

    Os perfumes de Leão são os perfumes de natureza viril, quente, emitente e masculino. Eles tendem a melhorar a relação entre sexos opostos. Refreiam os excessos físicos e morais. Eles contribuem a obter paciência para realizar suas ambições.

    Aromas do Sol: heliotrópio, jacinto, melissa, alecrim, sândalo, mangerona.

    Aromas de Leão: âmbar, cedro, cravo, mimosa, lavanda.

    VIRGEM

    São perfumes que agem sobre o tônus nervoso, por isso, elevam a moral, dando sensação de confiança em si mesmo.

    Aromas de Mercúrio: acácia, anis, cravo-da-índia, gardênia, jasmim, lavanda, magnólia, vetiver, junquilho.

    Aromas de Virgem: gardênia, cravo-da-índia, heliotrópio, rosa.

    LIBRA

    Os perfumes de Libra são de natureza equilibrada, quente, positivo e afetivo.

    Aromas de Vênus: rosa, cravo-da-índia, limão, verbena, gerânio.

    Aromas de Libra: benjoim, canela, gerânio, musk, rosa, lírio do vale, madressilva.

    ESCORPIÃO

    Os perfumes de Escorpião são naturalmente feminino, passivos, defensivos. Eles tendem a eliminar a energia de violência e as contrariedades da sorte

    Perfumes de Marte: bergamota, canela, cedro, limão, menta, mirra, narciso, cravo-da-índia.

    Aromas de Plutão: cipreste, urze, magnólia

    Aromas de Escorpião: melissa, cravo-da-índia, lima, mangerona.

    SAGITÁRIO

    Os perfumes de Sagitário são de natureza fecunda e vital, são emitentes e masculinos.

    Aromas de Júpiter: cedro, couro-da-Rússia, kourus, olíbano, tuberosa, lírio do vale, capim cheiroso.

    Aromas de Sagitário: lavanda, musgo de carvalho, orquídea, violeta, mangerona.

    CAPRICÓRNIO

    Os perfumes de Capricórnio são naturalmente receptivos e passivos. Eles são antídotos contra a inquietude, ansiedade e desencorajamento.

    Aromas de Saturno: pinho, âmbar, benjoim, gerânio, cravo-da-índia, musgo de carvalho, musk, orquídea, violeta, agulhas de pinho.

    Aromas de Capricórnio: Cravo-da-índia, cedro, couro da Russia, kourus sândalo, olíbano, angélica.

    AQUÁRIO

    Os perfumes de aquário são de natureza masculina e ativa.

    Aromas de Urano: âmbar, cravo-da-índia, musgo de carvalho, sândalo

    Aromas  de Aquário: patchouly, vetiver, mangerona.

     

    PEIXES

    Os perfumes de Peixe são de natureza instintiva (estômago), feminino e fecundo. Fixam os desejos, aumentam a praticidade e habilidade para estudos e negócios.

    Aromas de Netuno: Imortalle.

    Aromas de Peixes: agulhas de pinho, menta, resedá, olíbano.

    O 4 Elementos Sutis

    Os estudos das forças ocultas da natureza, presente nos quatro elementos e seus elementais, são comuns a todas as culturas, por tratar-se de uma necessidade latente do ser humano. A Iniciação Hermética, quase sempre, têm início com base nos quatro elementos grosseiros da natureza: ar, terra, fogo e água. A partir de uma evolução interior, o iniciado passa a estudar os quatro elementos em sua forma mais sutil, através de uma analogia entre o material tangível e o abstrato, psíquico ou espiritual.

            Tal síntese será apresentada em uma seqüência ordenada de tal forma, que possa sintetizar, da melhor maneira possível, a natureza dos elementos de acordo com a ideologia magística proposta.

    Ao elemento AR corresponde à função do PENSAMENTO.

            A ênfase reside em teorias e idéias, na relação entre os fatos, na capacidade de abstrair, de comunicar e de se relacionar mentalmente com algo ou alguém.

    Os signos regidos por esse elemento examinam o seu comportamento e dos que os cercam, buscando a compreensão mental.

    GÊMEOS: um vento “leve” sem direção definida - os primeiros contatos, o relacionamento com o meio mais próximo.

    LIBRA: um vento “dirigido” - os contatos escolhidos, as relações sociais.
    AQUÁRIO: o ar dos cumes - idealismo, progresso, a relação global (além fronteiras)
    Pense no
    ar: espalha-se, está presente em toda parte, é o mais leve dos elementos, liga as coisas da terra (todos os seres respiram o mesmo ar, que está em constante movimento sobre a terra).

            O excesso de ar gera alguém “fora do ar”, isto é, excessivamente abstrato e pouco prático. Pode haver dificuldade de lidar com sentimentos, pois a concentração está no lado racional da vida. Outras características são: sistema nervoso frágil, facilmente abalável, ansiedade na comunicação, possíveis tiques nervosos.
            A
    falta de ar pode gerar: irreflexão, dificuldade em se entender e relacionar com os outros, dificuldade em se ajustar a pessoas e coisas novas ou diferentes, pode haver problemas de articulação, comunicação e expressão verbal.

            As pessoas de ar são rápidas e animadas. Usam as suas energias de formas muito variadas. Têm tendência para intelectualizar os seus sentimentos e expectativas.

    Ao elemento ÁGUA corresponde à função do SENTIMENTO.

            A água percebe as coisas via emocional. O importante é o sentimento despertado por uma pessoa, objeto ou situação. É a subjetividade, o instinto, a intimidade, a imaginação, o sonho, a mediunidade, a profundidade.
            
    CÂNCER é a água primordial das fontes que protege a prole (instinto de proteger o que é frágil): sensibilidade, imaginação.

            ESCORPIÃO é a água dos pântanos, a água que “dorme”: mistério, transformação, magnetismo.

            PEIXES é a água dos oceanos, nos quais todos os rios vêm fundir-se: osmose, empatia.

            Pense na água: é moldável, não tem forma definida, flui, jorra, remete-nos a algo interior.

            O excesso de água gera sensibilidade exagerada, suscetibilidade psíquica e emocional, emoções à flor da pele, carências, medos, apreensões, inseguranças. Também uma intensa vida interior com fantasia, imaginação e criatividade, que, no entanto, deve ser canalizada positivamente.

            A falta de água pode ocasionar dificuldade em admitir e expressar sentimentos e emoções, desconfiança de intuições e da vida interior.

            As pessoas com uma forte ênfase do elemento água são sentimentais e muito sensíveis. As suas capacidades emocionais e imaginativas são profundas e ricas.  

    Ao elemento TERRA corresponde a SENSAÇÃO.

            O que pode ser captado através dos sentidos. A idéia central é perceber o que está visível (conhece e acredita naquilo que vê!), desfrutar dos prazeres que o mundo físico proporciona.

    TOURO é a fase de crescimento individual, de absorver e acumular, fazer crescer.
    É a terra fértil, estabilidade, sensualidade.

    VIRGEM é a terra ceifada, utilizada: estruturação, seleção e aperfeiçoamento.
    CAPRICÓRNIO é a terra despojada, mas contendo o germe da vida: reflexão, paciência, construção, organização, crescimento social.

            As pessoas de terra reagem silenciosa e lentamente. Elas empenham-se com "endurance". Emocionalmente elas são fortemente enraizadas e lentas na mudança. 

    O excesso de terra num mapa sinaliza uma grande preocupação com coisas material e concreta, dificuldade de mudar, inflexibilidade, utilitarismo, dificuldade de lidar com pensamentos abstratos, conceitos e teorias, pois tudo tem uma conotação muito concreta. Pode gerar também excesso de rotina, possessividade, teimosia, avareza ou obsessão pelo trabalho.

    A falta de terra provoca dificuldade em lidar com o mundo material e concreto. A pessoa pode ser muito sonhadora, mas pouco prática. A falta desse elemento pode ocasionar problemas para alcançar estabilidade, pois falta o “pé no chão”. Pode haver dificuldade de prover as necessidades físicas e de sobrevivência.

    Ao elemento FOGO corresponde a INTUIÇÃO.

    Conceitos como futuro, possibilidades, dinamismo, energia, ação faz parte do universo dos signos regidos por este elemento.

    O excesso do elemento fogo no mapa pode gerar: orgulho, arrogância, autoritarismo, impaciência, impulsividade, imediatismo, egoísmo, excessiva autoconfiança.

    ÁRIES é o fogo inicial, a faísca da vida que incendeia o que estiver ao redor, entusiasmo, impulso.

    LEÃO é o fogo no auge de seu poder: força, autoridade.
    SAGITÁRIO é o fogo dominado, utilizado: o conhecimento, a expansão de horizontes.

            As pessoas com uma ênfase forte do elemento de fogo são espontâneas e impulsivas e usam as suas energias com todo o entusiasmo. A sua resposta emocional é rápida e têm uma imaginação muito viva.

    A falta do fogo gera uma diminuição no nível de ação e entusiasmo perante a vida. A pessoa necessitará ser estimulada para agir, pois tende a faltar-lhe iniciativa, otimismo e alegria. Pode haver também medo de desafios. Pense no fogo e nas qualidades que ele emana: calor, energia, paixão.

    .

    Quíron o sinalizador das feridas

            Além dos dez planetas "clássicos" cuja importância é reconhecida por todos os astrólogos, Quíron no mapa retrata a marca especial de heroísmo e de ajuda.

            Quíron (rei dos centauros) situado entre as órbitas de Saturno e Urano, só foi avistado em 1.977.

            Trata-se de um planetóide que leva entre 50 e 51 anos para fazer sua órbita ao redor do sol. Sua órbita elíptica faz com que ele tenha uma duração variável de tempo em cada signo. Quíron permanece em Libra não mais que 18 meses, enquanto em Áries permanece por 8 anos. Alguns astrólogos consideram Quíron o regente de Virgem, enquanto outros optam por Sagitário.

            Quiron representa “O Curador”

    “O Agressor” - “O Ferido”

    A independência filosófica - A compaixão diante do sofrimento.

            O processo de aprendizagem para chegarmos a confiar no Mestre ou Guia Interno.

            O fenômeno cultural mais ligado com a descoberta de Quíron é a "Nova Era”. Conta à história mitológica que Quíron foi ferido em uma briga com os centauros selvagens para interromperam o seu casamento. O casamento é uma metáfora para a união interior de sentir-se completo, onde as partes de nós mesmos se casam em harmonia. Nossa capacidade de obter tudo o que podemos Ser é interrompido constantemente por nossos próprios demônios, os centauros selvagens dentro de nós que causaram as cicatrizes da dor não resolvida.

            Quíron representa a necessidade de fundir os opostos dentro de si mesmo para se conseguir a plenitude. A ferida cultural é a divisão entre os instintos e intelecto, representado pelo o mítico centauro - metade homem e metade cavalo.

            Em um mapa de nascimento, o aspecto astrológico representado por Quíron é o ponto onde demarca a velha dor que ao ser transmutado o indivíduo toma para si o domínio de uma lição que vem em muitas vidas certamente para assimilar. A dor é o nosso professor, porque nela está a chave para a nossa cura. Cada um de nós tem um trabalho para curar nossas próprias feridas, para que possamos aprender uns com os outros. Então, muitas vezes, onde ocorre a ferida maior.

            Quíron era um herbalista e um grande cirurgião, mas ele não podia curar a si mesmo.

    QUÍRON NAS CASAS E NAS CONSTELAÇÕES

    As Casas onde está Quíron é o setor da vida do Indivíduo que está como palco, para que as personalidades (internas e externas) formem a cena catalisadora do agressor, do ferido, do curador.

    1a. Casa - Iniciativa, Objetividade, Ação apropriadas.

    2a. Casa - Valorização das prioridades, apropriadas aquisição, manutenção e conservação dos bens.

    3a. Casa - Comunicação, Expressão, pensamento, linguagem, relações e aprendizado apropriados.

    4a. Casa - Vínculos emocionais e atitudes apropriadas em relação à família

    5a. Casa - Forma adequada de auto-expressão criativa, de relacionar-se afetivamente, de gerar filhos, de educá-los e de expandir sua criatividade.

    6a. Casa - Forma adequada de prestar serviços a terceiros e o devido respeito ao seu corpo.

    7a. Casa - Relacionamentos, sociedades, parcerias e casamento com pessoas certas.

    8a. Casa - Atitude apropriada em relação às finanças dos outros sob seus cuidados, em relação à sua própria morte e à sexualidade.

    9a. Casa - Atitude oportuna com senso-social diante de suas capacidades, que devem servir para orientação da comunidade.

    10a. Casa - Responsabilidade social, Maturidade para ação direta sobre a sociedade.

    11a. Casa – Plasmar os Ideais e Amizades apropriadas.

    12a. Casa - Renúncia apropriada.

    Quíron e os Signos

            As Constelações em suas designações negativas são as vicissitudes, as fraquezas, os erros, a doença, o “mal”, o ofensor, em si ou contra si.

             Em suas designações positivas são os princípios pelos quais se ocorrerá à cura a si e aos demais.

    Quíron em Áries sempre tenderá acreditar que deve fazer tudo sozinho, sem pedir ajuda dos demais. Podem advir temores profundos de expressar o que deseja, e em alguns casos pode até deliberar o desejo de morrer.

    Quíron em Touro - Ponderação, ritmo, edificações.Tem uma certa tendência a se sentir insegura(o) e vulnerável. A busca de solidez é tão grande que se apega às pessoas da mesma forma que aos bens.

    Quíron em Gêmeos - Em geral tem grande dificuldade de expressar seus sentimentos mais profundos, mas tende a exprimir com clareza temas polêmicos.

    Quíron em Câncer - predispõe à identificação excessiva com o pai, seja para negá-lo ou para deificá-lo.

            

    Quíron em Leão - querem mostrar para o mundo sua importância fazendo com que os filhos sigam as carreiras que eles desejaram para si e não conseguiram.

    Quíron em Virgem - consiste em aprender a aceitar também o que são imperfeitos, feridos, feios ou sujos.

    Quíron em Libra - tende a não manifestar suas emoções e seus pensamentos com medo de que possam ferir os demais.

    Quíron em Escorpião - leva o Nativo a passar por experiências que o coloca em contacto com tragédias e com a morte. Há feridas também na área da sexualidade

    Quíron em Sagitário -. Com freqüência a mulher com Quíron nesse posicionamento é detentora de uma forma de sabedoria natural que ultrapassa aquela que é própria de sua idade, aquela predominante na maioria das mulheres.

    Quíron em Capricórnio - Existem muitos conflitos com pessoas de autoridade. Existe a tendência em abraçar responsabilidades que não são do indivíduo, para fugir à luta que representa o arcar com seus próprios problemas, principalmente os materiais.

            A ferida também pode estar relacionada com o pai pessoal.        O pai ou a mãe pode desempenhar um papel importante na conduta dos nascidos com Quíron em Capricórnio.

    Quíron em Aquário - tem dificuldade em aceitar as responsabilidades necessárias na conquista de liberdade e esta liberdade não se agrega a qualquer ação positiva, útil, ou ainda pela luta por qualquer valor atemporal.

            As mulheres com esta posição podem ter tido pais que tem tais características; frios, distantes, críticos, insensíveis ou autoritários.

    Quíron em Peixes -a pessoa poderá ter amores platônicos e consumir-se em ardentes paixões por artistas ou personagens inalcançáveis, ou com pessoas casadas, de tal forma que o desejo seja irrealizável.

            

    ASPECTOS: O posicionamento de Quíron no Tema Natal mostra a área de vida em que a busca pelo alívio de qualquer sofrimento de fato, ou a busca pelo alívio de algum sofrimento que possa vir, tem mais probabilidade de ocorrer de modo particularmente intenso. Quíron estará mostrando ali os valores pelos quais deverá se pautar em seu relativo livre-arbítrio.

    Quíron / Sol: A ferida do Sol caracteriza em anular a autocriatividade.

    Representa a ferida do pai. Medo da própria criatividade. Sentindo-se traído ou ferido pelo princípio paternal. Curar a Ferida: Utilizar os aromas do sol.

    Quíron / Lua: A mãe está ferida. O medo da vulnerabilidade. A ferida emocional. Levando experimentar ou ter empatia com a dor da mãe Sentindo-se traído ou rejeitado pelo princípio mãe. Curar a Ferida: Usar aromas da Lua e dos signos em que está o Quíron.

    Quíron / Mercúrio: A comunicação está ferida. Sentindo-se incompreendido e não consegue se comunicar. Curar a Ferida: Aromas de Mercúrio e do signo da casa onde está aspectado.

    Quíron / Vênus: A ferida está na área dos relacionamentos. Ferido no amor ou ferindo outros em amor. Sentir-se amado. Uma ferida para o coração. Curar a Ferida: usar os aromas de Vênus e do signo da casa em questão.

    Quíron / Marte: A ferida está em torno da expressão da identidade, a sexualidade física, energia, raiva e agressão. Extremos de energia. Hiperatividade. Assumir a raiva dos outros. Sobrevivente ou perpetuador de violência. Curar a Ferida: Usar o aroma de marte e do signo da casa no qual está aspectado.

    Quiron / Júpiter: A ferida para o sistema de crenças. O professor ferido. O medo de compartilhar o conhecimento de cada um. Inquietação interior profundo. Zelo missionário. Dogmatismo religioso. O medo de ser feliz / infeliz. Crise de fé.
    Cura a Ferida: Usar o aroma de Júpiter de do signo da casa em está aspectado.

    Quíron / Saturno:         A ferida com um senso de realização, estrutura e confiança. O medo de seu poder. O medo de tomar um lugar no mundo. O pai está ferido. Medos internos e rigidez. Seriedade e insegurança.

    Curar a Ferida: Usar o aroma d Saturno e do signo da casa em que está aspectado.

    CARACTERISTICA DA NUMEROLOGIA.

                     O nome e data de nascimento estão de certo modo conectados com o ser interno de forma tão profundo que a mente racional não pode entender imediatamente. Porém, a mente intuitiva é capaz de perceber estas relações, e interpretar nos ajudando melhorar e entender nossas vidas.

            O nome é uma coleção de sons e uma melodia que traduz a vestimenta para o Espírito.

    GRADE: A análise do mapa numerológico, além de revelar vários aspectos da sua personalidade,  os números que se repetem no seu nome podem trazer um desequilíbrio na energia que ele representa.

     

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    a

    b

    c

    d

    e

    f

    g

    h

    i

    j

    k

    l

    m

    n

    o

    p

    q

    r

    s

    t

    u

    v

    w

    x

    y

    z

     

     

    Números         1             2          3         4        5        6        7     8        9

    Excesso

    se for

    acima:                   3            2          3         2         3       2        1      1       3 

             Você vai utilizar o aroma para equilibrar a energia que você não tem e ou em excesso.

    Regência vibracional

    1

    A = Originalidade, independência e insatisfação.

    J =  Desejo de vitória, incerteza.

    S = Emotividade exagerada.

    2

    B: Necessidade de amor, emotividade e timidez.

    K: Inspiração e nervosismo.

    T: Amor, sentido de humor.

    3

    C: Intuição e equilíbrio.

    L: Inteligência, excitação e lentidão.

    U: Lentidão, espírito de conservação, espírito rebelde, perdas de dinheiro.

    4

    D: Sentido prático e fatiga física.

    M: Cinismo, caráter e humor sombrios.

    V: Inspiração reveladora.

    5

    E: Ternura, tendência a buscar em outra parte aquilo que existe na própria casa.

    N: Amor pelo luxo, sexualidade e prazer.

    W: Potencialidade, insegurança, emotividade e cólera.

    6

    F: Intuição, amor pela vida privada, senso de responsabilidade.

    O: Desejo de viajar, tristeza e melancolia.

    X: Agitação, sexualidade.

    7

    G: Sorte, Inteligência e Solidariedade.

    P: Discrição.

    Y: Mistério, rapidez e segurança.

    8

    H: Prosperidade, ambição e generosidade.

    Q: Intuição, riquezas e misticismos.

    Z: Compreensão, dinheiro e secretos.

    9

    I: Paixão, tensão, incerteza e enfermidade nervosa.

    R: Potência, emotividade, nervosismo.

    11

    K: Inspiração e nervosismo.

    13

    M: Cinismo, caráter e humor alternados.

    14

    N: Amor pelo luxo, sensualidade e loucura.

    16

    P: Discrição.

    19

    S = Irrascibilidade, Emotividade exagerada.

    22

    V: Inspiração reveladora, misticismo, inteligência superior.

    33 - É o Grande Instrutor. Idealismo.

    Não tem letra vibratória é a 8 do 6


    Elemntos Sutis e a Numerologia.

    Fogo: produz a característica de impulsão direta para ações. Essa personalidade necessita se destacar.

    São os números: 1, 9, 19

    Terra:  já produz a capacidade de ser pragmaticamente realista e até ascético. Precisa da manifestação das coisas na matéria para que lhe tenha sentido as coisas.

    São os números: 13, 4, 8, 6

    Ar:  são de características mentais, reflexivos e instáveis. Necessita compreender o que está sua volta, principalmente aquilo que não é palpável.

    São os números: 3, 5, 14

    Água:  são sentimentais, imaginativos, sonhadores e sensíveis. Necessita estar envolvido plenamente no que faz para se realizar.

    São os números: 2,7, 16, 22

    Éter: São volúveis, místicos e instáveis. Toda a explicação da vida está além da terra. Quase sempre precisando de outros para colocá-lo na realidade.

    11, 33

    Como deverá ser procedido com o consulente?

    Prepara-se um cálculo básico do consulente em busca de números que estejam em desequilíbrio. Como a tabela numerológico acima.

     

    TABELA DE AROMA PARA NUMEROLOGIA

    01 - cedro, âmbar, canela, mirra.

    02 - cânfora, jasmim, lírio, néroli, sândalo.

    03  - anis, cravo, musgo de carvalho, orquídea.

    04 - couro-da-rússia, sândalo, vetiver, musgo de carvalho, orquídea, hortelã.

    05 - acácia, canela, jasmim, lavanda, vetiver, jacinto, narciso, cravo, heliotrópio.

    06 - benjoim, canela, rosa, musk, sândalo, almíscar, verbena, anis, jasmim.

    07 - violeta, patchouly, cedro, anis, menta, pinho.

    08 - almíscar, couro-da-rússia, musk, orquídea, sândalo,  musgo de carvalho.

    09 - cedro, bergamota, limão, almíscar, alecrim, rosa, verbena, melissa, cravo.

    11 - imortalle, lilás, âmbar, lírio, cravo da índia, néroli, patchouly, musgo de carvalho, rosa, sândalo.

    22 - melissa, cravo da índia, lima, mangerona, âmbar, musgo de carvalho, sândalo.

    33 - cipreste, urze.

    PERFUME TALISMÃ

            Os egípcios entre outros, constataram que o perfume é a melhor forma para trabalhar com iniciação energética e mágica, por possuírem ação profunda e dupla e por terem a capacidade de atuar no corpo astral dos viventes.

            Em magia, o corpo astral algumas vezes é chamado de intermediário, que serve de veículo para as influências que nós emitimos. O corpo astral dirige elegantemente nossas atividades orgânicas vegetativas e automáticas; é o centro do nosso subconsciente, e de nossos sentimentos, de nossas emoções e de nossas paixões.

            O perfume é um dos veículos mais sutis para nossas percepções espirituais. Ao impressionar as mucosas olfativas o aroma consegue milagrosamente, fazer uma ponte entre as realidades físicas e espirituais.         Predispondo a quem o utilize o sentir claramente da elevação espiritual em suas diversas "camadas", e assim sucessivamente, até que se atinja a plenitude mágica que permite elevados estados de consciência de si mesmo, o que equivale à procura dos desígnios humanos na Terra.

            A fabricação de perfumes tradicionais não tem efeitos aromaterapêutico. Aqui iremos utilizar óleos essenciais puros sem nenhuma adição de químicas sintéticas para que o propósito da aromagia aconteça.

            No momento de acrescentar a essência podem-se colocarem várias, desde que sejam respeitadas as medidas.

            A criação de um perfume obedece a um princípio fundamental que se divide em partes chamadas de notas. A seguir vejam quais são elas:

    TABELA SIMPLIFICADA PARA CRIAÇÃO DE UM PERFUME

    a - Notas de cabeça - (permanece alguns minutos).

     Bergamota - laranja – lavanda, etc.

    b - Notas de Coração - (permanecem horas).

     Rosa - gerânio

    c - Notas de Fundo - (chamadas fixadoras) pode permanecer dias.

     Jasmim - vetiver - musgo de carvalho - almíscar, etc.

    PERFUME                        EXTRATO                        ÁGUA DE COLÔNIA

    Álcool Cereais 800 ml.        Álcool Cereais 60 ml.        Álcool Cereais 850 ml.  

    Fixador 20 ml.                Fixador 5 ml.                            Fixador      20 ml.

    Essência 60 ml.                Essência 10 ml.                Essência     60 ml.  

    Água Destilada 20 ml.                                                         Água destilada 20 ml.

    Obs: As essências deverão ser de sua própria criação de acordo com a sua necessidade.

    MÉTODO.

                 

                 A Aromagia consiste em observar nos mapa os aspectos que se encontram em desequilíbrio energético da codificação numerológico pessoal e ou mapa astrológico.

              Conhecendo os elementos básicos da numerologia e ou astrologia poderá fazer uso através dos óleos essências com correspondência vibratória.

               Os cinco elementos ajudam a entender a natureza essencial da formação do temperamento do indivíduo. As características de acordo com o elemento assim como na numerologia e ou astrologia descrito acima caracterizando o padrão vibracional de cada aspecto que deseja harmonizar.

    Aplicações da aromagia

                Para o equilíbrio de um aspecto Numerológico, recorra à tabela acima e procure pelos os números que estão ausentes e ou em excesso.

    Escolha os aromas na classificação adequada e reserve.

            Dentro dos aspectos numerológicos pode ser considerado o cálculo do ano pessoal para auxiliar nas mudanças significativas, ano a ano. Assim enquanto uma pessoa vive uma época em que está apta a liberar algum de seus talentos latentes, outra se encontra no ano perfeito para desenvolver-se economicamente.

                  Antes de tudo, relembrando que você precisa identificar o número de seu ano pessoal, ou seja, a energia que o ano reserva para você. Para isso, some os algarismos do dia e mês de seu nascimento com o algarismo reduzido do ano em que você se encontra. Reduza tudo a um algarismo. Por exemplo, se você nasceu no dia 16 de outubro, proceda assim: 16 + 10 + 2002=1+6+1+0+2+0+0+2=12 => = 3. Portanto, seu ano pessoal é 3.

                  Considere agora que os algarismos de 1 a 9 que representam os temas principais de cada ano pessoal. Podemos relacionar cada um desses temas ao óleo essencial. Essas essências ajudam a enfrentar melhor a característica de cada ano, permitindo que a pessoa explore ao máximo o que o período oferece.

            Dentro do aspecto astrológico. Basta tirar a carta natal do cliente por um bom programa de astrologia e analisar em que casa e planeta estão o Quíron.

            Analisar os elementos quais estão com mais ou menos de 3 e escolher as essências de acordo com os elementos. No quadro acima dos aromas astrológicos pelo o signo e planetas.

                  Antes de escolher cada aroma, no entanto, você precisa levar em conta suas características pessoais e o seu contexto de vida emocional, mental e físico.

            

    Indicações de aromas para poções alquímicas.

            O uso dos aromas para trabalhar em ordem ambiental nas residências, comércios e consultórios.

            

    Benefícios e Aplicações

    Almiscar: Purificação de ambientes, harmonização e as pessoas, atrai amor e dinheiro.
    Alecrim: Estimulante, promove a memória, afrodisíaco.

    Anis: Produz capacidade extra-sensorial e estimula o cérebro.

    Âmbar: Atrai clientes, energiza e é afrodisíaco.

    Benjoim: Protetor e purificador.

    Bergamota: elevação espiritual, relaxamento. Gera energia positiva.

    Canela: Energiza. O aroma ajuda a romper o bloqueio psíquico quando é a causa dos problemas financeiros. Ao inalar o aroma, visualize sua situação financeira melhorando consideravelmente.

    Cânfora: ambientes depurador.

    Cedro: Sedativo, anti-séptico, repelente de insetos.

    Eucalipto: Limpa as vias aéreas, purifica o ambiente.

    Gerânio: fadiga mental, de economia de energia, antidepressivo.

    Heliotropio: Harmonizando geral.

    Incenso: contra danos, purificador, alivia o stress, desperta a consciência superior.
    Jasmim: Atrai riqueza, eleva a auto-estima, a criatividade aumenta.

    Júnipero: Purificação de corpo, repelindo a negatividade em todas as suas formas
    Laranja: Serena e aplausos o espírito, desperta alegria.

    Lavanda: Prosperidade, poder, contra nervosismo, ideal para os negócios.

    Lilas: Harmonizando, afrodisíaco.

    Lemon Grass: purificador, desodorizante e anti-séptico.Contra os maus espíritos.
    LIMÃO: Depurativo, cura, dissipa a tristeza, insetos longe, limpa a mente.
    Lotus: Saúde, vitalidade.

    Madeira do oriente: Promove o empreendedorismo, contra a negatividade.
    Magnólia: Promove a meditação e elevação, obstáculos de desbloqueio.
    Maçã: dinheiro, trabalho, melhorias.

    Manjerona: sedativo, ansiolítico combater a tristeza.

    Melissa: calmante, limpa a mente, atrai dinheiro.

    Menta: estimulante mental, tônico do sistema nervoso, tonifica a energia

    Mirra: casa Lava, desperta o terceiro olho, a proteção, a meditação.
    Musk:Meditação, artístico, abundância, erótico.

    Nardo: Atrai dinheiro, negócios, trabalho, acalmar as emoções.

    Néroli: elevação espiritual, tranqüiliza, afrodisíaco..

    Opium: União, atraente, estimulante.

    Patchouly: Amplia males, estimulante, desinibe, afrodisíaco.

    Pinho: Equilibra, limpeza, energização, abre caminhos.

    Rosa: felicidade, união familiar, equilíbrio físico e mental.

    Rosa búlgara: Energético.

    Sálvia: Relaxante nervoso, agir sobre o stress e exaustão mental.

    Sândalo: Atrai dinheiro, negócios, meditação, sexo.

    Sândalo indiano: a paz Meditação, espiritual.

    Sândalo doce: Depurador, serenidade.

    Tabaco: Prosperidade.

    Tilia: Serenidade.

    Tomilho: Ajuda a alcançar objetivo.

    Vetiver: Ajuda nas condições econômicas, protege contra energias negativas.
    Violeta: Contra a inveja, transmuta as energias negativas em positivas.
    Ylang ylang: antidepressivos, sedativos, especialmente para situações extremas, entrevistas importantes, etc

    Rosa e Gerânio - Bom para mulheres, dá a sensação de uma mulher decidida, que sabe o que quer, são suavemente quentes e estimulantes;

    Vetiver, Patchouli - Bom para homens, aromas fortes, inspiram capacidade e segurança.

    Aroma no Ambiente

    Os óleos essenciais harmonizam a energia dos ambientes.

    Difusão – para cada 200 ml. de água, pingue de 3 a 5 gotas de óleo essencial de alecrim (ativa a memória); gengibre, vetiver, patchouli ou angélica (auxiliam na concentração).

    Puro – uma gotinha de óleo essencial no travesseiro combate insônia (lavanda) ou alivia a respiração de quem tem bronquite ou rinite (eucalipto).

    Poção aromática

    Pode ser inserido em álcool de cereal na proporção de 5% e utilizar aspergindo nos ambientes, não se esqueçam de utilizar óleos essenciais.         Procurando utilizar entre 4 a 5 essências em cada poção.

            
    Não é necessário macerar este produto.

    Conclusão: A aromagia quiçá o meio mais importante dentro de todos elementos mágicos utilizados na holística. Com resposta rápida e efetiva.

    Para você que sente que está confuso ao explanar em minha palestra o Tema será demonstrado claramente o método de confecção desta potente ferramenta.

    Meus agradecimentos pela a oportunidade em transmitir este legado.

    BIBLIOGRAFIA

    Magie Astrale dês Parfums – Edition du Chariot – Autor : Georges Muchery.
    O Poder Secreto do Aromas – Celi Coutinho – Editora Midtron – 2011

    Sincronia dos Números – Celi Coutinho – Ainda não editado.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holistica - CRT 21270
    Última atualização: 31/07/2012 12:39


    Numeromancia - Um Guia Numerológico

    PROPOSITURA - Numeromancia (1).doc
    NUMEROMANCIA - UM GUIA NUMEROLÓGICO




    Celi Aparecida Coutinho

    Terapeuta Holística -  CRT 21270


    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2012.


    Sumário

    Introdução

    Característica simbólica das lâminas.

    Método

    Conclusão


    INTRODUÇÃO

    A NUMEROMANCIA é um Guia Numerológico inspirado no tarô apesar de conter somente 16 lâminas é um formato inovador de trabalhar com os números, criado com o intuito de gerar uma orientação às pessoas de forma que através da vibração da lâmina escolhida, ela possa saber em que energia está vibrando durante determinados períodos. Esses períodos poderão ser diários, semanais, mensais ou quadrimestrais.

    A palavra Numeromancia aqui tem a conotação de caminho energético e não o ato adivinhatório até porque, a palavra mancia agregada a qualquer método decifrável, como quiro (mão – quiromancia), carta (cartomancia), geo (pedras – geomancia), etc; e os números têm a característica adivinatória, ou seja, vibração divina, que traduzida significa uma ferramenta perfeita que auxilia no entendimento da sincronicidade das coisas abstratas e invisíveis, mas que são percebidas no coração, no mental, no energético e na razão. A razão normalmente é a pior vilã do ser humano, porque ela mascara as capacidades intuitivas do homem, fazendo com que seu caminho mude de direção. E um método mântico que indicará em qual caminho deverá ser seguido, sem interferência psicofísica.

    Este método utilizado por terapeutas holístico que irá auxiliar no processo de anamnese e aconselhamento energético do cliente através do movimento leela (jogo) em seu período integral e claramente mostrará o que falta a ser trabalhado e que caminho seguir com este cliente.

    Celi Coutinho.


    CARACTERÍSTICA SIMBÓLICA DAS LÂMINAS


    LÂMINA 1 – CRIATIVIDADE - É a origem de todas as coisas, contém todos os números, distribui sua influência em todos os planos.


    Palavra - Chave: Ação, Individualidade e criatividade.

    Arcano principal: O mago.

    Arcanos oculto: Roda da fortuna

    A = Originalidade, independência e insatisfação.

    J =  Desejo de vitória, incerteza.

    S = Emotividade exagerada.

    Planeta regente - Sol: Ego Ativo

    Signo regente - Leão: Vontade corporal com ação para intuição e da vontade sobre a base física.

    Elemento: fogo: Intuição ou vontade.

    Naipe: Paus - Simboliza o poder e a dominação

    Cor - Vermelha: está relacionado com a iniciativa e a vitalidade


    LÂMINA 2 – ASSOCIAÇÃO - É uma necessidade, representa a vida que não é, mas a ação na luta.



    Palavra chave: Associação paz, parceria, espiritualidade.

    Arcano Principal: Sarcedotiza.

    Arcanos ocultos: Força /Mundo.

    B: Necessidade de amor, emotividade e timidez.

    K: Inspiração e nervosismo.

    T: Amor, sentido de humor.

    Planeta regente - Lua: O Ego.

    Signo regente - Câncer: Ego sensitivo.

    Elemento - Água: Sentimento ou emoção.

    Naipe: Copas –As ações são advindas do instinto.

    Cor - Laranja: induz ao entendimento com o outro e a reconciliação.


    LÂMINA 3 – REGENERAÇÃO - É o número da criação.


    Arcano principal: Imperatriz

    Arcano oculto: enforcado.

    Palavra chave: criatividade, auto-expressão.

    C: Intuição e equilíbrio.

    L: Inteligência, excitação e lentidão.

    U: Lentidão, espírito de conservação, espírito rebelde, perdas de dinheiro.

    Planeta regente - Júpiter: Inserção otimista na vida.

    Planeta regente - Vênus: Contato afetivo com o meio externo..

    Signo regente - Sagitário: Vontade espiritual com ação da intuição e da vontade sobre a base espiritual.

    Elemento – AR. Intuição.

    Naipe – Paus –. Indicando alegria e boa sorte.

    Cor - Amarelo: a felicidade e a prosperidade.


    LÂMINA 4 – SOLIDEZ – É o número da força; unidade rebelde reconciliada com a trindade soberana.

    Palavra chave: Estrutura

    Arcano principal: Imperador

    Arcanos ocultos: Morte e o Bobo.

    D: Sentido prático e fatiga física.

    M: Cinismo, caráter e humor sombrios.

    V: Inspiração reveladora.

    Planeta regente - Saturno: a longevidade.

    Signos regentes-Capricórnio:. Ego concentrado.

    Aquário: com capacidade de absorção do ambiente circundante inteligente e hábil.

    Elemento - Terra: Percepção ou sensação. É a base onde germina o ciclo vital.

    Naipe: Ouro – Representa o dinheiro e os interesses e o desenvolvimento.

    Cor - verde: está equilibrando e está renovando, induz à passividade.


    LÂMINA 5 – MOVIMENTO - É o número das descobertas de outros lugares, da evolução e transformação.

    .

    Palavra Chave: Mudança

    Arcano principal: O Papa

    Arcano oculto: A temperança

    E: Ternura.

    N: Amor pelo luxo, sexualidade e prazer.

    W: Potencialidade, insegurança, emotividade e cólera.

    Planeta regente - Mercúrio: Contato intelectual com o meio externo.

    Signos regentes - Gêmeos: alegria, curiosidade.

    Virgem: Manifestação energética.

    Elemento: Ar: É o processo de respiração do ciclo de vida.

    Naipe: Espadas..Está ligada a espiritualidade.

    Cor - azul turquesa: com a capacidade para guiar qualquer iniciativa positivamente.


    LÂMINA 6 – AJUSTAMENTO - É o número do amor, responsabilidade pela família e sociedade.

    Palavra chave: Ajustamento, Perfeição, harmonia, equilíbrio.

    Arcano principal: Enamorados

    Arcano oculto: Diabo

    F: Intuição, amor por la vida privada, sentido de la responsabilidade.

    O: Desejo de viajar, tristeza.

    X: Agitación, sexualidad

    Planeta - Vênus: é o símbolo da beleza e a perfeição natural tipo perfeito da forma e o bonito.

    Signo regente -Touro: Ego expansivo afetivo.

    Libra: Manifestação energética ativadora.

    Elemento - Ar: Razão ou pensamento - É o processo de respiração do ciclo de vida.

    Terra: É a base onde germina o ciclo vital.

    Naipe: Ouros

    Cor - azul anil:Transmite uma sensação de pureza, proteção e de tranqüilidade.


    LÂMINA 7 – SABEDORIA - é o conhecimento, a análise, a espiritualidade.

    Palavra chave: Sabedoria, análise.

    Arcano principal: O Carro

    Arcano oculto: Torre

    G: Sorte, Inteligência e Solidariedade.

    P: Discrição

    Y: Mistério, rapidez e segurança.

    Planeta - Netuno: A metamorfose.

    Mercúrio: Contato intelectual com o meio externo.

    Signo - Peixes: Sentimento espiritual com ação das emoções sobre o espírito.

    Elemento - Água: Sentimento ou emoção fertiliza a germinação do ciclo vital.

    Naipe: Copas – Relacionado a conservação e ao ensino.

    Cor - violeta: Simboliza a espiritualidade, o sacrifício e as perdas.


    LÂMINA 8 – ORGANIZAÇÃO- É a justiça, a conquista de valores econômicos.

    Palavra Chave: Organização, poder e satifação.

    Arcano principal: Justiça

    Arcano oculto: Estrela

    H: Prosperidade, ambição e generosidade.

    Q: Intuição, riquezas e misticismos.

    Z: Compreenção, dinheiro e secretos.

    Planeta - Saturno: Corresponde aos obstáculos e impedimentos..

    Signo - capricórnio: Prevalecem a autoridade implacável, a ambição, a ação perseverante no meio exterior.

    Elemento - Terra: Percepção ou sensação.

    Naipe- Ouros: Desenvolvimento – dinheiro – comércio.

    Cor - Rosa: expressa os afetos espontâneos.


    LÂMINA 9 – HUMANITÁRIO - É a abertura para novos espaços.

    Palavra chave: Humanitário / Generosidade.

    Arcano pricipal: Ermitão

    Arcano oculto: Lua

    I: Paixão, tensão, incerteza.

    R: Potência, emotividade.

    Planeta regente - representa o desejo e a ação, a força e o poder físico.

    Vênus representa as atrações e a sedução da beleza perfeita.

    Signo regente - Áries: Ego ativo e agressivo.

    Elemento Fogo: Com sua força ígnea é a renovação do ciclo vital.

    Naipe: Paus – O poder e a criação, boa sorte e alegria.

    Cor Ouro: simboliza a perfeição


    LÂMINA 11 – IDEALISMO - sabedoria e poderes de intuição.

    Palavra Chave: IDEALISMO.

    Arcano principal: A Força.

    Arcano oculto: Imperatriz.

    K: Inspiração e nervosismo.

    Planeta regente - Urano: A força de decisão.

    Lua: controla os ritmos e flutuações.

    Signo - Aquário: Simpatia. Manifestação energética.

    Elemento - Ar: Razão ou pensamento - É o processo de respiração do ciclo de vida.

    Naipe – espadas: Ligado a espiritualidade, conhecimento intuitivo do karma

    Cor: Prata - a novidade, a inovação.


    LÂMINA 13 – DESAPEGO - sustentar um esforço fixo e consistente.

    Palavra Chave: trabalho no campo material.

    Arcano principal: A morte.

    Arcano oculto: O Imperador.

    M: Cinismo, carater e humor alternados.

    Planeta regente: Jupiter- Representa a fortuna.

    Signo regente:.Capricórnio: a ambição, a ação perseverante no meio exterior.

    Elemento:Terra: Percepção ou sensação. É a base onde germina o ciclo vital.

    Naipe: Ouros: Desenvolvimento – dinheiro-comércio.

    Cor: Verde Musgo - Indicando a renovação da vida e sua vibração mais elevada reflete o espírito de evolução.


    LÂMINA 14 – LIBERDADE- a liberdade; caos e a falta de escolha.

    Palavra Chave: equilíbrio e compromisso.

    Arcano Principal: Temperança

    Arcano oculto: O Papa

    N: Amor pelo luxo, senxualidade e locura.

    Planeta regente - Vênus: corresponde ao início da adaptação social.

    Signo regente - Áries: a ação da intuição e da vontade.

    Elemento - Éter: É o processo de animação do ciclo de vida.

    Naipe: Espadas – Transformação, Intuição, manipulação e inteligência.

    Cor - Azul turqueza: a capacidade para guiar qualquer iniciativa positivamente.


    LÂMINA 16 – ORGULHO- este processo de destruição e renascimento.

    Palavra Chave:derrocada do ego.

    Arcano Principal: Torre

    Arcano oculto: o Carro

    P: Discreção

    Planeta regente - Marte:.Exalta a coragem, a combatividade, o entusiasmo e a liberdade.

    Urano:A força de decisão. às mudanças repentinas..

    Saturno:Inserção racional na vida.

    Signo regente - escorpião: ação das emoções sobre a base corporal.

    Elemento - Água: fertiliza a germinação do ciclo vital.

    Naipe – Copas – Conservação e ensino.

    Cor: Roxa: as O roxo significa espiritualidade e intuição, portanto, é uma cor que simboliza o mundo metafísico. É a cor da alquimia e da magia.


    LÂMINA 19 – CONFIANÇA - Negócios bem sucedidos.

    Palavra chave: Liderança positiva

    Arcano principal -Sol

    Arcano oculto – Roda da fortuna – O Mago

    S = Irrascibilidade, Emotividade exagerada.

    Planeta regente - Sol energia criativa. Governa o fluxo vital

    Signo regente - Leão: ação para intuição e da vontade sobre a base física.

    Elemento: fogo: Com sua força ígnea é a renovação do ciclo vital

    Naipe:Paus –Representa a criação e indica a boa sorte.

    Cor: Ouro maciço - O dourado representa o Sol e por isso é a cor associada ao luxo e ao sucesso!


    LÂMINA 22 - É potencialmente o mais próspero de todos os números.

    Palavra chave: Materialização, construção

    V: inteligencia superior.

    Arcano principal: Bobo

    Arcano oculto: Imperador

    Planeta regente - Urano: A força de decisão.

    Planeta regente: Plutão Impulsiona os instintos profundos, a energia sexual.

    Signo regente - Escorpião: Inserção rebelde do ego aos contextos convencionais.

    Elemento: Água: Sentimento ou emoção fertiliza a germinação do ciclo vital.

    Naipe:Copas – Materializar sentimentos

    Cor: Ouro velho: É associada com a luz a felicidade e a prosperidade, estimula a inteligência espiritual.


    LÂMINA 33Representa a integralidade.



    Palabra Chave: O Grande Construtor

    Arcano Oculto : Os Enamorados

    Planeta Regente: Júpiter: Inserção otimista na vida.


    Urano. A força de decisão.

    Signo regente: Aquário. Pensamento corporal com ação da razão sobre a base física.

    Elemento: Éter: Percepção ou emoção - É o processo de animação do ciclo de vida.



    Método.

    Acessar o pensamento com o poder dos números em níveis mais profundos da mente. O método consiste em embaralhar as cartas e dispor nas casas correspondentes do Passado – Presente e Futuro de uma pauta em questão. As demais lâminas serão distribuídas em círculo complementando o entendimento do jogo. Sendo colocada dentro de cada questão que deseja tomar conhecimento do inconsciente para o consciente.

    Este método ensinará a ouvir a sua voz interior através da numeromancia. Servirá para avaliar novos projetos no nível subconsciente e buscar as perspectivas.


    Conclusão.

    Como já dizia Hermes Trimegistro, "no Universo tudo vibra!" E estamos sujeitos à essas vibrações.

    Se conhecermos nossas falhas ficará bem mais fácil chegarmos ao sucesso pessoal e profissional não é?

    Se soubermos por que não conseguimos contar uma piada, guardar dinheiro, ser feliz e alguém nos mostrar como conquistarmos tudo isso, será bem mais fácil chegar à nossa realização e evolução na vida!

    Através da prática da numeromancia dentro de um jogo das cartas é possível tudo isso e muito mais, pois saberemos que atitudes tomar em determinado dia do mês ou tratar com aquele sócio que acreditávamos poder confiar totalmente!

    Esta é a forma mais inovadora da junção da lógica de nosso mestre Pitágoras com os aspectos astrológicos e as dinvidades hindus, proporcionando um caminho de sintonia e sincronia aplicada em nosso benefício!


    Bibliografia recomendada.

    Um novo sistema de numerologia – Dan Millman – Editora pensamento.

    A numerologia e o triangulo divino – Faith Javane e Dusty Buncker – Editora Pensamento.

    Manual de Numerologia – Elliin Dodge Young e Carol Ann Schuler – Editora Pensamento.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho -Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 31/07/2012 13:55


    Tantra - Conexão Ao Divino

    TANTRA - conexão ao divino.doc

    TANTRA – CONEXÃO AO DIVINO

    Iniciação ao Tantra – A consciência de si –Uma ferramenta que conduz ao coração.


    Celi Aparecida Coutinho

    Terapeuta Holística -  CRT 21270

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2012.

    SUMÁRIO

    O que é o Tantra?

    A Rota do Tantra.

    COSMOGONIA TÂNTRICA

    Kundalini

    Granthis - Os três nós psíquicos

    Como usufruir do Tantra

    Conclusão

    Bibliografia

    Introdução

    O TANTRA é sentir, fluir e expandir.

    O sentir não há como explicar, somente vivenciar.

    O fluir se percebe enquanto se vivencia.

    E o expandir é o resultado do vivenciar e sentir...

    Somos produtos de uma sociedade contida daqueles que precisa: sentir o toque e se expandir, ao usar a fala se entende, ao ouvir aprende-se a perceber.
    O Tantra também é uma filosofia comportamental de vida que aplicado no cotidiano fará com que as percepções fiquem mais proeminentes.

    Isso se aprende teoricamente através dos cursos.

    Aprender a fluir acontece através da psicoterapia, ferramenta que vai auxiliar você ir de encontro ao seu EU e retirar os paradigmas que impede de simplesmente sentir e Ser.
    Vivenciar significa aprender está aqui e agora feliz consigo mesmo.

    O Tantra não é religião, não é sexo, não é yoga. Em seus sutras (livros) encontrou-se varias estruturas comportamentais, cientificais, terapêuticas e principalmente ritualística. Com reverencias aos fluxos dévicos, pois se acreditava que cada ser existente tem uma proteção divina um deva (deus) ou um devi (deusa) que são representados pelos yantras – formas geométricas utilizadas nos ritos e os mantras – cantos vibracional de energia qualitativamente divina. Dando assim um panteão de deidades. Reverenciado através de puja – oferenda. Onde se deu a origem ao hinduismo.

    O que é o Tantra?

    Tantra é um principio filosofal comportamental de vida. A palavra Tantra significa Livros – teia – união – mas especificamente expansão. Ela é derivada das palavras Tanoti – expansão – trayati – consciência – Portanto podemos deduzir que Tantra = Expansão de consciência.

    Tantra tem um principio filosofal comportamental e matriarcal. Surgiu por volta de 12000 anos na civilização dravídiana anterior a invasão dos arianos. Que por questões políticas deixa de ser matriarcal para ser patriarcal. Mas sua origem se espalha influenciando e ou formando varias outras civilizações.

    O Samkhya que é um sistema inventarista – é a parte cientifica do tantra que deu origem aos vedas e daí então a terapia ayurvédica. Aqui não há reverencia alguma aos deuses. Apenas a observação da mente, dando origem ao yoga.

    Ainda dentro do Samkhya ele conduz em um formato de enumerar situações de acordo com a natureza de cada fato denominado prakriti (natureza). Influenciando hoje as terapias psíquicas – como a psicanálise ou o coaching. Que é através do pensamento vibrar em sintonia positiva.

    O fundamento do Tantra é dirimido através do prana – ar vital – E daí então acontecem os pránáyama – exercícios respiratórios. Assim como a observação natural do homem em postura denominado de mudrá. Que deu origem aos asanas e ou ao Yoga.

    Hoje no ocidente somos altamente influenciados pelo o sistema tântrico. E podemos fazer uso das técnicas tântricas em vários formatos que em seu conjunto vai proporcionar um caminho para o coração e o Despertar do Eu que é a lembrança de um primeiro momento existencial enquanto.Fagulha divina.

    Os textos tântricos estão entre os mais antigos do hinduísmo e do budismo. Existem Tantras hindus e budistas se auto-influenciando e os textos mais recentes refere-se ao Tantra sob o nome de Artha Veda. Os Tantras em sua origem foram manuscritos em sânscrito. Ainda guardam as diferentes épocas, lugar, cultura e religião. Tomam a forma de enciclopédia de rituais e de filosofia tântrica. Sofreram com o correr dos séculos, várias adições. Os textos mais antigos foram compilados por volta do ano 600 dessa era.

    No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas.

    O Tantra floresceu no Vale do Rio Índio, em Mohenjo-Daro. Era a cultura Harappa, da qual se encontra vestígio raro, porém importantíssimos do ponto de vista histórico. A descoberta do Vale do Rio Indo esclareceu que essa cultura foi, possivelmente, a mais antiga do planeta. Os vários objetos já mostravam figuras esculpidas ou desenhadas com formas e imagens que evocavam práticas tântricas, tais como os Ásanas (posições físicas utilizadas para desenvolver a Kundalini).

    Essas filosofias conscientizam o homem de suas energias latentes e de relação com o cosmos (a natureza). Aquele que vê a natureza apenas como vida que existe no planeta Terra está tão equivocado quanto aquele que o vê como um universo cósmico repleto de planetas, sóis e nuvens de gases. Os dois vêem o cosmo de um modo míope e incompleto.

    O mesmo erro está expresso nas ciências que estudam o homem como um ser que possui corpo, consciência e subconsciência, acabam esquecendo que o ser humano é constituído de órgão que lhe permitem ultrapassar a mente inconsciente e a mente consciente; que seu corpo é constituído de sensibilidades que ultrapassam necessariamente o intelecto e, até mesmo, a intuição.

    Convém acrescentar que o homem pensado e conhecido pelo hindú é possuidor de um corpo de sensações, extraordinariamente complexo, do qual não temos equivalente no pensamento ocidental.

    É justamente nesse ponto que queremos insistir: no conhecimento desse homem absolutamente insólito, desconhecido da filosofia e ciência ocidentais, onde o Tantra assenta sua sabedoria. É mostrar que, aquele que vê as coisas de um ponto de vista egoísta, centralizado em seu meio limitado jamais terá consciência das energias que o animam. É a negação do cosmos, é o absurdo da condição humana não ligada ao seu princípio (Dharma). Daí percebe-se que, para se aprofundar a questão homem / natureza é importante conhecer o Tantra.

    Como já vimos anteriormente, Tantra significa expansão da Consciência, modos de vida, sexualidade e atitude social. No sentido mais amplo da palavra expressa uma filosofia de vida, uma cultura, bem como a preparação para a ação meditativa interior.

    O Tantra não é sexo, yoga do sexo, tantra yoga ou yôga, nem religião de espécie alguma. É necessário esclarecer que as literaturas encontrada a disposição do leigo, a respeito de Tantra, tem visado o “marketing” do sexo porque é viável economicamente e porque é produto de ignorância dos conceitos da cultura dravídica, anterior à ortodoxia ariana Brahmacharya na Índia. É possível até, que alguns autores (eticamente não podemos citá-los) estejam se utilizando com má fé porque sabidamente alguns deles conhecem bem a matéria da qual se trata o assunto.

    No Brasil o tantra tem sido maltratado pelos “gurus” do tantra que reuniam grupos (e ainda reúnem) para promover pura, e simplesmente experiências corporais de que nada têm a ver com o tantra; além de quê, não raramente terminavam em verdadeiros bacanais com nomes pomposos e filosóficos. Não é a toa que hoje, ao pronunciar-se a palavra “Tantra” alguns até coram de vergonha ou medo.

    A ROTA DO TANTRA

    O tantra é o resultado de elementos mágicos, conceitos religiosos pré-arianos e hinduísta, cultos populares e ritos de iniciação. Os Tantras (livros) contêm todos os ritos e os princípios mágicos. Se bem que a respeito da tradição védica, considera-se que o tantra surgiu no momento de crise e decadência religiosa. Podemos falar de um novo movimento religioso (antigas raízes) para uma nova época. Eles propõem um novo caminho para a Divindade. Tais textos estendem-se aos cerimoniais, às práticas yóguicas, aos procedimentos esotéricos, sem deixar de fazer referências às potências Criadoras, à Cosmologia, à Metafísica e a Mística. Também instruem sobre a iniciação, a consagração de imagens, o culto (puja), as fórmulas mântricas (cânticos), os mudrás e métodos de meditação.

    Não há dúvida de que o Tantra é altamente iniciático, misterioso, esotérico, que concede excepcional importância ao rito capaz de transmutar o indivíduo, modificar sua consciência e reordenar todo seu potencial para a verdade transcendental. A prática consiste em: rituais, yoga, cerimônias esotéricas, modos iniciáticos de concentração-meditação e ritos de purificação.

    Existem dezenas de Tantras, sendo os mais notáveis os Kaula. Tendo toda uma extensão sobre cosmologia, teogonia, medicina e muitas outras disciplinas, desde uma banal especulação até uma assídua prática. Estes textos compõem-se de várias partes: O conhecimento da divindade, a união mística como meio de realização, as técnicas de yoga reorientadas até a realização final, todo o culto propriamente dita, os princípios religiosos e os deveres morais e sociais.

    O Tantra foi assim considerado por seus seguidores com uma revelação especial para uma época. A concepção vedântica de Maya (ilusão) é considerada energia, a qual é aproveitada como veículo para a auto-realização.

    Na civilização do Vale Indo alguns elementos representativos da tradição tântrica eram evidentes: o culto da Deusa Mãe (devi) e o princípio feminino (shakti), associado às técnicas do Yoga. Mas nós precisamos ir aos primórdios do substrato tântrico para que possamos localizar sua origem, pois é na busca pelas sociedades primitivas cuja orientação social fora marcada pelo princípio matriarcal.

    Nos primórdios desta civilização, quando o papel do homem era desconhecido no processo de fecundação, quando nenhuma conexão era sabida existir entre a gravidez e o intercurso sexual, a orientação social, política e religiosa estava centrada na figura da mulher, mais especificamente, da mãe. Neste tipo de sociedade matriarcal, a mãe representa o principio de liderança e ela é o único laço de união com a família. O pai não possuía parentesco com seus filhos. A mulher se encontrava em uma posição especial, a ela era atribuída uma aura mística de extremo poder que lhe dava o status de líder da comunidade. Com sua inexplicável natureza e inúmeros atributos como o fenômeno da menstruação, a gestação, o dar a luz a uma criança e a amamentação, ela tornava-se uma pessoa misteriosa e fascinante, mantenedora da chama espiritual de seu clã.

    O papel da mulher na vida religiosa, sua identificação com a Deusa Mãe, o simbolismo de vários conceitos e relações atribuídos à mulher, a insistência em um culto de orientação sexual devotado a yoni (vulva) como fonte de adoração e de toda felicidade, a função da mulher como a sacerdotisa ou xamã, a idéia de superioridade da Deusa sobre o Deus, o conceito de Ser Supremo como feminino e etc. possuíam uma base social muito consolidada. As deidades femininas eram alocadas aos níveis mais elevados entre todos os deuses, e isso dependia da natureza da organização social em que a posição da mulher era assegurada. A chefe do clã adorada como mãe era a ligação espiritual com a Deusa Mãe e portanto seu status era a suprema posição como guia do grupo.

    Assim, a superioridade da Deusa sobre o Deus, da sacerdotisa sobre o sacerdote pode ser explicada nos termos de um sistema social no qual a maternidade possuía mais valor que a paternidade, onde a linha de descendência era traçada a partir da mulher e não do homem.

    Agora no século 21 podemos absorver do Tantra em formatos de técnicas de terapias tântricas: vivências, cursos, Terapias corporais denominadas de forma popular de massagem Tântrica e realinhamento de chakra e ou Deeksha (toques divinos).

    Mas o ponto de maior importância é resgatar a fluxo iniciático divino em cada um sem necessariamente está ligado a método religioso e sim no fluxo do religare ou conscientizar de si, do eu e do seu poder e capacidade de realizar. Sendo, portanto o caminho mais rápido dentro das técnicas o fluxo da libido conhecido como kundalini.

    O Tantra é transformação. Todas as potências negativas são energias que pode transformar-se em positiva. A mesma energia que envolve o ódio, a ira, o ciúme, a inveja e outras qualidades negativas, e até mesmo as que envolvem o amor, a compaixão, a tolerância e a generosidade, o tântrico com sagacidade maneja essas energias e vai transformando todo negativo em positivo; essas energias tornam-se a pedra filosofal de toda transmutação.

    Um fator de reconhecimento comum de que o Tantra está mais ligado aos cerimoniais e rituais do que qualquer outro estilo clássico, é que as principais correntes do Tantra, trabalham a partir do plano interior complementado e facilitado pelas ações externas (Kriya) conjuntamente aos rituais.

    Entre os tântricos, as sacerdotisas – conhecidas como bhairavís –, e yoginís ocupam lugar fundamental. Na maioria das tradições elas são as iniciadoras. Os sete chakras ( compêndio-1 em anexo) ao longo do sushumná nádí são os assentos das shaktis que são concebidas nos rituais vámáchárya como a forma externa representada pelas sacerdotisas (dhútís). Até mesmo entre os Sahajiyás a kundaliní é concebida como Rádhá, e o Princípio Feminino vaishnava.

    A partir do século V d.C., com o início das codificações literárias de alguns dos antigos tratados tântricos, transmitidos anteriormente somente pela tradição oral, a estrutura filosófica e prática do tantra adquire maior transparência. De forma simplificada, através de três perspectivas: filosófica, comportamental e técnica. No aspecto filosófico, o tantra baseia-se em especulações que apontam o processo de criação universal como responsabilidade da Energia Primordial conhecida como Shakti. Este termo sânscrito é traduzido literalmente como “poder”, mas representa também o principio dinâmico que atua na produção de toda a matéria que compõe o universo e de tudo que nele existe. Também é sinônimo de esposa, feminino e mulher. A contraparte filosófica, ou biônimo, de Shakti é conhecido pelo termo Shiva. Este os Princípios Primordiais estático, impotentes perante o poder de Shakti, mero espectador no processo criador, sinônimo de marido, masculino e homem. Para o tantra, Shiva e Shakti são um. Um sem o outro é Shava (cadáver), eles só existem em função de si mesmos. A dualidade é apenas aparente, uma distração de leela (jogo, ou brincadeira) da Grande Mãe (Kula kundaliní) para se divertir e dar continuidade aos ciclos cósmicos da existência (samsára).

    A transcendência dos princípios Shiva e Shakti leva ao ponto central, que é a própria Shakti kundaliní indiferenciada a resposta de tudo. Essas especulações do tantra deram origem aos inúmeros cultos às divindades femininas (devís) que hoje existem no contexto do hinduísmo.

    A característica comportamental do tantra está centrada na transgressão de valores morais e sociais (desconstrução de estereótipos e clichês culturais e psicológicos) arraigados na cultura dominante indiana. Os textos, lendas e símbolos tântricos expressam vozes que contestam as estruturas rígidas patriarcais nas quais estão construídas as concepções de diferenças de casta, o papel social e familiar submisso da mulher, a ortodoxia e poder sacerdotal, a utilização depreciativa do corpo e da sexualidade e as normas e formas de se buscar o divino que excluem as “minorias” (castas inferiores, mulheres e etc.).

    O tantra também desenvolveu técnicas (vidhis) e práticas (sádhanas) psicológicas e corporais que visa proporcionar vivência real e sensorial aos seguidores de seus princípios. Nas práticas tantricas encontra-se complexas metodologias que tem como objetivo a tomada de consciência e o domínio do corpo, da mente e das emoções; a manipulação das energias físicas e psíquicas humanas em prol do desenvolvimento de poderes para-normais (siddhis) e a utilização desses no processo mundano e espiritual; a união dos opostos e a transcendência da dualidade na imersão na Ultima Realidade.

    As bases documentais do Tantra, denominadas ágamas (palavra sânscrita que significa origem, fonte de conhecimento, conhecimento adquirido, doutrina tradicional ou preceito), são uma coletânea de escrituras tão antigas quanto os vedas, expondo o conhecimento das tradições shaivas e shaktas. Diferentemente dos vedas, cuja composição seguiu a evolução do sânscrito.
    Os ágamas foram originalmente escritos em quase todas os idiomas da Índia antiga. Por serem as bases documentais das tradições shaktas e shaivas, Os ágamas são considerados as escrituras fundamentais do tantra. Seu conteúdo temático trata dos aspectos ontológicos da natureza do Ser e sua relação com o Todo, assim como a cosmologia e a ilusória realidade emergente pela cognição.

    Os vaishnavágamas são as escrituras sagradas dos vaishnavas, a tradição que reverencia Vishnu como a face do Absoluto, guardião do dharma e da fé (shraddhá). Entre as escrituras vaishnavas de interesse para o tantra, as que se relacionam com a tradição Sahajiyá são as mais importantes.

    Os shaivágamas são as escrituras sagradas dos shaivas, a tradição que reverencia Shiva como o Absoluto. Existem 92 escrituras divididas em dois grandes grupos: o primeiro com 64 textos relacionados ao Shaivismo da Caxemira e o segundo com 28 textos relacionados à tradição Shaiva Siddhánta. Neste último conjunto, dez escrituras são consideradas dualistas (dvaitas) e pertencentes à tradição Shivabheda.

    Os shaktágamas são escrituras dos seguidores da face feminina do Absoluto, a Grande Deusa (Mahádeví). Portanto, qualquer escritura para ser considerada shakta deve abordar o Divino sob o aspecto feminino, na forma da onisciência dinâmica do Cosmos, o poder absoluto e supremo, denominado Ádi-Shakti Deví.

    Praticamente todas as tradições tântricas são orientadas ao culto a feminilidade, presente na natureza e no Cosmos e, portanto, de conotação shakta, mesmo quando Shiva é a divindade central da tradição. Por isso suas escrituras são simplesmente denominadas tantras.

    O primeiro texto tântrico a ter uma transmissão por escrito, rompendo com a tradição unicamente oral, foi o Guhyasamája Tantra. Trata-se de um texto que teve sua origem nas escolas tântricas budistas e contêm as bases da doutrina tântrica, de forma que muitos textos posteriores não fariam outra coisa que precisar ou ampliar algum detalhe dos ensinamentos desta escritura. Para compreender o nascimento deste texto, que fora um marco no desenvolvimento do tantra, temos de buscar suas raízes dentro do Budismo pré-classico.

    Alguns princípios tântricos já estavam presentes nas práticas dos budistas na época de Buddha, que reconhecia os poderes sobrenaturais (siddhi), associados às práticas tântricas, e o método em quatro etapas para alcançá-los que ele denominou iddhipáda.

    Embora seja pouco conhecido entre a maioria dos budistas, Buddha praticava uma forma de Yoga denominada Ásphánaka Yoga, com o objetivo de expandir as estruturas psíquicas para obtenção de poderes.

    Essa foi uma das principais causas da grande ascensão do Budismo em seus primeiros anos. A outra foi à abertura de seu sádhana a todas as castas.

    Diferentemente da sociedade brâmanica, em que o sannyása era uma etapa da vida somente acessível aos devotos brâmanes que passaram pelas fases anteriores, brahmáchárya (estudante), gárhasthya (chefe de família) e vanaprastha, no Budismo todas as castas tinham acesso direto à etapa monástica.

    Entretanto, com o passar do tempo, o Budismo fora se tornando uma ordem mais rígida, pois Buddha possuía uma forte crença na necessidade da aplicação de regras morais e éticas a todos os monges, principalmente para aqueles que viviam nos monastérios. Entre as normas impostas havia a proibição da ingestão de carne, peixe e vinho durante as refeições e também qualquer relação ou contato com o sexo oposto.

    Entretanto, a maioria dos monges não estava preparada para uma vida monastica.Os dissidentes, sentindo-se a parte do movimento budista convencional, e como os budistas em geral estavam fora do sistema de castas, não tinham acesso ao movimento brâmanico; sua única alternativa seria conseguir a legalização de suas práticas dentro do próprio corpo do Budismo.

    COSMOGONIA TÂNTRICA - tattwas

    Tattwa é uma palavra que significa em sânscrito energia. Os Tattwa pode ser traduzido como verdade ou princípio. É aplicada no sentido de enumerar as qualidades, partes, composição de algo. Por exemplo: os tattwas de uma árvore poderiam ser: a raiz, o tronco, ramos, folhas, flores e frutos.

    Samkhya é considerado como o mais antigo dos sistemas filosófico ortodoxo indiano .Sua filosofia considera o universo como constituído de duas realidades eternas: Purusha (consciência) e Prakriti (corpo físico), é, portanto, fortemente dualistas caracterizada por uma cosmovisão que vê o universo como uma mistura evolução de dualidades distinta (claro / escuro, masculino / feminino, etc.).

    Shamkhya advém do idioma sânscrito, um dos ramos do grande tronco lingüístico e cultural Indo-Ária, tendo parentesco com o latim, o árabe e mais uma dúzia de línguas indianas. Apesar desta influência o sânscrito é uma língua morta, sendo usada em situações ritualísticas, pujas com mantras.

    Samkhya, então literalmente, significa “descrição enumerativa”, inventário, enumeração, sendo uma palavra adotada por kapila, um literato indiano por volta de 27 séculos atrás. Para descrever a estrutura do cosmo e do homem, bem como as relações entre pessoas e do individuo como o cosmo, no sentido da natureza.

    Devido às dificuldades com os estudos e registros históricos daqueles séculos, não se sabe ao certo se Kapila foi realmente um personagem histórico ou uma criação folclórica; não se sabe também a data de seu nascimento (talvez 750 a. C), se foi contemporâneo depois de Buda (200 anos depois), se viveu no século II a.C ou II d.C

    Metafisicamente, Samkhya mantém uma dualidade radical entre o espírito / consciência (Purusha) e matéria (Prakriti). Todos os eventos físicos são considerados manifestações da evolução da Prakriti, ou natureza primária (do qual todos os corpos físicos são derivados). Cada ser ciente é um Purusha, e é ilimitado e irrestrito ao seu corpo

    O espírito em si é apenas uma testemunha da evolução. A evolução obedece a relações de causa e efeito, com a natureza primordial em si ser a causa material de toda a criação física. A teoria da causa e efeito da Samkhya é chamado Satkaarya Vaada, e afirma que nada pode ser criado a partir ou destruídas em nada - toda evolução é simplesmente a transformação da natureza primordial de uma forma para outra.

    Toda a matéria tem três gunas (qualidades) ou atributos fundamentais - sattva (atributo criativo), rajas (atributo preservacionista) e tamas (atributo destrutivo).

    A evolução da questão ocorre quando a relação de forças entre as mudanças de atributos. A evolução cessa quando o espírito percebe que é diferente da natureza primária e, portanto, não pode evoluir. Isso destrói o propósito da evolução, impedindo assim Prakriti de evoluir para Purusha.

    O Purusha (Ser) é consciente e livre de todas as qualidades. Eles são os espectadores silenciosos de prakriti (matéria ou a natureza), que é composto de três gunas (disposições), satva rajas e tamas (atividade estabilidade e estagnação). Quando o equilíbrio dos gunas se movimenta, a ordem mundial evolui. Este movimento causa um desequilíbrio natural, ou seja, um distúrbio é devido à proximidade de Purusha e Prakriti. Libertação (kaivalya), então, consiste na realização da diferença entre os dois.

    Esta era uma filosofia dualista. Mas há diferenças entre o Samkhya e as formas ocidentais de dualismo. No Ocidente, a distinção fundamental é entre a mente e o corpo. No Samkhya, no entanto, é entre o (purusha) e da matéria, e este último incorpora o que os ocidentais normalmente se referem como "mente". Isso significa que o Self como o Samkhya entende que é mais transcendente do que "mente".

    No caso do samkhya temos 24 tattwas na vertente mais antiga e 25 nas mais novas.

    A vertente mais antiga: Niríshwarasámkhya - Chama-se nir (sem) íshwara aquele samkhya que não tem em seus tattwas o íshwara como princípio. Ele somente foi incluído na época do yôga sútra e foi na idade média é que obteve notoriedade.

    Podermos contar o sámkhyas com 24 (sem púrusha), 25 (com púrusha) e 26 (com íshwara) tattwas. Contudo Pátañjali não afirmou que íshwara era um dos tattwas do sámkhya. Esse conceito veio a ser embutido dentro do samkhya mais tardiamente advindo da influência do vêdánta. Por isso prefiro somente citar os samkhyas com 24 e 25 tattwas.

    A vertente clássica se chama: sêshwarasámkhya (26 tattwas), ou seja com (sa) íshwara. No sânscrito há um fenômeno fonético que faz o A+ I virar E, por isso sa+íshwara torna-se sêshwara.

    Tattwas do niríshwarasámkhya, sua cosmogonia.

    TATWAS PUROS (consciência macrocósmica)

    1. CONSCIÊNCIA PURA (chit) -Macrocósmica, Shivatatwa, Samvit.

    2. ENERGIA PURA (Ananda) - Shakti, Tatwas.

    3. ENERGIA DE VOLIÇÃO (Icchá) - Sadashiva.

    4. ENERGIA DO CONHECIMENTO (Jnana) - Ishvara.

    5. ENERGIA DE AÇÃO (Kriya) - Shuddhavidya.

    TATWAS PSÍQUICOS (consciência microcósmica)

    6. MAYA SHAKTI - Energia de ilusão (Kanchukas).

    7. KALÁ - Poder de Shiva.

    8. VIDYA - Energia da Sabedoria.

    9. RAGA - Energia do Desejo.

    10. KÁLA - Energia do Tempo.

    11. NIYATI - Energia da Causalidade.

    TATWAS FÍSICOS (universo material)

    12. Consciência hominal - PURUSHA.

    13. A Matéria - PRAKRTI.

    14. Intuição - BUDDHI.

    15. Sentido do Ego - AHAMKARA.

    16. Mente Cognitiva - MANAS.

    17. Os cinco órgãos dos sentidos: Ouvido (som), Pele (tato), Olhos (visão),

    Língua (paladar) e Nariz (olfato).

    18. Os cincos agentes da ação: Boca, genitais, mãos e pés.

    19. Elementos sutis: Éter, ar, fogo, água e terra.

    20. Elementos grosseiros: Ar, fogo, água e terra.

    Tattwas são cinco símbolos geométricos que representam as cinco energias universais. Cada tattwas simboliza energias puras com propriedades específicas, os potenciais e as freqüências. Em combinações variadas, estas cinco energias compõem a totalidade somática de tudo em nosso universo físico e espiritual.
    Possui cinco símbolos básicos que são combinados para criar símbolos geométricos de tipos diferentes.

    Os símbolos são o Tattwa ovóide, o triângulo, a meia-lua, o círculo e o quadrado.
    Essas definições são mínimas e de forma alguma representam a totalidade do símbolo.

    “Saiba, que o fogo - Agni (energia) é o primeiro tattwa; o ar - Vayu (conhecimento) o segundo; a água – Api (sentimentos) o terceiro; a terra- Pritivi (matéria) o quarto e o éter – Akasha (sabedoria) o quinto. Pela ciência dos cinco tattwas e dos ritos do kaula, o homem se emancipa na vida nesta vida.

    .Uma constatação: os cincos elementos do tantra (a terra, a água, o ar, o fogo, o éter) são os mesmo da alquimia, cuja meta suprema é regenerar os homens banais, profanos, ou lhe revelar sua dimensão superior, assim como seus poderes ocultam em sua natureza aparente.

    São na transformação dos tatwas que tudo na vida ocorre e lapidam o homem em ser divino.

    Tudo ocorre no tantra em primeiro instante através do de Agni – fogo – representado na força serpentina denominado de kundaliní.

    KUNDALINI - A energia vital básica reside no centro básico (muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes através da alquimia agregada nas forças dos demais Tatwas. Api – sentimento – terra – Pritivi – matéria – Vayu – Ar – Conhecimento e Akasha – Espírito Divino e depois retornando a sua origem na Terra. Proporcionando o grande mistério do que está em cima é o mesmo que está em baixo.

    1. ANIMA (exigüidade). Esta é a faculdade que permiti identificar-se com a essência da menor parte do universo e do que ele mesmo é constituído. Permite ver o infinitamente grande (Mahima) ou, ao contrário, o infinitamente pequeno (Anima).


    2. MAHIMA (magnitude). Este é o poder de aumentar de volume, quer dizer, de alargar o círculo de sua consciência e de alcançar a plenitude do conhecimento do infinitamente grande.

    3. GARIMA (gravitação). Isto é relativo ao peso e à massa, e se aplica à lei de gravitação que é um dos aspectos da lei de atração. Este fenômeno é à busca dos yogues, ou seja, o estado de Samadhi.


    4. LAGHIMA (levitação). Esta é a possibilidade que tem o adepto de tornar-se mais leve que o ar, afastando a força de atração da Terra, e de desligar-se dele.


    5. PRAPTI (realizar o objetivo). Aquele que possui este poder tem a capacidade de atingir seus fins projetando sua consciência em todos os lugares que ele julga necessários, quer estejam sobre o plano físico ou sobre o plano cósmico. Este poder foi sempre muito utilizado pelos místicos do mundo inteiro. Prapti desenvolve também a clarividência, clariaudiência e telepatia.


    6. PRAKAMYA (a vontade irresistível). Este poder confere ao adepto a possibilidade de ver e realizar todos os seus desejos pela força da vontade divina, quando esta vontade substitui, em parte, a vontade pessoal e seus desejos estão em perfeita harmonia com o plano divino.


    7. VASITVA (o poder de comandar). É o poder de tornar-se mestre das forças elementares da natureza, utilizando o poder do som criador ou mantra. Pela palavra sagrada, as vibrações são produzidas no éter e as diversas formas podem ser produzidas. Ato utilizado em grande feitos de magia.


    8. ISATVA (o poder criador). Isatva se refere ao poder que tem o adepto de dispor dos elementos em suas cinco formas e de ressuscitar a vida no plano físico.

    Estes elementos mencionados no item acima são de caráter de curiosidade e conhecimento. Estes aspectos devem se desenvolver através de prática específica para o desenvolvimento das energias de cada chakra orientados a principio por um Mestre de Tantra.

    A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

    O Tantra Sadhana (prática), atuando como uma verdadeira Psicologia Energética do Yoga, utiliza-se do instrumental: asanas, pranayamas, kriyas, bandhas, mudras, meditações etc. para sustentar o equilíbrio psíquico, emocional e energético - e conseqüentemente o equilíbrio da personalidade - de modo a proporcionar a experiência da Unidade. E para tal, trabalha com a administração da complexa fisiologia energética e das técnicas que citamos acima.

    Um dos elementos interessantes desta fisiologia (e desta filosofia) é o conceito dos Granthis, os nós psico / emocionais / energéticos que estão posicionados ao longo da Sushumna Nadi (o conduto central de energia que se localiza como contraparte sutil da coluna vertebral).

    O Sushumna nadi simboliza a consciência da Unidade (energia Kundalini) e os Granthis simboliza o fluxo do universo em forma do Fogo Sagrado. Os sistemas de corpos energéticos com seus núcleos de boicotes, limitações, sabotagens, apegos e falsas crenças e identificações que devem ser transmutados e re-significados ao longo de nossa jornada para a consciência da Unidade.

    Granthis - Os três nós psíquicos

    Os Granthis são os obstáculos gerados através do psíquico / emocional / energéticos que cada um deve passar ao longo da sua trajetória rumo ao autoconhecimento.

    Ao mesmo tempo expressam as defesas e bloqueios que construímos.
    Os samsaras (impressões psico-emocionais, que vão gerar vasanas, que são as crenças, tendências e padrões) – outro nome para os Corpos Energéticos - vai, de acordo com sua “temática”, funcionar como manutenção dos Granthis.

    É interessante procurar notar no trabalho de canalização de Corpos Energéticos, quais conteúdos estão relacionados e com que Granthis ?

    De onde se originam os padrões que estão sendo manifestados e expressos pelo canalizador?

    VRTTIS DOS CHAKRAS

    Os antigos yogues se dedicavam a ouvir os sons emitidos pelas pétalas durante suas meditações e descobriram 49 sons. A partir dos sons das pétalas, surgiram as 49 sílabas que compõem o alfabeto sânscrito.

    Mas afinal o que são estas pétalas? São sub vórtices dos Chakras chamados em sânscrito de Vrttis. São os vórtices da mente. Os yogues descobriram que cada vrtti emana uma determinada energia psíquica e podemos dizer que a combinação dos aspectos dos 50 vórtices compõe os bilhões de personalidades humanas que existem.

    De acordo com as escrituras do Tantra, as faculdades mentais (vrttis) são de cinco tipos, e podem causar ou não sofrimento. São os seguintes:

    Pramana: Correto conhecimento com base na percepção direta ou em escrituras;

    Vipariaya: opinião errônea após estudo, ou seja, interpretação ou avaliação errada e ou distorcida, quando o conhecimento de alguma coisa não é baseado em sua forma verdadeira;

    Vikalpa: ilusão ou fantasia, que repousa meramente em expressão verbal ou imaginação;

    Nidra: sono profundo sem sonhos,

    Smrti: memória, retenções de impressões do passado.

    A harmonização dos vórtices é uma tarefa árdua e até pra muitas vidas em algumas pessoas e à medida que o homem evolui espiritualmente eles passam a funcionar de uma maneira tal que nossos sentimentos e emoções não nos dominam mais.

    Quando um determinado vrtti de um Chakra é perturbado por reações psíquico emocional, mental ou até mesmo espiritual é estimulado e torna-se desequilibrado e este padrão energético flui através dos milhares de canais energéticos, os chamados Nadis de nosso corpo sutil, perturbando a tranqüilidade de nossa mente.

    Como os Chakras estão ligados a uma determinada glândula, o hormônio relacionado a ela é super ou sub estimulado, modulando sua produção e provocando sintomas físicos e emocionais perceptíveis.

    Podemos começar agora a concluir que estes vórtices de energias chamados Vrttis “são” a mente de registros passados e que podem ser também considerados como centros de consciência. Sendo assim, torna-se evidente que nossa mente não se localiza em nosso cérebro e em nenhuma estrutura física. Portanto, a mente está distribuída nos 50 aspectos existentes nestes seis Chakras sendo que o cérebro teria apenas uma função semelhante a um terminal de computador dando-nos a ilusão de que nossa consciência se localiza em um determinado local de nosso corpo: para os ocidentais espiritualistas entre as sobrancelhas, mas para os povos do oriente, mas especificamente tântrico, no coração.

    Passaremos a descrever as diversas qualidades psíquicas ligadas aos Vrttis de cada Chakra.

    Métodos para inserir o Tantra

    Para que buscar pelo o Tantra?

    Buscar pelo o Tantra é o caminho que permite resgatar o poder de força e equilíbrio. É a ferramenta que conduz ao coração. Ou seja, o aprendizado de se amar, de sentir e de se permitir ter e fazer o que deseja. Sem dogmas e paradigmas.

    O Tantra permite co-criar sensações e realizações de vida. Através do realinhamento do poder de criar – feminino – shakti e de realizar – masculino – shiva inerente a cada pessoa – ou seja, permite acessar a sua verdadeira essência.

    Quais as formas que se pode buscar pelo o Tantra?

    Hoje o Tantra é divulgado como terapias tântricas e aproveito para desmistificar ou até mesmo esclarecer que quando se pensa em Tantra se traduz sexo e ou pornografia, divulgada pelos que exploram comercialmente o rotulo Tantra.

    Mas o Tantra é a tarefa de aprender a sentir e vivenciar terapeuticamente é possível através de meditações dinâmicas denominadas de vivências.

    Vivencias são métodos de conduzir um movimento através de uma melodia compactuada pela a sensibilidade do terapeuta em reconhecer através da nota os elementos que nela se forma, exemplo – terra, água, ar, fogo. A melodia é conduzida numa seqüência que produz o movimento de forma coreografada e conduz o participante a quebrar o fluxo ativo da mente de pensar para o sentir, mudando assunto o padrão comportamental da mente e concebendo o sentir formatando um equilíbrio automático.

    Vivência tântrica.

    Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira harmoniosa. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significaria estarmos sensual e sensorial?

    Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência, aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

    Individualmente

    Através do realinhamento de chakra – Deeksha – iniciação – com mantras que são palavras entoadas que produzem comandos de força no cérebro atuando em pontos específicos do corpo que leva ao despertar do inconsciente e forma assim uma mensagem de revitalização e capacidade de poder.

    Através da massagem tântrica – pertence ao rito do maithuna – metafísica do sexo e que foi retirada do rito com a função terapêutica a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido.
    A pessoa ao ser massageado tem a sensação de carinho e de amor. Não há dores, desconforto, nem torções.

    A massagem tântrica pode ser comparada com o som de instrumento de cordas. Onde o terapeuta transporta através das pontas dos dedos e das palmas das mãos um fluxo continuo e suave de toques sobre a pele provocando a eletricidade do corpo denominada de libido. O toque é feito de forma harmonioso, sutil e amoroso.

    Esse processo de prazer ao ser canalizado durante a massagem permitir equilibrar os hormônios e revitaliza os órgãos genitais internos e externos. Favorecendo a potência nos homens e preconizando ao orgasmo seco.
    Para as mulheres proporcionarão a facilidade do sentir orgasmos, corrigindo disfunções como TPM, frigidez, timidez e valorização de si mesma como mulher deixando-a mais feminina e sensual. Os homens concebem em si a capacidade de fluir o fluxo de intuição, sensibilizando as emoções, promovendo a dose necessária para fluir no pulso dos negócios e da afetividade.

    Conclusão

    Tantra é um caminho de conexão ao Divino - uma das trilha para o sagrado, o poder latente da certeza em ser pleno e único.

    Tantra é a transformação de energia. Vivenciar a trama da vida. É Tantra o despertar para o prazer num todo.

    O Tantra não pede ao Sádhaka (praticante) que pare de agir, mas sim que a ação seja transformada em consciência interior. Não se trata de uma mudança radical de vida e sim de uma conscientização dos desejos, sentimentos e situações. Não apenas de conhecer o desconhecido, mas o de realizar o já conhecido.

    O Tantra torna o ser humano mais sensível ao seu momento histórico, revitaliza suas energias físicas e unifica suas paixões.

    Procure conhecer a filosofia do Tantra sem os olhos da religião = hinduismo e sem os olhos do sexo, como assim tem sido entendido.

    A libido é uma energia existente em todos os seres vivos e que permeia o fluir do fazer e concretizar. É a energia que permeia as paixões e o desejo. Mas é a porta para transcender a consciência O tantra diz fique aqui agora e vivencie .É assim para tudo na vida!!

    Você não pode viver o amanhã sem viver o Hoje!

    Portanto sorria, dance, vibre, celebre, isto é Tantra.

    Bibliografia

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

    Autor: : Celi Aparecida Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 31/07/2012 14:20


    “Ciência” Da Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto 2.doc

    CIÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE

    Introdução à Filosofia Oriental - O Tao como caminho

    São Paulo, 30 maio de 2012

    Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660

    SINTE – Sindicato dos Terapeutas – Holística – 2012

    SUMÁRIO

    1. Introdução ....................................................................................... III

    1. Missão por uma causa nobre.......................................................... .III

    1. Dores – Holoyoga: a terapia filosófica - autoconhecimento............. IV

    1. A Terapia Holística – terapia do ser total ................................... IV

    1. Rejuvenescimento - autoestima........................................................ IV

    1. Postura e elegância: cultura ancestral ............................................... V

    1. Tao .....................................................................................................V

    1. Mensagem do Tao ..............................................................................V

    1. Alquimia ...........................................................................................VI

    1. O estudo do Yin e do Yang ..............................................................VII

    1. Criação ............................................................................................VII

    1. Mutabilidade ..................................................................................VIII

    1. O principio do Yin e do Yang ...........................................................IX

    1. Os samurais ........................................................................................X

    1. Esotérico-Yin e Exotérico Yang .......................................................XI

    1. O mundo “Terra Yin” e o outro mundo “Céu Yang” ........................XII

    1. O mundo após a morte ......................................................................XII

    1. Material e metodologia .................................................................... XIV

    1. Discussão ..........................................................................................XIV

    1. Conclusão .........................................................................................XIV

    1. Bibliografia ....................................................................................... XV

    Introdução

    O homem evoluiu vertiginosamente na ciência do capitalismo, o ‘Ter’. Assim 1% escraviza 99% da população. Negligenciou-se na ciência da espiritualidade.

    Infelizmente a humanidade se perdeu no tempo, a capacidade de enxergar a verdadeira mediunidade (conhecimento e sabedoria) a verdadeira ‘Iluminação’, sendo que é perfeitamente possível, qualquer ser pode acessar a sua mediunidade que está adormecida no inconsciente é a kundalini adormecida, que pode ser despertada. Mas antes é preciso fazer o treinamento moral orientado por um mestre elevado.

    O I Ching sempre me diz: “A simplicidade diante de Deus não é uma vergonha”. Sou muito simples e com muita dificuldade em expressar os meus pensamentos em palavras escritas ou verbalmente, e tenho muita consciência de que acabo deixando muitas coisas ou assuntos no ar. Por isso peço encarecidamente que, tenham muita paciência e compreensão.

    Ter paciência e compreensão também é uma virtude, porque as pessoas aprendem a pensar sobre qualquer motivo ou assunto, e é assim que se aprende a filosofar. Hoje entendo perfeitamente que simplicidade é o propósito Tao (natureza).

    A natureza é muito simples, ela ensina tudo, olhem mais para a natureza (Yin e Yang) com muito amor, paciência e compreensão. Eles ensinam tudo.

    O meu objetivo maior é trabalhar sobre o legado que se deteriorou, pois o I Ching sempre me orientou nesse sentido. O intuito maior é ajudar os seres humanos em sua evolução pessoal e espiritual na simplicidade do Tao.

    O Tao ensina tudo através do Yin e do Yang (A sublime unidade). O que será levado em consideração é o autoconhecimento elevando a autoestima, afeto e compreensão, eliminando os conceitos que anuviam a mente que cria a prisão mental, da qual a sua essência fica ‘engaiolada’.

    Com a eliminação dos conceitos, crenças e dos paradigmas que não funcionam o ser liberta a sua essência adquirindo vida. A vida é construir situações que desejam vivenciar e não viver as situações aleatórias e desagradáveis que são atraídos inconscientemente. O que será ensinado são os caminhos necessários para a evolução pessoal, respeitando a capacidade de cada ser que será despertado de forma necessária: suave, médio ou intenso, de acordo com a necessidade de cada um naturalmente, desde que esteja aberto e disposto para a transformação e a libertação do ser.

    Missão: Por uma causa nobre

    Na comunidade todos são livres para participar de forma que sejam espontâneos. O trabalho será organizado de maneira que todos participem, formando uma equipe de boa vontade. Uma equipe é mais que um grupo de pessoas, é uma união de todas em torno de um objetivo, é o sincronismo de todos que leva a resultados notáveis.

    Vou dizer mais uma vez: “Compartilhar é necessário para evoluir todos juntos e compartilhar a alegria de viver. Compartilhar a felicidade é felicidade em dobro, compartilhar a dor é sofrimento pela metade, compartilhar o conhecimento é conhecimento redobrado. Isso é sabedoria, isso é Tao”.

    “Ser nobre não é ser melhor do que um milhão de pessoas, a verdadeira nobreza é ser melhor do que foi no passado.”

    Provérbio Hindu

    Dores – Holoyoga: a terapia filosófica – autoconhecimento

    Holoyogaterapia como auto-cura.

    Fundamento: Filosofia do Chi

    Todos nós somos autocuradores por natureza, existimos por causa do alimento material e da combinação exclusiva das forças que nos cercam (o Tai ChiYin Yang). A necessidade diária de calorias gira em torno de 6 mil unidades, basicamente obtemos 2 mil calorias dos alimentos que vem da terra. As outras 4 mil calorias saem das forças ao nosso redor, acima e abaixo de nós. Essas forças que nos cercam são a eletricidade, o magnetismo, a energia das partículas cósmicas, a luz, a cor, o som e o calor que são alimentos da nossa alma “o corpo etérico”. Se não soubermos como absorver e transformar esse alimento cósmico, precisamos depender dos outros para nos abastecer. Então precisamos consultar um padre, um monge ou uma pessoa santa para nos dar o nosso alimento espiritual diário.

    Os taoístas descobriram que podemos aprender a absorver essas energias circundantes e universais através da pele e dos principais centros de energia. Para nos projetarmos na imensidão das galáxias e do universo e reunir reservas ilimitadas de Chi cósmico para melhorar a saúde, devemos dar os primeiros passos dessa jornada dentro de nós mesmos. Para “sair” precisamos primeiro ”entrar”.

    Terapia Holística – Terapia do ser total

    “O homem deve harmonizar o espírito e o corpo.”

    Hipócrates

    É incontestável que o homem por sua própria iniciativa volte-se agora para terapia natural, desiludido não pelos resultados, mas pelos métodos muitas vezes brutais, das medicinas oficiais.

    A terapia natural mergulha suas raízes na noite dos tempos e das civilizações: terapia indiana, ayur-védica, tradicional, chinesa, hipocrática, egípcia e etc..

    Um fator comum se levanta no meio desses métodos de saúde: a concepção de que o espírito e o corpo, a energia e a matéria estão em conexão intima e influem naturalmente um sobre o outro (mente sã e corpo são). Assim toda terapeuta deve agir de modo a harmonizar a mente e o corpo no verdadeiro trabalho psicossomático que Hipócrates descrevia da seguinte forma: “Preservar o doente do perigo e da injustiça”.

    Milhões de anos atrás da descoberta de Einstein a respeito da relatividade, o homem já sabia a integração da energia da matéria. Todas as tradições antigas e as medicinas naturais mais recentes reconhecem uma força ativa de ligação entre o pensamento e o corpo: a energia vital, a harmonização pela energia da natureza.

    Rejuvenescimento – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Rejuvenescer ganhando um corpo vibrante de energia.

    Fortalecer o corpo físico é importante, mas se quisermos realmente rejuvenescer, é necessário também fortalecer o corpo etérico, o ser. Exercitar e fortalecer os intrincados músculos esfíncteres internos M.E.1. São 6 diafragmas que se ligam com os 6 chacras, assim fortalecendo órgãos e endócrinos, como também o sistema nervoso. Isso se deve a ativação da energia vital, trazendo a melhora do reflexo dos sentidos e da lucidez.

    Postura e Elegância – cultura ancestral – Base: 7 chacras, 2 cérebros e 3 tan tiens

    Correção da postura para a saúde e manutenção da coluna, também rejuvenesce e enaltece, pois com a postura correta a pessoa fica elegante, se sente autoconfiante e eleva a autoestima.

    Tao

    O mundo pulsa, expande e explode. A dança cósmica do Yin e do Yang impulsiona o universo transformando, evoluindo e iluminando.

    Mensagem do TaoTao filosófico

    Desembaraçando os fios de seda emaranhados, juntando-os em meadas, assim se desvenda os mistérios e segredos orientais da antiguidade.

    “O antigo será de novo útil.” Lao Tse.

    O Tao como base das doutrinas filosóficas mentais e, hoje também, ocidentais é palavra chinesa que significa caminho, via; isto é, a sobreposição do feminino e do masculino, chamado Yin e Yang. O Tao não significa uma soma de um e outro, mas tais forças existem concomitante e sincronicamente. O Tao, como caminho e como fusão de tais elementos é o sentido de ordem, é um princípio organizador. É a reunião do caos e das polaridades. É gás dispersivo, conseqüente aos movimentos de fricção se transforma em gás de combustão do próprio movimento deixando um rastro. Ao seguir o Tao vocês seguem esse rastro, os movimentos, os fluxos da vida e do caminho até que, perdendo a polaridade, vocês se transformam no próprio caminho, no Tao.

    O Tao condena a idolatria e diz: “O mestre Tao não tem nome, ele é oculto, vive no anonimato meditando (filosofando), praticando, aprendendo, orientando e semeando o bem, o cultivo da serenidade, meditando entre o céu e a terra.”.

    O homem recebeu do céu uma natureza essencialmente boa para guiá-lo em todos os seus movimentos. Entregando-se a esse principio divino dentro de si, o homem alcança uma inocência incontaminada. Ela o conduz ao bem com certeza instintiva e livre de intenções ulteriores de recompensa ou vantagem, essa certeza instintiva traz supremo sucesso e favorece através da perseverança. Nem tudo que é instintivo é também natural, nesse sentido mais elevado da palavra, mas somente o que é correto, aquilo que corresponde à vontade dos céus. Uma forma de agir instintiva e irrefletida, que não possua retidão, só poderá causar infortúnio.

    Confúcio comentava a respeito: “Aonde irá àquele que se afasta da inocência? A vontade e as bênçãos dos céus, não acompanham seus atos.” – conceito do I Ching.

    O céu é puro, mas a terra é impura, o homem está entre o céu e a terra, entre o puro e o impuro. Certo ditado antigo diz o seguinte: “O Tao não possui qualquer forma; no entanto, confere vida ao céu e à terra. O Tao é destituído de emoções; no entanto, move o sol e a lua. O Tao é destituído de nome; no entanto, nutre todas as coisas da natureza.” O Tao possui tanto aspectos puros quanto impuros. Às vezes permanece imóvel, às vezes move-se. O céu é puro e a terra impura, todas as coisas percorrem o seu respectivo curso. A origem da pureza reside na impureza. Por esse motivo nos remetemos à meditação “reflexão”. O movimento é a fundação de quietude. Se as pessoas puderem constantemente permanecer puras e imóveis, então ficaremos no estado de serenidade.

    O espírito tende para a pureza, a mente para a quietude, mas é contrariada pelo desejo de equilibrar-se. Se fores capaz de controlar, então a mente permanecerá imperturbável e puro. Aqueles que estão impossibilitados de atingir o Tao são aqueles destituídos de clareza mental e que ainda se acham escravos das emoções.

    Suportar a quietude gradualmente entrarás no verdadeiro caminho denominado Tao, não existe nada para ser atingido, mas sim para sentir. Lao Tse dizia: “Aqueles que são honrados não tem porque discutir. Os que não são preferem se entregar a discussões.”.

    Aqueles que possuem elevadas virtudes não necessitam de virtude. Quando a mente permanece selvagem o espírito torna-se distraído devido a existência da ansiedade e do estresse, o corpo e a mente são afligidos por tensões.

    Se viveres na decepção e na ansiedade afundará no oceano do sofrimento e sempre vaguearás para fora do verdadeiro caminho. Se fores capaz de perceber intuitivamente, viverás o caminho natural, se intuitivamente entenderes o Tao, sempre será puro e imóvel. Todas as meditações que fazemos são essencialmente internas, você fecha seus olhos e imaginam todas essas coisas (tais como o sofrimento dos seres e o desejo de que sejam felizes); Mas não pense que isto vai simplesmente perder-se no espaço e não vai produzir nada. Ao imaginar certas coisas você faz com que elas se tornem realidade, se você todos os dias fica irritado, não se surpreenda se continuar ficando irritado se você mantém pensamentos de irritação em sua mente, “Eu detesto ele, eu detesto ele.”, não se surpreenda se um dia acabar por dar um soco no nariz dele, porque o que o corpo e a fala fazem é simplesmente seguir aquilo que a mente está fazendo, porque eles se iniciam na mente. Refletir, pensar, oração mental, examinar atentamente, ponderar, considerar, reconsiderar, isso é meditar.

    Como qualquer outra coisa, você tem que treinar antes de agir, não é possível simplesmente entrar em um carro e sair dirigindo, é necessário treinar primeiro. Antes de tocar piano você tem que treinar e treinar. Você tem que treinar-se no desenvolvimento do amor e da compaixão e tudo isso, por fim, o tornará apto a espontaneamente expressa-los em corpo e fala, isso é algo razoável.

    Alquimia - Adquirir conhecimento e sabedoria aprendendo a filosofar.

    Para refletir, filosofar, pensar: “Aprender sem pensar é inútil. Pensar sem aprender é perigoso.” Confúcio (Kung Fu Tse).

    Filosofia do Chi: metafísica, física moderna, física quântica é a ciência geral dos primeiros princípios e das primeiras causas, conhecimento, sabedoria, força moral, (elevação espiritual) que leva próximo a Deus; conhecimento de verdades morais, conhecimento absoluto que procura a intuição direta das coisas; conhecimento racional único possível de alcançar a essência das coisas, modo de pensamento intermediário entre teológico e o positivo; método de abordar os fenômenos da natureza; aprofundar, refletir, filosofar, raciocinar, pensar e discernir, é a adequação entre o ser e a inteligência, ou seja, espírito de reflexão de crítica e de superação.

    O estudo do Yin e do Yang

    A fertilidade da natureza é uma forma de expressão e um espelho do movimento contínuo de criação que se processa incessantemente em todos os níveis de vida no Universo.

    Criação – Yin e Yang – Co-criação

    No momento da criação, da unidade nasceu a multiplicidade, o ser sem forma se separou inicialmente em duas formas básicas de energia; uma força fecundante masculina e uma força receptora feminina “o nascimento do Tao”. Os chineses deram a essas forças primárias a alguns milhares de anos a denominação de Yin e Yang, do jogo dessas energias surgiu a criação.

    O Yin feminino é fecundado continuamente pela força masculina do Yang dando origem a vida e a morte, em suas infindáveis e múltiplas formas: físico, pensamento, idéias, atos, intenções, emoções, formas, momentos, tempo, espaço e etc.. É a energia que nunca morre, ela se transforma infinitamente, que também pode ser comparado com o nosso “cérebro macaco”, que nunca para de pensar.

    As forças do Yin e do Yang se manifestam no universo inteiro como polaridade, tudo para poder existir, tem um pólo contrário, “o nosso cérebro também é assim”. Um pólo só subsiste pelo outro pólo, se uma polaridade desaparece, a outra também desaparece.

    Essa regra fundamental é aplicável a tudo. Assim, só podemos exalar quando inalamos, se deixarmos de exalar também deixamos de inalar. O interior condiciona o exterior, o dia condiciona a noite, a luz condiciona a sombra, o nascimento, à morte, a mulher, o homem, etc., no que as duas polaridades são sempre intercambiáveis, cada pólo necessita para seu complemento, um pólo contrário. O Yin e Yang simbolizam de modo evidente o movimento rítmico de tudo o que é dotado de alma. Nesse sentido, o Yin representa um lado da totalidade, o feminino, expansivo, intuitivo, passivo e inconsciente, e o Yang representa o lado masculino, concentrador, racional, ativo, e consciente. Isso, contudo não envolve nenhuma avaliação no sentido de “melhor”, o equilíbrio que existe no universo que nos envolve é o resultado dos relacionamentos entre os pares contrários. Como tudo no universo se encontra num fluxo constante de movimento, tanto o Yin como o Yang já estão presentes de forma latente no pólo contrário, isso é simbolizado pelo ponto branco, no Yin preto, e pelo ponto preto, no Yang branco. Cada um dos dois pólos já encerra em si, em forma de semente o pólo contrário, e é apenas uma questão de tempo para que uma polaridade se transforme na outra. Em alguns planos, esta transformação ocorre numa fração de segundo, como por exemplo, na esfera atômica.

    No ser humano essa mudança de polaridade do masculino para o feminino ou vice-versa, é possível através de várias encarnações. O dia e a noite necessita em média doze horas para essa mudança e o exalar e o inalar precisam apenas de alguns segundos.

    Todas as coisas chegam e afastam, se movimentam e se alteram com base no intercâmbio e na ação recíproca dessas forças básicas do universo. Entretanto, somente os dois ciclos resultam na respectiva unidade perfeita.

    Também a relação entre a mulher e o homem é baseada nessa regra, dois pólos se empenham em formar uma unidade, atraindo-se como os dois pólos de um imã. Quando é atingida a união das forças opostas há um intercâmbio entre elas, esse fenômeno também se aplica na direção da rotação dos chacras.

    Na homossexualidade, vê-se, por exemplo, uma polaridade energética oposta a normal, a questão da homossexualidade hermafrodita e andrógena, também faz parte da natureza (química). Tudo pode transformar ou voltar transformando.

    Entre os mundos visíveis e invisíveis dentro do universo, existem duas forças ou essências primárias: Yin - a obscuridade, e o Yang - a claridade. A força Yin tem poder de concentração, recolhimento, de se tornar mais pesada, mais densa, é o processo de materialização. Como todas as matérias físicas, por ser mais pesada, torna-se mais lenta, receptiva e quieta.

    A força Yang tem poder de expansão, de diluição de se tornar mais leve, mais dilatada e flutuante, é a antítese da materialização, e por ser leve e flutuante Yang simboliza a inquietação e o movimento.

    Yang tem tendência ascendente: Up, alegria, euforia, ansiedade.

    Yin tem tendência descendente: Down, depressão, tristeza, apatia.

    O dinamismo de Yang lembra o fogo: seu movimento é para cima, sua qualidade energética é de diluição e expansão. O dinamismo de Yin é como a água: dirige-se para baixo, sua qualidade energética é de concentração ou coagulação; pode-se ainda relacionar a energia Yin com as matérias mais densas de cosmo (planetas), e a Yang com as matérias sutis do cosmo (as luzes das estrelas).

    Às mulheres é atribuído o símbolo Yin pela quietude do feminino, e aos homens o símbolo Yang, pela inquietação do masculino. Percebe-se, entretanto, que nem o homem nem a mulher são inteiramente Yin ou Yang, a mulher, apesar de ser respectiva (Yin), é normalmente mais suave e leve (Yang), o homem, apesar de ser impulsivo (Yang), é mais rígido e tenso (Yin).

    O símbolo Tai Chi mostra que no interior de Yang existe um núcleo Yang. Os núcleos representam o centro ou essência, que é a camada mais profunda do ser, sendo o restante, camadas periféricas. A mulher é Yin, mas dentro dela ainda existe o aspecto Yang, e vice-versa para homem. Os nossos órgãos também se movimentam dessa maneira. Os núcleos representam os centros de gravidade do Yin e do Yang, para que a unidade seja mantida é necessário que o Yang tenha um núcleo Yin, assim como que o Yin tenha um núcleo Yang.

    Centro de gravidade Yang, núcleo Yin, centro de gravidade Yin, núcleo Yang. As energias Yin e Yang se manifestam simultaneamente no Universo. Pode-se ter como exemplo, o sol do nosso sistema solar, que irradia luz para todas as direções e ao mesmo tempo retém todos os planetas em torno de si; essa irradiação é Yang e a retenção é Yin. Do centro a periferia, ou seja, do Um ao infinito é o processo Yang; da periferia ao centro, isto é, do infinito ao Um, é o processo Yin. Já pensaram sobre o Buraco Negro?

    Mutabilidade

    Os movimentos da natureza são a alternância do Yin e do Yang. Essa alternância no I Ching chama-se mutabilidade. Como a maioria dos estudos místicos, o I Ching dedica uma boa parte a questão do destino, compreender o destino é compreender o sentido da vida dentro do tempo e do espaço. Segundo o I Ching, o destino é feito de alternância. Tudo que tiver ascensão terá queda. Todos os que viverem lado Yang conscientemente viverão o lado Yin inconscientemente. Os que estão conscientes no lado Yin tem seu inconsciente no lado Yang.

    A alternância do Yin e do Yang no destino é um processo natural e inevitável, assim como a vida e a morte. Os momentos do destino são momentos sucessivos, não há bem nem mal, são apenas momentos feitos de uma contínua mutação, em que passado e futuro projetam-se infinitamente.

    O princípio do Yin e do YangTai Chi, a sublime Unidade (código de Deus)

    Diagrama do Tai Chi. Em chinês, esse conhecido símbolo que representa a integração Yin -, e Yang +.

    Yin e Yang é, na filosofia chinesa, uma representação do princípio da dualidade de Yin e Yang. O conceito tem sua origem no tao, base da filosofia e metafísica da cultura chinesa.

    Princípios complementares

    Segundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    - Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente.

    - Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio.

    Também é identificado como o tigre e o dragão representando os opostos.

    Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidades são não definições, mas analogias que exemplificam a expressão de cada um deles no mundo fenomênico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação.

    Os exemplos não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios. Assim, referir-se a Yang como positivo apenas indica que ele é positivo quando comparado com Yin, que será negativa. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a prótons e elétrons: os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.

    O diagrama do Tai Chi simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. Yang (branco) e Yin (preto) integrados num movimento contínuo de geração mútua representam a interação destas forças.

    A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe contém tanto o princípio Yin quanto o Yang. O símbolo Tai Chi expressa esse conceito: O Yin da origem ao Yang e o Yang da origem ao Yin.

    Desde os primeiros tempos, os dois pólos arquetípicos da natureza foram representados pelo claro e pelo escuro, pelo inflexível e pelo dócil, pelo acima e pelo abaixo. O Yang, o poder criador era associado ao céu e ao Sol, enquanto o Yin corresponde a terra, ao receptivo, à Lua, o céu está cima e esta cheio de movimento.

    A terra – na antiga concepção geocêntrica – está em baixo e em repouso, dessa forma, Yin passou a simbolizar o repouso, e Yang, o movimento. No reino do pensamento, Yin é a mente intuitiva, complexa, ao passo que Yang, é o intelecto, racional e claro. Yin é a tranqüilidade contemplativa do sábio, Yang a vigorosa ação criativa do rei.

    A base da teoria de Yin e Yang é a harmonia e o equilíbrio. As forças complementares de Yin e Yang são o pilar central em todo o pensamento chinês. Considera-se que estas forças afetam tudo no universo, incluindo a nós mesmos. Tradicionalmente, o Yin é o feminino, o escuro, o passivo, o frio e o negativo, e o Yang é o masculino, o claro, o ativo, o quente e o positivo. Outro modo mais simples de considerar o Yin e o Yang é que há dois lados em tudo – felicidade e tristeza, cansaço e vigor, frio e quente e demais opostos.

    Yin e Yang são os opostos que criam o todo. Cada um deles não pode existir sem o outro e nada é completamente um ou o outro, em nenhum momento.

    Há graus variados de cada um deles dentro de tudo e de todos nós. O símbolo do Tai Chi ilustra como o Yin e Yang, fluem de um para outro com um pouco de Yin sempre dentro do Yang e um pouco de Yang sempre dentro do Yin.

    No mundo, o sol e o fogo são Yang, enquanto a terra e a água são Yin. A vida só é possível por causa da interação entre estas forças. As duas forças são necessárias para a existência da vida. Veja a relação abaixo para entender a relação entre Yin e Yang.

    Forças Yin: Feminino; Escuro; Lua; Água; Passivo; Descendente; Contração; Frio; Inverno; Interior; Pesado; Osso; Frente; Interior do corpo.

    Forças Yang: Masculino; Claro; Sol; Fogo; Ativo; Ascendente; Expansão; Quente; Verão; Exterior; Leve; Pele; Dorso; Externo do corpo.

    O corpo, a mente e as emoções estão sujeitos às influências de Yin e Yang. Quando as duas forças adversárias estão em equilíbrio nos sentimos bem, mas se uma força dominar a outra se provoca um desequilíbrio que pode resultar em doença.

    A acupuntura é uma terapia de natureza Yang porque atua do exterior para o interior. Por outro lado, as terapias herbáceas e nutricionais são terapias de natureza Yin, porque atuam do interior ao longo do corpo. Muitos dos órgãos principais do corpo são classificados em pares de Yin-Yang, que trocam influências saudáveis e insalubres.

    O Chi é a energia essencial que constitui a base de todas as terapias holística: I Ching, Reiki, da acupuntura, moxa, feng shui, tai chi chuan, cromoterapia, cristalterapia, enfim, uma infinidade. Pode se ouvir o som da energia pelas mãos, pode se ouvir também o som inaudível denominado seis sons do Lao Tse. Tudo isso é possível devido a existência dos chacras em nosso corpo. As cores do arco-íris, 7 notas musicais também são atraídas pelos 7 chacras (7 níveis de energia – Aura pessoal).

    Duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:

    Yang: O princípio ativo, diurno, luminoso, quente, masculino.

    Yin: O princípio passivo, noturno, escuro, frio, feminino.

    Os Samurais

    Os samurais não estudavam somente os ensinamentos das escolas do Budismo esotérico, mas também estudavam música, a doutrina de Confúcio e muitos outros ramos do conhecimento, como, por exemplo, a teoria do equilíbrio do Yin e do Yang. Na cosmologia chinesa, esses são os dois pólos fundamentais do universo, respectivamente o princípio negativo e o principio positivo. Os japoneses chamam os de In e Yo.

    Todos esses estudos desempenhavam um papel na vida do guerreiro. A teoria do Yin e do Yang era usada, por exemplo, quando ele queria construir uma casa ou, se fosse rico e poderoso, fundar um castelo. Numa ocasião dessas, ele estudaria o equilíbrio entre o Yin e o Yang para determinar a melhor localização e orientação para o edifício. Sabia que, por mais esforço que empenhasse na fortificação, isso de nada valeria se os arredores não fossem condizentes com o seu objetivo.

    Seguindo a tradição chinesa, os guerreiros do Japão ocupavam-se não só da interação entre os dois pólos fundamentais do universo como também dos cinco elementos que se combinam de infinitas maneiras para criar tudo o que existe no mundo.

    Os nomes dos dias da semana correspondem aos princípios do Yin e Yang. O primeiro dia da semana é o dia do sol; o segundo, o dia da lua; e os outros cinco dias recebem os nomes dos cinco elementos físicos, determinados pelo estudo dos princípios positivo e negativo, estudo esse que foi feito na Ásia, nos tempos antigos. Os nomes dos dias são os nomes dos cinco elementos fogo, água, madeira, metal e terra. Segundo os princípios do Yin e do Yang esses cinco elementos podem dispor-se de duas maneiras. A primeira é uma ordem na qual geram um ao outro, uma ordem harmônica; a segunda é uma ordem na qual os elementos se dispõem de acordo com suas rivalidades. Nesta segunda ordem, os diversos elementos inevitavelmente destroem uns aos outros.

    No relacionamento harmonioso entre os cinco elementos, a madeira produz fogo, que por sua vez transforma a madeira em cinza, ou seja, produz terra. A terra gera o metal; o metal gera a água e a água gera a madeira.

    A segunda ordem, baseada no conceito da rivalidade dos elementos, começa com a madeira. Esta quebra a terra; a terra absorve ou impõe limites à água; a água apaga o fogo; o fogo derrete o metal e o metal corta a madeira. O estudo das forças positiva e negativa no universo; o estudo do Budismo dos encantamentos e magias, chamado mikkyo; o estudo dos cinco elementos; e os estudos das fórmulas mágicas – todos esses estudos foram reunidos e desempenhavam um papel na formação dos homens de guerra e generais militares do passado. Esses estudos constituíam a base do currículo deles.

    O verdadeiro conteúdo do que tradicionalmente se chama de ‘artes marciais’ não são simplesmente as técnicas de matar. Há muito mais coisas envolvidas. O fundador da Shinto Ryu, Choisai Sensei, propôs estudos que conduzissem ao desenvolvimento da harmonia e de uma coexistência essencialmente pacífica entre o homem e a natureza e entre o homem e seus semelhantes. É nisso que ele pensava quando disse que as artes marciais devem ser as artes da paz.

    Os melhores guerreiros e generais do passado conheciam, além da arte de matar outros seres humanos, uma larga variedade de outras artes. Sem o seu conteúdo filosófico, as artes marciais não seriam nada além da aquisição de uma força bruta semelhante à dos animais.

    Esotérico – Yin e Exotérico - Yang

    O esotérico – Yin é espiritual, procura o divino, o eu verdadeiro (o ser) dentro de si, se interiorizando e sentindo a presença do mesmo. Esse ser se conecta com Deus através do canal chamado Chitrini: o fio de luz oculto. (oriental – Yin).

    “O exotérico – Yang é a religião “religarê”, procura o Deus Cristo, os Budas, os Santos e anjos, distante exterior” que estão no céu. (ocidental – Yang).

    O mundo “terra-yin” e o outro mundo “céu-yang

    “De onde vim e para onde vou quando morrer?” Essa é uma pergunta vital que reside em algum recanto da nossa mente, mas para a qual pouquíssimas pessoas podem dar uma resposta clara. A razão disso é que, para dar a resposta, é necessário um esclarecimento sobre a relação entre este mundo e o outro mundo. Do modo como as coisas estão agora, infelizmente, não há suficiente acúmulo de conhecimento sobre o assunto nem uma metodologia estabelecida que possam dar uma explicação.

    As únicas pistas que podemos encontrar por menores que sejam vêm das atividades dos médiuns que têm aparecido na Terra de tempos em tempos. No entanto, existem muitos tipos de médiuns e, embora alguns mereçam confiança, a grande maioria ainda tem uma personalidade ligeiramente desequilibrada, motivo pelo qual as pessoas deste mundo não conseguem acreditar em suas revelações. Por exemplo, um médium pode afirmar ter falado com um determinado espírito, que lhe preveniu sobre certo acontecimento. No entanto, não há nenhuma maneira de se provar isso, o que provoca incerteza e faz com que seja muito difícil confiar na palavra do médium. O mesmo acontece quando se trata de uma explicação deste mundo e do outro. A raiz da incerteza encontra-se em nossa incapacidade de reproduzir as experiências do médium.

    Se todos nós pudéssemos compartilhar as mesmas experiências mediúnicas, ninguém duvidaria da existência do outro mundo. Mas, infelizmente, essa habilidade limita-se apenas a poucas pessoas especiais. Como resultado, a maioria das pessoas não sabe da existência do outro mundo. Pessoas de senso comum não querem aceitar a existência do outro mundo ou da relação entre ele e o mundo no qual vivemos atualmente.

    Estamos sempre refletindo sobre o sentido da vida e nos perguntando qual a razão de existirmos. Essas questões de vital importância não podem ser compreendidas até que façamos uma idéia do tipo de existência que representamos na vastidão do universo. Se, como acreditam os materialistas, a vida começa de súbito no útero materno, continua por sessenta ou setenta anos, e acaba, sendo o corpo consumido no crematório, então devemos viver simplesmente de acordo com isso. Se, porém, como aceitam os religiosos, existe outro mundo do qual nossa alma vem para nascer neste mundo e viver por várias décadas, antes de se graduar e voltar para o outro mundo, onde se empenhará para melhorar ainda mais, então precisamos de uma visão diferente da vida.

    Se compararmos a vida à educação, os materialistas, para os quais vivemos apenas uma vez, equivalem àqueles que dizem que a educação está completa após poucos anos de estudo obrigatório. Eles vêem a vida pela limitada perspectiva dessa educação fundamental. Por outro lado, aqueles que acreditam que o mundo espiritual existe e que os seres humanos vivem eternamente, passando pelos ciclos de reencarnação, podem ver a vida como um aprendizado contínuo, terminado o ensino fundamental, há o ensino médio, a universidade, a pós-graduação e, além disso, mais uma infinidade de coisas a aprender.

    Quando analisamos esses dois exemplos, torna-se óbvio que é apenas pela perspectiva da “educação” eterna que os seres humanos podem progredir.

    Aqueles que acreditam que sua vida representa uma única e breve permanência no mundo, como um fósforo que se inflama e queima até ser consumido, dificilmente descobrirão a importância ou o significado do tempo que passam aqui. Esses se dedicarão ao prazer, ao materialismo e à decadência, pensando apenas em si mesmos. Se eles acreditam que só viverão algumas décadas, é de se esperar que achem que vão sair perdendo se não aproveitarem a vida ao máximo. De modo diferente, porém, as pessoas que acreditam na vida eterna sabem que os serviços prestados a outros certamente voltarão para eles algum dia como fortalecimento para a alma. Dessa maneira vê-se que ter a perspectiva deste e do outro mundo é vital, quando refletirmos sobre a nossa visão da vida, seus propósitos e missão. Sem isso, é impossível compreender o verdadeiro sentido da vida e dos seres humanos.

    O mundo após a morte

    Nós nos referimos ao lugar para onde as pessoas vão depois de separadas do corpo físico como o “outro mundo”, mas como é esse lugar? Que tipo de mundo nos espera depois da morte? Como não sabem o que as esperam, as pessoas ficam ansiosas e temerosas, expressando seu apego à vida terrena com as palavras “Não quero morrer”.

    Seja o que for que as pessoas possam sentir, acredito que o medo delas é baseado na ignorância com respeito ao mundo após a morte. O fato de o estudo do outro mundo nunca ter sido aceito como uma ciência acaba deixando as pessoas confusas. É por essa razão que precisamos conhecer o mapa “guia” para conhecer o outro mundo. Navegar sem mapa pode ser uma experiência terrível, mas com o mapa certo, pode se fazer uma viagem tranqüila. Se soubermos de onde viemos e para onde estamos indo, que continente é nosso destino, se conseguirmos entender os mapas, podemos fazer uma viagem segura. A duração de nossa vida não é algo que possa ser contado em décadas. Não se trata meramente da vida do nosso corpo, mas de algo que existe neste mundo e continua no mundo além deste. Contudo, mesmo em face disso, ninguém quer aceitar a morte. Pacientes internados em hospitais dizem que não querem morrer e os médicos fazem tudo o que podem para que sobrevivam. Mas, se pudesse assistir a tudo isso do outro mundo, veríamos que, quando uma pessoa se aproxima da morte, seu espírito guardião, seus espíritos e os anjos estão ao seu lado, já começaram a se preparar para orientá-la.

    Quando a morte finalmente chega, o espírito sai do corpo. No entanto, a princípio, a pessoa não percebe o que está acontecendo e sente-se como se fosse duas: uma está deitada na cama “o corpo físico perecível” e a outra podem mover-se livremente “é o corpo etérico eterno”. Quando o espírito liberto tenta se comunicar com as pessoas à sua volta, vê que elas o ignoram completamente. Ao mesmo tempo, ele descobre que pode atravessar paredes e outros objetos materiais, algo que inicialmente acha muito assustador. Ainda acredita que é o corpo na cama e continua a adejar sobre ele. Você pode imaginar o choque que ele leva quando vê o próprio corpo sendo levado para o crematório. Não sabendo o que fazer, o espírito permanece nas proximidades do crematório. Ninguém nunca lhe disse que tipo de vida o aguarda e, de modo bastante compreensível, ele se sente muito inseguro.

    É nesse momento que seu espírito guardião aparece e começa a explicar o que o espera. No entanto, tendo vivido neste mundo durante décadas, o espírito tem dificuldade para compreender a explicação e, apesar de todos os esforços de seu guardião, não se deixa convencer facilmente. Assim, muitas vezes permanece na Terra por várias semanas, ouvindo as orientações de seu espírito guardião. Como sugerem os serviços fúnebres budistas, realizados no sétimo e no quadragésimo nono dia depois da morte, o espírito geralmente tem permissão para permanecer na terra entre vinte e trinta dias após a morte. Durante esse período, ele recebe instruções do guardião ou dos espíritos, até estar preparado para retornar ao mundo celestial.

    Existem, porém, aquele cujo apego a este mundo é grande demais. São apegados, por exemplo, aos filhos, aos pais, à esposa, ao marido e até a sua terra, casa, riquezas ou negócios. Esses se tornam o que chamam de “espíritos presos à terra”, condenados a vagar por este mundo. São o que as pessoas conhecem como fantasmas, seres que permanecem inconscientes de sua existência como espíritos.

    Material e Metodologia

    Esta propositura tem como apoio, o tema Sexualidade e Espiritualidade, que tem como base, o 3º Caminho do Tao, cujo fundamento é a energia criativa (Yin e Yang). Somado a minha experiência sobre o despertar da Kundalini observei atentamente a natureza ao meu redor, elucidando dúvidas a respeito do tema.

    Paralelamente procurei descobrir através de exercícios práticos e vivência, explorando o universo dos sentidos na tentativa de apurar a capacidade de auto-percepção, baseada no sentir para ver a energia fluir, circular por dentro e fora de todo o corpo. Constatei que energia é questão de sintonia.

    Discussão

    De repente, percebi que eu estava filosofando o tempo todo, e descobri que tenho mediunidade, o que sempre neguei. No entanto, reconhecer a sua própria mediunidade é fantástico; Pensando bem, na minha adolescência, curei uma pessoa por puro amor e compaixão, que por acaso, é meu irmão.

    Hoje entendo porque precisamos nos dedicar muito no treinamento do amor e da compaixão ao próximo. Para ser um bom médium curador de verdade, é necessário o aperfeiçoamento moral, ética, cívica e espiritualidade sob a Luz da Doutrina dos Chacras assim elevando a Kundalini (despertar). “Não deve ser despertada prematuramente.”.

    Conclusão

    O Dr. Motoyama pede apelo aos cientistas e médicos jovens que pesquisem e aprofundem no estudo da Kundalini, no entanto, eu acredito que o estudo terá mais eficiência na holística, pois isso só é possível no sentir, ela é percebida na mediunidade., intuitivamente. Quanto mais o médium aprofunda no conhecimento, mais a Kundalini eleva o médium, elevando a sabedoria e espiritualidade, “Iluminação”.

    Cheguei a conclusão de que mais do que nunca precisamos nos dedicar no estudo da Kundalini dentro da holística. Espero poder orientar as pessoas com o apoio do Sr. Henrique Vieira Filho.

    Deixo aqui, meus agradecimentos por mais esta oportunidade, muito obrigada.

    Mitiyo

    Bibliografia

    1. Sexualidade e Espiritualidade

    Mitiyo Oshiro Takemoto – Terapeuta Holística CRT: 38660

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas

    www.sinte.com.brcontato@sinte.com.br

    1. Dharma Chacra – ensinamento do correto coração

    Apostilas – Mitiyo Oshiro Takemoto

    mitimoto@ig.com.br

    1. Revista da Sociedade Taoísta do Brasil – O caminho da transformação interior

    1. As Leis da Eternidade – Ryuho Okawa

    Ed. Cultrix

    1. Chacras – Mandalas de Vitalidade e Poder

    Shalila Sharamom / Bodo J. Baginski – Ed. Pensamento

    1. Cura cósmica 1- Mantak Chia – Ed. Cutrix

    1. Internet – www.cefle.org.br

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT 38660
    Última atualização: 31/07/2012 14:51


    Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

    Contratransferência - O Cliente Como Espelho do Terapeuta Holístico

    Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico

    SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2012

     

    Sumário

     

    Resumo

    I - Introdução

    II - Material e Metodologia

    II.I - Definições

    III - Resultados

    IV - Discussão

    V - Conclusões

    VI - Referências Bibliográficas

    VII - Anexos Informativos

     

    Resumo

     

    Esta propositura disserta sobra a importância para o Terapeuta Holístico em compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, bem como ressalta que, conforme as técnicas adotadas pelo profissional (especialmente, a terapia corporal, a terapia tântrica e o trabalho com dependentes químicos), as consequências podem ser ainda mais complexas.

     

    Introdução

     

    Ainda que ocorra em inúmeros relacionamentos (professores & alunos, médicos & pacientes, líderes & colaboradores, sacerdotes & devotos, mestres & discípulos, etc, etc...), devemos à Psicanálise a teorização desse fenômeno, que a detectou na dinâmica entre Terapeuta & Cliente.

     

    Sua conceituação passou por várias revisões e complementações através dos anos.

     

    Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão.

     

    Assim sendo, sobre o Terapeuta, o Cliente “projeta” muitas figuras de seu mundo interno (reprimido e inconsciente) e cada vez que se refere a pessoas de seu passado ou do seu presente, pode estar também falando também do Terapeuta, que nesse momento, por diversos motivos, aparentemente se transforma nessa pessoa: ora, aparenta ser ameaçador, ora objeto de amor, tais como pai ou mãe, ou qualquer outro ser significativo da sua vida com as características do que dela foi registrado no inconsciente.

     

    Conjuntamente ou após superadas as resistências iniciais do Cliente (exemplos: será que isto vai me ajudar?; é só falando que vou conseguir resolver meus problemas?; não será que ele ou ela é muito jovem (ou muito velho) para me entender?) aí, sim, começa o processo transferencial e, geralmente, o analisando vê seu analista já como um pai (ora severo, ora indulgente, ora omisso), ou como uma mãe com suas (ora protetora, ora severa , ora negligente...).

     

    O Cliente, ao projetar no Terapeuta tais personagens de sua história, vive esses momentos com intensa realidade, se irrita ou busca mais carinho e proteção.

     

    Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

     

    O Terapeuta é um ser humano, com seus próprios problemas, conflitos e caraterísticas de personalidade.

     

    Cada um de nós tem sua própria história, seus conflitos infantis, e sua conduta (mais ou menos também conflitiva ) e sua forma particular de interpretação, ou seja, como todo ser humano, igualmente vulnerável, sensível, vaidoso, ambicioso, invejoso, que ama e odeia, que ainda que capacitado para sua prática terapêutica, também sente, segundo as circunstâncias, carinho, afeto, rejeição, tédio, frente ao que seu Cliente fala, relata, apresenta, projeta nele/nela (transferência), e se irrita, fica entediado, sente empatia e segundo o material da temática tratada, se angustia e sofre.

     

    O Profissional, é claro, tem obrigação técnica e ética de estar treinado para tudo isso, porém não poucas vezes tem que pensar e repensar numa interpretação, talvez produto de seus próprios conflitos e personalidade, ou procurar supervisar esse caso ou situação.

     

    Isto é a Contratransferência, importante elemento do tratamento, que quando não bem conhecido ou ignorado, pode levar a graves erros terapêuticos. Também quando bem interpretado, pode se tornar um valioso instrumento para compreender melhor o que está acontecendo numa situação ou em um tratamento.

     

    Devemos lembrar que assim como existem transferências resistenciais, amor de transferência, idealização do profissional e outras nuances, estas são próprias deste tipo de tratamento, e também existem nos Terapeutas, que tem o recurso de se corrigir procurando ajuda de seus colegas, supervisão e até uma outra análise a mais.

     

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao Profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

     

    É fundamental para o Terapeuta Holístico compreender o fenômeno da transferência / contratransferência, pois ocorrerão independente de quais técnicas sejam adotadas nos atendimentos.

     

    Outrossim, em algumas vertentes terapêuticas, as consequências podem ser ainda mais complexas, como é o caso da terapia corporal, da terapia tântrica e do trabalho com dependentes químicos.

     

     

     

    II - Material e Metodologia -

    II.I - Definições

            

            ACONSELHAMENTO processo interativo, caracterizado por uma relação única entre Terapeuta Holístico e cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. O Aconselhamento é parte integrante do trabalho de todo verdadeiro Terapeuta, independentemente de quais outros métodos adote.         

             BIOENERGÉTICA — Terapia neo-reichiana desenvolvida por Alexander Lowen; discípulo de Reich, introduziu conceitos próprios contrastantes com a rigidez da vegetoterapia clássica.        

    CALATONIA — técnica especial de toques manuais sutis, geralmente nos pés ou nas mãos, que visa não somente uma relaxação psico-física, como, também, o despertar de material psíquico inconsciente para ser trabalhado em Terapia Holística.       

            CATARSEextravasar de emoções, sentimentos, lembranças que permaneciam reprimidas, possibilitando ao vivenciá-las conscientemente, comumente acompanhado de INSIGHTS, resultando em alívio e ampliação do autoconhecimento.

             CLIENTEusuário de serviços de Terapia Holística, em pleno gozo de suas faculdades mentais que, a seu juízo, ou, quando for o caso, mediante autorização de seu representante legal, aceita a prosposta de trabalho terapêutico apresentada pelo profissional.         

     

            DEPENDÊNCIA QUÍMICA (Síndrome da Dependência Química, Drogadição)considerada uma DOENÇA e, como tal, somente pode ser diagnostica e tratada por médicos, em especial, os psiquiatras. Caracteriza-se pelo consumo freqüente, compulsivo e descontrolado de substâncias, visando aliviar sintomas de mal estar e desconforto físico e mental, reconhecidamente acompanhados por síndrome de abstinência, problemas psíquicos e sociais. Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)... Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

       NARCÓTICOS ANÔNIMOS (N.A.)grupos de ajuda para drogaditos, onde não se objetiva, em si, uma proposta de terapia; outrossim, oferecem um plano eficiente para a recuperação diária, por meio de uma série de atividades pessoais conhecidas como Doze Passos (adaptados dos Alcoólicos Anônimos). Algo enfático no programa é o chamado despertar espiritual, ressaltado como valor prático e não sua importância filosófica ou metafísica. Encoraja cada membro a cultivar um entendimento pessoal, religioso ou não, de um despertar espiritual. Nas reuniões, cada membro partilha experiências pessoais com os outros participantes buscando ajuda, simplesmente como pessoas que tiveram problemas similares e encontraram uma solução. Narcóticos Anônimos não têm terapeutas, não oferece moradia, não encaminha o dependente para clínicas ou para serviços médicos. A coisa mais próxima do que eles chamam de conselheiro do programa de NA é o padrinho ou madrinha, um membro experiente que oferece ajuda informal aos membros mais recentes. No grupo, a recaída é vista como uma parte necessária no processo de adicção/recuperação para muitos indivíduos.

             PSICANÁLISE — método terapêutico iniciado por Freud que consiste fundamentalmente na interpretação, por um analista, dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginativas de um indivíduo, com base nas associações livres e na transferência.

     

            PSICOTERAPIA HOLÍSTICA — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Atua dentro de uma proposta de transcendência dos limites da personalidade, conectando o cliente consigo mesmo, trazendo à consciência aspectos de seu "eu" mais profundo, integrando-o, ainda, com seu próprio corpo, sociedade e universo; as sessões são realizadas individualmente ou em grupo, utilizando técnicas tais como terapia corporal, relaxamento, terapia transpessoal, neurolinguística, parapsicologia, regressão, terapia floral, vivências, dentre outras, como forma de introdução a estados profundos de autoconsciência e, desse modo, permitir o aflorar tanto de emoções reprimidas, lembranças traumáticas e sonhos (para serem trabalhados na Terapia Holística), quanto o despertar de uma sabedoria interior e intuitiva no cliente, capaz de orientá-lo na tomada de decisões ou, até mesmo, na resolução de questões de saúde.

     

            PSICOTERAPIA PSICODINÂMICA — com embasamento teórico similar ao da Psicanálise, uma das diferenciações é que o terapeuta participa mais ativamente, valendo-se de um amplo repertório de intervenções para promover conversações que conduzam a novos insights e catalizar mudanças, tais como:

    Questionar o Cliente, pedir-lhe dados precisos, ampliações e aclarações do relato; explorar em detalhe suas respostas;

    Proporcionar informações, em especial, sobre os procedimentos que constituem a psicoterapia;

    Confirmar ou retificar os conceitos do Cliente sobre sua situação ou sobre a realidade externa;

    Clarificar, reformular o relato do cliente, de modo a que certos conteúdos e relações do mesmo adquiram maior relevo;

    Recapitular, resumir pontos essenciais surgidos no processo exploratório de cada sessão e do conjunto do tratamento;

    Assinalar relações entre dados, os temas, as suas seqüências, e capacidades manifestas e latentes do Cliente (ou seja, conscientes e inconscientes);

    Interpretar o significado dos comportamentos, motivações e finalidades latentes, em particular os conflituosos;

    Sugerir atitudes determinadas, mudanças a título de experiência, ou novas medidas terapêuticas, quando se mostrar necessário.

     

             RELAXAMENTO vários métodos são utilizados para a obtenção de uma relaxação muscular e psíquica, dentre eles a Massagem, a Musicoterapia, a Cromoterapia, a Cristaloterapia, a Acupuntura e a sugestão verbal. Ver, também, Vivências.

     

            RESISTÊNCIA atitudes e verbalizações do Cliente, as quais, fazem oposição ao acesso de seu inconsciente, ou impede o retorno do material reprimido. Por extensão, Freud falou de resistência à psicanálise, para designar uma atitude de oposição às suas descobertas, na medida em que elas revelam os desejos inconscientes e infligem ao homem um "vexame psicológico" ao contrariar os seus valores (ideal de ego). Os conceitos de defesa e resistência se confundem e se sobrepõem às vezes, pois uma grande parte da resistência é derivada da defesa (recalques, sintomas derivados da deformação e ganhos primários e secundários de manter o estado atual - gerando a resistência contra à mudança).

     

    Uma das classificações mais adotadas quanto às Resistências:

     

    De 1o. nível: tentam impedir qualquer acesso ao inconsciente:

     

             Acting Out - Agressividade ao receber uma pergunta do terapeuta, negando-se a responder de forma incisiva.

             Fugir do consultório - sair mais cedo, faltas às consultas, ao perceber que terá que falar de algo que não deseja enfrentar.

             Benefícios diretos e indireto sem manter o quadro atual.       Exemplo: receber carinho e atenção.

           “Amnésia” - esquecimento do tema que foi levantado pelo terapeuta.

      Reação Terapêutica Negativa - piora ao invés de melhora no quadro, uma vez que o Cliente não se permite abandonar a culpa.

     

    De 2o. nível: após a quebra (acesso ao conteúdo do inconsciente), elas surgem por contra-investimento do Cliente, impedindo o retorno do conteúdo reprimido:

             Formação Reativa - atos extremados de contra-investimento: puritanismo, pudor exagerado, “condenando” o conteúdo antes aflorado.

     

             Idealização - exaltação de pessoas, engrandecendo suas virtudes, para proteger o material reprimido que encobre as deficiências que todos notam, menos aquele que idealiza, como a mãe que protege o filho desajustado.
            Atuação - representação auto-ilusória, negando suas emoções, desejos e lembranças. Exemplos: _ Nunca sentiria raiva, sou uma pessoa evoluída !

     

             Intelectualização - justificativas racionalizadas que encobrem o desejo reprimido, para explicar por que tomou ou deixou de tomar, esta ou aquela atitude.

     

            TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)resulta da combinação  de um conjunto de técnicas objetivando a modificação de aspectos do pensamento (cognição) e do comportamento do indivíduo e, conseqüentemente, também dos sentimentos em relação aos outros e a si próprio. Trata-se de um modelo de interação psicoeducativa, no qual o terapeuta ocupa uma função muito mais diretiva e educacional que nas terapias baseadas no conhecimento psicanalítico.

     

    Principais procedimentos na TCC:

     

    Análise comportamental: registro dos pensamentos e comportamentos em associação com eventos desencadeantes;

    Aproximação gradual: organização de tarefas na forma de etapas a serem cumpridas;

    Formato experimental: o incentivo a experimentar mudanças.

    O pensamento mal-adaptativo é identificado;

    O pensamento é contestado;

    Formas alternativas de pensar são trabalhadas;

    São experimentadas novas formas de enfrentar situações.

    Treinamento de relaxamento, para evitar a reação ansiosa;

    Exposição, principalmente nos transtornos fóbicos, com o que se busca a dessensibilização;

    Prevenção de resposta, principalmente nos rituais obsessivos, busca a supressão do ritual através do enfrentamento;

    Parada do pensamento, que a utilização de um estímulo que ajude a interromper o pensamento obsessivo;

    Treinamento de assertividade, utilizado especialmente para superar fobias sociais, com o objetivo de aumentar a confiança do cliente;

    Autocontrole, que inclui o uso de automonitorização e o auto-reforço;

    Manejo de contingências, ou seja, identificar e controlar comportamentos indesejáveis (por exemplo, explosões de raiva) e recompensar mudanças positivas;

    Terapia de aversão, que é baseada no reforço negativo.

    TERAPIA CORPORAL uso de técnicas de toque, respiração, posturas e movimentos específicos, obtendo uma reestruturação corporal e, a partir daí, a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente; toques aplicados pelo corpo obtendo relaxação, equilíbrio energético e, até mesmo, o aflorar de material psíquico reprimido. Existem incontáveis técnicas, sendo as mais conhecidas o Tui-Na, o Shiatsu e o Do-In.

     

    TERAPIA EM GRUPOas psicoterapias de grupo podem ser realizadas segundo uma orientação psicanalítica (psicoterapia analítica de grupo), segundo as técnicas psicodramática, transpessoal, gestáltica, TCC, ou outras. Estes grupos terapêuticos são geralmente heterogêneos, ou seja, formados por pessoas de diferentes origens e com diversos problemas. Há grupos que são homogêneos, formados por pessoas com problemas semelhantes, como os dependentes químicos; neste caso, a TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) é a mais comumente utilizada.

    Por fim, existem as terapias que atendem a pessoas do mesmo grupo familiar, e que podem ser conjugais ou familiares. Estas também podem ser realizadas segundo várias orientações, inclusive a psicodinâmica. Entretanto, o modelo que foi desenvolvido especificamente para o atendimento de casais e famílias é o da terapia sistêmica.

     

            TERAPIA SISTÊMICA  — mais uma vertente de Terapia Em Grupo, focada mais para família e casais, indicada numa gama de situações em que os problemas são mais “relacionais” do que propriamente “psíquicos”, especialmente em situações de conflitos conjugais, geracionais, e resultantes de mudanças no ciclo de vida da família (nascimento, adolescência, separação, morte, doença grave, etc.).

            TERAPEUTA HOLÍSTICO — procede ao estudo e à análise do cliente, realizados sempre sob o paradigma holístico, cuja abordagem leva em consideração os aspectos sócio-somato-psíquicos. Faz uso da somatória das mais diversas técnicas, pois cada caso é considerado único e deve-se dispor dos mais variados métodos, para possibilitar a opção por aqueles com os quais o cliente tenha maior afinidade: promove a otimização da qualidade de vida, estabelecendo um processo interativo com seu cliente, levando este ao autoconhecimento e a mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de conhecimento e habilidade para tomada de decisão. Avalia os desequilíbrios energéticos, suas predisposições e possíveis consequências, além de promover a catalização da tendência natural ao auto-equilíbrio, facilitando-a pela aplicação de uma somatória de terapêuticas de abordagem holística, com o objetivo de transmutar a desarmonia em autoconhecimento.         

     

             TERAPEUTA CORPORAL — promove a avaliação sócio-somato-psíquica do cliente fazendo uso da observação corpórea, postural, gestual, além de analisar sua constituição biotipológica, formas de respirar e de olhar, dentre outros aspectos, possibilitando a detecção de distúrbios energéticos e as tendências de psicossomatização; por meio de técnicas de massoterapia, reeducação respiratória e postural, aplicação de movimentos específicos milenares (tai-chi-chuan, yoga, chi kung, dentre outros) ou modernos (quiropatia, vegetoterapia, bioenergética, rolfing, biodança, dentre outros) promove ao cliente a conscientização e desbloqueio de conteúdos psíquicos traumáticos, a serem trabalhados verbalmente em processo interativo e único entre terapeuta e cliente, catalizando o autoconhecimento e mudanças em várias áreas, sendo as mais comuns: comportamento, elaboração da realidade e/ou preocupações com a mesma, incremento na capacidade de ser bem-sucedido nas situações da vida (aumento máximo das oportunidades e minimização das condições adversas), além de no conhecimento e na habilidade para tomada de decisões, pessoais e profissionais. Promove, também, grupos de movimento para harmonização e autoconhecimento, podendo os mesmos serem realizados a nível empresarial almejando um maior entrosamento entre equipes e diminuição de fatores estressantes. Em recursos humanos, pode auxiliar na avaliação das contratações e na percepção das aptidões dos candidatos, utilizando das técnicas de leitura corporal.         

     

             TERAPIA REICHIANA desenvolvida por Wilhelm Reich, onde a intervenção corporal via toque é um dos principais fatores catalisadores do aflorar do material psíquico inconsciente, o qual será trabalhado verbalmente na Terapia Holística. Reich, Wilheim: psicanalista, discípulo dissidente de Freud, verificou que o inconsciente é corporal e que cada tipo de trauma é "gravado" na musculatura de partes específicas do corpo, criando "couraças musculares do carácter", causadas pelo mal fluxo dos biofótons, por ele chamados de "orgone".

     

    TERAPIA TÂNTRICAA Terapia Tântrica tem sua origem no conceito filosófico do Tantra. Diferenciando-se das técnicas tradicionais de terapias corporais. A técnica é direcionada a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido.

    Tem por objetivo:

    · Trazer consciência corporal.

    · Despertar regiões sensoriais adormecidas.

    · Conectar a respiração e a voz às sensações.

    · Mudar os padrões energéticos, aumentando a quantidade de fluxo de energia.

    · Liberar traumas e paradigmas.

    · Mudar conceitos e idéias pré-estabelecidos que não permitam ampliar as possibilidades de prazer e êxtase.

    · Desenvolver novas ferramentas de comunicação e expressão do afeto.

    · Devolver a auto-estima e o amor por si mesmo.

     

            

             TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA: Transferência é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico. São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional,criado pelo encontro "Profissional - Cliente", sem que este tenha consciência do fenômeno em questão. Numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo cliente, que Freud denominou CONTRATRANSFERÊNCIA.         

              

    III - Resultados

     

    Constatou-se um risco maior de complicações decorrentes do fenômeno transferência/contratransferência quando se trabalha com técnicas que envolvem o contato físico direto, bem como aquelas linhas terapêuticas focadas no problema com drogas, em especial, quanto o profissional passou pela mesma situação de vida.

     

    Por sua forte corrente teórica psicanalítica, as técnicas corporais das linhas reichianas e neo-reichianas, tais como a bionergética, estudam a transferência / contratransferência, e, ainda que mais suscetíveis a este fenômeno (em comparaçao à Psicanálise “clássica”...), tradicionalmente saem-se bem nesse processo.

     

    O mesmo não ocorre com os Terapeutas que atuam com manobras corporais de tradições seculares, tais como shiatsu, tuina, anma, seitai, sparsha, dentre outras, lamentavelmente, não costumam ter em sua pauta de estudos, sequer conhecimentos rudimentares de Psicoterapia, ficando sujeitos aos “apaixonamentos” e “ódios” transferencias, já que desconhecem a teoria e, consequentemente, não os identificam, nem desenvolvem defesas, e, menos ainda, conseguem extrair um uso terapêutico destas ocorrências.

     

    O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras e igualmente deixam de incluir o estudo do Aconselhamento e Psicoterapia. Comumente, estes profissionais tem sua origem justamente na superação pessoal de terem enfrentado a dependência química e, ao focarem seu público alvo justamente nos drogaditos, estão perante seus “fantasmas” interiores em tempo integral. Em tese, estão mais aptos do que qualquer outro profissional a compreender e vincular-se com o Cliente drogadito; por outro lado, vivenciam grande sofrimento ao contratransferir, por exemplo, perante cada “recaída” da pessoa atendida, além de tender a “nublar” a percepção da história de vida do Cliente, projetando a sua própria. Ainda assim, apesar de todos os inconvenientes acima descritos, grupos como o N.A. Narcóticos Anônimos são os que obtém melhores resultados terapêuticos (do ponto de vista da sociedade...) nesta pauta.

     

    Outro fenômeno recente é o aumento de profissionais que se auto-identificam como Terapeutas Tântricos. Tradicionalmente, o ensino e a prática tântrica era destinada a casais e, ainda que terapêutica, não era considerada uma terapia em si. Atualmente, existir um casal deixou de ser pré-requisito, passando um ou mais profissionais a somar os papéis de orientador e de parceiro no contato físico, em graus menores e maiores de intimidade, via de regra, sem incluir o coito em si.

     

    Ainda que sem fundamento teórico psicanalítico, os que realmente estudaram os fundamentos da Terapia Tradicional Indiana (Ayuervedica) possuem uma versão “energética” da teoria da transferência/contratransferência, estando cientes da inevitável troca que ocorre entre Cliente e Terapeuta, especialmente ao mobilizarem a libido (energia kundalini) e, tanto desenvolvem “defesas” dessa influenciação, como igualmente possuem técnicas capazes de aplicar terapeuticamente a energia, em prol do equilíbrio e autoconhecimento.

     

    Lamentavelmente, a nova geração de profissionais desta linha não foi preparada com tais conhecimentos milenares e, menos ainda, tiveram um embasamento em Psicoterapia. Perante este perfil, constata-se uma Clientela extremamente “flutuante”, que não parece criar um vínculo terapêutico duradouro, ao mesmo tempo em que profissionais abruptamente abandonam esta linha de atendimento, por não ter condições emocionais / energéticas de lidar com as inevitáveis (e, para a maioria, sequer estudadas...) transferências / contratransferências.

     

     

    IV - Discussão

     

    Grandes gênios da humanidade, como Freud, Jung e Ferenczi, que tanto contribuíram para o entendimento da psique, em seus atendimentos terapêuticos iniciais, sucumbiram aos ódios e amores, envolveram-se passionalmente com seus Clientes, sofreram com isso e causaram sérios prejuízos emocionais a estas pessoas e às de seus círculos. Pioneiros, desconheciam o fenômeno da transferência / contratransferência e só se deram conta ao sentirem em si e em sua Cllientela, as consequências de ignorar.

     

    Se intelectos privilegiados como os acima citados foram surpreendidos, imagine indivíduos comuns, como o somos nós, a grande maioria dos Terapeutas...

     

    A diferença é que, aqueles, por serem pioneiros, atuavam em território desconhecido, enquanto que nós, em pleno século 21, temos total acesso aos ensinamentos oriundos daqueles e de outros mestres, cabendo-nos a obrigação de conhecer, estudar e compreender as bases da Psicoterapia.

     

    Situações transferênciais ocorrem em todas as terapias, inclusive, as  que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade.

     

    O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

     

    Trabalhar a resistência à terapia e estar aberto a espelhar os papéis transferenciais (tais como pai, mãe, cônjuge, etc...), aparentemente, são mais facilmente aceitos pelo Terapeuta.

     

    Já o caminho oposto, a contratransferência, é mais “temida”, visto que não raro, escapa à percepção consciente do profissional, durante o atendimento, sendo melhor compreendida, sob supervisão de terceiros.

     

    Há tanto a projeção "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista, momento em que o Terapeuta Holístico terá que re-experimentar suas dores mais profundas, ligadas à rejeição sentida quanto criança.

     

    Nem a clássica e esteriotipada postura do analista “distante”, protegido pelo distanciamento do divã foi capaz de impedir sua ocorrência. Hoje em dia, sabemos que a contratranferência é inevitável e, portanto, deve ser aceita, estudada, compreendida e utilizada como instrumento de autoconhecimento e de aperfeiçoamento, inclusive, de nossos atendimentos.

     

    Assim sendo, ainda que envolva (em tese...), riscos de intensificar a TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, não há sentido para a Terapia Holística abrir mão dos recursos das técnicas em que ocorram contato direto com o Cliente.

     

    Todas as tradições terapêuticas seculares, das mais variadas culturas, incluem trabalhos corporais, em especial, técnicas de toque. Originalmente de enfoque holístico, era parte integrante a premissa do ser como um contínuo físico-psíquico-social-transcendente e que, independente do caminho terapêutico escolhido, é ilusória a idéia de tratar um tópico "separadamente" do todo. Assim sendo, a intervenção corpórea implica em simultânea atuação no psiquismo, nas relações com a sociedade e em sua conexão com o universo que somos, cabendo integrar ao trabalho a necessária metodologia de amparar o Cliente nas consequências oriundas dos sentimentos e memórias evocadas pelo toque.

     

    Minha experiência pessoal na Terapia Corporal iniciou com as técnicas manipulativas orientais (shiatsu e tuiná); contudo, mais do que "relaxamento", comumente os Clientes experienciavam catarses emocionais. Ou seja, conhecendo ou não as teorias reichianas, sabendo ou não o que são "couraças", estamos literalmente colocando nossas mãos no inconsciente de quem atendemos e irá aflorar o material psíquico reprimido.

     

    A ausência do toque ou o abuso deste, especialmente na infância, é fator determinante em boa parte dos traumas de cada indivíduo. Daí a Terapia Corporal ser fundamental no resgate de muitas destas questões.

     

    Em nosso corpo, "congelamos" a lembrança histórica e emocional de certas questões vividas e o toque, intencionalmente ou não, convida a re-experimentar as sensações bloqueadas e a expressar os sentimentos reprimidos. A tendência desta situação é regressiva, pois toca-se uma questão em aberto do passado, comumente convidado à criança interior a novamente aflorar.

     

    Tal fator é ampliado porque o Terapeuta Holístico forma uma relação transferêncial com o Cliente, já que este tende a projetar no profissional, a persona de pai-mãe-cônjuge.

     

    É preciso o entendimento do conceito de TRANSFERÊNCIA e assumir as responsabilidades dos efeitos do toque sobre a pessoa atendida. Por exemplo, ao atender um indivíduo em estado de carência, há de se preparar para a possibilidade de ser visto como um objeto de amor e, consequentemente, conscientizar-se de que tal relação culminará em dor.

     

    Atentem que, numa relacionamento transferencial, o tocar pode ser interpretado de forma totalmente diversa da intenção original:

     

    " ... ao começar a trabalhar fisicamente com meus Clientes, sem perceber, eu procurava tocar a parte de trás do pescoço. Esse movimento inconsciente estava obviamente criando respostas diferentes em Clientes diversos. ... Quanto toquei o pescoço de uma Cliente que havia sido abusada quanto criança, ela ficou assustada, como se eu fosse arrancar sua cabeça. O mesmo contato, de meu ponto de vista, com um Cliente mais dependente, fez com que ele desejasse apoiar sua cabeça em minha mão. Quanto toquei o pescoço de uma Cliente com muitas questões referentes ao controle, meu gesto estimulou sua paranóia e sua suspeita, como se estivesse sendo manipulada para fazer algo que não desejava.A resposta mais condescendente veio de um Cliente a meu toque foi ter dor no pescoço e sentir-se sobrecarregado. Toquei outro Cliente na parte de trás do pescoço e seu maxilar elevou-se com orgulho, como se eu estivesse dando tapinha em suas costas. Assim, quando toco os Clientes, eles têm uma resposta que vem de suas histórias individuais, do que o contatto significou para eles no passado e de sua transferência comigo..."

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

     

    Claro que situações transferênciais como as acima descritas, igualmente ocorrem em terapias que não fazem uso do toque, porém, é constatável que trabalhar o corpo amplifica a frequência e intensidade. O mesmo se dá no sentido inverso, ou seja, com a CONTRATRANSFERÊNCIA.

     

    O Terapeuta Corporal tem que estar disponível e preparado, inclusive, para ser tocado. Possibilitar ao Cliente ser capaz de contato físico adequado em ambiente seguro, é criar a oportunidade para a sua auto-recuperação, com a criança interior revivenciando de modo equilibrado e positivo, a ausência e/ou o abuso de contato ocorridos originalmente.

     

    Nesse contexto, o Terapeuta Holístico, ao firmar o vínculo com seu Cliente, automaticamente abre mão de qualquer possibilidade de relacionamento amoroso/sexual com a pessoa atendida, pois, na maioria dos casos, o resultado traumático seria equivalente ao de um incesto.

     

    Outrossim, este limite torna-se extremamente tênue quando de trata da Terapia Tântrica. O toque, ao buscar o livre fluxo energético, ao atenuar as couraças, ao mobilizar a libido, comumente conduz a sensações de prazer orgásticas (às vezes, literalmente...). Em tese, na hipótese de estar ocorrendo a transferência da figura paterna ou materna, pode equivaler a concretizar o complexo de Édipo / Electra e gerar as mesmas consequências emocionais de um “incesto”. O alto risco desta estratégia poderia resultar em grandes ganhos terapêuticos em alguns raros casos de exceção, mas, via de regra, o mais provável é uma grande desestabilização emocional tanto do Cliente, quanto do Terapeuta.

     

    Felizmente, não tenho ciência de muitos casos onde o Cliente tenha experienciado a hipótese acima. Por ser uma proposta muito recente (ao menos, no atual formato de atendimento...), boa parte dos que procuram esta linha terapêutica, o fazem por curiosidade temporária, sequer chegando a criar um vínculo analítico com o profissional, resultando em poucas oportunidades de continuidade da proposta terapêutica.

     

    Por outro lado, a fartura de reportagens sobre o tema, a oportunidade (consciente ou não...) de rendimentos maiores, resultou no aumento da procura por formação em Terapia Tântrica, e na diminuição do número de horas/aulas necessárias, antes de iniciar-se atendimentos profissionais. Paralelamente, da mesma forma que ocorreu com a “massagem”, houve e continua havendo uma grande migração de profissionais do sexo, quer por realmente desejarem mudar de ramo de atuação, quer por buscarem adaptar as técnicas à profissão que já exercem.

     

    O alto custo dos cursos e atividades complementares propostos por inúmeros dos atuais mestres da Terapia Tântrica, favorece a precipitação de novos profissionais no mercado, atendendo prematuramente, para conseguir custear os aperfeiçoamentos, supervisões e locações das salas de atendimento, submetendo-se a uma Clientela movida em sua maioria pela curiosidade, ao invés de um real anseio por terapia. Boa parte dos colegas que conheci, atuantes de coração aberto e lotadas das melhores intenções, abruptamente abandonaram a proposta, tamanha foi a exigência emocional e energética de atuar nesta linha. A tese que levanto é que foram vítimas de sonegação de conhecimento; lhes foram negadas as informações e práticas de equilíbrio energético e ficaram totalmente de fora de suas formações, nem mesmo os mais rudimentares embasamentos da Psicoterapia, quanto mais, os fenômenos transferenciais.

     

    Outro grupo profundamente bem intencionado, mas extremanente órfão de embasamento psicanalítico é o dos autodenominados Terapeutas Em Dependência Química.

    Pertinente observar que, a drogadição é considerada uma DOENÇA e, como tal, do ponto de vista extritamente legal, só pode ser diagnosticada e tratada por médicos. Na prática, o tratamento oficialmente adotado é o de um trabalho multidisciplinar (médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais...), em estabelecimentos especializados, nos quais médicos psiquiatras diagnosticam e avaliam a necessidade ou não de internação (se voluntária, basta o aval do laudo psiquiátrico; se involuntária, além deste, igualmente é necessária uma ordem judicial).

     

    Outrossim, os organismos que melhores resultados obtém, não funcionam no formato acima descrito, mas sim, atuam como organizações não-governamentais, onde não se assume papéis de médicos, nem psicólgos, nem de terapeutas, mas sim, de iguais, todos unidos pelo anonimato e por terem passado por experiências semelhantes. Este é o caso do N.A. - Narcóticos Anônimos, os quais, sem pretensões terapêuticas e de forma gratuita, cada membro apoia ao outro, e estabelecem metas a serem cumpridas, os assim chamados Doze Passos. Justamente o passo final é o de ajudar a todos quanto possíveis, a igualmente conseguir contornar o problema da dependência química.

     

    Um formato “híbrido” dos dois acima, vem se proliferando na sociedade. Grupos bem intencionados, mas, comumente, ignorantes quanto à legislação que rege o tema, montam comunidades terapêuticas que se propõem a acolher e tratar, de forma remunerada, indivíduos com problemas relacionados ao abuso de drogas. Praticam uma somatória de técnicas comportamentais, mescladas com os ensinamentos dos Doze Passos. Boa parte das próprias pessoas tratadas, ao atingir o passo final, encontram-se na obrigação moral de ajudar aos demais e, ao mesmo tempo, necessitam de um papel produtivo e remunerado na sociedade, resultando numa demanda (rapidamente atendida...) por cursos de formação de “terapeutas em dependência química” (comumente ministrados em entidades religiosas e/ou nas próprias comunidades em que antes se trataram). Assim sendo, não raro por necessidades econômicas, passam a atender, de forma remunerada, aos colegas que estão passando pelos mesmos problemas que vivenciaram. Ou seja, dia após dia, Cliente após Cliente, todos são “espelhos” a recordar, o tempo todo, os traumas pelos quais o novo Terapeuta tão recentemente passou.

     

    Por um lado, é reconhecido pela imensa maioria dos grandes nomes da Psicoterapia, a grande dificuldade do drogadito em transferir, fenômeno essencial para a evolução da terapia. A interpretação psicanalítica tradicional mais aceita é a de não ter conseguido introjetar uma figura materna, a qual substituiu pelo prazer das drogas. Ora, não havendo uma imagem maternal a projetar no analista, não raro igualmente transferem para estes a relação com as drogas, não estabelecendo vínculo afetivo, mas podendo criar uma “dependência”, muitas vezes extrapolando limites, procurando o terapeuta de forma desordenada, sempre que sentir necessidade, tal qual o faria, com as drogas.

     

    O distanciamento profissional da postura psicanalítica clássica mostra-se pouco efeciente no trato com o drogadito. Por outro lado, alguém que passou exatamente pelos mesmos problemas consegue estabelecer um vínculo mais eficiente. Por este ângulo, a figura de um “Terapeuta Em Dependência Química” parece muito bem vinda a somar. Outrossim, ainda que bem intencionados, os cursos pouco somam de conhecimentos complementares, além dos Doze Passos, resultando em um profissional pouco mais preparado do que os gratuitos “padrinhos” no Narcóticos Anônimos.

     

    Sem embasamento sobre TRANSFERÊNCIA / CONTRATRANSFERÊNCIA, este profissional sofre intensamente a cada recaída de seus Clientes, pois reverbera em suas próprias histórias de recaídas, sentirá compaixão além da terapia, capaz de amparar em sua casa, tal qual gostaria que tivesse acontecido, quanto aconteceu consigo; odiará o mal que o Cliente faz para si mesmo e para os outros, tanto quanto odeia o que ele próprio fez em igual situação...

     

    Em um limbo intermediário, não é mais o gratuito e voluntário padrinho do N.A., nem igualmente atingiu o estágio de um Terapeuta profissional, visto que lhe foi sonegado o ensino das técnicas e a necessária supervisão.

     

    Urge uma formação mais ampla para estes profissionais, em especial, as Terapias Cognitivas Comportamentais, muito úteis para cuidar dos momentos iniciais e de crise, que bem poderiam ser estendidas para Terapias Psicodinâmicas. Até mesmo a própria limitação de percepção tem que ser ampliada; uma vez superada a urgência e necessidade de retirar o Cliente de seu risco de morte, uma vez obtido o equilíbrio inicial, poderá exercer a TERAPIA HOLÍSTICA, em sim, na qual, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

     

     

    V - Conclusões

     

    É essencial o estudo e a compreensão da transferência e contratransferência, independente de quais técnicas serão exercidas.

     

    Outrossim, tanto o contato físico (técnicas corporais e tântricas), quanto a identificação quase que absoluta do histórico de vida do Terapeuta e do Cliente (dependente recuperado tratando de drogadito), intensificam a relação transferencial.

     

    A amplificação do inevitável fenômeno da transferência e contratransferência, se bem trabalhada, acelera o ritmo da terapia, mas igualmente aumentam o grau de responsabilidade e exigência técnica.

     

    O que se constata na sociedade é um crescente número de indivíduos muito bem intencionados, ansiosos em atender terapeuticamente, mas que são lançados prematuramente no mercado de trabalho, privados de conhecimentos essenciais.

     

    Os cursos tem a obrigação de incluir em suas grades curriculares os embasamentos da Psicoterapia, visto que o Aconselhamento é parte integrante da Terapia Holística e conhecer os fundamentos da Psicanálise, tais como a resistência e os fenômenos transferenciais, mais do que enriquecer a Terapia Holística, é essencial para o bem estar tanto dos Clientes, quanto dos Profissionais.

     

    A melhor forma de preservar a integridade tanto de quem atende, quanto da pessoa atendida, é o profissional manter-se em constante reciclagem de aprendizado e em contínua terapia e supervisão.

     

    O SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS deve exercer seu papel de gerenciador do conhecimento coletivo e disponibilizar a todos os colegas a oportunidade de aperfeiçoamento profissional, para o bem tanto dos Terapeutas Holísticos, quanto de seus Clientes.

     

    VI - Referências bibliográficas

     

    CONGER, JONH P. - Jung e Reich – O Corpo Como Sombra - Summus Editorial;

    HEDGES, LAWRENCE E.; HILTON, ROBERT e HILTON, VIRGINIA W. – Terapeutas em Risco – Perigos da Intimidade na Relação Terapêutica, Summus Ed., 1997.

    MANN, W. EDWARD - Orgônio, Reich e Eros – Summus Editorial;

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - Tutorial Terapia Holística. São Paulo, Sintebooks, 2002.

    VIEIRA FILHO, HENRIQUE - O Microcosmo Sagrado – SinteBooks;

    WEIL, PIERRE - Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real - Ed. Palas Athenas, São Paulo, 1990.

    Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul - vol.25  suppl.1 Porto Alegre Apr. 2003 - Psicodinâmica do adolescente envolvido com drogas

    CORDIOLLI A.V. Como atuam as psicoterapias. In: Psicoterapias: abordagens atuais, Porto Alegre, Artmed, 1998(pág. 34-45).

    FREUD, Sigmund (1905). Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

    FREUD, Sigmund (1930). Mal-estar na cultura. In: Sigmund Freud Obras Completas, Ed. Imago, RJ, 1972.

    FREUD, Sigmund (1915). “Observações sobre o amor transferencial”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XII, p. 175-190.

    FREUD, Sigmund (1921).“Psicanálise e telepatia”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XVIII, p. 187-204.

    FREUD, Sigmund (1937).“Análise terminável e interminável”, in Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, vol. XXIII, p. 225-270.

    FREUD, S.& FERENCZI, S. (1908-1911) Correspondência. Rio de Janeiro: Imago, 1994.

    JONES, E. (1979) Vida e Obra de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Zahar Editores S.A.

    LA PLANCHE, Jean e PONTALIS, J.B..Vocabulário de Psicanálise. 3ª edição, São Paulo, Ed. Martins Fontes, 1998.

    SILVA, Cláudio Jerônimo da. SERRA, Ana Maria. Terapias Cognitiva e Cognitivo-Comportamental em dependência química. In: Rer. Bras. Psiquiatr. 2004, nº 26 (Supl-I), p. 33-39.

    MARTINS, Ana Carolina Borges Leão - Contratransferência e desejo do analista: a transmissão de um sintoma analítico

    SAFOUAN, M. (1985) Jacques Lacan e a questão da formação dos analistas. Porto Alegre: Artes Médicas.

    SOFOUAN, M. (1991) A Transferência e o Desejo do Analista. Campinas: Papirus.

     

    SANTOS, Marinalva Batista Dos - A transferência e a contratransferência no espaço terapêutico

     

     

     

    VII - Anexos e Apêndices

     

    VII.I

    Consciente, Inconsciente e Sistemas de Defesa

     

    Conceitos Teóricos - Psicoterapia Holística

     

    Paralelos entre as abordagens Psicanalísticas de Freud, Reich e Jung quanto ao Consciente / Inconsciente e um breve relato sobre os Sistemas de Defesa (mecanismos de defesa) mais difundidos.

    A PSICANÁLISE busca desvendar o INCONSCIENTE. Inicialmente, Freud, devido à formação médica, supôs encontrar correspondentes físicos, como os cerebrais, os neurônios, o sistema nervoso, mas, felizmente, desistiu desse caminho e desenvolveu todo um esquema teórico/didático capaz de embasar o psicanalista a se propor a lidar com conceitos como ID, Ego, Superego, Inconsciente, Pré-Consciente, Consciente, sistemas de defesa, associações de idéias, fases do desenvolvimento sexual, traumas, ato falho, etc, etc, enfim, uma sequência teórica válida até os dias de hoje...

     

    A seguir, um gráfico didático ilustrativo de algumas premissas da Psicanálise:

                             

    Ilustração de autoria de Henrique Vieira Filho                         

     

    Estruturas da Psique:

     

    De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

    Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis.

     

    Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas. O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.

     

    Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

     

    Freud distinguiu três níveis classificatórios para a mente:

    CONSCIENTE - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;

    PRÉ-CONSCIENTE - relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;

    INCONSCIENTE - refere-se ao material não disponível à consciência do indivíduo.

    As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma indireta, tais como os sonhos e atos falhos (lapsos de linguagem), onde os conteúdos inconscientes não confrontados diretamente, já que se manifestam de forma dissimulada.

    Dissidindo de Freud em vários aspectos, Reich “corporificou” o inconsciente individual, identificando suas informações como uma bioenergia circulante (por ele denominada “orgone”). A negação das emoções, impulsos, desejos oriundos do Id se dá pelo impedimento da livre passagem da bioenergia por meio da musculatura corporal, quer seja pela tensão excessiva (mais facilmente identificável...), ou pela ausência desta (falta de tônus), pois em ambas as situações, é prejudicado o livre fluxo energético. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido inconsciente, maior é o grau de somatização...

    Observa-se aqui, um grande paralelismo (jamais assumido...) com as teorias da Terapia Tradicional Chinesa e seus Meridianos (caminhos preferenciais da energia circulante). Analisando os Clientes, Reich e seus discípulos identificaram regiões corpóreas estatisticamente predominantes, nas quais os traumas psíquicos específicos a cada fase da vida tendem a ser sua energia-informação retida em sua circulação em direção ao inconsciente. Tal mapeamento aproxima-se e muito das zonas tradicionalmente definidas para os Chacras (centros de energia), tanto nas tradições milenares da China, quanto da Índia.

    A visão de Freud e até mesmo a de Reich sobre o inconsciente focou os aspectos "negativos", como sendo um reservatório de lembranças traumáticas reprimidas e de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

    Já Jung tem uma concepção mais "otimista", onde o inconsciente forma par complementar com o consciente, num dualismo assemelhado ao do yin e yang. Para os junguianos, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona, que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações. Nesta linha teórica, o inconsciente não é apenas indivivual, sendo em sua maior parte, COLETIVO, compartilhado por todos os indivíduos.

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

    Enquanto na abordagem freudiana, o Cliente segue seu próprio ritmo espontâneo de resgate do inconsciente, por meio de associações livres de idéias durante as consultas, na análise reichiana introduziu-se o TOQUE nas zonas musculaturas específicas (“couraças”), provocando a circulação da bio-energia e, com isso, o contato consciente com as emoções e lembranças reprimidas. Aqui, encontramos novos paralelos com as técnicas milenares de terapia pelo toque, atualmente conhecidas como Tui-ná, Shiatsu, Sei-Tai, dentr muitas outras.

    Jung, por sua vez, em mais uma dissidência em relação a Freud, ampliou o conceito inicial de Inconsciente, que era tido como individual, ou seja, “separado” para cada indivíduo, introduzindo nele o adjetivo de Coletivo.

    A análise dos sonhos (por sinal, mais uma TRADIÇÃO MILENAR de todos os xamãs, pajés e sacerdotes, ou seja, os ancestrais dos Terapeutas Holísticos de todas as culturas...) dos Clientes ostentavam, frequentemente, idéias e conceitos universais, expressos nas mais variadas culturas, perpetuadas em suas lendas e tradições. Tais coincidências significativas (Sincronicidades) nos levam a supor que, apesar de indivíduos, temos acesso, ainda que de modo INCONSCIENTE, a informações universais e oriundas do conhecimento COLETIVO. Na abordagem junguiana, os acontecimentos psíquicos estão em Sincronicidade com as físicos e igualmente relacionados com o Universo em seu todo. Ou seja, uma abordagem verdadeiramente HOLÍSTICA. Nem tanto por Jung em si, que era apreciador do I Ching como instrumento pessoal para o autoconhecimento, mas sim, por seus seguidores modernos, temos aqui mais uma “ponte” de união entre a Psicanálise e várias outras técnicas igualmente adotadas na Terapia Holística.

    Teceremos, a seguir, um paralelo corpóreo, para melhor entendimento de alguns conceitos subjetivos das teorias psicoterápicas.

    Várias ações executadas via nosso corpo nos são totalmente conscientes, como por exemplo, quando movimentamos nossos braços e mãos para pegar um objeto que desejamos, ou quando utilizamos nossas pernas para nos locomover a algum destino. Outrossim, a imensa maioria das ações corpóreas acontecem sem a participação de nossa consciência: batimentos cardíacos, circulação do sangue, reprodução celular, sistema imunológico, digestão, respiração, etc, etc, etc, que podem ser consideradas ações involuntárias e "autônomas".

     

    De certo modo, o que ocorre em nosso mundo psíquico é semelhante: apenas uma pequena fração de nossos desejos, emoções, lembranças é que estão ao alcance imediato de nosso consciente, enquanto a maior parte das ações em nossa psique acontecem de modo involuntário, inconsciente.

    Freud teve sua atenção desperta justamente analisando sintomas físicos criados a partir de ocorrências emocionais reprimidas para o inconsciente, que desapareciam ao se tornarem conscientes. Reich extrapolou, concluindo que o inconsciente individual é corporal e que a repressão do material psíquico implica em bloquear energeticamente a circulação da informação, que evolui para tensões musculares, até culminarem em somatizações cada vez mais complexas e, paralelamente, a aparência corporal é igualmente reflexo das experiências psíquicas vividas: quanto mais um componente é mantido consciente, maior é o grau de somatização... Para Jung, a porção inconsciente de nosso psiquismo é chamada de Sombra e seu par complementar é a Persona,que é a nossa máscara ou o papel social do indivíduo, isto é, o mediador que protege o sujeito em suas relações.

     

    Muitas das capacidades inconscientes se originam de nossa ancestralidade evolutiva, sendo que já nascemos com esta herança coletiva. Da mesma forma que entramos nesse mundo compartilhando com nossos pares o conhecimento/capacidade de (por exemplos...) pulsar nosso coração, de nossos glóbulos brancos defenderem nosso organismo, etc, etc, igualmente compartilhamos toda uma herança psíquica primordial inconsciente, tais como nossos impulsos e instintos (de sobrevîvência, de vida, de morte, estudos estes creditados a Freud...), além de uma imensurável sabedoria ancestral, compartilhada na forma de arquétipos e manifestos em símbolos individuais e coletivos, seja como sonhos e lendas, além de outras formas de interação.

     

    Algumas ações corpóreas são fruto de aprendizado individual e consciente, como por exemplos, dirigir um veículo, cozinhar, etc, etc. Ainda assim, a maioria de nós já observou que tais atos podem ser relegados ao inconsciente, ainda que momentaneamente: quantos já se surpreenderam ao constatar que dirigiram kilômetros ou prepararam refeições em "piloto automático", em momentos onde o consciente se dedicou a outro acontecimento e/ou pensamentos ?... O mesmo pode ocorrer em nosso mundo psíquico: uma emoção, sentimento, lembrança, a princípio, consciente, pode ser relegados a um "segundo plano", ao inconsciente, enquanto nossa atenção é mantida em outra pauta... Muitas vezes, isso decorre de uma DEFESA "automática". Ainda na didática de traçarmos um paralelo com recursos corpóreos, da mesma forma que possuímos um "sistema imunológico" que atua alheio à nossa percepção consciente, nos defendendo do que considerar nocivo, igualmente possuímos SISTEMAS DE DEFESA psíquica que, de forma inconsciente, agem "protegendo" nosso consciente daquilo em que ele, em tese, não está apto a lidar. Claro, à primeira vista, parece e é algo bom; porém, tudo que é a menos, ou em demasia, sai do ponto de equilíbrio e passa a surtir efeito contrário: o esforço energético/corpóreo/psíquico de "forçar" informações a permanecerem inconscientes é demasiado, resultando tanto em efeitos subjetivos, como insatisfação, ansiedade, infelicidade, etc, até mesmo, sintomas físicos dos mais simples até os mais graves.

    Na literatura, estes recursos costumam ser traduzidos como "mecanismos" de defesa, contudo, perante a visão holística e em pleno século 21, a expressão mais adequada é SISTEMAS de Defesa, ampliando a conotação reducionista original (já "saiu de moda" aplicar termos destinados a descrever máquinas para tentar explicar seres vivos...).

     

    Destacaremos, a seguir, alguns desses recursos, com uma breve descrição, com a ajuda da famosa fábula "A Raposa E As Uvas". Apesar de crer que é impossível alguém desconhecer essa história clássica, eis um resumo: a raposa avista belas uvas e faz todas as tentativas possíveis para conseguir pegá-las, porém, sem sucesso; termina a história dizendo para si que, na verdade, nem mesmo as queria; afinal, elas ainda estão "verdes"...

    1) Repressão: Esta defesa consiste em relegar ao inconsciente um evento, idéia, sentimentos ou percepções potencialmente provocadores de ansiedade; contudo, o elemento reprimido ainda é parte da psique, o que requer um constante consumo de energia já que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas físicos e psíquicos dos mais variados podem ter origem neste esforço de reprimir. A repressão é o "esquecimento" inconsciente de fatores psíquicos relevantes, são incompatíveis com a auto-imagem que possuímos.

    A Raposa diz para si: "_ Uvas ? Que uvas ? Nem sei o que é isso, não faço idéia do gosto que tem e nunca me passou pela cabeça comer uma".

    2) Negação: É, talvez, o Sistema de Defesa mais simplório, de negar para si mesmo, fatos acontecidos, recusando a aceitar a existência de uma situação penosa demais para ser tolerada, comumente a substituindo o que lhe contraria por versões fantasiosas e idealizadas. Atentem à diferenciação: na Repressão, o fator psíquico incômodo é "esquecido", "apagado da consciência", como se nunca tivesse existido; já com a Negação, ele é SUBSTITUÍDO por uma "nova versão" dos fatos...

    A Raposa diz para si: "_ EU é que não quero essas uvas ainda verdes...".

    3) Racionalização: É o processo no qual nos auto-justificamos "racionalmente" para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que vivenciamos. Diferenciado-se das "fantasias" criadas pela Negação que MODIFICAM o que de fato ocorre, a Racionalização lida com o "fato real", porém, elabora “explicações”, “boas razões”, para "justificar" a ocorrência, evitando lidar com a frustração e a culpa.

    A Raposa diz para si: "_ Claro que é certo e que posso pegar essas uvas e comer... O fazendeiro tem tantas e nem liga para elas; estou até fazendo um favor, pois se eu não tirar um pouco e levar embora, elas vão acabar apodrecendo no pé e trazendo um monte de insetos que vão estragar todas as plantações da região".

    4) Formação Reativa: Este Sistema de Defesa substitui o que de fato se deseja ou sente justamente pelo que lhe é oposto, invertendo inconscientemente aquilo que realmente quer... Como os outros sistemas de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, inicialmente, na infância, onde ocorre forte repressão aos impulsos, geralmente acompanhada por uma cobrança social de fazer justamente o oposto do que desejava.

    A Raposa diz para si: "_ Vou montar guarda diante destas uvas, pois tem muita gente querendo roubá-las do fazendeiro e é meu dever não permitir que isso aconteça".

    5) Projeção: Nesta forma de auto-defesa, desloca-se aspectos de nossa personalidade, sentimentos, emoções, para o meio "exterior", como se não fôssemos nós, mas sim, "outra" pessoa, animal ou objeto quem possuísse essas características. Para evitar-se de enxergar e repreender em nós mesmos certos pensamentos, impulsos e desejos, passamos a "projetá-los" em terceiros, direcionando também nossa desaprovação para estes.

    A Raposa diz para si: "_ Aquele coelho não tira os olhos famintos dessas uvas; certamente está morrendo de desejo de roubá-las e comer tudo... Que coisa mais deplorável...".

    6) Isolamento: É uma defesa onde as emoções perturbadoras relacionadas a um fato são "separadas" da lembrança em si, fazendo com que a pessoa se refira ao acontecimento traumático sem nenhuma emoção sobre o tema.

    A Raposa diz para si: "_ Eu queria as uvas... Tentei, não consegui... Tudo bem... Essas coisas acontecem...".

    7) Regressão: Nesta defesa, é como "voltar a ser criança", lidando de forma "infantil" com a ocorrência, utilizando algum artifício para "fugir" de lidar com a situação, procurando distrair-se com algo lúdico...

    A Raposa diz para si: "_ Êta, uvas difíceis ! Melhor é eu assistir um filme, relaxar, comer uma pipoquinha...".

    8) Sublimação: É o Sistema de Defesa mais bem aceito socialmente... Tal qual os demais que descrevemos, o processo ocorre de forma inconsciente, sendo que transmuta-se um impulso originalmente inaceitável para nossa consciência, canalisando essa "energia" em uma ação socialmente produtiva e bem recebida...

    A Raposa diz para si: "_ Uvas... Que boa idéia ! Farei uma grande plantação e a colocarei à disposição de todos os transeuntes, que podem ficar à vontade em saciar sua fome, comendo quantas desejarem...".

    Um dos Sistema de Defesa, a Projeção, quando ocorre no ambiente de consultório, ganha outra nomenclatura: TRANSFERÊNCIA, que é a vivência de fortes sentimentos do Cliente deslocados para o profissional, no relacionamento terapêutico e, numa direção paralela, temos os sentimentos despertados no profissional pelo Cliente, que Freud denominou CONTRA-TRANSFERÊNCIA.

    São elementos reprimidos, muitas vezes, infantis, que ganham nova expressão no espaço emocional, criado pelo encontro "profissional - cliente", sem que estes tenham plena consciência do fenômeno em questão.

    Um exemplo: imagine uma Cliente "falando mal" de sua mãe e a Terapeuta Holística que atende, sendo mãe e tendo uma filha com o mesmo discurso... Capaz até de "tomar as dores" da mãe dela !...

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

    Observem que há tanto a transferência "positiva" (amor, carinho...), quanto "negativa" (ódio, raiva...) e faz parte do processo. Cabe ao profissional ter consciência disso e perceber, por exemplo, que um(a) cliente apaixonado(a) por quem lhe atende é tão somente uma transferência e não um sentimento duradouro; o mesmo se dá na fase do cliente "odiar" seu analista...

    Todos os profissionais, em especial os de consultórios, estão sujeitos à CONTRA-TRANSFERÊNCIA, cujo único "antídoto" é perceber que este fenômento existe e ficarmos sempre atentos, além de, é claro, usufruir de SUPERVISÃO, pois com o acompanhamento de alguém "de fora", é possível detectar com maior facilidade a ocorrência do fenômeno...

    Todas as correntes psicoterápicas destacam a importância de que o analista igualmente passe por psicoterapia e supervisão. Essa é a melhor forma de evitar que o Cliente fique à mercê da contra-transferência, pois, passando por análise e se AUTOCONHECENDO, o profissional terá mais capacidade de detectar as ocorrências desta projeções, as quais, por sinal, são bem mais facilmente percebidas por alguém "de fora", ou seja, um supervisor.

     

    Detectar e perceber nossos próprios sistemas de defesa em ação nos torna ainda mais aptos a perceber o mesmo em nossos Clientes. Quanto mais profundamente desvendarmos nosso próprio inconsciente, maior será a nossa capacidade de despertar o mesmo nas pessoas que atendemos. Conhecendo e aceitando nossa SOMBRA, mais facilmente contataremos a de nossos Clientes, nos tornando profissionais melhores e menos sujeitos ao erro...

     

    Certamente, ocorrerá transferência e contra-transferência, e é responsabilidade do PROFISSIONAL estar atento a estas questões e evitar que as mesmas atrapalhem o processo terapêutico. Na verdade, se bem trabalhada a transferência pode até facilitar o desenrolar do atendimento.

     

     

    VII.II

    Freud, Nossas Bisavós E Os Vibradores

    Orgasmo - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

    As milenares Técnicas Tântricas aliam-se ao centenário Orgasmo eletromecânico e a curiosa origem dos vibradores no Século 19 como tratamento para todos os males da mulher, atualmente resgatado como instrumento terapêutico nas versões modernas da milenar arte tântrica.

    Quando iniciei-me no universo "alternativo", há algumas décadas, o Tantra era quase exclusivo aos pares formados entre os próprios terapeutas, como meio para equilibrar os centros energéticos e atingir a transcendência, tendo a sexualidade e amor como instrumentos. Eventualmente, era ofertada como terapia para casais, com estes participando de cursos onde aprendiam a teoria e prática tântricas.

    Já nos últimos cinco anos, surgiu uma nova turma de "gurus do sexo", propondo outras formas de dispor do tantrismo como terapia. Polêmicas à parte, no formato adotado por estes grupos neo-tântricos, já não é mais pré-requisito o casal, sendo que, no caso do Cliente procurar a terapia individual, caberá aos profissionais fazerem o papel complementar, seja o masculino, ou o feminino. Por meio do toque, respiração e movimentos, propõe-se a ativação da energia da líbido, harmonizando e redistribuindo por todo o ser. O orgasmo, ainda que não seja a finalidade, é comum ocorrer neste processo. Neste contexto tão diferente do que era há algumas décadas, deparamos também com o uso de luvas de borracha (assepsia e tentativa de minimizar a erotização do toque por parte dos profissionais) e, no caso da clientela feminina, o acréscimo de um recurso eletromecânico: os vibradores...

     

    Por sinal, esta metodologia vem obtendo grande atenção da imprensa, como as recentes matérias nas revistas Nova e Trip. Em primeira impressão, parece uma "modernização" da técnica, porém, a verdade é que nada mais é do que a volta a uma prática muito comum no final do Século 19 e primeiras décadas do 20, justificada por milenares interpretações machistas atribuídas a Hipócrates. Este chamava de histeria, aos sintomas físicos sem causa aparente, condição que considerava tipicamente feminina, razão pela qual, pressupunha que a origem do problema deveria estar no útero, ao qual atribuiam o estado de "ardente"...

    Eis que no puritano universo ocidental nos idos de 1850, uma "epidemia" do gênero tomou conta das recatadas damas da sociedade e, o único tratamento conhecido para a "histeria" era o toque clitoriano, que era realizado pelos médicos, em seus consultórios. A manipulação era continuada até que a Cliente atingisse o "paroxismo histérico", que era considerado um espécie de "ataque de histeria" obtido em ambiente controlado. Em decorrência disto, os sintomas físicos desapareciam e os maridos ficavam satisfeitos em constatar esposas mais calmas e felizes. Ou seja, pareciam desconhecer o que era um ORGASMO feminino, mas, pelo menos, já usufruiam de seus benefícios para o equilíbrio somatopsíquico...

     

    Eis que aqui, já podemos justificar a presença de Freud no título deste artigo, pois, foi justamente trocando informações com seus colegas que trabalhavam nesta linha de terapia, que firmou sua convicção de que problemas ligados à sexualidade eram a origem e a chave para solucionar inúmeros distúrbios. A Psicanálise trabalhou esta hipótese e, nesta linha, ninguém ousou mais que seu discípulo dissidente, Wilhelm Reich, que publicou os inúmeros benefícios do "clímax" sexual, em sua obra: "A Função Do Orgasmo".

     

    A procura por esta terapia "miraculosa" era tamanha que os consultórios não davam conta de atender, já que dependiam da destreza manual dos profissionais, que começavam a sofrer danos por esforços repetitivos.

     

    Como alternativa, experimentava-se os jatos de água, mas, como podemos constatar pela figura ao lado, no formato que adotaram, não era prático, nem eficiente.

     

     

    Eis que em 1880, o doutor Joseph Mortimer Granville, patenteia o primeiro vibrador eletromecânico, de fabricação encomendada com seu relojoeiro.Rapidamente, a idéia foi aperfeiçoada por várias empresas, até conseguirem tamanhos portáteis e baixo custo, o que possibilitou que todo lar pudesse ter ao menos um equipamento para o tratamento da "histeria" sem mais depender de ir a consultórios médicos.

     

    A popularidade era grande e com as bençãos da sociedade machista, que bem ignorava as demais potencialidades deste instrumento terapêutico.

    Propaganda de época

     

    Propagandas em revistas, jornais e cartazes, não raro, anunciavam os equipamentos como "a maior descoberta médica de todos os tempos", capazes de proporcionar "paroxismos histéricos" de alta intensidade, eficentes para tratar de todas as mazelas femininas.

     

    Seja a bateria, ou a manivela e até por ar comprimido, há grandes chances de nossas bisavós (isso se o leitor for da mesma faixa etária que eu, claro...) terem usufruído das maravilhosas invenções terapêuticas, porém, é bem provável que nossas avós e mães não tenham tido a mesma oportunidade, pois, a partir de 1920, com o advento dos filmes pornográficos, finalmente a sociedade machista e puritana tomou conhecimento dos potenciais usos destes equipamentos. Assim sendo, de terapia doméstica indispensável em qualquer lar que se preze, os vibradores passaram a ser enquadrados como inadequados às "mulheres de bem".

     

    Os fabricantes não se deram por vencidos, e buscaram outras formas de divulgar de forma mais discreta, a disponibilidade para compra. Desde anúncios em que as figuras estavam aplicando os vibradores na... têmpora (!), até literalmente vendidos disfarçados em caixas que anunciavam aspiradores de pó, e outros ofertados como aparelhos de "múltiplas utilidades", onde os motores serviam, em primeira análise, como batedeiras de bolo, mas, que possuiam acessórios que, uma vez conectados, possibilitavam utilidades bem diferentes. Apesar desta estratégia, é fato que entre as décadas posteriores a 1940, a popularidade dos vibradores desapareceu, vindo a ressurgir, nos anos 70 em diante, assumindo seu caráter de instrumento voltado ao prazer feminino.

     

    Assim sendo, como a Terapia Holística tem por tradição resgatar terapêuticas milenares ou, ao menos, seculares, até que não é de estranharmos que a linha tântrica traga de volta, mais uma antiga prática do tempo de nossas bisavós, ou seja, o vibrador, como uma panacéia universal...

     

    Na certeza de que o tema é muito polêmico e que ainda carece de normas técnicas específicas, que só poderão ser criadas após amplo debate entre os profissionais, aliados à análise jurídica da questão, que fique este artigo, como uma forma bem-humorada e curiosa de trazer o assunto para discussão.

     

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br

     

    Texto extraído de:

    http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/tradicionais/69-sexualidade-tantrico/197-vibrador-tantrico#ixzz23jhKUtNR 

    Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

     

    VII.III

     

    Os Doze Passos de Narcóticos Anônimos

       

    Os Doze Passos de NA tem como objetivo convidar os nossos membros a empenharem-se numa viagem de recuperação, e servir como meio para se alcançar uma compreensão pessoal dos príncipios espirituais de cada passo e a forma como os experimentos nas nossas vidas acreditamos que os passos estão apresentados de uma forma que abrange a diversidade da nossa irmandade e reflecte o despertar espiritual descrito no nosso 12º passo..

     

    OS DOZE PASSOS

     

    PRIMEIRO PASSO:

    Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.

     

    SEGUNDO PASSO:

    Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.

     

    TERCEIRO PASSO:

    Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós o compreendíamos.

     

    QUARTO PASSO:

    Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.

     

    QUINTO PASSO:

    Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.

     

    SEXTO PASSO:

    Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

     

    SÉTIMO PASSO:

    Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.

     

    OITAVO PASSO:

    Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.

     

    NONO PASSO:

    Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse prejudicá-las ou a outras.

     

    DÉCIMO PASSO:

    Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

     

    DÉCIMO PRIMEIRO PASSO:

    Procuramos, através de prece e meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.

     

    DÉCIMO SEGUNDO PASSO:

    Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.

     

    Fonte: http://www.na.org.br/

     

     

    VII.IV

     

    Drogas: Êxtase e Dependência

    Êxtase e Dependência - Modelo: Pollyana - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

    Antes de aprofundar a questão, apresento meu posicionamento neste tema tão polêmico: creio que tudo o que se busca por meio das drogas, pode ser obtido por alternativas menos drásticas, tais como técnicas especiais de respiração, posturais, corporais e de induções vivenciais, que igualmente produzem estados alterados de consciência, sem os riscos inerentes de exposição a produtos cujos efeitos a curto e longo prazo ainda não são bem conhecidos.

    Milenarmente, todas as culturas praticaram rituais religiosos que se propunham a alterar as percepções da realidade, comumente associando ritmos musicais repetitivos, em alto som, regado a bebidas de teor alcoólico (vinhos, aguardentes, fermentados...) e danças, com a variante de ingestão de vegetais com poderes alucinógenos, muitas vezes restritas aos sacerdotes, em outras, compartilhado com toda a tribo. Tal somatória resulta na dissolução dos padrões rígidos da personalidade, permitindo contato direto ao conteúdo inconsciente. Os objetivos eram transcendentes, uma jornada "espiritual", "sagrada".

     

    Modernamente, a tradição ressurgiu nos festivais "hippies", inclusive, mantendo-se a busca pela transcendência. Nos dias de hoje, temos as festas denominadas "raves", outrossim, sem um objetivo "espiritual" no contexto. Seja como for, o que se constata é um "padrão" que faz parte da história da humanidade e, certamente, merece ser analisado mais profundamente.

     

    Em nossos consultórios, ainda que parte integrante do contexto coletivo/social, o mais comum é que a questão das drogas chegue até nós, de forma individualizada, ou seja trazida pelo Cliente. A ausência de julgamento, seja positivo, ou negativo, é exigência fundamental em nosso trabalho e o foco é a PESSOA, em seu TODO. Ou seja, o uso das drogas seria mais um dos tópicos a serem trabalhados, visto que é inseparável dos demais. Devemos, em conjunto com o Cliente, descobrir as motivações, conscientes e inconscientes, que levaram a este padrão de comportamento. Seria uma busca religiosa ? Estaria abafando pensamentos, sentimentos, desejos, lembranças ? Auto-estima em baixa sendo compensada via comportamentos tidos como moda ? Enfim, infindáveis hipóteses e cada caso é um caso, cada momento é único. Só o transcorrer da terapia pode trazer mais clareza sobre o que ocorre. E, paralelamente à análise, a inclusão de técnicas vivenciais, alternando relaxamento, hipnose, técnicas corporais de toque, respiratórias, renascimento, em suma, uma vasta gama de opções terapêuticas capazes de produzir estados alterados de consciência, sem uso de "aditivos".

     

    Os produtos consumidos nos dias de hoje, "refinados" quimicamente em laboratórios, certamente são muito mais danosos do que as poções milenares, que eram praticamente em estado natural. Daí que na sociedade moderna surge a alcunha de "dependente químico", aquele indivíduo que perde o controle sobre o uso da substância, associado com sintomas de abstinência e tolerância, evitadas com o uso constante e cada vez maior, privilegiando o consumo a outras coisas que antes valorizava. Dentre os colegas de profissão, existe um grupo crescente que foca seu atendimento a este tipo de situação, quase como uma "especialidade", correndo o risco de perder o enfoque holístico e, o que é ainda mais grave, inadvertidamente ferindo a legislação, com o risco de prisão, sendo irrelevante à justiça humana se suas intenções eram nobres ou não.

     

    O SINTE - Sindicato dos Terapeutas vem detectando um aumento de cursos para "terapeutas em dependência química" realizados em entidades religiosas e que ensinam de forma totalmente inadequada às leis brasileiras.

     

    Quando se trata de Terapia Holística, o trabalho deve focar no atendimento ao CLIENTE e não à "dependência química" em si, pois ao definir tal estado como sendo "doença" e vincular seu trabalho a esta questão, equivale a confessar crime de exercício ilegal de medicina, já que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento de doenças são monopólios da classe médica, segundo as leis em vigor e jurisprudência (casos julgados)...

     

    Ou seja, ainda que não trabalhe com internações, quem definir seu trabalho desta forma, corre o sério risco de enquadrar-se em exercício ilegal de medicina...

     

    Extremamente preocupante é o fator "internação", muitas vezes propagandeada com mais um serviço prestado por estes colegas... Isto se deve porque, em várias escolas, fazem interpretações distorcidas, tentando justificar este procedimento, citando legislação que nem sequer mais existe (como é o caso da Lei nº 6.368, que foi REVOGADA pela Lei nº 11.343, de 23/09/2006) ou da Lei nº 10.216, cujo objetivo (dentro outros...) é justamente PROTEGER o cidadão para IMPEDIR que ele seja internado involuntariamente !!! Ou seja, é exatamente o OPOSTO da interpretação que os cursos vem divulgando !!!

     

    Nós sabemos que erram na boa fé, porém, nenhuma autoridade policial e/ou judicial aceitaria tal alegação... Conforme claramente expressa a lei, toda internação, até mesmo as voluntárias, dependem de um laudo MÉDICO PSIQUIÁTRICO; sem isso, estarão ferindo os direitos da pessoa em questão, além de cometer crimes de sequestro e cárcere privado, dentre outros possíveis enquadramentos...  

     

    Mesmo de posse do laudo médico, ainda assim, o estabelecimento precisará prestar "serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros"; sem tais requisitos, jamais a instituição poderá sequer candidatar-se a esse papel.

     

    Sabemos que muitos colegas trabalham como aprenderam nestas escolas, contudo, verdade seja dita, infelizmente tais cursos, ainda que talvez bem intencionados, ensinam de forma totalmente equivocada no que diz respeito a adequar-se às leis em vigor.... Urge uma adequação radical na forma de se expressar e modo de trabalhar, pois, a continuar no formato atual, é questão de tempo para muitos colegas serem presos e processados.

     

    Tudo isso pode ser evitado, simplesmente mantendo o foco naquilo que somos: TERAPEUTAS HOLÍSTICOS, os quais, por definição, jamais tratamos "doenças" (no caso, a dependência química...) e sim, cuidamos do indivíduo, em seu TODO, e, como tal, a questão das drogas, se trazida pelo Cliente, será mais um dos múltiplos aspectos a serem considerados e trabalhados, no transcorrer da Terapia.

    Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.

    contato@sinte.com.br

    (11) 3171-1913

     

     

    Texto extraído de: http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/psicoterapia/aconselhamento/232-drogas-dependencia-quimica#ixzz23olhqDgL 

    Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    Autor: : Henrique Vieira Filho - CRT 21001 - Terapeuta Holístico
    Última atualização: 17/08/2012 17:42


    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para crianças e pré-adolescentes utilizando RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS

    PSICOTERAPIA HOLÍSTICA para crianças e pré-adolescentes utilizando RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS

    HOLÍSTICA / 2013

     

    “Aqueles que confundem o não-real com o real e o real com o não-real e, por conseguinte, são vítimas de noções errôneas, nunca alcançam a essência da realidade”

                                                 (Buda)

     

     

    Dedico a todos os que gostam de estudar o comportamento infantil, às vezes tão incompreendido e muitas vezes difícil de amar.

     

     

    AGRADECIMENTOS

     

    Agradeço a Deus pela vida, às minhas filhas Janira e Niara por me apoiarem em minhas pesquisas aos meus clientes por consentirem experiências novas e ao SINTE por deixar-me apresentar estas experiências que a todos tem feito bem apresentando resultados positivos.

            

     

     

    SUMARIO

     

    1. INTRODUÇÃO...........................................................................................7

    2. MATERIAL E METODOLOGIA..................................................................8

         2.1 Material empregado............................................................................8

         2.2 Métodos..............................................................................................8

            2.2.1 Estudo da criança presente .........................................................8

            2.2.2 – Estudo da criança ausente .......................................................8

         2.3 Divisão Cronológica e suas características .......................................9

         2.4 Análise dos perfis das crianças ........................................................15

    3. COMO A RADIESTESIA, AS RUNAS, AS FIGURAS GEOMÉTRICAS

    E OS FLORAIS PODEM AJUDAR AS CRIANÇAS NO SEU EQUILÍBRIO ENERGÉTICO..............................................................................................17

        3.1 A Radiestesia ....................................................................................17

        3.2 As Runas............................................................................................18

        3.3 As Figuras Geométricas.....................................................................18

        3.4 Os Florais ..........................................................................................19

    4. RESULTADOS.........................................................................................20

    5. DISCUSSÃO............................................................................................21

    6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................22

     

     

     

     

     

     

    RESUMO

     

    A Psicoterapia Holística tem como objetivo ajudar o cliente a se conhecer melhor e assim sendo tomar outras decisões e escolhas que o possam direcionar melhor na vida para o equilíbrio energético de si mesmo, na família e na sociedade. Muitas vezes na vida dos adultos, as crianças são relegadas a segundo plano em suas necessidades energéticas, daí tornarem-se muito agitadas e aflitas, o que as torna pouco acolhidas. Neste estudo, utilizando Runas, Figuras Geométricas, Florais e a Radiestesia, buscamos o equilíbrio das crianças para que seja mais agradável o convívio com elas e mais interativo o aprendizado, entre nós e elas.

     

     

    1. INTRODUÇÃO

     

    A Meta principal a ser atingida pelo Terapeuta Holístico é o equilíbrio de seu cliente em todos os níveis, entretanto nota-se que as crianças muito agitadas neste mundo moderno, conseguem desequilibrar os pais que muitas vezes não sabem como proceder para melhorar o comportamento dos filhos, então resolvi estudar o perfil das crianças para ver qual atitude poderíamos tomar para que elas se equilibrassem e não desestabilizar tanto os pais. Daí comecei a ter contato com as crianças, logicamente com a presença ou do pai ou da mãe (ou responsável) junto ao atendimento e através de técnicas como colagens, desenhos, conversas e escritos, pude analisá-las e com a ajuda das Runas, Figuras Geométricas e Florais aliados com a Radiestesia, conseguimos alguns resultados excelentes de melhorias de comportamento e mais atenção para o aprendizado.

            Eu uso alguma técnica para os bebês de 0 a 3 anos, outras técnicas para os de 3 a 7 anos, outras para os de 7 a 10 anos e outras ainda para os de 10 a 12 anos. Para os de 0 a 3 anos são só brinquedos que fazem barulhinhos como chocalho e bichinho de borracha de apertar.

            Para os de 3 a 7 anos é desenhar com lápis e giz de cera, usar tecidos coloridos, papéis de presente, de 7 a 10 anos é colar figuras recortadas e escrever palavras-chave e de 10 a 12 anos é escrever frases que o marcaram e a mensagem que gostaria de receber e de quem.

            Sempre aparecem pais aflitos que não sabem o que fazer para os filhos comerem vegetais, como fazê-los estudar, como fazerem para ter limites. Defendo o método de combater os “nós” que não deixam a energia fluir, defendo o diálogo, defendo o acompanhamento nas atividades, os limites que devem existir e o bom exemplo dos pais e responsáveis, em tudo aplicando a teoria do AMOR RESPONSÁVEL para a construção de um mundo sustentável e bom de se viver para todos.

            Esses “nós” ou bloqueios energéticos que não deixam a energia fluir devem ser combatidos e serem desfeitos o melhor e o mais rapidamente possível.

     

     

    2. MATERIAL E METODOLOGIA

     

    1. - Material empregado

    - Pêndulo neutro

    - Runas de cobre

    - Fichas de cliente

    - Grafites

    - Papel de presente colorido e estampado

    - Brinquedos de borracha e chocalho

    - Lápis e giz de cera

    - Fitas coloridas

    - Papéis A4

    1. - Métodos

    1.2.1- Estudo da criança presente

    1.2.2- Estudo da criança ausente

    2.2.1 – Estudo da criança presente

            De acordo com a idade da criança presente fazemos vários testes para verificar se a idade cronológica corresponde a idade mental ou se está atrasada e porque está atrasada. Qual o ponto que está atrapalhando o desenvolvimento da criança e qual o ponto que está amarrando a energia não deixando ela fluir. Estes testes nos dão a resposta para nós começarmos a agir e acertar.

            Estes “nós” da energia determinam vários tipos de sofrimentos para a criança e a família, o que vem refletir na escola e na sociedade.

     

    2.2.2 – Estudo da criança ausente

            É o estudo que capta as vibrações emanadas pelo inconsciente de uma pessoa e captadas pelo terapeuta, através das ondas radiestésicas através do pêndulo, não tendo barreiras nem distancias porque as ondas circulam livremente e vão carregando as informações.

            Para este captar é necessário informar-se o nome e data de nascimento da criança ou uma foto.

    - Tendo determinado em qual cor vibra a criança já se tem aí uma informação importante principalmente se esta cor for a vermelha. Toda criança que vibra na cor vermelha já trás “nós” que a fazem ser muito agitadas, impacientes e dispersivas.

    - Confeccionar a ficha de cliente da criança com o nome dela, idade, data de nascimento, e nome da mãe e pai ou do responsável.

    - Determinar quais “nós” aquela criança trás já naquela idade, se são vindas do pai ou da mãe.

    - Desenhar uma figura geométrica escolhida pelo pêndulo, sintonizada pela cor individual da criança, e dentro desta figura desenhar uma runa e escrever o nome da criança e os “nós” que precisam ser desfeitos. Este desenho é feito com grafite que é grande transmissor de energia.

    - Comunicar com os pais e aconselhá-los a fazer junto com a criança, se for possível, por um ou dois minutos ou mais, a figura da Runa com o corpo para melhor sintonia com a mesma runa e aumentar a potência de ação.

    - Escolher pelo pêndulo qual floral a criança precisa tomar e informar aos pais

    - Determinar qual cor complementar a criança está precisando mais e incluir esta cor na roupa de cama da criança porque é o local onde ela passa mais tempo.

    - Verificar se está precisando de alguma cor principal na alimentação e incluir esta cor para ajudar o equilíbrio energético.

    - Energizar com o pêndulo o desenho feito na ficha de cliente por quanto tempo for indicado.

     

    1. - Divisão Cronológica e suas características

     

    - De 0 a 1 ano de vida = O recém-nascido desenvolve ao mesmo tempo sua maturação biológica e sua aprendizagem experimental por causa de ter em si o duplo impulso: de suas forças genotípicas e dos estímulos ambientais (externos e internos). Estas duas energias levam a criança a reagir perante estímulos e com o tempo se transformará em “hábito de reação” e lentamente se transformará em ato reflexo, local e automático.

            A criança neste primeiro ano de vida poderá aprender muito mais, se desde a primeira semana de vida nós agirmos mais corretamente com os objetos que a estimulam. Por exemplo, a mãe ao se colocar um “babador” antes de dar o seio para mamar, se faz uma ligeira pressão em seu peito. A criança começa a sugar logo após a pressão no peito porque sente que é hora de mamar. Se antes de dar o mamar se toca um chocalho, a criança quando ouve o chocalho já começa a sugar, sem esperar o contato com a mamadeira. É o reflexo condicionado, alvo de estudo por muito tempo de PAVLOV. Passado o primeiro mês o lactente é agora mais sensível aos estímulos da reação afetuosa que é conseguida com muito mais facilidade.

            A criança vai se desenvolver evolutivamente e este desenvolvimento deve ser o quanto possível, compensado, equilibrado ou harmonizado pela ação corretora da educação, que deverá a todo momento, evitar o excesso de distância ou desnível entre os diversos setores funcionais do sistema nervoso central, nem predomínio da sensibilidade, nem prepotência da motricidade, nem excesso de variedade (instabilidade), nem excesso de rigidez (habituação automatizante). Atendendo uma ou outra de tais modalidades a pessoa não se desenvolve como um todo, podendo ficar ou neurótico, ou apático, ou tímido, ou impulsivo, ou fanático, ou um autômato, qualquer coisa, menos um “verdadeiro HOMEM”.

            Por isso, na educação pós-moderna dar-se tanta importância ao desenvolvimento das aptidões psico-motoras quanto ao das aptidões puramente intelectuais.

    - De 1 a 2 anos = Quando a criança começa a querer sair de seu berço e arrastando-se = “engatinhando-se”, vai de um lado a outro puxando tudo e mexendo em tudo, é preciso ser vigiada sempre para evitar desgostos. É a época da readaptação a outros alimentos porque geralmente para de mamar no peito e começa a comer mais alguma coisa como sopinhas e sucos.

            A criança nesta idade quer “aquisição de poder”, enfiar-se em qualquer lugar, qualquer janela, com sua curiosidade exploradora.

            Esta possibilidade de deslocamento ativa e voluntária aumenta consideravelmente na criança a vivência de sua subjetividade, independência e poder, contribuindo para firmar em si sua noção do EU. O mundo deixa de ser uma sucessão de aparentes fatos para ser mais ordenado e estruturado de impressões estáveis.

            A criança começa a entender o “EU”, o “TU”, mas não sabe o que é o “NÓS”. É egocêntrica, brinca com os outros mas para satisfazer seus interesses. Quer brincar com as partes de seu corpo, o adulto não deixa, então ela adquire uma obscura noção da relatividade e complexidade da conduta social, começa a ter “segredos”, “vida íntima” ou “privada”. Começa a ser pessoa social e deixa de ser pessoa natural.

    - De 2 a 3 anos = Já falando e aprendendo novas palavras, a criança nesta fase já pensa, estabelece relações e vínculos entre o que é real e o imaginário.

            O pensamento mágico encontra-se aos 3 anos no seu apogeu formativo. A criança começa a ter fantasia, isto é, capacidade de combinar suas recordações e de criar elas novos estímulos (internos) para continuar estabelecendo relações ou conexões associativas. É hora de saber que existem dois mundos: o real ou objetivo onde imperam a razão, o dever e o trabalho e o imaginário ou subjetivo onde dominam a Fantasia, o prazer e o brinquedo. Estes dois mundos vão caminhando com a criança ao longo de sua vida e pode chegar até a fase adulta quando ao se deparar com um estado emocional de medo, cólera ou amor, podem misturarem-se as crenças mágicas com os elementos do raciocínio lógico dando origem a confusões mentais e até no modo de agir.

    -  De 3 a 4 anos = Já tem bastante progresso quanto à linguagem e na interpretação de fatos. E vive situações fictícias como se fosse real, porque para ele basta calçar o sapato do pai, para ser o pai, mostrar uma cadeira e contar a história, ela já é o “trono do Rei”. Nesta fase o “todo faz um intercambio com suas partes”. Se ao chamá-la para almoçar, falta a colher, se nega a comer, não porque é birra, mas porque com isto é destruída a imagem configuracional da situação nutritiva, faltou um elemento da série perceptiva que constitui o hábito alimentício, rompeu a umidade da mesma e ela desaparece como tal, criando a consequente reação negativa. A criança é TUDO ou NADA. Ou segue o ritual e come ou faltando um elemento não come. Dá atenção aos detalhes. Com a experiência do dia a dia a criança aprende que as partes não equivalem ao todo não basta calçar o sapato da mãe para ser a mãe.

    Vai se estabelecendo este processo de diferenciação e estruturação hierárquica e só no final do 4° ou 5° ano de vida que a criança vai entender que o TODO contem as partes, porém as partes não são o todo, embora partes dele.

    Até os 3 anos a criança quebra objetos e a partir desta data começa a CONSTRUIR, e esta construção é muitas vezes desenvolvida a partir dos desenhos, dos rabiscos que vão se formando em desenhos.

    - Entre os 4 a 7 anos = São poucas as vezes em que a noção de causalidade chega a estabelecer-se de um modo independente da sucessão temporal. A criança rege-se pelo princípio “depois disso, logo por isso” e esquece que a antecedência da causa é a razão necessária porém não suficiente para sua ação. Ex: primeiro é necessário cair a chuva para fazer a lama e a lama não faz a chuva cair.

            Por causa da dificuldade com que se processa a transição do primeiro realismo infantil cheio de complicadas noções de causas e efeitos, a criança tem pensamentos cheios de paradoxos, ora com precisão e profundidade de raciocínio ora com ausência de lógica e incoerência e tem interpretações diversas da mesma realidade. Neste período de 4 a 7 anos a criança trava contato com a problemática dos chamados “valores” e aplica em sua resolução, inicialmente, os mesmos processos que a levaram a conseguir sua adaptação ao mundo das coisas. Para a criança “BOM” é o que o adulto deixa-a fazer, e “MAU” é o que não pode fazer e se ela fizer terá consequências desagradáveis. Por exemplo: ao se perguntar uma criança de cinco anos se roer as unhas era bom ou mau, ela respondeu sem errar: “é mau” porque não se pode fazer se fizer vão te pegar. “Bom” e “mau” não tem para a criança um valor ético, mas um valor utilitário.

            BOM é o que lhe serve para satisfazer um desejo e proporcionar-lhe um prazer e MAU é o que não lhe serve ou com sua simples presença provoca um desprazer.

            A evolução do conceito de valor verifica-se no sentido de uma progressiva objetivação ou racionalização do mesmo, seja qual for o valor considerado. A criança afirmando que algo é bom ou mau, feio ou lindo, justifica seu juízo de valor em algo além da impressão afetiva, apoia em algo irracional, esta justificativa é incoerente e invariável.

            Na terceira infância já terá a delimitação do valor de justiça e começa a diferenciar o “direito” da “obrigação”.

            No final da infância psíquica, nem sempre coincidente, é claro com a cronológica – que se apresentam os fatores favoráveis do descobrimento do valor da “VERDADE”, isto é, do conhecimento universal e certo que caracteriza a vida científica.

            O desenvolvimento da criança portanto psiquicamente falando vai do egocêntrico até a parte mais social onde desenvolve elementos mais elevados de gratidão, simpatia, compaixão, etc.

            A medida em que a criança vai se sociabilizando saindo de seu ambiente familiar para o ambiente escolar e diferentes ambientes sociais vai começando a delinear o caminho do seu destino se bem que tal caminho ainda modifique muitas vezes o seu curso até se realizar.

            A criança de 4 a 7 anos estruturou definitivamente o mundo objetivo e descobriu a objetividade das coisas.

    - Entre os 7 a 10 anos = É a época do progresso do conhecimento, desenvolvimento intelectual, onde ocorrem muitas idéias já desenvolvendo novas relações de sentido. Por exemplo, já tendo noção de peso, balança, metragem e moeda. Começa a orientar toda a atividade vital por um critério de contabilidade de tempo, de espaço, de distância, de velocidade, de peso, de dinheiro e algumas vezes se desvia para o “colecionismo”. E no mundo pós-moderno a criança quer tudo o que vê com a sua mania de coleção. Isto porque esta atividade intelectual tem mais importância que a atividade motora.

            Nesta fase a criança já começa a deduzir por si mesma sem aceitar tudo que lhe diziam como antes, quando tudo era verdade sem titubear. Nesta fase as relações familiares ficam meio abaladas porque o pré-adolescente certifica-se de que em muitas ocasiões lhe ocultaram a verdade.

            Agora, nesta idade, os adultos, os pais, os ascendentes, são vistos como pessoas comuns, com seus erros e defeitos, então a criança começa a rebelar-se interiormente e só se manifesta exteriormente no menino quando da crise da puberdade, e na criança do sexo feminino só se tornará evidente alguns anos mais tarde, isto é, em plena adolescência, pelo aparecimento de crises injustificadas de mau humor e de choro como também, pelo aumento da irascibilidade e angustia.

            O pré-adolescente começará a pensar no seu destino e ficará inquieto com perguntas como esta: - Quem serei? – Que farei? – Que devo dizer?. E ante dessa fase só se preocupava com as questões: - Que me deixam fazer? O que meus pais querem que eu seja?

            A criança sente necessidade de pensar por si só nesta fase e para de perguntar aos pais e começa a dirigir-se aos seus companheiros de escola para argumentar e discutir suas primeiras opiniões sobre a vida.

            É nesta fase que se observa a duplicidade de atitudes da criança em relação a seus companheiros de idade ou a seus superiores (em poder, mas já não em valor). Tem dificuldade de se abrir apesar de estar participando da escola e da família, quer ter seus segredos e explorar o desconhecido.

            No terreno da conduta moral, a criança de 7 a 10 anos de moral homoniana à fase da moral autônoma. Se até agora, a atitude diante de uma regra era absoluta: submissão ou repulsão, agora ela começa a admitir a relatividade de toda norma, variando de acordo com as circunstâncias oportunas. Exemplificando: nos jogos, quer fazer novas regras, não quer aceitar as infrações que os adultos codificaram.

            Sobre à curiosidade das coisas da vida, estas diferem, conforme sejam as condições de cultura e ambiente. A criança nesta fase de 8 a 10 anos quer saber mais sobre a vida, a morte, os seres, etc, mas acha que os pais já não são fonte suficiente para responder-lhes, então passa a inquirir seus colegas mais adiantados e os serviçais e pessoas nas quais deposita confiança mais do que a seus pais.

            A criança quer alguma precisão nas respostas porque já está com a capacidade de crítica bem acentuada. A esta fase a criança já se considera bem superior intelectualmente e mistura as informações recebidas com a fantasia imaginativa e resíduos de crenças, mágicas, fazem as histórias serem aventuras surpreendentes e misteriosas, o que muito agrada estes pré-adolescentes, os raios, forças misteriosas e conflitos internos dos personagens, que são possantes, mas podem chorar e gostar.

            A partir dos 9 anos o corpo começa a formar-se e os meninos e meninas começam a pesquisar sobre o corpo, o sexo, e interessam muito pelas aulas de ciência onde se estuda o corpo e suas funções. Há o aparecimento das diferenças no modo do menino e da menina ser e de reagir. As meninas temem e admiram os meninos e estes tendem a ter menosprezo e tendência protetora com as meninas. Na adolescência esta tendência se transforma por causa do despontar do desejo sexual, e pode ser uma atitude de timidez ou agressão, não quer que nenhuma menina tente impedi-lo de fazer algo. O menino só é tolerante para com a companheira quando a vê fraca, chorosa, ou submissa. Há vários níveis de amadurecimento, o que deve ser aproveitado nas salas de aulas. Neste período na criança amplia a base de seus contatos sociais, quer ficar com os colegas para estudar e brincar, mas os pais devem ficar vigilantes para com as amizades por causa da atual disseminação das drogas e outros males. Esta constante vigília pode desenvolver no pré-adolescente a ideia de que “os outros” são maus e até fazer diminuir o sentimento de fraternidade universal que deve unir os homens e mulheres do planeta todo. É preciso coerência e muita interpretação dos fatos para que este AMOR AO PRÓXIMO não diminua e o mundo não fique prejudicado.

    - Criança de 10 a 12 anos de idade = A adolescência (do latim “adolescere” que significa crescer) é um breve espaço de tempo entre a segunda infância e a puberdade, que corresponde aproximadamente ao período entre os 11 e 13 anos nas meninas e os 12 e 14 nos meninos. Neste período ocorrem as mudanças em ambos os sexos, alterações de condutas e mudanças morfológicas sensíveis. É o momento do crescimento físico.

            Spranger descreveu 2 problemas essenciais a este período:

    1. Descobrimento do eu e formação de um plano de vida
    2. Independência subjetiva

    Mas, pode-se considerar como próprios desta fase evolutiva, os seguintes fatos:

    1. Alteração do esquema físico e obrigação do reajustamento entre o SER e o PARECER. O crescimento e a aparência criam uma inquietação e preocupação constantes, daí querem sempre estar diante do espelho para ver a transformação de seu corpo que lhe parece diferente todo dia, podendo criar uma certa desorientação e angústia.
    2. Alteração dos sentimentos vitais: Junto com a transformação do corpo há também uma transformação metabólica com o aparecimentos de novos hormônios (as glândulas sexuais ou gônadas), há as mudanças bruscas de humor de alegria à tristeza, entusiasmo e preguiça.
    3. Erotização do campo de consciência e necessidade de achar o complemento: O organismo fica sensibilizado pelos hormônios e acentua-se o masculino e feminino.
    4. O mistério da vida e da morte: Os adolescentes em geral pensam na sua origem e no seu destino, isto é, como terminará sua vida e essas atitudes de filosofias, ocuparão tempo e profundidades diversas e é o tempo de ajudá-los a ter uma orientação religiosa e filosófica para não ficarem sem explicação do inexplicável.
    5. Independência ou detesto psicológico do ambiente familiar: Liberação de tutelas. O jovem deverá passar por uma fase de oposição e negação das sugestões e ordens vindas dos familiares. E se estes não conceder-lhe esta oportunidade de “não concordar com nada” há muita briga inútil dentro de casa e pode complicar pela vida afora. Deixar o jovem ter uma opinião contrária a alguma coisa o deixa mais feliz.
    6. Fixação do papel a representar social e profissional: O adolescente que saber o que vai ser e o que vai fazer, quer fazer planos para a vida e prever e usar seu cérebro para se sair bem de situações imaginadas para ele mesmo e para o que vai ser na sociedade.

     

    2.4 – Análise dos perfis das crianças

    Esta análise é fundamental para ver se as crianças estão na idade cronológica relativa à idade mental.

     

     

    . até 1 ano:

            - Verificar se a criança acompanha o barulho dos chocalhos e se sentem alegria ou choram

    . até 2 anos:

            - Verificar se a criança consegue localizar 2 bolas de cor igual no meio de outras ou se joga tudo fora.

    . até 3 anos:

            - Verificar se a criança consegue reconhecer o retrato de um cãozinho no meio de outro desenho ou se rasga o papel.

    . até 4 anos:

            - Verificar se a criança consegue juntar dois triângulos de tecidos coloridos iguais no meio de outros estampados diferentes ou se amassa tudo e joga fora.

    . até 5 anos:

            - Verificar se a criança consegue colar dois triângulos sobrepostos formando uma estrela ou se irrita e estraga tudo.

    . até 6 anos:

            - Verificar se com giz de cera a criança já faz um desenho de flor ou de casa ou se fica aborrecida e sai correndo.

    . até 7 anos:

            - Verificar se a criança consegue recortar dois presentes (desenhos) do papel de presente, para dar para o pai ou mãe ou se recusa-se a isso.

    . até 8 anos:

            - Verificar se a criança consegue desenhar a família e quem aparece de mais destaque ou se ela não quer desenhar.

    . até 9 anos:

            - Verificar se a criança quer desenhar alguma coisa importante para ela ou não quer desenhar nada.

    . até 10 anos:

            - Pedir para a criança fazer uma margem no papel com uma cor e escrever três palavras ou frases importantes para ela ou se ela se recusa a fazer isto.

    . até 11 anos:

            - Pedir para a criança escrever uma mensagem para seus pais no celular agradecendo-lhes pela vida ou se não quer fazer isso.

     

     

    . até 12 anos:

            - Pedir para a criança escrever o nome de 3 amigos importantes no papel e o que quer desejar para eles ou se recusa a fazer isso.

    . depois de 12 anos:

            - Perguntar qual mensagem gostaria de receber, de quem, por que.

            

    3. COMO A RADIESTESIA, AS RUNAS, AS FIGURAS GEOMÉTRICAS E OS FLORAIS PODEM AJUDAR AS CRIANÇAS NO SEU EQUILÍBRIO ENERGÉTICO.

            

    3.1 – A RADIESTESIA:

            Esta ciência tem seus princípios em base experimental, capaz de ser verificada por pesquisadores em diversas partes do mundo. Mas é também uma ARTE porque é preciso ter treinado bastante a intuição para captar suas mensagens ou radiações. É muito antiga a prática de Radiestesia que surgiu com a técnica da procura de poços d’água e de jazidas subterrâneas por meio da forquilha ou varinha. Passou muito tempo esquecida e ressurgiu para ser estudada com mais atenção.

            A RADIESTESIA  se relaciona com as radiações, que os corpos emitem e que podem ser captados à distância, não havendo empecilhos porque são levados pelas ondas magnéticas e chegam sem alardes.

            O pêndulo é um instrumento simples que na mão do radiestesista capta e amplifica os efeitos das radiações. O pêndulo deve ser neutro. O Radiestesista deve ficar atento para não ser influenciado pela Remanência que é a permanência de radiações no mesmo lugar. Para isso deve “limpar o pendulo” entre um e outro atendimento colocando-o no chão ou lavando-o com água e sabão. Outra influência, a AUTO-SUGESTÃO deve ser também banida, mantendo-se o Radiestesista numa posição de pensamento neutro, só captando radiações.

            Aqui neste nosso estudo, usamos o pêndulo para determinar em qual cor de onda radiestésica o cliente vibra, quais seus “nós” energéticos, qual Runa usar para abrir-lhe os caminhos energéticos, qual Figura Geométrica utilizar para otimizar esta abertura energética e quais Florais, aqui os de Bach podem ser utilizados para haver resultados bons, benéficos e duradouros.

            Ser Radiestesista não é privilégio de alguns geralmente com prática prolongada se desenvolve esta sensibilidade basta ter dedicação, disciplina e estudo. Algumas pessoas têm mais facilidades do que outras, porque são mais intuitivas mas nada como o trabalho consciente e equilibrado para desenvolver esta sensibilidade e assim poder ajudar muitas pessoas.

     

    3.2 – AS RUNAS:

            São símbolos secretos cuja ação é indicar um caminho a seguir ou chamar a atenção para um caminho que se está seguindo e deve ser mudado. Eram muito utilizadas nos povos antigos para se orientarem em viagens e qual direção tomar nas caçadas e na busca de local apropriado para morar.

            As Runas nos dão mensagens energéticas que já estão traçadas em campos de forma no mental Superior.

            Em cada letra Rúnica há um sentido de expressão daquilo que está em harmonia ou em desarmonia com o COSMOS.

            As Runas ajudam a esclarecer e energizar os campos eletromagnéticos.

     

     

    3.3 – AS FIGURAS GEOMÉTRICAS:

            De acordo com Pitágoras “todas as coisas são números”. Para Pitágoras base de todas as estruturas existentes no mundo são os números. E só a geometria estabelece ordem e exatidão em toda criação. Tudo está sob a influência da energia dos números (do latim “fractus” que significa fração da estrutura geométrica).

            A matéria toma forma pela Geométria Fractal, onde as figuras tem um propósito DIVINO, através dos números e figuras geométricas. Todas as formas vão para o infinito, dando uma informação de progressão geométrica e não aritmética.

            Do infinitamente pequeno para dentro do infinitamente grande e vice-versa.

            Os poliedros são formas geométricas que compõe o mundo.

    - ICOSAEDRO – Água – 20 faces

    - OCTAEDRO – Ar – 8 faces

    - ESTRELA TETRAEDRON – Fogo – 4 faces

    - HEXAEDRO – Terra – 6 faces

    - DODECAEDRO – Prana – 20 faces

            Todas as formas geométricas derivam destes poliedros e transmitem muita energia, daí a utilização das figuras geométricas para ajudar na harmonização das crianças aqui estudadas.

     

     

    3.4 – OS FLORAIS (aqui os de Bach)

            Edward Bach nasceu em 24 de Setembro de 1886 na Inglaterra em uma pequena vila chamada Moseley. Desde a infância Bach sempre gostou muito da natureza. Com muita dedicação formou-se médico, bacteriologista, patologista e em Saúde pública. Queria conseguir melhorar a pessoa em todo aspecto: físico, emocional e mental.

            Teve doente e contrariando a previsão médica se curou por causa da vontade firme de viver. Descobriu assim que a parte emocional é importante. Estudou e praticou homeopatia e como gostava de pesquisa, através das plantas e folhas encontrou as flores. Passou a desenvolver suas fórmulas e a experimentar em grupos de pessoas que ele classificava segundo tipos previamente definidos de comportamento. Ele tratava as pessoas com inicialmente três primeiras flores de seu sistema: IMPATIENS, MIMULUS e CLEMATIS.

            A partir de 1930 (43 anos) abandonou a vida de conforto na cidade e foi para o campo para estudar e pesquisar “in loco” as ações das flores no emocional das pessoas. Daí até 1935 Bach descobre as 38 essências do seu sistema. Sempre testava em si mesmo os efeitos das essências. Este trabalho intenso o desgastava muito e se sentia satisfeito com os resultados benefícios de suas essências. Morreu em 27 de novembro de 1936 enquanto dormia.  Realizou um grande sonho: descobriu um método de cura simples e natural, de fácil compreensão e fácil aplicação. E esclareceu para muitos como o estado emocional e mental influencia nos desequilíbrios.

     

     

    4. RESULTADOS

     

    Como hoje as crianças são geralmente muito agitadas e ligadas em tudo o que acontece, os pais muitas vezes têm dificuldades no relacionamento com elas, e trazem-nas para que possamos fazer alguma coisa para ajudá-las a equilibrá-las. Então, comecei a fazer esta formatização no atendimento para eu ter um plano de ação, individualizado porque cada um é diferente do outro mas coletivo porque o procedimento é o mesmo.

    Assim a pesquisa e o tratamento com a RADIESTESIA, RUNAS, FIGURAS GEOMÉTRICAS e FLORAIS deu-nos o seguinte resultado:

    - De 10 crianças tratadas de 0 a 1 ano: Este tratamento fez com que chorassem muito menos, dormissem mais tranquilas e por mais tempo contínuo e expressarem maior alegria rindo mais. Não houve diferença a menor, isto é, todas reagiram positivamente.

    - De 10 crianças tratadas de 1 a 3 anos: Notamos que ficaram estas crianças mais atentas ao que falavam com elas, destruíram bem pouco os brinquedos e dormiram calmas.

    - De 10 crianças tratadas de 4 a 7 anos: Tiveram bastante melhorias no comportamento sem “birras” e entendendo mais as explicações dos pais sobre o que “pode” ou “não pode”. Sono tranquilo.

    - De 10 crianças tratadas de 7 a 10 anos: Sob tratamento constatou-se que conseguiram se concentrar mais nos estudos, tendo melhor aproveitamento escolar e menos desentendimentos com os irmãos, caindo até só para a faixa de 10% que não reagiram positivamente desde o dia do início do estudo.

    - De 10 crianças tratadas de 10 a 12 anos: Notou-se muita melhoria no comportamento passando a ser mais responsável no cumprimento das tarefas da escola e também melhoras na alimentação aceitando mais a comida saudável, principalmente os sucos naturais.

    - De 10 crianças tratadas de 12 anos em diante: Notou-se muitas melhorias no nível de exigência do ter: “quero isto”, “quero aquilo”, isto diminuiu bastante e houve um certo amadurecimento emocional diminuindo muito as notas baixas, aumentando a responsabilidade em estudar.

            Não notamos nada que pudesse contrair este tipo de tratamento porque em todos os casos estudados houve melhorias. Algumas mais significativas que são a maioria, em torno de 70% outras menos em torno de 20% e os que melhoraram pouco foi no nível de 10%.

            Matematicamente falando estes procedimentos aqui apresentados são favoráveis às melhorias no comportamento infantil.

     

    5. CONCLUSÃO

     

    Estudar as crianças é um desafio do qual gosto de participar. A evolução, o crescimento, as mudanças, o modo de ser, tudo é fascinante neste universo infantil.

            A arte de viver envolve a habilidade de integrar a preocupação, o nervosismo da mudança, do desenvolvimento e do renascimento contínuo. O treinamento apropriado, neste sentido, começa nos joelhos da mãe. Uma mãe por demais protetora pode estragar a criança. Uma mãe negligente, cuja principal preocupação é sua felicidade pessoal ou sua posição social, deixa a criança emocionalmente desprovida de recursos para dominar a preocupação, o nervosismo. Este nervosismo deixa de ser um agente nocivo somente quando a criança, em processo de crescimento é adequadamente nutrida pelo amor e orientada a fazer as coisas por si só. Na vida em desenvolvimento de um indivíduo autoconfiante, o nervosismo existente nas situações radicalmente novas torna-se um fator estimulante, inspirando a pessoa até o máximo da sua habilidade.

            A forma de vencer a inércia ou estagnação produzidas pelo nervosismo é entender a significação da mudança como matéria-prima da vida. A vida é criação sempre nova. O que nos faz resistir à mudança é um falso sentimento de segurança.

            O segredo da existência é fluir com o fluxo da transformação e ainda assim permanecer ancorado no eterno. Nossa maior segurança reside na nossa capacidade de nos movermos para a frente com uma visão de novos horizontes, sem deixar-se ser levado para trás. O nervosismo pode ser dominado hoje, não pensando no passado mas tendo em vista o futuro bom e promissor.

            Isto vale também para as crianças que estão crescendo e precisam de ajuda das técnicas dos terapeutas para viver melhor o hoje, desmanchando os “nós” do passado e preparando o progresso para o futuro. Futuro da vida deles mesmos, da sociedade, do país e do mundo. Ajudar as crianças é preparar um MUNDO NOVO cujas idéias de hoje renovadas vão se expandir e irradiar boas energias para a conservação e expansão do Universo.

     

    6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    CHAUDHURI, HARIDAS. Como enfrentar os problemas da vida. São Paulo: Editora Pensamento, 1994.

    LADE, ARNIE. Energia Vital. Novos Conceitos de Cura. São Paulo: Editora Cultrix, 2005.

    LOPEZ, EMILIO MIRA Y. Psicologia Evolutiva da Criança e do Adolescente. Rio de Janeiro: Editora Científica, 2009.

    VIEIRA FILHO, H. O microcosmo sagrado: O segredo da flor de ouro para a saúde e autoconhecimento. São Paulo: Lumina Editorial, 1998.

    VIEIRA FILHO, H. Tutorial Terapia Holística. São Paulo: SINTE – Sindicato dos Terapeutas, 2004.

     

    Autor: : NILMA GLÓRIA BRAGA SIQUEIRA - TERAPEUTA HOLÍSTICA – CRT 30758
    Última atualização: 12/06/2013 19:41


    Tratamento através de frequências energéticas com o uso da Radiestesia

    Tratamento através de frequências energéticas com o uso da Radiestesia.

     

     

    Maurício Marcial de Araújo

    Terapeuta Holístico – CRT 43301

    mauriciomarcial@radiestesia.com.br

    SINTE  Sindicato dos Terapeutas

     

     

    PENSAMENTO

     

     

     

            Não é possível sequer imaginar a imensa força do pensamento.

            É o poder maior e supera a todos os demais.

            Esse potencial está à disposição do ser humano e é capaz de abrir todas as portas, todavia são poucos os que sabem dirigir esse patrimônio de forma equilibrada.

            Grande parte das pessoas não consegue discipliná-los e eles nascem e se perdem em inconstância ímpar e flutuam na mente sem objetivos definidos.

            Como toda energia, ele deve ser bem dirigido. Não pode esgueirar-se pelos cantos do cérebro como inebriante faz-de-conta.

            É uma força incalculável e até perigosa quando largada a esmo.

            Eu já disse algures que o pensamento é a maior alavanca, maior até do que a energia atômica. Mas ninguém conhece o seu potencial e desperdiça os seus dons.

            No momento em que a força do pensamento for conhecida, será aplicada para reequilibrio físico e mental, para abrir caminhos e formular reformas íntimas.

            É claro que seria perigoso se o homem já soubesse manejar esse poder e não estivesse ainda aperfeiçoado espiritualmente. Seria como deixar a eletricidade nas mãos tenras e inocentes de uma criança.

            O pensamento é algo etéreo que deve ser usado com sabedoria e erudição.

            As religiões aí estão para disciplinar o interior de cada homem. Quando cada um souber nortear os seus passos com sabedoria, uma nova era se abrirá.

            Não mais teremos tristezas e improdutividade. O melhor material para construir destino estará às mãos, e com a perfeição adquirida surgirão grandes prenúncios de alegria e paz.

     

     

     

    “A Arte e a ética associadas à Radiestesia são fundamentais para o sucesso!”



     

    Sumário

     

     

          INTRODUÇÃO:

     

    1. Capítulo 1 – Porque existe certa relutância em aceitar um modo de vida conforme as leis Cósmicas?

     

               MATERIAL E METODOLOGIA:

     

    1. Capítulo 2- O que você pode fazer com a Radiestesia.

     

    1. Capítulo 3- Minha abordagem em Radiestesia Holística.

     

    1. Capítulo 4- Técnicas para o uso do gráfico geral.

     

    1. Capítulo 5- Formas de utilização da Radiônica.

     

         RESULTADOS

     

    1. Capítulo 6- Evolução de casos reais.

     

         DISCUSSÃO

     

    1. Capítulo 7- A Radiestesia na busca da saúde holística.

     

              CONCLUSÃO

     

              REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

     

     

    Introdução

     

     


         
    Esta nova Palestra apresenta em seu contexto dois objetivos distintos: esclarecer e pontuar a importância ao público sobre a Radiestesia em sua técnica e utilização, também, suscitar o desejo pela busca do conhecimento e comprometimento na qualidade de vida nossa e de nossos clientes, onde cada terapeuta, em sua totalidade, se reconheça capaz de entender, trabalhar e modificar as frequências relacionadas a estrutura física, emocional e áurico em expansão através de mais esse conhecimento.

     

     

            Reforçando o nosso entendimento; A Radiestesia é uma técnica milenar que através de profundos estudos e pesquisas pode vir a ser utilizado em todos os segmentos que envolvem a saúde e o bem estar social. Descrevendo a qualificação da Radiestesia e de outras técnicas holísticas já contamos com Normas Técnicas Setoriais Voluntárias criadas pelo SINTE SINDICATO DOS TERAPEUTAS, bem como leis estaduais que garantem seu reconhecimento. A criação de reguladores reconhecidos como o SINTE (Sindicato dos Terapeutas) e de outras associações e conselhos de classes, também garantem o seu compromisso, mostrando que a profissão de Radiestesista Holística está cada vez mais forte e em crescimento no Brasil, e que o brasileiro começa gradativamente a compreender que o autoconhecimento e o equilíbrio seu e do meio em que vive, é sem dúvida nenhuma a maneira mais lógica e completa para se ter uma vida longa e saudável.

            Hoje temos um código de ética consolidado, acrescentando através do SINTE a criação do Tutorial Terapia Holística, que é o livro da Auto-Regulamentação da Terapia Holística, as NTSVS _ Normas Técnicas Setoriais Voluntárias para a Terapia Holística. É o amadurecimento da profissão no Brasil, fruto de muito trabalho da valorização dos Terapeutas Holísticos compromissados com a ética e a excelência técnica.

            Com muito prazer e satisfação, eu fico motivado a apresentar meus estudos e minhas técnicas de trabalho com terapia em sincronicidade (Radiestesia, Psicoterapia, Odomertia, Cromoterapia, Fitoterapia, Florais de Bach entre outras) e que venho obtendo resultados extraordinários e proveitosos para o meu desenvolvimento e também dos meus clientes.

     

     

            Desta forma, convido você a já ir expandindo seus estudos e interpretações.

     

     

     

    Capítulo 1:

     

     

    Porque existe certa relutância em aceitar um modo de vida conforme as leis Cósmicas?

     

            É que estamos  ainda em evolução, eivados de tendências próprias da matéria.

            A própria questão de sobrevivência impõe certos limites.

            Os instintos naturais clamam mais alto.

            A busca de conforto é também imperioso motivo.

            Peça a uma criança faminta que dê a sua porção de alimento ao irmão e ela irá agarrar-se à fonte da vida.

            Peça que doe os seus brinquedos preferidos e ela os aconchegará ao peito.

            É quase uma dependência, e todos são assim.

            Não se trata propriamente de egoísmo.

            É uma questão de garantir o bem-estar.

            Na Terapia Holística também é assim, acreditamos que a nossa técnica é que vai salvar o mundo e as dos outros não; e ainda buscamos conforto e respaldo na Ciência, absurdo não é?

            O Terapeuta Holístico utiliza como ferramenta principal em seu trabalho o amor ao próximo, o desejo de ajudar na melhora da qualidade do outro, mas, esbarra no ego profissional.  

            O altruísmo é ainda moeda preciosa, em escassez no tesouro íntimo e o dever do terapeuta é justamente distribuir e ensinar ao cliente a fazer o mesmo.

            Em geral, oferta-se o que não faz falta imediata.

            As sociedades vicejam na base do lucro, então há especulação e até mesmo comércio ilícito.

            A avareza e o egoísmo ainda são as marcas características.

            As vantagens proclamadas são apenas chamarizes para vender mais.

            Olhando-se as páginas que narram à vida de Jesus e de outros grandes iluminados, vê-se que todos eles eram extremamente simples.

            Vieram de planos mais adiantados, onde a fraternidade é legítima.

            Somos profissionais e merecemos receber pelo nosso trabalho de forma correta e honesta.

            Os animais e os aborígenes primitivos têm a sabedoria instintiva para a sobrevivência, e isso não significa que obedeçam a certos princípios: até matam se for preciso. Mas o homem, alcandorado (colocado em lugar de elevada altura) a novas certezas, deve disciplinar-se e conduzir seus passos com altruísmo.

            Sem renúncia aos mais baixos instintos, será impossível vislumbrar melhores dias com profissionais.

            A utilização de técnica utilizando as mãos para transferência e renovação das energias estagnadas no corpo dos clientes exige certo grau de altruísmo, pois somente assim conseguiremos emitir uma energia limpa e reformadora.

            A utilização da Radiestesia neste processo nos possibilita visualizar e conferir com nitidez o tipo de frequências e a necessidade de transformação da mesma.

            Mas como funciona a Radiestesia?

           A palavra Radiestesia é a união de dois termos, Radius, que vem do latim e significa radiação e aisthesis, de origem grega e que significa sensibilidade, indicando assim a sensibilidade às radiações.

     

            Utilizando instrumentos específicos, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do nosso campo bioenergético que trabalha com as dimensões vibratórias mais profundas do corpo humano e de tudo o que o cerca, visando encontrar possibilidades para corrigir possíveis alterações, a fim de promover o equilíbrio e bem estar da pessoa.        

     

            Tudo no universo é uma fonte de energia que ressoa em certa freqüência ou, uma combinação de freqüências com outros elementos. Nosso corpo é feito de um número incontável de átomos e moléculas representando vários elementos. Cada molécula elementar ou átomo ressoa em harmonia com outra, quando estamos em perfeito equilíbrio. Acontece que em todo o momento estamos expostos a energias nocivas, como: ondas de rádios, TV, antenas, energias pessoais, etc... Podendo gerar uma serie de desequilíbrios. Elas passam sobre nossos corpos, da mesma forma que somos afetados pela radiação do sol, da lua, da Terra e como sabemos das outras pessoas, porque mesmo pensamentos criam energias que se irradiam através de nossos corpos.

     

            Frequentemente durante o dia respondemos fisiologicamente, emocionalmente e intelectualmente de alguma forma às diferentes radiações que nos atingem, vindas de várias fontes.

     

            Radiestesia é uma excelente ferramenta para ampliar nossas reações sutis que experimentamos.  Se usada corretamente, a Radiestesia será uma ferramenta benéfica para a identificação e correção da fonte e transmissão das radiações nocivas existentes.

     

            Na realidade, a Radiestesia pode ser dividida em três aspectos:

     

    1- Reação física para frequências e radiações universais de elementos ou combinações de elementos naturais ou artificiais que existem no nosso ambiente físico.

     

    2 - Reação emocional dos pensamentos, condições e atitudes de outros, individualmente ou coletivamente e, de nós próprios.

     

    3 - E frequentemente intuitivamente a eventos que estão fora de nossa percepção linear do tempo, consciência física ou realidade.

     

             Com a nossa atitude e conhecimento do assunto que nos dirá definitivamente se seremos bem sucedidos no trabalho de Radiestesia ou não, e o quanto poderemos desenvolver este precioso presente. Devemos tornar-nos humildes e ter força de submetermos nossas percepções e atitudes para mudar, questionar mesmo nossas mais fortes crenças sobre um assunto específico e também ter vontade de corrigir nossas realidades.

     

           Para alguns isto será somente um meio de trabalhar com reações ou manifestações físicas, tais como procurar água, minerais e outros assuntos relativos às substâncias do universo. Outras pessoas, como eu, entretanto, podem se sentir confortável em trabalhar em áreas relativas à saúde, emoção e espiritualidade, ou seja, equilíbrio do Ser.

     

     

     

    Material e metodologia

     

     

    Capítulo 2:

     

    O que você pode fazer com a Radiestesia.

     

     

    A Radiestesia pode ser usada em diversos domínios como, por exemplo: agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água, no nosso caso: pesquisa de florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas, use a sua intuição e muita pesquisa.

     

     

     

     

    Capítulo 3:

     

    Tratamento com o uso das mãos e freqüências energéticas através de índices

     

     

            A troca de energia através das mãos tem sua eficácia divulgada em várias correntes filosóficas e, nos últimos 40 anos, a ciência traz pesquisas da aplicação e benefícios da mesma na área da saúde; é importante saber que a Terapia Holística faz parte deste processo de desenvolvimento e aprendizado universal desde os primórdios e saber como identificar através da Radiestesia as frequências saudáveis e também as desequilibradas é importante e revelador para todos.

     

            O Toque Terapêutico é uma técnica contemporânea de terapia complementar desenvolvida por Dolores Krieger e Dora Kunz, na década de 70.  A expressão “toque terapêutico” corresponde à conhecida técnica de “imposição de mãos”, amplamente estudada pela Doutrina Espírita como fator promotor de benefícios na área da saúde. Por ser um meio não invasivo, pode ser utilizado como complemento de várias terapias e também em clientes submetidos à medicina alopática.

            

            O toque terapêutico tem registros antigos: aparece no Papiro de Ebers, um dos tratados médicos mais antigos e importantes que é conhecido. Este tratado foi escrito no Antigo Egito e é datado de 1552 a.C. A confirmação deste achado aparece também no livro “O Espiritismo perante à Ciência”, de Gabriel Delanne no trecho “Os egípcios ... empregavam, no alívio dos sofrimentos, os passes e a aposição de mãos, como os executamos ainda em nossos dias”. Esta prática aparece por toda a história da humanidade, como na Bíblia, na época dos romanos, na ascensão da medicina árabe com Aviccena, em épocas medievais, etc.      

     

            Atualmente, utilizo às frequências necessárias para o restabelecimento do equilíbrio holístico através do uso de índices encontrados com o uso da Radiestesia:

     

    Exemplos:

    Artérias

    Adiposa - 4965

    Aorta, abdominal - 432

    Aorta, arco da - 6023

    Aorta, torácica - 978

    Artéria coronária – 492

    Artérias - 497

    Arteríolas - 495

    Auricular posterior - 847

    Axilar - 648

    Braquial - 491

    Carótida comum - 526

    Carótida externa - 516

    Carótida interna - 536

    Cerebral – 2947

     

            Estes índices grafados numericamente são o registro correspondente ao ponto exato do equilíbrio que cada parte ou substância que compõe a estrutura orgânica deveria alcançar para manter ou restabelecer qualidade de vida do indivíduo.

     

     

     

     

     

    Capítulo 4:

     

    Técnicas para a utilização das frequências:

     

     

            Para entender melhor o procedimento desta técnica, utilizarei o conceito da relatividade como exemplo.

            O tratamento com frequências e índices segue a estrutura da teoria da relatividade.

            O conceito da equivalência massa-energia une os conceitos de conservação da massa e conservação da energia. O inverso também é válido, energia pode ser convertida em partículas com massa de repouso. A quantidade total de massa e energia em um sistema fechado permanece constante. Energia não pode ser criada nem destruída, e em qualquer forma, energia acumulada exibe massa. Na Teoria da Relatividade, massa e energia são duas formas da mesma coisa, e uma não existe sem a outra.

            Por tanto, se podemos corrigir desequilíbrios no campo físico, podemos também através de frequências (radiações) corrigi-los no campo energético do ser.

            A principal forma de desenvolvimento para este tratamento é:

    1. Retirar o excesso de energia estagnada do corpo de nosso cliente através de um bastão, cristal ou mesmo uma pedra vulcânica. (para este procedimento é necessário a programação radiestesica conforme foi citada em palestras e cursos anteriores.)
    2. Em rastrear e encontrar com o uso do pendulo pontos, órgãos, meridianos e chakras  em desequilíbrio.
    3. Com o uso dos índices corretos e programados inserirem as frequências necessárias o tempo necessário até o restabelecimento daquele órgão etc...
    4. Necessitando de repetição do processo, marcar retorno e executar novamente até a melhora da qualidade de nosso cliente.

       

            Trabalhando com vários clientes e vários tipos de desequilíbrios cheguei a resultados extremamente positivos e acredito que esta será uma das  técnicas mais úteis no desenvolvimento e evolução de ser como um todo.

     

     

    Capítulo 5:

     

    Podemos trabalhar com esta técnica a distância?

     

     

            Utilizando frequências podemos também trabalhar com o cliente a distância já que dependendo do caso, por motivos diversos não teremos ao nosso lado o cliente que precisa ser tratada, ou ainda, nem sempre podemos estar no local que queremos fazer nossas averiguações e tratamentos.

            Como fazer quando não podemos ter o cliente junto de nós?

            Utilizamos a Radiônica que é a arte que pratica a emissão de energia a distância, energias com qualidades e intensidades específicas em função das formas de objetos e gráficos interagindo nos campos energéticos do macro e micro cosmo.

     

            É um sistema pelo qual modificamos um desequilíbrio real a distância, colocando-o de novo em equilíbrio completo com a utilização dos índices citados.

            Os instrumentos que usamos em Radiônica são muito simples. Normalmente são gráficos com formas geométricas ou mesmo aparelhos eletrônicos chamados de Máquina Radiônica.

     

            Utilizando os gráficos podemos trabalhar com a energia de múltiplas formas: decágono, hexágono, losango, turbilhão, círculos, triângulos, pirâmides, semi-esferas, espiral, etc. Cada forma canaliza um tipo de energia; Já com a Máquina Radiônica, que é um aparelho como caixa com montagem eletro-eletrônico "Sintonizador Biológico" usamos registros de frequência (como usado para sintonizar o rádio), o que faz a ligação com o testemunho, emitindo, amplificando ou direcionando a energia que serve para substituir a pessoa ou o objeto que precisamos pesquisar.

     

            Para o uso da Radiônica o testemunho ou testemunha é indispensável, ele pode ser confeccionado de várias formas: através de fotos, saliva, cabelo, unhas, amostra de sangue, documentos da pessoa e também com a localização a ser estudado; no caso de casas, o endereço completo da casa, não se esquecendo de colocar o nome da cidade e, se possível, até o CEP, pois podem existir várias ruas em uma cidade com o mesmo nome.

     

            O testemunho pode ser ainda um mapa com o registro da pessoa e do local a ser pesquisado.

     

            Para não haver influência de outras energias, quando possível, solicitar ao cliente que coloque o testemunho dentro de um envelope para ser levado a você; pode-se ainda usar o nome completo da pessoa com a data de nascimento, para se evitar homônimos.

     

            Portanto experimente, busque conhecer e utilizar das técnicas da Radiestesia tanto presencial como a distância, em conjunto com o uso dos índices e freqüências; você vai se surpreender com os resultados. Pratique todos os dias. É como tocar um instrumento musical. Se seguir às instruções cuidadosamente e praticar um pouco todos os dias a sua habilidade e precisão se tornarão muito boas, tornando-se assim um terapeuta melhor a cada dia.

     

     

     

     

    Resultados:

     

     

    Capítulo 6:

     

    Evolução de casos reais:

     

    C.A.V – chegou até a mim se queixando de distúrbios diversos como palpitações fortes, desmaios, angústia profunda e imenso desânimo alegando ter recebido diagnóstico médico de síndrome do pânico. Após 3 sessões utilizando os índices através da imposição de mãos já não sentia nenhum tipo de desequilíbrio físico, tornando assim o tratamento psicoterapêutico mais ativo e com respostas mais eficientes. Está em tratamento holístico há três meses e não teve mais nenhuma das sensações relatadas no início do acompanhamento.

     

    V.E.C – chegou até a mim por indicação  de outro cliente que obteve excelentes resultados em uma situação semelhante. Havia um prognostico médico reservado ou considerado irreversível, alegando ter enfermidades celulares disseminadas pelo corpo, incluindo intestino, pulmão e ossos.

    Mantém o tratamento alopático indicado para o caso e, de forma complementar, é acompanhada por mim . A sua melhora física e o fortalecimento de seus órgãos estão em um processo bem rápido e com muita qualidade, refletindo-se no ganho de peso,  aumento da força muscular e ânimo para, inclusive passear, redecorar seu quarto e realizar compras em Shopping Center. Antes, acamada, caquética e sem perspectivas de recuperação, se queixava de fraqueza extrema, desânimo, dores, vômitos e diarréia.

     

    A.L.S. – apresentou-se a mim queixando-se de dores no corpo, excesso de peso e desânimo. Utilizei frequências relativas à queima de gordura e aumento na velocidade de seu metabolismo, também equilibrando a estrutura hormonal e aplicando a frequência de alguns florais e fitoterápicos.  A dor desapareceu, a auto-estima melhorou e começou a perder peso (entre 300 gramas a 1 quilo e 100 gramas semanalmente) de forma saudável  e sem perda de líquidos e minerais importantes.

     

            Com este trabalho e pesquisas, o campo de energia individual é acessado e a troca de energia estagnada e desequilibrada por energia saudável e de qualidade faz-se real. Com o uso da Radiestesia e das mãos como ferramentas podem agir como um instrumento único onde a sensibilidade e a intuição ficam mais vulneráveis a sensações que indicam onde a energia do cliente possa apresentar algum bloqueio ou desequilíbrio e assim pontuar e tratar a causa diretamente no ponto aonde foi criado o desequilíbrio indicado. Após a determinação onde das áreas que possam estar em desequilíbrio, o Terapeuta começa a inverter a energia nociva e distribuir e corrigir a energia pelo corpo, aliviando partes doloridas ou congestionadas e melhorando aquelas que estão com as frequências desafinadas, ou seja, como se parte de seu corpo fosse uma estação de radio desalinhada com muita caieira e após tratamento ficasse na sintonia correta com nitidez e pureza.

            Esta terapia pode se comparar a um dial preciso que encontra a energia saudável.

     

     

     

    Discussão

     

     

     

    Capítulo 7:

     

    A Radiestesia na busca da saúde holística:

     

            Alguns autores restringe o uso da Radiestesia em agricultura (qualidade das sementes, qualidade dos terrenos), arqueologia, geologia, investigação policial (achar pessoas desaparecidas), equilíbrio das casas, acharem água e outros.

     

             No meu caso a utilização da Radiestesia é uma ferramenta para a busca da melhor qualidade de vida e o equilíbrio do Ser. Através do uso dela venho pesquisando varias técnicas no decorrer dos anos: florais, fitoterápicos, equilíbrio dos chakras, etc. As possibilidades são quase infinitas e os resultados fascinantes.

            

            Aconselho a você conhecer esta técnica e utilizá-la.

     

    Conclusão:

     

            Criando assim uma equação de serviços elaborados, para se chegar ao melhor condicionamento físico e mental, com a compreensão de vida em que se resolva o problema existente, como um todo sem transferência de culpa ou novas somatizações físicas. Visando sempre que o mais importante é justamente que o terapeuta holístico seja um catalisador para a busca do conhecimento e crescimento individual de cada cliente e não um apaziguador de um problema direcionado, principalmente porque quando um cliente nos procura ele não quer ser “curado de doenças”, para isto ele procuraria um médico e não um terapeuta holístico, ele está atrás é sim de uma qualidade de vida dele e dos que os cercam e um equilíbrio onde possa se sentir bem com ele mesmo e com o ambiente onde vive. Sentindo- se assim feliz e produtivo sempre!

            Ninguém entrega um objeto precioso aos cuidados de outrem se não tiver absoluta certeza de que será bem cuidado. Qual mãe entregaria seu filho aos braços de um brutamonte?

            Assim é com a energia, o bem mais caro e essencial. Se ela for entregue aos cuidados de Deus é por confiança insofismável. O Terapeuta Holístico é um instrumento de restauração energética.

            A confiabilidade se constrói através do tempo. As provas vão chegando, umas após as outras para confirmar ou não se a força íntima e o caráter de alguém são impolutos.

            Da mesma forma, no reino dos valores mais pesados. Um indivíduo só arranja para comparsas quem vibra na mesma sintonia e seja capaz de cometer os mesmos crimes. A afinidade de propósitos é indispensável.

            A entrega total só existe entre seres absolutamente certos da igualdade de sentimentos. Se há falta de semelhanças não há confiança.

            É possível haver identidade independentemente da idade cronológica. Uma criança pode ficar serena ao entregar-se aos braços dos avós. Às vezes, a entrega se faz entre um acurado leitor e um livro, a bíblia, por exemplo, capaz de mudar a conduta e redimir.

            Nota-se que entre os animais e os humanos, as mães se entregam em abandono para doar o leite vital; é pura dádiva. Daí deveria vir o exemplo do desapego e altruísmo. Podes retrucar que é mero instinto. Mas, dentro dele pulsa algo mais etéreo e eterno. A criança não suga apenas o leite material, mas também a força de viver. Há sempre elos entre quem doa e quem recebe.

    É uma simbiose energética digna de apreço e imitação.

     

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

     

    ARAÚJO, Mauricio Marcial – Gráficos Radiestésicos e Radiônicos para o Uso em Terapia Holística.

     

    ARAÚJO, Maurício Marcial – Radiestesia na Terapia Holística – A Arte e a Ética Associadas a Radiestesia são:

     

    ARAÚJO, Maurício Marcial – Radiestesia e Poder das Mãos – Técnica de Tratamento com troca de energia através das mãos

     

    BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz - Um guia para a Cura através do Campo de Energia Humana. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    CANÇADO, Juracy Campos L.. Do-In: Livro dos primeiros socorros. 18 ed. São Paulo: Ed. Ground, 1994.

     

    EITEL, Ernest J. Feng-Shui - A ciência do Paisagismo Sagrado na China Antiga. Rio de Janeiro: Ed. Ground, 1985.

     

    GERBER, Richard. Medicina Vibracional - Uma Medicina para o Futuro. 12 ed. São Paulo: Cultrix, 1997.

     

    LAFFOREST, Roger de. A Magia das Energias. São Paulo: Ed. Siciliano, 1991.

     

    PENNICK, Nigel. Geometria Sagrada. Simbolismo e Intenção nas Estruturas Religiosas. São Paulo: Ed. Pensamento, 1980.

     

    RODRIGUES, António. Os Gráficos em Radiestesia. São Paulo: Fábrica das Letras, 2000.

     

    SIQUEIRA, Renato Guedes de. Cinestesia do Saber - Radiestesia e Radiônica, Expressão do Nosso Inconsciente. 2ª ed. São Paulo: Ed. Roka, 1998.

     

    TANSLEY, David V. Dimensões da Radiônica - Novas técnicas de cura. São Paulo: Ed. Pensamento, 1997.

     

    TANSLEY, David V. Chakras Raios e Radiônica. 9 ed. São Paulo: Ed. Pensamento, 1999.

     

    TANSLEY, David V. As Trajetórias dos Raios e os Portais dos Chakras. São Paulo: Ed. Pensamento, 1985.

     

    WATERS, Paul. A Huna Guide to the Pendulum. Princeville, Hi: Huna by Mail, 1996.

     

    WOODS, Walt. Letter to Robin - A mini-course in Pendulum Dowsing. 10th. The Print

    Shoppe,1996

    Autor: : Maurício Marcial de Araújo - Terapeuta Holístico - CRT 43301
    Última atualização: 12/06/2013 19:55


    A MORTE DA COADJUVANTE E O NASCER DA PROTAGONISTA: O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO UMA PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO ATRAVÉS DA DIALÉTICA ENTRE A TEORIA SISTÊMICA E A LEITURA JUNGUIANA SOBRE OS MITOS

    A MORTE DA COADJUVANTE E O NASCER DA PROTAGONISTA: O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO

    UMA PRÁTICA DO ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO ATRAVÉS DA DIALÉTICA ENTRE A TEORIA SISTÊMICA E A LEITURA JUNGUIANA SOBRE OS MITOS

     

    Ligia Alvares Mata Virgem - Terapeuta Holística - CRT 47968


    Salvador

    2013


     

     

    Trabalho apresentado ao Sindicato dos Terapeutas – SINTE, como resultado para a obtenção da habilitação definitiva de terapeuta holística nas abordagens sistêmica e reiki.

    Salvador

    2013


     


    RESUMO


    Este trabalho apresenta um estudo de caso de aconselhamento terapêutico realizado em um Instituto de Estudos e Intervenções em Psicologia de Salvador e tem como objetivo demonstrar as possibilidades de entrelaçamentos da teoria junguiana e a teoria sistêmica familiar como recursos para o processo de individuação do sujeito. O embasamento teórico abordou os conceitos sobre a teoria geral dos sistemas, elucidando a importância dos processos iniciais de vinculação afetiva constantes na teoria do apego e as configurações dos sistemas parentais na contribuição dos padrões relacionais constituídos, de acordo com o entendimento sobre subsistemas e fronteiras. Além disto, trouxe os recursos lúdicos da prática narrativa sistêmica, pelo manejo clínico da externalização do problema e das interpretações dos mitos pela leitura Junguiana como possibilidades para a amplitude da consciência da cliente. Participou deste trabalho apenas um indivíduo, tendo sido uma pesquisa qualitativa baseada num estudo de caso. Os resultados parciais já alcançados demonstram: a) identificação do estilo de apego na infância; b) reparação do vínculo afetivo com a família de origem; b) nomeação do sentimento responsável pelo sofrimento; c) reconhecimento do comportamento de desejabilidade social como garantidor do sentimento de pertença; d) ampliação de consciência quanto ao papel que exerce na família e estabelecimento das fronteiras relacionais; e) deflagração do sentimento de abandono como sabotador da sua autonomia; f) O contato e escuta da própria intuição como base segura emocional.

    Palavras-chaves: Aconselhamento terapêutico, apego, subsistemas e fronteiras, externalização do problema, mitos.


     


    SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO.................................................................................................3

    2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................4-10

    3. MÉTODO..................................................................................................11-17

    3.1 Participante...........................................................................................11

    3.2 Instrumento...........................................................................................11

    3.3 Procedimento de Coleta e Análise de Dados...................................12

    3.4 Considerações Éticas..........................................................................12

    3.5 Resultados e Discussões...............................................................12-17

    4. Considerações finais...................................................................................18

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................19-20


     


    3

    1. INTRODUÇÃO

    Este trabalho apresenta um estudo de caso de atendimentos terapêuticos que aconteceram em um Instituto de Estudos e Intervenções Psicológicas de Salvador, cujo propósito foi demonstrar a convergência das teorias sistêmica e junguiana na prática clínica para o suporte ao cliente no seu processo de individuação.

    A principal motivação foi ampliar as possibilidades de oferta de recursos indiretos que estimulassem o consulente a iniciar a viagem interna, com menos resistência e abrisse a porta do inconsciente com maior leveza. A utilização de recursos lúdicos permitem acessar a fantasia e o imaginário e desativar os mecanismos de defesas, dando a permissão para a o contato com os conteúdos intrapsíquicos.

    A apresentação deste trabalho está estruturada em:

    1. Introdução – breve apresentação do trabalho, com o objetivo, motivo e

    estrutura. 2. Fundamentação Teórica – demonstrando quais teorias e pensadores

    influenciaram e embasaram o estudo aqui apresentado. 3. Método – relato da pesquisa, instrumento, procedimento de coleta e análise

    de dados, bem como discussões e resultados alcançados. 4. Considerações Finais – conclusão do autor sobre os estudos, análise e

    resultados obtidos.


     


    4

    2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

    Quando ouvimos as histórias sobre as civilizações - mesmo na época da formação de bandos, quando os grupos humanos se organizaram para viver em comunidade - o papel de escuta sempre era exercido por algum membro. Este conselheiro contribuía para o direcionamento das atitudes do grupo, orientando e ajudando aqueles que o consultavam em como lidarem com as relações interpessoais e o mundo em que interagiam, adequando-se ao meio em que conviviam. Eram representados por sábios, profetas, pajés, sacerdotes, gurus, filósofos, entre outros, o que denota que o aconselhamento está presente na vida do homem desde tempos muito remotos (PIÑERO & MESEGUER; 1970 apud FORGHIERI; 2007).

    Segundo Piñero & Meseguer (1970) apud Forghieri (2007), 450 anos A.C. já existia o processo denominado de “cura pela palavra” feita pelo filósofo, Empédocles. Tal filósofo fazia tratamento de doentes através da conversa buscando descobrir quais eram as queixas, se de ordem física ou psicológica. Outros filósofos após Empédocles, como Platão e Aristóteles, além de Hipócrates que era médico, se utilizavam da escuta e da conversa para iniciar tratamentos. Todos estes pensadores contribuíram para a evolução do processo de aconselhamento terapêutico e do estudo sobre as dores da alma.

    Desde então, muitas teorias e pensamentos foram desenvolvidos e o ser humano passou a ser entendido não mais como corpo e alma desconectados, mas como um todo. Este todo é a interação do dualismo – alma e corpo – e é resultado da relação com o contexto em que vive, sendo afetado por ele e também agindo sobre ele (VASCONCELOS, 2002).

    Nesta cronologia do estudo sobre a alma, Carl Jung por volta de 1900 trouxe grandes contribuições para o processo de autoconhecimento do sujeito, a individuação. A prática terapêutica pela teoria Junguiana, pode acontecer com a ajuda de vários recursos associativos e imagéticos, entre eles, as leituras e interpretações dos mitos, uma das ferramentas foco deste trabalho.

    Serbena (2010) explica que a visão de inconsciente para Jung amplia a Freudiana pois:

    “...a visão da psique e do inconsciente modifica, pois ela passa a não ser “uma página em branco” no nascimento e o inconsciente amplia-se incluindo uma camada constituída de estruturas e imagens comuns a toda a humanidade (os arquétipos) que se manifestam nos sonhos, mitos, religiões e contos de fadas”.

    Para Jung (1951; 2000) apud Serbena (2010) a psique é formada por concepções individuais e coletivas, as quais são trazidas dos elementos da família, cultura, etnia e da espécie humana. Estas imagens e símbolos arquetípicos são considerados instintivos e automáticos.


     


    5

    Os símbolos são mediadores dos paradoxos entre os conteúdos da consciência e o inconsciente, manifestados de forma simbólica, a fim de compensar o não trazer de forma explicita e direta tais conflitos. (SERBENA; 2010)

    Tais recursos ajudam ao consulente entrar em contato com os elementos inconscientes, como poderemos ver mais adiante no manejo clínico do caso aqui apresentado através das interpretações sobre os mitos do Barba-Azul e Vasalisa

    Conforme relata Grandesso (2000) apud Vogel (2011), dando prosseguimento ao estudo da alma, na época de 1950 os holofotes da terapia passam a ser direcionados às relações, indo para além do indivíduo. O foco passa a ser o modo relacional que ele estabelece e os vínculos que dele derivavam onde o sintoma passa a ser visto não coo algo do sujeito, mas uma forma disfuncional de comunicação da estrutura familiar (RELVAS, 1999 apud CARVALHAL & SILVA).

    Este passa a ser o fator mais importante para a constituição do sujeito e seu estar no mundo, influenciado, sobretudo, pelo pensamento da teoria geral dos sistemas, criada pelo biólogo Ludwing Bertalanffy por volta de 1930. Vogel (2011) esclarece que esta teoria foi aplicada aos estudos psicológicos com a contribuição de Gregory Betason (antropólogo e biólogo), por volta de 1950, com o surgimento da terapia familiar no período pós-guerra nos Estados Unidos (RELVAS, 1999 apud CARVALHAL & SILVA, 2011).

    Segundo Relvas (2003) apud Carvalhal & Silva (2011), sistema é a relação de pelo menos dois elementos que interagem entre si e entre outros subsistemas. Por exemplo, uma pessoa que se casa está em interação com o companheiro e ao mesmo tempo está em relação com o subsistema da sua família de origem, da família de origem do companheiro, do trabalho, etc., influenciando-os e sendo influenciado por eles.

    Este conceito surge em contraposição à ideia mecanicista de Descartes que defendia a concepção do todo como a soma das partes. Para o pensamento Cartesiano, o sujeito anteriormente exemplificado, seria a soma da pessoa que ela é para a família, com a que ele é para a família do companheiro, no trabalho e assim sucessivamente. Negava-se aí a possibilidade de que parte do que ela é num subsistema também estivesse presente no outro e gerasse um produto destes entrelaçamentos (VASCONCELOS, 2002).

    A partir da teoria geral dos sistemas os estudos sobre a psique e doenças mentais ganharam força para o foco nas relações familiares. Os estudos liderados por John Bowlby, após a Segunda Guerra Mundial - evento que provocou muitas separações de crianças e pais - foi um marco importante para o entendimento acerca das repercussões que a separação ou rejeição da figura materna na primeira infância pode causar ao sujeito, desde danos psíquicos até problemas de ordem psiquiátrica, podendo gerar efeitos até a fase adulta (BOWLBY, 1997; PARKERS, 2009).


     


    6

    Bowlby (1977) apud Parkers (2009) criou a Teoria do Apego, a qual se debruça sobre os aspectos psicológicos que as formações e rompimentos dos vínculos afetivos trazem à vida do indivíduo e as estratégias comportamentais utilizadas no enfrentamento de situações novas ou estressoras.

    Como cita Bowlby (1997) apud PARKERS (2009), tais estratégias estão ligadas aos modelos internos mentais desenvolvidos na infância a partir da resposta do cuidador às necessidades emocionais da criança, denominadas de comportamentos de apego. Com os avanços dos estudos de Bowlby, outros pesquisadores, como Mary Ainsworth e Mary Main, ampliaram a pesquisa contribuindo significativamente para a categorização destes comportamentos a partir da relação entre a díade figura materna e criança. Foram estabelecidos dois estilos comportamentais: Apego Seguro e Apego Inseguro, sendo este subdividido em Ansioso ou Ambivalente; Evitador ou Esquivo e Desorganizado ou Desorientado.

    No Apego Seguro as crianças tem um nível de tolerância aceitável quando em situações de separação do cuidador, demonstrando sentirem falta ao primeiro momento, mas adequando-se à ausência dele após alguns instantes. Costumam explorar o ambiente em que se encontram, até mesmo interagindo com estranhos e ao retorno da figura materna, há boa receptividade e comportamento de busca pelo reencontro (BOWLBY, 1997; PARKERS, 2009).

    A criança com Apego Inseguro pode responder à separação de três formas:

    Ansioso ou ambivalente - Caso a figura de apego seja muito ansiosa e por isto tende a não perceber a real demanda do filho e até mesmo não o estimulando às novas experiências. Isto provoca um comportamento na criança de agarrar-se a ela, resistindo à sua saída e tendo um tempo de sofrimento mais prolongado em comparação às seguras, provocando muita raiva no momento do reencontro (PARKERS, 2009).

    Evitador ou esquivo - as crianças comportam-se ignorando a separação e o retorno da mãe, pois aprenderam com o modelo parental, sua figura de apego, a conter as expressões de afeto e de desejo pela aproximação. Entretanto nos estudos de Ainsworth, foi constatado que estas crianças apresentaram alto nível de estress, com batimentos cardíacos alterados, tanto quando as mães as deixavam até momentos após a sua volta. Tal comportamento confirma que estas crianças são afetadas pela falta de cuidados responsivos da figura materna, mas aprendem a tolhê-los como forma de adequarem-se (PARKERS, 2009).

    Desorganizado ou desorientado - apresenta comportamentos polarizados, estereotipados, podendo chorar desesperadamente, atirar-se no chão, até mesmo se machucando compulsivamente ou fazendo movimentos pendulares e repetitivos. Comporta-se de forma extrema para obter alguma resposta da figura materna, devido a esta não apresentar respostas às demandas da criança. Nas pesquisas de Main e Hesse foram verificadas que a maioria destas mães sofreu de depressão pós-parto por terem vivido situações traumáticas na gravidez ou logo após o


     


    7

    nascimento do filho, tornando-as voltadas para as suas questões internas e “alheias” à criança, portanto, com muito pouco investimento parental afetivo (PARKERS, 2009).

    O estilo de Apego Ansioso ou Ambivalente, sobretudo, pode gerar uma forma relacional paradoxal, onde mais do que o conteúdo da comunicação entre os sujeitos em relação, ou seja, forma como eles estabelecem esta comunicação influencia o seu comportamento. Neste estilo, a demonstração do afeto passa a ser entendida como a antítese dela. Numa situação onde o cuidador ressalta constantemente à criança o quanto ela não é capaz de fazer conquistas independentes, autônomas, sendo sempre necessária a ajuda do adulto; ao mesmo tempo em que parece ser uma forma de proteger o infante, implicitamente pode estar sendo dito “não acredito no desenvolvimento desta capacidade”. Este tipo de atitude remete ao questionamento sobre o porquê o cuidador não vê ou aceita este avanço da criança, ou ainda, o quanto a manutenção da criança-sujeito no lugar de incapaz traz uma funcionalidade ou poder para a figura de apego.

    Por estes questionamentos, Beaston desenvolveu a teoria do duplo vínculo quando estudava em Palo Alto o processo comunicacional e relacional das famílias de veteranos de guerra com esquizofrenia. Ele notou que os feedbacks emitidos pelos cuidadores geravam conflitos internos nos sujeitos com sintomas esquizofrênicos, mas que o foco não estava no portador do sintoma, mas na forma de comunicação padrão da família (VOGEL, 2011).

    Nestes sistemas familiares o terapeuta pode entrar como um elemento morfogenético, isto é, promovendo mudanças significativas no modelo relacional aprendido e estereotipado, uma vez que coloca o sujeito portador do sintoma não mais como o centro das atenções, mas também, implica os demais membros a constante relação terapêutica (PAIXÃO, 1995 apud CARVALHAL & SILVA, 2011). Além disto, permite trazer novas perspectivas; um novo olhar sobre a estrutura e a forma de se comunicarem e se decodificarem, promovendo uma nova dinâmica no sistema familiar, mais adaptativa ao meio (MARUYAMA, 1968 apud VOGEL, 2011).

    O sistema deixa de se retroalimentar com os padrões homeostáticos, ou seja, com as mesmas formas de se comportarem e de se autoregularem que são mantenedores do sintoma. O Terapeuta estimula novas formas de estarem em relação, promovendo novas estratégias de comunicação e, portanto, descobertas de recursos internos até então adormecidos, iniciando o processo de despatologização e de auto-organização funcional (MARVIN & STWART, 2006).

    Para Bloch (1999) apud Carvalhal & Silva (2011), mesmo em atendimentos de terapia individual, os avanços conquistados são ampliados e reverberados no sistema familiar quando o terapeuta propõe tarefas que busquem a interação do sujeito com os familiares. Uma das práticas importantes para isto é o manejo clínico estimulando o indivíduo para o seu processo de diferenciação de self, a busca pela individuação.


     


    8

    A construção da identidade estimula o sujeito a manifestar-se integralmente, com o lado muitas vezes não acolhido pelo sistema familiar por não corresponder às expectativas deste. A segurança e autonomia para defender as suas próprias ideias e manter-se neste lugar, independente de não seguir o fluxo esperado pela família, é uma das principais metas terapêuticas do caso trazido neste trabalho (ANDOLFI, 2002).

    A utilização do mito Barba Azul, pela leitura junguiana, como instrumento auxiliar na prática terapêutica, permite ao cliente fazer conexões com a sua própria estória. Isto facilita o contato do sujeito com a sua realidade, entretanto não tão diretamente, por não estar pronto, às vezes, para encará-lo de forma objetiva.

    Para Estes (1994), tal mito traz a representação arquetípica da jovem ingênua que desconhece os seus conteúdos internos e se expõe ao predador, em prol de apenas se deleitar dos prazeres, negligenciando as profundezas da sua alma. O encontro com Ele é o conflito vivido pelo feminino a caminho da sua libertação, é entrar em contato com a sua agressividade mais crua, porém criativa e fazer dela a sua força impulsionadora para a busca de si mesmo. Sem dúvida deparar-se com Ele é olhar suas questões mais difíceis, sua intransigência, de apenas querer ver o mundo ao seu modo e fazer com que os outros também o façam. Na passagem desta estória, no momento em que a menina começa a enxergar o Barba Azul com barba menos azul, e alguém dócil e sensível pode-se notar o conflito mencionado.

    No decorrer da estória, esta “cegueira” vai ficando insuportável de sustentar, pois a convivência e as circunstâncias da vida vão exigindo da menina novas posturas e novas visões do mundo. Isto fica claro, na parte em que a menina se vê como a responsável pela casa, quando o marido viaja e a deixa como “cuidadora das chaves”. Mesmo com a ressalva feita pelo Barba Azul para que ela não abrisse o aposento da chavinha, a intuição e curiosidade feminina a faz motivar-se junto com as irmãs a testarem todas as chaves até descobrirem a qual quarto ela pertence (ESTES, 1994).

    Estes (1994) ainda comenta que o comportamento de buscar a verdade para si mesma demonstra o seu dom farejador e a necessidade de descobrir-se e fazer por si mesma as suas escolhas. Ao achar a porta que a chavinha encaixava e abri-la, percebe-se nesta metáfora que, uma vez aberta a porta do inconsciente, uma vez tendo entrado em contato com as dores e a angústia da psique, não há mais como sair sem “sequelas”. Ao abrir a porta do quartinho proibido pelo Barba Azul, a menina não consegue mais esconder e esquecer o conteúdo nele existente, pois a chave continuará sangrando até que ela enfrente o seu predador, o seu lado mais sombrio, aquele sabotador e vampiro da sua energia vital.

    O Aconselhamento Terapêutico contribui neste processo de abertura, de contato com o inconsciente, ajudando ao cliente a sustentar este contato e encarar o seu predador. Ao conhecer o “inimigo” é possível desenvolver estratégias de lidar com ele e neutralizar suas forças quando tenta sabotar a busca pela individuação.

    Autor: : Ligia Alvares Mata Virgem - Terapeuta Holística - CRT 47968
    Última atualização: 12/06/2013 22:22


    Consciência da filosofia e metafísica da saúde

     

    Filosofia em Ação


    Quem sou eu? “Segredo?”


    Consciência da filosofia e metafísica da saúde


    São Paulo, 31 de Maio de 2013


    Mitiyo Oshiro Takemoto

    Terapeuta Holística

    CRT 38660

     

    Sinte – Sindicato dos Terapeutas – Holístico 2013


     


    Sumário

    Introdução...................................................................................................................................I

    Prefácio.......................................................................................................................................II

    Filosofia......................................................................................................................................III

    Alquimia.....................................................................................................................................III

    Tao.............................................................................................................................................IV

    Holoyoga – reflexologia.............................................................................................................V

    Reflexão.....................................................................................................................................VI

    Evolução....................................................................................................................................VI

    Despertar...................................................................................................................................VII

    O estudo da Kundalini...............................................................................................................VII

    Energia sexual Kundalini............................................................................................................VII

    Evolução humana......................................................................................................................VIII

    O que são 7 chacras?.................................................................................................................VIII

    O que é Corpo Etérico?...............................................................................................................X

    O que é Corpo Espiritual?...........................................................................................................XI

    Material e Metodologia..............................................................................................................XII

    Discussão....................................................................................................................................XII

    Conclusão...................................................................................................................................XII

    Bibliografia.................................................................................................................................XIII


     


    Introdução

    Pensamos ser inadiável o desenvolvimento do Ser consciente. Os seres humanos, diferentemente dos seres animais, possuem um potencial criativo. Adaptamos- nos às modificações impostas pelo tempo, pela tecnologia, pelos novos modelos sociais. Mas existem características espirituais básicas que nunca sofreram modificações, assim como as forças que movimentam o Ser humano, continuam sendo as mesmas, impulsos emocionais básicos e intensos e a busca pelo conforto e segurança. Há ainda outros objetivos comuns a todo ser humano, que muitas vezes assolam a humanidade com guerras e desordens psico-sociais que também parecem não sofrer alterações, como a busca pelo poder, a exaltação do status social, o poder monetário entre outros... Todo esse desequilíbrio evolutivo vem se retratando na mente humana ao longo de muitas décadas, e porque não falar séculos, criando uma humanidade egoísta e violenta às defesas de suas aquisições. O ser humano não evolui internamente, não é capaz de controlar suas emoções, de corrigir pequenas falhas de conduta, de se auto-domar em certos aspectos, mas isso por pura falta de consciência. Consciência que não é pensamento, mas percepção. Transmitimos aos nossos filhos, e recebemos também de nossos antepassados essa cultura equivocada que faz com que as pessoas fiquem alienadas em relação às suas possibilidades. Se emanamos amor, recebemos amor. Se emanamos respeito e aceitação, é isso que receberemos, respeito e aceitação. Se emanamos ódio, geramos a condição de receber ódio. Como temos a tendência a ser impulsivos, ansiosos e até descontrolados, costumamos reagir ao ódio com mais ódio, criando um ambiente tomado pelo ódio num ciclo difícil de ser quebrado, mas sempre reagimos ao amor com mais amor. O mesmo acontece com a energia. O campo energético pessoal reflete nossos padrões mentais, o que somos por dentro costumamos demonstrar por fora. Em forma de ação ou pensamento. A nossa energia é capaz de influenciar todos os que estão a nossa volta. Ao tomarmos conhecimento da capacidade que temos de controlar esta energia, ganhamos controle sobre inúmeras capacidades. Aquele que se guia pelo amor e pela índole sempre dinamiza o que aprende, transformando em experiência evolutiva toda e qualquer situação.

    I


     


    Prefácio

    Bem vindos ao Mundo mágico. O meu intuito é apresentar aos interessados no conhecimento do oculto que se refere a fenômenos conexos, transmitindo à humanidade o poder sutil e sublime da Kundalini. Esse conhecimento está disperso e fragmentado em grande número de livros e artigos de vários autores. O universo místico que existe na consciência do homem, mas que está adormecido no inconsciente, desde os tempos imemoráveis. Sendo que, no meu caso, o despertar aconteceu quando iniciei a investigação da energia sexual. Posso afirmar com certeza, que é realmente fantástico, que significa evolução espiritual e humana dentro da pessoa. A Kundalini sobe da base da coluna vertebral dentro da medula até chegar no crânio, o centro de energia espiritual Shen – o Bindu-Brahma. Atualmente, muitos místicos, eruditos, médiuns e cientistas que se dedicam no estudo, têm os impulsos mais evidentes que é o próprio impulso da Kundalini – a indomável. Eles persistem em investigar, muitas vezes mesmo contra os deboches incrédulos e contra o sarcasmo de incorrigíveis céticos, nos quais o impulso por várias causas que serão discutidas em detalhes mais esclarecedores, em outra ocasião. Uma mulher frígida olha com desdém para a natureza apaixonada de uma amiga e muitas vezes se considera superior a ela, esquecendo sua própria carência. Portanto, os que, como a mulher frígida, se orgulham de sua inflexível atitude “resistente”, a despeito de convincente testemunho em contrário, revelam um desinteresse muito grande pelo tema, que é tão fundamental para despertar o que está no inconsciente: trazer o inconsciente ao consciente e ampliar a visão mental. Essas pessoas são incapazes de perceber a própria deficiência, como Bernard Russel, que ao ser posto diante da ponderável evidência oferecida pela pesquisa, para algum tipo de sobrevivência, observou que, embora a evidência psíquica fosse bastante forte, a evidência biológica contra a sobrevivência ainda era mais forte. Sendo que, o tema em questão é essencial e fundamental para explorar a dimensão do corpo, da alma e do espírito, pois a nossa inteligência não tem limite, não tem fronteira, e tem a capacidade de transcender o eu, o outro, a parede, o horizonte e expandir para o universo e chegar mais próximo de Deus. “Fazer do raso o profundo, do incompreensível o compreensível, do incogniscível o congniscível.” – I CHING. Palavras de advertência: com certeza, não se deve evocar a Kundalini propositadamente, inadvertidamente, sem o aprimoramento espiritual, em hipótese alguma, no entanto, em algumas pessoas, ela desperta espontaneamente. O aluno deverá ser orientado com o Dharma do Coração. Dharma quer dizer “Ensino Correto”, dentro do ensinamento apropriado.

    II


     


    Filosofia

    Afinal, o que é filosofia? Em nosso contexto diário e para muitas pessoas, a Filosofia acabou se tornando sinônimo de algo distante e sem muita utilidade. No entanto, foi por intermédio dela em que as grandes mentes chegaram a um passo significativo na história humana. Ela é uma ferramenta única e capaz de nos conduzir as respostas para tudo aquilo que buscamos. A etimologia da palavra “Filos” indica buscador, ao passo que “Sophia” representa a sabedoria. Assim, o filósofo – isto é, o buscador da sabedoria – é um indivíduo que procura se contextuar no Universo e perante suas Leis, visando resgatar o conhecimento sobre quem de fato somos, de onde viemos, para onde vamos e para que serve a vida e todas as coisas que nos cercam. É através da Filosofia que podemos sair da imensa crise social e moral em que estamos inseridos: os preceitos filosóficos possibilitam ao homem deixar de agir sobre os efeitos e passar a agir sobre as causas das questões que tem levado a sociedade ao sofrimento a ao desespero. A violência, a corrupção, a depressão, a solidão, a dor da perda de uma forma geral como diversos outros malefícios não são as causas, mas sim efeitos de nossa incapacidade de amar e agir de maneira moralmente correta. Por isso, afirmamos que Filosofia tem a função de nos conduzir, sobretudo ao resgate de nossa autoestima, além de nos recolocar socialmente como homens livres e independentes. *Texto extraído do Jornal Filosófico

    Alquimia

    A Alquimia busca entender a natureza em todas as suas formas, de maneira holística, amparada na sabedoria dos grandes conhecimentos antigos. É muito importante esclarecer e desmitificar o conceito de Alquimia. A palavra alquimia (AL KHEMY), de origem árabe significa “a química”. É a mais antiga das ciências e influenciou todas as demais pois pertence a raiz de todas. Combina elementos da química, antropologia, astrologia, magia, filosofia, metalurgia, matemática, misticismo e religião, mas sob uma ótica própria. Na antiguidade se tem registro de sua existência entre os babilônios, egípcios, chineses e os indianos, assim como na idade média, onde sua prática era realizada sob o mais absoluto dos segredos, pois era considerada como uma ciência oculta, sendo perseguidos pela Santa Inquisição da Igreja Católica. Com isso, os grandes personagens do pensamento hermético anotavam suas investigações em códigos e as chaves decifradoras só eram conhecidas pelos iniciados. Em seus laboratórios os alquimistas atribuíam propriedades que transcendiam ao comum, relativas às plantas, letras, pedras, figuras geométricas e números, para satisfazer o seu principal objetivo que é compreender a natureza e reproduzir seus fenômenos para conseguir uma ascensão a um estado superior de consciência de si próprio e de quem o procura. Para eles, transformar metal em ouro ou criar o elixir da longa vida eram coisas pequenas diante da compreensão do que somos, pois essa arte hermética era a busca maior do entendimento da natureza plena e holística onde o ser humano está inserido. O estudante de alquimia é um buscador que corre atrás de se conhecer. Hoje, assim como

    antigamente, na realização dos experimentos e por meio de constantes leituras e releituras, o Alquimista nas várias etapas da transformação no seu laboratório ou consultório vai gradativamente

    III


     


    transformando a própria consciência que é o ouro espiritual, a perfeição dentro de si mesmo. Porém é importante trazer esses conceitos filosóficos para o lado prático da vida, estamos encarnados em um corpo, no planeta terra, tridimensional, sofrendo influência do meio e do inconsciente coletivo da nossa época. Desta forma, o alquimista que hoje está representado muitas vezes pelo médico, ou terapeuta holístico, deve observar no dia a dia, de forma mais aprimorada, a natureza e suas manifestações, ficando atento as transformações e aos ciclos astrológicos – sol, lua e planeta – e terrestres – semear ou colher. Sabendo interpretá-las, ele poderá ajudar melhor a quem o procura, maximizando seus efeitos para saúde e bem estar.

    (autor desconhecido)

    Tao

    O Tao como base das doutrinas filosóficas mentais e também ocidentais é palavra chinesa que significa caminho, via, isto é a sobreposição do feminino e do masculino chamado Yin e Yang. O Tao não significa a soma de um e outro, mas tais forças existem concomitantemente e sincronicamente. O Tao como caminho e como fusão de tais elementos é o sentido de ordem, é um princípio organizador. É a reunião do caos e das polaridades. É gás dispersivo, consequente aos movimentos de fricção, se transforma em gás de combustão do próprio movimento deixando um rastro. Ao seguir o Tao vocês seguem este rastro, os movimentos, o fluxo da vida e do caminho até que, perdendo a polaridade, vocês se transformam no próprio caminho, no Tao. O Tao condena a idolatria e diz: “O mestre Tao não tem nome, ele é oculto, vive no anonimato meditando (filosofando), praticando, aprendendo, orientando e semeando o bem, o cultivo, a serenidade, meditando entre o céu e a terra.” O homem recebeu do céu uma natureza essencialmente boa para guiá-lo em todos os seus movimentos. Entregando-se a esse princípio divino dentro de si, o homem alcança uma inocência incontaminada. Ela o conduz ao bem com certeza instintiva e livre de intenções ulteriores de recompensa ou vantagem, essa certeza instintiva trás supremo sucesso e favorece através da perseverança. Nem tudo que é instintivo é também natural, nesse sentido mais elevado da palavra, mas somente o que é correto, aquilo que corresponde à vontade dos céus. Uma forma de agir instintiva e irrefletida, que não possua retidão, só poderia causar infortúnio. Confúcio comentava a respeito: “Aonde irá aquele que se afasta da inocência? A vontade e as bênçãos dos céus, não acompanham seus ato.” I Ching O céu é puro, e a terra é impura, o homem está entre o céu e a terra, entre o puro e o impuro. Certo ditado antigo diz o seguinte: “O Tao não possui qualquer forma; no entanto confere vida ao céu e a terra. O Tao é destituído de emoções; no entanto, move o sol e a lua. O Tao é destituído de nome; no entanto nutre todas as coisas da natureza.” O Tao possui tanto aspectos puros como impuros. Às vezes permanece imóvel, às vezes move-se. O céu é puro e a terra impura, todas as coisas percorrendo seu respectivo curso. A origem da pureza reside na impureza. Por esse motivo nos remetemos à meditação, reflexão. O movimento é a fundação da quietude. Se as pessoas puderem constantemente permanecer puras e imóveis, então ficaremos no estado de serenidade.

    IV


     


    O espírito tende para a pureza, a mente para a quietude, mas é contrariado pelo desejo de equilibrar- se. Se fores capaz de controlar, então a mente permanecerá imperturbável e pura. Aqueles que estão impossibilitados de atingir o Tao são destituídos de clareza mental e que ainda se acham escravos das emoções. Suportar a quietude gradualmente entrará no verdadeiro caminho denominado Tao, não existe nada para ser atingido, mas sim para sentir. Lao Tsé dizia: “Aqueles que são honrados não tem porque discutir. Os que não são preferem se entregar as discussões.” Aqueles que possuem elevadas virtudes não necessitam de virtude. Quando a mente permanece selvagem o espírito torna-se distraído devido à existência da ansiedade e do estresse, o corpo e a mente são afligidos por tensões. Se viveres na decepção e na ansiedade afundará no oceano do sofrimento e sempre vaguearás para fora do verdadeiro caminho. Se fores capaz de perceber intuitivamente viverás o caminho natural, se intuitivamente entenderes o Tao, sempre será puro e imóvel. Todas as meditações que fazemos são essencialmente internas, você fecha os olhos e imagina todas essas coisas (tais como sofrimento dos seres e o desejo de que sejam felizes). Mas não pense que isto vai simplesmente perder-se no espaço e não vai produzir nada. Ao imaginar certas coisas você faz com que elas se tornem realidade, se você todos os dias fica irritado, não se surpreenda se continuar ficando irritado se você mantém pensamento de irritação em sua mente. “Eu detesto ele, eu detesto ele”, não se surpreenda se você der um soco na cara dele, porque o que corpo e a fala fazem é simplesmente seguir aquilo que a mente está fazendo porque eles se iniciam na sua mente. Refletir, pensar, oração mental, examinar atentamente, ponderar, considerar, reconsiderar, isso é meditar. Como qualquer coisa, você tem que treinar antes de agir, não é possível simplesmente entrar em um carro e sair dirigindo, é necessário treinar primeiro. Antes de tocar piano você tem que treinar e treinar. Você tem que treinar-se no desenvolvimento do amor e da compaixão e tudo isso, por fim, o tornará apto a espontaneamente expressá-los em corpo e fala. Isto é algo razoável. Mencius comentava a respeito: Para verificar se alguém é um homem superior ou inferior, só precisamos observar a que parte de si ele atribui uma especial importância. O corpo tem partes superiores e inferiores; importantes e secundárias. “Não devemos sacrificar o superior em favor do inferior e nem devemos sacrificar o inferior em favor do superior, devemos sim, manter o equilíbrio.”

    Holoyoga – Reflexologia – Autocura Fundamento: Tantrayana, o Veículo de Diamante

    Tantrayana: 2 cérebros, o equilíbrio dinâmico do Yin e Yang. Holoyogaterapia é uma prática simultânea do Tantra, Yoga e Budh: os 3 Tan Tiens, a consciência da filosofia e metafísica do Tao-Yin; conscientização do corpo, da mente e do espírito, pois dentro de cada um de nós existe: um ser animal (corpo), um ser humano (mente) e um ser divino (espírito). Essas são as 3 dimensões da nossa existência. Daí a explicação sobre os 3 Tan Tiens, 3 mentes ou 3 veículos (Bioeletromagnética): a força vital.

    V


     


    Reflexão

    Para refletir, filosofar: “Aprender sem pensar é inútil. Pensar sem aprender é perigoso.” (Kung Fu Tsé (Confúcio). Filosofia e metafísica: ciência geral dos primeiros princípios e das primeiras causas, conhecimento, sabedoria, força moral, (elevação espiritual) que leva ao Deus: conhecimento de verdades morais, conhecimento absoluto que procura a intuição direta das coisas; conhecimento racional único possível de alcançar a essência das coisas, modo de pensamento intermediário entre teológico e positivo; método de abordar os fenômenos da natureza, aprofundar, refletir, raciocinar, pensar e discernir, é a adequação entre o ser e a inteligência, ou seja, espírito de crítica e de superação. Nas palavras e atos do passado jaz oculto um tesouro que o homem pode utilizar para fortalecer e elevar seu próprio caráter. O estudo do passado não deve se limitar a um mero conhecimento da história, mas deve, através da aplicação desse conhecimento, procurar dar atualidade ao passado. Desembaraçando os fios de seda emaranhados, juntando-os em meadas, assim se desvenda os mistérios e segredos orientais da antiguidade. “O antigo será de novo útil.” I Ching – Lao Tsé

    Evolução

    A evolução da Kundalini: a fonte da força, fonte do gênio a partir do seu repositório nos órgãos reprodutores, uma fina corrente de energia vivente filtra-se para dentro do cérebro, como lubrificante para o processo evolutivo. A medida que a energia se move para cima, vai passando pelos vários chacras ao longo da medula espinhal até chegar ao chacra capital localizado no cérebro, a pessoa sente uma luz entre branca e dourada no interior do cérebro. Dizem que o fenômeno desperta requintadas sensações que se assemelham ao orgasmo, mas ultrapassam em muitas ordens de magnitude. Tais sensações são mais intensamente percebidas logo acima do palato no cérebro médio no arco descendente paralelo à curva palatal, o canal encurvado através do qual o bioplasma passa para dentro do cérebro. A Kundalini está em ação o tempo todo e em forma de energia “torrente”. Essa torrente ascensional que é uma reconceituação do que FREUD aparentemente quis dizer com a expressão “sublimação da libido” – explica a fonte da criatividade do artista ou do intelectual. Para muito além destes há aqueles raros a quem Gopi Krishna chama “espécimes acabados do homem perfeito do futuro” tais como BUDA, CRISTO e VYASA, a consciência dos seres evoluídos . Drogas como cigarros, álcool, entorpecentes, paixão, emoção, pela comida, pelo ambiente, pelo modo de vida, ambição, pela conduta e pelo comportamento e; de fato por todos os milhares de tipos de influência, desde o mais forte ao mais leve, que dão forma à vida desde o nascimento até a morte. Assim a necessidade de uma vida moral equilibrada é baseada no imperativo biológico. O desvio da Kundalini é a causa do surgimento dos gênios maus da história, como HITLER. Neste caso a Kundalini esteve em ação desde o nascimento, tal como nos gênios. A vida destas pessoas superdotadas é geralmente tão cheia de dificuldades que a energia Kundalini pode tornar-se maligna se as qualidades mais sutis necessárias a estabilidades psíquicas não se tornarem parte integrante da sua formação: a falta desses traços mais sutis constitui uma barreira interna que impede o acesso aos níveis mais elevados da consciência.

    VI


     


    Despertar

    O meu objetivo maior é trabalhar sobre o legado que se deteriorou, pois o I CHING sempre me orientou nesse sentido. O intuito aqui é ajudar os seres humanos em sua evolução pessoal e espiritual na simplicidade do TAO (natureza). O Tao ensina tudo sabiamente através do Yin e Yang. Yi e Yang é a base da filosofia e metafísica chinesa. Tudo se aprende intuitivamente. O que será levado em consideração é o autoconhecimento elevando a auto-estima, afeto e compreensão, eliminando os conceitos que anuviam a mente que cria a prisão mental da qual sua essência fica engaiolada. Com a eliminação dos conceitos, crenças e paradigmas que não funcionam, o Ser liberta a sua essência adquirindo a vida. A vida é construir situações que desejam vivência e não viver as situações desagradáveis que são atraídas inconscientemente. O que será ensinado serão os caminhos necessários para a evolução pessoal respeitando a capacidade de cada Ser que será despertada de forma necessária, suave, média ou intensa, de acordo com a necessidade de cada um, naturalmente, desde que esteja aberto e disposto para a transformação e a libertação do Ser.

    O estudo da Kundalini

    Todos são livres para participar de forma que sejam espontâneos. O trabalho será organizado de maneira que todos participem formando uma equipe de boa vontade. Uma equipe é mais que um grupo de pessoas, é a soma de “energia-pensamento”, uma união de todos em torno de um objetivo, é o sincronismo de todos que leva a resultados notáveis. Todas as pessoas tem algum tipo de conhecimento para ensinar, vamos ensinar, vamos aprender, transformar, evoluir e vamos compartilhar a alegria de viver na jornada da evolução humana. Compartilhar a felicidade é felicidade em dobro, compartilhar a dor é dor pela metade, compartilhar o conhecimento é conhecimento redobrado. O mundo é reflexo de nossas ações. Os anos haverão de passar, mas a arte de compartilhar nunca será em vão. Essa é a beleza de uma ação que sempre gera uma reação e conquista um mundo melhor. Missão: por uma causa nobre, trabalho sobre o legado que se deteriorou. Nobreza: ser nobre não é ser melhor do que um milhão de pessoas, a verdadeira nobreza é ser melhor do que foi no passado. – Provérbio Hindu Objetivo: resgatar o elo perdido: esta sublime ciência (essência) que ficou no esquecimento, no decorrer de milênios, sem que e humanidade a percebesse.

    Energia sexual - Kundalini

    A energia sexual é a união primordial das forças yin e yang que impulsiona o universo. Sem essa energia, nenhum de nós estaria aqui, ou simplesmente não existiríamos. Kundalini – a Fonte da Juventude – fonte da energia vital. Gopi Krishna, conhecedor da filosofia clássica iogue, acredita na existência de uma poderosa ligação biológica entre o sexo e a consciência superior, ligação que é a força motivadora subjacente a todos os fenômenos espirituais e

    VII


     


    paranormais já testemunhadas na história. O sistema reprodutivo é o mecanismo pelo qual se processa a evolução. Esse conceito, entretanto, não está limitado à literatura indiana. Foi descrito nos antigos registros do Tibet, do Egito, da Suméria, da China, da Grécia e outras culturas e tradições, incluindo o cristianismo primitivo. A serpente: símbolo da energia vital. A fonte do “poder da serpente” é o prana-chi – yin e yang, a energia cósmica primal que está fora do espectro eletromagnético e das outras formas de energia conhecida na ciência oficial do Ocidente.

    Evolução humana

    Quase todos se ocupam, num determinado momento da vida com as perguntas: “quem sou eu:”, “que forças agem dentro de mim:”, “que faculdades ainda se escondem no meu interior:” e “como posso usufruir todo o meu potencial de sorte e criatividade:”. Acreditamos que nenhum outro campo científico pode responder a essa pergunta tão amplamente como a ciência dos centros energéticos do homem. Ao compreender as tarefas e as funções dos chacras em toda a sua extensão, forma-se uma imagem do ser humano que, na sua possível perfeição é tão fascinante e sublime a ponto de mais uma vez determos para admirar a maravilha da criação. Para trabalhar eficientemente com os chacras, não é necessário que você seja clarividente, intuitivo ou sensitivo. Todavia, notará que, com essa ação, sua sensibilidade com relação aos planos etéricos aumentará substancialmente. Desenvolvendo-se também a compreensão dos relacionamentos, que unem muitos fragmentos do conhecimento e da experiência num todo harmônico, de modo inteligível.

    O que são os 7 Chacras

    Chacras: são o prisma sob influxo do Sol que se divide em raios coloridos. O prisma do corpo-mente- espírito humano. São o arco-íris. Um arco. A ponte entre o Céu e a Terra. São a expressão da força mental em saída e todas as possibilidades de poder mental manifestado! São canais que se alimentam por ambos os pólos: pelo polo sul ou pelo chakra base com o alimento feminino da Terra, da Mãe Divina: pelo polo norte ou chacra coronário, com o alimento masculino do Céu, da mente do Pai ou do Um, e pelos lados com todas as forças possíveis e existentes. Através do chacra do plexo solar, o corpo absorve energias vitais do SOL e, através do chacra básico, energias vitais da terra. Ele armazena essas energias e as leva, através dos chacras e nádis em fluxos vitais ininterruptos, ao corpo físico. Essas duas formas de energia cuidam do espírito vital nas células corporais. Quando a “FOME DE ENERGIA” do organismo é saciada, a energia excessiva é irradiada para fora, pelo corpo etérico através dos chacras e dos poros. Ela sai dos poros em forma de fios retos, com cerca de 5 cm, formando a aura etérica, que em regra é percebida pelos clarividentes como a primeira parte setorial da aura total. Esses raios cobrem o corpo físico como um manto de proteção, impedindo que micróbios patogênicos e corpos estranhos se infiltrem no corpo, e irradiam, simultaneamente, um fluxo constante de energia vital no meio ambiente.

    VIII

    É um sistema pelo qual o ser humano se relaciona com os seres vivos que habitam o meio ambiente.  

    São os centros de energia psicofísica (energia pensante) que se localizam ao longo da coluna

    vertebral e se relacionam com os órgãos e endócrinos, através do sistema nervoso, que possibilita a

    transformação da energia psicofísica em energia espiritual.

    Conhecer e assimilar os chacras é constatar o sistema humano de integração global, a integração de

    diversos planos e vibrações dentro do corpo. Os chacras tem a forma de disco circular, símbolo da

    perfeição e do sol (LUZ DE DEUS) que hospedam a espiritualidade, a qual tem valor ascensional,

    também indica proteção a cerca espiritual que envolve a alma humana, e que na essência exprima a

    totalidade de um círculo solar e ainda a luz do sol que cerca a vida e circula por ela em várias esferas

    que também são rodeadas.

    Observa-se que a nossa galáxia é espiralar, o nosso corpo também é em espiral, o planeta também, é

    só observar o movimento da natureza, no pensamento e no movimento em que a pessoa entra em

    sintonia e se envolve com seus chacras, a energia prana-pensante psicofísica, já entra em ação a

    favor. Isso quer dizer que Kundalini já entrou em ação a favor dos chacras impulsionando-os para

    cima revitalizando-os.

    A Kundalini é feita de vontade-ação, confiança que hospeda o pensamento de Deus e tem o valor

    ascensional e se sobrepõem ao processo de conquista progressiva no sentido de transformação e

    evolução espiritual. Kundalini é a alegria serena que governa o nosso interior através dos chacras e é

    a lei mística maravilhosa que eleva ao estado de graça, inteligência emocional, consciência sutil que

    ensina o homem a compreender o conhecimento e a viver com sabedoria em harmonia com a

    natureza, equilibrando o corpo, a mente e o espírito feito de confiança. Prana-yin yang, a fina

    essência biológica, inteligência, consciência, o meio de nutrir equipamento receptivo da nossa

    consciência, que é o sistema nervoso, o nosso contato com a consciência universal. Durante o

    processo de ascensão da Kundalini, o sistema nervoso inteiro atravessa uma transformação

    microbiológica que atinge especial         

     

    esgotado em seus recursos.  

    Os escritos de GOPI visam uma nova estrutura da sociedade humana a uma nova ordem política e

    social que habilite a totalidade da raça humana a devotar-se ao desenvolvimento de seus poderes e

    possibilidades latentes. O antigo conceito IOGUE vem sendo pesquisado cientificamente com base

    nas ciências fisiológicas da medicina que teve inicio na INDIA sob o apoio do governo. Hoje acontece

    em vários países do mundo, envolvendo religião, psicologia, psicanálise, teologia e outros.  

    Teoricamente a Kundalini tem o mesmo conteúdo do DNA, e pode nos revelar muitos segredos

    ocultos desde a antiguidade, que remonta os 25 mil anos.

     

     

    O que é corpo etérico?

     

    Corpo Etérico: é o que abriga o EU verdadeiro, o SER (Kundalini)

    A maioria das pessoas considera o mundo material, e com isso também o corpo físico e

    compreendidos pelo intelecto racional. Os clarividentes como Tao e Budh; todavia, veem uma grande

    variedade de estruturas de energia, de movimentos energéticos, de formas e cores, que são

    perceptíveis dentro e em volta do corpo físico do homem.

    Caso você também seja um desses que só podem aceitar como realidade o corpo material, pense

    uma vez o que acontece, porventura, com a energia, com a força vital, que anima um corpo físico e

    lhe confere sensibilidade e capacidade de expressão depois da morte desse corpo. Segundo uma lei

    da Física, a energia nunca se perde, mas se transforma. A força que está em ação por trás dos

    aspectos materiais do corpo, com suas funções e habilidades, é constituída de um complexo sistema

    de energia, sem o qual o corpo físico não poderia existir.

    Esse sistema compõe-se de três elementos básicos:

    1)  Os corpos etéricos ou energéticos: o que constitui a aura humana

    2)  Os chacras, ou centros de energia: guiados por Kundalini e Bindu  

    3)  Os nádis, ou canais de energia: transmite energia psíquico-físico dentro e fora do corpo

    através dos chacras via sistema nervoso.

    O corpo etérico tem aproximadamente a mesma dimensão e configuração que o corpo físico. Daí a

    denominação “duplo etérico” ou “corpo físico interior”. Ele é o portador das forças

    do corpo físico, bem como da força vital e criadora, e de todas as sensações físicas.

    O corpo etérico é formado de novo a cada reencarnação do ser humano e se dissolve três a cinco dias

    depois da morte.

    O corpo físico pode pesar muitos e muitos quilos, mas o duplo etérico pesa em geral 21 gramas –

    todas as pessoas “perdem” 21 gramas imedia e após o decesso.

    A Kundalini carrega os corpos astral, mental e causal que continuam existindo depois da morte e se

     

             

     

    matéria física dos tecidos do corpo, que

     

             

     

    Discussão

     

    Kundalini adormecida – uma nova orientação é necessária à ciência.

    O despertar acontece muito naturalmente, quando o aluno faz contato com os seus próprios chacras,

    naturalmente devendo ser bem orientado e  assimilado com muita seriedade, sob a orientação prévia

    de um mestre.

    Quando o aluno assimila e assume os seus próprios chacras sob orientação do Yin e do Yang dentro

    dos chacras, a Kundalini é acionada para dinamizar os chacras assim ligando o Yin e Yang, ou seja, o

    crânio e o sacro dinamizando o corpo, a mente e o espírito. Isso se aprende com as práticas do Tao-

    Yin. O aluno adquire uma consciência integral, antes nunca vivenciando.

    Percebe-se  que o tema em questão são os fragmentos dos 3 corpos. Juntar esses fragmentos

    (“quebra-cabeça”) significa assimilar o eu integralmente. Dessa maneira, se fortalece

    das práticas meditativas: a filosofia e metafísica em questão. Não existe maneira de aprender

    didaticamente. Esse ensinamento se assimila no sistema param param, como já foi dito

    anteriormente. Se aprende e assimila entre diálogos, repetidas vezes entre o mestre e o discípulo,

    passo a passo intuitivamente, analogicamente e teologicamente, pois envolve alguns segredos. O

    aluno vai perceber quando assimila o Tao. Leva algum tempo mas se tiver paciência, muita paciência,

    vale muito a pena, certeza.

     

     

    Conclusão

     

    Chegar no estágio de desenvolvimento pessoal em que me encontro foi graças à compreensão e

    apoio constante do Sr. Henrique Vieira Filho, que é uma pessoa de visão mais ampla e é isso que me

    dá coragem, pois preciso de muita coragem, a Kundalini é uma verdadeira prova de fogo. Ela recebeu

    vários nomes

     

             

     

    Bibliografia    

     

    Chakras que Falam! 
    Sonia Szeligowsk Ramos - Ed. Arcobaleno
    Chakras – Mandalas de Vitalidade e Poder
    Shalila Sharamon. Bodo J. Bainski - Ed. Pensamento
    Teoria dos Chacras – Ponte para a Consciência Superior
    Hiroshi Motoyama - Ed. Pensamentos


    O Duplo Etérico
    Major Arthur E. Powell - Ed. Pensamento


    Tao Yin
    Mantak Chia - Ed. Cultrix


    Cura Cósmica – Chi Kung Cósmico
    Mantak Chia - Ed. Cultrix


    Reflexologia Sexual
    Mantakchia - Ed. Cultrix


    Chakras – Centros de Energia de Transformação
    Harish Johari - Ed. Pensamentos
    Dicionário ilustrado da Língua Portuguesa
    Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas
    Planeta Extra – Hathayoga
    Eduardo araia - 1ª edição: Dezembro/83; 2ª edição: Outubro/87
    Internet
    XIII

    Autor: : Mitiyo Oshiro Takemoto - Terapeuta Holística - CRT. 38660
    Última atualização: 13/06/2013 13:11


    PRANAYAMA – O SOPRO DA VIDA

    PRANAYAMA – O SOPRO DA VIDA

     

    CELI COUTINHO

    Terapeuta Holística

    CRT 21270

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2013

     

    Índice

     

    Apresentação

    O que é Prana?

    PRANÁYÁMA

    Técnicas de respiração

    Metodologia.

    Conclusão

    Bibliografia

     

     

    Apresentação

            Conhecer sobre as Nadis  e os pránáyamas  de acordo com a filosofia Hindu em sua total natureza é composta de duas substâncias principais. O Akasha - éter e o Prana - energia. Duas forças que corresponde a evolução onipresente permeando o universo inteiro, na verdade todo o tipo de existência que pode ser considerado sob a palavra "criado", são produtos do Akasha. Energia sutil e invisível que no final de cada ciclo volta a ponto de partida. Assim como toda força da natureza, que é conhecido pelo o homem: gravitação, luz, calor, eletricidade, magnetismo, pode ser agrupadas sob o nome genérico de "energia" à criação física é a manifestações do Prana cósmico.

     

    O que é Prana?

            A respiração é “Brahma”. Prana é o resultado de toda energia que se manifesta no universo. É a soma total de todas as forças da natureza. "Atman". Todas as forças físicas, todas as forças mentais estão sob o julgo do 'Prana'. É a força em todos os planos da existência, do mais alto ao mais baixo. O que quer que se mova ou funciona ou tem vida, é apenas a expressão ou manifestação de Prana. Akasha é a expressão do Prana. O Prana está relacionado à mente e pela mente a vontade, e através da vontade para a alma individual, e através desta ao Ser Supremo. Ao aprender como controlar as pequenas ondas de Prana através da mente, então o segredo do Prana será conhecido.

            O trabalho do Prana é visto nas ações sistólica e diastólica do coração, quando ele bombeia o sangue para as artérias na ação de inspiração e expiração, durante o percurso da respiração; na digestão de alimentos; na excreção de urina, matéria fecal e na produção de sêmen, quilo, quimo, suco gástrico, bile, suco intestinal, saliva; no fechamento e abertura das pálpebras, no caminhar, brincar, correr, falar, pensar, sentir, raciocínio, etc. Prana esta lá. È a ligação entre o corpo astral e físico. O Prana é um fio delgado ligando o corpo astral ao corpo físico. Quando a morte ocorre, o Prana que está trabalhando no corpo físico é retirado para o corpo astral.

            Este Prana permanece em estado sutil, imóvel, não manifestado Estado, indiferenciado durante o Pralaya (período) cósmico. Quando a vibração está configurada o Prana se move e age sobre o Akasha.

            Ao controlar o ato de respirar, poderão controlar de forma eficiente todos os movimentos do corpo e as diferentes correntes nervosas que estão sendo executado através do corpo. Poderá facilmente e rapidamente controlar e desenvolver a mente, corpo e alma através da respiração. É através do Pranáyáma que você pode controlar estas circunstâncias e conscientemente harmonizar a vida pessoal com a vida cósmica.

            A respiração dirigida pelo pensamento sob o controle da vontade, é regeneradora e pode utilizar conscientemente para o autodesenvolvimento.

            A sede do Prana é o coração. Embora o Antahkarana assume quatro funções na mente:

    Manas = mente.

            Manas é a mente inferior, através do qual a mente interage com o mundo externo e leva em impressões sensoriais.

            Manas é como o supervisor dos sentidos e direciona os 10 sentidos ou Indriyas :

     Karmendriyas: As cinco portas de saída ou os cinco meios de expressão. (Karma significa ação. Indriyas são os sentidos).

    Jnanendriyas: As cinco portas de entrada são os cinco sentidos cognitivos, que são chamados jnanendriyas. (Jnana significa saber. Indriyas são os sentidos.).

            Manas leva as direções dos desejos, das atrações e aversões armazenadas na memória de Chitta. 

            Ser consciente de ações e fala: Uma boa maneira de cultivar o testemunho de Manas é estar atento a ações e palavras, bem como os seus sentidos de cheirar, saborear, ver, tocar e ouvir. Ao observar isto você perceberá como Manas é a persona por trás dessas ações e sentidos. Assim, Manas é como o supervisor dos funcionários em uma fábrica. Manas não é o patrão, mas o supervisor, que está dando as ordens diretas para os sentidos ativo e cognitivo.

    Chitta = armazenamento de impressões

            Chitta é o banco de memória, que armazena impressões e experiências, e o quanto pode ser muito útil, Chitta também pode causar problemas se o seu funcionamento não é coordenado adequadamente pela as funções da mente.

    Coordenação Chitta: Se Chitta não é coordenado com as outras funções da mente as impressões guardadas no lago da mente começam a mexer e surgir. É como se essas impressões latentes voltasse à vida e todas competissem pela atenção de Manas para realizar seus desejos no mundo externo. Na ausência de um Buddhi claro, as vozes concorrentes de Chitta muitas vezes conduzem Manas para tomar ações no mundo que não são realmente tão úteis.

    Ahamkara = O Ego

            Ahamkara é o sentido de "Eu-Sou", o Ego individual que se sente como uma entidade distinta, separada. Ele fornece identidade ao nosso funcionamento, mas também cria Ahamkara nossos sentimentos de separação: da dor e de alienação também.

            Ahamkara assume parceiro: Esta onda do "eu-sou" chamado Ahamkara se alinha em formas de parcerias com os dados das imagens em Chitta e, por sua vez, com Manas, que em seguida, responde aos desejos sendo permeadas por sua "individualidade". Enquanto isso, Buddhi é a tarefa mais importante no caminho da meditação e da auto-realização.

    Buddhi = sabe, decide, julga e discrimina.

    Buddhi é a mente superior: Buddhi é o aspecto mais elevado da mente, a porta para a sabedoria interior. A palavra Buddhi em si vem do budh raiz, que significa aquele que despertou. Buddhi tem a capacidade de decidir, julgar e fazer distinções cognitivas e diferenciações. Pode determinar o caminho mais sábio de dois pólos de ação, se funcionar bem Manas vai aceitar sua orientação.

            Buddhi deve ser o tomador de decisão: Na construção da vida, queremos Buddhi para a fazer as escolhas perfeitas. Caso contrário, Manas recebe as instruções dos padrões de hábitos armazenados em Chitta, que são coloridas por Ahamkara, o Ego. Muitas vezes, Buddhi é nublada por toda a coloração e impressões no Chitta. Assim, uma das principais tarefas sadhana-práticas espirituais, é utilizada para limpar Buddhi. Então poderá sempre melhorar as escolhas que produzirão os frutos nessas práticas espirituais.

            Como já vimos em estudo anterior o Prana ele assume cinco formas:

            Prana, Apana, Samana, Udana e Vyana com diferentes funções executado por ele. Isto é denominado como Vritti Bheda. O Prana principal é chamado Mukhya Prana. O Prana se ao Ahamkara e, portanto, vive no coração. Destes cinco Prana já sabemos que o Apana são um dos principais agentes.

            E relembrando que a sede do Prana é o coração; do Apana, o ânus; de Samana, a região do naval, de Udana, a garganta, enquanto Vyana é tudo permeia. Ela se move por todo o corpo.

    Sub-Pranas e Suas Funções

    Naga: faz eructação e soluço.

    Kurma: executa a função de abrir os olhos.

    Krikara: induz a fome e a sede.

    Devadatta:o bocejar.

    Dhananjaya: provoca decomposição do corpo após a morte.

     

     

    PRANÁYÁMA

     

            Pranáyáma é a ciência do controle da respiração. Ele consiste de uma série de exercícios especialmente destinados a satisfazer as necessidades do corpo e mantê-lo em equilíbrio. Pranayama vem das seguintes palavras:

    Prana - "força da vida" ou "energia da vida”

    Yáma - "disciplina" ou "controle”

    áyama - "expansão", "contenção", ou "extensão”.

            Assim, Pranáyáma significa "técnicas de respiração" ou "controle da respiração".

            Através da prática de Pranáyáma, o equilíbrio de oxigênio e dióxido de carbono é atingido. Absorvendo prana através do controle da respiração ligando o nosso corpo, mente e espírito.

            Mas a vida é cheia de stress. Por causa do trabalho diário, família, ou pressões financeiras, ela tende a ser rápida e superficial. O uso de apenas uma fração de seus pulmões resulta da falta de oxigênio e pode levar à complicações e grandes desequilíbrios da saúde. Ao praticar a respiração profunda e sistemática, através de Pranáyáma o corpo passa a ser reenergizado e organizado em seu equilíbrio.

     

    Benefícios de Pranayama

            Pranáyáma desenvolve a concentração e foco. Ele elimina o stress e relaxa o corpo. Resultando serenidade e paz de espírito.

            Pranáyáma oferece autocontrole. Através da concentração, pode-se lidar melhor com temperamento e reações. A mente pode funcionar de forma clara, evitando argumentos e decisões erradas. Além disso, o autocontrole também envolve o controle sobre o corpo físico.

            Pranáyáma leva a jornada espiritual através de um corpo relaxado e mente desperta.

            Praticar exercícios de respiração ou Pranáyáma deve ser seguro, preferencialmente supervisionados por um instrutor.

             

     

    Tipo normal de respiração.

     

    1. Alta respiração: É a respiração que esta localizada, principalmente na parte superior do peito e dos pulmões. Isto é denominado de "respiração clavicular" ou "respiração Alta" e envolve aumentar a clavícula, costelas e ombros quando inflado. Pessoas com asma, o estômago cheio ou que sentem falta de ar tendem a recorrer à respiração alta. Respiração alta é naturalmente superficial, fazendo com que somente uma pequena parte de ar atinja os alvéolos.

            Esta é a forma menos desejável de respiração. Além disso, a caixa torácica superior é relativamente rígida. Uma grande quantidade de energia muscular é gasto para manter pressionado contra o diafragma e assim manter as costelas e ombros levantados anormalmente. Esta forma de respiração é bastante comum, especialmente entre as mulheres. É uma causa comum de problemas digestivos, de estômago, prisão de ventre e ginecológico.

     

    2. Baixa respiração: É a que se localiza principalmente na parte inferior do peito e dos pulmões. É muito mais eficaz do que a respiração alta ou média. Consiste principalmente em mover o abdômen dentro e fora e na mudança da posição do diafragma por tais movimentos. Devido a isto, é por vezes chamado de "respiração abdominal" e "respiração diafragmática". Pessoas sedentárias que habitualmente se inclinam para frente enquanto ler ou escreve tendem a cair no uso da respiração baixa. Sempre que afrouxa seu ombro e músculos do peito, ele normalmente adota a respiração baixa. Muitas vezes usamos a respiração baixo quando se dorme. Mas sempre que se tornar fisicamente ativo, como no andar, correr ou levantar, é provável encontrar a respiração abdominal insuficiente para as nossas necessidades.

            Para usar a respiração baixa você inala você empurrando gentilmente o estômago para frente sem esforço. Quando expirar lhe permita que o estômago volte para sua posição normal.

            Este tipo de respiração é muito superior a respiração alta ou média por quatro razões:

    a) - Mais ar é tomado em quando inala, devido ao maior movimento dos pulmões e do fato de que os lobos inferiores dos pulmões têm uma capacidade maior do que os lobos superiores.

    b) - O diafragma funciona como um segundo coração e com os movimentos de expandir a base dos pulmões lhe permite sugar mais sangue venoso. O aumento da circulação venosa, melhora a circulação geral.

    c) - Os órgãos abdominais são massageados pelos movimentos para cima e para baixo do diafragma.

    d) - Respiração baixa tem um efeito benéfico sobre o plexo solar, um centro nervoso muito importante.

     

    3. respiração Mediana: É um pouco mais difícil de descrever, visto que os limites de variabilidade são mais indefinidos. No entanto, a respiração ocorre principalmente nas partes centrais dos pulmões mantendo-os cheios de ar. Ele apresenta algumas das características dos estágios de respiração anterior, uma vez que o aumento do peito e costelas expande um pouco, e a respiração baixa, uma vez que o diafragma se move para cima e para baixo e o abdômen dentro e para fora um pouco. Por isso é denominada de torácica ou intercostal. Mas ainda é considerado um tipo de respiração superficial. Com esta forma de respirar, as costelas e peito são expandidos para os lados.

            Isso é melhor do que a respiração alta, mas muito inferior à respiração baixa e a técnica de respiração completa.

     

    4. A respiração completa: Tal como definido pela ioga, envolve todo o sistema respiratório e inclui não só as partes dos pulmões utilizados na respiração alta, baixa e média, mas expandem-se aos pulmões inteiro, de modo a tomar mais ar. A respiração completa não é apenas uma respiração profunda. Não é só um levantar os ombros clavícula e costelas, como na respiração alta, e também estender seu abdômen e diminuir o seu diafragma, como na respiração baixa, mas ele faz as duas coisas, tanto quanto é necessário para expandir os pulmões para a sua plena capacidade.

            A respiração de completa é a técnica básica de todos os diferentes tipos de respiração, portanto, deve ser dominado antes de praticar qualquer exercício respiratórios específicos.

            Tenha em mente que este tipo de respiração é feito somente quando você faz os exercícios de pranáyáma.

     

    Etapas da de uma Respiração Completa

            Basicamente, a respiração tem quatro estágios:

            Inalação, ou a tomada de ar na pausa antes de expirar. Expirando, ou o expurgar para fora o ar uma pausa antes de inalar novamente.

    Estes quatro estágios compreendem a um ciclo de respiração completa.

            Cada ciclo de respiração que é geralmente considerada como meramente uma única inalação seguida por uma única expiração pode ser analisadas em quatro fases ou etapas, cada uma com a sua natureza distinta e nome sânscrito tradicional.         As transições da inalação de expiração e de exalar a inalação envolvem inversões na direção dos movimentos dos músculos e dos movimentos expansivos ou contração dos pulmões, tórax e abdômen. O tempo necessário para esta inversão pode ser pequeno, No entanto, eles podem ser longos, como se pode perceber se for intencionalmente pare de respirar quando terminar de inspirar ou expiração. Os efeitos destas pausas, especialmente quando eles se tornam alongados deliberadamente e em seguida, espontaneamente, parece notável.  

            Vamos olhar para algumas técnicas de respiração tradicionais. O objetivo não é sugerir técnicas rígidas que precisavam ser seguido cegamente. Os métodos são sujeitos a algumas variações. Isto vai ajuda você a estabelecer e praticar ritmos saudáveis. Você também pode obter insight adicional sobre a natureza dos processos de respiração, e como atingir relaxamento adicional através deles.

     

    Formas que procede ao ato de respirar

     

    Puraka (inalação). O Ato de inalar denomina-se Puraka.

    Inalar primeiro e depois empurrar o estômago para frente. Segundo, empurrar as costelas para os lados enquanto ainda respirar dentro do estômago. Em terceiro lugar, levantar o peito e clavícula enquanto ainda inala o ar para dentro.

            Mesmo descrito como três processos separados, isto deve ser feito de um ritmo suave e contínuo com cada parte seguindo suavemente sobre a partir da parte anterior sem nenhum movimento brusco.

     

    Abhyantara Kumbhaka (Pausa depois de inalar) Pausa total: Kumbhaka consiste na interrupção deliberada do fluxo de ar e a retenção do mesmo nos pulmões, sem qualquer movimento dos pulmões ou nos músculos ou em qualquer parte do corpo, e sem quaisquer movimentos incipientes.

     

    Os benefícios de Kevala Kumbhaka.

            Kevala Kumbhaka envolve não só a cessação completa de movimento do ar e dos músculos, mas também a consciência de todos esses movimentos e tendências.         

    Rechaka (exalação)

            A terceira fase da exalação é denominada de Rechaka. Como na inalação a exalação deverá também ser suave e contínua, embora muitas vezes a velocidade de exalação é diferente da de inalação. Normalmente é utilizado um esforço muscular tanto para a inalação como na exalação.

     

     

    Kumbhaka Bahya: Pausa depois de expirar.

            A quarta etapa da respiração é a pausa depois de expirar, também é chamado de kumbhaka, especialmente quando a paralisação é deliberada ou prolongada. Esta pausa Kumbhaka Bahya completa o ciclo que termina com a pausa de uma inalação e novo ciclo começa para inalação, que é o início de um novo ciclo. Pausas respiratórias têm grande importância na prática do Pranáyáma – exercícios respiratórios.

     

    BANDHAS - Fecho

    Bandhas - As quatro fases da respiração ganham o nome de exercícios respiratórios – pranáyáma, quando além da respiração completa se utiliza se de vários fechos denominado de Bandhas.

    Bandhas é uma palavra sânscrita que significa "fecho". Cada um dos Bandha é empregado para prolongar pausas respiratórias o qual liga o ar nos pulmões ou bloqueia os canais de ar para escapar ou entrar.

            As partes do corpo que estão envolvidos nos Bandhas são: lábios e palato, glote e queixo e o diafragma.

            Os dois primeiros são mais importantes no prolongamento para as pausas com os pulmões cheios e enquanto os dois últimos são basicamente mais importantes para o pulmão Vazio seguida de pausa.

     

    Técnicas de respiração

            Muitos dos antigos Tantras afirmam que o corpo é um Yantra e que a respiração é seu mantra. De forma a facilitar o entendimento deste conceito, a respiração "Bhramari" é um excelente ponto de partida. É simples, ajuda na concentração e provê um sentimento de unidade entre o corpo e a respiração, uma consciência antes de simplesmente uma função do sistema nervoso autônomo.

     

    Pranayama - Técnicas de Respiração.

            Antes de praticar os exercícios, você deve ter certeza que você sabe como respirar corretamente e como fazer pleno uso do diafragma. A fim de facilitar o fluxo de Prana e garantir que os exercícios de respiração serão realizados.

     

    Respiração Completa: A maioria das pessoas respira rasamente, e mesmo aqueles que trazem a respiração conscientemente pelo abdômen podem estar deixando algum detalhe de fora.

            Inicialmente exale todo o ar, usando o abdômen para auxiliá-lo. Inale profundamente, puxando o ar pela expansão do abdômen. Continue inalando até preencher de ar todo o pulmão superior e a região da garganta. Mantenha o rosto relaxado. Retenha por alguns segundos, ainda com o rosto relaxado. Exale lentamente, primeiro o ar da parte inferior, depois superior dos pulmões e finalmente o ar que estiver na região da garganta. Contraia o abdômen até forçar todo o ar para fora. Trabalhe para aumentar o tempo de cada fase de inspiração - retenção - expiração, sempre que o tempo do ciclo em exercício seja alcançado de forma natural e não forçada.

            Não conte o tempo com um relógio, permita que seu corpo seja o relógio! A proporção da inspiração - retenção - expiração na respiração completa deve ser de 1:1:1.

     

    Purificação de Nadis.

            Pranayama é dito ser a união de Prana e Apana. A fim de limpar as impurezas do Sushumna, sente-se em Padmasana e inale o ar pela narina esquerda, deve retê-lo o quanto puder e deve exalar pela direita. Em seguida, puxando-o novamente através da narina direita e de ter retido deve exalá-lo pela esquerda e assim sucessivamente. Desta forma os Nadis purificam-se dentro de três meses. A prática deve ocorrer ao nascer do sol, ao meio-dia, ao pôr do sol e, da meia-noite, lentamente, 80 vezes por dia, durante 4 semanas. Na fase inicial pode ocorrer a transpiração, no meio do processo um pouco de tremor do corpo. Estes resultados decorrem da pressão ao executar o ato do exercício de respiração.

            Pela prática do Pranayama, a purificação das Nadis, o aumento do brilho do plexo solar, ou seja, do fogo poder, o aumento da audição dos sons distintamente espirituais e resulta em boa saúde. Quando os centros nervosos tornarem purificado mediante a prática regular da Pranayama, o ar facilmente força seu caminho para cima através da boca pelo o Sushumna distribuindo nas demais nadis, que está no meio. O Prana que alterna ordinariamente entre Ida e Pingala é contido por Kumbhaka longa. Os yogues buscam por está prática, pois ela pode ocasionar o estado chamado de Samadhi.

            Provoca jovialidade através da prática do Pranayama e doenças são perfeitamente evitadas.

            Quando o Nadis se tornaram purificados, certos sinais exteriores aparecem no corpo do Yogue. Eles são leveza do corpo, brilho na pele, aumento do fogo gástrico, magreza do corpo, e, juntamente com estes, na ausência de agitação no corpo. Eles são sinais de purificação.

     

     

     


            Nádí shodhana significa purificação das nádís, os canais da energia. Este respiratório é importantíssimo no Yoga, pois promove o bhúta shuddhi, a limpeza dos elementos do corpo sutil, requisito preliminar e indispensável para as práticas mais avançadas. Para fazê-lo corretamente, siga atentamente estas instruções. O nádí shodhana é silencioso e agradável. Se em algum momento você sentir que está perdendo o fôlego, ou que está ficando ofegante, reduza proporcionalmente a duração de cada fase até achar o tempo ideal para a sua capacidade pulmonar individual. Um detalhe: este respiratório precisa fazer-se sem forçar absolutamente nada, sem fazerem ruídos, sem ressoar, sem perder o fôlego, sem cansar-se, sem mudar de posição, sem mover-se, sem coçar, sem oscilar, firme como uma rocha. Deve praticar-se apenas pela manhã, antes das nove horas; preferentemente, entre as quatro e os seis.

            Quanto pránáyáma fazer? Vinte ciclos é uma ótima forma de se começar. Um ciclo completo de respiração alternada significa que você inspira por uma narina, retém o ar, exala pela outra, e retém sem ar.

            Como levar a contagem sem perder-se nem se distrair do exercício? Para contar, você deve usar o japa málá de dez contas da sua própria mão. Use a esquerda, pois com a direita você irá obstruir as narinas. Comece na segunda falange do dedo anular (1), e vá a sentido anti-horário, pela terceira falange do mesmo dedo (2), depois descendo para a terceira (3), a segunda (4) e a primeira falange (5) do mínimo, depois para a primeira falange do anular (6), a primeira falange do dedo médio (7), a primeira (8), a segunda (9) e finalmente a terceira falange do indicador (10). Depois se faz o caminho inverso, começando a segunda contagem no mesmo ponto em que a primeira terminou (de 11 a 20). Os números ímpares correspondem à inspiração pela narina esquerda (idá nádí); os pares, à narina direita (pingalá nádí).

            Devem usar-se as contrações (bandhas), durante o kúmbhaka: jalándhara e moola, garganta e esfíncteres. Para iniciantes, deve-se substituir o jalándhara pelo khecharí mudrá, contração da língua. Durante o a retenção vazia se faz o bandha traya, a contração tríplice.

            Para alternar a respiração, se usa o vishnu mudrá, com a mão direita frente ao nariz, e os dedos indicador e médio recolhidos na palma. A mão se movimenta o mínimo possível: apenas as pontas dos dedos obstruem alternadamente a depressão acima das narinas, sem forçar nada. O braço fica colado na caixa torácica, para não se cansar. Lembre que os yogues são mestres em economia. Tudo e qualquer movimento devem fazer-se pela lei do mínimo esforço.



    Nádí shodhana pránáyáma

            Inicie sentando numa posição firme e agradável, com as costas bem eretas. A mão esquerda fica em jñána mudrá sobre o joelho, com o polegar a o indicador se tocando, e a direita em vishnu mudrá. Usaremos apenas o polegar e o anular: o polegar para fechar a narina direita, o anular para fechar a narina esquerda. Não coloque demasiada pressão. Obstrua, não o orifício da narina, mas a depressão logo acima dela. Para iniciar, feche a narina direita com o polegar e respire profunda e ritmicamente, apenas pela esquerda. Inspire e expire pela narina esquerda. Não force nem segure a respiração.

            Esvazie por completo os pulmões. Ao inspirar, encha primeiramente o abdômen, depois a região intercostal e o peito. Concentre-se no processo da respiração. A inalação e a exalação devem ser iguais. Conte mentalmente usando o mantra Om. O mesmo número de repetições para inspirar e expirar. Se você inspira durante três repetições do mantra Om, expire também por três repetições do Om. Se você inala em cinco Om, exale no mesmo número. Consciência total no processo respiratório. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax.

            Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda. Você fará esta respiração por uns dez ciclos. Não precisa contar. Simplesmente respire. Isto é chandra nádí pránáyáma. Refresca o corpo, é sedativo e é bom para controlar o sistema nervoso. Respiração rítmica e profunda, apenas pela narina esquerda (2 minutos em silêncio). Seus olhos devem estar fechados. Consciência total no processo respiratório (1/2 minuto em silêncio).
            Agora, faça uma retenção vazia, exale e fique sem ar pelo tempo que lhe for confortável, sem forçar. Se não for possível reter por mais tempo, inspire lenta e profundamente e faça uma retenção interna, com os pulmões cheios, pelo tempo que lhe for confortável, sem forçar. Feche a narina esquerda com o dedo anular e exale pela narina direita e passe a respirar de forma profunda e consciente, apenas pela narina direita. Inalação e exalação lenta e profunda, somente pela narina direita. Lembre que os tempos da inalação e da exalação devem ser iguais. Conte mentalmente o mantra Om para pautar o ritmo. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax.

            Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda. Isto é súrya nádí pránáyáma. É muito bom para estimular a visão e a digestão e revigorar o sistema nervoso. Dá poder físico e produz intenso calor. Você fará também esta respiração por uns dez ciclos. Novamente, não precisa contar. Simplesmente respire. Respiração rítmica e profunda, apenas pela narina direita (2 minutos em silêncio).

            Agora exale e faça uma retenção vazia, pelo tempo que lhe for possível, sem forçar. Quando não for mais possível reter, inspire lentamente ainda pela narina direita e retenha o ar com os pulmões cheios, pelo máximo de tempo que puder, porém, sem forçar.

            Depois, feche a narina direita com o polegar, exale pela esquerda e inspire em seguida por ela. Troque de narina, exale pela direita e inspire por ela. Exale pela esquerda e inspire por ela. Exale pela direita, inspire pela direita. Isto é nádí shodhána pránáyáma, as respirações alternadas, que purifica os canais do corpo energético.
            Você inspira pela mesma narina pela que exalou. Somente depois, troca de narina, com os pulmões cheios. Respiração rítmica e profunda alternando as narinas. Lembre que os tempos de inspiração e exalação devem ser iguais. Faça mentalmente o mantra Om para contar os tempos de inalação e exalação. Se você inspira durante três repetições do mantra Om, expire também por três repetições do Om. Se você inala durante cinco Om, exale no mesmo número. Consciência total no processo respiratório (1/2 minuto em silêncio).

            Este exercício revigora o sistema nervoso e o intelecto, purifica o corpo sutil e dá muita energia. O processo completo de purificação do shúkshma sharíra e o sistema das nádís leva cerca de quatro meses, e deve incluir ainda cuidados com alimentação, hábitos e emoções. Esta é uma prática essencial. Sem ela, é impossível atingir estados de meditação profunda. Respiração rítmica e profunda alternando as narinas. Esta respiração deve fazer-se igualmente por dez ciclos. Novamente, não precisa contar. Simplesmente respire (2 minutos em silêncio).

            A próxima vez que você expirar pela narina esquerda faça uma retenção sem ar nos pulmões, pelo tempo que lhe for confortável. Quando não for mais possível segurar sem ar confortavelmente, inspire lentamente e retenha agora com os pulmões cheios. Depois, exale pela direita e faça mais uma retenção vazia.
            Se não for mais possível segurar sem ar confortavelmente, inspire muito lentamente e retenha agora com os pulmões cheios. Exale por ambas narinas e faça respiração rítmica e profunda. Respire de forma completa: inspire enchendo o abdômen, a região intercostal e o tórax. Exale de forma inversa: esvazie primeiramente o tórax, depois as costelas e finalmente o abdômen. Respiração profunda.
            Os tempos de inspiração e expiração devem ser iguais, pautados pelo mantra Om, feito mentalmente. A atenção concentrada no processo da respiração. Respiração profunda e consciente por ambas narinas. Isto melhora a digestão, purifica o sangue e irriga com maior intensidade o cérebro. Aproximadamente 30% do oxigênio é consumido pelo cérebro. Ao assimilar mais oxigênio, você estará alimentando melhor o seu cérebro (1/2 minuto em silêncio).

            Você poderá aplicar este exercício de respiração consciente a qualquer altura do dia ou quando você estiver cansado, menos imediatamente após as refeições. Não se preocupe em contar. Apenas respire. Agora expire e retenha pelo tempo que puder com conforto. Quando não conseguir mais reter, inspire lentamente e retenha mais uma vez. Aqui se encerra o nádí shodhána.        

            

     

    Metodologia.

            O pranayama é uma técnica que facilmente pode ser inserida no consultório aos seus clientes antes e após a aplicação de um método terapêutico.

            Na chegada do seu cliente, irá favorecer a preparação do seu cliente para que fique receptivo.

            No término da aplicação terapêutico, poderá lançar mão dos pranáyámas para que seja selado o que foi executado. Ou até mesmo para trazer o seu cliente para a consciência, caso a metodologia tenha levado-o à processo de cartase.

            O pranáyáma para beneficio ao terapeuta é perfeito permitindo a limpeza entre um atendimento e outro restabelecendo a própria energia e dissipando provável energia estagnada do cliente que tenha saído. Vital para o nosso pronto restabelecimento

     

    Conclusão

            O Pranáyáma é conhecido com técnica principal do yoga, conhecido por todos como método de relaxamento e proporcionando um caminho para a meditação.

            O pranáyáma é um legado que podemos lançar mão em qualquer momento de nossas vidas restabelecendo o equilíbrio.

            Depois de uma base sólida construída através de prática e conhecimento é hora de começar o processo de ir para práticas avançadas. Algum dos métodos é árduo, e outros mais suaves.

            Deve utilizar-se de sabedoria. É importante saber o seu nível de capacitação na execução do pranáyáma.

            Ironicamente, para aqueles que estão dispostos a trabalhar com a mente diretamente, as práticas mais simples de consciência e desaceleração suave da respiração pode ser a mais profunda e avançada.

     

    Bibliografia

     

    1 - Pranáyáma, a Dinâmica da Respiração, André Van Lysebeth,

    2 - A Ciência do Pránáyáma, Suami Shivánanda, Editora Pensamento
    3 - O Yoga, Tara Michael, Ed. Presença

     

    Autor: : CELI COUTINHO - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:19


    A Ferida e o Grande "Curador"

    O PLANETA KIRON

     

    A ferida e o grande curador

     

    Celi Coutinho - Terapeuta Holística -  CRT 21270

    Terapeuta Holística


    O caminho do equilíbrio e para reconciliação pessoal.

     

     

     

    SINTE – SINDICATO DOS TERAPEUTAS - Holística 2013

    Índice

    Apresentação

    O que é Quíron

    Quíron e os Signos

    Aspectos

    Sistemas de Casas astrológicas

    Metodologia

    Conclusão

    Bibliografia

     

     

     

     

     

    APRESENTAÇÃO

            Meus queridos colegas de profissão.

            A idéia que me ocorreu de dissertar sobre este tema é trazer a tona, a consciência que nós escolhemos a profissão de terapeuta, devido a energia de doador e de curador serem mais latente que das demais pessoas em nossa volta, mas em contrapartida a nossa ferida também é mais presente.

            A grande maioria procura ser um terapeuta na intenção de resolver um problema de insatisfação pessoal, seja financeiro ou descontentamento com a profissão. E alguns porque entendem e sonham em mudar a humanidade. Poucos pensaram nisto logo de pequeno, na geração das décadas anterior há 90.

            Quando crescer vou ser um “Terapeuta holístico”. Hoje já até é uma realidade presente. Nossos filhos nos vêem e já pensam em ser como nós.

            Mas o primeiro passo da nossa geração na maioria acontece, assistindo palestra em eventos místicos. Os temas tendem quase sempre abrir o leque, despertando curiosidade e, portanto buscamos aprofundar num ou mais temas e daí tornamo-nos terapeutas holístico, numa determinada modalidade, ou seja, psicoterapeuta holístico, terapeuta corporal e ou de sincronicidade. Claro tem vários caminhos que nos trazem para a profissão, citei as mais comuns.

            O importante aqui é compreender que cada um lança mão de sua parte centáurica em algum momento da vida e assim partindo para o legado do curador.

            Também é uma verdade que a grande maioria de nós encontramos grandes obstáculos são os ciclos de entendimentos e renovações, quase sempre neste período entrando em choque de crenças e paradigmas. Muitos dos que tentam adentrar na profissão desistente neste momento. Ou ficam por tempos longos sem a realização plena e às vezes quase sucumbem, mas quando tomam consciência de suas dores renascem e recriam força e levantam.

            Há uma explicação para isto é a energia vibratória de Quíron aspectado no mapa pessoal que em seu trânsito, se ocorre com saturno ou plutão nos chamam para a realidade de consciência e relembrar nossas feridas.

            Quíron no gráfico do mapa de nascimento aponta para uma área onde a alma está profundamente ferida no passado. Alguns acreditam que a ferida de Quíron é de natureza cármica, e que a infância de vida atual é o condicionamento do início dos obstáculos que ressoam com padrões por já estarem profundamente enraizados. A Posição Quíron é um ponto muito sensível no mapa de nascimento. Ele magnetiza para si experiências que reforçam a experiência primal de dor e rejeição, como criança, e continuando como adulto, recebemos mensagens dos pais, irmãos, amantes, amigos e outras pessoas em nosso meio, que reforçam o ferimento inicial. Nós internalizar nessas mensagens, trará a compreensão do padrão que se tornou profundo e do sofrimento maior. Por fim, buscar a “cura” e o alívio do sofrimento.

            A posição de Quíron nas casas astrológica, e aspecto irão revelar algo sobre a natureza desta ferida para a alma e aponta para formas de equilibrá-las.

            Creio que todos estamos conscientes, da transição energética planetária que nos impulsiona a mudar pelo amor. Mas a moeda reversa do amor é a dor.

            Portanto todos esotéricos e holísticos são alvos positivos neste momento.

    Temos que curar de fato nossas feridas para que possamos auxiliar na ferida do outro, já era fato. Agora é a verdade. Por que afirmo isto?

    Porque certamente devem observar seus clientes se não estão semelhando com suas próprias dificuldades, isto pode representar um aprendizado, mas também o padrão vibratório que está lançado.

            É um momento de expandir a consciência e elevar a atenção para si.

            Todo terapeuta são pilastras de sustentação planetária, portanto estamos em momento de grande teste.

            Por isso resolvi trazer este tema à tona. Reconhecer nossas feridas e transformar o acesso de nossa energia centáurica e cumprir nossa missão.

     

    O que é Quíron

            Além dos dez planetas "clássicos" cuja importância é reconhecida por todos os astrólogos e tem sido largamente reconhecido. Ele retrata a marca especial de heroísmo e de ajuda.

            Quíron (rei dos centauros) situado entre as órbitas de Saturno e Urano, só foi avistado em 1.977.

            Trata-se de um planetóide que leva entre 50 e 51 anos para fazer sua órbita ao redor do sol. Sua órbita elíptica faz com que ele tenha uma duração variável de tempo em cada signo. Quíron permanece em Libra não mais que 18 meses, enquanto em Áries permanece por 8 anos. Alguns astrólogos consideram Quíron o regente de Virgem, enquanto outros optam por Sagitário.

            As interpretações preliminares de Quíron não progrediram muito. Sua exploração astrológica está apenas começando. Assim como todos os planetas descobertos na era moderna, o humor e a situação geral de toda a raça humana no momento da descoberta, são levados em consideração para denominá-los uma vez que os astrônomos sabem que já eram apresentados como Corpos do Céu, ao mesmo tempo em que como Mitos / Heróis / Deuses. Quíron, cujo símbolo lembra uma chave tem sido alvo de muita curiosidade, tanto na Astrologia, como na Astronomia. Por isto e desde então, estão sendo realizadas exaustivas pesquisas em busca do significado astrológico e psicológico de Quíron e de suas possíveis influências, tanto em mapas astrais individuais como no âmbito coletivo.

            Para isso, recorreram ao simbolismo do mito, da mesma forma como aconteceu com relação a Urano, Netuno e Plutão, à medida que estes foram sendo detectados.

    Quíron representa “O Curador”

    “O Agressor”

    “O Ferido”

    A independência filosófica

    A compaixão diante do sofrimento

    O processo de aprendizagem para chegarmos a confiar no Mestre ou Guia Interno.

            O mito, a astronomia e os acontecimentos que rodeia a sua descoberta contribuiu com metáforas que nos permite compreender o arquétipo personalizado por Quíron. O fenômeno cultural mais ligado com a descoberta de Quíron é a "Nova Era”. Conta à história mitológica que Quíron foi ferido em uma briga com os centauros selvagens para interromperam o seu casamento. O casamento é uma metáfora para a união interior de sentir-se completo, onde as partes de nós mesmos se casam em harmonia. Nossa capacidade de obter tudo o que podemos Ser é interrompido constantemente por nossos próprios demônios, os centauros selvagens dentro de nós que causaram as cicatrizes da dor não resolvida.

            Quíron representa a necessidade de fundir os opostos dentro de si mesmo para se conseguir a plenitude. A ferida cultural é a divisão entre os instintos e intelecto, representado pelo o mítico centauro - metade homem e metade cavalo.

            Em um mapa de nascimento, o aspecto astrológico representado por Quíron é o ponto onde demarca a velha dor que ao ser transmutado o indivíduo toma para si o domínio de uma lição que vem em muitas vidas certamente para assimilar. A dor é o nosso professor, porque nela está a chave para a nossa cura. Cada um de nós tem um trabalho para curar nossas próprias feridas, para que possamos aprender uns com os outros.

            Quíron era um herbalista e um grande cirurgião, mas ele não podia curar a si mesmo.

            Na mitologia Quíron é um deus imortal que só foi liberado de sua ferida e da dor excruciante quando ele trocou de lugar com Prometeu, o Titã da terra. Em outras palavras, ele só encontrou libertação da sua dor em morte. Nesse meio tempo, Quíron se ocupou em ensinar jovens deuses. Passou a eles o seu conhecimento de cura, particularmente o uso de ervas medicinais, astrologia, de guerra, caça, música, ética e inúmeras outras competências.

            Através Quíron encontra-se o veículo para a expressão de um propósito maior, porque é aqui que procuramos ensinar e mostrar o caminho de autocura. Um professor ou curador é simplesmente alguém que busca compartilhar seu conhecimento, sabedoria, habilidades e amor com os outros.

             

    Quíron e os Signos

            As Constelações em suas designações negativas são as vicissitudes, as fraquezas, os erros, a “doença”, o “mal”, o ofensor, em si ou contra si.

             Em suas designações positivas são os princípios pelos quais se ocorrerá à cura a si e aos demais [Curador].

            

    Áries - é regido por Marte, ou seja, o uso da força para se atingir os objetivos e fazer com que os demais atinjam, sinceridade, generosidade, vontade, objetividade, incluindo o esforço para que os outros recebam desta força.

            

    Touro - é regido por Vênus, ou seja, o uso da atração para trazer até nós o que precisamos. A busca de solidez é tão grande que se apega às pessoas da mesma forma que aos bens. Deve escutar as necessidades vindas dele (a comida e o sono) e assim poderá por harmonia as reais necessidades com o Eu Superior.

            

    Gêmeos - é regido por Mercúrio, ou seja, o uso da capacidade da nossa mente de ajudar-nos a nos integrar e nos comunicar sobre a terra. Os nascidos com Quíron em Gêmeos, podem ter latente o potencial de uma contribuição singular aos demais, ao escrever sobre temas polêmicos, onde pontos de vistas opostos acabem transformando-se em conhecimento importante.

            

    Câncer - é regido pela Lua, ou seja, o uso da maneira de filtrarmos todas as impressões que chegam até nós e de aprendermos a responder. Compreensão Nutrição.

            

    Leão - é regido pelo Sol, ou seja, o uso de tornar-se tudo o que somos para que brilhemos e para que outros brilhem na Terra. Fraternidade. A espontaneidade pode estar ferida.

            

    Virgem - é regido por Quíron, ou seja, o uso da faculdade de aprender o método de unir a mente terrena à consciência cósmica galáctica.

            

    Libra - é regida por Vênus, ou seja, o uso de aprender a espelhar nosso eu verdadeiro no lado do outro, de modo que nossa visão seja polarizada em vez de estar dentro de nós mesmos ou localizada no outro. - Justiça, Equilíbrio para a Paz, Harmonia como produto final.

            

    Escorpião - é regido por Plutão, ou seja, o uso das jornadas ao Mundo Subterrâneo para se obter a mais poderosa fonte de energia. Capacidade de regeneração e de transformação. Comando consciente da força sexual, da mediunidade, e a conscientização do valor da vida, através da morte.

            

    Sagitário - é regido por Júpiter, ou seja, crescer para que possa entrar em contato com o Eu Superior.                        

            

    Capricórnio - é regido por Saturno, ou seja, o uso de obter a maestria sobre o plano da terra. Responsabilidade social, Maturidade, Seriedade, Respeito ao Invisível.

            

    Aquário - é regido por Urano, ou seja, o uso de galvanizar a vontade humana para o serviço universal.

            Ensina se pautar em disciplina mental para que não se deixem espaços para pensamentos que não visam o desenvolvimento como indivíduo dentro da sociedade.

            

    Peixe - É regido por Netuno, ou seja, o uso do misticismo galáctico. A Redenção, a Renuncia, o Recolhimento para saltos qualitativos.

             

    ASPECTOS

            O posicionamento de Quíron no Tema Natal mostra a área de vida em que a busca pelo alívio de qualquer sofrimento de fato, ou a busca pelo alívio de algum sofrimento que possa vir, tem mais probabilidade de ocorrer de modo particularmente intenso.

     

    Quíron / Sol

            A ferida do Sol caracteriza em anular a autocriatividade.

    Representa a ferida do pai. Medo da própria criatividade. Sentindo-se traído ou ferido pelo princípio paternal.

            Mensagem das origens genéticas: "Eu não aprovo o seu exibicionismo, de você brilhar tão intensamente”.

            Mensagem interiorizada: ". Tenho medo de brilhar / eu não me sinto completo se eu não brilhar".

            Curar a Ferida: Auto-estima de trabalho. Trabalho infantil interior. Desenvolver confiança. Todas as formas de expressão criativa.

     

    Quíron / Lua

            A mãe está ferida. O medo da vulnerabilidade. A ferida emocional. Levando experimentar ou ter empatia com a dor da mãe Sentindo-se traído ou rejeitado pelo princípio mãe.

            Mensagem das origens genéticas: "O mundo é um lugar inseguro, não confie em ninguém - Nós te amamos, mas...".

            Mensagem interiorizada: "Sinto-me rejeitado Eu sou vulnerável”. Sinto medos desconhecidos.

            Curar a Ferida: trabalho de liberação emocional. A cura através tornar-se mãe ou nutrir os outros.

     

    Quíron / Mercúrio

            A comunicação está ferida. Sentindo-se incompreendido e não consegue se comunicar.

            Mensagem de origem genética: "Nós não gostamos do jeito que você se comunica”.
            Mensagem Interiorizada: "Você não me entende. Você não me escuta eu sou burro...”.

            Curar a Ferida: falar, cantar, escrever, tocar um instrumento musical. A expressão criativa do som. Chakra da Garganta desbloqueio e cura.

            A capacidade de compreender os outros e ensinar a arte da comunicação eficaz e resolução de problemas.

     

    Quíron / Vênus.

            A ferida está na área dos relacionamentos. Ferido no amor ou ferindo outros em amor. Sentir-se amado. Uma ferida para o coração.

            Mensagem de origem genética: "Nosso amor é condicional Nós te amamos se...".

            Mensagem Interiorizada: "... Eu não gosto, não me aprovo, eu sou indigno de ser amado Ninguém me ama”.

            Curar a Ferida: Todas as experiências do amor incondicional. Trabalho com o chakra do coração. A prática do perdão e da compaixão.  Massagem, Reiki. A prática de Direitas relações humanas.

     

    Quíron / Marte

            A ferida está em torno da expressão da identidade, a sexualidade física, energia, raiva e agressão. Extremos de energia. Hiperatividade. Assumir a raiva dos outros. Sobrevivente ou perpetuador de violência.

            Mensagem de origem genética: "Você é agressivo Nós não gostamos de você quando você está irritado Você tem muita energia estou zangado com você me faz raiva...”.

            Mensagem Interiorizada: "Não há problema em expressar raiva / Eu sou destrutivo / Os outros são destrutivos”.

    Cura a Ferida: liberação criativa de energia através do esporte, artes marciais, dança, tai chi, meditação ativa. A prática da ação correta.

     

    Quiron / Júpiter

            A ferida para o sistema de crenças. O professor ferido. O medo de compartilhar o conhecimento de cada um. Inquietação interior profundo. Zelo missionário. Dogmatismo religioso. O medo de ser feliz / infeliz. Crise de fé.

            Mensagem de origem genética: "Seja otimista / Não seja demasiado otimista Nossa religião é o único caminho para Deus Nós não acreditamos em Deus grande é melhor...”.

            Mensagem Interiorizada: "Não é bom compartilhar meus conhecimentos / minha verdade é a verdade.”

    Cura a Ferida: Disseminar o conhecimento através de ensino, falando, escrevendo, publicando. Viajar.

     

    Quíron / Saturno

            A ferida com um senso de realização, estrutura e confiança. O medo de seu poder. O medo de tomar um lugar no mundo. O pai está ferido. Medos internos e rigidez. Seriedade e insegurança.

    Mensagem de origem genética: "Eu sou o chefe eu sei o que é melhor para você.".
    Mensagem Interiorizada: "Há uma voz dentro de mim que critica e me julga A culpa é minha”.

    Curar a Ferida: A capacidade de aceitar responsabilidades e posições de autoridade. Sabedoria.

     

     

    Oposição Quíron

            Oposição Quíron para si, muitas vezes, replicar a ferida original de alguma forma, despertando a consciência do mecanismo que se preocupem, se não forçá-lo, a crescer. Na minha oposição Quíron, a minha mãe adotiva - a minha mãe "real" no sentido de ligação - morreu. Esta perda replicado a ferida Quirónica original e começou a desencadear a necessidade de resolver os problemas de abandono inconscientes que contribuíram para um ciclo ininterrupto de dor e sofrimento em meus relacionamentos.

     

    Sistemas de Casas astrológicas

            As casas astrológicas mostram-nos que certas esferas ou aspectos da vida têm mais peso que outras no horóscopo. Cada casa astrológica representa uma dada esfera. A atribuição das casas num horóscopo varia de pessoa para pessoa, já que é calculada de acordo com a hora de nascimento exata e a posição geográfica do local de nascimento.

            O horóscopo é dividido em dois eixos, em direção aos hemisférios oriental e ocidental, bem como em direção aos hemisférios de dia e noite. Os quatro pontos de intercepção destes dois eixos com a eclíptica determinam a divisão das casas do horóscopo. Esta é normalmente baseada numa divisão posterior de cada quadrante em três. Existem vários modelos matemáticos de acordo com os quais as casas são calculadas.

            A transição de uma casa para outra não é tão clara como a de um signo para outro. Os planetas que ocupam uma posição perto do fim de uma casa são geralmente interpretados como pertencentes à casa seguinte.

    O horizonte

    Ascendente e Descendente

    O indivíduo e o seu complementar.

            O eixo que divide o horóscopo em um lado ‘superior’(lado-dia) e um ‘inferior’(lado-noite), representa o horizonte local na hora de nascimento. Esse ponto em que o horizonte oriental intercepta a eclíptica é chamado o ascendente. É o princípio ou cúspide da primeira casa. Em oposição a ele, na cúspide da sétima casa, encontramos o descendente. Discutiremos a interpretação das casas nas páginas seguintes. Os planetas que se encontram perto do ascendente no momento do nascimento estão a nascer ou acabaram de nascer, enquanto que os planetas perto do descendente se estão a pôr.

     

    QUÍRON NAS CASAS E NAS CONSTELAÇÕES

            As Casas onde está Quíron é o setor da vida do Indivíduo que está como palco, para que as personalidades (internas e externas) formem a cena catalisadora do agressor, do ferido, do curador. Quíron é o que é exigido do indivíduo, para que entre em conexão com o seu Dharma e com o luminoso dentro das casas Astrológicas, ou seja, dentro dos seguintes Setores de Vida:

     

     1ª Casa (Ascendente) – A personalidade individual 

    Iniciativa, Objetividade, Ações apropriadas.

     

     2ª Casa – Valores e Haveres.

     Valorização das prioridades, apropriadas aquisição, manutenção e conservação dos bens.

     

    3ª Casa – Comunicação.

    Comunicação, Expressão, pensamento, linguagem, relações e aprendizado apropriados.

     

     

    4ª Casa – Raízes e Origens

     Vínculos emocionais e atitudes apropriadas em relação à família

     

    5ª Casa – Prazer e Criatividade

    Forma adequada de auto-expressão criativa, de relacionar-se afetivamente, de gerar filhos, de educá-los e de expandir sua criatividade.

     

    6ª Casa – Trabalho e Rotina

    Forma adequada de prestar serviços a terceiros e o devido respeito ao seu corpo.

     

     

     7ª Casa – Relações.

    Relacionamentos, sociedades, parcerias e casamento com pessoas certas.

     

    8ª Casa – Perda e Propriedade Comum

    Atitude apropriada em relação às finanças dos outros sob seus cuidados, em relação à sua própria morte e à sexualidade.

     

    9ª Casa – Filosofia e Países distantes.

    Atitude oportuna com senso-social diante de suas capacidades, que devem servir para orientação da comunidade.

     

    10ª Casa (MC) – Ocupação e Chamamento

    Responsabilidade social, Maturidade para ação direta sobre a sociedade.

     

     11ª Casa – Amigos e Conhecidos

     Plasmação dos Ideais e Amizades apropriadas.

     

     12ª Casa – Para além do pessoal

     Renúncia apropriada.

     

    Aqui estão alguns dos aspectos maiores:

    Conjunção - 0° 

            A conjunção tende a ser um aspecto harmonioso. A sua qualidade depende grandemente dos planetas envolvidos, bem como da proximidade do aspecto. Por exemplo, uma conjunção entre o Sol e Mercúrio, é normalmente vista como harmoniosa. Se, por outro lado, a distância entre eles é menor do que apenas alguns graus, o Mercúrio diz-se estar "a ser queimado" ou "em combustão", com resultados a condizer. Em geral, a conjunção mostra uma relação imediata que atua de qualquer forma.

     

    Oposição - 180°

            Apesar da oposição ser vista normalmente como "desarmonia" ou dinâmica, tem muitas vezes um efeito bastante motivador e energizante. Aqui também, a qualidade do aspecto depende dos planetas envolvidos, e o que cada um faz dele. De um modo geral, uma oposição entre dois planetas cria uma tensão entre eles, que normalmente tem resultados positivos.

     

    Quadratura - 90°

            A quadratura é considerada como um aspecto desarmonioso. Os planetas envolvidos parecem estar "bloqueados". Os problemas resultantes de uma quadratura são recorrentes como uma moeda viciada. A dificuldade está em conciliar as duas forças que se querem mover em direções completamente opostas. Normalmente isto toma a forma de desejos e necessidades que são mutuamente opostas.

     

    Trígono - 120°

            O trígono é um aspecto harmonioso. Os planetas envolvidos trabalham juntos de uma forma complementar, enriquecendo-se um ao outro. Os trígonos mostram onde estão os seus talentos naturais. Se depois fazemos uso deles ou não, depende só de nós.

     

    Sextil - 60°

            O sextil tende a ser um aspecto harmonioso, dependendo é claro dos planetas envolvidos.  

     

    Aspectos menores

            Para além dos aspectos maiores mencionados acima, também existe um número de aspectos menores. A maior parte destes são subdivisões dos aspectos maiores. Os aspectos menores contribuem com profundidade e detalhe no quadro geral. As órbitas permitidas para os aspectos menores são muito menores do que as usadas para os aspectos maiores. (ver tabela abaixo). Os aspectos menores mais comuns são:  

    Semiquadratura - 45°, desarmoniso.  

     

     

    Sesquiquadratura - 135°, desarmoniso.

     

    Semisextil - 30°, neutro.

    Quincúncio ou Inconjunção - 150°, neutro. 

     

    Quintil - 72°, harmonioso. 

     

     

     

    Metodologia: Interpretação de Trânsito com abordagem de equilíbrio.

            Trânsitos e progressões revelam o ciclo de desdobramento do potencial inerente dentro do mapa natal, e marca pontos de virada ou momentos de tomada de decisão. Usando a abordagem da "transformacional", o trânsito é, portanto, visto como o fornecimento de oportunidades de crescimento. Nenhuma tentativa é feita para pré-determinar o futuro do cliente em termos específicos. O foco é psicológico e orientado para o processo em oposição ao evento apresentado.

            Esta abordagem permite que o cliente olhe para sua vida e faça suas próprias conexões. A seguir demonstra o princípio básico de olhar para o trânsito a partir de um "transformacional", cura ou perspectiva de crescimento.

     

    Quando Saturno transita - oferece oportunidades para se tornar mais realista e responsável, que nos permite priorizar a trabalhar mais no sentido da realização de projetos e superação de obstáculos. Aplicando os princípios de foco, estrutura, dedicação e disciplina, e reconhecendo o valor resultante de uma maior compromisso e realização. Um tempo para estabelecer a nossa identidade, para amadurecer, para planejar e avaliar e manifestar os nossos objetivos e ideais em uma forma sólida e concreta.

     

    Quando Quíron transita com ele próprio - oferecem oportunidades para facilitar a cura de outras pessoas, sendo curados, liberando as feridas de uma pessoa, aprendendo através da doença e do sofrimento, contatando e liberando profunda dor, orientar os outros, ou a ser tutelado, aprendendo a se tornar filosófico sobre a vida e suas feridas, integrando a polaridade oposta construindo pontes e efetuando a reconciliação. Um tempo para curar e ser curado.

     

    Quando Urano transita - Oferece oportunidade para libertar-se de estruturas caducas que impedem o crescimento, despertando uma nova forma de ser, sentir, fazer singularidade de um contato, individualidade, senso de verdade e criatividade pessoais. É hora de usar a mente, para experimentar, de se envolver em atividades humanitárias, atividade em grupo, política, ciência, computadores.

     

    Quando Netuno transita - Fornece uma possibilidade de contato com um lado mais compassivo e espiritual para a própria natureza, um despertar da sensibilidade, inspiração criativa, e o desejo de mergulhar no Divino. A oportunidade de se conectar com um propósito maior coletivo ou mais espiritual, através de dedicar a própria energia com um espírito de serviço abnegado e devoção. Um tempo para assistir sonhos, para abrir o coração, a vislumbrar novos ideais, ser imaginativo, entrar em contato com a musa.

     

    Quando Plutão transita - proporcionam oportunidades para aprofundar e intensificar enormemente a compreensão da vida, para explorar as partes mais profundas de si mesmo, a viagem no reino inconsciente da vida e se conectar com um sentido mais profundo da experiência e de vontade própria, e de propósito.         Aprender sobre energia e sentimentos poderosos, aceitar e se adaptar às mudanças e transições de vida. Aprender a deixar ir e confiar. O tempo para buscar a autotransformação, por meio da psicoterapia, encontrando a criança interior ferida, as interações profundas com os outros. Um tempo para liberar o passado e o velho, e renascer em um novo senso de self.

            Haverá aqueles que afirmam que qualquer tentativa de exercer sua vontade, responsabilidade e capacidade de escolha é o último ato de arrogância.         Há outros, de cunho psicológico particular, que temem que o foco em uma abordagem transformacional ou escolha centrada mais pode levar a uma negação ou rejeição do lado escuro dos aspectos da vida e nos lembram da necessidade de abraçar no escuro, bem como a luz na nossa natureza e na vida.

            Uma abordagem terapêutica e ou de coaching fornecerá subsídio para o reconhecimento da fonte que causa a dor e o sofrimento. Uma abordagem "transformacional" levará a reconhecer a divindade dentro de si que possuí o potencial inerente do crescer e assim, talvez o dedicar de nossas vidas a grandes propósitos.

            É o processo e o ato de exercer o livre arbítrio de alguém ou capacidade de fazer escolhas criativas e transformando em decisões de extrema importância para o equilíbrio. Essa é a parte poderosa. Nós fazemos nossas escolhas e decisões e o resto irá tomar seu curso misterioso.

            A idéia é cada um adequar sua técnica terapêutica para elevar o equilíbrio do cliente para a compreensão da sua dor e levá-lo ao equilíbrio – ou seja, alcançar o seu curador.

            Pode-se lançar mão de ferramentas como os florais, aromas e técnicas de respiração como o renascimento.

            Como mencionei no início, a minha idéia é relembrar que temos nossas fragilidades e assim também como terapeutas reconhecermos que devemos buscar a compreensão destes aspectos, para que possamos ser excelentes terapeutas e assim cumprir com nossa grande missão de sermos uma ferramenta de equilíbrio ao outro. Levando-nos a nós mesmos e o outro ao encontro de si.

     

    Conclusão

            Estamos desde 2011 na regência de Quíronn em peixes e vai até março de 2019. Ou seja, 9 anos intensos para que possamos em questão de humanidade reconhecer nossos grandes desequilíbrios e trazer a tona à consciência de equilíbrio.

    A fonte principal é o amor.

            O propósito de terapias voltadas para esse nível centáurica / Quíronica, portanto, é para restaurar essa união de mente e corpo, curando ou dissolvendo a fronteira entre os dois. Fazemos isso através da expansão de nossa identidade a partir do ego e sua visão ampliando a visão no sentido centáurica. Tocando e re-possuir nossos corpos projetados. Este é o ponto crucial do equilíbrio e do aprendizado de equilíbrio ao nível de centauro.

            A Psicoterapia holística é uma modalidade de terapias de corpo centrado, como hatha yoga, terapia da polaridade, e integração estrutural.

            Há 6 anos me oriento em minhas anamneses com o estudo da posição do Quíron nos mapas dos clientes e percebendo claramente a rapidez com a qual o mesmo percebe onde origina seu principal desequilíbrio. Facilitando o entendimento do cliente em seu caminhar terapêutico.

    Deixo aqui um link para que tenham oportunidade de conhecer mais a respeito deste novo legado que ainda há muito pra explorar.

     

    Curiosidade pertinente.

    Este conteúdo foi retirado na integra da Internet.

    Segue o link para quem desejar ler. http://www.astrosreis.com.br/netuno-e-quiron-em-peixes/

    Quíron esteve em Peixes na década de 60 (1960 -1969). Esta foi a geração chamada de “flower children” – Os Filhos da Flor, e esses indivíduos agora estão na faixa etária dos 46 a 52 anos. Eles estarão vivenciando seu primeiro e único retorno de Quíron em Peixes. Este será um trânsito tremendamente espiritual, em que teremos a chave que abre as portas para nossa verdadeira essência. A década de 60 foi marcada por diversas manifestações culturais e artísticas e movimentos pela paz, amor e liberdade; houve vários avanços tecnológicos e o surgimento das drogas psicodélicas; mas também houve o colapso da sociedade com o início de guerras e uma onda de opressão por governos militaristas....

     

    Grata pelo o universo neste momento pela a inspiração de trazer este assunto como tema de relembrança e ou de conhecimento.

     

    BIBLIOGRAFIA

    Reinhart, Melanie., Quíron ea jornada de cura. 1989.

    Sasportas, Howard., As Doze Casas. 1985. pp 345-352.

    Stein, Zane B., Chiron Interpretação (2 ª edição). 1983.

    Grande parte da conclusão foi pesquisado na Internet.

    Onde deu origem ao meu curso de Aromagia à distancia – onde ensino criar os perfumes sobre os aspectos de um mapa astrológico.

     

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:31


    KUNDALINÍ – FORÇA E CONSCIÊNCIA

    KUNDALINÍ – FORÇA E CONSCIÊNCIA

     

    A consciência de si

    Autora: Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270

     

      

    SINTE-SINDICATO DOS TERAPEUTAS – Holística 2013.

     

    SUMÁRIO

    O que é o Tantra?

    Kundalini

    Granthis - Os três nós psíquicos

    Como usufruir do Tantra

    Conclusão

    Bibliografia

     

    Introdução

     

    O TANTRA é sentir, fluir e expandir.

    O sentir não há como explicar, somente vivenciar.

    O fluir se percebe enquanto se vivencia.

    E o expandir é o resultado do vivenciar e sentir...

    Somos produtos de uma sociedade contida daqueles que precisa: sentir o toque e se expandir, ao usar a fala se entende, ao ouvir aprende-se a perceber.  
    O Tantra também é uma filosofia comportamental de vida que aplicado no cotidiano fará com que as percepções fiquem mais proeminentes.

    Isso se aprende teoricamente através dos cursos.

    Aprender a fluir acontece através da psicoterapia, ferramenta que vai auxiliar você ir de encontro ao seu EU e retirar os paradigmas que impede de simplesmente sentir e Ser.  
    Vivenciar significa aprender está aqui e agora feliz consigo mesmo.

    O Tantra não é religião, não é sexo, não  é yoga. Em seus sutras (livros) encontrou-se varias estruturas comportamentais, cientificais, terapêuticas e principalmente ritualística. Com reverencias aos fluxos dévicos, pois se acreditava que cada ser existente tem uma proteção divina um deva (deus) ou um devi (deusa) que são representados pelos yantras – formas geométricas utilizadas nos ritos e os mantras – cantos vibracional de energia qualitativamente divina. Dando assim um panteão de deidades. Reverenciado através de puja – oferenda. Onde se deu a origem ao hinduismo. 
     

    O que é o Tantra?

    Tantra é um principio filosofal comportamental de vida. A palavra Tantra significa Livros – teia – união – mas especificamente expansão. Ela é derivada das palavras Tanoti – expansão – trayati – consciência – Portanto podemos deduzir que Tantra = Expansão de consciência.

    Tantra tem um principio filosofal comportamental e matriarcal. Surgiu por volta de 12000 anos na civilização dravídiana anterior a invasão dos arianos. Que por questões políticas deixa de ser matriarcal para ser patriarcal. Mas sua origem se espalha influenciando e ou formando varias outras civilizações.

    O Samkhya que é um sistema inventarista – é a parte cientifica do tantra que deu origem aos vedas e daí então a terapia ayurvédica. Aqui não há reverencia alguma aos deuses. Apenas a observação da mente, dando origem ao yoga.

    Ainda dentro do Samkhya ele conduz em um formato de enumerar situações de acordo com a natureza de cada fato denominado prakriti (natureza). Influenciando hoje as terapias psíquicas – como a psicanálise ou o coaching. Que é através do pensamento vibrar em sintonia positiva.

    O fundamento do Tantra é dirimido através do prana – ar vital – E daí então acontecem os pránáyama – exercícios respiratórios. Assim como a observação natural do homem em postura denominado de mudrá. Que deu origem aos asanas e ou ao Yoga.

    Hoje no ocidente somos altamente influenciados pelo o sistema tântrico. E podemos fazer uso das técnicas tântricas em vários formatos que em seu conjunto vai proporcionar um caminho para o coração e o Despertar do Eu que é a lembrança de um primeiro momento existencial enquanto.Fagulha divina.

    Os textos tântricos estão entre os mais antigos do hinduísmo e do budismo. Existem Tantras hindus e budistas se auto-influenciando e os textos mais recentes refere-se ao Tantra sob o nome de Artha Veda. Os Tantras em sua origem foram manuscritos em sânscrito. Ainda guardam as diferentes épocas, lugar, cultura e religião. Tomam a forma de enciclopédia de rituais e de filosofia tântrica. Sofreram com o correr dos séculos, várias adições. Os textos mais antigos foram compilados por volta do ano 600 dessa era.

    No século VIII, foram lançados seis textos tântricos. Esses escritos trazem elaborados sistemas teóricos e práticos através dos quais o mundo conheceu a teoria atômica, a questão espaço-tempo, a astronomia, a cosmologia, a cronologia, a astrologia, a alquimia e a terapia ayurvédica. Trouxeram à luz os princípios da geometria aplicada (Yantra e Mandala), os símbolos algébricos, o sistema do heliocentrismo astronômico, a descoberta da esferacidade da terra e de outros planetas.

    O Tantra floresceu no Vale do Rio Índio, em Mohenjo-Daro. Era a cultura Harappa, da qual se encontra vestígio raro, porém importantíssimos do ponto de vista histórico. A descoberta do Vale do Rio Indo esclareceu que essa cultura foi, possivelmente, a mais antiga do planeta. Os vários objetos já mostravam figuras esculpidas ou desenhadas com formas e imagens que evocavam práticas tântricas, tais como os Ásanas (posições físicas utilizadas para desenvolver a Kundalini).

      Essas filosofias conscientizam o homem de suas energias latentes e de relação com o cosmos (a natureza). Aquele que vê a natureza apenas como vida que existe no planeta Terra está tão equivocado quanto aquele que o vê como um universo cósmico repleto de planetas, sóis e nuvens de gases. Os dois vêem o cosmo de um modo míope e incompleto.

    O mesmo erro está expresso nas ciências que estudam o homem como um ser que possui corpo, consciência e subconsciência, acabam esquecendo que o ser humano é constituído de órgão que lhe permitem ultrapassar a mente inconsciente e a mente consciente; que seu corpo é constituído de sensibilidades que ultrapassam necessariamente o intelecto e, até mesmo, a intuição.

    Convém acrescentar que o homem pensado e conhecido pelo hindú é  possuidor de um corpo de sensações, extraordinariamente complexo, do qual não temos equivalente no pensamento ocidental.

    É justamente nesse ponto que queremos insistir: no conhecimento desse homem absolutamente insólito, desconhecido da filosofia e ciência ocidentais, onde o Tantra assenta sua sabedoria. É mostrar que, aquele que vê as coisas de um ponto de vista egoísta, centralizado em seu meio limitado jamais terá consciência das energias que o animam. É a negação do cosmos, é o absurdo da condição humana não ligada ao seu princípio (Dharma). Daí percebe-se que, para se aprofundar a questão homem / natureza é importante conhecer o Tantra.

    Como já  vimos anteriormente, Tantra significa expansão da Consciência, modos de vida, sexualidade e atitude social. No sentido mais amplo da palavra expressa uma filosofia de vida, uma cultura, bem como a preparação para a ação meditativa interior.

    A transcendência dos princípios Shiva e Shakti leva ao ponto central, que é a própria Shakti kundaliní indiferenciada a resposta de tudo. Essas especulações do tantra deram origem aos inúmeros cultos às divindades femininas (devís) que hoje existem no contexto do hinduísmo.

    A característica comportamental do tantra está centrada na transgressão de valores morais e sociais (desconstrução de estereótipos e clichês culturais e psicológicos) arraigados na cultura dominante indiana. Os textos, lendas e símbolos tântricos expressam vozes que contestam as estruturas rígidas patriarcais nas quais estão construídas as concepções de diferenças de casta, o papel social e familiar submisso da mulher, a ortodoxia e poder sacerdotal, a utilização depreciativa do corpo e da sexualidade e as normas e formas de se buscar o divino que excluem as “minorias” (castas inferiores, mulheres e etc.).

    O tantra também desenvolveu técnicas (vidhis) e práticas (sádhanas) psicológicas e corporais que visa proporcionar vivência real e sensorial aos seguidores de seus princípios. Nas práticas tantricas encontra-se complexas metodologias que tem como objetivo a tomada de consciência e o domínio do corpo, da mente e das emoções; a manipulação das energias físicas e psíquicas humanas em prol do desenvolvimento de poderes para-normais (siddhis) e a utilização desses no processo mundano e espiritual; a união dos opostos e a transcendência da dualidade na imersão na Ultima Realidade.

     

     

    NADIS – condutos energéticos

     

    O nadi palavra derivado da raiz sânscrita nala (motion.). O nadi é energia em movimento. Em vários pontos focais dentro do corpo prânico, redes de nadis se cruzam para formar chakras.

      São vários canis com nomes diferentes de acordo com suas funções. Nadikas são nadis pequeno e nadichakras são gânglios ou plexos em todos os três corpos.  
     Diz-se no Varahopanisad que o nadis penetram o corpo através da sola dos pés até a coroa da cabeça. Neles é o prana, o sopro da vida e o Atma que permanece produzindo a morada de Shakti, criadora dos mundos animados e inanimados.

    Todos nadis são originários de um dos dois centros, o Kandasthana - um pouco abaixo do umbigo, e do Coração.

    Doze dedos acima do ânus e na altura dos órgãos genitais e logo abaixo do umbigo, existe um canal em forma de ovo chamado kanda distribuindo canais de passagem de energias, que totalizam 101 nadis espalhado por todo o corpo, cada uma se ramificando em outro 101 que totalizam 72.000. Se movem em todas as direções e tomam inúmeras funções.

    A Siva Samhita menciona 350.000 nadis, dos quais 14 são indicados para ser importante.

    Os mais importantes são o Sushumna, Ida, Pingala, Gandhara, Hastajihva, Kuku, Sarasvati, Pusha, Sankhini, Payaswini, Varuni, Alambhusha, Vishvodhara, Yasasvíni.  Sushumna domina a todos os demais.

     

     

    IDA, PINGALA, SUSHUMNA - Para que se possa ter uma noção desses três nadis ao longo da coluna vertebral, tomemos uma série de números "8" e os coloquemos em posição horizontal, empilhando-os ao longo da coluna vertebral; teremos então uma figura semelhante às serpentes a figura acima. O nadi brota pela esquerda é Ida; o da direita Pingala; não estão dispostos de forma paralela, eles entrecruzam-se como pode observar na figura acima. No centro corre um canal: é o nadi Sushumna. Ao longo da coluna vai formando uma série de confluências, das quais a mais importante é a existente no chakra frontal, onde desembocam Ida e Pingala estando sempre ativos, mas o Sushumna permanece inativa, devido o prana circular através dele. No interior do Sushumna acham-se três outros nadis o Vajna, Chitrini, dentro do qual se encontra o Brahma nadi, ao longo do qual se elevará a energia Kundalini através da coluna no corpo físico.

    NADI = NATUREZA - "Cada nadi tem uma natureza quíntupla e encerra cinco fibras de energia estreitamente ligadas no interior de uma camada que os recobre. Estes filamentos de energia são unidos uns aos outros em relações transversais" É preciso, entretanto notar que cinco tipos de energia formam uma unidade e que, tomados em seu conjunto eles formam o próprio corpo etérico. É através destes cinco canais que correm os cinco pranas maiores, vitalizando assim todo o organismo humano. Não existe uma só parte do corpo que não possua uma rede de nadis subjacente à sua forma.

    Essa confluência pode entrar em congestionamentos gerando desequilíbrios e desencadeando “doenças” decorrente de bloqueios ou restrições ao funcionamento do sistema de nadis. A maioria das pessoas vê o corpo humano como uma série de camadas progressivamente, cada vez mais sutis e semelhante ao de uma cebola; mas a verdade é exatamente o oposto disso. Cada um dos corpos penetra no anterior até o centro do corpo físico, ou seja, todos se interpenetram. É isso que faz com que o sistema de nadis possa existir nos corpos físico e energético simultaneamente.

    Existem seis nadis do lado direito do corpo, seis do lado esquerdo e dois no eixo central. São, portanto, quatorze no total iniciando no Muladhara chakra.

    O corpo funciona segundo uma polaridade básica: feminino / masculino - receptividade / atividade.

    Todas as tradições reconheceram a existência dessa polaridade fundamental na vida e no corpo. Os sábios védicos, metaforicamente usaram as figuras do Sol e da Lua para representar o lado ativo e o lado passivo da criação. É auxiliado nesse trabalho pelos nadis solar e lunar, respectivamente Pingala e Ida.

    Todos os métodos yogues, como o pranayama e os ásanas, trabalham com esses três nadis. O Kundalini Yoga trabalha primeiro com os nadis da direita e da esquerda e depois com o nadi central, mediante o desenvolvimento do udana vayu – o vento ascendente –, que deve resultar na ativação da Prana Shakti, ou energia prânica primordial. O equilíbrio de ojas e tejas no corpo e na mente colabora para isso. É a união de tejas e ojas quem ativa a energia da Kundalini (Prana Shakti). Ela sobe então até ao topo da cabeça. Existe um nadi que cumpre especificamente essa função que é o Brahmi nadi.

     

    Os Nadis Centrais

    1. Sushumna – Corre do chakra da raiz ao sétimo chakra onde termina a parte superior da cabeça. Facilita o fluir ascendente do prana puro que nutre o corpo inteiro. Este nadi trabalha principalmente através de Prana Vayu.

     

    2. Alambusha – vai do começo do Sushumna até o ânus. É a via de saída pela qual o prana impuro e eliminado do corpo. Alambusha nadi começa na fonte do Sushumna. Ele termina no reto onde descarrega apana a partir do corpo. Está relacionada com a raiz do primeiro chakra e o Apana Prana

     

    Os Nadis da Direita

    3. Kuhu - Vai da base da coluna até o segundo chakra e depois se dirige até a extremidade do pênis ou da vagina. Leva o prana aos sistemas reprodutivo e urinário.

    Kuhu nadi fornece prana para o sistema reprodutivo e do trato urinário. Ele sobe da base da coluna vertebral para o segundo chakra. Lá se ramifica para acabar na ponta dos órgãos reprodutores. Este nadi funciona em conjunto com o segundo chakra e Apana Prana.

    O Nadi Kuhu por exemplo, faz acontecer a ejaculação juntamente com a Nadi Chitrini. O domínio desta nadi é o principal objetivo do exercício Vajroli, permitindo que o aspirante masculino eleve o fluido seminal do segundo chakra para o Chakra Soma dentro do Chakra Sahasrara, juntamente com o fluido vaginal de sua contraparte feminina. É essa prática que muitas vezes é conhecido como sexo tântrico, que criou um monte de atração para Tantra no Ocidente.

    4. Varuna - vai da base da coluna até o quarto chakra, e divide-se para espalhar o prana pelo corpo todo. Diz-se que existe em toda parte. Varuna nadi fornece prana para todo o corpo através do sistema circulatório, pulmões e pele. Levanta-se a partir do chakra do primeiro chakra ao quarto chakra. A abertura para este nadi é a pele inteira. Ele trabalha em conjunto com o quarto chakra e Vyana Prana.

     

    5. Yashasvati - vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo, e dirige para o braço direito e a perna direita. Leva o prana aos membros e permite a movimentação destes. Yashasvati nadi sobe do primeiro chakra para o terceiro onde se ramifica fora e corre para a palma da mão direita e sola do pé direito. Ele designa ramos de energia para fora que termina na ponta dos dedos das mãos e dos pés com as suas terminações principais ocorrendo no dedo polegar. Vyana Prana e terceiro chakra trabalham em conjunto com este nadi.

     

    6. Pusha – vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se ao olho direito, alimentando-o de prana. Pusha Nadi ramifica a partir do sexto chakra e termina no olho direito. Este nadi está relacionado com o Prana Vayu e o terceiro chakra.

     

    7. Payasvini - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se ao ouvido direito, alimentando-o de prana. Payasvini Nadi fora do sexto chakra para fornecer prana para a orelha direita onde termina. Payasvini está relacionado com o chakra da garganta.

     

    8. Pingala - vai da base da coluna ate o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se à narina direita, alimentando-a de prana. Nadi Pingala sobe do primeiro chakra para o sexto chakra onde se ramifica fora e termina na passagem nasal direita. Este nadi estimula toda a nadis no lado direito do corpo, e está relacionado com o primeiro chakra.

     

    Os Nadis da Esquerda

    9. Visvodhara – vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo de onde se dirige até à região do estômago, alimentando-a de prana.. Este nadi está relacionado com o Prana Samana e a terceiro chakra. O nadi Visvodhara controla o funcionamento do sistema digestório.

     
    10. Hastijihva
     – vai da base da coluna até o terceiro chakra, na altura do umbigo, de onde se dirige ao braço esquerdo e a perna esquerda. Leva o prana aos membros e permite a movimentação destes. Hastijihva nadi, ramifica-se do terceiro chakra e corre para o a parte esquerda do pé e palma da mão com o término na ponta do polegar.

     

    11. Saraswati - vai da base da coluna até o quinto chakra, na garganta, de onde se dirige à língua e à boca, alimentando-as de prana. Saraswati nadi fornece prana para a língua e boca. Ele se ramifica do quinto chakra e termina na ponta da língua. Saraswati nadi trabalha em conjunto com o quinto chakra e Prana Udana.

     

    12. Gandhari - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, de onde se dirige ao olho esquerdo, alimentando-o de prana. Gandhari nadi fornece prana para o olho esquerdo, onde ele termina. Ele se ramifica do sexto chakra e como o nadi Pusha relaciona-se com o terceiro chakra.

     

    13. Shankhini - vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, de onde se dirige ao ouvido esquerdo, alimentando-o de prana. Shankini fora do sexto chakra e energiza a orelha esquerda onde termina. Este nadi está relacionado com o quinto chakra.

     

    14. Ida - Começa no chakra raiz onde ele sobe para o sexto. Aqui ele se ramifica para proporcionar prana e terminam na narina esquerda. Este nadi estimula todos os nadis no lado esquerdo e está relacionada com o chakra raiz. Vai da base da coluna até o sexto chakra, o “terceiro olho”, e dirige-se a narina direita alimentando-a de prana.

    Oito das 14 nadis se movimentam o fluxo da energia em pares.

    Ida e o Pingala conduzem o prana para dentro e para fora das passagens nasais e controlam o sentido do olfato.

    Shankhini e o Payasvini controlam os ouvidos e o sentido da audição.

    Gandhari e o Pusha controlam os olhos e o sentido da visão.

    Hastijihva e o Yashasvati controlam a atividade motora dos membros e, portanto, o movimento.

    Os outros seis nadis controlam os outros sentidos e atividades motoras.

    Saraswati controla o paladar e a língua;

    Visvodhara controla o sistema digestório e a capacidade de digerir;

    Kuhu controla os sistemas reprodutor e urinário;

    Varuna controla a respiração, a circulação, a pele e o sentido do tato;

    Alambusha controla a atividade de eliminação.

    Sushumna controla o sistema nervoso e o corpo inteiro; contém em si todos os outros nadis, pois é o pilar axial do corpo subtil (os corpos etérico, astral e mental do sistema ocidental).

     

     

    KUNDALINI - A energia vital básica reside no centro básico (muladhara). Os hindus a chamam de Kundalini - o fogo serpentino. Lá está a concentração energética que supre o corpo humano através dos nadis - Ida e Pingala. Esta energia nada mais é que o princípio vital. Esta energia desenvolvida ela se manifesta pelos Chakras produzindo poderes através da alquimia agregada nas forças dos demais  Tatwas. Api – sentimento – terra – Pritivi – matéria – Vayu – Ar – Conhecimento e Akasha – Espírito Divino e depois retornando a sua origem na Terra. Proporcionando o grande mistério do que está em cima é o mesmo que está em baixo. 

    A prática é longa e será incluso meditação com Mantra, Yantra juntamente com exercícios respiratórios denominados de pranáyáma.

    O Tantra Sadhana (prática), atuando como uma verdadeira Psicologia Energética do Yoga,  utiliza-se do instrumental: asanas, pranayamas, kriyas, bandhas, mudras, meditações etc. para sustentar o equilíbrio psíquico, emocional e energético - e conseqüentemente o equilíbrio da personalidade - de modo a proporcionar a experiência da Unidade. E para tal, trabalha com a administração da complexa fisiologia energética e das técnicas que citamos acima.

    Um dos elementos interessantes desta fisiologia (e desta filosofia) é  o conceito dos Granthis, os nós psico / emocionais / energéticos que estão posicionados ao longo da Sushumna Nadi (o conduto central de energia que se localiza como contraparte sutil da coluna vertebral).

    O Sushumna nadi  simboliza a consciência da Unidade (energia Kundalini) e os Granthis simboliza o fluxo do universo em forma do Fogo Sagrado. Os sistemas de corpos energéticos com seus núcleos de boicotes, limitações, sabotagens, apegos e falsas crenças e identificações que devem ser transmutados e re-significados ao longo de nossa jornada para a consciência da Unidade.

     

    Granthis - Os três nós psíquicos

     

    Os Granthis  são os obstáculos gerados através do psíquico / emocional / energéticos que cada um deve passar ao longo da sua trajetória rumo ao autoconhecimento.

    Ao mesmo tempo expressam as defesas e bloqueios que construímos. 
    Os samsaras (impressões psico-emocionais, que vão gerar vasanas, que são as crenças, tendências e padrões) – outro nome para os Corpos Energéticos - vai, de acordo com sua “temática”, funcionar como manutenção dos Granthis.

    É interessante procurar notar no trabalho de canalização de Corpos Energéticos, quais conteúdos estão relacionados e com que Granthis ?

    De onde se originam os padrões que estão sendo manifestados e expressos pelo canalizador?

     

    VRTTIS DOS CHAKRAS

    Os antigos yogues se dedicavam a ouvir os sons emitidos pelas pétalas durante suas meditações e descobriram 49 sons. A partir dos sons das pétalas, surgiram as 49 sílabas que compõem o alfabeto sânscrito.

    Mas afinal o que são estas pétalas? São sub vórtices dos Chakras chamados em sânscrito de Vrttis. São os vórtices da mente. Os yogues descobriram que cada vrtti emana uma determinada energia psíquica e podemos dizer que a combinação dos aspectos dos 50 vórtices compõe os bilhões de personalidades humanas que existem.

    De acordo com as escrituras do Tantra, as faculdades mentais (vrttis) são de cinco tipos, e podem causar ou não sofrimento. São os seguintes:

    Pramana: Correto conhecimento com base na percepção direta ou em escrituras;

    Vipariaya: opinião errônea após estudo, ou seja, interpretação ou avaliação errada e ou distorcida, quando o conhecimento de alguma coisa não é baseado em sua forma verdadeira;

    Vikalpa: ilusão ou fantasia, que repousa meramente em expressão verbal ou imaginação;

    Nidra: sono profundo sem sonhos,

    Smrti: memória, retenções de impressões do passado.

    A harmonização dos vórtices é uma tarefa árdua e até pra muitas vidas em algumas pessoas e à medida que o homem evolui espiritualmente eles passam a funcionar de uma maneira tal que nossos sentimentos e emoções não nos dominam mais.

    Quando um determinado vrtti de um Chakra é perturbado por reações psíquico emocional, mental ou até mesmo espiritual é estimulado e torna-se desequilibrado e este padrão energético flui através dos milhares de canais energéticos, os chamados Nadis de nosso corpo sutil, perturbando a tranqüilidade de nossa mente.

    Como os Chakras estão ligados a uma determinada glândula, o hormônio relacionado a ela é super ou sub estimulado, modulando sua produção e provocando sintomas físicos e emocionais perceptíveis.

    Podemos começar agora a concluir que estes vórtices de energias chamados Vrttis “são” a mente de registros passados e que podem ser também considerados como centros de consciência. Sendo assim, torna-se evidente que nossa mente não se localiza em nosso cérebro e em nenhuma estrutura física. Portanto, a mente está distribuída nos 50 aspectos existentes nestes seis Chakras sendo que o cérebro teria apenas uma função semelhante a um terminal de computador dando-nos a ilusão de que nossa consciência se localiza em um determinado local de nosso corpo: para os ocidentais espiritualistas entre as sobrancelhas, mas para os povos do oriente, mas especificamente tântrico, no coração.

    Passaremos a descrever as diversas qualidades psíquicas ligadas aos Vrttis de cada Chakra.

     

     

     

    Métodos para equilíbrio Nadis e fluidez da Kundaliní.

    Como já  mencionado todo desequilíbrio, e ou doença é o resultado do congestionamento ou restrições no sistema dos Nadi. O tato ou pranáyáma são os principais meio de restaurar o funcionamento adequado de qualquer área trabalhando através do sistema dos nadis.

    O quatorze nadis principal nasce no primeiro chakra. As Nadis Central é que facilita o fluir do percurso pela a coluna, fluindo seis de cada lado, ou seja, esquerdo e direito do corpo. O nadis no lado esquerdo está relacionado com o feminino - passivo -Tamásico. O lado direito, lhes confere a qualidade masculina - ativa - Rajásico e a Central nadis são Sáttvico de natureza.

    O Prana flui e alternam entre os dois lados do nosso corpo ao longo do dia. O lado direito é geralmente ativo durante duas horas, seguida por um breve intervalo de ambos os lados da atividade, e, em seguida, desloca para o lado esquerdo, durante duas horas. Isto pode ser observado pelo o ar que flui através das narinas. Se o ar é em primeiro lugar que flui acontece é da narina esquerda, este lado está predominante. Quando o ar flui através da narina direita, então o lado direito predomina. Quando o ar flui igualmente por ambas as narinas, o prana esta ativa nos canais centrais. Tome nota da narina que predomina quando você está energizado, sonolento, calmo e pacífico. Além disso, observe a narina que predomina quando você está deprimido ou irritado.

    Praticar a respiração com a narina alternado vai ajudar a manter o equilíbrio entre os dois lados do seu corpo e irá manter o equilíbrio correto das Gunas.

     

    Como Tratar os Nadis

    Tratando o sistema de nadis, empregamos um meio direto para a harmonização dos humores (dosha). Pelo uso consciente dos nadis na automassagem e tornando possível uma rotina diária para movimentar de forma pacifica os sentidos e a atividade motora prevenindo desequilibrios.

     

    Auto -Tratamentos

    1. Sushumna – Aplicar óleo quente ao topo da cabeça com movimentos circulares leves no sentido horário (óleo de Brahmi – espécie de centelha asiática).

     
    2. Alambusha – Lavar o ânus diariamente e aplicar óleo de gergelim.

     
    3. Kuhu – aplique óleo de gergelim nos órgãos genitais e região

     
    4. Varuna – Todas as técnicas de massagem contribuem para o tratamento deste nadi. A massagem com óleo é a mais eficaz para o tratamento da pele enquanto órgão do sentido do tato. A quantidade e o tipo de óleo dependem da constituição (prakruti - doshas).

     
    5. Yashasvati – Aplicar óleo quente nas palmas das mãos e nas solas dos pés diariamente. Use o óleo de acordo com a prakruti.

     
    6. Pusha – Umedecer um pouco algodão em chá de camomila, e coloque-o sobre olhos  e em seguida fazer uma leve massagem sobre eles..

     
    7. Payasvini – molhar o dedo no óleo e aplicar com cuidado dentro do ouvido. Massagear a orelha toda também é bom.

     
    8. Pingala – Use um conta-gotas para pingar duas gotas de óleo dentro na narina (óleo de Brahmi ou de gergelim). Ou então, aplique um pouco de óleo e fazer uma leve pressão ao lado da narina.

     
    9. Visvodhara – Fazer uma massagem de óleo quente na região do abdômen. Usar o óleo de acordo com a prakruti da pessoa.

     
    10. Hastijihva – Aplicar o óleo quente nas palmas das mãos e nas solas dos pés diariamente. Usar o óleo de acordo com a prakruti da pessoa.

     
    11. Saraswati – Aplicar um pouco de óleo na região da garganta e da mandíbula. Fazer uma massagem leve nas laterais da garganta e nos músculos do maxilar serve para tratar este nadi, bem como a massagem na parte de trás do pescoço.

     
    12. Gandhari – o mesmo que Pusha.

     

    13. Shankhini – o mesmo que Payasvini.

     
    14. Ida – o mesmo que Pingala.

     

    Um dos métodos mais importantes de tratamento dos nadis é a rotina diária de manutenção.

    Essa rotina diz respeito principalmente à higiene e ao correto uso dos sentidos. A sobrecarga dos sentidos é uma das principais causas de doenças.

    Os óleos naturais, extraídos a frio, contêm quantidades elevadíssimas de vitaminas, minerais e nutrientes. A pele é um órgão de assimilação e está relacionada ao sentido do tato. O óleo nutre o corpo inteiro por meio do sistema de nadis regido por Varuna nadi, um sistema complexo de canais minúsculos que se espalham pelo corpo inteiro.

    Como as narinas são os pontos finais de Ida e Pingala (e estes são os auxílios que apoiam todos os outros nadis), elas são o ponto mais importante do corpo para o tratamento. A limpeza e a nutrição diária das vias nasais é muito importante nos regimes de saúde da Yoga e do Ayurveda. Depois da limpeza que é feita com a cabeça inclinada para trás e para os lados, para lavar as narinas com água morna salgada utilizando um lota, as vias nasais podem ser nutridas com óleo. Pingar as gotas diretamente no nariz. Quando esse processo é feito diariamente, o cérebro fica nutrido e o dosha permanece equilibrado. Um conta-gotas e um pequeno frasco de óleo de gergelim são os instrumentos necessários para conter o humor.

    As outras formas de nutrição são o silêncio, o contato direto com a natureza, o amor, alimentos saudáveis ingeridos em quantidades moderadas e a meditação.

    Embora seja geralmente aceite que o Ida termina na narina esquerda e Pingala na narina direita (tanto assim que é aconselhado para respirar alternadamente em cada narina para purificar nadis, há duas interpretações tradicional é que eles são amarrados como um arco duplo, o Ida totalmente à esquerda, o Pingala completamente à direita, e Sushumna apoiando os chakras no centro. Uma interpretação rival, e que se tornou muito popular no Ocidente, é que o Ida e Pingala o suplente, atravessando a Sushumna o em vários pontos, dando assim origem à imagem do Cauduceus. Veja a imagem a seguir, mostrando os nadis e os chacras equiparado com os cinco elementos.

     

    acima, estilizado diagrama "cauduceus" mostrando o Ida a (azul), o Pingala (laranja), e os nadis Sushumna, os seis chakras (excluindo o Sushumna) e as associações elementares de cada chakra.

     
     
    Supõem-se que o prana (ativo) circule dentro Pingala, enquanto apana (passivo) circula dentro de Ida. Kundalini quando desperta circula dentro de Sushumna. O nadi Ida controla todos os processos mentais enquanto o nadi Pingala controla todos os processos vitais. Alguns autores associam os nadis Ida e Pingala aos sistemas nervosos simpático e parassimpático. 
     Acredita-se que estes nadis tenham uma função extra-sensorial, e estão associados às respostas empáticas e instintivas.

    As técnicas de respiração ritmada supostamente influenciam as correntes energéticas que circulam nesses nadis. De acordo com esta interpretação (que é a interpretação do Yoga) as técnicas de respiração servem para purificar e desenvolver estas duas correntes energéticas e preparam para exercícios respiratórios superiores cujo objetivo é o despertar de kundalini.

     

    Para que buscar pelo o Tantra?

    Buscar pelo o Tantra é o caminho que permite resgatar o poder de força e equilíbrio. É a ferramenta que conduz ao coração. Ou seja, o aprendizado de se amar, de sentir e de se permitir ter e fazer o que deseja. Sem dogmas e paradigmas.

    O Tantra permite co-criar sensações e realizações de vida. Através do realinhamento do poder de criar – feminino – shakti e de realizar – masculino – shiva inerente a cada pessoa – ou seja, permite acessar a sua verdadeira essência.

     

    Quais as formas que se pode buscar pelo o Tantra?

    Hoje o Tantra é divulgado como terapias tântricas e aproveito para desmistificar ou até mesmo esclarecer que quando se pensa em Tantra se traduz sexo e ou pornografia, divulgada pelos que exploram comercialmente o rotulo Tantra.

    Mas o Tantra é a tarefa de aprender a sentir e vivenciar terapeuticamente é possível através de meditações dinâmicas denominadas de vivências.

    Vivencias são métodos de conduzir um movimento através de uma melodia compactuada pela a sensibilidade do terapeuta em reconhecer através da nota os elementos que nela se forma, exemplo – terra, água, ar, fogo. A melodia é conduzida numa seqüência que produz o movimento de forma coreografada e conduz o participante a quebrar o fluxo ativo da mente de pensar para o sentir, mudando assunto o padrão comportamental da mente e concebendo o sentir formatando um equilíbrio automático.

     

    Vivência tântrica.

    Ter o tesão pela a vida deriva de ter uma libido organizada. Porque quando estamos felizes produzimos mais intensamente, a cabeça trabalha de forma mais livre e tranqüila delegando nossas energias para os campos direcionados de forma certa. Saberemos compor o trabalho, o estudo, a família, o relacionamento de maneira harmoniosa. Mas será que isso implica em somente fazer sexo, que tudo isso se resolve, não significaria estarmos sensual e sensorial?

    Ah, como assim?

    O sensual significa estarmos apaixonados em primeiro lugar por nós mesmo. O sensorial é poder transcender a nossa libido para executarmos os nossos prazeres, incluindo o sexo.

    A prática da vivência vem ao encontro deste reconhecimento interior, feita através de indução com a musicoterapia e exercícios respiratórios (pranáyáma) buscando os padrões de energia que estão em desequilíbrio colocando-o consciente no momento da vivência, aprendendo a moldá-lo na prática em si, proporcionando então um diálogo com suas próprias dificuldades trabalhadas e vivenciadas em grupo.

    A vivência fará com que você reviva a sua sensualidade, ficando mais sensorial na medida em que houver a prática, preconizando a retirada da ansiedade, rejeição, insegurança, timidez, etc. E substituindo por movimentos lúdicos que proporciona êxtase e felicidades.

     

     

    Individualmente

    Através do realinhamento de chakra – Deeksha – iniciação – com mantras que são palavras entoadas que produzem comandos de força no cérebro atuando em pontos específicos do corpo que leva ao despertar do inconsciente e forma assim uma mensagem de revitalização e capacidade de poder.

     

    Através da massagem tântrica – pertence ao rito do maithuna – metafísica do sexo e que foi retirada do rito com a função terapêutica a cuidar do fluxo da libido, sensorializando e sensibilizando a capacidade de sentir e do fluir. É uma oportunidade de conhecer os paradigmas do corpo através do fluxo da libido. 
     A pessoa ao ser massageado tem a sensação de carinho e de amor. Não há dores, desconforto, nem torções.

    A massagem tântrica pode ser comparada com o som de instrumento de cordas. Onde o terapeuta transporta através das pontas dos dedos e das palmas das mãos um fluxo continuo e suave de toques sobre a pele provocando a eletricidade do corpo denominada de libido. O toque é feito de forma harmonioso, sutil e amoroso.

    Esse processo de prazer ao ser canalizado durante a massagem permitir equilibrar os hormônios e revitaliza os órgãos genitais internos e externos.  Favorecendo a potência nos homens e preconizando ao orgasmo seco. 
     Para as mulheres proporcionarão a facilidade do sentir orgasmos, corrigindo disfunções como TPM, frigidez, timidez e valorização de si mesma como mulher deixando-a mais feminina e sensual. Os homens concebem em si a capacidade de fluir o fluxo de intuição, sensibilizando as emoções, promovendo a dose necessária para fluir no pulso dos negócios e da afetividade.

     

     

    Conclusão

    Tantra é um caminho de conexão ao Divino - uma das trilha para o sagrado, o poder latente da certeza em ser pleno e único.

    Tantra é a transformação de energia. Vivenciar a trama da vida. É Tantra o despertar para o prazer num todo.

    O Tantra não pede ao Sádhaka (praticante) que pare de agir, mas sim que a ação seja transformada em consciência interior. Não se trata de uma mudança radical de vida e sim de uma conscientização dos desejos, sentimentos e situações. Não apenas de conhecer o desconhecido, mas o de realizar o já conhecido.

    O Tantra torna o ser humano mais sensível ao seu momento histórico, revitaliza suas energias físicas e unifica suas paixões.

    Procure conhecer a filosofia do Tantra sem os olhos da religião = hinduismo e sem os olhos do sexo, como assim tem sido entendido.

    A libido é uma energia existente em todos os seres vivos e que permeia o fluir do fazer e concretizar. É a energia que permeia as paixões e o desejo. Mas é a porta para transcender a consciência O tantra diz fique aqui agora e vivencie .É assim para tudo na vida!!

    Você não pode viver o amanhã sem viver o Hoje!

    Portanto sorria, dance, vibre, celebre, isto é Tantra.

     

     

    Bibliografia

    El poder serpentino

    Sir John Woodroff (Arthur Avalon)

    Editora Kier

    CHAKRAS – Centros energéticos de transformação.

    Harishi Johari

    Editora Bertrand do Brasil.

     

    Autor: : Celi Coutinho - Terapeuta Holística - CRT 21270
    Última atualização: 13/06/2013 13:35


    powered with ❤️ and ☕️ by phpMyFAQ 3.0.9
    Entrou em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e nós estamos empenhados em garantir toda a proteção necessária das suas informações pessoais.
    Este é o nosso compromisso com você, veja a nossa Política de Privacidade e saiba mais.